19 MARÇO 2015 Ciclo “Isto é Jazz?” Comissário: Pedro Costa

Michael Formanek’s Cheating Heart Elo de ligação flauta muito bem e é outra cor que fica disponível. Os saxofones misturam-se Cheating Heart é um novo capítulo de bem uns com os outros, pelo que unís- uma carreira que já conta com mais de sonos, oitavas, linhas harmonizadas e 40 anos. A de Michael Formanek, con- contrapontos podem ser muito eficazes. trabaixista e compositor que tocou com E como os saxes têm um espectro dinâ- lendas do jazz como , Gerry mico enorme, a combinação entre o Tim Mulligan, Stan Getz, , e o Brian pode ser bastante poderosa e Tony Williams e outros do mesmo nível bela. Quando comecei com esta banda e que passou por uma série variada estava a tocar sobretudo com o meu de tendências deste género musical, quarteto, mas precisava de ter outras incluindo a fusão jazz-rock. O que opções quando surgissem oportunida- o diferencia de outros “históricos”? des de concerto, dado que o Craig e o O facto de ter acompanhado – e por Gerald têm agendas muito preenchidas. vezes colocando-se mesmo na guarda Ou seja, o grupo surgiu mais por urgên- avançada – a evolução da música, cia minha do que da própria música.» recusando-se a fazer mais do mesmo. O quinteto não tem constituição Seja por princípio como por necessi- permanente. Só ele e o saxofonista alto dade, os resultados dão-se a ouvir: ele são os pilares. Ellery Eskelin, está sempre ali (aqui), onde as coisas e o filho de Formanek, acontecem. Peter, já ocuparam o lugar de Settles, e Este novo grupo confirma-o. Se o numa ocasião a bateria esteve a cargo de quarteto que lidera com as participa- . «Há diferentes versões deste ções de Tim Berne, e grupo porque foi sempre essa a intenção Gerald Cleaver, editado em disco pela – ter várias opções de instrumentação e ECM, constituiu o seu mais recente de personalidades musicais» – comenta. sucesso, ei-lo que se afasta mais uma Com uma premissa em qualquer Saxofone alto Tim Berne Saxofone tenor Brian Settles vez de fórmulas garantidas. Pode o das circunstâncias: «Procuro sempre Piano Contrabaixo Michael Formanek Bateria Dan Weiss seu Cheating Heart, que vamos ouvir músicos individualistas e com forte per- no formato com Berne, Brian Settles, sonalidade, mas para mim a expressão Jacob Sacks e Dan Weiss, ter tido coletiva também é importante, pelo que início porque os membros do Michael a escolha dos músicos e as associações Formanek Quartet nem sempre estavam que faço com eles são cruciais. Na maior disponíveis, mas o que com o projeto parte dos casos tenho tido a felicidade faz responde às suas inquietações de de tocar com instrumentistas que colo- sempre: seguir caminho, fazer algo de cam a música sempre em primeiro lugar, diferente, manter a música atual. antes dos seus gostos pessoais e dos seus Ele que o diga: «Gosto de ter uma egos. Assim, é responsabilidade minha frente de dois saxofones e também é fornecer-lhes material suficientemente Qui 19 de março bom contar com outra palheta adicional. desafiante para que possam encontrar 21h30 · Pequeno Auditório · Duração: 1h · M6 Além do sax tenor, Brian Settles toca o seu próprio espaço e sentir que fazem

