ISSN 1983 1501 REA – Revista de estudos ambientais (Online) v.14, n. 4, p. 20-43, jul./dez. 2012

ASPECTOS FLORÍSTICOS, TAXONÔMICOS E ECOLÓGICOS DE BROMÉLIAS DA MATA ATLÂNTICA DO SUL DE SANTA CATARINA, BRASIL

Telma Elyta Vilhalba Azeredo 1 e Vanilde Citadini-Zanette 2

______Resumo: As bromélias constituem um dos grupos taxonômicos importantes na Mata Atlântica, por seu alto grau de endemismo e valor ecológico decorrente, principalmente, de sua interação com a fauna. Foi realizado levantamento florístico das bromeliáceas da Fazenda Vale do Paraíso, município de Nova Veneza, a fim de avaliar a diversidade específica existente na área de estudo e contribuir para o conhecimento taxonômico das bromeliáceas do sul de Santa Catarina. As bromélias encontradas férteis, na área de estudo, foram coletadas mensalmente no período de outubro de 2006 a fevereiro de 2008, utilizando-se o método expedito por caminhamento. A família foi representada por duas subfamílias, Bromelioideae e e 24 espécies pertencentes a seis gêneros. Vriesea foi o gênero mais representativo em espécies. O trabalho inclui chaves de identificação, descrições morfológicas, fenofases de floração e de frutificação, características ecológicas e imagens das espécies locais. Embora a maior parte da área estudada tenha sido destinada aos sistemas de pastagens, o número de espécies de , principalmente epifíticas, foi expressivo. As espécies e suas descrições contribuem para o reconhecimento das bromeliáceas encontradas no sul de Santa Catarina e fornecem subsídios para estudos futuros.

Palavras-chave: Vriesea . Chave de identificação. Bromelioideae. Tillandsioideae. Floresta Ombrófila Densa. ______

1 Introdução temperatura e umidade, apresentando eficientes adaptações ao hábito epifítico, As bromeliáceas constituem uma das como tanques armazenadores de água e de mais importantes famílias de plantas restos orgânicos, e tricomas foliares com a floríferas no componente epifítico de forma de escamas peltadas, através dos florestas úmidas neotropicais (WAECHTER, quais a água e os nutrientes são absorvidos 2007), onde se destacam pela grande (LEME, 1998; BENZING, 2000). diversidade genérica e específica, com cerca Fontoura (1995) e Martinelli et al. de 57 gêneros e 3.086 espécies (LUTHER, (2008) relatam que a Mata Atlântica é o 2008). Segundo Reitz (1983), com exceção bioma brasileiro que apresenta maior riqueza de Pitcairnia feliciana (A. Chev.) Harms & de bromeliáceas. Nesse bioma, Midbr., encontrada no oeste do continente Bromeliaceae é um dos grupos taxonômicos africano, existem espécies de bromeliáceas mais relevantes por seu alto grau de em praticamente todos os ambientes endemismo e valor ecológico, este último compreendidos entre a Virgínia, no sul dos decorrente principalmente da interação com Estados Unidos (latitude 37º N) e a região da a fauna (MARTINELLI et al., 2008). Patagônia (Chile e Argentina, latitude 44º S). A água acumulada nas cisternas das Atualmente Bromeliaceae está bromeliáceas é utilizada pela fauna como dividida em oito subfamílias (Bromelioideae, fonte hídrica ou como parte do seu ciclo de Tillandsioideae, Pitcairnioideae, Navioideae, vida, como acontece com algumas espécies Brocchinioideae, Lindmanioideae, de anfíbios; as folhas servem de alimento Hechtioideae e Puyoideae), cujas para alguns herbívoros e também para características distintivas estão insetos (PAULA; SILVA, 2004). As flores fundamentadas na morfologia e, fornecem néctar para polinizadores principalmente, na filogenia molecular vertebrados, principalmente beija-flores e (GIVNISH et al., 2007). morcegos, sendo uma das poucas famílias As bromeliáceas são encontradas em que a polinização por vertebrados nas mais variadas condições de altitude, predomina sobre a polinização por insetos ______1 E-mail: [email protected] Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais (PPGCA), Unidade Acadêmica de Humanidades, Ciências e Educação (UNAHCE), Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC). Avenida Universitária, 1105 – Bairro Universitário – Caixa Postal 3167 – CEP: 88806-000 – Criciúma – SC.

2 E-mail: [email protected]

21 REA – Revista de estudos ambientais (Online) v.14, n. 4, p. 20-43, jul./dez. 2012

(ARAÚJO; FISCHER; SAZIMA, 1994; O clima do município enquadra-se no MARTINELLI, 2006). tipo Cfa (subtropical úmido com verões No início da década de 50, Veloso e quentes), segundo a classificação de Klein (1957) estudaram a vegetação no Sul Koeppen (DUFLOTH et al., 2005). De acordo do Brasil e suas possíveis relações com a com dados da Estação Experimental do procriação do mosquito transmissor da município de Urussanga (27º 31’ 55” S e 49º malária. Fizeram levantamento ao longo do 18’ 53” W, 48 m de altitude), em Nova litoral e parte da encosta atlântica sul Veneza, a precipitação média anual é de brasileira, onde também registraram o 1.759 mm, sendo janeiro o mês mais número e as espécies de bromeliáceas chuvoso, com precipitação mensal média de encontradas em mais de 3000 indivíduos 147 mm, e junho o mês menos chuvoso, com arbóreos. Posteriormente, o estudo de Reitz precipitação mensal média de 87 mm. A (1983) documentou as bromeliáceas em temperatura média anual é 20 °C e julho é o detalhes, inclusive com ilustrações dos mês mais frio, com temperatura mínima exemplares coletados ao longo dos média mensal de 14 °C (EPAGRI, 2010). trabalhos. A vegetação predominante na região Nas últimas décadas, novas estudada é a Floresta Ombrófila Densa, pesquisas envolvendo Bromeliaceae foram pertencente ao Bioma Mata Atlântica, realizadas no território catarinense, em áreas predominando na área de estudo a formação com Floresta Ombrófila Densa (ROGALSKI, submontana. Parte da vegetação original da 2002; HOELTGEBAUM, 2003, BONNET; propriedade foi retirada para ceder lugar à QUEIROZ, 2006; BONNET et al. 2007; agricultura e/ou pastagens. Nos fragmentos AZEREDO, 2010, CAGLIONI et al., 2012). florestais remanescentes, podem ainda ser Além desses estudos, destacam-se também encontradas espécies como: Cedrela fissilis os trabalhos de Matos (2000), que estudou Vell. (cedro), Tibouchina sellowiana Cogn. ecologia de bromeliáceas com ênfase em (quaresmeira), Ocotea pulchella Mart. Vriesea incurvata Gaud., e o trabalho de (canela-preta), Ocotea odorifera (Vell.) Ariani et al. (2004), analisando a influência Rohwer (canela sassafrás), Euterpe edulis negativa do fogo em três populações de Mart. (palmiteiro), Sapium glandulatum (Vell.) bromélias na restinga. Pax (leiteira), Inga vera Willd. (ingá), Myrcia Informações sobre diversidade a richardiana Kiaersk (araçazeiro), nível específico fornecem importante base Bastardiopsis densiflora (Hook & Arm.) para o desenvolvimento sustentável e a Hassler (vassourão), Ficus cestrifolia Schott conservação de ecossistemas e espécies. (figueira), Schizolobium parahybum Blake Considerando-se o acelerado processo de (garapuvu), Bactris setosa Mart. (tucum), fragmentação da Mata Atlântica e a Vernonia tweedieana Baker (assa-peixe), relevância das bromeliáceas na estrutura e Heliconia farinosa Raddi (caeté), Rubus dinâmica desse bioma (CAGLIONI et al., brasiliensis Mart. (amoreira-do-mato), 2012), o presente estudo teve como objetivo Casearia sylvestris Sw. (chá-de-bugre), além registrar a diversidade específica de de samambaias, algumas delas bromeliáceas em um fragmento de Floresta arborescentes e com grande variedade de Ombrófila Densa no extremo sul de Santa bromélias. Algumas áreas são utilizadas para Catarina.Inclui chaves de identificação, plantios com Eucalyptu s spp. e Pinus spp. dados fenológicos e ecológicos das espécies registradas. 2.2 Procedimento metodológico

2 Material e métodos As bromélias foram coletadas mensalmente no período de outubro de 2006 2.1 Área de estudo a fevereiro de 2008. Para a realização das coletas foi utilizado o método expedito por O estudo foi desenvolvido em toda a caminhamento (FILGUEIRAS et al ., 1994). extensão da Fazenda Vale do Paraíso, que Os espécimes foram coletados com possui área aproximada de 200 ha, relevo flores e/ou frutos. No momento da coleta que varia entre 80 e 614 m de altitude, e se foram observados aspectos ecológicos dos localiza em Rio Cedro Alto, município de indivíduos no seu hábitat, fenofase de Nova Veneza (28º33’25’’S, 49º27’50’’W- floração e de frutificação, locais de sede), extremo sul do Estado de Santa ocorrência (mais iluminados ou mais Catarina (Figura 1). sombreados) e estratégias de polinização e 22 REA – Revista de estudos ambientais (Online) v.14, n. 4, p. 20-43, jul./dez. 2012 de dispersão das espécies. Através de uma As estratégias de polinização e de ficha de campo, elaborada para a realização dispersão foram obtidas com base em das coletas, cada espécie encontrada foi caracteres morfológicos das flores e dos descrita com base em seus caracteres propágulos observados em campo ou morfológicos. Para complementar as quando necessário, complementados com descrições, a distribuição geográfica das bibliografia específica (FAEGRI; VAN DER espécies e as características não PIJL, 1980; REITZ, 1983; MACHADO; observadas nos espécimes coletados, SEMIR, 2006; WANDERLEY; MARTINS, utilizou-se Reitz (1983) e Wanderley e 2007). Martins (2007) como referências.

Figura 1- Localização da Fazenda Vale do Paraiso, Município de Nova Veneza, Santa Catarina, Brasil.

Fonte: Adaptado de Google Earth (2012). 23 REA – Revista de estudos ambientais (Online) v.14, n. 4, p. 20-43, jul./dez. 2012

