Segunda-feira, 4 de Junho de 2012 I Série – N.º 105 DIÁRIO DA REPÚBLICA ÓRGÃO OFICIAL DA REPÚBLICA DE Preço deste número - Kz: 310,00

Toda a correspondência, quer oficial, quer ASSINATURA O preço de cada linha publicada nos Diários relativa a anúncio e assinaturas do «Diário . Ano da República 1.ª e 2.ª série é de Kz: 75.00 e para da República», deve ser dirigida à Imprensa As três séries ...... Kz: 440 375.00 a 3.ª série Kz: 95.00, acrescido do respectivo Nacional - E.P., em , Rua Henriques de A 1.ª série ...... Kz: 260 250.00 imposto do selo, dependendo a publicação da Carvalho n.º 2, Cidade Alta, Caixa Postal 1306, www.imprensanacional.gov.ao - End. teleg.: A 2.ª série ...... Kz: 135 850.00 3.ª série de depósito prévio a efectuar na tesouraria «Imprensa». A 3.ª série ...... Kz: 105 700.00 da Imprensa Nacional - E. P. SUMÁRIO Artigo 2.º — O referido Contrato possui setenta e nove cláusulas e seis anexos, nomeadamente: Ministério da Geologia e Minas e da Indústria A. Descrição e Mapa da Área do Contrato; Decreto Executivo n.º 199/12: B. Programa de Trabalhos; Homologa o Contrato de Associação em Participação para Prospecção, C. Programa de Formação Técnico-Profissional; Pesquisa e Reconhecimento de Depósitos Secundários de Diamantes D. Princípios Gerais da Política de Recursos Humanos; entre a ENDIAMA-E. P., a KCC, Lda, a YANGO, Lda e a AM & E. Princípios Gerais Sobre o Impacto Ambiental; BC, Lda, denominado Projecto CAPUNDA. F. Princípios Sobre Acções de Carácter Social. Artigo 3.º — O Investimento mínimo obrigatório é de MINISTÉRIO DA GEOLOGIA E MINAS cinco milhões de Dólares Americanos (USD 5.000.000,00). Artigo 4.º — A área de execução do Contrato é de três E DA INDÚSTRIA mil quilómetros quadrados (3.000 Km2). Artigo 5.º — A duração do Contrato é de cinco anos. Decreto Executivo n.º 199/12 Artigo 6.º — É aplicável ao referido projecto mineiro a legislação ambiental e fiscal em vigor no País. de 4 de Junho Publique-se. Tendo sido constituída a Associação em Participação para a Prospecção, Pesquisa e Reconhecimento de Depósitos Luanda, aos 9 de Dezembro de 2011. Secundários de Diamantes entre a ENDIAMA E.P. a KCC, O Ministro, Joaquim Duarte da Costa David. Lda, a YANGO, Lda e a AM & BC, Lda, denominado Projecto Capunda; CONTRATO DE ASSOCIAÇÃO Havendo manifesto interesse público relativo à boa exe- EM PARTICIPAÇÃO PARA PROSPECÇÃO, cução do referido acordo; PESQUISA E RECONHECIMENTO DE DEPÓSITOS Em conformidade com os poderes delegados pelo SECUNDÁRIO DE DIAMANTES ENTRE A Presidente da República, nos termos do artigo 137.º da ENDIAMA, E. P., KCC, YANGO E A AM & BC Constituição da República de Angola e de acordo com o PROJECTO CAPUNDA artigo 2.º do Decreto n.º 36/03, de 27 de Junho, determino: CONTRATO DE ASSOCIAÇÃO EM PARTICIPAÇÃO Artigo 1.º — Homologo o Contrato de Associação em Entre Participação para Prospecção, Pesquisa e reconhecimento EMPRESA NACIONAL DE DIAMANTES DE de Depósitos Secundários de Diamantes entre a ENDIAMA ANGOLA — ENDIAMA, E. P., empresa pública, com sede E.P., a KCC, LDA, a YANGO, LDA e a AM & BC, LDA, na Rua Major Kanhangulo, n.º 100, em Luanda, Pessoa denominado Projecto CAPUNDA, anexo ao presente Colectiva n.º 5410001060, matriculada na Conservatória diploma do qual é parte integrante. do Registo Comercial de Luanda, sob o n.º 16/94, regis- 2532 DIÁRIO DA REPÚBLICA tada no Instituto Nacional de Estatística, sob o n.º 1300, deve ser promovida a participação de empresas neste acto devidamente representada por António Carlos nacionais nos projectos diamantíferos; Sumbula, na condição de Presidente do Conselho de c) A ENDIAMA, a KCC, a YANGO e a AM & BC, Administração, cuja qualidade e suficiência de pode- desejam exercer em conjunto os direitos minei- res se acha no Decreto n.º 62/09, de 23 de Novembro, ros de Prospecção, Pesquisa e Reconhecimento adiante abreviadamente designada por “ENDIAMA”; KCC de Diamantes através de uma Associação em — Comércio e Indústria, Limitada, com sede à Rua Pedro Participação, direitos esses concedidos nos de Castro Van-Dúnem Loy, casa sem número, com capital termos deste Contrato a ser homologado pelo social de Kz: 100.000,00, registada no Instituto Nacional Ministro da Geologia e Minas e Indústria, de de Estatística, com o n.º 46974, portadora do Certificado de Registo Mineiro n.º 838/43/RD/DNM, neste acto devi- acordo com o artigo 6.º, n.º 1 da Lei n.º 1/92, damente representada por Bonifácio Cinco Reis, solteiro, de 17 de Janeiro e do Decreto n.º 36/03, de 27 filho de Severino Muenekongo e de Avelina Nahuku, titu- de Junho. lar do Bilhete de Identidade n.º 000467226HO038, emitido As Partes, de comum acordo, celebram o presente pela Direcção Nacional de Identificação, na condição cuja Contrato de Associação em Participação, que se regerá pelas qualidade e suficiência dos poderes resultam dos estatutos cláusulas seguintes: da sociedade e da Certidão do Registo Comercial, adiante abreviadamente designada por “KCC”; YANGO, Limitada, CAPÍTULO I com sede à Rua São Pedro da Barra, casa sem número, Definições e Objecto Sector 18, Município do Sambizanga, com capital social de Kz: 100.000,00, registada no Instituto Nacional CLÁUSULA 1.ª (Definições) de Estatística, com o n.º 33515, portadora do Certificado de Registo Mineiro n.º 0894/009/RD/DNM, neste acto devi- Para efeitos do presente Contrato e salvo se do seu con- damente representada por Luís Umbar Fungo, solteiro, texto, claramente resultar sentido diferente, os termos abaixo filho de Umbar Fungo e de Joana Iango Miguel, titular do indicados terão, sempre que iniciados por letra maiúscula, o Bilhete de Identidade n.º 000021599ME026, emitido pela significado que a seguir lhes é atribuído: Direcção Nacional de Identificação, na condição cuja qua- 1. «Anexo» ou «Anexos» — significa o(s) documento(s) lidade e suficiência dos poderes resultam dos estatutos da sociedade e da Certidão do Registo Comercial, adiante anexo(s) ao Contrato e que dele faz(em) parte integrante; abreviadamente designada por “YANGO” e, AM & BC 2. «Angola» — significa a República de Angola; - Comércio Geral, Limitada, com sede na Província de 3. «Ano» ou «Anual» — significa o período de doze , Município do , à Rua Seveira Pereira, casa meses consecutivos do calendário Gregoriano; sem número, Pessoa Colectiva n.º 5112159111, registada 4. «Área» e/ou «Área do Contrato» — significa a área no Instituto Nacional de Estatística, sob o n.º 71414, capital social de Kz: 100.000,00, neste acto devidamente represen- definida no n.º 1, da cláusula 7.ª e no Anexo A; tada por Bonifácio Cinco Reis, solteiro, filho de Severino 5. «Área da Mina» — significa a área delimitada para a Muenekongo e de Avelina Nahuku, titular do Bilhete de Exploração de Jazigos economicamente viáveis; Identidade n.º 000467226HO038, emitido pela Direcção 6. «Associada» — significa a ENDIAMA, ou a KCC, a Nacional de Identificação, na condição cuja qualidade e sufi- YANGO ou AM & BC, quando referidas individualmente; ciência dos poderes resultam dos estatutos da sociedade e da Certidão do Registo Comercial, adiante abreviadamente 7. «Associadas» — significa a ENDIAMA, a KCC, a designada por “AM & BC”. YANGO e a AM & BC, quando referidas em conjunto; 8. «Associação em Participação» ou «Associação» — PREÂMBULO significa a entidade, destituída de personalidade jurídica, Considerando que: constituída nos termos da cláusula 3.ª do presente Contrato, a) A ENDIAMA, criada ao abrigo do Decreto n.º 6/81, em obediência ao artigo 45.º e seguintes da Lei n.º 19/03, de de 15 de Junho e regulada pelo Decreto 12 de Agosto; n.º 30-A/97, de 25 de Abril, realiza a sua prin- 9. «Comercialização» — significa o conjunto de actos cipal actividade em todo o território de Angola, em regime de exclusividade ou através de asso- e Operações realizados com o objectivo de preparar os dia- ciações com parceiros nacionais e estrangeiros, mantes para venda, incluindo a sua classificação, avaliação, nos termos da Lei n.º 1/92, de 17 de Janeiro e da negociação, venda, bem como outras actividades acessórias Lei n.º 16/94, de 7 de Outubro; ou complementares; b) Em conformidade com a estratégia definida pelo 10. «Conselho de Associados» — significa o órgão deli- Governo para o subsector dos diamantes, no berativo da Associação em Participação e cuja composição desenvolvimento das respectivas actividades, se processa nos termos da cláusula 39.ª; I SÉRIE — N.º 105 — DE 4 DE JUNHO DE 2012 2533

