2° RELATÓRIO PARCIAL DO PROGRAMA DE MONITORAMENTO DA HERPETOFAUNA

2° RELATÓRIO PARCIAL INVENTÁRIO DA HERPETOFAUNA NA REGIÃO DO SISTEMA PERILAGUNAR PIRATININGA-ITAIPU

CONTRATO SEXEC N° 07/2018 - ELABORAÇÃO DE ESTUDOS PARA ANÁLISE DA CONDIÇÃO AMBIENTAL DO SISTEMA PERILAGUNAR PIRATININGA-ITAIPU – NITERÓI

Porto Alegre, 17 de dezembro de 2018

Rua Joaquim Nabuco 15/304, Bairro Cidade Baixa, CEP 90050-340, Porto Alegre - RS Tel: (0xx48) 3024-5208. E-mail: [email protected] 1

2° RELATÓRIO PARCIAL DO PROGRAMA DE MONITORAMENTO DA HERPETOFAUNA

2° RELATÓRIO PARCIAL INVENTÁRIO DA HERPETOFAUNA NA REGIÃO DO SISTEMA PERILAGUNAR PIRATININGA-ITAIPU

CONTRATO SEXEC Nº 07/2018 - ELABORAÇÃO DE ESTUDOS PARA ANÁLISE DA CONDIÇÃO AMBIENTAL DO SISTEMA PERILAGUNAR PIRATININGA-ITAIPU - NITERÓI

Preparado para:

PREFEITURA MUNICIPAL DE NITERÓI - RJ SECRETARIA EXECUTIVA Niterói – RJ

Preparado por:

HIDROSCIENCE CONSULTORIA E RESTAURAÇÃO AMBIENTAL EIRELI Porto Alegre - RS

Distribuição: 01 cópia – Prefeitura Municipal de Niterói – RJ. 01 CÓPIA – HIDROSCIENCE Consultoria e Restauração Ambiental EIRELI.

Mês/Ano Documento Dezembro, 2018 RE_P2_HERPET_2º TRIM_V02

Controle de Produção do Documento Registro Cargo/Função Profissional Qualificação Assinatura Profissional Biólogo Ms. Dr. Coordenação Recursos Geral e Tiago Finkler CRBIO RS Hídricos e Responsabilidade Ferreira 41024 Saneamento técnica dos Ambiental serviços

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CONTRATO SEXEC Nº 07/2018 - ELABORAÇÃO DE ESTUDOS PARA ANÁLISE DA CONDIÇÃO AMBIENTAL DO SISTEMA PERILAGUNAR PIRATININGA-ITAIPU - NITERÓI

SUMÁRIO 1. APRESENTAÇÃO ...... 4 2. ESCOPO DO SERVIÇO ...... 4 3. CONTEXTUALIZAÇÃO DO SISTEMA LAGUNAR PIRATININGA-ITAIPU ...... 4 4. OBJETIVOS ...... 8 5. MATERIAL E MÉTODOS ...... 9 6. RESULTADOS E DISCUSSÕES ...... 19 7. CONSIDERAÇÕES FINAIS ...... 43 8. EQUIPE TÉCNICA ...... 44 9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...... 45

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1. APRESENTAÇÃO A empresa HIDROSCIENCE CONSULTORIA E RESTAURAÇÃO AMBIENTAL EIRELI, com sede à Rua Joaquim Nabuco nº 115/304, Bairro Cidade Baixa, CEP 90050-340 em Porto Alegre – RS, vem por meio deste, apresentar o 2º RELATÓRIO PARCIAL DO INVENTÁRIO DA HERPETOFAUNA NA REGIÃO DO SISTEMA PERILAGUNAR PIRATININGA-ITAIPU referente ao contrato SEXEC n° 07/2018, cujo objeto é a execução dos “Estudos para Análise da Condição Ambiental do Sistema Lagunar Piratininga- Itaipu e Proposição das Ações necessárias à melhoria da sua dinâmica ambiental e hídrica, bem como a redução do aporte de nutrientes às lagoas, visando aos usos múltiplos”.

2. ESCOPO DO SERVIÇO

Os serviços contratados para análise da condição ambiental do sistema Perilagunar Piratininga-Itaipu compreendem o monitoramento da qualidade da água das lagoas, monitoramento da qualidade do sedimento, aplicação dos dados meteorológicos e oceanográficos, levantamento de dados hidrológicos, caracterização das comunidades planctônicas, bentônicas e de macrófitas aquáticas, inventário da ictiofauna e carcinofauna, inventário da herpetofauna, avaliação do estado trófico do sistema e estudo de balanço de massas.

Para avaliação e proposição de ações de recuperação ambiental, serão realizadas modelagens matemáticas integrando dados biológicos e físicos obtidos ao longo dos monitoramentos para simular cenários de qualidade da água, considerando aspectos hidrodinâmicos e morfodinâmicos costeiros. Estas modelagens servirão para avaliar os processos de renovação hidráulica das lagoas em função de sua interação com o oceano e recebimento de cargas da bacia. Desta forma será possível avaliar a capacidade de depuração do sistema no cenário atual e em cenários futuros considerando a implementação de ações de recuperação ambiental.

3. CONTEXTUALIZAÇÃO DO SISTEMA LAGUNAR PIRATININGA-ITAIPU

A região oceânica de Niterói vem sofrendo um intenso processo de urbanização desde a década de 1940, quando foi determinada pelo poder público e pelo setor

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privado como área de expansão urbana de Niterói (SALANDÍA, 2001). Este intenso processo de urbanização ao longo dos anos promoveu incremento das densidades populacionais na região e maior demanda para construção de residências. Esse processo é caracterizado principalmente pela ocupação de favelas e loteamentos nas margens das lagunas, por condições precárias de infraestrutura sanitária (Figura 1), despejos de esgotos sanitário in natura, desmatamento das matas ciliares e erosão das encostas. Estas ações ocasionaram mudanças negativas para conservação do patrimônio paisagístico da região, pondo em risco a manutenção e conservação da biodiversidade local.

Figura 1 – Afluentes constituintes do sistema lagunar Piratininga-Itaipu. Nas imagens é possível observar as condições precárias de qualidade da água do sistema decorrentes do lançamento de esgotos in natura nos principais contribuintes da bacia (Foto tirada durante visita técnica realizada pela Hydroscience em 25/05/2018).

Essa região apresenta uma paisagem fortemente marcada pela presença das lagoas de Piratininga e Itaipu, constituindo o sistema Lagunar de Piratininga-Itaipu (Figura 2), as quais vêm sofrendo crescente processo de alteração de suas características morfométricas e biológicas em função das atividades antrópicas executadas na região de entorno (FONTENELLE e CÔRREA, 2014). Esse processo de degradação se intensificou a partir de 1946 com a abertura do Canal do Camboatá, um canal de ligação entre a Lagoa de Piratininga e a de Itaipu que possui cerca de 2,15 km

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de extensão, largura média de 9,5 m e profundidade média de 0,4 m (SEMADS, 2001). A obra, executada pelo Departamento Nacional de Obras e Saneamento, foi feita com o intuito de conter enchentes na região, evitar alagamento das áreas adjacentes às lagoas, e assim, conter epidemias causadas por doenças transmitidas por mosquitos. Entretanto, isso causou rebaixamento do nível da água em Piratininga ocasionando transformações nas condições hidráulicas e ambientais do sistema.

Figura 2 – Localização das lagoas de Piratininga e Itaipu. Na imagem é possível observar elevado adensamento populacional no entorno das lagoas. Fonte: Google Earth.

