P1-B, Contendo O Diagnóstico Socioambiental E Técnico De 42 Comunidades
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PROGRAMA ÁGUA DOCE P1-A - DIAGNÓSTICO SOCIOAMBIENTAL E TÉCNICO ANÁLISES DE SOLO Contrato N°005/2013 Execução MARÇO/2015 REALIZAÇÃO DE DIAGNÓSTICO E ATIVIDADES DE PLANEJAMENTO PARA RECUPERAÇÃO DE SISTEMAS DE DESSALINIZAÇÃO PELO PROGRAMA ÁGUA DOCE EM COMUNIDADES DO SEMIÁRIDO ALAGOANO SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ................................................................................................ 2 2. APRESENTAÇÃO ............................................................................................. 2 3. ANÁLISES DE SOLO ........................................................................................ 8 REALIZAÇÃO DE DIAGNÓSTICO E ATIVIDADES DE PLANEJAMENTO PARA RECUPERAÇÃO DE SISTEMAS DE DESSALINIZAÇÃO PELO PROGRAMA ÁGUA DOCE EM COMUNIDADES DO SEMIÁRIDO ALAGOANO 1. INTRODUÇÃO O Programa Água Doce (PAD) é uma ação do Governo Federal coordenada pelo Ministério do Meio Ambiente, por meio da Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano, que, em parceria com instituições federais, estaduais, municipais e da sociedade civil, atua implantando e recuperando sistemas de dessalinização em comunidades que sofrem com elevados déficits hídricos. O PAD tem como base as experiências adquiridas pelo Programa Água Boa, que foi formulado em 1996 sob coordenação técnica da Universidade de Campina Grande, objetivando instalar dessalinizadores na região do semiárido, porém sem atentar para a destinação do concentrado resultante do processo de dessalinização, para a manutenção preventiva e gestão dos sistemas, causando, além de impactos ambientais, redução da qualidade da água distribuída e desativação de sistemas por ausência de gestão adequada. O lançamento do Programa ocorreu em 2004, tendo como objetivo o “estabelecimento de uma política pública permanente de acesso à água de boa qualidade para o consumo humano, promovendo e disciplinando a implantação, a recuperação e a gestão dos sistemas ambiental e socialmente sustentáveis, para atender, prioritariamente, as populações de baixa renda em localidades difusas no semiárido”. O PAD se fundamenta em algumas premissas básicas de contexto mundial e nacional: O compromisso do governo federal de garantir, à população do semiárido, o acesso à água de boa qualidade; A Declaração do Milênio, que apresenta como meta atender, até 2015, metade da população sem acesso permanente e sustentável à água potável; O Capítulo 18 da Agenda 21, que orienta a manutenção de oferta adequada de água de boa qualidade, o desenvolvimento de fontes novas e alternativas de abastecimento de água, como dessalinização e reciclagem, e a delegação às comunidades e indivíduos beneficiados da responsabilidade pela implementação e funcionamento dos sistemas de abastecimento de água; A deliberação da I Conferência Nacional do Meio Ambiente, que propõe a elaboração e implementação de um plano de ação nacional de combate à desertificação, que promova programas e projetos de dessalinização da água de 2 REALIZAÇÃO DE DIAGNÓSTICO E ATIVIDADES DE PLANEJAMENTO PARA RECUPERAÇÃO DE SISTEMAS DE DESSALINIZAÇÃO PELO PROGRAMA ÁGUA DOCE EM COMUNIDADES DO SEMIÁRIDO ALAGOANO poços artesianos em comunidades afetadas pela estiagem, com o treinamento das pessoas atendidas e aproveitamento sustentável dos rejeitos da atividade; As premissas da Declaração do Semiárido, que são: a conservação, o uso sustentável, a recomposição ambiental dos recursos naturais e o acesso à água. Para atender à proposta de reduzir os impactos ambientais causados pelo processo de dessalinização e dar sustentabilidade aos sistemas, o Programa integrou à sua estrutura física tanques de contenção do concentrado, e à sua metodologia de ação trabalhos de mobilização social, sustentabilidade ambiental e sistemas de dessalinização, formando assim os componentes do PAD. O Programa trabalha com dois tipos de sistemas, dependendo dos recursos financeiros e áreas disponíveis. Assim, são denominados sistemas simples quando a estrutura é composta por reservatórios de água bruta e água potável, dessalinizador, chafariz e tanques de contenção; e Unidades Demonstrativas, quando o tanque de contenção do concentrado é aproveitado para criação de peixe, cuja espécie utilizada atualmente é a tilápia (Oreochromis sp.), atingindo uma produção média de 700 kg a cada ciclo de 4 meses. O resíduo da piscicultura é utilizado para irrigação do cultivo de Atriplex nummularia, conhecida como erva-sal, devido à sua habilidade de retirar parte de sal da água. Por fim, essa planta é utilizada para alimentação de caprinos e ovinos, devido ao seu elevado teor proteico, fechando o sistema integrado. Diante desses objetivos, a área de atuação do PAD corresponde aos territórios abrangidos