11. «Contrato» — significa este Contrato, incluindo 24. «Implementação» — significa a etapa inicial da todos os seus Anexos, assim como qualquer aditamento e Prospecção que consiste na mobilização e implantação dos alteração que o mesmo vier a sofrer; meios necessários à realização da Prospecção, incluindo 12. «Contrato de Exploração» — significa o contrato entre outros, a aquisição, importação, montagem e instala- que será celebrado para a exploração de diamantes, nos ter- ção de equipamentos, estruturas, infra-estruturas técnicas e mos da lei; sociais dentro e em redor da Área da Concessão; 13. «Custos de Investimento” ou “Custos” — significam 25. «Informação Geológico-Mineira» — significam os custos da Associação, tal como definidos na cláusula 22.ª os estudos, dados e informações de natureza técnica, eco- do presente Contrato; nómica, financeira, geológica e mineira em poder da 14. «Data Efectiva» — significa a data de entrada em ENDIAMA ou de qualquer das partes, bem como os que vigor do presente Contrato, nos termos enunciados na vierem a ser obtidos, relacionados com a Área do Contrato; cláusula 74.ª; 26. «Investigação Geológico-Mineira” — significa a 15. «Depósitos» — significam as acumulações naturais actividade que engloba as operações realizadas nas etapas de diamantes ocorridas na Área do Contrato que justifiquem de Prospecção, Pesquisa e Reconhecimento; ou não a Pesquisa, fim de determinar se a sua Exploração é 27. “Investimento” — significa o capital disponibilizado técnica e economicamente viável; pelo investidor, por sua total conta e risco e sem juros, para 16. «Divisas» -—significa qualquer moeda estran- a cabal realização da Prospecção e elaboração do respectivo geira livremente convertível nos mercados financeiros E.V.T.E.; 28. «Jazigos» — significam os Depósitos cuja explora- internacionais; ção é técnica e economicamente viável; 17. «Entidade Pública» — significa qualquer autoridade 29. «Jazigos Primários» — significam os Jazigos cons- central, local ou com outras características (incluindo autori- tituídos por Quimberlitos e outras formações geológicas dades reguladoras ou entidades administrativas), com poderes geneticamente associadas a uma rocha-matriz do diamante, jurisdicionais sobre a Associação, e qualquer departamento, que não tenham sofrido qualquer transporte pós-deposi- autoridade, ministério, comissão, instituto ou agência do cional, incluindo a intrusão primária (chaminé ou canal), Governo, com excepção do Organismo Competente e do extrusão, enchimentos da cratera, restos de rochas efusi- Conselho de Ministros; vas associadas com o fenómeno vulcânico e os produtos da 18. «Estado» — significa o Estado da República de alteração, erosão e derivados da acção meteorológica a que Angola; fiquem sujeitas essas rochas primárias, se a sua exploração 19. «Estudo de Viabilidade Técnico – Económica» ou for técnica e economicamente viável; «Estudo» ou «E.V.T.E.» — significa o estudo ou estudos a 30. «Jazigos Secundários» — significam os Jazigos realizar após a Prospecção, Pesquisa e Reconhecimento dos resultantes do transporte pós-deposicional e do depósito de Depósitos descobertos, nos termos da cláusula 27.ª, os quais elementos diamantíferos, normalmente por processos flu- se destinam a demonstrar a viabilidade técnica e económica viais, provenientes dos Jazigos Primários, se a sua Exploração da Exploração; for técnica e economicamente viável; 20. «Exploração» — significa o conjunto de Operações 31. «Mina» — significa a escavação ou abertura efectu- e actividades realizadas, tendo por fim a extracção, carrega- ada no solo, no local onde se situa um Jazigo de diamantes mento, transporte e tratamento de minério diamantífero e a (ou conjunto de Jazigos de diamantes), com o fim de se extra- recuperação ou obtenção de diamantes; írem diamantes e/ou outros minerais a partir desse Jazigo; 21. «Força Maior» — significa todo e qualquer fenómeno 32. «Minerais Acessórios» — significa os minerais que alheio a vontade das partes, imprevisível e incontornável, estão genética e intimamente ligados aos diamantes num designadamente, catástrofes naturais, guerras, sabotagens, Jazigo e que não podem ser economicamente extraídos de terrorismo, insurreições, distúrbios civis ou greves; forma selectiva antes do tratamento; 22. «Governo» — significa o Governo da República de 33. «Operações de Investigação Geológico-Mineira» Angola; - significam todas as actividades de qualquer tipo relacio- 23. «Impacto Ambiental» — significa conjunto das nadas com a Prospecção, Pesquisa e Reconhecimento de alterações produzidas pelos resultados das actividades geo- Diamantes de Depósitos Secundários; lógico-mineiras da Associação a nível ambiental, numa 34. «Organismo Competente» — significa a ENDIAMA determinada Área, que afectam directa ou indirectamente o enquanto órgão empresarial do Estado, para a execução da bem-estar da população assim como a qualidade dos recur- política de mineração e de comercialização de diamantes, à sos ambientais; quem são concedidos, em exclusivo, ou às empresas mis- 2534 DIÁRIO DA REPÚBLICA tas em que ela participe, os direitos mineiros relativos a cláusula e para comercialização dos diamantes extraídos, nos diamantes; termos da lei, cabendo a cada uma das Associadas a partici- 35. «Parte ou Partes» — significa a ENDIAMA, a KCC, pação social prevista na cláusula 4.ª do presente Contrato. a YANGO e a AM & BC, quando referidas individualmente 3. A Associação em Participação constituída no âmbito ou em conjunto, respectivamente; do presente Contrato terá a denominação de “Associação em 36. «Pesquisa» — significa o conjunto de operações Participação do CAPUNDA ALUVIÃO”. constituídas pela execução de trabalhos, como poços e/ou CLÁUSULA 3.ª sanjas, trincheiras que, complementados com trabalhos geo- (Natureza Jurídica) físicos, geológicos e laboratoriais, têm como objectivo a 1. A Associação em Participação existirá sob a forma determinação das características dos Depósitos; de participação não societária de interesses, prosseguindo 37. «Planeamento Mineiro» — significa o conjunto de fins lucrativos, sem personalidade jurídica, não constituindo operações e trabalhos de caracterização e avaliação dos uma sociedade comercial ou civil, nem qualquer outra forma Depósitos diamantíferos, cálculos das reservas, dimensiona- de associação comercial ou civil. mento e planeamento da Mina; 2. Apenas produzirão efeitos jurídicos em relação a 38. «Plano de Prospecção» — significa o projecto de Associação em Participação, os actos, nomeadamente, con- execução das Operações de Prospecção e de Pesquisa, tratos, que forem assinados por todas as Associadas ou por contendo a descrição dos métodos e das instalações, a pro- quem tenha recebido mandato para o efeito, sem prejuízo gramação das operações, cálculo dos custos e a previsão dos dos poderes delegados no Conselho de Associados e no resultados económicos e financeiros; Director Geral, nos termos do presente Contrato. 39. «Prospecção» — significa o conjunto de operações a 3. As obrigações decorrentes desses actos assumem a executar mediante levantamentos geológicos, geoquímicos natureza de obrigações conjuntas, excepto quando de outro ou geofísicos, com vista à descoberta e localização de ocor- modo for previsto no presente Contrato ou acordado pelas rências no solo, subsolo, no leito dos rios e no fundo do mar Partes por escrito. territorial e da plataforma continental; CLÁUSULA 4. (Quotas de Participação) 40. «Reconhecimento» — significa o conjunto de opera- 1. Os direitos de participação das Associadas na ções e trabalhos que têm por finalidade o dimensionamento Associação em Participação são os seguintes: e geometrização dos Jazigos, o estudo das características de a) ENDIAMA 32 % mineralização e a avaliação das respectivas reservas; b) KCC 10 % 41. «Segurança» — significam as acções e Operações c) YANGO 10 % não mineiras destinadas a assegurar a protecção e a integri- d) AM & BC 48 % dade dos trabalhadores e dos meios e bens da Associação e 2. Para a fase de Exploração, caso venha a ter lugar, será dos diamantes; constituída pelas Partes uma Sociedade Comercial com as 42. «Sociedade Comercial» — significa a sociedade que participações societárias descritas no número anterior da venha a ser constituída entre as Associadas para o exercício presente cláusula e que serão fixadas no respectivo Contrato dos direitos mineiros de Exploração e Comercialização, em de Exploração. relação ao(s) Jazigo(s) economicamente viáveis descobertos CLÁUSULA 5.ª na Área do Contrato. (Propriedade dos Bens) CLÁUSULA 2.ª 1. Os bens adquiridos por uma das Associadas e afec- (Objecto do Contrato e denominação) tos à Associação permanecerão na propriedade exclusiva 1. O objecto do presente Contrato é a constituição de daquela, com todos os efeitos legais daí advindos, até à sua uma Associação em Participação entre as Partes, para o completa amortização ou pagamento, o que será objecto de exercício dos direitos mineiros de Prospecção, Pesquisa e definição e regulamentação pelo Conselho de Associados. Reconhecimento de Diamantes de Depósitos Secundários, 2. Todo e qualquer bem que seja conjuntamente adqui- concedidos à ENDIAMA, na área de concessão de 3.000 rido pelas Associadas, ficará na compropriedade destas, na km. sita na área do CAPUNDA, Município do Luquembo proporção dos seus direitos na Associação, enquanto durar e Nahera, Província de e Bié, conforme Croquis de esta, sendo em tudo o mais sujeito às regras da comproprie- Localização que consta do Anexo A. dade previstas na lei. 2. Caso venha a ter lugar a fase de Exploração, as Partes CLÁUSULA 6.ª acordam constituir uma Sociedade Comercial, à qual será (Licença de Prospecção) atribuído o direito exclusivo para a Exploração dos Jazigos 1. Os direitos mineiros inerentes à licença de Prospecção, Secundários descobertos na área referida no n.º 1 da presente Pesquisa e Reconhecimento de Diamantes de Depósitos I SÉRIE — N.º 105 — DE 4 DE JUNHO DE 2012 2535

