Versão 3.04 Atualizado para Ubuntu versão 16.04 Direitos Autorais

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Quanto ao Ambiente de Desenvolvimento mostrado no Capítulo 4 Quero dizer que NÃO, isso NÃO é uma ideia original, NÃO é minha e creio que muita gente já faz dessa forma. Resolvi simplesmente expor todo esse processo de forma que qualquer desenvolvedor possa ter acesso a esse valioso conjunto de ferramentas sem ter que ficar com um louco para tentar descobrir a forma de consegui-lo.

Alguns itens apresentados neste livro podem sofrer alterações sem prévio aviso

Instalei o Ubuntu e agora? Página 2 Índice Introdução...... 5 � Do que trata esse livro?...... 5 � Por que o símbolo do é um Pinguim?...... 6 � Sobre a versão deste livro...... 7 Capítulo 01...... 8 1.1 Minha História...... 8 1.2 Usuários Windows e Linux...... 9 1.3 Por que escolhi o Ubuntu?...... 11 1.4 Janela do Terminal...... 18 1.5 Aplicativos Comuns, PA e o Dash...... 21 1.6 Loja de Aplicativos...... 25 1.7 Adicionar e Remover Repositórios...... 27 1.8 Atalhos ou Lançadores...... 29 1.9 Ambiente Gráfico Unity no Ubuntu...... 30 1.10 Áreas de Trabalho...... 32 Capítulo 02...... 34 2.1 Por padrão no Sistema Operacional...... 34 2.2 Aplicativos previamente instalados...... 34 2.3 Atualização do Sistema e do Kernel...... 36 2.4 O que é Zeitgeist...... 39 2.5 Serviços Travados e Ajustes Finos...... 40 2.6 E agora?...... 41 Capítulo 03...... 45 3.1 Temas e Ícones...... 45 3.2 Aplicativos para Organização...... 47 3.3 Editores...... 50 3.4 Internet...... 56 3.5 Ambiente Windows...... 58 3.6 Jogos...... 59 3.7 Imagem & Vídeo...... 62 3.8 Estudo...... 66 Capítulo 04...... 69 4.1 Papo de Desenvolvedor...... 69 4.2 Produtos Básicos...... 70 4.3 Instalação do Subversion...... 72 4.4 Integração Contínua: Jenkins...... 74 4.5 Gerenciador de Repositório: Nexus...... 76 4.6 União dos serviços através do Apache...... 77 4.7 Uma nova programação...... 78 Capítulo 05...... 81 5.1 Conhece o XAMPP...... 81 5.2 Calligra, uma alternativa ao LibreOffice...... 83 5.3 Conky, informações na Área de Trabalho...... 83 5.4 FinanX, um clone da HP12C...... 86 5.5 VUE, uma alternativa a Mapas Mentais...... 87 5.6 DOOM, e viva o saudosismo...... 87 5.7 TuxGuitar e os problemas com MIDI...... 88 5.8 Hora da Mordida do Leão...... 89

Instalei o Ubuntu e agora? Página 3 5.9 Um aquário diferente...... 89 5.10 Travou? Como sair com segurança...... 90 5.11 Teclado ABNT2...... 91 5.12 LaTeX no Ubuntu...... 91 5.13 Dicas rápidas para deixar o sistema a seu gosto...... 92 5.14 Fim?...... 99 Anexos...... 100 Anexo A. Configuração do arquivo conkyrc...... 101 Anexo B. Arrumando o aplicativo Sweet Home 3D...... 102 Anexo C. Faxina no /boot...... 103 Cartão de Referência...... 105

Instalei o Ubuntu e agora? Página 4 Introdução

“A filosofia do Linux é ‘Ria na face do perigo’. Ôpa. Errado. ‘Faça você mesmo’. É, é essa.” (Linus torvalds) � Do que trata esse livro? Assim como eu, resolveu mudar para o Linux e se encontra um tanto perdido, ou está aborrecido com seu sistema operacional e deseja usar o Linux mas tem medo de migrar por causa dos seus aplicativos, ou já usa o Linux mas ainda está perdido? Não se preocupe isso acontece com todos desde o mais leigo até o mais experiente. Era um usuário do Windows e principalmente do MS-Office, sabia usar o Excel na perfeição, craque no Word e melhor ainda o PowerPoint, incluindo três coisas que muito poucas pessoas fazem: • Uso de Macros; • Composição da Mala Direta; e • Integração OLE dos aplicativos. Por causa do trabalho, tive que mudar para o OpenOffice (que no Brasil teve que se chamar BR Office devido a direitos legais) foi nessa hora que pensei “meu mundo caiu”. Tinha duas escolhas, a primeira era pedir demissão e a segunda aprender esse novo ambiente. Como toda pessoa inteligente que encara os problemas como desafios e oportunidades agarrei o momento para começar minha mudança para o “Software Livre” - que na época achava que era apenas grátis. Existem grandes diferenças entre Software Livre e Software Grátis (ou Freeware). Grátis significa que se pode copiar e usar um determinado software sem ter que pagar um centavo para ninguém, porém sem a disponibilização de seu código-fonte nem o poder de modificá-lo. Já o Software Livre está associado a quatro liberdades básicas. Tudo começou porque um programador chamado Richard Matthew Stallman teve um problema com o software em sua impressora. Ele mesmo poderia consertar mas não estava autorizado a olhar ou mesmo modificar o código-fonte do fornecedor. Stallman então criou as regras para o chamado Software Livre, foi o fundador do movimento Software Livre, do projeto GNU, e da FSF2 uma organização sem fins lucrativos dedicada ao desenvolvimento colaborativo e a divulgação do Software Livre. Também é o autor da GPL, a licença livre mais utilizada no mundo, que garante a total distribuição do código-fonte e impede que o mesmo se torne parte de um Software Proprietário. Ao se utilizar de qualquer Software Livre o usuário, segundo Stallman, tem direito a quatro liberdades básicas: • A liberdade de executar o programa, para qualquer propósito (liberdade nº 0) • A liberdade de estudar como o programa funciona, e adaptá-lo para as suas necessidades (liberdade nº 1). Acesso ao código-fonte é um pré-requisito para esta liberdade. • A liberdade de redistribuir cópias de modo que você possa ajudar ao seu próximo (liberdade nº 2). • A liberdade de aperfeiçoar o programa, e liberar os seus aperfeiçoamentos, de modo que toda a comunidade se beneficie (liberdade nº 3). Acesso ao código-fonte é um pré-requisito para esta liberdade. Ou seja, um Software Grátis não é necessariamente livre, mas um Software Livre é sempre Grátis. E principalmente teria os fontes na minha mão para estudar e foi essa ideia que me atraiu, não tive dúvidas e cai de cabeça nesse novo mundo. Não foi fácil me readaptar (como nunca é), mas tive grandes vantagens nesse processo. Escrevi esse livro como um modo de ajudar a qualquer um que esteja no mundo Linux e usa a

Instalei o Ubuntu e agora? Página 5 distribuição Ubuntu1 a deseja se adaptar da melhor forma. Use-o para instalar e montar um ambiente tranquilo para trabalhar. Resumidamente, se virar no Linux e descobrir que o pinguim está mais do que domesticado e pode ser usado sem problemas seja em casa ou no trabalho.

� Por que o símbolo do Linux é um Pinguim? Acredito que todo livro que fala a respeito do Linux conta da sua mascote o pinguim com o nome de , ou seja, essa história já foi contada por muitos, porém apenas para deixar registrado nessa minha trilha por esse sistema desejo narrá-la mais uma vez... O pinguim que virou um logotipo do Sistema Operacional Linux começou em 1996 onde muitos integrantes da lista chamada "Linux-Kernel" estavam discutindo sobre a criação de um logotipo ou de um mascote que representasse o Linux. Muitas das sugestões eram simples paródias ao logotipo dos sistemas operacionais concorrentes, monstros ou animais selvagens como tubarões e águias. Linus Torvalds acabou entrando nesse debate ao afirmar em uma mensagem que gostava muito de pinguins e só isso foi o suficiente para dar um fim à discussão: Re: Linux Logo Linus Torvalds ([email protected]) Sun, 12 May 1996 09:39:19 +0300 (EET DST) . Umm.. You don't have any gap to fill in. "Linus likes penguins". That's it. There was even a headline on it in some some time ago (I was bitten by a Killer Penguin in Australia ­ I'm not kidding). Penguins are fun.

Histórias a parte segundo Jeff Ayers, Linus Torvalds tem uma "fixação por aves marinhas gordas e desprovidas da capacidade de voo!" e o Torvalds reivindica que contraiu uma "pinguinite" após ter sido gentilmente mordiscado por um pinguim: "A pinguinite faz com que passemos as noites acordados só a pensar em pinguins e sentir um grande amor por eles." Essa é uma história meio verdadeira, obviamente a doença de Torvalds é uma piada, porém ele foi mesmo mordido por um pinguim numa visita a Canberra. Depois disso, várias tentativas foram feitas através de uma espécie de concurso para que a imagem de um pinguim servisse aos propósitos do Linux, até que alguém sugeriu a figura de um "pinguim sustentando o mundo". Novamente em resposta Torvalds declarou que achava interessante que o pinguim tivesse uma imagem simples, tal como um pinguim "gordinho" e com expressão de satisfeito, como se tivesse acabado de comer uma porção de peixes, ele também não achava atraente a ideia de algo agressivo, mas de um pinguim bem simpático, do tipo em que as crianças perguntam: "mamãe, posso ter um desses também?", frisou que agindo dessa forma, as pessoas poderiam começar a criar várias modificações desse pinguim.

Figura 1 – Desenho oficial do Tux feito por Larry Ewing O desenho oficial do mascote do Linux foi criado por Larry Ewing em 1996, é um pinguim gorducho que tem um ar satisfeito e saciado. Foi criado usando o GIMP versão 0.54. Nome Tux

1 Acredito porém que muita coisa aqui pode ser aproveitado para diversas outras distribuições.

Instalei o Ubuntu e agora? Página 6 Já o nome Tux é uma questão que ainda gera controvérsias, porém a versão mais aceitável é a de que o nome veio de "tuxedo", palavra em inglês para o tipo de roupa que no Brasil é conhecido como Smoking ou Fraque. Isso porque parece que os pinguins estão sempre usando esse tipo de vestimenta. No entanto, há quem afirme que o nome também é usado como referência da junção dos nomes Torvalds e UniX. A verdade é que o Tux tornou-se um ícone para a Comunidade Linux e Open Source, sendo inclusive muito mais famoso que o mascote do Gnu, que é um pacífico e tímido gnu que representa o Projeto GNU.

� Sobre a versão deste livro Antigamente seguia uma versão própria para o livro, mas resolvi seguir o número final da versão do Ubuntu, indicando assim qual versão do Ubuntu esta atualizado o livro pois muitos itens estavam se tornando demasiadamente especializados. Este livro está voltado para a versão Ubuntu 16.10. Mas então só serve para ela? Não necessariamente, porém muitos detalhes do livro são exclusivos para esta versão. As novidades trazidas com esta versão foram: • Linux Kernel 4.4.x • Boot Service SYSTEMD por padrão • Novo Overlay scroll bar • Ubuntu Software Center foi trocado pelo Ubuntu Software • Unity 7.4 • Gnome 3.18 • Suporte a GTK 3.18.x • Locally Integrated Menus (LIM) pode ser habilitado a partir da opção de Aparência • Power commands a partir do Dash (como restart ou shutdown) • Pacotes Snappy • Mover o Unity Launcher para o rodapé • Pesquisas Online está desabilitada por padrão • Python 3.5 por padrão • Suporte ao processador Intel Skylake • Suporte 3D para o virtual GPU driver • Suporte para TPM 2.0 chips • Suporte para AMD e Radeon GPUs E neste livro serão encontradas muitas referências sobre estas mudanças.

Instalei o Ubuntu e agora? Página 7 Capítulo 01

“Software Livre: Direito do Cidadão – Dever do Estado Mostre-me os fontes” (Jon “Maddog” Hall)

� Neste capítulo veremos:

Minha História Usuários Windows e Linux Por que escolhi o Ubuntu? Janela do Terminal Aplicativos Comuns, PA e o Dash Loja de Aplicativos Adicionar e Remover Repositórios Atalhos ou Lançadores Ambiente Gráfico Unity no Ubuntu Áreas de Trabalho

1.1 Minha História Sou um antigo usuário de computador, fiz carreira na área de informática antes mesmo de possuir um diploma, e por anos fui usuário do Ambiente Operacional Windows. Um fato curioso em uma determinada semana aconteceu e prefiro narrá-lo como se fosse anotações em um diário: Dia 01 Hoje, como todo bom usuário (definição simples daquele que UTILIZA o computador) acordei e dei bom dia para meu computador que me respondeu com bip, achei aquilo muito esquisito (ele nunca tinha me comentado nada), liguei a tela (meu computador fica 24/7 ativo) e para minha surpresa a pobre máquina estava doente. Os sintomas eram claros: vírus. Como sempre o bendito antivírus deixou passar alguma coisa. Dizer que a máquina estava com vírus era brincadeira, eles estavam tão bem instalados que já tinham criado seu próprio sistema político, mas como vivo de informática resolvi combatê-los. A luta foi boa e como qualquer "informático" ganhei. Dia 02 Após atualizar todos os programas, descobri sequelas do vírus a máquina estava um tanto lenta, bem nada que arrumar a área de registro e uma boa desfragmentação não resolva. Vou ter que deixar o programa organizador processando a noite toda. Dia 03 Liguei novamente o monitor e agora no "Windows Explorer" aparece a mensagem: "O Windows Explorer travou... procurando a solução... reiniciando o Windows Explorer" isso acontece a cada 1 minuto e não consigo fazer mais nada na máquina. Tentei recuperar o sistema através do CD de instalação mas, esse acusa que meu ponto de restauração não resolve o problema. Com um pouco de pesquisa (no tablet) descobri que o problema era com o ".NET Framework" que está corrompido. A solução é muito fácil, como tudo no ambiente Windows, entrar em modo de segurança e reinstalar. Descobri que no modo de segurança também aparece a mesma mensagem (afinal de contas o Windows Explorer depende desse framework para executar), nada de pânico, deve ser possível executar isso de um pendrive, vou precisar de outra máquina para baixar e copiar o framework. Dia 04 Agora ficou muito fácil, entrar no Executar, e chamar o executor de comandos (CMD) e disparar o instalador do framework. Após meia hora (a maldita tela da mensagem que puxa o foco para ela o tempo todo) consegui com que o instalador rodasse, após mais um bom tempo (e muitas outras telas aparecendo) me veio a mensagem: Você está em modo de segurança e é impossível instalar este programa. Retorne ao ambiente normal. Tenho pena de algumas mães que não tiveram culpa pela raiva que senti. Mais um boot e estou no ambiente normal, o mesmo trabalho (e as mesmas telas) e finalmente o framework começa a ser instalado, meus problemas vão finalmente terminar. Após o término da instalação nada aconteceu. Lembrei que esse é um ambiente onde reiniciar a máquina é essencial para que as alterações sejam efetivadas. Mais um boot e nada. O mesmo problema se repete. Vou dormir com um único pensamento na cabeça vou ter que tirar todos meus arquivos e formatar. Após anos é esquisito dormir sem o computador fazer aquele barulho que me era tão característico porém, não tem o menor sentido deixar a máquina ligada. Dia 05 Como tirar todos os arquivos de uma máquina que é impossível usar o Windows Explorer? Fácil pelo MS-DOS (por isso mesmo sou programador), encaixo o driver externo e começa a rotina XCOPY. Ao comentar com um colega minha situação ele perguntou: Porque não utiliza um Live CD e copia os arquivos? - Ainda bem que tenho amigos, mais um boot só que dessa vez pelo CD e consegui obter todos meus arquivos pessoais. Dia 06 Hoje é sábado e estou com um dilema na cabeça, por que reinstalar o Windows 7 (ou 8)? Não que o Linux (ou mesmo MacOS) sejam melhores ou piores, mas a pergunta é: O que eu faço com essa máquina? O que existe de tão essencial no Windows para que realmente precise dele? E pensando friamente, um usuário normal instala o Windows, um programa de escritório, um tocador de música, e por aí vai em uma relação de programas usados que não possui qualquer referência se são melhores ou piores, ou seja, provavelmente consigo facilmente substituir todo meu sistema (e forma de trabalho) ainda com alguns lucros: • Não fico dependente de programa pagos (ou de programas a R$ 1,99 obtidos por fornecedores para lá de suspeitos). • Não fico propenso a ataques de vírus ou suas variantes. • Vou ter um sistema mais controlado. No computador, coloquei o CD do Ubuntu 14.04 e comecei o meu processo de formatação para um novo ambiente. Dia 07 Liguei o computador e já coloquei todos meus arquivos e programas de volta, engraçado, pois dos 500 Gb do meu HD quase lotado do sistema anterior ainda tenho 300 Gb livres, já vi que minha compra por um HD de 1 Tb pode esperar um pouco. Não é minha intenção ofender o sistema operacional Windows ou dizer que Microsoft deveria ser banida da face da terra. Usei o Windows desde sua versão 3.0 e simplesmente resolvi mudar. Esse foi o fato derradeiro e resolvi narrá-lo do modo como aconteceu. Não quero influenciar ninguém e desejo que se sintam felizes em usar seus Windows ou Mac OS, assim como estou agora em utilizar o Linux. SAIBA MAIS... Neste livro pretendo realizar muitas comparações com o Windows, de maneira nenhuma é minha intenção ofender a Microsoft ou qualquer outra empresa. É simplesmente porque é o Sistema Operacional que mais conheço (assim como muitas pessoas) de forma a tornar as coisas mais claras. Por exemplo: Vamos imaginar que ao conectar um pen drive este mostra uma mensagem de falha na leitura, no Windows utilizamos o comando chkdsk (check disc) para fazer o reparo, o equivalente no Linux é o comando fsck.

1.2 Usuários Windows e Linux Minha sina com o Linux não começou com o fato que narrei anteriormente, muitas vezes quis usá-lo mas sempre acontecia algo que me empurrava de volta para o Windows, como se estivesse destinado a esse sistema operacional. Quando estava iniciando meu livro de PHP tinha pensado em usar o Linux como base, porquê não? afinal estava iniciando minha jornada pelo mundo “livre”. Tinha guardado os CDs de diversos sistemas Linux (que vinham em revistas de informática) e devo confessar que na época nenhum deles me agradou o suficiente para me convencer em mudar. Parte do problema estava na dificuldade do sistema, afinal de contas qual o motivo pelo qual teria que aprender a usar comandos de linha (também chamados de “comandos de terminal”) tinha fugido do DOS e do Grande Porte exatamente por esse motivo, no Windows era tudo muito simples, clicar e

Instalei o Ubuntu e agora? Página 9 instalar, clicar e remover, Ctrl+C e Ctrl+V. E me parecia que o Linux não via assim e tudo deveria ser resolvido através do terminal. Era um tal de “abre o terminal e fornece o seguinte comando...” e quando se precisava de um editor então? Vi é coisa do Diabo, só pode ser, para um ser acostumado a um editor como Bloco de Notas, algo parecido com um editor da década de 80 só pode ter sido trazido pelo próprio “coisa ruim” (ou sete peles se prefere). O mundo Linux era algo para maluco ou Nerd de primeira categoria. Quando resolvi mudar tive que enxergar esse novo ambiente através de novos olhos, o Linux é um ambiente amigável, porém as pessoas é que continuam complicando com seus hábitos. Afinal vamos criar um pensamento inicial juntos: “Passo a vida inteira para aprender dezenas de comandos de terminal no Linux (outra eternidade para o Vi) e vou entregar todo esse conhecimento de mão beijada para um leigo? E não vou lucrar nada com isso?” O que faz a força de uma linguagem? Quantas linguagens sabemos que nascem em morrem todo santo dia? Já ouviu falar de OAK? Que tal Algol? Uma famosa criada pela Google denominada Go? Agora com certeza já ouviu falar de Java, PHP, DotNet e algumas outras. O que dá a força de uma linguagem é o número de pessoas que a estão utilizando. A mesma coisa em relação a um sistema operacional, quanto mais pessoas usarem um sistema operacional mais ele vai se tornar conhecido e mais gente o usará. Partindo disso, o nosso pensamento inicial deveria se tornar: “Se todas as pessoas conhecerem o Linux, terei trabalho garantido fornecendo suporte, manutenção ou qualquer outra coisa que esteja no campo das minhas habilidades aprendidas”. Era um usuário Windows (desde a versão 3.0) e tive que adaptar alguns de meus hábitos para encarar esse novo mundo e reconhecer determinadas diferenças: • Usuários Windows não se veem em uma única pasta dentro do Sistema Operacional, se veem em todas as partes. A versão 98 até tentou criar este conceito com a pasta users (minhas músicas, bibliotecas, ...) mas quase ninguém usa isso. Usuários Linux possuem claramente o conceito da pasta home (existe um comando para retornar ao diretório raiz: cd ~), não que eles não possam atravessar essa fronteira, mas não existe o porquê de fazer isso. • Usuários Windows não sabem quem são dentro do sistema, não existe nem este conceito de "usuário", são simplesmente uma entidade no sistema e esse é a sua casa, são deuses, administradores, instalam e removem ao bel prazer. Usuários Linux sabem exatamente quem são (existe um comando para isso: whoami) e só usam o superusuário em ocasiões totalmente necessárias. • Usuário Windows odeiam a janela de comandos, e muitos nem sabem os comandos DOS, essa janela só é usada em último dos casos e por alguém que conhece muito do sistema. Usuários Linux acham que todos os problemas do sistema se resume a abrir a janela de terminal (sim, também existe um atalho para isso: Ctrl+Alt+T), é muito raro perguntar algo para uma pessoa deste mundo e não receber como resposta: abra a janela de terminal e... • Usuários Windows instalam um software por impulso (ou para testá-lo/conhecê-lo) resultado que o sistema pode conter pastas que não são mais usadas ou lixo deixado por programas, a solução? Softwares de limpeza como o CCleaner ou Glary Utilities. Usuários Linux instalam somente os programas necessários e reconhecidamente úteis. Pastas perdidas é quase uma heresia, sabem exatamente o que tem no sistema. Não estou dizendo que um grupo é melhor do que o outro, quero apenas mostrar as diferenças que tive que reconhecer para passar de um mundo ao outro. Porém muita coisa do Windows ainda estava grudada nas minhas células e disso não abriria mão: “Quero sempre ter a facilidade de instalar um programa sem ter que usar uma janela de terminal”.

Praticidade Os defensores da janela de terminal possuem uma frase que adoro: “... é muito mais prático fazer as coisas pelo terminal”. Nunca poderia negar isso, como também acho muito mais prático trabalhar com modelos e macros para o LibreOffice/MS-Office, assim como acho muito mais prático usar a linguagem Bash/ScriptDos para resolver muitos problemas de processamento de muitas ações bem como adoro as vezes programar em Assembly. O problema é o seguinte: quantas pessoas conhecemos que usam essas três ações práticas que citei?

Instalei o Ubuntu e agora? Página 10 Uma historinha que ainda não contei foi o drama que passei ao instalar o Ubuntu no meu Notebook Dell e isso porque dizia “Ubuntu Compatible” (acho que desconheço a tradução correta dessa frase). Tinha acabado de receber meu Dell Inspirion 15R e obviamente dei uma percorrida no Windows 8 pré- instalado só para sentir o que era, dois minutos depois estava formatando o computador e colocando o Ubuntu 14.04 (estou exagerando pois pensando bem acho que não chegou a dois minutos completos). Assim que terminei a instalação e reiniciei o computador, aconteceu minha surpresa, nem amarrado entrava no modo gráfico, mas pelo menos conseguia entrar em modo não gráfico e no meu desktop navegava na Internet para encontrar a solução. Após tentar de tudo o que os sites tinham descritos sobre esse problema (que era mais comum do que pensava) consegui a solução2 – que no meu caso era instalar os drivers do Ubuntu 13.10. Foram os seguintes comandos que tive que digitar: 1. Verificar a compatibilidade com VGA: $ lspci | grep VGA 2. Baixar o drive compatível com o Ubuntu 13.10. $ cd ~/ $ wget https://download.01.org/gfx/ubuntu/13.10/main/pool/main/i/intel­linux­ graphics­installer/intel­linux­graphics­installer_1.0.4­0intel1_amd64.deb $ apt install ttf­ancient­fonts $ dpkg ­i intel­linux­graphics­installer_1.0.4­0intel1_amd64.deb E pronto, após dois dias tudo tinha se resolvido. Vamos pensar um pouco, apenas descobri a solução porque queria instalar o Ubuntu, já estava convencido que não queria mais usar o Windows. Só que sobra uma pergunta: E se tivesse apenas testando o Linux para me decidir qual sistema colocar? Acredita realmente que ficaria tentando todas as formas possíveis até ter a solução ou simplesmente abandonaria tudo isso e usaria o Windows (o que seria bem mais fácil). Não estou dizendo que a janela de terminal não é prática, mas acho que não devemos confundir o termo praticidade com facilidade. O Clipper era uma linguagem muito prática de se usar, fácil de aprender mas morreu porque o mundo mudou e as pessoas começaram a usar o modo gráfico. Aí surgiu o Delphi que também era um ambiente muito prático para se criar janelas gráficas, mas morreu porque o mundo mudou e a programação passou a ser Web. Coisas práticas morrem, simples assim. Não quero ver o Linux morrer, ao contrário quero que ele cresça cada vez mais e ganhe novos adeptos, só que para isso devemos deixar de lado certos hábitos (assim como abandonei o Clipper e o Delphi) e nos dedicarmos ao que realmente importa para o usuário leigo. Falei muito do meu Note, mas no meu desktop também já tive problemas em instalar a placa gráfica da Intel, até encontrar a correta que foi instalada com os seguintes comandos: $ sudo apt install intel­linux­graphics­installer $ sudo apt install xserver­xorg­video­intel $ sudo add­apt­repository ppa:xorg­edgers/ppa $ sudo apt update $ sudo apt upgrade $ sudo modprobe ­r psmouse $ sudo modprobe psmouse proto=imps Recomendo que antes de se aventurar na instalação do Linux, saiba exatamente todo conteúdo do seu hardware para evitar qualquer problema (coisa que normalmente não interessa ao usuário Windows).

1.3 Por que escolhi o Ubuntu? Primeiro gostaria de responder uma pergunta sobre o que é Linux? Muita gente acha que Linux é um Sistema Operacional (aposto que também pensou isso alguma vez) pois saiba que não é, Linux é um Kernel. O sistema operacional consiste em uma escolha das milhares de distribuições existentes que foram criadas com base neste Kernel. Para entrar no mundo Linux primeiro é necessário escolher uma família, quais são disponíveis? E o que

2 Como forma de ajudar outras pessoas publiquei essa dica no mesmo dia que consegui a solução. Confira em: http://www.vivaolinux.com.br/topico/Notebooks/Instalacao-do-Ubuntu-no-Notebook-Dell-Inspiron-15R-5537?pagina=03

Instalei o Ubuntu e agora? Página 11 significa cada uma delas? Com a ajuda do material da Linux Foundation vou tentar explicar e ajudá-lo a entender como é esse mundo. Analise a seguinte imagem:

Figura 1 - Famílias mais conhecidas do Linux De pronto observamos que todas as distros do Linux vem de um Kernel (entenda isso como o núcleo do Sistema Operacional ou simplesmente O Linux) único e que pode ser atualizado sem que para isso seja necessário mudar a versão da sua distribuição, e isso é muito bom pois o que muda é apenas a forma como o usuário final enxerga sua máquina e pode configurá-la ao seu jeito e escolher a distribuição que mais lhe agradar. Meu primeiro problema foi quanto a instalação, por que existem milhares de distribuições (ou simplesmente distros)? E o pior, cada uma é tão excelente quanto a sua "concorrente". Isso confunde o leigo, então vamos ficar apenas com algumas delas e realizar a escolha devido a necessidade. Família Debian Debian serve de base para várias outras distribuições, incluindo Ubuntu, que serve de base para Linux Mint e outros (Edubuntu por exemplo). É comumente utilizada tanto em servidores como em desktops. Debian é um projeto de código aberto puro e se concentra em um aspecto fundamental: estabilidade. Também fornece o maior e mais completo repositório de softwares para seus usuários. Esta família usa o gerenciador de pacotes apt3 baseado em DPKG para instalar, atualizar e remover pacotes no sistema. SAIBA MAIS... APT4 (Advanced Packaging Tool, em português Ferramenta de Empacotamento Avançada) é um conjunto de ferramentas usadas pelo GNU/Linux Debian e suas respectivas derivações, entre eles o Ubuntu, para administrar os pacotes .deb de uma forma automática, deste modo quando um programa é instalado o APT instala e/ou atualiza também todos os pacotes que são necessários para o correto funcionamento do programa. Família Fedora Fedora forma a base para Red Hat Enterprise Linux (RHEL), CentOS, Scientific Linux e Oracle Linux. Essa família contém significativamente mais software do que a versão empresarial da Red Hat. Uma razão para isso é que uma comunidade diversificada está envolvida na construção do Fedora; e não apenas uma empresa. Normalmente o CentOS é usado para atividades como demonstrações e laboratórios, pois está disponível sem nenhum custo para o usuário final e possui um ciclo de lançamento mais longo do que o Fedora (que lança uma nova versão a cada seis meses ou mais), sendo bem mais estável. Já o RHEL é a distribuição mais popular em ambientes corporativos. Esta

3 APT é um projeto amplo, cujos planos originais incluiam uma interface gráfica. Tem por base uma biblioteca que contém as aplicações principais, e apt foi a primeira interface, em linha de comando, desenvolvida para o projeto. A apt foi a segunda interface, também em linha de comando, fornecida pelo APT e corrige alguns erros da interface anterior. 4 Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre

Instalei o Ubuntu e agora? Página 12 família usa o gerenciador de pacotes yum baseado em RPM para instalar, atualizar e remover pacotes no sistema Família SUSE A relação entre o SUSE, o SUSE Linux Enterprise Server (SLES), e OpenSUSE é semelhante à descrita entre Fedora, Red Hat Enterprise Linux e CentOS. OpenSUSE é a distribuição de referência desta família para os usuários finais, sem nenhum custo. Os dois produtos são extremamente semelhantes, e qualquer material deste pode normalmente ser aplicada ao SLES sem nenhum problema. Esta família usa o gerenciador de pacotes zypper baseado em RPM para instalar, atualizar e remover pacotes no sistema. Também inclui o aplicativo YaST (outra ferramenta do Sistema) para fins de administração. Resumidamente, temos as seguintes distribuições para escolher: • Ubuntu, distro voltada ao "povão", ou seja, para a grande maioria dos usuários, fácil e acessível, procura se tornar a mais amigável e estável possível. • Linux Mint, é a distribuição concorrente direta do Ubuntu, colocando em termos práticos digamos que procura ser a versão mais bonita e elegante. • Red Hat ou Oracle Linux, duas grandes empresas por trás dessas distribuições e voltada para um público/máquinas totalmente profissional, ou seja, exclusivamente para empresas. Pretende rodar um Servidor de Dados, montar um repositório para nuvem, gerenciar sua empresa através de um ERP, opte por uma dessas. • CentOS ou Fedora, ambas garantem um bom lugar no mercado graças a distribuição Red Hat, o que tem a ver? No servidor da empresa existe uma distro Red Hat só que no consultor que fornece a manutenção vai ter provavelmente uma dessas duas distribuições. • Slackware ou Debian, boa parte das distribuições citadas anteriormente tiveram sua origem em uma dessas duas, são as mais "geeks" e voltadas apenas para o usuário super profissional. Minha Distribuição Para minha máquina optei pelo Ubuntu (família Debian) e iniciei minha trajetória na versão 14.04. Esta distribuição tem como objetivo proporcionar uma boa experiência entre a estabilidade a longo prazo e facilidade de uso. Recebe a maior parte de seus pacotes da parte estável do Debian, mas também tem acesso a um repositório de software muito grande. Usa a interface gráfica Unity, que é baseada no GNOME, porém difere visualmente a partir da interface no padrão Debian, bem como outras distribuições. Além disso tudo, a instalação foi a mais simples e intuitiva que já realizei e considerando que instalei em um Desktop e em um Notebook. SAIBA MAIS... Recomendo que veja essa coletânea de vídeo do DioLinux (http://www.diolinux.com.br) se ainda sente dificuldade em entender alguma coisa: https://www.youtube.com/watch?v=5nX4UFQt_JQ O que é Linux? Conheça as principais distribuições https://www.youtube.com/watch?v=ikfLh2izqAA Qual a melhor distribuição Linux para Iniciantes? https://www.youtube.com/watch?v=z4QeIULKpKo Como baixar o Ubuntu? https://www.youtube.com/watch?v=ShH2U4D5tjM Como instalar o Ubuntu 14.04 corretamente (Canal RBTech)

Curiosidade das Versões

A primeira versão do Ubuntu foi a 4.10, ou seja, e isso significa que foi lançada em outubro (mais especificamente no dia 20) de 2004.

