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LISTA DE TABELAS

Tabela 1: IDESE: Educação no Município...... 52 Tabela 2: IDESE Renda no Município...... 53 Tabela 3: IDESE Saneamento e Domicílios no Município...... 53 Tabela 4: IDESE Saúde no Município...... 54 Tabela 5: IDESE Agregado no Município...... 54 Tabela 6: Índices socioeconômicos do Município...... 56 Tabela 7: População residente no Município por faixa etária e por sexo...... 57 Tabela 8: Evolução da população no Município...... 58 Tabela 9: Finanças públicas em 2009...... 60 Tabela 10: PIB do Município...... 61 Tabela 11: PIB per capita do Município...... 62 Tabela 12: VAB municipal para o ano de 2010...... 63 Tabela 13: Participação do VAB de cada setor...... 64 Tabela 14: Participação do Município no VAB do Estado...... 65 Tabela 15: Módulos Escolares disponíveis no Município...... 68 Tabela 16: População residente alfabetizada...... 69 Tabela 17: IDEB no ...... 70 Tabela 18: Unidades de saúde em termos de quantidade de atendimentos médicos mensais...... 71 Tabela 19: Número de funcionários para cada departamento/secretaria...... 75 Tabela 20: Frota municipal...... 75 Tabela 21: Quantidade de materiais recicláveis recuperados no Município...... 89 Tabela 22: Estabelecimentos de saúde (CNES)...... 94 Tabela 23: Projeção populacional do Município...... 126 Tabela 24: Geração diária e anual de resíduos sólidos domiciliares...... 128 Tabela 25: Estimativa de crescimento populacional e geração de resíduos sólidos domiciliares...... 129 Tabela 26: Geração de resíduos em cenário atual, de curto, médio e longo prazo. 130 Tabela 27: Resumo dos investimentos do PMGIRS do município de Campina das Missões– RS...... 196

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Organograma da estrutura administrativa...... 13 Figura 2: Área de planejamento do PMGIRS...... 15 Figura 3: Processo de Planejamento dos Planos de Gestão de Resíduos Sólidos. .. 17 Figura 4: Projeto de Mobilização Social ...... 18 Figura 5: Localização geográfica do Município...... 21 Figura 6: Limites do Município de Campina das Missões...... 22 Figura 7: Vista Aérea da zona urbana do Município...... 23 Figura 8: Regiões funcionais do estado do Rio Grande do Sul...... 24 Figura 9: Localização do Município na região de Fronteira Noroeste...... 25 Figura 10: Principais acessos ao Município...... 27 Figura 11: Porcentagem da área total do Município na zona rural e urbana...... 28 Figura 12: Regiões fisiográficas do Rio Grande do Sul...... 29 Figura 13: Classificação geológica do Município...... 30 Figura 14: Classificação do Solo do Município...... 30 Figura 15: Classes de uso e ocupação do solo do Município em área (ha)...... 32 Figura 16: Classes de uso e ocupação do solo do Município em porcentagem...... 32 Figura 17: Mapa de uso e ocupação do solo do Município...... 34 Figura 18: APP Mata Ciliar/Nascentes X Uso e Ocupação do Solo ...... 35 Figura 19: Porcentagens de ocupação do uso do solo em APP...... 36 Figura 20: Áreas em hectares de ocupação do uso do solo em APP...... 36 Figura 21: Classificação hidrogeológica do Município...... 38 Figura 22: Mapa hidrogeológico da Bacia Hidrográfica U030...... 38 Figura 23: Regiões hidrográficas e bacia hidrográfica Turvo/ Santa Rosa/ ...... 40 Figura 24: Unidade de Planejamento de Gestão Comandaí/ Amandaú...... 41 Figura 25: Hidrografia do Município...... 43 Figura 26: Temperatura média mensal ocorrida ano de 2012...... 45 Figura 27: Precipitação média mensal do ano de 2012...... 45 Figura 28: Áreas de preservação permanente – matas ciliares...... 48 Figura 29: Áreas de preservação permanente – declividades...... 49 Figura 30: Comparação dos IDESEs do Município...... 55 Figura 31: Porcentagem populacional da zona urbana e rural...... 56 Figura 32: Pirâmide etária do Município...... 58 Figura 33: Evolução da população total, urbana e rural...... 59 Figura 34: Evolução do PIB do Município no período de 1999 a 2010...... 62 Figura 35:Evolução do PIB per capita do Município...... 63 Figura 36: Participação do VAB de cada setor...... 64 Figura 37: Composição Gravimétrica do Município...... 83 Figura 38: Sistema de Coleta Seletiva do Município...... 86 Figura 39: Sistema de Coleta Seletiva do Município...... 86 Figura 40: Central de Triagem e Estação de Transbordo...... 87 Figura 41: Local de transbordo dos resíduos...... 88 Figura 42: Esteira (A) e baias de separação dos resíduos (B)...... 88 Figura 43: Prensagem (A) e enfardamento (B)...... 89 Figura 44: Local de acondicionamento temporário dos RSS Municipais...... 96 Figura 45: Local de acondicionamento temporário dos RSS Municipais...... 96

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Figura 46: Dejetos de bovinos despejados diretamente no solo...... 100 Figura 47: Resíduos com logística reversa encontrados na central de triagem...... 102 Figura 48: Folder informativo distribuído para a população...... 106 Figura 49: Material de divulgação do programa ECOCAMPINA...... 106 Figura 50: Recipientes para coleta de pilhas e baterias...... 107 Figura 51: Divulgação do programa e convocação de colaboradores...... 108 Figura 52: Envolvimento da comunidade (A), adereços produzidos(B)...... 108 Figura 53: Projeção populacional do Município...... 127 Figura 54: Vista parcial do Município com localização do aterro controlado...... 184 Figura 55: Imagem do local elaborada com uso de GPS ...... 184 Figura 56: Vista da área do aterro controlado de Campina das Missões...... 186 Figura 57: Piezômetro instalado na área...... 186 Figura 58: Cortinamento vegetal...... 187

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1: Dados gerais do Município...... 20 Quadro 2: Dados referentes à agricultura do Município...... 65 Quadro 3: Dados referentes à pecuária do Município...... 66 Quadro 4: Elementos Patrimoniais do Município ...... 74 Quadro 5: Classificação dos Resíduos quanto aos riscos ao Ambiente...... 77 Quadro 6: Classificação dos resíduos quanto à sua origem...... 78 Quadro 7: Estrutura Operacional, Fiscalizatória e Gerencial...... 81 Quadro 8: Fatores que influenciam nas características dos resíduos sólidos ...... 82 Quadro 9: Cálculo para geração per capita...... 84 Quadro 10: Roteiros utilizados na área rural do Município...... 84 Quadro 11: Custos com o manejo dos resíduos sólidos domiciliares e comerciais. .. 90 Quadro 12: Relação entre receitas e despesas do gerenciamento dos resíduos...... 91 Quadro 13: Quantidade de RSS recolhida em 2012...... 95 Quadro 14: Estimativa anual dos resíduos especiais gerados no Município...... 103 Quadro 15: Escala simplificada de comparação dos critérios...... 114 Quadro 16: Pesos dos indicadores de resíduos sólidos...... 115 Quadro 17: Identificação dos geradores sujeitos a elaboração de Planos Específicos ...... 117 Quadro 18: Custos com o gerenciamento dos resíduos sólidos no Município...... 121 Quadro 19: Objetivos e metas para o PMGIRS ...... 132 Quadro 20: Ações imediatas...... 146 Quadro 21: Ações propostas em curto prazo...... 148 Quadro 22: Ações propostas em médio prazo...... 156 Quadro 23: Ações propostas em longo prazo...... 159 Quadro 24: Ações sistemáticas...... 161 Quadro 25: Ações emergenciais ...... 167 Quadro 26: Dados dos municípios que poderão fazer parte da solução consorciada...... 172 Quadro 27: Informações sobre os municípios participantes da gestão associada. . 173 Quadro 28: Critérios para seleção de áreas para implantação do Aterro Sanitário. 174 Quadro 29: Quadro referência de competências e responsabilidades...... 178 Quadro 30: Ajustes na legislação local ...... 188 Quadro 31: Cronograma de investimentos para ampliação e melhorias do sistema ...... 191 Quadro 32: Síntese do Indicador de Resíduos Sólidos...... 200 Quadro 33: Dados gerais da empresa de consultoria contratada...... 206 Quadro 34: Equipe de profissionais responsáveis pela elaboração do PMGIRS. ... 207

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas CNES Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde CONAMA Conselho Nacional do Meio Ambiente CORSAN Companhia Rio-grandense de Saneamento ETA Estação de Tratamento de Água ETE Estação de Tratamento de Esgoto FAMURS Federação das Associações dos Municípios do Rio Grande do Sul FEE Fundação de Economia e Estatística FEPAGRO Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária FEPAM Fundação Estadual de Proteção Ambiental IBAMA Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IDESE Índice de Desenvolvimento Socioeconômico IDH Índice de Desenvolvimento Humano INPEV Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias MMA Ministério do Meio Ambiente NBR Norma Brasileira Registrada PEV Ponto de Entrega Voluntária PMCM Prefeitura Municipal de Campinas das Missões PMGIRS Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos RCC Resíduos da Construção Civil RSS Resíduos de Serviços de Saúde SISNAMA Sistema Nacional do Meio Ambiente SINIR Sistema Nacional de Informações sobre a Gestão dos Resíduos Sólidos SNIS Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento SNVS Sistema Nacional de Vigilância Sanitária SUASA Sistema Único de Atenção à Sanidade Agropecuária VAB Valor Agregado Bruto

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SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO ...... 10 1 ETAPA 1 – DEFINIÇÃO DAS BASES DE TRABALHO ...... 12 1.1 DEFINIÇÃO DOS AGENTES ENVOLVIDOS ...... 12 1.1.1 Estrutura administrativa municipal ...... 13 1.2 DEFINIÇÃO DA UNIDADE DE PLANEJAMENTO ...... 14 2 ETAPA 2 – DIAGNÓSTICO GERAL ...... 16 2.1 BASE LEGAL ...... 16 2.1.1 Leis, planos, códigos e estudos existentes ...... 16 2.2 HIERARQUIZAÇÃO DOS PLANOS DE GESTÃO ...... 17 2.3 DA EXIGÊNCIA DE PARTICIPAÇÃO E DE CONTROLE SOCIAL ...... 17 2.4 MOBILIZAÇÃO SOCIAL DO PMGIRS ...... 18 2.5 ABRANGÊNCIA ...... 19 2.5.1 Abrangência geográfica ...... 19 2.5.2 Abrangência temporal ...... 19 2.6 DADOS GERAIS DO MUNICÍPIO ...... 19 2.6.1 Caracterização do território ...... 20 2.6.2 Histórico do município ...... 25 2.6.3 Acessos ...... 26 2.6.4 Ordenamento territorial – urbano e rural ...... 27 2.6.5 Características físicas ...... 28 2.6.6 Características biológicas ...... 46 2.6.7 Características socioeconômicas ...... 51 2.6.8 Saneamento básico ...... 73 2.6.9 Turismo e lazer ...... 73 2.6.10 Prefeitura Municipal ...... 75 3 ETAPA 3 – DIAGNÓSTICO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS...... 76 3.1 RESÍDUOS SÓLIDOS: ORIGEM, DEFINIÇÕES E CARACTERÍSTICAS ...... 76 3.2 ESTRUTURA OPERACIONAL, FISCALIZATÓRIA E GERENCIAL ATUAL ...... 81 3.3 CARACTERIZAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS ...... 81 3.3.1 Fatores que influenciam nas características dos resíduos sólidos ... 81 3.3.2 Composição gravimétrica ...... 83 3.3.3 Geração Per capita ...... 83 3.3.4 Resíduos sólidos domiciliares e comerciais ...... 84 3.3.5 Resíduos de varrição, poda e capina ...... 91 3.3.6 Resíduos da construção civil – RCC ...... 92 3.3.7 Resíduos de serviço de saúde - RSS ...... 93 3.3.8 Resíduos cemiteriais e funerários ...... 97 3.3.9 Resíduos agrosilvopastoris...... 98 3.3.10 Resíduos especiais com logística reversa obrigatória ...... 101 3.3.11 Resíduos industriais ...... 103 3.3.12 Resíduos volumosos ...... 103 3.3.13 Resíduos dos serviços públicos de saneamento básico ...... 104 3.3.14 Resíduos do serviço de transporte ...... 105 8

3.4 PROGRAMAS EXISTENTES ...... 105 3.4.1 Programa ECOCAMPINA ...... 106 3.4.2 Programa de coleta de óleo de cozinha usado ...... 107 3.4.3 Programa Natal Pet ...... 108 3.4.4 Programa ECOCAMPINA - Coleta de Pneus ...... 109 3.5 ANÁLISE HIERÁRQUICA ...... 109 3.5.1 Indicador de Salubridade Ambiental ...... 109 3.5.2 Método de Análise Hierárquica ...... 113 3.6 IDENTIFICAÇÃO DOS GERADORES QUE ESTÃO SUJEITOS A ELABORAÇÃO DE PLANOS ESPECÍFICOS OBRIGATÓRIOS ...... 115 3.7 IDENTIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS SUJEITOS A ELABORAÇÃO DE SISTEMA DE LOGÍSTICA REVERSA ...... 120 3.8 CUSTOS ATUAIS ...... 121 3.9 CARÊNCIAS E DEFICIÊNCIAS DO SISTEMA ...... 121 4 ETAPA 4 – PROGNÓSTICO ...... 124 4.1 PROJEÇÃO DE CENÁRIOS ...... 124 4.1.1 Projeção populacional ...... 125 4.1.2 Projeção da quantidade de resíduos sólidos gerados ...... 127 4.1.3 Estudo da demanda ...... 130 4.2 OBJETIVOS E METAS ...... 131 5 ETAPA 5 – PROGRAMAS, PROJETOS E AÇÕES ...... 145 5.1 DEFINIÇÃO DE PROGRAMAS, PROJETOS E AÇÕES ...... 145 5.1.1 Ações Imediatas ...... 145 5.1.2 Curto prazo ...... 147 5.1.3 Médio prazo ...... 155 5.1.4 Longo prazo ...... 158 5.2 AÇÕES SISTEMÁTICAS ...... 160 5.3 AÇÕES EMERGENCIAIS ...... 167 5.4 PERSPECTIVAS PARA A GESTÃO ASSOCIADA COM MUNICÍPIOS DA REGIÃO ...... 170 5.5 DEFINIÇÃO DE ÁREAS PARA DISPOSIÇÃO FINAL DOS RSU ...... 173 5.6 DEFINIÇÃO DAS RESPONSABILIDADES PÚBLICAS E PRIVADAS ...... 177 5.7 INCLUSÃO SOCIAL DE COOPERATIVAS E CATADORES ...... 179 5.8 REGRAMENTO DOS PLANOS DE GERENCIAMENTO OBRIGATÓRIOS ...... 180 5.9 EDUCAÇÃO AMBIENTAL ...... 182 5.10 IDENTIFICAÇÃO DOS PASSIVOS AMBIENTAIS RELACIONADOS AOS RESÍDUOS SÓLIDOS ...... 183 5.11 SISTEMÁTICA DE ORGANIZAÇÃO DAS INFORMAÇÕES LOCAIS ...... 187 5.11.1 Ajustes na legislação geral e específica ...... 187 6 ETAPA6 – AVALIAÇÃO DA SUSTENTABILIDADE DO PLANO ...... 190 6.1 EQUACIONAMENTO ECONÔMICO-FINANCEIRO E INSTITUCIONAL ...... 190 6.2 PROGRAMA DE INVESTIMENTOS ...... 196 6.2.1 Formas de cobrança dos custos dos serviços públicos ...... 197 7 ETAPA 7 – AVALIAÇÃO DO PLANO ...... 199 7.1 INDICADORES DE MONITORAMENTO ...... 199

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7.2 MONITORAMENTO E VERIFICAÇÃO DOS RESULTADOS E REVISÃO PERIÓDICA DO PMGIRS ...... 200 7.3 CONTROLE SOCIAL ...... 201 8 ETAPA 8 – RESPONSABILIDADES PARA IMPLEMENTAÇÃO E OPERACIONALIZAÇÃO DO PLANO ...... 204 9 EMPRESA DE CONSULTORIA RESPONSÁVEL PELOS ESTUDOS TÉCNICOS 206 9.1 EQUIPE TÉCNICA ...... 207

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APRESENTAÇÃO

O gerenciamento de resíduos sólidos tem por finalidade, evitar prejuízos ou riscos à população e ao meio onde está inserida, observando as normas pertinentes relativas à saúde pública, segurança, meio ambiente e proteção individual e coletiva. Esta finalidade perpassa ainda questões como, menores custos de operação e responsabilidade socioambiental. O Plano Municipal de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos (PMGIRS) traça como objetivo criar e usar das condições para o adequado gerenciamento dos resíduos sólidos, tendo como princípio a hierarquia que, segundo a Lei Federal nº 12.305, de 02 de agosto de 2010 (BRASIL, 2010), deve ser observada para a gestão dos resíduos: não geração, redução, reutilização, reciclagem, tratamento dos resíduos sólidos e disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos, instituindo uma ordem de precedência que deixa de ser voluntária e passa a ser obrigatória. O presente PMSB foi elaborado pela equipe técnica da ECOMASTER Engenharia Ambiental, empresa consultora contratada pela Prefeitura Municipal de Campina das Missões – RS, com contribuições significativas do Comitê Executivo e do Grupo de Sustentação. Para isto, foi constituída uma equipe técnica multidisciplinar especializada, que elaborou o conjunto de atividades e tarefas descritas neste PMGIRS, com o objetivo de atender o que determina a Constituição Federal e nos preceitos da Lei nº 12.305 (BRASIL, 2010). Vislumbra-se com este trabalho, por meio do resultado de um diagnóstico realizado, definir-se critérios de solução técnica aos problemas evidenciados, para a implementação de políticas públicas municipais na área de gestão de resíduos sólidos, de forma a promover a universalização do atendimento, que compreende o conjunto de todas as atividades que propiciem à população local, o acesso aos serviços básicos de que necessita, maximizando a eficácia das ações e resultados. Almeja-se firmar o marco norteador para a consecução de uma gestão sustentável dos resíduos gerados na Cidade de Campina das Missões, mediante o desenvolvimento e incentivo constantes da prática da coleta seletiva, dos sistemas de logística reversa, das ferramentas relacionadas ao incremento da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos, do ordenamento

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das ações de reciclagem e reaproveitamento de materiais reutilizáveis e recicláveis, dos processos de monitoramento e fiscalização, da integração e educação ambiental e social necessárias, da cooperação técnica financeira entre os setores público e privado, notadamente para o desenvolvimento de pesquisas, métodos e tecnologias de gestão para os resíduos sólidos urbanos, da instituição de responsabilização direta por danos ambientais e, em contrapartida, dos incentivos fiscais, financeiros e creditícios considerados necessários à preservação ambiental. Este Plano tem como um dos principais objetivos, a criação de uma política pública que integre as leis existentes e aprimore a abordagem sobre os resíduos, considerando as suas particularidades, as melhores estratégias para minimizá-los e os procedimentos legais e administrativos necessários para a sua implantação. O Município contará com um roteiro bem estruturado, elaborado com a participação da população local e baseado em estudos técnicos consistentes, que oriente a atuação do poder público, seja como prestador direto dos serviços ou na delegação a terceiros, de forma a propiciar maior eficiência e eficácia no atendimento à população.

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1 ETAPA 1 – DEFINIÇÃO DAS BASES DE TRABALHO

1.1 Definição dos agentes envolvidos

O Prefeito Municipal de Campina das Missões – RS no uso de suas atribuições, através das Portarias Municipais n.º 214 de Abril de 2013 e n.º 213 de Abril de 2013 cria o Comitê Diretor, Grupo de Sustentação e designa o Coordenador Geral e o Responsável Técnico para o processo de elaboração do PMGIRS e dá outras providências. O Comitê Diretor foi composto pelos membros designados pela Portaria n.º 214, os quais são:  Coordenador geral do Comitê Diretor:

- Carlos Justen, Engenheiro Ambiental CREA RS173529.

 Membros do Comitê Diretor:

- Jairo Eleandro Volkweis, Técnico Agrícola. - Caren Daiana Perius, Engenheira Florestal. - Nilson Rauber Zimermann, Engenheiro Agrônomo. - Nestor Paulo Tozevich, Técnico em Agropecuária. - Gabriel de Oliveira, Engenheiro Civil. - Marcelo Bastian, Graduado em História. - Julci Luis Goerlach, Professor. - Jonas Braun Pozzebom, Pós-Graduado em Gestão Escolar. - Janine Adriane Martini, Enfermeira. - Alcides José Kirsch, Acadêmico do Curso de Tec. em Gestão Ambiental. - Marta Volkmer, Agricultora. - Luis Neiss, Sociólogo (licenciatura). - Níveo Siveris, Agricultor. - Emerson José Gottardo, Chefe da UF Serro Largo/Campina das Missões. - Ademir Afonso Grunitzki, Vereador.

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O Grupo de Sustentação foi composto pelos membros designados pela Portaria n.º 213, os quais são:  Coordenador geral do comitê:

- Jairo Eleandro Volkweis, Técnico Agrícola.

 Membros do Grupo de Sustentação:

- Caren Daiana Perius, Engenheira Florestal. - Marcelo Bastian, Graduado em História. - Julci Luis Goerlach, Professor. - Jonas BraunPozzebom, Pós-Graduado em Gestão Escolar. - Fábio André Bencke, Técnico em Enfermagem. - Alcides José Kirsch, Acadêmico do Curso de Tec. em Gestão Ambiental. - Marta Volkmer, Agricultora. - Luis Neiss, Sociólogo. - Níveo Siveris, Agricultor. - Emerson José Gotardo, Chefe da UF Serro Largo/Campina das Missões. - Daltro Luis Bastos, Vereador.

1.1.1 Estrutura administrativa municipal

A Figura 1 apresenta o organograma da estrutura administrativa da Prefeitura Municipal, a qual possui 8 (oito) secretarias.

Figura 1: Organograma da estrutura administrativa.

Gabinete do Prefeito

Secretaria Secretaria Secretaria Secretaria Municipal Secretaria Municipal Municipal Secretaria Municipal de Secretaria da Trabalho, Bem Municipal da da Municipal Municipal Agricultura Estar Social , de Obras Administraç Educação e da Saúde da Fazenda e Meio Habitação e Públicas ão Cultura Ambiente Turismo

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 Prefeito: Ademir Renato Nedel.  Vice - prefeito: Marino Jacob Goerlach.  Secretaria Municipal da Administração: Celito José Butzen.  Secretaria Municipal da Agricultura e Meio Ambiente: Jairo Eleandro Volkweis.  Secretaria Municipal da Educação e Cultura: Marino Jacob Goerlach.  Secretaria Municipal da Saúde: Fábio André Bencke.  Secretaria Municipal de Trabalho, Bem Estar Social, Habitação e Turismo: Bertila Beata Nedel.  Secretaria Municipal da Fazenda: Laines Büchele Kunst.  Secretaria Municipal de Obras Públicas: Julci Luis Goerlach.

1.2 Definição da unidade de planejamento

A área de planejamento do PMGIRS é delimitada pelo perímetro do Município, sendo compreendida a zona rural e urbana. O PMGIRS abordará o gerenciamento integrado dos resíduos sólidos, nas etapas de coleta seletiva, transporte, transbordo, tratamento e destinação final ambientalmente adequada. A Figura 2: Área de planejamento do PMGIRS. apresenta a área de planejamento do PMGIRS, adotada para o detalhamento do plano, apresenta ainda a área e o perímetro correspondente ao total do Município, zona urbana e rural, respectivamente.

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Figura 2: Área de planejamento do PMGIRS.

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2 ETAPA 2 – DIAGNÓSTICO GERAL

2.1 Base legal

O Plano alinhou-se as Diretrizes da Política Nacional de Resíduos Sólidos, através da legislação consignada abaixo, inserindo a realidade local e as demandas existentes:  Lei Nacional de Resíduos Sólidos - Lei nº 12.305/2010;  Lei Nacional de Saneamento Básico - Lei nº 11.445/07;  Decreto Regulamentador - Lei nº 7.404/2010;  Lei de Consórcios Públicos - Lei nº 11.107/05;  Política Nacional de Meio Ambiente - Lei nº 6.938/81;  Decreto Regulamentador - Lei nº 7.217/10;  Política Nacional de Educação Ambiental - Lei nº 9.795/99;  Política Nacional de Recursos Hídricos - Lei nº 9.433/97;  Crimes Ambientais - Lei Federal 9.605/1998;  Decreto Federal 5.940/2006 - Institui a separação dos resíduos recicláveis;  Instrução Normativa MPOG 01/2010 - Dispõe sobre os critérios de sustentabilidade ambiental.

2.1.1 Leis, planos, códigos e estudos existentes

A seguir, estão relacionados os planos, códigos, estudos e leis já existentes no Município que serviram de subsídio para realização do diagnóstico e para a elaboração do PMGIRS: - Lei Orgânica nº 01 - Lei de Diretrizes e Bases; - Lei de Parcelamento do Solo; - Decreto Plano Local de Habitação de Interesse Social. - Lei do Plano Diretor – N° 151 de 31 de dezembro de 1968.

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2.2 Hierarquização dos planos de gestão

Conforme o Ministério do Meio Ambiente (BRASIL, 2001): “o plano de gerenciamento é um documento que apresenta a situação atual do sistema de limpeza urbana, com a pré-seleção das alternativas mais viáveis e o estabelecimento de ações integradas e diretrizes sob os aspectos ambientais, econômicos, financeiros, administrativos, técnicos, sociais e legais para todas as fases de gestão dos resíduos sólidos, desde a sua geração até a destinação final”. A Figura 3 representa o processo de Planejamento dos Planos de Gestão de Resíduos Sólidos em todos os níveis, onde o Plano Nacional de Resíduos Sólidos assume importância fundamental, seguido dos Planos Estaduais, Microrregionais, Intermunicipais e Municipais.

Figura 3: Processo de Planejamento dos Planos de Gestão de Resíduos Sólidos.

PLANO NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS

Planos Estaduais de Resíduos Sólidos

Planos Planos Municipais Planos Intermunicipais Microrregionais

e de Regiões Metropolitanas Planos de Gerenciamento de RS

Fonte: Adaptado de Ministério do Meio Ambiente (2012).

2.3 Da exigência de participação e de controle social

O processo de elaboração do Plano, assegura a participação e o controle social em suas fases e na implantação das políticas públicas direcionadas ao setor. A proposta prevê mecanismos de participação dos órgãos públicos e da sociedade civil, essa na representação dos Conselhos Municipais e populares interessados.

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2.4 Mobilização social do PMGIRS

A participação social é instrumento de avaliação da eficácia da gestão e da melhoria contínua das políticas e serviços públicos, por parte da população. Pressupõe a convergência de propósitos, a resolução de conflitos, o aperfeiçoamento da convivência social e a transparência dos processos decisórios, com foco no interesse da coletividade. A mobilização social apresenta o planejamento de cada ação de mobilização e participação social, como mostra a Figura 4.

Figura 4: Projeto de Mobilização Social

O que fazer? (Ações) Com quem fazer? Por que fazer? (Atores e (Objetivos) Parceiros)

Projeto de Mobilização Social

Como Divulgar? (Instrumentos e Quando Fazer? Estratégias) (Cronograma)

Como fazer? (Metodologia)

Fonte: Plano Nacional de Resíduos Sólidos (2012).

A participação da sociedade é necessária ao planejamento sustentável nas políticas públicas do Município e na aceitação de suas ações, uma vez que ela é o alvo dos benefícios e agente de enfrentamento das consequências. As técnicas de participação evidenciam o conhecimento dos problemas urbanos e promovem o envolvimento das pessoas no diagnóstico e no desenvolvimento do Plano, sendo que os profissionais com formação técnica-científica, neste sentido, promoverão a filtragem para o bom desempenho.

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Foram convocados representantes de todos os segmentos da sociedade que formam o Município e ainda a população como um todo, e a mobilização social também aconteceu de forma intensa com os Comitês de elaboração do Plano, sendo que cada participante do Comitê levou ao conhecimento de sua área de atuação, especialmente os educandários sediados no Município: o comércio e as comunidades religiosas, fazendo com que houvesse a indicação de opiniões e demandas, assim como, a emissão de uma avaliação dos serviços prestados na área de recolhimento e acondicionamento dos resíduos. Essa mobilização social contribuiu para a formulação de reivindicações, demandas necessárias a curto, médio e longo prazo, diagnóstico da situação atual, formação de parcerias e para a busca de soluções de problemas que afetam a coletividade. Foram realizadas três audiências públicas, uma após a fase de diagnóstico geral, outra na fase de diagnóstico setorial e a última na fase de formalização do Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos.

2.5 Abrangência

2.5.1 Abrangência geográfica

O Plano tem abrangência territorial do município de Campina das Missões, compreendendo a zona urbana e a zona rural.

2.5.2 Abrangência temporal

O Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos foi estruturado para o horizonte temporal de 20 anos, ou seja, de 2013 a 2033.

2.6 Dados gerais do Município

No Quadro 1 estão apresentados os dados básicos referentes ao Município de Campina das Missões – RS, obtidos na Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul – FAMURS (2013).

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Quadro 1: Dados gerais do Município. Município Campina das Missões Gentílico Campinense Endereço da Prefeitura Av. Santa Teresa, 821 CEP 98975000 CNPJ 87.612.859/0001-30 Telefone (55) 3567-1120 Fax (55) 3567-1150 Site campinadasmissoes.rs.gov.br Data de Criação 09/10/1963 Lei de Criação Lei 4.580 de 09/10/1963 Porte do Município Pequeno Porte Área 226,76 km² Posição Geográfica Latitude – 27,989 e Longitude – 54,839 Altitude da Sede 163 m População 6.117 Habitantes (IBGE 2010) Fonte: FAMURS (2013).

2.6.1 Caracterização do território

O Município está localizado no estado do Rio Grande do Sul, pertencendo a Mesorregião Noroeste Rio-grandense e a Microrregião de Cerro Largo, estando distante 526 km de , capital do Estado, a principal via de acesso pavimentada é a RS 307 (FAMURS, 2013). Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE (2013), o Município de Campina das Missões – RS, possui área total de 225,76 km², representando 0,084 % do Estado e 0,002 % de todo o território brasileiro, estando a uma altitude de aproximadamente 163 m, se estendendo entre as coordenadas geográficas, latitude 27º 59' 20" sul e a uma longitude 54º 50' 22" oeste, como apresenta a Figura 5.

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Figura 5: Localização geográfica do Município.

Fonte: IBGE (2013).

O Município de Campina das Missões tem seu território nas limitações:  Ao Norte: ;  Ao Sul: Salvador das Missões;  Ao Leste: Cândido Godói;  Ao Oeste: São Paulo das Missões;  Ao Sudoeste: e Cerro Largo. Conforme apresenta a Figura 6.

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Figura 6: Limites do Município de Campina das Missões.

Fonte: Adaptado de IBGE (2013).

23

A Figura 7 apresenta a vista aérea da zona urbana do Município de Campina das Missões – RS. As imagens são datadas de 2013 e foram obtidas no software Google Earth®, através do satélite GeoEye.

Figura 7: Vista Aérea da zona urbana do Município.

Fonte: MapLink/Tele Atlas (2013).

Segundo a Secretaria de Planejamento, Gestão e Participação Cidadã - SEPLAG (2013), o referencial de planejamento territorial para o estado do Rio Grande do Sul é configurado em 28 regiões, agrupadas em 9 regiões funcionais. A Figura 8 demonstra as regiões funcionais, que foram delimitadas com base nas hierarquias de cidades gaúchas, tendo como parâmetros os fluxos de mercadorias e de pessoas.

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Figura 8: Regiões funcionais do estado do Rio Grande do Sul.

Fonte: Diário oficial Rio Grande do Sul (2008 apud SEPLAG, 2012).

O Município de Campina das Missões – RS está inserido na Região Funcional 7 do estado do Rio Grande do Sul que é constituída por 20 Municípios como se observa na Figura 8 e pertence ao Conselho Regional de Desenvolvimento Fronteira Noroeste, como se verifica na Figura 9.

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Figura 9: Localização do Município na região de Fronteira Noroeste.

Fonte: SEPLAG (2012).

2.6.2 Histórico do município

O nome Campina das Missões tem dois significados, para Missões a designação genérica traz um sentido mais religioso do que político. Por volta de 1902, após as primeiras tentativas de formação de núcleos coloniais, a sociedade União Popular e a Secretaria do Estado dos Negócios e Obras Públicas deliberaram colonizar a área compreendida entre os rios Uruguai e Comandaí, pois, a ocupação definitiva do estado, era um dos objetivos do governador Borges de Medeiros. O nome Campina deve-se à estrutura física e topográfica do local, uma verdadeira campina, em meio à mata virgem. A região começou a ser colonizada em 1909, por imigrantes russos, em sua maioria, provindos da Sibéria, os quais foram atraídos para a região com as propagandas paradisíaca que o governo brasileiro fez da

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região. Acostumados com o frio, os imigrantes russos sofreram com o clima tropical e a dificuldade com o manejo das terras (WIKIPÉDIA, 2013). A inexistência de infraestrutura para a comercialização da produção, associada aos preços não compensadores dos produtos da terra se tornaram os grandes responsáveis pela frustração, desta primeira fase da colonização de Campina das Missões, com isso, quando tinham condições, retornavam à sua terra natal (IBGE, 2013). Forma-se assim, uma segunda colonização, entre 1910 e 1911, principalmente de imigrantes vindos das chamadas “colônias velhas” (São Sebastião do Caí, Montenegro, São Leopoldo, Estrela, Lajeado e ), na sua maioria, povos eslavos (IBGE, 2013), estes possuíam experiência na agricultura e ao contrário dos russos, já estavam acostumados com o clima tropical e o meio agreste, fazendo com que vingassem melhor suas iniciativas. Em 1º de outubro de 1920, Campina foi elevada à categoria de 9° Distrito de Santo Ângelo, sendo, a partir de então denominada de Campina das Missões. Em 9 de agosto de 1931, com a emancipação política e do município de Santa Rosa, o 9º Distrito de Santo Ângelo passou a ser 5° Distrito de Santa Rosa (WIKIPÉDIA, 2013).

No dia 22 de novembro de 1962, os representantes da indústria, comércio e agricultura, escolheram em Assembleia Geral na sede do Clube Bela Vista, os membros da Comissão Emancipadora, que promoveria todos os trabalhos necessários para a emancipação do distrito de Campina. Foram escolhidos dez nomes para a Comissão Emancipadora (WIKIPÉDIA, 2013). Campina das Missões foi emancipada em 9 de outubro de 1963, elevando-se à categoria de Município. O primeiro governo municipal de Campina das Missões começou em 1964 (WIKIPÉDIA, 2013).

2.6.3 Acessos

A distância de Campina das Missões – RS à capital do estado do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, é de aproximadamente 526 km. A principal via de acesso ao Município é a RS 307. A Figura 10 apresenta as principais vias de acesso à sede municipal, através do mapa elaborado a partir da base cartográfica vetorial contínua do estado do Rio Grande do Sul (HASENACK e WEBER, 2010).

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Figura 10: Principais acessos ao Município.

Fonte: Adaptado Departamento Autônomo das Estradas de Rodagem RS, 2013.

