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$,!0!#(!),.02!+ O economista e escritor Edmar Bacha é o mais novo integrante da Academia Brasileira de Letras. Sucedendo o jurista Evaristo de Moraes Filho, na cadeira nº 40. (Por Manoela Ferrari – págs. 10 e 11)          &"$  #!-" $! " %$ A crise econômica em que está mergulhado o país nos obriga a DFHUYR-/ fazer uma breve interrupção na circulação do JORNAL DE LETRAS. Iniciada        essa segunda fase em agosto de 1998, portanto há 18 anos, mantivemos a circulação ininterrupta até agora, a despeito de todas as dificuldades Dois discursos históricos de despedida não enfrentadas pela nossa equipe. Chegamos ao número 220, ganhando o saem da minha memória, como professor respeito da praça e a confiança de anunciantes e leitores, o que da Universidade do Estado do Rio de permitiu que mantivéssemos a nossa circulação até o dia de hoje. Este Janeiro. Foram mestres exemplares da é o número de dezembro de 2016. Se superarmos as dificuldades da instituição: de Melo Franco e crise, pretendemos deixar de circular em janeiro e fevereiro, para voltar David José Pérez. Suas orações, quando em março de 2017, com novas e renovadas forças. Somos gratos ao homenageados pelo início da inexorável aposentadoria, representaram apoio que nos foi dado por um público fiel e reconhecido. peças primorosas de cultura. O editor. David José Pérez, que conheci na então Universidade do Distrito Federal, nasceu em 1883, na cidade de Breves, no Estado do Pará. Seus pais eram imigrantes vindos do Marrocos, na África. Em Breves, trabalhou no comércio. No princípio do século, deslocou-se para o Rio de Janeiro, onde desabrochou o seu pendor para as letras, apesar de ter sonhado com a medicina. Foi inspetor de alunos, professor primário de português e história e formou-se em direito e ciências econômicas. Era muito querido pelos alunos e tinha uma alma profundamente religiosa. No início do século XX, defendeu a criação do Estado de Israel. Depois lecionou hebraico, com a finalidade de divulgar a língua de Moisés. Em 1939, com a ajuda de Antenor Nascentes, Clóvis Monteiro e outros mestres ajudou a fundar a antiga Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras do Instituto La-Fayette, onde ocupava a cátedra de espanhol. Foi diretor muito apreciado do Colégio Hebreu Brasileiro e, A cerimônia de premiação, encerrando a VIII Maratona Literária Escolar – evento promovido pela durante mais de 50 anos, foi membro da Sinagoga União Israelita Shell Secretaria Municipal de Educação em parceria com o Instituto Antares – reuniu, na ABL, os Guemilut Hassadim. Nela, se destacou em palestras religiosas e diretores das escolas, os professores e os alunos das melhores redações classificadas. filosóficas e, na década de 1950, recebeu os alunos israelitas que se formaram no Centro de Instrução de Oficiais da Reserva da Marinha (CIORM). Lembro até hoje das lindas palavras por ele na ocasião proferidas. Foi um grande defensor do Estado de Israel, que visitou com grande fervor, mas jamais pensou em deixar o Brasil: “Estou feliz com a criação de Israel. É uma causa justa. Estou feliz, mas não trocarei o Brasil pela nova pátria, pois aqui nasci e amo o meu país.” David Pérez colaborou em jornais e revistas, escrevendo sobre filosofia, religião e assuntos teológicos. Fundou a revista A Coluna, em 1916, com o objetivo de defender os interesses do povo judeu no Brasil. Era distribuída na primeira sexta-feira de cada mês. Foram editados 24 exemplares. O nosso homenageado foi um grande lutador pela causa do professor. De 1927 a 1930, presidiu a Confederação do Professorado, a mais antiga associada criada no Brasil para defender os interesses do magistério. Dela nasceu o atual Sindicato dos Professores do Rio de Na Sala São Paulo, houve a 14ª cerimônia de entrega do Troféu Raça Negra, promovida pela Faculdade Zumbi dos Palmares. Entre os premiados, o professor Arnaldo Niskier, o Reverendo Janeiro, sob a direção do mestre David Pérez. Trabalhou intensamente Jesse Jackson e o presidente da Academia Brasileira de Letras, Domício Proença Filho. contra o enfraquecimento da classe. Foi também um brilhante professor de latim do tradicional Colégio Pedro II. Morreu em 1970, alvo do respeito e da admiração dos educadores brasileiros.  )#!& Diretor responsável: Arnaldo Niskier Editora-adjunta: Beth Almeida Colaboradora: Manoela Ferrari !       Secretária executiva: Andréia N. Ghelman Redação: R. Visconde de Pirajá N0 142, sala 1206 – 120 andar — Tel.: (21) 2523-2064          Ipanema – Rio de Janeiro – CEP: 22.410-002 – e-mail: [email protected]      Distribuidores: Distribuidora Dirigida - RJ (21) 2232-5048 – Leonardo Da Vinci - SP (11) 5052-3691        Correspondente: António Valdemar (Lisboa).              Programação Visual: CLS Programação Visual Ltda. Fotolitos e impressão: Folha Dirigida – Rua do Riachuelo, N0 114     "

   " !(# #'&! Shakespeare !""#"" !#"# ')!!#"        situação. Por consenso, os participantes concordaram que a aprendizagem é a melhor saída para resgatar esses jovens, pois permite que recebam formação profissional adequada e tenham garantido um &.09!$!+%) salário mensal, tanto para auxiliar nas despesas escolares e, em muitos casos, até contribuir para o orçamento doméstico. Afinal, a esmagadora "$ '+"!+$&  maioria dos 3,3 milhões submetidos a essas condições degradantes de trabalho assim permaneçam por necessidade de sobrevivência própria Mais de 3,3 milhões de crianças e adolescentes trabalham no país, e da família. atuando em atividades irregulares, ilegais e até mesmo de alta Nós, do CIEE, pudemos dar testemunho do poder da periculosidade, como carvoarias e lixões. Um dos recortes aprendizagem para fazer a diferença no futuro dos jovens. Há 13 anos, extremamente grave é que esse número inclui até crianças de cinco administramos programas de empresas parceiras formatados de acordo anos de idade. Outro recorte: desse total, mais de 2 milhões são com a Lei da Aprendizagem. Nesse período, vivenciamos o dia a dia de adolescentes entre 14 e 17 anos, os quais mais da metade são explorados mais de 330 mil jovens (dos quais 75 mil ainda em capacitação), que, em trabalhos irregulares, com riscos para a saúde e o desenvolvimento graças à lei, ingressaram no mercado de trabalho pela porta da frente, social, educacional e pessoal. Esse cenário sombrio foi traçado por devidamente preparados para se tornarem protagonistas das próprias representantes do Ministério e da Justiça do Trabalho, da Organização histórias, avançando nos estudos e na qualificação profissional, aptos a Internacional do Trabalho (OIT) e da sociedade civil, que debateram agir como cidadãos no sentido pleno da palavra. No meu modo de ver, durante dois dias da semana passada, em Brasília, os mecanismos para não há prova maior de que a Lei da Aprendizagem, quando aplicada articular as ações voltadas à erradicação do trabalho infantil. com qualidade, tem imenso poder transformador de vidas e de Um dos depoimentos mais contundentes foi dado por Kátia realidades, tanto no mundo do trabalho quanto na construção de uma Arruda, ministra do Superior Tribunal do Trabalho que coordenou o 3o sociedade mais justa, mais digna e menos violenta. Seminário Nacional de Combate ao Trabalho Infantil e Estímulo à Aprendizagem: de 2007 a 2015, houve 187 mortes de vítimas da * Luiz Gonzaga Bertelli é presidente do Conselho de Administração do exploração do trabalho infantil e foram registrados mais de 20 mil CIEE/SP e presidente do Conselho Diretor do CIEE NACIONAL. incidentes graves envolvendo crianças e adolescentes na mesma

Em seu pronunciamento, o presidente da Academia Brasileira de Letras, acadêmico Domício Proença, ressaltou a dedicação do homenageado à família, aos filhos e à obra, destacando sua vontade .-.0)1!31! permanente em criar, desenvolver projetos e servir à causa pública, o que lhe garantira a “imortalidade”. "$ !" $$$

Numa cerimônia repleta de emoções, no auditório do secular prédio da Casa UniCarioca, na Avenida Paulo de Frontin, no Rio Comprido, o professor Arnaldo Niskier recebeu o título de Doutor Honoris Causa do Centro Universitário Carioca – UniCarioca, instituição que viu nascer e obter o sucesso, comprovado pelo MEC, de melhor instituição Universitária no Estado do Rio de Janeiro, em especial do curso de Pedagogia. Honoris causa, abreviado como h.c., é uma locução latina (em português: “por causa de honra”) usada em títulos honoríficos concedidos por universidades a pessoas eminentes, que tenham se destacado em determinada área, por sua boa reputação, virtude ou mérito. No caso do professor Arnaldo Niskier, são incontáveis os serviços prestados à causa da educação brasileira. Em seu discurso de saudação ao homenageado, o professor Carlos Alberto Serpa, presidente da Cesgranrio e presidente da Academia Brasileira de Educação, destacou as diferenças de atitude entre “educar” e “ensinar”, enaltecendo as características pessoais do amigo que dedicou toda a vida à educação, no sentido pleno da palavra. O verbo “educar” (do latim “educere”), lembrou Serpa, significa “tirar de dentro para fora”, o que só se faz quando se tem amor: “O processo educativo vai além do acúmulo de saberes. Não é quantitativo. Educar não é apenas instruir, ensinar.” O reitor da UniCarioca, professor Celso Niskier, filho do 1. A equipe do Instituto Antares de Cultura homenageia homenageado, ressaltou a inspiração recebida através do pai, no o presidente Arnaldo Niskier: Isio Ghelman, Manoela decorrer de sua trajetória pessoal e profissional: “Ao longo de 26 anos de Ferrari, Claudia Barbosa, Eliana Capellão, Andréia Ghelman, Ruth Niskier e Luciana Dotto. existência, essa é a primeira dignidade acadêmica conferida pela 2. O professor Arnaldo Niskier, Doutor Honoris Causa UniCarioca. E não poderia ser mais justa a homenagem: estamos diante do Centro Universitário Carioca, ao lado da mulher do educador que mais nos inspirou durante todos esses anos”, afirmou Ruth, recebe o carinho da família: Celso Niskier, Isio e o reitor, explicando a centelha de inspiração que o levou a buscar Andréia Ghelman, Gabriela e Giovanna (com o noivo sempre mais, e melhor: “Nossa inspiração e a dele vêm de longe, dos Felipe) e a cunhada Gilda Milman. sábios judeus da Idade Média, que interpretavam os livros sagrados de 3. A emoção do professor Arnaldo Niskier, ao receber forma a entender melhor a vontade divina, para que ela se fizesse o título de Doutor Honoris Causa do Centro presente entre os homens. Fomos sábios, fomos místicos, fomos Universitário Carioca, instituição que viu nascer, há 26 rabinos, fomos líderes sionistas, e hoje somos pessoas de bem, anos. comprometidas com nosso país e nosso destino comum como seres humanos.”      

