Fibra óptica pública em concessões Redução de custo Aplicado na unidade OA de Blumenau

Categoria: Automação e Eficiência

Autor(es):

Marcos Augusto dos Santos Souza – [email protected]

Adriano Valt - [email protected]

Odebrecht Ambiental / Goiás / Tecnologia & Processos País: Brasil Empresa: Odebrecht Ambiental Unidade, Setor ou Região: Goiás –DR / SUL Líder do Contrato/Unidade de Negócios: Sandro Stroiek

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SUMÁRIO

RESUMO...... 3

SOBRE A FOZ DO BRASIL...... 4

SOBRE A UNIDADE BLUMENAU...... 6

1.IDEIAS INCORPORADAS...... 7 1.1 SITUAÇÃO ANTERIOR ÀS INOVAÇÕES...... 7 1.2 IDÉIAS E AÇÕES INCORPORADAS ...... 12

2.METODOLOGIA ...... 14 2.1. ARQUITETURA DOS LINKS E DISPOSITIVOS...... 14 2.2.PROCESSOS BUROCRÁTICOS...... 15

3.RESULTADOS ...... 20 3.1. RESULTADOS OBTIDOS ...... 21

4. ÁREAS DE APLICAÇÃO...... 22 4.1. ÁREAS DE APLICAÇÃO ...... 22

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Resumo:

O objetivo deste trabalho é mostrar que através de uma necessidade do cliente (poder concedente) ,surgiu uma nova parceria com o poder público na utilização de tecnologias, o que resultou no impacto positivo financeiro do negócio, este projeto irá mostrar que através da parceria que foi conquistada juntamente com o cliente, o contrato de concessão em Blumenau terá um saldo positivo de mais de R$ 8 milhões que seriam gastos somente em mensalidades de rede de fibra óptica.

Esta parceria só foi conquistada porque houve uma interação constante entre o líder do negócio e o cliente, que com muita persuasão e insistência conseguiu convencer o poder Público, CIASC e Prefeitura de que a utilização da rede óptica seria essencial para um perfeito funcionamento das ETE´S dentro do município de Blumenau e que todo investimento feito no municipio terá retorno ao municipio como bens reversiveis.

O trabalho visa mostrar que as caracteristicas dos contratos de concessões em setores públicos podem facilita a utilizacao de recursos tecnologicos do setor público sem que gere custos desnecessárias ao contrato, através de dialogos e estudos, surgiu a parceria que resultou na facilitação destes recursos para o bom andamento do negocio.

Este projeto abre um leque de idéias que podem ser utilizadas nas futuras concessões e negócios que possuem parceria Publico Privado, que podem resultar em incrementos de receitas e na economia financeira dentro dos contratos.

Além de garantir a segurança empresarial dos negócios e integridade das informações corporativas, podem surgir oportunidades que contribuem para o desenvolvimento tecnológico dentro de vários municípios que são deficientes em tecnologias, uma idéia que poderia ser incorporada seria, uma das empresas do Grupo Odebrecht poderia participar na implantação de redes de fibra óptica, que além de atender o próprio negócio do grupo, poderia atender o próprio municipio para expansão de tecnologia nas instituiçoes, como: escolas, hospitais, universidades, monitoramento policial e outros. Este recurso pode ser aplicado na automação das ETE´S / ETA´S / EEE´S entre outros o que reduziria outros custos em equipamentos.

Podendo criar uma parceria em conjunto com a foz, exemplo, durante a construção de rede de esgoto , construiria a rede de fibra óptica através de tubulações paralelas as de esgoto ou abaixo da rede de esgoto para que não haja perigo de rompimentos durante as manutenções, este fato leva-se consideração a diminuição de alugueis de poste das compahias eletricas.

“No lugar de esperar que uma oportunidade “surja” ou “apareça o empresário e sua equipe tem de procurar ativamente, sobretudo fora da empresa, pois é ai que se encontram oportunidades de gerar resultados” (Norberto Odebrecht - Sobreviver, crescer e perpetuar, Volume 1, 9ª edição.) 3

Sobre a Foz do Brasil

Criada em 2008, a Foz, empresa de soluções ambientais da Organização Odebrecht, tem como objetivo contribuir para a universalização dos serviços de saneamento básico, auxiliando o País na promoção da saúde pública, no bem estar das pessoas e na preservação do meio ambiente.