2.6.4 Ordenamento territorial – urbano e rural

O Município de Campina das Missões – RS desenvolve sua economia basicamente na zona rural, em pequenas propriedades com mão de obra de caráter familiar. Isto reflete na porcentagem de área das zonas rural e urbana. A Figura 11 apresenta a relação em porcentagem (%) de área entre a zona urbana e zona rural do Município. O Município possui uma área total de 226 km², sendo que 224,2 km² são área rural e 1,80 km² área urbana.

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Figura 11: Porcentagem da área total do Município na zona rural e urbana.

0,80 %

Área Rural Área Urbana

99,20 %

2.6.5 Características físicas

2.6.5.1 Regiões fisiográficas

O Município está inserido na região fisiográfica denominada de Missões, como se pode observar na Figura 12. A região se situa entre os rios Ibicuí, Uruguai e Ijuí. Os principais municípios formadores da região são: Santo Ângelo, São Luiz Gonzaga, Santiago, São Borja, , São Francisco de Assis. Segundo Fortes (1959) apresenta uma área de 31.326 km². Predomina geologicamente o basalto da Serra Geral e aluviões ao longo dos rios. A região possui altitudes de 300 m a 400 m no Leste, caindo para 60 m a 80 m no vale do Uruguai. A vegetação dominante é o campo, nos quais, ocorrem capões do tipo parque timbó. Ao longo dos grandes rios há extensas florestas altas, iguais às florestas latifoliadas do Alto Uruguai.

29

Figura 12: Regiões fisiográficas do Rio Grande do Sul.

Fonte: UFSM (2012).

2.6.5.2 Geologia e geomorfologia

O Município localiza-se na província geomorfológica do Planalto Meridional, apresentando um relevo tipo tectônico, diaclasado e suavemente ondulado, com declividades variando de 3% a 10%, com formação de tabulares (PMCM, 2009). A constituição geológica de Campina das Missões – RS se refere a rochas do grupo São Bento, pertencente à formação Serra Geral, que se compõe de derrames de basaltos, basaltos andesitos, riodacitos e riolito, de filiação toleítica, onde se intercalam, arenitos intertrápicos Botucatu na base e litarenitos e sedimentos vulcanogênicos da porção mediana ao topo da sequencia. O Município pertence à subdivisão Fáceis Paranapanema (K1β pr), como demonstra a Figura 13, que se caracteriza por derrames basálticos granulares finos, melanocráticos, contendo horizontes vesiculares espessos, preenchidos por quartzo, zeolitas, carbonatos, seladonita, cobre inativo e barita (MME, 2006). 30

Figura 13: Classificação geológica do Município.

Campina das Missões

Fonte: Ministério do Meio Ambiente (2006).

2.6.5.3 Pedologia

Para classificar o solo do Município de Campina das Missões – RS, como demonstra a Figura 14, utilizou-se a caracterização dos solos da Bacia Hidrográfica dos Rios Turvo – Santa Rosa – Santo Cristo (U030) que foi realizada a partir do mapa de solos na escala 1:250.000, produzido no âmbito do Projeto Radam Brasil.

Figura 14: Classificação do Solo do Município.

Fonte: RIO GRANDE DO SUL (2012). 31

Como pode ser observado na Figura 14, no Município de Campina das Missões – RS há predominância de dois tipos de solos: Nitossolo Vermelho Eutroférrico típico e Nitossolo Litólico Eutrófico típico. Segundo Streck (2008), o termo Nitossolo lembra agregados nítidos e reluzentes no horizonte B. São solos profundos, apresentando no perfil uma sequencia de horizontes A-B-C, onde o horizonte B é do tipo nítico. Estes solos tem uma aparência muito similar aos Latossolos, pois, também tem pouco incremento de argila com a profundidade e apresentam uma transição difusa gradual entre os horizontes, por isso mostram um perfil muito homogêneo, onde é difícil distinguir os horizontes. Os Nitossolos são geralmente, solos ácidos como CTC baixa (argila de atividade baixa), pelo fato de apresentarem predomínio de caulinita e óxidos de ferro na sua constituição. No Rio Grande do Sul a ocorrência do Nitossolo Vermelho é em relevo suave a ondulado na região do Planalto e Missões, até o Alto Uruguai, geralmente associados com Latossolos. Ainda, segundo Streck (2008) em função de suas propriedades físicas (profundos, bem drenados, muito porosos, friáveis, bem estruturados) e condições de relevo, os Nitossolos geralmente possuem boa aptidão agrícola, desde que corrigida a fertilidade química, podendo ser utilizados com culturas de inverno e verão, exigindo práticas conservacionistas similares às utilizadas nos Latossolos, intercalados ou consorciados com plantas recuperadoras de solos. O uso sistemático de práticas inadequadas, como o desmatamento indiscriminado, as queimadas e a excessiva mobilização do solo, contribuíram para degradação do solo do Município, o qual está intensamente comprometido pela ação da erosão e as culturas respondem menos à aplicação de corretivos e fertilizantes, com isso, o produtor está obtendo baixa produtividade (PMCM, 2009). A região mais localizada a Sul, Oeste e Noroeste, terras localizadas na região do Rio Comandai, são terras mais argilosas, com menores declividades, terras mais férteis e trabalhadas com utilização de mecanização, as produções pecuárias (principalmente leite) com maiores volumes de produção. Nesta região, residem as famílias melhor estruturadas e com maior padrão de vida (PMCM, 2009).

32

2.6.5.4 Uso e ocupação do solo

A Figura 15 e a Figura 16 apresentam as classes de uso e ocupação do solo no Município de Campina das Missões – RS, sendo que a primeira demonstra as áreas em hectares e a segunda à porcentagem de cada classe.

Figura 15: Classes de uso e ocupação do solo do Município em área (ha).

49 ha 177 ha 1.622 ha 5.030 ha

Lâmina D'água 4.187 ha Área Urbanizada Pastagens/Campo nativo Mata Secundária 1.819 ha Monoculturas Mata Nativa/Ciliar Solo Exposto

9.515 ha

Figura 16: Classes de uso e ocupação do solo do Município em porcentagem.

0.2% 1.0% 7.0% 22.0%

Lâmina D'água 19.0% Área Urbanizada Pastagens/Campo nativo Mata Secundária 8.0% Monoculturas Mata Nativa/Ciliar Solo Exposto

42.0%

Pode-se evidenciar que no Município ocorre a predominância de área de monoculturas (42 %), seguida de solo exposto (22 %), além da presença de área 33

mata secundária (19 %), área urbanizada (1 %), área de pastagens/campos nativos (7 %), área de mata nativa/ciliar (8 %) e área com lâminas d’água (0,2 %). A Figura 17 apresenta o mapa de uso de ocupação do solo do Município, demonstrando a abrangência e a localização espacial de cada classe de uso. A Figura 18 apresenta o mapa relacionando as classes de uso e ocupação do solo com as áreas de APPs do Município. Os mapas também podem ser visualizados no Caderno de Mapas, Mapa 1 e Mapa 2, respectivamente. Através da Figura 17 pode-se observar qual tipo de uso do solo oferece maior impacto a áreas de preservação. Os gráficos apresentados na Figura 18 e na Figura 19 mostram as porcentagens e áreas de ocupação do solo em APP, respectivamente.

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Figura 17: Mapa de uso e ocupação do solo do Município.

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Figura 18: APP Mata Ciliar/Nascentes X Uso e Ocupação do Solo

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Através dos gráficos abaixo se pode observar qual tipo de uso do solo oferece maior impacto a áreas de preservação. Os gráficos apresentados na Figura 19 e na Figura 20 mostram as porcentagens e áreas de ocupação do solo em APP, respectivamente.

Figura 19: Porcentagens de ocupação do uso do solo em APP.

1% Solo Exposto 9% 21% Nata Nativa/ Ciliar

Monocultura 31% 15% Mata Secundária

Pastagens/ Campos Nativos 24% Lâmina d´água

Figura 20: Áreas em hectares de ocupação do uso do solo em APP.

23 Solo Exposto 242 553 Nata Nativa/ Ciliar

Monocultura

823 288 Mata Secundária

Pastagens/ Campos Nativos 645 Lâmina d´água

Pode-se observar nos gráficos apresentados, que a maior parcela de ocupação do solo em área de APP no Município é vegetal, ou seja, correspondente a Mata Nativa/Ciliar e Mata Secundária. Porém, verifica-se que as áreas correspondentes às duas classes citadas com a área total que o Município deveria

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terde APPs preservada, há um déficit de cobertura vegetal. As áreas de APPs, juntas, correspondem aproximadamente 19,39% do território ocupando 4.264 hectares. As áreas correspondentes a Mata Nativa/Ciliar e Mata Secundária inseridas nas APPs somam juntas 1.111 hectares, aproximadamente, com isso, podemos verificar o déficit de cobertura vegetal em áreas de APP, sendo que a supressão de vegetação em APP ocasiona a perda de qualidade e quantidade da água dos corpos hídricos afetando principalmente o abastecimento de água e a diluição dos efluentes domésticos tratados.

2.6.5.5 Hidrogeologia

A Bacia Hidrográfica dos Rios Turvo - Santa Rosa - Santo Cristo (U030), na qual o Município está inserido, encontra-se totalmente inserida sobre a Formação Serra Geral, que integra a sequência Vulcano-sedimentar da Bacia do Paraná. Na área da bacia, a Formação Serra Geral caracteriza dois sistemas aquíferos: o Sistema Aquífero Serra Geral I e o Sistema Aquífero Serra Geral II (RIO GRANDE DO SUL, 2012). O Município pertence ao Sistema Aquífero Serra Geral I (sg1), como mostra a Figura 21, o qual possui alta a média possibilidade para águas subterrâneas, onde predominam poços com capacidades específicas extremamente variáveis. Possui porosidade e permeabilidade estabelecida exclusivamente por fraturas e diaclases e caracteriza-se pela descontinuidade, heterogeneidade e anisotropia das suas propriedades hidráulicas. Este sistema ocupa a parte centro-oeste da região dominada pelos derrames da Unidade Hidro estratigráfica Serra Geral no planalto rio-grandense. Constitui-se principalmente de litologias basálticas, amigdaloides e fraturadas, capeadas por espesso solo avermelhado. As capacidades específicas são muito variáveis, existindo poços não produtivos próximos de outros com excelentes vazões. Predominam poços com capacidades específicas ente 1 m³/h/m e 4 m³/h/m e excepcionalmente se encontram valores superiores a 4 m³/h/m. As salinidades em geral são baixas, em média 200 mg/L. Poços que captam mais águas salinas, sódicas e de elevado pH (entre 9 e 10), provavelmente correspondem a porções de

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aquífero influenciadas por águas ascendentes do Sistema Aquífero Guarani (RIO GRANDE DO SUL, 2005).

Figura 21: Classificação hidrogeológica do Município.

Campina das Missões

Fonte: RIO GRANDE DO SUL (2005).

A Figura 22 apresenta a avaliação do potencial hidrogeológico, efetuado a partir das características hidrodinâmicas, geológicas, estruturais e geomorfológicas, e indica a existência de quatro zonas aquíferas.

Figura 22: Mapa hidrogeológico da Bacia Hidrográfica U030.

Fonte: RIO GRANDE DO SUL (2012).

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Como pode ser observado na Figura 22, o Município de Campina das Missões – RS pertence à Zona 1, onde o potencial do aquífero é classificado como muito bom.

2.6.5.6 Hidrografia e hidrologia

O Município pertence à Região Hidrográfica do Uruguai. Segundo a Fundação Estadual de Proteção Ambiental Henrique Luiz Roessler – FEPAM (2013) a região Hidrográfica do Uruguai abrange a porção norte, noroeste e oeste do território sul- rio-grandense, com uma área de aproximadamente 127.031,13 km², equivalente a 47,88% da área do Estado. Sua população total está estimada em 2416.404 habitantes, que equivale a 23,73% da população do Estado, distribuídos em 286 municípios, com uma densidade demográfica em torno de 19,02 hab./km². A Região Hidrográfica do Uruguai é subdividida em dez unidades hidrográficas, sendo que o município de Campina das Missões – RS pertence a uma delas, a Unidade Hidrográfica Turvo/ Santa Rosa/ Santo Cristo, conforme demonstra a Figura 23 e como pode ser visualizado no Caderno de Mapas, Mapa 3.

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Figura 23: Regiões hidrográficas e bacia hidrográfica Turvo/ Santa Rosa/ Santo Cristo.

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A Bacia Hidrográfica dos Rios Turvo/ Santa Rosa/ Santo Cristo está localizada a noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, entre os paralelos -27° 07' e - 28° 11' (latitude sul) e os meridianos - 53° 27' e - 55° 20' (longitude oeste). A Bacia Hidrográfica é composta por 52 municípios e ocupa uma área territorial de cerca de 10.827,74 km², representando 3,84% do total da área territorial do Rio Grande do Sul (RIO GRANDE DO SUL, 2012). Seus principais formadores são os rios Amandaú, Buricá, Comandaí, Lajeado Grande, Santo Cristo, Santa Rosa, Turvo e outros afluentes menores que drenam diretamente para o Rio Uruguai. A bacia conta com uma unidade de conservação, o Parque Estadual do Turvo, no município de com 7.491,40 ha. Esta bacia hidrográfica caracteriza-se por apresentar, atualmente, demandas significativas de água com perspectivas de aumento do consumo em função das atividades socioeconômicas que se desenvolvem na região (FEPAM 2013). As unidades de Planejamento são unidades físico-territoriais, identificadas dentro das bacias hidrográficas do Estado, apresentam uma identidade regional caracterizada por aspectos físicos, sócio-culturais, econômicos e políticos RIO GRANDE DO SUL (2012). O município de Campina das Missões é privilegiado pela sua bacia hidrográfica, sendo as águas absorvidas na bacia do Rio Uruguai, pelas sub-bacias do Rio Comandaí, como pode ser observado na Figura 24. O Rio Comandaí é abrangido pelos setores do Rio Tumurupará, Lajeado Bicho-de-Pé, Rio Sem Peixe, Lajeado Paca e o Rio Caçador que deságua no Rio Boa Vista, compreendendo a totalidade da área do Município.

Figura 24: Unidade de Planejamento de Gestão Comandaí/ Amandaú.

Fonte: RIO GRANDE DO SUL (2012).

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A cidade é cortada por dois rios, o Rio Comandai (limítrofe territorial) e o Rio Tumurupará, também conhecido como "Rio Pessegueiro", que corta o noroeste da parte urbana do Município, diversos riachos fazem parte da hidrografia municipal, destes muitos tem as nascentes no território municipal e atravessam as propriedades (PCMC, 2009). Praticamente não está sendo respeitadas as áreas de mata ciliar, muito pela falta da conscientização, fiscalização e também pela vontade de exploração econômica. Isto acarretando o assoreamento e o aumento da largura dos leitos. Tem muitos riachos que são intermitentes e não divisores limítrofes de propriedade o que faz com que não seja preservada a mata ciliar. Nos últimos anos em função da concentração de cultivos e criações, muitas propriedades tem feita a abertura de reservatórios de água artificiais, na forma de açudes, para atender a demanda das propriedades e também para o cultivo de piscicultura de forma familiar e eventual utilização na culinária. Na Figura 25 e no Caderno de Mapas, Mapa 4, é possível visualizar a hidrografia do Município de Campina das Missões – RS.

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Figura 25: Hidrografia do Município.

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2.6.5.7 Climatologia e meteorologia

A classificação climática de Campina das Missões – RS foi caracterizada com base no sistema de Wladimir Köppen de 1918. O sistema combina a média anual e mensal da temperatura, precipitação e a sazonalidade da precipitação. O sistema de Köppen de classificação climática divide o Rio Grande do Sul em duas categorias de clima que são variação da zona de clima temperado (tipo “C”). A variedade “Cfb” apresenta chuvas durante todos os meses do ano, tendo a média da temperatura do mês mais quente inferior a 22 ºC e a temperatura média do mês mais frio superior a 3°C. A variedade "Cfa" também se caracteriza por apresentar chuvas durante todos os meses do ano e possuir a temperatura média do mês mais quente superior a 22°C, e a do média de temperatura mês mais frio superior a 3°C, sendo nesta classificação que o Município de Campina das Missões se enquadra. A temperatura média anual do município gira entre 19ºC e 20ºC, com temperaturas entre 27 ºC e 37 ºC no verão e entre 3 ºC a 14 ºC no inverno. A precipitação pluviométrica situa-se em 1700 mm a 1800 mm. O comportamento hídrico do solo apresenta um excedente anual entre 500 mm a 600 mm. Para caracterização meteorológica de Campina das Missões – RS utilizou-se dados do Boletim Meteorológico do Estado do Rio Grande do Sul (FEPAGRO, 2012) da estação meteorológica de Santa Rosa – RS, que é a estação localizada mais próxima do Município. A Figura 26 demonstra a temperatura média mensal e a Figura 27 apresenta a precipitação média mensal para o ano de 2012, comparada com a Normal Climatológica, que leva em consideração os anos de 1961 a 1990.

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Figura 26: Temperatura média mensal ocorrida ano de 2012.

30 28 26 24 22 20 18

16 Temperatura (ºC) 14 12 10 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Fonte: FEPAGRO (2012).

Figura 27: Precipitação média mensal do ano de 2012.

450

400

350

300

250 Ocorrida 200 Normal

150 Precipitação Precipitação (mm) 100

50

0 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Fonte: FEPAGRO (2012).

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2.6.6 Características biológicas

2.6.6.1 Vegetação

Segundo o Mapa de Biomas do Brasil (IBGE, 2004), o Município de Campina das Missões – RS pertence ao Bioma Mata Atlântica, o qual compreende um complexo ambiental que incorpora cadeias de montanhas, platôs, vales e planícies de toda a faixa continental atlântica leste brasileira. No sudoeste e no sul do país se expande para o oeste alcançando fronteiras com o Paraguai e Argentina, avançando também sobre o Planalto Meridional até o Rio Grande do Sul. O Bioma Mata Atlântica é reconhecido como o mais descaracterizado dos biomas brasileiros, tendo sido palco dos primeiros e principais episódios da colonização e ciclos de desenvolvimento do país. Faz contato com o Bioma Caatinga na faixa semiárida nordestina, com o Bioma Cerrado por ampla faixa interiorana de clima tropical estacional e com o Bioma Pampa, associado ao clima frio/seco meridional sul-americano (IBGE, 2004). Originalmente Campina das Missões possuía em torno de 70% de cobertura vegetal com mata nativa, sendo que atualmente está em torno de 26%. A vegetação predominante na região era de florestas com uma grande diversificação de espécies e extrato arbóreo. O Município apresenta uma cobertura florestal muito reduzida, em função das atividades agropecuárias e outros processos que ao longo do tempo geraram algum tipo de degradação. Além disso, esta cobertura é fragmentada, apresentando remanescentes em sua maioria inferiores a dois hectares, e com maior concentração de espécies mais agressivas que melhor absorvem os impactos da ação antrópica. Dessa forma, variações nas condições do solo, grau de alteração verificado no passado e o próprio padrão de distribuição natural das espécies determinam diferenças na composição florística e na fisionomia dos remanescentes florestais da região. (PMCM, 2009)

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2.6.6.1.1Áreas de proteção ambiental

As Áreas de Proteção Ambiental – APA’s são criadas por instrumentos legais municipais, estaduais ou federais. A Lei Federal nº. 6.902, (BRASIL, 1981)., art. 8 diz: "Havendo relevante interesse público, os poderes executivos Federal, Estadual ou Municipal poderão declarar determinadas áreas dos seus territórios de interesse para a proteção ambiental, a fim de assegurar o bem-estar das populações humanas, a proteção, a recuperação e a conservação dos recursos naturais". As APA’s são classificadas na categoria de uso direto dos recursos naturais, assim como as Florestas Nacionais, Reservas Extrativistas e as Reservas de Fauna, onde são permitidas a ocupação e exploração dos recursos naturais, conforme normas específicas que assegurem a proteção da unidade. As Áreas de Preservação Permanente – APP’s, no entanto são matas ciliares de beira de canais, riachos, rios, lagoas ou lagos. Também é a vegetação natural em encostas com declividade maior de 45º, duna, restinga, manguezal e outros ecossistemas ameaçados. Essas áreas são protegidas pela Lei Federal nº12.651 (BRASIL, 2012).. Para o município de Campina das Missões – RS realizou-se a identificação das App’s referentes às matas ciliares como pode ser observado na Figura 28 e na Figura 29 e no Caderno de Mapas, Mapa 5 e Mapa 6. Verifica-se que o município dispõe de 4.364 ha de áreas de APP, correspondendo a 19,39 % aproximadamente. O perímetro de todas as APPs do município é de aproximadamente 835 km.

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Figura 28: Áreas de preservação permanente – matas ciliares.

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Figura 29: Áreas de preservação permanente – declividades.

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2.6.6.2 Fauna

Segundo dados do Plano Ambiental da Prefeitura Municipal de Campina das Missões (2009) a fauna da região de Campina das Missões era muito rica tanto em espécies como em indivíduos. Devido ao grande desmatamento ocorrido na região, nas Décadas de 30 a 70 e a inexistência de manejo adequado das florestas remanescentes, aliadas ao uso de pesticidas nas lavouras e a caça predatória, várias espécies de mamíferos já encontram-se extintas ou banidas da região, e várias outras estão em vias de extinção. Igualmente, mais de 50% das espécies da avifauna já foram extintas. As principais espécies da fauna que ainda ocorrem com frequência são o tatu te, tatu peludo, raposa, graxaim, gato do mato (morisco), ouriço, zorrinho, ratão do banhado, rato d’água, preá, lebrão, lebre, serelepe, lagarto, gavião carijó, saracura, juriti, pomba, rasteira, caturrita, morcego, borboleta escura, morceguinho das casas, morcego narigudo, quero-quero, sabiá, jacú. Ictiofauna: Entre as espécies ocorrentes no rio Uruguai, destaca-se como grandes migradoras o Salminus maxillosus (dourado), Prochilodus lineatus (grumatã), Leporinus spp. (piava), Pseudoplatystoma coruscans (surubim-pintado), Brycon orbignyanus (bracanjuva) e Pogonopoma sp. (cascudo-preto), sendo que as quatro primeiras são de grande importância comercial. Anfibiofauna: A região fisiográfica do Alto Uruguai, de forma geral, é rica em espécies de anfíbios, mas como a maioria das áreas adjacentes, é pouco conhecida. Algumas espécies têm ampla distribuição no Estado, mas sempre associadas a formações florestais como: a rã-das-pedras (Limnomedusa macroglossa), a rã-de- bigode (Leptodactylus mystacinus) e o sapo-marteleiro (Hyla faber). Répteis: A região apresenta uma constituição singular, pois agrega espécies restritas, no Rio Grande do Sul, à região do Planalto, com espécies comuns às demais regiões florestais do Estado. De fato, a maioria das espécies de répteis registradas na região é compartilhada com as florestas do norte e nordeste do Estado e apresenta ampla distribuição nas Florestas Estacionais e Ombrófilas do Planalto Meridional do Brasil. Esse é o caso da caninana (Spilotes pullatus), da jararaca (Bothrops jararaca), da cobra-de-capim (Liophis aff. poecilogyrus), da falsa- cotiara (Xenodon neuwiedii) e da dormideira-de-barriga-manchada (Sibynomorphus ventrimaculatus). Por outro lado, a jararacuçu (Bothrops jararacussu) é um exemplo

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de espécie com distribuição restrita no Estado à região do Alto Uruguai. A fauna de répteis da região do Alto Uruguai é ainda muito pouco conhecida e há uma carência de dados sobre a riqueza e composição de espécies das comunidades da região. Avifauna: É considerada pertencente à região zoogeográfica da Floresta Atlântica, que abrange o leste e sudeste do Brasil, o extremo nordeste da Argentina e o leste do Paraguai. A avifauna dessa região apresenta afinidades, sobretudo com aquela das regiões amazônica e andino-argentina. Algumas das espécies da avifauna encontradas no município de Campina das Missões são: perdiz (Nothura maculosa), urubu-de-cabeça-preta (Coragyps atratus), gavião-carijó (Buteo magnirostris), jacuaçu (Penelope obscura), galinhola (Gallinula chloropus), quero- quero (Vanellu schilensis), anu-preto(Crotophaga ani Linnaeus), tucano-de-bico- verde (Ramphastos dicolorus Linnaeus), joão-de-barro (Furnarius rufus), bem-te-vi (Pitangus sulphuratus), Pardal (Passer domesticus), entre outras (PMCM, 2009).

2.6.7 Características socioeconômicas

2.6.7.1 Indicadores socioeconômicos

O IDESE (Índice de Desenvolvimento Socioeconômico) é o índice sintético elaborado pela Fundação de Economia e Estatística (FEE), o qual abrange um conjunto amplo de indicadores socioeconômicos com o objetivo de mensurar o grau de desenvolvimento dos Municípios do Estado do Rio Grande do Sul (FEE, 2013). O IDESE é inspirado no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), que abrange um conjunto amplo de indicadores sociais e econômicos classificados em quatro blocos temáticos: educação, renda, saneamento e saúde. Segundo a FEE (2013), os índices dos blocos são obtidos por meio de uma média ponderada dos índices de cada uma das variáveis componentes do bloco. A utilização de parâmetros internacionais permite que os índices, apesar de contemplarem indicadores diferentes, sejam comparados ao IDH elaborado pela ONU. O IDH considera três blocos (educação, renda e saúde) e apenas quatro indicadores, enquanto o IDESE trabalha com o bloco adicional de domicílio e saneamento e considera um conjunto de 12 indicadores. Assim como no IDH, os Municípios podem ser classificados pelo IDESE em três grupos:

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 Baixo Desenvolvimento: Índices até 0,499;  Médio Desenvolvimento: Índices entre 0,500 e 0,799;  Alto Desenvolvimento: Índices maiores que 0,800. As Tabelas a seguir apresentam indicadores que possibilitam identificar as características socioeconômicas do Município de Campina das Missões – RS. A Tabela 1 apresenta os índices de desenvolvimento socioeconômico da educação entre os anos de 2000 e 2009 para o Município que leva em consideração a taxa de analfabetismo de pessoas acima de 15 anos, a taxa de evasão no ensino fundamental, a taxa de reprovação no ensino fundamental e a taxa de atendimentos no ensino médio.

Tabela 1: IDESE: Educação no Município.

ANO ÍNDICE ORDEM 2000 0,868 64° 2001 0,875 70° 2002 0,883 68° 2003 0,888 70° 2004 0,878 103° 2005 0,877 91° 2006 0,877 90° 2007 0,886 81° 2008 0,883 75° 2009 0,895 98° Fonte: FEE (2013).

Verifica-se que o Município de Campina das Missões – RS, em todos os anos exibidos apresenta alto nível de desenvolvimento na educação, segundo a classificação descrita anteriormente. A Tabela 2 avalia a geração de renda por meio do Produto Interno Bruto (PIB) per capita e a apropriação de renda por meio do Valor Adicionado Bruto per capita das atividades de comércio, alojamento e alimentação.

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Tabela 2: IDESE Renda no Município.

ANO ÍNDICE ORDEM

2000 0,584 276° 2001 0,604 288° 2002 0,619 268° 2003 0,654 262° 2004 0,635 304° 2005 0,618 315° 2006 0,636 334° 2007 0,670 303° 2008 0,652 352° 2009 0,655 336° Fonte: FEE (2013).

Observa-se que o Município possui médio desenvolvimento em relação à renda. A Tabela 3 avalia o percentual de domicílios com esgoto sanitário, (rede geral de esgoto ou pluvial), o percentual de domicílios abastecidos com água (rede geral) e a média de moradores por domicílio.

Tabela 3: IDESE Saneamento e Domicílios no Município.

ANO ÍNDICE ORDEM 2000 0,577 53° 2001 0,581 53° 2002 0,583 53° 2003 0,585 51° 2004 0,587 51° 2005 0,588 51° 2006 0,590 49° 2007 0,593 49° 2008 0,595 49° 2009 0,594 49° Fonte: FEE (2013).

Observando a Tabela 3, verifica-se que este indicador tem médio desenvolvimento em relação ao Saneamento e Domicílios no Município.

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A Tabela 4 avalia a esperança de vida ao nascer, as crianças com baixo peso ao nascer e a mortalidade de menores de 5 anos.

Tabela 4: IDESE Saúde no Município.

ANO ÍNDICE ORDEM 2000 0,865 230° 2001 0,860 256° 2002 0,855 263° 2003 0,866 154° 2004 0,865 173° 2005 0,866 189° 2006 0,881 70° 2007 0,878 104° 2008 0,877 79° 2009 0,872 120° Fonte: FEE (2013).

A Tabela 4 apresenta todos os valores de IDESE Saúde maior que 0,800, caracterizando alto nível de desenvolvimento. A Tabela 5 mostra os indicadores do IDESE agregado para o Município de Campina das Missões – RS.

Tabela 5: IDESE Agregado no Município.

ANO ÍNDICE ORDEM 2000 0,723 97° 2001 0,730 91° 2002 0,735 88° 2003 0,748 73° 2004 0,741 91° 2005 0,737 92° 2006 0,746 86° 2007 0,757 76° 2008 0,752 90° 2009 0,754 94° Fonte: FEE (2013).

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Verifica-se que o Município apresenta um valor médio de IDESE agregado, sendo que há proximidade de atingimento do alto desenvolvimento que são índices maiores que 0,800. A Figura 30 apresenta uma comparação entre os anos de 2000 e 2009 dos IDESEs do Município.

Figura 30: Comparação dos IDESEs do Município.

1 0.9 0.8 0.7 2000 0.6 0.5 2009 0.4 0.3 0.2 0.1 0 Educação Renda Saneamento e Domicílios Saúde IDESE

Fonte: FEE (2013).

Pode-se observar que houve um pequeno aumento na maioria dos IDESEs. Verifica-se também que o índice mais baixo é Saneamento e Domicílios e o mais alto é a Educação. A Tabela 6 apresenta outros indicadores socioeconômicos referentes ao Município de Campina das Missões – RS.

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Tabela 6: Índices socioeconômicos do Município.

Índices socioeconômicos Índices Esperança de vida ao nascer (anos) 69,399 Taxa de alfabetização de adultos 0,962 Taxa bruta de frequência escolar 0,839 Renda per capita (R$) 170,184 Índice de esperança de vida (IDHM-L) 0,740 Índice de educação (IDHM-E) 0,921 Índice de PIB (IDHM-R) 0,630 Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M) 0,764 Ranking por UF 331 Ranking Nacional 1489 Fonte: FAMURS (2013).

2.6.7.2 População

Conforme os dados do último Censo Demográfico realizado pelo IBGE em 2010 a população do Município de Campina das Missões – RS é de 6.117 habitantes. A população que reside na zona rural é predominante, sendo de 3.930 habitantes (64,25 %), já a população urbana é de 2.187 habitantes (35,75 %). A Figura 31 apresenta a porcentagem de pessoas que residem na zona rural e urbana do Município.

Figura 31: Porcentagem populacional da zona urbana e rural.

35,75% Urbana Rural 64,25%

Fonte: IBGE (2013).

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A Tabela 7 apresenta dados obtidos no IBGE (2013) com a população residente no Município divida por faixa etária e sexo no ano de 2010.

Tabela 7: População residente no Município por faixa etária e por sexo.

Faixa Etária Masculino Feminino 0 a 4 anos de idade 98 102 0 a 9 anos de idade 146 157 10 a 14 anos de idade 220 215 15 a 19 anos de idade 238 219 20 a 24 anos de idade 212 194 25 a 29 anos de idade 171 155 30 a 34 anos de idade 198 165 35 a 39 anos de idade 175 181 40 a 44 anos de idade 230 228 45 a 49 anos de idade 273 257 50 a 54 anos de idade 259 260 55 a 59 anos de idade 271 273 60 a 64 anos de idade 197 195 65 a 69 anos de idade 146 145 70 a 74 anos de idade 94 119 75 a 79 anos de idade 61 79 80 a 84 anos de idade 33 64 85 a 89 anos de idade 12 25 90 a 94 anos de idade 2 13 95 a 99 anos de idade 1 2 Fonte: IBGE (2013).

É possível também, verificar as características da população de Campina das Missões – RS, como mostra a Figura 30, através da pirâmide etária.

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Figura 32: Pirâmide etária do Município.

95 - 99 90 - 94 85 - 89 80 - 84 75 - 79 70 - 74 65 - 69 60 - 64 55 - 59 50 - 54 45 - 49 40 - 44 35 - 39 30 - 34 25 - 29 20 - 24 15 - 19 10 - 14 0 - 9 0 - 4 400 300 200 100 0 100 200 300 400 Mulheres Homens

Fonte: Adaptado de IBGE (2013).

2.6.7.3 Demografia

Segundo o IBGE (2013), a atual densidade demográfica do Município é de 27,09 habitantes/ km², ficando este índice abaixo da média estadual, que é de 37,5 habitantes/ km². Quanto à evolução populacional, observa-se que, a população urbana teve uma diminuição de aproximadamente 4 % no período entre 2000 e 2010, como se pode observar na Tabela 8 e na Figura 33. Já a população total do Município apresentou uma diminuição de aproximadamente 14,66 %.

Tabela 8: Evolução da população no Município.

ANO URBANO RURAL TOTAL 2000 2.275 4.739 7.014 2010 2.187 3.930 6.117 Fonte: IBGE (2013).

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Figura 33: Evolução da população total, urbana e rural.

8,000 7,014 7,000 6,117 6,000

5,000 4,739 3,930 4,000 2000 2010

Habitantes 3,000 2,275 2,187 2,000

1,000

0 URBANA RURAL TOTAL

Fonte: IBGE (2013).

O maior desenvolvimento em algumas regiões, fez com que a taxa de emigração aumentasse, tendo como os destinos preferenciais os grandes centros econômicos do País, diminuindo assim, a população dos Municípios menores. De acordo com dados do IBGE, o número de domicílios totais em 2010 no Município era de 2.283, sendo que somente 2.075 estavam ocupados, confrontando com os dados de população obtém-se uma média de 2,95 habitantes por domicílio.

2.6.7.4 Atividades econômicas

Segundo a FEE (2013), a economia do Rio Grande do Sul representa aproximadamente 6,7% do PIB brasileiro. Dessa forma, o Rio Grande do Sul aparece na quarta posição do ranking dos estados com maiores participações na renda nacional. Tais dados refletem a elevada integração da economia gaúcha ao mercado nacional, em termos tanto do fluxo comercial quanto do processo produtivo. Na relação entre o PIB e a população (PIB per capita), o Estado se mantém em uma posição boa, com um valor de R$ 23.606, o que o coloca acima da média nacional que é de R$ 19 766,00. O PIB do Município de Campina das Missões – RS alcançou R$ 81.145.000,00, no ano de 2010, obtendo um PIB per capita de R$ 13.266,00 sendo

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que a economia baseia-se no desenvolvimento do setor agropecuário e nas atividades comerciais e industriais. Na Tabela 9 podem ser observados, os dados referentes às finanças públicas para o ano de 2009 em Campina das Missões - RS.

Tabela 9: Finanças públicas em 2009.

