Aos 90, Neville Marriner volta ao Proms Editor’s Choice: os melhores CDs do mês

CONCERTOGuia mensal de música clássica Julho 2014 no topo da Pirâmide Em mês de festivais, apuramos os atuais desafios da educação musical de ponta no Brasil

ROTEIRO MUSICAL Festivais de inverno júlio medaglia Cultura versus política BRASIL MUSICAL Quarteto Radamés Gnattali JOÃO MARCOS COELHO O passado e a música clássica REPERTÓRIO Sinfonia nº 9 de Mahler JORGE COLI O exotismo erótico de Carmen

ISSN 1413-2052 - ANO XIX - Nº 207 r$ 14,90

ADRIANE QUEIROZ Vidas musicais Conversamos com a soprano que Francês Jean-Philippe Rameau foi canta Strauss em Belo Horizonte grande nome da ópera no século XVIII

Prezado leitor, Foi enorme o desenvolvimento do universo clássico brasileiro nos últimos trinta anos. Este parece ser um fato irrefutável, seja pela qualidade de algumas instituições musicais que temos hoje – veja a Osesp! –, seja pela quantidade e pela diversidade de concertos e festivais (como podemos acompanhar todos os meses na Revista CONCERTO). Porém, apesar dos importantes avanços e do valoroso trabalho que vem sendo realizado em algumas escolas, a formação musical clássica, especialmente a de ponta, ainda deixa a desejar quando comparada às tradicionais academias europeias ou norte-americanas. No mês em que os festivais cumprem a importante função de oferecer ensino de alta qualidade para centenas de estudantes de todos os quadrantes do país (além de contribuir para a programação de música clássica – confira a agenda dos festivais a partir da página 48), Camila Frésca apurou como anda e quais são os desafios da educação musical de ponta no Brasil, conforme a matéria de capa publicada Foto: istockphoto / stokkete na página 26. Complementando o artigo, pedimos ao violonista Fabio Zanon – que estudou e atualmente leciona na Royal Academy of Music de Londres (e que, além disso, é coordenador artístico-pedagógico do Festival Internacional de Inverno de Campos do Jordão) – um depoimento sobre sua experiência e suas opiniões (página 29). Assim como Fabio Zanon, também a soprano brasileira Adriane Queiroz, nascida em Belém do Pará, em algum momento de sua formação decidiu complementar seus estudos no exterior. Adriane, que neste mês se apresenta em Belo Horizonte cantando Richard Strauss com a Filarmônica de Minas Gerais, trilhou uma trajetória que a levou a grandes palcos europeus – ela hoje reside em Berlim e pertence ao elenco da ópera da cidade –, como conta na entrevista que concedeu a João Luiz Sampaio (leia na página 16). COLABORARAM NESTA EDIÇÃO Neste ano, o compositor do Barroco francês Jean-Philippe Rameau é lembrado Camila Frésca, jornalista e pesquisadora pelos 250 anos de sua morte. Um dos grandes nomes da ópera de seu tempo, Rameau Guilherme Leite Cunha, professor é o artista apresentado na seção Vidas Musicais desta edição (página 22). Já a seção e artista plástico Repertório aborda a Sinfonia nº 9 de Gustav Mahler (teremos, em São Paulo e no Rio Irineu Franco Perpetuo, jornalista de Janeiro, a oportunidade de ouvir esta obra na interpretação da Orquestra Sinfônica e crítico musical Simón Bolívar, dirigida por ninguém menos que Gustavo Dudamel). João Luiz Sampaio, jornalista e crítico musical A partir da página 34, você pode acompanhar o roteiro ilustrado da Revista João Marcos Coelho, jornalista CONCERTO, que neste mês – além das agendas regulares de São Paulo, do Rio de e crítico musical Janeiro e das principais cidades musicais do país – vem acrescido da programação de importantes festivais de inverno. Os textos de Júlio Medaglia (sobre cultura versus Jorge Coli, professor e crítico musical política, página 12), Jorge Coli (sobre a recente Carmen do Theatro Municipal, página Júlio Medaglia, maestro 14) e João Marcos Coelho (refletindo sobre a supremacia das obras do passado nas programações atuais, página 25) e as seções Brasil Musical (com o dinâmico Quarteto Radamés Gnattali, página 18), Palco (apresentando o trabalho do maestro Luciano ACONTECEU EM JULHO Camargo, página 24) e GPS Musical (sobre o charmoso Festival do Vale do Café, página 64) enriquecem o editorial da Revista CONCERTO. Nascimentos A seção Gramophone desta edição, com matérias exclusivas da prestigiosa Christoph Willibald Gluck, compositor e maestro publicação britânica, traz um artigo sobre o maestro Sir Neville Marriner, fundador da 2 de julho de 1714 famosa Academy of St Martin in the Fields (página 30). E, na página 58, o Editor’s Choice Sigismund von Neukomm, compositor apresenta os principais CDs lançados no mercado fonográfico internacional. 10 de julho de 1778 Anunciamos nesta edição o lançamento do Ouvinte Crítico, nova página do Site Annie Fischer, pianista CONCERTO, que publica enquetes sobre os principais eventos de música clássica e ópera 5 de julho de 1914 que acontecem no Brasil (veja mais detalhes na página 9). No Ouvinte Crítico, o leitor Falecimentos poderá fazer sua avaliação dos eventos – com os conceitos ótimo, bom, regular, ruim ou péssimo –, bem como escrever comentários. Participe da temporada musical de sua Wilhelm Friedemann Bach, compositor 1º de julho de 1784 cidade, visite a página do Ouvinte Crítico (www.concerto.com.br/ouvinte) e compartilhe sua opinião. Josef Strauss, compositor 22 de julho de 1870 Desejamos a todos um ótimo mês musical! Pierre Monteux, maestro 1º de julho de 1964

Estreias Finlândia, de Jean Sibelius Nelson Rubens Kunze 2 de julho de 1900 em Helsinki diretor-editor

2 Julho 2014 CONCERTO ConcertoRevista @RevistaConcerto

CONCERTO Julho de 2014 nº 207

2 Carta ao Leitor 4 Cartas 18 6 Contraponto Notícias do mundo musical 12 Atrás da Pauta Coluna mensal do maestro Júlio Medaglia 14 Notas Soltas Jorge Coli escreve sobre Carmen, ópera de Bizet 16 Em Conversa Entrevista com a soprano Adriane Queiroz 18 Brasil Musical 14 O Quarteto Radamés Gnattali 20 Repertório 16 Sinfonia nº 9 de Gustav Mahler 22 Vidas Musicais Jean-Philippe Rameau (1683-1764) 24 Palco Orquestra Acadêmica e Coral da Cidade de São Paulo apresentam O Messias, de Händel 25 Música Viva 22 59 João Marcos Coelho escreve sobre a predominância das obras do passado na atividade musical da atualidade 26 Capa No topo da pirâmide, por Camila Frésca 34 Roteiro Musical Destaques da programação musical no Brasil 35 Roteiro Musical São Paulo 41 Roteiro Musical 26 30 44 Roteiro Musical Outras Cidades 48 Roteiro Musical Festivais de Inverno 59 Lançamentos de CDs e DVDs Consulte os novos lançamentos e os títulos à venda 61 Livros Uma seleção exclusiva do melhor da revista Gramophone 61 Outros Eventos 63 Classificados 30 Reportagem Aos 90 anos, o maestro Neville Marriner retorna 63 Scherzo ao Festival Proms, por James Jolly O espaço de humor da Revista CONCERTO 58 Editor’s Choice 64 GPS Musical Os melhores lançamentos do mês Festival Vale do Café, Vassouras, RJ

CONCERTO Julho 2014 3 Candide Ingresso da hora Clássicos Editorial Ltda. Li o texto de João Luiz Sampaio sobre Candide Leio a Revista CONCERTO “de cabo a rabo”. Por Nelson Rubens Kunze (diretor) (CONCERTO nº 206, página 20). A estreia foi em meio das preciosas informações que ela traz Cornelia Rosenthal Mirian Maruyama Croce dezembro de 1956, numa época política difícil, me organizo, faço assinaturas, compro ingressos e realmente o libreto não foi compreendido. e, pelo menos uma vez por mês, tomo um Aquela versão, contudo, não foi um completo ônibus e vou para São Paulo (moro há 200 fracasso. Ao contrário, quando saiu a gravação km, na cidade de Pouso Alegre, MG). Saio de original da peça ela foi muito bem recebida. madrugada, assisto a vários eventos e chego A crítica rejeitou a peça, mas não a música, e de volta na próxima madrugada, mas com a aprovou os artistas. Ou seja, Candide de 1956 “alma lavada”. não foi o desastre que Sampaio falou. Foi um Comentando a carta do leitor Flávio Fernando fracasso, sim, mas não um desastre. Crispolin, de Jaboticabal, SP (CONCERTO nº 206, Guia mensal de música clássica Eu tenho duas gravações de Candide: a página 4), sinto como ele essa falta de bons www.concerto.com.br original, de 1956, e a de Bernstein, de 1989. eventos no interior (foi por isso que decidi agir JULHO 2014 A do compositor é mais completa com as dessa forma, virando o ditado “se a montanha Ano XIX – Número 207 reformas e adendos que foram feitos por ele não vem a Maomé...”). Mas, por meio de Periodicidade mensal ISSN 1413-2052 e seus colaboradores, e ela é mais operística. pedido feito por órgão competente, essas A original é mais leve, com menos músicas. orquestras poderiam sim visitar a sua cidade. Redação e Publicidade Rua João Álvares Soares, 1.404 As duas têm cantores líricos, mas a versão de É só haver empenho. Aqui já aconteceu, e a 04609-003 São Paulo, SP 1989 é mais pesada e sinto que falta graça na Orquestra Filarmônica de Minas Gerais esteve Tel. (11) 3539-0045 – Fax (11) 3539-0046 Cunegunda de June Anderson – o que sobra por duas vezes em Pouso Alegre. e-mail: [email protected] em Barbara Cook da versão original, uma Comentando ainda a carta de Edison Wicher, diretor-editor Cunegunda mais leve e de que eu gostei mais. sinto muito também que o esquema de Nelson Rubens Kunze (MTb-32719) Os dois Cândidos são bons, mas prefiro a voz ingressos da hora para a Osesp tenha mudado. editores executivos de Jerry Hadley. As duas Velhas Damas foram Por inúmeras vezes fui do Tietê diretamente Cornelia Rosenthal e João Luiz Sampaio excelentes, Irra Petina e Christa Ludwig. Petina para a Sala São Paulo e consegui ingresso. coordenação de produção foi maravilhosa, mas quem pode competir com E agora? Luciana Alfredo Oliveira Barros textos e site Rafael Zanatto a sensacional Christa Ludwig da gravação de Regina Vilela, por e-mail, Pouso Alegre, MG 1989? Ou seja, tem que ter as duas gravações revisão Gabriela Ghetti e Thais Rimkus projeto gráfico BVDA Brasil Verde para ouvir melhor esta obra prima do gênio A Fundação Osesp esclarece: Desde 15/04, Leonard Bernstein. editoração e produção gráfica quando o programa Passe Livre Universitário Lume Artes Gráficas / Guilherme Lukesic entrou em vigor, os lugares vazios são preenchidos Diana Victoria Aljadeff, por e-mail execução financeira pelos universitários cadastrados no sistema, Mirian Maruyama Croce que, diferente do Ingresso da Hora, se inscrevem apoio de produção previamente para assistir aos concertos. O Priscila Martins, Vanessa Solis da Silva, Futebol arte programa foi criado não só com o intuito de Vânia Ferreira Monteiro ocupar os lugares vazios da Sala, mas também Maravilhoso e oportuno o artigo de Júlio atendimento ao assinante com o objetivo de formar novas plateias, atraindo Tel. (11) 3539-0048 Medaglia na Revista CONCERTO de junho os jovens para a música clássica. Esse novo (nº 206, página 12, “A arte da improvisação, programa atende um dos objetivos primordiais da Datas e programações de concertos são também no campo”). Linda e comovente Fundação Osesp que é o de formar novas plateias. fornecidas pelas próprias entidades promotoras, não nos cabendo responsabilidade por análise essa que o maestro faz da Informamos que, no intuito de dar continuidade transformação do futebol e da música! Nunca alterações e/ou incorreções de informações. ao projeto de democratização do acesso à Inserções de eventos são gratuitas e devem fui um grande apaixonado por futebol depois música clássica, a Osesp mantém todos os outros ser enviadas à redação até o dia 10 do mês de Pelé e Garrincha, mas jamais imaginaria programas já estabelecidos, tais como: concertos anterior ao da edição, por fax (11) 3539-0046 que um artigo sobre a evolução – involução, didáticos para crianças e adolescentes, concertos ou e-mail: [email protected]. melhor dizendo – desse esporte fosse me pelo interior do estado, transmissões digitais ou Artigos assinados são de respon­sa­bi­li­dade de comover. E quando vi, estava comovido. Que pela Rádio e TV Cultura, concertos abertos em seus autores e não refletem, neces­sariamente, tristeza o desaparecimento dos virtuoses parques e praças e concertos matinais gratuitos a opinião da redação. dentro do campo, substituídos por atletas aos domingos. Além disso, a Osesp também abre Todos os direitos reservados. olímpicos dos cem metros rasos! E que tristeza ao público a maioria de seus ensaios gerais, que Proibida a reprodução por qualquer meio acontecem regularmente às quintas-feiras, pela esse encolhimento das gravadoras de música sem a prévia autorização. manhã. Os ingressos são vendidos a R$10 e o erudita! Parabéns, Júlio Medaglia. É um raro e público tem a oportunidade de assistir as mesmas brilhante artigo, importantíssimo agora, nestes obras que serão apresentadas no concerto dias de Copa. da noite com o diferencial de ainda poder Todos os textos e fotos publicados na seção Juca de Oliveira, ator, por e-mail acompanhar músicos e maestros finalizando os Gramophone são de propriedade últimos retoques e reparos antes da apresentação. e copyright de Mark Allen Group, Grã-Bretanha www.gramophone.co.uk

Operação em bancas e-mail: [email protected] Site e Revista CONCERTO assessoria Edicase – www.edicase.com.br A boa música mais perto de você Cartas para esta seção devem ser remetidas por distribuição exclusiva em bancas e-mail: [email protected], fax (11) 3539-0046 FC Comercial e Distribuidora S.A. ou correio (Rua João Álvares Soares, 1.404 – CEP A Revista CONCERTO continua aqui: 04609-003, São Paulo, SP), com nome e telefone. manuseio FG Press – www.fgpress.com.br www.concerto.com.br Escreva para nós e dê sua opinião! A cada mês, uma correspondência será premiada com um CD de música clássica. * Se você comprou esta revista na banca, digite (Em razão do espaço disponível, reservamo-nos “julho” no campo e-mail e “5423” como senha. o direito de editar as cartas.)

CTP, impressão e acabamento 4 Julho 2014 CONCERTO Prol Editora Gráfica Ltda.

Notícias do mundo musical Luiz Fernando Malheiro é o novo diretor artístico do Theatro São Pedro

A Secretaria de Estado da Cultura de São Sinfônica Municipal de São Paulo. No Theatro

Paulo confirmou a nomeação do maestro Luiz São Pedro, em 2012, regeu uma montagem g ação

Fernando Malheiro para o posto de diretor de Werther, de Massenet. Clodoaldo Medi- d i vu l artístico do Theatro São Pedro, em substitui- na, por sua vez, já dirigiu instituições como ção a Emiliano Patarra, no cargo desde fins de o antigo Centro Tom Jobim, então gestor da 2012. A mudança foi acompanhada da chega- Emesp e do Festival de Inverno de Campos da de Clodoaldo Medina para a direção execu- do Jordão, e, nos últimos anos, no Rio, traba- tiva do Instituto Pensarte, organização social lhou com a Orquestra Petrobras Sinfônica e no responsável pela gestão do teatro. Segundo Theatro Municipal do Rio de Janeiro. comunicado oficial emitido pela secretaria, a Emiliano Patarra, que em seu trabalho no programação de 2014 será mantida. Theatro São Pedro teve como mérito estabele- Malheiro é um dos mais destacados maes- cer uma linha programática criteriosa e adequa- tros do país, com uma carreira fortemente liga- da às dimensões do teatro, afirmou que trocas de da à ópera. Desde 2000, é diretor artístico do maestros são naturais e que acredita ter criado, Festival Amazonas de Ópera, ao qual deu repu- nos últimos anos, uma estrutura sólida, com o tação internacional realizando projetos como a desenvolvimento da orquestra, a criação de uma primeira montagem brasileira da tetralogia O identidade de repertório, de uma temporada de anel do nibelungo, de Richard Wagner. Tam- assinaturas e da academia de ópera. “Eu me des- bém foi diretor do Theatro Municipal do Rio peço deste trabalho com a sensação de missão de Janeiro e, como convidado, esteve à frente cumprida. Desejo muita sorte aos que ficam. de orquestras como a Sinfônica Brasileira e a Que as sementes plantadas floresçam”, disse. Luiz Fernando Malheiro

British Council oferece Stabat Mater de Amaral Vieira bolsa para gestores será apresentado em Dresden Estão abertas até o dia 15 de julho as inscrições Em julho, o compositor e pianista para bolsas do programa Transform Orchestra Amaral Vieira fará uma importante g ação

Leadership, do British Council. Os candidatos estreia na Alemanha. Seu Stabat d i vu l devem possuir experiência em gestão de Mater op. 240, peça monumental organizações como orquestras, ensembles, salas escrita no final dos anos 1980 de concerto, conservatórios ou universidades de para 240 músicos, entre cantores música. “O objetivo do programa é estimular o e orquestra, será apresentado no diálogo entre orquestras, conjuntos, agências dia 13 de julho na Kreuzkirche, e líderes culturais do Brasil e do Reino Unido, de Dresden. A regência será de compartilhando melhores práticas, desafios e Christianne Büttig, que estará à questões do setor e promovendo relações de frente da Sinfonietta Dresden, do longa duração”, explica Luiz Coradazzi, diretor Coro da Universidade de Dresden de artes do British Council, que em abril deste e dos solistas Romy Petrick ano promoveu em Belo Horizonte a conferência (soprano), Ewa Zeuner (contralto), MultiOrquestra: Talento, Gestão e Impacto. “Nela Frank Blümel (tenor) e Egbert ficou evidente a necessidade de maior integração Junghanns (baixo). O programa, entre as instituições brasileiras, e o tema da todo dedicado a obras sacras de Amaral Vieira capacitação profissional surgiu em todos os compositores contemporâneos, debates como prioridade.” inclui ainda o moteto O sacrum convivium, do espanhol Javier Busto, Segundo o regulamento, “os interessados devem e a antífona Salve Regina, de Arvo Pärt. Uma hora antes do concerto, possuir entre dois e cinco anos de experiência em Amaral Vieira conversará com o público sobre a gênese de sua obra. uma ou mais organizações, liderança e excelente Ainda em julho, o Quinteto fronteiras, op. 297 do compositor será habilidade em comunicação, motivação para apresentado na Argentina, dentro da série Grandes Concertos da desenvolvimento próprio e dos outros e, Faculdade de Direito de Buenos Aires. Amaral Vieira anuncia ainda finalmente, fluência em língua inglesa”. Serão que acaba de assinar contrato com a editora grega Musica Ferrum, que oferecidas duas bolsas completas, duas bolsas tem como foco a publicação de obras de compositores contemporâneos. parciais e uma vaga para um candidato que Sua primeira obra na nova casa editorial é a Elegia in memoriam Roberto custeie suas despesas. Mais informações podem Szidon, op. 329, estreada em junho de 2013 em Trieste, Itália, e ser obtidas pelo site www.transform.com.br. dedicada ao grande pianista brasileiro, morto em dezembro de 2011. (Leia mais detalhes na seção Outros Eventos.)

6 Julho 2014 CONCERTO

13 perguntas para...

Marcelo Lehninger maestro

Um maestro que admira: Todos os grandes mestres com os quais aprendi. Seria impossível citar apenas um. Ópera ou música sinfônica: O Réquiem de Verdi, que não deixa de ser uma “ópera”. Uma obra ainda por reger: Completar o ciclo das sinfonias de Mahler. Já regi as Sinfonias nºs 1, 2, 3, 4 e 5, assim como A canção da terra. Só faltam cinco! Uma obra que regeria quantas vezes possível: As sinfonias de e marcelo le hn i ng er sel f ie d e marcelo Beethoven. Perdi a conta de quantas vezes eu já regi a Sinfonia nº 5, mas em cada performance eu descubro algo novo! interpretação de 90, 100 músicos e saber como guiar, ensaiar Uma obra que jamais regeria: Não sou muito fã da Carmina e inspirá-los, com liderança, sem autoritarismo. burana, de Carl Orff. Sei que um dia não terei escapatória, mas Se não fosse músico, seria: Nada! Flertei com a ideia de fazer vivo recusando convites para regê-la! arquitetura, mas a música foi uma necessidade. Uma sinfonia difícil: As de Mozart e Haydn. O que parece fácil Música é: A única linguagem universal. Para mim, uma é difícil; adoro fazer repertório do período clássico. ferramenta sublime e necessária de expressão. Uma gravação que julga fundamental: Vai parecer estranho que Música não é: Não deveria ser, competição. um regente de orquestra diga isso, mas amo Chopin. Não conheço Um sonho: Que o acesso a uma boa educação seja, um dia, nenhum outro compositor que tenha feito por um instrumento prioridade em nosso país. o que ele fez pelo piano (nem mesmo Paganini para o violino). Ando fascinado com a gravação dos Noturnos por Guiomar Novaes. Muito especial... Sônia Goulart ao vivo também é um Aos 34 anos, o maestro brasileiro Marcelo Lehninger já esteve dos meus álbuns favoritos! à frente de algumas das principais orquestras dos Estados Unidos, Um compositor brasileiro: O Brasil é um país de extrema como as sinfônicas de Chicago e Boston, da qual é regente musicalidade e bons compositores. Talvez o compositor brasileiro associado. No ano passado, assumiu a direção da New West que eu mais reja seja Villa-Lobos. No entanto, temos ótimos Symphony Orchestra, em Los Angeles. [João Luiz Sampaio] compositores em atividade, como , Ronaldo Miranda, João Guilherme Ripper e Edino Krieger, só para citar alguns com os Agenda quais eu já trabalhei. Gosto muito, também, da obra para piano de Nos dias 17, 18 e 19 de julho, Marcelo Lehninger rege a Osesp Fructuoso Vianna. Tenho consciência de que existem muitos outros em obras de Ronaldo Miranda (estreia de Variações temporais), excelentes compositores no Brasil. Liszt (Concerto para piano nº 1, com solos de Kirill Gerstein) e Ser maestro é: Usar os ouvidos e não somente os braços! Beethoven (Sinfonia nº 6). O mesmo programa será repetido Ter capacidade e competência para unificar a sonoridade e no Festival de Campos do Jordão, no dia 20 de julho.

Sala Cecília Meireles, no Rio de Janeiro, será Morre o maestro espanhol Rafael Frühbeck de Burgos (1933-2014) reaberta em setembro Morreu no dia 11 de junho o maestro espanhol Rafael Frühbeck de Após mais de três anos de reformas, a Sala Cecília Meireles, Burgos. Duas semanas antes, ele havia anunciado sua retirada dos palcos um dos espaços mais tradicionais do país dedicado a por conta de um câncer e, segundo sua família, estava internado desde concertos, será reaberta em setembro. A informação foi abril em uma clínica de Pamplona, na Espanha. Além de atuar como dada pelo governo do Estado e divulgada pelo diretor da convidado à frente de orquestras como as sinfônicas de Paris, Londres, sala, o compositor João Guilherme Ripper, em sua página do Chicago e Filadélfia, Frühbeck de Burgos foi diretor da Deutsche Oper Facebook. A obra custou cerca de R$ 43,5 milhões, dos quais de Berlim e de orquestras como a Filarmônica de Dresden e a Sinfônica R$ 13,5 milhões foram dados pelo governo e o restante, Nacional da Espanha, com as quais visitou o Brasil diversas vezes. obtido por meio de parcerias e leis de incentivo. Segundo Nos últimos anos, desenvolvia também uma relação especial com a Ripper, foi necessário “refazer a casa inteira”. “A sala foi Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, com a qual interpretou, totalmente reconstruída, ficando apenas o conhecido painel entre outras obras, a Nona sinfonia, de Beethoven, e promoveu a estreia ao fundo do palco. O prédio anexo agora abriga um excelente da Fanfarra concertante, do compositor brasileiro Edino Krieger. Em espaço multiuso Guiomar Novaes. A sala está ficando cada seu legado discográfico, estão momentos marcantes como a integral dia mais linda e agora falta muito pouco tempo para abrir sinfônica da obra de Manuel de Falla. suas portas. Contagem regressiva...”, escreveu o compositor.

8 Julho 2014 CONCERTO Notícias do mundo musical

Revista CONCERTO lança Ouvinte Crítico, página on-line de enquetes de espetáculos

Plataforma do Site CONCERTO estreou em junho com avaliação “ótimo” para ópera Carmen e concerto da Osesp

Revista CONCERTO lançou em junho o Ouvinte Crítico Participe: em julho, será A – Os eventos clássicos na opinião dos leitores do Site e possível votar e comentar sobre da Revista CONCERTO. Trata-se de uma nova página do Site os seguintes eventos (www. CONCERTO, que trará enquetes sobre os principais eventos de concerto.com.br/ouvinte): música clássica e ópera que acontecem no Brasil. No Ouvinte Orquestra Sinfônica Municipal, Crítico, o leitor poderá fazer sua avaliação bem como escrever Coral Lírico Municipal, Lidia comentários. Schäffer – mezzo soprano e O Ouvinte Crítico apresenta uma página com os diversos John Neschling – regente. eventos abertos para votação. Uma vez escolhido o espetáculo, Dias 6 e 7 de julho em São Paulo. o internauta pode votar no conceito de sua avaliação – ótimo, Mahler – Sinfonia nº 3. bom, regular, ruim ou péssimo –, bem como escrever um Orquestra Sinfônica Simón Bolívar da Venezuela e Gustavo comentário. Em outra página, o leitor pode navegar pelos Dudamel – regente. Dias 6 e 7 de julho em São Paulo e dia 10 eventos de votação já encerrada, em que vai encontrar o de julho no Rio de Janeiro. Villa-Lobos – Bachianas Brasileiras número de votantes, a nota média e a avaliação final, além nº 2, Berlioz – Sinfonia fantástica e Mahler – Sinfonia nº 9. dos comentários dos participantes. Ao longo do mês passado, os ouvintes puderam comentar a Osesp, Luíz Filíp – violino e Susanna Mälkki – regente. Dias respeito da ópera Carmen, de Bizet, apresentada no Theatro 24, 25 e 26 de julho em São Paulo. Shostakovich – Concerto Municipal de São Paulo (176 votantes para uma avaliação para violino e Mussorgsky – Quadros de uma exposição. final “ótimo”, com nota 9,5), e do concerto da Osesp sob Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, Arnaldo Cohen – direção de Jaime Martín e com o flautista Emmanuel Pahud piano e Fabio Mechetti – regente. Dia 3 em Belo Horizonte, como solista, na Sala São Paulo (45 votantes para uma MG, e dia 6 de julho em Campos do Jordão, SP. Richard avaliação final “ótimo” com nota 8,4). Strauss – Burlesque, Don Juan e Sinfonia nº 2. Notícias do mundo musical Theatro Municipal de São Paulo terá oito óperas em 2015

Ao lado de Mozart, Wagner, Verdi e Puccini, temporada contemplará título de Camargo Guarnieri

maestro John Neschling anunciou em sua página do Face- John Neschling O book a programação de óperas do Theatro Municipal de São Paulo, do qual é diretor artístico, para 2015. Serão apre- sentados oito títulos. A abertura do ano será com Otello, de Verdi, que terá regência do próprio Neschling e encenação de Giancarlo del Monaco – entre os cantores, estão o tenor norte- -americano Gregory Kunde e o barítono Rodrigo Esteves. Entre os demais títulos anunciados, destaque para a estreia brasileira de Ainadamar, do compositor argentino Osvaldo Golijov, que será apresentada em dobradinha com Um homem só, ópera do brasileiro Camargo Guarnieri – a regência será de Rodolfo Fischer e a direção cênica, de Caetano Vilela. As demais óperas mantêm a filosofia recente do Municipal, revista concerto / carlos goldgrub que é a de apresentar grandes títulos do repertório: Eugene Onegin, de Tchaikovsky; Thaïs, de Massenet; Manon Les- Segundo o maestro Neschling, o anúncio mostra que “é pos- caut, de Puccini; Lohengrin, de Wagner; e Così fan tutte, de sível, no nosso país, mesmo com todas as dificuldades financei- Mozart. Os elencos anunciados incluem cantores destacados ras e burocráticas, programar um teatro de ópera como as gran- do cenário brasileiro e internacional, como as sopranos Nino des casas costumam fazer, [...] tendo o apoio das autoridades que Machaidze e Adriane Queiroz, os tenores Marcello Giordani, percebem a importância de possuir em São Paulo um teatro que Gregory Kunde, Ricardo Tamura e Martin Muehle, os baríto- concorra ‘pari passu’ com as grandes casas líricas mundiais”. nos Rodrigo Esteves e Lado Ataneli, as mezzo sopranos Luisa E emendou: “Com a ressalva importante de que modificações Francesconi e Larissa Diadkova e os baixos Saulo Javan, Sávio eventualmente podem acontecer, sobretudo por razões de força Sperandio e Luiz-Ottavio Faria. maior, alheias à nossa vontade e controle”.

Temporada 2015 – Theatro Municipal de São Paulo Direção artística: John Neschling

Otello Verdi Manon Lescaut Puccini Direção musical: John Neschling Direção musical: John Neschling Direção cênica: Giancarlo del Monaco Direção cênica: Cesare Lievi Cenários: William Orlandi Cenários: Juan Guillermo Nova Elenco: Gregory Kunde, Lana Kos, Alberto Gazale, Elenco: Maria José Siri, Adriane Queiroz, Martin Muehle, Marcelo Rodrigo Esteves e Savio Sperandio, entre outros Giordani, Vittorio Vitelli e Guilherme Rosa, entre outros

Ainadamar Golijov / Um homem só Guarnieri Lohengrin Wagner Direcão musical: Rodolfo Fischer Direção musical: John Neschling Direcão cênica: Caetano Vilela Direção cênica: Henning Brockhaus Cenários: Nicolas Boni Cenários: Erich Wonder Elenco: Marisu Pavon, Alfredo Tejada, Luigi Schiafino, Elenco: Tomislav Muzek, Ricardo Tamura, Luiz-Ottavio Faria, Emma Carla Cottini e Saulo Javan, entre outros Bell, Tomas Tomasson e Marianne Cornetti, entre outros

Eugene Onegin Tchaikovsky Così fan tutte Mozart Direção musical: Jacques Delacôte Direcão musical: Rinaldo Alessandrini Direção cênica, cenários e figurinos: Hugo de Ana Direção cênica: Pier Francesco Maestrini Elenco: Andrei Bondarenko, Ainhoa Arteta, Ana Lúcia Benedetti, Cenários: Juan Guillermo Nova Lydia Schaeffer, Fernando Portari e Larissa Diadkova, entre outros Elenco: Carmela Remigio, Monica Bacelli, Luisa Francesconi, Maxim Mironov, Mattia Olivieri e Omar Montanari entre outros Thaïs Massenet Producão do Teatro Reggio de Torino Direcão musical: Alain Guingal Direcão cênica, cenários e figurinos: Stefano Poda Temporada sujeita a alterações Elenco: Nino Machaidze, Jean-François Borras, Lado Ataneli, Anúncio oficial e início de venda de assinaturas: Lina Mendes e Saulo Javan entre outros previsto para fins de outubro

10 Julho 2014 CONCERTO De 18 a 30 de janeiro de 2015 Regulamento: www.sesc-rs.com.br/festival Inscrições e dúvidas: [email protected]

Apoio: Apoio Institucional: Realização: Por Júlio Medaglia

[email protected]

A música e os demônios que a cercam

Uma das principais qualidades do El Sistema venezuelano é sua capacidade de funcionar à margem da demagogia política, exemplo que poderia ser seguido por aqui

nfim, a Copa! Maravilha! O país do futebol se transforma moldada com absoluta liberdade, honradez e apoiada em dados com todas as honras na capital mundial desse esporte! técnicos fornecidos pelos mais qualificados músicos do planeta. E E tudo converge para ele: comportamento eufórico da Assim, seus resultados atingiram níveis artísticos e sociais úni- população; decoração nas ruas; 90% do noticiário; discussões cos no mundo. São 140 orquestras infantis, 125 juvenis, trinta acirradas em botequins, empresas, igrejas, redes sociais; o ca- sinfônicas profissionais, 420 corais infantojuvenis, quarenta lendário de trabalho é alterado para liberar atenções e emo- corais profissionais e 350 mil estudantes atendidos em 180 ções do cidadão para o evento. Constrói-se um novo templo núcleos de ensino e atuação. Hoje, a Venezuela possui o maior futebolístico de gigantescas proporções numa região das mais índice mundial de músicos atuantes em relação à população, modestas de São Paulo para abrigar o ato e o culto. Autorida- segundo a Unesco. des mundiais presentes, bilhões acompanhando a solenidade Há pouco mais de quarenta anos, quando o musicólogo esportiva via satélite, e tudo começa no momento previsto, brasileiro Luís Heitor era comissário de música da Unesco em pontualmente. Paris (aliás, a música é a única atividade artística que possui O inusitado, porém, acontece. O brasileiro, um povo pouco um departamento nessa instituição), ele criou nos países da politizado, que coloca nos postos de comando da nação o que América Latina a Juventude Musical. Aqui no Brasil, confiou o há de pior na sociedade, resolve, repentinamente, transformar o trabalho de animação cultural a e, na Vene- alegre acontecimento esportivo em manifestação política agres- zuela, a José Abreu. Por sorte, este maestro se tornou ministro siva. Não sabe votar, mas, sentindo os efeitos da má adminis- da Cultura e conseguiu – em forma de lei! – 5% das ações da tração pública que ele mesmo elegeu, resolve, num momento PDVSA (a “Petrobras venezuelana”) para o projeto juvenil que ultrassensível da vida nacional, expor sua indignação da forma depois chamou de El Sistema. E se essa fundação possui alguma mais grosseira. Ou seja, o ser humano é um ser político por na- relação com o governo, o tem com o ministério dedicado à ação tureza, mesmo que essa característica nem sempre apareça nos social, e não com os de “Relações Públicas”, “Casa Civil” ou momentos adequados. “Cultura”. O projeto é de natureza sociocultural e pretende dis- Se uma brincadeira com a bola rolando em campo se ciplinar a mente dos adolescentes por meio do rigor matemático transforma em ato político, com seu poder feiticeiro a música da música, evitando que caiam nas garras do tráfico de drogas consegue ainda mais, como nos mostram milhares de fatos na ou de outro tipo de delinquência típica da periferia das grandes história. E mais que qualquer outra arte, por sua capacidade de cidades. No projeto, apenas parte se torna efetivamente músico atuação e sua influência em nossa estrutura emocional. Se isso é profissional, mas todos adquirem novos perfis de cidadania. Isto uma realidade e se muitos líderes levaram seus povos ao autoex- é ou não uma prestação de serviço de cunho social à nação? termínio sob influência de belíssimos hinos patrióticos, muitos Quando Dudamel, oriundo do El Sistema, foi convidado também tiraram proveito do poder da sedução sonora para se para assumir a direção artística da esplêndida Filarmônica de autopromover. E quanto se questiona a carreira de artistas que Los Angeles, sediada numa sala das mais modernas, belas e de se beneficiaram do apoio de poderosos, sobretudo de ditadores, melhor acústica do mundo, a Walt Disney Concert Hall, ele es- em várias épocas e países do mundo? tava em Londres. O então presidente Hugo Chávez, tentando Estou entrando na polêmica cultura versus política por- tirar proveito do fato, se apressou em enviar o jatinho presiden- que neste mês de julho receberemos mais uma vez a visita cial à capital inglesa para levá-lo a Caracas e recebê-lo com toda da magnífica Sinfônica Simón Bolívar, da Venezuela, com seu pompa e circunstância. Abreu telefonou a Dudamel, alertando- titular Gustavo Dudamel. O excelente maestro – até cogitado -o do esquema preparado. Imediatamente, o maestro tomou um para substituir Simon Rattle à frente da Filarmônica de Berlim avião para Nova York, chegando a Caracas por outras vias, sem – foi duramente atacado pela pianista venezuelana Gabriela avisar ninguém, para evitar a “politização” do fato e a participa- Monteiro pelo fato de seguir com seu trabalho pedagógico e ção em mais uma fanfarronice oportunista do presidente. artístico no El Sistema, “indiferente” ao que vem ocorrendo Que venha Dudamel com sua maravilhosa orquestra e que em seu país – a derrocada estrutural da Venezuela sob o co- nos ajude a implementar aqui um esquema semelhante, pois mando dos governos “bolivarianos”. musicalidade não falta para chegarmos aos mesmos resultados. Ocorre, porém, que a vantagem do El Sistema, projeto im- E que aprendamos com ele a trabalhar na área da música clássica plementado no país há décadas pelo maestro José Abreu, é ser fora dos artifícios demagógicos da política, pois esta, em nossos uma fundação independente, que nunca esteve sob comando países, na maioria das vezes, nem suas próprias obrigações reali- ou influência da área política. Por essa razão, sua estrutura foi za com competência e dignidade.

12 Julho 2014

Por Jorge Coli

[email protected] O exotismo erótico de Carmen

Municipal paulistano apresentou excelente produção da popular ópera de Bizet

Festival Amazonas de Ópera programou uma Carmen Lana Kos, de apenas 30 anos, compunha o elenco no papel com a ótima Cristina Gallardo-Domas. O Theatro Mu- de Micaëla: admirável, com sua voz cristalina, projetando-se O nicipal de São Paulo também apresentou há pouco uma em bela intensidade. Teve um formidável sucesso com uma La Carmen. É a ópera mais popular do repertório: não há quem traviata no Festival de Verona (regida por Carlo Rizzi) e, ao que não conheça a Habanera ou a Canção do toureador. E, de fato, parece, deve vir cantar a Desdemona de Verdi no ano que vem, talvez não exista obra mais melodicamente inspirada, mais em São Paulo: a não perder absolutamente. O barítono Rodrigo sutilmente orquestrada, em que a invenção seja nova a cada Esteves vem afirmando suas sólidas qualidades e compôs um segundo. É também uma obra dramaticamente perfeita, que se belo Escamillo. Acrescente-se a direção vibrante do maestro conclui de maneira espantosa e inédita: um dueto de palavras espanhol Ramon Tebar (outro muito jovem: 36 anos), a quali- simples, secas, breves (“É você?”, “Sou eu.”, “Disseram que dade da Sinfônica Municipal e do coro, e o resultado foi o que você devia vir...”), eletrizado em alta voltagem por Bizet. foi: excelente. No Municipal (espetáculo do dia 7 de junho), os protago- Seria possível assinalar aqui e ali alguns pontos menos nistas eram Rinat Shaham, jovem cantora israelense de 34 anos, felizes da montagem, mas injusto, porque eles foram largamen- e Fernando Portari. No dueto final, o público ficou de cabelo te compensados pelo resultado do conjunto. O belo, mas severo, em pé, mesmerizado, tal a intensidade, tal a verdade poderosa. cenário único, de Juan Guillermo Nova, permitiu movimentos Rinat Shaham talvez não tenha a voz mais potente do mundo, das multidões convincentes, bem-concebidos e bem-dirigidos mas é bem timbrada e habitada pelo talento dramático (sem por Fillippo Tonon, sob a iluminação poética de Caetano Vilela. contar a experiência do papel: desde 2009, ela o interpretou em 18 produções pelo mundo afora!). Portari cantou como só os O exotismo erótico muito grandes: com finura, requinte (o pianíssimo de “et j’étais A ópera Carmen concentrou desejos imaginários que o une chose à toi”!), mas ainda com profundo sentido trágico e século XIX superpunha nas palavras erotismo e exotismo. O desesperado de seu personagem. desejo centra-se no outro, com paixões e violências impossí- veis no mundo da sociedade industrial. Assim, brotaram es- panholismos, americanismos, japonismos e orientalismos di- Duas cenas da montagem de Carmen versos. Havia também um “outro” mais próximo, constituído do Theatro Municipal de São Paulo pelas diferenças sociais: o que poderia ser chamado exotismo de classe, no qual o público sofisticado podia experimentar as apimentadas violências passionais que ocorriam no mundo dos “inferiores”. Carmen, espanhola, andaluza, cigana, rebel- de, movida apenas por paixões, um condensador de seduções físicas e mentais. Mas ela é outra coisa ainda. No século XIX assiste-se ao flo- rescimento do temor inspirado pelas mulheres. Institui-se uma polaridade: as boas (virgens angelicais, que se tornarão mães) e as más (muito, muito más, fêmeas destruidoras de homens, femmes fatales, mulheres fatais). A lista seria longuíssima: Carmen, Salomé, Cleópatra, Dalila, Lulu, e que se prolongaria pelo cinema: Theda Bara, Marlene Dietrich. fotos: divulgação / Heloisa Ballarini / Heloisa divulgação fotos: Ao contrário da novela – novela, e não romance, definições que um anglicismo desastrado vem confundindo hoje – de Pros- per Mérimée, que se concentra unicamente na protagonista, a ópera instaura a dualidade da virgem e da femme fatale, con- trapondo à cigana a suave Micaëla, para quem Bizet escreveu páginas transcendentes. O exotismo erótico de Carmen possui, no entanto, um aspecto paradoxal. Porque a música de Bizet, que parece en- carnar sem discussão a Espanha, não é nada espanhola. Bizet não se preocupou em ir buscar no folclore andaluz qualquer inspiração. Bizet mostrou-se mais genial do que um compilador de temas locais: fabricou uma Espanha sonora mais verdadeira do que qualquer outra. P.S. O Theatro Municipal de São Paulo vem incluindo, no progra- ma, o libreto completo e bilíngue das óperas, excelente iniciativa. Seria preciso, porém, cuidar melhor da tradução.