A empresa, que conta com 26,53% de participação acionária do Fundo de Investimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FI FGTS), desenvolve projetos ambientais em diversos modelos contratuais – Parcerias Público Privadas (PPP), concessões públicas, locação de ativos, sub- concessões, entre outros.

O trabalho desenvolvido pela Foz complementa o das empresas estaduais e contribui com os municípios que, de forma autônoma, buscam soluções para o saneamento.

Presente em 150 cidades, de 18 estados do País, a Foz beneficia diretamente um universo de 8,3 milhões de pessoas e, nestes cinco anos de operação, já aplicou recursos da ordem de R$ 10,5 bilhões nas regiões onde atua, o que representa um investimento de R$ 1.500,00 em infraestrutura de esgoto por habitante atendido.

A empresa investe, opera e desenvolve projetos em três segmentos: Água e Esgoto – concessões públicas de saneamento básico; Operações Industriais – terceirização de Centrais de Utilidades; e Resíduos – diagnóstico e remediação de áreas contaminadas, monitoramento de águas superficiais e subterrâneas, e destinação final de resíduos sólidos urbanos. A empresa fechou o ano de 2011 com o fornecimento de 77 milhões m³ de água, com a coleta de 72 milhões m³ de esgoto, além 1 milhão de toneladas de resíduos de clientes destinados adequadamente.

A Foz acredita que o desafio de oferecer serviços de qualidade a todos os brasileiros requer a união de competências entre as esferas pública e privada, complementando os investimentos das organizações públicas que trabalham em prol do saneamento. 74% dos recursos já aplicados pela Foz foram em cooperação direta com empresas estaduais; e dos 21 projetos administrados hoje, 10 são de investimento em esgotamento sanitário, trabalhando em total sinergia com operadoras públicas de água. Os resultados obtidos até aqui demonstram o sucesso desta fórmula, recomendada tanto pela Organização das Nações Unidas (ONU) quanto pelo Fórum Mundial da Água de Marseille. Por meio dessa diretriz de complementaridade, projetos inovadores, que contribuem para o desenvolvimento sustentável do País, têm sido desenvolvidos com sucesso. Em São Paulo, por exemplo, há o Aquapolo – maior projeto de água de reúso da América Latina, capaz de produzir até 1.000

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litros por segundo de água de reuso para fins industriais –, criado em parceria com a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo ().

Em busca da universalização, 1,9 milhões de pessoas de 21 bairros da zona oeste do Rio de Janeiro estão sendo beneficiadas com a operação do esgotamento sanitário pela Foz e pela empresa Águas do Brasil, em parceria com a Prefeitura do Rio de Janeiro e com a Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae). A área atendida compreende 48% do território do município, e receberá aproximadamente de R$ 2,6 bilhões em investimentos.

Desde 2011, a Foz também integra o bloco privado que controla a Foz|Saneatins (Companhia de Saneamento do Tocantins), empresa que tem participação acionária do governo do Tocantins e atua em cerca de 130 municípios, sendo cinco destes localizados no estado do Pará. A entrada da Foz proporcionou um incremento de R$ 700 milhões no plano de investimentos da empresa.

A Foz é parceira de diversas companhias estaduais de saneamento em projetos públicos e privados: Sabesp (Saneamento Básico do Estado de São Paulo), no Aquapolo, maior projeto de água de reúso da América Latina, e também na concessão de Mairinque (SP); Prefeitura do Rio de Janeiro: juntamente com a empresa Águas do Brasil, a Foz é responsável pelo investimento e operação do esgotamento sanitário da região Oeste do Rio de Janeiro; Copasa (Companhia de Saneamento de Minas Gerais), na Central de Utilidades da Vallourec & Sumitomo Tubos do Brasil, em Jeceaba-MG; Embasa (Empresa Baiana de Água e Esgoto), no Sistema de Disposição Oceânica do Jaguaribe; Cesan (Companhia Espírito Santense de Saneamento), na Operação e Manutenção das redes e Estações de Tratamento de Esgoto da Região Metropolitana de Vitória; e Sanasa (Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento), na locação da ETE Capivari I.

