DOMINGUINHOS ISSO AQUI TÁ MUITO BOM

Dominguinhos foi um artista raro, desses de qualidade hipnotizante e talento extraordinário. O carisma fora da curva transparecia não só no jeito de falar e cantar, mas na maneira peculiar de ver o mundo e seu país. Não por acaso, ele conseguiu unir o regional de um Brasil profundo com o que havia de mais moderno na música.

É esse Dominguinhos em primeira pessoa que queremos levar ao público do musical. Um artista que descreveu o Brasil e seu tempo sempre com leveza, humor, alegria e poesia. Um artista que cantou a experiência humana em sua essência mais luminosa.

Para a missão de trazer este Dominguinhos aos palcos, convidamos um dos nomes mais aclamados da nova dramaturgia brasileira, a premiada Silvia Gomez. Com obra traduzida para nove idiomas, Silvia buscará a atmosfera poética dessa vida tão peculiar.

Ainda no campo da poesia, o encenador Gabriel Fontes Paiva pretende criar paisagens de luz para evocar as inspirações e o universo criativo de Dominguinhos. Mas o principal - e diferencial - deste espetáculo será a música, dirigida por Myriam Taubkin, que além de ter trabalhado por muito tempo com Dominguinhos, foi uma grande amiga. Myriam pretende reproduzir a qualidade musical dos shows mais sofisticados do mestre.

Assim, serão escolhidos a dedo instrumentistas para montar uma banda de músicos tocando sanfona, zabumba, triangulo, percussão, violão/guitarra, contrabaixo, teclado e sopros. Além da banda teremos atores que interpretarão Dominguinhos, Elba, entre outros. DRAMATURGIA

Quem presenciou Dominguinhos tocando - ao vivo ou na TV - não esquece o sorriso daquele rosto, a sanfona no colo e o jeito de muitos amigos. Às vezes, o chapéu de couro. Como contar o exímio instrumentista, o cantor, o compositor, o brasileiro? Como contar a relação com , as influências de baião, , , forró, xote e jazz? Como contar da criança precoce ao ídolo de um país? Certamente pelo caminho indicado pela obra do próprio artista: a poesia. É nela que a dramaturgia buscará a trajetória de muito trabalho, amor, dores e alegrias de Dominguinhos, partindo de suas canções para costurar cada momento importante de sua vida, esta apresentada como uma história contada - e cantada - pelo próprio, aquele que se observa e narra da infância aos últimos momentos. SOBRE DOMINGUINHOS

Considerado um dos maiores sanfoneiros do país, foi o sucessor de Luiz Gonzaga (1912-1989). Nascido em (PE), em 1941, filho de Seu Chicão, afinador e tocador de foles de oito baixos, José Domingos de Moraes iniciou a carreira ainda na infância. Aos oito anos, se apresentou para o Rei do Baião pela primeira vez, em um hotel de sua cidade natal, sem saber que tocava para Gonzagão.

Em mais de 55 anos de carreira, Dominguinhos gravou 40 discos. No primeiro, Fim de Festa (1964), interpretou temas de compositores como Luiz Gonzaga e e registrou duas músicas suas: Frevo Cantagalo e Garanhuns. No último, Iluminado Dominguinhos, lançado em DVD em 2010, gravou grande parte de seu repertório instrumental com a participação de Gilberto Gil, , Wagner Tiso e , entre outros.

Dominguinhos se notabilizou por ser um dos divulgadores pelo país de gêneros nordestinos, como o baião, o frevo, o forró e o xote, mas não se restringiu apenas a aqueles estilos, sendo reconhecido também por suas interpretações para o repertório de choro.

Suas músicas mais conhecidas são “Eu Só Quero um Xodó” e “Tenho Sede” (parcerias com Anastácia), cujo registro mais famosos foram feitos por Gil na década de 1970, “Isso Aqui Tá Bom Demais” e “De Volta pro Aconchego” (com Nando Cordel), clássico na voz de Elba Ramalho, nos anos 1980, “Abri a Porta” e “Lamento Sertanejo” (com Gil).

“De Volta pro Aconchego” e “Isso Aqui Tá Bom Demais” fizeram parte da trilha da novela “Roque Santeiro”, aumentando a popularidade de Dominguinhos nos anos 1980. Na mesma década, gravou “Tantas Palavras”, parceria sua com o sanfoneiro, que novamente voltou a fazer sucesso por todo o país.

Obs: trechos de matéria de Lucas Nobile para o Jornal Folha de São Paulo. PROPOSTA DE PATROCÍNIO

Projeto Aprovado Pronac nº 193924

Valor total aprovado para o projeto R$ 998.448,00

Valor mínimo para execução do projeto R$ 199.689,60

Prazo de captação 31/12/2020 PROPOSTA DE PATROCÍNIO

Projeto Aprovado Pro-Mac 2020.05.12.01263

Valor total aprovado para o projeto R$ 599.640,00

Valor mínimo para execução do projeto R$ 209.874,00

Prazo de captação 31/12/2020 QUEM PROPÕE O PROJETO

O Projeto Memória Brasileira, que atua desde 1987 com espetáculos de música, dirigido por Myriam Taubkin e Gabriel Fontes Paiva, propõe a realização de um musical sobre um dos mais importantes e influentes artistas da música brasileira, o genial Dominguinhos.