14 Julho 2014

Intuição e força

Você vai interpretar neste mês, com a Orquestra Entrevista com a soprano Filarmônica de Minas Gerais, a cena final da ópera Capriccio e as Quatro últimas canções. Como definiria a importância que a obra de Richard Strauss tem neste momento específico de sua carreira? Strauss escreveu tanto e tão bem para soprano! As duas obras Adriane oferecem desafios diferentes.As quatro última canções exigem uma grande estabilidade vocal e uma parte média da voz equi- librada para que, em especial na primeira canção, você consiga se sobrepor à escrita orquestral. E esse é um desafio para mim neste momento em que faço a transição do repertório mais leve Queiroz de soprano lírico para papéis mais pesados de soprano lírico spin- to. Já Capriccio coloca outra questão, que diz respeito mais à interpretação. A cena final da ópera é uma peça de conversação Por João Luiz Sampaio musical. O que Strauss faz é criar um enorme diálogo entre a so- prano e a orquestra, no qual nos pergunta, mesmo sem oferecer uma resposta: o que é mais importante, a palavra ou a música?

Você falou que vive um momento de mudança de repertório. Como se dá esse processo? Quando o cantor sabe que está pronto para encarar papéis mais pesados? o final dos anos 1990, a soprano Adriane Queiroz se depa- Em especial para as vozes femininas, a mudança de Fach [termo rou com uma decisão difícil: deixar o emprego e a família na que se refere à classificação vocal] é algo que acontece com o N sua Belém natal e partir para Viena, onde tentaria realizar tempo. São cinco, sete anos de trabalho até que essa transição se o sonho de viver de cantar. A escolha parece ter sido a correta. complete. E isso não significa abandonar papéis mais leves, mas, Cerca de quinze anos depois, hoje ela é membro do elenco estável sim, com base em uma técnica sólida, unir a eles outros mais da Ópera Estatal de Berlim, já gravou com maestros como Daniel pesados. Antes de mais nada, esse é um trabalho muscular, que Barenboim e Pierre Boulez e, no Brasil, tem sido presença constante só se realiza com treino, espera e experiência. Não é do dia para em palcos como o Festival do Theatro da Paz, no Pará, e o Theatro a noite. E prefiro que seja assim. Municipal de São Paulo, onde no começo deste ano cantou na nova produção de Falstaff, de Verdi. Em julho, ela se apresenta em Belo Mas a mudança também tem a ver com a maturidade Horizonte com a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais em um musical, não? programa no qual vai interpretar a cena final da ópera Capriccio e Com certeza. É um equívoco dizer que papéis pesados são mais as Quatro últimas canções, de Richard Strauss. São obras que se complexos que os mais leves, não se trata disso. Mas a experi- encaixam no momento atual de sua carreira, quando ela começa ência como cantor permite conciliar as duas coisas e entender a acrescentar papéis mais pesados ao repertório, como explica na o universo específico de cada repertório. E, além disso, com o entrevista a seguir, concedida à Revista CONCERTO por telefone, tempo, pelo menos para mim, você aprende a necessidade de da Suíça, onde ela se preparava para um concerto dedicado a obras entender e aceitar sua natureza, seus limites. Não adianta correr de Mozart com a Philharmonie Baden-Baden. e, de uma hora para outra, perder a leveza. Ao mesmo tempo que me preparo para cantar a Manon Lescaut, de Puccini, quero Agenda continuar cantando a Pamina, de A flauta mágica, por exemplo, A soprano Adriane Queiroz canta Richard Strauss com a Filarmônica pois acredito que Mozart é fundamental para o desenvolvimen- de Minas Gerais, sob direção de Fabio Mechetti, dia 15 de julho, em to de qualquer cantor. Belo Horizonte No ano que vem, você canta Manon, na ópera de Puccini, no Theatro Municipal de São Paulo. Que outros papéis você gostaria de ter em seu repertório? Minha experiência, até agora, me mostrou que Puccini, Mo- zart e Strauss são os compositores com quem me sinto mais à vontade musicalmente. Estou animadíssima com esse primeiro contato com Manon e, é claro, sonho com Tosca, Butterfly!

16 Julho 2014 E Verdi e Wagner? Estão também no horizonte? Há cerca de seis meses, em Belém, fiz um concerto com obras desses dois compositores. E me senti mais à vontade com Wag- ner, de quem cantei a Morte de amor, de Tristão e Isolda. Verdi, por sua vez, exigiu uma preparação maior. Imaginei que seria o contrário, mas não. Talvez Wagner facilite o trabalho do can- tor ao estabelecer tantos coloridos na orquestra, eles servem de orientação. Já em Verdi, as cores precisam surgir do canto, e isso exige um treinamento extra.

Você começou sua vida profissional como pedagoga, trabalhando com crianças carentes em Belém. Quando a música se impôs em sua trajetória? A música tinha enorme importância no trabalho que eu desenvolvia com as crianças em Belém, como pedagoga. Cantar era, em um primeiro momento, apenas um hobby. Até que, em 1996, durante um concerto em homenagem ao centenário de Carlos Gomes, algo aconteceu. Ali percebi que existia a possibi- lidade de me tornar cantora profissional. E devo isso também a minhas professoras. Primeiro, Marina Monarcha, que me abriu as portas para esse universo e, em seguida, Malina Minerva, que me empurrou em direção à decisão.

No final dos anos 1990, você estava casada, tinha um emprego, um filho de 8 anos. E, então, resolveu se mudar para a Europa atrás do sonho de ser cantora profissional, de viver do canto. Foi uma decisão pensada ou um impulso? Um pouco dos dois. Eu já havia ensaiado uma saída do Brasil, para estudar em Missouri, nos Estados Unidos. Mas eu tinha 23 anos na época, já estava um pouco velha para começar a universidade e não consegui uma bolsa integral. Além disso, no m irov / sergey divulgação Missouri, havia um foco muito grande na parte teórica, e eu sou uma pessoa prática, prefiro refletir sobre os papéis à medida que uma cidade que já conhecia, e batalhar para ser efetivada na os preparo. E então surgiu a possibilidade de ir a Viena. Teria que Volksoper ou tentar a sorte na Alemanha. De novo, aquela coisa abandonar o emprego, me afastar de meu marido e meu filho. do instinto. E fui. Não era, claro, uma decisão fácil de tomar. Era tudo ou nada. Mas sempre valorizei muito meu instinto. E fui. Qual é a lição que você tira da experiência de fazer parte do elenco estável de uma companhia de ópera? Como Como foi a chegada à Europa? isso contribui para o desenvolvimento do cantor? Catastrófica (risos). Eu não sabia nada de alemão. Todo o pro- Para mim, foi algo muito importante. Você aprende a lidar com cesso, da decisão de viajar ao embarque de fato, não demorou a voz de uma forma profissional, precisa ter uma constância mais que três meses, não houve tempo para me preparar. De técnica, resistência. E está sempre estudando, aprendendo algo repente, eu estava em Viena, na casa de amigos, de amigos de novo. Muitas vezes, um cantor que não está ligado a um tea- amigos de alguém que me conhecia! O pior, naquele momento, tro fica tempos sem cantar entre um contrato e outro e perde foi a solidão. Ao mesmo tempo, porém, não foi tão difícil quanto o ritmo de trabalho. Numa companhia, isso não acontece. De me ambientar à cultura americana. Porque, em Viena, eu sen- manhã e à tarde você ensaia Mozart, e à noite precisa cantar tia uma valorização muito especial da música, assim como do Puccini, tendo apenas três horas de intervalo. E, além disso, é tempo livre, do contato com a natureza, o que era importante preciso estar sempre à disposição – é o preço que se paga pela para mim. Durante o tempo que passei nos Estados Unidos, não estabilidade. encontrei isso. Na Staatsoper, você tem trabalhado com o maestro Seu primeiro trabalho na Áustria foi na companhia da Daniel Barenboim, que é o diretor artístico. Como é estar Volksoper. Mas alguns anos depois você se mudou para sob o comando dele? Berlim. Como se deu essa mudança? Barenboim é um maestro extremamente enérgico, diferente, Eu ainda era estudante, mas já cantava algumas coisas na Volks- por exemplo, de um Zubin Mehta, mais calmo, tranquilo. Ele é oper, o que, claro, era uma experiência incrível. Foi bom demais visceral em tudo o que faz. E exige o mesmo respeito ao trabalho me sentir dentro de um ambiente profissional. E então Berlim e a energia de todos os envolvidos na ópera. É genial ver como aconteceu, como um milagre. Fiz uma audição, em Viena, para ele sabe cada detalhe, cada nota, de qualquer partitura, o que a Staatsoper. Uma das diretoras assistentes de Ioan Holender, às vezes dá até certo medo. A qualidade com ele precisa ser que era o chefão do teatro, estava se mudando para Berlim, onde sempre alta. seria diretora da Staatsoper. Gostou de mim e me convidou para ir para lá. Eu precisei, então, fazer uma escolha: ficar em Viena, Obrigado pela entrevista.

Julho 2014 17 Quarteto divulgação Radamés Gnattali

Conjunto de câmara em ascensão no cenário brasileiro, o quarteto lança projetos e participa do Festival de Inverno de Campos do Jordão

Por Camila Frésca

“ eja útil à comunidade. Isso é muito mais importante do Cuarteto Latinoamericano, me apaixonei por essa música incrí- que ser uma estrela do violino” – estas palavras foram vel”, relembra Carla. “Gravamos a integral em nove meses. Isso S ouvidas muitas vezes pela violinista Carla Rincón. Quem é pior que um ironman, não recomendo e não faria de novo. a aconselhava era José Antonio Abreu, músico, economis- Nossa integral é praticamente gravada ao vivo, em salas de con- ta e educador visionário que fundou o Sistema Nacional de certo, não em estúdio.” A experiência rendeu elogios até da Orquestras Juvenis e Infantis da Venezuela, mais conhecido prestigiosa revista inglesa especializada em cordas, The Strad, e como El Sistema. Tal mote parece guiar o trabalho da artista abriu uma nova perspectiva de trabalho para o Quarteto Rada- com o Quarteto Radamés Gnattali, que foi fundado em 2006 més Gnattali: o de gravar integrais de autores brasileiros. Estão e desponta como um dos mais interessantes conjuntos de em andamento projetos com a obra de Guerra-Peixe, Cláudio câmara do país. Santoro e, claro, Radamés Gnattali. “Sempre que assumimos Venezuelana nascida em Caracas, Carla Rincón se iniciou uma integral, ela vem desde o manuscrito até a gravação final. musicalmente no El Sistema. Depois de tocar na Orquestra O trabalho de revisão é enorme. E, além disso, há gastos que aca- Jovem Simón Bolívar e participar de master classes com músicos bam sendo assumidos por nós, já que quase sempre iniciamos os de várias partes do mundo, ganhou uma bolsa para os Estados projetos sem ter um patrocinador em vista”, conta Carla. Unidos. Enquanto estudava, veio algumas vezes ao Brasil para Além do trabalho de gravação e difusão de repertório brasi- tocar e acabou se apaixonando pelo país, para onde se mudou leiro, o conjunto é fortemente envolvido com educação musical definitivamente em 2004. Ela conta que, desde o início, pensou e, desde 2009, desenvolve “O Brasil de Tuhu”, projeto educativo na possibilidade de formar um quarteto, não apenas devido ao que viaja pelo Rio de Janeiro e consiste em concertos interativos interesse pela formação, mas especialmente por ter se decepcio- baseados no Guia Prático, de Villa-Lobos (Tuhu era o apelido de nado com o ambiente orquestral que encontrou aqui, bastante infância do compositor). “O Brasil de Tuhu” acaba de se transfor- hierarquizado e desmotivado. “Não fui criada para ter um em- mar também em aplicativo para tablets e celulares, com música prego estável, fui criada para ser feliz”, afirma. brasileira, vídeo-aulas e exercícios de musicalização. Assim, ela decidiu abrir mão de um posto orquestral fixo “Um quarteto não é apenas um conjunto de quatro músi- para se dedicar ao ensino e a um projeto próprio. Nascia, em cos da mais alta competência que se reúne toda vez que existe 2006, o Quarteto Radamés Gnattali, com a vocação primordial a demanda de um projeto qualquer”, afirma Ricardo Tacuchian. de tocar música brasileira. O primeiro CD, “Quadro Brasil”, “O trabalho deve ser permanente para criar um elo de entendi- de 2008, era também a primeira afirmação nesse sentido, com mento entre os músicos, a ponto de eles se entenderem por um obras de Radamés Gnattali, Cláudio Santoro, Camargo Guarnie- simples olhar. Além do mais, um quarteto brasileiro deve ter ri e Villa-Lobos. À época formado por Carla Rincón e João Carlos uma função cultural, promovendo os compositores nacionais Ferreira (violinos), Fernando Thebaldi (viola) e Paulo Santoro do passado e do presente. Por fim, deve haver um compromisso (violoncelo), o disco já chamava atenção pela consistência e pelo social e educativo tão importante quanto o compromisso cultu- frescor com que as peças eram interpretadas. A ele se segui- ral e musical. O Quarteto Radamés Gnattali é tudo isso. Foi um ram “Na cadência do silêncio”, com obras de câmara de Tim privilégio ter minha obra gravada por eles. Acompanhei todo o Rescala; “As quatro estações cariocas”, uma empreitada original processo de registro da integral de meus quartetos de cordas e que conta com a participação do violonista Zé Paulo Becker, na fiquei emocionado com o respeito com que trataram minha mú- qual o conjunto interpreta obras compostas especialmente para sica. O lançamento do CD é um dos momentos mais significati- a ocasião e que, ignorando as fronteiras entre erudito e popular, vos de minha carreira”, completa o compositor, que comemora remetem a quatro estações de trem cariocas: Mangueira (por 75 anos em 2014 e está sendo homenageado em concertos pelo Maurício Carrilho), Madureira (Jayme Vignoli), Leopoldina Quarteto Radamés Gnattali. (Paulo Aragão) e Central do Brasil (Sergio Assad); um CD dedi- Atualmente, além de Carla Rincón, o conjunto é formado cado aos compositores do Prelúdio 21; e, agora em 2014, a in- por Andréia Carizzi (violino), Estevan Reis (viola) e Hugo Pilger tegral dos quartetos de corda do compositor Ricardo Tacuchian. (violoncelo). Concertos, gravações e atividades educativas estão Paralelamente aos projetos discográficos, em 2012 o con- na agenda do grupo até o final do ano. Neste mês, eles perma- junto mergulhou numa ousada tarefa que resultou na integral necem durante duas semanas em Campos do Jordão, onde irão dos 17 quartetos de corda de Villa-Lobos, em DVD. “Desde que trabalhar com os jovens selecionados para a classe de composi- ouvi os quartetos de Villa-Lobos, ainda na Venezuela, com o ção do festival.

18 Julho 2014

Música de vida, morte e transformação

Mais que o retrato de episódios traumáticos da vida de Gustav Mahler, a Nona sinfonia é a síntese do trabalho de um compositor preso entre a música do passado e o desejo de forjar uma ideia de futuro

Por João Luiz Sampaio

a biografia de Gustav Mahler, o ano de 1907 ganhou im- Berg, quando escreveu, em uma carta a sua mulher, sobre o portância fundamental. Foi quando ele deixou o cargo impacto provocado pela audição da Nona. A presença do fim, N de diretor da Ópera de Viena, sob campanha virulenta ele reconhece, é muito forte. O que lhe parece mais importante, da imprensa, e, paralelamente à crise em sua vida profissional, no entanto, é a “expressão de um amor inédito por esta terra, de enfrentou dificuldades no campo pessoal: em julho, o compo- um desejo de viver nela em paz... até que a morte se aproxime”. sitor testemunhou a morte da filha Maria, vítima de difteria; e, Em outras palavras, em uma obra como a de Mahler, cons- pouco tempo depois, descobriu que sofria de um problema con- truída sobre a dualidade, fazendo conviver a nostalgia e a ironia, gênito no coração. O próprio Mahler, em carta escrita em 1908 o sentimental e o moderno, nada pode ser tão óbvio. No caso ao amigo e maestro Bruno Walter, daria a medida do impacto específico da Nona sinfonia, talvez seja mais interessante com- provocado por esses acontecimentos: “Direi a você apenas que preender morte e vida como alegorias de uma sensação de não perdi toda a claridade e quietude que um dia conquistei, que es- pertencimento a um mundo do qual, paradoxalmente, não é tive diante do nada e que, agora, no final da vida, sou novamente possível se distanciar. E, em música, isso talvez se traduza pela um iniciante que precisa encontrar equilíbrio”. opção de levar ao extremo elementos do Romantismo, “abala- Esses dados biográficos tornaram-se indispensáveis à com- dos pelo trauma de nascimento da modernidade e recuperados preensão da Nona sinfonia do compositor, escrita dois anos mais sob uma nova perspectiva, que oscila entre a ironia e a violên- tarde. E a peça passou a ser, por conta disso, entendida como cia”, nas palavras do filósofo Jorge de Almeida. uma espécie de carta-testamento, um relato tenso e comovente A Nona sinfonia, então, nos falaria não necessariamente do flerte com a morte – e da aceitação da finitude como um de morte – seja do indivíduo, seja de toda uma época –, mas fato incontornável da vida. “A sinfonia é uma canção que nos de transformação, de transmutação. É o que sugere o maestro fala do pós-morte. Mahler morreu por causa dela. Sua busca e compositor Pierre Boulez no prefácio da edição espanhola do instintiva pela verdade chegara enfim ao clímax”, escreveu, no Gustav Mahler de Bruno Walter. “Unir a obra do compositor início dos anos 1920, o crítico Paul Bekker, estabelecendo uma a uma corrente que conduz diretamente, e de forma plena, à interpretação que seria corroborada por nomes como o próprio Segunda Escola de Viena, seria forçar as coisas, fazer com que Walter, para quem a “força motriz da música” seria a “sensação digam mais do que podem de fato dizer. Há, em Mahler, muita da partida”, da despedida. nostalgia, laços grandes demais com o passado, para que faça- Não parece haver dúvidas de que o Mahler que, no verão mos dele um revolucionário responsável por desencadear um de 1909, começou a trabalhar na Sinfonia nº 9 era um homem processo irreversível de renovação radical”, escreve. “Mas, há, transformado pelos acontecimentos dos anos anteriores. Ainda por outro lado, uma vontade tão obstinada de passar por cima assim, seus principais biógrafos são unânimes ao afirmar que das categorias do passado, de forçá-las a expressar algo para a imagem do autor fechado em sua cabana à beira do lago em que não estavam originalmente destinadas, há tal persistência Toblach – pressentindo, a cada nota colocada na partitura, o no modo como ele estende os limites que não se pode reduzir fantasma da morte – é exagerada. E, como prova disso, eles Mahler a uma definição de ‘fim de tempo’; ele participa, de sua usam palavras do próprio compositor. “A obra (o que sei dela, maneira pessoal, do futuro.” pois tenho escrito cegamente e, agora que comecei a orquestrar o último movimento, já esqueci do primeiro) é uma adição satis- fatória à minha pequena família”, escreveu ele a Walter sobre a Agenda sinfonia, de forma breve e sem fazer referência a algum progra- Gustav Mahler – Sinfonia nº 9 ma extramusical para a criação. Orquestra Sinfônica Simón Bolívar da Venezuela, Dessa forma, se a Sinfonia nº 9 é um dos símbolos da ten- Gustavo Dudamel, regente dência, sempre muito forte na fortuna crítica de Mahler, de São Paulo, dia 7 de julho associar vida e obra, também é prova de que essa ligação se dá (Sala São Paulo – Promoção Cultura Artística) por mecanismos muito mais complexos do que normalmente Rio de Janeiro, dia 10 de julho se supõe. Uma prova disso foi fornecida pelo compositor Alban (Theatro Municipal do Rio de Janeiro – Promoção Dell’Arte)

20 Julho 2014

Jean-Philippe Rameau (1683-1764) Grande nome da ópera francesa no século XVIII, o compositor, morto há 250 anos, viveu nas últimas décadas um processo de resgate que lhe devolveu a importância como teórico e autor

Por João Luiz Sampaio

história da música está repleta de prodígios que, des- de a mais tenra idade, demonstram enorme talento e A capacidade de subverter regras preestabelecidas. Mas nela há também artistas que apenas na maturidade encontram o espaço ideal para desenvolver ao máximo suas potencialidades. É o caso do francês Jean-Philippe Rameau. A atividade prati- cada por ele como organista até as vésperas de seus 40 anos dificilmente lhe garantiria mais do que notas de rodapé em livros especializados – mas, depois, como compositor e autor de uma série de estudos teóricos, ele inscreveu seu nome em definitivo no panorama da criação musical ocidental.

Prelúdio Rameau nasceu em Dijon, no leste da França, em 25 de setembro de 1683. O pai, organista, foi responsável por introduzi- -lo no mundo da música. Relatos biográficos posteriores dariam conta de que o pequeno Jean-Philippe aprendeu as notas antes mesmo de ser alfabetizado – e que, no colégio jesuíta de Godran, era frequentemente colocado para fora da sala de aula por se recu- sar a parar de cantar. O canto talvez fosse consequência da paixão efervescência. Rameau chegou a prestar concurso para a vaga de pela ópera, gênero que mais tarde o motivou a escolher a música organista da igreja de Saint-Paul, mas acabou derrotado, o que o como caminho profissional e ao qual ele acabaria se dedicando. levou de volta a Lyon e depois a Clermont-Ferrand. E, em 1717, O início de sua trajetória seria, no entanto, acidentada. aos 34 anos, apesar de já ter editado uma coletânea de peças Com 18 anos, Rameau fez uma curta viagem a Milão em busca para cravo, Rameau vivia um impasse em sua carreira. de oportunidades profissionais, mas logo voltou à França, onde atuou, primeiro, como membro de uma companhia itinerante Tratado e, mais tarde, como organista, em Avignon. Os anos seguintes o A sorte do compositor começou a mudar em 1722, quando encontrariam ocupando o posto de organista em Dijon, no lugar ele lançou o Tratado de harmonia reduzida a seus princípios que um dia foi de seu pai, e também em Clermont e Lyon. naturais, no qual havia trabalhado extensamente durante o pe- Em 1715, mudou-se para Paris. A capital francesa passava ríodo em que foi organista em Clermont. Na esteira de uma por grandes transformações. Com a morte de Luís XIV, a corte dimensão filosófica para a criação da música, da qual fazia parte comandada pelo regente Philippe de Orléans preparava seu re- também atenção especial à matemática, Rameau criou as bases torno à cidade – e o teatro e a ópera refletiam o momento de de uma ciência harmônica que pregava a supremacia da harmo-

Vista artística do Imagem da capa da primeira Alexandre Le Riche centro de Dijon edição do Tratado de Harmonia de La Poupelinière

Após viagem a Milão, retorna à França, onde Torna-se mestre de música atua como organista em do mecenas Alexandre Le Avignon e Clermont Riche de La Poupelinière 1702 1731

1683 1706 1722 1733 Nasce em Dijon, no leste da Publica o primeiro livro Publica o Tratado de harmonia Estreia sua primeira ópera, França, em 25 de setembro de peças para cravo reduzida a seus princípios naturais Hippolyte et Aricie

Vista da catedral de Avignon

22 Julho 2014 nia sobre a melodia – e o estudo é até hoje compreendido como uma revolução na teoria musical. Cinco gravações para conhecer Rameau A publicação do livro fez Rameau pensar na possibilidade de retornar a Paris. Desta vez, porém, a fama de seu tratado lhe Hippolyte et Aricie Les Arts Florissants / William Christie abriu portas. Pouco depois da viagem, ele lançou um novo livro A primeira ópera do autor, por um dos com peças para cravo e passou a atuar também como professor responsáveis pelo resgate de sua obra – ele se casou, em 1726, com uma de suas alunas, Marie-Louise Mangeot. Em 1731, caiu nas graças do mecenas e férmier gene- Suítes para teclado ral – uma espécie de coletor terceirizado de impostos, a serviço Angela Hewitt, piano do rei – Alexandre Jean Joseph Le Riche de La Poupelinière. Leitura sensível, ao piano, das principais Durante 22 anos, Rameau foi seu maitre de musique, coman- criações para cravo de Rameau dando sua orquestra particular e vivendo em seu palácio. Grandes motetos Ópera La Chapelle Royale / Philippe Herreweghe Mas a fama recém-conquistada teve outra consequência, Nos motetos, a antecipação do senso não menos importante: permitiu que ele se aproximasse de teatral desenvolvido pelo compositor libretistas que lhe forneceram material para óperas. A primeira delas foi Hippolyte et Aricie, estreada em 1733, com texto do Uma sinfonia imaginária Les Musiciens du Louvre / Mark Minkowski abade Simon-Joseph Pellegrin, inspirado pela Phèdre, de Raci- Minkowski une diversas peças curtas de ne. “Meu Senhor, há música suficiente nessa ópera para dez ou- Rameau para criar esta ‘sinfonia’ tras; este homem vai eclipsar todos nós”, escreveu André Cam- pra, um dos principais compositores franceses da época, em Suítes para balé carta ao príncipe de Conti. O sucesso, porém, não foi unânime European Union Baroque Orchestra / Roy Goodman – a complexidade da orquestração e a inventividade harmônica Na música para balé, uma faceta pouco desagradaram os defensores de Jean-Baptiste Lully, então grande explorada do autor nome da ópera francesa, e alguns dos músicos da Academia Real de Música, que sugeriram cortes na partitura a fim de eliminar passagens que consideravam difíceis demais. Para um grupo, do qual faziam parte Rousseau e Diderot, as Rameau trabalhou em seguida com libretistas como Vol- tragédias líricas de Rameau seriam símbolo do atraso do drama taire (em Sansom, La princesse de Navarre, Le temple de la lírico francês – ambos admiravam também a naturalidade e a gloire e Les surprises de l’amour, comissionada por Madame espontaneidade que associavam à escrita italiana. A peleja, no de Pompadour) e, com obras como Castor et Pollux, Les indes entanto, não era apenas musical – já na esteira dos ideais que galantes, Les fêtes de polymnie e Abaris ou Les boréades e desembocariam na Revolução Francesa, Rameau foi associado Pygmalion, acabou substituindo Lully na preferência do públi- ao Antigo Regime e a uma prática política a ser combatida. co. Em 1737, após voltar a escrever sobre harmonia no Tratado de música teórica e prática, assumiu a cadeira de composição Coda da Academia Real de Ciência. Surgiu aí a controvérsia que fi- A essa altura, porém, a reputação do compositor já estava cou conhecida como Querelle des bouffons (ou Querela dos estabelecida e, mesmo quando deixou a proteção financeira de bufões), que o opôs a Jean-Jacques Rousseau. La Poupelinière, Rameau conseguiu manter suas obras sobre o Em agosto de 1752, chegou a Paris uma companhia de palco, aceitando importantes encomendas. Segundo o escritor ópera italiana comandada por Eustachio Bambini. A primeira Chabanon, em seus últimos tempos o músico seguiu trabalhan- obra mostrada foi La serva padrona, de Pergolesi. A presença do em teorias musicais, deixando a casa em que vivia com a da comédia na Academia Real de Música provocou escândalo mulher apenas para se dedicar a longas caminhadas. Rameau e, mais importante, mostrou a evolução alcançada pela ópera morreu em 12 de setembro de 1764 e foi sepultado na igreja de italiana de então, colocando em xeque o que se fazia na França. Santo Eustáquio, em Paris.

Estátua do compositor em Dijon Edição da partitura Jean-Jacques Rousseau

É nomeado Compositor de Estreia sua última Música do Gabinete Real obra, Les boréades 1745 1763

1736 1752 1764 A censura proíbe a Envolve-se na Querela Morre em Paris, no dia 12 estreia de Sansom, dos bufões, em oposição de setembro com libreto de Voltaire a Jean-Jacques Rousseau

IMAGENS: reproduções

Julho 2014 23 Música feita por todos

Orquestra Acadêmica e Coral da Cidade de São Paulo, formado por músicos profissionais e amadores, sobem ao palco da Sala São Paulo para três apresentações de O Messias, de Händel

Por João Luiz Sampaio

evar ao palco obras fundamentais do repertório coral- Foi assim que nasceu o Coral da Cidade de São Paulo, que, -sinfônico e, ao mesmo tempo, oferecer vivência musical não por acaso, além dos concertos na Sala São Paulo e em outros L a não profissionais, amadores interessados em conhecer e palcos, atua constantemente também em teatros de bairro e em participar de apresentações de obras dos grandes mestres. Em CEUs. Ele está aberto a qualquer pessoa, que, sem custos, vai um primeiro olhar, pode parecer impossível conciliar esses dois receber aulas de música e de técnica vocal com professores es- objetivos. Mas tem sido esse o propósito do maestro Luciano pecializados. “O que queremos é dar informação sobre música, Camargo desde que, em 2002, criou a Orquestra Acadêmica e oferecer uma vivência desse universo. Temos desde estudantes o Coral da Cidade de São Paulo, grupos que neste mês interpre- a profissionais liberais, que muitas vezes são assinantes de tem- tam, na Sala São Paulo, o oratório O Messias, de Händel. Haverá poradas de concertos, vão a muitas apresentações, mas querem uma apresentação sem os solistas no CEU Butantã, dia 19. experimentar a música de outra forma, sobre o palco”, explicou A ideia do projeto surgiu para o maestro – que no Brasil es- Camargo em uma entrevista recente. Já a orquestra trabalha tudou com Aylton Escobar, Gil Jardim e Olivier Toni – após um com músicos profissionais: o grupo tem uma base fixa à qual são período vivido na Alemanha. Lá, ele foi diretor de música sacra acrescidos artistas convidados de acordo com a necessidade das da Igreja de St. Peter und Paul, em Freiburg. Nessa condição, obras programadas. regeu dezenas de obras de Bach, Haydn, Mozart, Beethoven, Ao longo de sua trajetória, coro e orquestra ofereceram ao Mendelssohn e, em muitos casos, esteve à frente de corais que público de São Paulo um leque amplo de composições. Obras misturavam cantores profissionais com amadores. A prática, de Mozart, Beethoven e Haydn são, claro, o pilar do repertório pensou, estava relacionada a uma vivência musical mais ple- de qualquer grupo coral. Mas Camargo tem se preocupado, por na, em que o espectador não precisava ser necessariamente um exemplo, em incorporar a música do século XX ao cotidiano agente passivo, a quem caberia apenas ir ao teatro e assistir a tanto da orquestra quanto do coro, com a interpretação de com- apresentações de músicos profissionais. Não, a música deveria posições de autores como Villa-Lobos (Choros nº 10), Hanns fazer parte da vida das pessoas de uma maneira ainda mais pró- Eisler (Réquiem para Lênin), Carl Orff (Carmina burana) e xima e orgânica e, por meio dela, um sentido de comunidade Shostakovich. O compositor russo, aliás, é uma das especialida- poderia ser criado e desenvolvido. des do maestro. Depois de fazer a estreia no Brasil do oratório A canção das florestas, ele regeu, no ano passado, um programa duplo no qual foram interpretadas a Sinfonia nº 5 e o poema sin- fônico A execução de Stepan Razin, uma das últimas obras do autor, a qual narra a história do rebelde cossaco que, no século divulgação XVII, liderou uma revolta fracassada contra o czar Alexis I – em uma alusão, ainda que velada, àqueles que ousaram se rebe- lar durante o período stalinista. Também em 2013, foi apresen- tada a cantata O operário em construção, escrita por Luciano Camargo a partir de textos do poeta . A ópe- ra também tem espaço e, em 2010, foi encenada, no Theatro São Pedro, uma montagem de Orfeu e Eurídice, de Gluck, com direção cênica de Rodolfo García Vázquez, do grupo de teatro Os Satyros, e um elenco que incluía a mezzo soprano Denise de Freitas e a soprano Lina Mendes.

Agenda O Messias, de Händel Orquestra Acadêmica e Coral da Cidade de São Paulo. Luciano Camargo, regente, e solistas Sala São Paulo, dias 22, 26 e 27 de julho. CEU Butantã, dia 19 de julho (sem solistas)

24 Julho 2014 O espelho invertido

Ao contrário da cena teatral brasileira, obras do passado dominam 99% da programação dos concertos de música clássica

Por João Marcos Coelho

ma estatística veiculada na imprensa a partir de pesqui- dos como infantis. Por que na música é diferente?” Praeger sas de Sérgio Fonta me deixou com inveja da vida teatral falava da estrutura musical das obras, que levava os compo- U brasileira. Em junho, dos cem espetáculos teatrais em sitores a repetirem demais os temas. Mas dá pra extrapolar o cartaz no Brasil, 60% eram de autores nacionais, dos quais – raciocínio a obras inteiras. No palco e em disco. A BBC Music pasmem – a grande maioria viva. Uma declaração do pesquisa- Magazine de junho de 2014 fala, numa resenha, de quatro dor me assustou particularmente: “Existe uma pressa natural de CDs simultaneamente lançados com as Sonatas para violino e todos nós, uma vontade de ver o novo que acaba deixando tudo piano de Brahms. Para que milhares de Brahms, Beethovens, para trás”. A reclamação é que parece que o teatro brasileiro Chopins etc.? Haverá ouvidos para eles? acabou de ser inventado. Se vivesse hoje, com certeza Praeger seria ainda mais in- Ora, a vida musical brasileira – aliás, não só aqui, mas no cisivo com as músicas pós-modernas, que preenchem a cota de mundo inteiro – é um rigoroso espelho invertido do retrato da música contemporânea na vida musical convencional com mú- vida teatral. Músicos, empresários e entidades de concertos, ins- sica igualzinha à do século XIX, que tanto o enfurecia. Ora, hoje tituições musicais públicas/privadas e o público lambuzam-se pode-se repetir a audição quantas vezes se desejar. e chafurdam no passado. O presente fica apenas na moda das Fico na dúvida se é ou não melhor dar as costas ao passado roupas, na decoração das salas e em táticas de marketing para e pensar só no novo. Corre-se o risco de reinventar a roda. O capturar mais plateia para os concertos. No palco, 99% de obras minimalismo e o pós-modernismo com tinturas pop ou mís- e compositores estão mortos e canonizados. ticas que ocupam enorme espaço na criação contemporânea A primazia da criação musical do passado sobre a do pre- são sintomas dessa ambiguidade. Não constituem iniciativas sente gerou uma mútua animosidade destrutiva. Compositores ingênuas de criadores despreparados, mas cínicas saídas para e músicos empenhados na produção e na execução da música se acomodar ao mercado, faturar alto e vender gato por lebre. viva consideram meio imbecilizadas as plateias das temporadas Acalmam-se, assim, público, organizadores de concertos e en- regulares de concertos. E o público da música de concerto con- tidades musicais oficiais, argumentando que estão programan- vencional aceita a contragosto a música nova, no máximo como do “o novo”. Tudo “fake”. Falta combinar com os incautos entrada de sabor esquisito que antecede o banquete da grande – no caso, o público. música do passado. Mesmo que não haja disposição clara para ouvir a música Nem tanto à terra nem tanto ao mar? O fato é que, ao contemporânea, é preciso fazê-la chegar às pessoas. Como no contrário do teatro e das artes plásticas, na música de concerto passado, quando os quartetos e as últimas sonatas de Beetho- vivemos a era da performance. Isto é, damos ao público mais ven foram considerados delírios de um velho surdo... Quem do mesmo, e isso gera um anestesiante círculo vicioso. Ape- segurou o bastão para levar este último Beethoven ao público? nas comecei a ler, mas não resisto a passar adiante epígrafe do Os compositores-músicos que o seguiram. Hoje também músi- recém-lançado On Repeat, da pesquisadora norte-americana cos e compositores carregam a tocha da música viva – porém Elizabeth Hellmuth Margulis, que tenta explicar o fenômeno. são poucos, estão à margem da vida musical oficial. Mas esta O poeta W. H. Auden, parceiro de Stravinsky em The Rake’s é outra história. Renovo minha inveja pelas casas cheias nos Progress, diz que “o ouvido tende a ser preguiçoso, anseia pelo teatros brasileiros com o público curtindo e conhecendo cria- familiar e choca-se com o inesperado; o olho, por outro lado, ções atuais. tende a ser impaciente, anseia pelo novo e se entedia com a repetição”. É possível. Mas nem sempre foi assim. William para ler Weber mostrou que as orquestras europeias, em 1800, toca- “Em algum lugar do passado...”, vam 20% de autores mortos e 80% de vivos; noventa anos por Maria Eugênia de Menezes, depois, a proporção era inversa. Em 1890, o crítico Ferdinand em O Estado de S. Paulo de 9 de junho de 2014 Praeger (1815-91) combatia a repetição na música como uma On Repeat, Elizabeth Hellmuth Margulis praga na década final do século XIX. “Um poeta jamais pensa- (Ed. Oxford, dezembro de 2013) ria em repetir metade de seu poema; um dramaturgo, um ato La gran transformación en el gusto musical, William Weber, inteiro; um romancista, um capítulo inteiro. Seriam rechaça- Fondo de Cultura Económica, 2013

Julho 2014 25 no topo da Pirâmide Em um mês tradicionalmente dominado pelos festivais que buscam a combinação de difusão e aprendizagem musical, a Revista CONCERTO analisou os atuais desafios da educação musical de ponta no Brasil

Por Camila Frésca

ecentemente, dois casos de estudantes de música bus- Mansa, no Rio de Janeiro; os Núcleos Estaduais de Orquestras cando auxílio devem ter chegado ao conhecimento de Juvenis e Infantis da Bahia (Neojiba); a Orquestra Criança Cidadã, R quem acompanha nossa vida musical. Rebecca Baratto, no Recife; e o Prima, Programa de Inclusão Através da Música e violinista de 18 anos que integra a Orquestra Jovem do Estado das Artes, na Paraíba. de São Paulo, ganhou uma bolsa de estudos que corresponde a 70% do valor total do curso do Birmingham Conservatoire, Violino que te quero na Inglaterra. Agora, corre atrás de meios para angariar os 30% Foi graças ao Projeto Guri, por exemplo, que Anna Mu- restantes e viabilizar o estudo na respeitável instituição euro- rakawa teve seu primeiro contato com a música, sendo apresen- peia (você pode ler a história de Rebecca no Site CONCERTO). tada ao violino aos 13 anos. Deu continuidade aos estudos fora Do outro lado do Atlântico, a também violinista Anna Muraka- do projeto até que, em 2008, aos 17 anos, foi convidada para wa, de 23 anos, já se encontra em outra fase de sua formação: integrar a Orquestra Jovem das Américas (YOA) e a turma de prestes a ingressar num doutorado nos Estados Unidos, ela deu violino de Evgenia-Maria Popova, violinista e professora búlga- início recentemente a uma campanha que visa a arrecadar fun- ra. Como não tinha recursos para custear os estudos em Sófia, dos para comprar um violino profissional à altura de seu atual na Bulgária, saiu atrás de ajuda. Não foi ouvida pela prefeitura estágio de desenvolvimento. Que ambos os casos têm algo em de Osasco, sua cidade natal, mas o Projeto Guri se sensibilizou comum é evidente. Mas o que eles nos dizem sobre o momento com o caso da ex-aluna e financiou sua ida – nascia, assim, o presente de nossa educação musical? piloto do Projeto de Bolsas do Guri, que já ajudou mais de uma dezena de outros alunos e atualmente é integrado aos “Grupos O gargalo da educação de Referência”. O talento e a dedicação de Anna lhe garantiram Recentemente, uma matéria nesta mesma Revista CON- as oportunidades futuras: ingressar na turma de violino de An- CERTO (confira a edição de maio último) discutiu o cenário atual drés Cárdenes na Universidade Carnegie Mellon, em Pittsburgh, da música clássica no Brasil. Se de um lado louvamos iniciativas e cursar o mestrado na Universidade de Louisville com bolsa recentes que tiveram papel fundamental na consolidação e na am- integral – ela foi spalla da orquestra da universidade, ganhou a pliação desse universo, de outro já mostrávamos que a educação competição de instrumentistas da escola e foi professora assis- musical no Brasil era uma espécie de “gargalo”, que acabava por tente de violino. “O Projeto Guri foi essencial desde o começo emperrar outras áreas da cadeia musical. Nas últimas décadas, de minha história com o violino”, afirma Anna. Seu plano atual podemos apontar o Projeto Guri, mantido pelo governo do es- é ingressar, já no próximo semestre, num doutorado, mas para tado de São Paulo e criado há quase vinte anos, como pioneiro isso ela precisa vencer outro obstáculo: comprar um violino. na inclusão social por meio da música – e, de quebra, como uma Anna saiu do Brasil com um violino emprestado pelo Projeto iniciativa de iniciação musical em massa. O projeto nasceu com o Guri. Mais tarde, comprou um instrumento na Bulgária nova- objetivo de prevenir a violência entre a população jovem carente mente com a ajuda do projeto. Depois, tocou com um violino e, aos poucos, passou a ser visto como oportunidade de acesso emprestado por seu professor Andrés Cardenes e, quando teve ao aprendizado musical (desde 2008, o Guri divide-se em dois que devolvê-lo, voltou para o instrumento comprado. Como ela programas independentes, o Projeto Guri, que atende ao interior mesma conta, “enquanto cursava o mestrado, as limitações de e ao litoral do estado, e o Guri Santa Marcelina, responsável pe- meu próprio instrumento se tornaram muito mais evidentes. los polos da Grande São Paulo e da capital). Quase ao mesmo Alguns dos desafios incluem a falta de projeção, de clareza nos tempo, nasceu o projeto Baccarelli, também de promoção social registros agudos e de equilíbrio entre as quatro cordas”. Na pro- por meio da música e que, após criar um instituto, construir uma cura por um novo instrumento, ela se deparou com um violino sede própria em Heliópolis, comunidade carente de São Paulo e Collin-Mezin de 1878, um “amor à primeira vista”. Agora, tenta formar uma sinfônica de elevada ambição artística – a Sinfônica reunir os 15 mil dólares necessários para sua aquisição (você Heliópolis –, consolidou-se como paradigma de uma ação cultural pode saber mais e ajudar a campanha de Anna Murakawa na pá- promovida por iniciativa privada. Nos últimos anos, outros proje- gina http://www.kickante.com.br/campanhas/como-violino- tos se espalharam pelo país, como o Música nas escolas de Barra -pode-mudar-vida-de-uma-pessoa).