A Foz também é parceira dos municípios paulistas de Rio Claro, Limeira, Mauá, Mairinque, Santa Gertrudes e Porto Ferreira. No Espírito Santo opera em Cachoeiro de Itapemirim e Grande Vitória, região metropolitana de Vitória; no estado do Rio de Janeiro atua em Rio das Ostras e na capital fluminense; em Santa Catarina é parceira do município de Blumenau e, por fim, no Rio Grande do Sul a Foz do Brasil atende o município de Uruguaiana. A capacidade de inovação que caracteriza a iniciativa privada, alinhada à missão do poder público de buscar os meios adequados para garantir a universalização do acesso aos serviços de saneamento básico, resulta na fórmula que tem assegurado mais qualidade de vida a milhares de brasileiros e contribuído para o desenvolvimento sustentável do País.. Na área industrial, a Foz presta serviços para grandes indústrias dos setores de metalurgia, petróleo, papel e celulose, mineração, siderurgia, química, e 5

petroquímica, tendo como principais clientes , , ThyssenKrupp Companhia do Atlântico, Transpetro, Dow, Dupont, Rhodia, BattreBahia, Shell, , entre outras. Sobre a unidade Blumenau

A Foz chegou a Blumenau para ajudar o município a solucionar um dos seus mais graves problemas: a falta de saneamento. A empresa de engenharia ambiental da Organização Odebrecht, será parceira dos blumenauenses por 35 anos, para a gestão dos serviços de coleta, afastamento e tratamento dos esgotos.

A Concessão de Blumenau é um marco importante porque quebra vários paradigmas.

 1ª Concessão de Saneamento desde Mauá (2003)

 1ª Sob a égide da Lei 11.445/07

 1ª Conquista sob a marca Foz do Brasil

 1ª Concessão de Saneamento de Santa Catarina Blumenau ocupa destacada posição no elenco de 293 municípios do Estado de Santa Catarina tanto por sua importante população, a terceira do Estado, quanto por sua economia lastreada na atividade industrial, comércio e serviços. Apesar disso menos de 6% do esgoto do município é tratado. O compromisso da Foz com a cidade catarinense é investir mais de R$ 320 milhões para modernização e ampliação do sistema de esgoto do município.

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1.IDEIAS INCORPORADAS

1.1 Situação anterior às inovações

No inicio de Abril de 2010, iniciamos as operações da Foz em Blumenau, porém houve grandes dificuldades para mobilizar e estruturar as operações, devido às muitas dificuldades encontradas, por exemplo, localização fisica do predio e estratégica, falta de tecnologia disponivel e espaço físico, diante disto iniciamos uma maratona de ações para vencer as dificuldades encontradas, iniciamos as operações com a estrutura do escritório administrativo, localizado na rua XV de novembro no centro de Blumenau, em seguida iniciamos a estruturar a loja de atendimento ao público com as operações comerciais, localizada na Rua Amadeu da Luz, no centro de Blumenau, ambos os locais ficaram próximos, porém encontramos outra dificuldade, teriamos que unificar as ferramentas e infraestrutura para não elevar o custo operacional com links e licenças de fornecedores, optamos por centralizar todos os links e servidores no prédio da Amadeu e para unificar a mesma estrutura e atender os dois edificios, instalamos uma antena de transmissão radiofrequência entre os prédios para atender a infraestrutura do prédio da Dudalina, localizada na rua XV de Novembro.

Figura 01 e 02 – visada de antenas Dudalina e Amadeu

Figura 03 – Loja de atendimento Amadeu da Luz 7

O Cenário de dificuldade apresentado no item acima, é uma realidade comum nos novos negócios que iniciam, em grande partes do Brasil possui deficiencia de tencologias, em muitos casos para implantar uma infraestrutura fica muito inviavel financeiramente e com pessima qualidade na prestação do serviço, deficiência esta que levou o Governo Federal a criar um incentivo fiscal para empresas de telecomunicação que atuam na expansão de redes dentro do territorio nacional, conforme citação abaixo:

