Reunião de: 16/08/2016 Notas Taquigráficas - Comissões SENADO FEDERAL

SENADO FEDERAL SECRETARIA-GERAL DA MESA SECRETARIA DE REGISTRO E REDAÇÃO PARLAMENTAR REUNIÃO 16/08/2016 - 15ª - Comissão de Meio Ambiente

O SR. PRESIDENTE (. Bloco Parlamentar Democracia Progressista/PSD - BA) – Com quórum suficiente, declaro aberta a 15ª Reunião da Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle da 2ª Sessão Legislativa Ordinária da 55ª Legislatura. Submeto aos Srs. Senadores e às Srªs Senadoras a dispensa da leitura e a aprovação da Ata da reunião anterior. Aqueles que concordam permaneçam como se encontram. (Pausa.) A Ata foi aprovada e será publicada no Diário do Senado Federal. Leitura de avisos, ofícios e demais documentos recebidos na Comissão. Comunico o recebimento dos seguintes documentos: Aviso nº 542-TCU-Plenário; Aviso nº 515-GP-TCU, Aviso nº 536- TCU-Plenário, Aviso nº 557-TCU-Plenário, Aviso nº 524-GP-TCU, Ofício nº 405/2016, Aviso nº 600-TCU-Plenário, Aviso nº 627-TCU-Plenário, Aviso nº 463/2016, Aviso nº 635-Seses-TCU-Plenário, Aviso nº 665-Seses-TCU-Plenário, Aviso nº 604-GP-TCU, Aviso nº 614-TCU-Plenário, Aviso nº 648-GP-TCU. Informo que a relação dos documentos lidos foi encaminhada por e-mail para os gabinetes de todos os membros com links para acesso a seus conteúdos, de forma que os Senadores e Senadoras possam se manifestar, caso desejem. Passamos à pauta.

ITEM 1 PROJETO DE LEI DA CÂMARA Nº 51, de 2014 - Não terminativo - Obriga o uso de torneiras com dispositivo de vedação automática de água em todos os banheiros de uso coletivo. Autoria: Deputado Lincoln Portela Relatoria: Senador Pedro Chaves Relatório: Pela rejeição. Observações: -Matéria apreciada pela CCJ e pela CDR, com parecer pela aprovação do projeto com a emenda nº 1-CCJ/CDR. Relatoria do Senador Pedro Chaves, a quem passa a palavra para proferir o relatório. O SR. PEDRO CHAVES (Bloco Moderador/PSC - MS) – Sr. Presidente, Srs. Senadores, o nosso bom-dia. É com muito prazer que faço a relatoria desse processo, oriundo da Câmara, que é o Projeto de Lei da Câmara nº 51/2014, da lavra do Deputado Lincoln Portela. Trata-se, como falou o nosso Presidente, do uso obrigatório de torneiras com dispositivo de vedação automática de água em todos os banheiros públicos de uso coletivo. Vou para a relatoria direto.

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Vem ao exame da Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle o Projeto de Lei da Câmara nº 51 de 2014 (Projeto de Lei nº 3.636, de 2.000, na origem), que "obriga o uso de torneiras com dispositivo de vedação automática de água em todos os banheiros de uso coletivo", de autoria do Deputado Federal Lincoln Portela. O art. 1º da proposição determina que, a partir da publicação da lei de que resultar o projeto, todos os banheiros de uso coletivo localizados em novos edifícios públicos, comerciais e residenciais deverão ser "equipados com torneiras compostas de mecanismo automático de vedação de água, eletrônico ou mecânico, nos lavatórios". O art. 2º veda a expedição do "respectivo habite-se" às obras executadas em desacordo com essa determinação. O art. 3º atribui a fiscalização necessária aos órgãos municipais competentes. O art. 4º estabelece a vigência, a partir de sua publicação, da lei de que resultar o projeto. Na justificação da matéria, o autor defende como seu objetivo principal a racionalização no uso de água. O projeto foi despachado ao exame das Comissões de Desenvolvimento Regional e Turismo (CDR) e de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle. A matéria obteve parecer favorável da CDR, após consulta à Comissão de Constituição, Justiça e (CCJ), que se pronunciou pela constitucionalidade e juridicidade da proposição, com uma emenda de redação alterando o art. 1º do PLC, para estabelecer que a obrigação criada pela proposição se aplica apenas aos “banheiros destinados ao público”, excluindo da obrigação os banheiros de uso comum em residência familiar. Não foram apresentadas emendas nesta Comissão. Análise da matéria. Compete à CMA, nos termos do art. 102-A, inciso II, alínea "d", do Regimento Interno do Senado Federal, opinar sobre assuntos atinentes à defesa do meio ambiente, especialmente conservação e gerenciamento dos recursos hídricos, mérito da proposição em análise. O projeto é meritório ao buscar a racionalização no uso dos recursos hídricos. De fato, obrigar a instalação, em novos edifícios, de equipamentos com dispositivo de vedação automática de água em todos os banheiros de uso coletivo, é medida que pode gerar significativa economia de água tratada. Entretanto, entendemos que há vícios de constitucionalidade na matéria, com base nos seguintes fundamentos. A Constituição Federal atribui expressamente as competências dos entes federados para legislar sobre determinada matéria. A competência para legislar sobre águas é privativa da União, nos termos do art. 22, inciso IV. Além dessa competência legislativa, o art. 21, inciso XIX estabelece a competência material da União para "instituir sistema nacional de gerenciamento de recursos hídricos e definir critérios de outorga de direitos de seu uso". Entendemos que as competências constitucionais da União sobre "águas", previstas nos dispositivos mencionados, não poderiam ser interpretadas amplamente de forma a abranger normas que tratem sobre dispositivos de torneiras. Portanto, a matéria veiculada pela proposição em análise não poderia ser abrangida pela competência da União para legislar sobre águas, o que aponta a inconstitucionalidade formal do projeto.