 ($"%'&"$% #"$ !" $$$ [email protected] $!+#    $"   Primeiro romance do ator, diretor e produtor teatral paraense A terceira edição revista e ampliada de Uma breve teoria do poder Raimundo Alberto, Chaves D’Aurora (Ed. Chiado, 2016) convida o (Editora São Luís, 2016) é uma reedição comemorativa pelos 80 anos leitor a se transportar até os anos 1912-1926, acompanhando as do autor, Ives Gandra da Silva Martins. Enriquecida com três novos peripécias de uma saga familiar, inspirada em fatos reais, ocorridos textos introdutórios – de autoria de Ney Prado, Antônio Paim e Ruy em Trás-os-Montes (Portugal) e na Amazônia brasileira. O autor, de Altenfelder – a obra, um clássico de nossa ciência política, foi ascendência materna aveiro-flaviense, nasceu em Belém do Pará, atualizada pelo renomado jurista e apresenta a inclusão de um índice em 1944, e mora no Rio de Janeiro há mais de 50 anos. A obra foi onomástico, a fim de tornar a leitura fonte de consulta permanente. escrita na cidade portuguesa de Chaves, onde Raimundo passou Em Uma breve teoria do poder, com 297 páginas, Martins, com a cerca de três meses pesquisando, entre outros temas, os ciganos e firmeza e autoridade de jurista consagrado, procura formular uma suas tradições, as aparições em Fátima, a Segunda Guerra, lendas e mitos regionais. teoria sobre a natureza do homem, no exercício do domínio sobre os outros, quando Chaves D’Aurora, ao longo de 670 páginas, conta a história de amor entre uma jovem assume governos. A obra analisa, inicialmente, a evolução social, econômica e tecnológica recatada, de boas posses e um cigano também rico, mas volúvel, que se torna proibida, da humanidade, os hábitos que conformam o poder, as formas de sua obtenção, os vícios face os preconceitos e as tradições de ambos os clãs. O romance apresenta uma que lhe são inerentes (desde a corrupção até a autoindentificação com um “direito curiosidade textual: o autor pesquisou nos dicionários, palavra por palavra do texto, de superior”), o ódio ao opositor, as formas de manipulação do povo. O autor desvenda as modo a perseguir uma escrita na qual a maior parte delas sejam comuns aos dois falares, razões que levam o homem a desejar o poder e quais os limites para sua conquista e o brasileiro e o lusitano. Raimundo Alberto é ator, poeta e dramaturgo, com vários exercício. Partindo de reflexões filosóficas, análise histórica, formatações jurídicas, espetáculos encenados e premiados. Sua mais recente atuação foi em O Mercador de conformações econômicas, vivência política e considerações sociológicas, adentra-se o Veneza, de William Shakespeare, no Rio, entre 2013 e 2015. Dentre as suas mais de 30 mundo dos fatos, da realidade do poder e de seus detentores, procurando demonstrar que peças, várias levadas ao palco na forma de montagens ou leituras dramatizadas, estão O o poder se justifica por si mesmo. O servir aqueles que lhe são subordinados constitui, de Campeonato dos pombos, prêmio e edição do Serviço Nacional de Teatro, em 1974; A rigor e apenas, efeito colateral ou, na maioria dos casos, campo de manipulação última pastorinha, prêmio MINC-Brasil 2001; Águas de Oxalá (Seleção Brasil em Cena – demagógica, como o correr dos séculos tem demonstrado. Ives Gandra da Silva Martins é CCBB, 2008); e Próximo Ato, suspense, publicada em antologia do ICCG / FUNARTE / professor emérito das Universidades Mackenzie, UNIP, UNIFIEO, UNIFMU, do CIEE/O Editora Teatral, Rio, 2009. Bacharel em literaturas brasileira e portuguesa (UFRJ, 1978), ESTADO DE SÃO PAULO, das Escolas de Comando e Estado-Maior do Exército – ECEME, como compositor musical (letrista), participou do CD Bonde Folia, da Orquestra Superior de Guerra – ESG e da Magistratura do TRF da 1ª região; professor Honorário das Popular Céu na Terra, Prêmio TIM de Música 2008. Atual presidente do Instituto Cultural Universidades Austral (Argentina), San Martin de Porres (Peru) e Vasili Goldis (Romênia); Chiquinha Gonzaga, foi diretor da SBAT – Sociedade Brasileira de Autores Teatrais e da doutor Honoris Causa das Universidades de Craiova (Romênia) e da PUC/PR, e catedrático ALTAAC – Associação Livre de Trabalhadores em Artes Cênicas. Poeta, fez parte da da Universidade do Minho (Portugal); presidente do Conselho Superior de Direito da antologia Poesia do Grão-Pará, organizada por Olga Savary, Rio, 2001. FECOMERCIO-SP; fundador e presidente Honorário do Centro de Extensão Universitária- CEU/Instituto Internacional de Ciências Sociais – IICS. #"%#" O livro Histórias de amor na perda gestacional e neonatal reúne em (  torno de 60 relatos de famílias que vivenciaram o drama da perda Passeando pelas 25 crônicas reunidas em Além do Jardim (Ed. Cepe, gestacional e neonatal, e também de profissionais que 2009), o leitor percebe as sementes bem plantadas ao longo da vida, acompanharam esses casos. Lançado em sistema de crowdfunding colhidas com serenidade e mansidão neste resgate memorialístico da (financiamento coletivo), os depoimentos foram organizados por escritora Marly Mota. A maioria dos textos foi publicada em jornais Larissa Lupi, Clarissa Lupi, Flavia Camargo e Raquel Couri, ao longo pernambucanos, onde a autora é colaboradora, tais como Jornal do de 258 páginas. Os textos têm foco nas lições aprendidas com a dor Commercio e Diário de Pernambuco (de cujo quadro de articulistas da perda gestacional e neonatal, ao mesmo tempo em que faz parte, hoje, escrevendo quinzenalmente). De acordo com o procuram sensibilizar e trazer mais empatia para a questão, pouco prefácio, assinado pelo escritor e jornalista José Mário Rodrigues: comentada. São várias histórias em que a perda é ressignificada, “Marly não se perde em ninharias literárias, frases sem nexo ou coisa resultando num legado de esperança e quebra de tabus. A perda gestacional e neonatal é escrita de carregação para ocupar espaço e se manter na mídia. Vai num ritmo de um som mais comum do que a maior parte da nossa sociedade entende, atingindo sem desespero, sem desafinar no ‘território sentimental do seu mundo mágico’ ou olhando aproximadamente 1 em cada 5 gestações. O assunto dificilmente é discutido e o luto das o mundo através de ‘uma paisagem de serrania que circundava a cidade, limitando o famílias não é tratado de forma correta, piorando sua saúde física e mental. O projeto Do horizonte, mas não limitando os nossos sonhos’.” Marly de Arruda Ramos Mota nasceu no Luto à Luta: apoio à perda gestacional e neonatal começou a partir da experiência pessoal Engenho São Francisco, em Ipojuca (PE), em 1926. Nos anos 1940, transferiu-se para o da psicóloga Larissa Rocha Lupi, que passou por duas perdas gestacionais em um curto Recife, onde cursou Magistério da Escola Normal, e conheceu o poeta, jornalista e professor espaço de tempo. Foi observado que centenas de mulheres, por todo o Brasil, vivenciam Mauro Mota, com quem se casou e teve quatro filhos. Estreou na atividade literária com o situações desconfortáveis e até mesmo violência obstétrica quando perdem seus bebês, livro de crônicas Pátio da Matriz, em 1965, mesmo ano em que produziu as primeiras telas, independentemente da idade gestacional ou de horas após o parto e das causas (que em estilo naif. Em 1997, lançou seu segundo livro de crônicas, Janela. No ano seguinte, foi muitas vezes não são propriamente investigadas a fim de evitar novas perdas para a eleita para a Academia de Artes e Letras de Pernambuco. mesma mãe). Além de trabalhar para conscientizar instituições de saúde, maternidades e psicológos, Histórias de Amor na perda gestacional e neonatal proporciona apoio, informação, empatia e acolhimento a muitas famílias. #  “Um poema é a notícia que a alma dá das coisas humanas postas de certa forma”: esta é a introdução do livro Curral da Fala !! (Editora Ensol, 2003), do poeta pernambucano Maurício Motta, Nos 23 textos de Poesia e Filosofia (Coleção Contemporânea da cujo título, por si só, justificaria a publicação do livro. Dotado do Civilização Brasileira, 2012), o autor Antonio Cícero demonstra raro poder de transfigurar a realidade, dando voz aos silêncios algumas das razões pelas quais considera um erro, tanto para a interiores, o livro reúne 63 poemas, com temas que vão da poesia, quanto para a filosofia, o fato de existir, entre alguns Diversão à Revolução das falas, passando pelo Tempo, Ode ao ensaístas e poetas contemporâneos, uma vontade de apagar as abandono, Silêncio e Sonho derradeiro, onde uma única estrofe, fronteiras entre a poesia e a filosofia. Segundo Evando Nascimento, condensa o pensamento do poeta: “Quero desdobrar as sedas/os tapetes e os organizador da Coleção Contemporânea, “um dos momentos mais damascos/da minha alma./ Abri-la serena e longínqua/sem pensar e sem apego,/para decisivos do estudo é quando o autor estabelece a diferença entre o ter um lugar onde possa pousar a mão e fazer dormir o coração.” De acordo com o pensar sobre o mundo, inerente à reflexão filosófica, e o pensar o prefácio de Jaci Bezerra, a relação de Maurício Motta (nascido em Recife, em 1949) mundo, desprovido de preposição, inerente à invenção poética”. Antonio Cicero nasceu com a poesia sempre foi a de um devoto entregue ao objeto de sua devoção: “Ainda no Rio de Janeiro, em 1945. Formou-se em filosofia na Universidade de Londres. Poeta, adolescente, na época em que os poetas da Geração 65 frequentavam as mesas do Bar compositor, ensaísta, filósofo e escritor, é autor, entre outras coisas, dos livros de Savoy, seguindo os passos dos poetas e escritores como Edilberto Coutinho, Tomás ensaios filosóficos O mundo desde o fim (Francisco Alves, 1995) e Finalidades sem fim Seixas e Carlos Pena Filho, o tempo já antecipava os traços definitivos da (Companhia das Letras, 2005), e dos livros de poemas Guardar (Record, 1996), A cidade personalidade de Maurício Motta: a de um poeta impregnado de tudo o que é humano e os livros (Record, 2002) e, em parceria com o artista plástico Luciano Figueiredo, O e, nessas circunstâncias, um indivíduo todo feito de silêncio e delicadeza.” Com três livro de sombras: pintura, cinema e poesia (+ 2 Editora, 2010). Em colaboração com o livros publicados (os outros são Trilogia, junto com Haroldo Bruno Fº e Ivan Wenekin) poeta Eucanaã Ferraz, editou a Nova antologia poética de Vinícius de Moraes e Tudo em Família, Maurício Motta levou o notável crítico Fausto Cunha a situá-lo (Companhia das Letras, 2003) e, em colaboração com o poeta Waly Salomão, editou o como autor de uma poesia construtivista, “contida na linguagem e no ritmo, livro O relativismo enquanto visão do mundo (Francisco Alves, 1994). desdobrada em sentido vertical e aspirando a maior concretude formal”.     

Não existe a palavra supérfulo, o vocábulo correto é supérfluo: significa demais, desnecessário, em excesso.    Frase correta: “Os gastos na escola foram supérfluos, no mês passado.”      “Faltaram subzídios para a plantação de trigo deste verão.” ! Vai faltar muito mais, escrevendo assim. Não existe a palavra “subzídio”, a grafia

correta é subsídio, que significa concessão de dinheiro feita pelo governo a determinadas "$$! " %$3 '%&$.1%/"$&" atividades (indústria, agricultura etc.) com a finalidade de manter acessíveis os preços de seus produtos ou gêneros ou para estimular as exportações do país. Frase correta: Escrever e falar corretamente é obrigatório para qualquer profissão. Além de uma “Faltaram subsídios para a plantação de trigo deste verão.” boa redação, dominar a norma culta do português é imprescindível para ser admitido em qualquer processo seletivo.   

