ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE ATA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA PARA DISCUTIR A BR-242, REALIZADA EM BRASNORTE, NO DIA 10 DE AGOSTO DE 2007, ÀS 10:00 HORAS.

ATA Nº 026

PRESIDENTE – DEPUTADO RIVA

O SR. PRESIDENTE (RIVA) - Autoridades presentes, senhoras e senhores, bom- dia! Em nome da Assembléia Legislativa do Estado de Mato Grosso, declaro aberta esta Audiência Pública, aprovada pelo Plenário da Assembléia Legislativa, com o objetivo de discutir a manutenção do traçado da BR-242, bem como a federalização de trechos ainda de rodovia estadual. Convido para compor a Mesa o Exmº Sr. Deputado José Domingos Fraga; o Exmº Sr. Deputado Júnior Chaveiro; o Exmº Sr. Deputado Federal Eliene. Convido ainda para compor a Mesa, o Sr. Mauro Rui Heisler, Prefeito Municipal de Brasnorte; o Vereador Pedro Coelho, Presidente da Câmara Municipal de Brasnorte; o Superintendente Regional do DNIT/MT, Sr. Rui Barbosa; o Prefeito Municipal de Porto dos Gaúchos, Revelino Braz Trevisan; o Prefeito Municipal de Nova Ubiratã, Osmar Rossetto (Chiquinho); o Prefeito de Juína, Hilton Campos; o Prefeito Municipal de , Orlei José Graseli (Graxa), o Prefeito Municipal de Itanhangá, Valdir Campagnolo. Indago se temos mais algum Prefeito aqui presente (PAUSA). Então, eu quero agradecer a presença de todos, especialmente do povo brasnortense, que comparece para esta Audiência Pública; e os visitantes que aqui estão. Eu gostaria de, antes de mais nada, parabenizar a mobilização da sociedade aqui presente; o trabalho já realizado pelo Prefeito de Nova Ubiratã, foi uma das pessoas que mais se envolveu nesta discussão junto com o povo de Nova Ubiratã. A Audiência Pública de Itanhangá, conduzida pelo colega Deputado José Domingos Fraga, que também definiu por esta Audiência Pública aqui em Brasnorte. Já temos a pré-definição de uma Audiência Pública lá na região do Araguaia, provavelmente na Cidade de Gaúcha do Norte, não é, Deputado José Domingos Fraga? Também uma Audiência Pública em Cuiabá. Mas, eu dizia aqui ao Prefeito Chiquinho, falava aos companheiros do DNIT, que vai ser extremamente importante a posição da nossa Bancada Federal na manutenção desse traçado original. Eu quero apenas agradecer a todos aqui! Agradecer à equipe da Assembléia Legislativa que comparece para esta Audiência Pública. Como vamos ter aqui uma exposição feita pelo Superintendente do DNIT, o Dr. Rui, eu acho extremamente importante definir a participação dos prefeitos, de populares, a partir dessa exposição do Dr. Rui Barbosa porque, pelo menos, todos vão ter uma noção do traçado original e das mudanças que estão sendo propostas.

Pág. 1 - Secretaria de Serviços Legislativos ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO ATA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA PARA DISCUTIR A BR-242, REALIZADA EM BRASNORTE, NO DIA 10 DE AGOSTO DE 2007, ÀS 10:00 HORAS. Eu vejo que existe uma ansiedade muito grande aqui, Dr. Rui, em função da eventual alteração desse traçado. O Prefeito de Nova Ubiratã já nos colocava aqui, eu já tinha consciência disso, que não é simples assim você mudar o traçado de uma rodovia federal, depende também da alteração da lei que criou, que definiu esse traçado. Então, é muito importante esse apoio, é muito importante à mobilização de toda sociedade aqui presente, porque todos nós aqui temos um objetivo, melhorar o poder de competitividade da região com relação ao nosso produto. Só vamos conseguir isso na hora que realmente conseguirmos estruturar esses eixos estruturantes. É a MT-170 que acontece, é a BR-174 que liga Vilhena, é o consórcio da MT-325. Eu já quero fazer um convite aos prefeitos aqui presentes, o Governador estará em , dia 18, assinando um convênio, um consórcio da MT-325, de Juara a Posto Paineira, que também é importante para essa região e a BR-242... (PALMAS). Então, eu quero agradecer a participação de todos e vamos para a primeira palestra aqui, que será a apresentação do Superintendente Regional do DNIT em Mato Grosso, Dr. Rui Barbosa, a quem queremos agradecer de antemão a presteza com que ele tem atendido todos os chamamentos da sociedade mato-grossense, em especial da Assembléia Legislativa. Com a palavra, o Dr. Rui Barbosa (PALMAS). O SR. RUI BARBOSA - Bom-dia à população de Brasnorte, às Lideranças que aqui se encontram. Cumprimento o Deputado Riva e já agradeço imensamente o convite, sinto-me muito honrado de estar aqui contribuindo para o andamento dos trabalhos do desenvolvimento de Mato Grosso. Cumprimento também o Deputado Eliene, que é o nosso conterrâneo, nosso amigo, somos da mesma cidade e já vínhamos construindo as coisas desde crianças juntos. Deputado José Domingos Fraga, nosso companheiro que nos deu uma carona até aqui; demais Prefeitos, Prefeito Hilton Campos, que já trabalha conosco e nos dá muito prazer da interessante companhia, que temos aí lutado pela BR-174. Deputado Júnior Chaveiro, que conhecemos agora e foi uma grata satisfação. Perdoem-me a falta de habilidade com o microfone, eu vou tentar brevemente fazer uma apresentação aqui do que estamos fazendo ou pelo menos propondo fazer no Mato Grosso. Peço as senhoras e aos senhores um pouco de paciência porque vou fazer uma viagem pelo Mato Grosso, mostrar, e tenho certeza de que algumas pessoas que não conhecem os locais por onde nós vamos viajar rapidamente a partir deste momento, para que eu possa canalizar o meu raciocínio na construção da 242, aonde nós vamos iniciar o nosso raciocínio para que possamos chegar aqui não tratando levianamente de um sonho que vai ficar à margem de quando nós acordarmos, mas de uma coisa que vem vindo, ouvindo as pessoas, colocando o raciocínio de engenheiro, colocando o nosso conhecimento de serviço público e ouvindo muito nas Audiências Públicas, ouvindo as pessoas que nos buscam no nosso gabinete e, também, em campo. Eu digo, Deputado Riva, que fazer traçados de mapa olhando pelo google é muito fácil. Agora, ir aos lugares e perceber o sofrimento das pessoas que vivem lá, a coisa muda significativamente. É isso que nós estamos fazendo: estamos indo conhecer os lugares e ouvindo as pessoas. Pois bem, o Estado de Mato Grosso... Onde está o meu amigo Laércio para ir mudando para mim? Ali!

Pág. 2 - Secretaria de Serviços Legislativos ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO ATA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA PARA DISCUTIR A BR-242, REALIZADA EM BRASNORTE, NO DIA 10 DE AGOSTO DE 2007, ÀS 10:00 HORAS. O Estado de Mato Grosso... Temos lá, hoje, aquela malha rodoviária. Estão vendo? Ali! Parece um garfo. É o que nós temos, hoje! Mesmo assim, temos ali 4.000Km de rodovia. Partindo de Cuiabá o que nós temos? Algumas longitudinais, que é a BR-163, na região de , de e de Sinop. Temos a BR-158: Água Boa, Ribeirão Cascalheira e chegamos ao Pará. Temos a BR-174, que pára lá na divisa com Rondônia. A BR-174 pára ali. E temos de Cuiabá para baixo, que chega à divisa com Goiás, lá em , e na divisa com Mato Grosso do Sul, indo por Rondonópolis. É o que nós temos! Não sei se vocês estão conseguindo enxergar do fundo. Eu vou tentar ajudar um pouco mais ainda nisso. Olha lá o quanto de espaço vazio nós temos, que não tem nada. Não tem rodovia nenhuma, algumas estaduais, algumas municipais. Basicamente, é um deserto em questão de logística de transporte. Vou falar aos estudantes que estão lá no fundo: Logística de transporte é por onde você pode passar; por onde você ir; por onde você vai andar. É distribuição! É passagem de pessoas. Isso é logística de transporte: distribuir rodovia. Então, nós temos, hoje, essa realidade nas nossas Rodovias 070, 158 e 364. Vamos para frente! Um total de 4.000Km de rodovia. Temos ali 3.000km. Essa é uma luta, Deputado Eliene! É uma luta! Estou aqui, em Mato Grosso, há mais de 20 anos e sempre escutamos que Mato Grosso tinha ali 2.800km de rodovias pavimentadas e o resto em terra. Mudar aquilo, que é muito pouco, de 2.800 para 3.265, já é uma luta muito grande. Vamos para frente! Estamos nessa luta empenhados em fazer um pouco, em mudar a cara da rodovia. Rapidamente, vou dizer: estamos hoje com quase toda malha rodoviária federal de Mato Grosso contratada. Praticamente, quase toda contratada. Já estão sendo renovados alguns contratos, o que nos possibilita ter a esperança de no período chuvoso não termos tantos acidentes perdendo vidas, tendo prejuízos econômicos, por dificuldades no transporte por conta das contratações que estamos fazendo para manutenção, recuperação, restauração e construção de rodovia. Temos trabalhado muito em travessias urbanas. Tivemos uma audiência com o Ministro, com todos os Superintendentes, meus companheiros de Superintendência por todo o País e eles reclamaram muito quanto a se fazer convênio com prefeituras. Não querem mais que isso aconteça. Eu disse a eles, fui voz destoante na audiência: que em Mato Grosso temos várias passagens urbanas sendo feitas com convênios com prefeituras e felizmente, ainda, não tivemos problema até o momento. Estamos trabalhando muito para continuar atendendo aos prefeitos sem ter problemas. Com isso, conseguimos fazer vários trabalhos em Sorriso, Sinop, Lucas, Água Boa, Barra do Garças e Cáceres e temos trabalhado muito nessas travessias urbanas, o que dá uma segurança ao usuário e valoriza muito o próprio comércio local. Temos ali a pesagem de veículos, que até hoje é um problema muito sério. Quem anda pelas estradas sabe disso. A um caminhão com cento e sessenta libras no pneu, setenta, oitenta, até cento e vinte toneladas, não há pavimento que resista. Tem até uma linha de raciocínio que quando se coloca muita carga num caminhão tem oferta de frete. Então, o frete abaixa. Quando você

Pág. 3 - Secretaria de Serviços Legislativos ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO ATA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA PARA DISCUTIR A BR-242, REALIZADA EM BRASNORTE, NO DIA 10 DE AGOSTO DE 2007, ÀS 10:00 HORAS. não coloca carga em excesso, você não tem tanta oferta de preço e acaba transportando mais vezes e as estradas ficam recuperadas. Essa é uma cultura que tem que se mudar. Estamos fazendo um convênio com o Governo do Estado para distribuir pelo Estado mais postos de pesagem para cuidar das nossas rodovias e das nossas vidas. Já temos em Cáceres e em Cuiabá duas balanças, mas a intenção é que elas sejam colocadas em outros lugares, também. Na 364, na 070, na 158 e vai por aí. A pavimentação da BR- 158 é onde começamos a construir... Estamos com dificuldade, olhem. Depois, vou mostrar para vocês o que está acontecendo naquele lugar até a BR-158...(NESTE MOMENTO, O ORADOR APONTA PARA O DATA SHOW ). Ela sobe aqui, vai reto e chega ao Pará. Depois de alguns anos criaram uma reserva indígena aqui. A rodovia já passava. A reserva indígena foi criada depois. E, agora, estamos com um entendimento com a FUNAI, com o INCRA, porque há ali indígenas e posseiros convivendo no mesmo lugar e isso está dificultando a construção que nós iniciamos aqui para chegar lá. Estivemos em Brasília, esta semana, para tentar modificar a licença ambiental que vai do quilômetro zero, que é a divisa com o Pará, próxima à reserva indígena. Pulamos a reserva. É outra licença ambiental para cá para que possamos construir aqui, pular a Reserva, construir por convênio que temos com o Governo do Estado - aqui é uma construção, também, por meio de um convênio - para atender aquela região ali e deixar a discussão indígena correr sem ter que paralisar obra alguma. Isso é uma parte que estou falando da BR-158, que nós já inauguramos. É aquele trecho de Ribeirão Cascalheira até Canarana. Podemos ir. Quem conhece a região aqui sabe do sofrimento. É uma coisa absurda! Acredito que até vocês podem vivenciar isso por aqui. Quando você precisa passar por ali de ambulância com urgência, com alguma grávida, alguma coisa assim, alguma urgência, se estiver no período chuvoso não tem como fazer esse trajeto por avião, precisa de rodovia e não passa. Então, quem passava por aqui há alguns anos, que vê essa rodovia dessa maneira e que, ainda, acha que é uma rodovia discreta, percebe a diferença brutal que aconteceu com isso. Então, realmente traz uma valorização para as pessoas do lugar. Traz auto-estima até para a dona de casa porque ela tem o prazer de saber que pode pedir ao marido para dar uma pintura na fachada da casa que não vai virar poeira uma semana depois. Isso aumenta a auto-estima de todo mundo, melhora a saúde, melhora toda situação da cidade. Com isso você tem um amplo atendimento na educação. Tudo! Então, é um benefício muito importante. Isso é a gente contar um pouco de vantagem. Também, temos que vender um pouco o peixe. Tivemos um rompimento porque houve aqui em baixo o sedimento no subsolo. Houve um rompimento na ponte de Barra do Garças, que é uma ponte em dois lances, passa pelo rio Garças e pelo rio Araguaia, e ela corria o risco de ter uma colisão total. Nós ficamos informados que isso aconteceu na madrugada. Logo pela manhã já estávamos mobilizados e fizemos uma obra emergencial. Vamos para frente, por favor! A ponte tinha aquele aspecto. É uma ponte de mais de cinqüenta anos e nós verdadeiramente construímos outra ponte. Aqui embaixo, onde nós tínhamos aquele pilarzinho... Olhe que nós estamos fazendo aqui, Deputado Riva.

Pág. 4 - Secretaria de Serviços Legislativos ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO ATA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA PARA DISCUTIR A BR-242, REALIZADA EM BRASNORTE, NO DIA 10 DE AGOSTO DE 2007, ÀS 10:00 HORAS. Eu já posso chamá-lo de Senador ou continuo chamando-o de Deputado? Eu acho mais fácil Senador. Então, nós tínhamos isso aqui. Fizemos estaqueamento em todo o fundo do rio, construímos um bloco enorme e levantamos outro pilar em cima. É uma ponte nova! É uma ponte nova! Não só na sua infra-estrutura, ou seja, não só naquela parte que fica debaixo da água, aquela parte onde enxerga sob a água, mas até o que nós chamamos tabuleiro da ponte, que é onde passa as pessoas e os carros. Não tínhamos onde passar pedestres, nem cadeirantes, e agora nós modificamos isso. Vamos um pouco mais rápido. Isso, então, é o que nós fazemos, o alargamento de passeio, numa tecnologia de construção de ponte moderníssima. Colocamos cabo de aço em toda a extensão da ponte, para segurar esses passeios e dar mais largura na ponte e mais segurança. Vamos mais rápido. Vamos lá. O nosso Governador estava lá, o Deputado Adalto de Freitas - Daltinho também, que é da região, acompanhando sempre. Vamos lá. Podemos ir. Olha aqui. Essa é uma situação constante em Barra do Garças, mas são três cidades, para quem não conhece são três cidades: Barra do Garças, e Aragarças. A ponte aqui divide isso. Então, tem ali um movimento de moto que eu nunca vi igual! Parece na China, eu nunca vi tanta moto! Eu acho que eles faziam de brincadeira, porque eram 200 motos passando para cá, se abria o tráfico, vinham 200 de volta e era o tempo inteiro assim. E nós fizemos a obra convivendo com isso! Podemos ir para frente. Tínhamos aqueles pilares mais discretos e construímos esses. Então, na verdade, aquele pilar ficou por dentro. Não necessitamos mais dele. Se pudesse tirar e jogar fora, podia fazer isso e construirmos novos pilares. Ele ficou como recheio, mas sem ter nenhum componente estrutural. Vamos lá. Manda para frente. Já olhamos muito a ponte. Olha a ponte, está ficando bonita. É o que eu falei, as três cidades ali. Vamos para frente. Aqui também nós fizemos a recuperação da BR-070. Quem conhece a região de , , altamente populosa, altamente produtora de grãos. Vamos para frente. Nós tínhamos uma rodovia, antes da chuva, nessa situação aqui. Vamos lá. Deu uma pequena melhorada. Estão vendo? Mas já dá tráfego, já conseguimos escoar safra e passar as pessoas. Vamos lá. Isso aqui, vocês que vão ter asfalto aqui em breve, vão ter a BR-242 aqui em breve. Tem que cuidar para não acontecer isso. Quando foi feita essa rodovia, fechou-se uma região que tinha pouco trafego. Então, fizemos uma rodovia mais discreta, com menos gasto público, e tudo, o que dá problema depois. Ela não tem acostamento, não tem drenagem. Olhem ali, é o mesmo lugar. Olhem a árvore lá. Não modificou? Melhora muito. Olhem lá. Aquele carro está na contramão. Aquilo lá é o tempo inteiro e nós convivemos com isso. Fica feio, mas já dá tráfego. Isso aqui no primeiro momento. Esse contrato que é um contrato com o Governo Federal, programa de Governo Federal, que trabalhou com a rodovia por dois anos. No primeiro momento dá tráfego, dá trânsito,

Pág. 5 - Secretaria de Serviços Legislativos ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO ATA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA PARA DISCUTIR A BR-242, REALIZADA EM BRASNORTE, NO DIA 10 DE AGOSTO DE 2007, ÀS 10:00 HORAS. tapamos buraco, fica aquela coisa meio feia; num segundo momento, começamos a fazer, então, o melhoramento de drenagem, de capas, de conforto e de segurança. Duplicação da Serra de São Vicente, que é outra bandeira de todas as nossas Bancadas Estaduais e Federais. Quem conhece ali sabe que lá é um gargalo horroroso. Então, estamos trabalhando na duplicação daquilo. Esse trechinho que nós tínhamos aqui, esse amarelinho, agora vamos fazer uma outra curva por fora. Quem vem de Cuiabá passa pelo novinho, quem volta passa pelo anterior. Eu quero mostrar isso aqui, Deputado José Domingos Fraga, que é uma obra de engenharia muito interessante, são oito quilômetros e meio, mas há tanto desmonte de rocha, tanta implosão de dinamite, tanta obra que nesses oito quilômetros e meio nos sentimos o Mário Andreazza quando chegamos lá. Pensamos: estamos abrindo o Amazonas, dada a satisfação que nos dá em Mato Grosso - e sabemos que estamos podendo fazer esse tipo de obra. Essa obra pouca gente sabe que existe, o contorno Norte/Cuiabá, um investimento de quarenta e quatro milhões. Quarenta e quatro milhões! As pessoas não sabem bem disso, vai pegar lá perto do Sinuelo, na saída para Rondonópolis, corta toda cidade e chega ali na estrada da Guia, chega no Sucuri e a segunda etapa passa por Várzea Grande para voltar na BR-163, vai aliviar muito o trânsito no meio de Cuiabá. Do Sucuri até a Guia ali, Deputado, nós já estamos construindo - até convido os senhores para irem lá dar uma olhada nessa obra. Está certo? Vamos começar a movimentar isso lá. Vamos para frente. Isso aqui é pavimentação da BR-364. Ali é o empreendimento que a gente entende que é de até , são 667 quilômetros. Nós fizemos já de Comodoro até , o Governo do Estado está fazendo uma parte, que é coincidente conosco, e nós estamos trabalhando com e estamos construindo Diamantino para frente. Vamos lá. Olha o que nós tínhamos lá. Essa é a situação que nós tínhamos ali. Estão vendo? Praticamente no trecho carroçável, muito embora tinha conservação de rodovia com o DNIT. Vamos para frente. Olha a diferença! Vamos mais. Vamos lá. Antes e o depois. Isso aqui, Prefeito Hilton Campos, Vossa Excelência sabe como é construção de estrada, lembra quando eu mostrei lá atrás um antes e depois? A minha equipe tentou me enganar no antes e depois. Olha o antes. Cadê a curva? (RISOS) Mas eu aceitei a enganação porque eu sei que faz parte do mesmo trecho. Só pegaram errado ali na foto. Mas não tem antes e depois, não. Enfim, ali era assim. Num local diferente, ficamos assim. Vamos para frente. Isso aqui é plantação tudo em volta. Vamos mais. Olha a diferença? Isso aqui está mexendo com drenagem para evitar erosão nas plantações e tudo. Vamos para frente. Vamos mais. É uma ponte que vamos fazer lá no Sumidouro. Vamos mais.