Secundários, na área descrita no Anexo A, ao presente eventuais prorrogações, caso tenham sido efectivamente Contrato, serão concedidos à ENDIAMA e exercidos pela autorizadas, nos termos do n.º 5 do artigo 5.º da Lei n.º 1/92, Associação em Participação do Capunda Aluvião, mediante de 17 de Janeiro, sem prejuízo da subsistência das obrigações homologação do presente Contrato, pelo Ministro da a que, pela sua natureza, as Partes continuarem vinculadas Geologia e Minas e Indústria. após a caducidade da referida licença de Prospecção. 2. As licenças de Prospecção são inalienáveis, intrans- missíveis ou inegociáveis, salvo prévia autorização do CAPÍTULO II Ministro da Geologia e Minas e Indústria. Obrigações Gerais CLÁUSULA 7.ª CLÁUSULA 11.ª (Área do Contrato) (Obrigações Gerais das Associadas) 1. A Associação exercerá os seus direitos decorrentes do As Associadas ficam obrigadas a realizar as Operações presente Contrato na área do CAPUNDA, descrita no Anexo que constituem o objecto do presente Contrato e que estão A, área delimitada ou a demarcar, nos termos do artigo 5.º, previstas no Programa de Trabalhos a que se refere a cláu- n.º 5 da Lei n.º 1/92, de 17 de Janeiro, pelo polígono for- sula 19.ª do presente Contrato e outras que concorram para mado pelos vértices, cujas coordenadas estão, igualmente, os mesmos fins, em conformidade com a legislação aplicá- estabelecidas no Anexo A. vel, no sentido de se atingir os objectivos identificados neste 2. Salvo no que respeita aos serviços de apoio logístico Contrato, cumprindo as seguintes obrigações: e administrativo que sejam necessários montar em cen- a) mobilizar os recursos humanos necessários para as tros urbanos, todas as operações geológico-mineiras que Operações, recrutando e empregando trabalha- constituam objecto do presente Contrato, assim como as dores, consultores e outro pessoal; instalações de pesquisa e reconhecimento, e os respectivos equipamentos, serão mantidos dentro da Área referida no b) aprovar as políticas sobre recursos humanos neces- número anterior, sem prejuízo das áreas a serem libertadas, sários para as Operações; nos termos da lei. c) construir, equipar e assegurar a manutenção das CLÁUSULA 8.ª instalações e dos equipamentos necessários às (Minerais abrangidos) Operações, mantendo-os em condições próprias 1. Os minerais abrangidos pelo presente Contrato são: de funcionamento e executar todos os trabalhos a) os diamantes a prospectar na área, objecto do Con- de montagem e manutenção dos equipamentos e trato; das instalações; b) os minerais acessórios genética e intimamente d) organizar e montar os serviços necessários ao bom ligados aos diamantes, devendo ser objecto da funcionamento das instalações e infra-estrutu- devida identificação, à medida que forem sendo ras, incluindo os manuais de procedimentos e os descobertos. regulamentos necessários; 2. Os diamantes recuperados nesta fase, serão registados e) manter a contabilidade, registos das Operações de em boletins apropriados, avaliados e armazenados em con- modo correcto, sistemático e permanentemente dições a definir pelo Organismo Competente, podendo vir a ser comercializados, caso haja autorização para o efeito. actualizado, adoptando procedimentos e regras 3. Quaisquer outros minerais economicamente úteis, que contabilísticas internacionalmente aceites; forem detectados nesta fase e que não caibam na definição f) manter de forma actualizada o registo completo e de Minerais Acessórios, deverão ser registados como resul- sistemático dos dados das as Operações e forne- tados desses trabalhos, referidos nos relatórios a entregar às cer os elementos de informação necessários ao autoridades competentes e armazenados nas condições, que exercício da fiscalização por parte da ENDIAMA forem definidas pelo Organismo Competente do Estado. e das autoridades competentes, para além dos CLÁUSULA 9.ª relatórios periódicos, referidos na cláusula 54.ª (Exclusividade) do presente Contrato; A Associação exercerá, de modo exclusivo, os direitos de g) actuar, operacionalmente, apenas dentro da Área Prospecção, Pesquisa e Reconhecimento de Diamantes de do Contrato, não interferindo nem prejudicando Depósitos Secundários, não podendo ser concedidos direi- tos idênticos sobre a mesma Área do Contrato a terceiros. operações de outrem, legalmente em curso nas Áreas confinantes; CLÁUSULA 10.ª (Duração do Contrato) h) garantir e efectuar, com eficácia e eficiência, a O presente Contrato terá a duração máxima de 5 (cinco) segurança industrial, patrimonial e dos diaman- anos, incluindo o período inicial de 3 (três) anos e as suas tes; 2536 DIÁRIO DA REPÚBLICA

i) utilizar a tecnologia e os métodos mais adequados d) assistir a Associação nos procedimentos legais na execução de todas as operações, estudos, para a obtenção de isenções fiscais para todas as análises e ensaios, bem como nos serviços admi- operações relacionadas com o trânsito de bens e nistrativos e de abastecimento técnico-material, serviços, desde que os mesmos sejam permitidos procurando atingir a maior eficácia, e cumprindo pela legislação em vigor; com toda a legislação aplicável; e) diligenciar para que todas as licenças necessárias j) cumprir escrupulosamente o previsto no n.º 8 do sejam concedidas à Associação e assegurar a artigo 2.º da Lei n.º 16/94, de 7 de Outubro, no aprovação pelas Entidades Públicas e/ou pelo domínio da prestação de serviços e fornecimen- Organismo Competente de tudo o que se revele tos; necessário para o total cumprimento das Opera- ções abrangidas por este Contrato; k) iniciar a execução das Operações no prazo de f) proceder, de acordo com a lei, à demarcação das noventa (90) dias, a contar da Data Efectiva e áreas necessárias para as instalações destinadas continuar a sua execução, nos termos estabele- à execução das operações geológico-mineiras; cidos no Contrato, salvo qualquer prorrogação g) manter a ENDIAMA informada sobre a implanta- devida a Força Maior, comprovada pélas Asso- ção e desenvolvimento do projecto; ciadas; h) dar o seu melhor no cumprimento das obrigações e 1) assegurar a operacionalidade do projecto; responsabilidades que lhe caibam no âmbito da m) gerir as Operações, bem como os serviços auxilia- gestão e administração da Associação e condu- res e de suporte a tais Operações; ção das Operações e utilizar toda a capacidade n) manter a ENDIAMA informada sobre o desenvol- técnica, conhecimento e experiência que possui. vimento das Operações; CLÁUSULA 13.ª o) definir e praticar em igualdade de circunstâncias, (Obrigações Gerais da KCC e da YANGO) uma escala salarial justa e equilibrada, sem Para além das decorrentes da lei e das previstas no pre- diferenciação entre os trabalhadores angolanos sente Contrato, a KCC, YANGO, fica sujeita às seguintes e estrangeiros; obrigações: p) cumprir as demais obrigações previstas no presente a) dar o seu contributo válido e activo no desenvolvi- Contrato e na lei aplicável. mento das Operações; CLÁUSULA 12.ª b) cooperar e agir de boa-fé durante a execução do (Obrigações Gerais da ENDIAMA) presente Contrato com vista a garantir o cumpri- Para além das decorrentes da lei e das previstas no mento das disposições contratuais e a regular e presente Contrato, a ENDIAMA fica sujeita às seguintes eficaz execução das Operações; obrigações: c) participar nas deliberações do Conselho de Asso- a) fornecer à Associação os dados de natureza ciados; Geológico-Mineira que esta considere úteis ou d) participar na discussão para a elaboração dos relevantes para a execução das Operações, sendo programas trimestrais, anuais e respectivos tais dados valorizados por uma empresa idónea orçamentos; e independente, devendo o respectivo preço ser e) promover a criação de condições que propiciem o pago à ENDIAMA, e considerado como despesa bom relacionamento com as Entidades Públicas, de investimento; a estabilidade e a segurança na Área do Contrato; b) usar os seus melhores esforços no sentido de obter f) promover a criação das condições necessárias ao para a Associação as facilidades necessárias bom relacionamento da Associação e todo o para agilizar a importação de bens e equipamen- pessoal envolvido na execução das Operações tos necessários, as formalidades para a entrada, com as comunidades locais, designadamente, circulação em Angola e saída dos especialistas sensibilizando a Associação para a importância estrangeiros, o licenciamento da utilização de do respeito pelos valores tradicionais daquelas explosivos e rádios de comunicação, bem como comunidades e sensibilizando estas últimas para outras formalidades necessárias às actividades a relevância económica e social das Operações abrangidas pelo presente Contrato; para o seu próprio desenvolvimento; c) contribuir para que seja assegurado, dentro das g) assumir a responsabilidade que lhe cabe no âmbito limitações da lei, o livre trânsito em Angola do do exercício conjunto da gestão e administra- pessoal ao serviço da Associação; ção da Associação e utilizar, no cumprimento I SÉRIE — N.º 105 — DE 4 DE JUNHO DE 2012 2537