Mesmo assim, erros no uso da língua portuguesa são recorrentes no meio “Valéria não foi trabalhar porque acordou sentindo um corporativo. Basta dar uma olhada nos textos de e-mails, relatórios, artigos e demais grande mau-estar.” textos para encontrar uma enormidade de erros de regência, sintaxe, ortografia, Não pode sentir-se bem, escrevendo dessa forma. pontuação, para falar somente dos mais comuns. Infelizmente, falta boa base As palavras mau-estar, mal estar e mau estar são erradas. educacional em todos os níveis de ensino. Com o advento da internet e o fenômeno das Mal-estar é uma palavra formada através de composição abreviações, o que já era ruim, piorou. Para evitar deslizes, é fundamental cultivar o por justaposição, ou seja, ocorre a formação de uma nova palavra hábito da leitura de livros, jornais, revistas, sites etc. Somente com bom vocabulário é partindo da junção de duas ou mais palavras: mal + estar. Neste possível ter uma boa escrita. substantivo composto, as palavras mal e estar mantêm sua autonomia, estando apenas justapostas. Utilizamos o advérbio mal porque é antônimo    de bem, ou seja, mal-estar e bem-estar. Não utilizamos o adjetivo mau porque é “Cinquenta e cinco reais são suficientes para a entrada na boate da moda.” antônimo de bom e não é correto dizer bom-estar. Não vai conseguir entrar, escrevendo assim. O verbo ser é invariável, quando O Novo Acordo Ortográfico modificou a regra de hifenização de alguns vocábulos. indicar peso, quantidade, medida ou preço. Frase correta: Nesse caso, o hífen é utilizado em palavras compostas com os advérbios mal e bem “Cinquenta e cinco reais é suficiente para a entrada na boate da moda.” quando a segunda palavra começa por vogal ou h. Ex.: bem-humorado. Quando a segunda palavra começa com consoante, ocorre a junção das palavras      em compostos com os advérbios mal e bem, sendo eliminado o hífen. Ex.: malcriado. “A reunião foi marcada para discussão a cerca do plantão Mal-estar refere-se a uma sensação física desagradável, bem assim a uma inquietação de trabalho na semana do Natal.” indefinida ou a uma situação constrangedora, sinônimo de indisposição, incômodo, Não vão chegar a nenhuma conclusão! enjoo, constrangimento, inquietação, ansiedade e insatisfação, entre outros. Frase A cerca de – indica aproximação. Ex.: A praia fica a cerca correta: “Valéria não foi trabalhar porque acordou sentindo um grande mal-estar.” de 3 km do centro da cidade. Acerca de – significa a respeito de. Ex.: A palestra   aconteceu para discutir acerca do aumento dos funcionários. “Rosana estava muito anciosa com a chegada do Natal.” Frase correta: “A reunião foi marcada para discussão acerca do plantão de trabalho Não pode esperar Boas Festas, escrevendo assim. na semana do Natal.” A palavra anciosa, com “c”, não existe, a palavra correta é ansiosa, com “s”. E por que se escreve com “s” e não com “c”? Isso se deve à origem latina da palavra     ansioso, que vem de “anxiosus” e, ao longo do tempo, o “x” mudou para o “s”. “Os gastos na escola foram supérfulos, no mês passado.” Frase correta: “Rosana estava muito ansiosa com a chegada do Natal.” Não acharão onde erraram o cálculo, escrevendo desse modo.      “Noca, você é parceiro de um imortal.” Aí eu digo: “Com muita honra e com muito orgulho.” Esse disco é um apanhado dos meus 62 anos de samba. Fiz um samba que o Martinho mesmo disse: “Noca, esse samba .,%-!'%,!.#! tem 62 anos.” E eu digo: “Tem.” E ele: “Que memória é essa, rapaz! Sua cabeça está lúcida, está de um menino!” Tem um samba que homenageava Brasília. Esse samba tem 35 anos, foi quando Brasília fez 20 anos. Eu ganhei em primeiro lugar, em parceria com Sérgio Fonseca, professor lá de Nova $!.02%+! Iguaçu. Havia um momento, no programa do Flávio Cavalcante, em que fazia música na hora: ele dava o tema, o texto, e você fazia a música. E me Quando falamos Osvaldo Alves Pereira, certamente, não se sabe lembro muito bem que esse samba foi feito quando Brasília fez 20 anos. quem é. Mas se mudarmos para Noca da Portela, todo mundo sabe. Então, coloquei também em homenagem a Brasília, que o nome do disco Autor de vários sambas de sucesso, gravados por cantores consagrados, é “Homenagens”. Eu não sou carioca, sou mineiro de Leopoldina. como Virada, com Beth Carvalho, considerado um símbolo da luta pela Arnaldo Niskier: Por que Noca da Portela? democratização do país, o compositor lança um novo disco, que resume Noca da Portela: Meu pai trabalhava no Lloyd Brasileiro porque na 62 anos de muita competência e amor à música popular brasileira. Noca época os transportes eram marítimos, avião era pouco, a gente não conversou com o JL sobre o 6º CD de sua carreira. podia nem andar de avião. Então, meu pai viajou o Brasil todo. Ele fez Noca da Portela: Tinha feito antes LPs, compactos simples e duplos, uma viagem a Alagoas. Quando voltou, eu nasci. Quando ele viu minha mas agora estou me realizando como compositor e cantor. Esse disco está cara, falou “Feliciana”, que era a minha mãe, “esse menino é a cara da saindo por esses dias e o nome é “Homenagens”. Fiz um apanhado de Noca”. Minha mãe ficou encrespada, “que Noca? Deve ser uma toda a minha carreira, do início até agora. Tem um samba de roda, em vagabunda”. “Que isso, Ciana? Quando a gente chega, em qualquer homenagem à Bahia, com 62 anos. Quando compus esse samba, fui fazer Estado, sempre tem uma mulher esperando os marítimos para receber, uma excursão com meu irmão mais velho e minha irmã mais nova. dar guarida, levar pra festa.” “Isso tem cheiro de safadeza.” Eu era o Formamos o Trio Tropical e ganhamos muitos prêmios naqueles penúltimo filho dos dez irmãos, começaram a brincar comigo desde programas da Rádio Nacional, de Ary Barroso, César de Alencar, Manoel pequeno, “o Noca é a cara do Noca”, Noca, Noca. Quando eu fui pra Barcelos, Paulo Gracindo. Naquela época, a Rádio Nacional era em cadeia, Portela, em 1966, o Paulinho da Viola que indicou pra Portela o “seu” no Brasil todo. Era como se fosse a Globo de agora. Então, ganhava-se um Natal, que era o nosso líder maior, quando cheguei lá, “de onde vem esse prêmio, como calouro, no programa César de Alencar, por exemplo, menino?” e o Paulinho falou “é lá de São Cristóvão, de uma comunidade Manuel Barcelos, e o Brasil todo tomava conhecimento. Aí, veio um chamada Tuiuti”. Ele disse: “nunca ouvi falar nisso”. empresário da Bahia para nos contratar. Fizemos uma temporada na Arnaldo Niskier: Havia uma escola de samba. Bahia. Foi uma viagem maravilhosa pelo rio São Francisco – eu tinha 21 Noca da Portela: Sim. Eu falei: “Seu Natal, Tuiuti tem uma escola anos. Estou vendo “O velho Chico” e estou lembrando daquela viagem de samba chamada Unidos do Tuiuti”, que é do tempo da balança. E ele fascinante que fiz pelo velho rio São Francisco. Eu, meu irmão e minha respondeu: “mas eu nunca ouvi falar. De hoje em diante, o seu nome vai irmã. Em cada cidadezinha que margeava, eu tocava violão, minha irmã, ser Noca da Portela, está certo?” Eu disse: “Claro!”, e ele me batizou. afoxé, e meu irmão, tantã. Fizemos o Trio Tropical. Quando chegamos em Arnaldo Niskier: E você, como Noca da Portela, foi o primeiro Juazeiro, paramos em cima da ponte para ver aquele cenário lindo do rio, sambista secretário de Estado de Cultura no Rio de Janeiro e foi uma e o empresário falou assim: “Querem ir para Pernambuco ou querem ir experiência que acompanhei de perto, porque eu estava em outra para Bahia?” Eu digo: “Bahia, claro. Juazeiro primeiro.” Secretaria no mesmo Governo.Você trabalhava na Secretaria e acabou Arnaldo Niskier: Você era conhecido da população via Rádio ficando como secretário de Estado. Quais foram os principais Nacional. trabalhos seus na Secretaria de Cultura? Noca da Portela: Via Rádio Nacional, por ter ganho muitos Noca da Portela: Fiz muita coisa, a nossa equipe, fizemos o Museu do programas de calouros com o Trio Tropical. Futebol no Maracanã, fizemos a obra do MIS, terminamos tudo, os acervos Arnaldo Niskier: Você já era Noca da Portela? foram todos salvos, que estavam em perigo. Inclusive temos uma placa lá Noca da Portela: Não. Noca da Portela é uma história mais no MIS, elogiando o trabalho do Noca da Portela. Eu trouxe de volta algo profunda. Naquela época, era só Noca. Resumo: quando chegamos, na que havia terminado na escola de samba, que era o samba de quadra, uma Bahia, quis conhecer o Mercado Modelo, que ainda era no chão, há 62 espécie de vestibular: toda escola de samba tinha que ter um samba de anos. Não era esse Mercado Modelo, que, hoje, é um dos grandes pontos quadra, o compositor tinha que provar que era compositor, e isso terminou, turísticos da Bahia; eram aquelas barraquinhas e, ali, eu conheci os já tinha 30 anos que não acontecia. Revivi o samba de quadra, dando grandes sambistas de roda da Bahia, que eram o Batatinha, o Riachão, prêmio com parceria com a Ambev, eles bancaram tudo, e foi uma alegria tinha um motorista, Paulinho. Que memória boa, lembro disso há 62 geral no samba, porque a rapaziada viu retornar uma tradição. anos. Acho que o único vivo é o Riachão, que é o autor daquela música Arnaldo Niskier: Muito importante, e você mexeu também com o que o Caetano gravou “chuá chuá, cada macaco no seu galho, chuá Imperator. chuá...” Fiquei encantado. Eles mandaram eu chegar, “chega mais, Noca da Portela: As obras estavam abandonadas, então, comecei menino” e perguntaram: “De onde você é?” Falei: “Sou do Rio de Janeiro.” a obra, fiz um trato com os camelôs, ali tinha camelôs na entrada, e, Aí, fiz um samba quando saí dali. Fiquei tão impressionado com aquele quando saí, pedi uma audiência ao Paes e pedi que ele desse movimento cultural, lá dos baianos do samba de roda da Bahia, que fiz continuidade. Já estava meio caminho andado. Então, ele pegou. Hoje, um e guardei. Agora, quando fui selecionar o repertório do meu disco... é uma grande casa de espetáculos. Arnaldo Niskier: Quantas músicas nesse disco? Arnaldo Niskier: Colocou nome do João Nogueira, não é? Noca da Portela: Quinze músicas. Tem um samba em homenagem Noca da Portela: Colocamos. Foi ideia nossa também, de ao Rio, eu sou imortal, também, no samba. homenagear o João Nogueira, porque nascido e criado no Méier, foi um Arnaldo Niskier: Eu fiz a letra da música “Exaltação ao Rio”.Tem grande sambista. Hoje, o Imperator, da Zona Norte, é um local de lazer que dizer pro pessoal saber que nós fomos colegas, trabalhamos maravilhoso, magnífico, é um espaço que não havia. juntos na Secretaria de Estado de Cultura do Rio de Janeiro, em 2005, Arnaldo Niskier: Noca, tivemos tempo trabalhando juntos, 2006. E fomos parceiros dessa música. No conteúdo desse seu próximo inclusive de compor alguma coisinha, não foi? E, de repente, disco, você disse que tem 15 músicas, você homenageia muita gente, pensamos juntos em fazer um trabalho chamado Exaltação ao Rio. inclusive o nosso amigo comum, Martinho da Vila. Noca da Portela: Gravei agora. Está nesse disco. “Rio, bendita seja Noca da Portela: O Martinho fez o texto desse disco, é autor do texto. essa luz, que nos conduz, iluminando o saber, Rio capital nacional da Então, como ele é um admirador profundo seu e do Noca, ele fala com cultura, guardião da essência mais pura, na alegria de viver...” É por aí. uma intimidade incrível da gente, enaltece essa nossa parceria, e falou: Tem que comprar o disco pra saber o resto.      1*3$%31%!()-!

