Futebol e Modernidade no dos primórdios do século XX. Eduardo José Silva Lima * Resumo O futebol chega a Recife por volta de 1903 e, semelhante a outros estados do país, é trazido por um jovem brasileiro educado na Inglaterra, Guilherme de Aquino Fonseca. A cidade vivia uma apatia esportiva, só existiam dois clubes, Internacional e Náutico, o primeiro sem vida esportiva, só abria para jogos de cartas e bailes esporádicos, o segundo promovia regatas, mas por falta de adversários, estas eram raras. Até o Turf, esporte muito popular da época, já não animava tanto a juventude recifense. O objetivo deste trabalho é discutir o contexto histórico, político e social em que o futebol chega ao Recife, como também entender sua ligação com planos institucionais, ou não, de modernização da cidade, adaptando-a a modelos europeus de vivência. Palavras chave: Modernidade; História do Esporte; Futebol no Recife. Abstract Le football arrive à Recife par retour de 1903 et, semblable à autres états du pays, est apporté par jeune Brésilien instruit en Angleterre, Guillerme de Aquino Fonseca. La ville vivait une apathie sportifive, seulement existaient deux clubs, Internacional et Náutico, première sans vie sportifive, seulement il ouvrait pour des jeux de lettres et bals sporadiques, le second il promouvait des régates, mais faute d'adversaires, celles-ci étaient rares. Jusqu'au Turf, sport très populaire du temps, plus maintenant animait de telle façon à la jeunesse recifense. L'objectif de ce travail est discuter le contexte historique, politique et social où le football arrive au Recife, comment aussi comprendre sa liaison avec des plans institutionnels, ou non, de modernisation de la ville, en l'adaptant à des modèles européens d'expérience. Mots clé: Modernité; Histoire du sport; football dans le Recife.

Por muito tempo a historiografia brasileira não se mostrou muito interessada em destinar um espaço no hall de seus objetos de estudo aos esportes, tampouco ao futebol. Talvez levados por uma interpretação duvidosa do marxismo, historiadores brasileiros não

*Estudante de graduação em História pela Universidade Federal Rural de (UFRPE)

cederam espaço para estudos relevantes sobre o fenômeno que é o futebol no Brasil, coube principalmente a jornalistas preencher essa lacuna informacional. Contudo , tal perspectiva vem se modificando ao longo do tempo, hoje existem alguns programas de pós-graduação em História que possuem linhas relativas à História do Esporte, que veem cumprindo um papel de extrema relevância no sentido de entendermos melhor a relação de nossa história com as praticas desportivas, entendo o futebol moderno como um produto social, nascido e popularizado em um período histórico especifico que permitiu tal processo. E como produto social, o futebol revela características da sociedade a qual pertence, suas mudanças ao longo do tempo expressam também mudanças sociais especificas. A título de ilustração podemos tomar como exemplo a popularidade que o futebol alcança no Brasil e mundo, aportando aqui vindo em navios luxuosos, nas mentes de jovens estudantes abastados que o acolheram na Inglaterra. Com o tempo, tal esporte, é “roubado” pelas classes populares que se torna praticante assídua do futebol, adaptando-o a suas particularidades e limitações sócio-econômicas. É importante lembrar que as últimas décadas do século XIX transformaram de forma decisiva as praticas esportivas, desde invenção de novos esportes, como também institucionalização dos já existentes, conferindo com isto destaque a alguns esportes como o futebol e o rugby. O futebol moderno nasce na Inglaterra em 1863, quando surge o football association, ditando as primeiras regras do esporte, regras estas baseadas em conceitos morais e sociais da sociedade inglesa. Um exemplo é o off side que é considerado ilegal para o esporte, pois tirar vantagem da posição em campo era imoral. Porém, diante do contexto europeu, jogar foot-ball era moderno e atual, assim, logo se tornou um esporte muito popular entre a classe média burguesa. Com destaque para os estudantes, principalmente os universitários. O futebol inicia sua expansão pelo mundo em fins do século XIX inicio do XX, principalmente pela Europa e América Latina. Momento muito particular nestas regiões, pois estas estavam formulando e reformulando suas fronteiras econômicas e culturais. Também neste contexto as cidades iam ganhando novos habitantes, muitos vindos dos campos ou imigrantes em busca de melhores condições. Com essa nova população, novas demandas foram criadas nas cidades e um processo de modernização foi iniciado. Neste estava incluso

