Objetivos de Desenvolvimento do Milênio linha-base 2000 / 2006 Relatório de Acompanhamento

1 Expediente e Créditos

Idealização Pesquisa, análises e Instituto de Saúde da Comunidade Programa das Nações Unidas para documentação Edna Massae Yokoo, Hélia Kawa, os Assentamentos Humanos ONU- Universidade Federal Fluminense Luciana Tricai Cavallini, Ana Paula HABITAT / ROLAC e Petrobras: Costa Resendes, Andreia Sobral de Faculdade de Economia Almeida Cecília Martinez Leal Jorge Britto, Carlos Guanziroli, Alberto Diretora do Escritório Regional Di Sabbato, Ruth Dweck, Cláudio Núcleo de Estudos e Projetos para América Latina e o Caribe do Considera, Leonardo Mulls, Luciano Habitacionais e Urbanos Programa das Nações Unidas para Losenkan, Daniel Ribeiro de Oliveira, Regina Bienenstein, Fernanda Sánchez, os Assentamentos Humanos ONU- Gustavo Abrahão Flores, Felipe Cássio de Almeida Freitas, Daniela HABITAT / ROLAC Pinheiro, Patrícia Antunes Ferreira Vieira do Amaral Correia, Epitácio Pandia Dias Reis, Carolina da Costa Paulo Roberto Costa Faculdade de Educação Leal, Daiane Santos Silva Viana, Luiz Diretor de Abastecimento da Petrobras Jorge Nassim Vieira Najjar, Sueli Eduardo Souza de Lima, Núbia Vitória Camargo Ferreira, Crisostómo Lima do Marquez Maruad Fe da Cruz Coordenação geral e Nascimento, Alexandre Mendes Najjar, supervisão Gelcinete Lopes da Silva, Matheus Gerência financeira Escritório Regional para América Ribeiro Motta de Almeida, Valéria da Fundação Euclides da Cunha (FEC) Latina e o Caribe do Programa das Silva Coelho Nações Unidas para os Assentamentos Instituto de Arte e Comunicação Projeto gráfico Humanos, ONU-HABITAT/ROLAC Social Instituto de Arte de Comunicação – Erik Vittrup Christensen, Oscar João Batista de Abreu Junior, Luiz IACS/UFF, Laboratório de Livre Criação Fernando Marmolejo Roldan, Fernanda Edmundo de Castro, Dante Gastaldoni, Porto Aranha, Rayne Micheli Ferretti e Wilson Soares de Magalhães, Denis Joana Lima, Marina Boechat e Rosa Daniele Kowalski. Augusto Bueno de Camargo, Emily Benevento Luizetto de Carvalho, Erika Dallier, Financiamento e Heverton Souza Lima, Leonardo Revisão participação no Comitê de Nascimento, Luiz Guilherme Dias Fernanda Porto Aranha Coordenação Fernandes, Maria Luiza de Castro Petrobras, por meio do Centro Muniz Impressão de Informações do Complexo Gráfica Minister Instituto de Geociências Petroquímico do Guilherme Borges Fernandez, Raúl - COMPERJ Sánchez Vicens, Reiner Olíbano Rosas, ISBN: 978-92-1-132097-8 Abdo Gavinho, Paula Anasthácia Eduardo Manoel Rosa Bulhões, Felipe de Amorim Santos, Marcelo Honor Mendes Cronenberg, Thais Baptista da ISBN (Série): 92-1-131407-0 dos Santos, Carlos Renato Lemos Rocha, Natalie Chagas Slovinski, Felipe HS/1131/09S Rodrigues, Isabela Lemos da Costa e Pires do Rio Mazur, Thais Dornellas Pedro Carlos Lemos da Costa.

Agradecimentos Os responsáveis pelo Projeto gostariam de agradecer às seguintes instituições pela colaboração gentil na elaboração deste boletim: IBGE; Fundação CIDE; DATASUS; IPEA; INEP; UNISYS/DATAMEC; AMPLA; Águas de Niterói; CEDAE; AMAE; SAAE - CA. Nosso reconhecimento pela inestimável contribuição nesse projeto ao Reitor da Universidade Federal Fluminense (UFF), Prof. Roberto de Souza Salles; à diretora do Escritório Regional para América Latina e o Caribe (ONU-HABITATROLAC), Dra. Cecília Martínez Leal; a Francesca Piló (ONU-HABITAT); ao diretor executivo do Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento do Leste Fluminense (CONLESTE), Dr. Álvaro Adolpho Tavares dos Santos; a Abdo Gavinho (Petrobras); a Ivan Dantas Mesquita Martins (Engenharia /IEABAST/IEPQF - Petrobras); ao Dr. Ricardo Friede (UNISYS/DATAMEC), ao Prof. César Von Dollinger, Fundação Euclides da Cunha (FEC), às equipes das prefeituras e à população dos municípios do CONLESTE (, Casimiro de Abreu, Itaboraí, Guapimirim, Maricá, , Niterói, Rio Bonito, São Gonçalo, e Tanguá). 2 PrefÁcio

O COMPERJ E O CONLESTE – de responsabilidade social empresarial. locais está sendo realizado por meio de Desafios para a região Seguindo esses princípios, cursos de capacitação em geoprocessa- A iniciativa da PETROBRAS de reali- a PETROBRAS cria o Centro de mento para os gestores dos onze muni- zar investimentos da ordem de US$ 8,4 Informações do COMPERJ como mo- cípios. Além disso, será implementado bilhões na implantação do Complexo delo inovador na gestão inclusiva do na região o Prêmio de Boas Práticas de Petroquímico do Estado do Rio de conhecimento. Este centro será respon- Desenvolvimento Sustentável, que pre- Janeiro (COMPERJ), no município de sável pela produção e disseminação de tende identificar, promover e divulgar Itaboraí, trará mudanças significativas informações e de dados nas áreas am- os projetos de maior relevância para a para a atual configuração econômica, biental, habitacional, social, educacio- melhoria das condições de vida da po- populacional, urbanística, habitacional, nal, econômica e de saúde, fornecendo pulação desses municípios. ambiental, de mobilidade urbana, orde- insumos para a formulação de políticas Espera-se que este boletim, que namento territorial, educação, saúde e públicas na região. mapeia os indicadores do Milênio en- segurança urbana em toda a região. tre os anos 2000 e 2006, sirva de re- Neste contexto, o Consórcio O PROJETO DE OBSERVAÇÃO ferência aos governos e instituições do Intermunicipal de Desenvolvimento do INTERNACIONAL DO COMPERJ CONLESTE para a elaboração de políti- Leste Fluminense - CONLESTE - surge SOBRE OS ODMS NA REGIÃO cas públicas socioeconômicas e ambien- como o instrumento de parcerias e de Em consonância com o Pacto tais, capazes de inserir a região em um alianças intermunicipais, para propiciar Global, a PETROBRAS implementa um processo de desenvolvimento sustentá- soluções integradas e compartilhadas projeto pioneiro no mundo: o monito- vel acompanhado da redistribuição de aos desafios comuns, a fim de potencia- ramento dos impactos de sua atividade renda e da erradicação da pobreza. lizar os aspectos positivos do COMPERJ industrial sobre os ODMs na região do e minimizar seus aspectos negativos. O CONLESTE. Este projeto é realizado em consórcio assume o papel de integrador parceria entre o Centro de Informações e planejador de políticas que possibili- do COMPERJ, a Universidade Federal tem o desenvolvimento sustentável dos Fluminense (UFF) e o Programa das onze municípios que o conformam. Nações Unidas para os Assentamentos Na região do CONLESTE, os impac- Humanos (UN-HABITAT), tendo como tos positivos do COMPERJ podem con- objetivo a constituição de um banco tribuir para o alcance dos Objetivos de de dados georeferenciado com infor- Desenvolvimento do Milênio (ODMs), mações socioeconômicas e ambientais desde que sejam implementadas polí- sobre a região, assim como o desen- ticas públicas a partir de uma agenda volvimento de competências locais e integrada que norteie ações nos níveis regionais. local e regional. Por meio de relatórios semestrais, o projeto acompanha os indicadores A PETROBRAS E O PACTO do Milênio, observando a evolução das GLOBAL DA ONU cadeias produtivas instaladas na região, Em sua trajetória, a o fluxo escolar das redes públicas de PETROBRAS se destaca ensino, indicadores de saúde materna, como pioneira ao aderir de mortalidade infantil, de doenças de aos princípios do Pacto maior incidência e de violência, a evo- Global da ONU e assu- lução dos assentamentos precários, do mir compromissos para uso e ocupação do solo, das condições que os Objetivos e as Metas do Milênio de saneamento ambiental e das áreas - estabelecidos por países-membros das de preservação ambiental. Nações Unidas - orientem sua política O fortalecimento das competências

