Corpxs Sem Pregas.Pdf
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André Luís Rosa corpxs sem pregas performance, pedagogia e dissidências sexuais anticoloniais Tese de Doutoramento em Estudos Artísticos, Especialização em Estudos Teatrais e Performativos, orientada pelo Professor Doutor Fernando Matos Oliveira e pela Professora Doutora Adriana Conceição da Silva Pereira Bebiano do Nascimento, apresentada ao Departamento de História, Estudos Europeus, Arqueologia e Artes da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra 2017 Faculdade de Letras corpxs sem pregas performance, pedagogia e dissidências sexuais anticoloniais André Luís Rosa Tese de Doutoramento Orientadores Professor Doutor Fernando Matos Oliveira Professora Doutora Adriana Conceição da Silva Pereira Bebiano do Nascimento Área científica Estudos Artísticos Especialidade Estudos Teatrais e Performativos Data 2017 I II Ao meu filho Pedro Marcelo, que dá piruetas de sentidos em minha vida! III IV Agradecimentos Muitos são os encontros que se fazem em inúmeras sutilezas e sabores, que se mesclam em uma rede constante de amores, afetos, conhecimentos e formas de (re)existir: Minha mãe e meu pai, Vera Lúcia Possebon Rosa e Benedito Rosa, com quem percebi, mesmo que tardiamente, o tempo de espera da colheita. Professor Fernando Matos Oliveira, acolhedor de todas as minhas propostas e devaneios, incentivador da ampliação da pesquisa em performance e, sobretudo, atencioso e colaborador com a minha produção como artista/educadxr/pesquisadxr em Portugal. Obrigadx por me propiciar um espaço de liberdade entre a criação, o ativismo, a academia e a escrita. Professora Adriana Bebiano, mulher e teórica feminista, a quem nutro especial admiração pela coragem, posicionamento, ética e comprometimento com práticas e teorias emancipatórias de vida. Em meio às orientações, pausa para os tragos e as gargalhadas! Andreia Morado, Pedro Vaz, Daniela Proença e Kamilla Dantas, companheirxs e cúmplices do Movimento Sem Prega, sem xs quais eu não teria conseguido. Amo-xs profundamente! Juliana Ferrari, mulher guerreira da magia das artes e das cartas, com quem aprendi sobre companheirismo, amor e lealdade na arte e na vida. Minha profunda gratidão por zelar e cuidar do meu maior tesouro. Cristiane Werlang, para me provar que o amor de uma amizade e a irmandade de coração desabrocham, quando menos se espera, em flores de além-mar. Yalorixá Jaciara Ribeiro, mulher negra e guerreira, cuidadora e zeladora de meu Ori e da minha ancestralidade. Alexandre Cruz, sempre meu the best diretor, com quem partilho o respiro da criação. Iracy Vaz, mulher paraense do Sul não global - tantas vezes obliterado - uma maravilhosa e intensa surpresa de amor, carinho e admiração. Ensinou-me que a entrega se faz mesmo em tempos de transição. Priscilla Davanzo, minha diva pop da body art, ensina-me os prazeres e as contradições de um corpo em performance errante. Admiro-te! V Fabio Superbi e Leon Bucaretchi, (re)encontros de afetos que geram tantos ativamentos e potências na minha vida e na arte. Camila Bonifácio, mulher negra e educadora em arte, com quem aprendo a saborear o tempo da vida, do prazer e do amor. Aldo Mendéz, pelas doces e perfurantes palavras que me arrebatam e seduzem. Isaac Abadia, por reencontrar o amor em mim. Coordenador do 3º ciclo dos Estudos Artísticos da Unversidade de Coimbra, pelo cuidado e zelo na condução da minha trajetória nesta Instituição de Ensino e desenvolvimento da pesquisa. Por fim, agradeço a CAPES pela Bolsa de Estudos, sem a qual esta pesquisa não existiria. VI Resumo Esta pesquisa trata de práticas e teorias artísticas e educacionais que elaboram desidentificações às hegemônicas epistemologias ocidentais, através da proposição de metodologias criativas e políticas em performance e pedagogia que reinscrevem e reconstroem discursos, representações, imaginários e práticas corporais, em (re)posicionamentos que transitam entre as dissidências sexuais e as desobediências anticoloniais. As estratégias adotadas, neste trabalho, estão entrelaçadas com as minhas vivências e identidades fraturadas enquanto artista/pesquisador/educador latino-americano e dissidente sexual, por meio de construtos artísticos nomeados, aqui, de convivialidades performáticas transficcionais que questionam as relações geopolíticas constituídas através das colonialidades em agendas culturais, educacionais e existenciais da produção de conhecimentos entre o global e o local. Para isto, proponho uma coreorgia entre as instâncias de criação, realização, documentação e análise de cinco convivialidades performáticas transficcionais, a partir de conhecimentos incorporados no ao vivo e/ou por mediações tecnológicas, em uma escrita performativa, instaurando possíveis pistas para os corpxs sem pregas: protocolos de experimentação em arte, cosmovisão