Brasília, 06/03/2013 – O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, revelou hoje que o governo prepara um grande programa de investimento para levar rede de fibra óptica a todas as regiões do Brasil. A previsão é de investir cerca de R$ 100 bilhões no setor de telecomunicações nos próximos dez anos através de parcerias com o setor privado, incentivos, financiamento do BNDES, Telebras e orçamento fiscal. O anúncio foi feito durante evento no Ministério da Ciência e Tecnologia, em Brasília. Bernardo disse que o plano está sendo elaborado a pedido da presidenta Dilma Rousseff, que quer expandir a infraestrutura de telecom para o Brasil inteiro. “Onde as empresas têm atrativo de mercado, elas já investem. Mas na periferia é diferente. Precisamos ver uma maneira de formatar um plano que permita estender o investimento em telecomunicações para todas as regiões.” O ministro reforçou que o programa está em fase de estudo, com a avaliação de experiências em outros países e simulações de como ampliar a rede. Para garantir esse volume de investimentos, o governo estuda algumas possibilidades de financiamento. Uma das opções é utilizar recursos do Banco Nacional do Desenvolvimento Social (BNDES). “Uma das alternativas que apresentei ao Tesouro e à Fazenda é o financiamento pelo BNDES. Nós financiamos máquinas e equipamentos, podemos também financiar infraestrutura de telecom. Não vamos dar dinheiro. Isso vai ser feito através de empréstimo”, afirmou Bernardo. Outra medida em estudo é utilizar a licitação da faixa de 700 MHz, que vai ser destinada à ampliação da tecnologia 4G no Brasil. A ideia é trocar a arrecadação que será obtida com o leilão da faixa de frequência por obrigações das empresas em investimentos em infraestrutura. Bernardo admitiu que existe a possibilidade do governo utilizar os bens reversíveis na implantação do plano. As concessionárias de telefonia fixa receberam os bens reversíveis na época da privatização da Telebras e têm de devolvê-los em 2025. Esses bens poderão ser trocados por investimentos em telecomunicações. Mas o ministro deixou claro que ainda não existe decisão sobre isso. “Uma coisa é estarmos discutindo. Outra coisa é o governo decidir isso. Tem de ter muita prudência. A presidenta, que em última instância vai bater o martelo, ainda não tem concordância em relação a isso.” O ministro disse que as operadoras de telefonia já sabem da intenção do governo de implantar o programa. Segundo ele, representantes das teles foram comunicados disso na semana passada, durante evento em Barcelona. Bernardo ressaltou que as concessionárias não são obrigadas a fazer rede de fibra óptica, que é o foco do programa. “As concessionárias são obrigadas a investir em telefonia. Se nós quisermos modernizar as redes e fazer esse investimento mais acelerado é uma outra discussão”, concluiu. Disponivel: http://www.mc.gov.br/sala-de-imprensa/todas-as-noticias/26505-programa- vai-levar-rede-de-fibra-optica-para-todo-o-brasil

Incentivo fiscal para empresas de telecomunicações

O governo deu início ontem à regulamentação da lei que permitirá às empresas de telecomunicação construir redes de transmissão de dados pagando menos impostos. Praticamente dois anos após o anúncio da medida, a presidente Dilma Rousseff publicou ontem o decreto que estabelece os parâmetros que deverão ser seguidos pelas operadoras para conseguir aprovar os projetos e garantir o benefício. O governo espera, com isso, antecipar cerca de R$ 16 bilhões em investimentos dessas empresas até 2016. As desonerações também devem impulsionar o andamento do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), que busca universalizar o acesso à internet de alta velocidade no Brasil. O decreto publicado na edição de ontem do Diário Oficial da União estabelece, de maneira genérica, as desonerações que as empresas ganharão se aplicarem recursos em inovação e ampliação da rede com 8