A existência do Canal de Camboatá possibilitou a partir de 1970, a construção de grandes loteamentos na região, tais como, Camboinhas, Cafubá e Maravista, e posteriormente, a ampliação das terras situadas no entorno das lagoas (RODRIGUES, 2004), visto que, com a abertura do canal houve a redução no nível da água da lagoa. O surgimento de novas áreas secas nesse entorno estimulou a ocupação urbana irregular das margens, agravando ainda mais os problemas ambientais (CARNEIRO et al., 1993). Além disso, esse processo acelerado de ocupação também foi decorrente da inauguração da Ponte Rio – Niterói (1974), que resultou em grandes investimentos do setor imobiliário (MIZUBUTI, 1986). Como resultado, a área urbana avançou 10,35 km

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entre 1976 e 2011, com um crescimento de 111,7%, e com aumento de 600% no número de domicílios, chegando a cerca de 22.000 unidades habitacionais (FONTENELLE e CORRÊA, 2012).

Em decorrência destes fatores, o sistema lagunar Itaipu-Piratininga sofreu e vem sofrendo os impactos de uma ocupação desordenada, que gerou o lançamento de esgotos sanitários in natura, carreamento de lixo e sedimentos para o corpo hídrico, ocasionando perdas totais de 879.000 m no espelho d’água de ambas as lagoas (FONTENELLE et al., 2014) e, consequentemente, mudanças na qualidade hídrica (Figura 3). Além disso, a região marginal sofreu com aterros e construções, perdendo cobertura original de restinga.

Figura 3 – Alteração da qualidade hídrica do sistema lagunar de Piratininga-Itaipu em decorrência dos impactos da ocupação desordenada. Foto tirada durante visita técnica realizada pela Hydroscience em 25/05/2018.

Diante desse contexto, a execução dos estudos de análise da condição ambiental do sistema Lagunar Piratininga-Itaipu tem o intuito de propor ações necessárias à melhoria da sua condição ambiental e melhor aproveitamento dos usos múltiplos desses recursos hídricos, considerando o cenário atual de aporte de cargas na bacia e cenário futuro de redução desses impactos esperado em função das ações do Projeto SE LIGA que vem sendo conduzidas e melhoramentos da rede de coleta sanitária.

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3.1. COMUNIDADE HERPETOFAUNISTICA

No Brasil, existem, atualmente, 1.812 táxons de répteis e anfíbios. A grande maioria dos anfíbios é da ordem Anura, incluindo 1.039 espécies representando 20 famílias e 90 gêneros. A ordem Gymnophiona (cecílias) tem 36 espécies, de quatro famílias e 12 gêneros. Em seguida, a ordem Caudata (salamandras) é representada por cinco espécies de apenas uma família e um gênero (Segalla et al., 2016). O país conta ainda com 773 espécies de répteis, sendo 36 Testudines, 6 Crocodylia, e 731 (73 anfisbenas, 266 “lagartos” e 392 serpentes) (Costa & Bérnils, 2015). Esses dados colocam o Brasil como o país detentor da terceira maior riqueza de espécies de répteis do mundo, atrás da Austrália (1022) e do México (913) (Uetz & Hošek, 2015).

Adicionalmente, diversas espécies de anfíbios podem ser consideradas agentes bioindicadores, uma vez que são altamente sensíveis à fragmentação de habitats (Lemos et al., 2010). Essa associação pode ser observada através da análise do padrão de distribuição de espécies em diferentes áreas. Por exemplo, habitats com forte pressão antrópica, roçados e pastagens, têm a diversidade de espécies de anfíbios reduzida praticamente pela metade quando comparados com habitats de floresta primária (Tocher, 1998).

Estudos como os inventários de fauna são de grande importância e, apesar do aumento desses estudos nos últimos anos, a diversidade biológica do planeta ainda é pouco conhecida, principalmente nas regiões tropicais, onde ocorre um acelerado processo de extinção de espécies (Wilson, 1997).

A realização de estudos ambientais que visam à preservação dos grupos supracitados, portanto, tornam-se fundamentais, considerando a importância ecológica que estes grupos têm demonstrado e o declínio populacional devido à fragmentação de habitats, alterações climáticas, dentre outros. Estes estudos são parâmetros elementares e fundamentais para descrever as comunidades biológicas e a definição de estratégias de conservação e monitoramento compatíveis com a realidade do local estudado.

4. OBJETIVOS

4.1. Objetivo Geral

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O objetivo geral do presente programa é realizar o monitoramento da herpetofauna nas margens das lagoas de Itaipu e Piratininga, Niterói/RJ.

4.2. Objetivos Específicos

 Monitorar a ocorrência das espécies da herpetofauna nas margens das lagoas de Itaipu e Piratininga, Niterói/RJ e comparar os padrões de ocorrência entre os pontos amostrais;  Comparar a riqueza, abundância e diversidade entre os pontos de amostragem e entre as campanhas;  Elaborar uma lista atualizada das espécies de anfíbios e répteis presentes nas margens das lagoas;  Investigar a ocorrência de espécies raras, endêmicas e/ou ameaçadas de extinção nas proximidades das lagoas;  Identificar os impactos potenciais da revitalização das lagoas sobre a herpetofauna e elaborar estratégias para mitigação dos mesmos.

5. MATERIAL E MÉTODOS

5.1. Área de Estudo

O estudo da herpetofauna foi realizado nas margens das lagoas de Itaipu (LAT 7459505.41 m S LONG 700808.19 m E) e Piratininga (LAT 7461075.43 m S LONG 697513.31 m E). A área de entorno da lagoa de Itaipu é parte constituinte do Parque Estadual da Serra da Tiririca, além disso, a lagoa também faz parte da RESEX Marinha de Itaipu, uma Unidade de Conservação de Uso Sustentável. A lagoa de Piratininga, por sua vez, compreende alguns dos setores do Parque Municipal de Niterói (PARNIT), como o Monumento Natural Municipal da Ilha do Modesto e Refúgio de Vida Silvestre Municipal da Ilha do Pontal (Figura 4).

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Figura 4 – Área de estudo com limites das unidades de conservação existentes na região de entorno.

A área possui vegetação típica do bioma Mata Atlântica, incluindo florestas secundárias e brejos, com diferentes níveis de conservação (INEA, 2015). Segundo a classificação de Köppen, o clima da região é do tipo Aw, caracterizado por verões chuvosos e invernos secos (Köppen, 1936). A temperatura média é 23,4°C e a precipitação média apresenta variação entre 1.181 e 1.257 mm (CLIMATE-DATA, 2018). Para este estudo, foram selecionados quatro pontos às margens das lagoas de Itaipu e quatro pontos as margens da lagoa de Piratininga, totalizando oito pontos amostrais (Quadro 1 e Figura 5). Quadro 1 – Estações para monitoramento da herpetofauna no entorno da lagoa de Piratininga (HP) e lagoa de Itaipu (HI). Coordenadas georreferenciadas pelo Sistema Universal Transverso de Mercartor (UTM). PONTOS LATITUDE LONGITUDE HP1 7461315.00 m S 696215.00 m E HP2 7461642.00 m S 697146.00 m E HP3 7460710.00 m S 698363.00 m E HP4 7460450.00 m S 697553.00 m E

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PONTOS LATITUDE LONGITUDE HI1 7459856.00 m S 701303.00 m E HI2 7459386.00 m S 701303.00 m E HI3 7459044.00 m S 701236.00 m E HI4 7460539.01 m S 701102.04 m E

Figura 5 – Pontos amostrais onde o estudo com a herpetofauna foi realizado.

5.2. Caracterização dos pontos amostrais

Ponto HI1 (Figura 6) - Área de propriedade privada. A área tem vegetação em estado mais conservado e pequenas lagoas de água doce. São observados brejos com vegetação típica de alagado.

Figura 6 – Ponto 01 de amostragem da herpetofauna, na lagoa de Itaipu, município de Niterói, Rio de Janeiro.

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Ponto HI2 (Figura 7) – Uma área relativamente pequena, cercada por construções e uma grande área de manguezal em recuperação. É possível observar uma lagoa de água doce com a vegetação mais conservada. Entretanto, existe um canal de esgoto com aguapés margeando a rua.