Instalei o Ubuntu e agora? Página 13 Figura 2 - Tela da Primeira Versão do Ubuntu (4.10) Por ano são lançadas 2 versões do Ubuntu, por exemplo em 2014 foram lançadas as versões 14.04 e 14.10. O primeiro número corresponde ao ano da versão e o número adjacente ao seu mês de lançamento. Então, 14.04 foi lançada no mês de abril enquanto que a 14.10 lançada no mês de outubro no ano de 2014. Outro detalhe é que a primeira normalmente traz mudanças mais profundas enquanto que a segunda fica a cargo de um pacote completo de correções (como aqueles famosos Service Packs lançados pela Microsoft) ou seja, se quiser muita estabilidade opte sempre pela segunda ou versões LTS. Quanto as siglas que a acompanham, uma versão LTS significa que ela possui um Longo Tempo de Suporte (Long Term Support) e atualmente significa que a versão terá suporte oficial da Canonical por 5 anos. As outras são subtituladas Regulares (Regular) que são como laboratórios de testes para as versões LTS, seu suporte é de apenas 2 anos e usa os pacotes mais recentes. Na tabela a seguir, observamos que são 3 regulares para 1 LTS:

Versão Code Name – Animal Kernel 4.10 The Warty Warthog (O porco-africano verruguento) 2.6.8 5.04 The Hoary Hedgehog (O ouriço grisalho) 2.6.10 5.10 The Breezy Badger (O texugo fresco) 2.6.12 6.06 LTS The Dapper Drake (O pato doméstico estiloso) 2.6.15 6.10 The Edgy Eft (A salamandra hi-tec) 2.6.17 7.04 The Faisty Fawn (O cervo jovem bravo) 2.6.20 7.10 The Gutsy Gibbon (O gibão5 corajoso) 2.6.22 8.04 LTS The Hardy Heron (A garça durona) 2.6.24 8.10 The Intrepid Ibex (O bode intrépido) 2.6.27 9.04 The Jaunty Jackalope6 (A coelho antílope elegante) 2.6.28 9.10 The Karmic Koala (O koala kármico) 2.6.31 10.04 LTS The Lucid Lynx (O lince lúcido) 2.6.32 10.10 The Maverick Meerkat (O suricate vagabundo) 2.6.35 11.04 The Natty Narwhal (O narval inteligente) 2.6.38 11.10 The Oneiric Ocelot (A jaguatirica onírica) 3.0 12.04 LTS The Precise Pangolin (O pangolim preciso) 3.2 12.10 The Quantal Quetzal (o quetzal quântico) 3.5

5 Espécie de macaco que segundo a Wikipédia: "Gibão é o nome vulgar dado aos primatas pertencentes à família Hylobatidae". 6 Jackalope ou lebrílope, no folclore, diz-se ser um cruzamento entre uma jackrabbit (lebre) e um antílope (daí o nome) que viveria na Califórnia e é normalmente é retratado como um coelho com galhadas. (Fonte: Wikipédia)

Instalei o Ubuntu e agora? Página 14 13.04 The Raring Ringtail (O bassarisco ávido) 3.8 13.10 The Saucy Salamander (A salamandra atrevida) 3.11 14.04 LTS The Trusty Tair (A cabra selvagem fiel) 3.13 14.10 The Utopic Unicorn (O unicornio utópico) 3.16 15.04 The Vivid Vervet (O macaco vívido) 3.19 15.10 The Wily Werewolf (O lobisomem astuto) 4.1 16.04 LTS The Xenial Xerus (O xerus hospitalário) 4.4 16.10 The Yakkety Yak (O iaque falador) - Os “apelidos” dados para cada versão é a formação das palavras “The “ + adjetivo + animal. E esse adjetivo não é uma palavra qualquer, possui a mesma letra inicial do animal em questão. SAIBA MAIS... Não precisa instalar o Ubuntu para usá-lo. muito menos colocar um DVD (ou CD) Live, basta acessar o seguinte endereço http://www.ubuntu.com/tour/en/ para entrar em um simulador. Experimente pois é totalmente indolor. É do tipo saudosista e deseja encontrar uma versão antiga do Ubuntu? Então não deixe de conferir este endereço: http://old-releases.ubuntu.com/releases/

Termos usados por usuários Caso venha a participar de listas de discussão ou de conversas sobre o Linux é bem provável que ouça uns termos que não ouviria em discussões sobre o Windows. E esses termos não se restringe apenas a Kernel ou Distros, vai muito além disso, vejamos os mais comuns: • Boot Loader – refere-se ao programa de inicialização, é aquele programa que define qual sistema operacional será chamado. Por exemplo: GRUB ou ISOLINUX. • Serviços ou Processos – são os aplicativos que estão rodando em background no computador neste exato momento. • File System – refere-se a forma como são organizados e armazenados seus arquivos no sistema operacional, isso é definido durante o processo de formatação. Por exemplo: ext3, ext4, FAT, XFS e NTFS. • X Window – refere-se a toda interface gráfica, formada por: Ambiente Desktop, Gerenciador de Janelas e X11 (sistema X Window). • Ambiente Desktop – refere-se ao ambiente gráfico que visualizamos que pode ser, GNOME, KDE, Xfce, Fluxbox e Unity. • Linha de Comando – é a interface para digitar os comandos (a janela de terminal). • Shell – é o interpretador de comandos, sua função é de interpretar o comando dado no terminal e diz ao sistema operacional o que fazer. Existem também alguns comandos que todo administrador do sistema conhece e muitas vezes são utilizados nas lista de discussão para a resolução de um determinado problema, são eles: $ dmesg Mostra todas as mensagens do Kernel, é útil para resolução de problemas de inicialização do sistema ou algum erro que pode estar acontecendo recorrentemente. $ cat /proc/cpuinfo Permite vermos detalhes da CPU. $ cat /proc/memoinfo Permite vermos detalhes da memória. $ last reboot

Instalei o Ubuntu e agora? Página 15 Quais foram as últimas inicializações ocorridas no sistema. $ w Permite descobrir se existe alguém “pendurado” no nosso computador.

Coisas do Ubuntu Acho muito engraçado como existe um caso de paixão ou puro ódio em relação ao Ubuntu. Não sei se é inveja porque é a distribuição mais utilizada, ou chateação porque é a mais fácil de usar, ou simples paranoia mesmo. Alguns defensores radicais do software livre pregam que o Ubuntu não é 100% Software Aberto, pergunto, e daí? Vamos imaginar que a NVidia produziu um drive para sua placa e a empresa simplesmente resolveu não divulgar os fontes, qual o problema disso? Quero saber é: A placa que paguei bons quantos dólares (porque não foi em reais) vai funcionar com aquele super jogo. Ou então, devo (como bom usuário do Software Livre) exigir que no meu computador só entre software aonde posso ver os fontes senão estarei “defraudando” alguma organização. Outra alegação em poder ser tudo aberto é porque senão a Canonical pode enviar informações do meu computador sobre o que estou fazendo. Falando sério, acredita realmente que o Google, Microsoft, Oracle, Canonical ou qualquer outra empresa está interessada no que está fazendo? Essas empresas estão interessados é no que o coletivo está fazendo, pois precisam desses dados como forma de prospectar novos negócios, é uma simples pesquisa no qual somos todos participantes ativos. Não gosta disso? Então recomendo que desligue sua Internet, tire a bateria de seu telefone, puxe o cabo da tomada da televisão e do rádio, quebre seu cartão de crédito e não esqueça de levar um colchão (de palha) para a caverna que pretende morar a partir de hoje. Caso contrário, siga os seguintes passos: 1. Abrir o aplicativo Programas e atualizações 2. Na aba Drives Adicionais, ativar (caso exista) os drivers proprietários (NVIDIA, ATI, Broadcom) 3. Na aba Outros Programas, ativar os "Repositórios Parceiros da Canonical" para ter acesso a alguns programas extras tais como o Skype. Quando surgiu a barra lateral do Ubuntu muita gente não gostou. Só que esta barra contém os programas que estão abertos e ao posicionar o mouse sobre eles e usar o scroll (a rodinha do meio) é trazido para a tela da frente, ou seja, tornou muito mais fácil e rápido acessar qualquer aplicativo. Outro xingamento foi em relação a interface gráfica Unity, muitos usuários de Linux nasceram acostumados com o KDE ou o Gnome, e esse último era o padrão do Ubuntu até ser substituído pela Unity. Como nasci para este mundo da 14.04 não sei se o Gnome era melhor (pois quando usava achava sempre mais bonito o KDE do Kurumin), só que o Unity além de muito fácil em configurar, junto com o Compiz permite que faça a área de trabalho do jeito que gosto. Outro detalhe engraçado que muita gente também reclamou foi da nova Scrollbar (aquela barra lateral que é usada para “rolar” o texto) nas janelas, preferindo a antiga barra padrão, se este é seu caso então digite o seguinte comando em uma janela do terminal: $ gsettings set com.canonical.desktop.interface scrollbar­mode normal Acho que o real problema das pessoas é que elas não gostam de mudanças. Estamos ali naquela tranquilidade em um ambiente que conhecemos e de repente, acontece. Alguém vem com uma ideia doida e tudo muda, acho que mudança faz parte do mundo da informática desde que me conheço por gente, se não me adaptasse até hoje estaria programando em um terminal com PL1 ou Algol. Uma das características principais do ser humano e adaptação, porém primeiro existe a reclamação. Não sou e nem pretendo ser vítima dessas coisas todas que as pessoas pregam sobre o Ubuntu, o escolhi porque achei a distribuição mais fácil e mais agradável de lidar e até o momento não me arrependo da decisão e no dia que mudar será porque descobri algo melhor e mais fácil de utilizar.

Reiniciar o ambiente gráfico Fiquei pensando que meu problema com o Windows poderia ter sido resolvido com algo bem simples – Reiniciar as propriedades gráficas. Então deixe-me citar o seguinte caso, acabamos de instalar um drive

Instalei o Ubuntu e agora? Página 16 para uma placa gráfica ou arrebentamos completamente a interface gráfica. E o que desejo propor é muito simples: Sem nenhum ponto de restauração desejo aplicar um RESET as propriedades gráficas e voltá-las ao padrão do qual estavam quando instalei o sistema. Tenho diversos aplicativos instalados, não quero perdê-los e não tenho nenhum ponto de restauração. E esse é o grande problema do Windows, muitas coisas são tão voltadas ao iniciante que o sistema se esquece que existem usuários mais avançados que podem corromper o sistema. Outra problema é ser administrador de um curso de informática, são vários computadores e ao finalizar uma turma cada computador apresenta uma cara diferente (além de outras coisas). Existem soluções Windows para isso? Claro que sim, vamos a algumas: • Criar um ponto de restauração antes da aula, e usá-lo depois. Problema: Perderemos qualquer coisa que o professor tenha instalado. • Criar uma imagem do sistema e restaurá-lo em seguida. Problema: O mesmo anterior. • Não permitir que o aluno altere qualquer coisa no sistema operacional. Problema: E como o aluno vai instalar os aplicativos que o professor deseja? Vai ter que acabar permitindo que sejam instalados pelo aluno. • Ter máquinas com tudo previamente instalado. Problema: Adeus aula prática de instalação. Ou seja, em qualquer dessas soluções acabamos esbarrando em um problema. Isso porque nem citei a solução de aplicativos que fazem esse controle e que envolvem custos. Quero dar (assim como quero ter) liberdade de poder mudar o sistema da forma como quiser e depois, se algo der errado, magicamente, dar um comando RESET e tudo voltar a normalidade. No Ubuntu, o comando não é RESET mas, os seguintes comandos: $ unity ­­reset $ unity ­­reset­icons $ setsid unity Com estes comandos a Unity (Interface gráfica do Ubuntu) é reiniciada aos seus valores padrões. Nenhum aplicativo é perdido, a barra lateral volta ao estado de instalação, os ícones serão reiniciados e tudo ficará limpo. Se deseja aplicar um RESET mais profundo para corrigir o Compiz, utilize os seguintes comandos: $ gconftool­2 ­­recursive­unset /apps/compiz­1 $ gconftool­2 ­­recursive­unset /apps/compizconfig­1 $ rm ­rf ~/.config/compiz­1/compizconfig/* $ unity ­­reset SAIBA MAIS... Utilize esses últimos comandos quando a coisa estiver realmente feia, lembre-se que é sempre ideal ter uma cópia de segurança de todos seus arquivos particulares. Outra dica, muitas das configurações particulares dos aplicativos ficam na pasta: /home/[usuario]/.config então, em muitos dos casos basta eliminar a configuração particular de um determinado aplicativo em questão que possa estar apresentando problemas.

Existe vida além do Ubuntu O Ubuntu não é a única distribuição baseada em Debian e mesmo dele derivam várias outras distribuições, entre as mais conhecidas estão: • Xubuntu7 – Distribuição baseada em Xfce que, segundo seus criadores, busca ser um sistema elegante e muito fácil de usar. • Kubuntu8 – Distribuição baseada em KDE. Basicamente é uma alternativa ao uso do Gnome e Unity fortemente presentes no Ubuntu e por muito pouco não foi minha distribuição escolhida pois gostava muito da distribuição Mandriva (da Conectiva).

7 Mais informações podem ser obtidas no endereço http://xubuntu.org/. 8 Mais informações podem ser obtidas no endereço http://www.kubuntu.org/.

Instalei o Ubuntu e agora? Página 17 • Edubuntu9 – Totalmente focada para ser a distribuição ideal para escolas e estudantes em geral. • Linux Mint – É o grande concorrente do Ubuntu, e assim com o Pai busca a facilidade de uso no terminal. • Knoppix – Esse é um Live CD também baseado em KDE. • Kanotix – Esse é o que mais se parece com o Avô (Debian) sendo também um Live CD. • Damm Small Linux – Este é o pequenininho da família (possui apenas 50 Mb) é um Live CD baseado no irmão Knoppix. Os três primeiros filhos são basicamente uma cópia do Ubuntu destinado as suas particularidades. No Brasil, o Governo Federal lançou o Linux Educacional10 também com base no Ubuntu (pode-se dizer que é um “Edubuntu Brasileiro”) que nasceu no Centro de Experimentação em Tecnologia Educacional (CETE) do Ministério da Educação (MEC) e atualmente (na versão 5.0) está a cargo da Universidade Federal do Paraná. E foi exatamente esta distribuição que me fez voltar a utilizar o Linux.

1.4 Janela do Terminal A primeira vez que tentei utilizar o Linux na minha vida foi quando comprei um livro, não me lembro do título mas lembro que era bem grosso e vinha com um disquete com o Sistema Operacional Slackware. Para aqueles que chegaram a conhecer essas primeiras versões vão lembrar muito bem dessa figura:

Figura 3 – Computador Zenith Quando um colega que entendia muito do Linux conseguiu instalar o disquete no meu PC 386 juro que me senti como se tivesse adquirido um desses computadores bem antigos, cadê a janela gráfica que o Windows 3.11 possuía é que facilitava muito meu trabalho? Como iria instalar meus aplicativos? O que ia fazer com um sistema operacional que tinha uma bela tela preta e a linguagem C como pano de fundo (para complicar era um programador Pascal). Minha segunda tentativa foi quando planejei meu livro de PHP, tinha uma pilha de CDs do Linux que vinham naquelas revista que se encontrava aos quilos nas bancas (outra metade dos meus CDs eram Demos de jogos – Sim, nos divertíamos com uma ou duas fases de um jogo e isso durava horas). Pensei que o PHP, Apache e o MySQL por serem totalmente livres nada mais justo que usasse um sistema também livre para o livro, só que queria que a instalação fosse fácil para meu leitor (afinal não estaria ao seu lado para instalar o ambiente). Funcionava assim, pegava um CD, instalava o SO, tentava colocar o Apache e um editor de modo simples (em muitas distros o MySQL já vinha instalado), não dava muito certo (ou era muito complicado) e então mudava de distro (e de CD) o que significava ter que formatar o computador para instalar outro sistema operacional. Resultado final que meus dois livros de PHP são escritos para o Windows. Vou ser bem franco, achava o Linux é um belo Sistema Operacional para os outros e ainda tentei usar sem muito sucesso o Kurumin (um LiveCD brasileiro) e o Mandriva, mas em momento nenhum os via como substituto do Windows eram apenas um sistema para pessoas que adoravam perder muito tempo para fazer algo que com alguns cliques conseguia resolver. Durante muito tempo achei que nunca mais usaria esse sistema, até um dia que meu filho meu deu seu Netbook e, não sei porque, resolvi instalar o Linux Educacional. Finalmente vi que tinham domesticado o Pinguim e poderia ser usado para alguma coisa boa, usei esse computador na faculdade e em nenhum momento me

9 Mais informações podem ser obtidas no endereço www.edubuntu.org/. 10 Mais informações podem ser obtidas no endereço http://linuxeducacional.c3sl.ufpr.br/.

Instalei o Ubuntu e agora? Página 18 arrependi. Minha mudança definitiva aconteceu com todos os problemas que citei no começo deste livro e resolvi usar o Linux mais uma vez e de vez. Uma as recomendações que recebi foi: “Instale o sistema sem a parte gráfica que aprenderá muito mais”, devo confessar que foi a coisa mais IDIOTA que ouvi nos meus 25 anos de informática. Isso soou como alguém dizendo: “Jogue fora seu computador e use novamente seu TK-83C ou que tal trocar o LibreOffice pelo WordStar ou RedatorPC”. Quero meu computador para editorar esse livro, fazer meu trabalho da faculdade, programar com um belo editor colorido, baixar a interface do Arduíno, usar programas que comumente uso no meu trabalho, assistir a um vídeo, ouvir uma boa música e por aí vai e isso não tem nada a ver com ps aux | grep [nome] e boa sorte para quem sabe o que isso faz. SAIBA MAIS... Quer ter a experiência de ficar puramente em modo terminal? Então pressione as teclas Ctrl+Alt+F1 (existem 6 consoles de F1 a F6). Se desejar retornar ao modo gráfico pressione as teclas Ctrl+Alt+F7. No que puder evitar de usar o terminal, evitarei. Não espere encontrar aqui referência aos comandos tail ou cd, o que é a pasta \etc ou \opt e qualquer outra coisa dessas. Tentarei e irei simplificar tudo ao máximo. O Capítulo 4 não me permitiu deixar tudo de modo gráfico assim como a instalação de alguns aplicativos no Capítulo 3 então teremos que botar um pouco a mão no terminal mas nada que consiga assustá-lo muito e talvez consigamos aprender a usar o terminal sem muitos problemas. Garanto que atualmente a coisa mais interessante a se fazer em uma janela do terminal é digitar o seguinte comando11: $ apt moo Para aqueles que não gostam de fazer as coisas no modo gráfico recomendo que parem imediatamente de ler este livro e procure pelo Guia FOCA que está disponível livremente na Internet. Aqui pretendo deixar as coisas mais fáceis possíveis e isso significa: 1. Mostrar sempre a facilidade gráfica do Ubuntu; 2. Dizer que sim, usar o Ubuntu é tão fácil quanto usar o Windows; 3. Dizer que sim, minha avó (se estivesse viva) podia usar o Ubuntu sem problemas; 4. Dizer que sim, acredito que minha avó usa o Ubuntu no “Nosso Lar”. E pense bem meu amigo que adora o terminal pois passou um bom tempo nessa tela para aprender a usar o sistema: “Meus Parabéns” pois será absolutamente necessário e terá emprego garantido (ou quem sabe ganhar muito dinheiro prestando consultoria) quando 90% do mundo usar o Linux, só que esses 90% usam o Windows. Desse modo, vamos parar de besteira e começar a ensinar ao usuário novato que o Linux mudou e está amigável, mais gráfico e fácil de usar e quem sabe assim consigamos difundir a ideia de um sistema operacional totalmente livre. Assim, vamos começar a brigar pelo que é importante, nos educadores deveríamos começar a lançar cursos para mostrar que o Linux agora pode ser usado pelo usuário iniciante, e não tentar empurrar comandos de tela preta goela abaixo no qual ele aprenderá de qualquer modo ao longo do percurso em “doses homeopáticas”. SAIBA MAIS... Recomendo como forma de complemento a leitura do artigo http://hipertextual.com/2015/02/lo-mejor-de- linux. Espero que possa ser muito útil como forma de reflexão para muitos que amam realmente o Sistema Linux. E já que está no embalo do espanhol veja também esse outro: http://hipertextual.com/archivo/2014/07/mitos-sobre-linux/.

Entre o Nano e o gEdit A briga entre o ambiente gráfico e o não gráfico é muito estranha, vamos comparar dois editores, muitas vezes precisamos editar arquivos que não podem ganhar “caracteres estranhos” como os colocados por aplicativos como Writer (OpenOffice) ou Word (MS-Office). Precisamos de editores mais simples, no

11 Deseja ver outros Easter Eggs (Ovos de Páscoa – espécie de brincadeira entre os criadores de um aplicativo) acesse o seguinte endereço https://www.digitalocean.com/community/tutorials/top-10-linux-easter-eggs

Instalei o Ubuntu e agora? Página 19 Windows seria o Bloco de Notas. Existem para o ambiente Linux dois excelentes editores: Nano e gEdit, a diferença é que o primeiro é não gráfico enquanto que o segundo é totalmente gráfico. Abra uma janela de terminal e digite o comando: $ nano E a seguinte tela será chamada:

Figura 4 – Editor Nano Os comandos do editor estão expostos na barra do rodapé, sendo que o caractere “^” corresponde a tecla Ctrl, ou seja, para gravar pressionamos Ctrl+O, sair do editor Ctrl+X e assim sucessivamente. Já o gEdit pode ser acessado através do seguinte comando no terminal: $ gedit E a seguinte tela será mostrada:

Figura 5 – Editor gEdit Ou seja, trabalhar com um ou outro torna-se apenas uma questão de gosto pessoal. Porém, pode existir o caso de o ambiente gráfico não estar presente e assim o Nano acaba por tornar a única ponte de salvação para a edição dos arquivos, a menos que prefira algo como Vi ou Vim.

Entre o chmod e o Nautilus Meio estranho dizer isso no título pois um deles é apenas um simples comando para modificar as permissões de um arquivo enquanto que o outro é um gerenciador de arquivos. Mas quero do Nautilus aproveitar uma única parte, clique com o botão direito sobre qualquer arquivo e acesse a aba permissões.

Instalei o Ubuntu e agora? Página 20 Figura 6 – Permissões de Arquivos Agora entre no terminal e digite na pasta (em qualquer uma) o seguinte comando: $ ls ­l Na listagem dos arquivos (logo na primeira coluna) aparecerá algumas letras, entre elas: d, r, w e x. Estas letras são permissões dos arquivos, conforme podemos identificar na janela do Nautilus, isso se divide nos seguintes grupos: Dono (ou proprietário), Grupo e Outros. As letras podem ser: • r – listar o conteúdo de pastas ou ler arquivos • w – gravar em arquivos ou pastas • x – recursivo na árvore de pastas • X – execução • s – novos arquivos ou diretórios • [vazio] – herança da pasta • d – indicação de pasta O comando chmod permite trocarmos essas permissões através do terminal, sua formação é realizada pelas letras ou por valores. Os valores são os seguintes: • 0 – nada • 1 – execução • 2 – gravação • 4 – leitura O somatório dos números também é válido, ou seja, para dar permissão de leitura e gravação usamos o número 6, já leitura e execução o 5 e assim sucessivamente. Por exemplo para dar permissão completa a um arquivo, podemos digitar o seguinte comando: $ chmod 0777 nomearquivo O que é esse primeiro número? A informação deve ser passada em base Octal, e essa começa por 0. Para usarmos as letras, o sinal de soma (+) adiciona uma permissão, enquanto que o sinal de menos (-) remove uma permissão, então o mesmo comando poderia ser descrito da seguinte forma: $ chmod a+rwx nomearquivo O primeiro a é uma notação que indica modo de adição dos valores, podemos também usar i que indica imutabilidade e s indicando segurança para exclusão. Quando usar um ou outro? Tanto faz, normalmente o que ficar mais simples. Por exemplo, para dar a permissão de leitura e gravação para o usuário e apenas leitura para o grupo e outros. Para utilizar números resolvemos assim: $ chmod 0644 nomearquivo Já com letras deveriamos realizar vários comandos para conseguirmos isso. Já para dar permissão de execução (por exemplo a um Script), bastaria digitar: $ chmod +x nomearquivo Permissões em arquivos ou pastas são muito importantes dentro do conceito do Linux, recomendo que aprenda as duas formas de trabalhar pois, como disse, nunca se sabe quando o terminal se tornará sua única opção.

1.5 Aplicativos Comuns, PA e o Dash O que aprendi foi que toda mudança nunca é muito simples, usamos diversos aplicativos junto com o sistema operacional para realizarmos nossas tarefas diárias (alguns aplicativos até existem para ambos os ambientes). Abaixo temos uma relação dos aplicativos mais comumente utilizados entre os sistemas Windows e

Instalei o Ubuntu e agora? Página 21 Linux, e por favor não interprete isto como "obrigatoriamente deve-se utilizar este", como disse é apenas para termos um paralelo entre os aplicativos dos sistemas:

Função Windows Linux Suíte de Escritório MS-Office LibreOffice Editor Leve de Documentos Notepad gEdit Editor de Doc. com Expressão Regular Notepad++ Geany Diagramador de Publicação Pagemaker ou inDesign Scribus Aplicativo de Email Microsoft Outlook Mozilla ou Thunderbird Navegador Web Microsoft Internet Explorer Mozilla Firefox Leitor de PDF Adobe Reader Evince Tocador Multimídia Windows Media Player Totem Tocador de Música Windows Media Player ou Winamp Audacity Gravador de CD/DVD Nero Burning ROM Brasero Gerenciador de Fotos Picasa Shotwell Editor Gráfico Adobe Photoshop Gimp Mensagem Instantânea Windows Live Messenger Empathy Aplicação VoIP Skype Ekiga Cliente de BitTorrent μTorrent Azureus e KTorrent Cliente de ed2K eMule Amule Firewall Próprio do Windows Gufw Essa relação é somente um comparativo entre os programas mais frequentes usados em seus ambientes, por exemplo usava o Gimp e o Scribus no Windows para criar a ReviSE sem qualquer problema, mas neste ambiente é muito mais comum os usuários se utilizarem do Photoshop e o Pagemaker. Facilmente percebe-se que não coloquei na relação qualquer ambiente de desenvolvimento (Eclipse/Netbeans/Sublime) ou bancos de dados. Essa é somente a relação de programas comumente utilizados, são instalados a partir do modo gráfico e que possuem similaridades de funções. Se deseja ver uma lista mais completa, acesse a Wiki do Ubuntu no seguinte endereço: http://wiki.ubuntu- br.org/ProgramasEquivalentes. Um fator curioso a se observar aqui é que no ambiente Windows os programas são todos pagos ou gratuitos, enquanto que no Linux a grande maioria é Open Source é como se pelo simples fato de estar utilizando um sistema nesta categoria fossemos atraídos para esse mundo.

PA – Programas e Atualizações Para falarmos de aplicativos vamos entender um pouco o Programas e atualizações, não se assuste com o nome pois isso é um dos principais gerentes do Ubuntu, é dividido em 5 abas: Aplicativos Ubuntu, Outros programas, Atualizações, Autenticação e Drivers adicionais. A primeira aba define quais são os aplicativos que estarão disponíveis na Loja de Aplicativos. As opções de aplicativos são: • Main – possuem o suporte oficial da Canonical e dificilmente darão qualquer problema com o sistema operacional. • Universe – mantidos pela comunidade, porém, não são oficiais dos desenvolvedores do Ubuntu. • Restricted – proprietários e em sua maioria drivers necessários. • Multiverse – proprietários e de código fechado.

Instalei o Ubuntu e agora? Página 22 Figura 7 – Janela Dash Exploraremos as outras abas posteriormente neste livro.

Dash Antes de começarmos a explorar alguns desses aplicativos (e outros) vamos falar da área de aplicativos que é conhecida como Dash.

Figura 8 – Janela Dash Através dessa janela é possível acessar todos os aplicativos disponíveis no sistema. Para acessar um determinado aplicativo basta digitar sua nome no Dash. Na versão do Ubuntu 16.10 foi desabilitado por padrão as pesquisas online o que fez com que o Dash ficasse mais rápido. Se está usando uma versão anterior e deseja desabilitá-las realize as seguintes ações: 1. Desabitar as buscas online. Abrir uma janela de terminal e executar o comando: $ wget ­q ­O ­ https://fixubuntu.com/fixubuntu.sh | bash 2. Desabitar as buscas na Amazon. Abrir uma janela de terminal e executar o comando: $ sudo apt remove unity­lens­shopping Basta pressionar a tecla Super para acessá-la. Na parte de baixo observa-se que existem alguns ícones (brancos em uma tarja preta).

Figura 9 – Ícones do Dash Esses ícones são utilizados como facilitadores de pesquisa, seguindo a ordem da esquerda para direita temos: busca geral, exclusivo aos aplicativos instalados, pastas e arquivos, vídeos, músicas, por último nas imagens. Não tenha a menor vergonha de pedir ajuda, faço isso constantemente nesse sistema, abra o Dash e digite: ajuda. A seguinte tela será mostrada:

Instalei o Ubuntu e agora? Página 23 Figura 10 – Janela de Ajuda Explore muito bem essa janela como forma de fixar alguns conceitos ou para aprofundar ainda mais seu conhecimento sobre o sistema. Outro dado curioso sobre o Dash é o Menu Global que é ativado ao pressionarmos a tecla Alt, este menu é chamado de HUD. Essa janela nada tem a ver com o Dash e sim com o aplicativo que estiver aberto no momento sendo possível pesquisar qualquer opção do menu corrente. Por exemplo, para editar este livro estou usando o Writer do LibreOffice, então ao pressionar Alt e digitar o termo Char, a seguinte lista é ativada:

Figura 11 – Janela do Menu Global do aplicativo Writer Ou seja, é utilizado para rapidamente chegar a um item de menu sem ter que usar o mouse – isso é chamado de acessibilidade. Só que ao utilizarmos qualquer aplicativo criado com a tecnologia Java (Eclipse, BlueJ, SweetHome3D, o velho conhecido Programa da Declaração de Renda Anual, entre outros) esse menu não serve de muita coisa. Para resolver esse problema basta instalar o jAyatana12. Abra um terminal e digite os seguintes comandos: $ sudo add­apt­repository ppa:danjaredg/jayatana $ sudo apt update $ sudo apt install jayatana Em seguida reinicie sua sessão para que o aplicativo seja ativado. Uma vez realizado todos esses procedimentos basta abrir o aplicativo da Receita Federal e pressionarmos Alt e, por exemplo, digitar o termo nov, a seguinte lista é ativada.

