Faculdade de Letras | Universidade de Coimbra PROJECÇÃO DO PARQUE ESCOLAR POR NUT III A 2013

SUB-REGIÃO | LITORAL Relatório Final

Dezembro de 2008

2 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013

Ficha Técnica

Realização Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra Gabinete de Estatística e Planeamento da Educação - GEPE Largo da Porta Férrea Avenida 24 de Julho, n.º 134 3049- 530 Coimbra 1399 - 054 Lisboa

Coordenação Científica Grupo de Investigação A. M. Rochette Cordeiro Liliana Paredes David Marques Sandra Coelho Dina Baptista Ângela Freitas Emanuel Santos

Marta Amado Filipa Moura Coordenação Técnica Luís Fernandes Sandra Mendes Paulo Caridade Gonçalo Carvalho Ana Pereira Lúcia Santos Lúcia Costa Filipe Matos Rui Gama Cristina Barros Mário Fonte

Agradecimentos Direcção Regional de Educação do Alentejo Agrupamentos de Escolas e Estabelecimentos de Ensino Não Agrupados

Coimbra, Dezembro de 2008

Algumas Notas Introdutórias

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 5 ALENTEJO LITORAL

A forma de encarar a educação sofreu grandes alterações no último século e meio, mas só a partir da 2ª Guerra Mundial passou a ser consagrada como um direito fundamental à vida humana. De acordo com Declaração Universal dos Direitos Humanos, realizada pela ONU em 1948, toda a pessoa tem direito à instrução.

Se, de início, a educação tinha como grande objectivo garantir o progresso das nações, a partir da 2ª Guerra Mundial os objectivos passaram a ser mais instrumentais, ou seja, mais pragmáticos e mais concretos, tomando duas direcções. Uma economicista, em que a educação é vista como um contributo fundamental para o crescimento económico das empresas, em particular, e do país, em geral, e uma social, que mostra a importância da educação no combate ao desemprego, às disparidades sociais e à exclusão social.

Apesar dos esforços realizados por países de todo o mundo para assegurar o direito à instrução, passados mais de 50 anos após a Declaração Universal dos Direitos Humanos persistem ainda vários problemas, tendo sido o direito à educação reforçado pela Declaração Mundial sobre Educação para Todos, realizada pela Unesco em 1990.

Num momento em que se assiste à criação de uma sociedade cognitiva, onde a capacidade de produzir, trocar e gerir conhecimento é determinante, a educação assume cada vez mais um papel decisivo.

Neste sentido, de acordo com a UNESCO, a educação deve transmitir, cada vez mais, saberes adaptados à sociedade cognitiva, designadamente:

a) Aprender a conhecer, isto é, adquirir os instrumentos da compreensão; b) Aprender a fazer, para poder agir sobre o meio envolvente; c) Aprender a viver juntos, a fim de participar e cooperar com os outros em todas as actividades humanas; d) Aprender a ser pessoa, contribuindo, assim, para o desenvolvimento total do indivíduo. Desta forma, as novas competências básicas da educação, definidas no Conselho Europeu de Lisboa, em Março de 2000, terão de ser, entre outras, tecnologias da informação, línguas estrangeiras e ciências sociais.

6 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

A educação é o “passaporte para a vida” que visa fornecer aos seres humanos, através de instrumentos e conteúdos educativos adaptados, os meios de que estes necessitam para desenvolver as suas faculdades, adquirir uma capacidade crítica, decidir e agir de forma esclarecida, viver e trabalhar com dignidade, exercer uma liberdade responsável, participar no desenvolvimento e na construção de um futuro colectivo e melhorar a qualidade da sua existência.

O desafio da educação é, assim, através de todos os meios ao seu alcance e com a colaboração dos pais ou encarregados de educação e da sociedade, a formação de cidadãos conscientes, interventivos, criativos e inovadores e a criação de uma comunidade mais aberta e informada, que compreenda e respeite o meio social em que cada indivíduo se insere e aprecie e potencie a pluralidade de concepções, estilos e padrões de vida existentes.

Deste modo, o desenvolvimento da actual sociedade exige cada vez mais que a educação contribua para a valorização dos indivíduos e para o progresso dos grupos humanos. Se por um lado deve procurar consciencializar o indivíduo para as suas raízes, a fim de o dotar de referências que lhe permitam situar- se no mundo, com vista à edificação de uma cultura pessoal estruturada e solidária, por outro lado, ao procurar ter em conta a diversidade dos indivíduos e dos grupos humanos, deve ser, também, um factor de coesão, contribuindo para a eliminação de todas as formas de exclusão social.

Trata-se, portanto, de fazer da escola um modelo de prática democrática que leve as crianças e jovens a conhecer quais são os seus direitos e deveres e a desenvolver atitudes de empatia e de solidariedade. A educação para a compreensão e tolerância, condição necessária à democracia, deve ser considerada como uma tarefa permanente, devendo a escola criar as condições necessárias para a sua prática quotidiana.

O funcionamento eficaz desta sociedade democrática exige a elevação do nível educacional de toda a população, só possível através da universalização do acesso a uma educação básica de qualidade, alicerce da formação integral das crianças e jovens e da sua integração social.

Para que as crianças e jovens apresentem uma atitude mais favorável em relação à escola, correndo menos riscos de a abandonar prematuramente, a iniciação à socialização deve ocorrer desde cedo, na Educação Pré-escolar. Porém, não deve ser esquecido que é, primeiramente, no seio da família que se forjam as atitudes perante a aprendizagem que durarão ao longo de toda a vida.

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 7 ALENTEJO LITORAL

Actualmente não parece ser possível assegurar uma verdadeira democratização a uma educação básica de qualidade sem, simultaneamente, construir a qualidade das aprendizagens e investir na mobilização das sinergias disponíveis, procurando centrar objectivos com diferentes parceiros, em projectos descentralizados. Para tal, torna-se absolutamente necessário considerarem-se os jovens enquanto alunos “concretos” e não os alunos ideais, considerarem-se os estabelecimentos de ensino e não o abstracto sistema educativo.

O sucesso da escolarização depende, assim, em larga medida, do valor que a sociedade atribui à educação. Quando esta é apreciada e activamente procurada, a missão e os objectivos da escola são partilhados e apoiados pela comunidade envolvente.

Uma das formas de participação da comunidade é a utilização ou criação de centros comunitários, onde pode ser organizado um vasto leque de acções, como, a título de exemplo, a educação dos pais ou encarregados de educação, entre outras.

Por tudo isto, importa abrir as instituições educativas às necessidades da sociedade, uma vez que associar os diferentes actores sociais à tomada de decisões constitui um dos principais objectivos de aperfeiçoamento dos sistemas educativos, sublinhando-se, assim, a importância das medidas de descentralização em matéria educativa e a necessidade de aumentar o sentido de responsabilidade das pessoas e das colectividades, de modo a estimular a participação de todos.

Ao Estado cabe definir, globalmente, as orientações e as metas a atingir, regular acções e apoiar iniciativas, garantindo o cumprimento do papel da educação, enquanto bem individual e colectivo, ao serviço de cada um, de todos e da sociedade, no sentido de se aumentar a qualidade do sistema educativo, nomeadamente no que respeita ao processo de ensino e de aprendizagem e aos instrumentos e materiais pedagógicos.

Ao nível do parque escolar nacional, para que este seja adequadamente distribuído e dimensionado e responda com elevados níveis de eficácia e eficiência às carências e problemas existentes, com o objectivo de fazer do nosso país um espaço territorialmente coeso, impõe-se, naturalmente, um processo de reorganização, no sentido de o tornar consentâneo não só com a realidade actual, mas, fundamentalmente, com a prevista para as próximas décadas no território nacional. Foi perante este quadro que foi equacionado o projecto “Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013”.

A. Enquadramento do Projecto

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 11 ALENTEJO LITORAL

1. Âmbito, Natureza e Objectivos

Desde a reforma de Marquês de Pombal que o Estado Português comanda, generalizadamente, a acção educativa, tendo a intensidade da expansão do ensino variado tanto em função das diferentes concepções, por vezes divergentes, como também em função das vicissitudes políticas, económicas e financeiras.

O traço comum à grande maioria das políticas educativas é a procura de uma progressiva integração dos jovens nas estruturas educativas, tratava-se, no entanto, da procura da quantidade, assistindo-se ao desenvolvimento de esforços e à promulgação de medidas com vista ao aumento da frequência do ensino. Em 1772, aquando da reforma de Marquês de Pombal, foi estabelecido o regime de gratuitidade, que se mantém até aos dias de hoje. Em 1884 impõe-se a obrigatoriedade da frequência do 1º Ciclo do Ensino Básico. Ao longo dos séculos XIX e XX alarga-se o princípio da obrigatoriedade da frequência do Ensino Básico a outros ciclos, que vai tendo uma duração variável, tendencialmente crescente.

Apesar dos esforços dos governos monárquicos do período liberal, que dedicaram alguma atenção à educação, numa época de dificuldades políticas, económicas e financeiras, a verdade é que aquando da implantação da República, em 1910, registava ainda uma elevada taxa de analfabetismo, com cerca de 75%.

Os governos monárquicos, a partir do fontismo, preocuparam-se acima de tudo com o desenvolvimento material, em detrimento do desenvolvimento espiritual do país, optando por dar prioridade à construção de caminhos-de-ferro, ao comércio, às finanças e colocando em segundo plano os problemas que a educação evidenciava.

No sentido da procura de uma efectiva redução da elevada taxa de analfabetismo, o Poder Central do Estado Novo elaborou, no período compreendido entre 1940 e 1950, um plano global de expansão da rede educativa do 1º Ciclo do Ensino Básico - o “Plano Centenário”.

O plano assumiu um carácter de extrema racionalidade e minimalismo na utilização de recursos e nos procedimentos. Os edifícios escolares obedeciam a projectos-tipo de arquitectura definidos pelo Ministério das Obras Públicas, caracterizando-se pela simplificação extrema e progressiva dos espaços interiores e acabamentos exteriores, numa lógica essencialmente quantitativa.

12 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

Este plano veio a resultar numa concretização efectiva da rede educativa, embora apresentando desequilíbrios territoriais na sua expansão, uma vez que foram privilegiadas as cidades de Lisboa e Porto e também os distritos do Norte litoral.

O “Plano Centenário” foi elaborado de acordo com a realidade portuguesa no início da década de 50, que se caracterizava por apresentar uma pirâmide etária jovem (Figura 1), reflexo de um país manifestamente subdesenvolvido, e uma rede de acessibilidades profundamente deficitária, factos que naturalmente se reflectiram na distribuição dos estabelecimentos de ensino.

Figura 1 – Pirâmide etária da população residente em Portugal, de 1950 a 2001.

O elevado número de crianças existentes e a dificuldade de deslocação, mesmo entre os diferentes lugares de uma freguesia, contribuiu para uma expansão muito significativa do número de estabelecimentos de ensino, em especial do 1º Ciclo do Ensino Básico, os quais proliferaram ao longo das últimas décadas no território nacional, em especial no início do 3º quartel do século XX.

Actualmente, o nosso país apresenta uma pirâmide etária envelhecida ( vide Figura 1) e uma rede de acessibilidades que transformou por completo a relação espaço-tempo, encurtando distâncias, tornando locais anteriormente longínquos, hoje bastante mais próximos.

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 13 ALENTEJO LITORAL

A par destas transformações observou-se igualmente uma evolução significativa ao nível do processo de ensino e de aprendizagem, quer do ponto de vista dos conteúdos educativos, quer do ponto de vista das necessidades em termos de espaço físico e de instrumentos e materiais pedagógicos.

Acresce ainda a alteração dos padrões de mobilidade, para o que contribuíram, de forma decisiva, as já referidas transformações demográficas e sócio-económicas e as melhorias verificadas ao nível da rede de acessibilidades, bem como a integração da mulher no mercado de trabalho e o fenómeno de terciarização da sociedade, entre outros factores.

Esta alteração dos padrões de mobilidade reflecte-se numa transformação dos fluxos laborais, em geral, e dos fluxos escolares, em particular, facto que tem contribuído, por um lado, para uma alteração drástica das áreas de influência e dos fluxos associados a cada estabelecimento de ensino, uma vez que a maioria dos pais e encarregados de educação têm vindo a apresentar uma tendência crescente em matricular os seus educandos nos estabelecimentos de ensino mais próximos do seu local de trabalho e não do local de residência.

A evolução demográfica e sócio-económica, a transformação do processo de ensino e de aprendizagem e a alteração dos padrões de mobilidade tornaram, assim, desajustada a rede educativa deste princípio de século XXI, uma vez que os actuais edifícios, na sua esmagadora maioria herdados do “Plano Centenário”, não respondem aos desafios educativos do momento presente.

Com a implementação da Lei de Bases do Sistema Educativo (Lei nº 46/86 de 14 de Outubro de 1986), a administração central estabelece o quadro geral do sistema educativo, consagrando a premência do planeamento, particularmente da rede educativa, o que, numa fase inicial, passava pela elaboração de um documento base, a Carta Escolar.

No entanto, nos últimos anos, e particularmente a partir de 2003, com a publicação do Decreto-lei nº 7/2003 de 15 de Janeiro, tem-se assistido a uma mudança na política educativa, a qual envolve o próprio conceito de “escola”, tendo sido enunciada a Carta Educativa.

14 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

Longe vão os tempos em que o conceito de “escola” passava pela sua identificação enquanto edifício isolado. As actuais concepções privilegiam uma perspectiva de escola enquanto parte integrante de uma rede de espaços diferenciados de educação, formação e, mais recentemente, sociais, cuja integração deve ser assumida numa clara interligação entre a comunidade escolar e as populações.

Passou a ser destacada a concepção de “escola-organização”, a qual articula as diversas unidades de educação e formação com os serviços e equipamentos sociais, possibilitando, deste modo, uma programação de equipamentos subordinada a princípios estratégicos que consagrem a diversidade, flexibilidade e versatilidade de soluções e a complementaridade na utilização e gestão dos recursos e apoios.

Assiste-se, assim, à transição de uma noção de “vida escolar” para uma noção mais complexa e enredada de “vida sócio-educativa”, que enquadra cada vez mais a escola no seu meio envolvente.

Se num primeiro momento, no quadro da Lei de Bases do Sistema Educativo, a Carta Escolar era entendida como uma simples caracterização do sistema educativo, onde seria levantada a totalidade dos estabelecimentos de ensino de um Município, tendo como referência um determinado ano lectivo. Era pensada como um diagnóstico inventariativo e não prospectivo, que se assumia como uma simples “foto instantânea” de um determinado momento e não como um documento de planeamento.

Num segundo momento, no quadro do Decreto-lei nº 7/2003 de 15 de Janeiro, a Carta Educativa passa a ser entendida como um documento dinâmico, cujos conceitos de base, parâmetros e metodologia têm como objectivo o planeamento do sistema educativo, particularmente da rede educativa. Para além de caracterizar e diagnosticar o momento actual, deverá incluir diferentes projecções com vista à aferição das necessidades educativas futuras.

De acordo com o Decreto-lei acima referido, a carta educativa é, a nível municipal, o instrumento de planeamento e ordenamento prospectivo de edifícios e equipamentos educativos a localizar no concelho, de acordo com as ofertas de educação e formação que seja necessário satisfazer, tendo em vista a melhor utilização dos recursos educativos, no quadro do desenvolvimento demográfico e sócio- económico de cada município, devendo nomeadamente:

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 15 ALENTEJO LITORAL

. Assegurar a adequação da rede de estabelecimentos de Educação Pré-escolar e de ensino básico e secundário, por forma que, em cada momento, as ofertas educativas disponíveis a nível municipal respondam à procura efectiva que ao mesmo nível se manifestar;

. Reflectir, a nível municipal, o processo de ordenamento a nível nacional da rede de ofertas de educação e formação, com vista a assegurar a racionalização e complementaridade dessas ofertas e o desenvolvimento qualitativo das mesmas, num contexto de descentralização administrativa, de reforço dos modelos de gestão dos estabelecimentos de educação e de ensino públicos e respectivos agrupamentos e de valorização do papel das comunidades educativas e dos projectos educativos das escolas;

. Promover o desenvolvimento do processo de agrupamento de escolas, com vista à criação nestas das condições mais favoráveis ao desenvolvimento de centros de excelência e de competências educativas, bem como as condições para a gestão eficiente e eficaz dos recursos educativos disponíveis;

. Incluir uma análise prospectiva, fixando objectivos de ordenamento progressivo, a médio e longo prazos;

. Garantir a coerência da rede educativa com a política urbana do município. Durante os últimos cinco anos as mais de três centenas de autarquias nacionais desenvolveram esforços para a elaboração da Carta Educativa. O resultado foi a realização de documentos bastante díspares, onde a reorganização da rede educativa foi equacionada, muitas vezes, não numa lógica puramente técnica, mas acima de tudo política, pouco consentânea com os seus principais objectivos.

A procura de um salto qualitativo para a educação no nosso país, com a participação activa do poder local, saiu, assim, desvirtuada. Quando se analisam as diferentes Cartas Educativas Municipais constata- se, de imediato, que se poderá vir a assistir ao desenvolvimento das novas políticas educativas a velocidades diferentes, já que as propostas de reorganização da rede educativa apresentadas reflectem lógicas muito distintas, levando à criação de novas desigualdades no acesso à educação.

16 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

Por tudo isto impõe-se, naturalmente, um processo de reorganização do parque escolar nacional, no sentido de o tornar consentâneo não só com a realidade actual, mas fundamentalmente com a prevista para as próximas décadas no nosso país.

Foi perante este quadro que foi equacionado o projecto “Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013”, que tem como objectivo fazer do nosso país um espaço territorialmente coeso, dispondo de uma rede educativa adequadamente distribuída e dimensionada, que permita responder com elevados níveis de eficácia e eficiência às carências e problemas existentes.

A reorganização do parque escolar nacional não pode obedecer, na totalidade do país, às mesmas linhas estratégicas, uma vez que a delimitação dos novos Territórios Educativos não pode e não deve ignorar as diferentes características físicas e dinâmicas humanas observadas nos diversos Municípios que integram o território nacional, obrigando, assim, à sua adaptação.

Do mesmo modo, também não pode ser feita à margem das alterações perspectivadas para o sistema educativo português, como a obrigatoriedade de frequência da Educação Pré-escolar das crianças com cinco anos, a integração do 2º CEB à Educação Pré-escolar e ao 1º Ciclo do Ensino Básico e a obrigatoriedade do Ensino Secundário, entre muitas outras.

A existência de condicionantes naturais tão diversas e de contextos demográficos e sócio-económicos distintos, por um lado, e a necessidade de prever as transformações a efectuar no sistema educativo português, por outro lado, fazem adivinhar um processo de extrema complexidade.

Este projecto tem como princípio base a redução das assimetrias existentes no território nacional, as quais têm vindo a sustentar uma diferenciação negativa entre as zonas rurais e as zonas urbanas, contribuindo, deste modo, para a criação de condições de igualdade de acesso a uma educação de qualidade para a totalidade dos alunos.

A plena concretização do objectivo a que se propõe só é possível ultrapassando a fronteira das barreiras administrativas, pouco compatíveis com a prática do ordenamento e planeamento do território, uma vez que estas raramente são coincidentes com as fronteiras naturais e humanas, pelo que só se torna possível falar numa verdadeira gestão sustentável quando se analisa o território como um todo.

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 17 ALENTEJO LITORAL

2. Metodologias e Técnicas Utilizadas

O desenvolvimento de um projecto que tem como objectivo fazer do nosso país um espaço territorialmente coeso, dispondo de uma rede educativa adequadamente distribuída e dimensionada, que permita responder, com elevados níveis de eficácia e eficiência, às carências e problemas existentes, foi um dos desafios mais ambiciosos que se poderia ter aceite.

Mais do que um simples diagnóstico do sistema educativo nacional, o projecto “Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013” pretende contribuir para um verdadeiro ordenamento e planeamento do território, com vista à optimização da gestão territorial, pois só com base num projecto com estas características se torna exequível um efectivo planeamento das intervenções a realizar, sempre com base no princípio da optimização dos recursos, quer existentes, quer previstos, adequando a oferta à procura.

A concretização deste objectivo obrigou, naturalmente, num primeiro momento, à assunção de conceitos de base, parâmetros e metodologia, de forma a definir a estrutura do projecto.

Neste momento mostrou-se fundamental a definição das temáticas a abordar, tendo-se revelado determinante a recolha de dois tipos de informação, a relacionada indirectamente com o sistema educativo, fundamental para a percepção da realidade de um determinado território, e a relacionada directamente. Uma vez que toda a estrutura do projecto assenta nesta informação, esta tem de ser a mais fiável e rigorosa possível.

No que respeita à informação relacionada indirectamente com o sistema educativo, sentiu-se a necessidade de integrar um vasto conjunto de variáveis físicas e humanas, como as condicionantes naturais, a rede de acessibilidades e a dinâmica demográfica.

A análise das condicionantes naturais, como a morfologia e os cursos de água de maior dimensão, e da rede de acessibilidades assume um papel determinante, uma vez que são responsáveis por algumas fronteiras e alguns dos estrangulamentos existentes no território nacional.

Relativamente à dinâmica demográfica importa não só fazer a avaliação dos quantitativos e das características da população e do povoamento no tempo presente, mas sobretudo determinar os seus quantitativos e as suas características futuras, com o objectivo de definir cenários para as diversas actividades públicas e privadas. A consideração da situação actual de uma população e de um povoamento revela muito sobre qual será o seu futuro. É neste sentido que se deve procurar antecipar o futuro através do recurso a metodologias de projecção demográfica.

18 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

As alterações na demografia traduzem processos de natureza diversa. Evidenciam desde logo transformações na economia ou na família, mas também nas acessibilidades ou nos estilos de vida e, igualmente, nas condições de saúde ou no domínio político. Paralelamente, alterações no ritmo de crescimento da população, nas estruturas demográficas e na distribuição no espaço das populações direccionam os trajectos evolutivos de muitos dos aspectos de base daqueles processos. A leitura das alterações demográficas registadas nas últimas décadas deve ser assim integrada no contexto alargado da evolução dos respectivos sistemas sociais, culturais, económicos e políticos.

É tendo em atenção este pano de fundo que pensamos que o conhecimento da dinâmica demográfica se afigura como essencial para que se possa, com antecedência e ponderação, reflectir sobre as principais tendências que se prefiguram neste início de século, ordenando o espaço da forma mais adequada e no quadro de uma racionalidade que se pretende dinâmica, gerindo mais eficazmente recursos que, como bens escassos que são, exigem alguma cautela e ponderação nas decisões a tomar, uma vez que os custos associados a uma má gestão serão de efeitos duradouros e crescentemente elevados.

A caracterização demográfica apresenta, num primeiro momento, alguns elementos relativos à distribuição, evolução e características da população, destacando-se os principais comportamentos para as décadas mais recentes (oitenta e noventa). Simultaneamente consideram-se as alterações registadas nas freguesias mais importantes (com maior população) de cada Município. Tendo em atenção o objectivo do presente estudo, analisam-se em particular os elementos prospectivos da dinâmica da população. Em termos metodológicos, a estratégia de investigação valorizou o comportamento espacial das variáveis demográficas população residente, nascimentos, óbitos e migrantes (saldo migratório), apresentando de forma comparativa índices e tendências evolutivas que traduzem as alterações registadas nos padrões de comportamento da população portuguesa no quadro das mudanças sociais, culturais, económicas e políticas ocorridas em Portugal na segunda metade do século XX.

Importa referir que os valores de população residente, exceptuando os valores de 1991 e 2001 provenientes dos recenseamentos populacionais, foram retirados das estimativas definitivas de população residente intercensitárias 1991-2000, por um lado, e das estimativas provisórias de população residente 2001-2007, por outro lado, sendo, portanto, os valores a partir de 2001 de carácter provisório.

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 19 ALENTEJO LITORAL

Por outro lado, e dado o objectivo do estudo, utilizaram-se métodos de projecção da população para as primeiras décadas do actual século. No contexto da análise da população escolar é importante conhecer com algum pormenor as tendências evolutivas, mesmo que isso possa significar cometer erros, que serão sempre de menor amplitude tendo em atenção as opções a realizar no quadro das políticas a seguir e dos investimentos que as materializam. As premissas de base são em todo o caso bastante cautelosas, pelo que a evolução poderá sempre superar os valores projectados.

Assim, no sentido de antever os cenários futuros, utilizou-se o método das componentes por coortes como metodologia de base para uma análise mais detalhada (por grupos de idades). Os resultados da aplicação deste método a populações particulares fornece informações sobre o volume e a composição (segundo o sexo e as idades) da população em momentos futuros, não tendo em atenção acontecimentos de natureza excepcional (catástrofes, guerras, epidemias, entre outras). Os resultados projectados traduzem não só a composição (sexo e idades) da população no presente, como têm que ser interpretados a partir das hipóteses assumidas sobre a evolução, ao longo do período prospectivo, dos comportamentos demográficos (mortalidade, fecundidade e movimentos migratórios).

O momento de partida utilizado foi a data do último recenseamento (12 de Março de 2001), projectando-se sucessivamente para períodos anuais (município) e quinquenais (freguesia) até 2021.

Os problemas relacionados com a escala geográfica de análise e com a qualidade dos dados são aspectos que devem merecer uma especial atenção no cálculo e interpretação dos resultados da projecção. Em relação ao primeiro aspecto, privilegiou-se a desagregação por município como a escala principal, apresentando também resultados para o nível da freguesia.

Outro problema que importa referir é o facto do cálculo dos valores relativos referentes a cada unidade espacial (freguesia ou concelho) ter por base os valores absolutos e considerar sempre os valores decimais, embora estes estejam ocultos, razão pela qual muitas vezes se registam ligeiras diferenças nos resultados apresentados nos quadros. Com efeito, o somatório dos valores registados em cada freguesia poderá não corresponder ao total apresentado no concelho, facto que se prende com as metodologias de análise estatística adoptadas para as diferentes unidades administrativas. Do mesmo modo, o cálculo das variações populacionais (Nº e %) poderá apresentar resultados diferentes daqueles que os valores de base fariam supor.

20 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

Como último elemento, importa sublinhar que os resultados da evolução da população traduzem apenas a consideração das variáveis responsáveis pela dinâmica natural das populações (mortalidade e fecundidade), já que é difícil obter dados sobre as migrações desagregados, por sexo e idades, para os níveis espaciais utilizados (município e freguesia). Mas, considera-se também na análise os resultados da componente migratória, tendo em atenção a equação da concordância e a repartição do saldo migratório a partir da estrutura por idade e sexo existente em 2001. Para os anos futuros, considerou-se o saldo migratório correspondente ao último período intercensitário e a estrutura etária projectada. Contudo, pensamos que os volumes do saldo migratório serão no futuro de menor amplitude dada a política de imigração dos diferentes países da União Europeia. Em paralelo, o saldo das migrações internas será de maior amplitude. De qualquer forma, como veremos, as consequências sobre as variáveis demográficas terão uma tradução pouco expressiva no quadro da evolução projectada. Foi com base nestes pressupostos e sublinhando que a população no tempo de partida reflecte desde logo os efeitos da dinâmica migratória que, para o período 2001-2021, se projectaram os valores de população por sexo e idades. Estes valores devem ser entendidos como tendências na hora de planear equipamentos e infra- estruturas e de tomar decisões.

No que respeita à informação relacionada directamente com o sistema educativo, optou-se por considerar o parque escolar 1, a oferta educativa 2 e a população discente actual e futura nos diferentes níveis de ensino em análise – Educação Pré-escolar, 1º, 2º e 3º CEB, Ensino Secundário e Ensino Profissional. A realização das projecções da população escolar resulta da observação dos nascimentos observados no período correspondente e da mobilidade, cuja análise assenta na interpretação das áreas de influência e dos fluxos associados a cada estabelecimento de ensino (distância e tempos de percurso).

O trabalho de inventariação da informação foi desenvolvido abarcando dois tipos de acção, uma onde é elaborada uma vasta pesquisa bibliográfica e uma outra dependente da entrega da informação necessária pelos estabelecimentos de ensino ou Agrupamentos de Escolas.

1 No que respeita ao parque escolar a decisão passou por entender como estabelecimento de ensino as salas de apoio, uma vez que a sua não integração iria inviabilizar a análise da área de influência e da capacidade de cada equipamento educativo. 2 Relativamente à oferta educativa optou-se por não considerar a Educação Especial, com excepção dos casos em que é ministrada a Educação Pré-escolar e o Ensino Básico.

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 21 ALENTEJO LITORAL

Para a recolha e posterior tratamento e análise estatística desta informação mostrou-se indispensável a criação de inúmeras Bases de Dados, no sentido de sistematizar a elevada quantidade de informação alfanumérica envolvida.

Exceptuando a necessidade de terminologia, própria de cada temática, pretendeu-se uniformizar ao máximo as diferentes Bases de Dados, tarefa que viria a revelar-se bastante complexa, dado a elevada quantidade de informação alfanumérica a considerar.

Após a recolha da totalidade da informação, torna-se possível a realização das duas primeiras fases de desenvolvimento deste projecto, a realização do enquadramento territorial, que integra um enquadramento e caracterização física, uma análise da rede de acessibilidades e uma caracterização demográfica, e a elaboração do diagnóstico do sistema educativo, que inclui a observação do momento presente e uma análise prospectiva.

Só após a conclusão destas duas primeiras etapas se torna possível a concretização da terceira fase de desenvolvimento deste projecto e do seu principal objectivo, a apresentação de propostas de reorganização do parque escolar.

O projecto “Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013” é, assim, composto por duas componentes fundamentais, uma primeira, onde é feito um enquadramento territorial, e uma segunda, na qual se realiza uma análise da rede e sistema educativo. Esta segunda componente encontra-se subdividida em dois momentos distintos, um inicial onde é feita uma caracterização da oferta e procura educativa real e prevista nos diferentes níveis de ensino em análise, e um seguinte, no qual se procede à reorganização da rede educativa.

B. Análise da Sub-região

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 25 ALENTEJO LITORAL

1. Enquadramento Territorial

1.1.Enquadramento e Caracterização Física

Localizada no sector sudoeste de Portugal Continental, a Sub-região Alentejo Litoral (NUT III), encontra-se limitada a Este pela Sub-região Baixo Alentejo, a Sul pelo , a Nordeste pelo , a Norte pela Península de Setúbal e a Oeste pelo Oceano Atlântico (Figura 2).

Com uma área de 5 262 km 2, a Sub-região Alentejo Litoral integra os territórios dos municípios de Alcácer do Sal, Grândola, , e Santiago do Cacém. Território dominado por amplos sectores aplanados a baixa altitude reflecte no essencial, em termos morfológicos as relações existentes com as bases estruturais e os processos que ao longo dos tempos modelaram a superfície.

Em termos morfo-estruturais esta Sub-região desenvolve-se por duas das principais unidades estruturais do nosso país: a Bacia Sedimentar do Tejo-Sado a Norte e Maciço Hespérico a Sul, caracterizando-se por essa razão o primeiro, pela existência de rochas sedimentares cenozóicas (predominantemente areias e arenitos, argilas, calcários e margas) e o segundo, por rochas graníticas e metassedimentares (Figura 3).

Figura 2 – Enquadramento da Sub-região do Alentejo Litoral.

26 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

Figura 3 – Hipsometria da Sub-região do Alentejo Litoral.

O enquadramento estrutural reflecte-se na morfologia da região, a qual apresenta um relevo pouco deformado, com uma estrutura bastante simples (sub-horizontal) nos sectores sedimentares da Bacia Sedimentar do Tejo e do Sado, onde as altitudes que predominam, apresentam valores inferiores aos 100m de altitude. Esta bacia é limitada a Sul pela falha de Grândola a qual se encontra, na génese da Serra de Grândola e que a própria faz a transição para o Maciço Hespérico, sector este onde o relevo já se apresenta um pouco mais deformado, e com altitudes compreendidas entre os 100m e os 300m de altitude no sector leste da Sub-região.

Do ponto de vista morfológico, destaca-se assim a plataforma litoral que, constitui uma superfície aplanada adjacente ao mar, com uma largura variável entre 5 e os 15 km que engloba no essencial territórios dos Municípios de Grândola, Santiago do Cacém, Sines e Odemira, a qual termina de forma brusca para o interior nas escarpas relativas às Serras do Cercal e de Grândola, que constituem um alinhamento dissimétrico de génese tectónica, e que observado numa perspectiva de sistema educativo vai apresentar maiores dificuldades de mobilidade nesses territórios.

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 27 ALENTEJO LITORAL

A organização da rede de drenagem deste território, denota claramente uma adaptação dos cursos de água à estrutura, assumindo o rio Sado e o rio Mira traçados rígidos de ESSE-WNW apresentando a esmagadora maioria das linhas de água um regime irregular.

Da análise dos declives, factor com importância decisiva nas acessibilidades e na distância tempo nos percursos escolares verifica-se que, nas áreas que correspondem à bacia sedimentar e à plataforma litoral (sectores Norte e Oeste) o território apresenta-se praticamente plano, ou de baixos declives. Porém no sector Centro - Este, as classes de declives denotam desde logo a passagem para o Maciço Hespérico e, essencialmente as colinas de Xisto que as Serras de Cercal e Grândola representam, no contexto da região. Nos sectores do interior, à excepção do Município de Odemira, os declives são igualmente suaves.

Quanto às características climáticas, e observadas numa escala regional da NUTIII Alentejo Litoral, o clima apresenta-se temperado de características mediterrânicas, com valores de precipitação que podem variar entre os 520mm em Alvalade e os 740mm em Grândola e com temperaturas médias que podem variar entre os 22,1ºC e os 9,9ºC, podendo atingir máximos absolutos como os -7ºC e os 43ºC em Alcácer do Sal.

A proximidade do Oceano Atlântico, contribui para que durante o Inverno, se verifique uma fraca amplitude térmica, ou seja, extremos mais atenuados, apresentando o frio invernal, uma intensidade moderada, sendo o risco de vagas de ar frio, bastante menor do verificado nos sectores mais a norte do território nacional.

Por seu turno, no período estival, ao longo da faixa costeira, muito por força do peso da influência oceânica, o risco das vagas de calor é francamente menor, no entanto, para o interior este risco já se apresenta um pouco mais viável, mostrando que nesta NUTIII, embora devam ser equacionados, estes factores apresentam uma importância menos significativa em termos de exigência de conforto bioclimático com os estabelecimentos de ensino a não apresentarem necessidades muito exigentes.

Por seu turno, no período estival, ao longo da faixa costeira, muito por força do peso da influência oceânica, o risco das vagas de calor é francamente menor, no entanto, para o interior este risco já se apresenta um pouco mais viável, mostrando que nesta NUTIII, embora devam ser equacionados, estes factores apresentam uma importância menos significativa em termos de exigência de conforto bioclimático com os estabelecimentos de ensino a não apresentarem necessidades muito exigentes, por exemplo em termos de climatização.

28 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

1.2. Caracterização da Rede de Acessibilidades

Os transportes são um importante factor de organização, cuja importância se tem vindo acentuar com a passagem do tempo, aqui o papel dos acessos, tem como objectivo dotar o espaço geográfico em estudo, tornando-o mais complexo e estruturado (ABREU, D., 2006).

Num primeiro momento far-se-á uma análise ao nível da Sub-região, para num segundo momento, se descer ao nível concelhio.

As características orográficas do Alentejo Litoral, tal como foi referido anteriormente, caracterizam-se por declives suaves, predominando superfícies planas, apresentando-se deste modo, como uma mais valia, numa lógica da rede de acessibilidades e transportes.

Neste sentido, o Alentejo Litoral no seu sector Norte, é atravessado pela Auto-estrada do Sul (A2), principal eixo de ligação entre Lisboa e o Algarve, tendo saídas nos Municípios de Alcácer do Sal e Grândola, funcionando assim, como nós de ligação entre, as restantes localidades do Alentejo Litoral (Figura 4).

Figura 4 – Rede viária da Sub-região do Alentejo Litoral.

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 29 ALENTEJO LITORAL

Através do IP8, faz-se a ligação entre o litoral e o interior alentejano (Oeste-Este), nomeadamente a ligação entre Sines, Santiago do Cacém e Beja, encontrando-se projectada a ligação a Espanha, tendo em conta a importância do porto de Sines no contexto regional, nacional e mesmo europeu.

As vias que estabelecem as ligações de maior interesse regional, são efectuadas pelos itinerários complementares, destacando-se o IC1 que liga o País de Norte a Sul ao longo do litoral, assumindo-se localmente como, a principal alternativa à A2, atravessando os Municípios de Alcácer do Sal e Grândola.

Com inicio em Sines, o IC4 atravessa o Município de Odemira, efectuando a ligação com os portos de Lagos, Portimão e Faro. Também partindo de Sines, o IC33 garante a ligação com Évora, passando pelos Municípios de Santiago do Cacém e Grândola.

Existem ainda vias de comunicação que, não tendo a importância nacional das anteriores, se apresentam como fundamentais nas dinâmicas locais/regionais, como é o caso das EN121, EN253 e EN263.

A EN121 de traçado Oeste-Este, permite a ligação entre os Municípios de Santiago do Cacém e Ferreira de Alentejo, conectando com o IP8.

O Município de Alcácer do Sal, através da EN253 faz a ligação com Montemor-o-Novo. Também de ligação do litoral ao interior, partindo de Odemira o traçado da EN 263, atravessa as suas freguesias do interior em direcção ao Município de Aljustrel.

Por seu turno, as Estradas Regionais complementam a rede viária, denotando de uma forma clara os objectivos a que procuram dar resposta, nomeadamente, em função dos fluxos da rede escolar e dos aglomerados populacionais, permitindo deste modo a ligação das sedes de concelho com as suas freguesias e mesmo com concelhos limítrofes, apresentando a rede viária uma configuração radial.

Em termos de acessibilidade ferroviária, a Sub-região é servida pela rede ferroviária nacional, nomeadamente pelos serviços Alfa Pendular, Intercidades e Regional/Urbano, estabelecendo ligações com Lisboa e Faro. Com um traçado paralelo à A2, a linha ferroviária atravessa todo o sector Central no sentido Norte – Sul, assim como, Oeste-Este ligando o Porto de Sines à rede nacional, permitindo deste modo, a interconexão com as restantes infra-estruturas portuárias nacionais e europeias.

30 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

1.3. Caracterização Demográfica

1.3.1.Evolução espacial das dinâmicas demográficas: um território com população desigualmente repartida

A sub-região Alentejo Litoral apresenta em 2001 cerca de 99976 habitantes, representando 12,87% da população residente do Alentejo e aproximadamente 1% de Portugal Continental. O Alentejo Litoral é a sub-região do Alentejo (NUT II) que apresenta menores quantitativos populacionais.

No ano de 2001 o Município de Santiago do Cacém assumiu-se como o mais populoso (30349 habitantes), seguido por Odemira (26106 habitantes). Por outro lado, Sines apresentou um menor quantitativo populacional (13368). Assim, cerca de 30,7% da população do Alentejo Litoral reside no Município de Santiago do Cacém, 26% reside em Odemira, 15% em Grândola, 14,4% em Alcácer do Sal e apenas 13,5% no Município de Sines (Quadro 1 e Figuras 5 e 6).

Entre 1991 e 2001, no Alentejo Litoral tem-se vindo a assistir a acréscimos e decréscimos nos diferentes municípios. Os Municípios de Sines e de Grândola obtêm um acréscimo significativo, passando de 12090 em 1991 para 13368 em 2001 no caso de Sines e de 13767 para 14901 habitantes no caso de Grândola.

No entanto, atendendo a um período censitário mais vasto, entre 1950 e 2001 constata-se que o Alentejo Litoral tem vindo a perder população. Analisando a população residente entre 1950 e 2001 no Alentejo Litoral, assiste-se a ligeiros acréscimos e decréscimos. Veja-se que a população de 1950 a 1970 diminuiu (de 131417 para 99850 habitantes).

Quadro 1 – População residente por Município no Alentejo Litoral de 1950 a 2001. 1950 1960 1970 1981 1991 2001 Municípios Nº % Nº % Nº % Nº % Nº % Nº % Alcácer do Sal 22211 16,90 22167 17,09 17265 17,29 16370 15,87 14512 14,73 14287 14,43 Grandôla 21216 16,14 21060 16,24 15525 15,55 16042 15,55 13767 13,97 14901 15,05 Odemira 43073 32,78 43999 33,93 33235 33,28 29463 28,57 26418 26,82 26106 26,37 Santiago de Cacém 35427 26,96 33579 25,90 26275 26,31 29191 28,30 31475 31,95 30349 30,65 Sines 9490 7,22 8866 6,84 7550 7,56 12075 11,71 12347 12,53 13368 13,50 Total 131417 100 129671 100 99850 100 103141 100 98519 100 99011 100 Fonte: INE, Recenseamentos da População de 1950, 1960, 1970 e 1981, Censos 1991 e Censos 2001.

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 31 ALENTEJO LITORAL

50000

40000

30000

20000

10000

0 1950 1960 1970 1981 1991 2001

Alcácer do Sal Grandôla Odemira Santiago de Cacém Sines

Figura 5 – População residente por Município no Alentejo Litoral de 1950 a 2001.

Figura 6 – População Residente por Município no Alentejo Litoral em 2001.

Na década seguinte assiste-se um ligeiro acréscimo (para 103141 residentes). Em 1991 verificou-se um novo decréscimo (para 98519 residentes) e na década seguinte observou-se um acréscimo populacional (para 99011 habitantes). No entanto a dinâmica da Sub-região, não espelha a dinâmica municipal, assim, temos municípios com acréscimos populacionais e outros com decréscimos.

32 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

O peso populacional dos Municípios de Santiago do Cacém e de Sines tem vindo a aumentar ao longo dos anos (para Santiago do Cacém, de 27,0% em 1950 para 30,7% em 2001, e no caso de Sines, de 7,2% em 1950 para 13,5% em 2001). Por outro lado, o Município de Odemira sofreu um decréscimo considerável visto que em 1950 registava 32,8% do total da população residente no Alentejo Litoral, e em 2001 apenas 26,4%. Estes acréscimos e decréscimos podem ser explicados pela acção polarizadora que o Município de Sines exerce sobre os outros, dado possuir infra-estruturas especializadas, criando assim postos de trabalho e também pelas dinâmicas demográficas características do país, como a concentração populacional no litoral centro e norte. Uma nota também para a forte potencialidade turística que esta região possui.

No entanto, as dinâmicas de determinado município não exprimem o comportamento de cada uma das freguesias que o compõem. Regra geral as freguesias mais populosas são as freguesias sede do município. Veja-se o exemplo das freguesias mais populosas do Alentejo Litoral, onde entre 1991 e 2001 a população registou acréscimos, em alguns casos consideráveis. Assim, no Município de Alcácer do Sal, as freguesias de Santiago e de Santa Maria do Castelo foram as que em 2001 registaram maior número de habitantes (4850 e 4268, respectivamente).

Atendendo ao período inter-censitário 1991-2001, estas freguesias obtiveram um acréscimo populacional, Santiago em 1991 registava 4554 habitantes, e Santa Maria do Castelo 4264. Em Grândola, a freguesia de Grândola com 10361 habitantes, representava cerca de 69,5% da população residente no município e obteve um acréscimo entre 1991 e 2001.

No Município de Odemira destacam-se as freguesias de São Teotónio e de Vila Nova de Mil Fontes que registavam em 2001 cerca de 5019 e 4258 habitantes, respectivamente o que significa 19,2% e 16,3%. Nestas freguesias assiste-se a um acréscimo populacional, visto que em 1991 estas freguesias contabilizavam 4738 e 3228, respectivamente. Em Santiago do Cacém as freguesias mais populosas são Santo André e Santiago do Cacém que registavam cerca de 10696 e 7274 habitantes, que representa 34,4% e 23,4%.

A freguesia de Santiago do Cacém apresenta um acréscimo significativo, dado que em 1991 o valor de população residente era de 6039 habitantes. Finalmente em Sines, a freguesia mais populosa é Sines com cerca de 12641, o que representa cerca de 91,8% da população residente no município.

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 33 ALENTEJO LITORAL

As dinâmicas demográficas de determinado território podem ser exprimidas através da variação populacional. Atendendo assim à Figura 7 que representa a variação da população residente por município no Alentejo Litoral, de 1991 a 2001, constata-se que os Municípios de Grândola e Sines registam variações positivas (8,24% e 10,57%, respectivamente). Por outro lado, temos os Municípios de Alcácer do Sal, Odemira e Santiago do Cacém com variações negativas (-1,55%, -1,18% e -2,26%, respectivamente). Estas diferentes variações populacionais nos municípios resultam numa média de 2,76%. O facto de sub-região do Alentejo Litoral possuir uma média positiva diferencia-a do contexto onde se insere.

Os valores da variação populacional tomam valores ainda mais extremos quando se compara a variação dos anos censitários de 1950 e 2001, representados pelo Quadro 2 e Figura 8. Primeiramente uma referência à média da variação no período em causa que é de -30,11%. Este valor traduz a variação negativa acentuada comum a todos os municípios do Alentejo Litoral, com excepção do Município de Sines. Por outro lado, o valor da média pode servir para delimitar dois grupos, um primeiro com características de variação populacional acima da média, e um segundo com variações populacionais abaixo da média.

Assim, num primeiro grupo incluem-se os Municípios de Alcácer do Sal (-55,46%), Grândola (- 42,38%) e Odemira (-64,99%), sendo caracterizados por o valor da variação da população residente entre 1950 e 2001 ser inferior à média do Alentejo Litoral, e num segundo os Municípios de Santiago do Cacém (-16,73%) e Sines (29,01%) que se encontram acima da média (Figuras 9 e 10).

Destaca-se o Município de Sines com uma variação expressiva de 29,01% de população residente entre 1950 e 2001. Este facto pode ser explicado pela importância que Sines adquiriu no contexto regional e mesmo nacional relacionado com os projectos e os investimentos desde a segunda metade do século XX que têm sido reforçados nos últimos anos no quadro da criação de uma grande área logística.

Quadro 2 – Variação da população residente por Município no Alentejo Litoral, de 1950 a 1960, de 1960 a 1970, de 1970 a 1981, de 1981 a 1991, de 1991 a 2001 e de 1950 a 2001. 1950-1960 1960-1970 1970-1981 1981-1991 1991-2001 1950-2001 Municípios Nº % Nº % Nº % Nº % Nº % Nº % Alcácer do Sal -44 -0,20 -4902 -22,11 -895 -5,18 -1858 -11,35 -225 -1,55 -7924 -55,46 Grandôla -156 -0,74 -5535 -26,28 517 3,33 -2275 -14,18 1134 8,24 -6315 -42,38 Odemira 926 2,15 -10764 -24,46 -3772 -11,35 -3045 -10,33 -312 -1,18 -16967 -64,99 Santiago de Cacém -1848 -5,22 -7304 -21,75 2916 11,10 1860 6,37 -702 -2,26 -5078 -16,73 Sines -624 -6,58 -1316 -14,84 4525 59,93 15 0,12 1278 10,57 3878 29,01 Total -1746 -1,33 -29821 -23,00 3291 3,30 -5303 -5,14 1173 1,20 -32406 -32,73 Fonte: INE, Recenseamentos da População de 1950, 1960, 1970 e 1981, Censos 1991 e Censos 2001.

34 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

20 10,57 8,24 10

% 0 -1,55 -1,18 -2,26 -10

-20 Alcácer do Sal Grandôla Odemira Santiago de Sines Cacém Variação Populacional Média

Figura 7 – Variação da população residente por Município no Alentejo Litoral entre 1991 e 2001.

80 60 40 29,01 20 % 0 -20 -40 -16,73 -60 -42,38 -80 -55,46 -64,99 Alcácer do Sal Grandôla Odemira Santiago de Sines Cacém Variação Populacional Média

Figura 8 – Variação da população residente por Município no Alentejo Litoral entre 1950 e 2001.

Figura 9 – Variação da população residente por Município no Alentejo Litoral entre 1991 e 2001.

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 35 ALENTEJO LITORAL

Figura 10 – Variação da população residente por freguesia no Alentejo Litoral entre 1991 e 2001.

1.3.2. Factores da dinâmica demográfica: crescimento natural e saldo migratório

As variações observadas na população dos municípios que integram o Alentejo Litoral relacionam-se de uma forma que nos parece clara com dois factores primordiais: por um lado, o crescimento natural, cuja relação com o próprio planeamento de equipamentos educativos se torna um elemento fundamental e, por outro, o saldo migratório que, no contexto da actual conjuntura, se assume também como um factor decisivo, mas cuja análise se torna particularmente difícil dada a dificuldade em prever a sua evolução.

A análise da evolução dos valores da natalidade entre 1991 e 2007 para a sub-região Alentejo Litoral revela um comportamento irregular expresso em ligeiros aumentos e decréscimos, mas no entanto é comum uma diminuição do número de nados vivos.

A Sub-região do Alentejo Litoral deixa antever uma diminuição de aproximadamente 150 nados vivos, em apenas dezasseis anos. Observando o Quadro 3 que representa os diferentes valores de nados vivos desde 1991 até 2007 dos diferentes municípios do Alentejo Litoral, constata-se que todos os municípios registaram decréscimos.

36 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

Quadro 3 – Nados vivos por Município no Alentejo Litoral de 1991 a 2007

Municípios 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Total Alcácer do Sal 126 142 117 118 122 94 105 119 104 117 102 107 114 130 122 109 96 1944 Grândola 132 132 119 110 112 121 113 108 141 125 126 131 145 129 125 114 112 2095 Odemira 221 230 213 181 191 185 235 192 207 205 210 189 196 217 191 184 179 3426 Santiago do Cacém 280 230 252 226 208 227 220 230 230 233 209 237 233 242 246 212 233 3948 Sines 133 154 145 133 106 116 107 124 148 123 138 131 145 144 137 129 130 2243 Total 892 888 846 768 739 743 780 773 830 803 785 795 833 862 821 748 750 13656 Fonte: INE.

A maior quebra de natalidade ocorreu no Município de Santiago do Cacém, com uma perda de 42 nados vivos (em 1991 ocorreram 280 nascimentos e em 2007 ocorreram 233 nascimentos). Por outro lado, o Município de Sines apresentou uma diferença menos expressiva (em 1991 verificaram-se 133 nados vivos e em 2007 ocorreram 130 nascimentos). No ano de 2007, constata-se que os Municípios de Santiago do Cacém (233 nascimentos) e Odemira (179) registaram maior número de nados vivos, tendência que se verificou também nos anos anteriores.

Referente aos óbitos, a análise do Quadro 4, permite constatar um ligeiro decréscimo, no que diz respeito à sub-região do Alentejo Litoral, dado que em 1991 ocorreram 1289 óbitos e em 2001 verificou- se 1250 óbitos. No ano e 2007, os Municípios de Sines e Alcácer do Sal apresentam um menor número de óbitos (153 e 172, respectivamente) enquanto que os Municípios de Santiago do Cacém e Odemira apresentam um número mais expressivo de óbitos (368 e 362, respectivamente).

Quadro 4 – Óbitos por Município no Alentejo Litoral de 1991 a 2007

Municípios 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Total Alcácer do Sal 211 177 182 181 211 186 156 205 185 186 190 181 200 176 209 177 172 558 Grândola 192 215 205 214 203 193 210 220 209 197 196 194 214 220 244 215 195 3264 Odemira 384 361 400 343 383 416 415 379 379 377 370 370 410 344 413 322 362 6428 Santiago do Cacém 343 316 346 352 323 379 374 346 400 338 344 339 361 359 373 335 368 5996 Sines 159 149 141 125 144 155 154 163 149 146 171 156 180 145 173 154 153 2617 Total 1289 1218 1274 1215 1264 1329 1309 1313 1322 1244 1271 1240 1365 1244 1412 1203 1250 18863 Fonte: INE.

Numa referência à taxa de natalidade constata-se que em 2001 o município que apresentava o valor mais significativo era Sines (10,16‰), seguido de Grândola (8,46‰). Os municípios que apresentam valores mais baixos são Santiago do Cacém (6,72‰) e Alcácer do Sal (7,14‰). Comparando os valores das taxas de natalidade de 1991 e 2001 verifica-se que em todos os municípios do Alentejo Litoral se assistiu a um decréscimo do valor da taxa de natalidade.

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 37 ALENTEJO LITORAL

Numa referência à taxa de mortalidade, em 2001, verifica-se que o Município de Odemira obtém a taxa de mortalidade mais elevada (14,17‰). Os valores mais baixos de taxa de mortalidade encontram-se nos Municípios de Santiago do Cacém (11,06‰) e Sines (12,59‰).

Comparando os valores da taxa de mortalidade em 1991 e 2001 constatam-se decréscimos, nomeadamente no Município de Alcácer do Sal (de 14,54‰ em 1991 para 13,3‰ em 2001) e acréscimos no Município de Santiago do Cacém (de 10,90‰ em 1991 para 11,06‰).

Através da análise da natalidade e da mortalidade, torna-se imperativo abordar o crescimento natural. Assim, conforme descrito, a taxa de crescimento natural é, em 2001, negativa em todos os municípios do Alentejo Litoral, isto é, todos os municípios apresentam taxas de mortalidade superiores às taxas de natalidade (Quadro 5 e Figura 11). Os municípios que apresentam taxas de crescimento natural com maior expressividade são Alcácer do Sal (-6,16‰) e Odemira (-6,13‰). O município que apresenta uma taxa de crescimento natural menos expressiva é Sines (-2,43‰). Importa ainda referir que a tendência negativa do crescimento natural em 2001 é idêntica no ano de 1991.

Quadro 5 – Dinâmica natural por Município no Alentejo Litoral em 1991 e 2001.

1991 2001

Municípios Natural Natural Natural Natural Taxa de Taxa de Taxa de Taxa de Taxa de Taxa de Natalidade Natalidade Natalidade Natalidade Mortalidade Mortalidade Mortalidade Mortalidade Crescimento Crescimento Crescimento Crescimento Nº ‰ Nº ‰ Nº ‰ Nº ‰ Nº ‰ Nº ‰ Alcácer do Sal 126 8,68 211 14,54 -85 -5,86 102 7,14 190 13,3 -88 -6,16 Grândola 132 9,59 192 13,95 -60 -4,36 126 8,46 196 13,15 -70 -4,7 Odemira 221 8,37 384 14,54 -163 -13,7 210 8,04 370 14,17 -160 -6,13 Santiago do Cacém 280 8,9 343 10,9 -63 -2 209 6,72 344 11,06 -135 -4,34 Sines 133 10,77 159 12,88 -26 -2,11 138 10,16 171 12,59 -33 -2,43 Total 892 9,1 1289 13,2 -397 -4,1 785 7,9 1271 12,8 -486 -4,9 Fonte: INE. 20

10

‰ 0

-10

-20 Alcácer do Sal Grândola Odemira Santiago do Sines Cacém Taxa de Natalidade Taxa de Mortalidade Taxa de Crescimento Natural

Figura 11 – Dinâmica natural por Município no Alentejo Litoral em 2001.

38 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

Hoje em dia, os fluxos são constantes. É impensável a análise de determinado território, sem ter presente o contexto onde se insere e os fluxos que poderão existir. Torna-se então interessante verificar o saldo migratório e consequentemente o crescimento efectivo.

No Quadro 6 e na Figura 12 encontram-se representados o crescimento natural, o saldo migratório e o crescimento efectivo entre 1991 e 2001. Entre 1991 e 2001 a Sub-região do Alentejo Litoral perdeu 5192 habitantes e obteve um saldo migratório de 6649, o que resultou num crescimento efectivo positivo de 1457 indivíduos.

Quadro 6 – Dinâmica da população por Município no Alentejo Litoral entre 1991 e 2001. Municípios Crescimento Natural Saldo Migratório Crescimento Efectivo Alcácer do Sal -782 557 -225 Grândola -915 2049 1134 Odemira -1936 1624 -312 Santiago do Cacém -1308 938 -370 Sines -251 1481 1230 Total -5192 6649 1457 Fonte: INE.

3000 2000 1000 % 0 -1000 -2000 -3000 Alcácer do Sal Grândola Odemira Santiago do Sines Cacém Crescimento Natural Saldo Migratório Crescimento Efectivo

Figura 12 – Dinâmica da população por Município no Alentejo Litoral entre 1991 e 2001.

O crescimento natural de todos os municípios do Alentejo Litoral apresenta valores negativos, sendo mais acentuado em Odemira (-1936) e Santiago do Cacém (-1308). O município com crescimento natural menos expressivo, entre 1991 e 2001 é Sines (-251 indivíduos).

Relativamente ao saldo migratório, todos os municípios apresentam valores positivos. Os Municípios de Grândola, Odemira e Sines apresentam os valores mais expressivos (2049, 1624 e 1481 indivíduos), enquanto que os Municípios de Santiago do Cacém e Alcácer do Sal apresentam valores menos expressivos (938 e 557 indivíduos, respectivamente).

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 39 ALENTEJO LITORAL

Por último, uma abordagem ao crescimento efectivo, que atinge valores negativos nos Municípios de Santiago do Cacém (-370 indivíduos), Odemira (-312) e Alcácer do Sal (-225), e valores positivos nos Municípios de Sines (1230) e Grândola (1134).

1.3.3. Estrutura da população: sexo e idades

A análise da evolução da população deve contemplar, também, o estudo das pirâmides etárias. Estas representações gráficas traduzem não apenas a imagem da população num dado momento, mas permitem uma leitura da perspectiva histórica dos acontecimentos que marcam a população representada ao longo de décadas de vida das gerações mais antigas. Consideram-se, para efeitos de análise, a pirâmide etária de 1991 e 2001 para a Sub-região do Alentejo Litoral, centrando a atenção no perfil populacional da pirâmide. Em paralelo, apresentam-se alguns índices que resumem o comportamento da estrutura etária que, conjuntamente com os dados avançados para as dinâmicas natural e migratória da população, permitem contextualizar e reflectir sobre as principais características da população.

Uma das primeiras conclusões a retirar da análise dos valores da população por escalão etário parece ser a crescente diminuição das classes mais jovens, prosseguida pelo aumento das classes mais idosas, o que espelha, de modo bastante claro, a crescente tendência para o envelhecimento da população (Quadro 7 e Figura 13).

Quadro 7 – População residente no Alentejo Litoral, segundo os grandes grupos etários de 1981 a 2001.

1981 1991 2001 Grupos etários Nº % Nº % Nº % 0 - 14 anos 21512 21,76 18079 18,35 13102 13,11 15 - 39 anos 28991 29,33 32093 32,58 31914 31,92 40 - 64 anos 33951 34,35 31812 32,29 33339 33,35 65 anos ou mais 14393 14,56 16535 16,78 21621 21,63 Total 98847 100 98519 100 99976 100 Fonte: INE, Recenseamento da População de 1981, Censos 1991 e Censos 2001.

2001

1991

1981

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% 0 - 14 anos 15 - 39 anos 40 - 64 anos 65 anos ou mais

Figura 13 – População residente no Alentejo Litoral, segundo os grandes grupos etários de 1981 a 2001.

40 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

Procedendo-se a uma análise mais pormenorizada dos grupos etários, verificamos que no contexto da Sub-região, a população jovem adulta (15 a 39 anos) e a população idosa (mais de 65 anos) sofreram um aumento desde 1981 (de 29,33% para 31,92% e de 14,56% para 21,63%). Por outro lado, a população jovem (0 a 14 anos) e a população adulta (40 a 64 anos) apresentou um decréscimo no mesmo período considerado (de 26,53% para 15,86%).

A análise dos resultados da estrutura etária para a Sub-região do Alentejo Litoral sublinha, para o último período intercensitário, uma evolução demográfica no sentido do rápido envelhecimento da população, tendência que deve motivar uma séria reflexão.

Esta evolução representa, por um lado, uma perda de 5,25% de população jovem, e, por outro, um acréscimo de população com 65 e mais anos (4,84%) entre 1991 e 2001. A metade mais jovem da população activa (15 a 39 anos) sofreu um decréscimo de 0,65%, e a metade mais idosa (40 a 64 anos) registou um aumento de 1,06%.

Este facto traduz-se num duplo envelhecimento que caracteriza a generalidade das sociedades dos países desenvolvidos, e deve merecer uma reflexão dada a rapidez em que se passou de uma sociedade com uma população jovem para uma outra envelhecida (a população de 65 anos ou mais representava 21,63% da população total em 2001).

A análise da pirâmide etária da Sub-região do Alentejo Litoral para o ano de 2001 reflecte, comparativamente ao ano de 1991, um envelhecimento da população, o que se traduz por um estreitamento da base e um alargamento do topo da pirâmide (Figura 14). Ao decréscimo da população pertencente às classes etárias jovens (até aos 19 anos) corresponde, naturalmente, um aumento da população adulta (dos 20 aos 64 anos) e idosa (com 65 e mais anos).

Em relação a 1991, o número de indivíduos total e por sexo nestes escalões etários é superior em 2001, não havendo diferenças significativas por sexo. Nos grupos etários dos idosos (65 e mais anos), sendo o número superior em ambos os sexos em 2001, as diferenças não são tão expressivas como nos grupos anteriormente referidos.

Os grupos etários jovens (dos 0 aos 19 anos) e adultos (dos 30 aos 34 anos) e adultos (dos 55 aos 59 anos no caso dos homens e dos 60 aos 64 anos) apresentam sucessivamente mais indivíduos nas classes seguintes, traduzindo a existência de um conjunto de classes ocas. Um último comentário sublinha o facto de, em todos os municípios, o número de idosos ser superior no sexo feminino.

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 41 ALENTEJO LITORAL

Figura 14 – Pirâmide etária da população residente no Alentejo Litoral, entre 1991 e 2001.

A evolução ocorrida nas décadas mais recentes reflecte, assim, um cenário de marcado envelhecimento da população, que deve motivar, desde logo, a definição de novas políticas de desenvolvimento, privilegiando não apenas a vertente social de apoio aos idosos e às crescentes necessidades ao nível da saúde e da participação na sociedade, mas também de investimento em actividades que permitam fixar população. No quadro do Alentejo Litoral, os valores do índice de envelhecimento reflectem a evolução anteriormente descrita, uma vez que para o total da população passou de 91,5% em 1991 para 165,0% em 2001 (Quadro 8).

Quadro 8 – Índice de envelhecimento, índice de dependência e estrutura etária por Município no Alentejo Litoral. Índice de envelhecimento (%) Índice de dependência total (%) Estrutura etária (%) Municípios Homens Mulheres Total Homens Mulheres Total 0 a 14 15 a 64 65 e + 1991 2001 1991 2001 1991 2001 1991 2001 1991 2001 1991 2001 1991 2001 1991 2001 1991 2001 Alcácer do Sal 85,7 148,1 100,7 193,5 93,4 170,3 50,4 49,8 57,5 57,1 53,9 53,4 18,1 12,9 65,0 65,2 16,9 21,9 Grândola 105,5 180,1 119,2 219,6 112,4 199,7 54,1 51,7 57,5 63,3 55,8 57,2 16,9 12,1 64,2 63,6 19,0 24,3 Odemira 113,7 185,2 125,6 200,7 119,5 192,8 54,4 58,9 60,3 62,7 57,2 60,8 16,6 12,9 63,6 62,2 19,8 24,9 Santiago do Cacém 68,1 142,0 83,7 174,5 75,9 158,0 50,3 46,2 55,9 52,2 53,1 49,2 19,7 12,8 65,3 67,0 15,0 20,2 Sines 51,6 86,6 69,2 114,1 59,9 99,5 49,3 44,2 48,9 45,5 49,1 44,9 20,6 15,5 67,1 69,0 12,3 15,4 Total 84,1 149,9 98,9 180,9 91,5 165,0 51,8 50,5 56,6 56,1 54,2 53,2 18,4 13,1 64,9 65,3 16,8 21,6

Fonte: INE.

42 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

Considerando os valores por sexo, o escalão etário das mulheres apresenta índices de envelhecimento superiores e mais expressivos (180,9% contra 149,9%, sendo que em 1991 era de 98,9% contra 84,1%), facto que é explicado no sentido em que as mulheres morrem em menor número e migram menos. Os valores de índice de envelhecimento, para ambos os sexos no ano de 2001, registados para os diferentes municípios são muito superiores nos Municípios de Grândola (199,7%) e Odemira (192,8%) e inferiores nos Municípios de Sines e Santiago do Cacém (99,5% e 158,0%).

A leitura dos resultados do índice de dependência ajuda, também, a reflectir sobre a necessidade de definir políticas activas no que diz respeito à população. Efectivamente, para o território do Alentejo Litoral ocorreu uma diminuição do valor deste índice entre 1991 e 2001, de 54,2% para 53,2%, o que significa que mesmo diminuindo a importância dos não activos para os activos, os resultados são expressivos. Este facto faz depender mais acentuadamente os não activos dos activos, sendo, como vimos, cada vez menos os jovens e mais os idosos em todos os municípios desta Sub-região, o que condicionará as políticas sociais no futuro próximo. Esta tendência verifica-se de forma diferenciada em ambos os sexos, sendo os valores do índice de dependência em 2001 superiores no caso das mulheres (56,1%) comparativamente aos homens (50,5%), devendo ter-se em atenção não apenas a crescente participação do sexo feminino no mundo do trabalho, mas também o diferente comportamento que os sexos revelam em termos de índice de envelhecimento.

A título de comparação entre os diferentes municípios verificam-se, para o ano de 2001, valores mais elevados nos Municípios de Odemira (60,8%) e Grândola (57,2%).

Finalmente observando a distribuição da população por grandes grupos etários verifica-se um decréscimo acentuado da população entre 0 e 14 anos, por exemplo Alcácer do Sal em 1991 registava 18,1% e em 2001, esse valor decresceu para 12,9%. Por outro lado, a população com 65 ou mais anos aumentou, como por exemplo no Município de Odemira, que em 1991 registava 19,8% e em 2001 24,9%. A percentagem de população entre 15 e 64 anos manteve valores semelhantes nos anos de 1991 e 2001.

Em síntese, a população destes territórios tem perdido efectivos nas últimas décadas, ao mesmo tempo que regista um marcado envelhecimento, acompanhando aliás a tendência de quase todo o país. Este facto parece estar relacionado segundo os especialistas não só com a mudança de mentalidades, o que se reflecte na diminuição do número de filhos por casal, mas também pela procura de melhores condições de vida por parte da população activa jovem e em idade de procriar que migra sobretudo para os espaços urbanos próximos e para as duas grandes metrópoles nacionais.

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 43 ALENTEJO LITORAL

1.3.4. Tendências de crescimento: volume e características da população nas primeiras décadas do século XXI

Tendo em atenção as dinâmicas populacionais descritas e as principais implicações do ponto de vista da organização das infra-estruturas e das actividades no território importa, no quadro dos objectivos desta análise, tentar enquadrar as tendências de evolução no horizonte temporal das duas primeiras décadas do século XXI. Utilizou-se o método das componentes por coortes como metodologia de base para uma análise mais detalhada (por grupos de idades).

Para a sub-região do Alentejo Litoral projecta-se um decréscimo de 13942 indivíduos em 2021, correspondendo a -13,95%. Considerando os cinco municípios que constituem a Sub-região do Alentejo Litoral projectam-se uma evolução negativa comum a todos os municípios.

Observando o Quadro 9 e Figura 15, que representa a população residente e sobreviventes por município no Alentejo Litoral (de 2001 para 2021) e o Quadro 10, que destaca a variação projectada quinquenalmente (2001, 2006, 2011, 2016 e 2021), verifica-se que os Municípios de Odemira (-17,7%) e Grândola (-14,3%) apresentam variações muito significativas, para o período de 2001 a 2021. Por outro lado, os Municípios de Alcácer do Sal (-6,5%) e Sines (-8,9%) são os que apresentam variações menos expressivas.

Analisando as diferentes variações quinquenais, ressalva-se que em todos os municípios, os valores das variações vão aumentando até 2021.

Se atendermos também à dinâmica migratória e admitindo como cenário que nas próximas décadas se manterá o saldo migratório registado na década de noventa do século XX (6649 residentes), a população do Alentejo Litoral terá tendência, ainda assim, a decrescer, não obstante o saldo migratório favorável (Quadro 11).

Quadro 9 – População residente e sobreviventes por Município no Alentejo Litoral entre 2001 e 2021.

Municípios 2001* 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 Alcácer do Sal 14287 14203 14119 14037 13953 13867 13778 13683 13587 13488 13385 13280 13173 13063 12953 12839 12721 12599 12477 12352 12224 Grândola 14901 14830 14755 14676 14595 14511 14419 14323 14224 14120 14012 13901 13783 13661 13534 13402 13269 13132 12995 12860 12722 Odemira 26106 25935 25759 25578 25390 25194 24988 24771 24544 24307 24064 23815 23560 23299 23032 22764 22495 22228 21961 21696 21433 Santiago do Cacém 31105 30985 30856 30722 30584 30437 30284 30127 29964 29792 29610 29419 29216 29003 28783 28554 28314 28068 27813 27551 27280 Sines 13577 13537 13496 13454 13411 13369 13325 13280 13232 13179 13126 13069 13007 12941 12870 12795 12715 12632 12549 12464 12374 Total 99976 99491 98985 98467 97933 97378 96794 96184 95550 94887 94198 93483 92739 91967 91172 90355 89515 88658 87795 86922 86034 (2001* - INE, Censos 2001)

44 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

Quadro 10 – População residente, sobreviventes e variação por Município no Alentejo Litoral entre 2001 e 2021.

2001-2006 2006-2011 2011-2016 2016-2021 2001-2021 Municípios 2001* 2006 2011 2016 2021 Nº % Nº % Nº % Nº % Nº % Alcácer do Sal 14287 13867 13385 12839 12224 -420 -2,9 -482 -3,5 -546 -4,1 -615 -4,8 -2063 -14,4 Grândola 14901 14511 14012 13402 12722 -390 -2,6 -499 -3,4 -610 -4,4 -680 -5,1 -2179 -14,6 Odemira 26106 25194 24064 22764 21433 -912 -3,5 -1130 -4,5 -1300 -5,4 -1331 -5,8 -4673 -17,9 Santiago do Cacém 31105 30437 29610 28554 27280 -668 -2,1 -827 -2,7 -1056 -3,6 -1274 -4,5 -3825 -12,3 Sines 13577 13369 13126 12795 12374 -208 -1,5 -243 -1,8 -331 -2,5 -421 -3,3 -1203 -8,9 Total 99976 97378 94198 90355 86034 -2598 -2,6 -3180 -3,3 -3843 -4,1 -4321 -4,8 -13942 -13,9 (2001* - INE, Censos 2001)

35000

28000

21000 Nº 14000

7000

0 2001 2006 2011 2016 2021

Alcácer do Sal Grândola Odemira Santiago do Cacém Sines

Figura 15 – População residente e sobreviventes por Município no Alentejo Litoral entre 2001 e 2021.

Se a evolução populacional na década de noventa se traduziu num acréscimo de 1173 residentes, na primeira década do actual século o acréscimo será de 0,87% (871 habitantes), tendência que será invertida na década seguinte, projectando-se um decréscimo de 8164 habitantes (-8,10%). Em 2011 o número de residentes será de 100847 habitantes e em 2021 será de 92683 habitantes, quando em 2001 existiam 99976 habitantes.

Quadro 11 – População residente, sobreviventes e variação por Município no Alentejo Litoral, com saldo migratório, entre 2001 e 2021. 2001-2011 2011-21 2001-2021 Municípios 2001* 2011 2021 Nº % Nº % Nº % Alcácer do Sal 14287 13942 12781 -345 -2,41 -1161 -8,33 -1506 -10,54 Grândola 14901 16061 14771 1160 7,78 -1290 -8,03 -130 -0,87 Odemira 26106 25688 23057 -418 -1,60 -2631 -10,24 -3049 -11,68 Santiago do Cacém 31105 30548 28218 -557 -1,79 -2330 -7,63 -2887 -9,28 Sines 13577 14607 13855 1030 7,59 -752 -5,15 278 2,05 Total 99976 100847 92683 871 0,87 -8164 -8,10 -7293 -7,29 (2001* - INE, Censos 2001)

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 45 ALENTEJO LITORAL

A consideração da dimensão dinâmica natural permite assim compreender uma parte da amplitude e complexidade das alterações demográficas. Mas, no contexto da reorganização da rede de equipamentos educativos é importante analisar os nascimentos projectados até 2021. A consideração do comportamento desta variável é fundamental para que se possa perspectivar quais serão os volumes de população para os diferentes escalões de idades, mesmo não se considerando o efeito resultante da presença de populações imigrantes e a diferente taxa de fecundidade que se observa.

Os comportamentos anteriormente descritos reflectem a evolução recente das taxas de natalidade e mortalidade que se materializam em crescimentos naturais reduzidos para a maior parte dos municípios desta Sub-região. A consideração das taxas de natalidade para as primeiras décadas do século XXI traduzem esta evolução, uma vez que se até ao ano de 2006 ou 2011 se projectam taxas de natalidade para alguns destes municípios maiores que as observadas em 2001. Para os anos seguintes a tendência indicia uma quebra da natalidade e uma correspondente diminuição da respectiva taxa .

Adoptando os valores de referência registados para o Alentejo Litoral, as taxas de natalidade assumem valores em torno dos 8,00‰ até ao ano de 2014, projectando-se a partir desse ano uma certa estabilização desta taxa em torno dos 7,00‰ (Quadros 12 e 13).

Quadro 12 – Nados-vivos por Município no Alentejo Litoral entre 2001 e 2021.

Municípios 2001* 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 Alcácer do Sal 102 110 112 114 115 115 116 116 115 115 114 112 109 106 104 102 98 95 93 90 88 Grândola 126 128 129 129 130 130 128 126 126 124 121 119 116 113 110 107 104 103 102 101 98 Odemira 210 202 202 203 203 202 199 195 191 188 187 184 182 180 177 173 169 166 165 162 160 Santiago do Cacém 209 228 231 234 238 241 245 248 249 248 244 239 233 225 218 211 204 198 191 184 178 Sines 138 131 132 131 130 130 129 128 126 123 122 119 116 112 109 106 103 101 100 99 96 Total 785 799 806 811 816 818 818 813 807 799 788 773 756 737 718 698 678 663 650 636 620 (2001* - INE, Censos 2001)

Quadro 13 – Taxa de natalidade por Município no Alentejo Litoral entre 2001 e 2021 (‰).

Municípios 2001* 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 Alcácer do Sal 7,14 7,72 7,95 8,12 8,23 8,32 8,43 8,46 8,46 8,52 8,52 8,43 8,28 8,14 8,03 7,91 7,73 7,57 7,42 7,27 7,19 Grândola 8,46 8,63 8,73 8,82 8,92 8,96 8,89 8,81 8,83 8,79 8,66 8,55 8,44 8,27 8,13 7,95 7,87 7,86 7,88 7,86 7,73 Odemira 8,04 7,80 7,86 7,93 8,00 8,01 7,97 7,87 7,80 7,75 7,76 7,74 7,72 7,73 7,67 7,60 7,52 7,47 7,49 7,49 7,48 Santiago do Cacém 6,72 7,36 7,48 7,62 7,79 7,92 8,10 8,24 8,31 8,33 8,24 8,13 7,96 7,76 7,58 7,39 7,20 7,05 6,85 6,69 6,52 Sines 10,20 9,69 9,76 9,73 9,69 9,70 9,69 9,62 9,49 9,37 9,27 9,12 8,92 8,68 8,47 8,27 8,07 7,96 7,98 7,91 7,73 Total 7,85 8,03 8,14 8,24 8,33 8,40 8,45 8,45 8,44 8,42 8,36 8,27 8,15 8,01 7,87 7,73 7,58 7,48 7,41 7,32 7,21 (2001* - INE, Censos 2001)

46 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

Numa análise a outra escala verifica-se que todos os municípios apresentarão uma endência de diminuição das natalidades, salientando para o ano de 2021 as taxas mais reduzidas para os Municípios de Santiago do Cacém (6,52‰) e Alcácer do Sal (7,19‰). Por outro lado, ainda que apresentando níveis de decréscimo significativos, destacam-se os Municípios de Sines e Grândola que registarão taxas de natalidade mais elevadas (7,73‰).

O comportamento de decréscimo das taxas de natalidade é visível no número de nados-vivos projectados anualmente para o período 2001-2021. Efectivamente, a tendência de diminuição dos nascimentos é visível em todos os territórios em análise.

Embora se verifique para a Sub-região um comportamento irregular em termos de evolução do número de nados-vivos a diminuição dos nascimentos é especialmente visível na comparação entre os nascimentos ocorridos em 2001 (785 nascimentos) e os projectados para o ano de 2021 (620), traduzindo-se numa variação que atingirá um valor de -21,02%.

No quadro da reorganização da rede de equipamentos educativos é fundamental analisar o comportamento da população projectada e que poderá integrar os diferentes níveis de ensino (considerou-se a população dos grupos 0 a 4 anos – Pré-escolar, 5 a 9 anos – 1º Ciclo, 10 a 14 anos – 2º e 3º Ciclos, 15 a 19 anos – Ensino Secundário e 20 a 24 anos – Ensino Superior).

O efeito da diminuição da fecundidade e da taxa de natalidade terá tradução na diminuição do número de indivíduos dos 0 a 4 anos em todos os municípios do Alentejo Litoral (Quadro 14). Na primeira década do actual século, o número de crianças em idade de frequentar o ensino pré-escolar será reduzido em 1394 indivíduos, passando dos actuais 3954 para 2560 crianças. Esta tendência prosseguirá na década seguinte com uma diminuição de 760 crianças na Sub-região do Alentejo Litoral. Em termos globais nas duas primeiras décadas do século XXI a Sub-região terá um decréscimo de 1394 crianças dos 0 a 4 anos (correspondendo a -35,26%).

Quadro 14 – População residente e sobreviventes no grupo etário 0 a 4 anos no Alentejo Litoral entre 2001 e 2021.

Municípios 2001* 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 Alcácer do Sal 537 550 564 563 451 456 460 462 462 462 460 456 450 441 431 421 410 399 388 376 366 Grândola 556 574 613 632 513 515 515 512 507 501 494 487 478 467 455 443 431 422 414 409 403 Odemira 1056 1056 1033 1024 807 807 804 796 784 771 759 748 738 730 720 709 696 682 670 660 651 Santiago do Cacém 1182 1177 1192 1185 928 941 955 969 980 987 986 977 960 938 912 884 855 828 800 774 748 Sines 623 636 651 659 521 520 517 514 510 504 496 488 478 467 454 441 428 416 407 400 393 Total 3954 3993 4052 4062 3221 3239 3251 3253 3243 3224 3194 3155 3105 3043 2973 2898 2821 2747 2680 2618 2560 (2001* - INE, Censos 2001)

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 47 ALENTEJO LITORAL

No escalão etário dos 5 a 9 anos e considerando a primeira década do século XXI, regista-se diminuição de 120 crianças na Sub-região do Alentejo Litoral (Quadro 15). Destacam-se os comportamentos dos Municípios de Odemira e Sines (-61 e -59 indivíduos) e um acréscimo de 70 indivíduos projectado para o Município de Grândola. Na década seguinte projecta-se um decréscimo de 480 crianças na Sub-região, sendo que os maiores decréscimos ocorrerão nos Municípios de Odemira e Sines (-128 e -105 crianças). Em termos globais e considerando o período 2001-2021 projectam-se decréscimos de 599 crianças, correspondendo a -14,38%.

No escalão etário dos 10 aos 14 anos (Quadro 16), regista-se um decréscimo no número de jovens neste escalão (de 4979 jovens em 2001 para 4744 jovens em 2011). Na década seguinte projecta-se um decréscimo de 784 jovens neste escalão etário (correspondendo a -16,53%). Em termos globais, entre 2001 e 2021 projecta-se um decréscimo de 1019 jovens, correspondendo a -20,47%.

Os Municípios de Santiago do Cacém e Odemira registarão os maiores decréscimos (-344 e -307 jovens em 2021). Por outro lado, os Municípios de Grândola e Alcácer do Sal registarão os menores decréscimos (-68 e -137 jovens em 2021). De referir que entre 2001 e 2021 projecta-se uma diminuição de jovens neste escalão etário.

Quadro 15 – População residente e sobreviventes no grupo etário 5 a 9 anos no Alentejo Litoral entre 2001 e 2021.

Municípios 2001* 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 Alcácer do Sal 595 574 540 554 656 647 662 678 678 566 573 576 577 577 576 572 565 556 545 533 519 Grândola 573 549 534 518 672 683 702 742 761 643 643 640 636 630 622 613 603 590 576 561 547 Odemira 1066 1055 1049 1041 1260 1257 1257 1234 1225 1008 1005 998 986 971 956 942 928 917 906 892 877 Santiago do Cacém 1228 1161 1119 1111 1388 1404 1402 1420 1417 1164 1181 1198 1213 1223 1226 1219 1204 1180 1151 1118 1083 Sines 707 678 636 614 739 754 767 781 788 651 648 644 639 633 625 615 603 590 576 560 543 Total 4169 4017 3878 3838 4715 4744 4790 4855 4870 4031 4049 4056 4052 4034 4004 3960 3903 3834 3753 3664 3570 (2001* - INE, Censos 2001)

Quadro 16 – População residente e sobreviventes no grupo etário 10 a 14 anos no Alentejo Litoral entre 2001 e 2021.

Municípios 2001* 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 Alcácer do Sal 709 690 682 626 626 595 574 540 554 656 647 662 678 678 566 573 576 577 577 576 572 Grândola 681 661 632 632 595 573 549 534 518 672 683 702 742 761 643 643 640 636 630 622 613 Odemira 1248 1167 1146 1115 1097 1066 1055 1049 1041 1260 1256 1257 1234 1225 1008 1004 997 986 971 956 941 Santiago do Cacém 1563 1510 1436 1372 1302 1228 1161 1119 1111 1388 1404 1402 1420 1417 1164 1181 1198 1213 1223 1226 1219 Sines 778 737 738 724 720 707 678 636 614 739 754 767 781 788 651 648 644 639 633 625 615 Total 4979 4765 4634 4469 4340 4169 4016 3877 3837 4714 4744 4789 4855 4869 4031 4049 4056 4051 4034 4004 3960 (2001* - INE, Censos 2001)

48 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

Os sobreviventes no grupo etário dos 15 a 19 anos terão uma diminuição de 2145 indivíduos entre 2001 e 2011, projectando-se uma diminuição bem menos acentuada no período seguinte (-119 indivíduos). Esta evolução decorre da dinâmica natural actual caracterizada por taxas de fecundidade e natalidade reduzidas. Entre 2001 e 2021 projecta-se um decréscimo de 2264 indivíduos na Sub-região do Alentejo Litoral, correspondendo a -35,90%.

Entre 2001 e 2021 os Municípios de Santiago do Cacém e Odemira terão decréscimos de jovens com 15 a 19 anos de 970 e 485 indivíduos, respectivamente (Quadro 17). A dinâmica natural dos anos noventa do século passado permite compreender a evolução favorável projectada para estes municípios.

Quadro 17 – População residente e sobreviventes no grupo etário 15 a 19 anos no Alentejo Litoral entre 2001 e 2021.

Municípios 2001* 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 Alcácer do Sal 946 894 834 788 718 709 690 682 626 626 595 574 540 554 656 647 662 678 678 566 573 Grândola 831 808 759 725 699 681 661 632 632 595 573 549 534 518 672 683 702 742 761 643 643 Odemira 1486 1499 1458 1388 1316 1244 1163 1142 1111 1093 1063 1052 1046 1038 1256 1252 1253 1230 1221 1004 1001 Santiago do Cacém 2151 2031 1879 1730 1630 1563 1510 1436 1372 1302 1228 1161 1119 1111 1388 1404 1402 1420 1417 1164 1181 Sines 893 880 857 833 805 773 733 734 720 716 703 675 633 611 736 751 764 777 784 647 645 Total 6307 6112 5786 5463 5167 4970 4757 4626 4461 4333 4162 4010 3871 3831 4708 4737 4782 4846 4861 4024 4043

(2001* - INE, Censos 2001)

A consideração dos resultados para as idades de 20 a 24 anos reflecte igualmente esta dinâmica populacional (Quadro 18). Entre 2001 e 2011 projecta-se para a Sub-região um decréscimo de 2063 indivíduos. Nos Municípios de Santiago do Cacém e Odemira projecta-se decréscimos de 756 e 386 indivíduos, respectivamente. Em termos globais, entre 2001 e 2021 ocorrerá um decréscimo de 2296 jovens na Sub-região do Alentejo Litoral, correspondendo a -32,73%.

Quadro 18 – População residente e sobreviventes no grupo etário 20 a 24 anos no Alentejo Litoral entre 2001 e 2021.

Municípios 2001* 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 Alcácer do Sal 1000 963 943 963 964 946 894 834 788 718 709 690 682 626 626 595 574 540 554 656 647 Grândola 977 927 894 879 850 826 804 755 721 695 677 657 629 629 592 570 546 531 515 669 680 Odemira 1623 1547 1503 1498 1516 1478 1490 1449 1380 1309 1237 1157 1136 1105 1087 1056 1045 1039 1031 1249 1245 Santiago do Cacém 2316 2334 2310 2346 2276 2147 2027 1875 1726 1627 1560 1507 1433 1369 1300 1226 1158 1116 1108 1385 1401 Sines 1097 1078 1028 996 973 886 872 849 825 798 767 727 728 714 710 698 669 627 606 730 744 Total 7013 6849 6677 6681 6579 6283 6087 5762 5441 5146 4950 4738 4607 4443 4315 4144 3993 3854 3815 4689 4717

(2001* - INE, Censos 2001)

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 49 ALENTEJO LITORAL

Todos os Municípios do Alentejo Litoral perderão habitantes, sendo que as perdas de maior expressividade ocorrerão nos Municípios de Odemira e Grândola (-17,90% e -14,6%, correspondendo a - 4673 e -2179 indivíduos, respectivamente). Por outro lado, os Municípios de Sines e Santiago do Cacém registarão decréscimos menos expressivos (-8,86% e -12,30%, correspondendo a -1203 e -3825, respectivamente).

Esta evolução expressa, para os municípios do Alentejo Litoral, um nítido fenómeno de envelhecimento da população com a continuação da perda de população no escalão jovem (0 a 14 anos) e um aumento, até meados da década de vinte do actual século, do número de idosos, expressando os índices de envelhecimento esta evolução. Os índices de envelhecimento considerados exprimem uma tendência de aumento em quase todos os municípios em análise.

A análise realizada permite apresentar uma síntese dos principais comportamentos detectados. No que se refere à evolução demográfica dos municípios do Alentejo Litoral, regista-se um aumento da população nas décadas mais recentes (sobretudo entre 1991 e 2001) apenas nos Municípios de Sines e Grândola, sendo que os restantes municípios evidenciam um cenário de declínio populacional nos anos mais recentes.

Os valores do saldo de migrações total traduzem uma grande capacidade de atrair residentes. A taxa de crescimento natural reflecte taxas de natalidade relativamente reduzidas e taxas de mortalidade com valores superiores, em linha com o observado na generalidade dos territórios portugueses. Esta evolução, tendo em atenção os efeitos da dinâmica natural e da mobilidade da população, deve ser perspectivada no quadro da demografia portuguesa das décadas mais recentes.