Vislumbramos ainda outras inconstitucionalidades. A primeira no que se refere à pretensão do projeto em vedar a expedição do “habite-se” pelos Municípios, conforme art. 2º do PLC, em clara invasão da competência legislativa municipal para tratar de assuntos de interesse local (CF, art. 30, I). Além disso, o art. 3º da proposição pretende determinar competência fiscalizatória pelos órgãos competentes municipais, mais uma vez em invasão da competência constitucional de outro ente federado, já que legislar sobre o funcionamento da Administração Pública Municipal compete à chefia daquele Executivo. Portanto, os dois dispositivos mencionados violam a cláusula federativa, garantida pelo caput do art. 18 e desenvolvida pelos arts. 29 e 30, todos da Constituição Federal. Voto. Por todo o exposto, o Relator vota pela rejeição do Projeto de Lei da Câmara n° 51, de 2014. Assinado: Pedro Chaves dos Santos Filho, Relator. O SR. PRESIDENTE (Otto Alencar. Bloco Parlamentar Democracia Progressista/PSD - BA) – Em discussão. O SR. TELMÁRIO MOTA (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PDT - RR) – Sr. Presidente, vou pedir vista deste projeto, porque, na CCJ, ele teve aprovação. E lá não foi constatado o que o nobre Senador acaba de constatar, que há inconstitucionalidade, que envolve a questão do Município. Então, como não estou seguro em relação a essa matéria e eu a acho de suma importância em todos os aspectos, eu solicito vista. 2/13 Reunião de: 16/08/2016 Notas Taquigráficas - Comissões SENADO FEDERAL

O SR. PRESIDENTE (Otto Alencar. Bloco Parlamentar Democracia Progressista/PSD - BA) – O Senador Pedro Chaves tocou em um assunto no sentido de que, na verdade, a Constituição veda a interferência nas atribuições administrativas do Município, que é fornecer "habite-se". É a mesma coisa que oferecer alvará. O SR. PEDRO CHAVES (Bloco Moderador/PSC - MS) – Exatamente. O SR. PRESIDENTE (Otto Alencar. Bloco Parlamentar Democracia Progressista/PSD - BA) – Não é o Governo Federal. Nesse caso, acho que ele está de acordo com a legislação. Mas, claro, V. Exª tem todo o direito, e será concedida a vista. O SR. PEDRO CHAVES (Bloco Moderador/PSC - MS) – Obrigado, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Otto Alencar. Bloco Parlamentar Democracia Progressista/PSD - BA) – Item 2.

ITEM 2 PROJETO DE LEI DA CÂMARA Nº 138, de 2015 - Não terminativo - Veda a importação de pele de cães, gatos e animais selvagens exóticos e de artigos dela derivados. Autoria: Deputado Felipe Bornier. Relatoria: Senador Ronaldo Caiado. Relatório: pela aprovação nos termos do substitutivo. Observações: -posteriormente, a matéria segue ao Plenário. Passo a palavra ao Relator, Senador Ronaldo Caiado. O SR. RONALDO CAIADO (Bloco Social Democrata/DEM - GO) – Muito obrigado, Sr. Presidente. Da Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle, sobre o Projeto de Lei da Câmara (PLC) nº 138, de 2015 (Projeto de Lei nº 5.284, de 2009, na origem), do Deputado Felipe Bornier, que “veda a importação de pele de cães, gatos e animais selvagens exóticos e de artigos dela derivados”. Relatório. O Projeto de Lei da Câmara (PLC) nº 138, de 2015, que “veda a importação de pele de cães, gatos e animais selvagens exóticos e de artigos dela derivados” está em análise nesta Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA). Em seu texto original, a proposição estipula, entre outras coisas, a proibição da importação de pele de cães, gatos e animais selvagens exóticos sem origem certificada, bem como de artigos derivados. Em 23 de fevereiro deste ano, apresentei parecer com substitutivo. Entretanto, entendemos por bem solicitar o reexame da matéria, razão pela qual alteramos em parte o nosso voto. É o relatório. Nesta Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle, devemos opinar sobre os diversos assuntos atinentes à defesa do meio ambiente. Entendemos que o Projeto de Lei da Câmara nº 138, de 2015, não apresenta quaisquer problemas de constitucionalidade, material ou formal, ou de injuridicidade em qualquer dos seus elementos. Quanto ao mérito, no entanto, modificamos esse parecer no sentido de retirar das vedações as peles de chinchilas, pelos motivos que passamos a expor.

O projeto continua extremamente louvável. A essência dele é coibir os maus-tratos animais, com especial ênfase no combate ao mercado ilegal de peles e produtos derivados. A título de exemplo, o mercado chinês detém mais da metade do comércio e fabricação mundial de produtos oriundos de pele de cães e gatos, sem a necessária comprovação de utilização das melhores práticas em prol do bem-estar animal. Países da comunidade europeia e Estados Unidos, por exemplo, já estabeleceram legislações vedando esse tipo de comércio. Por outro lado, reavaliei minha opinião e entendi que não posso negligenciar a indústria de peles de chinchilas no País, devidamente certificada e fiscalizada, instalada aqui há muitas décadas, e que coloca o Brasil como um dos maiores produtores e exportadores mundiais de artigos derivados de chinchilas, empregando e provendo renda a muitas famílias. 3/13 Reunião de: 16/08/2016 Notas Taquigráficas - Comissões SENADO FEDERAL