Figura 12 – Janela do Menu Global do aplicativo IRPF2014 Sei que existem pessoas que não gostaram do Dash e desejam ter de volta aquele menu pull-down com todos os aplicativos. Se este é seu caso, instale o Classic Menu através dos seguintes comandos: $ sudo add­apt­repository ­y ppa:diesch/testing $ sudo apt update $ sudo apt install ­y classicmenu­indicator

12 Disponível no endereço https://code.google.com/p/java-swing-ayatana/

Instalei o Ubuntu e agora? Página 24 Figura 13 – Classic Menu Indicator na Barra Superior Outro detalhe bem interessante do Dash é que também permite Desinstalar um aplicativo para isso basta realizar uma pesquisa do aplicativo e clicar com o botão direito do mouse sobre seu ícone e a seguinte janela é mostrada:

Figura 14 – Descrição do aplicativo GeoGebra no Dash Agora basta clicar no botão Desinstalar para iniciar o processo de remoção.

1.6 Loja de Aplicativos O Aplicativo Ubuntu Software é a “loja” oficial da Canonical, normalmente seu ícone vem grudado na barra lateral como uma sacola alaranjada que vai te levar ao painel principal do aplicativo e permite realizar buscas avançadas nos mais diversos aplicativos disponibilizados pelos repositórios. Essa loja foi um dos melhores softwares criados nos últimos anos para Linux (e um grande avanço em relação a versões anteriores). Através da internet a loja pode ser acessada no seguinte endereço: https://apps.ubuntu.com/cat/. Podemos dizer que foi a concretização do projeto original sobre os pacotes APT do Debian que consiste em substituir por completo a instalação de aplicativos através da tela de terminal e ter uma espécie de “supermercado de aplicativos” onde é só escolher, clicar e instalar. O equivalente no terminal é o comando: $ sudo apt install [nome­aplicativo]

Instalei o Ubuntu e agora? Página 25 Figura 15 – Ubuntu Software No mundo dos derivados do Debian existem pacotes com a extensão .deb (que funcionam como se fossem os .exe do Windows) e esses arquivos permitem a instalação de softwares de terceiros sem ter que adicionar um repositório (que trataremos a seguir), como é o caso, por exemplo, do aplicativo Skype. ATENÇÃO! Para os aplicativos das próximas seções para instalar arquivos .deb é necessário primeiramente instalar o aplicativo GDebi, Para instalar procure na Loja por GDebi. Devemos ter em mente que no mundo Linux existem dois usuários bem distintos, o seu usuário e o superusuário, e apenas para esse segundo que é permitido instalar ou remover programas, então tenha sempre a mão a senha desse superusuário, que foi definida ao se instalar o sistema operacional. Outra forma curiosa de chamarmos a Loja é através de um navegador (isso mesmo, o Firefox ou outro qualquer) e digitar o seguinte endereço: apt://[nome_do_aplicativo] Ao ser pressionado Enter a Loja será chamada e a pesquisa realizada. Muitos atalhos de aplicativos que são encontrados na Internet possuem essa sintaxe. SAIBA MAIS... Para desinstalar quaisquer programas no Ubuntu basta realizar essa ação através da Loja, ou conhecendo o nome correto do programa, digitar o seguinte comando no terminal: $ sudo apt remove [nome­aplicativo] Como alternativa (prefiro mais pensar na palavra: complemento) a loja, os usuários gostam de instalar o Synaptic que é um gerenciador de repositórios, use os seguintes comandos no terminal para proceder sua instalação: $ sudo apt synaptic No dash basta localizar o aplicativo e será mostrada a seguinte janela:

Instalei o Ubuntu e agora? Página 26 Figura 16 – Tela do Gerenciador de pacotes Synaptic Use-o com maior cuidado e atenção, pois assim que entramos nesse aplicativo a senha do superusuário deve ser informada, então o aplicativo possui o poder de realizar qualquer ação no seu sistema, inclusive a de remover pacotes que podem danificá-lo.

Snappy – Um novo modelo de pacotes O Ubuntu 16.10 trouxe o início de uma profunda mudança que é a disponibilização de um novo modelo de pacotes denominados Snappy (ou Snap13 como estão sendo apelidados). A grande vantagem deste novo modelo é a palavra “Convergência”. Um mesmo pacote poderá ser instalado em vários hardwares que contenham a versão do sistema operacional (desktop, tablets, celulares, e por aí vai). Seu uso ainda é modesto e centralizado (assim como no início dos pacotes APT) no terminal. Para encontrar os pacotes disponíveis: $ snap find Para instalar: $ sudo snap install Para ver os pacotes instalados no sistema: $ snap list Para ver um histórico com as mudanças dos pacotes no sistema: $ snap changes Para dar um upgrade para a nova versão: $ sudo snap refresh Para remover um pacote $ sudo snap remove No momento, não há muitos pacotes Snappy disponíveis. Mas a Canonical está pressionando para torná-los um novo padrão para o Ubuntu e assim poder disponibilizar a Convergência. Esta sendo lançada uma ferramenta chamada de Snapcraft14 de modo que será mais fácil os desenvolvedores criarem novos programas.

1.7 Adicionar e Remover Repositórios Aonde estão os aplicativos instalados através da loja? Todos eles se encontram na internet em um endereço que para o sistema é conhecido como Repositório. Alguns repositórios são colocados por padrão no seu sistema, enquanto que outros devemos adicionar.

13 Snap pode ser traduzido para romper ou arrebentar, mas o sentido mais comum e estalo ou ruptura. 14 Mais detalhes em https://developer.ubuntu.com/en/snappy/build-apps/snapcraft-advanced-features/

Instalei o Ubuntu e agora? Página 27 Para adicionar um repositório os usuários comumente utilizam o terminal (inclusive em muitos sites é muito comum encontrar essa sintaxe), composta por dois comandos: $ sudo add­apt­repository ppa:[PPA_Nome/ppa] $ sudo apt update Como realizamos por exemplo para adicionar o jAyatana. Porém, como venho frisando desde o início deste livro, quero tornar as coisas mais fáceis, então ao invés de abrir um terminal para realizar este processo, acesse no Dash o aplicativo Programas e Atualizações e a aba Outros Programas e teremos a seguinte visão:

Figura 17 – Aplicativo Programas e atualizações, aba Outros Programas Pessoalmente acho que essa aba deveria se chamar Repositórios pois se localiza aí todos os repositórios disponibilizados pelo sistema. Ou seja, basta pressionar o botão Adicionar... e informar o local aonde está o repositório, com a seguinte sintaxe: deb http://ppa.launchpad.net/[nome_repositório]/ubuntu [codinome] main Ou seja, para o caso do jAyatana instalado para o codinome Utopic Unicorn (versão Ubuntu 14.10) seria: deb http://ppa.launchpad.net/danjaredg/jayatana/ubuntu utopic main Note que apenas o substantivo do codinome da versão é usado. E ao fechar o aplicativo o equivalente ao comando do terminal é executado: $ sudo apt update Para eliminar um repositório, basta localizá-lo e clicar no botão Remover. Isso corresponde ao seguinte comando do terminal: $ sudo add­apt­repository ­­remove ppa:[nome_repositório] SAIBA MAIS... Essa lista de repositórios, que visualizamos no aplicativo, também pode ser vista no terminal com o seguinte comando: sudo ls /etc/apt/sources.list.d Com o repositório instalado basta ir na Loja e pesquisar pelo nome do aplicativo e instalá-lo sem maiores dificuldades, então quando, neste livro, houver a necessidade de instalar um repositório para um aplicativo apenas indicarei qual a composição do nome do repositório a instalar. Ou seja, retornando ao caso do jAyatana as indicações seriam: Repositório: danjaredg/jayatana Aplicativo: jayatana Mas o que significa se um repositório não for reconhecido? Duas coisas podem ter acontecido, primeira o nome do repositório foi digitado incorretamente (verifique se o nome é realmente este) ou este repositório é incompatível com a versão do Ubuntu utilizada, neste caso não é recomendável a instalação do aplicativo (que pode ser forçada através dos comandos do terminal por sua conta e risco). Exatamente por este motivo que recomendo ao usuário leigo o uso da parte gráfica como forma de controlar melhor seus repositórios. E se em novas versões do sistema um repositório não aparece ou está desabilitado? Um

Instalei o Ubuntu e agora? Página 28 aplicativo que não tenha seu correspondente repositório disponível não terá atualizações. Então recomendo fortemente que sempre mantenha a linha de repositórios em dia para evitar qualquer problema no seu sistema.

E quando a Loja não reconhece? Pode ser que a Loja não reconheça algum aplicativo mesmo quando tudo o que fez está correto. Vou exemplificar com a instalação de um excelente Jogo de Tiro 3D chamado Unvanquished15.

Figura 18 – Tela do jogo Unvanquished São três passos para realizar sua instalação, o primeiro é fazer o download da chave que pode ser obtida no seguinte endereço http://debs.unvanquished.net/unvanquished-archive-key.gpg.asc, o aplicativo Programas e Atualizações e a aba Autenticação pressionar o botão Importar Arquivo de Chave..., selecionar o arquivo baixado e pressionar OK. O segundo passo consiste em ir para a aba Outros Programas e adicionar o seguinte repositório: deb http://debs.unvanquished.net utopic main O terceiro e último passo é sair do aplicativo e ir para a Loja (e nesse meio tempo foi realizada uma atualização dos repositórios do sistemas) e procurar por Unvanquished, porém (no meu caso) simplesmente não encontra nada. Bem, não tem o que fazer abra a janela do terminal e digite o único comando que não foi reconhecido: $ sudo apt install unvaquished Isso pode acontecer de vez em quando, lembre-se que a Loja é um aplicativo muito novo e que pode não pesquisar algum aplicativo, é muito importante não perder o conhecimento dos comandos do terminal, por esse motivo sempre farei referencia ao mesmo durante todo esse livro. CURIOSIDADE... Uma vez instalado retorne a Loja e pesquise novamente por Unvanquished que será reconhecido sem qualquer problema. Sua desinstalação pode acontecer através da Loja. Trabalhar com o Linux significa que por mais que se tente não vai conseguir fugir da tela preta do terminal, muita coisa pode ser conseguida através das telas gráficas, mas fica muito mais fácil ir pelo terminal para executar determinados passos. Com tudo o que me aconteceu aprendi apenas uma coisa, não devemos ter medo pela tela de terminal, mas simples respeito e saber o que estamos fazendo ao digitar um determinado comando.

1.8 Atalhos ou Lançadores Uma das grandes diferenças entre os sistemas Windows e Linux é em relação ao Lançadores (Atalhos é coisa de Windows). No Windows eles são arquivos misteriosos que pouca gente sabe seu conteúdo, sabe simplesmente que se clica com o botão direito sobre o executável (aqui não existe esse conceito) e seleciona a opção “Criar atalho” então a mágica acontece. No Linux são arquivos com a extensão .desktop e que possuem a permissão de serem executados (clicar com o botão direito do mouse sobre o arquivo, na aba “Permissões” marcar a propriedade Executar). Normalmente residem na pasta /usr/share/applications (o Dash só reconhece as

15 Veja mais no endereço oficial https://www.unvanquished.net/.

Instalei o Ubuntu e agora? Página 29 aplicações que estão nesta pasta), mas para um usuário que vem do Windows a primeira tendência é a de copiar uma penca deles para a Área de Trabalho. Esses arquivos possuem uma estrutura bem definida, vejamos como exemplo o lançador que chama o aplicativo que controla o Brilho & Bloqueio: [Desktop Entry] Name=Brightness & Lock Comment=Screen brightness and lock settings Exec=unity­control­center screen Icon=system­lock­screen Terminal=false Type=Application Categories=GNOME;GTK;Settings;DesktopSettings;X­Unity­Settings­Panel;X­GNOME­ Keywords=Brightness;Lock;Dim;Blank;Monitor; Observamos que é quase um arquivo auto explicativo (retirei algumas variáveis desnecessárias a fim de visualizarmos melhor o arquivo) e a única coisa que devemos ter em mente é que a variável Exec chamará o aplicativo, sendo que o comando colocado é exatamente o mesmo colocado em qualquer tela de terminal. E um lançador estará criado pois as outras variáveis são meras e simples informações. Recomendo que use este arquivo como um modelo para criar seus próprios lançadores se achar necessário.

Lançador ou Agregador Um detalhe curioso é que quando colocado na Barra Lateral do Ubuntu, um lançador pode ser usado como um agregador de vários outros programas veja por exemplo o caso do aplicativo LibreOffice quando inserido na Barra Lateral e se clica nele com o botão direito do mouse o seguinte conjunto de aplicativos é mostrado:

Figura 19 – Opções do Lançador do LibreOffice Ou seja, é possível chamar todos os aplicativos que compõe essa suíte e isso pode ser muito útil quando estamos querendo deixar a disposição vários itens na barra lateral sem ocupar o espaço de todos eles. Para criar uma lançador com essa característica devemos acrescentar apenas alguns detalhes ao arquivo já visto, primeiro é a adição de uma variável chamada: Actions. Do seguinte modo: Actions=App1;App2;App3;...;AppN E para cada um dos aplicativos que deseja agrupar crie a seguinte seção: [Desktop Action App1] Name=App1 Exec=(insira aqui o comando que lança o aplicativo) TargetEnvironment=Unity Lembre-se que os nomes devem ser absolutamente iguais (respeitando inclusive as letras maiúsculas e minúsculas).

1.9 Ambiente Gráfico Unity no Ubuntu A partir da versão 12.04 o Ubuntu trocou seu modo gráfico, para quem vem do Windows isso é muito estranho que no Linux existem vários ambientes gráficos, entre eles predominava o KDE e Gnome. O Ubuntu retirou o Gnome por padrão e introduziu um terceiro nessa briga chamado Unity. E, em breve,

Instalei o Ubuntu e agora? Página 30 uma nova briga será por causa dos pacotes de distribuição que mudarão de DEB para Snappy. Primeiro detalhe é que não existe mais um menu superior com todos os aplicativos instalados (estes são acessíveis pelo Dash), na barra superior, no canto direito estão os seguintes ícones por padrão (pois outros podem ser incorporados): • Keyboard indicator – permite a troca do teclado ou mudar suas preferências. • Bluetooth indicator – caso esteja presente a placa de bluetooth, suas preferências podem ser facilmente acessadas por este ícone, assim é possível habilitá-la e torná-la visível aos outros dispositivos. • Messaging indicator – sua função é de incorporar suas aplicações sociais. Deste podemos acessar mensagens instantâneas, e-mails, microblogging, a nuvem pessoal e outros aplicativos de comunicação. • Network indicator – verifica suas conexões de rede local e wireless disponíveis. No terminal utilize os comandos: ifconfig e iwconfig respectivamente. • Energy indicator – em se tratando de notebooks este ícone é bastante útil, pois verifica o estado de sua bateria e outras fontes de energia conectados. • Sound indicator – permite ajustar o som do volume e agregar os tocadores de música como o Rhythmbox ou Audacious. • Relógio – configure e veja facilmente a data e hora em qualquer janela. • Session indicator – providencia acesso as configurações do sistema, ao bloqueio de usuários, as contas online e muitas outras atividades. Outro detalhe interessante do Unity e o Lançador, a barra lateral a esquerda no qual colocamos os aplicativos que mais usamos e nela também aparecem os aplicativos em uso. Sua simbologia é muito simples: uma setinha branca do lado esquerdo do ícone indica que o aplicativo esta aberto, mais setas desse mesmo lado que foi aberto mais de uma vez, se estiver vazada que está aberto em uma outra Área de Trabalho16 e se aparecer do lado direito o aplicativo está sendo mostrado atualmente. SAIBA MAIS... Quer ver as teclas de atalho do seu computador? Então pressione e segure a tecla Super (aquela com o desenho do Windows) por três segundos e uma tela com os atalhos do sistema será mostrada. Outro detalhe é que na barra lateral os aplicativos serão numerados então basta digitar pressionar o número e o aplicativo será lançado. Uma das maneiras de personalizar o sistema operacional é instalar o Unity Tweak Tool para personalizar seu Ubuntu: mudar temas, ícones, entre várias outras atividades. Para instalar procure na Loja por Ferramenta de Ajuste do Unity.

Erro “Failed To Start Session”17 Pode acontecer que ao tentar entrar no login pode acontecer o erro “Failed To Start Session”, não se desespere, isso pode ter acontecido por alguma instalação errada ou mesmo falha no ambiente, tentemos realizar algumas correções. Acessar o modo terminal através do atalho CTRL+ALT+F1. Entrar com seu usuário e senha. Tente instalar o Unity através do seguinte comando: $ sudo apt install ubuntu­desktop Se o Unity Desktop já estiver instalado, tente reinstalar através do seguinte comando: $ sudo apt install ­­reinstall ubuntu­desktop Reinicie o sistema com o seguinte comando: $ sudo reboot

16 Veja mais sobre as Áreas de Trabalho no item 1.9. 17 Esta dica foi publicada no Planeta Ubuntu Brasil e por achá-la muito importante para ajudar a todos a estou reproduzindo aqui.

Instalei o Ubuntu e agora? Página 31 Ainda não conseguiu fazer o Login? Retorne ao ambiente não gráfico e utilize o seguinte comando: $ sudo dpkg­reconfigure $(dpkg ­l | awk '{print $2}'|grep "^xserver"|tr '\n' ' ') Este comando mostra o(s) pacote(s) com problema(s), então use o comando: $ sudo apt purge [nome Pacote mostrado] Reinicie novamente o sistema e veja se está tudo OK. Nada? Talvez o problema possa ser em drivers do NVidea que apresentam problemas, sendo assim digite os comandos: $ sudo apt purge nvidia­* $ sudo apt install ubuntu­desktop $ DISPLAY=:0 gsettings reset org.compiz.core:/org/compiz/profiles/unity/plugins/core/ active­plugins $ sudo apt install ccsm Reinicie novamente o sistema e veja se está tudo OK. Outro nada? Calma que ainda existe mais uma saída que podemos tentar, retorne ao ambiente não gráfico e utilize o seguinte comando para instalar o Gnome: $ sudo apt install gnome­shell ubuntu­gnome­desktop Mais uma reinicialização e provavelmente agora está tudo OK, só que o Unity pode parecer um tanto problemático após instalar o Gnome. Para resolver isso, altere o tema e os ícones para a opção “Ambiance”, em vez da opção padrão, usando o Unity Tweak Tool ou Ubuntu-Tweak.

1.10 Áreas de Trabalho Um dos maiores diferenciais dos sistemas Linux, como o Ubuntu, em relação ao Windows, são as Áreas de trabalho. Para quem está habituado ao Windows, esta funcionalidade não faz muito sentido. No entanto, quem começa a usar as áreas de trabalho depois não quer outra coisa, pois realmente aumentam drasticamente a produtividade.

Figura 20 – Áreas de Trabalho Sua função é a de criar ambientes separados para diferentes conjuntos de aplicativos. Isso permite uma melhor organização dos aplicativos abertos por temas ou a de utilizar como áreas de descarga para aplicativos que não estão sendo usados no momento, e isso reduz drasticamente o congestionamento na barra de tarefas. Nas áreas de trabalho, devemos lembrar de dois detalhes, o primeiro que é possível habilitar e desabilitar as mesmas através do aplicativo Aparência (digite essa palavra no Dash para acessar o aplicativo), na aba Comportamento marque ou desmarque as opções: Habilitar espaços de trabalho. Com as áreas de trabalho habilitadas é possível navegar entre elas com a combinação das seguintes teclas: Ctrl+Alt+[Direcional], ou pressionar as teclas [super]+s (ou clicar no seu ícone no Lançador) e ao visualizar as áreas de trabalho selecionar qualquer uma delas (através das direcionais ou do mouse). Para levar um aplicativo aberto para outra área de trabalho, quando o mesmo estiver visível (com a setinha no Lançador do lado direito) pressione Ctrl+Shift+Alt+[Direcional], ou então pressionar [super] +s e arrastá-lo para outra área e uma terceira forma é pressionar Alt+[barra de espaço] e no menu que

Instalei o Ubuntu e agora? Página 32 aparece selecionar qual é a Área de trabalho desejada. No próximo capítulo entraremos no uso e na instalação de alguns aplicativos que são necessários para um bom trabalho com o Sistema Operacional.

Instalei o Ubuntu e agora? Página 33 Capítulo 02

“Tudo o que é bom deve ser lembrado… O que é mesmo Windows?” (Anônimo)

� Neste capítulo veremos:

Por padrão no Sistema Operacional Aplicativos previamente instalados Atualização do Sistema e do Kernel O que é Zeitgeist Serviços Travados e Ajustes Finos E agora?

2.1 Por padrão no Sistema Operacional Vamos imaginar a seguinte situação, você é um usuário leigo que acabou de comprar um computador e nele veio pré-instalado o Windows. Saiba que, além do preço do seu computador também pagou pelo Windows, exatamente, o Sistema Operacional não saiu de graça. Agora vamos a seguinte questão: quais são os aplicativos que vem com o Windows? Resumirei no seguinte: um monte de aplicativos tolos em sua grande maioria. Uma calculadora, um bloco de notas, um visualizador de imagens e alguns jogos para se perder tempo (tipo minas e paciência) entre outros que em momento algum justificaria o preço ou a compra de um computador – qualquer smartfone teria o mesmo conjunto de aplicativos e ainda com a vantagem de poder realizar chamadas telefônicas. Se pensou que o MS-Office já vem instalado está enganado, é um produto vendido e instalado a parte, assim como o Photoshop, um simples tocador de música não vem instalado assim como muitos outros. A única vantagem é que pelo menos o sistema já vem pronto para se ligar a Internet (além do navegador) e baixar todos os programas necessários, o que não será muito útil se não tiver um ponto de Internet a sua disposição. Na mesma situação ao instalarmos o Ubuntu de cara já ganhamos, junto com o sistema operacional, uma série de aplicativos úteis e todos já pré-instalados.

2.2 Aplicativos previamente instalados Separados por categorias vejamos os principais aplicativos que já estão instalados por padrão no sistema Ubuntu (versão 16.04) e que podem fornecer um grande auxílio no trabalho do dia a dia. SAIBA MAIS... Tem dúvida se seu sistema é 32 ou 64 bits? No menu superior direito abaixo do nome do usuário clique na opção Sobre este computador ou digite o seguinte comando no terminal: $ uname ­m

Editores Evince é o visualizador de documentos padrão para o formato PDF e PostScript e pode muito bem exibir outros formatos, tais como imagens. Foi projetado para tornar a leitura de tais tipos de documentos uma experiência mais simples e tornar possível visualizar documentos em tela cheia ou em formato de apresentação. Na qual cada página é apresentada como um slide de uma apresentação de slides. gEdit é um editor para arquivos (era considerado como correspondente ao Bloco de Notas) possui algumas características bem interessantes, não existe esse negócio de ter que colocar a extensão .txt no arquivo, também é possível abrir simultaneamente vários arquivos textos e neste caso a tela será dividida em várias abas em vez de vários aplicativos gEdit abertos (como acontece normalmente com o Bloco de Notas). O gEdit novo está ganhando características de um editor de códigos, podendo realizar trabalhos em várias linguagens incluindo o TeX. LibreOffice é a suíte de escritório oficial do Ubuntu e já vem pré-instalado por padrão com ela é possível realizar todas as ações que faríamos com o MS-Office, inclusive abrir os documentos deste. Composto dos seguintes aplicativos: • Writer é o editor de textos (correspondente ao Word); • Calc é o editor de planilhas eletrônicas (correspondente ao Excel); • Impress é o gerente de apresentação (correspondente ao PowerPoint); • Draw é um programa para desenhos; • Base é um Banco de Dados para criação de aplicativos simplificados (correspondente ao Access); e • Math é o editor de equações para trabalhos matemáticos.

Aplicativos para manipulação de Imagens Captura de Tela para quem está escrevendo um livro e precisa tirar alguns Print Screen das telas este é o aplicativo ideal, pois entre outras ações ele permite capturar a tela após um intervalo pré- determinado, incluir o cursor ou uma borda na janela parcial. Por padrão esse o aplicativo chamado ao se pressionar as teclas Ctrl+PrintScreen ou Alt+PrintScreen, mas também é possível acessá-lo através do Dash para contar com mais opções de captura. EOG (abreviatura para "the Eye of Gnome") é o estranho nome que escolheram para o aplicativo que mostra as imagens por padrão no sistema, ou seja, basta dar um duplo clique na imagem que este aplicativo é chamado, possui os mesmos recursos do visualizador de imagens do Windows. ImageMagick é um poderoso aplicativo de comando de linha (via comandos de terminal) para tratar imagens em suas diversas formas: converter, redimensionar, criar, editar, cortar, juntar, editar cores e mais um grande conjunto de funcionalidades.

Internet Mozilla Firefox as pessoas possuem um caso de amor ou indiferença ao Firefox (as do segundo grupo geralmente instalam o Chrome), gosto deste navegador principalmente pela possibilidade de inserir diversos plug-ins que me auxiliam nas mais diversas funções – principalmente pela possibilidade de instalar o Selenium para realizar testes automatizados. Mozilla Thunderbird – No Windows existe o Outlook (que não está instalado por padrão), só que de todos os clientes de E-mail existentes não troco o Mozilla Thunderbird por nenhum outro. A maior facilidade deste aplicativo consiste na união de várias caixas postais em um aplicativo único além de poder integrá-lo com o Google Calendar e muitos outros aplicativos, o que facilita muito em matéria de organização. Contas OnLine – Neste aplicativo é possível incluir e gerenciar suas contas OnLine (Facebook, Google+, Twitter, …).

Utilitários Agenda permite a organização de seus compromissos, lembretes e tarefas através de sua visualização em um calendário mensal ou anual. Checkbox permite realizar inúmeros testes para conhecer a “saúde” de seu sistema. Os testes podem ser realizado separadamente através de categorias como memória, rede, visuais, portas, e muitos outros. Cheese permite o controle da WebCam do computador (seja a incorporada do Notebook ou uma externa), bem como gravar de filmes ou tirar fotos – Sim é isso mesmo que está pensando: Say Cheese! Como uma forma de fazer a pessoa sorrir (no Brasil, e só Deus sabe o porquê, usamos: Olha o Passarinho!). File Roller é o compactador de arquivos (correspondente ao WinRar) no qual é possível trabalhar com vários modelos de compactação, tais como: 7z, cbr, cbz, iso, jar, rar, tar e zip.

Instalei o Ubuntu e agora? Página 35 Mapa de Caracteres este é um aplicativo que pode até não ser considerado tão útil, mas é excelente quando se trabalha como “Artista Gráfico” pois permite analisar todas as fontes instaladas no sistema por um determinado sistema de escrito, como Latim ou Sírio (além de muitos outros), e verificar sua compatibilidade. Nautilus é o gerenciador de arquivos e pastas (correspondente ao Windows Explorer), sua forma de trabalhar possui algumas manhas tais como o uso da tecla Ctrl+T que permite a abertura de uma nova Aba para realizar uma cópia rápida de arquivos. Cadê o C:? Quem vem do Windows está acostumado com C:, D: ou qualquer outra dessas letras, isso não existe no sistema Linux, são apenas 2 pastas que devemos guardar, sendo que a primeira é a pasta /home que contêm seu usuário e é nesta pasta que colocará seus arquivos, imagens, vídeos ou qualquer outro e a segunda é a pasta / (Computador) no qual estão todas as outras pastas que integram o sistema (que seria a correspondente ao C:) e só podem ser acessadas pelo superusuário. Rhythmbox é um dos mais fantásticos reprodutores de música que conheço (recomendaria até mesmo seu uso no Windows em substituição ao falecido WinAmp) torna possível manter as coleções organizadas bem como acessar Rádios ou Podcasts disponíveis na Internet. Uma das características principais deste aplicativo é a facilidade em se criar as listas de músicas, basta clicar com o botão direito do mouse sobre a música escolhida e selecionar “Adicionar a lista de Reprodução”. Totem é o reprodutor de vídeo padrão (correspondente ao Windows Media Player) pode-se visualizar arquivos de multimídia, como vídeos (com legendas) e músicas, de maneira simples e rápida.

Jogos Mahjongg, possuo esse jogo também no Celular e no Tablet e para mim é um dos melhores quebra- cabeças que conheço, na China é tão popular quanto uma partida de Truco em Goiás. Minas, pelo menos se for por causa desse jogo não sentiremos a menor falta do Windows, o objetivo é o mesmo sinalizar o campo minado, e o desafio é o mesmo: Não explodir. Paciência AisleRiot, quando migrei para o Linux uma das coisas que mais senti falta foi do FreeCell e logo de cara fiquei procurando um correspondente na Internet para o Linux. Esse aplicativo já está instalado por padrão e não é o FreeCell, alias não é apenas o FreeCell pois são mais de 100 jogos do tipo paciência de cartas disponíveis. Basta no menu principal acessar “Alterar Jogo” para ver a lista disponível. Sudoku, outro bom jogo de lógica que já vem pré-instalado que consiste (apenas para você que viveu em Plutão nos últimos anos – porém acredito que até lá se jogava isso) de um quebra-cabeça para a ordenação de números em linhas, colunas e casas.

Gerenciadores do Sistema Configurações do Sistema, é uma reunião dos principais aplicativos do Ubuntu que pode ser acessado no menu principal do sistema a direita abaixo do nome do usuário (aonde fica a opção de desligar o sistema), permite as atividades como modificar completamente a aparência visual do sistema, de brilho da tela, janela de bloqueio, impressoras ou rede, suporte a outros idiomas e muitas outras atividades. Monitor do Sistema, seria o correspondente a tela de serviços do Windows. Através do monitor é possível verificar os processos que estão em execução, como estão sendo usados os recursos do sistema e as partições do sistema de arquivos.

2.3 Atualização do Sistema e do Kernel Uma das coisas que mais me irritava no Windows era a seguinte situação: Você está atrasado para uma reunião e precisa levar o Notebook, então manda o Windows desligar e aparece a seguinte mensagem: NÃO DESLIGUE O COMPUTADOR instalando atualização 1 de 1000. Nessa hora minha raiva subia em uma escala de 1 a 100, depois de 15 minutos você finalmente conseguia desligar o sistema e ir para a reunião.

Instalei o Ubuntu e agora? Página 36 Ao chegar à reunião com um atraso já mortal e ligar novamente o computador aparece a mensagem matadora: AGUARDE INSTALANDO AS ATUALIZAÇÕES. Juro que me dava vontade de quebrar o computador ali mesmo. Como se fosse o culpado pela minha escolha do sistema operacional. No Linux existe o Atualizador de Programas (basta digitar no Dash) e ao executar o aplicativo visualizamos a seguinte janela:

Figura 1 – Janela do Atualizador de Programas Normalmente, os usuários Linux tem a mania de ir para uma tela de terminal e digitar: $ sudo apt update $ sudo apt upgrade O que basicamente realiza o mesmo processo. Esse programa também é ativo temporalmente, ou seja, de quando em quando verifica a necessidade de atualização e APARECE um questionamento SE DESEJA ou NÃO proceder a atualização ao invés de obrigá-lo a ela. Para configurar esse período basta clicar na opção Configurações do sistema... (acessada no canto superior direito abaixo do usuário). Outra coisa que me perturbava muito no Windows era a atualização de versão, por exemplo, mudou da versão 7 para a 8, é como uma instalação completa para um novo Sistema Operacional (além de ter que pagar tudo novamente), e o pior que tinha me acostumado a isso e achava tudo aquilo um processo muito natural. No Ubuntu tomei um grande susto quando soube que o máximo que tinha de fazer era digitar dois comandos no terminal: $ sudo apt update $ sudo apt dist­upgrade Após isso era confirmar e esperar, e continuava com meu trabalho normalmente e após terminado o processo a maior diferença estava na opção Sobre o Computador (acessada no canto superior direito abaixo do usuário) que mostrava o número da nova versão do sistema. Para evitar qualquer problema, não tenha dúvida em deixar seu sistema o mais atualizado possível.