2

urbanização e industrialização dessas cidades, contando inclusive com mão de obra de imigrantes. No tocante a questões políticas do final do século XIX, há segundo Hobsbawn (1984: 306-307), um marcante processo de invenção de tradições políticas geradas pelo estado com objetivo de manter uma ordem social. Três elementos foram de fundamental importância na constituição desta construção: educação primaria secular, cerimônias públicas e a produção de monumentos públicos. O esporte, principalmente o futebol, se encaixa nesse processo por se tornar cada vez mais uma febre entre as classes trabalhadoras. Como muitas cidades iam se modernizando se tornavam um espaço de sociabilidades para diversos grupos sociais que lá interagiam. Portanto, o desenvolvimento capitalista é um dos pilares da mercantilização do futebol. Fim do sistema escravocrata, revolução industrial, chegada dos imigrantes, expansão do sistema capitalista atingindo as usinas pernambucanas, novas demandas sociais sendo criadas, discursos higienistas, sanitaristas, era esse o cenário no Recife dos primórdios do século XX. Foram essas mudanças científicas, tecnológicas e sociais que desestruturava a antiga ordem social, construindo-se uma nova: moderna. Era diante desse quadro que voltavam os filhos da aristocracia açucareira educados na Europa. Recife é imersa de militantes positivista que defendiam arduamente uma reforma urbana na cidade. Na verdade eram idéias defendidas em vários locais do país, o próprio presidente da nação em 1902 Rodrigues Alves realizava grande reforma urbana na capital federal baseado em discursos positivistas e modernizantes. No Recife não seria diferente, os clamores eram muito parecidos com os do Rio de Janeiro. Avenidas largas, serviços de infra-estrutura básica, como esgoto e transporte eram ideais defendidos veementemente. Existia um ideal de cidade perfeita muito comum a modernidade, como se fosse possível manipular o tempo e cristalizar os movimentos de uma cidade baseados em um argumento único. “Essa idéia de refundação e reordenamento, mas também de manipulação e controle, percorre intimamente a inteira concepção de cidade moderna.” (DECANDIA, 2003:183) Esse era o sentimento no Recife do início do século XX, mudança, reordenamento, limpeza social etc. Essa febre modernizante ataca o Recife, inúmeras medidas foram tomadas para “reconstruir” a cidade, alargamento de ruas, saneamentos de quarteirões, derrubada de

3

casebres e de imóveis considerados insalubres, enfim era construída uma nova face para cidade. Esta institucionalmente orientada já que a venda dos lotes, antigas casas desapropriadas, estava ligada a um modelo de construção. Assim para se tornar dono do lote era necessário prometer e comprovar que cumpriria as exigências impetradas pelo estado, estas exigências se referiam a modelos dos imóveis, descrição de medidas e detalhes de acabamento, tudo baseando em modelos arquitetônicos utilizados na reforma urbana do Rio de Janeiro, a então capital da república. A Inglaterra detinha seus tentáculos imperialistas por todo globo. Todavia, tal relação não se detinha apenas a aspectos econômicos, podemos discutir também um imperialismo cultural. Como em diversos espaços do planeta no início do século XX, Recife acolhia algumas empresas inglesas que cumpriam um papel fundamental no processo de modernização da cidade. Como centro cultural, a Inglaterra se ligava intelectualmente ao Brasil, no sentido de que muitos jovens brasileiros foram enviados a cidades inglesas buscando uma educação mais qualificada. Esses jovens voltavam imbuídos de ideais modernos e discursos produzidos e reproduzidos por toda Europa. Os ingleses tiveram participação marcante no processo de modernização da cidade do Recife na primeira metade do século XX. Esses tinham espaço em diversos setores sociais no comércio, na indústria, nas concessionárias de serviços públicos, inclusive criando espaços de sociabilidades próprios como pensões, igrejas, cemitérios e clubes. Muitos destes ingleses aportaram em Recife e participaram de transformações importantes na cidade. A presença dos ingleses no Recife era tão marcante que versos cantados por trabalhadores do porto sugerem que com o tempo os ingleses comprarão o mar: “Não se pesca mai de rede/ não se pode mai pescá/ qui já sube da nutiça/ qui os ingrês comprou o má. 1” Com esta forte presença inglesa na cidade não é surpresa que os ingleses sentiram necessidade de criar pedaços de sua terra no Recife. Locais onde pudessem ser celebradas tradições inglesas, assim foram surgindo pensões, clubes sociais, clubes de futebol, hospitais e até um cemitério. Dentre todos esses espaços de sociabilidades nos deteremos em particular ao Pernambuco British Club fundado em 1906 na Avenida Ruy Barbosa onde hoje é

