Recursos hídricos, usos e contradições na bacia do Rio Paraíba1

Ivonete Berto Menino2 e Janeide Albuquerque Cavalcanti3

1Trabalho apresentado como parte da disciplina Tópicos Avançados de Irrigação do curso de Pós Graduação em Recursos Naturais da UFCG, -PB. Av. Aprígio Veloso, 882, Bodocongó, CEP, 28109-970. 2Empresa Estadual de Pesquisa Agropecuária da Paraíba, EMEPA-PB, pesquisadora, doutoranda em Recursos Naturais, pela Universidade Federal de Campina Grande, Av. Aprígio Veloso, 882, Bodocongó, CEP, 28109-970, Campina Grande-PB. E-mail: 3Professora, Centro de Ciências Jurídicas e Sociais - UFCG, Campus Sousa, PB, MSc em Ciência da Computação. Rua Sinfrônio Nazaré, 38, Centro, CEP 58.800-240, Sousa-PB. E-mail: [email protected]

Resumo – O crescimento da população humana nas áreas de influência das bacias hidrográficas e a exploração agrícola desordenada vêm causando exaustão dos recursos naturais e ariscos aos ecossistemas, economia e saúde pública. O objetivo deste estudo é abordar a política de recursos hídricos, potencial, usos e contradições da Bacia do Rio Paraíba. Fez-se levantamento bibliográfico e documental do município de , PB, e na Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado da Paraíba - AESA/PB dos procedimentos técnicos adotados para a gestão política de recursos hídricos do município, monitoramento e concessão das outorgas. Foram aplicados 52 questionários estruturados, entrevistas abertas gravadas, observação direta e interações sociais junto aos moradores ribeirinhos e associações comunitárias para o reconhecimento do arranjo socioambiental estabelecido na área. Para 76% dos entrevistados, a bacia do Rio Paraíba apresenta potencial econômico, social e agrícola para o desenvolvimento de diversos atividades que compõem a cadeia produtiva da região. Foi constatado que o produtor faz uso de 83% dos recursos hídricos para o abastecimento humano e animal, e 17% para o uso agrícola. O alto uso dos recursos hídricos na bacia do Rio Paraíba e sua escassez requerem que os mananciais sejam constantemente monitorados e adotados planejamento racional e gestão do uso para evitar colapso no fornecimento de água.

Palavras-chave: recurso hídrico, uso da água, planejamento racional, bacia hidrográfica, ecossistema, outorga. Water resources, uses and contradictions in basin of Paraíba River

Abstract – The growth of the human population in the areas of hydrographic basins and agricultural exploration been causing depletion of natural resources and risks in ecosystems, in economy and public health. The objective of this study is to address the water resources policy, potential, uses and contradictions of the Paraiba River Basin. It was done a survey bibliographical and documentary of Monteiro municipality, PB, and in Executive Agency of Water Management in the State of Paraíba – EASA/PB on the technical procedures adopted for the water resources management policy of the municipality, monitoring and granting of grants. Fifty-two structured questionnaires were administrated, recorded open interviews, direct observation and social interactions with riverine dwellers and community Associations to the recognition of the socioenvironmental arrangement established in area. For 76% of respondents, the basin of Paraíba River presents potential economic, social and agricultural for the development of various activities that comprise the production chain in the region. It was found that the producer uses 83% of water resources for human and animal supply, and 17% for agricultural use. The high use of water resources in basin of Rio Paraíba and its scarcity require that the water sources are monitored constantly and adopted rational planning and use management to avoid collapse of the water supply.

Keywords: water resource, water use, rational planning, hydrography basin, ecosystem, grant.

Introdução necessidades básicas e vitais. Daí a crescente preocupação com os problemas nos domínios dos recursos hídricos, Os problemas crescentes relacionados com o uso dos principalmente no que se refere aos desafios relacionados recursos hídricos dizem respeito à adequação entre a com a escassez, a poluição e a contaminação das águas, entre demanda e a oferta de água. O crescimento da população outros, que podem cada vez mais condicionar o desejável humana nas áreas de influência das bacias hidrográficas, desenvolvimento socioeconômico do país. juntamente com a exploração desordenada, tem trazido O uso dos recursos hídricos da bacia do Paraíba, além do diversos problemas, notadamente a exaustão dos recursos consumo humano e animal que são as prioridades de naturais e a diminuição da qualidade ambiental, com riscos à primeira grandeza abrangem diversificados tipos de integridade dos ecossistemas, à economia e à saúde pública. exploração com culturas de subsistência, fruticultura, A água doce, um bem finito, está cada vez mais escassa, não aquicultura e atividades de exploração mineraria da pedra somente por ser um elemento imprescindível à vida, mas calcária e extração de areia no leito e margens do rio, todos também fator condicionante do desenvolvimento econômico com rendimentos econômicos satisfatórios, porém, com e do bem estar social. Sua disponibilidade no planeta riscos de degradação dos seus recursos naturais. Essas corresponde a 2,5%, e está relacionada com a sobrevivência atividades, por vezes, são contraditórias e conflitantes com a dos seres vivos que aqui habitam, para atender suas sustentabilidade, pois por um lado surge o desenvolvimento