26 Julho 2014 Da inclusão ao aperfeiçoamento Em sua melhor forma, os projetos de inclusão social servem como etapa preparatória para algumas das boas escolas públicas de música que possuímos – no estado de São Paulo, pode-se citar o Conservatório de Tatuí, a Escola de Música do Estado de São Paulo (Emesp) e a Escola de Música de São Paulo (antiga Escola Municipal de Música). A estes, juntam-se outros espaços de aprendizado e aprimoramento: os festivais de música (que durante muito tempo serviram como única oportunidade de contato dos alunos com grandes mestres nacionais e interna- cionais); as orquestras jovens; e, finalmente, as academias de música vinculadas a orquestras profissionais. A Osesp iniciou o trabalho com sua academia em 2006 e, desde então, já ad- mitiu 87 alunos que conseguiram grandes resultados: 22 deles ingressaram em ótimas instituições internacionais de estudo e outros 56 foram aprovados em testes de orquestras pelo Brasil. Já a Filarmônica de Minas Gerais anunciou para logo a criação da academia. Tudo somado, mais o fato de que se trata de iniciativas na grande maioria gratuitas, chega-se à conclusão de que houve uma importante ampliação do acesso à educação musical. Se mais gente é iniciada, mais possibilidades há de se descobrirem talentos e também de um maior número de pessoas levar adian- te os estudos. Porém, quando um aluno atinge alto grau de desenvolvi- mento, quais são suas opções para seguir os estudos? Talvez a universidade, diriam alguns. De fato, universidades podem ser uma alternativa em algumas áreas, mas estão longe de suprir as necessidades de formação de um intérprete de alto nível – e não estamos falando apenas de solistas, mas de músicos que ocupa- rão as primeiras estantes em grandes orquestras. Analisando o cenário musical geral, detecta-se uma melhora significativa nos cursos superiores de música, e alguns são referência nacional. Mas muitas vezes eles estão voltados para a formação de pes- quisadores e teóricos, deixando a desejar na performance de alto nível. “Quando entrei como docente na USP, há muitos anos, um colega me disse: ‘Universidade não é para instrumento, isso é coisa de conservatório. Universidade é para pesquisa e musicologia etc.’”, lembra Henrique , diretor do Conservatório de Tatuí. “Fiquei um pouco chateado, mas passados uns bons anos, acredito que ele não quis desmerecer os instrumentistas, apenas falava da realidade brasileira do en- sino. E me redimo, pois hoje concordo em parte: o sistema é estranho, e mudá-lo implica em tarefas inglórias e enormes”, explica. Opinião semelhante têm os pianistas Celina Szrvinsk e Miguel Rosselini, que além da carreira artística desenvolvem um importante trabalho como professores da UFMG: “Nas universidades públicas brasileiras, o ensino da música tem sido orientado por uma política produtivista, que confronta o trabalho artesanal do professor de instrumento e a tarefa de formar individualmente seus alunos. A prioridade na sala de aula, não obstante o mérito que o trabalho do professor possa ter, é pouco incentivada pelos mecanismos de avaliação da produção docente”, analisam, alertando ainda que “a persis- tirem essas tendências, as aulas individuais de instrumento, voltadas para a formação de profissionais competitivos, pos- sam estar, a curto e médio prazo, no contexto das universida-

ords des federais, senão em vias de extinção, com seus objetivos w seriamente comprometidos”. Ricardo Castro, pianista que se formou na Europa, desen- volveu importante carreira internacional e que há alguns anos reorientou suas atividades e criou o projeto Neojiba, na Bahia, oto / still c k ph oto isto

Julho 2014 27 reflete: “Existem vários ‘Brasis’ e outros tantos perfis de carrei- Tanto Bandel quanto Zuben concordam que não existe po- ras musicais. Dependendo da base educacional e sobretudo do lítica pública voltada para o estudo de jovens músicos no exte- ambiente musical, um jovem que busca realizar uma carreira rior. “Uma política pública de oferecimento de bolsas, com crité- nos moldes clássicos do século XX, certamente obterá resulta- rios bem definidos e de formação a partir do nível de graduação, dos mais rápidos se completar a formação em alguma boa insti- é muito importante para nossos jovens alunos de música. Hoje, tuição superior na Europa ou Estados Unidos”. E abre o leque: percebemos que há diversos jovens com potencial para entrar “Para os que buscam outros caminhos, sobretudo aqueles que nas melhores escolas e conservatórios do mundo. Mas a grande praticam a música como uma arte de desenvolvimento e inte- restrição para eles, infelizmente, é a financeira”, diz Zuben. gração social por meio da busca à excelência, o El Sistema na Ambos estão envolvidos numa iniciativa que procura pre- Venezuela oferece condições que atualmente nenhum outro encher essa lacuna: o Prêmio Machado & Meyer, que há dois lugar no planeta consegue equiparar”. anos oferece bolsa para o melhor aluno da Orquestra Jovem do Estado de São Paulo se aperfeiçoar no exterior. “Rubens Lopes, No topo da pirâmide percussionista, vencedor do Prêmio em 2012, estuda hoje no 2º A verdade é que, depois de ampliar a oferta em iniciação e ciclo – equivalente ao nosso mestrado – do Conservatório Na- formação musical, o país enfrenta o desafio de suprir o último es- cional Superior de Música de Dança de Paris; e Lucas Bernardo, tágio de aprimoramento de músicos profissionais – seja com ins- violinista e spalla da Orquestra Jovem, vencedor do Prêmio em tituições musicais próprias, seja dando condições para que eles 2013, acabou de ingressar na Graduação do Conservatório de terminem a formação no exterior. Hoje, os jovens em vias de Amsterdã”, conta Paulo Zuben. “Mas temos verba para somen- profissionalização enfrentam sérias dificuldades. Não existe po- te um bolsista, que já foi selecionado entre muitos que disputa- lítica pública (ou patrocínio privado) eficaz no que diz respeito ram as somente noventa vagas da orquestra! É muito pouco”, ao financiamento de estudos no exterior. Quando um estudante admite Renato Bandel. de música (prestes a terminar sua formação ou recém-formado) depara-se com uma possibilidade de se aprimorar em centros de Viabilizando sonhos referência no exterior, ele não tem a que recorrer. Parece claro que o momento pede um programa amplo de Se em outras áreas existem instituições e projetos pensados financiamento para estudos musicais no exterior – o que, no para apoiar talentos em vias de profissionalização (CNPq, Ca- futuro, permitirá uma melhor formação aqui no Brasil. Mas, pes, Ciência sem Fronteiras), na área musical este é um objetivo enquanto o poder público não faz sua parte, iniciativas como a ainda a se conquistar. Durante duas décadas (de 1985 a 2005), da Orquestra Jovem ou do Projeto Guri são verdadeiros oásis, jovens músicos brasileiros puderam contar com o apoio decisi- ainda que estejam longe de suprir a demanda atual, que tende vo da Fundação Vitae, associação civil sem fins lucrativos que a crescer. Além delas, parece que a arrecadação de fundos jun- patrocinou os estudos de dezenas de músicos de alto gabarito to à sociedade civil tem sido um meio possível de viabilizar os que então eram jovens promissores. Foi a Vitae, por exemplo, sonhos de jovens talentosos. Em 2012, ganhou grande reper- que possibilitou que o violista Renato Bandel (hoje coordenador cussão o caso de Marcus Toscano, violonista que, por conta do pedagógico da Emesp) estudasse com um grande professor bra- talento excepcional e do esforço hercúleo, foi admitido na Royal sileiro e depois seguisse para uma temporada de dois anos na Academy of Music. A partir daí, começou uma via-crúcis que Academia da Filarmônica de Berlim. Bandel ainda permaneceu passou pela Secretaria de Cultura de Sorocaba, sua cidade natal; por mais cinco anos na Alemanha, diplomando-se mestre pela por possibilidades de bolsas de estudo e contatos com pessoas Universidade de Artes de Berlim. “Tanto a Filarmônica quanto a influentes, até chegar ao crowdfunding, ferramenta de financia- Universidade de Artes são referência para estudantes de música mento coletivo que tem se disseminado em tempos de internet do mundo inteiro. Este convívio dentro das duas entidades foi e viabilizado os mais diferentes projetos. “Foi uma experiência de fundamental importância para minha formação, não encon- marcante e muito positiva”, conta Marcus. “Não sabia que es- traria algo similar no Brasil”, afirma Bandel. Como ele, dezenas tava inaugurando um novo tipo de financiamento estudantil. de outros músicos puderam se beneficiar da bolsa Vitae como Conseguimos 125% da meta em noventa dias, divulgação em complemento para sua formação. vários veículos de imprensa e a solidariedade de milhares de Compositor e educador, Paulo Zuben, diretor da Santa pessoas que não conheço, colaborando com meu projeto, cada Marcelina Cultura – que gerencia diversos projetos de educação uma dentro de suas possibilidades”, conta. Atualmente, Marcus musical em São Paulo como a Emesp, o Guri Santa Marcelina e cursa o mestrado em performance na Escola Superior de Música a Orquestra Jovem –, acha que “o aperfeiçoamento no exterior de Catalunya e revela que, além do valor arrecadado, precisa para um jovem músico brasileiro é muito importante quando ele contar com outras fontes. “Atualmente tenho ajuda mensal de vai estudar em uma escola ou um conservatório de alto nível, minha avó para os custos de manutenção e tenho alunos no Bra- com reconhecido trabalho na formação de excelentes profissio- sil através de videoconferência pelo Skype.” No horizonte dele nais. Essa lista tem hoje mais ou menos trinta nomes de insti- está a participação em competições internacionais e o início de tuições de referência, que possuem estrutura física adequada um doutorado em 2016. para o ensino de música e professores de qualidade, atualizados E Anna Murakawa, o que pensa em fazer no futuro, de- quanto a novas pedagogias para o ensino de instrumento e canto pois de conseguir comprar seu violino e cursar seu doutorado? e, principalmente, envolvidos em projetos artísticos de quali- “Meus planos de longo prazo são me tornar uma violinista esti- dade que podem ser oferecidos aos alunos como importantes mada, com oportunidade de tocar recitais e dar aulas ao redor experiências de preparação ao mundo profissional atual”. Para do mundo. Tendo uma carreira respeitada, pretendo voltar ao ele, caso não seja para estudar em uma dessas instituições de Brasil e implementar uma escola de violino no país, no sentido excelência, o benefício maior será o da vivência numa cultura físico e poético. Adoraria contribuir e ver não apenas nossos diferente e com uma língua estrangeira. “Nesses casos, a forma- talentos tendo o melhor do ensino de violino em casa, mas tam- ção musical pode ser equivalente à oferecida em cursos livres e bém que violinistas de todo mundo queiram vir ao Brasil para superiores aqui no Brasil”, completa. dar continuidade aos estudos”.

28 Julho 2014 A busca da excelência O violonista Fabio Zanon, que estudou e atualmente leciona na Royal Academy of Music, em Londres, e é coordenador artístico e pedagógico do Festival de Inverno de Campos do Jordão, fala de sua experiência e reflete sobre a realidade da formação musical

uando fui morar no exterior, em 1990, acho que eu já tinha muita exemplo os das universidades de Oxford, Leeds, o King’s College. Isso Q coisa encaminhada – experiência de tocar fora, prêmios internacio- não quer dizer que essas escolas não tenham formado grandes intérpre- nais, atividade como solista de orquestras. O violão é uma área muito tes ou compositores. particular, porque já temos tradição de grandes violonistas que nunca Nas escolas que trilham a linha de conservatório superior, as maiores estudaram no exterior e fizeram uma carreira internacional significati- diferenças em relação às instituições equivalentes no Brasil me parecem va. Portanto, na questão da formação musical, não há receita que sirva ser: avaliação rigorosa e constante; grande diversidade de atividades pa- arlos goldgru b / c arlos on c erto para todos. Eu tive excelentes professores de violão aqui que me prepa- ralelas, desde prática de câmara e orquestral a seminários de especialistas,

raram para uma carreira internacional, mas senti falta de um entorno master classes, montagem de óperas e espetáculos, controle do estresse c revista de excelência e de formação cultural, sem o qual eu provavelmente físico e psicológico; calendário constante de atividades que força o estudan- tenderia a me estagnar. te a organizar seu tempo; existência de um material de suporte cada vez Sempre há aquele solista em potencial que vai ter um mentor que mais sofisticado, desde boas salas de aula e teatros a instrumentos para uso supre todas suas necessidades; mas acho que, hoje, nossa profissão é tão dos alunos, passando por um museu de instrumentos e partituras, uma boa diversificada que a experiência que uma escola de música tem a oferecer biblioteca constantemente atualizada, facilidades no uso de computação e é bem maior que simplesmente dar aulas de instrumento, teoria e as material de gravação e edição etc.; apoio constante na colocação profissio- matérias acadêmicas para uma eventual pós-graduação. nal dos alunos desde o início, promovendo concursos internos, concessões A natureza da profissão é cada vez mais internacional, e não só para de prêmios e bolsas e indicações para atividades profissionais fora da esco- solistas como eu. Há muita gente dos Estados Unidos estudando na Eu- la; estímulo aos que têm interesses que os levem a outras atividades em ropa e muita gente da Europa trabalhando nas Américas e na Ásia. Será música, como produção, gerenciamento, editoração etc.; e, por último e que um coreano realmente precisa ir à Alemanha para aprender a tocar talvez mais importante, o esforço constante em se unir à excelência – essas bem oboé dentro da orquestra? Não, estou seguro de que ele pode ter escolas estão numa luta constante por se associar aos melhores profissionais boa formação lá, mas faltarão duas coisas: a experiência transformadora e instituições para parcerias e colaborações. Os professores não são escolhi- de se colocar frente a outra cultura e a diversificação de interesses dentro dos por serem mestres ou doutores, mas por serem relevantes em sua ativi- da carreira de música. dade profissional, que é estimulada e usada como exemplo para os alunos. Por mais que tenha uma grande competência tocando seu instru- Hoje, no Brasil, temos um gradual aprimoramento da indústria de mento na orquestra, há todo um universo de festivais, congressos, cur- música, com os maiores solistas internacionais atuando frente às orques- sos de verão, publicações, atividades educacionais para os mais variados tras. Mas não vejo nenhum esforço em criar um vínculo com esses artis- públicos, terceiro setor, formação de plateia, assistência social etc., que tas que beneficie nossos estudantes em longo prazo, além da ocasional exigem que você tenha outras qualificações, sem as quais dificilmente master class, o que é uma coisa bastante desanimadora. Talvez o ensino você se tornará um músico com reconhecimento e atividade interna- musical no Brasil tenha de se preocupar menos com o Currículo Lattes e cional. Isso é uma coisa que sempre percebi nos festivais de música no o efeito que ele pode ter no emprego, e se concentrar mais em estimular Brasil: mesmo que seus professores aqui sejam brilhantes, os alunos se os alunos a desenvolverem o máximo de seu potencial, fora do cercadi- impressionam muito com a presença dos professores internacionais, pela nho e dos trâmites burocráticos. sensação de abrangência que eles transmitem. Minha crítica seria totalmente inútil se, na prática, a coisa toda Tive sorte de estudar, na Inglaterra, numa das grandes escolas de mú- funcionasse. Mas o fato é que não funciona. A cada ano, centenas de sica do mundo. A sensação era de que estava frequentando um grande estudantes de música vão ao exterior completar sua formação, mesmo festival de férias – daqueles superintensos, que durava vários anos. As dife- que em universidades de pouco destaque no interior dos Estados Unidos, renças em relação aos cursos que tinha frequentado aqui eram tão pronun- enquanto nenhum, que eu saiba, vem estudar no Brasil em busca de ex- ciadas que, num primeiro momento, fiquei até um pouco aparvalhado. celência, à exceção daqueles que têm um interesse particular em música A primeira coisa que eu apontaria, que pode gerar reflexão para brasileira. Nossa produção acadêmica é grande, mas poucos trabalhos nós, é a diversidade de cursos oferecida. De forma geral, escolas como geram interesse fora de um âmbito muito circunscrito. O diálogo dessa a Royal Academy of Music ou a Guildhall School são grandes conserva- produção acadêmica com a prática musical é quase nulo. O investimento tórios superiores, onde o foco é formar músicos de orquestra, cantores nos maiores talentos é tímido, e a maioria dos músicos brasileiros com de coro, ópera e teatro musical, compositores e maestros, além de, por carreira internacional significativa acaba por passar longos períodos no uma triagem interna, promover aqueles com potencial para uma carreira exterior. Não há nenhuma parceria entre escolas brasileiras e suas equi- de solista internacional. São escolas cuja meta é receber os melhores valentes no exterior, porque não existe simetria na oferta de excelência alunos e formar os melhores profissionais, competindo com instituições de ensino. Essa constatação talvez confira validade a minha crítica. de patamar equiparável, como a Juilliard, a Universidade de Viena ou Se eu for apontar os pontos fortes da educação musical no Brasil os melhores conservatórios do Leste Europeu. Há, claro, um forte com- hoje, o maior deles talvez seja o trabalho junto a comunidades carentes. ponente de ensino teórico, inclusive para que os alunos tenham qua- Nós estamos mudando o mapa sociocultural dos estudantes de música lificação universitária, mas esse não é o foco. O foco é fazer o aluno de uma forma que não existe nos Estados Unidos e que, na Europa, só passar pelas experiências que lhe serão valiosas em sua futura carreira de foi possível conseguir com mão de ferro. Essas são instituições que têm profissional de música. de exportar seu know-how, importar alunos e criar mais vínculos com a Porém, se o foco é a investigação histórica, teórica ou musicoló- indústria internacional de música. O Brasil também é forte em musicali- gica, há outras escolas e outros cursos que podem servir melhor, por zação infantil, área um pouco negligenciada em muitos países.

Julho 2014 29 Mestre Marriner O fundador da Academy of St Martin in the Fields, com a venerável idade de 90 anos, está de volta ao Festival Proms. James Jolly encontrou o sempre jovial Sir Neville para descobrir o segredo da sonoridade única de seu grupo, bem como de sua abordagem estilística do fazer musical

30 Julho 2014 marriner 90 anos

uando Sir Neville Marriner, que fez 90 anos em um dos grupos “obrigatórios” para jovens artistas fazerem seus discos abril, subir ao pódio do BBC Proms, em 10 de de estreia, figuram também em muitos selos independentes. Marriner agosto, será o mais velho regente da longa história e eu brincamos com o número de vezes que eles fizeram a combinação do festival. (Alguns chegaram perto – Günter Wand dos concertos para violino de Bruch e Mendelssohn, embora tenha tinha 89 em sua última aparição, em 2001; Leopold sido uma dessas ocasiões que deu à ASMF seu segundo diretor musical, Stokowski esteve lá aos 84; já Pierre Monteux, o violinista e agora regente Joshua Bell. Bell é apenas um dos artistas agendadoQ para estrear no Proms aos 89, infelizmente não conseguiu.) com os quais o grupo desenvolveu uma relação próxima; dentre os Ao lado dessa estatística notável – embora a regência seja uma profissão outros estão os pianistas Alfred Brendel e Murray Perahia. O primeiro que garante longevidade –, Marriner deve ser o único músico da encontro de Marriner com Brendel foi durante sessões fonográficas temporada a ter tocado em orquestra sob a batuta de Arturo Toscanini e para a EMI, em 1967, quando George Szell gravava canções de Richard Wilhelm Furtwängler. Strauss e árias de concerto de Mozart com Elisabeth Schwarzkopf. “Na época, eu tocava na Orquestra Sinfônica de Londres”, recorda “Aquela foi a primeira vez que reparei naquele jovem ao piano – ele Marriner, “e Walter Legge [produtor da EMI], que era amigo, me ligou era bem discreto e Szell ocasionalmente lhe dirigia a palavra. Era perguntando se eu queria me Alfred Brendel. Ele tinha ‘infiltrar’ na Philharmonia acabado de sair de Viena para os concertos Brahms de e possuía certa reputação, Toscanini. Claro que todo mas nada perto do que viria mundo queria tocar com depois. Posteriormente, ele, e eu tive muita sorte tivemos uma relação musical em ser chamado. Ficamos muito próxima – e longa. todos petrificados antes Lembro-me de quando do primeiro ensaio – ele fizemos os concertos para era um respeitável senhor piano de Mozart; acho que naquela época [em 1952], ele não estava interessado com cerca de 85 anos, visão em aprender os primeiros – já prejudicada, embora a não são muito tocados em audição fosse muito boa. público –, pois leva muito Mas não importava – tempo para aprendê-los bastou ele pegar a batuta apenas para as gravações. e a adrenalina começou a Mas Brendel exerceu grande correr pela orquestra. Foi influência sobre a maneira extraordinário. Quando ele como a Academy toca apareceu no Festival Hall Mozart hoje. Atualmente, para o concerto, guiado acontece de um músico dizer por Cantelli, o público ao outro: ‘Meu Deus, você se levantou e começou a brendelizou essa passagem!’. aplaudir, sem parar. Daí “Não deve haver muitos Ele se tornou parte de nossa pensamos: ‘Meu Deus. abordagem musical de Ele vai esquecer o Hino Mozart; o jeito que Alfred Nacional’. O público acabou melômanos sem ao aprecia nossas anacruses, se acalmando, ele se virou, por exemplo, é muito mais apontou para os tímpanos, e positivo que o da maioria dos começamos. Acho que nós menos uma gravação solistas.” (Quando Richard principiamos por uma das Osborne escreveu a crítica da aberturas, se não me engano, de Marriner na coleção” coleção, em 1986, concluiu: a Trágica, mas ele atacou a “Ninguém que tem dinheiro Primeira sinfonia. Ele tinha para comprar a integral se esquecido da abertura e, se você ouvir a gravação da peça – que dos concertos para piano de Mozart deve deixar de investir na caixa foi feita ao vivo, no concerto –, vai entender por que ela é um pouco da Philips, que, para mim, tornou-se referência musical de especial caótica! Ele logo se recompôs, e tudo saiu bem”. importância e distinção”.) As lembranças que Marriner tem de Furtwängler são menos Perahia, que detém o título de principal regente convidado, tem específicas – foram sessões de gravação e ele não recorda o repertório uma relação bem diferente com a orquestra, embora tenha gravado –, mas se lembra de ter ficado impressionado pelo jeito de Legge lidar pouco com Marriner como regente. “Com Murray, eles estão em um com a situação. “Naqueles anos pioneiros, a gente gravava em cera, mundo particular, pois se tornou uma espécie de assunto familiar.

, M a rk All an em 78 rotações, e tinha quatro minutos por lado. E Legge vinha e Alfred estava um pouco fora da orquestra, mas Murray estava ge s dizia a Furtwängler: ‘Maestro, será que dá para fazer um pouquinho dentro – coisas assim podem acontecer com a Academy. Tenho muita mais rápido? Nós não conseguimos gravar tudo’. Recordo que pensei: admiração pelo jeito de Murray lidar com isso. Fiquei um pouco que homem cheio de coragem era aquele, que pedia a Furtwängler desapontado por ele ter me pedido para reger o concerto para piano etty Ima o / G etty para se apressar?” de Mozart em meu concerto de aniversário – a orquestra aprecia yuki I t o Não deve haver muitos melômanos sem ao menos uma gravação muito mais tocá-lo como música de câmara, porém o Festival Hall : Hir de Marriner com a Academy of St Martin in the Fields na coleção. Ao talvez seja grande demais para dirigi-lo do teclado.” Não me contive: longo dos anos, eles fizeram centenas de gravações para vários selos; “Mas é seu concerto de aniversário!”. Marriner só faz sorrir – para o gr af i a t fo a maioria foi para a Argo (depois Decca), Philips e EMI, porém, sendo um regente, ele é de uma modéstia extraordinária.

Julho 2014 31 A história da fundação da Academy of St Martin in the Fields ouve, o que elimina o falatório. Eles podem ouvir o que precisa ser feito – foi contada várias vezes, e ela ter-se tornado um dos grupos de maior podem perceber que a segunda flauta não está audível naquela passagem sucesso de todos os tempos na gravação clássica é um feito. Minha ou que os trombones precisam se conter ali. E, em uma segunda tomada, entrevista com Sir Neville ocorreu na casa dele, em Kensington, onde você consegue ouvir o sucesso que teve. Isso é difícil de replicar na sala ocorreram os primeiros experimentos e ensaios. Perguntei se a gênese de concertos – você sabe como soa no palco, mas não tem ideia de como do grupo foi uma reação contra a abordagem estilística predominante soa na plateia. Temos enorme gratidão para com a indústria, pois ela de então (a razão para Nikolaus Harnoncourt criar o Concentus nos fez manter um padrão próprio. Se você sai em turnê pela Austrália e Musicus Wien) ou se foi um desejo de explorar repertório novo. chega a um lugar no qual nunca esteve, que tem uma sala de quinhentos “Foi uma mescla. Tudo aconteceu nesta sala. Nós – uns seis, lugares, a única razão para o público estar ali é porque ouviu suas os membros originais da Academy – estávamos todos tocando na gravações. Você tem que subir naquele palco e tentar fazer o tipo de som Orquestra Sinfônica de Londres. Éramos jovens e talvez tenhamos que eles estão esperando.” compreendido que não se tratava da vocação de nossas vidas, pois o O concerto no Festival Proms deste ano é sua décima aparição que queríamos dizer a respeito da música não estava em nossas mãos; no festival – o que é surpreendente para uma orquestra inglesa diziam-nos como tocar as coisas. E, naquela época, a abordagem das que estreou em 1959 (sendo que, nos dois primeiros concertos no orquestras de Mozart, ou mesmo Beethoven, era bem básica. Você só Proms, em 1965, a orquestra só ficou com um terço do programa tocava as notas – você não ensaiava de verdade porque, tecnicamente, – “fizemos um concerto grosso de Händel, antes que a Sinfônica não era tão exigente. Tudo mudou quando Josef Krips veio de Viena da BBC continuasse com o Stabat mater, de Bernard Naylor, e The para ser o regente titular [da Sinfônica de Londres]. Ele transformou o Dream of Gerontius, de Elgar!”). Marriner, porém, sente que o Albert som da orquestra. Aquilo teve impacto sobre mim, pois compreendi Hall é grande demais para um conjunto que, basicamente, costuma o que uma personalidade daquelas podia fazer com uma orquestra. ter apenas de vinte a trinta músicos; quando os instrumentistas se Então, depois dos concertos ou ensaios, vínhamos para cá – na época reunirem neste ano para a música de Walton para Henrique V, estarão já éramos uns doze – e, por dois anos, nos encontrávamos quando operando como uma orquestra sinfônica. Pergunto-me se Sir Neville, dava e tocávamos por prazer. Como éramos todos músicos de cordas, ao se preparar para subir ao palco, pensará na tão citada frase de focávamos nas obras para cordas, das quais o repertório mais óbvio Henrique V: “Ataquemos de novo a brecha, caros amigos, de novo!”. era o Barroco italiano. Falávamos do som que queríamos obter; houve [Tradução: Irineu Franco Perpetuo] muita discussão e briga, e muitas ideias fixas e rígidas tiveram que ser destruídas. Estilisticamente, muita coisa depende do tipo de violinista que você é – escola russa, escola francesa, escola belga etc.” seis gravações essenciais A Academy logo adquiriu personalidade e, claramente, ambições. Sir Neville Marriner e a ASMF em seu melhor No Reino Unido da década de 1950, orquestras de câmara não eram novidade: a Boyd Neel Orchestra tinha sido criada em 1932 e a ‘Neville Marriner: Haydn Goldsborough Orchestra – que depois se tornaria a English Chamber The Argo Years’ Concertos Orchestra – começou em 1948 (assumindo o nome atual em 1960). ASMF / Marriner Sols; ASMF / Decca S Marriner Marriner e seus camaradas sabiam delas, ocasionalmente tocavam (28 discos) Decca Eloquence com elas também, mas achando que não havia “um sentido de 478 6883DC28 S b ELQ480 4481 desenvolvimento estilístico. De um jeito orquestral tipicamente inglês, (6/14) (12/87R, 2/97R) você se ajustava a quem estava regendo; nós, porém, queríamos um Uma coletânea formidável da Marriner e a ASMF são parceiros estilo uniforme, com o qual todos estivéssemos de acordo. Claro que longa relação da ASMF com a perfeitos nessa soberba coleção de nós [a ASMF] não tínhamos um regente; naquela época, tudo era Argo/Decca, contendo tesouros. concertos de Haydn. cooperativo. Acho que só quando começamos a gravar chegamos a Bruch. Mozart um limite de tempo para as discussões. Afinal, não podíamos passar Mendelssohn Complete Piano as sessões falando! Tínhamos que tocar e, mais cedo ou mais tarde, Violin Concertos Concertos alguém devia tomar uma decisão e dizer: ‘OK, vai ser assim’. Tive a Bell vn ASMF / Brendel pn sorte de ser eu!”. Marriner ASMF / Marriner Marriner é generoso ao reconhecer o papel da indústria Decca B b 475 Decca S l 478 fonográfica em sua carreira e na da Academy – ouvir a si mesmo 6700DF2 (5/88R) 2695DB12 (4/86R) e manter a qualidade do conjunto, assim como a reputação que a O disco que lançou a carreira A primeira escolha da Gramophone Academy conseguiu nos discos, logo levou a convites para turnês. Um de Joshua Bell, talento jovem, para a integral dos concertos para acompanhado com gosto pela piano de Mozart e um encontro marco importante na história inicial da Academy foi ser representada, Academy of St. Martin in the magnífico de mentes musicais. na Alemanha, pelo agente Hans-Ulrik Schmid, que abriu as portas de Fields. Além disso, a bom preço! salas de concertos pelo país. “Ele nos colocou para tocar em lugares em que havia grupos bem-estabelecidos, como a Filarmônica de Finzi Rossini Berlim e a Orquestra de Câmara de Stuttgart, contra os quais teríamos Clarinet Concerto Il barbiere di Siviglia que nos medir.” A Marriner cl Sols; ASMF / Se viagens e gravações foram os dois pilares, igualmente ASMF / Marriner Marriner 478 2497DB2 sólidos, da vida musical da Academy, hoje o lucro vem das turnês. Decca M D (6/83R) “Atualmente, como a indústria fonográfica está enfraquecida, a 473 7192DH (9/97R) Marriner chegou tarde à ópera, orquestra depende das turnês – ela não tem um perfil forte em Pai e filho tocam juntos um mas, nesse ponto, não lhe falta Londres, pois não há uma sala de concertos adequada para uma dos mais adoráveis concertos entusiasmo. Baltsa, Allen, Araiza orquestra como a nossa.” para clarinete do século XX; e Lloyd soltam faíscas em uma Mas foram as gravações com a Academy que asseguraram que o eloquente, tocante e bem interpretação efervescente do inglês! começo ao fim. nome de Marriner se tornasse conhecido no mundo musical. “Ao gravar, a principal coisa é que, quando você faz uma tomada, a orquestra inteira

32 Julho 2014

SÃO PAULO, SP OUTRAS CIDADES Bachiana Filarmônica Sesi-SP e João Carlos RIO DE JANEIRO, RJ Turnê Orquestra Filarmônica de Goiás – Martins e John Boudler – regentes (1/21h) Balé La Bayadère Jataí (2/20h30); Palmeiras (6/20h30); (1, 2, 3 e 5 às 20h e 6/17h) Rio Verde (3/20h); e Santo Antônio do Eduardo Fernández – violão (3/21h) Descoberto (18/20h30) Ópera As bodas de Fígaro, de Mozart Osesp, Coro Acadêmico, Coro da Osesp, solistas Aracaju, SE – Orquestra Sinfônica de Sergipe e Marin Alsop – regente (3 e 4/21h e 6/17h30) (em versão reduzida) (2, 16 e 30/12h e 20/11h) e Guilherme Mannis – regente (10/20h30); Orquestra Sinfônica Municipal, Coral Lírico Antonio Lauro del Claro – violoncelo e Daniel Municipal, Lidia Schäffer – mezzo soprano Duo Davi Chew – violoncelo e Fernanda Nery – regente (24/20h30) Canaud – piano (3/18h) e John Neschling – regente (6/17h e 7/20h) Belo Horizonte, MG – Orquestra Filarmônica Cristian Budu – piano, Tiago Paganini – violino OSB e – regente de Minas Gerais, Arnaldo Cohen – piano e Fabio e Douglas Pereira – violoncelo (6/15h30) (7/21h) Mechetti – regente (3/20h30); Adriane Queiroz – soprano e Fabio Mechetti – regente (15/20h30); Orquestra Sinfônica Simón Bolívar da Orquestra Sinfônica Simón Bolívar da Szabolcs Zempléni – trompa e Fabio Mechetti – Venezuela e Gustavo Dudamel – regente Venezuela e Gustavo Dudamel – regente regente (24/20h30) (6 e 7/21h) (10/20h30) Campinas, SP – Orquestra Sinfônica Municipal, Osesp, Kirill Gerstein – piano e Marcelo Plácido Domingo – tenor, Lang Lang – Clarissa Severo de Borba – percussão e Elena Lehninger – regente piano, Ana Maria Martinez – soprano, Herrera – regente (5/20h) (17/10h e 21h, 18/21h e 19/16h30) OSB e Eugene Kohn – regente (11/22h) Campinas, SP – Duo Assad – violões (31/20h) Camerata Aberta e Guillaume Bourgogne – 105 anos do Theatro Municipal regente (18/20h) (14/a partir das 9h) Goiânia, GO – Orquestra Sinfônica de Goiânia e Joaquim Jayme – regente (5/20h30) Orquestra do Theatro São Pedro, Kaludi Orquestra de Sopros da Petrobras Kaludov – tenor e Marco Pace – regente Sinfônica e Sammy Fuks – regente Goiânia, GO – Nelson Freire – piano (21/20h30) (18/16h e 19/18h30) (18/20h30 e 20/17h) Goiânia, GO – Orquestra Filarmônica de Goiás, Duo Assad – violões (18/20h30) Grupo Prelúdio 21 (26/15h) Washington Barella – oboé e Marcos Arakaki – regente (31/20h30) Coral da Cidade de São Paulo, Orquestra OSB, Coro de Crianças da OSB e Roberto Acadêmica de São Paulo, solistas e Luciano Duarte – regente (27/11h) Manaus, AM – Orquestra de Violões do Camargo – regente (19/16h e 22, 26 e 27/21h) Amazonas, Duo Assad – violões e Davi Nunes – regente (29/20h) Quarteto Camargo Guarnieri (19/18h30) Palmas, TO – Duo Assad – violões (16/20h) Orquestra Sinfônica Municipal, Mario Brunello – violoncelo e Alexander Sladkovsky – regente Porto Alegre, RS – Orquestra Sinfônica de (19/20h e 20/11h) Porto Alegre, Guigla Katsarava – piano e Carlos Prazeres – regente (15/20h30); e Nicolas Rauss – Orquestra Sinfônica Heliópolis, Ishay Shaer – ck / sh eila ro divulgação regente (22/20h30) piano e Edilson Ventureli – regente (20/17h) Recife, PE – Orquestra Sinfônica de Recife e Osesp, Luíz Filíp – violino e Susanna Mälkki – Marlos Nobre – regente (23/20h) regente (24/10h e 21h, 25/21h e 26/16h30) Ribeirão Preto, SP – Orquestra Sinfônica de Orquestra Sinfônica Municipal, Valentina Lisitsa Ribeirão Preto e Victoria Ratsyuk – regente – piano e John Neschling – regente (26/20h) (19/20h e 20/10h30) Osesp e Susanna Mälkki – regente (27/11h) Vitória, ES – Orquestra Sinfônica do Estado do Espírito Santo e Marcelo de Jesus – regente Orquestra Experimental de Repertório, Daniel (16 e 17/20h) Guedes – violino e Carlos Moreno – regente Plácido Domingo (27/11h) Coral Paulistano Mário de Andrade, Rosana Manuel Barrueco

Civile – piano e Martinho Lutero – regente artana FESTIVAIS DE INVERNO (27/12h) Consulte programação a partir da pág. 48 Orquestra Sinfônica Heliópolis e Carlos Prazeres – regente (27/16h) Osesp, Manuel Barrueco – violão e Giancarlo Guerrero – regente ph en S p / Ste divulgação (31/21h, 1/8 às 21h e 2/8 às 16h30)

As programações são fornecidas pelas próprias entidades promotoras. Confirme pelo telefone antes de sair de casa. Endereços São Paulo: página 40

Endereços Rio de Janeiro: página 43 divulgação / ra ch el guede s

Salvo outra menção, as fotos são de divulgação.

34 Julho 2014 CONCERTO Roteiro Musical São Paulo

Concertos Especiais. Marin Alsop – Sala São Paulo 1 TERÇA-FEIRA regente. Marcos Thadeu e Naomi Munakata – regentes dos coros. Osesp tem destacados convidados 21h00 Bachiana Filarmônica Lauren Snouffer – soprano, Denise de Sesi-SP Freitas – mezzo soprano, John Mark e estreia obra de Ronaldo Miranda João Carlos Martins e John Boudler Ainsley – tenor e Paulo Szot – barítono. – regentes. Samuel Hamzen – Programa: Beethoven – Sinfonia nº 9 O mês de julho se inicia trompa, Edson Beltrami – flauta op. 125, coral. Leia mais ao lado. com a programação especial

e Jean-Louis Steuerman – piano. Sala São Paulo. R$ 36 a R$ 166. promovida pela Osesp durante divulgação Programa: Fernando Riederer – Obra Reapresentação dia 6 às 17h30. a Copa do Mundo, com a Nona concertante para trompa (estreia sinfonia de Beethoven, nos dias mundial); C.P.E. Bach – Concerto 3, 4 e 6 de julho. Quem rege a para flauta; Bach – Árias de canta­ 5 SÁBADO tas, três transcrições para orquestra peça é a titular da Osesp, Ma- e Concerto para dois pianos; e 10h00 Ópera FALSTAFF, de Verdi rin Alsop. Participa um time Beethoven – Concerto nº 3 para Ópera no MIS. Orquestra e Coro da de solistas formado pela norte- piano. Leia mais na pág. 40. Ópera Nacional de Paris. Daniel Oren -americana Lauren Snouffer Sala São Paulo. R$ 25 a R$ 40. – direção musical. Dominique Pitoiset (soprano), o inglês John Mark – direção. Ainsley (tenor) e os brasileiros A definir Balé Conto de Inverno, MIS – Museu da Imagem e do Som. R$ 30. Denise de Freitas (mezzo) e de Wheeldon Paulo Szot (barítono), além do Kirill Gerstein The Royal Ballet. Baseado no conto 18h30 Fábio BArtoloni – violão e de William Shakespeare. Música: Joby Daniela Lucatelle – piano Coro Acadêmico e do Coro da Talbot. Série Concertos. Programa: Osesp (com preparação de Marcos Thadeu e Naomi Munakata, respec- Cinemark. R$ 60 e R$ 70 (Cidade Jardim). Castelnuovo-Tedesco – Fantasia tivamente). A apresentação do dia 6 será transmitida ao vivo pelo site Endereços e horários em www.cinemark.com.br. op. 145; Mojola – Fantasia; Escalante www.medici.tv, a partir das 17h30. – Duo nº 20; Carmo Bartoloni – Já nos dias 17, 18 e 19 de julho, a orquestra recebe um dos jovens ta- 3 QUINTA-FEIRA Fragmentos; João Luiz – On KJ Steps; lentos da regência brasileira, o maestro Marcelo Lehninger. Atual regente e Gnattali – Sonatina. associado da Orquestra Sinfônica de Boston, Lehninger é também diretor 21h00 Orquestra Sinfônica Sesc Vila Mariana – Auditório. Entrada franca. musical da Sinfônica New West, de Los Angeles (leia mais sobre Lehnin- do Estado de São Paulo, coro ger na página 8). No palco da Sala São Paulo, Lehninger e a Osesp rece- Acadêmico da Osesp e coro da 21h00 Orquestra Jovem do Estado Osesp de São Paulo bem como convidado o pianista russo-americano Kirill Gerstein, que em Concertos Especiais. Marin Alsop – Cláudio Cruz – regente. 2001, aos 22 anos, venceu a Competição Internacional de Piano Arthur regente. Marcos Thadeu e Naomi Auditório Ibirapuera. Entrada franca. Rubinstein. Gerstein interpreta o Concerto nº 1, de Liszt. A apresenta- Munakata – regentes dos coros. ção inclui a estreia mundial da obra encomendadaVariações temporais – Lauren Snouffer – soprano, Denise Bee­thoven revisitado, do compositor carioca Ronaldo Miranda. O progra- de Freitas – mezzo soprano, John 6 DOMINGO ma se encerra com a Sinfonia nº 6, Pastoral, de Beethoven. Mark Ainsley – tenor e Paulo Szot A trinca seguinte de concertos da Osesp – nos dias 24, 25 e 26 – traz – barítono. Programa: Beethoven 10h00 Ópera la fanciulla del novamente um jovem talento nacional como convidado. Desta vez é o – Sinfonia nº 9 op. 125, coral. Leia west, de Puccini violinista Luíz Filíp, que em 2012 passou a integrar o naipe de violinos da mais ao lado. Ópera no MIS. Orquestra e Coro Filarmônica de Berlim – o que lhe rendeu o Prêmio CONCERTO 2012 Sala São Paulo. R$ 36 a R$ 166. Reapresen­ da Ópera Nacional de Paris. Carlo tação dia 4 às 21h e dia 6 às 17h30. Rizzi – direção musical. Nikolaus na categoria jovem talento. Ele atua sob a regência da maestrina finlande- Lehnhoff – direção. Denni Sayers – sa Susanna Mälkki, atual principal regente convidada da Orquestra Gul- 21h00 Eduardo Fernández – violão coreografia. benkian, de Lisboa, que tem em seu currículo participações com grandes Cultura Artística – Série de Câmara. MIS – Museu da Imagem e do Som. R$ 30. grupos do mundo, como a Orquestra do Concertgebouw, de Amsterdã, e Programa: Bach – Suíte para violoncelo nº 2 BWV 1008; Guastavino – Sonata o Ensemble InterContemporain, de Paris. Sob sua batuta, Luíz Filíp inter- 11h00 Banda Sinfônica do Estado preta o Concerto nº 1 de Shostakovich, de quem a orquestra ainda toca nº 1; Hans Werner Henze – Três tentos de São Paulo Abertura festiva da Kammermusik 1958; Mangoré – La Domingo Sinfônico. José Urcisino a . Completa o programa a famosa orquestração de Ravel catedral; e Aguado – El fandango varia­ da Silva (Duda) – regente. Albert para a suíte Quadros de uma exposição, de Modest Mussorgsky. O mes- do op. 16. Leia mais na pág. 37. Santos, Rodrigo Burgo e Marcos mo repertório, sem o concerto de Shostakovich e a participação de Luíz Teatro JK Iguatemi. R$ 60. Carneiro – trompetes e Marcos Filíp, é apresentado no dia 27, no Parque da Independência. Pedroso, Ramiro Marques, Ederson 21h00 Claudio Barduco Ribeiro – Fecha o mês um velho conhecido da Osesp, o maestro costa-rique- Marques e César Roversi – saxofo­ cravo e órgão nho Giancarlo Guerrero. Notório por sua energia e carisma, o regente nes. Programa: Maestro Duda – Bach: Tema & Contratema. Programa: retorna à Sala São Paulo para comandar um concerto que tem como O guarani em frevo, Espera, Reincken – Suíte em sol maior; convidado o virtuoso violonista cubano Manuel Barrueco. Nascido em Fantasia carnavalesca para três Sweelinck – Fantasia Hexacorde; Bach trompetes, Música para metais 1952, em Santiago de Cuba, Barrueco emigrou com sua família para os – Prelúdio e fuga nº 9 do Cravo bem nº 2, Suíte Nairam, Saudade de Estados Unidos, em 1967, onde completou sua educação musical no Pe- temperado vol. 2 BWV 878 e Suíte nº Pipa, Choro para quinteto de sa­ abody Institute, em Baltimore. Com a Osesp, ele interpreta o Concerto 2 BWV 807; e J.C. Bach – Sonata nº 2 xofones, Suíte Pernambucana de para violão e pequena orquestra, de Villa-Lobos. Completam o repertó- op. 5. bolso e Banda sinfônica, 25 anos Espaço Cachuera! R$ 30. rio mais três peças do continente americano: Fandangos, do porto-rique- (estreia mundial). nho Roberto Sierra, Brasiliana, de Cláudio Santoro, e a suíte de On the Masp – Grande auditório. R$ 10. Waterfront, de Leonard Bernstein (compositor transversal da temporada SEXTA-FEIRA 4 da Osesp). Os concertos ocorrem nos dias 31 de julho, 1º e 2 de agosto. 15h30 Cristian Budu – piano, Em julho, a Osesp também participa do Festival de Inverno de Cam- 21h00 Orquestra Sinfônica Tiago Paganini – violino e Douglas pos do Jordão, na cidade do interior paulista – a Fundação Osesp é quem do Estado de São Paulo, coro Pereira – violoncelo Acadêmico da Osesp e coro da Música no MuBE. Programa: Brahms realiza o evento, em parceria com o Governo do estado (leia mais sobre Osesp – Sonata para violino e piano op. o festival na página 48).