uso máximo possível de tecnologia nacional. O detalhamento das regras será feito por uma portaria, que o Ministério das Comunicações promete entregar ainda esta semana. Exigências. Ontem, o secretário de Telecomunicações do Ministério, Maximiliano Martinhão, antecipou que os projetos de rede de banda larga para telefonia de quarta geração (4G) terão de cumprir as mesmas exigências que as empresas enfrentaram para participar do leilão, em junho do ano passado. Assim, 50% dos equipamentos e componentes de rede que forem contratados pelas operadoras devem ser fabricados no Brasil. Já para a tecnologia de terceira geração (3G), o governo decidiu por porcentuais obrigatórios de diferentes magnitudes de acordo com a região. "O foco do 3G é estimular a implantação onde não tem", disse o secretário. Outra exigência que foi antecipada ontem por Martinhão é a de que a empresa que desejar implantar redes de fibras ópticas em regiões consideradas "filés" - como Sul e Sudeste - terá de investir também em áreas onde a atratividade econômica é mais fraca, como Norte e Nordeste. Os detalhes de cada contrapartida entre os 13 tipos de rede estarão na portaria, que passa agora pelo crivo jurídico do Ministério das Comunicações. As empresas aguardam pela publicação das regras, pois têm até o dia 30 de junho para apresentarem seus projetos que pretendem desenvolver até o final de 2016. Dependendo do projeto, as operadoras podem deixar de pagar PIS e Cofins - que consomem 9,5% da receita - e o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). A projeção conservadora é a de que a renúncia fiscal seja de R$ 3,8 bilhões até 2016.

Disponivel: https://conteudoclippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2013/2/19/teles- vao-pagar-menos-imposto

Atividades Comerciais No inicio das operações comerciais e atendimento ao público, houve a necessidade de utilizar o sistema do SAMAE (poder concedente) H2O, para fins de consulta das informações comerciais durante o atendimento a população, pois era necessário consultar as informaçoes de dividas e parcelamentos que não foram migrados para o Sistema comercial SAN, diante disto surgiu uma grande dificuldade, pois a sede do Samae estava localizada em um bairro distante com aproximadamente 9 km de distancia, se fossemos utilizar um sistema de radios de transmissão, teríamos muitos problemas de instabilidade devido a cidade de Blumenau está situada em um vale e sua topologia é muito acidentada com muitos morros e isso dificultaria a aplicação de sistemas de transmissão de dados por radio frequência, além da tecnologia ser inviável, seria necessário uma quantidade enorme de equipamentos e repetidores de transmissão para atender a demanda. Após nos depararmos com este cenário era nossa obrigação atender o cliente, porém após varias reuniões, o cliente (SAMAE) nos ofereceu a utilização de um par de fibras óptica de propriedade do Governo, CIASC (Centro de Informática e Automação do Estado de Santa Catarina), que faria implantação da rede de fibra óptica e conexão com a sede do Cliente (Samae) e a loja de atendimento ao cliente localizada na Rua Amadeu da Luz, Centro. Para interligar a rede da Foz com a rede do Samae, utilizamos um túnel com regras de segurança em nosso firewall WatchGuard, o que garante a segurança empresarial das informações da nossa rede corporativa e da rede do cliente.

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Aproveitando esta oportunidade de liberação da rede de fibra optica por parte do cliente (poder concedente), conseguimos operacionalizar as ferramentas, links e sistemas na ETE – Garcia, pois a fibra do Ciasc passava pela Estação de tratamento de esgoto no Garcia e interligamos a loja comercial localizada na Rua Amadeu, assim unificando todas as ferramentas entre Amadeu e Garcia, todas através de fibra óptica exceto a unidade da Dudalina que estava operando via radiofrequência, esta configuração nos permitiu a isenção do pagamento de mensalidades de fornecedores como, Embratel, Firewall e equipamentos para o novo predio.

“A parceria é o envolvimento de cada um e o comprometimento de todos na busca da realização e da superação de um objetivo comum. É tempo perdido querer impor uma decisão a outra pessoa. Ou esta considera a decisão sua ou outra decisão terá que ser buscada através do consenso.” (Norberto Odebrecht – Educação pelo trabalho.)

