Vivace Tipografia Beira Alta, Lda. • Allegro BMC CAR • Dão · Quinta do Perdigão • Andante Grupo de Amigos do Museu Grão Vasco • João Carlos Osório de Almeida Mateus • PsicoSoma • Adágio Amável dos Santos Pendilhe • Ana Luísa Nunes Afonso • Ana Paula Ramos Rebelo • Armanda Paula Frias Sousa Santos • Benigno Rodrigues • Carlos Dias Andrade e Maria José Andrade • Engrácia Castro • Farmácia Ana Rodrigues Castro • Fernanda de Oliveira Ferreira Soares de Melo • Fernando Soares Poças Figueiredo e Maria Adelaide Seixas Poças • Geraldine de Lemos • Isabel Maria Pais e António Cabral Costa • Isaías Gomes Pinto • José Luís Abrantes • José Gomes Moreira da Costa • Julieta Teresa de Melo Gomes Ribeiro • Júlio da Fonseca Fernandes • Maria de Fátima Ferreira • Maria de Fátima Rodrigues Ferreira Moreira de Almeida • Marina Bastos • Martin Obrist e Maria João de Ornelas Andrade Diogo Obrist • Miguel Costa e Mónica Sobral • Nanja Kroon • Pastelaria Doce Camélias, Lda • Paula Nelas • Paulo Jorge dos Santos Marques • Pedro Miguel Sampaio de Carvalho de Tovar Faro • Pieter Rondeboom e Magdalena Rondeboom • Raul Albuquerque e Vitória

© Fred N.S. © Fred Espada • Teresa da Conceição Azevedo • Vítor Domingues • Júnior Ana Mafalda Seabra Abrantes • Ana Margarida Rodrigues • Beatriz Afonso Delgado • Brígida Caiado • Carla Filipa Seabra Abrantes • Diogo Rafael Teixeira Ascenção • Eduardo Miguel de Amorim Barbosa • Marta Ribeiro Figueiredo • Matilde Figueiredo Alves • Pedro Dinis de Amorim Barbosa.

NORBERTO LOBO

Músico nascido em Lisboa no ano de 1982, Norberto Lobo é já uma das figuras princi- MECENAS

pais da música portuguesa deste arranque de século. N.S. © Fred

Dono de um percurso aparte de qualquer meio de ensino académico especializado, Norberto Lobo edificou o seu trajeto através de uma aprendizagem riquíssima e inde- TEATRO VIRIATO | CENTRO DE ARTES DO ESPECTÁCULO DE VISEU pendente, tanto individual quanto generosa e comunal, por uma panóplia vastíssima Paulo Ribeiro Diretor-geral e de Programação • José Fernandes Diretor Administrativo • Paula Garcia de música. Ao longo dos anos em Portugal tem colaborado com artistas como os Diretora Adjunta • Ana Cláudia Pinto Assistente da Direção • Maria João Rochete Responsável de Produção • Carlos Fernandes Assistente de Produção • Nelson Almeida, Paulo Matos, Pedro Teixeira München, Chullage ou Lula Pena, para além de ser cofundador dos projetos Norman, e Rui Cunha Técnicos de Palco • Marisa Miranda Imprensa e Comunicação • Teresa Vale Produção Coletivo Páscoa e Tigrala. Já partilhou palcos ou digressões com variadíssimos mú- Gráfica • Gisélia Antunes Bilheteira • Emanuel Lopes Técnico de Frente de Casa • Fátima Domingues e Raquel Marcos Receção • Paulo Mendes Auxiliar de Receção/Vigilância • Consultores Maria de sicos internacionais, como é o caso Lhasa de Sela, Devendra Banhart, Larkin Grimm, Assis Swinerton Programação • Colaboradores António Ribeiro de Carvalho Assuntos Jurídicos • Naná Vasconcelos ou Rhys Chatham. José António Loureiro Eletricidade • Contraponto Contabilidade • Paulo Ferrão Técnica de Palco • José António Pinto Informática • Cathrin Loerke Design Gráfico • Acolhimento do Público André Norberto Lobo já deu dezenas de concertos em vários países, com destaque recente Rodrigues, Bruno Marques, Catarina Ferreira, Daniela Fernandes, Diogo Almeida, Franciane Maas França, Francisco Pereira, Joana Tarana, João Almeida, Luis Figueiral, Maria Carvalho, Margarida para aparições ao vivo no celebrado Café Oto em Londres e na Fundação Calouste Gul- Fonseca, Neuza Seabra, Ricardo Meireles, Rui Guerra, Sandra Amaral e Vânia Silva. benkian da capital inglesa. A sua discografia a título individual é feita das edições de Mudar de Bina (Bor Land, 2007) e Pata Lenta (Mbari, 2009), discos aclamados de forma Colaboração Técnica praticamente unânime pelo jornalismo nacional da área da música. Deu já uma quan- MÚSICA tidade realmente impressionante de concertos por todo o país, onde o público o tem estrutura acolhido com o maior entusiasmo e admiração. É versado em várias guitarras, com financiada por: 06 OUT’12 particular dedicação nos últimos anos à acústica, à elétrica, e, mais recentemente, à tambura, que tem sido o seu principal instrumento no projeto Tigrala, e que foi feita à mão e oferecida de surpresa por um admirador seu na Dinamarca.