Voto. Ante o exposto, votamos pela aprovação do Projeto de Lei da Câmara nº 138, de 2015, com a emenda substitutiva reformulada e a seguir apresentada: Emenda – CMA (Substitutivo) Projeto de Lei da Câmara nº 138, de 2015 Veda a importação de pele de cães, gatos, coelhos e chinchilas domésticos e de animais selvagens e de artigos dela derivados e altera o art. 31 da Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998. O Congresso Nacional decreta: Art. 1º A importação de peles de animais e artigos dela derivados é vedada para: I – cães, gatos e coelhos domésticos; II – animais selvagens, sem origem certificada e sem licença ou autorização da autoridade competente. Parágrafo único. Excetuam-se da disposição do caput peles de animais e artigos delas derivados destinados a instituições educativas e científicas, mediante autorização da autoridade competente. Art. 2º Dê-se ao art. 31 da Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, a seguinte redação: "Art. 31...... Pena – reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa. Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas quem introduz no País peles de animais ou artigos delas derivados vedados em lei." (NR) Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Sr. Presidente, fica claro, então, que a única alteração que foi feita é no caso específico dos criadores de chinchilas, que têm todas as exigências cumpridas, conforme a lei vigente no País e as exigências também dos ministérios. Como tal, diante dos fatos que apresentavam documentos e provas, entendi por bem que fosse feita essa não exclusão, mas que aqueles que cumprem não estivessem sob essa vedação imposta aos demais, como pele de cães, gatos e coelhos. Obrigado, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Otto Alencar. Bloco Parlamentar Democracia Progressista/PSD - BA) – Pois não, Senador Ronaldo Caiado, está em discussão o relatório. Para discutir, o Senador Telmário Mota. O SR. TELMÁRIO MOTA (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PDT - RR) – Sr. Presidente, eu queria solicitar ao nobre Relator Senador Caiado que veja o seguinte: veda a importação de pele de cães, gatos, animais selvagens, exóticos e de artigos... E de artigos dela derivados. Então, por exemplo, sapato ou vestimenta, qualquer coisa, isso também está vedado. É fato, Senador Caiado. Eu queria colocar isso. E depois ele também diz o seguinte: "Segundo o autor da proposição, a indústria das peles envolve cifras milionárias, e os métodos utilizados para captura, aprisionamento e abate envolvem práticas cruéis e intenso sofrimento dos animais, selvagens ou domésticos."

Na verdade, essa colocação é do ponto de vista de quem está olhando, porque, se alguém for a um abatedouro, seja de galinha, seja de porco, percebe-se que essa característica não é uma coisa tão fácil de se olhar. Aparentemente, há um sentimento doloroso, porque toda morte, a priori, do ponto de vista humano, é dolorosa. Então, eu queria só que o Relator nos deixasse mais claro esse ponto, porque, a partir disso, um cinto, uma bolsa, um sapato, um blazer, qualquer outra coisa derivada de animal, se houver uma indústria totalmente implantada, talvez nós não possamos importar e, de repente, as exportações do Brasil também poderão ser vetadas em retaliação. Só a título de esclarecimento, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Otto Alencar. Bloco Parlamentar Democracia Progressista/PSD - BA) – Senador Ronaldo Caiado. O SR. RONALDO CAIADO (Bloco Social Democrata/DEM - GO) – Sr. Presidente, senhores colegas, é lógico que o que estamos tratando aqui é exatamente de coibir toda a mercadoria derivada desses produtos, principalmente nos países da Ásia, em especial a China, onde os produtos são tratados sem o menor respeito às normas legais existentes. Ou seja, há uma legislação na Europa, nos Estados Unidos, no Brasil que restringe ou exige que aquele criador esteja dentro das normas preestabelecidas.

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Agora, eu posso garantir a V. Exª que qualquer abatedouro, seja de chinchila, seja de boi, seja de frango, seja de peixe, indiscutivelmente não é algo agradável. Nós não estamos dizendo isso. O que nós estamos dizendo é que as pessoas deverão seguir as regras estipuladas. Ou seja, se, no Brasil, há um criatório de chinchila que as autoridades competentes consideram que está em conformidade com aquilo que é admissível, aceitável e se puder ser usada a pele – amanhã de avestruz ou de chinchila – de acordo com a legislação, não há por que se impedir, até porque isso está dentro de um cumprimento legal, e o Governo brasileiro autoriza a criação e o abate. São as exceções que estamos abordando. Agora, nós estamos aqui impedindo que haja a prática com cães, com gatos, com animais domésticos, que realmente vem sendo utilizada em alguns países da Ásia e com a qual nós não concordamos. E existe uma posição não só no Brasil, mas também na Europa e nos Estados Unidos. Em relação ao fato específico de que o abatedouro não é realmente um local agradável, eu concordo plenamente com V. Exª. Não há como nós refutarmos o fato. Agora, existe uma realidade. O Ministério da Agricultura e o Ministério do Meio Ambiente autorizam, com base em regras compatíveis com a situação, o abate daqueles animais que são permitidos. Então, nós teríamos os mais variados abates. Temos frigorífico de avestruz, temos frigorífico de gado, temos frigorífico de frangos, temos frigorífico de peixe. Há uma variedade enorme de frigoríficos no Brasil.