das suas funções, toda a capacidade técnica, o h) Dar, sempre que possível, preferência aos traba- conhecimento e a experiência que possui; e, lhadores angolanos no recrutamento do pessoal h) cumprir com as demais obrigações previstas neste necessário às Operações, quando apresentem Contrato e na lei aplicável. qualificações e experiência comparáveis às CLÁUSULA 14.ª dos expatriados ou revelem aptidão para (Obrigações Gerais da AM & BC) serem treinados com vista a substituírem os Para além das decorrentes da lei e das previstas no quadros expatriados, bem como empreender o presente Contrato, a AM & BC, fica sujeita às seguintes treinamento “on the job” do pessoal angolano, obrigações: inclusive para os cargos de Direcção; a) transferir gratuitamente para a Associação, toda i) Contratar trabalhadores, empresas, consultores e a informação geológica relativa à Área do outro pessoal necessário a realização das Ope- Contrato, quer seja obtida durante eventuais rações, mediante prévia aprovação do Conselho Operações anteriores, quer seja no âmbito do de Associados; presente Contrato; j) Efectuar o estudo de impacto ambiental, de acordo b) assumir a responsabilidade, sem prejuízo do exer- com a legislação em vigor. cício conjunto da gestão e administração, pela condução e realização das Operações e utilizar, CAPÍTULO III no cumprimento das suas funções, toda a capa- Prospecção, Pesquisa e Reconhecimento cidade técnica, o conhecimento e a experiência SECÇÃO I que possui, conforme a cláusula 42.ª do presente Operações de Investigação Geológico-Mineira Contrato, referente à administração e gestão; CLÁUSULA 15.ª c) realizar por sua conta e risco e sem juros, os (Operações) investimentos para as Operações de Prospecção, 1. As operações de investigação geológico-minei- Pesquisa e Reconhecimento, nos termos da cláu- ras compreendem as etapas de Prospecção, Pesquisa e sula 23.ª do presente Contrato; Reconhecimento de Diamantes de Depósitos Secundários, na Área do Contrato. d) dar cumprimento aos programas de Prospecção 2. A Associação, através da AM & BC, tem o direito e e Pesquisa e do plano de investimentos, nos a obrigação de realizar todas as actividades de investigação prazos e condições estabelecidos, atingindo os geológico-mineiras necessárias, de forma correcta e tecni- objectivos fixados e mantendo as Operações camente aceitável, em conformidade com o programa de permanentemente activas, salvo em caso de trabalhos constante do Anexo B. Força Maior ou outras vicissitudes previstas no CLÁUSULA 16.ª Contrato; (Implantação) e) cumprir com toda a legislação vigente na Repú- As Operações a serem realizadas na Área do Contrato, blica de Angola; iniciarão com a fase de mobilização e implantação dos f) respeitar os Princípios de Formação Técnico- meios, bens e equipamentos necessários à actividade, nome- -Profissional que constituem o Anexo C, cujos adamente, a aquisição, importação, montagem e instalação programas de implementação serão aprovados de equipamentos, infra-estruturas e estruturas técnicas e pelo Conselho de Associados, mediante pro- sociais, assim como a realização de levantamentos aéreos, posta da Direcção Executiva, no prazo máximo planeamento da fase de Investigação Geológico-Mineira, o recrutamento de pessoal e outras actividades organizativas, de quarenta e cinco (45) dias, contados da data devendo respeitar o prazo previsto na alínea k) da cláusula do início das Operações; 11.ª do presente Contrato. g) transferir o “know-how” e contribuir activamente SECÇÃO II para a actualização e formação técnico-profis- Prazo dos Direitos de Prospecção e Libertação de Áreas sional dos trabalhadores angolanos, tomando as CLÁUSULA 17.ª medidas necessárias e dirigindo acções progra- (Prazo dos Direitos de Prospecção) madas, adequadas para esse fim, devidamente 1. Os direitos mineiros de Prospecção, Pesquisa e cronogramadas e orçamentadas, prevendo a Reconhecimento são concedidos pelo período inicial de 3 substituição gradual do pessoal estrangeiro pelo (três) anos, ao qual se poderá acrescer mais duas prorroga- nacional; ções de 1 (um) ano cada, caso haja justificação para o efeito 2538 DIÁRIO DA REPÚBLICA e tenha sido devidamente autorizada, nos termos do n.º 5 do SECÇÃO III artigo 5.º da Lei n.º 1/92, de 17 de Janeiro. Programa de Trabalhos e Investimentos 2. Se, no final do período inicial de 3 (três) anos, a CLÁUSULA 19.ª Associação não concluir os trabalhos de Prospecção, (Programa de Trabalhos) Pesquisa e Reconhecimento de Diamantes de Depósitos A Associação, através da AM & BC, obriga-se a realizar, Secundários e, se de acordo com a avaliação do desempenho de modo integral e atempado, o programa de trabalhos de das Operações anteriores, se justificar a continuação de tais Prospecção, Pesquisa e Reconhecimento, descrito no Anexo Operações, aquela poderá requerer que lhe sejam concedi- B, salvo eventuais alterações que vierem a ser acordadas das as prorrogações referidas no número anterior. com a ENDIAMA, em função da evolução das Operações e 3. Se, antes do final do período previsto nos n.os 1 e 2 dos resultados obtidos. da cláusula anterior, a Associação tiver concluído os tra- CLÁUSULA 20.ª (Trabalhos Mínimos Obrigatórios) balhos de Prospecção, Pesquisa e Reconhecimento e se de acordo com o E.V.T.E. se justificar a passagem para a fase 1. Durante a vigência do presente Contrato, a Associação de Exploração, ser-lhe-á outorgado o respectivo Título de obriga-se a executar os trabalhos mínimos que se encontram descritos no Programa de Trabalhos. Exploração, nos termos das cláusulas 28.ª, 29.ª, 30.ªe 31.ª, 2. Poderão ser autorizados trabalhos adicionais e que não do presente Contrato. constem do Programa de Trabalhos, referido no n.º 1, se a 4. Caso uma parte da Área do Contrato não preen- Associação demonstrar que a sua execução tem justificação cha os requisitos de segurança, a Associação solicitará ao técnica e/ou económica. Organismo Competente para que a contagem do prazo da CLÁUSULA 21.ª licença relativamente a essa parte da Área do Contrato seja (Amostras) suspensa a partir da data da determinação desse facto pela 1. Enquanto não existirem instalações adequadas em Associação e para que se reinicie a contagem do prazo Angola, para a realização da análise ou avaliação de amos- da licença, na data em que a Associação considere que se tras geológicas obtidas durante a Prospecção, Pesquisa e encontram preenchidos os requisitos de segurança, quanto a Reconhecimento, a Associação poderá remeter essas amos- essa parte da Área do Contrato e em todos os seus acessos. tras, devidamente seladas, para centros especializados no CLÁUSULA 18.ª estrangeiro, nos termos da lei. (Libertação de Áreas) 2. A Associação informará à ENDIAMA e ao Ministério 1. Após o período inicial de 3 (três) anos, a Associação da Geologia e Minas e Indústria, os resultados e as avalia- deverá libertar 50 % da Área do Contrato, conforme o esti- ções, de acordo com o disposto na cláusula 54.ª, do presente pulado na alínea c) do n.º 2 do artigo 6.º da Lei n.º 1/92, de Contrato. 17 de Janeiro. 3. A Associação recolherá sempre que possível e reme- 2. A libertação de uma área importa a extinção de quais- terá ao Instituto Geológico de Angola, todas as amostras de quer direitos da Associação sobre a mesma, e deverá obrigar rochas com interesse científico, que sejam encontradas na a retirada do pessoal, equipamentos e infra-estruturas nela Área do Contrato. instalada. CLÁUSULA 22.ª (Custos de Investimentos) 3. Excluem-se da obrigação referida no número ante- rior, as estruturas ou infra-estruturas que possam servir de 1. Com sujeição ao disposto na cláusula 23.ª do pre- suporte às Operações que prossigam nas áreas não liber- sente Contrato, a AM & BC, suportará a totalidade dos tadas, bem como aquelas infra-estruturas susceptíveis de custos e encargos das Operações de Prospecção, Pesquisa e utilização comum pela população residente nas áreas liber- Reconhecimento. tadas ou cujo desmantelamento se revele especialmente 2. Todos os custos adequadamente incorridos na realiza- oneroso ou tecnicamente complexo. ção das referidas Operações, tal como descritos no número 4. Caso, posteriormente à libertação de quaisquer Áreas, seguinte, serão considerados Custos de Investimento, desde ocorra uma alteração dos parâmetros geológicos, econó- que aprovados pelo Conselho de Associados. micos ou legais que tornem a exploração dessas Áreas 3. Serão considerados Custos de Investimento, os rentáveis, deverá, em igualdade de condições oferecidas, seguintes: ser dada preferência à Associação, na atribuição de novos a) encargos com os trabalhadores, responsáveis e direito de Prospecção e Pesquisa sobre as áreas em questão. outros colaboradores angolanos ou estrangeiros, 5. Não obstante o disposto nos números anteriores, a incluindo salários, subsídios, ou prémios, gratifi- Associação poderá, a todo o tempo, libertar quaisquer Áreas cações, avenças, contribuições para a segurança que considere destituídas de interesse geológico, entre- social, despesas de deslocação e representação, gando-as à ENDIAMA, livre de quaisquer ónus ou encargos. alojamento e diárias, seguros, pensões e outros I SÉRIE — N.º 105 — DE 4 DE JUNHO DE 2012 2539

planos de reforma, assistência médica e outras j) todas as perdas, responsabilidades, danos e des- regalias sociais, encargos legais e outros paga- pesas em que a Associação possa incorrer ou mentos que sejam devidos nos termos da lei e da possa sofrer em resultado de qualquer das suas prática da indústria mineira internacional; actividades conduzidas ao abrigo do presente b) aquisição de materiais, produtos, aprovisionamen- Contrato, incluindo perdas, reclamações, pre- tos e bens de consumo utilizados nas Operações, juízos e sentenças de condenação (quando não contabilizando-se o seu custo total e real para a resultem de acção ou omissão fraudulenta impu- Associação, incluindo despesas de todo o tipo tável aos seus gestores ou outros trabalhadores), de seguros, fretes, manuseamento entre o ponto na parte não coberta pelos contratos de seguro de fornecimento e o ponto de destino, desalfan- celebrados, incluindo custos com a recuperação degamento, quaisquer impostos, direitos, taxas do ambiente; e outras imposições, e deduzindo-se quaisquer k) donativos, ofertas, prendas ou despesas com even- abatimentos que sejam efectuados; tos sociais desde que sejam de valor razoável e c) aquisição ou aluguer de equipamentos, máquinas estejam conformes aos usos e costumes aplicá- e quaisquer outros objectos ou utensílios utili- veis e devidamente aprovadas pelas Associadas; zados nas Operações, contabilizando-se o seu 1) despesas de promoção, comercialização, marketing custo total e real para a Associação, incluindo e publicidade que sejam adequadas às Opera- despesas de seguro, fretes, manuseamento entre ções e devidamente aprovadas pelo Conselho de o ponto de fornecimento e o ponto de destino, Associados; desalfandegamento, quaisquer impostos, direi- m) quaisquer outros custos que se mostrem necessá- tos, taxas e outras imposições, e descontando rios à adequada e eficaz condução e realização quaisquer abatimentos que sejam efectuados; d) formação e treino dos trabalhadores afectos às das Operações e elaboração dos E.V.T.E (s) ou Operações, nos termos da alínea f) das cláusula ao cumprimento deste Contrato, incluindo os 42.