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A época da chegada dos primeiros judeus na China não é totalmente precisa. Em 1910, foi descoberta por Sir Marc Aurel Stein, num posto avançado da antiga Rota da Seda no Turquestão, uma carta escrita em judeu-persa – uma variante do idioma persa utilizada pelos judeus e grafada em caracteres hebraicos. Tratava-se de uma transação comercial, identificada pelo célebre orientalista David Samuel Margoliouth como datada de 717, e talvez seja o mais antigo documento relacionado aos judeus chineses. Segundo o professor Xu Xin, presidente da Associação de Estudos Judaicos na China, os primeiros judeus vieram da Persia e Índia, durante a dinastia Tang (618-907), indo para Kaifeng, onde levaram vida comunitária ativa. Ao centro, Yaakov Wang – 1o rabino chinês em 200 anos. Apesar de tantas notícias sobre a nova realidade da China, alguns brasileiros ainda a consideram um país comunista, onde não existe liberdade ou religião. Mas essa não é a situação atual: de há muito a restrição no número de filhos e, no que concerne à educação, é China deixou de pautar-se por um regime comunista nos moldes totalmente gratuita (os judeus chineses ainda não conseguiram soviéticos para adotar o que ficou conhecido como “Socialismo de oficializar a sua religião, por isso ainda não são considerados uma das Mercado”. Na verdade, com a morte de Mao Zhedong, em 1978, e a minorias). ascenção ao poder de Deng Xiaoping, tantas reformas foram Estima-se que, de 1845 até 1945, mais de 40.000 judeus imigraram introduzidas, entre elas privatizações e a abertura do mercado para o para China. exterior, que o país passou a ter o maior crescimento econômico do Kaifeng é uma cidade da China localizada na província de Henan, planeta. Hoje, na Nova China, o número de bilionários, supera ao dos às margens do Rio Amarelo. Foi a capital da China, chegando a ter um Estados Unidos, e, no que concerne à educação, as Universidades milhão de habitantes durante a Dinastia Ming. Consta que o jesuíta chinesas se encontram entre as maiores e melhores do mundo, e Matteo Ricci foi um dos primeiros a descrever a vida da comunidade Institutos de música e arte proliferam em toda a parte. judaica nesta cidade, contando em seus relatos que observavam Mas, o que falar de religião? A China hoje reconhece oficialmente escrupulosamente as leis da Torá, falavam hebraico e dispunham de cinco religiões: Budismo, Taoísmo, Islamismo, e o Cristianismo em suas uma sinagoga suntuosa. Infelizmente, em 1644, na nova Dinastia Ching, vertentes católica e protestante; mas outras religiões estão surgindo ou a Sinagoga e os livros sagrados foram destruídos. O famoso viajante ressurgindo, como o Judaísmo. veneziano Marco Polo visitou a China durante a Dinastia Yuan, no A primeira migração judaica durante o século XIX, em Shangai foi século XIII, e descreveu o prestígio dos judeus em Pequim, o que foi de judeus sefaraditas, que logo se estabeleceram com muito sucesso, confirmado pelo Franciscano Giovanni de Montecorvino, primeiro tendo como líderes os Sassoon e os Hardoon, construtores de impérios arcebispo da Igreja Católica Romana na capital. No século XVII, muitos comerciais e edifícios que são referências até hoje: Grovesnor House, judeus chineses trabalhavam para o governo e eram grandes Edifício Embankment, as mansões Cathay e, mais tarde, em 1920, a proprietários. belíssima sinagoga Ohel Rachel,consagrada pelo Rabino Whisch. Na verdade, ainda temos muito a estudar sobre os judeus na A primeira sinagoga em Kaifeng foi construída em 1163 e China. Atualmente consta que só em Pequim e Shangai, vivem cerca de reconstruída várias vezes, mas, com a morte do último rabino, que não mil judeus. Em Kaifeng, cidade de 4,8 milhões de habitantes, são cerca deixou sucessor, foi abandonada e demolida no século XIX. Somente em de 500 a mil chineses com antepassados judeus, enquanto em Hong 2009, sete judeus chineses viajaram para Israel, entre eles, Yaakov Wang, Kong vive a maior colônia judaica, com mais de 3.000 judeus e de lá vem nascido em Kaifeng, que fez a aliá (honra concedida a alguém para ler toda a comida Casher. determinada passagem da Torá, que significa “ascenção espiritual”) e No momento atual, segundo as estatísticas, 30% de judeus completou a sua conversão perante um tribunal rabínico, passando a migram todos os anos para a China. ser o primeiro rabino chinês em 200 anos. Atualmente, trabalha para Precisamos lembrar também que a China foi uma das poucas ajudar outros chineses de ascendência judaica a conhecer o judaísmo. nações a dar boas-vindas aos judeus que fugiam da perseguição nazista. Esses chineses têm um grande orgulho de suas origens e procuram Cerca de 18.000 judeus, vindos da Alemanha Áustria, Polônia e Rússia sempre demonstrá-lo. O nome contemporâneo com que denominam os (mesmo sem passaporte) encontraram abrigo em Shangai, e foram judeus chineses é Youtairen, e tem a pronúncia similar a Yehudai – recebidos carinhosamente pelos chineses, mas a maioria deixou o país palavra “judeu” em aramaico. durante a revolução cultural. Décadas depois, em 1988, uma pequena Durante a Dinastia Ming (1368-1644), uma rica comunidade de comunidade judaica, dirigida por Rabi Shalom Greenberg, fixou-se em comerciantes judeus veio através da Rota da Seda e estabeleceu-se em Shangai. Cerca de duzentas famílias, ou talvez um pouco mais vivem na Kaifeng. O imperador recebeu-os com muita consideração, conferindo- cidade, onde geralmente se reúnem às sextas-feiras em suas casas, para lhes sete nomes de família: Ai, Lao, Zhao, Zhang, Shi, Jin, com os quais celebrar o Shabat. A Sinagoga Ohel Rachel, construída por Sir Jacob são identificados até hoje. O interessante é que Jin e Shi são equivalentes Sassoon, continua sendo o edifício mais importante da comunidade aos nomes muito comuns entre os judeus: Gold e Stone. No entanto, judaica no país. com o passar dos anos, casamentos com chineses e a decadência do Em 2007, após seis décadas, foi nela realizado o primeiro comércio, devido a guerras e proibições, fizeram com que esses judeus casamento judaico. O prédio pertence hoje ao governo chinês, mas, perdessem a sua identidade judaica, embora a maioria continuasse depois de algumas negociações, os judeus conseguiram permissão para obedecendo aos rituais religiosos, incluindo a circuncisão e a proibição ali, celebrarem suas datas especiais. de não comer carne de porco, costumes de seus ancestrais, sem saber * Sonia Sales tem 21 livros publicados e é membro titular da Academia por quê. Hoje, contudo, centenas de descendentes manifestam Carioca de Letras, da Academia Luso-Brasileira de Letras e do Instituto interesse em conhecer as suas origens, pois, na Nova China, os grupos Histórico e Geográfico de São Paulo. minoritários têm uma série de benefícios do governo, incluindo a não      em 17 mil locais de prova. Serão utilizados 77 mil malotes para levar as provas, em 6,1 mil rotas de distribuição, percorrendo 309 mil quilômetros. 6/0%#)1.0%/%-1!0. Para aplicação das provas, serão 1.772 coordenadores estaduais e municipais; 33.336 mil coordenadores de local de aplicação e assistentes; 476.040 mil chefes de salas e aplicadores; 20 mil aplicadores especializados, e 1.000 coordenadores de unidades prisionais e  educativas. "$$+!$( Duas instituições de renome nacional em avaliação e realização de concursos constituem o consórcio de aplicação do ENEM: a O Enem foi criado pelo Ministério da Educação, em 1998, na Fundação Cesgranrio e o Centro de Seleção e de Promoção de Eventos gestão do ministro Paulo Renato Souza. Sua concepção e organização, da Universidade de Brasília – Cespe/UNB. desde então, é da responsabilidade do Instituto Nacional de Estudos e Tenho lido nos jornais que o Ministério da Educação e o INEP Pesquisas Anísio Teixeira, órgão do MEC. criaram Grupo de Trabalho para repensar o ENEM, sobretudo à luz da Ao ser criado, seu principal objetivo era a avaliação do reforma do Ensino Médio e da Base Nacional Comum Curricular. desempenho escolar dos concluintes do Ensino Médio, além de oferecer No início da década de 1970, realizou-se, no Brasil, o primeiro aos participantes a possibilidade de obter uma referência às concurso vestibular unificado na área do Grande Rio, quando os alunos competências adquiridas durante seus estudos. Acenava, também, com concorreram com um único vestibular a várias instituições de Ensino a possibilidade de ser critério de acesso ao Ensino Superior. Superior, na mesma área. Coube ao Cesgranrio realizar essa experiência Ao longo dos anos, instituições de Ensino Superior, notadamente de maneira exitosa. as particulares, passaram a utilizar o resultado do ENEM como critério Em 1985, a Fundação Cesgranrio propôs o ingresso no Ensino de acesso, em complementação ou substituição ao concurso vestibular, Superior por meio do Projeto SAPIENS, que consistia na avaliação dos de tal modo que, em 2009, o ENEM perdeu a característica de avaliação alunos durante o Ensino Médio. O Ministério da Educação autorizou, dos estudos realizados ao final da Educação Básica e ganhou a de exame em 1992, um experimento no Estado do Rio de Janeiro, que teve vestibular nacional. algumas adesões. Sua organização e realização pode ser comparada a uma Atualmente, com raras exceções, os alunos do Ensino Médio, “operação gigante”, como o classifica a presidente do INEP. Nada melhor desde que nele ingressam, começam a ser preparados para realizar, com do que números para ratificar essa comparação. O ENEM é a segunda sucesso, o ENEM. Fazem simulados do ENEM, que voltou a influenciar maior prova do mundo, ficando atrás, apenas, do exame chinês GAO o currículo do Ensino Médio. E isto nunca passou pela ideia dos que o KAO. criaram. É necessário repensar o ENEM. Para o ENEM de 2016 são 8.627.194 inscritos. Serão necessárias 16 milhões de provas (comum, ampliada, ledor e braile) e 33 milhões de materiais administrativos. O exame será realizado em 1.727 municípios, * Terezinha Saraiva é educadora.

Como num tapete mágico, as “Cenas Ecianas” atravessaram o oceano para, em conjunto com o “Percurso da Geografia Queiroziana”, caminharem pelas cidades de Portugal. Em Lisboa, meus amigos, ,%,"+%,72)#.,;1 embaixador Dário Moreira de e Rina, sua mulher, nas visitas ao Recife, por duas vezes almoçaram no meu apartamento com meus filhos e amigos comuns: casais Gladstone Vieira Belo, Dagoberto Carvalho Jr., José Quidute, Fernando da Cruz Gouvêa, Cyl Gallindo, Rina $%!'.12. Castro Alves, brincalhona chamava Golo lindo; meu filho Maurício, de "$ $ * "& Bom-rício. De volta a Lisboa, o casal levou amigos à minha exposição no Instituto Camões, enviando-me fotos e notícias de jornais. Castro Alves, grande estudioso da obra de Eça de Queiroz, foi o idealizador dos As derradeiras nuvens da estação apagando a visão das paisagens jantares queirozianos, realizados no nobre Restaurante Tavares, em e trazendo os ventos ruidosos, com o sol se infiltrando nas sombras, Lisboa, com presença de eméritos conhecedores da obra queiroziana: incitando a meninada a soltar papagaios de papel. Lembranças de Campos Matos, o maior biógrafo, “do pobre homem da Póvoa de municipais, e de outros mundos, que me ficaram no espírito. O Varzim”, a Celso Pontes, entre outros. Do amigo, embaixador Dário, veio emblemático mês de agosto, consagrado a eventos comemorativos, o incentivo para que realizássemos esses jantares em Pernambuco, pelos 55 anos da Sociedade Eça de Queiroz, fundada em 1948 por afirmando ser o Recife a cidade mais eciana do Brasil. iniciativa e idealismos dos escritores queirozianos Paulo Cavalcanti e O médico e escritor Dagoberto Carvalho Jr., conhecedor da obra Silvino Lopes, ambos, nossos amigos, meus e de Mauro Mota, que, nesse de Eça de Queiroz, presidente por 20 anos da nossa Sociedade Eciana, dia 16, fazia aniversário. Há época, na Fundação , em ao lado de Ana Cristina, sua mulher, minha amiga, entre os muitos livros sessão concorrida, foi celebrado o centenário de morte de Eça de que escreveu, presenteou-me com o livro: Jantares Ecianos do Recife, Queiroz. Nessa oportunidade, na Galeria Baobá da Fundação, expus, em Memória lítero-gastronômica, 1993-2013. Os também ecianos Glads- homenagem ao grande escritor, as “Cenas Ecianas”. Foram doze tone Vieira Belo, Hélio Coutinho Filho e José Rodrigues de Paiva, dele, é quadros, com 57 ilustrações interpretadas dos livros Os Maias, O crime o prefácio: “O livro agora publicado faz história: salva do esquecimento, do padre Amaro, A cidade e as serras, o belo livro, que a descrição nos faz a que o tempo tudo condena, uma fase áurea da vida da Sociedade Eça ver e sentir as palavras mágicas de Eça, sugerindo um mundo de de Queiroz do Recife.” Enquanto durou a presidência do amigo paisagens. Dagoberto Carvalho Jr., ficaram enumerados jantares Ecianos, em Na mesma época, o nobre Gabinete Português de Leitura expõe: restaurantes do Recife, em cidades de Olinda. Goiana, Gravatá, Porto de “Percurso da Geografia Queiroziana, da Biografia a Ficção”, de Portugal, Galinhas e mais além em Teresina e Oeiras. Trinta e cinco foram a soma guiada pelo escritor Manuel Lopes, estudioso da obra de Eça de dos jantares em Petit comitê, enumerados com ementas vinculadas às Queiroz. Por coincidência, a exposição que trouxera de Portugal, datas comemorativas. Lembro, aos amigos leitores de Eça de Queiroz, juntara-se às “Cenas Ecianas”, expostas no mesmo espaço, vista pelo que o Recife, é a cidade mais eciana do Brasil. escritor Lopes, que convidou-me a expor em Portugal.

