Estado de Município de Sapezal CNPJ: 01.614.225/0001-09

LEI N° 1.204/2015

PUBLICADO POR AFIXAÇÀO DE APROVA O PLANO MUNICIPAL DE /-/— EDUCAÇÃO PARA O DECÊNIO Port.,/001/2013 2015/2024 E DÁ OUTRAS Mana Mafcanda Marques PROVIDÊNCIAS.

ILMA GRISOSTE BARBOSA, Prefeita Municipal, Município de Sapezal, Estado de Mato Grosso, faz saber que a Câmara Municipal aprovou e Eu, sanciono a seguinte:

LEI:

Art. Io É aprovado o Plano Municipal de Educação - PME, com vigência por 10 (dez) anos, a contar da publicação da Lei Federal n° 13,005/2014 e na forma do Anexo, com vistas ao cumprimento do disposto no art. 214 da Constituição Federal.e Art. N° 4o da Emenda Constitucional n° 59/2009.

Art. 2® São diretrizes do PME: I - erradicação do analfabetismo; II - universalização do atendimento escolar; III - superação das desigualdades educacionais, com ênfase na promoção da cidadania e na erradicação de todas as formas de discriminação; IV - melhoria da qualidade da educação; V - formação para o trabalho e para a cidadania, com ênfase nos valores morais e éticos em que se fundamenta a sociedade; VI - promoção do princípio da gestão democrática da educação pública; VII - promoção humanística, científica, cultural e tecnológica do País; co VIII - estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em educação c ro r- como proporção do Produto Interno Bruto - PIB, que assegure atendimento às necessidades de Ca coo expansão, com padrão de qualidade e equidade; t/) o .0 O IX - valorização dos (as) profissionais da educação; lXo oz X - promoção dos princípios do respeito aos direitos humanos, à diversidade e à sustentabilidade socioambiental. z

Avenida Antônio André Maggi, N9 1.400 - Centro Telefax: (65) 3383-4500 - CEP: 78.365-000 - Sapezal ■ MT www.sapezal.mt.gov.br Estado de Mato Grosso Município de Sapezal CNPJ: 01.614.225/0001-09

Art. 3o O Plano Municipal de Educação, por força do que estabelece o art. 214 da Constituição Federal, adotará medidas indispensáveis a sua adequação ao Plano Nacional de Educação, contemplando no mínimo os seguintes objetivos: I - Elevar de forma global a escolaridade da população; II - Melhorar a qualidade do ensino em todos os níveis; III - Atuar prioritariamente no ensino fundamental e na educação infantil, buscando o fortalecimento da qualidade, garantindo o acesso e permanência com sucesso na escola; IV - Democratizar a gestão do ensino público; V - Integrar o atendimento ao educando com programas suplementares de material didático escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde; VI - Promover a valorização dos trabalhadores da educação; VII - Promover o desenvolvimento de sistema de informação e avaliação em todos os níveis dc ensino e modalidade de educação.

Art. 4o As metas previstas no Anexo desta Lei serão cumpridas no prazo de vigência deste PME 2015/2024, desde que não haja prazo inferior definido para metas e estratégias específicas.

Art. 5o As metas previstas no Anexo desta Lei deverão ter como referência a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios - PNAD, o censo demográfico e os censos nacionais da educação básica c superior mais atualizados, disponíveis na data da publicação desta Lei.

Art. 6° A execução do PME c o cumprimento de suas metas serão objeto de monitoramento contínuo c de avaliações periódicas, realizados pelas seguintes instâncias: ^-wôUCADO POR AFIXAÇÁO Oh i - Câmara Municipal; ------II - Conselho Municipal de Educação - CME; Port.^ 001/2013 W Mana Mqfganda Marques JII - Comissões de trabalho representada no Decreto Municipal N° 126, de 08 de W dezembro de 2014. §1° Compete, ainda, às instâncias referidas no caput: I - divulgar os resultados do monitoramento e das avaliações nos respectivos sítios institucionais da internet;

Avenida Antônio André Maggi, N? 1.400 - Centro Telefax: (65) 3383-4500 - CEP: 78.365-000 - Sapezal - MT www.sapezal.mt.gov.br Kow» Rur»M porVoc» Estado de Mato Grosso Município de Sapezal CNPJ: 01.614.225/0001-09

II - analisar e propor políticas públicas para assegurar a implementação das estratégias c o cumprimento das metas; III - analisar e propor a revisão do percentual de investimento público em educação.

§2° O investimento público em educação a que se referem o inciso VI do art 214 da Constituição Federal e as metas engloba os recursos aplicados na forma do art. 212 da Constituição Federal.

Art. 7o O Município promoverá a realização de pelo menos 2 (duas) conferências municipais de educação até o final do decênio, precedidas de pré-conferências articuladas c coordenadas pela Secretaria Municipal de Educação.

.-sP.XaÇh 3 a gecretarja Municipal de Educação, além da atribuição referida no caput:

^001/2013 I " acompanhará a execução do PME e o cumprimento de suas metas; Mana Mppanda Marques _ promoverá a articulação das pré-conferências municipais de educação com a í. conferência municipal que as precederem.

Art. 8o O Município atuarão em regime de colaboração com os entes federados, visando ao alcance das metas e à implementação das estratégias, objeto deste Plano.

§1° Caberá ao gestor municipal a adoção das medidas governamentais necessárias ao alcance das metas previstas neste PME.

§ 2o Cabe ao município articular em regime de colaboração específico para a implementação de modalidades de educação escolar que necessitem considerar territórios étnico- educacionais e a utilização de estratégias que levem em conta as identidades e espccificidadcs socioculturais e lingüfsticas de cada comunidade envolvida, assegurada a consulta prévia e informada a essa comunidade.

§3° A Secretaria Municipal de Educação será a mediadora das instâncias de negociações, pactuaçõcs e cooperação entre a União, o Estado no cumprimento das metas e estratégias de competências de cada ente federado.

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§4° O fortalecimento do regime de colaboração entre os entes federados dar-se- á, inclusive, mediante a adoção de arranjos de desenvolvimento da educação municipal.

Art. 9o O PME estabelecerá estratégias que: I - assegurem a articulação das políticas educacionais com as demais políticas sociais, através das Secretarias Municipais de: Assistência Social, Saúde, Cultura e Esporte e Lazer. II - considerem as necessidades específicas das populações do campo e das comunidades indígenas, asseguradas a equidade educacional e a diversidade cultural; III - garantam o atendimento das necessidades específicas na educação especial, assegurado o sistema educacional inclusivo em todos os níveis, etapas e modalidades; IV - promovam a articulação interfederativa na implementação das políticas educacionais.

Art. 10. O Município deverá aprovar Lei específica para o sistema de ensino, disciplinando a gestão democrática da educação pública nos respectivos âmbitos de atuação adequando, quando for o caso, a legislação local já adotada com essa finalidade.

Art. 11. A peças orçamentárias municipal( PPA, LDO e LOA) estabelecerá diretrizes orçamentárias que serão formulados de maneira a assegurar a consignação de dotações orçamentárias compatíveis com as metas e estratégias deste PME, a fim de viabilizar sua plena execução.

§1° O Plano Municipal de Educação, apresentado conforme o inciso I do artigo 9o da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, reger-se-á pelos princípios da democracia e da autonomia, buscando atingir o que preconiza a Constituição da República e a Constituição do Estado de Mato Grosso, como também as leis municipais existentes no Município de Sapezal.

§2° O Plano Municipal de Educação contém os objetivos e prioridades para a educação do município, assim como as diretrizes, objetivos e metas para os níveis de ensino conforme documento anexo. PUBLICADO POR AFIXAÇÃO Dt í—L- Port. jí 001/2013 Msraanda Marques

Avenida Antônio André Maggi, Ng 1.400 - Centro Telefax: (65) 3383-4500 - CEP: 78.365-000 - Sapezal - MT www.sapezal.mt.gov.br Estado de Mato Grosso Município de Sapezal CNPJ: 01.614.225/0001-09

Art. 12. O Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica, coordenada pela União, em colaboração com o Município, constituirá fonte de informação para a avaliação da qualidade da educação básica e para a orientação das políticas públicas educacionais municipal.

§1° O sistema de avaliação a que se refere o caput produzirá indicadores educacionais para o município realizarem seu diagnóstico das metas e estratégias estabelecidos neste PME, os dados serão produzidos no máximo a cada 02 (dois) anos que são: I - indicadores de rendimento escolar, referentes ao desempenho dos (as) estudantes apurado em exames nacionais de avaliação, com participação de pelo menos 80% (oitenta por cento) dos (as) alunos (as) de cada ano escolar periodicamente avaliado em cada escola, e aos dados pertinentes apurados pelo censo escolar da educação básica; II - indicadores dc avaliação institucional, relativos a características como o perfil do alunado e do corpo dos (as) profissionais da educação, as relações entre dimensão do corpo docente, do corpo técnico e do corpo discente, a infraestrutura das escolas, os recursos pedagógicos disponíveis e os processos da gestão, entre outras relevantes.

§2° A elaboração e a divulgação dc índices para avaliação da qualidade, como o índice de Desenvolvimento da Educação Básica - 1DEB, que agreguem os indicadores mencionados no inciso I do § Io não elidem a obrigatoriedade de divulgação, em separado, de cada um deles.

§3° Os indicadores mencionados no § 1® serão estimados por etapa, estabelecimento de ensino, rede escolar, unidade de ensino, sendo amplamente divulgados, ressalvada a publicação de resultados individuais c indicadores por turma, que fica admitida exclusivamente para a comunidade do respectivo estabelecimento e para o órgão gestor da respectiva rede. fe §4° Cabem ao Inep a elaboração e o cálculo do Ideb e dos indicadores referidos ^ypLICADOPqfe^^ÇÃOÜu

001/2013 ganda Marques Art ^té Q pma| primeiro semestre do nono ano de vigência deste PME, o Poder Executivo encaminhará a Câmara Municipal, sem prejuízo das prerrogativas deste Poder,

Avenida Antônio André Maggi, 1.400 ■ Centro Telefax: (65) 3383-4500 - CEP: 78.365-000 - Sapezal - MT www.sapezal.mt.gov.br Novo» Rumo» pw VBc» Estado de Mato Grosso Município de Sapezal CNPJ: 01.614.225/0001-09

o projeto de lei referente ao Plano Municipal de Educação a vigorar no período subseqüente, que incluirá diagnóstico, diretrizes, metas e estratégias para o próximo decênio.

Art. 14. A execução do Plano Municipal de Educação se pautará pelo regime de colaboração entre a União, Estado, Município e sociedade civil.

§1° O Poder Público Municipal exercerá papel indutor na implementação das estratégias e metas estabelecidos neste Plano.

§2° A partir da vigência desta Lei, as instituições de Educação Infantil e de Ensino Fundamental, inclusive nas modalidades de Educação para Jovens e Adultos, Educação Especial, integrantes da rede municipal de ensino, em articulação com a rede estadual e privada, que compõem o Sistema Estadual de Ensino, deverão organizar seus planejamentos e desenvolver suas ações educativas, com base no Plano Municipal de Educação.

Art. 15. A Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Esportes deverá providenciar e disponibilizar à Comissão de Avaliação e Acompanhamento do PME, dados estatísticos para a realização de aferição quantitativa, de acompanhamento e monitoramento do processo educacional.

Parágrafo Único. A Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Esportes, através dc comissão paritária entre poder público e sindicato que representa os profissionais da educação, deverá regulamentar as atividades da Comissão de Acompanhamento e Avaliação do Plano.

Art. 16. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário, cm especial a Lei 704/2007.

Gabinete da Prefeita Municipal de Sapezal aos 24 dias do mês de junho de 2015.

PUBLICADO POR AFIXAÇAO Db ILMA GRISOSTÍdBÁRBOSA Prefeita Municipal l 7—. PorfZn0 001/2013 Mana Jrarganda Marques

Avenida Antônio André Maggi, N9 1.400 - Centro Telefax: (65) 3383-4500 - CEP: 78.365-000 - Sapezal - MT www.sapezal.mt.gov.br PREFEITURA MUNICIPAL DE SAPEZAL CNPJ01 614 225/0001 -09 Estado do Mato Grosso Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Esporte

PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE SAPEZAL

2015-2024

Novos Rumos Por Você

BENJAMIM DEQUI VICE-PREFEITO

PUBLICADO POR AFIXAÇÃO DE L-L- Port.n0 001/2013 Mana Maroanda Marques

Sapezal - MT Recebido em 2015 Protocolo CM

Nilma Lgpes bant Port. N° 007/2001 SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO, CULTURA E ESPORTE

EDILSON LUIZ MIANI SECRETÁRIO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

CLÉIA KARASIAKI DOS SANTOS

COORDENADORA DE EDUCAÇÃO

RIMENES SILVA MARTINS

COORDENADOR DE RECURSOS HUMANOS

PRISCILA RIBEIRO DA SILVA

COORDENADORA ADMINISTRATIVA

CLÉBER FERNANDES BARBOSA

COORDENADOR DE TRANSPORTE ESCOLAR

MARIA MARGARETE NORONHA VALENTIM COORDENADORA INDÍGENA

MARISTELA BRAUN

COORDENADORA DE CULTURA

JOSÉ CARLOS FEITOSA

COORDENADOR DE ESPORTE

ASSESSORIA PEDAGÓGICA

TÂNIA APARECIDA CARNELOSI

TÂNIA PADILHA KIND MAIESKI

ELIANE NERI DA SILVA COMISSÃO DE SISTEMATIZAÇÃO PARA A ELABORAÇÃO PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE SAPEZAL

COMISSÃO DE TRABALHO CONFORME DECRETO MUNICIPAL N° 126, de 08 de dezembro de 2014

EQUIPE TÉCNICA DA SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

Edilson Luiz Miani - Secretário Municipal de Educação e Cultura; Cléia Karasiaki dos Santos - Coordenadora de Educação; Rimenes Silva Martins - Coordenador de Recursos Humanos; Tânia Carnelose - Assessora Pedagógica da Educação Infantil; Tânia Padilha Kind Maieski - Assessora Pedagógica do Ensino Fundamental (anos iniciais); Eliane Neri da Silva - Assessora Pedagógica do Ensino Fundamental (anos finais).

DA COMISSÃO DA EDUCAÇÃO INFANTIL

Vanderléia Maria de Souza - CMEI Raquel Mocchi; Leila Hoffmann Machado - CMEI José Antenor de Oliveira; Claudete Cardoso de Matos - EMEB Carmem Schneider; Relis Suzane Rondon Cebalho - CMEI Irene Thomáz Schneider; Aniversina Lopes - CMEI José Antenor de Oliveira: Cynara Leite Bezerra - CMEI Raquel Mocchi.

DA COMISSÃO DO ENSINO FUNDAMENTAL

Lilhan GEane Horn Camilot- EMEB Antônio Clarismundo Scheffer; Alessandro Lima de Oliveira - EMEB Antônio Clarismundo Scheffer; Auzeni Silva Santos - EMEB Antônio Clarismundo Scheffer; Andreza albina dos Santos - EMEB Jaime Marcelo Schecheli; Solange dos Santos Menezes - EMEB Antônio Clarismundo Scheffer; Eliane Neri da Silva - EMEB Antônio Clarismundo Scheffer Maria Aparecida Simão - Colégio IPES; Nelci Teresinha Ansolin - EMEB Stephano Locks.

DA COMISSÃO DE EDUCACAO ESPECIAL

Ariane Antunes dos Santos - APAE; Lucidélia Briato Ferrando - EMEB Antônio Clarismundo Scheffer; Helenice Aguiar Soares - EMEB Antônio Clarismundo Scheffer; Kizi Duarte Bastos Borrere - APAE. DA COMISSÃO DO ENSINO MÉDIO

Thiago Baldrighi - EE André Antônio Maggi Eliana Costa BEssa - EE Luiz Frutuoso da Silva Márcia Finger - EE André Antônio Maggi Sandra Lucarelli - EE Antônio André Maggi Paula Lopes Coelho - Assessora Pedagógica da SEDUC Maria Claudia Falcão - EE Luiz Frutuosos da Silva Josinei Tambosi - EE Luiz Frutuoso da Silva

DA COMISSÃO DO ENSINO SUPERIOR

Valderes Delmondes do Nascimento - Polo UAB Dayane dos Santos Oliveira - UNISAT/UNOPAR

DA COMISSÃO DOS CURSOS TÉCNICOS

Lúcia de Fátima Soares Brito - IFMT

DA COMISSÃO DE EDUCAÇÃO INDÍGENA

Margarete Noronha Valetim - Coordenadora da Educação Indígena Ângela Maria Kamunu Irantxe - Escola Indígena Lino Araxi Irantxe Sandra Aaprecida Azomaizikero - Escola Indígena Salto da Mulher

DA COMISSÃO DE EDUCAÇÃO DO CAMPO

Andreza Albina dos Santos - EMEB Jaime Marcelo Schecheli Solange dos Santos Menezes - EMEB Antônio Clarismundo Scheffer Salete Terezinha Heck - EMEB Stephano Locks Mareia Maria de Almeida - EMEB Franciosi Cleonice Espíndola - EMEB Jaime Marcelo Schecheli

SEGUIMENTOS ORGANIZADOS

DEPARTAMENTO DE ESPORTE

José Carlos Feitosa Ronaldo Fontes de Souza

DEPARTAMENTO DE CULTURA

Maristela Braun Selma de Barros CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

Euzimar Nubia da Silva Fabio Dias de Moraes Clarice Lucia Schneider Dileusa Ap. Oenning

ASSISTÊNCIA SOCIAL

Ivone Bertual Dequi Lucimar Foles Veras

EXECUTIVO

Marcelo Walnier; Adriana Ribas Trevizoli; Adriana de Oliveira.

LEGISLATIVO

Maria Carolina Ghedin

RELATORES Priscila Ribeiro da Silva Indianara Mertins Santos Tiago Geller

ORADORES Leila Hoffmann Machado Claudete Cardoso de Matos Liliane Oliari Breinack Andresa Albina dos Santos Thiago Baldrighi Eliana Costa Bessa Maria Margarete Noronha Valentim Valderes Delmondes do Nascimento Edilson Luis Miani Ariane Antunes dos Santos

GRÁFICOS Adriano Gomes da Costa

COLABORADORES Paula Lopes Coelho Maria Aparecida de Oliveira Maristela Braum Irene Vaz Paulino Onidete Cleide Viana da Silva Mareio Jorge Bonifácio Raquel Alves da Silva Edelson Campos Liliane Oliari Breincak Rosane Garmatz Cristienne Gonçalves Pereira Cristiano Cezário Euzimar Núbia da Silva Mareia Finger Nelson Manoel da Silva Quadro de Servidores da Secretaria Municipal de Educação

N° NOME FUNÇÃO 01 Edilson Luis Miani Secretário de Educação 02 Cléia karasiaki dos Santos Coordenadora de Educação 03 Rimenes Silva Martins Coordenadora de Recursos Humanos 04 Priscila Ribeiro da Silva Coordenadora Administrativa 05 Cléber Fernandes Barbosa Coordenador Transporte Escolar) 06 Maristela Braun Coordenadora de Cultura 07 José Carlos Feitosa Coordenador de Esportes 08 Maria Margarete N. Valentim Coordenadora Dep. Indígena 09 Tânia Aparecida Carnelosi Assessora Pedagógica 10 Tânia Padilha K. Maieski Assessora Pedagógica 11 Eliane Neri da Silva Assessora Pedagógica 12 Clarice Lúcia Schneider Setor Compras 13 Dolores Maia de A. Rocha Setor Estoque Net 14 Marcos Luciano Elly Assessor Adm. Transporte Escolar 15 Indianara Mertins Sanders Dep. Documentação Escolar 16 Maria de Fátima de Souza Dep. Indígena 17 Vanessa Moraes Nutricionista 18 Valéria Matiussi Nutricionista 19 Keithy Hungria Setor Merenda Escolar 20 Cristienne Gonçalves Pereira Psicóloga 21 Kizi Duarte Bastos Borrere Psicóloga 22 Rosani Garmatz Assistente Social 23 | Jociele Pedroso Ferreira Recepcionista/ Telefonista 25 Odimar de Souza França Motorista 26 Fábio Feitosa Cavalcante Motorista 27 Marcilene Marques da Silva Zeladora 28 Bruno Ribeiro da Conceição______Eletricista ÍNDICE Apresentação...... 9 Aspectos Históricos, Geográficos e Sócio Econômico...... 21 Aspectos Demográficos do município de Sapezal...... 22 Produção Econômica do município de Sapezal...... 23 Produção Agropecuária do município de Sapezal...... 24 Agricultura Familiar do município de Sapezal...... 26 Mercado de Trabalho do município de Sapezal...... 26 Pobreza e Transferência de Renda do município de Sapezal...... 28 Assistência Social do município de Sapezal...... 29 Inclusão Produtiva do município de Sapezal...... 30 Educação do município de Sapezal...... 32 Saúde do município de Sapezal...... 33 Finanças Públicas do município de Sapezal...... 35 Recursos Humanos do município de Sapezal...... 35 Plano Municipal de Educação do município de Sapezal...... 36 Educação Infantil em âmbito Nacional...... 36 Educação Infantil do município de Sapezal...... 39 As instituições que atendem a Educação Infantil de Sapezal...... 41 Diagnóstico da Educação Infantil...... 46 Meta e Estratégias da Educação Infantil...... 50 Educação Fundamental em âmbito Nacional...... 53 Educação Fundamental do município de Sapezal...... 55 Diagnóstico do Ensino Fundamental...... 56 Meta e Estratégias do Ensino Fundamental...... 70 Educação de Jovens e Adultos em âmbito Nacional...... 73 Educação de Jovens e Adultos do município de Sapezal...... 74 Diagnóstico da Educação de Jovens e Adultos...... 76 Meta e Estratégias da Educação de Jovens e Adultos...... 78 Educação do Campo em âmbito Nacional...... 80 Educação do Campo do município de Sapezal...... 80 Diagnóstico da Educação do Campo...... 82 Meta e Estratégias da Educação do Campo...... 83 Educação Especial em âmbito Nacional...... 85 Educação Especial do município de Sapezal...... 86 Meta e Estratégias da Educação Especial...... 88 Educação Escolar Indígena em âmbito Nacional...... 90 Educação Escolar Indígena do município de Sapezal...... 92 Diagnóstico da Educação Escolar Indígena...... 93 Meta e Estratégias da Educação Escolar Indígena...... 97 Ensino Médio em âmbito Nacional...... 101 Ensino Médio do município de Sapezal...... 102 Diagnóstico do Ensino Médio...... 103 Meta e Estratégias do Ensino Médio...... 107 Educação Tecnológica e Formação Profissional em âmbito Nacional...... 109 Educação Tecnológica e Formação Profissional do município de Sapezal....110 Diagnóstico da Educação Tecnológica e Formação Profissional...... 112 Meta e Estratégias da Educação Tecnológica e Formação Profissional...... 113 Meta e Estratégias de Educação a Distância e Tecnologia Educacional...... 114 Educação Superior em âmbito Nacional...... 117 Educação Superior do município de Sapezal...... 118 Diagnóstico da Educação Superior...... 119 Meta e Estratégias da Educação Superior...... 122 Formação dos Professores, Profissionais da Educação e Valorização do Magistério em âmbito Nacional...... 124 Formação dos Professores, Profissionais da Educação e Valorização do Magistério no município de Sapezal...... 129 Diagnóstico da Formação dos Professores...... 129 Financiamento e Gestão em âmbito Nacional...... 131 Financiamento e Gestão do município de Sapezal...... 133 Diagnóstico do Financiamento e Gestão...... 135 Metas e Estratégias da Formação dos Professores, Profissionais da Educa ção, Valorização do Magistério e Financiamento e Gestão...... 137 Referências Bibliográficas...... 140 A Secretaria Municipal de Educação realizou no dia 17 de novembro de 2014 a reunião ordinária onde foi instituída a comissão de trabalho para estudos e organização das Pré-Conferências e Conferência Final do Plano Municipal de Educação de Sapezal. Que foi instituída pelo Decreto n° 126 de 08 de dezembro de 2014.

DECRETO N° 126/2014.

INSTITUI COORDENAÇÃO GERAL E COMISSÕES DO PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO E NOMEIA SEUS RESPECTIVOS M E M BR()S.

ILMA GRISOSTE BARBOSA. Prefeita Municipal de Sapezal - MT. no uso de suas atribuições legais que lhe confere o art. 54. IV da Lei Orgânica Municipal;

CONSIDERANDO o que determina a Constituição Federal em seus artigos 206 e 214;

CONSIDERANDO o art. 9" da l.ei Federal n° 9394 de 20 de dezembro de 1996 a qual estabelece as Diretrizes c Bases da Educação Nacional;

CONSIDERANDO a l.ei Federal n° 10.172 de 09 de janeiro de 2001 que aprova o Plano Nacional de Educação PNE. com duração de 10 anos;

CONSIDERANDO ainda a relevante importância da construção do Plano Municipal de Educação com a participação da Sociedade Civil Organizada.