As tendências de futuro traduzem-se numa dinâmica natural caracterizada por uma diminuição dos nascimentos associada a taxas de fecundidade e de natalidade mais reduzidas. Considerando apenas a dinâmica natural, todos os Municípios perderão população. O saldo migratório poderá compensar esta tendência em alguns municípios. Em todo o caso, não será previsível registarem-se saldos migratórios tão expressivos como os observados na década de noventa. Relativamente à distribuição da população residente no território do Alentejo Litoral, constata-se um dispositivo espacial essencialmente polarizado pelos Municípios de Santiago do Cacém e Odemira que concentram os maiores quantitativos populacionais (cerca de 57,02%).

50 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

2. Análise da Rede e Sistema Educativo

2.1. Oferta e Procura Educativa

A Sub-região do Alentejo Litoral apresenta 198 estabelecimentos de ensino, os quais integram 13307 alunos (Quadro 19 e Figura 16). Numa análise mais detalhada verifica-se que é o Município de Odemira que apresenta o maior número de estabelecimentos de ensino (70), apesar de não integrar o maior número de alunos, sendo este observado pelo Município de Santiago do Cacém que apresenta um total de 3676 alunos. O Município de Odemira apresenta um quantitativo de população escolar ligeiramente inferior, com a matrícula de 3662 alunos.

De referir, ainda, o facto de apenas os Municípios de Grândola, Odemira e Sines disponibilizam estabelecimentos de Ensino Profissional, enquanto que apenas o Município de Sines integra um equipamento de Ensino Artístico

Quadro 19 – Síntese da oferta e da procura na Sub-região do Alentejo Litoral no ano lectivo 2008/2009 3.

Educação Pré- Ensino Ensino Ensino 1º CEB 2º CEB 3º CEB Total Escolar Secundário Profissional Artístico

Municípios Nº de alunos de Nº alunos de Nº alunos de Nº alunos de Nº alunos de Nº alunos de Nº alunos de Nº Nº de crianças de Nº Nº de estabelecimentos de Nº estabelecimentos de Nº estabelecimentos de Nº estabelecimentos de Nº estabelecimentos de Nº estabelecimentos de Nº estabelecimentos de Nº estabelecimentos de Nº Alcácer do Sal 15 297 9 507 2 268 2 362 1 197 - - - - 29 1631 Grândola 12 389 9 602 1 267 2 425 1 225 1 114 - - 26 2022 Odemira 29 622 28 974 5 538 5 703 2 585 1 240 - - 70 3662 Santiago do Cacém 21 677 23 1077 4 541 6 796 2 585 - - - - 56 3676 Sines 8 460 3 612 1 331 2 460 1 238 1 215 1 … 17 2316 Total 85 2445 72 3772 13 1945 17 2746 7 1830 3 569 1 … 198 13307

3 Os valores a cinzento observados nos diferentes quadros ao longo do relatório significam a ausência de dados referentes a à população escolar de alguns estabelecimentos de ensino, que não disponibilizaram esta informação em tempo útil.

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 51 ALENTEJO LITORAL

Figura 16 – Rede educativa da Sub-região do Alentejo Litoral.

2.1.1. Educação Pré-escolar

A Sub-região do Alentejo Litoral apresenta 85 estabelecimentos afectos à Educação Pré-escolar (Quadro 20 e Figura 17), cuja população escolar, no ano lectivo 2008/2009, é de 2445 crianças, salientando-se, novamente, os Município de Odemira e Santiago do Cacém, com 29 e 21 equipamentos, apresentando, respectivamente, 622 e 677 crianças inscritas.

Quadro 20 – Síntese da oferta e da procura da Educação Pré-escolar na Sub-região do Alentejo Litoral, segundo a natureza jurídica, no ano lectivo 2008/2009.

Pública Particular Total

Municípios Nº de de Nº Nº de de Nº Nº de de Nº Nº de crianças de Nº Nº de crianças de Nº Nº de crianças de Nº estabelecimentos estabelecimentos estabelecimentos

Alcácer do Sal 9 183 6 114 15 297 Grândola 10 298 2 91 12 389 Odemira 27 454 2 168 29 622 Santiago do Cacém 15 466 6 211 21 677 Sines 4 218 4 242 8 460 Total 65 1619 20 826 85 2445

52 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

Figura 17 – Rede educativa da Educação Pré-escolar da Sub-região do Alentejo Litoral.

2.1.2. 1º Ciclo do Ensino Básico

No 1º CEB é possível observar um total de 72 estabelecimentos de ensino e uma população escolar de 3772 alunos, apresentando os Municípios de Odemira e Santiago do Cacém o maior número de estabelecimentos de ensino, com 28 e 23 equipamentos, assim como os quantitativos escolares mais elevados, com 974 e 1077 alunos, respectivamente (Quadro 21 e Figura 18).

Quadro 21 – Síntese da oferta e da procura do 1º CEB na Sub-região do Alentejo Litoral, segundo a natureza jurídica, no ano lectivo 2008/2009.

Pública Municípios Nº de estabelecimentos Nº de alunos

Alcácer do Sal 9 507 Grândola 9 602 Odemira 28 974 Santiago do Cacém 23 1077 Sines 3 612 Total 72 3772

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 53 ALENTEJO LITORAL

Figura 18 – Rede educativa do 1º CEB da Sub-região do Alentejo Litoral.

2.1.3. 2º e 3º Ciclos do Ensino Básico

Os 2º e 3º CEB encontram-se representados por 17 estabelecimentos de ensino, cuja população escolar, no ano lectivo 2008/2009, é de 4691 alunos, dos quais 1945 encontram-se afectos ao 2º CEB e 2746 ao 3º CEB (Quadro 22 e Figura 19).

Como se observou nos níveis de ensino anteriormente analisados, também nos 2º e 3º CEB são os Município de Odemira e Santiago do Cacém que se destacam, quer ao nível de equipamentos educativos (cinco e seis, respectivamente), quer em termos de população escolar (1241 e 1337 alunos, respectivamente).

No Município de Odemira será ainda de referir a presença de um estabelecimento de ensino da rede particular que apresenta uma população escolar de 377 alunos no ano lectivo 2008/2009

54 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

Quadro 22 – Síntese da oferta e da procura do 2º e 3 CEB na Sub-região do Alentejo Litoral, segundo a natureza jurídica, no ano lectivo 2008/2009.

2º CEB 3º CEB 2º e 3º CEB

Pública Particular Total Pública Particular Total Pública Particular Total

Municípios Nº de alunos Nº de alunos Nº de alunos Nº de alunos Nº de alunos Nº de alunos Nº de alunos Nº de alunos Nº de alunos Nº de estabelecimentos Nº de estabelecimentos Nº de estabelecimentos Nº de estabelecimentos Nº de estabelecimentos Nº de estabelecimentos Nº de estabelecimentos Nº de estabelecimentos Nº de estabelecimentos Alcácer do Sal 2 268 -- 2 268 2 362 -- 2 362 4 630 -- 2 630 Grândola 1 267 -- 1 267 2 425 -- 2 425 3 692 -- 2 692 Odemira 4 374 1 164 5 538 4 490 1 213 5 703 8 864 1 377 5 1241 Santiago do Cacém 4 541 - - 4 541 6 796 - - 6 796 10 1337 -- 6 1337 Sines 1 331 - - 1 331 2 460 - - 2 460 3 791 - - 2 791 Total 12 1781 1 164 13 1945 16 2533 1 213 17 2746 28 4314 1 377 17 4691

2.1.4. Ensino Secundário

Nos sete estabelecimentos de Ensino Secundário existentes no Alentejo Litoral encontram-se matriculados 1830 alunos (Quadro 23 e vide Figura 19), sendo, tal como seria expectável, os Municípios com os quantitativos escolares mais significativos são Odemira e Santiago do Cacém, ambos com 585 alunos. Nos restantes territórios municipais este nível de ensino encontra-se representado apenas por um equipamento, sendo que o menor número de alunos regista-se no Município de Alcácer do Sal, mais concretamente 197 alunos.

Quadro 23 – Síntese da oferta e da procura do Ensino Secundário na Sub-região do Alentejo Litoral, segundo a natureza jurídica, no ano lectivo 2008/2009.

Pública Particular Total

Municípios Nºde Nºde Nºde Nºdealunos Nºdealunos Nºdealunos estabelecimentos estabelecimentos estabelecimentos

Alcácer do Sal 1 197 - - 1 197 Grândola 1 225 - - 1 225 Odemira 1 412 1 173 2 585 Santiago do Cacém 2 585 - - 2 585 Sines 1 238 - - 1 238 Total 6 1657 1 173 7 1830

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 55 ALENTEJO LITORAL

Figura 19 – Rede educativa dos 2º e 3º CEB, Ensino Secundário, Profissional e Artístico da Sub-região do Alentejo Litoral.

2.1.5. Ensino Profissional e Ensino Artístico

No ano lectivo 2008/2009, o Ensino Profissional encontra-se representado por três equipamentos educativos com uma população escolar global de 569 alunos (Quadro 24 e vide Figura 19). Já o único equipamento afecto ao Ensino Artístico, que se localiza no Município de Sines, não cedeu os dados referentes à população escolar do ano lectivo 2008/2009.

Quadro 24 – Síntese da oferta e da procura do Ensino Profissional na Sub-região do Alentejo Litoral, segundo a natureza jurídica, no ano lectivo 2008/2009.

Pública Particular Total

Municípios Nº de de Nº Nº de de Nº Nº de de Nº Nº de alunos de Nº Nº de alunos de Nº Nº de alunos de Nº estabelecimentos estabelecimentos estabelecimentos Alcácer do Sal ------Grândola 1 114 - - 1 114 Odemira - - 1 240 1 240 Santiago do Cacém ------Sines - - 1 215 1 215 Total 1 114 2 455 3 569

C. Análise dos Municípios

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 59 ALENTEJO LITORAL

1. Município de Alcácer do Sal

1.1. Enquadramento Territorial do Município

1.1.1. Caracterização Física

Localizado na Região do Alentejo, Alcácer do Sal é um dos Municípios do Distrito de Setúbal que integra a Sub-região Alentejo Litoral (NUTIII). Em termos administrativos apresenta-se limitado a Norte pelos Municípios de Palmela, Vendas Novas e Montemor-o-Novo, a Nordeste pelo de Viana do Alentejo, a Leste pelo de Alvito, a Sul pelos de Ferreira do Alentejo e de Grândola, a Oeste também pelo Município de Grândola e a Noroeste, através do Estuário do Sado.

Alcácer do Sal é, em superfície, o segundo maior município do país, com aproximadamente 1479,94km 2. Este subdivide-se administrativamente em seis freguesias: , Santiago, Santa Maria do Castelo, São Martinho, Santa Susana e Torrão, embora deva ser referido que esta é uma divisão desigual, já que três freguesias, Santa Maria do Castelo, Santiago e Torrão, apresentam a maior área, assim como os aglomerados populacionais mais importantes.

Ao longo dos tempos, o rio Sado com o seu estuário de tipo lagunar, tem desempenhado um papel primordial na organização do espaço do Portugal meridional, na medida em que, representou outrora uma importante via de penetração no Alentejo.

Em termos de enquadramento morfo-estrutural, o território municipal desenvolve-se maioritariamente na unidade mais recente do território português continental, na denominada Bacia Sedimentar do Tejo- Sado, ainda pouco deformada tectónicamente onde predominam, depósitos marinhos, depósitos de terraços, areias, arenitos, argilas e conglomerados, ao passo que no sector Sudeste, em particular na Freguesia do Torrão, já afloram rochas relativas ao Soco Hercínico (Dioritos, Quartzodioritos, Gabros e Riólitos) integrando-se assim, na unidade do Maciço Hespérico (Figura 20). Neste sentido, a morfologia deste território caracteriza-se por vastos horizontes planos no sector litoral, correspondendo assim aos sectores da Bacia Sedimentar do Sado, onde inclusive se destaca uma das coberturas dunares mais importantes do país, embora esta se apresente algo degradada. Contudo, no interior do Município de Alcácer do Sal o relevo apresenta-se um pouco mais acentuado, não se registando contudo grandes elevações, com as cotas a rondarem os 100-150m de altitude nos sectores mais elevados.

60 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

Figura 20 – Relação entre a hipsometria e a rede viária no Município de Alcácer do Sal.

Relativamente à rede hidrográfica, esta é pouco densa, destacando-se o rio Sado como o principal curso de água, denotando de forma clara uma adaptação à estrutura, na medida em que, no sector Sudeste apresenta uma inflecção brusca com um traçado rígido, de direcção ESE-WNW, instalando-se a linha de água ao meio da bacia terciária. Na sequência da idade recente da rede hidrográfica, esta nem sempre se apresenta bem estabelecida. Em determinados sectores apresenta uma drenagem endorreica, através da formação de lagoas temporárias ou noutros sectores, apresenta uma drenagem directa para o Oceano Atlântico.

Como reflexo da morfologia, os declives no Município não se apresentam de forma alguma, como factor condicionante, tanto em relação às acessibilidades, como à edificação de equipamentos escolares, tendo em conta que, predominam declives suaves neste vasto território, referindo-se somente um aumento das classes de declives na passagem para o Maciço Hespérico e nos vales fluviais, devido à incisão das linhas de água.

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 61 ALENTEJO LITORAL

Do ponto de vista climático, segundo uma classificação de DAVEAU (1985) para as regiões climáticas de Portugal Continental, o Município de Alcácer do Sal apresenta um clima mediterrâneo, inserido por sua vez, no domínio Atlântico o qual, apresenta neste sector um balanço hídrico anual deficitário, registando em média, um total de 588,5mm de precipitação na estação meteorológica de Alcácer do Sal.

De facto, este Município apresenta uma temperatura média máxima de 22,1 0C, enquanto a temperatura média mínima é de 9,9 0C, cuja influência oceânica se faz sentir, amenizando as temperaturas de ambos os extremos, o que se traduz em Verões não muito quentes e Invernos pouco rigorosos. Contudo, uma análise dos extremos térmicos registados na estação meteorológica de Alcácer do Sal, demonstram o risco real que a ocorrência de ondas de calor e vagas de ar frio representam, mesmo neste sector do território nacional, tendo em conta que já foram registados, 43ºC de temperatura máxima e -7ºC de temperatura mínima.

1.1.2. Caracterização da Rede de Acessibilidades

Localizado no sector meridional do distrito de Setúbal, o Município de Alcácer do Sal situa-se num ponto estratégico, principalmente em relação a Setúbal e à região metropolitana de Lisboa, como também aos principais núcleos urbanos da Região do Alentejo e Algarve.

Da rede rodoviária, dada a sua importância nos fluxos deste território, destaca-se em primeiro lugar, a A2, que com um traçado Norte-Sul, assume-se como o principal eixo de ligação quer com a região metropolitana de Lisboa e Península de Setúbal, quer com a região do Algarve. Com um traçado paralelo, o IC1, para além de servir os mesmos destinos, diferencia-se acima de tudo, pelo âmbito regional e local que apresenta, nomeadamente ao nível das acessibilidades intermunicipais, representando um importante eixo viário nas ligações entre os Município limítrofes de Setúbal a Norte e o de Grândola a Sul.

Deste modo, a A2 e o IC1, que se encontram conectadas através de um nó de ligação nas proximidades de Alcácer do Sal, caracterizam-se por um elevado volume de tráfego e também pelas acessibilidades que, estabelecem em relação às cidades de Setúbal e Lisboa, mas que pelas características só parcialmente servem as acessibilidades locais.

Neste sentido, ao nível dos fluxos intramunicipais, a EN5, liga Alcácer do Sal ao sector Sudeste, nomeadamente à Freguesia de Torrão, a qual se localiza a cerca de 20 km de distância.

62 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

A EN253, revela-se fundamental na ligação do litoral ao interior alentejano, permitindo inclusivamente a ligação ao Município de Montemor-o-Novo. O seu traçado transversal, estabelece a ligação entre as Freguesias da sede de Município (Santa Maria do Castelo e Santiago) com a Freguesia da Comporta localizada no sector Ocidental e também com a Freguesia de Santa Susana, no sector Nordeste. De referir, os casos da Comporta e da Carrasqueira (Freguesia da Comporta), que se situam a cerca de 27km de distância da cidade, algo que não pode deixar de ser referido em termos de mobilidade escolar.

A ligação à Freguesia de São Martinho, é efectuada pelo eixo IC1/EN539, permitindo assim a ligação a Alcácer do Sal, mas também ao Município de Vendas Novas, a Norte.

No sector Oeste (Freguesia da Comporta), é ainda de referir a EN261, que com traçado ao longo do litoral estabelece a ligação com o Município de Grândola, e logo com as suas freguesias.

A rede de estradas no Município de Alcácer do Sal, apresenta-se assim estruturada em função da sede de município, assumindo um papel importante na rede escolar actual e futura.

1.1.3. Caracterização Demográfica

O Município de Alcácer do Sal apresenta uma localização privilegiada junto ao litoral. As dinâmicas demográficas do Município de Alcácer do Sal demonstram que no período intercensitário de 1991 a 2001, o município perdeu população (de 14512 habitantes em 1991 para 14287 em 2001).

Relativamente à caracterização socioeconómica do município constata-se que entre 1991 e 2001, a população empregada por sector de actividade sofreu alterações. Enquanto que em 1991 o sector que empregava mais população era o primário (cerca de 38,4%), seguido do terciário (37,2%) e do secundário (24,4%), em 2001 o sector terciário era o que empregava maiores quantitativos populacionais (cerca de 51,4%), seguido do secundário (25,1%) e do primário (23,5%).

1.1.3.1. Evolução espacial das dinâmicas demográficas: um território com a população desigualmente repartida

Alcácer do Sal com os seus 14287 habitantes (dados de 2001) apresenta-se como o segundo município menos populoso da sub-região do Alentejo Litoral. (Quadro 25 e Figuras 21 e 22). No contexto da sub-região, os Municípios de Santiago do Cacém (31105), Odemira (26106) apresentam maiores quantitativos populacionais.

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 63 ALENTEJO LITORAL

A análise da distribuição dos valores de população residente nas seis freguesias que integram na actualidade o Município de Alcácer do Sal, permite distinguir grupos de freguesias que apresentam comportamentos demográficos semelhantes nos dez anos mais recentes. A freguesia de Santiago apresenta, no ano de 2001, um maior número de residentes (4850 habitantes, correspondendo a 33,9%). Um segundo grupo é constituído pelas Freguesias de Santa Maria do Castelo e Torrão. Estas freguesias representam em 2001 cerca de 49,18% da população do município, correspondendo a 4268 e 2758 habitantes, respectivamente. Um último grupo é constituído pelas Freguesias de Comporta, São Martinho e Santa Susana, com menores quantitativos populacionais. Efectivamente estas freguesias representam 16,88% dos residentes no município, correspondendo a 1348, 562 e 501 habitantes, respectivamente.

Quadro 25 – População residente por freguesia no Município de Alcácer do Sal de 1981 a 2001. 1981 1991 2001 Freguesias Nº % Nº % Nº % Comporta - - 1403 9,7 1348 9,4 São Martinho - - 676 4,7 562 3,9 Santa Maria do Castelo 6750 41,2 4264 29,4 4268 29,9 Santa Susana 785 4,8 633 4,4 501 3,5 Santiago 5381 32,9 4554 31,4 4850 33,9 Torrão 3454 21,1 2982 20,5 2758 19,3 Total 16370 100 14512 100 14287 100 Fonte: INE, Recenseamento da População de 1981, Censos 1991 e Censos 2001.

Analisando os quantitativos populacionais referentes ao município ressalva-se o decréscimo registado ao longo dos anos censitários representados. Observando a distribuição da população por freguesia verifica-se que a Freguesia de Santiago, a mais populosa, regista cerca de 33,9% da população total, enquanto que as Freguesias de Santa Susana e São Martinho, representam apenas 3,5% e 3,9%, respectivamente.

8000

6400

Nº 4800 3200

1600

0 Comporta São Martinho Santa Maria Santa Santiago Torrão do Castelo Susana

1981 1991 2001 Figura 21 – População residente por freguesia no Município de Alcácer do Sal de 1981 a 2001.

64 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

Figura 22 – População residente em 2001 e variação populacional entre 1991 e 2001 por freguesia no Município de Alcácer do Sal

A consideração para o Município de Alcácer do Sal dos valores de população residente desde 1981 até 2001 permite uma leitura em termos evolutivos, ao mesmo tempo que possibilita igualmente algumas reflexões sobre as características do território.

Efectivamente, desde 1981 até 2001 o município perdeu 2083 habitantes (Quadro 26 e Figura 23). O período onde a perda foi mais acentuada registou-se entre 1981 e 1991, período em que Alcácer do Sal perdeu cerca de 1858 habitantes (-11,35%). A perda populacional observada entre 1981 e 2001 na generalidade das freguesias do município deve ser entendida no contexto do quadro evolutivo que caracteriza a população portuguesa desde os anos sessenta do século XX.

Quadro 26 – População residente no Município de Alcácer do Sal e variação populacional de 1981 a 2001. Anos População residente Variação populacional (%) 1981 16370 – 1991 14512 -11,35 2001 14287 -1,55 Fonte: INE, Recenseamento da População de 1981, Censos 1991 e Censos 2001.

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 65 ALENTEJO LITORAL

20000

16000

12000 Nº 8000

4000

0 1981 1991 2001 Figura 23 – Evolução da população residente no Município de Alcácer do Sal de 1981 a 2001.

Neste contexto e numa análise conjunta do último período intercensitário e até ao ano de 2007 observa-se que durante a primeira metade dos anos noventa uma tendência de declínio populacional, com excepção do período 1993-1994, e 1994-1995 onde se regista um ligeiro aumento populacional de 0,14% e 0,13% respectivamente. A partir de 2002 até 2007 observa-se um decréscimo contínuo, traduzido numa perda de 650 indivíduos, correspondendo a -4,70% dos residentes (Quadro 27 e Figura 24).

As seis freguesias que constituem o município apresentam, nas últimas duas décadas do século XX, dinâmicas demográficas distintas, sendo que as quebras populacionais são, em geral, mais expressivas que os acréscimos registados.

No essencial, distinguem-se dois tipos de comportamentos para a década mais recente, com as Freguesias de Santiago e Santa Maria do Castelo a apresentarem variações positivas, correspondendo a acréscimos de 6,5 e 0,09%, e as restantes a apresentarem variações negativas, sendo que as mais expressivas se verificam nas Freguesias de Santa Susana e São Martinho, com decréscimos de 20,85% e 16,86%, respectivamente.

O conjunto de variações da população residente encontra-se explicita na média de todas as freguesias que resulta numa variação negativa de cerca de -7%.

No Quadro 28 está representada a variação da população residente por freguesia em Alcácer do Sal, onde se verificam as variações nos períodos intercensitários de 1981 a 1991, de 1991 a 2001 e de 1981 a 2001. Assim, no período entre 1991 e 2001, as freguesias com variações populacionais positivas foram Santiago e Santa Maria do Castelo, com acréscimos de 296 e 4 habitantes, respectivamente (Figura 25). No entanto interessa referir que o município perdeu cerca de 225 habitantes.

66 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

Quadro 27 – Evolução da população residente no Município de Alcácer do Sal, de 1991 a 2007.

Anos População residente Variação populacional (%) 1991 14512 – 1992 14157 -2,45 1993 13970 -1,32 1994 13990 0,14 1995 14008 0,13 1996 14002 -0,04 1997 14010 0,06 1998 13985 -0,18 1999 13967 -0,13 2000 13967 0,00 2001 14287 2,29 2002 13841 -3,12 2003 13716 -0,90 2004 13624 -0,67 2005 13482 -1,04 2006 13354 -0,95 2007 13191 -1,22 Fonte: INE.

20000

16000

12000 Nº 8000

4000

0 1991 1993 1995 1997 1999 2001 2003 2005 2007

Figura 24 – Evolução da população residente no Município de Alcácer do Sal de 1991 a 2007.

Quadro 28 – Variação da população residente por freguesia no Município de Alcácer do Sal entre 1981 e 2001. 1981-1991 1991-2001 1981-2001 Freguesias Nº % Nº % Nº % Comporta - - -55 -3,92 - - São Martinho - - -114 -16,86 - - Santa Maria do Castelo -2486 -36,83 4 0,09 -2482 -36,77 Santa Susana -152 -19,36 -132 -20,85 -284 -36,18 Santiago -827 -15,37 296 6,5 -531 -9,87 Torrão -472 -13,67 -224 -7,51 -696 -20,15 Total -1858 -11,35 -225 -1,55 -2083 -12,72 Fonte: INE, Recenseamento da População de 1981, Censos 1991 e Censos 2001.

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 67 ALENTEJO LITORAL

Se se comparar o período entre 1981 e 2001, tem-se uma visão mais alargada das dinâmicas demográficas do município. Nas duas décadas analisadas Alcácer do Sal perdeu cerca de 2083 habitantes, traduzindo um decréscimo de 12,72%. Esta realidade toma contornos mais problemáticos, quando se realiza uma análise à freguesia. Observe-se assim os exemplos das Freguesias de Santa Maria do Castelo, Torrão e Santa Susana, com perdas de 2482, 696 e 284 habitantes, correspondendo a -36,77%, -20,15% e -36,18%, respectivamente. Assim, o dispositivo territorial expressa um nítido fenómeno de concentração da população essencialmente polarizado pelas freguesias sede de município (Santa Maria do Castelo e Santiago).

20

10 6,50 0,09 0 % -10 -3,92 -7,51 -20 -16,86 -20,85 -30 Comporta São Martinho Santa Maria Santa Susana Santiago Torrão do Castelo Variação populacional Média

Figura 25 – Variação da população residente por freguesia no Município de Alcácer do Sal entre 1991 e 2001.

1.1.3.2. Factores da dinâmica demográfica: crescimento natural e saldo migratório

As variações observadas na população do município e das freguesias que o integram relacionam-se de uma forma que nos parece clara com dois factores primordiais: por um lado, o crescimento natural, cuja relação com o próprio planeamento de equipamentos escolares se torna elemento fundamental e, por outro, o saldo migratório, que no contexto da actual conjuntura se assume como um factor também decisivo, mas cuja análise se torna particularmente difícil dada a dificuldade em prever a sua evolução.

A análise da evolução dos valores da natalidade entre 1991 e 2007 para o Município de Alcácer do Sal revela um comportamento irregular expresso em ligeiros aumentos e decréscimos. A consideração do número de nados-vivos mostra, no entanto, uma tendência geral que se expressa num número de nascimentos anual superior à centena na década de noventa. No ano de 1996 ocorreram apenas 94 nascimentos, número ligeiramente inferior à tendência descrita, o mesmo ocorrendo no ano mais recente de 2007, onde foram registados 96 nascimentos.

68 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

Considerando os restantes anos, em 1992 e 2004 registam-se os valores mais expressivos do período considerado (142 e 130 nascimentos, respectivamente), sendo que a tendência observada para os anos mais recentes (2004 até 2007) traduz um decréscimo do número de nados vivos (Quadro 29).

Quadro 29 – Nados-vivos por freguesia no Município de Alcácer do Sal de 1991 a 2007.

Freguesias 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Total Comporta 18 13 13 13 9 8 11 13 10 15 14 11 17 9 12 9 9 204 São Martinho 44852256552261131 62 Santa Maria do Castelo 44 48 31 39 50 35 22 43 34 38 28 37 36 46 39 43 31 644 Santa Susana 43342001456211221 41 Santiago 38 43 39 40 40 32 44 35 34 30 35 41 40 58 43 40 41 673 Torrão 18 31 23 17 19 17 23 21 17 24 17 14 14 15 25 12 13 320 Total 126 142 117 118 122 94 105 119 104 117 102 107 114 130 122 109 96 1944 Fonte: INE.

A análise da evolução no mesmo período de tempo do número de óbitos destaca, igualmente, um comportamento irregular, sendo os valores durante a década de noventa superiores à centena e meia e em alguns casos ultrapassando as duas centenas (Quadro 30). Os valores mais baixos registaram-se, na década de noventa nos anos de 1997 e 1992 (156 e 177, respectivamente) e mais recentemente em 2007, 2004 e 2006 (172, 176 e 177, respectivamente).

A evolução da taxa de natalidade mostra uma tendência de oscilação, ora com pequenas subidas ora com decréscimos entre 1991 e 2007 (Quadro 31 e Figura 26). Uma análise mais detalhada da evolução ocorrida na década de noventa indica que os anos em que a taxa de natalidade obteve valores mais baixos foram em 1996 e 2007 (6,71‰, 7,28‰, respectivamente). Pelo contrário, nos anos de 1992, 2004 e 2005 observaram-se taxas de natalidade superiores (10,03‰, 9,54‰ e 9,05‰, respectivamente). Por fim, uma reflexão sobre o decréscimo que a taxa de natalidade vem a assumir desde o ano de 2004 até 2007 (de 9,54‰ para 7,28‰).

A taxa de mortalidade apresenta, assim, entre 1991 e 2007 uma evolução com oscilações, sendo que os valores mais elevados foram registados nos anos de 2005 e 1995 (15,50‰ e 15,06‰, respectivamente) enquanto que os valores mais baixos verificaram-se nos anos de 1997 e 1992 (11,13‰ e 12,50‰, respectivamente). Nos anos mais recentes, nomeadamente 2005, 2006 e 2007 verificou-se um decréscimo da taxa de mortalidade (de 15,5‰ para 13,04‰).

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 69 ALENTEJO LITORAL

Quadro 30 – Óbitos por freguesia no Município de Alcácer do Sal de 1991 a 2007.

Freguesias 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Total Comporta 10 9 7 11 9 9 9 16 12 6 6 5 12 12 13 9 14 169 São Martinho 104 5 4 2 5 7 7 7 1 4 1156 6 710 101 Santa Maria do Castelo 59 40 57 48 61 50 37 53 49 53 54 55 54 40 50 47 35 842 Santa Susana 10 6 13 7 4 6 7 4 19615344 6 9 10 5 7 271 Santiago 75 84 56 81 66 82 63 87 57 26 42 37 71 64 91 67 68 1117 Torrão 47 34 44 30 47 34 33 38 41 39 31 39 42 45 39 42 38 663 Total 211 177 182 181 211 186 156 205 185 186 190 181 200 176 209 177 172 558 Fonte: INE.

O facto da natalidade apresentar continuamente valores inferiores aos registados pela mortalidade, traduz-se num crescimento natural negativo no período analisado. As perdas populacionais com maior significado ocorreram nos anos de 1996 e 2005, com taxas de crescimento natural de -6,57‰ e -6,45‰, respectivamente. De salientar que nos anos de 1992 e 2004 verificaram-se taxas de crescimento natural menos expressivas (-2,47‰ e -3,38‰, respectivamente). No ano mais recente de 2007, verificou-se uma taxa de 5,76‰.

A análise anteriormente realizada da evolução demográfica no Município de Alcácer do Sal indiciava estas tendências ao nível da dinâmica natural da população, ao mesmo tempo que permite também pensar que algumas freguesias terão comportamentos diferentes que traduzirão algum poder de atracção sobre populações exógenas.

Considerando uma outra escala espacial de análise sublinha-se, no 2001, o crescimento natural negativo de todas freguesias do Município de Alcácer do Sal, com excepção da Freguesia de Comporta, que apresenta uma taxa de crescimento natural de 5,93‰ (ou seja, mais oito habitantes).

As restantes freguesias apresentam um crescimento natural ligeiramente negativo, mas no entanto realçam-se as Freguesias de Santa Susana e Santa Maria do Castelo a obterem valores muito expressivos.

No caso de Santa Susana o crescimento natural foi de -47 habitantes, o que se traduz numa taxa de crescimento natural de -93,81‰, e no caso de Santa Maria do Castelo que registou uma taxa de crescimento natural de -6,09‰, traduzidas num crescimento natural de -26 habitantes (Quadro 32 e Figura 27).

70 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

Quadro 31 – Dinâmica natural no Município de Alcácer do Sal de 1991 a 2007.

Taxa de Taxa de Taxa de Crescimento Anos Natalidade Mortalidade crescimento natalidade mortalidade natural natural 1991 126 8,68 211 14,54 -85 -5,86 1992 142 10,03 177 12,50 -35 -2,47 1993 117 8,38 182 13,03 -65 -4,65 1994 118 8,43 181 12,94 -63 -4,50 1995 122 8,71 211 15,06 -89 -6,35 1996 94 6,71 186 13,28 -92 -6,57 1997 105 7,49 156 11,13 -51 -3,64 1998 119 8,51 205 14,66 -86 -6,15 1999 104 7,45 185 13,25 -81 -5,80 2000 117 8,38 186 13,32 -69 -4,94 2001 102 7,14 190 13,30 -88 -6,16 2002 107 7,73 181 13,08 -74 -5,35 2003 114 8,31 200 14,58 -86 -6,27 2004 130 9,54 176 12,92 -46 -3,38 2005 122 9,05 209 15,50 -87 -6,45 2006 109 8,16 177 13,25 -68 -5,09 2007 96 7,28 172 13,04 -76 -5,76 Fonte: INE. 30

20

10

0 ‰ -10

-20

-30 1991 1993 1995 1997 1999 2001 2003 2005 2007 Taxa de natalidade Taxa de mortalidade Taxa de crescimento natural

Figura 26 – Evolução da taxa de natalidade, taxa de mortalidade e taxa de crescimento natural no Município de Alcácer do Sal de 1991 a 2007.

Quadro 32 – Dinâmica natural por freguesia no Município de Alcácer do Sal em 1991 e 2001. 1991 2001

Freguesias Natural Natural Natalidade Natalidade Mortalidade Mortalidade Taxa de Natalidade de Taxa Taxa de Natalidade de Taxa Taxa de Mortalidade de Taxa Taxa de Mortalidade Mortalidade de Taxa Crescimento Natural Crescimento Crescimento Natural Crescimento Taxa de Crescimento Crescimento de Taxa Taxa de Crescimento Crescimento de Taxa Nº ‰ Nº ‰ Nº ‰ Nº ‰ Nº ‰ Nº ‰ Comporta 18 12,83 10 7,13 8 5,70 14 10,39 6 4,45 8 5,93 São Martinho 4 5,92 10 14,79 -6 -8,88 2 3,56 4 7,12 -2 -3,56 Santa Maria do Castelo 44 10,32 59 13,84 -15 -3,52 28 6,56 54 12,65 -26 -6,09 Santa Susana 4 6,32 10 15,80 -6 -9,48 6 11,98 53 105,79 -47 -93,81 Santiago 38 8,34 75 16,47 -37 -8,12 35 7,22 42 8,66 -7 -1,44 Torrão 18 6,04 47 15,76 -29 -9,73 17 6,16 31 11,24 -14 -5,08 Total 126 8,68 211 14,54 -85 -5,86 102 7,14 190 13,30 -88 -6,16 Fonte: INE.

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 71 ALENTEJO LITORAL

120 80 40 ‰ 0 -40 -80 -120 Comporta São Martinho Santa Maria Santa Santiago Torrão do Castelo Susana Taxa de natalidade Taxa de mortalidade Taxa de crescimento natural

Figura 27 – Taxa de natalidade, taxa de mortalidade e taxa de crescimento natural por freguesia no Município de Alcácer do Sal, em 2001.

Os comportamentos descritos devem ser contextualizados no âmbito dos valores absolutos da população residente e no quadro da história do município e do território. Efectivamente, Santiago como freguesia mais populosa que revela uma tendência de evolução favorável da dinâmica natural na década mais recente, já que tendo presente, quer para 1991 quer para 2001, os resultados das taxas de natalidade e de mortalidade e correspondente crescimento natural, é esta freguesia que apresenta uma evolução favorável traduzida num decréscimo populacional menos significativo.

Ressalve-se ainda o facto de as freguesias urbanas (Santiago e Santa Maria do Castelo) obterem os valores mais expressivos respectivamente ao número de nados vivos, 35 e 28, respectivamente.

A consideração da dinâmica das migrações totais para o Município de Alcácer do Sal para o período de 1991 a 2001 vem reforçar o cenário identificado de evolução positiva da população nas freguesias urbanas que revelam maior dinamismo demográfico e económico (Quadro 33). Efectivamente, nas Freguesias de Santiago e Santa Maria do Castelo o saldo migratório regista valores muito expressivos (605 e 153 habitantes), o que vem, de alguma forma, amenizar os valores de crescimento natural.

Quadro 33 – Dinâmica da população por freguesia no Município de Alcácer do Sal entre 1991 e 2001.

Freguesia Nados-Vivos Óbitos Crescimento Natural Saldo Migratório Crescimento Efectivo Comporta 137 104 33 -88 -55 São Martinho 48 56 -8 -106 -114 Santa Maria do Castelo 412 561 -149 153 4 Santa Susana 32 190 -158 26 -132 Santiago 410 719 -309 605 296 Torrão 227 418 -191 -33 -224 Total 1081 2070 -989 764 -225 Fonte: INE.

72 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

Assim, as freguesias urbanas são as únicas que apresentam valores de crescimento efectivo positivos (nomeadamente, 296 e 4 habitantes). Por outro lado, temos freguesias que apresentam crescimento natural negativo, aliando-se a valores de saldo migratório também negativos, o que resulta num crescimento efectivo com valores negativos. Como exemplo, as Freguesias de Torrão e de São Martinho, que apresentam valores de crescimento natural de -191 e -8 indivíduos e saldos migratórios de -33 e -106 indivíduos, originando um crescimento efectivo muito negativo (-224 e -114 indivíduos, respectivamente).

1.1.3.3. Estrutura da população: sexo e idades

A análise da evolução da população deve contemplar também o estudo das pirâmides etárias. Estas representações gráficas traduzem não apenas a imagem da população num dado momento, mas permitem uma leitura da perspectiva histórica dos acontecimentos que marcam a população representada ao longo de décadas de vida das gerações mais antigas.

Consideram-se, para efeitos de análise, as pirâmides etárias relativas a 1991 e 2001 para as diferentes freguesias do Município de Alcácer do Sal, centrando a atenção nos respectivos perfis populacionais. Em paralelo, apresentam-se alguns índices que resumem o comportamento da estrutura etária da população. Conjuntamente com os dados avançados para a dinâmica natural da população permitem contextualizar e reflectir sobre as principais características da população.

A primeira conclusão a retirar da análise dos valores da população por escalão etário parece ser a crescente diminuição das classes mais jovens, prosseguida pelo aumento das classes mais idosas, o que espelha de modo bastante claro a crescente tendência para o envelhecimento da população.

Procedendo-se a uma análise mais pormenorizada por grupo de idades, verificamos que no Município de Alcácer do Sal, a população entre os 40 a 64 anos e a população idosa (mais de 65 anos) sofreram um aumento desde 1981 (de 31,52% para 33,71%, e de 14,06% para 21,94%). Por outro lado, assistiu-se a um decréscimo da população jovem (0 a 14 anos) e jovem-adulta (15 a 39 anos). No caso da população jovem o decréscimo foi muito expressivo, passando de 21,12% para 12,89%. Relativamente à população jovem-adulta (15 a 39 anos) a variação é menos significativa, de 33,3% em 1981 para 31,46% em 2001.

A consideração da estrutura etária por grandes grupos funcionais por município destaca desde os anos oitenta do século XX, uma evolução com perda de jovens e aumento do número de idosos (Quadro 34 e Figura 28).

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 73 ALENTEJO LITORAL

Quadro 34 – População residente no Município de Alcácer do Sal, segundo os grandes grupos etários de 1981 a 2001.

1981 1991 2001 Grupos etários Nº % Nº % Nº % 0 - 14 anos 3458 21,12 2629 18,12 1841 12,89 15 - 39 anos 5451 33,30 4752 32,75 4495 31,46 40 - 64 anos 5160 31,52 4675 32,21 4816 33,71 65 anos ou mais 2301 14,06 2456 16,92 3135 21,94 Total 16370 100 14512 100 14287 100 Fonte: Recenseamento da população 1981, Censos 1991 e Censos 2001.

2001

1991

1981

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

0 - 14 anos 15 - 39 anos 40 - 64 anos 65 anos ou mais

Figura 28 – População residente no Município de Alcácer do Sal, segundo os grandes grupos etários de 1981 a 2001.

A análise da pirâmide etária referente ao Município de Alcácer do Sal para o ano de 2001 reflecte, comparativamente ao ano de 1991, um envelhecimento da população, que se traduz por um estreitamento da base e um alargamento do topo da pirâmide (Figura 29). A pirâmide etária apresenta também um aumento da população em 2001 comparativamente a 1991, das classes etárias de 60 anos e mais. Analisando as classes ocas verifica-se que estas são significativas nas classes etárias dos 20 e menos anos, dos 30 aos 39 e dos 55 aos 59 anos. Um último aspecto sublinha o facto de o número de idosos ser superior no sexo feminino.

Os valores do índice de envelhecimento reflectem esta evolução, uma vez que no Município de Alcácer do Sal passou de 95,9% em 1991 para 169,7% em 2001 (Quadro 35). Trata-se de valores superiores aos observados no Continente, já que esta relação era no Continente de 69,5% em 1991, evoluindo para 104,5% em 2001.

Considerando os valores por sexo, o escalão etário das mulheres apresenta índices de envelhecimento superiores e mais expressivos (192,4% contra 147,3%, sendo que em 1991 eram respectivamente de 103,3% e 88,0%). Esta evolução traduz a dinâmica natural da população em que as mulheres morrem menos e também migram em menor número.

74 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

Figura 29 – Pirâmide etária da população residente no Município de Alcácer do Sal entre 1991 e 2001.

Na análise por freguesia verifica-se que o índice de envelhecimento é mais elevado em Santa Susana (407,3%) e em São Martinho (327,7%). Pelo contrário, o valor de índice de envelhecimento é mais baixo nas Freguesias de Santa Maria do Castelo (120,4%) e Comporta (136,0%). Note-se ainda que em todas as freguesias o índice de envelhecimento, tanto por sexo, como o total, de 1991 para 2001 aumentou, e nalguns casos mesmo registando aumentos drásticos, como é o caso dos valores para os Homens na Freguesia de Santa Susana, dado que em 1991 era de 162,5%, tendo evoluído em 2001 para 440,0%.

Analisando a estrutura etária, verifica-se que a população jovem (0 a 14 anos) registou decréscimos, veja-se o exemplo das Freguesias de São Martinho (de 15,5% para 8,4%) e Santiago (de 17,5% para 11,9%). A população adulta (dos 15 aos 64 anos) não obteve grandes alterações, e pelo contrário a população idosa aumentou, como por exemplo Santa Susana (de 23,2% para 33,3%) e São Martinho (de 12,9% para 18,8%).

A leitura dos resultados do índice de dependência total ajuda também a reflectir sobre a necessidade de definir políticas activas no que diz respeito à população. Para o Município de Alcácer do Sal ocorreu uma ligeira diminuição do valor deste índice entre 1991 e 2001, de 54,5% para 53,9%, o que significa que para cada 100 indivíduos potencialmente activos diminuiu a importância dos não activos (jovens e idosos).

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 75 ALENTEJO LITORAL

Quadro 35 – Índice de envelhecimento, índice de dependência e estrutura etária no Município de Alcácer do Sal em 1991 e 2001.

Índice de envelhecimento (%) Índice de dependência total (%) Estrutura Etária (%) Freguesias Homens Mulheres Total Homens Mulheres Total 0 a 14 15 a 64 65 e + 1991 2001 1991 2001 1991 2001 1991 2001 1991 2001 1991 2001 1991 2001 1991 2001 1991 2001 Comporta 55,6 117,1 71,6 160,5 63,5 136,0 44,9 46,8 55,3 50,0 49,7 48,3 20,3 13,8 66,8 67,4 12,9 18,8 São Martinho 123,5 304,0 120,4 354,5 121,9 327,7 48,5 54,9 57,2 56,5 52,6 55,7 15,5 8,4 65,5 64,2 18,9 27,4 Santa Maria Castelo 78,0 102,5 78,1 139,1 78,1 120,4 47,1 45,2 58,4 50,5 52,7 47,9 19,4 14,7 65,5 67,6 15,1 17,7 Santa Susana 162,5 440,0 160,5 376,2 161,5 407,3 61,5 73,5 58,9 68,5 60,3 71,0 14,4 8,2 62,4 58,5 23,2 33,3 Santiago 84,8 163,2 114,4 217,2 99,7 190,4 51,5 47,4 56,0 57,6 53,9 52,5 17,5 11,9 65,0 65,6 17,5 22,6 Torrão 93,2 168,6 120,3 221,7 106,7 194,8 54,6 58,6 59,4 69,4 57,0 64,0 17,6 13,2 63,7 61,0 18,7 25,8 Total 88,0 147,3 103,3 192,4 95,9 169,7 51,2 50,0 57,7 57,9 54,5 53,9 18,0 13,0 64,7 65,0 17,3 22,0 Fonte: INE, Censos 1991 e Censos 2001.

Numa análise por sexo registam-se valores superiores nas mulheres, à excepção da Freguesia de Santa Susana, tendência que traduz as diferenças de esperança média de vida à nascença e a maior mortalidade do sexo masculino. Esta leitura deve ser realizada com algum cuidado, já que diminuindo o número de jovens, não se verifica uma evolução no mesmo sentido dos idosos, facto que condicionará as políticas sociais a privilegiar.

Em síntese, e como se procurou demonstrar, a população do Município de Alcácer do Sal tem envelhecido, acompanhando aliás a tendência de quase todo o país. Este facto parece estar relacionado, segundo os especialistas, não só com a mudança de mentalidades, o que se reflecte na diminuição do número de filhos por casal, mas também pela procura de melhores condições de vida por parte da população activa jovem e em idade de procriar que migra quer para os espaços urbanos (próximos ou afastados), quer para as duas grandes metrópoles nacionais ou ainda para o estrangeiro.

1.1.3.4. Tendências de crescimento: volume e características da população nas primeiras décadas do século XXI

Tendo em atenção as dinâmicas populacionais descritas e as principais implicações do ponto de vista da organização das infra-estruturas e das actividades no território importa, no quadro dos objectivos desta análise, tentar enquadrar as tendências de evolução no horizonte temporal das duas primeiras décadas do século XXI. Utilizou-se o método das componentes por coortes como metodologia de base para uma análise mais detalhada (por grupos de idades).

76 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

A análise dos resultados indica a diminuição da população no Município de Alcácer do Sal nas duas primeiras décadas do século XXI (Quadros 36). Com efeito, o Município de Alcácer do Sal terá menos 934 habitantes em 2021 tendo por referência a população residente de 2001 (-6,54%). Este resultado deverá ser entendido no quadro da metodologia de projecção da população que considera apenas a dinâmica natural (nascimentos e óbitos).

Se atendermos também à dinâmica migratória e admitindo como cenário que nas próximas décadas se manterá o saldo migratório registado na década de noventa do século XX, significa que a população de Alcácer do Sal terá tendência a decrescer. Entre 2001 e 2011, o crescimento populacional será de 2,92%, correspondendo a um acréscimo de 417 indivíduos, sendo que no período entre 2011 e 2021 o decréscimo será de 4,32%, correspondendo a uma perda de 635 residentes.

Considerando apenas a dinâmica natural as projecções apontam para uma diminuição de 934 residentes (-6,54%). Com a consideração da dinâmica migratório, a tendência de decréscimo é compensada, projectando-se um decréscimo de 218 indivíduos, correspondendo a -1,53% (Quadro 37).

Quadro 36 – População residente e sobreviventes no Município de Alcácer do Sal (2001 a 2021).

2001-2006 2006-2011 2011-2016 2016-2021 2001-2021 Freguesias 2001 2006 2011 2016 2021 Nº % Nº % Nº % Nº % Nº % Comporta 1348 1367 1380 1372 1342 19 1,41 12 0,95 -7 -0,58 -30 -2,19 -6 -0,45 Santa Maria do Castelo 4268 4306 4343 4355 4322 38 0,89 36 0,86 12 0,28 -33 -0,76 54 1,27 Santa Susana 501 423 421 428 439 -78 -15,57 -2 -0,47 7 1,66 11 2,57 -62 -12,38 Santiago 4850 4760 4637 4468 4253 -90 -1,86 -123 -2,58 -169 -3,64 -215 -4,81 -597 -12,31

São Martinho 562 585 593 592 590 23 4,09 8 1,37 -1 -0,17 -3 -0,34 28 4,98 Torrão 2758 2695 2614 2516 2407 -63 -2,28 -81 -3,01 -98 -3,75 -109 -4,33 -351 -12,73 -934 -6,54 Total 14287 14138 13988 13732 13353 -149 -1,04 -150 -1,06 -256 -1,83 -379 -2,76 (2001* – INE, Censos 2001)

Quadro 37 – População residente, sobreviventes e variação no Município de Alcácer do Sal, com saldo migratório entre 2001 e 2021.

2001-2011 2011-2021 2001-2021 Freguesia 2001 2011 2021 Nº % Nº % Nº % Comporta 1348 1292 1254 -56 -4,15 -38 -2,94 -94 -6,97 Santa Maria do Castelo 4268 4496 4475 228 5,34 -21 -0,47 207 4,85 Santa Susana 501 447 465 -54 -10,78 18 4,03 -36 -7,19 Santiago 4850 5242 4858 392 8,08 -384 -7,33 8 0,16 São Martinho 562 487 484 -75 -13,35 -3 -0,62 -78 -13,88 Torrão 2758 2581 2374 -177 -6,42 -207 -8,02 -384 -13,92 Total 14287 14704 14069 417 2,92 -635 -4,32 -218 -1,53 (2001* – INE, Censos 2001)

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 77 ALENTEJO LITORAL

As alterações registadas nas seis freguesias do Município de Alcácer do Sal, considerando a dimensão migratória, permitem distinguir o comportamento das freguesias urbanas, Santa Maria do Castelo e Santiago que apresentam um saldo positivo, tendo em conta o saldo natural e o saldo migratório (207 e 8 residentes, respectivamente, para o período entre 2001 e 2021). As Freguesias de Torrão e São Martinho são as que apresentam um maior decréscimo populacional (-13,92% e -13,88%, respectivamente.

A consideração da dimensão dinâmica natural permite assim compreender uma parte da amplitude e complexidade das alterações demográficas. Mas, no contexto da reorganização da rede de equipamentos educativos é importante analisar os nascimentos projectados até 2021.

A consideração do comportamento desta variável é fundamental para que se possa prospectivar quais serão os volumes de população para os diferentes escalões de idades, mesmo não se considerando o efeito resultante da presença de populações imigrantes e a diferente taxa de fecundidade.

A evolução do número de sobreviventes por ano para as freguesias evidencia desde logo comportamentos diferentes nos nascimentos projectados (Quadro 38). Assim, para as Freguesias de Santa Maria do Castelo, Santa Susana e São Martinho projecta-se um acréscimo no número de nascimentos entre 2001 e 2021 (de 28 para 55 nascimentos, de 6 para 10 e de 2 para 7 nascimentos). Por outro lado, para as Freguesias de Comporta e Santiago projecta-se um decréscimo no número de nascimentos (de 14 para 9 e de 35 para 21 nascimentos). Para a Freguesia do Torrão projecta-se uma estabilização no número de nados-vivos (17 nascimentos em 2001 e 2021).

As taxas de natalidade passarão a apresentar acréscimos e decréscimos, em alguns casos com valores expressivos. Para as Freguesias de Santa Maria do Castelo, Santa Susana, Torrão e São Martinho projecta-se um acréscimo nos valores da taxa de natalidade. As Freguesias de Santiago e Comporta serão as que apresentarão valores de taxa de natalidade mais reduzidos em 2021 (Quadro 39).

Quadro 38 – Nados-vivos no Município de Alcácer do Sal entre 2001 e 2021.

Freguesias 2001 2006 2011 2016 2021 Comporta 14 10 11 11 9 Santa Maria do Castelo 28 62 65 62 55 Santa Susana 6 15 13 11 10 Santiago 35 28 29 26 21 São Martinho 2 9 8 7 7 Torrão 17 21 20 19 17 Total 88 135 136 125 110 (2001* – INE, Censos 2001)

78 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

Quadro 39 – Taxa de natalidade (‰) no Município de Alcácer do Sal entre 2001 e 2021. Freguesias 2001 2006 2011 2016 2021 Comporta 10,39 7,61 7,99 7,80 7,01 Santa Maria do Castelo 6,56 14,50 15,00 14,32 12,77 Santa Susana 11,98 34,66 32,03 26,78 22,52 Santiago 7,22 5,95 6,25 5,80 5,02 São Martinho 3,56 15,57 13,53 11,47 11,69 Torrão 6,16 7,61 7,72 7,50 7,04 Total 7,14 5,24 5,62 5,56 5,04 (2001* – INE, Censos 2001)

No quadro da reorganização da rede de equipamentos educativos é fundamental analisar o comportamento da população projectada e que poderá integrar os diferentes níveis de ensino (considerou-se a população dos grupos 0 a 4 anos – Pré-escolar, 5 a 9 anos – 1º Ciclo, 10 a 14 anos – 2º e 3º Ciclos, 15 a 19 anos – Ensino Secundário e 20 a 24 anos – Ensino Superior).

Na primeira década do actual século, o número de crianças em idade de frequentar o ensino pré- escolar registará um decréscimo de 172 indivíduos, passando dos actuais 537 para 365 crianças (Quadro 40). As Freguesias de Santa Maria do Castelo e Santa Susana registarão um acréscimo de 156 e 54 crianças em 2011 e apresentarão um decréscimo na década seguinte (-50 e -18 indivíduos). Para o horizonte temporal 2001-2021 projectam-se diminuições de 249 crianças neste município, correspondendo a -46,4%.

Quadro 40 – População residente, sobreviventes e variação no grupo etário 0 a 4 anos no Município de Alcácer do Sal entre 2001 e 2021. Freguesia 2001 2006 2011 2016 2021 2001-2021 (Nº) 2001-2021 (%) Comporta 51 52 55 54 47 -4 -7,7 Santa Maria do Castelo 170 312 326 312 276 106 62,3 Santa Susana 13 73 67 57 49 36 279,9 Santiago 174 142 145 129 107 -67 -38,6 São Martinho 19 46 40 34 34 15 81,4 Torrão 110 103 101 94 85 -25 -23 Total 537 358 365 340 288 -249 -46,4 (2001* – INE, Censos 2001)

No escalão dos 5 aos 9 anos e considerando a primeira década do século XXI, projecta-se o decréscimo de 45, 15 e 3 crianças nas Freguesias de Santiago, Comporta e Torrão (Quadro 41). Por outro lado, as Freguesias de Santa Maria do Castelo, Santa Susana e São Martinho registarão acréscimos de 101, 62 e 33 indivíduos. Na década seguinte o Município de Alcácer do Sal perderá 18 crianças, correspondendo a -3,03%.

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 79 ALENTEJO LITORAL

Para o horizonte temporal 2001-2021 projecta-se um decréscimo de 255 crianças neste município, correspondendo a -42,9%. As Freguesias de Santiago e Comporta registarão os maiores decréscimos (- 58 e -13 indivíduos, traduzidos numa perda de 30,8% e 20,1%). Por outro lado, projecta-se um acréscimo nas Freguesias de Santa Maria do Castelo, Santa Susana e São Martinho.

Quadro 41 – População residente, sobreviventes e variação no grupo etário 5 a 9 anos no Município de Alcácer do Sal entre 2001 e 2021. Freguesia 2001 2006 2011 2016 2021 2001-2021 (Nº) 2001-2021 (%) Comporta 67 51 52 55 54 -13 -20,1 Santa Maria do Castelo 211 170 312 326 312 101 47,8 Santa Susana 11 13 73 67 57 46 420,5 Santiago 187 174 142 145 129 -58 -30,8 São Martinho 13 19 46 40 34 21 161,3 Torrão 106 110 103 101 94 -12 -11 Total 595 537 358 365 340 -255 -42,9 (2001* – INE, Censos 2001)

Atendendo agora ao grupo etário dos 10 aos 14 anos projecta-se um decréscimo de 172 indivíduos, correspondendo a -24,26% no ano de 2011 (Quadro 42). Na década seguinte projecta-se um decréscimo de 172 jovens, correspondendo a -32,03%. Para o horizonte temporal 2001-2021, o Município perderá 344 indivíduos, correspondendo a -48,6%. Para as Freguesias de Santa Susana e São Martinho projectam-se importantes acréscimos neste grupo etário para o ano de 2021 (de 50 e 25 crianças).

Quadro 42 – População residente, sobreviventes e variação no grupo etário 10 a 14 anos no Município de Alcácer do Sal entre 2001 e 2021. Freguesia 2001 2006 2011 2016 2021 2001-2021 (Nº) 2001-2021 (%) Comporta 68 67 51 52 55 -13 -19,0 Santa Maria do Castelo 246 211 170 312 326 80 32,4 Santa Susana 17 11 13 73 67 50 296,7 Santiago 214 187 174 142 145 -69 -32,3 São Martinho 15 13 19 46 40 25 167,7 Torrão 149 106 110 103 101 -48 -32,3 Total 709 595 537 358 365 -344 -48,6 (2001* – INE, Censos 2001)

Relativamente ao grupo dos 15 aos 19 anos, e considerando o horizonte temporal 2001-2021, projecta-se um acréscimo nas Freguesias de Santa Susana e São Martinho (de 47 e 16 jovens). No entanto, de uma maneira geral, o Município de Alcácer do Sal perderá população no grupo etário dos 15 aos 19 anos, dado que em 2001 existiam 946 indivíduos com estas idades, projectando-se uma perda de 588 residentes, correspondendo a -62,2% (Quadro 43).

80 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

A consideração dos resultados para as idades de 20 a 24 anos reflecte, igualmente, esta dinâmica populacional (Quadro 44). Entre 2001 e 2021 haverá um decréscimo de indivíduos nestas idades (-463 jovens, correspondendo a -46,3%). Para este horizonte temporal todas as freguesias perderão população, sendo que se projecta decréscimos mais expressivos nas Freguesias de São Martinho e Santiago (-22 e - 190 indivíduos, correspondendo a -53,7% e -52,2%)

Quadro 43 – População residente, sobreviventes e variação no grupo etário 15 a 19 anos no Município de Alcácer do Sal entre 2001 e 2021. Freguesia 2001 2006 2011 2016 2021 2001-2021 (Nº) 2001-2021 (%) Santa Maria do Castelo 318 246 211 170 312 -6 -1,8 Santa Susana 26 17 11 13 73 47 182,0 Santiago 310 214 187 174 142 -168 -54,4 Torrão 176 149 106 110 103 -73 -41,8 São Martinho 30 15 13 19 46 16 51,9 Comporta 86 68 67 51 52 -34 -39,5 Total 946 709 595 537 358 -588 -62,2 (2001* – INE, Censos 2001)

Quadro 44 – População residente, sobreviventes e variação no grupo etário 20 a 24 anos no Município de Alcácer do Sal entre 2001 e 2021. Freguesia 2001 2006 2011 2016 2021 2001-2021 (Nº) 2001-2021 (%) Comporta 103 86 68 67 51 -52 -50,5 Santa Maria do Castelo 307 318 246 211 170 -137 -44,6 Santa Susana 22 26 17 11 13 -9 -40,9 Santiago 364 310 214 187 174 -190 -52,2 São Martinho 41 30 15 13 19 -22 -53,7 Torrão 163 176 149 106 110 -53 -32,5 Total 1000 946 709 595 537 -463 -46,3 (2001* – INE, Censos 2001)

Os grupos etários perderão mais população são, efectivamente, os que pertencem ao grupo dos jovens, principalmente dos grupos dos 0 aos 4 anos, dos 5 aos 9, dos 10 aos 14, dos 15 aos 19 e dos 20 aos 24 anos (Quadro 45). Neste contexto o grupo etário dos 15 aos 19 anos, perderá um maior número de indivíduos (-62,2%, correspondendo a -588 indivíduos).

Por outro lado, segundo as projecções, os grupos etários que verão a sua população aumentar serão os 80 aos 84 anos, e dos 85 aos 89 anos. Relativamente a este ultimo grupo, o aumento terá um valor significativo, dado que a população em 2001 era de 278 habitantes e a projectada para 2021 é de 457, isto é, um acréscimo de cerca de 179 pessoas (correspondendo a um aumento de 64,2%).

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 81 ALENTEJO LITORAL

Os resultados do índice de envelhecimento para o Município de Alcácer do Sal espelham uma diminuição deste índice a partir de 2001, atingindo o valor de 247,0% em 2011 e de 306,1% em 2021, quando em 2001 o valor era de 170,3% (Quadro 46). Isto significa que, para cada 100 jovens, existirão três vezes mais idosos em 2021.

Quadro 45 – População residente e sobreviventes por escalão etário no Município de Alcácer do Sal (2001 a 2021). Estrutura Etária 2001 2006 2011 2016 2021 2001-2021 Nº 2001-2021 % 0 a 4 537 358 365 340 288 -249 -46,4 5 a 9 595 537 358 365 340 -255 -42,9 10 a 14 709 595 537 358 365 -344 -48,6 15 a 19 946 709 595 537 358 -588 -62,2 20 a 24 1000 946 709 595 537 -463 -46,3 25 a 29 922 1000 946 709 595 -327 -35,5 30 a 34 753 919 996 943 706 -47 -6,2 35 a 39 874 742 905 982 929 55 6,3 40 a 44 1000 860 729 890 966 -34 -3,4 45 a 49 998 985 847 719 877 -121 -12,1 50 a 54 996 980 968 833 706 -290 -29,1 55 a 59 837 983 968 956 822 -15 -1,8 60 a 64 985 796 933 918 908 -77 -7,9 65 a 69 1012 907 734 857 841 -171 -16,9 70 a 74 841 888 797 645 751 -90 -10,8 75 a 79 649 685 724 650 526 -123 -18,9 80 a 84 355 457 485 515 464 109 30,6 85 e + 278 309 372 418 457 179 64,2 Total 14287 13655 12969 12227 11434 -2853 -20 Fonte: INE.

Quadro 46 – Índice de envelhecimento e estrutura da população no Município de Alcácer do Sal entre 2001 e 2021 (%). Indicadores 2001 2006 2011 2016 2021 Índice de Envelhecimento - Homens 148,1 176,8 192,7 229,5 246,4 Índice de Envelhecimento - Mulheres 193,5 263,4 307,3 355,6 370,1 Índice de Envelhecimento - Total 170,3 217,8 247,0 290,3 306,1 População com idades entre 0 e 14 anos 12,9 10,9 9,7 8,7 8,7 População com idades entre 15 e 39 anos 31,5 31,6 32,0 30,8 27,3 População com idades entre 40 e 64 anos 33,7 33,7 34,3 35,3 37,4 População com idades entre 0 e 14 anos 21,9 23,8 24,0 25,2 26,6 (2001* – INE, Censos 2001)

As Freguesias de Santiago e Comporta registarão valores de índice de envelhecimento superiores no ano de 2021 (353,8% e 271,2%). De salientar o decréscimo projectado para a Freguesia de Santa Maria do Castelo (de 120,4% para 93,4%). A Freguesia de Santa Susana apresenta um índice de envelhecimento muito inferior ao verificado no ano de 2001 (Quadro 47). Este valor é explicado pelo aumento da população entre os 0 e os 15 anos e a diminuição de população com 65 e mais anos.

82 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

Quadro 47 – Índice de envelhecimento por freguesia no Município de Alcácer do Sal entre 2001 e 2021 (%). Freguesia 2001 2006 2011 2016 2021 Comporta 136 183,3 220,9 242,8 271,2 Santa Maria do Castelo 120,4 114,4 98,3 87,6 93,4 Santa Susana 407,3 75,5 31,1 17,3 15,4 Santiago 190,4 241,3 269,3 315,7 353,8 São Martinho 327,7 244,4 184,9 170,3 191,1 Torrão 194,8 242,5 241,4 241,8 246,5 Total 170,3 217,8 247 290,3 306,1

(2001* – INE, Censos 2001) Relativamente ao índice de dependência (Quadro 48), as Freguesias de Torrão e Santiago apresentarão valores mais reduzidos (67,5% e 68,5% em 2021, quando em 2001 os valores eram de 64,0% e 52,5%, respectivamente). Isto significa que por cada 100 activos existirão nestas freguesias cerca de 67 e 68 inactivos em 2021. Para o Município de Alcácer do Sal projecta-se um decréscimo entre 2001 e 2011 (de 53,4% para 50,8%) e um acréscimo na década seguinte (para 54,4%).

Quadro 48 – Índice de dependência por freguesia no Município de Alcácer do Sal entre 2001 e 2021 (%). Freguesia 2001 2006 2011 2016 2021 Comporta 48,3 54,4 58,2 67,0 75,6 Santa Maria do Castelo 47,9 52,7 58,4 69,2 69,1 Santa Susana 71,0 67,7 91,8 118,9 84,5 Santiago 52,5 56,3 57,9 63,1 68,5 São Martinho 55,7 84,0 101,1 120,3 115,5 Torrão 64,0 68,0 69,3 67,9 67,5 Total 53,4 53,1 50,8 51,3 54,4 (2001* – INE, Censos 2001)

A análise realizada permite apresentar uma síntese dos principais comportamentos detectados.

No que se refere à evolução demográfica das freguesias do Município de Alcácer do Sal regista-se que as freguesias mais populosas são efectivamente as freguesias urbanas, Santa Maria do Castelo e Santiago.

O Município de Alcácer do Sal tem vindo a registar decréscimos na população residente, desde 1981 até 2001, e no período intercensitário 1991 a 2001 apenas as freguesias urbanas obtiveram variações populacionais positivas. Em relação às dinâmicas naturais do município verifica-se que o Município apresenta um crescimento natural negativo, traduzindo-se em superação do número de óbitos relativamente ao número de nados vivos.

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 83 ALENTEJO LITORAL

Entre 1981 e 2001 observou-se ainda no município uma redução do número de jovens e um aumento significativo do número de idosos, o que se traduziu em índices de envelhecimento com valores expressivos.

As tendências de futuro traduzem-se numa dinâmica natural caracterizada por uma diminuição dos nascimentos associada a taxas de fecundidade e de natalidade reduzidas. As Freguesias de Santa Maria do Castelo e de São Martinho serão as únicas onde se verificará um acréscimo da população residente. É ainda de referir o aumento significativo do índice de envelhecimento a nível municipal, fruto do aumento do número de idosos e da redução, em alguns casos drástica do número de jovens.

1.2. Análise da Rede e Sistema Educativo

1.2.1 Oferta e Procura Educativa

A oferta educativa no Município de Alcácer do Sal caracteriza-se pela existência de 29 estabelecimentos de ensino 4, que registam a frequência de 1631 alunos 5 (Quadro 49 e Figura 30).

A Freguesia urbana de Santa Maria do Castelo integra 11 equipamentos educativos, os quais asseguram a oferta de ensino desde a Educação Pré-escolar ao Ensino Secundário. Por seu turno, a Freguesia de Santa Susana disponibiliza apenas um estabelecimento de Educação Pré-escolar.

Ao nível da frequência destaca-se, como seria expectável, a Freguesia de Santa Maria do Castelo com 990 alunos (61% do total de alunos matriculados no Município), seguindo-se, com valores bastante inferiores, as Freguesias de Santiago e Torrão com 296 e 223 alunos, respectivamente. Já os quantitativos escolares mais reduzidos observam-se nas Freguesias de São Martinho (26) e Santa Susana (quatro).

4 Importa referir que do total de 15 estabelecimentos de Educação Pré-escolar existentes no Município de Alcácer do Sal dois correspondem, na realidade, a EPEI’s, designadamente a EPEI Albergaria/Arez (Freguesias de Santa Maria do Castelo e Santiago) e a EPEI Santa Susana/Montevil (Freguesias de Santa Maria do Castelo e Santa Susana), pelo que nas Figuras 30 e 31 apenas se encontram representados 11 estabelecimentos de Educação Pré-escolar. 5 Na análise da procura educativa não se encontra contabilizada a população escolar referente ao Centro Infantil de Alcácer (68), localizado na Freguesia de Santiago, uma vez que esta instituição não cedeu a informação, deste modo o valor apresentado é referente ao ano lectivo 2007/2008.

84 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

Quadro 49 – Síntese da oferta e da procura educativa no Município de Alcácer do Sal no ano lectivo 2008/2009.

Educação Pré- Ensino 1º CEB 2º CEB 3º CEB Total Escolar Secundário

Freguesias Nº de alunos de Nº alunos de Nº alunos de Nº alunos de Nº alunos de Nº Nº de crianças de Nº Nº de estabelecimentos de Nº estabelecimentos de Nº estabelecimentos de Nº estabelecimentos de Nº estabelecimentos de Nº estabelecimentos de Nº Comporta 2 40 2 52 ------4 92 Santa Maria do Castelo 5 123 3 150 1 200 1 320 1 197 11 990 Santa Susana 1 4 ------1 4 Santiago 4 78 1 218 ------5 296 São Martinho 1 10 1 16 ------2 26 Torrão 2 42 2 71 1 68 1 42 - - 6 223 Total 15 297 9 507 2 268 2 362 1 197 29 1631

Figura 30 – Rede educativa do Município de Alcácer do Sal.

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 85 ALENTEJO LITORAL

1.2.1.1. Educação Pré-escolar

No Município de Alcácer do Sal, a Educação Pré-escolar encontra-se assegurada por 15 equipamentos educativos 6, sendo que nove integram a rede pública (183) e seis integram a rede particular (114), os quais registam, na sua totalidade, a frequência de 297 crianças (Quadro 50 e Figura 31).

Quadro 50 – Síntese da oferta e da procura na Educação Pré-escolar no Município de Alcácer do Sal, segundo a natureza jurídica, no ano lectivo 2008/2009.

Pública Particular Total

Freguesias Nº de de Nº Nº de de Nº Nº de de Nº Nº de crianças de Nº Nº de crianças de Nº Nº de crianças de Nº estabelecimentos estabelecimentos estabelecimentos

Comporta 1 22 1 18 2 40 Santa Maria do Castelo 4 83 1 40 5 123 Santa Susana 1 4 - - 1 4 Santiago 2 53 2 25 4 78 São Martinho - - 1 10 1 10 Torrão 1 21 1 21 2 42 Total 9 183 6 114 15 297

No que respeita ao número de equipamentos educativos salienta-se, com o maior número, as Freguesias urbanas de Santa Maria do Castelo e Santiago, com cinco e quatro estabelecimentos, respectivamente. Por seu turno, as Freguesias de Santa Susana e São Martinho apresentam apenas um estabelecimento de Educação Pré-escolar.

Tal como seria expectável, é a Freguesia de Santa Maria do Castelo a que apresenta o maior quantitativo de população escolar, com um total de 123 crianças, seguindo-se a Freguesia de Santiago, com 78 crianças inscritas, embora nesta última freguesia se desconheça a informação referente a um JI da rede particular. Por outro lado, o menor número de crianças afectas à Educação Pré-escolar verifica- se na Freguesia de Santa Susana, em que se observa a frequência de apenas quatro crianças.

A Freguesia de Santa Maria do Castelo é a que apresenta o maior número de crianças provenientes de outras freguesias do Município, com um total de 29 crianças (Quadro 51). Já nas Freguesias de Santiago e Torrão é possível observar a entrada de oito e cinco crianças, respectivamente.

6 Tal como referido anteriormente, o estabelecimento de Educação Pré-escolar localizado na Freguesia de Santa Susana, bem como um estabelecimento localizado na Freguesia de Santiago e dois na Freguesia de Santa Maria do Castelo correspondem a EPEI’s, pelo que na Figura 31 apenas se encontram representados 11 JI’s.

86 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

Figura 31 – Rede educativa da Educação Pré-escolar no Município de Alcácer do Sal.

Quadro 51 – Dinâmica da população escolar na Educação Pré-escolar no Município de Alcácer do Sal no ano lectivo 2008/2009 7.

População Entrada de crianças Saída de crianças Freguesias escolar Outras Outros Outras Outros Total Total 2008/2009 freguesias municípios freguesias municípios Comporta 40 0 0 0 0 0 0 Santa Maria do Castelo 123 29 0 29 12 0 12 Santa Susana 4 0 0 0 0 0 0 Santiago 78 8 0 8 29 0 29 São Martinho 10 ……… 0 0 0 Torrão 42 5 0 5 1 0 1 Total 297 42 0 42 42 0 42

7 Na análise da dinâmica da população escolar na Educação Pré-escolar no Município de Alcácer do Sal não se encontra considerado quatro estabelecimentos de Educação Pré-escolar da rede particular, mais concretamente o JI Centro Infantil de Alcácer do Sal, o JI Fundação Nª. Srª das Dores, Associação da Creche e Jardim de Infância e Centro de Dia e o JI Centro Social Paroquial do Torrão, uma vez que estas instituições não disponibilizaram os lugares de residência das crianças inscritas no ano lectivo em estudo.

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 87 ALENTEJO LITORAL

Por seu turno, as Freguesias de Santiago (29) e Santa Maria do Castelo (12) destacam-se por apresentarem a saída do maior número de crianças para frequentar a Educação Pré-escolar nos equipamentos de outras freguesias do Município, o que facilmente se explica pelos fluxos que normalmente se estabelecem entre as freguesias que integram o centro urbano.

No que se refere à dinâmica da população escolar verifica-se que, no ano lectivo 2008/2009, são 297 as crianças inscritas na Educação Pré-escolar no Município de Alcácer do Sal, número bastante inferior aos 366 nascimentos observados no período correspondente à frequência (Quadro 52). Todavia, às 297 crianças deverá associar-se as 68 crianças inscritas num estabelecimento de Educação Pré-escolar da rede particular, no ano lectivo 2007/2008, pelo que a frequência real (365) deverá apresentar-se como bastante próxima do número de nascimentos. Deste modo, tendo em linha de conta apenas os nascimentos, no Município de Alcácer do Sal perspectiva-se a frequência de 361 e 327 crianças, nos anos lectivos 2009/2010 e 2010/2011.

Quadro 52 – População escolar potencial na Educação Pré-escolar no Município de Alcácer do Sal entre os anos lectivos 2008/2009 e 2010/2011.

População escolar Agrupamentos de Freguesias Potencial Escolas Real 2008/2009 2008/2009 2009/2010 2010/2011 Comporta 22 38 30 30 Santa Maria do Castelo 83 121 128 113 Santa Susana 4 4 5 5 Alcácer do Sal Santiago 53 141 141 124 São Martinho - 8 5 5 Sub-total 162 312 309 277 Torrão 21 54 52 50 Torrão Sub-total 21 54 52 50 Total 183 366 361 327 Comporta 18 --- Santa Maria do Castelo 40 --- Santiago 25 --- Escolas Não Agrupadas São Martinho 10 --- Torrão 21 --- Sub-total 114 --- Total 297 366 361 327

88 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

1.2.1.2. 1º Ciclo do Ensino Básico

A oferta educativa do 1º CEB é composta por nove estabelecimentos da rede pública, que apresentam uma população escolar de 507 alunos (Quadro 53 e Figura 32).

De salientar que a Freguesia de Santa Susana é a única freguesia do Município que não integra qualquer equipamento afecto ao 1º CEB. Já a Freguesia de Santa Maria do Castelo destaca-se por apresentar o maior número de equipamentos, com três estabelecimentos, embora seja a Freguesia de Santiago a que apresenta o maior número de alunos matriculados, com um total de 218 alunos.

Quadro 53 – Síntese da oferta e da procura educativa do 1º CEB no Município de Alcácer do Sal, segundo a natureza jurídica, no ano lectivo 2008/2009. Pública Freguesias Nº de estabelecimentos Nº de alunos Comporta 2 52 Santa Maria do Castelo 3 150 Santa Susana -- Santiago 1 218 São Martinho 1 16 Torrão 2 71 Total 9 507

Figura 32 – Rede educativa do 1º CEB no Município de Alcácer do Sal.

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 89 ALENTEJO LITORAL

Na globalidade do Município de Alcácer do Sal observa-se a frequência de apenas um aluno proveniente de outro Município, mais concretamente do Município de Sines. Em sentido contrário, não se regista a saída de qualquer aluno residente no Município de Alcácer do Sal para o frequentar o 1º CEB noutros estabelecimentos da Sub-região do Alentejo Litoral (Quadro 54).

No que respeita à mobilidade interna é possível observar que a Freguesia de Santiago apresenta a matrícula de um número bastante significativo de alunos provenientes de outros sectores, com a frequência de 90 alunos. Destaca-se, também, a Freguesia de Santa Maria do Castelo, com matrícula de 52 alunos provenientes de outras freguesias do Município.

No que respeita às saídas, destacam-se, novamente, as Freguesias de Santa Maria do Castelo e Santiago, com 77 e 46 alunos, respectivamente, o que se poderá justificar pelos fluxos que se estabelecem, por norma, entre as freguesias que constituem o centro urbano do Município.

Quadro 54 – Dinâmica da população escolar no 1º CEB no Município de Alcácer do Sal no ano lectivo 2008/2009. População Entrada de alunos Saída de alunos Nascimentos Freguesias escolar Outras Outros Outras Outros 1999-2002 Total Total 2008/2009 freguesias municípios freguesias municípios Comporta 52 50 1 0 1 8 0 8 Santa Maria do Castelo 150 137 52 0 52 77 0 77 Santa Susana - 17 0 0 0 10 0 10 Santiago 218 140 90 1 91 46 0 46 São Martinho 16 14 0 0 0 1 0 1 Torrão 71 72 0 0 0 1 0 1 Total 507 430 143 1 144 143 0 143

No que diz respeito à previsão da população escolar, perspectiva-se um incremento do número de alunos entre os anos lectivos 2008/2009 e 2012/2013, com a passagem de 430 a 475 alunos, o que caso se verifique traduz-se num aumento de 10,47% (Figura 33). No entanto, no ano lectivo 2013/2014 deverá observar-se uma ligeira diminuição do número de alunos, prevendo-se a frequência de 457 alunos, total, ainda, assim superior ao inicialmente previsto para o ano lectivo 2008/2009.

De referir que os valores previstos para os próximos anos lectivos poderão ser superiores aos estimados, considerando a diferença observada entre a população escolar potencial (430) e real (507), no ano lectivo 2008/2009.

90 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

600

480

360 Nº 240

120

0 2008/2009 2009/2010 2010/2011 2011/2012 2012/2013 2013/2014 Potencial Real

Figura 33 – População escolar potencial no 1º CEB no Município de Alcácer do Sal entre os anos lectivos 2008/2009 e 2013/2014.

No Agrupamento de Escolas de Alcácer do Sal é expectável um aumento da população escolar potencial no período compreendido entre os anos lectivos 2008/2009 e 2013/2014, com a passagem dos 358 aos 392 alunos, o que representará um incremento de 9,5%.

Todavia, os valores apresentados poderão ser superiores ao previsto, isto considerando que no ano lectivo 2008/2009 o número de alunos efectivamente matriculados (436) foi bastante superior ao número de alunos previsto (358), com base nos nascimentos registados na área de influência deste Agrupamento (Figura 34).

500

400

300 Nº 200

100

0 2008/2009 2009/2010 2010/2011 2011/2012 2012/2013 2013/2014

Potencial Real

Figura 34 – População escolar potencial no 1º CEB no Agrupamento de Escolas de Alcácer do Sal entre os anos lectivos 2008/2009 e 2013/2014.

No Agrupamento de Escolas de Torrão perspectiva-se um decréscimo da população escolar, quando se compara a previsão de 72 alunos, no ano lectivo 2008/2009 com a de 65 alunos, no ano lectivo 2013/2014, o que se traduz numa redução de -9,72% (Figura 35).

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 91 ALENTEJO LITORAL

100

80

60 Nº 40

20

0 2008/2009 2009/2010 2010/2011 2011/2012 2012/2013 2013/2014 Potencial Real

Figura 35 – População escolar potencial no 1º CEB no Agrupamento de Escolas de Torrão entre os anos lectivos 2008/2009 e 2013/2014.

No ano lectivo 2013/2014 as Freguesias de Santiago e Santa Maria do Castelo deverão apresentar uma população escolar potencial de 182 e 159 crianças, respectivamente. Já as Freguesias de Santa Susana e São Martinho deverão apresentar uma população escolar potencial de seis crianças, cada, o que poderá colocar em causa a manutenção do equipamento educativo localizado na Freguesia de São Martinho, no contexto da reorganização do parque escolar (Figura 36).

Figura 36 – Projecção da população escolar do 1º CEB no Município de Alcácer do Sal, no ano lectivo 2013/2014.

92 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

1.2.1.3. 2º e 3º Ciclos do Ensino Básico

A oferta educativa dos 2º e 3º CEB no Município de Alcácer do Sal é constituída por dois estabelecimentos da rede pública, os quais registam uma população escolar de 630 alunos (Quadro 55 e Figura 37). Numa análise mais pormenorizada, verifica-se que a EB2,3 Pedro Nunes, localizado na Freguesia de Santa Maria do Castelo, apresenta a matrícula de 520 alunos, sendo que 200 se encontram afectos ao 2º CEB e 320 ao 3º CEB. Já a EB2,3 Bernardim Ribeiro, localizada na Freguesia de Torrão, apresenta uma população escolar de 110 alunos, sendo que 68 se encontram afectos ao 2º CEB e 42 alunos ao 3º CEB.

Quadro 55 - Síntese da oferta e da procura educativa dos 2º e 3º CEB no Município de Alcácer do Sal, segundo a natureza jurídica, no ano lectivo 2008/2009. Número de alunos Agrupamentos de Freguesias Estabelecimentos de ensino Pública Escolas 2º CEB 3º CEB 2º e 3º CEB Santa Maria do Castelo Alcácer do Sal EB2,3 Pedro Nunes 200 320 520 Torrão Torrão EB2,3 Bernardim Ribeiro 68 42 110 Total 268 362 630

Figura 37 – Rede educativa dos 2 e 3º CEB e Ensino Secundário no Município de Alcácer do Sal.

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 93 ALENTEJO LITORAL

Como se observou no 1º CEB, também, nos 2º e 3º CEB não se regista a saída de alunos residentes no Município de Alcácer do Sal para frequentar estes dois níveis de ensino noutros Municípios desta Sub- região (Quadro 56). A EB2,3 Pedro Nunes é o único estabelecimento a apresentar alunos provenientes de fora da sua área de influência, nomeadamente nove alunos (Figura 38). Já a totalidade dos alunos matriculados na EB2,3 Bernardim Ribeiro são residentes na sua área de influência (Figura 39).

Quadro 56 – Dinâmica da população escolar nos 2º e 3º CEB no Município de Alcácer do Sal no ano lectivo 2008/2009.

População Entrada de alunos Saída de alunos Nascimentos escolar Outras Outros Outras Outros 1994-1998 Total Total Estabelecimentos de 2008/2009 freguesias município freguesias município ensino s s 2º 2º CEB 3º CEB 2º CEB 3º CEB 2º CEB 3º CEB 2º CEB 3º CEB 2º CEB 3º CEB 2º CEB 3º CEB 2º CEB 3º CEB 2º CEB 3º CEB 2º 2º e 3º CEB 2º e 3º CEB 2º e 3º CEB 2º e 3º CEB 2º e 3º CEB 2º e 3º CEB 2º e 3º CEB 2º e 3º CEB

EB2,3 Pedro Nunes 2003205201802814610 6 6 1 2 3 1 8 9 0 0 0 0 0 0 0 0 0 EB2,3 Bernardim Ribeiro 68421104453970 0 0 0 0 0 0 0 0 0 6 6 0 0 0 0 6 6 Total 2683626302243345580 6 6 1 2 3 1 8 9 0 6 6 0 0 0 0 6 6

Figura 38 – Residência dos alunos da EB2,3 Pedro Nunes.

94 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

Figura 39 – Residência dos alunos da EB2,3 Bernardim Ribeiro.

Em termos de dinâmica da população escolar observa-se que o número de nascimentos registados no período correspondente à frequência (558) é inferior à população escolar real do ano lectivo 2008/2009 (630), o que indicia a frequência de alunos residentes mas não registados neste território municipal. Não obstante, em função dos nascimentos, prevê-se no Município uma diminuição da população escolar (Figura 40), com a possível passagem de 558 a 544 alunos entre os anos lectivos 2008/2009 e 2013/2014. Esta dinâmica que não se verifica no ano lectivo 2017/2018, uma vez que se perspectiva a frequência de 571 alunos (205 alunos no 2º CEB e 366 alunos no 3º CEB).

750

600

450

Nº 300

150

0 2008/2009 2010/2011 2012/2013 2014/2015 2016/2017

Potencial 2º CEB Potencial 3º CEB Potencial 2º e 3º CEB Real 2º e 3º CEB

Figura 40 – População escolar potencial nos 2º e 3º CEB no Município de Alcácer do Sal entre os anos lectivos 2008/2009 e 2017/2018.

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 95 ALENTEJO LITORAL

Numa análise individual é esperado que no 2º CEB se venha a observar uma manutenção dos efectivos escolares, com a passagem de 224 a 221 alunos, enquanto que no 3º CEB estima-se a passagem de 334 aos 323 alunos entre os anos lectivos 2008/2009 e 2013/2014.

No Agrupamento de Escolas de Alcácer do Sal deverá observar-se, num primeiro momento, uma diminuição da população escolar a frequentar os 2º e 3º CEB, com a passagem de 461 a 455 alunos entre os anos lectivos 2008/2009 e 2013/2014, enquanto que, num segundo momento, espera-se um acréscimo da população escolar, com a matrícula de 492 alunos no ano lectivo 2017/2018 (Figura 41).

Numa análise individual, prevê-se um ligeiro incremento do número de alunos afectos ao 2º CEB, com a passagem de 180 a 193 alunos, enquanto que no 3º CEB a evolução aponta para uma diminuição, com a passagem dos 281 aos 265 alunos, isto entre os anos lectivos 2008/2009 e 2013/2014.

750

600

450 Nº 300

150

0 2008/2009 2010/2011 2012/2013 2014/2015 2016/2017 Potencial 2º CEB Potencial 3º CEB Potencial 2º e 3º CEB Real 2º e 3º CEB

Figura 41 – População escolar potencial nos 2º e 3º CEB no Agrupamento de Escolas de Alcácer do Sal entre os anos lectivos 2008/2009 e 2017/2018.

O Agrupamento de Escolas de Torrão deverá caracterizar-se por uma redução contínua dos efectivos escolares, com a passagem dos 97 aos 86 alunos entre os anos lectivos 2008/2009 e 2013/2014 (Figura 42). De salientar que no ano lectivo 2017/2018 espera-se a matrícula de 79 alunos (25 no 2º CEB e 54 no 3º CEB). No 2º CEB a previsão aponta para um decréscimo bastante significativo, passando de 44 a 28 alunos, enquanto que no 3º CEB se prevê um ligeiro aumento da população escolar, passando de 53 a 58 alunos, entre os anos lectivos 2008/2009 e 2013/2014.