Aumento da Demanda

Após 1 ano de operação comercial da foz em Blumenau a demanda de pessoas e processos aumentou, e houve a necessidade de uma alteração no layout do escritório da Dudalina, foi realizado uma expansão de área e infraestrutura para que a equipe de engenharia fosse suportada pela infraestrutura já existente. Após a transição das pessoas para Dudalina, nos deparamos com outra dificuldade, como os servidores e links estavam centralizados no prédio da Amadeu da luz e a transmissão para o predio Dudalina estava ativa via radiofrequência, houve um comprometimento na performance do trafego de dados, devido ao aumento das operações e acessos aos servidores de arquivos e links, a situação passou a ser improdutiva, para resolver esta situação, tentamos viabilizar a utilização de um par de fibras, como não havia a rede construida no local, solicitamos ao Samae a construção de uma nova rede de fibra óptica entre os prédios Amadeu e Dudalina. O pedido foi discutido e negado pelo cliente, diante disto procuramos uma empresa de telecomunicação especializada em terceirização e locação de fibra óptica para um estudo e possivel locação desta rede, após o estudo, seria necessário a construção de 250mt de rede óptica e custaria em média R$ 6 mil reais por mês, somente um ponto entre Amadeu e Dudalina, a proposta ficou inviável financeiramente, ainda teríamos que compartilhar nossa rede com a empresa que faria o controle do trafego dos dados, pois a fibra não era ilimitada nem exclusiva, a situação não era ideal pois iria comprometer a segurança das informações empresarial da empresa e diante disto procuramos novamente o poder concedente (Samae) e solicitamos uma expansão do par de fibra para o escritório da Dudalina alegando que a utilização era para fins de 10

expansão e melhorias dos trabalhos da foz no município e que a melhoria ficaria de posse do municipio após o termino do contrato, o pedido foi atendido nas seguintes condições, o custo da expansão da rede deveria ser suportado pela Foz.

Construímos a rede ponto a ponto através do CIASC (Centro de Informática e Automação do Estado de Santa Catarina), nas condições contrarias da empresa que faria a locação da rede, que nos apresentou uma rede compartilhada e ilimitada, ou seja, conseguimos uma rede exclusiva, sem compartilhamentos e limitações de trafego de dados, por um único custo de R$ 5 mil, que foram referentes a Mao de obra, projeto e materiais, esta rede não possui mensalidades ou manutenção. O custo de manutenção destas redes é de responsabilidade do CIASC e a Prefeitura de Blumenau que tem a outorga da utilização dentro do município de Blumenau, este custo já está dentro do escopo contratual entre prefeitura e o Ciasc.

Fibra Óptica (CIASC)

No Estado de Santa Catarina possui um órgão de tecnologia conhecido como CIASC (Centro de Informática e Automação do Estado de Santa Catarina) O Ciasc, em sua atuação como prestador de serviços em Tecnologia da Informação e Comunicação, e provedor oficial de Internet para o Governo do Estado de Santa Catarina, tem como compromisso o bem-estar dos catarinenses. Este órgão é responsável pela construção da rede de fibra óptica no Estado, porem esta rede é de uso exclusivo para instituições públicas, como escolas, hospitais, prefeituras, universidades, monitoramento de câmeras policial, terminais rodoviários e outros.

A Rede de Governo conta hoje com:

 612 Km de fibra ótica nas regiões metropolitanas: Grande Florianópolis, Joinville, Blumenau, Balneário Camboriú, Itajaí e Criciúma;

 Backbone constituído de 36 Pontos de Presença interligando as secretarias regionais e os principais órgãos do estado;

 Capilaridade composta de 220 conexões via satélite, 564 conexões de fibra ótica e 3325 conexões via operadoras.

Fonte: http://www.ciasc.sc.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=110:rede-de- governo&catid=79:servicos&Itemid=266 - Dados de julho de 2013.

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Operação Unificada

Após esta conquista, a Foz em Blumenau passou a operar todas as ferramentas corporativas unificada no prédio da Amadeu e compartilhando as ferramentas para os demais prédios,Garcia, Dudalina e conectada com a Sede do Samae, todas interligadas via fibra óptica, isto resultou na redução de aquisição de equipamentos e contratação de serviços terceiros.

