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Repdblica Federathra do Brasil

DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS

ANOII N0 38 QUINTA-FEIRA, 17 DE MARQO DE1994 BRASILIA-DE

CONGRESSO NACIONAL

Revisao da Constituigao Federal

SUMARIO

1 - ATA DA 18" SESSAO, EM 16 DE MARgO DE DEPUTADO PAULO PAIM - Retomada dos debates 1994 sobre os salaries dos trabalhadores. 1.1 -ABERTURA DEPUTADO CARLOS LUPI — Direito de resposta 1.2 - EXPEDIENTE usado pelo Govemador Leonel Brizola na Rede Globo de Te- 1.2.1 - Discursos do Expediente levisao. DEPUTADA MARIA LUIZA FONTENELE - Ato de DEPUTADO NILSON GIBSON - Autonomia do Judi- violencia praticado contra autoridade eclesiastica e contra Dom ciario. Coloca96es sobre a aprova9ao na Camara dos Deputa- Alolsio Lorscheider, em Fortaleza - CE. dos de reajuste de salarios para os parlamentares. DEPUTADO JAIR BOLSONARO - Criticas a posi9ao DEPUTADO CHICO VIGILANTE - Criticas a derru- do Senador Pedro Simon, em defesa do piano economico. Si- bada do veto, pela Camara dos Deputados, de aumento salarial tuagao dos salirios dos militares e dos civis, para os Ccogressistas. DEPUTADO LUIZ CARLOS HAULY - Revisao Cons- DEPUTADO PAULO DUARTE - Resultado de pesqui- titucional. sa realizada sobre o desempenho de Govemadores de Estados. 1.2.2 - Comunica^oes da Presidencia DEPUTADO MAURI SERGIO - Coloca9oes sobre a - Inexistencia de quorum para o prosseguimento da ses- redu9ao de Deputados por Estado, no processo revisional. sao. DEPUTADO VALDIR GANZER — Aumento de salario - Convoca9ao de sessao exlraordinaria do Congresso de parlamentares. Revisor, a realizar-se hoje, as 15 horas e 30 minutos. DEPUTADO MUNHOZ DA ROCHA - Considera96es 1.3 - ENCERRAMENTO sobre materia constante da Ordem do Dia da presente sessao, no concemente a cria9ao de Estados. 2 - ATA DA 19" SESSAO, EM 16 DE MARQC DE DEPUTADO APARICIO CARVALHO - Situa9ao da 1994 Policia Militar do Estado de Rondonia. DEPUTADO LEZIO SATHLER - Potencialidades eco- 2.1-ABERTURA nomicas do Estado do Espirito Santo, destacando a explora9ao 2.2-EXPEDIENTE das reservas de gas natural. Prolesto contra a elevada aliquota 2.2.1 - Discursos do Expediente do ICMS de 25% naquele Estado sobre o consumo do gas na- DEPUTADO FERNANDO CARRION - Estado preca- tural. rio em que se encontram as rodovias do Rio Grande do Sul, em DEPUTADO AMAURY MULLER - Criticas ao Piano face do escoamento da safra de graos daquele Estado. FHC-II, no aspecto ilusorio do combate a infla9ao. Indigna9ao 1802 Quinta-feira 17 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Mar^o de 1994

EXPEDIENTE Centro Gr^fico do Senado Federal MANOEL VILELA DE MAGALHAES DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL Diretor-Geral do Senado Federal ■ Impresso sob responsabilidade da Mesa do Senado Federal AGACIEL DA SILVA MALA I Diretor Executive 1 CARLOS HOMERO VIEIRA NINA ASSINATURAS Diretor Administrativo LUIZ CARLOS BASTOS 1 Semestral Cr$ 70.000,00 Diretor Industrial 1 FLORIAN AUGUSTO COUTINHO MADRUGA Diretor Adjunto Tiragem 1.200 exemplares 1

diante da falta de vontade politica das Lideran^as no Congresso O SR. PRESIDENTE - Solidariedade da Mesa aos estu- Nacional para a aprecia^ao da Medida Provisoria n" 434/94, de dantes agredidos pela PM-DF. implanta^ao da URV. DEPUTADO BETO MANSUR - Considera96es, no pa- DEPUTADO MENDONQA NETO - Criticas ao poli- pel de Relator, ao Projeto do Codigo Nacional de Transito, em ciamento ostensivo em frente ao Congresso Nacional. lramita9ao na Camara dos Deputados. Favoravel a descentrali- DEPUTADO ELISIO CURVO - Corte dos alravessado- za9ao do transito no Brasil e ao fim da impunidade no transito. res no conlrole dos pre^os. Contrario a libera9ao das importa- Cumprimentos ao Detran - SP pela decisao de cassar carteiras goes como mecanismo de controle de pre^os. de moloristas infratores. DEPUTADO VICTOR FACCIONI - Justificando re- DEPUTADO ELIAS MURAD - Considera96es sobre a querimento de sua auloria, de convoca^ao do Ministro da Sau- Resolu9ao n0 1.401/93 do Conselho Federal de Medicina, refe- de a Camara dos Deputados, para prestar informa^oes sobre a renle as empresas de seguro-saiide. Disto^oes nos pianos pri- deterioragao da estrutura hospitalar brasileira e o prejulzo da vados de seguro-saiide devido a falencia do sislema piiblico de politica de saude como um todo. saiide. DEPUTADO EDESIO FRIAS - Considera^oes sobre o DEPUTADO ERNESTO GRADELLA - Demincia con- livro Memorial de Reflexao, do professor Jorge A. Brennand. tra a Camara Municipal de Sao Jose dos Campos (SP), por dar DEPUTADO FRANCISCO DORNELLES - Favoravel inicio a processo irregular de impeachment da prefeita daquele ao voto distrital puro. Contrario a proposla do Relator Nelson mumcipio, do Partido dos Trabalhadores. Jobim que estabelece o voto distrital misto. DEPUTADO GERSON PERES - Posi9ao de S. Ex* 2.2.2 - Leitura de Projeto quanto as propostas de redu9ao das imunidades parlamentares e do sistema eleitoral, na pauta de hoje. Projeto de Resohi^ao n" 4/94 - RCF, que altera paragra- 0 DEPUTADO HAROLDO LIMA - Solidariedade da fos do art. 6° di Resolu9ao n 1, de 1993 - RCF. Bancada do PCdoB aos estudantes agredidos pela PM-DF, em 2.2.3 - Discursos do Expediente (continua^ao) manifesta9ao centra a continuidade da Revisao Constilucional e contra os cortes das verbas da educa9ao no Fundo Social de DEPUTADO RUBEN BENTO - Expectativa diante dos Emergencia. compromissos assumidos pelo Presidente Itamar Franco, em re- SENADOR CID SABOIA DE CARVALHO, como El- cente visita a Venezuela, referentes a constru9ao da BR-104 der - Regislro do drama vivido pela sociedade cearense no epi- (Rodovia Bogoti - Brasilia) e a compra de energia venezuelana sddio da rebeliao do Instituto Penal Paulo Sarasate. como solu9ao defmitiva do problema energelico de Roraima. Solidariedade aos estudantes agredidos pela PM-DF. DEPUTADA MARIA LAURA - Repudio it atua9ao da Policia Militar do DF na violencia usada centra manifesta9ao DEPUTADO SERGIO AROUCA, como Lider - Solida- de estudantes em frente ao Minisl6rio da Fazenda. riedade aos estudantes e aos refens da rebeliao do Instituto Pe- O SR. PRESIDENTE - Associa-se a Sr" Maria Laura no nal Paulo Sarasate, vitimas da violencia no Brasil. sentimento de repulsa a violencia empregada pela PM-DF cen- Preocupa9oes com a saiide no Brasil. tra estudantes. DEPUTADA SOCORRO GOMES - Criticas ao Minis- DEPUTADO VALTER PEREIRA - Considen^oes so- tro Fernando Henrique Cardoso pela permissao da violencia bre o Editorial do jomal Folha de S. Paulo edi9ao de hoje, do ocoirida em frente ao seu minislerio. Solidariedade aos estu- joraalista Gilberto Dimenstein, intitulado "Hebe esta certa?", dantes agredidos pela PM-DF. referenle a criticas contra o Congresso Nacicnal. DEPUTADO FLAVIO PALMIER DA VEIGA - Soli- DEPUTADA BENEDITA DA SILVA - Criticas ao ex- dariedade aos refens da rebeliao do Instituto Penal Paulo Sara- cesso de aparato policial quando da ocorrcncia de manifesta- sate (CE). Sugestoes ao Ministro da Justi9a para sanar o caos 96es pacificas de cunho politico e reivindicatdrio, em Brasilia. do sistema penilenciario brasileiro. Repudio a violencia empregada pela PM-DF centra os estu- DEPUTADO SARNEY FILHO, como Lider - Solida- dantes. riedade aos refens da rebeliao do Instituto Penal Paulo Sarasate Mar^o de 1994 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Quinia-feira 17 1803

(CE) e aos estudantes agredidos em Brasilia. Ressalta a agres- DEPUTAIX) PEDRO IRUJO - Necessidade de gerafao sao sofrida diariamcnte pelos parlamenlares alraves dos meios de empregos e consequente amplia9ao do mercado de trabalho. de comunica^ao. 2.3 - ORDEM DO DIA DEPUTADO PAULO DELGADO - Manifesta9ao con- - Propostas Revisionais e respectivas emendas, ofereci- traria ao fim dos monopolios estatais, por parte das Camaras das ao art. 47 da Constitui9ao Federal (delibera96es legislati- Legislativas do Estado de Minas Gerais. vas) - Parecer n0 22, de 1994-RCF. Rejeitada a Emenda DEPUTADO BENEDITO DOMINGOS - Considerafo- Aglulinativa, apos parecer de plenario, ficando prejudicadas to- es sobrc as declara^ocs da apresenladora de televisao, Sr* Hebe das as materias pertinentes. Ao Arquivo. Camargo, acerca da conduta dos parlamenlares. - Propostas Revisionais e respectivas emendas, ofereci- DEPUTADO JOAO PAULO - Dolariza^ao da eccmo- das ao art. 53 da Constitui9ao Federal (imunidade parlamenlar) miabrasileira. - Parecer n" 12, de 1994-RCF. Retirada da pauta, apos pare- DEPUTADO MAURO MIRANDA - Posifao favordvel cer de plenario favoravel a Emenda Aglulinativa n" 1, com su- ao processo de privatiza^ao. bemenda que oferece, apos usarem da palavra, no DEPUTADO GEDDEL VIEIRA LIMA - Manifesta?ao encaminhamento de sua vota9ao, os Srs. Jose Genolno, Miro contraria ao parecer do Deputado Nelson lobim, relator da Re- Teixeira, Aecio Neves e Roberto Magalhaes. visao Constitucional, que altera a legisla^ao pertinente aos ve- - Propostas Revisionais e respectivas emendas, ofereci- readorcs. das ao art. 45, da Constitui9ao Federal (sislema eleiloral) - Pa- DEPUTADO GEORGE TAKIMOTO - A questao da recer n0 21, de 1994-RCF. Aprecia9ao sobrestada. educafao no equacionamento dos problemas nacionais e deli- - Propostas Revisionais e respectivas emendas, ofereci- neamcnto da sociedade. das ao art. 55 da Conslitui9ao Federal (perda do mandate parla- DEPUTADO MAX ROSENMANN - Receio de relro- menlar) - Parecer n" 13, de 1994-RCF. Aprecia^io cesso economico em conseqiiencia da ado^ao da URV como sobrestada. mecanismo de controle inflacionario. - Propostas Revisionais e respectivas emendas, ofereci- DEPUTADO NEY LOPES - Parabenizando a adminis- das ao art. 18, § 3° da Constitui9ao Federal (cria9ao de Estados) traijao do Govemador Jose Agripino, do Rio Grande do Norte. - Parecer n0 9, de 1994 - RCF. Apreda9ao sobrestada. DEPU TADO NESTOR DUARTE - Criticas ao Gover- - Propostas Revisionais e respectivas emendas, ofereci- nador Antonio Carlos Magalhaes, por sua atua^ao suspeita a das ao art. 18, § 4°, da Constitui9ao Federal (cria9ao de Muni- frente do Ministcrio das Comunica^oes e no Govemo da Bahia. cipios) - Parecer n" 10, de 1994 - RCF. Aprecia9ao DEPUTADO MENDON^A NETO - Situa^ao precSria sobrestada. do Municlpio de Delmiro Gouveia, no alto scrtao alagoano. 2..4 - ENCERRAMENTO

Ata da 18a Sessao, em 16 de margo de 1994

4a Sesso Legislativa Ordinaria, da 49a Legislatura Presidencia dos Srs. Humberto Lucena e Adylson Motta.