Em relação à população escolar potencial do ano lectivo 2013/2014 constata-se que a Freguesia de Santiago é a que apresenta o valor mais significativo, com 180 crianças, seguindo-se a Freguesia de Santa Maria do Castelo, com 173 crianças (Figura 43). As outras quatro freguesias deverão apresentar uma população escolar potencial inferior a 86 crianças, valor registado pela Freguesia do Torrão.

96 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

150

120

90 Nº 60

30

0 2008/2009 2010/2011 2012/2013 2014/2015 2016/2017 Potencial 2º CEB Potencial 3º CEB Potencial 2º e 3º CEB Real 2º e 3º CEB

Figura 42 – População escolar potencial nos 2º e 3º CEB no Agrupamento de Escolas de Torrão entre os anos lectivos 2008/2009 e 2017/2018.

Figura 43 – Projecção da população escolar dos 2º e 3º CEB no Município de Alcácer de Sal, no ano lectivo 2013/2014.

1.2.1.4. Ensino Secundário

O equipamento afecto ao Ensino Secundário encontra-se localizado na Freguesia de Santa Maria do Castelo e apresenta, no ano lectivo em estudo, a frequência de 197 alunos (Quadro 57 e vide Figura 37). Deste 197 alunos apenas um aluno habita no Município de Grândola, residindo os restantes 196 alunos nas seis freguesias que constituem este território municipal (Quadro 58 e Figura 44). Em sentido contrário, observa-se que quatro alunos residentes no Município de Alcácer do Sal optaram por frequentar o Ensino Secundário noutros territórios municipais da Sub-região do Alentejo Litoral.

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 97 ALENTEJO LITORAL

Quadro 57 – Síntese da oferta e da procura educativa do Ensino Secundário no Município de Alcácer do Sal, segundo a natureza jurídica, no ano lectivo 2008/2009.

Pública Freguesias Nº de estabelecimentos Nº de alunos Santa Maria do Castelo 1 197

Quadro 58 – Dinâmica da população escolar no Ensino Secundário no Município de Alcácer do Sal no ano lectivo 2008/2009.

Estabelecimentos de População escolar Nascimentos Entrada de Saída de ensino 2008/2009 1991-1993 alunos alunos

ES Alcácer do Sal 197 385 1 4

Figura 44 – Residência dos alunos da ES Alcácer do Sal.

Tal como seria expectável, os nascimentos registados no período correspondente à frequência do Ensino Secundário (385) são bastante superiores aos quantitativos escolares referentes ao ano lectivo 2008/2009 (197), situação decorrente da não obrigatoriedade de frequência deste nível de ensino.

Entre os anos lectivos 2008/2009 e 2013/2014 perspectiva-se uma diminuição dos jovens com idade de frequentar o Ensino Secundário, com a passagem de 385 a 318 jovens, o que significa um decréscimo de -17,4%. Já no ano lectivo 2017/2018 encontra-se previsto a matrícula de 326 jovens, o que significa um aumento da população escolar potencial comparativamente ao ano lectivo 2013/2014 (Figura 45).

98 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

500

400

300 Nº 200

100

0 2008/2009 2010/2011 2012/2013 2014/2015 2016/2017 Potencial Real

Figura 45 – População escolar potencial no Ensino Secundário no Município de Alcácer do Sal entre os anos lectivos 2008/2009 e 2017/2018.

Em relação à projecção da população escolar afecta ao Ensino Secundário para o ano lectivo 2013/2014, verifica-se que, mais uma vez, que as Freguesias de Santiago e Santa Maria do Castelo apresentam os valores mais elevados de nascimentos, com 111 e 100 crianças (Figura 46). Já as restantes freguesias observam um número de nascimentos bastante inferior, destacando-se, pela negativa, a Freguesia de Santa Susana que regista apenas uma criança nascida nos anos correspondentes à frequência.

Figura 46 – Projecção da população escolar do Ensino Secundário no Município de Alcácer do Sal, no ano lectivo 2013/2014.

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 99 ALENTEJO LITORAL

1.2.2. Reorganização da Rede Educativa

No território do Município de Alcácer do Sal predominam os declives suaves, observando-se os mais acentuados apenas na transição para o Maciço Hespérico, bem como nos vales fluviais, aqui devido à incisão das linhas de água, destacando-se, nesse particular, a presença do rio Sado. Em termos demográficos é de salientar que este Município tem vindo apresentar um decréscimo de população residente, que entre os anos de 1991 e 2001 se traduziu numa variação de -1,55%, acompanhando, esta dinâmica, a totalidade das freguesias do Município.

Tendo em linha de conta os nascimentos registados nos últimos anos, no Município de Alcácer do Sal poderá vir a observar-se na Educação Pré-escolar a frequência de 327 crianças no ano lectivo 2010/2011, o que significa um decréscimo de 39 crianças comparativamente às 366 crianças nascidas no período correspondente ao ano lectivo 2008/2009 (Quadro 59). Já neste ano lectivo encontram-se 297 crianças inscritas, as quais deverão associar-se um valor de 68 crianças correspondentes às inscritas no ano lectivo 2007/2008 no único equipamento da rede particular que não disponibilizou os dados referentes ao ano lectivo em estudo. Deste modo, poderá estimar-se a frequência de cerca de 365 crianças, número idêntico ao número de crianças previsto com base nos nascimentos.

No Território Educativo de Alcácer do Sal deverá observar-se um decréscimo do número de crianças com idade de frequentar a Educação Pré-escolar, prevendo-se a passagem de 312 a 277 crianças, isto no período entre os anos lectivos 2008/2009 e 2010/2011. Já no ano lectivo 2008/2009 observou-se a frequência de 323 crianças (considerando as 68 crianças inscritas, no ano lectivo 2007/2008, no único estabelecimento da rede particular que não disponibilizou a informação), ou seja, um número superior ao número de crianças anteriormente estimado.

Quadro 59 – Previsão e dinâmica da população escolar no Município de Alcácer do Sal.

População Escolar JI 1º CEB 2º CEB 3º CEB Ensino Secundário

2008/2009 2008/2009 2008/2009 2008/2009 2008/2009 2010/2011 2013/2014 2013/2014 2013/2014 2013/2014 Território Educativo Nascimentos Nascimentos Nascimentos Nascimentos Nascimentos População Escolar População Escolar População Escolar População Escolar População Escolar População Escolar População Escolar População Escolar População Escolar População Escolar População

Alcácer do Sal 312 255 277 358 436 392 180 200 193 281 320 265 385 197 318 Torrão 54 42 50 72 71 65 44 68 28 53 42 58 Total 366 297 327 430 507 457 224 268 221 334 362 323 385 197 318

100 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

Já no Território Educativo de Torrão perspectiva-se a frequência de 50 crianças no ano lectivo 2010/2011, o que significa menos quatro crianças comparativamente com as 54 crianças nascidas nos anos correspondentes à frequência do ano lectivo 2008/2009. Já neste ano lectivo são 42 as crianças a frequentar a Educação Pré-escolar, número ligeiramente inferior ao previsto com base nos nascimentos.

No 1º CEB, a projecção da população escolar aponta para a frequência de 457 alunos no ano lectivo 2013/2014, o que representa mais 27 crianças (ou seja, em termos do todo municipal mais uma sala de aula) face às 430 crianças que se encontravam previstas para o ano lectivo 2008/2009. Contudo, neste ano lectivo o número de alunos matriculados (507) é bastante superior ao número de nascimentos, o que, caso se continue a observar, terá reflexos nas previsões efectuadas para os próximos anos lectivos.

Em relação ao Território Educativo de Alcácer do Sal encontra-se previsto a passagem de 358 a 392 crianças, entre os anos lectivos 2008/2009 e 2013/2014, o que poderá significar a utilização de mais duas salas de aula. De referir que no ano lectivo 2008/2009 a população escolar real (436) foi bastante superior à população escolar potencial (358), dinâmica que poderá introduzir, caso se continue a registar, alterações no valor previsto.

Por seu turno, no Território Educativo de Torrão espera-se uma diminuição do número de alunos a frequentar o 1º CEB, passando de 72 a 65 efectivos escolares entre os anos lectivos 2008/2009 e 2013/2014. Já no ano lectivo 2008/2009 encontram-se 71 alunos matriculados, facto que evidencia uma elevada fidelização das crianças nascidas e residentes ao estabelecimento de ensino local.

No 2º CEB, perspectiva-se a frequência de 221 alunos no ano lectivo 2013/2014, o que significa menos três crianças em relação aos 224 alunos potenciais referentes ao ano lectivo 2008/2009. Tendo em consideração que neste ano lectivo a população escolar real (268) é superior à população escolar estimada (224), o número de alunos previsto para o ano lectivo 2013/2014 poderá vir a sofrer algumas alterações.

No Território Educativo de Alcácer do Sal deverá ocorrer a passagem de 180 a 193 alunos potenciais, no período compreendido entre os anos lectivos 2008/2009 e 2013/2014, o que representa mais 13 crianças. De referir que no ano lectivo 2008/2009 eram 200 os alunos efectivamente matriculados, ou seja, mais 20 jovens do que o anteriormente previsto com base nos nascimentos.

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 101 ALENTEJO LITORAL

Já no Território Educativo de Torrão deverá observar-se um decréscimo da população escolar potencial, uma vez que se espera a passagem de 44 a 24 jovens entre os anos lectivos 2008/2009 e 2013/2014. Todavia, a frequência real deste nível de ensino é de 68 alunos, o que indicia a presença de alunos residentes, mas que não foram registados na Freguesia de Torrão, o que deverá ser tido em consideração na reorganização do parque escolar.

No que diz respeito ao 3º CEB a previsão indicia um ligeiro decréscimo dos quantitativos escolares potenciais, passando de 334 jovens no ano lectivo 2008/2009, para os 323 jovens no ano lectivo 2013/2014. No decorrer do ano lectivo 2008/2009 verifica-se a matrícula de 362 alunos, valor superior ao previsto com base nos nascimentos, o que apenas se poderá justificar pela frequência de alunos residentes mas que não foram registados no Município, uma vez que não se observam fluxos que justifiquem estes números.

No Território Educativo de Alcácer do Sal espera-se, de igual modo, um decréscimo da população escolar potencial afecta ao 3º CEB, com a passagem de 281 a 265 jovens, embora no ano lectivo 2008/2009 se tenho registado a frequência de 320 alunos, número bastante superior aos nascimentos. Esta divergência encontra-se associada à frequência de alunos residentes que não foram registados neste território educativo, uma vez o saldo entre as entradas e saídas não explica esta diferença.

O Território Educativo de Torrão espera-se um ligeiro aumento do número de jovens com idade de frequentar 3º CEB, com a possível passagem de 53 a 58 jovens entre os anos lectivos 2008/2009 e 2013/2014. Todavia, o número de alunos matriculados (42) é inferior ao número de alunos previsto com base nos nascimentos, o que se justifica pela saída de alunos para frequentar este nível de ensino noutros territórios educativos.

Finalmente, no Ensino Secundário regista-se a frequência de 197 alunos, valor bastante inferior aos 385 jovens nascidos nos anos correspondentes a frequência do ano lectivo 2008/2009, diferença que se justifica pelo carácter opcional deste nível de ensino. De referir ainda que no ano lectivo 2013/2014 se encontra previsto a matrícula de 318 jovens.

102 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

No seguimento das profundas alterações efectuadas pela tutela no sentido de optimizar e requalificar as infra-estruturas educativas e tendo em consideração as directrizes da Lei de Bases do Sistema Educativo, a reorganização do parque escolar em termos de Educação Pré-escolar e 1º CEB no Município de Alcácer do Sal deverá atender à necessidade de 13 salas de actividade e 19 salas de aula, num total de 32 espaços lectivos, sendo que 27 deverão localizar-se no Território Educativo de Alcácer do Sal, dando resposta aos 669 alunos previstos e apenas cinco salas no Território Educativo de Torrão, na medida em que as projecções apontam para a frequência de 115 alunos (Quadro 60). Já no que diz respeito aos 2º e 3º CEB a projecção aponta para a frequência de 221 e 323 alunos, prevendo-se, respectivamente, a necessidade de dez e 14 espaços lectivos.

Assim, para o Território Educativo de Alcácer do Sal a proposta de reorganização passa pela construção de um Centro Escolar na Freguesia de Comporta (entretanto aprovado pela DREA e pelo GEPE), que deverá integrar três salas de actividade e quatro salas de aula, embora para a Freguesia de Comporta se encontra previsto apenas a frequência de 30 crianças na Educação Pré-escolar e de 39 alunos no 1º CEB (Quadro 61 e Figura 47). No entanto, este equipamento poderá ser assumido numa lógica inter-municipal, uma vez que, também, poderá integrar algumas crianças e alunos residentes na Freguesia de Carvalhal, Município de Grândola, isto por força da proximidade geográfica existente. Embora este Centro Escolar possa vir a apresentar um reduzido quantitativo de população escolar a sua construção justifica-se para evitar a deslocação diária por um longo período de tempo (cerca de 30 minutos) das crianças e alunos residentes neste sector do Município de Alcácer do Sal.

Na Freguesia de Santa Maria do Castelo, também, deverá observar-se a construção de um Centro Escolar (3+10), enquanto que na Freguesia de Santiago deverá permanecer em funcionamento a EB1 Alcácer do Sal nº 1, que integra, na actualidade, oito salas de aula. Estes dois equipamentos apresentam uma capacidade máxima para 450 alunos, devendo, deste modo, integrar, no 1º CEB, não só a população escolar residente nas Freguesias de Santa Maria do Castelo e Santiago, mas também os alunos residentes nas Freguesias de Santa Susana e São Martinho, esperando-se a frequência de 353 alunos, tendo em linha de conta apenas as crianças nascidas nos anos correspondentes à frequência.

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 103 ALENTEJO LITORAL

Ainda no que respeita à Educação Pré-escolar deverá observar-se, na Freguesia de Santa Maria do Castelo, a reconversão da EB1/JI Alcácer do Sal em JI, passando a integrar três salas de actividade, enquanto que na Freguesia de Santiago deverá manter-se em funcionamento o JI Alcácer do Sal, que disponibiliza duas salas de actividade. Assim, na globalidade este território educativo oferece um total de 11 salas de actividade, o que representa capacidade para integrar 275 crianças.

Neste território educativo deverá observar-se a manutenção da EB2,3 Pedro Nunes de modo a integrar os 458 alunos previstos nos 2º e 3º CEB, o que representa a necessidade 19 salas de aula, disponibilizando este equipamento educativo, no momento presente, 20 espaços lectivos. No entanto caso se verifique o crescimento de população escolar previsto, o qual poderá ser mais acentuado tendo em linha de conta a diferença observada entre população escolar real e potencial este estabelecimento de ensino deverá vir a observar obras de ampliação ou em alternativa a passagem de algumas turmas de 3º CEB para a ES Alcácer do Sal.

No Território Educativo de Torrão deverá observar-se a reconversão da EB2,3 Bernardim Ribeiro em EBI, bem com a manutenção do JI Torrão, que funciona proximidade deste equipamento educativo. Estes dois equipamentos deverão integrar a totalidade da população escolar (desde a Educação Pré-escolar até ao 3º CEB) prevista para a Freguesia de Torrão (201 alunos), devendo, deste modo, oferecer um total de dez salas de aula Finalmente, no Ensino Secundário deverá manter-se em funcionamento a ES Alcácer do Sal, que, após a intervenção do Programa de Modernização das Escolas do Ensino Secundário, passou a apresentar 26 salas, número mais que suficiente para acolher os 318 alunos previstos no ano lectivo 2013/2014 (o que corresponde à necessidade de 12 salas), razão pela qual deverá vir a ser equacionada passagem de algumas turmas de 3º CEB para este estabelecimento de ensino, não sendo deste modo necessária a ampliação da EB2,3 Pedro Nunes.

A concretização do 2º Cenário de reestruturação do parque escolar do Município de Alcácer do Sal e mais concretamente no que respeita à integração do 3º CEB no equipamento do Ensino Secundário, caso se concretize, não deverá apresentar grandes problemas. Deste modo, no 3º CEB e no Ensino Secundário encontram-se previstos 641 alunos, o que indica a necessidade de 26 salas de aula, número igual ao total de espaços lectivos oferecidos, na actualidade, pela ES Alcácer do Sal.

104 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

Já a integração dos três primeiros níveis de ensino iria conduzir à sobrelotação do Centro Escolar previsto para a Freguesia de Santa Maria do Castelo e da EB1 Alcacer do Sal nº1, o que obrigaria a realização de obras de ampliação. Por seu turno, a saída do 3º CEB da anteriormente proposta EBI Bernardim Ribeiro iria provocar um subaproveitamento deste estabelecimento de ensino.

Quadro 60 – Cenários de reorganização do parque escolar do Município de Alcácer do Sal. 1º Cenário 2º Cenário Território Ensino 3º CEB + Ensino JI + 1º CEB 2º CEB + 3º CEB JI + 1º CEB + 2º CEB Educativo Secundário Secundário Alunos Salas Alunos Salas Alunos Salas Alunos Salas Alunos Salas Alcácer do Sal 277+392 11+16 193+265 8+11 277+392+193 11+16+8 318 12 323+318 14+12 Torrão 50+65 2+3 28+58 2+3 50+65+28 2+3+2 Total 327+457 13+19 221+323 10+14 318 12 277+457+221 13+19+10 323+318 14+12

Quadro 61 – Propostas de reorganização do parque escolar do Município de Alcácer do Sal.

Níveis de ensino Freguesias Propostas Centro Social Paroquial S. Pedro da Comporta. Comporta Contrução do Centro Escolar da Comporta. JI Centro Cultural B. S. João e Olival Queimado. Reconversão da EBI/JI Alcácer do Sal em JI. Santa Maria do Castelo Construção de um Centro Escolar. Manutenção da EB2,3 Pedro Nunes. Educação Pré-escolar, 1º, Manutenção do JI Alcácer do Sal. 2º e 3º CEB Centro Infantil de Alcácer. Santiago Fundação Nª. Srª das Dores. Manutenção da EB1 Alcácer do Sal nº1. São Martinho Associação da Creche e JI e Centro de Dia de Casebres. Manutenção do JI Torrão. Torrão JI Centro Social Paroquial do Torrão. Reconversão da EB2,3 Bernardim Ribeiro em EBI. Manutenção da ES Alcácer do Sal. Ensino Secundário Santa Maria do Castelo

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 105 ALENTEJO LITORAL

Figura 47 – Propostas de reorganização do parque escolar do Município de Alcácer do Sal.

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 107 ALENTEJO LITORAL

2. Município de Grândola

2.1. Enquadramento Territorial do Município

2.1.1. Enquadramento e Caracterização Física

Localizado na Região do Alentejo, Grândola é o Município mais a noroeste da sub-região Alentejo Litoral, encontra-se limitado a Norte pelo Município de Alcácer do Sal, pelo de Santiago do Cacém a Sul, pelo de Ferreira do Alentejo a Leste e a Oeste pelo Atlântico numa extensão costeira de 45kms.

O Município de Grândola apresenta uma área de 805,4km2, distribuídos administrativamente por cinco freguesias: Grândola, Azinheira de Barros, Melides, Carvalhal e Santa Margarida da Serra.

Em termos morfo-estruturais, o território municipal desenvolve-se em duas unidades principais, nomeadamente na Bacia Sedimentar do Tejo-Sado (rochas detríticas continentais) e no Maciço Hespérico (rochas metassedimentares).

Tendo em consideração as unidades morfológicas, são identificáveis três grandes sectores: a bacia do Sado, a plataforma litoral e a serra de Grândola.

No sector Norte relativo à bacia do Sado, a superfície de enchimento apresenta-se aplanada com altitudes inferiores a 100m, característica morfológica que se mantém, no sector Oeste, ao longo da plataforma litoral, que com uma largura variável entre 4-14km apresenta uma platitude considerável, terminando no interior em arribas rochosas (Figura 48). Por seu turno, no sector Sul, abrangendo parte das Freguesia de Grândola, Melides e Santa Margarida da Serra e, efectuando a separação entre a plataforma litoral e a bacia do Sado, a serra de Grândola que culmina à cota dos 326m, constitui um alinhamento dissimétrico de génese tectónica, sendo delimitada a Norte pela falha de Grândola da Bacia do Sado e a Oeste ao pela falha de Santo André da plataforma litoral, surgindo como uma ilha de relevo por contraste com a planície envolvente, segundo as palavras de M.FEIO (1946).

Neste particular, é de referir a extensão de 45km da faixa costeira do Município de Grândola, desde o extremo da restinga de Tróia até à praia de Melides, consistindo na maior extensão de praia de todo o território nacional, a qual é caracterizada por uma costa baixa de extensas praias arenosas, constituídas por vezes pelos sedimentos avermelhados das escarpas arenosas recentes.

108 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

Figura 48 – Relação entre a hipsometria e a rede viária no Município de Grândola.

Os declives, que são essenciais na identificação de factores limitantes ou condicionantes à ocupação humana do território, os declives mais acentuados condizem com o sector Sul, onde se desenvolve a serra de Grândola, sendo que nos restantes sectores, os declives são suaves, não se apresentando como factor limitante.

Relativamente à rede de drenagem, é de referir em primeiro lugar, o rio Sado, que no sector Este com um traçado grosso – modo Sul - Norte, estabelece o limite físico com o Município limítrofe de Ferreira do Alentejo. No sector ocidental, a rede de drenagem encontra-se organizada em função da Serra de Grândola, nomeadamente ao longo da vertente Ocidental, desaguando os cursos de água directamente no Oceano Atlântico.

Do ponto de vista climático, segundo uma classificação de DAVEAU (1985) para as regiões climáticas de Portugal Continental, o Município de Grândola apresenta um clima mediterrâneo, inserido por sua vez, no domínio Atlântico o qual, apresenta neste sector um balanço hídrico anual deficitário, registando em média, um total de 521,1mm de precipitação na estação meteorológica de Alvalade do Sado.

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 109 ALENTEJO LITORAL

De facto, com base na estação meteorológica de Alvalade, apresenta uma temperatura média máxima de 22,8ºC, enquanto que a temperatura média mínima é de 9,4 0C, cuja influência oceânica se faz sentir, amenizando as temperaturas de ambos os extremos, o que se traduz em Verões não muito quentes e Invernos pouco rigorosos. Contudo, uma análise dos extremos térmicos registados demonstram o risco real que a ocorrência de ondas de calor e vagas de ar frio representam, mesmo neste sector do território nacional, tendo em conta que já foram registados, 44ºC de temperatura máxima e -7,5ºC de temperatura mínima.

2.1.2. Caracterização da Rede de Acessibilidades

O Município de Grândola localizado no Sudoeste de Portugal, apresenta um importante posicionamento geo-estratégico entre as áreas urbanas de Alcácer do Sal, Setúbal e Lisboa a Norte e Sines e Santiago do Cacém a Sul, tendo em consideração que, este território se apresenta como um pólo atractivo de investimento privado e de desenvolvimento turístico ao longo da orla costeira, o que a médio prazo, poderá corresponder à fixação de população associada à criação de novos postos de trabalho, esta temática das acessibilidades, assume uma importância preponderante.

No entanto, em função da baixa densidade populacional, a rede viária do Município de Grândola, apresenta-se estruturada em função da ligação da sede do Município com os aglomerados populacionais concentrados.

Relativamente à rede rodoviária, esta é constituída por vários eixos, cuja relevância é realizada em função da hierarquia (nacional, regional ou municipal) resultante da Rede Rodoviária Nacional.

A A2, atravessa o Município no sector Centro – Este com um traçado aproximadamente Norte - Sul e, apresenta-se como o principal eixo de âmbito nacional, permitindo a ligação com o restante território, principalmente com Setúbal e Lisboa a Norte e a Região do Algarve a Sul, oferecendo deste modo, acessos rápidos à totalidade do território nacional criando, assim, condições de desenvolvimento económico para este Município.

O IP8/IC33,com um traçado grosso modo Oeste – Este atravessa o Município no sector Centro – Este, proveniente de Sines em direcção a Ferreira do Alentejo, permitindo ainda a ligação entre a freguesia de Azinheira dos Barros e a sede de concelho.

110 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

Se estes eixos rodoviários evidenciam uma importância nacional, outros eixos rodoviários têm determinado e influenciado, ao longo das últimas décadas, a dinâmica e os fluxos entre o Município de Grândola e os Municípios limítrofes.

De âmbito complementar, o IC1 com um traçado Norte – Sul, representa a principal alternativa à A2, nas ligações intermunicipais e regionais, revelando-se igualmente importante nas ligações intramunicipais, à EN120, EN261-1, EN261-2, EM543 e EM545.

A EN261-1/261, estabelece a ligação entre a freguesia sede de Município e a Freguesia de Carvalhal, no sector Noroeste, permitindo ainda a ligação com a Península de Tróia, importante pólo turístico de luxo. Por sua vez, a ER261 com um traçado Norte – Sul ao longo da planície litoral, estabelece a ligação entre as Freguesias de Carvalhal a Norte, com a Freguesia de Melides no sector Sudoeste. A ligação desta freguesia com a sede de Município, faz-se através da EN261-2, apresentando um traçado que denota a influência do relevo. A Freguesia de Santa Margarida da Serra, localizada no sector Centro - Sul a 240m de altitude (Serra de Grândola), é servida pela EN120, a qual tem seguimento para os Municípios de Santiago do Cacém e Sines, através da IP8/IC33.

Em termos de acessibilidades ferroviárias, o Município de Grândola é servido pela Linha do Sul, considerada a segunda linha do país mais importante, ligando a estação de Campolide em Lisboa com a estação de Tunes no Algarve, servindo cidades como Setúbal e Alcácer do Sal. No Município de Grândola, a linha ferroviária atravessa o território no sector Centro-Este, com um traçado paralelo à A2 e ao IC1, assumindo-se como um importante meio de transporte de pessoas e mercadorias.

Em termos globais e tendo em conta a baixa densidade populacional e o povoamento concentrado, a rede viária do Município apresenta-se estruturada em função da sede de concelho, podendo considerar- se razoável a rede de acessibilidades.

2.1.3. Caracterização Demográfica

O Município de Grândola apresenta uma localização privilegiada junto ao litoral. As dinâmicas demográficas do Município de Grândola demonstram que no período intercensitário de 1991 a 2001, houve um acréscimo de população (de 13767 habitantes em 1991 para 14901 em 2001).

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 111 ALENTEJO LITORAL

Relativamente à caracterização socioeconómica do município constata-se que entre 1991 e 2001, a população empregada por sector de actividade sofreu alterações. Tanto em 1991 como em 2001 o sector terciário foi o que empregou maior quantitativo populacional, embora tenha tido um acréscimo significativo entre 1991 e 2001, dado que em 2001 representava cerca de 53,2% dos trabalhadores e em 2001, 63%. Por outro lado, o sector primário que em 1991 representava emprego para cerca de 23,4% indivíduos, em 2001 este valor decresceu para cerca de 12,7%.

2.1.3.1. Evolução espacial das dinâmicas demográficas: um território com a população desigualmente repartida

Grândola com os seus 14901 habitantes (dados de 2001) apresenta-se como o terceiro município mais populoso da sub-região do Alentejo Litoral. No contexto da sub-região, os Municípios de Santiago do Cacém (31105) e Odemira (26106) apresentam um número de residentes mais elevado.

A análise da distribuição dos valores de população residente nas cinco freguesias que integram na actualidade o Município de Grândola, permite distinguir grupos de freguesias que apresentam comportamentos demográficos semelhantes nos dez anos mais recentes (Quadro 62 e Figuras 49 e 50).

A Freguesia de Grândola assume-se, no período em análise, sempre como a mais populosa (10361 residentes, correspondendo a 69,53% da população residente no município), distinguindo-se claramente das restantes.

Um segundo grupo é formado pelas Freguesias de Melides e Carvalhal. Estas freguesias representam, em 2001, cerca de 22,74% dos residentes (1789 e 1600 residentes, respectivamente). A Freguesia de Azinheira Barros e São Mamede do Sádão apresenta em 2001 cerca de 908 residentes, correspondendo a 6,09% dos habitantes. Por último, a Freguesia de Santa Maria da Serra apresenta no quadro do município um menor número de residentes (243 habitantes, correspondendo a 1,63%).

Esta repartição da população é já evidente na análise dos dados relativos a 1981 e 1991, sendo que a Freguesia de Grândola sempre se assumiu como o principal pólo de atracção da população.

Todas as freguesias registam uma contínua perda de população residente na década de noventa.

Analisando os quantitativos populacionais referentes ao município ressalva-se o decréscimo registado ao longo dos anos censitários representados no Quadro 63 e na Figura 51. Note-se que em 1981 Grândola registava 16042 habitantes, em 1991, 13767 e em 2001, 14901 habitantes.

112 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

Quadro 62 – População residente por freguesia no Município de Grândola de 1981 a 2001. 1981 1991 2001 Freguesias Nº % Nº % Nº % Azinheira Barros e São Mamede do Sádão 1665 10,4 1141 8,3 908 6,1 Carvalhal - - 1032 7,5 1600 10,7 Grândola 10519 65,6 9357 68 10361 69,5 Melides 3440 21,4 1930 14 1789 12 Santa Margarida da Serra 418 2,6 307 2,2 243 1,6 Total 16042 100 13767 100 14901 100 Fonte: INE, Recenseamento da População de 1981, Censos 1991 e Censos 2001.

12000 10000 8000

Nº 6000 4000 2000 0 Azinheira Barros Carvalhal Grândola Melides Santa Margarida e São Mamede da Serra do Sádão 1981 1991 2001

Figura 49 – População residente por freguesia no Município de Grândola de 1981 a 2001.

Figura 50 – População residente em 2001 e variação populacional entre 1991 e 2001 por freguesia no Município de Grândola.

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 113 ALENTEJO LITORAL

Observando a distribuição da população por freguesia verifica-se que a freguesia de Grândola, a mais populosa, regista cerca de 69,5% da população total, enquanto que as freguesias de Melides e Carvalhal, representam apenas 12% e 10,7%, respectivamente.

A consideração para o Município de Grândola dos valores de população residente desde 1981 até 2001 permite uma leitura em termos evolutivos, ao mesmo tempo que possibilita igualmente algumas reflexões sobre as características do território.

Efectivamente, desde 1981 até 2001 o município perdeu 1141 habitantes, correspondendo a -7,11%. Entre 1981 e 1991 o Município perdeu 2275 habitantes, correspondendo a -14,18%. No período intercensitário 1991 a 2001, Grândola registou acréscimo de população na ordem dos 1134 habitantes (correspondendo a 8,24%).

A perda populacional observada entre 1981 e 1991 na generalidade das freguesias do município deve ser entendida no contexto do quadro evolutivo que caracteriza a população portuguesa desde os anos sessenta do século XX.

Quadro 63 – População residente no Município de Grândola e variação populacional de 1981 a 2001. Anos População residente Variação populacional (%) 1981 16042 – 1991 13767 -14,18 2001 14901 8,24 Fonte: INE, Recenseamento da População de 1981, Censos 1991 e Censos 2001.

30000

25000

20000

Nº 15000

10000

5000

0 1981 1991 2001

Figura 51 – Evolução da população residente no Município de Grândola, de 1981 a 2001.

114 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

Neste contexto, e numa análise conjunta do último período intercensitário e até ao ano de 2007, observa-se um acréscimo populacional de 1520 indivíduos, correspondendo a 11,36%, registando-se a partir de 2001 uma tendência de decréscimo populacional (-812 indivíduos, correspondendo a -5,45% até ao ano de 2007).

Em termos globais, e considerando o período 1991-2007, observa-se um acréscimo populacional com algum significado, traduzido num aumento de 322 habitantes, a que corresponde um acréscimo de 2,34% da população residente (Quadro 64 e Figura 52).

Quadro 64 – Evolução da população residente no Município de Grândola de 1991 a 2007.

Anos População residente Variação populacional (%) 1991 13767 – 1992 13381 -2,80 1993 13579 1,48 1994 13765 1,37 1995 13968 1,47 1996 14192 1,60 1997 14266 0,52 1998 14329 0,44 1999 14436 0,75 2000 14545 0,76 2001 14901 2,45 2002 14602 -2,01 2003 14543 -0,40 2004 14454 -0,61 2005 14328 -0,87 2006 14214 -0,80 2007 14089 -0,88 Fonte: INE.

20000

16000

12000 Nº 8000

4000

0 1991 1993 1995 1997 1999 2001 2003 2005 2007

Figura 52 – Evolução da população residente no Município de Grândola de 1991 a 2007.

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 115 ALENTEJO LITORAL

As cinco freguesias que constituem o município apresentam, nas últimas duas décadas do século XX, dinâmicas demográficas distintas, sendo que as quebras populacionais são, em geral, mais expressivas que os acréscimos registados.

No essencial, distinguem-se dois tipos de comportamentos para a década mais recente, com as freguesias de Carvalhal e Grândola a apresentarem variações positivas, nomeadamente de 55,04% e 10,73%, respectivamente, e as restantes a apresentarem variações negativas, sendo que as mais significativas ocorreram nas freguesias de Santa Margarida da Serra e Azinheira Barros e São Mamede de Sádão, com decréscimos de 20,85% e 20,42%, correspondendo a uma perda de 64 e 233 indivíduos, respectivamente (Quadro 65 e Figura 53). O conjunto de variações da população residente encontra-se explícito na média de todas as freguesias que resulta numa variação positiva de cerca de 3,5%.

Quadro 65 – Variação da população residente por freguesia no Município de Grândola entre 1981 e 2001. 1981-1991 1991-2001 1981-2001 Freguesias Nº % Nº % Nº % Azinheira Barros e São Mamede do Sádão -524 -31,47 -233 -20,42 -757 -45,47 Carvalhal 568 55,04 Grândola -1162 -11,05 1004 10,73 -158 -1,50 Melides -1510 -43,90 -141 -7,31 -1651 -47,99 Santa Margarida da Serra -111 -26,56 -64 -20,85 -175 -41,87 Total -2275 -14,18 1134 8,24 -1141 -7,11 Fonte: INE, Recenseamento da População de 1981, Censos 1991 e Censos 2001.

55,04 60 40 20 10,73 % 0 -20 -7,31 -20,42 -20,85 -40 -60 Azinheira Barros e Carvalhal Grândola Melides Santa Margarida São Mamede do da Serra Sádão Variação populacional Média

Figura 53 – Variação da população residente por freguesia no Município de Grândola entre 1991 e 2001.

Assim, o dispositivo territorial expressa um nítido fenómeno de concentração da população na freguesia sede de município, Grândola que concentra cerca de 70% da população residente no Município. À excepção das Freguesias de Carvalhal e Grândola, todas as restantes acompanham a tendência de declínio populacional, facto que vem sendo visível nos anos mais recentes.

116 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

2.1.3.2. Factores da dinâmica demográfica: crescimento natural e saldo migratório

As variações observadas na população do município e das freguesias que o integram relacionam-se de uma forma que nos parece clara com dois factores primordiais: por um lado, o crescimento natural, cuja relação com o próprio planeamento de equipamentos escolares se torna elemento fundamental e, por outro, o saldo migratório, que no contexto da actual conjuntura se assume como um factor também decisivo, mas cuja análise se torna particularmente difícil dada a dificuldade em prever a sua evolução.

A análise da evolução dos valores da natalidade entre 1991 e 2007 para o Município de Grândola revela um comportamento irregular expresso em ligeiros aumentos e decréscimos. A consideração do número de nados vivos mostra, no entanto, uma tendência geral que se expressa num número de nascimentos anual superior à centena nos anos analisados. Nos anos de 1999 e 2003 registaram-se mais nascimentos, 141 e 145, respectivamente. Por outro lado, o ano em que se verificou o valor mais baixo dos nados vivos foi 1998, com 108 nados vivos. A freguesia que registou maior número de nados vivos foi a freguesia urbana de Grândola. Veja-se que nos anos analisados, a freguesia de Grândola registou 1678 nados vivos, do total municipal de 2095 nascimentos (Quadro 66).

Quadro 66 – Nados-vivos por freguesia no Município de Grândola de 1991 a 2007. Freguesias 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Total Azinheira Barros e São 714425345302357223 71 Mamede do Sádão Carvalhal 8 13 14 8 6 19 15 9 4 5 12 9 10 10 7 8 10 167 Grândola 101 81 84 83 88 90 84 83 132 117 106 107 122 108 108 98 86 1678 Melides 14 22 14 11 13 7 10 11 2 2 5 12 3 4 7 6 12 155 Santa Margarida da Serra 22360200011050101 24 132 132 119 110 112 121 113 108 141 125 126 131 145 129 125 114 112 2095 Total Fonte: INE.

A análise da evolução no mesmo período de tempo do número de óbitos destaca, igualmente, um comportamento irregular, sendo os valores durante a década de noventa superiores à centena e meia e em alguns casos ultrapassando as duas centenas (Quadro 67). Os valores mais baixos registaram-se, na década de noventa nos anos de 1991 e 1996 (192 e 193 óbitos, respectivamente) e mais recentemente em 2000, 2001, 2002 e 2007 (197, 196, 194 e 195, respectivamente). Nos anos de 2004 e 2005 registou- se um maior número de óbitos (220 e 244, respectivamente).

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 117 ALENTEJO LITORAL

Quadro 67 – Óbitos por freguesia no Município de Grândola de 1991 a 2007.

Freguesias 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Total Azinheira Barros e São 10 23 20 16 16 12 12 21 14 12 24 22 9 15 21 9 16 272 Mamede do Sádão Carvalhal 10 8 7 12 13 14 13 11 6 3 2 4 10 10 13 13 10 159 Grândola 150 157 149 154 148 141 154 150 159 152 139 148 160 176 187 155 146 2625 Melides 16 23 23 25 20 19 28 32 27 28 30 18 33 14 21 34 22 413 Santa Margarida da Serra 64676736321225241 67 Total 192 215 205 214 203 193 210 220 209 197 196 194 214 220 244 215 195 3264 Fonte: INE.

A evolução da taxa de natalidade mostra uma tendência de oscilação, ora com pequenas subidas ora com decréscimos entre 1991 e 2007 (Quadro 68 e Figura 54).

Uma análise mais detalhada da evolução ocorrida na década de noventa indica que os anos em que a taxa de natalidade obteve valores mais elevados foram 1991, 1992 e 1999 (9,59‰, 9,86‰ e 9,77‰, respectivamente), e na primeira década do século XXI os anos nos quais se registaram taxas de natalidade mais expressivas foram os de 2002, 2003 e 2004 (8,97‰, 9,97‰ e 8,92‰, respectivamente). Pelo contrário os anos cuja taxa de natalidade obteve valores menos significativos foram os de 1994, 1997, 1998 e 2007 (7,99‰, 7,92‰, 7,54‰ e 7,95‰, respectivamente). Por fim, uma reflexão sobre o decréscimo que a taxa de natalidade vem a assumir desde o ano de 2003 até 2007 (de 9,97‰ para 7,95‰).

A taxa de mortalidade apresenta, assim, entre 1991 e 2007 uma evolução com oscilações, sendo que os valores mais elevados foram registados nos anos de 1992 e 2005 (16,07‰ e 17,03‰, respectivamente) enquanto que os valores mais baixos verificaram-se nos anos de 2001 e 2002 (13,15‰ e 13,29‰, respectivamente). Nos anos mais recentes, nomeadamente entre 2005 e 2007 verificou-se um decréscimo da taxa de mortalidade (de 17,03‰ para 13,84‰).

O facto de a natalidade apresentar continuamente valores inferiores aos registados pela mortalidade, traduz-se num crescimento natural negativo no período analisado. A perda populacional com maior significado ocorre nos anos de 1998 e 2005, com a taxa de crescimento natural de cerca de -7,82‰ e - 8,31‰, respectivamente.

Todos os anos observados registam taxas de crescimento natural negativas, sendo que no ano mais recente de 2007 a taxa foi de 5,89‰.

118 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

A análise anteriormente realizada da evolução demográfica no Município de Grândola indiciava estas tendências ao nível da dinâmica natural da população, ao mesmo tempo que permite também pensar que algumas freguesias terão comportamentos diferentes que traduzirão algum poder de atracção sobre populações exógenas.

Quadro 68 – Dinâmica natural no Município de Grândola de 1991 a 2007.

Taxa de Taxa de Taxa de Cresciment Anos Natalidade Mortalidade crescimento natalidade mortalidade o natural natural 1991 132 9,59 192 13,95 -60 -4,36 1992 132 9,86 215 16,07 -83 -6,20 1993 119 8,76 205 15,10 -86 -6,33 1994 110 7,99 214 15,55 -104 -7,56 1995 112 8,02 203 14,53 -91 -6,51 1996 121 8,53 193 13,60 -72 -5,07 1997 113 7,92 210 14,72 -97 -6,80 1998 108 7,54 220 15,35 -112 -7,82 1999 141 9,77 209 14,48 -68 -4,71 2000 125 8,59 197 13,54 -72 -4,95 2001 126 8,46 196 13,15 -70 -4,70 2002 131 8,97 194 13,29 -63 -4,31 2003 145 9,97 214 14,71 -69 -4,74 2004 129 8,92 220 15,22 -91 -6,30 2005 125 8,72 244 17,03 -119 -8,31 2006 114 8,02 215 15,13 -101 -7,11 2007 112 7,95 195 13,84 -83 -5,89 Fonte: INE.

30 20 10

‰ 0 -10 -20 -30 1991 1993 1995 1997 1999 2001 2003 2005 2007 Taxa de natalidade Taxa de mortalidade Taxa de crescimento natural

Figura 54 – Evolução da taxa de natalidade, taxa de mortalidade e taxa de crescimento natural no Município de Grândola de 1991 a 2007.

Assim, considerando uma outra escala espacial de análise sublinha-se, para o ano de 2001, o crescimento natural negativo que todas as freguesias do Município de Grândola apresentam, com excepção da freguesia de Carvalhal, com uma taxa de crescimento natural de 6,25‰, que se traduz num crescimento natural de 10 habitantes (Quadro 69 e Figura 55). A freguesia de Santa Margarida da Serra registou em 2001 um crescimento natural nulo.

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 119 ALENTEJO LITORAL

As restantes freguesias apresentam um crescimento natural negativo, sendo de destacar as Freguesias de Azinheira Barros e São Mamede do Sádão e Melides a registar valores mais expressivos (- 24,23% e -13,97%, correspondendo a -22 e -25 indivíduos, respectivamente).

Quadro 69 – Dinâmica natural por freguesia no Município de Grândola em 1991 e 2001.

1991 2001

Freguesias Natural Natural Natural Natural Taxa de Taxa de Taxa de Taxa de Taxa de Taxa de Natalidade Natalidade Natalidade Natalidade Mortalidade Mortalidade Mortalidade Mortalidade Crescimento Crescimento Crescimento Crescimento Nº ‰ Nº ‰ Nº ‰ Nº ‰ Nº ‰ Nº ‰ Azinheira Barros e São Mamede do Sádão 7 6,13 10 8,76 -3 -2,63 2 2,20 24 26,43 -22 -24,23 Carvalhal 8 7,75 10 9,69 -2 -1,94 12 7,50 2 1,25 10 6,25 Grândola 101 10,79 150 16,03 -49 -5,24 106 10,23 139 13,42 -33 -3,19 Melides 14 7,25 16 8,29 -2 -1,04 5 2,79 30 16,77 -25 -13,97 Santa Margarida da Serra 2 6,51 6 19,54 -4 -13,03 1 4,12 1 4,12 0 0,00 Total 132 9,59 192 13,95 -60 -4,36 126 8,46 196 13,15 -70 -4,70 Fonte: INE.

Os comportamentos descritos devem ser contextualizados no âmbito dos valores absolutos da população residente e no quadro da história do município e do território. Efectivamente, a Freguesia mais populosa de Grândola revela uma tendência de evolução negativa da dinâmica natural na década mais recente, já que tendo presente, quer para 1991 quer para 2001, os resultados das taxas de natalidade e de mortalidade e correspondente crescimento natural.

A consideração da dinâmica das migrações totais para o Município de Grândola para o período de 1991 a 2001 vem reforçar o cenário identificado de evolução positiva da população nas freguesias urbanas que revelam maior dinamismo demográfico e económico (Quadro 70). Efectivamente, nas freguesias de Grândola e Carvalhal o saldo migratório regista valores muito expressivos (1608 e 554 habitantes), o que vem, de alguma forma, amenizar o crescimento natural, resultando num crescimento efectivo com valores positivos. Assim, a freguesia urbana (Grândola) e a freguesia de Carvalhal são as únicas que apresentam valores de crescimento efectivo positivos (1004 e 568 habitantes).

120 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

30 20 10 ‰ 0 -10 -20 -30 Azinheira Barros Carvalhal Grândola Melides Santa Margarida e São Mamede da Serra do Sádão Taxa de natalidade Taxa de mortalidade

Figura 55 – Taxa de natalidade, taxa de mortalidade e taxa de crescimento natural por freguesia no Município de Grândola, em 2001.

Por outro lado, temos freguesias que apresentam um crescimento natural negativo, aliando-se um saldo migratório também negativo, o que resulta num crescimento efectivo com valores muito negativos. Como exemplo, atente-se às freguesias de Azinheira Barros e São Mamede do Sádão e de Santa Margarida da Serra, que apresentam valores de crescimento natural e de saldo migratório negativos, registando assim os valores de crescimento efectivo mais significativos do município (-233 e -64 indivíduos, respectivamente). Também a freguesia de Melides apresenta um valor de crescimento efectivo expressivo (-141 indivíduos).

Quadro 70 – Crescimento populacional por freguesia o Município de Grândola, entre 1991 e 2001

Freguesia Nados-Vivos Óbitos Crescimento Natural Saldo Migratório Crescimento Efectivo Azinheira Barros e São 49 180 -131 -102 -233 Mamede do Sádão Carvalhal 113 99 14 554 568 Grândola 1049 1653 -604 1608 1004 Melides 111 271 -160 19 -141 Santa Margarida da Serra 17 51 -34 -30 -64 Total 1339 2254 -915 2049 1134 Fonte: INE.

2.1.3.3. Estrutura da população: sexo e idades

A análise da evolução da população deve contemplar também o estudo das pirâmides etárias. Estas representações gráficas traduzem não apenas a imagem da população num dado momento, mas permitem uma leitura da perspectiva histórica dos acontecimentos que marcam a população representada ao longo de décadas de vida das gerações mais antigas. Consideram-se, para efeitos de análise, a pirâmide etária relativa a 1991 e 2001 centrando a atenção nos respectivos perfis populacionais.

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 121 ALENTEJO LITORAL

Em paralelo, apresentam-se alguns índices que resumem o comportamento da estrutura etária da população. Conjuntamente com os dados avançados para a dinâmica natural da população permitem contextualizar e reflectir sobre as principais características da população.

A primeira conclusão a retirar da análise dos valores da população por escalão etário parece ser a crescente diminuição das classes mais jovens, prosseguida pelo aumento das classes mais idosas, o que espelha de modo bastante claro a crescente tendência para o envelhecimento da população (Quadro 71 e Figura 56).

Procedendo-se a uma análise mais pormenorizada por grupo de idades, verificamos que no Município de Grândola, a população idosa (mais de 65 anos) sofreu um aumento desde 1981 (de 14,26% para 24,25%). Por outro lado, assistiu-se a um decréscimo da população jovem (0 a 14 anos) e jovem-adulta (15 a 39 anos). No caso da população jovem o decréscimo é muito expressivo, passando de 19,36% em 1981 para 12,15% em 2001. Em relação à população jovem-adulta (15 a 39 anos) a variação é menos significativa, de 31,09% em 1981 para 30,97% em 2001.

A consideração da estrutura etária por grandes grupos funcionais por município destaca desde os anos oitenta do século XX, uma evolução com perda de jovens e aumento no número de idosos.

Quadro 71 – População residente no Município de Grândola, segundo os grandes grupos etários de 1981 a 2001. 1981 1991 2001 Grupos etários Nº % Nº % Nº % 0 - 14 anos 3105 19,36 2322 16,87 1810 12,15 15 - 39 anos 4987 31,09 4109 29,85 4615 30,97 40 - 64 anos 5662 35,29 4727 34,34 4862 32,63 65 anos ou mais 2288 14,26 2609 18,95 3614 24,25 Total 16042 100 13767 100 14901 100 Fonte: Recenseamento da população 1981, Censos 1991 e Censos 2001.

2001

1991

1981

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% 0 - 14 anos 15 - 39 anos 40 - 64 anos 65 anos ou mais

Figura 56 – População residente no Município de Grândola, segundo os grandes grupos etários de 1981 a 2001.

122 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

A análise da pirâmide etária referente ao Município de Grândola para o ano de 2001 reflecte, comparativamente ao ano de 1991, um envelhecimento da população, que se traduz por um estreitamento da base e um alargamento do topo da pirâmide (Figura 57). A pirâmide etária apresenta também um aumento da população em 2001 comparativamente a 1991, das classes etárias de 60 anos e mais, ao invés, uma redução da população em 2001 comparativamente a 1991 das classes etárias inferiores às de 20 a 24 anos. Analisando as classes ocas verifica-se que estas surgem nas classes etárias dos 19 e menos anos, dos 30 aos 34, dos 55 aos 59 e dos 60 aos 64 anos. Um último aspecto sublinha o facto de o número de idosos ser superior no sexo feminino.

Figura 57 – Pirâmide etária da população residente no Município de Grândola entre 1991 e 2001.

Os valores do índice de envelhecimento reflectem esta evolução, uma vez que no Município de Grândola passou de 93,4% em 1991 para 170,3% em 2001 (Quadro 72). Trata-se de valores superiores aos observados no Continente, já que esta relação era no Continente de 69,5% em 1991, evoluindo para 104,5% em 2001.

Considerando os valores por sexo, o escalão etário das mulheres apresenta índices de envelhecimento superiores e mais expressivos (193,5% contra 148,1%, sendo que em 1991 eram respectivamente de 100,7% e 85,7%).

Esta evolução traduz a dinâmica natural da população em que as mulheres morrem menos e também migram em menor número.

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 123 ALENTEJO LITORAL

Na análise por freguesia verifica-se que o índice de envelhecimento é mais elevado em Santa Margarida da Serra (455,0%) e em Melides (279,1%). Pelo contrário, o valor de índice de envelhecimento é mais baixo nas Freguesias de Carvalhal (111,7%) e Grândola (194,7%). De referir que o índice de envelhecimento entre 1991 e 2001 aumentou em todas as freguesias do município, sendo de destacar o acréscimo extraordinário na Freguesia de Carvalhal (de 39,5% para 111,7%).

Analisando a estrutura etária, verifica-se que a população jovem (0 a 14 anos) registou decréscimos em todas as freguesias, à excepção de Santa Margarida da Serra, em que se verificou um ligeiro acréscimo (de 8,1% para 8,2%). A percentagem de população idosa na estrutura etária registou acréscimos em todas as freguesias do Município.

Quadro 72 – Índice de envelhecimento, índice de dependência e estrutura etária no Município de Grândola em 1991 e 2001.

Índice de envelhecimento (%) Índice de dependência total (%) Estrutura Etária (%) Freguesias Homens Mulheres Total Homens Mulheres Total 0 a 14 15 a 64 65 e + 1991 2001 1991 2001 1991 2001 1991 2001 1991 2001 1991 2001 1991 2001 1991 2001 1991 2001 Azinheira Barros e São Mamede do Sádão 113,7 205,9 121,8 252,7 117,6 230,2 72,9 51,3 80,3 76,4 76,4 62,7 19,9 11,7 56,7 61,5 23,4 26,9 Grândola 106,2 172,2 123,7 217,6 115,0 194,7 52,7 57,7 56,5 63,4 54,6 60,6 16,4 12,8 64,7 62,3 18,9 24,9 Melides 125,9 279,5 136,2 278,7 130,9 279,1 52,5 55,9 50,9 64,3 51,7 60,0 14,8 9,9 65,9 62,5 19,3 27,6 Santa Margarida da Serra 490,9 300,0 350,0 816,7 412,0 455,0 69,9 77,8 73,3 91,7 71,5 84,1 8,1 8,2 58,3 54,3 33,6 37,4 Carvalhal 33,1 118,6 45,7 103,6 39,5 111,7 46,1 24,8 54,9 46,3 50,4 31,3 24,0 11,3 66,5 76,2 9,5 12,6 Total 105,5 180,1 119,2 219,6 112,4 199,7 54,1 51,7 57,5 63,3 55,8 57,2 16,9 12,1 64,2 63,6 19,0 24,3 Fonte: INE, Censos 1991 e Censos 2001.

A leitura dos resultados do índice de dependência total ajuda também a reflectir sobre a necessidade de definir políticas activas no que diz respeito à população. Para o Município de Grândola ocorreu uma ligeira diminuição do valor deste coeficiente entre 1991 e 2001, de 76,4% para 62,7%, o que significa que para cada 100 potencialmente activos diminuiu a importância dos não activos (jovens e idosos). Por sexo registam-se valores superiores nas mulheres, tendência que traduz as diferenças de esperança média de vida à nascença e a maior mortalidade do sexo masculino.

Em síntese e como se procurou demonstrar, a população do Município de Grândola tem envelhecido, acompanhando aliás a tendência de quase todo o país. Este facto parece estar relacionado, segundo os especialistas, não só com a mudança de mentalidades, o que se reflecte na diminuição do número de filhos por casal, mas também pela procura de melhores condições de vida por parte da população activa jovem e em idade de procriar que migra quer para os espaços urbanos (próximos ou afastados), quer para as duas grandes metrópoles nacionais ou ainda para o estrangeiro.

124 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

2.1.3.4. Tendências de crescimento: volume e características da população nas primeiras décadas do século XXI

Tendo em atenção as dinâmicas populacionais descritas e as principais implicações do ponto de vista da organização das infra-estruturas e das actividades no território importa, no quadro dos objectivos desta análise, tentar enquadrar as tendências de evolução no horizonte temporal das duas primeiras décadas do século XXI. Utilizou-se o método das componentes por coortes como metodologia de base para uma análise mais detalhada (por grupos de idades).

A análise dos resultados indica a diminuição da população na no Município de Grândola nas duas primeiras décadas do século XXI (Quadro 73). Com efeito, Grândola terá menos 2130 habitantes em 2021 tendo por referência a população residente de 2001 (-14,3%). Este resultado deverá ser entendido no quadro da metodologia de projecção da população que considera apenas a dinâmica natural (nascimentos e óbitos).

Quadro 73 – População residente, sobreviventes e variação no Município de Grândola entre 2001 e 2021. 2001-2006 2006-2011 2011-2016 2016-2021 2001-2021 Freguesias 2001 2006 2011 2016 2021 Nº % Nº % Nº % Nº % Nº % Azinheira Barros e São Mamede do Sádão 908 800 706 629 560 -108 -11,9 -94 -11,8 -78 -10,91 -68 -11,0 -348 -38,3 Carvalhal 1600 1629 1653 1662 1645 29 1,8 24 1,5 9 0,54 -17 -1,0 45 2,8 Grândola 10361 10172 9906 9542 9124 -189 -1,8 -266 -2,6 -364 -3,67 -419 -4,4 -1237 -11,9 Melides 1789 1664 1532 1397 1269 -125 -7,0 -132 -7,9 -135 -8,81 -128 -9,2 -520 -29,1 Santa Margarida da Serra 243 233 217 198 173 -10 -4,1 -16 -6,9 -18 -8,76 -26 -12,6 -70 -28,8 Total 14901 14498 14015 13429 12771 -403 -2,7 -484 -3,3 -586 -4,18 -657 -4,9 -2130 -14,3

(2001* – INE, Censos 2001)

Se atendermos também à dinâmica migratória e admitindo como cenário que nas próximas décadas se manterá o saldo migratório registado na década de noventa do século XX, significa que a população de Grândola terá tendência a decrescer. O crescimento populacional será no período entre 2001 e 2011 de 7,8%, enquanto que no período entre 2011 e 2021 projecta-se um decréscimo populacional de 7,74%.

Com a consideração da componente migratório e tendo em consideração o período 2001 e 2021, projecta-se um ligeiro decréscimo de 81 habitantes, correspondendo a -0,54%. Considerando apenas a dinâmica natural o decréscimo será de 2130 habitantes, correspondendo a -14,3% (Quadro 74).

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 125 ALENTEJO LITORAL

Quadro 74 – População residente, sobreviventes e variação no Município de Grândola, com saldo migratório entre 2001 e 2021. 2001-2011 2011-2021 2001-2021 Freguesias 2001 2011 2021 Nº % Nº % Nº % Azinheira Barros e São Mamede do Sádão 908 604 458 -304 -33,48 -146 -24,17 -450 -49,56 Carvalhal 1600 2207 2199 607 37,94 -8 -0,36 599 37,44 Grândola 10361 11514 10732 1153 11,13 -782 -6,79 371 3,58 Melides 1789 1551 1288 -238 -13,30 -263 -16,96 -501 -28,00 Santa Margarida da Serra 243 187 143 -56 -23,05 -44 -23,53 -100 -41,15 Total 14901 16064 14820 1163 7,80 -1244 -7,74 -81 -0,54 (2001* – INE, Censos 2001)

As alterações registadas nas cinco freguesias do Município de Grândola, considerando a dimensão migratória, permitem distinguir o comportamento das Freguesias de Carvalhal e Grândola, ou seja, a verificar-se o mesmo saldo migratório calculado para a década de 90, projecta-se um acréscimo populacional para estas freguesias (de 37,44% e 3,58%, correspondendo a um aumento de 599 e 371 habitantes).

A consideração da dimensão dinâmica natural permite assim compreender uma parte da amplitude e complexidade das alterações demográficas. Mas, no contexto da reorganização da rede de equipamentos educativos é importante analisar os nascimentos projectados até 2021. A consideração do comportamento desta variável é fundamental para que se possa perspectivar quais serão os volumes de população para os diferentes escalões de idades, mesmo não se considerando o efeito resultante da presença de populações imigrantes e a diferente taxa de fecundidade.

A evolução do número de sobreviventes por ano para as freguesias evidencia desde logo comportamentos diferentes nos nascimentos projectados, embora a tendência para decrescer seja comum a todas as freguesias (Quadro 75). Assim, na Freguesia de Grândola projecta-se um decréscimo no número de nascimentos, passando de 106 em 2001 para 85 nados vivos projectados para 2021. Para a Freguesia de Melides projecta-se uma estabilização no número de nascimentos (5 nascimentos em 2001 e 2021). Para a Freguesia de Santa Margarida da Serra projecta-se que não existam nascimentos no ano de 2021, e na Freguesia do Carvalhal os nascimentos irão decrescer para cerca de metade, passando de 12 nados vivos, dados de 2001, para cerca de 6 nados vivos no ano de 2021.

126 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

As taxas de natalidade passarão a apresentar acréscimos e decréscimos, em alguns casos com valores expressivos (Quadro 76). Nas Freguesias de Azinheira Barros e São Mamede do Sádão e Melides as taxas de natalidade irão aumentar, embora estes acréscimos sejam pouco significativos (de 2,20‰ em 2001 para 2,40‰ em 2021 e de 2,79‰ para 3,75‰). Por outro lado, as Freguesias de Grândola, Santa Margarida da Serra e Carvalhal serão as que apresentarão valores de taxa de natalidade mais reduzida em 2021 do que o valor verificado em 2001.

Quadro 75 – Nados-vivos no Município de Grândola entre 2001 e 2021. Freguesias 2001 2006 2011 2016 2021 Azinheira Barros e São Mamede do Sádão 2 1 1 1 1 Carvalhal 12 9 8 7 6 Grândola 106 109 105 94 85 Melides 5 6 6 6 5 Santa Margarida da Serra 1 1 0 0 0 Total 126 126 121 109 97 (2001* – INE, Censos 2001)

Quadro 76 – Taxa de natalidade (‰) no Município de Grândola entre 2001 e 2021. Freguesias 2001 2006 2011 2016 2021 Azinheira Barros e São Mamede do Sádão 2,20 1,81 1,82 2,23 2,40 Carvalhal 7,50 5,30 4,94 4,34 3,92 Grândola 10,23 10,75 10,58 9,89 9,27 Melides 2,79 3,86 4,17 4,03 3,75 Santa Margarida da Serra 4,12 2,39 2,05 1,68 1,40 Total 8,46 8,78 8,78 8,34 7,81 (2001* – INE, Censos 2001)

No quadro da reorganização da rede de equipamentos educativos é fundamental analisar o comportamento da população projectada e que poderá integrar os diferentes níveis de ensino (considerou-se a população dos grupos 0 a 4 anos – Pré-escolar, 5 a 9 anos – 1º Ciclo, 10 a 14 anos – 2º e 3º Ciclos, 15 a 19 anos – Ensino Secundário e 20 a 24 anos – Ensino Superior).

Assim, relativamente ao grupo etário dos 0 aos 4 anos verifica-se um acréscimo de 47 crianças entre 2001 e 2011 (Quadro 77). A análise por freguesia destaca o acréscimo que ocorrerá na Freguesia de Grândola (100 crianças) e o decréscimo que ocorrerá nas Freguesias de Carvalhal e Melides (-25 e -19 crianças em 2011). Para a década seguinte projecta-se um decréscimo de 118 crianças, correspondendo a -19,57%. Para o horizonte temporal 2001-2021 projectam-se diminuições de 71 crianças neste município, correspondendo a -12,8%.

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 127 ALENTEJO LITORAL

Quadro 77 – População residente, sobreviventes e variação no grupo etário 0 a 4 anos no Município de Grândola entre 2001 e 2021.

Freguesia 2001 2006 2011 2016 2021 2001-2021 (Nº) 2001-2021 (%) Azinheira Barros e São Mamede do Sádão 18 5 4 5 5 -13 -74,7 Carvalhal 66 43 41 36 32 -34 -51,1 Grândola 418 541 518 467 418 0 0 Melides 51 32 32 28 24 -27 -53,3 Santa Margarida da Serra 4 3 2 2 1 -3 -69,9 Total 556 625 603 547 485 -71 -12,8 (2001* – INE, Censos 2001)

No escalão etário dos 5 aos 9 anos e considerando a primeira década do século XXI, projecta-se um acréscimo de 51 crianças no município, correspondendo a um aumento de 8,90%. As Freguesias de Azinheira e Santa Margarida da Serra registarão decréscimos de 26 e 4 crianças, correspondendo a - 83,87% e -57,14% (Quadro 78). Para o horizonte temporal 2001-2021 projectam-se decréscimos no município de 27 crianças no escalão dos 5 aos 9 anos, correspondendo a -4,7%. De salientar que a Freguesia de Grândola registará um acréscimo de 50 crianças, correspondendo a um aumento de 12,1%. Para as restantes freguesias projecta-se um cenário de decréscimo populacional.

Quadro 78 – População residente, sobreviventes e variação no grupo etário 5 a 9 anos no Município de Grândola entre 2001 e 2021. Freguesias 2001 2006 2011 2016 2021 2001-2021 (Nº) 2001-2021 (%) Azinheira Barros e São Mamede do Sádão 31 17 5 4 5 -26 -85,2 Carvalhal 50 66 43 41 36 -14 -27,8 Grândola 416 418 540 517 466 50 12,1 Melides 68 51 32 32 28 -40 -58,6 Santa Margarida da Serra 7 4 3 2 2 -5 -76,2 Total 573 555 624 602 546 -27 -4,7 (2001* – INE, Censos 2001)

Atendendo agora ao grupo etário dos 10 aos 14 anos ressalva-se que os residentes na Freguesia de Carvalhal registará um acréscimo de 2 crianças entre 2001 e 2011 (Quadro 79). Na década seguinte apenas a Freguesia de Grândola registará um acréscimo de 99 residentes, correspondendo a 23,68% dos residentes. Para o horizonte temporal de 2001-2021 projecta-se um decréscimo de 79 indivíduos no município, correspondendo a -11,6%. As Freguesias de Azinheira Barros e São Mamede do Sádão e Santa Margarida da Serra registarão os decréscimos mais expressivos (-92,6% e -75,3%, correspondendo a -53 e -7 indivíduos). Por outro lado, a Freguesia de Grândola registará um acréscimo de 24 indivíduos, correspondendo a um aumento de 4,9%.

128 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

Quadro 79 – População residente, sobreviventes e variação no grupo etário 10 a 14 anos no Município de Grândola entre 2001 e 2021. Freguesias 2001 2006 2011 2016 2021 2001-2021 (Nº) 2001-2021 (%) Azinheira Barros e São Mamede do Sádão 57 31 17 5 4 -53 -92,6 Carvalhal 64 50 66 43 41 -23 -36,2 Grândola 493 416 418 540 517 24 4,9 Melides 58 68 51 32 32 -26 -44,9 Santa Margarida da Serra 9 7 4 3 2 -7 -75,3 Total 681 573 555 624 602 -79 -11,6 (2001* – INE, Censos 2001)

Relativamente ao grupo dos 15 aos 19 anos, todas as freguesias do Município de Grândola apresentam decréscimos. As Freguesias de Azinheira Barros e São Mamede do Sádão, Melides e Santa Margarida da Serra são as que apresentam valores projectados para 2021 mais expressivos. Para a Freguesia de Azinheira Barros e São Mamede do Sádão a diminuição projectada é de -92,1%, dado que em 2001 se registavam 60 residentes e os dados projectados para 2021 dão conta de apenas 5 indivíduos. As Freguesia de Melides e Santa Margarida terão decréscimos superiores a 65% (Quadro 80).

Quadro 80 – População residente, sobreviventes e variação no grupo etário 15 a 19 anos no Município de Grândola entre 2001 e 2021.

Freguesias 2001 2006 2011 2016 2021 2001-2021 (Nº) 2001-2021 (%) Azinheira Barros e São Mamede do Sádão 60 57 31 17 5 -55 -92,1 Carvalhal 72 64 50 66 43 -29 -40,1 Grândola 595 493 416 418 540 -55 -9,2 Melides 95 58 68 51 32 -63 -66,2 Santa Margarida da Serra 9 9 7 4 3 -6 -69,1 Total 831 681 573 555 624 -207 -24,9 (2001* – INE, Censos 2001)

A consideração dos resultados para as idades de 20 a 24 anos reflecte, igualmente, esta dinâmica populacional (Quadro 81). Entre 2001 e 2021 haverá um decréscimo de indivíduos nestas idades (-424 indivíduos, correspondendo a -43,4%). As Freguesias de Grândola e Melides registarão decréscimos de 256 e 66 indivíduos, respectivamente, correspondendo a -38,1% e -56,7%.

Os grupos etários que mais irão perder população são, efectivamente, os que pertencem ao grupo dos jovens, principalmente dos grupos dos 0 aos 4 anos, dos 5 aos 9, dos 10 aos 14, dos 15 aos 19 e dos 20 aos 24 anos (Quadro 82). O grupo com valor mais expressivo é o dos 20 aos 24 anos, dado que em 2001 o valor era de 977 e o valor projectado para 2021 é de 553, o que se traduz numa diminuição de cerca de 424 residentes.

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 129 ALENTEJO LITORAL

Quadro 81 – População residente, sobreviventes e variação no grupo etário 20 a 24 anos no Município de Grândola entre 2001 e 2021. Freguesias 2001 2006 2011 2016 2021 2001-2021 (Nº) 2001-2021 (%) Azinheira Barros e São Mamede do Sádão 70 60 57 31 17 -53 -75,8 Carvalhal 109 72 64 50 66 -43 -39,4 Grândola 672 593 491 414 416 -256 -38,1 Melides 116 93 57 67 50 -66 -56,7 Santa Margarida da Serra 10 9 9 7 4 -6 -60,0 Total 977 827 677 570 553 -424 -43,4 (2001* – INE, Censos 2001)

Por outro lado, segundo as projecções, os grupos etários que verão a sua população aumentar serão os dos 80 aos 84 anos, e dos 85 aos 89 anos. Relativamente a este ultimo grupo, o aumento terá um valor significativo, dado que a população em 2001 era de 306 habitantes e a projectada para 2021 é de 608, isto é, um acréscimo de cerca de 302 pessoas.

Quadro 82 – População residente, sobreviventes e variação por escalão etário no Município de Grândola entre 2001 e 2021. Estrutura Etária 2001 2006 2011 2016 2021 2001-2021 (Nº) 2001-2021 (%) 0 a 4 556 625 603 547 485 -71 -12,8 5 a 9 573 555 624 602 546 -27 -4,7 10 a 14 681 573 555 624 602 -79 -11,6 15 a 19 831 681 573 555 624 -207 -24,9

20 a 24 977 827 677 570 553 -424 -43,4 25 a 29 971 972 822 674 567 -404 -41,6 30 a 34 851 968 969 820 672 -179 -21 35 a 39 985 849 965 967 818 -167 -17 40 a 44 1010 973 838 953 955 -55 -5,4 45 a 49 909 986 951 818 931 22 2,4 50 a 54 952 892 968 933 802 -150 -15,7 55 a 59 945 919 861 934 901 -44 -4,6 60 a 64 1046 895 868 814 882 -164 -15,7 65 a 69 1157 977 836 810 759 -398 -34,4 70 a 74 997 1041 880 754 728 -269 -26,9 75 a 79 710 846 881 746 641 -69 -9,8

80 a 84 444 541 649 672 571 127 28,7 85 e + 306 373 455 549 608 302 98,7 Total 14901 14493 13976 13343 12646 -2255 -15,1

(2001* – INE, Censos 2001)

Os resultados do índice de envelhecimento para o Município de Grândola espelham um aumento deste índice a partir de 2001, atingindo o valor de 247,0% em 2011, e 306,1% em 2021 quando em 2001 o índice era de 170,3%. Isto significa que, para cada 100 jovens, existirão três vezes mais idosos em 2021 (Quadro 83).

130 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

Quadro 83 – Índice de envelhecimento e estrutura da população no Município de Grândola entre 2001 e 2021 (%).

Indicadores 2001 2006 2011 2016 2021 Índice de Envelhecimento - Homens 148,1 176,8 192,7 229,5 246,4 Índice de Envelhecimento - Mulheres 193,5 263,4 307,3 355,6 370,1 Índice de Envelhecimento - Total 170,3 217,8 247,0 290,3 306,1 População com idades entre 0 e 14 anos 12,9 10,9 9,7 8,7 8,7 População com idades entre 15 e 39 anos 31,5 31,6 32,0 30,8 27,3 População com idades entre 40 e 64 anos 33,7 33,7 34,3 35,3 37,4 População com idades entre 0 e 14 anos 21,9 23,8 24,0 25,2 26,6 (2001* – INE, Censos 2001)

O Quadro 84 representa o índice de envelhecimento à freguesia, onde se salienta os valores mais expressivos nas Freguesias de Azinheira Barros e São Mamede do Sádão e Santa Margarida da Serra, que em 2021 atingirão os valores de 1151,7% e 1605,0%, respectivamente. Por outro lado, projecta-se um decréscimo no índice de envelhecimento da Freguesia de Grândola, uma vez que em 2001 era de 194,7% e em 2021 será de 166,2% (Quadro 85).

Quadro 84 – Índice de envelhecimento por freguesia no Município de Grândola entre 2001 e 2021 (%). Freguesias 2001 2006 2011 2016 2021 Azinheira Barros e São Mamede do Sádão 230,2 421,0 678,3 1157,5 1151,7 Carvalhal 111,7 161,6 212,8 338,0 427,6 Grândola 194,7 196,1 179,3 164,9 166,2 Melides 279,1 337,9 425,5 475,5 459,1 Santa Margarida da Serra 455,0 703,6 1108,7 1359,7 1605,0 Total 199,7 215,5 207,6 199,2 202,5 (2001* – INE, Censos 2001)

Quadro 85 – Índice de dependência por freguesia no Município de Grândola entre 2001 e 2021 (%).

Freguesias 2001 2006 2011 2016 2021 Azinheira Barros e São Mamede do Sádão 62,7 52,4 40,2 37,7 42,5 Carvalhal 31,3 34,3 39,6 46,3 53,9 Grândola 60,6 66,7 71,3 73,3 69,2 Melides 60 66 65,2 61,2 58,7 Santa Margarida da Serra 84,1 90,8 100,7 96,4 101,3 Total 57,2 61,7 64,5 66 64,1 (2001* – INE, Censos 2001)

A análise realizada permite apresentar uma síntese dos principais comportamentos detectados. No que se refere à evolução demográfica das freguesias do Município de Grândola importa referir que a freguesia mais populosa é efectivamente a freguesia urbana, Grândola, que concentra cerca de 69,5% da população residente. O Município de Grândola tem vindo a registar decréscimos na população residente, desde 1981 até 2001, não obstante o acréscimo verificado entre 1991 e 2001.

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 131 ALENTEJO LITORAL

Em relação às dinâmicas naturais do município verifica-se que este apresenta um crescimento natural negativo, entre os anos de 1991 e de 2007, traduzindo-se em superação do número de óbitos relativamente ao número de nados vivos.

Entre 1981 e 2001 observou-se ainda no município uma redução do número de jovens e um aumento significativo do número de idosos, o que se traduziu em índices de envelhecimento com valores expressivos.

As tendências de futuro traduzem-se numa dinâmica natural caracterizada por uma diminuição dos nascimentos associada a taxas de fecundidade e de natalidade reduzidas. Atendendo unicamente ao saldo natural a população irá decrescer em todas as freguesias, exceptuando a freguesia de Carvalhal. Esta dinâmica muda numa análise ao saldo migratório, dado que a população das freguesias de Grândola e Carvalhal irão aumentar no período de 2001 a 2021, cerca de 3,58% e 37,44%, respectivamente.

É ainda de referir o aumento significativo do índice de envelhecimento a nível municipal, dado que em 2001 o valor era de 170,3% e o valor projectado para 2021 é de 306,1%, fruto do aumento do número de idosos e da redução, em alguns casos drástica, do número de jovens.

2.2. Análise da Rede e Sistema Educativo

2.2.1. Oferta e Procura Educativa

A oferta educativa no Município de Grândola é composta por 26 estabelecimentos de ensino 8, que apresentam uma frequência global de 2022 alunos (Quadro 86 e Figura 58). Dos 26 equipamentos existentes, mais de metade (18), localizam-se na Freguesia de Grândola, enquanto que na Freguesia de Santa Margarida da Serra não se encontra representado qualquer nível de ensino.

No que diz respeito à distribuição da população escolar, tal como seria expectável, destaca-se a Freguesia de Grândola, com 1779 alunos, seguindo-se as Freguesias de Carvalhal (96), Melides (88) e Azinheira Barros e São Mamede do Sádão (59).

8 Importa referir que do total de 12 estabelecimentos de Educação Pré-escolar existentes no Município de Grândola uma corresponde, na realidade, a uma EPEI, designadamente a EPEI Azinheira Barros, que funciona na Freguesia de Azinheira Barros e São Mamede do Sádão, pelo que nas Figuras 58 e 59 apenas se encontram representados 11 estabelecimentos de Educação Pré-escolar.

132 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

Quadro 86 – Síntese da oferta e da procura educativa no Município de Grândola no ano lectivo 2008/2009.

Educação Pré- Ensino Ensino 1º CEB 2º CEB 3º CEB Total Escolar Secundário Profissional

Freguesias Nº de alunos Nº de alunos Nº de alunos Nº de alunos Nº de alunos Nº de alunos Nº de crianças Nº de estabelecimentos Nº de estabelecimentos Nº de estabelecimentos Nº de estabelecimentos Nº de estabelecimentos Nº de estabelecimentos Nº de estabelecimentos Azinheira Barros e São Mamede do Sádão 2 48 1 11 ------3 59 Carvalhal 1 30 1 66 ------2 96 Grândola 7 285 6 463 1 267 2 425 1 225 1 114 18 1779 Melides 2 26 1 62 ------3 88 Santa Margarida da Serra ------Total 12 389 9 602 1 267 2 425 1 225 1 114 26 2022

Figura 58 – Rede educativa do Município de Grândola.

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 133 ALENTEJO LITORAL

2.2.1.1. Educação Pré-escolar

A Educação Pré-escolar encontra-se assegurada por 12 equipamentos educativos 9, sendo que dez integram a rede pública e dois a rede particular (Quadro 87 e Figura 59). A Freguesia de Grândola destaca-se por apresentar o número mais elevado de estabelecimentos, com sete equipamentos. Já as Freguesias de Azinheira Barros e São Mamede do Sádão e Melides integram dois JI’s, cada, enquanto que a Freguesia de Carvalhal oferece apenas um estabelecimento afecto à Educação Pré-escolar.

De referir que no ano lectivo 2008/2009 eram 389 as crianças a frequentar a Educação Pré-escolar, das quais 285 encontravam-se inscritas nos equipamentos localizados na freguesia sede de Município (o que corresponde a 73% do total de crianças inscritas). As restantes freguesias apresentam um quantitativo de população escolar bastante inferior, mais concretamente Freguesias de Azinheira Barros e São Mamede do Sádão (48), Carvalhal (30) e Melides (26).

Quadro 87 – Síntese da oferta e da procura na Educação Pré-escolar no Município de Grândola, segundo a natureza jurídica, no ano lectivo 2008/2009.

Pública Particular Total

Freguesias Nº de de Nº Nº de de Nº Nº de de Nº Nº de crianças de Nº Nº de crianças de Nº Nº de crianças de Nº estabelecimentos estabelecimentos estabelecimentos

Azinheira Barros e São Mamede do Sádão 1 32 1 16 2 48 Carvalhal 1 30 - - 1 30 Grândola 6 210 1 75 7 285 Melides 2 26 - - 2 26 Santa Margarida da Serra ------Total 10 298 2 91 12 389

No que respeita à mobilidade da população escolar destaca-se a Freguesia de Azinheira Barros e São Mamede do Sátão com a entrada de 31 crianças, das quais duas são provenientes de outros Municípios (Quadro 88). Nas Freguesias de Grândola e Carvalhal verifica-se a entrada de 16 e 11 crianças, respectivamente.

Em relação às saídas, destacam-se as Freguesias de Grândola e Azinheira Barros e São Mamede do Sádão, com 33 e 12 crianças, respectivamente a frequentar a Educação Pré-escolar fora da sua freguesia de residência.

9 Tal como referido anteriormente, o estabelecimento de ensino localizado nas Freguesia de Azinheira Barros e São Mamede do Sádão corresponde a uma EPEI, pelo que na Figura 59 apenas se encontram representados 11 estabelecimentos de Educação Pré-escolar.

134 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

Figura 59 – Rede educativa da Educação Pré-escolar no Município de Grândola.

Através da análise da dinâmica da população escolar observa-se que no Município de Grândola encontram-se apenas nove crianças residentes noutros Municípios, sendo duas as crianças que saem deste território municipal para frequentar este nível de ensino noutros Municípios da Sub-região do Alentejo Litoral.

Quadro 88 – Dinâmica da população escolar na Educação Pré-escolar no Município de Grândola no ano lectivo 2008/2009.

População Entrada de crianças Saída de crianças Freguesias escolar Outras Outros Outras Outros Total Total 2008/2009 freguesias municípios freguesias municípios Azinheira Barros e São Mamede do Sádão 48 29 2 31 12 0 12 Carvalhal 30 10 1 11 1 0 1 Grândola 285 12 4 16 32 1 33 Melides 26 4 2 6 9 1 10 Santa Margarida da Serra - - - - 1 0 1 Total 389 55 9 64 55 2 57

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 135 ALENTEJO LITORAL

No ano lectivo 2008/2009 são 389 as crianças inscritas na Educação Pré-escolar no Município de Grândola, número ligeiramente inferior aos 399 nascimentos observados no período correspondente à frequência. Esta ligeira diferença, contudo, revela uma relativa fidelização das crianças nascidas e residentes aos estabelecimentos de ensino locais (Quadro 89). Assim, em função dos nascimentos, perspectiva-se a frequência de 368 e 351 crianças nos anos lectivos 2009/2010 e 2010/2011, o que demonstra uma ligeira diminuição dos quantitativos escolares potenciais.

Quadro 89 – População escolar potencial na Educação Pré-escolar no Município de Grândola entre os anos lectivos 2008/2009 e 2010/2011.

População escolar Agrupamentos de Freguesias Escolas Real Potencial 2008/2009 2008/2009 2009/2010 2010/2011 Azinheira Barros e São Mamede do Sádão 48 14 11 7 Carvalhal 30 27 25 25 Grândola Grândola 285 338 314 292 Melides 26 14 17 25 Santa Margarida da Serra - 6 1 2 Total 389 399 368 351

2.2.1.2. 1º Ciclo do Ensino Básico

O Município de Grândola disponibiliza nove estabelecimentos de 1º CEB, que apresentam, na sua globalidade, 602 alunos matriculados (Quadro 90 e Figura 60). A Freguesia de Grândola destaca-se, claramente, por apresentar, o maior número de equipamentos, com seis estabelecimentos de ensino, bem como o maior quantitativo de população escolar, com a matrícula de 463 alunos.

Exceptuando a Freguesia de Santa Margarida da Serra que não integra qualquer equipamento afecto ao 1º CEB, as restantes freguesias oferecem um estabelecimento de 1º CEB. De salientar que as Freguesias de Carvalhal e Melides apresentam um total de 66 e 62 alunos, respectivamente, enquanto que a Freguesia de Azinheira Barros e São Mamede de Sádão regista a frequência de apenas 11 alunos.

136 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

Quadro 90 – Síntese da oferta e da procura educativa do 1º CEB no Município de Grândola, segundo a natureza jurídica, no ano lectivo 2008/2009.

Pública Freguesias Nº de estabelecimentos Nº de alunos Azinheira Barros e São Mamede do Sádão 1 11 Carvalhal 1 66 Grândola 6 463 Melides 1 62 Santa Margarida da Serra -- Total 9 602

Figura 60 – Rede educativa do 1º CEB no Município de Grândola.

Na globalidade do Município de Grândola observa-se a frequência de quatro alunos residentes noutros Municípios (Quadro 91). Em sentido contrário, são, também, quatro os alunos residentes no Município de Grândola que optam por frequentar o 1º CEB noutros estabelecimentos da Sub-região do Alentejo Litoral, ou seja, observa-se um balanço nulo.

É, ainda, de referir, no que respeita à mobilidade interna, que a Freguesia de Carvalhal apresenta a matrícula de um número bastante significativo de alunos provenientes de outros sectores, com a frequência de 36 alunos residentes noutras freguesias e de dois alunos residentes noutros Municípios.

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 137 ALENTEJO LITORAL

Por seu turno, é da Freguesia de Grândola que se observa o maior número de alunos que opta por frequentar o 1º CEB fora da sua freguesia de residência, concretamente 28 alunos.

Quadro 91 – Dinâmica da população escolar no 1º CEB no Município de Grândola no ano lectivo 2008/2009. População Entrada de alunos Saída de alunos Nascimentos Freguesias escolar Outras Outros Outras Outros 1999-2002 Total Total 2008/2009 freguesias municípios freguesias municípios Azinheira Barros e São Mamede do Sádão 11 8 2 0 2 1 0 1 Carvalhal 66 30 36 2 38 0 0 0 Grândola 463 462 11 2 13 27 1 28 Melides 62 21 2 0 2 18 2 20 Santa Margarida da Serra - 2 - - - 5 1 6 Total 602 523 51 4 55 51 4 55

Entre os anos lectivos 2008/2009 e 2013/2014, no Município de Grândola perspectiva-se uma redução do número de alunos a frequentar o 1º CEB, passando de 523 a 480 alunos, o que, caso se verifique, representa uma redução de -8,22% (Figura 61). De referir que o número de alunos previstos poderá sofrer alterações, tendo em consideração que no ano lectivo 2008/2009 o número de alunos matriculados (602) foi superior ao número de crianças nascidas no período correspondente à frequência (523).

750

600

450 Nº 300

150

0 2008/2009 2009/2010 2010/2011 2011/2012 2012/2013 2013/2014 Potencial Real

Figura 61 – População escolar potencial no 1º CEB no Município de Grândola entre os anos lectivos 2008/2009 e 2013/2014.

Exceptuando a freguesia sede de Município que registou 400 nascimentos no período correspondente à frequência do ano lectivo 2013/2014, a totalidade das freguesias do Município de Grândola apresenta um número de nascimentos inferior a 35 crianças, o que poderá colocar em causa a manutenção em funcionamento de alguns equipamentos educativos no contexto da reorganização do parque escolar (Figura 62).

138 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

Figura 62 – Projecção da população escolar do 1º CEB no Município de Grândola, no ano lectivo 2013/2014.

2.2.1.3. 2º e 3º Ciclos do Ensino Básico

O Município de Grândola integra dois estabelecimentos dos 2º e 3º CEB da rede pública, que apresentam um total 692 alunos matriculados (Quadro 92 e Figura 63).

A EBI D. Jorge de Lencastre apresenta a frequência de 547 alunos, distribuídos pelos 2º CEB (276) e 3º CEB (280), enquanto que na ES/3 António Inácio Cruz ministra, apenas, o 3º CEB, registando uma população escolar de 145 alunos.

Quadro 92 – Síntese da oferta e da procura educativa dos 2º e 3º CEB no Município de Grândola, segundo a natureza jurídica, no ano lectivo 2008/2009.

Número de alunos Agrupamentos de Freguesias Estabelecimentos de ensino Escolas Pública 2º CEB 3º CEB 2º e 3º CEB Grândola EBI D. Jorge de Lencastre 267 280 547 Grândola - ES/3 António Inácio Cruz - 145 145 267 425 692 Total

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 139 ALENTEJO LITORAL

Figura 63 – Rede educativa dos 2 e 3º CEB, Ensino Secundário e Ensino Profissional no Município de Grândola.

A EBI D. Jorge de Lencastre e a ES/3 António Inácio Cruz apresentam uma procura de cariz marcadamente municipal, uma vez que a totalidade dos alunos matriculados reside nas cinco freguesias que constituem o Município de Grândola (Quadro 93 e Figuras 64 e 65).

Todavia, observou-se, ainda, que 20 alunos residentes no Município de Grândola optaram por frequentar os 2º e 3º CEB noutros Municípios da Sub-região do Alentejo Litoral.

Quadro 93 – Dinâmica da população escolar nos 2º e 3º CEB no Município de Grândola no ano lectivo 2008/2009.

População Entrada de alunos Saída de alunos Nascimentos escolar Outras Outros 1994-1998 Outras freguesias Outros municípios Total Total 2008/2009 freguesias município Estabelecimentos de ensino s 2º CEB 3º CEB 2º CEB 3º CEB 2º CEB 3º CEB 2º CEB 3º CEB 2º CEB 3º CEB 2º CEB 3º CEB 2º CEB 3º CEB 2º CEB 3º CEB 2º e 3º CEB 2º e 3º CEB 2º e 3º CEB 2º e 3º CEB 2º e 3º CEB 2º e 3º CEB 2º e 3º CEB 2º e 3º CEB EBI D. Jorge de Lencastre 267280547221343564 0 0 0 0 0 0 0000001192011920 ES/3 António Inácio Cruz -145145------0 0 -00------Total 267425692221343564 0 0 0 0 0 0 000 0 0 0 11 9 20 11 9 20

140 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

Figura 64 – Residência dos alunos da EBI D. Jorge de Lencastre.