CONCERTO Julho 2014 35 Roteiro Musical São Paulo

Theatro Municipal 78 nº 1; e Beethoven – Trio op. 97, John Neschling – regente. Lidia Arquiduque. Schäffer – mezzo soprano. Programa: Sem óperas, Municipal investe em Teatro MuBE Nova Cultural. R$ 20. Mahler – Sinfonia nº 3. Leia mais ao lado. Theatro Municipal. R$ 20 a R$ 60. grande programação sinfônica 16h00 Espetáculo cênico-musical Lendas Amazônicas 21h00 ORQUESTRA Sinfônica Simón O Theatro Municipal de Alunos dos Grupos de Referência Valentina Lisitsa Bolívar DA VENEZUELA São Paulo dá uma pausa em sua do Projeto Guri de Franca, Jundiaí e Cultura Artística – Concerto espe­ temporada lírica no mês de ju- Lorena. Aimar de Noronha Santinho cial. Gustavo Dudamel – regente. lho – a programação de óperas – piano, concepção, direção artística e Programa: Mahler – Sinfonia nº 9. será retomada em setembro, musical. André Sanches – regente. Ana Leia mais na pág. 37. Luísa Lacombe – narração. Paulo Rogério com Salomé, de Richard Strauss. Sala São Paulo. R$ 50 a R$ 455. Televendas Lopes – direção cênica e dramaturgia. Cultura Artística: (11) 3258-3344. Ingressos Até lá, a programação segue com Programa: Obras de Waldemar Henrique remanescentes: R$ 20 meia hora antes, estudantes concertos sinfônicos importan- sobre as lendas amazônicas; Villa-Lobos e pessoas com mais de 60 anos: R$ 10. tes. Nos dias 6 e 7, a Orquestra – Melodia sentimental e A lenda do ca­ Sinfônica Municipal sobe ao boclo; e personagens como Boi-bumbá, 12 SÁBADO palco do teatro para interpretar Boto cor-de-rosa e Matinta Pereira. Leia a monumental Terceira sinfonia mais na pág. 39. 15h00 Ópera Der Freischütz, de de Mahler. A regência é de John Theatro São Pedro. Entrada franca, mediante Weber doação de livro, CD ou DVD de temática infantil Ópera Comentada. Rene Pape, Juliane Neschling, que dirige também o (válido para uma pessoa ou família). Banse, Michael König, Olaf Bar e Coro Lírico, o Coral da Gente e divulgação Orquestra Sinfônica de Londres. Daniel a mezzo Lidia Schäffer. 17h00 Orquestra Sinfônica Municipal, CorO Lírico Municipal Harding – regente. Comentários: João O grupo volta a se apresentar nos dias 19 e 20, desta vez sob o de São Paulo e CORAL DA GENTE Luiz Sampaio. comando do russo Alexander Sladkovsky, regente titular da Sinfônica John Neschling – regente. Lidia Schäffer Centro Brasileiro Britânico – Sala Cultura da Capela de São Petersburgo, regente associado da Orquestra Nacional – mezzo soprano. Programa: Mahler – Inglesa. Entrada franca. Russa e ex-titular da ópera e do balé do Teatro do Conservatório de São Sinfonia nº 3. Leia mais ao lado. 19h00 Marilia Teixeira – soprano Petersburgo. Como solista convidado, a orquestra recebe um vencedor Theatro Municipal. R$ 20 a R$ 60. Reapresentação dia 7 às 20h. e Carlos Yansen – piano da Competição Internacional Tchaikovsky: o violoncelista italiano Mario Carlos Gomes do salão ao palco – Brunello. Ele dividiu o primeiro prêmio com o russo Kirill Rodin, em 17h30 Orquestra Sinfônica Canções e árias de óperas. 1986 – na competição anterior, em 1982, Antonio Meneses havia sido do Estado de São Paulo, coro Clube Paineiras do Morumbi – Teatro. o premiado. O repertório se inicia com a abertura de Príncipe Igor, de Acadêmico da Osesp e coro da Osesp Borodin, e traz ainda o Concerto em si menor, de Dvorák, e as Danças Concertos Especiais. Marin Alsop – 15 TERÇA-FEIRA sinfônicas, de Rachmaninov. regente. Marcos Thadeu e Naomi Neschling volta a reger a Sinfônica Municipal nos dias 26 e 27 – no Munakata – regentes dos coros. 20h30 felipe scagliusi – piano Theatro Municipal e no Festival de Inverno de Campos do Jordão, res- Lauren Snouffer – soprano, Denise de Terça no Centro. Programa: Martini – Freitas – mezzo soprano, John Mark Sonata nº 6 op. 3; Beethoven – Sonata pectivamente –, com a pianista Valentina Lisitsa. Nascida em Kiev, na Ainsley – tenor e Paulo Szot – barítono. Ucrânia, e atualmente radicada nos Estados Unidos, Lisitsa iniciou seus nº 23 op. 57 Appassionata; Scriabin Programa: Beethoven – Sinfonia nº 9 – Sonata-Fantasia nº 2 op. 19; e estudos ao piano aos 3 anos de idade e teve uma carreira relativamente op. 125, coral. Leia mais na pág. 35. Rachmaninov – Sonata nº 2 op. 36. bem-sucedida até estourar como um fenômeno da internet – seu filme Sala São Paulo. R$ 36 a R$ 166. Centro Cultural São Paulo – Sala Jardel Filho. no YouTube se tornou um sucesso, especialmente após a publicação de Entrada franca. sua interpretação dos Estudos de Chopin. Com 62 milhões de visuali- 17h30 A DOBRA SCHUMANNIANA IV zações de seus vídeos e mais de 98 mil seguidores, Lisitsa ganhou tanta – concerto-instalação Série Caminhos da Música Clássica. 17 QUINTA-FEIRA notoriedade que foi convidada a se apresentar no Royal Albert Hall, onde Duo Heloisa e Amilcar Zani – pianos. fez sua estreia em Londres em 2012. Desde então firmou-se como uma Branca de Oliveira – videografia e 10h00 Orquestra Sinfônica do pianista importante no cenário mundial. No Municipal de São Paulo ela Pedro Peres Machado – projeção ma­ Estado de São Paulo toca o Concerto nº 3, de Rachmaninov. O programa se completa com peada. Programa: obras de Schumann Ensaio aberto. Marcelo Lehninger Assim falou Zaratustra, de Richard Strauss. e Brahms. Leia mais na pág. 39. – regente. Kirill Gerstein – piano. A Orquestra Experimental de Repertório também toca em julho. Ela Centro da Cultura Judaica. Entrada franca. Programa: Miranda – Variações tem­ faz duas apresentações no mês: a primeira, no dia 25, como parte do Fes- porais, Beethoven revisitado (enco­ 21h00 ORQUESTRA Sinfônica Simón tival de Inverno de Campos do Jordão; e a segunda, no dia 27, no próprio menda Osesp, estreia mundial); Liszt – Bolívar DA VENEZUELA Concerto para piano nº 1; e Beethoven Municipal. O programa e a formação são os mesmos. Sob regência de seu Cultura Artística – Concerto especial. – Sinfonia nº 6 op. 68, Pastoral. Leia titular, Carlos Moreno, e com o violinista Daniel Guedes como solista, a Gustavo Dudamel – regente. Programa: mais na pág. 35. OER toca Gaudeamus, de Silvia de Lucca, o Concerto de Sibelius, Dança Carreño – Margariteña; Villa-Lobos Sala São Paulo. R$ 10. 500 lugares. Apresen­ dos Caboclinhos, de Guerra-Peixe, e a Abertura 1812, de Tchaikovsky. – Bachianas brasileiras nº 2; e Berlioz – tação às 21h, dia 18 às 21h e dia 19 às 16h30. Sinfonia fantástica. Leia mais na pág. 37. Outros eventos Sala São Paulo. R$ 50 a R$ 455. Televendas 21h00 Orquestra Sinfônica do Cultura Artística: (11) 3258-3344. Ingressos Estado de São Paulo O Coral Paulistano Mário de Andrade faz duas apresentações em remanescentes: R$ 20 meia hora antes, Marcelo Lehninger – regente. Kirill julho. A primeira, no dia 26, acontece no Centro de Formação Cultu- estudantes e pessoas com mais de 60 anos: R$ 10. A Orquestra Sinfônica Simón Bolívar da Gerstein – piano. Programa: Miranda ral Cidade Tiradentes e tem participação da cantora Fabiana Cozza; no Venezuela se reapresenta dia 7 às 21h. – Variações temporais, Beethoven repertório, músicas populares brasileiras. A segunda ocorre no dia se- revisitado (encomenda Osesp, estreia guinte, no Centro Cultural São Paulo. Sob regência de Martinho Lutero 7 SEGUNDA-FEIRA mundial); Liszt – Concerto para piano Galati, o grupo canta o Salmo 42, de Mendelssohn, e Lux Aeterna, de nº 1; e Beethoven – Sinfonia nº 6 op. 68, Pastoral. Leia mais na pág. 35. Morten Lauridsen. A série de música instrumental da Praça das Artes 20h00 Orquestra Sinfônica apresenta, no dia 23, o duo de clarinete e violão formado por Alexandre Sala São Paulo. R$ 36 a R$ 166. Municipal, CorO Lírico Municipal Reapresentação dia 18 às 21h e dia 19 às Ribeiro e Alessandro Penezzi. de São Paulo e CORAL DA GENTE 16h30.

36 Julho 2014 CONCERTO mundial); Liszt – Concerto para piano Dias 6 e 7, Sala São Paulo 18 SEXTA-FEIRA nº 1; e Beethoven – Sinfonia nº 6 op. 68, Pastoral. Leia mais na pág. 35. Sinfônica Simón Bolívar e Dudamel 20h00 Camerata Aberta Sala São Paulo. R$ 36 a R$ 166. Guillaume Bourgogne – regen­ fazem duas apresentações em SP te. Programa: Zuben – O vento do 18h30 Quarteto Camargo Sussuarão; Bouliane – Rythmes et Guarnieri A Cultura Artística mais échos des rivages anticostiens; Leblanc Série Concertos. Elisa Fukuda e Ricardo uma vez traz para São Paulo,

– L‘espace intérieur du monde; e Flo Takahashi – violinos, Silvio Catto – nos dias 6 e 7 de julho, uma das divulgação Menezes – La novitá del suono. Leia viola e Joel de Souza – violoncelo. maiores orquestras do mundo: mais na pág. 40. Programa: Guarnieri – Quarteto de a Orquestra Sinfônica Simón Sesc Bom Retiro. R$ 12, R$ 6 e R$ 2,40. cordas nº 3; e Brahms – Quarteto de Bolívar. É a terceira vez que o cordas nº 2. Leia mais na pág. 40. grupo venezuelano passa pelo 20h30 Orquestra do Theatro São Sesc Vila Mariana – Auditório. Entrada franca. Pedro Brasil – a orquestra tocou aqui Ciclo Grandes Vozes. Luiz Fernando 20h00 Orquestra Sinfônica em 2011 e no ano passado, Malheiro – regente. Kaludi Kaludov Municipal DE SÃO PAULO quando seus concertos em ho- – tenor. Programa: árias de óperas de Alexander Sladkovsky – regen­ menagem ao centenário de A Bizet, Massenet, Verdi, Carlos Gomes, te. Mario Brunello – violoncelo. Sagração da primavera, de Igor Cilea e Puccini. Leia mais na pág. 38. Programa: Borodin – Abertura de Stravinsky, estiveram entre os Theatro São Pedro. R$ 30. Reapresentação Príncipe Igor; Dvorák – Concerto principais eventos da tempora- Gustavo Dudamel dia 20 às 17h. para violoncelo op. 104 B.191; e Rachmaninov – Danças sinfônicas da clássica. (A orquestra tam- 20h30 Duo ASSAD op. 45. Leia mais na pág. 36. bém toca no Rio de Janeiro, no dia 10; leia mais na página 41). Sérgio e Odair Assad – violões. Theatro Municipal. R$ 20 a R$ 60. Fruto do El Sistema, abrangente programa de educação musical ve- Programa: Sor – Fantasia; Rameau – Seis Reapresentação dia 20 às 11h. nezuelano, a Sinfônica Simón Bolívar será regida por seu diretor artísti- peças para cravo; Granados – Valsas poé­ ticas; Gnattali – Valsa e Corta jaca; Villa- co, Gustavo Dudamel. O jovem maestro (ele tem apenas 33 anos) é um Lobos – A lenda do caboclo e Alma 20 DOMINGO verdadeiro fenômeno da música clássica e atualmente também acumula brasileira; Gismonti – Palhaço e Baião os postos de diretor artístico da Filarmônica de Los Angeles e de regente malandro; e Sergio Assad – Tahhyya Li 11h00 Orquestra Sinfônica honorário da Sinfônica de Gotemburgo (grupo que dirigiu entre 2007 Ossoulina. Leia mais na pág. 46. Municipal DE SÃO PAULO e 2012) – isso além de atuar como convidado dos principais grupos do Teatro Lauro Gomes. R$ 40. Alexander Sladkovsky – regente. mundo, como as filarmônicas de Berlim e Viena. Mario Brunello – violoncelo. Programa: Os dois concertos acontecem na Sala São Paulo, mas cada um tem 21h00 Orquestra Sinfônica do Borodin – Abertura Príncipe Igor; Dvorák Estado de São Paulo – Concerto para violoncelo op. 104 um repertório. O primeiro, do dia 6, inclui Margariteña, do venezuela- Marcelo Lehninger – regente. Kirill B.191; e Rachmaninov – Danças sinfôni­ no Inocente Carreño, as Bachianas brasileiras nº 2, de Villa-Lobos, e a Gerstein – piano. Programa: Miranda cas op. 45. Leia mais na pág. 36. Sinfonia fantástica de Berlioz. No dia 7, o programa traz um dos compo- – Variações temporais, Beethoven Theatro Municipal. R$ 20 a R$ 60. sitores mais caros a Dudamel: Gustav Mahler. Ele dirige a Sinfonia nº 9 revisitado (encomenda Osesp, estreia do austríaco – mesma peça de um de seus últimos lançamentos fonográ- mundial); Liszt – Concerto para piano 11h00 Orquestra do Festival. ficos com a Filarmônica de Los Angeles, pelo selo Deutsche Gramophon. 45º Festival Internacional de Campos nº 1; e Beethoven – Sinfonia nº 6 op. (Leia mais sobre a peça na seção Repertório, na página 20.) 68, Pastoral. Leia mais na pág. 35. do Jordão. Marin Alsop – regente. Sala São Paulo. R$ 36 a R$ 166. Boris Giltburg – piano. Anna Clyne – Reapresentação dia 19 às 16h30. Masquerade; Rachmaninov – Rapsódia sobre um tema de Paganini op. 43; e 19 SÁBADO Shostakovich – Sinfonia nº 5 op. 47. Dia 3, Teatro JK Iguatemi Leia mais na pág. 48. Sala São Paulo. Favor confirmar horário. 15h00 Ópera Don Giovanni, de Cultura Artística promove recital Mozart 12h00 patricia endo – soprano e Ópera Comentada. Kiri Te Kanawa, convidados do violonista Eduardo Fernández José Van Dam, Ruggero Raimondi, Domingo no Centro. Homenagem a A série de música de câmara Edda Moser, Orquestra e Coro da Ópera Regina de Boer. Participação: Ana Luiza, da Cultura Artística muda de en- de Paris. Lorin Maazel – regente. Sandro Bodilon, Ilana Volcov, Claudio Curi,

dereço em julho e será realizada divulgação Comentários: João Luiz Sampaio. Juliana Amaral, Marcos Aguiar, Carmen no Teatro JK Iguatemi. A atração Centro Brasileiro Britânico – Sala Cultura Nakasu de Souza, Aldy Carvalho, Paulo Inglesa. Entrada franca. Menegon, Adriana Cliss, Joana Matera do mês é o violonista uruguaio 16h00 Coral da Cidade de São e Walter Weiszflog – canto. Programa: Eduardo Fernández, que faz um Paulo e Orquestra Acadêmica de peças de diversos compositores. recital solo no dia 3. Vencedor São Paulo Centro Cultural São Paulo – Sala Jardel Filho. da Competição Andrés Segovia Luciano Camargo – regente. Programa: Entrada franca. de 1975, Fernández tem desta- Händel – O Messias. Apresentação sem 15h30 César Birschner – piano cada atuação como solista, tendo solistas. Leia mais na pág. 39. Música no MuBE. Programa: Bach – se apresentado nos principais CEU Butantã – Teatro Carlos Zara. Entrada centros da música clássica mun- franca. Apresentação completa dias 22, 26 e Suíte francesa nº 2; Mozart – Sonata Eduardo Fernández 27 às 21h na Sala São Paulo. K 311; e Beethoven – Sonata op. 26. dial, com um repertório bastante Teatro MuBE Nova Cultural. R$ 20. abrangente – em seus 18 discos 16h30 Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo 17h00 Orquestra Sinfônica lançados pelo selo Decca, ele já gravou de Bach a Berio. Em São Marcelo Lehninger – regente. Kirill Heliópolis Paulo, Fernández apresenta um arranjo próprio para a Suíte para Gerstein – piano. Programa: Miranda Edilson Ventureli – regente. Ishay violoncelo nº 2, de Bach, além de peças de Carlos Guastavino, Hans – Variações temporais, Beethoven Shaer – piano. Programa: Shostakovich – Werner Henze, Agustín Barrios Mangoré e Dionisio Aguado. revisitado (encomenda Osesp, estreia Abertura Festiva op. 96; Grieg – Concerto

CONCERTO Julho 2014 37 Roteiro Musical São Paulo

para piano op. 16; e Beethoven – Sinfonia 21h00 Orquestra Sinfônica do nº 7 op. 92. Leia mais ao lado. Estado de São Paulo Sala São Paulo. R$ 40. Susanna Mälkki – regente. Luíz Filíp – violino. Programa: Shostakovich – 17h00 Orquestra do Theatro São Abertura festiva op. 96 e Concerto para Pedro divulgação / Joey Coen divulgação violino nº 1 op. 77; e Mussorgsky – Ciclo Grandes Vozes. Luiz Fernando Quadros de uma exposição (orquestra­ Malheiro – regente. Kaludi Kaludov ção de Ravel). Leia mais na pág. 35. – tenor. Programa: árias de óperas de Sala São Paulo. R$ 36 a R$ 166. Reapresen­ Bizet, Massenet, Verdi, Carlos Gomes, tação dia 25 às 21h e dia 26 às 16h30. Cilea e Puccini. Leia mais ao lado. Ishay Shaer Theatro São Pedro. R$ 30. 25 SEXTA-FEIRA 21 SEGUNDA-FEIRA Dia 20, Sala São Paulo / Dia 27, Auditório do Masp 21h00 Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo 20h00 Carlos Audi – violoncelo e Com Ventureli, Sinfônica Heliópolis Susanna Mälkki – regente. Luíz Filíp Hamilton Tescarollo – piano – violino. Programa: Shostakovich – Recitais Eubiose. Participação: Ariel toca com o pianista Ishay Shaer Abertura festiva op. 96 e Concerto para Magno da Costa – piano. Programa: violino nº 1 op. 77; e Mussorgsky – O maestro assistente Edilson Ventureli é quem comanda o primeiro Villa-Lobos – Bachianas brasileiras nº 5; Quadros de uma exposição (orquestra­ Schubert – Sonata Arpeggione D 821; concerto de julho da Orquestra Sinfônica Heliópolis, no dia 20, na Sala ção de Ravel). Leia mais na pág. 35. Mendelssohn – Canção sem palavras São Paulo. O convidado da apresentação é o pianista Ishay Shaer. Mais Sala São Paulo. R$ 36 a R$ 166. op. 109; Debussy – Sonata em ré me­ um talento recente da música israelense, Shaer conta em seu currículo Reapresentação dia 26 às 16h30. nor; César Camargo Mariano – Cristal; com apresentações ao lado das principais orquestras de seu país (incluin- e Chopin – Polonaise fantasia op. 61. do a Filarmônica de Israel) e atuações como solista de grupos como a Sociedade Brasileira de Eubiose. R$ 20. 26 SÁBADO Nacional da BBC do País de Gales e a Sinfônica de Navarra, da Espanha. Com a Sinfônica Heliópolis, ele interpreta o Concerto em lá menor, de 22 TERÇA-FEIRA 10h00 Ópera AS BODAS DE FÍGARO, Grieg, uma das peças mais populares do repertório. O programa traz ain- de Mozart Ópera no MIS. Orquestra e coro da Ópera da a Abertura festiva, de Shostakovich, e a Sinfonia nº 7, de Beethoven. 20h30 Douglas Braga – saxofone Nacional de Paris. Humbert Camerlo Já no dia 27, a orquestra toca sob a regência de Carlos Prazeres, no e NATHALIA KATO – piano – direção. Philippe Jordan – regente. auditório do Masp. Dedicado a Beethoven, o programa traz a abertura Terça no Centro. Programa: Bach – Alessandro Di Stefano – regente do coro. Sonata em sol menor BWV 1001; Coriolano e a Quinta sinfonia. Jean Guizerix – coreografia. Kalinkovich – Concerto Capriccio; Boutry MIS – Museu da Imagem e do Som. R$ 30. – Divertimento; Landeghem – Três peças; Schmitt – Légende op. 66; Berio Dias 18 e 20, Theatro São Pedro 15h00 Ópera Tosca, de Puccini – Sequenza XB; e Piazzolla – Café 1930. Ópera Comentada. Raina Kabaivanska, Centro Cultural São Paulo – Sala Jardel Filho. Plácido Domingo, Sherril Milnes, Theatro São Pedro recebe Entrada franca. Giancarlo Luccardi e Mario Ferrara, tenor búlgaro Kaludi Kaludov 21h00 Coral da Cidade de São Ambrosian Singers e New Philharmonia Paulo e Orquestra Acadêmica de Orchestra. Bruno Bartoletti – regente. O Theatro São Pedro segue sua São Paulo Comentários: João Luiz Sampaio. temporada após as recentes mu- Luciano Camargo – regente. Luísa Centro Brasileiro Britânico – Sala Cultura Inglesa. Entrada franca. danças na administração da casa. divulgação Kurtz – soprano, Luciana Pansa – mezzo soprano, Giovanni Tristacci – A diretoria executiva do Instituto 16h30 Orquestra Sinfônica do tenor e Sebastião Teixeira – barítono. Pensarte (OS que administra o tea­ Estado de São Paulo Programa: Händel – O Messias. Leia tro) passa a ser de Clodoaldo Me- Susanna Mälkki – regente. Luíz Filíp mais na pág. 39. – violino. Programa: Shostakovich – dina; e o maestro Luiz Fernando Sala São Paulo. R$ 40. Reapresentação dias Malheiro substitui Emiliano Patar- 26 e 27 às 21h. R$ 60. Abertura festiva op. 96 e Concerto ra na direção artística (leia mais na para violino nº 1 op. 77; e Mussorgsky – Quadros de uma exposição (orques­ página 6). QUARTA-FEIRA 23 tração de Maurice Ravel). Leia mais Os concertos de julho aconte- na pág. 35. cem nos dias 18 e 20 e fazem parte 20h00 Alexandre Ribeiro – clarinete Sala São Paulo. R$ 36 a R$ 166. da série Grandes Vozes. Sob regên- e Alessandro Penezzi – violão Kaludi Kaludov cia de seu novo diretor artístico Série Instrumental no Conservatório. 18h00 Coral Paulistano Mário de maestro Luiz Fernando Malheiro, a Praça das Artes – Sala do Conservatório. R$ 30. Andrade Orquestra do Theatro São Pedro recebe o tenor búlgaro Kaludi Kaludov. Fabiana Cozza – cantora. Programa: Após se destacar na cena nacional e tornar-se primeiro tenor da Ópera 24 QUINTA-FEIRA Músicas populares brasileiras. Centro de Formação Cultural Cidade Nacional de Sófia, Kaludov expandiu sua atuação para o resto da Europa, 10h00 Orquestra Sinfônica do Tiradentes. Entrada franca. trabalhando com Claudio Abbado, Zubin Mehta e Riccardo Muti, além Estado de São Paulo de contracenar com grandes nomes do canto, como Plácido Domingo. Ensaio aberto. Susanna Mälkki – re­ 18h30 Drumbaque No São Pedro, Kaludov canta uma seleção de árias de óperas de Bizet, gente. Luíz Filíp – violino. Programa: Série Concertos. Richard Fraser, César Massenet, Verdi, Carlos Gomes, Francesco Cilea e Puccini. Shostakovich – Abertura festiva op. 96 Simão e Thiago Lamattina – percussão. A Orquestra do Theatro São Pedro ainda toca no dia 31 no Festi- e Concerto para violino nº 1 op. 77; e Programa: Videla – El Conde Espátula val Internacional de Campos de Jordão. O concerto terá novamente o Mussorgsky – Quadros de uma exposi­ e Espatulación; Drumbaque – Hibiscos; maestro Luiz Fernando Malheiro à frente do grupo e traz como solista ção (orquestração de Maurice Ravel). Carlos dos Santos – Drumbaque; Camiruaga – Cuarteto en Chico; e a soprano Marina Considera. (Leia mais sobre o Festival de Campos de Leia mais na pág. 35. Sala São Paulo. R$ 10. 500 lugares. Apresen­ Ficarelli – Ensaio 90. Jordão na página 48). tação às 21h, dia 25 às 21h e dia 26 às 16h30. Sesc Vila Mariana – Auditório. Entrada franca.

38 Julho 2014 CONCERTO 20h00 Orquestra Sinfônica Salmo 42; e Lauridsen – Lux Municipal DE SÃO PAULO Aeterna. Orquestra e Coral apresentam O Messias John Neschling – regente. Valentina Centro Cultural São Paulo – Sala Jardel Lisitsa – piano. Programa: Rachmaninov Filho. Entrada franca. O maestro Luciano Camargo comanda quatro apresentações espe- – Concerto para piano nº 3 op. 30; e R. ciais da Orquestra Acadêmica de São Paulo em julho. Juntamente com Strauss – Assim falou Zaratustra op. 30. 12h00 Programa prelúdio Edição especial. Melhores momentos o Coral da Cidade de São Paulo, o grupo toca no CEU Butantã, no dia Leia mais na pág. 36. 19; e faz três concertos na Sala São Paulo, nos dias 22, 26 e 27. O re- Theatro Municipal. R$ 20 a R$ 60. e divulgação dos classificados da Temporada 2014. pertório de todas as datas é o mesmo, o famoso oratório O Messias, de 21h00 Coral da Cidade de São TV Cultura. Händel. No dia 19, não será apresentada a obra integral. Estreada em Paulo e Orquestra Acadêmica Dublin, em 1742, a composição tornou-se uma das obras vocais mais de São Paulo 13h30 Programa prelúdio conhecidas da música ocidental. Como solistas vocais, a orquestra Gravação das Primeira e Segunda Luciano Camargo – regente. Luísa recebe os cantores Luísa Kurtz, Luciana Pansa, Giovanni Tristacci e Eliminatórias. Orquestra Prelúdio. Kurtz – soprano, Luciana Pansa – Sebastião Teixeira. (Leia mais sobre esta apresentação na página 24.) mezzo soprano, Giovanni Tristacci – Júlio Medaglia – regente. tenor e Sebastião Teixeira – barítono. Theatro São Pedro. Entrada franca. Inscrições para participação: tel. (11) 2182-3474. Programa: Programa: Händel – TV Cultura grava programa Prelúdio O Messias. Leia mais ao lado. 15h30 Fernando Henrique A TV Cultura já está realizando as gravações da temporada Sala São Paulo. R$ 60. Reapresentação dia Oliveira – piano 27 às 21h. 2014 do Prelúdio, o show de calouros da música clássica nacional. Música no MuBE. Programa: Mozart – Sonata K 330; Schubert – Improviso Todas as fases acontecem no Theatro São Pedro, em São Paulo, com 27 DOMINGO nº 3 op. 142; Chopin – Barcarolle exceção da final, que ocorre na Sala São Paulo. A emissora também op. 60; e Schumann – Novelette nº 8 já anunciou as próximas datas de gravação: dia 27 de julho; dia 23 10h00 SINFONIA Nº 3, de Gustav op. 21. de agosto; e dia 18 de outubro. A entrada é franca, e os interessados Mahler Teatro MuBE Nova Cultural. R$ 20. em assistir às provas devem ligar para o telefone (11) 2182-3474, Ópera no Mis. Balé de John Neumeier. de segunda a sexta, em horário comercial. A regência da Orquestra Primeiros bailarinos, solistas e Corpo 16h00 Orquestra Sinfônica Prelúdio é do maestro Júlio Medaglia, que compartilha a apresenta- Heliópolis de baile do Balé da Ópera de Paris. ção do programa com a jornalista Roberta Martinelli. Orquestra e coro da Ópera Nacional de Carlos Prazeres – regente. Programa: Paris. Coro Juvenil da Ópera Nacional de Beethoven – Coriolano op. 62, abertura Paris. Simon Hewett – direção musical. e Sinfonia nº 5 op. 67. Leia mais na Schumann e Brahms têm programa especial Alessandro Di Stefano – regente do coro. pág. 38. Música: Gustav Mahler. John Neumeier – Masp – Grande Auditório. R$ 10. Em julho a série musical do Centro da Cultura Judaica prepa- coreografia, cenário e iluminação. ra uma atração especial. No dia 6, o duo Heloisa e Almicar Zani MIS – Museu da Imagem e do Som. R$ 30. 16h00 Orquestra do Festival. apresentam o concerto-instalação A Dobra Schumanniana IV. A 45º Festival Internacional de Campos dupla de pianistas interpreta peças de Robert Schumann e Johannes do Jordão. Giancarlo Guerrero – re­ 11h00 Orquestra Sinfônica do Brahms acompanhada por uma performance videográfica da artista Estado de São Paulo gente. Beethoven – Sinfonia nº 1 op. plástica Branca de Oliveira, buscando extrair o máximo de contem- Concertos Matinais. Susanna Mälkki 21; Mignone – Sinfonia tropical; e – regente. Programa: Shostakovich – Respighi – Os pinheiros de Roma. poraneidade das peças dos grandes compositores românticos. Abertura festiva op. 96; e Mussorgsky Leia mais na pág. 48. – Quadros de uma exposição (orques­ Sala São Paulo. Favor confirmar horário. Projeto Guri encena Lendas Amazônicas tração de Ravel). Leia mais na pág. 35. Parque da Independência. Entrada franca. 19h45 CORAL TCMSP No dia 6, o Theatro São Pedro de São Paulo recebe um espe- Série Sacra Música. William Guedes – táculo especial promovido pelo Projeto Guri. Cerca de cem jovens regente. Programa: Canta Brasil, com 11h00 Orquestra do Festival. alunos interpretam o espetáculo Lendas Amazônicas, criado por 45º Festival Internacional de Campos obras de Villa-Lobos, Renato Teixeira, Aimar de Noronha Santinho – diretor artístico e cênico da peça. A do Jordão. Giancarlo Guerrero – re­ e Danilo Caymmi, entre gente. Beethoven – Sinfonia nº 1 op. outros. regência é de André Sanches. 21; Mignone – Sinfonia tropical; e Capela da PUC. Entrada franca. Com música de Waldemar Henrique e Heitor Villa-Lobos (em Respighi – Os pinheiros de Roma. arranjos de Fernando Correa), a obra conta a história do amor proi- Leia mais na pág. 48. 21h00 Coral da Cidade de São bido entre um caboclo e a filha de um fazendeiro – a narração é da Sala São Paulo. Reapresentação às 16h. Paulo e Orquestra Acadêmica atriz Ana Luisa Lacombe. O espetáculo é beneficente e, para retirar Favor confirmar horário. de São Paulo o ingresso, basta levar um livro, CD ou DVD infantil. Luciano Camargo – regente. Luísa 11h00 Orquestra Experimental Kurtz – soprano, Luciana Pansa – me­ de Repertório zzo soprano, Giovanni Tristacci – tenor MuBE segue com concertos dominicais Carlos Moreno – regente. Daniel e Sebastião Teixeira – barítono. Guedes – violino. Programa: Lucca – Programa: Händel – O Messias. Leia A série de recitais dominicais de piano do MuBE tem em julho Gaudeamus; Sibelius – Concerto para mais ao lado. três apresentações, nos dias 6, 20 e 27 – a apresentação agendada violino op. 47; Guerra-Peixe – Dança Sala São Paulo. R$ 60. para o dia 13 foi cancelada por conta da final da Copa do Mundo. A dos Caboclinhos; e Tchaikovsky – primeira data já quebra o costume dos recitais solos e conta com um Abertura 1812. Leia mais na pág. 36. trio de artistas: o violinista Tiago Paganini, o violoncelista Douglas Theatro Municipal. R$ 20 a R$ 60. 29 TERÇA-FEIRA Pereira e o aclamado pianista Cristian Budu (vencedor do Concurso Internacional de Piano Clara Haskil de 2013) tocam a Sonata para 12h00 Coral Paulistano Mário 20h00 Trio opus 12 violino e piano nº 1, de Brahms, e o conhecido Trio Arquiduque, de Andrade Movimento Violão. Paulo Porto de Beethoven. No dia 20 é a vez de César Birschner, que, sozinho Domingo no Centro. Martinho Lutero Alegre, Daniel Murray e Chrystian Galati de Oliveira – regente. Rosana Dozza – violões. Programa: obras de ao piano, toca peças de Bach, Mozart e Beethoven. Encerra o mês o Civile – piano. Programa: Brahms – Sérgio Assad, Bach, Paulo Porto Alegre, pianista Fernando Henrique Oliveira, com um programa dedicado Novas canções de amor; Mendelssohn Vivaldi e Dowland. a Mozart, Schubert, Chopin e Schumann. – Canções sem palavras nº 3 op. 19 e Sesc Consolação. Entrada franca.

