Boletim Mensal de Monitoramento Hidrometeorológico da

Sala de Situação

Coordenação de Monitoramento de Fevereiro - 2020 Recursos Ambientais e Hídricos - COMON

Coordenação de Estudos de Clima e Projetos Especiais - COCEP

Diretoria de Recursos Hídricos e Monitoramento Ambiental - DIRAM Boletim Mensal da Sala de Situação

Apresentação

A Sala de Situação foi inaugurada em dezembro de 2012 nas dependências do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (INEMA), no âmbito de um acordo de cooperação técnica entre este Instituto e a ANA, sendo, inicialmente, operacionalizada pela Coordenação de Monitoramento dos Recursos Ambientais e Hídricos (COMON) e atualmente, também pela Coordenação de Estudos de Clima e Projetos Especiais (COSEP).

Um dos objetivos da Sala de Situação é elaborar avisos meteorológicos e hidrológicos para auxiliar os órgãos de Proteção e Defesa Civil, responsáveis pelas ações de prevenção e mitigação dos efeitos causados pelos eventos críticos, como secas e inundações, o que é realizado através da emissão de boletins diários e mensais, assim como, pelos avisos de atenção, alerta e emergência. Desta forma o Boletim Hidrometeorológico Mensal visa apresentar uma análise das condições climáticas e hidrológicas verificadas no mês vigente, para as principais estações instaladas no Estado da Bahia, bem como dos registros de vazão com a finalidade de obter uma tendência no comportamento das chuvas e variação do nível dos rios e assim antecipar os eventos de enchentes e secas. Endereço eletrônico: http://www.inema.ba.gov.br/servicos/sala Publicação: online periódica mensal de divulgação do INEMA

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Localização Geográfica das Estações

3 Comportamento Pluviométrico – Fevereiro de 2020

(b) Média Histórica (c) Desvio (a) Chuva observada (observada - média histórica)

No mês de fevereiro, climatologicamente, os maiores acumulados de precipitação são esperados para a faixa centro- oeste e sul da Bahia. No setor centro-leste do Estado, os acumulados variam entre 60 mm e 120 mm. Os menores volumes inferiores a 50 mm se concentram no Nordeste baiano (Figura b).

As chuvas observadas do mês tiveram seus maiores acumulados em toda a região Oeste, São Francisco e em algumas áreas da Chapada Diamantina, Nordeste, Recôncavo e litoral Sul, com valores acima de 140 mm. No Norte, Sudoeste e extremo Sul do Estado, os acumulados foram abaixo de 60 mm (Figura a).

Em relação as anomalias (Figura c), constatou-se valores positivos, variando entre 50 e 100 mm acima da normal esperado, apenas em pontos isolados do Oeste, São Francisco e Nordeste. No restante do Estado o predomínio foi de chuvas de normal a abaixo da média histórica, com valores oscilando entre 50 a 100 mm negativos.

4 Análise Hidrológica – Fevereiro de 2020

Ao longo do mês de fevereiro, na maioria das regiões da Bahia, os maiores acumulados de precipitação foram registrados no primeiro e segundo decêndio do mês. O cenário hidrológico das estações foi de alteração do nível em decorrência das chuvas seguido de decréscimo no final do mês.

As estações Correntina, , Santa Maria da Vitória, apresentaram medições próximas a cota de permanência de 50%, mas logo em seguida o nível voltou a decrescer chegando no final do mês próximo ou abaixo da cota de permanecia de 95%. Esses registros se deram predominantemente em parte da região Oeste e Norte do Estado.

Embora tenham ocorrido chuvas, elas não foram suficientes para elevar o nível do rio Arrojado que ficou a maior parte do período com valores abaixo da cota de permanência de 95%.

As estações de Cândido Sales e Pedras Altas apresentaram níveis acima da curva de permanência de 50% retratando uma condição de normalidade.