A vontade de apresentar este musical se deve à admiração dos dois diretores pela obra e pela pessoa de Dominguinhos, bem como pela grande amizade e identificação profissional, desenvolvida entre o artista e Myriam Taubkin, desde 1998.

Dominguinhos participou de vários projetos dirigidos pela dupla, entre os quais “O Brasil da Sanfona” (cujos espetáculos resultaram em livro, CD e um documentário em DVD. A série de TV e o filme “O Milagre de Santa Luzia” também foram baseados em “O Brasil da Sanfona”) e “Villa - Lobos, Pixinguinha, Luiz Gonzaga e Tom Jobim”, apresentado no Teatro Alfa em quatro noites de espetáculos.

A grandeza de Dominguinhos se dá pela sua inspiração como compositor e instrumentista e habilidade de transitar entre muitos gêneros musicais, sem nunca abrir mão de sua alma nordestina. Foi referência obrigatória para todas as gerações posteriores de instrumentistas e é considerado pelos seus pares como um dos maiores músicos brasileiros de todos os tempos.

Vencedor de Grammy Latino (2002) e (2012); Prêmio Tim de Música Brasileira (2007) e (2008) e Prêmio Shell de Música (2010). CURRÍCULOS

Myriam Taubkin Curadora e diretora musical, especializada em espetáculos de música brasileira, desde a década de 70. Com quatro livros, dez CDS e quatro documentários lançados, dirige o Projeto Memória Brasileira, que produz um mapeamento detalhado da nossa música, a partir da pesquisa e da seleção dos mais representativos músicos do Brasil, entre artistas consagrados e revelações musicais, por instrumento ou segmento, em espetáculos gravados ao vivo. São três décadas de apresentações e registros de pianistas, violonistas, arranjadores, percussionistas, instrumentistas de sopro, sanfoneiros e violeiros, além de encontros de músicos da nova cena brasileira, com participação de mais de quinhentos artistas. É criadora de espetáculos inéditos, entre os quais “Conexão Brasil- Cuba”, em 2018 e “100 anos de Garoto, o gênio das Cordas”, em 2016. Entre outros trabalhos, ministra cursos de direção artística e é curadora e membro de júris de seleções, festivais e de temporadas musicais.

Gabriel Fontes Paiva Dirigiu os espetáculos teatrais “Neste Mundo Louco Nesta Noite Brilhante” de Silvia Gomez; “A Golondrina” de Guillem Clua; “Marte, Você Está Aí?” de Silvia Gomez e “Uma Espécie de Alasca” de Harold Pinter. Concebe e dirige espetáculos musicais como a série Na Mira da Música Brasileira. Atua como curador, pesquisador e editor em projetos culturais de caráter documental, histórico e pedagógico como as mostras “Murilo Rubião - O Reescritor Fantástico” e “Mostra Contemporânea de Arte Mineira” e a publicação “O Continente Negro”. Idealizou e realizou mais de 60 projetos culturais de destaque fundamentados em pesquisas e experimentações cênicas e construídos coletivamente com alguns dos principais artistas do teatro e da música da atualidade no Brasil. Possui seu escritório de produção cultural desde 2001, a Fontes Realizações Artísticas. É diretor artístico da companhia teatral que fundou em 2005 juntamente com Yara de Novaes e Débora Falabella, o Grupo 3 de Teatro. Desde 2004, realiza os concertos do Projeto Memória Brasileira, ao lado de Myriam Taubkin.

Endereços eletrônicos para conhecer melhor seu trabalho: www.fontes.art.br www.grupo3.art.br www.youtube.com/namiradamusicabr Silvia Gomez Formada em Comunicação Social pela Universidade Federal de Minas Gerais, Silvia Gomez também estudou teatro em Belo Horizonte, onde nasceu, em 1977. Morando em São Paulo desde 2001, sempre atuou como jornalista e dramaturga. De 2003 a 2011, integrou o Círculo de Dramaturgia do Centro de Pesquisas Teatrais (CPT-SESC), grupo dirigido por Antunes Filho, onde escreveu e viu encenada a peça “O céu cinco minutos antes da tempestade”, publicada no livro “Círculo de Dramaturgia”, em 2006, pela Editora Sesc. Traduzido para o espanhol, o texto também figurou no livro “Teatro Contemporáneo Brasileño”, lançado em 2014 pelo Ministério das Relações Exteriores, e depois teve versões para o francês, sueco, alemão, inglês, italiano e mandarim. Escreveu e encenou ainda “O amor e outros estranhos rumores”, “Abra a Janela antes de começar” e “Mantenha fora do alcance do bebê”, esta vencedora dos prêmios de melhor dramaturgia APCA 2015 e Aplauso Brasil 2015, além de indicada ao Prêmio Shell, no mesmo ano. Em 2015, integrou o projeto Curioso, residência de dramaturgia e intercâmbio cultural Brasil-Escócia organizada pelo Playwrights’ Studio em parceria com o British Council. Em 2017, ministrou aulas de dramaturgia no CPT e entrou em cartaz com a peça “Marte, você está aí?”, em São Paulo. Antoine Kolokathis [email protected] (19) 3202-5400 www.direcaocultura.com.br