CONCERTO Julho 2014 39 Roteiro Musical São Paulo

Dia 1º, Sala São Paulo 20h30 TERça no centro Programação A definir. 31 QUINTA-FEIRA Bachiana tem Steuerman e estreia Centro Cultural São Paulo – Sala Jardel Filho. Entrada franca. 21h00 Orquestra Sinfônica do de peça de Fernando Riederer Estado de São Paulo Giancarlo Guerrero – regente. Manuel No dia 1º de julho, na Sala São 30 QUARTA-FEIRA Barrueco – violão. Programa: Sierra – Paulo, a Bachiana Filarmônica Sesi- Fandangos; Villa-Lobos – Concerto para

-SP faz mais um concerto de sua divulgação 20h30 Fábio Lima – violão violão e pequena orquestra; Santoro – temporada oficial. Como acontece Formas do violão. Violão na trilha Brasiliana; Bernstein – On the Waterfront, desde 2013, a apresentação in- dos games. Suíte sinfônica. Leia mais na pág. 35. Sesc Pinheiros - Auditório. R$ 3,20, R$ 8 Sala São Paulo. R$ 36 a R$ 166. Reapresen­ clui a estreia de uma encomenda e R$ 16. tação dia 1/8 às 21h e dia 2/8 às 16h30. feita pela orquestra, desta vez a Fernando Riederer. Nascido no Rio de Janeiro, ele frequentou a Endereços São Paulo Escola de Música e Belas-Artes do Paraná antes de partir para Viena, Jean Louis Steuerman Auditório Ibirapuera – Av. Pedro Praça das Artes – Auditório e na Áustria. A obra de Riederer é Álvares Cabral – Portão 3 do Parque Escola de Música de São Paulo uma peça concertante para trompa Ibirapuera – Tel. (11) 3629-1075 (80 lugares); Sala do Conservatório e orquestra – além da Bachiana, sob regência de seu maestro assistente, (Plateia interna: 800 lugares; Foyer: (200 lugares) – Av. São João, 281 – 300 lugares) Centro – Tel. (11) 3311-0194 John Boudler, participa do concerto o trompista Samuel Hamzem. Na sequência, entra em cena João Carlos Martins, que comanda a Capela da PUC – Rua Monte Alegre, Sala São Paulo – Praça Júlio Prestes – Bachiana no Concerto para flauta e orquestra, de Carl Philipp Emanuel 948 – Perdizes – Tel. (11) 3862-2498 Campos Elíseos – Tel. (11) 3223-3966. Bach, com solos de Edson Beltrami. O programa segue com três trans- (200 lugares) Ingressos: tel. (11) 4003-1212 crições para orquestra de árias de cantatas de Bach, até que o pianista e www.ingressorapido.com.br. Pessoas Centro Brasileiro Britânico – Sala acima de 60 anos e estudantes pa­ Jean Louis Steuerman sobe ao palco para o Concerto nº 3, de Beethoven. Cultura Inglesa – Rua Ferreira de gam meia-entrada (na bilheteria). Fechando a noite, Steuerman e João Carlos Martins tocam o segundo Araújo, 741 – Pinheiros – Tel. (11) Estacionamento: R$ 20 (1500 lugares) movimento do Concerto para dois pianos, de Bach. 3039-0575 (157 lugares) Sesc Bom Retiro – Teatro – Al. Centro Cultural São Paulo – Salas Nothmann, 185 – Bom Retiro – Adoniran Barbosa (622 lugares), Tel. (11) 3332-3600 (291 lugares) Dias 5, 19 e 26, Sesc Vila Mariana Jardel Filho (321 lugares), Paulo Emílio Salles Gomes (100 lugares) Sesc Consolação – Rua Dr. Vila Nova, Sesc Vila Mariana programa – Rua Vergueiro, 1000 (entre as 245 – Vila Buarque – Tel. (11) 3234- estações Paraíso e Vergueiro) – Tel. 3003 (328 lugares) música de câmara (11) 3397-4002. Bilheteria: 1 hora antes do evento Sesc Vila Mariana – Rua Pelotas, Em julho, o Sesc Vila Mariana dá sequência a sua destacada série de 141 – Vila Mariana – Teatro (608 música clássica. No dia 5 acontece a primeira apresentação, com o duo Centro da Cultura Judaica – lugares) e Auditório (128 lugares) – formado por Fábio Bartoloni (violão) e Daniela Lucatelle (piano); a dupla Rua Oscar Freire, 2500 – Sumaré – 1º andar – Tel. (11) 5080-3000 Tel. (11) 3065-4333 (298 lugares) toca um programa intitulado Sonatas e Fantasias, com peças de Mario Sociedade Brasileira de Eubiose – Castelnuovo-Tedesco, Celso Mojola e Radamés Gnattali, entre outros. Centro de Formação Cultural Av. Lacerda Franco, 1059 – Aclimação O segundo concerto é no dia 19, e tem o elogiado Quarteto Camargo Cidade Tiradentes – Av. Inácio – Tel. (11) 3208-9914 e 3208-6699 Guarnieri. Formado por Elisa Fukuda, Ricardo Takahashi, Silvio Catto e Monteiro, 6900 – Jardim São Paulo (201 lugares) Joel de Souza, o grupo toca o Quarteto nº 1, de Guarnieri, e o Quarteto Tel. (11) 2555-2840 (150 lugares) Teatro JK Iguatemi – Av. Pres. nº 2, de Brahms. Encerra o mês o grupo de percussão Drumbaque, for- CEU Butantã – Teatro Carlos Zara – Juscelino Kubitschek, 2041 – 3º piso – mado por Richard Fraser, César Simão e Thiago Lamattina; no programa, Av. Eng. Heitor Antônio Eiras Garcia, Ingressos: tel. (11) 4003-1212 – www. composições de Jorge Camiruaga, Carlos dos Santos e de Mário Ficarelli. 1700 – Rio Pequeno – Tel. (11) ingressorapido.com.br (270 lugares) 3732-4559 (449 lugares) Teatro Lauro Gomes – Rua Helena Dia 18, Sesc Bom Retiro Clube Paineiras do Morumbi – Jacquey, 171 – Rudge Ramos – São Teatro – Av. Alberto Penteado, 605 Bernardo do Campo – Tel. (11) 4368- Guillaume Bourgogne rege – Morumbi – Tel. 3779-2051 (226 3483 (526 lugares) lugares) Camerata Aberta no Sesc Teatro MuBE Nova Cultural – Espaço Cachuera! – Rua Monte Av. Europa, 218 – Jardim Europa – A Camerata Aberta faz em julho duas apresentações – uma de- Alegre, 1094 – Perdizes – Tel. (11) Tel. (11) 2594-2601 (192 lugares) las no Festival Internacional de Campos do Jordão (leia mais na 3872-8113 e 3872-5563 (60 lugares) Theatro Municipal de São Paulo – página 48). Grupo estável de música contemporânea da Escola de Masp – Grande Auditório (374 Praça Ramos de Azevedo – Centro Música do Estado de São Paulo, a camerata terá nas duas apresenta- lugares) e Pequeno Auditório – Tel. (11) 3397-0327. Ingressos: ções a companhia de um convidado habitual de suas apresentações, (72 lugares) – Av. Paulista, 1578 – tel. (11) 4003-2050 e www.ingres­ o maestro francês Guillaume Bourgogne, com quem o grupo gra- Bela Vista – Tel. (11) 3251-5644 sofacil.com.br (1500 lugares); Salão vou o álbum Espelho d’água, vencedor do Prêmio Bravo! e finalista MIS – Museu da Imagem e do Som Nobre (150 lugares) do Prêmio CONCERTO 2012. – Av. Europa, 158 – Jardim Europa – Theatro São Pedro – Sala princi- Além da apresentação em Campos do Jordão, a Camerata Aber- Tel. (11) 3062-9197 (172 lugares) pal (636 lugares) e Sala Dinorá ta toca no dia 18, no Sesc Bom Retiro. Nas duas ocasiões o reper- Parque da Independência – Pça. da de Carvalho (76 lugares) – Rua tório, dirigido por Bourgogne, é o mesmo, e mostra peças de Paulo Independência – Ipiranga – Tel. (11) Albuquerque Lins, 207 – Barra Zuben, Denys Bouliane, Jimmie LeBlanc e Flo Menezes. 2065-8000 Funda – Tel. (11) 3667-0499

40 Julho 2014 CONCERTO Roteiro Musical Rio de Janeiro

Schubert – Momento musical; Francisco Dia 10, Theatro Municipal 1 TERÇA-FEIRA Mignone – Modinha; Radamés Gnattali – Flor da noite, Sonatinha, Modinha e Sinfônica Simón Bolívar e Dudamel 12h30 Maestro Angelo Budega Baião; Saint-Saëns – O cisne; e Villa- Música no Museu. Programa: O Lobos – O canto do cisne negro, O interpretam Nona de Mahler cavaquinho acústico e os clássicos trenzinho do caipira, Bachianas brasi- brasileiros. O Theatro Municipal do leiras nº 5. Sinfônica Simón Bolívar çã o Clube de Engenharia. Entrada franca. Academia Brasileira de Letras. Entrada franca. Rio de Janeiro recebe, no dia

10 de julho, em promoção da div u lga 20h00 Balé La Bayadère, de 20h00 Balé La Bayadère, de Dell’Arte, provavelmente um Ludwig Minkus Ludwig Minkus dos principais concertos da Balé e Orquestra Sinfônica do Balé e Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal do Rio de temporada. Trata-se da Orques- Theatro Municipal do Rio de tra Sinfônica Simón Bolívar, Janeiro. Javier Logioia Orbe e Tobias Janeiro. Javier Logioia Orbe e Tobias principal conjunto do El Siste- Volkmann – regentes. Luís Ortigoza Volkmann – regentes. Luís Ortigoza – coreografia. Nikiya: Márcia Jaqueline – coreografia. Nikiya: Márcia Jaqueline ma, o bem-sucedido programa (dias 1, 3 e 6) e Renata Tubarão (dias (dias 3 e 6) e Renata Tubarão (dia 5); de educação musical criado na 2 e 5); e Solor: Moacir Emanoel (dias e Solor: Moacir Emanoel (dias 3 e 6) Venezuela por José Antonio 1, 3 e 6) e Cícero Gomes (dias 2 e 5). e Cícero Gomes (dia 5). Leia mais na Abreu e que mantém, além de Leia mais na pág. 42. pág. 42. cursos para jovens instrumen- Theatro Municipal. R$ 25 a R$ 84. Theatro Municipal. R$ 25 a R$ 84. Reapresentação dias 2, 3 e 5 às 20h e dia 6 tistas, 31 grupos sinfônicos. E Reapresentação dia 5 às 20h e dia 6 às 17h. às 17h. se a Simón Bolívar (que tem músicos entre 17 e 30 anos) é A definir Balé Conto de Inverno, 4 SEXTA-FEIRA de Wheeldon o principal conjunto, Gustavo The Royal Ballet. Baseado no conto Dudamel é o garoto-propaganda do programa. Aos 33 anos ele está esta- 12h30 Coral Vozes do Outono de William Shakespeare. Música: Joby belecido como o maior regente de sua geração e detém os cargos de dire- Música no Museu. Programa: Talbot. tor artístico da Sinfônica Simón Bolívar e da Filarmônica de Los Angeles, clássicos brasileiros. Cinemark. R$ 60 e R$ 70. Verificar endereços além de se apresentar como convidado nos principais palcos do mundo. Centro Cultural Light. Entrada franca. e horários em www.cinemark.com.br. No Theatro Municipal do Rio, a orquestra repete o repertório de uma de suas apresentações paulistas (leia mais na página 37): a Nona, 2 QUARTA-FEIRA 5 SÁBADO de Mahler (leia mais sobre a peça na seção Repertório, na página 20). O compositor austríaco é uma das especialidades de Dudamel, que já 12h00 Ópera As bodas de Fígaro, 11h30 ABSTRASOM lançou pela Deutsche Grammophon gravações das Sinfonias nºs 1, 5, de Mozart Música no Museu. Marcelo 8 e 9, com a Orquestra Simón Bolívar e a Filarmônica de Los Angeles. Ópera ao meio-dia. Coro do Theatro Saldanha – regente. Programa: Municipal do Rio de Janeiro. Jésus clássicos brasileiros. Figueiredo – direção musical. Bruno Clube Hebraica. Entrada franca. Reapresentação Furlanetto – direção-geral. dia 20 às 11h30 no Museu de Arte Moderna. Dia 7, Cidade das Artes / Dia 27, Theatro Municipal Theatro Municipal – Foyer. R$ 5. Reapresentação dias 16 e 30 às 12h e dia 20h00 Balé La Bayadère, de Sinfônica Brasileira faz concertos 20 às 11h, na Série Domingo no Municipal. Ludwig Minkus Balé e Orquestra Sinfônica do 12h30 Duo Cedmon Alves e dedicados à música alemã e russa Theatro Municipal do Rio de Adriana Ballesté – violões Janeiro. Javier Logioia Orbe e Tobias No mês de julho, a Orques- Música no Museu. Programa: Roberto Duarte Volkmann – regentes. Luís Ortigoza tra Sinfônica Brasileira tem dois clássicos brasileiros. compromissos na cidade do Rio – coreografia. Nikiya: Márcia Jaqueline lacerda u lo Centro Cultural Banco do Brasil. Entrada franca. (dia 6) e Renata Tubarão (dia 5); e de Janeiro. O primeiro é no dia

Solor: Moacir Emanoel (dia 6) e Cícero 7, na Cidade das Artes. Sob re- çã o / pa 20h00 Balé La Bayadère, de Gomes (dia 5). Leia mais na pág. 42. gência de seu maestro titular, Ludwig Minkus Theatro Municipal. R$ 25 a R$ 84. o regente Roberto Minczuk, div u lga Reapresentação dia 6 às 17h. Balé e Orquestra Sinfônica do a OSB interpreta o Idílio de Theatro Municipal do Rio de Siegfried, de Richard Wagner, e Janeiro. Javier Logioia Orbe e Tobias 6 DOMINGO Volkmann – regentes. Luís Ortigoza a Sinfonia nº 1, de Brahms. – coreografia. Nikiya: Márcia Jaqueline A segunda apresentação 11h30 Anne Meyer – voz e Rafael (dias 3 e 6) e Renata Tubarão (dias 2 da orquestra é no dia 27, dessa Simonacci – piano e 5); e Solor: Moacir Emanoel (dias 3 vez no Theatro Municipal ca- Música no Museu. Programa: e 6) e Cícero Gomes (dias 2 e 5). Leia rioca. Com regência de Roberto Impressões seresteiras. mais na pág. 42. Museu de Arte Moderna. Entrada franca. Duarte, a sinfônica conta com a Theatro Municipal. R$ 25 a R$ 84. participação do Coro de Crianças da OSB para interpretar um progra- Reapresentação dias 3 e 5 às 20h e dia 6 às 17h. 17h00 Balé La Bayadère, de ma intitulado Uma Viagem à Rússia, que inclui a suíte Masquerade, de Ludwig Minkus Aram Khachaturian; a marcha de O amor das três laranjas, de Proko- Balé e Orquestra Sinfônica do fiev; a Procissão dos nobres, da ópera Mlada, de Rimsky-Korsakov; e a QUINTA-FEIRA 3 Theatro Municipal do Rio de Marcha eslava, de Tchaikovsky. Janeiro. Javier Logioia Orbe e Tobias A OSB ainda toca no dia 12, no Festival Internacional de Campos do 18h00 Duo Davi Chew – violoncelo Volkmann – regentes. Luís Ortigoza – Jordão, no interior paulista, sob direção de seu titular Roberto Minczuk. e Fernanda Canaud – piano coreografia. Nikiya: Márcia Jaqueline; Música de Câmara na ABL. e Solor: Moacir Emanoel. Leia mais na Na ocasião, a orquestra terá como convidado o trompista alemão Stefan Participação: Juliana Franco – soprano. pág. 42. Dohr, da Filarmônica de Berlim, que será o solista no Concerto nº 1, de Programa: Bach/ Gounod – Ave Maria; Theatro Municipal. R$ 25 a R$ 84. Richard Strauss (leia mais na página 48).

CONCERTO Julho 2014 41 Roteiro Musical Rio de Janeiro

20h30 Orquestra Sinfônica Simón 12h30 Jazztopia Opes toca peças de Richard Strauss Bolívar da Venezuela Música no Museu. Programa: Série Dell’Arte Concertos obras de Gershwin. A Orquestra de Sopros da Petrobras Sinfônica apresenta um Internacionais. Gustavo Dudamel – Centro Cultural Banco do Brasil. programa em julho. O concerto ocorre no dia 19, na Igreja Nossa regente. Programa: Mahler – Sinfonia Entrada franca. Senhora da Glória, e tem reapresentação no dia 20, na cidade mi- nº 9. Leia mais na pág. 41. neira de Juiz de Fora, como parte da programação do 25º Festival Theatro Municipal. R$ 70 a R$ 300. 18 SEXTA-FEIRA Internacional de Música Colonial Brasileira e Música Antiga (leia mais na página 50). Em ambas as ocasiões, a regência é de Sammy 11 SEXTA-FEIRA 15h00 Anne Meyer – soprano Fuks, flautista da Opes, e o repertório lembra os 150 anos de nasci- e Erika Machado – piano Música no Museu. Programa: mento de Richard Strauss. 15h00 Duo ALVES-HENRIQUES Música no Museu. Anderson Alves obras de Verdi. – piano e Aleska Henriques – violon- Centro Cultural Justiça Federal. Entrada Plácido Domingo e Lang Lang fazem show celo. Programa: Nazareth – Odeón; e franca. obras de Dvorák e Villa-Lobos. 16h00 Orquestra de Sopros da Aproveitando o clima de Copa do Mundo, a HSBC Arena Centro Cultural Justiça Federal. Entrada franca. Petrobras Sinfônica recebe, no dia 11 de julho, um concerto especial. A grande estrela Reapresentação dia 23 às 12h30 no Centro Ensaio Aberto V. Sammy Fuks – da noite é o tenor espanhol Plácido Domingo, que terá ainda como Cultural Banco do Brasil. regente. Programa: Strauss – Serenata convidados o grande pianista chinês Lang Lang e a soprano Ana 22h00 Plácido Domingo – tenor op. 7 e Suíte op. 4; e Mario Tavares – Maria Martinez. Participa também do concerto a Orquestra Sinfô- Concert in Rio. Orquestra Sinfônica Divertimento para 11 instrumentos nica Brasileira, sob regência do maestro norte-americano Eugene Brasileira. Eugene Kohn – regente. de sopro. Kohn. Plácido Domingo volta ao Rio de Janeiro após 19 anos. Na Participação: Lang Lang – piano e Ana Fundição Progresso. Entrada franca. Arena HSBC ele canta alguns dos trechos mais famosos do reper- Maria Martinez – soprano. Programa: Apresentação dia 19 às 18h30 na Igreja Nossa Senhora da Glória. tório operístico. O programa traz ainda uma seleção de trechos de Trechos de óperas, musicais da operetas, musicais da Broadway e zarzuelas. Broadway, zarzuelas e música popular. Leia mais ao lado. 19 SÁBADO HSBC Arena. R$ 120 a R$ 900. Theatro Municipal tem balé e ópera reduzida 17h00 Coral Bomtempo O Theatro Municipal do Rio de Janeiro inicia julho com cinco 12 SÁBADO Música no Museu. Programa: récitas do balé La bayadère, estreado no mês passado. As apresen- clássicos brasileiros. Clube Hebraica. Entrada franca. tações, que contam com a participação do balé e da orquestra do 11h30 Pedro Barros – violão Música no Museu. Programa: obras Municipal, acontecem nos dias 1º, 2, 3, 5 e 6. A regência é de Javier de J.S. Bach; De Falla e Pedro Barros. 18h30 Orquestra de Sopros da Logioia Orbe e Tobias Volkmann. Parque das Ruínas. Entrada franca. Petrobras Sinfônica Outro projeto iniciado em junho e que tem continuidade em Série Mestre Athayde IV. Sammy Fuks – regente. Programa: Strauss – Serenata julho é o Ópera ao Meio-Dia, que apresenta no foyer do teatro ver- 14 SEGUNDA-FEIRA sões reduzidas de grandes títulos do repertório. Nos dias 2, 16, 20 op. 7 e Suíte op. 4; e Mario Tavares – e 30, As bodas de Fígaro, de Mozart, será interpretada por solistas Divertimento para 11 instrumentos de 09h00 105 anos do Theatro sopro. Leia mais ao lado. do coro do Municipal, acompanhados ao piano. Municipal do Rio de Janeiro Igreja Nossa Senhora da Glória. Já no dia 14, o Theatro Municipal programa um espetáculo Programação variada com Balé, Coro Entrada franca. especial para comemorar seus 105 anos. e Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Theatro Municipal. Entrada franca. 20 DOMINGO

12h30 Marcos Brito – violão 11h00 Ópera As bodas de Fígaro, Morelenbaum – regente. Deco Fiori Música no Museu. Programa: obras de Mozart SEGUNDA-FEIRA 7 – direção musical. Programa: clássicos de Bach e De Falla. Domingo no Municipal. Coro do brasileiros. Real Gabinete Português de Leitura. Theatro Municipal do Rio de 12h30 Daniel Raman – Museu da República. Entrada franca. Entrada franca. Janeiro. Jésus Figueiredo – direção instrumentos étnicos musical. Bruno Furlanetto – direção Música no Museu. Programa: geral. TERÇA-FEIRA Improvisação com instrumentos 9 QUARTA-FEIRA 15 Theatro Municipal – Foyer. R$ 1. étnicos, mantras e cantos ancestrais. Reapresentação dia 30 às 12h, na Série Biblioteca Nacional. Entrada franca. 12h30 Quarteto Canindé 20h00 Orquestra de Violoncelos Ópera ao meio-dia. Música no Museu. Anne Meyer – das Comunidades Pacificadas 21h00 Orquestra Sinfônica soprano, Angelo de Oliveira – vio- Música no Museu. Programa: obras 11h30 ABSTRASOM Brasileira lino, Pedro Izar – violoncelo e Erika de Bach e Mozart. Música no Museu. Marcelo Série Cidade das Artes. Roberto Machado – piano. Programa: obras Iate Clube do Rio de Janeiro. Entrada franca. Saldanha – regente. Programa: Minczuk – regente. Programa: de Vivaldi, Händel e Gluck. clássicos brasileiros. Museu de Arte Moderna. Entrada franca. Wagner – Idílio de Siegfried; e Centro Cultural Banco do Brasil. Entrada Brahms – Sinfonia nº 1 op. 68. franca. 16 QUARTA-FEIRA Leia mais na pág. 41. QUARTA-FEIRA Cidade das Artes – Grande Sala. 12h00 Ópera As bodas de Fígaro, 23 R$ 30 a R$ 120. 10 QUINTA-FEIRA de Mozart Ópera ao meio-dia. Coro do Theatro 12h30 duo ALVES-HENRIQUES 18h00 Vicente Miranda – violão Música no Museu. Anderson Alves 8 TERÇA-FEIRA Municipal do Rio de Janeiro. Jésus Música no Museu. Programa: obras Figueiredo – direção musical. Bruno – piano e Aleska Henriques – violon- de Alonso Mudarra, Mauro Giuliani, Furlanetto – direção-geral. celo. Programa: obras de Villa-Lobos, 12h30 Coral da Neoenergia Tárrega, Albéniz e Agustín Barrios. Theatro Municipal – Foyer. R$ 5. Bach e Pixinguinha. e Grupo Vocal Bate-Boca Centro Cultural Justiça Federal. Entrada Reapresentação dia 30 às 12h e dia 20 às 11h, Centro Cultural Banco do Brasil. Entrada Música no Museu. Eduardo franca. na Série Domingo no Municipal. franca.

42 Julho 2014 CONCERTO 18h00 Molho Inglês a cinco; e Júlio Medaglia – Figueiredo – direção musical. 24 QUINTA-FEIRA Música no Museu. Programa: Suíte Bélle Époque. Bruno Furlanetto – direção-geral. clássicos brasileiros. Fundação Cultural Avatar. Ingressos: Theatro Municipal – Foyer. R$ 5. 12h30 Luiz Bomfim – voz e Regina Palácio São Clemente – Consulado de doação de leite em pó e arroz. Lacerda – piano Portugal. Entrada franca. 12h30 Cláudio Vettori – piano Música no Museu. Programa: 16h00 Banda Musical de Concerto Música no Museu. Programa: obras Santo Amaro obras de Gluck, Rossini, Verdi, 27 DOMINGO de Beethoven e Mozart. Puccini e Bizet. Projeto Candelária. Almir José da Centro Cultural Banco do Brasil. Entrada Casa de Rui Barbosa. Entrada franca. Silva – regente. Participação: Banda franca. 11h00 Orquestra Sinfônica do Colégio Estadual Eliza Maria Dutra Brasileira e Coro de Crianças – gaitas de fole. Programa: obras de 19h30 Orquestra e Coro da ACM 25 SEXTA-FEIRA da OSB Vivaldi, canção folclórica inglesa, Bach, Ilem Vargas – regente. Cíntia Domingo no Municipal. Concerto da John Newton e outros. Fortunato, Érika de Assis, Suzana 12h30 André Trindade – violão Juventude. Viagem à Rússia. Roberto Igreja da Candelária. Entrada franca. Furtado – sopranos, Daniel Schmidt – Música no Museu. Programa: obras Duarte – regente. Júlio Moretzsohn tenor, Luiz Morena – barítono e Érika – regente do coro. Programa: Machado – piano. Programa: Eudora de Villa-Lobos, Nonato Luiz, Garoto SEGUNDA-FEIRA e André Trindade. Khachaturian – Masquerade; Prokofiev 28 Pitrowsky Salles – Cantata Isaías. Museu Histórico Nacional. Entrada franca. – Marcha de O amor das três laranjas; Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro – Korsakov – Procissão dos nobres; e 18h00 Carol Panesi – violino Salão Nobre. Entrada franca. Tchaikovsky – Marcha eslava op. 31. e Salomão Soares – piano 26 SÁBADO Leia mais na pág. 41. Música no Museu. Programa: obras 31 QUINTA-FEIRA Theatro Municipal. R$ 1. de Villa-Lobos e . Casa de Cultura Laura Alvim. Entrada franca. 15h00 Grupo Prelúdio 21 12h00 João Paulo – barítono 11h30 Coral Seresta Alexandre Schubert, Caio Senna, e Érika Machado – piano Música no Museu. Programa: José Orlando Alves, Marcos Lucas, 29 TERÇA-FEIRA Série Quinta Musical na São José. clássicos brasileiros. Neder Nassaro e Sergio Roberto Programa: obras de , Museu de Arte Moderna. Entrada franca. de Oliveira – compositores. 15h00 Grupo Elite Musical Chiquinha Gonzaga, Carlos Gardel, Participação: Jeferson Souza – fa- Música no Museu. Programa: clássicos Domenico Modugno e Agustín Lara. 12h00 Quinteto Brincadeira gote, Ingrid Barancoski – piano, brasileiros. Igreja de São José. Entrada franca. a Cinco Gabriela Geluda – canto, Geisa Museu Ciência e Vida de Duque de Caxias. Felipe – flauta, Pablo de Sá – violon- Brincando em Forma de Concerto. Entrada franca. 17h30 Marcos Leite – piano celo e Léo Sousa – vibrafone, entre Felipe Marateu – flauta, Leandro Participação: Francisco Manuel da outros. Programa: Sergio Roberto Finotti – oboé, Jeferson Souza – Silva – flauta transversal e Alefy de Oliveira – Cão; Neder Nassaro fagote, Werley Nicolau – trompa e 30 QUARTA-FEIRA Santos – piano. Programa: obras – Música eletroacústica; Alexandre Gabriel Peter – clarinete. Programa: de Baptista Siqueira, Nepomuceno, Schubert – Sonatina para fagote; Ibert – Três peças breves; Farkas 12h00 Ópera As bodas de Fígaro, Villa-Lobos, Mignone, Arnaldo Rebello e Caio Senna – Antipode. – Serenata para quinteto de madei- de Mozart e Frans Ventura. Centro Cultural Justiça Federal. Entrada ras; Fernando Morais – Xaxando no Ópera ao meio-dia. Coro do Theatro Academia de Música Lorenzo Fernandes. franca. serrado; José Siqueira – Brincadeira Municipal do Rio de Janeiro. Jésus Entrada franca.

Endereços Rio de Janeiro

Academia Brasileira de Letras Centro Cultural Justiça Federal – HSBC Arena – Av. Embaixador Museu de Arte Moderna – – Teatro R. Magalhães Jr. – Av. Av. Rio Branco, 241 – Centro – Tel. Abelardo Bueno, 3401 – Barra Av. Infante Dom Henrique, 85 – Presidente Wilson, 203 – Castelo – (21) 3212-2550 (142 lugares) da Tijuca – Tel. (21) 3035-5200 Praia do Flamengo – Tel. (21) Tel. (21) 3974-2500 (288 lugares) 2240-4944 (180 lugares) Centro Cultural Light – Av. Marechal Iate Clube do Rio de Janeiro – Floriano, 168 – Centro – Tel. (21) 2211- Academia de Música Lorenzo Av. Pasteur, 333 – Urca – Tel. Museu Histórico Nacional – Praça 7529 (200 lugares) Fernandez – Rua da Lapa, 120 – 7º (21) 3223-7200 (200 lugares) Marechal Âncora, s/nº – Centro – andar – Centro – Tel. (21) 2221-7109 Cidade das Artes – Av. das Américas, Tel. (21) 2550-9220 (200 lugares) (90 lugares) 5300 – Barra da Tijuca – Tel. (21) Igreja da Candelária – Praça Pio X, 3325-0102. Ingressos: (21) 4003-2051 s/nº – Centro – Tel. (21) 2233-2324 Palácio São Clemente – Rua São Biblioteca Nacional – Rua México, (375 lugares) s/nº – Centro – Tel. (21) 2220-2356 – www.ingressorapido.com.br ou (21) Clemente, 424 – Botafogo – Tel. (120 lugares) 4003-5588 – www.ticketsforfun.com.br Igreja de São José – Av. Presidente (21) 2544-3570 (200 lugares) (1238 lugares) Antônio Carlos, s/nº – Centro – Tel. Câmara dos Vereadores do Rio Parque das Ruínas – Rua Murtinho Clube de Engenharia – Av. Rio Branco, (21) 2533-4545 de Janeiro – Praça Floriano, s/nº – Nobre, 169 – Santa Teresa – Tel. 124 – Centro – Tel. (21) 2178-9200 Cinelândia – Tel. (21) 3814-2121 (21) 2253-8645 (100 lugares) (420 lugares) Igreja Nossa Senhora da Glória – Largo do Machado – Laranjeiras – Casa de Cultura Laura Alvim – Clube Hebraica – Rua das Laranjeiras, Tel. (21) 2225-0735 Real Gabinete Português Av. Vieira Souto, 176 – Ipanema – 346 – 4º andar – Laranjeiras – Tel. (21) de Leitura – Rua Luís de Camões, Tel. (21) 2332-2015 (70 lugares) 2557-4455 (90 lugares) Museu Ciência e Vida – Rua Ailton 30 – Centro – Tel. (21) 2221-3138 da Costa, s/nº – Jardim 25 de Agosto – (100 lugares) Casa de Rui Barbosa – Rua São Fundação Cultural Avatar – Rua Clemente, 424 – Botafogo – Tel. Duque de Caxias – Tel. (21) 2671-7797 Doutor Pereira Nunes, 141 – Niterói – Theatro Municipal do Rio (21) 3289-4600 (281 lugares) (100 lugares) Tel. (21) 2621-0217 (55 lugares) de Janeiro – Praça Marechal Centro Cultural Banco do Brasil – Fundição Progresso – Rua dos Arcos, Museu da República – Rua do Catete, Floriano, s/nº – Centro – Tel. Rua Primeiro de Março, 66 – Centro – 24 – Centro – Tel. (21) 2220-5070 (600 153 – Catete – Tel. (21) 3235-2650 (21) 2332-9191 (2350 lugares) – Tel. (21) 3808-2020 (155 lugares) lugares) (80 lugares) www.ingressos.com.

CONCERTO Julho 2014 43 Roteiro Musical Outras Cidades

Belo Horizonte, dias 3, 15 e 24 / Itabirito, dia 18 ARACAJU, SE 20/07 10h00 Orquestra Sinfônica de Minas Gerais Filarmônica de Minas Gerais 10/07 20h30 Orquestra Sinfônica Concertos no Parque. Marcelo de Sergipe e Coro Sinfônico da Ramos – regente. Programa: tem ótimos convidados ORSSE músicas clássicas utilizadas em desenhos animados. A Orquestra Filarmônica de Série Cajueiros III. Guilherme Mannis Arnaldo Cohen çã o – regente. Daniel Freire – regente Parque Municipal Américo Renné Giannetti – Minas Gerais inicia seu mês de Tel. (31) 3277-4161. Entrada franca. do coro. Rosana Lamosa – soprano, julho com um convidado de pri- div u lga Carolina Faria – mezzo soprano, Paulo 24/07 20h30 Orquestra meira: Arnaldo Cohen. Radicado Mandarino – tenor e Sebastião Teixeira nos Estados Unidos, o pianista já se Filarmônica de Minas Gerais – barítono. Programa: Verdi – Hino das Série Allegro. Fabio Mechetti – re- apresentou em grandes salas como nações; Brahms – Variações sobre um gente. Szabolcs Zempléni – trompa. o Concertgebouw de Amsterdã, o tema de Haydn op. 56a; e Bruckner – Programa: R. Strauss – Da Itália op. 16, Teatro de Champs Elysées de Paris, Te Deum. Leia mais ao lado. Concerto para trompa nº 1 op. 11 e o Royal Albert Hall de Londres, a Teatro Tobias Barreto – Tel. (79) 3179-1480. Salomé op. 54, Dança dos sete véus. Sydney Opera House, na Austrá- 24/07 20h30 Orquestra Sinfônica Leia mais ao lado. lia, e foi professor em Londres, na de Sergipe Palácio das Artes – Grande Teatro – Tel. (31) 3236-7400. R$ 36 a R$ 70. Royal Academy of Music e no Royal Série Mangabeiras II. Daniel Nery – Northern College – hoje, Cohen é regente. Antonio Lauro del Claro mentor na Universidade de India- – violoncelo. Programa: Ripper – Brasília, DF Psalmus; Rota – Concerto para violon- na. O concerto acontece no dia 3 celo; e Vaughan-Williams – Sinfonia 18/07 20h00 ORQUESTRA SINFÔNICA de julho e inicia o ciclo de homenagens aos 150 anos de Richard Strauss nº 2, Londres. Leia mais ao lado. que a filarmônica faz no Palácio das Artes sob o comando de Fabio Me- DO TEATRO NACIONAL CLAUDIO Teatro Tobias Barreto – Tel. (79) 3179-1480. SANTORO chetti. Cohen interpreta a Burleske para piano e orquestra e o repertório IV Festival de Ópera de Brasília. se completa com a Sinfonia nº 2 e o poema sinfônico Don Juan. O mesmo Belo Horizonte, MG Cláudio Cohen – regente. Tati Helène programa é apresentado no dia 6 no Festival de Inverno de Campos do e Vedrana Simic – sopranos e Angela Jordão, em São Paulo (leia mais na página 48). 03/07 20h30 Orquestra Diel – mezzo soprano. Programa: R. No dia 15, Strauss volta à pauta da orquestra. Mechetti dirige o gru- Filarmônica de Minas Gerais Strauss – Till Eulenspiegel op. 28 e po em um repertório interessante, com a soprano Adriane Queiroz como Série Allegro. Fabio Mechetti – regen- As quatro últimas canções; Wagner solista (leia a entrevista com a cantora na página 16). Ela canta a cena te. Arnaldo Cohen – piano. Programa: – Morte de amor de Tristão e Isolda; final da ópera Capriccio e As quatro últimas canções. A orquestra toca R. Strauss – Sinfonia nº 2 op. 12, Bellini – Casta Diva; Giordano – La mamma morta, de Andrea Chenier; e ainda a suíte O burguês fidalgo e a Serenata em mi bemol. Burleske op. 11 e Don Juan op. 20. Leia mais ao lado. Saint-Saëns – Árias de Sansão e Dalila. Nos dias 18 e 19, a Filarmônica de Minas Gerais faz uma pausa em Palácio das Artes – Grande Teatro – Tel. (31) Leia mais na pág. 47. sua programação dedicada a Strauss e realiza duas apresentações no esta- 3236-7400. R$ 36 a R$ 70. Teatro Pedro Calmon – Tel. (61) 3325-6171. do, nas cidades de Itabirito e Mariana; esta última no âmbito do Festival Entrada franca. Reapresentação dia 19 às 20h. 10/07 20h00 Orquestra Sinfônica de Inverno de Ouro Preto e Mariana. A regência é de Marcos Arakaki, de Minas Gerais 31/07 20h00 Ópera A Cartomante, maestro associado do grupo, que comanda um repertório com peças de Sinfônica no Museu. Sérgio Gomes – Tchaikovsky, Rimsky-Korsakov, Gnattali, Grieg e Saint-Saëns. de Jorge Antunes regente. Programa: obras de Mozart. IV Festival de Ópera de Brasília. Já no dia 24, de volta ao Palácio das Artes e com regência de Fabio Museu Inimá de Paula – Tel. (31) 3213-4320. Entrada franca. Reapresentação dia 11 às 20h. Orquestra Sinfônica do Teatro Mechetti, a filarmônica recebe o húngaro Szabolcs Zempléni, que inter- Nacional Claudio Santoro. Jorge preta o Concerto para trompa nº 1, de Strauss. Nascido em Budapeste, 15/07 20h30 Orquestra Lisboa Antunes – regente. Zempléni é formado em trompa pela Academia de Música Ferenc Liszt Filarmônica de Minas Gerais Teatro Pedro Calmon – Tel. (61) 3325-6171. Entrada franca. Reapresentação dias 1, 2 e 3/8. e já se apresentou com orquestras como a Sinfônica da Rádio da Baviera Série Allegro. Fabio Mechetti – regente. e a do Festival de Budapeste. Completam o repertório mais duas peças Adriane Queiroz – soprano. Programa: do compositor alemão: o poema-sinfônico Da Itália e a Dança dos sete R. Strauss – O burguês fidalgo op. 60, 01/08 20h00 Josira Salles – véus, da ópera Salomé. A filarmônica e Zempléni tocam juntos também suíte, Capriccio op. 85, cena final, soprano, Sérgio Morais – flautas, André Tribuzy – piano e Paulo no Festival Internacional de Música Colonial Brasileira e Música Antiga, Serenata op. 7 e As quatro últimas Márcio Vaz – percussão em Juiz de Fora, no dia 26 (leia mais na página 50). canções. Leia mais ao lado. Palácio das Artes – Grande Teatro – Tel. (31) Sextas Musicais. 3236-7400. R$ 36 a R$ 70. Casa Thomas Jefferson – Tel. (61) 3442-5523. Entrada franca. . Aracaju, dias 10 e 24 17/07 20h00 Coral Lírico de Minas Gerais Campinas, SP Sinfônica de Sergipe programa Série Lírico na Cidade. Lincoln Andrade – regente. Programa: obras 05/07 20h00 Orquestra Sinfônica Brahms, Bruckner e Nino Rota de Eric Whitacre, Bob Chilcott e Britten. Municipal de Campinas São dois os concertos que a Orquestra Sinfônica de Sergipe faz em Museu Inimá de Paula – Tel. (31) 3213-4320. Concerto Oficial. Elena Herrera Entrada franca. (Cuba) – regente. Clarissa Severo julho – ambos no Teatro Tobias Barreto. O primeiro tem regência do de Borba – percussão. Programa: maestro titular e diretor artístico da orquestra, Guilherme Mannis, que 19/07 16h00 Coral Lírico de Turina – La procesión del Rocío op. 9; recebe ainda o Coro Sinfônico da Orsse e um time de solistas vocais for- Minas Gerais e Big Band Palácio R. Morte – Variações sobre um mado por Rosana Lamosa, Carolina Faria, Paulo Mandarino e Sebastião das Artes acalanto; Rosauro – Concerto para Teixeira, para um programa com obras de Verdi, Brahms e Bruckner. Concertos no Parque. Lincoln Andrade vibrafone e orquestra; e Sibelius – O regente assistente Daniel Nery é quem dirige a Sinfônica de Ser- – regente. Programa: Duke Ellington – Sinfonia nº 2 op. 43. Leia mais na gipe em seu segundo compromisso, no dia 24. Com o violoncelista An- Concerto sacro, com arranjos de John pág. 46. Hoybye e Pedersen. Teatro Municipal José de Castro Mendes – tonio Lauro del Claro como solista, é apresentado um repertório com Parque Municipal Américo Renné Giannetti – Tel. (19) 3272-9359. R$ 25. Reapresentação obras de João Guilherme Ripper, Nino Rota e Ralph Vaughan-Williams. Tel. (31) 3277-4161. Entrada franca. dia 6 às 11h.

44 Julho 2014 CONCERTO 19/07 17h00 Orquestra 21/07 20h30 Nelson Freire – piano Sinfônica Municipal de Programa: obras de Chopin, Debussy Campinas e Villa-Lobos. Leia mais na pág. 47. Concerto ao ar livre. Projeto Centro Cultural UFG – Tel. (62) 3209-6252. Internacional Perch e Celebração dos 240 anos da cidade de Campinas. 31/07 20h30 Orquestra Programa: Stephen Deazley – Perch, Filarmônica de Goiás trilha composta para o espetáculo. Quinta Clássica. Tributo a Strauss. Leia mais na pág. 46. Marcos Arakaki – regente. Largo do Rosário. Entrada franca. Washington Barella – oboé. Reapresentação dia 20 às 17h. Programa: Guerra-Peixe – Tributo a Portinari; R. Strauss – Concerto para 26/07 18h00 Orquestra oboé TrV 292; e Mendelssohn – Sinfônica Municipal de Sinfonia nº 5 op. 107; A reforma. Campinas Leia mais na pág. 47. Concha Acústica da Lagoa do Taquaral – Teatro Goiânia – Tel. (62) 3524-2862. Av. Heitor Penteado, s/nº. Entrada franca. Entrada franca.

31/07 20h00 Duo ASSAD Sérgio e Odair Assad – violões. Itabirito, MG Programa: Sor – Fantasia op. 54; Rameau – Seis peças para cravo; 18/07 20h00 Orquestra Granados – Valsas poéticas; Gnattali Filarmônica de Minas Gerais – Valsa e Corta jaca; Villa-Lobos – A Série Allegro. Marcos Arakaki – regen- lenda do caboclo e Alma brasileira; te. Programa: Tchaikovsky – Marcha Gismonti – Palhaço e Baião malandro; eslava op. 31; Rimsky-Korsakov – O e Sergio Assad – Tahhyya Li Ossoulina. conto do Czar Saltan, suíte op. 57; Leia mais na pág. 46. Gnattali – Brasiliana nº 1; Grieg – Peer Teatro Brasil Kirin – Shopping Iguatemi – Gynt, suíte nº 1 op. 46; e Saint-Saëns – Tel. (19) 3294-3166. R$ 40. Sansão e Dalila op. 47, Bacanal. Leia mais na pág. 44. CURITIBA, PR Praça dos Inconfidentes – Tel. (31) 3561-7847. Entrada franca.