Figura 7 - Ponto 02 de amostragem da herpetofauna, na lagoa de Itaipu, município de Niterói, Rio de Janeiro.

Ponto HI3 (Figura 8) – Esta área é caracterizada pela presença de manguezal e vegetação de capim, com uma área de restinga em recuperação. Encontra-se em elevado grau de antropização com presença de restos de construção e muito lixo.

Figura 8 - Ponto 03 de amostragem da herpetofauna, na lagoa de Itaipu, município de Niterói, Rio de Janeiro.

Ponto HI4 (Figura 9) – Este ponto foi modificado na segunda campanha por sugestão dos responsáveis técnicos da prefeitura. A nova área de amostragem está localizada entre dois rios (João Mendes e Vala) que desaguam na lagoa de Itaipu, ambos aparentemente com alto grau de poluição. A dragagem do rio João Mendes

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depositou o sedimento retirado do fundo do rio em sua margem, permitindo um acesso fácil até a lagoa. Contudo, o restante da área possui um grande alagado e vegetação de pequeno porte, incluído samambaias e arbustos, que impede a entrada na maior parte do ponto. Vale ressaltar que esse alagado nas margens da lagoa é de vital importância para manter espécies da herpetofauna que não toleram o aumento da salinidade. Para que possamos manter esse ponto de amostragem o mais conservado possível, sugerimos uma intervenção mínima nesse local, utilizando sempre que possível as áreas que já não possuem vegetação.

Figura 9 - Ponto 04 de amostragem da herpetofauna, na lagoa de Itaipu, município de Niterói, Rio de Janeiro.

Ponto HP1 (Figura 10) – Este ponto está inserido nas dependências do bairro Fazendinha, entretanto a vegetação está em bom estado de conservação. Esta área tem maior número de microhabitats disponíveis, como bromélias, cactos e árvores de maior porte. Possui grande potencial para trilhas ecológicas, permitindo a integração da sociedade ao meio ambiente. Entretanto, apesar de possuir boa vegetação, é possível observar algumas oferendas religiosas e lixo no local.

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Figura 10 - Ponto 01 de amostragem da herpetofauna, na lagoa de Piratininga, município de Niterói, Rio de Janeiro.

Ponto HP2 (Figura 11) – A trilha é marcada e sinalizada e faz parte do Parque da Ilha do Pontal (PARNIT). Este ponto está na UC Refúgio de Vida Silvestre Municipal da Ilha do Pontal e, portanto, têm vegetação em melhor estado de conservação com diferentes microhabitats, áreas em recomposição e alagados.

Figura 11 - Ponto 02 de amostragem da herpetofauna, na lagoa de Piratininga, município de Niterói, Rio de Janeiro.

Ponto HP3 (Figura 12) – Este ponto está na UC Monumento Natural Municipal da Ilha do Modesto e caracteriza-se por uma pequena ilha, conectada à margem da lagoa por uma faixa de terra retirada do canal poluído ao seu lado (Canal de Camboatá). Essa faixa tem pouca vegetação, sendo principalmente capim. Existe um grande alagado formado por essa barreira, com grande potencial para ocorrência de espécies típicas de manguezal, com exceção àquelas intolerantes à maior salinidade. As margens da ilha são cercadas de manguezal, o interior possui paineiras, suculentas e outras

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plantas, formando um microhabitat favorável aos pequenos lagartos que lá habitam. Não possui água doce acumulada.

Figura 12 - Ponto 04 de amostragem da herpetofauna, na lagoa de Piratininga, município de Niterói, Rio de Janeiro.

Ponto HP4 (Figura 13) – Este ponto encontra-se em maior grau de antropização. É formado por uma faixa estreita de vegetação na margem da lagoa e cercado de casas. Não é possível andar entre a vegetação, pois existe uma grande quantidade de lixo e restos de construção. Pode-se observar um único ponto de água doce, sendo formado na saída de uma manilha de escoamento de chuva.

Figura 13 - Ponto 05 de amostragem da herpetofauna, na lagoa de Piratininga, município de Niterói, Rio de Janeiro.

5.3. Caracterização dos pontos amostrais

O estudo propõe quatro campanhas de monitoramento da herpetofauna com duração de quatro dias cada. As campanhas são trimestrais, com intuito de evidenciar efeitos da sazonalidade no ambiente. Dessa forma as amostragens serão distribuídas em duas campanhas na estação seca e duas na estação chuvosa (Quadro 2).

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Quadro 2 - Período e respectiva estação durante a amostragem da herpetofauna no monitoramento para revitalização das lagoas de Itaipu e Piratininga, município de Niterói, Rio de Janeiro. Ano de Amostragem Período Estação Monitoramento 2018 1ª campanha 25 a 31 de Agosto Seca 05 a 08 de 2018 2ª campanha Chuvosa Novembro

A descrição detalhada dos procedimentos metodológicos é apresentada a seguir para cada grupo da herpetofauna (anfíbios e répteis). Todas as atividades de captura, manipulação, coleta e transporte de animais silvestres descritas nesse documento foram licenciadas por meio da Autorização Ambiental para Captura, Coleta e Transporte de Fauna Silvestre emitida pelo Instituto Estadual do Ambiente (INEA) – Autorização de Pesquisa Científica INEA n° 048/2018.

Em geral os estudos da herpetofauna que visam inventariar a comunidade utilizam de diversos métodos de captura conjugados, devido à grande diversidade de formas, tamanho, hábitos, hábitats e horários de atividade das espécies de répteis e anfíbios. Neste estudo foram conjugados dois métodos de amostragens: busca ativa limitada por tempo e busca auditiva, cada um deles apresentando maior eficiência para determinados grupos, visando assim uma melhor caracterização da comunidade herpetofaunística. Complementarmente a estas metodologias, também foram registradas espécies por encontros oportunísticos.

Segue a descrição de cada método:

Procura Ativa Visual e Auditiva

Este método consistiu em deslocamentos realizados a pé, em velocidade reduzida (cerca de 100 metros por hora), buscando por indivíduos ativos ou inativos, abrigados em diversos microambientes visíveis (Martins & Oliveira, 1998). As buscas foram realizadas nos período diurno (Figura 14 A) e noturno (Figura 14 B) durante uma hora e meia por observador, por período em cada ponto, durante os quatro dias de monitoramento/ponto, totalizando 48 horas de amostragem/campanha (Quadro 3). Quadro 3 – Esforço amostral empregado por observador, nos pontos amostrais durante a segunda campanha de monitoramento da herpetofauna nas margens das lagoas de Itaipu e Piratininga, município de Niterói, Rio de Janeiro.

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Dia Período de Total de horas Lagoa Ponto Hora/observador amostragem amostragem amostradas 05/11/2018 HI2 18h30 - 20h 01:30 03:00 05/11/2018 HI3 20h30 - 22h 01:30 03:00 06/11/2018 HI1 10h - 11h30 01:30 03:00 06/11/2018 HI4 12h - 13h30 01:30 03:00 Itaipu 06/11/2018 HI4 18h30 - 20h 01:30 03:00 06/11/2018 HI1 20h30 - 22h 01:30 03:00 09/11/2018 HI2 10h - 11h30 01:30 03:00 09/11/2018 HI3 12h - 13h30 01:30 03:00 07/11/2018 HP1 10h - 11h30 01:30 03:00 07/11/2018 HP2 12h - 13h30 01:30 03:00 07/11/2018 HP1 18h30 - 20h 01:30 03:00 07/11/2018 HP2 20h30 - 22h 01:30 03:00 Piratininga 08/11/2018 HP3 10h - 11h30 01:30 03:00 08/11/2018 HP4 12h - 13h30 01:30 03:00 08/11/2018 HP3 18h30 - 20h 01:30 03:00 08/11/2018 HP4 20h30 - 22h 01:30 03:00 TOTAL 48h

Os ambientes vasculhados foram às cavidades de árvores, entre as frestas de rochas, sob as rochas e troncos, no solo, na serapilheira e ao longo de vegetação marginal dos cursos d’água.

