A Revitalização Da Cultura Do Cajueiro Em Olho D'água Do Casado/AL
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Professoara da Universidade Estadual de Alagoas - UNEAL Lúcia Bezerra Guerra [email protected] Aluno da Universidade Estadual de Alagoas – UNEAL Eudes Soares Silva [email protected] A revitalização da cultura do cajueiro em Olho D’água do Casado/AL Resumo . O nordeste brasileiro carece de uma dieta mais completa, pois como sabemos o índice de desnutrição é muito elevado. Para resolver problemas dessa natureza, estamos mostrando a importância do CAJUEIRO, cujo fruto é a castanha, muito difundido perante as populações de muitas áreas dessa região, popular, além da noz de caju que tem apelo internacional e grande valor no mercado. O CAJUEIRO é uma árvore universal da Amazonas que cresce até os 15 metros de altura, tem um tronco tortuoso e grosso com ramos que muitas vezes alcançam o chão. As árvores de cajueiros freqüentemente crescem de forma nativa, principalmente em terras arenosas e nas planícies centrais do Brasil e na amazonas. A árvore do caju produz muitos recursos e produtos como: à casca e as licenças da árvore que são usadas na medicina popular. O presente trabalho foi desenvolvido no Município de Olho D’água do Casado- Alagoas, situado na região fisiográfica do sertão do São Francisco, distante 285 km de Maceió, ligado a nossa capital pela AL 220. O município é cortado pela AL 225, que liga o município de Piranhas ao Delmiro Gouveia. A sede do município fica localizada a 15 km da Usina Hidrelétrica de Xingo e é um sítio urbano no sopé da serra de Olho D’água, sendo uma composição arenítica que deu origem à formação de solos arenosos na vizinhança da mesma. “O clima semi - árido, porém amenizado pela influênçia do relevo, favorece ao aparecimento de nascentes nas proximidades da serra”. O trabalho pretende apresentar novas formas de se cultivar o cajueiro e transformá-lo em um produto rentável e seguro do ponto de vista econômico e ao mesmo tempo contribuir para melhorar a situação sócio-econômoica dos moradores do município de Olho D’Água do Casado. Neste sentido, buscamos melhorar a instrução dos produtores no que concerne a condição da terra dando-lhes cursos de capacitação para que eles adquiram conhecimentos sobre o clima, o solo, além de dotá-los de novas técnicas de plantio, manejo e adubação, como também sobre o conhecimento do mercado. O cajueiro ocupa lugar de destaque entre as plantas frutíferas tropicais, em face da crescente comercialização de seus produtos principais como: a amêndoa e o líquido contido no mesocarpo da castanha. O caju é na verdade um pseudofruto, uma vez que a castanha é que é o verdadeiro fruto, uma drupa, a semente é comestível. O uso desse produto, juntamente com a castanha (fruto propriamente dito do cajueiro), varia de região para região, porém o valor nutritivo continua o mesmo. Algumas regiões usam o caju em sucos, doces, passas, cajuínas enquanto outros preferem vender pelas ruas, nos botequins para serem consumidos como tira-gosto e até como sobremesa. O caju se produzido em grande escala, pode vir a ser um produto com grandes vantagens para seus produtores. O que atualmente parece prejudicial são os preços baixos, mas, isso pode tornar-se um aquecedor da economia regional, quando uma grande produção poderia criar várias fabriquetas de beneficiamento do produto e conseqüentemente gerador de empregos e impostos que juntos trarão grandes conquistas para toda a sociedade. Objetivos • Mostrar a viabilidade técnica e econômica da cultura do caju no município de Olho D’Água do Casado e para o Estado de Alagoas • Incentivar o plantio de cajueiros no município de Olho D’Água do Casado • Mostrar a importância protéica do caju para os moradores • Mostrar a importância social dessa atividade agrícola para o município • Incentivar a geração de empregos diretos e indiretos no município • Aumentar a arrecadação do município de Olho D’Água do Casado • Melhorar a prestação de serviços na prefeitura • Melhorar o poder aquisitivo da população de Olho D’Água do Casado • Favorecer a melhor distribuição de renda no município • Reduzir a miséria absoluta no município • Organizar os trabalhadores agrícolas em uma cooperativa • Criar fabriquetas para beneficiar a produção de caju • Melhorar a auto-estima dos produtores de caju neste município Metodologia • No primeiro momento, foi feito um levantamento da área coberta pela cultura do cajueiro e das condições em que as plantas se encontram. • Aplicação de questionários para se diagnosticar a situação