3 Nota sobre o projeto gráfico Os coletivos humanos tendem a se organizar em torno de necessidades pontuais e efêmeras, o que torna o fenôme- no urbano algo múltiplo, complexo e polifônico. O projeto gráfico elaborado procura reproduzir essa multiplicidade, que é a vida fervilhante dos coletivos, nas pinceladas irregulares e cheias de textura. Enquanto isso, aponta, nos quadrados transparentes e coloridos, para a disciplina do estudo presen- te, que procura, por meio de objetivos e indicadores, desco- brir e ordenar padrões que norteiem o crescimento sustentá- vel dos municípios estudados.

Joana Lima, Marina Boechat e Rosa Benevento Laboratório de Livre Criação Instituto de Artes e Comunicação Social

4 Sumário

Introdução...... 06

ODM 1 | ERRADICAR A EXTREMA POBREZA E A FOME...... 07

ODM 2 | UNIVERSALIZAR A EDUCAÇÃO PRIMÁRIA E AMPLIAR A COBERTURA DA EDUCAÇÃO MÉDIA E DA EDUCAÇÃO TÉCNICA PROFISSIONAL...... 09

ODM 3 | PROMOVER A IGUALDADE ENTRE OS SEXOS E A AUTONOMIA DAS MULHERES...... 12

ODM 4 | REDUZIR A MORTALIDADE NA INFÂNCIA ...... 14

ODM 5 | MELHORAR A SAÚDE MATERNA ...... 16

ODM 6 | COMBATER O HIV/AIDS, A MALÁRIA E OUTRAS DOENÇAS...... 18

ODM 7 | GARANTIR A SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL ...... 20

ODM 9 | ACELERAR O PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO LOCAL, COM REDUÇÃO DE DESIGUALDADES NA REGIÃO DO CONLESTE...... 23

5 INTRODUÇÃO

Este boletim apresenta o mapea- te anuais e com série histórica disponí- mento do município de Guapimirim en- vel a partir de 1990; tre os anos 2000 e 2006 que permitirá Utilização de bases de dados e me- conhecer o cenário anterior ao anúncio todologias consolidadas. oficial da implantação do empreen- A equipe do Instituto de Arte e dimento COMPERJ. Representa uma Comunicação Social (IACS/UFF) do- referência temporal, constituindo uma cumentou por meio de fotografias e linha base para o monitoramento dos vídeos o processo das 65 reuniões de impactos do empreendimento sobre trabalho, nas quais participaram os po- os Objetivos de Desenvolvimento do deres públicos dos onze municípios que Milênio - ODMs. conformam o consórcio, as instituições Durante os meses de novembro de que elaboram e sistematizam dados e 2007 a março de 2008, foi realizado um informações (IBGE, CIDE, DATASUS, processo participativo de adaptação dos INEP, UNYSIS-DATAMEC, IPEA, entre Objetivos, dos Indicadores e das Metas outras), as Comissões Municipais de do Milênio para a região do CONLESTE, Emprego e Renda, algumas Câmaras de que culminou com o estabelecimento Dirigentes Lojistas (CDL), os pesquisado- de 8 Objetivos, 23 metas e 58 indicado- res da Universidade Federal Fluminense res. Neste processo, foi acordado que o (UFF) e os especialistas do Programa das Objetivo 8, relacionado a: “estabelecer Nações Unidas para os Assentamentos uma parceria mundial para o desenvol- Humanos UN-HABITAT. vimento” não se aplica ao escopo do O princípio norteador do projeto é projeto. Um objetivo adicional, o ODM o direito pleno à cidade, que pressupõe 9, foi elaborado e enunciado como se a erradicação da pobreza e a melhoria segue: “acelerar o processo de desen- geral das condições de vida dos habi- volvimento local com redução de desi- tantes dos municípios do CONLESTE, gualdades na região do CONLESTE”. em consonância com os ODMs e com O sistema composto por 58 in- os princípios do Pacto Global da ONU. dicadores, validados entre a equipe de UN-HABITAT e as seguintes equi- pes da UFF - Faculdade de Educação, Instituto de Saúde da Comunidade, Instituto de Geociências, Faculdade de Economia, Núcleo de Estudos e Projetos Habitacionais e Urbanos (NEPHU) - com a participação de gestores locais do CONLESTE, foi organizado a partir dos seguintes critérios: Manutenção ou aproximação má- xima dos indicadores sugeridos pela ONU; Seleção de indicadores diretamente relacionados à meta (sensíveis às mu- danças requeridas pela meta); Seleção de indicadores passíveis de atualização periódica, preferencialmen-

6 ODM1 ERRADICAR A EXTREMA POBREZA E A FOME

Meta 1A reduzir a um quarto entre 2000 e 2012 a proporção da população com renda inferior a meio salário mínimo mensal. indicadores: • Participação dos 20% mais pobres da população na renda dos municípios • Distribuição das pessoas abaixo da linha da pobreza

7 ODM1 | Erradicar a extrema pobreza e a fome

Distribuição da população abaixo da linha da pobreza

40

35

30

25

20

15

10

5

0 2000 2002 2004 2006

Guapimirim CONLESTE Es tado Rio de Janeiro Fonte: Elaborado pela equipe de Economia a partir de dados do Censo Demográfi- co 2000 (IBGE) e da PNAD (IBGE)

Os impactos do COMPERJ e o Janeiro (20,0%). Dentre os municípios acompanhamento da evolução do nú- do CONLESTE, Guapimirim ocupava mero de famílias que pertencem às a 5a posição em termos dos níveis de faixas de renda mais baixas nos muni- pobreza. cípios do CONLESTE permitirão estabe- Para análise das condições de po- lecer indicadores de redução da pobre- breza foi utilizado o critério definido za e de desigualdade de rendimentos. pelo Instituto de Pesquisa Econômica Para calcular a renda da população e, Aplicada (IPEA), que estabelece para o consequentemente, estimar a pobreza, Estado do Rio de Janeiro os seguintes utilizou-se a variável renda do Censo valores para definir a linha da pobre- DemográficoI BGE do ano 2000. Para os za: R$117,34 para a região metropoli- anos posteriores (2001-2006), foi feita tana, R$99,56 para a região urbana e uma extrapolação com base na variação R$89,61 para a região não-urbana (va- do PIB de cada um dos 11 municípios. lores em reais do ano 2000). Considerando a região do CONLESTE Entre 2000-2006, o percentual de entre os anos 2000-2006, observa-se pobres reduziu-se em 7,5 pontos per- que seus municípios demonstraram pos- centuais naquele município, ficando suir relativamente mais pobres do que acima da média do CONLESTE (2,6 o Estado do Rio de Janeiro (24,30% e pontos) e do total do Estado do Rio de 19,99%, respectivamente). O município Janeiro (5,4 pontos). Dentre os municí- de Guapimirim apresentava, em 2006, pios da região, Guapimirim foi o quarto relativamente mais pobres (28,9%) do município no qual aquele índice mais se que o conjunto do CONLESTE (24,3%) reduziu ao longo do período considera- e do que o total do Estado do Rio de- do (2000-2006).