A identificação das espécies foi decomposto entre as folhas (BENZING, realizada utilizando-se chaves dicotômicas 1976; GILMARTIN; BROWN, 1986). elaboradas por Reitz (1983) e Wanderley e Na Floresta Ombrófila Densa, onde Martins (2007), seguindo os padrões de as chuvas distribuem-se de forma mais taxonomia clássica, que se baseia em homogênea ao longo do ano, as bromélias- características morfológicas e observando, cisterna correspondem a mais de 80% das sempre que possível, vários exemplares. espécies de Bromeliaceae (FONTOURA et Para a nomenclatura das espécies e a al., 1997; KERSTEN; SILVA, 2001). abreviatura dos nomes dos autores Considerando a estratégia de consultou-se o World Checklist of polinização, 21 espécies (87,5%) Bromeliaceae (GOVAERTS; LUTHER; enquadraram-se como ornitófilas, duas GRANT, 2009). O material fértil foi coletado, espécies, Aechmea gamosepala e herborizado e incorporado ao Herbário Pe. usneoides, como entomófilas, polinizadas Raulino Reitz (CRI) da Universidade do geralmente por abelhas (observação Extremo Sul Catarinense (UNESC), pessoal), e uma espécie, Vriesea gigantea Criciúma, Santa Catarina. Ao final do enquadrou-se como quiropterófila (Quadro presente estudo foi elaborada uma chave de 1). O predomínio da polinização por vetores identificação para as espécies encontradas, bióticos foi relatado por Madison (1977) e a a fim de fornecer subsídios para futuros expressividade da ornitofilia registrada neste estudos taxonômicos com a família. Foram estudo reforça o descrito por Fischer e incluídas, também, imagens das bromélias Araújo (1995) e Machado e Semir (2006). epifíticas obtidas por registro fotográfico na Estes últimos apontam os beija-flores como área estudada. vetores de pólen de cerca de 85% das bromeliáceas em diferentes comunidades investigadas. Carvalho, Fabian e Mendonça 3 Resultados e discussão (2009) citam ainda morcegos e Araújo et al. (2004), assim como Kaehler, Varassin e Foram encontradas 24 espécies de Goldenberg (2005) citam abelhas. bromeliáceas (Quadro 1, Figuras 2 e 3) na Quanto à estratégia de dispersão, área de estudo. Cinco delas pertencem à espécies de Bromelioideae têm suas subfamília Bromelioideae, representada sementes dispersas por animais (zoocóricas) pelos gêneros Aechmea , Billbergia, e possuem frutos do tipo baga (BENZING, Nidularium e Canistrum , e 19 à subfamília 2000). Este grupo corresponde a 26,9% das Tillandsioideae, sendo Tillandsia e Vriesea espécies amostradas (cinco). Espécies de os gêneros registrados. Vriesea destacou-se Tillandsioideae, por sua vez, têm suas em número de espécies (12), seguido de sementes dispersas pelo vento Tillandsia (sete) e Aechmea (duas). (anemocóricas) (BENZING, 2000) e Billbergia , Nidularium e Canistrum foram correspondem a 79,2% das espécies representadas por apenas uma espécie. amostradas (19) (Quadro 1). A anemocoria A maior representatividade do como estratégia de dispersão das gênero Vriesea encontrada no presente bromeliáceas foi enfatizada em estudos com estudo reflete uma tendência das formações comunidades epifíticas (MADISON, 1977; tipicamente atlânticas (MATOS, 2000; DITTRICH; KOZERA; SILVA, 1999; BORGO; ROGALSKI, 2002; HOELTGEBAUM, 2003), SILVA, 2003; HOELTGEBAUM, 2003; sendo menos expressivo em outras BONNET; QUEIROZ, 2006). Segundo formações (GIONGO; WAECHTER, 2004; Madison (1977), 84% dos epífitos em geral TOMAZINI, 2007). são dispersos pelo vento. A prevalência de bromélias A época de floração das formadoras de cisternas (Quadro 1) bromeliáceas registradas na área de estudo registradas neste estudo (70,8%) pode estar estendeu-se por todo o ano. A maior parte relacionada aos níveis de precipitação e das espécies floresceu na primavera e verão, distribuição mensal de chuvas na floresta com flores diurnas. Vriesea platynema e estudada, pois o regime de chuvas é Vriesea gigantea possuem flores noturnas, relativamente uniforme. Bromélias-cisterna desabrochando ao anoitecer e fechando as ocorrem usualmente em áreas mais úmidas, flores logo após o aparecimento do sol. A por dependerem da água acumulada em duração da antese das flores das suas rosetas para obter umidade e nutrientes bromeliáceas variou de algumas horas a dois provenientes do material orgânico que é dias, como em Nidularium innocentii e Tillandsia mallemontii . Na maioria das 24 REA – Revista de estudos ambientais (Online) v.14, n. 4, p. 20-43, jul./dez. 2012 espécies a flor durou apenas um dia, como Espécies como Rupornis em espécies de Vriesea e Tillandsia . magnirostris (gavião), Turdus rufiventris Entretanto, em bromeliáceas com (sabiás) Didelphus albiventris (gambás) inflorescência multifloral, registrou-se foram encontradas saciando sua sede nas espécies floridas durante semanas rosetas de Vriesea gigantea e em uma consecutivas, por suas flores abrirem-se população de Vriesea flammea e entre as gradualmente e, para a maioria das folhas de vários indivíduos de Vriesea espécies, de baixo para cima, a partir da philippocoburgii . Sabiás também foram base da inflorescência. observados alimentando-se de frutos maduros de Aechmea nudicaulis .

Quadro 1- Bromeliáceas encontradas na Fazenda Vale do Paraíso, Rio Cedro Alto, município de Nova Veneza, Santa Catarina, Brasil, distribuídas por subfamílias , onde: HBT = Hábito ( E - Epifítico, R - Rupícola, T – Terrícola); ON = Obtenção de nutrientes (At - Bromélias-Atmosfera, C - Bromélias-Cisterna); EP = Estratégia de polinização ( En – Entomofilia, O – Ornitofilia, Q – Quiropterofilia); ED = Estratégia de dispersão ( Ac – Anemocoria, Z – Zoocoria). Subfamília Bromelioideae Espécie HBT* ON EP ED Aechmea gamosepala Wittmack E/T C En Z Aechmea nudicaulis (L.) Grisebach var. cuspidata Baker E C O Z Billbergia zebrina (Herbert) Lindley E C O Z Canistrum fragrans (Linden) Mabb. E/T C O Z Nidularium innocentii Lemaire var. paxianum (Mez) L.B. E/T C O Z Subfamília Tillandsioideae Espécie HBT* ON EP ED Tillandsia aeranthos (Loiseleur) L. B. Smith E At O Ac Tillandsia gardneri Lindley E At O Ac Tillandsia geminiflora Brongniart E At O Ac Tillandsia mallemontii Glaziou ex Mez in Mart. E At O Ac Tillandsia stricta Solander in Sims E At O Ac Tillandsia tenuifolia L. E At O Ac Tillandsia usneoides (L.) L. E At En Ac Vriesea carinata Wawra E C O Ac Vriesea corcovadensis (Britten) Mez E C O Ac Vriesea flammea L. B. Smith E C O Ac Vriesea gigantea Gaudichaud E/T C Q Ac Vriesea guttata Linden et André E C O Ac Vriesea incurvata Gaudichaud E C O Ac Vriesea philippocoburgii Wawra E/T C O Ac Vriesea platynema Gaudichaud E/R C O Ac Vriesea platzmannii E. Morren E C O Ac Vriesea psittacina (Hooker) Lindley var. psittacina E C O Ac Vriesea rodigasiana E. Morren E C O Ac Vriesea vagans (L. B. Smith) L. B. Smith E C O Ac * Dados observados em campo

3.1 Chaves de identificação utilizadas na fazenda Vale do Paraíso gêneros e espécies encontradas, a fim de fornecer subsídios para futuros estudos Ao final do estudo elaboraram-se taxonômicos. chaves de identificação para as subfamílias,

25 REA – Revista de estudos ambientais (Online) v.14, n. 4, p. 20-43, jul./dez. 2012

Chaves de identificação para as subfamílias de Bromeliaceae da Fazenda Vale do Paraíso 1. Folhas com margens espinescentes; ovário ínfero; fruto baga; sementes lisas e sem apêndices ______Bromelioideae 1’. Folhas com margens inteiras; ovário súpero; fruto capsular; sementes com apêndices plumosos ______Tillandsioideae

Chave de identificação para os gêneros de Bromeliaceae da Fazenda Vale do Paraíso 1. Folhas com margens espinescentes______2 1’. Folhas com margens inteiras______4 2. Roseta foliar aberta ______3 2’. Roseta foliar tubular______2 Billbergia 3. Inflorescência inclusa na roseta foliar; sépalas sem espinhos no ápice ______5 3’.Inflorescência não inclusa na roseta foliar; sépalas com espinhos no ápice______1 Aechmea 4. Roseta formando cisterna; flores com apêndice petalíneo ______6 Vriesea 4’.Roseta não formando cisterna; flores sem apêndice petalíneo ______5 Tillandsia 5. Brácteas alvas, lanuginosas ______3 Canistrum 5’. Brácteas em geral coloridas, não lanuginosas ______4 Nidularium

Chave de identificação para as espécies da subfamília Bromelioideae da Fazenda Vale do Paraíso 1. Planta com inflorescência simples ______2 1’. Planta com inflorescência composta ______4 2. Roseta foliar aberta ______1.1 Aechmea gamosepala 2’. Roseta foliar tubular ______3 3. Escapo floral pendular ______2.1 Billbergia zebrina 3’. Escapo floral ereto______1.2 Aechmea nudicaulis 4. Sépalas esverdeadas ou avermelhadas, simétricas, unidas na base; brácteas florais com ápice agudo; lâminas glabras ______4.1 Nidularium innocentii 4’. Sépalas alvas, assimétricas, livres na base; brácteas florais obtusas, oblongas cobertas por lanugem marrom-escura ______3.1 Canistrum fragrans

Chave de identificação para as espécies da subfamília Tillandsioideae, gênero Tillandsia 1. Plantas com inflorescência simples ______2 1’. Plantas com inflorescência composta ______6 2. Inflorescência unifloral ou com no máximo 4 flores ______3 2’. Inflorescência com mais de 4 flores ______4 3. Inflorescência unifloral; plantas pendentes nos ramos das árvores; raízes ausentes na fase adulta ______5.7 T. usneoides 3’. Inflorescência com no máximo 4 flores; plantas não pendentes nos ramos das árvores; raízes presentes na fase adulta ______5.4 T.mallemontii 4. Pétalas brancas ______5.6 T. tenuifolia 4’. Pétalas arroxeadas ou azul-escuras______5 5. Pétalas arroxeadas; sépalas róseo-claras (membranáceas), verde-claras na base, com bordos rosados e ápice acinzentado; brácteas escapais róseo-claras, as superiores com ápice acinzentado; brácteas florais rosadas, côncavas, as inferiores com ápice acuminado e as superiores com ápice mucronado ______5.5 T. stricta 5’. Pétalas azul-escuras; sépalas rosa-pink; brácteas escapais verde-claras (inferiores) com bordos arroxeados e ápice acinzentado, gradativamente passando para a cor pink e ápice cor-de- chumbo; brácteas florais rosa-pink, côncavas e mucronadas______5.1 T. aeranthos 6. Folhas densamente escamadas, com aspecto esbranquiçado; brácteas florais imbricadas ______5.2 T. gardneri 6’ . Folhas esparsamente escamadas, com aspecto esverdeado; brácteas florais não imbricadas ______5.3 T. geminiflora

26 REA – Revista de estudos ambientais (Online) v.14, n. 4, p. 20-43, jul./dez. 2012

Chave para as espécies da subfamília Tillandsioideae, gênero Vriesea 1. Plantas com inflorescência simples ______2 1’. Plantas com inflorescência composta ______8 2. Flores dispostas em 1 ou 2 fileiras______3 2’.Flores dispostas em mais de 2 fileiras; lâmina foliar estreitíssimo-triangular ______6.3 V. flammea 3. Escapo floral ereto ou levemente curvo______4 3’. Escapo floral pendular ______6.5 V. guttata 4. Raque visível durante a antese ______5 4’. Raque não visível durante a antese ______6.6 V. incurvata 5. Flores diurnas______6 5’. Flores noturnas ______6.8 V.platynema 6. Estames maiores que as pétalas ______7 6’. Estames menores que as pétalas ______6.9 V.platzmannii 7. Bráctea escapal imbricada ______6.10 V. psittacina 7’. Bráctea escapal não imbricada ______6.1 V.carinata 8. Folhas com mais de 50 cm de comprimento e inflorescência com mais de um metro de comprimento ______9 8’. Folhas com menos de 50 cm de comprimento e inflorescência com menos de um metro de comprimento ______10 9. Estames maiores que as pétalas; sépalas simétricas, lanceoladas de ápice agudo; pétalas amarelas e brácteas vivamente coloridas ______6.7 V. philippocoburgii 9’. Estames do mesmo tamanho que as pétalas; sépalas ovado-lanceoladas de ápice agudo; pétalas amarelo-claras e brácteas florais em geral verdes. ______6.4 V. gigantea 10. Sépalas maiores que as pétalas ______11 10’. Sépalas menores que as pétalas ______11’ 11. Brácteas florais amarelas; mucilaginosas ______6.11 V. rodigasiana 11’. Brácteas florais de outras cores; não mucilaginosas ______12 12. Brácteas escapais verde-amarronzadas, com base avermelhada ______6.2 V. corcovadensis 12’. Brácteas escapais de rosa-pink a avermelhadas, com base interna esbranquiçada ______6.12 V. vagans