* Marly Mota é membro da Academia Pernambucana de Letras.

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O economista e escritor Edmar Bacha é o mais novo integrante da Academia Brasileira de Letras (ABL). Ele foi eleito para a cadeira no 40, vaga desde 22 de julho deste ano, com a morte do jurista Evaristo de Moraes Filho. Os ocupantes anteriores da referida cadeira foram o fundador Eduardo Prado, que escolheu como patrono o Visconde do Rio      Branco, Afonso Arinos, Miguel Couto e . Todos es- critores não apenas dedicados à literatura. O assento foi criado e ocupa- do por homens públicos ligados à política, à economia e aos rumos do país. Edmar Lisboa Bacha, que integrou a equipe econômica que concebeu e implantou o Plano Real, em 1994, obteve 18 dos 33 votos, dos quais 23 presenciais, depositados em uma urna no Petit Trianon, sede da ABL, no Centro do Rio, e dez por cartas. 15 votos foram dados ao escritor e ex-ministro do STF, Eros Grau. Formado na Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade Federal de Minas Gerais, o agora acadêmico deu aulas de economia em diversas universidades no Brasil e no exterior. Foi um dos primeiros economistas do Brasil a completar o doutorado de economia em uma universidade dos Estados Unidos. Obteve o título de doutor na Universidade de Yale, com uma tese sobre a política brasileira do café e o mercado internacional do café. Foi um dos principais responsáveis pela coordenação do departamento de economia da PUC-Rio, considerado um dos melhores cursos de graduação em economia do país. Na vida pública, participou do Plano Cruzado, na década de 1980, como presidente do IBGE. No governo Itamar Franco, propôs a Fernando Henrique Cardoso, então ministro da Fazenda, um novo plano para controlar a inflação. Sem o aval do FMI, o plano foi um sucesso, garantindo a eleição de FHC para a Presidência da República, em 1994. Bacha permaneceu no governo durante dez meses, como presidente do BNDES. Depois, encerrou sua passagem pela vida pública e se tornou consultor do banco de investimento BBA. Desde 2003, é um dos fundadores e diretor do Instituto de Estudos de Política Econômica/Casa das Garças, um centro de pesquisas e debates, no Rio entre economistas e, como coincidiu que parte dos autores foi para o de Janeiro. governo, pelo livro dá para saber um pouco sobre para onde o governo Autor de inúmeros livros e artigos em revistas acadêmicas pode estar indo”, afirmou. brasileiras e internacionais, em 1974, Bacha ganhou notoriedade ao O economista é o segundo mineiro eleito para a Academia, em uma criar a fábula Belíndia para criticar o governo militar. No texto, ele semana: o poeta, compositor e roteirista Geraldo Carneiro foi o mostrava como o milagre econômico estava levando a uma enorme escolhido para ocupar a cadeira no 24. Edmar Bacha tem 74 anos e concentração de renda, fazendo do Brasil um misto de Bélgica com nasceu em Lambari (MG), em uma família de políticos, comerciantes e Índia. A repercussão foi tanta que o termo “Belíndia” entrou para o escritores. Sua tia, Alaíde Lisboa de Oliveira (1904-2006), escreveu o livro vocabulário econômico, e até hoje é uma das principais referências para infantil Esse menino vai longe, em 1981, inspirada no sobrinho. É a se falar sobre as desigualdades no país. história do “menino Edmar”, que, desde a infância, pensava em ajudar os O economista retomou o tema, em 2012, no livro Belíndia 2.0 – outros. O novo imortal é casado com a antropóloga Maria Laura Viveiros Fábulas e ensaios sobre o país dos contrastes (Civilização Brasileira), de Castro Cavalcanti, tem dois filhos, duas enteadas e cinco netos. alfinetando as elites que dificultam o mercado aberto às importações. A obra recebeu o Prêmio Jabuti 2013 na categoria Economia, Administração e Negócios. No ano seguinte, em 2014, levou novamente “A taxa de câmbio foi inventada por o Prêmio Jabuti, no segundo lugar, com o título O Futuro da Indústria no Deus para humilhar os economistas.” Brasil: A desindustrialização em debate, ao lado de Monica de Bolle. Seu último livro, lançado uma semana após a eleição, traz no título (Edmar Bacha, quando perguntado por jornalistas se a escalada do O Fisco e a Moeda: Ensaios sobre o Tesouro Nacional e o Banco Central. dólar estaria preocupando o governo e o mercado financeiro, em 2011). Trata-se de uma coletânea organizada por ele, reunindo homens públicos preocupados com a política econômica nacional. Do começo ao fim, os 27 artigos da obra constituem uma reflexão coletiva de 37 autores que têm alguma ligação com as instituições públicas brasileiras “Exultante!” – nem que seja como objeto de estudo acadêmico. Muitos deles estão ou já estiveram em órgãos públicos, como o Ministério da Fazenda, caso de (Edmar Bacha, definindo o sentimento ao saber que havia sido Marcos Mendes, Eduardo Guardia e Pedro Malan, ou no Banco Central, eleito para a cadeira no 40 da ABL, assento ocupado por homens a exemplo de Armínio Fraga, Gustavo Franco, Affonso Celso Pastore. públicos ligados aos rumos do país, em 2016). Assim, Bacha deixa claro que não é um livro para leigos: “É um debate      

  

 1. Edmar Bacha e os acadêmicos Alberto Venancio e José Murilo. 2. O novo imortal com Merval Pereira. 3. Rosiska Darcy e Edmar Bacha. 4. Os acadêmicos Edmar Bacha e . 5. O grupo de imortais.       partidos, em torno de objetivos nacionais e internacionais. Insurgiu-se contra o favoritismo e a corrupção. Em várias campanhas no jornal República, de que foi fundador e diretor, alertou para o “bando -2<-)..1:!1-2<-)..1:!1 esfaimado e criminoso” que denegria a República com oportunismos, carreirismos, nomeações de cargos públicos e outos favoritismos partidários. 1%)1/!+!40!1 Empenhou-se na operacionalidade da Justiça, na dignificação da 1%)1/!+!40!1 magistratura, na eficácia e funcionamento dos Tribunais em todas as "$!&0!"  $ instâncias. A defesa das regiões e a descentralização administrativa foi outra das suas preocupações. “Fazer regionalismo” – escreveu, “é a melhor maneira de fazer patriotismo, porque sempre a política nacional foi tímida e frouxa onde lhe faltou a ação local, que é a única e verdadeira força para estimular as energias Tem monumentos à sua memória em Lisboa, de um povo e dar consistência às aspirações Coimbra, Penacova e Vale da Vinha. Falta a de uma nacionalidade”. consagração que merece no Panteão Nacional. Permaneceu sempre no espírito e na vontade política de António José de Almeida a autonomia da Cultura, o reconhecimento dos intelectuais e artistas e o prestígio das A personalidade humana e o percurso instituições que os representavam. Durante político de António José de Almeida – uma das a presidência do governo da União Sagrada mais notáveis figuras da história da República, da (de 15 de março de 1917 a 25 de Abril de implantação e consolidação do regime e da sua 1917 e como presidente da República (de 5 defesa em momentos de adversidade, de de outubro de 1919 a 5 de outubro de 1923), controvérsias violentas, de combates ferozes, de o único presidente da República que atentados terroristas – identificaram-se com os concluiu o mandato, António José de valores e os princípios políticos e a Almeida organizou manifestações junto dos responsabilidade cívica adotados pela sua geração. principais monumentos para despertar Enquadram-se na semente lançada por Henriques valores culturais e cívicos. Na sequência Nogueira, prosseguida por Teófilo Braga e outros destas iniciativas, Nuno Simões, enquanto fundadores do Partido Republicano e que, após o ministro, decretou a classificação dos centenário de Camões de 1880 e do centenário de monumentos históricos, instituindo a Pombal de 1882, mobilizou inúmeros jovens de Direção – Geral dos Edifícios e Monumentos Lisboa, Porto, Coimbra e outros pontos do país. Nacionais, com quatro seções: Lisboa, Porto, Associaram-se ao movimento de indignação Coimbra e Évora. contra o Ultimatum de 1890 e à revolta republicana António José de Almeida (1866-1929) em quadro pintado por A cultura europeia constituiu uma das do Porto de 1891. Revitalizam o Partido Henrique Medina. referências primordiais de António José de Republicano e vão ser os protagonistas de um Almeida. Ao deixar São Tomé e antes de se tempo de mudança, da transição do século XIX para o século XX, das estabelecer em Lisboa, decidiu aprofundar a sua formação intelectual várias formas de lutas que envolveram várias tendências de e profissional em Paris, junto de médicos insignes, como Guyon, republicanos e monárquicos e movimentos radicais. Tuffier, Cathlin e Pinard. Encontrou-se, casualmente, com o jovem António José de Almeida é uma dessas grandes figuras. Há, Reinaldo dos Santos, que havia concluído o curso na Escola Médico- todavia, no perfil de António José de Almeida, aspectos que o Cirúrgica de Lisboa. Contou-me este episódio Reinaldo dos Santos, distinguiram de outros presidentes da República, como Teófilo Braga, acrescentando que, também, frequentava o mesmo estágio Alexis Manuel de Arriaga, Bernardino Machado e Manuel Teixeira Gomes, e Carrel, alguns anos depois, Prêmio Nobel, pioneiro da cirurgia que o singularizariam perante Afonso Costa e Brito Camacho, para experimental e do transplante de órgãos e tecidos. (Tive o privilégio de mencionar dois chefes partidários seus contemporâneos. publicar – Diário de Notícias de 5 de Dezembro de 1980 – António José de Almeida nasceu em Penacova (Vale da Vinha, correspondência inédita de Alexis Carrel e de Afonso Lopes Vieira para São Pedro de Alva, a 17 de junho de 1866 – completam-se hoje 150 Reinaldo dos Santos.) anos); e faleceu em Lisboa (31 de Outubro de 1929). Está Contudo, o projeto político e cultural de António José de Almeida salvaguardada a casa onde nasceu, mas a casa de Lisboa, onde residiu – objeto de um relevante estudo de investigação de Luis Reis Torgal – e faleceu, em Lisboa, na Avenida Antonio Augusto de Aguiar – esquina também abrangeu o Atlântico. Era (e continua a ser) um dos vínculos com São Sebastião da Pedreira — foi demolida. Existem monumentos de Portugal com a Europa e com o Mundo. Basta citar a relação de à sua memória em Lisboa, em Coimbra, em Penacova e em Vale da António José de Almeida com o Brasil, a viagem presidencial que Vinha. Falta, há muito, e volto a sugerir, a consagração que merece no efetuou em 1922, ano do centenário da independência do Brasil e da Panteão Nacional. travessia do Atlântico Sul por Gago Coutinho e Sacadura Cabral. A formação intelectual de António José de Almeida decorreu em Marcou a descoberta da navegação aérea transoceânica, guiada pelos Coimbra — Liceu e Faculdade de Medicina. Terminou o curso em “regimentos das estrelas”, a “pesar o sol pelo astrolábio” e, ao mesmo 1895. Exerceu a medicina em Angola, São Tomé e em Lisboa. Entrou no tempo, um ato político, repleto de carga simbólica, para a Partido Republicano ainda estudante da Universidade em Coimbra. aproximação entre os dois povos. Ingressou no Parlamento como deputado e, por exemplo, com Afonso Toda a trajetória de António José de Almeida se resume a uma Costa, Brito Camacho e João de Menezes, formou o núcleo duro que afirmação de equanimidade contida em seis palavras – que continuam combateu a monarquia e acelerou a implantação da República. a ganhar amplitude e significado – liberdade, tolerância, justiça, Integrou o Iº Governo Provisório, fez parte da Constituinte de pátria, europa, atlântico. Seis palavras que, para o “esplendor de 1911, foi ministro e presidente da República. Numa época de paixões Portugal”, lhe encheram a vida, iluminaram a consciência, moldaram exacerbadas, de instabilidade política, econômica e social, o caráter e orientaram a ação. caracterizou-se fundamentalmente pelo espírito de tolerância e abertura, pela defesa das liberdades constitucionais, entre as quais a liberdade religiosa. Promoveu a concórdia, a convergência com outros * António Valdemar é jornalista e investigador, da Classe de Letras da Academia das Ciências.      