Pág. 6 - Secretaria de Serviços Legislativos ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO ATA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA PARA DISCUTIR A BR-242, REALIZADA EM BRASNORTE, NO DIA 10 DE AGOSTO DE 2007, ÀS 10:00 HORAS. Isso aqui foi lá em Cáceres, aconteceu também obra emergencial. Essa ponte corria o risco de colisão. Todos esses pilares que estou mostrando aqui, ao longo do tempo começaram a ser escavado por baixo, o concreto foi saindo, ficou no ferro purinho assim, essa ponte corria um sério risco de cair. Um residente lá em Cáceres foi até mim e falou de uma maneira bem dramática. Falou: “Doutor, vai passar um ônibus carregado com 54 crianças. Essa ponte vai cair e vai morrer todo mundo.” Eu achei um apelo dramático, fiquei assustado com esse negócio. Na outra semana, eu tenho três filhos, dois foram fazer vestibular em Porto Velho e iriam passar pela ponte. Eu fiquei assustado com isso. Eu pensei: são quantos no ônibus? 54. Eu falei: é esse. (RISOS) Vai começar a morrer os meus para cuidar da ponte. Fui para lá para tentar segurar a ponte, mas foi um dia de sufoco. Graças a Deus não aconteceu nada. Vamos lá, vamos para frente. É isso que eu estou falando. Estão vendo aquilo ali, tinha que estar dentro da água, com a mudança do curso do rio... Vamos mais. Olha como ficou agora!... Aquilo lá é cabo de aço, é uma proteção que se faz para segurar o tabuleiro da ponte, depois nós tampamos para não enferrujar. Estão vendo? Vamos mais... Vamos para frente. Podemos mostrar isso, Prefeito, o senhor não fica com vergonha, não? É o Prefeito Hilton Campos. O Deputado Riva passou conosco lá, é da região dele, é do lugar dele. Olha o que estava acontecendo lá. Olha aqui, olha os ônibus! Olha a altura que tem um ônibus, olha a altura que tem isso aqui! Cabe um ônibus ali, em pé. Cabe em pé. É isso aqui que nós fizemos lá. Então, nós estamos lá fazendo um investimento grande para recuperar isso. Vamos para frente... Olha como vai melhorando! Onde tinha aquela situação foi ficando assim... Olha aí, já vai mudando a cara. Aqui já tem um forro de cascalho. Está vendo? Já tem uma cobertura aqui de cascalho. Vamos mais... Então, nós estamos investindo ali, mas é uma conversa que vamos voltar nela depois. Nós estamos investindo ali, investindo pesado, não é, Prefeito? Investindo pesado, com obra boa, tudo. Mas vai ficar na terra. Se não continuarmos pensando, investindo, lutando e trabalhando muito em função daquilo, todo esse investimento volta a ser o que era antes. Precisamos pavimentar aquilo. Vamos mais... Cuiabá/Jangada. Vamos mais... Isso aqui, eu escuto uma coisa, que com 24 anos de Engenharia Rodoviária, quando escuto alguém falar assim: Esse lugar aqui é a rodovia da morte, quando escuto com meus ouvidos que é a rodovia da morte, eu morro duas vezes. Eu morro como Engenheiro, vivo na rodovia, corro risco na rodovia e estou arriscado a morrer na rodovia. Quando escuto falar que é a rodovia da morte, eu morro de vergonha de ouvir aquilo e não poder fazer nada. E morro pela segunda vez, quando percebo que a pessoa que está falando tem razão. Sabe, isso é um desconforto muito grande para nós que temos a nossa natureza de cuidar de rodovia. E, graças a Deus, estamos fazendo uma restauração lá. Não é o que nós queríamos, mas já está bom. Vamos para frente... Olha a altura que é isso aqui. São terceiras faixas saindo de Cuiabá, vamos fazer uma duplicação nos primeiros seis quilômetros, depois nós vamos aumentar a capacidade de tráfego na rodovia com terceiras faixas. Vamos mais...

Pág. 7 - Secretaria de Serviços Legislativos ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO ATA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA PARA DISCUTIR A BR-242, REALIZADA EM BRASNORTE, NO DIA 10 DE AGOSTO DE 2007, ÀS 10:00 HORAS. Essa construção chamamos de multivia. É uma proposta que eu quero fazer também na região de Sinop, a multivia, e conto com o apoio dos Srs. Parlamentares. Olha a dificuldade de se construir uma rodovia. Ali é onde era o bueiro. Então, a nossa saída de aterro ficava ali. Como se tem que aumentar a terceira faixa, não é só chegar lá e derrubar terra e pronto, não. Você tem que fechar a drenagem. Então, nós colocamos mais tubo para cá, o que estava lá veio mais para cá, aí nós pudemos construir a terceira faixa por cima. Olhem onde está o equipamento ali. Isso dá para nós vermos a altura que se construiu, que parece tão simples, que é a terceira faixa de rolamento. Olhem o coqueiro! Quantos metros têm esse coqueiro? Outro dia eu quis valorizar demais a rodovia e falei que o coqueiro tinha dezoito metros. Tomei uma vaia geral, então, não vamos arriscar. O coqueiro só tem quatro, mas já é bastante alto. Isso aqui é a travessia de Jangada. Olhem só! Obra em andamento, Deputado, nós estamos ainda conversando, mudando, adequando a obra e ouvindo a população. Fizemos uma audiência pública lá, muita coisa nós temos, o projetista tem, mas quem vive sabe melhor, então, vamos fazendo durante a obra, e temos condições de mudar. Sempre há condição de mudar para melhorar. Isso aqui é a nossa duplicação, Posto Gil/Rondonópolis. Depois eu falo mais sobre Posto Gil/Rondonópolis. Então, vamos começar a construir Mato Grosso agora. Essa região, Alto Araguaia, aqui tem um comércio interessante demais. Olhem como eu falei que iria fazer com vocês uma viagem por Mato Grosso, estamos desembarcando em Mato Grosso, lá em Alto Araguaia, onde já tem uma ferrovia que chega lá. Tem uma ferrovia ali. Com essa ferrovia os caminhões chegam com a produção, a fila é enorme! É um mar de carretas! É um mar de bitrem, de treminhão! Veículos esses são raros pelo resto do País! Bitrem e treminhão andam muito aqui. A minha sogra mora no Rio de Janeiro, então, nós passamos por São Paulo, Mato Grosso do Sul e não tem treminhão e bitrem lá, não. De vez em quando tem que visitar a sogra. Mora em Copacabana, Deputado. Uma das coisas boas que ela tem é esse... (RISOS). Então, ali nesse lugar tem um comércio que é interessante demais, que se chama varre carreta. Alguém já ouviu falar o que é varre carreta? É aquele bitrem, aquela carreta que chega e descarrega rápido. Não tem tempo de limpar todinha a soja lá por baixo. Então, ele descarrega e já tem outro na fila. Ele sai e não pode voltar lá no produtor com a carreta suja, ele apodrece no meio do caminho. Então, ele tem que limpar aquela carreta. Ele pára no varre carreta, naquela margem da rodovia, a pessoa vai lá e serve um almoço para ele e varre a carreta dele. O que ele varreu é dele. Ele vai colocando o que varreu no saco ali, vai estocando aquilo, rapidamente ele tem uma carga de carreta. Ele vai lá e vende. É um comércio interessante isso aí As pessoas vão se moldando à realidade. Então, nós estamos começando a construir o Mato Grosso por aqui, pela MT-100, fazendo a federalização. Escutem bem esse termo: federalização, que tem uma diferença entre federalização de rodovia e absorção de rodovia. Aqui nós vamos federalizar. Saindo de Alto Araguaia, passando por Barra do Garças até . Vamos para frente. Vamos mais. Pronto. Até Cocalinho. Chegamos onde eu queria. Tem a possibilidade de pular? Eu volto aqui depois, porque esse é o nosso foco maior. Vamos pular uma e depois retornaremos nesse? Vamos lá.

Pág. 8 - Secretaria de Serviços Legislativos ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO ATA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA PARA DISCUTIR A BR-242, REALIZADA EM BRASNORTE, NO DIA 10 DE AGOSTO DE 2007, ÀS 10:00 HORAS. Essa aqui, Deputado, a 080, tinha esse traçado que eu vou fazer com a luzinha ali. Ela entrava de Goiás aqui e passava mais ou menos no que eu estou passando aqui. Chegava aqui assim e ia até Matupá. Era isso aqui. O nosso Senador José Sarney, quando era Presidente, interrompeu a 080 aqui. Ela acabou no Estado de Mato Grosso aqui. Ela continua então com o traçado, quer dizer, não tem mais traçado o nosso Plano Nacional de Ação. Não tem, ela pára aqui. E nós estamos entrando lá com um Projeto de Lei para fazer a absorção dessa rodovia. Buscá-la de novo, resgatá-la aqui. Mais coincidente com a 158 até aqui e lá até Matupá. Qual é o interesse disso? Essa região aqui, aqui tem a reserva indígena, mas felizmente ela passa entre uma reserva e outra. Então, nós não estamos disputando nada com reserva indígena, podemos transitar no meio. Nós podemos ter escoamento de safra ali que vai para Santarém, que é em torno de 800 a 1.000km. Não é isso? Mas podemos ter, também, outra alternativa de andar duzentos e poucos quilômetros aqui, pegar a BR158 – aqui no Pará já está pavimentado –, andar mais 300km e chegar até a Ferrovia Carajás. E vamos até Maranhão e colocamos no Porto de Maranhão, o Porto de Itaqui, que é o porto de maior calado do mundo. Então, temos essa alternativa de escoar toda essa região aqui para cá. É claro que a BR-163 é uma bandeira de Governo e não temos dúvida que sairá, mas são 800km. Aqui, 280! Aqui já estamos com o convênio para construir com 50% do Governo do Estado e 50% nosso. Aqui já está pavimentado. Para se chegar nessa ferrovia aqui, hoje, é mais barato e mais rápido e se tem a alternativa de jogar no Porto aqui, em Santarém, também. Temos que estudar todas as possibilidades. O produtor precisa ter alternativa de transporte. É isso que nós estamos querendo! Então, estamos saindo com ela daqui. Aqui é um pantanalzinho. Está certo! Mas aqui nós chegamos. Já tem uma ponte de 800m. Aqui tem rodovia sendo pavimentada por empresas grandes e aqui passa uma hidrovia. Como é que chama a hidrovia lá, Laércio? O SR. LAÉRCIO COELHO PINA (FORA DO MICROFONE) - Araguaia/Tocantins. O SR. RUI BARBOSA – Hidrovia Araguaia/Tocantins. Eu deixei a 242 para depois. Olha esta aqui! É uma rodovia de traçado federal que pouca gente sabe que existe. Sai de Cuiabá, passa por Chapada dos Guimarães, vem em Santo Antônio do Leste, Campinápolis, Água Boa e Cocalinho. Aqui em Cocalinho é uma grande jazida de calcário que abastece essas regiões todas com calcário. E aqui passamos para o Estado de Goiás. Tem um Decreto, que deixei a cópia com vocês, que trata de absorção de rodovia. Vamos explicar o que é absorção. Absorção de rodovia é aquela rodovia que tem um traçado federal no PNV – Plano Nacional de Viação. Então, para a absorvermos, ou seja, para a responsabilidade dos investimentos dessa rodovia passar à União, é preciso que ela saia do papel do PNV e passe para a nossa responsabilidade. Para absorver uma rodovia é preciso atender, pelo menos, uma ou duas das condicionantes que estão no Decreto que nós deixamos à mesa. Trouxemos cópias a mais. Se alguém se interessar, poderemos distribuir. O que não é o caso nosso aqui. O nosso aqui é federalização. Ali é absorção. Para se absorver essa rodovia aqui uma das condicionantes é essa. Uma das condicionantes é uma rodovia que liga uma capital a outra capital ou uma capital a capital do País,

Pág. 9 - Secretaria de Serviços Legislativos ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO ATA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA PARA DISCUTIR A BR-242, REALIZADA EM BRASNORTE, NO DIA 10 DE AGOSTO DE 2007, ÀS 10:00 HORAS. Brasília. E essa 251 liga Cuiabá a Brasília. É a BR-251, que chega a Brasília. É uma BR importantíssima! Então, nós já atendemos a uma desses condicionantes. Outras condicionantes são os decretos, que são logísticas de transporte, que é: desenvolvimento da região, prosperidade comercial, interesses em escoamento de safras, segurança e vai por aí. Então, para que a 251 chegue até lá, olhem os senhores o que nós estamos juntando aqui: temos aqui a MT-100, uma ferrovia aqui e uma hidrovia aqui, chegando a Cocalinho. Com isso, essa região se torna um grande modal de transporte. Estamos ligando essa rodovia à hidrovia. Aqui e uma ferrovia que passa. Uma aqui e outra ali. Com isso os senhores vão ouvir outro termo, que é difícil nas primeiras audições: intermodalidade de transporte, ou seja, pegar a modalidade rodoviária, juntando com a modalidade hidroviária; ou seja, estrada, rio, ou mar e a ferrovia, trem de ferro. Juntem isso! E o produtor pega lá de dentro da fazenda dele, vai pelo asfalto, entrega na ferrovia, a ferrovia joga na hidrovia e torna tudo muito mais barato. Então, aqui nós já estamos entregando a MT-100 e a 251 com essa intermodalidade, podendo, então, sair por aqui, e chegar ao escoador. Isso aqui está pavimentado, chegando na 242, que é do nosso interesse. Vamos falar agora da 242, depois nós voltamos à 251. A 242 vem aqui: Sai de São Félix do Araguaia, fica retinho até Estrela do Araguaia, descia coincidente com a 158, entreva por Ribeirão Cascalheira margeando a reserva indígena - margeava a reserva indígena o que dá para nós muita dificuldade ambiental -, chegava a Sorriso e parava ali. Só isso aí... O SR. PRESIDENTE (RIVA) – Dr. Rui... O SR. RUI BARBOSA – Sim? O SR. PRESIDENTE (RIVA) – Eu vou pedir licença só um instante, para convidar para compor a mesa o nobre Deputado Otaviano Pivetta e agradecê-lo pela presença (PALMAS)! Também, queremos convidar para compor a mesa o Deputado Federal Valtenir e agradecê-lo pela presença (PALMAS)! Pode continuar! Muito obrigado! O SR. RUI BARBOSA – Cumprimento o Deputado Estadual Otaviano Pivetta e o Deputado Federal Valtenir. Bom, já estamos ao centro, na nossa explanação, já estou me sentido em casa. Então, eu vou dizer ao Deputado Valtenir e ao Deputado Otaviano Pivetta, sejam bem-vindos a nossa Casa. Vamos lá! Falei antes sobre a reserva indígena. Está certo? Há uma dificuldade em se fazer estrada lá agora. Qual é a saída então que nós arrumamos para isso? Qual é a saída? A 242, ao invés de ela chegar até a 158, descer coincidente, faz aqui um desvio e atende as cidades de , e . Nós evitamos a reserva indígena e criamos essa alternativa da 242. Então, ela sai de São Félix, passa por Alto Boa Vista, Serra Nova Dourada, Bom Jesus do Araguaia, chega novamente coincidente com a 158 e desce até Ribeirão Cascalheira. O que é que está no PAC, que é o Programa do Governo Lula? A ligação entre a BR-158 até a BR-163, na região que liga Ribeirão Cascalheira até Sorriso. Está certo?

Pág. 10 - Secretaria de Serviços Legislativos ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO ATA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA PARA DISCUTIR A BR-242, REALIZADA EM BRASNORTE, NO DIA 10 DE AGOSTO DE 2007, ÀS 10:00 HORAS. No Governo Federal, no Ministério do Planejamento e no Ministério do Transporte tem outro termo novo para muita gente aqui, é um negócio chamado EVTE-Estudo de Viabilidade Técnica Econômica. Tem que se enquadrar nesse estudo, senão, não sai. O que está no PAC, que facilitou muito por estar no PAC a nossa vida, é a ligação da BR-158 à BR-163. O Estudo de Viabilidade é uma coisa um pouco técnica, aliás, muito técnica, que vai dizer se a Rodovia vai passar aqui, se vai passar 500m para frente, se tem uma jazida, se tem ali um sítio arqueológico. Então, tem que desviar. Tem-se ali uma nascente. Então, a estrada toma alguns contornos para que não tenha conflito com essas mais diferentes coisas que eu elenquei aqui agora. Então, ela tem um curso, você traça, propõe, a topografia, vai e, depois, fala: não, por aqui é muito mais caro. Vamos passar por aqui que é melhor. Aqui tem um solo mole... Isso é normal em construção de rodovia. Você vai adequando: aqui precisa de uma ponte, mas se eu puxar 100m para cá a ponte é menor, o custo é menor e atenderá mais. Então, você vai tentando, de certa maneira, costurar os interesses econômicos, políticos e com a técnica de construção de rodovia. Está certo? Então, nós saímos a campo – a EVTE também faz isso –, fizemos isso, e começamos a ouvir os Prefeitos de Ribeirão Cascalheira, de Água Boa, de Nova Nazaré, fomos até Gaúcha do Norte, já estivemos lá, nos reunimos com o pessoal e estamos conversando. Fomos em Nova Ubiratã, com o Prefeito Chiquinho, ouvimos um pouco lá também e viemos com isso. Em Nova Ubiratã nós não tínhamos – sendo franco – pensado em mais nada de Sorriso para frente, em mais nada. Lá em Nova Ubiratã - eu não sei se está presente aqui - um companheiro pegou o microfone, fez o uso da palavra e reivindicou com veemência a continuidade da BR-242 para cima. Naquela hora descortinou na nossa frente o desejo incontrolável dessa grande massa de povo mato- grossense de chegar com a rodovia mais para frente. Corremos lá e começamos, então, a traçar esse mapa, que é, aos nossos ouvidos, o interesse maior de todo mundo aqui, chegando até Sorriso, Ipiranga do Norte, Itanhangá, Brasnorte, chegando até Juína. Mas era só interesse disso? Não! Eu preciso enquadrar em mais coisas. O que nós precisamos enquadrar? Em progresso da região, em logística de escoamento e safra, em construir verdadeiramente uma Leste/Oeste, porque Leste/Oeste não é só isso aqui. Eu entendo que a Leste/Oeste sai da divisa do Estado de Mato Grosso e vai até a outra divisa. Então, nós precisamos chegar em Juína, porque lá nós temos a BR-174, que passa aqui. Mas eu não falei na tal da intermodalidade de transporte? Então, vamos integrar o que aqui? Eu posso dizer: Não! Eu tenho aqui nessa região, eu venho por aqui e cai na hidrovia, e cai na ferrovia. Mas e para cá? Também tem, lá por Juína. Não é, Deputado Riva? Também tem o escoamento de porto por aqui. E o que é mais interessante, o Senador Jaime Campos, teve aqui na região de a aprovação pela ANTAC de uma hidrovia. É a Hidrovia Teles Pires/Tapajós. Eu conversei com a ANTAC: Se fizer esse investimento aqui, há a possibilidade dessa hidrovia chegar aqui próximo a Juína? Tem! Tem que se fazer investimento, mas investimento tem que fazer sempre. Não é? Tem que se criar canal de navegação, tem que se criar eclusa - a eclusa é um dispositivo que eles colocam na hidrovia, às vezes, o barco, o navio, a embarcação chega aqui e tem que passar para um outro lado que é muito mais alto, enche aqui de água, até o teto, a embarcação passa para o outro e vai no outro. Eclusa para mudar de um lado para outro. Precisa fazer eclusa? Precisa fazer eclusa. É um investimento a longo prazo? Pode ser, dependendo da vontade política e do interesse imediato. Mas nós podemos propor isso aqui.