Figura 65 – Residência dos alunos do 3º CEB da ES/3 António Inácio Cruz.

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 141 ALENTEJO LITORAL

Considerando unicamente os nascimentos registados no Município, é possível observar-se um acréscimo da população escolar potencial, com a passagem dos 564 alunos, no ano lectivo 2008/2009, para os 668 alunos, no ano lectivo 2013/2014, o que representa um incremento de 18,44% (Figura 66). A partir deste momento e até ao ano lectivo 2017/2018 a projecção aponta para um decréscimo, com a possível matrícula de 625 alunos, valor, ainda, assim superior ao actual.

Em relação ao 2º CEB é possível observar um aumento da população escolar entre os anos lectivos 2008/2009 e 2013/2014, com a passagem dos 221 aos 276 alunos, o que traduz um incremento de 24,87%. No que diz respeito ao 3º CEB verifica-se, também, que a população escolar poderá sofrer um aumento, com a passagem dos 343 aos 352 alunos em igual período.

Os valores previstos para ambos os níveis de ensino poderão ser ligeiramente superiores ao estimado considerando que a população escolar efectiva no ano lectivo 2008/2009, e mesmo considerando o balanço negativo em termos de fluxos, é superior aos nascimentos registados no período correspondente à frequência.

750

600

450

Nº 300

150

0 2008/2009 2010/2011 2012/2013 2014/2015 2016/2017

Potencial 2º CEB Potencial 3º CEB Potencial 2º e 3º CEB Real 2º e 3º CEB

Figura 66 – População escolar potencial nos 2º e 3º CEB no Município de Grândola entre os anos lectivos 2008/2009 e 2017/2018.

Em relação à população escolar potencial do ano lectivo 2013/2014 constata-se que a freguesia sede de Município é a que apresenta o valor de nascimentos mais significativo, destacando-se, claramente das restantes, com um total de 584 crianças nascidas (Figura 67). As restantes freguesias registam valores inferiores a 25 nascimentos, exceptuando a Freguesia de Carvalhal que apresenta 40 crianças nascidas.

142 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

Figura 67 – Projecção da população escolar dos 2º e 3º CEB no Município de Grândola, no ano lectivo 2013/2014.

2.2.1.4. Ensino Secundário

A ES/3 António Inácio da Cruz apresenta, no Ensino Secundário, a frequência de 225 alunos, no ano lectivo 2008/2009 (Quadro 94 e vide Figura 63).

Quadro 94 – Síntese da oferta e da procura educativa do Ensino Secundário no Município de Grândola, segundo a natureza jurídica, no ano lectivo 2008/2009.

Pública Freguesias Nº de estabelecimentos Nº de alunos

Grândola 1 225

No ano lectivo 2008/2009 observa-se a saída de nove alunos residentes no Município de Grândola para frequentar o Ensino Secundário noutros Municípios do Alentejo Litoral (Quadro 95). Por seu turno, são 17 os alunos residentes noutros Municípios que frequentam este nível de ensino na ES/3 António Inácio Cruz (Figura 68).

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 143 ALENTEJO LITORAL

Quadro 95 – Dinâmica da população escolar no Ensino Secundário no Município de Grândola no ano lectivo 2008/2009.

População escolar Nascimentos Entrada de Saída de Estabelecimentos de ensino 2008/2009 1991-1993 alunos alunos

ES/3 António Inácio Cruz 225 383 17 9

Figura 68 – Residência dos alunos do Ensino Secundário da ES/3 António Inácio Cruz.

No que diz respeito à população escolar afecta ao Ensino Secundário no ano lectivo 2008/2009 (225) verifica-se que esta é bastante inferior aos nascimentos registados no Município no período correspondente (383), o que resulta não só do carácter opcional deste nível de ensino, mas também da existência de um estabelecimento de Ensino Profissional, que se direcciona à mesma faixa etária que a ES/3 António Inácio da Cruz.

Analisando a população escolar potencial verifica-se uma diminuição de -10,70%, entre os anos lectivos 2008/2009 e 2013/2014, com a passagem de 383 a 342 jovens. Para o ano lectivo 2017/2018 encontra-se prevista a frequência de 382 jovens, número bastante próximo do número de alunos anteriormente estimado para o ano lectivo 2008/2009 (Figura 69).

144 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

500 Nº 400

300

200

100

0 2008/2009 2010/2011 2012/2013 2014/2015 2016/2017

Potencial Real

Figura 69 – População escolar potencial no Ensino Secundário no Município de Grândola entre os anos lectivos 2008/2009 e 2017/2018.

No ano lectivo 2013/2014 é a freguesia sede de Município a que regista o número de nascimentos mais significativo, com 257 crianças (Figura 70). As restantes freguesias apresentam valores bastante inferiores, apresentando as Freguesias de Carvalhal e Melides 43 e 28 crianças nascidas, respectivamente.

Figura 70 – Projecção da população escolar do Ensino Secundário no Município de Grândola, no ano lectivo 2013/2014.

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 145 ALENTEJO LITORAL

2.2.1.5. Ensino Profissional

O único estabelecimento de Ensino Profissional existente neste território municipal localiza-se na Freguesia de Grândola (Quadro 96 e vide Figura 63). No ano lectivo 2008/2009 apresenta um total de 114 jovens, dos quais 78 residem no próprio Município e 36 são provenientes de outros Municípios

Quadro 96 – Síntese da oferta e da procura educativa do Ensino Profissional no Município de Grândola, segundo a natureza jurídica, no ano lectivo 2008/2009.

Ensino Profissional Freguesias Pública Nº de estabelecimentos Nº de alunos Grândola 1 114

2.2.2. Reorganização da Rede Educativa

O Município de Grândola apresenta formas de relevo muito distintas, identificando-se, no território, três sectores distintos: a Norte, a bacia do Sado, a Oeste a plataforma litoral, que se caracterizam por níveis aplanados. Já no sector Sul destaca-se a presença da serra de Grândola e a bacia do Sado, encontrando-se, neste sector, a mobilidade algo mais condicionada. Em termos demográficos, o Município de Grândola registou um decréscimo populacional entre os anos de 1991 e 2001, observando- se, contudo, nas Freguesias de Grândola e Carvalhal um aumento do número de habitantes.

Na Educação Pré-escolar no Município de Grândola observou-se nos anos correspondentes à frequência dos anos lectivos 2008/2009 e 2010/2011 uma diminuição do número de crianças nascidas, passando-se de um total de 399 a 351 nascimentos (Quadro 97). De salientar que no ano lectivo 2008/2009 eram 389 as crianças efectivamente inscritas, ou seja, uma diferença de apenas dez crianças, comparativamente com o número de crianças previsto com base nos nascimentos.

No 1º CEB, a projecção da população escolar aponta para a frequência de 480 alunos no ano lectivo 2013/2014, o que representa menos 43 crianças comparativamente com os 523 nascimentos registados no período relativo à frequência ao ano lectivo em análise (o que representa, em termos gerais, a necessidade de menos duas salas de aula). Contudo, no ano lectivo 2008/2009 o número de alunos matriculados (602) foi bastante superior ao número de nascimentos, o que deverá resultar da frequência de alunos residentes mas não registados no Município, o que, caso se continue a observar, terá reflexos nas previsões efectuadas para os próximos anos lectivos, embora sendo sempre expectável a redução de cerca de quatro dezenas de crianças.

146 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

Quadro 97 – Previsão e dinâmica da população escolar no Município de Grândola. População Escolar JI 1º CEB 2º CEB 3º CEB Ensino Secundário

2008/2009 2008/2009 2008/2009 2008/2009 2008/2009 2010/2011 2013/2014 2013/2014 2013/2014 2013/2014

Território Educativo Nascimentos Nascimentos Nascimentos Nascimentos Nascimentos População Escolar População Escolar População Escolar População Escolar População Escolar População Escolar População Escolar População Escolar População Escolar População Escolar

Grândola 399 389 351 523 602 480 221 267 257 343 425 374 383 225 342

Relativamente ao 2º CEB, perspectiva-se a matrícula de 257 alunos no ano lectivo 2013/2014, o que representa um acréscimo em comparação com os 221 nascimentos registados nos anos correspondentes à frequência do ano lectivo 2008/2009. De referir, ainda, que, nesse ano lectivo, foram 267 os alunos efectivamente matriculados, ou seja, mais 46 jovens em relação ao previsto com base nos nascimentos.

Já no 3º CEB as previsões efectuadas apontam para um aumento da população escolar potencial, com a passagem de 343 a 374 jovens entre os anos lectivos 2008/2009 e 2013/2014. Todavia, no ano lectivo 2008/2009, registou-se a matrícula de 425 alunos, valor bastante superior aos nascimentos, o que, caso se continue a observar, deverá ter reflexos no número de alunos anteriormente previsto.

No Ensino Secundário, deverá observar-se a passagem dos 383 aos 342 jovens entre os anos lectivos 2008/2009 e 2013/2014. Será ainda de referir que, no ano lectivo 2008/2009, eram apenas 225 os alunos matriculados, o que se encontra associado à actual não obrigatoriedade de frequência deste nível de ensino, bem como à presença de um estabelecimento de Ensino Profissional, que regista a matrícula de 114 alunos.

No âmbito da necessidade de optimizar e requalificar os equipamentos educativos e de acordo com o que têm sido as directrizes da tutela no decorrer dos últimos anos, a reestruturação do parque escolar do Município de Grândola deverá basear-se no conceito de proximidade em relação aos estabelecimentos de Educação Pré-escolar, os quais, sempre que possível, deverão integrar os equipamentos afectos ao 1º CEB e, ainda, a integração dos 2º e 3º CEB no mesmo equipamento educativo, enquanto que o Ensino Secundário sempre que justifique, poderá integrar o 3º CEB.

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 147 ALENTEJO LITORAL

Deste modo, os equipamentos educativos do Município de Grândola deverão dar resposta às mais de 351 crianças previstas na Educação Pré-escolar e de 480 alunos estimados no 1º CEB, o que corresponde à necessidade de 14 e 20 salas, respectivamente e, ainda, aos 631 alunos que deverão frequentar os 2º e 3º CEB (257+374), o que deverá corresponder a 27 espaços lectivos (Quadro 98). No entanto, tendo em linha de conta a diferença observada entre o total de alunos matriculados e o total de alunos previstos com base no número de nascimentos, a necessidade de espaços lectivos poderá vir a ser superior, facto que foi tido em linha de conta ao longo do processo de reorganização da rede educativa do Município de Grândola.

Deste modo, na Freguesia de Grândola deverá observar-se a manutenção da EBI D. Jorge de Lencastre e da EB1 Grândola que deverão integrar 18 salas de aula afectas ao 1º CEB (o que corresponde a uma capacidade para 450 alunos), número suficiente para integrar os 416 alunos previstos nas Freguesias de Azinheira Barros e São Mamede do Sádão, Grândola e Santa Margarida da Serra (Quadro 99 e Figura 71).

No que respeita à Educação Pré-escolar deverá verificar-se na Freguesia de Grândola não só a manutenção do JI Grândola, mas também, a reconversão das EB1/JI’s Aldeia do Futuro e Ameiras de Cima em JI. Será, ainda, de referir a presença de dois estabelecimentos da rede particular nas Freguesias de Azinheira Barros e São Mamede de Sádão e Grândola.

Na Freguesia de Carvalhal deverá vir a observar-se a construção de um Centro Escolar (entretanto aprovada pela DREA e pelo GEPE), que deverá disponibilizar duas salas de actividade e quatro salas de aula. Na criação deste estabelecimento de ensino encontra-se, na base, a frequência de um número significativo de crianças e alunos residentes noutras freguesias (49 alunos, no ano lectivo 2008/2009), uma vez que para este estabelecimento em termos da própria freguesia se encontra previsto a matrícula de 25 crianças na Educação Pré-escolar e de 35 alunos no 1º CEB.

Por seu turno, na Freguesia de Melides encontra-se prevista a construção de um Centro Escolar (2+4), equipamento entretanto aprovado pela DREA e pelo GEPE, que deverá integrar as crianças e alunos residentes nesta freguesia (54), embora seja de referir que se tem vindo a observar a frequência de um número de crianças e alunos bastante superior ao previsto com base nos nascimentos. Assim, a criação deste estabelecimento de ensino tem que ser objecto de uma monitorização constante.

148 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

Relativamente ao 2º e 3º CEB e ao Ensino Secundário estes três níveis de ensino deverão continuar a funcionar nos actuais equipamentos educativos, uma vez que tanto a EBI D. Jorge de Lencastre (30 salas), como a ES/3 António Inácio Cruz (16 salas) apresentam a capacidade necessária para integrar os 973 alunos previstos. De salientar que no Município de Grândola, ainda, se encontra em funcionamento a Escola Profissional Agricultura e Desenvolvimento Rural, que se direcciona para a mesma faixa etária que o Ensino Secundário.

A implementação do cenário alternativo apresenta bastantes condicionalismos, na medida em que a retirada do 3º CEB da EBI D. Jorge de Lencastre, que passaria a ser ministrado, na sua totalidade, na ES/3 Grândola, iria resultar na sobrelotação deste equipamento. Por outro lado, a EBI D. Jorge de Lencastre deveria passar a funcionar como EB1,2/JI, uma vez que as salas afectas ao 3º CEB poderiam ser redistribuídas por estes três níveis de ensino.

Quadro 98 – Cenários de reorganização do parque escolar do Município de Grândola. 1º Cenário 2º Cenário Território Ensino 3º CEB + Ensino JI + 1º CEB 2º CEB + 3º CEB JI + 1º CEB + 2º CEB Educativo Secundário Secundário Alunos Salas Alunos Salas Alunos Salas Alunos Salas Alunos Salas Grândola 351+480 14 (*3)+20 257+374 11+16 342 14 351+480+257 14+20+11 374+342 16+14 * Salas de actividade pertencentes à rede particular (apenas da Creche e JI Grândola)

Quadro 99 – Propostas de reorganização do parque escolar do Município de Grândola.

Níveis de ensino Freguesias Propostas Azinheira Barros e São Centro Infantil do Lousal. Mamede de Sádão Carvalhal Construção CE Carvalhal. Manutenção do JI Grândola. Educação Pré-escolar, 1º, Creche e JI Grândola. 2º e 3º CEB Reconversão das EB1/JI's Aldeia do Futuro e Ameiras de Cima em JI's. Grândola Manutenção da EB1 Grândola. Manutenção da EBI D. Jorge de Lencastre. Manutenção da ES/3 António Inácio Cruz. Melides Construção CE Melides. Ensino Secundário e Manutenção da ES/3 António Inácio Cruz. Grândola Ensino Profissional Escola Profissional Agricultura e Desenvolvimento Rural

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 149 ALENTEJO LITORAL

Figura 71 – Propostas de reorganização do parque escolar do Município de Grândola.

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 151 ALENTEJO LITORAL

3. Município de Odemira

3.1. Enquadramento Territorial do Município

3.1.1. Enquadramento e Caracterização Física

Localizado na Região do Alentejo, o Município de Odemira é um dos municípios do distrito de Beja, que integra a Sub-região do Alentejo Litoral (NUTIII). Em termos administrativos apresenta-se limitado a Norte pelos Municípios de Sines e Santiago do Cacém, a Este pelo de Ourique, a Sul pelos Municípios algarvios de Aljezur e Monchique e a Oeste pelo Oceano Atlântico.

Com 1721km2 de superfície, o território de Odemira é o município do país com maior área, o qual se encontra subdividido por 17 freguesias, a saber: Santa Maria e São Salvador (Odemira), Bicos, , Luzianes-Gare, Pereiras-Gare, Sabóia, Santa Clara-a-Velha, São Luís, São Martinho das Amoreiras, São Teotónio, Relíquias, , , Zambujeira do Mar, e Longueira/Almograve. Localizado no Sudoeste de Portugal, o Município de Odemira desenvolve-se na sua totalidade no Maciço Hespérico, onde do ponto de vista litológico predominam rochas sedimentares na faixa litoral e metassedimentares no restante território (Figura 72).

No sector Oeste, destaca-se a plataforma litoral, a qual corresponde a uma forma de erosão marinha, desenvolvida em rochas do Maciço Hespérico, onde as altitudes são inferiores a 100m de altitude e, à medida que se avança para Sul, esta superfície apresenta-se mais levantada e balançada, com pendores significativos. No sector Norte, a plataforma litoral termina de forma brusca através de uma escarpa de falha, na Serra do Cercal (373m).

No sector Centro-Este, fazendo a separação da superfície do Baixo Alentejo, a Serra da Vigia com uma estrutura semelhante à da Serra do Caldeirão, culmina aos 403m de altitude, “emergindo” de uma área onde as altitudes rondam os 200m. A NNW da Serra da Vigia, no sector Norte, entre as Freguesias de Relíquias e de Colos, destaca-se o pequeno horst de Relíquias (298m), o qual é delimitado por duas escarpas de falha pertencentes ao sistema da fractura da Messejana, constituindo assim, a escarpa NW, o rebordo da bacia do Sado.

152 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

Figura 72 – Relação entre a hipsometria e a rede viária no Município de Odemira.

No sector Sul, principalmente na Freguesia de Santo António, o relevo é já influenciado pela proximidade da Serra do Caldeirão a Oeste e a Sul pelo maciço da Serra de Monchique, destacando-se neste sector, a Serra da Mesquita (478m), que constituída em quartzitos apresenta a mesma direcção que o vale do rio Mira.

Relativamente à rede de drenagem, o traçado do rio Mira de SE-NW apresenta uma clara adaptação à estrutura, percorrendo todo o sector central do Município de Odemira, aproveitando a depressão de São Marcos e delimitando a Este do Município limítrofe de Ourique. No sector Sudoeste, com um traçado similar ao rio Mira, a ribeira de Odeceixe proveniente da Serra de Monchique, efectua o limite físico a sudoeste com o Município de Aljezur.

No contexto da Sub-região Alentejo Litoral, o Município de Odemira em consequência de uma maior diversidade morfológica, apresenta uma distribuição das classes de declives de certa forma irregular. Neste sentido, todo o sector centro-oeste apresenta os declives mais suaves, enquanto que, é nos sectores de alinhamentos de relevo, que se verificam os declives mais acentuados.

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 153 ALENTEJO LITORAL

Neste sentido, se nas freguesias do interior as características serranas e de planície se confundem, por sua vez, nas freguesias da faixa litoral predominam vastos sectores planos, o que ao longo dos tempos tem representado uma certa disparidade, ao nível da ocupação do território do município e com as dinâmicas sociodemográficas.

Do ponto de vista climático, segundo uma classificação de DAVEAU (1985) para as regiões climáticas de Portugal Continental, o Município de Odemira como os restantes municípios do sector Sudoeste do território nacional, apresenta um clima mediterrâneo, inserido por sua vez, no domínio Atlântico o qual, apresenta neste sector um balanço hídrico anual deficitário, registando em média, um total de 717,5mm de precipitação no posto udométrico de Santiago do Cacém, embora à escala local em virtude dos relevos montanhosos, nomeadamente na serra do Cercal as precipitações ascendem aos 800mm anuais.

O campo térmico, é influenciado de forma directa pela proximidade do Oceano Atlântico, o qual se assume como um “amortecedor térmico”, traduzindo-se deste modo, em fracas amplitudes térmicas anuais, correspondendo a uma amenização do período invernal e também do período estival. Contudo, no sector central do Município de Odemira, a influência Atlântica estende-se mais para o interior alentejano, como consequência da depressão de São Marcos, na qual se insere o vale do rio Mira, o que se repercute numa maior humidade do ar, amenizando deste modo o campo térmico deste sector. No entanto, o risco de vagas de ar frio, embora de menor intensidade e frequência que noutras regiões do país, não deve deixar de ser considerada numa temática de conforto bioclimático, assim como, o risco de ondas de calor, apesar da proximidade do oceano.

3.1.2. Caracterização da Rede de Acessibilidades

Localizado no sector meridional da Sub-região do Alentejo Litoral (NUTIII), o Município de Odemira, dada a sua significativa extensão territorial, apresenta constrangimentos ao nível da distância de determinadas freguesias relativamente à sede de Município, sendo inclusivamente a distância média de aproximadamente 25km. No contexto do território municipal, destacam-se como os principais aglomerados populacionais: Odemira, Vila Nova de Mil Fontes, São Teotónio, São Luís e Colos.

Em função da sua localização, pouco centralizada no contexto nacional, o Município de Odemira tem nas ligações intermunicipais os principais fluxos, nomeadamente com os Municípios de Sines e Santiago do Cacém (Alentejo Litoral) e os Municípios limítrofes da Região do Algarve e Alentejo.

154 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

Este território assume de certa forma uma posição marginal, tendo em conta que, não é servido directamente por nenhum eixo viário de âmbito nacional. A rede viária do Município de Odemira, caracteriza-se pela importância que as estradas nacionais representam nas ligações inter/intramunicipais.

A EN120, desempenha um dos principais eixos estruturantes deste território, com um traçado Norte- Sul, para além de estabelecer as ligações aos Municípios do Algarve e também de Santiago do Cacém, ao longo do seu traçado permite as ligações das Freguesias de São Teotónio, Boavista dos Pinheiros e São Luís com a sede de município. Já, a Freguesia de São Martinho das Amoreiras, tem na EN123 a sua principal ligação.

Fundamental para o sector Noroeste do Município, a EN390/393, estabelece a ligação entre Vila Nova de Mil Fontes e Odemira, passando ainda pela Freguesia de Longueira/Almograve. Através da EN263, as ligações com o sector Nordeste estão asseguradas, nomeadamente com as Freguesias de Relíquias, Colos, Vale de Santiago, permitindo inclusivamente a ligação ao IC1. Inserido neste sector, a Freguesia de Bicos, para além da sua distância significativa, não apresenta efectivamente um acesso directo à sede de município, sendo necessário percorrer o seguinte percurso: EN263/EN518/EN262.

A EN123 com um traçado transversal, constitui o principal eixo viário ao sector Oriental, nomeadamente às Freguesias de Luzianes-Gare e São Martinho das Amoreiras. A partir deste eixo em Luzianes-Gare, a EN266 permite a ligação às Freguesias de Santa Clara-a-Velha e Pereiras-Gare, distando cerca de 50km da sede de município. Com um traçado directo a EM118, liga Odemira à Freguesia de Sabóia.

De referir, que as populações que residem nas localidades que se situam no litoral se encontram melhor servidas em termos de opções de vias de transporte uma vez que a malha é mais densa nesta área do Município de Odemira, facto a que não será alheia a grande extensão de praias.

O território municipal também é servido pela rede ferroviária, nomeadamente pela Linha do Sul, importante nas ligações à área metropolitana de Lisboa, à cidade portuária de Sines, como também à região do Algarve, esta linha atravessa as Freguesia do sector Oriental, destacando-se neste particular as estações ferroviárias de São Martinho das Amoreiras, Luzianes Gare e Santa Clara-a-Velha.

Em suma, face à extensão deste território e num contexto de reorganização do parque escolar, as distâncias das Freguesias à sede de Município e as acessibilidades, parecem constituir os factores a considerar, ao mesmo tempo de uma necessidade de revisão da rede de transportes escolares.

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 155 ALENTEJO LITORAL

3.1.3. Caracterização Demográfica

O Município de Odemira apresenta uma localização privilegiada junto ao litoral, apresentando dinâmicas demográficas que demonstram que na última década registou um decréscimo populacional (de 26418 habitantes em 1991 para 26106 habitantes em 2001).

Numa referência ao tecido económico do município, os valores recentes de 1991 e 2001 indicam um reforço de emprego no sector secundário (de 23,0% para 25,3%), a perda de relevância do sector primário (de 40,0% para 21,5%) e um reforço e aumento da importância do sector terciário no contexto do município (de 37,0% para 53,2%), no quadro de uma evolução demográfica desfavorável, já que ocorreu na última década um decréscimo populacional de -1,18% considerando o município, ou 1,20% no caso do Alentejo Litoral (a evolução no Continente traduziu-se no mesmo período por uma evolução de 5,3%).

3.1.3.1. Evolução espacial das dinâmicas demográficas: um território com a população desigualmente repartida

Odemira com 26106 habitantes (dados de 2001) apresenta-se como o segundo município mais populoso da Sub-região do Alentejo Litoral, representando 26,11% do total populacional desta Sub- região, valor que deve ser interpretado atendendo ao número de municípios desta Sub-região (5). No contexto desta Sub-região é o Município de Sines que apresenta os menores quantitativos populacionais (13577 habitantes), enquanto o Município de Santiago de Cacém apresenta os maiores quantitativos populacionais (31105 habitantes). O Município de Odemira registou, na última década, uma ligeira perda da importância no contexto do Alentejo Litoral, uma vez que passou a representar 26,11% do total populacional quando dez anos antes representava 26,82%.

Antes de se passar a uma análise mais detalhada sobre os quantitativos populacionais, variações e pesos que cada freguesia assume no contexto do município, considera-se que as Freguesias de Boavista dos Pinheiros e Longueira/Almograve não apresentam dados de população residente relativos aos anos de 1981, 1991 e 2001, uma vez que foram criadas posteriormente ao ano de 2001.

156 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

A Freguesia de Boavista dos Pinheiros foi criada por desanexação de parte das Freguesias de Santa Maria e São Salvador, enquanto a Freguesia de Longueira/Almograve foi criada por desanexação de parte da Freguesia de São Salvador. A análise da distribuição dos valores de população residente nas dezassete freguesias que integram na actualidade o Município de Odemira, permite distinguir grupos de freguesias que apresentam comportamentos demográficos semelhantes nos dez anos mais recentes (Quadro 100 e Figuras 73 e 74). De salientar os quantitativos populacionais das Freguesias de São Teotónio e Vila Nova de Milfontes (5019 e 4258 residentes, respectivamente), sendo o grupo de freguesias mais populosas, representando 35,5% dos residentes.

Quadro 100 – População residente por freguesia no Município de Odemira de 1981 a 2001. 1981 1991 2001 Freguesias Nº % Nº % Nº % Bicos - - 770 2,9 649 2,5 Boavista dos Pinheiros ------Colos 1682 5,7 1428 5,4 1243 4,8 Longueira / Almograve ------Luzianes-Gare - - 689 2,6 480 1,8 Pereiras-Gare - - 501 1,9 373 1,4 Relíquias 1859 6,3 1089 4,1 1108 4,2 Sabóia 2607 8,8 1437 5,4 1344 5,1 Santa Clara-a-Velha 1797 6,1 948 3,6 780 3,0 Santa Maria 2792 9,5 2435 9,2 2580 9,9 São Luís 2510 8,5 2405 9,1 2249 8,6 São Martinho das Amoreiras 2104 7,1 1481 5,6 1199 4,6 São Salvador 3387 11,5 3461 13,1 3285 12,6 São Teotónio 6385 21,7 4738 17,9 5019 19,2 Vale de Santiago 1496 5,1 816 3,1 695 2,7 Vila Nova de Milfontes 2844 9,7 3228 12,2 4258 16,3 Zambujeira do Mar - - 992 3,8 844 3,2 Total 29463 100 26418 100 26106 100

Fonte: INE, Recenseamento da População de 1981, Censos 1991 e Censos 2001. 7000 6000 5000 4000 Nº 3000 2000 1000 0 … Gare Gare Bicos Colos - - Velha - Sabóia a - São Luís São Relíquias Santa Maria Santa São Teotónio São São Salvador São Pereiras Luzianes Vale de Santiago de Vale São Martinho das Martinho São Zambujeira do Mar Zambujeirado Santa Clara Santa

1981 1991 2001 Milfontes deNova Vila Longueira / / Almograve Longueira Boavista dos Pinheiros dos Boavista Figura 73 – População residente por freguesia no Município de Odemira de 1981 a 2001.

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 157 ALENTEJO LITORAL

Figura 74 – População residente em 2001 e variação populacional entre 1991 e 2001 por freguesia no Município de Odemira.

As Freguesias de São Salvador, Santa Maria e São Luís constituem um segundo grupo, apresentando quantitativos populacionais acima dos dois milhares (3285, 2580 e 2249 habitantes, respectivamente), representando 31,1% da população residente no município. Um terceiro grupo é formado pelas Freguesias de Sabóia, Colos e Relíquias com quantitativos populacionais acima de um milhar (1344, 1243 e 1108 indivíduos, respectivamente), representando 18,7% da população residente.

As Freguesias da Zambujeira do Mar, Santa Clara-a-Velha, Vale de Santiago e Bicos representam no seu conjunto 11,4% da população residente, apresentando quantitativos populacionais mais reduzidos (844, 782, 695 e 649 indivíduos, respectivamente). Por último, as Freguesias de Luzianes-Gare e Pereiras-Gare apresentam os pesos populacionais mais reduzidos (480 e 373 habitantes, respectivamente), representando 3,2% da população residente do município.

Regista-se, assim, um padrão territorial polarizado pelas Freguesias de São Teotónio e Vila Nova de Milfontes, distinguindo-se claramente das restantes, representando 35,5% dos residentes. Esta repartição da população é já evidente na análise dos dados relativos a 1981 e a 1991, principalmente no que diz respeito à Freguesia de São Teotónio, que sempre se assumiu como sendo a freguesia mais populosa.

158 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

Na última década assiste-se a um reforço populacional apenas nas Freguesias de Relíquias (de 1089 para 1108 residentes), Santa Maria (de 2435 para 2580 residentes), São Teotónio (de 4738 para 5019 residentes) e Vila Nova de Milfontes (de 3228 para 4258 residentes). No caso de Odemira verifica-se uma oposição entre as Freguesias mais populosas de São Teotónio e Vila Nova de Milfontes, e as restantes, com pesos populacionais mais reduzidos.

A consideração para o Município de Odemira dos valores de população residente desde os anos oitenta do século XX permite uma leitura em termos evolutivos, ao mesmo tempo que possibilita igualmente algumas reflexões sobre as características do território. Entre 1981 e 2001 ocorreu um decréscimo populacional com significado no contexto do município (Quadro 101 e Figura 75). Efectivamente, desde 1981 até 2001 o município perdeu 3357 habitantes (-11,39%), num processo que já vinha das décadas anteriores, que deve ser lido num contexto de mobilidade interna, para os centros urbanos mais próximos, e também de emigração. Para a década mais recente mantém-se o cenário de perda populacional no município (-312 residentes, correspondendo a -1,18%).

Quadro 101 – População residente no Município de Odemira e variação populacional de 1981 a 2001. Anos População residente Variação populacional (%) 1981 29463 – 1991 26418 -10,33 2001 26106 -1,18 Fonte: INE, Recenseamento da População de 1981, Censos 1991 e Censos 2001. 40000

32000

24000 Nº 16000

8000

0 1981 1991 2001

Figura 75 – Evolução da população residente no Município de Odemira, de 1981 a 2001.

Numa análise entre os anos de 1991 e 2007 (Quadro 102 e Figura 76) observa-se um decréscimo de 1044 residentes entre 1991 e 1996 (-3,95%), seguido de um acréscimo de 732 indivíduos até 2001 (2,88%), sendo que até 2003 se observa novo decréscimo (-411 indivíduos, correspondendo a -1,60%), para em 2004 se observar um ligeiro acréscimo de 43 indivíduos. A partir desse ano e até 2007 verifica- se um decréscimo populacional, traduzido numa perda de 228 indivíduos (-0,89%).

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 159 ALENTEJO LITORAL

Quadro 102 – Evolução da população residente no Município de Odemira de 1991 a 2007.

Anos População residente Variação populacional (%) 1991 26418 – 1992 25661 -2,87 1993 25577 -0,33 1994 25535 -0,16 1995 25467 -0,27 1996 25374 -0,37 1997 25407 0,13 1998 25434 0,11 1999 25497 0,25 2000 25572 0,29 2001 26106 2,09 2002 25709 -1,52 2003 25695 -0,05 2004 25738 0,17 2005 25655 -0,32 2006 25626 -0,11 2007 25510 -0,45 Fonte: INE. 30000

24000

18000 Nº 12000

6000

0 1991 1993 1995 1997 1999 2001 2003 2005 2007

Figura 76 – Evolução da população residente no Município de Odemira de 1991 a 2007.

Em termos globais, considerando o período 1991-2007, observa-se um decréscimo populacional, traduzido numa diminuição de 908 habitantes (-3,44% da população residente, passando de 26418 para 25510 residentes). As dezassete freguesias que constituem o município apresentam, nas últimas duas décadas do século XX, dinâmicas demográficas semelhantes (Quadro 103 e Figura 77).

Essencialmente, e considerando o comportamento para a década mais recente, verifica-se que apenas quatro das dezassete freguesias registam evoluções positivas, traduzidas num crescimento populacional. Deste modo, as Freguesias de Vila Nova de Milfontes, Santa Maria, São Teotónio e Relíquias registam uma evolução positiva (31,91%, 5,95%, 5,93% e 1,74%, correspondendo a um acréscimo de 1030, 145, 281 e 19 residentes, respectivamente). As Freguesias de Luzianes-Gare e Pereiras-Gare apresentam decréscimos populacionais mais expressivos (-30,33% e -25,55%).

160 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

Quadro 103 – Variação da população residente por freguesia no Município de Odemira entre 1981 e 2001.

1981-1991 1991-2001 1981-2001 Freguesias Nº % Nº % Nº %

Bicos - - -121-15,71 - - Boavista dos Pinheiros ------Colos -254 -15,1 -185 -12,96 -439 -26,1 Longueira / Almograve ------Luzianes-Gare - - -209-30,33 - - Pereiras-Gare - - -128-25,55 - - Relíquias -770 -41,42 19 1,74 -751 -40,4 Sabóia -1170 -44,88 -93 -6,47 -1263 -48,45 Santa Clara-a-Velha -849 -47,25 -168 -17,72 -1017 -56,59 Santa Maria -357 -12,79 145 5,95 -212 -7,59 São Luís -105 -4,18 -156 -6,49 -261 -10,4 São Martinho das Amoreiras -623 -29,61 -282 -19,04 -905 -43,01 São Salvador 74 2,18 -176 -5,09 -102 -3,01 São Teotónio -1647 -25,79 281 5,93 -1366 -21,39 Vale de Santiago -680 -45,45 -121 -14,83 -801 -53,54 Vila Nova de Milfontes 384 13,5 1030 31,91 1414 49,72 Zambujeira do Mar - - -148-14,92 - - -3045 -10,33 -312 -1,18 -3357 -11,39 Total Fonte: INE, Recenseamento da População de 1981, Censos 1991 e Censos 2001. 40 31,91 30 20 5,95 5,93 10 1,74 % 0 -10 -6,47 -6,49 -5,09 -20 -15,71 -12,96 -14,83 -14,92 -17,72 -19,04 -30 -25,55 -40 -30,33 Gare Gare Bicos Colos - - Velha - Sabóia a - São Luís São Relíquias Santa Maria Santa São TeotónioSão São Salvador São Pereiras Luzianes Vale de Santiago de Vale Zambujeira do Mar Zambujeirado Santa Clara Santa Vila Nova de Milfontes deNova Vila Longueira / / Almograve Longueira Boavista dos Pinheiros dos Boavista São Martinho dasAmoreiras Martinho São Variação populacional Média Figura 77 – Variação da população residente por freguesia no Município de Odemira entre 1991 e 2001.

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 161 ALENTEJO LITORAL

3.1.3.2. Factores da dinâmica demográfica: crescimento natural e saldo migratório

As variações observadas na população do município e das freguesias que o integram relacionam-se de uma forma que nos parece clara com dois factores primordiais: por um lado, o crescimento natural, cuja relação com o próprio planeamento de equipamentos educativos se torna elemento fundamental e, por outro, o saldo migratório, que no contexto da actual conjuntura se assume como um factor também decisivo, mas cuja análise se torna particularmente difícil dada a dificuldade em prever a sua evolução.

A análise da evolução dos valores da natalidade entre 1991 e 2007 para o Município de Odemira revela um comportamento irregular expresso em ligeiros aumentos e decréscimos (Quadro 104). A consideração do número de nados-vivos mostra, no entanto, uma tendência geral que se expressa num número de nascimentos anual ligeiramente superior a duas centenas na década de noventa. No ano de 1997 o número de nascimentos foi de 235, valor mais elevado no período considerado.

A tendência observada para os anos mais recentes traduz uma diminuição no número de nascimentos, verificando-se 191 nascimentos em 2005, 184 nascimentos em 2006 e 179 nascimentos em 2007, ano em que se registaram menos nascimentos.

Quadro 104 – Nados vivos por freguesia no Município de Odemira, de 1991 a 2007.

Freguesias 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Total Bicos 7125383841072279443 98 Boavista dos Pinheiros ------181321111516 101 Colos 15 11 12 13 11 12 11 7 16 6 9 7 10 8 9 3 7 167 Longueira / Almograve ------11977118 54 Luzianes-Gare 23324041510016301 36 Pereiras-Gare 31321323423110202 33 Relíquias 1010 8 5 3 9 16105 4 117 3 4 2 3 4 114 Sabóia 787285768786109427 111 Santa Clara-a-Velha 87318644450025262 67 Santa Maria 20 26 23 20 19 26 19 22 24 35 26 10 15 19 9 10 12 335 São Luís 27 21 21 10 16 12 21 15 11 15 12 11 10 19 17 10 9 257 São Martinho das Amoreiras 763997233857021048 93 São Salvador 33 31 31 31 20 18 35 29 24 19 17 13 11 9 15 12 8 356 São Teotónio 29 42 29 37 41 40 49 32 33 36 28 38 38 37 38 30 43 620 Vale de Santiago 885610666443161331 81 Vila Nova de Milfontes 37 38 49 33 28 32 44 44 49 49 70 49 55 48 52 65 42 784 Zambujeira do Mar 8611756767788513366 119 Total 221 230 213 181 191 185 235 192 207 205 202 189 196 217 191 184 179 3426 Fonte: INE.

162 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

A análise da evolução no mesmo período de tempo do número de óbitos destaca, igualmente, um comportamento irregular, sendo os valores durante a década de noventa superiores a três centenas (Quadro 105). Este número é superior nos anos de 1996, 1997 e 2005 (416, 415 e 413 óbitos, respectivamente). Nos anos mais recentes o número de óbitos evidencia uma tendência de aumento, registando-se 322 óbitos no ano de 2006 e 362 óbitos no ano de 2007. A evolução da taxa de natalidade mostra uma tendência de oscilação, ora com pequenas subidas ora com decréscimos entre 1991 e 2007, observando-se a taxa de natalidade mais elevada no ano de 1997 (9,25‰).

A tendência observada para os anos mais recentes traduz uma diminuição da taxa de natalidade, verificando-se uma taxa de 7,44‰ em 2005, 7,18‰ em 2006 e 7,02‰ em 2007, ano em que se registou uma taxa de natalidade mais reduzida.

A evolução da taxa de mortalidade mostra igualmente uma tendência de oscilação, ora com pequenas subidas ora com decréscimos entre 1991 e 2007, observando-se a taxa de mortalidade mais elevada no ano de 1996 (16,39‰). A tendência observada para os anos mais recentes traduz um aumento da taxa de mortalidade, verificando-se uma taxa de 12,57‰ em 2006 e 14,19‰ em 2007.

Quadro 105 – Óbitos por freguesia no Município de Odemira, de 1991 a 2001.

Freguesias 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Total Bicos 865288539355115765 101 Boavista dos Pinheiros ------1211610811 62 Colos 48 34 29 34 46 48 49 37 31 34 33 31 41 38 46 40 40 659 Longueira / Almograve ------171011135 8 69 Luzianes-Gare 1152510646976363686 103 Pereiras-Gare 11 8 7 1 7 13 5 10 2 7 5 11 8 3 5 4 11 118 Relíquias 21 20 27 22 13 11 22 19 21 19 13 10 21 19 17 7 13 295 Sabóia 33 33 26 21 30 33 29 34 26 40 34 34 39 33 46 25 23 539 Santa Clara-a-Velha 13 11 20 16 7 13 14 14 15 15 15 11 15 5 13 13 17 227 Santa Maria 31 34 51 51 39 50 38 35 48 39 33 30 32 34 31 43 33 652 São Luís 37 27 29 30 32 36 38 40 22 26 27 47 41 30 36 22 32 552 São Martinho das Amoreiras 28 26 34 21 23 26 26 14 22 39 23 24 30 17 28 12 20 413 São Salvador 35 46 36 36 42 42 39 35 41 28 30 18 18 16 22 12 18 514 São Teotónio 62 63 73 45 69 66 82 72 75 76 83 68 76 59 77 57 76 1179 Vale de Santiago 14 6 12 16 16 16 12 17 10 8 10 11 10 16 8 7 9 198 Vila Nova de Milfontes 24 27 38 38 36 42 41 36 39 32 37 30 34 45 38 42 30 609 Zambujeira do Mar 8 1511 5 5 6 11 7 9 4 7 8 7 4 101110 138 Total 384 361 400 343 383 416 415 379 379 377 361 370 410 344 413 322 362 6428 Fonte: INE.

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 163 ALENTEJO LITORAL

O facto de a natalidade apresentar continuamente valores inferiores aos registados pela mortalidade, traduz-se num crescimento natural negativo em todos os anos do período analisado (Quadro 106 e Figura 78). As perdas populacionais com maior significado ocorreram nos anos de 1996, 2003 e 2005 (9,10‰, 8,33‰ e 8,65‰, respectivamente). De salientar que as taxas de crescimento natural assumem valores negativos nos restantes anos (superiores a -4,39‰, taxa observada no ano de 2004).

Quadro 106 – Dinâmica natural no Município de Odemira de 1991 a 2007.

Taxa de Taxa de Taxa de Crescimento Anos Natalidade Mortalidade crescimento natalidade mortalidade natural natural

1991 221 8,37 384 14,54 -163 -6,17 1992 230 8,96 361 14,07 -131 -5,11 1993 213 8,33 400 15,64 -187 -7,31 1994 181 7,09 343 13,43 -162 -6,34 1995 191 7,50 383 15,04 -192 -7,54 1996 185 7,29 416 16,39 -231 -9,10 1997 235 9,25 415 16,33 -180 -7,08 1998 192 7,55 379 14,90 -187 -7,35 1999 207 8,12 379 14,86 -172 -6,75 2000 205 8,02 377 14,74 -172 -6,73 2001 202 7,74 361 13,83 -159 -6,09 2002 189 7,35 370 14,39 -181 -7,04 2003 196 7,63 410 15,96 -214 -8,33 2004 217 8,43 344 13,37 -127 -4,93 2005 191 7,44 413 16,10 -222 -8,65 2006 184 7,18 322 12,57 -138 -5,39 2007 179 7,02 362 14,19 -183 -7,17 Fonte: INE. 30 20 10 ‰ 0 -10 -20 -30 1991 1993 1995 1997 1999 2001 2003 2005 2007

Taxa de natalidade Taxa de mortalidade Taxa de crescimento natural

Figura 78 – Evolução da taxa de natalidade, taxa de mortalidade e taxa de crescimento natural no Município de Odemira de 1991 a 2007.

164 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

Considerando outra escala espacial de análise sublinha-se, para o ano de 2001, o crescimento natural negativo de todas as freguesias do Município, excepto as Freguesias de Vila Nova de Milfontes e Zambujeira do Mar, que apresentaram um crescimento de 33 e 1 indivíduos, correspondendo a 7,75‰ e 1,18‰. Por outro lado, as Freguesias de Sabóia, Colos e Santa Clara-a-Velha apresentaram um crescimento natural negativo mais expressivo (diminuição de 26, 24 e 15 indivíduos, correspondendo a 19,35‰, 19,31‰ e 19,23‰). Em 1991, por comparação, apenas a Freguesia de Vila Nova de Milfontes registou um crescimento natural positivo (4,03‰), sendo que a Freguesia da Zambujeira do Mar apresentou um crescimento nulo (Quadro 107 e Figura 79). Já a Freguesia de Colos apresentou o crescimento natural negativo mais expressivo do município (-33 indivíduos, correspondendo a 23,11‰).

Quadro 107 – Dinâmica natural por freguesia no Município de Odemira em 1991 e 2001.

1991 2001

Freguesias Natural Natural Natural Natural Natural Natural Natural Taxa de de Taxa de Taxa Taxa de de Taxa Taxa de de Taxa Natalidade Natalidade Natalidade Natalidade Mortalidade Mortalidade Mortalidade Mortalidade Mortalidade Mortalidade Crescimento Crescimento Crescimento Crescimento Crescimento Crescimento Crescimento Taxa de Natalidade Natalidade de Taxa Taxa de Natalidade de Taxa Nº ‰ Nº ‰ Nº ‰ Nº ‰ Nº ‰ Nº ‰ Bicos 7 9,09 8 10,39 -1 -1,30 2 3,08 5 7,70 -3 -4,62 Boavista dos Pinheiros ------Colos 15 10,50 48 33,61 -33 -23,11 9 7,24 33 26,55 -24 -19,31 Longueira / Almograve ------Luzianes-Gare 2 2,90 11 15,97 -9 -13,06 0 0,00 6 12,50 -6 -12,50 Pereiras-Gare 3 5,99 11 21,96 -8 -15,97 3 8,04 5 13,40 -2 -5,36 Relíquias 10 9,18 21 19,28 -11 -10,10 11 9,93 13 11,73 -2 -1,81 Sabóia 7 4,87 33 22,96 -26 -18,09 8 5,95 34 25,30 -26 -19,35 Santa Clara-a-Velha 8 8,44 13 13,71 -5 -5,27 0 0,00 15 19,23 -15 -19,23 Santa Maria 20 8,21 31 12,73 -11 -4,52 26 10,08 33 12,79 -7 -2,71 São Luís 27 11,23 37 15,38 -10 -4,16 12 5,34 27 12,01 -15 -6,67 São Martinho das Amoreiras 7 4,73 28 18,91 -21 -14,18 5 4,17 23 19,18 -18 -15,01 São Salvador 33 9,53 35 10,11 -2 -0,58 17 5,18 30 9,13 -13 -3,96 São Teotónio 29 6,12 62 13,09 -33 -6,96 28 5,58 83 16,54 -55 -10,96 Vale de Santiago 8 9,80 14 17,16 -6 -7,35 3 4,32 10 14,39 -7 -10,07 Vila Nova de Milfontes 37 11,46 24 7,43 13 4,03 70 16,44 37 8,69 33 7,75 Zambujeira do Mar 8 8,06 8 8,06 0 0,00 8 9,48 7 8,29 1 1,18 Total 221 8,37 384 14,54 -163 -6,17 202 7,74 361 13,83 -159 -6,09 Fonte: INE.

A consideração da dinâmica das migrações totais para o Município de Odemira para o período de 1991 a 2001 vem reforçar o cenário de evolução natural negativa do município (Quadro 108). Não obstante o saldo migratório positivo (1624 indivíduos), o crescimento natural é negativo na década (-1936 indivíduos), o que em termos globais se traduz num decréscimo de 312 indivíduos.

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 165 ALENTEJO LITORAL

A análise do crescimento populacional destaca a evolução positiva observada nas Freguesias de Relíquias, Santa Maria, São Teotónio e Vila Nova de Milfontes. Neste contexto, a Freguesia de Vila Nova de Milfontes apresentou a evolução positiva mais marcada, apresentando um crescimento natural positivo de 83 indivíduos e revelando um saldo migratório positivo (947 indivíduos), o que se traduzirá num crescimento efectivo de 1030 indivíduos, revelando uma forte capacidade de atracção.

30 20 10 0 % -10 -20 -30 Gare Gare Bicos - - Colos Velha - Sabóia a - São Luís São Relíquias Santa Maria Santa São TeotónioSão Pereiras Salvador São Luzianes Vale de Santiago de Vale Zambujeira do Mar Zambujeirado Santa Clara Santa Vila Nova de Milfontes deNova Vila Longueira / / Almograve Longueira Boavista dos Pinheiros dos Boavista São Martinho dasAmoreiras Martinho São Taxa de natalidade Taxa de mortalidade Taxa de crescimento natural

Figura 79 – Taxa de natalidade, taxa de mortalidade e taxa de crescimento natural por freguesia no Município de Odemira, em 2001.

Quadro 108 – Dinâmica da população por freguesia no Município de Odemira entre 1991 e 2001.

Freguesias Nados-Vivos Óbitos Crescimento Natural Saldo Migratório Crescimento Efectivo Bicos 69 62 7 -128 -121 Boavista dos Pinheiros ----- Colos 123 423 -300 115 -185 Longueira / Almograve ----- Luzianes-Gare 25 71 -46 -163 -209 Pereiras-Gare 27 76 -49 -79 -128 Relíquias 91 208 -117 136 19 Sabóia 73 339 -266 173 -93 Santa Clara-a-Velha 50 153 -103 -65 -168 Santa Maria 260 449 -189 334 145 São Luís 181 344 -163 7 -156 São Martinho das Amoreiras 62 282 -220 -62 -282 São Salvador 288 410 -122 -54 -176 São Teotónio 396 766 -370 651 281 Vale de Santiago 66 137 -71 -50 -121 Vila Nova de Milfontes 473 390 83 947 1030 Zambujeira do Mar 78 88 -10 -138 -148 Total 2262 4198 -1936 1624 -312 Fonte: INE.

166 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

3.1.3.3. Estrutura da população: sexo e idades

A análise da evolução da população deve contemplar também o estudo das pirâmides etárias. Estas representações gráficas traduzem não apenas a imagem da população num dado momento, mas permitem uma leitura da perspectiva histórica dos acontecimentos que marcam a população representada ao longo de décadas de vida das gerações mais antigas. Considera-se, para efeitos de análise, a pirâmide etária relativa a 1991 e 2001 para o Município de Odemira, centrando a atenção nos respectivos perfis populacionais. Em paralelo, apresentam-se alguns índices que resumem o comportamento da estrutura etária da população. Conjuntamente com os dados avançados para a dinâmica natural da população permitem contextualizar e reflectir sobre as principais características da população.

A primeira conclusão a retirar da análise dos valores da população por escalão etário parece ser a crescente diminuição das classes mais jovens, prosseguida pelo aumento das classes mais idosas, o que espelha de modo bastante claro a crescente tendência para o envelhecimento da população.

Procedendo-se a uma análise mais pormenorizada dos grupos etários (Quadro 109 e Figura 80), verificamos que no município a população adulta (40-64 anos) sofreu uma diminuição desde 1981 (de 41,29% para 31,86%) e a idosa (65 e mais anos) apresentou um aumento marcado (de 18,51% para 24,88%). Por outro lado, a população jovem (0-14 anos) apresentou um decréscimo (de 23,04% para 12,91%) e a população jovem adulta (15-39 anos) apresentou um acréscimo expressivo, no mesmo período, de 17,15% para 30,35%.

Este facto traduz-se num envelhecimento que caracteriza a generalidade das sociedades dos países desenvolvidos, e deve merecer uma reflexão dada a rapidez em que se passou de uma sociedade com uma população jovem para uma outra envelhecida (a população de 65 anos ou mais representava 24,88% da população total em 2001).

A análise dos resultados da estrutura etária para o Município de Odemira sublinha, para o último período intercensitário, uma evolução demográfica no sentido do rápido envelhecimento da população, uma vez que a população idosa aumentou 5,07%, encontrando-se aliás em linha com a evolução registada em Portugal e nos países desenvolvidos.

Esta evolução representa, por um lado, uma perda de 3,67% de população jovem, e, por outro, um acréscimo de população com 65 e mais anos (5,07%) entre 1991 e 2001. A população da metade mais jovem da população activa (15 a 39 anos) sofreu um acréscimo de 0,24% e a metade mais idosa (40 a 64 anos) registou um decréscimo de 1,64%.

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 167 ALENTEJO LITORAL

A consideração da estrutura etária por grandes grupos funcionais por município destaca desde os anos oitenta do século XX, uma evolução com perda de jovens e aumento de idosos.

Quadro 109 – População residente no Município de Odemira, segundo os grandes grupos etários de 1981 a 2001. 1981 1991 2001 Grupos etários Nº % Nº % Nº % 0 - 14 anos 5800 23,04 4381 16,58 3370 12,91 15 - 39 anos 4317 17,15 7953 30,10 7923 30,35 40 - 64 anos 10392 41,29 8849 33,50 8317 31,86 65 anos ou mais 4660 18,51 5235 19,82 6496 24,88 Total 25169 100 26418 100 26106 100 Fonte: Recenseamento da população 1981, Censos 1991 e Censos 2001.

2001

1991

1981

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% 0 - 14 anos 15 - 39 anos 40 - 64 anos 65 anos ou mais

Figura 80 – População residente no Município de Odemira, segundo os grandes grupos etários de 1981 a 2001.

A análise da pirâmide etária do Município de Odemira para o ano de 2001 reflecte, comparativamente ao ano de 1991, um envelhecimento da população, o que se traduz por um ligeiro estreitamento da base e um alargamento do topo da pirâmide (Figura 81). Efectivamente, ao decréscimo pertencente aos grupos etários dos 0 aos 34 anos (Homens), dos 0 aos 19 anos (Mulheres), entre os 25 e 34 anos (Mulheres), entre os 50 e 59 anos (Mulheres) e dos 50 aos 64 anos (Homens), corresponde, naturalmente, um aumento da população pertencente aos grupos etários dos 20 aos 24 anos (Mulheres), entre os 35 e 49 anos, dos 60 e mais anos (Mulheres) e dos 65 e mais anos (Homens). Os grupos etários dos 0 aos 19 anos (Mulheres), entre os 5 e 19 anos (Homens), dos 25 aos 39 anos, entre os 45 e 64 anos (Mulheres) e dos 55 aos 64 anos (Homens), apresentam sucessivamente mais indivíduos nas classes seguintes, traduzindo a existência de um conjunto de classes ocas.

168 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

Figura 81 – Pirâmide etária da população residente no Município de Odemira entre 1991 e 2001.

A tendência que se destaca da análise dos dados e das pirâmides etárias relativas aos anos de 1991 e 2001 é, em termos gerais, semelhante à descrita: perda de população nos escalões etários jovens (até aos 19 anos) e jovens adultas (dos 20 aos 34 anos) e também adultas (entre os 50 e os 64 anos), comportamento que traduz os aspectos da dinâmica natural anteriormente analisados: taxas de natalidade reduzidas acompanhadas de taxas de mortalidade superiores. De referir o facto de a pirâmide etária relativa ao ano de 1991 apresentar um perfil populacional caracterizando uma estrutura não tão envelhecida (mas já não jovem), elemento que deve merecer atenção no quadro do sentido da evolução ocorrida na década de noventa.

Os valores do índice de envelhecimento reflectem esta evolução, uma vez que o total da população passou de 119,5% em 1991 para 192,8% em 2001 (Quadro 110). Isto significa que para cada 100 jovens existiam 119 e 192 idosos em 1991 e 2001, respectivamente. Trata-se de valores mais expressivos tendo por base o contexto nacional, já que esta relação era no Continente de 69,5%, em 1991, evoluindo para 104,5% em 2001.

Considerando os valores por sexo, o escalão etário das mulheres apresenta índices de envelhecimento superiores e mais expressivos em 2001 (200,7% contra 185,2%, sendo que em 1991 eram de 125,6% e 113,7%, respectivamente). Esta evolução traduz a dinâmica natural da população em que as mulheres apresentam uma esperança média de vida mais elevada e também migram em menor número.

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 169 ALENTEJO LITORAL

Quadro 110 – Índice de envelhecimento, índice de dependência e estrutura etária no Município de Odemira em 1991 e 2001. Índice de envelhecimento (%) Índice de dependência total (%) Estrutura Etária (%) Freguesias Homens Mulheres Total Homens Mulheres Total 0 a 14 15 a 64 65 e + 1991 2001 1991 2001 1991 2001 1991 2001 1991 2001 1991 2001 1991 2001 1991 2001 1991 2001 Bicos 53,5 130,8 58,8 111,9 56,1 120,7 50,6 56,6 55,8 65,1 53,1 60,6 22,2 17,1 65,3 62,2 12,5 20,6 Boavista dos Pinheiros ------Colos 134,7 202,4 164,7 250,0 149,2 225,3 66,4 67,0 78,3 81,0 72,0 73,6 16,8 13,0 58,1 57,6 25,1 29,4 Longueira / Almograve ------Luzianes-Gare 302,9 337,0 277,4 493,8 290,8 395,3 58,1 78,7 58,8 81,2 58,4 79,8 9,4 9,0 63,1 55,6 27,4 35,4 Pereiras-Gare 276,7 477,8 288,0 313,6 281,8 387,5 71,5 111,8 72,9 107,1 72,2 109,6 11,0 10,7 58,1 47,7 30,9 41,6 Relíquias 159,0 217,3 193,5 247,0 175,6 231,2 64,8 69,2 71,5 77,1 68,1 72,9 14,7 12,7 59,5 57,9 25,8 29,4 Sabóia 214,0 370,6 209,1 370,8 211,6 370,7 62,1 84,0 67,5 90,8 64,6 87,2 12,6 9,9 60,8 53,4 26,7 36,7 Santa Clara-a-Velha 240,7 451,5 183,6 270,8 210,4 344,4 55,8 80,9 66,3 91,3 60,4 85,7 12,1 10,4 62,3 53,8 25,5 35,8 Santa Maria 74,6 153,4 115,6 169,0 93,2 161,0 51,7 55,0 55,2 51,9 53,4 53,4 18,0 13,3 65,2 65,2 16,8 21,5 São Luís 120,7 235,4 149,5 256,8 134,6 246,2 55,0 62,2 65,4 73,5 59,9 67,6 16,0 11,6 62,5 59,7 21,5 28,7 São Martinho das Amoreiras 229,6 482,2 198,1 366,1 211,6 416,3 57,4 75,5 75,4 87,3 66,0 81,1 12,8 8,7 60,2 55,2 27,0 36,1 São Salvador 85,8 163,7 86,3 167,4 86,1 165,6 50,5 49,4 52,2 54,3 51,3 51,8 18,2 12,8 66,1 65,9 15,7 21,3 São Teotónio 113,1 179,3 133,8 206,8 122,5 191,9 53,0 57,7 54,9 61,7 53,9 59,6 15,7 12,8 65,0 62,7 19,3 24,5 Vale de Santiago 108,5 220,9 130,6 252,4 119,6 236,5 58,0 65,1 67,2 75,1 62,5 69,9 17,5 12,2 61,5 58,8 21,0 28,9 Vila Nova de Milfontes 64,9 84,9 66,3 106,2 65,6 94,9 46,9 46,5 55,9 45,3 51,2 45,9 20,4 16,1 66,1 68,6 13,4 15,3 Zambujeira do Mar 64,5 111,1 78,9 176,0 71,3 139,8 51,6 44,9 55,7 49,8 53,6 47,3 20,4 13,4 65,1 67,9 14,5 18,7 Total 113,7 185,2 125,6 200,7 119,5 192,8 54,4 58,9 60,3 62,7 57,2 60,8 16,6 12,9 63,6 62,2 19,8 24,9 Fonte: INE, Censos 1991 e Censos 2001.

A leitura dos resultados do índice de dependência ajuda, também, a reflectir sobre a necessidade de definir políticas activas no que diz respeito à população. Para o Município de Odemira ocorreu um acréscimo do valor deste índice entre 1991 e 2001, de 57,2% para 60,8%, o que significa que se verificou um acréscimo da importância dos não activos para os activos. Esta tendência verifica-se de forma diferenciada entre os sexos, uma vez que os valores do índice de dependência em 2001 são mais elevados no sexo feminino (62,7%) e mais reduzidos no sexo masculino (58,9%), ainda que as diferenças sejam pouco expressivas.

Em síntese e como se procurou demonstrar, a população das freguesias do Município de Odemira tem envelhecido, acompanhando aliás a tendência de quase todo o país. Este facto parece estar relacionado segundo os especialistas não só com a mudança de mentalidades, o que se reflecte na diminuição do número de filhos por casal, mas também pela procura de melhores condições de vida por parte da população activa jovem e em idade de procriar que migra quer para os espaços urbanos (próximos ou afastados), quer para as duas grandes metrópoles nacionais ou ainda para o estrangeiro.

170 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

3.1.3.4. Tendências de crescimento: volume e características da população nas primeiras décadas do século XXI

Tendo em atenção as dinâmicas populacionais descritas e as principais implicações do ponto de vista da organização das infra-estruturas e das actividades no território importa, no quadro dos objectivos desta análise, tentar enquadrar as tendências de evolução no horizonte temporal das duas primeiras décadas do século XXI. Utilizou-se o método das componentes por coortes como metodologia de base para uma análise mais detalhada (por grupos de idades).

A análise dos resultados indica a diminuição da população no município de nas duas primeiras décadas do século XXI (Quadro 111). Com efeito, Odemira terá menos 4619 habitantes em 2021 tendo por referência a população residente de 2001 (-17,69%). Este resultado deverá ser entendido no quadro da metodologia de projecção da população que considera apenas a dinâmica natural (nascimentos e óbitos).

Considerando os valores totais para o Município de Odemira, uma primeira ideia a referir destaca o crescimento negativo que ocorrerá por década e que se traduzirá num decréscimo populacional (menos 1986 habitantes em 2011 para 24120 residentes e de menos 2633 indivíduos em 2021, passando a 21487 residentes.

A análise por freguesia sublinha uma tendência de decréscimo de população residente em quase todas as freguesias. Efectivamente, as Freguesias urbanas de São Salvador e Santa Maria terão -199 e - 134 habitantes em 2011, passando a população residente a ser de 3086 e 2446 habitantes, respectivamente. Na década seguinte perderão 307 e 212 habitantes, para um total de 2779 e 2234 habitantes em 2021, respectivamente. A Freguesia de Vila Nova de Milfontes será a única a registar um acréscimo no número de habitantes em 2011 (81 indivíduos), enquanto a Freguesia de São Teotónio registará o decréscimo mais expressivo nas duas primeiras décadas (-537 e -612 indivíduos).

Para o horizonte temporal de 2001-2021 todas as freguesias do município apresentarão decréscimos populacionais, sendo que as Freguesias urbanas de Santa Maria e São Salvador verão a sua população reduzida em -13,41% e -15,39%, respectivamente. A Freguesia de Vila Nova de Milfontes registará o decréscimo populacional menos expressivo (-0,35%), ao contrário da Freguesia de Santa Clara-a-Velha, que registará uma diminuição populacional de -36,60%.

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 171 ALENTEJO LITORAL

Quadro 111 – População residente, sobreviventes e variação no Município de Odemira entre 2001 e 2021.

2001-2006 2006-2011 2011-2016 2016-2021 2001-2021 Freguesias 2001* 2006 2011 2016 2021 Nº % Nº % Nº % Nº % Nº % Bicos 649 641 628 607 567 -8 -1,30 -12 -1,95 -21 -3,41 -39 -6,50 -82 -12,59 Boavista dos Pinheiros ------Colos 1243 1143 1067 1002 941 -100 -8,03 -77 -6,70 -65 -6,06 -61 -6,07 -302 -24,29 Longueira / Almograve ------Luzianes-Gare 480 451 414 372 318 -29 -5,98 -37 -8,20 -43 -10,28 -54 -14,46 -162 -33,75 Pereiras-Gare 373 359 336 307 280 -14 -3,82 -23 -6,47 -29 -8,56 -27 -8,84 -93 -25,02 Relíquias 1108 1072 1020 956 893 -36 -3,22 -52 -4,86 -64 -6,26 -63 -6,57 -215 -19,36 Sabóia 1344 1211 1090 973 871 -133 -9,88 -121 -10,03 -116 -10,68 -103 -10,56 -473 -35,23 Santa Clara-a-Velha 780 719 649 575 494 -61 -7,86 -70 -9,72 -74 -11,44 -80 -13,95 -286 -36,60 Santa Maria 2580 2528 2446 2342 2234 -52 -2,03 -81 -3,21 -104 -4,26 -108 -4,62 -346 -13,41 São Luís 2249 2166 2068 1957 1836 -83 -3,69 -98 -4,51 -112 -5,40 -121 -6,16 -413 -18,35 São Martinho das Amoreiras 1199 1120 1045 960 872 -79 -6,55 -76 -6,75 -85 -8,09 -88 -9,14 -327 -27,23 São Salvador 3285 3202 3086 2944 2779 -83 -2,54 -115 -3,60 -142 -4,60 -165 -5,60 -506 -15,39 São Teotónio 5019 4764 4482 4175 3870 -255 -5,07 -283 -5,93 -306 -6,84 -305 -7,31 -1149 -22,89 Vale de Santiago 695 661 618 561 504 -34 -4,86 -43 -6,47 -57 -9,25 -57 -10,15 -191 -27,44 Vila Nova de Milfontes 4258 4328 4339 4306 4243 70 1,65 11 0,25 -32 -0,75 -63 -1,46 -15 -0,35 Zambujeira do Mar 844 842 832 814 783 -2 -0,27 -9 -1,12 -19 -2,22 -30 -3,75 -61 -7,19 Total 26106 25207 24120 22852 21487 -899 -3,44 -1087 -4,31 -1269 -5,26 -1364 -5,97 -4619 -17,69 (2001* – INE, Censos 2001)

Se atendermos também à dinâmica migratória e admitindo como cenário que nas próximas décadas se manterá o saldo migratório registado na década de noventa do século XX (1624 residentes), significa que a população do Município de Odemira terá tendência a aumentar, em virtude do saldo migratório (Quadro 112).

O crescimento populacional na primeira década do actual século será negativo (-1,39%, correspondendo a um decréscimo de 362 indivíduos). Na década seguinte, e considerando o saldo migratório, projecta-se um decréscimo de 2633 indivíduos (-10,23%). Considerando o horizonte temporal 2001-2021 projecta-se um decréscimo de 2995 indivíduos no município (-11,47%), passando de 26106 indivíduos em 2001 para 23111 residentes em 2021.

As alterações registadas nas freguesias do Município de Odemira, considerando a dimensão migratória para o ano 2011, permitem destacar o comportamento positivo das Freguesias de Relíquias, Santa Maria, São Teotónio e Vila Nova de Milfontes, que apresentarão um acréscimo de 48, 200, 114 e 1028 residentes em 2011, correspondendo a 4,34%, 7,77%, 2,27% e 24,14%, respectivamente. Por outro lado, a Freguesia de Luzianes-Gare registará o decréscimo mais expressivo no contexto do município (- 47,64%).

172 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

Quadro 112 – População residente, sobreviventes e variação no Município de Odemira, com saldo migratório entre 2001 e 2021.

2001-2011 2011-2021 2001-2021 Freguesias 2001* 2011 2021 Nº % Nº % Nº % Bicos 649 500 439 -149 -22,95 -61 -12,16 -210 -32,32 Boavista dos Pinheiros ------Colos 1243 1182 1056 -61 -4,94 -126 -10,62 -187 -15,04 Longueira / Almograve ------Luzianes-Gare 480 251 155 -229 -47,64 -96 -38,33 -325 -67,71 Pereiras-Gare 373 257 201 -116 -31,23 -56 -21,77 -172 -46,20 Relíquias 1108 1156 1029 48 4,34 -127 -10,96 -79 -7,09 Sabóia 1344 1263 1044 -81 -6,05 -219 -17,35 -300 -22,35 Santa Clara-a-Velha 780 584 429 -196 -25,14 -154 -26,44 -351 -44,94 Santa Maria 2580 2780 2568 200 7,77 -212 -7,64 -12 -0,47 São Luís 2249 2075 1843 -174 -7,72 -232 -11,19 -406 -18,04 São Martinho das Amoreiras 1199 983 810 -216 -18,03 -172 -17,53 -389 -32,40 São Salvador 3285 3032 2725 -253 -7,69 -307 -10,12 -560 -17,03 São Teotónio 5019 5133 4521 114 2,27 -612 -11,92 -498 -9,92 Vale de Santiago 695 568 454 -127 -18,21 -114 -20,08 -241 -34,63 Vila Nova de Milfontes 4258 5286 5190 1028 24,14 -96 -1,81 932 21,89 Zambujeira do Mar 844 694 645 -150 -17,74 -49 -7,06 -199 -23,54 Total 26106 25744 23111 -362 -1,39 -2633 -10,23 -2995 -11,47 (2001* – INE, Censos 2001)

Para o horizonte temporal 2001-2021 projecta-se um acréscimo populacional (21,89%) apenas na Freguesia de Vila Nova de Milfontes, que apresentará um aumento de 932 indivíduos. Considerando apenas a dinâmica natural, esta freguesia verá a sua população diminuir 0,35% (-15 indivíduos). Para as restantes freguesias projecta-se um decréscimo de população residente com a consideração desta componente, sendo de destacar o comportamento das Freguesias de Luzianes-Gare e Pereiras-Gare (- 325 e -172 indivíduos, correspondendo a -67,71% e -46.20%).

A consideração da dimensão dinâmica natural permite assim compreender uma parte da amplitude e complexidade das alterações demográficas. Mas, no contexto da reorganização da rede de equipamentos educativos é importante analisar os nascimentos projectados até 2021.

A consideração do comportamento desta variável é fundamental para que se possa prospectivar quais serão os volumes de população para os diferentes escalões de idades, mesmo não se considerando o efeito resultante da presença de populações imigrantes e a diferente taxa de fecundidade.

A evolução do número de sobreviventes por ano para as diferentes freguesias evidencia desde logo a quebra nos nascimentos projectados (Quadro 113). Para o Município de Odemira projecta-se um decréscimo no número de nascimentos, prevendo-se a ocorrência de 189 nascimentos no ano de 2011, 174 nascimentos em 2016 e 158 nascimentos no ano de 2021, sendo que em 2001 ocorreram 210 nascimentos.

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 173 ALENTEJO LITORAL

Quadro 113 – Nados-vivos no Município de Odemira entre 2001 e 2021.

Freguesias 2001* 2006 2011 2016 2021 Bicos 2 4 3 4 3 Boavista dos Pinheiros ----- Colos 9 7 7 7 6 Longueira/Almograve ----- Luzianes-Gare 0 0 1 0 0 Pereiras-Gare 3 2 2 2 2 Relíquias 11 7 7 7 7 Sabóia 8 7 6 6 5 Santa Clara-a-Velha 0 2 2 1 1 Santa Maria 26 23 19 16 15 São Luís 12 13 13 12 11 São Martinho das Amoreiras 5 7 8 9 7 São Salvador 17 16 16 15 14 São Teotónio 28 33 31 29 26 Vale de Santiago 3 3 2 2 2 Vila Nova de Milfontes 70 54 50 44 41 Zambujeira do Mar 8 7 7 7 6 Total 210 198 189 174 158 (2001* – INE, Censos 2001)

A taxa de natalidade para o Município de Odemira será de 7,40‰ em 2021, quando em 2001 a taxa de natalidade era de 8,04‰ (Quadro 114). Relativamente às freguesias do município, projectam-se para 2021 taxas de natalidade de 1,14‰, 2,82‰ e 3,11‰ nas Freguesias de Luzianes-Gare, Santa Clara-a- Velha e Vale de Santiago, respectivamente. Por outro lado, as Freguesias de Vila Nova de Milfontes, São Martinho das Amoreiras e Pereiras-Gare apresentarão taxas de natalidades mais expressivas (9,65‰, 8,48‰ e 8,29‰, respectivamente).

Quadro 114 – Taxa de natalidade no Município de Odemira entre 2001 e 2021 (‰).

Freguesias 2001* 2006 2011 2016 2021 Bicos 3,08 5,61 5,50 5,95 5,90 Boavista dos Pinheiros ----- Colos 7,24 6,35 6,81 7,04 6,70 Longueira/Almograve ----- Luzianes-Gare 0,00 0,98 1,21 1,27 1,14 Pereiras-Gare 8,04 6,11 6,70 7,29 8,29 Relíquias 9,93 6,89 6,74 6,90 7,28 Sabóia 5,95 5,47 5,64 5,99 6,27 Santa Clara-a-Velha 0,00 2,29 2,47 2,54 2,82 Santa Maria 10,08 8,91 7,84 6,86 6,70 São Luís 5,34 5,83 6,07 6,12 5,75 São Martinho das Amoreiras 4,17 6,53 8,10 9,01 8,48 São Salvador 5,18 5,04 5,17 5,21 4,89 São Teotónio 5,58 6,97 6,99 6,92 6,76 Vale de Santiago 4,32 4,02 3,66 3,09 3,11 Vila Nova de Milfontes 16,44 12,58 11,54 10,33 9,65 Zambujeira do Mar 9,48 8,91 8,72 8,50 7,99 Total 8,04 7,88 7,87 7,67 7,40 (2001* – INE, Censos 2001)

174 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

No quadro da reorganização da rede de equipamentos educativos é fundamental analisar o comportamento da população que projectamos e que serão os potenciais utilizadores para os diferentes níveis de ensino (considerou-se a população dos grupos 0 a 4 anos – pré-escolar, 5 a 9 anos – 1º Ciclo, 10 a 14 anos – 2º e 3º Ciclos, 15 a 19 anos – Ensino Secundário e 20 a 24 anos – Ensino Superior).

O efeito da diminuição da fecundidade e da taxa de natalidade tem tradução na diminuição do número de indivíduos dos 0 a 4 anos em todas as freguesias do Município de Odemira (Quadro 115). Na primeira década do actual século, o número de crianças em idade de frequentar o ensino pré-escolar será reduzido em 112 indivíduos, passando das actuais 1056 para 944 crianças. A análise por freguesia destaca a diminuição de 48 e 39 crianças que ocorrerá nas Freguesias de São Teotónio e São Salvador, respectivamente. Por sua vez, as Freguesias de São Martinho das Amoreiras, Vila Nova de Milfontes e Zambujeira do Mar registarão um acréscimo de 17, 15 e 8 crianças, respectivamente.

Quadro 115 – População residente, sobreviventes e variação no grupo etário 0 a 4 anos no Município de Odemira entre 2001 e 2021.

Freguesias 2001* 2006 2011 2016 2021 2001-2021 (Nº) 2001-2021 (%) Bicos 32 18 17 18 17 -15 -47,7 Boavista dos Pinheiros ------Colos 44 36 36 35 32 -12 -28,3 Longueira/Almograve ------Luzianes-Gare 13 2 3 2 2 -11 -86,1 Pereiras-Gare 18 11 11 11 12 -6 -35,6 Relíquias 41 37 34 33 33 -8 -20,7 Sabóia 40 33 31 29 27 -13 -31,8 Santa Clara-a-Velha 27 8 8 7 7 -20 -74,1 Santa Maria 123 113 96 80 75 -48 -39,1 São Luís 83 63 63 60 53 -30 -36,4 São Martinho das Amoreiras 25 37 42 43 37 12 48,0 São Salvador 119 81 80 77 68 -51 -42,9 São Teotónio 203 164 155 143 129 -74 -36,3 Vale de Santiago 25 13 11 9 8 -17 -68,6 Vila Nova de Milfontes 235 272 250 222 205 -30 -12,9 Zambujeira do Mar 28 37 36 35 31 3 11,8 Total 1056 990 944 870 789 -267 -25,3 (2001* – INE, Censos 2001)

Esta tendência prosseguirá na década seguinte com uma diminuição de 155 crianças no município, correspondendo a -16,4%. A análise da evolução por freguesia é semelhante à descrita para o período anterior, sendo que apenas se registará um acréscimo de crianças na Freguesia de Pereiras-Gare (1). As Freguesias de Vale de Santiago, Luzianes-Gare e Santa Maria registarão os decréscimos mais expressivos (-30,5%, -27,8% e -22,0%, correspondendo a -3, -1 e -21 crianças, respectivamente). Para o horizonte temporal 2001-2021 projectam-se diminuições de -267 crianças, correspondendo a -25,3%.

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 175 ALENTEJO LITORAL

Nos escalões etários dos 5 a 9 anos e dos 10 a 14 anos e considerando a primeira década do século XXI, registar-se-ão decréscimos de respectivamente -78 e -197 jovens no Município de Odemira (Quadros 116 e 117). As Freguesias urbanas de Santa Maria e São Salvador registarão -3 e -66 crianças dos 5 aos 9 anos e um acréscimo de 18 crianças e um decréscimo de 37 no grupo seguinte, respectivamente. Para o horizonte temporal 2001-2021 projectam-se decréscimos no município de -198 crianças no escalão dos 5 a 9 anos e -308 jovens no escalão dos 10 a 14 anos, correspondendo a -18,5% e -24,7%.

Quadro 116 – População residente, sobreviventes e variação no grupo etário 5 a 9 anos no Município de Odemira entre 2001 e 2021.

Freguesias 2001* 2006 2011 2016 2021 2001-2021 (Nº) 2001-2021 (%) Bicos 35 32 18 17 18 -17 -48,5 Boavista dos Pinheiros ------Colos 54 44 36 36 35 -19 -34,7 Longueira/Almograve ------Luzianes-Gare 14 13 2 3 2 -12 -83,1 Pereiras-Gare 11 18 11 11 11 0 1,7 Relíquias 40 41 37 34 33 -7 -17,6 Sabóia 40 40 33 31 29 -11 -27,2 Santa Clara-a-Velha 23 27 8 8 7 -16 -68,2 Santa Maria 116 123 113 96 80 -36 -30,8 São Luís 76 83 63 63 60 -16 -21,2 São Martinho das Amoreiras 33 25 37 42 43 10 31,1 São Salvador 147 119 81 80 77 -70 -47,8 São Teotónio 194 201 162 153 141 -53 -27,2 Vale de Santiago 25 25 13 11 9 -16 -65,3 Vila Nova de Milfontes 221 235 272 250 222 1 0,6 Zambujeira do Mar 37 28 37 36 35 -2 -6,5 Total 1066 1054 988 942 868 -198 -18,5 (2001* – INE, Censos 2001)

Quadro 117 – População residente, sobreviventes e variação no grupo etário 10 a 14 anos no Município de Odemira entre 2001 e 2021.

Freguesias 2001* 2006 2011 2016 2021 2001-2021 (Nº) 2001-2021 (%) Bicos 44 35 32 18 17 -27 -60,7 Boavista dos Pinheiros ------Colos 64 54 44 36 36 -28 -43,3 Longueira/Almograve ------Luzianes-Gare 16 14 13 2 3 -14 -84,4 Pereiras-Gare 11 11 18 11 11 0 2,2 Relíquias 60 40 41 37 34 -26 -42,7 Sabóia 53 40 40 33 31 -22 -42,0 Santa Clara-a-Velha 31 23 27 8 8 -23 -74,1 Santa Maria 105 116 123 113 96 -9 -8,6 São Luís 103 76 83 63 63 -40 -39,0 São Martinho das Amoreiras 46 33 25 37 42 -4 -8,1 São Salvador 156 147 119 81 80 -76 -48,8 São Teotónio 245 194 201 162 153 -92 -37,6 Vale de Santiago 35 24 24 13 11 -24 -69,6 Vila Nova de Milfontes 231 221 235 272 250 19 8,4 Zambujeira do Mar 48 37 28 37 36 -12 -24,4 Total 1248 1064 1051 986 940 -308 -24,7 (2001* – INE, Censos 2001)

176 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

Os sobreviventes no grupo etário dos 15 a 19 anos terão uma diminuição de -424 indivíduos entre 2001 e 2011 (Quadro 118). Entre 2001 e 2021 este escalão etário registará -502 indivíduos, correspondendo a -33,8%. A análise por freguesia destaca para a primeira década deste século um decréscimo de -77 nas Freguesia de São Teotónio e uma diminuição de -65 indivíduos na Freguesia de São Luís. A dinâmica natural dos anos noventa do século passado permite compreender a evolução negativa projectada para as restantes freguesias. Numa referência ao período 2001-2021 destaca-se o decréscimo mais expressivo que ocorrerá nas Freguesias de Luzianes-Gare, Santa Clara-a-Velha e Vale de Santiago (-86,9%, -75,8% e -73,3%, correspondendo a -15, -26 e -32 indivíduos).

Quadro 118 – População residente, sobreviventes e variação no grupo etário 15 a 19 anos no Município de Odemira entre 2001 e 2021.

Freguesias 2001* 2006 2011 2016 2021 2001-2021 (Nº) 2001-2021 (%) Bicos 40 44 35 32 18 -22 -55,1 Boavista dos Pinheiros ------Colos 75 64 54 44 36 -39 -51,6 Longueira/Almograve ------Luzianes-Gare 17 16 14 13 2 -15 -86,9 Pereiras-Gare 21 11 11 18 11 -10 -47,8 Relíquias 43 60 40 41 37 -6 -14,2 Sabóia 56 53 40 40 33 -23 -40,8 Santa Clara-a-Velha 34 31 23 27 8 -26 -75,8 Santa Maria 151 105 116 123 113 -38 -25,4 São Luís 141 103 76 83 63 -78 -55,2 São Martinho das Amoreiras 61 46 33 25 37 -24 -40,0 São Salvador 207 156 147 119 81 -126 -61,0 São Teotónio 271 245 194 201 162 -109 -40,2 Vale de Santiago 44 33 22 23 12 -32 -73,3 Vila Nova de Milfontes 273 231 221 235 272 -1 -0,3 Zambujeira do Mar 52 48 37 28 37 -15 -27,9 Total 1486 1246 1062 1049 984 -502 -33,8 (2001* – INE, Censos 2001)

A consideração dos resultados para as idades de 20 a 24 anos reflecte igualmente esta dinâmica populacional (Quadro 119). Entre 2001 e 2011 haverá um decréscimo de indivíduos nestas idades (-381 jovens). Para o horizonte temporal 2001-2021 projecta-se um decréscimo de 577 jovens, correspondendo a -35,5%. Já as freguesias urbanas de Santa Maria e São Salvador apresentarão um decréscimo de -60 e -102 indivíduos, correspondendo a -32,8% e -46,2%. Por último, esta evolução expressa, para o Município de Odemira, uma tendência para o envelhecimento da população com a continuação da perda de população no escalão jovem (0 a 14 anos) e um aumento, até meados da década de vinte do actual século, do número de idosos (Quadro 120).

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 177 ALENTEJO LITORAL

Quadro 119 – População residente, sobreviventes e variação no grupo etário 20 a 24 anos no Município de Odemira entre 2001 e 2021.

Freguesias 2001* 2006 2011 2016 2021 2001-2021 (Nº) 2001-2021 (%) Bicos 45 37 41 33 29 -16 -34,9 Boavista dos Pinheiros ------Colos 75 75 64 54 44 -31 -41,3 Longueira/Almograve ------Luzianes-Gare 19 17 16 14 13 -6 -31,6 Pereiras-Gare 14 21 11 11 18 4 28,6 Relíquias 57 43 60 40 41 -16 -28,1 Sabóia 64 56 53 40 40 -24 -37,5 Santa Clara-a-Velha 33 34 31 23 27 -6 -18,2 Santa Maria 183 151 105 116 123 -60 -32,8 São Luís 124 141 103 76 83 -41 -33,1 São Martinho das Amoreiras 48 61 46 33 25 -23 -47,9 São Salvador 221 207 156 147 119 -102 -46,2 São Teotónio 300 269 243 192 199 -101 -33,7 Vale de Santiago 49 44 33 22 23 -26 -54,0 Vila Nova de Milfontes 340 273 231 221 235 -105 -30,9 Zambujeira do Mar 51 52 48 37 28 -23 -45,1 Total 1623 1481 1242 1059 1046 -577 -35,5 (2001* – INE, Censos 2001)

Quadro 120 – População residente, sobreviventes e variação por escalão etário no Município de Odemira entre 2001 e 2021.

Estrutura Etária 2001* 2006 2011 2016 2021 2001-2021 (Nº) 2001-2021 (%) 0 a 4 1056 990 944 870 789 -267 -25,3 5 a 9 1066 1054 988 942 868 -198 -18,5 10 a 14 1248 1064 1051 986 940 -308 -24,7 15 a 19 1486 1246 1062 1049 984 -502 -33,8 20 a 24 1623 1481 1242 1059 1046 -577 -35,5 25 a 29 1450 1615 1474 1236 1053 -397 -27,4 30 a 34 1569 1438 1602 1462 1226 -343 -21,9 35 a 39 1795 1548 1419 1581 1443 -352 -19,6 40 a 44 1825 1773 1529 1402 1562 -263 -14,4 45 a 49 1591 1796 1745 1505 1380 -211 -13,3 50 a 54 1466 1541 1741 1692 1460 -6 -0,4 55 a 59 1483 1412 1483 1677 1629 146 9,8 60 a 64 1952 1408 1337 1400 1587 -365 -18,7 65 a 69 2113 1818 1316 1246 1301 -812 -38,4 70 a 74 1812 1931 1665 1208 1141 -671 -37,0 75 a 79 1335 1524 1624 1404 1022 -313 -23,5 80 a 84 717 973 1115 1188 1032 315 43,9 85 e + 519 562 698 827 920 401 77,3 Total 26106 25173 24035 22733 21383 -4723 -18,1 (2001* – INE, Censos 2001)

Os resultados do índice de envelhecimento para o Município de Odemira espelham um acréscimo deste índice, atingindo o valor de 208,5% em 2021, quando em 2001 o índice de envelhecimento era de 192,8%. Isto significa que para cada 100 jovens existirão cerca de 208 idosos em 2021 (Quadro 121).

178 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

Quadro 121 – Índice de envelhecimento e estrutura da população no Município de Odemira entre 2001 e 2021 (%). Indicadores 2001* 2006 2011 2016 2021 Índice de Envelhecimento - Homens 185,2 204,4 185,4 175,0 173,7 Índice de Envelhecimento - Mulheres 200,7 234,2 247,3 247,5 246,1 Índice de Envelhecimento - Total 192,8 219,1 215,1 209,9 208,5 População com idades entre 0 e 14 anos 12,9 12,3 12,4 12,3 12,1 População com idades entre 15 a 39 anos 30,3 29,1 28,3 28,1 26,9 População com idades entre 40 a 64 anos 31,9 31,5 32,6 33,8 35,6 População com idades entre 65 e + anos 24,9 27,0 26,7 25,8 25,3 (2001* – INE, Censos 2001)

Um último comentário destaca para 2021 um índice de envelhecimento elevado na Freguesia de Luzianes-Gare (2205,6%), comparativamente à Freguesia de Vila Nova de Milfontes, que apresentará um índice de 120,2% (Quadro 122). Relativamente ao índice de dependência total (Quadro 123), projectam- se para o ano de 2021 valores próximos aos verificados no ano de 2001 (59,9% e 60,8%). As Freguesias de Colos e Santa Maria apresentarão os valores mais reduzidos (46,0% e 50,2% em 2021, quando em 2001 eram de 73,6% e 53,4%, respectivamente). Por outro lado, as Freguesias de São Martinho das Amoreiras e Pereiras-Gare registarão em 2021 um índice de dependência total de 100,5% e 88,8%.

A análise realizada permite apresentar uma síntese dos principais comportamentos detectados no Município de Odemira. No que se refere à evolução do Município de Odemira, regista-se um crescimento da população apenas nas Freguesias de Relíquias, Santa Maria, São Teotónio e Vila Nova de Milfontes, o qual resulta da dinâmica natural da população e de alguma capacidade de atracção deste município. Os valores do saldo de migrações total traduzem alguma capacidade de atrair residentes.

Quadro 122 – Índice de envelhecimento por freguesia no Município de Odemira entre 2001 e 2021 (%).