DECRETA:

Art. 1" - Fica instituída a Coordenação Geral e as Comissões do Plano Municipal de Educação;

11 Art.2® - Ficam nomeados como membros da Coordenação Geral da Construção do Plano Municipal de Educação os seguintes servidores municipais:

Edilson Luiz Miani Secretário Municipal de Educação:

Cicia Karasiaki dos Santos Coordenadora de Educação;

Rimenes Silva Martins-Coordenador

Tânia Carnelosi Assessora Pedagógica da Educação Infantil;

Tânia Padilha Kind Maiesk Assessora Pedagógica do Ensino Fundamentação;

Art. 3o - Ficam nomeados os membros (Coordenadores das seguintes Comissões:

• COMISSÃO DE EDUCAÇÃO INFANTIL Vanderléia Maria de Souza — CMEI Raquel Mocchi:

Lei Ia OITmann Machado - CM El José de Antenor de Oliveira;

Claudete Cardoso de Matos - EEB Cannem Schneider:

Rclis Suzane Rondon Cebalho-CMEl Irene Thomaz Schneider:

Aniversina Lopes - CMEI José Antenor de Oliveira

Cynara Leite Bezerra - CME.I Raquel Mocchi

• COMISSÃO DE ENSINO FUNDAMENTAL Lilhan Geane Horn Camilot - EEB Antônio C. Scheffer

Alessandro Lima de Oliveira - EEB Antônio C. Scheffer

Auzeni Silva Santos - EEB Antônio C. Scheffer

Andreza Albina dos Santos - EEB Jaime Marcelo Schecheli

Solange dos Santos Menezes EEB Jaime Marcelo Schecheli

Eliane Ncri da Silva EEB Antônio C. Scheffer

Maria .Aparecida Si mão - Colégio Ipes 12 APRESENTAÇÃO

A complexidade do modelo federativo brasileiro, as lacunas de regulamentação das normas de cooperação e a visão patrimonialista que ainda existe em muitos setores da gestão pública tornam a tarefa do planejamento educacional bastante desafiadora. Planejar, neste contexto, implica assumir compromissos com o esforço contínuo de eliminação das desigualdades que são históricas no país. Para isto, é preciso adotar uma nova postura, que é a de construir formas de colaboração cada vez mais sistêmicas entre os sistemas de ensino, mesmo sem que as normas de articulação federativa tenham sido suficientemente regulamentadas. A Emenda Constitucional n° 59/2009 mudou a condição do Plano Nacional de Educação (PNE), que passou de uma disposição transitória da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei n° 9.394/96) para uma exigência constitucional com periodicidade decenal, o que significa que planos plurianuais de governos devem tomá-lo como referência. O plano também passou a ser considerado oarticulador do Sistema Nacional de Educação, com previsão de percentual do PIB para o seu financiamento; portanto, deve ser a base para a elaboração dos planos estaduais e municipais, que, ao serem aprovados em lei, devem considerar a previsão de recursos orçamentário. Nesse contexto, não há como trabalhar deforma desarticulada, porque o foco central deve ser a construção de metas alinhadas ao PNE; apoiar os diferentes entes federativos neste trabalho é uma tarefa que o Ministério da Educação deve realizar por intermédio da SASE. O alinhamento dos planos de educação em cada município e em cada estado se constitui em um passo importante para a construção do Sistema Nacional de Educação (SNE): esse esforço pode ajudar a construir acordos nacionais que podem diminuir as lacunas de articulação federativa no campo da política pública educacional. O Plano contextualiza cada uma das vinte metas nacionais, traz uma análise específica mostrando suas inter-relações com a política pública mais ampla e um quadro com sugestões para aprofundamento da temática. Além disto, também traz as concepções e proposições da CONAE para a construção de Planos de Educação como Políticas de Estado. Recupera

9 deliberações da Conferência Nacional de Educação (CONAE 2010), que se articulam especialmente ao esforço de aprovação do PNE e à instituição do SNE como processos fundamentais à melhoria e organicidade da educação nacional. Não é um desafio pequeno, mas sabemos que a busca pela equidade e pela qualidade da educação em um país tão desigual como o Brasil é uma tarefa que implica em políticas públicas de Estado que incluam uma ampla articulação entre todos os entes federados. Vivemos atualmente um momento bastante rico de possibilidades, com bases legais mais avançadas e com a mobilização estratégica de atores governamentais e sociais importantes neste cenário. É possível realizar um bom trabalho de alinhamento dos planos de educação, para fazermos deste próximo decênio um virtuoso marco no destino do nosso país. Diante deste desafio e entendendo a grandiosidade e importância deste processo democrático e participativo de construção coletiva de planejar políticas públicas educacionais, Sapezal assumiu a responsabilidade de reestruturar o Plano Municipal de Educação elaborado em 2004. Durante esse período Sapezal obteve um grande avanço na qualidade educacional. O Plano Municipal de Educação é um planejamento da educação de cada município que deve ser realizado com participação do governo e da sociedade civil. É um documento que contém metas e ações propostas a curto, médio e longo prazo, para a educação no município num período de dez anos. Após ser aprovado pelo poder legislativo e sancionado pelo poder executivo será transformado em lei municipal. Os princípios norteadores do PME de Sapezal têm como objetivo garantir a gestão democrática do ensino público, assegurando a participação dos diferentes segmentos da sociedade, através de planejamento, participação, trabalho coletivo, responsabilidade, comprometimento, colaboração, compromisso, autonomia, identidade e transparência na elaboração, aprovação e acompanhamento da implementação do plano. A responsabilidade de elaborar, aprovar e acompanhar a implementação do Plano Municipal de Educação é de todas as forças sociais do município: governo, poderes constituídos, legislativo, executivo, ministério público, iniciativa privada, pais, alunos, professores, gestores e demais profissionais e trabalhadores da Educação.

10 Sandra Aparecida Azomaizokero - Escola Indígena Salto da Mulher

COMISSÃO DA EDUCAÇÃO DO CAMPO Andreza Albina dos Santos - EEB Jaime Marcelo Schecheli

Solange dos Santos Menezes EEB Jaime Marcelo Schecheli

Salete Terezinha I leck - EEB Stephano Eocks

Márcia Maria de Almeida - EEB Eranciosi

Cleonice Espíndola EEB Jaime Marcelo Schecheli

SEGUIMENTOS ORGANIZADOS

Departamento de Esporte José Carlos Feitosa

Ronaldo Fontes de Souza

Departamento de Cultura Maristela Braun

Selma de Barros

Conselho Municipal de Educação Euzimar Núbia da Silva

Fábio Dias Moraes

Clarice l.ucia Schncider

Dileusa Ap. Oening

Assistência Social

14 Nelci Teresinha Rauber Ansolin EEB Stephano Locks

COMISSÃO DE ENSINO MÉDIO Thiago Baldrighi - EE André Antônio Maggi

Eliana Costa Bessa - EE Luiz Frutuoso da Silva

Márcia Finger- EE André Antônio Maggi

Sandra Lucarelli Assessora Pedagógica da SEDUC

Maria Claudia Falcão EE Luiz Frutuoso da Silva

Josinei l ambosi - EE Luiz Frutuoso da Silva.

COMISSÃO DE EDUCAÇÃO ESPECIAL Arianc Antunes dos Santos Apae

Lucidélia Briato Fernando - EEB Antônio C. Scheffer

1 lelenice Aguiar Soares - EEB Antônio C. Scheffer

Kizi Duarte Bastos Borrere - APAE

COMISSÃO DF. ENSINO SUPERIOR Valderes Delmondes do Nascimento Polo UAB

Dayane dos Santos Oliveira UNISAT/UNOPAR

CURSOS TÉCNICOS Lúcia de Fátima Soares Brito

COMISSÃO DE EDUCAÇÃO INDÍGENA Margarete Noronha Valcntiin - SEMECE

Ângela Maria Kamunu Iranlxe Escola Indígena Lino Araxi Irantxe

13 Ivone Bertual Dequi

Lucimar Foles Veras

• Executivo Marcelo Walnier

Adriana Ribas Trevizoli

Adriana de Oliveira

• Legislativo Maria Carolina Ghudin.

Art. 4" - Revogadas as disposições em contrário, este Decreto entrará em vigor na data de sua publicação.

Gabinete da Prefeitura Municipal de Sapezal, 08 de dezembro de 2014.

Ilma Grisoste Barbosa

Prefeita Municipal de Sapezal

15 A Secretaria Municipal de Educação, juntamente com a equipe técnica e a participação das comissões de trabalho realizaram as Pré-Conferências de todas as modalidades de ensino do dia 18 a 27 de maio de 2015 e a Conferência final nos dias 01 e 02 de junho de 2015. As Conferências aconteceram sob critérios estabelecidos pelo regimento especifico:

GOVERNO DO ESTADO DE MATO GROSSO PREFEITURA MUNICIPAL DE SAPEZAL

REGIMENTO INTERNO DAS PRÉ-CONFERÊNCIAS E DA CONFERÊNCIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO PARA ADEQUAÇÃO OU ALINHAMENTO DO PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE SAPEZAL - MT - PME/2015-2024.

' Construir ou elaborar o Plano Municipal alinhando as Metas do Plano Nacional e Estadual para Redefinir Políticas Públicas do Território Municipal”.

I - Da Organização e dos Organizadores

Artigo 1o. A Equipe Técnica e a Comissão de Trabalho organizarão, coordenarão e dirigirão as Etapas de estudo e ações para a finalização do Texto Base do Plano Municipal de Educação de Sapezal /MT a ser aprovada publicamente na Conferência Municipal de Educação em 01 e 02 de junho de 2015.

I. Para a condução de todas as etapas e atividades nos dois momentos, Consulta Pública nas unidades escolares e sociedade civil organizada, e a Conferência Municipal de Educação, fica a critério da Equipe Técnica e a Comissão de Trabalho a incorporação de outros membros para ajudar nesta tarefa.

II. As Pré-conferências nas Unidades de Ensino e sociedade civil organizada nos dias 18 a 26 de maio de 2015.

III. A 2a Etapa será a sistematização das contribuições das instituições de ensino /sociedade civil pela Equipe Técnica até 27 de maio.

IV. A 3a Etapa será a II Conferência Municipal de Educação 2015, nos dias 01 e 02 de junho de 2015.

V. A 4a Etapa será a sistematização do Documento Base do PME aprovado na II Conferência de Educação, pela Equipe Técnica e a Comissão de Trabalho, nos dias 03 e 05 de junho.

VI. A 5a Etapa será o encaminhamento do Documento Base do PME ao Executivo e Legislativo.

II - Da Pré-Conferência

16 Artigo 2o - Fica definido por este Regimento que as Comissões de cada modalidade escolherão 03 (três) membros da comunidade escolar sendo: Coordenador, Secretário e Relator para conduzirem os trabalhos da Pré-conferência, estes, constituirá a equipe técnica da modalidade. I. Função de um Coordenador: A função de coordenador é fundamental para que o processo possa transcorrer de forma democrática e participativa, discutindo com o grupo a melhor forma de conduzir o trabalho (leitura, debate, ler todas a metas, lendo meta por meta, lendo estratégia por estratégia etc), conduzindo as discussões, distribuindo as falas a todos os inscritos e encaminhar a escolha dos delegados a II Conferência Municipal de Educação. É importante, portanto, que o Coordenador disponibilize informações sobre antes de dar inicio aos trabalhos, fazendo uma introdução dos trabalhos a serem conduzidos, de forma clara e sistemática, constantes no Regimento Interno visando qualificar os debates no evento da Conferência. Função de um Secretário: A função da Secretaria é dar total suporte ao coordenador nos trabalhos, estar atenta aos debates, as solicitações das intervenções, aos horários de discussão definidos no regimento, realizar leituras de material, ajudar o relator e coordenador nas conclusões das idéias das plenárias, ou seja, irá fazer com que o regimento seja cumprido. II. Função de um Relator: A função do relator está relacionada a relatar no material disponibilizado (seja escrito ou digitalizado) todas as idéias que a assembléia venha a propor. Estar atento as propostas da assembléia, se é uma proposta: supressiva ao texto, aditiva, substitutiva ou uma nova emenda.

Artigo 4°. A Pré-conferência se constituirá nas unidades de ensino com os segmentos da sociedade, para conhecimento, discussões, debates, proposições com o objetivo de construir de forma participativa o PME.

Artigo 6o. A Comissão de Trabalho de cada modalidade fará a sistematização das emendas (supressiva, aditiva, substitutiva e nova emenda) até dia 27 de maio 2015 e encaminhará o resultado dos trabalhos a Equipe Técnica no e-mail - [email protected]

Parágrafo Único - Os segmentos da comunidade escolar são profissionais, pais e alunos e comunidade dos bairros ou setores.

Artigo 7o. A 1a Etapa - Será composta de pré-conferência, registrada em ata, com a devida indicação de:

I - das representações; II - dos participantes; III - dos delegados eleitos para a 2a Etapa - II Conferência Municipal de Educação que ocorrerá nos dias 01 e 02 junho de 2015.

Art. 8° - A escola/instituição/sociedade civil deverá escolher: I. 01 (um) representante e suplente para representarem o segmento professores; II. 01 (um) representante e suplente para representarem o segmento alunos; III. 01 (um) representante e suplente para representarem o segmento pais; 17 IV. 01 (um) representante e suplente para representarem o segmento funcionários; V. 01 (um) representante e suplente para o segmento do SINTEP; VI. 01 (um) representante e suplente da equipe gestora da Escola;

Parágrafo Único: Caberá à Comissão de Trabalho de cada modalidade enviar o relatório da pré-conferência e a relação dos representantes com os nomes do titular e suplente, com os respectivos e-mail, telefone, endereços e segmento que representa a Comissão Técnica do PME, pelo E-mail: [email protected]

Artigo 9o. O Documento Base (Metas e estratégias) do PME deverá ser amplamente lido e discutido, e as alterações, sugestões e proposições registradas no documento devem ser encaminhadas a Equipe Técnica até dia 27 de maio de 2015.

III - Da Conferência Municipal de Educação 2015 - SAPEZAL/MT

Artigo 10°. A II Conferência Municipal de Educação 2015 será o momento de socialização, deliberação e aprovação do Plano Municipal de Educação em que as diferentes representações da sociedade sapezalense manifestarão seus anseios para a educação do município de Sapezal, considerados e consolidados a partir das metas e estratégias construídas coletivamente em cada Meta.

Artigo 11°. A II Conferência Municipal de Educação 2015 acontecerá nos dias 01 e 02 de junho de 2015, no Auditório do Paço Municipal.

IV - DO CREDENCIAMENTO Artigo 12° - O credenciamento dos/as conferencistas acontecerá a partir das 7:30 horas do dia 01 de junho de 2015 e se encerrará às 09:00 horas do mesmo dia.

§1° - O credenciamento dos suplentes, cujo comunicado da vacância do/a delegado/a se der até o limite de 01 de junho de 2015, serão no mesmo local e horário de credenciamento de delegados/as.

§ 2o - Não haverá substituição de delegados (as) após a data e horário estabelecido no regimento da Conferência. § 3o - Cada conferencista é responsável pela guarda do material contido nas pastas que receberá no ato do credenciamento e não haverá, em nenhuma hipótese, reposição da credencial de identificação/votação (crachá). § 4o - O extravio ou a perda da credencial de votação deverá ser comunicado imediatamente à Comissão de organização da II Conferência Municipal.

V - DOS TRABALHOS DA CONFERÊNCIA Art. 13o- A II CONFERÊNCIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE SAPEZAL constará de:

I- Credenciamento II- Solenidade de Abertura: Palestra da importância do Plano Municipal com Professor Carlito Pereira da Rocha (SEDUC); 18 III- Plenária para Aprovação do Regimento IV- Painéis Temáticos V- Grupos de Trabalho VI- Sessões de plenárias deliberativas.

Art. 14° - Para o desenvolvimento dos trabalhos da A II CONFERÊNCIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE SAPEZAL será apresentado contendo o Documento Referência, as Metas e Estratégias.

Art. 15° - Esgotados os prazos da realização das plenárias deliberativas a mesa deverá consultar a plenária para encaminhamentos.

Art. 16° - As sessões plenárias destinam-se ao debate das emendas e realizar-se-ão com qualquer número de delegados, sendo conduzidas pelo(a) Coordenador(a) da Conferência.

Parágrafo Único - Só poderão ser discutidas e votadas nas plenárias de grupo, as emendas do respectivo Documento de referência. E na plenária final, só poderão ser discutidas e votadas as emendas que nas plenárias de grupos tiverem sido aprovadas com maioria simples dos votos (50% + 1) dos presentes na sessão plenária.

Art.17° - Às emendas, nas plenárias de grupo de cada modalidade e plenária final, serão garantidas defesas, favoráveis e contrárias.

§1° Apresentada a emenda e não havendo posição em contrario, a mesma será considerada aprovada.

§2° Havendo posição contrária à emenda, e não havendo quem a defenda favoravelmente, a mesma será considerada rejeitada. §3° Apresentada a emenda e havendo posições contrárias e favoráveis, a mesa abrirá espaço para o debate.

Art.18° - Cada defesa, favorável e/ou contrária a uma determinada emenda deverá ser feita num intervalo de tempo de no máximo 3 minutos, facultando aos oradores a fracionarem esse tempo com outros oradores.

Parágrafo Único - havendo necessidade, a critério da mesa diretora, poderá ser garantido até 03 defesas (por oradores diferentes) a uma determinada emenda.

VI - DAS VOTAÇÕES

Art. 19o- Serão consideradas aprovadas as emendas ao documento referência que obtiverem maioria simples dos votos (50% +1) do total de delegados presentes na sessão plenária.

§ 1o - A identificação do/a conferencista nas sessões plenárias será realizada mediante a apresentação do crachá.

§ 2o - As votações serão realizadas por contraste, mediante levantamento dos crachás de votação dos/as delegados/as. §3° - Em caso de dúvida, a mesa repetirá a votação e persistindo a duvida será realizada a contagem dos votos;

19 §4° - As questões de ordem, encaminhamentos ou de esclarecimento poderão ser requeridas à Coordenação dos trabalhos e, quando concedidas, serão feitas num intervalo de tempo de 01 (um) minuto; §5° - Não serão aceitas questões de ordem, esclarecimentos ou encaminhamentos durante o regime de votação.

VII - DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Artigo 20°. Os delegados eleitos pelos seus pares na 1a Etapa - Pré-Conferência, da comunidade escolar e da sociedade civil organizada, participarão com direito a voz e voto na II Conferência Municipal de Educação 2015, e serão responsáveis pela aprovação da versão final do PME de SAPEZAL.

Artigo 21°. A 2a Etapa - II Conferência Municipal de Educação 2015 terá participação de delegados e será aberta ao público, de acordo com Regimento Interno, lido e aprovado no início da Conferência.

Parágrafo Único: Os participantes que não foram eleitos como delegados e convidados não terão o direito a voto.

Art. 22° - Qualquer alteração no Regimento ou Dinâmicas da II Conferência Municipal de Educação de SAPEZAL só poderá ser efetuada pela Plenária da Conferência e por maioria simples dos votos.

Art. 23° - A sistematização das resoluções da II Conferência Municipal de Educação de SAPEZAL ficará a cargo da Relatoria Geral da Comissão de trabalho do PME.

Art. 24° - Os casos omissos serão resolvidos pela Comissão Organizadora das Pré- conferencia e da Comissão organizadora da II Conferência Municipal de Educação de SAPEZAL, já instituída pelo Decreto n° 126 de 08 de dezembro de 2014.

Artigo 25°. O texto final do Plano Municipal de Educação será organizado pela Equipe Técnica e Comissão e encaminhado aos poderes executivo e legislativo para as providências do Projeto de Lei.

20 ASPECTOS HISTÓRICOS, GEOGRÁFICOS E SOCIOECONÔMICOS

A Lei de número 6.534, de 19 de setembro de 1994, de autoria dos deputados Antônio Joaquim e Jaime Muraro, sancionada por Júlio Campos, criou o município de Sapezal. Nas eleições de 03 de outubro de 1996, foi eleito André Antônio Maggi, como primeiro prefeito de Sapezal com 98% dos votos. O território de Sapezal foi amplamente cortado por viajantes e aventureiros a partir do séc. XVIII. Estes, porém, não deixaram nenhum rastro de colonização, o que só veio a partir da abertura da fronteira agrícola mato-grossense. No período, as distâncias entre as fazendas variavam de 40 a até 100 Km e as estradas que ligavam umas às outras eram, na verdade, picadas abertas no cerrado pelos próprios colonos, o que dificultava a formação de um centro de maior povoamento. Os pioneiros foram colonos sulistas, a maior parte vinda do Norte do Rio Grande do Sul, Oeste de Santa Catarina e Sudoeste do Paraná que chegaram nas décadas de 70 e 80. O nome Sapezal é termo de origem Tupi - SSA’ pé: o que alumia + al sufixo que designa quantidade. Sapé é uma espécie de capim da família das gramíneas, conhecida pela propriedade de se cobrir ranchos. No dizer da língua Tupi é um capim brilhante, que ilumina, que “lumia”. Ou seja, designa lugar de muito sapé. A formação do núcleo urbano de Sapezal está ancorada em uma proposta de colonização do Grupo Maggi, que deu esta denominação à cidade em referência ao Rio Sapezal. A atual zona urbana começou a ser povoada com a abertura da estrada MT - 235 (Estrada Nova Fronteira) e do Loteamento da Cidezal Agrícola, de propriedade de André Antônio Maggi, em meados de 1987. O Município de Cuiabá deu origem ao Município de Nossa Senhora da Conceição do (Diamantino), que deu origem ao Município de , do qual originou-se o Município de Sapezal. Localizado na latitude sul 13° 32'48”, longitude oeste 58°48:55”, na Mesorregião 127, Microrregião de Parecis (N°04), Chapada dos Parecis, médio norte do Estado do Mato Grosso, região Centro-Oeste do Brasil. O município de Sapezal possui hoje uma área de 13.696 km2, sendo 4.934 Km2 de área indígena. Sapezal é um município com apenas 20 anos de emancipação, estando em franco desenvolvimento, pois recebe migração de todo o país. Possui uma grande diversidade

21 cultural, e grande necessidade de investimentos para acompanhar e incentivar seu desenvolvimento. Sua economia é baseada no agronegócio, o que respalda seu crescimento de forma ordenada, com índice acima de 15% ao ano, superiores a média estadual e nacional. Esta economia, predominantemente agrícola, enfatiza o município, sendo hoje, o 2o maior produtor de grãos e o 3o maior PIB agrícola do país, destacando-se principalmente na produção de soja, algodão e milho, atraindo a atenção de investidores, devido a grande oferta de matéria prima. (Prefeitura Municipal de Sapezal - MT, 2011).

ASPECTOS DEMOGRÁFICOS DO MUNICÍPIO DE SAPEZAL

A população do município ampliou, entre os Censos Demográficos de 2000 e 2010, à taxa de 8,66% ao ano, passando de 7.889 para 18.094 habitantes. Essa taxa foi superior àquela registrada no Estado, que ficou em 1,95% ao ano e superior à cifra de 1,93% ao ano da Região Centro-Oeste.

A taxa de urbanização apresentou alteração no mesmo período. A população urbana em 2000 representava 69,79% e em 2010 a passou a representar 83,59% do total. A estrutura demográfica também apresentou mudanças no município. Entre 2000 e 2010 foi verificada ampliação da população idosa que cresceu 13,1% em média ao ano. Em 2000, este grupo representava 1,9% da população, já em 2010 detinha 2,8% do total 22 da população municipal. O segmento etário de 0 a 14 anos registrou crescimento positivo entre 2000 e 2010, com média de 7,2% ao ano. Crianças e jovens detinham 31,6% do contingente populacional em 2000, o que correspondia a 2.494 habitantes. Em 2010, a participação deste grupo reduziu para 27,6% da população, totalizando 4.996 habitantes.

População residente no município por faixa etária - 2000e 2010

0 a 14 15 a 29 3Oa 39 40 3 59 60 anos Total anos anos anos anos ou tnais

■ 2000 2.494 2.689 1 560 972 151 7.866

y 2010 4.996 5.889 3.563 3.131 515 18.094

Foite. lBGE CansosOerograrcoüdeZOOCeiOlC

A população residente no município na faixa etária de 15 a 59 anos exibiu crescimento populacional (em média 9.20% ao ano), passando de 5.221 habitantes em 2000 para 12.583 em 2010. Em 2010. este grupo representava 69,5% da população do município.

PRODUÇÃO ECONOMICA DO MUNICÍPIO DE SAPEZAL

Entre 2005 e 2010, segundo o IBGE, o Produto Interno Bruto (PIB) do município cresceu 38,3%, passando de RS 1.025,9 milhões para R$ 1.418,9 milhões. O crescimento percentual foi inferior ao verificado no Estado, que foi de 52,9%. A participação do PIB do município na composição do PIB estadual diminuiu de 2,74% para 2,48% no período de 2005 a 2010.

23 Participação dos setores econômicos no Produto Interno Bruto do Município - 2C1O Administração Pública Impostos 4,5 14,C%

Serviços 41,6%_

Indústria Agropec jàrxa

fu ilc. IBGE 6,2% 33,3%

A estrutura econômica municipal demonstrava participação expressiva do setor de Agropecuário, o qual respondia por 44,9% do PIB municipal. Cabe destacar o setor secundário ou industrial, cuja participação no PIB era de 3,8% em 2010, contra 3,5% em 2005. Variação contrária à verificada no Estado, em que a participação industrial cresceu de 3,5% em 2005 para 15,1% em 2010.