Atualização do Kernel Devo confessar que uma das coisas mais interessantes do Linux é que como usuário comecei a me preocupar com detalhes que no Windows estava muito pouco interessado. Um desses detalhes foi a versão do Kernel. Lembro que o Linux é o Kernel e isso significa que passa por atualizações sobre as distros, e estar sempre atualizado é ideal para manter seu sistema saudável. Um dos blogs que mais consulto e recomendo a todos é o Sempre Update18 que contém dicas incríveis e (desculpe o trocadilho) sempre me mantêm atualizado. Principalmente quando sai a informação do lançamento um novo Kernel, no qual o autor do blog se preocupa em montar um script que permite uma rápida e segura atualização. SAIBA MAIS... Para saber qual a versão de seu Kernel, abra uma janela do terminal e digite o seguinte comando: $ uname ­r Caso uma nova versão tenha sido liberada basta digitar os comandos indicados pelo blog, por exemplo, os comandos abaixo realizam a atualização do Kernel para a versão 4.5 que foi liberada em 2016: cd /tmp && wget https://goo.gl/dQ7OpC ­O kernel­4.5­generic && chmod +x kernel­4.5­ generic && sudo kernel­4.5­generic && sudo update­grub && sudo reboot Esses comandos são compostos pelos seguintes passos (separados por && que é uma forma de

18 Disponível no endereço http://sempreupdate.org.

Instalei o Ubuntu e agora? Página 37 concatenar vários comandos): 1. Acessar o diretório /tmp. 2. Realizar o download do script com as instruções do Kernel. 3. Fornecer a permissão de execução do script. 4. Executar o script. 5. Atualizar o GRUB19. 6. Reiniciar seu sistema para aplicar as mudanças. E pronto, sem muita dor o Kernel foi atualizado.

Bons motivos para deixar seu sistema o mais atualizado possível Manter sempre uma versão estável do Kernel ajuda no suporte a mais dispositivos e componentes, melhor gerenciamento de força e muitos melhoramentos. A Canonical fornece suporte para o Unity, porém ainda utiliza muitos pacotes do GNOME. A partir da versão 13.10 (Saucy Salamander) veio com aplicações 3.8 branch, o que é muito bom para os usuários do GNOME. O que permitiu uma melhor integração com pesquisas online, através de busca no DASH. As configurações de segurança permitem um maior controle sobre o tráfego. Até agora, todos os aplicativos vinham no formato .DEB e com suas dependências em separado. Sabemos que em breve surgirão os pacotes Snappy e é bom que vá se acostumando com essa mudança para não ter problemas. E, por fim, o Unity que já recebeu inúmeros refinamentos que melhoraram a performance do ambiente.

Meus Discos Não tem nada a ver com música e sim os discos do seu computador, no Dash digite Discos e selecione o aplicativo de mesmo nome. Cairemos na seguinte tela:

Figura 2 – Janela do aplicativo Discos Esse aplicativo é bem útil para ver qualquer informação sobre seu HD, unidades de CD e os dispositivos externos. É possível obter diversas informações a respeito de cada uma das unidades apenas selecionando a mesma e pressionando o ícone das engrenagens ( ). Também é muito útil para formatarmos qualquer dispositivo, por exemplo, insira um pendrive e chame esse aplicativo, selecione a unidade que está localizado seu pendrive e pressione Ctrl+F.

Checagem do Disco Um dos comandos que mais conhecia no Windows era chkdsk, isso realiza uma “checagem dos discos”, qual não foi minha surpresa ao descobrir no Ubuntu esse mesmo comando, bem é um

19 Sigla para GRand Unifield Bootloader, simplificando trata-se do Gerenciador de Boot do Linux, para conhecer mais recomendo a leitura do seguinte artigo: http://www.vivaolinux.com.br/artigo/O-gerenciador-de-boot-GRUB.

Instalei o Ubuntu e agora? Página 38 pouquinho diferente mas o propósito é o mesmo. Primeiro passo a fazer é descobrir quais são nossas partições, use o comando: $ sudo parted /dev/sda 'print' Que mostrará uma lista de todas as partições do sistema, agora podemos realizar uma checagem de qualquer uma dessas partições através do número da mesma com o seguinte comando: $ fsck /dev/sda[numero] Só que antes de sair correndo e aplicando tais comandos aviso que isso pode CORROMPER seu sistema caso o número informado seja a sua partição atual de trabalho. Então para quê serve isso? Simples, acima expliquei como realizar atualizações do Kernel, pode acontecer de faltar energia entre outras possibilidades e essa atualização ser interrompida. Então existe a possibilidade de corromper o sistema e a única solução conhecida e ter que reinstalar o sistema do zero. Só que existe uma tábua de salvação que é esse comando de checagem, pois esse comando não apenas checa como também corrige seu sistema.

2.4 O que é Zeitgeist A performance do Ubuntu, nas suas últimas versões, tem sido bastante criticada, principalmente por aqueles usuários que estavam habituados as versões anteriores que eram mais rápidas. Um detalhe que tem afetado a performance é a utilização de um serviço conhecido como Zeitgeist20 que registra toda sua atividade no Ubuntu. Este serviço guarda praticamente todas as ações realizadas no Ubuntu, desde qual aplicações que utilizamos a quais arquivos que abrimos. E isto inclui também o que fazemos na Internet, que páginas visitamos, que conversas temos no chat do Ubuntu e que e-mails trocamos. Essa aplicação se chama Privacidade (o nome do programa verdadeiro é “activity-log-manager”) e é facilmente localizada no Dash ou nas Configurações do Sistema. Para desinstalar o Zeitgeist, abra um terminal e digite os seguintes comando: $ sudo apt remove zeitgeist zeitgeist­core zeitgeist­datahub Este comando elimina também dependências que não serão mais necessárias. Uma delas é a aplicação “Privacidade” (referida acima) e outra é um plugin do reprodutor de músicas “rhythmbox” que ajuda a fazer registo de músicas ouvidas21. Além disso as pesquisas das abas do Dash respectivas a Documentos, Vídeos, Músicas, Imagens e Listas de Discussão não mais funcionarão. Uma forma que as pessoas tem feito é instalar um aplicativo chamado Activy Log Manager para tentar controlar as listas, para instalar utilize as seguintes indicações: Repositório: zeitgeist/ppa Aplicativo: activity­log­manager No Dash chame o aplicativo e configure suas opções. Outra dica é procurar na Loja pelo aplicativo Jornal de Atividades, o Zeitgeist forma listas históricas gigantescas e se não for uma pessoa tão desorganizada com seus arquivos o ideal mesmo é desativá-lo. SAIBA MAIS... Caso deseje retornar esse serviço, use as seguintes instruções: Nome Repositório: zeitgeist/ppa Nome Aplicativos: zeitgeist zeitgeist­core zeitgeist­datahub activity­log­manager­ control­center rhythmbox­plugin­zeitgeist Não esqueça de reiniciar o Ubuntu. Pode acontecer de desinstalar o Unity Lens Files e ao tentar usar esse aplicativo o mesmo reclamar da falta deste, para resolver esse problema procure na Loja pelos seguintes aplicativos: unity-lens- applications e unity-lens-files.

20 Esta seção foi criada com o base no exposto por Cláudio Novais em http://ubuntued.info/desligue-o-zeitgeist-para-aumentar-a- performance-do-ubuntu 21 Não se preocupe pois o Rhythmbox continuará funcionando sem problemas e até um pouco mais rápido

Instalei o Ubuntu e agora? Página 39 2.5 Serviços Travados e Ajustes Finos Quem vem do Windows com certeza decorou as teclas Ctrl+Alt+Del e isso fica engraçado no Ubuntu, pois essas teclas estão configuradas para encerrar uma sessão. Não pense que o Linux seja maravilhoso e nunca um aplicativo apresenta qualquer problema e não travará, não sei quantas vezes encerrei uma sessão por causa de um aplicativo travado. Um aplicativo pode travar em qualquer sistema operacional, ainda não existe esse sistema no qual um aplicativo não trave por qualquer motivo, seja por falta de memória ou por tentar gravar em uma área inválida no HD ou na rede. Resumidamente, fez um I/O (ou E/S em português) está arriscado a travar. Existem duas maneiras de destravar um aplicativo, a primeira é abrir um terminal e digitar o comando xkill, no qual o ponteiro do mouse mudará para um alvo e basta apenas clicar na janela bloqueada. A segunda é utilizar o aplicativo Monitor do sistema, só que chamá-lo do Dash pode ser um tanto complicado. Então vamos criar um atalho personalizado para este aplicativo. No Dash digite: teclado. Na janela Configurações do Teclado acesse a aba Atalhos do teclado. No lado esquerdo acesse a opção Sistema e clique em Encerrar sessão, agora pressione a tecla Backspace (tecla acima do Enter) para desmarcar o atalho. Clique no botão + e na janela do Atalho personalizado digite as seguintes opções: • Nome: Monitor do sistema • Comando: gnome-system-monitor No novo atalho criado, clique na palavra Desabilitado e pressione simultaneamente as teclas Ctrl, Alt e Delete. E está pronto, agora feche a janela Teclado e pressione Ctrl+Alt+Del e a janela do Monitor do Sistema será mostrada.

Figura 3 – Monitor do sistema do Ubuntu Essa janela possui três abas, na primeira é possível ver todos os serviços que estão sendo executados e ao selecionar determinado serviço o botão Finalizar processo fica habilitado; a segunda são os recursos do sistema onde é possível monitorar a CPU, Memória, área de Swap e a rede; e finalmente na terceira como está a alocação das suas unidades de gravação (HD, USB).

Afinar a Memória Swap e o Cache Em ambiente Unix existe a memória Swap e essa área procura auxiliar uma baixa quantidade de Memória RAM fazendo trocas mais rápidas, ou seja, e a relação entre velocidade de execução dos aplicativos e sua disponibilização em áreas de memória. Podemos ver seu valor padrão de disponibilização através do comando: $ sudo cat /proc/sys/vm/swappiness A configuração padrão do Ubuntu é feita para servidores, então provavelmente o valor mostrado será 60, esse número varia de 0 a 100. Esse número 60 significa que ao ter 60% da memória livre o sistema enviará alguns dados para a partição de SWAP. Ou seja, muitas vezes seu desktop (a menos que seja seu servidor) pode pedir arrego antes de chegar a 60%, não existe um número ideal para todos, mas vamos começar usando o valor 10 com o seguinte comando:

Instalei o Ubuntu e agora? Página 40 $ sudo sysctl ­w vm.swappiness=10 Faça essa alteração e passe um bom tempo realizando suas atividades, veja se está tudo normal e caso contrário aumente gradualmente esse número se sentir necessidade. Ao achar o número ideal, é hora de deixá-lo como padrão do sistema. Editar o arquivo de configuração com o seguinte comando: $ sudo gedit /etc/sysctl.conf E adicionar uma linha com a seguinte configuração: vm.swappiness=[numero encontrado] O cache é outra área interessante, responsável por controlar o dinamismo dos swaps do Kernel. Ou seja, ao abrir e fechar um arquivo, pesquisar, visualizar imagens, entre várias outras ações. Primeiro verificar qual é o valor através do seguinte comando: sudo cat /proc/sys/vm/vfs_cache_pressure Provavelmente a resposta será 100, o que significa 100% sobre o desempenho na gestão dos arquivos de discos, se reduzir significa que a RAM terá que trabalhar mais e os processos ficarão mais ágeis no sistema (vale as mesmas observações sobre não existe um valor ideal). Vamos reduzir para 50 com o comando: $ sudo sysctl ­w vm.vfs_cache_pressure=50 E de modo similar, testar o desempenho do sistema até encontrar o valor correto. Para salvar no arquivo de configuração, adicionar a seguinte linha: vm.vfs_cache_pressure=[numero encontrado] No aplicativo Monitor do Sistema na aba Recursos é possível acompanhar como está a disponibilização e o uso das áreas de memória e ajustar o sistema de acordo.

Travado, mas nem tanto... O ambiente gráfico padrão do Ubuntu é a interface Unity, porém é utilizado o Compiz que por sua vez é um devorador de recursos. Acontece que muita animação pode fazê-lo ficar um tanto lento em computadores que são, digamos, indisponíveis de recursos gráficos. Para resolver esse problema aqui estão dois outros ambientes que comem menos recursos: 1. xfce4 é o ambiente gráfico da distribuição Xubuntu, leve e fácil de configurar, recomendado para computadores mais “modestos”. Para instalar procure na Loja por xubuntu-desktop. 2. lxde é o ambiente gráfico da distribuição Lubuntu, ainda mais leve e fácil de configurar, recomendado para computadores muito mais “modestos” (digamos que roda razoavelmente bem com 512 MB de memória RAM). Para instalar procure na Loja por lubuntu-desktop. Outra opção seria retirar todos os recursos de animação do Compiz, que pode ser conseguido através do aplicativo: CompizConfig Settings Manager, que pode ser instalado através do seguinte comando: $ sudo apt install compizconfig­settings­manager compiz­plugins­extra

2.6 E agora? Antes de começar a falar dos passos finais que ajudarão a manter o sistema integro e melhor adaptado, começaremos pela instalação de um aplicativo que entraria facilmente em qualquer categoria de Excelente.

Instalei o Ubuntu e agora? Página 41 Figura 4 – Aplicativo I-Next Muitos usuários usam o terminal por achar a mais prática forma de visualizar várias informações do computador, tais como, CPU, placa Mãe, Áudio, Drivers, Sistema, Kernel, Memória, Rede ou USB. Ou seja, existem diversos comandos no terminal para visualizarmos todas essas informações, porém prefiro utilizar o aplicativo I-Next que mostra todas essas informações de uma vez só. Para realizar sua instalação: acessar o endereço https://launchpad.net/i-nex e baixar o pacote .DEB para seu sistema. Existem vários blogs que mostram o que fazer após instalar o sistema operacional Ubuntu, são os chamados acertos no sistema para baixar alguns drivers necessários ou adicionar e configurar alguns programas. Primeiro para deixar o Ubuntu mais personalizado, tipo colocar o nome do usuário ativo na barra superior, abra um terminal e digite o seguinte comando: $ gsettings set com.canonical.indicator.session show­real­name­on­panel true É o resultado será este:

Figura 5 – Nome do usuário na barra superior

Dica 1 – Sistema mais atualizado possível Acabou de instalar uma nova distribuição ou atualizou o Kernel, durante os próximos 3 dias recomendo que abra o terminal e digite os seguintes comandos: $ sudo apt update $ sudo apt upgrade Isso forçará que qualquer nova correção que aconteceu seja trazida para seu computador, muitas vezes alguns problemas são encontrados logo após a liberação de atualizações e são disponibilizados quase imediatamente.

Dica 2 – Codecs e outros pacotes extras Para utilizar todo o sistema de multimídia, é preciso instalar alguns codecs e um pequeno conjunto de softwares para tocar DVDs encriptados. Estes itens podem ser encontrados na Loja através dos seguintes nomes: • ubuntu-restricted-extras • libavcodec-extra • libdvdread4

Dica 3 – Muito mais Codecs Sei que desejar usar o Ubuntu para assistir muitos tipos de vídeos, então coloque todos os tipos de Codecs (além do plugin do SilverLight da Microsoft) para não ter qualquer problema posteriormente.

Instalei o Ubuntu e agora? Página 42 Abrir o terminal e digitar os seguintes comandos: $ sudo add­apt­repository ppa:pipelight/stable $ sudo apt update $ sudo apt install gxine libdvdread4 totem­mozilla icedax tagtool easytag id3tool lame nautilus­script­audio­convert libmad0 mpg321 pipelight­multi ffmpeg libdvd­pkg libxine2­ffmpeg libavcodec­extra gstreamer1.0­libav $ sudo /usr/share/doc/libdvdread4/install­css.sh $ sudo pipelight­plugin ­­enable silverlight

Dica 4 – Mover o menu Uma das novidades que mais chamaram a atenção dos usuários foi a possibilidade de “deitar” o menu lateral, para fazer isso digite o seguinte comando: $ gsettings set com.canonical.Unity.Launcher launcher­position Bottom Não gostou do resultado e quer retorná-lo a posição original? Então digite o seguinte comando: $ gsettings set com.canonical.Unity.Launcher launcher­position Left Dica 5 – Formato RAR para o Compactador O compactador File Roller pode ter adicionado novos formatos para compactação, porém entre estes o formato RAR não é instalado por padrão. Para instalar através da Loja pesquise por RAR. Após a instalação veja que o File Roller agora permite abrir e compactar arquivos em formato RAR.

Dica 6 – Proteja-se com um Firewall Gufw é um firewall muito fácil de usar e bastante eficiente. Para instalar procure na Loja por gufw. Após abrir o programa basta mudar o status para "ON" para deixar seu PC protegido.

Dica 7 – Editar Partições GParted para criar, eliminar ou alterar as partições do seu HD, HD Externo e pendrive. Para instalar procure na Loja por GParted.

Dica 8 – Outro tocador de música VLC, um tocador multimídia completíssimo sendo o preferido entre muitos usuários talvez por ser um media player multi-plataforma, gratuito e de código aberto. Para instalar procure na Loja por VLC.

Dica 9 – Personalizar o Ubuntu DConf Editor é essencial para alguns processos de personalização e funciona como o RegEdit do Windows. Para instalar procure na Loja por Editor do dconf. Vamos aproveitar para corrigir a barra de atalhos do Nautilus (o Windows Explorer do Linux) onde não é permitida digitar o caminho pois é formada por uma série de botões. O atalho Ctrl+L faria o mesmo efeito porém para que isso seja o padrão façamos a seguinte modificação: pesquise no Dash pelo DConf, no painel esquerdo acesse o caminho: org | gnome | nautilus | preferences. Marque a opção: always-use-location-entry. Além disso, podemos configurar os tocadores de nossa preferência no Sound Indicator, para isso acesse o caminho: com | canonical | indicator | sound. Na opção: interested-media-players adicione os tocadores, por exemplo para o Rhythmbox e o Audacious coloque a variável da seguinte forma: ['rhythmbox', 'audacious'].

Dica 10 – Informações do Sistema Existem alguns modos de obtermos informações dinâmicas do sistema, um deles é instalar um aplicativo chamado Multiload que ficará na barra superior mostrando informações de Memória, CPU, área de SWAP, leitura de disco e da rede. Para instalar procure na Loja por indicator-multiload.

Instalei o Ubuntu e agora? Página 43 Dica 11 – Instale várias coisas com um só aplicativo O aplicativo Ubuntu After Install permite, através do modo gráfico, instalar várias ferramentas úteis através de uma interface gráfica amigável. Utilize as seguintes indicações: Repositório: thefanclub/ubuntu­after­install Aplicativo: ubuntu­after­install Pronto, após a realização dessas atividades o sistema já está pronto para o trabalho do dia a dia. No próximo capítulo veremos um conjunto de aplicativos que podem ser instalados “a gosto do freguês”.

Dica 12 – Antivírus, isso existe? Em qualquer sistema operacional pode-se pegar vírus, não existe isso que não existe vírus para Linux, a única diferença é que usuários Linux sabem mais o que estão fazendo e são mais cuidadosos, além disso, 90% do planeta usa Windows que não faz a menor distinção entre o superusuário e o usuário normal, então é comum que 99% dos vírus sejam construídos para esse ambiente. Porém, com o aumento dos usuários Linux, com certeza haverá um aumento da criação de vírus para esse ambiente, então por que não ficar garantido? Para instalar procure na Loja por clamtk.

Dica 13 – Instale o Twitter Não é necessário ficar entrando no navegador para publicar ou acessar no Twitter, procure na Loja pelo aplicativo Twitter e tenha acesso instantâneo a sua conta.

Dica 14 – Seu nome no Canto Superior Direito Por padrão seu usuário não aparece no canto superior direito, aonde fica o menu com as opções principais do sistema, para habilitá-lo digite o seguinte comando: $ gsettings set com.canonical.indicator.session show­real­name­on­panel true

Instalei o Ubuntu e agora? Página 44 Capítulo 03

“A caixa dizia: Requer MS Windows ou superior. Então instalei Linux.” (Anônimo)

� Neste capítulo veremos:

Temas e Ícones Aplicativos para Organização Editores Internet Ambiente Windows Jogos Imagem & Vídeo Estudo

3.1 Temas e Ícones Começaremos pela modificação da aparência do sistema através de temas, ouço como as pessoas falam dos temas no Windows como se fosse a coisa mais impressionante do mundo. No mundo Linux existem milhares de centenas de profissionais dedicados ao desenvolvimento de temas desde a primeira vez que o sistema teve uma versão gráfica, um simples exemplo pode ser visto ao acessar a página: http://www.ubuntuthemes.org/. Ótimo calma, agora volte a respirar e vamos colocar um tema que muitos usuários são apaixonados. Ambiance Blackout que é um tema mais escuro e que possui diversas variações. Para instalar utilize as seguintes indicações: Repositório: noobslab/themes Aplicativo: ambiance­blackout­colors Acessar o aplicativo Ferramenta de Ajuste do Unity e no atalho “Aparência | Temas” selecionar o tema que mais lhe agrada. Se prefere um ambiente mais claro procurar na Loja pelo aplicativo ambiance- radiance-colors (que está no mesmo repositório). O repositório Noobs Lab possui diversos outros temas, acessar a página oficial em http://www.noobslab.com/p/themes-icons.html22.

Ícones numix-circle Podemos também alterar apenas os ícones do sistema, um que muitos usuários adoram instalar é o Numix, especificamente ícones circulares. Sob uma licença GPL está disponível inclusive no GitHub23 e este pacote só faz crescer na preferência dos ambientes.

Figura 1 – Exemplo do numix-circle no aplicativo Configurações do sistema Utilizar as seguintes indicações: Repositório: numix/ppa

22 Sente falta do Windows? Não se preocupe procurar na Loja pelo aplicativo ylmfos-theme, está no mesmo repositório. 23 Disponível no endereço https://github.com/numixproject/numix-icon-theme-circle Aplicativo: numix­icon­theme­circle Terminada a instalação, acessar a Ferramenta de Ajuste do Unity e no atalho “Aparência | Ícones” selecionar a opção Numix-Circle.

Ícones Ardis Para compor meu ambiente preferi utilizar ícones que também são circulares, porém com um formato mais distinto.

Figura 2 – Exemplo do square no aplicativo Configurações do sistema Utilizar as seguintes indicações: Repositório: noobslab/icons Aplicativo: ardis­icons Terminada a instalação24, utilizar a mesma forma que foi usada para instalar o numix.

Ícones ultra-flat-icons Outro método para se instalar ícones no sistema é por uma cópia direta através de um pacote compactado.

Figura 3 – Ícones modificados com o ultra-flat-icons Para instalar, siga os seguintes passos: 1. Acessar o site: http://gnome-look.org/content/show.php/Ultra-Flat-Icons?content=167477 e realizar o download do pacote contendo os ícones. 2. Na pasta Download descompactar o pacote através do File Roller. 3. Abrir o terminal e, através do superusuário, mover a pasta contendo os ícones para a pasta padrão do sistema (em /usr/share/icons/).

24 Outro conjunto de ícones que pode ser interessante é o ursa-icons, encontrado no mesmo pacote.

Instalei o Ubuntu e agora? Página 46 $ cd Downloads/ $ sudo mv ultra­flat­icons /usr/share/icons/ Da mesma forma, acessar a Ferramenta de Ajuste do Unity e no atalho “Aparência | Ícones” selecionar a opção Ultra-flat-icons.

3.2 Aplicativos para Organização A partir desta seção veremos detalhadamente diversos aplicativos nas mais variadas categorias, testei e utilizo todos estes aplicativos e até o momento não tive nenhum problema quanto ao seu uso. Organizar arquivos, músicas, livros ou mesmo pessoal pode ser um processo muito complicado, antigamente devido a baixa capacidade de armazenamento dos computadores não possuíamos muitos arquivos, atualmente tudo mudou e precisamos realmente de muito auxílio. Alguns desses aplicativos são substituições com muito mais recursos de outros já existentes instalados por padrão junto com o Ubuntu.

Bleachbit – Limpeza do sistema No Windows usava o CCleaner para limpar arquivos temporários, logs e muitas sujeiras deixadas pelo sistema. No Linux existem comandos de terminal para isso, mas prefiro usar um aplicativo gráfico que ainda me permite fazer isso por programa instalado e neste escolher o que desejo ou não remover, ou seja ter muito mais liberdade de escolha. Para instalar procure na Loja por Bleachbit.

Gramps – Árvore Genealógica Já que estamos falando em Organização, que tal arrumarmos nossa família, não nada de casar ou heranças e sabermos de onde viemos (e para onde vamos), este é um programa que seus netos poderão dar continuidade e entender qual sua origem e quem sabe agradecê-lo por isso. Aviso que a montagem de uma árvore familiar não é um trabalho fácil mas no final das contas pode ser bem prazeroso. Para instalar procure na Loja por Gramps.

KMyMoney – Gerenciador Financeiro Que tal ter um assistente que pode lhe ajudar com as suas finanças. É possível incluir informações pessoais, seu banco, suas receitas correntes e diferentes categorias de despesas. E se não desejar inserir todas essas informações, pode pular tudo e se concentrar apenas na criação das categorias de receitas e despesas, bem como os diferentes tipos de contas (simplesmente rotulados como Dinheiro, Conta-corrente ou Poupança). Para instalar procure na Loja por KMyMoney.

Instalei o Ubuntu e agora? Página 47 Nemo – Organizador de pastas Não posso negar que o Windows Explorer vicia a gente a trabalhar de uma certa forma e ter que mudar essa forma não fazia parte dos meus planos, gosto do Nautilus mas o Nemo é muito mais interessante principalmente em se poder deixar uma hierarquia de árvores do lado esquerdo – Curioso que este é o Gerenciador de Pastas do Linux Mint. Para instalar procure na Loja por Nemo.

Plank – Barra de Aplicativos No Ubuntu existe uma barra lateral e com o Plank é possível ter uma nova barra horizontal (semelhante à do MacOS) que pode comportar uma série de outros aplicativos. Isso facilita muito a organização de ícones na área de trabalho.

Para instalar utilize as seguintes indicações: Repositório: docky­core/stable Aplicativo: plank

Planner – Planejamento de Projetos Este é um daqueles aplicativos que não posso viver sem, a Microsoft possui o MS-Project e foi um dos que mais senti falta quando abandonei o MS-Office então corri atrás de um substituto e o Planner e este se encaixou como uma luva. Possui suporte ao Gráfico de Gantt, Tarefas e Alocação de Recursos. É totalmente gratuito e foi escrito um pequeno grupo de colaboradores que o mantém bem atualizado. Para instalar procure na Loja por Planner.

RedNotebook – Agenda Eletrônica Tem muitas pessoas que gostam de agendas de papel mas se esquecem que agendas no computador possui várias vantagens entre elas uma pesquisa rápida ou mesmo a possibilidade de ter uma nuvem de palavras com os termos mais digitados. Outra vantagem deste programa é a total personalização da sua agenda permitindo assim uma melhor visualização de seus compromissos. Para instalar procure na Loja por RedNotebook.

Instalei o Ubuntu e agora? Página 48 SearchMonkey – Localizador de Documentos As vezes localizar um determinado arquivo pode ser uma tarefa bem complicada, principalmente para pessoas que tem milhares de arquivos perdidos em milhares de pastas. Esse aplicativo permite a pesquisa (através de Expressões Regulares) para localizarmos um determinado arquivo. Os usuários podem pesquisar nomes de arquivos e conteúdos e isso permite que o ser muito mais preciso quando retorna hits. Para instalar procure na Loja por searchmonkey.

ScreenLets – Gerenciador de Widgets Widgets são pequenos programas (no caso deste aplicativo, escrito em linguagem Python) que podem ser colocados na área de trabalho, assim é possível ter um relógio, saber o tempo, um calendário ou mesmo uma planta enfeitando sua área de trabalho (Cuidado: o Widget é criado bem atrás do aplicativo, então arraste-o para um canto clique no Widget desejado e pressione o botão Instalar). Para instalar procure na Loja por ScreenLets.

Tomboy – Organizador de Notas No Windows peguei uma mania curiosa, criava um arquivo-texto com o bloco de notas e colocava na área de trabalho, eram dicas para me lembrar de algo como Expressões Regulares, Senhas ou mesmo receitas rápidas o problema é que ficava com a área de trabalho superpoluída, no Linux descobri este aplicativo para organizar tudo. Para instalar procure na Loja por Tomboy.

UNetbootin – Ferramenta para a criação de drives Live USB Em algumas ocasiões pode ser interessante ter um aplicativo que gere uma Pen Driver com um determinado sistema operacional portátil que pode ser utilizado das mais variadas formas, este programa utiliza uma imagem ISO para realizar esse serviço de criar sistemas Live USB. Para instalar procure na Loja por UNetbootin.

Instalei o Ubuntu e agora? Página 49 wxBanker – Controle Pessoal de Contas Qualquer empresário sabe que as contas da empresa não devem se misturar com as contas pessoais, mas como controlar essas contas? Esse aplicativo é a solução ideal, inúmeras contas e transações podem ser cadastradas e vários gráficos estão disponíveis para manter o controle de todas fácil e ainda poder contar com um belo saldo positivo no final do mês. Para instalar procure na Loja por wxBanker.

Y PPA Manager – Gerenciador de Repositórios Os repositórios representam a saúde dos seus pacotes pois são eles que informam ao sistema que ocorreram mudanças, este aplicativo permite eliminar duplicados, localizar pacotes e deixar tudo mais organizado. Para instalar utilize as seguintes indicações: Repositório: webupd8team/y­ppa­manager Aplicativo: y­ppa­manager

3.3 Editores Esses são facilitadores de ações dentro de muitas áreas, tais como, construção de Mapas Mentais, um editor de textos mais potente que um simples bloco de notas mas não tão robusto quanto a um Writer (LibreOffice), para escrever um programa ou mesmo para análise de BPM.

Adobe Reader – Editar arquivos PDF Não tem jeito, o Adobe Reader é o campeão dos leitores de PDF, pode ser mais pesado e apresentar os vários problemas já conhecidos, mas é uma unanimidade entre os usuários de qualquer sistema operacional. Para Linux é uma opção melhor que Evince principalmente se deseja utilizar muito captura de texto (Ctrl+C). Antes do aplicativo propriamente dito, é necessário instalar as bibliotecas de 32-bits necessárias e para isso digitar os seguintes comandos:

$ sudo apt­get install libgtk2.0­0:i386 libnss3­1d:i386 libnspr4­0d:i386 lib32nss­ mdns* libxml2:i386 libxslt1.1:i386 libstdc++6:i386 Para instalar baixar o pacote no site: http://ardownload.adobe.com/pub/adobe/reader/unix/9.x/9.5.5/enu/AdbeRdr9.5.5­ 1_i386linux_enu.deb

E com um duplo clique sobre o arquivo a Loja será chamada para continuar com o processo de instalação.

Instalei o Ubuntu e agora? Página 50 Atom – Editor de Programação Quem vem do Mundo MacOS conhece o Mate um excelente editor para aplicações JavaScript. O Atom é muito novo e foi desenvolvido pelo pessoal do GitHub como um aplicativo open source e totalmente multiplataforma, leve e prático sua função é para programação CSS, HTML e JavaScript. Para instalar utilize as seguintes indicações: Repositório: webupd8team/atom Aplicativo: atom

BlueJ – Editor de Programação Java Este é um editor leve para realizar coisas rápidas e práticas com a linguagem de programação Java, ideal para estudantes ou para aqueles que estão iniciando em Programação. Para instalar baixar o pacote no site: http://www.bluej.org/. E com um duplo clique sobre o arquivo a Loja será chamada para continuar com o processo de instalação.