AS 14 HORAS, ACHAM-SE PRESENTES OS SRS.CON- Amazonas . GRESSISTAS; Atila Lins - Bloco (PFL); Beth Azize - PDT; Carlos Roraima De'Carli - PPR; Euler Ribeiro - PMDB; Ezio Ferreira - Bloco Alcesle Almeida - Bloco (PTB); Avenir Rosa - PR, C6sar (PIT,); Gilberto Miranda - PMDB; Jose Dutra - PMDB; Pauder- Dias - PMDB; Francisco Rodrigues - Bloco (PTB); Joo Fagundes ney Avelino - PPR; Ricardo Moraes - PSB. - PMDB; Joo Fran9a - PP; Luciano Castro - PPR; Marcelo Luz - Rondonia PP; Marlucc Pinto - PTB; Ruben Benlo - Bloco (PFL). Amir Lando - PMDB; Antonio Morimoto - PPR; Aparicio Amapa Carvalho - Bloco (FTB); Carlos Camur9a - PP; Edison Fidelis - Aroldo Goes - PDT; Eraldo Trindade - PPR; Fitima Pe- (PSD); Mauricio Cahxto - Bloco (PFL); Odacir Scares - PFL; laes - Bloco (PFL); Gilvam Borges - PMDB; Henrique Almeida - Pascoal Novaes - PSD; Redilario Cassol - PSD; Ronaldo Arago - PFL; Murilo Pinheiro - Bloco (PFL); Valdenor Guedes - PP. PMDB. Para Acre Adelaide Neri - PMDB; Aluizio Bezerra - PMDB; Celia Alacid Nunes - Bloco (PFL); Almir Gabriel - PSDB; Cou- Mendes - PPR; Flaviano Melo - PMDB; Francisco Didgenes - tinho Jorge - PMDB; Domingos Juvenil - PMDB; Eliel Rodrigues PPR; Joo Maia - PP; Joo Tola - PPR; Mauri Sergio - PMDB; Na- - PMDB; Gerson Peres - PPR; Giovanni Queiroz - PDT; Henni- bor Junior - PMDB; Ronivon Santiago - PPR; Zila Bezerra - nio Calvinho - PMDB; Hilario Coimbra - Bloco (PTB); Jarbas PMDB. Passarinho - PPR; Mirio Chermont - PP; Mario Martins - PMDB; Nicias Ribeiro - PMDB; Osvaldo Melo - PPR; Paulo Ro- Tocantins cha - FT; Paulo Titan - PMDB; Socorro Gomes - PC do B; Valdir Carlos Patrocinio - PIT; Darci Coelho - Bloco (PIT); Der- Ganzer - FT. val de Paiva - PMDB; Edmundo Galdino - PSDB; Joo Rocha - 1804 Quinta-feira 17 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Mar^o de 1994 PFL; Merval Pimenta - PMDB; Moises Abro - PPR; Paulo Mouro cisco Rollemberg - PMN; Jose Teles - PPR; Messias Gois - Blo- -PPR. co (PFL); Pedro Valadares - PP. Maranho Bahia Alexandre Costa - PFL; Cesar Bandeira - Bloco (PFL); Cid Alcides Modesto - FT; ngelo Magalhes - Bloco (PFL); Carvalho - PMDB; Costa Ferreira - PP; Daniel Silva - PPR; Aroldo Cedraz - PRN; Benito Gama - Bloco (PFL); Beraldo Boa- Eduardo Matias - PP; Epitacio Cafeteira - PPR; Francisco Coelho ventura - PSDB; Clovis Assis - PSDB; Eraldo Tinoco - Bloco - Bloco (PFL); Haroldo Saboia - PT; Jayme Sanlana - PSDB; Joo (PFL); Felix Mendon?a - Bloco (PTB); Geddel Vieira Lima - Rodolfo - PPR; Jose Burnett - PRN; Jose Reinaldo - Bloco PMDB; Genebaldo Correia - PMDB; Haroldo Lima - PC do B; (PFL); Magno Bacelar - PDT; Nan Souza - PP; Neiva Moreira - Jabes Ribeiro - PSDB; Jairo Azi - PSD; Jaques Wagner - FT; Joo PDT; Pedro Novais - PSD; Samey Filho - Bloco (PFL)- Almeida - PMDB; Jonival Lucas - PSD; Jorge Khoury - Bloco Ceara (PFL); Josaphat Marinho - PFL; Jose Carlos Aleluia - Bloco Aecio de Borba - PPR; Antonio dos Santos - Bloco (PFL); (PFL); Jose Loureni^o - PPR; Julahy Junior - PSDB; Lxur L-oman- Ariosto Holanda - PSDB; Carlos Benevides - PMDB; Carlos Vir- to - Bloco (PFL); Luis FLduardo - Bloco (PFL); Laiiz Moreira - gilio - PPR; Cid Saboia de Carvalho - PMDB; Edson Silva - Bloco (FTB); Luiz Viana Neto - Bloco (PFL); Manoel Castro - PDT; Etevaldo Nogueira - Bloco (PFL); Jackson Pereira - PSDB; Bloco (PFL); Marcos Medrado - PP; Nestor Duarte - PMDB; Luiz Giro - PDT; Luiz Ponies - PSDB; Maria Luiza Fontenele - Prisco Viana - PPR; Ruy Bacelar - PMDB; Sergio Brito - PPR; PSTU; Mauro Benevides - PMDB; Mauro Sampaio - PSDB; Mo- Sergio Gaudenzi - PSDB; Tourinho Dantas - Bloco (PFL); Uldu- roni Torgan - PSDB; Orlando Bezerra - Bloco (PFL); Pinheiro rico Pinto - PSB; Waldir Pires - PSDB, Landim - PMDB; Reginald© Duarte - PSDB; Sergio Machado - Minas Gerais PSDB; Ubiratan Aguiar - PMDB; Vicente Fialho - Bloco (PFL). Aecio Neves - PSDB; Agostinho Valente - FT; Alfredo Piaui Campos - PMDB; Aracely de Paula - Bloco (PFL); Armando B. Sa - PP; Chagas Rodrigues - PSDB; Ciro Nogueira - Costa - PMDB; Avelino Costa - PPR; Camilo Machado - Bloco Bloco (PFL); Felipe Mendes - PPR; Hugo Napoleo - PFL; Jesus (PFL); Edmar Moreira - PP; Elias Murad - PSDB; Felipe Neri - Tajra - Bloco (PFL); Joo Henrique - PMDB; Jose Luiz Maia - PMDB; Fernando Diniz - PMDB; Genesio Bernardino - PMDB; PPR; L-ucidio Portella - PPR; Murilo Rezende - PMDB; Mussa Getulio Neiva - PL; Humberto Soulo - Bloco (PFL); Ibrahim Abi- Demes - Bloco (PFL); Paes Landim - (Bloco (PFL); Paulo Silva - Ackel - PPR; Irani Barbosa - PSD; Israel Pinheiro - Bloco (PRS); PSDB. Joo Paulo - PT; Jose Aldo - Bloco (PRS); Jose Belato - PMDB; Rio Grande do Norte Jose Geraldo - PMDB; Jose Ulisses de Oliveira - Bloco (FTB); Dario Pereira - PFL; Garibaldi Alves Filho - PMDB; Hen- Lael Varella - Bloco (PFL); L-eopoldo Bessone - Bloco (FTB); rique Eduardo Alves - PMDB; Ibere Ferreira - Bloco (PFL); Joo Marcos Lima - PMDB; Mario de Oliveira - PP; Mauricio Campos Faustino - PSDB; Laire Rosado - PMDB; Lavoisier Maia - PDT; - PL; Nilmario Miranda - PT; Odelmo I^eo - PP; Osmanio Pereira Marcos Formiga - PP; Ney Lopes - Bloco (PFL). - PSDB; Paulino Cicero de Vasconcelos - PSDB; Paulo Delgado - PT; Paulo Heslander - Bloco (FTB); Paulo Romano - Bloco Paraiba (PFL); Raul Belem - PP; Romel Anisio -'PP; Ronaldo Perim - Adauto Pereira - Bloco (PFL); Antonio Mariz - PMDB; PMDB; Ronan Tito - PMDB; Samir Tannus - PPR; Sandra Star- Efraim Morais - Bloco (PFL); Evaldo Gonijalves - Bloco (PFL); ling - FT; Saulo Coelho - PSDB; Sergio Fetrara - PMDB; Sergio Francisco Evangelista - PPR; Humberto Lucena - PMDB; Ivan Miranda - PC do B; Sergio Naya - PMDB; Tarcisio Delgado - Burily - Bloco (PFL); Ivandro Cunha Lima - PMDB; Jose Mara- PMDB; Tilden Santiago - FT; Vittorio Medioli - PSDB; Wagner nho - PMDB; Rivaldo Medeiros - Bloco (PFL); Vital do Rego - do Nascimenlo - PRN; Wilson Cunha - Bloco (PTB). PDT; Zuca Moreira - PMDB. Espirito Santo Pernambuco Armando Viola - PMDB; Etevalda Grassi de Menezes - Ivaro Ribeiro - PSB; Gilson Machado - Bloco (PFL); Gus- Bloco (FTB); Joo Calmon - PMDB; Jones Santos Neves - PL; J6- tavo Krause - Bloco (PFL); Inocencio Oliveira - Bloco (PFL); rio de Barros - PMDB; Ixzio Sathler - PSDB; Nilton Baiano - Jose Carlos Vasconcellos - PRN; Jose Jorge - Bloco (PFL); Jose PMDB; Rita Camala - PMDB; Roberto Valado - PMDB; Rose de Mendon^a Bezerra - Bloco (PFL); Jose Mucio Monteiro - Bloco Freitas - PSDB. (PFL); Lriiz Piauhylino - PSB; Mansueto de Lavor - PMDB; Ma- viael Cavalcanti - PRN; Miguel Arraes - PSB; Ney Maranho - Rio de Janeiro PRN; Nilson Gibson - PMDB; Pedro Correa - Bloco (PFL); Re- Aldir Cabral - Bloco (FTB); Alvaro Valle - PL; Amaral nildo Calheiros - PC do B; Roberto Franca - F'SB; Roberto Freire Netlo - PPR; Artur da Tavola - PSDB; Benedita da Silva - PT; - PPS; Roberto Magalhes - Bloco (PFL); Salatiel Carvalho - PP; Carlos Alberto Campista — PDT; Carlos Lupi - PDT; Carlos San- Sergio Guerra - PSB; Wilson Campos - S/P. tana - FT; Cidinha Campos - PDT; Edesio Farias - PDT; Eduardo Alagoas Mascarenhas - PSDB; Flavio Palmier da Veiga - PSDB; Francis- Antonio Holanda - Bloco (PSC); Augusto Farias - Bloco co Domelles - PPR; Francisco Silva - PP; Hydekel Freitas - PPR; (PSQ; Clelo Falco - PSD; Divaldo Suruagy - PMDB; Guilherme Jair Bolsonaro - PPR; Jandira Feghali - PC do B; Joo Mendes - Palmeira - PFL; Jose Thomaz Nond - PMDB; Roberto Torres - Bloco (FTB); Jose Carlos Coutinho - PDT; Jose Egydio - PPR; Bloco (FTB); Teotonio Vilela Filho - PSDB; Vitdrio Malta - Jose Vicente Brizola - PL; Junot Abi-Ramia - PDT; Laerte Bastos PPR. - PSDB; Laprovita Vieira - PMDB; Luiz Salomo - PDT; Marino Clinger - PDT; Miro Teixeira - PDT; Nelson Bomier - PL; Paulo Sergipe de Almeida - PSD; Paulo Ramos - ?DT; Regina Gordilho - PRO- Albano Franco - PSDB; Cleonancio Fonseca - PRN; Dje- NA; Roberto Campos - PPR; Rubem Medina Bloco (PFL); San- nal Gon^alves - PPR; Everaldo de Oliveira - Bloco (PFL); Fran- dra Cavalcanti - PPR; Sergio Arouca - PPS; Sergio Cury - PDT; Mar90 de 1994 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Quinla-feira 17 1805 Sidney de Miguel - PV; Vivaldo Barbosa - PDT; Vladimir Pal- PSDB; Luciano Pizzatto - Bloco (PFL); Luiz Carlos Hauly - PP; meira - PT. Matheus Jensen — PSD; Max Rosenmann - PDT; Moacir Miche- Sao Paulo letlo - PMDB; Munhoz da Rocha - PSDB; Otto Cunha - S/P; Paulo Bernardo - PT; Pedro Tonelli - PT; Pinga Fogo de Oliveira Alberto Goldman - PMDB; Alberto Haddad - PP; Aldo - S/P; Reinhold Slephanes - Bloco (PFL); Renato Johnsson - PP; Rebelo - PC do B; Aloizio Mercadante - PT; Armando Pinheiro - Sergio Spada - PP; Werner Wanderer - Bloco (PFL); Wilson Mo- PPR; Cardoso Alves - Bloco (PTB); Carlos Nelson - PMDB; reira - PSDB. Chafic Farhat - PPR; Cunha Bueno - PPR; Delfrm Netto - PPR; Diogo Nomura - PL; Eduardo Jorge - PT; Eduardo Suplicy - PT; Santa Catarina Ernesto Gradella - PSTU; Euclydes Mello - PRN; Fabio Feld- Angela Amin - PPR; Cesar Souza - Bloco (PFL); Dejandir mann - PSDB; Fabio Meireles -PPR; Fausto Rocha - PL; Flores- Dalpasquale - PMDB; Dercio Knop - PDT; Dirceu Cameiro - tan Femandes - PT; Gastone Righi - Bloco (PTB); Geraldo PSDB; Edson Andrino - PMDB; Esperidio Amin - PPR; Hugo Alckmin Filho - PSDB; Heitor Franco - PPR; Helio Bicudo - PT; Biehl - PPR; Jarvis Gaidzinski - PPR; Luci Choinacki - PT; Luiz Irma Passoni - PT; Joo Mello Neto - PL; Jorge Tadeu Mudalen - Henrique - PMDB; Nelson Morro - Bloco (PFL); Neuto de Conto PMDB; Jos6 Abro - PSDB; Jose Anlbal - PSDB; Jose Cicote - - PMDB; Orlando Pacheco - Bloco (PFL); Paulo Duarte - PPR; PT; Jose Dirceu - PT; Jos6 Genolno - PT; Jose Serra - PSDB; Ruberval Pilotlo - PPR. Iha - PSDB; Liberate Caboclo - PDT; Luiz Gushiken - PT; Rio Grande do Sul Luiz Miximo - PSDB; Maluly Netto - Bloco (PFL); Marcelino Ado Pretto - FT; Adroaldo Streck - PSDB; Adylson Motta Romano Machado - PPR; Marcelo Barbieri - PMDB; Mirio Co- - PPR; Aldo Pinto - PDT; Amaury Muller - PDT; Antonio Britto vas - PSDB; Maurici Mariano - PMDB; Mauricio Najar - Bloco - PMDB; Amo Magarinos - PPR; Carlos Cardinal - PDT; Carrion (PFL); Mendes Botelho - Bloco (PTB); Nelson Marquezelli - Junior - PDT; Eden Pedroso - PT; Fernando Carrion - PPR; Fet- Bloco (PTB); Osvaldo Stecca - PMDB; Paulo Lima - Bloco ter Junior - PPR; Germane Rigolto - PMDB; Ivo Mainardi - (PFL); Paulo Novaes - PMDB; Pedro Pavo - PPR; Roberto Rol- PMDB; Joo de Deus Antunes - PPR; Jose Foga^a - PMDB; Jose lemberg - PMDB; Robson Tuma - PL; Tadashi Kuriki - PPR; Fortunati - FT; Fans Roberto Ponte - PMDB; Mendes Ribeiro Tuga Angerami - PSDB; Vado Gomes - PP; Valdemar Costa PMDB; Nelson Jobim - PMDB; Nelson Proen9a - PMDB; Odacir Neto - PL; Wagner Rossi - PMDB; Walter Nory - PMDB. Klein - PMDB; Osvaldo Bender - PPR; Paulo Paim - FT; Pedro Mato Grosso Simon - PMDB; Telmo Kirst - PPR; Valdomiro Lima - PDT; Augustinho Freitas - PP; Joo Teixeira - PL; Jonas Pinheiro Victor Faccioni - PPR; Waldomiro Fioravante - FT; Wilson Mul- - Bloco (PFL); Jose Augusto Curvo - PMDB; Louremberg N. Ro- ler-PDT. cha - PPR; Marcio I^cerda - PMDB; Oscar Travassos - PL; Ri- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - As listas de cardo Correa - PL; Rodrigues Palma - Bloco (PTB); Wellington presen9a acusam o comparecimento de 492 Srs. Congressistas. Fagundes - PL. Havendo numero regimental, declaro aberta a sessao. Distrito Federal Concede a palavra a nobre Congressista Maria lAiiza Fonte- Augusto Carvalho - PPS; Benedito Domingos - PP; Chico nele. Vigilante - PT; Joo Brochado - PP; Maria Laura - PT; Meira Fi- A SRA. MARIA LUIZA FONTENELE (PSTU - CE. lho - PP; Osdrio Adriano - Bloco (PFL); Paulo Octivio - PRN; F'ronuncia o seguinte discurso. Sem revisao da oradora.) - Sr. Pre- Pedro Teixeira - PP; Sigmaringa Seixas - PSDB; Valmir Campelo sidente, Srs. Congressistas, ontem, a comunidade cearense e mui- -PTB. tos brasileiros vivenciaram um momento de angustia, quando, em visita ao Institute Penal Paulo Sarasate, Dom Aloisio Lorscheider, Goias outros bispos e setores ligados a luta pelos direitos humanos foram Antonio Faleiros - PSDB; Delio Braz - Bloco (PFL); Hal- tornados como refens de alguns presos em desespero. ley Margon - PMDB; Iram Saraiva - PMDB; Irapuan Costa Ju- O motivo da visita. Sr. Prcsidente, como ja foi inclusive nior - PP; Joo Natal - PMDB; Ldzaro Barbosa - PMDB; Lucia aqui colocado, foi a denuncia da superlota9ao no presidio, dos Vania - PP; Luis Soyer - PMDB; Maria Valado — PPR; Mauro maus-tratos e violencia de que tem sido alvo os presos no Cear4. Borges - PP; Mauro Miranda — PMDB; Paulo Mandarino — PPR; Esta nao foi a primeira vez que tivemos noticias dessas de- Pedro Abro - Bloco (PTB); Roberto Balestra - PPR; Ronaldo nuncias. Inclusive eu mesma, juntamente com companheiras da Caiado - Bloco (PFL); Virmondes Cruvinel - PMDB; Ze Gomes Uniao das Mulheres Cearenses, companheira Vereadora Rosa da Rocha - PRN. Fonseca, Consuelo Lins e outras, tivemos oportunidade de visitar Mato Grosso do Sul o presidio femmino, quando uma presa, em estado de loucura, pe- gou a crian9a de uma outra e jogou no chao. Elisio Curvo - PRN; Flivio Derzi - PP; George Taldmoto - Bloco (PFL); Jos6 Elias - Bloco (PTB); Levy Dias - PPR; Marilu Aliis, o que vivemos. Sr. Presidenle, o que assistimos sao Guimares - Bloco (PFL); Nelson Trad - Bloco (PTB); Rachid Sal- denuncias permanenles, nao s6 no Ccara como em outras paries do danha Derzi - PRN; Valter Pereira - PMDB; Waldir Guerra - Brasil. Bloco (PFL); Wilson Marlins - PMDB. O massacre do Carandiru apenas significou o fato mais alar- mante dessa realidade dramatica que denuncia a crise no Pais: a Parana superpopula9ao, a ausencia de ocupa9oes que dignifiquem a pes- Affonso Camargo - PPR; Antonio Barbara - PMDB; Anto- soa humana, a promiscuidade, as condi9oes desumanas, os maus- nio Ueno - Bloco (PFL); Basilio Villani - PPR; Carlos Roberto tratos, a violencia e a morosidade no tratamento dos cases. Massa - PTB; Carlos Scarpelini - PP; Delcino Tavares - PP; Deni Hi, inclusive, presos de alta periculosidade junto de alguns Schwartz - PSDB; Eddsio Passes - PT; Edi Siliprandi - PSD; Elio que nem sequer tem processo tipificando o crime, e portanto pre- Dalla-Vecchia - PDT; Ervin Bonkoski - Bloco (PTB); Flivio sume-se ale que alguns inocenles estejam naqueles presidios. Ams - PSDB; IvSnio Guerra - Bloco (PFL); Joni Varisco - E o que assistimos no video, realmente, foi estarrecedor PMDB; Jose Eduardo - PTB; Jose Felinto - PP; Jose Richa - para qualquer outra pessoa, ainda mais em se tratando de Dom 1806 Quinta-feira 17 DIARIO DOS TRABALHOS RRVISIONAIS Mar^o de 1994 Aloisio Lorscheider, conhecido pela sua bondade, pela forma ma- Presidencia, tera que ser levantada a sessao. E a solicita^ao que ravilhosa no trato da pessoa humana, pelo esplrito democralico fago, pedindo a compreensao dos Srs. Parlamenlares para que que tern revelado, inclusive como um bom negociador, e pela soli- aguardemos alguns minulos. dariedade humana que irradia em cada um dos seus alos. E um Ja sei que irao levantar a sessao. por falta de ntimero. Mas verdadeiro pastor que tem estado junto aos que lutam por habita- fai^o esse apelo, uma vez que rccera terminou a sessao do Congres- 9ao, aos que lutam por terra, aos que lutam em defesa dos direitos so Nacional. Se denlro de alguns minutos nao se verificar quo- humanos, e agora, inclusive, esta tentando uma negocia^ao para os rum, encerro a sessao e convoco uma outra, extraordinaria. professores em greve. O SR. PAULO RAMOS - Sr. Presidentcs, pc^o a palavra Situa^oes como essa que vimos alraves do video, vivencia- pela ordem. das pelos que defendem os interesses humanos, se, por um lado, O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Tem V. Ex' a pa- moslram quern sao os covardes, por outro, enaltecem as pessoas lavra. heroicas. Assim