sócio-econômica dos produtores de caju no município. • Foi feito também um levantamento da área ainda não explorada, para se ter à visão do potencial que o município pode oferecer em termos de novos projetos. • Foi feito um estudo das características físicas e edáficas do habitat natural em que o cajueiro está localizado. • Procuramos encontrar a produtividade dos cajueiros em Olho D’Água do Casado e compará-la com a de outras regiões do país. • Foi estudado o período útil de exploração dessa cultura e a viabilidade econômica da mesma, comparada com outras culturas regionais. • Incentivar a importação de técnicas agrícolas e industriais na cultura do cajueiro no sentido de melhorar a produção como um todo. • Fizemos um estudo para identificar a classificação do clima do município e sua repercussão na cultura do cajueiro. • Foram analisadas as amostras de solos para posteriormente, chegarmos à classificação e a viabilidade do mesmo para a cultura do cajueiro. • Analisamos outros aspectos agronômicos, tanto dos solos, como do clima, no sentido de garantirmos uma produção de forma sustentável. • Foi feito um estudo do mercado onde serão feitos a comercialização do caju e da castanha, transporte, armazenagem e outros itens que possam interferir no escoamento da produção. • Será organizada uma cooperativa para aglutinar os pequenos produtores de caju e fortificá-los para enfrentar as adversidades que a cultura oferece. Resultados preliminares O município de Olho D’Água do Casado será referência no Estado de Alagoas na produção, na comercialização e na industrialização dos produtos advindos da cultura do cajueiro revigorado. O trabalho pretende apresentar novas formas de se cultivar o cajueiro e transformá-lo em um produto rentável e seguro do ponto de vista econômico e ao mesmo tempo contribuir para melhorar a situação sócio-econômoica dos moradores do município de Olho D’Água do Casado. Neste sentido, tentaremos melhorar a instrução dos produtores no que concerne a condição da terra dando-lhes cursos de capacitação para que eles adquiram conhecimentos sobre o clima, o solo, além de dotá-los de novas técnicas de plantio, manejo e adubação, como também o conhecimento do mercado. Com certeza haverá mudanças nos hábitos e costumes dos moradores do município de Olho D’água do Casado, acarretando uma melhoria na dieta alimentar que tanto o nordestino precisa e especialmente os habitantes do município de Olho D’água do Casado no sertão alagoano. Com a adequação do novo manejo na cultura do cajueiro, não apenas o município de Olho D’água do Casado será beneficiado por ser grande produtor, mas outros municípios como Piaçabuçu, Pão de Açúcar, Palmeira dos Índios, Paripueira, Coruripe, deverão seguir o mesmo caminho, pois são municípios com grande potencial para a produção de caju e que hoje estão sem nenhuma perspectiva de retornar a produzir o caju. Nossa expectativa é a de que em pouco tempo, seja instalada uma fábrica de beneficiamento de derivadas do caju em Olho D’Água do Casado, que terá a finalidade de absorver toda a produção estimada para os próximos anos neste município, bem como receber a demanda que naturalmente será desencadeada com o desenvolvimento deste projeto, provocando a mutação espacial visualizada pelo pesquisador. A organização dos produtores de caju em uma cooperativa será outra grande meta desse projeto, pois com ela, centenas de pequenos produtores terão segurança para produzir, comercializar ou até industrializar como se pretende num futuro próximo. Esperamos o apoio da Prefeitura Municipal de Olho D’água do Casado ao desenvolvimento deste projeto, para que o município saia desta situação de miserabilidade econômica, passando a fazer parte daqueles municípios onde o desenvolvimento é o resultado do trabalho de seus moradores apoiados pelas autoridades municipais e assim não necessite do assistencialismo que opera na maioria dos municípios brasileiros. Referências Bibliográficas 1. BARROS, L. de M; MELO, Q.M.S. Alguns aspectos sobre a cultura do caju.Revista Brasileira de Fruticultura, Cruz das Almas, v.9,p.29-38. 2. GONDIN, A.G.F. Agroindústria do caju no Nordeste: Situação atual e perspectivas. Fortaleza, BNB/ETENE, 1973. 3. MOURA, C.F.H. Qualidade de pedúnculo de clones de cajueiro anão precoce irrigado. Fortaleza, UFC, 1998. 96P.(dissertação de Mestrado). 4. SILVA, M.B. Análise do comércio internacional e demanda para amêndoa de caju em paises selecionados. Piracicaba, ESALQ, Série Pesquisa, 1975. 5. PIMENTEL, C.R.M. 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