3 parte do processo criativo, em vez de que é ou não é o jazz. Ora, isso quer baterista-prodígio Tony Williams, importa é que, se há diferenças entre as estarem simplesmente a interpretar dizer que me inclino para as filosofias e podia ter continuado essa receita, suas abordagens, há também semelhan- as notas que lhes dou para tocarem. associadas com a música criativa e o mesmo quando a mesma deixou de ças», esclarece. E como a minha música é coletiva, é jazz criativo.» fazer sentido. Outros, igualmente Por vezes, detetam-se na nova banda necessário um determinado tipo de exe- Como não podia deixar de ser, este ilustres, o fizeram. «Comecei a tocar referências a autores da música erudita cutante que não dependa do aplauso de grande do jazz tem um forte apreço pela em meados da década de 1970, pelo que contemporânea, o que «passa por estru- cada vez que toca algo. É bom quando tradição, mas não aceita que esta seja teria sido difícil não ficar envolvido em turas e aspetos formais, mas também isso acontece, e é fantástico que o entendida como algo de que não se pode certos aspetos do estilo fusão. Além do por harmonias específicas, efeitos e público interaja connosco, mas às vezes sair. «Reproduzir algo passivamente New Lifetime, houve outros grupos em combinações instrumentais, ideias rít- as coisas não fluem dessa maneira.» nunca pode ter resultados interessan- e depois em Nova Iorque micas, seleção de timbres». Passa igual- O pianista Jacob Sacks e o baterista tes. Se apenas se aprender as notas e os que integrei. Lembro-me de ter tocado mente pela abordagem exploratória Dan Weiss têm estado ativos num ritmos de um solo de Sonny Rollins só em New Jersey com Michal Urbaniak, tanto das situações musicais como dos circuito muito específico da cena de se obtém uma pequena parte de todo Kenny Kirkland e Mike Clark no início instrumentos: «Regra geral não penso Nova Iorque, aquele em que encontra- o retrato. O som que ele consegue, os dos anos 1980. Até achava que não era muito no contrabaixo, mas há oca- mos músicos como , Brian ritmos que toca juntamente com a bate- bom naquilo, mas tive a oportunidade siões em que tal acontece. Estou numa Blade, Chris Potter, Thomas Morgan ou ria, as notas que improvisa espontanea- de colaborar com alguns nomes de fase dessas e até uso um pouco mais o Mark Turner, mas os seus caminhos já mente contra a linha de baixo são outros topo do jazz-rock. Agora toco no trio contrabaixo no processo de composição. se tinham cruzado com os de Michael fatores. A maneira com que ele retira Thumbscrew, com e Quando toco ao vivo, ou quando pratico, Formanek. «Conheço o Dan e o Jacob pequenas ideias e as varia subtilmente Tomas Fujiwara, mas não me parece que estou a explorar o instrumento e por já faz uns anos. Desde 2010 que temos enquanto os acordes mudam são funda- haja conexões entre a fusão jazz-rock vezes essas explorações conduzem a tocado juntos num projeto ou noutro. mentais. Tocar o que Sonny tocou só faz e aquilo que fazemos. O Thumbscrew ideias composicionais. A verdade é que Integro, por vezes, o trio do primeiro sentido se quisermos aprender como é toca música composta pelos três, e o fico feliz quando tenho uma boa ideia e ambos têm participado em gigs com que ele pensa a música. Este é um pro- que acontece é que por vezes aparece musical, venha ela de onde vier.» o Tim e comigo. O nome “Cheating cesso ativo e o que um músico faz com um som que podemos identificar com Uma das características da música Heart” não significa que estou a ser des- essa informação é que é importante», o rock progressivo.» de Michael Formanek em geral e da de leal com o meu quarteto – tem apenas defende com convicção. Nada disso, ou muito pouco, trans- Cheating Heart em especial é a intrin- como referência uma canção de Hank E opina: «Chris Speed é um ótimo parece com Cheating Heart. O foco da cada polirritmia: «Tendo a imaginar Williams que me agrada, Your Cheatin’ exemplo disso. Transcreve imensos atenção de Formanek e dos seus pares múltiplas camadas de ritmos e a usá-las Heart», explica ainda. solos de Ben Webster, Lester Young, está na combinação do escrito com o nas minhas partituras, mas jogo-as habi- Hank Williams? Sim, o lendário Paul Gonsalves, John Coltrane e muitos criado espontaneamente. «Disse uma tualmente contra uma pulsação fixa e cantautor de country & western. Até por outros, mas não soa como nenhum vez numa entrevista que não só a impro- básica. São muitas as culturas do mundo aí se verifica a amplitude dos interesses deles. Podia fazê-lo se quisesse, e até visação é composição, o que me parece em que as pessoas dançam músicas com musicais de Formanek: «Sou influen- já o ouvi nesse registo, mas não quer. óbvio, mas também que composição uma grande complexidade rítmica e ciado por muitas músicas e músicos Brian Settle é outro exemplo, e também é improvisação. Não é bem verdade, métrica. Já na nossa cultura, quando se diferentes. Não gosto de dividir territó- Ellery Eskelin. Estão a fazer coisas pois faço correções e revisões em cria música para dançar é preciso usar rios na música, tipo mainstream versus novas absorvendo a grande música certas peças. O certo é, porém, que os ritmos que se possam reconhecer facil- vanguarda, nem de escolher campos, do passado, mas nunca adotando uma processos coincidem. Acho que estava mente e que nos levantem das cadeiras e preferindo um a outro. Seja como for, atitude passiva.» a parafrasear Wayne Shorter, que disse nos façam mexer o rabo. Não há nada de enquanto praticante sou muito aberto É o seu caso também. O nome de qualquer coisa como: “Composição é errado nisso e acho bem que o pessoal e não quero ser limitado por um estilo Michael Formanek ganhou projeção improvisação desacelerada e improvi- abane as ancas, mas não tenho essa con- ou pela noção que alguém possa ter do quando integrou o New Lifetime do sação é composição imediata.” O que dicionante quando componho.»