A

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B

Figura 14 - Busca ativa por animais nos períodos (A) diurno e (B) noturno, durante o monitoramento de herpetofauna nas lagoas Itaipu e Piratininga, município de Niterói, Rio de Janeiro.

5.4. Análises Estatísticas

A comunidade da herpetofauna foi analisada em termos de riqueza e abundância. A riqueza foi avaliada em nível de espécie, estimada pelo total de espécies registradas, e em nível de família, através do número total de famílias as quais pertenceram as espécies registradas. Esta análise foi realizada para anfíbios e répteis separadamente. A abundância de espécies foi estimada pelo número total de indivíduos registrados de cada espécie.

Para análise das estimativas de riqueza foi gerada uma curva de rarefação de espécies, a qual representou a riqueza observada e riqueza estimada para a área de estudo. No eixo das abscissas são localizadas as unidades amostrais e no eixo das ordenadas é representado o número acumulado de espécies amostradas. Para tal, foram utilizados os estimadores de riqueza Chao1 e Bootstrap calculados a partir do programa de estatística EstimateS 9.1.0 com 1000 aleatorizações.

Para comparação entre os valores de abundância (quantidade de indivíduos de uma determinada espécie ou comunidade) e riqueza entre os pontos e as lagoas amostradas (quantidade de espécies presentes em determinada comunidade) foram utilizados os índices de Diversidade de Shannon e o de Equabilidade de Pielou, calculados no software R (Chambers, 2008) utilizando o pacote vegan (Oksanen et al, 2011).

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6. RESULTADOS E DISCUSSÕES

6.1. Anfíbios

Riqueza e Abundância

Durante a segunda campanha de monitoramento foram registrados 380 indivíduos de 12 espécies de anfíbios anuros, distribuídos em três famílias (Quadro 4). A família Hylidae foi a mais representativa em riqueza, apresentando nove espécies, seguida de Leptodactylidae com duas espécies e de Bufonidae com apenas uma espécie. Em termos de abundância, Hylidae também teve destaque, com 354 indivíduos amostrados (93%). Leptodactylidae teve 24 indivíduos registrados representando 6% do total e Bufonidae teve apenas dois indivíduos registrados, com 1% representatividade (Figura 15).

Figura 15 - Riqueza de espécies e abundância nas famílias de anfíbios anuros registrados na segunda campanha de monitoramento da herpetofauna nas margens das lagoas de Itaipu e Piratininga, município de Niterói, Rio de Janeiro.

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Quadro 4 - Lista das espécies de anfíbios anuros registradas na segunda campanha de monitoramento da herpetofauna nas margens das lagoas de Itaipu e Piratininga, município de Niterói, Rio de Janeiro. Pontos de Coleta Status de Espécie Forma de Registro Lagoa de Itaipu Lagoa de Piratininga Conservação HI1 HI2 HI3 HI4 HP1 HP2 HP3 HP4 IUCN BR RJ Bufonidae

Rhinella ornata (Spix, 1824) Vo, Vi 0 0 0 0 0 2 0 0 LC NA NA Hylidae Dendropsophus anceps (A. Lutz, 1929) Vo, Vi 11 0 0 0 0 0 0 0 LC NA NA Dendropsophus gr. microcephalus (Cope, 1886) Vo, Vi 0 7 0 0 0 0 0 0 LC NA NA Dendropsophus haddadi (Bastos & Pombal, 1996) Vo 0 1 0 0 0 0 0 0 LC NA NA Dendropsophus meridianus (B. Lutz, 1954) Vo, Vi 56 0 0 0 0 10 0 0 LC NA NA Hypsiboas albomarginatus (Spix, 1824) Vo, Vi 50 1 0 0 0 0 0 0 LC NA NA Phyllomedusa rohdei Mertens, 1926 Vo,Vi 5 0 0 0 0 5 0 0 LC NA NA Scinax alter (B. Lutz, 1973) Vo 59 0 0 0 0 4 0 1 LC NA NA Scinax aff. x-signatus (Spix, 1824) Vo, Vi 36 0 0 0 0 0 0 0 LC NA NA Ololygon argyreornata (Miranda-Ribeiro, 1926) Vo, Vi 0 0 0 0 0 2 0 106 LC NA NA Leptodactylidae Leptodactylus latrans (Steffen, 1815) Vo, Vi 0 2 0 1 0 9 0 0 LC NA NA Leptodactylus mystacinus (Burmeister, 1861) Vo 0 3 0 2 2 5 0 0 LC NA NA Legenda: Vi = visualização; Vo = vocalização; IUCN = espécies ameaçadas de extinção segundo União Internacional para a Conservação da Natureza; BR = espécies ameaçadas para o Brasil; RJ = espécies ameaçadas para o estado do Rio de Janeiro; LC = status pouco preocupante; NA = não consta.

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É válido ressaltar que os 380 registros estão distribuídos em seis dos oitos pontos de amostragem (considerando as duas lagoas). Não foram registrados indivíduos nos pontos HI3 e HP3. Assim, os pontos HI1, HP4 e HP2 foram os que apresentaram maior abundância, com 217, 107 e 37 indivíduos, respectivamente. Entretanto, o ponto HP2 tem maior riqueza, com sete espécies, seguido do HI1, com seis, e HI2 com cinco espécies (Figura 16).

RIQUEZA

HP4 HP3

Figura 16 - Representatividade do número de registros por ponto amostral, considerando a abundância, riqueza e presença de espécies exclusivas dos anfíbios anuros registrados nas margens das lagoas de Itaipu e Piratininga, município de Niterói, Rio de Janeiro. Legenda: HI = pontos na lagoa de Itaipu; HP = pontos na lagoa de Piratininga.

Levando em consideração a representatividade das espécies nos pontos amostrais, Ololygon argyreornata, Dendropsophus meridianus e Scinax alter tiveram os maiores valores de abundância, sendo registradas com 108, 66 e 64 indivíduos, respectivamente. As três espécies somaram 63% de todo o percentual amostrado (Figura 17) (Figura 18). As espécies Hypsiboas albomarginatus (n=51), Scinax aff. x- signatus (n=36), Leptodactylus mystacinus (n=12), Leptodactylus latrans (n=12), Dendropsophus anceps (n=11) e Phylomedusa rohdei (n=10) somaram 21% do total amostrado. O restante das espécies Dendropsophus gr. microcephalus (n=7), Rhinella ornata (n=2) e Dendropsophus haddadi (n=1) representou apenas 3% do total, com menos de 10 indivíduos cada (Figura 19).

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Figura 17 – Representatividade do número de indivíduos por espécie de anfíbios anuros encontrados durante o monitoramento da herpetofauna nas margens das lagoas de Itaipu e Piratininga, município de Niterói, Rio de Janeiro.

A B

C D

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E F

Figura 18 – Indivíduos das espécies Ololygon argyreornata (fêmea) (A), Ololygon argyreornata (macho) (B), Dendropsophus meridianus (C), Scinax alter (D), Dendropsophus anceps (E) e Dendropsophus haddadi (F) registrados nas margens das lagoas de Itaipu e Piratininga, município de Niterói, Rio de Janeiro.

A B

C D

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E F

Figura 19 – Indivíduos das espécies Hypsiboas albomarginatus (A), Scinax x-signatus (B), Leptodactylus mystacinus (C), Leptodactylus latrans (D), Phylomedusa rohdei (E) e Rhinella ornata (F) registrados nas margens das lagoas de Itaipu e Piratininga, município de Niterói, Rio de Janeiro.