ª do presente Contrato, ou de quaisquer outras decorrentes da implementação dos Princípios pessoas, conforme possa ser periodicamente Gerais sobre Acções de Carácter Social constan- solicitado pela ENDIAMA, ou pelo Organismo tes do Anexo F. Competente e sujeito à aprovação do Conselho CLÁUSULA 23.ª (Investimento Para Prospecção, Pesquisa e Reconhecimento) de Associados; e) encargos gerais e administrativos relativos à 1. A AM & BC, compromete-se a disponibilizar à manutenção de Escritórios Centrais e eventuais Associação, por sua conta e risco e sem juros, todos os recur- representações noutros locais em Angola; sos financeiros, necessários para os trabalhos de Prospecção, f) aquisição, constituição de direito de superfície ou Pesquisa e Reconhecimento. 2. A AM & BC, obriga-se a submeter ao Conselho de arrendamento de habitações, para alojamento Associados, o Programa de Implementação e o respectivo dos trabalhadores, colaboradores e de outras orçamento, para a sua aprovação. pessoas relacionadas com os trabalhos, assim 3. Caso a fase de Prospecção, Pesquisa e Reconhecimento como de armazéns, estaleiros, parques, terrenos se prolongue para além do prazo concedido na Licença de ou quaisquer outros espaços ou estruturas neces- Prospecção, o programa de trabalhos e o respectivo orça- sárias às Operações; mento para cada período de prorrogação deverá ser definido g) quaisquer serviços prestados por terceiros relacio- anualmente pelo Conselho de Associados. nados com as Operações; CLÁUSULA 24.ª h) seguros exigidos por lei ou que a Associação (Investimentos mínimos obrigatórios) considere adequados em função do risco das 1. Durante o período de vigência do presente contrato, Operações, comerciais e da prática da indústria a AM & BC, ficará obrigada a investir na execução do pro- mineira internacional; grama de trabalho relativos a cada ano civil, conforme Plano i) taxa de superfície ou quaisquer outros pagamentos de Investimento e o respectivo Cronograma de Actividades, de impostos, contribuições, taxas, direitos adua- constantes do Anexo B. neiros, encargos pagos ao Estado ou a quaisquer 2. Se a AM & BC exceder, num determinado ano, o mon- Entidades Públicas, sejam de âmbito nacional, tante de investimentos mínimos obrigatórios referidos no provincial ou municipal, incluindo as contribui- Anexo B, tal deverá ser creditado às obrigações de investi- ções para o Fundo de Desenvolvimento Mineiro; mentos do ano ou anos seguintes. 2540 DIÁRIO DA REPÚBLICA

3. Poderão ser efectuados investimentos inferiores aos amostragens, amostragens de volume e todos os referidos no Anexo B, em conformidade com alteração dos dados geológicos obtidos; trabalhos, desde que tal alteração seja fundamentada e pre- b) uma estimativa preliminar do volume potencial do viamente aprovada pela ENDIAMA. minério, teor de diamantes e valor dos diaman- 4. No final dos primeiros 3 (três) anos, qualquer com- tes, caso sejam suficientes e relevantes os dados promisso ou obrigação relacionada com a realização do colhidos; Investimento fica dependente dos resultados obtidos, em c) uma investigação preliminar sobre as opções função da avaliação técnica que for aprovada pelo Conselho alternativas para o desenvolvimento, caso os de Associados, sobre a viabilidade do programa de traba- volumes potenciais de minério, os níveis de teor lhos previsto na cláusula 19.ª, que deverá ser aprovada pelo e valor dos diamantes o possibilitem; Conselho de Associados. d) uma avaliação preliminar, baseada nos dados CLÁUSULA 25.ª disponíveis, sobre a viabilidade comercial do (Créditos, dívidas e responsabilidades) projecto; Para efeitos de reembolso a partir das receitas da e) uma avaliação preliminar do riscos técnicos, Exploração e de acordo com as regras de afectação pre- comerciais, ambientais, sociais e de segurança; vistas na Cláusula 38.ª do presente contrato, os Custos de f) um plano preliminar, caso os resultados o permi- Investimentos incorridos com as Operações de Prospecção, tirem, do trabalho subsequente necessário para Pesquisa e Reconhecimento ao abrigo do presente Contrato, seja possível a elaboração do E.V.T.E. transitarão automaticamente para a Sociedade Comercial, a 3. O E.V.T.E. incluirá um relatório geológico que será ser constituída em conformidade com o disposto na Cláusula elaborado de acordo com as boas práticas da indústria 29.ª do presente Contrato, caso ocorram Jazigo(s) economi- mineira, designadamente, com base em geofísica, sonda- camente explorável(eis). gens, amostragens e geoquímica detalhada, que confirmem CLÁUSULA 26.ª o potencial quanto à dimensão do Jazigo e a existência de (Risco) quantidades económicas de diamantes, que justifiquem um 1. A AM & BC, assume inteiramente o investimento, por mais aprofundado programa de investigação para prosseguir sua conta e risco e sem juros. com as Operações até ao início da fase de Desenvolvimento. 2. A AM & BC, não assumirá qualquer risco ou respon- 4. Do relatório geológico deverão constar: sabilidade relativo aos investimentos ou obrigações que a) o mapa geológico da área pretendida, na escala advenham de contratos de concessão anteriores referentes à adequada, com a descrição das características área do presente Contrato, salvo acordo entre as Partes. geológicas salientes desta área; 3. Se não for descoberto qualquer Depósito Secundários b) os mapas topográficos identificando os locais em economicamente viável, ou se não forem suficientes para que todos os trabalhos de Investigação geoló- permitir a recuperação dos investimentos realizados, a AM gico-mineiro foram realizados; & BC assumirá o respectivo prejuízo, não podendo reclamar c) os relatórios dos resultados dos trabalhos de Opera- qualquer reembolso por parte do Governo ou de qualquer ções geológico-mineiras que salientem o Jazigo; das demais Partes. d) os relatórios dos resultados das análises laborato- CLÁUSULA 27.ª riais (geoquímica e mineralógica); (Estudo de viabilidade técnico-económica) e) o Relatório detalhado descrevendo os Jazigos 1. Concluída a Prospecção, Pesquisa e Reconhecimento Secundários estudados, a sua estrutura e morfo- de qualquer Depósito Secundário, a Associação procederá logia, incluindo informação sobre a distribuição à elaboração do Estudo de Viabilidade Técnico-Económica de diamantes e as reservas determinadas. (E.V.T.E.). 5. O estudo destina-se a demonstrar a viabilidade eco- 2. Caso não haja a possibilidade, devidamente justifi- nómica da Exploração de um ou mais Jazigos Secundários, cada, de se apresentar um E.V.T.E. no final do terceiro ano, conforme for o caso. por insuficiência de dados e/ou necessidade de dados adi- 6. Na elaboração do Estudo, e para além do relatório cionais com maior grau de fiabilidade, a Associação deverá geológico previsto nos números anteriores, a AM & BC terá apresentar pelo menos um Pré-E.V.T.E., suficientemente ainda que tomar em consideração os seguintes elementos: elucidativo sobre o quadro de evolução das Operações, que a) a análise económica e financeira do projecto, com deverá incluir: estimativa do montante dos investimentos a a) um resumo dos trabalhos técnicos, incluindo os realizar e respectivos programas de trabalho e resultados das pesquisas geofísicas, sondagens, orçamentos; I SÉRIE — N.º 105 — DE 4 DE JUNHO DE 2012 2541

b) os métodos de exploração e tratamento do minério 10. O Estudo deverá ser apresentado à ENDIAMA e ao a adoptarem para a recuperação eficiente dos Organismo Competente, para sua aprovação, nos termos da diamantes; lei, até ao termo do prazo do presente Contrato. c) o estudo do impacto ambiental; 11. O presente Contrato permanecerá em vigor enquanto d) o plano de desenvolvimento para as reservas o Organismo Competente estiver a analisar o E.V.T.E. identificadas no relatório geológico e respectiva apresentado. previsão orçamental para conduzir o projecto a 12. No exercício dos poderes e competências atribuídos fase Exploração; por lei, a ENDIAMA ou o Organismo Competente poderão e) as estruturas operacionais necessárias à execução solicitar esclarecimentos à Associação, propor alterações das fases de Desenvolvimento e de Exploração; ou aditamentos, ou, de um modo geral, promover a realiza- f) as infra-estruturas e estruturas técnicas e sociais ção de consultas com vista ao esclarecimento ou solução de necessárias à implantação da Mina; quaisquer dúvidas surgidas. g) a estimativa dos custos de Exploração; 13. Enquanto este Contrato estiver em vigor, pode- h) as necessidades em termos de recursos humanos e rão ser elaborados e apresentados à ENDIAMA ou ao os respectivos programas de emprego e forma- Organismo Competente novos Estudos de Viabilidade ção; Técnico-Económica para Jazigos que sejam posteriormente i) a estimativa dos valores indicativos dos diamantes descobertos ou avaliados. a serem extraídos, bem como o estudo de mer- CAPÍTULO IV cado; Garantia de Exploração e Comercialização j) a forma de estruturação e gestão das operações de exploração. CLÁUSULA 28.