3.2 Bromeliáceas encontradas na fazenda escamas na parte inferior. Inflorescência Vale do Paraíso espiga simples, reta, não ultrapassando as folhas, com 12 cm de comprimento. Escapo ereto, cilíndrico, com 32 cm de comprimento 3.2.1 Aechmea Ruiz & Pav. e 5 mm de diâmetro, subgloboso, levemente ______alvo-lanuginoso. Raque verde-lanuginosa, Aechmea gamosepala Wittmack (Figura 2A) coberta parcialmente pelas brácteas escapais. Bráctea Escapal alvo-lanuginosa, Wittmack, Bot. Jahrb. 13 (Beibl. 29): 3, 13. 1891 com margens róseas e ápice acuminado ______levemente azulado, diminuindo de tamanho em direção ao ápice. Bráctea Primária Planta com hábito epifítico, terrícola ou ausente. Bráctea Floral róseo-avermelhada, rupícola; estolonífera. Folhas em torno de lanuginosa, com ápice acuminado; as 12-13, com até 92 cm de comprimento, inferiores com ápice azulado e maiores que reunidas na parte basal formando uma as superiores que apresentam ápice cisterna. Bainha evidente, em torno de 3 cm acastanhado. Flores sésseis, com 1-1,5 cm de largura, verde-pálida na porção interna e de comprimento. Sépalas assimétricas, roxo- verde mais escuro na porção externa, com avermelhadas, lanuginosas, membranáceas margem lisa e escamada em ambos os e amareladas na parte superior, de ápice lados. Lâmina largamente linear, acanalado- arredondado com espinho de 4 mm de côncava, verde-escura, de ápice comprimento. Pétalas azuis de base arredondado e mucronado, com pequenos amarelada, com duas lígulas amareladas e espinhos marginais voltados para cima e membranáceas pouco acima da base. espaçados entre si, apresentando mais Estames amarelo-claros, pouco menores 27 REA – Revista de estudos ambientais (Online) v.14, n. 4, p. 20-43, jul./dez. 2012 que as pétalas. Ovário glabro, concrescido de ápice levemente recurvo dotado de na base, cilíndrico, róseo-amarelado. Fruto pequeno múcron e com dois apêndices baga, preto quando maduro. Sementes basais quase transparentes, livres até a castanhas, numerosas, pequenas, em torno base. Estames amarelo-claros, menores que de 1,5 mm de comprimento. as pétalas. Filetes interpétala livres e Material examinado: 26/X/2006, epipétalos concrescidos até a base do T.E.V.Azeredo 10 (CRI 7526); 02/IX/2007, apêndice. Ovário tomentoso, subgloboso, T.E.V.Azeredo 44 (CRI 7527). com 6 mm de comprimento. Fruto baga, Espécie que ocorre nos estados do amarelo, com a base verde quando imaturos sul do Brasil, além de São Paulo. Encontrada e alaranjados quando maduros. Sementes na área de estudo com hábito epifítico e castanhas, envolvidas em substância terrícola, florescendo nos meses de agosto e gomosa, adocicada e comestível; ápice setembro, frutificando em outubro e agudo. novembro. Registrou-se sua preferência por Material examinado: 26/X/2006, locais úmidos e sombreados. T.E.V.Azeredo 13 (CRI 7528); 07/XI/2006, T.E.V.Azeredo 27 (CRI 7529). ______Ocorre no Brasil nas regiões Aechmea nudicaulis (L.) Grisebach var. nordeste (Bahia), sudeste (ES, MG, RJ, SP) cuspidata Baker (Figura 2B) e sul (SC e RS), além da Venezuela e Equador. Espécie heliófita, encontrada na Baker, Jour. Bot. London 17 : 234. 1879 área de estudo com flores de outubro a ______dezembro e com frutos em novembro e dezembro. Planta com hábito epifítico. Folhas em torno de 10, as maiores com 20-30 cm de comprimento, formando cisterna alongado- 3.2.2 Billbergia J.C.Wendl tubular. Bainha bem desenvolvida, com ______margem lisa, de face inferior interna Billbergia zebrina (Herbert) Lindley (Figura arroxeada e exterior verde-amarronzada, 2C) com grande quantidade de escamas castanhas. Lâmina verde-escura na parte Lindley, Bot. Reg. 13 : táb. 1068. 1827 superior e mais clara na parte inferior, com ______espinhos marginais de 2-3 mm de comprimento, fortes e escuros, diminuindo Planta com hábito epifítico. Folhas internas de tamanho em direção ao ápice com até 65 cm de comprimento, maiores que arredondado e mucronado; parte externa as externas que possuem até 15 cm de mais escamada. Inflorescência simples, comprimento, formando cisterna tubular. com 7 cm de comprimento, laxa, Bainha bem desenvolvida, com 9 cm de ultrapassando as folhas. Escapo vermelho, largura, alongado-oval amplexicaule, escura cilíndrico, levemente curvo, com 35 cm de na face interna pela presença de escamas comprimento. Raque ereta, vermelha, acastanhadas e verde-clara na face externa. exposta. Bráctea Escapal vermelha, Lâmina coriácea, ereta, verde-escura, lanceolada, com ápice acuminado e largamente linear, com listras pequenos espinhos tenros distribuídos esbranquiçadas transversais desde a base esparsamente na margem; ultrapassa os até o ápice, sendo mais evidente no lado internódios alcançando a inflorescência; a externo, com espinhos verdes marginais porção inferior interna da base é fortes que diminuem levemente de tamanho esbranquiçada pela presença de escamas e em direção ao ápice mucronado. na fase de frutificação, apresenta coloração Inflorescência em espiga terminal, simples, rosa-pink até ir perdendo a tonalidade da cor pêndula, alvo-lanuginosa, com à medida que fenece. Bráctea Primária aproximadamente 10 cm de comprimento, ausente. Bráctea Floral vermelha, não ultrapassando as folhas. Escapo com lanceolada, acuminada. Flores sésseis, aproximadamente 55 cm de comprimento, polísticas. Sépalas amarelo-esverdeadas, curvo, verde-claro, esbranquiçado, assimétricas, persistentes, com uma tomentoso. Raque visível, branco- expansão na margem direita, livres, tomentosa. Bráctea Escapal tomentosa, as contorcidas para o mesmo lado, com ápice inferiores esverdeadas e as superiores acuminado (acúleo terminal evidente). roxas, amplexicaule, pouco visível no estágio Pétalas amarelas, esbranquiçadas na base, de frutificação. Bráctea Primária ausente. 28 REA – Revista de estudos ambientais (Online) v.14, n. 4, p. 20-43, jul./dez. 2012

Bráctea Floral tomentosa, com oblonga, externamente coberta por lanugem pouquíssimas escamas. Flores sésseis. marrom-escura. Flores curto-pediceladas. Sépalas alvo-farinosas, livres até a base, Sépalas assimétricas, elípticas, branco- pouco assimétricas, ápice arredondado. lanuginosas em direção à base. Pétalas Pétalas glabras, verde-amareladas, livres alvas na base, membranáceas, delicadas, até a base, fimbriadas no ápice. Estames oblongas, com ápice levemente esverdeado menores que as pétalas. Ovário ínfero, e agudo. Estames inclusos, brancos, com densamente tomentoso, com grandes anteras amareladas. OVÁRIO alvo, protuberâncias na região apical. Fruto baga densamente castanho-lanuginoso. Fruto tomentosa, globosa, com saliências, baga, quase cilíndrico. Sementes com 2 mm perfumada e adocicada. Sementes de comprimento, de ápice arredondado e pequenas, numerosas, fusiformes, brancas obtuso. com bordos de vináceos a completamente Material examinado: 06/II/2008, vináceos, envoltas por mucilagem. T.E.V.Azeredo 51 (CRI 7531). Material examinado: 19/VIII/07, Ocorre nas regiões sudeste e sul T.E.V.Azeredo 43 (CRI 7530). (SC) do Brasil, em matas de restinga e Ocorre no Brasil nas regiões sudeste atlântica. Encontrada na área de estudo com (MG, RJ, SP) e sul (PR, SC e RS), além do hábito epifítico, florescendo em janeiro e Paraguai e Argentina. Encontrada com flores fevereiro e frutificando de março a maio. de maio a julho e com frutos em julho e agosto. Foi observada desenvolvendo-se em locais mais abertos, sendo pouco comum na 3.2.4 Nidularium Lem. área. Quando fértil seus frutos lembram ______vagamente um bulbo de alho, embora com Nidularium innocentii Lemaire var. menor tamanho. paxianum (Mez) L.B. (Figura 2E)

L. B. Smith, Anais Bot. Herb. Barb. Rodr. 2: 14, 3.2.3 Canistrum E. Morren 1950 ______Canistrum fragrans (Linden) Mabb. (Figura 2D) Planta com hábito epifítico, rupícola ou terrícola. Folhas muito variadas em largura e Mabb., Feddes Repert. 101: 271. 1990 comprimento, em geral compridas e ______estreitas, verdes, rosuladas, formando cisterna laxa. Bainha alongada, pálida, com Planta com hábito epifítico e terrícola. margem lisa, coberta com escamas marrom- Folhas em torno de 17, as externas com 70- escuras em ambas as faces. Lâmina verde 90 cm e as internas com 45 cm. Bainha em ambas as faces, serreada com pequenos evidente, largo-elíptica, marrom-clara coberta espinhos marginais voltados para cima, com escamas castanhas em ambas as ápice obtuso e mucronado, estreitando-se faces. Lâmina acanalada, verde-escura, próximo à bainha. Inflorescência com 10 cm marmorizada, largo-linear, densamente de comprimento, composta, capituliforme, escamada na face interna e mais esparsa na não ultrapassando as bainhas foliares. face externa; margem com espinhos de 1-3 Escapo curto, com 10,5 cm de comprimento, mm de comprimento, voltados para cima, glabro, verde-claro, quase pálido. Raque não com ápice agudo. Inflorescência inclusa na visível, glabra, alva. Bráctea Escapal roseta, composta, capituliforme, na mesma esbranquiçada com ápice levemente altura das bainhas foliares, com esverdeado; com esparsas escamas aproximadamente 8 cm de comprimento e 6 castanhas e margem levemente serreada. cm de largura e com cerca de 100 flores. Bráctea Primária verde, com ápice agudo Escapo totalmente recoberto por lanugem vermelho, lanceolada, com escamas marrom de aspecto aveludado, com 14 cm castanhas em ambas as faces e margem de comprimento, cilíndrico. Raque alva, serreada em direção ao ápice. Bráctea cilíndrica, totalmente inclusa na roseta foliar . Floral ovalada, com ápice agudo e Bráctea Escapal branca, com margem levemente serreado, pouco escamada. serreada, ovalada, amplexicaule, escamada Flores sésseis, axilares. Sépalas em ambas as faces. Bráctea Primária persistentes, assimétricas, avermelhadas, ovalada, levemente rósea, com margem algumas esverdeadas, lanceoladas de ápice serreada. Bráctea Floral branca, obtusa, agudo, unidas na base. Pétalas brancas, 29 REA – Revista de estudos ambientais (Online) v.14, n. 4, p. 20-43, jul./dez. 2012 lanceoladas, com uma faixa basal Ovário súpero, oblongo. Fruto cápsula, esverdeada, membranáceas, de ápice verde-claro quando imaturo e paleáceo obtuso. Estames inclusos, com anteras quando maduro. Sementes fusiformes, amarelo-claras e filetes epipétalos. Ovário castanhas, com pêlos brancos e sedosos na triangular, pouco desenvolvido. Fruto baga, base, munidas de cabeleira umbeliforme. com sépalas vermelhas persistentes. Material examinado: 19/VIII/07, T.E.V. Sementes numerosas, pequenas, marrom- Azeredo 42 (CRI 7439). claras, com coloração mais acentuada no Ocorre no sudeste (SP) e sul do ápice. Brasil (SC e RS), além do Uruguai, Argentina Material examinado: 26/X/2006, e Paraguai. Encontrada na área de estudo T.E.V.Azeredo 11 (CRI 7532); 07/XI/2006, com hábito epifítico, florescendo em agosto e T.E.V.Azeredo 21 (CRI 7533). frutificando em setembro e outubro. Pouco Ocorre no Brasil nas regiões sudeste frequente, desenvolvendo-se em ambientes e sul (do Espírito Santo ao Rio Grande do mais abertos (heliófita ou de luz difusa). Sul). Encontrada na área com hábito epifítico e terrícola, florescendo em janeiro e ______fevereiro, frutificando em fevereiro e março. Tillandsia gardneri Lindley (Figura 2G) Espécie esciófita que acumula bastante água, sendo observado muitos animais de Lindley, Bot. Reg. 28: sub tab. 63. 1842 pequeno porte no seu interior, principalmente ______aracnídeos. Planta de hábito epifítico e rupícola, de rizoma quase nulo, com poucas raízes 3.2.5 Tillandsia L. curtas. Folhas inteiras, com cerca de 21 cm ______de comprimento, numerosas, triangulares, com margem lisa, não formadora de cisterna. Tillandsia aëranthos (Loiseleur) L. B. Smith Bainha com 2 cm de largura e com uma (Figura 2F) faixa clara na base. Lâmina estreito-