Pág. 11 - Secretaria de Serviços Legislativos ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO ATA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA PARA DISCUTIR A BR-242, REALIZADA EM BRASNORTE, NO DIA 10 DE AGOSTO DE 2007, ÀS 10:00 HORAS. Temos, então, intermodalidade na BR-242 em toda a região. Na ponta de cá, Hidrovia Araguaia/Tocantins; a ferrovia aqui; temos aqui a Hidrovia do Teles Pires; temos o porto que pode sair de Porto Velho e tudo; e temos integração com outra BR, a BR-174. A BR-174 sai daqui de Cáceres, passa por Porto Esperidião, , Comodoro e morre em Vilhena. Em Vilhena ela entra em Rondônia e retorna a Mato Grosso, naquele cantinho - já é região do Deputado Riva e do Prefeito Hilton Campos. Eu cometi um engano e vou corrigir de imediato, é a região da residência do Deputado Riva, mas eu não vi ainda em nenhum lugar de Mato Grosso que não fosse região do Deputado Riva. Então, falar que lá é do Deputado Riva, não conheço, em todo lugar a região é de trabalho dele. O tanto que ele trabalha é difícil acompanhar. Então, nós estamos querendo também absorver essa região aqui, absorção da BR- 174, que vai chegar até no Amazonas, de imediato, com pavimentação até Castanheira e depois vamos para frente. Essa é uma região que carece demais. Ali tem jazidas, tem tudo e um grande potencial de plantação, o que também integra com os senhores aqui. Toda aquela produção lá pode também ter alternativa de transporte pela BR-242. Então, o que antes nós tínhamos de ligação da BR-158, da BR-163, agora nós estamos fazendo uma ligação de uma verdadeira Leste/Oeste, pegando lá da BR-174, na região de Juína, trazendo até Cocalinho, Brasília, São Félix do Araguaia, até Porto Maranhão. Olhem que nós estamos mudando muito a cara de Mato Grosso! Olhem bem discretinho, nesse cantinho. Vocês estão vendo? É que a BR-174, o quilometro zero dela começa em Cáceres, aí sobe, zero, um, dois, três, e vai subindo até o Amazonas, lá em cima. Está certo! O que nós queremos fazer? Puxar o zero de Cáceres até Porto Morrinhos, porque ali nós temos uma hidrovia num rio mato-grossense que é considerado uma hidrovia internacional, é a nossa única hidrovia internacional. Mostramos isso ao Luiz Antônio Pagot e ele achou a idéia interessante. Já mostramos ao Governador, já discutimos isso com o Deputado Riva, com o Deputado Eliene e estamos discutindo isso aqui com todo mundo. Então, temos a BR-154, de uma hidrovia aqui, de uma outra intermodalidade de transporte e essa é a nova cara do Mato Grosso, mudando de quatro mil quilômetros para aproximadamente sete mil quilômetros. Está certo? É isso que nós estamos ouvindo. Isso aqui é em definitivo? Claro que não. Claro que não é em definitivo. Isso pode mudar conforme forem acontecendo as Audiências Públicas, conforme forem os entendimentos, os interesses e o convencimento, mas é uma sugestão que nós do DNIT estamos propondo e estamos levando aos mais diversos interessados que podem atuar conosco junto disso. Deixa eu explicar rapidamente o que é federalização, o que é absorção. Absorção é quando ela já tem um traçado federal e vamos ter a responsabilidade. A federalização necessita, então, conforme foi a resposta do Prefeito Chiquinho, que mudar a lei, conforme o Deputado Riva falou no começo. Essa é a federalização. Nessa federalização é claro que o Projeto de Lei também tem que ter alguns condicionantes. Então, nós, da Superintendência, é a nossa obrigação, já entramos lá com um pedido disso e estamos nos colocando à disposição técnica para que sejam feitos estudos. Já tem um projeto de lei andando da MT-100, um projeto de Lei do Deputado Wellington Fagundes das mais diversas federalizações, que é o caso desse cantinho de Porto Morrinhos. Essa parte da 242 até lá, essa parte que liga a 242, nós estamos orientando para que se faça um projeto de lei lá e isso já está em andamento dentro do Congresso. Esse projeto lei pode mudar? Claro que pode mudar. Obra de engenharia não é coisa que se faz e não muda mais. Você muda conforme a necessidade. Pode-se mudar. Existe uma Pág. 12 - Secretaria de Serviços Legislativos ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO ATA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA PARA DISCUTIR A BR-242, REALIZADA EM BRASNORTE, NO DIA 10 DE AGOSTO DE 2007, ÀS 10:00 HORAS. coisa que se chama revisão de projeto em fase de obra. Isso já nos deixa com habilidade. Vamos para frente. Olhem o mapa como era - eu encerro por aqui. Olhem como era e olhem como é. Olhem aí! Olhem a modificação substancial. Faz de novo, por favor. Deixem-me mostrar. Mostra o anterior! É isso o que nós temos hoje. Olhem lá. Olhem os buracos aqui. Olhem de novo! Se nós conseguirmos implantar 30% disso, o Mato Grosso quintuplica o seu poder de produção e escoamento de safra. Se fizermos 50% disso, nós vamos ser referência nacional. Quando aplicarmos 100% disso, aí nós vamos ser modelo para o planeta. Desculpa a minha presunção, mas eu acredito no que estou falando. Era isso que eu tinha a dizer aos senhores e estou aberto a qualquer outro questionamento que puder colaborar (PALMAS). O SR. PRESIDENTE (RIVA) - Nós queremos agradecer o Dr. Rui Barbosa. Creio que todos tiveram a oportunidade de conhecer um pouco da malha viária do Estado, principalmente na esfera federal. Agradeço o Dr. Rui Barbosa, ele vai ficar à disposição aqui. À medida que os demais forem participando... Nós temos uma participação inicial também, que acredito ser importante, do Prefeito Chiquinho, que quer mostrar um trabalho que estão fazendo. Eu acho que vou priorizar a participação do Prefeito Osmar Rossetto (Chiquinho), de Nova Ubiratã e, em seguida, daremos seqüência à participação dos demais. O SR. OSMAR ROSSETTO (CHIQUINHO) - Bom-dia a todos! Gostaria de cumprimentar e parabenizar o Deputado Riva pela convocação desta Audiência Pública; também o Deputado José Domingos Fraga, que é um dos batalhadores para essa luta da BR-242; o Deputado Otaviano Pivetta; o Deputado Júnior Chaveiro; o Deputado Federal Eliene; o Deputado Federal Valtenir Pereira; o Prefeito anfitrião, Mauro Rui, quero agradecê-lo e parabenizá-lo pelo trabalho que desenvolveu na cidade de Brasnorte; o Prefeito de Juína, Hilton Campos; o Prefeito Revelino Trevisan, de Gaúcha do Norte; os companheiros Prefeitos de Ipiranga do Norte, Orlei José (Graxa); e o Prefeito de Itanhangá, Valdir Campagnolo. Quero cumprimentar também todos os Vereadores presentes, o Secretário da nossa Comissão, Wanderley Paulo, Vereador de Sorriso e, em nome dele, todos os Vereadores presentes. E quero, primeiramente, colocar que essa questão da discussão da 242 começou até em função de uma discussão que nós tínhamos lá... Até quero fazer essa colocação para a Mesa da Assembléia Legislativa, que todos os Deputados têm conhecimento da questão da 140, que é uma Rodovia que foi desviada de dentro do Município de Nova Ubiratã para atender interesses de um consócio de produtores rurais. Nós brigamos muito junto ao Governo do Estado para manter essa rodovia dentro do município. Uma rodovia que foi criada em 1950, que objetivou a criação do município e ela foi desviada por um consórcio rodoviário de estrada, com a participação de 65% no custo da obra do Governo do Estado e o município foi muito prejudicado com isso. Depois, no meio dessa luta pela manutenção da MT-140, que é a antiga 163, é a antiga Cuiabá/Santarém, quando ficamos sabendo ainda em 2006, no início de 2006, sobre a intenção do Governo do Estado, que já havia deslocado uma rodovia de dentro do nosso município, de deslocar a 242 mais ao sul do Estado, nós começamos a traçar um plano, um planejamento de que maneira iríamos buscar apoio para resolver isso.

Pág. 13 - Secretaria de Serviços Legislativos ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO ATA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA PARA DISCUTIR A BR-242, REALIZADA EM BRASNORTE, NO DIA 10 DE AGOSTO DE 2007, ÀS 10:00 HORAS. Diante disso nós começamos um trabalho, assim que a Assembléia Legislativa assumiu, visitamos todos os Deputados da nossa região, naquele momento discutimos o trecho de Sorriso a Ribeirão Cascalheira, que achávamos que tinha que manter. Fomos então juntos, eu e o Deputado José Domingos Fraga, ao Senado da República, e procuramos os Senadores. Juntos, participamos de uma Audiência Pública no Senado, a nosso pedido, a pedido do Deputado José Domingos Fraga, para discutir na Comissão de Infra-estrutura do Senado, para discutir a manutenção do traçado original. Posteriormente, nós fizemos a primeira Audiência Pública em Nova Ubiratã, onde o Rui já colocou lá, nós já tínhamos na nossa Audiência Pública em Nova Ubiratã, a proposta desse traçado até Juína, que é aquele mapa que os senhores estão vendo ali. Eu vou colocá-lo aqui, assim que conseguirmos colocá-lo aqui. Então, lá em Nova Ubiratã, quem defendeu, como o Rui colocou, a proposta que o DNIT tinha naquela audiência nossa, era descer de Sorriso, vir a Mutum e subir a Campo Novo. E lá os prefeitos que defenderam que o traçado fosse mantido aqui nesta região, foi o Prefeito Graxa e o Prefeito de Itanhangá, que defenderam então naquela audiência quando saiu a proposta que o Rui apresentou aqui. Posteriormente, convocado pelo Deputado José Domingos Fraga, nós fizemos uma outra audiência em Sorriso, já com a participação do Deputado Eliene, que estava lá também, o Senador Jayme Campos, e lá também foi discutida à manutenção desse traçado. De Sorriso, foi realizada uma outra Audiência em Itanhangá, com a participação de Ipiranga do Norte, onde lá foi definida essa proposta do pedido de federalização de Sorriso a Juína. Encaminhamos esse documento à Bancada Federal, a pauta da reunião. Também naquela reunião de Itanhangá foi definido o nome do Movimento, foi criada a Comissão que organizaria o Movimento e controlaria, onde eu fiquei Presidente e o Mauro, Prefeito de Brasnorte, ficou como vice; e, secretariando, o Wanderlei, de Sorriso. Também naquela reunião de Itanhangá ficou definido que nós procuraríamos o apoio da Assembléia Legislativa do Estado para convocar esta reunião aqui em Brasnorte. Procuramos o Deputado Riva e, imediatamente, junto com o Deputado José Domingos Fraga, atendeu ao pedido e convocou pela Assembléia Legislativa esta Audiência Pública que hoje está acontecendo. (PAUSA) Vamos mostrar os eslaides para poder mostrar melhor porque nós estamos preocupados com essa questão. Nesse mapa dá para ver bem, esse é o mapa que nós tiramos do PAC. Por que eu coloquei esse mapa ali? Ali aparece a 242 no PAC, vindo lá de Vila Rica, do Araguaia, até Sorriso. Essa é a proposta que está no PAC. Aqui está outro trecho do PAC: de Diamantino a Campo Novo do Parecis. Nessa questão eu queria que vocês prestassem atenção, porque está no PAC esse trecho também. Então, é isso que está constando no PAC do Governo Federal, que influencia na nossa região. Com isto aqui é que começamos a nos preocupar. Essa linha aqui é a proposta do Governo do Estado. E aqui eu queria que atentassem bem até os Deputados Estaduais e Federais. Dessa proposta aqui eu tomei conhecimento quando estive em novembro passado, em Brasília, no DNIT e na SINFRA. Hoje, a SINFRA não mostra isso abertamente até em todas as Audiências Públicas. Só em Nova Ubiratã teve um representante que não se pronunciou Essa é a proposta do Governo do Estado: da BR-242 saindo de Canarana, passando ao Sul de Nova Ubiratã.

Pág. 14 - Secretaria de Serviços Legislativos ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO ATA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA PARA DISCUTIR A BR-242, REALIZADA EM BRASNORTE, NO DIA 10 DE AGOSTO DE 2007, ÀS 10:00 HORAS. E aqui futuramente vai ter outro município. Mais para frente aqui vai ser outro município saindo em e Campo Novo do Parecis. Se nós já temos uma federal aqui, que vai sair aqui, vamos ter um confluência de duas federais aqui, juntando-se a uma estadual. Então, é com essa proposta que nós estamos preocupados. É isso que o Governo do Estado quer fazer, jogar essa rodovia aqui: Sorriso, Nova Ubiratã, Gaúcha do Norte mais ao sul. Então, é preciso colocar bem isso. Às vezes, estão fazendo essas audiências e acontece das pessoas não estarem sabendo o porquê ele está fazendo isso. Estamos preocupados em trazer a discussão aqui para que juntarmos forças com os Prefeitos, os Vereadores, principalmente da Bancada Estadual e da Bancada Federal, para que isso não aconteça. Essa é a BR-242 que está no PNV- Plano Nacional de Viação, saindo de Sorriso, São Félix do Araguaia, Taguatinga, Barreiras, até São Roque, na Bahia. Essa é uma rodovia que existe. Ela está no Plano Nacional de Viação. Ela deve estar concretizada mais ou menos até esse ponto aqui. Então, ela já existe! É uma rodovia que sai daqui de Sorriso, vai até São Roque, na Bahia. Esse é um estudo, também, muito importante, que está sendo feito pela NTT para propor também a ajudar, a auxiliar o DNIT na definição desse traçado, que é um estudo econômico dessa região toda em amarelo aqui, visando indicar uma saída para nós aqui, mais ao norte, não somente ao sul, Então, esse é um estudo que está sendo feito pela Universidade Federal de Santa Catarina. Acompanhamos em parte esse trabalho pelo qual se está fazendo um levantamento muito amplo sobre a potencialidade econômica de toda região, inclusive, da nossa aqui. Essa, também, é uma proposta que está no PAC, que é o eixo setentrional da rodovia Norte/Sul. Há uma proposta da ferrovia sair de Miracema, descendo até Lucas ou Sorriso. Essa é uma discussão já da ferrovia. Aqui eu fiz questão de colocar... Esse dado é do IBGE 2005 de produção de arroz. Aqui nós estamos vendo os maiores produtores de arroz de Mato Grosso: Nova Ubiratã, em primeiro; Sinop, em segundo; Tabaporã, em terceiro; Porto dos Gaúchos, em quarto; , , Querência e Água Boa, em quinto. Este dado aqui mostra - eu fiz questão de colocar - que o arroz dá em área nova. As pessoas que plantaram primeiramente a safra. Então, dá para se ver que os municípios que mais abriram área consequentemente são os mais propícios ao desenvolvimento. Estão em franco desenvolvimento na abertura de áreas agrícolas são os municípios aqui que estão na abrangência dessa nossa proposta. Essas são fotos da nossa Audiência que tivemos em Brasília. O ex-Governador Jayme Campos... Aqui ele já tinha um mapa no Senado. Não dá para ver bem aqui, mas a foto dá para ver. Nessa foto já se tinha a proposta do Estado de descer a rodovia mais ao Sul. Isso já estava na mão do Senado no dia 14 de março quando estivemos lá. Tivemos uma reunião no Planalto com o Comitê da 163 e colocamos, também, a nossa reivindicação da 242. Essa é a reunião da Comissão de Infra-Estrutura do Senado para discutir o traçado da 242. Eu só queria colocar isso porque a preocupação nossa de realizar essas audiências é trazer a discussão aqui.

Pág. 15 - Secretaria de Serviços Legislativos ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO ATA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA PARA DISCUTIR A BR-242, REALIZADA EM BRASNORTE, NO DIA 10 DE AGOSTO DE 2007, ÀS 10:00 HORAS. Conversava com o Deputado Riva de fazermos em Cuiabá essa Audiência, mas a nossa preocupação é, talvez, a população não entender o que nós queremos com isso. Nós queremos mostrar, impedir que o Governo do Estado faça o deslocamento dessa rodovia porque vai prejudicar toda essa região. Eu conheço aqui, morei em Aripuanã de 1985 até 1992. Conheço essa região toda aqui e é por isso que nós temos essa preocupação. Começamos a discussão lá por uma questão local nossa e entendemos por bem estender essa discussão para cá, também, porque conhecemos a região e entendemos que aqui, também, seria prejudicado. Então, nós fizemos encaminhamentos da reunião de Itanhangá, uma das respostas o Rui colocou aqui. Eu fiquei até preocupado porque na resposta que o DNIT deu sobre a federalização do trecho de Juína a Sorriso nos respondeu que dependeria de lei. Eu só fico com essa dúvida aqui, Rui. Depois, eu queria que esclarecesse melhor a resposta que o Mauro Barbosa, Diretor-Geral do DNIT nos deu: que dependeria da alteração da Lei de 1973 para ver esse traçado. Nessa Portaria que o senhor nos trouxe diz que, na verdade, pode ser feita com uma resolução ou um decreto do Ministro dos Transportes a absorção desse trecho da rodovia. É preciso só saber onde é que fica para posteriormente para a resposta. Eu queria, então, agradecer a Assembléia Legislativa, o Deputado Riva pela convocação. Dizer que vamos continuar com essa luta até que seja definida essa questão. Não éramos para estar aqui discutindo e brigando para fazer o traçado. Deveríamos estar aqui lutando para concluir essa rodovia. Essa obra é outra etapa que esperamos manter. E que saiam esses recursos do PAC para que possamos realmente fazer isso acontecer. Muito obrigado, Deputado. (PALMAS) O SR. PRESIDENTE (RIVA) – Quero agradecer a participação do Prefeito Chiquinho. Quero agradecer aqui todas as autoridades de uma forma muito rápida porque há muita gente para usar da palavra. Inclusive, vou pedir aos Srs. Prefeitos que se manifestem porque é muito importante a manifestação dos prefeitos. Nós vamos definir um tempo porque há Deputados Estaduais que têm compromisso. Hoje, nós temos uma Audiência Pública em Cuiabá, que, também, é muito importante, para tratar da linha de transmissão de Juína, Aripuanã, que vai atender essa região, também. Quero agradecer ao Vice-Prefeito de Brasnorte, Sebastião Norberto Marcelo; à Secretária Municipal de Educação e Cultura, Terezinha; ao Secretário Municipal de Finança, Joaquim Alexandre de Oliveira; ao Vereador Wanderley, de Brasnorte; ao Vereador Carlos Roberto de Carvalho, de Brasnorte; ao Vereador Roberto Antônio de Carvalho, de Brasnorte; ao Vereador Gilberto Marcelo Vazão, o Betinho, de Brasnorte; à Vereadora Célia, de Brasnorte; ao Vereador Nilson Júnior da Saúde - muito obrigado por todo apoio aqui -; ao Vereador João Rodrigues de Oliveira, de Brasnorte; ao Dr. Paulo Bezerra, Delegado de Brasnorte; ao Sr. Almir Fiete, Secretário Municipal de Brasnorte; ao Sr. Eucrédio, Secretário de Viação, Obras e Serviços Públicos de Brasnorte; ao Secretário Municipal de Agricultura, Dirceu Borges; a Srª Margarete Lenir Cola, Secretária de Assistência Social de Brasnorte; a Srª Mônica, Secretária Municipal de Turismo e Meio Ambiente de Brasnorte; ao Agnaldo Justino dos Reis, Vereador de Nova Maringá; ao Vereador Roberto Carlos Pinheiro Lima, de Nova Maringá; a Srª Edinete Alice da Silva, Vereadora de Nova

Pág. 16 - Secretaria de Serviços Legislativos ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO ATA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA PARA DISCUTIR A BR-242, REALIZADA EM BRASNORTE, NO DIA 10 DE AGOSTO DE 2007, ÀS 10:00 HORAS. Maringá; ao Vereador Everaldo Antônio Casaroto, Presidente da Câmara de Ipiranga do Norte; Vereador Ângelo da Cunha, de Ipiranga do Norte, Vereador Sérgio de Andrade, de Ipiranga do Norte; Vereador Éder Leandro Setter, Presidente da Câmara Municipal de Nova Ubiratã; Vereador José Afonso Canola, de Nova Ubiratã; Vereadora Lana Ingraça, de Nova Ubiratã; Vereador Paulo Maier, de Nova Ubiratã; Vereador Reinaldo de Freitas, de Nova Ubiratã; Fernanda Ribeiro da Silva Rossetto, Primeira-Dama e Secretária Municipal de Ação Social de Nova Ubiratã; Vereador Francisco de Assis Pedroso (Chicão), Presidente da Câmara Municipal de Juína - muito obrigado a toda comitiva de Juína, que vem aqui em grande número – Vereador Carequinha, de Juína, Vice- Presidente da Câmara Municipal de Juína; Genésio Boer, Vice-Prefeito de Juína; Vereador Leo Boy, Presidente da Câmara Municipal de Juara. Eu quero agradecer aqui também o Vereador João Rissotti, de Juara; Vereador Hildo Dallapria, Presidente da Câmara Municipal de Itanhangá; Vereador Daniel, de Itanhangá; Vereador Gilnei Silva Fortes, de Itanhangá; Edson de Jesus, Secretário de Comunicação de Itanhangá; Daniel Rodrigues Magalhães, Secretário de Finanças de Itanhangá; Laércio Coelho Pina, Chefe de Serviço de Infra-Estrutura do DNIT; Natalino Lopes dos Santos, Presidente do Conselho de Segurança Pública de Juína; Paulo Roberto Perfeito, Diretor da Federação das Indústrias de Juína – muito obrigado a todos os empresários – Sidnei José, neste ato representando a Associação Comercial de Juína; João dos Reis, Presidente do PDT de Juína; Cláudio, Presidente da Associação Comunitária Mundo Novo, de Brasnorte; Ezequias Vicente da Silva, ex-Prefeito e grande liderança política de Brasnorte; Isolete Corrêa Rodrigues, ex-Prefeita de Brasnorte; Claudinei Melo de Freitas, Presidente da Associação dos Madeireiros de Nova Maringá; Nivaldo Pereira, Presidente da ACIB – Associação Comercial e Industrial de Brasnorte; Edson Geraldo, Gerente do Banco do Brasil; Heitor, Presidente do Rotary de Brasnorte. Em nome desses, eu quero agradecer a todos aqui, não vai ser possível nominar todos, mas agradeço de coração. Quero convidar à participação os Prefeitos e pedir atenção ao tempo, em função do grande número de participantes. Convido para usar a palavra, e agradeço aqui pela acolhida, o Prefeito Municipal de Brasnorte, Mauro Rui Heisler (PALMAS). O SR. MAURO RUI HEISLER – Bom-dia a todos! Cumprimento o Deputado Riva e em seu nome os demais Deputados José Domingos Fraga, Otaviano e Júnior Chaveiro; Deputados Federais Valtenir Pereira e Eliene Lima; Dr. Rui, do DNIT; os colegas Prefeitos Osmar Rossetto, de Nova Ubiratã; Hilton, de Juína; Rivelino, de Porto dos Gaúchos; Valdir Campagnolo, de Itanhangá; Orlei José Graseli (Graxa), de Ipiranga do Norte; Vereador Pedro Coelho, Presidente da Câmara Municipal de Brasnorte, em nome dele cumprimento a todos os Vereadores e Vereadoras de Brasnorte, a todos os vereadores dos municípios vizinhos que vieram aqui dar todo seu apoio, toda sua força. Agradeço também, não preciso repetir, o Deputado Riva já agradeceu, a presença de todos, além dos que ele nomeou, o Gerente do SICREDI, Valduir; o Delegado da Polícia Civil; o Padre Eurico; funcionários; a imprensa - que nos queremos agradecer também o apoio de todos -; e o Sindicato Rural. Quero agradecer de maneira especial o Deputado Riva, pelo seu empenho, pelo seu esforço para que esta Audiência Pública pudesse acontecer aqui no Município de Brasnorte, o que nos honra muito.