Descrição Valor (R$) Receitas orçamentárias realizadas 9.508.713,12 Receitas orçamentárias realizadas - Correntes 9.508.713,12 Receitas orçamentárias realizadas - Tributárias 375.953,53 Receitas orçamentárias realizadas - Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial - IPTU 103.620,98 Receitas orçamentárias realizadas - Imposto Sobre Serviços - ISS 65.497,07 Receitas orçamentárias realizadas - Imposto sobre Transmissão-Intervivos - ITBI 58.980,81 Receitas orçamentárias realizadas - Taxas 100.961,20 Receitas orçamentárias realizadas - Contribuição 357.300,49 Receitas orçamentárias realizadas - Patrimonial 447.863,58 Receitas orçamentárias realizadas - Transferências Correntes 8.397.956,02 Receitas orçamentárias realizadas – Transferência Intergorvenamental da União 4.980.094,12 Receitas orçamentárias realizadas – Transferência Intergorvenamental do Estado 2.424.528,07 Receitas orçamentárias realizadas - Dívida Ativa 81.068,46 Receitas orçamentárias realizadas - Outras Receitas Correntes 348.744,35 Receitas orçamentárias realizadas - Capital 69.632,42 Receitas orçamentárias realizadas - Transferência de Capital 60.000,00 Despesas orçamentárias empenhadas 9.295.448,37 Despesas orçamentárias empenhadas - Correntes 8.762.509,43 Despesas orçamentárias empenhadas - Outras Despesas 4.703.069,25

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Descrição Valor (R$) Correntes Despesas orçamentárias empenhadas - Capital 532.938,94 Despesas orçamentárias empenhadas - Investimentos 496.749,19 Despesas orçamentárias empenhadas - Pessoal e Encargos Sociais 4.059.440,18 Despesas orçamentárias empenhadas - Obras e Instalações 277.965,33 Valor do Fundo de Participação dos Municípios- FPM 3.989.175,57 Valor do Imposto Territorial Rural - ITR 1.920,54 Valor do Imposto sobre Operações Financeiras - IOF - OURO - repassado aos Municípios 0 Fonte: IBGE (2013).

A Tabela 10 e a Figura 34 demonstram o PIB do Município no período de 1999 a 2010.

Tabela 10: PIB do Município.

PIB Municipal 1999 – 2010 (milhões R$)

1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 29,0 30,6 37,4 40,8 54,7 50,1 46,5 51,3 65,9 65,0 67,9 81,1 Fonte: FEE (2013).

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Figura 34: Evolução do PIB do Município no período de 1999 a 2010.

90.0

80.0

70.0

60.0

50.0

40.0

30.0

20.0

PIB PIB Municipal(Milhoes dereais) 10.0

0.0 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Anos

Fonte: FEE (2013).

Através da Figura 34 observa-se a evolução do PIB, sendo evidente o seu grande aumento no ano de 2010. A Tabela 11 e a Figura 35 apresentam o PIB per capita de Campina das Missões – RS.

Tabela 11: PIB per capita do Município.

PIB per capita 1999 – 2010 (R$)

1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 4.087 4.388 5.442 6.007 8.153 7.573 7.114 7.956 10.257 10.127 10.697 13.266 Fonte: FEE (2013).

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Figura 35:Evolução do PIB per capita do Município.

14,000

12,000

10,000

8,000

6,000

PIB PIB Per capita (reais) 4,000

2,000

0 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Anos

Fonte: FEE (2013).

Avaliando a Figura 35, verifica-se que no decorrer dos anos houve um crescimento no PIB per capita, fator que pode ser explicado pelo aumento de produção e o decréscimo ou reduzido crescimento populacional. O Valor Agregado Bruto (VAB) total e dos impostos quando somado resulta no PIB municipal. O VAB total é decorrente da soma do VAB de cada setor – agropecuária, indústria e serviços, este último inclui o VAB da administração pública. A Tabela 12 apresenta a participação do VAB municipal dos setores de agropecuária, indústria e serviços, juntamente com o VAB total para o ano de 2010 (ano mais recente que se obtiveram as informações).

Tabela 12: VAB municipal para o ano de 2010.

Atividade econômica Valor adicionado - 2010 Agropecuária 31.876.000,00 Indústria 4.908.000,00 Serviços 41.840.000,00 VAB total 78.624.000 Fonte: FEE (2013).

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A Tabela 13 e a Figura 36 demonstram a participação de cada setor no VAB total municipal no ano de 2010, juntamente com a participação do Município no valor adicionado do Estado.

Tabela 13: Participação do VAB de cada setor.

Atividade econômica % da participação no Município Agropecuária 40,54 Indústria 6,24 Serviços 53,21 Fonte: FEE (2013).

Figura 36: Participação do VAB de cada setor.

40.54% Agropecuária Indústria 53.21% Serviços

6.24%

Fonte: FEE (2013).

Percebe-se que a maior porcentagem do VAB é referente ao setor de serviços com uma participação de 53,21%, seguido do VAB agropecuária e indústria. No Valor Adicionado Bruto Serviços no qual estão incluídos os serviços da administração pública. A Tabela 14 apresenta a participação do VAB do Município de Campina das Missões no VAB do Estado.

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Tabela 14: Participação do Município no VAB do Estado.

Atividade econômica % da participação no Estado Agropecuária 0,17 Indústria 0,01 Serviços 0,03 Fonte: FEE (2013).

2.6.7.4.1 Agropecuária

A exploração agropecuária apresenta um significativo desenvolvimento face à expansão, mecanização das lavouras e fortalecimento das atividades industriais e comerciais. As principais atividades do Município são: o cultivo da soja, milho, trigo, feijão, mandioca e girassol. Na pecuária a principal renda econômica é a atividade leiteira que gera renda para as famílias mensalmente, custeando desta forma o sustento familiar. A atividade de suinocultura tem aumentado muito nos últimos anos, principalmente com criação terminação para o abatedouro. As pequenas criações e os produtores com o sistema de ciclo completo tem a cada ano reduzido a participação na criação. No Quadro 2 encontram-se os dados do Censo Agropecuário realizado em 2006, que demonstram valores referentes ao número de estabelecimentos, a quantidade produzida e o valor da produção das três culturas citadas anteriormente.

Quadro 2: Dados referentes à agricultura do Município.

Número de estabelecimentos agropecuários 1.059 Milho Quantidade produzida (t) 11.807 Valor produzido (Mil reais) 3.053 Número de estabelecimentos agropecuários 734 Soja Quantidade produzida (t) 7.947 Valor produzido (Mil reais) 3.239 Número de estabelecimentos agropecuários 50 Trigo Quantidade produzida (t) 563 Valor produzido (Mil reais) 190 Fonte: IBGE (2013).

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Como se pode observar, a cultura que mais se cultiva no Município é o milho, com 11.807 t produzidas em 2006. No Quadro 3 encontram-se dados referentes ao número de estabelecimentos e número de cabeças de aves, suínos, bovinos e vacas de ordenha. No quadro observa-se que a maior atividade relacionada à pecuária é a criação de aves, com aproximadamente 47.000 cabeças.

Quadro 3: Dados referentes à pecuária do Município.

Número de estabelecimentos agropecuários 907 Suínos Número de cabeças 20.509 Número de estabelecimentos agropecuários 1.070 Aves Número de cabeças 47.000 Número de estabelecimentos agropecuários 1.112 Bovinos Número de cabeças 18.429

Vacas de Número de estabelecimentos agropecuários 930 ordenha Número de cabeças 6.526 Fonte: IBGE (2013).

2.6.7.4.2 Atividades industriais, comerciais e prestação de serviços

As organizações empresariais, em sua maioria de pequeno porte, atuam nos mais diversos ramos de atividades: industriais e comerciais com utilização de mão- de-obra familiar ou empregando familiares, as prestadoras de serviços tem uma grande importância na sustentabilidade de diversas famílias. No setor industrial, destaca-se a agroindústria, alimentos, vestuário, metalúrgica e moveleira. Destacam-se as atividades de prestação de serviços, máquinas e implementos agrícolas, insumos, produtos agropecuários, alimentação, vestuário e utilidades, a construção civil tem demandado muita mão-de-obra, tanto formal como informal. O segmento de serviços congrega diversas atividades profissionais, representando uma fatia importante da economia de Campina das Missões.

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2.6.7.5 Infraestrutura

O sistema de segurança pública é integrado pela polícia civil, polícia militar. O sistema judiciário contém comarca de abrangência regional e de igual forma tem sede de Ministério Público Estadual. O sistema financeiro do Município é atendido por uma agência do Banrisul, Sicredi e Cresol, além de ter atendimento na Agencia Lotérica e Correios. O Município tem desde o ano de 1981 um convênio de cooperação técnica com a empresa ASCAR – EMATER RS, que durante o período tem uma equipe trabalhando no Município principalmente nas questões ligadas ao setor primário (agricultura), ainda tem participação destacada na organização familiar em todos os níveis. O fornecimento de energia é através da Cooperativa de Eletrificação Rural (COOPERLUZ) que tem uma usina hidrelétrica no Rio Comandai (PCH comandai), no Município (sede) de Campina das Missões e RGE (Rio Grande Energia). Os programas do Município e também de outras esferas governamentais, fazem com que a população tenha 100% das residências atendidas, a não ligação de energia somente existe em caso de construções. O abastecimento de água na área urbana é através da Companhia Estadual de Saneamento (CORSAN). As propriedades rurais tem abastecimento de água através de rede pública comunitária gerenciada pelas associações (PMCM, 2009).

2.6.7.6 Educação

Em Campina das Missões existem estabelecimentos de ensino em nível municipal e estadual. Na rede municipal encontram-se três Escolas no meio Urbano e Rural:  Escola Municipal Santa Teresa; Lª Teresa (Ensino Fundamental Completo).  Escola Municipal São Luis; Lª Níquel (Ensino Fundamental Incompleto).  Escola Municipal Santa Isabel; Cidade (Ensino Fundamental Incompleto). Na Rede Estadual encontramos três Escolas com Ensino Fundamental e uma escola com Ensino Fundamental e Médio:

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 Escola Estadual Prof. José Heckler; Lª Butiá Norte (Ensino Fundamental Completo).  Escola Estadual Rio Sem Peixe; Lª Primeiro de Março (Ensino Fundamental Incompleto).  Escola Andrey Marusiak; Lª Paca Norte (Ensino Fundamental Incompleto).  Escola com E.E.E.B. – João XXIII; Cidade (Ensino Fundamental e Médio com Curso Técnico em Informática). No Município ainda existe uma Escola Municipal de atendimento à alunos excepcionais – APAE – “Recanto da Amizade” e uma Escola de Educação Infantil (creche) “Estrelinha da Manhã” (PMCM, 2009). O deslocamento dos alunos até os estabelecimentos de ensino é feito através do transporte escolar terceirizado através de licitação pública e o Município mantém um veículo para transportar os alunos do Bairro Esperança até as escolas e um transporte para recolher as crianças na cidade e levar até a escola de educação infantil (creche). Os jovens para fazer os estudos no ensino de 3º grau (nível superior), procuram instituições de ensino em outros municípios, sendo que o Município colabora com a Associação de Universitários com o deslocamento para o Município de Santa Rosa. Campina das Missões possui 9 módulos de educação, onde se misturam vários tipos de ensino, sendo que, nestes mesmos equipamentos ou educandários podem-se notar variados tipos de ensino (PMCM, 2010). A Tabela 15 demonstra a realidade do Município na questão educacional e no serviço de acesso aos equipamentos escolares.

Tabela 15: Módulos Escolares disponíveis no Município.

Ensino Escolas Setor Escolas Alunos Infantil 04 Municipal 04 139 Estadual * * Privado * * Fundamental 07 Municipal 03 275 Estadual 04 408 Privado * * Médio 01 Municipal * *

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Ensino Escolas Setor Escolas Alunos Estadual 01 238 Privado * * Técnico 01 Municipal * * Estadual 01 13 Privado * * Superior 01 Municipal * * Estadual * * Privado 01 36 Especial 01 Municipal 01 23 Estadual * * Privado * * * não existe educandário no município Fonte: Prefeitura Municipal de Campina das Missões (2010).

2.6.7.6.1 Analfabetismo

A Tabela 16 apresenta o número de pessoas alfabetizada no Município no ano de 2010.

Tabela 16: População residente alfabetizada.

Gênero Núm. de pessoas alfabetizadas Homens 2.809 Mulheres 2.810 TOTAL 5.619 Fonte: IBGE (2013).

Através dos dados do IBGE (2013) pode-se verificar que 91,8% da população é alfabetizada. Segundo a FEE (2013) a taxa de analfabetismo de pessoas com 15 anos ou mais no ano de 2010 era de 4,06 %.

2.6.7.6.2 Índice de desenvolvimento escolar

Segundo o INEP (2013), o índice de desenvolvimento escolar (IDEB) é o resultado da combinação de dois indicadores: pontuação média dos estudantes em exames padronizados ao final de determinada etapa do Ensino Fundamental e

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Médio (4ª e 9ª séries e 3º ano), e taxa média de aprovação dos estudantes da correspondente etapa de ensino. No ano de 2011, o estado de Rio Grande do Sul apresentou os índices de desenvolvimento escolar, considerando-se a 4ª série e 9ª série do Ensino Fundamental, e 3º ano, conforme a Tabela 17.

Tabela 17: IDEB no Rio Grande do Sul.

Séries 2007 2009 2011 4ª e 5ª série 4,6 4,9 5,1 8ª e 9ª série 3,9 4,1 4,1 3º ano 3,7 3,9 3,7 Fonte: INEP (2013).

2.6.7.7 Saúde

O Município de Campina das Missões – RS possui o Hospital Campina, com cinquenta e cinco leitos, destes quarenta e cinco são do Sistema Único de Saúde e dez leitos, são convênios e particulares. Este também dispõe de atendimento de Saúde Mental, onde possui a disposição quatro leitos para atendimento psiquiátrico e dez leitos clínicos que atende casos de usuários de bebidas alcoólicas e drogas. O Hospital Campina realiza atendimentos ambulatoriais, de urgência e emergência, consultas médicas, internações, cirurgias gerais, partos e exames radiográficos, encaminhando pacientes que necessitem atendimento de média e alta complexidade para o centro de referência (PCMC, 2010). A saúde de Campina das Missões tem a disposição da comunidade no corpo clínico do Hospital seis profissionais médicos e quatro de enfermagem de nível superior, ainda tem quatro postos de saúde, dois consultórios médicos, quatro consultórios odontológicos, uma enfermeira do quadro do Município, um farmacêutico, um fisioterapeuta e cinco odontólogos. O município oferece consulta médica e odontológica. A população tem a disposição duas equipes de PSF (Programa de Saúde da Família), compostas de médico, enfermeira, auxiliar de enfermagem, atendimento

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odontológico e também equipe de agentes de saúde. As ESF’s – Equipes de Saúde da Família realizam atendimentos médicos e de enfermagem, inclusive a domicílio, contando com o trabalho de Agentes Comunitários da Saúde que realizam, em regra, uma visita mensal por domicílio em área pré-determinada para cada profissional. A população é atendida com consulta no Município e toda vez que necessita de atendimento especializado os munícipes são deslocados para municípios da região que atendem especialidades, com subsidio do CODIS (Consórcio Distrital de Saúde). O Município coloca a disposição transporte para levar os pacientes a outros centros de saúde quando recomendação médica assim encaminhar. Os atendimentos mensais da Unidade Básica de Saúde incluem consulta médica e da enfermeira, realização de coleta de material para o exame Papanicolau, exame das mamas, e atendimentos nos setores de epidemiologia, endemias, imunizações e farmácia. Conta também com o atendimento de uma equipe de odontólogos em dois turnos diários, com escala de atendimento pré-fixadas, para contemplar a população das comunidades rurais, da sede, e alunos de todas as instituições escolares do Município. Juntamente à Unidade Básica de Saúde, a Secretaria Municipal da Saúde realiza suas atividades administrativas bem como, os agendamentos de exames e consultas de média e alta complexidade inclusive o transporte de pacientes aos locais de referência para os devidos atendimentos. A Tabela 18 descreve as unidades de saúde em termos de quantidade de atendimentos médicos mensais.

Tabela 18: Unidades de saúde em termos de quantidade de atendimentos médicos mensais. Média de Equipamentos Nome atendimentos médicos/mês Hospital Hospital Campina 320

Unidade Sanitária Unidade de Saúde Básica - Central 300

Unidade Sanitária ESF 410 Fonte: Prefeitura Municipal de Campina das Missões, (2010).

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2.6.7.7.1 Mortalidade infantil

A mortalidade infantil consiste no índice que avalia a morte de crianças com até um ano de idade. Segundo o Atlas Sócio Econômico do Rio Grande do Sul (RIO GRANDE DO SUL, 2011), a mortalidade infantil no Estado apresentou um grande decréscimo de 48,4 óbitos por mil nascidos vivos em 1970, para 13,1 para cada mil em 2006. Esta redução é resultado de maior disponibilidade de recursos para a detecção de doenças e para o seu controle, melhores condições sanitárias e de alimentação que reduzem os riscos de infecções e contaminações no primeiro ano de vida. O coeficiente de mortalidade infantil para o Município de Campina das Missões – RS no ano de 2010 era 37,04 por mil nascidos vivos (FEE, 2013).

2.6.7.7.2 Esperança de vida ao nascer e longevidade

A esperança de vida ao nascer consiste na média de anos de idade de uma pessoa. Segundo o Atlas de Desenvolvimento Humano no Brasil (PNUD, 2003), o Município de Campina das Missões – RS em 1991 tinha um índice igual a 64,18 passando para 69,39 no ano de 2000. Para a avaliação da dimensão longevidade, o IDH municipal considera a esperança de vida ao nascer. Esse indicador mostra o número médio de anos que uma pessoa nascida naquela localidade no ano de referência (no caso, 2000) deve viver. O indicador de longevidade sintetiza as condições de saúde e salubridade daquele local, uma vez que quanto mais mortes houver nas faixas etárias mais precoces, menor será a expectativa de vida observada no local. O Município em 1991 possuía o índice de Longevidade com o valor de 0,6530 e em 2000 o índice passou a ser 0,740. Estes indicadores sociais vêm melhorando devido a alguns avanços experimentados na medicina preventiva e melhores condições de vida, especialmente através da alimentação.

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2.6.8 Saneamento básico

O Abastecimento de água no perímetro urbano é realizado pela Companhia Rio-Grandense de Saneamento (CORSAN) através de convênio. A CORSAN tem um sistema de tratamento com responsável técnico pelos testes de qualidade da água, o sistema abastece toda população urbana do município. E na Zona Rural o abastecimento de água é feito através de poços artesianos. O sistema de esgotamento sanitário é realizado em cinco Estações de Tratamento de Esgoto (ETE), que funcionam desde 2005. As ETE`s apresentam dois processos, tanque séptico e filtro anaeróbio. A condução do esgoto bruto ocorre com uso da declividade ou mediante uso da força da gravidade. Não há gastos com energia para condução do esgoto até as estações. No entanto ainda existem algumas deficiências no pós-tratamento de todas as Estações que devem ser analisadas. Quanto à drenagem pluvial urbana, o Município possui redes coletoras separadas, ou seja, existe uma rede coletora para as águas residuárias geradas pela população urbana e, existe uma rede coletora das águas pluviais. O gerenciamento dos resíduos sólidos urbanos gerados no Município é de responsabilidade do poder público municipal, o qual possui contrato com pessoa jurídica para as operações de coleta, reciclagem tratamento e disposição final ambientalmente adequada.

2.6.9 Turismo e lazer

O patrimônio constitui uma grande riqueza para os municípios. Integra os bens produzidos pela natureza (patrimônio natural) e os bens advindos da evolução histórica da comunidade (patrimônio cultural). Dentre os elementos patrimoniais do município de Campina das Missões destacam-se os bens materiais e imateriais listados no Quadro 4.

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Quadro 4: Elementos Patrimoniais do Município A Igreja Matriz da Paróquia Nossa Senhora do Bom Remanescentes Conselho, construída com riqueza de detalhes e com arquitetônicos prestação de serviços das famílias da época, tem uma torre característica. Católicos, Evangélicos, Luteranos - Igreja Ortodoxa da Lª Crenças cristãs Paca Sul – Metodista da Lª Canal Torto - Assembléia de Deus. Praça Praça da Matriz e Praça São Vladimir. Biblioteca Biblioteca municipal José de Alencar. Balneários (Fey – Welter – Associação da Brigada Militar Atrativos naturais – Recanto do Sossego Braun – Vier – Steffler - Estrela). Associações culturais e O Clube Social Bela Vista (mais antiga) – e mais 27 comunitárias Sociedades organizadas e com sede própria. Grupos culturais gauchescos, Grupo de dança CTG fogo Grupos culturais de chão - folclóricos como: Grupo de dança da cultura Russa TROYKA - Grupo de Dança Santa Cecília. Bailes, festas comunitárias, além de jogos de futebol, Recreação e lazer voleibol, bochas, bolão. Feira da Agricultura Familiar (comercial, industrial, Eventos e agropecuária), Semana Farroupilha (cultural, manifestações culturais folclórico/anual) e Festival Municipal Estudantil da Canção (cultural/anual). Festas do Colono e Motorista. Dois hotéis: Hotel da Avenida -9 (quartos) para 12 Meios de hospedagem hospedes e Hotel Lunardi -8 Apartamento para 15 hospedes. Dois restaurantes, duas churrascarias e duas padarias e Rede gastronômica lancherias. Associação de Arranjos, bordados, cestaria em jornal, crochê, enxovais Artesanato ACAMPA para bebê, madeira, pintura, tapete, tecido e tricô. Ponto de táxi Três pontos de táxi dois na sede e um no interior. S.T.R – Sindicato dos trabalhadores rurais; Cooperativas Entidades de classe – Cotrirosa e Cooperteresa; APROCAMI Fonte: Prefeitura Municipal de Campina das Missões (2009).

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2.6.10 Prefeitura Municipal

2.6.10.1 Funcionários

A Prefeitura Municipal de Campina das Missões – RS conta atualmente com servidores distribuídos pelas secretarias e departamentos. Na Tabela 19 está apresentada a distribuição dos funcionários em cada departamento/ secretaria.

Tabela 19: Número de funcionários para cada departamento/secretaria. Número de Departamento/Secretaria funcionários Gabinete do prefeito 7 Secretaria da Administração 9 Secretaria de Obras 41 Secretaria da Educação e Cultura 80 Secretaria da Saúde 37 Secretaria da Agricultura, Meio Ambiente 8 Secretaria do Trabalho, Bem Estar Social, Habitação e Turismo 8 Secretaria Municipal da Fazenda 5 TOTAL 195 Fonte: Prefeitura Municipal de Campina das Missões (2013).

2.6.10.2 Frota

A frota que compõe a Prefeitura Municipal no ano de 2013 está apresentada na Tabela 20.

Tabela 20: Frota municipal. Máquinas Pesadas Máquinas e tratores 14 Caminhões e Camionetas 11 Veículos Veículos de Passeio 14 Ambulâncias 3 Ônibus e Micro - Ônibus 2 Total 44 Fonte: Prefeitura Municipal de Campina das Missões (2013).

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3 ETAPA 3 – DIAGNÓSTICO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS

3.1 Resíduos sólidos: origem, definições e características

A Lei 12.305 (BRASIL, 2010). define Resíduo Sólido como material, substância, objeto ou bem descartado, resultante de atividades humanas em sociedade, a cuja destinação final se procede, se propõe proceder ou se está obrigado a proceder, nos estados sólido ou semissólido, bem como gases contidos em recipientes e líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou em corpos d'água, ou exijam para isso soluções técnicas ou economicamente inviáveis em face da melhor tecnologia disponível. A Lei 12.305 (BRASIL, 2010).ainda define Rejeitos como resíduos sólidos que, depois de esgotadas todas as possibilidades de tratamento e recuperação por processos tecnológicos disponíveis e economicamente viáveis, não apresentem outra possibilidade que não a disposição final ambientalmente adequada. A NBR 10.004 (ABNT, 2004) classifica resíduos como:

“Resíduos nos estado sólido e semissólido, que resultam de atividades de origem industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e de varrição. Ficam incluídos nesta definição os lodos provenientes de sistemas de tratamento de água, aqueles gerados em equipamentos e instalações de controle de poluição, bem como determinados líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou corpos de água, ou exijam para isso soluções técnicas e economicamente inviáveis em face à melhor tecnologia disponível (ABNT, 2004 ).”

A Norma também classifica os resíduos sólidos quanto aos riscos potenciais ao Meio Ambiente, assim como pode ser visualizado no Quadro 5.

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Quadro 5: Classificação dos Resíduos quanto aos riscos ao Ambiente.

São aqueles que, em função de suas características Classe I - intrínsecas de inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade ou patogenicidade, apresentam riscos à saúde Perigosos pública através do aumento da mortalidade ou da morbidade, ou ainda provocam efeitos adversos ao meio ambiente quando manuseados ou dispostos de forma inadequada.

Classe II A - Não Inertes

São os resíduos que podem apresentar características de combustibilidade, biodegradabilidade ou solubilidade, com possibilidade de acarretar riscos à saúde ou ao meio ambiente, não se enquadrando nas classificações de resíduos Classe I – Perigosos – ou Classe III – Inertes.

Classe II B - Inertes

Classe II - Não São aqueles que, por suas características intrínsecas, não Perigosos oferecem riscos à saúde e ao meio ambiente, e que, quando amostrados de forma representativa, segundo a norma NBR 10.007, e submetidos a um contato estático ou dinâmico com água destilada ou deionizada, a temperatura ambiente, conforme teste de solubilização segundo a norma NBR 10.006, não tiverem nenhum de seus constituintes solubilizados a concentrações superiores aos padrões de potabilidade da água, conforme listagem nº 8 (Anexo H da NBR 10.004), excetuando-se os padrões de aspecto, cor, turbidez e sabor.

Fonte: NBR 10.004 – ABNT, 2013.

O Quadro 6 apresenta a classificação dos Resíduos Sólidos de acordo com suas origens e os que são gerados no Município de Campina das Missões.

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Quadro 6: Classificação dos resíduos quanto à sua origem.

Corresponde aos resíduos originários de atividades domésticas em residências urbanas; é composto por resíduos secos e resíduos úmidos (RSU). Os resíduos secos são constituídos principalmente por Resíduos Sólidos embalagens fabricadas a partir de plásticos, papéis, vidros e metais diversos, ocorrendo também Domiciliares - RSD produtos compostos, como as embalagens “longa vida” e outros. Já os resíduos úmidos são constituídos principalmente por restos oriundos do preparo dos alimentos. Contém partes de alimentos in natura, como folhas, cascas e sementes, restos de alimentos industrializados e outros. Referem-se à parcelas contaminadas dos resíduos domiciliares: embalagens que não se preservaram, Resíduos Sólidos resíduos úmidos que não podem ser processado sem conjunto com os demais, resíduos das Domiciliares - Rejeitos atividades de higiene e outros tipos. Resíduos de varrição, capina, podas e atividades correlatas; limpeza de escadarias, monumentos, sanitários, abrigos e outros; raspagem e remoção de terra e areia em logradouros públicos; desobstrução e limpeza de bueiros, bocas de lobo e correlatos; e limpeza dos resíduos de feiras Resíduos da Limpeza públicas e eventos de acesso aberto ao público Os resíduos da varrição são constituídos por materiais Pública de pequenas dimensões, principalmente os carreados pelo vento ou oriundos da presença humana nos espaços urbanos. É comum a presença de areia e terra, folhas, pequenas embalagens e pedaços de madeira, fezes de animais e outros. Nestes resíduos predominam materiais trituráveis como restos de alvenarias, argamassas, concretos e asfalto, além do solo, todos designados como RCC classe A (reutilizáveis ou recicláveis). Correspondem, a 80% da composição típica desse material. Comparecem ainda materiais facilmente Resíduos da Construção recicláveis, como embalagens em geral, tubos, fiação, metais, madeira e o gesso. Este conjunto é Civil e Demolição - RCC designado de classe B (recicláveis para outras destinações) e corresponde a quase 20% do total sendo que metade é debitado às madeiras bastante usadas na construção.

Para melhor controle e gerenciamento, estes resíduos são divididos em grupos, da seguinte forma: Resíduos do Serviço de Grupo A (potencialmente infectante: produtos biológicos, bolsas transfusionais, peças anatômicas, Saúde filtros de ar, gases etc.); Grupo B (químicos); Grupo C (rejeitos radioativos); Grupo D (resíduos comuns) e Grupo E (perfurocortantes). São os resíduos provenientes da manutenção de parques, áreas verdes e jardins, redes de Resíduos Verdes distribuição de energia elétrica, telefonia e outras. São comumente classificados em troncos, galharia

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fina, folhas e material de capina e desbaste. Boa parte deles coincide com os resíduos de limpeza pública. São constituídos por peças de grandes dimensões como móveis e utensílios domésticos inservíveis, grandes embalagens, podas e outros resíduos de origem não industrial e não coletados pelo sistema Resíduos Volumosos de recolhimento domiciliar convencional. Os componentes mais constantes são as madeiras e os metais. Este conjunto de resíduos é constituído por produtos eletroeletrônicos; pilhas e baterias; pneus; Resíduos com Logística lâmpadas fluorescentes (vapor de sódio, mercúrio e de luz mista); óleos lubrificantes, seus resíduos e Reversa Obrigatória embalagens e, por fim, os agrotóxicos, também com seus resíduos e embalagens. São os resíduos gerados em atividades relacionadas às seguintes modalidades do saneamento básico: tratamento da água e do esgoto, manutenção dos sistemas de drenagem e manejo das águas Resíduos dos Serviços pluviais. Os resíduos são resultantes dos processos aplicados em Estações de Tratamento de Água Públicos de Saneamento (ETAs) e Estações de Tratamento de Esgoto (ETEs), ambos envolvendo cargas de matéria orgânica, Básico e resíduos dos sistemas de drenagem, com predominância de material inerte proveniente principalmente do desassoreamento de cursos d’água. Os resíduos gerados nos cemitérios em todos os municípios brasileiros devem ser também diagnosticados. Parte deles se sobrepõe a outros tipos de resíduos. É o caso, por exemplo, dos Resíduos Sólidos resíduos da construção e manutenção de jazigos, dos resíduos secos e dos resíduos verdes dos Cemiteriais arranjos florais e similares, e dos resíduos de madeira provenientes dos esquifes. Os resíduos da decomposição de corpos (ossos e outros) provenientes do processo de exumação são específicos deste tipo de instalação. São os resíduos de óleos gerados no processo de preparo de alimentos. Provêm das fábricas de Resíduos de Óleos produtos alimentícios, do comércio especializado (restaurantes, bares e congêneres) e também de Comestíveis domicílios. Apesar dos pequenos volumes gerados, são resíduos preocupantes pelos impactos que provocam nas redes de saneamento e em cursos d’água. Os resíduos industriais são bastante diversificados e foram disciplinados, anteriormente à Política Nacional de Resíduos Sólidos, pela Resolução CONAMA nº 313/2002. A partir da sua edição os seguintes setores industriais devem enviar registros para composição do Inventário Nacional dos Resíduos Industriais Resíduos Industriais: indústrias de preparação de couros e fabricação de artefatos de couro; fabricação de coque, refino de petróleo, elaboração de combustíveis nucleares e produção de álcool; fabricação de produtos químicos; metalurgia básica; fabricação de produtos de metal; fabricação de máquinas e equipamentos, máquinas para escritório e equipamentos de informática; fabricação e

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montagem de veículos automotores, reboques e carrocerias; e fabricação de outros equipamentos de transporte.

São gerados em atividades de transporte rodoviário, ferroviário, aéreo e aquaviário, inclusive os oriundos das instalações de trânsito de usuários como as rodoviárias, os portos, aeroportos e passagens de fronteira. São tidos como resíduos capazes de veicular doenças entre cidades, estados Resíduos do Serviço de e países. São citados entre estes resíduos: resíduos orgânicos provenientes de cozinhas, refeitórios e Transporte serviços de bordo, sucatas e embalagens em geral, material de escritório, resíduos infectantes, resíduos químicos, cargas em perdimento, apreendidas ou mal acondicionadas, lâmpadas, pilhas e baterias, resíduos contaminados de óleo, e os resíduos de atividades de manutenção dos meios de transporte. Estes resíduos precisam ser analisados segundo suas características orgânicas ou inorgânicas. Dentre os de natureza orgânica deve-se considerar os resíduos de culturas perenes (café, banana, Resíduos laranja, coco, etc.) e temporárias (cana, soja, milho, mandioca, feijão, etc.). Quanto às criações de Agrosilvopastoris animais, precisam ser consideradas as de bovinos, equinos, caprinos, ovinos, suínos, aves e outros, bem como os resíduos gerados nos abatedouros e outras atividades agroindustriais. Também estão entre estes, os resíduos das atividades florestais. Fonte: MMA, Manual de Orientação, 201

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3.2 Estrutura operacional, fiscalizatória e gerencial atual

O Município de Campina das Missões não possui veículos adequados para realizar a coleta dos resíduos sólidos, não possui equipamentos, central de triagem e também não possui aterro sanitário. A coleta, transporte, tratamento e disposição final dos resíduos gerados no Município são terceirizados por empresas privadas. O Quadro 7 representa um levantamento da estrutura operacional, fiscalizatória e gerencial do Município.

Quadro 7: Estrutura Operacional, Fiscalizatória e Gerencial.

Capacidade Gerencial Capacidade Operacional Recursos Humanos Equipamentos Qualitativa Quantitativa

Qualitativa Quantitativa Qualitativa Quantitativa

Pesados

Pouco

Outros Outros

Poucos Poucos

Suficiente Suficiente Suficiente

Inexistente Inexistente Inexistente

Nível Médio Nível Médio Nível

Operacionais

Nível Nível Superior

Veículos Leves Veículos

Veículos Veículos Fiscais Exclusivos Fiscais

X 0 0 0 X 0 3 0 X 0 0 0

3.3 Caracterização dos resíduos sólidos

3.3.1 Fatores que influenciam nas características dos resíduos sólidos

As características do lixo podem variar em função de aspectos sociais, econômicos, culturais, geográficos e climáticos, assim como pode ser visualizado no Quadro 8. É preciso tomar cuidado com os valores que traduzem as características dos resíduos, principalmente no que concerne às características físicas, pois os mesmos são muito influenciados por fatores sazonais.

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Quadro 8: Fatores que influenciam nas características dos resíduos sólidos

Fatores Influência

 Aumento do teor de umidade;

 Aumento do teor de folhas; Climáticos (Chuvas/Outuno/Verão)  Aumento do teor de embalagens de bebidas (latas, vidros e plásticos rígidos).

 Aumento do teor de embalagens de bebidas (latas, vidros e plásticos rígidos);  Aumento de embalagens (papel/papelão, plásticos maleáveis e metais);  Aumento de matéria orgânica; Épocas Especiais (Carnaval/ Natal/ Ano Novo/ Dia das Mães/ Dia  Aumento de embalagens (papel/papelão, plásticos maleáveis e metais); dos Pais/ Páscoa/Férias escolares)  Esvaziamento de áreas da cidade em locais não turísticos.

 Aumento populacional em locais turísticos.

 Quanto maior o nível cultural, maior a incidência de material reciclável e menor a incidência de matéria orgânica;  Quanto maior o nível educacional, menor a incidência de matéria orgânica;  Quanto maior o poder aquisitivo, maior a incidência de material reciclável e menor a incidência de matéria Socioeconômicos (Nível cultural, orgânica; educacional / Poder aquisitivo /  Maior consumo de supérfluos perto do recebimento do Desenvolvimento salário (fim e início do mês); tecnológico/Promoções no  Maior consumo de supérfluos no fim de semana; comércio/ Lançamento de novos Introdução de materiais cada vez mais leves, reduzindo produtos)  o valor do peso especifico aparente dos resíduos;  Aumento de embalagens;

 Redução de materiais não-biodegradáveis (plásticos) e aumento de materiais recicláveis e/ou biodegradáveis (papéis metais e vidros).