caracterizamos o ato de Dom Aloisio e tantos ou- O SR. PAULO RAMOS (PDT - RJ. Sem revisao do ora- tros. dor.) - Sr. Presidente, gostaria apenas de esclarecer que a pre sen 9 a Dom Aloisio, amargurado pela fraqueza do seu coraqao, de 59 Parlamenlares exigida pelo Regimenlo nao se refere a pre- que tenta a todo momento aquebrantar aquele gigante, nao perdeu, senfa regislrada no painel, mas a prescn^a no plenario. em nenhum momento. a serenidade e a generosidade de quera sabe Constalando-se o registro de 46 present as no painel - que o valor de vidas humanas. indo ate o fim na resistencia e no pro- nem se constitui no quorum necessario -, tambem nao havendo cesso de negocia^ao, para que nao houvesse mais violencias e cri- no plenario o mimero necessario e ale considerando o encerramcn- mes. to da sessao anterior, sugiro a V. Ex' que suspenda esta sessao. O seu gesto heroico e denunciador do estado de calamidade Isso para que aqueles Parlamenlares que participaram da sessao em que se encontram os presidios, no caso, o Institute Penal Paulo anterior, do Congresso Nacional, que terminou tarde, possam re- Sarasate. tomar para participarem desles trabalhos. Eu gostaria de dizer. Sr. Presidente, que estranhamos, no Esta e a solicita^ao que fa^o a V. Ex', em homenagem tam- primeiro momento, de tanta anguslia, que o Govemador Giro Go- bem ao proprio Regimento, que havera de ser acolhido e observa- mes tivesse colocado que nao negociaria, caso os refens nao fos- do - e e o que V. Ex' tem feilo. sem libertos. O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - A Presidencia Talvez aqueles que foram ao presidio assim o fizeram por- vai aguardar ale as 14h30min e se nao houver, no plenario, o mi- que o Govemador, ao anunciar a sua presta^ao de contas de tres mero exigido, a sessao sera levantada e convocada outra. Nomial- anos, informara a colelividade que a situa^ao do presidio era boa e mente, a Presidencia concede o prazo de 30 minutos de tolerancia tudo eslava sob controle. Dianle dos falos, porlanto, evidenciamos para que se complete o quorum. » ser uma balela a declaraf ao de S. Ex' Concede a palavra ao pr6ximo orador inscrito. o nobre Desde ontem estive em contato direto, seja com o Govema- Congressista Jair Bolsonaro. dor do Estado, com a Arquidiocese, com os raovimentos populares O SR. JAIR BOLSONARO (PPR - RJ. Pronuncia o se- do Ceara. Agora, levanto a minha voz para exigir. Sr. Presidente - guinle discurso. Sem revisao do orador.) - Sr. Presidente, Sra8 e e gostaria do empenho de V. Ex', como homem que tern agido Srs. Congressistas, sempre com muita retidao nesta Casa —, que a Mesa da Camara, Primeiro, desejo agradecer a V. Ex' por sua alemjao no que junlamente com a do Senado, determinem a inslala^ao imediata da diz respeilo a minha questao de ordem sobre o pronunciamento CPI destinada a apurar crimes e irregularidadcs no sistema peni- que fiz ontem, em sessao da Camara dos Deputados, e que nao foi tenciario. Essa CPI ja tern ntimero legal e foi inclusive uma inicia- divulgado pelo programa A "Voz do Brasil". Gostaria de lembrar liva nossa, aqui na Camara, e do Senador Esperidao Amin, no que se trata da terceira vez que isso ocorre, neste mes. Quando isso Senado. Dai a exigencia para que a mesma seja instalada de ime- aconteceu pela primeira vez, o problema foi solucionado; em rela- diato, a fim de que esta Casa de a sua ccntribuii;ao em rela^ao a 980 a segunda vez, ainda estou aguardando solu9ao, e espero que. esse processo. pelo menos, essa imprensa, "A Voz do Brasil", continue sendo im- Informo ainda que, segundo dados de O Estado de S. Pau- parcial. lo, em dois anos, cinco rebelioes tiveram refens. Porlanto, o acon- Sr. Presidente, tenho visto alguns Parlamenlares defenden- tecimento de ontera nao e um fato isolado e esta a exigir de nos do esse Piano, objeto da Medida Provisoria n0 434 - em especial, o um esfonjo para minimizar ou resolver, de uma vez por todas, essa Senador Pedro Simon, que o faz de forma intransigente, entenden- situa^ao. do inclusive que os servidores nao eslao tendo perdas salariais. Era o que tinha a dizer. Sr. Presidente. Tenho, aqui, em maos, um cademinho, de 80 paginas, de Durante o discurso da Sr" Maria Luiza Fontene- capa colorida e plastificada. e gostaria que o citado Senador nos le, o Sr. Humherto Lucena, Presidente, deixa a cadeira mostrasse e provasse que o dinheiro utilizado na sua confec9ao da presidencia, que e ocupada pelo Sr. Adylson Motta, saiu do seu proprio bolso. Trata-se de uma coletanea de propostas 1" Vice-Presidente. a Revisao Constitucional, que nao vou ler, porque existem os gibis do Tio Patinhas, mais importantes. O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - A Presidencia to- Gostaria, entao, que S. Ex' provasse que essa coletanea foi mara todo interesse no assunto levantado pela ilustre Congressista impressa com seus proprios recursos. Porque entendo que ela te- Maria Luiza Fontenele. nha sido feita na grafica do Senado. Entendo, nao estou afirmando A Presidencia quer alertar aos Srs. Parlamenlares que tera ainda. E grafica do Senado e dinheiro do povo, do trabalhador, do de haver uma freqtiencia de 59 Congressistas no plenario para ter servidor, que esta sofrendo um achatamento salarial. contiuuidade a sessao. , Entao, para que o Senador Pedro Simon tenha moral para Faijo um apelo aos Srs. Parlamenlares para que permane- conlinuar afirmando que o servidor nao tera perdas, deve compare- ^am no plenario, porque se constatada a falta de quorum, median- cer k sessao do Congresso e dizer que isso foi pago pelo seu pr6- te manifestaijao de algum Parlamentar, ou de oficio, pela prio bblso. Mar^o de 1994 DIARIO DOS TRABALHOS RliVlSIONAIS Quinta-feira 17 1807 Caso conlrario, o nlvel do meu proximo pronunciamento para que, assim, houvesse a continuidade dos trabalhos daquela sera um pouquinho mais pcsado. no tocante ao nobre Senador Pe- Comissao. dro Simon, que continua abra^ado a cinlura do Presidenle da Re- Na verdade. o que vi. ate agora, nesta Comissao foi uma piiblica. grande palha^ada. Sr. I'residente, acabamos de votar. na sessao do Congresso Era o que tinha a dizer. (Muito bem!) Nacional, a derrubada do veto ao Projeto de Ixi de Conversao n0 O SR. FRESIDENTE (Adylson Motta) - A Presidencia 3, deste ano. Logicamente. o mesmo ainda nao foi aprovado no faz um apelo aos Srs. Parlamentares para que venham a plenario Scnado, Mas os sens grandes bcneficiados nao scrao os Depulados porque ja anunciou que as 14h30min, se nao houver a prese^a de e Scnadorcs, mas os funcionarios de estatais, que estavam limita- 59 parlamentares, sera levantada a sessao. dos pela mcdida provisoria anterior, que fixava em 90% o seu lelo Concede a palavra ao proximo orador Luiz Carlos Hauly cm rela^ao ao Minislro de listado. O SR. LUIZ CARLOS HAULY (PP - PR. Pronuncia o Hntcndo ser justa a isonomia, mas os grandes beneficiarios seguinle discurso. Sem revisao do orador.) - Sr. Presidenle. Srs serao os funcionarios de estatais, que, em sua maioria, formam Congressistas, continuamos preocupados com os lemas mais im- uma ilha de privilegios ncste Pats. portanles da Revisao Constitucional que ainda nao foram coloca- Espero, tambem, com essa vota^ao, caso seja ratificada no dos a discusao deste plenario mas, por cerlo, o serao brevemente, e Senado, que os Parlamentares lembrem que tambem os servidorcs que, a meu ver, sao fundamenlais para o Pals. publicos civis e militarcs da Uniao tivcram a infla^ao dc Janeiro c Comcijo a analisar a questao de o futuro Presidenle da Re- fevereiro absorvida nesse Piano e que se recupcrc. pelo mcnos. a piiblica assumir o Govemo no comedo do ano que vem se nao infla^ao de Janeiro para esses servidores. houver as reformas eslruturais que estamos tenlando discutir, votar Falando em numeros. Sr. Presidenle, nao irei mais falar em e fazer neste Congresso Nacional Revisor. URV, em dolar, ou cruzeiro, mas numa nova mocda que agora vou Nao havendo a Revisao Constitucional, como alguns que- instiluir no soldo dos militares, a bisnaga. Na semana passada, na rem dentro deste Congresso, o futuro Presidenle da Republica per- sessao da Camara, falci que um coronel equivalc a cinco tiquetes dera. no mlnimo, um ano do seu Govemo tentando come^ar aquilo alimenta^ao. Inclusive, um coronel assessor parlamentar dcve se que ja estamos fazendo agora, que e a Revisao da Conslituigao dar por muilo satisfeito, porque ele pode, com o cquivalcnte a cin- brasileira. co tiquetes, alimentar a sua familia toda, nao ira passar forme. E claro, o Govemo Itamar Franco eslabeleceu o seu Progra- Agora, e a questao da bisnaga, ma Macrocconomico de Estabiliza^ao Economica, e entre os pres- supostos da viabilidade deste piano, para que ele tenha O nobre Congrcssista Gcrmano Rigotlo muito bcm trouxe durabilidade e vida longa, e necessario que se fa9am as reformas aqui parle de uma conversa que S. Ex' tcvc com o nosso dignlssi- estruturais, notadamente a reforma do sistema tributario, do siste- mo Ministro da Marinha, Ivan da Silveira Serpa, que rcclamou ma previdenciario, a flexibiliza9ao dos monopolies estatais, per- para o Dcputado Gcrmano Rigotto a questao do material da Mari- mitindo-se que a regra nao seja inflexlvel, como o e hoje. em que nha. E muito justo, realmente e uma sucata so. E falou tambem, no o poder concemente a Uniao nao pode dispor sequer da possibili- finalzinho da conversa, que aproximadamente mil marinheiros es- dade de fazer uma licita9ao para a abertura de novas areas para tavam morando em favelas. O Minislro esla equivocado, porque, prospec9ao que nao seja exclusiva da Petrobras, abertura de licita- na vcrdade, sao milhares dc marinheiros, inclusive sargcntos. Mas 9ao para explora9ao do servi9o de telefonia, porque o monopolio tcmos que rclacionar aqui a posi^ao do Ministro, do Dcputado da exclusividade ao Sistema Telebras. Germano Rigotto e a verdade, a realidade. Porque um marinheiro Essas materias jamais poderiam estar inseridas na Constitui- profissional, inclusive aquele que e anflbio, tinha o seu poder l iui- 9ao. E uma camisa-de-for9a que impede o crescimento e o desen- sitivo em Janeiro deste ano cquivalcnte a 500 bisnagas. a 500 paes volvimento economico do Pals. de 200 gramas. E com o projeto do Senhor Itamar Franco, do Ora, vivemos numa epoca de intemacionaIiza9ao da econo- FHC, o seu poder aquisitivo baixou para 270 bisnagas. Nao adian- mia. O mundo se interliga. Lembro-me bem de uma discussao ta o nobre Congrcssista Germano Rigotto mostrar-se preocupado, ocorrida aqui nesta Casa, ha pouco mais de um ano, sobre a reser- quase a chorar ao microfone, mandar bcijos para o Ministro da va de mercado de informatica, que lanlos e danosos prejulzos trou- Marinha. Ele dcve tomar providcncias no scntido de que o poder xe ao nosso Pals. Quantos anos de reserva de mercado de aquisitivo do marinheiro nao pcrmane^a no nlvel que esta. Cofn- informatica, que prejudicou e atrasou o Pals tecnologicamente, e, preendo que chcgar a propor^ao de 500 bisnagas seja um absurdo entretanto, nao se conseguiu conter o conlrabando de equipamen- porque, como ele mora em favela, o seu filho poderia ser scques- tos, partes e pe9as que, felizmente, vieram para o Brasil e possibi- trado, tendo em vista o olho grande dos outros favelados paisanos litaram que nao nos atrasassemos mais ainda do ponto de vista que moram , e. como rcsgate, podcriam Ihe exigir 200 ou 300 tecnologico. Os computadores anteriores a quebra da reserva de bisnagas. Portanto, cstariamos criando um problema social nesta mercado de informatica eram vendidos a pre9os ties vezes maiores favela. do que os intemacionais e tinham uma qualidade muito inferior. Eu gostaria que o marinheiro profissional livesse o seu po- der aquisitivo nao a esta irrisoria iniporlancia, cquivalcnte a 270 Fa90 a mesma analogia com rela9ao a questao dos monopo- bisnagas, mas proximo a 500 bisnagas. Espero que o discurso do lios. A situa9ao brasileira tern tudo para dar certo, desde que fa9a- Congrcssista Gcrmano Rigotto seja coerentc e com base no que S. mos, de forma adequada, as reformas estruturais. O piano Ex" ouviu do Ministro da Marinha. macroeconomico, no meu ponto de vista, esta bem concebido, par- tindo do pressuposto de um ajuste fiscal, neste ano, visando nao Sr. Presidenle, no tocante ao Congrcssista Relator da Medi- gaslar mais do que se arrecadar, possibilitando, com a introdu9ao, da Provisbria n0 434, Gonzaga Mota, quero esclarecer quo nao dentro de um ou dois meses, da nova moeda para que tenhamos desconfio dele, acredilo que o seu pai realmente deva eslar enfer- uma infla9ao proxima de zero. mo. Apcnas penso que o Elder dc seu partido poderia ler ficado Se fizermos as reformas estruturais, uma ampla e profunda responsavel pela aprcsenta9ao do seu relalorio a Comissao e o no- reforma tributaria, se diminuirmos o numero de impostos e a carga bre Senador Odacir Soarcs poderia te-lo nomcado relator ad hoc tributaria, podereraos diminuir o pre90 dos produtos aos consumi- 1808 Quinta-feira 17 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Marifo de 1994 dores brasileiros, o pre^o dos alimentos no Brasil, sem diminuir a Pals de terras tao ferleis, de um povo tao generoso. O nosso Brasil receita, porque ela e hoje metade daquilo que tem de carga tributa- tem tudo para dar certo. ria potencial lan^ada nos pre90s dos produlos e serviijos na econo- Era o que tinha a dizer. Sr. Presidente. (Muito bem! Pal- mia brasileira. mas.) Lulo e trabalho, intcnsamente, pela Revisao e, pessoalmen- COMPARECEM OS SRS. CONGRESSISTAS: le, apoio o piano macroeconomico, ecreditando enlregar este Bra- Amapa sil um pouco melhor, mais estruturado, para o future Presidente da Jonas Pinheiro - PTB Republica do Brasil. Que Sua Excelencia assuma em melhores condii^oes para poder bem administrar este Pals e come^ar um tra- Amazonas balho de desenvolvimento, de geraijao de emprego, uma era de Aureo Mello - PRN prosperidade que redima o Pals, que diminua em um prazo de um Paralba Govemo esse Indice negativo que temos de 32 milhoes de misera- Raimundo Lira - PEL veis, 40 milhoes de pobres. Pernambuco Acredito que sc estabelecermos todas as bases para que o Brasil volte a crescer, a prosperar em base mais solida, mais justa Marco Maciel - PEL - por isso que a Revisao da Cons'ituifao e fundamental havera Sergipe justi9a para todos os 150 milhoes de brasileiros, igualdade e nao Benedito de Figueiredo - PDT privilegios para uma minoria, como ocorre hoje. Jeronimo Reis - BIoco (PTB) Quero que o trabalhador rural, a dona-de-casa o boia-fria, o Minas Gcrais subempregado, todas essas pessoas tenham o seu contrato de tra- balho, a sua carteira de trabalho, os seus encargos sociais, os seus Jiinia Marise - PDT direitos consagrados e, lambem, uma justa aposentadoria que Ihes Rio de Janeiro garanta o suslento na velhice. Nelson Cameiro - PP Temos tudo por fazer. Sr. Presidente e Srs. Congressistas. O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - A Presidencia, Essa quqstao esta em nossas maos. Aqui se estabelecem discus- conforme havia alertado, vai encerrar a prcsente sessao, em virtude soes ideologicas Lnfindaveis entre os que sao centra com os que da evidente falta de quorum e convoca sessao exlraordinaria do sao a favor mas, na verdade, temos que ser muito bem pragmiti- Congresso Revisor 4s 15h30min, a fun de dar tempo para que os cos. O Brasil precisa de mudan9as. O modelo economico se esgo- Srs. Parlamentares voltem do almo9o, uma vez que tcrminou as lou ha doze, qualorze anos. E em cima desse esgotamento todos os 14h a sessao do Congresso Nacional. problemassociais se acentuam, se avolumam e se consagram nesle Esta encerrada a presente sessao. (Levanta-se a sessao as 14horas e 28 minutos.)