Freguesias 2001* 2006 2011 2016 2021 Bicos 120,7 195,0 277,2 331,5 307,6 Boavista dos Pinheiros ----- Colos 225,3 232,5 222,4 204,8 187,6 Longueira/Almograve ----- Luzianes-Gare 395,3 674,3 1056,5 2446,4 2205,6 Pereiras-Gare 387,5 417,4 371,4 372,6 310,6 Relíquias 231,2 324,1 337,9 332,1 318,8 Sabóia 370,7 393,1 370,6 343,7 300,4 Santa Clara-a-Velha 344,4 498,8 588,7 930,5 763,7 Santa Maria 161,0 163,2 165,8 175,1 197,2 São Luís 246,2 310,1 308,4 319,0 312,6 São Martinho das Amoreiras 416,3 475,6 405,4 303,8 256,8 São Salvador 165,6 228,0 297,8 354,6 368,6 São Teotónio 191,9 230,3 230,5 235,1 232,4 Vale de Santiago 236,5 349,7 433,9 588,7 629,9 Vila Nova de Milfontes 94,9 102,5 99,3 104,0 120,2 Zambujeira do Mar 139,8 182,1 217,3 216,0 228,2 Total 192,8 219,1 215,1 209,9 208,5 (2001* – INE, Censos 2001)

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 179 ALENTEJO LITORAL

Quadro 123 – Índice de dependência total por freguesia no Município de Odemira (%).

Freguesias 2001* 2006 2011 2016 2021 Bicos 60,6 64,3 67,7 61,0 59,7 Boavista dos Pinheiros ----- Colos 73,6 64,1 54,4 48,8 46,0 Longueira/Almograve ----- Luzianes-Gare 79,8 100,5 97,9 94,3 93,6 Pereiras-Gare 109,6 136,0 129,8 105,9 99,8 Relíquias 72,9 87,4 93,1 89,1 88,0 Sabóia 87,2 85,4 81,4 73,6 66,9 Santa Clara-a-Velha 85,7 94,2 84,8 73,1 63,8 Santa Maria 53,4 57,8 56,3 51,4 50,2 São Luís 67,6 72,6 70,2 66,1 65,1 São Martinho das Amoreiras 81,1 94,5 101,0 105,6 100,5 São Salvador 51,8 55,1 56,3 57,8 60,9 São Teotónio 59,6 63,2 61,7 58,1 57,1 Vale de Santiago 69,9 72,8 71,7 66,3 64,8 Vila Nova de Milfontes 45,9 51,7 53,4 54,5 54,2 Zambujeira do Mar 47,3 52,3 63,4 72,7 74,8 Total 60,8 65,0 64,2 61,7 59,9 (2001* – INE, Censos 2001)

O crescimento natural apresenta taxas de natalidade reduzidas (entre 7,00‰ e 10,00‰) e taxas de mortalidade superiores aos valores da taxa de natalidade (entre 12,00‰ e 17,00‰), em linha com o observado na generalidade dos territórios portugueses. As tendências de futuro traduzem-se numa dinâmica natural caracterizada por uma diminuição dos nascimentos associada a taxas de fecundidade e de natalidade reduzidas.

Para o horizonte temporal 2001-2021, todas as freguesias do Município de Odemira perderão população. A consideração do saldo migratório poderá compensar esta tendência de decréscimo apenas na Freguesia de Vila Nova de Milfontes. Relativamente à distribuição da população residente no Município de Odemira constata-se um dispositivo espacial em que ocorre um nítido reforço populacional nas freguesias mais populosas do município (São Teotónio e Vila Nova de Milfontes).

Estamos, assim, em presença de um território em que as vantagens da posição não têm conseguido inverter a tendência de perda de população, que tem vindo a ocorrer desde meados do século passado. É neste sentido que as políticas a definir e as decisões a tomar devem ser perspectivadas tendo em atenção o contexto da análise realizada e as tendências detectadas.

180 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

3.2. Análise da Rede e Sistema Educativo

3.2.1. Oferta e Procura Educativa

A oferta educativa no Município de Odemira caracteriza-se pela existência de 70 estabelecimentos de ensino que registam a frequência de 3662 alunos (Quadro 124 e Figura 82). Em termos de distribuição dos equipamentos educativos destacam-se as Freguesias de São Teotónio (11), Vila Nova de Milfontes (oito), Colos e São Salvador (sete, cada uma).

No que diz respeito aos valores da população escolar salientam-se, tal como seria expectável, as Freguesias de Vila Nova de Milfontes e São Salvador, com um total de 769 e 772 alunos, respectivamente. Com um número ainda significativo de alunos destacam-se as Freguesias de São Teotónio (536) e Santa Maria (532). Em sentido inverso, com o menor número de alunos matriculados, surgem as Freguesias de Zambujeira do Mar (46), São Martinho das Amoreiras (43), Bicos (35), Relíquias (34), Luzianes-Gare (29), Santa Clara-a-Velha (22) e Pereiras-Gare (20).

Quadro 124 – Síntese da oferta e da procura educativa no Município de Odemira no ano lectivo 2008/2009. Educação Ensino Ensino 1º CEB 2º CEB 3º CEB Total Pré-Escolar Secundário Profissional

Freguesias Nº de de Nº Nº de de Nº Nº de de Nº Nº de de Nº de Nº de Nº Nº de de Nº Nº de alunos de Nº Nº de alunos de Nº Nº de alunos de Nº Nº de alunos de Nº alunos de Nº Nº de alunos de Nº Nº de crianças de Nº estabelecimentos estabelecimentos estabelecimentos estabelecimentos estabelecimentos estabelecimentos estabelecimentos Bicos 1151 20 ------235 Boavista dos Pinheiros 1231 44 ------267 Colos 2 20 3 51 1 80 1 95 - - - - 7 246 Longueira / Almograve 2272 41 ------468 Luzianes-Gare 1111 18 ------229 Pereiras-Gare 1 4 1 16------220 Relíquias 2151 19 ------334 Sabóia 1 21 1 46 1 38 1 60 - - - - 4 165 Santa Clara-a-Velha 1 9 1 13------222 Santa Maria 1 120 ------1 412 - - 2 532 São Luís 2412 48 ------489 São Martinho das Amoreiras 2192 24 ------443 São Salvador 2 30 2 187 1 147 1 168 - - 1 240 7 772 São Teotónio 4 94 5 166 1 109 1 167 - - - - 11 536 Vale de Santiago 2 12 1 13 ------4189 Vila Nova de Milfontes 3 143 3 240 1 164 1 213 1 173 - - 8 769 Zambujeira do Mar 118128 ------246 Total 29 622 28 974 5 538 5 703 2 585 1 240 70 3662

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 181 ALENTEJO LITORAL

Figura 82 – Rede educativa do Município de Odemira. 10

3.2.1.1. Educação Pré-escolar

A Educação Pré-escolar no Município de Odemira encontra-se representada por 29 equipamentos com uma frequência global de 622 crianças (Quadro 125 e Figura 83). Numa análise mais pormenorizada verifica-se que os 27 estabelecimentos da rede pública registam um total de 454 crianças, enquanto que os dois JI’s da rede particular apresenta, no seu todo, a frequência de 168 crianças.

As Freguesias de São Teotónio e Vila Nova de Milfontes integram quatro e três estabelecimentos de Educação Pré-escolar, integrando as restantes freguesias, pelo menos um, equipamento afecto à Educação Pré-escolar. No que respeita ao número de crianças inscritas destacam-se as Freguesias de Vila Nova de Milfontes e Santa Maria com um total de 143 e 120 crianças, respectivamente.

10 Do total de 29 estabelecimentos de Educação Pré-escolar existentes no Município de Odemira três correspondem, na realidade, a EPEI’s, designadamente a EPEI Ribeira do Seissal (Freguesia de Colos), a EPEI Vale Ferro (Freguesia de Relíquias) e a EPEI Fornalhas Velhas (Freguesia de Vale de Santiago). De referir ainda que no mapa da rede educativa, também, não aparece o JI Ribeira da Azenha, localizado na Freguesia de Vila Nova de Mil Fontes, uma vez que este estabelecimento de Educação Pré-escolar encerrou no ano lectivo 2009/2010. Deste modo, nas Figuras 82 e 83 apenas se encontram representados 25 estabelecimentos de Educação Pré-escolar. No que respeita ao 1º CEB importa salientar que a EB1 Colos, localizada na Freguesia de Colos, funciona como sala de apoio da EBI Colos, pelo que nas Figuras 82 e 84 apenas se encontram representados 27 equipamentos de 1º CEB.

182 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

Já as Freguesias de Santa Clara-a-Velha e Pereiras-Gare registam um número de crianças inscritas inferior a dez crianças, mais concretamente, nove e quatro crianças.

Quadro 125 – Síntese da oferta e da procura na Educação Pré-escolar no Município de Odemira, segundo a natureza jurídica, no ano lectivo 2008/2009.

Pública Particular Total

Freguesias Nº de Nº de Nº de Nº crianças de Nº crianças de Nº crianças de estabelecimentos estabelecimentos estabelecimentos Bicos 1 15 - - 1 15 Boavista dos Pinheiros 1 23 - - 1 23 Colos 2 20 - - 2 20 Longueira / Almograve 2 27 - - 2 27 Luzianes-Gare 1 11 - - 1 11 Pereiras-Gare 1 4 - - 1 4 Relíquias 2 15 - - 2 15 Sabóia 1 21 - - 1 21 Santa Clara-a-Velha 1 9 - - 1 9 Santa Maria - - 1 120 1 120 São Luís 2 41 - - 2 41 São Martinho das Amoreiras 2 19 - - 2 19 São Salvador 2 30 - - 2 30 São Teotónio 4 94 - - 4 94 Vale de Santiago 2 12 - - 2 12 Vila Nova de Milfontes 2 95 1 48 3 143 Zambujeira do Mar 1 18 - - 1 18 Total 27 454 2 168 29 622

No que diz respeito à mobilidade da população escolar destaca-se, ao nível das entradas, a Freguesia de São Salvador com 19 crianças e, ao nível das saídas, a Freguesia de Santa Maria, com 11 crianças, sendo que estas duas freguesias constituem o núcleo urbano do Município de Odemira (Quadro 126). No ano lectivo 2008/2009 são cinco as crianças provenientes de outros Municípios a frequentar a Educação Pré-escolar nos equipamentos educativos do Município de Odemira, não se observando a saída de crianças residentes no Município de Odemira para outros Municípios da Sub-região na qual se encontra inserido.

No que se refere à dinâmica da população escolar verifica-se que, no ano lectivo 2008/2009, são 622 as crianças inscritas na Educação Pré-escolar no Município de Odemira, número superior aos 604 nascimentos observados no período correspondente à frequência (Quadro 127). Não obstante, e apenas tendo em linha de conta os nascimentos perspectiva-se a frequência de 592 e 554 crianças nos anos lectivos 2009/2010 e 2010/2011, respectivamente.

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 183 ALENTEJO LITORAL

Figura 83 – Rede educativa da Educação Pré-escolar no Município de Odemira 11 .

Quadro 126 – Dinâmica da população escolar na Educação Pré-escolar no Município de Odemira no ano lectivo 2008/2009.

População Entrada de crianças Saída de crianças Freguesias escolar Outras Outros Outras Outros Total Total 2008/2009 freguesias municípios freguesias municípios Bicos 15 0 0 0 0 0 0 Boavista dos Pinheiros 23 0 0 0 6 0 6 Colos 20 0 2 2 1 0 1 Longueira/Almograve 27 2 0 2 2 0 2 Luzianes-Gare 11 0 0 0 0 0 0 Pereiras-Gare 4 0 0 0 0 0 0 Relíquias 15 1 0 1 0 0 0 Sabóia 21 0 0 0 0 0 0 Santa Clara-a-Velha 9 0 0 0 0 0 0 Santa Maria 120 … … … 11 0 11 São Luís 41 1 0 1 0 0 0 São Martinho das Amoreiras 19 1 2 3 0 0 0 São Salvador 30 19 0 19 0 0 0 São Teotónio 94 1 1 2 5 0 5 Vale de Santiago 12 0 0 0 0 0 0 Vila Nova de Milfontes 143 1 0 1 3 0 3 Zambujeira do Mar 18 3 0 3 1 0 1 Total 622 29 5 34 29 0 29

11 Tal como referido anteriormente, na Figura 83 não se encontram consideradas as três EPEI’s localizadas nas Freguesias de Colos, Relíquias e Vale de Santiago, assim como o JI Ribeira da Azenha, que encerrou no ano lectivo 2009/2010.

184 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

Quadro 127 – População escolar potencial na Educação Pré-escolar no Município de Odemira entre os anos lectivos 2008/2009 e 2010/2011.

População escolar Agrupamentos de Freguesias Escolas Real Potencial 2008/2009 2008/2009 2009/2010 2010/2011 Bicos 15 20 17 11 Colos 20 27 20 19 Relíquias 15 9 9 9 Colos São Martinho das Amoreiras 19 12 16 22 Vale de Santiago 12 10 7 7 Sub-total 81 78 69 68 Boavista dos Pinheiros 23 45 47 42 Longueira/Almograve 27 23 25 26 Odemira Santa Maria … 43 38 31 São Salvador 30 35 36 35 Sub-total 80 146 146 134 Luzianes-Gare 11 10 9 4 Pereiras-Gare 4 3 2 4 Sabóia Sabóia 21 23 15 13 Santa Clara-a-Velha 9 9 13 10 Sub-total 45 45 39 31 São Teotónio 94 113 105 111 São Teotónio Zambujeira do Mar 18 21 22 15 Sub-total 112 134 127 126 São Luís 41 46 46 36 Vila Nova de Milfontes Vila Nova de Milfontes 95 155 165 159 Sub-total 136 201 211 195 Total 454 604 592 554 Santa Maria 120 --- Escolas Não Agrupadas Vila Nova de Milfontes 48 --- Sub-total 168 --- Total 622 604 592 554

3.2.1.2. 1º Ciclo do Ensino Básico

A oferta educativa do 1º CEB é composta por 28 estabelecimentos 12 da rede pública, que apresentam uma população escolar de 974 alunos (Quadro 128 e Figura 84).

As Freguesias de São Teotónio (cinco), Colos (três) e Vila Nova de Milfontes (três) destacam-se por apresentarem o maior número de equipamentos afectos ao 1º CEB, seguidas pelas Freguesias de Longueira/Almograve, São Luís e São Martinho das Amoreiras e São Salvador, com dois estabelecimentos de ensino, cada. Com excepção da Freguesia de Santa Maria que não disponibiliza qualquer equipamento educativo de 1º CEB, nas restantes freguesias este nível de ensino encontra-se representado por um equipamento educativo.

12 Tal como referido anteriormente, a EB1 Colos funciona como salas de apoio da EBI Colos pelo que na Figura 84 apenas se encontram representados 27 equipamentos de 1º CEB.

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 185 ALENTEJO LITORAL

Quadro 128 – Síntese da oferta e da procura educativa do 1º CEB no Município de Odemira, segundo a natureza jurídica, no ano lectivo 2008/2009.

Pública Freguesias Nº de estabelecimentos Nº de alunos Bicos 1 20 Boavista dos Pinheiros 1 44 Colos 3 51 Longueira / Almograve 2 41 Luzianes-Gare 1 18 Pereiras-Gare 1 16 Relíquias 1 19 Sabóia 1 46 Santa Clara-a-Velha 1 13 Santa Maria -- São Luís 2 48 São Martinho das Amoreiras 2 24 São Salvador 2 187 São Teotónio 5 166 Vale de Santiago 1 13 Vila Nova de Milfontes 3 240 Zambujeira do Mar 1 28 Total 28 974

Figura 84 – Rede educativa do 1º CEB no Município de Odemira.

186 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

Em termos de distribuição da população escolar destacam-se as Freguesias de Vila Nova de Milfontes, São Salvador e São Teotónio com uma frequência de 240, 187, 166 alunos, respectivamente. Em sentido inverso, com uma população escolar igual ou inferior a 20 alunos serão de referir as Freguesias de Bicos (20), Relíquias (19), Luzianes-Gare (18), Pereiras-Gare (16), Santa Clara-a-Velha (13) e Vale de Santiago (13).

Da análise da dinâmica verifica-se que é a Freguesia de São Salvador que apresenta a matrícula do número mais significativo de alunos provenientes de outras freguesias, com um total de 144 alunos, dos quais apenas um reside noutro Município (Quadro 129). Por seu turno, é da Freguesia de Santa Maria que se verifica o maior número de alunos a frequentar o 1º CEB fora da sua área de residência, com 80 alunos, valores que se justificam por esta freguesia urbana não apresentar qualquer equipamento afecto ao 1º CEB, uma vez que por questões territoriais os dois estabelecimentos localizados em pleno centro urbano localizam-se na Freguesia vizinha de São Salvador.

Numa análise global verifica-se no Município de Odemira a matrícula de sete alunos residentes noutros Municípios. Por seu turno, nos restantes quatro Municípios da Sub-região do Alentejo Litoral encontra-se a frequentar o 1º CEB apenas um aluno residente no Município de Odemira.

Quadro 129 – Dinâmica da população escolar no 1º CEB no Município de Odemira no ano lectivo 2008/2009.

População Entrada de alunos Saída de alunos Nascimentos Freguesias escolar Outras Outros Outras Outros 1999-2002 Total Total 2008/2009 freguesias municípios freguesias municípios Bicos 20 21 0 1 1 7 0 7 Boavista dos Pinheiros 44 25 3 0 3 38 0 38 Colos 51 38 16 0 16 1 0 1 Longueira/Almograve 41 12 4 0 4 8 0 8 Luzianes-Gare 18 6 0 0 0 0 0 0 Pereiras-Gare 16 10 0 0 0 0 0 0 Relíquias 19 27 1 1 2 10 0 10 Sabóia 46 29 0 0 0 0 0 0 Santa Clara-a-Velha 13 9 0 0 0 0 0 0 Santa Maria - 95 - - - 80 0 80 São Luís 48 49 0 0 0 8 0 8 São Martinho das Amoreiras 24 23 0 0 0 2 0 2 São Salvador 187 73 143 1 144 2 0 2 São Teotónio 166 135 3 4 7 11 0 11 Vale de Santiago 13 12 0 0 0 2 0 2 Vila Nova de Milfontes 240 217 9 0 9 7 1 8 Zambujeira do Mar 28 30 2 0 2 5 0 5 Total 974 811 181 7 188 181 1 182

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 187 ALENTEJO LITORAL

No que diz respeito às previsões da população escolar para o Município de Odemira perspectiva-se uma diminuição do número de alunos afectos ao 1º CEB, entre os anos lectivos 2008/2009 e 2013/2014, com a passagem dos 811 aos 771 alunos, o que traduz uma redução de 40 alunos (-4,93%), ou seja, menos duas salas de aula (Figura 85). De referir que os valores previstos poderão ser superiores aos estimados, isto considerando que a população escolar efectiva do ano lectivo 2008/2009 (974) é bastante superior aos nascimentos registados no período correspondente (811).

1200

960

720 Nº 480

240

0 2008/2009 2009/2010 2010/2011 2011/2012 2012/2013 2013/2014 Potencial Real

Figura 85 – População escolar potencial no 1º CEB no Município de Odemira entre os anos lectivos 2008/2009 e 2013/2014.

Em igual período, no Agrupamento de Escolas de Colos, que é constituído pelos equipamentos educativos localizados nas Freguesias de Bicos, Colos, Relíquias, São Martinho das Amoreiras e Vale de Santiago, mantém-se a tendência de decréscimo esperando-se a passagem dos 121 aos 92 alunos, o que representa uma redução de -23,97% (Figura 86). Os valores projectados deverão estar muito próximos da realidade, na medida em que se observou uma diferença pouco significativa entre a população escolar real e a potencial no ano lectivo 2008/2009.

200

150

Nº 100

50

0 2008/2009 2009/2010 2010/2011 2011/2012 2012/2013 2013/2014

Potencial Real

Figura 86 – População escolar potencial no 1º CEB no Agrupamento de Escolas de Colos entre os anos lectivos 2008/2009 e 2013/2014.

188 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

Já para o Agrupamento de Escolas de Odemira, que apresenta como área de influência as Freguesias de Boavista dos Pinheiros, Longueira/Almograve, Santa Maria e São Salvador, também, se espera uma diminuição da população escolar a frequentar o 1º CEB entre os anos lectivos 2008/2009 e 2013/2014, com a passagem dos 205 aos 190 alunos, o que se poderá traduzir numa diminuição de -7,32%, isto sem ter em linha de conta a habitual frequência de alunos residentes na área de influência de outros Agrupamentos de Escolas (Figura 87).

300

240

180 Nº 120

60

0 2008/2009 2009/2010 2010/2011 2011/2012 2012/2013 2013/2014

Potencial Real Figura 87 – População escolar potencial no 1º CEB no Agrupamento de Escolas de Odemira entre os anos lectivos 2008/2009 e 2013/2014.

Na globalidade das Freguesias de Luzianes-Gare, Pereiras-Gare, Sabóia e Santa Clara-a-Velha, as quais integram a área de influência do Agrupamento de Escolas de Sabóia, encontra-se previsto uma estabilização da população escolar no período compreendido entre os anos lectivos 2008/2009 e 2013/2014, com a passagem de 54 a 51 alunos (Figura 88). No entanto, considerando que a frequência no ano lectivo 2008/2009 (93) é muito superior ao número de alunos previsto (54), os valores estimados poderão ser superiores. Esta diferença apenas se justifica pela frequência de alunos residentes, mas não nascidos na área de influência deste Agrupamento de Escolas.

100

80

60 Nº 40

20

0 2008/2009 2009/2010 2010/2011 2011/2012 2012/2013 2013/2014 Potencial Real

Figura 88 – População escolar potencial no 1º CEB no Agrupamento de Escolas de Sabóia entre os anos lectivos 2008/2009 e 2013/2014.

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 189 ALENTEJO LITORAL

Para o Agrupamento de Escolas de São Teotónio, que integra os equipamentos educativos da rede pública localizados nas Freguesias de São Teotónio e Zambujeira do Mar, e ao contrário dos restantes Agrupamentos de Escolas, encontra-se previsto um ligeiro aumento da população escolar, com a passagem de 165 alunos, no ano lectivo 2008/2009, para os 176 alunos, no ano lectivo 2013/20114, o que corresponde a um incremento de 6,67% (Figura 89).

300

240

180 Nº 120

60

0 2008/2009 2009/2010 2010/2011 2011/2012 2012/2013 2013/2014 Potencial Real

Figura 89 – População escolar potencial no 1º CEB no Agrupamento de Escolas de São Teotónio entre os anos lectivos 2008/2009 e 2013/2014.

Por último, no Agrupamento de Escolas de Vila Nova de Milfontes, que apresenta como área de influência as Freguesias de São Luís e Vila Nova de Mil Fontes, a tendência de evolução dos quantitativos escolares entre os anos lectivos 2008/2009 e 2013/2014, aponta para uma quase manutenção do número de alunos afectos ao 1º CEB, com a passagem dos 266 aos 262 alunos (Figura 90). Contudo, os valores previstos poderão vir a ser superiores, considerando que no ano lectivo 2008/2009 a população escolar real é superior à população escolar potencial.

300

240

180 Nº 120

60

0 2008/2009 2009/2010 2010/2011 2011/2012 2012/2013 2013/2014 Potencial Real

Figura 90 – População escolar potencial no 1º CEB no Agrupamento de Escolas de Vila Nova de Milfontes entre os anos lectivos 2008/2009 e 2013/2014.

190 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

As Freguesias de Vila Nova de Mil Fontes e São Teotónio são as que registam o maior número de nascimentos no período correspondente à frequência do ano lectivo 2013/2014, com 207 e 148 crianças, respectivamente. As restantes freguesias que integram o Município de Odemira apresentam um número de nascimentos inferior a 63 crianças, valor observado na Freguesia de Boavista dos Pinheiros, destacando-se, pela negativa, as Freguesias de Pereiras-Gare e Vale de Santiago, com quatro e oito crianças nascidas, o que poderá conduzir à suspensão dos seus estabelecimentos afectos ao 1º CEB no contexto de reorganização da rede educativa deste território municipal (Figura 91).

Figura 91 – Projecção da população escolar do 1º CEB no Município de Odemira, no ano lectivo 2013/2014.

3.2.1.3. 2º e 3º Ciclos do Ensino Básico

A oferta educativa dos 2º e 3º CEB no Município de Odemira é constituída por cinco estabelecimentos de ensino, sendo que quatro integram a rede pública e um a rede particular, apresentando, na sua globalidade, uma população escolar de 1241 alunos (Quadro 130 e Figura 92).

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 191 ALENTEJO LITORAL

No que se refere à rede pública, o equipamento com o maior número de alunos é a EB2,3 Damião de Odemira, com 315 alunos, seguindo-se a EB2,3 Eng. Manuel R. Amaro da Costa, com 276 alunos. Por seu turno, a EBI Colos regista a frequência de 175 alunos, enquanto a EB2,3 Sabóia integra apenas 98 alunos.

Já o Colégio Nossa Senhora da Graça, o único equipamento da rede de Ensino Particular e Cooperativo (EPC) do Município, apresenta uma população escolar de 377 alunos.

Quadro 130 – Síntese da oferta e da procura educativa dos 2º e 3º CEB no Município de Odemira, segundo a natureza jurídica, no ano lectivo 2008/2009.

Número de alunos Pública Particular Total Agrupamentos Freguesias Estabelecimentos de ensino de Escolas 2º 2º CEB 3º CEB 2º CEB 3º CEB 2º CEB 3º CEB 2º 2º e 3º CEB 2º e 3º CEB 2º 2º e 3º CEB Colos Colos EBI Colos 80 95 175 --- 80 95 175 São Salvador Odemira EB 2,3 Damião de Odemira 147 168 315 --- 147 168 315 Sabóia Sabóia EB 2,3 de Saboia 38 60 98 --- 38 60 98 São Teotónio São Teotónio EB 2,3 Eng. Manuel R. Amaro da Costa 109 167 276 --- 109 167 276 Vila Nova de Mil Fontes - Colégio Nossa Senhora da Graça --- 164 213 377 164 213 377 Total 374 490 864 164 213 377 538 703 1241

Figura 92 – Rede educativa dos 2 e 3º CEB, Ensino Secundário e Ensino Profissional no Município de Odemira.

192 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

Da análise da dinâmica da população escolar observa-se que é a EB2,3 Damião de Odemira o estabelecimento de 2º e 3º CEB que apresenta a capacidade atracção mais significativa, observando-se a frequência de 51 alunos provenientes de fora da sua área de influência (Quadro131 e Figura 93). Em sentido contrário observa-se a saída de 31 alunos residentes na área de influência deste estabelecimento de ensino para frequentar os 2º e 3º CEB noutros equipamentos educativos.

Quadro 131 – Dinâmica da população escolar nos 2º e 3º CEB no Município de Odemira no ano lectivo 2008/2009. População Entrada de alunos Saída de alunos Nascimentos escolar Outras Outros Outras Outros 1994-1998 Total Total 2008/2009 freguesias município freguesias município Estabelecimentos de ensino 2º 2º CEB 3º CEB 2º CEB 3º CEB 2º CEB 3º CEB 2º CEB 3º CEB 2º CEB 3º CEB 2º CEB 3º CEB 2º CEB 3º CEB 2º CEB 3º CEB 2º 2º e 3º CEB 2º e 3º CEB 2º e 3º CEB 2º e 3º CEB 2º e 3º CEB 2º e 3º CEB 2º e 3º CEB 2º e 3º CEB EBI Colos 80 95 175 731141870 0 0 0 2 2 0 2 2 2 3 5 0 0 0 2 3 5 EB2,3 Damião de Odemira 147 168 315 105 134 239 29 21 50 0 1 1 29 22 51 11 13 24 0 0 0 11 13 24 EB2,3 de Saboia 38 60 98 31 4273 112000112112000112 EB2,3 Eng. Manuel R. Amaro da 109 167 276 94 136 230 3 2 5 0 0 0 3 2 5 11 3 14 0 0 0 11 3 14 Costa Colégio Nossa Senhora da 164 213 377 124 131 255 8 11 19 0 9 9 8 20 28 16 15 31 0 0 0 16 15 31 Graça Total 538 703 1241 427 557 984 41 35 76 0 12 12 41 47 88 41 35 76 0 0 0 41 35 76

Figura 93 – Residência dos alunos da EB2,3 Damião de Odemira.

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 193 ALENTEJO LITORAL

Já o Colégio Nossa Senhora da Graça, que integra a rede de EPC com “contrato de associação” apresenta como área de influência as Freguesias de São Luís e Vila Nova de Mil Fontes 13 , das quais são provenientes 349 alunos, do total de 377 alunos matriculados. Deste modo, são apenas 28 os alunos residentes na área de influência de outros estabelecimentos de ensino (Figura 94).

Figura 94 – Residência dos alunos dos 2º e 3º CEB do Colégio Nossa Senhora da Graça.

Já a EB2,3 Eng. Manuel R. Amaro da Costa apresenta uma reduzida capacidade de atracção, uma vez que apenas cinco do total de 276 alunos matriculados residem fora da área de influência deste estabelecimento de ensino (Figura 95).

Por seu turno, os alunos matriculados na EBI Colos e na EB2,3 Sabóia residem, na sua esmagadora maioria, nas freguesias que se têm vindo a assumir como sua área de influência, observando-se, em cada um, a frequência de dois alunos oriundos de outros territórios (Figuras 96 e 97).

13 A área de influência do Colégio Nossa Senhora da Graça não é constituída pela totalidade da Freguesia de Vila Nova de Milfontes, uma vez que só integra os lugares de Brunheiras, Foros do Galeado, Ribeira da Azenhas e Vila Nova de Milfontes. Situação idêntica observa-se com a Freguesia de São Luís, uma vez que a área de influência deste estabelecimento de EPC integra, apenas, os lugares de Aldeias de São Luís, Troviscais e Vale Bejinha.

194 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

Figura 95 – Residência dos alunos da EB2,3 Eng. Manuel R. Amaro da Costa.

Figura 96 – Residência dos alunos da EBI Colos.

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 195 ALENTEJO LITORAL

Figura 97 – Residência dos alunos da EB2,3 Sabóia.

Comparando os valores de população escolar nos 2º e 3º CEB no ano lectivo 2008/2009 (1241), com o número de nascimentos registados no período correspondente à frequência (984), verifica-se que o número de alunos matriculados é bastante superior, o que se relaciona, não só, com a entrada de alunos provenientes de outros territórios municipais (12), mas fundamentalmente, com a frequência de alunos residentes mas não registados neste Município.

Tendo em linha de conta apenas os nascimentos registados no Município prevê-se um aumento da população escolar potencial (Figura 98), com a passagem dos 984 alunos, no ano lectivo 2008/2009, para os 1007 alunos, no ano lectivo 2013/2014, dinâmica que se altera no ano lectivo 2017/2018, estimando- se a matrícula de 967 jovens

Considerando apenas a população escolar afecta ao 2º CEB prevê-se um ligeiro decréscimo entre os anos lectivos 2008/2009 e 2013/2014, com a passagem dos 427 aos 385 alunos, enquanto que no 3º CEB poderá observar-se um incremento dos quantitativos escolares, passando de 557 a 622 alunos, isto em igual período. De referir que no ano lectivo 2017/2018 encontra-se previsto um total de 363 alunos no 2º CEB e de 604 alunos no 3º CEB.

196 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

1500

1200

900 Nº 600

300

0 2008/2009 2010/2011 2012/2013 2014/2015 2016/2017 Potencial 2º CEB Potencial 3º CEB Potencial 2º e 3º CEB Real 2º e 3º CEB

Figura 98 – População escolar potencial nos 2º e 3º CEB no Município de Odemira entre os anos lectivos 2008/2009 e 2017/2018.

O Agrupamento de Escolas de Colos deverá ser caracterizado por uma redução dos quantitativos escolares, com a passagem dos 187 alunos, no ano lectivo 2008/2009, aos 147 alunos, no ano lectivo 2013/2014, o que se traduz num decréscimo de -21,39% (Figura 99). Já no ano lectivo 2017/2018 espera- se mesmo uma população escolar de 118 alunos (40 no 2º CEB e 78 no 3º CEB). Esta dinâmica negativa deverá ser visível tanto no 2º CEB, com a passagem dos 73 aos 50 alunos, como no 3º CEB com a passagem dos 114 aos 97 alunos, entre os anos lectivos 2008/2009 e 2013/2014.

250

200

150 Nº 100

50

0 2008/2009 2010/2011 2012/2013 2014/2015 2016/2017

Potencial 2º CEB Potencial 3º CEB Potencial 2º e 3º CEB Real 2º e 3º CEB

Figura 99 – População escolar potencial nos 2º e 3º CEB no Agrupamento de Escolas de Colos entre os anos lectivos 2008/2009 e 2017/2018.

No período compreendido entre os anos lectivos 2008/2009 e 2013/2014 deverá observar-se no Agrupamento de Escolas de Odemira um aumento da população escolar, com a passagem dos 239 aos 253 alunos, sendo que a partir do ano lectivo 2013/2014 será possível observar um ligeiro decréscimo da população, estimando-se a matrícula de 238 alunos no ano lectivo 2017/2018, valor próximo do observado no ano lectivo 2008/2009 (Figura 100).

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 197 ALENTEJO LITORAL

Assim, no 2º CEB a previsão aponta para a passagem de 105 a 100 alunos, entre os anos lectivos 2008/2009 e 2013/2014, esperando-se, ainda, a matrícula de 92 alunos, no ano lectivo 2017/2018. Por seu turno, no 3º CEB prevê-se a passagem de 134 a 153 alunos entre os anos lectivos 2008/2009 e 2013/2014, sendo que a partir deste ano lectivo poderá assistir-se a um decréscimo dos quantitativos escolares, com a matrícula de 146 alunos no ano lectivo 2017/2018.

400

320

240

Nº 160

80

0 2008/2009 2010/2011 2012/2013 2014/2015 2016/2017 Potencial 2º CEB Potencial 3º CEB Potencial 2º e 3º CEB Real 2º e 3º CEB

Figura 100 – População escolar potencial nos 2º e 3º CEB no Agrupamento de Escolas de Odemira entre os anos lectivos 2008/2009 e 2017/2018.

Relativamente ao Agrupamento de Escolas de Sabóia verifica-se que a previsão do número de alunos caracteriza-se por uma ligeira diminuição dos efectivos escolares, com a passagem de 73 a 68 alunos entre os anos lectivos 2008/2009 e 2013/2014 (Figura 101). De referir que no ano lectivo 2017/2018 a tendência de decréscimo volta a manifestar-se, com a possível matrícula de 65 alunos (20 alunos no 2º CEB e 45 alunos no 3º CEB). A análise do 2º CEB confirma a tendência de decréscimo, com a passagem de 31 a 21 alunos potenciais, ao contrário do que deverá suceder com o 3º CEB, em que se espera a passagem de 42 a 47 alunos, isto entre os anos lectivos 2008/2009 e 2013/2014.

150

120

90 Nº 60

30

0 2008/2009 2010/2011 2012/2013 2014/2015 2016/2017 Potencial 2º CEB Potencial 3º CEB Potencial 2º e 3º CEB Real 2º e 3º CEB

Figura 101 – População escolar potencial nos 2º e 3º CEB no Agrupamento de Escolas de Sabóia entre os anos lectivos 2008/2009 e 2017/2018.

198 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

Entre os anos lectivos 2008/2009 e 2013/2014 no Agrupamento de Escolas de São Teotónio espera- se, em função dos nascimentos, a passagem de 230 a 208 alunos (Figura 102). Este decréscimo não deverá prolongar-se até ao ano lectivo 2017/2018, ano em que se encontra prevista a frequência de 219 alunos, designadamente 85 afectos ao 2º CEB e 134 ao 3º CEB.

Entre os anos lectivos 2008/2009 e 2013/2014 prevê-se uma dinâmica negativa tanto para o 2º CEB, com a passagem de 94 a 89 alunos, bem como para o 3º CEB, com a passagem de 136 a 119 alunos.

300

240

180 Nº 120

60

0 2008/2009 2010/2011 2012/2013 2014/2015 2016/2017

Potencial 2º CEB Potencial 3º CEB Potencial 2º e 3º CEB Real 2º e 3º CEB

Figura 102 – População escolar potencial nos 2º e 3º CEB no Agrupamento de Escolas de São Teotónio entre os anos lectivos 2008/2009 e 2017/2018.

Por último, no Colégio Nossa Senhora da Graça 14 prevê-se um aumento na população escolar potencial, com a passagem dos 255 aos 331 alunos entre os anos lectivos 2008/2009 e 2013/2014 (Figura 103). É de referir que no ano lectivo 2017/2018, a tendência será de decréscimo, estimando-se a matrícula de 327 alunos, dos quais 126 deverão frequentar o 2º CEB e 201 o 3º CEB

Importa ainda salientar que entre os anos lectivos 2008/2009 e 2013/2014 no 2º CEB deverá observar-se uma manutenção da população escolar, passando de 124 a 125 alunos, enquanto que no 3º CEB se deverá verificar um aumento dos efectivos escolares, com a passagem de 131 a 206 alunos.

Todavia, será de referir que os valores apresentados poderão ser bastante superiores, considerando a diferença entre a população escolar real (377) e potencial (255) do ano lectivo 2008/2009.

14 Embora pertença à rede particular, o Colégio Nossa Senhora da Graça apresenta uma área de influência definida, como foi referido anteriormente, pelo que se optou por elaborar a projecção de população escolar neste estabelecimento de ensino.

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 199 ALENTEJO LITORAL

400

320

240 Nº 160

80

0 2008/2009 2010/2011 2012/2013 2014/2015 2016/2017 Potencial 2º CEB Potencial 3º CEB Potencial 2º e 3º CEB Real 2º e 3º CEB

Figura 103 – População escolar potencial nos 2º e 3º CEB no Colégio Nossa Senhora da Graça entre os anos lectivos 2008/2009 e 2017/2018.

Em relação à população escolar potencial do ano lectivo 2013/2014 pode constatar-se que as Freguesias de Vila Nova de Mil Fontes (272), São Teotónio (173) e Santa Maria (110) são as que apresentam o número de crianças mais significativo (Figura 104). As restantes freguesias registam valores inferiores a 85 nascimentos, destacando-se com os menores quantitativos as Freguesias de Santa Clara-a-Velha e Pereiras-Gare (11 crianças, cada) e Luzianes-Gare (sete crianças).

Figura 104 – Projecção da população escolar dos 2º e 3º CEB no Município de Odemira, no ano lectivo 2013/2014.

200 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

3.2.1.4. Ensino Secundário

O Ensino Secundário encontra-se representado por dois equipamentos, sendo que um integra a rede pública – ES Dr. Manuel Candeias Gonçalves - e apresenta uma população escolar de 412 alunos, e um a rede particular – Colégio Nossa Senhora da Graça – e regista a frequência de 173 alunos (Quadro 132 e vide Figura 92).

Quadro 132 – Síntese da oferta e da procura educativa do Ensino Secundário no Município de Odemira, segundo a natureza jurídica, no ano lectivo 2008/2009.

Pública Particular Total

Freguesias Nº de de Nº Nº de de Nº Nº de de Nº Nº de alunos de Nº Nº de alunos de Nº Nº de alunos de Nº estabelecimentos estabelecimentos estabelecimentos

Santa Maria 1 412 - - 1 412 Vila Nova de Mil Fontes - - 1 173 1 173 Total 1 412 1 173 2 585

Em relação à mobilidade da população escolar afecta ao Ensino Secundário, no ano lectivo 2008/2009, verifica-se a saída de apenas um aluno para outro estabelecimento de ensino do Alentejo Litoral e a entrada de 57 alunos provenientes de outros Municípios (Quadro 133). Do total de 57 alunos residentes noutros Municípios, 43 encontram-se a frequentar o Colégio Nossa Senhora da Graça e 14 a ES Dr. Manuel Candeias Gonçalves (Figuras 105 e 106).

Como se tem vindo a observar noutros Municípios da Sub-região, no Ensino Secundário no Município de Odemira regista-se uma diferença bastante significativa entre o número de nascimentos registados entre os anos de 1991 e 1993 (664) e o número de jovens efectivamente matriculados (585), o que se deve à não obrigatoriedade deste nível de ensino, bem como à presença de um estabelecimento de Ensino Profissional, que se dirige à mesma faixa etária que o Ensino Secundário.

Quadro 133 – Dinâmica da população escolar no Ensino Secundário no Município de Odemira no ano lectivo 2008/2009. População escolar Nascimentos 1991- Entrada de Saída de Estabelecimentos de ensino 2008/2009 1993 alunos alunos ES Dr. Manuel Candeias Gonçalves 412 14 664 1 Colégio Nossa Senhora da Graça 173 43 Total 585 664 57 1

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 201 ALENTEJO LITORAL

Figura 105 – Residência dos alunos do Ensino Secundário da ES Dr. Manuel Candeias Gonçalves.

Figura 106 – Residência dos alunos do Ensino Secundário do Colégio Nossa Senhora da Graça.

202 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

Assim, e considerando apenas os nascimentos torna-se possível perspectivar uma diminuição da população escolar com idade de frequentar o Ensino Secundário, com a passagem de 664 a 612 jovens, o que se traduz num decréscimo de -7,83% (Figura 107). Importa ainda salientar que no ano 2017/2018, se perspectiva a matrícula de 604 jovens.

1000

800

Nº 600

400

200

0 2008/2009 2010/2011 2012/2013 2014/2015 2016/2017 Potencial Real

Figura 107 – População escolar potencial no Ensino Secundário no Município de Odemira entre os anos lectivos 2008/2009 e 2017/2018.

Em relação à projecção da população escolar afecta ao Ensino Secundário para o ano lectivo 2013/2014, verifica-se que, mais uma vez, são as Freguesia de São Teotónio e Vila Nova de Mil Fontes que apresentam os valores mais elevados, com 121 e 120 nascimentos, respectivamente (Figura 108).

Figura 108 – Projecção da população escolar do Ensino Secundário no Município de Odemira, no ano lectivo 2013/2014.

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 203 ALENTEJO LITORAL

3.2.1.5. Ensino Profissional

No Município de Odemira existe um estabelecimento de Ensino Profissional da rede particular localizado na Freguesia de São Salvador, o qual verifica a matrícula de 240 alunos (vide Figura 92).

3.2.2. Reorganização da Rede Educativa

O sector centro-oeste do Município de Odemira caracteriza-se pela presença de declives suaves, enquanto que nas freguesias do interior observam-se os declives mais acentuados, o que introduz, neste sector, significativos condicionalismos à mobilidade, isto num sector do território municipal que não são muito esperados. De referir que no último período intercensitário o Município de Odemira registou um decréscimo populacional de -1,18%, embora as Freguesias de Vila Nova de Mil Fontes, Santa Maria, São Teotónio e Relíquias tenham apresentado um aumento de população residente.

No Município de Odemira encontra-se previsto na Educação Pré-escolar a frequência de 554 crianças, no ano lectivo 2010/2011, o que representa menos 50 crianças (ou seja, menos duas salas) comparativamente com às 604 crianças nascidas nos anos correspondentes à frequência do ano lectivo 2008/2009 (Quadro 134). Contudo, será de referir que, no ano lectivo em estudo, são 622 as crianças inscritas, total ligeiramente superior ao inicialmente previsto com base nos nascimentos.

No Território Educativo de Colos, também, se observa uma diferença bastante reduzida entre o número de crianças previstas (78) e o número de crianças inscritas (81), isto no ano lectivo de 2008/2009. Deste modo, no ano lectivo 2010/2011 poderá observar-se, em função dos nascimentos, um total de 68 crianças.

Entre os anos lectivos 2008/2009 e 2010/2011 no Território Educativo de Odemira espera-se um decréscimo (menos 12 crianças) que se traduz na passagem de 146 a 134 crianças. Neste ano lectivo verifica-se a frequência de 120 crianças, valor superior à população escolar potencial, o que caso se continue a observar poderá introduzir alterações no número de crianças anteriormente previsto.

O Território Educativo de Sabóia caracteriza-se por uma redução da população escolar potencial, com a passagem de 45 a 31 crianças entre os anos lectivos 2008/2009 e 2010/2011. Esta projecção deverá ser vinculativa, na medida em que no ano lectivo 2008/2009 verifica-se que a população escolar real foi igual a população escolar potencial, aliás característica muito típica dos sectores rurais do território nacional.

204 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

No Território Educativo de São Teotónio é expectável uma ligeira diminuição da população escolar potencial, com a passagem de 134 a 126 crianças no período compreendido entre os anos lectivos 2008/2009 e 2010/2011. De referir, ainda, que a população escolar afecta à Educação Pré-escolar no ano lectivo 2008/2009 é de 112 crianças, número inferior ao previsto com base nos nascimentos.

Em relação ao Território Educativo de Vila Nova de Milfontes encontra-se previsto um total de 195 crianças inscritas no ano lectivo 2010/2011, o que representa menos seis crianças em relação ao previsto para o ano lectivo 2008/2009 (201). Já neste ano lectivo verifica-se a frequência de 184 crianças, ou seja, menos 11 crianças do que o inicialmente previsto com base nos nascimentos.

Quadro 134 – Previsão e dinâmica da população escolar no Município de Odemira.

População Escolar

JI 1º CEB 2º CEB 3º CEB Ensino Secundário

2008/2009 2008/2009 2008/2009 2008/2009 2008/2009 2010/2011 2013/2014 2013/2014 2013/2014 2013/2014 Território Educativo Nascimentos Nascimentos Nascimentos Nascimentos Nascimentos População Escolar População Escolar População Escolar População Escolar População Escolar População Escolar População Escolar População Escolar População Escolar População Escolar População

Colos 78 81 68 121 127 92 73 80 50 114 95 97 Odemira 146 200 134 205 272 190 105 147 100 134 168 153 Sabóia 45 45 31 54 93 51 31 38 21 42 60 47 664 585 612 São Teotónio 134 112 126 165 194 176 94 109 89 136 167 119 Vila Nova de Mil Fontes 201 184 195 266 288 262 124 164 125 131 213 206 Total 604 622 554 811 974 771 427 538 385 557 703 622 664 585 612

Relativamente ao 1º CEB no Município de Odemira a projecção aponta para a matrícula de 771 alunos no ano lectivo 2013/2014, o que se traduz num decréscimo de 40 crianças em relação aos 811 nascimentos registados no período correspondente à frequência do ano lectivo 2008/2009. Contudo, neste ano lectivo são 974 os alunos matriculados, ou seja, um número bastante superior à população escolar potencial.

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 205 ALENTEJO LITORAL

No que diz respeito ao Território Educativo de Colos perspectiva-se uma redução da população escolar potencial, considerando os nascimentos registados nos anos correspondentes aos anos lectivos 2008/2009 e 2013/2014, designadamente 121 e 92 crianças. De referir que no ano lectivo 2008/2009 verifica-se um total de 127 alunos a frequentar o 1º CEB neste território, pelo que os valores previstos deverão ser vinculativos.

No Território Educativo de Odemira, a diferença entre a população escolar real e potencial é significativa, na medida em que registaram-se 205 nascimentos no período correspondente ao ano lectivo 2008/2009 enquanto que a frequência real é de 272 alunos. No ano lectivo 2013/2014, perspectiva-se um decréscimo dos efectivos escolares, com a possível matrícula de 190 alunos (menos 15 alunos), o que se traduziria, à partida, na necessidade de menos uma sala de aula, no entanto, o número de alunos projectado deverá ser superior uma vez, tendo em conta a diferença entre os alunos realmente inscritos e estimados no ano lectivo em análise.

No Território Educativo de Sabóia observa-se que a população escolar real (93) é bastante superior à população escolar potencial (54) isto no ano lectivo 2008/2009, o que apenas se explica pela frequência de alunos residentes, mas não nascidos neste território educativo. Já no que se refere ao ano lectivo 2013/2014 a projecção aponta para a matrícula de 51 crianças, ou seja, menos três crianças em relação à população escolar potencial do ano lectivo 2008/2009.

O Território Educativo de São Teotónio deverá caracterizar-se por um ligeiro incremento dos efectivos escolares, considerando os 165 nascimentos registados no período correspondente ao ano lectivo 2008/2009 e as 176 crianças nascidas no ano lectivo 2013/2014. A este acréscimo previsto deverá associar-se o facto do número de alunos efectivamente matriculados no decorrer do ano lectivo em análise se revelar superior aos nascimentos, com a frequência de 194 alunos.

Finalmente, no que concerne ao Território Educativo de Vila Nova de Milfontes regista-se uma diferença de 22 crianças entre a população escolar real e potencial, com a matrícula de 288 alunos e a previsão de 266 alunos, sendo de referir que a projecção para o ano lectivo 2013/2014 aponta para um ligeiro decréscimo, com a possível matrícula de 262 alunos.

206 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

No 2º CEB, e no que diz respeito ao ano lectivo 2013/2014, verifica-se que a projecção efectuada aponta para a frequência de 385 alunos, ou seja menos 42 crianças, tendo como referência as 427 crianças nascidas no período correspondente à frequência no ano lectivo 2008/2009. Já neste ano lectivo verifica-se a frequência de 538 alunos, valor superior ao número de nascimentos, o que demonstra a frequência de alunos residentes mas não registados neste território municipal, já que a mobilidade da população escolar não explica esta diferença. Deste modo, o número de alunos previsto poderá ser superior, o que, naturalmente, poderá ter reflexos no número de espaços lectivos necessários para os próximos anos lectivos.

Numa análise mais pormenorizada, verifica-se que o Território Educativo de Colos deverá registar uma redução significativa dos efectivos escolares, com a passagem dos 73 aos 50 alunos, entre os anos lectivos 2008/2009 e 2013/2014. De referir, ainda, a frequência de 80 alunos neste ano lectivo, valor que representa mais sete crianças em comparação com a população escolar potencial, o que indicia uma elevada fidelização das crianças residentes ao estabelecimento de ensino local.

No Território Educativo de Odemira observa-se uma diferença de 42 crianças entre o número de nascimentos registados no período correspondente (105) e o número de alunos matriculados (147) no ano lectivo 2008/2009. Assim, tendo em linha de conta esta dinâmica, dificilmente se deverão observar os 100 alunos previstos para o ano lectivo 2013/2014.

No que diz respeito ao Território Educativo de Sabóia verifica-se que a diferença entre os nascimentos (31) e a população escolar do ano lectivo 2008/2009 (38) é muito reduzida (apenas sete crianças), no ano lectivo 2008/2009, o que indicia uma elevada fidelização das crianças nascidas e residentes ao estabelecimento de ensino localizado na sua área de residência. Deste modo, no ano lectivo 2013/2014 espera-se a matrícula de apenas 21 alunos no 2º CEB.

No Território Educativo de São Teotónio deverá observar-se a matrícula de 89 alunos no ano lectivo 2013/2014, enquanto que no período correspondente à frequência do ano lectivo 2008/2009 registaram- se 94 nascimentos. Neste ano lectivo são 109 os alunos efectivamente matriculados, pelo que o número de alunos previsto poderá ser superior ao esperado, isto caso se continue a observar esta dinâmica.

Finalmente, no Território Educativo de Vila Nova de Mil Fontes encontra-se previsto uma manutenção da população escolar a frequentar o 2º CEB, uma vez que se espera a passagem de 124 a 125 jovens, entre os anos lectivos 2008/2009 e 2013/2014. No ano lectivo 2008/2009 verifica-se um total de 164 alunos matriculados, número superior ao número de alunos esperado com base nos nascimentos.

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 207 ALENTEJO LITORAL

O 3º CEB do Município de Odemira, considerando os nascimentos, caracteriza-se por um ligeiro acréscimo da população escolar potencial, com a passagem dos 557 aos 622 alunos entre os anos lectivos 2008/2009 e 2013/2014. Já neste ano lectivo a população escolar foi de 703 alunos, o que representa uma diferença de 146 crianças, facto que deve ser tido em linha de conta no cálculo do número de salas previstas para a totalidade deste território municipal.

No Território Educativo de Colos, a população escolar prevista poderá sofrer um ligeiro decréscimo entre os anos lectivos 2008/2009 e 2013/2014, com a passagem de 114 a 97 crianças. Esta redução poderá ser ligeiramente superior considerando que a população escolar efectiva do ano lectivo 2008/2009 é de 95 alunos, o que representa menos 19 crianças do que inicialmente projectado com base nos nascimentos.

O Território Educativo de Odemira caracteriza-se por uma discrepância entre os 134 nascimentos registados nos anos correspondentes à frequência e os 168 alunos efectivamente matriculados no decorrer do ano lectivo 2008/2009. Contudo, a previsão efectuada aponta para a matrícula de 153 alunos no ano lectivo 2013/2014, pelo que a diferença entre a população escolar real e potencial deve ser considerada no cálculo do número de salas afectas a este nível de ensino.

Já no que se refere ao Território Educativo de Sabóia, observa-se uma situação idêntica, na medida em que o número de alunos matriculados (60) é superior ao número de alunos previsto (42), isto no ano lectivo 2008/2009. Assim, ao ligeiro acréscimo previsto para o ano lectivo 2013/2014, com a possível matrícula de 47 alunos, deverá acrescer a discrepância observada entre a população escolar potencial e real referente ao ano lectivo 2008/2009.

O Território Educativo de São Teotónio caracteriza-se por um ligeiro decréscimo dos nascimentos registados no período correspondente à frequência dos anos lectivos 2008/2009 e 2013/2014, com a passagem das 136 às 119 crianças. Todavia, os 167 alunos matriculados no 3º CEB, no ano lectivo em análise, são superiores aos nascimentos, o que, caso se continue a observar, introduzir alterações no número de alunos previstos para o ano lectivo 2013/2014.

Relativamente ao Território Educativo de Vila Nova de Milfontes verifica-se uma diferença de 82 crianças entre os 131 nascimentos e os 213 alunos efectivamente matriculados no ano lectivo 2008/2009. Assim, tendo em linha de conta esta dinâmica poderá afirmar-se que os 206 alunos previstos no ano lectivo 2013/2014, dificilmente se deverão verificar.

208 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

Finalmente, no Ensino Secundário a população escolar poderá atingir os 612 alunos no ano lectivo 2013/2014, valor inferior ao quantitativo de população escolar potencial referente ao ano lectivo 2008/2009 (664). De referir que a população escolar real é de apenas 585 alunos, sendo, neste contexto de referir a presença de um estabelecimento de Ensino Profissional.

A reorganização do parque escolar do Município de Odemira, e isto no que diz respeito ao primeiro cenário de reestruturação da rede educativa e no sentido da distribuição racional dos recursos pedagógicos, humanos e materiais, deverá basear-se na lógica de proximidade em relação aos estabelecimentos de Educação Pré-escolar, sempre que possível integrados em equipamentos que já se encontrem a ministrar o 1º CEB. Já os 2º e 3º CEB devem manter-se nas condições actuais, isto é, funcionando no mesmo espaço físico, enquanto que o Ensino Secundário poderá, em situações pontuais, integrar o 3º CEB (Quadro 135).

Deste modo, no Município de Odemira, em termos teóricos e sem os condicionalismos territoriais existentes, deverá observar-se a necessidade de 24 e 34 salas para a Educação Pré-escolar e para o 1º CEB, respectivamente, uma vez que se encontra previsto um total de 1325 alunos nestes dois níveis de ensino, sendo que 554 estão afectos à Educação Pré-escolar e 771 integram o 1º CEB (Quadro 136 e Figura 109). No que respeita aos 2º e 3º CEB prevê-se a matrícula de 551 alunos, correspondente à necessidade de 24 espaços lectivos.

No que concerne à reestruturação do parque escolar do Território Educativo de Colos deverá assistir- se à manutenção da EBI Colos, que deverá integrar os alunos de 1º, 2º e 3º CEB residentes nas Freguesias de Bicos, Colos, Relíquias, São Martinho das Amoreiras e Vale de Santiago prevendo-se, deste modo, a frequência de 239 alunos. De referir que este estabelecimento de ensino oferece, na actualidade, dez espaços lectivos, número suficiente para integrar a população escolar prevista.

De salientar que os alunos residentes na Freguesia de Bicos, uma vez que o percurso diário para a EBI Colos é de cerca de 30 minutos, deverão frequentar o Centro Escolar a ser implementado na Freguesia vizinha de Alvalade, no Município de Santiago do Cacém.

De acordo com a lógica de proximidade deverá observar-se na Educação Pré-escolar a manutenção dos JI’s Colos e Relíquias, bem como a reconversão das EB1/JI’s Bicos, São Martinho das Amoreiras e Vale de Santiago em JI’s, de modo a acolher as 68 crianças previstas para este nível de ensino.

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 209 ALENTEJO LITORAL

No Território Educativo de Odemira a proposta deverá passar, na Freguesia de São Salvador, pela reconversão/ampliação da EB2,3 Damião de Odemira em EBI, passando a oferecer oito salas de 1º CEB, de modo a integrar os alunos residentes nas Freguesias de Boavista dos Pinheiros, Santa Maria e São Salvador (157 alunos). Este estabelecimento de ensino para além das oito salas afectas ao 1º CEB, deverá continuar a oferecer 20 espaços lectivos para os nos 2º e 3º CEB, número suficiente para acolher os 253 alunos previstos nestes dois níveis de ensino.

Na Freguesia de Longueira/Almograve deverá observar-se a manutenção do JI e da EB1 Longueira, de modo a evitar a deslocação por um período superior a 20 minutos das crianças e alunos residentes neste sector. Este estabelecimento de ensino deverá integrar um total de 26 crianças na Educação Pré- escolar e de 33 alunos no 1º CEB.

Ainda neste território educativo deverá observar-se a manutenção dos JI’s Boavista dos Pinheiros e Odemira, assim como a reconversão da EB1/JI Bemparece em JI, de modo assegurar a oferta de Educação Pré-escolar. Ainda neste território será de assinalar a presença de um equipamento que integra a rede particular e que deve ser sempre considerado em regime de complementaridade com os estabelecimentos afectos à rede pública.

Em relação ao Território Educativo de Sabóia a proposta de reestruturação do parque escolar deverá passar pela reconversão das EB1/JI’s Luzianes-Gare, Pereiras-Gare, Sabóia e Santa Clara-a-Velha em JI, de modo a integrar as 31 crianças previstas na Educação Pré-escolar. Na Freguesia de Sabóia deverá verificar-se a reconversão da EB2,3 Sabóia em EBI, passando a abranger a totalidade dos alunos de 1º, 2º e 3º CEB previstos para este território (119). De referir que este estabelecimento de ensino disponibiliza sete salas de aula, número suficiente para integrar a totalidade da população escolar estimada.

No Território Educativo de São Teotónio deverá observar-se a manutenção da EB2,3 Eng. Manuel R. Amaro da Costa que, no momento presente, apresenta a capacidade necessária para acolher os 208 alunos previstos para os 2º e 3º CEB (nove salas). Atendendo aos 176 alunos previstos no 1º CEB deverá verificar-se a manutenção/ampliação da EB1 São Teotónio, de modo a oferecer oito salas de aula. Por seu turno, na Educação Pré-escolar deverá manter-se em funcionamento o JI São Teotónio (três salas) e observar-se a reconversão da EB1/JI João Ribeiras em JI, na Freguesia de São Teotónio, enquanto que na Freguesia de Zambujeira do Mar deverá verificar-se a reconversão da EB1/JI Zambujeira do Mar em JI, que deverá disponibilizar uma sala de actividade.

210 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

Já no que diz respeito ao Território Educativo de Vila Nova de Milfontes defende-se a manutenção das EB1/JI São Luís (4+2), que deverá integrar a população escolar prevista para a Freguesia de São Luís, designadamente 36 crianças na Educação Pré-escolar e 55 alunos no 1º CEB.

Já na Freguesia de Vila Nova de Mil Fontes espera-se a frequência de 159 crianças na Educação Pré- escolar e de 207 alunos no 1º CEB, pelo que deverá observar-se a manutenção do JI Vila Nova de Milfontes, que oferece duas salas de actividade, e a ampliação da EB1 Vila Nova de Milfontes (aprovada pela DREA e pelo GEPE), passando a oferecer nove espaços lectivos.

Neste território educativo encontra-se em funcionamento de um estabelecimento da rede particular, o qual apresenta “contrato de associação” nos 2º e 3º CEB e Ensino Secundário. O posicionamento deste estabelecimento de EPC no sector Noroeste do Município de Odemira, território que apresenta um dinamismo socioeconómico muito interessante no contexto desta região, leva a equacionar a manutenção do “contrato de associação”, embora possa vir a observar-se uma diminuição do número de turmas contratualizadas, atendendo a taxa de ocupação observada pelo estabelecimento de 2º e 3º CEB da rede pública localizado na freguesia sede de Município. Deste modo, o Colégio Nossa Senhora da Graça deverá vir a integrar os 331 alunos previstos nos 2º e 3º CEB neste território educativo, o que representa a necessidade de 15 salas de aula.

Finalmente, no que diz respeito ao Ensino Secundário deverá manter-se em funcionamento a ES Dr. Manuel Candeias Gonçalves, assim como o Colégio Nossa Senhora da Graça, de modo a acolher os 612 alunos previstos no ano lectivo 2013/2014. Neste contexto, não pode deixar de ser referida a presença de um estabelecimento de um estabelecimento de Ensino Profissional.

De acordo com o cenário alternativo de estruturação do parque escolar, o 3º CEB deverá funcionar, em paralelo, com o Ensino Secundário, o que iria provocar elevados constrangimentos, uma vez que actua ES Dr. Manuel Candeias Gonçalves, apresenta 30 salas de aula, sendo necessário um total de 48 salas, devendo obrigar à reconversão de uma das EBI’s anteriormente propostas em ES/3, algo que devido às suas características não se apresenta como uma tarefa fácil. Por seu turno, a integração da Educação Pré-escolar no equipamento de 1º e 2º CEB, não deverá apresentar problemas passando as EBI’s anteriormente propostas em EB1,2/JI.

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 211 ALENTEJO LITORAL

Quadro 135 – Cenários de reorganização do parque escolar do Município de Odemira.

1º Cenário 2º Cenário 2º CEB + 3º Ensino 3º CEB + Ensino Território Educativo JI + 1º CEB JI + 1º CEB + 2º CEB CEB Secundário Secundário Alunos Salas Alunos Salas Alunos Salas Alunos Salas Alunos Salas Colos 68+92 3+4 50+97 2+4 68+92 3+4+2 Odemira 134+190 6 (*4)+8 100+15 5+7 134+190+100+50 6 (*4)+8+5 Sabóia 31+51 2+3 21+473 1+2 612 2231+51+21 2+3+1 622+612 27+22 São Teotónio 126+176 5+8 89+119 4+5 126+176+89 5+8+4 Vila Nova de Mil Fontes 195+262 8+11 125+206 6+9 195+262+125 8+11+6 Total 554+771 24+34 385+622 18+27 612 22 554+771+385 24+34+18 622+612 27+22

Quadro 136 – Propostas de reorganização do parque escolar do Município de Odemira.

Níveis de ensino Freguesias Propostas Bicos Reconversão da EB1/JI Bicos em JI. Boavista dos Pinheiros Manutenção do JI Boavista dos Pinheiros. Manutenção do JI Colos. Colos Manutenção da EBI Colos. Manutenção do JI Longueira. Longueira/Almograve Manutenção da EB1 Longueira. Luzianes-Gare Recomversão da EB1/JI Luzianes-Gare em JI. Pereiras-Gare Reconversão da EB1/JI Pereiras-Gare em JI. Relíquias Manutenção do JI Relíquias. Reconversão da EB1/JI Saboia em JI. Sabóia Reconversão da EB2,3 Sabóia em EBI. Santa Clara-a-Velha Reconversão da EB1/JI Santa Clara-a-Velha em JI. São Luís Manutenção EB1/JI São Luís. Educação Pré-escolar, 1º, Santa Maria JI Nossa Senhora da Piedade. 2º e 3º CEB São Martinho das Amoreiras Reconversão da EB1/JI São Martinho das Amoreiras em JI. Manutenção do JI Odemira. São Salvador Reconversão da EB1/JI Bemparece em JI. Reconversão/ampliação da EB2,3 Damião de Odemira em EBI. Manutenção do JI São Teotónio. Renconversão da EB1/JI João Ribeiras em JI. São Teotónio Ampliação/manutenção da EB1 São Teotónio. Manutenção da EB2,3 Eng. Manuel R. Amaro da Costa. Vale Santiago Reconversão da EB1/JI Vale Santiago em JI. Colégio Lápis de Cor Sonhador. Manutenção do JI Vila Nova de Mil Fontes. Vila Nova de Milfontes Ampliação da EB1 Vila Nova de Milfontes. Colégio Nossa Senhora da Graça. Zambujeira do Mar Reconversão da EB1/JI Zambujeira do Mar em JI. Santa Maria Manutenção da ES Dr. Manuel Candeias Gonçalves. Ensino Secundário e São Salvador Escola Profissional de Odemira. Ensino Profissional Vila Nova de Mil Fontes Colégio Nossa Senhora da Graça

212 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

Figura 109 – Propostas de reorganização do parque escolar do Município de Odemira.

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 213 ALENTEJO LITORAL

4. Município de Santiago do Cacém

4.1. Enquadramento Territorial do Município

4.1.1. Enquadramento e Caracterização Física

Localizado na Região do Alentejo, o Município de Santiago do Cacém, integra a Sub-região do Alentejo Litoral (NUTIII). Em termos administrativos apresenta-se limitado a Norte pelo Município de Grândola, a Este pelos de Ferreira do Alentejo, Aljustrel e Ourique, a Sul pelo Município de Odemira, a Oeste pelo Município de Sines e ainda pelo Oceano Atlântico.

Com uma área de 1059,1km2, o território de Santiago do Cacém, encontra-se subdividido do ponto de vista administrativo por onze freguesias: Abela, Alvalade, , Ermidas-Sado, Santa Cruz, Santiago do Cacém, Santo André, São Bartolomeu da Serra, São Domingos, São Francisco da Serra e Vale de Água.

Em termos morfo-estruturais, o Município de Santiago do Cacém desenvolve-se por duas unidades, nomeadamente o Maciço Hespérico e a Bacia Sedimentar do Tejo-Sado.A análise da morfologia do território do município, permite identificar de forma clara três unidades geomorfológicas. Assim sendo, no sector Oeste da Freguesia de Santo André, domina a plataforma litoral, que talhada em rochas do Maciço Hespérico, hoje se encontra recoberta por terrenos de idade recente nomeadamente, areias com seixos, cascalheiras, arenitos, depósitos de terraços e formações dunares, caracterizando-se este sector pelas platitudes de génese marinha que apresenta. Já no sector Central, e estabelecendo a separação da plataforma litoral, individualiza-se um alinhamento montanhoso grosseiramente Norte-Sul, onde as altitudes dos sectores mais elevados são superiores a 250m de altitude (Figura 110).

Neste sentido, as Freguesias de São Francisco da Serra, Santa Cruz e a parte Noroeste da Freguesia de São Bartolomeu da Serra, integram o sector meridional da Serra de Grândola, enquanto que, no sector Sul, na Freguesia do Cercal, é a parte setentrional da Serra do Cercal que domina a morfologia deste território.

Do ponto de vista litológico, predominam essencialmente rochas metassedimentares (Xistos, Grauvaques). No entanto, na área da Freguesia de Santiago do Cacém, o alinhamento assume um modelado cársico, onde afloram rochas carbonatadas (calcários e dolomitos), à cota dos 255m, o qual interrompe o modelado xistento das serras de Grândola e do Cercal.

214 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

Figura 110 – Relação entre a hipsometria e a rede viária no Município de Santiago do Cacém.

Por seu turno, o sector Este do território desenvolve-se na Bacia Sedimentar do Sado, onde afloram formações aluviais recentes, depósitos representados por areias, argilas e calhaus mal rolados e ainda depósitos constituídos por grés avermelhados, argilas e calcários lacustres, caracterizando-se por vastas planícies, com altitudes inferiores a 100m.

Em estreita ligação com a morfologia, as classes de declives mais acentuados são relativos ao alinhamento montanhoso de todo o sector central do território do município, mas não se assumindo como um factor limitante, como em outras regiões do país. Assim, os declives suaves, dizem respeito aos sectores da plataforma litoral a Oeste e à bacia do Sado a Este.

Em relação à rede hidrográfica, esta é directamente influenciada pelo alinhamento montanhoso do sector central, o qual determina a organização e individualização da rede de drenagem. Assim, no sector Ocidental as ribeiras que drenam este território, têm uma direcção E-W directa para o Oceano Atlântico. Já no sector Oriental, a rede encontra-se organizada em função do rio Sado, que com um traçado grosso modo, Sul - Norte percorre as Freguesias de Alvalade e Ermidas-Sado.

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 215 ALENTEJO LITORAL

Do ponto de vista climático, segundo uma classificação de DAVEAU (1985) para as regiões climáticas de Portugal Continental, o Município de Santiago do Cacém, apresenta um clima mediterrâneo, inserido por sua vez, no domínio Atlântico o qual, apresenta neste sector um balanço hídrico anual deficitário, registando em média, um total de 521,1mm de precipitação na estação meteorológica de Alvalade que se localiza na bacia do Sado, e 717,5mm no posto udométrico de Santiago do Cacém que se situa a altitude superior, manifestando-se deste modo nos quantitativos de precipitação, o efeito da altitude e da disposição concordante do relevo com a linha de costa.

De facto, com base na estação meteorológica de Alvalade, o Município de Santiago do Cacém apresenta uma temperatura média máxima de 22,8ºC, enquanto que a temperatura média mínima é de 9,4 0C, cuja influência oceânica se faz sentir, amenizando as temperaturas de ambos os extremos, o que se traduz em Verões não muito quentes e Invernos pouco rigorosos. Contudo, uma análise dos extremos térmicos registados demonstra o risco real que a ocorrência de ondas de calor e vagas de ar frio representam, mesmo neste sector do território nacional, tendo em conta que já foram registados, 44ºC de temperatura máxima e -7,5ºC de temperatura mínima.

4.1.2. Caracterização da Rede de Acessibilidades

Inserido numa área que se encontra associada às funções logísticas, ao tecido industrial e ao desenvolvimento turístico, as acessibilidades do Município de Santiago do Cacém procuram cada vez mais, satisfazer as necessidades dos principais centros urbanos deste sector, nomeadamente o eixo Sines/Santo André/Santiago do Cacém.

Dada a proximidade da cidade de Sines e pela importância geo-estratégica que assume, a rede rodoviária fundamental do Município de Santiago do Cacém é definida em função da cidade portuária.

Deste modo, o eixo viário IP8/IC33, procura dar resposta aos fluxos intermunicipais, nomeadamente aos Municípios limítrofes de Sines, a Sudoeste e com Grândola a Norte. Este eixo, para além de representar a principal ligação ao interior Alentejano, nomeadamente ao centro urbano de Beja, estabelece ainda a ligação ao IC1, eixo de âmbito nacional, particularmente importante nas ligações entre Lisboa e a região do Algarve, que inclusivamente com um traçado Norte-Sul atravessa o Município no sector oriental, nas Freguesias de Ermidas-Sado e Alvalade.

216 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

Ao nível das ligações intramunicipais, destacam-se várias estradas nacionais de âmbito complementar à rede fundamental. Assim, o IP8/IC33 também é importante na ligação ao sector Norte, nomeadamente à Freguesia de Santo André, Santa Cruz e São Francisco da Serra.

Por seu turno, a EN120 estabelece a ligação de Santiago do Cacém ao sector Sul, ao percorrer os cimos do alinhamento da serra do Cercal, terminando na Freguesia com o mesmo nome. Como percurso alternativo a este, a EN261-3/EN120-4/IC4, ao mesmo tempo que apresenta uma maior extensão, não é de todo directo, já que é necessário passar pelo Município limítrofe de Sines, apesar dos melhores acessos que apresenta.

Os fluxos estabelecidos entre a Freguesia de Santo André, situada no sector Noroeste e a sede de município, são facilitados pelo seguinte eixo viário: ER261/EN108-5. A EN121, com um traçado transversal, estabelece a ligação às Freguesias do sector Centro-Oriental, a saber: São Bartolomeu da Serra; Abela e Ermidas-Sado, terminando no IC1. O acesso à Freguesia de São Domingos é estabelecido pela ER261.

A EN390, com inicio em Vila Nova de Mil Fontes no Município limítrofe de Odemira, atravessa as Freguesias de Cercal, Vale de Água, São Domingos e Abela.

A rede ferroviária atravessa o Município nas Freguesias de Alvalade e Ermidas-Sado embora sob o ponto de vista interno, as mobilidades intra-concelhias pouco ou nada sejam afectadas.

4.1.3. Caracterização Demográfica

O Município de Santiago do Cacém apresenta uma localização privilegiada junto ao litoral, sendo que numa referência ao tecido económico do município, os valores recentes de 1991 e 2001 indicam um reforço de emprego no sector terciário (de 47,3% para 59,0%) e a perda de relevância do sector secundário (de 35,3% para 31,3%). O emprego nas actividades primárias decresceu no mesmo período considerado (17,4% dos activos em 1991 e 9,7% no recenseamento mais recente), no quadro de uma evolução demográfica desfavorável, já que ocorreu na última década um decréscimo populacional de 2,26% considerando o município (a evolução na Sub-região do Alentejo Litoral traduziu-se no mesmo período por um crescimento populacional de 1,20%).

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 217 ALENTEJO LITORAL

4.1.3.1. Evolução espacial das dinâmicas demográficas: um território com a população desigualmente repartida

Santiago do Cacém com os seus 31105 habitantes (dados de 2001) apresenta-se como o município mais populoso da Sub-região do Alentejo Litoral, representando 30,7% do total populacional desta Sub- região. Para além de Santiago do Cacém, também os Municípios de Odemira e Grândola apresentam os maiores quantitativos populacionais (26106 e 13901 habitantes, respectivamente).

O Município de Santiago do Cacém registou na última década uma ligeira perda relativa da importância no contexto de Santiago do Cacém, uma vez que passou a representar 30,7% do total populacional quando dez anos antes representava 31,9%. A análise da distribuição dos valores de população residente nas onze freguesias que integram na actualidade o Município de Santiago do Cacém permite distinguir grupos de freguesias que apresentam comportamentos demográficos semelhantes nos dez anos mais recentes (Quadro 137 e Figuras 111 e 112). A Freguesia de Santo André assume-se no ano de 2001 como a mais populosa distinguindo-se claramente das restantes (com 10696 residentes, representando 35,24% da população total do município).

Com efeito, sendo a evolução da população diferenciada nas onze freguesias desde 1991, apenas se verifica um acréscimo de população nas Freguesias de Santiago do Cacém e Vale de Água (de 6039 para 7274 habitantes e de 424 para 756 habitantes, respectivamente).

Para além de Santo André, também a Freguesia de Santiago do Cacém pode ser englobada no grupo das freguesias mais populosas. Estas duas freguesias representam, em 2001, cerca de 59,21% dos residentes, num total de 17970 habitantes (10696 e 7274 residentes, respectivamente).

Quadro 137 - População residente por freguesia no Município de Santiago do Cacém, de 1981 a 2001 1981 1991 2001 Freguesias Nº % Nº % Nº % Abela 1474 5 1221 3,9 1107 3,6 Alvalade 2836 9,7 2544 8,1 2315 7,4 Cercal 4866 16,7 4177 13,3 3882 12,5 Ermidas-Sado 2794 9,6 2607 8,3 2206 7,1 Santa Cruz 569 1,9 518 1,6 500 1,6 Santiago do Cacém 6776 23,2 6039 19,2 7274 23,4 Santo André 5778 19,8 10751 34,2 10696 34,4 São Bartolomeu da Serra 596 2 532 1,7 455 1,5 São Domingos 2412 8,3 1695 5,4 1024 3,3 São Francisco da Serra 1090 3,7 967 3,1 890 2,9 Vale de Água - - 424 1,3 756 2,4 Total 29191 100 31475 100 31105 100

Fonte: INE, Recenseamento da População de 1981, Censos 1991 e Censos 2001.

218 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

12000

10000

8000

Nº 6000

4000

2000

0 Abela Alvalade Cercal Ermidas- Santa Cruz Santiago Santo São São São Vale de Sado do Cacém André Bartolomeu Domingos Francisco Água da Serra da Serra 1981 1991 2001

Figura 111 - População residente por freguesia no Município de Santiago do Cacém de 1981 a 2001.

Um segundo grupo é formado pelas Freguesias de Cercal (localizada na extremidade sul do município), Alvalade e Ermidas-Sado (localizadas na extremidade este do município). Estas freguesias representam, em 2001, cerca de 27,69% dos residentes (3882, 2315 e 2206 residentes, respectivamente).

Figura 112 – População residente em 2001 e variação populacional entre 1991 e 2001 por freguesia no Município de Santiago do Cacém

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 219 ALENTEJO LITORAL

As Freguesias de Abela, São Domingos, São Francisco da Serra e Vale da Égua constituem um terceiro grupo. Estas freguesias representam globalmente 12,45% dos residentes, a que correspondem respectivamente 1107, 1024, 890 e 756 indivíduos.

Por último, as Freguesias de Santa Cruz e São Bartolomeu da Serra constituem um quarto grupo com pesos populacionais mais reduzidos. Com efeito, representam 1,65% e 1,50%, a que correspondem respectivamente 500 e 455 residentes.

Regista-se, assim, um padrão territorial polarizado sobretudo pela Freguesia de Santo André e pela Freguesia contígua de Santiago do Cacém. Apresentando o Alentejo Litoral uma repartição desigual da população por município, também no caso de Santiago do Cacém se verifica uma oposição entre as Freguesias de Santo André e Santiago do Cacém e as restantes.

A consideração para o Município de Santiago do Cacém dos valores de população residente desde os anos oitenta do século XX permite uma leitura em termos evolutivos, ao mesmo tempo que possibilita igualmente algumas reflexões sobre as características do território. Uma primeira ideia decorre do facto de não obstante a sua posição privilegiada devido à proximidade à área urbana de Beja, ocorreu entre 1981 e 2001, um decréscimo populacional com significado no contexto do município (Quadro 138 e Figura 113). Efectivamente, desde 1981 até 2001 o município perdeu 370 habitantes (-1,18%), num processo que já vinha das décadas anteriores, que deve ser lido num contexto de mobilidade interna, para os centros urbanos mais próximos, e também de emigração.

Entre 1981 e 1991 o município ganhou 2284 habitantes (correspondendo a 7,82%), em virtude do acréscimo de 4973 habitantes na Freguesia de Santo André, já que as restantes freguesias perderam população (entre -51 e -737 indivíduos).

Na década mais recente o município perdeu 370 residentes, correspondendo a um decréscimo de 1,18%. Globalmente, entre 1981 e 2001, o município registou um acréscimo populacional de cerca de 6,56%, com um aumento de 1914 habitantes (de 29191 para 31105 residentes).

Quadro 138 – População residente no Município de Santiago do Cacém e variação populacional de 1981 a 2001.

Anos População residente Variação populacional (%) 1981 29191 – 1991 31475 7,82 2001 31105 -1,18 (Fonte: INE, Recenseamento da População de 1981, Censos 1991 e Censos 2001, INE, Lisboa)

220 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

50000

40000

30000 Nº

20000

10000

0 1981 1991 2001

Figura 113 – Evolução da população residente no Município de Santiago do Cacém de 1981 a 2001.

Neste contexto e numa análise conjunta do último período intercensitário e até ao ano de 2007, observa-se uma contínua perda populacional até ao ano 1997 (de -1186 residentes, correspondendo a - 3,77%), registando-se nos anos seguintes e até ao ano de 2001 um acréscimo de 816 residentes, correspondendo a 2,69%. A partir deste ano e até 2007 observa-se um declínio contínuo, traduzido numa perda de 1407 indivíduos (-4,52%).

Em termos globais, considerando o período 1991-2007, observa-se um declínio populacional expressivo, traduzido numa perda de 1777 habitantes (-5,65% da população residente). Acresce que para estes anos recentes parece iniciar-se um período de estabilização no número de população residente (Quadro 139 e Figura 114).

Quadro 139 – Evolução da população residente no Município de Santiago do Cacém de 1991 a 2007.

Anos População residente Variação populacional (%) 1991 31475 – 1992 30472 -3,19 1993 30433 -0,13 1994 30379 -0,18 1995 30345 -0,11 1996 30277 -0,22 1997 30289 0,04 1998 30349 0,20 1999 30355 0,02 2000 30441 0,28 2001 31105 2,18 2002 30389 -2,30 2003 30305 -0,28 2004 30203 -0,34 2005 30069 -0,44 2006 29919 -0,50 2007 29698 -0,74 Fonte: INE.

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 221 ALENTEJO LITORAL

35000

28000

21000 Nº 14000

7000

0 1991 1993 1995 1997 1999 2001 2003 2005 2007

Figura 114 - Evolução da população residente no Município de Santiago do Cacém de 1991 a 2007.

As onze freguesias que constituem o município apresentam, nas últimas duas décadas do século XX, dinâmicas demográficas distintas (Quadro 140 e Figura 115). Essencialmente, e considerando o comportamento para a década mais recente, verifica-se que todas as freguesias, à excepção da sede de município (Santiago do Cacém) e a Freguesia de Vale de Água registam evoluções negativas. Sendo a segunda freguesia mais populosa do município, Santiago do Cacém regista uma evolução positiva (20,45%, correspondendo a um acréscimo de 1235 residentes). A Freguesia de Vale de Água regista um acréscimo de 332 indivíduos, correspondendo a 78,30%.

Relativamente à freguesia mais populosa, Santo André regista um decréscimo populacional de 0,51%, correspondendo a -55 residentes.

Quadro 140 – Variação da população residente por freguesia no Município de Santiago do Cacém entre 1981 e 2001 1981-1991 1991-2001 1981-2001 Freguesias Nº % Nº % Nº % Abela -253 -17,16 -114 -9,34 -367 -24,90 Alvalade -292 -10,30 -229 -9,00 -521 -18,37 Cercal -689 -14,16 -295 -7,06 -984 -20,22 Ermidas-Sado -187 -6,69 -401 -15,38 -588 -21,05 Santa Cruz -51 -8,96 -18 -3,47 -69 -12,13 Santiago do Cacém -737 -10,88 1235 20,45 498 7,35 Santo André 4973 86,07 -55 -0,51 4918 85,12 São Bartolomeu da Serra -64 -10,74 -77 -14,47 -141 -23,66 São Domingos -717 -29,73 -671 -39,59 -1388 -57,55 São Francisco da Serra -123 -11,28 -77 -7,96 -200 -18,35 Vale de Água - - 332 78,30 - - Total 2284 7,82 -370 -1,18 1914 6,56 Fonte: INE, Recenseamento da População de 1981, Censos 1991 e Censos 2001.

222 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

80 78,30

60

40 20,45 20

% 0 -3,47 -0,51 -20 -9,34 -9,00 -7,06 -7,96 -15,38 -14,47 -40 -39,59 -60

-80 Abela Alvalade Cercal Ermidas -Sado Santa Cruz Santiago do Santo André São São Domingos São Francisco Vale de Água Cacém Bartolomeu da da Serra Serra

Variação populacional Média

Figura 115 - Variação da população residente por freguesia no Município de Santiago do Cacém entre 1991 e 2001.

As restantes freguesias registam declínios que, no caso das Freguesias de São Domingos e Ermidas- Sado, são mais expressivos (-39,59%, correspondendo a -671 habitantes e -15,38%, correspondendo a - 401 habitantes) e no caso de Santo André e Santa Cruz são menos expressivos (-0,51% e -3,47%, respectivamente). Assim, o dispositivo territorial expressa um nítido fenómeno de concentração da população na sede de município e na Freguesia contígua de Santo André. À excepção das Freguesias de Santiago do Cacém e Vale de Égua, todas as restantes acompanham a tendência de declínio populacional, facto que vem sendo visível nos anos mais recentes.

4.1.3.2. Factores da dinâmica demográfica: crescimento natural e saldo migratório

As variações observadas na população do município e das freguesias que o integram relacionam-se de uma forma que nos parece clara com dois factores primordiais: por um lado, o crescimento natural, cuja relação com o próprio planeamento de equipamentos educativos se torna elemento fundamental e, por outro, o saldo migratório, que no contexto da actual conjuntura se assume como um factor também decisivo, mas cuja análise se torna particularmente difícil dada a dificuldade em prever a sua evolução.

A análise da evolução dos valores da natalidade entre 1991 e 2007 para o Município de Santiago do Cacém revela um comportamento irregular expresso em ligeiros aumentos e decréscimos (Quadro 141). A consideração do número de nados-vivos mostra, no entanto, uma tendência geral que se expressa num número de nascimentos anual ligeiramente superior a duas centenas na década de noventa. No ano de 1991 o número de nascimentos foi de 280, valor mais elevado no período considerado.

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 223 ALENTEJO LITORAL

Em termos globais verifica-se uma tendência no sentido da estabilização do número de nascimentos, sendo de destacar a ocorrência de menos nascimentos nos anos de 1995 e 2001 (208 e 209 nascimentos, respectivamente).

A tendência observada para os anos mais recentes traduz uma certa estabilidade no número de nascimentos, sendo de destacar um ligeiro acréscimo entre 2006 e 2007 (de 212 para 233 nascimentos, respectivamente).

Quadro 141 – Nados-vivos por freguesia no Município de Santiago do Cacém de 1991 a 2007. Freguesias 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Total Abela 9 11 7 7 5 6 10 6 7 12 5 9 5 6 8 5 5 123 Alvalade 26 18 12 20 15 14 13 12 8 18 17 23 15 15 13 20 8 267 Cercal 43 30 32 28 29 27 18 30 16 22 20 21 24 22 13 17 20 412 Ermidas-Sado 19 11 16 8 18 24 16 13 9 17 10 15 18 17 17 14 9 251 Santa Cruz 1 3 1 0 2 5 1 5 7 2 7 5 4 2 4 2 2 53 Santiago do Cacém 49 59 69 61 49 62 61 68 71 62 70 75 69 79 82 54 70 1110 Santo André 104 84 96 78 69 75 83 81 96 80 67 73 81 84 94 88 101 1434 São Bartolomeu da Serra 3 3 3 5 4 0 5 3 0 4 5 4 1 3 5 1 0 49 São Domingos 22 8 14 12 16 13 9 11 11 7 3 8 4 5 5 0 8 156 São Francisco da Serra 4 3 2 7 1 1 4 0 2 6 4 1 6 6 5 2 5 59 Vale de Água 0 0 0 0 0 0 0 1 3 3 1 3 6 3 0 9 5 34 Total 280 230 252 226 208 227 220 230 230 233 209 237 233 242 246 212 233 3948 Fonte: INE.