No caso específico da chinchila, é pela utilização da pele, mas dentro daquilo que a legislação brasileira admitiu. Ou seja, com isso, nós não estaríamos impedindo o cidadão que cumpriu todas as suas exigências, para que amanhã ele seja interditado depois de ter cumprido as regras legais do País. Essa é a nossa posição, Sr. Presidente. Agradeço. O SR. TELMÁRIO MOTA (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PDT - RR) – Sr. Presidente... O SR. PRESIDENTE (Otto Alencar. Bloco Parlamentar Democracia Progressista/PSD - BA) – Senador Telmário; depois, Senador Flexa Ribeiro. O SR. TELMÁRIO MOTA (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PDT - RR) – Sr. Presidente, o Senador Caiado tem como profissão ser médico, como o Senador Otto, mas ele, sem nenhuma dúvida, é um homem do campo, conhece como ninguém esse segmento e, como sempre, muito competente, trouxe os esclarecimentos que estávamos precisando. Eu me dou por satisfeito, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Otto Alencar. Bloco Parlamentar Democracia Progressista/PSD - BA) – Senador Flexa Ribeiro. O SR. FLEXA RIBEIRO (Bloco Social Democrata/PSDB - PA) – Sr. Presidente, a dúvida do Senador Telmário também é minha. O parecer do Senador Ronaldo Caiado deixa uma dúvida, porque aqui fala em peles de cães e gatos, animais domésticos, e junto fala em animais selvagens exóticos. Desde que esses animais, por exemplo – vamos citar um animal selvagem exótico –, um crocodilo, um jacaré... Pode haver um criadouro de jacaré, como nós temos já no Brasil, que é uma pele de alto valor para derivados, artigos feitos com a pele do jacaré, e pode um país ter um criatório que use não só a pele como a própria carne do animal para comercializar. E no Brasil já existe isso. Quer dizer, se vamos criar uma barreira de importação de algo que no país de origem está legalizado, nós ter, como disse o Senador Telmário, também a reciprocidade na exportação, se daqui quisermos exportar a própria pele do jacaré. Talvez, no parecer, possamos fazer essa ressalva de que a importação, desde que tenha a origem do produto legalizada no País, possa acontecer. Nós temos esse problema, Senador Caiado, na Amazônia para a exportação de madeira. A madeira, hoje, só é exportada se tiver o chamado Selo Verde, ou seja, a madeira que é retirada da floresta, que não seja por manejo ou por reflorestamento, não pode ser exportada mais. Ela não tem guia, não recebe a guia de exportação. Então, é vedada a exortação. Mas, se ela tiver a origem em um projeto de manejo aprovado pelos órgãos federais e estaduais ou de reflorestamento, pode ser exportada. É um mercado importante para o nosso País. Eu perguntaria também a V. Exª se, nesse caso, não caberia uma ressalva para esses criatórios legalizados em outros países. O SR. RONALDO CAIADO (Bloco Social Democrata/DEM - GO) – Está claro. Eu queria reforçar o texto da lei. Ele é claro. A lei não está deixando aqui a menor dúvida, nobre colega. Temos o inciso II. O que a lei diz que é vedado? Para cães, gatos e coelhos domésticos.

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Agora, o inciso II: "animais selvagens sem origem certificada e sem licença ou autorização da autoridade competente". O SR. FLEXA RIBEIRO (Bloco Social Democrata/PSDB - PA) – No país de origem. O SR. RONALDO CAIADO (Bloco Social Democrata/DEM - GO) – Não, essa situação é certificada. Se ela está certificada, se ela cumpre as exigências legais, não há nenhum impedimento. O que nós estamos falando é exatamente do contrabando que existe, da utilização desses animais. Hoje, por exemplo, nós temos o javali. Você tem o javali, você tem um criatório, você tem um abate, você tem a utilização da carne. Você tem criatórios de codorna, você tem criatórios de jacaré, que é também dentro desta legislação. Então, as exceções são sem origem certificada e sem licença ou autorização. Se esses animais não têm essa licença, eles não podem ser, de maneira alguma, importados. Agora, se ele tem, no seu país de origem, toda a certificação, se ele cumpre todas as exigências, se ele tem a licença, ora, você não tem porque vedá-la. Está bem claro no inciso II da lei. O SR. FLEXA RIBEIRO (Bloco Social Democrata/PSDB - PA) – Pela ordem, Presidente. Só como sugestão ao nobre Relator, que a gente pudesse deixar bem claro esse inciso II, que se diga nele que é a certificação e a comprovação no país de origem, porque... O SR. RONALDO CAIADO (Bloco Social Democrata/DEM - GO) – Mas se nós estamos importando, não pode ser em outro país. O SR. FLEXA RIBEIRO (Bloco Social Democrata/PSDB - PA) – Pois é. É... O SR. RONALDO CAIADO (Bloco Social Democrata/DEM - GO) – Não pode ser em outro país. Se nós estamos importando, não pode ser em outro país. Então, o texto, do ponto de vista legislativo, da técnica legislativa, está perfeito. O SR. FLEXA RIBEIRO (Bloco Social Democrata/PSDB - PA) – Está correto. O SR. PRESIDENTE (Otto Alencar. Bloco Parlamentar Democracia Progressista/PSD - BA) – Como está dentro da lei, atende. O SR. RONALDO CAIADO (Bloco Social Democrata/DEM - GO) – Não tem como aqui. Para o nosso professor de português, Senador Pedro Chaves, está bem claro aqui. Nós não temos dúvidas. É no país de origem. O SR. FLEXA RIBEIRO (Bloco Social Democrata/PSDB - PA) – Eu só queria deixar mais claro, mas eu concordo com V. Exª. Vamos votar. O SR. PRESIDENTE (Otto Alencar. Bloco Parlamentar Democracia Progressista/PSD - BA) – Eu parabenizo V. Exª pela preocupação com os jacarés. (Risos.) Encerrada a discussão, em votação. Os Srs. Senadores e Senadoras que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado. Está aprovado o relatório do Senador Ronaldo Caiado, que passa a constituir o parecer da CMA pela aprovação, nos termos do substitutivo. Do item 3 ao item 10, todos são terminativos. Então, nós passaremos ao item 11, que é um requerimento da lavra do ... O SR. CIDINHO SANTOS (Bloco Moderador/PR - MT) – Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Otto Alencar. Bloco Parlamentar Democracia Progressista/PSD - BA) – Senador Telmário Mota... Pois não, Senador Cidinho. O SR. CIDINHO SANTOS (Bloco Moderador/PR - MT) – Sr. Presidente, eu sou Relator do projeto de autoria do Senador Waldemir Moka, acredito que seja o item 6, e eu gostaria, se fosse possível, de ler o relatório. O SR. PRESIDENTE (Otto Alencar. Bloco Parlamentar Democracia Progressista/PSD - BA) – Qual item?