Ata da 19a Sessao, em 16 de mar^o de 1994

4a Sessao Legislativa Ordinaria, da 49a Legislatura

- EXTRAORDINARIA - Presidencia dos Srs. Humberto Lucena, Adylson Motta e Aecio Neves

AS 15 NORAS E 30 MINUTOS. ACHAM-SE I'RESENTES Paulo Titan - PMDB; Socorro Gomes - PCdoB; OS SRS..CONGRESSISTAS: Valdir Ganzer - PT. Roraima Amazonas Atila Lins - Bloco (PFL); Aureo Mello - PRN; Beth Azize Alceste Almeida - * Bloco (PTB); Avenir Rosa - PP; Ce- - PDT; Carlos De'Carli - PPR; Euler Ribeiro - PMDB; Ezio Fer- sar Dias - PMDB; Francisco Rodrigues - Bloco (PTB); Joao Fa- reira - Bloco (PFL); Gilberto Miranda - PMDB; Joao Thome - gundes - PMDB Joao Fran9a - PP; Luciano Castro - PPR; PMDB; Jose Dulra - PMDB; Paudemey Avelino - PPR; Ricardo Marcelo Luz - PP; Marluce Pinto - PTB; Ruben Bento - Bloco Moraes - PSB (PEL). Rondonia Amapa Amir Lando - PMDB; Anldnio Morimoto - PPR; Aparicio Aroldo G6es - PDT; Eraldo Trindade - PPR;Fatima Pelaes Carvalho - Bloco (PTB); Carlos Camur9a - PP; Edison Fidelis - - Bloco (PFL);Gilvam Borges - PMDB; Henrique Almeida - (PSD); Mauricio Calixto - Bloco (PFL); Odacir Soares - PFL; PFL; Jonas Pinheiro - PTB; Murilo Pinheiro - Bloco (PFL); Val- Pascoal Novaes - PSD; RedilArio Cassol - PSD; Ronaldo Aragao denor Guedes - PP. -PMDB. Para Alacid Nunes - Bloco (PFL); Almir Gabriel - PSDB; Cou- tinho Jorge - PMDB; Domingos Juvenil - PMDB; Eliel Rodrigues Acre - PMDB; Gerson Peres - PPR; Giovanni Queiroz - PDT; Herml- Adelaide Neri - PMDB; Alulzio Bezerra - PMDB; Celia nio Calvinho - PMDB; Hilario Coimbra — Bloco (PTB); Jarbas Mendes - PPR; Flaviano Melo - PMDB; Francisco Dirigenes - Passarinho - PPR; Mario Chermonl - PP; MArio Martins - PPR; Joao Maia - PP; Joao Tota - PPR; Mauri Sergio - PMDB; PMDB; Nicias Ribeiro - PMDB; Osvaldo Melo - PPR; Paulo Ro- Nabor Junior - PMDB; Ronivon Santiago - PPR; Zila Bezerra - cha-PT; PMDB. Marfodc 1994 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONA1S Quinta-feira 17 1809 Tocantins PMDB: Roberto Torres - Bloco (PTB); Teotonio Vilela Filho - Carlos Patroclnio - PI-L; Darci Coelho - Bloco (PFL); PSDB; Vitorio Malta - PPR. Derval dc Paiva - PMDB; lidmimdo Galdino - PSDB; Joao Rocha Sergipe - PFL; Merval Pimenta - PMDB; Moises Abrao - PPR; Paulo Albano Franco - PSDB; Benedito de Figueiredo - PDT; Mourao - PPR. Cleonancio Fonseca - PRN; Djenal Gon^alves - PPR; Everaldo Maranhao de Oliveira - Bloco (PFL); Francisco Rollemberg - PMN; Jeroni- Alexandre Costa - PFL; Cesar Bandeira - Bloco (PFL) Cid mo Reis - Bloco (PTB); Jose Teles - PPR; Messias Gois - Bloco Carvalho - PMDB; Costa Fcrrcira - PP; Daniel Silva - PPR; (PFL); Pedro Valadares - PP. Fduardo Matias - PP; Epitacio Cafctcira - PPR; Francisco Coelho Bahia - Bloco (PFL); Haroldo Saboia - PT; Jayme Sanlana - PSDB; Alcides Modesto - PT; Angelo Magalhaes - Bloco (PFL); Joao Rodolfo - PPR; Jose Bumett - PRN; Jose Reinaldo - Bloco Aroldo Cedraz - PRN; Benito Gama - Bloco (PFL); Beral- (PFL); Magno Bacelar - PDT; Nan Souza - PP; Neiva Moreira - do Boavenlura - PSDB; Clovis Assis - PSDB; Eraldo Tinoco - PDT; Pedro Novais - PSD; Samey Filho - Bloco (PFL). Bloco (PFL); Felix Mendon^a - Bloco (PTB); Geddel Vieira Lima Ceara - PMDB; Genebaldo Correia - PMDB; Haroldo Lima - PCdoB; Jabes Ribeiro - PSDB; Jairo Azi - PSD; Jaques Wagner - PT; Aecio de Borba - PPR; Antonio dos Santos - Bloco (PFL); Joao Almeida - PMDB; Joao Carlos Bacelar - Bloco (PSC); Joni- Ariosto Holanda - PSDB; Carlos Bcncvides - PMDB; Carlos Vir- val Lucas - PSD; Jorge Khoury - Bloco (PFL); Josaphal Marinho gllio - PPR; Cid Saboia de Carvalho - PMDB; Edson Silva - - PFL; Jose Carlos Aleluia - Bloco (PFL); Jose Falcao - Bloco PDT; Elevaldo Nogueira - Bloco (PFL); Jackson Pereira - PSDB; (PFL); Jose Lourenfo - PPR; Jutahy Junior - PSDB; Leur Loman- Jose Linharcs - PP; Luiz Girao - PDT; Luiz Ponies - PSDB; Ma- to - Bloco (PFL); Luis Eduardo - Bloco (PFL); Luiz Moreira - ria Lulza Fontenele - PSTU; Mauro Benevides - PMDB; Mauro Bloco (PTB); Luiz Viana Neto - Bloco (PFL); Manoel Castro - Sampaio - PSDB; Moroni Torgan - PSDB; Orlando Bezerra - Bloco (PFL); Marcos Medrado - PP; Nestor Duarte - PMDB; Pe- Bloco (PIT); Pinheiro Landim - PMDB; Sergio Machado - dro Irujo - PMDB; Prisco Viana - PPR; Ruy Bacelar - PMDB; PSDB; Ubiralan Aguiar - PMDB; Vicente Fialho - Bloco (PFL) Sergio Brito - PPR; Sergio Gaudenzi - PSDB; Tourinho Danlas - Reginaldo Duarte - PSDB. Bloco (PFL); Uldurico Pinto - PSB; Waldir Pires - PSDB. Piaui Minas Gerais B. Sti - PP; Chagas Rodrigues - PSDB; Ciro Nogueira - Aecio Neves - PSDB; Agostinho Valente - PT; Alfredo Bloco (PIT); Felipe Mendes - PPR; Hugo Napoleao - PFL; Jesus Campos - PMDB; Aracely de Paula - Bloco (PFL); Armando Tajra - Bloco (PFL); Joao Henrique - PMDB; Jose Luiz Maia - Costa - PMDB; Avelino Costa - PPR; Camilo Machado - Bloco PPR; Lucidio Portella - PPR; Murilo Rezende - PMDB; Mussa (PFL); Edmar Moreira - PP; Elias Murad - PSDB; Felipe Neri - Dcmes - Bloco (PIT); Paes Landim - (Bloco (PFL); Paulo Silva - PMDB; Fernando Diniz - PMDB; Genesio Bernardino - PMDB; PSDB. Gelulio Neiva - PL; Humberto Soulo - Bloco (PFL); Ibrahim Abi- Kio Grande do Nortc Ackel - PPR; Irani Barbosa - PSD; Israel Pinheiro - Bloco (PRS); Dario Pereira - PFL; Fernando Freire - PPR; Garibaldi Al- Joao Paulo - PT; Jose Aldo - Bloco (PRS); Jose Belato - PMDB; ves Filho - PMDB; Henrique Eduardo Alves - PMDB; Ibere Fer- Jose Geraldo - PMDB; Jose Ulisses de Oliveira - Bloco (PTB); reira - Bloco (PFL); Joao Faustino - PSDB; Laire Rosado - Junia Marise - PDT; Lael Varella - Bloco (PFL); Leopoldo Bes- PMDB; Lavoisier Maia - PDT; Ney Lopes - Bloco (PFL). sone - Bloco (PTB); Marcos Lima - PMDB; Mario de Oliveira - Paraiba PP; Mauricio Campos - PL; Nilmario Miranda - PT; Odelmo Leao - PP; Osmanio Pereira - PSDB; Paulino Cicero de Vascon- Adauto Pereira - Bloco (PFL); Antonio Mariz - PMDB; celos - PSDB; Paulo Delgado - PT; Paulo Heslander - Bloco Efraim Morais - Bloco (PFL); Evaldo Gonijalves - Bloco (PFL); (PTB); Paulo Romano - Bloco (PFL); Raul Belem - PP; Romel Francisco Evangelista - PPR; Humberto Lucena - PMDB; Ivan Anisio - PP; Ronaldo Perim - PMDB; Ronan Tito - PMDB; Sa- Burity - Bloco (PFL); Ivandro Cunha Lima - PMDB; Jose Mara- mir Tannus - PPR; Sandra Starling - PT; Saulo Coelho - PSDB; nhao - PMDB; Raimundo Lira - PFL; Rivaldo Medeiros - Bloco Sergio Ferrara - PMDB; Sergio Miranda - PCdoB; Sergio Naya - (PR.); Vital do Rego - PDT; Zuca Moreira - PMDB. PMDB; Tarcisio Delgado - PMDB; Tilden Santiago - PT; Vitto- Pcrnambuco rio Medioli - PSDB; Wagner do Nascimento - PRN; Wilson Cu- Alvaro Ribeiro - PSB; Gilson Machado - Bloco (PFL); nha - Bloco (PTB); Zaire Rezende - PMDB. Gustavo Krause - Bloco (PFL); Inocencio Oliveira - Bloco (PFL); Espirito Santo Jose Carlos Vasconcellos - PRN; Jose Jorge - Bloco Armando Viola - PMDB; Etevalda Grassi de Menezes - (PFL); Jose Mcndon^a Bezerra - Bloco (PFL); Jose Mucio Mon- Bloco (PTB); Helvecio Castello - PT; Joao Calmon - PMDB; Jo- teiro - Bloco (PFL); Luiz Piauhylino - PSB; Mansueto de Lavor - nes Santos Neves - PL; Jorio de Barros - PMDB; Lezio Sathler - PMDB; Marco Maciel - PFL; Maviael Cavalcanti - PRN; Miguel PSDB; Nillon Baiano - PMDB; Rita Camata - PMDB; Roberto Arraes - PSB; Ney Maranhao - PRN; Nilson Gibson - PMDB; Valadao - PMDB; Rose de Freitas - PSDB. Pedro Correa - Bloco (PFL); Renildo Calheiros - PCdoB; Roberto Rio dc Janeiro Franca - PSB; Roberto Freire - PPS; Roberto Magalhaes - Bloco Aldir Cabral - Bloco (PTB); Alvaro Valle - PL; Amaral (PFL); Salatiel Carvalho - PP; Sergio Guerra - PSB; Wilson Cam- Netto - PPR; Artur da Tavola - PSDB; Benedita da Silva - PT; pos - S/P. Carlos Alberto Campisla - PDT; Carlos Lupi - PDT; Carlos San- Alagoas tana - PT; Cidinha Campos - PDT; Edesio Frias - PDT; Eduardo Antonio Holanda - Bloco (PSC); Augusto Farias - Bloco Mascarenhas - PSDB; Fltivio Palmier da Veiga - PSDB; Francis- (PSC); Cleto Falcao - PSD; Divaldo Suruagy - PMDB; Guilheme co Domelles - PPR; Francisco Silva - PP; Hydekel Freitas - PPR; Palraeira - PFL; Jose Thomaz Non6 - PMDB; Olavo Calheiros - Jair Bolsonaro - PPR; Jandira Feghali - PCdoB; Joao Mendes - 1810 Quinta-feira 17 DIARIO DOSTRABALHOS REV1SIONAIS Mar^o de 1994 Bloco (PTB); Jose Carlos Coulinho - PDT; Jose Egydio - PPR; Parana Jose Vicente Brizola - PL; Affonso Camargo - PPR; Antonio Barbara - PMDB; An- Junot Abi-Ramia - PDT; Laerte Bastos - PSDB; Laprovita tonio Ueno - Bloco (PFL); Basilio Villani - PPR; Carlos Roberto Vieira - PMDB; Luiz Salomao - PDT; Marcia Cibilis Viana - Massa - PTB; Carlos Scarpelini - PP; Delcino Tavares - PP; Dcni PDT; Marino Clinger - PDT; Miro Teixeira - PDT; Nelson Bor- Schwartz - PSDB; Edesio Passos - PT; Edi Siliprandi - PSD; Elio nier - PL; Nelson Cameiro - PP; Paulo de Almeida - PSD; Paulo Dalla-Vecchia - PDT; Ervin Bonkoski - Bloco (PTB); n4vio Portugal - PP; Paulo Ramos - PDT; Regina Gordilho - PRONA; Ams - PSDB; Ivanio Guerra - Bloco (PFL); Joni Varisco - Roberto Campos - PPR; Roberto Jefferson - Bloco (PTB); Rubem PMDB; Jose Eduardo - PTB; Jose Felinto - PP; Jose Richa - Medina - Bloco (PEL); Sandra Cavalcanti - PPR; Sergio Arouca - PSDB; Luciano Pizzallo - Bloco (PFL); Luiz Carlos Hauly - PP; PPS; Sergio Cury- PDT; Sidney de Miguel - PV; Simao Sessim - Matheus lensen — PSD; Max Rosenmann - PDT; Moacir Miche- Bloco (PEL); Vivaldo Barbosa - PDT; Vladimir Palmeira - PT. letlo - PMDB; Munhoz da Rocha - PSDB; Otto Cunha - S/P; Sao Paulo Paulo Bernardo - PT; Pedro Tonelli - PT; Pinga Fogo de Oliveira Alberto Goldman - PMDB; Alberto Haddad - PP; Aloizio - S/P; Reinhold Stephanes - Bloco (PFL); Renalo Johnsson - PP; Mercadanle - PT; Armando Pinheiro - PPR; Beto Mansur - PPR; Sergio Spada - PP; Werner Wanderer - Bloco (PFL); Wilson Mo- Cardoso Alves - Bloco (PTB); Carlos Nelson - PMDB; Chafic reira - PSDB. Farhat - PPR; Cunha Bueno - PPR; Delfim Netto - PPR; Diogo Santa Catarina Nomura - PL; Eduardo Jorge - PT; Eduardo Suplicy - PT; Eucly- Angela Amin - PPR; Cesar Souza - Bloco (PFL); Dejandir des Mello - PRN; Fabio Feldmann - PSDB; Fausto Rocha - PL; Dalpasquale - PMDB; Dercio Knop - PDT; Dirceu Cameiro - Florestan Femandes - PT; Gastone Righi - Bloco (PTB); Geraldo PSDB; Edson Andrino - PMDB; Espcridiao Amin - PPR; Hugo Alckmin Filho - PSDB; Heitor Franco - PPR; Helio Bicudo - PT; Biehl - PPR; Jarvis Gaidzinski - PPR; Luci Choinacki - PT; Luiz lima Passoni - PT; Joao Mellao Nelo - PL; Jorge Tadeu Mudalen Henrique - PMDB; Nelson Motto - Bloco (PFL); Neulo de Conto - PMDB; Jose Abrao - PSDB; Jose Ambal - PSDB; Jose Cicote - - PMDB; Orlando Pacheco - Bloco (PFL); Paulo Duarte - PPR; PT; Jose Dirceu - PT; Jose Genolno - PT; Jose Serra - PSDB; Ruberval Pilotto - PPR; Valdir Colalto - PMDB. Koyu Iha - PSDB; Liberate Caboclo - PDT; Luiz Gushiken - PT; Luiz Maximo - PSDB; Maluly Netto - Bloco (PFL); Marcelino Rio Grande do Sul Romano Machado - PPR; Marcelo Barbieri - PMDB; Mario Co- Adao Pretto - PI"; Adroaldo Slreck - PSDB; Adylson Mot- vas - PSDB; Maurici Mariano - PMDB; Mauricio Najar - Bloco ta - PPR; Aldo Pinto - PDT; Amaury Miillcr - PDT; Antonio (PFL); Mendes Botelho - Bloco (PTB); Nelson Marquezelli _ Britto - PMDB; Amo Magarinos - PPR; Carlos Cardinal - PDT; Bloco (PTB); Osvaldo Stecca - PMDB; Paulo Lima - Bloco Carrion Junior - PDT; Fiden Pedroso - PF; F7emando Carrion - (PFL); Paulo Novaes - PMDB; Pedro Pavao - PPR; Roberto Rol- PPR; Fetter Junior - PPR; Germano Rigotlo - PMDB; Ibsen Pi- lemberg - PMDB; Robson Tuma - PL; Tadashi Kuriki - PPR; nheiro - PMDB; Fvo Mainardi - PMDB; Joao de F)eus Antunes - Tuga Angerami - PSDB; Vadao Gomes - PP, V aide mar Costa PPR; Jose Fogaf a - PMDB; Jose Fortunati - PT; Jose Paulo Bisol Neto - PL; Wagner Rossi - PMDB; Waller Nory - PMDB. - PSB; Luis Roberto Ponte - PMDB; Mendes Ribeiro Mato Grosso PMDB;.Nelson Jobim- PMDB; Nelson Ihoenija- PMDB; Odacir Augustinho Freitas - PP; Joao Teixeira - PL; Jonas Pinhei- Klein - PMDB; Osvaldo Bender - PPR; Paulo Paim - PT; Pedro ro - Bloco (PFL); Jose Augusto Curvo - PMDB; Louremberg N. Simon - PMDB;Telmo Kirst - PPR; Valdomiro Lima - PDT; Vic- Rocha - PPR; Marcio Lacerda - PMDB; Oscar Travasos - PL; Ri- tor Faccioni - PPR; Waldomiro Fioravante - PT; Wilson Miiller - cardo Correa - PL; Rodrigues Palma - Bloco (PTB); Wellington PDT. Fagundes - PL. O SR. PRESJDENTE (Adylson Motta) - As lislas de pre- Distrito Federal sen^a acusam o comparecimento de 511 Srs. Congressistas. Ha- Augusto Carvalho - PPS; Benedito Domingos - PP; Chico vendo numero regimental, declare aberta a sessao. Vigilante - PT; Joao Brochado - PP; Maria Laura - PT; Meira Fi- A Ftesidencia faz um apelo aos Srs. Congressistas para que lho - PP, Osorio Adriano - Bloco (PFL); Paulo Octavio - PRN; permane?am em plenario a fim de assegurar o numero minimo Pedro Teixeira - PP; Sigmaringa Seixas - PSDB; Valmir Campelo para darmos continuidade a sessao, ou seja, 59 parlamentares em -PTB. plenario. Goias Passando-se ao periodo de Breves Comunica^oes, concedo Antonio Faleiros - PSDB; Delio Braz - Bloco (PFL); Hal- a palavra ao primeiro orador inscrito, o nobre Congressista Fer- ley Margon - PMDB; Iram Saraiva - PMDB; Irapuan Costa Ju- nando Carrion. nior - PP; Joao Natal - PMDB; l^azaro Barbosa - PMDB; Lucia O SR. FERNANDO CARRION (PPR - RS. Pronuncia o Vania - PP; Maria Valadao - PPR; Mauro Borges - PP; Mauro seguinte discurso. Sem revisao do orador.) - Sr. F'residentc, Srs. Miranda - PMDB; Paulo Mandarino - PPR; Pedro Abrao - Bloco Congressistas, avizinha-se no Pais uma enorme colheita de graos, (PTB); Roberto Balestra - PPR; Ronaldo Caiado - Bloco (PFL); nao tao grande quanto deveria ser, porem uma colheita boa, da or- Virmondes Cruvinel _ PMDB. dem de 74 milhoes de toneladas. Desse total, 21 milhoes de tone- ladas deverao ser colhidas no Eslado do Rio Grande do Sul. Logo, leremos uma enorme safra de soja para transportar. O problema e Mato Grosso do Sul que exatamente neste momento em que o Rio Grande do Sul deve- ra colher uma importante safra de soja nao ha estradas para o es- Elisio Curvo - PRN; Flivio Derzi - PP; George Takimoto coamento da produgao. Estradas existem. Foram riscadas pelo - Bloco (PFL); Jose Elias - Bloco (PTB); Levy Dias - PPR; Mari- ex-Minislro Mario Andreazza, por excmplo, hi 20 ou 25 anos. lu Guimaraes - Bloco (PFL); Nelson Trad - Bloco (PTB); Rachid Existem, mas nao tern sido conservadas. Saldanha Derzi - PRN; Valler Pereira - PMDB; Waldir Guerra - Neste momento, os caminhoneiros do Fislado do Rio Gran- Bloco (PFL); Wilson Martins - PMDB. de do Sul deveriam estar se prcparando para transportar essa enor- Mar^o de 1994 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Quinta-feira 17 1811 me safra de 21 milhocs dc loneladas de graos, eles que respondem Gonzaga Mota, do PMDB. O Relator enfatizou que estava em For- por 50% da movimenla^ao da safra do Rio Grande do Sul. Toda- taleza porque seu pai, de falo, esta na UTI e que, infelizmente, a via, nao e o que esta ocirrrendo. Noventa por cento dos transporta- perspecliva e que, entre hoje e amanha, ele acabe falecendo. Essas dorcs autonomos do Rio Grande do Sul estao deixando o Estado e sao as palavras do Deputado Gonzaga Mota. se dirigindo, com scus caminhoes vazios. para o Paraguai. pa'a la ofcrcccrcm os scus caminhoes, o seu Irabalho para transportar a Independentemente desse fato que aqui registramos, enlen- safra agricola daquclc pais. Em conseqiiencia, teremos praticamen- demos que a Comissao criada para disculir a URV, que trata prin- te a metade da oferta de transporte rodoviario de carga ausenle do cipalmenle dos salarios, deve conlinuar suas atividades. Devido a Estado. A metade daqucles caminhoes que seriam usados para o isso, ontem, live a preocupapao de convcrsar com o Eider do transporte da safra esta indo para o Paraguai; os caminhoneiros es- PMDB, Deputado Tarcisio Delgado, e lambcm com o Vice-Eider, tao voltando as costas para a safra do Rio Grande do Sul pela sim- Deputado Germano Rigotto, e ambos conversaram com o Govemo ples razao dc que, rcalmcnte, nao ha eslradas em boas condi^oes que, por sua vez, demonslrou a sua inlenpao de continuar a nego- de trafcgo, ncm federals nem esladuais, no nosso Estado. ciapao em cima da politica salarial. Qucm informa que 90% dos caminhoneiros autonomos do E intenpao do Relator e dessas lidcranpas que ja a partir de Rio Grande do Sul estao indo para o Paraguai e o Presidentc da amanha iniciemos um debate com parlamcntares de todos os parti- Federa^ao dos Condutores Autonomos dc Caminhoes do meu Es- dos para tentar construir a redapao final do projeto de conversao tado, o Sr. Mariano Costa. E o IC Distrito Rodoviario Federal, na da medida provisoria que trata dos salarios, para que a volapao pessoa do titular, o engcnheiro Haroldo Mala, informa que mil aconlepa ate o dia 23. quilometros, no minimo, de estradas do Estado estao absolutaraen- Esta Casa, hoje pela manha, especificamente a Camara dos te compromctidos, cstragados, dcvendo set refeitos. Dejxilados mostrou que 296 parlamentares enlendem que os seus Com tudo isso acontccendo, no Onjamento do Govemo, salaries nao devem ficar congelados. E nessa isonomia com o Ju- que devcra chcgar a Comissao Mista de Or^amcnto na semana que diciario vai haver um aumento da ordem de 30%. vcm, o orfamcnto do Ministcrio dos Transportes, do DNER, esta Sr. Presidente, creio que, em nome da propria democracia, com os seguintcs numcros, para os quais pe^o a aten^ao dos cole- em nome da justipa, e fundamental que esta Casa, na prdxima gas Congressistas, (O Sr. Presidentc faz soar a campainha.) quarta-feira - ate porque no meu entendimento ela seria pralica- Sr. Presidcnte, ja vou concluir. mente apedrejada pela sociedade - vole, obrigatoriamenlc, a me- E apcnas uma qucstao de justi^a c pc^o aos colegas que re- dida provisoria que trata da politica salarial. flitam nos numcros que vou aprcscntar, O Estado dc Rondonia, Se os Deputados tiveram coragem de fazer essa votajao. Sr. com 960 quilometros dc malha rodoviaria, tern recursos no Or^a- Presidente, devem ter lambem a coragem de votar nao o aumento mento da Uniao (DNER) de 26 milhoes dc dolares para 1994. O real de 30% no salario dos trabalhadores, /mas uma reda^ao que Estado de Minas Gerais, com 9.170 quilometros, dez vezes mais garanta que as perdas ocorridas na conversao de cruzeiro para que Rondonia, esUi com recursos de 161 milhoes de d61ares. O Es- URV sejam incorporadas ao salario dos trabalhadores. Esta Casa tado do Rio Grande do Sul, com 4.990 quilometros, tern apenas 14 lera que votar, nos moldes do que prop5e o proprio Presidente da milhoes dc dolares no Or^amento do DNER. Republica, uma reda^ao que garanta que o salario minimo atinja Sr. Presidentc, isto nao pode ficar assim. Apelamos ao Dire- 100 dolares ate o final do ano. tor do DNER, com quern falaremos hoje, e ao Ministro dos Trans- Sr. Presidente, eu dizia para alguns colegas que e uma ques- portes, com qucm falaremos amanha, acompanhando uma tao de honra nossa, de vergonha na cara assumirmos a mesma res- comiliva de dcpulados cstaduais do Rio Grande do Sul, para que ponsabilidade que tivemos ao enfrentar o debate sobre a se ponha cobro a essa injusti9a. Pcdimos ale ao Presidentc da Re- reposi^ao dos salarios dos deputados, e enfrenlarmos, aqui dentro, piiblica para que nao se comcta essa injusti^a com o Estado do Rio o debate sobre a reposi^ao dos salarios dos trabalhadores. Grande do Sul. Nao 6 razoivel que um Estado com quase 5 mil E inegavel que a sociedade loda ja esteja discutindo a vota- quildmetros de malha rodoviiria receba 14 milhoes de d61ares, e fao que houve hoje aqui no Congresso Nacional, e ninguem vai Minas Gerais, com uma malha que nao chega ao dobro, receba entender como e que se vota o reajuste do salario dos Deputados e 161 milhoes de d61ares. Se confirmados esses numeros, estar-se-i nao se vota nem se discute, por falta de quorum, como vai ficar o configurando uma vcrdadcira discriminafao contra o Estado do salario dos trabalhadores. Rio Grande do Sul ncstc instante. Nao houve quorum na Comissao Mista, e, embora nao esti- O apclo, a conclama^ao que fa^o ao Govemo, as aulorida- vesse la o Relator Gonzaga Mota, votariamos um projeto de con- des, 6 que, em nome da jusli^a - nao queremos nenhum tratamen- versao que garantiria a rccupcra^ao das perdas. Nao houve to difercnciado - queremos a proporcionalidade, que nos tratem de quorum; estiveram la apenas tres ou quatro Deputados. Aqui, para acordo com o que prccisamos para podermos manter as nossas es- votar o reajuste do salario dos Parlamentares, tivemos cerca de tradas c transportar nossas safras. Muito obrigado. 