L. B. Smith, Lilloa 9: 200. 1943 triangular, esverdeada, branco-acinzentada, ______tomentosa, com presença de escamas que dão aspecto esbranquiçado. Inflorescência Planta com hábito epifítico e rupícola, com composta, com 11 cm de comprimento, rizoma forte, arcadamente caulescente. paniculada, globosa, ultrapassando as Folhas numerosas, inteiras, as internas folhas. Escapo pouco visível, com 9 cm de eretas, com aproximadamente 10 cm de comprimento, verde-claro, tomentoso. Raque comprimento e as externas recurvas, com 2- piramidada, não visível. Bráctea Escapal 3 cm de comprimento. Bainha curta, clara ovado-lanceolada, branco-esverdeada na (pálida) com escamas, exceto em uma base, com ápice acuminado verde- porção na base, com presença de uma faixa acinzentado mais escuro. Bráctea Primária de escamas castanhas. Lâmina estreito- verde-clara, tomentosa, as inferiores triangular, verde-intenso. Inflorescência semelhantes às brácteas escapais e as espiga, simples, densamente cilíndrica, com superiores semelhantes às brácteas florais. aproximadamente 3 cm de comprimento. Bráctea Floral avermelhada, dística, Escapo ereto, totalmente recoberto pelas escamada, largamente ovalada, de ápice brácteas escapais, com aproximadamente 12 agudo, as superiores de ápice obtuso. cm de comprimento. Raque não visível, reta, Flores eretas, dísticas, sésseis. Sépalas verde-rosulada. Bráctea Escapal verde- róseas, simétricas, livres, com pequeno clara com margens levemente arroxeadas, mucron no ápice. Pétalas largo-lineares, as inferiores com ápice acinzentado. Bráctea róseas, de ápice arredondado. Estames Primária ausente. Bráctea Floral rosa-pink, livres, menores que as pétalas, com côncava, glabra, com mucron cor-de- aproximadamente 2,5 mm de comprimento. chumbo. Flores em número aproximado de 6 Ovário triangular. Fruto cápsula cilíndrica, a 7, polísticas, eretas, sésseis. Sépalas longa e mucronada, verde-clara na base e menores que as pétalas, simétricas, rosa- verde-escura em direção ao ápice, com pink, lanceoladas, glabras, de ápice agudo. endocarpo castanho e brilhoso. Sementes Pétalas azul-escuras, livres, de ápice agudo numerosas, verde-claras, com cauda tênue a arredondado. Estames menores que as esbranquiçada, munida de fios pétalas, anteras esbranquiçadas (amarelo- esbranquiçados no ápice. claríssimas) e grão-de-pólen amarelo. 30 REA – Revista de estudos ambientais (Online) v.14, n. 4, p. 20-43, jul./dez. 2012

Material examinado: 26/X/2006, pelos amarelados dispostos em cabeleira na T.E.V.Azeredo 08 (CRI 7535); 07/XI/2006, base. T.E.V.Azeredo 31 (CRI 7536). Material examinado: 26/X/2006, Ocorre no Brasil nas regiões T.E.V.Azeredo 01 (CRI 7537); 07/XI/2006, nordeste (PI, CE, PB, PE, BA), sudeste (RJ, T.E.V.Azeredo 29 (CRI 7538). MG, SP) e sul (PR, SC e RS), além de Ocorre no Brasil nas regiões centro- Colômbia, Venezuela e Trinidad. Encontrada oeste (DF), sudeste (MG, RJ e SP) e sul com hábito epifítico na área de estudo, com (PR, SC e RS), além do Uruguai, Argentina e frutos nos meses de outubro a dezembro. Paraguai. Encontrada na área de estudo com Espécie heliófita e pouco frequente, sendo flores nos meses de agosto a outubro e com reconhecida em campo pelo aspecto frutos de outubro a dezembro. Espécie esbranquiçado de suas folhas. heliófita ou de luz difusa, frequente na área.

______Tillandsia geminiflora Brongniart (Figura Tillandsia mallemontii Glaziou ex Mez in 2H) Mart. (Figura 2I)

Brogniart in Duperrey, Voy. Coquille 186. 1829 Glaziou ex Mez in Martius, Fl. Bras. 3 (3) : 608, ______táb. 114. fig. 1, 1894. ______Planta com hábito epifítico, com rizoma horizontal grosso. Folhas numerosas, em Planta com hábito epifítico, longamente roseta densa sem formar cisterna, caulescente. Folhas inteiras, finas, com triangulares, com cerca de 14,5 cm de 8,5 cm de comprimento, não dispostas em comprimento. Bainha alargada na base, com roseta e não formadora de cisterna. Bainha 1,5 cm de largura. Lâmina densamente longa, com 18 mm de comprimento, coberta de escamas prateadas, sendo cinza- membranáceo-pálida, densamente chumbo na parte superior e mais clara na escamada externamente. Lâmina verde- parte inferior, às vezes com máculas clara com grande quantidade de escamas vináceas. Inflorescência paniculada, brancas, estreitada para o ápice. piramidal composta, com 7 cm de Inflorescência simples, delicada, com 2-4 comprimento. Escapo verde-claro, delicado, flores, medindo 3 cm, sobrepassando pouco pouco visível, com 11 cm de comprimento, as folhas. Escapo finíssimo, ereto, com 10 ultrapassando a roseta. Raque visível, cm de comprimento, densamente branco- verde-clara. Bráctea Escapal rosada na escamado. Raque glabra, compressa. base com ápice acuminado cinza-chumbo, Bráctea Escapal verde-escuro-tomentosa, alcançando a inflorescência. Bráctea fina, estando presentes na base do escapo e Primária rósea, membranácea, de base na base da inflorescência. Bráctea Primária ovalada, densamente recoberta de escamas ausente. Bráctea Floral um pouco mais na face externa e esparsamente na face escura que a bráctea escapal, com presença interna. Bráctea Floral menor que as de escamas que dão aspecto prateado. sépalas, mucronada, com escamas na face Flores eretas, dísticas, curto-pediceladas. externa, distante uma das outras, deixando a Sépalas esverdeadas, convolutas, pouco raque visível. No estágio de floração escamadas, com ápice rosado, menores que apresentam-se mais róseas que as brácteas as pétalas e com pequeno mucron no ápice. primárias. No estágio de frutificação, Pétalas roxas, tubulares, de ápice obtuso. apresentam-se com coloração verde-clara e Estames amarelos, menores que as pétalas. bordos levemente rosados. Flores sésseis, Ovário cilíndrico. Fruto cápsula verde- polísticas, normalmente em número de duas escura com base clara, pouco contorcida, no ápice de cada ramo. Sépalas simétricas, cilíndrica, mucronada, com valvas deiscentes avermelhadas, lanceoladas, de ápice agudo. até a base. Sementes numerosas, verde- Pétalas róseas, arredondadas. Estames claras na base com fios esbranquiçados no livres, menores que as pétalas. Ovário ápice. triangular. Fruto cápsula cilíndrica, lisa, Material examinado: 26/X/2006, verde-clara na base e verde-escura no ápice T.E.V.Azeredo 14 (CRI 7540); 07/XI/2006, quando imatura, com endocarpo castanho e T.E.V.Azeredo 32 (CRI 7541). brilhante, valvas deiscentes até o meio. Ocorre no Brasil nas regiões Sementes numerosas, castanhas, com nordeste (PI, RN, BA), sudeste (RJ, SP) e sul cauda tênue esbranquiçada no ápice e com (PR, SC, RS). Encontrada na área de estudo 31 REA – Revista de estudos ambientais (Online) v.14, n. 4, p. 20-43, jul./dez. 2012 com flores de novembro a fevereiro e com abertas. Muito frequente em toda a extensão frutos de janeiro a março. Espécie heliófita da área de estudo. ou de luz difusa, frequente na área. ______Tillandsia tenuifolia L. (Figura 2K) Tillandsia stricta Solander in Sims (Figura 2J) Linnaeus, Sp. Pl. 286. 1753. ______Solander in Sims, Bot. Mag. 37: táb. 1529. 1813. ______Planta com hábito epifítico, pouco caulescente. Folhas inteiras, em número Planta com hábito epifítico, pouco aproximado de 30, as mais externas com 2-5 caulescente. Folhas numerosas, com cm de comprimento e as mais internas com aproximadamente 9 cm de comprimento, 8-15 cm e não formam cisterna. Bainha com inteiras e não formam cisterna. Bainha com aproximadamente 1 cm de largura, evidente, 1 cm de largura, curta, clara (pálida), com clara (pálida) na porção inferior e com uma escamas, exceto em uma porção na base. faixa arroxeada coberta com escamas Lâmina estreito-triangular, verde-escuro- esbranquiçadas na porção superior; na face acinzentada, completamente coberta por externa a presença das escamas dá um escamas em ambas as faces. aspecto de manchas pequenas e brancas. Inflorescência simples, espigada. Escapo Lâmina estreito- triangular, rígida, verde com levemente curvo, glabro, verde-claro, pouco escamas que dão aspecto prateado; na face visível, com 4,5cm de comprimento. Raque externa em direção ao ápice a presença de reta, não visível, rosada. Bráctea Escapal escamas confere uma leve coloração róseo-claras, as superiores com ápice chumbo. Inflorescência simples, com acinzentado, a face externa apresenta-se aproximadamente 4,5 cm de comprimento. densamente escamada e a face interna com Escapo pálido, entre 6 e 7cm de escamas em menor quantidade. No estágio comprimento, não visível, levemente curvo e de frutificação perde a coloração, as totalmente coberto pelas brácteas escapais. inferiores tornam-se verde-claras na base, Raque não visível, levemente curva. Bráctea com ápice acinzentado e bordos levemente Escapal com aproximadamente 7 cm de rosados. Bráctea Primária ausente. Bráctea comprimento, linear com ápice acuminado Floral rósea, côncava, as inferiores com bem evidente; as inferiores maiores com ápice acuminado e as superiores base rósea e ápice verde e as superiores mucronadas. No estágio de frutificação são com coloração rósea mais forte e ápice verde-claras com ápice acinzentado. Flores verde (bem evidente). Bráctea Primária eretas, polísticas, sésseis, dispostas ausente. Bráctea Floral rosa-pink com base espiraladamente em três filas. Sépalas esbranquiçada, lanceolada com ápice róseo-claras, menores que as pétalas, acuminado verde evidente somente nas simétricas, de ápice agudo. Pétalas inferiores, as superiores são rosa-pink, arroxeadas, livres, arredondado-obtusas. lanceoladas, com ápice agudo, com Estames menores que as pétalas. Ovário escamas esbranquiçadas na face interna. súpero, oblongo. Fruto cápsula, cilíndrico Flores eretas, polísticas. Sépalas menores com valvas deiscentes até a base. que as pétalas, pálidas, levemente rosadas, Sementes castanhas, numerosas, quase transparentes, lanceoladas, pequenas, com aspecto fusiforme. simétricas, livres. Pétalas brancas, livres e Material examinado: 26/X/2006, muito sensíveis. Estames menores que as T.E.V.Azeredo 09 (CRI 7542); 07/XI/2006, pétalas, com anteras amarelas, menores que T.E.V. Azeredo 15 (CRI 7543). o carpelo, com grãos-de-pólen amarelados. Ocorre no Brasil nas regiões Ovário súpero, oblongo (evidente). Fruto nordeste (BA), sudeste (ES, MG, RJ, SP) e cápsula cilíndrica, com valvas sul (PR, SC, RS), estendendo-se para o espiraladamente tortas, exocarpo castanho e Uruguai, norte da Argentina, Paraguai, endocarpo preto. Sementes castanhas, Suriname, Guiana, Trinidad e Venezuela. fusiformes, onduladas. Encontrada florescendo na área estudada de Material examinado: 21/II/2007, setembro a fevereiro e frutificando de T.E.V.Azeredo 38 (CRI 7544). outubro a março. Espécie heliófita ou de luz Ocorre no Brasil nas regiões norte difusa, podendo formar densos (PA), nordeste (CE, PE, BA), centro-oeste agrupamentos, sobretudo em áreas mais (DF, MT), sudeste (RJ, SP) e sul (PR, SC, 32 REA – Revista de estudos ambientais (Online) v.14, n. 4, p. 20-43, jul./dez. 2012