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O SR. CIDINHO SANTOS (Bloco Moderador/PR - MT) – Item 6. Eu leria o relatório e aguardaríamos o quórum para votação. O SR. PRESIDENTE (Otto Alencar. Bloco Parlamentar Democracia Progressista/PSD - BA) – Não tem nenhum problema. O SR. RONALDO CAIADO (Bloco Social Democrata/DEM - GO. Fora do microfone.) – Quero pedir inversão da pauta para o item 8, por favor. O SR. PRESIDENTE (Otto Alencar. Bloco Parlamentar Democracia Progressista/PSD - BA) – Olha, então, Senador Ronaldo, ficaremos com o item 6 e o item 8, depois o item 11. O SR. CIDINHO SANTOS (Bloco Moderador/PR - MT) – O.k. O SR. PRESIDENTE (Otto Alencar. Bloco Parlamentar Democracia Progressista/PSD - BA) – Então, eu passo a palavra... O SR. TELMÁRIO MOTA (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PDT - RR) – Sr. Presidente, uma questão de ordem, eu só gostaria que o meu item 11, o quórum que há aqui é suficiente para aprová-lo, então, que depois os Senadores segurassem um pouquinho... O SR. PRESIDENTE (Otto Alencar. Bloco Parlamentar Democracia Progressista/PSD - BA) – É um requerimento, não tem nenhum problema, não precisa de quórum qualificado. Vamos atender o Senador Cidinho. O SR. CIDINHO SANTOS (Bloco Moderador/PR - MT) – Obrigado, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Otto Alencar. Bloco Parlamentar Democracia Progressista/PSD - BA) –

ITEM 6 PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 243, de 2014 - Terminativo - Altera a Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990 (Código de Defesa do Consumidor), para conferir maior segurança às relações de consumo não presenciais. Autoria: Senador Waldemir Moka Relatoria: Senador Cidinho Santos Relatório: Pela aprovação com uma emenda Observações: -A matéria constou nas pautas dos dias 28/06/2016 e 05/07/2016. Tem a palavra o Senador Cidinho Santos.

O SR. CIDINHO SANTOS (Bloco Moderador/PR - MT) – Da Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle, em decisão terminativa, sobre o Projeto de Lei do Senado n° 243, de 2014, de autoria do Senador Waldemir Moka, que "altera os arts. 39 e 42 da Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990 – Código de Proteção e Defesa do Consumidor, para conferir maior segurança às relações de consumo não presenciais". Relatório, Sr. Presidente. Tramita nesta Comissão o Projeto de Lei do Senado nº 243, de 2014, de autoria do Senador Waldemir Moka, que tem por objetivo: a) impedir, por meio de acréscimo de inciso XIV ao art. 39 da Lei nº 8.078, de 1990, que o fornecedor de bens e serviços possa inserir, nos órgãos de proteção ao crédito, informações negativas sobre o consumidor, salvo se comprovar cabalmente a existência de contrato entre as partes e a entrega do bem ou a prestação de serviço; b) impedir, por meio de acréscimo de art. 42-B à Lei nº 8.078, de 1990, que o fornecedor realize a cobrança de débitos do consumidor, salvo se comprovar cabalmente a existência de contrato entre as partes e a entrega do bem ou a prestação de serviço; c) considerar que declarações unilaterais do fornecedor não fazem prova da realização do contrato, mas que a existência de assinatura eletrônica que identifica inequivocamente o signatário faz a prova.

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Em sua justificação, argumenta o autor do projeto que as formas eletrônicas de contratação aumentaram o risco de fraudes ao consumidor que, a despeito de não adquirir bens ou serviços, tem seus dados pessoais, bancários e creditícios roubados por meio de atores de ciberpirataria, os quais realizam contratos fraudulentos com fornecedores de bens ou serviços. E, se é certo que os fornecedores, ademais, são vítimas dessas fraudes, também é certo que os fornecedores não podem, sem maiores cuidados, encaminhar faturas de cobrança ou pedidos de negativação de nomes de consumidores que nada adquiriram e que tiveram seus dados roubados por ações de ciberpiratas. A análise do Projeto de Lei nº 243, de 2014, por esta Comissão se dá em caráter terminativo. Não foram apresentadas emendas. Análise. O projeto de lei analisado versa sobre direito econômico e direito do consumidor, matéria de competência concorrente da União, Estados e Distrito Federal (art. 24, incisos I e V, da Constituição), compreendida entre as atribuições do Congresso Nacional (caput do art. 48 da Constituição). A iniciativa parlamentar é legítima, por força do caput do art. 61 da Constituição e porque a matéria não se inclui entre as reservas do §1º do mesmo artigo. Trata-se, portanto, de proposição legislativa formalmente constitucional. Sob o enfoque da constitucionalidade material, o projeto não apresenta vícios, porque busca efetivar os princípios constitucionais da função social da propriedade (art. 170, inciso III, da Constituição), da defesa do consumidor (art. 170, inciso V, da Constituição) e da busca do pleno emprego dos fatores de produção (art. 170, inciso VIII, da Constituição). As restrições que o projeto opera à liberdade de iniciativa econômica dos fornecedores não são, por sua vez, excessivas, dado que ficam assegurados o comércio de bens e serviços, a negativação de consumidores inadimplentes e a cobrança de débitos sempre que a realização do contrato e a prova da conclusão do serviço ou da entrega do produto forem satisfeitas.