Entre os métodos de busca ativa visual e auditiva, o mais eficiente em termos de abundância e riqueza foi a de busca por indivíduos vocalizando. Neste método foram registrados 328 indivíduos de 11 espécies, das quais três (Dendropsophus haddadi, Leptodactylus mystacinus e Scinax alter) foram amostradas exclusivamente por meio da vocalização. Na busca ativa visual, considerando os períodos diurno e noturno, foram registrados 52 indivíduos e nove espécies, sendo apenas uma exclusiva deste método (Rhinella ornata) (Figura 20).

Figura 20 – Eficiência dos métodos de busca ativa utilizados para registro dos indivíduos de anfíbios anuros nas margens das lagoas de Itaipu e Piratininga, município de Niterói, Rio de Janeiro.

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Curva de Acumulação de Espécies

Grande parte dos inventários de espécies possui listas que não abrangem todas as espécies da localidade devido às limitações nas metodologias de busca, de forma que, com novas amostragens, o número de espécies tende a aumentar. Logo, é de se esperar que ao longo das campanhas do monitoramento o número de espécies registradas se aproxime ao número real de espécies presentes na área. Tal fato é indicado quando a curva do coletor estabiliza ou fica próxima à estabilização.

A curva de rarefação de espécies é acumulativa foi feita com base nas duas campanhas feitas até o momento. O estimador de riqueza utilizado foi o Bootstrap, pois teve menor desvio padrão e maior proximidade com a riqueza observada. O índice estimou uma média máxima de 20,07 espécies considerando todos os pontos amostrais, diferindo em apenas três espécies da riqueza observada (17) (Figura 21).

Figura 21 - Curva de rarefação de espécies baseada na riqueza observada e riqueza estimada (Bootstrap) da comunidade de anfíbios anuros na margem das lagoas de Itaipu e Piratininga, município de Niterói, Rio de Janeiro.

Diversidade e Equabilidade

A análise dos Índices de Diversidade de Shannon-Wienner (H) e Equabilidade de Pielou (J) indica quais ambientes são mais diversificados e heterogêneos a partir dos

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valores de riqueza e abundância. A estimativa de Equabilidade de Pielou indica se as diferentes espécies amostradas possuem abundâncias semelhantes ou divergentes, indicando ambientes mais ou menos heterogêneos.

Com relação à diversidade de espécies, o índice revelou que, de um modo geral, o ponto HP2 apresentou-se com os valores mais altos em relação aos demais, sendo o mais diverso (H = 1.79) e com maior igualdade de distribuição das abundâncias dos indivíduos (J = 0.92). O ponto HI1 teve segunda maior diversidade (H = 1.57) e equabilidade correspondente (J = 0.88). Já o ponto HI2 teve índices de diversidade (H = 1.33) e de equabilidade (J = 0.82) considerados os terceiros mais altos comparados aos demais pontos.

A predominância de uma espécie no ponto HP4 (Ololygon argyreornata) influenciou diretamente nos valores de diversidade e de equabilidade, uma vez que foram os mais baixos dentre os pontos (H = 0.05; J = 0.07). Esses valores indicam que o ponto HP4 teve dominância de 100% de apenas uma espécie, indicando um ambiente homogêneo e não diversificado. O ponto HI4, apesar de ter o menor segundo valor de diversidade (H = 0.63), apresentou valor alto para a equabilidade (J = 0.91). Esse ponto apresentou apenas duas espécies (Leptodactylus latrans e L. mystacinus) com abundâncias próximas entre elas, por isso o valor baixo para diversidade, mas alto para equabilidade (Quadro 5).

Quadro 5 – Índices de Diversidade de Shannon e Equabilidade de Pielou encontrados durante a segunda campanha de monitoramento da herpetofauna nas margens das lagoas de Itaipu e Piratininga, município de Niterói, Rio de Janeiro. (NaN – Dados insuficientes para o cálculo). Pontos amostrais Índices Campanha Itaipu Piratininga HI1 HI2 HI4 HP1 HP2 HP4

Diversidade de Shannon (H) 1.57 1.33 0.63 0.00 1.79 0.05 2ª Equabilidade de Pielou 0.88 0.82 0.91 NaN 0.92 0.07

Comparação entre campanhas

Considerando as duas campanhas de monitoramento realizadas até o momento foram registradas 18 espécies de anfíbios anuros, pertencentes a três famílias. Durante a primeira campanha foram registradas 14 espécies e 230

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indivíduos, enquanto que na segunda campanha foram registradas 12 espécies e 274 indivíduos. A seguir, no Quadro 6, estão apresentadas as espécies encontradas nos pontos amostrais, com as respectivas abundâncias, em ambas as campanhas.

As espécies Dendropsophus cf. oliveirai, Itapotihyla langsdorfii e Aparasphenodon brunoi foram as espécies registradas somente na primeira campanha, nos pontos HI2, HI1 e HI2, e HP1, respectivamente. As espécies registradas apenas para a segunda campanha foram Ololygon argyreornata, Dendropsophus anceps, Dendropsophus gr. micocrephalus, Rhinella ornata e Dendropsophus haddadi (Figura 22).

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Quadro 6 – Lista das espécies de anfíbios anuros registrados para a primeira e segunda campanha durante o monitoramento da herpetofauna nas margens das lagoas de Itaipu e Piratininga, município de Niterói, Rio de Janeiro. Pontos de Coleta 1ª Campanha 2ª Campanha Espécie Lagoa de Itaipu Lagoa de Piratininga Lagoa de Itaipu Lagoa de Piratininga HI1 HI2 HI3 HI4 HP1 HP2 HP4 HP5 HI1 HI2 HI3 HI4 HP1 HP2 HP4 HP5 Bufonidae Rhinella ornata (Spix, 1824) 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 Hylidae Aparasphenodon brunoi Miranda-Ribeiro, 1920 0 0 0 0 3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Hypsibias albomarginatus (Spix, 1824) 59 6 0 3 0 0 0 0 50 1 0 0 0 0 0 0 Hypsiboas semilineatus (Spix, 1824) 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Dendropsophus anceps (A. Lutz, 1929) 0 0 0 0 0 0 0 0 11 0 0 0 0 0 0 0 Dendropsophus gr. microcephalus (Cope, 1886) 0 0 0 0 0 0 0 0 0 7 0 0 0 0 0 0 Dendropsophus haddadi (Bastos & Pombal, 1996) 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 Dendropsophus cf. oliveirai (Bokermann, 1963) 0 6 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Dendropsophus meridianus (B. Lutz, 1954) 8 7 0 0 0 16 0 0 56 0 0 0 0 10 0 0 Dendropsophus sp. 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Itapotihyla langsdorffii (Duméril & Bibron, 1841) 3 3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Phyllomedusa rohdei Mertens, 1926 0 2 0 0 0 8 0 0 5 0 0 0 0 5 0 0 Scinax alter (B. Lutz, 1973) 56 2 0 0 0 8 0 0 59 0 0 0 0 4 0 1 Scinax x-signatus (Spix, 1824) 1 0 0 0 0 0 0 0 36 0 0 0 0 0 0 0 Ololygon argyreornata (Miranda-Ribeiro, 1926) 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 Trachycephalus nigromaculatus Tschudi, 1838 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Leptodactylidae Leptodactylus latrans (Steffen, 1815) 9 9 0 0 0 0 2 0 0 2 0 1 0 9 0 0 Leptodactylus mystacinus (Burmeister, 1861) 0 0 0 0 0 16 0 0 0 3 0 2 2 5 0 0

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Figura 22 – Espécies de anfíbios anuros e respectivas abundâncias registradas para primeira e segunda campanha durante o monitoramento da herpetofauna nas margens das lagoas de Itaipu e Piratininga, município de Niterói, Rio de Janeiro.