 Quanto maior a população urbana, maior a geração per (População urbana) Demográficos capita.

Fonte: Ministério do Meio Ambiente (PNRS, 2011).

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3.3.2 Composição gravimétrica

A análise da composição gravimétrica dos resíduos sólidos urbanos em um Município permite avaliar a origem e a geração desses resíduos, fornecendo subsídios para avaliação da eficiência do sistema de gerenciamento. Na Figura 37 está apresentada a composição gravimétrica dos resíduos do Município de Campina das Missões, a qual foi obtida conforme informações repassadas pela Prefeitura Municipal.

Figura 37: Composição Gravimétrica do Município.

Papel e papelão 13.98% Plástico

12.25% Metal

3.49% 65.30% Vidro 5.25% Orgânico e resíduos não recicláveis (aterro)

Fonte: Prefeitura Municipal de Campina das Missões, 2013.

3.3.3 Geração Per capita

A geração dos resíduos domiciliares varia de acordo com o porte dos municípios e regiões geográficas do país, em função da atividade econômica, tamanho e renda da população e possíveis populações flutuantes presentes no local. A quantidade de resíduos em toneladas, na ausência de balança, pode tomar como parâmetro os indicadores de massa específica aparente dos resíduos domiciliares. Instituto Brasileiro de Administração Pública - IBAM (2001) afirma que normalmente, o peso específico dos resíduos correspondem a 230 kg/m3, quando soltos, e compactados atingem cerca de 600 kg/m3.

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O Quadro 9 identifica as faixas mais utilizadas de geração per capita conforme o tamanho da cidade e o número de habitantes. Quadro 9: Cálculo para geração per capita. População urbana Geração per capita Tamanho da Cidade (habitantes) (kg/hab/dia)

Pequena Até 30 mil 0,50 Média Entre 30 mil e 500 mil Entre 0,50 e 0,80 Grande Entre 500 mil e 5 milhões De 0,80 e 1,00 Megalópole Acima de 5 milhões Acima de 1,00 Fonte: Adaptado de IBAM (2001).

3.3.4 Resíduos sólidos domiciliares e comerciais

No Município de Campina das Missões os resíduos comerciais são gerados em pequena quantidade, por isso são coletados e tratados como resíduos residenciais. Anualmente são gerados em torno de 564 t de resíduos sólidos domiciliares. A coleta dos resíduos domiciliares é realizada tanto na zona urbana como na rural. Na zona urbana a coleta é feita em três dias da semana (segunda, quarta e sexta), já na zona rural a coleta foi dividida em cinco diferentes roteiros, cada roteiro recebe o serviço de coleta a cada dois meses, os roteiros da zona rural podem ser visualizados no Quadro 10.

Quadro 10: Roteiros utilizados na área rural do Município. Roteiro Descrição Totaliza 69 km, inicia na Linha PIO X, Primeiro de Março Sul até Balneário

Welter, retornando Esquina Eberling, Paca Sul, Travessão Marcio Cassola até Vanderlei Zwirtes. Travessão Primeiro de Março, Rudemar Werle, Oito de Maio, Igreja Canal Torto, Travessão até Irineu Maximenco até propriedade Delto de Vlieger, Nelson Helmanzick, Travessão Osmar Boufler, Comtul, Esquina Roteiro 01 Roteiro Marianof, Paca Norte propriedade Adriano Bourscheid, Paca Reta, Paca Sul Olaria Pustai até a cidade.

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Totaliza 48,5 km, inicia na Linha La Sale Buriti, Casa Nivio Siveris, Cemitério até casa Jorge Jackimchuk, retornando até salão Buriti em direção Paca Norte passando propriedade Selch, até escola Paca Norte, Secção F (vila) até propriedade Grum. Níquel Norte Linha Níquel descendo até Linha União, Roteiro 02 Roteiro retornando até a cidade.

Totaliza 42,5 km, inicia na RS 307 Linha São João até Mentges, Salão Amadeu Norte até Travessão Selch retornando para Butiá Norte (salão escola), RS 307 até propriedade Frolich, retornando até propriedade Hoffmann, Butiá Centro (Bernardo) até propriedade Ivo Schneider, retornando até propriedade Karling,

Roteiro 03 Roteiro propriedade Arnilo Kauffmann em direção Esquina Campina até estação de triagem.

Totaliza 78,6 km, inicia na saída da estação de triagem até Linha Butiá Sul até propriedade Laodir Webler, retornando até ponte Tumurupará, propriedade Luis Kasper retornando estrada geral Linha Doze até propriedade Guerino Wolkmer, retornando Linha Doze (vila), travessa Godoi Centro, sociedade até Travessa Natal Norte até propriedade Arturo Schinvleski, retornando até escola Linha Teresa (vila) descendo estrada geral Godoi Centro até propriedade Julci Goerlach, retornando até escola Linha Teresa, até propriedade Selmar Zavalha, estrada velha até ressaca (vila) seguindo até Ponte Comandaí, seguindo até

Roteiro 04 Roteiro propriedade Danilo Fank, retornando até a vila seguindo em direção a Linha Amadeu Sul, seguindo até a propriedade Roque Schons, retornando a estrada geral até cemitério e, propriedade Cornélio Kauffmann, retornando salão, seguindo estrada geral até Linha Amadeu Níquel Sul na propriedade do Senhor Rudi Leichtweis retornando até sociedade, até Esquina Campina e, depois até a Central de Triagem.

Totaliza 15,1 km, inicia na gruta seguindo até Balneário Estrela, passando pela propriedade dos Fank, seguindo em direção a estrada geral até a ponte que vai até a Linha Caraguatá, retornando a sociedade Comandaí e até a Central de

Roteiro 05 Roteiro Triagem.

Fonte: Prefeitura Municipal de Campina das Missões, 2013.

A Coleta Seletiva do Município na área urbana é composta por conjuntos de cinco tambores, localizados em cada quadra da cidade, assim como apresenta a Figura 38 e a Figura 39. Cada tambor está devidamente identificado com adesivos para identificar o tipo de resíduo. Os tambores são separados e identificados em: Orgânico, Plástico, Papel, Vidro e Metal. A coleta é realizada com um caminhão basculante.

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Figura 38: Sistema de Coleta Seletiva do Município.

Figura 39: Sistema de Coleta Seletiva do Município

A empresa responsável pela coleta e contratada pela Prefeitura é Marcos Engelhof e Cia Ltda, CNPJ 08.390.082/0001-30, sendo que possui central de triagem e estação de transbordo. A empresa é privada, está localizada no Município de Campina das Missões, está em funcionamento desde 2007 e possui licença da FEPAM, conforme Licença de Operação n° 6895/2011-DL. A Figura 40 mostra o acesso e a estrutura física da empresa.

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Figura 40: Central de Triagem e Estação de Transbordo.

Atualmente a empresa conta com 19 funcionários, realizando os serviços de coleta dos resíduos, triagem e venda dos recicláveis. Além de atender o município de Campina das Missões, a empresa de coleta e triagem Marcos Engelhof e Cia LTDA atende os municípios de Caibaté, Cândido Godói, Cerro Largo, , Roque Gonzales, Salvador das Missões, São Paulo das Missões, São Pedro do Butiá e . Para o Município de Campina das Missões, a empresa possui 04 funcionários envolvidos diretamente com o serviço de coleta, transporte e triagem dos resíduos. Os resíduos coletados chegam de caminhão que é estacionado na lateral do pavilhão, e são descarregados em uma área próxima da esteira (área de transbordo), assim como pode ser observado na Figura 41.

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Figura 41: Local de transbordo dos resíduos.

Após o transbordo, os resíduos adicionados sobre a esteira e submetidos à triagem ou segregação por parte dos funcionários. Esta separação é caracterizada por 26 diferentes seleções dos resíduos, cada qual é disposta separadamente em uma respectiva baia. A Figura 42 apresenta estas etapas do processo.

Figura 42: Esteira (A) e baias de separação dos resíduos (B).

A B

A etapa seguinte pode ser observada na Figura 43. Consiste no serviço de prensagem dos diferentes tipos de resíduos visando à formação dos fardos com materiais recicláveis para a posterior comercialização.

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Figura 43: Prensagem (A) e enfardamento (B).

A B A B

Os resíduos que não podem ser reciclados e os orgânicos são enviados para a destinação final no Aterro de Giruá/RS, Revita Engenharia SA, CNPJ: 08.623.970/0010-46, Licença de Operação n° 1139/2011-DL, o qual apresenta distância de aproximadamente 63 km do Município de Campina das Missões. No Município de Campina das Missões, não existe nenhum tipo de sistema de compostagem dos resíduos orgânicos. A Tabela 21 indica a quantidade de materiais recicláveis recuperados (exceto matéria orgânica) resultantes dos processos de triagem do Município.

Tabela 21: Quantidade de materiais recicláveis recuperados no Município.

Quantidade de resíduos Tipo de resíduo Porcentagem reciclados (toneladas/ano)

Papel e papelão 78,9 13,98%

Plástico 69,1 12,25%

Metais 19,7 3,49%

Vidros 29,6 5,25%

Total de resíduos reciclados 197,3 34,97%

Fonte: Prefeitura Municipal de Campina das Missões, 2013.

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Através dos dados da Tabela 21 é possível identificar que das 564 toneladas/ano de resíduos gerados no Município apenas 197,3 t/ano são reaproveitadas e utilizadas como material reciclável. O restante, 367,7 t/ano ou 65,3% que se constituem basicamente de matéria orgânica e materiais que não podem ser reciclados são enviados pela empresa diretamente para destinação final no aterro sanitário. Como o Município de Campina das Missões é pequeno, não há presença de catadores autônomos ou informais e também não há nenhuma cooperativa ou associação de catadores de resíduos. Atualmente a Prefeitura Municipal de Campina das Missões tem uma despesa anual de R$ 131.870,88, neste valor está incluído a coleta, transporte e destinação final dos resíduos domiciliares e públicos. Sendo que os pagamentos são feitos mensalmente, com um valor fixo de R$ 10.989,24 (mensal), independentemente da variação do volume de resíduos gerados no Município. Após passar pela triagem na Empresa Marcos Engelhof e Cia LTDA, esta possui a responsabilidade firmada em contrato com a Prefeitura Municipal, de realizar a destinação ambientalmente adequada dos rejeitos. A Empresa tem um custo de R$ 72,00 por tonelada de resíduo, para encaminhamento até a disposição final no Aterro Sanitário de Giruá/RS, gerando mensalmente um gasto anual de R$ 26.474,40 com o transporte e a disposição final. O Quadro 11 resume os custos com o manejo dos resíduos sólidos domiciliares e comerciais no Município.

Quadro 11: Custos com o manejo dos resíduos sólidos domiciliares e comerciais. Custo Quantidade Responsável Serviços Total anual (R$) (R$/t) (t/ano)

Prefeitura Municipal de Coleta e Fixo 564 131.870,88 Campina das Missões triagem Transporte e Marcos Engelhof e Cia LTDA Disposição 72,00 367,7 26.474,40 final Fonte: Prefeitura Municipal de Campina das Missões, 2013.

No Diagnóstico do Manejo de Resíduos Sólidos Urbanos (Ministério das Cidades, 2010) foi realizado um levantamento por município, visando identificar

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como ocorrem as cobranças destes serviços, as receitas e as despesas segundo o agente executor. Os dados obtidos para o Município de Campina das Missões estão apresentados no Quadro 12.

Quadro 12: Relação entre receitas e despesas do gerenciamento dos resíduos.

Campina das Missões 2010/ SNIS

Cobrança dos Serviços Receitas Despesas segundo o agente executor Regulares Especiais

Orçada Arrecadada Total Público Privado Existência Forma Existência (R$/ano) (R$/ano) (R$/ano) (R$/ano) (R$/ano)

Sim Tx. Iptu Não 48.000,00 50.000,00 92.838,00 21.600,00 71.238,00

Fonte: Adaptado de Ministério das Cidades, 2010.

O Município de Campina das Missões realiza cobrança anual juntamente com o IPTU. O valor cobrado para terrenos edificados é de R$ 69,00, já para terrenos sem edificações ou desocupados, o valor cobrado é de R$ 114,84. Segundo informações da atual administração municipal, PMCM (2013), a previsão de arrecadação em 2013 é de aproximadamente R$ 85.186,92.

3.3.5 Resíduos de varrição, poda e capina

A limpeza urbana do Município, principalmente a varrição, é realizada por dois funcionários da Prefeitura Municipal. Os plásticos, papéis e outros materiais recicláveis são encaminhados à Central de Triagem de Marcos Engelhof e Cia Ltda. Já os resíduos provenientes de podas e varrição, caracterizados como materiais orgânicos são dispostos em área própria da Prefeitura para decomposição. Destaca-se que o plano de varrição, com os roteiros executados está atribuído a todas as ruas do Município. A varrição manual ocorre diariamente nos pontos mais movimentados, conforme estabelecido no plano de varrição do Município. Já os serviços de poda e capina, bem como o serviço de roçada no Município são de pouca frequência, sendo realizados conforme a demanda.

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Para o serviço de coleta dos materiais de poda e demais resíduos pertinentes, são mobilizados três funcionários da Prefeitura e a coleta é realizada com um caminhão caçamba. Os resíduos recicláveis recolhidos na limpeza pública são destinados junto à coleta seletiva do Município e encaminhados para a central de triagem. Os resíduos provenientes da varrição e da capina são depositados em áreas e terrenos do Município. Atualmente a Prefeitura não conta com nenhum equipamento mecanizado para realizar este serviço, porém, a mesma recebeu uma aprovação parcial de um projeto para aquisição de um triturador florestal, o qual pode ser utilizado em galhos de até 15 cm de diâmetro. Com este equipamento haverá condições de criar um ciclo fechado, na questão de resíduos de poda, reaproveitando-os na jardinagem, adubação e outros. Não há registros quantitativos do volume gerado de resíduos de varrição, poda e capina. Segundo informações da administração da Prefeitura Municipal de Campina das Missões, os custos anuais atingem R$ 27.502,29, para os serviços de manejo destes resíduos. De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, através do Plano de Gestão de Resíduos Sólidos: Manual de Orientação (2012), estes resíduos representam cerca de 15% da geração total de resíduos domiciliares. Seguindo esta metodologia, isso representaria 84,6 toneladas anuais para o Município de Campina das Missões.

3.3.6 Resíduos da construção civil – RCC

São considerados geradores pessoas físicas ou jurídicas, públicas ou privadas, responsáveis por atividades ou empreendimentos que gerem os resíduos de construção civil ou demolição. A indústria da construção civil é um dos grandes contribuintes do desenvolvimento socioeconômico, sendo também o maior gerador de resíduos de toda a sociedade, ao longo de toda a sua cadeia produtiva. A maior preocupação com o tema se da pela falta de gerenciamento sobre todo esse resíduo, devido a muitos municípios não possuírem uma política que exija uma destinação final ambientalmente correta.

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O Município de Campina das Missões não possui controle efetivo sobre a quantidade de resíduos da contrução civil. Ainda, os resíduos produzidos nas atividades de construção e demolição tem geração muito variável. De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, através do Planos de Gestão de Resíduos Sólidos: Manual de Orientação (2012), a média estimada como geração típica per capita é de 0,52 t anuais. Entretanto, por se tratar de um município de pequeno porte, optou-se por adotar a taxa de geração per capita média de 0,4 t/hab.ano, em função do SINDUSCON-CE afirmar que os valores típicos encontram-se entre 0,40 e 0,50 t/hab.ano. Assim, estima-se que a geração de RCC no município de Campina das Missões atualmente é aproximadamente 2.450 t/ano. A Prefeitura recolhe os resíduos gerados na construção civil, porém, não possui área de disposição adequada para estes (bota-fora). Atualmente, estão sendo reutilizados em obras, como aterramentos e preenchimento de alicerces.

3.3.7 Resíduos de serviço de saúde - RSS

Conforme o Art. 8º da Lei Estadual nº. 9.921 (RIO GRANDE DO SUL, 1993), a coleta, transporte, tratamento, processamento e a destinação final dos resíduos sólidos dos serviços de saúde, são de responsabilidade da fonte geradora independentemente da contratação de terceiros, de direito público ou privado, para execução de uma ou mais dessas atividades. Segundo o Cadastro Nacional de Estabelecimentos da Saúde (CNES), o Município de Campina das Missões conta com 6 estabelecimentos de saúde, entre hospitais, unidades básicas de saúde e clínicas. Estes estão detalhados na Error! Reference source not found., juntamente com CNES.

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Tabela 22: Estabelecimentos de saúde (CNES).

Estabelecimento Cnes Clinicamp 7007051 Hospital Campina 2250802 Laboratório Missões 2250241 Posto de Saúde Santa Teresa Campina das Missões 2250233

Posto de Saúde Sede e Pacs Campina das Missões 2250225

Secretária Municipal da Saúde 6647715 Fonte: CNESNet

Analisando os estabelecimentos cadastrados no CNES no Município de Campina das Missões, percebe-se claramente que alguns não estão cadastrados, como clínicas médicas, clínicas odontológicas e farmácias, onde não existe nenhum tipo de informação quanto ao manejo dos resíduos gerados nestes estabelecimentos do Município. Porém, grande parte destes, gera resíduos de serviço de saúde em seus processos. Não existe estudo ou registro das quantidades geradas por clínicas e estabelecimentos particulares, apenas para os de responsabilidade do poder público. O Ministério do Meio Ambiente, através do Plano de Gestão de Resíduos Sólidos: Manual de Orientação (2012), aponta uma geração média destes resíduos de 5kg diários para cada 1000 habitantes. Assim, estima-se que a geração de resíduos de serviços de saúde em Campina das Missões seja aproximadamente 11 t/ano. A Prefeitura Municipal é responsável pelos resíduos gerados nos estabelecimentos públicos. Nos estabelecimentos particulares é de responsabilidade dos respectivos empreendedores o correto gerenciamento de seus resíduos. Desta forma, a prefeitura não possui controle de geração e destinação final destes resíduos. A Prefeitura Municipal possui contrato com a empresa Via Norte Coleta e Transporte de Resíduos LTDA, CNPJ n° 05.943.056/0001-01 para fazer a coleta, transporte e destinação final dos resíduos gerados nas Unidades de Saúde Municipais. A Empresa está localizada em Santo Ângelo/RS, licenciada pela FEPAM, licença n° 890/2013-DL.

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Nos estabelecimentos de saúde públicos municipais são recolhidos em média 9.900 litros/ano de resíduos sólidos dos serviços de saúde. O Quadro 13 apresenta a quantidade de resíduos recolhidos no ano de 2012 pela empresa responsável.

Quadro 13: Quantidade de RSS recolhida em 2012.

Data Quantidade coletada (L) Janeiro 930 Fevereiro 646 Março 800 Abril 1000 Maio 1420 Junho 800 Julho 860 Agosto 400 Setembro 600 Outubro 1250 Novembro 660 Dezembro 480 Total 9846 Fonte: Prefeitura Municipal de Campina das Missões, 2012.

Os resíduos gerados nas unidades de saúde de Campina das Missões são segregados no momento da sua geração, de acordo com as características físicas, químicas, biológicas, o seu estado físico e os riscos envolvidos. O acondicionamento dos resíduos segregados nas unidades de saúde é feito em sacos plásticos ou em recipientes específicos para o tipo de material. Os mesmos são identificados conforme a sua classificação, fornecendo informações ao correto manejo dos mesmos. Nos postos de saúde municipais a segregação também é realizada, porém os RSS são todos armazenados no mesmo local, no Hospital Campina. A Empresa geralmente realiza a coleta com periodicidade quinzenal. O armazenamento é feito em ambiente exclusivo, com acesso facilitado para os veículos coletores. Os resíduos, já acondicionados e identificados são armazenados em bombonas de aproximadamente 200L. A remoção dos RSS do

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local de resíduos é realizada pela Empresa por meio da utilização de um veículo coletor fechado até a unidade de tratamento ou disposição final. A Figura 44 e a Figura 45 apresentam o local de armazenamento dos resíduos dos serviço de saúde do Hospital Campina.

Figura 44: Local de acondicionamento temporário dos RSS Municipais.

Figura 45: Local de acondicionamento temporário dos RSS Municipais.

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Os RSS recolhidos ficam a critério da contratada para o encaminhamento adequado e destinação final, podendo ser autoclavagem para reutilização, aterro de resíduos perigosos, incineração, dentre outros que a empresa especializada determinar necessário, sendo de acordo com o grau de contaminação dos resíduos. Anualmente o custo contraído pela Prefeitura Municipal para a Empresa responsável pelo gerenciamento dos RSS é de R$ 1.013,16 mensal, totalizando R$ 12.157,92 por ano, os valores são fixados em contrato, independente dos volumes gerados.

3.3.8 Resíduos cemiteriais e funerários

Os cemitérios são fontes potenciais de impactos ambientais, principalmente quanto ao risco de contaminação das águas subterrâneas e superficiais, devido à liberação de fluidos humosos (necrolixiviado), substância gerada com a decomposição dos cadáveres (Funasa, 2007). A Resolução CONAMA 335/2003, dispõe sobre o licenciamento ambiental de cemitérios, compreendendo ao gerador, o adequado gerenciamento dos resíduos cemiteriais, adotando a destinação ambiental e sanitariamente adequada. O Município de Campina das Missões possui vinte cemitérios, sendo um Municipal e o outro pertencente à Paróquia e, os demais pertencentes às comunidades do interior. Em sua totalidade são antigos, não possuem licenciamento ambiental e não possuem qualquer tipo de controle ou fiscalização, quanto aos resíduos gerados. Quanto aos resíduos funerários, existe apenas uma funerária no município e, não existe por parte da empresa a existência de um Plano de Gerenciamento de Resíduos. Alguns materiais são conduzidos até o Hospital Campina visando dar destinação final à Via Norte Coleta e Transporte de Resíduos de Saúde. Há a necessidade de gerir corretamente os resíduos desta funerária, principalmente se estiver sendo executada a sucção nos corpos. Há a necessidade de incineração, conforme rege a legislação dos resíduos de saúde.

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3.3.9 Resíduos agrosilvopastoris

Os resíduos agrosilvopastoris são analisados segundo suas características orgânicas e inorgânicas. São considerados de natureza orgânica os resíduos gerados em culturas perenes (café, banana, laranja, etc.) e temporárias (cana, soja, milho, trigo, mandioca, feijão) Nas criações animais, são considerados os resíduos gerados na criação de bovinos, caprinos, ovinos, suínos, aves, entre outros, bem como os provenientes dos abatedouros e atividades agroindustriais. Os resíduos de natureza inorgânica abrangem os agrotóxicos, fertilizantes, produtos de uso veterinário e suas embalagens. Também, são considerados resíduos agrosilvopastoris os gerados nas atividades florestais. Para identificação dos principais geradores, foi realizado um levantamento dos resíduos agrosilvopastoris mais significativos gerados no Município de Campina das Missões, como está descrito na sequencia.

 Agrotóxicos

Através do Decreto nº 4.074 (BRASIL, 2002), ocorreu à regulamentação das Leis 7.802/1989 e 9.974/2000 (BRASIL 2000), dividindo as responsabilidades a todos os segmentos envolvidos diretamente com os agrotóxicos: fabricantes, revendas (canais de comercialização), agricultores (usuários) e poder público (fiscalizador), para a destinação apropriada das embalagens utilizadas (IPEA, 2013). Visando atender a nova legislação, os fabricantes de agrotóxicos organizaram-se, e em 2002 criaram o Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (INPEV), entidade que representa as indústrias fabricantes de produtos fitossanitários, assumindo de forma autônoma, a gestão e os trabalhos relativos à destinação final das embalagens vazias de agrotóxicos em todo o território nacional. O processo da logística reversa das embalagens vazias, inicia-se com o agricultor, que após a utilização do produto, tem a obrigação legal de efetuar a tríplice lavagem das embalagens ou a lavagem sob pressão, e devolvê-las no prazo

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de um ano após a compra ou seis meses após o vencimento da data de validade do produto (Sato, Carbone e Moori, 2006). Segundo a administração da Prefeitura Municipal (2013), a orientação é que os usuários do produto (agricultor) devem realizar a tríplice lavagem e as embalagens devem ser devolvidas em local indicado na Nota Fiscal de compra. O recolhimento destas embalagens é feito pelas empresas que comercializam tais produtos, e organizam periodicamente este recebimento, para posterior encaminhamento a destinação final adequada, conforme a legislação. Porém, ainda não existe controle Municipal de fiscalização, sabe-se que algumas cooperativas do Município orientam seus clientes e possuem pontos de entrega, mas não existem registros quantitativos de embalagens geradas, nem mesmo banco de dados com informações sobre o gerenciamento de tais resíduos.

 Resíduos oriundos da criação de aves

Atualmente o Município não tem um controle rigoroso sobre estes resíduos, e grande parte é armazenado em caixas de concreto, passando por processo de fermentação e posteriormente utilizado como adubação orgânica. Vale ressaltar que a criação de aves normalmente ocorre de forma solta, não confinada e, para a subsistência familiar.

 Resíduos oriundos da criação e alimentação bovina.

O Município também não possui um controle sobre o destino destes rejeitos, sendo que grande parcela é distribuído sobre áreas de pastagens, ou em leiras nas lavouras ou em composteiras para fermentação. A Figura 46 retrata a necessidade de intervenção na gestão dos dejetos dos currais e/ou estábulos de bovinos.

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Figura 46: Dejetos de bovinos despejados diretamente no solo.

 Resíduos oriundos da criação de suínos

A destinação final é de responsabilidade do gerador. Todos os suinocultores do município estão licenciados pela FEPAM, sendo que possuem esterqueiras impermeabilizadas com geomembrana. Segundo a administração municipal, os dejetos estabilizados são utilizados na fertirrigação, como adubo orgânico. Vale ressaltar que a orientação da FEPAM (RIO GRANDE DO SUL, 2010) quanto ao formato de esterqueiras é de que sejam construídos dois módulos ou valas impermeabilizadas, aumentando a capacidade de estabilização dos dejetos. Considerando a existência de uma única esterqueira, o material cru permanentemente se mistura ao material em processo de estabilização, reduzindo a eficiência do sistema e resultando em possibilidade de contaminação do solo e das águas subterrâneas e superficiais. No momento, o Município não possui nenhum controle referente à quantificação deste tipo de resíduo, nem cadastramento municipal dos suinocultores, não existem informações referente à quantidade gerada, porém, há um controle eficiente dos suinocultores licenciados pela FEPAM.

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3.3.10 Resíduos especiais com logística reversa obrigatória

Segundo a Lei Estadual nº. 9.921 (BRASIL, 1993), a coleta, o transporte, o tratamento, o processamento e a destinação final dos resíduos sólidos de estabelecimentos industriais, comerciais e de Prestação de serviços, inclusive de saúde, são de responsabilidade da fonte geradora, independentemente da contratação de terceiros, de direito público ou privado, para execução de uma ou mais dessas atividades. Os recipientes, embalagens, contêineres, invólucros e assemelhados, quando destinados ao acondicionamento dos produtos perigosos, definidos no regulamento, deverão ser obrigatoriamente devolvidos ao fornecedor desses produtos. A logística reversa engloba diferentes atores sociais na responsabilização da destinação ambientalmente adequada dos resíduos sólidos, gerando obrigações, especialmente no setor empresarial. Que deverá realizar o recolhimento de produtos vencidos e embalagens pós-consumo, assim como deverá assegurar seu reaproveitamento no mesmo ciclo produtivo ou garantir sua inserção em outros ciclos produtivos. Tendo em vista, que os fornecedores e comerciantes possuem um tempo para se adaptar a nova legislação ambiental, que exige a elaboração e execução do PGIRS e a implantação do sistema de logística reversa, para fontes geradoras de resíduos especiais, o Município de Campina das Missões em parceria com outras entidades, tem implantado pontos de coleta de resíduos especiais, para posterior encaminhamento e disposição final adequada desses resíduos. O Município vem recolhendo nesses pontos, resíduos especiais, como pilhas, baterias, materiais eletrônicos pequenos, lâmpadas fluorescentes, através do Programa Ecocampina, que está apresentado no item 3.5. Programas Existentes. Quanto aos outros tipos de resíduos, os quais possuem logística reversa obrigatória, o Município ainda não possui controle ou fiscalização. Dessa forma, alguns resíduos especiais, são encontrados junto aos resíduos domiciliares e comerciais, como pode ser observado na Figura 47.

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Figura 47: Resíduos com logística reversa encontrados na central de triagem.

Segundo informações do proprietário do estabelecimento responsável pela coleta e triagem dos resíduos domiciliares no Município, as pilhas e baterias recolhidas pela empresa são armazenadas em tambores e após, são encaminhadas juntamente com os materiais recolhidos pela Prefeitura Municipal no Programa Ecocampina. Os serviços de destinação para estes resíduos são contratados por demanda, ou seja, quando a quantidade destes materiais é significativa, a Prefeitura encaminha para destinação final em aterro de resíduos perigosos, através de empresa licenciada. A Prefeitura Municipal possui interesse em realizar um controle efetivo e desenvolver ações voltadas para a realização de uma logistica reversa obrigatória para os resíduos especiais. Os números relativos a estes resíduos são pouco conhecidos. Segundo o Guia para Elaboração dos Planos de Gestão de Resíduos Sólidos (Ministério do Meio Ambiente, 2011) para os resíduos de equipamentos eletroeletrônicos pode ser considerada uma taxa de geração de 2,6 kg anuais per capita. Quando aos pneus o número de pneus recolhidos e destinados segundo o Cadastro Técnico Federal do IBAMA, aponta para uma taxa de geração de resíduos de 2,9 kg anuais por habitante. De acordo com ALMEIDA (2012), o índice de geração para lâmpadas em kg/hab.dia é de 2,65x10-4. A estimativa de resíduos gerados em Campina das Missões está apresentada no Quadro 14.

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Quadro 14: Estimativa anual dos resíduos especiais gerados no Município.

Tipo de Resíduo Geração Per Capita Geração estimada anual Eletroeletrônicos 2,6 kg 15,9 t Pneus 2,9 kg 17,7 t Pilhas 4,34 unidades 26.548 unidades Baterias 0,09 unidades 551 unidades Lâmpadas 2,65x10-4 0,6 t

3.3.11 Resíduos industriais

A Política Nacional de Resíduos Sólidos, instituída pela Lei Federal 12.305 (BRASIL, 2010), sujeita aos geradores de resíduos industriais à elaboração de plano de gerenciamento de seus resíduos. No Município de Campina das Missões há apenas pequenas indústrias, baseadas principalmente na metalurgia, móveis e têxtil. Até o presente momento, não existe levantamento qualitativo e quantitativo, quanto aos resíduos gerados neste segmento, nem mesmo algum tipo de controle ou fiscalização por parte do Município.

3.3.12 Resíduos volumosos

Os equipamentos e utensílios domésticos (eletrodomésticos) e móveis inutilizados são recebidos na Central de Triagem Marcos Engelhof e Cia Ltda, porém, estes resíduos não são de responsabilidade da Empresa. No entanto, como o Município não dispõe de uma área adequada para o armazenamento de tais resíduos, a empresa acaba fazendo o recolhimento juntamente com a coleta seletiva. Os aparelhos eletrônicos como computadores, televisores e celulares são recolhidos em campanhas periódicas, realizadas pela Secretaria Municipal de Meio ambiente. Geralmente a Prefeitura Municipal contrata empresas licenciadas para fazer este recolhimento.

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3.3.13 Resíduos dos serviços públicos de saneamento básico

Os resíduos da Estação de Tratamento de Água (ETA) são constituídos basicamente por materiais removidos da água bruta e por produtos químicos adicionados à água durante o tratamento. Geralmente os resíduos apresentam baixa biodegradabilidade, alta concentração de sólidos totais, agentes patógenos e, casualmente, metais pesados. O Município de Campina das Missões possui uma única Estação de Tratamento de Água, responsável pelo tratamento da água captada do Rio Tumurupará, próximo a ponte sobre o Rio e operada pela Companhia Riograndense de Saneamento. A Corsan atualmente é a prestadora do serviço de abastecimento de água no município, adotando a cobrança individual aos usuários. Segundo informações obtidas junto a Corsan, o lodo gerado no tratamento da água retorna ao corpo receptor, sendo que no momento não há tratamento deste resíduo. Os Resíduos gerados nas Estações de Tratamento de Esgoto (ETE) dependem do tipo de sistema adotado e do efluente tratado. Porém, todos envolvem uma grande carga de matéria orgânica, gerando resíduos provenientes do gradeamento, areia, sólidos de maior dimensão e lodo. O município de Campina das Missões é responsável pela operação e monitoramento de cinco Estações de Tratamento de Efluentes domiciliares. As ETE`s consistem da passagem inicial do efluente bruto em um tanque séptico e posterior permeação em um filtro anaeróbio, ambos de alvenaria, sendo que o efluente é drenado até elas (ETE`s) por gravidade, devido à declividade natural do terreno. A coleta e disposição destes resíduos são realizadas pela própria prefeitura, mediante uso de um caminhão tanque. A remoção do lodo gerado ocorre com periodicidade semestral e/ou anual, de acordo com a demanda. O lodo até há pouco tempo era encaminhado para os leitos de secagem, contudo, após a desativação dos mesmos, por solicitação do Ministério Público, surgiu a necessidade de implantar e legalizar uma nova área para os leitos de secagem, visando atender a demanda das cinco ETAR’s.

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3.3.14 Resíduos do serviço de transporte

Cabe ao gerador a responsabilidade pelo gerenciamento dos resíduos e as empresas responsáveis por terminais (rodoviários/ ferroviários), estando sujeitos à elaboração do Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (Art. 20º da Lei 12.305/2010). Os resíduos originários de terminais rodoviários e ferroviários constituem-se em resíduos sépticos, que podem conter organismos patogênicos, como materiais de higiene e de asseio pessoal, bem como restos de comida. Possuem capacidade de vincular doenças entre cidades, estados e países. No que se refere ao terminal rodoviário do Município de Campina das Missões, não existem registros que possam quantificar os valores de resíduos gerados e assim, conduzir ao melhor entendimento quanto ao gerenciamento dos resíduos gerados no local ou mesmo caracterizá-los, estando à critério e responsabilidade do gerador, o seu adequado acondicionamento, tratamento e destinação final.

3.4 Programas existentes

A Prefeitura Municipal de Campina das Missões possui alguns programas específicos sobre resíduos sólidos empregados ao longo do ano. E através da distribuição de material informativo, torna de conhecimento público o funcionamento dos sistemas e programas existentes. Em exemplo disso, a Figura 488 apresenta um modelo de material explicativo que é distribuído em campanhas no Município.

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Figura 48: Folder informativo distribuído para a população.

Fonte: PMCM, 2013.

3.4.1 Programa ECOCAMPINA

O programa ECOCAMPINA consiste na coleta de resíduos especiais, tais como, pilhas, baterias e lâmpadas fluorescentes. A Figura 4949 apresenta um modelo de material de divulgação para este programa. O Município possui ainda, cerca de quinze diferentes pontos de coleta, os quais compreendem lixeiras especiais para coleta, as quais foram confeccionadas com materiais reciclados, como pode ser observado na Figura 500. Segundo a administração Municipal, o programa obteve boa resposta por parte da população atendida. Porém, ainda existem alguns ajustes e ações que devem ser implementadas para o aprimoramento do programa.