1 Autor desconhecido. Os versos eram cantados por trabalhadores nas ruas do Recife segundo PARAÍSO, 1997:29.

4

localizado o museu do estado de Pernambuco. Depois da fundação do Sport Club do Recife, em 1905, foram muitos os match’s no campo do British Club , como era chamado. O futebol aporta em Recife por volta de 1903. Este foi trazido na bagagem, junto com outros esportes como o Rugby e o Criket , do jovem Guilherme de Aquino da Fonseca quando o mesmo volta do Hooton Lown School , onde havia estudado por cinco anos. Em sua volta Guilherme, encantado com o espírito esportivo de seus companheiros de estudos, traz consigo uma bola, meiões, camisas e outros matérias utilizados na prática do Cricket, Rugby, Tênis e do Foot-ball association. Portanto sua idéia não era somente inocular o vírus do futebol, mas sim de diversos outros esportes europeus, ou seja, modernos. Quanto à vida esportiva Recife não vivia seus melhores dias. A juventude recifense já não se animava tanto com o Turf esporte que no século XIX era bastante popular na cidade “o ano de 1888 foi, inegavelmente, de fanatismo pelas corridas de cavalos. A febre pelo esporte nasceu com a inauguração do prado e tomou, em pouco tempo, as proporções assustadoras de uma epidemia” (PIO 1969: 30). Definitivamente o Turf não supria as expectativas dos moradores do Recife, até porque “Nem todos os três prados inaugurados em 1888 chegaram aos anos 1900” (SETTE 1978:179). Na cidade só existiam dois clubes esportivos: Club Internacional de Regatas e Clube Náutico Capibaribe. O primeiro em sua fundação se destinava a ser um clube de regatas, mas em seu novo estatuto de 1906 mudava de nome para Club Internacional do Recife, mudando também de função. Abandonava as regatas e agora vivia de bailes esporádicos e jogos de cartas, torando-se, assim, apenas um clube de lazer social. Já o Náutico sofre com a decadência do Internacional, pois tinha o remo como sua única atividade esportiva, fica sem adversários nas regatas, tornando-as cada vez mais esporádicas. Como se percebe Guilherme de Aquino teria uma tarefa difícil, mas historicamente apropriada, pois diante desta apatia esportiva novidades seriam bem vindas. Outro ponto que favorecia a batalha de Aquino era que como o contexto histórico era de formação dos centros urbanos, não se tinha muitas raízes ou tradições fortemente construídas. Neste texto falarei especificamente da participação dos ingleses na construção dessa nova cidade, para o bem e para o mal, mas eles não foram os únicos estrangeiros no Recife. Havia os franceses, norte- americanos, os já recorrentes africanos, portugueses e holandeses além dos imigrantes que