4 5 Outra particularidade de Formanek plo: «Nenhum deles soava como os Tim Berne quando fundou editoras para poder é o carácter narrativo e dramático dos outros. Stan Getz vinha de Lester saxofone alto levar a sua música ao público. Gravando seus temas… «Continuo a achar que a Young, mas tinha uma versão comple- para uma major como a Columbia, ou música instrumental que utiliza impro- tamente distinta do som e do estilo do Saxofonista (alto e barítono), composi- para as suas Empire e Srewgun, ou para visação pode contar uma história de um Lester. Podemos ouvir Clifford Brown, tor, líder de bandas, Tim Berne nasceu uma etiqueta tão característica como a modo que outras músicas, incluindo Lee Morgan, Fats Navarro e Louis em Syracuse, Nova Iorque, em 1954. ECM, Tim Berne construiu um caminho a vocal, não podem. Prefiro uma Armstrong em Freddie Hubbard, mas Comprou o seu primeiro saxofone musical singular e descomprometido. música que seja evocativa, que me faça percebe-se imediatamente que é ele. alto quando estudava no Lewis and Excertos da biografia escrita por imaginar outros lugares e, inclusive, O seu som, a sua expressão, as suas Clark College em Oregon. Entusiasta Dave Lynch em www.allmusic.com personagens. Na minha há algum teatro, linhas são dele apenas. É essa a minha do R&B e da música da Motown, não sim, mas o fator dramático não está responsabilidade: mostrar que o que se interessava pelo jazz até que ouviu Brian Settles sempre em evidência, pode ser discreto. realmente interessa é soarmos como nós o álbum Dogon de Julius Hemphill. saxofone tenor Por vezes, está simplesmente na forma próprios e contarmos a nossa história, Inspirado pela capacidade de Hemphill como o silêncio é quebrado por uma não as de terceiros.» de projetar a emoção do R&B [Rythm Brian Settles é um muito solici- única nota.» and Blues, expressão que se começou a tado saxofonista e compositor de Como mais uma vez se verifica com Rui Eduardo Paes usar nos anos de 1940 para designar um Washington, DC. Igualmente requisi- a variante Cheating Heart, a persis- Crítico de música, ensaísta, género de música popular afro-ameri- tado como sideman ou como líder, Brian tência de Formanek em manter-se na editor da revista online jazz.pt cana e que teve vários significados ao dedicou a sua vida ao estudo e prática crista dessa onda a que chamamos longo do tempo. Nos anos 1970 abrangia da música. Primeiro na prestigiada jazz decorre de um espírito de missão. a música soul e funk. Cf. Wikipedia], foi Duke Ellington School of the Arts, The O músico norte-americano tem plena para Nova Iorque para tentar encontrar New School University e mais recente- consciência de que é como que um elo Hemphill. Foi com ele que teve lições de mente na Howard University. Settles, de ligação da história com o futuro e de saxofone, dele recebeu encorajamento tocou e gravou com grupos liderados que a sua função é passar testemunho: para seguir o seu próprio caminho. por Gil Scott-Heron, Reggie Workman, «É minha responsabilidade ajudar os Berne ainda diz que Hemphill continua Jason Moran, Tomas Fujiwara, Tom músicos mais jovens a compreender a ter uma significativa e continuada Abbs e tocou ao lado de grandes artistas quem eram Gerry Mulligan, Chet Baker, influência no seu trabalho. (…) como Stanley Turrentine, Shirley Horn Stan Getz, Freddie Hubbard e outros Durante mais de 30 anos Tim Berne e Milt Hinton. fantásticos artistas com quem tive o tem sido um importante membro da No seguimento do sucesso do seu privilégio de tocar. Contar-lhes como é comunidade da música criativa de álbum de estreia, Scret Handshake que eles soavam em pessoa, como pre- Nova Iorque, que afirma uma forte e (2011), Settles gravou o seu segundo, paravam um concerto, como ensaiavam singular personalidade musical através Folk, saído em novembro de 2013. ou não ensaiavam, como era conviver de diversos e frequentemente muito in www.briansettles.com com eles. É nessas particularidades interessantes obras. Influenciou outros, que pego nas aulas que vou dando, até e muitas vezes mais novos, músicos Jacob Sacks porque aquilo que me ensinaram ainda de improvisação criativa – incluindo piano hoje aplico no que faço. Não procuro os que formam o seu mais recente transmitir-lhes os conceitos e os reper- quarteto – e sabe como se colocar Nascido em Michigan, Jacob foi em tórios dessas figuras.» no negócio da música. Este último 1995 Presidential Scholar in The Arts E porquê? Porque mais correto do atributo foi-lhe particularmente útil [uma das maiores honras nacionais que imitá-los é seguir o seu exem- em momentos chave da sua carreira, para estudantes do ensino secundário;