400 Deputados. Por isso, Sr. Presidente, 6 fundamental que o Colegio de Li- O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Concede a pala- deres se retina, que a Comissao, que vai ter a participa^ao das lide- vra ao nobre Congressisla Paulo Paim. ran^as nesta Casa, junlamentc com o Deputado Gonzaga Mota, discuta um projeto de conversao para ser apresentado a Casa na O SR. PAULO PAIM (FT - RS. Pronuncia o seguinte dis- semana que vem para ser votado. curso. Scm revisao do orador.) - Sr. Presidente, Srs. Congressis- Quero refor^ar a discussao que live com a lideramja do tas, o Pais assistiu ontem, meio perplexo, que a Comissao Mista 0 PMDB e com o Deputado Gonzaga Mota; a partir de amanha, pas- que estuda a Mcdida Provisoria n 434, depois de 20 dias de inten- saremos a disculir a perspecliva da vota9ao da URV no dia 23, a so debate com todos os setpres da sociedade, simplesmenle nao nova politica salarial via projeto de conversao. votou o projeto dc conversao. As explicapdes que ouvimos sao as Era o que tinha a dizer. Sr. Presidente. mais variadas. Eu live a preocupapao, hoje pela manha, de lelefonar para O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Concede a pala- Fortaleza e falar com o Relator da medida provisdria, Deputado vra ao nobre Congressisla Carlos Lupi. 1812 Quinta-feira 17 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONA1S Mar^o de 1994 O SR. CARLOS LUPI (PDT - RJ. Pronuncia o seguinle iludem. quando mentem, quando enganam, querendo induzir a discurso. Sem revisao do orador.) - Sr. Presidenle, Srs. Congres- opiniao publica naquilo que Ihe e conveniente. sistas: Vou pedir que se fai^a, nesta sessao, o que ja fiz na sessao Agrade90 a V. Ex* da manha do Congresso Nacional, qual seja a transcri^ao nos DOCUMENTOS A QUE SE REFERE O SR. Anais do Congresso Revisor do comentario que saiu hoje na Fo- CARLOS LUPI EM SEU PRONUNCIAMENTO: Iha de S. Paulo, do jomalista Nelson de Sa, sobre o direito de res- posta a ordem judicial dada ao Govemador Brizola que saiu ontem DOCUMENT© noJomal Nacional. LEIA A RESPOSTA DO GOVERNADOR Diz o jomalista Nelson de Sa: Leia a Integra do direito de resposta do Govemador Leonel Cid Moreira, a voz do dono, a voz do Grande Irmao, a voz Brizola, da no Jomal Nacional, TV Globo. O texto foi redigido em que surgiu com o AI-5, voltou-se contra si mesmo. Foi um daque- 1992; les momentos que servem como simbolos, como instantaneos da "Em cumprimento a senlen9a do juiz de Direito da 18* Vara historia. Cid Moreira falou, e falou, e falou contra Roberto Mari- Criminal da cidade do Rio de Janeiro, em 3950 de direito de res- nho. Foram tres longos - e infmitos - minutos, contra a Globo, no posta, movida contra a TV Globo, passamos a transmitir a nota de Jornal Nacional. O redator era Leonel Brizola. que ganhou o di- resposta do Sr. Leonel de Moura Brizola. reito de responder ao ataque que havia recebido do mesmo Jornal 'Todos sabcm que eu, Leonel Brizola, so posso ocupar es- Nacional, que o rhamou de senil. pa90 na Globo quando amparado pela Justi9a. Aqui cita o meu Tudo na Globo e tendencioso e manipulado, disse nome para ser intrigado, desmerecido e achincalhado perante o Cid Moreira. A Globo tern uma longa e cordial convi- povo brasileiro. vencia com os regimes autoritarios e com a ditadura de Quinta-feira, neste mesmo Jomal Nacional, a pretexto de ci- 20 anos que dominou nosso Pais, disse novamente Cid tar editorial de O Globo, fui acusado na minha honra e, pior, Moreira. apontado como alguem de mente senil. Ora, tenho 70 anos. 16 a A ira da Globo nao tern rela^ao com posi^oes eli- menos que o meu difamador Roberto Marinho, que tem 86 anos. cas; e apenas o temor de perder o negocio bilionario que Se e esse o conceito que tem sobre os homens de cabelos brancos, e a transmissao do camaval, disse Cid Moreira. Dinheiro que os use para si. Nao reconhe90 a Globo autoridade em matcria acima de tudo. de liberdade de imprensa, e basta para isso olhar a sua longa e Servis, gananciosos e interesseiros, disse Cid Mo- cordial convivencia com os regimes autoritarios e com a ditadura reira. de 20 anos, que dominou o nosso Pais. Parecia inacreditavel que o poder da TV Globo - Todos sabem que critico ha muito tempo a TV Globo, seu ainda capaz de vergar alguns dos principais candidates a poder imperial e suas manipula96es. Mas a ira da Globo, que se presidente - estivesse sendo vergado ele proprio. manifestou na quinta-feira, nao tem nenhuma rela9ao com posi- O Jornal Nacional ainda esbo^ou uma rea^ao. 96es eticas ou de principios. E apenas o temor de perder o negdcio Entrou em seguida anunciando que "o Rio de Janeiro bilionirio, que para ela representa a transmissao do camaval. Di- atravessa uma nova onda de violencia" - mais uma cati- nheiro, acima de tudo. linaria usando como desculpa um sequestro do dia an- Em 1983, quando construi a passarela, a Globo sabolou, bi- terior. Nao funcionou. Nada funcionaria. Nao contra um cotou, nao quis transmitir e tenlou inviabilizar de todas as formas instantaneo da histdria, com Cid Moreira - lendo o seu o ponto alto do camaval carioca. Tambem ai nao tem autoridade redator Leonel Brizola. moral para questionar. E mais, reagi contra a Globo em defesa do Parece incrivel, mas a Justi^a no Brasil que tarda nao esU Estado do Rio de Janeiro que por duas vezes, contra a vontade da falhando. E ontem tivemos um memento epico da televisao brasi- Globo, elegeu-rae como seu representante maior. leita. Um homem que tern a biografia, a historia politica de 50 E isso e que nao perdoarao nunca. Ate mesmo a pesquisa anos de vida publica, sempre eleito, nunca nomeado; um homem mostrada na quinta-feira revela como tudo na Globo e tendencioso que nao tem uma concessao publica, nao tem uma radio, nab tem e manipulado. Ninguem quesliona o direito da Globo mostrar os uma televisao, nao tem uma dislribuidora de finan^as, nao tem problemas da cidade. Seria antes um dever para qualquer orgao de uma autoriza9ao dada pelo poder piiblico - e olhe que esse homem imprensa, dever que a Globo jamais cumpriu quando se encontra- era amigo do Presidente Joao Goulart e amigo do Presidente Getu- vam no Palacio Guanabara govemantes de sua predile9ao. lio Vargas, um homem que tinha acesso ao poder - esse homem, Quando ela diz que denuncia os maus administradores de- chamado Leonel Brizola, trava uma luta isolada e solilaria contra o veria dizer, sim, que alaca e tenta desmoralizar os homens publi- todo-poderoso Dr. Roberto Marinho da TV Globo. cos que nao se vergam diante do seu poder. Se eu tivesse as pretensoes eleitoreiras, de que tentam me Muitos presidenciaveis ja se curvaram a vontade da supre- acusar, nao estaria aqui lutando contra um gigante como a Rede ma corte, do supremo todo. Nos, nao; nos temos a consciencia de Globo. que mesmo que uma grande maioria seja levada a fonnar a sua Fa90-o porque nao cheguei aos 70 anos de idade para ser opimao por aquela telinha, acreditamos que mais profundamente, um acomodado. Quando me insulta por nossas redoes de coope- um dia. esse povo vai acordar por nao agiientar, depois de um Fer- ra9ao administrativa com o Govemo Federal, a Globo remorde-se nando Collor ungido pelo Roberto Marinho, o Fernando Henrique, de inveja a rancor e s6 ve nisso bajula9ao e servilismo. E com- tambem indicado pelo mesmo Roberto Marinho preensivel, quern sempre viveu de concessdes e favores do Poder Quero deixar transcrita esta nota do Jomalista Nelson de Sa Piiblico nao e capaz de ver nos outros scnao os vlcios que carrega como tambem pe90 para ser transcrito, no Congresso Revisor, a em si mesma. resposta do Govemador Leonel Brizola que saiu no Jornal Nacio- Que o povo brasileiro fa9a o seu julgamento e na sua cons- nal de ontem. Qui9a, ontem, o Brasil virou uma pagina na Histo- ciencia limpida e honrada separe os que sao dignos e coerentes ria; democratic amente, vemos a Justi9a cougar a cobrar dos daqueles que sempre foram servis, gananciosos e interesseiro. assi- orgaos de imprensa o direito de resposta quando difamam, quando na Leonel Brizola." Marfo de 1994 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Quinta-feira 17 1813 Folha de S. Faulo Sr. Presidente, como acontece com o Legislalivo, tambem OUTRA HISTORIA o Judiciario tem condi96es de corrigir eventuais faltas dos que o integram, pois como afirmou, com propriedade, o Senador Mario Nelson de Sa Covas: "Poder que nao tem condi9oes de autocontrolar-se nao e Da reportagem local poder". Cid Moreira, a voz do dono, a voz do Grande Irmao, a voz Sr. Presidente, Sr"8 e Srs. Congressistas, nao me move um que surgiu com o AI-5, voltou-se contra si mesmo. Foi um daque- interesse corporativista, pois nao perten90 a Magistratura, mas a les momentos que servem como simbolos, como instantaneos da Procuradoria Autarquica Federal; entretanto, minha preocupa9ao e hisloria. Cid Moreira falou, e falou, e falou, contra Roberto Mari- com o future da democracia brasileira, que restara seriamente nho. Foram tres longos minutos, contra a Globo, no Jomal Nacio- amea9ada com a supressao da independencia dos juizes, que e, nal. O redator era Leonel Brizola, que ganhou direito de responder como sempre foi e sera, em qualquer parte do mundo, o refugio ao ataque que havia recebido do mesmo Jomal Nacional, que o dos fracos e injusti9ados. chamou de senil. Sr. Presidente, em nenhuma forma de govemo e tao neces- "Tudo na Globo e tendencioso e manipulado", disse Cid saria a maxima perfei9ao da ordem juridica, como na ordem de- Moreira. mocratica, em que deve prevalecer a persuasao. "A Globo tern uma longa e cordial convivencia com os regi- A democracia, como forma de govemo, surge do esfor9o de mes auloritarios e com a ditadura de vinte anos que dominou nos- obter a harmonia entre todos os participantes da sociedade, e sem so Pats", disse Cid Moreira. o Estado, dominaria o caos, ou a luta de todos contra todos, como "A ira da Globo nao tem rela9ao com posifoes eticas: e ape- previu Hobes. nas o lemor de pcrder o negocio bilionario que e a transmissao do Oportunamente voltaremos ao assunto. camaval", disse Cid Moreira. 'Dinheiro, acima de tudo." "Servis, gananciosos e interesseiros", disse Cid Moreira. Parecia inacreditavel que o poder da TV Globo - ainda ca- DOCUMENTO A QUE SE REFERE O SR. NIL- paz de vergar alguns dos principais candidates a presidente - esti- SON GIBSON EM SEU PRONUNCIAMENTO: vesse sendo vergado ele proprio. O Jomal Nacional ainda esbcx^ou Folha de S. Paulo 28 de fevereiro de 1994 uma reafao. Entrou em seguida anunciando que "o Rio de Janeiro atravessa uma nova onda de violencia", usando como desculpa um CONTROLE DO JUDICIARIO seqiiestro do dia anterior. Nao funcionou. Nada funcionaria. Luiz Flavio Gomes Nao contra um instantaneo da hisloria, com Cid Moreira. A controvertida questao do controle extemo do Poder Judi- ciario pelo que parece, esta ganhando seus contomos finals. De Infelizmente acordo com o que foi divulgado (Folha de 17-2-94, pags. 1-4), o Zelia deu as caras ontem, no Aqui Agora. Outra vez, para Relator da Revisao Constilucional, Deputado Nelson Jobim, teria falar de um filho, ou melhor, uma filha. A novidade e que aprovei- celebrado um "acordo informal" com alguns Ministros do Supre- lou para maldizer ter, ela propria, nascido no Brasil. Tratava do fu- mo Tribunal Federal (STF), sobre a composi9ao e competencia do ture do rebento. chamado Conselho Nacional de Justi9a, que seria presidido por "Eu espero que ela tenha o melhor. E dificil ter o melhor no um membro do STF e teria como orgao executive um corregedor Brasil que n6s cstamos vivendo. Infelizmente, e este o lugar onde nacional. eu... Eu sou brasileira, ela vai nascer aqui e temos que ccmviver A magistratura de carreira esta estarrecida, decepcionada. com isso." Pior que isso, para a independencia judicial e para o Pais, e impos- Passado sivel! Alias, fosse tudo verdade, o que estariam tramando, numa linguagera escrachada, mais parece um deselegante e reprovavel O antigo patrao de Zelia tambem andou aparecendo. Atacou "conchavo" que qualquer outra coisa.Visando implodir o poder o Govemo e provocou a rea9ao irada de Itamar Franco. Nao mere- exercido com cerla frequencia de forma arbitriria e antidcmocrati- cia. O ancora Boris Casoy fez o melhor e mais laconico comenta- ca por algumas cupulas do Judici&io, muitos progrcssistas adota- rio possivel, numa s6 frase: "Collor e uma pagina virada na ram a ideia do controle extemo, sustentando que a sociedade civil histdria do Brasil". tem de fiscalizar os juizes. Mas jamais podiam imaginar que seme- O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Concedo a pala- Ihante ideia fosse tao bem recebida (e utilizada) por segmentos vra ao nobre Congressista Nilson Gibson. mais conservadores da nossa sociedade que desejam, evidente- O SR. NILSON GIBSON (PNM - PE. Pronuncia o se- mente, a manuten9ao do status quo. A conclusao 6 paradoxal, mas guinte discurso. Sem revisao do orador.) - Sr. Presidente, Sr*5 e inevilavel: uma ideia lida como progressista rapidamente se trans- Srs. Congressistas, ocupo hoje esta tribuna para registrar excelente formou em bandeira conservadora! Quera diria?Custa-nos acredi- materia divulgada pelo jomal a Folha de S. Paulo, pagina "Opi- tar na veracidade do "acordo" noticiado. Mas imperiosa tomou-se niao", em 28 de fevereiro proximo passado, referenle ao "Controle a seguinte reflexao: o STF e (ainda) o 6rgao de cupula do Poder do Judiciario", de autoria do ilustre Juiz de Direito Luiz Flavio Judiciirio nacional. Nos dias atuais, entretanto, e muito questiona- Gomes, de Sao Paulo, mcstre em Direito Penal pela Universidade vel essa sua supremacia (que agora gostaria que fosse hierarquica de Sao Paulo, membro da Comissao de Reforma do Cddigo de tambem) sobre os juizes de carreira. Processo Penal. Argumentam que se ele se encarregasse com presteza de Diz claramcnte o Juiz Luiz FlAvio: "Percebe-se facilmenle sua fun9ao sublime de guardiao da Constitui9ao, ja seria muito que o Supremo Tribunal Federal 6 hoje um tribunal sob amea9a". bom (e certamente nao seria estigmatizado como o "tribunal das li- Sr. Presidente, Sr"8 c Senhores Congressistas, manifesto mi- minares", em virtude do tempo que demora para julgar o merito de nha preocupa9ao com a possibilidade de cria9ao de um Controle alguns casos). Extemo do Judiciario que podera representar o fim das liberdades Em consonancia com a modema doutrina constilucional eu- democriiticas duramente conquistadas, posto que sem um Judicia- ropeia, a melhor posi9ao para o STF e a de Corte Constilucional. rio independente ninguem tera garantidos os seus direitos. Alguns chegam a sustenlar que seus membros devem ter mandate 1814 Quinla-feira 17 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Marifode 1994 certo. E um tribunal que deveria estar fora do Judiciario porque sessao por mais de uma hora e meia. Nunca uma sessao durou tan- sua composi^ao (e. muilas vezes, suas decisoes), no mundo inlei- to como esta de hoje. Depois, quando temos oportunidade de cor- ro, e polilica. Como orgao politico ele nao se coaduna com ser a rigir o erro, suspende-se imediatamente a votaijao no Senado. expressao maxima da magistratura (lida como) tecnico-juridica. Ando preocupado. Sr. Presidente, porque sabemos que mui- Muilos parlamentares (Depulado Roberto Freire, Senador tos Deputados, com absoluta certeza, nao irao reeleger-se; conlu- Pedro Simon etc), acolhendo tais leses, apresenlaram propostas do, a ganancia de alguns pretende jogar esta institui^ao no buraco. para a Revisao Constitucional. Percebe-se facilmenle que o STF e A vota^ao do credilo agricola, com o calote no Banco do hoje um tribunal amea^ado. Querem cottar uma parcela do seu po- Brasil, a lerdeza para a cassa^ao dos envolvidos no escandalo do der. Sera que essa amcaga concreta leria levado alguns dos seus Ort^amento, essa vota^ao de hoje. tudo isso contribui para a des- membros a aceitar um fabuloso "consenso"? moraliza^ao complela desta Casa. Entretanto, e esta mesma Casa Para nao perder o status e a hegemonia (no sentido conce- que quer fazer a Revisao Constitucional. bido por Gramsci de dire^ao, controle), sera que estariam barga- O estrago esti feito, e amanha. Sr. Presidente, veremos dis- nhando o controle extemo da magistratura e transigindo com o cursos e mais discursos aqui pedindo medidas contra a imprensa future da independencia judicial? brasileira, pedindo puni^ao contra jomalistas. Ora, quern nao se O controle que leria sido aceito ("conchavado"?) seria ex- preza nao merece ser respeilado; quern nao faz por onde ser respei- temo porque dele se encarregariam tambem alguns jurislas nao in- tado nao merece respeito, quern zomba da miseria e da fome do tegranles do Judiciario, como um representante da OAB e um do povo brasileiro que percebe um salario minimo de 65 drilares, num N'inislerio Publico. Todos "indicados" pelo STF. E abominavel e Pais que detem o maior Indice de desemprego da nossa histdria, e profundamente censuravel nao so a composi^ao exlema, senao de repente resolve dar a si mesmo um aumento de mais de mil d6- tambem o sistema de coopla^ao, como sugerido, que e a marca re- lares, alegando que estao ganhando pouco, serao no minimo exe- gistrada do chamado modelo empirico-primitivo de Poder Judicia- crados pela opiniao ptiblica do nosso Pais. rio (Zafaroni), muito difundido nos paises do Terceiro Mundo. Agora, sao s6 os Deputados e o restante dos trabalhadores? Em vez de marcharmos para o progresso, para o modelo de- Esses trabalhadores que nao podem pagar seguran^a privada, pas- mocratico, onde os juizes elegem seus orgaos de comando, eslao sagem de onibus etc. Como vamos olhar para os demais servidores querendo impor o clientelismo, o cartorialismo e o elitismo. desta Casa, aqueles que estao ai no dia-a-dia, aqueles que, efetiva- A decep^ao da magistratura de carreira, so com o que foi mente, trabalham, como os seguran^as, os secrelarios parlamenta- noticiado, ja e muito grande. Mas existe a esperan^a de que tudo res, os taquigrafos etc., porque boa parte do Congresso, hoje, nao nao passou de um mal-entendido. Os Minislros do STF, como vem trabalhar? Todos ficarao sabendo que a Camara se deu um sempre fizetam, saberao honrar a tradi^ao deste colendo tribunal. aumento do 33% e que os funcionirios nao receberao nada! O sa- Do contrario, seria o caso de se homenagear um dos nossos lirio minimo vai conlinuar o mesmo! mais expressivos loculores esportivos: "Fecham-se as cortinas e Nao estou discutindo. Sr. Presidente, se o salirio do Depu- lermina o-espetaculo". E que estariamos diante do ocaso do Judi- tado e muito ou pouco. O que estou discutindo e se o Deputado ou ciario. Sem feeling, todos que contam com tempo para a aposenta- o Senador sao melhores do que os outros; se tern mais necessidade doria certamente diriam good bye e subscreveriam a classica do que o conjunlo dos trabalhadores. recomenda9ao: o ultimo que apague as luzes, caso ainda exista al- Espero, Sr. Presidente, que o Senado Federal repare esse guma no fim do ttinel. que lalvez sera o maior estrago a ser causado a imagem desta Percebe-se facilmenle que o Supremo Tribunal Federal e Casa. Espero que isso seja corrigido pelo Senado Federal. hoje um tribunal sob amea^a Sr. Presidente, ouvi. aqui, discursos apaixonados de lideres Luiz Flavio Gomes, 36, juiz de Direito em Sao Paulo, e encaminhando a manulen^ao do veto. Entretanto, os liderados der- mestre em Direito Penal pela Universidade de Sao Paulo, membra rotaram a orienta9ao dos Lideres. Esses Lideres, o minimo deve- da Comissao de Reforma do Codigo de Processo Penal e aulor do riam pedir demissao da Iideran9a dos seus Partidos, porque ficou livro "A Questao do Controle Extemo do Poder Judiciario". comprovado que eles nao lideram absolutamente nada. Os Lideres encaminharam a vota9ao para a manuten9ao do veto e os liderados O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Concede a pala- o derrubaram, com exce9ao do Partido dos Trabalhadores, que nao vra a nobre Congressista Irma Passoni. (Pausa.) votou exatamente para demonstrar que a mclhor maneira de man- Concede a palavra ao nobre Congressista Chico Vigilante. ter esse veto era nao assinalando o nome no placar. O SR. CHICO VIGILANTE (PT - DF. Pronuncia o se- Ai fica a sugestao. Sr. Presidente, para derrubar esse volo guinle discurso. Sem revisao do orador.) - Sr. Presidente, Srs. fechado. Temos que acabar com esse voto secreto, pois queremos Congressistas, creio que hoje esta Casa passou o mais completo ver a cara de quem vota esse tipo de coisa. atestado de desprezo para com o povo brasileiro. Muito obrigado. Esta Casa conlinua ainda investigando a corrup^ao no Orfa- mento e nao foi capaz de cassar ninguem; esta Casa que e incapaz O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) — Concedo a pala- de analisar, eraendar e corrigir os erros de arrocho salarial desla vra ao nobre Congressista Paulo Duarte. Medida Provisoria do Sr. Fernando Henrique Cardoso, aprecia um O SR. PAULO DUARTE (PPR - SC. Pronuncia o seguin- veto presidencial a um aumento de 33% para cada Depulado, au- te discurso. Sem revisao do orador.) - Sr. Presidente, Sr*8 e Srs. mento de mais de mil dolaies. Os Deputados estao sempre dizen- Congressistas, a Folha de S. Paulo publicou, ontem, uma pesquisa do que estao com o bolso vazio; eu tambem. inclusive, com a do Data/Folha que avaliava o desempenho dos Govemadores em conta no vermelho no Banco do Brasil. final de mandalo junto A opiniao ptiblica. Os govemadores recebe- Agora, sao so os Deputados? Ouvi aqui pessoas dizendo ram not as conforme o seu desempenho otimo, regular, bom ou que o salario mtnimo e pouco. mas que nao da para aumentar, e, pessimo. Na realidade, o que me chamou a alen9ao foi a atua9ao quando se fala em aumentar trma migalha do salario minimo, e desses govemadores em rela9ao ao que haviam deixado de fazer e uma guerra. Mas se e para votar aumento salarial de Deputado, o que constituiam reais problemas para a popula9ao dos Estados que Presidente da sessao, o nobre Deputado Wilson Campos, segura a gdvemam. Mar^o de 1994 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Quinta-feira 17 1815 Em reiai;ao a esse ponto, as queixas se concentraram em um sistema de representa9ao proporcional, como o nosso, funcio- educafao, saiide, seguran^a e habita9ao, justamente aquilo que ne de forma justa e equilibrada, e necessario que as minorias parla- conslilui o amparo social que o Estado deve dar a sua popula^ao mentarmente representadas nao sejam esmagadas pela maioria e no ambilo de suas alividades. nem, por outro lado, tenham condi9oes de impedi-la de goveraar, Entendo que a quase maioria dos Govemadores usaram na ou seja, nem o Govemo tiranico da maioria e nem o veto parali- sua administraijao o modelo neoliberal, que privilegia a grande sante da minoria. Esse e o criterio correto de avalia9ao do desem- empresa e esquece aquilo que e de fundo sociail: saiide, educa^ao, penho de um sistema eleitoral partidario. seguran^a