Tecnol. & Ciên. Agropec., João Pessoa, v.7, n.1, p.47-52, mar. 2013 47 econômico da região, com melhoria na qualidade de vida, e procedimentos técnicos adotados para a gestão da política de por outro lado, a degradação ambiental com poluição e recursos hídricos do município, monitoramento e concessão exaustão dos corpos hídricos. das outorgas. Para complementação e validação do estudo Um dos difíceis problemas que essa bacia enfrenta para de caso, criou-se um banco de dados, através da aplicação de sua gestão é a escassez hídrica, decorrente da crescente 52 questionários estruturados, entrevistas abertas gravadas, demanda, uso desordenado e irregularidades climáticas. observação direta e interações sociais junto aos moradores Para enfrentar estes desafios a Lei Federal nº 9.433/1997, ribeirinhos e associações comunitárias, no intuito de conhecida como Lei das Águas, instituiu a Política Nacional compreender como esses grupos sociais estão organizados de Recursos Hídricos (PNRH), e criou o Sistema Nacional de para o processo de gestão participativa dos recursos hídricos, Gerenciamento de Recursos Hídricos com o intuito de uso do solo e finalmente o reconhecimento do arranjo assegurar à atual e às futuras gerações água em qualidade e socioambiental estabelecido na área. disponibilidade suficientes através da utilização racional e Os dados de categorização foram submetidos à análise integrada, da prevenção e da defesa dos recursos hídricos estatística descritiva (distribuição de frequência, contra eventos hidrológicos críticos e a Lei Estadual nº porcentagem, média). As análises foram realizadas de 6.608/1996 (PERH), que juntas instituiu a Política Nacional acordo com Gomes (1985) e Zimmermann (2004), e Estadual de Recursos Hídricos, respectivamente; e o utilizando o programa SPSS – Statistical Package for the decreto nº 19.258/97 que dispõe sobre o controle técnico das Social Sciences, versão 10.0 para Windows. obras e serviços de oferta hídrica (PARAÍBA, 1997), entre outras legislações. Além da implementação do Comitê Estadual de Bacias Hidrográficas com a adoção de modelos SbrT SbbP de gestão dos recursos hídricos que integram os princípios e -2 SbmP SbaP a visão sistêmica e integrada dos elementos que compõe o -4 meio ambiente tendo a bacia hidrográfica como unidade de planejamento e gestão, de forma participativa e -6 descentralizada, como forma adequada de tomada de decisão -8 na administração da água voltados para o uso humano e -10 atividades agrícolas. O presente trabalho teve como objetivo Latitude -12 principal abordar a política de Recursos Hídricos, potencial, -14 Legenda: usos e contradições da Bacia do Rio Paraíba. SbrT - Sub-bacia do Rio Taperoá -16 SbbP - Sub-bacia do baixo Paraíba SbmP - Sub-bacia do médio Paraíba -18 SbaP - Sub-bacia do alto Paraíba Material e Métodos -48 -46 -44 -42 -40 -38 -36 Longitude A área de estudo contempla a Bacia Hidrográfica do Rio Figura 1. Localização da Bacia do Rio Paraíba do Norte. Paraíba do Norte, o qual é totalmente paraibano e perfaz uma Fonte: Araújo et al. (2009). extensão de 300 km. Nasce na Serra Jabitacá, no Município de Monteiro, com o nome de rio do Meio, sendo sua mais alta Resultados e Discussão vertente originária do Pico da Bolandeira, a uma altitude 2 1.079 metros. Sua bacia corresponde a 18.000 km e A bacia do Rio Paraíba apresenta clima ameno, com rios representa 32% da área territorial do estado, que tem mais de de caráter em sua maioria intermitentes, desde a nascente até 60% de suas fronteiras constituídas de divisores de águas, sua foz. De acordo com a Tabela 1, o potencial sendo que o contorno sul quase reproduz em escala maior a econômico é de 42,3%, sendo a pecuária a principal bacia do Rio Paraíba, que deu o nome ao Estado (Silva, fonte de renda com71,2%, seguida da agricultura com 2010). Encontra-se subdividida nas sub-bacias: do Taperoá, 28,8%. Observou-se que 51,9% dos moradores vivem Alto, Médio e Baixo curso do Rio Paraíba (Araújo et al., 2009), conforme ilustrado na Figura 1. em condição de moradia boa, demonstrando o potencial Segundo a classificação de Köppen, o clima da bacia é do socioeconômico da Bacia do Rio Paraíba para o tipo Bsh (semiárido quente), cuja precipitação média situa- desenvolvimento da região. Entretanto, práticas se na faixa de 489,6 mm anuais para a série de 2003 a 2012 educativas de preservação ambiental devem ser (AESA, 2012), sendo consideradas muito baixas, o que implementadas uma vez que apenas 21,2% e 15,4% favorece a uma estação seca que pode se prolongar por 11 preservam a mata ciliar e nascentes, respectivamente, e meses. As médias de temperatura nunca são inferiores a 24 71,2% usam agrotóxicos. No que se refere à exploração ºC, sendo a mínima de 18 ºC e a máxima de 32 ºC. agrícola foram citados as culturas oleaginosas (algodão e Inicialmente para o estudo de caso foi feito um mamona); a cultura de subsistência no período chuvoso levantamento bibliográfico e documental do município (milho, feijão e batata doce), e fruticultura (banana, manga, seguido de um levantamento junto a Agência Executiva de goiaba, abacaxi, caju); as olerícolas (tomate, pimentão, Gestão das Águas do Estado da Paraíba (AESA-PB) dos coentro, cebolinha, repolho). Na Figura 2 observa-se a