8 ODM2 UNIVERSALIZAR A EDUCAÇÃO PRIMÁRIA E AMPLIAR A COBERTURA DA EDUCAÇÃO MÉDIA E DA EDUCAÇÃO TÉCNICA PROFISSIONAL

META 3A Garantir que, até 2012, as crianças de todos os municípios do CONLESTE, independentemente de cor/ raça, concluam o Ensino Fundamental. indicadores: • Taxa de matrícula escolar líquida das pessoas de 7 a 14 anos, por grupos de idade e nível de ensino • Taxa de matrícula escolar bruta das pessoas de 7 a 14 anos de idade • Taxa de distorção idade / conclusão no Ensino Fundamental • Taxa de distorção idade / série no Ensino Fundamental • Taxa de masculinidade nas matrículas do Ensino Fundamental • Taxa de masculinidade na conclusão do Ensino Fundamental

META 3B Garantir a ampliação da cobertura no Ensino Médio. indicadores: • Taxa de matrícula escolar líquida das pessoas de 15 a 17 anos, por grupos de idade e nível de ensino • Taxa de matrícula escolar bruta das pessoas de 15 a 17 anos de idade • Taxa de distorção idade / conclusão no Ensino Médio • Taxa de distorção idade / série no Ensino Médio • Taxa de masculinidade nas matrículas do Ensino Médio • Taxa de masculinidade na conclusão do Ensino Médio

META 3C Garantir a ampliação da cobertura na educação técnica profissional indicadores: • Taxa de matrícula escolar líquida das pessoas por grupos de idade nos cursos de educação técnica profissional em nível médio, segundo o sexo • Taxa de distorção idade / conclusão dos alunos dos cursos de educação técnica profissional em nível médio • Taxa de permanência dos alunos do Centro de Integração do COMPERJ por curso, município e nível de escolaridade

9 ODM2 | Universalizar a educação primária e ampliar a cobertura da educação média e da educação técnica profissional

O acesso ao ensino fundamental Distorção idade/conclusão no Ensino Fundamental na região do CONLESTE é hoje prati- 50,00% camente universalizado. Contudo, a 45,00% retenção e a evasão escolar têm invia- 40,00% bilizado que muitos percorram o fluxo 35,00% escolar de maneira adequada. Assim, os 30,00% 25,00% indicadores referentes à defasagem1 em 20,00% termos de idade e sexo para diferentes 15,00% etapas do ensino refletem os principais 10,00% problemas existentes na escola. A fim 5,00% de garantir a meta de universalização 0,00% 2000-2002 2003-2005 do ensino fundamental e ampliação do Guapimirim 47,20% 38,96% ensino médio, é necessário implemen- CONLES TE 44,82% 38,63% tar políticas efetivas tanto de acesso Es tado Rio de Janeiro 36,89% 32,18% quanto de permanência na escola nes- Fonte: INEP tas duas etapas do ensino. Com relação à taxa de masculinida- Distorção idade/conclusão no Ensino Médio de, observa-se que o acesso de homens 80,00% e mulheres ao ensino fundamental não 70,00% apresenta discrepâncias, embora esta 60,00% mesma taxa mostre grande distorção entre os sexos quanto à conclusão des- 50,00% te nível de ensino. Para dar conta das 40,00% metas deste ODM, serão necessárias 30,00% políticas específicas para a manutenção 20,00% dos alunos do sexo masculino no inte- 10,00% rior da escola. Da mesma forma que o 0,00% observado no ensino fundamental, a 2000-2002 2003-2005 65,81% 72,35% região precisará de grande esforço para Guapimirim CONLES TE 57,07% 59,90% melhorar o fluxo educacional no ensino Es tado Rio de Janeiro 51,40% 50,20% médio, buscando equacionar o proble- Fonte: INEP ma das reprovações, primeira causa de retenção. Taxa de masculinidade nas matrículas do Ensino Fundamental Há de se atentar que o potencial 0,0600 aumento da demanda ocasionado 0,0500 pela implantação do COMPERJ pode, se não for desde já equacionado pelo 0,0400

Poder Público, trazer sérias consequên- 0,0300 cias para as redes de ensino médio, 0,0200 pela carência de professores e prédios escolares. 0,0100 Os indicadores “a” e “b” referen- - 2000-2002 2003-2005 2006 tes à educação técnica-profissional 0,0325 0,0352 0,0320 ainda estão sendo trabalhados e rece- Guapimirim CONLESTE 0,0513 0,0499 0,0525 bendo outro tratamento, em função Estado Rio de Ja neiro 0,0413 0,0436 0,0451 da inexistência de um banco de dados Fonte: INEP oficial sobre tais questões. Quanto ao indicador “c”, referente aos cursos de Com relação à taxa de distorção ida- vamente mais baixa em relação ao ano capacitação do Centro de Integração de/conclusão no Ensino Fundamental, o inicial de nossas análises (2000), este do COMPERJ, este começa a ser moni- município de Guapimirim apresenta os- nível não se mantém e fecha o período torado a partir do primeiro semestre de cilação nos dados anuais de distorção (2005) com nova tendência de alta. O 2008, e, portanto, ainda não faz parte no período pesquisado. Embora o ano gráfico, entretanto, mostra que a média desta análise. de 2003 mostre uma média significati- dos anos de 2003-2005 é cerca de 8%

1 Esta defasagem de idade e de sexo é medida em termos das chamadas taxas de distorção. A distorção idade/série refere-se à diferença entre a idade real dos alunos matriculados ou concluintes de determinada série escolar e aquela esperada para tal ano baseado no fluxo escolar normal (sem repetência). Com relação ao sexo dos alunos, chama-se taxa de masculinidade a diferença entre alunos e alunas matriculados ou concluintes dividida pelo número de alunos do sexo masculino. 10 ODM2 | Universalizar a educação primária e ampliar a cobertura da educação média e da educação técnica profissional

Taxa de masculinidade dos concluintes do Ensino Fundamental

-

(0,0500)

(0,1000)

(0,1500)

(0,2000)

(0,2500)

(0,3000)

(0,3500)

(0,4000)

(0,4500) 2000- 2002 2003 - 2005

Guapimirim (0,3284) (0,4466) CONLES TE (0,2951) (0,3056) Es tado Rio de Janeiro (0,1674) (0,1980) Fonte: INEP mais baixa que a dos anos 2000-2002. ao serem comparadas com as referen- Guapimirim apresenta distorção seme- tes ao próximo indicador, relativo à taxa lhante à do CONLESTE e maior que a de masculinidade entre os concluintes do Rio de Janeiro, embora essa diferen- desse nível de ensino. ça venha caindo. Todas as taxas apresentadas no Quanto à distorção no Ensino Médio, gráfico são negativas, o que represen- embora todas as taxas de distorção ida- ta a existência de mais concluintes do de/conclusão sejam elevadas, a do mu- sexo feminino que concluintes do sexo nicípio de Guapimirim é não só a maior masculino. Ao compararmos os dois como a única que apresenta aumento triênios pesquisados, identificamos um significativo ao compararmos os dois significativo crescimento da presença triênios pesquisados. A taxa média mu- de meninas entre os concluintes no nicipal de 2003-2005, 10% maior que município de Guapimirim, crescimento a de 2000-2002, mostra que 72,35% este bastante superior ao apresentado dos concluintes do Ensino Médio em no Estado do Rio de Janeiro e na região Guapimirim apresentam idade superior do CONLESTE. Vale destacar que en- à vista como adequada. Vale destacar quanto a taxa de masculinidade entre que, como vimos no indicador anterior, os concluintes do Ensino Fundamental é as taxas de distorção idade / conclusão negativa, a mesma taxa entre os matri- do Ensino Fundamental no município culados nesse nível de ensino é positiva, são descendentes. o que demonstra o alto grau de reten- As taxas de masculinidade positivas, ção e de evasão dos alunos em relação nas matrículas do Ensino Fundamental, às alunas. Elaborar políticas específicas demonstram a presença maior de alu- para os alunos do sexo masculino que nos do sexo masculino do que de alu- levem à sua permanência e sucesso nas entre os matriculados no Ensino escolar é fundamental para a univer- Fundamental. As taxas, entretanto, são salização do Ensino Fundamental no baixas, só adquirindo maior significação município.