e habitaijao. No Brasil, o padrao distributivo do poder parlamenlar por Esse modelo neoliberal pode ser aplicado em uma epoca em Estado e regioes toma o problema ainda mais agudo, ainda mais que haja desenvolvimento, mas em uma epoca de recessao, de de- em face do caraler fortemente centralizador - quase ficcional, diria semprego e de miseria, como vivemos hoje, o Estado lem que ser, - do modelo federalivo brasileiro. E sobretudo no Congresso que acima de tudo, um prestador de scrvi^o. O Estado tern que suprir o os Estados de menor poder economico e menor numero de habi- cidadao daquilo que ele nao tern como custear com os seus parcos tantes encontram espa90 para defender os seus interesses e com- salaries, com os seus parcos recursos. Portanto, o Estado deve pensar as suas inferioridades. concentrar-se justamente na educafao. na saude, na habila^ao e na Diminuir o numero minimo de Deputados e fraudar e enfra- seguran^a. quecer ainda mais o principio federative naquilo que ele tem de Digo essas coisas, porque o Estado, para se dedicar a esses mais essencial, que e o respeito as vontades das unidades que aspectos das necessidades do cidadao. tern que reformular algumas compoem a Federa9ao. das suas atividades. Por exeraplo, o Estado brasileiro tem que dei- Um govemo representativo so pode se considerar legltimo xar de ser um Estado empresario; para isso, deve quebrar monopd- quando todas as correntes pollticas se concentram no Congresso, lios, privatizar estatais, fazcr caixa, investir em educa^ao. saude e polo receptor e irradiador do Poder, sem exclusao de nem uma fra- habitaijao. Ncsse caso, estaria suprindo as necessidades do cida- 9ao sequer da opiniao publica nacional. dao. Dal decorre a necessidade imperiosa de se estabelecer insti- Por essa razao, esse processo revisional - o qual ate agora tucionalmenle o direito das minorias. tratamos de uma maneira em que os ponlos essenciais, que sao Jose de Alencar, autor de sofisticada teoria da polltica e da aqueles da ordem economica, nao foram tratados ou nao foram democracia proporcional, ja afirmara, no seculo passado, que a re- abordados ainda - 6 essencial na mudamja da estrutura do Estado presenta9ao das minorias 6 o "mais forte e tambem o mais legilimo brasileiro, para que se possa ler um Estado prestador de services, dos centros de resistencia que pode existir num pals livre". que venha a atender o cidadao nas suas necessidades. Sabemos que se o Estado nao investir cm educa^ao jamais sera um Estado A tese de que o sistema eleitoral brasileiro privilegia em ex- em desenvolvimento. cesso as regioes mais atrasadas, particularmente o Norte e o Nor- Temos o exemplo claro, evidente de nafoes que investiram deste, em detrimento da representa9ao da parte mais desenvolvida em educaijao, como o Japao, como os Tigres Asiiticos. Esses pai- do Pals, carece de fundamento. Em todas as elei9oes havidas a ses raudaram o perfil de desenvolvimento da sua popula^o era partir de 1950, jamais se configurou no Congresso uma situa9ao um curto espaijo de tempo. N6s, ao contrSrio, somos um Estado em que a minoria tivesse poder de veto em rela9ao a maioria, ain- empresirio: um mau empresario, corporalivista, que beneficia um da que se agregasse a Regiao Centro-Oeste as Regioes Norte e numero pequeno de pessoas mediante a manuten9ao dos monopd- Nordeste. lios. A exce9ao dos Parlamentos eleitos de 70 a 78 - durante a A mi distribui9ao de renda agrava-se cada vez mais, os po- vigencia do regime militar autoritario, portanto - o sistema parla- bres tomam-se cada vez mais pobres, o desemprego aumenta e a menlar brasileiro sempre preencheu, de maneira bastante apropria- recessao faz com que os sen^os essenciais nao atendam a popula- da, o requisite bisico da representa9ao que impede tantos abusos 9ao. da maioria como o veto da minoria. Vale dizer, o funcionamento Essa pesquisa de ontem e muito didatica quando mostra do Congresso sempre dependeu, como ainda depende, de coalizb- que, em uma epoca de recessao como a que vivemos, a aplica9ao es partidanas, respeito as minorias de opiniao e negocia96es entre do modelo neoliberal na administra9ao do Estado leva ao descon- Bancadas estaduais, dando prevalencia ao principio de justi9a fe- tentamento das popula96es. derativa. Esse bom desempenho s6 foi posslvel pela estabilidade Era o que cu tinha a dizer. Sr. Presidcnle. da distribui9ao proporcional da popula9ao, do eleitorado e da re- presenta9ao parlamentar pelos diversos Estados da Federa9ao. O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Conccdo a pala- O fenomeno da sobre-representa9ao, sem duvida, existe, vra ao nobre Congressista Mauri Sergio. mas precisa ser compreendido em toda a sua inteireza. Aquilo que O SR. MAURI SERGIO (PMDB - AC. Pronuncia o se- os criticos do sistema parlamentar brasileiro apontam como evi- guinte discurso) - Sr. Presidente, Sr*8 e Srs. Congressistas, como dencia de injusti9a distributiva e precisamente o mecanismo que representante de um Estado longinquo, de popula9ao rarefeita e assegura o que h4 de mais inviolivel no regime representativo. cconomia incipientc, venho a esta tribuna extemar a minha repulsa A sabedoria da Iegisla9ao consiste em fazer com que a des- 4s inumeras propostas de emenda constitucional ao art. 45 da proporcionalidade populacional da representa9ao seja compensada Constitui9ao Federal, visando reduzir o numero rmnimo de Depu- pela desproporcionalidade inversa da densidade eleitoral dos raan- tados por Estado. datos, o que equivale a dizer que quanto maiores o eleitorado e a O que me causa especie Sr. Presidente, Srs. Deputados, e popula9ao menor a densidade de representa9ao. que um problema de tal grandeza e magnitude possa ser encarado Como ocorre com a maioria dos palses de regime represen- de forma tao simplista e ainda haja quem se julgue capaz de solu- tativo, o universo eleitoral brasileiro e um universe em contlnua cionfi-lo com mera opcra9ao arilmetica. expansao, o que explica, em parte, a sucessiva amplia9ao do nu- A questao e grave e complexa, Srs. Congressistas, e toca o mero maximo de Deputados, fenomeno esle agravado pela cria9ao prdprio ceme da democracia representativa. Na verdade, para que de novas unidades federadas. 1816 Quinta-feira 17 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Man;o de 1994 Srs. Deputados, a representa^ao minima de 8 Deputados, E o mais interessante: de fato, pelas oricnta9oes que as Li- por Estado, eslabelecida originalmenle pela Emenda Constitucio- deran9as deram hoje. era claro que a maioria da Casa estava nal n0 8, de 1977, e mantida pela atual Constitui9ao, nao e um nd- apoiando o veto. Mas aquilo foi uma linguagem para a imprensa, e mero aleatorio que se possa allerar ao bel-prazer, como num o voto tomou oulra dire9ao. exercicio de advinha^ao: e fruto do amadurecimento da democra- Portanto, Sr. Presidente, muito ao conlrario daqueles que ja cia representaliva, que se vem aperfei^oando ao longo das ultimas se pronunciaram tentando atacar o nosso Partido, o que o Partido decadas. Reduzi-lo e correr o risco de produzir ondas de choque dos Trabalhadores tem e sensibilidade no momento politico histo- de amplitude imprevisivel, com profundas repercussoes na estrutu- rico que estamos vivendo, e gostaria que a Casa tivesse essa sensi- ra socio-politica e economica da Naijao. bilidade, para que, assim. nao ficassemos expostos, mais uma vez, A Revisao deve ter como escopo corrigir distort;oes e aper- diante do Brasil. Porque o Brasil olha para ca, e olha para este Par- fei9oar o regime democralico, e nao produzir modifica96es perigo- lamenlo com uma decep9ao muito profunda. Todos somos olhados sas e apressadas, suscetlveis de provocar a desestabiliza9ao do da mesma forma, independente da seriedade de alguns e da falta delicado equilibrio das fot^as pollticas, acentuando ainda mais os de seriedade de oulros. Precisariamos refletir isso de oulra forma. desniveis economicos entre as regioes. E oportuno lembrar que as Pessoalmcnle, quando viajo por todo o meu Estado e oulros Bancadas do Norte e do Nordeste somam hoje 208 Deputados. o Estados, percebo que o volume de dinheiro que ganho nao di para que corresponde apenas a 40% da represenla9ao nacional - um fazer tudo o que eu gostaria no que diz respeito as atividades que percentual perfeitamente compallvel com as regras do jogo demo- desenvolvo. No cntanto. tenho sensibilidade para pcrceber qual o cralico. momenlo que devemos disculir este assunto. Estou convicto, Srs. Deputados, de que a redu9ao do peso E fundamental esta reflexao, para que nao fique o discurso da representa9ao politica dos Eslados do Norte e do Nordeste sera de quern e contra ou a favor de aumento de salario. E preciso que desastrosa para a economia de toda a Regiao, fazendo minguar o se leve em consideTa9ao o cenario global das medidas que aqui es- fluxo de recursos necessaries a implementa9ao das polilicas de de- tamos lomando. Nao somos Deputados de nos mesmos mas do senvolvimento regional, o que certamente fara com que uma par- Pais e como tal temos responsabilidade. Esse foi o tema que me cela significativa da sociedade seja mera especladora e nao fez vir a tribuna. participante ativa do processo de modemiza9ao do Pals. Em tese, pessoalmenle, creio que o salario nao e o suficien- Era o que tinha a dizer. Sr. Presidente. te. mas o e diante de quern ganha um salario minimo, diante dos 32 milhoes que nao tem o que comer, diante da desmoraliza9ao Durante o discurso do Sr. Mauri Sergio, o Sr. que o Congresso sucessivamente se submeteu ao longo da historia Adylson Malta, I" Vice-Presidente, deixa a cadeira da brasileira nos ultimos tempos - esla at o resultado da CPI da cor- presidencia, que e ocupada pelo Sr. H umber to Lucena, rup9ao que ainda nao cassou os corruptos, e outros precisam ser Presidente averiguados, e nao demos resposta ao Pals - e, no entanto, aumen- tamos o salario. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Concede a Este e o debate que precisamos fazer - nao se e contra ou a palavra ao nobre Congressista Valdir Ganzer. favor simplesmente - o debate prioritario para que possamos res- O SR. VALDIR GANZER (PT - PA. Pronuncia o seguin- 5 ponder a expectativa do Pals. O companheiro que me anlccedeu le discurso. Sem revisao do orador) - Sr. Presidente, Sr" e Srs. falou que devemos privatizar tudo para resolvermos o problema da Congressistas, nao tenho duvidas de que o que aconteceu durante miseria no Brasil. Esta al a Argentina que privatizou tudo e quern a manha e inlcio da tarde de hoje, no que diz respeito a questao do comprou a estatal das telecomunica96es foi a estatal ilaliana e ou- aumento dos vencimenlos dos Deputados e Senadores, revela - ha, tras eslatais de outros palses. O trabalhador argentino ganha 200 entre nos, os que nao dependem desse salario, como ficou provado dolares! E um grande salario! No entanto, o refrigcrante la custa nas invesliga96es da CPI do Or9amento - que o poder de compra 3,5 dolares. Duzentos dolares na Argentina, hoje, 6 menos que 65 de fato e pequeno perto da responsabilidade que se tem, obvia- dolares aqui. mente tirando dai aquele que nao e responsavel, como o case que Temos que debater em que cenario e que estamos atuando, citei anleriormenle. para que, assim. possamos deixar de falar hipocrisias e para que o Mas e verdade tambem, e foi essa a avalia9ao que fizemos, Congresso Nacional possa cair na real. que o memento da historia politica nacional nao condiz com esse lipo de prioriza9ao do Congresso Nacional. Durante o discurso do Sr. Valdir Ganzer , o Sr. Temos varies oulros temas, que sao tao ou mais importantes Humberto Lucena, Presidente, deixa a cadeira da presi- do que esse. Por exemplo, e o proprio Programa do Ministro Fer- dencia, que e ocupada pelo Sr. Aecio Neves, 3" Scrrcld- nando Henrique Cardoso nao responde, os 32 milhoes de abando- rio nados, de faminlos, no Brasil. No momenlo em que o Congresso legisla em causa propria O SR. MUNHOZ DA ROCHA - Sr. Presidente, PC90 a e nao se preocupa com o montante de cidadaos do Brasil que estao palavra. fora da condi9ao minima de sobrevivencia, e obvio que isso nao e O SR. PRESIDENTE (Aecio Neves) - Concede a palavra bom para o Congresso. ao nobre Congressista Munhoz da Rocha. Nao e bom no momento em que o proprio Congresso e a O SR. MUNHOZ DA ROCHA (PSDB - PR. Pronuncia o Camara, ao discutirem a questao do programa do Ministro Fernan- seguinte discurso. Sem revisao do orador.) - Sr. Presidente, Sr*8 e do Henrique Cardoso, nao conseguem responder a problematica Srs. Congressistas, gostaria de, nesta oportunidade. solicitar aos desse piano no que diz respeito ao salario que cada um vai receber. companheiros Congressistas especial aten9ao para um dos itens da Esses sao temas extremamente importantes e priorilarios, pauta que diz respeito a crilerios para a cria9ao de Estados, ao como e o problema da questao agraria brasileira, como e o proble- mesmo tempo em que enfatizo a importancia de se apoiar a argu- ma da produ9ao de alimentos no Brasil. Nisso nao se toma o tem- m9nta9ao do parecer do Relator, cm que propoe a inclusao da ne- po necessario para que esla Casa decida. cessidade de apTova9ao das respectivas Assembleias Iegislalivas Mar^o de 1994 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Quinta-feira 17 1817 dos Estados para a eventual cria^ao de novas Unidades da Federa- Em tal transferencia, nao foram respeitados os direilos ad- ^ao. quiridos dos policiais militares que pertenciam a Uniao e que, sem E fundamcnta sua posifao dizendo que a inclusao da neces- embargo de todas as dificuldades que enfrentaram como autenticos sidade de aprova^ao das Assembleias Legislativas respectivas, no pioneiros, nao tiveram a prerrogaliva de op9ao, que foi assegurada proccsso de cria^ao de Estados, com o papel de deliberar sobre a aos servidores civis. convoca^ao do Plebiscito, a fun de - o que e importanle - assegu- Alids, temos conhecimento de que a mesma injusti9a foi rar a representa^ao popular de todos os grupos existentes no Esta- pralicada contra os policiais militares dos antigos Territorios Fede- do, reprcsenlando oficialmenle a popula^ao de todo o terrilorio; rals de Roraima e do Amapa. rcduzir a controversia sobre a idenlifica^ao dos grupos populacio- Em janeiro de 1994, em oficio que dirigimos ao Sr. Minis- nais que devem manifestar-se no Plebiscito. tro-Chefe da Secretaria da Adminislra9ao Federal, solicitamos que Gostaria de lembrar que a Constitui^ao atual permite algu- fosse regularizada a situa9ao funcional dos policiais militares de mas interprelafoes e tem facilitado a apresenta^ao de projetos de Rondonia, em face de direitos juridico-trabalhistas adquiridos por decretos-lcgislativo visando a realizafao de plebiscito para a cria- essa laboriosa classe. ^ao de novas unidades da Fcdera^ao, o que traz o risco de fazer Entretanto, Sr. Presidenle, fomos surpreendidos com a pu- com que o mapa brasileiro venha a se tomar uma verdadeira col- blica9ao da Portaria n0 663. do dia 10 do mes em curso, do Minis- cha de retalhos, ja que nao ha um criterio rigoroso que atenda as tro-Chefe da Secretaria da Adniinistra9ao Federal, cstabelecendo necessidadcs nacionais para decidir sobre essa questao. condi96es e criterios para o enquadramento defmitivo dos policiais Lembro as argumenta^ocs aqui apresentadas para a cria^ao militares dos ex-Territorios Federais de Roraima e do Amapa. do Estado de Igua^u, alraves da realiza9ao de um plebiscito. Tem sido dito, ja que o projeto foi reapresentado por ter E que, para nossa perplexidade, exatamente o Estado de sido derrotado neste plcnario, que uma das razoes prende-se a ne- Rondonia nao foi incluido na Portaria Ministerial, sem embargo de cessidade de um enfoque democralico, que o plebiscito seria de- nossa soIicita9ao e de pleitos que, desde os idos de 1991, tem sido mocritico. Entendo que, nesse caso especifico, seria realmente encaminhados a aprecia9ao da Secretaria da Adminislra9ao Fede- dcmocrStico sc a popula9ao de todo o Estado fosse ouvida. Ocorre ral pelo Govemo do Estado de Rondonia. que apcnas a popula9ao dos municipios direlamente inleressados e E preciso que essa discrimina9ao seja imediatamente repa- que iria ter voz nesse momenlo. rada, pois nao se admite que policiais militares em situa9ao identi- No caso especifico em que 70 municipios do Estado do Pa- ca tenham tratamento diferenciado. ran& c 70 de Santa Calarina seriam desmembrados para a cria9ao Por essa razao, Sr. Presidenle, dirigimos, desta tribuna, vee- do Estado de Igua9u, 80% da popula9ao do Estado do Parana e mente apelo ao Minislro-Chefe da Secretaria de Adminislra9ao Fe- 80% da popula9ao do Estado de Santa Calarina ficaria amorda9ada deral, Romildo Canhim, no sentido de que o ex-Territorio de nesse momento. Nesse caso, para agravar, temos que considerar Rondonia seja incluido na Portaria n° 663. que sao duas unidades da Federa9ao reconhecidamenle bem estru- Para finalizar. Sr. Presidenle, gostaria de registrar nesta turadas e com uma estabilidade economica e financeira reconheci- Casa que, no ultimo dia 5-03-94, a Universidade Federal Flumi- das. nense formou mais uma turma de engenheiros de telecomunica- Sc desmcmbrassemos esses municipios para criar nova Uni- 96es, tendo como Paraninfo o Professor Rene Pestre Filho e como dade, que seria o Eistado do Igua9u, leriamos, sem dtivida alguma, Patrono o Ministro Renato Archer. o nascimento de mais um Estado debilitado e o enfraquecimento Em seu discurso, o Ministro defendeu o monopolio das tele- dos Estados ja existentes, do Parana e de Santa Calarina. comunica96es, fazendo uma abordagem ampla e hislorica. Algumas outras argumenaces tambem jS procurei desta Solicito a Mesa que o seu pronunciamento seja transcrito tribuna contra-argumentar, como a da corre9ao da proporcionali- nos Anais desta Casa. dade de repTesenta9ao de um ou outro Estado aqui no Congresso Muito obrigado, Sr. Presidenle. Nacional. Nao 6 mediantc a cria9ao de novos Eistados que iremos DOCUMENTO A QUE SE REFERE O SR. APA- chegar a numeros mais racionais e corretos. RICIO CARVALHO EM SEU PRONUNCIAMENTO: Entendo, Sr. Presidenle, que estariamos trazendo um grande "Foi com grande satisfa9ao que recebi a escolha do meu beneficio a Na9ao e aos Estados, que correm o risco de vereip nome como paraninfo desta turma. Entendi, nesse gesto, um reco- grandes ireas produtivas suprimidas dos seus mapas, se aprovasse- nhecimento da amizade e do empenho com que busquei pautar o mos, na Integra, o parecer do Relalor Nelson Jobim, que preve, nosso convivio. As falhas que ocorreram foram devidas 4s minhas com muila clarividencia e oportunidade, que as Assembleias le- limita9oes pessoais, jamais a negligencia. gislativas dos Estados sejam ouvidas nessa ocasiao. A guisa de introdu9ao, devo avisar que esta minha sauda9ao Muito obrigado, Sr. Presidenle. sera um alerta. Como engenheiro de TeIecomunica96es, voces aca- O SR. PRESIDENTE (Aecio Neves) — Concedo a palavra bam de ingressar num mercado estimado em um e meio trilhao de ao nobre Congressista Aparicio Carvalho. ddlares nesta decada. Ingrcssam no setor que 6 o principal fator de O SR. APARICIO CARVALHO (PSDB - RO. Pronuncia lransforma9ao socio economico do Pais. Mas que, pelas 39068 em o seguinte discurso. Sem revisao do orador.) - Sr. Presidenle, Sr*8. curso no momento, amea9a a propria soberania nacional. Falo como cidadao, falo na condi9ao de quern tem o habito de refletir e Srs. Congressistas, a transforma9ao do antigo Territorio Federal 0 sobre as redoes socio polilicas que pcrmeiam o nosso cotidiano. de Rondonia cm Estado, por for9a da Lei Complementar n 41, de Em particular, sobre os conflitos de interesse que pressionam o 22 de dczembro de 1981, provocou traumas que uma transforma- modelo de explora9ao dos sen^os publicos de telecomunica96es 930 dessa natureza scmpre acarreta. no Brasil. Mais do que isso, enlrelanto, o diploma legal em questao Para iniciar, farei uma breve visita ao ano de 1962: num pcrpetrou tremenda injusti9a com rela9ao aos policiais militares do passado remoto, pre-hislorico, mas pouco conhecido de voces, antigo Territririo, transferindo-os, compulsoriamente, para a tutela aconteceu um falo importantissimo para a vida profissional que da nova Unidade Federaliva. hoje estao ingressando. Nesse ano, se encontra um dos mais im- 1818 Quinta-feira 17 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Mar^o de 1994 portantes marcos da Historia no Brasil. Surge o Codigo Brasileiro da necessidade da presta9ao de senses altamente deficitarios do de Telecomunica^oes. Muito mais do que um con junto de normas, ponto de vista economico, conslruimos um sistema de telecomuni- esse Codigo d4 forma legal a um projeto politico de cunho nacio- ca96es, representado pelo Sistema Telebras, que e auto sustentado nalista, resultado de arduos debates na sociedade e, em particular, gra9as a pratica do subsidio cruzado no interior do setor. O atendi- no Congresso Nacional. Obra de cria^ao coletiva, para ele, muito mento com servi90s basicos as areas densamente povoadas e a contribuiram os parlamentares de porte de Barbosa Lima Sobrinho presta9ao de sen^os sofisticados como a telefonia m6vel celular e e de Ulysses Guimaraes, s6 para citar dois dos hoje mais conheci- os de comunica96es de dados, apresentam resultados econ6micos dos. A esses, se juntou um sem mimero de idealistas que enten- positives, que sao transferidos intemamente de modo a fazer frente diam, ja nesse tempo, que sem uma eficienle e soberana rede de aos elevados custos da presta9ao dos sen^os em areas mais afas- telecomunica^oes estariamos condenados a ser um arquipelago tadas. Estatisticas moslram que da ordem de 70% das localidades formado por ilhas de atraso, isoladas e vulneraveis a a