Figura 49: Material de divulgação do programa ECOCAMPINA.

Fonte: PMCM, 2013.

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Figura 50: Recipientes para coleta de pilhas e baterias.

Fonte: PMCM, 2013.

3.4.2 Programa de coleta de óleo de cozinha usado

Os óleos em geral são resíduos de grande importância pelo seu alto potencial de contaminação. Os óleos comestíveis são os resíduos gerados no processo de preparo de alimentos. Provêm de atividades fabricantes de produtos alimentícios em restaurantes, bares e congêneres, além dos domicílios dos munícipes. O óleo de cozinha usado, quando descartado de forma inadequada, pode causar grandes danos ao ecossistema aquático, além de impermeabilizar o solo e causar obstruções nas redes de esgoto e de drenagem, aumentando a possibilidade de ocorrência de inundações. Além dos riscos diretos, também pode provocar contaminação, através da manipulação de produtos químicos utilizados para a desobstrução destas redes, devido à liberação de gás metano durante o processo de decomposição de tais resíduos oleosos, entre outros. O programa já implementado no Município de Campina das Missões consiste na coleta do óleo de cozinha usado, que é gerado por todos os segmentos no Município, e posteriormente, esse óleo coletado é repassado à usina de biocombustível para reuso quando possível e ou descarte adequado.

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3.4.3 Programa Natal Pet

Este programa é realizado com apoio de toda a comunidade, assim como apresenta a Figura 511. Em época de final de ano são confeccionados artesanatos, com a utilização de garrafas pet, para ornamentação da cidade nas épocas de Natal. Os artesanatos confeccionados apresentam-se como lustres, bonecos de neve, pinheiros, entre outros. Na Fonte: PMCM, 2013.

Figura 522 (A e B) apresentam respectivamente, o envolvimento das pessoas voluntárias da comunidade voluntária e um exemplo dos artefatos produzidos com os materiais pet reciclados durante o programa Natal Pet.

Figura 51: Divulgação do programa e convocação de colaboradores.

Fonte: PMCM, 2013.

Figura 52: Envolvimento da comunidade (A), adereços produzidos(B).

A B

Fonte: PMCM, 2013.

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3.4.4 Programa ECOCAMPINA - Coleta de Pneus

O programa de coleta de pneus ainda encontra-se em fase de análise. Este programa consiste de um Termo de Compromisso entre os municípios de Campina das Missões, São Paulo das Missões, Salvador das Missões e São Pedro do Butiá, visando à celebração de convênio com a RECICLANIP, para a destinação final adequada de pneus. O convênio se caracteriza na coleta, armazenamento e transporte dos pneus, através da mobilização obtida durante o programa, os quais serão reutilizados de formas alternativas, grande parte na transformação de energia, incinerados em indústrias de cimento, pavimentação asfáltica, indústria de sofás e indústria de calçados. A dificuldade para a implementação do programa consiste no aspecto jurídico dado que pela Lei 12.305 (BRASIL, 2010) todos os serviços necessários para a gestão ambiental adequada dos pneus é de responsabilidade das produtoras de pneus, fato que não ocorre caso se decida por conveniar com a RECICLANIP, pois neste caso os municípios conveniados são responsáveis pela coleta e pelo armazenamento dos pneus inservíveis, portanto, um custo a ser contraído pelos municípios conveniados. De outro lado, o programa já implementado em outros municípios tem funcionado muito bem, principalmente no que se refere a reutilização de 100% dos pneus inservíveis.

3.5 Análise Hierárquica

3.5.1 Indicador de Salubridade Ambiental

A Lei 12.305 (BRASIL, 2010) prevê que sejam definidos indicadores de desempenho operacional e ambiental dos serviços públicos de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos. A metodologia proposta para o PMGIRS para priorização de investimentos no setor de resíduos sólidos de Campina das Missões – RS requer a definição de pesos para os diversos indicadores, índices e variáveis, para então classificar os objetivos e metas de acordo com os prazos. Para a definição desses pesos, decidiu-se pela utilização do Indicador de Salubridade Ambiental modificado e pelo Método de Análise Hierárquica.

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O Indicador de Salubridade Ambiental (ISA) que após alguns ajustes em sua fórmula original de cálculo, e a inclusão de indicadores específicos, resultou na formulação do Indicador de Salubridade Ambiental Modificado (ISAm ), objetiva medir de maneira uniforme as condições de saneamento de cada município. Seu principal mérito é apresentar sinteticamente a situação de salubridade ambiental por um valor numérico. Dessa forma, é possível compará-la com a situação dos demais municípios na sua região e no Estado. Cabe ressaltar que o ISA foi desenvolvido para definição de indicadores para os setores do saneamento básico, abastecimento de água, esgotamento sanitário, resíduos sólidos e drenagem pluvial, porém, para o presente PMGIRS foi utilizada metodologia de cálculo apenas para Índice Resíduos Sólidos, não sendo comparado para outros setores do saneamento. Os dados listados abaixo foram obtidos apenas para apresentar uma noção geral do atual gerenciamento dos resíduos sólidos no Município de Campina das Missões. Não se deve perder de vista, porém, que, para uma compreensão mais completa da salubridade ambiental, será sempre muito importante que sejam analisados todos os componentes do indicador e não meramente o seu valor global.

O Indicador de Resíduos Sólidos 퐼푟푠 é calculado a partir da média aritmética entre os indicadores de coleta de resíduos, de tratamento e disposição final de resíduos sólidos e saturação do tratamento e disposição final de resíduos sólidos.

퐼푐푟 + 퐼푞푟 + 퐼푠푟 퐼 = 푟푠 3

- Indicador de coleta de resíduos – 퐼푐푟

Finalidade: quantificar os domicílios atendidos por coleta de lixo.

퐷푢푐 %퐷푐푟 = ∗ 100 퐷푢푡

Onde:

%퐷푐푟: Porcentagem de domicílios atendidos;

퐷푢푐: Domicílios urbanos atendidos por coleta de lixo;

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퐷푢푡: Domicílios urbanos totais;

810 %퐷 = ∗ 100 = 100% 푐푟 810

Calculando o 퐼푐푟, tem-se:

100 ∗ (%퐷 − %퐷 ) 퐼푐푟 = 푐푟 푐푟 푚푖푛 (%퐷푐푟 푚á푥 − %퐷푐푟 푚푖푛)

Para valores de %퐷푐푟 menor ou igual a 0%, o 퐼푐푟 é igual a 0 e para %퐷푐푟 maior ou igual a que 80%, o valor de 퐼푐푟 é igual a 100. Como o valor encontrado de

%퐷푐푟 foi igual a 100% o valor de 퐼푐푟, é igual a 100%.

- Indicador de tratamento e disposição final de resíduos sólidos - 퐼푞푟

Finalidade: quantificar a situação da disposição final dos resíduos.

100 ∗ (퐼푄푅 − 퐼푄푅푚푖푛) 퐼푞푟 = (퐼푄푅푚á푥 − 퐼푄푅푚푖푛)

Onde: IQR: Índice de qualidade de aterros de resíduos sólidos domiciliares; Este índice foi obtido através de planilha (Anexo A) respondida por técnicos da Prefeitura Municipal de Campina das Missões, referente às condições do aterro onde os resíduos do Município são aterrados; O aterro onde Campina das Missões dispõe seus resíduos ficou com o valor de IQR igual a 10, sendo enquadrado no nível de condições adequadas, resultando em um 퐼푞푟 igual a 100%.

Calculando-se o 퐼푞푟, tem-se:

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100 ∗ (10 − 10) 퐼 = = 100% 푞푟 10 − 10

- Indicador de saturação do tratamento e disposição final dos resíduos sólidos - 퐼푠푟

Finalidade: indicar a necessidade de novas instalações. 퐶퐴∗푇퐺퐶퐴 푙표푔 ( + 1) 푛 = 푉퐿 푙표푔 (1 + 푇퐺퐶퐴)

Onde: 푛: Tempo em anos, em que o sistema ficará saturado; 푉퐿: Volume coletado de lixo; 퐶퐴: Capacidade restante dos locais de disposição; 푇퐺퐶퐴: Taxa geométrica de crescimento anual da população urbana para os 5 anos subsequentes ao ano de interesse;

2754400푡∗1,2 log ( 500푡 + 1) 푛 = 푑 = 11,16 log(1 + 1,2)

Para valores de n menor ou igual a 0, o 퐼푠푟 é igual a 0 e para n maior ou igual a 1, o valor de 퐼푠푟 é igual a 100. Como o valor encontrado de n foi igual a 11,93 o valor de 퐼푠푟, é igual a 100%.

Calculando o 퐼푟푠, tem-se:

퐼푐푟 + 퐼푞푟 + 퐼푠푟 퐼 = 푟푠 3 100% + 100% + 100% 퐼 = = 100% 푟푠 3

O cálculo referente ao 퐼푟푠 foi obtido através de dados coletados relativos aos serviços executados por empresa terceirizada já que o Município não possui central de triagem própria e nem aterro sanitário.

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Portanto, analisando os resultados obtidos através da metodologia descrita, conclui-se que os serviços estão sendo realizados, 100% da população está sendo atendida pela coleta domiciliar, as condições de tratamento e disposição final dos resíduos estão sendo adequadas e haverá um médio período de tempo para que o sistema atual de disposição final fique saturado. No entanto, o Município não dispõe de estrutura própria para gerenciamento de resíduos sólidos, terceirizando todo o serviço de coleta, transporte, triagem e destinação final dos resíduos.

3.5.2 Método de Análise Hierárquica

Para complementar a metodologia do cálculo do ISAm e realizar a hierarquização das metas do PMGIRS utilizou-se o Método de Análise Hierárquica. O Método de Análise Hierárquica (AHP) é uma técnica de análise de decisão e planejamento de múltiplos critérios. A aplicação desse método permite organizar hierarquicamente problemas complexos, envolvendo vários critérios para a tomada de decisão, sendo um processo flexível que usa a lógica e ao mesmo tempo a intuição. A principal aplicação do método AHP é o poder de agregar e medir fatores importantes e ainda a sua facilidade de uso, sendo consideradas as diferenças e conflito de opiniões. No método AHP, os julgamentos são obtidos na forma de par de comparações onde o decisor transforma a informação avaliável em pares comparativos, se questionando qual alternativa mais satisfaz e quanto mais em relação ao critério considerado. Inicia-se medindo o grau de importância do elemento através do processo de comparação par-a-par (ZAMBON et al, 2005; CEOLIM, 2005). O método de comparação par-a-par fornece um vetor de pesos que expressa a importância relativa dos vários elementos. Trabalha com uma matriz de comparação par a par, quadrada n x n, onde as linhas e colunas correspondem aos n critérios analisados para o problema em questão. Esse procedimento descrito, para a obtenção de pesos, é importante para determinar a força com a qual os vários critérios em um nível influenciam os critérios

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do nível mais alto seguinte, o que representará uma hierarquia, e mostrará os pesos dos critérios em relação ao nível superior (SAATY, 1991). A medição dos julgamentos pode ser feita utilizando-se uma escala de três valores: mais importante (+), igual importância (0) ou menos importante (-). Como esta matriz é recíproca, apenas a metade triangular inferior necessita ser avaliada, já que a outra metade deriva desta e a diagonal principal assume valores iguais a 0 (ZAMBON et al, 2005, e CEOLIM, 2005).

Quadro 15: Escala simplificada de comparação dos critérios.

Valor Definição - Menos Importante 0 Igual Importância + Mais importante

Após o preenchimento da planilha pelos técnicos, e a equipe responsável por processar os dados substitui os sinais por números, da seguinte forma:  (-) por (0);  por (1);  (+) por (2). A equipe soma a resposta de cada decisor e faz o cálculo dos pesos através de uma distribuição proporcional, então se verifica qual item apresenta maior peso, ou seja, é mais prioritário. Para a definição dos pesos, definidos por indicador de coleta, indicador de tratamento e disposição final e indicador de saturação de tratamento e disposição final dos resíduos, foram enviadas planilhas com os critérios a serem analisados para os técnicos da empresa consultora – Ecomaster Engenharia Ambiental. Os resultados do estudo para resíduos sólidos são mostrados no Quadro 16.

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Quadro 16: Pesos dos indicadores de resíduos sólidos.

Indicador de Resíduos Sólidos - Irs

Indicador de Coleta de Resíduos – Icr 0,370

Indicador de Tratamento e Disposição Final de Resíduos Sólidos - Iqr 0,370

Indicador de Saturação de Tratamento e Disposição Final de Resíduos 0,259 Sólidos - Isr

Os resultados obtidos a partir do cálculo do 퐼푟푠 , juntamente com o Método de Análise Hierárquica serviram de embasamento para a definição dos prazos referentes às metas do PMGIRS.

3.6 Identificação dos geradores que estão sujeitos a elaboração de planos específicos obrigatórios

O PMGIRS deve definir, no âmbito local, o órgão público que será a referência para entrega do plano de gerenciamento, de forma a garantir as ações, sua atualização, controle e fiscalização. Devem ser orientados quanto a estes procedimentos e ações, os geradores que estão sujeitos a Elaboração de Plano Específico Obrigatório ora identificados por atividades industriais, agrosilvopastoris, estabelecimentos de serviços de saúde, responsáveis por serviços públicos de saneamento básico, empresas e terminais de transporte, mineradoras, construtoras e os grandes estabelecimentos comerciais e de prestação de serviço, nos termos da Lei 12.305 (BRASIL, 2010). Foram identificados todos os estabelecimentos comerciais de Campina das Missões por ramo de atividade exercida que podem ser passivos de elaboração de Planos Específicos de Gerenciamento de Resíduos Sólidos. A identificação foi realizada com o levantamento de estabelecimentos comerciais, obtidos com os cadastros existentes na Prefeitura Municipal e também pesquisas na Receita Federal do Brasil, a fim de identificar a principal atividade relacionada ao CNPJ fornecido. Este levantamento foi realizado baseado na principal atividade relacionada ao CNPJ da empresa, portanto, a exigência para elaboração dos Planos

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Específicos de Gerenciamento de Resíduos Sólidos depende ainda de uma análise mais detalhada de todos os geradores sujeitos a elaboração. Os dados estão apresentados no Quadro 17.

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Quadro 17: Identificação dos geradores sujeitos a elaboração de Planos Específicos

Geradores que estão sujeitos a Elaboração de Plano Específico Responsável pela Tipos de Resíduos Origem CNPJ Razão Social Atividade Principal Identificação 15.402.986/0001-01 CLINICAMP SERVICOS DE ATENDIMENTO EM PSICOLOGIA E FISIOTERAPIA LTDA Atividades de psicologia e psicanálise 07.325.819/0001-78 FISIOCLIN - FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONAL LTDA - ME Atividades de fisioterapia Gerado nos serviços de saúde, 88.463.203/0001-65 GRACIANO MARQUES URACH - ME Comércio varejista de produtos farmacêuticos, sem manipulação de fórmulas conforme 94.187.085/0001-02 LABORATORIO DE ANALISES CLINICAS MISSOES LTDA - ME Laboratórios de anatomia patológica e citológica definido em regulamento ou em 13.186.353/0001-70 MICHELE DA SILVA & CIA LTDA - ME Comércio varejista de produtos farmacêuticos, sem manipulação de fórmulas Serviços de Saúde normas estabelecidas pelos órgãos do 06.154.167/0001-93 PROTASIO SIVERIS E CIA LTDA Comércio varejista de produtos farmacêuticos, sem manipulação de fórmulas SISNAMA e do SNVS. 07.997.074/0001-93 RUSCZYK - SERVIOS MEDICOS LTDA - ME Atividade médica ambulatorial restrita a consultas 14.444.369/0001-06 SUSANA ANDREIA GRIEBELER PORSCH & CIA. LTDA - ME Comércio varejista de produtos farmacêuticos, sem manipulação de fórmulas 96.419.775/0001-75 ASSOCIACAO ASSISTENCIAL CULTURAL E HOSPITALAR PADRE BENEDITO MEISTER Hospitais 14.136.322/0001-77 ADELAR JOSE SCHNORR WEYH 45057931091 Obras de alvenaria

17.164.253/0001-01 ADOLAR ANTONIO ACKERMANN 46798900020 Obras de alvenaria 17.438.850/0001-79 DELMAR LUIS LENZ 64997928020 Obras de alvenaria 15.365.282/0001-06 DIRCEU ALVES DE LIMA 47219157053 Obras de alvenaria 11.803.484/0001-23 FABIO ANDRE WELTER 99883880049 Obras de acabamento em gesso e estuque Gerados nas construções, reformas, reparos e demolições 08.295.439/0001-09 GLERSON LUIS WEBLER ENGENHARIA E CONSTRUTORA LTDA - ME Construção de edifícios de obras de construção civil, 11.044.586/0001-02 HRP SERVICOS DE TERRAPLENAGEM LTDA Obras de terraplenagem incluindo os resultantes da 03.987.512/0001-81 IGNACIO SIVERIS - ME Serviços de pintura de edifícios em geral preparação e escavação de Construção Civil 16.562.566/0001-47 JOAO CASTILHOS LIMANA 64997910082 Obras de alvenaria terrenos para obras civis. Nos termos do regulamento ou de 18.142.379/0001-30 LEOMAR LOBTCHENCO 02579813063 Obras de alvenaria normas estabelecidas 17.126.101/0001-06 MARINO LUIS HENZ 93743815087 Obras de alvenaria pelos órgãos do Sisnama. 16.992.383/0001-61 MARTIM TARCISIO MALLMANN 48114154004 Obras de alvenaria 18.317.327/0001-57 MILTON JOSE VOLKWEIS 62713949068 Serviços de pintura de edifícios em geral 02.198.019/0001-10 PINTURAS LUFT LTDA - ME Serviços de pintura de edifícios em geral 17.927.317/0001-70 SERGIO MADERS 63604949068 Obras de alvenaria 17.535.198/0001-00 SILMAR BOHN 62843389020 Serviços de pintura de edifícios em geral 17.625.689/0001-42 VOLMIR JOEL DE LIMA 94475504015 Obras de alvenaria 04.769.262/0001-76 WALDEMIRO PERSCH - ME Construção de edifícios Gerados nas atividades agropecuárias e silviculturais, incluindo os 11.194.326/0001-13 CARINE LUIZA HORN E CIA LTDA - ME Comércio varejista de medicamentos veterinários relacionados a Agrossilvopastoris insumos utilizados nessas atividades se exigido pelo órgão Comércio varejista de animais vivos e de artigos e alimentos para animais de 17.129.278/0001-66 MARSON LUIS HEINZMANN - ME competente do SISNAMA, do estimação SNVS ou do SUASA. Secretaria Municipal da Agricultura e Meio Ambiente

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Originários de portos, aeroportos, terminais alfandegários, rodoviários e ferroviários e Serviços de passagens de fronteira. nos 04.143.705/0001-19 RODOVIARIA CAMPINA LTDA - ME Terminais rodoviários e ferroviários Transporte termos do regulamento ou de normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama e, se couber, do SNVS. 74.847.526/0001-48 AGROMAQ REFORMA DE TRATORES E COMERCIO DE PECAS Beneficiamento de arroz 11.233.305/0001-60 ANA CLARINDA TEN CATEN WEBER & CIA LTDA - ME Fabricação de esquadrias de metal 16.868.553/0001-09 BOUFLEUER - ARTEFATOS DE CONCRETO LTDA - ME Fabricação de artefatos de cimento para uso na construção 92.685.361/0001-37 CALISTO STAUDT DILL - ME Fabricação de esquadrias de metal 07.331.753/0001-29 CELSO JOSE KREUZ - ME Fabricação de produtos de panificação industrial 05.033.737/0001-24 COOPERATIVA CANAVIEIRA SANTA TERESA LTDA Fabricação de outros produtos alimentícios não especificados anteriormente Fabricação de esquadrias de madeira e de peças de madeira para instalações 04.682.758/0001-08 DALCI HARTMANN - ME industriais e comerciais 11.173.857/0001-20 DANNY DEYVIS GERLACH - ME Fabricação de artigos de metal para uso doméstico e pessoal Fabricação de produtos de padaria e confeitaria com predominância de 17.974.565/0001-72 ELIO ALOISIO RHODEN 37206702015 produção própria 11.453.575/0001-86 ELISEU LEOBETT - ME Fabricação de sorvetes e outros gelados comestíveis 18.096.469/0001-31 ELTON AURI CASTILHOS LIMANA 01667836099 Fabricação de artigos de serralheria, exceto esquadrias Fabricação de esquadrias de madeira e de peças de madeira para instalações 10.794.914/0001-25 ENGROFF E ARNOLD LTDA - ME industriais e comerciais 14.026.001/0001-10 FERNANDO KOFAHL - ME Fabricação de produtos de limpeza e polimento Confecção de peças de vestuário, exceto roupas íntimas e as confeccionadas 92.585.504/0001-39 HM MALLMANN - ME sob medida Confecção de peças de vestuário, exceto roupas íntimas e as confeccionadas 90.985.839/0001-19 HORTENCIO DA SILVA - EPP sob medida Moagem e fabricação de produtos de origem vegetal não especificados 00.720.393/0001-08 INDUSTRIA ERVATEIRA CAMPINA LTDA - ME anteriormente 02.357.778/0001-88 IRMAOS KREUZ LTDA - ME Fabricação de outros artigos de carpintaria para construção 07.472.711/0001-08 IRMAOS STURMER & CIA LTDA - ME Fabricação de biscoitos e bolachas 13.615.288/0001-50 JHENIFER CLARISSE BURG 00751776092 Confecção de roupas íntimas 09.232.931/0001-90 JONAS HEINECK & CIA LTDA - ME Fabricação de esquadrias de metal Gerados nos processos Fabricação de produtos de padaria e confeitaria com predominância de Industriais produtivos e instalações 02.933.432/0002-61 KROTZ & BECKER LTDA - ME produção própria industriais. 08.188.860/0001-02 LAIRTON GRUN - ME Fabricação de conservas de legumes e outros vegetais, exceto palmito 07.007.324/0001-09 LAORETE MARIA ROSSIGNOLLO - ME Fabricação de artigos de serralheria, exceto esquadrias 06.063.645/0001-50 MARCENARIA IRMAOS SCHEIN LTDA - ME Fabricação de móveis com predominância de madeira 08.722.745/0001-76 MARIA ADAMS - ME Fabricação de tecidos de malha 12.290.858/0001-17 MARIA HELGA PERIUS - ME Serrarias com desdobramento de madeira Confecção de peças de vestuário, exceto roupas íntimas e as confeccionadas 15.473.990/0001-52 MARIA MADALENA PERIUS 50179403087 sob medida 18.082.407/0001-70 MARLI TEREZINHA WEYH 75839830020 Confecção, sob medida, de peças do vestuário, exceto roupas íntimas 01.692.004/0001-40 MARLISE A KONZEN MADERS - ME Fabricação de artefatos têxteis para uso doméstico 14.573.367/0001-09 MILTON LUIS SULZBACHER 93936249091 Fabricação de artigos de serralheria, exceto esquadrias 05.243.017/0001-93 MIRDES MARIA TEN CATEN ANDRES - ME Fabricação de vinho

04.682.774/0001-09 NEIVA M. FERREIRA DOS PASSOS - ME Fabricação de letras, letreiros e placas de qualquer material, exceto luminosos Secretaria Municipal da Agricultura e Meio Ambiente 88.445.531/0001-39 ODALCI THEISEN - ME Fabricação de sorvetes e outros gelados comestíveis Fabricação de artefatos de cerâmica e barro cozido para uso na construção, 05.684.977/0001-99 OLARIA LINS LTDA - ME exceto azulejos e pisos Fabricação de esquadrias de madeira e de peças de madeira para instalações 00.470.842/0001-07 RENATA MARIA WEBLER - ME industriais e comerciais Fabricação de artefatos de cerâmica e barro cozido para uso na construção, 07.809.408/0001-58 RICARDO ANDRE PUSTAY - ME exceto azulejos e pisos 04.920.186/0001-58 RUDIMAR ANTONIO SIMI - ME Matadouro - abate de reses sob contrato - exceto abate de suínos 87.685.905/0001-20 SILVESTRE WELTER & CIA LTDA - ME Serrarias com desdobramento de madeira 15.537.688/0001-10 SIMON & GRUNITZKY LTDA - ME Fabricação de artefatos de cimento para uso na construção 14.935.383/0001-02 TANIA KUNZ - ME Fabricação de artefatos de cimento para uso na construção Fabricação de produtos de padaria e confeitaria com predominância de 17.791.965/0001-42 VANDERLEI JOSE BACKES 01577326067 produção própria

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17.690.055/0001-73 ADRIANO ENDLER 02108946012 Serviços de manutenção e reparação mecânica de veículos automotores 73.214.538/0001-72 AUTO POSTO CAMPINENSE LTDA - EPP Comércio varejista de combustíveis para veículos automotores 91.685.594/0001-77 BALTASAR HUBERTO HAAS & CIA LTDA - ME Comércio a varejo de peças e acessórios novos para veículos automotores 95.102.430/0001-20 BERNARDO LINS - ME Comércio a varejo de peças e acessórios novos para veículos automotores 17.587.017/0001-90 DECIO JOSE HOFFMANN 61971812072 Serviços de lanternagem ou funilaria e pintura de veículos automotores 10.524.238/0001-70 DEMANE - COMERCIAL AGRICOLA DE PECAS LTDA - ME Comércio a varejo de peças e acessórios novos para veículos automotores 04.854.534/0001-36 ELAINE DE LIMA - ME Comércio atacadista de resíduos e sucatas metálicos 03.965.320/0001-74 ELAINE INES VIER ANTES - ME Serviços de manutenção e reparação mecânica de veículos automotores 96.419.247/0001-16 ELISEU LINDOLFO BERWANGER - EPP Comércio varejista de combustíveis para veículos automotores Geradas por estabelecimentos 17.873.161/0001-92 GIDEONE MACHNACH 02778456023 Serviços de lanternagem ou funilaria e pintura de veículos automotores Natureza, comerciais de prestação de Composição ou serviços. Resíduos que mesmo 17.763.748/0001-49 HERBERT ENDLER 45056846015 Serviços de manutenção e reparação mecânica de veículos automotores 74.910.027/0001-58 JOSE DRESCH - ME Comércio a varejo de peças e acessórios novos para veículos automotores Volume não os caracterizados como não perigosos, por sua natureza, 09.489.084/0001-43 LEO HENRIQUE KLEIN E CIA LTDA - ME Comércio a varejo de peças e acessórios novos para veículos automotores equiparados aos composição ou volume, não 10.290.093/0001-90 LUNKES & LEUBET LTDA - ME Comércio a varejo de peças e acessórios novos para veículos automotores Resíduos sejam equiparados aos resíduos 10.607.623/0001-80 MARCIO LUIS FERREIRA DOS PASSOS - ME Serviços de lanternagem ou funilaria e pintura de veículos automotores Domiciliares domiciliares pelo poder público 05.679.644/0001-71 MAURO FERNANDO ROTH - ME Serviços de manutenção e reparação mecânica de veículos automotores municipal; 04.247.940/0001-30 MILTON FELICIANO HOFFMANN - ME Comércio a varejo de peças e acessórios para motocicletas e motonetas 06.555.314/0001-37 MILTON JOSE HAAS RAUBER - ME Comércio a varejo de peças e acessórios novos para veículos automotores 17.612.590/0001-06 MOMBACH & KAUFMANN LTDA - ME Comércio a varejo de peças e acessórios novos para veículos automotores 00.776.913/0001-02 NERCI JOSE BIEGER & CIA LTDA - ME Comércio a varejo de pneumáticos e câmaras-de-ar 92.859.297/0001-63 ODYR J. NEDEL - ME Comércio varejista de tintas e materiais para pintura 94.970.050/0001-45 ROMEU CESAR LASTA - ME Comércio a varejo de peças e acessórios novos para veículos automotores 01.793.208/0001-78 ROQUE LEO FERREIRA DOS PASSOS - ME Serviços de manutenção e reparação mecânica de veículos automotore 16.576.771/0001-61 SERGIO VIEIRA DO NASCIMENTO 40966143000 Serviços de lanternagem ou funilaria e pintura de veículos automotore 17.611.958/0001-11 VITOR VANDERLEI RIBAS 88442080082 Serviços de lanternagem ou funilaria e pintura de veículos automotores SecretariaMunicipal da AgriculturaeMeio Ambiente

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3.7 Identificação dos resíduos sólidos sujeitos a elaboração de sistema de logística reversa

A logística reversa é apresentada como um instrumento de desenvolvimento econômico e social, caracterizado pelo conjunto de ações, procedimentos e meios para coletar e devolver os resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento em seu ciclo de vida ou em outros ciclos produtivos (BRASIL, 2010). Segundo o Decreto 7.404 (Brasil 2010), os sistemas de logística reversa serão implementados e operacionalizados por meio de instrumentos como acordos setoriais, regulamentos expedidos pelo Poder Público ou termos de compromisso. De acordo com a Lei 12.305 (BRASIL, 2010), são obrigados a estruturar e implementar sistemas de logística reversa, mediante retorno das embalagens dos produtos, após o seu uso ou consumo, de forma independente do serviço público de limpeza urbana e de manejo dos resíduos sólidos, os fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes de: I) Agrotóxicos, seus resíduos e embalagens, assim como outros produtos cuja embalagem, após o uso constituam resíduo perigoso, observadas as regras de gerenciamento de resíduos perigosos previstas em lei ou regulamento, em normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama, do SNVS e do Suasa, ou em normas técnicas; II) Pilhas e baterias; III) Pneus; IV) Óleos lubrificantes, seus resíduos e embalagens; V) Lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio, e de luz mista; VI) Produtos eletroeletrônicos e seus componentes. Cabe aos fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes destes produtos realizar todas as medidas necessárias para assegurar a implementação e operacionalização do sistema de logística reversa sob seu encargo, podendo adotar medidas como:  Implantar procedimentos de compra de produtos ou embalagens usados;  Disponibilizar postos de entrega de resíduos reutilizáveis e recicláveis;

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 Atuar em parceria com cooperativas ou outras formas de associação de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis. No entanto, cabe ao consumidor/ gerador domiciliar, fazer o acondicionamento adequado e diferenciado, disponibilizando-os para a coleta ou devolução, sob pena de recebimento de advertências e, em reincidência, multas que podem variar de R$ 50 a R$ 500, as quais poderão ser convertidas em prestação de serviço, de acordo com o Decreto 7.404 (BRASIL, 2010).

3.8 Custos atuais

No Quadro 18 estão apresentados os custos anuais que a Administração Municipal subsidia para o gerenciamento dos resíduos sólidos mais significativos gerados no Município.

Quadro 18: Custos com o gerenciamento dos resíduos sólidos no Município.

Descrição Custos anuais (R$) Resíduos Domiciliares e Comerciais 131.870,88 Resíduos de varrição, poda e capina 27.502,29 Resíduos de Serviço de Saúde 12.157,92 Total 171.531,09

3.9 Carências e deficiências do sistema

Ao longo do diagnóstico foi possível perceber que o Município está mobilizado, quanto à gestão dos resíduos sólidos, porém, existem alguns pontos que devem ser priorizados para o sucesso da implantação do Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos Urbanos. Algumas deficiências são observadas a seguir:

 Necessidade de expandir a quantidade de lixeiras para outros pontos/regiões dos passeios públicos;  Incompatibilidade em alguns pontos, quanto as dimensões dos recipientes de coleta de resíduos recicláveis, os quais são gerados em maior quantidade, tal como, papel e plástico;

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 Inexistência de um inventário periódico (mensal) da quantidade de resíduos gerados no Município;  Necessidade de aprimorar a educação ambiental nas escolas com atividades práticas de coleta seletiva de lixo, o que possibilita melhor aprendizado por parte dos alunos, bem como realizar palestras, com vocabulário compreensível de acordo com as idades trabalhadas e, fornecer material informativo a ser levado para os pais dos alunos. Estimular as crianças a trabalharem o tema em casa;  Ausência de equipamentos municipais para realização de coleta, transporte, triagem, tratamento e disposição adequada dos resíduos domiciliares e comerciais;  Inexistência de caminhão coletor dos resíduos com caçamba apropriada para separação dos resíduos;  Falta de equipamentos mecanizados para o manejo dos resíduos de varrição, poda e capina (triturador);  Inexistência de controle de ações como: geração, transporte e destinação final dos resíduos fora do alcance do poder público, como os industriais, de saúde em estabelecimentos particulares, de construção civil, cemiteriais e funerários;  Falta de local apropriado para a disposição dos resíduos da construção civil;  Falta de controle e fiscalização dos estabelecimentos que necessitam de Planos Específicos de gerenciamento de resíduos sólidos;  Falta de controle e fiscalização referente ao manejo dos resíduos agrosilvopastoris, como as embalagens de agrotóxicos e resíduos que devem possuir logística reversa;  Falta de fiscalização dos proprietários, os quais devem regularizar suas propriedades para proporcionar adequado armazenamento e tratamento aos dejetos da criação animais;  Inexistência de um abrigo temporário no município para armazenamento correto dos resíduos coletados nos programas realizados, tais como, eletroeletrônicos, pilhas, lâmpadas e outros;

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 Dificuldades quanto à gestão, fiscalização e monitoramento dos resíduos sólidos, devido à falta de recursos humanos específicos para tais atividades e falta de investimentos nos setores.

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4 ETAPA 4 – PROGNÓSTICO

4.1 Projeção de cenários

O processo de criação de cenários tem como objetivo identificar os cenários de desenvolvimento admissíveis, e analisá-los em função da respectiva probabilidade de ocorrência. Em função dessa análise, poderão ser determinados os objetivos, metas, programas e ações consideradas mais adequadas na definição de políticas de gerenciamento dos resíduos sólidos.

O “Guia para Elaboração de Planos Municipais de Saneamento” do Governo Federal (SNSA/ FUNASA/ Ministério da Saúde, 2006) indica a utilização de dois cenários alternativos de evolução para Planos de Saneamento Básico. O Cenário I leva em consideração as principais tendências de desenvolvimento observadas no município, em um passado recente, considerando, para o futuro, uma moderada influência de vetores estratégicos de desenvolvimento, associados a algumas capacidades de modernização socioeconômica e de desempenho do sistema urbano. O Cenário II leva em consideração as principais tendências de desenvolvimento observadas no município no passado recente e incorporam como elemento diretivo, os principais vetores estratégicos de desenvolvimento associados à mobilização de capacidade de modernização econômica e de desempenho do sistema urbano.

Como a taxa de cobertura dos serviços representa 100% do município, os cenários foram adaptados à geração per capita de resíduos sólidos domiciliares. A metodologia utilizada para determinação dos cenários no presente Plano Municipal de Gestão Integrado de Resíduos Sólidos será a mesma indicada no Guia para Elaboração de Planos Municipais de Saneamento, porém com uma adaptação utilizada por Bazzan (2013), onde será adicionado Cenário III, que representa a situação tendencial desejável ou ideal.

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 Cenário I

Apresenta a manutenção do sistema atual de gerenciamento dos resíduos, considera que não haverá mudanças significativas na forma de gestão, consequentemente, na geração ou valorização dos resíduos sólidos urbanos. Sendo assim, no horizonte de 20 anos, a disposição de resíduos em aterros sanitários continua constante. Pode ser comparado ao primeiro cenário citado anteriormente.