Durante a segunda campanha de monitoramento foram registrados mais indivíduos em relação à primeira, sendo que o ponto HI1 teve uma diferença de 81 indivíduos para a primeira campanha e o ponto HP2 teve 59 indivíduos a mais na segunda campanha (Figura 23). Entretanto, é importante ressaltar que esses valores não podem ser comparados no momento visto que foram realizadas apenas duas campanhas de monitoramento, sendo uma na estação seca e uma na estação chuvosa. A sazonalidade é responsável pela flutuação natural das populações de anfíbios, o que interfere diretamente no número de indivíduos que podem ser amostrados durante o período chuvoso ou seco. Portanto, essa variação não deve ser atrelada aos pontos amostrais ou à qualidade do ambiente até que sejam realizadas todas as campanhas previstas.

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Figura 23 – Número de registros dos indivíduos das espécies registradas para primeira e segunda campanha durante o monitoramento da herpetofauna nas margens das lagoas de Itaipu e Piratininga, município de Niterói, Rio de Janeiro.

A comparação dos índices de diversidade entre os pontos amostrais não é possível de ser feita em vista de serem ambientes diferentes e só termos realizado duas campanhas de monitoramento. Ao final do monitoramento trataremos desse assunto mais especificamente, com as análises apropriadas para tal.

Parâmetros Ecológicos

Espécies de importância econômica e cinegética

Nos países que possuem florestas tropicais, os animais silvestres são utilizados para diversas finalidades, desde alimentação, uso terapêutico, atividades culturais, comércio de animais vivos, partes deles ou subprodutos para diversos fins e, possivelmente, uma múltipla combinação destes usos (Bennett & Robinson 1999). Nos trópicos, a pressão da caça é exercida sobre diversos animais simultaneamente, mesmo sem o devido conhecimento do papel destas espécies no ecossistema. Na área em questão foi registrada apenas uma espécie de anfíbio que é conhecida por ter potencial cinegético, uma vez que pode ser utilizada na alimentação. Tal espécie é Leptodactylus latrans ou “rã-manteiga”. Entretanto,

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apesar de termos registrado essa espécie na área em questão, não foi constatada a caça predatória deste durante a campanha de monitoramento.

Espécies Ameaçadas de Extinção

Nenhuma das espécies registradas nesta campanha consta nas listas de espécies ameaçadas de extinção, tanto internacional, como nacional ou estadual.

Espécies Raras / Endêmicas e Indicadoras de Qualidade Ambiental

Nenhuma das espécies registradas nesta campanha pode ser qualificada como rara ou indicadora de qualidade ambiental, ou é endêmica da região ou do bioma.

4.1. Répteis

Ao longo da segunda campanha de monitoramento foram registrados 123 indivíduos, pertencentes a nove espécies de répteis das ordens Crocodylia e Squamata. As espécies estão distribuídas em oito famílias, que são: Alligatoridae, Gekkonidae, Mabuyidae, Phyllodactylidae, Teiidae, Tropiduridae, Leptotyphlopidae e Viperidae. A família Teiidae foi a única com duas espécies. As demais tiveram apenas uma espécie cada (Quadro 7).

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Quadro 7 - Lista das espécies de répteis registradas durante o monitoramento da herpetofauna nas margens das lagoas de Itaipu e Piratininga, município de Niterói, Rio de Janeiro. Pontos de Coleta Status de Conservação Espécie Lagoa de Itaipu Lagoa de Piratininga OBS HI1 HI2 HI3 HI4 HP1 HP2 HP3 HP4 IUCN BR RJ CROCODYLIA

Alligatoridae

Caiman latirostris (Daudin, 1801) 2 0 0 0 0 0 1 0 LC NA NA Cin; Xer SQUAMATA

Gekkonidae

Hemidactylus mabouia (Moreau de Jonnès, 1818) 1 2 2 9 5 6 5 7 NA NA NA Exo Phyllodactylidae

Gymnodactylus darwinii (Gray, 1845) 0 0 0 0 2 0 0 0 NA NA NA End Mabuyidae

Brasiliscincus agilis (Raddi, 1823) 0 0 5 6 14 1 0 0 NA NA NA End Tropiduridae

Tropidurus torquatus (Wied, 1820) 0 0 8 11 13 1 0 0 LC NA NA Teiidae Ameiva ameiva ameiva (Linnaeus, 1758) 2 0 0 0 3 9 0 0 NA NA NA Salvator merianae (Duméril e Bibron, 1839) 4 0 0 1 1 0 0 0 LC NA NA Cin; Xer Leptotyphlopidae Trilepida salgueiroi (Amaral, 1955) 0 0 0 0 1 0 0 0 NA NA NA Viperidae Bothrops jararaca (Wied, 1824) 0 0 0 0 1 0 0 0 NA NA NA Med Legenda: IUCN = espécies ameaçadas de extinção segundo União Internacional para a Conservação da Natureza; BR = espécies ameaçadas para o Brasil; RJ = espécies ameaçadas para o estado do Rio de Janeiro; LC = status pouco preocupante; NA = não consta. End = espécie endêmica da Mata Atlântica; Exo = espécie exótica.

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É importante ressaltar que os 123 registros estão distribuídos ao longo dos oito pontos amostrais, considerando as duas lagoas. Assim, o ponto HP1 foi o que apresentou maior número de registros, com 40 indivíduos, seguido do ponto HI4, com 27 registros. Os pontos HP2 e HI3 foram representados por 17 e 15 registros respectivamente, enquanto os demais pontos tiveram menos de 10 registros, sendo HI1 (N = 9), HP4 (N = 7), HP3 (N = 6) e HP2 (N = 2). Com relação à riqueza de espécies, o ponto HP1 também foi o mais representativo com oito espécies. Os demais pontos tiveram riqueza variando entre uma a quatro espécies (Figura 24). O ponto HP1 também foi o único que apresentou espécies exclusivas, sendo estas a jararaca (Bothrops jararaca), o lagartinho-de- folhiço (Gymnodactylus darwinii) e a cobra-cega (Trilepida salgueiroi).

HP4 HP3

Figura 24 - Representatividade da riqueza de espécies por ponto amostral nas margens das lagoas de Itaipu e Piratininga, município de Niterói, Rio de Janeiro.

Levando em consideração a representatividade das espécies nos pontos amostrais, a lagartixa-de-parede (Hemidactylus mabouia) foi a espécie com maior abundancia, tendo sido registrados 37 indivíduos, somando 37% do total. O calango (Tropidurus torquatus), o lagartinho-de-vidro (Brasiliscincus agilis) e o calango-verde (Ameiva a. ameiva) somaram 53%, sendo amostrados com 33, 26 e 14 indivíduos respectivamente. As demais espécies como o teiú (Salvator merianae), o jacaré-do- papo-amarelo (Caiman latirostris), o lagartinho-de-folhiço (Gymnodactylus darwinii),

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a jararaca (Bothrops jararaca) e a cobra-cega (Trilepida salgueirou) foram registradas com menos de seis indivíduos totalizando, juntas, apenas 10% da amostragem (Figura 25).

Figura 25 - Representatividade das espécies em termos de abundância durante o monitoramento da herpetofauna nas margens das lagoas de Itaipu e Piratininga, município de Niterói, Rio de Janeiro.

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A B

C D

E F

H I

Figura 26 - Indivíduos das espécies Hemidactylus mabouia (A), Tropidurus torquatus (B), Brasiliscincus agilis (C), Ameiva a. ameiva (D), Gymnodactylus darwinii (E), Caiman latirostris (F), Trilepida salgueiroi (G) e (H), Salvator merianae (I) e Bothrops jararaca (J)

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registrados nas margens das lagoas de Itaipu e Piratininga, município de Niterói, Rio de Janeiro.