A análise deste projeto pela Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle está em consonância com o art. 102-A, inciso III, alíneas "a" e "b", do Regimento Interno desta Casa, segundo o qual compete a esta Comissão opinar sobre normas e medidas voltadas à melhoria contínua das relações de mercado, em especial as que envolvem fornecedores e consumidores, bem como aperfeiçoar os instrumentos legislativos reguladores, contratuais e penais, referentes aos direitos dos consumidores e fornecedores, com especial ênfase às condições, limites e uso de informações, responsabilidade civil e respeito à privacidade. Quanto à juridicidade, observa o projeto os aspectos de: a) inovação, dado que altera os requisitos jurídicos aplicáveis à negativação e à cobrança de débitos do consumidor; b) efetividade; c) adequação normativa, já que o tema deve estar previsto em lei ordinária; d) coercitividade, dado que os fornecedores serão administrativamente e judicialmente sancionados se descumprirem as normas; e e) generalidade, porquanto as normas do projeto se aplicam, indistintamente, a todos os fornecedores de bens ou de serviços. A proposição é vazada em boa técnica legislativa e não há inclusão de matéria diversa ao tema. As expressões utilizadas, por sua vez, preenchem os requisitos de redação das disposições normativas. Acerca do mérito, o projeto merece prosperar, como bem anota o Senador Waldemir Moka em sua justificação: ... as empresas, quase sempre e de forma abusiva, insistem em cobrar das vítimas os débitos resultantes desses contratos fraudulentos. Os consumidores que tiveram os seus dados pessoais indevidamente utilizados por terceiros de má-fé acabam tendo seus nomes inscritos nos cadastros de inadimplentes e são obrigados a recorrer ao Judiciário para recuperar a capacidade de crédito e obter a reparação dos danos sofridos. Além dos conflitos e da insatisfação dos consumidores, a insegurança das pessoas com as fraudes perpetradas no mundo virtual dificulta a expansão do comércio eletrônico com prejuízos para as próprias empresas. [...] Dessa forma, as empresas que adotam um modelo de negócio baseado em operações não presenciais como os sistemas de televendas e de comércio eletrônico devem adotar soluções de segurança que permitam comprovar o contrato celebrado com seus clientes, assumindo para si os riscos de eventual falta de cautela na inequívoca identificação do contratante. [...] Assim, é necessário e urgente que o Código de Defesa do Consumidor (CDC) seja atualizado de modo a exigir maior segurança nas relações de consumo originadas de forma não presencial com o suporte das tecnologias de informática e telecomunicações.

8/13 Reunião de: 16/08/2016 Notas Taquigráficas - Comissões SENADO FEDERAL

Em conclusão, nos mesmos termos do relatório já apresentado pelo Senador Blairo Maggi, o projeto deve ser aprovado, justamente porque contribui para a formação de ambiente de negócios mais seguro nas relações de consumo não presenciais, assegurando-se, assim, a livre contratação entre fornecedor e consumidor. Propomos ao final uma emenda para explicitar as formas de manifestação de vontade do consumidor no ambiente não presencial, assegurando-se a comprovação da contratação do serviço ou aquisição do produto por meio de biometria, assinatura eletrônica, digitação de senha ou de código de autenticação emitido por dispositivo pessoal e intransferível. Além disso, consideramos como meio apto para comprovar o negócio jurídico a tela sistêmica, as gravações realizadas por meio de contato ativo por telefone com os consumidores, e, por fim, o log eletrônico gerado pelo fornecedor, de forma a não gerar óbice à expansão do comércio eletrônico – e não somente a assinatura eletrônica, como proposta no projeto. Por todo o exposto, manifestamo-nos pela aprovação do Projeto de Lei do Senado nº 243, de 2014, com a seguinte emenda. EMENDA Nº – CMA Acrescente-se art. 42-B à Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990, nos termos do art. 2º do Projeto de Lei do Senado nº 243, de 2014, com a seguinte redação:

“Art. 42-B ...... §1º É válida a contratação de serviços ou a aquisição de produtos por meios eletrônicos ou outros meios não presenciais mediante a utilização de biometria, assinatura eletrônica, digitação de senha ou de código de autenticação emitido por dispositivo pessoal e intransferível, obtidos mediante prévio cadastramento do consumidor junto ao fornecedor, entre outros meios que assegurem a identificação do signatário. § 2º A tela sistêmica, as gravações e os logs eletrônicos gerados pelos fornecedores são aptos a comprovar o meio eletrônico pelo qual a contratação foi realizada." Era só isso, Sr. Presidente. É o relatório. Pela aprovação. O SR. PRESIDENTE (Otto Alencar. Bloco Parlamentar Democracia Progressista/PSD - BA) – O relatório lido pelo nobre Senador Cidinho Santos vai ficar para uma outra reunião em que nós tenhamos o quórum qualificado para discussão e também para apreciação da matéria. O item 8, se eu não me engano... O SR. FLEXA RIBEIRO (Bloco Social Democrata/PSDB - PA) – Pela ordem, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Otto Alencar. Bloco Parlamentar Democracia Progressista/PSD - BA) – Pela ordem, Senador Flexa Ribeiro. O SR. FLEXA RIBEIRO (Bloco Social Democrata/PSDB - PA) – Presidente, Senadores, eu pediria a V. Exª, ouvido o Plenário, que nós pudéssemos não fazer a leitura dos projetos terminativos por dois motivos. Primeiro, os Senadores, quando tivermos o quórum qualificado, que vão votar no projeto não terão oportunidade de ouvir a leitura dos relatórios, porque já estariam feitas. Eles teriam de fazer a leitura em separado e, depois, nós vamos abrir uma discussão para votação. Segundo, nós temos duas Comissões, a CAE e a CI, que já iniciaram. Então, eu pediria que nós fôssemos diretamente aos requerimentos. E, quando tivéssemos o quórum qualificado, nós voltaríamos aos terminativos. O SR. PRESIDENTE (Otto Alencar. Bloco Parlamentar Democracia Progressista/PSD - BA) – Exatamente, Senador Flexa Ribeiro. Nós acatamos a solicitação do Senador Cidinho porque já aconteceram outros casos idênticos e já havia precedente. Mas vamos, então, passar ao item 11, que é um requerimento, e, a partir daí, votarmos, para que os Senadores possam ir para outras Comissões, como a Comissão de Assuntos Econômicos, se eu não me engano, e a de Infraestrutura. ITEM 11 REQUERIMENTO DA COMISSÃO MEIO AMBIENTE, DEFESA DO CONS., FISC. E CONTR Nº 22, de 2016 - Não terminativo - Requer, nos termos do art. 93 do Regimento Interno do Senado Federal, a realização de audiência pública na Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle para discutir a reestruturação dos Correios na Região Norte. Para tanto, sugerimos sejam convidadas as seguintes autoridades: 1. Ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação; 2. Presidente dos Correios; 3. Presidente do SINTECT de ; 4. Presidente da FENTECT - José Rivaldo; 5. Presidente da ANATECT - Rodolfo Manoel Marques do Amaral; e 6. Presidente da FINDECT.