Bonita – Editor de BPM Como Analista preciso de uma boa ferramenta de BPM para realizar alguns trabalhos de mapas de fluxos de projetos, e sem a ferramenta adequada isso fica bem complicado. Bonita é leve e ideal para esse tipo de trabalho e tenho rapidamente o que preciso a mão. Só quero deixar claro que existe uma versão paga que é bem mais completa mas a versão livre atende muito bem as necessidades básicas. Para instalar baixar o arquivo do seguinte endereço: http://br.bonitasoft.com/products/download/bonita-bpm-linux-64-bit-18?skip=true quando o arquivo terminar de baixar, abrir o Nautilus e clicar no arquivo com o botão direito do mouse, na aba de permissões marque a opção Permita a execução deste arquivo como um programa. Fechar esta janela, dar um duplo clique no arquivo e o instalador será iniciado.

Brackets – Editor de Programação JavaScript Existem dois editores excelentes e aclamados para a programação JavaScript: o primeiro se chama Sublime que é pago e normalmente usado no mundo MacOS e o segundo Brackets totalmente livre e pertencente ao mundo Linux. Para instalar baixar o pacote no site: http://brackets.io/. E com um duplo clique sobre o arquivo a Loja será chamada para continuar com o processo de instalação.

Instalei o Ubuntu e agora? Página 51 CMap – Editor de Mapa Conceitual Citei as grandes diferenças existentes entre Mapa Mental e Conceitual em um artigo que publiquei no meu blog e usava esta mesma ferramenta para criar meus mapas. Aplicamos os mapas conceituais a representações espaciais de acordo com diferentes modelos mentais para uma melhor compreensão dos caminhos a serem percorridos, de modo que se possa conduzir sua sistematização, tanto no nível da interface quanto em relação ao conjunto informacional abordado. Para instalar proceder os seguintes passos:

Baixar o arquivo binário do seguinte endereço http://cmap.ihmc.us/. Após o término do download clicar com o botão direito do mouse e acessar o item Propriedades, na aba “Permissões” marcar a opção executar. Abrir a janela do terminal e digitar o seguinte comando: $ ./[nome do arquivo].bin E o processo de instalação continuará acompanhado por janelas gráficas. Recomendo que quando solicitado o diretório coloque /home/[usuário]/Aplicativos e como nome da pasta deixe apenas /CmapTools. Se desejar criar um lançador utilizar a seguinte estrutura básica: [Desktop Entry] Name=CMapTools Comment=Editor de Mapas Conceituais Exec=/home/[usuario]/Aplicativos/CmapTools/bin/CmapTools Icon=/home/[usuario]/Aplicativos/CmapTools/cmaptools­1.jpg Terminal=false Type=Application StartupNotify=true Categories=Office OnlyShowIn=Unity; X­Unity­Settings­Panel=screen Keywords=Mapa;Conceitual;Editor;Conceptual; X­Ubuntu­Gettext­Domain=unity­control­center SAIBA MAIS... Veja o artigo referenciado no meu blog25 para entender melhor esse conceito entre o que vem a ser um Mapa Mental e um Mapa Conceitual.

Coulr – Editor de Cores Este é um aplicativo ideal para artistas gráficos principiantes pois permite mostrar uma palheta estendida de cores com base em uma cor definida através dos padrões: RGB, HSL e HSV, ou seja, é ideal para escolher cores para aquele aplicativo ou documento. Para instalar utilize as seguintes indicações: Repositório: huluti/coulr Aplicativo: coulr

25 Veja o artigo em http://fernandoanselmo.blogspot.com.br/2011/10/projeto-mapa-conceitual-e-mapa-mental.html

Instalei o Ubuntu e agora? Página 52 Eclipse – Editor de Programação Java Quem desenvolve Java de modo profissional não pode viver sem o Eclipse que é atualmente o editor mais usado tanto para desenvolvimento Web como em Desktop. Para instalar baixar o arquivo compactado através do site oficial em http://www.eclipse.org, descompactar o arquivo na pasta /home/[usuário]/Aplicativos (lhe recomendo baixar a versão Eclipse IDE for Java EE Developers). Se desejar criar um lançador utilizar a seguinte estrutura básica: [Desktop Entry] Name=Eclipse Comment=Ferramenta de Desenvolvimento Java Exec=env SWT_GTK3=0 /home/[usuário]/Aplicativos/eclipse/eclipse Icon=/home/[usuário]/Aplicativos/eclipse/icon.xpm Terminal=false Type=Application Categories=Deploy Keywords=IDE;Desenvolvimento;Java;Editor; Evolus Pencil – Prototipação de Projetos Ter a mão uma ferramenta de prototipação ajuda muito na hora de conceber sistemas, como Analista não posso me imaginar sem tal tipo de ferramenta e o Evolus Pencil é a melhor nessa categoria. Para instalar baixar o pacote no site: https://code.google.com/p/evoluspencil/downloads/li st. E com um duplo clique sobre o arquivo a Loja será chamada para continuar com o processo de instalação.

FontForge – Editor de Fontes Que tal criar sua própria fonte (tipos de letra) ou então modificar uma fonte já existente para obter uma nova? Este é um aplicativo feito para artistas gráficos mas que pode muito bem ser utilizado por qualquer um que deseje ter um conjunto de fontes personalizadas para utilizar. Para instalar utilize as seguintes indicações: Repositório: fontforge/fontforge Aplicativo: fontforge

Instalei o Ubuntu e agora? Página 53 Geany – Editor de Textos com Expressões Regulares Não tenho absolutamente nada contra ao gEdit da mesma forma que não tenho com o Bloco de Notas e acredito que ambos aplicativos são úteis mas que deixam a desejar no quesito quanto a pesquisa no texto com o uso de expressões regulares. Para instalar procure na Loja por geany.

Não gosta de expressões regulares e acha tudo isso uma frescura?

Vamos imaginar então que possua um arquivo com um texto repleto de linhas em branco e queira eliminar todas, como fazer? Simplesmente digite Ctrl+H e troque a seguinte expressão regular ^\s*\n por vazio e pressione o botão No Documento e pronto todas as linhas vazias sumiram.

Kate – Editor de Códigos Scripts Não existe maneira de programar no Linux e não ser necessário construir pelo menos um único script para realizar uma tarefa repetitiva, não fazê-lo chega a ser sinal de burrice. Esse é um editor bem completo com grande vantagens de reconhecer os códigos das principais linguagens de script (incluindo Perl, Bash e Python) além de ser excelente para HTML, JavaScript ou XML e possuir um terminal embutido o que facilita muito os testes. No Windows só consigo compará-lo ao Notepad++. Para instalar procure na Loja por Kate. mComix – Editor de Revista em Quadrinhos Assim como os livros estão virando e-books as Revistas em Quadrinhos estão virando e-comics, na verdade o processo é bem mais simples, basta pegar várias imagens compactar em formato ZIP ou RAR e renomear o arquivo para CBZ ou CBR (respectivamente) e editores como o mComix conseguem ler esse tipo de arquivo abrindo-os em formato de revista. Para instalar procure na Loja por MComics.

MuseScore – Editor de Partituras Um dado curioso de quem é desenvolvedor de aplicativos é que normalmente essas pessoas possuem como hobby tocar algum instrumento – não pretendo ser nenhuma exceção. No Linux não conheço nada melhor que este aplicativo para realizar o trabalho, além de criar e editar partituras ainda permite transformá-las para arquivos em formato MIDI ou gerar um PDF para distribuição. Para instalar procure na Loja por MuseScore.

Instalei o Ubuntu e agora? Página 54 MyPaint – Editor de Desenho Não tenho absolutamente nada contra ao Gimp, muito pelo contrário, porém possuo uma mesa de desenho e prefiro usar o MyPaint que capta muito melhor a sensibilidade da caneta bem como me fornecer várias opções de estilos. Muitas vezes utilizo este aplicativo para iniciar um desenho que concluo no Gimp. Para instalar procure na Loja por MyPaint.

Padre – Editor de Programação Perl Perl é uma prática linguagem de programação que podemos usá-la para praticamente tudo no ambiente Linux, desde a criação de scripts até programas com interfaces gráficas que utilizam banco de dados ou Web, ou seja, é uma linguagem bem poderosa que mais cedo ou mais tarde haverá o interesse em programá-la e este é o editor ideal. Para instalar procure na Loja por Padre.

Se desejar criar um lançador utilizar a seguinte estrutura básica: [Desktop Entry] Name=Padre Comment=Ferramenta de Desenvolvimento Perl Exec=padre Icon=padre.ico Terminal=false Type=Application Categories=Deploy Keywords=IDE;Desenvolvimento;Perl;Editor; PDFSam – Editor de PDF (Unir e Separar) Estão não é um leitor de PDF mas serve para separar (Split) ou juntar (Merge) vários PDFs em um único arquivo, isso pode ser muito útil quando baixamos aquelas apostilas que vem em vários arquivos separados e desejamos ter um único arquivo, ou mesmo quando temos um PDF gigante mas só queremos determinadas folhas. Para instalar procure na Loja por PDFSam.

QUCS – Editor para Circuitos Digitais ou Analógicos Quite Universal Circuit Simulator é um simulador de circuitos que pode ser usados por estudantes ou engenheiros para desenhar sistemas analógicos ou digitais antes de construir um protótipo. Para instalar utilize as seguintes indicações: Repositório: qucs/qucs Aplicativo: qucs

Instalei o Ubuntu e agora? Página 55 Scribus – Editoração de Revista É possível sem o menor problema utilizar o LibreOffice para realizar a editoração de uma revista, mas garanto que com o Scribus o resultado final se torna muito mais interessante, basta pesquisar um pouco e verá que a grande maioria das revistas livres são criadas com este software. Para instalar procure na Loja por Scribus.

Sweet Home 3D – Editor de Design de Interior Gosta de ficar mudando os móveis de lugar? Este é o aplicativo ideal, leve e completo, possui diversas opções de mobiliário. Construa a planta, levantando as paredes e criando os cômodos, coloque as portas e janelas e por fim o mobiliário, o ideal é ter a planta baixa do imóvel. Enquanto faz tudo em 2D (na planta baixa) o aplicativo recria tudo em uma visão 3D. Para instalar baixar o pacote no site: http://www.sweethome3d.com/. E com um duplo clique sobre o arquivo a Loja será chamada para continuar com o processo de instalação.

Se desejar criar um lançador26 utilizar a seguinte estrutura básica: [Desktop Entry] Name=Sweet Home 3D Comment=Ferramenta para Design de Interior Exec=/home/[usuário]/Aplicativos/SweetHome3D­4.6/SweetHome3D Icon=/home/[usuário]/Aplicativos/SweetHome3D­4.6/icon.png Terminal=false Type=Application Categories=Deploy Keywords=Mobília;Design;Interior;Móveis;Editor; XMind – Editor de Mapa Mental Desde que conheci os Mapas Mentais os considero essenciais para organizar minha vida, existem dois aplicativos que sou fã o FreeMind e o XMind, minha escolha preferencial pelo segundo foi com base na quantidade de modelos disponíveis. Para instalar baixar o pacote no site: http://www.xmind.net/. E com um duplo clique sobre o arquivo a Loja será chamada para continuar com o processo de instalação.

3.4 Internet Hoje em dia é impossível não estar conectado ao mundo virtual, por mais que se queira ficar em um sítio afastado de toda a tecnologia apenas curtindo o som dos pássaros e dos grilos noturnos, não tem jeito a Internet acaba-se tornando um mal necessário, e alguns aplicativos acabam sendo utilizados por padrão.

26 Veja mais no anexo A2

Instalei o Ubuntu e agora? Página 56 FileZilla – Transferência de Arquivos via FTP Para aqueles que possuem um site, sabem como é impossível ficar sem um cliente FTP para a transferência de arquivos e nessa categoria o melhor é sem dúvida o FileZilla, prático, rápido e muito fácil de usar e basta apenas arrastar um arquivo do endereço local para o endereço remoto. Para instalar procure na Loja por FileZilla.

Google Chrome – Navegador da Internet Existem pessoas que são fãs do navegador Firefox, sou fã do Chrome e acho que navegador é como meia, cada um tem seu gosto e prefiro sinceramente não participar dessa discussão. Talvez a Google me conquistou devido a facilidade de poder ter meus favoritos e perfis tudo em um lugar apenas. Para instalar baixar o pacote no site: https://www.google.com/chrome/browser/desktop/index.html. E com um duplo clique sobre o arquivo a Loja será chamada para continuar com o processo de instalação. Uma das vantagens que vejo no Chrome é quando realizamos a aquisição de um Chrome Cast, um dispositivo que é plugado nas TVs para assistir vídeos, ouvir música ou ver as fotos de um celular. Porém estando na mesma rede é possível transferir esses arquivos e até vídeos MP4 direto do seu computador, basta para isso instalar duas extensões: Google Cast e Cast Player.

Liferea – Agregador de Notícias O Liferea, abreviatura para Linux Feed Reader, é um excelente leitor/agregador de notícias e que reúne todo o conteúdo de seus blogs favoritos em uma interface simples que faz com que seja fácil de organizar e pesquisar feeds (procurar no blog um link para RSS). Para adicionar um Blog pressione o botão “Novas Assinaturas...” e cole o endereço e assim será avisado quando uma nova publicação for postada. Para instalar procure na Loja por Liferea.

Atenção, este não é um navegador e sim um leitor de RSS, ou seja, o blog deve dispor deste serviço. Por exemplo meus blogs sempre são habilitados com este serviço, então se desejar adicione os seguintes endereços: • Minha página pessoal: http://fernandoanselmo.orgfree.com/wordpress/ • Meu blog sobre tecnologia: http://www.fernandoanselmo.blogspot.com.br/

Instalei o Ubuntu e agora? Página 57 Opera – Navegador da Internet Algumas pessoas adoram o Chrome, já outras o Firefox e falando em navegadores outra boa opção é o Opera, que no Linux por ser baseado no Chromium possui uma interface muito mais limpa e uma boa velocidade de navegação. ATENÇÃO sua instalação é apenas para o Sistema Operacional de 64 bits. Para instalar proceder da seguinte forma: 1. Baixar o arquivo da chave pública no endereço: http://deb.opera.com/archive.key. 2. No aplicativo Programa e atualizações, na aba Autenticação, pressionar o botão Importar Arquivo de Chave... e selecionar este arquivo. 3. Na aba Outros programas, pressionar o botão Adicionar... e digitar a seguinte instrução: deb http://deb.opera.com/opera/ stable non­free 4. Procurar na Loja por opera-stable.

3.5 Ambiente Windows Abandonar uma vida inteira dedicada ao Sistema Operacional Windows não é fácil principalmente quando nos resta vários legados, por exemplo, não vivo sem um jogo chamado Stronghold ou meu simulador financeiro CashFlow. Se existe uma real necessidade para se instalar um aplicativo Windows existem duas possibilidades, a primeira é o Wine, recomendo-o para programas muito simples como o VisuALG e para programas muito complexos uma Virtualização resolverá sem problemas, como por exemplo o aplicativo TextAloud. Porém, antes de correr para ambos os aplicativos (como um meio de salvação deste terrível ambiente do Pinguim), tente encontrar alternativas no próprio Linux, uma mudança é sempre saudável.

PlayOnLinux – Executor de Jogos Windows Em muitas ocasiões alguns jogos são lançados, e devido ao mercado, apenas com opções para Windows. Para não ficar mais com aquela vontade enorme de jogar a solução é baixar o PlayOnLinux que é uma interface desenvolvida para Wine que facilita a instalação e a execução de games no Linux. Para instalar procure na Loja por PlayOnLinux. Caso ocorra qualquer problema, digite os seguintes comandos na janela: 1. Baixar o arquivo da chave pública no endereço: http://deb.playonlinux.com/public.gpg. 2. No aplicativo Programa e atualizações, na aba Autenticação, pressione o botão Importar Arquivo de Chave... e selecione este arquivo. 3. Na aba Outros programas, pressione o botão Adicionar... e digite a seguinte instrução: deb http://deb.playonlinux.com/ precise main 4. procurar na Loja por playonlinux.

Instalei o Ubuntu e agora? Página 58 Skype – Programa de troca de Mensagens Skype está para chamadas de voz e dados no desktop assim como o Whatsapp no telefone ambos são imbatíveis, como seu único concorrente a altura se encontra preso ao celular, então gostando ou não acabamos por necessitar deste programa, pelo menos existe agora uma versão gratuita para Linux. Para instalar procure na Loja por Skype.

VirtualBox – Virtualização para Sistemas Operacionais Tudo o mais falhou? A saída então é instalar o Windows. Calma, de modo algum vamos desinstalar o Ubuntu a solução é instalar um aplicativo que permita a instalação de sistemas hospedeiros. Máquinas Virtuais são uteis para testar outros sistemas, outras distribuições ou mesmo montar uma pequena rede de ambientes distintos para teste de aplicativos. Para instalar sigamos os seguintes passos: 1. Baixar a chave de autenticação com a seguinte instrução no terminal: $ wget http://download.virtualbox.org/virtualbox/debian/oracle_vbox.asc 2. Abrir o aplicativo Programas e atualizações e na aba "Autenticação" importe este arquivo. 3. Fechar o aplicativo e retorne ao terminal, digite os seguintes comandos para instalar a VirtualBox: echo "deb http://download.virtualbox.org/virtualbox/debian $(lsb_release ­sc) contrib" | sudo tee /etc/apt/sources.list.d/virtualbox.list sudo apt­get update sudo apt­get install virtualbox­5.0

4. Por fim, instalar o DKMS para corrigir problemas de vídeo: $ sudo apt­get install virtualbox­guest­dkms

Wine – Executor de Aplicativos Windows Diversas vezes desejamos executar um pequeno aplicativo do Windows e o Wine é excelente para esse tipo. Não pense que se trata de uma VirtualBox ou que a partir de agora seu Linux poderá rodar qualquer aplicativo do Windows, o Wine é bem limitado em relação a isso e permite apenas que aplicativos simples sejam executados. Para instalar procure na Loja por Wine.

3.6 Jogos Fiquei na dúvida se colocaria ou não essa seção neste livro, acredito que cada pessoa tenha sua preferência em relação aos jogos, porém quis mostrar que o Linux também pode ser usado para diversão. Só que irei me limitar aos jogos encontrados diretamente na loja e considerados úteis combatentes do estresse. Mas se realmente deseja jogos de ação mais profissionais, recomendo baixar o Steam for Linux. Steam é uma aposta da Valve (mesma empresa que criou entre outros sucessos o Counter Strike) como uma plataforma para a distribuição de conteúdos digitais que aos poucos vem ganhando usuários

Instalei o Ubuntu e agora? Página 59 e aumentando seu catálogo de jogos. Outra dica, se gosta de simuladores (MSX, NES, Game Boy e outros) pesquise na loja simplesmente pela palavra Emulador e garanto que vai encontrar todos eles a sua disposição.

BurgerSpace – Desafio tipo Arcade Conhecia este jogo por outro nome e nada tem a ver com Espaço, só o divertimento que continua o mesmo, sua missão é completar os hambúrgueres enquanto foge de salsichas, ovos e picles assassinos (é possível derrubá-los junto com os hambúrgueres e assim ganhar mais pontos), me lembra muito as antigas máquinas de fliperama. Para instalar procure na Loja por BurgerSpace.

Chromium B.S.U. – Jogo de Tiro Espacial Não confunda esse Jogo com o Navegador. Este é um jogo para quando sua carga de Stress estiver muito alta e deseja descarregar tudo matando sem parar pegue as caveiras e os Tux que vão descendo na tela para ter mais poder de fogo e ampliar seu escudo de força e assim sobreviver ao ataque das naves, só uma dica: seja bem rápido. Para instalar procure na Loja por Chromium.

FlightGear – Simulador de vôo Que tal um bom jogo realista que pode ser utilizado por futuros pilotos de avião por causa de seus detalhes precisos e foi desenvolvido por um grupo mundial de voluntários, reunidos por uma ambição para criar o simulador de voo mais realista possível, que seja livre para usar, modificar e distribuir. Permite que o usuário voe em aeronaves, helicópteros, aviões e em modernos aviões de combate em muitas faixas. Para instalar utilize as seguintes indicações: Repositório: saiarcot895/flightgear Aplicativo: flightgear

Galaga – Desafio tipo Arcade Outro jogo que gastei muito, mas muito mesmo (foram mesadas inteiras) no fliperama foi Galaga, pois este jogo vicia. Uma nave deve cruzar o universo mas para conseguir isso deve acabar com hordas de naves invasoras que partem para ataques suicidas, só existe uma única saída ser tão louco quanto esses alienígenas. Para instalar procure na Loja por Galaga.

Instalei o Ubuntu e agora? Página 60 Open Invaders – Desafio tipo Arcade Sou de uma geração onde saber jogar Space Invaders não era opcional, uma nave que só atira para cima e se move para direita ou esquerda, protegida por 3 barreiras e linhas de alienígenas que vinham descendo bem devagar (isso até restar poucas naves pois aí a coisa ficava feia) causou muita sensação em uma geração de jogadores – O Rei está de volta – Vida longa ao Rei. Para instalar procure na Loja por Open Invaders.

Super Tux 2 – Jogo no Estilo de Plataforma 2D Sente falta de saltar obstáculos com o Mario ou da velocidade do Sonic? Não se preocupe esse jogo vai fazer esquecê-los rapidinho, no mesmo estilo dos melhores jogos 2D percorra várias trilhas, pule sobre seus inimigos, colecione moedas e vários prêmios que estão escondidos nos 26 níveis para serem concluídos e salvarmos Penny a namorada do Tux. Para instalar procure na Loja por SuperTux 2.

SuperTuxKart – Corrida no Estilo Mario Kart Esse um dos mais divertido jogos 3D com personagens que representam os softwares do mundo livre, então além do próprio Tux temos o Wilber (Gimp) ou o Burrinho (eMule) e muitos outros. São várias pistas que são desbloqueadas a medida que sua experiência vai aumentando e com cenários engraçados é a diversão garantida para os mais estressados. Para instalar procure na Loja por SuperTuxKart.

Tali – Jogo de Dados Tali é uma mistura de sorte, jogo de Poker e estratégia, conta a lenda que sua origem remonta dos exércitos romanos que utilizavam o jogo como diversão, cinco dados são jogados e você deve selecionar a opção que mais lhe dará pontos, só que são 13 opções e 13 jogadas dos dados. Para instalar procure na Loja por Tali.

TuxRacer – Corrida no Estilo Ski Presente por padrão em várias distribuições voltadas para crianças, é um divertido jogo 3D para todos aqueles que desejam descer uma montanha a toda velocidade, no meio do caminho pegar o maior número de peixes e ainda fazer isso tudo no menor tempo possível. Para instalar procure na Loja por Extreme Tux Racer.

Instalei o Ubuntu e agora? Página 61 XBoard – Jogo de Xadrez Me tire todos meus jogos mas deixe meu tabuleiro de Xadrez e esse aqui é realmente impressionante, como as partidas que fazia com meu pai. Se conseguir ganhar do computador no modo mais difícil já pode começar a pensar em seguir uma nova carreira. Para instalar procure na Loja por XBoard.

3.7 Imagem & Vídeo Ter um computador significa que vamos ouvir música (muita música) e ver vídeos (muitos vídeos), isso obviamente tem um custo alto de armazenamento ou banda de rede mas vale a pena. Afinal para que serve o computador senão como uma ferramenta para nos divertirmos.

AirStream – Acessar vídeos e músicas Que tal transformar seu computador em uma Central Multimídia? Esse é o objetivo desse programa, através de um celular ou tablet é possível acessar qualquer arquivo multimídia e assisti-los em qualquer lugar da sua rede, ou mesmo baixar arquivos da nuvem. Para instalar acesse o site oficial em http://airstream.io/ - é necessário ter um celular (Android ou Apple) para fazer a conexão.

Audacious – Reprodutor de MP3 Muitas pessoas, me incluo nessa lista, adoravam o WinAMP, e durante muito tempo foi um dos principais reprodutor de música no Windows. O Rhythmbox é excelente mas tem um problema quanto a simplicidade ou mesmo em recordar em qual música de uma lista paramos e isso é terrível quando se deseja ouvir um Áudio Livro. Para instalar procure na Loja por Audacious.

Audacity – Editar trilhas de Áudio Acabou de baixar uma trilha de áudio para compor um software ou uma apresentação, mas deseja apenas um pedaço, realizar determinados cortes ou mesmo adicionar partes de um outro áudio este é o editor que pode lhe ajudar a fazer tudo isso e muito mais. Para instalar procure na Loja por Audacity.

Instalei o Ubuntu e agora? Página 62 CoverGloobus – Widget de Música Sem dúvida um dos mais perfeitos Widgets (pequenos aplicativos que rodam direto na área de trabalho da interface gráfica) que existem. É possível além de controlar diversos aplicativos de áudio, bem como baixar a letra (ou a cifra) da música que estiver tocando, além de permitir a configuração de vários temas. Basta clicar com o botão direito do mouse para deixá-lo a seu gosto. Para instalar acesse o site oficial e proceda o download do pacote DEB para a versão mais atual, no seguinte endereço: http://covergloobus.deviantart.com/ E com um duplo clique sobre o arquivo a Loja será chamada para continuar com o processo de instalação. Dicas de Uso: Se a capa do seu CD favorito não aparece, não se desespere, pesquise no Google uma imagem com a capa e coloque-a na pasta aonde estão seus MP3 com o nome de folder.jpg. Para instalar novos temas, basta fazer o download (vários são disponibilizados no próprio site) e colocá-lo na pasta /home/[usuario]/.CoverGloobus/themes.

Easytag – Manipular tags de MP3 Ter uma coleção de músicas em MP3 é a coisa mais fácil do mundo para qualquer usuário, porém mantê-la ordenada é um verdadeiro problema, este pequeno aplicativo auxilia nesse ponto. Permite rapidamente trocar os dados da etiqueta de vários arquivos simultaneamente, e padronizar o artista, álbum, ano e outros dados que seria uma tarefa bem maçante. Para instalar procure na Loja por EasyTag.

Gimp – Manipular de Imagens Gimp é um poderoso editor de imagens que possui características muito similares ao Photoshop (muitos fãs deste dizem que não). Permite retoques de fotos, sobreposição de camadas, composição de imagem e o uso dos mais variados filtros e manipulações. Uso este programa a muito tempo e confesso que tudo o que necessitei realizar com uma imagem este aplicativo me atendeu sem o menor problema. Para instalar utilize as seguintes indicações: Repositório: otto­kesselgulasch/gimp Aplicativo: gimp gimp­data gimp­plugin­ registry gimp­data­extras

Instalei o Ubuntu e agora? Página 63 Imagination – Criação de Vídeos com Fotos Este é um interessante programa para aquelas pessoas que (como eu) adoram bater milhares de fotos digitais e deseja armazená-las em formato de vídeo para dar de presente para o Pai, Mãe, aquele casamento que você foi escolhido como Padrinho e está sem dinheiro para comprar uma Geladeira. Rapidamente é possível combinar fotos e música e emocionar qualquer um. Para instalar procure na Loja por Imagination.

Kazam – Editor de Vídeo Com o advento do YouTube não conheço um único professor que não queira gravar um vídeo, seja uma mera e simples apresentação seja algo profissional para mostrar aos alunos, este aplicativo é muito simples de se usar e através dele podemos rapidamente gerar vídeos tutoriais. Para instalar procure na Loja por Kazam.

mp3splt-gtk – Divisor de áudio O nome deste programa pode ser muito complicado, mas em compensação é muito prático, porém existem muitas opções para dividir um arquivo de áudio. A mais prática delas é acessar a aba Type of split selecionar a opção type, digitar o tempo desejado (em segundos) e apertar o botão Split, e pronto. Você também pode configurar para que os tempos de silêncio sejam automaticamente detectados e a divisão realizada. Para instalar procure na Loja por mp3splt-gtk.

Photocollage – Montagem de Fotos Supondo que, por um belo acaso do destino, tenha comprado uma máquina fotográfica digital e uma dessas novas impressoras com um bulk ink instalado e deseja mostrar as coisas boas que consegue fazer com esse conjunto, pode ser meio sem graça, tirar a foto e imprimir. Com esse programa conseguimos montagens sensacionais e profissionais. Para instalar utilize as seguintes indicações: Repositório: ppa:dhor/myway Aplicativo: photocollage

Instalei o Ubuntu e agora? Página 64 PhotoQT – Visualizador de Imagens Muito mais trabalhado que o EOG, o PhotoQT permite diversas opções na visualização e organização das imagens, é possível inclusive deixá-lo aberto (minimizado no canto superior esquerdo) para trabalhos mais complexos. Para instalar utilize as seguintes indicações: Repositório: samrog131/ppa Aplicativo: photoqt Phototonic – Organizador de Imagens Não consigo viver sem gerenciadores de grupos grandes de imagens, são realmente muitas imagens que possuo e preciso organizá-las da melhor maneira possível, este aplicativo me permite rodar, inverter, cortar, espelhar e descamar várias imagens de modo rápido, além disso ajustes de brilho, contraste e saturação. Para instalar procure na Loja por Phototonic. Este programa possui algumas dependências e talvez sua versão do Ubuntu não possua, neste caso, siga o passo a passo completo: $ sudo apt­get install build­essential $ sudo apt­get install qt5­default libexiv2­dev $ tar ­zxvf phototonic.tar.gz $ cd phototonic $ qmake qt=qt5 $ make $ sudo make install

PiTiVi – Montagem de Filmes Possui várias fotos ou vários trechos de filmes e deseja se tornar um autor de seu próprio filme? Ou deseja incrementar aquela apresentação para a escola? Um dos melhores substitutos ao Windows Movie Maker é o PiTiVi que permite criar filmes através de bandas separadas assim é possível mesclar audio e vídeo. Para instalar procure na Loja por PiTiVi.

Shutter – Captura e edição de Imagens Criar este livro que está repleto de imagens não é fácil, porém com este pequeno programa o trabalho se torna muito menos complexo do que deveria ser, outra grande vantagem é que se agrega ao LibreOffice basta clicar na imagem com o botão direito e selecionar Edit with External Tool... e realizar os ajustes. Para instalar procure na Loja por Shutter.

Instalei o Ubuntu e agora? Página 65 SMPlayer – Reprodutor de Vídeo O Totem é um excelente reprodutor de vídeo porém existem algumas lacunas a serem preenchidas no aplicativo como buscar uma legenda automaticamente e entre alguns outros detalhes, O SMPlayer é excelente e possui um enorme suporte a CODECS, além de suporte para vídeos do YouTube. Outro detalhe muito útil desse programa é a sua memória com a possibilidade de recordar exatamente onde parou o vídeo. Para instalar procure na Loja por SMPlayer.

StopMotion – Criar animações O primeiro filme tipo StopMotion que vi na vida foi “A Festa do Monstro Maluco” (Mad Monster Party – 1967) e fiquei apaixonado por aqueles “bonecos animados” e sempre carreguei um sonho de produzi-los, esse aplicativo permite importar imagens, adicionar efeitos sonoros e exportar a animação para diversos formatos. E quem sabe agora não realizo meu antigo sonho. Para instalar procure na Loja por StopMotion.

YouTube to MP3 – Baixar MP3 do YouTube Muitas pessoas estão se tornando verdadeiros artistas do YouTube criando músicas fantásticas ou mesmo trilhas, já perdi as contas de quantas vezes quis baixar uma determinada música para compor minha coleção ou mesmo ao encontrar uma trilha sonora interessante que poderia fazer parte de um aplicativo que estou criando. Para instalar procure na Loja por YouTube to MP3.