10/07 10h00 Orquestra de Câmara da Cidade de Curitiba Jataí, GO Ensaio aberto. Concertos e romances. Pré-concerto. Winston Ramalho – 02/07 20h30 Orquestra direção musical e violino. Guilherme Filarmônica de Goiás Pozzi – piano. Programa: Sibelius Alessandro Borgomanero – regente. – Romance para cordas op. 42; Centro de Cultura e Eventos Dom Benedito Chausson – Concerto para violino, Domingos Cóscia – Tel. (64) 3632-5020. Entrada franca. piano e cordas op. 21; Mendelssohn – Concerto para violino e orquestra de cordas. JOÃO PESSOA, PB Capela Santa Maria – Espaço Cultural – Tel. (41) 3321-2840. Entrada franca. Apresentação 01/07 09h00 Paraibones, dia 11 às 20h e dia 12 às 17h45. Antes do Quarteto de Trombones da concerto haverá palestra com Marco Aurélio Koentopp. paraíba, Grupo de Trombones da Escola de Música da UFRG e 27/07 17h00 5UP e Coral UP Banda Sinfônica José Siqueira – Domingo no Campus. Programa: obras UFPB de Bach, Beethoven e The Beatles. Dia do trombone. Sandoval Moreno Teatro Positivo – Pequeno Auditório – Tel. e Alexandre Magno – coordenação. (41) 3317-3118. R$ 10. UFPB – Sala Radegundis Feitosa – Tel. (83) 3216-7200. Entrada franca. Este evento acontece até às 18h. Goianésia, GO 15/07 20h00 Banda Sinfônica 20/07 20h00 Orquestra José Siqueira – UFPB e Banda Filarmônica de Goiás Marcial Municipal Antenor Marshal Gaioso – regente. Navarro Centro Cultural Berchiolina Rodrigues – A banda de música na Academia. Tel. (62) 3935-1018. Entrada franca. Sandoval Moreno, Eliton Chaves, Lourival Júnior e Subtenente Jerson Goiânia, GO – regentes. Valmir Vieira – tuba. Programa: José de Sousa Neves – 05/07 20h30 Orquestra Sinfônica Enfatizando o civismo brasileiro; Suppé de Goiânia – Cavaleria ligeira; Zé Ramalho – Frevo Batismo Cultural. Joaquim Jayme – mulher; Joaquim Pereira – Academia regente. militar; Dimas Sedícias – Uma banda Teatro Goiânia – Tel. (62) 3524-2862. Entrada da tuba; entre outros. franca. Reapresentação dia 8 no Teatro Sesi – UFPB – Sala Radegundis Feitosa – Tel. Tel. (62) 3524-2862. (83) 3216-7200. Entrada franca. Roteiro Musical Outras Cidades

Palmas, dia 16 / São Bernardo do Campo, dia 18 / Manaus, dia 29 / Campinas, dia 31 Jundiaí, SP Palmeiras, GO

Duo Assad de violões inicia 27/07 15h30 Orquestra 06/07 20h30 Orquestra Filarmônica de Violas de Filarmônica de Goiás extensa turnê pelo Brasil Campinas e Orquestra Alessandro Borgomanero – O celebrado Duo Assad, Jundiaiense de Viola Caipira regente. Duo Assad Concertos Astra-Finamax. Rua Quintino Bocaiúva. Entrada franca. uma das principais duplas de Parque da Cidade – Tel. (11) 4522-0499. violão do mundo, inicia em ju- Entrada franca. PATOS DE MINAS, MG lho uma abrangente turnê bra- kheir çã o / fadi sileira, que vai até o dia 10 de div u lga MACEIÓ, AL 10/07 20h30 Mônica Pedrosa – agosto. Formado pelos irmãos canto e Fernando Araújo – violão Sérgio e Odair Assad, o duo, que 06/07 10h00 Claudinete Projeto Terra sem sombra. tem um repertório que cobre Lima – soprano e Ilbert Programa: obras de Villa-Lobos, três séculos de violão, colecio- Leaffa – piano Santoro, Guerra-Peixe, Fernández na prêmios por suas gravações, Concerto aos Domingos. e Marlos Nobre. como o Grammy Latino de Programa: obras de Mozart, Teatro Municipal Leão de Formosa – Tel. 2001 recebido pelo CD Sérgio Puccini, Schubert, Strauss, (34) 3822-9664. Ingresso: 1 kg de alimento. e Odair Assad tocam Piazzolla. Ernani Braga, Hekel Tavares, entre A excelência dos instrumentis- outros. Porto Alegre, RS Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas – tas já rendeu uma turnê pelos Tel. (82) 3223-7797. Entrada franca. Estados Unidos com o respeita- 15/07 20h30 Orquestra Sinfônica de Porto Alegre do violoncelista Yo Yo Ma. Manaus, AM Carlos Prazeres – regente. Guigla A atual excursão nacional do Duo Assad tem quatro compromissos Katsarava – piano. Programa: em julho, nas cidades de Palmas (dia 16), São Paulo (São Bernardo do 02/07 18h00 Trios, Quartetos Tchaikovsky – Concerto para piano Campo, dia 18), Manaus (dia 29) e Campinas (dia 31); em agosto eles e Quintetos nº 1 op. 23; Nepomuceno – Batuque; passam por Tatuí (dia 1º), Dourados (dia 5), Campo Grande (dia 6) e Ni- Benicio Barros e Elidielson e Villa-Lobos – Choros nº 6. terói (dia 10). O repertório traz peças de Fernando Sor, Rameau, Enrique Salão de Atos da UFRGS – Tel. (51) 3308-3058. Lourenço – violinos, Alex Dias – R$ 20. Granados, Radamés Gnattali, Villa-Lobos e , além de viola, Eliziel Lourenço – violoncelo Tahhyya li ossoulina, composta pelo próprio Sérgio Assad. e Roger Vargas – contrabaixo. 20/07 20h00 Coral Juvenil do Programa: Vanhal – Divertimento; Guri Santa Marcelina Rossini – Sonata nº 2; e Mozart – Giuliana Frozoni – regente. Campinas, dias 5, 6, 19, 20 e 26 Divertimento. Universidade Federal do Rio Grande Centro Cultural Palácio da Justiça – Tel. do Sul – UFRGS – Tel. (51) 3308-6000. Sinfônica Municipal de Campinas (92) 9617-0736. Entrada franca. Reapresentação dia 22 às 19h15 na Igreja Nossa Senhora das Dores – Tel. (51) 3228-7376. faz cinco apresentações em julho 29/07 20h00 Orquestra de Violões do Amazonas Em julho, a dobradinha da série de concertos oficiais da Orquestra 22/07 20h30 Orquestra Sinfônica Davi Nunes – regente. Participação: de Porto Alegre Sinfônica Municipal de Campinas tem regência da maestrina cubana Duo Assad: Sérgio e Odair Assad – Elena Herrera. A apresentação acontece no Teatro José de Castro Men- Nicolas Rauss – regente. violões. Leia mais ao lado. Programa: Villa-Lobos – Bachianas des e tem no repertório o poema sinfônico La procesión del Rocío, do Teatro Amazonas – Tel. (92) 3232-1768. brasileiras nº 2; e Schumann – R$ 40. espanhol Joaquín Turina, as Variações sobre um acalanto, de R. Morte, Sinfonia nº 4 op. 120. a Sinfonia nº 2 de Sibelius, e o Concerto para vibrafone e orquestra, de Salão de Atos da UFRGS – Tel. (51) 3308-3058. Ney Rosauro. Para esta última peça, a orquestra conta com a participa- Mariana, MG R$ 20. ção da percussionista Clarissa Severo de Borba. A orquestra ainda toca em mais três ocasiões, em julho. Nos dias 19 04/07 12h15 Música Barroca RECIFE, PE e 20, o grupo se apresenta no Largo do Rosário, em um espetáculo que Concertos realizados no órgão histórico da Sé de Mariana. Com Elisa Freixo e mistura música e teatro, para celebrar o aniversário de Campinas. Já no 23/07 20h00 Orquestra Sinfônica Josinéia Godinho. dia 26, a sinfônica faz um concerto aberto na concha acústica da Lagoa de Recife Sé de Mariana – Tel. (31) 3558-2785. do Taquaral. R$ 28. Apresentações sextas-feiras às 11h30 Concerto Oficial. Marlos Nobre – e domingos às 12h15. Informações: regente. Jônatas Zacarias – [email protected]. clarinete, Junielson Nascimento – Vitória, dias 16 e 17 oboé, Péricles Johson – fagote e Chromácio Leão – trompa. Palmas, TO Maestro Marcelo de Jesus rege Programa: Eli-Eri Moura – Quatro cenas para orquestra; Mozart – Sinfônica do Espírito Santo 16/07 20h00 Duo ASSAD Sinfonia concertante K 297b; e Sérgio e Odair Assad – violões. Beethoven – Sinfonia nº 4 op. 60. A Orquestra Sinfônica do Estado do Espírito Santo faz duas apresen- Programa: Sor – Fantasia op. 54; Teatro de Santa Isabel – Tel. (81) 3355-3323. tações no mês de julho, nos dias 16 e 17. Ambas têm o mesmo programa Rameau – Seis peças para cra- Entrada franca. e acontecem no Teatro Carlos Gomes. Quem dirige o grupo é o maestro vo; Granados – Valsas poéticas; convidado Marcelo de Jesus, regente adjunto da Amazonas Filarmôni- Gnattali – Valsa e Corta jaca da Suíte RIBEIRÃO PRETO, SP ca; há ainda a participação de um time de solistas vocais formado por Retratos; Villa-Lobos – A lenda do Nathércia Lopes, Maristela Araújo, Patrícia Eugênio, Sheila Limão, caboclo e Alma brasileira; Gismonti – Palhaço e Baião malandro; e 19/07 20h00 Orquestra Sinfônica Adriana Clis, Renato Gonçalves, Eduardo Santa Clara, Lício Bruno e Sergio Assad – Tahhyya Li Ossoulina. de Ribeirão Preto Alessandro Santana. No repertório estão peças líricas de Rossini, Bizet, Leia mais ao lado. Série Concertos Internacionais. Flotow, Mozart, Saint-Saëns, Puccini, Bernstein, Bellini, Verdi e outros. Teatro Sesc Palmas. R$ 30. Victoria Ratsiuk (Ucrânia) –

46 Julho 2014 CONCERTO regente. Programa: Carlos Gomes 24/07 20h30 Soundscape Big Band Goiânia, dia 31 / Jataí, dia 2 / Rio Verde, dia 3 / Palmeiras, dia 6 / Santo Antônio – Prelúdio de Lo Schiavo; Rossini Painel Instrumental. do Descoberto, dia 18 / Goianésia, dia 20 – Abertura de A gaza ladra; Glinka Teatro Procópio Ferreira – Tel. (15) 3205-8444. – Abertura de Ruslan e Ludmila; J. R$ 12. Filarmônica de Goiás recebe Strauss – Abertura de O morcego; 25/07 20h30 Marcos Paiva e Tchaikovsky – Sinfonia nº 4 op. 36. Sexteto MP6 Arakaki e Washington Barella Teatro Pedro II – Tel. (16) 3977-8111. Painel Instrumental. Reapresentação dia 20 às 10h30, na Série A Orquestra Filarmônica de Teatro Procópio Ferreira. R$ 12. Juventude tem Concerto. Goiás realiza um concerto em Washington Barella 26/07 20h30 Jovino santos Goiâ­nia, no dia 31 de julho, no Te- rio Verde, GO Neto – piano e Big Band do atro Goiânia. Quem rege o grupo é Conservatório de TAtuí o maestro associado da Orquestra Painel Instrumental. Programa: 03/07 20h00 Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, o obras de . Filarmônica de Goiás Teatro Procópio Ferreira. R$ 12. paulistano Marcos Arakaki. E, Alessandro Borgomanero – regente. como solista, a orquestra recebe o Clube Dona Gercina – Tel. (64) 3620-2246. Teresópolis, RJ oboísta Washington Barella. Natu- Entrada franca. ral de Piracicaba, Barella está radi- 05/07 20h30 Eudóxia de Barros – cado na Alemanha, onde é, desde santo Antônio do Descoberto, piano GO 1992, primeiro oboé da Orquestra Série Concertos de Gala. Programa: Sinfônica da SWR de Baden Ba- Osvaldo Lacerda – Saudades de Oruro, den. Em Goiânia, ele interpreta o 18/07 20h30 Orquestra Didi, Estudos nº 7 e nº 12, Cromos, e Filarmônica de Goiás Concerto de Richard Strauss. O

Sonata para cravo e piano; e Nazareth çã o / ian vecchiotti Marshal Gaioso – regente. – Espalhafatoso, Ouro sobre azul, repertório tem ainda o Tributo a Praça Princesa Isabel (Praça da Igrejinha). Confidências, Brejeiro, Escorregando, Portinari, de César Guerra-Peixe, div u lga Entrada franca. Coração que sente, Turuna, Ameno, e a Sinfonia nº 5, de Mendelssohn. Odeón e Apanhei-te, cavaquinho. Em julho, a Filarmônica de Goiás ainda faz uma turnê pelo estado, São Leopoldo, RS Centro Cultural Feso Pro-Arte – Tel. (21) passando pelas cidades de Jataí (dia 2), Rio Verde (3), Palmeiras (6), 2644-5770. Entrada franca. Santo Antônio do Descoberto (18) e Goianésia (20) – dois maestros se 24/07 08h00 Orquestra Sinfônica TIRADENTES, MG alternam na regência da orquestra: Alessandro Borgomanero comanda de Porto Alegre as três primeiras apresentações; as outras, Marshal Gaioso. Homenagem aos 190 anos da 04/07 20h00 Música Barroca imigração alemã. Nicolas Rauss Concertos realizados no órgão histórico – regente. Programa: Beethoven de Tiradentes. Com Elisa Freixo e – Abertura Egmont; Schumann – Josinéia Godinho. Goiânia, dia 21 Sinfonia nº 4; Brahms – Dança hún- Igreja Matriz de Santo Antonio – Tel. (32) gara nº 1; J. Strauss II – Perpetuum 3355-1676. R$ 30. Apresentações sextas-feiras Mobile; e J. Strauss I – Marcha às 20h00. Informações: [email protected]. Nelson Freire toca em Goiânia Radetzky. Goiânia confirma o bom momento que vive na música clás- Local a ser definido. Entrada franca. VITÓRIA, ES sica no dia 21 de julho. Além da bem-estruturada temporada da Filarmônica de Goiás – que recentemente passou por importantes TATUÍ, SP 16/07 20h00 Orquestra Sinfônica reformulações –, o público goianiense terá neste mês a oportunida- do Estado do Espírito Santo e de de conferir um recital solo do maior pianista brasileiro, Nelson Coro Sinfônico da Fames 21/07 20h30 Trio Corrente Série Concertos Especiais – Concerto Lírico. Freire. A apresentação acontece no Centro Cultural UFG e traz no Painel Instrumental. Fabio Torres – Marcelo de Jesus – regente. Sanny Souza repertório algumas das especialidades de Nelson Freire: Chopin, piano, Paulo Paulelli – baixo e Edu – regente do coro. Solistas: Nathércia Debussy e Villa-Lobos. Ribeiro – bateria. Lopes, Maristela Araújo, Patrícia Eugênio, Teatro Procópio Ferreira – Tel. (15) 3205-8444. R$ 12. Sheila Limão, Adriana Clis, Renato Gonçalves, Eduardo Santa Clara, Licio 22/07 20h30 Thiago Espírito Bruno e Alessandro Santana. Programa: Brasília, de 18 de julho a 3 de agosto Santo – contrabaixo, Fabio Peron – obras de Rossini, Bizet, Flotow, Mozart, bandolim e Mestrinho – acordeão Saint-Saëns, Puccini, Bernstein, Bellini, Brasília apresenta ópera Painel Instrumental. Programa: obras Verdi e Lehàr . Leia mais na pág. 46. de Thiago Espírito Santo, Rogério Teatro Carlos Gomes – Tel. (27) 3132-8396. R$ 2. Reapresentação dia 17 às 20h. A cartomante, de Jorge Antunes Caetano, Fábio Peron, Silvia Goes, Garoto e Waldir Azevedo. Em julho se inicia o 4º Festival de Ópera de Brasília, que é aberto Teatro Procópio Ferreira – Tel. (15) 3205-8444. com dois concertos de repertório lírico, ambos no Teatro Pedro Calmon. R$ 12. Clube CONCERTO As apresentações ocorrem nos dias 18 e 19 de julho e têm como regente o maestro titular Cláudio Cohen, que dirige a Sinfônica do Teatro Nacio- 23/07 20h30 Nelson Faria – Serviço exclusivo para os assinantes guitarra e convidados da Revista CONCERTO. nal em uma seleção de peças de Wagner, Bellini, Giordano, Saint-Saëns e Painel Instrumental. Participação: Richard Strauss. Deste último, celebrando seus 150 anos de nascimento, Chico Chagas – acordeão, Rafael Consulte no nosso site o repertório traz o poema sinfônico Till Eulenspiegels lustige Streiche, Barata – bateria e Ney Conceição – Sergiowww.concerto.com.br Tiempo e As quatro últimas canções. Revezam-se como solistas os cantores Tati baixo. Programa: obras de Nelson a relação dos produtos e serviços Helène, Vedrana Simic e Angela Diel. Faria, Mauricio Einhorn, Chico Chagas, conveniados ao nosso clube, com os descontos especiais. A segunda parte do Festival de Ópera de Brasília conta com uma , Tom Jobim/Vinicius de montagem de A cartomante, de Jorge Antunes, que é baseada no conto Moraes e Luís Bonfá. Aproveite as promoções homônimo de Machado de Assis. Serão quatro récitas, nos dias 31 de Teatro Procópio Ferreira – Tel. (15) 3205-8444. e boa música! R$ 12. julho, 1º, 2 e 3 de agosto, todas sob a regência de Jorge Lisboa Antunes.

CONCERTO Julho 2014 47 Roteiro Musical Festivais de Inverno

Campos do Jordão, SP Festival Internacional de Campos do Jordão chega a sua 45ª edição

Entre os dias 5 de julho e 3 de agosto, acontece o 45º Festival de A Osesp, sob direção de Marin Alsop, faz Inverno de Campos do Jordão Dr. Luís Arrobas Martins. A programação a abertura com a Nona Sinfonia de Beethoven, artística soma 27 concertos de orquestras e bandas sinfônicas – incluin-

dia 5 de julho, no Auditório Cláudio Santoro s andra fratu do os grupos mais destacados do país, como a Osesp, OSB, Filarmônica de Minas Gerais e Sinfônica do Theatro Municipal de São Paulo. Como no ano passado, a organização do evento é da Fundação Osesp: a direção executiva é de Marcelo Lopes, a direção artística de Arthur Nestrovski e a coordenação artístico-pedagógica de Fabio Zanon. A maestrina titular e / ale ss divulgação diretora musical da Osesp, Marin Alsop, atua como consultora artística.

NÚCLEO PEDAGÓGICO Com um total de 145 bolsistas e 40 professores, o festival oferece cursos de 16 instrumentos, composição e regência. Entre os professores estão nomes de expressão internacional, como a compositora inglesa Anna Clyne, o trompista alemão Stefan Dohr e o violonista uruguaio Eduardo Fernández, além dos maestros Marin Alsop e Giancarlo Guer- rero, que lecionam regência e comandam as apresentações da Orquestra Acadêmico e o Coro da Osesp, além dos solistas Lauren Snouffer, John do Festival (leia mais abaixo). Mark Ainsley, Denise de Freitas e Paulo Szot. (Não obtivemos a confir- Uma das principais características da área educacional está nas insti- mação até o fechamento desta edição, mas este concerto também deverá tuições parceiras, que, como de costume, participam com o intercâmbio ser transmitido ao vivo pela Rádio e TV Cultura de São Paulo.) No dia de alunos e professores, bem como oferecer bolsas para alunos seleciona- seguinte, também no Claudio Santoro, é a vez da Orquestra Sinfônica dos. Neste ano, além da Academia Real de Música (Londres), da Juilliard Jovem do Estado de São Paulo, que, sob o comando de seu diretor ar- School (Nova York) e do Conservatório Real de Haia, o Festival de Cam- tístico, Cláudio Cruz, interpreta peças de Camargo Guarnieri, Claude pos do Jordão conta também com a École Normale de Musique, de Paris. Debussy e Maurice Ravel. Um dos pontos altos das atividades pedagógicas é o Prêmio Eleazar Como em 2014 o compositor Richard Strauss completa 150 anos de de Carvalho, que contempla o aluno mais destacado de cada edição do nascimento, sua obra está na pauta de diversos concertos do festival. O festival com uma bolsa de estudos para qualquer instituição internacio- primeiro deles é logo no dia 6, quando a Orquestra Filarmônica de Minas nal de sua escolha. O prêmio é oferecido pela Secretaria de Estado da Gerais, com regência de Fabio Mechetti e tendo o pianista Arnaldo Co- Cultura, por intermédio da Fundação Osesp. hen como solista, faz um programa totalmente dedicado a Strauss, com Don Juan, a Sinfonia nº 2, e a Burleske para piano e orquestra. A Orques- CONVIDADOS tra Sinfônica Brasileira leva Strauss ao público do festival novamente no O Quarteto Escher, de Nova York é um dos principais destaques do dia 12, quando, junto com o alemão Stefan Dohr (da Filarmônica de 45º Festival de Inverno de Campos do Jordão. Grupo de câmara residen- Berlim), interpreta o Concerto para trompa nº 1. A Orquestra Sinfônica te da Sociedade de Música do Lincoln Center, o ensemble recebeu em da USP também deixa sua homenagem no repertório de seu concerto 2013 a prestigiada bolsa da Avery Fisher, que já premiou nomes como do dia 24, com o Concerto para oboé de Strauss, interpretado pelo Sarah Chang, Hilary Hahn e Nadja Salerno-Sonnenberg. O quarteto toca virtuoso Washington Barella, sob regência de Wagner Polistchuk. Assim no dia 9, no Auditório Claudio Santoro, um repertório composto por falou Zaratustra, uma das obras mais conhecidas do compositor alemão, peças de Mendelssohn, Dvorák e Zemlinsky (cuja integral dos quartetos também será executada durante o festival, no dia 27, com a Orquestra de cordas o Escher já gravou para o selo Naxos). Sinfônica Municipal de São Paulo, sob regência de John Neschling; o concerto ainda terá a pianista ucraniana Valentina Lisitsa, que toca o ORQUESTRA DO FESTIVAL Concerto nº 3 de Rachmaninov. Outro convidado de peso é o pianista russo Boris Giltburg, que em Outro importante destaque do festival é a programação pianística, 2013 ganhou a Competição Rainha Elisabeth, uma das mais prestigiosas que conta com importantes recitais solo de Cristian Budu (dia 16), Jean do mundo. Ele toca com a Orquestra do Festival nos dias 19 e 20 – no Louis Steuerman (dia 18), Kirill Gerstein (dia 22) e Tamila Salimdjanova Auditório Claudio Santoro e na Sala São Paulo, respectivamente –, em (dia 29); além do duo de piano formado por Paulo Álvares e Débora um programa que tem a Rapsódia sobre um tema de Paganini. Halász (dia 10, às 19h e às 20h30, neste último com a Orquestra de Formada pelos mais destacados bolsistas do evento, a Orquestra do Câmara da Osesp). Festival tem mais quatro apresentações programadas. Nas primeiras de- Vale também ressaltar as apresentações do violonista uruguaio las, nos dias 11 e 13, a orquestra é desmembrada em grupos de cordas, Eduardo Fernandez (dia 6); do violinista Emmanuele Baldini e da pia- metais e sopros e, sob regência de Marin Alsop, toca peças de Dvorák, nista Karin Fernandes (dia 13); da Sinfônica de Santo André com Abel Tchaikovsky, Copland e Mignone. Rocha (dia 17); do Quarteto Radamés Gnattali (dia 19); do Quarteto O grupo volta a tocar nos dias 26 e 27 de julho – no Auditório Claudio Camargo Guarnieri com o clarinetista inglês Mark van de Wiel (dia 20); Santoro e na Sala São Paulo, novamente –, sob direção de Giancarlo Guer- da Osesp com o regente Marcelo Lehninger e Kirill Gerstein (dia 20); rero. No programa estão a Sinfonia nº 1, de Beethoven, a Sinfonia tropi- da Camerata Aberta com Sergio Kafeijan, Guillaume Bourgogne e Flo cal, de Francisco Mignone, e Os pinheiros de Roma, de Ottorino Respighi. Menezes (dia 21), do Studio PANaroma de Música Eletrônica da Unesp (dia 22); e da Orquestra Experimental de Repertório com Carlos Moreno DESTAQUES DA PROGRAMAÇÃO e o violinista Daniel Guedes (dia 25). O festival inicia no Auditório Cláudio Santoro, no dia 5, com um O encerramento do Festival Internacional de Campos do Jordão concerto especial da Osesp, dirigida por Marin Alsop, interpretando a acontece no dia 3 de agosto, com a Osesp. A regência é de Giancarlo portentosa Nona sinfonia de Beethoven. A orquestra recebe o Coro Guerrero, e o violonista cubano Manuel Barrueco é o solista convidado.

48 Julho 2013 CONCERTO 45º FESTIVAL INTERNACIONAL DE 09/07 20h30 Quarteto Escher. 17/07 20h30 Orquestra Sinfôni- 24/07 20h30 Orquestra Sinfônica Inverno De CAMPOS DO JORDÃO, SP Mendelssohn – Quarteto nº 2 op. 13; ca de Santo André. Abel Rocha da USP. Wagner Polistchuk – regente. Zemlinsky – Quarteto nº 3 op. 19; e – regente. Ransom Wilson – flauta. Washington Barella – oboé. Anna Cly- Dvorák – Quarteto nº 10 op. 51. Villa-Lobos – Erosão; François ne – Rewind; R. Strauss – Concerto para De 5 de julho a 3 de agosto 10/07 19h00 Paulo Álvares e Devienne – Concerto para flauta oboé em ré maior e Macbeth op. 23; e Direção artística: Arthur Nestrovski Débora Halász – pianos. nº 7; e Ronaldo Miranda – Sinfonia Guerra-Peixe – Tributo a Portinari. www.festivalcamposdojordao.art.br 2000. 10/07 20h30 Orquestra de Câma- 25/07 20h00 Orquestra Experi- Leia mais na pág. 48 ra da Osesp. Emmanuele Baldini 18/07 20h30 Jean Louis Steuerman mental de Repertório. Carlos – regente e Paulo Álvares e Débora – piano. Bach – Partita nº 5 BWV Moreno – regente. Daniel Guedes Auditório Cláudio Santoro Halász – pianos. Nikos Skalkottas – 829; Beethoven – Sonata nº 8 op. – violino. Silvia de Lucca – Gaudea- Tel. (12) 3662-2334. Ingressos: tel. (11) 13, Patética; Alban Berg – Sonata mus; Sibelius – Concerto para violino 4003-1212 – www.ingressorapido.com.br Cinco danças gregas; Grieg – Suíte Holberg op. 40; e Mozart – Concerto nº 1; e Chopin – Balada nº 1 op. 23 op. 47; Guerra-Peixe – Incelença; e Tchaikovsky – Abertura 1812 op. 49. 05/07 20h30 Orquestra Sinfônica para dois pianos nº 10 K 365. e Scherzo nº 2 op. 31. do Estado de São Paulo, Coro 11/07 20h30 1ª parte: Orquestra de 19/07 20h30 Orquestra do Festi- 26/07 20h30 Orquestra do Festi- Acadêmico da Osesp e Coro da Cordas do Festival. Marin Alsop val. Marin Alsop – regente. Boris val. Giancarlo Guerrero – regente. Osesp. Marin Alsop – regente. Mar- – regente. Tchaikovsky – Serenata Giltburg – piano. Anna Clyne – Mas- Beethoven – Sinfonia nº 1 op. 21; cos Thadeu e Naomi Munakata – op. 48. 2ª parte: Grupo de Sopros querade; Rachmaninov – Rapsódia Mignone – Sinfonia Tropical; e Res- regentes dos coros. Lauren Snouffer do Festival. Dvorák – Serenata op. sobre um tema de Paganini op. pighi – Os pinheiros de Roma. – soprano, Denise de Freitas – mezzo 44. 3ª parte: Grupo de Metais do 43; e Shostakovich – Sinfonia nº 5 27/07 17h00 Orquestra Sinfônica soprano, John Mark Ainsley – tenor Festival. Copland – Fanfarra para o op. 47. Municipal de São Paulo. John e Paulo Szot – barítono. Beethoven – homem comum; e Mignone – Mara- 20/07 16h00 Orquestra Sinfônica Neschling – regente. Valentina Lisit- Sinfonia nº 9 op. 125, Coral. catu de Chico Rei. do Estado de São Paulo. Marcelo sa – piano. Rachmaninov – Concerto 06/07 11h00 Orquestra Sinfônica 12/07 20h30 Orquestra Sinfônica Lehninger – regente. Kirill Gerstein para piano nº 3 op. 30; e R. Strauss – Jovem do Estado de São Paulo. Brasileira. Roberto Minczuk – piano. Ronaldo Miranda – Varia- Assim falou Zaratustra op. 30. Cláudio Cruz – regente. Guarnieri – – regente. Stefan Dohr – trompa. ções temporais; Liszt – Concerto 30/07 20h30 Campos Filarmônica. Abertura Concertante; Debussy – Pré- Wagner – Idílio de Siegfried; Strauss – para piano nº 1; e Beethoven – Sin- Renata Cristina – regente. lude à l’Après-midi d’un Faune; Ravel fonia nº 6 op. 68, Pastoral. Concerto para trompa nº 1; e Brahms 31/07 20h30 Orquestra do – Rapsódia Espanhola e La Valse. – Sinfonia nº 1 op. 68. R$ 80. 22/07 20h30 Kirill Gerstein – pia- Theatro São Pedro. Luiz Fer- 06/07 17h00 Orquestra Filarmôni- 16/07 20h30 Cristian Budu – pia- no. Haydn – Andante com Variações nando Malheiro – regente. Marina ca de Minas Gerais. Fabio Me- no. Villa-Lobos – Ciclo Brasileiro: em fá menor; Brahms – Variações Considera – soprano. Carlos Gomes chetti – regente e Arnaldo Cohen Impressões seresteiras; Schumann sobre um tema de Paganini op. 35; – Abertura e árias das óperas Il – piano. R. Strauss – Sinfonia nº 2 op. – Kreisleriana op. 16; e Chopin – 24 e Mussorgsky – Quadros de uma Guarany, Fosca, Salvator Rosa, Maria 12, Burleske op. 11 e Don Juan op. 20. Prelúdios op. 28. exposição. Tudor e Lo Schiavo. Roteiro Musical Festivais de Inverno

Juiz de Fora, MG 01/08 20h30 Orquestra Petrobrás 19/07 16h00 Orquestra Sinfônica Sinfônica. Jean Louis Steuerman­ de São José dos Campos e Classe Juiz de Fora destaca música antiga – direção musical e piano, Felipe de Regência. Mozart – Abertura de Prazeres – violino e Murilo Barquet- A flauta mágica K 620; Beethoven A cidade mineira de Juiz de te – flauta. Villa-Lobos – Prelúdio – Abertura Egmont op. 84; Weber Fora recebe, entre os dias 14 e 27 das Bachianas brasileiras nº 4; Bach – Abertura de Euryanthe op. 81;

de julho, a 25ª edição do Festival divulgação – Concerto de Brandenburgo nº 5 Schumann – Abertura de Genoveva Internacional de Música Colonial BWV 1050; Finzi – Eclogue; e Mozart op. 81; e Mendelssohn –Sinfonia Brasileira e Música Antiga. O even- – Sinfonia nº 36 K 425, Linz. nº 4 op. 90, Italiana. to é um dos mais importantes festi- 02/08 20h30 Orquestra Sinfônica 20/07 13h00 Tributo a . vais de inverno da música nacional de Ribeirão Preto. Claudio Cruz – Marcelo Bratke – piano e Came- e, na presente edição, investe em regente. Fabio Cury – fagote. Carlos rata Brasil. Villa-Lobos – Bachianas grandes convidados internacionais, Gomes – Prelúdio de Maria Tudor; brasileiras nº 2; Tom Jobim – Wave; e concertos, cursos e até um encon- Nepomuceno – Batuque; Schumann Dorival Caymmi – O vento, Promessa tro de musicologia. Com direção – Abertura, scherzo e finale op. 52; de pescador, Canção da partida, O que é que a baiana tem, É doce mor- artística de Luís Otávio Santos, o Villa-Lobos – Ciranda das sete notas; e Guerra-Peixe – Suíte Pernambucana. rer no mar; O bem do mar, Saudade festival é organizado pelo Centro de Itapuã, Saudade da Bahia, Acalan- Cultural Pró-Música em parceria 03/08 17h00 Orquestra Sinfônica to, Rosa Morena, Você já foi à Bahia Luís Otávio Santos com a Universidade Federal de Juiz do Estado de São Paulo. Gian- e Canção de mãe menininha. carlo Guerrero – regente. Manuel de Fora. 26/07 11h00 Orquestra Sinfônica Entre os convidados internacionais, destaque maior para o cravista Barrueco – violão. Roberto Sierra – Fandangos; Villa-Lobos – Concerto de São José dos Campos. Mar- holandês Jacques Ogg, professor do Conservatório Real de Haia e mem- para violão e Pequena Orquestra; cello Stasi – regente. Linda Bustani bro da Orquestra do Século XVIII. Ogg participa do festival tanto como Santoro – Brasiliana; e Bernstein – – piano. Britten – Guia orquestral professor – é um dos quase cinquenta estrangeiros convidados para mi- On the Waterfront, Suíte Sinfônica. para a juventude op. 34; Nepo- nistrar cursos, palestras e master classes – quanto como intérprete. É muceno – Série brasileira; e Ravel – Concerto para piano. dele um dos principais concertos da programação: no dia 16, na Igreja PRAÇA do CAPIVARI do Rosário, ele faz um recital de cravo inteiramente dedicado ao com- Entrada franca 26/07 16h30 Banda Sinfônica positor Carl Philipp Emanuel Bach, cujos 300 anos de nascimento são Jovem do Estado de São Paulo. celebrados em 2014. 05/07 12h00 Coral da Fundação Mônica Giardini – regente. Bradesco. Sonia Di Morais – re- Além de Ogg, o festival tem ainda nomes como o francês Georges 27/07 13h00 Orquestra Sinfônica gente. Ubaldo Versolato – saxofone, Municipal de Santos. Luís Gustavo Barthel (traverso) e os norte-americanos Keith Allen Teepen (piano), flauta e clarinete, João Lenhari Petri – regente. Borodin – Nas estepes Ashley Sandor Sidon (violoncelo) e Willow Patterson (fagote), entre – trompete, Will Bone – trombone, da Ásia Central; Smetana – O Moldávia, outros. Eles também desenvolvem atuação dupla, na programação pe- Tiago Costa – piano, Tuco Marcondes do ciclo Minha Pátria; e Rimsky-Kor- dagógica e na artística. As inscrições para o festival podem ser feitas até – guitarra e violão, Swami Jr. – con- sakov – Sheherazade op. 35. a véspera do evento, dependendo da disponibilidade de vagas, sempre trabaixo, Adriano Busko – percussão pelo site www.promusica.org.br. e Claudio Tchernev – bateria. Músicas 02/08 13h00 Orquestra Sinfônica Nos 14 dias de festival, Juiz de Fora recebe mais de 30 concertos, dis- de , Dorival Caymmi, Tim de Barra Mansa. Vantoil de Maia e Erasmo Carlos, entre outros. Souza – regente. Flavio Varani tribuídos por diversos pontos da cidade – teatros, igrejas, espaços cultu- – piano. Ricardo Tacuchian – Le 06/07 15h00 Orquestra do Con- rais e até ao ar livre –, e em duas séries: uma noturna e outra vespertina, tombeau do Aleijadinho; Mozart – servatório de Tatuí. João Maurí- ambas com apresentações diárias. Concerto para piano nº 19 K 459; e cio Galindo – regente e Sheila Mi- O principal palco do festival é o tradicional Cine-Theatro Central, Tchaikovsky – Sinfonia nº 5 op. 64. natti – soprano. Guarnieri – Sinfonia que abriga no dia 14 o concerto de abertura, com a Orquestra Barroca do nº 2, Uirapuru; e Canções brasileiras 02/08 16h00 Coral da Gente. Festival sob regência de Luís Otávio Santos. Para celebrar a 25ª edição do de diversos compositores. Regina Kinjo – regente. Claudia evento, a orquestra grava seu 15º CD – destacando-se como o grupo do Cruz – piano. Canções populares. 12/07 13h00 Banda Sinfônica do gênero com maior produção fonográfica em todo o país; no repertório, a Estado de São Paulo. Marcos 03/08 13h00 Orquestra de Metais Sinfonia nº 1, de Beethoven, a Sinfonia nº 40, de Mozart, e a abertura de Sadao Shirakawa – regente. Lyra Tatuí. Zaíra, de Bernardo Souza Queiroz, a mais antiga ópera composta no país. Nogueira – Jubileu de prata; Ferrer Todas as peças serão registradas em instrumentos de época. Ferran – Cerimonial; Philip Sparke Capela do Palácio do Governo A Orquestra do Festival volta ao palco do Cine-Theatro no dia 26, – Fiesta de la vida; André Mehmari – Tel. (12) 3662-1122. Entrada franca quando, sob regência de Ângela Pinto Coelho e Sérgio Dias, se apresenta Frevo rasgado; e Miguel Briamonte ao lado do Coral Colonial do Festival (regência de Mário Robert Assef). – As quatro estações do Hermeto. 06/07 11h00 Eduardo Fernandez – violão. Bach – Suíte nº 2 BWV 1008 O concerto de encerramento acontece no dia 27, dessa vez com a 13/07 12h00 1ª parte: Orquestra de e Partita nº 2, BWV 1004; Gerardo Orquestra Filarmônica de Minas Gerais. Sob o comando de seu regente Cordas do Festival. Marin Alsop Gandini – Seis Tientos; Guerra-Peixe – regente. Tchaikovsky – Serenata titular e diretor artístico, Fabio Mechetti, o grupo recebe como solista o – Suíte; Guastavino – Sonata nº 1. trompista húngaro Szabolcs Zempléni. op. 48. 2ª parte: Grupo de Sopros do Festival. Dvorák – Serenata op. 12/07 11h00 Paola Baron – harpa e Outros eventos 44. 3ª parte: Grupo de Metais do Marcelo Barboza – flauta. Donizetti Além da programação musical, o Festival Internacional de Música Festival. Copland – Fanfarra para o – Sonata; Debussy – Prélude à l’Aprés- homem comum; e Mignone – Mara- -midi d’un Faune; Jean-Michel Damase Colonial Brasileira e Música Barroca apresenta também o lançamento catu de Chico Rei: Dança de Chico-Rei – Sonata; Vincent Persichetti – Serenata de dois livros (no dia 20, Anais do IX Encontro de Musicologia Histó- e da Rainha N’Ginga. nº 10 op. 79; e François Borne – Fanta- ria; e no dia 27, Centro Cultural Pró-Música 40 anos) e o Encontro de sia Brilhante sobre Carmen. 19/07 13h00 Jazz Sinfônica. João Musicologia Histórica, que ocorre no Museu de Arte Moderna Murilo Maurício Galindo – regente. Léo 13/07 11h00 Emmanuele Baldini – Mendes, entre os dias 18 e 20 de julho. O tema é Theoria e Praxis na Gandelman – saxofone. Gnattali – Sin- violino e Karin Fernandes – pia- Música: Uma Antiga Dicotomia Revisitada, e na coordenação estão os fonia popular, Brasiliana nº 7 e Valsa no. Glauco Velásquez – Sonata nº 2; professores Marcos Holler, Luís Otávio Santos e Rodolfo Valverde. Triste; e Gandelman – Furuvudé. e Leopoldo Miguez – Sonata op. 14.

50 Julho 2013 CONCERTO

Roteiro Musical Festivais de Inverno

19/07 17h00 Quarteto Radamés farra para a Filarmônica de Viena e -Peixe – Três peças; Gnattali – 15/20h30 Quinteto Villa-Lobos: Gnattali: Carla Rincón e Andréia Fanfarra para a abertura da Semana Modinha e Baião; Krieger – Seresta, Rubem Schuenck – flauta, Luís Car- Carizzi – violinos, Estevan Reis – viola de Música de Viena; e Michael homenagem a Villa-Lobos; e Alceo los Justi – oboé, Paulo Sérgio Santos e Hugo Pilger – violoncelo. Claudio Daugherty – Motown Metal. Bocchino – Suíte Brasileira. – clarinete, Philip Doyle – trompa e Santoro – Quarteto Fantasia Amazo- Aloysio Fagerlande – fagote. Ligetti 11/07 18h45 1ª parte: Recital de 25/07 18h45 Recital de professo- nas; Guerra-Peixe – Quarteto nº 1; – Seis Bagatellas; Ronaldo Miranda – professores e alunos. 2ª parte: res e alunos. Anna Clyne – Shadow of the Words e Quarteto Escher. Mendelssohn – Variações sérias sobre um tema de Roulette; e Ricardo Tacuchian – Quar- Octeto de cordas op. 20. 28/07 18h45 Quinteto de Sopros Anacleto de Medeiros; Villa-Lobos teto de cordas nº 1, Juvenil. da Osesp: José Ananias Souza – Quinteto em forma de choros; e 14/07 18h45 1ª parte: Recital de Lopes – flauta, Joel Gisiger – oboé, Marlos Nobre – Quinteto de sopros, 20/07 11h00 Quarteto Camargo Professores e Alunos. 2ª parte: Guarnieri e Mark van de Wiel Sérgio Burgani – clarinete, Nikolay Guinga, Blue Eyes e Coco do coco. Cristian Budu – piano. Genov – trompa e Alexandre Silvé- – clarinete. Mozart – Quinteto para 18/20h30 Duo Sá de Percussão: Pe- 15/07 18h45 1ª parte: Recital de rio – fagote. Nino Rota – Pequena clarinete e cordas K 581; e Brahms – dro Sá e Janaína Sá. Michael Udow – Professores e Alunos. 2ª parte: oferenda musical; Marlos Nobre Quarteto nº 2 op. 51 nº 2. Sandteps I; Koellreutter – Wu-Li; José Jean-Louis Steuerman – piano, – Quinteto de sopros; Eugéne Bozza Orlando Alves – Insinuâncias; Luiz 26/07 17h00 Quarteto de Cordas Stefan Dohr – trompa e Mark – Scherzo op. 48; e Ronaldo Miranda D’Anunciação – Divertimento para da Cidade de São Paulo: Betina van de Wiel – clarinete. Mozart – Variações sérias sobre um tema pandeiro brasileiro; David Friedman Stegmann e Nelson Rios – violinos, – Quarteto com piano K 478; Schu- de Anacleto de Medeiros. – Vienna; Steve Reich – Clapping Marcelo Jaffé – viola e Robert Suetholz mann – Adágio e Allegro para trom- 29/07 18h45 Tamila Salimdja- Music; e John Bergamo – Piru bole. – violoncelo. Beethoven – Quarteto nº pa e piano op. 70 e Peças de fanta- nova – piano. Bach – Partita nº 2 12 op. 127 e Quarteto nº 15 op. 132. sia para clarinete e piano op. 73. 19/20h30 Camerata Assis Brasil. BWV 1004; Debussy – Estampes; 27/07 11h00 Quarteto de Cordas 16/07 18h45 Recital de Professores Chopin – Polonaise op. 44; e 20/20h30 Orquestra de Sopros da Cidade de São Paulo: Betina e Alunos. Prokofiev – Sonata nº 7 op. 83. da Orquestra Petrobras Sinfô- Stegmann e Nelson Rios – violi- 17/07 18h45 Alexandre Rosa – con- nica. Sammy Fuks – regente. nos, Marcelo Jaffé – viola e Robert R. Strauss – Serenata op. 7; e Mário Suetholz – violoncelo. Beethoven – trabaixo, Karin Fernandes – piano Castelo de Campos do Jordão Tel. (12) 3663-3639. Entrada franca Tavares – Divertimento. Quarteto nº 13 op. 130, Grande fuga e Rael Toffolo – difusão eletrônica. Ernst Mahle – Sonatina; Silvia de Lucca 21/20h30 Coral Jovem do Estado e Quarteto nº 16 op. 135. 12/07 15h00 Recital da Classe – Die Berge; Rael Toffolo – O resto de São Paulo. Fernando Tomimu- de Violão. no copo; Pedro Cameron – Andante ra – regente. Israel Mascarenhas Igreja de Santa Terezinha Tel. (12) 3662-1740. Entrada franca expressivo; Raul do Valle – Interação; 24/07 14h30 Concurso Eleazar – órgão. Purcell – Hear my Prayer, Villa-Lobos – O canto do cisne negro; de Carvalho. o Lord; J.L. Bach – Das ist meine Danilo Rossetti – Clorofila (estreia Freude; William Byrd – Haec Dies e 06/07 15h00 Coro Infantil da 25/07 16h30 Recital da Classe mundial); e Gnattali – Canção e Dança. Ave Verum Corpus; Palestrina – Mis- Osesp e Coro Juvenil da Osesp. de Composição. Teruo Yoshida e Paulo Celso Mou- 18/07 18h45 Recital de professores sa Dies Sanctificatus e Vestiva I colli; ra – regentes. Dana Radu – piano. e alunos. John Bennet – Weep, O mine Eyes; SÃO PAULO e Janequín – La Guerre. Mozart – Trechos de A flauta mágica; 21/07 18h45 Camerata Aberta. Leroy Anderson – O relógio quebra- Guillaume Bourgogne – regente, 22/20h30 Orquestra de Câmara do; e Cantos infantis brasileiros. SALA SÃO PAULO – Tel. (11) 3223-3966. Flo Menezes – eletrônica em tempo Ingressos: tel. (11) 4003-1212 SesiMinas. Marco Antônio Maia 26/07 15h00 Coro da Osesp. Nao- real e difusão eletroacústica e Da- www.ingressorapido.com.br Drumond – regente. Edson Queiroz – mi Munakata – regente. Vaclovas niel Avilez – técnica. Sérgio Kafejian violino e Valéria Gazire – piano. Augustinas – Hymne a Saint Martin; – direção artística. Denys Bouliane 20/07 11h00 Orquestra do Festi- Mendelssohn – Concerto duplo para Fredrik Sixten – O sacrum convivium; – Rythmes et Échos des Rivages val. Marin Alsop – regente. Boris violino e piano; e Janacék – Suíte Arvo Pärt – ...Which was the Son anticostiens; Jimmie Leblanc – Giltburg – piano. Anna Clyne – Mas- para cordas. of...; Mindaugas Urbaitis – Lacrimosa; L’Espace interieur du Monde; Paulo querade; Rachmaninov – Rapsódia 23/20h30 BH Brass: Os Metais da Eric Whitacre – When David heard e Zuben – O vento do Sussuarão; e Flo sobre um tema de Paganini op. 43; Gerais. Leonardo dreams of his Flying Ma- Menezes – La Novitá del Suono. e Shostakovich – Sinfonia nº 5 op. 26/20h30 Orquestra do Festival. chine; e Tina Andersson – The Angel. 22/07 18h45 Studio PANaroma de 47. Favor confirmar horário. Ângela Pinto Coelho e Sérgio Música Eletroacústica da Unesp. 27/07 11h00 Orquestra do Festi- Dias – regentes. Participação: Coral Espaço Cultural Dr. Além Flo Menezes – direção artística, val. Giancarlo Guerrero – regente. Colonial do Festival. Mário Robert Tel. (12) 3664-2300. Entrada franca regente, eletrônica em tempo real Beethoven – Sinfonia nº 1 op. 21; Assef – regente. e difusão eletroacústica. Fábio Cury 07/07 18h45 Quarteto Osesp: Mignone – Sinfonia tropical; e Respi- – fagote, Israel Salomé e Adenilson 27/20h30 Concerto de Encerramento. Emmanuele Baldini e Davi Graton ghi – Os pinheiros de Roma. Rea- Telles – trompetes, Nikolay Genov – Orquestra Filarmônica de Minas – violinos, Peter Pas – viola e Johan- presentação às 16h. Favor confirmar trompa, Carlos Freitas – trombone, Gerais. Fabio Mechetti – regente. nes Gramsch – violoncelo. Guerra- horários. Luiz Ricardo Serralheiro – tuba, Sérgio Szabolcs Zempléni – trompa. Mozart – -Peixe – Quarteto nº 2; e Tchaiko- Kafejian – eletrônica em tempo real e Abertura de Don Giovanni K 527; vsky – Quarteto nº 1 op. 11. 25º FESTIVAL INTERNACIONAL DE difusão eletroacústica e Daniel Avi- e R. Strauss – Concerto para trompa MÚSICA COLONIAL BRASILEIRA E 08/07 18h45 Camerata Fukuda. lez – técnica. Josquin Desprez – Mille nº 1 op. 11 e Don Juan op. 20. MÚSICA ANTIGA DE JUIZ DE FORA, MG Ugo Kageyama – regente. Carolina regretz; Ioannis Kalantzis – 3b; Berio – Kliemann e Camila Yasuda – vio- Sequenza nº 5; Sérgio Kafejian – Des- De 14 a 27 de julho linos. Mozart – Divertimento nº 1 canto; e Flo Menezes – Contrafacta. IGREJA DO ROSÁRIO www.promusica.org.br Tel. (32) 3216-7177 K 136; Bach – Concerto para dois 23/07 18h45 Recital de professores Tel. (32) 3215-3951 violinos e cordas BWV 1043; e e alunos. 16/20h30 Jacques Ogg (Holanda) Dvorák – Serenata op. 22. 24/07 18h45 Hugo Pilger – violon- Leia mais na pág. 50 – cravo. 09/07 18h45 Recital de professores celo e Lucia Barrenechea – piano. 17/20h30 Helsinki Baroque (Fin- e alunos. Cine-Theatro Central Villa-Lobos – Divagação e Sonhar op. Tel. (32) 3215-1400 lândia). Aapo Hakkïnen – direção. 10/07 18h45 Grupo de Metais do 14; Arthur Napoleão – Romance op. 24/20h30 Músicos de Capella. Festival. Marcos dos Anjos Jr. – 71; Homero de Sá Barreto – Ber- 14/20h30 Concerto de Abertura. regente. Copland – Fanfarra para o ceuse; Francisco Braga – Romance; Orquestra barroca do Festival. 25/20h30 Madrigal do Festival. homem comum; R. Strauss – Fan- Guerra Vicente – Elegia; Guerra- Luís Otávio Santos – regente. Homero Magalhães Filho – direção.