  "&,%$% $ O Jornal de Letras apresenta mais três autores cujas obras não podem faltar numa Biblioteca Básica Brasileira.               

Nasceu Adelino da Fontoura Nasceu João Carlos de Medeiros Nasceu Teófilo Dias de Chaves na povoação, hoje em Bagé, RS, em 9 Mesquita na cidade de Caxias, cidade, de Axixá, à margem de dezembro de 1864, e faleceu no Maranhão, a 8 de novembro esquerda do rio Mearim, no em Caxambu, MG, em 24 de de 1854, e faleceu na cidade de Maranhão, em 30 de março de novembro de 1894. Foi São Paulo, a 29 de março de 1859, e faleceu em Lisboa, jornalista e romancista. É o 1889. É patrono da cadeira nº 36 Portugal, a 2 de maio de 1884. patrono da cadeira no 30, da da Academia Brasileira de Foi ator, jornalista e poeta. É o Academia Brasileira de Letras, Letras, por escolha do fundador patrono da cadeira no 1, da Academia Brasileira de por escolha do fundador Pedro Rabelo. O jornalismo foi a Afonso Celso. Da obra de Teófilo Dias, merecem especial Letras, por escolha de Luís Murat. Sua obra, esparsa, sua grande paixão espiritual. Foi periodista na Gazeta da destaque: Flores e amores, Caxias, 1874; Cantos tropicais, constitui-se em cerca de 40 poesias, reunidas pela Tarde, colaborou em quase todas as folhas cariocas, na São Paulo, 1878; Fanfarras, São Paulo, 1882; Lira dos primeira vez na Revista da Academia (números 93 e 117). Gazeta de Notícias, no Diário de Notícias, escrevendo verdes anos, São Paulo, 1878 e A comédia dos deuses, São Foi depois reunida em 1943 e em 1955, por Múcio Leão. muitas vezes sob pseudônimos: Armand de Saint Victor, Paulo, 1888. Colaborou em A Província de São Paulo, em Fontoura não figura na quase totalidade das antologias e Vítor Leal e Souvarine. Secretariou a Cidade do Rio, de A República, na Revista Brasileira, de José Veríssimo e históricos da Poesia brasileira – nem a obra José do Patrocínio. Fundou o jornal A Rua, dirigindo-o ao em outras publicações. Sua poesia, influenciada, a Apresentação da Poesia Brasileira, de outro acadêmico, lado de Luís Murat, e . Com princípio, pelos líricos franceses, foi, aos poucos, , faz-lhe referência. Seu soneto mais Paula Nei, a princípio, e depois com , teve assumindo novas formas, de acordo com a tendência conhecido é Celeste: “É tão divina a angélica aparência grande êxito no panfleto O Meio, publicação periódica de geral da época. Cultivou íntimas relações de amizade /e a graça que ilumina o rosto dela,/que eu concebera o preocupação social, política, literária e artística. Fundou o com Assis Brasil, Lúcio de Mendonça, Valentim tipo de inocência/nessa criança imaculada e bela./ jornal O Combate em 1892. O escritor panfletista revelou- Magalhães e, principalmente, com Afonso Celso de Assis Peregrina do céu, pálida estrela,/ exilada na etérea se também no opúsculo Pelo divórcio!, publicado em Figueiredo Júnior. Na introdução ao poema A comédia transparência,/ sua origem não pode ser aquela/ da 1894, quando as ideias conservadoras no meio brasileiro dos deuses, o escritor português Pinheiro Chagas nossa triste e mísera existência./ Tem a celeste e ingênua repeliam qualquer inovação neste sentido. A significação publicou o seguinte comentário: “A língua portuguesa formosura/ e a luminosa auréola sacrossanta / de uma de sua obra na literatura brasileira é modesta, inclinando- no Brasil, manejada por um escritor de pulso, como o visão do céu, cândida e pura./ E quando os olhos para o se para um misto de realismo e romantismo. Hóspede e senhor Teófilo Dias, enriquece-se de um modo estranho; céu levanta,/ inundados de mística doçura,/ nem parece Lar descrevem cenas e costumes da vida carioca e A toma novas fulgurações, como os pobres pirilampos da mulher – parece santa.” Colaborou nos periódicos Folha pandilha apresenta costumes gaúchos e evocações da Europa, que na América do Sul se mudam em aladas Nova e O Combate, de Lopes Trovão e em A Gazetinha, sua terra natal. Antes dos 30 anos, morreu de tuberculose estrelas. A metrificação variada, mas variada com arte onde Artur de Azevedo escrevia (1880). Participara junto em Caxambu, onde tentara se recuperar inutilmente. infinita, presta uns misteriosos efeitos a algumas das a outros jovens talentos do jornal A Gazeta da Tarde. Hóspede e Lar foram reeditados em um só volume pela suas cenas mais dramáticas.” Morre jovem aos 25 anos. Academia Brasileira de Letras em 2008.       residente da cidade, exibindo uma divertida versão do lutador Anderson Silva. Aos 25 anos, formado em Engenharia de Produção pela UBM – Centro Universitário de Barra Mansa, o artista trabalha justamente onde começou a dar seus primeiros traços, no Centro Cultural Fundação CSN, onde ministra, desde 2009, cursos de desenho para futuros artistas. O "$/"$&" [email protected] caricaturista pode ser facilmente encontrado no Facebook, com a extensão “henrique.d.tavares.5”.   

Na edição de agosto passado, fiz um rápido comentário sobre o trabalho do jovem caricaturista Henrique de Avelar Tavares, quando, na ocasião, o novato artista acabara de ser agraciado com o 1o lugar, na categoria caricatura, no 28º Salão de Humor de Volta Redonda, com uma primorosa arte humorística do cantor Cauby Peixoto. Agora, alguns meses após a importante premiação, volto com mais detalhes sobre o ótimo trabalho do desenhista, que tem tudo para conquistar seu espaço, num dos mercados mais difíceis do Brasil. Nascido em Volta Redonda, região sul do Estado do Rio de Janeiro, humildemente se diz completamente amador, e teve seus primeiros Anderson Silva contatos com as artes no Centro Cultural Fundação CSN – Companhia Siderúrgica Nacional, quando frequentou cursos de desenho. Já aos 16 anos, chegou a ser premiado com o 2º lugar, na categoria caricatura, no 19o Salão de Humor Volta Redonda, em 2007, quando apresentou uma caricatura do jogador Romário e, em 2012, foi premiado, mais uma vez, na 24a edição do mesmo salão de humor, como o melhor artista

Cauby Peixoto

Renato Aragão

Serginho Groisman      

estratégica de uma nação. Ou o Brasil entende a educação como ativo estratégico ou vamos sucumbir. Eu acredito na nossa capacidade de provocar, estimular e participar dessa agenda. Não temos mais tempo a perder.” Graduado em Ciências Econômicas, com pós-graduação em Engenharia .11%$% )+1.- Econômica e Didática para Ensino Superior, Wilosn Risolia cursou MBA em Finanças e Mercado de Capitais, no IBMEC e fez curso de pós-graduação em Desenvolvimento Econômico, no Instituto de Estudos Econômicos da Itália. É especialista em Mercado Financeiro e de Capitais. Exerceu inúmeras e relevantes )1.+)!-! funções na Caixa Econômica Federal. No setor privado, trabalhou para diversas empresas, entre elas Banco !" $$$ Mercantil de São Paulo, Mentor, Grupo Rossi, SASSE Seguros. No início dos anos

    2000, foi membro do Conselho Fiscal das empresas Vale do Rio Doce e Petrobrás. A Academia Brasileira de Educação Em julho de 2007, voltou à sua cidade natal, o Rio de Janeiro, a convite do recebeu o professor Wilson Risolia Rodrigues secretário Estadual da Fazenda, Joaquim Levy, para presidir o Fundo da Previdência como titular da Cadeira no 11, que tem como dos Servidores do Estado do Rio de Janeiro, permanecendo ali por quase quatro patrono Carlos Chagas, e teve como titulares anos. e Gilberto Mendes de Foi então que, convidado pelo governador do Estado do Rio de Janeiro, Oliveira Castro. assumiu o leme da Secretaria Estadual de Educação, encontrando, depois de 30 A professora Terezinha Saraiva fez o anos trabalhando na área financeira, sua verdadeira vocação. discurso de saudação, abrindo-lhe as portas Nos quatro anos como secretário de Educação, realizou um marcante para enriquecer, com sua trajetória pessoal e trabalho, que foi conhecido e reconhecido pelas comunidades educacionais, profissional, a Academia, fundada em 1977, brasileira e internacional. Por este trabalho, mereceu o reconhecimento do Banco por inspiração de Benjamim Albagli: Interamericano de Desenvolvimento – BID, que lhe conferiu os Prêmios 2015 – “Estamos diante de um homem forjado nas Gestão para Resultados, e Melhores práticas de Gestão para Resultados na América batalhas da vida, que traz consigo uma Latina e Caribe, em duas categorias: Monitoramento e Avaliação, e Gestão para história pessoal construída sob os signos da Resultados. ética, da moral, da lealdade, da honestidade, Durante sua gestão, o ensino médio público do Rio de Janeiro galgou 19 da dignidade. De um homem que vem posições no ranking do IDEB, com a maior evolução e proficiência em português e O presidente da ABE, prof. Carlos construindo uma trajetória profissional a segunda melhor em matemática. Além deste grande feito, foram inúmeras as Alberto Serpa, e o novo membro da marcada pela competência, pela realizações que marcaram o seu trabalho. Entre elas, a inauguração de mais 40 Academia, Wilson Risolia. determinação, pelo idealismo. De um novas escolas, construídas nas áreas mais carentes do município do Rio, o que homem que soube, na hora precisa e na permitiu atender a 20 mil alunos. forma devida, abrir mão do acidental para conservar o essencial. Essas duas Marcada pelo planejamento, criatividade e busca da melhoria da qualidade, trajetórias – pessoal e profissional – fazem do novo acadêmico, um ser humano a atuação de Risolia passou a ser referência na área de gestão de sistema de ensino. admirável, um profissional exemplar.” Em 2015, após encerrar seu trabalho à frente da Secretaria Estadual de Educação do No discurso de agradecimento, Risolia destacou a transcendência do Rio de Janeiro, foi convidado pelo professor Vicente Falconi para integrar a processo educacional: “O entendimento sobre o que é educação transcende a sala FALCONI, empresa especializada em Gestão por Resultados. Continua a oferecer de aula. Sua origem vem do entendimento de toda sociedade, da sinalização sua contribuição testada na prática, com êxito, na área de gestão da educação. precisa do Estado de onde estamos e onde queremos chegar. Em resumo, da visão       de Hugo. Surgem inúmeras tentativas e, ao final, quem resolve mesmo é Maria, o esquilo-fêmea. Só que agora o problema é  outro!  &$&'$ !!& "$!! $ ($!! O guardião da chuva – Dailza Ribeiro, ilustrações de André Flauzino (Bambolê) – Quando a chuva cai no sertão seco e ),$%!-.%),$%!-.% poeirento, a alegria invade os corações. Colheita, fartura, esperança na força transformadora de Miguel e seu &:0)!1&:0)!1 poder sobre a chuva! O Capitão Barbante – Henrique Vale, ilustrações de Anabella López (Compor) – Mestre em educação, pedagoga, especialista em Literatura Infantil — e-mail: [email protected] Prêmio Alfredo Fernandes – V Edição dos Prêmios Li- terários Ci- Colori a nossa página com livros que vão agradar aos pequenos e jovens dade de Ma- leitores. Com as festas de final de ano e a proximidade das férias, reafirmo que naus – 2014 – Com criatividade e jornais livro é um excelente presente e apresento algumas sugestões de leitura. velhos, Marcos faz um boneco e, com ele, se diverte durante toda a tarde. Mas Rabisco e Borrão: o concurso – Ethan Long, e depois, o que acontece com o Capitão tradução Gilda de Aquino (Brinque-Book) – Um Barbante, um pirata diferente que quer livro diferente, muito divertido, com as aventuras viver novas aventuras? de dois amigos, o gato Rabisco e o rato Borrão. Isso mesmo, um gato e um rato, amigos! E eles gostam muito de desenhar, mas nem sempre os desenhos saem como eles pensaram... E tudo termina numa deliciosa sujeira!