3.8 Estudo Ter um computador e não utilizá-lo para estudo é como ter uma calculadora HP 12C e fazer apenas contas básicas. Não precisamos ser radicais e mudar para a distribuição Edubuntu, mas alguns aplicativos de ensino são realmente muito importantes para se ter no computador. SAIBA MAIS... Professores ou Educadores, para muito mais aplicativos de estudo recomendo uma consulta a Tabela Dinâmica do Software Livre Educacional, disponível em http://educacaoaberta.org/wiki/index.php? title=Tabela_Din %C3%A2mica_Software_Educacional_livre.

Instalei o Ubuntu e agora? Página 66 4K Video Downloader – Baixar Vídeos do YouTube Antigamente bastavam algumas folhas de papel e tínhamos um trabalho razoável para ser apresentado, o mundo mudou e a utilização de vídeo ou áudio pode ser o suficiente para garantir aqueles tão sonhados pontos extras, este aplicativo permite fazer download de vídeo do YouTube. Para instalar baixar o pacote no site: https://www.4kdownload.com/pt-br/. E com um duplo clique sobre o arquivo a Loja será chamada para continuar com o processo de instalação.

Anki – Baralhos de Flashcard Interessante método de estudo de provas que exigem decorar alguma matéria nada melhor que o Anki permite criar baralhos de FlashCards (cartões que de um lado possuem uma pergunta e de outro a resposta) que são possíveis de serem organizados por temas, assim estudar para provas de certificação se torna uma tarefa muito simples. Para instalar baixar o pacote no site: http://ankisrs.net/. E com um duplo clique sobre o arquivo a Loja será chamada para continuar com o processo de instalação.

Calibre – Leitor de e-books O preço dos livros em papel são muito caros para um mero mortal então a saída é apelar para os livros digitais, e o Calibre permite a leitura e a organização de uma coleção de EPUB ou MOBI, além disso ainda possui um bom conjunto de recursos como facilitar a busca e a conversão para outros formatos. Para instalar procure na Loja por Calibre.

GeoGebra – Criar construções matemáticas dinâmicas Combina geometria, álgebra, tabelas, gráficos, estatística e cálculo em um único sistema com uma vantagem didática de apresentar, ao mesmo tempo, duas representações diferentes de um mesmo objeto que interagem entre si: Sua representação Geométrica e sua representação Algébrica. Também é possível inserir equações e coordenadas diretamente nos gráficos e possui todas as ferramentas tradicionais de um software de Geometria dinâmica: Pontos, Segmentos, Retas e Seções Cônicas. Para instalar procure na Loja por GeoGebra.

Instalei o Ubuntu e agora? Página 67 Klavaro – Treinar digitação Quantos toques você consegue por segundo? Antigamente essa era uma pergunta muito frequente para o cargo de Secretária, atualmente a velocidade de digitação só é necessária para em casos de muita necessidade, e o pior esses casos são sempre urgentes então é bom ter uma boa prática. Para instalar procure na Loja por Klavaro.

Qalculate – Cálculos Avançados Sei que muitas vezes é necessário uma calculadora um pouco mais, digamos, Avançada. Esta calculadora permite fórmulas com variáveis, derivadas, integrais, notação polonesa reversa, conta ainda com muitas funções estatísticas e financeiras, além de realizar operações com frações. Ainda não acabou também gera gráficos (se o pacote Gnuplot estiver instalado). Para instalar procure na Loja por Qalculate. Não posso deixar de agradecer ao Blog do Edivaldo27 que me mostrou muitos desses aplicativos e também quero deixar claro que existe um conjunto infindável de aplicativos para todos os gostos. Esses que mostrei são os que mais preferi e utilizo no dia a dia e considero como uma questão de gosto muito pessoal. No próximo capítulo veremos a montagem de Ambientes de Desenvolvimento.

27 Acesse em http://www.edivaldobrito.com.br/.

Instalei o Ubuntu e agora? Página 68 Capítulo 04

Nenhum computador tem consciência do que faz. Mas, na maior parte do tempo, nós também não. (Marvin Minsky)

� Neste capítulo veremos:

Papo de Desenvolvedor Produtos Básicos Instalação do Subversion Integração Contínua: Jenkins Gerenciador de Repositório: Nexus União dos serviços através do Apache Uma nova programação

4.1 Papo de Desenvolvedor Neste capítulo vamos criar ambientes de desenvolvimento completos para o Ubuntu. Devo antes alertá- lo que aqui não busquei em momento algum o modo gráfico, considero que o Desenvolvedor seja um usuário um pouco mais avançado. Mas faremos as coisas com calma seguindo passos bem explicados. Percebo que muitos desenvolvedores acreditam que desenvolver aplicativos se restringe apenas a instalar uma IDE, normalmente o Eclipse (Veja sua instalação no capítulo anterior na seção Editores). Contudo diversos problemas podem ocorrer, vejamos os mais comuns: • Como controlar as versões? Gostaria de obter parte de código que criei para a versão X porém já sobrepus com a versão Y. • Como controlar as bibliotecas? Baixamos diversas APIs e muitas delas podem dar incompatibilidade, ou então simplesmente baixar novamente uma mesma biblioteca para diferentes projetos, ou seja, várias cópias de uma mesma biblioteca em partes diferentes do sistema. • Aonde está determinada Classe? Peguei um artigo que falava de uma classe X porém qual biblioteca (e suas dependências) devo baixar? Ou será que já tenho? • Problemas na integralização, pois muitas vezes trabalhamos por partes e os módulos são criados separadamente, resultado: ter que compilar tudo toda vez (e testar) apenas quando terminamos uma nova versão para descobrir se está tudo certo. E isso para citar apenas alguns problemas que podem ocorrer no desenvolvimento de aplicativos. Resolvi através de várias pesquisas eliminar parte (ou todos) esses problemas que podem acontecer na criação de um projeto por parte do desenvolvedor e chamei isso de Ambiente de Desenvolvimento. Um modelo que adotei segue a seguinte estrutura que parte da criação dos fontes pelo desenvolvedor através da IDE, ao ser realizado um commit28 os fontes irão para o repositório que é controlado por um SCV (GitHub29 ou Subversion30). A versão atual é disponibilizada para um SIC (Jenkins31) que possui duas ações primordiais: conversar com o GR (Sonatype Nexus32) para atualizar ou verificar a necessidade de alguma biblioteca e conversar com o GC (Maven33) para a criação de um nova versão do aplicativo.

28 Não existe uma tradução literal para essa palavra no português com o que representa na área de informática e me recuso a usar um verbo não registrado denominado "comitar". 29 Disponível no endereço https://github.com/ 30 Disponível no endereço https://subversion.apache.org/ 31 Disponível no endereço http://jenkins-ci.org/ 32 Disponível no endereço http://www.sonatype.org/nexus/ 33 Disponível no endereço http://maven.apache.org/ Figura 1 – Estrutura do Ambiente de Desenvolvimento Vou partir do pressuposto que são duas máquinas34 que estão ligadas em rede e com o sistema Ubuntu. E a partir deste ponto iremos baixar, instalar e configurar todos os aplicativos necessários tanto para o Servidor como para o Cliente.

4.2 Produtos Básicos As configurações do ambiente tanto para o servidor quanto para os clientes podem variar muito quanto ao tipo de projeto a ser executado. Porém, iremos trabalhar com um ambiente padrão Java então alguns softwares são necessários que estejam prioritariamente instalados.

Instalação do Java Oracle versão 8.0 É parte essencial do ambiente a instalação correta do Java. Recomenda-se a versão Oracle JDK 1.8, não é recomendável usar a versão OpenJDK por esta apresentar problemas de incompatibilidade com o Nexus (que será instalado futuramente). 1. Verificar se já existe uma instalação do Java: $ java ­version 2. Normalmente no Ubuntu se encontra a versão OpenJDK, remover essa versão: $ sudo apt­get remove ­­purge openjdk­* 3. Adicionar o repositório necessário para a instalação do Oracle Java: sudo add­apt­repository ppa:webupd8team/java sudo apt­get update sudo mkdir ­p /usr/lib/mozilla/plugins 4. Copiar o arquivo e descompactá-lo na pasta /usr/lib/java-1.8.0: $ sudo apt­get install oracle­java8­installer 5. Testar novamente a instalação: # java ­version Variável de Ambiente JAVA_HOME Alguns aplicativos como o Maven necessitam da localização da variável de ambiente JAVA_HOME,

34 Uma será o Servidor e a outra o Cliente

Instalei o Ubuntu e agora? Página 70 então vamos defini-la. 1. Editar o script .bashrc no GEdit como superusuário: # sudo gedit .bashrc 2. Adicionar as seguintes linhas no final do arquivo: JAVA_HOME=/usr/lib/jvm/java­8­oracle export JAVA_HOME PATH=$PATH:$JAVA_HOME export PATH 3. Sair do usuário root e do terminal e acessá-lo novamente. Verificar o valor da variável JAVA_HOME: $ echo $JAVA_HOME SAIBA MAIS... É muito comum em tutoriais de Java encontrarmos para editar o Script /etc/profile (ao invés do .bashrc), a diferença de ambos é que o /etc/profile é executado quando o usuário realiza o login no sistema, já o .bashrc é executado cada vez que o terminal é aberto (sinta-se a vontade para escolher qualquer um dos dois scripts).

Instalação do Maven 3 Outro aplicativo importante é o Apache Maven que é responsável pela geração dos projetos e disponibilização das bibliotecas. 1. Como todos os comandos devem ser realizados pelo superusuário trocar o usuário corrente: $ sudo su 2. Instalar o programa gdebi que permite instalar arquivos .deb no Ubuntu: # apt­get install gdebi 3. Verificar e baixar do seguinte endereço o arquivo .deb com a versão corrente do Maven 3: http://ppa.launchpad.net/natecarlson/maven3/ubuntu/pool/main/m/maven3 4. Instalar o Maven: # gdebi maven3_[versão]~ppa1_all.deb 5. Verificar a instalação do Maven: # mvn3 ­version 6. Testar a instalação do Maven: # rm maven3_[versão]~ppa1_all.deb 7. Porém, por padrão usamos o comando mvn (e muitos programas também, incluindo o Jenkis), então criar um “link simbólico” desse comando, isso é realizado da seguinte forma: # cd /usr/bin # ln ­s ../share/maven3/bin/mvn ./mvn 8. Retorne ao seu usuário padrão: # exit 9. Verificar a versão do Maven: $ mvn ­version Instalação do Apache TomCat nos clientes Outro aplicativo que deve ser instalado é o Apache TomCat essencial para projetos Web. 1. Criar uma pasta (por exemplo Aplicativos) na raiz do usuário /home para melhor organizar os produtos: $ mkdir Aplicativos 2. Baixar a versão corrente do site oficial do TomCat no endereço:

Instalei o Ubuntu e agora? Página 71 http://tomcat.apache.org/download­80.cgi 3. Selecionar a versão Core – tar.gz para baixar e colocá-la nesta pasta criada. 4. Descompactar com o seguinte comando: $ tar ­xvzf apache­tomcat­[versão].tar.gz 5. Remover o arquivo baixado: $ rm apache­tomcat­[versão].tar.gz Configurar o TomCat e o Maven no Eclipse A parte final dessa instalação é a configuração do TomCat para o Eclipse, lembrar que o Eclise deve ser a versão "Eclipse for Java EE Developers". Com o Eclipse aberto selecionar a perspectiva “Java EE” no canto direito. Na janela de baixo aparece a palheta “Servers” (se não aparecer no menu principal selecionar “Window | Show View | Servers”. Pressionar o botão direito do mouse e selecionar “New | Server”. Selecionar “Apache | Tomcat v[versão] Server” e pressionar o botão Next>. Pressionar o botão Browse... e localizar a pasta do TomCat em “Aplicativos | apache-tomcat-[versão]” e pressionar o botão Finish. Selecionar agora o novo servidor criado e pressionar o botão “Start the Server” (a seta verde) para iniciar. E assim que mostrar a mensagem: “Server startup” abrir o navegador e digitar o endereço: http://localhost:8080/. Outra configuração importante é configurar o plugin do Maven (já por padrão instalado no Eclipse), acessar “Window | Preferences”, localize “Maven | Installations”. Pressionar o botão Add... e localizar o seguinte diretório /usr/share/maven3 e pressione o botão Finish. Deixar selecionado esta versão.

4.3 Instalação do Subversion

Parte Servidor - Sistema de Controle de Versão Tudo aqui será instalado a partir de comandos no terminal, é necessário atenção pois alguns comandos precisam da permissão do superusuário35 e existe a remota possibilidade de corromper qualquer coisa36. Iremos criar um ambiente local e sem interferências externas e utilizaremos o Subversion. É muito importante controlar as versões de publicações de um sistema, podemos consultar o histórico ou retornar uma versão antiga em caso de qualquer problema. Para usarmos o SCV em toda a rede é recomendável instalar um servidor Web Apache que serve como uma "janela Web". Trabalharemos aqui com aplicações Java portanto os nomes dos repositórios devem ser simples37. Sigamos os passos para a instalação do SVN e configuração do repositório, abra uma janela de terminal (Ctrl+Alt+T) e digite os seguintes comandos: 1. Instalar o Apache2 para acesso via servidor Web: $ sudo apt­get install apache2 2. Instalar o Subversion e o módulo de acesso ao Apache: $ sudo apt­get install subversion libapache2­svn 3. Criar uma pasta de trabalho onde estarão localizados os fontes: $ mkdir [repositorio] 4. Criar o SVN nesta pasta de trabalho: $ sudo svnadmin create [repositorio] 5. Fornecer as permissões necessárias para esta pasta: $ sudo chown ­R www­data:www­data [repositorio]

35 Ou seja, o Deus do sistema 36 Ter sempre cópias de segurança sempre a mão 37 O padrão Java não permite acentos ou espaços

Instalei o Ubuntu e agora? Página 72 $ sudo chmod ­R 770 [repositorio]/ 6. Se desejar importar arquivos para a pasta de trabalho (não fazer): $ sudo svn import [origem] file:///[repositorio] 7. Habilitar o módulo do SVN para o Apache $ sudo a2enmod dav_svn 8. Editar o arquivo de configuração do módulo $ sudo gedit /etc/apache2/mods­available/dav_svn.conf 9. E deixá-lo com a seguinte configuração: DAV svn SVNPath [repositorio] 10. Reiniciar o serviço do Apache2 $ sudo service apache2 restart 11. Testar o endereço no navegador http://localhost/svn/[repositorio]/ Já podemos digitar o comando exit e retornar ao modo gráfico pois o Subversion foi instalado sem problemas. Como disse existem pessoas que preferem outros gerenciadores de versões, existe o Git que é um sistema de controle de revisão de código aberto, desenvolvido pelo próprio Linus Torvalds, proporcionando um grande número de recursos e uma sintaxe intuitiva. Para instalar use o seguinte comando: $ sudo apt­get install git

Parte Cliente - Configuração no Eclipse No cliente é necessário instalar o plugin do Subversion no Eclipse. A instalação do Eclipse consiste em realizar o download do aplicativo no site38 e descompactar em qualquer local39. Como referência, utilizaremos a versão Luna tipo "Eclipse for Java EE Developers". No menu principal do Eclipse acessar "Help | Install New Software". Na janela mostrada pressionar o botão Add... e os seguintes dados: Name: Subversion Location: http://subclipse.tigris.org/update_1.10.x Pressionar o botão OK e será mostrada duas opções "Subclipse" e "SVNKit", marque ambas e pressionar o botão Next>. Na próxima janela é mostrado o que será instalado, pressione o botão Next>. Se concorda com os termos da licença marque "I accept the terms of the license agreements" e pressionar o botão Finish. Ao término reiniciar o Eclipse para aplicar todas as mudanças. Novamente com o Eclipse aberto será solicitado sua participação nas pesquisas do Subversion, isso é uma contribuição valiosa e é o mínimo para ajudar o projeto a melhorar, deixar marcado e pressionar o botão OK. Neste ponto pode ocorrer um erro e acusar a falta da biblioteca JavaHL, abrir uma janela de terminal e digitar os seguintes comandos: 1. Tentar localizar se a biblioteca existe em algum lugar do sistema: $ sudo find / ­name libsvnjava 2. Se não existir então instalar: $ sudo apt­get install libsvn­java 3. Após a instalação, localize-a (com o comando em 1, vamos supor que a resposta seja:

38 Disponível no endereço http://www.eclipse.org/downloads/ 39 De preferência abaixo da sua pasta \home

Instalei o Ubuntu e agora? Página 73 /usr/lib/x86_64-linux-gnu/jni/libsvnjavahl-1.so). Anotar o caminho do diretório e na pasta que foi descompactado o Eclipse existe um arquivo chamado eclipse.ini, adicionar ao final deste a seguinte linha: ­Djava.library.path=/usr/lib/x86_64­linux­gnu/jni Reiniciar o Eclipse e no menu principal selecionar "New | Other...", selecionar a opção "SVN | Checkout Projects from SVN", pressionar o botão Next>. Selecionar "Use existing repository location:" e marcar o endereço "http://[servidor]/svn/[repositorio]". Selecionar a pasta (virtual) para fazer o checkout do projeto e pressionar o botão Finish. Confimar com Yes. Como teste vamos criar um projeto tradicional, por exemplo, selecionar "Java Project" e pressionar o botão Next>. Digitar o nome do projeto e pressionar o botão Finish. Confimar com OK. Observar que no projeto criado aparece um * em preto, isso significa que existem dados que não foram versionados no servidor, clique com o botão direito sobre o projeto e selecione Team. Aparece as opções para a realização de um trabalho versionado.

Sistema de Controle de Versão Alternativo Muitos desenvolvedores preferem usar o GitHub, para não deixá-los na mão resolvi mostrar quais são os passos para sua instalação. Git é um sistema de controle de revisão de código aberto, desenvolvido por Linus Torvalds, proporcionando um grande número de recursos e uma sintaxe intuitiva. Ele é usado muito pelos desenvolvedores que querem compartilhar seu código com os outros. $ sudo add­apt­repository ppa:git­core/ppa $ sudo apt­get update $ sudo apt­get install git Para remover, execute: $ sudo apt­get remove git

4.4 Integração Contínua: Jenkins Jenkins é um aplicativo para integração contínua utilizado para gerenciar a criação e implantação dos artefatos do projeto. Integração contínua é importante para um projeto pois constrói e verifica o projeto no momento que são realizadas modificações. Isso é fundamental, como por exemplo para verificar se não aconteceram problemas na versão integrada quando for realizado um check-in no sistema de controle de versão. Pois se o projeto é criado somente uma vez no final de um dia (ou semana) torna-se difícil rastrear a origem de todos os problemas. 1. No terminal habilitar a chave: $ wget ­q ­O ­ http://pkg.jenkins­ci.org/debian/jenkins­ci.org.key | sudo apt­key add ­ 2. Saia do terminal e acesse o programa “Programa e Atualizações” e na aba “Outros programas” pressione o botão “Adicionar” e adicionar a biblioteca: deb http://pkg.jenkins­ci.org/debian binary/

Instalei o Ubuntu e agora? Página 74 Figura 2 – Programa e atualizações 3. Retornar ao terminal e instalar o Jenkins: $ sudo apt­get install jenkins O Jenkins já está instalado e rodando na porta 8080, verifique isso no navegador através do endereço http://localhost:8080. Porém, precisamos realizar mais uma modificação. 4. Acessar o terminal e logar como superusuário: $ sudo su 5. Acessar o terminal e interromper o serviço do Jenkins: # service jenkins stop 6. Editar o script jenkins na pasta /etc/default, # gedit jenkins 7. na última linha, completar a variável JENKINS_ARGS e adicionar o atributo prefix: JENKINS_ARGS="­­webroot=/var/cache/jenkins/war ­­httpPort=$HTTP_PORT ­­ajp13Port=$AJP_PORT ­­prefix=$PREFIX" 8. Reiniciar o serviço do Jenkins: # service jenkins start 9. Agora podemos testar corretamente o Jenkins no endereço: http://[servidor]:8080/jenkins

Figura 3 – Tela inicial do Jenkins

SAIBA MAIS... Por padrão o serviço do Jenkins subirá automaticamente toda vez que o computador for ligado, se deseja que

Instalei o Ubuntu e agora? Página 75 esta ação não aconteça retire-o da lista de processos automáticos com o seguinte comando: $ sudo update­rc.d ­f jenkins remove

4.5 Gerenciador de Repositório: Nexus Pacotes de Software são utilizados e gerados durante o processo de criação, conhecidos como artefatos. Projetos dependentes de um artefato externo devem recuperá-los de um repositório. É ideal que o usuário busque esses artefatos necessários de um único repositório central que é obtido com o Sonatype Nexus. 1. Baixar o arquivo compactado (tar.gz) do site do Nexus no seguinte endereço: http://www.sonatype.org/nexus/archived/ 2. Copiar para uma pasta /Aplicativos (crie-a caso seja necessário): $ mkdir Aplicativos $ cd Aplicativos $ cp /Downloads/nexus­[versão]­bundle.tar.gz . 3. Descompactar o arquivo: $ tar xvzf nexus­[versão]­bundle.tar.gz 4. Remover o arquivo compactado do diretório: $ rm nexus­[versão]­bundle.tar.gz 5. Renomear o diretório deixando-o mais simples: $ mv nexus­[versão]/ nexus/ 6. Por padrão o Nexus já vem no endereço /nexus, porém caso esteja na raiz, editar o script nexus.properties na pasta /home/[usuário]/Aplicativos/nexus/conf e trocar o valor da seguinte variável: nexus­webapp­context­path=/nexus 7. Acessar a pasta /etc/init.d e copiar o script nexus: $ sudo su # cd /etc/init.d # cp /home/[usuário]/Aplicativos/nexus/bin/nexus . 8. Editar este roteiro: # gedit nexus 9. Verificar o início deste que deve estar da seguinte forma: #! /bin/sh ### BEGIN INIT INFO # Provides: nexus # Required­Start: $remote_fs $syslog $network # Required­Stop: $remote_fs $syslog $network # Default­Start: 2 3 4 5 # Default­Stop: 0 1 6 # Short­Description: Nexus Maven Proxy # Description: Nexus Maven Proxy ### END INIT INFO 10. Modificar a variável NEXUS_HOME para o endereço correto: NEXUS_HOME="/home/[usuário]/Aplicativos/nexus" 11. Habilitar e modificar a variável RUN_AS_ROOT, permitindo que o Superusuário o execute: RUN_AS_USER=root 12. Salvar o script e iniciar o Nexus como um serviço:

Instalei o Ubuntu e agora? Página 76 # exit $ service nexus start 13. Aguardar o serviço subir e acessar o Nexus no endereço: http://[servidor]:8081/nexus 14. Logar no usuário padrão: admin e senha padrão: admin123.

Figura 4 – Tela inicial do Nexus

SAIBA MAIS... Por padrão o serviço do Nexus não subirá automaticamente toda vez que o computador for ligado, se deseja que esta ação aconteça adicione-o a lista de processos automáticos com o seguinte comando: $ sudo update­rc.d nexus defaults

4.6 União dos serviços através do Apache Sempre me perguntei o que é um ambiente de desenvolvimento perfeito, junto com os aplicativos de desenvolvimento porque não possuir um Blog para criar artigos com dicas interessantes dos projetos (que no final pode se transformar em parte da documentação do mesmo), uma Wiki para que os desenvolvedores possam colaborar construindo uma base de conhecimento ativo ou quem sabe um ambiente completo de ensino a distância para os novatos. Ainda bem que para tudo isso já existem softwares consagrados no mercado como WordPress, MediaWiki ou Moodle e muitos outros que nem cheguei a citar e seria um grande desperdício não se aproveitar dessa fantástica base de conhecimento. A maneira mais prática para se instalar esses aplicativos é através do XAMPP (que veremos no próximo capítulo) que possui uma base de módulos40 que podem ser instalados, porém deixar o Jenkis e Nexus fora desse conjunto seria um tanto estranho pois o que desejamos é criar um ambiente único.

Figura 5 – Tela do Gerenciador do XAMPP A configuração atual se encontra da seguinte maneira, o Jenkins está executando na porta 8080

40 Veja mais em https://bitnami.com/stack/xampp

Instalei o Ubuntu e agora? Página 77 enquanto que o Nexus na porta 8081. O Apache fará o papel de um proxy desviando os serviços e para realizarmos esse trabalho sigamos os seguintes passos: 1. Uma vez instalado o XAMPP acessar o gerenciador e clicar na aba “Manage Servers”. 2. Pressionar o botão Configure. 3. Na janela de configuração do servidor Apache, pressionar o botão Open Conf File e confirmar esta ação. Uma vez aberto a edição do arquivo, no final deste adicionar as seguinte linhas: # CHAMADA DO JENKINS ProxyRequests Off Order deny,allow Allow from all ProxyPass /jenkins http://localhost:8080/jenkins ProxyPassReverse /jenkins http://localhost:8080/jenkins

# CHAMADA DO NEXUS ProxyRequests Off Order deny,allow Allow from all ProxyPass /nexus http://localhost:8081/nexus ProxyPassReverse /nexus http://localhost:8081/nexus SAIBA MAIS... Para que tudo funcione corretamente no início do arquivo são lidos (seção LoadModule) três módulos, são eles: mod_rewrite.so, mod_proxy.so e mod_proxy_http.so. Verifique se estão realmente presentes. Salvar o arquivo, iniciar o Apache e verificar se o Jenkins e o Nexus estão respondendo corretamente na porta 80 nos seguintes endereços: • http://localhost/jenkins → chama o Jenkins na porta 8080 • http://localhost/nexus → chama o Nexus na porta 8081

4.7 Uma nova programação No último ano uma nova forma de programação está surgindo, mais ágil, mais rápida, os bancos SQL começam a serem abandonados em virtude de bancos que suportam melhor o conjunto multimídia que está sendo utilizado pelo usuário. A tecnologia precisa se adaptar a esse novo mundo e obviamente o desenvolvedor faz parte desse conjunto de adaptação. Pretendo a partir deste tópico mostrar algumas dessas novas ferramentas que estão surgindo e como transformar o Ubuntu no sistema operacional ideal para desenvolver aplicativos. Meteor permite escrever uma aplicação completa em linguagem JavaScript e com um formato de dados padrão JSON. É um projeto que tem como objetivo escrever aplicações Web em tempo real de modo rápido e divertido. Para montagem do Ambiente iremos necessitar de três produtos: • NodeJS – Servidor de aplicações JavaScript • MongoDB – Banco de Dados NoSQL • Meteor – Criador de aplicações JavaScript

Instalei o Ubuntu e agora? Página 78 1. Instalação do NodeJS Se o antigo node já estiver instalado, remover com o comando: $ sudo apt­get remove ­­purge node Verificar no site https://nodejs.org/download/ a ultima versão do Node e baixar o pacote tar.gz para o Linux Binaries 32 ou 64. Descompactar na pasta correta: $ sudo tar ­C /usr/local ­­strip­components 1 ­xzf node­[versão]­linux­ [x86/x64].tar.gz Testar a instalação: $ node ­v && npm ­v Definir o ambiente, editar o arquivo bashrc: $ sudo gedit .bashrc Adicionar o seguinte comando para definir a variável NODE_ENV: export NODE_ENV='development' Salvar e recarregar este arquivo: $ source ~/.bashrc Testar a variável criada: $ echo $NODE_ENV Para testar todo ambiente, executar o comando: $ node Entramos no modo REPL (Read-Eval-Print-Loop), que permite executar códigos JavaScript. Digitar > console.log("Hello World"); E como resultado deve aparecer a seguinte tela:

Figura 6 – Tela do NodeJS

2. Instalação do MongoDB O MongoDB41 apresenta um problema de compatibilidade com o Ubuntu 15.04, então se esta é sua versão instale primeiro o upstart-sysv para subir corretamente o serviço, recomendo reiniciar o computador após este comando (reiniciar o computador em seguida): $ sudo apt­get install upstart­sysv Adicionar a chave: $ sudo apt­key adv ­­keyserver hkp://keyserver.ubuntu.com:80 ­­recv 7F0CEB10 Adicionar o repositório de pacotes - atualmente neste repositório a maior versão disponível é a 14.04 (Trusty Tair): echo "deb http://repo.mongodb.org/apt/ubuntu trusty/mongodb­org/3.0 multiverse" | sudo tee /etc/apt/sources.list.d/mongodb­org­3.0.list

41 Também podemos utilizar sem problemas este banco de dados com o Java, no meu site (sessão de Documentos) coloquei uma apostila que ensina a conexão do MongoDB com Java, no endereço http://fernandoanselmo.orgfree.com/wordpress/?page_id=18 procure por "MongoDB com Java".

Instalei o Ubuntu e agora? Página 79 Realizar uma atualização dos pacotes: $ sudo apt­get update Instalar o banco: $ sudo apt­get install mongodb­org Verificar se o mongo está em execução: $ ps ­ef | grep mongo E ver a versão com o seguinte comando: $ mongo ­­version Ou acesse o shell com o seguinte comando: $ mongo

3. Instalação do Meteor Executar o Script de instalação do Meteor: $ curl https://install.meteor.com/ | sh Aplicar um Teste final para subir uma aplicação exemplo. $ meteor create meu­teste $ cd meu­teste $ meteor Acessar o seguinte endereço no navegador: http://localhost:3000/ e como resultado será mostrado a seguinte página:

Figura 7 – Tela do Meteor Em breve veremos outras tecnologias que estão surgindo e que podem transformar o Ubuntu em uma verdadeira estação prática de desenvolvimento. No próximo capítulo veremos o que ainda podemos instalar no Ubuntu e muitas dicas de ações práticas a serem realizadas.

Instalei o Ubuntu e agora? Página 80 Capítulo 05

“Insurreição é o mais sagrado dos direitos e o mais indispensável dos deveres.” (Marquês de La Fayette)

� Neste capítulo veremos:

Conhece o XAMPP Calligra, uma alternativa ao LibreOffice Conky, informações na Área de Trabalho FinanX, um clone da HP12C VUE, uma alternativa a Mapas Mentais DOOM, e viva o saudosismo TuxGuitar e os problemas com MIDI Hora da Mordida do Leão Um aquário diferente Travou? Como sair com segurança Teclado ABNT2 LaTeX no Ubuntu Dicas rápidas para deixar o sistema a seu gosto Fim?

5.1 Conhece o XAMPP De repente sua praia não é Java e o ambiente de desenvolvimento criado no capítulo anterior não lhe atende, então conheça o XAMPP, um projeto que já existe há mais de 10 anos e possui uma grande comunidade por trás dele. Completamente gratuito é um jeito fácil de instalar um ambiente muito simples de se instalar com a montagem do servidor Web Apache, o banco MySQL e permite o desenvolvimento em linguagens PHP e Perl. O pacote de código aberto do XAMPP foi criada para ser extremamente fácil de instalar e de usar. O nome provem da abreviação de X (para qualquer dos diferentes sistemas operacionais), Apache, MySQL, PHP e Perl.

Figura 1 – Tela de Instalação do XAMPP A Bitnami fornece módulos para instalar se o Drupal, Joomla, WordPress e muitos outros aplicativos populares de código aberto, para tanto visite o site oficial da Bitnami42 ou acesse a lista completa de extensões para o XAMPP43.