1.2 Ideias e ações incorporadas

Após dois anos de operações da Foz em Blumenau, a foz concluiu a construção da estação de tratamento de esgoto no bairro Fortaleza, neste local foi projetado a construção de um prédio administrativo para suportar a equipe que está instalada no prédio Amadeu e Dudalina ambos locais são locados, com esta mudança nos deparamos com um grande desafio, pois com o novo layout, teriamos que transferir todos os links, servidores e equipamentos para o novo predio próprio, após consulta de viabilidade de links na localidade o resultado da consulta apontou a ausência de tecnologias na localidade, seriam necessárias a construção de novas redes das operadoras e remanejar alguns links para o novo endereço. Diante da inviabilidade de transição, procuramos o Samae e Prefeitura de Blumenau para realizar uma consulta na localidade e verificar a possibilidade de utilizar um par de fibras do Ciasc naquela região, após este pedido, solicitamos uma consulta técnica ao Ciasc que após a consulta de viabilidade, constatamos que não havia nenhuma estrutura de redes na região, seria necessário a construção de 3 km de rede óptica do Ciasc, ao receber esta analise, pedimos ao Samae que construisse esta rede pois era fundamental para o funcionamento das operações da ETE, o pedido foi negado devido a falta de recursos do municipio, pedimos ao cliente para autorizar esta cessão, e construir esta rede optica e que suprisse este custo, pois além de atender a demanda de operação da ETE, atenderia outras demandas do municipio naquela região, além de todo investimentos está retornando ao município ao termino da concessão, o Samae negou a liberação da construção alegando não ter recursos para este investimento, sem esta rede seria totalmente inviável continuar a transição dos equipamentos, equipes e operações para nova estação de tratamento, em seguida nosso Diretor de contrato, Sandro Mario Stroiek, toma conhecimento do caso e toma como prioridade em suas atvidades e atribuições prossegue com as negociações com o cliente.

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Após varias tentativas e insistência, conseguimos esta liberação do Município e Estado, a liberação foi cedida nas mesmas condições, que a Foz suportaria todo investimento e neste caso a Foz teria que fazer um termo de doação desta rede, para o Estado de Santa Catarina, visto que a rede é de propriedade do Governo de Santa Catarina, assim fizemos, nas condições de que um dos pares da nova fibra fosse utilizado para operação da Estação de tratamento de esgoto no bairro Fortaleza. O custo desta expansão foi de R$ 37.000,00, sem custos mensais ou manutenções, valor este que foi doado para o CIASC, em materiais. Como a rede é de propriedade do Estado, toda manutenção ou reparos é de responsabilidade do Governo e município de Blumenau que possui a Outorga da fibra dentro do Município de Blumenau.

“Quem, neste mundo, deseja realizar alguma coisa, encontra um caminho; quem nada deseja realizar, encontra sempre uma desculpa.” (Norberto Odebrecht.)

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2. METODOLOGIA

2.1 Arquitetura dos links e dispositivos

Abaixo a arquitetura de como os switches e pontos ficaram distribuído, esta configuração foi aplicada em Blumenau, centralizando os links e servidores, reduzindo custos com links, equipamentos, servidores e contratos de prestação de serviços.

Figura 04: Mapa de configuração dos Switches foz Blumenau

Figura 05: Mapa da rede de fibra óptica foz Blumenau

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2.2 Processos burocraticos

Inicialmente realizamos reuniões para discutir a liberação da rede, no caso de Blumenau a Foz é contratada pela Prefeitura e Fiscalizada pelo Samae, ambos orgão representam a Foz diante o municipio, para facilitar a liberação da utilização de fibra optica pública, conversamos com o cliente para que facilitasse esta liberação, abaixo o modelo do oficio que a Foz de Blumenau solicitou a autorização de utilização da rede ao Samae e Prefeitura:

Figura 06: Oficio - Pagina 01 Figura 07: Oficio - Pagina 02

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Orçamento Concessónaria

A empresa WI Engenharia é a concessionária do CIASC, ela é responsavel pela manutençao das rede , implantação e expansão. Abaixo o orçamento referente a expansao de rede foi realizado para operar a ETE Fortaleza.

Orçamento da empresa Wi engenharia

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Tabela de custos realizado

Abaixo a tabela de custos realizado na trasição dos links e mobilização da infraestrutura para nova sede.

Figura 08 : Tabela de custos previstos e realizado transição ETE Fortaleza.

Segundo estágio do processo de liberação da rede de fibra optica, após o recebimento deste oficio o CIASC não aceitou o pedido vindo da Foz, pois trata-se de uma empresa privada, solicitando a utilização de uma tecnologia pública, para que este intem fosse resolvido, o SAMAE ( Cliente ) solicitou o pedido de expansão, suportado pela Foz, abaixo o modelo do termo de doação emitido pelo Samae ao Ciasc.