Curva de Acumulação de Espécies

Grande parte dos inventários faunísticos possui listas que não abrangem todas as espécies da localidade devido às limitações nas metodologias de busca, de forma que, com novas amostragens, o número de espécies tende a aumentar. Logo, é de se esperar que ao longo das campanhas do monitoramento o número de espécies registradas se aproxime ao número real de espécies presentes na área. Tal fato é indicado quando a curva do coletor estabiliza ou fica próxima à estabilização.

A curva de rarefação de espécies é cumulativa e foi feita com base na coleta das duas campanhas e com base no estimador de riqueza Bootstrap, pois teve o menor desvio padrão. O índice estimou uma média máxima de 12,6 espécies considerando todos os pontos amostrais, diferindo em apenas 1,6 espécies da riqueza observada (11) (Figura 27).

Figura 27 - Curva de rarefação de espécies baseada na riqueza observada e riqueza estimada (Chao 1) da comunidade de répteis na margem das lagoas de Itaipu e Piratininga, município de Niterói, Rio de Janeiro.

Diversidade e Equabilidade

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A análise dos Índices de Diversidade de Shannon-Wienner (H) e Equabilidade de Pielou (J) indica quais ambientes são mais diversificados e heterogêneos a partir dos valores de riqueza e abundância. A estimativa de Equabilidade de Pielou mostra se as diferentes espécies amostradas possuem abundâncias semelhantes ou divergentes, indicando ambientes mais ou menos heterogêneos.

Com relação à diversidade de espécies (Quadro 8), o índice revelou que, de um modo geral, o ponto HP1 apresentou-se com os valores mais altos em relação aos demais, sendo o mais diverso (H = 1.61), porém o valor de equabilidade pode ser considerado baixo (J = 0.77) pelo fato de ter sido registrada apenas a lagartixa-de- parede (Hemidactylus mabouia). O ponto HI1 teve segunda maior diversidade (H = 1.27), mas o maior valor de equabilidade (J = 0.97), mostrando que as abundâncias das espécies registradas são próximas, não havendo predominância de uma sobre as demais. Isso, portanto, mostra que o ponto HI1 é o mais heterogêneo. Os pontos HI4 e HP2 tiveram diversidade igual a 1.18 e 1.03, respectivamente, com equabilidade igual a 0.85 e 0.74, respectivamente. Os pontos HP3 e HI3 tiveram os menores valores de diversidade, sendo 0.45 e 0.97 respectivamente e equabilidade de 0.74 e 0.85, demonstrando serem pontos de baixa diversidade e com predominância de uma espécie sobre as demais.

Quadro 8 - Índices de Diversidade de Shannon e Equabilidade de Pielou encontrados durante a segunda campanha de monitoramento da herpetofauna nas margens das lagoas de Itaipu e Piratininga, município de Niterói, Rio de Janeiro. (NaN – Dados insuficientes para o cálculo) Pontos amostrais Índices Campanha Itaipu Piratininga HI1 HI2 HI3 HI4 HP1 HP2 HP3 HP4 Diversidade de Shannon (H) 1.27 0.0 0.97 1.18 1.61 1.03 0.45 0.0 2ª Equabilidade de Pielou 0.91 NaN 0.88 0.85 0.77 0.74 0.65 NaN

Comparação entre campanhas

Considerando as duas campanhas de monitoramento realizadas até o momento foram registradas 10 espécies de répteis, pertencentes a duas ordens (Crocodylia e Squamata) e nove famílias. Durante a primeira campanha foram registradas seis espécies e 117 indivíduos, enquanto que na segunda campanha

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foram registradas nove espécies e 123 indivíduos. A seguir, no Quadro 9, estão apresentadas as espécies encontradas nos pontos amostrais, com as respectivas abundâncias, em ambas as campanhas.

Apenas a cobra d’água (Erythrolamprus miliaris) foi espécie exclusiva da primeira campanha. Entretanto, para a segunda campanha foram registradas as espécies Trilepida salgueiroi, Bothrops jararaca, Caiman latirostris e Salvator merianae que não foram amostradas na primeira campanha (Figura 28).

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Quadro 9 – Lista das espécies de répteis registrados para a primeira e segunda campanha durante o monitoramento da herpetofauna nas margens das lagoas de Itaipu e Piratininga, município de Niterói, Rio de Janeiro. Pontos de Coleta 1ª Campanha 2ª Campanha Espécie Lagoa de Itaipu Lagoa de Piratininga Lagoa de Itaipu Lagoa de Piratininga HI1 HI2 HI3 HI4 HP1 HP2 HP4 HP5 HI1 HI2 HI3 HI4 HP1 HP2 HP4 HP5 CROCODYLIA

Alligatoridae

Caiman latirostris (Daudin, 1801) 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0 1 0 SQUAMATA

Gekkonidae

Hemidactylus mabouia (Moreau de Jonnès, 1818) 0 6 10 0 4 1 14 2 1 2 2 9 5 6 5 7 Phyllodactylidae

Gymnodactylus darwinii (Gray, 1845) 0 0 0 0 3 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0 Mabuyidae

Brasiliscincus cf. agilis (Raddi, 1823) 0 3 1 0 0 0 1 1 0 0 5 6 14 1 0 0 Tropiduridae

Tropidurus torquatus (Wied, 1820) 0 1 2 10 6 4 2 6 0 0 8 11 13 1 0 0 Teiidae

Ameiva a. ameiva (Linnaeus, 1758) 13 1 0 2 4 7 12 0 2 0 0 0 3 9 0 0 Salvator merianae (Duméril e Bibron, 1839) 0 0 0 0 0 0 0 0 4 0 0 1 1 0 0 0 Leptotyphlopidae

Trilepida salgueiroi (Amaral, 1955) 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 Dipsadidae

Erythrolamprus m. miliaris (Linnaeus, 1758) 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Viperidae

Bothrops jararaca (Wied, 1824) 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0

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Figura 28 – Espécies de répteis e respectivas abundâncias registradas para primeira e segunda campanha durante o monitoramento da herpetofauna nas margens das lagoas de Itaipu e Piratininga, município de Niterói, Rio de Janeiro.

Durante a segunda campanha de monitoramento foram registrados mais indivíduos em relação à primeira, sendo que o ponto HP1 teve uma diferença de 23 indivíduos para a primeira campanha e o ponto HI4 teve 15 indivíduos a mais na segunda campanha (Figura 29). Entretanto, é importante ressaltar que esses valores não podem ser comparados no momento visto que foram realizadas apenas duas campanhas de monitoramento, sendo uma na estação seca e uma na estação chuvosa. A sazonalidade é responsável pela flutuação natural das populações de répteis, o que interfere diretamente no número de indivíduos que podem ser amostrados durante o período chuvoso ou seco. Portanto, essa variação não deve ser atrelada aos pontos amostrais ou à qualidade do ambiente até que sejam realizadas todas as campanhas previstas.

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Figura 29 – Número de registros dos indivíduos das espécies de répteis registradas para primeira e segunda campanha durante o monitoramento da herpetofauna nas margens das lagoas de Itaipu e Piratininga, município de Niterói, Rio de Janeiro.

A comparação dos índices de diversidade entre os pontos amostrais não é possível de ser feita em vista de serem ambientes diferentes e só termos realizado duas campanhas de monitoramento. Ao final do monitoramento trataremos desse assunto mais especificamente, com as análises apropriadas para tal.

Parâmetros Ecológicos

Espécies de importância econômica e cinegética

Nos países que possuem florestas tropicais, os animais silvestres são utilizados para diversas finalidades, desde alimentação, uso terapêutico, atividades culturais, comércio de animais vivos, partes deles ou subprodutos para diversos fins e, possivelmente, uma múltipla combinação destes usos (Bennett & Robinson, 1999).