9/13 Reunião de: 16/08/2016 Notas Taquigráficas - Comissões SENADO FEDERAL

Autoria: Senador Telmário Mota. Em discussão. (Pausa.) Não havendo quem queira discutir, aqueles que aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado o requerimento da lavra do Senador Telmário Mota. O SR. PRESIDENTE (Otto Alencar. Bloco Parlamentar Democracia Progressista/PSD - BA) –

ITEM 12 REQUERIMENTO DA COMISSÃO MEIO AMBIENTE, DEFESA DO CONS., FISC. E CONTR Nº 23, de 2016 - Não terminativo - Requer, nos termos do art. 93 do Regimento Interno do Senado Federal, a realização de audiência pública na Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle para discutir a exploração mineral na região do rio Xingu, próximo a Usina Belo Monte, pela empresa Belo Sun, como exibida no programa Fantástico de 19/06/2016. Para tanto, sugere sejam convidadas as seguintes autoridades: 1. Presidente do IBAMA; 2. Presidente do Departamento Nacional de Produção Mineral – DNPM; 3. Presidente da Fundação Nacional do Índio – FUNAI; 4. Senhor Mauro Barros - Representante da empresa Belo Sun; 5. Dra. Thais Santi - Procuradora da República; 6. Prof. Jorge Tenório – Professor de Engenharia Química da USP; 7. Dr. Francisco Nóbrega – Representante do Conselho Nacional dos Direitos Humanos; 8. Engenheiro responsável pelo projeto da barragem dos rejeitos; 9. Dra. Carolina Reis – Advogada do Instituto Socioambiental. Autoria: Senador Telmário Mota.

É de autoria também do Senador Telmário Mota. Em discussão. O SR. FLEXA RIBEIRO (Bloco Social Democrata/PSDB - PA) – Pela ordem, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Otto Alencar. Bloco Parlamentar Democracia Progressista/PSD - BA) – Para discutir, o Senador Flexa Ribeiro. O SR. FLEXA RIBEIRO (Bloco Social Democrata/PSDB - PA) – O requerimento do Senador Telmário Mota é para discutir a implantação do projeto da Empresa Belo Sun, na Volta Grande do Rio Xingu... O SR. PRESIDENTE (Otto Alencar. Bloco Parlamentar Democracia Progressista/PSD - BA) – V. Exª tem um similar aqui. O SR. FLEXA RIBEIRO (Bloco Social Democrata/PSDB - PA) – Não, não é similar. Eu tenho um aditando, porque é um projeto no Estado do Pará, cuja licença ambiental é dada pela Secretaria de Meio Ambiente do Estado. Então, o Senador Telmário, ao fazer o seu requerimento baseado numa matéria que saiu no programa Fantástico, não colocou entre os convidados as pessoas que estão à frente do licenciamento ambiental, que são o Secretário de Meio Ambiente do Estado do Pará e a Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado. São os dois interessados. Então, estou aditando ao requerimento no item 13, que nós poderemos votar em conjunto – assim sugeriria. Trata da participação dos dois representantes do Estado do Pará, para que possam vir fazer o debate com as autoridades da Federação, que são as pessoas que o Senador Telmário convidou para participar da audiência. O SR. PRESIDENTE (Otto Alencar. Bloco Parlamentar Democracia Progressista/PSD - BA) – Pois não, Senador Flexa Ribeiro. O Requerimento nº 26 será aditado ao requerimento do Senador Telmário Mota. E as pessoas que V. Exª cita são os Srs. Luiz Fernandes Rocha, Secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Estado do Pará, e Srª Maria Amélia Enriquez, Secretária-Adjunta da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia do Estado do Pará, representando o Governo do Estado do Pará. Está feito o aditamento.

ITEM 13 REQUERIMENTO DA COMISSÃO MEIO AMBIENTE, DEFESA DO CONS., FISC. E CONTR Nº 26, de 2016 - Não terminativo -

10/13 Reunião de: 16/08/2016 Notas Taquigráficas - Comissões SENADO FEDERAL

Requer, em aditamento ao RMA n° 23, de 2016, que, para participar da audiência pública destinada a discutir a exploração mineral na região do rio Xingu, próximo a Usina Belo Monte, pela empresa Belo Sun, sejam convidados os seguintes convidados: • Sr. Luiz Fernandes Rocha, Secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Estado do Pará (SEMAS); e, • Sra. Maria Amélia Enríquez – Secretária adjunta da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia do Estado do Pará e Representante do Governo do Estado no PDRSX. Autoria: Senador Flexa Ribeiro. Encerrada a discussão. Em votação. As Srªs e os Srs. Senadores que aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado o requerimento do Senador Telmário Mota, com o aditamento proposto pelo Senador Flexa Ribeiro. O SR. TELMÁRIO MOTA (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PDT - RR) – Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Otto Alencar. Bloco Parlamentar Democracia Progressista/PSD - BA) – Pois não, Senador Telmário Mota. O SR. TELMÁRIO MOTA (Bloco Parlamentar da Resistência Democrática/PDT - RR) – O item 15 é um requerimento da Comissão do Meio Ambiente, do Senador Jorge Viana. E eu queria subscrevê-lo para que a gente o colocasse também agora em votação, a título de antecipar as proposições feitas no referido requerimento, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Otto Alencar. Bloco Parlamentar Democracia Progressista/PSD - BA) – Antes, há o item 14, que é do Senador Aloysio Nunes Ferreira, que não está presente, e como tal não pode ser... O SR. FLEXA RIBEIRO (Bloco Social Democrata/PSDB - PA) – Eu o subscrevo. O SR. PRESIDENTE (Otto Alencar. Bloco Parlamentar Democracia Progressista/PSD - BA) – Então, com a subscrição do Senador Flexa Ribeiro, vamos fazer a apreciação dos dois requerimentos, um com a subscrição do Senador Telmário Mota e, outro, do Senador Flexa Ribeiro.