11 ODM3 PROMOVER A IGUALDADE ENTRE OS SEXOS E A AUTONOMIA DAS MULHERES

Meta 4B reduzir pela metade a defasagem salarial entre gêneros até 2012. indicadores: • Participação feminina no mercado formal de trabalho e no perfil de trabalhadores admitidos e desli- gados nos municípios do CONLESTE • Diferencial de remuneração por gênero e grau de instrução para diferentes setores de atividade

12 ODM3 | Promover a igualdade entre os sexos e a autonomia da mulheres

Este ODM trata da igualdade entre Participação feminina no mercado de trabalho formal (percentual) os sexos que, apesar de assegurada na 45,00% constituição brasileira, ainda não é uma 40,00% realidade na prática, considerando-se 35,00% as grandes disparidades existentes em 30,00% diversas áreas da sociedade. No escopo deste Objetivo, os indi- 25,00% cadores propostos visam acompanhar 20,00% a participação feminina no mercado de 15,00% trabalho da região para o período de 10,00% 2000 a 2006, bem como a diferença de 5,00% remuneração entre homens e mulheres, 0,00% no contexto de monitorar a evolução da 2000 2002 2004 2006 meta de igualdade entre os gêneros. O percentual de mulheres no mer- Guapimirim CONLESTE Es tado Rio de Janeiro Brasil cado de trabalho formal no município Fonte: RAIS (MTE) de Guapimirim, em 2006 (31,6%), era inferior ao observado para o CONLESTE (42,7%), e superior ao observado no Diferencial de remuneração feminina Estado do Rio de Janeiro (39,7%) e no 85,00% Brasil (40,7%). Dentre os municípios do CONLESTE, esse município ocupava a 80,00% terceira posição em termos da partici- 75,00% pação feminina. Entre 2000-2006, esta participação 70,00% aumentou em 13 pontos percentuais no 65,00% município, o melhor resultado dentre os municípios do CONLESTE. Este desem- 60,00% penho contrasta com a evolução geral 55,00% do CONLESTE (no qual se observa uma redução de 1,2 ponto percentual na 50,00% 2000 2002 2004 2006 participação feminina), mas acompanha o aumento da participação feminina no Guapimirim CONLESTE Es tado Rio de Janeiro Brasil total do Estado do Rio de Janeiro (de Fonte: RAIS (MTE) 1,1 ponto) e no Brasil (de 1,6 ponto). O diferencial de remuneração fe- Com relação ao comportamen- minina diz respeito à diferença entre to deste indicador no período 2000 a remuneração de mulheres e homens – 2006, verifica-se que ele se reduziu para o mesmo posto de trabalho. No em 5,8 pontos percentuais neste muni- município de Guapimirim, em 2006, o cípio, a segunda maior redução dentre valor deste diferencial era de 78,1%, os municípios do CONLESTE. Em termos indicando que a remuneração média comparativos, a evolução do diferencial das mulheres no município equivalia a observado no município contrasta com 78,1% da dos homens para o mesmo o observado para o CONLESTE, no qual cargo. Este valor era inferior ao obser- se observa um aumento de 1,8 ponto vado para o CONLESTE (82,1%), para o percentual. Contudo, o comportamen- Estado do Rio de Janeiro (82,7%) e para to em Guapimirim acompanha, embora o Brasil (82,4%), sugerindo uma maior de forma mais acentuada, a tendência defasagem no município em relação à negativa observada para o Estado do região, ao Estado e ao país. No con- Rio de Janeiro, que registrou uma que- junto do CONLESTE, aquele município da de 0,1 ponto percentual no diferen- ocupava a oitava posição em termos de cial, e para o Brasil, cuja queda foi de 2 diferencial de participação feminina. pontos percentuais no diferencial.

13 ODM4 REDUZIR A MORTALIDADE NA INFÂNCIA

META 5A reduzir em dois terços entre 2000 e 2012 a mortalidade de crianças menores de 5 anos, nos municí- pios do CONLESTE. indicadores: • Taxa de mortalidade em menores de 5 anos e mortalidade proporcional entre menores de 5 anos, segundo grupos de causas • Taxa de mortalidade infantil e mortalidade proporcional segundo grupos de causas e grupos de idade (0 a 6 dias, 7 a 27 dias, 28 a 364 dias) • Proporção de internações por doenças respiratórias em menores de 5 anos nos municípios do CONLESTE

14 ODM4 | Reduzir a mortalidade na infância

Mortalidade infantil no município de Guapimirim

20,00

18,00

vivo 16,00 dos 14,00 asci

12,00 1000 n 1000

por 10,00 axa axa

T 8,00

6,00

4,00

2,00

0,00 2000 - 2002 2003 - 2005 2006 Guapimirim 19,22 16,32 16,49 CONL ES TE 16,69 16,51 16,40 Es tado Ri o de Janeiro 18,64 16,97 15,19 Fonte: SIM / SINASC / DATASUS

Neste ODM, destaca-se o indicador Estado e da região. A aproximação da referente à mortalidade infantil, que es- taxa do município em relação ao Estado tima o risco de morte dos nascidos vivos ocorreu tanto pela redução da taxa mu- durante o primeiro ano de vida. De um nicipal, como pela redução da taxa do modo geral, este indicador expressa o Estado. Em 2006, a taxa manteve-se desenvolvimento socioeconômico e a próxima ao período anterior, sendo su- infraestrutura do ambiente, que con- perior à taxa do Estado e do CONLESTE. dicionam a desnutrição infantil e as Para todo o período, as médias registra- infecções a ela associadas. O acesso e das para o CONLESTE e para o Estado a qualidade dos recursos de atenção à apresentam uma tendência descenden- saúde materno-infantil são também de- te. Já Guapimirim não mostrou uma terminantes da mortalidade neste gru- tendência, porém, ao comparar o perí- po etário. odo de 2000 a 2002 com o de 2003 a No período, de 2000 a 2002, 2005 e/ou com o ano de 2006, nota-se Guapimirim apresentou taxa de morta- uma redução na taxa. Além disso, os lidade infantil superior à taxa do Estado valores das taxas no período analisado e da região do CONLESTE. Entre 2003 são considerados baixos segundo cri- e 2005 houve uma redução da taxa do tério da OMS (menor que 20,00 óbitos município, ficando próxima da taxa do por mil nascidos vivos).