RS), além da Argentina, Paraguai, Bolívia, Facilmente reconhecida por ser pendente Guianas, Venezuela e Cuba.Encontrada na nas árvores formando densos emaranhados área de estudo com flor em fevereiro e de caules cinzentos. março e com frutos de março a maio. Espécie heliófita ou de luz difusa, frequente na área estudada e facilmente reconhecida, 3.2.6 Vriesea Lindl. dentre as Tillandsia observadas na Fazenda, ______pela coloração branca de suas pétalas. Vriesea carinata Wawra (Figura 3A)

______Wawra, Österr. Bot. Zeitschr. 12: 349. 1862. Tillandsia usneoides (L.) L. (Figura 2L) ______

Linnaeus, Sp. Pl. ed. 2. 411. 1762. Planta com hábito epifítico, acaule, com ______raízes curtas e finas. Folhas inteiras, com 19-20 cm de comprimento, formando Planta com hábito epifítico; sem raízes na cisterna. Bainha desenvolvida, com 4 cm de fase adulta, pendente nas árvores, com largura e coloração levemente diferenciada, caule filiforme, compresso, densamente lilás na parte interna e verde-amarronzada escamado. Folhas pouco numerosas, na parte externa, recoberta de escamas em dísticas, com até 5 cm de comprimento. ambas as faces. Lâmina verde-escura na Bainha amplectiva, com muitas escamas. parte superior e verde-clara na parte inferior; Lâmina cinza-prateada, muito escamada, com ápice acuminado, largamente oval, recurvada, filiforme-cilíndrica, longamente escamada. Inflorescência simples, ovalada, aguda. Inflorescência unifloral. Escapo longa, ultrapassando as folhas, com 5 – 6 cm filiforme, densamente escamado, com até 1 de comprimento. Escapo longo, ereto, com cm de comprimento. Bráctea Escapal 21 cm de comprimento, paleáceo, delicado, imbricada, escamada. Bráctea Primária glabro. Raque vermelha, angulosa, visível na ausente. Bráctea Floral com 3 mm de antese. Bráctea Escapal verde (do mesmo comprimento e 2 mm de largura, elíptica, tom da folha), visto que no estágio de com bordos glabros e dorso com escamas frutificação, as brácteas perdem a coloração acastanhadas e ápice caudado. Flores com vibrante; não imbricadas. Bráctea Primária pedúnculo de 1 mm de comprimento, ausente. Bráctea Floral vermelha com ápice delicadas, pequeníssimas, quase amarelo-esverdeado, dística, com ápice imperceptíveis. Estames inclusos, amarelos, acuminado, membranáceas e carinadas. delicados, com anteras palidamente Flores em torno de 12, pediceladas. amareladas. Sépalas paleáceas (verde Sépalas amareladas, carinadas, claríssimas), com ápice levemente vináceo, lanceoladas, com ápice agudo. Pétalas ovalado-agudas. Pétalas verdes, tubulares, amarelas, de ápice verde, arredondado e com 1 cm de comprimento e 2 mm de emarginado, maiores que as sépalas. largura, estreitamente ovalada. Ovário Estames maiores que as pétalas. Ovário elipsóide. Fruto cápsula, com valvas piramidado. Fruto cápsula, aguda para o deiscentes até a base, espiraladamente ápice, com valvas deiscentes até próximo da torta, com exocarpo paleáceo e endocarpo base, exocarpo cor de palha e rugoso, acastanhado. Sementes castanhas, com endocarpo acobreado. Sementes ápice agudo, dotado de pequena cauda, com numerosas, castanhas, com pelos sedosos e pelos sedosos formando uma cabeleira. esbranquiçados na base prolongado por uma Material examinado: 28/VII/2007, cabeleira umbeliforme, ápice com uma T.E.V.Azeredo 41 (CRI 7546); 28/I/2008, pequena cauda. T.E.V.Azeredo 45 (CRI 7547). Material examinado: 26/X/2006, Espécie de maior distribuição T.E.V.Azeredo 05 (CRI 7548); 07/XI/2006, geográfica dentro da família, ocorrendo no T.E.V.Azeredo 23 (CRI 7549); 07/XI/2006, Brasil nas regiões norte (PA), nordeste (MA, T.E.V.Azeredo 24 (CRI 7545). CE, PB, PE, BA), sudeste (MG, ES, RJ) e sul Ocorre no Brasil nas regiões (PR, Sc e RS) e estendendo-se desde o sul nordeste (BA), sudeste (ES, RJ) e sul (PR, da América do Sul até a Flórida. Encontrada SC, RS). Encontrada na área de estudo na área de estudo com frutos no mês de florescendo de janeiro a julho e em julho e em agosto observou-se dispersão das setembro, tendo seu maior pico de floração sementes. Espécie heliófita ou de luz difusa em março e frutificando em abril, maio, e seletiva higrófila, abundante na área. agosto e outubro. Espécie de luz difusa e 33 REA – Revista de estudos ambientais (Online) v.14, n. 4, p. 20-43, jul./dez. 2012

exigente quanto à umidade atmosférica; na área de estudo e em Santa Catarina muito frequente na área. (Reitz, 1983).

______Vriesea corcovadensis (Britten) Mez Vriesea flammea L. B. Smith (Figura 3C) (Figura 3B) L.B.Smith, Arq. Bot. S Paulo II. 1: 59, táb. 79. Mez in Martius, Fl. Bras. 3 (3): 532. 1894. 1941. ______

Planta com hábito epifítico; acaule. Folhas Planta com hábito epifítico; acaule. Folhas em torno de 18-20, em geral pequenas, as em torno de 23 cm de comprimento, inteiras, externas com 13 cm de comprimento e as numerosas, formando pequena cisterna. internas com 19 cm, formando cisterna. Bainha elíptica, larga, com 4 cm de largura, Bainha bem evidente, com 4,5 cm de arroxeada em ambas as faces, com escamas largura, completamente roxa em ambas as em menor quantidade na parte inferior. faces, totalmente escamada, largamente Lâmina verde, estreito - triangular, ovalada. Lâmina acanalado-côncava, de acanalado-côncava, de ápice agudo ápice agudo, verde com máculas vermelhas. enrolado, com presença de escamas Inflorescência composta, com 18-20 flores, esbranquiçadas na parte superior e podendo ultrapassando as folhas, com cerca de 15 cm apresentar máculas de verde-claras a de comprimento. Escapo longo, com 28-30 atropurpúreas. Inflorescência simples, com cm de comprimento, glabro, cilíndrico, 9-15 cm de comprimento, levemente curva. totalmente recoberto pelas brácteas Escapo ereto, longo, com 35 cm de escapais. Raque visível, angulada, comprimento, visível, glabro. Raque vermelha, densamente coberta com angulosa, vermelha, visível durante a antese. escamas prateadas. Bráctea Escapal Bráctea Escapal vermelha, imbricada, amplexicaule, verde-amarronzada com base escamada, triangular, com ápice longamente avermelhada, lisa, de ápice acuminado, as acuminado, as superiores adpressas ao inferiores maiores que as superiores. escapo envolvendo-o tubulosamente, Bráctea Primária amplexicaule, vermelha, ultrapassando os internódios. Bráctea mucronada, com pequenas escamas Primária ausente. Bráctea Floral vermelha, próximas ao ápice. Bráctea Floral pouco escamada, côncava inflada, com membranácea, róseo-avermelhada com ápice esbranquiçado. Flores distribuídas ápice agudo amarelado, ovalada, escamada, espiraladamente, ultrapassando as folhas, com nervuras transversais evidentes. Flores curto-pediceladas, dispostas em mais de suberetas, curto-pediceladas, dispostas em duas fileiras. Sépalas branco-esverdeadas, uma raque primária e duas secundárias. levemente avermelhadas, obtusas. Pétalas Sépalas simétricas, menores que as pétalas, brancas, com 2 apêndices basais, com amarelo-claras, de ápice agudo a nervuras longitudinais, onduladas próximo ao acuminado, com base levemente ápice dando aspecto plicado. Estames bem esverdeada. Pétalas amarelas, tubulares, de evidentes na antese, maiores que as pétalas ápice obtuso. Estames maiores que as e adnatos a elas na base entre os apêndices, pétalas, amarelo-claros de anteras negras. filetes levemente ondulados na parte Ovário oblongo , piramidado. Fruto cápsula superior, anteras pretas. Ovário liso, verde-amarelada no início da fase de triangulado, piramidado; estigma globoso, frutificação. Sementes castanhas, margem fimbriada; carpelo maior que os longamente caudadas, munidas de cabeleira estames. Fruto cápsula de ápice agudo, com umbeliforme castanho-clara. valvas deiscentes até a base, sendo pretas e Material examinado: 28/I/2008, polidas por dentro. Sementes numerosas, T.E.V.Azeredo 46 (CRI 7454). castanhas com cauda tênue no ápice e base Espécie com distribuição restrita com pelos esbranquiçados, sedosos, sendo registrada sua ocorrência no Brasil prolongados por uma cabeleira umbeliforme. nas regiões sudeste (ES, RJ) e sul (PR, SC). Material examinado: 26/X/2006, Encontrada na área de estudo com flores em T.E.V.Azeredo 02 (CRI 7551); 07/XI/2006, janeiro e fevereiro e com frutos de fevereiro a T.E.V. Azeredo 18 (CRI 7552); 28/I/2008, T. abril. Espécie heliófita ou de luz difusa; rara E. V. Azeredo 48 (CRI 7553).