6 7 todos os anos são escolhidos 20, em várias gerações com quem trabalhou. maior influência na sua estética musical, várias fases, de numa base de 3 milhões Ainda era um adolescente, em 1970, exemplificada em dois dos seus discos de candidatos de todos os Estados]. e já fazia digressões com o baterista em que toca repertório clássico indiano Mudou-se para Nova Iorque para estu- Tony Williams e o saxofonista Joe numa bateria. dar com Gary Dial na Manhattan School Henderson; na década de 1980 e depois Foi considerado percussionista emer- of Music. Depois de se licenciar em disso, tocou com músicos como Stan gente do ano nas 60.ª e 61.ª nomeações 1998, foi, no ano seguinte, finalista no Getz, Gerry Mulligan, e pelos críticos reunidos pela revista Concurso Internacional de Piano Jazz Freddie Hubbard (num retorno a esses Downbeat. Thelonious Monk. tempos, gravou em 2013 com o pianista Durante mais de uma década liderou Nos últimos 12 anos, foi membro hardbop Freddie Redd). A partir dos o seu trio com Jacob Sacks no piano de vários ensembles, gravou vários anos 1990 teve um papel de pivot na e Thomas Morgan no baixo. Os dois álbuns, fez diversas digressões pelos cena criativa de Nova Iorque, altura álbuns que gravaram, Now Yes When EUA, Europa, Canadá. Tocou com em que liderou de forma notável o seu e Timshel foram elogiados pela crítica músicos como Clark Terry, Joe Maneri, próprio quinteto e tocou com o quarteto pela sua abordagem única à estrutura Terumasa Hino, Charles Gayle, Eddie de Tim Berne, Bloodcount. das canções e pela infinita criatividade Henderson, Christian McBride, Brian Compositor e líder de vários grupos na improvisação. Para além do trio, Blade, , Jacob Garchik, a sua banda principal é o aclamado Weiss lidera ainda o seu único grande Bern Gerstein, Ohad Talmor, Chris quarteto com Berne, Taborn e Cleaver ensemble composto por alguns dos Potter, Mark Turner, Ben Monder, com quem gravou dois excelentes discos mais dotados músicos de Nova Iorque. Adam Rogers, Kenny Wollesen, Gene para a ECM. Várias vezes premiado, O álbum 14 teve ótima receção e figurou Jackson e Matt Wilson. bolseiro de importantes instituições, na lista dos 10 melhores discos do ano Os projetos atuais incluem um duo recebeu várias encomendas para com- do New York Times. Em finais deste ano já de há anos com a vocalista Yoon Sun posição de peças musicais. sairá um segundo CD deste ensemble. Choi, com quem recentemente gravou in www.amibotheringyou.com A música do disco é uma peça composta um aclamado álbum com música de Joe por Weiss e que se baseia em seis dos Raposo; o quarteto Two Miles A Day, Dan Weiss grandes bateristas de jazz da história. coliderado com o baixista Eivind Opsvik bateria Weiss atualmente vive em Brooklyn, e um trio com o baterista Dan Weiss e o Nova Iorque, onde continua a estudar, baixista John Morgan. Dan Weiss começou a tocar bateria aos praticar, ensinar, atuar e gravar. Jacob vive atualmente em Brooklyn 6 anos de idade. Completou o bachare- in www.danweiss.net onde trabalha em diversos projetos de lato na Manhattan School of Music, com gravações e dá lições privadas a cerca de um major em percussão de jazz e um 15 alunos. minor em composição clássica. Assim in www.jacobsacks.com que completou a sua educação formal, começou a fazer digressões e a gravar Michael Formanek com músicos como David Binney, Lee contrabaixo Konitz, Rudresh Mahantthapa, Miguel Zenon, Kenny Werner e muitos outros. Um indicador da criatividade e Weiss também estudou tabla durante versatilidade do baixista Formanek é quase 20 anos com o guru Pandit Samir a variedade de distintos músicos de Chatterjee. Esta aprendizagem teve a