15 ODM5 MELHORAR A SAÚDE MATERNA

META 6A reduzir em três quartos entre 2000 e 2012 a taxa de mortalidade materna, nos municípios do CONLESTE. indicadores: • Taxa de mortalidade materna e proporção de óbitos maternos segundo grupo de causas nos muni- cípios do CONLESTE • Proporção de tipos de partos (vaginal ou cesárea) assistidos por profissionais de saúde nos municí- pios do CONLESTE

16 ODM5 | Melhorar a saúde materna

Mortalidade materna

300,00

250,00 vivo dos

asci 200,00 il n il

100 m 100 150,00 por xa xa

Ta 100,00

50,00

0,00 2000 - 2002 2003 - 2005 2006 Guapimirim 98,57 186,48 299,85 CONL ES TE 86,52 86,85 59,39 Es tado Ri o de Janeiro 73,82 66,94 67,95 Fonte: SIM/SINASC/DATASUS

A mortalidade materna pode ser talidade materna mais elevada que a considerada um excelente indicador de do Estado e da região do CONLESTE. saúde, não só da mulher, mas da popu- Entre 2003 a 2005, houve um aumen- lação em geral, refletindo importantes to expressivo na taxa, ficando muito desigualdades sociais em saúde. acima da taxa do Estado e da região. Esta taxa reflete a qualidade da Em 2006, ocorreu novo aumento na assistência à saúde da mulher. Taxas taxa municipal, ficando essa novamen- elevadas estão associadas à baixa quali- te muito acima da taxa do Estado e do dade na prestação de serviços de saúde CONLESTE. Nos períodos analisados, durante os períodos de gravidez e após Guapimirim apresentou uma tendência o parto (puerpério), contribuindo na ascendente da taxa de mortalidade ma- avaliação dos níveis de saúde e de de- terna, gerando possíveis questões que senvolvimento socioeconômico. podem estar influenciando direta e indi- No período de 2000 a 2002, retamente o aumento das notificações Guapimirim apresentou taxa de mor- neste município.

17 ODM6 COMBATER O HIV/AIDS, A MALÁRIA E OUTRAS DOENÇAS

META 7A até 2012 reduzir a incidência de tuberculose, nos municípios do CONLESTE. indicador: • Taxa de incidência de tuberculose nos municípios do CONLESTE

META 7B até 2012 reduzir a incidência de AIDS nos municípios do CONLESTE. indicador: • Taxa de incidência de AIDS nos municípios do CONLESTE

META 8A até 2012, reduzir a incidência de dengue, hepatite A e hanseníase nos municípios do CONLESTE. indicadores: • Taxa de incidência de dengue nos municípios do CONLESTE • Taxa de incidência de hepatite A nos municípios do CONLESTE • Taxa de detecção de hanseníase nos municípios do CONLESTE

18 ODM6 | Combater o HIV/AIDS, a malária e outras doenças

Incidência de tuberculose

100,00

90,00

80,00 nt ta

bi 70,00 ha il il 60,00

100 m 100 50,00 por 40,00 axa axa T 30,00

20,00

10,00

0,00 2000_2002 2003_2005 2006 Gu apimirim 55,49 48,78 53,04 CONLES TE 80,93 71,73 62,75 Es tado Rio de Janeiro 95,89 85,14 95,35 Fonte: SINAN/IBGE

Dentre os indicadores compreen- populações tem sido atribuída à persis- didos pelo ODM 6, destaca-se, neste tência da desnutrição e da pobreza. boletim, o indicador referente à taxa Guapimirim, no período de 2000 de incidência de tuberculose nos mu- a 2002, apresentou uma taxa de inci- nicípios do CONLESTE. A tuberculose dência de tuberculose inferior à taxa é considerada um problema de saúde do Estado e da região do CONLESTE. pública prioritário no Brasil. Apesar de Entre 2003 a 2005 houve uma pequena ser uma doença grave, a conduta tera- redução da taxa no município, ficando pêutica adequada possibilita a cura de novamente inferior à taxa do Estado praticamente 100% dos casos novos. e da região. Em 2006, observa-se um Estima-se que um terço da popu- ligeiro aumento da taxa de incidência lação mundial esteja infectado com o no município, permanecendo abai- Mycobacterium tuberculosis, agente xo do valor da média do Estado e do etiológico (causador) da doença. No CONLESTE. Para todo o período, as mé- Brasil, são registrados por ano cerca de dias do CONLESTE apresentaram uma cinco a seis mil óbitos por tuberculose. tendência de declínio. Já as taxas de Considerada uma endemia diretamente Guapimirim e do Estado apresentaram associada às condições de vida precá- um padrão irregular. rias, a ocorrência de tuberculose nas

19 ODM7 GARANTIR A SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL

META 9 integrar os princípios do desenvolvimento sustentável nas políticas e programas e reverter a perda de recursos naturais. indicadores: • Proporção de áreas cobertas por florestas por município do CONLESTE • Proporção das áreas protegidas em unidades de conservação

META 10A reduzir em 20% até 2012, os domicílios sem acesso às redes gerais de água e de esgoto e à coleta de resíduos sólidos. indicadores: • Percentual de domicílios particulares permanentes urbanos com acesso à rede de água e à rede geral de esgoto nos municípios do CONLESTE • Percentual da área urbana com acesso à coleta de resíduos sólidos nos municípios do CONLESTE

META 11A até 2012, ter alcançado uma melhora significativa na vida de pelo menos 10% dos habitantes de assentamentos precários que moram nos municípios do CONLESTE. indicadores: • Percentual da área ocupada por assentamentos precários em relação à área urbana por município do CONLESTE • Percentual de domicílios em assentamentos precários, em relação ao total de domicílios urbanos, por município do CONLESTE • Percentual de assentamentos precários regularizados, em relação ao total de assentamentos precá- rios, por município do CONLESTE • Percentual de assentamentos precários urbanizados (água potável, esgotamento sanitário adequa- do, coleta de lixo doméstico e vias calçadas), em relação ao total de assentamentos precários, por município do CONLESTE • Percentual de moradias regulares produzidas por meio de programas oficiais para famílias com renda até seis salários mínimos em relação ao total de domicílios em assentamentos precários, por município do CONLESTE

20 ODM7 | Garantir a sustentabilidade ambiental

A maior parte do CONLESTE en- tam uma área remanescente represen- O município de Guapimirim possuía contra-se localizada dentro da Região tativa, ocupando 39,3% do CONLESTE. um total de 11,0% de área protegida Ecológica da Floresta Ombrófila Densa Com relação à meta que trata do por Unidades de Conservação (UCs) de (Floresta Tropical Pluvial), parte do do- acesso às redes de água e esgoto, será proteção integral em 2000. Estas UCs mínio do Bioma Mata Atlântica, que central o conceito de saneamento am- localizam-se na porção norte do muni- ainda se desdobra em ambientes de biental, entendido aqui como o acom- cípio, vertentes da Serra do Mar, sendo manguezais e restingas. panhamento das áreas ambientais e constituídas pelo Parque Nacional da Com base em dados do ano 2000, também do conjunto das ações que Serra dos Órgãos, de jurisdição federal, as áreas urbanas ocupam um percen- envolvem abastecimento de água, es- e pela Estação Ecológica do Paraíso, de tual representativo da área total do goto sanitário e coleta de resíduos só- jurisdição estadual. No período 2000 a CONLESTE (5,39%), concentrando-se lidos. O saneamento ambiental emerge 2006 houve um significativo aumento em núcleos que acompanham quase como um dos pontos mais vulneráveis da área protegida, que passou a ocupar de forma contínua os eixos rodoviários, da chamada crise urbana. Neste senti- 19,1% do município, devido à criação com destaque para o aglomerado São do, trata-se de um tema que demanda do Parque Estadual dos Três Picos e da Gonçalo – Itaboraí. Mesmo com altera- a urgente correção dos rumos adotados Estação Ecológica da Guanabara. ções associadas às atividades urbana e até o momento em parte significativa agrícola, as fisionomias ainda apresen- dos municípios brasileiros.