V 1864 Quinta-feira 17 DIARIO DOS TRABALHOS REV1SIONA1S Mar^o le 1994 Isso melhora, isso avan^a em rela^ao a Constitui?ao. Mas O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Concede a qual e o ponto de divergencia? Nao e o avanfo, nao e a ampliaijao. palavra a V. Ex*. Sr. Presidente. O ponto central - e chamo a alen^ao do men amigo O SR. SAMIR TANNUS (PPR - MG. Pela ordem. Sem Miro Teixeira - e que nao e isso que amplia a imunidade. O que revisao do orador) - Sr. Presidente, estou aqui ha tres anos, e vota- nao queremos e a impunidade de deixar no mofo da Comissao de mos duas licen9as para processar Deputados. Justi^a os processes que ficam arquivados. Se existem 68 pedidos de licen9a, por que a Mesa so colo Sr. Presidente, o que a Mesa propoe, o que o Relator pro- cou em vota9ao os referentes a dois Deputados de Rondonia? Por poe?' ' que nao traz os demais para o plenario desta Casa, para apTecia9ao O processo - vejam bem - avan^a. O Pleno do Supremo 6 de lodos os Srs. Parlamenlares? obrigado a se pronunciar c admitir a instaura^ao penal; e o Pleno Essa emenda peca no seu fim. Se em 90 dias esta Casa nao do Supremo, nao e o juiz. Nao e o juiz. Sr. Presidente. se pronunciar sobre a licen9a, nem duranle as 15 sessoes legislati Hoje, e apenas o juiz que manda o processo para esla Casa. vas, e porque nao quer concedcr a licen9a. Dai vem a licen9a com- ' Quando o processo aqui chega, a imagem do Parlamentar ja esta pulsoria e automatica. E um absurdo! Deveria ser o conlrario. maculada, porque se trala de ai^ao de um juiz. Porlanlo, volo contra e aconsclho a todos votarcm contra Nesta emenda, nao! O Pleno do Supremo Tribunal Federal lambem. e que admite a instaura9ao da aijao penal. O SR. LUIZ SALOMAO - Sr. Presidente, pe9o a palavra O SR. PRESIDENTE (Humberlo Lucena) - Nobre Con- pela ordem. greSsista Jose Genoino. pe<;o que V. Ex* conclua o seu pronuncia- O SR. PRESIDENTE (Humberto Iaicena) - Tern V. Ex* a mento. palavra. O SR. JOSE GENOINO - Sr. Presidente, teremos um O SR. LUIZ SALOMAO - (PDT - MA. Pela ordem. Sem prazo de 90 dias, quando, enlao, a materia entrara na pauta para revisao do orador.) - Sr. Presidente, a emenda aglutinativa do Re- deKbera9ao em quinze sessoes deliberativas ordinarias. lator e composta basicaraenle de duas partes. ' Ora; Sr. Presidente, estamos preservando a Casa e obrigan- O caput do art. 53, conforme a emenda do nobre Relator. do a deliberar; nao estamos rasgando a imunidade parlamentar. Deputado Nelson Jobim. trata da inviolabilidade, aspccto cm quo Com isso, nenhum Depulado sera preso porque estara numa greve S. Ex' especifica que a imunidade parlamentar tern de ser inviola- ■ ou cumprindo o seu mandate e processes nao permanecerao arqui- vel do ponto de vista civil e penal. Quanto a isso, todos os Parla- vados na Comissao de Justi9a, proporcionando assim uma ma ima- menlares - posso arriscar - estao de acordo. A polemica se gem para esta Casa. Isso nao vai ocorrer. Vamos aprovar essa estabeleceu no ponto que trata do criterio da imunidade: se se emendal mantem a formula atual, ou seja, de que a imunidade e existenle e Apelo ao meu amigo Deputado Miro Teixeira, para que S. tem que ser derrubada pela licen9a, ou se se concede imediatamen • Ex* compreenda a conjuntura desta Casa. Saimos de uma CPI do te a licen9a e o Plenario da Camara ou do Senado tem que suslar o ' C)r9amento; saimos de fatos dolorosos para a lnstitui9ao. Por isso, processo. e necessario regulamentar, com justi9a, a imunidade parlamentar. Dai, Sr. Presidente, quero ponderar a V. Ex', dado o grau dc Desculpem-me por ter sido tao veemente. emocionalismo presente no plenario, que devemos separar esses Era o que linha a dizer. Sr. Presidente. dois itens, por meio de um destaque para vota9ao em separado do O SR. MIRO TEIXEIRA - Sr. Presidente, pe90 a palavra § 2° do art. 53. por ter sido cilado. Gostaria de ouvir o Relator sobre estas duas possibilidades: O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Concede a ou um DVS para separar o caput dos paragrafos ou uma subemen- palavra a V. Ex*. da aglutinativa de plenario feita por S. Ex', o Relator. O SR. MIRO TEIXEIRA (PDT - RJ. Pela ordem. Sem re- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Concede a visao do orador.) - Sr. Presidente, sobre a Comissao de Constitui- palavra ao nobre Relator. 9ao e Justi9a e de Reda9ao, por um dever de corlesia com queridos O SR. NELSON JOBIM (Relator) - Sr. Presidente, cfcti amigos, evitei fazer comentarios. vamenle o lexlo do projeto do substitutivo da rclatoria dispoe dc Curiosamente, esses processes que estao acumulados na dois temas distintos; trata, no mesmo texto, de dois assuntos rigo- Comissao de Constitui9ao e Justi9a e de Reda9ao ha muito tempo rosamente autonomos. e que ate horrorizam a lodos nos ja poderiam estar sendo tocados O primeiro tema diz respeito a inviolabilidade parlamentar. por seus membros ilustres, como o Deputado Jose Genoino, o De- Neste caso, o texto do caput do projeto do substitutivo da relatoria pulado Roberto Magalhaes, como o proprio Relator, meu fralemo inclui a inviolabilidade civil. Amplia, porlanlo, a inviolabilidade amigo, a exemplo dos oulros dois, Deputado Nelson Jobim. parlamentar para assegurar tambem a inviolabilidade civil. O que Nao se deve misturar as coisas. Uma e a Comissao de Cons- isso signiftca? Hoje, o texto da Constitui9ao dispoe: litui9ao e Justi9a e de Reda9ao da Camara dos Deputados nao estar "Os Deputados sao inviolaveis por suas opinides palavras e cumprindo com os prazos regimentais como deveria; outra, que o votos." Depulado Genoino trouxe aqui a luz, ou a sombra, produzindo A interpreta9ao do caput do art. 53 da Constitui9ao atual confusao, e misturar esse assunto com a CPI do O^amento. Isso e somente assegura a inviolabilidade penal e nao a civil. Esta sendo inaceitavel! incluido no texto a inviolabilidade civil, para evitar cxatamente, Eu nao defendo a impunidade, e a Casa nao esta asseguran- como esta acontecendo, processes cm decorrencia 4s indeniza90cs civis de pretenses ilicitos nao cometidos e que estariam abrangidos do a impunidade de ninguem. Ha 17 Deputados indiciados, em vias de julgamento. Nao~vamos permitir esse tipo de afronta k inte- pela inviolabilidade criminal. ligencia de quern quer que seja, e ninguem aqui esti para ser inti- Portanto. Sr. Presidente, nenhum discurso de cncaminha- midado por esse jogo de palavras. mento feilo nesta Casa e neste momento foi contririo a inviolabili- O SR. SAMIR TANNUS - Sr. Presidente, pe9o a palavra dade civil. Sobre esta materia, quer parecer 4 relatoria que h4 um pela ordem. consenso no senlido da intTodu9ao da inviolabilidade civil. Marijo de 1994 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Quinta-feira 17 1865 O tema e controvcrtido no quc diz respeito ao § 2° do art. 53 ma equivocada o meu discurso, seguramente por deficiencia mi- do texto. O § 2° do art. 53 do texto primitivo di um tratamento di- nha e nao dele; seguramente porque eu nao me expus muito clara ferente ao texto da Conslitui^ao, como tambem a emenda aglutina- mente. tiva oferecida pelo Deputado Roberto Magalhaes que concede Nao enlendo rigorosamente da maneira como o Sr. Relator outro tralamcnto ao texto. traduziu. Penso que e uma das falhas da emenda do Relator exata- Advirto tambem, Sr. Presidente, que ha um detalhe no texto mente exigir a dentincia antes do encaminhamento do pedido de da emenda aglutinativa e no § 2° ao qual o Deputado Miro Teixei- autorizaijao. ra, ao que tudo indica, nao se opoe. Eu consagro a parte inicial relativa a inviolabilidade - tem Quero lembrar aqui, com a presen^a do Lider do PDT, que razao. Quanto ao resto. nao. Com rela^ao a imunidade, penso que foi exatamcnte neste plenSrio que este Deputado obstruiu a possi- todo o texto do Relator deve ser derrubado. bilidade de uma decisao, de uma concessao de licen^a num caso O SR. GERSON PERES - Sr. Presidente, pe^o a palavra em que S. Ex*, Deputado Luiz Salomao, estava sendo acusado, pe- pela ordem. rante o Supremo Tribunal Federal, de inviolabilidade, de nao prali- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Pela ordem, ca de illcito. O Supremo Tribunal Federal solicitou a licenfa, em concede a palavra a V. Ex*. 1988, para o processamento do Deputado Luiz Salomao por dis- O SR. GERSON PERES (PPR - PA. Pela ordem. Sem re cussoes, por manifesta^oes de S. Ex* no exercicio do mandato. A visao do orador.) - Sr. Presidente, quero me dirigir ao Relator para Casa estava para votar o tema, quando este Deputado se opos, ale- fazer uma indagafao a S. Ex'. Gostaria de perguntar a S. Ex* se sc- gando que nao 6 caso de concessao de licen^a quando se trata de ria possivel, devido ao clima de controversia e de bons argumentns inviolabilidade e que o Supremo Tribunal Federal nao poderia en- apresentados por um e outro em rela^ao as imunidades, se nao po- viar pedido de licen^a sobrc fatos relativos a inviolabilidade. deriamos incluir nessa emenda o chamamento da responsabilidade Esla solu^ao, no scntido'de que o pedido de licen^a so seja daqueles que nao votarem a imunidade. encaminhado depois de instaurada a a^ao penal e depois de admi- Em vez de ficar na dependencia de uma obstru(io, cm vez tida a dentincia, exclui a possibilidade de chegar a Casa aqueles de ficar na dependencia de a Mesa Diretora incluir ou nao o pro- processes que nao cabem, exatamente porque nao sao cases de ill- cesso, em vez de ficar na dependencia de uma desconfian^a gerada citos penais, porque acobcrtados pela inviolabilidade. contra um Parlamentar que esla sendo processado, por que essa Creio que o Deputado Miro Teixeira, quando encaminhou, emenda nao traz uma determina^ao que obrigue a votar, sob pena a isto nada se opos. O que o Deputado Miro Teixeira deseja e exa- de crime de responsabilidade de quern nao votar? tamente o problema do prazo para a concessao da licenf a. Parece-me assim mais correto, porque ai todos n6s seriamos Sr. Presidente, Srs. Parlamentares, a unica forma para sepa- obrigados a votar. Ou, entao, por que nao colocamos que todas as rarmos as questoes conlrovertidas e as Lideran^as oferecerem um materias ficam suspensas no Congresso enquanto n3o se votar, destaque para votar em scparado os §§ 2° e 3° do texto. Assim, sal- dentro do prazo, a licenga? Isso seria mais correto, teriamos algum va-se a parte relativa a inviolabilidade civil. mecanismo para eliminar a desconfianfa na operacionaliza^ao da O SR. LUIZ SALOMAO - Sr. Presidente, pe^o a palavra materia a ser votada. pela ordem. Nao sei se V. Ex' ouviu, mas o Congressista Samir Tannus O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Tem V. Ex' a fez uma coloca^ao valida sobre isso, que nos deixa numa situa^ao palavra pela ordem. dificil. Acho que o Relator poderia acrescentar o crime de respon- O SR. LUIZ SALOMAO (PDT - RJ. Pela ordem. Sem re- sabilidade ou o envolvimento de quem nao votar, conivente com a visao do orador.) - Sr. Presidente, quero me congratular com o no- materia, ou criar obsliiculos a todas as materias, para gerar a obri- bre Rclator, porque o entendimcnto de S. Ex* exatamente coincide, ga^ao de votar a licen^a. Seria mais positivo. e desejo teslemunhar a a^ao energica e democratica que S. Ex' Gostaria de ouvir o Relator, Sr. Presidente, para saber se ele exerceu no passado. pode nos ajudar, senao vamos pedir que nao se de quorum para Entretanto, o que eu gostaria de ponderar a V. Ex' e que ha votar essa materia hoje, neste clima de emexjao e de controversia entendimcnto de alguns Lideres de que devessemos deixar essa tao ampla que estamos vivendo neste momento. materia para amanha. Poderiamos passar ao prdximo item da pau- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Conccdo a la. (Protestos no recinto.) palavra ao Relator. 0 SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Houve um re- O SR. LUIZ CARLOS HAULY - Sr. Presidente, ha 40 querimento de adiamento que foi rejeitado. minutos eslou esperando a oportunidade para fazer uma indagafao O SR. LUIZ SALOMAO - Mas aquele era um requeri- a V. Ex*. mento anterior a vota^ao, formalmente apresentado. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - O Relator vai O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - V. Ex' fez fazer um esclarecimento e, em seguida, concede a palavra a V. uma proposla e foi aceita pelo Relator. Se os Lideres enviarem um Ex'. requerimento propondo a vola^ao em separado, sera feito entao. O SR. NELSON JOBIM (Relator) - Sr. Presidente, o Con- O SR. LUIZ SALOMAO - Pego a V. Ex' que nos de um gressista Gerson Peres pretende com sua sugestao e manifesla^ao minuto apenas para concluir o requerimento. introduzir mais um mecanismo de garantia. Todos os mecanismos O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Pois nao, de garantia sao eventualmente possiveis, desde que haja um lexto aguardamos o requerimento. a ser examinado. O SR. MIRO TEIXEIRA - Sr. Presidente, pe^o a palavra O que o Congressista Gerson Peres trouxe ao conbecimenlo pela ordem. do Plenario foi a sua preocupa^ao com alguns mecanismoc de ga- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Pela ordem, rantia, que assegurem a vota9ao. conccdo a palavra a V. Ex' Ocorre, Srs. Parlamentares, que 6 importante ter presenle - O SR. MIRO TEIXEIRA (PDT - RJ. Pela ordem. Sem re- e essa 6 a dificuldade do tema que estamos enfrentando - que no visao do orador.) - Sr. Presidente, o Sr. Relator reescreveu de for- texto da Constituifao atual nao deliberar 6 negar a licemja. Isso 6 o que temos que ter presente. Como o texto da Constituifio atual 1866 Quinta-feira 17 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Mai^o de 1994 determina que a licen^a e condiifao para o prosseguimento da aijao E precise que o Plenario tome conhecimento disso para que penal, nao deliberar no plenario e negar a licen9a. Ou seja, o meca- nao cometa mais um erro, pois esta Casa e composta de homens nismo de nao deliberar e negar a licen^a, islo e. a obslru^ao e a series, que nao precisam. Sr. Presidente. temer a mudan^a de pro- vontade de nao volar nao concedem a licen^a. cedimento, pois nao tenho duvida de que o texto do Depulado Ro- O que se esta invertendo na Emenda Roberto Magalhaes e berto Magalhaes nao s6 amplia a imunidade, como melhora que nao deliberar significa conceder a licen^a, e e ai que esta o sobretudo a inviolabilidadc do mandato. ponto fundamental: na medida em que haja interesse em negar-se a Nao adianta decidirmos emocionalmente em nome de um licemja, havera interesse era deliberar no plenario. e essa e a regra corporativismo que nao apoia e que esta Casa, nos momenlos deci- que se inverte. sivos, tem demonstrado. Digo isso para que todos nos nao sejamos E evidenle que se o Depulado Gerson Peres produzir uma futuramente responsabilizados por atos que nao queriamos ter co- alleragao, um texto, para assegurar mecanismos de garanlia de que metido em fun(;ao de uma confusao eslabelecida no plenario sem o vai haver a dclibera^ao e nao vai haver obslru^oes para que, nos conhecimento total do texto. 90 dias, ou nas 15 sessoes. a materia seja votada, poderiamos exa- Solicito a V. Ex*. Sr. Presidente Humberto Lucena, que mina-lo. Temos de inlroduzir garantias. Creio que isso e possivel, pe^a mais uma vez ao Relator - apelo para a paciencia do Depula- desde que S. Ex* produza o texto. do Nelson Jobim - que explique ao Plenario correlamente essa O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Concede a emenda, que e boa, que nao pode ser dividida. Embora eu cntenda palavra ao nobre Depulado Luiz Carlos Hauly. a colabora^ao do nobre Depulado Jose Genoino para aprovar a emenda, ela nao pode sobreestar-se a pauta, pois oulras malerias O SR. LUIZ CARLOS HAULY (PP - PR. Pela ordem. importantes tambem tramitam nesla Casa permanentemenle. Sem revisao do orador.) - Sr. Presidente, Sr. Relator, estamos dis- Portanto. Sr. Relator, a emenda e otima, mas pe^o a V. Ex' cutindo o que? Onde esta o texto publicado, que ja mudou tres ve- que, mais uma vez, esclare^a essas questoes ao Plenario. pois, se zes? Ja nao sei mais o que se esta votando, nao sei como todos tomarmos conhecimento de seu texto plenamente, nao tenho encaminhar a minha Bancada, nao sei qual e o texto. Ha boa von- duvidas da sua aprova^ao. tade, mas, do jeito que esta sendo (eilo, somos obrigados a volar O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Com a pala- contra tudo, porque nao e possivel que nao haja um texto publica- vra o Relator. do, escrilo. Tenho aqui, em minhas maos, um texto escrito a mao. O SR. ROBERTO EREIRE - Sr. Presidente, tenho uma Nao e possivel que possamos votar uma materia tao imporlanle duvida sobre o assunto. Portanto, pc^o a palavra pela ordem. sem a publica^ao de um texto defmitivo. O SR. PRESIDENTE (Humberto loiccna) - Com a pala- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Foram distri- vra V. Ex' e depois ao Relator. buidas mais de lOO copias no plenario. O SR. ROBERTO EREIRE (PPS - PE. Pela ordem. Sem O SR. JOSE GENOINO - Sr. Presidente, pe^o a palavra revisao do orador.) - Sr. Presidente, goslarla de fazer uma ponde- pela ordem. rafao, pois entendo que esta Casa tem experiencia e conhece como O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Tem a pala- se elaboram as leis. vra, pela ordem, o Congressista Jose Genoino. Com o lipo de condu^ao, de procedimento que estamos O SR. JOSE GENOINO (PT - SP. Pela ordem. Sem revi- adotando, esta Casa nao votaria nunca um projelo de lei. E um sao do orador.) - Sr. Presidente, atendendo ao apelo do nobre Re- projeto de lei pode receber um veto; um projeto de lei, raesmo lator, fa^o a seguinte sugeslao formal, para a compreensao do aprovado, pode amanha ser revogado por uma outra decisao. Esta Depulado Gerson Peres - e solicilo a S. Ex" que oucja a minha su- Casa, em momentos como esle, para, negocia e vem, pelo menos, geslao. sabendo o que votar! Estamos votando uma emenda constitucio- Ficaria o texto assim: que devera deliberar em 90 dias a nal, nao e um algo qualquer! contar do recebimento do pedido, e, nao fazendo, sera materia in- Com esse tipo de discussao, nao vamos aprovar nada, por- cluida era Ordem do Dia - e ai vem a sugestao. Sr. Presidente -, que a Casa se sente insegura ate de saber o que se esta votando, na sessao imediata, sobreesladas as demais delibera^oes por 15 porque emendas estao sendo feilas por microfone de apartes! E sessoes ordinarias. Portanto, nobre Congressista Gerson Peres, ela olhe que nao estou contra a Revisao; ao conlrario, quero que ela enlra para ser votada nas 15 sessoes ordinarias, e vai sobreestar a funcione. Mas, desla forma, nao vamos aprovar nada. Esta pressa e pauta para for^ar o Congresso a deliberar. Entendo que inserindo este afogadilho vao inviabilizar todo e qualquer relatorio! no texto o papel de sobreestar a pauta, ha uma garantia de que o Congresso deliberara. E necessario, raesmo que percamos uma sessao, que se sen- Portanto, o texto que ofere^o a V. Ex*, nobre Relator, e que te e se faija uma proposta; que pelo menos as Liderangas tenham entra na pauta, e nas 15 sessoes ordinarias vai sobrestar a pauta, conhecimento do que se trata e sobre a materia em questao se pro- como acontece com os velos no Congresso Nacional. Entra na nunciem. Mas nao aqui, em plenSrio, onde se esti fazendo emenda pauta, para tudo, e o Congresso tem que deliberar. Acho que e a por microfone! unica garanlia possivel para que o Congresso delibere sobre a ma- Digo que, com esle procedimento, nao vamos aprovar nada. teria. E isso nao e uma materia qualquer que amanha vetaremos, revoga- O SR. LUIS EDUARDO - Sr. Presidente, pela ordem. remos ou substituiremos por outro projeto. Tratam-se de institui- O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Concede a foes, de inviolabilidadc e de imunidade, e que, portanto, nao palavra a V. Ex*. podem ficar com um quadro caolico como esse. O SR. LUtS EDUARDO (PEL - BA. Pela ordem. Sem re- Fago essa ponderagao. Acredito que nao perderemos nada visao do orador.) - Sr. Presidente, e precise voltar a esclarecer ao se partirmos para uma negociaijao previa das malerias que vem Plenario, claramente, o conteudo dessa emenda. Aqueles que nao aqui ser votadas, e nao se fazer negociagao por microfones de desejam a mudan^a. confundem o Plenario. tenlando demonstrar aparle. que a imunidade parlamentar esta sendo diminuida. Nao e verda- de. Sr. Presidente, ela esta sendo ampliada. O SR. GASTONE RIGHI - Sr. Presidente, pe^o a palavra. Mai\o dc 1994 DIARIO DOS TRABALHOS RBVISIONAIS Quinta-feira 17 1867 O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) -Tem a palavra judicado, porque dclibera na previa licen^a da Casa para o proces- V. Ex' so. Ficaria praticamenle sem esta terminologia ei i funfao do § 1° O SR. GASTONE RIGHI (FI B - SP. Pela ordem. Sem proposto pclo Relator para remoter isto para o § ", que seria vota- revisao do orador.) - Sr. 1'residerUc, na condi^ao dc aulor da do. emenda, qucro dizer quo a cmenda que esta posla cm vola^ao e dc Gostaria, em primeiro lugar, de ouvir a opiniao do Relator, minha autoria. Dcvo dizcr que aprcsentci, na ultima scssao, o Sr. em fun^ao da confusao que esta sendo criada cm plenario; estamos Rclalor acolheu, a proposta. e o fundamental e que a essencia da ate correndo o risco de termos uma votai^ao tumultuada. por falta minha proposta era fazer com que o Supremo Tribunal Federal li- de oriental ao dos Congrcssistas. vesse uma dcctsao antes dc mandar pedir licen^a para proccssar o Seria bom que, juntamente com o esclarecimenlo do Sr. Re- Parlamcntar. Esta dccisao prcvia do Supremo era a garanlia de in- lator, ouvissemos tambem a opiniao dc S. Ex' sobre se deveriamos violabilidadc do mandato, a garantia, pclo menos, da admissibili- ou nao deixar essa volaijao para uma outra ocasiao. quando uma dade da dcnuncia. emenda aglutinativa com as sugestbes das varias Lidcranf as fosse Sr. I'rcsidcntc, o Sr. Rclator c o Dcputado Roberto Maga- oferecida c pudessemos votar com toda scguran^a. Ihacs, como Sub-Relator, apcrfci^oaram a minha idcia. A minha proposta de 90 dias para julgamento foi ampliada para mais 15 Nao queremos. Sr. Presidente, fazer qualquer tipo de discri- scssocs. Na rcalidadc, quern aqui disse que cslamos diminuindo a mina^ao e nem qualquer tipo de prole^ao com rela9ao a essa imunidade faltou com a verdadc ou foi mistificado pela confusao. emenda. F. por esse motivo que gostariamos de ouvir a opiniao do Nao hi nenhuma diminui^ao; ao conlrario, o que exisle e um au- Sr. Relator. mento de protctjao em tomo da cfctiva inviolabilidade, que e o que O SR. PRESIDENTE (Humberto I xicena) - Aten^ao. Srs. prccisamos defender, nao a impunidadc. Nao ha nenhuma dimi- Congrcssistas, concedo a palavra ao nobrc Relator. nui^ao, portanto, na imunidade. O SR. NEI.SON JOBIM (Relator) - Sr. Presidente, esta- mos num impasse sobre a inslruijao da emenda. E precise que os Srs. Parlamcntares atcntcm para o texto da Sr. Presidente, com base no art. 175, lelra e, do Regimento emenda, que simplesmcnte diz que o Supremo Tribunal Federal Intemo do Senado Federal, pet^o a retirada de pauta da materia tem que previamente sc pronunciar antes de pedir licen^a. Isso ar- para que a mesma possa ser inslruida adcquadamenle. quivara 95% dos processes. O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - A Presidencia Sou membro da Comissao de Justii^a ha muitos anos e te- defere o rcquerimcnto do Sr. Relator, na forma regimental. mos dado parecer pcrmanentcmcntc sobre processes prescrilos. so- Ficam sobrestadas as demais materias da pauta. bre demincias ineptas, sobre qucixas que fercm a inviolabilidade. Sao as seguintes as materias com apreciagao sobrestada: No entanto. Sr. I'rcsidcnte, muitos dos que aqui sc pronun- Aprecia^ao, em primeiro tumo, das Propostas Revisionais e ciaram tem razao. Uma materia lao complexa nao podc scr votada respectivas emendas, ofcrecidas ao art. 45, da Constitui9ao Federal com emendas e subemendas que afloraram neslc momento. Nos, (sistcma clciroral) - Parecer n0 21, de 1994-RCF.3 que participamos da elabora^ao, que cslavamos mais por dentro do assunto. comprccndemos a exata dimensao do que esta proposto. Aprecia9ao, em primeiro tumo, das Propostas Revisionais e Mas, Sr. Presidente, aqui ha cenlcnas dc Parlamcntares que respedtivas emendas, oferecidas ao art. 55, da Constitui9ao Federal (perda do mandato parlamenlar) - Parecer n" 13, dc 1994-RCF. nao compreenderam exatamcnte a emenda em toda sua literalida- Aprecia9ao. cm primeiro tumo, das Propostas Revisionais e dc. Portanto, e precise que a Presidcncia do Congresso e, princi- respectivas emendas, oferecidas ao art. 18, paragrafo 3°, da Consli- palmentc o Sr. Relator, Dcputado Nelson Jobim, compreendam tui9ao Federal (cria9ao de Eslados) - Parecer n° 9, de 1994-RCF. que, neste tumulto, e impraticdvel votar esta materia. Vamos le-la Aprecia9ao, em primeiro tumo, das Propostas Revisionais e rccusada, nao porque seja nefanda ou ruim, mas sim porque foi in- respectivas emendas, oferecidas ao art. 18, § 4° da Conslitui9ao comprccndida. Federal (cria9ao dc Municipios) - Parecer n" 10, de 1994-RCF. Faz-se mister que a Mesa tome a dccisao dc mandar publi- O SR. TARCISIO DELGADO - Sr. Presidente, pe90 a ca-la, votcmo-la amanha ou na semana que vem, mas vamos ter palavra pela ordem. aprecia^ao pondcrada, equilibrada c com perfcita ciencia dc todos O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Concedo a os Srs. Congrcssistas. palavra a V. Ex'. O SR. MARCELINO ROMANO MACHADO - Sr. Pre O SR. TARCISIO DELGADO (PMDB - MG. Pela or- sidente, pet^o a palavra pela ordem, dem. Sem revisao do orador.) - Sr. Presidente, o Relator acaba de O SR. PRESIDENTE (Humberto Ixiccna) - V. Ex' tem a retirar rcgimentalmcnte a materia de pauta, palavra. Aproveilando essa oportunidade, gostariamos de conclamar O SR. MARCELINO ROMANO MACHADO (PPR - todos os Congrcssistas para que permane9am em Brasilia a fim de SP. Pela ordem. Sent revisao do orador.) - Sr. Presidente, quero deliberarmos sobre a materia; em seguida, gostariamos de convi- solicitar uma informa^ao do Relator que colaborara com todas as dar todos os Lidercs que por ela sc interessem para uma reuniao questocs que foram levantadas. amanha, as 14hs. no sentido de chegarmos a uma reda9ao final do Prescnciamos que existem algumas corrcntes com rela^ao a texto e podermos aprova-lo. vola^ao dessa materia. Ha uma lendencia para dividir a vota^ao, Fica, portanto, marcada para amanha, as 14h, uma reuniao votando cm primeiro lugar o art. 53, em seu caput. e. postcrior- em nosso gabincte. mente, o § 2° desle artigo, que esta sendo oferecido atraves de uma Sr. Presidente, pediraos, tambem, que todos eslejam presen- subemenda do Rclator a Emenda Aglutinativa n" 1. les, amanha, aqui no plenArio para votarmos essa materia tao im- Sc for aprovado o art. 53 no seu caput, como esta sendo su- portantc. gerido, ou seja, atraves de um DVS e se rejeilarmos - ai chamo a aten^ao do Sr. Relator para que possa opinar - a subemenda que O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - O Relator re- estA sendo oferccida a emenda aglutinativa, ficariamos num im- quereu, e o Presidente deferiu a retirada de pauta para melhor ins- passe, pois o § 1°, que foi rcdigido para rccebcr o § 2°, ficaria pre- tru9ao da materia. 1868 Quinta-feira 17 DIARIO DOS TRABALHOS REVISIONAIS Mar^o de 1994 Pe^o aos Srs. Congressistas que permane^am em Brasilia Fa90 urn apelo a V. Ex" e ao Relator; que comecemos a vo- ate amanha, porque havera uma reuniao dos Srs. Lideres com o Sr. tar alguma coisa que possa sinalizar que o Brasil vai mudar. Essas Relator para uma melhor reda9ao dessa emenda aglutinativa, a fun emendas nao resolvent nada, isso nao inleressa a Na9ao, isso e um de fazermos a sessao unicameral, as 14h, e aprovarmos em defmi- problema menor. Temos que enfrentar os problemas nucleares, ou livo essa materia. seja, o problema economico, o problema da Previdencia, que po- Lembro aos Srs. Senadores que amanha, as lOh, havera ses- dem inviabilizar o future deste Pais. sao extraordinaria do Senado para apreciaijao do parecer da Co- Estamos sendo malvislos pelo Pais porque, para os que es- missao de Constituiifao, Justiija e Cidadania sobre a tao 14 fora, estamos votando coisas de interesse pessoal. Isso tern admissibihdade do processo de perda de mandato do Senador Ro- que mudar. naldo Aragao. O SR. LUIZ SALOMAO - Sr. Presidente, peijo a palavra O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Nobre Con- pela ordem. gressista, s6 pode haver mudan9a com apoio do Plen4rio pois tera O SR. PRESIDENTE (Humberto Lucena) - Concede a que haver requerimento de preferencia dos Lideres para a vota9ao palavra a V. Ex" das malerias relacionadas com a ordem economica. E o Plen4rio O SR. LUIZ SALOMAO (PDT - RJ. Pela ordem. Sem re- tem que volar. visao do orador.) - Sr. Presidente, quero cumprimenla-lo porque, a O SR. JOSE LOUREN