Instalando o XAMPP no Linux Proceda os seguintes passos para sua instalação: 1. Baixar a última versão do arquivo do seguinte site: http://sourceforge.net/projects/xampp/files/XAMPP%20Linux/ 2. Através do Nautillus (ou Nemo), clicar com o botão direito do mouse sobre o arquivo, acessar a aba Permissões e marcar a opção “Permitir a execução deste arquivo como um programa” e pressionar o botão fechar. 3. Abrir um terminal e digitar o seguinte comando:

42 Veja mais no endereço https://bitnami.com/stack/xampp 43 Veja mais no endereço https://www.apachefriends.org/pt_br/add-ons.html $ sudo ./xampp­linux­x64­[versão]­installer.run Para criar um lançador e executar o Aplicativo de Administração do XAMPP, abrir o gEdit e criar um arquivo na pasta “Área de Trabalho” (se desejar executá-lo através do Dash, criar o arquivo na pasta /usr/share/applications) com o nome XAMPP.desktop e inserir o seguinte conteúdo (cuidado com a observação para sistemas de 32 ou 64 bits): [Desktop Entry] Version=1.0 Type=Application Terminal=false Name=manager // USE A LINHA ABAIXO PARA SISTEMAS DE 32 BITS Exec=gksudo /opt/lampp/./manager­linux.run // OU USE A LINHA ABAIXO PARA SISTEMAS DE 64 BITS Exec=gksudo /opt/lampp/./manager­linux­x64.run Icon=/opt/lampp/icons/world1.png Categories=Application Executar o atalho criado, acessar a aba Manage Servers e com um duplo clique iniciar o serviço do Apache:

Figura 2 – Aplicativo de Administração do XAMPP

SAIBA MAIS... Se der algum erro, provavelmente já existe outro Apache rodando na porta 80, pressione o botão Configure e mude a porta, ou pare o serviço desse outro Apache, ou remova-o. Abra o terminal e digite os seguintes comandos: $ sudo service apache2 stop <­­ PARAR O SERVIÇO $ sudo apt­get remove apache2 <­­ REMOVER O APACHE Abra seu navegador e digite o seguinte endereço: http://localhost E se tudo está correto, será mostrada a seguinte página:

Figura 3 – Tela Inicial do XAMPP Selecione a linguagem e seremos levado para a página principal. Agora, além de poder desenvolver

Instalei o Ubuntu e agora? Página 82 para PHP ou Perl, também é possível baixar o WordPress para criação de Blogs, o MediaWiki para um Ambiente de Colaboração tipo Wiki, o Moodle para um ambiente de ensino a distância, entre muitos outros aplicativos acessando a área da BitNami.

5.2 Calligra, uma alternativa ao LibreOffice O LibreOffice é uma excelente suíte de escritório e isso é totalmente indiscutível. Porém existem pessoas que simplesmente (e não sei porque) não gostam ou não se adaptam. O Calligra como direi, é atraente, é bonito, mais limpo, contêm modelos e estilos de documentos para se utilizar como exemplo e possui um conjunto mais funcional. O Calligra é formado44 pelos seguintes aplicativos que se comunicam muito bem entre si: • Words para editoração de textos (correspondente ao Writer do LibreOffice). • Sheets para criação de planilhas (correspondente ao Calc do LibreOffice). • Stage para criação de apresentações com uma variedade de elementos (correspondente ao Impress do LibreOffice). • Kexi para criação de Bases de Dados que pode ser utilizado como banco de aplicações construídas do modo RAD (Aplicação de Desenvolvimento Rápido) como um aplicativo para manutenção de uma coleção de CDs (correspondente ao Base do LibreOffice). • Karbon para criação de imagens vetoriais altamente personalizado e extensível, pode ser usado por artistas de todos os níveis (correspondente ao Draw do LibreOffice). • Plan para planejamento e oferece diferentes tipos de dependências de tarefas e restrições de tempo com a possibilidade de estimativa do esforço necessário para realizar cada tarefa e a alocação dos recursos (como o Planner). • Flow para gráficos do tipo fluxograma, além de diagramas de rede ou organogramas (como o Pencil). • Krita para manipulação de imagens como desenho e pintura e suporta a maioria dos tablets gráficos de mesa (como o Gimp). • Braindump para criação de Mapas Mentais, é uma ferramenta para despejar (dump) o conteúdo do cérebro em cima de imagens, desenhos, textos e referências (como o XMind). Um dos diferenciais desses aplicativos é que os recursos das ferramentas de trabalho estão distribuídos na lateral da tela assim como o novo LibreOffice 4.4. Além disso, seus aplicativos foram feitos para o ambiente KDE, por esse motivo muitos começam com a letra K, e sua instalação já foi muito complexa no Ubuntu devido a essa característica. Mas atualmente é muito simples devido a um repositório criado pelo Kubuntu. Para instalar utilize as seguintes indicações: Repositório: kubuntu­ppa/ppa Aplicativo: calligra­l10n­ptbr e calligra Agora basta acessar o Dash e chamar cada um dos aplicativos descritos ou criar um lançador agregador (conforme visto no item 1.7 deste livro) para colocar na barra lateral. Se no fim das contas se decidiu por trocar o LibreOffice e deseja removê-lo, utilize os seguintes comandos no terminal: $ sudo apt­get remove ­­purge libreoffice* $ sudo apt­get clean $ sudo apt­get autoremove 5.3 Conky, informações na Área de Trabalho Conky é um monitor do sistema bem leve e está disponível tanto para o Linux quanto para o BSD. Ter sempre a mão detalhes como temperatura, uso de CPU, RAM, rede, disco e a área de troca pode ser mais simples que você imagina, além disso exibir todas as informações do sistema e estatísticas de

44 Uma curiosidade é que não existe nesta suíte nenhum aplicativo referente ao Math do LibreOffice que produz fórmulas.

Instalei o Ubuntu e agora? Página 83 uma maneira elegante Essa maravilha é bem simples (basta tomar alguns cuidados básicos). Para isso vamos usar apenas dois passos: 1. Baixar o pacote no seguinte endereço: http://launchpadlibrarian.net/166791748/conky- all_1.9.0- 4_amd64.deb 2. Com um duplo clique proceda sua instalação através da Central de Programas. Se deseja sofisticar um pouco mais, recomendo baixar o modo de anéis, são representações em anéis dos recursos do sistema. Para isso, siga os seguintes passos:

1. Baixar o arquivo compactado com o tema do site: http://gnome- look.org/content/show.php/Conky+lua?content=139024 2. Descompactar e na pasta criada extrair o pacote da sua distro, por exemplo para a Ubuntu utilize o arquivo "Conky ubuntu-lua.tar.gz". 3. Copiar este pacote para a pasta /home/[usuario]. 4. Descompactar e renomear esta pasta para .conky – fazemos isso por mera segurança para tornar a pasta invisível – Localize-o pressionando Ctrl+H no Nautilus/Nemo. 5. Com o gEdit/Geany, editar o arquivo conkrc e modificar as seguintes seções: # Window specifications # own_window_class Conky own_window yes own_window_type normal own_window_argb_visual yes own_window_argb_value 25 own_window_hints undecorated,below,sticky,skip_taskbar,skip_pager # Lua Load # lua_load ~/.conky/clock_rings.lua lua_draw_hook_pre clock_rings Se desejar que o Conky seja chamado toda vez que sua seção for iniciada, proceda da seguinte forma: Pressionar a tecla Super (que tem o Windows desenhado) e procurar por "Aplicativos de Sessão", esses são os aplicativos que são iniciados automaticamente na seção, pressionar o botão Adicionar e definir os seguintes parâmetros: Nome: conky­lua Comando: conky ­c ./.conky/conkyrc Salvar as alterações. Teste se funcionou saindo e entrando na sua seção. A ideia dessa barra veio do Blog UnixMen45 apenas a simplifiquei um pouco. Quer ter mais ideias para configurar sua barra? Então acesse o fórum do CrunchBang46. Outra forma muito fácil de configurar o Conky a sua maneira e instalar o aplicativo Conky Manager. Para instalar utilize as seguintes indicações: Repositório: teejee2008/ppa Aplicativo: conky­manager

Adicionando informações de Temperatura O conky é um dos aplicativos mais versáteis que existe, podemos colocar qualquer informação advinda do sistema operacional, por exemplo: Temperatura. Primeiro precisamos adicionar um sensor para colher as informações, para instalar procure na Loja por lm-sensors. Após sua instalação, abra uma janela de terminal e digite o seguinte comando: $ sensors

45 No endereço http://www.unixmen.com/install-conky-lua-ubuntu-14-0413-1013-04-debian-fedora-linux-mint-opensuse/ 46 No endereço http://crunchbang.org/forums/viewtopic.php?id=59&p=1

Instalei o Ubuntu e agora? Página 84 E como resposta temos as seguintes informações conforme a janela abaixo:

Figura 4 – Tela Inicial do VUE No meu caso, possuo dois núcleos que estão no momento com temperatura de 49ºC. Existem dois comandos no terminal que permitem “recortar” a saída obtida da informação, o primeiro deles é o grep que localiza determinada informação, então se digitarmos: $ sensors | grep “Core 0” Somente a linha que contém o valor “Core 0” será mostrada. O segundo comando é o cut que funciona obtendo um pedaço dessa linha através de dois valores, posição inicial e posição final (sabendo que a primeira posição possui o valor 0), então o comando: $ sensors | grep “Core 0” | cut ­c16­22 Mostra como resultado apenas 49.0ºC e nada mais. Para utilizar esse comando no Conky basta colocá- lo com o seguinte formato: ${exec [comando]}. Assim, adicionamos as seguintes linhas ao arquivo conkyrc: Temp. Núcleo 01: ${exec sensors | grep "Core 0" | cut ­c16­22} Temp. Núcleo 02: ${exec sensors | grep "Core 1" | cut ­c16­22} E assim podemos adicionar qualquer informação que antes era obtida de forma estática através do terminal para a janela dinâmica do conky. E sinceramente espero que depois dessa explicação muita gente pare de dizer que é impossível administrar o Linux sem a janela de terminal. SAIBA MAIS... Não fique limitado ao que aprendeu aqui, o Conky diversas variações e pode ser adaptado aos gostos dos usuários. Faça uma pesquisa sobre um script que mais lhe agrada, para começar recomendo o Conky Calendar, uma barra muito interessante, disponível em http://gnome- look.org/content/show.php/conky_calendar?content=138098.

Figura 5 – Conky Calendar

Outros Widgets como o Conky Existe vários widgets (como o Conky) a disposição, um dos que mais gosto é chamado de Gis Weather e mostra o tempo, é totalmente configurável e pode-se adaptá-lo a diversos papéis de parede, para instalar basta seguir as indicações: Repositório: noobslab/apps Aplicativo: gis­weather Uma vez instalado acesse o endereço http://www.gismeteo.ru/ e localize sua cidade, sei que o site está em russo, mas basta digitar o nome da cidade (em português) na caixa de texto central.

Instalei o Ubuntu e agora? Página 85 Figura 6 – Tela de localização da cidade E será desviado para o seguinte endereço http://www.gismeteo.ru/city/daily/10423/ (por exemplo escolhi Brasília), esse número 10423 é o endereço que deve ser colocado no programa para os indicativos de tempo. Agora basta configurar ícones, posição, layout entre muitas outras opções. E teremos algo do tipo na janela de trabalho:

Figura 7 – Widget do Gis-Weather

5.4 FinanX, um clone da HP12C Quem conhece a calculadora HP12C não abre mão, comprei uma quando ainda estava na Faculdade de TI e até hoje a utilizo para tudo. Existe um clone muito bom chamado FinanX e é um aplicativo criado em linguagem Java. Não existe instalação, basta baixar o arquivo47, descompactar e usar o seguinte comando no terminal: $ java ­jar finanx.jar Que o aplicativo será chamado. Até aí tudo bonito, mas o ideal seria chamá-lo através do Dash e poder acessá-lo quando quiser. O primeiro detalhe é que devemos criar um lançador, para realizarmos essa ação vamos supor que criamos a seguinte pasta onde se encontra o arquivo jar /home/ [usuario]/Aplicativos 48. Nesta mesma pasta coloque um ícone, no Linux não é necessariamente um arquivo .ico, mas uma imagem em qualquer formato, que mais lhe agrade e que representará esse aplicativo. Agora vamos abrir o gEdit e inserir as seguintes linhas: [Desktop Entry] Name=FinanX Comment=Emulador para a HP12C Exec=java ­jar /home/[usuario]/Aplicativos/finanx.jar Icon=/home/[usuario]/Aplicativos/[meu_icone].png Terminal=false Type=Application Categories=Office Keywords=Financeiro;HP12C;finanx;emulador;emulator; Agora salve este na pasta /home/[usuario] com o nome de FinanX.desktop. No Nautilus clique com o botão direito sobre o lançador criado e na aba “Permissões” marque a opção Executar. $ sudo mv FinanX.desktop /usr/share/applications/. Para mover este lançador para a pasta onde se encontram as aplicações do sistema. E agora já está a disposição do Dash. Observe que para a variável Keywords digitamos uma série de palavas, é

47 Neste endereço http://sourceforge.net/projects/finanx/ é possível encontrar uma cópia. 48 Existem usuários que preferem colocar os aplicativos na pasta /opt, que é realmente o pasta para os pacotes estáticos de aplicações, sinta-se a vontade para colocar nesta pasta lembrando que apenas o superusuário possui permissões nesta. Prefira esta pasta se desejar manter as coisas mais organizadas e seguir o padrão do sistema.

Instalei o Ubuntu e agora? Página 86 possível utilizar qualquer uma dessas para servir como caminho de pesquisa para chamar o aplicativo.

5.5 VUE, uma alternativa a Mapas Mentais Outro aplicativo distribuído na forma de .jar é o VUE desenvolvido pela Universidade Tufts e possui como objetivo principal é a criação de mapas de informação, que através de hiperligações, integra diferentes tipos de recursos como áudio, vídeo e imagens. Buscando desta forma facilitar a criação de materiais de apoio para o ensino e a aprendizagem através da utilização de recursos visuais.

Figura 8 – Tela Inicial do VUE Para instalar faça o download da última versão disponível no site: https://vue.tufts.edu/. Não existe instalação, basta baixar o arquivo, descompactar e usar o seguinte comando no terminal: $ java ­jar VUE.jar Que o aplicativo será chamado. Se desejar colocá-lo no Dash, proceda da mesma forma como foi feito para disponibilizar o aplicativo FinanX (visto na seção anterior). Dica – Aqui está o código para o arquivo VUE.desktop: [Desktop Entry] Name=VUE Comment=Visual Understanding Environment Exec=java ­jar /home/[usuario]/Aplicativos/VUE/VUE.jar Icon=/home/[usuario]/Aplicativos/VUE/[meu_icone].jpg Terminal=false Type=Application Categories=Office Keywords=Mapa;Informação;Ensino;Visual;Understanding;Environment;VUE

5.6 DOOM, e viva o saudosismo Talvez seja muito novo ou não para se lembrar de um jogo chamado DOOM (junto com Wolfstein 3D eram imbatíveis) e mesmo se não conhece garanto que é bem divertido.

Figura 9 – Tela do Emulador do DOOM Para executar este clássico necessitamos primeiro instalar um emulador chamado chocolate-doom (procure por ele na Loja de Aplicativos). Uma vez instalado o emulador baixar o arquivo binário do jogo

Instalei o Ubuntu e agora? Página 87 encontrado no seguinte endereço: http://www.jbserver.com/downloads/games/doom/misc/shareware/doom1.wad.zip Descompacte e coloque o arquivo DOOM1.WAD na pasta /usr/[usuario]/Aplicativos. E está tudo pronto, agora para jogar abra uma janela do terminal e digite o seguinte comando: $ chocolate­doom ­iwad /usr/[usuario]/Aplicativos/DOOM1.WAD ­window Que o jogo será chamado. Se desejar colocá-lo no Dash, proceda da mesma forma como foi feito para disponibilizar o aplicativo FinanX (visto na seção anterior). Dica – Aqui está o código para o arquivo doom.desktop: [Desktop Entry] Name=DOOM Comment=Jogo de Tiros em 1ª Pessoa Exec=chocolate­doom ­iwad /home/[usuario]/Aplicativos/DOOM1.WAD ­window Icon=/home/[usuario]/Aplicativos/[meu_icone].jpg Terminal=false Type=Application Categories=Game Keywords=Doom;Pancadaria;Tiros;Jogo;Game SAIBA MAIS... Não fique preocupado que este jogo é apenas uma demonstração, pode-se jogar muitas fases – e fica a dica, faça uma busca na internet por arquivos WAD e garanto que encontrará o jogo completo (basta renomear o arquivo para DOOM1.WAD – ou modificar o lançador – e o colocar na pasta correta).

5.7 TuxGuitar e os problemas com MIDI Para uma determinada espécie de músico que ainda se importa com o som produzido (afinal nos dias atuais viramos uma espécie rara), existe um fantástico programa chamado TuxGuitar49 que é um editor de partituras e tablaturas, sua instalação é muito simples e basta pesquisar pelo seu nome na Loja.

Figura 10 – Tela do TuxGuitar Alguns detalhes que me atraem neste programa são, o poder criar e tocar as partituras reproduzindo perfeitamente vários sons de instrumentos, ler qualquer arquivo MIDI de terceiros e ver como é a partitura deste e poder salvar minha partitura em arquivos MIDI ou em PDF. Porém antes de sair correndo para a Loja, saiba que mesmo após realizar sua instalação completa um único som sairá desse aplicativo. O motivo é que o TuxGuitar depende de arquivos MIDI para reproduzir sons. Esse tipo de arquivo, por padrão, não está disponível no Linux como está por exemplo no Windows. Não se desespere, instale primeiro o aplicativo Sequenciador MIDI TiMidity++ que também se encontra disponível na loja. Ou seja, instale primeiro o TiMidity e depois instale o TuxGuitar que funcionará sem o menor problema permitindo que crie e toque suas partituras.

49 Veja mais no endereço http://www.tuxguitar.com.ar/.

Instalei o Ubuntu e agora? Página 88 SAIBA MAIS... Outros problemas com MIDI também podem ser resolvidos instalando o ALSA, com o seguinte comando: sudo apt­get install alsa­base. Porém podem acontecer incompatibilidades com o som padrão chamado PulseAudio, para desinstalá-lo use o comando: sudo apt­get purge pulseaudio. Finalmente para testar se tudo está OK utilize o comando: speaker­test.

5.8 Hora da Mordida do Leão Então é Natal... Ops! Mais um início de ano chegou, já passou o carnaval e é a hora de acertar as contas com o Leão, para os usuários Windows é muito simples instalar o programa do IRPF sendo um simples executável que carrega tudo, mas no Linux mora um certo problema quanto a versão do Java. Vamos realizar então um passo a passo para que possamos acertar as contas com o Leão sem sem problemas. A primeira dica é quanto a versão do programa, no site de downloads50 da Receita encontramos a seguinte informação: Computador. Selecione a opção Outros (Mac, Linux, Solaris), agora é só baixar o arquivo correto para 32 ou 64 bits.

Instalação do IRPF 2016 O primeiro passo é instalar o Java, retorne ao capítulo anterior e proceda a sua correta instalação. Para instalar o arquivo é uma ação restrita ao superusuário, assim é mais fácil realizá-la através do terminal. Pressione Ctrl+Alt+T e execute os seguintes passos: 1. Acessar a pasta /Downloads e execute o comando (por exemplo para o arquivo versão 64 bits): $ sudo ./IRPF2016Linux­x86_64v1.1.bin Agora basta apenas seguir as telas de instalação.

5.9 Um aquário diferente Que tal instalar algo bem diferente, colocar um Aquário como seu descanso no computador? Nenhum novidade? Mas e se eu disser que o aquário vai rodar em uma janela de terminal e ele é todo feito em ASCII? Isso mesmo aqueles desenhos engraçadinhos feito exclusivamente com caracteres. Veja como fica no terminal.

Figura 11 – Tela do AsciiQuarium executando no Terminal Para instalar51 abra uma janela do terminal e siga os seguintes passos: 1. Começamos com a instalação das bibliotecas do PERL que executarão o aquário: $ sudo apt­get install libcurses­perl 2. Acessar a pasta /tmp:

50 No endereço http://www.receita.fazenda.gov.br/ 51 Agradeço ao blog nixCraft que me mostrou como instalar. Em: http://www.cyberciti.biz/tips/linux-unix-apple-osx-terminal-ascii- aquarium.html

Instalei o Ubuntu e agora? Página 89 $ cd /tmp 3. Baixar o aplicativo Term-Animation: $ wget http://search.cpan.org/CPAN/authors/id/K/KB/KBAUCOM/Term­Animation­2.4.tar.gz 4. Descompactar recriando as pastas: $ tar ­zxvf Term­Animation­2.4.tar.gz 5. Acessar a pasta: $ cd Term­Animation­2.4/ 6. Realizar a compilação: $ perl Makefile.PL && make && make test 7. Instalar: $ sudo make install 8. Acessar novamente a pasta /tmp: $ cd /tmp 9. Baixar o AsciiQuarium: $ wget http://www.robobunny.com/projects/asciiquarium/asciiquarium.tar.gz 10. Descompactar recriando as pastas: $ tar ­zxvf asciiquarium.tar.gz 11. Acessar a pasta criada (dependendo a versão pode ser outra): $ cd asciiquarium_1.1/ 12. Copiar para a pasta de aplicativos do Linux para executarmos de qualquer ponto do sistema: $ sudo cp asciiquarium /usr/local/bin 13. Modificar o arquivo para permitir a execução: $ sudo chmod 0755 /usr/local/bin/asciiquarium Esta tudo instalado, para visualizar o aquário em digite o seguinte comando em qualquer pasta: $ asciiquarium Se não funcionar, use o comando: $ perl asciiquarium

5.10 Travou? Como sair com segurança Doce sonho quem pensa que é apenas o Windows que trava, isso pode acontecer a qualquer sistema operacional. A ideia é similar a usar Ctrl+Alt+Del porém algumas combinações não derrubam o sistema, mas servem para caso de emergência, para sincronizar os discos ou desligar o computador instantaneamente, evitando que ocorram problemas nos sistemas de arquivos. São as seguintes combinações de teclas: • Alt + Print Screen + O. Utilizado para desligar o computador rapidamente sem danificar seus sistemas de arquivos, ou quando a máquina trava e por qualquer motivo não permite um desligamento natural através do init. • Alt + Print Screen + B. Informa ao Kernel do Linux uma chamada de emergência e permite reiniciar a máquina, com a vantagem de sincronizar os discos evitando danos no sistema de arquivos. • Alt + Print Screen + S. Utilizada para sincronizar discos em caso de emergência. Precisa trabalhar até a ultima hora mas tem medo de danificar seu sistema de arquivo, essa opção sincroniza seus discos.

Instalei o Ubuntu e agora? Página 90 • Alt + Print Screen + U. Se por algum motivo algo está ameaçando a segurança do seu sistema, como a execução acidental de um script malicioso como root ou um programa desconhecido, essa opção coloca os discos em modo somente leitura para evitar danos mais sérios. Outra saída pode ser simplesmente acabar com um processo que está travando seu sistema, matar um processo requer apenas dois comandos no terminal (localizar e matar): $ ps ­ef | grep $ sudo kill ­9

5.11 Teclado ABNT2 Trocou o teclado e o Ubuntu bagunçou suas teclas? Não se preocupe. Primeira ação a realizar e abrir o terminal e verificar qual seu modelo, vamos supor que seja ABNT2, digite então o seguinte comando: $ setxkbmap ­model abnt2 ­layout br Verifique se toda a acentuação está normal, feito isso, proceda a seguinte alteração para torná-la permanente: $ sudo gedit /etc/default/keyboard XKBMODEL="abnt2" XKBLAYOUT="br" XKBVARIANT="" XKBOPTIONS="" Reinicie o computador e verifique se tudo está normal. Não está? Então crie um arquivo /etc/X11/xorg.conf.d/90­keyboard­layout.conf e insira o seguinte conteúdo nele: Section "InputDevice" Identifier "Keyboard1" Driver "keyboard" Option "XkbRules" "xorg" Option "XkbModel" "abnt2" Option "XkbLayout" "br" Option "XkbVariant" "abnt2" Option "XkbOptions" "abnt2" Option "XkbOptions" "terminate:ctrl_alt_bksp" EndSection Se for padrão EUA, use este conteúdo: Section "InputClass" Identifier "keyboard­all" MatchIsKeyboard "on" MatchDevicePath "/dev/input/event*" Driver "evdev" Option "XkbLayout" "us" Option "XkbVariant" "intl" Option "XkbOptions" "terminate:ctrl_alt_bksp" EndSection

5.12 LaTeX no Ubuntu Se já cruzou a fronteira do vestibular e teve de fazer algum trabalho acadêmico, pode ter sofrido em relação a formatação de seu documento. Não importa se a pessoa frequente a graduação, especialização, mestrado, doutorado ou espera escrever um simples artigo acadêmico para uma revista técnica. A formatação de documentos acadêmicos costuma representar grandes dores de cabeça. Para resolver esses problemas foi criado a linguagem TeX52, no final dos anos 70 por Donald Knuth para a Universidade de Stanford. LaTeX é um sistema tipográfico, usado para produzir documentos científicos e matemáticos de grande qualidade tipográfica. Com ele é possível produzir todo o tipo de

52 O nome do programa corresponde às primeiras letras da palavra “tecnologia” em grego.

Instalei o Ubuntu e agora? Página 91 documentos, desde cartas a livros. O LaTeX usa a TEX como sistema de formatação. Podemos usar qualquer editor para produzir arquivos nesta linguagem, porém um dos melhores editores para se utilizar no Ubuntu é o Kile que facilita o processo de edição dos arquivos.

Figura 11 – Tela do Kile Além do editor também precisamos do pacote abntex que é utilizado as regras da ABNT e do Okular, um visualizador de documentos PDF. Para realizar a instação desses pacotes digite o seguinte comando: $ sudo apt install abntex kile okular tex­common Acessar através do Dash o Kile. No menu principal acessar a opção Settings | System check. E deve mostrar a mensagem “No problems detected”. Caso contrários veja se é necessário instalar mais algum pacote em seu computador. Novamente no menu principal acessar a opção Settings | Configure Kile. Acessar a opção Editor | Open/Save. Para Encoding selecionar Unicode (UTF-8) e para Encoding Autodetection selecionar Western European (ISO 8859-1). Para começar a produzir seus documentos recomendo baixar uma apostila intitulada “Uma não tão pequena introdução ao LaTeX”53.

5.13 Dicas rápidas para deixar o sistema a seu gosto Essas são dicas que aprendi durante toda minha trajetória no Ubuntu e resolvi terminar este livro com elas.

Quem sou, qual meu grupo e outros? Cure sua amnésia Para descobrir essas intricadas questões e outras, basta alguns comandos no terminal, por exemplo, digite o seguinte comando no terminal para saber o nome de seu usuário: $ whoami E o seguinte comando para descobrir a qual grupo pertence: $ groups $(whoami) | cut ­d' ' ­f1 Lembra das últimas reinicializações que fez? Esse comando lembra: $ last Ou então os últimos comandos digitados no terminal: $ history

53 Pode ser encontrada em http://tug.ctan.org/info/lshort/portuguese/pt-lshort-a5.pdf.

Instalei o Ubuntu e agora? Página 92 Conheça as partições foram criadas no seu HD quando na instalação do Ubuntu: $ lsblk Já esse outro similar traz várias informações sobre seu hardware instalado: $ lspci Esse mesmo comando pode : $ lspci Esse abaixo exibe as informações completas do seu Kernel: $ uname ­a Em relação a sua rede, temos esse comando que exibe o nome da sua máquina e com a opção -i o seu endereço IP: $ hostname && hostname ­i E finalmente para conhecer toda a hierarquia de pastas do seu sistema, use: $ man hier E pronto, sua amnésia está curada.

Brincando com o tar O compressor de arquivos tar é bem interessante e muito útil, por exemplo, digite o seguinte comando no terminal para extrair tar.gz: $ tar ­xvzf arquivo.tar.gz Ou esse outro para extrair tar.bz2: $ tar ­xvjf arquivo.tar.bz2 Para extrair para uma determinada pasta: $ tar ­xvzf abc.tar.gz ­C /tmp/ Extrair apenas um tipo de arquivo: $ tar ­xv ­f abc.tar.gz –wildcards “*.txt” Exibir o conteúdo do arquivo sem extrair seu conteúdo: $ tar ­tz ­f abc.tar.gz Criar um tar.gz: $ tar ­cvzf abc.tar.gz /tmp Criar um tar.gz e adicionar a data/hora ao nome (útil para backup): $ tar ­cvz ­f arquivo­$(date +%Y%m%d).tar.gz ./tmp E finalmente, para adicionar mais um arquivo: $ tar ­rv ­zf arquivo.tar arquivo.txt

Ícones na área de Trabalho Sente falta de ter ícones na área de trabalho, realmente muitos usuários não gostam de ter que ficar lembrando do nome de determinados aplicativos e colocar todos na barra lateral fica muito “populado”. Através do Nautilus (ou Nemo) acesse a pasta /usr/share/applications. Nesta pasta estão todos os atalhos dos aplicativos do seu sistema, a única coisa que devemos fazer e dar um Ctrl+C no ícone do aplicativo desejado, no lado direito acessar Área de Trabalho e pressionar Ctrl+V. E pronto lá está seu atalho pronto para ser usado.

Instalei o Ubuntu e agora? Página 93 Arquivos Escondidos Quem vem do Windows pode estranhar como ficam os arquivos e as pastas escondidos do Linux, são iniciados por um simples “.” (ponto). No Nautilus (ou Nemo) para vê-los basta pressionar as teclas Ctrl+H. Só que existe uma outra maneira de esconder arquivos e pastas sem tê-los que iniciar com o ponto, basta criar um arquivo com o nome “.hidden” (no seu diretório raiz) e dentro deste escrever o nome dos arquivos ou pastas que se deseja esconder. Feito isso atualize a pasta (pressionando Ctrl+R).

Como descompactar um arquivo tar.gz preservando os diretórios Quando temos que descompactar um arquivo, formato tar.gz a melhor opção é: $ sudo tar ­zxvf [arquivo].tar.gz ­C /[pasta de saída]/

Formatação do Pen Driver através da tela do terminal Inserir o pen driver e proceder os seguintes passos em uma janela de terminal: • Localizar o nome do Sist. Arq. do pen driver: $ df • Desmontar essa unidade: $ umount [Sist. Arq.] • Formatar (com Fat32): $ sudo mkfs.vfat ­F 32 [Sist. Arq.] • Formatar (com NTFS): $ sudo mkfs.ntfs ­F [Sist. Arq.]

Particionar uma unidade através da tela do terminal O aplicativo gParted é excelente para este tipo de trabalho, porém em algumas ocasiões pode ser que estamos sem a janela gráfica, então vamos a alguns comandos: • Listar as partições de todos as unidades: $ sudo fdisk ­l • Trabalhar com uma determinada unidade: $ sudo fdisk /dev/sdX (sendo X a letra da unidade correspondente)

Configurar o DNS Servidores DNS54 são responsáveis por localizar e traduzir para números IP os endereços dos sites que digitamos nos navegadores. Configurar o arquivo com os endereços desses servidores DNS no Ubuntu é muito simples, mas como toda configuração requer cuidado. Siga os passos: 1. Adicionar o DNS principal (por exemplo 8.8.8.8): $ sudo gedit /etc/resolvconf/resolv.conf.d/base nameserver 8.8.8.8 2. Adicionar o DNS secundário (por exemplo 8.8.4.4): $ sudo gedit /etc/resolvconf/resolv.conf.d/head nameserver 8.8.4.4 3. Reiniciar a rede $ sudo service network­manager restart

Comando ipconfig no Ubuntu No Windows quando queremos descobrir o endereço IP damos o comando “ipconfig /all”, o comando similar para o Ubuntu é: $ nmcli dev show

Instalando várias fontes no sistema De posse de um pacote com várias fontes (tipos de letras) para instalar no sistema, ter que clicar uma

54 Domain Name System, ou sistema de nomes de domínios.

Instalei o Ubuntu e agora? Página 94 por uma para instalar pode ser muito aborrecido, então vamos fazer isso com alguns passos no terminal: 1. Acessar o diretório: $ cd /usr/share/fonts/truetype 2. Criar uma pasta para conter as fontes, por exemplo: $ sudo mkdir nomeFamilia 3. Entre nesta pasta: $ cd nomeFamilia 4. Copiar as fontes para esta pasta: $ cp [pastaOrigem]/* . 5. Na pasta anterior (/truetype) digitar o comando: $ fc­cache. Pronto, todas as suas fontes foram instaladas e estão disponíveis para qualquer aplicativo.