 Cenário II

É um cenário realista, representa uma situação possível. É a situação em que se requerem alguns investimentos possíveis em gestão urbana, num período de 20 anos, o cenário será alcançado de forma eficaz. Para este cenário é esperada a ocorrência de um decréscimo de 10% no envio de resíduos sólidos a aterros sanitários até 2033, determinado devido à correta segregação dos resíduos na fonte e aos programas de coleta seletiva.

 Cenário III

Apresenta a situação desejável, ou ideal. Neste cenário espera-se a redução de 30% na disposição de resíduos em aterros sanitários até 2033, isto representa ações como a redução dos resíduos gerados, correta segregação na fonte, reutilização, compostagem e reciclagem. A meta representa a universalização dos serviços de gestão e manejo dos resíduos sólidos, mas que requer investimentos consideráveis, de longo prazo para obtenção.

4.1.1 Projeção populacional

A projeção populacional do município de Campina das Missões– RS tem como objetivo definir as demandas a serem supridas durante 20 anos a partir de 2013, sendo este o horizonte de planejamento deste Plano. Esta projeção foi elaborada com base em uma progressão geométrica (Equação 1), levando em conta

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a análise dos ritmos de crescimento populacional, estatísticas e tendências do Rio Grande do Sul.

(ퟏ+풕풂풙풂 풅풆 풄풓풆풔풄풊풎풆풏풕풐(%)) 푷 = 푷ퟎ. Equação 1 ퟏퟎퟎ

Foi desenvolvido um cenário, com base na análise dos ritmos de crescimento populacional do Rio Grande do Sul, levando em conta uma série histórica do IBGE, 2000 a 2010, onde o crescimento verificado foi de 1,2% ao ano, sendo esta a porcentagem adotada para realizar-se a projeção populacional de Campina das Missões. A Tabela 23 e a Figura 53 apresentam a projeção populacional do Município.

Tabela 23: Projeção populacional do Município.

Ano Taxa de Crescimento (%) População (hab.) 2013 1,2 6117,0 2014 1,2 6190,4 2015 1,2 6264,7 2016 1,2 6339,9 2017 1,2 6415,9 2018 1,2 6492,9 2019 1,2 6570,9 2020 1,2 6649,7 2021 1,2 6729,5 2022 1,2 6810,3 2023 1,2 6892,0 2024 1,2 6974,7 2025 1,2 7058,4 2026 1,2 7143,1 2027 1,2 7228,8 2028 1,2 7315,5 2029 1,2 7403,3 2030 1,2 7492,2 2031 1,2 7582,1 2032 1,2 7673,1 2033 1,2 7765,1

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Figura 53: Projeção populacional do Município.

8000

7000 Pop. Total Pop. Rural 6000 Pop. Urbana

5000

4000

Numero deHabitantes 3000

2000 2013 2018 2023 2028 2033 Anos

Através da projeção realizada é possível verificar que a população total de Campina das Missões – RS terá um pequeno acréscimo no decorrer dos anos do horizonte de planejamento, passando de 6.117 hab em 2013 para 7.765 hab em 2033. Faz-se importante considerar possíveis imprecisões e erros decorrentes de transformações não previstas. Além disso, dificilmente se consegue captar os impactos de grandes investimentos, por exemplo, na atração ou expulsão populacional do Município, razão pela qual se ressalta a importância das revisões do PMSB, que vão subsidiar boa parte do planejamento.

4.1.2 Projeção da quantidade de resíduos sólidos gerados

 Resíduos Sólidos Domiciliares

Segundo o cálculo realizado na fase de diagnóstico obtido em dados do Instituto Brasileiro de Administração Municipal (IBAM, 2001) a geração per capita mais utilizada para Municípios brasileiros com menos de 30 mil habitantes é de 0,5 kg/hab/dia. Porém, com o levantamento obtido no diagnóstico a geração per capita para Campina das Missões é aproximadamente 0,30 kg/hab/dia. Para projeção da quantidade de resíduos sólidos domiciliares em um horizonte de 20 anos foi realizada a multiplicação da projeção populacional pela

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geração per capita, resultando na Tabela 24, que representa a projeção da quantidade de resíduos sólidos domiciliares gerados no Município.

Tabela 24: Geração diária e anual de resíduos sólidos domiciliares.

Geração per Quantidade de Quantidade de População Ano capita resíduos resíduos (hab.) (kg/hab/dia) (t/dia) (t/ano) 2013 6117 0,30 1,84 669,81 2014 6190 0,30 1,86 677,85 2015 6265 0,30 1,88 685,98 2016 6340 0,30 1,90 694,22 2017 6416 0,30 1,92 702,54 2018 6493 0,31 2,01 734,67 2019 6571 0,31 2,04 743,50 2020 6650 0,31 2,06 752,41 2021 6730 0,31 2,09 761,44 2022 6810 0,31 2,11 770,59 2023 6892 0,32 2,21 804,99 2024 6975 0,32 2,23 814,64 2025 7058 0,32 2,26 824,42 2026 7143 0,32 2,29 834,31 2027 7229 0,32 2,31 844,32 2028 7316 0,33 2,41 881,15 2029 7403 0,33 2,44 891,73 2030 7492 0,33 2,47 902,44 2031 7582 0,33 2,50 913,26 2032 7673 0,33 2,53 924,22 2033 7765 0,34 2,64 963,65

Através da quantificação estimada na Tabela 24, foi possível realizar uma comparação entre os cenários utilizados e suas respectivas reduções no horizonte estabelecido, assim como demonstra a Tabela 25.

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Tabela 25: Estimativa de crescimento populacional e geração de resíduos sólidos domiciliares.

População Cenário I Cenário II Cenário III Ano (hab.) (t/ano) (t/ano) (t/ano)

2013 6117 669,81 602,83 468,87 2014 6190 677,85 610,07 474,50 2015 6265 685,98 617,38 480,19 2016 6340 694,22 624,80 485,95 2017 6416 702,54 632,29 491,78 2018 6493 734,67 661,20 514,27 2019 6571 743,50 669,15 520,45 2020 6650 752,41 677,17 526,69 2021 6730 761,44 685,30 533,01 2022 6810 770,59 693,53 539,41 2023 6892 804,99 724,49 563,49 2024 6975 814,64 733,18 570,25 2025 7058 824,42 741,98 577,09 2026 7143 834,31 750,88 584,02 2027 7229 844,32 759,89 591,02 2028 7316 881,15 793,04 616,81 2029 7403 891,73 802,56 624,21 2030 7492 902,44 812,20 631,71 2031 7582 913,26 821,93 639,28 2032 7673 924,22 831,80 646,95 2033 7765 963,65 867,29 674,56

Através desta comparação percebe-se que a diferença entre os cenários é bem significativa. Entre o Cenário I e II a redução de resíduos dispostos em aterro sanitário poderá chegar a aproximadamente 97 t/ano, entre os Cenários II e III a diferença poderá chegar a aproximadamente 193 t/ano, já entre os Cenários I e III esta diferença poderá alcançar 290 t/ano. Para o Cenário II os resultados obtidos poderão ser alcançados com pequenos investimentos e principalmente em programas de coleta seletiva. No Cenário III há um decréscimo de 30%, isso significa que uma grande quantidade de rejeitos terá como destino final outras atividades de tratamento, como o consumo consciente por parte dos munícipes, o aproveitamento dos recicláveis e principalmente através da compostagem.

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Sendo assim, as vantagens da seleção do Cenário III são claramente visíveis através desta comparação, este será o cenário normativo para este plano e servirá de referência para a definição de objetivos, metas e planos de ação.

 Resíduos de Construção Civil, Serviços de Saúde, Limpeza Pública e Especiais. As estimativas de geração de resíduos de construção civil (RCC), de serviços de saúde (RSS), de limpeza pública e alguns resíduos especiais, como eletrônicos, pneus e lâmpadas, foram realizadas através de dados bibliográficos descritos no diagnóstico. Como estes resíduos geralmente possuem um procedimento padrão para sua destinação final e, não haverá mudanças significativas de gestão, foi escolhido o Cenário I, sem mudanças futuras. O horizonte foi estimado em curto prazo (5 anos), médio prazo (10 anos) e longo prazo (20 anos), assim como demonstra a Tabela 26.

Tabela 26: Geração de resíduos em cenário atual, de curto, médio e longo prazo. Geração Geração em Geração em Geração Geração per em Curto Médio Longo Resíduos Atual capita Prazo Prazo Prazo (t/ano) (t/ano) (t/ano) (t/ano) RCC 0,4 t/hab.dia 2450 2598 2757 3107 5 kg/dia a cada RSS 11 11,7 12,5 14 1000 hab Limpeza Pública 15% RSD 84,6 178,8 193,6 226,5 Pneus 2,9 kg/hab.ano 17,7 18,8 20 22,5 Eletrônicos 2,6 kg/hab.ano 15,9 16,9 17,9 20,2 2,65x10-4 Lâmpadas 0,60 0,62 0,66 0,74 kg/hab.dia

4.1.3 Estudo da demanda

Através dos das projeções e cenários realizados anteriormente e a partir do levantamento feito no diagnóstico, percebe-se que atualmente o manejo de resíduos sólidos abrange 100% da população, porém, sabe-se que o serviço é terceirizado e que a demanda futura para saturação do sistema de disposição de resíduos sólidos domiciliares é prevista para aproximadamente 11 anos. Conclui-se, portanto, que a

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demanda atual é suprida pelo serviço de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos, logo se verifica que como a demanda futura terá um acréscimo devido ao aumento da população deve-se haver investimento para melhorias neste setor e diminuição dos custos envolvidos através da terceirização dos serviços, buscando- se assim investimentos locais.

4.2 Objetivos e metas

Com base no diagnóstico e no estudo de demanda realizado, foram propostos os objetivos e metas específicas para cada tipo de resíduo, assim como demonstra o Quadro 19.

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Quadro 19: Objetivos e metas para o PMGIRS Resíduos Sólidos Domiciliares e Comerciais Objetivos Metas

1.1 Ampliar os pontos com lixeiras para acondicionamento dos RSU 1. Facilitar o acesso às lixeiras de resíduos, para nas vias Públicas, em 30%, 65% e 100%, em curto, médio e longo prazo, melhorar a eficiência da coleta seletiva. respectivamente. Prazos: 5, 12 e 20 anos.

2. Implantar formas de acondicionamento 2.1 Identificar os pontos de maior geração de resíduos recicláveis e adequadas às quantidades de RSD gerados e aumentar as dimensões dos recipientes. Prazo: 3 anos. acondicionados nas vias públicas.

3.1 Realizar controle documental que consolide informações de quantificação dos resíduos que são coletados no Município. Prazo: 2 anos.

3.2 Inventariar a quantidade de resíduos triados, reciclados e 3. Monitorar as quantidades de resíduos gerados aterrados. Prazo: 1 ano. e as formas de gestão aplicadas.

3.3 Promover calendário anual de recolhimento dos resíduos domiciliares, juntamente com rotas de coleta, principalmente na área rural do município e distribuir aos munícipes. Prazo: 1 ano.

4. Adquirir equipamentos para operar coleta 4.1 Analisar possibilidade e viabilidade em adquirir um veículo municipal, central de triagem municipal, central adequado para realizar a coleta seletiva no município. Prazo: 2 anos.

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de compostagem e aterramento dos resíduos. 4.2 Analisar e avaliar a possibilidade de investimentos municipais para a implantação de uma central de triagem municipal. Prazo: 2 anos.

4.3 Analisar a possibilidade e viabilidade de implantar de forma consorciada um aterro sanitário em conjunto com Municípios da região. Prazo: 5 anos.

4.4 Construção e operação de um aterro sanitário em conjunto com Municípios da região. Prazo: 8 anos

4.5 Implantar sistema de compostagem da parcela orgânica dos resíduos, articulando com os agentes econômicos e sociais formas de utilização do composto produzido. Prazo: 6 anos.

4.6 Avaliar soluções alternativas de tratamento de resíduos sólidos. Prazo: 5 anos.

5. Propor medidas de minimizar a parcela 5.1 Incentivar os munícipes a realizarem a compostagem domiciliar de orgânica de resíduos gerados para coleta seus resíduos orgânicos. Prazo: 1 ano. seletiva.

6.1 Avaliar e atualizar o atual sistema de cobrança pelos serviços e 6. Universalizar e atualizar valores de cobrança pelos serviços prestados. receitas de arrecadações. Prazo: 4 anos.

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7. Garantir o atendimento e o manejo dos resíduos 7.1 Manter o atendimento de coleta de resíduos para toda a sólidos para toda a população e atividades população. comerciais.

8. Buscar e destinar recursos financeiros 8.1 Aumentar a aplicação de recursos financeiros para investimentos adequados para investimentos necessários. necessários.

9.1 Intensificar as campanhas nas escolas em períodos mais curtos, informando e mobilizando os alunos quanto à importância da separação dos resíduos para facilitar a triagem, reciclagem e disposição final adequada, quando não for possível reutilizá-los.

9.2 Distribuir periodicamente aos munícipes, materiais informativos 9. Valorizar a educação ambiental como ação (folders, jornal, rádio) que divulguem o tema coleta seletiva e a sua prioritária, evidenciando o tema coleta seletiva; importância para o adequado gerenciamento dos resíduos sólidos Consolidar, aperfeiçoar e ampliar o programa urbanos, com vistas a não geração, redução, reutilização, reciclagem, de coleta seletiva. tratamento dos resíduos sólidos, disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos.

9.3 Reduzir gradativamente o volume de resíduos mensalmente dispostos em aterro sanitário, com redução na fonte, coleta seletiva, sistemas de compostagem da matéria orgânica e reciclagem.

10. Criar mecanismos de atendimento a 10.1 Implementar um centro de controle emergencial. emergências

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Resíduos de Varrição, Poda e Capina Objetivos Metas

11.1 Verificar e atualizar o plano de varrição contendo os roteiros realmente executados. Nesse plano deverão constar os trechos de ruas varridos para cada roteiro, as respectivas extensões (expressas em metros lineares de sarjeta e passeio) e as guarnições. Prazo: 1 ano.

11.2 Definir cronograma especial de varrição para áreas críticas (locais 11. Garantir o serviço de limpeza pública para toda com probabilidade de acúmulo de águas pluviais) vinculado aos períodos a população urbana. que precedam as chuvas. Prazo: 2 anos.

11.3 Adquirir equipamentos mecanizados para serviço de poda e capina. Prazo: 5 anos.

11.4 Articular com os agentes econômicos e sociais medidas para viabilizar o retorno ao ciclo produtivo dos resíduos sólidos reutilizáveis e recicláveis oriundos dos serviços de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos. Prazo: 3 anos.

12. Garantir a correta segregação para os resíduos 12.1 Implementar a triagem obrigatória de resíduos no próprio processo gerados pelo serviço de poda e varrição. de limpeza corretiva e o fluxo ordenado dos materiais. Prazo: 2 anos.

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13. Garantir o tratamento, destinação e disposição 13.1 Dispor adequadamente de forma contínua os resíduos e rejeitos final ambientalmente adequada dos resíduos oriundos dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de gerados pelo serviço de poda e varrição. resíduos sólidos.

14. Garantir o serviço de limpeza pública para toda 14.1 Garantir atendimento para toda a população urbana. a população urbana

15.1 Estruturar o setor de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos 15. Criar estrutura que permita desenvolver ações para implementar o Plano de Saneamento. de planejamento para melhorias contínuas no setor. 15.2 Garantir ferramentas e utensílios de varrição em bom estado para os funcionários.

Resíduos da Construção Civil - RCC Objetivos Metas

16.1 Criar um cadastro municipal para todos os geradores de RCC. Prazo: 3 anos.

16. Realizar controle de geração e destinação final 16.2 Criar um inventário de quantificação dos resíduos. Prazo: 3 anos. dos RCC provenientes de empresas privadas.

16.3 Exigir que as empresas de construção civil do município tenham Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos. Prazo: 4 anos.

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16.4 Instituir, a nível local, a responsabilidade compartilhada com os fabricantes e comerciantes de insumos para a construção; Prazo: 5 anos.

17. Possuir local adequado para disposição de 17.1 Criar local de disposição ambientalmente adequado, de acordo RCC gerados em empreendimentos públicos. com a legislação em vigor. Prazo: 15 anos.

18. Universalizar, em nível municipal, Pontos de 18.1 Criar PEVs para recebimento dos RCC. Prazo: 7 anos. Entrega Voluntária - PEVs, instalações destinadas à recepção de RCC provenientes dos pequenos geradores, entendido como 18.2 Garantir recebimento dos resíduos de construção civil e demolição serviço público municipal; gerada em pequenas obras e intervenções. Prazo: 7 anos.

19.1 Fiscalizar e punir disposições irregulares. 19. Realizar controle de geração e destinação final dos RCC provenientes de empresas privadas. 19.2 Induzir a redução, reutilização, reciclagem e destinação correta dos RCC gerados.

20.1 Garantir a segregação contínua dos Resíduos da Construção e Demolição com reutilização ou reciclagem dos resíduos de Classe A 20. Realizar correta gestão de RCC gerados em (trituráveis) e Classe B (madeiras, plásticos, papel e outros). empreendimentos públicos. 20.2 Promover a reciclagem e o reaproveitamento dos RCC gerados e garantir que os rejeitos sejam dispostos em locais ambientalmente adequados.

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21. Valorizar a educação ambiental para os 21.1 Realizar campanhas para correta segregação, reutilização e munícipes através de campanhas informativas. entrega dos resíduos nos pontos de recebimento.

Resíduos de Serviço de Saúde - RSS Objetivos Metas

22.1 Criação de Sistema Municipal de Informações sobre RSS, com cadastro de todos os estabelecimentos particulares que geram este resíduo. Prazo: 3 anos.

22.2 Criar um inventário de quantificação dos resíduos. Prazo: 3 anos. 22. Realizar controle de geradores de estabelecimentos particulares, geração e disposição final de RSS. 22.3 Exigir plano de gerenciamento de resíduos dos estabelecimentos de saúde presentes no Município. Prazo: 4 anos.

22.4 Realizar a fiscalização municipal dos empreendimentos particulares e exigir documentos que comprovem a correta gestão. Prazo: 2 anos.

23.1 Realizar a segregação na origem dos Resíduos de Serviços de Saúde (grande parte é resíduo reciclável). Prazo: 1 ano. 23. Garantir a coleta, tratamento e disposição final dos RSS dos estabelecimentos públicos. 23.2 Investir em treinamentos e capacitações dos funcionários para correta gestão dos RSS. Prazo: 1 ano.

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23.3 Garantir o acondicionamento, coleta, tratamento e disposição final dos RSS de estabelecimentos públicos. Prazo: 1 ano.

Resíduos Cemiteriais e Funerários Objetivos Metas

24.1 Exigir Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos para 24. Efetuar controle e fiscalização dos resíduos empresas do ramo, e garantir fiscalização para que o mesmo seja oriundos das funerárias do Município. implementado. Prazo: 4 anos.

25.1 Incentivar os responsáveis pelos cemitérios do Município de modo 25. Garantir cumprimento da Resolução CONAMA a obter as licenças ambientais aos que ainda não possuem. Prazo: 2 335/2003. anos.

26.1 Implantar recipientes em todos os cemitérios e realizar coleta 26. Garantir coleta aos cemitérios localizados no periódica dos resíduos gerados pela população que frequenta os município. cemitérios. Prazo: 5 anos.

27. Garantir gestão adequada dos resíduos 27.1 Promover a gestão adequada dos resíduos sólidos cemiteriais. cemiteriais.

Resíduos Volumosos e Eletroeletrônicos Objetivos Metas

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28.1 Destinação de uma sala apropriada para recebimento e armazenamento temporário dos resíduos eletrônicos e volumosos. 28. Valorização, fortalecimento e ampliação das Prazo: 5 anos. políticas existentes com complementação da rede de PEVs (Pontos de Entrega Voluntária). 28.2 Implantação de um programa de reaproveitamento dos eletroeletrônicos e móveis, passíveis de reutilização em órgãos municipais. Prazo: 6 anos.

29.1 Promover campanhas sobre a coleta e destinação ambientalmente adequada dos resíduos volumosos e da produção feita a partir do incentivo ao reaproveitamento de volumosos.

29.2 Fomentar e valorizar a Educação Ambiental como ação prioritária. 29. Promover a discussão da responsabilidade compartilhada com fabricantes, comerciantes, importadores de móveis e eletrodomésticos e a 29.3 Incentivar parceria para a logística reversa a ser implementada população consumidora; por fabricantes, comerciantes e importadores, por tipo de Resíduos Eletroeletrônicos (REE).

29.4 Incentivar comunicação entre os geradores – como escolas, hospitais e outros órgãos públicos na busca do reaproveitamento e restauração dos materiais permanentes.

30. Coletar, reciclar e dar destinação 30.1 Coletar continuamente os resíduos volumosos e eletroeletrônicos ambientalmente adequada aos resíduos gerados. volumosos e eletroeletrônicos gerados.

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30.2 Disciplinar a ação dos agentes e o fluxo dos resíduos para a área adequada.

30.3 Destinar corretamente os resíduos gerados em instituições públicas.

30.4 Realizar campanhas informativas quanto à destinação desses resíduos.

Resíduos Especiais com Logística Reversa Obrigatória Objetivos Metas

31.1 Criar e regulamentar instalação equipada para receber esses tipos 31. Incentivar, fiscalizar e monitorar a implementação de resíduos, visando encaminhamento para empresas recicladoras, ou da política reversa dos resíduos sólidos para aterro de resíduos perigosos Classe I, conforme o caso. Prazo: 5 especiais no Município. anos.

32.1 Incentivar o sistema de Logística Reversa a ser implementada por 32. Incentivar os processos de implementação da fabricantes, comerciantes e importadores, e o exercício da Logística Reversa. Responsabilidade Compartilhada para manejo adequado dos resíduos gerados.

33.1 Fomentar e valorizar a Educação Ambiental como ação prioritária 33. Promover a mobilização e educação ambiental e realizar campanhas permanentes para toda a população de educação continuada em relação a segregação destes ambiental para o manejo de resíduos especiais e sujeitos à logística resíduos. reversa.

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Resíduos Agrosilvopastoris Objetivos Metas

34.1 Fiscalizar os estabelecimentos que fornecem produtos fitossanitários que devem manter atualizados documentos que comprovem o recebimento das embalagens dos produtos comercializados e dados de reciclagem ou disposição final 34 Implantar e universalizar sistema de logística ambientalmente adequada à disposição da fiscalização municipal. Prazo: reversa para as embalagens de produtos 2 anos. fitossanitários.

34.2 Manter um cadastro que comprove as empresas que realizam comercialização destes produtos, quantidade comercializada e quantidade de embalagens que retornaram ao sistema. Prazo: 3 anos.

35 Implantar banco de dados dos criadores de 35.1 Criar um cadastro municipal para todos os criadores de animais animais. (aves, suínos e bovinos). Prazo: 5 anos.

36 Realizar o gerenciamento correto dos dejetos de 36.1 Proporcionar incentivo financeiro para investimentos em tratamento animais na zona rural. de resíduos nas propriedades privadas. Prazo: 5 anos.

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37.1 Realizar campanhas periódicas e treinamentos para os produtores do Município em relação a tríplice lavagem das embalagens, 37 Promover a mobilização e educação ambiental procedimentos de armazenamento e entrega nos pontos de compra. continuada em relação a segregação destes resíduos. 37.2 Orientar continuamente os produtores para que todos os resíduos gerados nestes empreendimentos sejam coletados e encaminhados para local adequado (esterqueiras e biodigestores).

Resíduos Industriais Objetivos Metas

38.1 Criar cadastro dos estabelecimentos geradores de resíduos 38 Identificação, cadastramento, enquadramento industriais no Munícipio com a quantificação dos resíduos gerados. de pequenos e grandes geradores. Prazo: 6 anos.

39.1 A partir da identificação dos geradores que estão sujeitos a elaboração de planos específicos realizada no diagnóstico setorial, 39 Realizar controle de geração e destinação final analisar e exigir que os empreendimentos que se enquadram nas dos resíduos provenientes de indústrias. atividades descritas na Lei 12.305 apresentem seus planos. Prazo: 1 ano.

40.1 Realizar a contínua fiscalização municipal dos empreendimentos 40 Fiscalização de pequenos e grandes geradores. e exigir documentos que comprovem a correta gestão dos resíduos.

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Resíduos dos Serviços Públicos de Saneamento Básico Objetivos Metas

41.1 Realizar coleta e disposição adequada do lodo das ETE’s. Prazo: 1 ano. 41. Implantar ações de controle e monitoramento de materiais contaminados. 41.2 Realizar coleta e disposição adequada do lodo da ETA. Prazo: 1 ano.

Gerais - PMGIRS

42. Estruturar sistema municipal de gerenciamento 42.1 Definir responsabilidades de cada servidor, fiscalizar o sistema de de resíduos sólidos coleta/gerenciamento de resíduos.

43. Implementar o sistema Municipal de 43.1 Assegurar à população o direito de acesso às informações informações de Gestão de Resíduos Sólidos municipais de Gerenciamento de Resíduos Sólidos.

44. Desenvolver ações específicas nos órgãos de 44.1 Aplicação da Agenda Ambiental da Administração Pública – A3P. administração pública

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5 ETAPA 5 – PROGRAMAS, PROJETOS E AÇÕES

5.1 Definição de programas, projetos e ações

A partir das projeções apresentadas e dos problemas indicados no diagnóstico, foram estabelecidas ações para o PMGIRS, visando o atendimento dos objetivos e metas definidos. O gerenciamento dos resíduos sólidos urbanos é baseado em um conjunto de ações normativas, operacionais e de planejamento que a administração municipal deverá desenvolver para gerenciar os resíduos sólidos produzidos em seu território e garantir a sustentabilidade na gestão municipal se tratando de resíduos sólidos. Na sequência, está apresentado o planejamento elaborado, considerando as condições de prazos para os períodos: imediato, curto, médio e longo prazo, sendo que as ações estão relacionadas com os objetivos e metas estabelecidos anteriormente. Tais critérios serão admitidos nas seguintes condições: a) Ações imediatas: 0 a 12 meses b) Ações em curto prazo: 1 a 5 anos (2013 – 2017) c) Ações em médio prazo: 6 a 12 anos (2018 – 2027) d) Ações em longo prazo: 13 a 20 anos (2028 – 2032)

5.1.1 Ações Imediatas

No Quadro 20 estão apresentadas as ações imediatas, que foram propostas para implementação entre 0 e 12 meses.

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Quadro 20: Ações imediatas.

Período Objetivo Meta para Ações Responsável execução

Nomear ou contratar corpo técnico para gerenciar o sistema de gerenciamento Órgão Gestor 42 42.1 11 meses de RSU; Dotar de infraestrutura necessária para o seu funcionamento e Municipal capacitar o corpo técnico.

Implementar ferramenta ou sistema de acesso às informações , devendo ser compatível com o SINISA (Sistema Nacional de Informações Sobre Saneamento Básico) e conter mecanismos de controle social para avaliação Órgão Gestor 43 43.1 11 meses da sistemática da eficiência, da efetividade, da eficácia e dos impactos das Municipal ações programadas. Disponibilizar serviço de ouvidoria para recebimento de reclamações , denúncias e avaliações. Deverá ser priorizada mudanças nos investimentos, compras e contratações de serviços pelo governo, passando pela sensibilização e capacitação dos servidores, pela gestão adequada dos recursos naturais utilizados e resíduos gerados, até a promoção da melhoria da qualidade de vida no ambiente de trabalho. Poderá ser embasado principalmente na Instrução Normativa MPGO Órgão Gestor 44 44.1 11 meses 01/2010, e Decreto Federal 5.940/2006. Promover ações de sustentabilidade Municipal/Setor para o poder público. Consumo racional de água, consumo racional de Privado energia, minimização da geração de resíduos sólidos, adoção de sistema de compras (bens e serviços) de maneira a introduzir materiais de consumo e práticas sustentáveis para a rotina de trabalho. Estas ações deverão refletir-se nas especificações para contratos com terceiros.

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5.1.2 Curto prazo

No Quadro 21 estão apresentadas as ações em curto prazo, que foram propostas para implementação entre 1 e 5 anos.

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Quadro 21: Ações propostas em curto prazo.

Período Objetivo Meta para Ações Responsável execução

Resíduos Sólidos Domiciliares e Comerciais Órgão Gestor 1 1.1 5 anos Realizar a compra de novas lixeiras para os passeios públicos. Municipal

Modificar a atual forma dos conteiners de coleta seletiva para uma Órgão Gestor 2 2.1 3 anos segregação mais simples e realizar a compra de novos contentores de carga, Municipal identificando-os para melhor entendimento da população.

Elaborar planilhas de controle que consolide as informações acerca da Órgão Gestor 3 3.1 2 anos geração, do transporte e da destinação final dos resíduos sólidos domiciliares Municipal/Setor gerados no Município e para isso adquirir uma balança. Privado

Órgão Gestor Elaborar planilhas para quantificação de resíduos triados, reciclados e 3 3.2 1 ano Municipal/ aterrados. Setor Privado Órgão Gestor Elaborar calendário anual de recolhimento dos resíduos domiciliares, 3 3.3 1 ano Municipal/Setor juntamente com a atualização das rotas de coleta e divulgação do mesmo. Privado Órgão Gestor 4 4.1 2 anos Adquirir novo caminhão coletor com caçamba. Municipal

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Verificar e analisar econômica e tecnicamente a vantagem de investir na Órgão Gestor 4 4.2 2 anos central de triagem privada já existente no município ou de adquirir uma nova Municipal área para projetar e construir uma nova central municipal.

4 4 Estudar e planejar ações consorciadas a fim de verificar a viabilidade técnico- Órgão Gestor 5 anos 4 4.3 financeira de implantação de aterro sanitário regional. Municipal

4 4 Investir em tecnologias diferenciadas e novos equipamentos para a eficiência Órgão Gestor 4 4.6 5 anos na gestão dos resíduos municipais. Municipal

Realizar campanhas e distribuição de materiais explicativos para realização 5 5 Órgão Gestor de compostagem domiciliar e incentivar o estabelecimento do uso de 5 5.1 1 ano Municipal composto orgânico produzido.

Avaliar e atualizar a sustentabilidade da atual forma de cobrança dos serviços. 6 6 Verificar as soluções possíveis para equilibrar a relação receita/despesa no Órgão Gestor 6 6.1 4 anos gerenciamento dos RSDU, considerando o Decreto Federal 7.217/2010, art. Municipal 14 e capítulo VI.

Resíduos de Varrição, Poda e Capina

1 1 Atualizar e fazer modificações necessárias no plano de varrição contendo os Órgão Gestor 11 11.1 1 ano roteiros realmente executados. Municipal

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Adicionar ao cronograma de varrição uma agenda especial de varrição e 1 1 Órgão Gestor limpeza para áreas críticas (locais com probabilidade de acúmulo de águas 11 11.2 2 anos Municipal pluviais) vinculado aos períodos que precedam as chuvas.

1 1 Comprar equipamentos mecanizados para roçagem, como braço roçador e Órgão Gestor 11 11.3 5 anos triturador de galhos. Municipal

1 1 Implementar ações para o gerenciamento dos resíduos verdes (podas e Órgão Gestor 11 11.4 3 anos capina) visando a compostagem dos mesmos. Municipal

1 1 Realizar segregação na fonte, priorizando a reciclagem dos resíduos e a Órgão Gestor 12 12.1 2 anos correta destinação dos mesmos. Municipal

Resíduos da Construção Civil – RCC

Disponibilizar planilhas com preenchimento trimestral que deverão ser Órgão Gestor 1 1 preenchidas pelos geradores, com o registro do volume de RCC gerado, tipo 3 anos Municipal/ 16 16.1 de resíduo, e destinação final adotada, onde os mesmos deverão realizar o Setor Privado devido encaminhamento do documento ao setor municipal responsável.

Efetuar o controle digital e atualizado através da alimentação dos dados Órgão Gestor 1 1 3 anos fornecidos pelos empreendedores que consolide as informações acerca da Municipal/ 16 16.2 geração, do transporte e da comercialização dos RCC coletados no município. Setor Privado

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Órgão Gestor 1 1 Os geradores deverão encaminhar uma cópia do Plano de Gerenciamento dos Municipal/ 16 16.3 4 anos RCC ao setor de fiscalização municipal. Setor Privado

Através de campanhas e palestras incentivar a responsabilidade Órgão Gestor 1 1 compartilhada com os fabricantes e comerciantes de insumos para a Municipal/ 16 16.4 5 anos construção. Setor Privado

Resíduos de Serviço de Saúde – RSS

Disponibilizar planilhas com preenchimento trimestral que deverão ser Órgão Gestor 2 2 preenchidas pelos geradores, com o registro do volume de RCC gerado, tipo Municipal/ 22 22.1 3 anos de resíduo, e destinação final adotada, onde os mesmos deverão realizar o Setor Privado devido encaminhamento do documento ao setor municipal responsável.

Efetuar o controle digital e atualizado através da alimentação dos dados Órgão Gestor 2 2 fornecidos pelos empreendedores que consolide as informações acerca da Municipal/ 22 22.2 3 anos geração, do transporte e da comercialização dos RSS coletados no município. Setor Privado

Órgão Gestor 2 2 Os geradores deverão encaminhar uma cópia do Plano de Gerenciamento Municipal/ 22 22.3 4 anos dos RSS ao setor de fiscalização municipal Setor Privado Órgão Gestor 2 2 Realizar fiscalização nas instituições que geram RSS. Municipal/ 22 22.4 2 anos Setor Privado

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2 2 Incentivar, disponibilizar materiais explicativos e treinamentos para que ocorra Órgão Gestor 23 23.1 1 ano a correta segregação na fonte. Municipal 2 2 Órgão Gestor 23 23.2 1 ano Promover treinamentos periódicos aos funcionários do serviço de saúde. Municipal

2 2 Órgão Gestor Garantir a correta gestão de todos os RSS de estabelecimentos públicos. 23 23.3 1 ano Municipal Resíduos Cemiteriais e Funerários Órgão Gestor 2 2 Os geradores deverão encaminhar uma cópia do Plano de Gerenciamento Municipal/ 24 24.1 4 anos dos resíduos ao setor de fiscalização municipal Setor Privado

2 2 Prestar apoio técnico, auxiliando os coordenadores dos cemitérios existentes Órgão Gestor 25 25.1 2 anos no Município a solicitarem a licença ambiental. Municipal

2 2 Adquirir recipientes para acondicionamento dos resíduos nos cemitérios do Órgão Gestor 26 26.1 5 anos Município e incluir o serviço nas rotas de coleta. Municipal

2 2 Órgão Gestor Garantir a gestão adequada dos resíduos sólidos cemiteriais. 27 27.1 2 anos Municipal Resíduos Volumosos e Eletroeletrônicos

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Implantar PEVs ou Ecopontos alocados estrategicamente no município e que sejam suficientes para acondicionamento dos resíduos especiais gerados pela 2 2 Órgão Gestor população. Criar “Programa de Inclusão Digital” local que aceite doações de 28 28.1 5 anos Municipal computadores para serem recuperados e distribuídos a instituições que os destinem ao uso de comunidades carentes.