8 9 Próximo espetáculo

© João Garcia Miguel Pântano Direção de Miguel Moreira

Dança Sex 27, sáb 28 de março Grande Auditório · 21h30 Duração aproximada: 1h10 · M16

Três peregrinos – Catarina Félix, Francisco Camacho, Romeu Runa – à procura de um pensamento para o homem de hoje. Encontram-se e procuram construir um pensamento solidário e coletivo.

Próximo espetáculo de música Universal Indians + Joe McPhee Ciclo “Isto é Jazz?” Comissário: Pedro Costa

Jazz Qui 9 de abril Pequeno Auditório · 21h30 · Dur. 1h · M6

Universal Indians & Joe McPhee recriam o ambiente do free jazz clássico – não através de imitação ou anacronismos, mas com a pulsação vibrante de uma alma e uma fúria intemporais.

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As emissões de gases com efeito de estufa associadas à produção desta publicação foram compensadas no âmbito da estratégia da CGD para as alterações climáticas. Conselho de Administração Comunicação Maquinaria de Cena Presidente Filipe Folhadela Moreira Nuno Alves (chefe) Álvaro do Nascimento Estagiária: Artur Brandão Administradores Sara Amaral Técnico Auxiliar Miguel Lobo Antunes Publicações Vasco Branco Margarida Ferraz Marta Cardoso Frente de Casa Assessores Rosário Sousa Machado Rute Sousa Dança Atividades Comerciais Gil Mendo Bilheteira Catarina Carmona Teatro Manuela Fialho Patrícia Blazquez Francisco Frazão Edgar Andrade Arte Contemporânea Serviços Administrativos e Financeiros Clara Troni Miguel Wandschneider Cristina Ribeiro Receção Paulo Silva Serviço Educativo Sofia Fernandes Teresa Figueiredo Raquel Ribeiro dos Santos Auxiliar Administrativo Patrícia Carvalho Direção Técnica Nuno Cunha Paulo Prata Ramos Direção de Produção Coleção da Caixa Geral de Depósitos Margarida Mota Direção de Cena e Luzes Isabel Corte-Real Horácio Fernandes Produção e Secretariado Inês Costa Dias Patrícia Blázquez Assistente de Direção Cenotécnica Maria Manuel Conceição Mariana Cardoso José Manuel Rodrigues Estagiários: de Lemos Mariana Frazão Audiovisuais Jorge Epifânio Pedro Escada Américo Firmino Exposições (coordenador) Coordenação de Produção Ricardo Guerreiro Mário Valente Suse Fernandes Produção Iluminação de Cena António Sequeira Lopes Fernando Ricardo (chefe) Paula Tavares dos Santos Edifício Sede da CGD Vítor Pinto Fernando Teixeira Rua Arco do Cego, 1000-300 Lisboa, Piso 1 Culturgest Porto Tel: 21 790 51 55 · Fax: 21 848 39 03 Susana Sameiro [email protected] · www.culturgest.pt

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