Pág. 17 - Secretaria de Serviços Legislativos ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO ATA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA PARA DISCUTIR A BR-242, REALIZADA EM BRASNORTE, NO DIA 10 DE AGOSTO DE 2007, ÀS 10:00 HORAS. Quero dizer que nos sentimos muito felizes com a participação da população de Brasnorte. O comércio fechou as portas, as indústrias fecharam as portas, numa demonstração de apoio aos Poderes Executivo, Legislativo e a sociedade organizada para que realmente possamos lutar abraçados, lutar unidos por esse objetivo tão importante que é a manutenção do traçado original da BR-242, que vem beneficiar muito o Município de Brasnorte, além de outros municípios como Juína, Itanhangá, Ipiranga, Sorriso, temos aqui o pessoal do Brianorte, que pertence ao Município de Nova Maringá, que também será muito beneficiado em razão dessa nossa luta. Quero agradecer também o Vice-Prefeito, Roberto Marcelo, que está sempre aqui conosco. Quero dizer também, Deputado, que temos o apoio do Senador Jayme Campos, que faz parte da Comissão de Infra-Estrutura do Senado, que ainda ontem, conversando com ele, nos autorizou a falar em seu nome e também do Senador Jonas Pinheiro. Eles estão conosco nessa luta. Embora não pudessem estar presente, nos autorizaram a dizer para a população que eles estão junto conosco nessa briga. A Senadora Serys Slhessarenko, que já esteve representada em Itanhangá, também está conosco. O Deputado Riva falou aqui em competitividade, o Dr. Rui falou em logística de transporte. Essas são as razões pelas quais estamos aqui reunidos hoje brigando por essa estrada. Há muitos anos já houve uma luta pela manutenção do traçado da MT-170 e alguns bravos da época brigaram para que esse traçado não fosse mudado. Hoje a MT-170 é uma realidade, é pavimentada e veio, enfim, beneficiar muito o Município de Brasnorte e toda a região. Isso nós devemos realmente agradecer ao Governo Blairo Maggi e toda a Assembléia Legislativa. Mas por que não brigar pela 242? Se não fizermos o que algumas pessoas já fizeram lá atrás, poderemos ver essa BR fugir entre os nossos dedos. Então, é importante a união. Quero novamente agradecer a população de Brasnorte, que se uniu em torno disso. Quero agradecer os vereadores, os prefeitos, todos os representantes que vieram de outros municípios e dizer que realmente, Deputado Riva, vale a pena essa luta para que realmente aconteça. Agradeço mais uma vez o Deputado Riva, o apoio e o esforço de Vossa Excelência; o Deputado José Domingos Fraga, que já esteve lá em Itanhangá; o Deputado Eliene, enfim, Deputado Otaviano Pivetta, Deputado Valtenir Pereira e Deputado Júnior Chaveiro. A todos os prefeitos os nossos sinceros agradecimentos. Muito obrigado, de coração, a toda população de Brasnorte que veio aqui. Podem ter certeza de uma coisa, essa luta é nossa, essa luta nós venceremos se nos mantivermos unidos. Tenho certeza disso. Muito obrigado a todos (PALMAS). O SR. PRESIDENTE (RIVA) – Agradeço o Prefeito Mauro. Quero, antes de passar a palavra, agradecer a Câmara Municipal pela acolhida, pelo espaço e pela contribuição na organização desta Audiência Pública. Passo a palavra agora ao Presidente da Câmara Municipal de Brasnorte, Vereador Pedro Coelho. O SR. PEDRO COELHO – Em primeiro lugar, gostaria de cumprimentar, em nome do Deputado Riva, os demais Deputados que compõem a Mesa. Em nome do Prefeito Mauro Rui, eu gostaria de cumprimentar os Prefeitos aqui presentes; e em nome da Câmara Municipal de Brasnorte, eu gostaria de cumprimentar os colegas

Pág. 18 - Secretaria de Serviços Legislativos ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO ATA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA PARA DISCUTIR A BR-242, REALIZADA EM BRASNORTE, NO DIA 10 DE AGOSTO DE 2007, ÀS 10:00 HORAS. Vereadores de outros municípios que estão empenhados nessa luta. Como é uma luta que vem já de meses anteriores, nós estamos muito comovidos com o trabalho, com o empenho de certas pessoas. Eu gostaria até de ler um Ofício do ex-Deputado Ságuas, que não pôde estar presente, e o Deputado Federal Carlos Abicalil também, e me pediram para representá-los, no momento. Então, eu gostaria de ler o Ofício: “Ofício nº 552/07, do Gabinete da SEDUC, ao Sr. Vereador Pedro Coelho, Presidente da Câmara Municipal. Sr. Presidente, Agradeço o convite e informo a impossibilidade de participar da audiência, por motivo de viagem a São Paulo, para reunião com a Gerência Técnica do Instituto Ayrton Senna, sobre avaliação do 1º Semestre dos Programas ‘Se liga e Acelera’ e ‘Circuito Campeão’, no Estado de Mato Grosso. Informo, também, que Vossa Senhoria poderá representar e contar com o meu empenho e apoio, enquanto Deputado, na luta para a manutenção do traçado original da BR-242 e sua posterior federalização. Atenciosamente, SÁGUAS MORAES SOUSA Deputado Estadual Licenciado/Secretário de Estado” Enquanto o Dr. Rui Barbosa estava se manifestando na sua palestra, eu quis até anotar aqui os municípios que considero o coração do nosso Mato Grosso. É praticamente o meio, pelo que vimos no mapa. E, olha, são tantos municípios que, praticamente, meio até que esquecidos. Então, nós queremos agradecer, Deputado Riva, pelo seu empenho. Com certeza, futuramente os frutos virão, porque o senhor está empenhado com os demais Deputados para esse trabalho. Em nome de Brasnorte, em nome da comunidade, em nome da Câmara Municipal, eu agradeço essa vinda de vocês para esta Audiência Pública. O meu muito obrigado a todos (PALMAS). O SR. PRESIDENTE - Passo a palavra, neste momento, ao Prefeito Municipal de Porto dos Gaúchos, Revelino Braz Trevisan. O SR. REVELINO BRAZ TREVISAN - Bom-dia a todos! Gostaria de cumprimentar, em nome do Deputado Riva, todos os componentes da mesa; em nome do Prefeito anfitrião, a toda população; aliás, parabenizar a população de Brasnorte pela presença maciça, isso demonstra que estão, realmente, querendo o desenvolvimento para a região. Nós, de Porto dos Gaúchos, somos vizinhos, parceiros, não passa dentro do nosso Município a Rodovia, mas, com certeza, se acontecer nesse traçado ao norte, ela servirá, e muito, também para a escoação da produção do nosso município. Gostaria aqui, Deputado, de comentar um pouquinho sobre a questão dos traçados. Foi falado aqui muito bem pelo representante, Dr. Rui, sobre a malha viária. Nós vemos que quanto mais ao norte temos menos rodovias, aí está a grande questão do desenvolvimento mais da região sul do que a do norte. Nós vemos aqui a questão do arroz, que são os municípios onde estão esses traçados, são os maiores produtores hoje de arroz, porque estão iniciando.

Pág. 19 - Secretaria de Serviços Legislativos ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO ATA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA PARA DISCUTIR A BR-242, REALIZADA EM BRASNORTE, NO DIA 10 DE AGOSTO DE 2007, ÀS 10:00 HORAS. Eu vejo uma questão que, se não acontecer, as rodovias com oportunidade de escoar essa produção ao invés de expandir, iremos encolher! Hoje, nós já vemos o reflexo disso nos municípios, na questão de oferta de emprego, que é um fator que, talvez, seja o mais prejudicial a quem está administrando. Então, peço ao Deputado Eliene Lima, nós vemos a região sul hoje, talvez, não seja o que o Estado queira em termos de estrada e precise mais. Mas, aí, se nós formos ver o norte, somos muito mais necessitados. Nós não chegamos a 20%, talvez, do que a região sul tem hoje de desenvolvimento. Não é por questão de condições de produtividade, em termos de solo, em termos de região, é simplesmente por problema de logística e de escoação da produção. Então, fica aqui a solidariedade ao Prefeito Mauro Rui que nos convidou, e eu o agradeço, é nosso parceiro de consórcio regional de desenvolvimento. Também fica aqui a nossa solicitação, que esse traçado seja mantido, que eu tenho certeza de que até mesmo nós do Vale do Arinos, que não participamos da rodovia como parte dentro do município, mas será com certeza de grande valia para escoamento da produção futuramente. Muito obrigado a todos. (PALMAS) O SR. PRESIDENTE (RIVA) - Agradeço ao Prefeito Revelino, de Porto dos Gaúchos. Convido para usar a palavra, o Prefeito de Juína, Hilton Campos. O SR. HILTON CAMPOS - Eu quero agradecer aqui o Deputado Riva, que está coordenando esta Audiência Pública. Muito obrigado, Deputado Riva, por Vossa Excelência estar lutando permanentemente pelos interesses de Mato Grosso, não só desta região, como também de todo Estado de Mato Grosso. Cumprimentar os demais Deputados presentes, Deputado Federal Eliene, Deputado Otaviano Pivetta, Deputado José Domingos Fraga, demais Deputados. Nosso amigo e Prefeito de Brasnorte, Mauro, em nome de quem cumprimento todos os prefeitos presentes. Em nome do Vereador, Presidente da Câmara, cumprimento todos os vereadores aqui presentes de todos os municípios. Em nome do meu Vice-Prefeito, cumprimento todos os visitantes aqui dos municípios circunvizinhos. Quero dizer a vocês que o Dr. Rui explicou excelentemente o traçado da 242, da 158 e das demais estradas do nosso Mato Grosso. Eu sou mato-grossense, nasci lá em Cáceres, Rui, na ponte onde você reconstituiu, antigamente atravessava de canoa aquele rio para ir para Porto Esperidião. Daí, o que acontece? Nós temos um lema que o Governo Federal, todos nós brasileiros que viemos para esta parte, eu tenho trinta e quatro anos que abri aquela estrada de Vilhena que ligou a Juína, Castanheira, , fui a Aripuanã e programamos para , para Cotriguaçu e lançamos uma cidade chamada Filinto Müller, lá na beira do rio Roosevelt. Demarcamos todas aquelas terras entre Rondônia e Amazonas, porque o Governo tinha a expressão: vamos habitar o Amazonas para não entregar. Mais ou menos assim. Então, nós brasileiros viemos com essa promessa de habitar o Amazonas. E aqui está bem claro que o Paralelo 13 está influindo nisso aqui. Nós não viemos para cá naquela promessa de ter Paralelo 13, Prefeito. Nós viemos para cá realmente para trabalhar, para produzir e para mostrar realmente para esse Brasil que Mato Grosso é forte e que já é o maior celeiro, realmente, de produção de grãos.

Pág. 20 - Secretaria de Serviços Legislativos ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO ATA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA PARA DISCUTIR A BR-242, REALIZADA EM BRASNORTE, NO DIA 10 DE AGOSTO DE 2007, ÀS 10:00 HORAS. Então, não concordamos com o pessoal, inclusive, com o próprio Governo, de realmente mudar o traçado dessa estrada porque temos que caminhar com a Leste/Oeste - como o Revelino falou – mais para o Norte. Esse Projeto, Rui Barbosa, foi bem pensado porque você é Engenheiro; o Laércio... Muito obrigado, realmente, por defender esse traçado. Nós, Prefeitos; a sociedade, como um todo, desta região, Prefeito Chiquinho, vamos realmente unidos brigar por essa causa. Porque quantos e quantos anos nós sofremos! Não tinha essa estrada aqui ligando Brasnorte a Juína. Nós íamos lá por Vilhena, por Cáceres ou, então, por Diamantino, passando por toda aquela região. Hoje, a BR-364 está asfaltada. Mudou o traçado. Já mudou o traçado aqui, ao invés de ir por Diamantino, passando por Campo Novo do Parecis e por Sapezal. Então, temos que realmente ter esse traçado. Esse traçado está certo! O Governo compra todas as nossas propriedades porque tem as ONGs que estão empregando isso aqui; as ONGs fazem aqui a ampliação de reserva ecológica, a ampliação de reserva indígena. Por isso aqui nós temos que brigar com essas ONGs. Como o Riva falou, vamos ter uma Audiência Pública, às 15:00 horas, na Assembléia Legislativa, para defender realmente uma linha de transmissão que vem de Aripuanã a Juína, que vai passar por Brasnorte, entrar em Sapezal e vai a . Isso aqui para interligar realmente essa grande usina, a maior usina de Mato Grosso, com esse linhão. Agradeço a presença de todos e deixo aqui o meu sinal que realmente, o próprio Governo, os Deputados Estaduais e os Deputados Federais somem a esse traçado, que está excelente para todo o Estado de Mato Grosso. Muito obrigado e bom-dia a todos! (PALMAS). O SR. PRESIDENTE (RIVA) – Com a palavra, o Deputado Estadual Júnior Chaveiro. O SR. JÚNIOR CHAVEIRO – Bom-dia, Deputado Riva, Deputado Otaviano Pivetta, Deputado José Domingos Fraga, Deputado Federal Valtenir Pereira, Deputado Eliene, os Prefeitos aqui presentes, os Vereadores, taquígrafas da Assembléia Legislativa e a toda sociedade organizada. Deputado Riva, é com muito orgulho que eu estou em Brasnorte. Conheci Brasnorte no ano de 1985/1886. Morávamos em Diamantino e trabalhávamos com caminhão. Puxávamos madeira da Rizzieri, lá de Castanheira. Naquela época, essa estrada, a BR, estava sendo levantada e demorávamos uma semana para ir de Cuiabá a Castanheira e voltar a Cuiabá puxando madeira da Rizzieri. Então, conheço esse traçado, que não é esse da 242; conheço o sofrimento das pessoas que precisam chegar a Cuiabá há mais de vinte anos, desde o ano de 1985. E estamos em 2006/2007! Sei da dificuldade de vocês e é com muito orgulho que estou aqui participando desta Audiência Pública. Quero dizer aos presentes que o que for da alçada do Deputado Estadual, do meu gabinete, nós vamos contribuir e muito para que a BR-242 mantenha o seu traçado, para que realmente ela saia do papel e para a obra... Porque nós precisamos, Deputado José Domingos Fraga, que a obra aconteça até porque beneficiará várias cidades que estão ao longo dessa Rodovia. Deputado Riva, gostaria de fazer um pedido a Vossa Excelência porque eu não vejo a 343 que liga a Cáceres.

Pág. 21 - Secretaria de Serviços Legislativos ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO ATA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA PARA DISCUTIR A BR-242, REALIZADA EM BRASNORTE, NO DIA 10 DE AGOSTO DE 2007, ÀS 10:00 HORAS. Eu ouvi nas palavras de Vossa Excelência que é a pessoa mais indicada para fazer isso na Assembléia Legislativa e no DNIT. Então, nos ajude lá, também. É preciso a ajuda de todos os Deputados aqui presentes porque é um sonho da população de Cáceres, de , de Barra do Bugres, que aquele asfalto seja feito, até porque a ZPE de Cáceres foi aprovada. Então, acho que é o momento certo e oportuno. Quero dizer às pessoas do Município Brasnorte que é com imensa satisfação que estou aqui porque conheci Brasnorte há mais de vinte anos e sei da dificuldade de cada cidadão para chegar a Cuiabá naquela época. Hoje, é uma história diferente porque já temos asfalto até aqui. Então, o meu agradecimento e um bom-dia a todos! (PALMAS). O SR. PRESIDENTE (RIVA) – Eu agradeço a participação do Deputado Júnior Chaveiro. Temos alguns membros da mesa para usar da palavra, mas vou mesclar com a participação dos que estão inscritos. Então, quero pedir a todos que estão inscritos para serem bem objetivos e falar em três minutos. Acho que seria possível usar da palavra para oportunizarmos a participação de todos que estiverem inscritos. Vou convidar para usar da palavra... Antes de tudo, gostaria de disponibilizar o microfone na tribuna. Convido para usar da palavra o Vereador Agnaldo Reis, do Município de Nova Maringá. O SR. AGNALDO REIS – Bom-dia a todos! Quero cumprimentar toda a mesa em nome do Deputado Riva e em nome do anfitrião, Prefeito Mauro, toda a população aqui presente. Estou aqui representando a Câmara Municipal de Nova Maringá e quero aqui, Deputado, deixar o meu apoio incondicional ao traçado original dessa estrada. Pertenço a Brianorte, e como todos os outros municípios que passa esse trajeto, sonho com essa estrada. Brianorte, para quem não conhece, tem quase vinte e cinco anos de existência, mas é como um bebê que, ainda, está em gestação e precisa vir ao mundo para acontecer, para ser realidade. Nós necessitamos dessa estrada. Ela é um sonho da população que tem aqui alguns representantes e de todos aqueles que estão lá. Como o Prefeito Mauro disse, vamos brigar, se for preciso, para que essa estrada aconteça em nosso trajeto. Não apenas aquela estrada lá em cima, que estão querendo desviar por interesses próprios, mas nesse trajeto que é original e que é o nosso sonho para que essa criança venha a nascer e ter um futuro promissor, que é o que nós esperamos. Vocês têm o apoio de toda Câmara de Vereadores de Nova Maringá. Muito obrigado! (PALMAS) O SR. PRESIDENTE (RIVA) – Eu agradeço ao Vereador Agnaldo. Leve o nosso agradecimento ao povo de Nova Maringá. Convido para usar da palavra, o Presidente da Câmara Municipal de Juína, Vereador Chicão. O SR. CHICÃO – Bom-dia a todos e todas! Quero, em nome do Prefeito Mauro, cumprimentar todos os visitantes da cidade; em nome do Deputado Riva, cumprimento todos os Deputados Estaduais; em nome do Deputado Eliene, cumprimento todos os Deputados Federais aqui presentes. Em tempo, quero agradecer ao Prefeito Mauro pela receptividade.