A análise da evolução no mesmo período de tempo do número de óbitos destaca, igualmente, um comportamento irregular, sendo os valores durante a década de noventa superiores a três centenas (Quadro 142). O número de óbitos é significativamente menor nos anos de 1992 e 1995 (316 e 323 óbitos, respectivamente), registando valores mais elevados nos anos de 1996 e 1999 (379 e 400 óbitos, respectivamente). Nos anos mais recentes o número de óbitos parece evidenciar uma tendência no sentido de uma certa estabilização, registando-se 368 óbitos no ano de 2007.

A evolução da taxa de natalidade mostra uma tendência de oscilação, ora com pequenas subidas ora com decréscimos entre 1991 e 2007. Uma análise mais detalhada da evolução ocorrida na década de noventa indica um decréscimo da taxa de natalidade entre 1991 e 1992 (de 8,90‰ para 7,55‰) e entre 1993 e 1995 (de 8,28‰ para 6,85‰). Entre os anos de 1996 e 2000 os valores de taxa de natalidade apresentam valores em torno dos 7,00‰. De salientar as taxas de natalidade para os anos de 1995 e 2001, como as mais baixas do período em análise (6,85‰ e 6,72‰). Por outro lado, destaca-se o facto de os valores da taxa de natalidade serem sempre inferiores a 9,00‰ e inferiores, como veremos, aos valores da taxa de mortalidade (que apresenta resultados acima dos 10,00‰).

224 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

Quadro 142 - Óbitos por freguesia no Município de Santiago do Cacém de 1991 a 2007.

Freguesias 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Total Abela 25 14 17 20 19 16 13 20 22 13 18 11 14 16 16 11 15 280 Alvalade 28 28 24 37 28 29 47 30 30 19 15 27 20 25 30 23 34 474 Cercal 54 55 47 58 48 54 54 59 68 72 85 52 38 57 59 51 57 968 Ermidas-Sado 20 25 33 33 30 20 34 28 25 26 19 26 28 29 33 26 25 460 Santa Cruz 10 3 10 8 11 6 9 6 5 8 0 3 12 13 14 5 10 133 Santiago do Cacém 110 106 108 97 91 128 103 104 126 103 97 104 142 110 112 130 117 1888 Santo André 47 48 61 53 52 72 59 48 66 60 72 62 57 69 70 64 66 1026 São Bartolomeu da Serra 755655118623538115 86 São Domingos 32 21 27 28 23 28 26 23 25 16 22 20 21 14 11 12 15 364 São Francisco da Serra 10 11 14 12 16 21 15 11 19 16 8 16 13 15 16 8 14 235 Vale de Água 0 0 0 0 0 0 3 9 8 3 51313 311 410 82 Total 343 316 346 352 323 379 374 346 400 338 344 339 361 359 373 335 368 5996 Fonte: INE.

A taxa de mortalidade apresenta, assim, entre 1991 e 2007 uma evolução com oscilações, sendo que até 1995 a taxa de mortalidade apresenta valores em torno dos 10,00‰ e 11,00‰, seguindo-se um período com acréscimos e decréscimos, sendo que o ano de 1995 foi o que apresentou a mais baixa taxa de mortalidade (10,64‰). De registar o valor mais elevado desta taxa ter ocorrido no ano de 1996 (12,52‰). O facto de a natalidade apresentar continuamente valores inferiores aos registados pela mortalidade, traduz-se num crescimento natural negativo no período analisado (Quadro 143 e Figura 116). As perdas populacionais com maior significado ocorrem nos anos de 2003 e 2007 (5,60‰ e 5,08‰). De salientar que as taxas de crescimento natural assumem valores negativos em todos os anos do período considerado (superiores a -2,00‰).

Quadro 143 – Dinâmica natural no Município de Santiago do Cacém de 1991 a 2007.

Taxa de Taxa de Taxa de Crescimento Anos Natalidade Mortalidade crescimento natalidade mortalidade natural natural 1991 280 8,90 343 10,90 -63 -2,00 1992 230 7,55 316 10,37 -86 -2,82 1993 252 8,28 346 11,37 -94 -3,09 1994 226 7,44 352 11,59 -126 -4,15 1995 208 6,85 323 10,64 -115 -3,79 1996 227 7,50 379 12,52 -152 -5,02 1997 220 7,26 374 12,35 -154 -5,08 1998 230 7,58 346 11,40 -116 -3,82 1999 230 7,58 400 13,18 -170 -5,60 2000 233 7,65 338 11,10 -105 -3,45 2001 209 6,72 344 11,06 -135 -4,34 2002 237 7,80 339 11,16 -102 -3,36 2003 233 7,69 361 11,91 -128 -4,22 2004 242 8,01 359 11,89 -117 -3,87 2005 246 8,18 373 12,40 -127 -4,22 2006 212 7,09 335 11,20 -123 -4,11 2007 233 7,85 368 12,39 -135 -4,55 Fonte: INE.

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 225 ALENTEJO LITORAL

30

20 10

‰ 0 -10

-20 -30 1991 1993 1995 1997 1999 2001 2003 2005 2007

Taxa de natalidade Taxa de mortalidade Taxa de crescimento natural Figura 116 – Evolução da taxa de natalidade, taxa de mortalidade e taxa de crescimento natural no Município de Santiago do Cacém de 1991 a 2007.

A análise anteriormente realizada da evolução demográfica no Município de Santiago do Cacém indiciava estas tendências ao nível da dinâmica natural da população, ao mesmo tempo que permite também pensar que algumas freguesias terão comportamentos diferentes que traduzirão algum poder de atracção sobre populações exógenas.

Assim, considerando uma outra escala espacial de análise sublinha-se, para o ano de 2001, o crescimento natural positivo que as Freguesias de Alvalade, Santa Cruz e São Bartolomeu da Serra apresentam (2, 7 e 2 indivíduos). Em 1991, por comparação, apenas Santo André apresenta um crescimento positivo de 57 indivíduos, enquanto Vale de Água apresentou um crescimento nulo (Quadro 144 e Figura 117).

Quadro 144 – Dinâmica natural por freguesia no Município de Santiago do Cacém em 1991 e 2001.

1991 2001

Freguesias Natural Natural Natural Natural Natural Natural Natural Taxa de de Taxa Taxa de de Taxa Taxa de de Taxa Taxa de de Taxa de Taxa Taxa de de Taxa Natalidade Natalidade Natalidade Natalidade Natalidade Mortalidade Mortalidade Mortalidade Mortalidade Mortalidade Crescimento Crescimento Crescimento Crescimento Crescimento Crescimento Crescimento Nº ‰ Nº ‰ Nº ‰ Nº ‰ Nº ‰ Nº ‰ Abela 9 7,37 25 20,48 -16 -13,10 5 4,52 18 16,26 -13 -11,74 Alvalade 26 10,22 28 11,01 -2 -0,79 17 7,34 15 6,48 2 0,86 Cercal 43 10,29 54 12,93 -11 -2,63 20 5,15 85 21,90 -65 -16,74 Ermidas-Sado 19 7,29 20 7,67 -1 -0,38 10 4,53 19 8,61 -9 -4,08 Santa Cruz 1 1,93 10 19,31 -9 -17,37 7 14,00 0 0,00 7 14,00 Santiago do Cacém 49 8,11 110 18,21 -61 -10,10 70 9,62 97 13,34 -27 -3,71 Santo André 104 9,67 47 4,37 57 5,30 67 6,26 72 6,73 -5 -0,47 São Bartolomeu da Serra 3 5,64 7 13,16 -4 -7,52 5 10,99 3 6,59 2 4,40 São Domingos 22 12,98 32 18,88 -10 -5,90 3 2,93 22 21,48 -19 -18,55 São Francisco da Serra 4 4,14 10 10,34 -6 -6,20 4 4,49 8 8,99 -4 -4,49 Vale de Água 0 0,00 0 0,00 0 0,00 1 1,32 5 6,61 -4 -5,29 Total 280 8,90 343 10,90 -63 -2,00 209 6,72 344 11,06 -135 -4,34 Fonte: INE.

226 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

30

20

10

‰ 0

-10

-20

-30 Abela Alvalade Cercal Ermidas- Santa Cruz Santiago do Santo São São São Vale de Sado Cacém André Bartolomeu Domingos Francisco Água da Serra da Serra

Taxa de natalidade Taxa de mortalidade Taxa de crescimento natural

Figura 117 - Taxa de natalidade, taxa de mortalidade e taxa de crescimento natural por freguesia no Município de Santiago do Cacém, em 2001

Os comportamentos descritos devem ser contextualizados no âmbito dos valores absolutos da população residente e no quadro da história do município e do território.

Os quantitativos populacionais reduzidos no contexto local/regional traduzem-se em valores de crescimento natural também reduzidos, mesmo tendo presente que são na maior parte das freguesias negativos. As freguesias mais populosas (Santo André e Santiago do Cacém) não apresentam um comportamento diferente das restantes (-5 e -27 indivíduos), facto que reflecte a reduzida capacidade de atracção deste município. Para o ano mais recente, as Freguesias de Abela, Cercal, Ermidas-Sado, Santiago do Cacém, Santo André, São Domingos, São Francisco da Serra e Vale de Água apresentam taxas de mortalidade que superam as de natalidade, facto que se traduz em crescimentos naturais negativos.

No caso das freguesias mais populosas (Santo André e Santiago do Cacém), observam-se valores de crescimento natural semelhantes às restantes freguesias (-0,47‰ e -3,71‰). Comparativamente a 1991, sublinha-se que as taxas de crescimento natural indicam uma perda de população superior em 2001 nas Freguesias de Cercal, Ermidas-Sado, Santo André, São Domingos e Vale de Água.

A consideração da dinâmica das migrações totais para o Município de Santiago do Cacém para o período de 1991 a 2001 vem reforçar o cenário de evolução natural negativa do município (Quadro 145). Efectivamente, se o crescimento natural é negativo na década (-1316 indivíduos), o saldo migratório total apresenta um valor positivo de 946 pessoas, o que em termos globais se traduz numa perda de 370 indivíduos.

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 227 ALENTEJO LITORAL

Quadro 145 – Dinâmica da população por freguesia no Município de Santiago do Cacém entre 1991 e 2001. Freguesias Nados-Vivos Óbitos Crescimento Natural Saldo Migratório Crescimento Efectivo Abela 85 197 -112 -2 -114 Alvalade 173 315 -142 -87 -229 Cercal 295 654 -359 64 -295 Ermidas-Sado 161 293 -132 -269 -401 Santa Cruz 34 76 -42 24 -18 Santiago do Cacém 681 1173 -492 1727 1235 Santo André 913 638 275 -330 -55 São Bartolomeu da Serra 35 63 -28 -49 -77 São Domingos 126 271 -145 -526 -671 São Francisco da Serra 34 153 -119 42 -77 Vale de Água 8 28 -20 352 332 Total 2545 3861 -1316 946 -370 Fonte: INE.

A análise do crescimento populacional destaca a evolução positiva das Freguesias de Santiago do Cacém e Vale de Água. Não obstante o crescimento natural negativo nestas freguesias (-492 e -20 indivíduos), estas freguesias revelam um saldo migratório positivo (1727 e 352 indivíduos), e que se traduzirá num crescimento efectivo de 1235 e 332 indivíduos, revelando uma certa capacidade de atracção destas freguesias.

4.1.3.3. Estrutura da população: sexo e idades

A análise da evolução da população deve contemplar também o estudo das pirâmides etárias. Estas representações gráficas traduzem não apenas a imagem da população num dado momento, mas permitem uma leitura da perspectiva histórica dos acontecimentos que marcam a população representada ao longo de décadas de vida das gerações mais antigas. Considera-se, para efeitos de análise, a pirâmide etária relativa a 1991 e 2001 para o Município de Santiago do Cacém, centrando a atenção nos respectivos perfis populacionais. Em paralelo, apresentam-se alguns índices que resumem o comportamento da estrutura etária da população. Conjuntamente com os dados avançados para a dinâmica natural da população permitem contextualizar e reflectir sobre as principais características da população.

A primeira conclusão a retirar da análise dos valores da população por escalão etário parece ser a crescente diminuição das classes mais jovens, prosseguida pelo aumento das classes mais idosas, o que espelha de modo bastante claro a crescente tendência para o envelhecimento da população.

228 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

Procedendo-se a uma análise mais pormenorizada dos grupos etários (Quadro 146 e Figura 118), verificamos que no município a população adulta (40-64 anos) sofreu um aumento desde 1981 (de 31,94% para 34,94%) e a idosa (mais de 65 anos) apresentou um aumento mais marcado (de 13,65% para 20,19%). Por outro lado, a população jovem (0-14 anos) e a população jovem adulta (15-39 anos) apresentaram um decréscimo, no mesmo período, de 21,0% para 12,77% e de 33,40% para 32,10%. Este facto traduz-se num duplo envelhecimento que caracteriza a generalidade das sociedades dos países desenvolvidos, e deve merecer uma reflexão dada a rapidez em que se passou de uma sociedade com uma população jovem para uma outra envelhecida (a população de 65 anos ou mais representava 20,19% da população total em 2001).

A análise dos resultados da estrutura etária para Santiago do Cacém sublinha, para o último período intercensitário, uma evolução demográfica no sentido do rápido envelhecimento da população, tendência que deve motivar uma séria reflexão, encontrando-se em linha com a evolução registada em Portugal e nos países desenvolvidos.

Quadro 146 – População residente no Município de Santiago do Cacém, segundo os grandes grupos etários de 1981 a 2001. 1981 1991 2001 Grupos etários Nº % Nº % Nº % 0 - 14 anos 6131 21,00 6205 19,71 3973 12,77 15 - 39 anos 9750 33,40 10716 34,05 9984 32,10 40 - 64 anos 9324 31,94 9842 31,27 10869 34,94 65 anos ou mais 3986 13,65 4712 14,97 6279 20,19 Total 29191 100 31475 100 31105 100 Fonte: Recenseamento da população 1981, Censos 1991 e Censos 2001.

2001

1991

1981

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

0 - 14 anos 15 - 39 anos 40 - 64 anos 65 anos ou mais

Figura 118 – População residente no Município de Santiago do Cacém, segundo os grandes grupos etários de 1981 a 2001.

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 229 ALENTEJO LITORAL

Esta evolução representa, por um lado, uma perda de 6,94% de população jovem, e, por outro, um acréscimo de população com 65 e mais anos (5,22%) entre 1991 e 2001. A população da metade mais jovem da população activa (15 a 39 anos) sofreu um decréscimo de 1,95% e a população entre os 40 e 64 anos registou um aumento de 3,67%.

A consideração da estrutura etária por grandes grupos funcionais por município destaca desde os anos oitenta do século XX, uma evolução com perda de jovens e aumento de idosos.

A análise da pirâmide etária do Município de Santiago do Cacém para o ano de 2001 reflecte, comparativamente ao ano de 1991, um envelhecimento da população, o que se traduz por um estreitamento da base e um alargamento do topo da pirâmide (Figura 119). Ao decréscimo da população pertencente às classes etárias jovens e jovens adultas (dos 0 aos 19 anos e dos 30 aos 39 anos) corresponde, naturalmente, um aumento da população adulta (dos 40 aos 54 anos) e idosa (com 65 e mais anos). O número de indivíduos total e por sexo nestes escalões etários é superior em 2001 em relação a 1991, não havendo diferenças significativas por sexo. Nos grupos etários dos idosos (65 e mais anos), sendo o número superior em ambos os sexos em 2001, as diferenças não são tão expressivas como nos grupos anteriormente referidos. Os grupos etários jovens e jovens adultos (dos 0 aos 19 anos e dos 30 aos 39 anos) e adultos (entre os 55 aos 59 anos) apresentam sucessivamente mais indivíduos nas classes seguintes, traduzindo a existência de um conjunto de classes ocas.

Figura 119 – Pirâmide etária da população residente no Município de Santiago do Cacém entre 1991 e 2001.

230 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

De referir o facto de a pirâmide etária relativa ao ano de 1991 apresentar um perfil populacional caracterizando uma estrutura não tão envelhecida (mas já não jovem), elemento que deve merecer atenção no quadro do sentido da evolução ocorrida na década de noventa. Um último aspecto sublinha o facto de o número de idosos ser superior no sexo feminino.

Os valores do índice de envelhecimento reflectem esta evolução, uma vez que o total da população passou de 75,9% em 1991 para 158,0% em 2001 (Quadro 147). Trata-se de valores claramente mais expressivos tendo por base o contexto nacional, já que esta relação era no Continente de 69,5% em 1991 evoluindo para 104,5% em 2001.

Quadro 147 – Índice de envelhecimento, índice de dependência e estrutura etária no Município de Santiago do Cacém em 1991 e 2001.

Índice de envelhecimento (%) Índice de dependência total (%) Estrutura Etária (%) Freguesias Homens Mulheres Total Homens Mulheres Total 0 a 14 15 a 64 65 e + 1991 2001 1991 2001 1991 2001 1991 2001 1991 2001 1991 2001 1991 2001 1991 2001 1991 2001 Abela 141,8 263,2 137,1 263,9 139,3 263,6 58,7 59,1 66,0 67,7 62,4 63,3 16,1 10,7 61,6 61,2 22,4 28,1 Alvalade 89,0 186,0 91,9 216,3 90,5 201,1 49,9 52,9 53,4 55,9 51,7 54,4 17,9 11,7 65,9 64,8 16,2 23,5 Cercal 111,7 211,4 127,6 227,1 119,9 219,7 51,1 52,3 61,8 66,3 56,3 59,1 16,4 11,6 64,0 62,9 19,6 25,5 Ermidas-Sado 93,8 222,6 131,2 250,0 111,4 236,6 57,0 51,4 61,1 60,6 59,1 55,9 17,6 10,7 62,9 64,1 19,6 25,2 Santa Cruz 162,9 273,3 352,4 517,6 233,9 361,7 53,8 75,2 59,4 78,4 56,5 76,7 10,8 9,4 63,9 56,6 25,3 34,0 Santiago do Cacém 88,9 137,9 116,3 199,3 102,8 167,9 48,8 45,6 55,9 56,1 52,4 50,8 17,0 12,6 65,6 66,3 17,4 21,1 Santo André 21,5 67,0 27,4 87,8 24,5 77,0 46,3 35,3 49,0 36,4 47,7 35,9 25,9 14,9 67,7 73,6 6,3 11,5 São Bartolomeu da Serra 110,2 187,9 124,4 193,3 117,0 190,5 61,3 68,3 63,1 66,2 62,2 67,3 17,7 13,8 61,7 59,8 20,7 26,4 São Domingos 132,0 250,0 134,1 215,5 133,1 230,7 51,6 62,0 62,5 77,8 56,7 69,5 15,5 12,4 63,8 59,0 20,6 28,6 São Francisco da Serra 157,5 338,6 308,3 383,8 217,4 359,3 63,7 71,5 68,1 72,2 65,9 71,8 12,5 9,1 60,3 58,2 27,2 32,7 Vale de Água 140,0 383,3 183,3 302,4 163,6 336,6 59,0 65,9 79,7 73,0 69,6 69,5 15,6 9,4 59,0 59,0 25,5 31,6 Total 68,1 142,0 83,7 174,5 75,9 158,0 50,3 46,2 55,9 52,2 53,1 49,2 19,7 12,8 65,3 67,0 15,0 20,2 Fonte: INE, Censos 1991 e Censos 2001.

Considerando os valores por sexo, o escalão etário das mulheres apresenta índices de envelhecimento superiores e mais expressivos (174,5% contra 142,0%, sendo que em 1991 eram de 83,7% e 68,1%, respectivamente). Esta evolução traduz a dinâmica natural da população em que as mulheres morrem menos e também migram em menor número.

A leitura dos resultados do índice de dependência total ajuda, também, a reflectir sobre a necessidade de definir políticas activas no que diz respeito à população. Para o Município de Santiago do Cacém ocorreu um ligeiro decréscimo do valor deste índice entre 1991 e 2001, de 53,1% para 49,2%, o que significa que se verificou um ligeiro decréscimo da importância dos não activos para os activos. Ainda assim, os resultados observados para o Município de Santiago do Cacém são expressivos.

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 231 ALENTEJO LITORAL

Este facto faz depender mais acentuadamente os não activos dos activos, sendo, como vimos, cada vez menos os jovens e mais os idosos também no Município de Santiago do Cacém, o que condicionará as políticas sociais no futuro próximo. Esta tendência verifica-se de forma diferenciada entre os sexos, uma vez que os valores do índice de dependência em 2001 são mais elevados no sexo feminino (52,2%) e mais reduzidos no sexo masculino (46,2%).

A título de comparação, os valores do Continente reflectindo a mesma realidade, revelam tendências no sentido da dependência dos não activos em relação aos activos, só que neste nível espacial de análise os valores são menores. Esta leitura deve ser realizada com algum cuidado, já que diminuindo o número de jovens não se verifica uma evolução no mesmo sentido dos idosos, logo as políticas sociais tenderão a ter mais peso nas estratégias de desenvolvimento dos territórios no futuro.

Em síntese, e como se procurou demonstrar, a população das freguesias do Município de Santiago do Cacém tem envelhecido, acompanhando aliás a tendência de quase todo o país. Este facto parece estar relacionado segundo os especialistas não só com a mudança de mentalidades, o que se reflecte na diminuição do número de filhos por casal, mas também pela procura de melhores condições de vida por parte da população activa jovem e em idade de procriar que migra quer para os espaços urbanos (próximos ou afastados), quer para as duas grandes metrópoles nacionais ou ainda para o estrangeiro.

4.1.3.4. Tendências de crescimento: volume e características da população nas primeiras décadas do século XXI

Tendo em atenção as dinâmicas populacionais descritas e as principais implicações do ponto de vista da organização das infra-estruturas e das actividades no território importa, no quadro dos objectivos desta análise, tentar enquadrar as tendências de evolução no horizonte temporal das duas primeiras décadas do século XXI. Utilizou-se o método das componentes por coortes como metodologia de base para uma análise mais detalhada (por grupos de idades).

A análise dos resultados indica a diminuição da população no Município de Santiago do Cacém nas duas primeiras décadas do século XXI (Quadro 148). Com efeito, Santiago do Cacém terá menos 3580 habitantes em 2021 tendo por referência a população residente de 2001 (-11,51%). Este resultado deverá ser entendido no quadro da metodologia de projecção da população que considera apenas a dinâmica natural (nascimentos e óbitos).

232 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

Quadro 148 - População residente, sobreviventes e variação no Município de Santiago do Cacém entre 2001 e 2021.

2001-2006 2006-2011 2011-2016 2016-2021 2001-2021 Freguesias 2001* 2006 2011 2016 2021 Nº % Nº % Nº % Nº % Nº % Abela 1107 1063 1019 959 898 -44 -4,02 -44 -4,12 -60 -5,90 -60 -6,28 -209 -18,84 Alvalade 2315 2333 2332 2304 2252 18 0,76 -1 -0,04 -28 -1,19 -52 -2,25 -63 -2,72 Cercal 3882 3578 3287 3015 2767 -304 -7,83 -291 -8,13 -272 -8,28 -248 -8,21 -1115 -28,71 Ermidas-Sado 2206 2174 2129 2059 1972 -32 -1,43 -46 -2,11 -70 -3,28 -87 -4,24 -234 -10,63 Santa Cruz 500 509 504 485 457 9 1,84 -5 -0,93 -19 -3,80 -28 -5,79 -43 -8,56 Santiago do Cacém 7274 7105 6900 6662 6389 -169 -2,32 -206 -2,89 -238 -3,45 -273 -4,09 -885 -12,17 Santo André 10696 10694 10652 10530 10260 -2 -0,02 -42 -0,39 -122 -1,14 -270 -2,56 -436 -4,07 São Bartolomeu da Serra 455 465 469 457 437 10 2,28 3 0,72 -12 -2,57 -19 -4,26 -18 -3,91 São Domingos 1024 951 879 807 740 -73 -7,15 -72 -7,56 -72 -8,14 -67 -8,31 -284 -27,70 São Francisco da Serra 890 863 827 782 727 -27 -3,05 -36 -4,13 -46 -5,50 -54 -6,94 -163 -18,26 Vale de Água 756 741 720 680 624 -15 -1,94 -21 -2,87 -40 -5,61 -55 -8,13 -132 -17,41 Total 31105 30476 29717 28739 27525 -629 -2,02 -759 -2,49 -978 -3,29 -1213 -4,22 -3580 -11,51 (2001* – INE, Censos 2001)

Considerando os valores totais para o Município de Santiago do Cacém, uma primeira ideia a referir é o decréscimo populacional (-1388 habitantes em 2011 e de -978 indivíduos em 2016).

A análise por freguesia sublinha uma tendência de acréscimo de população residente nas Freguesias de Alvalade, Santa Cruz e São Bartolomeu da Serra (17, 4 e 14 indivíduos em 2011). As restantes freguesias perderão população, sendo que não existem diferenças a assinalar entre as freguesias mais populosas e as restantes. Efectivamente, a freguesia mais populosa (Santo André) terá uma perda de 44 habitantes em 2011, passando a população residente a ser de 10652 habitantes, e perderá 391 habitantes na década seguinte, para um total de 10260 habitantes em 2021.

As Freguesias de Cercal e São Domingos serão as freguesias que, no horizonte temporal de 2021, perderão mais habitantes (-1115 e -284 habitantes, correspondendo a -28,71% e -27,70% respectivamente). As Freguesias de São Bartolomeu da Serra e Alvalade registarão os decréscimos populacionais menos expressivos para o ano de 2021 (-18 e -63 indivíduos, correspondendo a -2,72% e - 3,91%).

Os valores de população residente em 2021 passarão a ser para estas freguesias de 437 e 2252 habitantes, respectivamente.

Se atendermos também à dinâmica migratória e apesar de nas próximas décadas se manter o saldo migratório registado na década de noventa do século XX (946 residentes), ainda assim a população do Município de Santiago do Cacém terá tendência a decrescer, em virtude do saldo migratório ser na maior parte das freguesias negativo (Quadro 149).

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 233 ALENTEJO LITORAL

O crescimento populacional nas duas primeiras décadas do actual século será de -1,42% e -7,15%, respectivamente (passando os residentes a ser 30663 e 28471 – em 2001 o valor era de 31105 indivíduos).

Quadro 149 – População residente, sobreviventes e variação no Município de Santiago do Cacém, com saldo migratório entre 2001 e 2021.

2001-2011 2011-2021 2001-2021 Freguesias 2001* 2011 2021 Nº % Nº % Nº % Abela 1107 1017 896 -90 -8,15 -120 -11,83 -211 -19,02 Alvalade 2315 2245 2165 -70 -3,04 -80 -3,55 -150 -6,48 Cercal 3882 3351 2831 -531 -13,68 -520 -15,51 -1051 -27,07 Ermidas-Sado 2206 1860 1703 -346 -15,70 -157 -8,45 -503 -22,82 Santa Cruz 500 528 481 28 5,70 -47 -8,94 -19 -3,76 Santiago do Cacém 7274 8627 8116 1353 18,60 -511 -5,92 842 11,58 Santo André 10696 10322 9930 -374 -3,50 -391 -3,79 -766 -7,16 São Bartolomeu da Serra 455 420 388 -35 -7,76 -31 -7,50 -67 -14,68 São Domingos 1024 353 214 -671 -65,53 -139 -39,28 -810 -79,07 São Francisco da Serra 890 869 769 -21 -2,34 -100 -11,47 -121 -13,54 Vale de Água 756 1072 976 316 41,81 -96 -8,93 220 29,15 Total 31105 30663 28471 -442 -1,42 -2192 -7,15 -2634 -8,47 (2001* – INE, Censos 2001)

As alterações registadas nas onze freguesias do Município de Santiago do Cacém, considerando a dimensão migratória, permitem distinguir o comportamento de Santa Cruz, Santiago do Cacém e Vale de Água com acréscimos de 28, 1353 e 316 residentes em 2011, correspondendo a 5,70%, 18,60% e 41,81%, respectivamente). As restantes freguesias evidenciam um cenário de perda populacional, mesmo considerando as migrações.

Para o período 2001-2021, as Freguesias de Santiago do Cacém e Vale de Água contarão um acréscimo de 842 e 220 residentes, correspondendo a 11,58% e 29,15%, respectivamente. Por outro lado, as Freguesias de São Domingos e Cercal perderão cerca de 79,07% e 27,07% da população residentes, correspondendo a uma diminuição de 810 e 1051 indivíduos.

Considerando apenas a dinâmica natural, estas últimas freguesias verão a sua população diminuir 27,70% (-284 indivíduos) e 28,71% (-1115 indivíduos), respectivamente. Este cenário evidencia a fraca capacidade de atracção que estas freguesias têm conhecido nas últimas décadas.

A consideração da dimensão dinâmica natural permite assim compreender uma parte da amplitude e complexidade das alterações demográficas. Mas, no contexto da reorganização da rede de equipamentos educativos é importante analisar os nascimentos projectados até 2021.

234 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

A consideração do comportamento desta variável é fundamental para que se possa perspectivar quais serão os volumes de população para os diferentes escalões de idades, mesmo não se considerando o efeito resultante da presença de populações imigrantes e a diferente taxa de fecundidade.

A evolução do número de sobreviventes por ano para as diferentes freguesias evidencia desde logo a quebra nos nascimentos projectados (Quadro 150). Para o Município de Santiago do Cacém projecta-se um decréscimo no número de nascimentos até ao ano de 2021. Projecta-se assim uma diminuição no número de nascimentos a partir de 2011, prevendo-se 237 nascimentos em 2011, e 186 nascimentos em 2021 (em 2001 ocorreram 209 nascimentos).

As taxas de natalidade passarão a apresentar em todas as freguesias valores entre os 4‰ a 10‰ em 2021, taxas ligeiramente inferiores às observadas em 2001, entre 2‰ e 14‰ (Quadro 151).

Quadro 150 – Nados-vivos no Município de Santiago do Cacém entre 2001 e 2021.

Freguesias 2001* 2006 2011 2016 2021 Abela 5 10 11 9 7 Alvalade 17 20 20 18 16 Cercal 20 21 21 20 18 Ermidas-Sado 10 15 15 12 11 Santa Cruz 7 4 3 3 2 Santiago do Cacém 70 68 65 58 50 Santo André 67 78 84 81 67 São Bartolomeu da Serra 5 4 4 4 4 São Domingos 3 6 7 7 7 São Francisco da Serra 4 4 3 3 3 Vale de Água 1 2 2 2 2 Total 209 233 237 218 186 (2001* – INE, Censos 2001)

Quadro 151 – Taxa de natalidade no Município de Santiago do Cacém entre 2001 e 2021 (‰). Freguesias 2001* 2006 2011 2016 2021 Abela 4,52 9,24 10,68 9,02 7,6 Alvalade 7,34 8,6 8,78 7,95 6,96 Cercal 5,15 5,87 6,35 6,6 6,37 Ermidas-Sado 4,53 6,78 6,91 6,03 5,41 Santa Cruz 14,00 8,59 6,91 5,2 4,76 Santiago do Cacém 9,62 9,62 9,49 8,77 7,82 Santo André 6,26 7,27 7,92 7,69 6,55 São Bartolomeu da Serra 10,99 9,17 9,41 9,64 8,55 São Domingos 2,93 6,62 7,71 8,63 9,07 São Francisco da Serra 4,49 4,19 4,08 4,06 3,96 Total 6,72 7,66 8,03 7,72 6,88 (2001* – INE, Censos 2001)

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 235 ALENTEJO LITORAL

No quadro da reorganização da rede de equipamentos educativos é fundamental analisar o comportamento da população que projectamos e que serão os potenciais utilizadores para os diferentes níveis de ensino (considerou-se a população dos grupos 0 a 4 anos – pré-escolar, 5 a 9 anos – 1º Ciclo, 10 a 14 anos – 2º e 3º Ciclos, 15 a 19 anos – Ensino Secundário e 20 a 24 anos – Ensino Superior).

O efeito da diminuição da fecundidade e da taxa de natalidade tem tradução na diminuição do número de indivíduos dos 0 a 4 anos no Município de Santiago do Cacém (Quadro 152). Na primeira década do actual século, o número de crianças em idade de frequentar o ensino pré-escolar será reduzido em 9 indivíduos, passando dos actuais 1182 para 1173 crianças. A análise por freguesia destaca o acréscimo que ocorrerá nas Freguesias de Santiago do Cacém, São Bartolomeu da Serra, Santa Cruz, Abela e Alvalade (de 1, 1, 3, 13 e 30 indivíduos, respectivamente).

Quadro 152 – População residente, sobreviventes e variação no grupo etário 0 a 4 anos no Município de Santiago do Cacém entre 2001 e 2021.

Freguesias 2001* 2006 2011 2016 2021 2001-2021 (Nº) 2001-2021 (%) Abela 41 49 54 43 34 -7 -16,7 Alvalade 72 100102 92 78 6 8,9 Cercal 124 105 104 99 88 -36 -28,9 Ermidas-Sado 80 72 71 60 52 -28 -35,3 Santa Cruz 14 22 17 13 11 -3 -22,3 Santiago do Cacém 313 327 314 280 239 -74 -23,5 Santo André 442 389 422 405 336 -106 -24,0 São Bartolomeu da Serra 21 21 22 22 19 -2 -11,0 São Domingos 35 31 34 35 34 -1 -4,1 São Francisco da Serra 22 18 17 16 14 -8 -34,5 Vale de Água 18 12 12 11 10 -8 -43,8 Total 1182 1152 1173 1087 924 -258 -21,8 (2001* – INE, Censos 2001)

Para a década seguinte projecta-se uma diminuição de 249 crianças no município. As freguesias mais populosas (Santo André e Santiago do Cacém) terão uma perda de 86 e 74 crianças, o que em termos relativos se traduzirá em perdas de -20,38% e -23,66%, respectivamente. Para o horizonte temporal 2001-2021 projectam-se diminuições no município de -258 crianças, correspondendo a -21,8%.

Nos escalões etários dos 5 a 9 anos e dos 10 a 14 anos e considerando a primeira década do século XXI, registam-se decréscimos de 79 e 384 jovens no município (Quadros 153 e 154). Destacam-se os comportamentos das Freguesias de Santo André e Cercal (-98 e -48 crianças dos 5 aos 9 anos e -224 e - 50 no grupo seguinte). Para o horizonte temporal 2001-2021 projectam-se decréscimos no município de 144 crianças no escalão dos 5 aos 9 anos, correspondendo a -11,7% e de -393 jovens no escalão dos 10 aos 14 anos, correspondendo a -25,2%

236 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

Quadro 153 – População residente, sobreviventes e variação no grupo etário 5 a 9 anos no Município de Santiago do Cacém entre 2001 e 2021. Freguesias 2001* 2006 2011 2016 2021 2001-2021 (Nº) 2001-2021 (%) Abela 37 41 49 54 43 6 16,9 Alvalade 98 72 100 102 92 -6 -6,6 Cercal 153 124 105 104 99 -54 -35,0 Ermidas-Sado 66 77 69 69 58 -8 -11,7 Santa Cruz 11 14 22 17 13 2 14,7 Santiago do Cacém 274 312 326 313 279 5 1,8 Santo André 487 442 389 422 405 -82 -16,8 São Bartolomeu da Serra 16 21 21 22 22 6 37,6 São Domingos 38 35 31 34 35 -3 -8,3 São Francisco da Serra 22 22 18 17 16 -6 -27,8 Vale de Água 26 18 12 12 11 -15 -56,3 Total 1228 1179 1149 1170 1084 -144 -11,7 (2001* – INE, Censos 2001)

Quadro 154 – População residente, sobreviventes e variação no grupo etário 10 a 14 anos no Município de Santiago do Cacém entre 2001 e 2021.

Freguesias 2001* 2006 2011 2016 2021 2001-2021 (Nº) 2001-2021 (%) Abela 40 37 41 49 54 14 36,0 Alvalade 101 98 72 100 102 1 1,4 Cercal 174 153 124 105 104 -70 -40,0 Ermidas-Sado 89 66 77 69 69 -20 -22,4 Santa Cruz 22 11 14 22 17 -5 -20,8 Santiago do Cacém 327 274 312 326 313 -14 -4,4 Santo André 666 487 442 389 422 -244 -36,6 São Bartolomeu da Serra 26 16 21 21 22 -4 -15,2 São Domingos 54 38 35 31 34 -20 -37,2 São Francisco da Serra 37 22 22 18 17 -20 -54,4 Vale de Água 27 26 18 12 12 -15 -55,8 Total 1563 1228 1179 1149 1170 -393 -25,2 (2001* – INE, Censos 2001)

Os sobreviventes no grupo etário dos 15 a 19 anos terão uma diminuição de 923 indivíduos entre 2001 e 2011 (Quadro 155). Entre 2001 e 2021 este escalão etário registará menos 1002 indivíduos. A análise por freguesia destaca para a primeira década deste século um decréscimo de 170 jovens na Freguesia de Santiago do Cacém e um decréscimo de 412 jovens na Freguesia de Santo André. As restantes freguesias perderão entre 8 jovens (Santa Cruz) e 87 jovens (Ermidas-Sado). A dinâmica natural dos anos noventa do século passado permite compreender a evolução negativa projectada para as restantes freguesias. Para o horizonte temporal 2001-2021 projecta-se um acréscimo de 3 indivíduos na Freguesia de Santa Cruz (correspondendo a 15,1%). As Freguesias de Vale de Água e São Francisco

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 237 ALENTEJO LITORAL

da Serra registarão maiores acréscimos para o período considerado (-32 e -28 indivíduos, correspondendo a -72,3% e -60,7%, respectivamente).

Quadro 155 – População residente, sobreviventes e variação no grupo etário 15 a 19 anos no Município de Santiago do Cacém entre 2001 e 2021.

Freguesias 2001* 2006 2011 2016 2021 2001-2021 (Nº) 2001-2021 (%) Abela 70 40 37 41 49 -21 -29,9 Alvalade 159 101 98 72 100 -59 -36,9 Cercal 226 174 153 124 105 -121 -53,5 Ermidas-Sado 153 89 66 77 69 -84 -54,8 Santa Cruz 19 22 11 14 22 3 15,1 Santiago do Cacém 444 327 274 312 326 -118 -26,5 Santo André 899 666 487 442 389 -510 -56,8 São Bartolomeu da Serra 29 26 16 21 21 -8 -26,4 São Domingos 62 54 38 35 31 -31 -49,2 São Francisco da Serra 46 37 22 22 18 -28 -60,7 Vale de Água 44 27 26 18 12,1923 -32 -72,3 Total 2151 1563 1228 1179 1149 -1002 -46,6 (2001* – INE, Censos 2001)

A consideração dos resultados para as idades de 20 a 24 anos reflecte igualmente esta dinâmica populacional (Quadro 156). Entre 2001 e 2011 haverá um decréscimo de indivíduos nestas idades (-755 jovens, correspondendo a -32,58%). Todas as freguesias registarão diminuições entre -2 indivíduos (Santa Cruz) e -264 indivíduos (Santo André). Para o horizonte temporal 2001-2021 o município perderá 1138 residentes com estas idades, correspondendo a -49,2%. As freguesias mais populosas (Santo André e Santiago do Cacém) perderão 228 e 487 indivíduos, correspondendo a um decréscimo de 52,5% e 42,2%, respectivamente.

Quadro 156 – População residente, sobreviventes e variação no grupo etário 20 a 24 anos no Município de Santiago do Cacém entre 2001 e 2021. Freguesias 2001* 2006 2011 2016 2021 2001-2021 (Nº) 2001-2021 (%) Abela 79 70 40 37 41 -38 -48,1 Alvalade 155 159 101 98 72 -83 -53,5 Cercal 252 226 174 153 124 -128 -50,8 Ermidas-Sado 160 153 89 66 77 -83 -51,6 Santa Cruz 24 19 22 11 14 -10 -41,7 Santiago do Cacém 540 444 327 274 312 -228 -42,2 Santo André 928 897 664 486 441 -487 -52,5 São Bartolomeu da Serra 31 29 26 16 21 -10 -32,3 São Domingos 61 62 54 38 35 -26 -42,6 São Francisco da Serra 48 46 37 22 22 -26 -54,2 Vale de Água 38 44 27 26 18 -20 -52,6 Total 2316 2149 1561 1227 1178 -1138 -49,2 (2001* – INE, Censos 2001)

238 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

Por último, esta evolução expressa, para o Município de Santiago do Cacém, um nítido fenómeno de envelhecimento da população com a continuação da perda de população no escalão jovem (0 a 14 anos) e um aumento, até meados da década de vinte do actual século, do número de idosos (Quadros 157 e 158), expressando os índices de envelhecimento esta evolução. Os resultados do índice de envelhecimento para o Município de Santiago do Cacém espelham um aumento deste índice a partir de 2001, atingindo o valor de 193,6% em 2011, 199,9% em 2016 e 220,7% em 2021, quando em 2001 o índice de envelhecimento era de 224,2%. Isto significa que para cada 100 jovens existirão duas vezes mais idosos em 2021.

Quadro 157 – População residente, sobreviventes e variação por escalão etário no Município de Santiago do Cacém entre 2001 e 2021.

Estrutura Etária 2001* 2006 2011 2016 2021 2001-2021 Nº 2001-2021 % 0 a 4 1182 1152 1173 1087 924 -258 -21,8 5 a 9 1228 1179 1149 1170 1084 -144 -11,7 10 a 14 1563 1228 1179 1149 1170 -393 -25,2 15 a 19 2151 1563 1228 1179 1149 -1002 -46,6 20 a 24 2316 2149 1561 1227 1178 -1138 -49,2 25 a 29 1811 2301 2135 1551 1219 -592 -32,7 30 a 34 1627 1801 2288 2123 1542 -85 -5,2 35 a 39 2079 1625 1799 2285 2120 41 2 40 a 44 2545 2062 1612 1783 2266 -279 -11 45 a 49 2382 2496 2023 1581 1748 -634 -26,6 50 a 54 2050 2321 2433 1972 1541 -509 -24,8 55 a 59 1884 1995 2259 2369 1921 37 1,9 60 a 64 2008 1810 1914 2168 2277 269 13,4 65 a 69 2040 1891 1705 1800 2039 -1 0 70 a 74 1698 1836 1703 1536 1618 -80 -4,7 75 a 79 1312 1406 1522 1413 1275 -37 -2,8 80 a 84 732 994 1062 1153 1073 341 46,6 85 e + 497 604 784 905 1009 512 103,1 Total 31105 30412 29528 28450 27151 -3954 -12,7 (2001* – INE, Censos 2001)

Quadro 158 – Índice de envelhecimento e estrutura da população no Município de Santiago do Cacém entre 2001 e 2021 (%). Indicadores 2001* 2006 2011 2016 2021 Índice de Envelhecimento - Homens 142,0 168,5 167,9 173,6 193,1 Índice de Envelhecimento - Mulheres 174,5 210,1 220,4 227,5 249,7 Índice de Envelhecimento - Total 158,0 189,1 193,6 199,9 220,7 População com idades entre 0 e 14 anos 12,8 11,7 11,9 12,0 11,7 População com idades entre 15 a 39 anos 32,1 31,0 30,5 29,4 26,5 População com idades entre 40 a 64 anos 34,9 35,1 34,7 34,7 35,9 População com idades entre 65 e + anos 20,2 22,1 22,9 23,9 25,8

(2001* – INE, Censos 2001)

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 239 ALENTEJO LITORAL

Um último comentário destaca os elevados índices de envelhecimento (Quadro 159) que as Freguesias de Vale de Água e São Francisco da Serra terão em 2021 (750,7% e 628,4%, respectivamente). As Freguesias de Abela e São Domingos apresentarão no ano de 2021 os índices de envelhecimentos mais baixos no contexto do município (168,1% e 183,0%, valores inferiores aos registados no ano de 2001: 230,7% e 263,6%).

Relativamente ao índice de dependência, as Freguesias de Cercal e Santo André apresentarão os valores mais reduzidos, sendo que a Freguesia de Santo André assumirá neste contexto o valor de 54,4% em 2021, quando em 2001 era de 35,9% (Quadro 160).

Quadro 159 – Índice de envelhecimento por freguesia no Município de Santiago do Cacém entre 2001 e 2021 (%).

Freguesias 2001* 2006 2011 2016 2021 Abela 263,6 251,0 208,5 174,7 168,1 Alvalade 201,1 238,5 256,4 249,4 284,3 Cercal 219,7 242,9 242,7 222,0 212,5 Ermidas-Sado 236,6 286,2 293,8 343,1 394,5 Santa Cruz 361,7 429,5 394,3 405,3 487,3 Santiago do Cacém 167,9 172,8 164,1 166,7 184,0 Santo André 77,0 110,5 134,9 165,8 210,6 São Bartolomeu da Serra 190,5 250,0 229,9 232,8 227,6 São Domingos 230,7 283,7 264,6 220,6 183,0 São Francisco da Serra 359,3 537,9 606,6 639,6 628,4 Vale de Água 336,6 486,1 652,7 767,0 750,7 Total 158,0 189,1 193,6 199,9 220,7 (2001* – INE, Censos 2001)

Quadro 160 – Índice de dependência por freguesia no Município de Santiago do Cacém entre 2001 e 2021 (%).

Freguesias 2001* 2006 2011 2016 2021 Abela 63,3 72,4 77,8 72,6 64,8 Alvalade 54,4 64,5 72,4 80,6 86,8 Cercal 59,1 57,8 53,3 49,3 49,2 Ermidas-Sado 55,9 61,8 67,6 74,6 81,5 Santa Cruz 76,7 95,1 109,3 117,6 110,8 Santiago do Cacém 50,8 54,0 57,3 58,2 58,6 Santo André 35,9 35,0 38,2 44,3 54,4 São Bartolomeu da Serra 67,3 78,2 82,9 91,0 88,7 São Domingos 69,5 72,9 71,3 66,1 64,2 São Francisco da Serra 71,8 84,8 94,6 92,5 89,4 Vale de Água 69,5 79,9 78,68 82,71 83,54 Total 49,2 51,1 53,4 56,0 60,1 (2001* – INE, Censos 2001)

A análise realizada permite apresentar uma síntese dos principais comportamentos detectados no Município de Santiago do Cacém.

240 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

No que se refere à evolução na última década do Município de Santiago do Cacém, regista-se um decréscimo da população em todas as freguesias, à excepção de Santiago do Cacém e Vale de Água, o qual resulta da dinâmica natural da população e da fraca capacidade de atracção deste município. Os valores do saldo migratório traduzem uma certa capacidade de atracção nas Freguesias de Cercal, Santa Cruz, Santiago do Cacém, São Francisco da Serra e Vale de Água.

O crescimento natural apresenta taxas de natalidade muito reduzidas (entre 2,00‰ e 14,00‰) e taxas de mortalidade relativamente elevadas, superiores aos valores da taxa de natalidade (entre 0,00‰ e 22,00‰), em linha com o observado na generalidade dos territórios portugueses. Esta evolução, tendo em atenção os efeitos da dinâmica natural e da mobilidade da população, deve ser perspectivada no quadro da demografia portuguesa das décadas mais recentes.

As tendências de futuro traduzem-se numa dinâmica natural caracterizada por uma diminuição dos nascimentos associada a taxas de fecundidade e de natalidade mais reduzidas. Para o horizonte temporal de 2001-2021 todas as freguesias do Município de Santiago do Cacém perderão população. A consideração dos saldos migratórios poderá compensar e inverter esta tendência nas Freguesias de Santiago do Cacém e Vale de Água.

Relativamente à distribuição da população residente no Município de Santiago do Cacém constata-se um dispositivo espacial essencialmente polarizado pelas Freguesias de Santo André e Santiago do Cacém, sendo que esta última regista um acréscimo populacional de cerca de 20% na última década.

Estamos, assim, em presença de um território marcado por contrastes físicos e em que as vantagens da posição não têm conseguido inverter a tendência de perda de população, que tem vindo a ocorrer desde meados do século passado. É neste sentido que as políticas a definir e as decisões a tomar devem ser perspectivadas tendo em atenção o contexto da análise realizada e as tendências detectadas.

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 241 ALENTEJO LITORAL

4.2. Análise da Rede e Sistema Educativo

4.2.1. Oferta e Procura Educativa

No Município de Santiago do Cacém a oferta educativa caracteriza-se pela existência de 56 estabelecimentos de ensino 15 que registam uma frequência de 3676 alunos (Quadro 161 e Figura 120).

A totalidade das freguesias apresenta, pelo menos um, equipamento educativo, destacando-se, no entanto, com o maior número de equipamentos as Freguesias de Santo André e Santiago do Cacém, com 18 e 11 estabelecimentos de ensino, respectivamente.

Em termos de distribuição da população escolar, destacam-se, com os valores mais elevados, as Freguesias de Santo André (1510) e Santiago do Cacém (1175). Com valores, ainda, significativos observam-se as Freguesias de Alvalade e Cercal do Alentejo, com 330 e 297 alunos, respectivamente.

Quadro 161 – Síntese da oferta e da procura educativa no Município de Santiago do Cacém no ano lectivo 2008/2009.

Educação Pré- Ensino 1º CEB 2º CEB 3º CEB Total Escolar Secundário

Freguesias Nº Nº de Nº de Nº de Nº de Nº de Nº Nº de Nº Nº de alunos Nº de alunos Nº de alunos Nº de alunos Nº de alunos Nº Nº de crianças estabelecimentos estabelecimentos estabelecimentos estabelecimentos estabelecimentos estabelecimentos

Abela 1 20 2 32 ------3 52 Alvalade 2 54 1 74 1 94 1 108 - - 5 330 Cercal do Alentejo 1 56 3 109 1 54 1 78 - - 6 297 Ermidas-Sado 2 60 1 50 ------3 110 Santa Cruz -- 1 40 ------1 40 Santiago do Cacém 4 118 3 270 1 192 2 277 1 318 11 1175 Santo André 7 305 6 404 2 201 2 333 1 267 17 1510 São Bartolomeu da Serra 1 14 1 15 ------2 29 São Domingos 1 12 2 39 ------3 51 São Francisco da Serra 1 21 2 27 ------3 48 Vale de Água 1 17 1 17 ------2 34 Total 21 677 23 1077 5 541 6 796 2 585 56 3676

15 Do total de 21 estabelecimentos de Educação Pré-escolar existentes no Município de Santiago do Cacém dois correspondem, na realidade, a EPEI’s, designadamente a EPEI São Bartolomeu da Serra (Freguesia de São Bartolomeu da Serra), a EPEI Roncão (Freguesia de São Francisco da Serra), pelo que nas Figuras 121 e 122 apenas se encontram representados 19 estabelecimentos de Educação Pré-escolar.

242 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

Figura 120 – Rede educativa do Município de Santiago do Cacém.

4.2.1.1. Educação Pré-escolar

No Município de Santiago do Cacém é possível observar que a oferta associada à Educação Pré- escolar é representada por 21 equipamentos 16 , os quais registam um total de 677 crianças inscritas (Quadro 162 e Figura 121).

A freguesia com o maior número de equipamentos é a Freguesia de Santo André, com sete estabelecimentos, seguindo-se a Freguesia de Santiago do Cacém, com quatro estabelecimentos. De referir que a Freguesia de Santa Cruz não apresenta qualquer equipamento afecto à Educação Pré- escolar.

Tal como seria expectável, no que respeita à população escolar destacam-se, claramente, as Freguesias de Santo André, com 305 crianças e Santiago do Cacém, com 118 crianças inscritas. Nas Freguesias de Ermidas-Sado, Cercal do Alentejo e Alvalade observa-se uma população escolar de 60, 56 e 54 crianças, respectivamente.

16 Tal como referido anteriormente, os estabelecimentos de ensino localizado nas Freguesia de São Bartolomeu da Serra e São Francisco da Serra corresponde, na realidade, EPEI’s, pelo que na Figura 122 apenas se encontram representados 19 estabelecimentos de Educação Pré-escolar.

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 243 ALENTEJO LITORAL

Importa, ainda, referir que do total de 21 estabelecimentos de Educação Pré-escolar existentes neste território municipal, seis integram a rede particular e, no ano lectivo 2008/2009, registaram uma frequência de 211 crianças.

Quadro 162 – Síntese da oferta e da procura na Educação Pré-escolar no Município de Santiago do Cacém, segundo a natureza jurídica, no ano lectivo 2008/2009.

Pública Particular Total

Freguesias Nº de de Nº Nº de de Nº Nº de de Nº Nº de crianças de Nº Nº de crianças de Nº Nº de crianças de Nº estabelecimentos estabelecimentos estabelecimentos Abela 1 20 - - 1 20 Alvalade 1 31 1 23 2 54 Cercal do Alentejo 1 56 - - 1 56 Ermidas-Sado 1 35 1 25 2 60 Santa Cruz ------Santiago do Cacém 3 78 1 40 4 118 Santo André 4 182 3 123 7 305 São Bartolomeu da Serra 1 14 - - 1 14 São Domingos 1 12 - - 1 12 São Francisco da Serra 1 21 - - 1 21 Vale de Água 1 17 - - 1 17 Total 15 466 6 211 21 677

Figura 121 – Rede educativa da Educação Pré-escolar no Município de Santiago do Cacém.

244 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

As Freguesias de Santo André (13), São Francisco da Serra (11) e Abela (10) são as que apresentam o maior número de crianças provenientes de outros sectores (Quadro 163). Na primeira freguesia referida a entrada de crianças de outros sectores associa-se à mobilidade por questões laborais. Por seu turno, é da Freguesia de Santiago do Cacém que se observa a saída do maior número de crianças, com um total de 39 crianças 17 . Importa, ainda, salientar a frequência de nove crianças residentes no Município de Santiago do Cacém noutros estabelecimentos de Educação Pré-escolar da Sub-região do Alentejo Litoral, o que se traduz num saldo negativo tendo em consideração a entrada de apenas duas crianças oriundas de outros territórios municipais.

No que se refere à dinâmica da população escolar verifica-se que, no ano lectivo 2008/2009, são 677 as crianças inscritas na Educação Pré-escolar no Município de Santiago do Cacém, número inferior aos 721 nascimentos observados no período correspondente à frequência, o que poderá ser explicado pelo carácter opcional deste nível de ensino (Quadro 164).

Tendo em linha de conta apenas os nascimentos, perspectiva-se no Município de Santiago do Cacém a frequência de 700 e 691 crianças nos anos lectivos 2009/2010 e 2010/2011, respectivamente.

Quadro 163 – Dinâmica da população escolar na Educação Pré-escolar no Município de Santiago do Cacém no ano lectivo 2008/2009

População Entrada de crianças Saída de crianças Freguesias escolar Outras Outros Outras Outros Total Total 2008/2009 freguesias municípios freguesias município s Abela 20 10 0 10 0 0 0 Alvalade 54 0 0 0 0 1 1 Cercal do Alentejo 56 0 0 0 2 2 4 Ermidas-Sado 60 2 0 2 0 2 2 Santa Cruz - - - - 5 0 5 Santiago do Cacém 118 8 0 8 39 0 39 Santo André 305 12 1 13 0 3 3 São Bartolomeu da Serra 14 8 0 8 0 0 0 São Domingos 12 0 0 0 0 0 0 São Francisco da Serra 21 10 1 11 5 1 6 Vale de Água 17 1 0 1 0 0 0 Total 677 51 2 53 51 9 60

17 Na análise da dinâmica da população escolar na Educação Pré-escolar no Município de Santiago do Cacém não se encontra considerado o JI Associação Apoio, Desenvolvimento Integrado de Ermidas do Sado, o JI O Golfinho e o Centro Infantil do Instituto Jean Piaget, uma vez que estas instituições não cederam a informação referente aos lugares de residência das crianças inscritas no ano lectivo em estudo.

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 245 ALENTEJO LITORAL

Quadro 164 – População escolar potencial na Educação Pré-escolar no Município de Santiago do Cacém entre os anos lectivos 2008/2009 e 2010/2011. População escolar Agrupamentos de Freguesias Real Potencial Escolas 2008/2009 2008/2009 2009/2010 2010/2011 Alvalade 31 43 48 41 Ermidas-Sado 35 52 48 40 Alvalade do Sado São Domingos 12 14 10 13 Vale de Água 17 9 12 14 Sub-total 95 118 118 108 Cercal 56 59 52 50 Cercal do Alentejo Sub-total 56 59 52 50 Abela 20 19 19 18 Santa Cruz 10 8 8 Santiago do Cacém 78 230 215 206 Santiago do Cacém São Bartolomeu da Serra 14 9 9 6 São Francisco da Serra 21 17 13 12 Sub-total 133 285 264 250 Santo André 182 259 266 283 Santo André Sub-total 182 259 266 283 Total 466 721 700 691 Alvalade 23 --- Ermidas-Sado 25 --- Escolas Não Agrupadas Santiago do Cacém 40 --- Santo André 123 --- Sub-total 211 - - - Total 677 721 700 691

4.2.1.2. 1º Ciclo do Ensino Básico

A oferta educativa do 1º CEB é composta por 23 estabelecimentos da rede pública que apresentam uma população escolar de 1077 alunos (Quadro 165 e Figura 122). As Freguesias de Santo André, com seis equipamentos, Santiago do Cacém e Cercal do Alentejo, com três equipamentos, cada, destacam-se por apresentarem o maior número de estabelecimentos afectos ao 1º CEB.

Já no que diz respeito à população escolar salientam-se, novamente, as Freguesias de Santo André (404), Santiago do Cacém (270) e Cercal do Alentejo (109), enquanto que os menores quantitativos escolares registam-se nas Freguesias de Vale de Água (17) e São Bartolomeu da Serra (15).

246 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

Quadro 165 – Síntese da oferta e da procura educativa do 1º CEB no Município de Santiago do Cacém, segundo a natureza jurídica, no ano lectivo 2008/2009. Pública Freguesias Nº de estabelecimentos Nº de alunos Abela 2 32 Alvalade 1 74 Cercal do Alentejo 3 109 Ermidas-Sado 1 50 Santa Cruz 1 40 Santiago do Cacém 3 270 Santo André 6 404 São Bartolomeu da Serra 1 15 São Domingos 2 39 São Francisco da Serra 2 27 Vale de Água 1 17 Total 23 1077

Figura 122 – Rede educativa do 1º CEB no Município de Santiago do Cacém.

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 247 ALENTEJO LITORAL

De referir, ainda, que se registaram sete alunos residentes no Município de Santiago do Cacém a frequentar o 1º CEB noutros Municípios da Sub-região do Alentejo Litoral (Quadro 166). Em sentido contrário, observa-se a frequência de cinco crianças residentes noutros Municípios nos 23 estabelecimentos de 1º CEB existentes no Município de Santiago do Cacém.

No que respeita à mobilidade intra-municipal, verifica-se que são as Freguesias de Santa Cruz (32), Santo André (21), Santiago do Cacém (17), São Francisco da Serra (17) e Cercal do Alentejo (13), as que registam a frequência do maior número de alunos provenientes de outras freguesias do Município. Já no que concerne às saídas destaca-se, claramente, a Freguesia de Santiago do Cacém, com 79 alunos a optarem por frequentar o 1º CEB nos equipamentos educativos de outras freguesias do território municipal, particularmente os estabelecimentos localizados na Freguesia de Santo André.

Quadro 166 – Dinâmica da população escolar no 1º CEB no Município de Santiago do Cacém no ano lectivo 2008/2009.

População Entrada de alunos Saída de alunos Nascimentos Freguesias escolar Outras Outros Outras Outros 1999-2002 Total Total 2008/2009 freguesias municípios freguesias municípios Abela 32 33 3 0 3 7 0 7 Alvalade 74 66 1 0 1 2 0 2 Cercal do Alentejo 109 79 13 0 13 1 0 1 Ermidas-Sado 50 51 3 0 3 0 0 0 Santa Cruz 40 21 32 0 32 3 0 3 Santiago do Cacém 270 278 17 0 17 79 2 81 Santo André 404 316 21 4 25 11 4 15 São Bartolomeu da Serra 15 13 8 0 8 3 1 4 São Domingos 39 29 2 0 2 1 0 1 São Francisco da Serra 27 13 17 1 18 5 0 5 Vale de Água 17 10 1 0 1 6 0 6 Total 1077 909 118 5 123 118 7 125

No que diz respeito às previsões da população escolar no Município de Santiago do Cacém observa- se um aumento do número de alunos no 1º CEB entre os anos lectivos 2008/2009 e 2013/2014, com a passagem de 909 a 933 alunos, o que, caso se verifique, representa um incremento de 2,64% (Figura 123). De referir que os valores previstos para os próximos anos lectivos poderão estar um pouco acima dos estimados, considerando que a população escolar efectiva do ano lectivo 2008/2009 (1077) é superior aos nascimentos registados no período correspondente à frequência (909).

248 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

1250

1000

750 Nº 500

250

0 2008/2009 2009/2010 2010/2011 2011/2012 2012/2013 2013/2014 Potencial Real

Figura 123 – População escolar potencial no 1º CEB no Município de Santiago do Cacém entre os anos lectivos 2008/2009 e 2013/2014.

No Agrupamento de Escolas de Alvalade do Sado as projecções apontam para uma ligeira diminuição da população escolar afecta ao 1º CEB entre os anos lectivos 2008/2009 e 2013/2014, com a passagem de 156 a 148 alunos, isto tendo em linha de conta unicamente os nascimentos (Figura 124).

250

200

150 Nº 100

50

0 2008/2009 2009/2010 2010/2011 2011/2012 2012/2013 2013/2014 Potencial Real

Figura 124 – População escolar potencial no 1º CEB no Agrupamento de Escolas de Alvalade do Sado entre os anos lectivos 2008/2009 e 2013/2014.

Já no que diz respeito ao Agrupamento de Escolas de Cercal do Alentejo poderá verificar-se, também, um ligeiro decréscimo dos quantitativos escolares, com a passagem de 79 a 72 alunos potenciais, isto entre os anos lectivos 2008/2009 e 2013/2014 (Figura 125). É de referir que esta diminuição poderá não corresponder ao previsto, tendo em consideração a dinâmica escolar positiva registada no ano lectivo 2008/2009, no qual eram esperados 79 alunos e foram 109 os alunos matriculados.

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 249 ALENTEJO LITORAL

150

120

Nº 90 60

30

0 2008/2009 2009/2010 2010/2011 2011/2012 2012/2013 2013/2014 Potencial Real

Figura 125 – População escolar potencial no 1º CEB no Agrupamento de Escolas de Cercal do Alentejo entre os anos lectivos 2008/2009 e 2013/2014.

Relativamente ao Agrupamento de Escolas de Santiago do Cacém encontra-se previsto, uma vez mais, uma redução da população escolar (-3,35%), que se deverá traduzir na passagem dos 358 aos 346 alunos, entre os anos lectivos 2008/2009 e 2013/2014 (Figura 126).

500

400

300 Nº 200

100

0 2008/2009 2009/2010 2010/2011 2011/2012 2012/2013 2013/2014 Potencial Real

Figura 126 – População escolar potencial no 1º CEB no Agrupamento de Escolas de Santiago do Cacém entre os anos lectivos 2008/2009 e 2013/2014.

Ao contrário do previsto para os restantes Agrupamento de Escolas, no Agrupamento de Escolas de Santo André espera-se um aumento da população escolar a frequentar o 1º CEB, com a passagem dos 358 alunos, no ano lectivo 2008/2009, para os 367 alunos, no ano lectivo 2013/20114, o que corresponde a um incremento de 16,14% (Figura 127). Todavia, os valores referidos poderão ser superiores aos estimados, considerando que o número de alunos matriculados no ano lectivo 2008/2009 foi superior ao número de nascimentos registados nos anos correspondentes à frequência.

250 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

500

400

Nº 300

200

100

0 2008/2009 2009/2010 2010/2011 2011/2012 2012/2013 2013/2014 Potencial Real

Figura 127 – População escolar potencial no 1º CEB no Agrupamento de Escolas de Santo André entre os anos lectivos 2008/2009 e 2013/2014.

As Freguesias de Santo André e Santiago do Cacém registam o maior número de nascimentos do Município, com 367 e 285 crianças, respectivamente, no período correspondente à frequência do ano lectivo 2013/2014. A totalidade das freguesias do Município de Santiago do Cacém apresenta um número inferior a 75 crianças, sendo de salientar que as Freguesias de Vale de Água, Santa Cruz e São Bartolomeu da Serra registam valores inferiores a 20 crianças, o que poderá colocar em causa a manutenção de alguns equipamentos educativos (Figura 128).

Figura 128 – Projecção da população escolar do 1º CEB no Município de Santiago do Cacém, no ano lectivo 2013/2014.

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 251 ALENTEJO LITORAL

4.2.1.3. 2º e 3º Ciclos do Ensino Básico

Os 2º e 3º CEB no Município de Santiago do Cacém são assegurados por seis estabelecimentos de ensino da rede pública, dos quais dois oferecem o 3º CEB, em simultâneo, com o Ensino Secundário (Quadro 167 e Figura 129). A totalidade dos estabelecimentos apresenta uma população escolar de 1337 alunos, sendo que 541 encontram-se afectos ao 2º CEB e 796 ao 3º CEB.

Quadro 167 – Síntese da oferta e da procura educativa dos 2º e 3º CEB no Município de Santiago do Cacém, segundo a natureza jurídica, no ano lectivo 2008/2009.

Número de alunos Freguesias Agrupamentos de Escolas Estabelecimentos de ensino Pública 2º CEB 3º CEB 2º e 3º CEB Alvalade Alvalade do Sado EB2,3 Alvalade do Sado 94 108 202 Cercal do Alentejo Cercal do Alentejo EB2,3 Cercal 54 78 132 Santiago do Cacém EB2,3 Frei André da Veiga 192 119 311 Santiago do Cacém - ES/3 Manuel da Fonseca - 158 158 Santo André EB2,3 Santo André 201 101 302 Santo André - ES/3 Padre António Macedo - 232 232 Total 541 796 1337

Figura 129 – Rede educativa dos 2 e 3º CEB e Ensino Secundário no Município de Santiago do Cacém.

252 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

Os seis estabelecimentos de ensino onde se leccionam os 2º e 3º CEB apresentam uma capacidade de atracção bastante reduzida, que se traduz, em termos globais, pela frequência de apenas 19 alunos residentes noutros Municípios (Quadro 168). Em sentido contrário, observa-se a saída de 11 alunos residentes no Município de Santiago do Cacém para frequentar estes dois níveis de ensino noutros equipamentos da Sub-região do Alentejo Litoral.

Dos seis estabelecimentos de ensino é a EB2,3 Frei André da Veiga que integra o número mais elevado de alunos provenientes de fora da sua área de influência, com 31 alunos, dos quais três residem no Município de Sines (Figura 130). Segue-se a EB2,3 Santo André com a matrícula de 15 alunos residentes no Município vizinho de Grândola, não se observando a frequência de alunos provenientes da área de influência de outros estabelecimentos de ensino do Município (Figura 131).

Por seu turno, os alunos a frequentar a EB2,3 Alvalade do Sado residem, na sua esmagadora maioria, na sua área de influência, observando-se apenas a matricula de seis alunos residentes na Freguesia de Santiago do Cacém. Já na EB2,3 Cercal a totalidade da população escolar reside na sua respectiva área de influência, o que evidencia uma fraca capacidade de atracção (Figuras 132 e 133).

Já no 3º CEB da ES/3 Manuel da Fonseca encontra-se apenas um aluno proveniente do Município de Grândola, residindo os restantes 157 alunos nas diferentes freguesias que integram o Município de Santiago do Cacém (Figura 134). Por último, na ES/3 Padre António Macedo a totalidade da população escolar reside no próprio Município, o que reflecte uma procura de cariz marcadamente municipal (Figura 135).

Quadro 168 – Dinâmica da população escolar nos 2º e 3º CEB no Município de Santiago do Cacém no ano lectivo 2008/2009.

População Entrada de alunos Saída de alunos Nascimentos escolar Outras Outros Outras Outros 1994-1998 Total Total 2008/2009 freguesias município freguesias município Estabelecimentos de ensino 2º CEB 2º CEB 3º CEB 2º CEB 3º CEB 2º CEB 3º CEB 2º CEB 3º CEB 2º CEB 3º CEB 2º CEB 3º CEB 2º CEB 3º CEB 2º CEB 3º 2º e 3º CEB e 3º 2º CEB e 3º 2º CEB e 3º 2º CEB e 3º 2º CEB e 3º 2º CEB e 3º 2º CEB e 3º 2º CEB e 3º 2º EB2,3 Alvalade do Sado 94108 202 75140 215 2 4 6 0 0 0 2 4 6 8 4 120 0 0 8 4 12 EB2,3 Cercal 54781324884 132 0 0 0 0 0 00 0 0 0 22 0 77 0 99 EB2,3 Frei André da Veiga 192119 311 163215 378 14 14 28 1 2 3 15 16 31 2 8 10 1 1 2 3 9 12 EB2,3 Santo André 201101 302 164222 386 0 0 0 10 5 1510 5 15 6 4 10 1 1 2 7 5 12 ES/3 Manuel da Fonseca -158158- - - -0 0 -11-11 ------ES/3 Padre António Macedo -232232- - - -0 0 -00-00 ------Total 541796 1337 450661 1111 16 18 34 11 8 19 27 26 53 16 18 34 2 9 11 18 27 45

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 253 ALENTEJO LITORAL

Figura 130 – Residência dos alunos da EB2,3 Frei André da Veiga.

Figura 131 – Residência dos alunos da EB2,3 Santo André.

254 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

Figura 132 – Residência dos alunos da EB2,3 Alvalade do Sado.

Figura 133 – Residência dos alunos da EB2,3 Cercal.

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 255 ALENTEJO LITORAL

Figura 134 – Residência dos alunos do 3º CEB da ES/3 Manuela da Fonseca.

Figura 135 – Residência dos alunos do 3º CEB da ES/3 Padre António Macedo.

256 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

Considerando unicamente os nascimentos registados no Município prevê-se um aumento da população escolar potencial (Figura 136), com a passagem dos 1111 alunos, no ano lectivo 2008/2009 para os 1142 alunos, no ano lectivo 2013/2014, dinâmica que se deverá manter até ao ano lectivo 2017/2018, com a possível matrícula de 1166 alunos (446 no 2º CEB e 721 no 3º CEB). Esta dinâmica positiva deverá observar-se tanto no 2º CEB, em que se prevê a passagem de 450 a 470 alunos, bem como no 3º CEB, em que se espera a passagem dos 661 para os 672 alunos, isto no período compreendido entre os anos lectivos 2008/2009 e 2013/2014.

Contudo, será de referir que o número de alunos efectivamente matriculados nos 2º e 3º CEB é superior aos nascimentos observados no período correspondente à frequência do ano lectivo 2008/2009, o que poderá indicar a presença de um número significativo de alunos residentes, mas que, no entanto, não foram registados neste território municipal. Deste modo, os valores previstos em função dos nascimentos devem ser assumidos em termos de indicadores de crescimento e não como valores reais.

1500

1200

900 Nº 600

300

0 2008/2009 2010/2011 2012/2013 2014/2015 2016/2017 Potencial 2º CEB Potencial 3º CEB Potencial 2º e 3º CEB Real 2º e 3º CEB

Figura 136 – População escolar potencial nos 2º e 3º CEB no Município de Santiago do Cacém entre os anos lectivos 2008/2009 e 2017/2018.

No que diz respeito ao Agrupamento de Escolas de Santiago do Cacém as projecções apontam para um incremento da população escolar potencial, entre os anos lectivos 2008/2009 e 2013/2014, com a passagem dos 378 aos 443 alunos, o que representa um crescimento de 17,2% (Figura 137). De salientar que no ano lectivo 2017/2018 encontra-se prevista a frequência de 431 alunos. De salientar que este crescimento dificilmente se deverá observar, uma vez que na área de influência deste Agrupamento de Escolas encontra-se em funcionamento uma ES/3, a qual tem vindo a provocar alterações no número de alunos previsto para este Agrupamento de Escolas.

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 257 ALENTEJO LITORAL

A análise do 2º CEB confirma a tendência de acréscimo entre os anos lectivos 2008/2009 e 2013/2014, com a passagem de 163 a 179 alunos, sendo que no ano lectivo 2017/2018 espera-se a matrícula de 146 alunos. Já no 3º CEB, espera-se a passagem de 215 a 264 alunos, entre os anos lectivos 2008/2009 e 2013/2014, e para os 285 alunos no ano lectivo 2017/2018.

500

400

300 Nº 200

100

0 2008/2009 2010/2011 2012/2013 2014/2015 2016/2017 Potencial 2º CEB Potencial 3º CEB Potencial 2º e 3º CEB Real 2º e 3º CEB

Figura 137 – População escolar potencial nos 2º e 3º CEB no Agrupamento de Escolas de Santiago do Cacém entre os anos lectivos 2008/2009 e 2017/2018.

Finalmente, no Agrupamento de Escolas de Santo André poderá observar-se um acréscimo da população escolar, passando de 386 a 397 alunos entre os anos lectivos 2008/2009 e 2013/2014. A previsão aponta, ainda, para a matrícula de 448 alunos no ano lectivo 2017/2018, o que confirma a tendência de incremento do número de alunos afectos aos 2º e 3º CEB (Figura 138). Importa referir que no ano lectivo 2008/2009 verifica-se que a população escolar real (302) e inferior à potencial (386), o que se justifica pela presença na área de influência deste Agrupamento de Escolas de uma ES/3, optando alguns alunos por iniciarem o 3º CEB já neste equipamento educativo.

Já a população potencial afecta ao 2º CEB caracteriza por um decréscimo entre os anos lectivos 2008/2009 e 2013/2014, passando de 164 a 154 alunos, enquanto que no ano lectivo 2017/2018 poderá observar-se a matrícula de 189 alunos. No 3º CEB deverá ocorrer a passagem de 222 alunos, no ano lectivo 2008/2009, para os 243 alunos, no ano lectivo 2013/2014 e, ainda, para os 259 alunos no ano lectivo 2017/2018.

No Agrupamento de Escolas de Alvalade do Sado, que se caracteriza por uma fidelização dos alunos nascidos e residentes ao estabelecimento de ensino da sua área de residência, apesar de algumas oscilações, encontra-se previsto uma redução dos efectivos escolares, com a passagem dos 215 para os 199 alunos entre os anos lectivos 2008/2009 e 2013/2014, sendo de referir que, no ano lectivo 2017/2018, se prevê a matrícula de 191 alunos (Figura 139).

258 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

Numa análise individual, verifica-se que no 2º CEB poderá assistir-se a um incremento da população escolar, passando de 75 a 92 alunos, enquanto que no 3º CEB, poderá assistir-se a uma redução do número de alunos, com a passagem dos 140 aos 107 alunos, isto entre os anos lectivos 2008/2009 e 2013/2014. Importa, ainda, salientar que, no ano lectivo 2017/2018, se encontra previsto a frequência de 73 alunos no 2º CEB e de 118 no 3º CEB.

500

400

300 Nº 200

100

0 2008/2009 2010/2011 2012/2013 2014/2015 2016/2017 Potencial 2º CEB Potencial 3º CEB Potencial 2º e 3º CEB Real 2º e 3º CEB

Figura 138 – População escolar potencial nos 2º e 3º CEB no Agrupamento de Escolas de Santo André entre os anos lectivos 2008/2009 e 2017/2018. 250

200

150 Nº 100

50

0 2008/2009 2010/2011 2012/2013 2014/2015 2016/2017 Potencial 2º CEB Potencial 3º CEB Potencial 2º e 3º CEB Real 2º e 3º CEB

Figura 139 – População escolar potencial nos 2º e 3º CEB no Agrupamento de Escolas de Alvalade do Sado entre os anos lectivos 2008/2009 e 2017/2018.

Considerando a elevada fidelização das crianças nascidas, no Agrupamento de Escolas de Cercal do Alentejo deverá observar uma redução dos efectivos escolares entre os anos lectivos 2008/2009 e 2013/2014, passando de 132 a 103 alunos, dinâmica que se deverá prolongar até ao ano lectivo 2017/2018, com a possível matrícula de 96 alunos (Figura 140). Assim, no 2º CEB a previsão aponta para a passagem dos 48 aos 45 alunos, entre os anos lectivos 2008/2009 e 2013/2014, prevendo-se, ainda, a matrícula de 37 alunos no ano lectivo 2017/2018. No 3º CEB prevê-se um decréscimo da população escolar prevista, passando de 84 a 58 alunos, no mesmo período, sendo que no ano lectivo 2017/2018 estima-se a matrícula de 59 alunos.

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 259 ALENTEJO LITORAL

150

120

90 Nº 60

30

0 2008/2009 2010/2011 2012/2013 2014/2015 2016/2017 Potencial 2º CEB Potencial 3º CEB Potencial 2º e 3º CEB Real 2º e 3º CEB

Figura 140 – População escolar potencial nos 2º e 3º CEB no Agrupamento de Escolas de Cercal do Alentejo entre os anos lectivos 2008/2009 e 2017/2018.

Em relação à população escolar potencial do ano lectivo 2013/2014 constata-se que as Freguesias de Santo André, Santiago do Cacém e Cercal do Alentejo são as que apresentam os valores de nascimentos mais significativos, com 397, 347 e 103 crianças nascidas (Figura 141). Por seu turno, são as Freguesias de Vale de Água e São Bartolomeu da Serra, as que apresentam o número mais reduzido de crianças inscritas, com um total de 16 e 14 crianças, respectivamente.

Figura 141 – Projecção da população escolar dos 2º e 3º CEB no Município de Alcácer de Sal, no ano lectivo 2013/2014.

260 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

4.2.1.4. Ensino Secundário

O Ensino Secundário encontra-se representado por dois equipamentos da rede pública, designadamente a ES/3 Manuel da Fonseca, com uma população escolar de 318 alunos e a ES/3 Padre António Macedo, que apresenta uma frequência de 267 alunos (Quadro 169 e vide Figura 129).

Quadro 169 – Síntese da oferta e da procura educativa do Ensino Secundário no Município de Santiago do Cacém, segundo a natureza jurídica, no ano lectivo 2008/2009. Pública Freguesias Nº de estabelecimentos Nº de alunos Santiago do Cacém 1 318 Santo André 1 267 Total 2 585

No ano lectivo 2008/2009 regista-se a saída de um número bastante significativo de alunos residentes no Município de Santiago do Cacém para frequentar o Ensino Secundário noutros Municípios do Alentejo Litoral, mais concretamente 64 alunos (Quadro 170).

Quadro 170 – Dinâmica da população escolar no Ensino Secundário no Município de Santiago do Cacém no ano lectivo 2008/2009. População escolar Nascimentos Estabelecimentos de ensino Entrada de alunos Saída de alunos 2008/2009 1991-1993 ES/3 Manuel da Fonseca 318 16 762 64 ES/3 Padre António Macedo 267 5 Total 585 762 21 64

Em simultâneo, observa-se a entrada de 21 alunos provenientes de outros Municípios, dos quais 16 encontram-se a frequentar a ES/3 Manuel da Fonseca e cinco na ES/3 Padre António Macedo (Figuras 142 e 143).

Como facilmente se justifica pela não obrigatoriedade do Ensino Secundário, no ano lectivo 2008/2009 regista-se uma diferença bastante elevada entre a população escolar potencial (762) e a população escolar real (585). Não obstante, entre os anos lectivos 2008/2009 e 2013/2014 perspectiva-se uma diminuição potenciais jovens, com a passagem dos 762 aos 677 alunos, o que traduz uma redução de -11,15%, enquanto que no ano lectivo 2017/2018 se prevê a matrícula de um potencial de 679 jovens (Figura 144).

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 261 ALENTEJO LITORAL

Figura 142 – Residência dos alunos do Ensino Secundário da ES/3 Manuel da Fonseca.

Figura 143 – Residência dos alunos do Ensino Secundário da ES/3 Padre António Macedo.

262 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

1000

800

600 Nº 400

200

0 2008/2009 2010/2011 2012/2013 2014/2015 2016/2017 Potencial Real

Figura 144 – População escolar potencial no Ensino Secundário no Município de Santiago do Cacém entre os anos lectivos 2008/2009 e 2017/2018.

Em relação à projecção da população escolar afecta ao Ensino Secundário para o ano lectivo 2013/2014, verifica-se que, mais uma vez, as Freguesias de Santo André e Santiago do Cacém apresentam valores mais significativos (superiores a 190 crianças nascidas), enquanto que nas restantes freguesias observa-se um número de nascimentos bastante mais reduzido, mais concretamente inferior a 75 crianças (Figura 145).

Figura 145 – Projecção da população escolar do Ensino Secundário no Município de Santiago do Cacém, no ano lectivo 2013/2014.

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 263 ALENTEJO LITORAL

4.2.2. Reorganização da Rede Educativa

O território municipal de Santiago do Cacém desenvolve-se em termos estruturais em duas unidades, nomeadamente o Maciço Hespérico e a Bacia Sedimentar do Tejo-Sado. Deste modo, as classes de declives mais acentuados são relativos ao alinhamento montanhoso de todo o sector central do Município, enquanto que os declives mais suaves correspondem aos sectores da plataforma litoral, a Oeste e à bacia do Sado, a Este.

Em termos demográficos importa ainda salientar a diminuição de população residente (-1,18%) observado entre os anos de 1991 e 2001, sendo que nove das 11 freguesias que constituem este território acompanharam a dinâmica negativa global. Deste modo, destacam-se pela positiva as Freguesias de Santiago do Cacém e Vale de Água por apresentarem um crescimento populacional no último período intercensitário.

Embora o aumento populacional não se tenha registado no último período intercensitário no Município de Santiago do Cacém observou-se, na década de oitenta, um acréscimo populacional bastante significativo (quase 5000 habitantes entre 1981 e 1991) da Freguesia de Santo André, o que se justifica pelo crescimento industrial associado à exploração do Porto de Sines, verificando-se, deste modo, a criação de um nova centralidade neste território municipal. Este facto explica que a Freguesia de Santo André seja a freguesia do Município de Santiago do Cacém com o maior número de habitantes em 2001, mais concretamente 10696, enquanto que a Freguesia de Santiago do Cacém regista um total de 7274 habitantes. Este facto tem-se vindo a reflectir, em termos da dinâmica da população escolar, num número de alunos matriculados bastante superior ao número de alunos previstos com base nos nascimentos, em especial nos níveis de ensino correspondentes à escolaridade obrigatória.

Ao nível da Educação Pré-escolar no Município de Santiago do Cacém observa-se uma diferença de 44 crianças entre os nascimentos registados no período correspondente e a frequência efectivamente observada no ano lectivo 2008/2009, na medida em que registaram-se 721 crianças nascidas, sendo apenas 677 as crianças a frequentar este nível de ensino (Quadro 171). Não obstante, em função dos nascimentos é possível esperar-se a frequência de 691 crianças, o que representa um decréscimo comparativamente as 721 crianças previstas no ano lectivo 2008/2009.

264 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

Quadro 171 – Previsão e dinâmica da população escolar no Município de Santiago do Cacém. População Escolar JI 1º CEB 2º CEB 3º CEB Ensino Secundário

2008/2009 2008/2009 2008/2009 2008/2009 2008/2009 2010/2011 2013/2014 2013/2014 2013/2014 2013/2014

Território Educativo Nascimentos Nascimentos Nascimentos Nascimentos Nascimentos População Escolar População Escolar População Escolar População Escolar População Escolar População Escolar População Escolar População Escolar População Escolar População Escolar População

Alvalade do Sado 118 143 108 156 180 148 75 94 92 140 108 107 Cercal do Alentejo 59 56 50 79 109 72 48 54 45 84 78 58 762 585 677 Santiago do Cacém 285 173 250 358 384 346 163 192 179 215 119 264 Santo André 259 305 283 316 404 367 164 201 154 222 101 243 Total 721 677 691 909 1077 933 450 541 470 661 406 672 762 585 677

No Território Educativo de Santiago do Cacém observa-se uma diferença bastante significativa (112) entre a população escolar potencial (285) e a população escolar real (173) no ano lectivo 2008/2009. Este facto deve ser tido em consideração no número de salas previstas para o ano lectivo 2010/2011, na medida em que a projecção apontava para a possível frequência de 250 crianças.

Já no Território Educativo de Santa André, perspectiva-se a frequência, no ano lectivo 2010/2011, de 283 crianças, valor que corresponde a mais 24 crianças em relação à frequência calculada para o ano lectivo 2008/2009 (259 crianças). Já neste ano lectivo encontram-se 305 crianças a frequentar a Educação Pré-escolar, total superior ao número de crianças previsto com base nos nascimentos.

Uma análise mais pormenorizada revela que no Território Educativo de Alvalade do Sado poderá assistir-se a um ligeiro decréscimo do número de crianças afectas à Educação Pré-escolar, com a passagem dos 118 aos 108 nascimentos, entre os anos lectivos 2008/2009 e 2010/2011. Todavia, no ano lectivo são 143 as crianças efectivamente matriculadas, o que representa uma diferença de 25 crianças em relação à população escolar potencial.

Em relação ao Território Educativo de Cercal do Alentejo, a projecção efectuada aponta para uma ligeira redução dos quantitativos escolares, com a passagem das 59 às 50 crianças entre os anos lectivos 2008/2009 e 2010/2011, embora se observe que, no ano lectivo 2008/2009, sejam 56 as crianças inscritas na Educação Pré-escolar. Deste modo, a discrepância em relação aos nascimentos não é significativa, pelo que os valores previstos no ano lectivo 2010/2011 deverão vir a ser vinculativos.

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 265 ALENTEJO LITORAL

No que diz respeito ao 1º CEB do Município de Santiago do Cacém poderá observar-se um ligeiro incremento da população escolar afecta a este nível de ensino, passando de 909 a 933 nascimentos entre os anos lectivos 2008/2009 e 2013/2014. Contudo, e considerando que a população escolar do ano lectivo 2008/2009 é de 1077 alunos verifica-se uma diferença de 168 crianças em relação à população escolar potencial, o que se encontra, claramente, relacionado com o desenvolvimento de Santo André, como foi referido anteriormente.

No Território Educativo de Santiago do Cacém estima-se, em função dos nascimentos resgitados, a frequência de 346 alunos no ano lectivo 2013/2014, valor que representa um decréscimo de -3,35% em relação aos 358 nascimentos registados no período correspondente à frequência do ano lectivo 2008/2009 (menos 12 crianças). À partida, o valor previsto deverá ser superior, uma vez que o número de alunos efectivamente inscrito no 1º CEB no ano lectivo em análise foi de 384 alunos, valor superior ao número de alunos previsto para o mesmo ano lectivo.

Por seu turno, tendo como referência os nascimentos registados no período correspondente à frequência, encontram-se previstos 367 alunos a frequentar o 1º CEB, no ano lectivo 2013/2014, nos estabelecimentos de ensino que integram o Território Educativo de Santo André, o que representa mais 51 crianças face aos 316 alunos estimados no ano lectivo 2008/2009, ou seja, mais dois espaços lectivos. Neste ano lectivo, são 404 os alunos matriculados, valor bastante superior do esperado com base nos nascimentos, pelo que o valor previsto para o ano lectivo 2013/2014 deverá ser mais elevado.