Proporção das áreas protegidas em unidades de conservação

Fonte: IBAMA/IEF - RJ

21 ODM7 | Garantir a sustentabilidade ambiental

Percentual de domicílios urbanos com acesso à rede de água e à rede de esgoto

120

100

80

60

40

20

0 RJ CONLESTE Guap imirim Agua 2000 87,89 45,59 49,02 Agua 2006 98,8 38,98 Esgo to 2000 57,9 30,77 25,61 Esgo to 2006 63,31 19,72 Fonte: IBGE - Censo Demográfico 2000, Concessionárias e Prefeituras 2006. Ela- boração Equipe de Urbanismo / UFF, 2008.

Com relação ao percentual de do- manentes urbanos com acesso ao servi- micílios permanentes urbanos com ço no ano de 2000, enquanto a média acesso às redes gerais de água e esgoto do Estado era de 87,89% para o mesmo em Guapimirim, no período de 2000 a ano, evidenciando, portanto, uma situ- 20062, o município apresentou um cres- ação de maior precariedade. Quanto ao cimento do número de domicílios urba- serviço de esgoto naquele ano, 25,61% nos de 132,10%, enquanto o Estado do dos domicílios particulares permanen- Rio de Janeiro cresceu apenas 15,40%. tes urbanos tinham acesso ao serviço, No que se refere ao abastecimen- situação pior do que a encontrada no to de água, o município apresentava Estado (57,90%)3. 49,02% dos domicílios particulares per-

2 Para o ano 2000, o IBGE (Censo Demográfico 2000) se constituiu na principal fonte dos dados sobre saneamento ambiental e número de domicílios permanentes urbanos. Já para construção do perfil relativo ao ano 2006 não existem dados do IBGE para os municípios, portanto, as concessionárias responsáveis pelas redes de abastecimento de água e de coleta de esgoto constituíram-se nas principais fontes de dados. Diferente do Censo Demográfico que não distingue os meios formais e informais de abasteci- mento de água e esgotamento sanitário, as concessionárias contabilizam apenas as ligações formais. Isso poderia explicar a redução, ou mesmo inexistência de domicílios com acesso à rede de água e/ou esgoto no período analisado. Para a obtenção do número de domicílios permanentes urbanos, a concessionária AMPLA, responsável pelo abastecimento de energia elétrica de todos os municípios incluídos no CONLESTE, foi a principal fornecedora de dados, reconhecida pela abrangência de seu serviço e por possuir um banco de dados atualizado semestralmente.

3 Dados referentes ao abastecimento de água e esgotamento sanitário para o ano de 2006 não foram liberados pelas Concessionárias e Prefeitura, inviabilizando a análise das alterações no período 2000-2006. Também não foram fornecidas as informações sobre a produção habitacional e intervenções referentes à urbanização e/ou regulariza- ção fundiária. 22 ODM9 ACELERAR O PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO LOCAL, COM REDUÇÃO DE DESIGUALDADES NA REGIÃO DO CONLESTE

META 12A viabilização de crescimento continuado da região acima do crescimento do Estado e do país. indicadores: • Evolução do PIB a preços constantes • Valor adicionado (proxy do PIB) dos setores agropecuário, industrial e de serviços a preços constantes • Participação do valor adicionado (proxy do PIB) do setor agropecuário, industrial e de serviços • PIB per capita a preços constantes

META 13A atração de mão-de-obra qualificada para a região. indicador: • Evolução do perfil de trabalhadores desligados e contratados na região em termos de setor de ocu- pação, grau de qualificação e faixa de remuneração

META 14A melhoria do perfil do mercado de trabalho na região. indicadores: • Evolução da PIA, PEA e POC e de taxas de ocupação, participação e desemprego • Distribuição da população ocupada formal e de seu rendimento por grau de escolaridade, faixa de rendimento, tamanho de estabelecimento e setor de atividade

META 15A Dinamização do padrão de especialização produtiva da região. indicador: • Especialização, concentração e diversificação da estrutura produtiva da região

META 16A Dinamização de cadeias produtivas locais. indicador: • Identificação da estrutura e monitoramento do emprego de 4 cadeias produtivas na região

META 17A Fortalecimento do empreendedorismo na região. indicadores: • Número de PMEs criadas na região e empregos gerados por setor de atividade • Evolução do número de admitidos e desligados no setor de comércio varejista

23 META 18A adequação do suprimento de energia ao crescimento da região do CONLESTE. indicador: • Consumo residencial per capita da energia elétrica

META 19A adequação da malha de transportes ao crescimento da região do CONLESTE. indicador: • Evolução da frota de veículos em termos absolutos e per capita

META 20A adequação da infraestrutura de telecomunicações da região do CONLESTE. indicador: • Percentual de domicílios atendidos por linha telefônica

META 21A adequação da infraestrutura de atenção à saúde na região do CONLESTE. indicador: • Taxa de mortalidade geral e proporcional segundo causas selecionadas por sexo e faixa etária, nos municípios do CONLESTE

META 22A Controle e redução de indicadores de violência na região do CONLESTE. indicador: • Taxa de mortalidade por causas externas selecionadas (agressões e acidentes de transporte) nos municípios do CONLESTE

META 23A melhoria das condições fiscais e da capacidade de investimento dos municípios. indicadores: • Estrutura de receitas (correntes e de capital) e despesas (custeio e capital) para municípios da região • Dependência de transferência de recursos • Receita e investimento per capita

24 ODM9 | Acelerar o processo de desenvolvimento local, com redução de desigualdades na região do CONLESTE

O ODM 9 – acelerar o processo de do CONLESTE. Verifica-se também que (aumento de 5,4%) e no Brasil (aumen- desenvolvimento local, com redução das a redução do PIB per capita no muni- to de 5,6%). Dentre os municípios do desigualdades na região do CONLESTE cípio entre 2000-2006 (1,7%) acom- CONLESTE em 2006, Guapimirim posi- – foi elaborado a partir de uma adapta- panha o observado para o conjunto cionava-se como o sexto pior colocado ção dos Objetivos de Desenvolvimento do CONLESTE (queda de 1,2%), mas em termos do valor absoluto do PIB per do Milênio da ONU a esta região. contrasta com o observado no Estado capita (R$ 7.211,00), ficando abaixo da Dentre as metas compreendidas neste ODM, destacam-se para análise neste PIB per capita a preços constantes de 2006 boletim as seguintes áreas: crescimento 18000 econômico na região (PIB), mercado de 16000 trabalho e mão-de-obra, especialização 14000 produtiva, evolução de cadeias produ- 12000 tivas, empreendedorismo, fornecimen- 10000 to de energia, infraestrutura de saúde, indicadores de violência na região e, por 8000 fim, um panorama das condições fiscais 6000 dos municípios. 4000 O PIB no município de Guapimirim 2000 se eleva de R$ 283 milhões em 2000 0 para R$ 326 milhões em 2006, equiva- 2000 2002 2004 2006 lendo a um crescimento real de 15,2%, Guapimirim CONLES TE Es tado Rio de Janeiro Brasil o quinto maior crescimento dentre os Fonte: IBGE municípios do CONLESTE. A participa- ção do município no PIB do CONLESTE Saldo líquido de admissões menos desligamentos se mantém relativamente constante 250 entre 2000-2006. Observa-se também 200 que o crescimento do PIB no municí- 150 pio entre 2000-2006 (15,2%) era su- 100 perior ao observado para o conjunto 50 do CONLESTE (11,2%) e para o Brasil 0 (8,7%), e inferior para o observado no Estado do Rio de Janeiro (17,7%). -50 O PIB per capita do município de -100 Guapimirim se reduz de R$ 7.337 em -150 2000 para R$ 7.211 em 2006, equiva- -200 lendo a uma redução de 1,7%, a séti- -250 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 ma maior redução dentre os municípios Fonte: CAGED (MTE)