Taxa de crescimento do PIB nominal por setor econômico no Município e no Estado - 2005 a 2010

Fonte: iBGE

PRODUÇÃO AGROPECUÁRIA DO MUNICÍPIO DE SAPEZAL

Quando analisamos os aspectos econômicos do município, é importante levar em consideração, dentre outros fatores, a sua capacidade de geração de renda através de atividades nas áreas da pecuária e agricultura. No caso da pecuária, dados coletados da

24 Pesquisa Agrícola Municipal do IBGE, referentes a 2011, apontam que as 5 (cinco) principais culturas de rebanho local são as indicadas no gráfico abaixo:

Além do campo da pecuária, a supracitada pesquisa também fornece dados acerca da área de agricultura local. Neste caso, foram coletados dados acerca das 5 (cinco) principais culturas de agricultura do município, divididas entre aquelas permanentes e aquelas temporárias, conforme demonstrado no gráfico que segue:

Distribuição das 5 (cinco) principais culturas de agricultura do município, segundo condição permanente/temporária (toneladas) - 2011

25 AGRICULTURA FAMILIAR DO MUNICÍPIO DE SAPEZAL

O município possuía 1.608 agricultores familiares em 2006, que correspondia a 81% dos seus produtores. Esses agricultores familiares acessavam a 16% da área, ocupavam 73% da mão-de-obra do setor e participavam com 29% do valor da produção agropecuária municipal. Atualmente, temos 826 agricultores familiares cadastrados com DAP (Declaração de Aptidão ao Pronaf) neste município. A tabela abaixo apresenta esses dados relativos também ao seu Estado e ao Brasil:

Quantidade de agricultores cadastrados com DAP (Declaração de Aptidão ao Pronaf) Município 10 Estado 61.057 Brasil 4.395.395 Fonte: Ministério do Desenvolvimento Agráric

MERCADO DE TRABALHO DO MUNICÍPIO DE SAPEZAL

Conforme dados do último Censo Demográfico, o município, em agosto de 2010, possuía 9.825 pessoas com 10 anos ou mais de idade economicamente ativas, sendo que 9.207 estavam ocupadas e 618 desocupadas. A taxa de participação ficou em 66,9% e a taxa de desocupação municipal foi de 6,3%. No tocante á taxa de desemprego, o gráfico abaixo fornece indicativos de maneira comparativa:

26 A distribuição das pessoas ocupadas por posição na ocupação mostra que 60,5% tinham carteira assinada, 15,1% não tinham carteira assinada, 14,3% atuam por conta própria e 2,9% de empregadores. Servidores públicos representavam 6,3% do total ocupado e trabalhadores sem rendimentos e na produção para o próprio consumo representavam 0,9% dos ocupados.

fonte: IBGE CensoDtmografko 1O£O

Das pessoas ocupadas, 1,5% não tinham rendimentos e 16,7% ganhavam até um salário mínimo por mês. O valor do rendimento médio mensal das pessoas ocupadas era de R$ 1.555,69.

27 Entre os homens, o rendimento era de R$ 1.839,77 e entre as mulheres de R$ 1.106,53, apontando uma diferença de 66,26% maior para os homens. Segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego, o mercado de trabalho formal do município apresentou, por cinco anos, saldo positivo na geração de novas ocupações entre 2005 e 2012. O número de vagas criadas neste período foi de 3.597. No último ano, as admissões registraram 8.786 contratações, contra 6.473 demissões.

Admitidos e desligados no Município - 2005 a 2012

10.000 ,

2.000

2005 2006 2CO7 2003 21009 2010 2011 2012

—Admitido 3.772 3.390 4 387 5 180 5.116 5 694 6 091 8786

Desligado 4.036 3.594 3.867 4 908 5.160 5.247 5.534 6X73

Fonte: Minictã’ic dolraoalhoí Enp-ejoIMTT) de imptexao;; eDeicmore^»-^}:

O mercado de trabalho formal em 2010 totalizava 6.268 postos, 47,7% a mais em relação a 2004. O desempenho do município ficou acima da média verificada para o Estado, que cresceu 38,9% no mesmo período.

POBREZA E TRANSFERÊNCIA DE RENDA DO MUNICÍPIO DE SAPEZAL

Conforme dados do último Censo Demográfico, no município, em agosto de 2010, a população total era de 18.094 residentes, dos quais 650 se encontravam em situação de extrema pobreza, ou seja, com renda domiciliar per capita abaixo de R$ 70,00. Isso significa que 3,6% da população municipal vivia nessa situação. Do total de extremamente pobres, 259 (39,8%) viviam no meio rural e 391 (60,2%) no meio urbano. No acompanhamento do Plano Brasil Sem Miséria, o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) utiliza as informações do Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal. Ele provê dados individualizados, atualizados no máximo a cada dois anos, sobre os brasileiros com renda familiar de até meio salário mínimo per capita, permitindo saber quem são. onde moram, o perfil de cada um dos membros das famílias e as características dos seus domicílios. 28 De acordo com os registros de março de 2013 do Cadastro Único e com a folha de pagamentos de abril de 2013 do Programa Bolsa Família, o município conta com 1.800 famílias registradas no Cadastro Único e 723 famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família (40,17% do total de cadastrados). O gráfico mostra a evolução desses cadastros para o seu município:

O município apresenta uma cobertura cadastral que supera as estimativas oficiais, de maneira que a gestão municipal do Cadastro Único deve concentrar esforços na qualificação das informações registradas e na atualização dos dados familiares. Com isso, o município poderá abrir espaço para incluir no Bolsa Família as famílias em extrema pobreza já cadastradas e que ainda não recebem os benefícios. De junho de 2011 a janeiro de 2013, o município inscreveu no Cadastro Único e incluiu no Programa Bolsa Família 56 famílias em situação de extrema pobreza.

ASSISTÊNCIA SOCIAL DO MUNICÍPIO DE SAPEZAL

Os atendimentos realizados no âmbito da rede sócio assistencial também são importantes elementos para o diagnóstico do perfil social do seu município. O Benefício de Prestação Continuada (BPC) constitui uma das mais importantes ferramentas de distribuição de renda no âmbito da assistência social, tendo sido instituído ainda na Constituição Federal de 1988. No seu município, o gráfico abaixo confere informações acerca da quantidade de beneficiários de BPC considerando o período de 2004 a 2013, por tipo de beneficiário:

29 Fvnlução da quantidade de beneficiários dn Benefício de Prestação Continuada (BPC), por tipo de beneficiário - 2004 a 2013 RO

^—Pessoas com deficiência idosos

Fonte Mmaériodo OeMnvo». jneitoSaoweCo-nbawa Fo

Além do BPC, a Assistência Social desenvolve diversos tipos de programas, ações e atendimentos, especialmente considerando seus espaços institucionais, como é o caso dos Centros de Referência da Assistência Social (CRAS) e o Programa de Atenção Integral à Família (PAIF). O gráfico abaixo apresenta os principais indicadores de atendimento nesse âmbito, considerando os dados coletados no Censo SUAS do MDS para o ano de 2012:

Atendimentos no PAIF e nos Serviços de Convivência e Fortalecimento de Vínculos - 2012

■ Janeiro

■ Junho

M De;er Jbro

A B C 0 A -Quantidade de famílias participando e’ularmen:eoe grupos ro âmbito do PAIF 0- Quait dadede crianças da 0 a 6 anos om Serviços de CorvMnrla e Fort^ec-rrento de Vínculos C - Quant dadede crlanças/adolescentes ceõa 15 anos em Serviços CoMtvêmcaFortatedrnewioYincdkJS D - Quantidade do joveiç de 15 a 17 ano; em Serviços de Convivênda eFortalecirr.®rttcdí Vínculos

Fcnte Ministerbco ^«eivdritnerto Socai e Combate á Forre iMD‘J

INCLUSÃO PRODUTIVA DO MUNICÍPIO DE SAPEZAL

Além dos aspectos de cadastramento no Cadastro Único, no Bolsa Família e de atendimento sócio assistencial, é importante analisar, também, o perfil ocupacional dos indivíduos que fazem parte desse conjunto. Para isso, foram analisados os dados mais atualizados do programa de Microempreendedores Individuais (MEI). Em fevereiro de 2013, o município contava com 571 pessoas cadastradas como MEI. Desse total, foi

30 possível encontrar, também, indivíduos cadastrados simultaneamente no Cadastro Único. O gráfico abaixo mostra a evolução do total destes indivíduos, que estão cadastrados tanto no Cadastro Único, quanto no MEI, para os meses de junho de 2012, novembro de 2012 e fevereiro de 2013:

Total do indivíduos cadastrados simultaneamente no MEI eno Cadastro Único - 2012 e 2013

jun/12 nov/12 tev/13

fow: SírviçoErasieiroo* «WnroePeQiena5e«i|:tesas|5t&RAE).mi uste-toteCesenidvflnsrto ioctüeGoirawta rjníjMCri;

Quando consideramos os indivíduos cadastrados simultaneamente no Cadastro Único e no programa MEI, foi possível observar, para o seu município, as 5 (cinco) principais atividades econômicas por eles desenvolvidas, conforme demonstrado no gráfico abaixo:

Distribuição das 5 (cinco) principais atividades dos microempreendedores individuais (MEI) do município -2C12

31 EDUCAÇÃO DO MUNICÍPIO DE SAPEZAL

Conforme dados do último Censo Demográfico, no município, em agosto de 2010, a taxa de analfabetismo das pessoas de 10 anos ou mais era de 5,2%. Na área urbana, a taxa era de 4,7% e na zona rural era de 7,8%. Entre adolescentes de 10 a 14 anos, a taxa de analfabetismo era de 1,5%. No que concerne à taxa de atendimento da rede educacional do município, os dados do Censo foram calculados por faixa etária, conforme se observa no gráfico abaixo:

Percentual de crianças atendidas na rede educacional, por faixa etária 2010

Foram calculadas, também, metas para o índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), conforme se observa no gráfico abaixo:

Motas do índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) - 2309 a 2321

Dados Metas estabelecidas pelo MEC Observados

Foite: MiMsterio díEducôçóo |M:Q

32 SAÚDE DO MUNICÍPIO DE SAPEZAL

Os dados do Ministério da Saúde são importantes para diagnosticar a situação da área no seu município. No tocante á mortalidade infantil, o número de óbitos infantis foi de 6 crianças, ao passo que no Estado o número de óbitos infantis foi de 715 crianças e a taxa de mortalidade infantil foi de 14,06 crianças a cada mil nascimentos. No que concerne à morbidade hospitalar, as 5 (cinco) principais causas de internação são as listadas no gráfico abaixo:

Distribuição das 5 (cinco) principais causas de morbidade hospitalar do município - 2012

Além da morbidade hospitalar, é importante, também, assinalar as principais causas externas de óbito relatadas pelo município. De acordo com o Censo Demográfico 2010, o total da população de 15 a 29 anos era de 5.889 indivíduos, sendo que 00 faleceram em função de eventos e/ou causas externas. Quando analisamos de maneira mais detida essas informações, notamos que as causas de morte variam por município. No município, as 3 (três) principais causas externas de óbito dos indivíduos na faixa etária de 15 a 29 anos são. de acordo com dados do Ministério da Saúde, as que seguem no gráfico abaixo, tomando por base os anos de 2005 e 2010

33 Por fim, é importante ressaltar as condições de saneamento e serviços correlatos do município, que interferem nas condições de saúde da população. Dados do Censo Demográfico de 2010 revelaram que na área rural do seu município, a coleta de lixo atendia 63,3% dos domicílios. Quanto à cobertura da rede de abastecimento de água, o acesso nessa área estava em 94,6% dos domicílios particulares permanentes e 65,1% das residências dispunham de esgotamento sanitário adequado. No caso da área urbana, o gráfico abaixo fornece a distribuição desses serviços para os domicílios particulares permanentes:

34 FINANÇAS PÚBLICAS DO MUNICÍPIO DE SAPEZAL

A receita orçamentária do município passou de RS 26.4 milhões em 2005 para R$ 41,1 milhões em 2011, o que retrata uma alta de 56,1% no período ou 11,77% ao ano. A proporção das receitas próprias, ou seja, geradas a partir das atividades econômicas do município, em relação á receita orçamentária total, passou de 14,12% em 2005 para 19,21% em 2011, e quando se analisa todos os municípios juntos do estado, a proporção aumentou de 19,15% para 19,28%. A dependência em relação ao Fundo de Participação dos Municípios (FPM) aumentou no município, passando de 11,83% da receita orçamentária em 2005 para 14,54% em 2011. Essa dependência foi inferior àquela registrada para todos os municípios do Estado, que ficou em 19,74% em 2011. As despesas com educação, saúde, urbanismo, administração e assistência social foram responsáveis por 85,06% das despesas municipais. Em assistência social, as despesas alcançaram 5,18% do orçamento total, valor esse superior à média de todos os municípios do estado, de 3,86%.

RECURSOS HUMANOS DO MUNICÍPIO DE SAPEZAL

A Administração Municipal conta com 719 servidores, entre os quais 100,0% são estatutários. Entre 2009 e 2012 o município realizou concurso público.

Total de servidores da administração municipal segundo tipo de vínculo - 2011

Estatutários CLT Comissionado Estagiário Sena Víncuto Permanente Fonte I9GE- PcS.QuiiaücinfonrajãesOai.casMun.úpiir.IMUMC) ?<31í

35 PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÀO DO MUNICÍPIO DE SAPEZAL

Aqui são apresentadas as metas e estratégias propostas pelo PME, trazendo algumas análises e informações referentes a cada modalidade de ensino em prol da melhoria da educação municipal, tendo por eixo os processos de organização e gestão da educação, seu financiamento, avaliação e os desafios na efetivação de políticas do município com centralidade no PNE - Plano Nacional de Educação, PEE - Plano Estadual de Educação e PME Plano Municipal de Educação de duração decenal. Modalidades: • Educação Infantil; • Ensino Fundamental; • Educação Especial; • Educação do Campo; • Educação Escolar Indígena; • Educação de Jovens e Adultos; • Ensino Médio; • Educação a Distância e Tecnologias Educacionais; • Educação Tecnológica e Formação Profissional; • Ensino Superior; • Formação dos Professores, Profissionais da Educação, Valorização do Magistério e Financiamento e Gestão.

A EDUCAÇÀO INFANTIL EM ÂMBITO NACIONAL

Resultados de estudos e pesquisas desenvolvidos nos mais distintos países, e entre eles o Brasil, há muito vêm atestando a importância da educação das crianças pequenas, tanto paia os processos de escolarização que se sucedem para a formação dos indivíduos de uma perspectiva mais global. A difusão e aceitação destes resultados, certamente, influenciaram para que a educação infantil na última década tenha se tornado alvo de ações governamentais significativas na sociedade brasileira, bem como continuem a ser projetadas como prioridade no âmbito do novo PME. Não por acaso, constitui a primeira meta do PNE a universalização da pré-escola até 2016 e a

36 ampliação de vagas em creches, visando ao atendimento de 50% das crianças de até três anos até o final da sua vigência. Vale destacar que o reconhecimento das crianças como sujeitos de direitos, em articulação com o atendimento, pelo menos em parte, das históricas demandas dos movimentos sociais, sobretudo dos movimentos de mulheres, pela criação/ampliação de vagas em creches e pré-escolas, também vêm influenciando o tratamento que a educação infantil tem recebido. A incorporação da educação infantil á educação básica constituiu medida de política que lhe permitiu passar a contar com financiamento advindo do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (FUNDEB) a partir de 2007. Outra medida importante constituiu o estabelecimento da sua obrigatoriedade em conjunto com o ensino fundamental, o ensino médio (e as modalidades concernentes), fato que ocorreu com a aprovação da Emenda Constitucional n° 59/2009, que estendeu a educação obrigatória para a faixa etária de 4 a 17 anos. A despeito desses avanços, ainda é muito restrita a extensão da sua cobertura no país. Dados do IBGE mostram que. no ano de 2011, o atendimento em creches atingia 20,8% das crianças e na pré-escola o índice era de 77,4%. Ainda mais grave é a situação identificada em estudo do IBGE com base em dados do ano de 2010. Eles demonstraram, por exemplo, que, do total das crianças atendidas nas creches, 36,3% faziam parte dos 20% mais ricos da população e apenas 12,2% integravam o estrato dos 20% mais pobres. Como se observa, são muitos os desafios a ser enfrentados para que se garanta o acesso e o usufruto com qualidade da educação infantil. E, conforme define a legislação cabe aos Município a responsabilidade da oferta da educação infantil, mesmo sendo notória a necessidade que tem a maior parte desses entes de contar com o apoio dos Estado e da União para que possam cumpri-la. Em face dessa realidade, a maioria das estratégias apresentadas no PNE tem como ancoragem o acionamento de mecanismos que pressupõem a dinamização do regime de colaboração. Entre as principais estratégias situa-se a definição de metas de expansão da educação infantil nas respectivas redes de ensino dos entes federativos, considerando as peculiaridades locais, mas em regime de colaboração entre a União, os

37 Estado e os Município, de acordo com padrão nacional de qualidade, também a ser definido de modo colaborativo. Do mesmo modo, situa-se a manutenção e ampliação, em regime de colaboração, guardando respeito às normas de acessibilidade, programa nacional de construção e reestruturação de escolas, bem como de aquisição de equipamentos, visando à expansão e à melhoria da rede física de escolas públicas de educação infantil. Igualmente de modo colaborativo, está previsto o levantamento da demanda por creche para a população de até três anos, como forma de planejar a oferta e verificar o atendimento da demanda manifesta, bem como a realização e publicação, a cada ano, de levantamento da demanda por educação infantil em creches e pré-escolas, como forma de planejar e verificar o atendimento. Com vistas a garantir o acesso dos estratos mais pobres da população à educação infantil, encontram-se as estratégias que visam a “implementar, em caráter complementar, programas de orientação e apoio às famílias, por meio da articulação das áreas da educação, saúde e assistência social, com foco no desenvolvimento integral das crianças de até três anos de idade" Ainda na mesma perspectiva de atendimento intersetorial, é destacável a estratégia voltada para o fortalecimento, 'o acompanhamento e o monitoramento do acesso e da permanência das crianças na educação infantil, em especial dos beneficiários de programas de transferência de renda, em colaboração com as famílias e com os órgãos públicos de assistência social, saúde e proteção á infância’ Vale aludir ainda a presença de estratégia voltada para a formação inicial e continuada de educadores e para o desenvolvimento e aperfeiçoamento de mecanismos de avaliação das aprendizagens. Dentre os principais programas, projetos e ações do Ministério da Educação destinados ao atendimento da educação infantil com qualidade, destacam-se o Plano de Ações Articuladas (PAR), o Programa Nacional de Reestruturação e Aquisição de Equipamentos para a Rede Escolar Pública de Educação Infantil (Proinfância). Há ainda as seguintes políticas: a) antecipação do repasse do FUNDEBpara novas vagas de todas as creches municipais; b) aumento de 66,7% do valor da alimentação para creche e para pré-escola; e c) acréscimo de 50%do FUNDEBpara todas as matrículas em creches (criançasde 0 a 3 anos) do Programa Bolsa Família. Cabe destacar ainda o programa Brasil Carinhoso, voltado à superação da extrema pobreza na primeira infância, que

38 integra o Plano Brasil sem Miséria.

EDUCAÇÃO INFANTIL DO MUNICÍPIO DE SAPEZAL

A Constituição Federal no seu artigo 208 afirma o direito à Educação Infantil com atendimento em creches e pré-escolas para crianças de zero a seis anos de idade, e, o Estatuto da criança e do Adolescente, em seu Art. 63 reafirma esse direito. Na LDB 9394/96 a educação Infantil aparece como a primeira etapa da Educação Básica, legitima a necessidade de oferta de educação a crianças de zero a seis anos de idade, mais que isto, define sua área de alcance (desenvolvimento integral da criança nos aspectos físico, psicológico, intelectual e social). Eis os artigos inclusos na LDB: Art.29. A Educação Infantil, primeira etapa da Educação Básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança até 6 anos de idade, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e comunidade. As diretrizes curriculares nacionais para educação infantil, Resolução n° 5, de 17 de dezembro de 2009 define: A Educação Infantil primeira etapa da educação básica, oferecida em creches e pré-escolar, às quais se caracterizam como espaços institucionais não domésticos ou privados que educam e cuidam de crianças de 0 e 5 anos de idade no período diurno, em jornada integral ou parcial, regulados e supervisionados por órgão competente do sistema de ensino e submetidos a controle social. O cumprimento desse papel é um desafio a ser enfrentado, levando-se em conta principalmente a construção de uma nova e diferente forma de conceber e atender às crianças da Educação Infantil. Garantir a Educação Infantil é tão importante quanto à construção de uma proposta que supere as posições atuais, pois é premente que se conceba e realize um atendimento na Educação Infantil que considere a formação da criança nas diferentes condições concretas de sua existência. É importante enfatizar que essas propostas devem buscar a interação entre as diversas áreas do conhecimento e dos aspectos da vida cidadã, como conteúdos básicos para a constituição do conhecimento e dos valores. É necessário que isso se dê numa dimensão lúdica, possibilitando elaboração de novas noções pela criança, tornando-a cada vez mais capacitada para agir com independência e autonomia. Embora a responsabilidade de organização, manutenção e desenvolvimento das políticas para a Educação Infantil seja do município cabe ao Estado e União a garantia, aos municípios, de subsídios técnicos e financeiros, uma vez que é explicitada pela

39 Constituição Federal e a LDB/96 a corresponsabilidade das três esferas do governo, ou seja, União, Estados e Municípios e, fundamentalmente, a família. O município de Sapezal possui 11 instituições de ensino que atende a educação Infantil, sendo 08 do município, 02 da iniciativa privada e 01 filantrópica. Instituição de Ensino por dependência que atende a Educação Infantil, 2010 a 2015: INSTITUIÇÕES DE 0 Á 03 ANO DE IDADE ANO MUNICIPAL PRIVADA FILANTRÓPICA TOTAL 2010 02 02 01 05 2011 03 02 01 06 2012 03 02 01 06 2013 04 02 01 07 2014 04 02 01 07 2015 04 02 01 08 FONTE: SEMECE - Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Esporte - 2015 Tabela 1

INSTITUIÇÕES DE 04 À 05 ANO DE IDADE ANO MUNICIPAL PRIVADA FILANTRÓPICA TOTAL 2010 03 02 01 06 2011 03 02 01 06 2012 03 02 01 06 2013 04 02 01 07 2014 04 02 01 07 2015 04 02 01 07 FONTE: SEMECE - Secretaria Municipal de Educação. Cultura e Esporte - 2015. Tabela 2

40 AS INSTITUIÇÕES QUE ATENDEM A EDUCAÇÃO INFANTIL

ESCOLAS MUNICIPAIS

ESCOLA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL E ENSINO FUNDAMENTAL ‘ANTONIO CLARISMUNDO SCHEFFER”.

ESCOLA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL E ENSINO FUNDAMENTAL “FRANCIOSI"

41 ESCOLA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL E ENSINO FUNDAMENTAL “JAIME MARCELO SCHECHELI”

CENTRO DE EDUCAÇÃO INFANTIL “IRENE THOMÁZ SCHNEIDER”

42 CENTRO DE EDUCAÇÃO INFANTIL JOSE ANTENOR DE OLIVEIRA"

CENTRO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL “NIBELI VEFAGO"

43 ESCOLA MUNICIPAL DE ENSINO INFANTIL E ENSINO FUNDAMENTAL “CARMEM ANTONIA SCHNEIDER KAMPFF”

CRECHE MUNICIPAL RAQUEL MONCH SANT ANA CARDOSO

44 ESCOLAS PRIVADAS

COLÉGIO HEXÁGONO

45 ESCOLA FILANTRÓPICA ESCOLA ESPECIAL SONHO MEU - APAE

DIAGNÓSTICO DA EDUCAÇÃO INFANTIL

O município atende atualmente 726 crianças na faixa etária de 0 a 3 anos e 671 crianças na faixa etária de 4 a 5 anos.

TOTAL DE CRIANÇAS DE 0 A 3 ANOS ATENDIDOS NO MUNICÍPIO DE SAPEZAL

Gráfico 1 Fonte: Òmega Sistemas

46 Os gráficos 1 e 2 apontam o crescimento no atendimento das crianças de 0 a 3 e 4 e 5 anos de 2010 a 2015 . É válido ressaltar que atualmente o município atende 99% da demanda de 4 e 5 anos na Pré escola. Porém, na faixa etária de 0 a 3 apesar do atendimento oferecido ainda, serão necessários investimentos no que diz respeito a adequação de prédios, construção de novas unidades escolares e contratação de profissionais para atender a demanda que cresce a cada dia no município de Sapezal.

47 O Município de Sapezal contando com atendimento das instituições privadas e filantrópica atende atualmente 1.404 crianças na Educação Infantil.

TOTAL DE ALUNO ATENDIDOS DE 0 À 05 ANOS NO MUNICÍPIO DE SAPEZAL

■ MUNICIPAL PRIVADA ■FILANTRÓPICA ■ TOTAL GERAL

Gráfico3 Fonte: Ómoga Sistemas

48 TAXA DE NATALIDADE DO MUNICÍPIO

TONTE: f.S. DATA SUS Gráfico 3 Fonte: Data SUS o Secretaria Municipal de Saúde

Dados recolhidos até o mês de maio de 2015.

49 META E ESTRATÉGIAS DA EDUCAÇÃO INFANTIL DE SAPEZAL

Meta 1 - Ampliar a oferta de Educação Infantil, de forma a atender, em 05 (cinco) anos, 54% da população de até 03 anos de idade e 100% da população de 04 a 05 anos e, até o final dos dez anos da vigência desse plano, alcançar a meta de 70 % das crianças de 0 a 3 anos (creche) e manter o atendimento de 100% das de 04 a 05 anos (Pré-escola).