34 REA – Revista de estudos ambientais (Online) v.14, n. 4, p. 20-43, jul./dez. 2012

Ocorre no Brasil nas regiões Ocorre no Brasil nas regiões sudeste nordeste (BA), sudeste (RJ, SP) e sul (PR, (ES, RJ, SP) e sul (PR, SC, RS). Encontrada SC, RS). Encontrada na área de estudo com com flores em janeiro e fevereiro e com flores de outubro a dezembro (com pico de frutos de fevereiro a maio. Espécie heliófita floração em dezembro) e com frutos de ou de luz difusa; muito reqüente na área janeiro a março. Observou-se dispersão das estudada. Reconhecida em campo pelo seu sementes de julho a setembro. Espécie grande porte, sendo considerada a maior das heliófita ou de luz difusa, muito frequente na Vriesea do sul do Brasil. Suas flores área estudada. Facilmente reconhecida em desabrocham ao anoitecer e iniciam o campo pelo aspecto estreito-triangular de fenescimento logo após o aparecimento do suas folhas e pela coloração branca de suas sol. pétalas. ______Vriesea guttata Linden et André (Figura 3E) Vriesea gigantea Gaudichaud (Figura 3D) Linden et André, 11. Hort. 22: 43, táb. 200. 1875. Gaudichaud. Atl. Voy. Bonite. Tab. 70. 1846. ______Planta com hábito epifítico, de raízes Planta com hábito epifítico e terrícola. grossas e ramificadas. Folhas em número Folhas em torno de 40, grandes, formando de 12, inteiras, dispostas em roseta, ampla cisterna. Bainha evidente, formando cisterna. Bainha ovalada, amarronzada, largo-elíptica, densamente coriácea, escamada em ambos os lados, coberta por escamas castanhas. Lâmina internamente coberta de escamas escuras coriácea, acanalado-côncava, com ápice (arroxeado-acastanhadas). Lâmina arredondado e mucronado; verde-clara, com acanalada, coriácea, com ápice arredondado nervuras longitudinais e linhas transversais e mucronado, verde com nervuras de coloração amarelo-esverdeada. transversais bem visíveis diante da luz, Inflorescência composta, com branco-escamada em ambas as faces, mais aproximadamente 1,50 m de comprimento, evidente na face exterior; com poucas superando em muito as folhas. Escapo com manchas amarronzadas, Inflorescência 30 cm de comprimento, forte, pouco visível, simples, pendular, com aproximadamente 20 verde-claro, com substância mucilaginosa. cm de comprimento, ultrapassando as folhas. Raque verde, glabra, pouco curva, com Escapo curvo, com aproximadamente 18 cm substância mucilaginosa. Bráctea Escapal de comprimento, glabro, delicado, cilíndrico. verde, semelhante à folha, decrescendo de Raque pouco visível, curva, angulada róseo- tamanho em direção ao ápice; as inferiores clara com aspecto esbranquiçado. Bráctea ovaladas com ápice agudo e as superiores Escapal róseo-clara com ápice mucronado, com ápice acuminado. Bráctea Primária levemente esverdeado, de base verde, semelhante à bráctea escapal. amarronzada, imbricada, cobrindo totalmente Bráctea Floral largamente ovalada, o escapo. Bráctea Primária ausente. côncava, com ápice agudo, viscosa por Bráctea Floral côncava, rosa-clara, com dentro, menor que as sépalas. Flores aspecto esbranquiçado, mucronada, menor noturnas, dísticas. Sépalas verdes, que as sépalas. Flores dísticas, suberetas, formando um tubo ao redor das pétalas, curto-pediceladas. Sépalas simétricas, ovalado-lanceoladas, de ápice agudo. persistentes, amarelo-esbranquiçadas, com Pétalas amarelo-claras, tubulares, maiores aspecto membranáceo, escamadas, de ápice que as sépalas, lineares de ápice acuminado e menores que as pétalas. arredondado e emarginado. Estames do Pétalas amarelas com bordos levemente mesmo tamanho das pétalas, amarelos. esverdeados, imbricadas, com dois Ovário piramidado, ovóide, com estigmas apêndices petalíneos. Estames maiores que mais altos que as anteras. Fruto cápsula as pétalas, amarelo-claros, de ápice fusiforme, com 5 cm de comprimento e 1 cm ligeiramente acastanhado. Ovário de largura, com ápice agudo. Sementes piramidado. Fruto cápsula fusiforme, aguda castanhas, tortuosas, com ápice munido de para o ápice, maior que as sépalas pêlos acinzentados, aumentado por uma persistentes, com valvas deiscentes até a cabeleira umbeliforme. base, exocarpo rugoso e endocarpo preto. Material examinado: 06/II/2008, Sementes numerosas, castanhas, T.E.V.Azeredo 50 (CRI 7554). fusiformes, agudas, com ápice munido de 35 REA – Revista de estudos ambientais (Online) v.14, n. 4, p. 20-43, jul./dez. 2012

pelos amarelo-acastanhados acrescidos por ______uma cabeleira umbeliforme. Vriesea philippocoburgii Wawra (Figura Material examinado: 26/X/06, 3G) T.E.V.Azeredo 04 (CRI 7459). Ocorre no Brasil nas regiões sudeste Wawra, Österr. Bot. Zeitschr. 30: 219. 1880. (MG, ES, RJ, SP) e sul (PR, SC). Encontrada ______com flores de outubro a dezembro e com Planta com hábito epifítico, terrícola ou frutos de dezembro a fevereiro. Espécie de rupícola. Folhas em torno de 20-25, com luz difusa, exigente quanto à umidade do ar; aproximadamente 53 cm de comprimento e 5 pouco frequente na área estudada. Quando cm de largura, dispostas em roseta e floresce destaca-se, na mata, pela coloração formando grande cisterna. Bainha evidente, rósea de suas brácteas florais. com 16 cm de comprimento e 9 cm de largura, de coloração clara com escamas ______amarronzadas em ambas as faces e com Vriesea incurvata Gaudichaud (Figura 3F) uma faixa clara na base. Lâmina verde- escura com nervuras transversais e estrias Gaudichaud, Atl. Voy. Bonite tab. 68. 1843. em tons mais escuros que a cor da lâmina, ______de margens lisas e ápice acuminado com coloração verde-clara. Inflorescência Planta com hábito epifítico. Folhas inteiras, composta, com 1m de comprimento. Escapo com 23-44 cm de comprimento, formando com 35 cm de comprimento, ereto, cisterna. Bainha oblonga, verde-clara, quase esbranquiçado, glabro, de difícil visualização pálida, densamente coberta por pequenas devido à disposição imbricada das brácteas escamas. Lâmina verde-escura, escamada escapais. Raque fina, visível, de coloração em ambos os lados, estreitada próxima da rósea com verde-claro. Bráctea Escapal bainha. Inflorescência simples, com 19-33 verde, lisa, de ápice acuminado, com cm de comprimento, espigada, compressa, aproximadamente 17 cm de comprimento, as ultrapassando as folhas. Escapo ereto, inferiores muito semelhantes às folhas. O avermelhado, com 13 cm de comprimento, comprimento diminui em direção ao ápice (8 não visível na antese Raque angulosa, cm, 4cm, 2cm). Bráctea Primária vermelha, glabra, não visível pela cobertura das simétrica, esparsa, muito pequena se brácteas florais. Bráctea Escapal inferior comparada com o tamanho das brácteas verde-clara e superior avermelhada. Bráctea escapais. Bráctea Floral com 1/3 do Primária ausente. Bráctea Floral vermelha comprimento da flor; vermelha na base com bordos amarelados, dística, carinada, tornando-se vinácea para o ápice com uma substância viscosa, gelatinosa, acuminado, com estrias transversais bem cobrindo a raque. Flores curto-pediceladas, evidentes e escamas esbranquiçadas em com 4-5 cm de largura. Sépalas amareladas, pouca quantidade. Flores sésseis e simétricas, menores que as pétalas, ovalado- unilaterais. Sépalas simétricas, lanceoladas, lanceoladas, com ápice obtuso. Pétalas de ápice agudo, base verde tornando-se amarelas com ápice esverdeado amarelada em direção ao ápice, com arredondado ou emarginado, com 2 presença de poucas escamas castanhas. apêndices basais. Estames amarelos, Pétalas amarelas, maiores que as sépalas, maiores que as pétalas. Ovário piramidado, com dois apêndices basais transparentes. com estigma verde e estilete triangulado. Estames amarelos, maiores que as pétalas Fruto cápsula subcilíndrica, de ápice agudo, e com anteras acinzentadas. Ovário com valvas completamente deiscentes. triangular, piramidado e esverdeado. Fruto Sementes numerosas, castanhas, cápsula subcilíndrica, com valvas deiscentes cilíndricas, com pelos brancos na base, até a base, epicarpo rugoso e endocarpo de munidas de uma cabeleira umbeliforme. castanho a negro. Sementes numerosas, Material examinado: 07/XI/2006, tortuosas, castanhas, com pêlos amarelo- T.E.V.Azeredo 19 (CRI 7556). acastanhados na base, aumentados por uma Ocorre no Brasil nas regiões sudeste cabeleira umbeliforme. (RJ, SP) e sul (PR, SC, RS). Encontrada Material examinado: 25/III/07, com flor na área de estudo de setembro a T.E.V.Azeredo 40 (CRI 7557). novembro. Espécie esciófita ou de luz difusa; Ocorre no Brasil nas regiões sudeste seletiva quanto à umidade do ar; muito (RJ, SP) e sul (PR, SC, RS). Encontrada na frequente no local estudado. 36 REA – Revista de estudos ambientais (Online) v.14, n. 4, p. 20-43, jul./dez. 2012

área de estudo com hábito epifítico, unidos fasciculadamente por uma cabeleira florescendo de janeiro a março e frutificando umbeliforme. em março e abril. Espécie heliófita ou de luz Material examinado: 26/X/2006, difusa; exigente quanto à umidade do ar; T.E.V.Azeredo 06 (CRI 7558); 07/XI/2006, frequente na área de estudo. Reconhecida T.E.V.Azeredo 35 (CRI 7559). em campo pelo seu grande porte. No Ocorre no Brasil nas regiões sudeste entanto, suas folhas não possuem aspecto (MG, RJ, SP) e sul (PR, SC, RS), coriáceo como em V. gigantea e são menos estendendo-se para a Argentina (Missiones), numerosas. Diferem também no tamanho de Guiana, Trinidad, Venezuela, Jamaica e suas inflorescências, na coloração e Cuba. Encontrada na área de estudo com tamanho de alguns verticilos florais. Ao hábito epifítico, florescendo de agosto a contrário de V. gigantea , possui flores outubro e frutificando de setembro a diurnas. novembro. Espécie heliófita ou de luz difusa, exigente quanto à umidade do ar; pouco ______frequente. Suas flores desabrocham ao Vriesea platynema Gaudichaud (Figura 3H) anoitecer e fecham-se logo após o aparecimento do sol, quando iniciam seu Gaudichaud, Atl. Voy. Bonite tab. 66. 1843. fenescimento. ______Planta com hábito epifítico e rupícola. Vriesea platzmannii E. Morren (Figura 3I) Folhas com 32 cm de comprimento, dispostas em roseta, formando cisterna. E. Morren, Belg. Hortc. 25: 349, táb. 23. 1875. Bainha com 8 cm de comprimento, marrom- ______arroxeada coberta por escamas castanhas, com coloração clara na base interna. Lâmina Planta com hábito epifítico, de rizoma quase largo-linear, com ápice acuminado, verde- nulo e raízes bastante grossas. Folhas clara com estrias finas verde-escuras, bem inteiras, em torno de 15, com 30 cm de evidentes quando observadas em comprimento, dispostas em roseta, formando luminosidade, um pouco mais clara na cisterna. Bainha castanho-escura, côncavo- porção interna. Inflorescência simples, ovalada, com 8 cm de largura, coberta com dística, ultrapassando a inflorescência, com escamas castanhas. Lâmina verde-escura 18 cm de comprimento. Escapo ereto, verde, com máculas vináceas em ambas as faces e com 26 cm de comprimento, visível, nervuras evidentes em relevo, acanalada, cilíndrico, robusto. Raque visível, ereta, de com bordos e ápice vináceos, recurvada coloração vináceo-amarronzada, angulada. para o ápice e com escamas em ambas as Bráctea Escapal vermelho-vinácea, elíptica, faces dando ás vezes um aspecto de com ápice acuminado, imbricada, coloração “verde apagado”. Inflorescência amplectiva. Bráctea Primária ausente. simples, com 21 cm de comprimento, ereta, Bráctea Floral ovalado-triangular, vinácea, superando em muito as folhas. Escapo as superiores com ápice obtuso e as longo, com 85 cm, ereto, glabro, de cor inferiores com ápice agudo, glabras no dorso vinho, levemente curvo e bem visível. Raque e viscosas internamente. Flores noturnas, quadrangular, angulada, levemente curva, pedunculadas, com odor desagradável . visível na antese. Bráctea Escapal verde- Sépalas amarelo-esverdeadas, com ápice escura, com bordos e ápice vináceos, as obtuso, livres e simétricas. Pétalas inferiores maiores, ultrapassando os amareladas, com ápice de castanho- internódios, as superiores gradativamente arredondado a emarginado, com 2 apêndices vão adquirindo coloração vinho; presença de basais ovalado-agudos e levemente uma estrutura esbranquiçada que lembra assimétricos. Estames menores que as uma teia de aranha sobre as brácteas e o pétalas. Ovário piramidado, levemente escapo. Bráctea Primária ausente. Bráctea sulcado. Fruto cápsula fusiforme, verde- Floral roxo-escuro-esbranquiçada, amarronzado do meio para o ápice quando membranácea, côncava, de ápice obtuso, imaturos, com pequeno múcron no ápice; menores que as sépalas. Flores curto- valvas deiscentes, exocarpo rugoso e pediceladas, dispostas em apenas uma amarelado, endocarpo preto. Sementes fileira. Sépalas amarelas com base roxo- numerosas, cilíndricas, de ápice caudado e escura, livres e simétricas. Pétalas base com pelos esbranquiçados e sedosos, amarelas, com ápice arredondado e 37 REA – Revista de estudos ambientais (Online) v.14, n. 4, p. 20-43, jul./dez. 2012