Evolução do PIB a preços constantes 330.000 1,580% 1,570% 320.000 1,560% 310.000 1,550%

1,540% 300.000 1,530% 290.000 1,520%

280.000 1,510% 1,500% 270.000 1,490% 260.000 1,480% 2000 2002 2004 2006

Guapimirim % CONLESTE Fonte: IBGE 25 ODM9 | Acelerar o processo de desenvolvimento local, com redução de desigualdades na região do CONLESTE

Evolução do emprego formal no município 6.000 1,60%

1,40% 5.000 1,20% 4.000 1,00%

3.000 0,80%

0,60% 2.000 0,40% 1.000 0,20%

0 0,00% 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006

Valor % no CONLESTE Fonte: RAIS/MTE

média do CONLESTE (R$ 9.299,00), do Evolução da taxa de desemprego Estado do Rio de Janeiro (R$ 17.240,00) e do Brasil (R$ 12.491,00). 18,00% Com relação à criação de postos 16,00% de trabalho, informações levantadas a 14,00% partir do CAGED para o município de

12,00% Guapimirim indicavam que na média do período 2000-2006 foi gerado um 10,00% saldo líquido médio anual de 23 pos- 8,00% tos de trabalho, o que significa um to- 6,00% tal acumulado de 159 postos líquidos

4,00% para o conjunto do período. Observa-se

2,00% também uma redução expressiva nesse saldo para o ano 2001 e um aumento 0,00% 2000 2002 2004 2006 significativo em 2005. Na média do pe- ríodo, o município de Guapimirim era Guapimirim CONLES TE Es tado Rio de Janeiro aquele com o décimo saldo líquido de Fonte: Estimativas da equipe de Economia a partir de dados do Censo (IBGE) e da empregos gerados, dentre todos os PNAD (IBGE) municípios do CONLESTE. Entre 2000-2006, o total de em- pregos formais contabilizados no mu- Remuneração média mensal dos trabalhadores nicípio de Guapimirim cresceu 79,2%, 1.400 evoluindo de 2768 para 4959 postos de trabalho. Ao longo daquele período, 1.200 Guapimirim foi o terceiro município no 1.000 qual o emprego formal mais cresceu, 800 dentre os municípios do CONLESTE.

600 Além disso, observa-se que, dentre os municípios do CONLESTE, Guapimirim 400 localizava-se na 9a posição em termos 200 do montante do emprego formal ge- - rado em 2006. Ao longo do período 2000 2002 2004 2006 2000-2006, Guapimirim apresentou Guapimirim CONLES TE Es tado Rio de Janeiro Brasil pequeno ganho de participação no to- Fonte: RAIS/MTE tal do emprego formal do CONLESTE, saindo de 1,13% em 2000, para uma participação de 1,5% em 2006. 26 ODM9 | Acelerar o processo de desenvolvimento local, com redução de desigualdades na região do CONLESTE

Quanto à taxa de desemprego esti- Concentração produtiva mada, esta atingia 12,3% em 2006, a 0,200 quinta maior dentre os municípios do 0,180 CONLESTE. Esta taxa era superior à mé- 0,160 dia da região do CONLESTE (12,1%) e 0,140 0,120 do Estado do Rio de Janeiro (11,8%). Ao 0,100 longo do período 2000-2006, a taxa de 0,080 desemprego no município de Guapimirim 0,060 reduziu-se em 5,6 pontos percentuais, 0,040 segundo a estimativa realizada. 0,020 0,000 Quanto ao nível de remuneração 2000 2002 2004 2006 média mensal da mão de obra formal empregada, observa-se que a mesma Guapimirim CONLES TE Es tado Rio de Janeiro Brasil evolui de R$ 420,00 em 2000 para R$ Fonte: Elaborado pela equipe de Economia a partir de dados da RAIS/MTE 662,00 em 2006, correspondendo a um crescimento de 57,6%; inferior ao cres- Em 2006, o município posicionava- as quatro cadeias produtivas seleciona- cimento da remuneração na região do se na 3a posição entre os municípios do das para investigação - Agroindustrial; CONLESTE (76,7%), no Estado do Rio CONLESTE em termos do nível de di- Químico–petroquímica; Metal-mecânica; de Janeiro (65,5%) e no Brasil (60,1%). versificação da estrutura produtiva. Em Construção civil – verifica-se que, em Este crescimento não reduziu significa- termos comparativos, o valor do índice 2006, aquelas cadeias foram responsá- tivamente o “gap” relativo ao nível de de concentração de Herfindhal para o veis pela geração de 469 empregos em remuneração do emprego formal no conjunto de atividades econômicas ob- Guapimirim (9,5% do emprego formal município, que ainda era, em 2006, servado no município (0,193) era supe- no município), dos quais 22,4% con- expressivamente inferior à média do rior à média do CONLESTE (0,086), do centravam-se na cadeia de construção CONLESTE (R$ 948,00), do Estado (R$ Estado (0,086) e do País (0,084). e 57,1% na cadeia agroindustrial. Ao 1.330,00) e do Brasil (R$ 1.170,00). Entre 2000-2006, este índice au- longo do período 2000-2006, a cadeia O indicador relativo à dinamização mentou 78,6% no município, eviden- de construção registrou uma perda de 4 de concentração produtiva trata do ciando uma concentração da estrutura 68% em termos de emprego, enquan- grau de concentração das atividades produtiva, enquanto o mesmo índice to a cadeia agroindustrial registrou uma produtivas no município de Guapimirim, cresceu para o CONLESTE (em 6,8%), o taxa de crescimento de 59,5% no nú- comparativamente ao conjunto da re- Estado (3,0%) e o Brasil (0,6%). mero de emprego. gião do CONLESTE, ao Estado do Rio de Com relação à evolução de cadeias No que se refere ao fortalecimento Janeiro e ao país. produtivas no município, considerando do empreendedorismo, o número de

Empregos em cadeias produtivas

2006

2005

2004

2003

2002

2001

2000

0,00% 10,00% 20,00% 30,00% 40,00% 50,00% 60,00% 70,00% 80,00% 90,00% 100,00%

Cadeia Químico-petroquímico Cadeia de Construção Cadeia Metal mecânica Cadeia Agroindustrial Fonte: RAIS/MTE

4 Este indicador foi avaliado por meio do índice de Herfindhal a 2 dígitos, indicando o nível de desagregação de setores econômicos utilizado. Este índice foi calculado para os diversos municípios e para o conjunto da região considerando informações relativas à distribuição do emprego por diferentes setores de atividade (nível de desagregação setorial a dois dígitos da classificação CNAE). Quanto mais próximo de 1 o índice, maior a concentração produtiva. Isto é, menor o número de empresas em determinada atividade econômica, com correspondente menor grau de concorrência nestes setores econômicos.