Estratégia 1.1 - Manter progressivamente a oferta de Educação Infantil de 04 a 05 anos, de forma a atender a demanda da zona rural nas localidades onde funcionam escolas pólo;

Estratégia 1.2 - Adequar, em regime de colaboração, dentro dos padrões de infra- estrutura e acessibilidade para o funcionamento das instituições de Educação Infantil (creches e pré-escolas) públicas, respeitando as diversidades regionais, assegurando atendimento das características das distintas faixas etárias e das necessidades do processo educativo, adequando ao espaço físico: com brinquedoteca, parquinhos acessíveis, e espaços físicos para realização de atividades (banheiros, refeitórios, rampas);

Estratégia 1.3 - Criar, e construir e adequar Centros de Educação Infantil para o atendimento conjunto de crianças de 0 a 03 anos em tempo integral e parcial, conforme os padrões mínimos exigidos pela legislação vigente, em regime de colaboração com o estado e a união;

Estratégia 1.4 - Instalações para o desenvolvimento de atividades de recreação aquática e terrestre (com área verde), jogos e lazer;

Estratégia 1.5 - Garantir as instalações físicas e equipamentos necessários para o atendimento as crianças a partir de zero à três anos, adequação berçário, com implantação no quinto ano de aprovação deste plano;

Estratégia 1.6 - Adaptar os prédios de Educação Infantil de forma que, em dois anos, todos estejam de acordo com os padrões mínimos de infra-estrutura e acessibilidade estabelecidos pela legislação vigente;

Estratégia 1.7 - Assegurar a formação inicial e continuada dos profissionais da Educação Infantil, garantindo, a melhoria da qualidade de ensino;

50 Estratégia 1.8 - Garantir o acesso na Educação infantil no atendimento especializado aos alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou super dotação, incentivando a educação bilíngüe (linguagem de sinais e Braille), garantindo um profissional formado em psicopedagogia;

Estratégia 1.9 - Manter em execução programa de formação continuada e em serviço, preferencialmente em articulação com instituições de ensino superior, com cooperação técnica e financeira da União e do Estado, para a atualização permanente e o aprofundamento dos conhecimentos dos profissionais que atuam na Educação Infantil, bem como para a formação dos demais trabalhadores da educação;

Estratégia 1.10 - Assegurar formação inicial e continuada aos profissionais da Educação Infantil que farão atendimento aos alunos com deficiência transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou super dotação, incentivando a educação bilíngüe (linguagem de sinais e Braille);

Estratégia 1.11 - Garantir que as políticas públicas para a Educação Infantil definidas pelo município permaneçam dentro das normas com base nas orientações curriculares nacionais e estaduais.

Estratégia 1.12 - Manter e aperfeiçoar o funcionamento do sistema de supervisão de Ensino, apoio técnico e pedagógico, organizado no município, a fim de garantir que as ações desenvolvidas atendam a duplo objetivo:

a) Assessorar a Educação Infantil nos aspectos pedagógico, técnico e de gestão;

b) Assegurar o cumprimento de normas e padrões emanados do Sistema de ensino à qual as instituições pertencem, bem como, de toda a legislação vigente.

Estratégia 1.13 - Manter os mecanismos em regime de colaboração entre os setores da educação, saúde, e assistência social (equipes multifuncionais: psicólogos, fonoaudiólogos, psicopedagogos, nutricionistas, assistente social), no atendimento das crianças de 0 a 05 anos de idade;

Estratégia 1.14 - Garantir alimentação escolar de boa qualidade nutricional, para as crianças atendidas na Educação Infantil, nos estabelecimentos públicos e conveniados através de colaboração financeira da União e do Estado;

51 Estratégia 1.15 - Implantar formação continuada aos Conselhos Deliberativos Escolares para melhorar o funcionamento das instituições de Educação Infantil, para o enriquecimento das oportunidades educativas e dos recursos pedagógicos;

Estratégia 1.16 - Ampliar, progressivamente o atendimento em tempo integral e parcial, para as crianças de 0 a 03 anos.

Estratégia 1.17 - Realizar, periodicamente em regime de colaboração levantamento da demanda por creche para a população de até 03 anos, como forma de planejar a oferta e verificar o atendimento da demanda manifestada;

Estratégia 1.18- Adquirir equipamentos, visando a expansão e a melhoria da rede física das escolas públicas de Educação Infantil;

Estratégia 1.19 - Manter os estudos sobre custo da Educação Infantil, com base nos parâmetros de qualidade, visando melhorar a eficiência e garantir a generalização da qualidade do atendimento;

Estratégia 1.20 - Incentivar o cumprimento do disposto no Artigo 30, Item I da Lei 9394/96 LDB e no Artigo 54 Item IV do Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA, sobre a oferta da Educação Infantil para crianças de 0 a 03 anos em creches.

Estratégia 1.21 - Adequar o transporte escolar urbano e rural de acordo com a Legislação vigente para o transporte de crianças de 04 e 05 anos

52 EDUCAÇÃO FUNDAMENTAL EM ÂMBITO NACIONAL

O ensino fundamental de nove anos (que mudou a faixa etária desse nível para 6 a 14 anos) constitui medida de política educacional e meta do novo PME que se insere nas decisões voltadas à melhoria da qualidade dos processos de escolarizaçáo. Articula-se diretamente à meta que estabelece a alfabetização das crianças, no máximo, até ao final do terceiro ano do ensino fundamental. Fator decisivo para a implantação de tal medida são resultados de pesquisas revelando que, quando as crianças ingressam na instituição escolar antes dos sete anos de idade apresentam, em sua maioria, resultados superiores em relação àquelas que ingressam somente aos sete anos. Como se sabe, as crianças de seis anos pertencentes às classes médias e altas há muito já se encontram na escola, s^a frequentando o pré-escolar ou a primeira série do fundamental. Assim o ensino de nove anos tem nos segmentos das classes populares os seus principais beneficiários. O fenômeno do analfabetismo funcional, cuja raiz é encontrada nas séries iniciais do ensino fundamental, expressa dificuldades presentes nos processos de escolarizaçáo, mostrando o seu distanciamento de adequados padrões de qualidade. Dados do Censo Demográfico de 2010 revelaram que 15,2% das crianças brasileiras com oito anos de idade que estavam cursando o ensino fundamental eram analfabetas. A situação mais grave foi a encontrada nas regiões Norte (27,3%) e Nordeste (25,4%), sendo que os Estado do Maranhão (com 34%), Pará (com 32,2%) e Piauí (com 28,7%) detinham os piores índices de crianças de oito anos sem estarem alfabetizadas. Em contrapartida, os melhores índices estavam no Paraná (4,9%), Santa Catarina (5,1%), Rio Grande do Sul e Minas Gerais (ambos com 6,7%), demonstrando a gravidade do fenômeno em termos das disparidades regionais. Em face de tal realidade e de outros problemas que vêm contribuindo para a precariedade da qualidade do ensino, houve a ampliação do ensino fundamental obrigatório para nove anos, com início a partir dos seis anos de idade (Lei n° 11.274/2006). Em sequência, no Plano de Metas Compromisso Todos pela Educação (Decreto n° 6.094, de 24/4/2007), dentre as ações visando á qualidade do ensino, ficou determinada a responsabilidade dos entes federados com a alfabetização das ‘crianças até, no máximo, os oito anos de idade, aferindo os resultados por exame periódico específico". Nas

53 Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de Nove Anos (Resolução CNE n° 7, de 14 de dezembro de 2010) encontra-se estabelecido que os três anos iniciais do ensino fundamental devem assegurar a alfabetização e o letramento. mas também o desenvolvimento das diversas formas de expressão, incluindo o aprendizado da Língua Portuguesa, a Literatura, a Música e demais Artes, a Educação Física, assim como o aprendizado da Matemática, da Ciência, da História e da Geografia. Em consonância com essas deliberações é que essa meta do novo PME determina a necessidade de alfabetizar todas as crianças até, no máximo, os oito anos de idade”. Guiando tal determinação, encontra-se o ddo de alfabetização nos anos inidais do ensino fundamental, compreendido como um tempo sequencial de três anos letivos, que devem ser dedicados á inserção da criança na cultura escolar, à aprendizagem da leitura e da escrita, à ampliação das capacidades de produção e compreensão de textos orais em situações familiares e não familiares e á ampliação do seu universo de referências culturais nas diferentes áreas do conhecimento. Entre as principais estratégias registradas no PNE para o cumprimento da meta, situa-se a estruturação de processos pedagógicos nos anos iniciais do ensino fundamental, em articulação com estratégias que deverão ser desenvolvidas pela pré-escola com qualificação e valorização dos professores alfabetizadores e com apoio pedagógico específico, a fim de garantir a alfabetização plena de todas as crianças. Nesse sentido, está proposto o fomento ao desenvolvimento de tecnologias educacionais e de inovação das práticas pedagógicas, bem como a seleção e divulgação das tecnologias que sejam capazes de alfabetizar e de favorecer a melhoria do fluxo escolar e a aprendizagem dos alunos. Tudo nisso sem que se deixe de assegurar a diversidade de métodos e propostas pedagógicas nos processo de alfabetização. Outra estratégia diz respeito á instituição de instrumentos periódicos e específicos de avaliação nacional para aferir a alfabetização das crianças, aplicados a cada ano, bem como o estímulo aos sistemas de ensino e às escolas no sentido de criarem seus respectivos instrumentos de avaliação e monitoramento que permitam a implementação de medidas pedagógicas que visem á adequada alfabetização. É ainda ressaltado o apoio à alfabetização de crianças do campo, indígenas, quilombolas e de populações itinerantes, com a produção de

54 materiais didáticos específicos, o desenvolvimento de instrumentos de acompanhamento que considerem o uso da língua materna pelas comunidades indígenas e a identidade cultural das comunidades quilombolas, bem como o apoio à alfabetização das pessoas com deficiência, considerando as suas especificidades, inclusive a alfabetização bilíngue de pessoas surdas. Dentre os principais programas, projetos e ações do Ministério da Educação, destacam-se o Plano de Ações Articuladas (PAR), naqueles aspectos atinentes ao ensino fundamental. Especificamente voltado para a meta em destaque, situa-se o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa, que, celebrado entre os entes federativos, passa a articular o conjunto de ações relacionadas ao cumprimento da meta em discussão. Compõem o pacto os seguintes eixos que se desdobram em ações: Formação Continuada de Professores Alfabetizadores; Programa Nacional do Livro Didático (PNLD); Programa Nacional de Bibliotecas Escolares (PNBE); Provinha Brasil; Gestão, Controle Social e Mobilização. Além do arranjo institucional de gestão do pacto, que envolve comitê nacional e coordenações nas instâncias subnacionais, é previsto um sistema de monitoramento que será disponibilizado pelo Ministério da Educação, destinado a apoiar as redes e a assegurar a implementação de diferentes etapas do pacto. Vale ressaltar que existem também programas similares desenvolvidos pelos Estado e Município.

A EDUCAÇÃO FUNDAMENTAL DO MUNICÍPIO DE SAPEZAL

O Ensino Fundamental (Educação Básica) é obrigatório e gratuito, é um direito subjetivo básico na formação do cidadão. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional , no seu art. 32 reza que o desenvolvimento pleno do domínio da leitura, da escrita e do cálculo constitui meios para o desenvolvimento da capacidade de aprender, de relacionar-se no contexto social e político. Nesse sentido, oferecê-lo é prioridade para toda a população brasileira. Conforme o art. 2, §11, da Constituição Federal e o art. 237, inciso I, da Constituição do Estado de Mato Grosso, o acesso ao ensino fundamental obrigatório e gratuito é direito subjetivo, e seu não oferecimento pelo Poder Público ou sua oferta irregular implica responsabilidade da autoridade competente.

55 DIAGNÓSTICO DO ENSINO FUNDAMENTAL

Atualmente o município de Sapezal apresenta 13 escolas que ofertam o Ensino Fundamental sendo: 01 estadual. 09 municipais, 02 privadas e 01 Instituição filantrópica. Entre as 09 escolas municipais estão inclusas, 02 do campo, 04 indígenas. O primeiro gráfico permite constatar que a oferta de matrícula no Ensino Fundamental está sendo garantida neste município, tanto na área urbana como no campo.

MATRICULAS DO 1? AO 9* ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL DA REDE MUNICIPAL

3000

2500

2000

1500

1000

500

0 2011 2012 2013 2014 _ 2015 ■ RURAL 192 147 206 195 195

■ URBANO 2735 2620 2952 2933 2469

Gráfico 1 Fonte: Ómega Sistemas

O gráfico 2 apresenta os números de matrículas do ensino fundamental de todo o município incluindo as instituições privadas, apontando que nos anos finais do Ensino Fundamental houve uma queda no número de matrículas, devido a rede estadual oferecer novas turmas. Concomitantemente o município, necessitou atender a demanda da Educação Infantil e as séries iniciais, passando as turmas de 8o e 9o ano para a rede estadual no ano de 2015.

56 MATRICULAS DO ENSINO FUNDAMENTAL DA REDE MUNICIPAL

Gráfico 2 Fonte: Ômega Sistemas 57 Os dados do gráfico 3 apresenta o aumento das matrículas do 8o e 9o ano da rede estadual, por conseqüência do fechamento dessas séries na rede municipal. MATRICULAS DO ENSINO FUNDAMENTAL DA REDE ESTADUAL

Gráfico 3 Fonte: Escolas da rede Estadual

58 O gráfico 4 apresenta o número de matrícula do Ensino Fundamental no âmbito municipal. É válido ressaltar que as matrículas de 2015 foram calculadas até mês de maio, no entanto estes números até o final do ano podem sofrer alterações.

MATRICULAS DE TODA REDE MUNICIPAIS, PRIVADAS E ESTADUAIS

2011 2012 2013 2014 2015

Gráfico 4 Fonte: Ômega Sistemas, Escolas Privadas e Escolas Estaduais

59 TAXA DE APROVAÇÃO/REPROVAÇÃO DO 1? AO 3? ANOS DO ENSINO FUNDAMENTAL DA REDE MUNICIPAL

100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% O oc 20% 10% f " 1 2010 2011 2012 201J 2014 ■APROVARAO 94% 95% 97% 97% 90%

■REPROVARÃO 6% 5% 3% 3% 10%

Gráfico 5 Fonte: Ómega Sistemas

TAXA DE APROVAÇÃO/REPROVAÇÃO DO 4* AO 6? ANOS DO ENSINO FUNDAMENTAL DA REDE MUNICIPAL

90,00% 80,00% 70,00% 60,00% 50,00% 40,00% 30,00% 20,00% 10,00% 0,00% 2010 2011 2012 2013 2014 . ■ APROVA-; AO 89,00*% 86,00% 86,0(T% 88.00% 90 00%

■REPROVARÃO 11,00% 14,00% 14,00% 12.00% 1000%

Gráfico 6 Fonte: ômega Sistemas

60 TAXA DE APROVAÇÃO/REPROVAÇÃO DO 7° AO 9? ANOS DO ENSINO FUNDAMENTAL DA REDE MUNICIPAL

•< 100,00% < 90,00% O 80,00% S. 70,00% a 60,00% O 50,00% '5 40,00% 5 jo,oo% 2 20,00% % 10,00% < 0,00%

‘"■APROVAÇÃO

■REPROVAÇÃO

Gráfico 7 Fonte: Õmega Sistemas

A taxa de aprovação e reprovação permite avaliar a produtividade do sistema educacional em cada série e nível de ensino. Este indicador pode ser considerado como taxa de sucesso ou insucesso que o sistema obteve durante o ano. Pode-se calcular a taxa média de aprovação por nível de ensino ou para um conjunto de séries. Os gráficos de número 5, 6 e 7 apresentam as taxas de aprovação e reprovação do Ensino Fundamental da rede municipal.

61 TAXA DE APROVAÇÃO DO 1? AO 3? ANOS DO ENSINO FUNDAMENTAL REDE MUNICIPAL E PRIVADA

100% 98% 96% 94% 92% 90% 88% 86% 84% 2010 2011 2012 201 i 2014 ■ MUNICIPAL 94% 95% 97% 97% 90%

■ PRIVADA 98% 99% 100% 100% 100%.

Gráfico 8 Fonte: Ómega Sistemas

Os gráficos 8, 9, 10 e 11 apresentam índices de aprovação e reprovação do Ensino Fundamental das escolas municipais e escolas da rede privada. Já os gráficos 12 e 13 apresentam os índices de aprovação e reprovação das três redes: municipal, estadual e privada.

62 TAXA DE REPROVAÇÃO DO 1? AO 3? ANOS DO ENSINO FUNDAMENTAL DA REDE MUNICIPAL E PRIVADA

TAXA DE APROVAÇÃO DO 4? AO 6? ANOS DO ENSINO FUNDAMENTAL DA REDE MUNICIPAL E PRIVADA

2010 2011 2012 2015 2014 ■ MUNICIPAL 89% 86% 86% 88% 90%

■ PRIVADA 95% 97% 100%. 100*% 100% J

Gráfico 10 Fonte: Escolas Privadas e Õmega Sistemas

63 TAXA DE REPROVAÇÃO DO 4? AO 6? ANOS DO ENSINO FUNDAMENTAL O Ã Ç A V O R P E R

E D

A X A T

Gráfico 11 Fonte: Escolas Privadas e Òmega Sistemas

Gráfico 12 Fonte: Escolas Privadas, Estaduais e Òmega Sistemas

64 TAXA DE REPROVAÇÃO DO 7? AO 9? ANOS DO ENSINO FUNDAMENTAL O Ã Ç A V O R P E R

E D

A X A T

Gráfico13 Fonte: Escolas Privadas, Estaduais e Ômega Sistemas

65 IDEB - ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCACÃO BÁSICA

4.9 —, 4.7 4,6 4.6

0 REDE REDE BRASIL REDE REDE BRASIL REDE PEDE BRASIL MUN, EST. MUN. . EST, MUN ______■ ENSINO FUND. (ANOS INICIAIS) 4,6 4.9 4,4 1 5,1 4,7 5,6 51 4,9 ------■ J ■ ENSINO FUND. (ANOS FINAIS) 4,6 4 2 <6 4,7 43 3,9 42 42 o ------

2009 2011 2013

NTE: QEDU-IDEB

Gráfico 14

Como podemos observar no índice de Desenvolvimento da Educação Básica do município de Sapezal, as séries iniciais apresentam um avanço progressivo acima da média Estadual e Nacional. Já nas séries finais houve oscilações, no entanto prevalecendo acima da média nacional.

66 Os gráficos sobre distorção idade/série permitem avaliar a distorção entre a idade dos alunos e a série que frequentam em cada nível de ensino. Deve-se considerar a idade recomendada para cada série /nível de ensino, ou seja, 06 anos para o 1o ano do Ensino Fundamental, 07 anos para o 2o ano e, assim, sucessivamente. Os gráficos 15, 16 e 17 apresentam as taxas de distorção idade/série do Ensino Fundamental das redes municipal, privada e estadual. Observa-se uma queda considerável da distorção do 7o ao 9o ano na rede municipal. Notando-se que nos anos 4o, 5o e 6o ano concentra-se o maior índice de distorção em todas as redes. E nos 7o, 8o e 9o ano apresenta uma pequena queda. A rede estadual oferta o Ensino Fundamental apenas do 7o ao 9o ano.

TAXA DE DISTORÇÃO IDADE/ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL DA REDE MUMOPAL

Gráfico 16 Fonte: QEdu

67 TAXA DE DISTORÇÃO IDADE/ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL DA REDE ESTADUAL

25,0% 20,0% 15,0% 10,0% 5,0%. 0 (Kv 1® ANO 2® ANO ANO 4® ANO ANO 6® ANO 7» ANO 8&AJMO 0* ANO

■ 2012 0,0% 0.0% 0,0% 0.0% 0,0% 0.0% 0.0% 0X7% 0,0% | 0,0%- ■ 201} 0,0% 0,0% 0,0%. 0,0% 7,0% 1.0%.

Gráfico 17 Fonte: Escolas da Rede Estadual de Ensino

Os gráficos 18 e 19 apresentam as taxas de abandono do Ensino Fundamental das redes municipais e estaduais, constatando que na rede estadual concentra-se o maior número de abandono devido a idade e o processo de migração, uma vez que a região é fomentada pelo agronegócio.

68 TAXA DE ABANDONO DO ENSINO FUNDAMENTAL DA REDE MUNICIPAL

/,UTO

• 6,0% • 5,0% •

• 4,0% • 3,0% • • 2,0%

• 1,0% • 0,0% ____■____ ■______• 12 ANO 22ANO 32ANO 42 ANO 52 ANO 62 ANO 72 ANO 82b ANO 92ANO

• ■ 2012 0,0% 0,3% 0,0% 0,0% 0,3% 0,8% 1.5% 0,0% 0.0% • ■ 2013 0,0% 0,3% 0,0% 0,3% 0,0% 0,6% 2.9% 2,4% 6,4%

• 2014 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 0,0% 2,1% 1,3% 1,5% 0.0%

Gráfico 18 Fonte: QEdu

TAXA DE ABANDONO DO ENSINO FUNDAMENTAL DA REDE ESTADUAL META E ESTRATÉGIAS DO ENSINO FUNDAMENTAL DO MUNICÍPIO DE SAPEZAL

Meta 2 - Garantir que pelo menos 95% dos alunos de 6 a 14 anos concluam a etapa do Ensino Fundamental na idade recomendada, até o último ano de vigência deste PME.

Estratégia 2.1 - Implantar os programas ofertados pelo Governo Federal juntamente com os projetos municipais para alfabetizar os alunos até aos 8 anos de idade no prazo de 5 (cinco) anos, na vigência deste PME.

Estratégia 2.2 - Garantir a qualidade de ensino na idade certa e melhorar os indicadores de aprendizagem e proficiência dos alunos matriculados na rede municipal.

Estratégia 2.3 - Regularizar o fluxo escolar reduzindo em 1%, anualmente, as taxas de repetência e evasão do 1o ao 5o ano, e 17% do 6o ao 9o ano, por meio de programas de aprendizagem e de recuperação paralela ao longo do curso, garantindo efetiva aprendizagem mediante estudo das causas, adotando medidas corretivas.

Estratégia 2.4 - Manter e assegurar a formação continuada dos profissionais da Educação Fundamental, em parceria com o CEFAPRO, UAB e outras entidades, na vigência deste PME, com o objetivo de garantir a melhoria da qualidade de ensino.

Estratégia 2.5 - Manter o acompanhamento e monitoramento de acesso, permanência e aproveitamento escolar dos discentes, fornecendo ao estabelecimento de ensino condições adequadas para o sucesso escolar, com a colaboração das famílias e órgãos públicos de assistência social, saúde e proteção à infância, adolescência e juventude.

Estratégia 2.6 - Implantar e possibilitar tecnologias pedagógicas no início do 2o semestre de vigência deste plano, articulando o tempo e as atividades didáticas entre a escola e a comunidade escolar, considerando as especificidades e diversidades do município. Incluindo: a) Laboratório de informática; b) Sala de Multimídia; c) Wi fi;

Estratégia 2.7 - Ampliar atividades extracurriculares, com profissionais específicos, visando o incentivo das habilidades intelectuais, físicas e criativas do estudante, vinculadas as práticas pedagógicas do município, em parceria com o Estado, governo federal e iniciativa privada. 70 Estratégia 2.8 - Promover a participação da comunidade escolar no acompanhamento das atividades escolares dos alunos, buscando favorecer a relação entre escola e família de acordo com a particularidade da unidade escolar.

Estratégia 2.9 - Ampliar, progressivamente a jornada escolar visando expandir a escola para tempo integral, buscando parcerias com Estado e União, que abranja um período de pelo menos sete horas diárias, com provisão de professores e funcionários em número suficiente, provendo as crianças no mínimo duas refeições e atividades artísticas, associadas a ações sócio-educativas.

Estratégia 2.10 - Estabelecer, em todo o sistema de ensino e com o apoio da comunidade escolar, CDCE ou órgãos equivalentes, programas para equipar todas as escolas, na vigência deste plano, considerando a realidade de cada unidade escolar e o tamanho dos estabelecimentos, incluindo: a) Espaço, instalações, salas climatizadas em toda a rede de ensino municipal e acessibilidade adequada de acordo com as normas vigente. b) Espaço para esporte adequado ao clima, recreação, projetos artístico-culturais e sociais, bibliotecas, brinquedotecas e serviço de alimentação escolar;

Estratégia 2.11 - Garantir que as políticas públicas para o Ensino Fundamental definidas pelo município permaneçam dentro das normas com base nas orientações curriculares nacionais e estaduais.

Estratégia 2.12 - Construir e adequar às unidades escolares com no máximo 12 salas de aula e que as construções das unidades escolares sejam nos bairros.

Estratégia 2.13 - Estabelecer, como números Máximo de alunos em sala de aula: a) Para salas com alunos 1o ano ao 3o ano - número máximo 25 alunos por sala de aula: b) Para salas com alunos com deficiência intelectual e ou múltipla como também com laudo médico - número máximo de 20 alunos por sala de aula; c) Para salas com alunos do 4o ao 9o ano - número máximo de 30 alunos por sala;

Estratégia 2.14 - Assegurar, através da Secretaria Municipal de Educação, em parceria com governo Estadual e Federal e demais órgão, formação inicial e continuada aos profissionais do Ensino Fundamental que farão atendimento aos alunos com deficiência intelectual e ou múltipla, bem como deficiência visual ou auditiva, transtornos globais do

71 desenvolvimento e altas habilidades ou super dotação, incentivando a educaçao bilíngüe (linguagem de sinais e Braille);

Estratégia 2.15 - Informar/reivindicar/solicitar ao Ministério da Educação o aprimoramento do Sistema Educacenso no que se refere ao cadastro de diagnósticos auditivo, visual, intelectual, transtorno global, altas habilidades/superdotação, incluindo dislexias, TDAH e outros possíveis diagnósticos dos alunos.

Estratégia 2.16 - Assegurar nas instituições de educação a permanência de um assistente social, psicólogo e um psicopedagogo clinico a cada 700 alunos.