Reconto que passa – Salizete Freire Soares, ilustrações de Maurício Negro (Paulinas) – No início da conversa da Árvore com a Janela, a Uma noite assustadora – Lesley Gibbs, história se espalha e vai sendo recontada de ilustrações de Stephen Michael King e forma lúdica e bem divertida. E quem conta um tradução de Gilda de Aquino (Brinque-Book) – conto... Será que a Dona Baratinha vai Um porco com um pacote, um gato com um conseguir se casar de novo? bolo e a lebre de chapéu e carregando um saco caminham com cuidado, enfrentando muitos perigos. Será que estão com medo? Aonde será que eles vão?

Nossa homenagem aos vencedores do Prêmio Jabuti 2016, da Câmara Brasileira do Livro – CBL: Jornada – Aaron Becker (Galerinha Record) – Belíssimo livro de Infantil imagens onde a solidão se destaca, felizmente vencida pela criatividade e pelo encontro com histórias maravilhosas. Um lápis mágico une fantasia e 1) Inês – Roger Mello (Companhia das Letrinhas) realidade. 2) Lá e Aqui – Carolina Moreyra e Odilon Moraes (Editora Zahar) 3) A Divina Jogada – José Santos (Editora Nós) O menino do dedo verde – Maurice Druon, tradução de D. Marcos Barbosa, nova edição com Juvenil capa dura e ilustrações de Walter Lara (José Olympio). Conheço cada linha desse texto 1) O Labatruz e Outras Desventuras – Judith Nogueira (Quatro Cantos) clássico e ver esse novo projeto me enche de 2) Cartas a Povos Distantes – Fábio Monteiro (Paulinas) alegria! Sempre tive a certeza de que a delicadeza 3) Iluminuras – Rosana Rios (Editora Lê). do traço de Lara iria harmonizar com a história de Tistu, o menino-anjo semeador da paz. Lindo! E parabéns ao vencedor do Prêmio João-de-Barro 2016, da Prefeitura de Belo Horizonte, o qual tive a honra de participar do júri na categoria Texto Hugo está Literário, convidada por Fabíola Ribeiro Farias: com soluço – Sophie Sch- Homem de lata, de Edson Lopes Leite (Fortaleza – CE). mid, tradu- ção de Ca- Menção Honrosa mila Werner (Brinque-Book) – Todos os amigos do O outro lado do mundo – de Alexandre Durão Carneiro (Niterói – RJ) coelho Hugo tentam livrá-lo de um soluço Zé Dico, o Estrelinha e a Poesia – de Gabriel Araújo dos Santos (Campinas permanente e irritante. O coelho Tom, – SP) amigo de Hugo, decide dar um prêmio Faísca cabelo de fogo coração de ouro – de Josiane Marques Duarte (Rio para quem conseguir parar com o soluço de Janeiro – RJ)       @%$)98.$.0;,). %1/.-1!")+)$!$% .#)!+

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Em sua nona edição, o Prêmio Responsabilidade Social, concedido pelo CIEE-Rio, homenageou os vencedores deste ano, com um simpático almoço na sede da Associação Comercial do Rio de Janeiro. Desde 2008, são homenageadas personalidades e empresas que A concorrida cerimônia de premiação do CIEE-RJ, na Associação Comercial do Rio de Janeiro. têm se destacado, do ponto de vista da assistência social, no amparo aos jovens do Rio de Janeiro quando buscam o caminho do emprego. Escolhidos pelo Conselho de Administração do CIEE-Rio, foram parceria fundamental com o Tribunal, pois são quase cinco mil jovens premiados o presidente do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, ingressando no mercado de trabalho, atuando em áreas sociais. Desembargador Luiz Fernando Ribeiro de Carvalho, o ex-ministro da Entregarei o prêmio ao presidente, e agradeço demais a honraria. Educação José Henrique Paim Fernandes e o presidente da Fundação Espero que esta parceria, que contribui muito para a formação de Cesgranrio, professor Carlos Alberto Serpa. jovens, continue intensa e se aprimorando”, completou. “Mais uma vez, manifestamos a nossa alegria pela concretização Além do Tribunal de Justiça do Rio, que tem hoje 5 mil estagiários, desse evento, promovido por uma Ong sem fins lucrativos, cujos pilares o prêmio também consagrou José Henrique Paim Fernandes, ex- de sustentação são a ética, a transparência e o desenvolvimento ministro da Educação, economista, com pós-graduação na sustentável”, ressaltou o presidente do CIEE-Rio, Arnaldo Niskier, Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Ex-diretor do Banco destacando os 52 anos de sucesso da instituição no desenvolvimento de Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Paim programas ligados ao binômio educação-preparação para o mundo do destacou a satisfação em receber o Prêmio, já que ele mesmo ingressou trabalho. Neste tempo, o CIEE/Rio aprimorou os serviços prestados, no mercado de trabalho através de um estágio proporcionado pelo CIEE contando com mais de 200 mil estudantes de ensino médio e superior do Rio Grande do Sul, sendo testemunha do papel fundamental da inscritos no seu banco de dados. A instituição desenvolve diversos instituição na inserção do jovem na vida profissional. programas junto a organizações comprometidas com o exercício da Também escolhida pelo conselho do CIEE entre 1.600 empresas responsabilidade social. parceiras, a Fundação Cesgranrio, representada pelo seu presidente, Elogiando a bem-sucedida parceria com o CIEE/Rio, o juiz Luiz Carlos Alberto Serpa de Oliveira, recebeu o Prêmio Responsabilidade Eduardo de Castro Neves representou o presidente do Tribunal de Social 2016, com grande satisfação: “Honrado com o Prêmio, divido-o Justiça do Rio de Janeiro, desembargador Luiz Fernando Ribeiro de com os funcionários e companheiros da Fundação Cesgranrio que estão Carvalho, que estava doente. Recebeu o prêmio das mãos do vice- nessa caminhada há 45 anos. Sou testemunha do preparo dos jovens presidente do CIEE, Antenor de Barros Leal Filho, agradecendo: “Um que se beneficiam dessa organização exemplar.” O presidente Serpa país que pretende prosperar necessita da educação, e o CIEE tem uma destacou o que considera, atualmente, seu “projeto do coração”: “A Orquestra Sinfônica Cesgranrio, com 70 músicos, é um espaço que oferece formação musical e artística, contribuindo para despertar potenciais artísticos, tanto em corpo de músicos, como nas plateias por ela sensibilizadas. Além da Orquestra, com o apoio do CIEE-RJ, formamos um Coral de cegos, que estreará em novembro. E as novidades não param: Estamos ensaiando outro coral, que chamamos de ‘Coral Ativo’, formado por 80 jovens que não apenas cantam, mas atuam e dançam, apresentando muita inovação.” Entre as empresas e personalidades que já receberam o prêmio, estão o prefeito da cidade do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, o Presidente da Imprensa Oficial do Rio de Janeiro, Haroldo Zager, além dos presidentes do Tribunal de Justiça do Rio, José Murta Ribeiro, Luiz Zveiter e Leila Mariano e o procurador-geral da Justiça do Rio, Marfan Martins Vieira.

Os premiados com o Prêmio CIEE Responsabilidade Social 2016: Carlos Alberto Serpa, José Henrique Paim, Luiz Eduardo de Castro Neves (representando o presidente do TJRJ, Luiz Fernando Ribeiro de Carvalho) com o presidente do CIEE/RJ, Arnaldo Niskier.      

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!(  ! # Nos 28 textos que compõem a seleta de Filhos da A Desordem Mundial (Editora Civilização Brasileira), do América (Editorial Record), Nélida Piñon escreve sobre professor, historiador e cientista social Luiz Alberto e José de Alencar, escritores que ela Moniz Bandeira, é livro de referência no qual é narrada a considera como dois dos principais intérpretes do saga dramática da geopolítica atual – e da humanidade –, Brasil na literatura, sendo Machado o que se sobressai, aprofunda-se a descrição dos métodos da exportação de inclusive em outros ensaios do livro; perfila a atriz fake democracy pelos Estados Unidos (democracia Marília Pêra, exalta a escrita de , militar governada pelo poder aninhado em Wall Street, saúda a chegada de Antônio Torres à Academia como registra o historiador); o seu objetivo de total Brasileira de Letras e, entre outros temas, homenageia dominação num mundo unipolar com as guerras por a amiga Carmen Balcells, que morreu em 2015 e foi procuração (as proxy wars); o ressurgimento notável da agente literária dos maiores escritores da América Rússia como potência militar e diplomática, e os Latina, entre eles os também amigos de Nélida Gabriel processos de desestabilização de governos (regime García Márquez, Mario Vargas Llosa e Julio Cortázar. change) mais vulneráveis ou que contrariam Neste que também é um livro sobre memória, Nélida frontalmente os interesses econômicos da fake rende tributos à literatura ibero-americana, passeia democracy (como nos casos de Ucrânia e Síria, por sua Galícia da infância e a que restou na vida de detidamente analisados). Algumas observações de Moniz Bandeira tais como “a seus parentes que com ela vieram para o Brasil, recorda os caminhos que a levaram a corrupção é inerente à república presidencialista inspirada no modelo americano” ou escrever livros como A república dos sonhos, sobre imigração, e Vozes do deserto, sobre “quem fala de teoria de conspiração é ignorante” estão na entrevista que ele concedeu as narrativas árabes, que tem Scherezade como protagonista. Grande contadora de à Carta Maior por email, do escritório de sua residência, em Heidelberg, na histórias e exímia ouvinte, a autora circula por todos os ambientes, desde as esquinas Alemanha, onde vive há 20 anos com a mulher, Margot, e o filho, Egas. Nela, o professor de seu bairro até os salões mais nobres, recolhendo da vida e da relação com as Moniz faz observações também sobre o golpe no Brasil, programado de fora do país. pessoas, memórias que transbordam em seguida para a sua escrita. Este livro é, Este trabalho fecha a trilogia constituída de Formação do Império Americano e A portanto, um registro de suas experiências, a cultura e as pessoas. (BA) Segunda Guerra Fria, frutos de exaustiva pesquisa e formidável documentação. (BA)