48 Tecnol. & Ciên. Agropec., João Pessoa, v.7, n.1, p.47-52, mar. 2013 Tabela 1. Frequências relativas e absolutas dos moradores entrevistados na bacia do Rio Paraíba.

Variáveis n (%) Produção Agrícola Comercializa 22 42,3 Não comercializa 30 57,7 Fontes renda Agricultura 15 28,8 Pecuária 37 71,2 Preservação da mata ciliar Preserva 11 21,2 Não preserva 41 78,8 Uso de Agrotóxicos Usa 37 71,2 I.B. Menino Não usa 15 28,8 Preservação de Nascentes Preserva 8 15,4 Não preserva 44 84,6 Condições de Moradia Boa 27 51,9 Precária 25 48,1 Total 52 100,0 Fonte: Pesquisa de campo exploração de culturas de subsistência às margens do Rio Paraíba, no período chuvoso. Na parte sul ocorre às explorações de piscicultura, carcinocultura e plantações de cana-de-açúcar. Observa-se ainda, uma crescente especulação imobiliária com extinção de manguezais, mata atlântica e matas de restingas. I.B. Menino Tais atividades, sem a eficiente gestão dos recursos Figura 2. Exploração de culturas de subsistência às margens ambientais favorecem a sua degradação com possível do Rio Paraíba, no período chuvoso. colapso de água. Conforme confrontado com relato do Comitê de Bacias Hidrográficas (CBH, 2004), nas margens degradadas. Das constatações in loco, o pequeno produtor do rio, onde havia árvores de grande porte, a agropecuária as faz uso de 83 % dos recursos hídricos para o abastecimento eliminou, contribuindo para o assoreamento do rio e a humano e animal, e 17% para o uso agrícola, validando essas compactação do solo pelo pisoteio do gado, cuja atividades já citadas pelo (PARAÍBA, 2006). consequência é a gradativa diminuição da vazão de água no A ausência de planejamento e gestão dessas atividades leito do rio (Figura 3). Tais práticas agropecuárias têm sido contrapõe a Lei nº 6.608, de 02 de julho de 1996, que institui responsáveis pelo processo de degradação ambiental e a Política Estadual de Recursos Hídricos (PERH), em seu diminuição das nascentes que alimentam a Bacia do rio capítulo 1, que trata da gestão em seus objetivos e princípios Paraíba. Não obstante, são práticas culturais arraigadas ao básicos, na seção II, deixando bem claras as seguintes imaginário sertanejo, que dificultam a solução dos proposições: i) O acesso aos recursos hídricos é direito de problemas socioambientais. todos e objetiva atender às necessidades essenciais da Ocorrem diversos conflitos socioambientais, seja pela sobrevivência humana; ii) Os recursos hídricos são um bem grande vocação leiteira da bacia favorecendo a poluição das público, de valor econômico, cuja utilização deve ser águas pelo lançamento de esgotos e efluentes das indústrias tarifada; iii) A bacia hidrográfica é a unidade básica físico- locais e regionais; seja pela exploração de areia, destruição territorial de planejamento e gerenciamento dos recursos das áreas de preservação permanentes e matas ciliares, uso hídricos; iv) O gerenciamento dos recursos hídricos far-se-á indevido do solo, inexistência de planejamento da irrigação de forma participativa e integrada, considerando os aspectos agrícola e uso de agrotóxico, deixando as áreas totalmente quantitativos e qualitativos desses recursos e as diferentes