No que se refere a vazão, as estações Correntina, Mocambo, Arrojado, Santa Maria da Vitória, localizadas na região Oeste do Estado, apresentaram valores abaixo do mínimo do valor histórico para o mês e ficaram abaixo da curva de permanência de 90% caracterizando uma situação crítica de tendência à seca. O baixo valor dessa vazão pode acarretar problemas relacionados aos diversos usos da água além de comprometer a manutenção e conservação dos ecossistemas aquáticos naturais.

Os gráficos a seguir apresentam os destaques da análise hidrológica para o referido mês.

5 Análise Hidrológica – Fevereiro 2020

MONITORAMENTO MENSAL DO NÍVEL E VAZÃO DOS RIOS

RPGA do Rio Corrente e Riachos do Ramalho, e Brejo Velho

Em função das chuvas ocorridas no início do mês de fevereiro, a estação Correntina registrou valores ascendentes do nível do rio, alcançando a cota com permanência de 50% (51 cm). Com a diminuição das chuvas, os valor de nível começaram a registrar uma queda e ao final do mês o nível registrou valores abaixo da conta com permanência de 95% (38 cm).

Quanto a vazão, verifica-se que a mesma permaneceu a maior parte do tempo abaixo dos valores da curva de permanência de 90% bem como dos valores mínimos históricos, caracterizando uma condição crítica.

6 Análise Hidrológica – Fevereiro 2020

MONITORAMENTO MENSAL DO NÍVEL E VAZÃO DOS RIOS

RPGA do Rio Corrente e Riachos do Ramalho, Serra Dourada e Brejo Velho

A estação Mocambo apresentou valores dentro da normalidade, oscilando dentro da cota de permanência de 50% (53 cm). As chuvas ocorridas no início do mês fez o nível subir durante alguns dias porém, ao final do período, foram registrados valores em recessão. Quanto a vazão, verifica-se que a mesma ficou acima dos valores da curva de permanência de 90% bem como dos valores mínimos históricos em quase todo mês de fevereiro. Ao final deste mês foi que os valores baixaram. E ficaram próximos da curva de permanência de 90%.

7 Análise Hidrológica – Fevereiro 2020

MONITORAMENTO MENSAL DO NÍVEL E VAZÃO DOS RIOS

RPGA do Rio Corrente e Riachos do Ramalho, Serra Dourada e Brejo Velho

O primeiro e terceiro decêndios foram marcados pela ocorrência de chuvas, o que fez com que o nível do rio Arrojado se elevasse ficando próximo a cota de permanência de 95%. No segundo decêndio os valores de nível do rio ficaram abaixo da referida cota de permanência.

Na primeira quinzena do mês de fevereiro a vazão apresentou valores próximos da curva de permanência de 90%, já na segunda quinzena a situação ficou pior, quando os valores baixaram ficando abaixo da curva de permanência de 90% e do mínimo histórico, caracterizando uma condição crítica de tendência à seca.

8 Análise Hidrológica – Fevereiro 2020

MONITORAMENTO MENSAL DO NÍVEL E VAZÃO DOS RIOS

RPGA do Rio Corrente e Riachos do Ramalho, Serra Dourada e Brejo Velho

No primeiro decêndio, a estação de Santa Maria da Vitória registrou a ocorrência de chuvas, bem como valores ascendentes do nível do rio. Corrente As chuvas registradas não foram suficientes para manter o cenário de acréscimo no nível do rio e no segundo decêndio os valores começaram a decrescer registrando ao final do período, nível abaixo da cota de permanência de 95%.

No mês de fevereiro houve oscilação na vazão que ficou na primeira quinzena acima dos valores mínimos históricos e da curva de permanência de 90%, mas na segunda quinzena abaixo deste valores.

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Análise Hidrológica – Fevereiro 2020

MONITORAMENTO MENSAL DO NÍVEL DOS RIOS

RPGA do Rio Grande

No primeiro decêndio a estação Fazenda Redenção registrou a ocorrência de chuvas, bem como valores ascendentes do nível do rio. Nos segundo e terceiro decêndios foram poucas às precipitações e o nível do rio começou a decrescer terminando o mês abaixo da cota de permanência de 50%.