Resíduos Especiais com Logística Reversa Obrigatória

Viabilizar o retorno ao ciclo produtivo dos resíduos sólidos como pilhas, pneus, eletrônicos e eletrodomésticos. Implantar, melhorar ou adaptar a infraestrutura física da Prefeitura para acondicionamento dos resíduos coletados nos Ecopontos. Exigir nos procedimentos de licenciamento ambiental, quando Órgão Gestor 2 3 couber, a responsabilidade do fabricante, distribuidor ou comerciante, de Municipal/ 31 31.1 5 anos implantar a logística reversa dos resíduos previstos em lei. Exigir que todos os Setor Privado participantes dos sistemas de logística reversa disponibilizem ao órgão municipal informações completas e periódicas sobre a realização das ações de Logística Reversa.

Resíduos Agrosilvopastoris

Planejar e incentivar soluções consorciadas ou compartilhadas, entre o setor público e o setor empresarial, a estruturação e implementação de sistemas de Órgão Gestor 2 3 logística reversa por parte dos fabricantes, importadores, distribuidores e 2 anos Municipal/ 34 34.1 comerciantes. Fiscalizar os estabelecimentos que fornecem produtos Setor Privado fitossanitários, a fim de garantir e incentivar o sistema de logística reversa e a correta gestão destes resíduos.

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Disponibilizar planilhas para que os empreendedores e fornecedores de Órgão Gestor 2 2 3 anos produtos fitossanitários possam realizar o preenchimento e entrega trimestral, Municipal/ 34 34.2 quantificando os resíduos gerados e destinação dos mesmos. Setor Privado

Órgão Gestor 3 3 Registrar todos os criadores de animais no Município através de um cadastro 5 anos Municipal/ 35 35.1 e incentivar a correta gestão dos resíduos gerados neste setor. Setor Privado

Órgão Gestor 2 2 Desenvolver programa municipal de incentivo financeiro para a construção de 5 anos Municipal/ 36 36.1 esterqueiras e biodigestores nas propriedades privadas. Setor Privado

Resíduos Industriais

Órgão Gestor 2 2 Os geradores deverão encaminhar uma cópia do Plano de Gerenciamento de Municipal/ 39 39.1 4 anos Resíduos ao setor de fiscalização municipal. Setor Privado

Resíduos dos Serviços Públicos de Saneamento Básico Formar equipe responsável, elaborar um cronograma de limpeza de todas as 2 2 Órgão Gestor ETE’s e contratar empresa especializada para realizar coleta e disposição 41 41.1 1 ano Municipal adequada do lodo das ETE’s.

2 2 Contratar empresa especializada para coleta e disposição adequada do lodo Setor Público 41 41.2 2 anos da ETA.

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5.1.3 Médio prazo

No Quadro 22 estão apresentadas as ações em médio prazo, que foram propostas para implementação entre 6 e 12 anos.

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Quadro 22: Ações propostas em médio prazo.

Período para Objetivo Meta Ações Execução execução Resíduos Sólidos Domiciliares e Comerciais Órgão Gestor 1 1.1 12 anos Realizar a compra de novas lixeiras para os passeios públicos. Municipal Licenciar e implantar um aterro sanitário no município, priorizando o processo de solução consorciada com Municípios da região. Criar comissão Órgão Gestor 4 4.4 8 anos para elaboração de estudo e buscar viabilidade financeira. Elaborar o Municipal estudo/projeto.

Elaborar estudo de viabilidade para a criação e implantação de uma Central Órgão Gestor 4 4.5 6 anos de Compostagem no município. Municipal

Resíduos da Construção Civil – RCC

1 1 Órgão Gestor Implantação de PEVs para recebimento dos RCC. 18 18.1 7 anos Municipal

1 1 Receber nos PEVs os resíduos de construção civil e demolição gerada em Órgão Gestor 18 18.2 7 anos pequenas obras e intervenções. Municipal

Resíduos Volumosos e Eletroeletrônicos Órgão Gestor 2 2 Criar um programa de reaproveitamento dos eletroeletrônicos e móveis, 6 anos Municipal 28 28.2 passíveis de reutilização em órgãos municipais.

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Resíduos Industriais

Disponibilizar planilhas com preenchimento trimestral que deverão ser preenchidas pelos geradores, com o registro do volume de resíduos gerados, 2 2 Órgão Gestor tipo de resíduos, e destinação final adotada, onde os mesmos deverão 38 38.1 6 anos Municipal realizar o devido encaminhamento do documento ao setor municipal responsável.

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5.1.4 Longo prazo

No Quadro 23 estão apresentadas as ações em longo prazo, que foram propostas para implementação entre 13 e 20 anos.

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Quadro 23: Ações propostas em longo prazo. Período para Objetivo Meta Ações Execução execução Resíduos Sólidos Domiciliares e Comerciais Órgão Gestor 1 1.1 20 anos Realizar a compra de novas lixeiras para os passeios públicos. Municipal Resíduos da Construção Civil – RCC 1 1 Órgão Gestor Implantação de Central de RCC. 17 17.1 15 anos Municipal

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5.2 Ações Sistemáticas

Ao programar as ações, deve-se levar em conta não apenas novas unidades e obras do sistema de gerenciamento de resíduos sólidos, mas também as ações necessárias para operar eficientemente este sistema. Propuseram-se, assim, ações sistemáticas com a finalidade de atingir os objetivos e metas estabelecidos, as quais devem ser realizadas de forma contínua para manutenção de eficiência no sistema. No Quadro 24 foram estabelecidas as ações sistemáticas que deverão ser executadas pelo Órgão Gestor Municipal.

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Quadro 24: Ações sistemáticas.

Objetivo Meta Ações Resíduos Sólidos Domiciliares e Comerciais

Ação: Manter o atendimento de coleta de resíduos para toda a população. 7 7.1 Finalidade: Garantir o atendimento de coleta seletiva a 100% da população.

Ação: Aumentar a aplicação de recursos financeiros para investimentos necessários. 8 8.1 Finalidade: Melhorar e manter o sistema de gestão dos resíduos sólidos urbanos em condições quali- quantitativas adequadas e atender a demanda de crescimento pelo serviço.

Ação: Intensificar as campanhas nas escolas em períodos mais curtos, informando e mobilizando os alunos quanto à importância da separação dos resíduos para facilitar a triagem, reciclagem e disposição final adequada, quando não for possível reutilizá-los. Implementar o manejo de resíduos secos em programas 9 9.1 “Escola Lixo Zero”. Finalidade: Valorizar a educação ambiental como ação prioritária para redução, reutilização e não geração dos resíduos.

Ação: Distribuir periodicamente aos munícipes, materiais informativos (folders, jornal, rádio) que divulguem o tema coleta seletiva e a sua importância para o adequado gerenciamento dos resíduos sólidos urbanos, com vistas a não geração, redução, reutilização, reciclagem, tratamento dos resíduos sólidos, disposição 9 9.2 final ambientalmente adequada dos rejeitos. Finalidade: Educação ambiental através da divulgação de informações importantes e conscientização da população.

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Ação: Reduzir gradativamente o volume de resíduos mensalmente dispostos em aterro sanitário, com redução na fonte, coleta seletiva, sistemas de compostagem da matéria orgânica e reciclagem. 9 9.3 Finalidade: Incentivo para a não geração e a redução dos resíduos, para que seja maximizada a reutilização e a reciclagem, para que sejam adotados tratamentos quando necessários e, por final, a disposição adequada dos rejeitos.

Resíduos de Varrição, Poda e Capina

Ação: Dispor adequadamente de forma contínua os resíduos e rejeitos oriundos dos serviços públicos de 13 13.1 limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos. Finalidade: Segregação na fonte, aproveitamento da parcela reciclável.

Ação: Garantir atendimento para toda a população urbana. 14 14.1 Finalidade: Manter a limpeza e o fluxo adequado das vias públicas.

Ação: Estruturar o setor de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos para implementar o Plano de 15 15.1 Saneamento. Finalidade: Universalidade e integridade na prestação de serviços.

Ação: Garantir ferramentas e utensílios de varrição em bom estado para os funcionários. 15 15.2 Finalidade: Efetividade e segurança no serviço.

Resíduos da Construção Civil – RCC

Ação: Fiscalizar e punir disposições irregulares. 19 19.1 Finalidade: Identificar e responsabilizar os potenciais agentes poluidores reconhecidos. Evitar riscos à saúde pública e ao meio ambiente.

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Ação: Induzir a redução, reutilização, reciclagem e destinação correta dos RCD gerados. 19 19.2 Finalidade: Reduzir a quantidade de rejeitos encaminhados para disposição final ambientalmente adequada.

Ação: Garantir a segregação continua dos Resíduos da Construção e Demolição com reutilização ou reciclagem dos resíduos de Classe A (trituráveis) e Classe B (madeiras, plásticos, papel e outros). 20 20.1 Finalidade: Reduzir a quantidade de rejeitos encaminhados para disposição final ambientalmente adequada.

Ação: Promover a reciclagem e o reaproveitamento dos RCC gerados e garantir que os rejeitos sejam 20 20.2 dispostos em locais ambientalmente adequados Finalidade: Reduzir a quantidade de rejeitos encaminhados para disposição final.

Ação: Realizar campanhas para correta segregação, reutilização e entrega dos resíduos nos pontos de 21 21.1 recebimento. Finalidade: Evitar disposições irregulares.

Resíduos Cemiteriais e Funerários

Ação: Promover continuamente a gestão adequada dos resíduos sólidos cemiteriais. 27 27.1 Finalidade: Garantir um cenário de excelência em limpeza e manutenção, com padrão receptivo apropriado para a finalidade a que se destinam.

Resíduos Volumosos e Eletroeletrônicos

Ação: Promover campanhas sobre a coleta e destinação ambientalmente adequada dos resíduos 29 29.1 volumosos e da produção feita a partir do incentivo ao reaproveitamento de volumosos. Finalidade: Incentivo ao reaproveitamento dos resíduos como iniciativa de geração de renda.

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Ação: Realizar campanhas permanentes para toda a população de educação ambiental para o manejo de 29 29.2 resíduos volumosos e eletroeletrônicos. Finalidade: Fomentar e valorizar a educação ambiental como ação prioritária.

Ação: Incentivar parceria para a logística reversa a ser implementada por fabricantes, comerciantes e importadores, por tipo de Resíduos Eletroeletrônicos (REE). 29 29.3 Finalidade: Reduzir a geração de resíduos sólidos, o desperdício de materiais, a poluição e os danos ambientais.

Ação: Incentivar comunicação entre os geradores – como escolas, hospitais e outros órgãos públicos na busca do reaproveitamento e restauração dos materiais permanentes. 29 29.4 Finalidade: Estimular o desenvolvimento de mercado, a produção e o consumo de produtos derivados de materiais reciclados e recicláveis;

Ação: Coletar continuamente os resíduos volumosos e eletroeletrônicos gerados. 30 30.1 Finalidade: Evitar destinações irregulares.

Ação: Disciplinar a ação dos agentes e o fluxo dos resíduos para a área adequada. 30 30.2 Finalidade: Evitar destinações irregulares.

Ação: Destinar corretamente os resíduos gerados em instituições públicas. 30 30.3 Finalidade: Evitar destinações irregulares

Ação: Realizar campanhas informativas quanto à destinação desses resíduos. 30 30.4 Finalidade: Manter a população consciente e informada sobre a correta destinação dos resíduos.

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Resíduos Especiais com Logística Reversa Obrigatória

Ação: Incentivar o sistema de Logística Reversa a ser implementada por fabricantes, comerciantes e importadores, e o exercício da Responsabilidade Compartilhada para manejo adequado dos resíduos gerados. 32 32.1 Finalidade: Viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada. Reduzir a geração de resíduos sólidos, o desperdício de materiais, a poluição e os danos ambientais.

Ação: Realizar campanhas permanentes para toda a população de educação ambiental para o manejo de 33 33.1 resíduos especiais e sujeitos à logística reversa. Finalidade: Fomentar e valorizar a educação ambiental como ação prioritária.

Resíduos Agrosilvopastoris

Ação: Realizar campanhas periódicas e treinamentos para os produtores do Município em relação a tríplice 37 37.1 lavagem das embalagens, procedimentos de armazenamento e entrega nos pontos de compra. Finalidade: Promover a reciclagem das embalagens de produtos fitossanitários.

Ação: Orientar continuamente os produtores para que todos os resíduos gerados nestes empreendimentos sejam coletados e encaminhados para local adequado (esterqueiras e biodigestores). 37 37.3 Finalidade: Promover o incentivo ao processamento dos resíduos orgânicos por biodigestão, com geração de energia e evitar riscos de contaminação.

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Resíduos Industriais

Ação: Realizar a contínua fiscalização municipal dos empreendimentos e exigir documentos que comprovem a correta gestão dos resíduos. 40 40.1 Finalidade: Identificar e responsabilizar os potenciais agentes poluidores reconhecidos. Evitar riscos a saúde pública e ao meio ambiente.

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5.3 Ações Emergenciais

As atividades com potencial de gerar ocorrências anormais, cujas consequências possam provocar danos às pessoas, ao meio ambiente e a bens patrimoniais, inclusive de terceiros, devem ter, como atitude preventiva, um planejamento para ações de emergências e contingências. O PMGIRS prevê ações para lidar com eventuais emergências ou contingências que possam interromper a prestação dos serviços. Entende-se como emergencial o acontecimento perigoso, que leva a uma situação crítica, incidental ou urgente. A contingência, por sua vez, é aquilo que pode ou não suceder, a incerteza, a eventualidade (SÃO PAULO, 2010). O objetivo é prever as situações de anormalidade nos serviços de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos, estabelecendo ações mitigadoras e de correção, garantindo funcionalidade e condições operacionais dos serviços. O referido PMGIRS tem intuito de treinar, organizar, orientar, facilitar, agilizar e uniformizar as ações necessárias às respostas de controle e combate às ocorrências anormais. Para isso foi realizada a identificação de cenários emergenciais e definição de ações para contingenciamento e soluções das anormalidades. No Quadro 25 estão apresentadas as ações a serem tomadas em casos de emergências.

Quadro 25: Ações emergenciais Ocorrência Ações emergenciais Em casos de greve:  Comunicar à população para que ciente colabore em manter a cidade limpa. Paralisação do serviço de  Contratação de empresa especializada varrição pública poda e capina em caráter de emergência. Em casos de avarias nos veículos e equipamentos:

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 Substituir veículos e equipamentos danificados por veículos reserva.  Solicitar reparo imediato dos veículos e equipamentos. Em casos de greve:  Comunicas à população para que ciente colabore em manter a cidade limpa.  Contratação de empresa especializada em caráter de emergência.  Imputar penalidades previstas em contrato (se houver). Paralisação do sistema de Em casos de avarias nos veículos e coleta domiciliar equipamentos:  Substituir veículos e equipamentos danificados por veículos reserva.  Solicitar reparo imediato dos veículos.  Acionar empresas e veículos previamente cadastrados para assumirem emergencialmente o serviço de coleta.  Contratar empresa especializada em caráter de emergência. Paralisação do serviço de  Manter os resíduos acondicionados de coleta de resíduos especiais forma adequada até que a situação normalize.  Contratar empresa especializada em caráter de emergência.  Solicitar à empresa prestadora do serviço Paralisação do serviço de que substitua o veículo avariado por coleta de RSS. veículo reserva.  Exigir da empresa que presta o serviço terceirizado agilidade no reparo de

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veículos e/ou equipamentos avariados.  Manter os resíduos acondicionados de forma adequada até que a situação normalize.

Escassez ou falha de equipamentos:  Buscar viabilidade econômica para adquirir equipamentos necessários.  Providenciar imediatamente reparo do equipamento avariado. Avaria dos veículos coletores de rejeitos da unidade:  Substituir veículo danificado por veículo reserva.  Solicitar reparo imediato do veículo.  Viabilizar local/contentores para depósito Inoperância ou paralização junto à unidade até que a situação se da unidade de triagem normalize. Falta de mercado para comercialização do material reciclável:  Buscar novos compradores de material  Acondicionar de forma adequada até que a situação se normalize Greve dos colaboradores:  Informar a população para que ciente colabore até a situação normalizar.  Contratar em caráter emergencial nova unidade de triagem. Rupturas, vazamentos, falhas mecânicas, Paralização parcial da incêndios, explosões: operação do aterro  Evacuação da área cumprindo os procedimentos internos de segurança.

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 Acionamento do Corpo de Bombeiros.  Solicitar a empresa responsável pelo aterro os reparos imediatos;  Contratar em caráter emergencial nova unidade de triagem.

 Informar a população para que ciente colabore até a situação se normalizar. Paralisação total do Aterro  Contratar em caráter emergencial nova sanitário empresa para a disposição final dos resíduos.

5.4 Perspectivas para a gestão associada com municípios da região

O acesso aos recursos da União, ou por ela controlados, será priorizado para os municípios que fizerem a opção por soluções consorciadas intermunicipais, ou se inserirem de forma voluntária nos planos microrregionais relativos às microrregiões instituídas pelos Estados. É o que assegura a Política Nacional de Resíduos Sólidos. Todo o novo conjunto de leis para saneamento e gestão de resíduos traz a gestão associada instituída pela Lei de Consórcios Públicos 11.107 (BRASIL, 2005), como aspecto central. A elaboração de um plano municipal, intermunicipal ou microrregional de gestão integrada de resíduos sólidos é uma prioridade na condição para os municípios terem acesso a recursos da União. A partir de 2012, são priorizados no acesso aos recursos da União os municípios que optarem por soluções consorciadas intermunicipais para a gestão dos resíduos sólidos e que implantarem a coleta seletiva com a participação de cooperativas ou outras formas de associação de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis formadas por pessoas físicas de baixa renda. Ou seja, fica claro o incentivo às soluções intermunicipais por parte do Poder público e não somente o compartilhamento do aterro sanitário para a disposição final dos resíduos (MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE, 2011).

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Portanto, o consórcio é uma forma de cooperação federativa que pode ser adotada para o planejamento e execução da gestão integrada dos resíduos sólidos, sendo visto como a gestão associada de serviços públicos para o desempenho de serviços de interesse comum. É necessário considerar que o sistema de disposição final no município de Campina das Missões possui previsão para saturação em aproximadamente 11 anos, por isso, faz-se necessário buscar alternativas para o gerenciamento futuro dos resíduos sólidos. A adoção da gestão associada com municípios vizinhos permitirá ganhos de escala, redução de custos, estabilização da equipe gerencial, construção da capacidade gestora de todos os resíduos, e possibilitará a prestação regionalizada dos serviços públicos de limpeza urbana e manejo de resíduos com a qualidade necessária, como objetivada na Lei Federal de Saneamento Básico. As possibilidades criadas pela Lei de Consórcios Públicos e Lei de Saneamento (prestação regionalizada dos serviços públicos de limpeza urbana e manejo de resíduos) tem que ser aproveitadas ao máximo – somar capacidades, dividir custos com ganho de escala – prover capacidade gerencial para todos os municípios associados, com a atuação regionalizada de uma única equipe capacitada – compartilhar instalações e concentrar resíduos quando esta logística for conveniente. Até a inevitável discussão de que os custos terão que ser recuperados e taxas terão que ser introduzidas, fica mais amena quando apresentada como decisão conjunta e regional, repercutindo decisão de lei federal para validade dos contratos Verifica-se que para um município com o porte e receitas de Campina das Missões, a implantação de um aterro sanitário exclusivamente municipal se torna um investimento bem elevado. Deve-se buscar as soluções consorciadas e recursos da união para um planejamento e solução regionalizada para destinação final dos resíduos sólidos cuja destinação final é em aterro. Deste modo, sugere-se a possibilidade em realizar uma solução consorciada entre os 9 municípios que já realizam a coleta e triagem de seus resíduos sólidos domiciliares, através da empresa Marcos Engelhof e Cia LTDA que são: Caibaté, Cândido Godói, Cerro Largo, Porto Vera Cruz, Roque Gonzales,

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Salvador das Missões, São Paulo das Missões, São Pedro do Butiá e Mato Queimado. O Guia para Elaboração do Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE, 2011), considera de uma forma geral que o transporte direto de resíduos sólidos através de caminhões coletores deve ser limitado a distâncias de 30 km do aterro sanitário, após a qual deve ser considerada a conveniência da inclusão, em pontos regionais estratégicos, de áreas de transbordo de rejeitos para veículos de maior capacidade de carga e menor custo unitário da tonelada por quilômetro. Para uma análise inicial referente aos Municípios indicados para solução consorciada foram levantadas algumas informações básicas, que estão apresentadas no Quadro 26, os dados referentes ao número de habitantes e área territorial foram obtidos do IBGE.

Quadro 26: Dados dos municípios que poderão fazer parte da solução consorciada.

Distância de População Área da unidade Município Campina das (hab) territorial (km²) Missões (km) Caibaté 48 4.954 259,664 Cândido Godói 12 6.535 246,276 Cerro Largo 26 13.289 177,675 Porto Vera Cruz 46 1.852 113,646 Roque Gonzales 34 7.203 346,621 Salvador das Missões 17 2.669 94,042 São Paulo das Missões 13 6.364 223,886 São Pedro do Butiá 25 2.873 107,631 Mato Queimado 46 1.799 114,64

Através do Quadro 26 é possível perceber que quase todos os Municípios se aproximam de uma distância de 30 km de Campina das Missões, apenas alguns municípios excedem um pouco este valor, mas não significativamente. Nota-se que todos são municípios de pequeno porte, isso também é um ponto positivo para a solução consorciada. No Quadro 27 pode

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ser visto um levantamento geral das informações relevantes realizado para os municípios presentes na proposta de regionalização.

Quadro 27: Informações sobre os municípios participantes da gestão associada.

Área total dos municípios (km²) 1910 População total em 2010 (hab) 53.655 População estimada em 2033 (hab) 67.304 Geração estimada de RSD em 2010 (t/dia) 26,9 Geração estimada de RSD em 2033 (t/dia) 33,7

*adotou-se a geração média de 0,5 kg/hab/dia e crescimento populacional de 1,2 % a.a.

5.5 Definição de áreas para disposição final dos RSU

Segundo o Manual de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos, publicado pelo Instituto Brasileiro de Administração Municipal – IBAM (2001), a estratégia a ser adotada para seleção da área do aterro consiste nos seguintes passos:  Seleção preliminar das áreas disponíveis no Município;  Estabelecimento do conjunto de critérios de seleção;  Definição de prioridades para o atendimento aos critérios estabelecidos;  Análise crítica de cada uma das áreas levantadas frente aos critérios estabelecidos e priorizados, selecionando-se aquela que atenda à maior parte das restrições através de seus atributos naturais.

Com a adoção dessa estratégia, minimiza-se a quantidade de medidas corretivas a serem implementadas para adequar a área às exigências da legislação ambiental vigente, reduzindo-se ao máximo os gastos com o investimento inicial. Para a seleção preliminar das áreas disponíveis, deve-se ter prioritariamente, as seguintes informações:  Cálculo preliminar da área total necessária para o aterro sanitário;

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 Delimitação das zonas rurais, industriais e unidades de conservação no perímetro do projetado para o aterro sanitário;  Levantamento das zonas que não apresentam restrições de zoneamento e uso do solo e que tenham dimensões compatíveis com o cálculo preliminar, priorizando as áreas pertencentes aos Municípios;

A partir da indicação de áreas disponíveis apresentadas pelo Município, passa-se a adotar critérios que indicarão a melhor área para instalação. Os critérios de seleção são divididos em três grupos:  Técnicos e Legais;  Econômicos e Financeiros;  Políticos e Sociais.

As condições e restrições para a seleção de áreas para a implantação de um aterro sanitário devem atender, no mínimo, aos critérios apresentados no Quadro 28.

Quadro 28: Critérios para seleção de áreas para implantação do Aterro Sanitário.

Critérios Técnicos

Critérios Observações

As áreas devem estar fora dos limites das áreas de preservação ambiental e em uma zona em que o uso do Uso do Solo solo seja compatível com as atividades de um aterro sanitário.

As áreas não devem estar a menos de 200 metros dos Distância dos Corpos corpos d’águas importantes e não deve estar situada a Hídricos menos de 50 metros de qualquer outro corpo d’água.

Distância de Núcleos As áreas não devem estar preferencialmente distanciadas Residenciais e a cerca de 3000 metros de núcleos residenciais urbanos. Urbanos

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Distância de As áreas não devem ser próximas a aeroportos ou Aeroportos aeródromos.

A distância mínima recomendada para aterros sanitários Profundidade do com fundo impermeabilizado com geomembrana não Freático poderá ser menor que 1,5 metros entre o freático e a membrana.

É recomendável que as áreas permitam que o novo aterro Vida Útil Mínima sanitário tenha no mínimo oito anos de vida útil.

A direção dos ventos não deve propiciar o transporte de Ventos Predominantes poeiras ou odores aos núcleos habitacionais.

Recomenda-se que o solo da área selecionada tenha uma boa impermeabilidade natural a fim de reduzir a Permeabilidade Natural possibilidade de contaminação do aquífero. do Solo Preferencialmente o solo da área selecionada deve ser argiloso.

A vala de drenagem de águas pluviais deve ser pequena a Topografia favorável à fim de evitar Drenagem a entrada de uma grande quantidade de água de chuva no aterro.

O acesso à área não deve ter curvas pronunciadas e deve Facilidade de Acesso contar com pavimentação de boa qualidade a fim de para Veículos Pesados minimizar o desgaste dos veículos, bem como facilitar o seu livre acesso ainda que em períodos chuvosos.

Disponibilidade de A área deve, de preferência, contar com a disponibilidade Material para de material para a cobertura, a fim de assegurar o baixo Cobertura custo de cobertura dos resíduos.

Critérios Econômicos e Financeiros

Critérios Observações

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É recomendável que a distância percorrida pelos veículos Proximidade coletores (ida e volta) seja a menor possível a fim de Geométrica do Centro reduzir o desgaste do equipamento e o custo do transporte de Coleta de resíduos.

Se a área não for de propriedade municipal, a mesma Custo de Aquisição da deverá estar locada de preferência em área rural, de forma Área que o custo de aquisição seja o menor possível.

É importante que a área selecionada disponha de infraestrutura completa a fim de reduzir os gastos com Custo de Construção e abastecimento de água, coleta e tratamento de efluentes, Infraestrutura drenagem de águas pluviais, energia elétrica e comunicação.

Custo de Manutenção A área selecionada deve ter um declive suave a fim de do Sistema de evitar a erosão do solo e reduzir os gastos de limpeza e Drenagem manutenção dos componentes do sistema de drenagem.

Critérios Políticos e Sociais Critérios Observações

O trânsito dos veículos constitui um transtorno para os Acesso à Área por habitantes das vias em que os veículos circulam. Desta Trajetos com Baixa forma, é recomendável que o acesso à área do aterro Densidade sanitário se dê por meio de locais de baixa densidade Populacional populacional.

É recomendável que não tenha ocorrido problemas entre a Prefeitura e a comunidade do local selecionado, Aceitação da organizações não governamentais ou meios de Comunidade Local comunicação, pois qualquer indisposição com o Poder Público poderá gerar reações negativas à instalação do aterro.

Fonte: Adaptado Manual de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos (IBAM, 2001).

Deverá ser realizada uma metodologia de priorização dos critérios a partir da ponderação dos mesmos, onde o local selecionado para se implantar um aterro sanitário deve ser aquele que atenda ao maior número de critérios, dando-se ênfase aos critérios de maior prioridade. A seleção da melhor área para implantação do aterro sanitário deve ser precedida de uma análise individual de cada área selecionada com relação a

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cada um dos diversos critérios apresentados, fornecendo-se a justificativa que permita considerar o critério "totalmente atendido", o "atendido parcialmente através de obras" ou o "não atendido". Tão logo se escolha a área para a implantação do aterro sanitário, a prefeitura deve proceder imediatamente à compra ou desapropriação do imóvel e contratar o seu levantamento topográfico, realizando, ainda, pelo menos quatro furos de sondagens, com o objetivo de se conhecer as características geológicas e geotécnicas do terreno natural e realizar o devido licenciamento (IBAM, 2001).

5.6 Definição das responsabilidades públicas e privadas

Um aspecto fundamental é que o Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos deverá estabelecer o limite entre pequenos geradores atendidos pelos serviços públicos de manejo de resíduos e os grandes geradores, responsáveis diretos pelo gerenciamento e possivelmente por elaboração e implementação de Plano Específico. Com estas responsabilidades definidas, o PMGIRS deve estabelecer os diversos fluxos de resíduos que serão objetivados, com especial atenção para os componentes com volumes mais significativos: resíduos secos, orgânicos, rejeitos e resíduos da construção, ou outros predominantes na peculiaridade local, para os quais deverão ser elaborados programas prioritários (MMA, 2012). O inciso IV do art. 19 da Política Nacional de Resíduos Sólidos identifica os resíduos sólidos e os geradores sujeitos a plano de gerenciamento específico, nos termos do art. 20 ou a sistema de logística reversa na forma do art. 33, observadas as disposições da Lei e de seu regulamento, bem como as normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama e do SNVS. Neste item estão estabelecidos os agentes com responsabilidade pública e privada e os responsáveis pelos resíduos especiais, os quais devem estruturar e implantar o sistema de logística reversa. A Lei 12.305 (BRASIL, 2010) afirma que resíduos definidos como de logística reversa, como pilhas, baterias, lâmpadas, pneus, etc., são de

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responsabilidade dos fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes. Entretanto, cabe ao consumidor/gerador domiciliar, ou seja, aos munícipes em geral, fazer o acondicionamento adequado e diferenciado e disponibilizá-los para a coleta ou devolução, sob pena de recebimento de advertências e, em reincidência, multas de R$ 50 a R$ 500, que poderão ser convertidas em prestação de serviço, de acordo com o Decreto 7.404 (BRASIL, 2010). A definição das Diretrizes e Estratégias, e programação das ações, levou em conta diferenciadamente os agentes envolvidos e suas respectivas responsabilidades para atender as diretrizes da nova política de resíduos. Basicamente, e sem prejuízo da responsabilidade compartilhada, estas responsabilidades estão listadas no Quadro 29.

Quadro 29: Quadro referência de competências e responsabilidades.

Tipos de resíduos e Responsabilidades Responsabilidades responsabilidades Públicas Privadas estabelecidas Principal Complementar Gerador Receptor Domiciliares RSD X

Limpeza pública X

Construção civil RCC X X

Volumosos X X

Serviços de saúde X X

Equipamentos X X eletroeletrônicos Pilhas e baterias X X

Lâmpadas X X

Pneus X X

Óleo lubrificante e X X embalagens Serviços públicos de X saneamento básico Óleos comestíveis X

Industriais X

Serviços de transporte X

Agrossilvipastoris X

Fonte: Adaptado Guia para Elaboração do Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (MMA, 2011).

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O Poder público, o setor empresarial e a coletividade são responsáveis pela efetividade das ações voltadas para assegurar a observância da Política Nacional de Resíduos Sólidos e das diretrizes e determinações estabelecidas na Lei 12.305 (BRASIL, 2010). A discussão das responsabilidades, a partir da Política Nacional de Resíduos Sólidos, deverá considerar que a inobservância de suas diretrizes sujeitará os infratores às sanções legais, em especial às fixadas na Lei Federal 9.605 - Lei de Crimes Ambientais (BRASIL, 1998) e seu Decreto Regulamentador 6.514 (BRASIL, 2008).

5.7 Inclusão Social de Cooperativas e Catadores

A Política Nacional de Resíduos Sólidos definiu, por meio do Decreto 7.404 (BRASIL, 2010), que os sistemas de coleta seletiva e de logística reversa deverão priorizar a participação dos catadores de materiais recicláveis, da mesma forma que os planos municipais deverão definir programas e ações para sua inclusão nos processos. Deverá ser observada a dispensa de licitação para a contratação de cooperativas ou associações de catadores; o estímulo ao fortalecimento institucional de cooperativas, bem como à pesquisa voltada para sua integração nas ações que envolvam a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos e a melhoria das suas condições de trabalho. A prioridade na participação dos catadores se reflete na priorização de acesso a recursos federais para os municípios que implantem a coleta seletiva com a participação de cooperativas ou outras formas de organização (MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE, 2011). Como apresentado na fase do diagnóstico setorial, atualmente, o Município não conta com a presença de catadores ou associações de catadores, porém, foram definidas algumas ações, caso ao longo do tempo este cenário se modifique, seguem abaixo algumas sugestões:  Formalizar a presença dos catadores e associações organizados no processo de coleta de resíduos, promovendo sua inclusão, a remuneração do seu trabalho público, o incentivo aos processos de economia solidária e a sua capacitação;

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 Priorizar a inclusão social dos catadores organizados para a prestação do serviço público e quando necessário, complementar a ação com funcionários atuando sob a mesma logística.  Incentivar a identificação de talentos entre catadores e sensibilizar para atuação na atividade de reciclagem e reaproveitamento, com capacitação em marcenaria, tapeçaria etc., visando a emancipação funcional e econômica.  Apoiar as cooperativas de catadores de materiais recicláveis, contribuindo para a formalização de suas atividades.

5.8 Regramento dos Planos de Gerenciamento Obrigatórios

A lei 12.305 (BRASIL, 2010) prevê os geradores sujeitos a elaboração de plano de gerenciamento obrigatório, àqueles denominados grandes geradores e/ou geração de resíduos perigosos, também de responsabilidade do gerador privado. O Art. 20 da Lei afirma que estão sujeitos à elaboração de plano de gerenciamento de resíduos sólidos:  Os geradores de:

 Resíduos dos serviços públicos de saneamento básico;

 Resíduos industriais: os gerados nos processos produtivos e instalações industriais;

 Resíduos de serviços de saúde: os gerados nos serviços de saúde, conforme definido em regulamento ou em normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama e do SNVS;

 Resíduos de serviços de transportes: os originários de portos, aeroportos, terminais alfandegários, rodoviários e ferroviários e passagens de fronteira;

 Resíduos de mineração: os gerados na atividade de pesquisa, extração ou beneficiamento de minérios;  Os estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços que gerem resíduos perigosos;

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 Os estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços que gerem resíduos que, mesmo caracterizados como não perigosos, por sua natureza, composição ou volume, não sejam equiparados aos resíduos domiciliares pelo poder público municipal;  As empresas de construção civil, nos termos do regulamento ou de normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama;  Os responsáveis por atividades agrossilvipastoris, se exigido pelo órgão competente do Sisnama, do SNVS ou do Suasa. Os planos de gerenciamento de resíduos sólidos terão o seguinte conteúdo mínimo:  I - Descrição do empreendimento ou atividade;  II - Diagnóstico dos resíduos sólidos gerados ou administrados, contendo a origem, o volume;  e a caracterização dos resíduos, incluindo os passivos ambientais a eles relacionados;  III - Explicitação dos responsáveis por cada etapa do gerenciamento de resíduos sólidos;  IV - Definição dos procedimentos operacionais relativos às etapas do gerenciamento de resíduos sólidos sob responsabilidade do gerador;  V - Identificação das soluções consorciadas ou compartilhadas com outros geradores;  VI - ações preventivas e corretivas a serem executadas em situações de gerenciamento incorreto ou acidentes;  VII - Metas e procedimentos relacionados à minimização da geração de resíduos sólidos, reutilização e reciclagem;  VIII - Se houver, ações relativas à responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos;  IX - Medidas saneadoras dos passivos ambientais relacionados aos resíduos sólidos;  X - periodicidade de sua revisão;

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O art. 56 do Decreto 7.404 (BRASIL, 2010) afirma que os responsáveis por estes planos deverão disponibilizar ao órgão municipal, com periodicidade anual, informações completas e atualizadas sobre a implantação e operacionalização do plano. Os geradores identificados no diagnóstico setorial precisam verificar se existe enquadramento dentro do disposto acima (Lei 12.305/2010), para posterior elaboração dos seus respectivos planos. O prazo estipulado para apresentação ao Órgão Municipal de fiscalização é de 1 ano, a partir do qual inicia-se assim a rotina anual de renovação das informações. O Art. 84 do Decreto 7.404 (BRASIL, 2010) vincula as sanções por inobservância à Lei de Crimes Ambientais, sendo que a multa é fixada entre R$ 5 mil e R$ 50 milhões.