ITEM 14 REQUERIMENTO DA COMISSÃO MEIO AMBIENTE, DEFESA DO CONS., FISC. E CONTR Nº 27, de 2016 - Não terminativo - Requer, nos termos regimentais e, em aditamento ao RMA n° 19, de 2016, que, para participar da audiência pública destinada a discutir e apurar a ameaça do avanço do plantio da soja no bioma Pantanal, seja inserido no rol de convidados o Sr. Adalberto Eberhard, Diretor do Departamento de Zoneamento Territorial do Ministério do Meio Ambiente - MMA, em substituição ao Presidente do IBAMA. Autoria: Senador Aloysio Nunes Ferreira.

Em discussão. Para discutir, o Senador Pedro Chaves. O SR. PEDRO CHAVES (Bloco Moderador/PSC - MS) – No item 17 da pauta, eu estou solicitando um aditamento para inclusão do Sr. Ângelo Rabelo, Presidente do Instituto Homem Pantaneiro – porque ele tem, na verdade, toda a radiografia da situação lá –, para participar também da audiência. O SR. PRESIDENTE (Otto Alencar. Bloco Parlamentar Democracia Progressista/PSD - BA) – Pois não. Então V. Exª está fazendo um aditamento... O SR. PEDRO CHAVES (Bloco Moderador/PSC - MS) – É, aditamento. O SR. PRESIDENTE (Otto Alencar. Bloco Parlamentar Democracia Progressista/PSD - BA) – V. Exª será atendido.

ITEM 17 REQUERIMENTO DA COMISSÃO MEIO AMBIENTE, DEFESA DO CONS., FISC. E CONTR Nº 30, de 2016 - Não terminativo -

11/13 Reunião de: 16/08/2016 Notas Taquigráficas - Comissões SENADO FEDERAL

Requer, nos termos regimentais, e em aditamento ao Requerimento n. 20/2016-CMA, aprovado por esta Comissão em 28 de junho de 2016, o aditamento ao rol das autoridades convidadas a participar da audiência pública destinada a debater o tema “avanço do plantio da soja no bioma pantanal”, incluindo o nome a seguir identificado: 1. Ângelo Rabelo – Presidente do Instituto Homem Pantaneiro. Autoria: Senador Pedro Chaves. Então, em votação os dois requerimentos. Encerrada a discussão, em votação. Os Srs. Senadores que os aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovados, de acordo com a solicitação do nobre Senador Pedro Chaves. Item 15, com subscrição do Senador Telmário Mota. ITEM 15 REQUERIMENTO DA COMISSÃO MEIO AMBIENTE, DEFESA DO CONS., FISC. E CONTR Nº 28, de 2016 - Não terminativo - Requer, em aditamento ao Requerimento n° 25, de 2016, da Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle - CMA, que, para a audiência pública que debaterá o PLS 95/2012 (altera a Lei nº 12.187, de 29 de dezembro de 2009, para determinar que a negociação de títulos mobiliários no Mercado Brasileiro de Redução de Emissões relativos a emissões de gases de efeito estufa evitadas certificadas em terras indígenas deverá ser previamente autorizada pela FUNAI) e discutirá a regulamentação do mercado de carbono no Brasil, seja convidado o Sr. Ludovino Lopes, advogado especialista em serviços ambientais (ênfase em REDD+ em escala jurisdicional e projetos) e com experiência na estruturação de programas específicos e salvaguardas socioambientais para povos indígenas. Autoria: Senador Jorge Viana. Subscrito pelo Senador Telmário Mota. Em discussão. (Pausa.) Como não há nenhum Senador ou Senadora que queira discutir, em votação. Os Srs. Senadores e as Srªs Senadoras que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado o requerimento do Senador Jorge Viana, subscrito pelo Senador Telmário Mota. Para o item 16, eu passo a Presidência ao nobre Senador Ataídes Oliveira, porque é um requerimento de minha autoria. O SR. PRESIDENTE (Ataídes Oliveira. Bloco Social Democrata/PSDB - TO) – Item 16 da pauta.

ITEM 16 REQUERIMENTO DA COMISSÃO MEIO AMBIENTE, DEFESA DO CONS., FISC. E CONTR Nº 29, de 2016 - Não terminativo - Requer, nos termos do art. 93, inciso I, do Regimento Interno do Senado Federal, o aditamento do requerimento nº 18 de 2016, desta Comissão, de forma que seja incluído o seguinte convidado para participar da presente audiência pública: - Sr. Carlos Kruschewky, empresário do setor. Autoria: Senador Otto Alencar. Em discussão. (Pausa.) Não havendo quem queira discutir, em votação. Aqueles que aprovam o requerimento permaneçam como se encontram. (Pausa.) Aprovado. Passo a Presidência novamente ao Presidente Otto. O SR. PRESIDENTE (Otto Alencar. Bloco Parlamentar Democracia Progressista/PSD - BA) – Esgotada a pauta, esgotados os requerimentos. Não foram votados os projetos de caráter terminativo. Eu agradeço aos Srs. Senadores e às Srªs Senadoras que compareceram, e convocamos para a próxima terça-feira, no mesmo horário, outra reunião.

12/13 Reunião de: 16/08/2016 Notas Taquigráficas - Comissões SENADO FEDERAL

Encerrada a reunião. (Iniciada às 10 horas e 05 minutos, a reunião é encerrada às 10 horas e 51 minutos.)

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