PRESIDENTE Senador HUMBERTO LUCENA

1? VICE-PRESIDENTE Deputado ADYLSON MOTTA

2? VICE-PRESIDENTE Senador LEVY DIAS

1? SECRETARIO Deputado WILSON CAMPOS

2? SECRETARIO Senador NABOR JUNIOR

3? SECRETARIO Deputado AECIO NEVES

4? SECRETARIO Senador NELSON WEDEKIN DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL

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SEQAOII (Senado Federal)

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RevIsTA cJe llsfORMAQAO LEqislAiivA n.0 118 — abril/junho 1993 Leia neste numero: 0 perfil constitucional do Estado contemporaneo: o Estado detnocr&tico de direito Inocincio Mdrtires Coelho As Iimita^des ao exercicio da refbrma constitucional e a oupla revisSo Maria Elizabeth Guimardes Teixeira Rocha Controle exteroo do Poder Judiciirio Jose Eduardo Sabo Paes Loucura e prodigalidadc a luz do direito e da psicanalise Cldvis Flgueiredo Sette Bicalho e Osmar Brina Corrla Lima

Na ncsau cdi^io; Coostnifio e desconstru^So do discuno cuhuralixta na polltica afiicana do Brasil. Josi Fldvto Sombra Saratva O Distrito Federal nas Constitiufdef e na reviiio cooiutucional de Histdria das iddias peoais na Alemanba ao pds-guem. Wh\fried 1993. Gilbtrto Tristdo Hassemer AConntuifio de 198S e oaMuaiclpioa braiiletroa. Dieter BrtM Aspectos do discuno juridico-penal (material c formal) e sua A Juitifa Militar ostadual. AKaro Lazzarini ilegidmidade. Sirgio Lutz Souza Arau/o A declaratlo de inconatitucionalidade aem a pronuncia da nulidade Proceso, democracia y humanizocida. Juan Marcos Rivero da lei — UnvereinbarieilserkUtmng — na juhsprudiocui da Sdnchez Corte Constitucional aleml. Gllmar Ferreira Mendez 0 com bate i corrupflo e a crinrinalidade no Brasil: cruzadas e Da reipontabilidade do Estado por atoe de juiz em face da Coosti- refbrmas. Genddo Brindelro tuiflode 1988. A. B. Cohim Neto Lideranfa porlamentar. Rostnethe Monteim Soares Servivo publioo — fiiDf lo publica — bpicidade — criiirios disba- Considerafdes aoerca de um cddigo de tbca e docoro parlamentar. tivos. Hugo Gueirca Bemardes Rubem Noguelra Considerafbea atuais aobre o controle da discricnaanadade. Lutz Entraves a ado^fo do partaroeatarismo no Brasil. Carlos Alberto Antonio Scares Hentz BittarFiDto Sistema brasileiro de controle da constilucionalidade. Sara Maria Usucapiio uraano. Rogirio M. Leite Chaves StroherPoez O Cddigo do Consumidor e o princlpio da continuidade dos servi- O controle interno de legaiidade pelos Pro fos pdblicoa comercioia e industrials. Adriano Perdcio de Paula cnrsdorcs do Estado. Cteia Cardoso Dos cootralos de seguro-saude no Brasil. Maria Leaner Baptista Tutela juridica sabre as raiervaa extranvistai. Manoel Eduardo Jour dan Atves Camargo e Gorms e Lutz Daniel Felippe A nova regulamcntaflo das arbitragens. Otto Eduardo Vizeu Gil Legislafio ambieotal brasileira — evodtfko bistdnca do direito Os bancos muWploe e o direito de tecesso. Amoldo Wald ambiental. Am Helen Warner O dano moral e os dirertos da ctiaofa e oo adokscente. Roberto Prindpioe gerais de direito ambieotal ioteraacional e a polltica Senise Lisboa ambiental brasileira. Paulo Affonso Lam Machado A Aids peraoie o direito. Ucinio Barbosa

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