Próximo espetáculo PROJETO COM A COMUNIDADE / PERFORMANCE 12 a 14 OUT NORBERTO

© Vasco Célio © Vasco ATLAS de ANA BORRALHO & JOÃO GALANTE (PT)

sex e sáb 21h30 e dom 16h30 | 80 min. preço 2,53 // s/ descontos m/ 12 anos LOBO

ESPAÇO CRIANÇA DISPONÍVEL APRESENTAÇÃO DO DISCO “MEL AZUL” (MBARI) NORBERTO LOBO © Fred N.S. © Fred

60 min. aprox. Na música de Norberto Lobo, um original e um indepen- Norberto Lobo não pertence a nenhuma escola mas estará seguro que terá muito a aprender com a cantora e compositora Larkin Grimm. Tantas outras passadas, um número delas m/ 4 anos dente, reside uma qualidade rara nas progressões esté- com praticamente todas (senão todas mesmo), nem qualquer tentativa de descrição do seu insofismável para o futuro. ticas da criação sonora dos dias de hoje. A ideia nova, a trabalho estará minimamente completa se a associar a uma ou outra linhagem em particular. Interpretação Desde a saída de Pata Lenta, o primeiro dos seus discos com distribuição internacional, Norberto Lobo busca pelo inaudito, coexiste nela com a composição e a Como já o disse em entrevista ao jornal Expresso, ele próprio “sempre foi mais de ouvir o músico (guitarra acústica e tambura) que, para além da imprensa nacional que de forma praticamente unânime tratou o dis- interpretação enquanto exercício pessoal de comunica- que o estilo”. co como o clássico contemporâneo da música portuguesa (que o é, indubitavelmente), ção e de desbravamento em comunhão com o público. Desta forma, conseguiu encontrar direção nesta viagem solista tão audaz - que tantas vezes, também os media na Europa e nos Estados Unidos ficaram rendidos ao músico. (...) Norberto Lobo é um autodidata, característica que ao fundir informação aparentemente tão dispersa, pode ser perigosíssima ao nível da constru- é passível de causar surpresa tendo em conta a técnica Norberto iniciou a sua carreira a solo de guitarrista acústico quando, após testemunhar ção de uma identidade – num acontecimento exclusivo daqueles que conseguem destrinçar o virtuosa que demonstra. O seu percurso, precisamente um concerto do músico britânico James Blackshaw, versado na escola de blues e de benigno do maligno da música. Se estes primeiros anos do Norberto Lobo foram rodeados de por não ter passado por qualquer trâmite académico, fingerpicking tornada célebre por e , compreendeu que havia tanta gente e tantas ideias tão diferentes, e se aí ele seguiu concentrado nas várias direções que dando provas evidentes de uma visão lúcida e rica da espaço, e, para surpresa de Norberto, interesse por parte do público em ouvir o tipo de o interessaram, parte do fascínio de lhe seguir o rasto futuro estará nesse constante inespera- música presente e passada, existe completamente para composição e registo não completamente distante do que acabara de ver, que era algo do, que até agora tem tido resultados consistentemente tremendos. lá de uma ótica escolástica, enciclopédica e cronológica em que já trabalhava em casa há bastante tempo. Daí aos seus primeiros concertos ao dos gestos e das tradições artísticas. Desta maneira, vários elementos técnicos aparentemente contraditórios (porque o foram tantas vivo foi um tiro, e imediatamente recebeu uma receção extremamente entusiasta. vezes na música do passado) existem em total harmonia na música de Norberto Lobo. Um liris- Se muita da música surgida na pós-modernidade