Pág. 22 - Secretaria de Serviços Legislativos ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO ATA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA PARA DISCUTIR A BR-242, REALIZADA EM BRASNORTE, NO DIA 10 DE AGOSTO DE 2007, ÀS 10:00 HORAS. Em nome do Presidente da Câmara, Vereador Pedro, e do Vereador Carlão, meu particular amigo de longa data, quero cumprimentar todos os vereadores presentes, enfim, toda a comunidade, a nossa equipe e o povo de Juína que está dando apoio neste momento. Lembrando aqui da explanação do Prefeito Chiquinho, quero dizer, Sr. Prefeito, que o senhor foi feliz demais na vossa explanação, quando o senhor ainda citou – do interesse do Governador do Estado – que esse traçado seja mais lá embaixo e que nós aqui, representando todos os companheiros Vereadores de Juína, a comunidade de Juína, assim como aqui está presente o Prefeito Hilton, dizer ao nosso diretor representante do DNIT que esse traçado original tem que permanecer de qualquer forma. É um anseio da nossa região, porque esse traçado aqui colocado pelo nosso Engenheiro do DNIT vai satisfazer toda nossa região aqui do Vale do Arinos, Vale do Juruena, enfim, dar suporte aqui para cima. Como disse o Vereador que nos antecedeu, em Juína estamos abraçados a esta causa, estamos abraçados porque isso é o que vai favorecer a nossa região, uma vez que temos mais ao sul do Estado uma infra-estrutura praticamente determinada e que precisamos de suporte aqui para cima, para produção e escoação de toda nossa produção. Quero parabenizar o nosso Deputado Riva pelo trabalho arrojado que tem feito, assim como disse o Prefeito, no Estado de Mato Grosso, principalmente hoje defendendo toda a nossa região Noroeste do Estado de Mato Grosso. Que Deus possa abençoar que esse traçado de origem possa permanecer. O Dr. Rui Barbosa foi feliz aqui em colocar toda sua sabedoria. Que isso possa permanecer. Quem vai ganhar com isso é toda a região mais carente do nosso Estado. Muito obrigado (PALMAS). O SR. PRESIDENTE (RIVA) – Agradeço as palavras do Presidente da Câmara Municipal de Juína, nosso amigo, o Vereador Chicão. Convido para usar a palavra neste momento o nobre Deputado Estadual Otaviano Pivetta. O SR. OTAVIANO PIVETTA – Bom-dia, senhoras e senhores da região de Brasnorte. Saúdo a Mesa em nome do Prefeito anfitrião, o nosso amigo Mauro, e também do Deputado Riva, que preside esta Audiência Pública. Gostaria que o cinegrafista saísse da frente do mapa, para podermos falar um pouquinho sobre a nossa opinião em relação a esta importante obra. Eu não conhecia o traçado sugerido aqui. Eu não conhecia. A BR-242 anteriormente vinha até... Aliás, anteriormente, não! A BR-242, do Governo Federal, vem até a BR- 163, até Sorriso. Num passado recente inclusive houve diversas interpretações sobre posicionamento. Muitas vezes na política as coisas acontecem, criam-se versões muito longe da realidade. O fato de estar tendo uma queda de braço, ou está tendo uma discussão... Nem sei se está tendo discussão sobre o traçado, Chiquinho. Existe? Existe sobre deixar de passar no traçado original aqui para passar mais para baixo? Existe isso? Quem é que está defendendo que seja por Nova Mutum? A SINFRA? (NESTE MOMENTO, O SR. OSMAR ROSSETO FALA COM O ORADOR - INAUDÍVEL.) O SR. OTAVIANO PIVETTA – É. Mas isso a SINFRA tem. Isso é uma rodovia federal. Então, eu quero deixar registrado aqui, é a primeira vez que eu tenho a

Pág. 23 - Secretaria de Serviços Legislativos ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO ATA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA PARA DISCUTIR A BR-242, REALIZADA EM BRASNORTE, NO DIA 10 DE AGOSTO DE 2007, ÀS 10:00 HORAS. oportunidade e me pronunciar sobre esse assunto. Sou plenamente favorável a uma rodovia que atravesse e dê acesso a esse clube dos excluídos aqui, que eu considero cerca de trinta municípios ao norte de Sinop, de Mato Grosso. Eu sempre falei isso na campanha, que nós deveríamos, o Estado deveria, liderar uma iniciativa pela 220, passando aqui por Juara, juntando com Juína e subindo por Castanheira, Juruena, Cotriguaçu, indo para Porto Velho, nesse rumo, para podermos incluir e botar no mapa da produção essa região que não tem realmente hoje nenhuma perspectiva (PALMAS). Com essa proposta, me dou por satisfeito, Deputado Riva. Quero dizer que passo a ser um defensor de corpo e alma desse trajeto porque realmente estaremos fazendo justiça a uma sociedade que está penando aqui há décadas e não é hoje sentida, percebida nem no âmbito estadual e federal. Eu sou um cara que tenho um trauma triplo. Em 1996, quando assumimos a Prefeitura de Lucas do Rio Verde - aqui tem muita gente que me ajudou a chegar na Prefeitura - tínhamos um trauma, Deputado José Domingos Fraga, Sorriso e Nova Mutum tinham energia da União e Lucas do Rio Verde não tinha. Então, nós estávamos ali no meio nos sentindo excluídos, realmente com sentimento de inferioridade. Nós superamos isso. A nossa inspiração foi Sorriso. O Município inspiração era Sorriso e hoje deixou de ser. A nossa inspiração somos nós mesmos. Lucas do Rio Verde é um exemplo vivo de que uma sociedade que se organiza e dá a volta por cima. A maioria aqui conhece Lucas do Rio Verde. Essa região toda vive esse drama do isolamento e nós queremos aqui assumir um compromisso com vocês. Aliás, esse compromisso já está assumido de campanha, de lutar por um eixo de escoamento de produção que possa fomentar o desenvolvimento dessa grande região, que, se é Amazônia ou não, é uma questão que precisa ser respeitada. O fato é que os brasileiros já tomaram conta dessa região, já abriram e já estão ocupando esse território. Então, precisamos ter condições de gerar riqueza aqui. Quero deixar ratificada a nossa posição. De qualquer forma, está sendo construída aqui, através de consórcios, a partir de , Nova Mutum e de Nova Mutum nós estamos vindo para Campo Novo do Parecis, como rodovia estadual, nem sei se é estadual, só sei que os produtores, governo, prefeituras estão fazendo. O objetivo é integrar essa região para Nova Mutum também poder ter uma saída para Porto Velho, que é o que nós queremos. E já vamos, a partir do ano que vem, se Deus quiser, sair por aí. Então, quero deixar, para que não paire nenhuma dúvida, minha palavra de apoio e satisfação, inclusive por estarmos dando uma resposta para essa região inteira aqui. A Leste/Oeste servindo esta região, acho que vai cumprir totalmente o papel que ela tem que cumprir para com a sociedade mato-grossense. Muito obrigado (PALMAS). O SR. PRESIDENTE (RIVA) – Convido mais um inscrito para fazer uso da palavra, o Sr. Sadi Zanatta, Secretário da Associação do Asfalto Sorriso/Itanhangá. O SR. SADI ZANATTA – Bom-dia a todos! Cumprimentando o Deputado Riva, a Mesa, o Prefeito anfitrião e todos os presentes. Eu gostaria de lembrar um fato. Quando assinamos o convênio de fazer o asfalto Sorriso/Ipiranga/Itanhangá, junto com o Governador, eu estava definindo aquela associação, o Governador disse: “Vocês querem incluir Itanhangá? Vocês são loucos neste momento de inclui Itanhangá, porque nós não vamos conseguir fazer aquele povo contribuir para fazer o asfalto”. Eu até

Pág. 24 - Secretaria de Serviços Legislativos ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO ATA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA PARA DISCUTIR A BR-242, REALIZADA EM BRASNORTE, NO DIA 10 DE AGOSTO DE 2007, ÀS 10:00 HORAS. respondi naquele dia para o Governador que eu gostaria de não ter que chegar a aceitar só até Itanhangá. Como eu tinha um mapa, eu mostrei Brasnorte e disse que um dia temos que sonhar com a saída para o pacífico por essa estrada. Vejo agora - e é a segunda vez que estou me manifestando publicamente sobre isso - que esse sonho cada vez está se aproximando mais. A hora que nós chegarmos até Porto Velho, por que não o Pacífico? Porque de Porto Velho ao Acre e ao Pacífico... E lá que está mais da metade da população mundial. Eu quero até lembrar aqui, agora, que o ex-prefeito Otaviano Pivetta viu um pouco antes na nossa região essa transformação. E em Mato Grosso, vamos pedir a Deus que o clima se mantenha como está, com as águas que têm, o clima de Mato Grosso e com essas ligações que não é por nada que está mostrando como se fosse um garfo as federais em Mato Grosso. Mato Grosso tem todas as condições de alimentar boa parte do mundo e uma boa parte da humanidade está para o lado de lá do Pacífico. E nós, chegando a Porto Velho, estamos aproximando de uma boa parte do consumidor. E quando falo do Deputado Otaviano Pivetta, em Lucas do Rio Verde, ele conseguiu ver um pouco antes essa grande transformação que dá de fazer, dos cereais para as carnes e agora com essa nova vinda dos biocombustíveis, no caso. Então, toda essa nossa região, com as estradas federais que podem ser feitas aí, abastecendo o mundo com alimentação e as bioenergias que estão acontecendo, automaticamente, nós vamos ser um dos Estados mais promissores da humanidade nessas próximas décadas. E eu quero dizer o seguinte, para todos os políticos que estão aqui: Nós temos também que tomar atitudes com relação a fazer essas estradas. Nós não podemos passar vários anos discutindo traçados e tal. E acho que é urgente que se faça 1.000 quilômetros por ano. Pessoal do DNIT, é possível fazer mais de 1.000 quilômetros por ano. Esses 4.000 quilômetros que transformariam Mato Grosso, são quatro anos que pode ser feito ainda neste Governo. Então, não é nada impossível isso aí. E, com certeza, na próxima década nós já vamos usufruir, e toda nossa região, o sucesso desse empreendimento. Eu agradeço muito a todos que nos convidaram, de Ipiranga do Norte também, para vir aqui representar e acho que é por aí mesmo, é com as Audiências Públicas, é com as pessoas falando o que sentem que nós criamos a emoção de transformar as nossas realidades. Muito obrigado (PALMAS). O SR. PRESIDENTE (RIVA) - Agradeço a participação do Sr. Sadi Zanatta. Convido para usar a palavra, o nobre Vereador Wanderley Paulo, de Sorriso. O SR. WANDERLEY PAULO - Eu quero cumprimentar a Mesa em nome do Deputado Riva; cumprimentar todos os presentes em nome do nosso anfitrião, o Prefeito Mauro. E dizer a vocês que, em nome do povo de Sorriso, nós viemos dar um abraço e dizer que realmente estamos empenhados nessa luta e que não somos egoístas de querer que a BR somente chegue a Sorriso. Mas, que é um direito de todos vocês, desses municípios, além de Sorriso, realmente o direito de pleitear essa rodovia que, por história, é uma rodovia nossa e que o progresso merece chegar a vocês. Nós que estamos no eixo daquela BR, Deputado Riva, vemos uma mente, digamos assim, vislumbrada com a raça dos nossos pioneiros. Agora imagina quem está aqui em Brasnorte, Juína, Ipiranga, Itanhangá, fora do eixo da BR-163, construindo essa cidade e fazendo desenvolvimento? Portanto, merece respeito.

Pág. 25 - Secretaria de Serviços Legislativos ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO ATA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA PARA DISCUTIR A BR-242, REALIZADA EM BRASNORTE, NO DIA 10 DE AGOSTO DE 2007, ÀS 10:00 HORAS. Eu acho que o Governador Blairo Maggi, que consegui sepultar o pensamento do Norte de Mato Grosso, divisão com as ações de Mato Grosso, ele tem que repensar esse posicionamento de tirar aquilo que, pela história, já é nosso, conquistado com muito suor e sofrimento. Portanto, a BR-242, com toda certeza, tem que ficar com o seu traçado original. Quero dizer que nós realmente precisamos do empenho de toda classe política, dos nossos Deputados Federais e dos nossos Deputados Estaduais. Quero parabenizar o Deputado José Domingos Fraga que tem feito um grande esforço, já presente em várias audiências. Foi muito feliz, Zé, quando você nos apontou que procurássemos o Riva para estar aqui, realmente, marcando esta audiência. Portanto, eu quero, em nome do povo de Sorriso, reafirmar o compromisso de apoiar o traçado original da BR-242. Nós vamos, realmente, empenhar nessa luta. É uma luta que, pela história, é nossa, pelo sofrimento que nós tivemos. Precisamos alertar o Governador para que ele tenha a sensibilidade de respeitar a população que está aqui no extremo Norte, Médio Norte do Estado de Mato Grosso. Tirar o nosso traçado para margear uma BR que já existe, um novo traçado que já está no PAC, automaticamente, é desperdiçar recursos públicos. Nada impede que Trivelato, que Nova Mutum e Sapezal construam suas rodovias, porque é direito deles também buscar o seu desenvolvimento e buscar a sua pavimentação. Mas, nós não podemos perder um direito que é nosso. Aqui estamos veementemente dizendo que não vamos medir esforços, juntos com todos e o povo, da influência desse traçado, de brigar para que se mantenha esse traçado. Portanto, um grande abraço a todos vocês. Contem conosco e vamos à luta, porque essa BR-242 realmente é nossa. Já, junto com os Prefeitos Chiquinho e Mauro, enviamos correspondência à Bancada Federal de Mato Grosso pedindo já, Rui, que faça uma gestão no sentido de federalizar, de Sorriso até Juína, a BR-242 para que nós possamos ter esse traçado efetivado, pavimentado com recursos do Governo Federal. Tem recursos, como bem disse o prefeito aqui: é isso que nós queremos que aconteça para que aqueles que tanto já lutaram, que sonharam com o desenvolvimento, possam ver suas conquistas ainda. Um grande abraço a todos! Parabéns à Assembléia Legislativa! Ao Deputado Riva; a todos os presentes; às nossas lideranças políticas pela realização desta Audiência Pública. Vamos continuar participando em todas que forem necessárias para manter o nosso idealismo, o nosso sonho. Um grande abraço a todos! Muito obrigado (PALMAS). O SR. PRESIDENTE (RIVA) - Convido para usar a palavra, o nobre Vereador de Ipiranga do Norte, Sérgio de Andrade. O SR. SÉRGIO DE ANDRADE - Bom-dia a todos! Bom-dia, Deputado Riva, Deputados Federais, Prefeito Mauro, Presidente da Câmara, Pedro Coelho, e em seu nome quero cumprimentar todos os vereadores presentes e toda essa comunidade de Brasnorte. Quero dizer a vocês que é com muito orgulho que eu venho até Brasnorte, venho conhecer esta cidade. Mas, o nosso momento aqui, hoje, em Brasnorte, é para dizer à comunidade que é a quarta Audiência Pública que nós estamos discutindo com vocês o futuro da nossa região, da nossa sociedade. Esta é a quarta Audiência Pública em que nós estamos aqui discutindo o futuro do Município de Ipiranga, de Itanhangá, de Brasnorte, de Tabaporã, de Porto dos Gaúchos, de Brianorte

Pág. 26 - Secretaria de Serviços Legislativos ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO ATA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA PARA DISCUTIR A BR-242, REALIZADA EM BRASNORTE, NO DIA 10 DE AGOSTO DE 2007, ÀS 10:00 HORAS. e de Juara. Como disse aqui o Prefeito Revelino, não vai passar dentro do meu município, mas vai beneficiar muito o município dele. Isso é muito importante. O sonho de Ipiranga do Norte é o sonho de todos. Quero dizer ao Deputado Riva que a responsabilidade que ele tem, que todos os vereadores e prefeitos têm depositado em Vossa Excelência a confiança e nos demais companheiros da Assembléia Legislativa, vinte e quatro Deputados, em favor dessa rodovia, desse traçado. Quero dizer também ao Deputado Federal Eliene, o compromisso que ele tem conosco e com esta sociedade aqui. Vamos levar adiante, juntamente também com o Deputado Valtenir, que nós precisamos da Bancada Federal para que tenha realmente ações, que saia do papel e passa a ser realidade. Nós estamos buscando o entendimento com os demais companheiros, mas também, nesta manhã aqui, o apoio do Deputado Otaviano Pivetta é muito importante para estarmos trabalhando juntos. Quero dizer à comunidade o seguinte: que o Município de Ipiranga do Norte tem três anos de existência, um município novo, nasceu da agricultura, um município que surgiu de um assentamento de sem-terra, e ele tem um sonho. Têm pessoas de Ipiranga que tem mais de vinte anos e ele tem um sonho, assim como tem aqui em Brasnorte, tem também no Município de Itanhangá, tem em Nova Ubiratã. Ninguém tem o direito de tirar esse sonho dessas pessoas, ninguém tem o direito de deixar ninguém sonhar e lutar pelo sonho dela em se transformar em realidade. Esse sonho nosso é a Rodovia 242, BR-242. Nós sonhamos e eu disse lá em Nova Ubiratã para o Rui, fui eu quem falou: ninguém vai parar aqui. Nós vamos correr atrás dos nossos direitos, Rui. E nós estamos ali. Eu não quero só para Ipiranga do Norte. Nós queremos que se dê o direito a toda comunidade de trafegar por uma rodovia decente, levando o desenvolvimento e, também, condições melhores de vida para todos porque todos querem ter uma estrada boa para rodar e energia. Só com isso o brasileiro já está satisfeito. Estamos lutando pela rodovia e pelo desenvolvimento da nossa região, do nosso município. É isso que eu queria dizer à comunidade. Vamos continuar lutando! Quero, também, em nome do Prefeito Graxa, agradecer e dizer que Ipiranga do Norte está de portas abertas, lutando e buscando o que nós queremos para nós e, com certeza, para vocês, também. Seria isso! Obrigado a todos! (PALMAS). O SR. PRESIDENTE (RIVA) – Agradeço a participação do Vereador Sérgio de Andrade. Convido para usar a palavra, a nobre Vereadora Lana Ingraça, de Nova Ubiratã. Pelo menos uma voz feminina aqui! A SRª LANA INGRAÇA – Em nome do Deputado Riva, quero cumprimentar todas as autoridades e agradecer especialmente a presença do Deputado Federal Valtenir Pereira, do PSB. Em primeiro lugar, dizer a todos e todas aqui presentes que o Prefeito Chiquinho começou essa discussão – nós somos do Município de Nova Ubiratã – não só porque isso trará benefícios para Nova Ubiratã, mas, também, porque já fomos vítimas de uma injustiça, que é a de perdermos asfalto por causa de alguns poderosos fazendeiros que moram ao lado da nossa cidade e quiseram deixar a nossa cidade à margem de uma estrada, sem um mínimo de chance para se defender. Porque o nosso povo é pobre, não tem condições de pagar um asfalto e os fazendeiros puderam pagar esse asfalto e o estão construindo.

Pág. 27 - Secretaria de Serviços Legislativos ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO ATA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA PARA DISCUTIR A BR-242, REALIZADA EM BRASNORTE, NO DIA 10 DE AGOSTO DE 2007, ÀS 10:00 HORAS. Então, eu queria dizer que essa discussão aqui é muito importante, mas no dia-a- dia a população tem que colocar na cabeça: ou sai essa conversa daqui ou, também, verá o que eu vi; que os nossos Vereadores de Nova Ubiratã viram o povo clamar para um Governo e dizer: “Ajuda! Ajuda!” E sabe o que ele fez? Nada! O Sr. Luiz Antônio Pagot passou por nós e não disse nem bom-dia o dia que nós fomos falar sobre a BR-242. Eu estou falando porque estava lá. Nem bom-dia ele disse. Passou antes, foi para o gabinete do Governador e, depois, o Governador olhou o mapa e falou assim: “Bom, essa é uma discussão que eu não faço parte. Vocês têm que decidir entre vocês lá.”. Quero que vocês prestem bem atenção nesse mapa, porque no traçado original mais de treze municípios serão beneficiados, sem contar os distritos que foram criados à margem da BR-242 que estão esperando por desenvolvimento pelas promessas de vários e vários políticos que foram lá prometer desenvolvimento. No outro traçado, estamos falando de quatro municípios, mas em compensação estamos falando de muitos fazendeiros com muito dinheiro no bolso: ou o povo se conscientiza dessa perda ou não só Nova Ubiratã vai perder, como todos esses treze municípios e a nossa população. É só isso que eu queria dizer. Muito obrigada! (PALMAS). O SR. PRESIDENTE (RIVA) – Agradeço a participação da Vereadora Alana. Convido para usar a palavra, o nobre Deputado Federal Valtenir Pereira. O SR. VALTENIR PEREIRA – É um prazer imenso estar aqui em Brasnorte, nesta manhã de sexta-feira, nesta Audiência Pública, para debater sobre a BR-242. Quero saudar o 1º Secretário da Assembléia Legislativa, Deputado Riva; os Deputados Estaduais que se encontram aqui, José Domingos Fraga, Otaviano Pivetta e Júnior Chaveiro, com quem nós tivemos a grata satisfação - não é Júnior? - de construir a unidade de ética e, hoje, ter o Júnior Chaveiro como produto dessa articulação dos partidos emergentes, aqueles que são denominados de nanicos. Somamos os esforços de cada um, elegemos o Chico Galindo, com onze mil e trezentos votos, e, hoje, o Júnior Chaveiro está aqui representando a Assembléia Legislativa, também, ele que é lá de Barra dos Bugres, com quatro mil e trezentos votos. Parabéns, Deputado Júnior Chaveiro! Quero cumprimentar todos os Prefeitos aqui presentes na pessoa do Prefeito Mauro, de Brasnorte, e todos os vereadores e lideranças. Quero cumprimentar os vereadores em nome da Alana, Vereadora do PSB, que nos prestigia muito. Quero dizer o seguinte: temos andado bastante pelo Estado de Mato Grosso e temos recebido muitas reivindicações. Para se ter uma idéia recentemente, quando estive em , distante da sede do município, andamos 180km de estrada de terra. Estivemos em Santiago do Norte, no Assentamento Boa Vista, e percebemos por onde andamos as reivindicações. Vocês estão de parabéns por esta Audiência Pública, por estar aqui debatendo os interesses do Município de Brasnorte e de tantos outros municípios que dentro dessa BR-242 buscam ser beneficiados com o seu traçado, com a modificação do seu traçado. Quero deixar aqui registrado que não temos, ainda, um posicionamento de qual é a melhor alternativa. Mas tenham a certeza, até porque eu sou uma pessoa bastante franca, sincera, de que nós vamos trabalhar e fazer os levantamentos e verificar qual é a melhor forma de atender todos os municípios envolvidos nessas reivindicações, seja no traçado original, seja na modificação do traçado, buscando, sim, o bem comum. Porque o que mais importa à sociedade é buscar da melhor