Problemas com som Pode ser que ocorra um problema muito estranho com os tocadores de música, como um “estalo”, a solução para resolvê-lo é simples, abra um terminal e digite o comando: sudo gedit /etc/modprobe.d/alsa­base.conf, no arquivo que abrir comente a seguinte linha colocando um "#" antes do início: # options snd­hda­intel power_save=10 power_save_controller=N

Acessar o celular Pode ser que seu celular não seja acessível pelo computador (ao ligarmos o cabo USB), para resolver esse problema instale o aplicativo AutoFS com o seguinte comando: $ sudo apt­get install autofs. Depois plugue novamente o cabo USB e verifique se no celular aparece a opção para habilitar a USB (Armazenamento em massa USB).

Limpar o sistema Para deixar seu sistema limpo e sem problemas, abra um terminal e digite: sudo apt­get ­f install. Esse comando verifica qualquer dependência perdida de uma instalação. Completado com os seguintes comandos: sudo apt­get autoclean ou sudo apt­get autoremove. Caso exista algum pacote quebrado (não instalado corretamente) podemos forçar sua desinstalação com o comando sudo apt­get ­­purge autoremove.

Limpar o cache do sistema Existe uma área do sistema chamada cache que é responsável por manter algumas informações de seu aplicativo armazenadas em memória, isso ocorre para que na próxima vez que abrir o aplicativo seja mais rápido – alguns leitores devem estar pensando assim: agora entendo porque quando reinicio o computador tudo parece estar mais rápido e quando pela segunda vez um aplicativo parece também mais rápido, porém pode ocorrer que necessitamos executar alguma ação muito pesada então é ideal realizar uma limpeza nessas áreas. $ sudo sync Este comando faz com que todo o cache do sistema de aquivos que está temporariamente armazenado na memória cache, seja despejado em disco e liberado, prevenindo assim que se tenha perda de dados. Outra forma de limparmos o disco é alterar o drop_caches, as opções são: # echo 1 > /proc/sys/vm/drop_caches Para liberar apenas pagecache. # echo 2 > /proc/sys/vm/drop_caches Para liberar pagecache e inodes. # echo 3 > /proc/sys/vm/drop_caches Para liberar pagecache, inodes e dentries. Esta última opção funcionará somente no kernel a partir da versão 2.6.16.

Instalei o Ubuntu e agora? Página 95 Renomear vários arquivos de uma só vez Para renomear vários nomes dos arquivos, tente o comando “rename” que possui uma sintaxe muito peculiar associado a “Expressões Regulares”, por exemplo o comando: rename 's/valor1/valor2/' *.jpg Esse comando modificará todos arquivos com extensão jpg na pasta com a troca do valor1 pelo valor2. Agora para modificar a extensão de um arquivo, podemos utilizar o seguinte Script: #!/bin/sh for o in $(ls ­1 *.jpg); do mv $o $(echo $o | awk ­F. '{print $1".jpeg"}'); done Que troca todo arquivo jpg para jpeg.

Sumiu a Impressora e agora? Não sei porque isso acontece, comigo já foi várias vezes, ao reiniciar o computador a impressora desaparece (ninguém a roubou, nem está desconectada), some da lista de impressoras. Caso isso aconteça, abra um terminal e digite o seguinte comando: $ sudo /etc/init.d/cups restart

Colocar uma pasta nos Favoritos (Nautilus ou Nemo) No lado esquerdo dos gerenciadores de arquivos (Nautilus ou Nemo) ficam as chamadas “Pastas Favoritas” (ou Bookmarks), para adicionar uma nova pasta naquela área, entre nesta pasta e no menu principal acesse: Marcadores (Bookmarks) | Marcar este Local (Add Bookmark) ou simplesmente digite Ctrl+D.

Bloquear Sites Em computadores compartilhados podemos desejar bloquear determinados sites, por conterem conteúdos indesejados ou por qualquer outro motivo. Abra uma janela de terminal e digite o seguinte comando: $ sudo gedit /etc/hosts Digite no fim do arquivo a seguinte linha: 0.0.0.0 www.sitebloquear.com.br

Redimensionar várias imagens simultaneamente no Nautilus Existe um programa bem prático para o Nautilus chamado nautilus-image-converter que pode ser instalado sem problemas através da loja. Só que após instalar selecione qualquer imagem e clique com o botão direito do mouse que no menu deveria aparecer as opções: Redimensionar Imagens... e Rotacionar Imagens..., só que essas opções não aparecem. Pensou certo é necessário reiniciar o Nautilus. Calma! Nada de fechar sua seção, abra um terminal e digite o seguinte comando: $ nautilus ­q Agora está tudo pronto, basta abrir novamente o Nautilus que as opções aparecerão.

Atualizar o LibreOffice55 Normalmente, o Ubuntu demora (por ser uma distro bem conservadora) a atualizar seus repositórios oficiais. Muitas vezes uma nova versão do LibreOffice é lançada com novos detalhes no design, funcionalidade e correções de problemas, se queremos ser um pouco mais ágeis basta digitar os seguintes comandos no terminal para proceder a atualização: $ sudo add­apt­repository ppa:libreoffice/ppa

55 Com base na dica apresentada pelo site do DioLinux: http://www.diolinux.com.br/

Instalei o Ubuntu e agora? Página 96 $ sudo apt­get update $ sudo apt­get dist­upgrade O primeiro comando instala o repositório não padrão, enquanto que os outros dois fazem a atualização automática.

Adicionar temas ao Gimp Vamos colocar no Gimp os ícones modificados por um padrão flat, para tanto seguiremos os seguintes passos: 1. Baixar o arquivo do site http://android272.deviantart.com/art/Flat-GIMP-icon-Theme-V-2-1- 375010811. 2. Extrair o arquivo. 3. No Nautilus (ou Nemo) as teclas Ctrl+H permite ver as pastas escondidas (no Linux são pastas que possuem um “.” como primeiro caractere). 4. Copiar a pasta Decor e os arquivos da pasta GIMP_Orange para /home/[seu usuário]/.gimp- [versão do Gimp]/themes 5. Abrir o Gimp e no menu principal acessar: Edit | Preferences | Theme e selecionar o tema a seu gosto. Se desejar outros temas para o Gimp acesse o endereço: http://www.deviantart.com/ e pesquise pelas seguintes palavras: Gimp Theme.

Ver informações do meu driver OpenGL Para jogos o driver OpenGL é essencial, veja informações sobre ele com o comando: $ glxinfo | grep OpenGL

Visualizar um Calendário No terminal existe um comando bem interessante chamado: $ cal Esse mostra um Calendário contendo o mês atual, só que com alguns parâmetros esse calendário fica bem mais útil: ­y [ano] ­m [mes] (formato: Jan, Fev, Mar, ...) ­3 Esse último parâmetro mostra os 3 últimos meses.

Recebo mensagens de Erro do apt-get Pode acontecer de uma instalação ter dado problemas e o apt-get insiste em lhe dar mensagens de erro, verifique-as e corrija com: $ sudo apt­get check

Sumiu o aplicativo “Aparência” Ao terminar de instalar uma nova versão do Ubuntu, as janelas de configuração ficaram todas transparentes, a janela do Monitor mostrava que não tinha nada instalado e a opção "Aparência" desapareceu. A solução? Digitar no terminal o seguinte comando: $ sudo apt­get install gnome­control­center­unity

Instalei o Ubuntu e agora? Página 97 Mouse ou teclado travado quando o computador hiberna Determinadas vezes, pode acontecer com você ou não, quando a máquina entra em estado de hibernação ou mesmo após um boot, o mouse simplesmente trava e o teclado não responde a única solução é apertar a tecla Reset e dar um novo boot. Isso pode acontecer por falha na instalação do Kernel ou por vários outros motivos, a solução? Reinstalar os drivers de entrada, abra um terminal e digite o seguinte comando: $ sudo apt­get install ­­reinstall xserver­xorg­input­all

Reiniciar o Unity Fazemos tantas modificações que no final pode acontecer de se ter o Unity totalmente desconfigurado e cheio de problemas, para resolver essa situação, abra uma janela de terminal e digite os seguintes comandos: $ dconf reset ­f /org/compiz $ setsid unity $ unity ­­reset­icons

Baixar um Pacote para instalar em outro computador Sabemos que o comando APT instala um determinado pacote mas também é possível baixar um pacote sem instalá-lo através do parâmetro -d no final do comando. Abra uma janela de terminal e digite os seguintes comandos: $ sudo apt­get install aplicativo ­d Outros parâmetros que também podem ser interessantes, são: • -s que permite realizar uma instalação simulada, podemos observar tudo o que aconteceria no comando sem que ele efetivamente ocorra. • -y que confirma (sem a necessidade de sermos interrogados) qualquer ação necessária para a execução do comando. • -f que corrige pacotes com problemas que podem ser resultado de instalações incorretas ou a instalação de um programa instável que possa ter causado problemas.

Problemas com a Lixeira? A lixeira se encontra na pasta ~/.local/share/Trash, pode ser que algo que tenha feito está causando problemas e não consiga mais apagar arquivos ou mandá-los para a lixeira. Solução para isso é apagar a recriar esta pasta. Abra o terminal e digite os seguintes comandos: $ cd ~/.local/share $ sudo rm ­rf Trash $ mkdir Trash && chmod 700 Trash

Problemas com Pacotes? Pacotes são muito importantes no sistema, e muitas vezes podem ficar para trás ou quebrados. Caso isso aconteça digite o seguinte comando para localizar um determinado pacote por parte do seu nome: $ dpkg ­l | grep parteNomePacote Uma vez localizado o pacote desejado use o seguinte comando para removê-lo: $ sudo dpkg ­­purge nomePacoteCorreto

Vídeos H.265 Encontrou um vídeo no formato H.265 ou HEVC (High Efficiency Video Coding) e ao dar o PLAY simplesmente não funcionou? É necessário adicionar as bibliotecas de suporte: $ sudo apt­add­repository ppa:strukturag/libde265

Instalei o Ubuntu e agora? Página 98 $ sudo apt­get update $ sudo apt­get install gstreamer0.10­libde265 gstreamer1.0­libde265 vlc­plugin­ libde265

Permissões na Rede Vamos imaginar que possui duas máquinas ligadas na mesma rede e deseja copiar arquivos. Apenas como forma de esclarecer chamaremos a primeira máquina de servidor e a segunda de cliente e como usuário utilizaremos ubuntu que pertence ao grupo grpbuntu. 1. No servidor é necessário tornar uma pasta visível (compartilhada) na rede, para isso no Nautilus (isso não funciona no Nemo) clicar com o botão direito do mouse e selecionar a opção “Compartilhamento de rede local”. 2. Agora o cliente pode livremente acessar esta pasta e colocar arquivos nela, porém é necessário que no servidor sejam aplicadas permissões para o arquivo. Abrir um terminal no servidor, acessar a pasta e digitar o seguinte comando: $ sudo chown ubuntu:grpbuntu * O que fizemos foi dizer (através do superusuário) que todos os arquivos dessa pasta (*) pertencem ao usuário ubuntu do grupo grpbuntu. 3. O servidor também pode colocar arquivos nessa pasta para o cliente. Após colocar o arquivo na pasta, clicar com o botão direito no arquivo, acessar a opção “Propriedades” e na aba Permissões selecionar a opção “Leitura e escrita” para os três grupos.

Trabalho de Superusuário Durante todo este livro vimos que para facilitar muitas ações troquei a pasta tradicional /opt para uma pasta chamada /Aplicativos criada dentro do /home/[usuário]. ATENÇÃO – Peço que só realize os procedimentos a seguir somente se sentir totalmente seguro com o sistema, existe o perigo de danificá- lo de modo irreparável. É possível trabalhar tranquilamente em modo gráfico como superusuário para realizar muitas ações. A partir do terminal utilize o seguinte comando: $ sudo nautilus Com este comando podemos criar, mover e eliminar qualquer pasta ou arquivo do Sistema Operacional – Use-o com o máximo de CUIDADO. $ sudo gedit [nome do arquivo] Com este comando podemos editar qualquer arquivo de qualquer pasta do Sistema Operacional – Use- o com o máximo de CUIDADO. E como forma de aprendizado final, recomendaria que colocasse os aplicativos (que ainda não estão) para a pasta /opt e procedesse todas as modificações necessárias nos devidos lançadores.

5.14 Fim? Os artigos deste livro foram selecionados das diversas publicações que fiz em meus sites e de outras encontradas em outros sites que foram nesta obra explicitamente citadas. Segue o endereço de alguns blogs que visito frequentemente, além dos que já citei durante todo esse livro (descritos em ordem alfabética) todos estão no meu LifeRea e aprendi muito com eles: • Blog do Edivaldo: http://www.edivaldobrito.com.br/ • Buteco Open Source: http://blog.butecopensource.com • Diolinux: http://www.diolinux.com.br/ • Guia Foca: http://www.guiafoca.org/ • Linux Centro: http://linuxcentro.com.br/ • Linux Descomplicado: http://www.linuxdescomplicado.com.br/ • Linux Dicas e Suporte: http://linuxdicasesuporte.blogspot.com.br/

Instalei o Ubuntu e agora? Página 99 • Mundo Ubuntu: http://www.mundoubuntu.com.br/ • OMG Ubuntu: http://www.omgubuntu.co.uk/ • Seja Livre: http://sejalivre.org/ • Sempre Update: http://sempreupdate.org/ • Tecnologia Aberta: http://tecnologiaaberta.com.br • Truques do Linux: http://truqueslinux.blogspot.com.br/ • Toca do Tux: http://tocadotux.blogspot.com.br/ • Ubuntero: http://www.ubuntero.com.br/ • Ubuntued: http://ubuntued.info/ • Viva o Linux: http://www.vivaolinux.com.br/ E realmente como palavras finais queria deixar a imagem da minha área de trabalho com alguns dos aplicativos que citei e agradecer de coração a pessoa que me falou que “com o Linux você sempre terá que usar uma tela preta e nunca mais verá a beleza dos aplicativos gráficos” - Aham! Acredite:

Figura 12 – Tela do meu ambiente de trabalho Só que este não é um fim, pois como o Ubuntu minha jornada transformou-se neste documento vivo e dinâmico. Por esse motivo resolvi lançá-lo de forma gratuita para aqueles que desejam e que fosse necessário com um único objetivo em compartilhar o conhecimento. Obrigado e até a próxima Fernando Anselmo � Sobre o Autor: Especialista com forte experiência em Java, Banco de Dados Oracle, PostgreSQL e MS SQL Server. Escolhido como Java Champion desde Dezembro/2006 e Coordenador do DFJUG. Experiência em JBoss e diversos frameworks de mercado e na interpretação das tecnologias para sistemas e aplicativos. Programação de acordo com as especificações, normas, padrões e prazos estabelecidos. Disposição para oferecer apoio e suporte técnico a outros profissionais, autor de 15 livros e diversos artigos em revistas especializadas, palestrante em diversos seminários sobre tecnologia. Atualmente ocupa o cargo de Analista de Sistemas Sênior na BB Turismo. • Perfil profissional no Linkedin: http://www.linkedin.com/pub/fernando-anselmo/23/236/bb4 • Site Pessoal: http://fernandoanselmo.orgfree.com/wordpress/ Anexos

Instalei o Ubuntu e agora? Página 100 “Liberdade não é fazer o que se quer, mas querer o que se faz” (Sartre) Anexo A. Configuração do arquivo conkyrc No meu desktop existia uma barra de configuração do aplicativo Conky, com muitas informações no qual demorei algum tempo para configurá-la a uma maneira que precisava, com o uso do aplicativo Conky Manager a deixei de lado. Mas quero documentá-la aqui pois muitos de seus trechos podem ser aproveitados. Criar um arquivo chamado conkyrc que deve ser inserido na pasta /home/[usuario]/.conky com a seguinte codificação: # ­­­ Basic Conky Settings ­­­ # update_interval 5.0 cpu_avg_samples 2 net_avg_samples 2 double_buffer yes text_buffer_size 2048 temperature_unit celsius # ­­­ Window specifications ­­­ # own_window yes own_window_type normal own_window_transparent yes own_window_type normal own_window_hints undecorated,below,sticky,skip_taskbar,skip_pager # ­­­ Positions, Colours, Sizes, Fonts & Margins ­­­ # alignment tr gap_x 30 gap_y 55 maximum_width 400 minimum_size 300 400 border_inner_margin 3 border_outer_margin 3 # ­­­ Graphics settings ­­­ # draw_shades yes draw_outline no draw_borders no draw_graph_borders no # ­­­ Text settings ­­­ # use_xft yes xftfont Monospace:size=8 xftalpha 0.5 uppercase no default_color FFFFFF color1 ffff99 # Cor Destaque color2 ff6600 # Cor Gráfico 1 color3 cc0033 # Cor Gráfico 2 color4 c0ff3e color5 f8b708 # Título

TEXT ${image ~/.conky/new­ubuntu­logo.png ­p ­s 70x20} ${hr 2}$color ${font caviar dreams:size=10}${alignr}TEMP${font} Nome: $nodename ${font caviar dreams:size=12}${alignr}${weather http://weather.noaa.gov/pub/data/observations/metar/stations/ SBBR temperature temperature 30} °C${font} Boot: $uptime Kernel: $kernel ${alignr}Arq: $machine

${color5}CPU ${hr 2}$color

Instalei o Ubuntu e agora? Página 101 ${font Arial:bold:size=8}${color1}${execi 99999 cat /proc/cpuinfo | grep "model name" ­m1 | cut ­d":" ­f2 | cut ­d" " ­f2­ | sed 's#Processor ##'}$font$color Freq: ${freq_g 2}GHz Proc: $running_processes/ $processes ${cpugraph cpu1 25,120 000000 ff6600 } $alignr${cpugraph cpu2 25,120 000000 cc0033} ${color2}${cpubar cpu1 3,120}$color CPU 1 $alignr${color3}${cpubar cpu2 3,120}$color CPU 2

${color5}TOP 9 PROCESSOS ${hr 2}$color ${color1}NOME PID CPU MEM ${color #ffff99}1. ${top name 1}${top pid 1} ${top cpu 1} ${top mem 1}$color 2. ${top name 2}${top pid 2} ${top cpu 2} ${top mem 2} 3. ${top name 3}${top pid 3} ${top cpu 3} ${top mem 3} 4. ${top name 4}${top pid 4} ${top cpu 4} ${top mem 4} 5. ${top name 5}${top pid 5} ${top cpu 5} ${top mem 5} 6. ${top name 6}${top pid 6} ${top cpu 6} ${top mem 6} 7. ${top name 7}${top pid 7} ${top cpu 7} ${top mem 7} 8. ${top name 8}${top pid 8} ${top cpu 8} ${top mem 8} 9. ${top name 9}${top pid 9} ${top cpu 9} ${top mem 9}

${color5}MEMÓRIA & SWAP ${hr 2}$color RAM $memperc% ${membar 6} Swap $swapperc% ${swapbar 6}

${color5}HD ­ ESPAÇO LIVRE ${hr 2}$color Ubuntu ${fs_free_perc /}%$alignr${fs_free /}/ ${fs_size /} ${fs_bar 3 /} # SE EXISTIR OUTROS # ${color}Data$color ${fs_free_perc /mnt/data}%$alignr${fs_free /mnt/data}/ $ {fs_size /mnt/data} # ${fs_bar 3 /mnt/data}$color

${color5}INTERNET (IP: ${addr eth056}) ${hr 2}$color ${color}Download:$color ${downspeed eth0} KB/s $alignr${color}Upload:$color $ {upspeed eth0} KB/s ${downspeedgraph eth0 25,120 000000 00ff00} $alignr${upspeedgraph eth0 25,120 000000 ff0000} E para chamar o conky com a barra configurada desta maneira digite o seguinte comando no terminal: $ conky ­c ./.conky/conkyrc &

Anexo B. Arrumando o aplicativo Sweet Home 3D Ao baixar o aplicativo Sweet Home 3D, o compactado vem com a JRE do Java 6.0. Se seguiu todos os passos deste livro então possui a versão mais nova e oficial do Java. Pretendo fazer aqui duas melhorias, a primeira é eliminar a pasta JRE e a segunda é migrar o aplicativo para a pasta /opt. Porém para fazer isso devemos modificar o Script que se encontra na pasta raiz chamado SweetHome3D, edite-o e digite a seguinte codificação: #!/bin/sh

# Retrieve Sweet Home 3D directory BIBLIOS=/opt/SweetHome3D­4.6/lib JAVA_HOME=/usr/lib/jvm/java­7­oracle # Run Sweet Home 3D exec java ­Xmx1024m ­classpath $BIBLIOS/SweetHome3D.jar:$BIBLIOS/Furniture.jar: $BIBLIOS/Textures.jar:$BIBLIOS/Help.jar:$BIBLIOS/iText­2.1.7.jar:$BIBLIOS/freehep­ vectorgraphics­svg­2.1.1b.jar:$BIBLIOS/sunflow­0.07.3i.jar:$BIBLIOS/jmf.jar: $BIBLIOS/batik­svgpathparser­1.7.jar:$BIBLIOS/j3dcore.jar:$BIBLIOS/j3dutils.jar:

56 Esta variável mostra a rede cabeada, se deseja ver a rede via Wireless troque-a para wlan0.

Instalei o Ubuntu e agora? Página 102 $BIBLIOS/vecmath.jar:$JAVA_HOME/jre/lib/javaws.jar ­Djava.library.path=$BIBLIOS ­Dcom.eteks.sweethome3d.applicationId=SweetHome3D#Installer com.eteks.sweethome3d.SweetHome3D ­open "$1" Agora já podemos mover a pasta para /opt e modificar o lançador.

Anexo C. Faxina no /boot O Giovanni Nunes escreveu um excelente artigo57 no qual indica como eliminar as atualizações do Kernel. Explico, cada vez que o Kernel é trocado a imagem do anterior permanece em seu computador e vai parar no /boot assim é possível retornar uma imagem anterior. Só que quando o Kernel já está estável essas imagens anteriores acabam por se tornar um belo de um espaço ocupado no seu HD além de um GRUB com várias opções. Sendo assim, o Giovanni criou um Script que não elimina, mas mostra a linha como eliminar as imagens anteriores, tipo: apt-get remove – purge imagemX imagemY e por assim vai, ou seja, a ideia é rodar o Script copiar e executar a linha mostrada. Recomendo sua utilização com uma observação, preserve a última imagem, ou seja, imaginemos que o Kernel atual é o 4.0 então deixe a imagem do 3.19 assim terá um ponto de restauração em caso de problemas. Segue o código completo do script criado, para usá-lo abra o gEdit ou Nano e copie os códigos descritos e em seguida salve-o como faxina.sh. #!/bin/bash # # Old Kernel Cleaner (Ubuntu) # Just a way to remove older linux kernel images from a Ubuntu system # # Copyright 2015, Giovanni Nunes # # This program is free software; you can redistribute it and/or modify # it under the terms of the GNU General Public License as published by # the Free Software Foundation; either version 2 of the License, or # (at your option) any later version. # # This program is distributed in the hope that it will be useful, # but WITHOUT ANY WARRANTY; without even the implied warranty of # MERCHANTABILITY or FITNESS FOR A PARTICULAR PURPOSE. See the # GNU General Public License for more details. # # You should have received a copy of the GNU General Public License # along with this program; if not, write to the Free Software # Foundation, Inc., 51 Franklin Street, Fifth Floor, Boston, # MA 02110­1301, USA. #

# keeping at least TOKEEP=3

# remove counter TOREMO=0

# get LSB release information source /etc/lsb­release

# check where is running. if [ ${DISTRIB_ID} = "Ubuntu" ]; then PACKAGE='linux­image' LINUX=$( dpkg ­l ${PACKAGE}­[0­9]* | grep "ii " | awk '{ print $2 }' | tac ) COUNT=0

57 Disponível em https://giovannireisnunes.wordpress.com/2015/05/25/faxina-no-boot/

Instalei o Ubuntu e agora? Página 103 LIST='' # for each package found... for IMAGE in ${LINUX}; do if [ ${COUNT} ­lt ${TOKEEP} ] ; then if [ ${COUNT} ­eq 0 ]; then echo "Keeping:" fi echo " ${IMAGE}" else LIST=${LIST}' '${IMAGE} TOREMO=$((TOREMO=+1)) fi COUNT=$((COUNT+1)) done if [ ${TOREMO} ­gt 0 ]; then # for safety I don't run 'apt­get', please copy & paste echo ­e "\nTry this:\napt­get remove ­­purge${LIST}" else echo ­e "\nNothing to do!" fi else echo "Ubuntu only!" exit 1 fi exit 0 Após salvar o arquivo, clique com o botão direito do mouse e selecione Propriedades (na aba permissões) marque a opção que trata de um arquivo que pode ser executado. Para executá-lo utilize o seguinte comando no terminal: $ ./faxina.sh

Instalei o Ubuntu e agora? Página 104 Cartão de Referência

Privilégios Interface Gráfica sudo [cmd] – executar comando como super usuário sudo /etc/init.d/gdm restart – reiniciar o X e retornar sudo -s – entrar em modo super usuário para o login (GNOME) sudo -s -u user – entrar como usuário /etc/X11/xorg.conf – mostra a configuração sudo -k – esquecer senha do sudo sudo dexconf – reiniciar a configuração do xorg.conf sudo visudo – editar o /etc/sudoers Ctrl+Alt+Bksp – reiniciar o X se congelado passwd – trocar senha do usuário atual Ctrl+Alt+FN – trocar para tty N chmod[RWX] – mudar a permissão do arquivo Ctrl+Alt+F7 – retornar ao X grep -r [key] [arqs] – pesquisar em arquivos [cmd] | grep [key] – pesquisar na saída do comando Serviços Comandos mais comuns ps – mostrar os serviços ativos kill [pid] – eliminar determinado serviço pwd – mostrar pasta atual start service – iniciar serviço (Upstart) ls – listar pastas e arquivos stop service – parar serviço (Upstart) ls -la – listar pastas e arquivos geral status service – verificar serviço (Upstart) cd [pasta] – acessar pasta /etc/init.d/service start – iniciar serviço (SysV) cp [orig] [dest] – copiar arquivo /etc/init.d/service stop – parar serviço (SysV) mv [orig] [dest] – mover arquivo /etc/init.d/service status – verificar serviço (SysV) mkdir [pasta] – criar pasta /etc/init.d/service restart – reiniciar serviço (SysV) rm -f [pasta] – eliminar uma pasta ou arquivo cat > [arq] – trocar saída padrão para o arquivo Pacotes tail [arq] – mostrar as últimas 10 linhas do arquivo apt-get update – verificar as alterações Sistema apt-get upgrade – upgrade em todos pacotes apt-get dist-upgrade – upgrade na versão cal – mostrar calendário apt-get install pkg – instalar pacote df – uso do disco apt-get purge pkg – desinstalar pacote du – espaço utilizado apt-get autoremove – remover pacote obsoleto lsb_release -a – obter a versão do Ubuntu apt-get -f install – tentar fixar pacotes quebrados uname -r – obter a versão do Kernel dpkg --configure -a – tentar fixar pacotes quebrados uname -a – obter informações do Kernel dpkg -i [arq].deb – instalar um pacote DEB last – últimas reinicializações realizadas rpm -Uvh [arq].rpm – instalar um pacote RPM history – últimos comandos digitados /etc/apt/sources.list – lista do repositório APT lsblk – partições foram criadas no seu HD lspci – informações do hardware instalado Compressão man hier – hierarquia de pastas do seu sistema tar cf [arq].tar [arqs] – criar TAR Rede tar xf [arq].tar – extrair TAR tar czf [arq].tar.gz [arqs] – criar Gzip hostname && hostname -i – exibe o nome da máquina e tar xzf [arq].tar.gz [arqs] – extrair Gzip do endereço IP tar cjf [arq].tar.gz [arqs] – criar Bzip2 whoami – nome do usuário atual tar xjf [arq].tar.gz [arqs] – extrair Bzip2 groups $(whoami) | cut -d' ' -f1 – qual grupo? w – quem está online? Firewall finger [user] – informações sobre usuário ufw enable – ligar o firewall ping [host] – verificar hospedeiro ufw disable – desligar o firewall ssh [user]@[host] – acessar hospedeiro ufw default allow – permitir conexões por padrão dig [dom] – informações sobre o domínio ufw default deny – bloquear conexões por padrão ifconfig – mostrar informações da rede ufw status – verificar as regras atuais iwconfig – mostrar informações da rede wireless ufw allow [porta] – permitir o tráfego na porta sudo iwlist scan – localizar redes wireless ufw deny [porta] – bloquear uma porta sudo /etc/init.d/networking restart – reiniciar as ufw deny from [ip] – bloquear um endereço IP configurações da rede (file) /etc/network/interfaces – configuração manual Aplicações comuns para acessar com sudo ifup interface – interface bring online ifdown interface – desabilitar interface nautilus – gerenciador de arquivos wget [arquivo] – baixar um arquivo da Internet gedit – editor de textos nano – editor de textos

Instalei o Ubuntu e agora? Página 105 O que é Ubuntu: Ubuntu é uma filosofia africana, não traduzível diretamente, exprime a consciência da relação entre o indivíduo e a comunidade, cujo significado se refere à humanidade com os outros. Trata- se de um conceito amplo sobre a essência do ser humano e a forma como se comporta em sociedade. Para os africanos, ubuntu é a capacidade humana de compreender, aceitar e tratar bem o outro, uma ideia semelhante à de amor ao próximo. "Uma pessoa com Ubuntu está aberta e disponível para as outras, apoia as outras, não se sente ameaçada quando outras pessoas são capazes e boas, com base em uma autoconfiança que vem do conhecimento de que ele ou ela pertence a algo maior que é diminuído quando outras pessoas são humilhadas ou diminuídas, quando são torturadas ou oprimidas." — Arcebispo Desmond Tutu no livro "No Future Without Forgiveness" (em português: "Sem Perdão Não Há Futuro") Ubuntu significa generosidade, solidariedade, compaixão com os necessitados, e o desejo sincero de felicidade e harmonia entre os homens. O conceito exprime a crença na comunhão que conecta toda a humanidade: "sou o que sou graças ao que somos todos nós"

Ubuntu (Linux) Ubuntu é um sistema operacional construído a partir do núcleo Linux (Linux Kernel). É um sistema de código aberto baseado em Debian e segue as normas de software livre. A escolha do nome tem como base a filosofia africana “ubuntu” e reflete a ideologia do projeto, destacando o espírito de entreajuda entre os colaboradores. O sistema ubuntu tem desenvolvimento comunitário e o produto pode ser partilhado com qualquer pessoa. Quem desejar pode instalar gratuitamente o sistema no computador e não terá que pagar para o utilizar. O sistema Ubuntu foi lançado no ano de 2004 pela empresa Canonical. É anunciado como um sistema simples de usar e indicado para fins pessoais ou profissionais, tanto em computadores pessoais como em servidores. É um sistema seguro e contém todos os aplicativos necessários, como navegador web, programas de edição de texto, planilha eletrônica, apresentação, entre outros.

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