No ano lectivo 2008/2009 no Território Educativo de Alvalade do Sado verifica-se uma diferença de 24 crianças entre a população escolar real e potencial, na medida em que se registou um total de 156 crianças nascidas e de 180 alunos efectivamente matriculados. Este facto deve ser tido em linha de conta na previsão do número de salas, já que ao se encontrar previsto a matrícula de 148 alunos no ano lectivo 2013/2014, este valor representa um decréscimo em relação às crianças registadas nos anos correspondentes à frequência do ano lectivo 2008/2009 e, consequentemente, a necessidade de menos uma sala, isto em termos gerais e teóricos.

Já em relação ao Território Educativo de Cercal do Alentejo prevê-se, no ano lectivo 2013/2014, uma população escolar de 72 alunos, o que representa menos sete crianças face às 79 crianças nascidas nos anos referentes à frequência no ano lectivo 2008/2009. Porém, neste ano lectivo verifica-se a frequência de 109 alunos, ou seja, mais 30 alunos em relação à população escolar potencial.

266 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

No 2º CEB, a população escolar perspectivada para o ano lectivo 2013/2014 no Município de Santiago do Cacém é de 470 alunos, valor superior aos 450 nascimentos registados no período correspondente à frequência do ano lectivo 2008/2009.

Considerando a população escolar efectivamente matriculada no decorrer deste ano lectivo, designadamente os 541 alunos, poderá inferir-se que este total resulta, no essencial, da presença de alunos residentes mas não registados no território municipal, uma vez que o saldo entre as entradas e saídas de alunos não explica na sua totalidade esta diferença. Atendendo a esta dinâmica é provável que a população escolar a frequentar este nível de ensino no ano lectivo 2013/2014 seja superior ao anteriormente previsto.

O Território Educativo de Santiago do Cacém será caracterizado por um ligeiro incremento da população escolar potencial, com a possível matrícula de 179 alunos no ano lectivo 2013/2014, enquanto que no ano lectivo 2008/2009 se estimou a frequência de 163 alunos. Já neste ano lectivo verifica-se a matrícula de um número de alunos bastante superior, mais concretamente 192 alunos, o que caso se continue a observar poderá introduzir alterações no número de alunos previsto para o ano lectivo 2013/2014.

Por seu turno, no Território Educativo de Santo André é expectável um decréscimo da população escolar potencial, passando de 164 nascimentos, no ano lectivo 2008/2009, para os 154 nascimentos, no ano lectivo 2013/2014. No entanto, no ano lectivo 2008/2009 verifica-se a frequência de 201 alunos, o que constitui uma diferença de 37 crianças. Atendendo a esta dinâmica é provável que a população escolar a frequentar este nível de ensino no ano lectivo 2013/2014 seja superior ao anteriormente previsto, mas mesmo assim inferior aos valores actuais.

No Território Educativo de Alvalade do Sado observa-se um aumento no número de alunos potenciais, com a passagem de 75 a 92 crianças nascidas entre os anos lectivos 2008/2009 e 2013/2014. Acresce ainda referir que no ano lectivo 2008/2009 a população escolar é de 94 alunos, o que representa mais 19 crianças em relação aos alunos potenciais.

Já no que diz respeito ao Território Educativo de Cercal do Alentejo, espera-se uma manutenção da população escolar potencial entre os anos lectivos 2008/2009 e 2013/2014, com a passagem de 48 a 45 jovens. Será de referir que a população escolar real do ano lectivo 2008/2009 é de 54 alunos, o que representa uma diferença de seis crianças em relação aos nascimentos registados no período correspondente à frequência.

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 267 ALENTEJO LITORAL

No Município de Santiago do Cacém, no 3º CEB, a projecção da população escolar aponta para a frequência de 661 jovens no ano lectivo 2008/2009, enquanto que no ano lectivo 2013/2014 encontra-se previsto um total de 672 jovens. No entanto, no ano lectivo 2008/2009 são 796 os alunos matriculados no 3º CEB, o que significa mais 135 alunos, comparativamente com o número de alunos previsto com base nos nascimentos. No que concerne ao Território Educativo de Santiago do Cacém prevê-se uma frequência de 264 jovens a frequentar o 3º CEB no ano lectivo 2013/2014, valor superior aos 215 jovens previstos para o ano lectivo 2008/2009. No entanto, neste ano lectivo, verifica-se a frequência de 277 alunos, valor claramente superior ao número de crianças nascidas. Deste modo, o número de alunos deverá ser superior ao valor de população escolar potencial anteriormente referido.

Entre os anos lectivos 2008/2009 e 2013/2014 o Território Educativo de Santo André deverá caracterizar-se por um aumento da população escolar potencial, com a passagem de 222 aos 243 jovens, no 3º CEB. Porém, no ano lectivo 2008/2009 observa-se a frequência de 333 alunos, valor claramente superior à população escolar potencial, o que demonstra além de uma mobilidade escolar positiva (19), a frequência de alunos residentes mas que não nasceram neste território.

No Território Educativo de Alvalade do Sado verifica-se um decréscimo da população escolar potencial, passando de 140 nascimentos no ano lectivo 2008/2009 para os 107 nascimentos no ano lectivo 2013/2014. Todavia deve ser considerado que a população escolar efectiva do ano lectivo 2008/2009 é de 108 alunos, o que representa menos 32 crianças em relação ao valor dos nascimentos no período correspondente, o que indicia a saída de alunos residentes para frequentar este nível de ensino noutros equipamentos educativos, principalmente para o estabelecimento localizado na freguesia sede de Município.

Na freguesia correspondente ao Território Educativo de Cercal do Alentejo, encontra-se previsto, no ano lectivo 2013/2014, um total de 58 jovens valor inferior aos 84 nascimentos registados nos anos correspondentes a frequência do ano lectivo 2008/2009. É de salientar que a população escolar real é de apenas 78 alunos, o que ao indiciar uma relativa fidelização das crianças nascidas e residentes ao estabelecimento de ensino localizado na sua área de residência, mostra que se vai observar um decréscimo significativo de alunos neste território.

268 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

Finalmente, no Ensino Secundário a população escolar poderá atingir os 677 jovens no ano lectivo 2013/2014, valor bastante inferior ao quantitativo de população escolar potencial referente ao ano lectivo 2008/2009 (762). De referir que a população escolar real é de apenas 585 alunos, o que reflecte não só a saída de 64 alunos para frequentar este nível de ensino noutros Municípios, mas, no essencial, o carácter opcional deste nível de ensino. No entanto, a passagem deste nível de ensino a escolaridade obrigatória deverá introduzir alterações significativas no número de alunos a frequentar este nível de ensino.

Numa lógica de racionalização dos recursos pedagógicos, materiais e humanos, a reorganização do parque escolar do Município de Santiago do Cacém deverá reger-se pela integração da Educação Pré- escolar, sempre que possível, nos equipamentos de 1º CEB, embora atendendo a uma lógica de proximidade possa observar-se a manutenção de alguns equipamentos afectos à Educação Pré-escolar. Em relação aos 2º e 3º CEB e Ensino Secundário, estes devem manter-se nos actuais equipamentos.

Deste modo, no que diz respeito à Educação Pré-escolar e 1º CEB, e considerando a previsão global de 1624 alunos (691+933), prevê-se, teoricamente, a necessidade de 67 espaços lectivos, sendo que 29 deverão estar afectos à Educação Pré-escolar e 38 ao 1º CEB, embora este tipo de análise, em função das características desiguais dos territórios educativas poderá ser considerada como algo abusiva (Quadro 172).

No Território Educativo de Santiago do Cacém encontram-se previstas 250 crianças na Educação Pré-escolar e 346 alunos no 1º CEB, o que representa a necessidade de dez e 14 salas, respectivamente. Deste modo, na Freguesia de Santiago do Cacém deverá observar-se a manutenção da EB1 Santiago do Cacém, que deverá disponibilizar oito salas de aula. Ainda nesta freguesia deverá observar-se a reconversão/ampliação da EB2,3 Frei André da Veiga em EBI, de modo a oferecer oito salas de aula afectas ao 1º CEB.

De forma a garantir a oferta de Educação Pré-escolar, deverá verificar-se a manutenção dos JI’s Abela e Santiago do Cacém e a reconversão das EB1/JI's Aldeia dos Chãos e Relvas Verdes em JI's. Em simultâneo, nas Freguesias de São Bartolomeu da Serra e São Francisco da Serra os actuais estabelecimentos de 1º CEB deverão passar a funcionar como JI’s, de modo a terminar com a Educação Pré-escolar itinerante. De salientar que neste território educativo se observa a presença de um equipamento de Educação Pré-escolar afecto à rede particular e que, tal como referido, deverá funcionar em regime de complementaridade com os estabelecimentos de ensino da rede pública.

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 269 ALENTEJO LITORAL

Considerando o elevado número de crianças (283) e alunos (367) previsto no Território Educativo de Santo André deverá observar-se a manutenção das EB1/JI´s Santo André nº1, nº2 e nº3, bem como a reconversão da EB1/JI Deixa-o-Resto em JI. Estes quatro equipamentos apresentam, na actualidade, capacidade para integrar 275 crianças na Educação Pré-escolar e 475 alunos no 1º CEB. Será de salientar a existência de três equipamentos de Educação Pré-escolar da rede particular que poderão funcionar em regime de complementaridade com os estabelecimentos da rede pública.

Tendo em linha de conta a projecção efectuada para o Território Educativo de Alvalade do Sado serão necessários 11 espaços lectivos (5+6), de modo a dar resposta à totalidade da população escolar prevista neste território, designadamente 108 crianças na Educação Pré-escolar e de 148 alunos no 1º CEB. Deste modo, na reorganização do parque escolar da Freguesia de Alvalade dever ser equacionada a construção de um Centro Escolar, com duas salas de actividade e oito salas de aula (Quadro 173 e Figura 146). Este estabelecimento de ensino deverá vir a integrar as 41 crianças previstas na Educação Pré-escolar na Freguesia de Alvalade do Sado e os 91 alunos estimados no 1º CEB nas Freguesias Alvalade, Ermidas-Sado, São Domingos e Vale de Água.

No que respeita à Educação Pré-escolar deverá observar-se a manutenção do JI Ermidas-Sado (2 salas), assim como a reconversão das EB1/JI’s São Domingos da Serra e Vale de Água em JI’s. De salientar que neste território educativo encontram-se em funcionamento dois estabelecimentos de Educação Pré-escolar da rede particular, que poderão funcionar em regime de complementaridade com os equipamentos da rede pública.

Atendendo à população escolar prevista (50 crianças na Educação Pré-escolar e 72 alunos no 1º CEB) no Território Educativo de Cercal do Alentejo deverá observar-se a reconversão da EB1/JI Cercal do Alentejo em JI, enquanto que o 1º CEB irá passar a integrar a EB2,3 Cercal. Deste modo, a EB2,3 Cercal iria passar a funcionar como EBI, após a edificação de quatro salas de aula para o 1º CEB, garantido uma oferta pedagógica de qualidade à totalidade dos alunos dos seis aos 15 anos residentes na área de influência deste território educativo.

270 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

No que respeita aos 2º e 3º CEB prevê-se, em função dos nascimentos, um total de 1142 alunos, o que corresponde à necessidade de 51 espaços lectivos. Destes 1142 alunos, 470 deverão frequentar o 2º CEB e 672 alunos o 3º CEB, o que corresponde a uma necessidade de 21 e 30 salas, respectivamente. No entanto, tendo em linha de conta que o total de alunos tem vindo a sempre a ser superior ao total de alunos previsto com base no número de nascimentos deverá observar-se a necessidade de um número de salas de aula bastante superior. Já no Ensino Secundário, encontra-se previsto a matrícula de 677 alunos, o que representa uma necessidade de 25 salas de aula. No

O estabelecimento de 2º e 3º CEB e as duas EBI’s anteriormente propostas integram 52 salas de aula afectas a estes dois níveis de ensino, pelo que algumas turmas de 3º CEB deverão continuar a funcionar nas ES/3’s, que disponibilizam 52 espaços lectivos, sendo que apenas 25 deverão funcionar para o Ensino Secundário.

Em relação à integração do 3º CEB nos estabelecimentos de Ensino Secundário verifica-se que esta situação já se encontra prevista no primeiro cenário, embora, continuando o 3º CEB a funcionar nas EB2,3’s, uma vez que os estabelecimentos de Ensino Secundário não apresentam capacidade para integrar os alunos previstos para estes dois níveis de ensino, como foi referido anteriormente. Assim, caso se observe obrigatoriedade deste nível de ensino, uma das EB2,3’s deverá passar a funcionar como ES/3, de preferência uma que se localize no centro urbano, no qual a procura é mais elevada.

Quadro 172 – Cenários de reorganização do parque escolar do Município de Santiago do Cacém.

1º Cenário 2º Cenário Ensino 3º CEB + Ensino Território Educativo JI + 1º CEB 2º CEB + 3º CEB JI + 1º CEB + 2º CEB Secundário Secundário Alunos Salas Alunos Salas Alunos Salas Alunos Salas Alunos Salas Alvalade do Sado 108+148 5+6 92+107 4+5 108+148+92 5+6+4 Cercal do Alentejo 50+72 2+3 45+58 2+3 50+72+45 2+3+2 677 25 672+677 30+25 Santiago do Cacém 250+346 10+14 179+264 8+11 250+346+179 10+14+8 Santo André 283+367 12+15 154+243 7+11 283+367+154 12+15+7 Total 691+933 29+38 1142 21+30 677 25 691+933+470 29+38+21 672+677 30+25

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 271 ALENTEJO LITORAL

Quadro 173 – Propostas de reorganização do parque escolar do Município de Santiago do Cacém. Níveis de ensino Freguesias Propostas Abela Manutenção do JI Abela. Creche e JI "O Comboio" Alv alade Construção de um Centro Escolar. Manutenção da EB2,3 Alv alade do Sado. Reconv ersão da EB1/JI Cercal do Alentejo em JI. Cercal do Alentejo Reconv ersão/ampliação da EB2,3 Cercal em EBI. Manutenção do JI Ermidas do Sado. Ermidas-Sado JI Associação Apoio Desenv olv imento Integrado Ermidas do Sado. Santa Casa da Misericórdia Santiago do Cacém. Reconversão das EB1/JI's Aldeia dos Chãos e Relvas Verdes em JI's. Manutenção do JI Santiago do Cacém. Santiago do Cacém Manutenção da EB1 Santiago do Cacém. Educação Pré- Reconv ersão/ampliação da EB2,3 Frei André da Veiga em EBI. escolar, 1º, 2º e 3º Manutenção da ES/3 Manuel da Fonseca. CEB JI O Golfinho. JI O Ninho (Santa Casa da Misericórdia). Centro Infantil-Instituto Jean Piaget. Reconv ersão da EB1/JI Deix a-o-Resto em JI. Santo André Manutenção da EB1/JI Santo André nº1. Manutenção da EB1/JI Santo André nº2. Manutenção da EB1/JI Santo André nº3. Manutenção da EB2,3 Vila Nov a de Santo André. Manutenção da ES/3 Padre António Macedo. São Bartolomeu da Serra Reconv ersão da EB1 São Bartolomeu em JI. São Domingos Reconv ersão da EB1/JI São Domingos da Serra em JI. São Francisco da Serra Reconversão da EB1 São Francisco da Serra em JI. Vale de Água Reconv ersão da EB1/JI Vale de Água em JI. Santiago do Cacém Manutenção da ES/3 Manuel da Fonseca. Ensino Secundário Santo André Manutenção da ES/3 Padre António Macedo.

272 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

Figura 146 – Propostas de reorganização do parque escolar do Município de Santiago do Cacém.

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 273 ALENTEJO LITORAL

5. Município de Sines

5.1. Enquadramento Territorial do Município

5.1.1. Enquadramento e Caracterização Física

Localizado na Região do Alentejo, o Município de Sines integra a Sub-região do Alentejo Litoral (NUTIII). Em termos administrativos apresenta-se limitado a Norte e a Este pelo Município de Santiago do Cacém, a Sul pelo de Odemira e a Oeste pelo Oceano Atlântico. Com uma área de 202,7km2 de superfície, este território subdivide-se administrativamente em duas Freguesias: Sines (sede de município) e .

Em termos morfo-estruturais, o Município de Sines desenvolve-se por duas unidades, nomeadamente o Maciço Hespérico e a Bacia Sedimentar do Tejo-Sado.

No território do Município de Sines podem distinguir-se três unidades morfológicas: a plataforma litoral e o maciço subvulcânico de Sines no sector Oeste e o alinhamento montanhoso da Serra do Cercal no sector Este, alinhamento esse que representa o limite físico com o Município de Santiago do Cacém. Para além destes, o Cabo de Sines apresenta-se como um importante elemento morfológico (Figura 147).

Nos sectores da plataforma litoral, as altitudes não excedem em regra os 150m de altitude, descendo de forma suave em direcção ao mar. Neste sector, termina de forma brusca na escarpa da Serra do Cercal.

O sector meridional do município encontra-se integrada no Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, enquanto uma pequena parte setentrional do território municipal integra a Reserva Natural da Lagoa de Santo André e da Sancha.

A plataforma litoral desce suavemente em direcção ao mar, apresentando uma largura que pode variar entre 3 a 12 km e que globalmente se encontra incisa pelos principais cursos de água. A norte da cidade a costa é arenosa e baixa, correspondendo a uma extensa praia que se prolonga para norte até Tróia. Para o interior da praia, ocorrem formações dunares bastante extensas, sobretudo a norte da foz da Ribeira dos Moinhos.

274 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

Figura 147 – Relação entre a hipsometria e a rede viária no Município de Sines.

O relevo residual do maciço de Sines constituído por rochas eruptivas, pouco sobressai da planície litoral, mas prolonga-se pelo Cabo de Sines para Ocidente. O promontório está relativamente elevado em relação ao mar, contactando com este por uma escarpa abrupta. Esta escarpa prolonga-se para sul, descendo regularmente até quase à foz da Ribeira da Junqueira, dando lugar a uma costa baixa, com praias mais extensas assim como, campos dunares A escarpa oriental que limita a planície litoral é parte da Serra do Cercal, a qual compreende altitudes entre os 100 e os 200m, e que correspondem notoriamente à parte mais elevada do Município.

Os declives, que se assumem como factor condicionante essencial à ocupação humana, no Município de Sines, que se caracteriza por declives médios e suaves, excepção feita a declives mais elevados que se relacionam essencialmente com as vertentes da serra e com o Cabo de Sines, no entanto, o restante Município caracteriza-se por declives médios a suaves.

Relativamente à hidrografia, destacam-se apenas três ribeiras: a ribeira da Junqueira, do Morgavel, e a dos Moinhos. A maioria das linhas de água do Município, têm origem na serra do Cercal.

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 275 ALENTEJO LITORAL

Na área a sul, as ribeiras mais importantes desenvolveram os seus vales na plataforma, chegando mesmo nalguns casos a romper a cobertura sedimentar, tendo os seus leitos actuais nas formações xistosas do carbónico (caso das Ribeiras da Junqueira e do Morgavel).

Do ponto de vista climático, segundo uma classificação de DAVEAU (1985) para as regiões climáticas de Portugal Continental, o Município de Sines como os restantes municípios do sector Sudoeste do território nacional, apresenta um clima mediterrâneo, inserido por sua vez, no domínio Atlântico o qual, apresenta neste sector um clima costeiro induzido por um regime térmico particular das águas oceânicas. Em função da latitude, o regime das chuvas apresenta forte variabilidade pluviométrica interanual, caracterizando-se por um balanço hídrico anual deficitário.

O Verão apresenta um período seco médio de 75 a 100 dias, em que a temperatura média varia, em média, entre os 24 °C e os 29 °C. No Inverno, as temperaturas são por norma, amenas. Assim, verifica- se que o regime termopluviométrico é tipicamente mediterrâneo, mas a variação da humidade do ar (sempre alta ao longo de todo o ano) e a incidência de nevoeiros e neblinas revelam a influência atlântica, tanto mais sentido quanto menor a distância à costa.

5.1.2. Caracterização da Rede de Acessibilidades

O Município de Sines, para além da dinâmica demográfica positiva, possui uma posição geo- estratégica privilegiada, na medida que, cada vez mais, se afirma como uma das principais portas de entrada do espaço europeu, para além de se assumir como uma grande plataforma de serviços de logística internacional, indústria e energia.

Inserido numa lógica de transporte intermodal, a rede rodoviária interna de Sines tem procurado dar resposta ao crescimento do seu Porto, afirmando-se cada vez mais, como a principal porta atlântica europeia.

Um dos principais eixos de âmbito nacional, é sem dúvida o IC8/IC33, o qual estabelece um corredor de ligação ao interior alentejano e a Espanha, para além de permitir a ligação à A2 e IC1, eixos fundamentais nas ligações a Lisboa e Algarve. É, através deste eixo que se realizam os fluxos com o Município de Santiago do Cacém, constituindo inclusivamente com a cidade de Sines, um dos principais aglomerados de características urbanas no contexto da Sub-região.

276 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

Por seu turno, o IC4/EN120, com um traçado meridional, é importante nas acessibilidades à Região do Algarve, estabelecendo igualmente a principal ligação à Freguesia de Porto Covo e aos Municípios limítrofes de Santiago do Cacém e Odemira. A Norte da cidade de Sines, as ligações com a Freguesia de Santo André (Município de Santiago do Cacém) são asseguradas pela EN120.

No que diz respeito à rede ferroviária, Sines detém um ramal ferroviário electrificado e de ligação à rede principal. Este permite o escoamento das mercadorias recebidas no Porto de Sines.

Em suma, tendo em conta a dimensão do Município de Sines, a questão das acessibilidades não representa um inconveniente na reorganização do parque escolar.

5.1.3. Caracterização Demográfica

O Município de Sines apresenta uma localização privilegiada junto ao litoral, apresentando dinâmicas demográficas que demonstram que na última década registou acréscimos populacionais (de 12347 habitantes em 1991 para 13577 habitantes em 2001).

Numa referência ao tecido económico do município, os valores recentes de 1991 e 2001 indicam um reforço de emprego no sector terciário (de 54,9% para 62,8%) e a perda de relevância do sector primário (de 14,1% para 7,3%) e do sector secundário (de 31,0% para 29,9%), no quadro de uma evolução demográfica favorável, já que ocorreu na última década um acréscimo populacional de 9,96% considerando o município, ou 1,20% no caso do Alentejo Litoral (a evolução no Continente traduziu-se no mesmo período por um crescimento populacional de 5,3%).

5.1.3.1. Evolução espacial das dinâmicas demográficas: um território com a população desigualmente repartida

Sines com os seus 13577 habitantes (dados de 2001) apresenta-se como o município menos populoso da Sub-região do Alentejo Litoral, representando 13,5% do total populacional desta Sub-região. No contexto desta Sub-região são os Municípios de Santiago do Cacém e Odemira que apresentam os maiores quantitativos populacionais (30349 e 26106 habitantes, respectivamente).

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 277 ALENTEJO LITORAL

O Município de Sines registou na última década um ligeiro acréscimo da importância no contexto do Alentejo Litoral, uma vez que passou a representar 13,5% do total populacional quando dez anos antes representava 12,5%. Apresentando apenas duas freguesias (Porto Covo e Sines), a população do Município de Sines tem vindo a apresentar um crescimento positivo nas últimas décadas. No ano de 2001, 91,78% da população residia na Freguesia de Sines (correspondendo a 12461 residentes) e apenas 8,22% na Freguesia do Porto Covo (correspondendo a 1116 residentes). Este facto é explicado pela reduzida dimensão da Freguesia de Porto Covo. Já em 1991, a Freguesia de Sines apresentava o mesmo peso populacional, ao qual correspondiam 11253 habitantes (Quadro 174 e Figuras 148 e 149).

Regista-se, assim, um padrão territorial polarizado pela freguesia sede de município que apresenta a maior área do município (150,24km²). Esta repartição da população é já evidente na análise dos dados relativos quer a 1991, quer a 1981. Sendo de referir que a perda populacional ocorrida entre 1981 e 1991 na Freguesia de Sines deve-se à criação no ano de 1985 da Freguesia de Porto Covo, resultante da desanexação de parte da Freguesia de Sines.

Na última década assiste-se a um reforço populacional nas duas freguesias do município, sendo de destacar o acréscimo de 1208 residentes na Freguesia de Sines (de 11253 para 12461 residentes) e de 22 residentes na Freguesia de Porto Covo (de 1094 para 1116 residentes).

Quadro 174 - População residente por freguesia no Município de Sines de 1981 a 2001.

1981 1991 2001 Freguesias Nº % Nº % Nº % Porto Covo - - 1094 8,9 1116 8,2 Sines 12075 100 11253 91,1 12461 91,8 Total 12075 100 12347 100 13577 100 Fonte: INE, Recenseamento da População de 1981, Censos 1991 e Censos 2001.

15000

12000

9000

Nº 6000

3000

0 Porto Covo Sines 1981 1991 2001

Figura 148 - População residente por freguesia no Município de Sines de 1981 a 2001.

278 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

Figura 149 – População residente em 2001 e variação populacional entre 1991 e 2001 por freguesia no Município de Sines.

Apresentando a Sub-região do Alentejo Litoral uma repartição desigual da população por município, também no caso de Sines se verifica uma clara oposição entre a freguesia sede de município e a Freguesia de Porto Covo.

A consideração para o Município de Sines dos valores de população residente desde os anos oitenta do século XX permite uma leitura em termos evolutivos, ao mesmo tempo que possibilita igualmente algumas reflexões sobre as características do território. Entre 1981 e 2001 ocorreu um acréscimo populacional com significado no contexto do município (Quadro 175 e Figura 150). Efectivamente, desde 1981 até 2001 o município ganhou 1502 habitantes (-12,43%), num processo que já vinha das décadas anteriores, que deve ser lido num contexto de mobilidade interna, para os centros urbanos mais próximos, e também de emigração.

A perda populacional observada entre 1981 e 1991 na Freguesia de Sines (-822 residentes) deve ser entendida no contexto da criação recente da Freguesia de Porto Covo, que passou a englobar parte da Freguesia de Sines.

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 279 ALENTEJO LITORAL

Para a década mais recente verifica-se um reforço populacional no município (1230 residentes, correspondendo a 9,96%). Relativamente à Freguesia de Porto Covo, verifica-se um acréscimo de 22 indivíduos, correspondendo a 2,01%, e no caso da Freguesia de Sines, um ganho de 1208 habitantes, correspondendo a 10,73%.

Globalmente, entre 1981 e 2001, o município registou um acréscimo populacional de cerca de 12,74% com um aumento de 1502 habitantes (de 12075 residentes para 13368 residentes).

Quadro 175 – População residente no Município de Sines e variação populacional de 1981 a 2001. Anos População residente Variação populacional (%) 1981 12075 – 1991 12090 0,12 2001 13368 10,57 Fonte: INE, Recenseamento da População de 1981, Censos 1991 e Censos 2001.

20000

16000

12000 Nº 8000

4000

0 1981 1991 2001

Figura 150 – Evolução da população residente no Município de Sines de 1981 a 2001.

Neste contexto e numa análise conjunta do último período intercensitário e até ao ano de 2007 (Quadro 176 e Figura 151), observa-se um acréscimo de 243 residentes entre 1991 e 1992 e uma perda de 34 residentes entre 1992 e 1993. A partir desse ano e até 2007 verifica-se um contínuo acréscimo populacional, traduzido num aumento de 1382 indivíduos (11,24%). Em termos globais, considerando o período 1991-2007, observa-se um acréscimo populacional expressivo, traduzido num aumento de 1591 habitantes (13,16% da população residente, passando de 12090 para 13681 residentes).

280 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

Quadro 176 – Evolução da população residente no Município de Sines de 1991 a 2007.

Anos População residente Variação populacional (%) 1991 12090 – 1992 12333 2,01 1993 12299 -0,28 1994 12450 1,23 1995 12584 1,08 1996 12721 1,09 1997 12827 0,83 1998 12941 0,89 1999 13101 1,24 2000 13248 1,12 2001 13368 0,91 2002 13466 0,73 2003 13531 0,48 2004 13613 0,61 2005 13645 0,24 2006 13674 0,21 2007 13681 0,05 Fonte: INE.

20000

16000

12000 Nº 8000

4000

0 1991 1993 1995 1997 1999 2001 2003 2005 2007

Figura 151 – Evolução da população residente no Município de Sines de 1991 a 2007.

As duas freguesias que constituem o município apresentam, nas últimas duas décadas do século XX, dinâmicas demográficas semelhantes (Quadro 177 e Figura 152). Considerando o comportamento para a década mais recente, verifica-se que as duas freguesias registam evoluções positivas, traduzidas num crescimento populacional. Sendo a freguesia mais populosa do município, Sines regista uma evolução positiva (10,73%, correspondendo a um acréscimo de 1208 residentes). Relativamente a Porto Covo, o acréscimo populacional foi menos expressivo (22 indivíduos, correspondendo a 2,01%).

Quadro 177 – Variação da população residente por freguesia no Município de Sines entre 1981 e 2001.

1981-1991 1991-2001 1981-2001 Freguesias Nº % Nº % Nº % Porto Covo - - 22 2,01 - - Sines -822 -6,81 1208 10,73 386 3,2 Total 272 2,25 1230 9,96 1502 12,44 Fonte: INE, Recenseamento da População de 1981, Censos 1991 e Censos 2001.

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 281 ALENTEJO LITORAL

15 10,73 10 5 2,01 % 0 -5 -10 -15 Porto Covo Sines

Variação populacional Média

Figura 152 - Variação da população residente por freguesia no Município de Sines entre 1991 e 2001.

Assim, o dispositivo territorial expressa um nítido fenómeno de concentração da população na freguesia sede de município, em virtude da proximidade aos eixos de distribuição (IC 4 e IP 8). Todas as freguesias do município acompanham a tendência de acréscimo populacional, facto que vem sendo visível nos anos mais recentes.

5.1.3.2. Factores da dinâmica demográfica: crescimento natural e saldo migratório

As variações observadas na população do município e das freguesias que o integram relacionam-se de uma forma que nos parece clara com dois factores primordiais: por um lado, o crescimento natural, cuja relação com o próprio planeamento de equipamentos educativos se torna elemento fundamental e, por outro, o saldo migratório, que no contexto da actual conjuntura se assume como um factor também decisivo, mas cuja análise se torna particularmente difícil dada a dificuldade em prever a sua evolução.

A análise da evolução dos valores da natalidade entre 1991 e 2007 para o Município de Sines revela um comportamento irregular expresso em ligeiros aumentos e decréscimos (Quadro 178). A consideração do número de nados-vivos mostra, no entanto, uma tendência geral que se expressa num número de nascimentos anual ligeiramente superior a uma centena na década de noventa. No ano de 1992 o número de nascimentos foi de 154, valor mais elevado no período considerado.

Em termos globais verifica-se uma tendência no sentido da estabilização do número de nascimentos, sendo importante referir a ocorrência de 106 nascimentos no ano de 1995, ano em que se registaram menos nascimentos. A tendência observada para os anos mais recentes traduz uma certa estabilidade no número de nascimentos, verificando-se 129 nascimentos em 2006 e 130 nascimentos em 2007.

282 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

Quadro 178 – Nados-vivos por freguesia no Município de Sines de 1991 a 2007.

Freguesias 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Total Porto Covo 5 6 9 7 6 5 7 8 8108 612144 4 8 127 Sines 128 148 136 126 100 111 100 116 140 113 130 125 133 130 133 125 122 2116 Total 133 154 145 133 106 116 107 124 148 123 138 131 145 144 137 129 130 2243 Fonte: INE.

A análise da evolução no mesmo período de tempo do número de óbitos destaca, igualmente, um comportamento irregular, sendo os valores durante a década de noventa geralmente superiores a uma centena e meia (Quadro 179). Este número só é inferior no ano de 1994 (125 óbitos), registando o valor mais elevado nos anos de 2003 e 2005 (180 e 173 óbitos, respectivamente). Nos anos mais recentes o número de óbitos parece evidenciar uma tendência no sentido de uma certa estabilização, registando-se 180 óbitos no ano de 2003 e 173 óbitos no ano de 2005.

A evolução da taxa de natalidade mostra uma tendência de oscilação, ora com pequenas subidas ora com decréscimos entre 1991 e 2007. Uma análise mais detalhada da evolução ocorrida na década de noventa indica um acréscimo da taxa de natalidade entre 1991 e 1992 (de 10,77‰ para 12,49‰), um decréscimo entre 1992 e 1995 (de 12,49‰ para 8,42‰), uma recuperação até 1999 (11,30‰), seguindo- se um período cujas oscilações rondam os 9,00‰ e 10,00‰). De salientar a mais baixa taxa de natalidade ter ocorrido no ano de 1997 (8,34‰) e a mais alta taxa ter ocorrido no ano de 1992 (12,49‰).

Quadro 179 - Óbitos por freguesia no Município de Sines de 1991 a 2007.

Freguesias 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 Total Porto Covo 9 7 14 0 8 12 12 8 10 17 10 12 11 7 5 14 13 169 Sines 150 142 127 125 136 143 142 155 139 129 161 144 169 138 168 140 140 2448

Total 159 149 141 125 144 155 154 163 149 146 171 156 180 145 173 154 153 2617 Fonte: INE.

A taxa de mortalidade apresenta, assim, entre 1991 e 2007 uma evolução com oscilações, sendo que até 1994 os valores de mortalidade sofreram um ligeiro decréscimo (de 12,88‰ para 10,04‰), seguindo- se um período com acréscimos e decréscimos, sendo que o ano de 1994 foi o que apresentou a mais baixa taxa de mortalidade (10,04‰). De registar os valores mais elevados desta taxa terem ocorrido nos anos de 1991 e 2005 (12,88‰ e 12,68‰, respectivamente).

O facto de a natalidade apresentar continuamente valores inferiores aos registados pela mortalidade, traduz-se num crescimento natural negativo em quase todos os anos do período analisado (Quadro 180 e Figura 153).

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 283 ALENTEJO LITORAL

Os acréscimos populacionais ocorreram nos anos de 1992, 1993 e 1994 (5, 4 e 8 indivíduos, correspondendo a 0,41%, 0,33% e 0,64%, respectivamente). As perdas populacionais com maior significado ocorrem nos anos de 1996 e 1997 (-3,07‰ e -3,66‰). De salientar que as taxas de crescimento natural assumem valores negativos nos restantes anos (superiores a -0,07‰).

A análise realizada da evolução demográfica no Município de Sines indiciava estas tendências ao nível da dinâmica natural da população, ao mesmo tempo que permite também pensar que algumas freguesias terão comportamentos que traduzirão algum poder de atracção sobre populações exógenas.

Quadro 180 – Dinâmica natural no Município de Sines de 1991 a 2007.

Taxa de Taxa de Taxa de Crescimento Natalidade Mortalidade Crescimento Anos Natalidade Mortalidade Natural Natural Nº ‰ Nº ‰ Nº ‰ 1991 133 10,77 159 12,88 -26 -2,11 1992 154 12,49 149 12,08 5 0,41 1993 145 11,79 141 11,46 4 0,33 1994 133 10,68 125 10,04 8 0,64 1995 106 8,42 144 11,44 -38 -3,02 1996 116 9,12 155 12,18 -39 -3,07 1997 107 8,34 154 12,01 -47 -3,66 1998 124 9,58 163 12,60 -39 -3,01 1999 148 11,30 149 11,37 -1 -0,08 2000 123 9,28 146 11,02 -23 -1,74 2001 138 10,16 171 12,59 -33 -2,43 2002 131 9,73 156 11,58 -25 -1,86 2003 145 10,72 180 13,30 -35 -2,59 2004 144 10,58 145 10,65 -1 -0,07 2005 137 10,04 173 12,68 -36 -2,64 2006 129 9,43 154 11,26 -25 -1,83 2007 130 9,50 153 11,18 -23 -1,68 Fonte: INE.

30 20 10

‰ 0 -10 -20 -30 1991 1993 1995 1997 1999 2001 2003 2005 2007 Taxa de natalidade Taxa de mortalidade Taxa de crescimento natural

Figura 153 – Evolução da taxa de natalidade, taxa de mortalidade e taxa de crescimento natural no Município de Sines de 1991 a 2007.

284 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

Assim, considerando uma outra escala espacial de análise sublinha-se, para o ano de 2001, o crescimento natural positivo que as freguesias do Município de Sines apresentam (entre -2 indivíduos em Porto Covo e -31 indivíduos em Sines). Em 1991, por comparação, as duas freguesias registaram um crescimento natural positivo (Quadro 181 e Figura 154), sendo que a Freguesia de Porto Covo apresentou um crescimento de 4 indivíduos (-3,66%) e a Freguesia de Sines apresenta um crescimento de 22 indivíduos (-1,96%).

Quadro 181 – Dinâmica natural por freguesia no Município de Sines em 1991 e 2001. 1991 2001

Freguesias Natural Natural Natural Natural Natural Natural Natural Natural Taxa de de Taxa Taxa de de Taxa Taxa de de Taxa Taxa de de Taxa Taxa de de Taxa Taxa de de Taxa Natalidade Natalidade Natalidade Natalidade Natalidade Mortalidade Mortalidade Mortalidade Mortalidade Mortalidade Mortalidade Crescimento Crescimento Crescimento Crescimento Crescimento Crescimento Crescimento Crescimento Nº ‰ Nº ‰ Nº ‰ Nº ‰ Nº ‰ Nº ‰ Porto Covo 5 4,57 9 8,23 -4 -3,66 8 7,17 10 8,96 -2 -1,79 Sines 128 11,37 150 13,33 -22 -1,96 130 10,43 161 12,92 -31 -2,49 Total 133 10,77 159 12,88 -26 -2,11 138 10,16 171 12,59 -33 -2,43 Fonte: INE. 30

20

‰ 10

0 Porto Covo Sines Taxa de natalidade Taxa de mortalidade Taxa de crescimento natural

Figura 154 - Taxa de natalidade, taxa de mortalidade e taxa de crescimento natural por freguesia no Município de Sines, em 2001.

Os comportamentos descritos devem ser contextualizados no âmbito dos valores absolutos da população residente e no quadro da história do município e do território.

Os quantitativos populacionais reduzidos no contexto local/regional traduzem-se em valores de crescimento natural também reduzidos, mesmo tendo presente que são negativos. A freguesia mais populosa de Sines não apresenta um comportamento diferente da Freguesia de Porto Covo. Os dados de 1991 destacavam já, uma dinâmica natural negativa nas duas freguesias, tendência que se observa também com base nos dados relativos a 2001. Para o ano mais recente, todas as freguesias apresentam taxas de mortalidade que superam as de natalidade, facto que se traduz em crescimentos naturais negativos.

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 285 ALENTEJO LITORAL

Para o ano mais recente verifica-se uma taxa de crescimento natural de -1,79% na Freguesia de Porto Covo e uma taxa de -2,49% na Freguesia de Sines.

Comparativamente a 1991, sublinha-se que as taxas de crescimento natural indicam uma perda de população inferior em 2001 nas duas freguesias do Município de Sines.

A consideração da dinâmica das migrações totais para o Município de Sines para o período de 1991 a 2001 vem reforçar o cenário de evolução natural positiva do município (Quadro 182). Efectivamente, se o crescimento natural é negativo na década (-229 indivíduos), o saldo migratório total apresenta um valor positivo de 1459 pessoas, o que em termos globais se traduz num acréscimo de 1230 indivíduos.

Quadro 182 – Dinâmica da população por freguesia no Município de Sines entre 1991 e 2001. Freguesias Nados-Vivos Óbitos Crescimento Natural Saldo Migratório Crescimento Efectivo Porto Covo 79 107 -28 50 22 Sines 1348 1549 -201 1409 1208 Total 1427 1656 -229 1459 1230 Fonte: INE.

A análise do crescimento populacional destaca a evolução positiva nas duas freguesias do Município de Sines. Relativamente à freguesia sede de município, não obstante o crescimento natural negativo (- 201 indivíduos), esta freguesia revela um saldo migratório positivo (1409 indivíduos), o que se traduzirá num crescimento efectivo de 1208 indivíduos, revelando uma certa capacidade de atracção desta freguesia.

5.1.3.3. Estrutura da população: sexo e idades

A análise da evolução da população deve contemplar também o estudo das pirâmides etárias. Estas representações gráficas traduzem não apenas a imagem da população num dado momento, mas permitem uma leitura da perspectiva histórica dos acontecimentos que marcam a população representada ao longo de décadas de vida das gerações mais antigas. Considera-se, para efeitos de análise, a pirâmide etária relativa a 1991 e 2001 para o Município de Sines, centrando a atenção nos respectivos perfis populacionais. Em paralelo, apresentam-se alguns índices que resumem o comportamento da estrutura etária da população. Conjuntamente com os dados avançados para a dinâmica natural da população permitem contextualizar e reflectir sobre as principais características da população.

286 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

A primeira conclusão a retirar da análise dos valores da população por escalão etário parece ser a crescente diminuição das classes mais jovens, prosseguida pelo aumento das classes mais idosas, o que espelha de modo bastante claro a crescente tendência para o envelhecimento da população.

Procedendo-se a uma análise mais pormenorizada dos grupos etários (Quadro 183 e Figura 155), verificamos que no município a população adulta (40-64 anos) sofreu um aumento desde 1981 (de 28,27% para 32,96%) e a idosa (mais de 65 anos) apresentou um aumento mais marcado (de 9,59% para 15,45%). Por outro lado, a população jovem (0-14 anos) e a população jovem adulta (15-39 anos) apresentaram um decréscimo, no mesmo período, de 24,99% para 15,53% e de 37,15% para 36,07%.

Este facto traduz-se num duplo envelhecimento que caracteriza a generalidade das sociedades dos países desenvolvidos, e deve merecer uma reflexão dada a rapidez em que se passou de uma sociedade com uma população jovem para uma outra envelhecida (a população de 65 anos ou mais representava 15,45% da população total em 2001). A análise dos resultados da estrutura etária para o Município de Sines sublinha, para o último período intercensitário, uma evolução demográfica no sentido do rápido envelhecimento da população, uma vez que a população idosa aumentou 3,11%, encontrando-se aliás em linha com a evolução registada em Portugal e nos países desenvolvidos.

Quadro 183 – População residente no Município de Sines, segundo os grandes grupos etários de 1981 a 2001. 1981 1991 2001 Grupos etários Nº % Nº % Nº % 0 - 14 anos 3018 24,99 2542 20,59 2108 15,53 15 - 39 anos 4486 37,15 4563 36,96 4897 36,07 40 - 64 anos 3413 28,27 3719 30,12 4475 32,96 65 anos ou mais 1158 9,59 1523 12,33 2097 15,45 Total 12075 100 12347 100 13577 100 Fonte: INE.

2001

1991

1981

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% 0 - 14 anos 15 - 39 anos 40 - 64 anos 65 anos ou mais

Figura 155 – População residente no Município de Sines, segundo os grandes grupos etários de 1981 a 2001.

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 287 ALENTEJO LITORAL

Esta evolução representa, por um lado, uma perda de 5,06% de população jovem e, por outro, um acréscimo de população com 65 e mais anos (3,11%) entre 1991 e 2001. A população da metade mais jovem da população activa (15 a 39 anos) sofreu um decréscimo de -0,89% e a outra metade (40 a 64 anos) registou um acréscimo de 2,84%.

A consideração da estrutura etária por grandes grupos funcionais por município destaca desde os anos oitenta do século XX, uma evolução com perda de jovens e aumento de idosos.

A análise da pirâmide etária do Município de Sines para o ano de 2001 reflecte, comparativamente ao ano de 1991, um envelhecimento da população, o que se traduz por um ligeiro estreitamento da base e um alargamento do topo da pirâmide (Figura 156). Ao decréscimo da população pertencente às classes etárias jovens e jovens adultas (dos 0 aos 19 anos e dos 30 aos 34 anos) corresponde, naturalmente, um aumento da população adulta e idosa (dos 35 aos 64 anos) e idosa (com 65 e mais anos). O número de indivíduos total e por sexo nestes escalões etários é superior, em 2001 em relação a 1991, não havendo diferenças significativas por sexo. Nos grupos etários dos idosos (70 e mais anos), sendo o número superior em ambos os sexos em 2001, as diferenças não são tão expressivas como nos grupos anteriormente referidos. Os grupos etários jovens e jovens adultos (dos 0 aos 19 anos e dos 30 aos 34 anos) e adultos (entre os 55 aos 59 anos) apresentam sucessivamente mais indivíduos nas classes seguintes, traduzindo a existência de um conjunto de classes ocas.

Figura 156 – Pirâmide etária da população residente no Município de Sines entre 1991 e 2001.

288 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

A tendência que se destaca da análise dos dados e das pirâmides etárias relativas aos anos de 1991 e 2001 é, em termos gerais, semelhante à descrita: perda de população nos escalões etários jovens (até aos 19 anos) e jovens adultas (dos 30 aos 34 anos) e também adultas (entre os 55 e os 59 anos), comportamento que traduz os aspectos da dinâmica natural anteriormente analisados: redução das taxas de natalidade reduzidas acompanhadas de taxas de mortalidade superiores. De referir o facto de a pirâmide etária relativa ao ano de 1991 apresentar um perfil populacional caracterizando uma estrutura não tão envelhecida (mas já não jovem), elemento que deve merecer atenção no quadro do sentido da evolução ocorrida na década de noventa.

Um último aspecto sublinha o facto de o número de crianças dos 0 aos 4 anos e o número de idosos ser superior no sexo feminino.

Os valores do índice de envelhecimento reflectem esta evolução, uma vez que o total da população passou de 59,91% em 1991 para 99,48% em 2001 (Quadro 184). Ainda que a evolução deste índice tenha sido expressiva, trata-se de valores claramente inferiores tendo por base o contexto nacional, já que esta relação era no Continente de 69,5% em 1991 evoluindo para 104,5% em 2001.

Quadro 184 – Índice de envelhecimento, índice de dependência e estrutura etária no Município de Sines em 1991 e 2001.

Índice de envelhecimento (%) Índice de dependência total (%) Estrutura Etária (%) Freguesias Homens Mulheres Total Homens Mulheres Total 0 a 14 15 a 64 65 e + 1991 2001 1991 2001 1991 2001 1991 2001 1991 2001 1991 2001 1991 2001 1991 2001 1991 2001 Porto Covo 101,11 135,80 87,04 167,65 93,43 150,34 49,86 49,61 58,05 50,84 53,87 50,20 18,10 13,35 64,99 66,58 16,91 20,07 Sines 48,04 82,82 67,46 110,14 57,08 95,61 49,23 43,76 48,04 45,07 48,63 44,41 20,83 15,72 67,28 69,25 11,89 15,03 Total 51,60 86,64 69,22 114,11 59,91 99,48 49,29 44,24 48,88 45,51 49,08 44,87 20,59 15,53 67,08 69,03 12,33 15,45

Fonte: INE, Censos 1991 e Censos 2001.

Considerando os valores por sexo, o escalão etário das mulheres apresenta índices de envelhecimento superiores e mais expressivos (114,11% contra 86,64%, sendo que em 1991 eram de 69,22% e 51,60%, respectivamente). Esta evolução traduz a dinâmica natural da população em que as mulheres morrem menos e também migram em menor número.

A leitura dos resultados do índice de dependência total ajuda, também, a reflectir sobre a necessidade de definir políticas activas no que diz respeito à população. Para o Município de Sines ocorreu um ligeiro decréscimo do valor deste índice entre 1991 e 2001, de 49,08% para 44,87%, o que significa que se verificou um ligeiro decréscimo da importância dos não activos para os activos.

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 289 ALENTEJO LITORAL

Esta tendência verifica-se de forma diferenciada entre os sexos, uma vez que os valores do índice de dependência em 2001 são mais elevados no sexo feminino (45,51%) e mais reduzidos no sexo masculino (44,24%), ainda que as diferenças sejam pouco expressivas.

Esta leitura deve ser realizada com algum cuidado, já que diminuindo o número de jovens não se verifica uma evolução no mesmo sentido dos idosos, logo as políticas sociais tenderão a ter mais peso nas estratégias de desenvolvimento dos territórios no futuro.

Em síntese e como se procurou demonstrar, a população das freguesias do Município de Sines tem envelhecido, acompanhando aliás a tendência de quase todo o país. Este facto parece estar relacionado segundo os especialistas não só com a mudança de mentalidades, o que se reflecte na diminuição do número de filhos por casal, mas também pela procura de melhores condições de vida por parte da população activa jovem e em idade de procriar que migra quer para os espaços urbanos (próximos ou afastados), quer para as duas grandes metrópoles nacionais ou ainda para o estrangeiro.

5.1.3.4. Tendências de crescimento: volume e características da população nas primeiras décadas do século XXI

Tendo em atenção as dinâmicas populacionais descritas e as principais implicações do ponto de vista da organização das infra-estruturas e das actividades no território importa, no quadro dos objectivos desta análise, tentar enquadrar as tendências de evolução no horizonte temporal das duas primeiras décadas do século XXI. Utilizou-se o método das componentes por coortes como metodologia de base para uma análise mais detalhada (por grupos de idades).

A análise dos resultados indica a diminuição da população no município de nas duas primeiras décadas do século XXI (Quadro 185). Com efeito, Sines terá menos 1209 habitantes em 2021 tendo por referência a população residente de 2001 (-8,90%). Este resultado deverá ser entendido no quadro da metodologia de projecção da população que considera apenas a dinâmica natural (nascimentos e óbitos).

Quadro 185 - População residente, sobreviventes e variação no Município de Sines entre 2001 e 2021. 2001-2006 2006-2011 2011-2016 2016-2021 2001-2021 Freguesias 2001* 2006 2011 2016 2021 Nº % Nº % Nº % Nº % Nº % Porto Covo 1116 1104 1079 1039 990 -12 -1,09 -25 -2,28 -39 -3,65 -50 -4,77 -126 -11,32 Sines 12461 12282 12063 11764 11378 -179 -1,44 -219 -1,78 -299 -2,48 -385 -3,28 -1083 -8,69 Total 13577 13386 13141 12803 12368 -191 -1,41 -244 -1,83 -338 -2,57 -435 -3,40 -1209 -8,90

(2001* – INE, Censos 2001)

290 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

Considerando os valores totais para o Município de Sines, uma primeira ideia a referir destaca o crescimento negativo que ocorrerá por década e que se traduzirá num decréscimo populacional (menos 436 habitantes em 2011 para 13141 residentes e de menos 338 indivíduos em 2016 (passando a 12803 residentes).

A análise por freguesia sublinha uma tendência de decréscimo de população residente em todas as freguesias. Efectivamente, a freguesia mais populosa (Sines) terá menos 398 habitantes em 2011, passando a população residente a ser de 12963 habitantes, e perderá 684 habitantes na década seguinte, para um total de 11378 habitantes em 2021. A Freguesia de Porto Covo perderá 37 habitantes em 2011, para 1079 habitantes e perderá 89 habitantes na década seguinte, para um total de 990 habitantes em 2021.

Em termos relativos, para o horizonte temporal de 2021 estas freguesias verão a sua população reduzida em -11,32% e -8,69%, respectivamente.

Se atendermos também à dinâmica migratória e admitindo como cenário que nas próximas décadas se manterá o saldo migratório registado na década de noventa do século XX (1459 residentes), significa que a população do Município de Sines terá tendência a aumentar ligeiramente, em virtude do saldo migratório ser nas duas freguesias positivo (Quadro 186).

O crescimento populacional na primeira década do actual século será positivo (8,51%, correspondendo a um acréscimo de 1061 indivíduos). Na década seguinte, e considerando o saldo migratório, projecta-se um decréscimo de 684 indivíduos (-5,06%). Considerando o período 2001-2021 projecta-se um acréscimo de 376 indivíduos no município (3,02%), passando os residentes a ser 12837, sendo que em 2001 existiam 12461 residentes.

Quadro 186 – População residente, sobreviventes e variação no Município de Sines, com saldo migratório entre 2001 e 2021. 2001-2011 2011-2021 2001-2021 Freguesias 2001* 2011 2021 Nº % Nº % Nº % Porto Covo 1116 1129 1040 13 1,13 -89 -7,88 -76 -6,84 Sines 12461 13472 12787 1011 8,11 -684 -5,08 326 2,62 Total 12461 13522 12837 1061 8,51 -684 -5,06 376 3,02 (2001* – INE, Censos 2001)

As alterações registadas nas duas freguesias do Município de Sines, considerando a dimensão migratória, permitem destacar o comportamento de Sines, com um acréscimo de 1011 residentes em

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 291 ALENTEJO LITORAL

2011, correspondendo a 8,11%. A Freguesia de Porto Covo registará um acréscimo de 13 indivíduos (1,13%), passando a 1129 residentes em 2011. Para o horizonte temporal 2001-2021 projecta-se um decréscimo de 76 indivíduos (-6,84%) na Freguesia de Porto Covo e um acréscimo de 326 indivíduos (2,62%) na Freguesia de Sines.

Considerando apenas a dinâmica natural, estas freguesias verão a sua população diminuir -11,32% (- 126 indivíduos) no caso da Freguesia de Porto Covo e -8,69% na Freguesia de Sines (-1083 indivíduos).

A consideração da dimensão dinâmica natural permite assim compreender uma parte da amplitude e complexidade das alterações demográficas. Mas, no contexto da reorganização da rede de equipamentos educativos é importante analisar os nascimentos projectados até 2021. A consideração do comportamento desta variável é fundamental para que se possa prospectivar quais serão os volumes de população para os diferentes escalões de idades, mesmo não se considerando o efeito resultante da presença de populações imigrantes e a diferente taxa de fecundidade.

A evolução do número de sobreviventes por ano para as diferentes freguesias evidencia desde logo a quebra nos nascimentos projectados (Quadro 187). Para o Município de Sines projecta-se um decréscimo no número de nascimentos, prevendo-se a ocorrência de 122 nascimentos no ano de 2011, 110 nascimentos em 2016 e 97 nascimentos no ano de 2021 – em 2001 ocorreram 138 nascimentos.

Quadro 187 – Nados-vivos no Município de Sines entre 2001 e 2021. Freguesias 2001* 2006 2011 2016 2021 Porto Covo 8 8 8 7 6 Sines 130 120 114 102 90 Total 138 129 122 110 97

(2001* – INE, Censos 2001)

A taxa de natalidade para o Município de Sines será de 7,83‰ em 2021, quando em 2001 a taxa de natalidade era de 10,43‰. Relativamente às freguesias do município, projecta-se para o ano de 2021 uma taxa de natalidade de 6,07‰ na Freguesia de Porto Covo e uma taxa de 7,94‰ na Freguesia de Sines. Em 2001, as taxas de natalidade eram de 7,17‰ e 10,43‰, respectivamente (Quadro 188).

Quadro 188 – Taxa de natalidade no Município de Sines entre 2001 e 2021 (‰). Freguesias 2001* 2006 2011 2016 2021 Porto Covo 7,17 7,31 7,35 6,92 6,07 Sines 10,43 9,80 9,43 8,68 7,94 Total 10,16 9,62 9,30 8,58 7,83

(2001* – INE, Censos 2001)

292 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

No quadro da reorganização da rede de equipamentos educativos é fundamental analisar o comportamento da população que projectamos e que serão os potenciais utilizadores para os diferentes níveis de ensino (considerou-se a população dos grupos 0 a 4 anos – pré-escolar, 5 a 9 anos – 1º Ciclo, 10 a 14 anos – 2º e 3º Ciclos, 15 a 19 anos – Ensino Secundário e 20 a 24 anos – Ensino Superior).

O efeito da diminuição da fecundidade e da taxa de natalidade tem tradução na diminuição do número de indivíduos dos 0 a 4 anos em todas as freguesias do Município de Sines (Quadro 189). Na primeira década do actual século, o número de crianças em idade de frequentar o ensino pré-escolar será reduzido em 21 indivíduos (-3,37%), passando dos actuais 623 para 602 crianças. A análise por freguesia destaca a diminuição que ocorrerá na Freguesia de Sines (-16 crianças, correspondendo a -2,75%) e o decréscimo que ocorrerá na Freguesia de Porto Covo (-7 crianças, correspondendo a -15,72%).

Esta tendência prosseguirá na década seguinte com uma diminuição de -125 crianças no município, correspondendo a -20,72%. A análise da evolução por freguesia é semelhante à descrita para o período anterior. As Freguesias de Sines e Porto Covo terão -115 e -10 crianças, o que em termos relativos se traduzirá em perdas de -20,57% e -24,19%, respectivamente. Para o horizonte temporal 2001-2021 projectam-se diminuições de -146 crianças com estas idades, correspondendo a -23,4%.

Quadro 189 – População residente, sobreviventes e variação no grupo etário 0 a 4 anos no Município de Sines entre 2001 e 2021. Freguesias 2001* 2006 2011 2016 2021 2001-2021 (Nº) 2001-2021 (%) Porto Covo 47 40 40 36 30 -17 -36,1 Sines 576 593 560 503 445 -131 -22,8 Total 623 635 602 541 477 -146 -23,4

(2001* – INE, Censos 2001)

Nos escalões etários dos 5 a 9 anos e dos 10 a 14 anos e considerando a primeira década do século XXI, registam-se decréscimos de 73 e 156 jovens no Município de Sines (Quadros 190 e 191). As Freguesias de Porto Covo e Sines registarão um decréscimo de -1 e -74 crianças dos 5 aos 9 anos e -14 e -142 no grupo seguinte. Para o horizonte temporal 2001-2021 projectam-se decréscimos no município de -166 crianças no escalão dos 5 a 9 anos e -177 jovens no escalão dos 10 a 14 anos, correspondendo a -23,5% e -22,7%, respectivamente.

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 293 ALENTEJO LITORAL

Quadro 190 – População residente, sobreviventes e variação no grupo etário 5 a 9 anos no Município de Sines entre 2001 e 2021. Freguesias 2001* 2006 2011 2016 2021 2001-2021 (Nº) 2001-2021 (%) Porto Covo 41 47 40 40 36 -5 -12,2 Sines 666 575 592 560 502 -164 -24,6 Total 707 622 634 601 541 -166 -23,5

(2001* – INE, Censos 2001)

Quadro 191 – População residente, sobreviventes e variação no grupo etário 10 a 14 anos no Município de Sines entre 2001 e 2021. Freguesias 2001* 2006 2011 2016 2021 2001-2021 (Nº) 2001-2021 (%) Porto Covo 61 41 47 40 40 -21 -35,1 Sines 717 666 575 592 560 -157 -21,9 Total 778 707 622 634 601 -177 -22,7

(2001* – INE, Censos 2001)

Os sobreviventes no grupo etário dos 15 a 19 anos terão uma diminuição de 190 indivíduos entre 2001 e 2011 (Quadro 192). Entre 2001 e 2021 este escalão etário registará uma perda de 262 indivíduos, correspondendo a -29,4%. A análise por freguesia destaca para a primeira década deste século um decréscimo de 160 jovens na Freguesia de Sines e uma diminuição de 30 indivíduos na Freguesia de Porto Covo. Numa referência ao período 2001-2021 destaca-se o decréscimo de 234 indivíduos na Freguesia de Sines (correspondendo a -28,4%) e a diminuição de 30 indivíduos na Freguesia de Porto Covo (correspondendo a -43,8%).

Quadro 192 – População residente, sobreviventes e variação no grupo etário 15 a 19 anos no Município de Sines entre 2001 e 2021. Freguesias 2001* 2006 2011 2016 2021 2001-2021 (Nº) 2001-2021 (%) Porto Covo 69 59 39 45 39 -30 -43,8 Sines 824 715 664 574 590 -234 -28,4 Total 893 773 703 619 631 -262 -29,4

(2001* – INE, Censos 2001)

A consideração dos resultados para as idades de 20 a 24 anos reflecte igualmente esta dinâmica populacional (Quadro 193). Entre 2001 e 2011 haverá um decréscimo de indivíduos nestas idades (-330 jovens, correspondendo a -30,11%). Para o horizonte temporal 2001-2021 projecta-se um decréscimo de 483 jovens, correspondendo a -44,0%. Numa referência às freguesias do município, Porto Covo e Sines apresentarão um decréscimo de 44 e 440 indivíduos, correspondendo a -51,0% e -43,5%, respectivamente.

294 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

Quadro 193 – População residente, sobreviventes e variação no grupo etário 20 a 24 anos no Município de Sines entre 2001 e 2021. Freguesias 2001* 2006 2011 2016 2021 2001-2021 (Nº) 2001-2021 (%) Porto Covo 87 67 56 38 43 -44 -51,0 Sines 1010 819 711 660 570 -440 -43,5 Total 1097 886 767 697 614 -483 -44,0

(2001* – INE, Censos 2001)

Por último, esta evolução expressa, para o Município de Sines, uma tendência para o envelhecimento da população com a continuação da perda de população no escalão jovem (0 a 14 anos) e um aumento, até meados da década de vinte do actual século, do número de idosos (Quadros 194 e 195), expressando os índices de envelhecimento esta evolução. Os resultados deste índice no Município de Sines espelham um acréscimo a partir de 2006, atingindo o valor de 152,0% em 2021, quando em 2001 o valor era de 99,5%. Isto significa que para cada 100 jovens existirão 152 idosos em 2021.

Um último comentário destaca para 2021 um índice de envelhecimento superior na Freguesia de Porto Covo (276,8%) comparativamente à Freguesia de Sines, que apresentará um índice de envelhecimento de 145,3% (Quadro 196).

Quadro 194 – População residente, sobreviventes e variação por escalão etário no Município de Sines entre 2001 e 2021.

Estrutura Etária 2001* 2006 2011 2016 2021 2001-2021 Nº 2001-2021 % 0 a 4 623 635 602 541 477 -146 -23,4 5 a 9 707 622 634 601 541 -166 -23,5 10 a 14 778 707 622 634 601 -177 -22,7 15 a 19 893 773 703 619 631 -262 -29,4 20 a 24 1097 886 767 697 614 -483 -44 25 a 29 953 1086 877 759 690 -263 -27,6 30 a 34 919 943 1074 868 750 -169 -18,4 35 a 39 1035 912 936 1066 862 -173 -16,8 40 a 44 1109 1017 896 919 1047 -62 -5,6 45 a 49 1001 1080 992 874 895 -106 -10,6 50 a 54 919 978 1056 970 854 -65 -7 55 a 59 706 896 953 1030 948 242 34,3 60 a 64 740 676 856 911 986 246 33,2 65 a 69 692 681 621 787 837 145 20,9 70 a 74 564 610 601 549 694 130 23,1 75 a 79 417 453 490 483 441 24 5,7 80 a 84 241 277 301 326 321 80 33,2 85 e + 183 149 149 158 169 -14 -7,4 Total 13577 13382 13132 12792 12358 -1219 -9 (2001* – INE, Censos 2001)

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 295 ALENTEJO LITORAL

Quadro 195 – Índice de envelhecimento e estrutura da população no Município de Sines entre 2001 e 2021 (%).

Indicadores 2001* 2006 2011 2016 2021 Índice de Envelhecimento - Homens 86,6 100,6 106,1 119,0 142,2 Índice de Envelhecimento - Mulheres 114,1 121,0 127,4 141,2 162,9 Índice de Envelhecimento - Total 99,5 110,5 116,4 129,6 152,0 População com idades entre 0 e 14 anos 15,5 14,7 14,2 13,9 13,1 População com idades entre 15 a 39 anos 36,1 34,4 33,2 31,3 28,7 População com idades entre 40 a 64 anos 33,0 34,7 36,2 36,8 38,3 População com idades entre 65 e + anos 15,4 16,2 16,5 18,0 19,9 (2001* – INE, Censos 2001)

Quadro 196 – Índice de envelhecimento por freguesia no Município de Sines entre 2001 e 2021 (%). Freguesias 2001* 2006 2011 2016 2021 Porto Covo 150,3 212,9 217,9 239,8 276,8 Sines 95,6 103,8 110,0 123,4 145,3 Total 99,5 110,5 116,4 129,6 152,0

(2001* – INE, Censos 2001).

Relativamente ao índice de dependência (Quadro 197), a freguesia mais populosa (Sines) apresentará valores mais reduzidos (48,1% em 2021, quando em 2001 era de 44,4%). Por outro lado, Porto Covo terá em 2021 um índice de dependência de 67,3% (quando em 2001 era de 50,2%).

Quadro 197 – Índice de dependência por freguesia no Município de Sines entre 2001 e 2021 (%). Freguesias 2001* 2006 2011 2016 2021 Porto Covo 50,2 57,2 59,8 61,1 67,3 Sines 44,4 43,7 43,0 45,8 48,1 Total 44,9 44,7 44,1 46,8 49,3

(2001* – INE, Censos 2001).

Em suma, no que se refere à evolução do Município de Sines, regista-se um crescimento da população em todas as freguesias, o qual resulta da dinâmica natural da população e de alguma capacidade de atracção deste município. Os valores do saldo de migrações total traduzem capacidade de atrair residentes. O crescimento natural apresenta taxas de natalidade reduzidas (entre 7,00‰ e 11,00‰) e taxas de mortalidade superiores aos valores da taxa de natalidade (entre 10,00‰ e 13,00‰), em linha com o observado na generalidade dos territórios portugueses. Esta evolução, tendo em atenção os efeitos da dinâmica natural e da mobilidade da população, deve ser perspectivada no quadro da demografia portuguesa das décadas mais recentes.

296 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

As tendências de futuro traduzem-se numa dinâmica natural caracterizada por uma diminuição dos nascimentos associada a taxas de fecundidade e de natalidade reduzidas. Para o horizonte temporal 2001-2021, todas as freguesias do Município de Sines perderão população. A consideração do saldo migratório poderá compensar esta tendência de decréscimo. Relativamente à distribuição da população residente no Município de Sines constata-se um dispositivo espacial especialmente polarizado pela Freguesia de Sines, que concentra a maior parte da população residente.

5.2. Análise da Rede e Sistema Educativo

5.2.1. Oferta e Procura Educativa

A oferta educativa no Município de Sines é composta por 17 estabelecimentos de ensino 18 , que apresentam uma frequência global de 2316 alunos (Quadro 198 e Figura 157).

A Freguesia de Sines destaca-se no contexto municipal apresentando 14 estabelecimentos de ensino e uma população escolar de 2242 alunos. Já a Freguesia de Porto Côvo disponibiliza apenas três equipamentos e apresenta a frequência de apenas 74 alunos.

Quadro 198 – Síntese da oferta e da procura educativa no Município de Sines no ano lectivo 2008/2009.

Educação Pré- Ensino Ensino Ensino 1º CEB 2º CEB 3º CEB Total Escolar Secundário Profissional Artístico

Freguesias Nº de alunos Nº de alunos Nº de alunos Nº de alunos Nº de alunos Nº de alunos Nº de alunos Nº de crianças Nº de estabelecimentos Nº de estabelecimentos Nº de estabelecimentos Nº de estabelecimentos Nº de estabelecimentos Nº de estabelecimentos Nº de estabelecimentos Nº de estabelecimentos Porto Côvo 2 39 1 35 ------3 74 Sines 6 421 2 577 1 331 2 460 1 238 1 215 1 … 14 2242 8 460 3 612 1 331 2 460 1 238 1 215 1 … 17 2316 Total

18 Do total de oito estabelecimentos de Educação Pré-escolar existentes no Município de Sines um corresponde, na realidade, a uma EPEI, designadamente a EPEI Cabeça de Cabra (Porto Côvo), pelo que nas Figuras 159 e 160 apenas se encontram representados sete estabelecimentos de Educação Pré-escolar.

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 297 ALENTEJO LITORAL

Figura 157 – Rede educativa do Município de Sines.

5.2.1.1. Educação Pré-escolar

A Educação Pré-escolar encontra-se assegurada por oito equipamentos educativos 19 , os quais se repartem, de modo uniforme, pela rede pública e pela rede particular (Quadro 199 e Figura 158). No entanto, são os equipamentos afectos à rede particular que apresentam o maior número de crianças inscritas, com 242 crianças, enquanto que os estabelecimentos da rede pública registam 218 crianças inscritas, pelo que no seu todo observa-se um total de 460 crianças a frequentar a Educação Pré-escolar.

A Freguesia de Sines integra seis estabelecimentos de Educação Pré-escolar, que concentram uma população escolar de 421 crianças. Por seu turno, a Freguesia de Porto Côvo apresenta dois JI’s, que registam a frequência de 39 crianças.

19 Tal como referido anteriormente, um dos dois estabelecimentos de ensino localizado nas Freguesia de Porto Côvo corresponde a uma EPEI, pelo que na Figura 160 apenas se encontram representados sete estabelecimentos de Educação Pré- escolar.

298 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

Quadro 199 – Síntese da oferta e da procura na Educação Pré-escolar no Município de Sines, segundo a natureza jurídica, no ano lectivo 2008/2009.

Pública Particular Total

Freguesias Nº de Nº de Nº de Nº de crianças Nº de crianças Nº de crianças estabelecimentos estabelecimentos estabelecimentos

Porto Côvo 2 39 -- 2 39 Sines 2 179 4 242 6 421 Total 4 218 4 242 8 460

Figura 158 – Rede educativa da Educação Pré-escolar no Município de Sines.

No que respeita à mobilidade da população escolar destaca-se a Freguesia de Sines com a frequência de sete crianças residentes na Freguesia de Porto Côvo (Quadro 200). De destacar, ainda, o facto de não se registar a saída de qualquer criança para outros Municípios da Sub-região.

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 299 ALENTEJO LITORAL

Quadro 200 – Dinâmica da população escolar na Educação Pré-escolar no Município de Sines no ano lectivo 2008/2009.

População Entrada de crianças Saída de crianças Freguesias escolar Outras Outros Outras Outros Total Total 2008/2009 freguesias municípios freguesias municípios Porto Côvo 39 0 0 0 7 0 7 Sines 421 7 0 7 0 0 0 Total 460 7 0 7 7 0 7

No que se refere à dinâmica da população escolar verifica-se que, no ano lectivo 2008/2009, são 460 as crianças inscritas na Educação Pré-escolar no Município de Sines, número superior aos 426 nascimentos observados no período c correspondente à frequência (Quadro 201). Esta discrepância poderá ser explicada pela presença de um significativo número de crianças que, apesar de não terem sido registadas neste território, são residentes e frequentam os estabelecimentos de ensino locais, algo que se deve ao crescimento económico deste sector do território nacional, muito por força do desenvolvimento do Porto de Sines.

Assim, e tendo em linha de conta apenas os nascimentos perspectiva-se a frequência de 410 e 396 crianças, nos anos lectivos 2009/2010 e 2010/2011, o que demonstra uma ligeira diminuição dos quantitativos escolares potenciais.

Quadro 201 – População escolar potencial na Educação Pré-escolar no Município de Sines entre os anos lectivos 2008/2009 e 2010/2011.

População escolar Agrupamentos de Freguesias Potencial Escolas Real 2008/2009 2008/2009 2009/2010 2010/2011 Porto Côvo 39 30 22 16 Sines Sines 179 396 388 380 Subtotal 218 426 410 396

Escolas Não Agrupadas Sines 242 ---

Total 460 426 410 396

5.2.1.2. 1º Ciclo do Ensino Básico

Relativamente ao 1º CEB, observa-se que a Freguesia de Sines disponibiliza dois equipamentos educativos, enquanto que a Freguesia de Porto Côvo apresenta, apenas, um estabelecimento de ensino (Quadro 202 e Figura 159). Não obstante, a Freguesia de Sines apresenta um quantitativo de população escolar bastante superior à Freguesia de Porto Côvo, uma vez que regista um total de 577 alunos matriculados, enquanto na última freguesia observa-se a frequência de apenas 35 alunos.

300 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

Quadro 202 – Síntese da oferta e da procura educativa do 1º CEB no Município de Sines, segundo a natureza jurídica, no ano lectivo 2008/2009.

Pública Freguesias Nº de estabelecimentos Nº de alunos Porto Côvo 1 35 Sines 2 577 Total 3 612

Figura 159 – Rede educativa do 1º CEB no Município de Sines.

No Município de Sines verifica-se um saldo entre entradas e saídas positivo, com a saída de apenas dois alunos residentes para frequentar o 1º CEB noutros Municípios da Sub-região do Alentejo Litoral, face à entrada de sete alunos provenientes de outros territórios municipais (Quadro 203). Estes sete alunos frequentam, na sua totalidade, os equipamentos localizados na Freguesia de Sines.

Quadro 203 – Dinâmica da população escolar no 1º CEB no Município de Sines no ano lectivo 2008/2009. População Entrada de alunos Saída de alunos Nascimentos Freguesias escolar Outras Outros Outras Outros 1999-2002 Total Total 2008/2009 freguesias municípios freguesias municípios Porto Côvo 35 32 3 0 3 4 0 4 Sines 577 508 4 7 11 3 2 5 Total 612 540 7 7 14 7 2 9

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 301 ALENTEJO LITORAL

No Município de Sines perspectiva-se uma estabilização da população escolar, com um igual número de alunos previstos (540) nos anos lectivos 2008/2009 e 2013/2014 (Figura 160). De referir que os valores previstos para os próximos anos lectivos poderão ser efectivamente superiores, considerando a diferença observada entre a população escolar potencial (540) e real (612), no ano lectivo 2008/2009.

A freguesia sede de Município regista 510 nascimentos no período correspondente à frequência do ano lectivo 2013/2014, ao passo que a Freguesia de Porto Côvo apresenta um número de nascimentos bastante inferior, designadamente 30 crianças (Figura 161).

750

600

450 Nº 300

150

0 2008/2009 2009/2010 2010/2011 2011/2012 2012/2013 2013/2014 Potencial Real

Figura 160 – População escolar potencial no 1º CEB no Município de Sines entre os anos lectivos 2008/2009 e 2013/2014.

Figura 161 – Projecção da população escolar do 1º CEB no Município de Sines, no ano lectivo 2013/2014.

302 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

5.2.1.3. 2º e 3º Ciclos do Ensino Básico

Nos 2º e 3º CEB o Município de Sines apresenta dois estabelecimentos pertencentes à rede pública, que registam um total de 791 alunos (Quadro 204 e Figura 162). Assim, a EB2,3 Vasco da Gama apresenta a frequência de 479 alunos, distribuídos pelos 2º CEB (331) e 3º CEB (148), enquanto que a ES/3 Poeta Al Berto, apenas, ministra o 3º CEB, apresentando uma população escolar de 312 alunos.

Quadro 204 – Síntese da oferta e da procura educativa dos 2º e 3º CEB no Município de Sines, segundo a natureza jurídica, no ano lectivo 2008/2009.

Número de alunos Agrupamentos de Freguesias Estabelecimentos de ensino Pública Escolas 2º CEB 3º CEB 2º e 3º CEB EB2,3 Vasco da Gama 331 148 479 Sines Sines ES/3 Poeta Al Berto ­ 312 312 Total 331 460 791

Figura 162 – Rede educativa dos 2 e 3º CEB, Ensino Secundário, Ensino Profissional e Ensino Artístico no Município de Sines.

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 303 ALENTEJO LITORAL

No que concerne à entrada de alunos (Quadro 205), a EB2,3 Vasco da Gama observa a frequência de três alunos provenientes de fora da sua área de influência, os quais residem no Município de Santiago do Cacém (Figura 163). Por seu turno, no 3º CEB da ES/3 Poeta Al Berto são quatro os alunos oriundos de outros Municípios (Figura 164), mais concretamente dos Municípios de Santiago do Cacém (três) e Grândola (um).

Quadro 205 – Dinâmica da população escolar nos 2º e 3º CEB no Município de Sines no ano lectivo 2008/2009.

População Entrada de alunos Saída de alunos Nascimentos escolar Outras Outros Outras Outros 1994-1998 Total Total 2008/2009 freguesias municípios freguesias municípios Estabelecimentos de ensino 2º CEB 3º CEB 2º CEB 3º CEB 2º CEB 3º CEB 2º CEB 3º CEB 2º CEB 3º CEB 2º CEB 3º CEB 2º CEB 3º CEB 2º CEB 3º CEB 2º e 3º CEB 2º e 3º CEB 2º e 3º CEB 2º e 3º CEB 2º e 3º CEB 2º e 3º CEB 2º e 3º CEB 2º e 3º CEB EB2,3 Vasco da Gama 331148479 0 0 0 2 1 3 2 1 3 0 0 0 1 8 9 1 8 9 231 355 586 ES/3 Poeta Al Berto ­ 312 312 ­­­­ 4 4 ­ …… ------Total 3314607912313555860 0 0 2 5 7 2 1 3 0 0 0 1 8 9 1 8 9

Figura 163 – Residência dos alunos da EB2,3 Vasco da Gama.

304 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

Figura 164 – Residência dos alunos do 3º CEB da ES/3 Poeta Al Berto.

Considerando unicamente os nascimentos no Município de Sines prevê-se um claro acréscimo da população escolar potencial, com a passagem dos 586 alunos, no ano lectivo 2008/2009, para os 685 alunos, no ano lectivo 2013/2014, o que representa um incremento de 16,89% (Figura 165). A partir deste momento, a projecção aponta para uma manutenção dos efectivos escolares, com a possível matrícula de 685 alunos, no ano lectivo 2017/2018. Em relação ao 2º CEB é possível observar, entre os anos lectivos 2008/2009 e 2013/2014, a passagem de 231 a 276 alunos, enquanto que no 3º CEB se poderá verificar a passagem de 355 a 409 alunos.

Não obstante, os valores previstos para os dois níveis de ensino poderão ser superiores ao estimado considerando que a população escolar efectiva no ano lectivo 2008/2009 (791) é superior aos nascimentos observados nos anos correspondentes à frequência (586).

Em relação à população escolar potencial do ano lectivo 2013/2014 pode constatar-se que a freguesia sede de Município é a que apresenta o valor de nascimentos mais significativo, com 641 crianças nascidas (Figura 166), enquanto que a Freguesia de Porto Côvo regista um total de 44 nascimentos.

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 305 ALENTEJO LITORAL

1000

800

600 Nº 400

200

0 2008/2009 2010/2011 2012/2013 2014/2015 2016/2017 Potencial 2º CEB Potencial 3º CEB

Figura 165 – População escolar potencial nos 2º e 3º CEB no Município de Sines entre os anos lectivos 2008/2009 e 2017/2018.

Figura 166 – Projecção da população escolar dos 2º e 3º CEB no Município de Sines, no ano lectivo 2013/2014.

5.2.1.4. Ensino Secundário

O equipamento afecto ao Ensino Secundário encontra-se localizado na freguesia sede de Município e apresenta uma população escolar de 238 alunos, no decorrer do ano lectivo 2008/2009 (Quadro 206 e vide Figura 162).

306 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

Quadro 206 – Síntese da oferta e da procura educativa do Ensino Secundário no Município de Sines, segundo a natureza jurídica, no ano lectivo 2008/2009.

Pública Freguesias Nº de estabelecimentos Nº de alunos

Sines 1 238

No Município de Sines verifica-se a saída de 17 alunos para outros territórios municipais, face aos quatro alunos residentes nos Municípios vizinhos que optaram pela frequência deste nível de ensino no Município de Sines (Quadro 207 e Figura 167).

Quadro 207 – Dinâmica da população escolar no Ensino Secundário no Município de Sines no ano lectivo 2008/2009.

População escolar Nascimentos Entrada de Saída de Estabelecimentos de ensino 2008/2009 1991-1993 alunos alunos

ES/3 Poeta Al Berto 238 432 4 17

Figura 167 – Residência dos alunos do Ensino Secundário da ES/3 Poeta Al Berto.

Como facilmente se justifica pela não obrigatoriedade do Ensino Secundário e pela presença de um estabelecimento de Ensino Profissional que se direcciona para a mesma faixa etária deste nível de ensino, no ano lectivo 2008/2009 regista-se uma diferença bastante elevada entre a população escolar potencial (432) e a população escolar real (238).

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 307 ALENTEJO LITORAL

Não obstante, entre os anos lectivos 2008/2009 e 2013/2014 perspectiva-se uma diminuição potenciais jovens, com a passagem de 432 a 347 jovens. Esta dinâmica não deverá continuar até ao ano lectivo 2017/2018, momento em que as projecções apontam para a frequência 392 jovens (Figura 168).

500

400

300 Nº 200

100

0 2008/2009 2010/2011 2012/2013 2014/2015 2016/2017 Potencial Real

Figura 168 – População escolar potencial no Ensino Secundário no Município de Sines entre os anos lectivos 2008/2009 e 2017/2018.

Em relação à projecção da população escolar afecta ao Ensino Secundário para o ano lectivo 2013/2014, verifica-se que a Freguesia de Sines apresenta 327 jovens, enquanto que na Freguesia de Porto Côvo observa-se um total de 20 jovens (Figura 169).

Figura 169 – Projecção da população escolar do Ensino Secundário no Município de Sines, no ano lectivo 2013/2014.

308 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

5.2.1.5. Ensino Profissional e Ensino Artístico

A oferta de Ensino Profissional no Município de Sines caracteriza-se pela existência de um estabelecimento, a Escola Tecnológica do Litoral Alentejano, com uma população escolar de 215 alunos. De destacar, ainda, a presença de um equipamento de Ensino Artístico, a Escola das Artes de Sines, cujos dados referentes à população escolar do ano lectivo 2008/2009 não foram disponibilizados (Quadro 208 e vide Figura 162).

Quadro 208 – Síntese da oferta e da procura educativa do Ensino Profissional e Ensino Artístico no Município de Sines, segundo a natureza jurídica, no ano lectivo 2008/2009.

Ensino Profissional Ensino Artístico Particular Particular Freguesias Nº de Nº de Nº de alunos Nº de alunos estabelecimentos estabelecimentos Sines 1 215 1 …

5.2.2. Reorganização da Rede Educativa

No Município de Sines podem distinguir-se três unidades morfológicas: a plataforma litoral e o maciço subvulcânico de Sines, ambos no sector Oeste, e o alinhamento montanhoso da Serra do Cercal, este dominando todo o sector Este, que se traduzem, globalmente, em alguns constrangimentos na mobilidade local, em particular no sector Este do território municipal. Este Município assume-se como o menos populoso da Sub-região do Alentejo Litoral, embora tendo registado um acréscimo expressivo da população residente no último período intercensitário (12,74%).

O Município de Sines tem vindo a regista desde da década de oitenta um acréscimo populacional, o que se encontra relacionado com o crescimento industrial associado à exploração do Porto de Sines, verificando-se, deste modo, a criação de um nova centralidade neste território municipal. Este facto tem- se vindo a reflectir, em termos da dinâmica da população escolar, num número de crianças e alunos matriculados bastante superior ao número de crianças e alunos previstos com base nos nascimentos, em especial nos níveis de ensino correspondentes à escolaridade obrigatória, o que gera grandes dificuldades na projecção da população escolar para os próximos anos lectivos.

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 309 ALENTEJO LITORAL

No território do Município de Sines prevê-se, no ano lectivo 2010/2011, na Educação Pré-escolar de um total de 396 crianças, o que significa um decréscimo de -7,04%, comparativamente com as 426 crianças registadas no período correspondente à frequência do ano lectivo 2008/2009 (Quadro 209). De referir que neste ano lectivo verifica-se um total de 460 crianças inscritas, número superior ao número de crianças estimado, o que, caso se continue a observar, poderá vir a introduzir alterações no número de crianças previsto.

Quadro 209 – Previsão e dinâmica da população escolar no Município de Sines. População Escolar JI 1º CEB 2º CEB 3º CEB Ensino Secundário

2008/2009 2008/2009 2008/2009 2008/2009 2008/2009 2010/2011 2013/2014 2013/2014 2013/2014 2013/2014 Território Educativo Nascimentos Nascimentos Nascimentos Nascimentos Nascimentos População Escolar População Escolar População Escolar População Escolar População Escolar População Escolar População Escolar População Escolar População Escolar População Escolar

Sines 426 460 396 540 612 540 231 331 276 355 460 409 432 238 347

No 1º CEB, a projecção aponta, por seu turno, para a frequência de 540 alunos no ano lectivo 2013/2014, valor idêntico ao número de alunos previstos para o ano lectivo 2008/2009. Contudo, neste ano lectivo o número de alunos matriculados (612) é bastante superior ao número de alunos previsto, o que resulta da frequência de alunos residentes, mas não registados neste território municipal.

Relativamente ao 2º CEB, perspectiva-se a frequência de 276 alunos no ano lectivo 2013/2014, o que se traduz num acréscimo em relação aos 231 nascimentos registados no período correspondente à frequência do ano lectivo 2008/2009 (mais 45 alunos). De referir, ainda, que a população escolar efectivamente matriculada neste ano lectivo é de 331 alunos, o que representa mais 100 crianças em relação ao número de alunos potenciais. Neste caso são necessários mais dois espaços lectivos relativamente ao actualmente utilizado.

310 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

Também na análise do 3º CEB será de referir que a previsão efectuada aponta para um aumento da população escolar afecta a este nível de ensino, passando de 355 alunos, ano lectivo 2008/2009 para 409 alunos, no ano lectivo 2013/2014 (mais 54 alunos). Todavia, o número de alunos efectivamente matriculados no ano lectivo 2008/2009 é de 460 alunos, o que representa uma diferença bastante significativa em relação aos nascimentos registados nos anos correspondentes à frequência.

No Ensino Secundário poderá observar-se um decréscimo significativo da população escolar potencial entre anos lectivos 2008/2009 e 2013/2014, com a passagem dos 432 aos 347 jovens, sendo também de referir que a população escolar efectiva referente ao ano lectivo 2008/2009 é de apenas 238 jovens, o que se encontra associado à actual não obrigatoriedade deste nível de ensino, bem como à presença de um estabelecimento de Ensino Profissional que por se dirigir a mesma faixa etária introduz alterações no número de alunos previsto para o Ensino Secundário.

A reestruturação do parque escolar deste território municipal deverá ter em linha de conta a previsão, em função dos nascimentos, de 396 crianças na Educação Pré-escolar, o que corresponde à necessidade de 16 salas de actividade, de 540 alunos no 1º CEB (22 salas de aula) e, ainda, de 685 alunos afectos aos 2º e 3º CEB (276+409), o que deverá corresponder a 12 e 18 espaços lectivos, respectivamente (Quadro 210). No entanto, não pode deixar de ser referido que o número de alunos estimado deverá ser superior, atendendo à diferença observa entre a população escolar potencial e real no ano lectivo em estudo, tal como foi referido anteriormente.

Deste modo, e atendendo ao elevado número de crianças (380) e alunos (510) encontra-se, desde já, aprovado pela DREA e pelo GEPE na Freguesia de Sines não só a construção de um Centro Escolar, com quatro salas de actividade e oito salas de aula, bem como a reconversão/ampliação da EB2,3 Vasco da Gama em EBI/JI, através da construção de um bloco destinado à Educação Pré-escolar e ao 1º CEB, devendo apresentar, respectivamente, quatro e dez espaços lectivos (Quadro 211 e Figura 170). Em simultâneo, deverá, ainda, permanecer em funcionamento a EB1/JI nº 1 Sines, que oferece três salas para a Educação Pré-escolar e quatro salas de aula para o 1º CEB.

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 311 ALENTEJO LITORAL

No entanto, ao nível da Educação Pré-escolar, deverá ser equacionada a oferta de três estabelecimentos afectos à rede particular, que disponibilizam um total de 18 salas de actividade.