Pág. 28 - Secretaria de Serviços Legislativos ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO ATA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA PARA DISCUTIR A BR-242, REALIZADA EM BRASNORTE, NO DIA 10 DE AGOSTO DE 2007, ÀS 10:00 HORAS. forma verificar o que realmente vai atender o bem comum, vai atender o melhor interesse da sociedade. Vocês tenham certeza que é dessa forma que nós atuamos, trabalhamos, articulamos exatamente em busca do bem comum. Então, vamos fazer um levantamento e nos aprofundar. Temos andado pelo Estado de Mato Grosso. Amanhã mesmo estaremos em Alta Floresta para debater em outra Audiência Pública a Hidrovia Tapajós/Teles Pires, de modo que estamos participando dos debates e analisando a melhor forma de contemplar todos os envolvidos nessa discussão. Muito obrigado pela atenção e pela oportunidade. Contem comigo na Câmara Federal. Estamos à disposição de todos vocês! Vamos fazer, também, um debate com os membros do PSB, a Vereadora Lana, do PSB de Brasnorte, dos municípios que estão envolvidos para tirarmos um encaminhamento de qual é a melhor forma de ajudar a todos os envolvidos. Muito obrigado pela atenção! (PALMAS). O SR. PRESIDENTE (RIVA) – Agradeço a participação do Deputado Federal Valtenir Pereira. Convido para usar da palavra, o nobre Deputado Federal Eliene. O SR. ELIENE – Boa-tarde a todos e a todas! Cumprimento o Presidente desta Audiência Pública, Deputado Riva; os Deputados José Domingos Fraga, Otaviano Pivetta e Júnior Chaveiro. Saúdo, também, o meu colega Deputado Federal Valtenir Pereira. Cumprimento todos os Prefeitos aqui presentes, o Prefeito Valdir, o Prefeito Graxa, o Prefeito Rivelino, o Prefeito Hilton Campos, de Juína. Também, quero cumprimentar o comandante do DNIT do Estado de Mato Grosso, companheiro Rui Barbosa, meu conterrâneo de Uberaba. Quero saudar a imprensa que veio aqui registrar este evento importante para a o desenvolvimento desta região; saudar todos os Vice-Prefeitos na pessoa do Vice-Prefeito Genésio, de Juína. Cumprimentar aqui os Vereadores das diversas cidades aqui participando na pessoa do Presidente da Câmara Municipal de Brasnorte, Pedro Coelho. Quero também lembrar que fomos convidados insistentemente por telefone pelo Vereador Júnior da Saúde, de Brasnorte, pelo Vereador Wanderley, pelos Vereadores Chicão e Carequinha, de Juína, que insistiram para que estivéssemos aqui. Cumprimento todos os Vereadores aqui na pessoa do Vereador Wanderley, de Sorriso, que é o Secretário da Comissão Pró-Traçado Original da BR-242. Quero dizer, gente, que é muito importante estar aqui hoje discutindo esse traçado, definindo a vontade do povo, a vontade daqueles que mais precisam dessa integração, porque o papel nosso é defender o interesse do povo. Tivemos a percepção na audiência de Sorriso - não pude ir em Itanhangá, mas estive lá depois e conversei com os companheiros de Itanhangá - e hoje, ao chegar em Brasnorte, os contatos que tivemos, o anseio do povo é realmente esse traçado original. Essa é a importância de estarmos aqui, para ter essa percepção. Eu que sou um dos oito Deputados Federais, uma bancada muito pequena, juntamente com o Deputado Valtenir Pereira, nós dois representamos aqui 25% dos Deputados

Pág. 29 - Secretaria de Serviços Legislativos ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO ATA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA PARA DISCUTIR A BR-242, REALIZADA EM BRASNORTE, NO DIA 10 DE AGOSTO DE 2007, ÀS 10:00 HORAS. Federais de Mato Grosso, dois de oito, mas, com certeza, aqueles que nos ouvirem - também tem o Deputado Wellington Fagundes, que é ligado ao Rui Barbosa – saberão com certeza o anseio, qual é o principal desejo exposto em cada Audiência Pública dessa que estamos discutindo e ouvindo as autoridades, muito bem representadas aqui pelas lideranças. Muitas lideranças presentes, pessoas que realmente têm uma capacidade de discernimento daquilo que é melhor. É importante afirmar o que o Deputado Otaviano Pivetta disse na sua declaração. Foi importante a sua fala, mesmo porque ele desfez um mal-entendido, no sentido de exclusão. Não é isso. Ainda ontem eu li uma frase de um delegado britânico na ONU, de 1950, que ele dizia, Deputado Otaviano Pivetta: “Sempre me impressiona a capacidade dos latino-americanos de transformar poucos gramas de fatos em toneladas de palavras”. Isso realmente acontece. A pessoa dizer tudo que as pessoas dizem. Quando eu, como a própria frase diz, fico satisfeito, porque realmente Vossa Excelência dá atenção para tanta região, conhece a região. Quando o vereador de Ipiranga cobra a nossa participação, com certeza, Sr. Sérgio, eu tenho um compromisso com o povo da região, que me deu uma boa votação. Tenho compromisso com os interesses do Deputado Riva, que me trouxe e me fortaleceu na região. Ele tem cobrado a nossa ação junto ao DNIT, junto a Câmara Federal, para que realmente o desenvolvimento desta região seja prioridade. Eu queria acrescentar, Rui, que ali no mapa está ficando ainda um vazio, quando você fala de integração, a ligação de Juína a Alta Floresta, porque ainda está ficando aquele vazio de , Monte Verde para trás, que é também uma das regiões mais carentes e mais excluídas de Mato Grosso. Então, temos que repensar também mais aquele fechamento ali, que é importante para essa região do Estado. Quando o Rui coloca, gente, mostrando que esse traçado está no plano - cumprimento também o Prefeito Chiquinho que eu ainda não havia cumprimentado, também um baluarte nessa luta a favor do traçado original - quando ele coloca que o plano prevê a chegada até Sorriso, que está no Programa de Aceleração de Crescimento, é obvio que não nos impede de darmos continuidade. O Rui mostrou varias expectativas de planejamento, de integração do Estado, quando ele coloca que se 30% disso ocorrer já aumenta em cinco vezes as facilidades da nossa logística, quando chegarmos a 100%, será um sonho. Tudo o que está hoje realizado, gente, construído em Mato Grosso, há poucos anos atrás eram sonhos! Lembro-me que em 1988 vim aqui e me encontrei com o Ezequias, vim construir a sede do IBDEF, hoje IBAMA, como engenheiro civil. Aqui era fim de linha. Eu fui em Juína fazer uma ligação telefônica e perdi a viagem, porque não ligava. Então, vocês imaginem que tudo é um sonho e temos que sonhar. Eu acredito piamente que com o potencial que Mato Grosso tem, que esta região, tem com o peso na balança comercial que tem a agropecuária no País... Há alguns dias, em Sorriso, eu disse isso, que se não fosse a agropecuária ou o agronegócio, o País seria deficitário na Balança Comercial. Nós vendemos quarenta e nove bilhões de dólares enquanto compramos sete bilhões. É essa diferença, esse saldo que faz a balança comercial do País ter um saldo positivo, ter um crescimento dentro do que estamos tendo hoje 4%, de 4,5%. A revista Veja desta semana traz uma ampla reportagem - quem não teve acesso é interessante que vejam - a respeito dos pontos que realmente tem sido um gargalo no crescimento do

Pág. 30 - Secretaria de Serviços Legislativos ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO ATA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA PARA DISCUTIR A BR-242, REALIZADA EM BRASNORTE, NO DIA 10 DE AGOSTO DE 2007, ÀS 10:00 HORAS. País. Ela traz que produzir soja - só um item - no Brasil é cinqüenta e um dólar mais barato do que nos Estados Unidos, mas o custo logístico não só elimina essas vantagens, como inverte a equação. No final, a nossa história chega ao mercado consumidor vinte e quatro dólares mais caro. Por quê? Por falta de estrada, por falta realmente de ligações que possibilitem inverter essa lógica. Aqui todos sabem que a BR, chegando aqui em Brasnorte, a ligação de Juara, através da MT-325, a MT-170 chegando em Juína e tocando para frente, fazendo parte dessa BR, um porto em Porto Velho para sair pelo Rio Madeira, ir a Itaquatiara e depois a Belém, pelo Rio Amazonas, aqui passará a ser uma das posições mais estratégicas, com preço extremamente competitivo. E isso trará para Brasnorte, com certeza, todas as outras estruturas de desenvolvimento. Virão indústrias, virá educação com muito mais fundamento, virá qualidade de vida e virá, com certeza, aquilo que todos sonhamos. Então, quero aqui me comprometer na defesa desse traçado original. Quero colocar o meu gabinete na Câmara Federal, não só a serviço da BR-242, mas desta região que realmente carece de muito apoio. Nós somos oito de um Estado muito grande e o trabalho de cada um, o trabalho que cada um desenvolver a favor do desenvolvimento do nosso Estado, com certeza fará a diferença daqui a dez, quinze, vinte anos. Nós haveremos de olhar o Paraná, que já ficou para trás, um Estado desenvolvido. E só com o empenho de todos nós, com essa união que haveremos de presenciar isso dentro de alguns anos. Muito obrigado. Contem comigo. Vamos trabalhar para que a BR-242 chegue a Brasnorte e possamos estar aqui festejando e realmente usufruindo dessas vantagens. Muito obrigado (PALMAS). O SR. PRESIDENTE (RIVA) – Quero agradecer a fala do Deputado Eliene. A pedido do Prefeito Mauro e do Presidente da Câmara, peço a todos que permaneçam até o final, porque inclusive tem almoço para todo mundo no Clube Demoro. É muito importante vocês participarem até o final da Audiência Pública. Lembrou aqui também o Deputado José Domingos Fraga da importância da permanência dos prefeitos e dos vereadores para combinarmos novas discussões para o futuro, inclusive Audiência Pública, que é pretensão lá em Gaúcha do Norte e em Cuiabá, para fechar com chave de ouro, para consolidarmos essa luta do povo dessa região. Eu ia passar a palavra para o Deputado José Domingos Fraga, mas não vou... Não vou agora. Eu quero agradecer o povo de Brasnorte, em nome do Prefeito Mauro, do Presidente da Câmara Municipal, Pedro Coelho, e quero agradecer a acolhida de todos vocês, de todas as lideranças aqui presentes. Quero cumprimentar os meus colegas Deputados, o Deputado Otaviano Pivetta. Eu disse para o Deputado Otaviano Pivetta que foi importante a fala dele, porque ele desfez um mal entendido que havia aqui nesta região. Quero cumprimentar o Deputado Júnior Chaveiro, que está tendo uma oportunidade muito importante lá na Assembléia. E cumprimentar o Deputado Federal Valtenir Pereira, que vem aqui somar conosco nessa luta; cumprimentar o Deputado Eliene e fazer um registro que o Deputado Eliene tem sido um grande defensor da nossa região, não só nessa luta aqui, mas em outras, em relação ao setor madeireiro, em relação à questão ambiental, que é uma questão que muito nos preocupa, em relação à questão indígena. E cumprimentar o Deputado José Domingos Fraga. Eu quis falar antes do Deputado José Domingos Fraga, até para fazer um registro de justiça. O Deputado José Domingos Fraga tem sido o grande coordenador dessa discussão, um

Pág. 31 - Secretaria de Serviços Legislativos ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO ATA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA PARA DISCUTIR A BR-242, REALIZADA EM BRASNORTE, NO DIA 10 DE AGOSTO DE 2007, ÀS 10:00 HORAS. Deputado que tem se disponibilizado o tempo todo para essa discussão, cobrando a participação de outros colegas. É por isso que eu quis usar a palavra; ao final, gostaria que o Deputado José Domingos Fraga encerrasse a reunião presidindo a audiência e coordenando esse trabalho, porque tem sido uma luta nossa, mas muito mais, até, do Deputado José Domingos Fraga, que tem se dedicado em defesa desse traçado da BR-242. E quero cumprimentar o Prefeito Valdir Campagnolo; o Prefeito Graxa, de Ipiranga do Norte; o Prefeito Hilton Campos, de Juína; o Prefeito Revelino Trevisan, de Porto dos Gaúchos; o Prefeito Osmar Rossetto (Chiquinho), de Nova Ubiratã e, de uma maneira muito especial, o Superintendente do DNIT, o Rui Barbosa, que tem um nome... O nome já fala tudo... Muito obrigado ao Rui Barbosa pela participação, pela exposição que fez para conhecermos um pouco da malha viária federal em nosso Estado, das hidrovias, da ferrovia. A você e ao Laércio, muito obrigado pela participação. Muito obrigado também às nossas Taquígrafas. E quero registrar aqui para vocês que esta Audiência Pública está sendo inteiramente taquigrafada pelas nossas servidoras. Vai ser levada para a Assembléia Legislativa e lá será também fruto de debates. Assim como a televisão está gravando, também vamos passar na TV Assembléia. Vou colocar uma notícia para vocês: a TV Assembléia já se encontra, experimentalmente, em canal aberto. O nosso próximo desafio é colocar a TV Assembléia em todo o Estado, no máximo, dentro de um ano, inclusive em Brasnorte, Juína, toda região... (PALMAS)... para que a TV Assembléia... O desafio inicial foi abrir a TV Assembléia! Muitos nos chamaram de louco porque foi a segunda do Brasil! Hoje, nós somos a primeira do Brasil em canal aberto, já atingimos 100 quilômetros de raio na Baixada Cuiabana; 100 quilômetros ao redor da Baixada Cuiabana já está recebendo imagens da TV Assembléia. O próximo desafio, nós vamos estabelecer isso como meta, é colocar a TV Assembléia para todo o Estado de Mato Grosso dentro de um ano, Deputado Federal Eliene Lima, para que a sociedade mato-grossense tenha na TV Assembléia um instrumento para o exercício da democracia, para acompanhar o trabalho dos Deputados, para você saber o que está acontecendo no Estado. Eu quero falar aqui, Rui, primeiro: não vejo outro traçado para BR-242 a não ser esse que está no mapa, chegando a Aripuanã, chegando a Juína, pegando de Brasnorte, Itanhangá, Ipiranga, Sorriso, Nova Ubiratã, Gaúcha e fechando lá em baixo, em Canarana. Canarana, ou Ribeirão Cascalheira, eu não tenho muito... Eu acho que ali, o importante é chegar à BR-158, e esse traçado contempla a todos. Esta discussão é importante para vocês saberem realmente o que nós defendemos e para vocês participarem da discussão. Tem gente que pergunta: o que é que eu tenho a ver com essa estrada? Tem muito. E costumo dizer que nós fazemos a nossa parte, os produtores, o povo desta região faz a parte dele. É hora de o Governo começar a fazer a dele! O que é fazer a dele? Diminuir o custo da nossa produção, fazer com que nós possamos competir com outras regiões do Estado e do Brasil. Só vamos ter o poder de competitividade quando chegar aqui a BR-242, quando conseguirmos alavancar a Hidrovia Teles Pires/Tapajós, quando conseguirmos pavimentar em definitivo a MT-170 até o final, quando conseguimos a ligação de Juína até Vilhena na BR 174, a ligação de Juara até o Posto Paineira, porque aqui nós vamos rumo à calha do Rio Madeira, é aí que vamos viabilizar a nossa produção... (PALMAS)... É aqui que está o caminho. Mas não basta isso. Eu quero colocar outras preocupações que este povo tem que ficar atento. Não dá mais para se curvar às decisões de gabinete em relação à ampliação de reservas indígenas... (PALMAS)... Não dá para colocar, não dá

Pág. 32 - Secretaria de Serviços Legislativos ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO ATA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA PARA DISCUTIR A BR-242, REALIZADA EM BRASNORTE, NO DIA 10 DE AGOSTO DE 2007, ÀS 10:00 HORAS. para passarmos por cima de um trecho de estrada só porque tem uma reserva indígena lá no meio. O Governo Federal precisa resolver essa pendenga, os índios precisam ser inseridos no contexto social, aliás, já estão, é um equívoco do governo fazer isso. Temos que convidar para a mesa de discussão a comunidade indígena e a FUNAI para acabar com essa pendenga que para mim é muito grave para a nossa região e para o Estado de Mato Grosso. Se vocês forem fazer uma averiguação, todas as riquezas minerais deste Estado e agora todas as riquezas vegetais estão em cima de reservas indígenas. É muita coincidência. Aí tem a mão de muita gente da comunidade internacional, inclusive de ONGs escusas que querem intervir na Amazônia a todo custo... (PALMAS). Precisamos resolver uma pendenga mais grave ainda, não dá para ficar com esse discurso demagogo de meio ambiente, sem estabelecer um equilíbrio entre o ambiente, o econômico e o social. Não tem jeito de defender o meio ambiente com a barriga vazia, não tem jeito de defender a árvore em pé com o filho morrendo de fome e sem condições de estudar. É preciso estabelecer um equilíbrio. A CPI da SEMA, Deputado Otaviano Pivetta, está, acima de tudo, buscando esse equilíbrio. Não é possível mais o cidadão ter prazo para tudo, pagar imposto para tudo, até quando você chega atrasado, às vezes, no encontro que você marca, você não é atendido e o Governo não ter prazo para nada. Nós temos que ter um calendário. O cidadão de bem, que apresenta um projeto na SEMA, tem que saber o dia em que ele será liberado. Não dá mais para você ficar naquela fila, com um mês, dois meses, três meses, quatro meses, cinco meses e enquanto isso muita gente perdendo o emprego. Então, o que nós queremos defender é isso, uma SEMA que atenda as demandas deste Estado. Eu perguntei para o Secretário Luís Henrique, no seu depoimento: Secretário, quantas pessoas entraram com pedido de LAU? “É, nós temos cento e dezoito mil propriedades no Estado. Entraram mais ou menos dez, onze mil.” Eu falei: E se houver uma corrida à SEMA de todos os cento e dezoito querendo tirar licença ambiental única? O que é que vai acontecer na SEMA? Não vai acontecer nada porque não dão conta nem de atender os dez, onze mil, que entraram! Não podemos mais admitir isso! O Governo não pode mais dar desculpa, Deputado Otaviano Pivetta, de que não tem pessoal, que não tem estrutura física. Temos a responsabilidade de resolver isso. E quando eu falo: “nós” não é o Governador Blairo Maggi, não é o Secretário Luiz Henrique, mas, sim, o conjunto de Governo: é o Governador, é o Secretário, é a Assembléia Legislativa. Somos todos nós responsáveis por essa baderna que se estabeleceu no meio ambiente e que temos que resolver. Se não resolver tudo isso, todas essas discussões que estamos fazendo acabarão sendo infrutíferas. Quanto empresários já quiseram fazer algum empreendimento e ficaram impedidos em função das dificuldades, não em relação ao meio ambiente, pela burocracia, pela demora e pelo estado de paralisia que se instalou na SEMA. Essa é outra situação que precisa ser resolvida. Outra coisa: precisamos pegar o mapa do Estado e fazer uma reavaliação do sistema viário deste Estado. Não podemos mais permitir municípios isolados e abandonados. As rodovias federais - eu quero concordar com o Rui Barbosa - são eixos estruturantes e estratégicos e passem onde passar têm que atender ao interesse da região. Mas o Estado tem que chegar a todos os municípios e oportunizar ao cidadão o direito mais sagrado, que é o direito de ir e vir, de levar a sua produção e de importar os produtos importantes à cadeia produtiva.

Pág. 33 - Secretaria de Serviços Legislativos ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO ATA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA PARA DISCUTIR A BR-242, REALIZADA EM BRASNORTE, NO DIA 10 DE AGOSTO DE 2007, ÀS 10:00 HORAS. Por fim, Deputado Otaviano Pivetta, talvez, essa região seja mais alvissareira à produção da cadeia produtiva do biodiesel e do etanol. Nós temos aí uma idéia que foi colocada: o Governo precisa começar a investir na redução da área de pastagem com investimento em tecnologia. Se nós queremos pensar para frente, o cidadão que tem 100 hectares de pasto não pode mais colocar 120 cabeças de boi nesse pasto porque é inviável à pecuária. Quem tem 100 hectares de pasto tem que colocar 500 cabeças. Ele só precisa investir em tecnologia e destinar parte dessa área à cadeia produtiva do biodiesel, do etanol e do reflorestamento para dar continuidade ao setor madeireiro que daqui a cinco, dez anos, vai ter mais de mil amontoados de ferro velho neste Estado. E não se sabe para que, pois não tivemos a capacidade de pensar que a madeira um dia poderia acabar. Então, é isso que nós queremos! É disso que nós precisamos! Nesse aspecto eu quero me colocar à disposição de vocês aqui, Prefeito Mauro, de Brasnorte, desta região. Não sei o que vai acontecer no futuro em termos políticos, mas sei principalmente de uma coisa: nós não temos mais o direto de cruzar os braços. Temos que fazer o que estamos fazendo aqui hoje. Com certeza, cada um de vocês que está aqui vai se lembrar deste momento daqui a alguns anos e vai dizer: “Eu participei dessa história. Eu ajudei a conquistar a BR-242. Eu participei dessa discussão.”. Então, quero agradecer e pedir desculpas, pois, ainda, tem a participação das pessoas que querem fazer perguntas, porque tenho uma Audiência Pública às 15:00 horas, em Cuiabá. Mas, por justiça, antes de sair quero passar a Presidência ao Deputado Zé Domingos Fraga que tem sido um grande parceiro na Assembléia Legislativa. O Deputado Otaviano Pivetta vai estará em Alta Floresta, parece-me, que amanhã, juntamente com o Deputado Valtenir Pereira, para discutir exatamente a Hidrovia Teles Pires/Tapajós. Não podemos mais nos acovardar! O grande problema da classe política é que tem gente que quando ouve falar em Ministério Público fica tremendo, Deputado Valtenir. O Ministério Público é uma instituição que contribuiu muito com a democracia brasileira, mas daí até nós aceitarmos não fazer usina, não fazer hidrovia, não fazer isso, não fazer aquilo, tem uma distância muito grande. Temos que continuar lutando por isso! Quero que o senhor leve o meu apoio à Hidrovia Teles Pires/Tapajós. Temos que cuidar dos impactos? Temos! Mas não podemos ser irresponsáveis de abrir mão de uma via de transporte que mais barateia o custo, enquanto os americanos que estão nos criticando por querer fazer hidrovia têm 78% da produção transportada por hidrovia. E nós, ainda, conseguimos competir com eles com, apenas, 8% transportado de hidrovia aqui no Estado, no Brasil. Imaginem os senhores, hidrovia e ferrovia! Imaginem os senhores, o que é que não vai virar este País o dia que enfrentarmos essa discussão! É importante cuidar da questão ambiental. A Usina Dardanelli Andorinha vai abrir as portas da esperança, pois não teremos falta de energia para os nossos empreendimentos num futuro muito próximo que vai acontecer com muita freqüência. Gente, muito obrigado! Desculpe por me alongar! Eu passo a Presidência ao nobre Deputado José Domingos Fraga. Um abraço a todos (PALMAS)!