ª (Garantia dos Direitos de Exploração e Comercialização) 7. A análise económico-financeira deverá ser efectuada de acordo com o método real de actualização do fluxo de 1. É garantido às Associadas, a concessão dos direitos caixa (“discounted cash flow”), e terá por objectivo calcu- de exploração, na Área de Concessão mediante a outorga lar a taxa de retorno do investimento, após impostos a ser do respectivo título, dos jazigos economicamente viáveis, a atingida através da exploração, a partir do Jazigo relevante. ser exercido pela Sociedade Comercial, nos termos da cláu- 8. O cálculo da referida taxa terá em conta, de acordo sula 29.ª com a fórmula mundialmente utilizada na indústria mineira, 2. Os diamantes recuperados no âmbito do Contrato de entre outros, os seguintes factores: Exploração, serão comercializados, de acordo com a lei, a) o número de anos estimado desde a data de pela Sociedade Comercial. aprovação do Estudo de Viabilidade Técnico- CLÁUSULA 29.ª (Sociedade Comercial) -Económico até à data em que todas as obrigações de desmontagem e recuperação da área, nos ter- As Associadas constituirão entre si, uma Sociedade mos do referido Estudo, tiverem sido cumpridas Comercial para o exercício dos direitos de Exploração dos pela Associação (o “Período Aplicável”); Jazigos economicamente viáveis na Área do Contrato e de b) a estimativa dos fluxos de caixa reais após o Comercialização dos respectivos diamantes, cuja participa- pagamento dos impostos devidos, tendo em ção social corresponderá às quotas de participação que cada consideração a estimativa de todas as entradas e uma detém na Associação, conforme disposto na cláusula 4.ª saídas de fluxos de caixa; do presente Contrato. c) os índices de preços actualizados de acordo com CLÁUSULA 30.ª a taxa de inflação anual, sendo a inflação futura (Contrato de Exploração) estimada, com base no acréscimo médio do 1. Os direitos de Exploração serão concedidos à índice de preços ao consumidor (“Consumer Sociedade Comercial através da celebração de um Contrato Price Index”) dos Estados Unidos da América. de Exploração entre as Partes, a ser homologado pelo 9. No exercício dos poderes e competências atribuídas Ministro da Geologia e Minas e Indústria. por lei, a ENDIAMA ou o Organismo Competente poderão 2. A Sociedade Comercial poderá requerer ao Organismo solicitar à Associação esclarecimentos, propor alterações ou Competente, nos termos da lei e em igualdade de circunstân- aditamentos, ou, de um modo geral, promover a realização cias, autorização para a exploração de outros minerais que de consultas com vista ao esclarecimento de quaisquer dúvi- ocorram na Área do Contrato, e que não se enquadrem na das surgidas. categoria de minerais acessórios. 2542 DIÁRIO DA REPÚBLICA

3. Caso a exploração de minerais referidos no número necessários à actividade produtiva, incluindo, entre outros, anterior da presente Cláusula esteja por lei ou contrato atri- a aquisição, importação, montagem e instalação de equipa- buído a terceiros, a Sociedade Comercial fará a entrega de mentos, estruturas, infra-estruturas, habitações, escritórios, tais minerais, beneficiando-se de um prémio nos termos do armazéns, vias de acesso e circulação dentro e em redor artigo 8.º da Lei n.º 1/92. da Área da Mina, aeródromos e outras estruturas de apoio físico e logístico, assim como a realização de estudos de CLÁUSULA 31.ª (Duração da Exploração) engenharia e de projecto, remoção do estéril, planificação das operações, recrutamento de pessoal e outras actividades 1. O período inicial de Exploração para cada Mina e organizativas. respectivas prorrogações, será definido no Contrato de 2. Ao Desenvolvimento seguir-se-á a produção e as Exploração, em conformidade com o disposto no n.º 2 do vendas. Deverá ser estabelecida uma “Data de Início da artigo 13.º da Lei n.º 1/92, de 17 de Janeiro. Produção”, a qual corresponderá à data em que a instalação 2. A duração do direito de Exploração para cada Mina for concluída e certificada como tal. será garantida a Sociedade Comercial, de acordo com o 3. Até ao termo das actividades de Desenvolvimento E.V.T.E. e vida económica das reservas minerais existentes, previstas nesta cláusula, a Sociedade Comercial procederá sendo sempre inferior ao período necessário para o esgota- à actualização do plano de Exploração de modo a ajustá-lo mento das reservas mineiras existentes, podendo ser objecto em função das últimas informações e avaliações das reser- de um ou mais períodos de prorrogação, mediante negocia- vas, devendo, no entanto, manter o Organismo Competente ções que tenham em conta as condições do mercado e a sua ao corrente dessas alterações. evolução, nos termos da lei. CLÁUSULA 35.ª (Financiamento para Exploração) CLÁUSULA 32.ª (Área da Mina) 1. Enquanto a Sociedade Comercial não gerar receitas suficientes para suportar os respectivos custos, a AM & BC 1. A Área da Mina será demarcada pela ENDIAMA, de deverá financiar ou providenciar a obtenção de financia- acordo com os resultados do E.V.T.E. mentos para a Sociedade Comercial, por forma a permitir 2. A Área da Mina terá por base os Jazigos Secundários o seu regular funcionamento e a realização das Operações economicamente viáveis que possam ser explorados a partir de Exploração, observados os termos e condições previstos de uma mesma estrutura física de Exploração, seja à super- neste Contrato. fície ou subterrânea, desde que devidamente autorizada pelo 2. Caso qualquer das Partes, seja proprietária de equi- Ministério da Geologia e Minas e Indústria. pamentos que se mostrem adequados à realização das 3. Se o Jazigo a explorar, se estender para além da Área Operações e transmita a propriedade dos mesmos para a do Contrato, em zona que não esteja abrangida por qualquer Sociedade Comercial, tais equipamentos serão valorizados contrato, a Sociedade Comercial terá o direito de incluir essa a preço de mercado e o valor daí resultante será considerado zona adjacente na Área da Mina, desde que o Ministério da financiamento nos termos do anterior n.º 1 e remunerado nos Geologia e Minas e Indústria, autorize a sua integração. termos e condições que forem acordados. 4. Se a zona adjacente estiver atribuída a um terceiro, para 3. O pagamento do serviço da dívida referente ao emprés- timo contraído na execução das Operações, ao abrigo do Prospecção ou Exploração, a Sociedade Comercial poderá, Contrato de Exploração a celebrar, far-se-á exclusivamente ainda assim, incluir essa zona na Área da Mina desde que a partir dos proveitos resultantes da venda de diamantes chegue a acordo com esse terceiro no sentido de permitir o por parte da Sociedade Comercial e iniciar-se-á a partir do desenvolvimento conjunto ou simultâneo das actividades em momento em que se apurar um free cash flow positivo. questão, ou, de outro modo, compense adequadamente esse CLÁUSULA 36.ª terceiro, desde que autorizado pelo Ministério da Geologia (Bónus) e Minas e Indústria, em conformidade com a legislação em A AM & BC pagará à ENDIAMA, a título de prémio vigor. de assinatura do presente Contrato, um bónus, equivalente CLÁUSULA 33.ª a 5 (cinco) % do valor dos resultados brutos resultantes (Operação da Mina) da venda dos diamantes do período a que disser respeito, A Sociedade Comercial assumirá a responsabilidade pelo durante os 20 (vinte) meses subsequentes a primeira venda integral cumprimento do que for estabelecido no Contrato de mensal da produção. Exploração, previsto na cláusula 30.ª, do presente Contrato. CLÁUSULA 37.ª CLÁUSULA 34.ª (Reembolso do Investimento) (Desenvolvimento) 1 Nos termos do Artigo 14.º, da Lei n.º 1/92, de 17 1. A fase de Exploração iniciar-se-á pelo Desenvolvimento, de Janeiro, é assegurado à AM & BC, o reembolso inte- o qual consiste na mobilização e implantação dos meios gral do investimento previsto na cláusula 22.ª do presente I SÉRIE — N.º 105 — DE 4 DE JUNHO DE 2012 2543

Contrato, realizado no cumprimento dos respectivos pla- algum poderá ser inferior a USD 500.000,00 (Quinhentos nos de Prospecção, Pesquisa e Reconhecimento, bem como Mil Dólares dos Estados Unidos da América). todos os demais recursos financiados despendidos pela AM CAPÍTULO V & BC na Associação ou na Sociedade Comercial, a partir Administração e Gestão das receitas líquidas provenientes da fase de Exploração dos Jazigos Secundários que forem descobertos ou valorizados CLÁUSULA 39.ª (Conselho de associados) com esses planos. 2. Após apresentação dos E.V.T.E., o Ministério da 1. A Associação em Participação terá um Conselho de Geologia e Minas e Indústria designará a Área da Mina e Associados que será o órgão deliberativo, composto por os Jazigos a serem abrangidos no Título de Exploração, de três (3) membros, sendo um (1) representante indicado pela modo a assegurar o reembolso do investimento efectuado e ENDIAMA, um (1) representante indicado pela AM & BC e a continuidade de uma parceria mutuamente vantajosa entre um (1) representante indicado pela empresa nacional. as Associadas, de acordo com o disposto nas cláusulas 31.ª e 2. O Conselho de Associados será dirigido por um 32.ª do presente Contrato. Presidente, que será indicado pela ENDIAMA, a quem 3. As condições, formas e prazos de reembolso serão competirá: fixadas de acordo com o estabelecido no Decreto-Lei a) convocar e presidir as reuniões; n.