5

chegavam pós escravidão, enfim uma miscelânea total. Alguns jovens já conheciam o futebol, jovens que como Guilherme tiveram a experiência do jogo na Europa, mas nem todos foram favorável a idéia de transpor o esporte Bretão em terras recifenses. Muitos não compraram a idéia por não terem permissão dos pais, ou se encolheram as negativas reações iniciais. Muitos enxergavam o ridículo ao verem homens de calção correndo atrás de uma bola. Guilherme procura a direção do Náutico e apresenta os novos esportes terrestres trazidos da Inglaterra, estes não foram aceitos de maneira nenhuma. Diante da situação Guilherme busca apoio nas comunidades inglesas no Recife, recorre a funcionários da Great Western e Western Telegraph . Estes já praticavam estes esportes no quintal de casa, principalmente o futebol que na Inglaterra era o esporte da classe trabalhadora e da classe média burguesa. Essa aproximação entre Guilherme e alguns amigos a comunidade inglesa era a formação embrionária do Sport. Assim começaram os “ensaios” ocorridos na campina do Derbi. Alguns populares que passavam achavam curioso o que acontecia, mesmo sem saber muito bem o que era. Estranheza era uma das reações, mas muitos também gozavam os jogadores, achando-os malucos por correrem desesperadamente atrás de uma bola. Já em 1904 é realizado o primeiro match que se tem noticia em Pernambuco. Guilherme reúne onze jogadores e convida para o embate o time da Western, não se tem noticia do resultado da partida, mas se sabe que foi o pontapé inicial do esporte na cidade. Em entrevista cedida ao Diário da Manhã de 13 de maio de 1938, Guilherme conta que os sportmen do Recife se reuniam numa luxuosa casa de modas da cidade a “Casa Metrópole” e lá discutiam a vida esportiva da cidade e dessas inúmeras discussões surge à idéia de fundar um clube esportivo que comportasse além de esportes aquáticos, os esportes terrestres. Assim nasce no dia 13 de maio de 1905 o Sport Clube do Recife. Três dias depois de sua fundação o Sport Club Recife tem sua primeira noticia na imprensa publicada no Jornal Pequeno e dizia: “Oxalá que o Sport Club do Recife progrida, pois vêem preencher uma das maiores lacunas da nossa sociedade: falta absoluta de distração” Noticia que reafirma a apatia esportiva descrita em linhas anteriores. No dia 28 de Maio os rapazes rubro-negros se reuniram agora para formação de sua diretoria que teve como presidente Elysio Alberto Silveira e Guilherme de Aquino como diretor de esportes terrestres, dentre outros cargos.

6

Analisando o primeiro estatuto do Sport observamos algo relevante, em seu artigo quarto parágrafo único está escrito: “Todo cidadão que pertencer a qualquer Associação, que tenha Sport Marítimo, não poderá pertencer ao Sport Club do Recife.” O fato interessante deste artigo é que o único clube da cidade que tinha esporte marítimo, nesta época, além do Sport era justamente o Náutico. Portanto, podemos deduzir que o fato do Náutico não ter aceito esportes terrestres causou ressentimentos aos fundadores do Sport. Este artigo do estatuto do Sport pode ser considerado o mito fundador de uma das rivalidades mais antiga do país. Tanto que em 1909 o Náutico só adere aos esportes terrestres por que alguns de seus sócios estavam freqüentando os matchs na campina do Derbi promovidos pelo Sport e com medo de perder estes sócios o Náutico se rende ao futebol. Contudo não pretendo adentrar muito nessa questão especifica neste texto. Em 22 de Junho de 1905 é realizado o primeiro jogo oficial do Sport Clube do Recife. O jogo estava marcado para as quatro horas da tarde, mas já às três horas se notava uma movimentação diferente na cidade. As maxombombas, bondes guinchados por burros, trafegavam com intensa atividade. Os jornais tinham noticiado com relativo destaque este match que seria realizado na campina do Derbi. Provavelmente muitos foram levados pela curiosidade de ver o novo esporte, além do mais o adversário também chamava atenção era o English Eleven um time composto por ingleses funcionários da empresas em Recife instaladas. O jogo que estava marcado para as quatro horas da tarde só foi iniciado as cinco devido a solenidades promovidas pelo Sport. Deve- se registrar a presença de inúmeras famílias no local, o evento se torna um belo passeio no feriado de “Corpus Christi”. Era esperado que os ingleses tivessem uma vitoria fácil, pois eram nascidos no até então país do futebol, contudo com bastante surpresa, inclusive da imprensa local, o match termina empatado em 2X2. Ao fim do jogo os sportmans se dirigem a um baile de confraternização contando com a presença da banda da policia militar. E assim termina a primeira partida de um time de futebol no Recife, a semente estava plantada. Contudo, o sucesso do futebol não se deu de imediato, em 1905 os prados voltam com relativa força e as regatas agora se tornam mais freqüentes já que agora o Náutico ganha o Sport como adversário. Neste inicio o Sport jogava basicamente com times formados por funcionários de empresas inglesas, o Náutico só adere ao futebol em 1909