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Figura 09 : pagina 01 copia do oficio emitido pelo Samae

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Figura 10: pagina 02 copia do oficio emitido pelo Samae

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3. RESULTADOS

3.1 Resultados obtidos

O Custo

Caso não tivéssemos conseguido a cessão da rede óptica teriamos que utilizar rádios, ou alugar fibras de empresas terceiras, abaixo um exemplo do custo, baseado no orçamento de uma empresa da região.

Tabela de LAN to LAN MB TELCOM Velocidades Valor Mbps por MB trafegado Valor Total Mensal 500 Mbps R$ 6,00 R$ 3.000,00 1 Gbps R$ 5,00 R$ 5.120,00

Orçamento da empresa MB Telecom – Soluções em telecomunicações

Com base na tabela acima, teríamos que criar uma rede de 1 Gbps entre os prédios existentes, abaixo uma previa dos custos:

Ponto A X B= (Amadeu da Luz e Dudalina) R$ 5.120,00 mês

Ponto B X C= (Amadeu da Luz e Garcia) R$ 5.120,00 mês

Ponto C X D = (Amadeu da Luz e Sede Samae) R$ 5.120,00 mês

Ponto D X C= (Garcia e Fortaleza) R$ 5.120,00 mês

O calculo é simples, temos 4 pontos distintos com localizações diferentes, considerando que a utilização dos 4 pontos, teríamos um custo mensal de R$ 20.480,00 mês, R$ 245.760,00 ao ano, ao final do contrato de 35 anos considerando este valor sem reajuste ele custará R$ 8.6 milhões, como o ponto Dudalina foi desativado, hoje temos 3 pontos de rede ativados com acesso exclusivo da Foz de Blumenau, Amadeu, Garcia , e Fortaleza. Utilizamos a rede do governo sem custo mensal ou limitações de banda ou tráfego de dados, no final do contrato de concessão a unidade de Blumenau terá um saldo positivo de R$ 6.4 milhões, somente serviços de fibra optica.

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Arquitetura dos equipamentos e rede em Blumenau

Estrutura dos predios, mostra que os links, servidores, centrais e serviços ficaram centralizados na sede da ETE – Fortaleza.

Figura 11: Mapa de distribuição da rede e infraestrutura Blumenau

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4. ÁREAS DE APLICAÇÃO

4.1 Áreas de aplicação

Este projeto pode ser aplicado nas futuras concessões e negócios que possuem parceria Publico Privado, que podem resultar em incrementos de receitas e na economia financeira dentro dos contratos.

O ideal seria mapear esta demanda antes do Start Up, fizessem um estudo tecnologico na cidade , caso exista tecnologia similiar a deste projeto utilizada pelo cliente, o ideal é negociar para incluir no escopo do contrato ou um aditivo, aplicando o argumento de que haverá melhorias nas tecnologias já existente e que todo investimento feito no municipio terá retorno ao municipio como bens reversiveis.

“Uma idéia criativa só é uma idéia empresarial quando pode converter-se em oportunidade de melhor servir.” (Norberto Odebrecht - Sobreviver, crescer e perpetuar, Volume 1, 9ª edição.)

Além de garantir a segurança empresarial dos negócios e integridade das informações, podem surgir oportunidades que contribuem para o desenvolvimento tecnológico dentro de vários municípios que são deficientes em tecnologias, uma ideia que poderia ser incorporada seria a utilização de uma das empresas do Grupo Odebrecht que poderia entrar na area de implantacao de rede optica, que além de atender o proprio negocio do grupo, poderia atender o municipio para expansao de tecnologia nas instituiçoes, como: escolas, hospitais, universidades, monitoramento policial e outros.

Podendo tambem pensar na facilidade de aplicar os serviços de automação das ETE´S / ETA´S / EEE´S entre outros no escopo dos contratos.

Podendo criar uma parceria em conjunto com a foz, durante a construção de rede de esgoto , construiria a rede de fibra óptica através de tubulações paralelas as de esgoto ou abaixo da rede de esgoto, para que não haja perigo de rompimentos durante as manutenções, este fato leva-se em consideração a diminuição dos alugueis de poste das compahias eletricas.

”Quanto ao passado, devemos conservar o que continua produtivo e incorporá-lo à nossa cultura. Quanto ao presente, devemos colocá-lo a serviço do futuro que desejamos (Norberto Odebrecht - Educação Pelo Trabalho,2ª Edição.)

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