Os resultados encontrados para a presente campanha de monitoramento corroboram com a hipótese da universalidade zooterápica, segundo a qual toda cultura com sistema médico desenvolvido utiliza animais como recursos terapêuticos. Na herpetofauna, as serpentes peçonhentas possuem grande importância econômica

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para a farmacologia. Com a toxina desses animais podem ser desenvolvidos tratamentos ou cura de doenças como a hipertensão, além de sua utilização na fabricação de colas cirúrgicas (Konno et al., 2008).

Durante a segunda campanha de monitoramento foi registrada a jararaca (Bothrops jararaca), pertencente à família Viperidae. O veneno desta família tem sido utilizado em diversos estudos farmacológicos com o intuito de avaliar a ação da toxina sobre células cancerígenas (Jorge et al., 2011) e também para a produção de medicamentos como o Captopril, utilizado para pacientes com problemas de pressão alta.

Além das espécies com importância farmacológica, existem aquelas que possuem alto potencial de xerimbabo, devido ao interesse na domesticação de espécies silvestres e também com alto potencial cinegético. Tanto o teiú (Salvator merianae) quanto o jacaré-do-papo-amarelo (Caiman latirostris) podem ser comumente encontradas em sites de internet para compra e venda como animal de estimação, e também são espécies-alvo da caça para consumo de carne silvestre. Ainda, ambas as espécies encontram-se listadas no apêndice II do CITES (Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies da Flora e Fauna Selvagens em Perigo de Extinção), como espécies que correm perigo devido sua comercialização internacional.

Espécies Ameaçadas de Extinção

Das espécies de répteis registradas nesta campanha, nenhuma consta na lista das espécies ameaçadas da IUCN ou na Portaria nº 444/14 do Ministério do Meio Ambiente.

Espécies Raras / Endêmicas e Indicadoras de Qualidade Ambiental

Durante a segunda campanha registramos duas espécies que são consideradas endêmicas do bioma Mata Atlântica (Gymnodactylus darwinii e Brasiliscincus agilis) e uma espécie considerada como exótica (Hemidactylus mabouia), aparentemente trazida para a América do Sul durante a colonização e já há muito naturalizada.

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7. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Durante a segunda campanha de monitoramento nas margens das lagoas de Itaipu e Piratininga, município de Niterói, Rio de Janeiro, foi registrado um total de 503 indivíduos da herpetofauna, distribuídos em 380 anfíbios anuros e 123 répteis. Para o grupo dos anfíbios foi registrada uma riqueza de 12 espécies e três famílias, com Hylidae (09 spp.) sendo a mais representativa em riqueza e abundância. Para o grupo dos répteis foram amostradas nove espécies distribuídas em oito famílias, com Teiidae (02 spp.) sendo a mais representativa.

Na primeira campanha não foram registradas espécies que eram esperadas para a região, entretanto, na segunda campanha amostramos duas das três, que foram o jacaré-do-papo-amarelo (Caiman latirostris) e o teiú (Salvator merianae). A jibóia (Boa constrictor) permanece registrada apenas por meio de entrevista e conhecimento local. Ambas as espécies são comuns na região, podendo tolerar em algum grau de antropização no habitat.

A alteração de habitats naturais tem sido a principal ameaça à fauna de répteis e anfíbios. Estudos conclusivos acerca dos impactos sobre a herpetofauna são raros na literatura científica, mas, em termos gerais, a perda de habitats provoca alterações na abundância de algumas espécies, na distribuição espacial e na riqueza dessas comunidades (Hero & Ridgway, 2006). Além disso, as comunidades de diversos organismos podem sofrer mudanças ao longo do tempo através da perda ou surgimento de espécies e também pela alteração na densidade ou abundância de suas populações (Hero & Ridgway, 2006).

Monitoramentos de comunidades e populações podem ser entendidos como uma importante estratégia para se averiguar e compreender as alterações às quais estão submetidas as comunidades de fauna estudadas. O monitoramento das populações em seus habitats é essencial para o planejamento e efetivação de ações que visam minimizar os impactos provocados por qualquer alteração. Neste sentido, o monitoramento biológico constitui um instrumento de grande importância no

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processo de mitigação de impactos ambientais provocados por atividades potencialmente impactantes (Yoccoz et al. 2001).

8. EQUIPE TÉCNICA No Quadro 10 está relacionada a equipe técnica da empresa consultora responsável pela execução dos estudos referentes ao contrato SEXEC n° 07/2018. Quadro 10 – Equipe responsável pela elaboração do Relatório Técnico.

FORMAÇÃO PROFISSIONAIS EXPERIÊNCIA ATIVIDADE NO PROJETO PROFISSIONAL

Experiência comprovada em Coordenação Geral, Biólogo MsC.. em Projetos de Modelagem de Qualidade Ecologia, PhD em Recuperação e Gestão da Água, Análise de Tiago Finkler Ferreira Recursos Hídricos e de Ambientes Cenários, de Recuperação Saneamento Aquáticos, Ambiental e Análise de Ambiental Monitoramento e Macrófitas Aquáticas Modelagem Engenheira Sanitária Experiência em estudos Coordenação Técnica, e Ambiental e MsC Saneamento Ambiental, Hidrologia, análise de Julia Costa em Engenharia Hidrologia, Modelagem cargas e Modelagem Sanitária e Qualidade da Água Qualidade da Água Ambiental Coordenação Técnica, Experiência em Análise morfodinâmica, Oceanógrafo, MsC. morfodinâmica costeira, Rafael Bonanata Modelagem Oceânica e em Oceanografia modelagem oceânica e análise de estruturas Hidrodinâmica hidráulicas Experiência em Limnologia, caraterização Limnologia, Análise Rafael Schmitt Biólogo, Limnólogo meio físico e análises Integrada e Gestão Integradas Ambiental Experiência Eduardo Francisco da Biólogo, PhD em comprovada em Análise Ictiofauna Silva Junior Ecologia e Ictiologia estudos de ictiofauna lacustre Bióloga, PhD em Experiência em estudos Análise de plâncton (Fito, Viviane Bernardes Ecologia e Evolução de plâncton lacustre zoo e ictioplanctôn)

Biólogo, PhD em Experiência em estudos Análise de Leonardo Kleba Lisboa Ecologia e de macrozoobentos macroinvertebrados Macrozoobentos. lacustre bentônicos Experiência em estudos Marlon Almeida dos Biólogo, PhD em de herpetofauna Análise da herpetofauna Santos Herpetofauna perilagunar

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FORMAÇÃO PROFISSIONAIS EXPERIÊNCIA ATIVIDADE NO PROJETO PROFISSIONAL

Engº Ambiental, Experiência em estudos Caracterização ambiental e Carlos Eduardo Simão MsC. em Engenharia de qualidade e poluição modelagem de qualidade Ambiental de água e sedimentos da água

Experiência em análises Oceanógrafa, PhD ambientais e Caracterização ambiental e Anna Dalbosco em Engenharia modelagem modelagem hidrodinâmica Ambiental hidrodinâmica

Experiência em geoprocessamento e Kleber Nunes Geógrafo Geoprocessamento, mapas produção de mapas digitais

9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BENNET, E. & ROBINSON, J. 1999. Hunting for Sustainability in Tropical Forests. Columbia University Press. ISBN 9780231109772.

CARNEIRO, M. E. R.; BARROSO, I. V.; RAMALHO, N. M.; AZEVEDO, C.; KNOPPERS, B. A.; KJERFVE, B.; KIRSTEIN, K. O. Diagnóstico ambiental do Sistema Lagunar Piratininga/Itaipu, Niterói, RJ. Parte II: hidroquímica. In: III simpósio de ecossistemas da costa brasileira: 196-203, 1993.

CARRANZA, S. & ARNOLD, E.N. 2006. Systematics, biogeography, and evolution of Hemidactylus geckos (Reptilia: Gekkonidae) elucidated using mitochondrial DNA sequences. Molecular Phylogenetics and Evolution 38:531‑545.

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