7

e o Santa Cruz só nasce em 1914 que são hoje os três maiores clubes do estado. Mas em 1915 tem-se o primeiro de futebol, fruto da semente plantada em 1905 pelos jovens fundadores do Sport. É interessante perceber como se unem historicamente a chegada em Recife da modernidade e do futebol. Justo porque o futebol é fruto da modernidade e vai se expandindo na medida em que se expandia a própria Inglaterra nação mais rica do mundo no início de século XX. Além de ter bases econômicas fortíssimas a Inglaterra vai se impondo culturalmente ao mundo, como também das demandas criadas pelo próprio sistema capitalista e a de expansão do capital tendo a mercantilizarão do esporte como parte do processo.

O fato é que jogar futebol no Recife para aqueles moços era uma consagração social, os transformava na vanguarda da sociedade. Pois além de já se distinguirem socialmente, por serem jovens abastados “estudados” na Europa, agora tinha a prática de esportes modernos que os elevavam a um status maior. Principalmente quando os “matchs” vão se tornando eventos importantes freqüentados pela elite pernambucana. Esta que já vinha discutindo os melhores rumos que a cidade viria a tomar. Pois paralelamente a chegada do futebol, temos o início de grandes reformas urbanísticas do bairro central do Recife, indústrias de diversas localidades aportam na cidade, inúmeros bancos seguem o mesmo caminho, assim a modernidade chegava. Referências Bibliográficas ALVES, Givanildo. História do Futebol em Pernambuco . Recife: CEPE, 1978. DECANDIA, Lidia. O tempo invisível: da cidade moderna à contemporânea . In: Margem (PUCSP) , São Paulo, v. 17, p. 181-195, 2003. GIULIANOTTI, Richard. Sociologia do Futebol: dimensões históricas e socioculturais do esporte das multidões. São Paulo: Nova Alexandria, 2002. HOBSBAWM, Eric; RANGER, Terence. A Invenção das Tradições. São Paulo: Paz e Terra, 2008. LUMBAMBO, Catia Wanderley. O Bairro do Recife: entre o corpo santo e o marco zero . Recife: CEPE, 1991. PARAÍSO, Rostand. Esses Ingleses... Recife: Bagaço, 1997.

8

PEREIRA, Leonardo Affonso de Miranda. Footballmania : uma história social do futebol no Rio de Janeiro, 1902-1938. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2000. PIO, Fernando. Meu Recife de outrora : Crônica do Recife Antigo . Recife: CEPE, 1969. PRONI, Marcelo; LUCENA, Ricardo (orgs). Esporte, história e sociedade. Campinas: Editora autores associados, 2002. SETTE, Mário. Arrua r : História pitoresca do Recife Antigo. Rio de Janeiro: C.E.B, 1948. MIRANDA, Carlos Alberto Cunha. Um Urbanismo Excludente: o caso da Capital Federal e do Bairro do Recife no Início do Século XX . In: CLIO . Série Arqueológica (UFPE), Recife, v. 20, 2003. SEVCENKO, Nicolau. “Futebol, metrópoles e desatinos”. In: Revista USP , São Paulo, n. 22, p. 30-7, jun./ago. 1994.

9