Pág. 34 - Secretaria de Serviços Legislativos ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO ATA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA PARA DISCUTIR A BR-242, REALIZADA EM BRASNORTE, NO DIA 10 DE AGOSTO DE 2007, ÀS 10:00 HORAS. (O SR. JOSÉ DOMINGOS FRAGA ASSEMUE A DIREÇÃO DOS TRABALHOS, ÀS 12:51 HORAS.) O SR. ELIENE – Eu gostaria de pedir desculpas ao Prefeito Mauro, pois não o mencionei. Desculpe-me! Foi descuido! Muito obrigado pela sua gentil recepção aqui, em Brasnorte. O SR. PRESIDENTE (JOSÉ DOMIINGOS FRAGA) – Queremos, mais uma vez, agradecer a presença do Deputado Riva e do Deputado Eliene, que tiveram que se ausentar. Vamos dar continuidade a nossa reunião. Não tem mais nenhum orador inscrito para fazer uso da palavra? Se tiver mais alguém, a palavra está aberta. Em seguida, vamos dar início aos encaminhamentos para que possamos dar, cada vez mais, musculatura a esse movimento. Com a palavra, o Sr. Paulo Roberto. O SR. PAULO ROBERTO – Bom-dia, senhoras e senhores! Em nome do Deputado José Domingos Fraga, cumprimento todos os componentes da mesa. Apesar do adiantado da hora, gostaria de manifestar, Sr. Presidente... Sou Diretor da Federação das Indústrias de Mato Grosso e Vice-Presidente do Sindicato dos Madeireiros do Noroeste de Mato Grosso. Só ratificar aqui o apoio ao Deputado Riva pelo empenho que com o setor da base florestal especialmente, eu chamo aqui de 177, ficam todos os países do G-8. Nós somos aqui a 177. São sete cidades prejudicadas no seu desenvolvimento. E nos lembrando do mapa do Dr. Rui, dizer que estamos exatamente sobre um tridente e com um gasto que as rodovias representam no nosso Estado. Nós estamos aqui no Norte e no Noroeste sempre sujeitos à dificuldade de transporte, de infra-estrutura, que é insuficiente, e na ponta desse tridente, com operações, com dificuldades. Nós temos a LAU desde 2005... Deputado Riva, temos um projeto de reflorestamento de 2.000 hectares, planejado numa área nossa, e em Juína tem vários, porque a LAU nós demos entrada em 2005. Sem uma LAU, eu não consigo viabilizar nenhum projeto de reflorestamento de tecnologia para aumentar a capacidade dos pastos. Então, realmente é hora de virarmos essa mesa e mostrar para os órgãos que tem que cumprir a sua parte e não estão fazendo. Chega de a gente estar na ponta do tridente, sem infra- estrutura, sem condições de competir. Nós já temos madeira saindo de Juína, Colniza, Aripuanã, para Sinop e para Sorriso. O companheiro Chicão está comprando madeira aqui a um custo muito alto. Isso inviabiliza e acaba fazendo com que não tenhamos competitividade. O nosso frete hoje por tonelada até o Porto de Paranaguá é de 250, 240 reais em um contêiner. Uma tonelada do Porto de Paranaguá na China custa 80 reais. É impossível, é menos de 40 dólares. Então, a infra-estrutura é iminente. Os projetos de hidrovia são importantes a longo prazo, mas o caso específico da BR-242 é iminente.

Pág. 35 - Secretaria de Serviços Legislativos ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO ATA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA PARA DISCUTIR A BR-242, REALIZADA EM BRASNORTE, NO DIA 10 DE AGOSTO DE 2007, ÀS 10:00 HORAS. A BR-174 é já! Nós precisamos interligar esse Norte ao Noroeste para que o Rio Madeira receba os nossos produtos e nós temos como competir no mercado externo. Muito obrigado (PALMAS). O SR. PRESIDENTE (JOSÉ DOMINGOS FRAGA) - Obrigado, Paulo Roberto. Após a fala do Paulo Roberto, para que possamos dar os encaminhamentos, primeiramente eu queria fazer um agradecimento todo especial ao Prefeito Mauro, que não mediu esforços na reunião, na Audiência Pública que aconteceu em Itanhangá, para que hoje pudesse acolher todas essas lideranças políticas que vieram aqui para discutir esse assunto de suma importância. Em seu nome, Mauro, quero cumprimentar todos os Prefeitos e Vice-Prefeitos que aqui se encontram. Em nome do Presidente da Câmara Municipal, quero cumprimentar também os Vereadores que aqui se encontram. Em nome do Vereador Joãozinho, aqui de Brasnorte, quero cumprimentar a todas e a todos. Quero dizer, Deputado Riva, - que acabou de sair - da nossa alegria, Prefeito Mauro, de estar aqui para discutir um assunto tão importante como este. Trata-se de uma obra que quando chegamos em Sorriso já sabíamos que esse eixo de ligação de Sorriso a Ribeirão Cascalheira era uma BR, mas que infelizmente não víamos no fundo do túnel uma perspectiva de um dia aquela BR ser concretizada, ser pavimentada. Mas alguns brasileiros que vieram dos mais variados rincões deste País entendiam que um dia essa BR podia ser concluída. A prova disso é que compraram propriedades, construíram família, muitos também perderam família, enterraram ao longo dessa BR-242, sem ter a felicidade de ver o seu sonho concluído. Mas nunca essas famílias perderam a esperança! Para a nossa felicidade, Rui, a BR-242 está no PAC. Está no PAC! Aí surgiram interesses, interesses que fogem da esperança do sonho dessas populações em desviar esse traçado. Eu falo isso porque eu tive a oportunidade, Deputado Otaviano Pivetta, de discutir no Colégio de Lideres com o Secretario de Infra-Estrutura, que nos mostrou um traçado alternativo que não interessava a esta população de influência da BR-242. Eu tive oportunidade de discutir, Prefeito Mauro, com o Vice-Governador Silval Barbosa, e ele me disse que já não tinha mais alternativa, que tinha que mudar. Eu tive oportunidade de discutir com o Líder do Governo, que me disse já haver uma vontade política de mudar o traçado. E Nova Ubiratã, através da pessoa do Prefeito Chiquinho, da nossa pessoa, reagiu. Mas, para a nossa felicidade, esse movimento está ganhando musculatura, está ganhando força e hoje já temos o apoio de 100% dos Deputados que integram a Assembléia Legislativa do Estado de Mato Grosso. Hoje, nós temos o apoio praticamente de 100% da Bancada de Mato Grosso no Congresso Nacional. Eu tenho certeza que não existe nenhum outro local em termo de localização espacial para você fazer uma ligação Leste/Oeste no Estado, a não ser no seu traçado original, oportunizando a esses municípios como Ipiranga, Itanhangá, Brasnorte, Brianorte, Porto dos Gaúchos, Juína ter um outro corredor alternativo de exportação. Eu vejo a BR-242, Deputado Otaviano Pivetta, Vossa Excelência que é um entendedor de logística, um grande empreendedor do Estado de Mato Grosso, como principal corredor de exportação do Estado de Mato Grosso, por mais que tenhamos defendido a conclusão da BR-163. Mas sabemos que é uma estrada complicada para se fazer, principalmente no que diz respeito a sua parte final em termos dos portos. Tem a questão ambiental, tem a questão de sítio

Pág. 36 - Secretaria de Serviços Legislativos ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO ATA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA PARA DISCUTIR A BR-242, REALIZADA EM BRASNORTE, NO DIA 10 DE AGOSTO DE 2007, ÀS 10:00 HORAS. arqueológico, tem problema de calado, porque se trata de porto fluvial, enquanto a BR-242, além de termos uma possibilidade, principalmente quem entrar nessa região, de sair através de um corredor multimodal, através do Rio Madeira. Temos a outra possibilidade de sair através de um condutor multimodal, que é rodovia, ferrovia e hidrovia, como disse o Rui, além disso, marítimo, através do Porto daqui no Maranhão, que é um Porto mais moderno, é um Porto de dois quilômetros de extensão, por vinte e poucos metros de calado, é um Porto que está precisando pegar essa produção de Mato Grosso para atender a sua demanda. Portanto, vejo a BR-242 como uma saída importante para alavancar o desenvolvimento dessa região. Fico feliz de poder estar aqui, Prefeito Mauro, em Brasnorte e ver uma Câmara grande, cheia de gente, de lideranças políticas, de população que quer que esta região desenvolva, somando força com Vossa Excelência para que de fato a BR-242 possa ser uma realidade. Tenho a certeza que a BR-242 vai estar, se Deus quiser, Rui, consignada no seu traçado original e quem sabe agora com o Pagot como Presidente do DNIT, porque já foi sabatinado pelo Senado Federal, através da Comissão de Infra-Estrutura, de fato até no fim de 2012 possamos ter essa BR-242 totalmente concluída. Além disso, já fiquei sabendo pelo Rui que o Deputado Wellington Fagundes já está apresentando um Projeto de Lei federalizando esse trecho que corresponde de Sorriso até Juína, interligando à 174, que é um instrumento necessário para que de fato a ligação Leste/Oeste do Estado de Mato Grosso possa acontecer de direito. Para a nossa felicidade, para o cunho nosso, o Deputado Wellington Fagundes já está travando esse Projeto de Lei com a Câmara Federal para que de fato possamos ver os nossos sonhos tornando realidade o mais rápido possível. Precisamos continuar dando força a esse movimento. Esse movimento não pode parar simplesmente nesta terceira Audiência Pública. Nós precisamos fazer mais uma Audiência Pública na região do Araguaia, que já está pré-agendada, falta só definir a data e o local. Precisamos fazer uma Audiência Pública na Capital do Estado e ali eu quero propor, vamos fazer esse encaminhamento, que seja uma proposta nossa, que a próxima Audiência Pública seja no dia 14 de setembro, convidar o Pagot, já como Presidente do DNIT, e convidar o Governador Blairo Maggi. Precisamos ter o Governador Blairo Maggi como mais um parceiro, para que de fato essa proposta, que é a vontade do povo mato-grossense, principalmente do povo da região do centro-norte mato-grossense, possa tornar realidade. Precisamos convidar o Presidente da Comissão de Infra-Estrutura do Senado, o Senador Marconi Perillo, e precisamos convidar toda a Bancada nossa do Congresso Nacional para que de fato eles possam marcar presença e possam ser parceiros na consolidação desse projeto de uma vez por todas. Mas, além da BR-242, nós temos que ter outra discussão a ser travada, dentre elas, o Deputado Riva já falou, a questão da tomada de decisão em gabinete, como a ampliação dos parques indígenas. Além disso, o Deputado já falou, a questão da SEMA, de destravar a SEMA, para que ela seja um órgão de desenvolvimento, indutor do desenvolvimento do Estado de Mato Grosso, não um órgão que dificulta o desenvolvimento do Estado. Além disso, nós temos que travar uma outra discussão, que eu acho que é tão importante como a BR-242. E o Deputado Otaviano Pivetta, com certeza, vai ter a oportunidade de falar e vai ser o grande aliado nessa discussão. É rediscutir, Deputado Otaviano Pivetta, a questão do bioma amazônico. Nós não podemos mais ver a nossa região, que está acima do Paralelo 13 ou que tem bioma de floresta, ser discriminado, principalmente

Pág. 37 - Secretaria de Serviços Legislativos ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO ATA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA PARA DISCUTIR A BR-242, REALIZADA EM BRASNORTE, NO DIA 10 DE AGOSTO DE 2007, ÀS 10:00 HORAS. pela comunidade européia e pela comunidade americana. Se o mundo não quer ver a sua população passar fome, nós temos que dar condições para que essa região possa contribuir na produção de alimentos. E eu tenho a certeza de que, se nós conseguirmos convencer, principalmente as Organizações Não Governamentais ligadas à questão ambiental, com certeza, poderemos transformar essa região do Centro Norte Mato-grossense na maior produtora de grãos deste País. Então, eu quero chamar aqui à responsabilidade dos nossos colegas Deputados Estaduais, da nossa bancada no Congresso Nacional, para que possamos travar essa discussão. Finalizo a minha participação nesta fala agradecendo mais uma vez, Prefeito Mauro, a sua acolhida e, ao mesmo tempo, agradecendo a presença de todos. E vamos torcer, vamos pedir a Deus, para que de fato a BR-242 possa ser uma realidade, mas no seu traçado original. Obrigado (PALMAS). Vamos dar continuidade aos encaminhamentos que deverão ser dados... O SR. OTAVIANO PIVETTA - Sr. Presidente, um aparte... O SR. PRESIDENTE (JOSÉ DOMINGOS FRAGA) - Mas, antes de mais nada, o Deputado Otaviano Pivetta, pediu um aparte... Com a palavra, o eminente Deputado Otaviano Pivetta. O SR. OTAVIANO PIVETTA - Obrigado, Sr. Presidente. Esqueci de falar que nós já estamos fazendo, Deputado José Domingos Fraga, meu colega de Assembléia, juntamente com a Prefeitura de Itanhangá, Prefeitura de Brasnorte e a Associação dos Produtores de Brianorte, os valentes e guerreiros brasileiros que estão produzindo, cento e trinta e oito quilômetros... Cento e trinta e dois quilômetros - ouviu, Deputado José Domingos Fraga? -, de Itanhangá até Brasnorte, que é exatamente esse trecho aqui, as duas prefeituras e mais a Associação dos Produtores. Eu estou ajudando a mendigar lá no Governo do Estado os recursos para eles poderem fazer essa obra já para rodar ou, então, estruturar a estrada para rodar este ano. Então, já coincide aí com... Já dá para dizer ao Governo Federal que nós já estamos fazendo um pedaço. Além disso, eu quero dizer a Vossa Excelência, Deputado José Domingos Fraga, que está havendo um mal entendido aí. E acho que houve um mal entendido. Eu não vi ninguém defendendo, não vi ninguém que se pronunciasse defendendo essa mudança do traçado. Foi botado no papel, deve ter sido uma iniciativa da SINFRA, e não sei baseado no quê. Mas, se não tem ninguém defendendo outra alternativa, acho que dá para depois do produto dessas audiências aí, nós convocarmos já, ou convocar o Secretário de Infra-Estrutura, ou ir até o Governador e colocar para ele a situação. Eu acho que não vai haver resistência! E acho até que da parte do Governador, sendo justo aqui, eu nunca o vi falar em estar definido esse trecho de Sorriso para frente, ou mesmo antes de Sorriso. O que tem, parece-me, que de Boa Esperança é uma interseção que vai para Trivelato e de Trivelato vai para Nova Mutum. Mas isso não depende da 242, ou não. Se houve essa intenção, sinceramente, eu não conheço ninguém que defenda outra alternativa. Não havendo ninguém que esteja na briga, eu acho que é hora de irmos até o órgão competente, até o Governo e comunicar que foram feitas essas audiências públicas todas e zerar esse assunto aí. Eu acho que não tem polêmica. Vocês viram alguém defendendo isso, pessoas defendendo isso? Não. Nunca vi Mutum se mobilizando. Eu nunca vi Trivelato se mobilizando. Então, eu estou colocando aqui a minha opinião. E acho que é hora de chegar e ter uma conversa franca em nível de Governo, para liquidar essa fatura. A questão da dificuldade que estamos vivendo nessa região, do Bioma, criaram, não sei se vocês sabem, mas já criaram, o mundo silenciosamente já criou um fenômeno chamado

Pág. 38 - Secretaria de Serviços Legislativos ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO ATA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA PARA DISCUTIR A BR-242, REALIZADA EM BRASNORTE, NO DIA 10 DE AGOSTO DE 2007, ÀS 10:00 HORAS. Bioma Amazônico, estabeleceu um mapa, pega da Ponte do rio Celeste para cima aqui de Sinop, aí vem: engole Brasnorte, engole parte de Sapezal, a reserva indígena, é uma coisa grande. Já existe de fato isso, na prática e protocolo já firmado de grandes redes de alimentos do mundo, como McDonald, Carrefour, etc., com as empresas que originam grãos aqui para não originar mais nada no bioma amazônico. O que está faltando aí, senhores e senhoras, é uma atitude nossa. Desde que eu cheguei a Assembléia Legislativa e até muito pouco tempo tivemos uma reunião com o Governador, eu não sei se o senhor esteve junto, ele assumiu o compromisso de encaminhar para a Assembléia Legislativa, em trinta dias, o Projeto Zoneamento Agroeconomico-Ecológico. Esse Projeto começou no Governo Jaime Campos, gastaram-se mais de trinta e sete milhões de dólares no Projeto e até hoje não foi aprovado. Quer dizer, nós não fizemos o nosso dever de casa que é aprovar a nossa lei de Zoneamento Agroeconomico-Ecológico. Isso nós temos que fazer, depende do Governo do Estado encaminhar e da Assembléia Legislativa aprovar! Nós não temos que fazer muito discurso, esse é um dever de casa que temos que fazer e depois pegar a homologação do Governo Federal, do IBAMA, etc. Mas nós é que temos que fazer isso. E nós estamos aguardando, a Assembléia Legislativa está aguardando o envio desse Projeto. Esse Projeto já esteve na Assembléia Legislativa, voltou para o Governo do Estado e está lá para ser mandado para a Assembléia Legislativa. Quero também lembrar, fazendo um pouco de justiça, que o Presidente da Câmara estava me relatando que há pouco tempo Brasnorte estava muito longe do asfalto, hoje nós temos asfalto que vem até aqui e se dirigindo a Juína. Nós temos esse problema do retorno, de Juína descer pela 174, é um gol contra descer. Provisoriamente vão ter que fazer isso, mas nosso caminho, realmente, de futuro, é isso aqui, para integrar e incluir toda essa região que passa a ser uma região de sombra hoje no Estado de Mato Grosso, porque não tem nenhum eixo de escoamento, não tem nenhuma veia artéria para irrigar essa região aí, nós sabemos que sem infra-estrutura e sem logística, não tem produção e não tem desenvolvimento. Então, essa proposta da 242 eu não conhecia, vim conhecer hoje aqui, satisfaz plenamente. Eu tinha uma proposta da 220, que saia de Sinop, vinha até Porto dos Gaúchos, iria a Juara, se não me engano, iria a Juara e iria se juntar com a estrada que viesse de Juína para sair por Castanheira e ir para cima, mas essa aqui contempla muito bem essa região e deixa equilibrado de logística o Estado de Mato Grosso. Vejam que Sorriso, Lucas do Rio Verde e Nova Mutum, que, hoje, são municípios tidos como privilegiados, ficarão muito mais longe da saída do que essa região aqui de Brasnorte. Então, é uma questão de querermos! Agora, o Estado... Temos problemas internos para resolver, dentro de casa, que é a Lei do Zoneamento Agro-Econômico e Ecológico, que depende da Assembléia Legislativa. Por isso, nós temos que caminhar; que fazer todas as Audiências Públicas e aprovar essa lei. Aprovado isso, temos que sancionar ou pegar a chancela da União e torná-lo público. Quais são as áreas que nós vamos utilizar para fazer a agricultura, para desenvolver a nossa atividade econômica? Quais são as áreas que vamos utilizar para fazer a preservação ou a conservação ambiental, os manejos sustentáveis e tudo mais? E isso nós temos que fazer e não o fizemos até agora! É bom que se diga que começou no Governo Jayme Campos isso, arrastou-se pelos oito anos do Governo Dante de Oliveira e está se arrastando por cinco anos do Governo Blairo Maggi. O projeto... Foram gastos trinta e sete milhões de dólares do dinheiro do povo mato- grossense. Então, tem muita coisa que ninguém fará no nosso lugar! Essa é uma coisa!