Estratégia 2.17 - Garantir o atendimento médico especializado em parceria com a Secretaria de Saúde, para alunos que estejam em investigação diagnostica e acompanhamento profissional a fim de melhorar o seu desempenho escolar.

72 EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS EM ÂMBITO NACIONAL

O atendimento do que a meta prevê dependerá não só da superação de um problema crucial na educação brasileira, qual seja sanar a dívida histórica que o país tem com um número grande de pessoas que não tiveram acesso à educação na idade certa, como também impedir que este tipo de exclusão continue se repetindo ao longo do tempo. Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de domicílios (Pnad/IBGE - 2009), o Brasil tinha uma população de 57,7 milhões de pessoas com mais de 18 anos que não frequentavam a escola e não tinham o ensino fundamental completo. Esse contingente poderia ser considerado uma parcela da população a ser atendida pela EJA. Isso significa que o atendimento de EJA é muito aquém do que poderia e deveria ser. Por outro lado, os dados do Censo da Educação Básica realizado pelo Inep apontam que a educação de jovens e adultos (EJA) apresentou queda de 6% (254.753), totalizando 3.980.203 matrículas em 2011. Desse total, 2.657781 (67%) estão no ensino fundamental e 1.322.422 (33%) no ensino médio. O Censo Escolar da Educação Básica desse ano mostra ainda que os alunos que frequentam os anos iniciais do ensino fundamental da EJA têm idade muito superior aos que frequentam os anos finais e o ensino médio dessa modalidade. Esse fato sugere que os anos iniciais não estão produzindo demanda para os anos finais do ensino fundamental de EJA. Considerando as idades dos alunos nos anos finais do ensino fundamental e no ensino médio de EJA. há fortes evidências de que essa modalidade está recebendo alunos provenientes do ensino regular. Outro fator a ser considerado nesta modalidade é o elevado índice de abandono, ocasionado, entre outros motivos, pela inadequação das propostas curriculares às especificidades dessa faixa etária. Diante desses dados, é urgente e necessário desencadear ações para ampliação das vagas no sistema público de ensino que atendam as necessidades do sujeito jovem e adulto. Além disso, fazem-se necessários: a) projetos educativos que atendam as necessidades do estudante trabalhador ou dos sujeitos que vivem do trabalho; b) propostas que tenham como perspectiva a integração da educação profissional à educação básica e que

73 busquem a superação da dualidade trabalho manual e intelectual, assumindo o trabalho na sua perspectiva criadora e não alienante. Isto impõe a construção de respostas para diversos desafios, tais como: a formação do profissional, a organização curricular integrada, a utilização de metodologias e mecanismos de assistência visando a favorecer a permanência e a aprendizagem do estudante. Atualmente o governo federal desenvolve alguns programas que visam à integração da educação básica na modalidade EJA á educação profissional, como é o caso do Proeja, que pode ser ofertado nos ensinos fundamental e médio e organizado da seguinte forma: a) educação profissional técnica integrada ao ensino médio na modalidade de educação de jovens e adultos; b) educação profissional técnica concomitante ao ensino médio na modalidade de educação de jovens e adultos; c) formação inicial e continuada ou qualificação profissional integrada ao ensino fundamental na modalidade de educação de jovens e adultos; d) formação inicial e continuada ou qualificação profissional integrada ao ensino médio na modalidade de educação de jovens e adultos; e) formação inicial e continuada ou qualificação profissional concomitante ao ensino médio na modalidade de educação de jovens e adultos. Estas são algumas das ações estratégicas desenvolvidas que devem ajudar no cumprimento da meta: a) integração das ações de EJA com o Pronatec; b) curso técnico subsequente (pós-médio); c) curso técnico com elevação de escolaridade (EJA integrado); d) curso FIC com elevação de escolaridade; e) programa Jovem Aprendiz com elevação de escolaridade.

EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS NO MUNICÍPIO DE SAPEZAL

A Constituição Federal determina como um dos objetivos do Plano Nacional de Educação a integração de ações do poder público que conduzam a erradicação do analfabetismo art. (214). Trata-se de tarefa que exige uma ampla mobilização de recursos humanos e financeiros por parte dos governos e da sociedade. Contemplada na Constituição Federal (art. 208) e na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (art. 4 e 37) a educação de jovens e adultos é um direito subjetivo que se situa acima de qualquer conveniência externa, seja ela nacional, estadual ou

74 municipal. Isto porque a EJA refere-se a um direito firmado na ética e no direito que garantem, a um só tempo, a universalidade, a particularidade e a diferenciação da educação de jovens e adultos. A Educação de Jovens e Adultos (EJA) é uma categoria organizacional própria de ensino que integra a estrutura da educação nacional, objetivando assegurar as funções sociais reparadora, equalizadora e qualificadora. Atualmente o município oferece o atendimento da Educação de Jovens e Adultos em três instituições, sendo uma municipal (Escola Antônio C. Scheffer) e uma indígena (Escola Wakalitesu) com a modalidade I segmento (Alfabetização), e a Estadual - Escola Estadual Luiz Frutuoso da Silva com a modalidade II segmento.

75 DIAGNÓSTICO DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

Gráfico 1 Fonte: SEMECE - Omega Sistemas e Escola Luiz Frutuosos da Silva

MATRICULAS DO ENSINO MÉDIO DO EJA DA REDE ESTADUAL

■ 2011 175 252 ■ 2012 176 ui 2013 139 166

■2014 133 99 ■ 2015 116 U0

Gráfico 2 Fonte: Escola Luiz Frutuosos da Silva

76 Os gráficos 1 e 2 apresentam as matrículas da modalidade EJA - Educação de Jovens e Adultos 1o e 2o Segmento, nas redes municipal e estadual. Conforme consta nos gráficos, houve um declínio na quantidade de matrículas do EJA em comparativo aos anos anteriores a 2015.

TAXA DE ABANDONO DO ENSINO MÉDIO DO EJA

70,0% 65.9%

60.0% 54.9%

49,6% 50.0%

40.0% £ o 30,0%

20.2% 17,9%... 20,0%

10,0%

0.0% lí ANO 00 ENSINO MÉDIO 2ÍAN0 W EW9N0NÊM0

■ 2012 65.9% 1?^%

■ 2013 49.6% 21J%

2014 54.9% 20,2%

Gráfico 3 Fonte: Escola Luiz Frutuosos da Silva

No que se refere a taxa de abandono do Ensino Médio EJA, no primeiro ano diminuiu 10% do índice de abandono, já no 2o ano do EJA o índice apresenta um pequeno crescimento.

77 META E ESTRATÉGIAS DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

Meta 3 - Ofertar vagas de Educação de Jovens e Adultos - EJA para 100% (cem por cento) da demanda e reduzir em 10% a repetência e 25% evasão nas escolas de EJA, mediante estudo das causas de reprovação e abandono dos estudos, adotando medidas pedagógicas que elevem a qualidade e eficácia do ensino até a vigência deste PME.

Estratégia 3.1 - Promover campanha com parceria da Secretaria de Assistência Social com objetivo de incentivar ao retorno e permanência nos estudos,

Estratégia 3.2- Envolver e firmar parceria com a sociedade civil e entidades sem fins lucrativos para atendimento social de Jovens e Adultos;

Estratégia 3.3 - Implantar políticas que busquem oportunidades profissionais dos Jovens e Adultos com necessidades especiais e/ou baixo nível de escolaridade, por meio do acesso à Educação de Jovens e Adultos, articulada à Educação Profissional;

Estratégia 3.4 - Realizar anualmente, levantamento e avaliação de experiências em alfabetização de jovens e adultos, que constituam referenciais para os agentes integrados ao esforço nacional de resolução do problema do analfabetismo.

Estratégia 3.5 - Associar ao ensino fundamental e médio para jovens e adultos a oferta de cursos de formação profissional (noções básicas de informática, elétrica, mecânica, atendimento ao público, culinária, estética, auxiliar administrativo, corte e costura e pintura) articulando as políticas de Educação de Jovens e Adultos. E ainda a integração das ações de EJA com o Pronatec, curso FIC e Programa Jovem Aprendiz com elevação de escolaridade.

Estratégia 3.6 - Estabelecer programas para assegurar que as escolas públicas de ensino fundamental localizadas em áreas caracterizadas de baixa escolaridade ofereçam programas de alfabetização, de ensino e exames para jovens e adultos, de acordo com as diretrizes curriculares nacionais.

Estratégia 3.7 - Implantar atendimento individualizado com profissionais psicopedagogos para incentivar a permanência dos alunos na EJA.

Estratégia 3.8 - Estabelecer parceria durante a vigência deste plano com entidades não- governamentais, instituições privadas de ensino, gestores escolares, sindicatos, igrejas, fundações de ensino e outras instituições, objetivando a erradicação do analfabetismo e a baixa escolaridade entre jovens e adultos.

78 Estratégia 3.9 - Oferecer, acompanhar e avaliar, durante a vigência deste plano, a formação continuada e qualificação permanente aos professores e demais trabalhadores que atuam na educação de jovens e adultos, objetivando a garantia da qualidade do ensino, respeitando a realidade do município.

Estratégia 3.10 - Prover de transporte escolar a zona rural, quando necessário, com colaboração financeira da União e Estado, de maneira a garantir o acesso e permanência dos jovens e adultos na escola, desde que haja demanda.

Estratégia 3.11 - Produzir materiais didáticos complementares para o desenvolvimento de currículos e metodologias específicas, os instrumentos de avaliação, o acesso a equipamentos e laboratórios e a formação continuada de docentes das redes públicas que atuam na educação de Jovens e Adultos articulados a Educação Profissional.

Estratégia 3.12 - Manter e incluir a oferta de ensino semipresencial, nas etapas do ensino fundamental e médio como um meio de oferecer oportunidades formativas a educandos cujas condições de vida ou trabalho impeçam a frequência regular ao ensino presencial.

Estratégia 3.13 - Buscar junto ao estado e a união, ampliação e implementação em até três anos o atendimento de cursos profissionalizantes no nível médio para jovens e adultos, em parcerias com o Estado e União.

Estratégia 3.14 - Articular junto ao estado e união a matrícula no Ensino Médio para 100% dos jovens e adultos a partir 18 anos de idade, até o final do PME.

Estratégia 3.15 - Garantir conforme resolução 002/09 CEE/MT matrícula extraordinária na EJA para reintegrar no processo de escolarização aos alunos com idade escolar que se encontram fora da escola.

Estratégia 3.16 - Garantir a reclassificação para alunos que demonstrarem no 1o bimestre conhecimento para avançar para série/ano seguinte em conformidade com a ROP (Regra de Organização Pedagógica) SEDUC MT.

79 EDUCAÇÃO DO CAMPO EM ÂMBITO NACIONAL

As diferentes políticas, programas e ações implementadas pelo governo federal, em articulação com os sistemas de ensino, voltados para a garantia e universalização do pleno acesso à educação escolar para todos, valorizando as diferenças e respeitando necessidades educacionais, tem-se refletido no aumento das taxas de escolarização da população brasileira acima dos 17 anos. O esforço tem sido coletivo, com a participação das diversas instâncias da Federação. Dentre os principais programas e ações desenvolvidos do Ministério da Educação destacam-se: a) Programa de Apoio à Formação Superior em Licenciatura em Educação do Campo; b) Programa de Formação Continuada de Professores em Educação do Campo; c) Programa Projovem do Campo - Saberes da Terra; d) Programa Nacional do Livro Didático do Campo; d) Programa Dinheiro Direto na Escola — Campo; e) Programa Dinheiro Direto na Escola - Água na Escola; f) Programa de Apoio às Licenciaturas Indígenas; g) PET Conexão de Saberes; h) Uniafro - Ações Afirmativas para a População Negra no Ensino Superior; i) Educação Quilombola; j) Formação Continuada de Professores em Educação Escolar Indígena; I) Programa Brasil Alfabetizado; m) Programa Nacional do Livro Didático para a Educação de Jovens e Adultos.

EDUCAÇÃO DO CAMPO NO MUNICÍPIO DE SAPEZAL

O Plano Nacional de Educação (PNE) rediscute o que constitui direitos que embarcam as necessidades destas escolas e ampliam as discussões nas esferas Nacional, Estadual e Municipal. Ao contemplar as Escolas do Campo com a Lei 10172/01 (PNE) o Governo federal amplia o leque de desenvolvimento social e cultural que envolve as diversidades que existem em nosso país, valorizando assim as Escolas do campo. Como parte da política de revalorização do campo, a educação também é entendida no âmbito governamental como uma ação estratégica para a emancipação e cidadania de todos os sujeitos que ali vivem ou trabalham, e pode colaborar com a formação das crianças, jovens e adultos para o desenvolvimento sustentável regional e nacional.

80 De acordo com esse pensamento, o município de Sapezal através de estudos para elaboração da 2a década do Plano Municipal de Educação (PME) quer assumir uma agenda de trabalho que discute e subsidia a construção de uma política de educação do campo que respeite a diversidade cultural e as diferentes experiências de educação nas seguintes escolas. Escola Municipal de Educação Infantil e Ensino Fundamental Franciosi, atende as seguintes modalidades Educação Infantil e Ensino Fundamental séries iniciais, de forma multisseriada. Escola Municipal de Educação Infantil e Ensino Fundamental Jaime Marcelo Schecheli, atende Educação Infantil, Ensino Fundamental séries iniciais e finais, esta oferecendo o ensino em jornada Integral.

81 DIAGNÓSTICO DA EDUCAÇÃO DO CAMPO

A tabela e o gráfico apresentam a quantidade de alunos atendidos pelo Município, no qual pode constatar um aumento gradativo de matrículas da Educação Infantil até o 9o Ano.

ET4PAS CA EDUCAÇÃO BÁSICA 2011 2013 2014 EDUCAÇÃO IhFANTIL 24 33 32 52 ENSINO FUND4MENTA. (1? A 52 ANO) 76 97 94 106 ENSIN3 FUWMENTA. (6® A 92 ANO) 57 48 39 45 TOTAL______25Z 178 165 208

120

100 1111

80

60

40

20

0 2011 2012 2015 2014

■ EDUCAÇÃO INFANTIL 24 55 11 52 ■ ENSINO FUNDAMENTAL [1« AO 5« ANO) 76 97 M 106

. ENMNOFUNDAMENTAL(6«AO92ANO} 57 48 59 45

Gráfico 1 Fonte: SEMECE7 Òmega Sistemas

82 META E ESTRATÉGIAS DA EDUCAÇÃO DO CAMPO

Meta 4 - Manter em 100% educação do campo e no campo para toda a população da educação básica (4 a 17 anos) até o final do PME, articulando mecanismos de cooperação entre União e estado para a organização, implementação, construção e supervisão de programas e projetos destinados a escola do campo.

Estratégia 4.1 - Manter a política de transporte escolar que assegure o direito do aluno de acesso à escola, padrões adequados de segurança, qualidade e o financiamento compartilhado entre as três instâncias de governo, incluindo nesta política o transporte dos professores e demais trabalhadores da educação e onde não for viável, que haja alojamento para os mesmos;

Estratégia 4.2 - Estimular parcerias entre os sistemas de ensino, as universidades e instituições de formação, visando à formação continuada dos profissionais que trabalham nas escolas do campo;

Estratégia 4.3 - Incentivar o desenvolvimento de programas de jovens e adultos especialmente voltados para a população do campo, conforme demanda, promovendo a oferta de programas de formação à distância e semi-presenciais;

Estratégia 4.4 - Firmar parcerias com instituições (privadas) nacionais, multinacionais e organizações não governamentais para planejar estratégias e colaborar na implementação de projetos pedagógicos da educação no campo, bem como formação continuada voltada especificamente aos profissionais do campo;

Estratégia 4.5 - Transformar progressivamente as salas multisseriadas em salas regulares, conforme demanda, até o término deste plano:

Estratégia 4.6 - Estabelecer em regime de colaboração com o Estado e União, cursos básicos para estudantes-trabalhadores do campo voltado para a melhoria do nível técnico das práticas agrícolas:

Estratégia 4.7 - Adaptar os edifícios escolares do campo para o atendimento dos alunos com necessidades especiais;

Estratégia 4.8 - Manter e implantar, se necessário, nas escolas do campo período integral no mínimo 7 horas/dia, máximo quatro dias na semana, no mínimo três refeições diárias, apoio às tarefas escolares e a prática planejada de esportes e atividades artísticas;

83 Estratégia 4.9 - Formular uma proposta em parceria com Estado e União que dê conta das demandas quantitativas e qualitativas da Educação no Campo, preservando a freqüência dos alunos em escolas que assumam o projeto politico-pedagógico rumo ao desenvolvimento rural sustentável e que 100% das crianças da educação básica que moram no campo, estudem preferencialmente em Escolas do Campo, viabilizando para eles o transporte escolar quando for necessário;

Estratégia 4.10 - Intermediar encaminhamento aos alunos do campo, quando observado a necessidade de atendimento profissional especializado nas áreas de: psicologia, neurologia, fonoaudiologia, oftalmologia, nutrição, atendimento médico odontológico, orientação sexual, dentre outros que se fizerem necessários, por meio de parcerias com a saúde e ação social incluindo-o nos programas já existentes no município;

Estratégia 4.11 - Manter na Educação do Campo, recursos tecnológicos e áudio visuais, que proporcionam a melhoria na qualidade da aprendizagem ao aluno do campo;

Estratégia 4.12 - Garantir ampla participação da comunidade escolar na execução do Projeto Político Pedagógico da Escola de modo que a qualidade de vida, respeito às diferenças e o desenvolvimento sustentável estejam intrinsecamente articulados aos Projetos Pedagógicos da Escola:

Estratégia 4.13 - Garantir a ampla participação da comunidade através de reuniões do Conselho Deliberativo Escolar, Fórum e Conferência para a implementação, acompanhamento e avaliação das políticas educacionais do campo;

Estratégia 4.14 - Promover processos pedagógicos inovadores voltados para a educação no campo garantindo um currículo diferenciado de acordo com a realidade do campo observando os Art. 26 e 28 da LDB;

Estratégia 4.15 - Desenvolver projetos integrados com as Secretarias Municipais de: Saúde, Educação, Cultura, Meio Ambiente, dentre outras, com o objetivo de identificar e sensibilizar, bem como propor soluções aos problemas da sustentabilidade das pessoas que vivem no campo.

Estratégia 4.16 - Assegurar e manter a política para a educação do campo, com base nas diretrizes nacionais, nas normas complementares estaduais e nas sugestões dos referenciais curriculares nacionais subsidiando os Projetos Político-Pedagógicos das escolas públicas.

84 EDUCAÇÃO ESPECIAL EM ÂMBITO NACIONAL

A educação especial é uma modalidade que perpassa todos os níveis, etapas e modalidades da educação brasileira e realiza o atendimento de educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação. O atendimento educacional especializado foi instituído pela Constituição Federal/1988, no indso III do artigo 208 e definido pelo artigo n° do Decreto n° 7611/2011. Segundo o disposto na LDB (Lei n° 9.394/1996), a educação especial deve ser oferecida preferencial mente na rede regular de ensino, havendo, quando necessário, serviços de apoio especializado. Na perspectiva inclusiva, a educação especial integra a proposta pedagógica da escola regular, de modo a promover o atendimento escolar e o atendimento educacional especializado complementar ou suplementar aos estudantes com deficiência, com transtornos globais do desenvolvimento, com altas habilidades ou superdotação. A Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva - MEC/2008 orienta os sistemas de ensino para garantir o acesso, a participação e a aprendizagem dos estudantes, em classes comuns, bem como os serviços da educação especial, nas escolas regulares, de forma transversal a todos os níveis, etapas e modalidades. Para tanto, deve-se assegurar: formação de professores para o atendimento educacional especializado e demais profissionais da educação para a inclusão escolar; participação da família e da comunidade; acessibilidade urbanística, arquitetônica, nos mobiliários e equipamentos, nos transportes, na comunicação e informação; e articulação intersetorial na implementação das políticas públicas. Destaca-se também o esforço conjunto de sistemas e redes de ensino em garantir o pleno acesso à educação a todos os alunos atendidos pela educação especial, conforme evidenciam as matrículas nas redes públicas. Do total de matrículas (752.305), 78,3% concentram-se na rede pública, enquanto em 2007 esse percentual era de 62,7%. Também foi registrado, em 2011, que 94,2% do total de matriculas de alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação em classes comuns do ensino regular, se concentrou na rede pública.

85 Os resultados do Censo Escolar da Educação Básica de 2011 indicam o esforço na implementação de uma política pública de universalização do acesso a todos os educandos, valorizando as diferenças e atendendo as necessidades educacionais na perspectiva da inclusão educacional. Os dados mostram que houve um crescimento de 7,1% no número de matrículas nessa modalidade de ensino no ano de 2011 em relação ao de 2010, passando de 702.603 matrículas para 752.305 Também ocorreu um crescimento de 15,3% no número de incluídos em classes comuns do ensino regular e na educação de jovens e adultos (EJA) e, ao mesmo tempo, a redução de 11,2% no número de matrículas em classes e escolas exclusivas. Apesar de todo este esforço, entretanto, há ainda um grande desafio para promover a universalização, com acessibilidade ao ambiente físico, aos recursos didáticos e pedagógicos. Dentre os principais programas e ações do Ministério da Educação voltados para universalizar o atendimento escolar dos alunos da educação especial, destacam-se: a) Programa Escola Acessível; b) Transporte Escolar Acessível; c) Programa de Implantação de Salas de Recursos Multifuncionais; d) Programa Educação Inclusiva: Direito á Diversidade: e) Programa de Formação Continuada de Professores na Educação Especial; f) Programa de Acompanhamento e Monitoramento do Acesso e Permanência das Pessoas com Deficiência Beneficiárias do Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social; g) Programa Livro Acessível: h) Programa de Acessibilidade na Educação Superior; i) Programa Nacional para a Certificação de Proficiência no Uso e Ensino da Língua Brasileira de Sinais (Libras) e para a Certificação de Proficiência em Tradução e Interpretação de Libras: j) Prêmio Experiências Educacionais Inclusivas: A Escola Aprendendo com as Diferenças.

EDUCAÇÃO ESPECIAL DO MUNICÍPIO DE SAPEZAL

A educação ao longo dos tempos tem buscado acompanhar as transformações que a contemporaneidade exige. Diante dessa perspectiva o respeito e atendimento à diversidade constituem-se em premissas básicas. Nesse contexto, a inclusão apresenta- se como necessária para que se faça cumprir a Legislação vigente, que, de acordo com a Constituição Federal em seu Artigo 208 - inciso III, estabelece o direito das pessoas com necessidades especiais de receberem educação preferencial mente na rede regular de ensino.

86 A educação especial tem buscado espaços inclusivos, que favoreçam aos cidadãos com necessidades educacionais especiais (N.E.E) um espaço social, educativo e profissional. Escola inclusiva é, aquela que garante a qualidade de ensino educacional a cada um de seus alunos, reconhecendo e respeitando a diversidade e respondendo a cada um suas potencialidades e necessidades. Conforme a LDB art. 59, deverá ser assegurado aos educandos com necessidades especiais: I- currículos, métodos e técnicas, recursos educativos e organizacionais, para atender as suas necessidades. Baseados neste contexto a Educação Especial busca atender o aluno conforme sua necessidade implantando recursos educacionais voltados para a inclusão social e educacional dos mesmos, preparando-o para o mercado de trabalho ou para desempenhar funções do cotidiano. Tendo em vista estes aspectos a Educação Especial deve promover adaptações metodológicas, curriculares, avaliativas, temporais, arquitetônicas, mobiliários e individuais com apoio itinerante. Em conseqüência disto, os poderes públicos executivo, legislativo e judiciário devem assegurar parceria no que diz respeito ao cumprimento destes da metas e estratégias para que a Educação Especial possa garantir a permanência dos educandos na escola e um ensino de qualidade independente de quaisquer dificuldades ou diferenças que possam ter, respeitando assim os preceitos que regem a LDB.

O gráfico permite observar a quantidade de alunos atendidos no município:

ATENDIMENTO A ALUNOS COM NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS.

Gráfico 1 Fonte: Escola Especial Sonho Meu e SEMECE

87 Estratégia 5.7- Manter a parcerias com município e buscar parcerias/convenio com estado e união nas áreas de saúde, previdência e assistência social para, no prazo de dois anos, tornar disponíveis órteses, prótese e cadeiras adaptadas para os educandos com deficiência, assim como atendimento especializado de saúde, quando for o caso;

Estratégia 5.8 - Implantar gradativamente, a partir do primeiro ano deste plano, programas de atendimento aos alunos com altas habilidades nas áreas de conhecimento em parceria com o estado (CASIES) e união;

Estratégia 5.9 - Assegurar a continuidade do apoio técnico e inclusão de recursos destinados ao pagamento de energia elétrica, água e telefone para instituições filantrópicas sem fins lucrativos de atuação exclusiva á educação especial;

Estratégia 5.10- Manter a oferta de vagas nas instituições especializadas garantindo o atendimento da demanda em 100%, ampliando simultaneamente o seu financiamento com empresas locais;

Estratégia 5.11- Adaptar e assegurar as estruturas físicas e equipamentos para a prática desportiva, em todas as redes educacionais do município, com vistas a desenvolver mais esta oportunidade aos portadores de necessidades especiais no prazo de três anos.

Estratégia 5.12 - Aplicar gradativamente a partir do primeiro ano de vigência deste plano, testes, avaliações e acompanhamento, dispensando atenção especial aos alunos que apresentarem indicativos de necessidades especiais, para tomar as providências necessárias.

Estratégia 5.13 - Manter e incentivar a plena participação a todos os programas através das parcerias e atividades oferecidas nas escolas nas áreas de: informática, recreação, atividades culturais, aos que necessitam de atendimento diferenciado.