27 ODM9 | Acelerar o processo de desenvolvimento local, com redução de desigualdades na região do CONLESTE

Evolução do total de PMES 450 1,55% 400 1,50% 350 300 1,45%

250 1,40% 200 150 1,35%

100 1,30% 50 0 1,25% 2000 2002 2004 2006

Total de PMES % no CONLESTE Fonte: RAIS/MTE

Volume de emprego gerado por Pequenas e Médias Empresas (PMEs) 3000 1,45%

2500 1,40%

2000 1,35%

1500 1,30%

1000 1,25%

500 1,20%

0 1,15% 2000 2002 2004 2006

Emprego - PMES % no CONLESTE Fonte: RAIS/MTE

Pequenas e Médias Empresas (PMEs) Consumo residencial per capita de energia elétrica (kWh) no município de Guapimirim passou de 600 308 no ano 2000 para 383 em 2006, correspondendo a um aumento de 500 24,4%, a quinta maior variação den- 400 tre os municípios do CONLESTE. Como reflexo desse crescimento, a participa- 300 ção do município no total de PMEs do 200 CONLESTE permaneceu relativamente constante saindo de 1,36% em 2000, 100 para 1,49% em 2006. Já em termos do total de empre- 0 2003 2004 2005 2006 gos gerados pelas PMEs no município Guapimirim, verifica-se um crescimento Guapimirim CONLESTE da ordem de 40,4% entre 2000 e 2006, Fonte: AMPLA com os mesmos evoluindo de 1761 para 2473, o quinto maior crescimento

28 ODM9 | Acelerar o processo de desenvolvimento local, com redução de desigualdades na região do CONLESTE no CONLESTE. Em razão desse cresci- Equilíbrio orçamentário mento, a participação do município no 1,20 total de empregos gerados por PMEs no 1,00 CONLESTE cresceu pouco, passando de 1,28% para 1,39%. 0,80 O consumo de eletricidade per ca- 0,60 pita apresentou crescimento de 22,5% entre 2003 e 2006 no município de 0,40

Guapimirim, valor superior à média do 0,20 CONLESTE (19,4%). Em comparação com os demais municípios da região, 0,00 2000 2002 2004 2006 Guapimirim posicionava-se como o 6o município onde o consumo de energia Guapimirim CONLESTE Es tado Rio de Janeiro mais cresceu. Guapimirim, para o ano Fonte: Elaborado pela equipe de Economia a partir de dados da FINBRA – STN e de 2006, apresentou um consumo per do TCE-RJ capita de 491 kWh, que é ligeiramen- te inferior à média do CONLESTE (542 kWh per capita). Receita Orçamentária per capita corrente

Com relação à melhoria das condi- 1800,00

ções fiscais e da capacidade de investi- 1600,00 mento dos municípios, o município de 1400,00

Guapimirim apresentava uma situação 1200,00 de relativo déficit orçamentário em 1000,00

2006, ou seja, as receitas eram inferio- 800,00 res às despesas públicas, situação equi- 600,00 valente à do CONLESTE e à do Estado 400,00 do Rio de Janeiro, no qual identifica-se 200,00 um déficit de 21% no mesmo ano. Com 0,00 isso, ao longo do período 2000-2006, o 2000 2002 2004 2006 déficit fiscal do município se elevou em Guapimirim CONLES TE Es tado Rio de Janeiro 7 pontos percentuais, enquanto que Fonte: Elaborado pela equipe de Economia a partir de dados da FINBRA – STN e para o total do CONLESTE o aumento do TCE-RJ do déficit foi de 5 pontos percentuais, evidenciando um crescimento mais pro- nunciado das despesas. Investimento público per capita Já em termos de receita orçamentá- 300,00 ria per capita corrente, observa-se que, 250,00 em 2006, o valor para o município de Guapimirim (R$ 1222,56) foi superior à 200,00 média do CONLESTE (R$ 805,00), mas 150,00 inferior à média do total do Estado (R$ 1.729,00). Entre 2000-2006, a receita 100,00 orçamentária per capita corrente au- 50,00 mentou 36,2% no município, contra um 0,00 aumento de 25,3% para o CONLESTE e 2000 2002 2004 2006 de 41,1% para o total do Estado. O município de Guapimirim apre- Guapimirim CONLES TE Es tado Rio de Janeiro sentava um investimento per capita em Fonte: Elaborado pela equipe de Economia a partir de dados da FINBRA – STN e do TCE-RJ torno de R$ 271,97 em 2006, fican- do acima da média do CONLESTE (R$ 92,00) e do Estado (R$ 110,00). Entre 2000-2006, este investimento per capita aumentou 0,2% no município, acompa- nhando o crescimento de 45,8% para o CONLESTE e contrastando com a queda de 40,3% para o total do Estado.

29 ODM9 | Acelerar o processo de desenvolvimento local, com redução de desigualdades na região do CONLESTE

Com relação à taxa de mortalida- Taxa de mortalidade geral padronizada por 1.000 habitantes de geral, no período de 2000 a 2002, Guapimirim apresentou taxa padroniza- 9,00 da de mortalidade geral superior à taxa 8,00 do Estado e da região do CONLESTE. 7,00 nt ta

Entre 2003 a 2005 houve uma redução bi 6,00 na taxa do município, porém novamen- 5,00 te superior à taxa do Estado e da região. ha 1000 por 4,00 xa xa

Em 2006, há uma nova redução da taxa Ta 3,00 o município, ficando inferior à taxa do 2,00 Estado e próxima à taxa do CONLESTE. Para todo o período Guapimirim apre- 1,00 0,00 sentou uma tendência levemente des- 2000_2002 2003_2005 2006 cendente nas taxas de mortalidade ge- Guapimirim 8,22 7,96 7,46 CONL ES TE 7,49 7,41 7,47 ral, diferente do Estado que apresentou Es tado Ri o de Janeiro 6,42 6,59 7,73 uma tendência ligeiramente ascenden- Fonte: SIM-DATASUS / IBGE te nessas taxas. Já as médias registradas para o CONLESTE mostraram um pa- drão estável no período analisado. Mortalidade por acidentes de transporte No período de 2000 a 2002, 35,00 Guapimirim apresentou taxa de mortali- dade por acidentes de transporte abai- 30,00 xo da taxa da região do CONLESTE e

nt 25,00 ta acima da média do Estado. Entre 2003 bi ha e 2005, houve um aumento na taxa do il 20,00 100 m 100 município, ficando superior à taxa do r 15,00 po

Estado e da região. Em 2006, observa- xa

Ta 10,00 se que a taxa no município reduziu em relação aos períodos anteriores, ficando 5,00 abaixo da média da região do CONLESTE 0,00 e acima da média do Estado. Em todo 2000_2002 2003_2005 2006 Guapimirim 30,40 32,74 22,37 o período, as médias das taxas para o CONL ES TE 33,19 26,82 25,04 18,58 18,96 18,59 Estado mantiveram-se constantes, e as Es tado Ri o de Janeiro Fonte: SIM-DATASUS / IBGE taxas do município não apresentaram uma tendência, porém, observa-se uma redução na taxa para o ano de 2006. Já Mortalidade por agressões as médias do CONLESTE apresentaram um padrão de declínio. 60,00 nt

Com relação à taxa de mortali- ta

bi 50,00 dade por agressão, o município de ha il il Guapimirim, no período de 2000 a 100 m 100 40,00 r r

2002 apresentou taxa inferior à taxa po axa axa do Estado, porém superior à da região T 30,00 do CONLESTE. Entre 2003 a 2005 hou- ve uma elevação na taxa do municí- 20,00 pio, ficando superior à taxa do Estado 10,00 e da região. Em 2006, observa-se que a taxa no município caiu pela metade 0,00 2000_2002 2003_2005 2006 em relação ao período de 2003-2005, Guapimirim 43,20 52,55 25,32 ficando abaixo da média do Estado e CONL ES TE 39,26 46,58 35,16 Es tado Ri o de Janeiro 52,74 50,48 43,99 do CONLESTE. Observa-se para todo o Fonte: SIM-DATASUS / IBGE período, que as médias para o Estado apresentaram um padrão descendente. Há também uma redução expressiva da taxa no município de Guapimirim no período de 2006.

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