Tecnol. & Ciên. Agropec., João Pessoa, v.7, n.1, p.47-52, mar. 2013 49 Para estes conflitos e contradições, Derani (2002) apud Brito (2008) enfoca que “o desenvolvimento sustentável implica, então, no ideal de um desenvolvimento harmônico da economia e da ecologia que devem ser ajustados numa correlação de valores onde o máximo econômico reflita igualmente um máximo ecológico”. Portanto, serão necessárias mudanças no estilo de vida e padrões de consumo atual para que a sobrevivência e a qualidade de vida das gerações futuras não sejam comprometidas. Nesse sentido, a gestão dos recursos hídricos propõe à humanidade questões éticas, políticas e econômicas essenciais, visto que os conflitos por água quase sempre estão relacionados à gestão dos recursos hídricos. Quanto à outorga, a implementação dos direitos de uso é um ato administrativo pelo qual a autoridade outorgante concede ao outorgado o direito de uso dos recursos hídricos, por prazo

I.B. Menino determinado e de acordo com os termos e condições preestabelecidas. A outorga não representa alienação (venda) das águas, posto que são inalienáveis. A outorga visa dar garantia quanto à disponibilidade de água, assumida como insumo básico de processo produtivo (Machado, 2001). Na bacia do Rio Paraíba, a outorga vem sendo solicitada pelos usuários dos recursos hídricos para diversos fins como irrigação, aquicultura e comercio, com prioridade para o abastecimento humano das cidades de Campina Grande, Pocinhos, Boqueirão, Queimadas, Caturité, Riacho de Santo Antônio e dos distritos de Galante e São José da Mata. Destaca-se também, os constantes abastecimentos, através de carros-pipas, a vários outros centros populacionais menores, rurais e urbanos, por ocasião da seca ou quando os seus mananciais se encontram exauridos. Nesse contexto, Silva Júnior (2010) relata que a vazão de água bruta retirada para essa finalidade, estimada pela Companhia de Água e

I.B. Menino Esgotos da Paraíba (CAGEPA), oscilava em torno de 1,0 m³/s, antes do racionamento. Segundo dados da AESA Figura 3. Assoreamento do leito do Rio Paraíba próximo ao (2010), na bacia do Rio Paraíba, foram cadastrados 1.495 Município de e , respectivamente. usuários em 2010, expedidas 775 outorgas e 103 encontram- se em processamento. Dessas 775 outorgas expedidas, 215 fases do ciclo hidrológico; v) O aproveitamento dos recursos destinam-se ao abastecimento humano, 281 à irrigação, 104 hídricos deverá ser feito racionalmente, de forma a garantir o à indústria, 85 ao comércio, 82 à aquicultura, 7 lazer, e uma desenvolvimento e a preservação do meio ambiente; vi) O para lançamento de efluentes. O maior uso dos recursos aproveitamento e o gerenciamento dos recursos hídricos hídricos ocorre nas sub-bacias do baixo e médio Rio Paraíba serão utilizados como instrumento de combate aos efeitos com 73,03% e 38,71%, respectivamente (Tabela 2). Para adversos da poluição, da seca e do assoreamento todas essas concessões é importante salientar que, a (PARAÍBA, 1996). suspensão da outorga não gera direito à indenização aos Diante dos diversos conflitos ambientais que essa bacia outorgados e seu prazo máximo de concessão é de 35 anos, enfrenta, provenientes do mau uso dos recursos hídricos sendo também passível de renovação. Para concessão da associados à escassez das chuvas que faz com que a maior outorga deverá ser averiguada a necessidade do estudo de parte de seus rios e córregos sejam intermitentes ou impacto ambiental. Se o estudo se faz necessário, a outorga temporários, inclusive, os dois principais afluentes do açude só deverá ser concedida após a sua execução (Machado, Epitácio Pessoa, o Rio Taperoá e o Rio Paraíba no seu alto 2001). A primeira concessão da outorga tem a duração de um curso, torna-se imperiosa a implementação de uma gestão ano. participativa e descentralizada, visando atender as De acordo com o artigo 12, da Lei 9.433/97 estão sujeitos populações ribeirinhas e minimizar os conflitos gerados por à outorga os seguintes usos: I – derivação e captação de todos. parcela da água existente em um corpo de água para