artístico- educacional que contamina corpxs e espaços, em liminares dissidências sexuais e desmontagens epistêmicas anticoloniais. De forma debochada, os corpxs sem pregas podem acionar rachaduras na colonial/modernidade, que possam interferir e reconstruir corpxs e espaços em performance e pedagogia, escancarando para outras formas de viver e (re)existir, em múltiplas intersecções, resistências, conhecimentos e curas. Palavras-chave: performance, pedagogia, dissidências sexuais, desobediências anticoloniais, convivialidades, transficções. VII VIII Abstract This research deals with practices and artistic and educational theories that elaborate desidentifications to the hegemonic western epistemologies, through the proposition of creative and political methodologies in performance and pedagogy that reinscribe and reconstruct speeches, representations, imaginaries and corporal practices, in (re)positions that transit between the sexual dissent and anticolonial disobedience. The strategies adopted in this research are intertwined with my experiences and fractured identities as a Latin American artist/researcher/educator and sexual dissident, through artistic constructs named here as transfictional performative convivialities, which question the geopolitical relations that occur through colonialities in cultural, educational and existential agendas of the production of knowledge between the global and the local. I thus propose a coreorgia among the instances of creation, realization, documentation and analysis of five transfictional performative conviviality, from knowledge incorporated in lived and/or by technological mediations, in a performative writing, establishing possible pointers for corpxs sem pregas: protocols of experimentation in art, an artistic-educational cosmovision that contaminates bodies and spaces, in liminal sexual dissidents and anticolonial epistemic disassemblies. I propose the concept of the debauch body, as a way for, corpxs sem pregas to trigger cracks in the colonial/modernity, which may thus interfere with and rebuild bodies and spaces in performance and pedagogy opening wide for other forms of living and (re)existing at multiple intersections, resistances, knowledge and cures. Key words: performance, pedagogy, sexual dissent, anticolonial disobedience, conviviality, transfictions. IX X Lista de Imagens (Vestígios) Vestígio 1: Desire Borders (Porto, agosto/2015) ............................................................................... 104 Vestígio 2: cartaz-convite do Desire Borders apregoado à porta do quarto no Espaço de Intervenções Culturais Maus Hábitos (Porto, agosto/2015) ............................................................ 105 Vestígio 3: Lava a Bandeira, CSC (Coletivo Sociedade Civil), Lima/Peru, 2000 .......................... 113 Vestígio 4: Desire Borders (Porto, agosto/2015) ............................................................................... 118 Vestígio 5: Desire Borders (Porto, agosto/2015) ............................................................................... 121 Vestígio 6: Desire Borders (Porto, agosto/2015) ............................................................................... 123 Vestígio 7: Desire Borders (Porto, agosto/2015) ............................................................................... 126 Vestígio 8: Desire Borders (Porto, Agosto/2015) ............................................................................. 127 Vestígio 9: Flyer de divulgação da Exposição Trabalha-Dores do Cu no Espaço de Intervenções Culturais Maus Hábitos (Porto, agosto/2015).................................................................................... 133 Vestígio 10: Anúncio do Desire Borders na Exposição Trabalha-Dores do Cu no Espaço de Intervenções Culturais Maus Hábitos (Porto, agosto/2015) ............................................................ 134 Vestígio 11: Programa do Colóquio Internacional Conceitos e Dispositivos de Criação em Artes Performativas (Coimbra, novembro/2015) ........................................................................................ 135 Vestígio 12: Desenho feito e assinado por um dos participantes durante o Desire Borders (Porto, agosto/2015) ............................................................................................................................................ 136 Vestígio 13: Desenho feito por um dos participantes durante o Desire Borders (Porto, agosto/2015) ............................................................................................................................................ 137 Vestígio 14: Anotações do artista André Rosa durante a realização do Desire Borders (Porto, agosto/2015). ..........................................................................................................................................