52 Julho 2013 CONCERTO Museu de Arte Moderna Murilo Concha Acústica – Praça Cívica da Mendes – Tel. (32) 3229-9070 Universidade Federal de Juiz de Fora Londrina, PR 18/horário a definir X Encontro de 20/10h00 Orquestra Escola Pró- Musicologia Histórica. Theoria e -Música/UFJF, Camerata Pró-Mú- 34ª edição do Festival de Praxis na Música: uma antiga dico- sica/UFJF e Orquestra de Jazz tomia revisitada. Continuidade até Pró-Música/UFJF. Maria Cristina Londrina tem rica programação dia 20. Favor confirmar horários em Santos Ferrarezi, Guilherme Oli- Um dos principais even- www.promusica.org.br. veira e Sylvio Gomes – regentes. tos da música do país, o Fes-

19/18h00 The best of my friends. tival de Música de Londrina s ilva o da Clayton Miranda – trompete, Keith Auditório do Instituto Granberry Tel. (32) 2101-1800 realiza sua 34ª edição entre Teepen – piano, Lucas Borges – os dias 6 e 19 de julho. Com trombone, Heather Blase Suchodol- 15/10h00 Palestra O contrabaixo ski – trompa, Clarence Padilha e suas teorias estendidas e Lan- direção artística do pianista – clarinete, Christina Yi-Ping Chen- çamento do CD “Bass XXI”, com Marco Antonio de Almei- / dori c divulgação Beyers – oboé, Stephanie Patterson Alexandre Rosa. da, o evento tem realização – fagote, Patrícia Silva – contrabaixo 16/10h00 Palestra A ópera: do do Governo do Paraná, da e Ashley Sandor Sidon – violoncelo. nascimento aristocrático ao estilo Prefeitura de Londrina, da veneziano, com Rodolfo Valverde. Universidade Estadual de Teatro Pró-Música 17/10h00 Master Class e Palestra Londrina e da Associação de Tel. (31) 3215-3951 Cadências e fantasias livres no Amigos do Festival de Músi- barroco, com Jacques Ogg. ca de Londrina. Sob o mote 25/14h00 Orquestra de Crianças do Festival. Sheyla Yassue Yatsu- 18/10h00 Palestra A ópera barroca O Festival de Todas as Músi- gafu – regente. Às 17h00: Orquestra italiana: a ópera seria e a era dos cas, a atual edição conta com Marco Antonio de Almeida Experimental do Festival. Nerisa Castrati, com Rodolfo Valverde. convidados internacionais Aldrighi – regente. como o quarteto de cordas

26/17h00 Banda Sinfônica do Fes- 5º Festival Internacional de Amaryllis, da Alemanha; a pianista uzbeque Tamila Salimdjanova tival. Erivaldo Fraga – regente. Música de Campina Grande, PB (vencedora do 3º Concurso Internacional BNDES de Piano); e o pianista cubano Leonel Morales. De 21 a 26 de julho A abertura acontece em clima de Copa do Mundo – no dia Parque Halfeld Direção artística: Vladimir Silva Apresentações ao ar livre. 6, um concerto ao ar livre liderado pela Orquestra Sinfônica da Entrada franca Universidade Estadual de Londrina e com participação de diversos 14/17h30 Triunvirato Power www.fimus.art.br outros grupos apresenta músicas marcantes dos cinco mundiais Trio: Sylvio Gomes – piano, Pedro Leia mais na pág. 57 em que a seleção foi campeã. No dia seguinte, a orquestra volta Crivellari – bateria e Claudimar Maia a se apresentar, agora em ocasião solene, com trechos famosos de – contrabaixo. Teatro Municipal Severino Cabral óperas; como solistas, Kalinka Damiani, Ricardo Castro e outros. A Tel. (83) 3322-7490 15/17h30 Orquestra Sinfônica regência é de Maurizio Colasanti. Pró-Música/UFJF. Nerisa Aldrighi 21/20h00 Concerto de abertura. Outro concerto importante é o do dia 10 de julho, quando – regente. Luciano Baptista – gaita, Orquestra Sinfônica da Univer- Ricardo Castro atua como regente e solista ao piano com a Sinfônica violão e voz e Hamilton Moraes – sidade Federal do Rio Grande do Paraná – no programa, peças de Brahms e o Concerto nº 1 de violão. do Norte e Coro de Câmara de Beethoven. Há também um concerto que celebra os 100 anos de 16/17h30 1ª parte: Orquestra Campina Grande. André Muniz Guerra-Peixe, no dia 16; além dos recitais solos de Morales (dia 7) Escola Pró-Música/UFJF. Maria Oliveira – regente. Alzeny Nelo – e de Salimdjanova (dia 17). Cristina Santos Ferrarezi – regente. soprano, Malu Mestrinho – mezzo 2ª parte: Banda Nebulosa. soprano, Vladimir Silva – tenor, Luiz Kleber Queiroz – baixo e João Mar- 17/17h30 1ª parte: Coral UFJF, Coral celino – ator. Danilo Guanais – Paixão Pró-Música/UFJF e Coral Muni- segundo Alcaçus (estreia mundial). cipal de Juiz de Fora. Guilherme Ouro Preto e Mariana, MG Oliveira e Domício Procópio – regen- 22/20h00 1ª parte: Julie Cassia Ca- tes. 2ª parte: Quinteto de Metais. valcante – soprano e Paulo César Festival de Inverno de Ouro Preto Vitor – piano. R. Hahn – Si mes vers 18/17h30 Banda Neurótica. avaient des ailes; Fauré – Au Bord de e Mariana inclui música e artes 19/11h00 Orquestra de Jazz l’eau; I. Aboulker – Babéliques réso- Pró-Música/UFJF. Sylvio Gomes nances d’amour; Poulenc – La Courte Entre os dias 4 e 20 de julho acontece o Festival de Inverno de Ouro – regente. Paille e Les chemins de l’amour; e Preto e Mariana, que leva uma extensa e variada programação para as ci- Duparc – Chanson triste e L’Invitation 21/17h30 Banda do Comando da dades históricas mineiras. Realizado pela Universidade Federal de Ouro au voyage. 2ª parte: Quinta Essentia 4ª Brigada de Infantaria Leve. Preto (Ufop), pela Fundação Educativa de Ouro Preto e pelas prefeituras Quarteto de Flautas: Felipe Araújo, Ivan Pedro da Silva – regente. dos dois municípios, o festival tem coordenação-geral de Rogério Santos Fernanda de Castro, Gustavo de Fran- de Oliveira, pró-reitor de extensão da Ufop. 22/17h30 Banda Faetec Nilópolis. cisco e Renata Pereira. Sinhô – Jura; João Carlos da Silva – regente. Guerra-Peixe – Suíte Infantil nº 1; Esca- Além de concertos clássicos há também shows de música popu- lante – Quatro peças para flauta doce lar, uma programação literária e o Fórum das Artes 2014 – cujo tema 23/17h30 Quarteto Jazz Crimes. e Quarteto nº 1 e Dança Trenzinho da Entrecorpos planeja ocupar praças, ruas e monumentos de ambas as 24/17h30 Banda Juvenil Nova Auro- Cantareira, São Paulo; B. Kiefer – Po- cidades. ra. José Alves de Souza – regente. emas da terra; /F. Na programação, o festival tem o grupo de música contemporânea Brant – Ponta de Areia; Guinga – Choro 25/17h30 Tuka’s Band. Schlag (dias 7 e 8), o Choros de Câmara (dias 9 e 10), o Duo Qattus (dia pro Zé; Rafael dos Santos – Choro do 17), e a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, que, sob regência de 26/11h00 Banda Sinfônica do Fes- Fábio; Tom Jobim – Desafinado; e tival. Erivaldo Fraga – regente. Daniel Wolff – flauta doce. Marcos Arakaki, encerra a programação clássica no dia 19.

CONCERTO Julho 2013 53 Roteiro Musical Festivais de Inverno

São Paulo, dias 6 a 12 / Andradas, dias 14 a 18 / Lages, dias 20 a 26 / 23/20h00 1ª parte: Malu Mestrinho XXI FESTIVAL DE INVERNO Bagé, dias 27 de julho a 2 de agosto – mezzo soprano e Marcelo Fernan- de Música Erudita e Popular des – violão. Guerra-Peixe – Resta sim de DOMINGOS MARTINS, ES Circuito de festivais percorre é remover e Nesta manhã; Villa-Lobos – Dois estudos para violão; Santoro – De 18 a 27 de julho São Paulo, Andradas, Bagé e Lage Acalanto da rosa e Amor que partiu; Tárrega – Fantasia sobre temas de La www.festivaldomingosmartins.com.br O maestro Jean Reis repete Seleção de eventos de música clássica Jean Reis traviata; De Falla – Seguidilla murciana em 2014 sua maratona de festi- ch ado e Jota; Garcia Lorca – Anda jaleo, Las vais itinerantes iniciada no ano o m a morillas de Jaen e Sevillanas del siglo Palco na Rua do Lazer passado. Ele é o diretor artístico XVIII. 2ª parte: University of Cen- 18/20h00 Orquestra Sinfônica do de quatro festivais realizados­ tral Oklahoma Concert Chorale. Estado do Espírito Santo. em diferentes estados brasilei- Karl Nelson – regente. Herbert How-

divulgação / le k divulgação 20/16h00 Violões Fames. ros durante todo o mês de julho, ells – Haec Dies; Janequín – Les Chant sendo que todos eles têm a mes- des óuseaux; Finzi – My Spirit Sang 20/18h00 Banda da Polícia Mili- All Day; Britten – Evening Primrose e tar e Pedro Alcântara. ma equipe de professores: Cár- Ballad of Green Broom; Samuel Magrill 23/21h00 Big Band do Festival. melo de los Santos, Alejandro – The Winding Way; Gabriel Jackson – I 24/21h00 Banda Sinfônica do Drago (violino), Renato Bandel Gaze Upon You; Manning Sherwin – Festival. (viola), Viktor Uzur (violonce- A Nightingale Sang in Berkeley lo), Marcos Machado (contra- Square; William Billings – Easter 25/21h00 Orquestra dos Sonhos. baixo), Ney Fialkow, Guigla Anthem; Elisha West – The Reapers All Óperas. Katsavara (piano) e o próprio with Their Sharp Sickles; Hymn – 26/14h00 Orquestra Sinfônica do Reis (regência). Morning Trumpet; e Dominick Argento Festival. – So I’ll Sing with My Voice. O primeiro festival vai do dia 6 ao 12 de julho, em São Paulo. Trata-se da 3ª edição do Munasp – o festival de música do Centro Universitário 24/20h00 1ª parte: Robert Glaubitz Igreja Luterana – barítono e Paulo César Vitor Adventista de São Paulo. Em seguida, Jean Reis dirige o 8º Brasil Ins- 19/11h00 Núcleo de Excelência – piano. Árias de óperas. 2ª parte: trumental Andradas, na cidade mineira de Andradas, entre os dias 14 e Pianística Fames. Às 18h00: Orquestra de Câmara da UFPB Quarteto Thymos e Hélène Wal- 18. Já do dia 20 a 26 de julho, Jean Reis comanda a segunda edição do e Coro de Câmara Villa-Lobos. ter (França) – cantora. Música na Serra, que ocorre em Lages, Santa Catarina. Encerrando o Carlos Anísio – direção musical e tour, acontece do dia 27 de julho a 2 de agosto o Festival Internacional regente. Fátima França – soprano, 20/11h00 Núcleo de Excelência Música no Pampa, em Bagé, no Rio Grande do Sul. Vladimir Silva – tenor e Fernando Tei- Pianística Fames. xeira, Ubiratan de Assis e Bia Cagliani 21/18h00 Quinteto de Clarinete e – narradores. José Alberto Kaplan Cordas. /W. J. Solha – Cantata pra Alagamar. 25/20h00 1ª parte: Constanza Almei- CORETO Cidades do Vale do Café, RJ da Prado – violino e Helenice Audi 19/16h00 Banda Fames. – piano. Almeida Prado – Cantiga da Erudito e popular, Festival do amizade, Sonatina, Noturno nº 13 20/17h00 Instituto Preservarte. e Sonata nº 4. 2ª parte: BR Brass: 22/19h00 Fabiano Mayer Quinteto Vale do Café celebra Caymmi Paulo Henrique Oliveira e Ramon de Violões. Doze concertos compõem a programação da 12º edição do Fes- Diego – trompetes, Marlon Rissatto – 24/19h30 Grupo de Percussão do tival do Vale do Café, que será realizado entre os dias 17 e 27 de trombone, Oséias de Souza – trompa, Festival. Marcel Montini – tuba e Fernando julho. As apresentações acontecem sempre em tradicionais fazen- Reis – bateria. Mussorgski – Promena- 26/12h00 Coro do Festival. Às das cafeicultoras que, criadas em meados do século XIX, dão um de; Rossini – Abertura de William Tell; 17h00: Grupo Operístico. Às caráter histórico à região (leia mais sobre o Vale do Café na seção Bizet – Canção do toreador, da ópera 19h00: Quarteto Carlos Gomes. GPS Musical, na página 64). Carmen; Paul Dukas – Fanfare; Puccini A abertura, na manhã do dia 18 de julho, será feita pelo Bianca – Nessun Dorma; Wolfe Howe – Car- XVI FESTIVAL ELEAZAR DE CARVALHO, Gismonti Quarteto – e, na sequência, um sarau na Fazenda Flo- toon Symphony; e Gagliardi – Cantos Fortaleza, Ce rença vai recontar histórias da passagem de Dorival Caymmi pela nordestinos; entre outros. região. O compositor, de quem se comemora este ano o centenário 26/20h00 Concerto de encerramento. De 29 de junho a 20 de julho de nascimento, será homenageado em diversos concertos. No dia 1ª parte: University of Central Direção artística: 25, por exemplo, o violonista Turíbio Santos apresenta o programa Oklahoma Concert Chorale, Sonia Muniz de Carvalho Coro em Canto da UFCG e Coro de “O violão homenageia seu amigo Dorival Caymmi”; já no dia 27, a Câmara de Campina Grande. Karl Entrada franca soprano Rosenete Eberhardt e o violonista Marcus Llerena fazem Nelson e Vladimir Silva – regentes. www.eleazarfundec.org.br recital em que juntam canções suas a composições de autores clás- Malu Mestrinho – mezzo soprano, Leia mais na pág. 57 sicos como Mozart; e, no dia 26, o pianista Gilson Peranzzetta e Lemuel Guerra – tenor e Rob Glau- o saxofonista Mauro Senise também prestam suas homenagens, bitz – barítono e Paulo César Vitor TEATRO CELINA QUEIROZ relembrando o centenário de César Guerra-Peixe. e Helenice Audi – pianos. Vaughan Tel. (85) 3477-3000 A programação diversificada do evento, que trafega entre o eru- Williams – Five Mystical Songs; E. dito e o popular, contará com a presença do Duo Santoro, formado Withacre – Lux aurumque; Spiritual 01/20h30 1ª parte: Camerata – Great Day; Ernani Aguiar – Salmo Unifor. Oskar Rieding – Concerto pelos violoncelistas Paulo e Ricardo Santoro (dia 19), do violinista 150; Villa-Lobos – Magnificat-Alleluia; para violino; Saverio Mercadante francês radicado no Rio Nicolas Krassik (dia 19), da Orquestra Ca- e Vladimir Silva – Benedicite. 2ª – Concerto para flauta e cordas; rioca de Choro (dia 20) e da soprano Carol MacDavit, que promove parte: Orquestra de Câmara Bach – Minuetos nº 1, nº 2 e nº 3; apresentação dedicada aos musicais da Broadway. O encerramento, do V Festival Internacional de e Thomas Bayly – Long, long ago. no dia 27, será com o Trio Madeira Brasil. Música de Campina Grande. José 2ª parte: Big Band Unifor. Temas Maurício Valle Brandão – regente. de filmes.

54 Julho 2013 CONCERTO 02/20h30 1ª parte: Felipe Adjafre 16/15h00 Recital de alunos das violinos, Viktor Uzur – violoncelo, 14/20h30 Quarteto de Cordas e Trio: Felipe Adjafre – piano, Sérgio classes de violão clássico, con- Marcos Machado – contrabaixo e Amaryllis (Alemanha) e Marco Melo – contrabaixo, João Senna – trabaixo e percussão. João Luiz Ney Fialkow – piano. Antonio de Almeida – piano. saxofone e Alex Oliveira – bateria. Rezende, Roberto Black e Roberto 21/20h30 SC Piano Trio: Mário Brahms – Quinteto para piano e 2ª parte: Franklin Dantas – canto. Saltini – professores. Às 20h30: Marcal – violino, Raphael Buratto quarteto de cordas. 03/20h30 1ª parte: Franklin Dantas Coro do Festival. Emiliano Patar- – violoncelo e Guilherme Ferreira 16/20h30 Orquestra de Câmara – canto e Milton Colares – piano. ra – regente. Leila Carvalho – piano. Amaral – piano. Solistas de Londrina e convida- dos. – regente. Obras de Nepomuceno. 2ª parte: Ban- 17/15h00 Recital da classe de pia- 22/20h30 Marcos Machado – con- Evgueni Racthev . Sonia Muniz, Max Barros e Paul Gustav Frielinghaus (Alemanha) – da juvenil Dona Luíza Távora. no trabaixo e Ney Fialkow – piano. 1ª parte: Rutman – professores. Às 20h30: 1ª violino. Vivaldi – As quatro estações; 07/20h30 Giuliano Rosas 23/20h30 Cármelo de los Santos – clarinete e parte: recital das classes de trom- e obras de Guerra-Peixe. Daniel gonçalves – violino e Guigla Katsarava – pa, trompete e trombone. David 17/20h30 Tamila Salimdjanova – piano. 2ª parte: Marcelo Okay – piano. Prokofiev – Sonata op. 119; canto e Daniel Gonçalves – piano. Misiuk, Derik Heliston e Reginaldo – piano. Obras de Bach, Chopin, Thimotheo – professores. 2ª parte: e Rachmaninov – Sonata op. 19. 08/20h30 1ª parte: ROBERT BLACK Albéniz, Debussy e Prokofiev. Banda do XVI Festival Eleazar de 24/20h30 Versatilis Ensemble: – contrabaixo, Michel de Paula – Carvalho. Thiago Sousa – regente. Cármelo de los Santos e Jean Reis flauta e Yaroslav Kargin – viola. Catedral Metropolitana – violinos, Renato Bandel – viola, Tel. (43) 3324-5255 2ª parte: Mariela Micheletti e 18/15h00 Recital das classes de Viktor Uzur – violoncelo, Marcos Ariel Sanches – violinos, Yaroslav violino, viola e violoncelo. Sergey 10/20h30 Orquestra Sinfônica do Machado – contrabaixo e Ney Kargin – viola, Jefferson Perez Arutyunyan, Ariel Sanches, Mariela Paraná. Ricardo Castro – regente Fialkow – piano. – violoncelo, Michel de Paula – Micheletti, Yaroslav Kargin e Jefferson e piano. Brahms – Abertura Acadê- flauta e Daniel Gonçalves – piano. Perez – professores. Às 20h30: Reci- 25/20h30 Viktor Uzur – violoncelo mica e Sinfônia nº 4; e Beethoven Rossini – Duo para violino e flauta; tal de Música de Câmara. e Ney Fialkow – piano. – Concerto para piano nº 1. Mackimm – Concerto para piccolo; 19/20h30 RECITAL de Música de 26/20h30 Concerto de encerramento. e Mozart – Quarteto em ré menor. Câmara. Orquestra do Festival Interna- 3º MUNASP – 09/20h30 João Luiz Rezende – violão. cional Música na Serra e Coro FESTIVAL INTERNACIONAL DE MÚSICA Teatro Via Sul Shopping Música na Serra. Jean Reis – DO CENTRO UNIVERSITÁRIO 10/20h30 Rodrigo Vitta e Ricardo Tel. (85) 3052-8000 regente. Regina Kinjo – preparadora ADVENTISTA DE SÃO PAULO, SP Abrahão – pianos e Roberto 05/20h30 Concerto de Premiação dos do coro. Saltini e Douglas Maiochi – per- De 6 a 12 de julho cussão. Lançamento do CD “Novas Vencendores do Concurso Jovens Tendências”. Rodrigo Vitta – Paisa- Solistas e Regentes 2013. Orques- 34º Festival de Música Direção artística: Jean Reis tra do XVI Festival Eleazar de gens brasileiras, Pássaros, poema de Londrina, PR www.munasp.com.br sinfônico, Sonata nº 2, Divertimento Carvalho. Rafael Luz – regente. em cinco pequenas peças e Dança Guilheme Andreas – flauta e Daniel De 6 a 19 de julho Menezes – canto. Mozart – Concerto UNASP – Salão Nobre Siegfried da macaxeira. Júlio Schwantes – Tel. (11) 2128-6000 para flauta e orquestra e Trechos da Direção artística: 12/20h30 1ª parte: Ravi Shankar ópera Don Giovanni. Marco Antonio de Almeida 06/20h30 Concerto de Abertura. – oboé e Daniel Gonçalves – Seleção de eventos. Programação Música em alta voltagem. Profes- piano. Telemann – Fantasia nº 2; 11/20h30 Orquestra do XVI Festi- completa em: www.fml.com.br sores do Munasp. Schumann – Três romances op. val Eleazar de Carvalho. Emilia- 94; e Duttileux – Sonata. 2ª parte: no Patarra – regente. Ariel Sanches Leia mais na pág. 53 07/20h30 Quinteto Sujeito Ensemble. – violino, Michel de Paula – flauta Max Barros – piano. Villa-Lobos 08/20h30 Marcos Machado – con- e Derick Heliston – trompete. Obras Anfiteatro do Zerão – Rua Gomes – Saudades das selvas brasileiras e trabaixo e Ney Fialkow – piano. Impressões seresteiras; Guarnieri – de Guerra-Peixe e Mozart. Carneiro, esquina com Rua Olinda – Centro 09/20h30 Cármelo de los Santos – Dança negra e Dança brasileira; e 06/16h00 Concerto de abertura. CAMPUS UNIFOR – Tel. (85) 3477-3000 violino, Viktor Uzur – violoncelo e Debussy – La puerta del vino ce quá Orquestra Sinfônica da Univer- vu le vent d’ouest e L’isle joyeuse. Ney Fialkow – piano. 09/14h00 Concurso Jovens Solis- sidade Estadual de Londrina, 14/15h00 Recital da classe de tas e Regentes. Fase eliminatória. Orquestra de Metais e Coro de 10/20h30 Quinteto Versatilis: canto. Marcelo Okay e Luís Bernar- MPB, entre outros. Maurizio Cola- Cármelo de los Santos e Jean Reis 10/14h00 Concurso Jovens Solis- do – professores. santi e Vitor Hugo Gorni – regentes. – violinos, Renato Bandel – viola, tas e Regentes. Fase final. Viktor Uzur – violoncelo, Marcos 14/20h30 1ª parte: Derick Heliston – Marco Antonio de Almeida – piano. 20/19h00 Concerto de encerramento. Machado – contrabaixo e Ney trompete, David Misiuk – trompa e Orquestra e Coro do XVI Festival Fialkow – piano. Reginaldo Thimoteo – trombone. Teatro Marista – Tel. (43) 3374-3600 Eleazar de Carvalho. Sergei Eleazar Shostakovich – Brass trio; e Rameau 11/20h30 Unasp convida The Creation. de Carvalho – regente. Obras de Nepo- 07/20h30 Uma noite na ópera. Or- – Ridaudon from pieces de clavecin. muceno, Guerra-Peixe e R. Strauss. questra Sinfônica da Univer- 12/20h30 Concerto de Encerramento. 2ª parte: Luís Bernardo Trindade sidade Estadual de Londrina. 1ª parte: Orquestra Colina MU- – canto e Milton Colares – piano. Maurizio Colasanti – regente. NASP. Davinson Berger – regente. Obras de Händel, Waldemar Hen- FESTIVAL INTERNACIONAL MÚSICA Kalinka Damiani – soprano, Ricardo 2ª parte: Orquestra MUNASP. Jean rique, Beethoven, Mozart, Heckel NA SERRA em Lages, RS Castro – piano e convidados. Obras Reis – regente. 3ª parte: Camerata Tavares, entre outros. de Verdi, Rossini, Carlos Gomes e MUNASP. Jean Reis – regente. De 20 a 26 de julho 15/15h00 Recital de alunos das Puccini, entre outros. classes de flauta, oboé, clari- Direção artística: Jean Reis 11/20h30 Leonel Morales (Cuba) – nete e fagote. Michel de Paula, www.musicanaserra.com.br 14º Festival de Música piano. Rachmaninov – Concerto para Ravi Shankar, Giuliano Rosas e Kerty de Ourinhos, SP piano nº 2. Hanslike – professores. Às 20h30: TEATRO MUNICIPAL MARAJOARA Ariel Sanches – violino, Yaroslav Tel. (49) 3221-1147 De 19 a 26 de julho Kargin – viola, Thiago Souza – Teatro Crystal Palace Série Concertos Noturnos. Tel. (43) 3315-1515 Direção artística: flauta e Robert Black – contrabai- Antonio Lauro Del Claro xo. Bach – Partita nº 2; Martinu – Três 20/20h30 Concerto de abertura. Mú- 07/18h15 Leonel Morales (Cuba) Madrigais; e Schulhoff – Concertino sica em alta voltagem. Cármelo de – piano. Obras de Beethoven, Rach- Entrada franca para piccolo, viola e contrabaixo. los Santos e Alejandro Drago – maninov e música latino-americana. www.festivaldemusicadeourinhos.com.br

CONCERTO Julho 2013 55 Roteiro Musical Festivais de Inverno

FESTIVAL DE INVERNO DE OURO 30/07 20h00 Viktor Uzur – 14º Festival de Inverno Hotel Solar do Império Tel. (24) 2103-3000 PRETO E MARIANA, MG – violoncelo, Cármelo de los de Petrópolis, RJ FÓRUM DAS ARTES 2014 Santos – violino e Guigla Katsarava – piano. 22/17h00 Chá Musical. Uma tarde De 18 a 27 de julho Chaussonier. De 4 a 20 de julho 31/07 20h00 Versatilis Ensemble: Tel. (21) 4002-0019 Cármelo de los Santos e Jean Reis 24/17h00 Chá Musical. Trio Amici Coordenação: www.fipet.net.br – violinos, Renato Bandel – viola, (Venezuela/Cuba): Andrés Roig Rogério Santos de Oliveira Viktor Uzur – violoncelo, Marcos Leia mais na pág. 57 – piano, Andrés Perillo – tenor e Seleção de eventos de música clássica Machado – contrabaixo e Ney Ruan Gorrin – baritono. Aquarela do Amor. www.festivaldeinverno.ufop.br Fialkow – piano. Catedral São Pedro de Alcântara – Tel. (24) 2242-4300 Leia mais na pág. 53 01/08 20h00 Professores do Fimp. 18/20h00 Abertura de Gala. Uma 37º Festival de Música 02/08 20h00 Concerto de encerra- noite de ópera. Orquestra, de Prados, MG ouro Preto mento. Orquestra de Cordas Coro e solistas da Sinfônica do FIMP. Jean Reis – regente. José Municipal de Campos. Obras de PRAÇA da UFOP Staneck – gaita. Rossini, Bizet, Puccini e Verdi. De 2 a 12 de julho 04/21h00 Trio Corrente. Direção artística: Olivier Toni 12/23h00 Renato Borguetti Palácio de Cristal 12º Festival de Inverno Tel. (24) 2247-3721 Quarteto. Informações: tel. (11) 5571-0120 de Nova Friburgo, RJ 19/10h00 Oficinas Stop Motion e Som Reciclado. Leia mais na pág. 57 glta – Grêmio Literário De 17 a 27 de julho Tristão de Ataíde – Tel. (31) 3551-2093 26/10h00 Oficinas Stop Motion Tel. (21) 4002-0019 e Som Reciclado. AUDITÓRIO DA LIRA CECILIANA 07/20h00 Grupo Schlag. Rua Coronel João Luiz, 143 – Centro 27/17h00 Concerto de 15/21h00 Abstrai Ensemble. Entrada franca www.fipet.net.br encerramento. 18/20h00 Paulo Álvares – piano. 02/20h00 Concerto de Abertura. Leia mais na pág. 57 Mauro Brucoli – violoncelo, Museu Imperial Pedro Gonzales – violão e Centro das Artes e Convenções – Tel. (24) 22378000 ramal 230 André Bachour – bandolim. Teatro Ouro Preto – Tel. (31) 3559-3400 Teatro Municipal do Country Club Tel. (22) 2522-9552 19/18h00 Cristina Braga – harpa Obras de Bach, Pixinguinha, 17/20h00 Duo Qattus: Elise Pitten- e trio. , Weber, Guarnieri ger – violoncelo e Fernado Rocha 17/20h00 Versão pocket da ópera 22/12h00 Patrick Rodrigues e e Schubert, entre outros. – percussão. La Bohème, de Puccini. André Kacowicz – pianos. Ravel – Concerto para piano; e Saint-Saëns 09/20h00 Orquestra dos Festivais 18/12h00 Silas Barbosa e Daniel Mariana – Concerto para piano nº 2. de Prados. Obras de Debussy, Berg Burlet – pianos. Chopin – Concerto e Bach. TEATRO DO SESI – Tel. (31) 3557-1041 para piano nº 1; e Shostakovitch – 23/12h00 Silas Barbosa e Patricia Concerto para piano nº 2. Às 20h00: Glatz – pianos. Chopin – Concerto 08/20h00 Grupo Schlag. para piano nº 1; e Rachmaninov – Espetaculo Gala. Cia Brasileira CAPELA NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO de Ballet. Concerto para piano nº 2. Largo do Rosário, s/nº – Centro Praça Minas Gerais 19/12h00 João Elias e Patricia 24/12h00 João Elias e Aleyson 11/21h00 Cléber Alves Quarteto. Glatzl – pianos. Lizst – Concerto Scopel – pianos. Lizst – Concerto 05/20h00 Orquestra dos Festivais para piano nº 1; e Rachmaninov 19/20h30 Orquestra Filarmônica para piano nº 1; e Rachmaninov – de Prados. Obras de Corelli, Tele- Concerto para piano nº 2. Às 20h00: – Variações sobre um tema de mann e Vivaldi. de Minas Gerais. Marcos Arakaki Paganini. – regente. Tchaikovsky – Marcha Angelica De la Riva – soprano e Katia Balloussier – piano. Obras 25/12h00 Ligia Moreno e Debora Eslava op. 31; Rimsky-Korsakov – O de R. Strauss. Halaz – pianos. Grieg – Concerto Igreja Matriz – Tel. (32) 3353-6253 conto do Czar Saltan, Suíte op. 57; 20/12h00 André Kacowicz e para piano; e Rachmaninov – Gnattali – Brasiliana nº 1; Grieg Concerto para piano nº 3. 12/20h00 Concerto de encerramen- – Peer Gynt, Suíte nº 1 op. 46; e Patrick Rodrigues – pianos. to. Orquestra dos Festivais de Obras de Saint-Saëns e Ravel. 25/15h00 Cinema mudo com piano Saint-Saëns – Sansão e Dalila op. Prados. Obras de Bartók, Bocche- Às 17h00: Filme Luzes da ao vivo. Paulo José de Melo – piano. 47, Bacanal. Cidade. Cinema mudo com Homenagem a Charles Chaplin. rini e Vivaldi. piano ao vivo. 25/18h00 Quarteto A Priori. 5º FESTIVAL INTERNACIONAL MÚSICA 23/15h00 Filme Luzes da 25/21h00 New Tide Orquesta NO PAMPA DE BAGÉ, RS Cidade. Cinema mudo com piano (Suécia). Participação: Banda Coronel Xavier Chaves, MG ao vivo. Paulo José de Melo – Marco Aurê. De 27 de julho a 2 de agosto piano. Às 20h00: Miguel 26/15h00 Cinema mudo com piano CAPELA NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO Proença – piano. Tel. (32) 3357-1235 Direção artística: Jean Reis ao vivo. Paulo José de Melo – piano. 24/20h00 New Tide Orquesta Homenagem a Charles Chaplin. www.fimp.com.br (Suécia). Às 18h00: Angelica de la Riva 08/20h00 Estevão Marino e – soprano e Kátia Balloussier – Anderson Rezende – violinos e Leia mais na pág. 54 25/20h00 Harmonitango. José pianos. Obras de R. Strauss. Leandra Gutierrez – violoncelo. Staneck – gaita, Ricardo Santoro – Teatro do Complexo Cultural Dom violoncelo e Sheila Zaguri – piano. Obras de Bach e Vivaldi. Diogo de Souza – Rua Caetano Gonçalves Clássicos do tango. Teatro Municipal Dom Pedro Tel. (24) 2235-3833 27/07 20h00 Concerto de Abertura. 26/15h00 Duo Fenix: Claudio Dauelsberg – piano e Délia 19/21h00 Cia Brasileira de Ballet. Vitoriano Veloso, MG (Bichinho) Orquestra do FIMP. Jean Reis – Balé Giselle. regente. Fisher – piano e cantora. Às 20h00: Versão pocket da ópera 25/20h00 Harmonitango. José Capela de Vitoriano Veloso 28/07 20h00 Guigla Katsarava La Cenerentola, de Rossini. Staneck – gaita, Ricardo Santoro – – piano. 27/17h00 Concerto de encerramento. violoncelo e Sheila Zaguri – piano. 10/20h00 Danilo Agostinho – 29/07 20h00 Marcos Machado Trio Aquarius: Flávio Augusto – Clássicos do tango. clarinete e Quarteto Olivier – contrabaixo, Alejandro Drago – piano, Ricardo Amado – violino e 26/20h30 Ópera La Bohème, Toni. Obras de Weber, Corelli violino e Ney Fialkow – piano. Ricardo Santoro – violoncelo. de Puccini. e Bach.