emarginado, com dois apêndices basais. lados. Bráctea Primária ausente. Bráctea Estames menores que as pétalas, 3 livres e Floral completamente vermelha, com ápice 3 concrescidos na base da pétala, com grãos amarelo, carinada, dística, ovalada, de ápice de pólen pequeninos e amarelos Ovário agudo, com escamas em ambas as faces, levemente triangular, sulcado; estigma porém mais densamente na parte interna. globoso. Fruto cápsula ovóide, aguda para o Flores curto-pediceladas. Sépalas ápice, com exocarpo opaco, rugoso e simétricas, lanceolado-elípticas, persistentes, endocarpo preto. Sementes numerosas, com coloração amarronzada na base e fusiformes, castanhas, com pêlos amarelada no ápice obtuso. Pétalas avermelhados na base, unidos amarelas de ápice arredondado e fasciculadamente por cabeleira emarginado. Estames maiores que as umbelififorme, juntando-se no ápice da pétalas. Ovário ovóideo-piramidado, com cápsula. base dilatada. Fruto cápsula ovóide, pouco Material examinado: 07/XI/2006, maior que as sépalas persistentes. T.E.V.Azeredo 34 (CRI 7560). Sementes castanhas, numerosas, com ápice Ocorre no Brasil, com distribuição caudado e com pêlos brancos prolongados restrita, nas regiões sudeste (SP) e sul (PR, por uma cabeleira umbeliforme. SC, RS). Encontrada com flores de outubro a Material examinado: 07/XI/2006, dezembro e com frutos de dezembro a maio. T.E.V.Azeredo 36 (CRI 7561). Espécie heliófita ou de luz difusa, pouco Ocorre no Brasil nas regiões exigente quanto à umidade do ar; rara na nordeste (BA), sudeste (ES, RJ) e sul (SC). área de estudo. Facilmente reconhecida pelo Encontrada, na área de estudo, com flores aspecto de suas folhas, que são acanaladas em outubro e novembro e em fase inicial de e possuem nervuras evidentes em relevo. frutificação no mês de novembro. Espécie Quando floresce, todas as suas flores são heliófita ou de luz difusa. Reitz (1983) cita igualmente dirigidas para um mesmo lado. como limite geográfico sul desta espécie o estado de Santa Catarina, no município de ______Camboriú, sendo considerada como rara Vriesea psittacina (Hooker) Lindley var. pelo referido autor. Espécie pouco frequente psittacina (Figura 3J) na área de estudo. V. psittacina foi observada apenas duas vezes. Lindley, Bot. Reg. 29: tab. 10. 1843. ______Vriesea rodigasiana E. Morren (Figura 3K) Planta com hábito epifítico, de raízes grossas. Folhas acanaladas formando E. Morren, Ill. Hort. 29: 171, táb. 467. 1882. pequena cisterna, as centrais com 18 cm de ______comprimento e as mais externas menores, inteiras, com margem lisa e ápice Planta com hábito epifítico. Folhas inteiras acuminado. Bainha bem desenvolvida, com com 12-15 cm de comprimento, formando 4 cm de comprimento, ovalada, roxa na base cisterna. Bainha amplexicaule, ovalada, interna e verde-clara na base externa. membranácea, com 5,5cm de largura, Lâmina recurvada, verde-clara na parte arroxeada em ambos os lados, com uma superior e verde-esbranquiçada (pálida) na faixa basal mais clara. Lâmina verde-clara parte inferior; com algumas máculas com algumas máculas avermelhadas e avermelhadas, com ápice agudo. esbranquiçadas, com pequenas escamas, Inflorescência simples, dística, com 10 cm principalmente na parte inferior; ápice agudo, de comprimento, superando em muito as munido de pequeno múcron. Inflorescência folhas. Escapo ereto, com 21 cm de laxamente paniculada, composta, com 14 cm comprimento, glabro, totalmente encoberto de comprimento, ereta, superando pelas brácteas escapais, rosa-pink (bem claramente as folhas. Escapo longo, com vivo). Raque visível durante a antese, nua, 19-25 cm de comprimento, ereto, vermelho, pouco angulada, de coloração vinácea. visível, cilíndrico. Raque primária e Bráctea Escapal imbricada, as inferiores secundária, de coloração purpúreo-vivo verde-claras, passando à coloração rósea na embaixo e purpúreo-amarelado em direção base, com ápice esverdeado até ao ápice. Bráctea Escapal vermelha, completamente vináceo próximo a imbricada, com ápice agudo escuro, inflorescência, escamada em ambos os ultrapassando os internódios, com escamas 38 REA – Revista de estudos ambientais (Online) v.14, n. 4, p. 20-43, jul./dez. 2012

esbranquiçadas em maior quantidade em com aproximadamente 28 cm de direção ao ápice; a face interna é mais clara comprimento, formando cisterna. Bainha com ápice e bordos escuros. Bráctea Floral bem evidente, com 4,5 cm de largura, amarela, côncava, menor que as pétalas. elíptica, densamente coberta por escamas Bráctea Primária lanceolada com ápice castanhas, com maior quantidade na parte acuminado, as inferiores apresentam inferior e com mancha amarronzada coloração vermelha com um faixa central concentrada na parte superior. Lâmina amarela e as superiores são totalmente acanalada, linear, de ápice acuminado, amarelas. Flores curto-pediceladas, dísticas. verde-clara, com algumas manchas Sépalas amarelas, livres, simétricas, com avermelhadas. Inflorescência composta, ápice obtuso. Pétalas amarelas, maiores que com cerca de 55 flores, com 42 cm de as sépalas, com 2 apêndices basais, ápice comprimento. Escapo com 37 cm de arredondado e emarginado. Estames comprimento, cilíndrico, glabro, róseo-claro, maiores que as pétalas com anteras negras. excedendo as folhas. Raque visível, Ovário piramidado e estigma pouco maior cilíndrica, glabra, vermelho-clara. Bráctea que as anteras. Fruto cápsula, com valvas Escapal largo-linear de ápice acuminado, pouco espiraladas e deiscentes até a base. pouco escamada, amplexicaule, rosa-pink Sementes esverdeadas, ápice com cauda em ambas as faces com ápice verde e base tenra munida de pelos branco-amarelados interna esbranquiçada; as inferiores com unidos fasciculadamente, prolongados por bordos amarelados e maiores que as uma cabeleira umbeliforme. superiores, ultrapassando os internódios e Material examinado: 26/X/2006, passando para coloração vermelha em T.E.V.Azeredo 03 (CRI 7562); 07/XI/2006, direção ao ápice. Bráctea Primária T.E.V.Azeredo 25 (CRI 7563); 21/II/2007, vermelha com ápice verde acuminado, T.E.V.Azeredo 37 (CRI 7564). acanalada, largo-linear. Bráctea Floral com Ocorre no Brasil nas regiões aspecto paleáceo, vermelha, vinácea na nordeste (CE, BA), sudeste (RJ, SP) e sul base e amarronzada em direção a ápice, (PR, SC). Encontrada, na área de estudo, ovalada, de ápice acuminado. Flores curto- com flores de janeiro a março e com frutos pediceladas, dísticas, com 4 cm de de março a maio. Observou-se dispersão comprimento. Sépalas amarelo-claras, das sementes de junho a outubro. Espécie esverdeadas na base, lanceoladas, de ápice heliófita ou de luz difusa, desenvolvendo-se agudo e menores que as pétalas. Pétalas preferencialmente exposta à luz, pouco amarelas, tubulares, imbricadas, com dois exigente quanto à umidade do ar; muito apêndices petalíneos membranáceos. frequente na área. Apresenta coloração Estames maiores que as pétalas, amarelos, diferenciada nas folhas quando exposta ao com anteras negras. Ovário oblongo. Fruto sol, onde podem apresentar manchas cápsula subcilíndrica de aproximadamente 4 vermelhas ou até mesmo toda a superfície cm de comprimento. Sementes cilíndricas, completamente vermelho-escuras. Na pequenas e numerosas, com sombra suas folhas são verdes, com aproximadamente 4 mm de comprimento. nenhuma ou pouquíssimas manchas, Material examinado: 28/I/2008, podendo apresentar ápice avermelhado. T.E.V.Azeredo 47 (CRI 7539). Ocorre no Brasil nas regiões sudeste ______(MG, ES, RJ, SP) e sul (PR, SC, RS). Vriesea vagans (L. B. Smith) L. B. Smith Encontrada, na área de estudo com hábito (Figura 3L) epifítico, florescendo em janeiro e fevereiro e frutificando de fevereiro a maio. Espécie L. B. Smith, Phytologia 13 : 118. 1966. preferencialmente heliófita, pouco exigente ______quanto à umidade do ar; muito frequente na área. No aspecto geral, lembra Vriesea philippocoburgii, da qual se diferencia pelo Planta com hábito epifítico ou terrícola; porte menor e pela inflorescência pouco estolonífera. Folhas inteiras, em torno de 15, ramificada.

39 REA – Revista de estudos ambientais (Online) v.14, n. 4, p. 20-43, jul./dez. 2012

Figura 2 - Bromélias registradas na Fazenda Vale do Paraíso, Nova Veneza (SC), (A) - Aechmea gamosepala Wittmack, (B) - Aechmea nudicaulis (L.) Grisebach var. cuspidata Baker, (C) - Billbergia zebrina (Herbert) Lindley, (D) - Canistrum fragrans(Linden) Mab , (E) - Nidularium innocentii Lemaire var. paxianum (Mez) L.B., (F) - Tillandsia aëranthos (Loiseleur) L. B. Smith, (G) - Tillandsia gardneri Lindley, (H) - Tillandsia geminiflora Brongniart, (I) - Tillandsia mallemontii Glaziou ex Mez in Mart, (J) - Tillandsia stricta Solander in Sims, (K) - Tillandsia tenuifolia L., (L) - Tillandsia usneoides (L.) L.

40 REA – Revista de estudos ambientais (Online) v.14, n. 4, p. 20-43, jul./dez. 2012

Figura 3 - Bromélias registradas na Fazenda Vale do Paraíso, Nova Veneza (SC), (A) - Vriesea carinata Wawra, (B) - Vriesea corcovadensis (Britten) Mez, (C) - Vriesea flammea L. B. Smith, (D) - Vriesea gigantea Gaudichaud, (E) - Vriesea guttata Linden et André, (F) - Vriesea incurvata Gaudichaud, (G) - Vriesea phillipocoburguii Wawra, (H) - Vriesea platynema Gaudichaud, (I) - Vriesea platzmanii E. Morren, (J) - Vriesea psittacina (Hooker) Lindley var. Psittacina , K - Vriesea rodigasiana E. Morren, L - Vriesea vagans (L. B. Smith) L. B. Smith.

41 REA – Revista de estudos ambientais (Online) v.14, n. 4, p. 20-43, jul./dez. 2012

4 Considerações finais pode ser benéfica ao ambiente, pois possibilita o aumento de encontros interespecíficos, ampliando as possibilidades Este estudo contribuiu para o de conservação da fauna local, como aquela conhecimento das bromeliáceas do extremo relacionada com a biologia reprodutiva das sul de Santa Catarina quanto aos aspectos espécies na área de estudo. florísticos, taxonômicos e ecológicos. As informações fenológicas, bem Embora a maior área da Fazenda como as características morfológicas das Vale do Paraíso seja de pastagens, o espécies observadas em campo, contribuem número de espécies de Bromeliaceae, para o reconhecimento das bromeliáceas principalmente epifíticas, foi expressivo. encontradas no sul de Santa Catarina e Neste sentido, a presença destas espécies fornecem subsídios para estudos futuros.