Estratégia 5.14 - Manter e ampliar programas de educação profissional em parcerias locais dentro das condições da unidade escolar, visando à inserção no mercado de trabalho dos alunos com necessidades especiais.

Estratégia 5.15 - Autorizar a construção de prédios escolares somente quando em conformidades com os padrões já definidos de infra-estrutura para atendimento aos alunos especiais.

89 EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA EM ÂMBITO NACIONAL

A Educação Escolar Indígena em Mato Grosso tem uma história centenária de vida e trabalho, possuindo uma diversidade cultural ampla e opulenta. Haja vista, que houve um silenciamento sobre as raízes culturais indígenas presentes na sociedade brasileira, esse comportamento é fruto do ideal de branqueamento, politicamente pensado para o país. Deste modo, com a abordagem da questão indígena em todas as escolas de educação básica, conforme incluiu a Lei 11.645/08, permitirá corrigir distorções a respeito do referido assunto, possibilitando maior valorização da identidade indígena no país e a herança desses povos em nossa formação cultural. Os Povos Indígenas têm direito a uma educação escolar específica, diferenciada, intercultural, bilíngue/multilíngue e comunitária, conforme define a legislação nacional que fundamenta a Educação Escolar Indígena. Seguindo o regime de colaboração, posto pela Constituição Federal de 1988 e pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), a coordenação nacional das políticas de Educação Escolar Indígena é de competência do Ministério da Educação (MEC), cabendo aos Estados e Municípios a execução para a garantia deste direito dos povos indígenas. Neste contexto a FUNAI, enquanto órgão federal articulador das políticas indigenistas, atua com o objetivo de contribuir na qualificação dessas políticas e de, junto aos povos indígenas, monitorar seu funcionamento e eventuais impactos, ocupando espaços de controle social tanto em âmbito nacional como local. Essa atuação considera experiência e o conhecimento especializado acumulado ao longo do tempo pela atuação junto aos povos indígenas. A partir da Lei de Diretrizes e Bases de Educação, a educação escolar no Brasil passou a ser identificada em dois níveis: Educação Básica e Educação Superior. A Educação Básica divide-se em Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio, fases que são encontradas em diferentes graus de oferta nas aldeias indígenas. Deste modo, a educação infantil indígena encontra-se alicerçada a Resolução n° 5, de 17 de dezembro de 2009, estabelece que a Educação Infantil é opcional, cabendo a cada comunidade indígena decidir o que lhe convém. Os povos indígenas considera que neste período o indivíduo se constitui enquanto parte de um corpo social, falante de uma língua, compartilhando uma visão de mundo com o grupo social a que pertence, muitos povos indígenas entendem que não há melhor

90 situação para uma criança na sua primeira infância do que o convívio com os seus familiares e o aprender fazendo que a vida nas aldeias proporciona. Contudo, há muitas situações diversas, há aldeias urbanas, há mulheres indígenas que precisam de apoio, e, por isso, a proposição da Educação Infantil deve ser avaliada de acordo com as especificidades da cada comunidade, que deve ter a palavra final sobre o assunto. Neste sentido, cabe à FUNAI trabalhar com os povos indígenas a concepção dessa formação inicia, e o entendimento de que o acesso a esse direito ofertado pelo Estado não corresponde a uma obrigação, se isso não fizer sentido para eles. Isso porque o Estado brasileiro reconhece e respeita os diferentes modos de vida dos povos indígenas, buscando a não imposição de concepções ocidentais de escolarização. Outro aspecto importante da Educação Básica é a chamada Educação Profissional, que comporta diferentes níveis de escolarização. A legislação e os programas de Educação Profissional prevêem a possibilidade de cursos de formação inicial e continuada (a exemplo da maioria dos cursos oferecidos no catálogo do Programa Nacional de acesso ao Ensino Técnico e Emprego) além de cursos de Ensino Médio Técnico. Este pode ser: integrado, concomitante ou subsequente, conforme as normas sobre o tema, e também pode ser oferecido na modalidade de Programa Nacional de Integração da Educação Profissional com a Educação Básica na Modalidade de Educação Jovens e Adultos. Nesse caminho, a escola - outrora imposta aos índios e por eles vivenciada como uma ameaça à sua maneira de ser, pensar e fazer - tem sua presença hoje reivindicada por esses mesmos índios. Os povos indígenas contemporâneos véem a escola por eles construída como instrumento para a construção de projetos autônomos de futuro e como uma possibilidade de construção de novos caminhos para se relacionarem e se posicionarem perante a sociedade não-indígena, em contato cada vez mais estreito. No Brasil, desde a antiguidade, a oferta de programas de educação escolar às comunidades indígenas esteve pautada pela catequização, civilização e integração forçada dos índios à sociedade, fazendo com que eles se transformassem em pessoas diferentes do que eram negando sua identidade. Em anos recentes esse quadro começou a mudar a escola entre grupos indígenas ganhou então um novo significado, como meio para assegurar o acesso a conhecimentos gerais, sem precisar negar as especificidades culturais e a identidade daqueles grupos. No Mato Grosso, existem 42 povos indígenas, com uma população aproximada de 28 mil pessoas, vivendo em 65 terras indígenas, localizadas em 41 diferentes municípios. Temos ainda 5 povos não contatado. O total de terras reconhecidas são 65 sendo 55 91 homologadas/regularizadas e 10 estão identificada/delimitada em diferentes fases do processo demarcatório, e outras ainda se encontram em processo/analise. A diversidade étnica cultural da população indígena mato-grossense é extremamente rica, mas com inúmeros problemas e apelos, tanto para solução dos conflitos agrários e da regularização quanto das questões de saúde e fundamentalmente, para o atendimento das demandas educacionais. A Educação Escolar Indígena em Mato Grosso tem uma história centenária de vida e trabalho, de acertos e erros. São quatro os programas e os desafios da atual política escolar indígena em Mato Grosso: • A formação de professores; • O fortalecimento escolar e das instituições envolvidas no programa de educação escolar indígena incluindo o fortalecimento do Conselho Escolar Indígena-MT; • A educação profissional básica e técnica; • O programa de implantação do ensino superior e formação continuada.

Um aspecto relevante das estruturas educacionais da Educação Escolar Indígena, em Mato Grosso, refere-se ao vinculo institucional das escolas e dos professores ao Estado e Municípios. Conforme o Banco de Dados do CEI/MT e do CIMI (2003 e 2014), são 201 unidades escolares indígenas em Mato Grosso, sendo 134 municipais, localizadas em 35 municípios e 67 escolas estaduais, localizadas em 6 municípios do Estado. Quanto ao vínculo empregatício dos professores, 1.100 são de Rede Municipal e 863 da Rede Estadual.

EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA DE SAPEZAL

O Município de Sapezal possui duas etnias indígena presentes: a Etnia Paresi, a Nambikwara, dentro do território do povo Nambikwara moram também povo da etnia Irantxe e Terena. Os territórios indígenas no Município de Sapezal são três: Território Indígena Utiariti- onde se encontra o povo Paresi- Território Indígena Tirecatinga - onde está o povo Nambikwara - e a Território Indígena Enawenê-Nawê - onde se encontra o povo Enawenê-Nawê.esse território esta dividido em três município,Sapezal, e Juina, tanto a população quanto sua aldeia estão localizado no município de Juina. A

92 população do povo paresi atualmente no Município de Sapezal é de 72 pessoas divididas em duas aldeias que são: • Aldeia Salto da Mulher • Aldeia Vale do Rio Papagaio

A população do povo Nambikwara atualmente no Município de Sapezal é de 192 pessoas divididas em 6 aldeias que são: • Aldeia 3 Jacu • Aldeia Novo Horizonte • Aldeia Caititu • Aldeia Novo Encantado • Aldeia Txuyesú • Aldeia Vale do Buriti

DIAGNÓSTICO DA EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA

A educação escolar indígena é realizada em duas frentes, ou seja, nas próprias aldeias (Ensino Fundamental 1o ao 5o ano. EJA e revitalização da língua irantxe) e na cidade (Ensino Fundamental 6o ao 9o ano e Ensino Médio). Em nosso município foram criadas cinco escolas nos territórios indígenas, são elas: • Escola Salto da Mulher - Localizada na Aldeia Indígena Salto da Mulher, criada pela Lei n° 002/86. • Escola Vandermiro Yamoré - Localizada na Aldeia Vale do Rio Papagaio, criada pela Lei n° 360/2003. • Escola Wakalitesu - Localizada na Aldeia Três Jacu, criada pela Lei n° 123/90. • Escola Lino Araxi Iranxe - Localizada na Aldeia Caititu, criada pela Lei n° 302/02 • Escola Utiariti - Localizada na aldeia Utiariti, criada pela Lei n° 123/89. Esta desativada

93 94 95 O gráfico permite observar a quantidade de alunos matriculados nestas escolas:

MATRICULAS DOS INDÍGENAS DO ANO DE 2015

ESCOLAS INCfeENAS 1?ANO 2a-ANO 3? ANO 42 ANO 52 ANO FJA -19 SEGMENTO FASE I EJA lv SEGMENTO FASE II (42 0 52) 1 ESCOLA INCfôENA "SALTO QA MULHER' 02 01 02 0 04 ESCOLA INtíGENA ''WAKAUTESU" 04 05 06 06 06 ESCOLA INDÍGENA "UNOARAXí IRANTXE" 01 01 02 02 01 ESCOA INQGENA ‘VANDERMíRO YfihW 0 01 02 01 02 ESCOLA INDGENA ■'WAitAUTEStr EM 03 05

MATRÍCULAS DAS ESCOLAS INDÍGENAS

7 6 6 6 6 5 4 3 2 1 0 ItSEGMBUTO U SEGMENTO lí ANO 2ÍAN0 32ANO «ANO SÍVJO «SEI ** I ESCOLA INDÍGENA ''SALTO DAMULHER" 2 1 2 0 4 0 0 • ESCOLA INDÍGENA••WAKALITESUr 4 5 6 6 6 0 0 ESCOLA INDÍGENA -UNO AAAXIIRANDCE" 1 1 2 2 1 0 0

I ESCOLA INDÍGENA "VANDERMIRO YAMORÊ" 0 1 2 1 2 D 0

I ESCOLA INDÍGENA "WAKAUTESÚ* EJA 0 0 0 0 0 3 5

Fonte: Coordenação Escolar Indígena

96 META E ESTRATÉGIAS DA EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA

Meta 6 - Garantir e manter matricula de 100% dos alunos indígenas da educação básica dos anos iniciais em escolas indígenas, com professores indígenas.

Estratégia 6.1 - Manter ao Estado a responsabilidade legal pela educação escolar indígena, permanecendo os convênios sob a administração do município, com o apoio financeiro do Estado e Ministério da Educação, respeitando a legislação vigente, promovendo uma educação de qualidade respeitando a diversidade cultural e sua especificidade;

Estratégia 6.2 - Fomentar a oferta às comunidades indígenas de programas educacionais equivalentes os cinco primeiros anos do ensino fundamental, respeitando seus modos de vida, suas visões de mundo e as situações sociolinguísticas específicas por elas vivenciadas;

Estratégia 6.3 - Ampliar, gradativamente em parceria com o Estado a oferta de ensino de 6a ao 9a ano e Ensino Médio à população indígena, quer na própria terra indígena, quer integrando os alunos em classes comuns nas escolas próximas, e ao mesmo tempo oferecer-lhes atendimento adicional necessário para sua adaptação, a fim de garantir o acesso ao ensino de Educação básica;

Estratégia 6.4 - Fortalecer e garantir a consolidação, o aperfeiçoamento e o reconhecimento de experiência de construção de uma educação escolar diferenciada e de qualidade atualmente em curso em áreas indígenas;

Estratégia 6.5 - Aderir e consolidar os Saberes Indígenas (Pacto) nas séries iniciais das escolas indígenas do município a fim de valorizar a identidade de cada povo;*

Estratégia 6.6 - Assegurar a manutenção da categoria oficial de “escola indígena" para que a especificidade do modelo de educação intercultural e bilíngue sejam assegurados. Inclusive a contratação específica de professores indígenas;

Estratégia 6.7- Assegurar duas vezes por ano, no período de férias a contratação do próprio grupo indígena sendo que o mesmo deverá falar e escrever a língua materna, ou um linguista, conforme necessidade para a revitalização da língua materna que é um dos elementos da própria identidade:

Estratégia 6.8 - Estabelecer, imediatamente, após a aprovação deste PME. padrões mínimos mais flexíveis de infra-estrutura escolar para as escolas indígenas, que garantam

97 a adaptação às condições climáticas das regiões e, sempre que possível, as técnicas de edificação própria do grupo, de acordo com o uso social e concepções do espaço próprio de cada comunidade indígena, além de condições sanitárias e de higiene, aprovadas pela comunidade local;

Estratégia 6.9 - Manter e assegurar atualizado os processos de renovação e autorização de funcionamento das escolas indígenas, localizadas no interior das terras indígenas, estando elas de acordo com o prazo estabelecido pelo CEE/MT;

Estratégia 6.10 - Manter programas de colaboração entre a União e o Estado para, durante a vigência deste PME, equipar as escolas indígenas com recursos didático- pedagógicos básicos, incluindo imediatamente um espaço para biblioteca e outros materiais de apoio;

Estratégia 6.11 - Implementar programas do Ministério da Educação de auxílio ao desenvolvimento da educação, já existentes, como transporte escolar, livro didático, biblioteca escolar, merenda escolar, saberes indígenas de forma a contemplar a especificidade da educação indígena, quer em termos do contingente escolar, quer quanto aos seus objetivos e necessidades, assegurando o fortalecimento desses benefícios às escolas;

Estratégia 6.12 - Recorrer às linhas de financiamento existentes no Ministério da Educação para implementação de programas de educação escolar indígena, a serem executados pelas secretarias estadual ou municipal de educação, organizações de apoio aos índios, universidades e organizações indígenas;

Estratégia 6.13 - Apoiar e colaborar na criação, tanto no Ministério da Educação como nos órgãos estaduais de educação, de programas voltados à produção e publicação de materiais didáticos e pedagógicos específicos para os grupos indígenas, incluindo livros, vídeos, dicionários e outros, elaborados por professores indígenas juntamente com os seus alunos e coordenadores;

Estratégia 6.14 - Manter no sistema estadual de ensino, a profissionalização e reconhecimento público do magistério indígena, com a criação da categoria de professores indígenas como carreira especifica do magistério, com concurso de provas e títulos adequados às particularidades lingüisticas e culturais da sociedade indígena, garantindo a esses professores os mesmos direitos atribuídos aos demais do mesmo sistema de ensino Estadual, com níveis de reformulação correspondente ao seu nível de qualificação profissional;

98 Estratégia 6.15 - Ampliar parcerias para a implementação de programas especiais para a formação de professores indígenas em nível superior através da colaboração das universidades e de instituições de nível equivalente;

Estratégia 6.16 - Manter na secretaria de educação municipal, setor responsável pela educação indígena, um técnico para trabalhar na área, com experiência na Educação Escolar Indígena, com capacitação na área e com a incumbência de promovê-la e gerenciá-la, juntamente com um representante Indígena;

Estratégia 6.17 - Manter parcerias, com colaboração entre União, Estado e Município, e instituições de ensino superior, a produção de programas de formação de professores de educação a distancia de nível médio na modalidade normal;

Estratégia 6.18 - Promover a correta e ampla informação da população em geral, sobre as sociedades e culturas indígenas, como meio de combater o desconhecimento, a intolerância e o preconceito em relação a essas populações;

Estratégia 6.19 - Assegurar a autonomia das Escolas Indígenas, promovendo-a de assessoria especializada, tanto no que se referem ao projeto pedagógico quanto ao uso de recursos financeiro públicos para a manutenção do cotidiano escolar, garantindo a plena participação de cada comunidade indígena nas decisões relativas ao funcionamento da escola.

Estratégia 6.20 - Assumir junto ao Estado a luta pelo fortalecimento do Conselho de Educação Escolar Indígena/CEI-MT para dotá-lo de condições orçamentárias e financeiras para o seu pleno exercício, garantindo a participação das instituições, dos professores e suas comunidades indígenas;

Estratégia 6.21 - Manter e assegurar, mediante avaliação contínua, a qualidade de formação sistemática dos professores indígena, especialmente no que diz respeito aos conhecimentos relativos aos processos escolares de ensino-aprendizagem, à alfabetização, à construção coletiva de conhecimentos na escola e à valorização do patrimônio cultural da população atendida.

Estratégia 6.22 - Manter com anuência das comunidades indígenas, cursos básicos de Educação profissional, visando á auto sustentação e ao uso da terra de forma equilibrada e sustentável;

Estratégia 6.23 - Manter parceria com o estado, o provimento do transporte escolar dos alunos do ensino médio;

99 Estratégia 6.24 - Manter parceria com programas de incentivo a auto estima e de combate as drogas e a violência.(PROERD).

100 ENSINO MÉDIO EM ÂMBITO NACIONAL

O Brasil vive, nos últimos anos, um processo de desenvolvimento que se reflete em taxas ascendentes de crescimento econômico tendo o aumento do Produto Interno Bruto ultrapassado a casa dos 7%, em 2010. Este processo de crescimento tem sido acompanhado de programas e medidas de redistribuição de renda que o retroalimentam. Evidenciam-se, porém, novas demandas para a sustentação deste ciclo de desenvolvimento vigente no País. A educação, sem dúvida, está no centro desta questão. O crescimento da economia e novas legislações, como o Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica (FUNDEB), a Emenda Constitucional n° 59/2009 - que extinguiu a Desvinculação das Receitas da União (DRU) - e dispôs sobre outras medidas, têm permitido ao País aumentar o volume de recursos destinados à Educação. Tais iniciativas, nas quais o Conselho Nacional de Educação (CNE) tem tido destacada participação, visam criar condições para que se possa avançar nas políticas educacionais brasileiras, com vistas á melhoria da qualidade do ensino, à formação e valorização dos profissionais da educação e à inclusão social. Para alcançar o pleno desenvolvimento, o Brasil precisa investir fortemente na ampliação de sua capacidade tecnológica e na formação de profissionais de nível médio e superior. Hoje, vários setores industriais e de serviços não se expandem na intensidade e ritmos adequados ao novo papel que o Brasil desempenha no cenário mundial, por se ressentirem da falta desses profissionais. Sem uma sólida expansão do Ensino Médio com qualidade, por outro lado, não se conseguirá que nossas universidades e centros tecnológicos atinjam o grau de excelência necessário para que o País dê o grande salto para o futuro. Tendo em vista que a função precipua da educação, de um modo geral, e do Ensino Médio - última etapa da Educação Básica - em particular, vai além da formação profissional, e atinge a construção da cidadania, é preciso oferecer aos nossos jovens novas perspectivas culturais para que possam expandir seus horizontes e dotá-los de autonomia intelectual, assegurando-lhes o acesso ao conhecimento historicamente acumulado e à produção coletiva de novos conhecimentos, sem perder de vista que a educação também é, em grande medida, uma chave para o exercício dos demais direitos sociais. É nesse contexto que o Ensino Médio tem ocupado, nos últimos anos, um papel de destaque nas discussões sobre educação brasileira, pois sua estrutura, seus conteúdos,

101 bem como suas condições atuais, estão longe de atender ás necessidades dos estudantes, tanto nos aspectos da formação para a cidadania como para o mundo do trabalho. Como consequência dessas discussões, sua organização e funcionamento têm sido objeto de mudanças na busca da melhoria da qualidade. Propostas têm sido feitas na forma de leis, de decretos e de portarias ministeriais e visam, desde a inclusão de novas disciplinas e conteúdos, até a alteração da forma de financiamento. Constituem-se exemplos dessas alterações legislativas a criação do FUNDEB e a ampliação da obrigatoriedade de escolarização, resultante da Emenda Constitucional no 59, de novembro de 2009. Especificamente em relação ao Ensino Médio, o número de estudantes da etapa é, atualmente, da ordem de 8,3 milhões. A taxa de aprovação no Ensino Médio brasileiro é de 72,6%, enquanto as taxas de reprovação e de abandono são, respectivamente, de 13,1% e de 14,3% (INEP, 2009). Observe-se que essas taxas diferem de região para região e entre as zonas urbana e rural. Há também uma diferença significativa entre as escolas privadas e públicas. Em resposta a esses desafios que permanecem, algumas políticas, diretrizes e ações do governo federal foram desenvolvidas com a proposta de estruturar um cenário de possibilidades que sinalizam para uma efetiva política pública nacional para a Educação Básica, comprometida com as múltiplas necessidades sociais e culturais da população brasileira. Nesse sentido, situam-se a aprovação e implantação do FUNDEB (Lei n° 11.494/2007), a formulação e implementação do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), e a consolidação do Sistema de Avaliação da Educação Básica (SAEB), do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) e do índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB). No âmbito deste Conselho, destacam-se as Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica (Parecer CNE/CEB n° 7/2010 e Resolução CNE/CEB n° 4/2010) e o processo de elaboração deste Parecer, de atualização das Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio. (Diretrizes Curriculares da Educação Básica - 2013).

ENSINO MÉDIO NO MUNICÍPIO DE SAPEZAL

O ensino médio no município de Sapezal - MT é oferecido pela rede estadual, sobre a responsabilidade efetiva do Estado, como garantido pela LDB. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Básica n° 9394 de 20 de Dezembro de 1996, ao introduzir a noção de Educação Básica, propondo a universalização do Ensino Médio, que necessita ser

102 compreendido e trabalhado como mecanismo social capaz de ampliar a capacidade de unificar as experiências e construir novos saberes necessários ao processo de formação de Jovens e Adultos. Com o processo de modernização em curso no país, o Ensino Médio tem um importante papel a desempenhar. Tanto nos países desenvolvidos quanto nos que lutam para superar o subdesenvolvimento, a expansão do Ensino Médio pode ser um poderoso fator de formação para a cidadania e qualificação profissional. O índice de matrículas no Ensino Médio em Sapezal cresce todos os anos, desta forma é necessário atender a essa demanda de jovens para formarem-se indivíduos críticos e produtivos, que saibam lutar pela igualdade social e que possibilite o acesso á cidadania. Cabe às escolas de Ensino Médio traçar projetos e planos, para um modelo de educação que este novo milênio impõe e nos desafia à mudanças de comportamento e de metodologia renovadas que atendam aos anseios de sua clientela.

DIAGNÓSTICO DO ENSINO MÉDIO Atualmente o Município apresenta 03 instituições que atende o Ensino Médio, a Escola Estadual“André Antônio Maggi" com modalidade de Ensino Médio Regular, a Instituição particular Instituto Presbiteriano de Educação Simonton /IPES e o Colégio Hexágono com atendimento das modalidades Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio Regular.

103 104 Os gráficos a seguir demonstram a quantidade de alunos atendidos no município no ensino médio.

Gráfico 1 Fonte:Escola André Antônio Maggi

TAXA DE APROVAÇÃO/REPROVAÇÃO DO 1* ANO AO 3? ANO DO ENSINO MÉDIO

Gráfico 2 Fonte:Escola André Antônio Maggi

105 TAXA DE ABANDONO DO ENSINO MÉDIO DA REDE ESTADUAL

50,0% 46,0% 45,0% 40,0% 35,0% 30,0% 25,0% 20,0% 16.0% 16,0% 15,0% 10,0% 5,0% 0,0% lí ANO DO ENSINO MEDIO 2* ANO DO ENSINO MEDIO 3« ANO DO ENSINO MÉDIO ■ 2012 38,0% 26,0% 16,0% ■ 2013 46,0% 22.0% 16,0% *2014 33,0% 23,0% 18,0%

Gráfico 3 Fonte:Escola André Antônio Maggi

106 META E ESTRATÉGIAS DO ENSINO MÉDIO

Meta 7 - Universalizar o atendimento escolar para toda a população de 15 (quinze) a 17 (dezessete) anos, elevar a taxa de matrículas no ensino médio para 100% (cem por cento), reduzindo em 10% ao ano, a repetência e a evasão nas escolas públicas, melhorando o aproveitamento dos alunos de ensino médio, de maneira a atingir níveis satisfatórios de desempenhos definidos e avaliados pelo Sistema Nacional do Ensino Médio (ENEM) e pelos sistemas de avaliação que venham a ser implantados pela Nação, Estado ou Município.

Estratégia 7.1 - Articular junto ao Estado para que os padrões mínimos de infra-estrutura para o ensino médio compatível com as realidades regionais, incluindo:

a) espaço, iluminação, ventilação e insolação dos prédios escolares.

b) instalações sanitárias e condições para a manutenção da higiene em todos os edifícios escolares;

c) espaço para esporte e recreação;

d) espaço para a biblioteca;

e) adaptação dos edifícios escolares para o atendimento dos alunos portadores de necessidades especiais;

f) instalação para os laboratórios de ciências e artes;

g) informática e equipamento multimídia para o ensino;

h) atualização e ampliação do acervo das bibliotecas incluindo material bibliográfico ao professor e aos alunos;

i) equipamentos didático-pedagógico de apoio ao trabalho em sala de aula;

j telefone e reprodutor de texto;

k) Não autorizar o funcionamento de novas escolas fora dos padrões de “a" a “g” a partir da vigência deste plano.

Estratégia 7.2 - Manter em parceria com o Estado, anualmente, cursos para a formação continuada aos professores, por área de conhecimento e formação geral, para atualização e valorização profissional, estendendo aos demais trabalhadores da educação.

107 Estratégia 7.3 - Manter junto ao Estado o incentivo de projetos para pesquisas científicas, visando maior interesse no processo ensino e aprendizagem, possibilitando valorização social e cultural dos alunos do ensino médio, estimulando a participação dos profissionais da educação em exercício da função, a realizar pesquisas e inovações pedagógicas que contribuam para sua auto valorização e melhorias na qualidade de ensino.