5.9 Educação ambiental

A Lei n° 9.795 (BRASIL, 1999) dispõe sobre a educação ambiental e institui a Política Nacional de Educação Ambiental. Em seu Art. 1 descreve que educação ambiental é um processo por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade. O Município de Campina das Missões através da administração pública já possui alguns programas e ações que abordam a educação ambiental, conforme descrito durante o diagnóstico setorial. Estas iniciativas são bem relevantes, isso deverá ser mantido. Propõe-se, portanto, que a administração continue com estes programas já existentes e inove com as ações sugeridas neste contexto no item 5.1, todas as ações de educação ambiental foram planejadas e estão listadas com suas respectivas ações na etapa de programas, projetos e ações. A educação ambiental deve estar presente dentro de todos os níveis educacionais, como o objetivo de atingir todos os alunos em fase escolar. Os professores devem desenvolver projetos ambientais e trabalhar com conceitos e conhecimentos voltados para a preservação ambiental e uso sustentável dos

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recursos naturais, cabendo ao ente público propiciar o suporte dessas iniciativas. Responsabilidade Ambiental é um conjunto de atitudes individuais, coletivas ou setoriais voltado para o desenvolvimento sustentável. Ou seja, estas atitudes devem levar em conta o crescimento econômico ajustado à proteção do meio ambiente na atualidade e para as gerações futuras, garantindo a sustentabilidade. Este tema também deve ser abordado nas campanhas de educação ambiental realizadas no Município, pois para sucesso da implementação do PMGIRS é de fundamental importância a participação de toda a comunidade para obtenção de resultados eficientes e duradouros.

5.10 Identificação dos passivos ambientais relacionados aos resíduos sólidos

A Lei 12.305 (BRASIL, 2010) prevê em seu Art. 19 que no PMGIRS devem ser identificados passivos ambientais relacionados aos resíduos sólidos, incluindo áreas contaminadas, e respectivas medidas de recuperação. No Município de Campina das Missões existe uma área degradada em razão da disposição inadequada de resíduos sólidos ou rejeitos, que no momento é objeto de recuperação ambiental. A área foi utilizada por aproximadamente 30 anos, até o ano de 2010, estima-se que tenha ocorrido a disposição de aproximadamente 30.000 m³ de resíduos. O antigo lixão, depois da aprovação da FEPAM passou a ser Aterro Controlado – hoje desativado – está localizado no interior do Município na Linha Buriti, nas coordenadas Latitude 27° 58’ 52’’S e Longitude 54° 50’ 53’’O. A área aproximada é de 01 hectare, a Figura 54 e a Figura 55 demonstram a localização do antigo lixão em relação ao Município e a demarcação do local.

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Figura 54: Vista parcial do Município com localização do aterro controlado.

Fonte: MapLink/Tele Atlas (2013).

Figura 55: Imagem do local elaborada com uso de GPS

Fonte: Prefeitura Municipal de Campina das Missões, 2013.

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O Município possui Licença de Instalação 582/2011-DL junto à Fundação Estadual de Proteção Ambiental Henrique Luiz Roessler (FEPAM), com atividade de promover a instalação relativa à atividade de remediação de área degradada por resíduo solido classe II Urbano. Algumas condições foram propostas para liberação da Licença de Operação. O Município está objetivando o atingimento de todas as solicitações do órgão, até o momento já foram realizadas as seguintes medidas:  Cercamento de todo o perímetro da área;  Colocação de Placas Instrutivas informando sobre a proibição de depósito de lixo no local;  Cobertura com solo (da região), o qual possui baixa permeabilidade de infiltração, camadas de aproximadamente 40 cm sobre os resíduos dispostos na célula;  Implantação de 05 Drenos de gás dispostos nos locais de maior concentração de resíduos aterrados;  Implantação de 03 Piezômetros, sendo 01 a montante e 02 a jusante da área;  Cortina vegetal no perímetro limítrofe com a estrada com a espécie Morus nigra (amoreiras), cultivo de araucária angustifólia em locais onde não houve depósito de resíduos;  Visando à recuperação da área degradada, foram plantadas aproximadamente 100 mudas utilizando as seguintes espécies: Inga macaco (Inga sessilis(Vell.) Mart.), Eugenia uniflora (Pitanga), Psidium cattleianum (Araçá), Eugenia involucrata DC. (Cereja-do-rio-grande), Allophylus edulis (A.St.-Hil.,Camb. & A.Juss) Radlk. (Chal-chal), Cordia americana (L.) Gottshling.&J.E.Mill. (Guajuvira) e Cordia trichotoma (Vell.) Arrab. Ex Steud. (Louro);  Monitoramento das águas subterrâneas;

A FEPAM exige também a recirculação dos efluentes lixiviados, mas esta é uma etapa ainda não executada, pois a questão está sendo analisada

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tecnicamente e, em breve a exigência será atendida, segundo informações da administração municipal. A Figura 56 e a Figura 57 apresentam a área do antigo lixão com algumas medidas que já foram tomadas como o cercamento e instalação dos piezômetros. Na

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Figura 58 pode ser observado o plantio de espécies para revegetação da área degradada.

Figura 56: Vista da área do aterro controlado de Campina das Missões.

Figura 57: Piezômetro instalado na área.

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Figura 58: Cortinamento vegetal.

As medidas de monitoramento e atenuação indicadas para o presente Plano é de fazer cumprir o que solicita a atual licença de instalação, junto a FEPAM, LI 582 / 2011-DL, visando obtenção da Licença de Operação. Segue abaixo algumas medidas:  Manter procedimentos periódicos de inspeção e manutenção às estruturas implantadas, de modo a prevenir/corrigir eventuais danos ou falhas operacionais, tais como estabilidade de taludes, rasgos na geomembrana e posterior infiltração de percolado no solo natural e vegetação danificada, objetivando o monitoramento da área;  Apresentar para a FEPAM dentro do prazo exigido os relatórios técnicos e fotográficos, laudos de análises e cronogramas de inspeções.

5.11 Sistemática de organização das informações locais

5.11.1 Ajustes na legislação geral e específica

O planejamento das ações necessitará de ajustes nas legislações locais referentes aos resíduos sólidos do município. As novas diretrizes definidas no PMGIRS para adequação das práticas aos conceitos da Política Nacional de Resíduos sólidos necessitam de novas propostas ou alterações de dispositivos existentes, incongruentes com as novas posturas.

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As alterações necessárias podem tomar a forma de um Código de Resíduos Sólidos e estão apresentadas no Quadro 30.

Quadro 30: Ajustes na legislação local Planejamento das ações de ajustes na legislação geral e específica Nível de Priorização Discriminação dos Aspectos a serem disciplinados por legislação local Alto Médio Baixo

Instituir regras e controles do serviço público de coleta seletiva dos resíduos domiciliares e outras providências.

Posturas relativas às matérias de higiene, limpeza, segurança e outros procedimentos públicos relacionados aos resíduos sólidos, bem como os relativos à sua segregação, acondicionamento, disposição para coleta, transporte e destinação, disciplinando aspectos da responsabilidade compartilhada e dos sistemas de logística reversa.

Definir os limites de volume que caracterizam pequenos geradores e serviços públicos de manejo de resíduos.

Disciplinar a operação de transportadores e receptores de resíduos privados (transportadores de entulhos, resíduos de saúde, resíduos industriais, sucateiros e ferros velhos, outros).

Estabelecer os procedimentos relativos aos Planos de Gerenciamento que precisam ser recepcionados e analisados no âmbito local. Estabelecer procedimentos para a mobilização e trânsito de cargas perigosas no município ou na região. Definir os instrumentos e normas de incentivo para o surgimento de novos negócios com resíduos.

Estabelecer os mecanismos de recuperação dos custos pelos serviços prestados por órgãos públicos (taxas, tarifas e preços públicos).

Definir o órgão colegiado, as representações e a competência para participação no controle social dos serviços públicos de limpeza urbana e manejo de resíduos.

Definir como deverá ser realizado o serviço de controle e fiscalização do correto gerenciamento de resíduos no Município, bem como a metodologia de aplicação de multas e penalidades.

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Instituir regramento do programa de incentivo financeiro para investimentos com tratamento de resíduos sólidos nas pequenas propriedades rurais Instituir os demais programas específicos previstos no PMGIRS

A decisão de editar ou não o PMGIRS como uma legislação específica não é definida explicitamente na Política Nacional de Resíduos Sólidos e dependerá das decisões locais. Uma possibilidade que pode ser aventada é a aprovação do plano de gestão como anexo da legislação local.

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6 ETAPA6 – AVALIAÇÃO DA SUSTENTABILIDADE DO PLANO

6.1 Equacionamento econômico-financeiro e institucional

As despesas com investimentos representam todos os custos relacionados às obras de infraestrutura necessárias para que o sistema de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos do Município atinjam a qualidade e a eficiência esperada. No Quadro 31 apresentam-se os cronogramas de investimentos ao setor, sendo referido o item relacionado ao objetivo/meta/ação.

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Quadro 31: Cronograma de investimentos para ampliação e melhorias do sistema Valor dos Investimentos (R$) I Fonte de Descrição Até 2014 Até 2017 Até 2027 Até 2032 Meta recursos* Imediatas Curto Prazo Médio Prazo Longo Prazo

1 250,00 por Realizar a compra de novas A/C 1.1 lixeiras passeios públicos. unidade

Modificar a atual forma dos conteiners de coleta seletiva para uma2 segregação mais simples e 1.100,00 por realizar a compra de novos C 2.1 unidade contentores de carga, identificando-os para melhor entendimento da população.

Elaborar planilhas de controle que consolide as informações acerca3 da geração, do transporte e da destinação final dos 50.000,00 B 3.1 resíduos sólidos domiciliares gerados no Município e para isso adquirir uma balança.

4 Adquirir novo caminhão coletor 260.000,00 C 4.1 com caçamba.

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Valor dos Investimentos (R$) I Fonte de Descrição Até 2014 Até 2017 Até 2027 Até 2032 Meta recursos* Imediatas Curto Prazo Médio Prazo Longo Prazo

Verificar e analisar economicamente e tecnicamente a vantagem de investir na central 4.2 de triagem privada já existente 435.000,00 C no município ou de adquirir uma nova área para projetar e construir uma nova central municipal.

Elaborar estudo para verificar a 4 viabilidade técnico-financeira de 10.000,00 A 4.3 implantação de aterro sanitário regional.

Licenciar e implantar um aterro sanitário no município, priorizando o processo de solução4 consorciada com Municípios da região. Criar 600.000,00 C 4.4 comissão para elaboração de estudo e buscar viabilidade financeira. Elaborar o estudo/projeto.

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Valor dos Investimentos (R$) I Fonte de Descrição Até 2014 Até 2017 Até 2027 Até 2032 Meta recursos* Imediatas Curto Prazo Médio Prazo Longo Prazo

Investir em tecnologias diferenciadas e novos 4 equipamentos para a eficiência 200.000,00 C 4.6 na gestão dos resíduos municipais (Central de Compostagem Orgânica).

Comprar equipamentos 11.3 mecanizados para roçagem, 40.000,00 B/C como braço roçador e triturador de galhos.

1 Implantação de Central de RCC. 80.000,00 B 17.1

Adquirir recipientes para acondicionamento2 dos resíduos 250,00 por nos cemitérios do Município e A 26.1 unidade incluir o serviço nas rotas de coleta.

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Valor dos Investimentos (R$) I Fonte de Descrição Até 2014 Até 2017 Até 2027 Até 2032 Meta recursos* Imediatas Curto Prazo Médio Prazo Longo Prazo

Investimentos para implantar, melhorar ou adaptar a 3 infraestrutura física da Prefeitura 20.000,00 A 31.1 para acondicionamento dos resíduos coletados nos Ecopontos.

Formar equipe responsável, elaborar um cronograma de 4 limpeza de todas as ETE’s e 160.000,00 C 41.1 contratar empresa especializada para realizar coleta e disposição adequada do lodo das ETE’s.

Nomear ou contratar corpo técnico para gerenciar o sistema 42.1 de gerenciamento de RSU; Dotar 80.000,00 A/C de infraestrutura necessária para o seu funcionamento e capacitar o corpo técnico.

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Valor dos Investimentos (R$) I Fonte de Descrição Até 2014 Até 2017 Até 2027 Até 2032 Meta recursos* Imediatas Curto Prazo Médio Prazo Longo Prazo

Implementar ferramenta ou sistema de acesso às informações , devendo ser compatível com o SINISA (Sistema Nacional de Informações Sobre Saneamento Básico) e conter mecanismos de 43.1 controle social para avaliação da 40.000,00 A/C sistemática da eficiência, da efetividade, da eficácia e do impactos das ações programadas. Disponibilizar serviço de ouvidoria para recebimento de reclamações, denúncias e avaliações.

*A: recursos próprios previstos para serem viabilizados pela Prefeitura Municipal; B: recursos do estado do Rio Grande do Sul previstos para serem viabilizados pela Prefeitura Municipal; C: recursos da União previstos para serem viabilizados pela Prefeitura Municipal;

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A Tabela 27 apresenta um resumo dos investimentos necessários para o atingimento das ações propostas.

Tabela 27: Resumo dos investimentos do PMGIRS do município de Campina das Missões– RS.

Imediatas (2013 – 2014) 120.000,00 Curto prazo: (2013 – 2017) 1.365.000,00 Médio prazo: (2018 – 2027) 600.000,00 Longo prazo: (2028 – 2032) 80.000,00 Total 2.165.000,00

6.2 Programa de Investimentos

O sistema de cálculo dos custos da prestação dos serviços públicos e a forma de cobrança desses serviços deve estar em conformidade com as diretrizes da Lei Federal de Saneamento Básico, que determina a recuperação dos custos incorridos na prestação do serviço, em regime de eficiência, bem como a geração dos recursos necessários à realização dos investimentos previstos em metas. O Comitê Diretor deverá organizar as informações para que, com transparência, estes custos possam ser externalizados. Novamente, estará nítida a vantagem da adoção da gestão associada – o ganho de escala com a concentração de operações permite diluição dos custos. Considerando que o Município tem demandas de recursos provenientes de outros setores tais como infraestrutura urbana, saúde, educação, esporte, lazer, transporte, etc., o montante dos recursos necessários não poderá ser viabilizado por meio de operações de crédito. O Município deve tentar capturar recursos junto aos governos Estadual e Federal que possuem diversos programas implantados de obras de saneamento. Outra alternativa é a busca de recursos junto a iniciativa privada por meio de parcerias com empresas do ramo de saneamento que possua capacidade de investimentos.

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6.2.1 Formas de cobrança dos custos dos serviços públicos

Segundo Guia para Elaboração do Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (MMA, 2011) a ampla maioria dos municípios brasileiros, pela ausência de legislação específica, incluiu os custos com os serviços oriundos dos resíduos nas alíquotas do Imposto Predial e Territorial Urbano. Os diagnósticos revelam que, mesmo para os serviços limitados ofertados, estas receitas não cobrem os custos reconhecidos. De fato isto também acontece com o Município de Campina das Missões, como se evidenciou durante a fase de diagnóstico. Pelo novo marco legal da Lei 11.445 (BRASIL, 2007) a cobrança tem que ser feita pelo lançamento de taxa, tarifa ou preço público em conformidade com o regime de prestação do serviço ou de suas atividades. As primeiras iniciativas começam a ser desenvolvidas, com municípios lançando cobrança por boleto específico e outros de forma associada com a cobrança de outros serviços públicos. Será necessário, de qualquer forma, estabelecer a diretriz de transparência na demonstração da lógica de cálculo empregada na composição de custos, as proporções entre níveis de geração e outras considerações. Observando o disposto nos incisos I a III do caput do Art. 29 da Lei 11.445 (BRASIL, 2007) a instituição das tarifas, preços públicos e taxas para os serviços de saneamento básico observarão as seguintes diretrizes: I. Prioridade para atendimento das funções essenciais relacionadas à saúde pública; II. Ampliação do acesso dos cidadãos e localidades de baixa renda aos serviços; III. A geração dos recursos necessários para realização dos investimentos, objetivando o cumprimento das metas e objetivos do serviço; IV. Inibição do consumo supérfluo e do desperdício de recursos; V. Recuperação dos custos incorridos na prestação do serviço, em regime de eficiência;

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VI. Remuneração adequada do capital investido pelos prestadores dos serviços; VII. Estímulo ao uso de tecnologias modernas e eficientes, compatíveis com os níveis exigidos de qualidade, continuidade e segurança na prestação dos serviços; VIII. Incentivo à eficiência dos prestadores dos serviços No inciso II a Lei também deixa claro que poderão ser adotados subsídios tarifários e não tarifários para os usuários e localidades que não tenham capacidade de pagamento ou escala econômica suficiente para cobrir o custo integral dos serviços. No Art. 35 a Lei (BRASIL, 2010) diz que as taxas ou tarifas decorrentes da prestação de serviço público de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos urbanos devem levar em conta a adequada destinação dos resíduos coletados e poderão considerar:  O nível de renda da população da área atendida;  As características dos lotes urbanos e as áreas que podem ser neles edificadas;  O peso ou o volume médio coletado por habitante ou por domicílio Ainda segundo a Lei 11.445 (BRASIL, 2007) os reajustes de tarifas de serviços públicos de saneamento básico serão realizados observando-se o intervalo mínimo de 12 (doze) meses, de acordo com as normas legais, regulamentares e contratuais. As revisões tarifárias compreenderão a reavaliação das condições da prestação dos serviços e das tarifas praticadas e poderão ser periódicas ou extraordinárias, poderão ser estabelecidos mecanismos tarifários de indução à eficiência, inclusive fatores de produtividade, assim como de antecipação de metas de expansão e qualidade dos serviços, e os fatores de produtividade poderão ser definidos com base em indicadores de outras empresas do setor.

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7 ETAPA 7 – AVALIAÇÃO DO PLANO

7.1 Indicadores de monitoramento

Os indicadores possuem a finalidade de mensurar as ações desenvolvidas para o pleno desenvolvimento do plano, que permitem relacionar os parâmetros com suas respectivas operacionalizações. Portanto, estes indicadores podem ser entendidos como ferramentas do Poder Público que revelam significados mais amplos sobre os objetivos, metas, programas e ações definidos para efetiva sustentabilidade do Plano proposto. Através da avaliação dos indicadores por parte do poder público, responsável pela gestão dos resíduos municipais é possível observar qual o nível de desenvolvimento e aplicação das ações e programas anteriormente propostos e deste modo, fazer uma avaliação mais aprofundada quanto às necessidades futuras para efetiva implementação do Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos do Município. A Lei Federal 12.305 (BRASIL, 2010) prevê, em seu artigo 19, a utilização de desempenho operacional e ambiental dos serviços públicos de limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos. Existem algumas metodologias que podem ser aplicadas para definição dos indicadores como, por exemplo, a do Sistema Nacional de Informações Sobre Saneamento (SNIS). Para atender a Lei no presente plano foi utilizado o Indicador de Salubridade Ambiental

Modificado (ISAm) proposto no livro Plano Municipal de Saneamento Passo a Passo (SÃO PAULO, 2010). A metodologia proposta é para avaliar todos os setores do saneamento ambiental, mas, neste caso, foi utilizada somente a parte de resíduos sólidos.

O Indicador de Resíduos Sólidos Irs é calculado a partir da média aritmética entre o Icr (Indicador de Coleta de Lixo), Iqr (Indicador de Tratamento e Disposição Final), Isr (Indicador de Saturação do Tratamento e Disposição

Final). O Icr tem por finalidade quantificar os domicílios atendidos por coleta de lixo, o Iqr tem por objetivo qualificar a situação da disposição final dos resíduos

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e o Isr indica a necessidade de novas instalações. No Quadro 32 pode ser visto uma síntese do Irs.

Quadro 32: Síntese do Indicador de Resíduos Sólidos. Quantificar os domicílios Número de domicílios urbanos Icr atendidos por coleta de com coleta de lixo lixo Qualificar a situação da Índice de qualidade de aterros

Iqr disposição final dos de resíduos sólidos Irs resíduos domiciliares - IQR Volume coletado de lixo Indicar a necessidade de Capacidade restante do aterro Isr novas instalações TGCA da população urbana para os próximos 5 anos Fonte: Adaptado de São Paulo (2010).

As fórmulas para definição do Indicador de Resíduos Sólidos Irs foram apresentadas no item 3.5 na fase de diagnóstico. O cálculo dos indicadores deverá ser recalculado periodicamente para posterior comparação com os valores obtidos anteriormente e assim verificar as mudanças ocorridas.

7.2 Monitoramento e verificação dos resultados e revisão periódica do PMGIRS

A Lei Federal 12.305 (BRASIL, 2010) estabelece que o plano de gestão integrada de resíduos sólidos seja revisto a cada quatro anos. Neste sentido, o monitoramento constante e a verificação da aplicação e implementação do plano tem o objetivo de auxiliar na busca de pontos críticos, adequações, correções e atualização das ações previstas a serem realizadas com frequência não superior a 4 anos. Ao final do horizonte de projeto, 20 anos, deverá ser elaborada uma complementação das intervenções seguidas e incluir novas demandas para área de abrangência do PMGIRS.

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Para efetivas correções, foi prevista a implementação de um órgão específico para ouvidoria, ou seja, disponível para recebimento de reclamações, sugestões, denúncias, etc. por parte da população municipal. Também, deve-se realizar relatórios periódicos que incluam a análise dos registros feitos pela ouvidoria, para posterior análise pelos órgãos responsáveis. Como forma de monitoramento frequente, a realização de reuniões entre os agentes responsáveis pelos diversos setores do plano é alternativa para mantê-lo constantemente actualizado, avaliar indicadores e analisar os resultados obtidos com sua implantação. O PMGIRS de Campina das Missões – RS visa estabelecer uma nova dinâmica às políticas municipais destinadas aos resíduos sólidos, propondo uma atuação integrada entre os serviços prestados a população do Município, visando maior eficiência , eficácia e sustentabilidade, beneficiando a população local, criando as condições para um Município econômico e ambientalmente sustentável paras as presentes e futuras gerações.

7.3 Controle social

O Decreto nº 7.217 (BRASIL, 2010), em seu artigo 34 descreve mecanismos que poderão ser adotados para instituir o controle social dos serviços de saneamento e, logicamente, dos serviços públicos de limpeza urbana e manejo de resíduos:  Debates e audiências públicas;  Consultas públicas;  Conferências das cidades;  Participação de órgãos colegiados de caráter consultivo.

A falta de percepção da problemática local, de forma geral, pode inviabilizar as políticas que exigem períodos de planejamento e execução, cujos efeitos são devidamente computados a curto, médio e longo prazo. Por isto, a Lei nº 11.445 (BRASIL, 2007) reconheceu a importância do controle

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social, definindo-o como princípio fundamental da prestação dos serviços na formulação de políticas e planos de saneamento básico (art. 2º, da Lei nº 11.445/2007), entendido como “conjunto de mecanismos e procedimentos que garantem à sociedade informações, representações técnicas e participações nos processos de formulação de políticas, de planejamento e de avaliação relacionados aos serviços públicos de saneamento básico”. Assim, o acesso à informação torna-se imprescindível para o controle social e, é garantido no art. 26 da Lei nº 11.445 (BRASIL, 2007) que assegura “publicidade dos relatórios, estudos, decisões e instrumentos equivalentes que se refiram à regulação ou à fiscalização dos serviços, bem como aos direitos e deveres dos usuários e prestadores, a eles podendo ter acesso qualquer do povo, independentemente da existência de interesse direto”. Consoante esta assertiva, o Decreto nº 7.217 (BRASIL, 2010), em seu art. 34, declara que o controle social dos serviços públicos de saneamento básico poderá ser instituído mediante a adoção de debates e audiências públicas, realizadas de modo a possibilitar o acesso da população, podendo ser realizadas de forma regionalizada ou por meio de consultas públicas, promovidas de forma a possibilitar que qualquer pessoa, independentemente de interesse, ofereça críticas e sugestões a propostas do Poder Público, devendo tais consultas ser adequadamente respondidas. Em suma, o PMGIRS, sendo oriundo de um processo de discussão com a sociedade civil em Campina das Missões – RS, será peça fundamental na formulação da política pública do setor de resíduos sólidos do Município, tendo, como principal resultado, a definição de seus princípios e diretrizes, buscando a eficiência por meio do planejamento dos investimentos, respaldado nos interesses e na sabedoria dos técnicos e da população, rumo à universalização. Agindo assim, o PMGIRS, em sua essência, torna-se parte do controle social ou, de outra forma, constitui o planejamento técnico apropriado ao controle social. Para elaboração do PMGIRS do Município foi realizada duas audiências públicas, na parte do diagnóstico geral e setorial, e suas respectivas atas e registros estão dispostos no Apêndice I e II e outra audiência pública para

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entrega do PMGIRS após a conclusão do mesmo, disposta Apêndice III acompanhada de seu registro. As convocações para as audiências e as reportagens sobre o acontecimento estão dispostos no Anexo B. Por fim, o Município deve instituir o órgão colegiado, ou adaptar um já existente, que exercerá as funções de controle social, do contrário, será vedado ao Município, o acesso aos recursos federais ou àqueles geridos ou administrados por órgão ou entidade da União, quando destinados a serviços de saneamento básico, de acordo com o § 6, art. 34 do Decreto nº 7.217 (BRASIL, 2010). As ações referentes ao sistema de gestão dos resíduos serão monitoradas e controladas por uma equipe e/ou conselho formado por: técnicos da Prefeitura Municipal, representantes da sociedade civil, Conselho Municipal de Saúde, Conselho Municipal de Meio Ambiente, tendo como finalidade a elaboração de diagnósticos do andamento do plano, e avaliações que possibilitem propor novas ações que complementam as ações propostas anteriormente.

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8 ETAPA 8 – RESPONSABILIDADES PARA IMPLEMENTAÇÃO E OPERACIONALIZAÇÃO DO PLANO

Segundo o inciso 7 do Art. 19 da Lei 12.305 (BRASIL, 2010) o conteúdo do Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos será disponibilizado para o SINIR (Sistema Nacional de Informações sobre Resíduos Sólidos), na forma do regulamento. A finalização do processo de planejamento e a validação do PMGIRS, na forma localmente definida, define o início do processo de sua implementação. É responsabilidade do poder público, e também do Comitê Diretor e do próprio Grupo de Sustentação, não permitir que exista espaço vazio entre a formalização do plano e sua efetiva implantação. Para isso deverão ser formuladas agendas de continuidade, envolvendo todos os agentes nas ações que, já decididas, precisam ser implantadas. Em todas as agendas é importante que sejam consideradas as ações de educação ambiental e capacitação dos agentes para melhoria progressiva do seu desempenho e dos resultados. Após sua formalização, os responsáveis devem divulgar amplamente o PMGIRS, utilizando os meios de comunicação disponíveis no Município ou que já tenham sido utilizados durante o processo de elaboração, produzindo folhetos explicativos ou cartilhas que expressem o resultado das discussões e aquilo que efetivamente faz parte do PMGIRS. Essa divulgação reforça o compromisso do titular com a participação da sociedade civil e agrega outros atores não institucionais no acompanhamento da execução do PMGIRS, à medida que socializa os programas que serão implantados nos municípios. Os responsáveis pelo PMGIRS deverão elaborar relatórios, sendo que estes devem conter: a) Avaliação dos indicadores em relação às metas propostas; b) Ações corretivas; c) Comparativo dos objetivos e metas propostos no PMGIRS com o que efetivamente foi realizado no período; d) Dados relativos a despesas e receitas da prestação dos serviços;

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e) Investimentos realizados nos sistemas. O relatório deverá ser gerado de maneira explicativa facilitando o entendimento da população, sendo disponibilizado ao público através da Prefeitura Municipal e também através do site do Município. O principal objetivo é que o PMGIRS seja uma ferramenta efetiva nas mãos dos gestores e não um plano formal, esquecido nas gavetas. O plano deve orientar as ações dos titulares na implementação de uma política municipal de gestão de resíduos sólidos, buscando efetividade e aplicação real dos programas e ações propostos para melhorias contínuas no setor e consequentemente na qualidade do Saneamento Básico.

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9 EMPRESA DE CONSULTORIA RESPONSÁVEL PELOS ESTUDOS TÉCNICOS

A empresa consultora responsável pela elaboração do PMGIRS de Campina das Missões – RS é a ECOMASTER Engenharia Ambiental, a qual trabalha com Engenharia e Consultoria em Meio Ambiente e Soluções Técnicas Relacionadas, com contribuições e trabalhos da Equipe do Comitê Executivo da Prefeitura de Campina das Missões/RS, criada através de portaria para gerir e contribuir com a construção do plano e, cujo Coordenador Geral é o Eng° Ambiental Carlos Justen, CREA RS173529. Os principais dados de identificação da Empresa constam no Error! Reference source not found.3.

Quadro 33: Dados gerais da empresa de consultoria contratada.

Dados Gerais

Razão Social: ECOMASTER – Engenharia e Consultoria em Meio Ambiente e Soluções Técnicas Relacionadas Nome Fantasia: ECOMASTER Engenharia Ambiental Registro CREA/RS Inscrição Municipal CNPJ: 12.849.236/0001-86 175788 (Alvará): 60132 Endereço: Rua Morom, nº 2124, 401, Bairro Centro, Passo Fundo / RS – Brasil Fone: (54) 9117-4003 | (54) 3311-8258 | (54) 9959-9486 | (54) 9110-6434 E-mail / msn: [email protected] Endereço Eletrônico: www.ecomaster.eng.br

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9.1 Equipe técnica

A equipe técnica da Empresa Consultora responsável pela elaboração do PMGIRS está apresentada no Quadro 344.

Quadro 34: Equipe de profissionais responsáveis pela elaboração do PMGIRS. Registro Profissional Qualificação ART Profissional Engenheiro Ambiental, Eduardo Pavan Mestre em Engenharia, CREA/RS 166.297 Korf Doutorando em Engenharia/ UFRGS

Engenheiro Ambiental, Valter Caetano Mestre em Engenharia/ CREA/RS 176.580 Dos Santos Doutorando em Engenharia/ UFRGS

Engenheiro Ambiental, Rafael de Souza Mestrando em CREA/RS 184.469 Tímbola Engenharia/ UPF

Guilherme Fleith Engenheiro Civil, Mestre CREA/RS 174.539 de Medeiros em Engenharia/ UPF

Andressa Engenheira Ambiental CREA/RS 197.532 Decesaro

Graduanda em Ritielli Berticeli ______Engenharia Ambiental

Graduanda em Renata Panisson ______Engenharia Ambiental

As ART’s estão disponíveis para consulta no Anexo C.

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REFERÊNCIAS

ANVISA, Gerenciamento de resíduos de serviço de saúde. Brasília, 2006. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_gerenciamento_residuos.pd f

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. 1992. Apresentação de projetos de aterros sanitários de resíduos sólidos urbanos, NBR 8419. São Paulo.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. 2004. Classificação de resíduos, NBR 10.004. Rio de Janeiro.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. 2004. Amostragem de resíduos sólidos, NBR 10.007. Rio de Janeiro.

BAZZAN, E. Diretrizes para Elaboração de um Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos para o Município de Pinhalzinho/SC. 2013. Trabalho de Conclusão de Curso – Universidade de Passo Fundo, 2013. Disponível em . Acesso em 15 set de 2013.

BRASIL. Decreto Nº 4074/2002 - "Regulamenta a Lei no 7.802, de 11 de julho de 1989, que dispõe sobre a pesquisa, a experimentação, a produção, a embalagem e rotulagem, o transporte, o armazenamento, a comercialização, a propaganda comercial, a utilização, a importação, a exportação, o destino final dos resíduos e embalagens, o registro, a classificação, o controle, a inspeção e a fiscalização de agrotóxicos, seus componentes e afins, e dá outras providências" - Data da legislação: 04/01/2002 – Publicação DOU, de 08/01/2002.

BRASIL. Decreto n.º 6.017, de 17 de Janeiro de 2007. Regulamenta a Lei nº 11.107, de 6 de abril de 2005, que dispõe sobre normas gerais de contratação de consórcios públicos. Diário Oficial República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 18 jan. 2007. p 1.

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BRASIL, 2010. Decreto nº 7.404, de 23 de dezembro de 2010. Regulamenta a Lei no 12.305, de 02 de agosto de 2010, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, cria o Comitê Interministerial da Política Nacional de Resíduos Sólidos e o Comitê Orientador para a Implantação dos Sistemas de Logística Reversa, e dá outras providências. Diário Oficial República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 23 dez. 2010. Edição extra. p 1.

BRASIL. Lei n° 7.802, de 11 de julho de 1989. Alterada pela Lei Federal no 9.974, de 6 de junho de 2000. Dispõe sobre a pesquisa, a experimentação, a produção, a embalagem e rotulagem, o transporte, o armazenamento, a comercialização, a propaganda comercial, a utilização, a importação, a exportação, o destino final dos resíduos e embalagens, o registro, a classificação, o controle, a inspeção e a fiscalização de agrotóxicos, seus componentes e afins, e dá outras providências. Brasília: Congresso Nacional, 2000. Diário Oficial República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 11 jul. 1989. Edição extra. p 1.

BRASIL, Lei n° 9.605, de 12 de fevereiro de 1998. Dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente e dá outras providências. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 12 de Fevereiro de 1998.

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BRASIL. Lei nº 9.974, de 06 de julho de 2000. Altera a Lei no 7.802, de 11 de julho de 1989, que dispõe sobre a pesquisa, a experimentação, a produção, a embalagem e rotulagem, o transporte, o armazenamento, a comercialização, a propaganda comercial, a utilização, a importação, a exportação, o destino final dos resíduos e embalagens, o registro, a classificação, o controle, a inspeção e a fiscalização de agrotóxicos, seus componentes e afins, e dá outras providências. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, 06 de julho de 2000.

BRASIL. Lei n.º 11.107, de 06 de Abril de 2005. Dispõe sobre normas gerais de contratação de consórcios públicos. Diário Oficial República Federativa do Brasil, Poder Legislativo, Brasília, DF, 06 abr. 2005. p 1.

BRASIL. Lei nº 11.445 de 5 de Janeiro de 2007. Estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico, altera as Leis nº 6.766 de 19 de Dezembro de1979, 8.036 de 11 de Maio de 1990, 8.666 de 21 de Junho de 1993 e 8.987 de 13 de Fevereiro de 1995; revoga a Lei nº 6.528 de 11 de Maio de 1978; e dá outras providências. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 5 de Janeiro de 2007.

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BRASIL. Lei nº 12.305 de 2 de Agosto de 2010. Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, altera a Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998 e dá outras providências. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 2 de Agosto de 2010.

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APÊNDICE I – Ata da 1ª Audiência Pública

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APÊNDICE II – Ata da 2ª Audiência Pública

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APÊNDICE III – Ata da 3ª Audiência Pública

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ANEXO A – Planilha Aterro Sanitário

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Anexo B – Reportagens Audiências Públicas

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Anexo C – Anotações de Responsabilidade Técnica

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