50 Tecnol. & Ciên. Agropec., João Pessoa, v.7, n.1, p.47-52, mar. 2013 Tabela 2. Outorgas emitidas em 2010, por tipo de uso, em cada sub-bacia do Rio Paraíba.

Sub-bacia do Sub-bacia do Sub-bacia do Sub-bacia do Usos Total % Alto Paraíba Médio Paraíba Baixo Paraíba Rio Taperoá Abastecimento humano 52 11 126 26 215 27,74 Aquicultura 4 5 72 1 82 10,58 Comercial 0 1 83 1 85 10,97 Industrial 2 1 95 6 104 13,42 Irrigação 75 12 184 10 281 36,26 Lazer 2 0 5 0 7 0,90 Lançamento de efluentes 0 0 1 0 1 0,13 Total 135 30 566 44 775 (17,42%) (3,87%) (73,03%) (5,68%) (100,00%) Fonte: AESA-PB, 2010 consumo final, inclusive abastecimento público, ou insumo ARAÚJO, L.E.; MORAES NETO, J.M.; SOUSA, F.A.S. de processo produtivo; II - extração de água de aquífero Análise Climática da Bacia do Rio Paraíba - Índice de subterrâneo para consumo final ou insumo de processo Anomalia de Chuva (IAC). Engenharia Ambiental, produtivo; III - lançamento em corpo de água de esgotos e Espírito Santo do Pinhal, v.6, n.3, p.508-523, set./dez. 2009. demais resíduos líquidos ou gasosos, tratados ou não, com o fim de sua diluição, transporte ou disposição final; IV - BRASIL. Lei n° 9.433, de 8 de Janeiro de 1997. Institui a aproveitamento de potenciais hidrelétricos; V – outros usos Política Nacional de Recursos hídricos, cria o Sistema que alterem o regime, a quantidade e qualidade da água Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos. existente em um corpo de água. Disponível em: . Acesso em: 9 fev. 2012. da extração e derivação da água, mas também os decorrentes da utilização dos cursos e corpos d'água como assimiladores BRITO, F.B. Conflito pelo uso da água do açude Epitácio de efluentes. A citada lei, em seu artigo 12, §1º, também Pessoa, Boqueirão – PB. 2008. 210p. Dissertação enumera os usos que não dependem de outorga, quais sejam: (Mestrado em Geografia) - PPGG/CCEN/UFPB, João os que se destinam ao abastecimento de pequenos núcleos Pessoa, PB. 2008. Disponível em: . os que têm uma vazão de até 2000 L/hora, como também os Acesso em: 2 jun. 2012. lançamentos de efluentes considerados insignificantes. CBH. Proposta de instituição do comitê das bacias Conclusões hidrográfica do litoral norte conforme Resolução Nº 1 de 31 de agosto de 2003 do CNRH/PB. João Pessoa, PB: 1. Em razão do alto uso dos recursos hídricos na bacia e CNRH/PB, dez. 2004. sua escassez, os mananciais devem ser constantemente monitorados e adotados o planejamento racional e gestão do DERANI, C. A propriedade na Constituição de 1998 e o uso para evitar colapso no fornecimento de água. conteúdo da função social. In: Revista de Direito 2. É imprescindível a adoção constante da outorga a qual Ambiental, São Paulo, v. 7, n. 27, jul./set. 2002. se constitui num eficiente instrumento de controle, fiscalização e sustentabilidade dos recursos hídricos. GOMES, F.P. Curso de estatística experimental. 11ed. rev. ampl. Piracicaba, SP: Escola Superior de Agricultura “Luiz Referências de Queiroz”, Nobel, 1985. 466p.

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52 Tecnol. & Ciên. Agropec., João Pessoa, v.7, n.1, p.47-52, mar. 2013