Estratégias 7.4 - Oferecer mecanismos de recuperação e de acompanhamento escolar contínuo e sistemático, sempre que necessários, conforme legislação vigente.

Estratégia 7.5 - Estabelecer parcerias com organizações não governamentais e instituições públicas ou privadas que facilitem a inserção dos alunos no mercado de trabalho.

Estratégia 7.6 - Manter e ampliar o tempo de permanência dos alunos nas escolas públicas de ensino médio para que participem da concepção e do desenvolvimento de projetos curriculares.

Estratégia 7.7 - Em regime de colaboração com a União, Estado e Município recursos (humanos, financeiros e de espaço físico) que atendem a execução de projetos que visam desenvolver atividades artísticas e culturais como: teatro, música, danças, atividades recreativas.

Estratégia 7.8 - Desenvolver e implementar programas de incentivo a auto estima e de combate às drogas, violência e prostituição. Em parceria com os poderes públicos, judiciário, empresas privadas, entidades não- governamentais, instituições de ensino publica ou privada, sindicatos, igrejas entre outras.

Estratégia 7.9 - Manter parceria com o Estado o Provimento do transporte escolar dos alunos do ensino médio.

Estratégia 7.10 - Em regime de colaboração com o Governo do Estado no prazo de até 05 anos, a partir da vigência do PME, realizar a construção de prédio para funcionamento de uma nova escola que atenda a modalidade de Ensino Médio Regular.

108 EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA E FORMAÇÃO PROFISSIONAL EM ÂMBITO NACIONAL

No caso brasileiro, a educação profissional é uma das modalidades da educação, definida no art. 39 da LDB, que deve se integrar às diferentes formas de educação, ao trabalho, à ciência e á tecnologia' conduzindo ao permanente desenvolvimento de aptidões para a vida produtiva. Já o art. 40 afirma que deve ser desenvolvida em articulação com o ensino regular ou por diferentes estratégias de educação continuada. A educação profissional, no entanto, é historicamente demarcada pela divisão social do trabalho, que na prática sempre justificou a existência de duas redes de ensino médio, uma de educação geral destinada a um pequeno grupo privilegiado e outra profissional para os trabalhadores. A sua origem remonta à separação entre a propriedade dos meios de produção e a propriedade do trabalho, ou seja, a lógica de que alguns pensam, planejam, e outros executam. Assim, ao se pensar o que se quer da meta 11 do novo PME, ou seja, triplicar as matrículas da educação profissional técnica de nível médio, assegurando a qualidade da oferta e pelo menos 50% da expansão no segmento público, há de se levar em conta a superação dessa dualidade. Deve-se considerar ainda que a construção de uma proposta para atendimento educacional daqueles que vivem do trabalho precisa ser pautada numa educação de qualidade, não podendo ser voltada para uma educação dual em que a formação geral está descolada da educação profissional. Aumentar a oferta da educação para os trabalhadores é uma ação urgente e necessária, mas para que seja garantida sua qualidade se faz necessário que essa oferta tenha por base os princípios e a compreensão de educação unitária e universal destinada à superação da dualidade entre cultura geral e cultura técnica e que garanta o domínio dos conhecimentos científicos referentes às diferentes técnicas que caracterizam o processo do trabalho produtivo na atualidade, e não apenas a formação profissional stricto sensu. De acordo com os dados do Censo da Educação Básica de 2011, a educação profissional concomitante e a subsequente ao ensino médio cresceu nos últimos cinco anos 7.4%, atingindo aproximadamente um milhão

109 de matrículas (993.187 matriculas). No caso do ensino médio integrado os números indicam um contingente de 1,3 milhão de alunos atendidos. Essa modalidade de educação está sendo em estabelecimentos públicos e privados, que se caracterizam como escolas técnicas, agrotécnicas, centros de formação profissional, associações/escolas, entre outros. O Censo revela ainda que a participação da rede pública tem crescido anualmente e já representa 53,5% das matrículas. Isso indica que, se a tendência se mantiver, a oferta de pelo menos 50% na rede pública poderá ser garantida, sendo necessário o desenvolvimento de ações para garantir que essa oferta seja triplicada e a qualidade garantida. As ações desenvolvidas no âmbito do Ministério da Educação para garantia do aumento da oferta da educação profissional têm passado pela criação de programas e ações voltadas para esse fim, tais como: Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e ao Emprego (Pronatec); Programa de Expansão da Rede Federal de Educação Profissional; Programa Brasil Profissionalizado; Rede e-Tec Brasil; Programa Nacional de Integração da Educação Profissional com a Educação Básica na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos (Proeja).

EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA E FORMAÇÃO PROFISSIONAL NO MUNICÍPIO DE SAPEZAL

Em Sapezal há grande necessidade de formação profissional e educacional da população que atua n mercado de trabalho. Atualmente, é exigido do trabalhador um nível de educação e qualificação cada vez mais elevado para fazer frente ás novas tecnologias. Acrescido a esse fator tem-se procurado por técnicos empreendedores, isto é, aqueles que reúnem capacidades técnicas e empresariais. Em vista disso, a Prefeitura municipal de Sapezal firmou convênio com a Escola Técnica Federal de Mato Grosso IFMT E Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia - SECITEC. O poder público de Sapezal defende a idéia de que se oferecer oportunidades de cursos profissionalizantes, superior e especializações os jovens que aqui residem não precisarão sair da cidade para obterem qualificação educacional e profissional.

110 DIAGNÓSTICO DA EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA E FORMAÇÃO PROFISSIONAL

Atualmente o município atende 40 alunos no Curso Técnico em Agropecuária Subsequente - IFMT. O gráfico apresenta os dados dos cursos oferecidos na modalidade Ensino Técnico:

1 ANO INSTITUIÇÕES VAGAS CURSOS SECRETARIA DE ESTADO, CIÊNCIAS E TECNOLOGIA DO ESTADO 2011 40 TÉCNICO EM MEIO AMBIENTE DE MATO GROSSO-SECITEC SECRETARIA DE ESTADO, CIÊNCIAS E TECNOLOGIA DO ESTADO TÉCNICO EM AGROPECUÁRIA - 2012 40 DE MATO GROSSO-SECITEC SUBSEQUENTE SECRETARIA DE ESTADO, CIÊNCIAS E TECNOLOGIA DO ESTADO TÉCNICO EM COMÉRCIO 2012 40 DE MATO GROSSO - SECITEC SUBSEQUENTE INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO CIÊNCIAS E TECNOLOGIA TÉCNICO EM COMÉRCIO 2013 40 DO ESTADO DE MATO GROSSO - IFMT SUBSEQUENTE INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO CIÊNCIAS E TECNOLOGIA TÉCNICO EM COMÉRCIO 2014 40 DO ESTADO DE MATO GROSSO - IFMT SUBSEQUENTE INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO CIÊNCIAS E TECNOLOGIA TÉCNICO EM AGROPECUÁRIA - 2015 40 DO ESTADO DE MATO GROSSO - IFMT SUBSEQUENTE

CURSO TÉCNICO TAXA DE ABANDONO/EVASÃO

111 META E ESTRATÉGIAS DA EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA E FORMAÇÃO PROFISSIONAL

Meta 8 - Ampliar a oferta gratuita de cursos de Educação Tecnológica e Profissional de modo a oferecer no município cursos de qualificação destinados a atender jovens e adultos;

Estratégia 8.1- Articular ações com os poderes públicos - federal, estadual, instituições privadas e demais segmentos da sociedade civil para integração da política de Educação Tecnológica e Profissional, acompanhando os avanços tecnológicos, culturais, ambientais e produtivos do mercado de trabalho.

Estratégia 8.2 - Proporcionar Educação Profissional de qualidade a jovens e adultos, por meio de cursos de qualificação, habilitação e/ou atualização profissional.

Estratégia 8.3 - Ofertar educação profissional técnica de nível médio na modalidade de educação à distância, com a finalidade de ampliar a oferta e democratizar o acesso à educação profissional pública e gratuita, assegurando padrão de qualidade.

Estratégia 8.4 - Estabelecer e manter parcerias com agências governamentais, entidades e instituições privadas, que orientem a política educacional para satisfazer as necessidades de formação inicial e continuada dos professores e dos demais trabalhadores.

Estratégia 8.5 - Estabelecer e manter parcerias com agências governamentais, entidades e instituições privadas, fomentando e financiando as práticas educacionais para manter o funcionamento da formação técnica profissional.

Estratégia 8.6 - Estabelecer parcerias em regime de colaboração com o Ministério da Educação e o Ministério do Trabalho, criando Centros de Formação Profissional com ênfase em agropecuária, segurança no trabalho, mecânica, eco - turismo e informática.

Estratégia 8.7 - Manter parceria com Institutos de Formação credenciados, oferecendo periodicamente cursos voltados à administração de pequenas empresas e empreendedorismo com qualidade total.

Estratégia 8.8 - Solicitar ao Poder Público Federal, Estadual em parceria com o município, instituições privadas e filantrópicas, a criação de uma unidade de ensino, no período de dois anos a partir da vigência deste plano.

112 Estratégia 8.9 - Estabelecer a permanente revisão e adequação às exigências de uma política de desenvolvimento local e Regional dos cursos básicos, técnicos, tecnológicos e superiores da Educação Profissional.

Estratégia 8.10 - Ampliar através de parcerias com órgãos públicos, privados, fundações e ONGs. a oferta de formação de nível tecnológico e profissional aos alunos ou egressos do Ensino Médio.

Estratégia 8.11 - Utilizar as escolas de Educação Básica que tenham espaços físicos e profissionais para a oferta de Educação Profissional adequando as instalações físicas e equipamentos existentes, complementando com as necessárias ao referido Ensino, até a criação do centro próprio de formação.

Estratégia 8.12 - Garantir o acesso e permanência à Educação Profissional ás pessoas com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e a altas habilidades ou superdotação.

Estratégia 8.13 - Manter políticas de sensibilização em parceria com as instituições públicas, filantrópicas e privadas da necessidade de frequência e permanência do educando em sala de aula abrangendo as famílias e o setor empresarial.

Estratégia 8.14 - Firmar parcerias com União, Estado, empresas e instituições particulares para aquisição de acervos atualizados para a Biblioteca e materiais pedagógicos específicos para cada curso, como também, equipamentos e manutenção dos mesmos.

META E ESTRATÉGIA DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA E TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS

META 9 - Ampliar as matrículas da educação a distância no município, através de parceria com a UNEMAT, UFMT, IFMT e Universidade particulares;

Estratégia 9.1 - Manter e ampliar parcerias para ofertar a Educação Superior, na modalidade de Educação à Distância, com a finalidade de democratizar o acesso à Educação Superior pública e gratuita, em regime de colaboração com a União, Estados e Municípios.

Estratégia 9.2 - Em regime de colaboração com os entes federados no prazo de 04 anos, a partir da vigência do PME, realizar a construção de prédio para funcionamento do 113 Polo de Apoio Presencial UAB Sapezal em conformidade com os padrões arquitetônicos da CAPES/MEC, respeitando as normas de acessibilidade, as especificidades geográficas e culturais locais.

Estratégia 9.3 - Desenvolver programas de incentivo à monitoria dos cursos superiores e técnicos, contribuindo para garantir o acesso, a permanência, a aprendizagem e a conclusão destes cursos com êxito.

Estratégia 9.4 - Garantir e assegurar, nos polos de Apoio Presencial UAB, a infraestrutura física, didática e tecnológica, adequada de acordo com os padrões de qualidade necessários exigidos pela CAPES.

Estratégia 9.5 - Articular junto aos entes federados à ampliação a oferta de vagas na Educação Superior pública e prioritariamente para a formação de professores da educação básica, sobretudo nas áreas de Ciências Exatas, para atender o déficit de profissionais em áreas específicas solicitadas pela demanda local

Estratégia 9.6 - Propor junto às Instituições de Ensino Superior a ampliação da oferta dos cursos de licenciatura em segunda graduação, em regime de colaboração com o Estado e a União, considerando aqueles que trabalham fora da área de formação.

Estratégia 9.7- Utilizar os canais educativos, assim como redes telemáticas de educação, plataformas abertas para a disseminação de programas culturais e educativos, assegurando às escolas e à comunidade condições básicas de acesso a esses meios.

Estratégia 9.8 - Manter a articulação junto aos entes federados com cursos de formação continuada já existentes no município, para que sejam um veículo que conduzam ao conhecimento do mundo virtual e das tecnologias educacionais.

Estratégia 9.9 - Apoiar financeiramente e institucionalmente a pesquisa na área de educação à distância.

Estratégia 9.10 - Manter e ampliar em parceria com os entes federados cursos à distância, em nível de pós-graduação, (latu sensu- especialização) e stricto sensu (mestrado e doutorado) especialmente na área de formação de professores por instituições de renome no cenário nacional, cujo objetivo é o aperfeiçoamento profissional superior em nível de pós-graduação.

Estratégia 9.11 - Em parceria com entes federados, ampliar gradualmente, a oferta de formação à distância em nível superior para outras áreas, para além das licenciaturas,

114 incentivando a participação das universidades e das demais instituições de educação superior credenciadas.

Estratégia 9.12 - Continuar equipando as escolas públicas com computadores e acesso à internet, com antenas parabólicas digitais e câmeras de vídeo, promovendo a integração desses recursos no projeto pedagógico da instituição.

115 EDUCAÇÃO SUPERIOR EM ÂMBITO NACIONAL

A democratização do acesso à educação superior, com inclusão e qualidade, é um dos compromissos do Estado brasileiro, expresso nesta meta do PNE. O acesso à educação superior, sobretudo da população de 18 a 24 anos, vem sendo ampliado no Brasil, mas ainda estamos longe de alcançar as taxas de acesso dos países desenvolvidos e mesmo de grande parte dos países da América Latina. O Censo da Educação Superior do Inep, de 2011, registrou que a taxa bruta atingiu o percentual de 27,8%, enquanto a taxa líquida chegou a 14,6%. O PNE (2001-2010) estabelecia, para o final da década, o provimento da oferta de educação superior para, pelo menos, 30% da população de 18 a 24 anos. Apesar do avanço observado, o salto projetado pela meta 12 do novo PME, que define a elevação da taxa bruta para 50% e da liquida para 33% da população de 18 a 24 anos, revela-se extremamente desafiador. O desafio é ainda maior quando observamos as taxas por estado e por região, sobretudo nas regiões Nordeste e Norte do Brasil. Cada município também possui uma realidade em termos da oferta e do acesso à educação superior, pois esse nível de ensino é ofertado, sobretudo por meio de instituições federais, estaduais ou privadas. Portanto, para cumprir essa meta, especialmente em termos de interiorização da educação superior, em cada municipalidade, é preciso um planejamento articulado que envolva a União o Estado e o Município. Com todo esse esforço colaborativo, espera-se elevar as duas taxas de acesso no Brasil (a bruta para 50% e a líquida para 33%), assegurada a qualidade da oferta e expansão para, pelo menos, 40%, no segmento público. Atualmente as matrículas públicas totalizam apenas 26,3%, enquanto as privadas perfazem 73,7%, conforme o Censo de 2011. Dentre as estratégias prioritárias estabelecidas no novo PME para o cumprimento desta meta destacam-se: otimizar a capacidade instalada da estrutura física e de recursos humanos das instituições públicas de educação superior; ampliar a oferta de vagas, por meio da expansão e interiorização da Rede Federal de Educação Superior, da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica e da Universidade Aberta do Brasil; fomentar a oferta de educação superior pública e gratuita

116 prioritariamente para a formação de professores para a educação básica; ampliar as políticas de inclusão e de assistência estudantil; expandir o financiamento estudantil por meio do Fies e do ProUni; ampliar a participação proporcional de grupos historicamente desfavorecidos na educação superior; assegurar condições de acessibilidade nas instituições de educação superior; consolidar e ampliar programas e ações de incentivo á mobilidade estudantil e docente em cursos de graduação e pós-graduação, em âmbito nacional e internacional; expandir o atendimento específico a populações do campo, comunidades indígenas e quilombolas; estimular a expansão e reestruturação das universidades estaduais e municipais, a partir de apoio técnico e financeiro do Governo federal, mediante termo de adesão a programa de reestruturação. Dentre os principais programas e ações do Ministério da Educação voltados ao acesso, à expansão, qualidade e financiamento da educação superior, destacam-se: Programa de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni); expansão e desconcentração das universidades federais; Expansão da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica; Programa Nacional de Assistência Estudantil (Pnaes); Programa Universidade para Todos (ProUni); Sistema de Seleção Unificada (Sisu); Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies); Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes); Lei de Cotas nas Universidades e Institutos Federais, aprovada em 2012. Não se pode esquecer também dos programas e ações da Capes e do CNPq, que contribuem para a expansão da educação superior, fortalecimento da pós- graduação, para a realização das pesquisas e para a mobilidade docente e discente. Nessa direção, destacam-se: a Universidade Aberta do Brasil e o programa Ciência sem Fronteiras.

EDUCAÇÃO SUPERIOR NO MUNICÍPIO DE SAPEZAL

A educação superior está cada vez mais presente e desejável em nossa sociedade tecnológica. Responder as necessidades desta geração e das futuras que agora entram na escola é um desafio para todos nós educadores. A formação contínua é uma necessidade do nosso tempo e os sistemas de educação terão que expandir sua oferta de serviços, promovendo estruturas de formação continuada, de qualidade.

117 Por esta razão precisamos planejar a expansão de curso superior no município com a colaboração de todos. Entendemos que a cooperação não se dá somente em níveis de financiamento, podemos cooperar também com idéias, sugestões, buscas e ações. A história do ensino superior em nosso município é recente e teve como marco inicial o Curso de Licenciatura Plena em Educação Básica, através da modalidade a distancia em 24 de fevereiro de 2000, com o ingresso de 30 alunos. Este marco é apenas simbólico, pois, a história das lutas e dos anseios de cursos superiores, sempre estiveram presentes nas discussões dos gestores de Sapezal.

DIAGNÓSTICO DO ENSINO SUPERIOR

Atualmente o Ensino Superior oferta aos alunos, em forma de parcerias, com as IES, CAPES e o Município UAB - Universidade Aberta do Brasil, cursos oferecidos pela IFMT - Instituto Federal, UNEMAT - Universidade do Estado do Mato Grosso, e ainda a Instituição Privada - UNOPAR - Universidade do Norte do Paraná.

118 CURSOS OFERTADOS PELA UAB (UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL) 2013/2014

VAVAS CURSOS DE GRADUAÇÃO OFERECIDOS OFERECIDAS TÉCNOLOGO EM SISTEMAS PARA INTERNET 50 PEDAGOGIA 50 ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 50 "letras/inglês 50 VAGAS CURSOS DE PÒS-GRADUAÇÀO OFERECIDOS OFERECIDAS GESTÃO MUNICIPAL 50 GESTÃO saúde 50 GESTÃO PÚBLICA 50 INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO 30 ESPECIALIZAÇÃO EM EDUCAÇÃO DAS RELAÇÕES ÉTNICO 30 RACIAIS NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

119 MATRÍCULAS DO ENSINO SUPERIOR DE REDE PRIVADA

■ ADMINSTRAÇÂO ■ CIÊNCIAS CONTÁBEIS

■ EDUCAÇÃO FÍSICA ■ ENGENHARIA DA PRODUÇÃO

■ PEDAGOGIA ■ SERVIÇO SOCIAL ■ SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM ADMINISTRADOR DE SISTEMA ■ SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM ÉSTETICA

SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM GESTÃO AMBIENTAL ■ SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS

■ SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM LOGÍSTICA SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM PROCESSOS GERENCIAIS

SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM SEGURAÇA DO TRABALHO HISTÓRIA

GEOGRAFIA

120 META E ESTRATÉGIA DA EDUCAÇÃO SUPERIOR

Meta 10 - Ampliar através de parcerias com a União e o Estado a oferta de ensino de nível superior, de modo a garantir que até o final da década de vigência deste plano, pelo menos 50% da faixa etária de 18 a 24 anos tenham acesso a este nível de ensino.

Estratégia 10.1 - Garantir a oferta de vagas na Educação Superior pública em regime de colaboração com a União, Estado e Município, com a implantação de cursos nas diversas modalidades tais como: presencial, semipresencial e à distância, considerando as necessidades regionais e locais.

Estratégia 10.2 - Incentivar as instituições de ensino superior com ação no município, criando condições a desenvolver ações sócio educativas de forma a atender toda a comunidade.

Estratégia 10.3 - Ampliar programas de graduação, pós-graduação, mestrado e doutorado através de parcerias e/ou convênios com instituições públicas e privadas de ensino de maneira a qualificar o egresso da rede de ensino do município e profissionais em geral.

Estratégias 10.4 - Valorizar, fomentar e ampliar as práticas de ensino e os estágios nos cursos de formação superior dos profissionais da educação e outros, visando ao trabalho sistemático de articulação entre a formação acadêmica e suas demandas, em sintonia com os fundamentos legais e as Diretrizes Curriculares Nacionais;

Estratégia 10.5 - Estabelecer parcerias para a criação de campus Universitário no município, entre governos: Federal, Estadual, fundações e outras instituições afins.

META 11: Ampliar gradualmente o número de matrículas em nível de pós graduação lato sensu (especialização) e implantar stricto sensu (mestrado e doutorado), em sua área de atuação.

Estratégia 11.1- Implantar programas, em regime de colaboração com o Estado e a União, que ampliem a oferta de vagas nos cursos de pós-graduação (lato sensu e stricto sensu) de forma gratuita.

Estratégia 11.2 - Desenvolver políticas de concessão de incentivos para pós-graduação (stricto sensu) de modo a facilitar os profissionais da educação (professores,

121 coordenadores e gestores), a especializarem-se e manterem-se atuantes e inovadores no mercado de trabalho.

122 FORMAÇÃO DOS PROFESSORES, PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO E VALORIZAÇÃO DO MAGISTÉRIO EM ÂMBITO NACIONAL

A formação acadêmica do professor é reconhecida mundialmente como condição essencial para que possa assumir, efetivamente, as atividades docentes e curriculares, em todos os níveis e modalidades, seja no ambiente escolar, seja nos sistemas de ensino. De outro lado, apresenta- se essa formação como um requisito indispensável ao exercício profissional docente e em atividades correlatas. A conjugação desses requisitos com outros fatores que incidem na profissão contribuíram, ao longo do tempo, para que a formação acadêmica passasse a ser vista como um direito do professor. Contudo, a despeito deste reconhecimento e dos requerimentos exigidos para o exercício profissional, o acesso à formação universitária de todos os professores da educação básica, no Brasil, não se concretizou, constituindo-se ainda uma meta a ser alcançada no contexto das lutas históricas dos setores organizados do campo educacional em prol de uma educação de qualidade para todos, tendo como referência o social. A elevação do padrão de escolaridade básica no Brasil depende, em grande medida, dos investimentos que o poder público e a sociedade façam no tocante à valorização e ao aprimoramento da formação inicial e continuada dos profissionais da educação. As mudanças cientifico-tecnológicas e dos padrões de sociabilidade requerem aperfeiçoamento permanente dos professores da educação básica no que tange ao conhecimento específico de sua área de atuação como também aos avanços do campo educacional. A formação continuada, no âmbito do ensino superior, além de se constituir um direito dos professores da educação básica, apresenta-se como uma exigência para e do exercício profissional, como reitera a Nota Técnica ao PNE emitida pelo Ministério da Educação: “para que se tenha uma educação de qualidade e se atenda plenamente o direito á educação de cada estudante é importante que o profissional responsável pela promoção da aprendizagem tenha formação adequada'. Os dados do Censo Escolar de 2009 mostram que ainda há um longo caminho a percorrer para garantir a todos os professores da educação básica uma formação compatível com a sua área específica de atuação

123 profissional, bem como o aprofundamento dos estudos em nível de pós- graduação. No tocante à formação de nível superior. 68% do total de dois milhões de professores a possui. Esse número é bem inferior, apenas 36%, quando se trata dos professores de educação básica que cursaram alguma pós-graduação. Para alterar este panorama, os entes federados (União, Estado, Município e Distrito Federal) têm desenvolvido várias ações no âmbito do Ministério da Educação. Contudo, a constatação da necessidade de concentrar esforços nessa direção levou a um intenso debate na CONAE (2010), o que concorreu para o estabelecimento da presente meta no PNE e a definição de várias estratégias para alcançá-la. A concretização dessa meta está mais uma vez diretamente vinculada aos esforços articulados dos entes federados para dimensionar a demanda por formação continuada e promover a respectiva oferta por parte das instituições públicas, consolidando assim o planejamento estratégico, em regime de colaboração. Impõe-se a consolidação da política nacional de formação de professores da educação básica com a definição de diretrizes nacionais, áreas prioritárias, instituições formadoras e processos de certificação das atividades formativas. Em relação a esta meta foram definidas estratégias no novo PME relacionadas aos materiais pedagógicos e ao acesso aos bens culturais. Assim, é prevista a expansão do programa de composição de acervo de obras didáticas, paradidáticas, de literatura e dicionários e programa específico de acesso a bens culturais aos professores da rede pública, como incentivo à construção do conhecimento e à valorização da cultura da investigação. A implementação das ações do Plano Nacional do Livro e Leitura e da instituição de programa nacional de disponibilização de recursos para acesso aos bens culturais pelo magistério público constituem estratégias para o fortalecimento da formação dos professores de educação básica. A disponibilização de materiais didáticos e pedagógicos, de forma gratuita, deverá ser efetivada mediante a ampliação e consolidação do portal eletrônico que subsidiará a atuação dos professores. O novo PME prevê ainda a ampliação da oferta de bolsas de estudo para a pós- graduação dos professores e demais profissionais da educação básica.