º 4-B/96, de 31 de Maio (Regulamento do Regime Fiscal b) coordenar e orientar as actividades do Conselho para as Actividades Geológico-Mineiras), no respectivo de Associados, com vista a garantir o seu bom título de Exploração, com base na rentabilidade esperada em funcionamento; função do E.V.T.E. 3. A primeira reunião do Conselho de Associados terá 4. Caso, em relação às áreas anteriormente prospec- lugar no prazo máximo de trinta (30) dias após a entrada tadas e consideradas inviáveis, se verificarem alterações em vigor do presente Contrato. Deverão, obrigatoriamente, na interpretação geológica, parâmetros legais, condições constar da ordem de trabalhos desta primeira reunião, os económicas ou quaisquer outros factores que viabilizem seguintes pontos: a Exploração dos Jazigos Secundários situados nas áreas libertadas, a Associação poderá requerer a concessão dos a) fixação do prazo para entrega do plano trimestral direitos de Exploração sobre os mesmos. de trabalhos, pela Direcção Executiva; b) tomada de posse dos membros da Direcção Exe- CLÁUSULA 38.ª (Afectação de receitas e distribuição de dividendos) cutiva; 1. As receitas brutas resultantes da venda de cada lote c) determinação da abertura da conta bancária; de diamantes serão distribuídas pela sociedade da seguinte d) aprovação do local onde funcionará a sede da forma: Associação. a) 2/3 (dois terços) será destinado a cobrir os custos CLÁUSULA 40.ª (Competências do Conselho de Associados) operacionais, obrigações fiscais, reembolso do investimento e outras obrigações legais; Para além de outras previstas no Contrato ou na legisla- b) 1/3 (um terço) será destinado a distribuição de ção em vigor, compete ao Conselho de Associados: dividendos aos sócios na proporção das suas a) gerir superiormente e representar a Associação; participações sociais; b) aprovar os programas anuais e respectivos orça- 2. Para os efeitos do disposto na alínea a), do n.º 1, da mentos; presente cláusula, as partes acordam na constituição prévia c) aprovar o seu regulamento interno; de um fundo de reserva operacional no montante mínimo d) acompanhar e controlar a actividade da Direcção de USD 500.000,00 (Quinhentos Mil Dólares dos Estados Executiva; Unidos da América), a partir das receitas brutas geradas e) aprovar os relatórios periódicos constantes da cláu- pelas primeiras vendas de diamantes. Este fundo poderá ser sula 54.ª do presente Contrato; reforçado a qualquer momento por acordo entre as Partes e f) aprovar qualquer acto ou contrato relativo à exe- em qualquer momento. cução das Operações de valor superior a US$ 3. As partes acordam que o critério para a afectação das 50.000,00 (Cinquenta Mil Dólares dos Estados receitas brutas geradas pela venda de cada lote de diamantes Unidos da América); estabelecido no n.º 1 anterior, será automaticamente ajus- g) solicitar, caso se considere necessário, a realização tado pela Sociedade Comercial numa base venda-venda de auditorias independentes, para validação da para integrar e/ou reforçar o Fundo de reserva operacional execução dos programas anuais e dos respecti- referido no n.º 2 da presente cláusula, o qual em momento vos orçamentos. 2544 DIÁRIO DA REPÚBLICA

CLÁUSULA 41.ª a) que o Director Geral, que acumulará as funções de (Deliberações do Conselho de Associados) responsável da área das Operações Geológicas e 1. As reuniões do Conselho de Associados deverão rea- Mineiras, será indicado pela ENDIAMA; lizar-se com a presença de todos os seus membros, sem b) que o Director Geral Adjunto, que acumulará as prejuízo do disposto no n.º 3 desta cláusula. funções de responsável Adjunto para a área de 2. Qualquer membro do Conselho de Associados poderá, Planificação e Finanças, será indicado pela AM na sua ausência ou em caso de impedimento, delegar os seus & BC; poderes, numa outra pessoa, desde que esta integre o quadro c) que o responsável pela área de Planificação e de pessoal da Associada que representa. Finanças será indicado pelo AM & BC; 3. Caso não esteja reunido quórum ao fim de trinta (30) d) que o responsável pela área de recursos Humanos minutos, após a hora marcada para o início da reunião, ou será indicado conjuntamente pela ENDIAMA; se tal quórum deixar de existir no decurso da reunião, o e) Que o responsável pela área da Administração e da Presidente do Conselho de Associados declarará a reunião Segurança será indicado pela ENDIAMA. sem efeito, e poderá convocar uma segunda reunião a ser 2. Cada Associada poderá, a todo tempo, substituir as realizada dentro dos cinco (5) dias úteis subsequentes. Na pessoas por si nomeadas, mediante comunicação por escrito segunda reunião, o Conselho de Associados poderá reunir ao Conselho de Associados, para a devida efectivação do com a presença de apenas dois (2) dos seus membros, desde acto de substituição. que um deles seja o representante indicado pela ENDIAMA 3. Poderão ser criados outros pelouros desde que, pelo e o representante indicado pela AM & BC. desenvolvimento dos trabalhos da Associação, se manifeste 4. Cada membro do Conselho de Associados terá direito efectivamente necessário, mediante deliberação do Conselho a um voto, muito embora as deliberações devam ser toma- de Associados, sob proposta da Direcção Executiva. das, em princípio, por consenso. 4. O Director Geral deverá, no uso dos poderes dele- 5. No caso de impasse nas deliberações, o Conselho de gados para efectuar a gestão corrente da Associação, agir Associados terá 5 (cinco) dias úteis para deliberar de acordo de acordo com as deliberações do Conselho de Associados as seguintes regras: e exercer adequadamente as suas atribuições executivas, a) cada membro deverá consultar a Associada que cabendo-lhe, designadamente: represente sobre a questão com vista à busca de a) dirigir e coordenar a actividade da Direcção Exe- consenso; cutiva; b) não tendo sido possível a obtenção de consenso b) exercer o poder disciplinar em nome da Associa- com base nas consultas previstas na alínea a), ção; as Associadas reunirão com vista a pôr termo ao c) conduzir e executar as Operações geológico-minei- impasse; ras com zelo, dedicação, competência, eficiência c) na impossibilidade de obtenção de consenso com e eficácia, nas melhores condições técnicas, base na alínea b), as Associadas deverão prosse- económicas e ecológicas de acordo com a lei guir as negociações até atingir o consenso entre angolana e as boas práticas da indústria mineira; si. d) manter o Conselho de Associados informado sobre 6. Sem prejuízo do disposto nos anteriores números, a realização das Operações geológico-mineiras, qualquer eventual impasse que possa surgir não deverá mediante relatórios e reuniões periódicas, de impedir a implementação do Programa de Trabalhos apro- acordo com o estabelecido neste Contrato e os vado e que a Associação se obriga a implementar nos termos procedimentos a definir pelo Conselho de Asso- da cláusula 19.ª do presente Contrato. ciados; 7. Sempre que não houver inconveniente e for, pre- e) executar todas as Operações previstas nos pro- viamente, aprovado pelo Conselho de Associados, as gramas de investigação geológico-mineiras, Associadas poderão fazer-se acompanhar nas reuniões do assumindo todos os compromissos necessários Conselho de Associados, por técnicos e/ou peritos. ao efeito; CLÁUSULA 42.ª f) efectuar e manter actualizados e organizados, nos (Direcção Executiva) escritórios da Associação, o registo completo de 1. O Conselho de Associados criará uma Direcção todas as Operações técnicas realizadas ao abrigo Executiva para efectuar a gestão corrente da Associação em do Contrato, bem como o registo de todas as Participação, relativamente à qual as Associadas acordam: despesas realizadas; I SÉRIE — N.º 105 — DE 4 DE JUNHO DE 2012 2545

g) responder perante o Conselho de Associados pela f) atracação, embarque e desembarque de navios em administração e gestão da Associação em Parti- Angola, bem como a carga e descarga de aero- cipação durante a fase de Prospecção, Pesquisa naves no país; e Reconhecimento. g) utilização de telecomunicações públicas e priva- 5. Os membros nomeados pelas Associadas para exer- das, através da obtenção de linhas, canais ou cerem funções na Direcção Executiva, deverão possuir espectros de ondas nacionais e internacionais, capacidade técnica e experiência necessária para o efeito. nos termos da legislação em vigor; 6. O Director Geral Adjunto terá a função principal de h) transporte de correspondência e documentos entre coadjuvar o Director Geral da Associação. Porém, sem pre- Angola e o estrangeiro; juízo das competências atribuídas ao Director Geral, terá a i) importação e exportação de todos os produtos, responsabilidade de organizar e manter actualizada a área de amostras, equipamentos, bens, incluindo o contabilidade da Associação. desembaraço aduaneiro expedito e em condi- CAPÍTULO VI ções de segurança; Condução das Operações j) obtenção das respectivas licenças junto das entida- CLÁUSULA 43.ª des competentes para o efeito, para importação (Licenças e autorizações) de capitais, necessários para o desenvolvimento 1. Conforme for apropriado em cada caso, a ENDIAMA das Operações. E.P., na sua qualidade de Concessionária e/ou o Organismo CLÁUSULA 44.ª (Estruturas e infra-estruturas) Competente, emitirá ou solicitará a outras Entidades Públicas que emitam, nos termos da Lei, as licenças, autorizações ou 1. As estruturas e infra-estruturas poderão ser localiza- permissões necessárias, para a execução atempada e com- das fora da Área do Contrato, na medida em que tal se revele pleta das Operações, nomeadamente: adequado às Operações, por razões operacionais, logísticas, a) acesso, permanência e livre circulação na Área económicas, de segurança ou outras. 