Pág. 39 - Secretaria de Serviços Legislativos ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO ATA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA PARA DISCUTIR A BR-242, REALIZADA EM BRASNORTE, NO DIA 10 DE AGOSTO DE 2007, ÀS 10:00 HORAS. É o mesmo que os problemas internos dentro de casa: quem tem que arrumar é a família; é o senhor com a sua senhora, os filhos e tal. O Estado de Mato Grosso tem que fazer a sua parte. Nós temos que aprovar definitivamente a lei que vai nortear o desenvolvimento do Estado. E isso depende dos 24 Deputados, Deputado José Domingos Fraga. Quero deixar registrado isto aqui! E depende do Governador encaminhar esse Projeto de Lei que já era para estar na Assembléia Legislativa. O Governo parece que contratou a EMBRAPA para dar os retoques finais ao Projeto, mas é necessário fazermos isso. Antes disso, ninguém vai legislar aqui por nós. Nós é que temos essa responsabilidade! Obrigado! (PALMAS). O SR. PRESIDENTE (JOSÉ DOMINGOS FRAGA) - Quero agradecer a interferência do Deputado Otaviano Pivetta. Dizer que, inclusive, a minha fala na Assembléia Legislativa, ontem, em um debate com o Deputado Carlos Avalone, foi justamente em cima desse Zoneamento Agro- Econômico e Ecológico, que infelizmente o Governo não encaminhou à Assembléia Legislativa do Estado de Mato Grosso. Em função do adiantado da hora, até porque tem alguns oradores que estão na mesa que querem se pronunciar, nós vamos fazer os encaminhamentos logo para votarmos. Há dois encaminhamentos que já chegaram à mesa. O primeiro é do Deputado Riva. Ele saiu, mas deixou o encaminhamento, dizendo o seguinte: Ele propõe a próxima Audiência Pública para o dia 23/09, em Cuiabá, e que aquelas autoridades que já foram citadas por mim sejam convidadas. Então, faço este encaminhamento e quero colocar da seguinte forma: Aqueles que concordam que haja uma Audiência Pública no dia 23 de setembro, em Cuiabá, sexta- feira, às 09:00 horas, permaneçam como se encontram e aqueles que não concordam se manifestem (PAUSA). Aprovado. O Vice-Prefeito de Juina tem uma proposta a fazer. Gostaria queria que Vossa excelência fosse à tribuna. O SR. GENÉSIO BOER – Boa-tarde a todos os presentes! Em virtude do Prefeito Hilton Campos ter se ausentado para também participar de uma Audiência Publica em Cuiabá, na Assembléia Legislativa, quero cumprimentar o Deputado José Domingos Fraga e os demais que se fazem presentes. Quero só colocar - o Deputado Otaviano Pivetta não se encontra neste momento -, ou melhor, lembrar que um boi do Município de Aripuanã é vendido por cento e cinqüenta reais mais barato que um boi dos Municípios de Brasnorte e de Tangará da Serra. Um saco de milho nos Municípios de Brasnorte, Tangará da Serra e Campo Novo é vendido na faixa de dez a quinze reais enquanto que no Município de Aripuanã é vendido a vinte, trinta reais. Isso é para vermos a diferença e o absurdo que acontece no Norte de Mato Grosso. É por isso que nós, do Município de Juína, do Nortão, gostaríamos de fazer o encaminhamento da realização de uma Audiência Publica no Município de Juína. O Prefeito, juntamente com toda sociedade organizada desse município, se propõe a convidar os Municípios de Castanheira, Juruena, Cotriguaçu, Colniza, Aipuanã e Conselvan para que, também, tenham conhecimento da necessidade da construção e da necessidade de realmente permanecer o trecho original da BR-242.

Pág. 40 - Secretaria de Serviços Legislativos ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO ATA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA PARA DISCUTIR A BR-242, REALIZADA EM BRASNORTE, NO DIA 10 DE AGOSTO DE 2007, ÀS 10:00 HORAS. Muitas pessoas no Município de Basnorte não sabiam sobre a discussão dessa BR, Deputado, da necessidade que realmente ela aconteça. Neste momento, Juína e a região precisam ter conhecimento da gravidade, da importância, para o desenvolvimento da nossa região. Então, fica o registro, o encaminhamento, para que se disponibilize uma data para o Município de Juína realizar uma Audiência Pública, que é de suma importância para nós. Muito obrigado! (PALMAS). O SR. OSMAR ROSSETTO – Eu só queria colocar a questão da proposta do Deputado Riva, do dia 23 de agosto. Acho que é uma data boa e tem ser feita o mais rápido possível essa audiência em Cuiabá, porque a discussão do PAC rodoviário já está sendo feito em nível federal. Nós temos que chamar o Governo do Estado – e acho que este é o momento – para participar no dia 23 de agosto. Tem que ser rápido! Não vamos deixar por muito tempo, porque, além de esfriar o assunto, corre o risco de haver outra articulação. Dia 23 de agosto.. E é importante que todos os Prefeitos e Vereadores desta região compareçam. Vamos mobilizar a nossa região. Além dos que já vieram nesta Audiência ou em outras Audiências, vamos chamar Sinop, Vera e Feliz Natal, que ainda não participaram e que têm influência para estar lá, além do Araguaia. Então, acho que a presença, principalmente dos Prefeitos e dos Vereadores, no dia 23 será muito importante. Acho que tem que ser no dia 23. Quem esteve há poucos dias em Cuiabá e viu a fala do Presidente Lula? Ele já pôs em discussão o PAC Rodoviário e não podemos esperar muito tempo, senão, vamos ficar só discutindo. Eu acho que o importante nós estamos conseguindo, que é mobilizar, conscientizar a população e as Lideranças. Nós não podemos agora, com uma cartada, Deputado José Domingos Fraga, chegar ao Governo do Estado, até pela colocação que o Deputado Otaviano Pivetta fez aqui. O SR. PRESIDENTE (JOSÉ DOMINGOS FRAGA) – Então, ratificando, quem concorda com a Audiência Pública no dia 23 de agosto, em Cuiabá, às 09:00 horas, permaneça como se encontra (PAUSA). Aprovado. Outra proposta que foi encaminhada pelo Vice-Prefeito é realizarmos uma Audiência Pública em Juína. Eu faço o seguinte encaminhamento: já ficou decidido, na Audiência Pública em Itanhangá, que a última Audiência Pública seria na região do Araguaia e que iria conjuminar com o Estradeiro, que sairia de Juína e iria engrossando esse Estradeiro até o dia da Audiência Pública no Araguaia. Então, em função dessa proposta de Juína, faço o seguinte encaminhamento: que a próxima Audiência Pública aconteça em Juína, em data a ser definida na Audiência Pública de Cuiabá. Quem concorda com essa proposta, permaneça como se encontra (PAUSA). Aprovado. Alguém tem mais encaminhamento para fazer? Com a palavra, o Sr. Osmar Rosseto, o Chiquinho, Vice-Prefeito de Nova Ubiratã, que é Presidente da Comissão PRÓ-BR-242, para fazer as suas considerações finais. Em seguida, passarei a palavra, ao Sr. Rui, que é o nosso convidado e, em seguida, o orador será o Mauro, o anfitrião desta Audiência Pública.

Pág. 41 - Secretaria de Serviços Legislativos ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO ATA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA PARA DISCUTIR A BR-242, REALIZADA EM BRASNORTE, NO DIA 10 DE AGOSTO DE 2007, ÀS 10:00 HORAS. Por questão regimental e como esta Audiência Pública foi convocada pelo Deputado Riva, por meio da Assembléia Legislativa do Estado de Mato Grosso, eu peço a paciência dos senhores para que possamos exercer o nosso princípio de brasilidade e cantar o Hino Nacional no encerramento. Com a palavra, o eminente Prefeito Osmar Rossetto (Chiquinho), de Nova Ubiratã. Ele vai ser Deputado e eu vou ser Prefeito. O SR. OSMAR ROSSETTO (CHIQUINHO) - Eu quero, primeiramente, pedir desculpa aqui ao Rui Barbosa. Eu, geralmente, cumprimento olhando e me esqueci de cumprimentá-lo e de agradecer a ele e ao Laércio, por estarem presentes. Foi na Audiência de Nova Ubiratã, foi em Sorriso, realmente entendeu a reivindicação dos municípios e está aí sendo um braço muito importante nosso nessa discussão, nessa luta. Eu quero dizer para vocês da importância que é uma estrada para o município. O Município de Nova Ubiratã é o 5º produtor de soja do Estado e somos o 45º mais ou menos em arrecadação de ICMS. Nós temos 400 a 450 mil hectares... Deputado Otaviano Pivetta, eu queria colocar esse dado, até porque você conhece bem a região. O Município de Nova Ubiratã é o 5º produtor de soja do Estado e o 45º em arrecadação de ICMS. Temos uns 450 mil hectares de área aberta e deve ter uns 240 a 250 mil hectares produzindo. Por que a importância da estrada? Essas áreas que não estão produzindo são daquelas pessoas que vieram, que você conhece bem, estão há 20 anos lá está aqui o Vereador Paulo Maier, que é uma delas, que é de um distrito - e realmente não estão conseguindo agregar valor à produção. Os armazéns estão se instalando nos municípios vizinhos. Nova Ubiratã não está conseguindo atrair empresas e investimentos em função da falta de logística. E eu vejo nessa região a mesma situação, tem riqueza, tem gado, tem minério, tem condições de expandir a agricultura. Nós viemos por dentro ontem aqui, passando por Brianorte, uma região muito bonita, uma região plana, uma região propícia para a produção de soja, que falta a estrada só. Nós podemos chegar a ser uma Sorriso, uma Sinop, uma Nova Mutum, uma Lucas do Rio Verde, que está na mesma estrada, que a produção nossa é igual ou maior até do que qualquer um desses município. Por que é que não desenvolve? Só pela questão das estradas e pela questão ambiental, de só produzir no que está aberto já e poder gerar, agregar valor e realmente termos condições de transportar o nosso produto, poder pegar um preço melhor, com estrada boa. Nós não precisamos talvez abrir muitas áreas, dá para darmos um fôlego e rediscutir com o pé no chão a questão ambiental. Está sendo um caminho totalmente perdido, um atira para um lado, um para o outro e, na verdade, não está havendo... Como o Deputado Riva disse, é necessário, urgentemente, metermos a mão na ferida e discutir as questões. Eu queria colocar isso também na questão, sobre se há uma proposta ou não. Há, sim, uma proposta do Governo do Estado de mudar o traçado. Eu vi isso nas mãos do Senador Jayme Campos, até mostrei na foto que eu coloquei. Essa proposta já está na Comissão de Infra- Estrutura do Senado. Lá na SINFRA tem esse mapa com essa alteração. Na Audiência Pública de Nova Ubiratã tinha um representante da SINFRA que não quis falar. Eu falei antes que tinha debaixo do braço um mapa para ser apresentado para o traçado alterado. Não há discussão. É essa preocupação e é por isso que nós estamos aqui discutindo. Não está havendo uma discussão pública.

Pág. 42 - Secretaria de Serviços Legislativos ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO ATA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA PARA DISCUTIR A BR-242, REALIZADA EM BRASNORTE, NO DIA 10 DE AGOSTO DE 2007, ÀS 10:00 HORAS. A proposta não é pública, a proposta é de gabinete. Então, essa é a nossa preocupação, o Estado está fazendo uma proposta de gabinete. Nós tememos justamente não vir aqui, seiscentos quilômetros, quatrocentos quilômetros, quinhentos quilômetros de chão, para falar bonito. Eu vim porque estou preocupado. Se não chamarmos a população e as lideranças para falarmos para o Governo do Estado que nós queremos discutir o problema de Mato Grosso, que estamos sofrendo aqui e que também temos direito de ter estrada, a maneira é essa, as audiências públicas. Então, existe, sim, uma proposta, não existe a discussão porque o Estado não comparece nas audiências públicas, não vem discutir. Por isso é importante essa discussão em Cuiabá, ir lá. Está aqui o Governo Federal através do Rui, discutindo, ouvindo, mas o Governo do Estado não vem. Então, existe, sim, uma proposta de gabinete. Nós queremos trazer essa discussão a público - à público! O Estado não tem o direito de discutir esse problema nosso a portas fechadas. É isso que nós não queremos. A única maneira que nós achamos de chiar é essa. Mas não adianta também ficar esperando que as coisas caiam do céu. Por isso a Audiência Pública de Cuiabá é muito importante, a presença de todos lá, porque não tem como o Governo do Estado não mandar um representante em Cuiabá. Lá ele vai ter que mandar alguém para ouvir as nossas idéias. Ele sabe, quando começamos a primeira Audiência Pública em Nova Ubiratã, e não deu atenção porque achava que o movimento não iria crescer. O movimento cresceu, mais municípios estão discutindo, com isso, é lógico, o Governo está preocupado. Vejo que vai se dar o encaminhamento. Eu só queria pedir, antes de encerrar, que nós estamos fazendo uma Ata e é importante que os prefeitos assinem, os presidentes de câmaras, ou representantes de câmaras que não tiver presidente, ou Vice-Presidente, ou Vereador, porque esse documento, esse encaminhamento, vamos anexar nos ofícios para serem encaminhados. Então, antes de saírem, fiquem aqui os prefeitos, os presidentes de câmaras, para termos uma discussão da logomarca do movimento, que tem que ser aprovado também pelos prefeitos. Era isso que eu queria pedir, todo mundo em Cuiabá no dia 23. O SR. PRESIDENTE (JOSÉ DOMINGOS FRAGA) – Obrigado. Quero passar a palavra ao Rui, mas antes de passar a palavra, eu quero fazer um agradecimento todo especial para você, especial, do fundo do coração, por sua dedicação, por sua vontade de atender o chamamento da Assembléia Legislativa do Estado de Mato Grosso, dos prefeitos, para discutir um assunto tão importante quanto este. Eu também tenho percebido no Rui a vontade dele de fazer os estudos técnicos, seja no seu traçado original... Todas as vezes que temos solicitado do Rui, o Rui tem sido favorável, ele e toda sua equipe técnica, no sentido de fazer com que realmente o traçado da BR-242 possa continuar o seu traçado original. Então, eu quero passar a palavra para você, para que você possa fazer suas colocações e, ao mesmo tempo, as suas considerações finais com relação a este evento. O SR. RUI BARBOSA – Agradeço mais uma vez a oportunidade. Eu quero dizer, Deputado José Domingos Fraga, que quando a Rede Globo divulga um IBOPE, que está ali representando cento e noventa milhões de habitantes, a Rede Globo ouve, o IBOPE ouve, dois mil habitantes, dois mil eleitores. Isso já dá a dimensão exata do que é o sentimento de cento e noventa milhões.

Pág. 43 - Secretaria de Serviços Legislativos ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO ATA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA PARA DISCUTIR A BR-242, REALIZADA EM BRASNORTE, NO DIA 10 DE AGOSTO DE 2007, ÀS 10:00 HORAS. Então, vamos ver a importância desta Audiência Pública aqui. Quando nós começamos a falar a primeira vez, era por volta, se o meu número não for exato é muito aproximado, das 10:14 horas. Estávamos aqui dentro em duzentos e vinte e sete pessoas, contando com o rapaz que estava escondido atrás do mapa, uma menininha que estava em pé e um picolezeiro ali fora - duzentos e vinte e sete pessoas. Logo as mocinhas que estavam uniformizadas para ir para escola foram embora, e nós ficamos em cento e noventa e quatro pessoas em média, todos atentos. Quando o Deputado Riva falou de uma voz feminina na tribuna, ela não estava sozinha, elas estavam em quarenta e três. Por volta do meio-dia algumas saíram, porque mulher tem muito mais afazer do que a gente, cuidar de marido e de filho, e acabaram saindo. Essas que foram embora perderam a oportunidade de sentir o efeito emagrecedor da Audiência Pública, porque a gente passa muita fome... (RISOS - PALMAS)... e agora estamos aqui ainda em grande número. Eu pedi a palavra para esclarecer ao Prefeito Chiquinho quanto a indagação dele de qual é esse decreto e a resposta do Ofício. Vamos dizer como é isso: as rodovias... Tem ainda aquela canetinha? Se tiver fica mais fácil. Olhem só: aonde tem traçado federal, como é o caso dessa amarelinha aqui, já tem traçado federal, que é o caso dessa vermelhinha aqui. Isso já faz parte do nosso mapa, só que não está federal. Então, essa absorve. Por que é que absorve? Atendendo o decreto, tem que ter os condicionantes do decreto, aqueles que eu falei. As que não estão, as que não têm traçado, que é o caso dessa beiradinha aqui, que é o caso de Sorriso até aqui e que é o caso daquela lá. Essas não estão no nosso traçado. Então, essas têm que ser federalizadas. E federalizar, aí não é um Decreto, aí é um Projeto de Lei, está certo? Esse Projeto de Lei, o Deputado Wellington Fagundes já fez isso aqui... A MT-100, aqui embaixo, passa por várias comissões. Aprova numa comissão, vai para outra, aprova na outra, vai para outra... Esse aqui já passou por umas cinco ou seis comissões e foi aprovado em todas. O Deputado Wellington Fagundes já encaminhou o Projeto de Lei daquela beiradinha ali, é um Projeto de Lei, dessa outra verdinha aqui, é outro Projeto de Lei. Dessa aqui de Sorriso até Juína, é outro Projeto de Lei e de uma beiradinha que está aqui, de Cáceres até Porto Morrinhos. Isso tudo ele já encaminhou o Projeto de Lei. Então, são duas coisas distintas: Uma quando não tem estrada federal naquele lugar, Projeto de Lei. Passa por uma série de comissões que acompanhamos em Brasília e pronto. A que tem traçado federaliza e federalizar é o Ministro com as condicionantes do Decreto. Pois bem, é claro que quando ponderamos as nossas sugestões, nós fazemos com base no que estamos ouvindo, no que estamos indo a campo, no que estamos entendendo que é o melhor para Mato Grosso. Entendemos que esse traçado proposto por nós pode ter alguma variação de ordem técnica, mas entendemos que é do interesse da grande maioria Nós não temos dúvida quanto a isso. A sugestão final que eu faço é que, andando pelos corredores de Brasília... Nós temos ido a Brasília freqüentemente, trabalhamos em Cuiabá, em todo o Estado de Mato Grosso e vamos muito a Brasília... A minha esposa tem ficado muito satisfeita com isso, porque ela fica livre de mim quase que o ano inteiro... (RISOS). Mas, lá nós escutamos uma coisa que achei que foi interessante. Não foi feito o PAC? O PAC não vai destravar o Brasil? O PAC não vai andar? O PAC não foi feito no comecinho? Não colocamos no PAC isso aqui? E pelo fato disso aqui estar no PAC abriu muitas portas, pelo fato de estar no PAC as coisas facilitaram. Por que, então, não começamos a fazer o que

Pág. 44 - Secretaria de Serviços Legislativos ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MATO GROSSO ATA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA PARA DISCUTIR A BR-242, REALIZADA EM BRASNORTE, NO DIA 10 DE AGOSTO DE 2007, ÀS 10:00 HORAS. eu ouvi por lá? Não estou inventando isso, não! É uma coisa chamada EXTRAPAC, ou seja, colocar mais segmentos de rodovia no PAC. Então, nós podemos ver como é que está funcionando isso, pedir para o Deputado Wellington Fagundes, que está lá dentro do Ministério o tempo inteiro e nós também, da Superintendência, e saber como é que faz para colocar no tal do EXTRAPAC isso aqui. E a hora do EXTRAPAC é bom, porque vejam os senhores, além de estar lá o Pagot - que nós já sabemos, não precisa falar mais nada, da competência, do otimismo e do poder de ação do Pagot - vai facilitar a nossa vida. Além disso, o Diretor de Planejamento, que vai ser sabatinado na próxima semana, é um ex-Deputado de Rondônia, o Dr. Miguel. Nós estivemos com ele, ontem, lá em Brasília! Fiquei também agradecido de conhecer uma pessoa que luta pelo Centro-oeste, conhece Mato Grosso, luta por isto aqui e tem todo o entusiasmo com mobilidades de transportes, com hidrovia, rodovia e ferrovia. Então, nós estamos num momento muito bom de encaminhar todas as reivindicações. Da nossa parte, estamos encerrando, o que nós fizemos foi isso: onde é absorção, nós estamos montando os processos bem ponderadamente e encaminhando para lá. Onde é federalização, nós estamos encaminhando o pedido de federalização e contando lá com o Parlamentar para fazer o projeto de lei. Era isso que eu queria dizer aos senhores. Muito obrigado pela paciência, mais uma vez (PALMAS). O SR. PRESIDENTE (JOSÉ DOMINGOS FRAGA) – Muito obrigado, Rui. Eu vou passar a palavra para o nosso anfitrião, Prefeito Mauro, para que ele faça suas considerações finais e, ao mesmo tempo, agradecer esta platéia seleta que até no adiantado da hora está aqui firme. Mas, nós temos um churrasco suculento para ela, não é Mauro? O SR. MAURO RUI HEISLER - Antes de passar a palavra para o Deputado José Domingos Fraga, Presidente desta Audiência Pública, para encerrar, quero agradecer mais uma vez a presença de todos vocês; os colegas prefeitos que estiveram aqui para dar uma força; a todos os Deputados presentes; aos Vereadores visitantes, aos nossos Vereadores aqui de Brasnorte, que sempre estão juntos conosco na luta e em todas as lutas. Obrigado, gente, de coração, a todos vocês e os convidamos para, em seguida, irmos lá ao Clube de Moro para um almoço. Muito obrigado, Sr. Presidente. (PALMAS). O SR. PRESIDENTE (JOSÉ DMINGOS FRAGA) - Agora, eu quero fazer os agradecimentos: Eu quero um agradecimento especial ao Prefeito Mauro, em seu nome quero agradecer a presença de todos os Prefeitos, vice-Prefeitos, todos os Vereadores, o Vereador Pedro Coelho, Presidente desta casa. Quero fazer um agradecimento todo especial ao Rui, ao Laércio, a todos que contribuíram para o sucesso deste evento. Quero fazer um agradecimento especial ao Deputado Riva. Quando ele abraçou essa causa da BR-242, eu falei: agora, sim, agora a bicha sai. Realmente, vai sair. Quero agradecer a ele. Em nome da Assembléia Legislativa, quero fazer um agradecimento todo especial aos Deputados que aqui se fizeram presentes, na pessoa do Deputado Otaviano Pivetta, que é

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Equipe Técnica: - Taquigrafia: - Aedil Lima Gonçalves; - Cristina Maria Costa e Silva; - Donata Maria da Silva Moreira; - Revisão: - Nilzalina Couto Marques; - Regina Célia Garcia; - Rosivânia Ribeiro Daleffe;

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