______5 Floristic, taxonomic and ecological aspects of Bromeliads from Atlantic forest of the southern Santa Catarina state, Brazil

Abstract: Bromeliads constitute one of the important taxonomic groups of the Atlantic forest, due to its high endemic degree and current ecological value mainly because of its interaction with the fauna. A floristic survey of bromeliads was carried out at Fazenda do Paraíso, in Nova Veneza municipality, in order to evaluate the existing specific diversity in the area of study and to contribute for the taxonomic knowledge of the bromeliads of the south of Santa Catarina. The fertile bromeliads found were monthly collected from October 2006 to February 2008, using the walking method. Bromeliaceae was represented in the area by two subfamilies, Bromelioideae and Tillandsioideae and 24 belonging to six genera. Vriesea was the most species-rich . The study includes identification keys, morphological descriptions, flowering and fruiting phenophases, ecological characteristics and images of the local species. In spite of the biggest part of the studied area is destinated to the pasture systems, the number of the Bromeliaceae species, mainly epiphytes was expressive. The species and their descriptions contribute to the recognition of bromeliads found in southern Santa Catarina and provide subsidies for future studies.

Keywords: Vriesea . Identification key. Bromelioideae. Tillandsioideae. Ombrophilous Dense Forest. ______

6 Referências BENZING, D. H. Bromeliad trichomes: structure, function and ecological significance. Selbyana ¸ v. 1, p. 330-348, 1976. AZEREDO, T.E.V. Diversidade e distribuição de bromélias epifíticas ao longo de um gradiente BENZING, D.H. Bromeliaceae: profile of an altitudinal na Floresta Atlântica do Sul do adaptive radiation . Cambridge: Cambridge Brasil . 2010. 64 f. Dissertação (Mestrado em University Press, 2000. Ciências Ambientais) – Universidade do Extremo Sul Catarinense, Criciúma. 2010. BONNET, A.; QUEIROZ, M. H. Estratificação vertical de bromélias epifíticas em diferentes ARAÚJO, A. C; FISCHER, E. A; SAZIMA, M. estádios sucessionais da Floresta Ombrófila Floração sequencial e polinização de três Densa, Ilha de Santa Catarina, Brasil. Revista espécies de Vriesea (Bromeliaceae) na região de Brasileira de Botânica, v. 29, n.2, p. 217-228, Juréia, sudeste do Brasil. Revista Brasileira de 2006. Botânica , v. 17, n.2, p.113-118, dez1994. BONNET, A.; QUEIROZ, M. H.; LAVORANTI, O. ______. As bromélias da região de Rio Verde. In: J. Relações de bromélias epifíticas com MARQUES, O. A. V; DULEBA, W (Ed.). Estação características dos forófitos em diferentes ecológica Juréia – Itatins: ambiente físico, flora estádios sucessionais da Floresta Ombrófila e fauna. Holos Editora, São Paulo, p.162-171, Densa, Santa Catarina, Brasil. Floresta , v. 37, 2004. n.1, p. 83-94, 2007.

ARIANI, C. V.; MENEZES, V. A.; VRCIBRADIC, BORGO, M; SILVA, S. M. Epífitos vasculares em D.; ROCHA, C. F. D. The negative effect of fire on fragmentos de Floresta Ombrófila Mista, Curitiba, populations of three bromeliad species of a Paraná, Brasil. Revista Brasileira de Botânica , restinga habitat in a southern state of Santa v.26, n.3, p.391-401, 2003. Catarina, Brazil. Vidalia , v. 2, p. 44-49, 2004.

42 REA – Revista de estudos ambientais (Online) v.14, n. 4, p. 20-43, jul./dez. 2012

CAGLIONI, E.; BONNET, A.; SCHMITT, J. L.; Brasileira de Botânica, v. 27, n.3, p. 563-572, CRISTOFOLINI, C.; ANDRADE, S.; CADORIN, T. 2004. J.; OLIVEIRA, C. P .L. Epífitos vasculares predominantes em zonas ecológicas de forófitos, GIVNISH, T. J.; MILLIAM, K. C.; BERRY, P. E.; Santa Catarina, Brasil. Revista de Estudos SYTSMA, K. J. Phylogeny, adaptative radiation, Ambientais , n.14, p. 28-42, 2012. and historical biogeography of Bromeliaceae inferred from ndh F sequence data. Aliso , v. 23, p. CARVALHO, F.; FABIÁN, M. E.; MENDONÇA, R. 3-26, 2007. Á. Nota sobre consumo de frutos de Billbergia zebrina (Bromeliaceae) por Sturnira lilium GOVAERTS, R; LUTHER, H. E; GRANT, J. World (Chiroptera, Phyllostomidae) no sul do Brasil. Checklist of Bromeliaceae . The Board of Chiroptera Neotropical , v. 15, n. 2, p. 1-5, 2009. Trustees of the Royal Botanic Gardens, Kew, 2009.Disponível em: . DITTRICH, V. A. O; KOZERA, C.; SILVA, S. M. Acesso em 20 dez. 2009. Levantamento florístico dos epífitos vasculares do Parque Barigui, Curitiba, Paraná, Brasil. HOELTGEBAUM, M. P. Composição florística e Iheringia, Série Botânica, n. 52, p. 11-21, 1999. distribuição espacial de bromélias epifíticas em diferentes estádios sucessionais da DUFLOTH, J. H.; CORTNA, N.; VEIGA, M.; MIOR, floresta ombrófila densa – Parque Botânico do L. C. (Org.). Estudos básicos regionais de Morro Baú – Ilhota/SC . 2003. 138f. Dissertação Santa Catarina . Florianópolis: Epagri. 2005. CD- (Mestrado em Biologia Vegetal) - Universidade ROM. Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2003.

EPAGRI. Empresa de Pesquisa Agropecuária e KAEHLER, M.; VARASSIN, I.; GOLDENBERG, R. Extensão Rural de Santa Catarina. Dados Polinização em uma comunidade de bromélias em climatológicos . Florianópolis, 2010. Floresta Atlântica alto-montana no Estado do Paraná, Brasil. Revista Brasileira de Botânica , FAEGRI, K.; van der PIJL, L. The principles of v.28, n.2, p.219-228, 2005. pollination ecology . Pergamon Press: New York, 1980. KERSTEN, R. A.; SILVA, S. M. Composição florística e estrutura do componente epifítico FILGUEIRAS , T. S .; BROCHADO, A. L.; vascular em floresta da planície litorânea na Ilha NOGUEIRA, P. E.; GUALA, G.F. Caminhamento: do Mel, Paraná, Brasil. Revista Brasileira de um método expedito para levantamentos Botânica , v.24, n.2, p. 213-226, 2001. florísticos qualitativos. Caderno de Geociências, n.12, p. 39-43, 1994. LEME, E. M. C. Canistropsis. Bromélias da Mata Atlântica . Rio de Janeiro: Salamandra, FISCHER, E. A.; ARAÚJO, A. C. Spatial 1998. 143p. organization of a bromeliad community in the Atlantic rainforest, southeastern Brazil. Journal of LUTHER, H. E. An alphabetical list of Tropical Ecology , v.11, p. 559-567, 1995. bromeliad binomials . 11 th ed. The Bromeliad Society Internacional. The Marie Selby Botanical FONTOURA, T. Distribution patterns of five Gardens, Sarasota, 2008. Bromeliaceae genera in Atlantic Rainforest, Rio de Janeiro State, Brazil. Selbyana , v. 16, n. 1, p. 79- MACHADO, C. G.; SEMIR, J. Fenologia da 93, 1995. floração e biologia floral de bromeliáceas ornitófilas de uma área da Mata Atlântica do FONTOURA, T.; SYLVESTRE, L.S.; VAZ, A. M. Sudeste brasileiro. Revista Brasileira de S.; VIEIRA, C. M. Epífitas vasculares, hemiepífitas Botânica , v. 29, n.1, p. 163-174, 2006. e hemiparasitas da Reserva Ecológica de Macaé de Cima. In: LIMA, H. C.; GUEDES-BRUNI, R. R. MADISON, M. Vascular epiphytes: their (Org.). Serra de Macaé de Cima: diversidade systematic ocurrence and salient features. florística e conservação da Mata Atlântica. Rio de Selbyana , v.2, n.1, p. 1-13, 1977. Janeiro: Editora do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, p. 89-101, 1997. MARTINELLI, G. Manejo de populações e comunidades vegetais: um estudo de caso na GILMARTIN, A. J.; BROWN, G. K. Cladistic tests conservação de Bromeliaceae. In: ROCHA, C. F. of hypotheses concerning evolution of xerophytes D; BERGALLO, H. G; SLUYS, M. V; ALVES, M. A. and mesophytes within Tillandsia subg. S. Biologia da conservação. São Carlos: Rima, Phytarrhiza (Bromeliaceae). American Journal of 2006. 582p. Botany , v. 7, n. 3, p. 387-397, 1986. MARTINELLI, G.; VIEIRA, C. M.; GONZALEZ, M.; GIONGO, C.; WAECHTER, J. L. Composição LEITMAN, P.; PIRATININGA, A.; COSTA, A. F.; florística e estrutura comunitária de epífitos FORZZA, R. C. Mata Atlântica brasileira: lista de vasculares em uma floresta de galeria na espécies, distribuição e conservação. Depressão Central do Rio Grande do Sul. Revista Rodriguésia , v. 59, n.1, p. 209-258, 2008. 43 REA – Revista de estudos ambientais (Online) v.14, n. 4, p. 20-43, jul./dez. 2012

MATOS, J. Z. Ecologia de bromélias, com Estadual do Rio Ivinhema, Estado de Mato ênfase em Vriesea incurvata Gaud. Grosso do Sul, Brasil . 2007. 38 f. Tese (Bromeliaceae), em áreas com vegetação (Doutorado em Ecologia de Ambientes Aquáticos primária e secundária da Floresta Tropical Continentais) – Universidade Estadual de Atlântica, sul do Brasil. 2000. 88f. Dissertação Maringá, Paraná, 2007. (Mestrado em Recursos Genéticos Vegetais). Centro de Ciências Agrárias. Universidade VELOSO, H. P.; KLEIN, R. M. As comunidades e Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2000. associações vegetais da mata pluvial no Sul do Brasil. I. As comunidades do município de PAULA, C. C; SILVA, H. M. P. Cultivo prático de Brusque, estado de Santa Catarina. Sellowia , n. bromélias . Viçosa: UFV, 2004. 106p. 8, p. 81-235, 1957.

REITZ, R. Bromeliáceas e a malária: bromélia WAECHTER, J. L. Distribuição de bromeliáceas endêmica. Flora Ilustrada Catarinense , parte 1 epifíticas em florestas do Rio Grande do Sul. In: fasc. Brom, p.1-518, 1983. BARBOSA, L. M.; SANTOS-JÚNIOR, N. A. (Org.). A Botânica no Brasil : pesquisa, ensino e ROGALSKI, J. M. Distribuição espacial de políticas públicas ambientais. CONGRESSO bromélias e aráceas epifíticas em diferentes NACIONAL DE BOTÂNICA, 58. São Paulo, 2007. situações topográficas de Floresta Ombrófila Densa, Ilha de Santa Catarina/SC. 2002. 126f. WANDERLEY, M. G. L.; MARTINS, S. E. Dissertação (Mestrado em Biologia Vegetal)- (Coord.). Bromeliaceae. In: WANDERLEY, M. G. Universidade Federal de Santa Catarina, L.; SHEPHERD, G. J.; MELHEM, T. S.; Florianópolis, 2002. GIULIETTI, A. M. (Coord.). Flora fanerogâmica do Estado de São Paulo . São Paulo: Instituto de TOMAZINI, V. Estrutura de epífitas vasculares Botânica, 2007. p. 39-61. e de forófitos em formação ripária do Parque