pelo Semiárido brasileiro, o qual, conforme o Grupo de Trabalho Interministerial – GTI composto em 2004 pela Portaria Interministerial no 6 assinada pelo Ministério da Integração Nacional e pelo Ministério do Meio Ambiente, é definido adotando-se os seguintes critérios: . Precipitação pluviométrica média anual inferior a 800 milímetros; . Índice de aridez de até 0,5, calculado pelo balanço hídrico, que relaciona a precipitação e a evapotranspiração potencial, no período de 1961 e 1990; e . Risco de seca maior que 60%, tomando-se por base o período entre 1970 e 1990. A problemática dessa região é amplamente conhecida, marcada especialmente pelos períodos de seca acompanhados por medidas mitigadoras emergenciais historicamente adotadas que, apesar de necessárias, são ineficientes para uma resolução sustentável do abastecimento de água para a população rural de comunidades difusas – onde as 3 REALIZAÇÃO DE DIAGNÓSTICO E ATIVIDADES DE PLANEJAMENTO PARA RECUPERAÇÃO DE SISTEMAS DE DESSALINIZAÇÃO PELO PROGRAMA ÁGUA DOCE EM COMUNIDADES DO SEMIÁRIDO ALAGOANO consequências da estiagem se tornam mais intensas devido tanto à sua localização distante de áreas atendidas por adutoras coletivas de abastecimento de água, como também por suas atividades socioeconômicas serem totalmente vinculadas e, com isso, dependentes das condições do ambiente natural. O acesso à água dessas localidades é feito especialmente via soluções alternativas coletivas sem rede – carros-pipa e chafarizes – e soluções alternativas individuais – poços particulares, cisternas ou coleta de água em rios e açudes. Em Alagoas, 38 municípios compõem a região, localizados na parte oeste e representando 48% do território alagoano. Figura 1 – Municípios inseridos no Semiárido Alagoano 4 REALIZAÇÃO DE DIAGNÓSTICO E ATIVIDADES DE PLANEJAMENTO PARA RECUPERAÇÃO DE SISTEMAS DE DESSALINIZAÇÃO PELO PROGRAMA ÁGUA DOCE EM COMUNIDADES DO SEMIÁRIDO ALAGOANO 2. APRESENTAÇÃO A metodologia do Programa Água Doce é baseada em uma sequência de ações que são desenvolvidas de forma integrada entre seus diferentes componentes. Uma vez que o Programa busca atender as áreas consideradas mais críticas, especialmente quanto aos aspectos de desenvolvimento social e acesso à água em quantidade e qualidade adequada para o consumo, alguns indicadores são agrupados e utilizados para identificar os municípios que apresentam os piores resultados, se tornando prioritários para direcionamento das ações. Os indicadores utilizados para isso são: menores índices pluviométricos, menor Índice de Desenvolvimento Humano municipal, maior índice de mortalidade infantil e ausência ou dificuldade de acesso a outras fontes de abastecimento de água. O Contrato nº 005/2013, celebrado entre o Estado de Alagoas, por intermédio da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos – SEMARH, e a Gama Engenharia e Recursos Hídricos Ltda., previa a realização do diagnóstico de 303 comunidades dispostas nos 38 municípios do Semiárido Alagoano. O Termo de Referência que subsidiou a contratação da Gama Engenharia indicou a ordem de atendimento dos 38 municípios segundo a qual deveriam ser realizados os diagnósticos. No entanto, as 303 comunidades diagnosticadas abrangeram somente os 30 primeiros municípios. Com isto, objetivando-se contemplar todos os municípios indicados, foi firmado o 4º Termo Aditivo ao Contrato Nº 004/2013, que prevê a realização do diagnóstico de 75 comunidades nos municípios de Girau do Ponciano, Craíbas, Igaci, Jaramataia, Traipu, Belo Monte, Arapiraca e Coité do Nóia. O P1-A apresentou o diagnóstico socioambiental e técnico de 35 comunidades nos municípios de Girau do Ponciano, Jaramataia, Coité do Nóia, Traipu, Craíbas e Igaci. Ocorre que, em razão do não-atendimento aos requisitos estabelecidos pelo PAD, o município de Belo Monte somente indicou 5 comunidades para realização do diagnóstico, ao passo que o município de Arapiraca não indicou nenhuma. Sendo assim, para a consecução do diagnóstico das 40 comunidades restantes, se fez necessário o retorno a alguns dos 30 municípios do período pré-aditivo, com vistas à realização do diagnóstico em novas comunidades, que não foram contempladas naquela ocasião. Com isto, o presente produto corresponde ao P1-B, contendo o diagnóstico socioambiental e técnico de 42 comunidades: 5 REALIZAÇÃO DE DIAGNÓSTICO E ATIVIDADES DE PLANEJAMENTO PARA RECUPERAÇÃO DE SISTEMAS DE DESSALINIZAÇÃO PELO PROGRAMA ÁGUA DOCE EM COMUNIDADES DO SEMIÁRIDO ALAGOANO Quadro 1 – Comunidades diagnosticadas no P1-B. Ordem Município Comunidade 36 Igaci Serrote do Jacuípe 37 Belo Monte Tapera 38 Belo Monte Riacho da Jacobina 39 Belo Monte Poço do Marco 40 Belo Monte Olho D'Água Novo 41 Belo Monte Boa Vista 42 Traipu Assentamento Sítio Novo 43 Traipu Belo Horizonte 44 Traipu Lagoa do Tabuleiro 45 Traipu Baixio 46 Major Izidoro Bela Aurora 47 Major Izidoro