56 Julho 2013 CONCERTO FESTIVAL DE INVERNO SERRA DO 27/16h00 Trio Madeira Brasil. Dell’Arte promove festivais ITAPETY, MOGI DAS CRUZES, SP Fazenda Taquara – Estrada RJ-145, Be- vedere – Barra do Piraí, 600, Km 400. De 3 a 25 de julho em Petrópolis e Nova Friburgo Seleção de eventos de música clássica 29º FESTIVAL INTERNACIONAL A região serrana do Rio de Janeiro recebe, dos dias 18 a 27, a 14ª edi- DE INVERNO DA UNIVERSIDADE ção do Festival de Inverno de Petrópolis. A abertura, na Catedral São Pe- Entrada franca FEDERAL DE SANTA MARIA, RS dro Alcântara, será com um programa dedicado a trechos de grandes ópe- www.cultura.pmmc.com.br ras, com a participação da Orquestra Sinfônica de Campos, coro e solistas. De 27 de julho a 3 de agosto Ao longo da programação, haverá a apresentação de versões reduzi- 12º Festival Vale do Café, RJ www.ufsm.br/festivaldeinverno das para piano de alguns dos principais concertos para piano do repertó- De 7 a 27 de julho rio clássico (Ravel, Grieg, Segundo de Saint-Saëns, Primeiro de Chopin, FESTIVAL DE INVERNO DE ATIBAIA, SP Segundo e Terceiro de Rachmaninov), com solistas como André Kaco- Direção artística: Turíbio Santos wicz, Silas Barbosa, Patricia Glatz, Lígia Moreno e Debora Halaz. Seleção de eventos de música clássica De 14 a 27 de julho Esses concertos acontecem no Museu Imperial, onde se apresenta www.festivalvaledocafe.com Seleção de eventos de música clássica também, no dia 19, a harpista Cristina Braga e, no dia 26, a soprano Leia mais na pág. 54 www.atibaia.sp.gov.br Angelica de la Riva, que faz um concerto dedicado aos 150 anos do compositor Richard Strauss acompanhada da pianista Katia Balloussier. Programação nas fazendas Praça Claudino Alves O festival é uma iniciativa da Dell’Arte, que também promove, dos Praça Claudino Alves, s/nº – Centro 18/11h00 Bianca Gismonti Quarte- dias 17 a 27, o 12º Festival de Inverno de Nova Friburgo. Nele, tam- 15/20h00 Coral Belcanto e Jean to. Obras de Dorival Caymmi. Fazen- William – tenor. Às 21h00: Recital bém haverá a apresentação, na versão para dois pianos, de concertos da Florença – Estrada da Cachoeira, solo de Jean William – tenor. de autores como Chopin, Shostakovich e Rachmaninov. A programação 1560 – Conservatória – Valença. 16/20h00 Banda Sinfônica da Fama também terá, no Teatro do Country Club, um recital do pianista Miguel 19/11h00 Do clássico à . e Banda de Percussão da FAMA. Proença (dia 23), a apresentação do trio formado pelo gaitista José Staneck, Duo Santoro: Paulo e Ricardo San- 17/20h00 João Paulo Amaral Trio. o violoncelista Ricardo Santoro e a pianista Sheila Zaguri (dia 25), e uma toro – violoncelos. Participação: Ana La cenerentola Letícia – cantora. Fazenda do Secre- 22/20h00 Coral AMICRI e Coral Sol versão pocket da ópera , de Rossini (dia 26). tário – Estrada do Capim Angola, s/ e Terra. Às 21h00: Eudóxia de Barros – piano. Lecuona – Damisela nº – Rodovia RJ 115 – Vassouras. encantadora; Kabalewsky – Sonata nº 19/16h00 Nordeste de Paris. Nicolas 3 op. 46; Rachmaninov – Prelúdio nº 5 Krassik – violino e Os Cordesti- op. 23; Lacerda – Cromos, Caderno nº nos. Fazenda Mulungu Vermelho – 4 e Estudo nº 12; Nazareth – Eponina; Outros festivais pelo Brasil Alexandre Levy – Tango brasileiro; Estrada Aliança, 4.446 – Vassouras. No dia 2 de julho se inicia um dos mais tradicionais festivais 20/11h00 Gabriel Grossi – gaita e Nepomuceno – Galhofeira nº 4 op. 13; Mahle – Tocatina; Souza Lima – Prelú- do roteiro nacional: o Festival de Prados, em Minas Gerais. Com Bebê Kramer Quarteto – acor- dio nº 10; Cupertino – Primeira valsa; direção artística do professor, compositor e maestro Olivier Toni, o deão. Realejo. Fazenda Cachoeira Escalante – Marcha; Villa-Lobos – A do Mato Dentro – Rodovia BR 393, festival chega em 2014 à sua 37ª edição, e se estende até o dia 12 de pobre cega; Guarnieri – Estudo nº 10; julho. Entre os participantes estão o violinista Fábio Brucoli, o vio- Km 228 – Vassouras. Antonio Ribeiro – Estudo nº 2; Chopin 20/16h00 Orquestra Carioca de – Estudo nº 10 op. 2. lonista Pedro Bruschi e o percussionista Ricardo Tanganelli, além Choro. Concerto Brasileiro nº 1. 23/20h00 Combo Big Band. do Quarteto Olivier Toni. A programação dos concertos é variada, Fazenda São Luiz da Boa Sorte – 24/20h00 Rafael Cardoso – violão. e o encerramento, no dia 12, na Igreja Matriz de Prados, tem no Rodovia Lúcio Meira (BR 393), Km repertório peças de Bartók, Boccherini e Vivaldi. 210 – Vassouras. Centro Cultural Reginaldo A cidade paraibana de Campina Grande recebe, entre os 25/11h00 Turíbio Santos – violão e Ângelo Ferreira – Av. Dr. Joviano Alvim, dias 21 e 26 de julho, seu 5º Festival Internacional de Música. O convidados. Homenagem a Dorival 1322 – Sede da Fama evento tem nomes importantes em sua lista de professores/artistas, Caymmi. Fazenda do Paraizo – Es- 26/14h00 Master Class de Violão como o quarteto de flautas Quinta Essentia e o Coro de Câmara da e Contrabaixo, com Rafael Car- trada Rio das Flores-Paraibuna, Km Universidade Central de Oklahoma (EUA). A direção artística é de 9,3 – Rio das Flores. doso e Pedro Macedo Às 20h00: Recital Rafael Cardoso – violão e Vladimir Silva. 25/16h00 Andres Roig – piano, Pedro Macedo – contrabaixo. Até o dia 20 de julho acontece o 16º Festival Eleazar de Carva- Andres Perillo – tenor e Juan Gorin. Aquarela do amor. Fazenda lho, em Fortaleza, no Ceará. Sempre com uma forte programação Instituto de Arte e Cultura Garatuja pedagógica, o festival deste ano tem como convidados o maestro da União – Estrada do Abarracamen- Rua Esmeraldo Tarquinio, 346 – Járdim Tapajós to, Km 3,5 – Rio das Flores. Emiliano Patarra, o violinista russo Sergey Arutyunyan e a pianista 20/17h30 Panorama Linguagens 26/11h00 Carol MacDavit – sopra- da dança erudito e popular. Sonia Muniz, entre outros. A principal atração da programação é a no e convidados. Musicais da Bro- Orquestra do Festival, que toca nos dias 5, 11 e 20 de julho – nesta adway. Fazenda Cachoeira Grande última apresentação, com o Coro do Festival e sob o comando de V FESTIVAL INTERNACIONAL DE – Rodovia RJ 127, km 43 – Estrada Sergei Eleazar de Carvalho. MÚSICA ERUDITA DE PIRACICABA, SP Vassouras/Mendes. Espírito Santo também tem um festival de inverno em julho. 26/16h00 Gilson Peranzzetta – pia- De 21 a 26 de julho Entre os dias 18 e 27, a cidade de Domingos Martins recebe seu no e Mauro Senise – flauta e saxo- Direção artística: André Mechetti Festival Internacional de Música Erudita e Popular. Em promoção fone. Obras de Guerra-Peixe e Dorival do governo do estado com a Faculdade de Música do Espírito Santo, Caymmi. Fazenda Guaritá – Estrada do www.feimep.com.br o festival oferece 32 oficinas musicais, além de uma programação Guaritá, 2.600 – Sebastião Lacerda. 8º Brasil Instrumental variada de concertos e shows. Entre as principais atrações estão a 27/11h00 Rosenete Eberhardt – Andradas, MG soprano e Marcus Llerena – vio- apresentação da Orquestra Sinfônica do Estado do Espírito Santo, lão. De Mozart a Dorival Caymmi. no dia 18, abrindo o festival; os recitais de piano dos dias 19 e 20; o De 14 a 18 de julho Fazenda São João da Prosperidade – programa lírico do dia 25, com a Orquestra dos Sonhos; e a apresen- Estrada Barra do Piraí – Ipiabas, Km Direção artística: Jean Reis tação da Orquestra Sinfônica do Festival, no dia 26. 7 – Barra do Piraí. www.bia.art.br

CONCERTO Julho 2013 57 Edição Julho 2014 Todos os textos e fotos publicados na seção Gramophone são de propriedade e copyright de Mark Allen Group, Grã-Bretanha. www.gramophone.co.uk

Baseado nas walton Estabelecendo-se rapidamente como Violin Concerto. grande intérprete do repertório resenhas deste Symphony No 1 Tasmin Little vn BBC britânico, Edward Gardner oferece mês, Martin Symphony Orchestra / uma performance intensa da Cullingford Edward Gardner Chandos F CHSA5136 Sinfonia nº 1, de Walton, tendo em apresenta Tasmin Little, com seu engajamento as melhores e compreensão, uma solista à altura gravações no Concerto para violino. ravação do mês G ravação

Britten. weinberg MOZART Mussorgsky. Ravel Violin Concertos Piano Concertos Nos 18 & 22 Orchestral Works Linus Roth vn Deutsches Ronald Brautigam fp Anima Eterna / Symphonie-Orchester Cologne Academy / Jos van Immerseel Berlin / Mihkel Kütson Michael Alexander Willens Zig-Zag Territoires Challenge Classics BIS F Í BIS2044 F ZZT343 F Í CC72627

Linus Roth tem controle completo de Humor, personalidade e deliciosos Mais uma vez, o compromisso de um material que é às vezes imperativo, às conluios entre as madeiras e o fortepiano Immerseel para com a interpretação vezes lírico, no Concerto de Weinberg. são os destaques do mais recente Mozart informada traz recompensa – a união entre a de Brautigam. expressividade e o colorido da performance cria um sedutor mundo sonoro.

R Strauss Brahms Brahms Tone-Poems Chamber Works Violin Sonatas City of Birmingham Martin Fröst cl etc Leonidas Kavakos vn Symphony Orchestra / BIS F Í BIS2063 Yuja Wang pn Andris Nelsons Decca F 478 6442DH Orfeo F C878 141A

Um brilhante acréscimo aos lançamentos Solistas soberbos, com um trabalho de Uma parceria de brilho e expressividade do ano de aniversário de Strauss, e um conjunto impressionante, fazem com que este surpreendentes. O espírito colaborativo de importante documento da relação frutífera Quinteto de Brahms seja bom de verdade Kavakos e Wang prende a atenção desde o entre a orquestra e seu regente letão. (o disco também inclui o relançamento da primeiro momento. gravação de Fröst do Trio com clarinete).

JS BACH ‘Amorosi pensieri’ ‘A French baroque Diva’ Solo Cello Suites Songs for the Arias for Marie Fel (arr for viola) – Habsburg Court Carolyn Sampson sop Nos 2, 3 & 6 Cinquecento Ex Cathedra / Jeffrey Maxim Rysanov va Hyperion F CDA6803 Skidmore BIS F Í BIS2033 Hyperion F CDA68035

Bach, Rysanov e a viola – é uma O canto em conjunto é excelente, Um retrato delicioso de uma artista experiência fascinante e musicalmente com vozes de distinção explorando cada do século XVIII: uma das sopranos de bela ouvir, de forma renovada, essas obras aspecto dessas desconhecidas, porém maior personalidade da atualidade canta notáveis, porém familiares. imediatamente cativantes, canções lindamente ao longo de todo o disco. seculares da Renascença.

DVD/Blu-ray Relançamento/Arquivo Rossini Otello Arthur de greef Sols incl Cecilia Bartoli e John Osborn; Complete Electric Solo and Orchestra La Scintilla / Muhai Tang Concerto Recordings Decca F ◊ 074 3863DH; F Y 074 3865DH APR M d APR7401 Gramophone Player Um pianista menos A interpretação poderosa de Ouça online trechos conhecido do começo da era Bartoli brilha em meio a um elenco musicais em alta das gravações recebe, com impressionante, na versão de qualidade. Rossini da história de Shakespeare. essa caixa de quatro discos, um merecido perfil. www.gramophone.co.uk

58 Julho 2014 Julho 2014 59 Compre pelo telefone (11) 3539-0048 ou www.lojaclassicos.com.br

JEAN-MARIE LECLAIR BEST OF MARIA CALLAS GABRIEL FAURÉ A TALE OF TWO CELLOS Violin Sonatas – Book 2 Lançamento Warner Classics. Kungsbacka Piano Trio Julian e Jiaxin Lloyd Webber – Números 1 a 5 e 8 Nacional. R$ 30,30 Philip Dukes – viola violoncelos Adrian Butterfield – Quase quarenta anos após sua Lançamento Naxos. Importado. Lançamento Naxos. Importado. violino barroco morte, a soprano Maria Callas R$ 40,40 R$ 40,40 Jonathan Manson – continua sendo, para muitos, a O disco contempla dois momentos Não é tarefa fácil encontrar peças viola da gamba maior diva de todos os tempos. distintos da vida do compositor escritas para dois violoncelos – e, Laurence Cummings – cravo Seu legado sobrevive em dezenas Gabriel Fauré (1845-1924). De com exceção do concerto duplo Lançamento Naxos. Importado. de registros feitos principalmente um lado, o Quarteto com piano escrito por Antonio Vivaldi, R$ 40,40 nos anos 1950 e 1960, base desta n° 1 op. 15, fruto do trabalho de nenhuma delas se consolidou de Depois de terminar seu segundo nova coletânea, que faz parte da um jovem autor que, às vésperas vez no repertório dos principais casamento, Jean-Marie Leclair série Inspiration, cujo objetivo é de completar 30 anos de idade, instrumentistas de nossa época. (1697-1764) instalou-se em apresentar gravações capazes de se via às voltas com uma dolorosa Foi pensando nisso, e com o uma região periférica de Paris, “deliciar os sentidos” do ouvinte. separação amorosa; de outro, objetivo de mudar essa realidade, onde acabaria assassinado – Na seleção, estão presentes o Trio com piano op. 120, obra que o violoncelista britânico provavelmente pela sua ex- alguns dos cavalos de batalha de maturidade de um compositor Julian Lloyd Webber esboçou mulher. O caso, rumoroso, não é, da artista, como a ária “Casta que, aos 78 anos, tornara-se um o plano para este novo trabalho, claro, o único motivo pelo qual o diva”, da ópera Norma, de dos mais importantes nomes gravado ao lado de sua mulher compositor entrou para a história Bellini; “Un bel dì vedremo”, do cenário musical francês. A e também violoncelista Jiaxin da música. Leclair é considerado de Madama Butterfly, de diferença entre as duas peças, no Lloyd Weber. O conceito, o pai da escola francesa de violino Puccini; ou a famosa “Ária entanto, não diz respeito apenas à como ele explica no encarte e, principalmente, um dos mais da loucura”, de Lucia di biografia de Fauré. Musicalmente, do álbum, é bastante simples: bem acabados símbolos musicais Lammermoor, de Donizetti. elas também simbolizam dois encontrar composições que, do Iluminismo, uma vez que Mas a variedade no repertório contextos distintos, que fazem escritas originalmente para às suas criações costuma-se foi uma das grandes marcas da jus à definição de que ele foi uma outros instrumentos e formações, associar adjetivos como claridade, trajetória de Callas – e o álbum espécie de elo entre o século XIX pudessem ganhar arranjos para racionalidade, equilíbrio, contempla essa característica e o século XX, ou seja, entre o dois violoncelos. O resultado proporção e harmonia. “A alegria ao selecionar trechos de óperas Romantismo e a música moderna. surpreende: é um mosaico deste segundo livro de sonatas como Orfeu e Eurídice, de Gluck A modernidade aqui, porém, mais fascinante, que leva o ouvinte da está na beleza das melodias de (“J’ai perdu mon Eurydice”) que a ligação com as correntes música barroca à produção de Leclair”, diz o violinista Adrian ou Carmen, de Bizet, em que de vanguarda que começavam a autores contemporâneos em um Butterfield, explicando que, ela atua como mezzo soprano surgir na Europa, fica evidente na conjunto de 21 peças. A fórmula é nessas obras, equilíbrio não em “L’amour est un oiseau liberdade formal e na consolidação particularmente bem-sucedida em significa a ausência de lirismo. rebelle”, a famosa Habanera. de uma linguagem bastante composições que foram escritas “Ele nos apresenta paisagens e O acompanhamento é da pessoal. O repertório se completa para voz – caso de algumas cenários surpreendentes. Nos Orquestra do Teatro Alla Scala com três peças curtas: Pavane op. canções de Robert Schumann, movimentos rápidos, não faltam de Milão, da Philharmonia 50, Peça para violino e piano e Camille Saint-Saëns e Sergei o fogo e a energia, mas eles nunca Orchestra e da Orquestra Sicilienne op. 78. A interpretação Rachmaninov. Nelas, o lirismo são exagerados, e a sensibilidade Nacional da Rádio Francesa, é do Trio Kungsbacka, batizado dá o tom da conversa entre os francesa de Leclair significa que regidas por três lendários com o nome da cidade sueca instrumentos, com o violoncelo a elegância e o refinamento estão maestros: Tullio Serafin, Franco onde o grupo surgiu e realiza se aproximando à sonoridade do sempre por perto.” Ghione e Georges Prêtre. anualmente um festival. canto.

JOURNEYS princípio, pouco ou nada teriam em comum. Seu novo disco Emerson String Quartet faz uma síntese dessa proposta ao unir Souvenir de Florence, Paul Neubauer – viola / Colin Carr – violoncelo de Tchaikosvky, e Noite transfigurada, de Arnold Schönberg. Lançamento Sony Classical. Nacional. R$ 30,00 São obras, explicam os artistas, que se aproximam por retratar Ao longo de quase quarenta anos de carreira, o Quarteto duas jornadas, cada uma à sua maneira. A de Tchaikovsky Emerson conseguiu um feito notável. Consolidou-se seria um passeio pela paisagem europeia, da Rússia à Europa como um dos principais conjuntos de sua formação, tem Central; já a de Schönberg tem como pano de fundo a mente registros preciosos do grande repertório e, ao mesmo humana, o caminho que leva o homem da angústia e do tempo, construiu uma trajetória marcada pela exploração tormento psicológico em direção à tranquilidade e ao amor. de diferentes universos sonoros, seja por meio da estreia Nos dois casos, o resultado são interpretações que aliam de novas obras, seja pela combinação de peças que, a virtuosismo a um cuidado especial com o estilo.

Julho 2014 59 DVD Dresden, cidade em que Wagner viveu e na qual, entre 1843 WAGNER e 1849, estreou obras como Rienzi, Lohengrin, Tannhäuser Christian Thielemann – regente e O navio fantasma. E é de trechos dessas três óperas, além Jonas Kaufmann – tenor / Staatskapelle Dresden da pouco conhecida Abertura Fausto, que se compõe o Unitel Classica. Importado. Todas as regiões. 108 minutos. Legen- concerto agora lançado em DVD. Kaufmann e Thielemann, das em alemão (original), inglês, francês e espanhol. R$ 136,20 à frente da Staatskapelle Dresden, oferecem novos olhares Na noite de 21 de maio de 2013, quando o mundo da para peças bastante conhecidas do público, em leituras ópera comemorava o bicentenário do compositor Richard repletas de contrastes e sutilezas. O programa, gravado ao Wagner, dois dos principais intérpretes de suas obras hoje vivo, se encerra com Fraternité, de Hans Werner Henze – a subiam juntos ao palco. De um lado, o maestro Christian peça substituiu uma obra encomendada para o concerto, Thielemann; de outro, o tenor Jonas Kaufmann. O palco uma homenagem a Tristão e Isolda, que o compositor deixou escolhido não poderia ser mais simbólico: a Semperoper de incompleta ao morrer, em outubro de 2012.

SAVERIO MERCADANTE RADAMÉS GNATTALI HEITOR VILLA-LOBOS QUARTETO RADAMÉS Flute Concertos Obras para violão Obra completa para GNATTALI INTERPRETA nºs 1, 2 e 4 Paulo Inda – violão piano vol. 3 RICARDO TACUCHIAN Patrick Gallois – flauta Lançamento independente. Marcelo Bratke – piano Lançamento Caixa de Música/ Sinfonia Finlandia Jyväskylä Nacional. R$ 28,10 Lançamento Biscoito Fino. Nacional. Rádio MEC. Nacional. R$ 26,00 Lançamento Naxos. Importado. O compositor Radamés Gnattali R$ 37,30 Ao longo de 2014, diversas R$ 40,40 (1906-88) dedicou-se a criar Ao longo da segunda metade homenagens estão sendo O nome do compositor italiano obras para violão. Escreveu cinco do século XX, Villa-Lobos foi preparadas para marcar o Saverio Mercadante entrou para concertos para o instrumento e celebrado como o grande nome aniversário de 75 anos do a história da música por conta orquestra, além de uma enorme da composição brasileira – mas compositor carioca Ricardo de sua associação ao universo da variedade de peças de câmara, isso, infelizmente, não significou, Tacuchian e uma delas chega na ópera. Afinal, após um empurrão nas quais o violão dialoga com na prática, o resgate de sua obra, forma deste CD do Quarteto de Gioachino Rossini, ele escreveu a voz e outros instrumentos ou muito comentada e pouco tocada. Radamés Gnattali. O grupo, quase sessenta obras do gênero, sobe sozinho ao palco, ganhando Esse quadro tem mudado nos um dos mais prolíficos e atuantes simbolizando a busca pela protagonismo no cenário musical. últimos anos pelas versões de uma conjuntos de câmara do cenário renovação constante do drama O violonista Paulo Inda não é nova geração de intérpretes que musical brasileiro (veja matéria na musical italiano. Na juventude, estranho a este universo, tendo se gravou ciclos integrais de peças seção Brasil Musical desta edição), porém, Mercadante imaginou dedicado com ênfase ao repertório do compositor, nos ajudando gravou os quatro quartetos de para si um futuro diferente. nacional e, em especial, à obra de a compreender seu legado. É cordas. O primeiro deles, de Estudante do Conservatório de Gnattali, à qual ele retorna neste o caso do pianista Marcelo tendência nacionalista, foi escrito Nápoles, fascinou-se pela música disco. A seu lado, parceiros como Bratke, que lança agora o terceiro em 1963 e a ele Tacuchian deu o instrumental. E são dessa fase seus o flautista Artur Elias Carneiro, volume de sua integral da obra nome de Juvenil. Os outros três seis Concertos para orquestra e com quem interpreta Introdução e para piano solo. Aqui, o foco cobrem trinta anos de carreira flauta, dos quais Patrick Gallois choro (escrita originalmente para são as peças em que Villa-Lobos do compositor – e cada um está grava agora os de nº 1, nº 2 e nº violão e violino); o pianista Ney flerta com o imaginário infantil, associado a um local. O de nº 2, 4. Gallois foi aluno de Jean-Pierre Fialkow, na extremamente como Prole do bebê n° 1, As três por exemplo, foi uma tentativa Rampal, integrou a Orquestra de lírica Sonatina para violão e Marias, Carnaval das crianças e de recriar a atmosfera de Brasília Paris e, nos anos 1980, resolveu piano; ou o violoncelista Rodrigo Suíte infantil nº 1 e nº 2. São obras e, escrito em 1979, tem caráter dedicar-se à carreira solo. Em Andrade Silveira, com quem de curta duração, miniaturas que mais experimental. Já o de nº 3 2003, passou a atuar também ainda grava a Sonata para violão apresentam uma faceta diferente foi inspirado pelas paisagens de como regente, tornando-se diretor e violoncelo. O álbum tem do autor que, ao escrever para Bellagio, na Itália, onde Tacuchian artístico da Sinfonia Finlandia também os Dez estudos, do orquestra, trabalhava com grandes viveu no final dos anos 90. E, Jyväskylä. Neste disco, é final dos anos 1960, dedicados formações e orquestrações por fim, o Quarteto nº 4 evoca solista e maestro – e ressalta, na a mestres do violão brasileiro, opulentas. “São cantos infantis o Trópico de Capricórnio, linha interpretação, a importância do como Turíbio Santos, Eduardo transfigurados em suas poesias imaginária de latitude ao sul do bel canto mesmo nestas obras de Abreu, Sérgio Abreu, Jodacil pelo gênio de Villa-Lobos, ricos globo terrestre que corta países juventude, mostrando que, de Damaceno e Garoto; e Dança de uma seiva que nunca se desfaz que, segundo o compositor, foram alguma forma, a ópera já habitava brasileira, Toccata em ritmo de em sonoridades incertas”, escreve colocados à margem da história. desde cedo a inspiração de samba e Saudade, todas para Jorge Coli no texto do encarte que Haverá lançamento no Festival de Mercadante. violão solo. acompanha a gravação. Inverno de Campos do Jordão.

60 Julho 2014 Compre pelo telefone (11) 3539-0048 ou www.lojaclassicos.com.br

REFLEXÕES E PRÁTICAS SOBRE UMA FILOSOFIA DA MÚSICA CLÁSSICA – GUIA ILUSTRADO ZAHAR PEDAGOGIA MUSICAL John Burrows Julio Stateri Lançamento Zahar (5ª edição, revista). 512 páginas. R$ 89,90. Lançamento Illumino. 138 páginas. R$ 34,00. Desconto de 10% para assinantes. Desconto de 10% para assinantes. Um dos principais pensadores norte-americanos A primeira – e indispensável – condição da primeira metade do século XX, John Dewey para a fruição da música clássica é a defendia uma linha filosófica que se recupera sensibilidade. Mas se a ela se soma o desejo e ganha sentido no momento em que deixa de aprender e conhecer com mais detalhes de ser um “mecanismo” para lidar com os esse universo fascinante, um bom começo problemas dos filósofos e se torna um “método” é este Guia ilustrado, que depois de um cultivado por eles para lidar com os problemas período fora de catálogo chega à quinta dos homens. E não é por acaso que o pensador edição em português, revista. O livro, aparece como referência fundamental no livro editado por John Burrows e escrito por Reflexões e práticas sobre uma filosofia da um time de cerca de dez especialistas de pedagogia musical, agora lançado por Julio diversos países, acompanha o leitor ao longo Stateri, que foi professor do curso superior de de capítulos nos quais diferentes aspectos música do Conservatório Dramático e Musical e coordenador da atividade musical são contemplados do Conservatório Musical Villa-Lobos. Isso porque a proposta e analisados. Há, por exemplo, uma seção inteiramente do livro é justamente estabelecer um aprendizado de música dedicada aos instrumentos musicais, com detalhes sobre que não se limite à teoria, mas proponha atividades práticas o funcionamento e o modo como fazem parte de uma mais ricas e dinâmicas. Para tanto, o autor separa sua análise orquestra, criando verdadeiros diálogos sonoros; em seguida, em alguns blocos – no primeiro, sugere uma noção de filosofia o guia oferece um panorama conciso da história da música da música, partindo do pressuposto de que para ensinar com clássica, começando no século XI e chegando até os nossos eficiência é necessário “conhecer bem o objeto do ensino” dias; por fim, são apresentados compositores fundamentais e suas múltiplas facetas; no segundo, Stateri recapitula as de diversos períodos e obras-chave do repertório, sempre principais metodologias de ensino de música já existentes; por presentes nos concertos das principais sinfônicas. Os textos fim, propõe a busca por novas fórmulas, ideais para a “situação são curtos e acessíveis ao público leigo ao mesmo tempo que contemporânea de intermináveis mudanças”. Temos disponíveis servem de referência a conhecedores e apreciadores mais de Stateri também Aprendizagem e apreciação musical experimentados. A edição privilegia imagens que facilitam e Controle emocional e a memória do músico. a navegação pelo conteúdo.

SÃO PAULO, SP CLUBE DA MÚSICA. Encontros para discussão de pe- 25 a 29 de agosto. Conferências, mesas redondas, ças musicais. Terça-feira 22 de julho, às 19h: Appas- pôsteres, painéis, comunicações e programação artís- ASSESSOR ARTÍSTICO DE MÚSICA CLÁSSICA. Orques- sionata, de Beethoven, com mediação de Eduardo tica. Local: IA Unesp – Rua Dr. Bento Teobaldo Ferraz, tra procura assessor artístico especializado em mú- Seincman. Participação gratuita. Inscrições a partir 271 – Barra Funda – Tel. (11) 3393-8546. Informa- sica clássica, para trabalhar como apoio à diretoria de 1º de julho em: [email protected]. ções: http://anppom2014unesp.com/. org.br. Local: Rua do Carmo, 147 – Auditório – Sé – artística. É imprescindível que o candidato tenha ESPAÇO PEDAGÓGICO DE ARTES. Oferece projetos Tel. (11) 3111-7018 – www.sescsp.org.br. formação musical, experiência em música clássica, relacionados à arte para pessoas com e sem defi- português e inglês fluentes (ou espanhol e inglês). X CONCURSO DE PIANO DO CONSERVATÓRIO VILLA- ciência. Dois projetos: Inclusive Música (aulas de mú- Interessados devem enviar currículos atualizados -LOBOS DA FITO. Compositor homenageado: Ro- sica para pessoas com e sem deficiência) e Salada para: [email protected], (indicar no naldo Miranda. Concurso aberto a todas as idades, Cultural (programação diversificada de cursos, pales- campo assunto: Assessor Artístico). quatro turnos. Inscrições até 20 de setembro. Pro- tras, oficinas, master classes e workshops de temas va: sábado 27 de setembro. Coordenação: Valdilice relacionados à arte). Curso: sábado 30 de agosto: audições informativas de cantores pro- de Carvalho. Local: Conservatório Villa-Lobos da Fito Cognição e psicomotrocidade através de jogos peda- fissionais para o Coral Paulistano Mario de – Rua Camélia, 26 – Osasco – Tel. (11) 3652-3043. gógicos musicais, com Viviane Louro. Inscrições em: Andrade. Para possíveis participações na tem- Informações e inscrições: concursodepiano@fito. [email protected]. Idealização: porada “Pauliceia Desvairada”. Audições dias 14, edu.br – www.fito.edu.br. Viviane Louro, Alaor Neves e Silvino Almeida. Local: 15 e 16 de julho. Inscrições até 10 de julho em: Rua Botucatu 473 – Vila Mariana. Informações: www. [email protected]. Informações e I CONGRESSO NACIONAL DAS ESCOLAS DE MÚSICA. espacopedagogicodeartes.wordpress.com. documentação: www.teatromunicipal.sp.gov.br. Palestras sobre gestão e educação musical e ofici- nas de capacitação. Participação gratuita. Dias 26 e FALANDO DE MÚSICA NA OSESP. Palestras ministradas BOLSA PARA DESENVOLVIMENTO DE PROFISSIO- 27 de julho, das 9h às 17h. Local: Unip Indianópolis pelo maestro Leandro Oliveira, abordando os compo- NAIS DE ORGANIZAÇÕES DE MÚSICA CLÁSSICA. O – Rua Dr. Bacelar, 1212. Informações e inscrições: sitores e as obras do concerto do dia. Duração de 45 British Council oferece em Londres cinco bolsas do www.escolasdemusica.com.br. minutos, quintas e sextas-feiras às 20h e sábados às programa Transform Orchestra Leadership, voltadas 15h30. Entrada franca para público com ingresso do para profissionais em meio de carreira que traba- XXIV CONGRESSO DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PES- dia. Local: Sala São Paulo – Sala Carlos Gomes. Infor- lhem como gestores em orquestras, ensembles, ca- QUISA E PÓS-GRADUAÇÃO EM MÚSICA. Fórum para a mações: tel. (11) 3367-9611 – www.osesp.art.br. sas de concerto, conservatórios e universidades de discussão da produção científica em música no Bra- música. Os candidatos devem possuir entre dois e sil, congregando diferentes campos de pesquisa na FORMAS DO VIOLÃO. Quarta-feira 30 de julho às cinco anos de experiência gerencial, liderança e ex- área de música. Tema principal: Pesquisa em música 19h: Mesa redonda: Caminhos da formação violonís- celente habilidade em comunicação e fluência em e diversidade: sujeitos, contextos, práticas e saberes. tica no século XXI, com José Henrique de Campos e língua inglesa. Inscrições até 15 de julho. Inscrições Destinado a pesquisadores, docentes, discentes e pro- Gilson Antunes. Às 20h30: Recital: Violão na trilha dos e regulamento em: www.transform.com.br. fissionais em geral, vinculados à área de música. De games, com Fábio Lima (veja no Roteiro Musical).­

CONCERTO Julho 2014 61 Quinta-feira 31 de julho às 19h: Master class com madeiras, metais, piano, regência de banda sinfônica, Theoria e Praxis na música: Uma antiga dicotomia Chrystian Dozza. Curadoria e mediação: Sidney canto coral, inclusão cultural, música antiga, choro, revisitada. De 18 a 20 de julho. Coordenação: Mar- Molina. Valores: Mesa redonda: entrada franca (reti- música instrumental brasileira e jazz. Programação de cos Holler, Luís Otávio Santos e Rodolfo Valverde. rada de ingressos uma hora antes) e recitais: R$ 3,20, concertos. Informações: www.sesc-rs.com.br/festival. Local: Museu de Arte Moderna Murilo Mendes. R$ 8 e R$ 16. Local: Sesc Pinheiros – Auditório – Rua Inscrições: [email protected]. Palestras, sempre às 10h. Terça-feira 15 de ju- Paes Leme, 195 – Pinheiros – Tel. (11) 3095-9400. lho: O contrabaixo e suas técnicas estendidas, com Porto Alegre, RS / III ENCONTRO RIOGRANDENSE DE Alexandre Rosa. Quarta-feira 16 de julho: A ópera: ORQUESTRA EXPERIMENTAL DE REPERTÓRIO. Vaga MEDICINA DO MÚSICO. A saúde do músico em pau- Do nascimento aristocrático ao estilo veneziano, com de regente assistente, para trabalhar junto ao ta. Sábado e domingo 26 e 27 de julho. Palestras, Rodolfo Valverde. Quinta-feira 17 de julho: Cadên- regente titular Carlos Moreno. Provas dias 10, 11 e workshops, mesas redondas. Participação de Eckart cias e fantasias livres no Barroco, com Jacques Ogg 12 de novembro. Inscrições abertas de 15 de julho Altenmüller (Alemanha). Destinado a músicos pro- (cravo). Sexta-feira 18 de julho: A ópera barroca a 15 de agosto na sede da OER – Praça das Artes fissionais e amadores, estudantes, pesquisadores italiana: a ópera seria e a era dos castrati, com Ro- – Av. São João, 281 – 9º andar ou pelo e-mail: inscri- em educação e fisiologia musical, profissionais dolfo Valverde. Local: Auditório do Instituto Granbery. [email protected]. Informações e documentação: da saúde (médicos, fisioterapeutas, fonoaudiólo- Informações e inscrições: Centro Cultural Pró-Música www.teatromunicipal.sp.gov.br. gos, terapeutas ocupacionais, educadores físicos) – Tel. (32) 3215-3951 – www.promusica.org.br. OSUSP – Orquestra Sinfônica da USP. Assina- e instrutores de técnicas corporais. Local: Instituto de Artes da UFRGS – Rua Senhor dos Passos, 248. Lages, RS / FESTIVAL INTERNACIONAL MÚSICA NA turas 2014. Série de cinco concertos na Sala São SERRA. De 20 a 26 de julho. Direção artística: Jean Paulo. Informações e assinaturas: tel. (11) 4003- Inscrições e informações: Programa de Extensão do Depto. de Música da UFRGS – Tel. (51) 3308-4325 – Reis. Programação de concertos: veja no Roteiro 1212 – www.ingressorapido.com.br e Osusp: tel. Musical. Informações: www.musicanaserra.com.br. (11) 3091-3000 – www.sinfonica.usp.br. www.ufrgs.br/artes/extensao/musica. Londrina, PR / 34º FESTIVAL DE MÚSICA DE LONDRI- I PRÊMIO DE ESTUDOS MUSICOLÓGICOS EURO- Tiradentes, MG / CURSO As Variações Goldberg de Johann Sebastian Bach. Com Elisa Freixo. Dirigido NA. O festival de todas as músicas. De 6 a 19 de LATINO-AMERICANOS PRÍNCIPE FRANCESCO MARIA julho. Direção artística: Marco Antonio de Almeida. RUSPOLI. Dedicado a jovens músicos e pesquisa- a leigos e músicos. O curso propõe uma breve aná- lise do período barroco, seguido por uma audição Estruturas artística e pedagógica. Projetos de inclusão dores de América Latina especializados na música social, para portadores de deficiências e cursos de do período barroco. O prêmio tem duas catego- comentada de As Variações Goldberg. Datas: de 18 a 20 de julho ou de 15 a 17 de agosto, aprox. atividades musicais para terceira idade. Cursos, ofi- rias: Instrumento – que este ano é a flauta doce – e cinas, encontros e master classes. Programação de Pesquisa em Musicologia. Premiação em dinheiro 10 horas distribuídas nos três dias. Informações: [email protected]. concertos: veja no Roteiro Musical. Inscrições abertas e publicação de trabalho. Informações e inscrições para cursos e oficinas. Informações: www.fml.com.br. até 31 de julho em: www.associacaoruspoli.com.br. FESTIVAIS DE INVERNO Mogi das Cruzes, SP / FESTIVAL DE INVERNO PRÊMIO FUNARTE DE COMPOSIÇÃO. Seleção de 37 SERRA DO ITAPETY. De 3 a 25 de julho. Informa- obras inéditas para solista, orquestra, conjuntos instru- ções: www.cultura.pmmc.com.br. mentais e/ou vocais para a XXI Bienal de Música Con- Andradas, MG / 8º BRASIL INSTRUMENTAL. De 14 temporânea, a acontecer em outubro de 2015. R$ 1,2 a 18 de julho. Direção artística: Jean Reis. Informa- Nova Friburgo, RJ / 12º Festival de Inverno. De milhão em prêmios. Inscrições até 30 de setembro. ções: www.bia.art.br. 17 a 27 de julho. Informações: www.fipet.net.br. Informações e inscrições: www.funarte.gov.br/editais. Atibaia, SP / FESTIVAL DE INVERNO. De 14 a 27 Ourinhos, SP / 14º Festival de Música. De 19 a 26 de julho. Teatro infantil, cinema, shows e master de julho. Direção artística: Antonio Lauro Del Claro. RIO DE JANEIRO, RJ classes. Programação de concertos: veja no Roteiro Programação de concertos: veja no Roteiro Musical. In- Musical. Informações: www.atibaia.sp.gov.br. formações: www.festivaldemusicadeourinhos.com.br. IV CONCURSO INTERNACIONAL BNDES DE PIANO Bagé, RS / 5º FESTIVAL INTERNACIONAL MÚSICA DO RIO DE JANEIRO. Tributo a Magda Tagliaferro e Ouro Preto e Mariana, MG / FESTIVAL DE INVERNO NO PAMPA. De 27 de julho a 2 de agosto. Direção Villa-Lobos. De 27 de novembro a 6 de dezembro. – Fórum das Artes. De 4 a 20 de julho. Coordena- artística: Jean Reis. Programação de concertos: veja Para pianistas de 17 a 30 anos. Prêmios no valor de ção: Rogério Santos de Oliveira. Programação de con- no Roteiro Musical. Informações: www.fimp.com.br. R$ 200.000, além de concertos no Brasil, Europa e certos: veja no Roteiro Musical. Informações: www. Estados Unidos. Inscrições até 2 de julho. Direção Campina Grande, PB / V Festival Internacional festivaldeinverno.ufop.br. artística: Lilian Barretto. Informações e inscrições: de Música. De 21 a 26 de julho. Direção artística: Petrópolis, RJ / 14º Festival de Inverno. De 18 tel. (21) 2225-7492 – www.concursopianorio.com. Vladimir Silva. Programação de concertos: veja no a 27 de julho. Recitais de música clássica, ópera, Roteiro Musical. Informações: www.fimus.art.br. corais, apresentações de balé, palestras, cinema OUTRAS CIDADES Campos do Jordão, SP / 45º FESTIVAL DE INVER- e programação infantil. Informações: tel. 0800- NO DE CAMPOS DO JORDÃO. De 5 de julho a 3 de 0241516 e (21) 4002-0019 – www.fipet.net.br. Belo Horizonte, MG / ORQUESTRA FILARMÔNICA DE agosto. Direção artística: Arthur Nestrovski. Inscri- Piracicaba, SP / V Festival INTERNACIONAL DE MINAS GERAIS. Audições para as seguintes vagas: ções para bolsistas encerradas. Programação de trombone principal associado; fagote principal as- MÚSICA ERUDITA. De 21 a 26 de julho. Direção ar- concertos: veja no Roteiro Musical. Informações: tística: André Mechetti. Informações: www.feimep. sistente; violoncelo principal e seção; viola seção; e www.festivalcamposdojordao.art.br. contrabaixo seção. Inscrições até 14 de julho. Audi- com.br. ções: dias 25 e 26 de julho. Trompete principal assis- Domingos Martins, ES / XXI FESTIVAL DE INVERNO de Prados, MG / 37º Festival de Música. De 2 a 12 tente; fagote / contrafagote seção; e violino seção. Música Erudita e Popular. De 18 a 27 de julho. de julho. Direção artística: Olivier Toni. Progra­ Inscrições até 15 de agosto. Audições: dias 29 e Programação de concertos: veja no Roteiro Musical. mação de concertos: veja no Roteiro Musical. Infor- 30 de agosto. Informações: tel. (31) 3245-0675 – Informações: www.festivaldomingosmartins.com.br. mações: tel. (11) 5571-0120. [email protected]. Edital, repertório e ins- crições: www.filarmonica.art.br. Fortaleza, CE / XVI FESTIVAL ELEAZAR DE CARVALHO. São Paulo, SP / 3º MUNASP – Festival Interna- De 29 de junho a 20 de julho. Aulas e cursos com cional de Música do Centro Universitário Ituiutaba, MG / 21º concurso de piano Prof. renomados professores. Direção artística: Sonia Muniz Adventista. De 6 a 12 de julho. Direção artística: abrão calil neto. De 22 a 28 de setembro. Com- de Carvalho. Programação de concertos: veja no Rotei- Jean Reis. Programação de concertos: veja no Rotei- positora homenageada: Denise Garcia. Inscrições ro Musical. Informações: www.eleazarfundec.org.br. ro Musical. Informações: www.munasp.com.br. até 22 de agosto. Três categorias: I – Solo de pia- no (subdividido em 6 grupos); II – Piano a 4 mãos Juiz de Fora, MG / 25º FESTIVAL INTERNACIONAL DE Santa Maria, RS / 29º FESTIVAL INTERNACIONAL (subdividido em 5 grupos) e III – Música de câmara. MÚSICA COLONIAL BRASILEIRA E MÚSICA ANTIGA. DE INVERNO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA Informações e inscrições: www.ituiutaba.uemg.br. De 14 a 27 de julho. Cursos nas áreas de cordas, MARIA. De 27 de julho a 3 de agosto. Informa- sopros, vozes, orquestras e didática de musicali- ções: www.ufsm.br/festivaldeinverno. Pelotas, RS / V FESTIVAL INTERNACIONAL SESC zação. Programação de concertos: veja no Roteiro DE MÚSICA. Para alunos do Mercosul. De 18 a 30 Musical. Lançamento de livros. Domingo 20 de ju- Vassouras, RJ / 12º Festival Vale do Café. De de janeiro de 2015. Cursos de instrumentos para lho: Anais do IX Encontro de Musicologia Histórica. 7 a 27 de julho. Direção artística: Turíbio Santos. estudantes de música dos níveis intermediário e Domingo 27 de julho: Centro Cultural Pró-Música 40 Programação de concertos: veja no Roteiro Musical. avançado/profissional. Cursos e oficinas de cordas, anos. X Encontro de Musicologia Histórica. Tema: Informações: www.festivalvaledocafe.com.

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Por Guilherme Leite Cunha

CONCERTO Julho 2014 63 22º 24’ 14” S 43º 39’ 46” W

Festival Vale do Café Vassouras, RJ, Brasil

o interior do estado do Rio de Janeiro, em meio a belas paisagens naturais e fazendas N históricas, realiza-se há mais de dez anos o Festival Vale do Café, que aposta na mistura de concertos e turismo cultural na região do Vale do Paraíba, historicamente ligada aos ciclos econômicos do café. Idealizado pela harpista Cristina Braga e com direção geral de Nelson Drucker, o evento centraliza-se na cidade de Vassouras, mas cerca de 15 municípios participam das atividades. O Festival Vale do Café busca integrar a música às belezas naturais da região e ao patrimônio histórico e arquitetônico dos municípios. “Um dos fatores que motivou o nascimento do festival foi ocupar as fazendas de café da região. A fazenda proporciona uma situação de concerto informal. Não é nunca aquele silêncio absoluto, tem a interação com a natureza, o passarinho cantando, o clima que às vezes está frio, às vezes está calor. Os artistas e o público têm outro tipo de experiência. @revistaconcerto Vi momentos culminantes de emoção no meio de tempestades”, descreveu à Revista CONCERTO Turíbio Santos, diretor artístico do festival ao lado de Paulo Barroso. Além das fazendas, praças e igrejas são cenários das apresentações, que procuram incluir manifestações culturais da região, como cortejos populares ou grupos locais de choro. Embora tenha nascido com motivação turística, o Vale do Café também abre espaço para a educação musical, com dezenas de cursos. Entre os professores convidados estão a soprano Carol McDavit, os pianistas Luiz Senise e Maria Teresa Madeira e o violinista Adohniran Reis. Dentro da programação, destaca-se uma homenagem aos centenários de Guerra-Peixe e Dorival Caymmi, no dia 26, por Gilson Peranzzetta e Mauro Senise. [Camila Frésca]

Agenda Festival Vale do Café, de 7 a 27 de julho (Confira a programação completa na página 57.)

64 Julho 2014 CONCERTO