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Análise Hidrológica – Fevereiro 2020

MONITORAMENTO MENSAL DO NÍVEL DOS RIOS

RPGA do Rio Grande

No mês de fevereiro a estação Barra, não registrou valores de nível. Quanto a precipitação verificou-se a ocorrência de chuvas durante todo o mês com destaque para o dia 04 quando foi registrado o maior acumulado.

11 Análise Hidrológica – Fevereiro 2020

MONITORAMENTO MENSAL DO NÍVEL E VAZÃO DOS RIOS

RPGA dos Rios Macururé e Curaçá

A estação Juazeiro registrou chuvas nos primeiros dias do mês e se manteve acima da cota com permanência de 95%. Porém, ao longo do período, as chuvas cessaram e houve um decréscimo no nível terminando o mês com cota de 122 cm. Na primeira quinzena do mês a vazão apresentou valores um pouco acima do mínimo histórico, enquanto na segunda quinzena observou-se um declínio no seu valor que fechou o mês abaixo da curva de permanência de 90% e do mínimo histórico, caracterizando uma condição crítica à seca.

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Análise Hidrológica – Fevereiro 2020

MONITORAMENTO MENSAL DO NÍVEL E VAZÃO DOS RIOS

RPGA do Rio Pardo

No primeiro e segundo decêndios o rio Pardo apresentou um decréscimo no nível. No terceiro decêndio verificou-se a ocorrência de chuvas que levaram a um aumento do nível do rio deixando-o acima da cota de permanência de 50%. Em termos de vazão o rio apresentou valores acima do valor mínimo histórico e da cota de permanência de 90% ao longo de todo mês apresentando um cenário melhor do que o registrado no mês de janeiro.

13 Análise Hidrológica – Fevereiro 2020

MONITORAMENTO MENSAL DO NÍVEL E VAZÃO DOS RIOS

RPGA do Rio

O rio Itapicuru-Mirim, no trecho da estação Pedras Altas, teve seu nível estável ao longo do mês de fevereiro, permanecendo acima da cota de permanência de 50%. Durante o período foram registradas chuvas, principalmente no inicio do mês, mas estas não foram suficientes para causar alterações na cota. A vazão ao longo de todo o mês de fevereiro manteve-se como em janeiro, ou seja, acima da curva de permanência de 50% retratando uma condição de normalidade.

14 Análise Hidrológica – Fevereiro 2020

MONITORAMENTO MENSAL DO NÍVEL DOS RIOS

RPGA do Leste

O sensor de nível desta estação esteve inoperante ao longo do mês de fevereiro. Quanto a precipitação, verificou-se a ocorrência de chuvas durante todo o período.

15 Análise Hidrológica – Fevereiro de 2020

MONITORAMENTO MENSAL DO NÍVEL DOS RIOS

RPGA do Leste

Ao longo do mês foram registrados volumes significativos de chuvas, principalmente do primeiro e segundo decêndios porém, apesar disso, o nível do rio Itajuípe (na cidade de mesmo nome) apresentou decréscimo, terminando o mês na cota de 40cm.

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Monitor de Secas – Fevereiro 2020

Janeiro/2019 Fevereiro/2020

No mês de fevereiro, a Bahia apresentou sua porção centro-sul e norte com anomalia negativa e apenas uma faixa nos extremos nordeste e oeste com anomalia positiva. Com isso, houve aumento da área sem seca relativa nas áreas do recôncavo baiano. Com base nos indicadores SPI e SRI de curto e longo prazo a seca extrema, que havia com a divisa com o estado de Pernambuco, foi extinta. A seca severa foi expandida em direção ao sul do Estado devido a piora nos indicadores SPI e SPEI de curto e longo prazo e também devido a saúde da vegetação nessa região. Nas demais áreas do Estado, não houve alterações nos níveis de seca. Continuam, presente na Bahia, os impactos de curto (C), longo (L) e curto e longo prazo (CL). Para maiores informações sobre o monitoramento da seca no Estado, acesse: http://monitordesecas.ana.gov.br/. Sala de Situação de Monitoramento Ambiental da Bahia COMON/DIRAM/INEMA/ANA E-mail: [email protected]

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