Na Freguesia de Porto Covo deverá manter-se em funcionamento a EB1/JI Porto Côvo, que oferece na actualidade uma sala de actividade e duas salas de aula, números suficiente para integrar as 16 crianças e os 30 alunos previstos. A manutenção deste equipamento educativo tem como objectivo evitar a deslocação diária por períodos superiores a 20 minutos das crianças residentes neste sector. Deve aqui ser salientado o facto que a equipa técnica ter considerado, num primeiro momento, a hipótese dos alunos residentes na Freguesia de Porto Côvo passarem a integrar os estabelecimentos de 1º CEB da Freguesia de Sines, no entanto teriam que realizar um percurso de cerca de 25 minutos. Já num segundo momento considerou-se a hipótese de se deslocarem para a Freguesia de Vila Nova de Mil Fontes, porém o tempo de percurso seria, ainda, superior, mais concretamente 30 minutos.

No que respeita aos 2º e 3º CEB e Ensino Secundário prevê-se a matrícula de um total de 685 e 347 alunos, respectivamente, correspondente à necessidade de 18 e 13 espaços lectivos, que se deverão distribuir pela EBI/JI Vasco da Gama, que apresenta 18 salas de aula, bem como pela ES/3 Poeta Al Berto, que oferece 41 salas de aula.

A implementação do cenário alternativo neste território municipal não apresenta qualquer constrangimento, na medida em que a ES/3 Poeta Al Berto apresenta a capacidade necessária para acolher a totalidade dos alunos previstos no 3º CEB e Ensino Secundário. Em simultâneo, deverá observar-se a reconversão do novo Centro Escolar Sines e da EBI/JI Vasco da Gama em EB1,2/JI’s, embora tenham de sofrer obras de ampliação para conseguir integrar a totalidade da população escolar prevista no 1º e 2º CEB neste Município.

312 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

Quadro 210 – Cenários de reorganização do parque escolar do Município de Sines. 1º Cenário 2º Cenário Território Ensino 3º CEB + Ensino JI + 1º CEB 2º CEB + 3º CEB JI + 1º CEB + 2º CEB Educativo Secundário Secundário Alunos Salas Alunos Salas Alunos Salas Alunos Salas Alunos Salas Sines 396 + 540 16 (18*) + 22 276 + 409 12 + 18 347 13 396 + 540 + 276 16 + 22 + 12 409 + 347 18 + 13 * Salas de actividade pertencentes à rede particular.

Quadro 211 – Propostas de reorganização do parque escolar do Município de Sines.

Níveis de ensino Freguesias Propostas Porto Côvo Manutenção da EB1/JI Porto Côvo. Manutenção do Centro Infantil de Sines "A Conchinha". Centro Infantil de Sines "A Conchinha" Colégio Estrela do Mar Educação Pré-escolar, 1º, 2º JI Capuchinho Vermelho (Stª.Cª Misericórdia) e 3º CEB Sines JI O Pintainho (Cáritas Paroquial) Manutenção da EB1/JI nº 1 Sines. Construção de um Centro Escolar. Reconversão/ampliação da EB2,3 Vasco da Gama em EBI/JI. Manutenção da ES/3 Poeta Al Berto. Manutenção da ES/3 Poeta Al Berto. Ensino Secundário e Ensino Profissional e Ensino Sines Escola Tecnológica do Litoral Alentejano Artístico Escola das Artes de Sines.

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 313 ALENTEJO LITORAL

Figura 170 – Propostas de reorganização do parque escolar do Município de Sines.

Algumas Considerações Finais

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 317 ALENTEJO LITORAL

O projecto “Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013” tem como objectivo fazer do nosso país um espaço territorialmente coeso, dispondo de uma rede educativa adequadamente distribuída e dimensionada, que permita responder, com elevados níveis de eficácia e eficiência, às carências e problemas existentes.

Durante os últimos cinco anos as mais de três centenas de autarquias nacionais iniciaram este processo, através das Cartas Educativas Municipais, no entanto, a procura de um salto qualitativo para a educação no nosso país, com a participação activa do poder local, saiu, por força de diferentes razões, muitas vezes desvirtuada.

Por tudo isto impõe-se, naturalmente, um processo de reorganização do parque escolar nacional, no sentido de o tornar consentâneo não só com a realidade actual, mas fundamentalmente com a prevista para as próximas décadas no nosso país.

Mais do que um simples diagnóstico do sistema educativo nacional, este projecto pretende contribuir para um verdadeiro ordenamento e planeamento do território, com vista à optimização da gestão territorial, pois só com base num projecto com estas características se torna exequível um efectivo planeamento das intervenções a realizar, sempre com base no princípio da optimização dos recursos, quer existentes, quer previstos, adequando a oferta à procura.

Naturalmente, a reorganização do parque escolar nacional não obedece, na totalidade do país, às mesmas linhas estratégicas, uma vez que a delimitação dos novos Territórios Educativos não pode e não deve ignorar as diferentes características físicas e dinâmicas humanas observadas nos diversos Municípios que integram o território nacional, obrigando, assim, à sua adaptação.

No início do século XXI são ainda bem visíveis as dicotomias norte/sul e litoral/interior, no entanto, é a dicotomia urbano/rural que se tem vindo a afirmar. Ao Portugal urbano organizado em rede, caracterizado pelo aparecimento do arquipélago urbano constituído pelas grandes regiões metropolitanas de Lisboa e Porto, do cordão urbano do litoral algarvio e ainda de várias aglomerações urbanas de média e até, nalguns casos, pequena dimensão, opõem-se amplos sectores do território que sofrem um processo de isolamento, desertificação e envelhecimento crescente, maioritariamente caracterizados pela existência de uma rede de acessibilidades deficitária e pela carência de alguns serviços básicos, como a saúde e a educação.

318 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

Do mesmo modo, também não pode ser feita à margem das alterações perspectivadas para o sistema educativo português, como a obrigatoriedade de frequência da Educação Pré-escolar das crianças com cinco anos, a integração do 2º CEB à Educação Pré-escolar e ao 1º Ciclo do Ensino Básico e a obrigatoriedade do Ensino Secundário, entre muitas outras.

Após a conclusão da reorganização do parque escolar nacional, a rede educativa do nosso país, que em 2004, aquando do início deste processo, era constituída por cerca de 10 000 estabelecimentos de ensino, deverá sofrer uma redução significativa, no sentido de adequar as condições físicas, espaciais e materiais às exigências pedagógicas, administrativas e sociais que têm vindo a ser caucionadas pela reforma global avançada pelo Ministério da Educação, estruturadas na lógica dos Centros Escolares.

Os novos equipamentos educativos propostos caracterizam-se genericamente pela elevada qualidade arquitectónica e funcional, pela integração de pelo menos dois níveis de ensino e por apresentarem um conjunto de espaços – refeitório/polivalente, biblioteca, espaços para as actividades de enriquecimento curricular e equipamento desportivo – que contribuirão para a melhoria da qualidade do espaço educativo e que poderão, igualmente, ser partilhados pelas comunidades locais.

Esta perspectiva de espaço educativo permite, por um lado, a consolidação do objectivo estratégico de garantir a Escola a Tempo Inteiro, e, por outro lado, a diminuição da dispersão de recursos financeiros, materiais e humanos.

Para que a construção destes novos equipamentos educativos se traduza numa efectiva melhoria da qualidade da educação, torna-se fundamental a reorganização da rede de transportes escolares, da responsabilidade de cada um dos Municípios. Em virtude da implementação desta nova perspectiva de espaço educativo, a distância entre o estabelecimento de ensino e o local de residência vai aumentar, o que se traduz, naturalmente, num aumento dos tempos de percurso, assim como num maior número de crianças em movimento, facto que, caso não seja correctamente planeado, poderá afectar de forma

decisiva o bem-estar da população discente.

No caso particular da Sub-região do Alentejo Litoral, a conclusão da reorganização do parque escolar da rede pública vai traduzir-se numa redução significativa do número de estabelecimentos de ensino que integra, passando de aproximadamente 107 a cerca de 69 equipamentos educativos, o que corresponde a uma diminuição de cerca de -35,51% (Figuras 171 e 172).

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 319 ALENTEJO LITORAL

Estes 69 estabelecimentos de ensino correspondem a 32 Jardins-de-Infância, a quatro Escolas Básicas do 1º Ciclo, a oito Escolas Básicas do 1º Ciclo com Jardim-de-Infância, a seis Centros Escolares, a quatro Escolas Básicas de 2º e 3º CEB, a sete Escolas Básicas Integradas, a uma Escola Básica Integrada com Jardim-de-Infância, a duas Escolas Secundárias, a quatro Escolas Secundárias com 3º CEB e a uma Escola de Ensino Profissional.

Não pode deixar de ser referido, ainda, a presença de 24 estabelecimentos da rede particular, que correspondem a 20 Jardins-de-Infância, a uma Escola Básica do 2º e 3º CEB com Ensino Secundário, duas Escolas Profissionais e um estabelecimento de Ensino Artístico.

Como se constata através da análise da tipologia dos estabelecimentos de ensino, as propostas de reorganização do parque escolar apresentadas privilegiaram os equipamentos educativos que integrem pelo menos dois níveis de ensino. As manutenções de Jardins-de-Infância relacionam-se com aspectos de natureza qualitativa e quantitativa, como o aumento das distâncias entre o estabelecimento de ensino e o local de residência em sectores mais isolados do território, quer por motivos relacionados com as características morfológicas, quer por questões associadas à deficiente rede de acessibilidades, ou o insuficiente número de salas nos novos equipamentos educativos, resultante das limitações impostas pela tutela relacionadas com os critérios de programação dos estabelecimentos de ensino.

Esta diminuição do número de estabelecimentos de ensino vai conduzir, por um lado, a um aumento da sua qualidade, uma vez que passam a estar adaptados às novas exigências pedagógicas, administrativas e sociais que têm vindo a ser apresentadas, e a uma melhor gestão dos meios disponíveis e, por outro lado, ao repensar da rede de transportes escolares, de modo a que esta reorganização do parque escolar não se traduza numa redução da qualidade de vida da população escolar.

Naturalmente, as propostas de reorganização do parque escolar numa Sub-região como a do Alentejo Litoral foram adaptadas aos aspectos de natureza física e demográfica, que num território com as particularidades que este apresenta são fortemente condicionantes, bem como ao comportamento da população escolar dos cinco Municípios que a integram, que observa dinâmicas bastante diferenciadas, características que se encontram sintetizadas no quadro seguinte (Quadro 212).

320 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

Figura 171 – Fase inicial e final da reorganização do parque escolar da Sub-região do Alentejo Litoral.

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 321 ALENTEJO LITORAL

Figura 172 – Fase inicial e final da reorganização do parque escolar do Sub-região do Alentejo Litoral do Ensino Básico e do Ensino Secundário.

322 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

As condicionantes naturais, como a morfologia e os cursos de água de maior dimensão, adquirem um papel determinante neste processo, uma vez que são responsáveis por algumas fronteiras e alguns estrangulamentos, com consequências evidentes ao nível do isolamento das populações e das distâncias a percorrer entre o estabelecimento de ensino e o local de residência, aliás como facilmente se observa no caso do sector sudoeste.

Relativamente ao contexto demográfico importa não só fazer a avaliação dos quantitativos e das características da população e do povoamento no tempo presente, mas sobretudo determinar os seus quantitativos e as suas características futuras, com o objectivo de apoiar o planeamento dos equipamentos educativos.

No que respeita às características da população escolar interessa acima de tudo conhecer os quantitativos escolares reais e previstos para os anos lectivos seguintes. A realização das projecções escolares assenta na observação dos nascimentos registados no período correspondente na área de influência de cada estabelecimento de ensino, sendo a partir desta análise que se torna possível a delimitação dos novos Territórios Educativos. A definição das áreas de influência dos diferentes estabelecimentos de ensino só é possível através do conhecimento da mobilidade, que tem como base a interpretação dos fluxos escolares, razão pela qual esta variável assume um papel de destaque na apresentação das propostas de reorganização do parque escolar. Só com base no conhecimento de todos estes factores de natureza física e humana é que se tornou possível, através da incorporação efectiva das variáveis caracterizadoras, a apresentação das propostas de reorganização do parque escolar da Sub-região do Alentejo Litoral, coerentes, sustentáveis e que permitam cumprir a finalidade a que se propõem.

Com o objectivo de avaliar a congruência das propostas apresentadas efectuou-se uma análise da distância tempo a partir dos estabelecimentos de ensino do 1º Ciclo do Ensino Básico, uma vez que a equipa técnica considera que o tempo médio do percurso entre o equipamento educativo e o local de residência é um factor que exerce uma influência determinante no processo de aprendizagem da população escolar. A escolha dos estabelecimentos de ensino do 1º Ciclo do Ensino Básico deve-se ao facto deste ser um nível de ensino obrigatório onde a proximidade entre o equipamento educativo e a habitação influencia de forma mais decisiva o percurso escolar de um aluno.

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 323 ALENTEJO LITORAL

Quadro 212 – Síntese das características dos Municípios que integram a Sub-região do Alentejo Litoral.

Municípios Caracterização física Caracterização demográfica Caracterização da população escolar Parque escolar previsto

Alguma mobilidade da população escolar; Quebra populacional global (-11,35%) entre 1981 e A totalidade dos níveis de ensino apresenta uma 1991, enquanto que entre o ano de 1991 e 2001 foi de JI Alcácer do Sal nº1; Do ponto de vista morfológico apresenta-se elevada capacidade de atracção, registando a -1,55; JI Alcácer do Sal nº2; como um território onde predominam declives frequência de alunos provenientes de outros A Freguesia de Santiago apresenta o maior JI Torrão ; suaves, referindo-se somente um aumento das M unicípios, devido à existência de estabelecimentos quantitativo de população residente; EB1 Alcácer do Sal nº1; classes de declives na passagem para o M aciço da rede particular com o Pré-escolar; Alcácer do Sal Crescimento natural negativo e perda de Centro Escolar Comporta; Hespérico e nos vales fluviais, devido à incisão Perspectiva-se uma diminuição do número de alunos população residente em todas as Freguesias; Centro Escolar Alcácer do Sal; das linhas de água, destacando-se o rio Sado, não no 2º e 3º CEB, enquanto que o 1º CEB regista um Tendência para um rápido envelhecimento da EB2,3 Pedro Nunes; apresentando qualquer tipo de condicionante à aumento do número de alunos; A tendência para o po pulação ; EBI Bernardim Ribeiro; mobilidade. ano lectivo de 2013/2014, é uma diminuição do número Perspectiva-se um decréscimo populacional até ES Alcácer do Sal. de alunos, isto tendo em conta os nascimentos ao ano 2021. verificados.

Apresenta-se como o terceiro município mais Enquadrado em duas unidades morfoestruturais populoso do Sub-região do Alentejo Litoral; distintas, a Bacia Sedimentar do Tejo -Sado e o Diminuição da população entre os períodos JI Grândo la; M aciço Hespérico, o território municipal apresenta intercensitários 1981, 1991 e 2001; Crescimento Fidelização e capacidade de atracção de alunos; JI Aldeia do Futuro; fo rmas de relevo muito diferentes, que se natural negativo e perda de população residente Elevado número de aluno s; JI Ameiras de Cima; manifestam ao nível da mobilidade e observando-se todavia para as Freguesias de Existe um decréscimo do número de aluno s no 1º EB1 Grândola; Grândo la acessibilidade. Grândola e Carvalhal sublinha-se uma tendência CEB e Ensino Secundário, enquanto que, no 2º e 3º Centro Escolar Carvalhal; Três grandes sectores: a norte, a bacia do Sado de acréscimo de população residente; CEB prevê-se um aumento do número de alunos, Centro Escolar M elides; superfície de enchimento apresenta-se aplanada, Alguma capacidade de atracção de habitantes da tendo em consideração apenas os nascimentos EBI D. Jorge de Lencastre; característica que se mantêm no sector oeste, ao Freguesia sede de M unicípio; ocorridos no perío do correspondente à frequência. ES/3 António Inácio Cruz. longo da plataforma litoral, no sector Sul, a serra Tendência para o envelhecimento da população; de Grândola,. Previsão de uma redução bastante significativa da po pulação até ao ano 2021. JI Bico s; JI Vale Santiago; JI Boavista dos Pinheiros; EB1 Longueira; No seu todo, o M unicípio de Odemira em Apresenta-se como o segundo município mais Alguma fidelização e capacidade de atracção de JI Bemparece; EB1/JI Brejão; consequência de uma grande diversidade populoso do Sub-região do Alentejo Litoral; aluno s, Decréscimo do número de alunos na JI Colo s; EB1/JI João Ribeiras; morfológica, apresenta uma distribuição das Diminuição da população entre os períodos totalidade dos niveis de ensino, excepção feita ao 2º JI Longueira; EB1/JI São Luís; classes de declives muito irregular, apresentando intercensitários 1981, 1991 e 2001; CEB que registou um incremento do número de JI Luzianes-Gare; EB1/JI Vila Nova de M ilfontes; em todo o sector centro-oeste declives suaves, A Freguesia de Vila Nova de M il Fontes apresenta Odemira aluno s; JI Odemira; EB1/JI Zambujeira do M ar; enquanto que, é nas freguesias do interior no s uma elevada capacidade de atracção, o que se Tendo em consideração os nascimentos JI Pereiras-Gare; EB2,3 Eng. M anuel R. Amaro da secto res de alinhamentos de relevo, que se traduziu num acréscimo populacio nal entre 1981 e o bservados, até ao ano lectivo 2013/2014 perspectiva- JI Relíquias; Costa; verificam os declives mais acentuados, o que 2001. se uma diminuição do número de alunos a frequentar JI Sabo ia; EBI Colos; introduz nestes sectores alguns condicionalismos Previsão de uma redução bastante significativa da todos os níveis de ensino. JI Santa Clara-a-Velha; EBI Saboia; à mobilidade. po pulação até ao ano 2021. JI São M artinho das Amoreiras; EBI Damião de Odemira; ES Dr. M anuel Candeias Gonçalves.

M unicípio mais po puloso da Sub-região do JI Abela; Alentejo Litoral; Em termos morfo-estruturais, o M unicípio de JI Aldeia dos Chãos; Aumento populacio nal entre 1981 e 1991 (7,82%), EB1 Santiago do Cacém; Santiago do Cacém desenvolve-se por duas A mo bilidade da população escolar é reduzida; JI Cercal do Alentejo; enquanto que, de 1991 e 2001 regista-se uma EB1/JI Santo André nº1, nº2 e nº3 unidades, nomeadamente o M aciço Hespérico e a Alguma capacidade de atracção de alunos JI Deixa-o-Resto ; diminuição da população residente; Centro Escolar Alvalade; Bacia Sedimentar do Tejo-Sado. Em estreita provenientes de outros M unicípios; JI Ermidas do Sado; A Freguesia de Santo André é que concentra o EB2,3 Alvalade do Sado; Santiago do ligação com a morfologia, as classes de declives Encontra-se prevista uma diminuição do número de JI Relvas Verdes; maior número de po pulação residente; EB2,3 Vila No va de Santo André; Cacém mais acentuados são relativos ao alinhamento alunos na totalidade dos níveis de ensino, até ao ano JI Santiago do Cacém; Saldo migratório total positivo, que se traduz num EBI Cercal; montanhoso de todo o sector central do território lectivo 2013/2014, excepção feita ao 1º CEB que conta JI São Barto lo meu; decréscimo populacional global; EBI Frei André da Veiga; do município, enquanto que, os declives suaves, com um acréscimo de alunos, isto tendo em conta os JI São Domingo s da Serra; Tendência para o envelhecimento da população; ES/3 M anuel da Fonseca; dizem respeito aos sectores da platafo rma litoral a nascimentos verificados. JI São Francisco da Serra; Possível decréscimo populacional até ao ano ES/3 Padre António M acedo. Oeste e à bacia do Sado a Este. JI Vale de Água; 2021, em todas as Freguesias. à excepção das Freguesias de Santiago do Cacém e Vale de Água.

Marcados por constraste morfológicos o Apresenta-se como o M unicípio menos Elevada fidelização dos alunos aos M unicípio de Sines desenvolve-se por duas populoso da Sub-região do Alentejo Litoral; estabelecimentos de ensino locais. À excepção da unidades, o M aciço Hespérico e a Bacia EB1/JI Porto Côvo; acréscimo expressivo da po pulação residente no Educação Pré-escolar, todos os níveis de ensino Sedimentar do Tejo-Sado , podem distinguir-se EB1/JI nº 1 Sines; último período intercensitário 1991-2001 (12,74%); registam um aumento do número de alunos; Sines três unidades morfológicas: a plataforma litoral, o Centro Escolar Sines; Evolução natural positiva da população residente Perspectiva-se um acréscimo do número de alunos a maciço subvulcânico de Sines no sector Oeste e o EBI/JI Vasco da Gama; refo rçada po r um saldo migrató rio positivo; frequentar o 1º, 2º e 3º CEB assim como o Ensino alinhamento mo ntanhoso da Serra do Cercal no ES/3 Poeta Al Berto. Tendência para um aumento da po pulação até ao Secundário, até ao ano lectivo 2013/2014, isto tendo sector Este, que se traduzem em alguns ano 2021. em conta os nascimentos observados. constrangimentos na mobilidade local.

Para este estudo foram utilizados três intervalos de tempo, um primeiro que corresponde ao limite máximo de 15 minutos, um segundo que se situa entre os 15 e os 25 minutos e um terceiro que vai desde os 25 aos 30 minutos. O resultado a que se chegou foi a definição de três coroas de tempo que representam o tempo médio do percurso ao estabelecimento de ensino (Figura 173). Importa referir que nesta análise não foi considerado o número de paragens, nem o tempo médio de demora em cada uma e que o limite de velocidade estabelecido foi adaptado ao meio de transporte e ao tipo de via.

324 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

Figura 173 – Distância tempo na Sub-região do Alentejo Litoral.

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 325 ALENTEJO LITORAL

Através da observação da figura é possível constatar que a esmagadora maioria da população escolar residente na Sub-região do Alentejo Litoral apresenta um estabelecimento de ensino da rede pública a uma distância tempo inferior a 15 minutos. O intervalo entre 15 e 25 minutos apenas se observa em sectores diminutos do território, nomeadamente nos sectores. O intervalo entre 25 e 30 minutos, tempo já considerado como demasiado longo para a realização de trajectos diários casa/escola, corresponde a uma percentagem ainda mais reduzida do território.

Como se verifica, as áreas que apresentam um equipamento educativo a mais de 30 minutos são relativamente pouco expressivas e correspondem, na maior parte dos casos, a sectores de serra ou sectores com uma fraca rede de acessibilidades, caracterizados por um número reduzido de habitantes e, consequentemente, de alunos.

A população escolar residente nestes sectores do território poderá, no entanto, ter resposta em estabelecimentos de ensino localizados nas Sub-regiões limítrofes, pelo que, após a conclusão deste projecto, esta análise terá de ser feita na sua totalidade.

Todo este processo tem como princípio base a redução das assimetrias existentes no nosso país, as quais têm vindo a sustentar uma diferenciação negativa entre vastos sectores do território nacional.

Pretende-se, assim, com este projecto, contribuir para a criação de condições de igualdade de acesso a uma educação de qualidade para a totalidade dos alunos do território nacional, factor determinante para o desenvolvimento do nosso país.

Bibliografia

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 329 ALENTEJO LITORAL

Abreu , D. (2005) - “Os transportes”, Geografia de Portugal, volume 3, Círculo de Leitores, Lisboa;

André , I. (2005) - “Família e género”, Geografia de Portugal. 2 Sociedade, paisagens e cidades, Círculo de Leitores e Autores, Lisboa, pp. 72-86;

Antunes , M. T. (1983) - “Nota explicativa da folha 39-C – Alcácer do Sal”, Carta Geológica de Portugal, 1/50 000, Direcção-Geral de Geologia e Minas, Serviços Geológicos de Portugal, Lisboa;

Bandeira , M. (1996) - Demografia e modernidade: família e transição demográfica em Portugal, Imprensa Nacional Casa da Moeda, Lisboa;

Bandeira , M. (2004) - Demografia: objecto, teorias e métodos, Escolar Editora, Lisboa;

Barreto, A. (2000) - “Portugal e a Europa: quatro décadas”, A situação social em Portugal: 1096-1999, ICS, Lisboa, pp. 37-65;

Caetano , L. e Cravidão , F. (1987) - “Projecções de população: população escolar e população activa. Portugal 1981-2025”, Cadernos de Geografia, nº 6, IEG, Coimbra, pp. 15-41;

Carrilho , M. e Patrício , L. (2002) - “A situação demográfica recente em Portugal”, Revista de Estudos Demográficos, nº 32, INE, Lisboa, pp. 147-184;

Castles , S. e Miller , M. (2003) - The age of migration: international population movements in the modern world, Palgrave Macmillan, Basingstoke;

Cónim , C. (s/data) - “Perspectivas de evolução da população portuguesa 1975-1980-1985-1990”, Estudos, nº 50, INE, Lisboa;

Cónim , C., Marques , A. e Pinto , J. (1988) - Tábuas abreviadas de mortalidade. Distritos e regiões autónomas 1979-1982, Caderno nº 7, CED e INE, Lisboa;

Correia , F. A. (2007) - Programa Nacional da Política de Ordenamento do Território, Centro de Estudos de Direito do Ordenamento, do Urbanismo e do Ambiente, Livraria Almedina, Coimbra;

Daveau , S. et al. (1985) - “Mapas climáticos de Portugal. Nevoeiro e nebulosidade. Contrastes térmicos”, Memórias do Centro de Estudos Geográficos, número 7, Lisboa;

Eurostat (2002) - “People in Europe”, Yearbook 2002, Comissão Europeia, Bruxelas;

Eurostat (2002) - Statistiques sociales Européennes: démographie, Comissão Europeia, Bruxelas;

Feio , M. (1951) - A Evolução do Relevo do Baixo Alentejo e Algarve, Comunicações dos Serviços Geológicos de Portugal, número 32, Lisboa;

Feio , M. e Martins , A. (1993) - “O Relevo do Alto Alentejo (traços essenciais)”, Finisterra, volume XXVIII, número 55-56, Lisboa;

Feio , M. e Daveau , S. (2004) - O relevo de Portugal, Associação Portuguesa de Geomorfólogos, Coimbra;

Ferrão , J. (1996) - A demografia portuguesa, Cadernos do Público, nº 6, Lisboa;

330 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

Ferrão , J. (2005) - “Dinâmicas demográficas: uma visão panorâmica”, Geografia de Portugal. 2 Sociedade, paisagens e cidades, Círculo de Leitores e Autores, Lisboa, pp. 50-71;

Ferreira, A. B. (2005) - “Formas do relevo e dinâmica geomorfológica”, Geografia de Portugal, volume1, Círculo de Leitores, Lisboa;

Ferreira , D. B. (2005) - “O ambiente climático”, Geografia de Portugal, volume 1, Círculo de Leitores, Lisboa;

Gonçalves , F. e Antunes , M. T. (1992) - “Nota explicativa da folha 39-D – Torrão”, Carta Geológica de Portugal, 1/50 000, Direcção-Geral de Geologia e Minas, Serviços Geológicos de Portugal, Lisboa;

Instituto Nacional de Estatística - IX Recenseamento Geral da População, 1950, tomo I, Lisboa;

Instituto Nacional de Estatística - IX Recenseamento Geral da População, 1950, tomo II, Lisboa;

Instituto Nacional de Estatística - X Recenseamento Geral da População, 1960, tomo I, volume 1º, Lisboa;

Instituto Nacional de Estatística - 11º Recenseamento da População, 1970, estimativa a 20%, 1º volume, Lisboa;

Instituto Nacional de Estatística - Recenseamentos da População e da Habitação, 1981, Distrito de Coimbra, resultados definitivos, XII Recenseamento Geral da População, II Recenseamento Geral da Habitação, Lisboa;

Instituto Nacional de Estatística - Recenseamentos da População e da Habitação, 1981, Distrito de Leiria, resultados definitivos, XII Recenseamento Geral da População, II Recenseamento Geral da Habitação, Lisboa;

Instituto Nacional de Estatística - Censos 1991, resultados definitivos, XIII Recenseamento Geral da População, III Recenseamento Geral da Habitação, Lisboa;

Instituto Nacional de Estatística - Censos 2001, resultados definitivos, XIV Recenseamento Geral da População, IV Recenseamento Geral da Habitação, Lisboa;

Instituto Nacional de Estatística - Estimativas definitivas de população residente intercensitárias: Portugal, NUTS II, NUTS III e municípios, 1991/2000, Lisboa;

Instituto Nacional de Estatística - Estimativas provisórias de população residente: Portugal, NUTS II, NUTS III e municípios, 2001/2002, Lisboa;

Instituto Nacional de Estatística - Estimativas provisórias de população residente: Portugal, NUTS II, NUTS III e municípios, 2003, Lisboa;

Instituto Nacional de Estatística - Estimativas provisórias de população residente: Portugal, NUTS II, NUTS III e municípios, 2004, Lisboa;

Instituto Nacional de Estatística - Dados comparativos 1991-2001, cd-rom, versão 1.0, XIV Recenseamento Geral da População, IV Recenseamento Geral da Habitação, Lisboa;

Instituto Nacional de Estatística e Direcção Geral do Ordenamento do Território e Desenvolvimento Urbano (1999) - Indicadores urbanos do continente, Lisboa;

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 331 ALENTEJO LITORAL

Inverno , C. M. C. et al. (1993) - “Nota explicativa da folha 42-C – Santiago do Cacém”, Carta Geológica de Portugal, 1/50 000, Direcção-Geral de Geologia e Minas, Serviços Geológicos de Portugal, Lisboa;

Lema , P. e Rebelo , F. (1997) - Geografia de Portugal. Meio físico e recursos naturais, número 97, Universidade Aberta, Lisboa;

Magalhães , M. (2002) - “Projecções de população residente, Portugal, 2000/2050 – Que tendências de base para a construção de hipóteses?”, Revista de Estudos Demográficos, nº 32, INE, Lisboa, pp. 51-57;

Malheiros , J. (2005) - “Migrações”, Geografia de Portugal. 2 Sociedade, paisagens e cidades, Círculo de Leitores e Autores, Lisboa, pp. 87-125;

Marques , M. (1986) - “Metodologia de uma projecção demográfica”, Revista do Centro de Estudos Demográficos, nº 28, INE, Lisboa, pp. 103-141;

Marques , T. (2005) - “Sistema urbano e territórios em transformação”, Geografia de Portugal. 2 Sociedade, paisagens e cidades, Círculo de Leitores e Autores, Lisboa, pp. 190-210;

Nazareth , J. M. (2004) - Demografia - A ciência da população, Editorial Presença, Lisboa;

Plane , D. e Rogerson , P. (1994) - The geographical analysis of population with applications to planning and business, John Wiley & Sons, Nova Iorque;

Pressat , R. (1972) - Démographie statistique , Presses Universitaires de France, Paris;

Pressat , R. (1983) - L’Analyse Démographie, Presses Universitaires de France, Paris;

Ribeiro , O. (1990) - Aspectos da natureza, Opúsculos geográficos, volume 3, Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa;

Ribeiro , O., Lautensach , H. e Daveau , S. (1999) - Geografia de Portugal. O ritmo climático e a paisagem, 4ª edição, Edições J. Sá Costa, Lisboa;

Rosa , M. (1996) - O envelhecimento da população portuguesa, Cadernos do Público, nº 3, Lisboa;

Rosa , M. (2000) - “População portuguesa até 2020: cenários demográficos principais e derivados”, A situação social em Portugal: 1096-1999, ICS, Lisboa, pp. 577-610;

Rosa , M. (2000) - “Portugal e a União Europeia do ponto de vista demográfico”, A situação social em Portugal: 1096-1999, ICS, Lisboa, pp. 419-451;

Rosa , M. (2001) - “Notas sobre a população – saldos migratórios compensam o envelhecimento?”, Análise social , volume XXXVI (158-159), ICS, Lisboa, pp. 367-372;

Rosa , M. e Vieira , C. (2003) - A população portuguesa no século XX: análise dos Censos de 1900 a 2001 , ICS, Lisboa;

Rosa , M., Seabra , H. e Santos , T. (2004) - Contributos dos “imigrantes” na demografia portuguesa. O papel das populações de nacionalidade estrangeira , nº 4, ACIME, Lisboa;

Santos , N. e Gama , R. (1999) - “Região Centro: um estilo de vida não metropolitano. O crescimento urbano difuso e o crescimento por concentração”, Cadernos de Geografia , nº 18, IEG, Coimbra, pp. 139-150;

332 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

Serviço Meteorológico Nacional (1965) - “Normais climatológicas do Continente, Açores e correspondentes a 1931- 1960”, O clima de Portugal, fascículo XIII, Serviço Meteorológico Nacional, Lisboa;

Sierra , M. P. (1988) - “Estúdio de la población”, Trabajos prácticos de Geografia Humana, Editorial Sintesis, Madrid, pp. 165-199;

Tapinos , G. (1985) - Éléments de démographie. Analyse, déterminants sócio-économiques et histoire des populations , Armand Colin, Paris;

Torres , A. (1996) - Demografia e desenvolvimento: elementos básicos , Gradiva, Liaboa;

Weeks , J. (2002) - Population: an Introduction to concepts and issues , 8ª edição, Wadsworth Group, Belmont.

Legislação

Decreto-Lei n.º 7/2003 de 15 de Janeiro, Diário da República, n.º 12, I Série - A, Ministério das Cidades, Ordenamento do Território e Ambiente, Lisboa;

Lei n.º 46/86 de 14 de Outubro, Diário da República, n.º 237, I Série, Assembleia da República, Lisboa.

Índice Geral

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 335 ALENTEJO LITORAL

Algumas Notas Introdutórias ...... 3 A. Enquadramento do Projecto ...... 9 1. Âmbito, Natureza e Objectivos ...... 11 2. Metodologias e Técnicas Utilizadas ...... 17 B. Análise da Sub-região ...... 23 1. Enquadramento Territorial ...... 25 1.1.Enquadramento e Caracterização Física ...... 25 1.2. Caracterização da Rede de Acessibilidades ...... 28 1.3. Caracterização Demográfica ...... 30 1.3.1.Evolução espacial das dinâmicas demográficas: um território com população desigualmente repartida...... 30 1.3.2. Factores da dinâmica demográfica: crescimento natural e saldo migratório ...... 35 1.3.3. Estrutura da população: sexo e idades ...... 39 1.3.4. Tendências de crescimento: volume e características da população nas primeiras décadas do século XXI...... 43 2. Análise da Rede e Sistema Educativo ...... 50 2.1. Oferta e Procura Educativa ...... 50 2.1.1. Educação Pré-escolar ...... 51 2.1.2. 1º Ciclo do Ensino Básico ...... 52 2.1.3. 2º e 3º Ciclos do Ensino Básico ...... 53 2.1.4. Ensino Secundário ...... 54 2.1.5. Ensino Profissional e Ensino Artístico ...... 55 C. Análise dos Municípios ...... 57 1. Município de Alcácer do Sal ...... 59 1.1. Enquadramento Territorial do Município ...... 59 1.1.1. Caracterização Física ...... 59 1.1.2. Caracterização da Rede de Acessibilidades ...... 61 1.1.3. Caracterização Demográfica ...... 62 1.1.3.1. Evolução espacial das dinâmicas demográficas: um território com a população desigualmente repartida ...... 62 1.1.3.2. Factores da dinâmica demográfica: crescimento natural e saldo migratório ...... 67 1.1.3.3. Estrutura da população: sexo e idades ...... 72 1.1.3.4. Tendências de crescimento: volume e características da população nas primeiras décadas do século XXI ...... 75 1.2. Análise da Rede e Sistema Educativo ...... 83 1.2.1 Oferta e Procura Educativa ...... 83 1.2.1.1. Educação Pré-escolar ...... 85

336 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

1.2.1.2. 1º Ciclo do Ensino Básico ...... 88 1.2.1.3. 2º e 3º Ciclos do Ensino Básico ...... 92 1.2.1.4. Ensino Secundário ...... 96 1.2.2. Reorganização da Rede Educativa ...... 99 2. Município de Grândola ...... 107 2.1. Enquadramento Territorial do Município ...... 107 2.1.1. Enquadramento e Caracterização Física ...... 107 2.1.2. Caracterização da Rede de Acessibilidades ...... 109 2.1.3. Caracterização Demográfica ...... 110 2.1.3.1. Evolução espacial das dinâmicas demográficas: um território com a população desigualmente repartida ...... 111 2.1.3.2. Factores da dinâmica demográfica: crescimento natural e saldo migratório ...... 116 2.1.3.3. Estrutura da população: sexo e idades ...... 120 2.1.3.4. Tendências de crescimento: volume e características da população nas primeiras décadas do século XXI ...... 124 2.2. Análise da Rede e Sistema Educativo ...... 131 2.2.1. Oferta e Procura Educativa ...... 131 2.2.1.1. Educação Pré-escolar ...... 133 2.2.1.2. 1º Ciclo do Ensino Básico ...... 135 2.2.1.3. 2º e 3º Ciclos do Ensino Básico ...... 138 2.2.1.4. Ensino Secundário ...... 142 2.2.1.5. Ensino Profissional ...... 145 2.2.2. Reorganização da Rede Educativa ...... 145 3. Município de Odemira ...... 151 3.1. Enquadramento Territorial do Município ...... 151 3.1.1. Enquadramento e Caracterização Física ...... 151 3.1.2. Caracterização da Rede de Acessibilidades ...... 153 3.1.3. Caracterização Demográfica ...... 155 3.1.3.1. Evolução espacial das dinâmicas demográficas: um território com a população desigualmente repartida ...... 155 3.1.3.2. Factores da dinâmica demográfica: crescimento natural e saldo migratório ...... 161 3.1.3.3. Estrutura da população: sexo e idades ...... 166 3.1.3.4. Tendências de crescimento: volume e características da população nas primeiras décadas do século XXI ...... 170 3.2. Análise da Rede e Sistema Educativo ...... 180

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 337 ALENTEJO LITORAL

3.2.1. Oferta e Procura Educativa ...... 180 3.2.1.1. Educação Pré-escolar ...... 181 3.2.1.2. 1º Ciclo do Ensino Básico ...... 184 3.2.1.3. 2º e 3º Ciclos do Ensino Básico ...... 190 3.2.1.4. Ensino Secundário ...... 200 3.2.1.5. Ensino Profissional ...... 203 3.2.2. Reorganização da Rede Educativa ...... 203 4. Município de Santiago do Cacém ...... 213 4.1. Enquadramento Territorial do Município ...... 213 4.1.1. Enquadramento e Caracterização Física ...... 213 4.1.2. Caracterização da Rede de Acessibilidades ...... 215 4.1.3. Caracterização Demográfica ...... 216 4.1.3.1. Evolução espacial das dinâmicas demográficas: um território com a população desigualmente repartida ...... 217 4.1.3.2. Factores da dinâmica demográfica: crescimento natural e saldo migratório ...... 222 4.1.3.3. Estrutura da população: sexo e idades ...... 227 4.1.3.4. Tendências de crescimento: volume e características da população nas primeiras décadas do século XXI ...... 231 4.2. Análise da Rede e Sistema Educativo ...... 241 4.2.1. Oferta e Procura Educativa ...... 241 4.2.1.1. Educação Pré-escolar ...... 242 4.2.1.2. 1º Ciclo do Ensino Básico ...... 245 4.2.1.3. 2º e 3º Ciclos do Ensino Básico ...... 251 4.2.1.4. Ensino Secundário ...... 260 4.2.2. Reorganização da Rede Educativa ...... 263 5. Município de Sines ...... 273 5.1. Enquadramento Territorial do Município ...... 273 5.1.1. Enquadramento e Caracterização Física ...... 273 5.1.2. Caracterização da Rede de Acessibilidades ...... 275 5.1.3. Caracterização Demográfica ...... 276 5.1.3.1. Evolução espacial das dinâmicas demográficas: um território com a população desigualmente repartida ...... 276 5.1.3.2. Factores da dinâmica demográfica: crescimento natural e saldo migratório ...... 281 5.1.3.3. Estrutura da população: sexo e idades ...... 285

338 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

5.1.3.4. Tendências de crescimento: volume e características da população nas primeiras décadas do século XXI ...... 289 5.2. Análise da Rede e Sistema Educativo ...... 296 5.2.1. Oferta e Procura Educativa ...... 296 5.2.1.1. Educação Pré-escolar ...... 297 5.2.1.2. 1º Ciclo do Ensino Básico ...... 299 5.2.1.3. 2º e 3º Ciclos do Ensino Básico ...... 302 5.2.1.4. Ensino Secundário ...... 305 5.2.1.5. Ensino Profissional e Ensino Artístico ...... 308 5.2.2. Reorganização da Rede Educativa ...... 308 Algumas Considerações Finais ...... 315 Bibliografia ...... 327 Índice Geral ...... 333 Índice de Quadros ...... 339 Índice de Figuras ...... 351

Índice de Quadros

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 341 ALENTEJO LITORAL

Quadro 1 – População residente por Município no Alentejo Litoral de 1950 a 2001...... 30 Quadro 2 – Variação da população residente por Município no Alentejo Litoral, de 1950 a 1960, de 1960 a 1970, de 1970 a 1981, de 1981 a 1991, de 1991 a 2001 e de 1950 a 2001...... 33 Quadro 3 – Nados vivos por Município no Alentejo Litoral de 1991 a 2007 ...... 36 Quadro 4 – Óbitos por Município no Alentejo Litoral de 1991 a 2007 ...... 36 Quadro 5 – Dinâmica natural por Município no Alentejo Litoral em 1991 e 2001...... 37 Quadro 6 – Dinâmica da população por Município no Alentejo Litoral entre 1991 e 2001...... 38 Quadro 7 – População residente no Alentejo Litoral, segundo os grandes grupos etários de 1981 a 2001...... 39 Quadro 8 – Índice de envelhecimento, índice de dependência e estrutura etária por Município no Alentejo Litoral. .. 41 Quadro 9 – População residente e sobreviventes por Município no Alentejo Litoral entre 2001 e 2021...... 43 Quadro 10 – População residente, sobreviventes e variação por Município no Alentejo Litoral entre 2001 e 2021. .. 44 Quadro 11 – População residente, sobreviventes e variação por Município no Alentejo Litoral, com saldo migratório, entre 2001 e 2021...... 44 Quadro 12 – Nados-vivos por Município no Alentejo Litoral entre 2001 e 2021...... 45 Quadro 13 – Taxa de natalidade por Município no Alentejo Litoral entre 2001 e 2021 (‰)...... 45 Quadro 14 – População residente e sobreviventes no grupo etário 0 a 4 anos no Alentejo Litoral entre 2001 e 2021...... 46 Quadro 15 – População residente e sobreviventes no grupo etário 5 a 9 anos no Alentejo Litoral entre 2001 e 2021...... 47 Quadro 16 – População residente e sobreviventes no grupo etário 10 a 14 anos no Alentejo Litoral entre 2001 e 2021...... 47 Quadro 17 – População residente e sobreviventes no grupo etário 15 a 19 anos no Alentejo Litoral entre 2001 e 2021...... 48 Quadro 18 – População residente e sobreviventes no grupo etário 20 a 24 anos no Alentejo Litoral entre 2001 e 2021...... 48 Quadro 19 – Síntese da oferta e da procura na Sub-região do Alentejo Litoral no ano lectivo 2008/2009...... 50 Quadro 20 – Síntese da oferta e da procura da Educação Pré-escolar na Sub-região do Alentejo Litoral, segundo a natureza jurídica, no ano lectivo 2008/2009...... 51 Quadro 21 – Síntese da oferta e da procura do 1º CEB na Sub-região do Alentejo Litoral, segundo a natureza jurídica, no ano lectivo 2008/2009...... 52 Quadro 22 – Síntese da oferta e da procura do 2º e 3 CEB na Sub-região do Alentejo Litoral, segundo a natureza jurídica, no ano lectivo 2008/2009...... 54 Quadro 23 – Síntese da oferta e da procura do Ensino Secundário na Sub-região do Alentejo Litoral, segundo a natureza jurídica, no ano lectivo 2008/2009...... 54 Quadro 24 – Síntese da oferta e da procura do Ensino Profissional na Sub-região do Alentejo Litoral, segundo a natureza jurídica, no ano lectivo 2008/2009...... 55 Quadro 25 – População residente por freguesia no Município de Alcácer do Sal de 1981 a 2001...... 63

342 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

Quadro 26 – População residente no Município de Alcácer do Sal e variação populacional de 1981 a 2001...... 64 Quadro 27 – Evolução da população residente no Município de Alcácer do Sal, de 1991 a 2007...... 66 Quadro 28 – Variação da população residente por freguesia no Município de Alcácer do Sal entre 1981 e 2001. .... 66 Quadro 29 – Nados-vivos por freguesia no Município de Alcácer do Sal de 1991 a 2007...... 68 Quadro 30 – Óbitos por freguesia no Município de Alcácer do Sal de 1991 a 2007...... 69 Quadro 31 – Dinâmica natural no Município de Alcácer do Sal de 1991 a 2007...... 70 Quadro 33 – Dinâmica da população por freguesia no Município de Alcácer do Sal entre 1991 e 2001...... 71 Quadro 34 – População residente no Município de Alcácer do Sal, segundo os grandes grupos etários de 1981 a 2001...... 73 Quadro 35 – Índice de envelhecimento, índice de dependência e estrutura etária no Município de Alcácer do Sal em 1991 e 2001...... 75 Quadro 36 – População residente e sobreviventes no Município de Alcácer do Sal (2001 a 2021)...... 76 Quadro 37 – População residente, sobreviventes e variação no Município de Alcácer do Sal, com saldo migratório entre 2001 e 2021...... 76 Quadro 38 – Nados-vivos no Município de Alcácer do Sal entre 2001 e 2021...... 77 Quadro 39 – Taxa de natalidade (‰) no Município de Alcácer do Sal entre 2001 e 2021...... 78 Quadro 40 – População residente, sobreviventes e variação no grupo etário 0 a 4 anos no Município de Alcácer do Sal entre 2001 e 2021...... 78 Quadro 41 – População residente, sobreviventes e variação no grupo etário 5 a 9 anos no Município de Alcácer do Sal entre 2001 e 2021...... 79 Quadro 42 – População residente, sobreviventes e variação no grupo etário 10 a 14 anos no Município de Alcácer do Sal entre 2001 e 2021...... 79 Quadro 43 – População residente, sobreviventes e variação no grupo etário 15 a 19 anos no Município de Alcácer do Sal entre 2001 e 2021...... 80 Quadro 44 – População residente, sobreviventes e variação no grupo etário 20 a 24 anos no Município de Alcácer do Sal entre 2001 e 2021...... 80 Quadro 45 – População residente e sobreviventes por escalão etário no Município de Alcácer do Sal (2001 a 2021)...... 81 Quadro 46 – Índice de envelhecimento e estrutura da população no Município de Alcácer do Sal entre 2001 e 2021 (%)...... 81 Quadro 47 – Índice de envelhecimento por freguesia no Município de Alcácer do Sal entre 2001 e 2021 (%)...... 82 Quadro 48 – Índice de dependência por freguesia no Município de Alcácer do Sal entre 2001 e 2021 (%)...... 82 Quadro 49 – Síntese da oferta e da procura educativa no Município de Alcácer do Sal no ano lectivo 2008/2009. .. 84 Quadro 50 – Síntese da oferta e da procura na Educação Pré-escolar no Município de Alcácer do Sal, segundo a natureza jurídica, no ano lectivo 2008/2009...... 85 Quadro 51 – Dinâmica da população escolar na Educação Pré-escolar no Município de Alcácer do Sal no ano lectivo 2008/2009...... 86

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 343 ALENTEJO LITORAL

Quadro 52 – População escolar potencial na Educação Pré-escolar no Município de Alcácer do Sal entre os anos lectivos 2008/2009 e 2010/2011...... 87 Quadro 53 – Síntese da oferta e da procura educativa do 1º CEB no Município de Alcácer do Sal, segundo a natureza jurídica, no ano lectivo 2008/2009...... 88 Quadro 54 – Dinâmica da população escolar no 1º CEB no Município de Alcácer do Sal no ano lectivo 2008/2009. 89 Quadro 55 - Síntese da oferta e da procura educativa dos 2º e 3º CEB no Município de Alcácer do Sal, segundo a natureza jurídica, no ano lectivo 2008/2009...... 92 Quadro 56 – Dinâmica da população escolar nos 2º e 3º CEB no Município de Alcácer do Sal no ano lectivo 2008/2009...... 93 Quadro 57 – Síntese da oferta e da procura educativa do Ensino Secundário no Município de Alcácer do Sal, segundo a natureza jurídica, no ano lectivo 2008/2009...... 97 Quadro 58 – Dinâmica da população escolar no Ensino Secundário no Município de Alcácer do Sal no ano lectivo 2008/2009...... 97 Quadro 59 – Previsão e dinâmica da população escolar no Município de Alcácer do Sal...... 99 Quadro 60 – Cenários de reorganização do parque escolar do Município de Alcácer do Sal...... 104 Quadro 61 – Propostas de reorganização do parque escolar do Município de Alcácer do Sal...... 104 Quadro 62 – População residente por freguesia no Município de Grândola de 1981 a 2001...... 112 Quadro 63 – População residente no Município de Grândola e variação populacional de 1981 a 2001...... 113 Quadro 64 – Evolução da população residente no Município de Grândola de 1991 a 2007...... 114 Quadro 67 – Óbitos por freguesia no Município de Grândola de 1991 a 2007...... 117 Quadro 68 – Dinâmica natural no Município de Grândola de 1991 a 2007...... 118 Quadro 69 – Dinâmica natural por freguesia no Município de Grândola em 1991 e 2001...... 119 Quadro 70 – Crescimento populacional por freguesia o Município de Grândola, entre 1991 e 2001 ...... 120 Quadro 71 – População residente no Município de Grândola, segundo os grandes grupos etários de 1981 a 2001...... 121 Quadro 72 – Índice de envelhecimento, índice de dependência e estrutura etária no Município de Grândola em 1991 e 2001...... 123 Quadro 74 – População residente, sobreviventes e variação no Município de Grândola, com saldo migratório entre 2001 e 2021...... 125 Quadro 75 – Nados-vivos no Município de Grândola entre 2001 e 2021...... 126 Quadro 76 – Taxa de natalidade (‰) no Município de Grândola entre 2001 e 2021...... 126 Quadro 77 – População residente, sobreviventes e variação no grupo etário 0 a 4 anos no Município de Grândola entre 2001 e 2021...... 127 Quadro 78 – População residente, sobreviventes e variação no grupo etário 5 a 9 anos no Município de Grândola entre 2001 e 2021...... 127 Quadro 79 – População residente, sobreviventes e variação no grupo etário 10 a 14 anos no Município de Grândola entre 2001 e 2021...... 128

344 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

Quadro 80 – População residente, sobreviventes e variação no grupo etário 15 a 19 anos no Município de Grândola entre 2001 e 2021...... 128 Quadro 81 – População residente, sobreviventes e variação no grupo etário 20 a 24 anos no Município de Grândola entre 2001 e 2021...... 129 Quadro 82 – População residente, sobreviventes e variação por escalão etário no Município de Grândola entre 2001 e 2021...... 129 Quadro 83 – Índice de envelhecimento e estrutura da população no Município de Grândola entre 2001 e 2021 (%)...... 130 Quadro 85 – Índice de dependência por freguesia no Município de Grândola entre 2001 e 2021 (%)...... 130 Quadro 86 – Síntese da oferta e da procura educativa no Município de Grândola no ano lectivo 2008/2009...... 132 Quadro 87 – Síntese da oferta e da procura na Educação Pré-escolar no Município de Grândola, segundo a natureza jurídica, no ano lectivo 2008/2009...... 133 Quadro 88 – Dinâmica da população escolar na Educação Pré-escolar no Município de Grândola no ano lectivo 2008/2009...... 134 Quadro 89 – População escolar potencial na Educação Pré-escolar no Município de Grândola entre os anos lectivos 2008/2009 e 2010/2011...... 135 Quadro 90 – Síntese da oferta e da procura educativa do 1º CEB no Município de Grândola, segundo a natureza jurídica, no ano lectivo 2008/2009...... 136 Quadro 91 – Dinâmica da população escolar no 1º CEB no Município de Grândola no ano lectivo 2008/2009...... 137 Quadro 92 – Síntese da oferta e da procura educativa dos 2º e 3º CEB no Município de Grândola, segundo a natureza jurídica, no ano lectivo 2008/2009...... 138 Quadro 93 – Dinâmica da população escolar nos 2º e 3º CEB no Município de Grândola no ano lectivo 2008/2009...... 139 Quadro 94 – Síntese da oferta e da procura educativa do Ensino Secundário no Município de Grândola, segundo a natureza jurídica, no ano lectivo 2008/2009...... 142 Quadro 95 – Dinâmica da população escolar no Ensino Secundário no Município de Grândola no ano lectivo 2008/2009...... 143 Quadro 96 – Síntese da oferta e da procura educativa do Ensino Profissional no Município de Grândola, segundo a natureza jurídica, no ano lectivo 2008/2009...... 145 Quadro 97 – Previsão e dinâmica da população escolar no Município de Grândola...... 146 Quadro 98 – Cenários de reorganização do parque escolar do Município de Grândola...... 148 Quadro 99 – Propostas de reorganização do parque escolar do Município de Grândola...... 148 Quadro 101 – População residente no Município de Odemira e variação populacional de 1981 a 2001...... 158 Quadro 102 – Evolução da população residente no Município de Odemira de 1991 a 2007...... 158 Quadro 103 – Variação da população residente por freguesia no Município de Odemira entre 1981 e 2001...... 160 Quadro 104 – Nados vivos por freguesia no Município de Odemira, de 1991 a 2007...... 161 Quadro 105 – Óbitos por freguesia no Município de Odemira, de 1991 a 2001...... 162

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 345 ALENTEJO LITORAL

Quadro 106 – Dinâmica natural no Município de Odemira de 1991 a 2007...... 163 Quadro 107 – Dinâmica natural por freguesia no Município de Odemira em 1991 e 2001...... 164 Quadro 108 – Dinâmica da população por freguesia no Município de Odemira entre 1991 e 2001...... 165 Quadro 109 – População residente no Município de Odemira, segundo os grandes grupos etários de 1981 a 2001...... 167 Quadro 111 – População residente, sobreviventes e variação no Município de Odemira entre 2001 e 2021...... 171 Quadro 112 – População residente, sobreviventes e variação no Município de Odemira, com saldo migratório entre 2001 e 2021...... 172 Quadro 113 – Nados-vivos no Município de Odemira entre 2001 e 2021...... 173 Quadro 114 – Taxa de natalidade no Município de Odemira entre 2001 e 2021 (‰)...... 173 Quadro 115 – População residente, sobreviventes e variação no grupo etário 0 a 4 anos no Município de Odemira entre 2001 e 2021...... 174 Quadro 116 – População residente, sobreviventes e variação no grupo etário 5 a 9 anos no Município de Odemira entre 2001 e 2021...... 175 Quadro 117 – População residente, sobreviventes e variação no grupo etário 10 a 14 anos no Município de Odemira entre 2001 e 2021...... 175 Quadro 118 – População residente, sobreviventes e variação no grupo etário 15 a 19 anos no Município de Odemira entre 2001 e 2021...... 176 Quadro 119 – População residente, sobreviventes e variação no grupo etário 20 a 24 anos no Município de Odemira entre 2001 e 2021...... 177 Quadro 120 – População residente, sobreviventes e variação por escalão etário no Município de Odemira entre 2001 e 2021...... 177 Quadro 122 – Índice de envelhecimento por freguesia no Município de Odemira entre 2001 e 2021 (%)...... 178 Quadro 123 – Índice de dependência total por freguesia no Município de Odemira (%)...... 179 Quadro 124 – Síntese da oferta e da procura educativa no Município de Odemira no ano lectivo 2008/2009...... 180 Quadro 125 – Síntese da oferta e da procura na Educação Pré-escolar no Município de Odemira, segundo a natureza jurídica, no ano lectivo 2008/2009...... 182 Quadro 126 – Dinâmica da população escolar na Educação Pré-escolar no Município de Odemira no ano lectivo 2008/2009...... 183 Quadro 127 – População escolar potencial na Educação Pré-escolar no Município de Odemira entre os anos lectivos 2008/2009 e 2010/2011...... 184 Quadro 128 – Síntese da oferta e da procura educativa do 1º CEB no Município de Odemira, segundo a natureza jurídica, no ano lectivo 2008/2009...... 185 Quadro 129 – Dinâmica da população escolar no 1º CEB no Município de Odemira no ano lectivo 2008/2009...... 186 Quadro 130 – Síntese da oferta e da procura educativa dos 2º e 3º CEB no Município de Odemira, segundo a natureza jurídica, no ano lectivo 2008/2009...... 191

346 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

Quadro 131 – Dinâmica da população escolar nos 2º e 3º CEB no Município de Odemira no ano lectivo 2008/2009...... 192 Quadro 132 – Síntese da oferta e da procura educativa do Ensino Secundário no Município de Odemira, segundo a natureza jurídica, no ano lectivo 2008/2009...... 200 Quadro 133 – Dinâmica da população escolar no Ensino Secundário no Município de Odemira no ano lectivo 2008/2009...... 200 Quadro 134 – Previsão e dinâmica da população escolar no Município de Odemira...... 204 Quadro 135 – Cenários de reorganização do parque escolar do Município de Odemira...... 211 Quadro 136 – Propostas de reorganização do parque escolar do Município de Odemira...... 211 Quadro 137 - População residente por freguesia no Município de Santiago do Cacém, de 1981 a 2001 ...... 217 Quadro 138 – População residente no Município de Santiago do Cacém e variação populacional de 1981 a 2001...... 219 Quadro 139 – Evolução da população residente no Município de Santiago do Cacém de 1991 a 2007...... 220 Quadro 141 – Nados-vivos por freguesia no Município de Santiago do Cacém de 1991 a 2007...... 223 Quadro 142 - Óbitos por freguesia no Município de Santiago do Cacém de 1991 a 2007...... 224 Quadro 143 – Dinâmica natural no Município de Santiago do Cacém de 1991 a 2007...... 224 Quadro 144 – Dinâmica natural por freguesia no Município de Santiago do Cacém em 1991 e 2001...... 225 Quadro 146 – População residente no Município de Santiago do Cacém, segundo os grandes grupos etários de 1981 a 2001...... 228 Quadro 147 – Índice de envelhecimento, índice de dependência e estrutura etária no Município de Santiago do Cacém em 1991 e 2001...... 230 Quadro 148 - População residente, sobreviventes e variação no Município de Santiago do Cacém entre 2001 e 2021...... 232 Quadro 149 – População residente, sobreviventes e variação no Município de Santiago do Cacém, com saldo migratório entre 2001 e 2021...... 233 Quadro 150 – Nados-vivos no Município de Santiago do Cacém entre 2001 e 2021...... 234 Quadro 151 – Taxa de natalidade no Município de Santiago do Cacém entre 2001 e 2021 (‰)...... 234 Quadro 152 – População residente, sobreviventes e variação no grupo etário 0 a 4 anos no Município de Santiago do Cacém entre 2001 e 2021...... 235 Quadro 153 – População residente, sobreviventes e variação no grupo etário 5 a 9 anos no Município de Santiago do Cacém entre 2001 e 2021...... 236 Quadro 154 – População residente, sobreviventes e variação no grupo etário 10 a 14 anos no Município de Santiago do Cacém entre 2001 e 2021...... 236 Quadro 155 – População residente, sobreviventes e variação no grupo etário 15 a 19 anos no Município de Santiago do Cacém entre 2001 e 2021...... 237 Quadro 156 – População residente, sobreviventes e variação no grupo etário 20 a 24 anos no Município de Santiago do Cacém entre 2001 e 2021...... 237

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 347 ALENTEJO LITORAL

Quadro 157 – População residente, sobreviventes e variação por escalão etário no Município de Santiago do Cacém entre 2001 e 2021...... 238 Quadro 158 – Índice de envelhecimento e estrutura da população no Município de Santiago do Cacém entre 2001 e 2021 (%)...... 238 Quadro 159 – Índice de envelhecimento por freguesia no Município de Santiago do Cacém entre 2001 e 2021 (%)...... 239 Quadro 160 – Índice de dependência por freguesia no Município de Santiago do Cacém entre 2001 e 2021 (%). . 239 Quadro 161 – Síntese da oferta e da procura educativa no Município de Santiago do Cacém no ano lectivo 2008/2009...... 241 Quadro 162 – Síntese da oferta e da procura na Educação Pré-escolar no Município de Santiago do Cacém, segundo a natureza jurídica, no ano lectivo 2008/2009...... 243 Quadro 163 – Dinâmica da população escolar na Educação Pré-escolar no Município de Santiago do Cacém no ano lectivo 2008/2009 ...... 244 Quadro 164 – População escolar potencial na Educação Pré-escolar no Município de Santiago do Cacém entre os anos lectivos 2008/2009 e 2010/2011...... 245 Quadro 165 – Síntese da oferta e da procura educativa do 1º CEB no Município de Santiago do Cacém, segundo a natureza jurídica, no ano lectivo 2008/2009...... 246 Quadro 166 – Dinâmica da população escolar no 1º CEB no Município de Santiago do Cacém no ano lectivo 2008/2009...... 247 Quadro 167 – Síntese da oferta e da procura educativa dos 2º e 3º CEB no Município de Santiago do Cacém, segundo a natureza jurídica, no ano lectivo 2008/2009...... 251 Quadro 168 – Dinâmica da população escolar nos 2º e 3º CEB no Município de Santiago do Cacém no ano lectivo 2008/2009...... 252 Quadro 169 – Síntese da oferta e da procura educativa do Ensino Secundário no Município de Santiago do Cacém, segundo a natureza jurídica, no ano lectivo 2008/2009...... 260 Quadro 170 – Dinâmica da população escolar no Ensino Secundário no Município de Santiago do Cacém no ano lectivo 2008/2009...... 260 Quadro 171 – Previsão e dinâmica da população escolar no Município de Santiago do Cacém...... 264 Quadro 172 – Cenários de reorganização do parque escolar do Município de Santiago do Cacém...... 270 Quadro 173 – Propostas de reorganização do parque escolar do Município de Santiago do Cacém...... 271 Quadro 174 - População residente por freguesia no Município de Sines de 1981 a 2001...... 277 Quadro 176 – Evolução da população residente no Município de Sines de 1991 a 2007...... 280 Quadro 177 – Variação da população residente por freguesia no Município de Sines entre 1981 e 2001...... 280 Quadro 178 – Nados-vivos por freguesia no Município de Sines de 1991 a 2007...... 282 Quadro 179 - Óbitos por freguesia no Município de Sines de 1991 a 2007...... 282 Quadro 180 – Dinâmica natural no Município de Sines de 1991 a 2007...... 283 Quadro 183 – População residente no Município de Sines, segundo os grandes grupos etários de 1981 a 2001. .. 286

348 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

Quadro 184 – Índice de envelhecimento, índice de dependência e estrutura etária no Município de Sines em 1991 e 2001...... 288 Quadro 185 - População residente, sobreviventes e variação no Município de Sines entre 2001 e 2021...... 289 Quadro 186 – População residente, sobreviventes e variação no Município de Sines, com saldo migratório entre 2001 e 2021...... 290 Quadro 187 – Nados-vivos no Município de Sines entre 2001 e 2021...... 291 Quadro 188 – Taxa de natalidade no Município de Sines entre 2001 e 2021 (‰)...... 291 Quadro 189 – População residente, sobreviventes e variação no grupo etário 0 a 4 anos no Município de Sines entre 2001 e 2021...... 292 Quadro 190 – População residente, sobreviventes e variação no grupo etário 5 a 9 anos no Município de Sines entre 2001 e 2021...... 293 Quadro 191 – População residente, sobreviventes e variação no grupo etário 10 a 14 anos no Município de Sines entre 2001 e 2021...... 293 Quadro 192 – População residente, sobreviventes e variação no grupo etário 15 a 19 anos no Município de Sines entre 2001 e 2021...... 293 Quadro 193 – População residente, sobreviventes e variação no grupo etário 20 a 24 anos no Município de Sines entre 2001 e 2021...... 294 Quadro 194 – População residente, sobreviventes e variação por escalão etário no Município de Sines entre 2001 e 2021...... 294 Quadro 195 – Índice de envelhecimento e estrutura da população no Município de Sines entre 2001 e 2021 (%). 295 Quadro 197 – Índice de dependência por freguesia no Município de Sines entre 2001 e 2021 (%)...... 295 Quadro 198 – Síntese da oferta e da procura educativa no Município de Sines no ano lectivo 2008/2009...... 296 Quadro 199 – Síntese da oferta e da procura na Educação Pré-escolar no Município de Sines, segundo a natureza jurídica, no ano lectivo 2008/2009...... 298 Quadro 200 – Dinâmica da população escolar na Educação Pré-escolar no Município de Sines no ano lectivo 2008/2009...... 298 Quadro 201 – População escolar potencial na Educação Pré-escolar no Município de Sines entre os anos lectivos 2008/2009 e 2010/2011...... 299 Quadro 202 – Síntese da oferta e da procura educativa do 1º CEB no Município de Sines, segundo a natureza jurídica, no ano lectivo 2008/2009...... 300 Quadro 203 – Dinâmica da população escolar no 1º CEB no Município de Sines no ano lectivo 2008/2009...... 300 Quadro 204 – Síntese da oferta e da procura educativa dos 2º e 3º CEB no Município de Sines, segundo a natureza jurídica, no ano lectivo 2008/2009...... 302 Quadro 205 – Dinâmica da população escolar nos 2º e 3º CEB no Município de Sines no ano lectivo 2008/2009. . 303 Quadro 206 – Síntese da oferta e da procura educativa do Ensino Secundário no Município de Sines, segundo a natureza jurídica, no ano lectivo 2008/2009...... 306

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 349 ALENTEJO LITORAL

Quadro 207 – Dinâmica da população escolar no Ensino Secundário no Município de Sines no ano lectivo 2008/2009...... 306 Quadro 208 – Síntese da oferta e da procura educativa do Ensino Profissional e Ensino Artístico no Município de Sines, segundo a natureza jurídica, no ano lectivo 2008/2009...... 308 Quadro 209 – Previsão e dinâmica da população escolar no Município de Sines...... 309 Quadro 210 – Cenários de reorganização do parque escolar do Município de Sines...... 311 Quadro 211 – Propostas de reorganização do parque escolar do Município de Sines...... 312

Índice de Figuras

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 353 ALENTEJO LITORAL

Figura 1 – Pirâmide etária da população residente em Portugal, de 1950 a 2001...... 12 Figura 2 – Enquadramento da Sub-região do Alentejo Litoral...... 25 Figura 3 – Hipsometria da Sub-região do Alentejo Litoral...... 26 Figura 4 – Rede viária da Sub-região do Alentejo Litoral...... 28 Figura 5 – População residente por Município no Alentejo Litoral de 1950 a 2001...... 31 Figura 6 – População Residente por Município no Alentejo Litoral em 2001...... 31 Figura 7 – Variação da população residente por Município no Alentejo Litoral entre 1991 e 2001...... 34 Figura 8 – Variação da população residente por Município no Alentejo Litoral entre 1950 e 2001...... 34 Figura 9 – Variação da população residente por Município no Alentejo Litoral entre 1991 e 2001...... 34 Figura 10 – Variação da população residente por freguesia no Alentejo Litoral entre 1991 e 2001...... 35 Figura 11 – Dinâmica natural por Município no Alentejo Litoral em 2001...... 37 Figura 12 – Dinâmica da população por Município no Alentejo Litoral entre 1991 e 2001...... 38 Figura 13 – População residente no Alentejo Litoral, segundo os grandes grupos etários de 1981 a 2001...... 39 Figura 14 – Pirâmide etária da população residente no Alentejo Litoral, entre 1991 e 2001...... 41 Figura 15 – População residente e sobreviventes por Município no Alentejo Litoral entre 2001 e 2021...... 44 Figura 16 – Rede educativa da Sub-região do Alentejo Litoral...... 51 Figura 17 – Rede educativa da Educação Pré-escolar da Sub-região do Alentejo Litoral...... 52 Figura 18 – Rede educativa do 1º CEB da Sub-região do Alentejo Litoral...... 53 Figura 19 – Rede educativa dos 2º e 3º CEB, Ensino Secundário, Profissional e Artístico da Sub-região do Alentejo Litoral...... 55 Figura 20 – Relação entre a hipsometria e a rede viária no Município de Alcácer do Sal...... 60 Figura 21 – População residente por freguesia no Município de Alcácer do Sal de 1981 a 2001...... 63 Figura 22 – População residente em 2001 e variação populacional entre 1991 e 2001 por freguesia no Município de Alcácer do Sal ...... 64 Figura 23 – Evolução da população residente no Município de Alcácer do Sal de 1981 a 2001...... 65 Figura 24 – Evolução da população residente no Município de Alcácer do Sal de 1991 a 2007...... 66 Figura 25 – Variação da população residente por freguesia no Município de Alcácer do Sal entre 1991 e 2001...... 67 Figura 26 – Evolução da taxa de natalidade, taxa de mortalidade e taxa de crescimento natural no Município de Alcácer do Sal de 1991 a 2007...... 70 Figura 27 – Taxa de natalidade, taxa de mortalidade e taxa de crescimento natural por freguesia no Município de Alcácer do Sal, em 2001...... 71 Figura 28 – População residente no Município de Alcácer do Sal, segundo os grandes grupos etários de 1981 a 2001...... 73 Figura 29 – Pirâmide etária da população residente no Município de Alcácer do Sal entre 1991 e 2001...... 74 Figura 30 – Rede educativa do Município de Alcácer do Sal...... 84

354 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

Figura 31 – Rede educativa da Educação Pré-escolar no Município de Alcácer do Sal...... 86 Figura 32 – Rede educativa do 1º CEB no Município de Alcácer do Sal...... 88 Figura 33 – População escolar potencial no 1º CEB no Município de Alcácer do Sal entre os anos lectivos 2008/2009 e 2013/2014...... 90 Figura 34 – População escolar potencial no 1º CEB no Agrupamento de Escolas de Alcácer do Sal entre os anos lectivos 2008/2009 e 2013/2014...... 90 Figura 35 – População escolar potencial no 1º CEB no Agrupamento de Escolas de Torrão entre os anos lectivos 2008/2009 e 2013/2014...... 91 Figura 36 – Projecção da população escolar do 1º CEB no Município de Alcácer do Sal, no ano lectivo 2013/2014. 91 Figura 37 – Rede educativa dos 2 e 3º CEB e Ensino Secundário no Município de Alcácer do Sal...... 92 Figura 38 – Residência dos alunos da EB2,3 Pedro Nunes...... 93 Figura 39 – Residência dos alunos da EB2,3 Bernardim Ribeiro...... 94 Figura 40 – População escolar potencial nos 2º e 3º CEB no Município de Alcácer do Sal entre os anos lectivos 2008/2009 e 2017/2018...... 94 Figura 41 – População escolar potencial nos 2º e 3º CEB no Agrupamento de Escolas de Alcácer do Sal entre os anos lectivos 2008/2009 e 2017/2018...... 95 Figura 42 – População escolar potencial nos 2º e 3º CEB no Agrupamento de Escolas de Torrão entre os anos lectivos 2008/2009 e 2017/2018...... 96 Figura 43 – Projecção da população escolar dos 2º e 3º CEB no Município de Alcácer de Sal, no ano lectivo 2013/2014...... 96 Figura 44 – Residência dos alunos da ES Alcácer do Sal...... 97 Figura 45 – População escolar potencial no Ensino Secundário no Município de Alcácer do Sal entre os anos lectivos 2008/2009 e 2017/2018...... 98 Figura 46 – Projecção da população escolar do Ensino Secundário no Município de Alcácer do Sal, no ano lectivo 2013/2014...... 98 Figura 47 – Propostas de reorganização do parque escolar do Município de Alcácer do Sal...... 105 Figura 48 – Relação entre a hipsometria e a rede viária no Município de Grândola...... 108 Figura 49 – População residente por freguesia no Município de Grândola de 1981 a 2001...... 112 Figura 50 – População residente em 2001 e variação populacional entre 1991 e 2001 por freguesia no Município de Grândola...... 112 Figura 51 – Evolução da população residente no Município de Grândola, de 1981 a 2001...... 113 Figura 52 – Evolução da população residente no Município de Grândola de 1991 a 2007...... 114 Figura 53 – Variação da população residente por freguesia no Município de Grândola entre 1991 e 2001...... 115 Figura 54 – Evolução da taxa de natalidade, taxa de mortalidade e taxa de crescimento natural no Município de Grândola de 1991 a 2007...... 118 Figura 55 – Taxa de natalidade, taxa de mortalidade e taxa de crescimento natural por freguesia no Município de Grândola, em 2001...... 120

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 355 ALENTEJO LITORAL

Figura 56 – População residente no Município de Grândola, segundo os grandes grupos etários de 1981 a 2001. 121 Figura 57 – Pirâmide etária da população residente no Município de Grândola entre 1991 e 2001...... 122 Figura 58 – Rede educativa do Município de Grândola...... 132 Figura 59 – Rede educativa da Educação Pré-escolar no Município de Grândola...... 134 Figura 60 – Rede educativa do 1º CEB no Município de Grândola...... 136 Figura 61 – População escolar potencial no 1º CEB no Município de Grândola entre os anos lectivos 2008/2009 e 2013/2014...... 137 Figura 62 – Projecção da população escolar do 1º CEB no Município de Grândola, no ano lectivo 2013/2014...... 138 Figura 63 – Rede educativa dos 2 e 3º CEB, Ensino Secundário e Ensino Profissional no Município de Grândola. 139 Figura 64 – Residência dos alunos da EBI D. Jorge de Lencastre...... 140 Figura 65 – Residência dos alunos do 3º CEB da ES/3 António Inácio Cruz...... 140 Figura 66 – População escolar potencial nos 2º e 3º CEB no Município de Grândola entre os anos lectivos 2008/2009 e 2017/2018...... 141 Figura 67 – Projecção da população escolar dos 2º e 3º CEB no Município de Grândola, no ano lectivo 2013/2014...... 142 Figura 68 – Residência dos alunos do Ensino Secundário da ES/3 António Inácio Cruz...... 143 Figura 69 – População escolar potencial no Ensino Secundário no Município de Grândola entre os anos lectivos 2008/2009 e 2017/2018...... 144 Figura 70 – Projecção da população escolar do Ensino Secundário no Município de Grândola, no ano lectivo 2013/2014...... 144 Figura 71 – Propostas de reorganização do parque escolar do Município de Grândola...... 149 Figura 72 – Relação entre a hipsometria e a rede viária no Município de Odemira...... 152 Figura 73 – População residente por freguesia no Município de Odemira de 1981 a 2001...... 156 Figura 74 – População residente em 2001 e variação populacional entre 1991 e 2001 por freguesia no Município de Odemira...... 157 Figura 75 – Evolução da população residente no Município de Odemira, de 1981 a 2001...... 158 Figura 76 – Evolução da população residente no Município de Odemira de 1991 a 2007...... 159 Figura 77 – Variação da população residente por freguesia no Município de Odemira entre 1991 e 2001...... 160 Figura 78 – Evolução da taxa de natalidade, taxa de mortalidade e taxa de crescimento natural no Município de Odemira de 1991 a 2007...... 163 Figura 79 – Taxa de natalidade, taxa de mortalidade e taxa de crescimento natural por freguesia no Município de Odemira, em 2001...... 165 Figura 80 – População residente no Município de Odemira, segundo os grandes grupos etários de 1981 a 2001. . 167 Figura 81 – Pirâmide etária da população residente no Município de Odemira entre 1991 e 2001...... 168 Figura 82 – Rede educativa do Município de Odemira...... 181 Figura 83 – Rede educativa da Educação Pré-escolar no Município de Odemira...... 183

356 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

Figura 84 – Rede educativa do 1º CEB no Município de Odemira...... 185 Figura 85 – População escolar potencial no 1º CEB no Município de Odemira entre os anos lectivos 2008/2009 e 2013/2014...... 187 Figura 86 – População escolar potencial no 1º CEB no Agrupamento de Escolas de Colos entre os anos lectivos 2008/2009 e 2013/2014...... 187 Figura 87 – População escolar potencial no 1º CEB no Agrupamento de Escolas de Odemira entre os anos lectivos 2008/2009 e 2013/2014...... 188 Figura 88 – População escolar potencial no 1º CEB no Agrupamento de Escolas de Sabóia entre os anos lectivos 2008/2009 e 2013/2014...... 188 Figura 89 – População escolar potencial no 1º CEB no Agrupamento de Escolas de São Teotónio entre os anos lectivos 2008/2009 e 2013/2014...... 189 Figura 90 – População escolar potencial no 1º CEB no Agrupamento de Escolas de Vila Nova de Milfontes entre os anos lectivos 2008/2009 e 2013/2014...... 189 Figura 91 – Projecção da população escolar do 1º CEB no Município de Odemira, no ano lectivo 2013/2014...... 190 Figura 92 – Rede educativa dos 2 e 3º CEB, Ensino Secundário e Ensino Profissional no Município de Odemira.. 191 Figura 93 – Residência dos alunos da EB2,3 Damião de Odemira...... 192 Figura 94 – Residência dos alunos dos 2º e 3º CEB do Colégio Nossa Senhora da Graça...... 193 Figura 95 – Residência dos alunos da EB2,3 Eng. Manuel R. Amaro da Costa...... 194 Figura 96 – Residência dos alunos da EBI Colos...... 194 Figura 97 – Residência dos alunos da EB2,3 Sabóia...... 195 Figura 98 – População escolar potencial nos 2º e 3º CEB no Município de Odemira entre os anos lectivos 2008/2009 e 2017/2018...... 196 Figura 99 – População escolar potencial nos 2º e 3º CEB no Agrupamento de Escolas de Colos entre os anos lectivos 2008/2009 e 2017/2018...... 196 Figura 100 – População escolar potencial nos 2º e 3º CEB no Agrupamento de Escolas de Odemira entre os anos lectivos 2008/2009 e 2017/2018...... 197 Figura 101 – População escolar potencial nos 2º e 3º CEB no Agrupamento de Escolas de Sabóia entre os anos lectivos 2008/2009 e 2017/2018...... 197 Figura 102 – População escolar potencial nos 2º e 3º CEB no Agrupamento de Escolas de São Teotónio entre os anos lectivos 2008/2009 e 2017/2018...... 198 Figura 103 – População escolar potencial nos 2º e 3º CEB no Colégio Nossa Senhora da Graça entre os anos lectivos 2008/2009 e 2017/2018...... 199 Figura 104 – Projecção da população escolar dos 2º e 3º CEB no Município de Odemira, no ano lectivo 2013/2014...... 199 Figura 105 – Residência dos alunos do Ensino Secundário da ES Dr. Manuel Candeias Gonçalves...... 201 Figura 106 – Residência dos alunos do Ensino Secundário do Colégio Nossa Senhora da Graça...... 201

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 357 ALENTEJO LITORAL

Figura 107 – População escolar potencial no Ensino Secundário no Município de Odemira entre os anos lectivos 2008/2009 e 2017/2018...... 202 Figura 108 – Projecção da população escolar do Ensino Secundário no Município de Odemira, no ano lectivo 2013/2014...... 202 Figura 109 – Propostas de reorganização do parque escolar do Município de Odemira...... 212 Figura 110 – Relação entre a hipsometria e a rede viária no Município de Santiago do Cacém...... 214 Figura 111 - População residente por freguesia no Município de Santiago do Cacém de 1981 a 2001...... 218 Figura 112 – População residente em 2001 e variação populacional entre 1991 e 2001 por freguesia no Município de Santiago do Cacém ...... 218 Figura 113 – Evolução da população residente no Município de Santiago do Cacém de 1981 a 2001...... 220 Figura 114 - Evolução da população residente no Município de Santiago do Cacém de 1991 a 2007...... 221 Figura 115 - Variação da população residente por freguesia no Município de Santiago do Cacém entre 1991 e 2001...... 222 Figura 116 – Evolução da taxa de natalidade, taxa de mortalidade e taxa de crescimento natural no Município de Santiago do Cacém de 1991 a 2007...... 225 Figura 117 - Taxa de natalidade, taxa de mortalidade e taxa de crescimento natural por freguesia no Município de Santiago do Cacém, em 2001 ...... 226 Figura 118 – População residente no Município de Santiago do Cacém, segundo os grandes grupos etários de 1981 a 2001...... 228 Figura 119 – Pirâmide etária da população residente no Município de Santiago do Cacém entre 1991 e 2001...... 229 Figura 120 – Rede educativa do Município de Santiago do Cacém...... 242 Figura 121 – Rede educativa da Educação Pré-escolar no Município de Santiago do Cacém...... 243 Figura 122 – Rede educativa do 1º CEB no Município de Santiago do Cacém...... 246 Figura 123 – População escolar potencial no 1º CEB no Município de Santiago do Cacém entre os anos lectivos 2008/2009 e 2013/2014...... 248 Figura 124 – População escolar potencial no 1º CEB no Agrupamento de Escolas de Alvalade do Sado entre os anos lectivos 2008/2009 e 2013/2014...... 248 Figura 125 – População escolar potencial no 1º CEB no Agrupamento de Escolas de Cercal do Alentejo entre os anos lectivos 2008/2009 e 2013/2014...... 249 Figura 126 – População escolar potencial no 1º CEB no Agrupamento de Escolas de Santiago do Cacém entre os anos lectivos 2008/2009 e 2013/2014...... 249 Figura 127 – População escolar potencial no 1º CEB no Agrupamento de Escolas de Santo André entre os anos lectivos 2008/2009 e 2013/2014...... 250 Figura 128 – Projecção da população escolar do 1º CEB no Município de Santiago do Cacém, no ano lectivo 2013/2014...... 250 Figura 129 – Rede educativa dos 2 e 3º CEB e Ensino Secundário no Município de Santiago do Cacém...... 251 Figura 130 – Residência dos alunos da EB2,3 Frei André da Veiga...... 253

358 Projecção do Parque Escolar por NUT III a 2013 ALENTEJO LITORAL

Figura 131 – Residência dos alunos da EB2,3 Santo André...... 253 Figura 132 – Residência dos alunos da EB2,3 Alvalade do Sado...... 254 Figura 133 – Residência dos alunos da EB2,3 Cercal...... 254 Figura 134 – Residência dos alunos do 3º CEB da ES/3 Manuela da Fonseca...... 255 Figura 135 – Residência dos alunos do 3º CEB da ES/3 Padre António Macedo...... 255 Figura 136 – População escolar potencial nos 2º e 3º CEB no Município de Santiago do Cacém entre os anos lectivos 2008/2009 e 2017/2018...... 256 Figura 137 – População escolar potencial nos 2º e 3º CEB no Agrupamento de Escolas de Santiago do Cacém entre os anos lectivos 2008/2009 e 2017/2018...... 257 Figura 138 – População escolar potencial nos 2º e 3º CEB no Agrupamento de Escolas de Santo André entre os anos lectivos 2008/2009 e 2017/2018...... 258 Figura 139 – População escolar potencial nos 2º e 3º CEB no Agrupamento de Escolas de Alvalade do Sado entre os anos lectivos 2008/2009 e 2017/2018...... 258 Figura 140 – População escolar potencial nos 2º e 3º CEB no Agrupamento de Escolas de Cercal do Alentejo entre os anos lectivos 2008/2009 e 2017/2018...... 259 Figura 141 – Projecção da população escolar dos 2º e 3º CEB no Município de Alcácer de Sal, no ano lectivo 2013/2014...... 259 Figura 142 – Residência dos alunos do Ensino Secundário da ES/3 Manuel da Fonseca...... 261 Figura 143 – Residência dos alunos do Ensino Secundário da ES/3 Padre António Macedo...... 261 Figura 144 – População escolar potencial no Ensino Secundário no Município de Santiago do Cacém entre os anos lectivos 2008/2009 e 2017/2018...... 262 Figura 145 – Projecção da população escolar do Ensino Secundário no Município de Santiago do Cacém, no ano lectivo 2013/2014...... 262 Figura 146 – Propostas de reorganização do parque escolar do Município de Santiago do Cacém...... 272 Figura 147 – Relação entre a hipsometria e a rede viária no Município de Sines...... 274 Figura 148 - População residente por freguesia no Município de Sines de 1981 a 2001...... 277 Figura 149 – População residente em 2001 e variação populacional entre 1991 e 2001 por freguesia no Município de Sines...... 278 Figura 150 – Evolução da população residente no Município de Sines de 1981 a 2001...... 279 Figura 151 – Evolução da população residente no Município de Sines de 1991 a 2007...... 280 Figura 152 - Variação da população residente por freguesia no Município de Sines entre 1991 e 2001...... 281 Figura 153 – Evolução da taxa de natalidade, taxa de mortalidade e taxa de crescimento natural no Município de Sines de 1991 a 2007...... 283 Figura 154 - Taxa de natalidade, taxa de mortalidade e taxa de crescimento natural por freguesia no Município de Sines, em 2001...... 284 Figura 155 – População residente no Município de Sines, segundo os grandes grupos etários de 1981 a 2001. ... 286 Figura 156 – Pirâmide etária da população residente no Município de Sines entre 1991 e 2001...... 287

Projecção do Parque Escola r por NUT III a 2013 359 ALENTEJO LITORAL

Figura 157 – Rede educativa do Município de Sines...... 297 Figura 158 – Rede educativa da Educação Pré-escolar no Município de Sines...... 298 Figura 159 – Rede educativa do 1º CEB no Município de Sines...... 300 Figura 160 – População escolar potencial no 1º CEB no Município de Sines entre os anos lectivos 2008/2009 e 2013/2014...... 301 Figura 161 – Projecção da população escolar do 1º CEB no Município de Sines, no ano lectivo 2013/2014...... 301 Figura 162 – Rede educativa dos 2 e 3º CEB, Ensino Secundário, Ensino Profissional e Ensino Artístico no Município de Sines...... 302 Figura 163 – Residência dos alunos da EB2,3 Vasco da Gama...... 303 Figura 164 – Residência dos alunos do 3º CEB da ES/3 Poeta Al Berto...... 304 Figura 165 – População escolar potencial nos 2º e 3º CEB no Município de Sines entre os anos lectivos 2008/2009 e 2017/2018...... 305 Figura 166 – Projecção da população escolar dos 2º e 3º CEB no Município de Sines, no ano lectivo 2013/2014. 305 Figura 167 – Residência dos alunos do Ensino Secundário da ES/3 Poeta Al Berto...... 306 Figura 168 – População escolar potencial no Ensino Secundário no Município de Sines entre os anos lectivos 2008/2009 e 2017/2018...... 307 Figura 169 – Projecção da população escolar do Ensino Secundário no Município de Sines, no ano lectivo 2013/2014...... 307 Figura 170 – Propostas de reorganização do parque escolar do Município de Sines...... 313