#'   "! Bullying, assédio moral, preconceito. Com temas Celestine North vive em uma sociedade que rejeita a espinhosos, o livro Vida jagunça (Ed. Autografia, imperfeição. Todos aqueles que praticam algum ato 2016) apresenta elementos que prometem prender a julgado como errado são marcados para sempre, atenção do leitor da primeira à última página. 14º excluídos da comunidade, seres não merecedores de livro e primeiro romance do professor e advogado compaixão. Por isso, Celestine procura viver uma vida Christiano Fagundes, o título indica o que as quase perfeita. Ela é um exemplo de filha e de irmã, é uma 130 páginas trabalham: conflitos pessoais, familiares aluna excepcional, bem quista por todos do colégio, e profissionais. O tema agradou e a obra já tem sua além do mais, ela namora Art Crevan, filho da segunda edição prevista para este ano. O romance autoridade máxima da cidade, o juiz Crevan. Em meio passeia pela intertextualidade com obras de grandes a essa vida perfeita, Celestine se encontra em uma escritores, tais como João Cabral de Melo Neto, situação incomum, que a faz tomar uma decisão Guimarães Rosa, José Saramago, Monteiro Lobato, instintiva. Ela faz uma escolha que pode mudar o entre outros. Apresenta, também, um contexto futuro dela e das pessoas a seu redor. Ela pode ser regionalista, onde o autor cita, por exemplo, José presa? Ela pode ser marcada? Ela poderá se tornar, do Cândido de Carvalho e o cantor e compositor dia para a noite, Imperfeita? Nesta distopia des- Dominguinhos. Vida Jagunça foi prefaciado pela lumbrante, a autora best-seller Cecelia Ahern retrata, professora Arlete Sendra, da Academia Campista de Letras, onde Christiano está em Imperfeitos (Editora Novo Conceito), uma sociedade em que a perfeição é desde 2009. Professor da UCAM, da Faculdade de Direito de Campos e da Universo, primordial e quem cometer qualquer ato falho será punido. A história de uma jovem o autor é vencedor de vários concursos literários, incluindo competições que decide tomar uma posição que poderá custar-lhe tudo. Cecelia Ahern é irlandesa e internacionais. Empolgado com a literatura, já anunciou seu segundo romance: “Já formou-se em Jornalismo e Meios de Comunicação. Aos 21 anos, escreveu seu primeiro escrevi muitos livros na seara jurídica e de poemas, mas estou muito feliz em ter romance, P.S.Eu te Amo, que se tornou best-seller imediatamente e foi adaptado para recebido essa resposta positiva dos primeiros leitores do meu primeiro romance. E o cinema — assim como Simplesmente Acontece. A Lista,O Presente,O Livro do Amanhã já estou iniciando os trabalhos para o segundo livro.” (MF) e A Vez da Minha Vida também são best-sellers em todo o mundo. (BA)

"  ( # A poetisa Gioconda Labecca selecionou trovas inéditas Para comemorar os 120 anos do nascimento de para o seu 28º livro, Entardecer (Daya Editorial, 2016). Zulmira Canavarros, o procurador de Justiça Ao longo de 84 páginas, a autora dá curso à sua aposentado, Benedito Pedro Dorileo, lançou o livro inspiração poética, suscitando entusiasmo através do Zulmira Canavarros, a Egéria Cuiabana (Ed. engaste da rima, na abordagem de temas variados. O Entrelinhas, 2016), em evento no Dia Internacional livro não tem divisão em capítulos, tampouco títulos da Mulher. Zulmira Canavarros era considerada dividem as trovas. Os versos exprimem os sentimentos uma mulher sem fronteiras na Cuiabá da primeira sublimes e autobiográficos da autora, tais como metade do século XX. A produção artística da podemos observar na quadra inicial: “Quando chega o professora é referência na capital do Estado. Entardecer/Traz uma cena pungente:/ Ao ver a tarde Zulmira Canavarros foi também compositora, morrer,/Morre um pedaço da gente./” Gioconda do pianista e teatróloga: dirigiu cerca de 20 peças, Carmo Labecca de Castro nasceu em Campanha, Sul com destaque para “A noiva e a égua”, em que a de Minas, no dia 16 de julho de 1931. Quando a família artista combate a submissão da mulher. Escreveu mudou-se para o Rio de Janeiro, envolveu-se com a composições musicais em gêneros diversos, intelectualidade, participando de vários grupos narrando tanto situações cotidianas de Cuiabá, literários, como o poeta general Arnaldo Damasceno como temas afins ao amor. Zulmira transitava do Vieira, presidente da Sociedade de Homens de Letras do Brasil, que a introduziu no erudito ao popular e contribuía decisivamente com o carnaval cuiabano. Foi uma meio literário, assim como com o poeta Manuel Bandeira, que a considerava uma das das fundadoras do Mixto Esporte Clube. O site da torcida inclusive ressalta o nome melhores declamadoras de seus versos. Sua estreia foi em 1954, com o livro Trinta de Zulmira e relembra: nos tempos do cinema mudo, atuava como musicista no Mensagens de Amor, lançado pela mais conceituada editora da época, dos Irmãos Cinema Parisiense. Por isso, é referenciada por setores diversos da sociedade Pongetti. Seguiram-se mais vinte e oito livros, ao longo dos anos, entre poesias, trovas, (cultural, esportivo e social). Conforme afirma o autor, Benedito Pedro Dorileo, haicais e sonetos, evidenciando sua enorme energia criadora. É membro da Academia “Zulmira Canavarros, no isolamento e na descrença, plantou a sementeira da de Letras da Grande São Paulo, da qual foi presidente no período de 2008 a 2014. (MF) coragem e da resistência, mostrou o poder da educação que lapida a cultura”. (MF)      

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BATMAN não foi a Búzios é o Ano passado, as versões novo sucesso do acadêmico tradicionais faturaram cerca de INTELIGÊNCIA Cícero Sandroni, lançado pela 7 R$ 5,23 bilhões, enquanto os Poodles sempre tiram excelentes notas em testes de Q.I. Letras. digitais atingiram meros R$ 20,43 milhões, conforme o ENQUANTO HOUVER champagne, Sindicato Nacional dos Editores há esperança foi o título de Livros. Ou seja, apenas 3% escolhido por Joaquim Ferreira do total do primeiro item. dos Santos para a biografia de Zózimo Barroso do Amaral, UM LIVRO COM cartuns jornalista que por quase três censurados feitos para O décadas desnudou a sociedade Pasquim da época da ditadura brasileira em sua coluna diária – militar de 1964 é a primeira no jornal O Globo e no Jornal do proposta para a comemoração Brasil. Uma obra-prima de mais dos 60 anos de carreira de de seiscentas páginas, com Jaguar, um dos fundadores do pesquisa iconográfica retratando jornal. Sairá no começo de 2017, 30 anos de bom jornalismo, com o título No covil do Jaguar. lançado pela Ed. Intrínseca. UMA CURIOSIDADE: já ANDRÉ SEFFRIN elabora para a ultrapassam a marca de 9 Ed. Global, em dois volumes, a milhões os itens disponíveis obra completa de Cecília para consultas na fundação Meireles. Com previsão para Biblioteca Nacional, no centro circular até o fim do primeiro do Rio. Entre as raridades, a Letras, num total de 592 páginas, com o objetivo de despertar o semestre de 2017. Segunda Bíblia Hebraica, do Roberto Civita: O dono da Banca. interesse de alunos das escolas século XVI. Quando morreu, em 2013, públicas em ler e escrever. ESTÁ CONFIRMADA para fevereiro Roberto havia comandado por a chegada às livrarias da obra Ó, o EXISTE EM FORTALEZA, duas décadas a célebre Abril, MAIS DE 5 MIL livros e de 2 mil Globo, através da Ed. Valentina, funcionando desde 1980, um maior editora de revistas da documentos, entre cartas e que Ana Beatriz Manier produziu serviço “tira-dúvidas de América Latina, com 350 títulos manuscritos do escritor Autran contando a história do paulista gramática” por telefone, sob a e 900 servidores. A obra leva a Dourado, ex-secretário de Milton Ponce, que há 60 anos responsabilidade da prefeitura assinatura de Carlos Maranhão. imprensa do presidente JK, fabrica o famoso biscoito local. Não seria interessante o acabam de ser repassados ao conhecido por todos os cariocas. Ministério da Educação levá-lo COM A PRIMEIRA edição da Acervo dos Escritores Mineiros aos quase seis mil outros Sextante nas ruas da Lava jato – da UFMG. NA MÉDIA, o declínio em municípios existentes no país? O Juiz Sérgio Moro e os bastidores volume e faturamento da operação que abalou o Brasil, DAN BROWN, com 200 milhões registrado no mercado livreiro BAIANA RADICADA em São em 400 páginas, o jornalista de exemplares impressos em 54 nacional durante o primeiro Paulo, a jornalista Joselia Aguiar Vladimir Netto estima poder idiomas, é anunciado pela Ed. semestre de 2016, em relação ao é a curadora da 15ª Festa lançar a segunda parte do Arqueiro em novo lançamento mesmo período do ano anterior, Literária Internacional de Paraty projeto até o final do ano que brasileiro para o segundo foi de 11%. 2017. Ela é autora de uma vem. Enquanto isso, acha que “o semestre de 2017. Só no Reino biografia de Jorge Amado a ser país nunca mais será o mesmo”. Unido foram produzidos com sua PARCEIROS NA Coleção lançada em março próximo. assinatura 16 milhões de livros. Clássicos para todos, as editoras BIÓGRAFO DE Getulio Vargas, Nova Fronteira e Saraiva PELA ED.CIVILIZAÇÃO Lira Neto fechou contrato com a A ED.RECORD confirma o preparam edições de bolso para Brasileira, saiu Jango e Eu: LeYa para a edição de um livro- preparo de biografia não a Bienal Rio-2017 de autores Memórias de Um Exílio Sem reportagem sobre as festas autorizada do contravertido como Shakespeare, Machado de Volta, história da deposição e religiosas no Brasil. Sairá até deputado carioca Eduardo Assis e . morte do ex-presidente João julho do ano que vem. Cunha, responsável pelo Goulart, contada pelo filho João processo de impeachment da HILDA HILST trocou a Ed. Globo Vicente Goulart, mais de meio DIRIGENTE DO FESTIVAL ex-presidente Dilma. pela Companhia das Letras, que, século depois da ida forçada de Internacional Intercâmbio de APÓS A RECENTE incorporação no início de 2017, apresenta sua família para o Uruguai. Linguagem, voltado para artes volume de sua poesia completa. cênicas, mês de outubro levado dos arquivos fotográficos dos DEDICADO A ESPECULAÇÕES e a efeito no Espaço Tom Jobim, antigos jornais cariocas Diário COMO PARTE das polêmicas de toda ordem, o Rio, Karen Acioly desenvolve da Noite, O Governo e Jornal do comemorações dos seus 30 anos, escritor mineiro Luiz Vilela esforços para de 2017 em diante Comércio, o Instituto Moreira a Companhia das Letras publicou publicou pela Ed. Record O poder torná-lo itinerante, Salles passa a contabilizar em a obra completa do premiado Filho de Machado de Assis, em mirando inicialmente Niterói, seu acervo número superior a 2 escritor Raduan Nassar. 128 páginas. São Paulo, Brasília e Vitória. milhões de fotos.

EM MAIS GENTE T famosa no ASSINADA PELA jornalista ESTÁ OFICIALMENTE criada e DEZ TEXTOS INDEPENDENTES mundo artístico mirando livros Roberta Paduan, a Ed. Objetiva acaba de entrar em compõem o novo livro do de culinária. Mariana Ximenes mostra, em 392 páginas do livro funcionamento a primeira carioca Sérgio Sant’Anna, começa a colocar receitas na Petrobras – uma história de orgu- Academia Estudantil de Letras do alguns deles até mesmo forma para publicação, em abril lho e vergonha, como a estatal país. Fica no município da Serra, bastante curtos, todos de fácil de 2017. brasileira quase foi à bancarrota. o mais populoso do ES, região leitura. O Conto Zero e Outras metropolitana da Grande Vitória. Histórias veio pela Companhia VISTO NO INÍCIO como ameaça ENCONTRA-SE NAS livrarias, Trata-se de um espaço destinado das Letras com 176 páginas. aos impressos, o livro digital levado pela Ed. Companhia das não consegue avançar no Brasil. à leitura e ao ensino da literatura,