124 Para o cumprimento dessa meta, os Estado e Município deverão estar atentos aos indicadores do novo Censo Escolar do Inep, que mostram a porcentagem dos professores da educação básica que cursou algum tipo de pós-graduação nos últimos anos. Desse modo, será possível acompanhar parte da meta 16, como mostra o gráfico PNE - Crescimento Necessário para Alcançar a Meta, inserido nas Notas Técnicas ao PNE. É fundamental, para atingir essa meta, implementar ações articuladas entre os sistemas de ensino e os programas de pós-graduação das universidades públicas, bem como assegurar a implantação de planos de carreira e de salário para os professores da educação básica, de modo a garantir condições para a realização satisfatória dessa formação, objetivando alcançar a cobertura de 50% dos professores da educação básica com mestrado ou doutorado. Além disso, a Capes, o CNPq e as agências de fomento poderão fomentar tal formação pós-graduada. Nas duas últimas décadas, em função do esforço federativo para a implantação de programas e ações voltados à melhoria da qualidade da educação, observam-se avanços com relação ao acesso, permanência e melhoria da aprendizagem dos estudantes, bem como a formação, valorização e o desenvolvimento dos profissionais do magistério. Entretanto, apesar dos avanços nacionais, há muito ainda a ser feito com relação à valorização profissional na educação brasileira. Parte-se do entendimento de que a melhoria da educação e consequentemente dos índices educacionais e das taxas de escolarização da população, bem como do desenvolvimento social e econômico do país também estão relacionados, dentre outros, á valorização dos profissionais do magistério das redes públicas da educação básica. As pesquisas mostram que professores com formação adequada, com condições dignas de trabalho e que se sentem valorizados, produzem uma aprendizagem mais significativa, resultando em maior qualidade da educação. Também a organização e a gestão dos sistemas de ensino e das escolas são fatores fundamentais que incidem na elevação da qualidade. No caso específico da meta 17, a valorização dos profissionais do magistério é tomada no aspecto da sua remuneração média. Hoje a defasagem entre o salário médio dos profissionais do magistério, comparado com o de outros profissionais, com igual nível de escolaridade, é de 60%.

125 Portanto, para esta meta de equiparação salarial do rendimento médio até o final do sexto ano de vigência do PNE, é necessário que o valor do salário médio desses profissionais cresça de modo mais acelerado que o dos demais trabalhadores. Essa defasagem na remuneração tem sido indicada como um dos resultados de um passado de não valorização desses profissionais e, mais ainda, da própria educação. Também tem sido apontada como um dos principais motivos do declínio do número de universitários em cursos de formação de professores, principalmente de áreas específicas do saber, bem como da desistência da profissão, quando se consegue uma ocupação com maior remuneração. A queda no número de pessoas interessadas pela formação para o magistério na educação básica, assim como sua evasão, põe em risco a meta de universalização e ampliação da obrigatoriedade da educação básica, além de ser contraditória com as necessidades de educação da população brasileira. Nesse sentido. a aprovação do FUNDEF (EC n° 14/1996) e posteriormente do FUNDEB (EC n° 53/2006) expressaram um importante compromisso da nação brasileira com a política de valorização dos profissionais do magistério ao destinar até 60% do Fundo para o pagamento desses profissionais em efetivo exercício. E.como o valor do fundo é reajustado anualmente, em função dos recursos que o compõem, a remuneração também o seria. A aprovação da Lei n° 10.172/2001, que instituiu o PNE 2001-2010, e estabeleceu o prazo de um ano para a criação e implantação de Plano de Carreira e de Remuneração do Magistério, visando a assegurar o necessário ordenamento da carreira de magistério e a remuneração condigna do magistério, na qual deveria incorporar os recursos do FUNDEB, também acenava como movimento importante no sentido da valorização do magistério. Mas, sem dúvida, a Lei n° 11.738/2008, que aprovou o Piso Salarial Profissional Nacional para os Profissionais do Magistério Público da Educação Básica (PSPN), constituiu-se no maior avanço para a superação dessa situação. Além de determinar que União, Estado, e Município não podem fixar o vencimento inicial das carreiras do magistério público da educação básica para a jornada de no máximo 40 horas semanais com valor abaixo do piso

126 salarial profissional nacional, a lei também determinou, no art. 2o, § 4o, que na composição da jornada de trabalho deverá ser observado o limite máximo de 2/3 da carga horária para o desempenho das atividades de interação com alunos. Deste modo, no mínimo 1/3 da jornada de trabalho deve ser destinado às atividades extraclasse. Também estabeleceu mecanismo para a correção salarial, atrelando-a à variação ocorrida no valor anual mínimo por aluno definido nacionalmente no FUNDEB, elevando anualmente o valor da remuneração mínima do professor de nível médio e jornada de 40 horas semanais. Cabe lembrar que o mecanismo de atualização do Piso Salarial Nacional está em discussão no Congresso Nacional. Apesar de não resolver por si os problemas relacionados há décadas no que se refere à valorização dos profissionais do magistério, sua implantação concorre no sentido de tornar a carreira do magistério mais atraente do ponto de vista salarial e, de certo modo, das condições de trabalho. Também o estabelecimento de um piso salarial passou a estabelecer um mínimo a ser implantado pelos entes federados no sentido da valorização profissional, bem como na melhoria da qualidade de educação. Tendo em vista os desafios para a valorização dos profissionais do magistério da educação básica, por meio da equiparação do rendimento médio com os demais profissionais com o mesmo nível de formação, o novo PME traz, dentre suas estratégias: a) constituição de fórum permanente para acompanhamento da atualização progressiva do valor do piso salarial profissional nacional para os profissionais do magistério público da educação básica, envolvendo representação da União, dos Estado, dos Município e dos trabalhadores em educação; b) o acompanhamento da evolução salarial por meio de indicadores obtidos a partir da Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios (Pnad/IBGE); c) implementação de planos de carreira para os profissionais do magistério das redes públicas de educação básica, com implantação gradual do cumprimento da jornada de trabalho em um único estabelecimento escolar; d) ampliação da assistência financeira específica da União aos entes federados para implementação de políticas de valorização dos profissionais do magistério.

127 FORMAÇÃO DOS PROFESSORES, PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO E VALORIZAÇÃO DO MAGISTÉRIO NO MUNICÍPIO DE SAPEZAL

O Plano Nacional de Educação tem como um dos objetivos centrais do seu desenvolvimento, a melhoria da qualidade de ensino, que é tema de debates e reivindicações de toda sociedade civil organizada e elemento de preocupação dos Governos Federal, Estadual e Municipal. Mas esse objetivo só poderá ser alcançado se for promovido concomitantemente, a valorização do magistério. Essa qualidade de ensino na formação e construção de cidadão, se efetiva, a medida que as questões como a formação profissional inicial, as condições de trabalho, salário e carreira e a formação continuada forem consideradas simultaneamente, como condições básicas para promoção da mesma. Estabelecer condições para o desenvolvimento da profissionalização docente, constitui-se questão fundamental para uma política educacional comprometida com a organização de projetos pedagógicos que atendam as dimensões econômicas e sociais que marcam a sociedade atual. Um dos pontos importantes para que isso aconteça é o reconhecimento efetivo da atividade docente como trabalho intelectual, cuja natureza exige formação permanente, com remuneração e condições de trabalho condizente ao desempenho profissional.

DIAGNÓSTICO DO ENSINO SUPERIOR Os gráficos demonstram a formação do corpo docente da Educação em Sapezal:

FORMAÇÃO DOS PROFESSORES DA EDUCAÇÃO INFANTIL

128 FORMAÇÃO DOS PROFESSORES DA EDUCAÇÃO FUNDAMENTAL

Gráfico 2 Fonte: SEMECE

FORMAÇÃO DOS PROFESSORES DO ENSINO MÉDIO REGULAR

35

30

25

20

15 « E5T.iXM.l~L 10

5

0

GRADUAÇÃO POS^RADUAÇÃO/ESPECWEAÇAO

Gráfico 3 Fonte: SEMECE

129 FINANCIAMENTO E GESTÃO EM ÂMBITO NACIONAL

O financiamento da educação é fundamental para garantir acesso, permanência e processos de organização e gestão direcionados à efetivação de educação pública de qualidade no país. A Constituição Federal de 1988, no art. 212, dispõe que a União aplicará, anualmente, nunca menos de 18%; e os Estado, o e os Município, 25%, no mínimo, da receita resultante de impostos, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino. Prevê, ainda, que a educação básica terá como fonte adicional de financiamento a contribuição social do salário educação, recolhida pelas empresas na forma da lei. O art. 214 da CF, com as alterações da redação dada pela Emenda Constitucional n° 59. de 2009, dispõe que a lei estabelecerá o PNE, de duração decenal, com o objetivo de articular o Sistema Nacional de Educação em regime de colaboração e definir diretrizes, objetivos, metas e estratégias de implementação para assegurar a manutenção e desenvolvimento do ensino (MDE) em seus diversos níveis, etapas e modalidades por meio de ações integradas dos poderes públicos das diferentes esferas federativas que conduzam a estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em educação como proporção do produto interno bruto' Esses dispositivos constitucionais são fundamentais para a garantia da educação como direito social por meio de seu financiamento público e pelo estabelecimento de condições objetivas de oferta de educação pública de qualidade que respeite a diversidade. Nesse sentido, a vinculação de recursos financeiros para a educação, a ampliação dos percentuais do PIB para a educação nacional, bem como a definição do custo aluno-qualidade, o acompanhamento e o controle social da gestão e uso dos recursos, entre outros, são passos imprescindíveis para a melhoria do acesso, permanência e aprendizagem significativa dos estudantes. Ou seja, a garantia de financiamento adequado das políticas educacionais é base e alicerce para a efetivação do Sistema Nacional de Educação e, por conseguinte, para o alcance das metas e estratégias do PNE com vistas à garantia de educação em todos os níveis, etapas e modalidades e para superação das desigualdades regionais. Nessa direção, o novo PME ratifica os preceitos constitucionais e amplia o

130 investimento público em educação pública de forma a atingir, no mínimo, o patamar de 7% do Produto Interno Bruto (PIB) do país no quinto ano de vigência dessa lei e, no mínimo, o equivalente a 10% do PIB ao final do decênio do PNE. Trata-se de um avanço significativo, sobretudo se considerarmos que atualmente o investimento público em educação pública atinge pouco mais de 5% do PIB. É importante destacar a participação de cada esfera de gestão no esforço de elevação dos investimentos e a necessidade da articulação entre os entes federativos para que o aumento se consolide. Para a efetiva concretização dessa meta do PNE, faz-se necessário garantir recursos novos para a educação, bem como garantir fontes de financiamento permanentes e sustentáveis para todos os níveis, etapas e modalidades da educação com a garantia de padrão nacional de qualidade; aperfeiçoar e ampliar os mecanismos de acompanhamento da arrecadação da contribuição social do salário educação; fortalecer os mecanismos e instrumentos que assegurem a transparência e o controle social na utilização dos recursos públicos aplicados em educação; desenvolver estudos e acompanhar regularmente indicadores de investimento e de custos por aluno em todas as etapas e modalidades da educação pública nacional, bem como implantar o custo aluno-qualidade referenciado no conjunto de padrões mínimos estabelecidos na legislação educacional e cujo financiamento será calculado com base nos respectivos insumos indispensáveis (qualificação e remuneração dos profissionais da educação, aquisição, manutenção, construção e conservação de instalações e equipamentos necessários ao ensino, entre outros), regulamentar os Art. 23, parágrafo único, e 211 da CF, por Lei Complementar, de forma a estabelecer as normas de cooperação entre a União, Estado, e Município, em matéria educacional, e a articulação do sistema nacional de educação em regime de colaboração, com equilíbrio na repartição das responsabilidades e efetivo cumprimento das funções distributiva e supletiva da União no combate às desigualdades educacionais regionais, entre outros. O financiamento da educação, os recursos vinculados (percentuais mínimos que a União, Estado, e Município devem investir em educação) e subvinculados, como é o caso do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (FUNDEB), bem como a garantia de novos recursos permanentes e estáveis são fundamentais para a melhoria da educação nacional.

131 Várias políticas, programas e ações do Ministério da Educação (www.mec.gov.br) se direcionam ao estudo, aprimoramento e melhoria dos processos de financiamento da educação articulados à gestão educacional. Dentre eles destacam-se: a criação do FUNDEB. o Plano de Ações Articuladas - PAR, o Programa Dinheiro Direto na Escola - PDDE, entre outros.

FINANCIAMENTO E GESTÃO DO MUNICÍPIO DE SAPEZAL

A efetiva consolidação da educação requer especial atenção á gestão de recursos, que deve ser eficaz, eficiente, relevante e pertinente, a fim de atender aos inúmeros desafios inerentes ao processo de desenvolvimento sustentável da região. A fixação de um plano de metas para a educação exige definição de custos e identificação dos recursos atualmente disponíveis, e das estratégias para sua ampliação, seja por meio de criação de novas fontes, seja por uma utilização mais racionalizada, seja pela constatação da necessidade de maior investimento. Os percentuais constitucionalmente vinculados à manutenção e ao desenvolvimento do ensino devem se constituir em referência e ponto de partida para a formulação e implementação de metas educacionais. A reforma tributária embutida na Constituição de 1988 reforçou a arrecadação de impostos em geral, mas também sua destinação ou disponibilização para os Estados e Municípios. Uma primeira medida fundamental foi a vinculação de recursos à Manutenção e Desenvolvimento do Ensino. O artigo 212, caput, da Carta Magna, dispõe que a União aplicará, anualmente, nunca menos de dezoito, e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios vinte e cinco por cento, no mínimo, da receita resultante de impostos, compreendendo a proveniente das transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino. No entanto, para que se alcance este patamar de qualidade, é preciso assegurar a gestão democrática nos sistemas de ensino e unidades escolares. Em nível de gestão de sistema, na forma de Conselhos de Educação que reúnam competência técnica e representatividade dos diversos setores educacionais; em nível das unidades escolares, por meio da formação de conselhos escolares de que participe a comunidade educacional e formas de escolha da direção escolar, que associem a garantia da competência ao compromisso com a proposta pedagógica emanada dos conselhos escolares e a representatividade e liderança dos gestores escolares. Para tanto, é imprescindível a profissionalização da gestão em todos os níveis, com vistas à racionalidade e

132 produtividade. É necessária a desburocratização e a descentralização da gestão nas dimensões pedagógica, administrativa e de gestão financeira. Da mesma forma, deve estar assegurada transparência na gestão dos recursos financeiros, com acompanhamento, controle, avaliação e fortalecimento das instâncias de controle interno e externo, órgãos de gestão do sistema de ensino, como os Conselhos deliberativos, dentre eles: Conselho do FUNDEB, Conselho da Alimentação Escolar, cuja competência deve ser ampliada, de forma a alcançar todos os recursos destinados à Educação. Como se pode facilmente verificar, financiamento e gestão estão indissoluvelmente ligados. A transparência da gestão financeira e o exercício do controle social permitirão garantir a efetiva aplicação dos recursos destinados à educação e a equalização de oportunidades educacionais, que assegure ao estudante a real possibilidade de acesso e permanência na escola. Para que a gestão seja eficiente há que se promover o autêntico federalismo em matéria educacional, a partir da divisão de responsabilidades como prevê a Carta Magna. A educação é um todo integrado, de sorte que o que ocorre num determinado nível repercute nos demais, tanto no que se refere aos aspectos quantitativos quanto aos qualitativos. Sapezal é um município com aproximadamente 20 mil habitantes, mas por outro lado possui uma receita alta se considerado aos demais municípios da região com população inferior e receita inferior. Apesar de um crescimento na arrecadação nos anos de 2010 a 2014, houve também um crescimento significativo na demanda educacional e nas despesas com a manutenção e desenvolvimento do ensino.

133 DIAGNÓSTICO DE FINANCIAMENTO E GESTÃO

A tabela abaixo demonstra a evolução do Piso Salarial de 2008 a 2015 dos profissionais da área da educação.

TABELA SALARIAL - EVOLUÇÃO DO PISO SALARIAL

CARGA CARGQ/FUNÇÃO 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 HORÁRIA FROF./MAGISTÉRIO 40/hs 1.346,77 1.570,09 1.570,09 1.900,02 2.015,54 2.015,54 2.127,00 2.260,15 PROF./GRADUAÇÃO 40/hs 1.672,36 1.949,98 1.949,98 2.307,22 2.447,48 2.447,48 2.503,56 2.825,19 APOIO/AUXILIAR 40/hs 685,23 719,49 719,49 805,82 854,81 1.010,00 1.093,27 1.219,06 ADMINISTRATIVO APOIO/VIGIA 40/hs 719,25 755,21 755,21 845,83 897,26 1158,49 1147,57 1219,06 APOIO/SERVIÇO GERAIS 40/hs 563,86 621,05 621,05 695,57 737,86 1.010,00 1066,16 1.133,41 APOIO/MOTORISTA 831,64 963,39 963,39 1.288,00 1.366,31 1.667,18 1.511,43 1.605,59 Fonte: Departamento de Recursos Humanos - Prefeitura Municipal

A tabela abaixo demonstra os recursos aplicados na Educação do município nos anos de 2010 a 2014, observa-se o crescimento gradativo no investimento para a melhoria da qualidade da educação.

TABELA DE RECURSOS APLICADOS NA MELHORIA E QUALIDADE DA EDUCAÇÃO

ANO DESPESAS COM EDUCAÇÃO % EDUCAÇÃO INFANTIL (1) ENSINO FUNDAMENTAL (2) OUTRAS (3) TOTAL (1+2+3) 2010 R$ 11.928.352 29,48% R$ 2.945.688 R$ 7.474.471 R$ 1.508.193 R$ 11.928.352 2011 R$ 15.422.534 33,36% R$2.867.369 R$9.071.864 R$ 3.483.301 R$ 15.422.534 2012 R$ 16.502.507 33,38% R$3.662.101 R$9.114.822 R$ 3.725.584 R$ 16.502.507 2013 R$ 18.416.514 37,88% R$ 3.888.925 R$ 11.411.579 R$ 3.116.010 R$ 18.416.514 2014 R$ 18.502.201 31,54% R$ 5.513.873 R$ 12.217.761 R$ 770.567 R$ 18.502.201 Fonte: Secretaria de Finanças - Prefeitura Municipal

134 Na tabela abaixo apresenta os recursos destinados a educação. O fortalecimento da educação, como um dos alicerces da rede de proteção social, depende do aprimoramento contínuo do regime de colaboração entre União, Estado, Município e entes da mesma esfera federativa, o que se torna possível através de ações, fóruns e planejamento interestaduais regionais e intermunicipais.

RECEITAS DA EDUCAÇÃO NO MUNICÍPIO

SALÁRIO- MANUTENÇÃO TRANSPORTE RECURSOS DO ANO FUNDEB PAR PNATE PNAE PDDE TOTAL EDUCAÇÃO CRECHES ESCOLAR (FEE) MUNICÍPIO 2010 R$ 6.273.461 R$ 298.614 R$63.773 R$ 363.642 R$ 2.895 R$ 71.836 R$ 11.928.352 R$ 19.002.574 2011 R$ 6.448.479 R$ 363.925 R$42.281 R$211.620 R$ 3.082 R$ 79.703 R$ 15.422.534 R$22.571.623 2012 R$ 7.730.202 R$ 467.974 R$ 183.481 R$61.667 R$ 267.132 R$ 3.032 R$ 232.289 R$ 16.502.507 R$ 25.448.283 2013 R$ 8.449.998 R$ 511.005 R$ 721.500 R$ 29.301 R$ 61.808 R$ 318.600 R$ 4.260 R$ 233.353 R$ 18.416.514 R$28.746.339 2014 R$ 10.356.143 R$ 682.579 R$ 204.702 R$ 141.705 R$48.323 R$314.532 R$ 141 R$ 199.960 R$ 18.502.201 R$ 30.450.286 Fonte: Secretaria de Finanças - Prefeitura Municipal

135 FORMAÇÃO DOS PROFESSORES E PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO, VALORIZAÇÃO DO MAGISTÉRIO E FINANCIAMENTO E GESTÃO

Meta 12 - Ampliar para 90% (noventa por cento) em nível de pós-graduação a formação dos profissionais da educação básica, até o último ano de vigência deste PME, e garantir a todos os profissionais da educação básica formação continuada em sua área de atuação, considerando as necessidades, demandas e contextualizações dos sistemas de ensino:

Estratégia 12.1 Manter parcerias com o Estado e com Instituições credenciadas, incentivando a formação dos professores em exercício, visando à demanda por formação inicial e continuada, diagnosticada pelo programa de Estudos de demanda por formação de professores do município;

Estratégia 12.2 - Identificar e mapear, nos estabelecimentos escolares e órgãos educacionais do município, a partir da formação inicial possibilitando a formação continuada do pessoal técnico administrativo, elaborando e dando início à implementação, no prazo de vigência deste PME;

Estratégia 12.3 - Manter a admissão de professores e demais profissionais da educação que possuam as qualificações mínimas específicas exigidas para a atuação na Educação Infantil, Ensino Fundamental, Educação Especial, Educação de Jovens e Adultos promovendo a abertura de Concurso Público para preenchimento de vagas pelo menos de dois em dois anos, conforme necessidade:

Estratégia 12.4 - Ampliar e apoiar junto às instituições de nível superior, a manter e/ou ampliar oferta, no município, de cursos de especialização, mestrado e doutorado voltados para a formação de pessoal para as diferentes áreas de ensino e, em particular, para educação especial, gestão escolar, a formação de jovens e adultos, formação étnico- raciais a educação infantil, informática na educação e educação ambiental:

Estratégia 12.5 - Ampliar parcerias, com instituições credenciadas, na vigência deste plano, para implementação de cursos profissionalizantes de nível médio destinados à formação de pessoal de apoio para as áreas de administração escolar, multimeios e manutenção de infra-estrutura escolares, inclusive para alimentação escolar e, em médio prazo, para outras áreas que a realidade demonstrar ser necessário;

136 Estratégia 12.6 - Estabelecer critérios, considerando tempo de serviço, formação inicial e continuada especifica na área de atuação dos Profissionais Técnico de Desenvolvimento Infantil para contagem de ponto, com a finalidade de atribuição de turma no inicio do ano letivo;

Estratégia 12.7 - Manter a organização de banco de dados referente à vida funcional de professores e profissionais da Educação Básica, em efetivo exercício nas três esferas administrativas (Estadual, Municipal e Privada);

Estratégia 12.8 - Manter nos cursos de formação continuada oferecidos pelo município, assuntos relacionados ás problemáticas tratadas nos temas transversais, especialmente no que se refere á abordagem tais como: ética (justiça, diálogo, respeito, solidariedade e tolerância), pluralidade cultural, meio ambiente, saúde e temas locais.

FINANCIAMENTO E GESTÃO

Estratégia 12.9 - Manter o cumprimento do § 5o do art. 69 da LDB, que assegura o repasse automático dos recursos vinculados à manutenção e desenvolvimento do ensino para o órgão responsável por este setor. Entre esses mecanismos deve estar a aferição anual pelo censo escolar da efetiva automaticidade dos repasses;

Estratégia 12.10 - Manter o cumprimento dos art. 70 e 71 da LDB, que definem os gastos admitidos como de manutenção e desenvolvimento do ensino e aqueles que não podem ser incluídas nesta rubrica:

Estratégia 12.11 - Implementar e acompanhar o administrativo e o pedagógico das escolas, ampliando sua autonomia financeira, através do repasse direto de recursos para pequenas despesas e manutenção, bem como do cumprimento de seu Plano de Desenvolvimento Educacional, levando em consideração o número de alunos de cada instituição e modalidade de Ensino a partir do 2o ano de vigência do PME;

Estratégia 12.12 - Ampliar, mediante esforço integrado e compartilhado entre município, Estado e União, projeto destinado a promover a Educação de Jovens e Adultos;

Estratégia 12.13 - Incentivar a atuação do Conselho Municipal de Educação e implantar o Sistema Municipal de Educação com funções normativas, deliberativas e consultivas, na vigência deste plano;

137 Estratégia 12.14 - Manter a informatização das secretarias escolares com auxílio do Estado e União, conectando-as em rede com a secretaria municipal de educação;

Estratégia 12.15 - Estabelecer, em parceria com o Estado e União, programas diversificados de formação continuada e atualização com o objetivo de melhorar o desempenho da função da equipe gestora escolar;

Estratégia 12.16 - Implementar políticas de formação e fortalecimento dos Conselhos Escolares em parceria com o Estado e a União;

Estratégia 12.17 - Manter o financiamento do transporte escolar, bem como as parcerias com Estado e União;

Estratégia 12.18 - Assegurar na rede municipal de ensino os profissionais: Assistente Social, Psicólogo, Psicopedagogo Clínico e Nutricionista para atendimento das demandas Educacionais.

Estratégia 12.19 - Garantir o atendimento da demanda das escolas da rede pública através de parcerias, convênios e consórcios por meio da secretaria de saúde nas áreas referentes à Neuropediatria. Oftalmologia, Psiquiatria, Fisioterapia e Fonoaudiologia;

Estratégia 12.20 - Manter e fortalecer parceria entre o setor educacional e a Promotoria Pública para assuntos referentes aos direitos e deveres da criança e adolescente, bem como da família.

138 REFERENCIAIS BIBLIOGRÁFICOS

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PUBLICADO POR AFIXAÇÂO Pt MM / .1— PoríM0 001/2013 Mana Margarida Marques

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