Mudar de Bina (Bor Land, 2007), o seu álbum de estreia, intitulado a partir do original mo português sem qualquer estereótipo capaz de pegar em técnicas de bluegrass de viragem peca por ser afirmativa e assertiva de um ato criativo Mudar de Vida de Paredes (de que aqui é feita uma versão) era uma montagem de gra- para a segunda metade do século XX; a melodia mais universal no centro de uma composição presente que ignora a sua correspondência pretérita, vações nos mais variados quartos, salas, momentos, exteriores, por aí e em todo o lado, que abraça por completo um trabalho assente em dissonâncias e ressonâncias harmónicas; Norberto Lobo, aprendendo e assimilando tanta músi- mais alguns temas em estúdio, sempre que a necessidade e a ocasião assim o ditavam. uma peça que surge a trabalhar intervalos e técnicas microtonalistas a abrir-se para um en- ca de uma forma tão natural e autónoma de qualquer A capa por Abel Manta, tirada de um quadro que sempre vira desde miúdo em casa de caixe harmónico que aprendeu num disco de música mandinga. Prova atrás de prova da que academia, tratando de encontrar o que lhe interessava uma amiga, o suporte gráfico ideal para estaassemblage de pessoas, locais e materiali- eventualmente será uma das formas mais belas, poéticas e íntegras de realmente lidarmos fazer, achou um lugar (onde cabem todos os outros) em zações, já surpreendentemente maturadas para os 25 anos à época do artista. com todo o acesso a informações culturais de que dispomos – um processo de aprendizagem que arquiteta a sua voz, retirando para ela inspiração sério, artesanal, ciente do quão gradual é a nossa descoberta das coisas, e do quão preciosa é Pata Lenta, editado em meados de 2009 pela Mbari (também casa de B Fachada, Ricar- dos ensinamentos que cartografou com reverência e o cada lição que se leva de cada situação vivida. do Rocha ou Lula Pena), está a ser o álbum da primeira de muitas consagrações mais maior engenho. generalizadas de Norberto Lobo. Gravado nos estúdios Golden Pony e masterizado por Assim, no seu percurso, são já muitas as histórias que Norberto tem para contar de estrada Entre a guitarra transcendente de Carlos Paredes, as Tó Pinheiro da Silva, é um documento resplandecente da galopante evolução técnica e de Lisboa. Uma noite partilhada com , que ficou maravilhado com o que ouviu. melodias de uma nova caleidoscopia referencial dos e do enorme talento composicional do Norberto, com capa feita de uma pintura do tio Primeira parte de um concerto a pedido expresso de Lhasa de Sela no Canadá (Lhasa gostou Tortoise na Chicago dos anos 1990, a brutal sofisticação Michael Biberstein e a música dedicada aos seus pais. tanto que Norberto teve que repetir o número mais duas vezes). Um encontro fortuito com Gary humana, melódica e harmónica de Paulinho da Viola, Lucas, o eterno guitarrista de Captain Beefheart, que escreveu sobre ele as palavras mais sim- Mel Azul é o mais recente registo da sua discografia individual, que se espera que seja ou um contrabaixista que Norberto tenha conhecido páticas. Um palco dividido com Devendra Banhart. A apresentação lisboeta da peça minimalista mais uma manifestação grandiosa da criatividade deste músico. numa festa de amigos na semana anterior, não existe seminal de Rhys Chatham Trio no Museu do Chiado. Uma digressão pelo norte da Europa qualquer valorização verticalizada.