2. Poderão, nomeadamente, situar-se fora da Área do do Contrato ou na Área da Mina, conforme Contrato, as instalações e Escritórios de apoio logístico e seja necessário, de qualquer pessoa afecta às administrativo. Operações, incluindo empregados de empresas 3. Após o termo voluntário das Operações, nos termos subcontratadas, supervisores, médicos, enfer- deste Contrato, as estruturas e infra-estruturas instaladas meiros, transportadores e vigilantes; reverterão a favor do Estado, ou para quem o Estado designar, b) construção e montagem de quaisquer estruturas, que passará a ser responsável pelas mesmas para todos os infra-estruturas ou equipamentos necessários às efeitos de direito, exceptuam-se as estruturas que pude- Operações; rem ser levantadas e que a Associação pretenda utilizar em c) utilização de meios de acesso ao local das Operações mineiras realizadas noutra parte de Angola. Operações, incluindo estradas, aeroportos, 3. Após o termo voluntário das Operações, nos termos aeródromos, caminhos-de-ferro, vias fluviais e deste Contrato, as estruturas e infra-estruturas instaladas outros; reverter-se-ão (i) a favor do Estado, ou para quem o Estado d) extracção de areia, burgaus, argilas e de outros designar, mediante prévia indemnização; ou (ii) a favor de materiais naturais de construção, bem como empresas privadas, por quantia a negociar, calculada em água dos cursos dos rios, incluindo os materiais função do valor comercial de uso das estruturas ou infra- provenientes de terrenos do domínio do Estado -estruturas em causa. e de outras Entidades Públicas; 4. Exceptuam-se as estruturas que puderem ser levan- e) obtenção de vistos de trabalho e outras autorizações tadas e que a Associação pretenda utilizar em Operações para a entrada, saída e permanência no território mineiras realizadas noutra parte de Angola. nacional dos trabalhadores, colaboradores e con- 5. A Associação tem o direito de recusar pedidos formu- sultores estrangeiros afectos às Operações, bem lados por quaisquer Entidades Públicas para a construção como para a importação e exportação dos seus de estruturas ou infra-estruturas que a Associação não con- bens pessoais; sidere necessárias às Operações, sem embargo de o pedido 2546 DIÁRIO DA REPÚBLICA poder ser aceite em condições a acordar, desde que os res- entrega, especificações, manutenção e outros factores consi- pectivos custos sejam considerados Custos de Investimento derados relevantes, a Associação deverá dar preferência aos nos termos da cláusula 22.ª do presente Contrato. bens e serviços de origem nacional. CLÁUSULA 45.ª 4. A prestação de serviços e fornecimentos pelas (Recursos Humanos) Associadas ou contratadas da ENDIAMA, respeitará sem- 1. A Associação deverá recrutar os trabalhadores mais pre o regime concorrencial, nos termos do artigo 2.º, n.º 8 e adequados às Operações, em função das suas qualificações 9, da Lei n.º 16/94, de 17 Outubro. 5. A subcontratação, nos termos do número anterior, não e experiência, ressalvado o disposto nos números seguintes. importa qualquer exoneração ou diminuição das responsabi- 2. A Associação deverá dar preferência ao recrutamento lidades ou obrigações da Associação, nos termos do presente de trabalhadores nacionais, nomeadamente, daqueles que Contrato. residam na área, tendo em consideração os princípios gerais CLÁUSULA 48.ª constantes do Anexo C. (Segurança) 3. A Associação deverá ministrar formação e treino aos 1. Sem prejuízo das competências das forças de ordem trabalhadores nacionais, em conformidade com os princí- pública e segurança interna em garantir a segurança da pios gerais constantes do Anexo C. Área do Contrato e de todos os seus acessos, compete à 4. Os trabalhadores terão direito à uma remuneração Associação tomar as medidas para assegurar e promover justa e equilibrada, independentemente da respectiva nacio- a segurança das pessoas, equipamentos e instalações afec- nalidade, devendo a Associação pagar salário igual para tas às Operações dentro da Área do Contrato, assim como trabalho igual. dos diamantes em fase de extracção ou já recuperados no CLÁUSULA 46.ª decurso das actividades, podendo inclusivamente executar (Saúde e segurança no trabalho) trabalhos adicionais de desminagem de áreas específicas Na organização do trabalho e apetrechamento das insta- que a Associação possa considerar necessários, adoptando lações, a Direcção Executiva deverá: os procedimentos mais adequados e seguros para operações a) assegurar níveis máximos em matéria de saúde e de levantamento de eventuais explosivos de guerra. segurança, minimizando o risco de acidentes de 2. Para os efeitos do disposto nos artigos 14.º a 23.º da trabalho e doenças profissionais e propiciando Lei n.º 16/94, de 7 de Outubro, a Associação em Participação um ambiente de trabalho saudável; e o Organismo Competente definirão zonas restritas e a b) promover acções de formação e sensibilização Associação estabelecerá bases/campos estratégicos de forma em matéria de higiene e segurança no trabalho, a permitir um patrulhamento eficiente e contínuo das zonas assim como educar os trabalhadores e outros restritas definidas na Área do Contrato. colaboradores, na correcta utilização das máqui- 3. Para efeitos do disposto nos números anteriores, a nas, materiais, utensílios e equipamentos de Associação poderá recrutar, formar e equipar o pessoal que trabalho; considere necessário, e/ou recorrer aos serviços de empresas c) equipar-se com os meios adequados e estabelecer de segurança devidamente licenciadas, bem como adquirir os necessários procedimentos para permitir uma equipamentos de segurança e supervisão de qualquer natu- resposta pronta, em caso de acidente de trabalho. reza, desde que permitidos por lei e devidamente autorizados CLÁUSULA 47.ª (Subcontratação e aquisição de bens e serviços) pela Entidade Pública competente para o efeito. 4. A Associação será responsável pelo armazenamento e 1. A Associação poderá recorrer a contratação de transporte dos diamantes recuperados e produzidos a partir empresas e consultores para a realização de trabalhos espe- cializados, nos termos da lei. da Área do Contrato, no decurso das Operações. 2. A Associação é livre de adquirir e contratar, em Angola CLÁUSULA 49.ª (Transportes aéreos, rodoviários e ferroviários) ou no estrangeiro, os bens e serviços que, no seu livre crité- rio, se mostrarem mais adequados à correcta execução das A Associação utilizará os transportes aéreos, rodoviá- Operações. rios e ferroviários conforme considere mais adequado para a 3. Em caso de igualdade de condições entre os bens e execução das Operações, ficando no entanto sujeita às regras serviços angolanos e os estrangeiros, tendo em conta a quali- de licenciamento em vigor para a construção de estradas, dade, preço e outros encargos, disponibilidade, condições de aeródromos ou pistas de aterragem privadas. I SÉRIE — N.º 105 — DE 4 DE JUNHO DE 2012 2547

CLÁUSULA 50.ª Competente ou de qualquer Entidade Pública forem direc- (Telecomunicações) tamente responsáveis por quaisquer danos, incluindo danos Poderão ser adquiridos e utilizados pela Associação pessoais, dano morte ou danos patrimoniais causados a ter- meios de comunicação com frequência independente, com ceiros, a Associação não poderá ser responsabilizada por sujeição às regras de licenciamento em vigor. tais danos, nem por quaisquer queixas, pedidos ou acções, CLÁUSULA 51.ª resultantes ou relacionadas com esses danos, que sejam (Importação e reexportação de equipamentos e outros bens) deduzidas por qualquer pessoa, devendo tais responsa- A Associação tem o direito de importar e reexportar bilidades ser imputadas aos autores dos actos danosos. quaisquer equipamentos ou outros bens necessários à cor- Quando os danos pessoais, dano morte ou danos patrimo- recta execução das Operações, nos termos da legislação niais resultarem de responsabilidade conjunta da Associação aplicável. em Participação e dos representantes da ENDIAMA, do CLÁUSULA 52.ª Organismo Competente e/ou Entidade Pública, o dever de (Circulação de informações e dados) indemnizar será proporcional à quota-parte de negligência 1. A Associação e as Associadas poderão remeter para ou culpa conjunta imputável a cada um. fora de Angola, e de aí utilizar, cópias de informações e CLÁUSULA 54.ª dados relativos às Operações, salvaguardadas as disposi- (Relatórios periódicos) ções legais e as obrigações de confidencialidade constantes A Associação elaborará e submeterá ao Organismo da cláusula 63.ª. Competente, relatórios semestrais, no prazo de trinta (30) 2. No caso de a análise das informações e dados só poder dias após o termo do período a que disserem respeito, con- ser adequadamente efectuada através da inspecção dos res- tendo a descrição circunstanciada dos trabalhos realizados e pectivos originais, nomeadamente tratando-se de registos de os dados técnicos e económicos obtidos. levantamentos aeromagnéticos e geofísica especializada, a CLÁUSULA 55.ª (Responsabilidade civil) Associação poderá enviar esses originais para o exterior do As Associadas serão responsáveis, nos termos da lei, por país, após apresentação de prévia justificação à ENDIAMA, qualquer dano causado a terceiros. E.P., e ao Organismo Competente. Ressalvada esta excep- CLÁUSULA 56.ª ção, os originais de todas as informações e dados deverão (Seguros) ser mantidos em Angola pela Associação. 1. A AM & BC deverá celebrar os contratos de seguro CAPÍTULO VII exigidos por lei, ou quaisquer outros que ele considere Inspecção e Responsabilidade necessário à adequada cobertura dos riscos emergentes das

CLÁUSULA 53.ª Operações, objecto do presente Contrato, podendo recorrer à (Inspecção) apólices de âmbito internacional que possua, na medida em 1. A Associação deverá permitir e facilitar a inspecção, que as mesmas sejam extensíveis às Operações em Angola, por parte do Organismo Competente ou de qualquer Entidade bem como promover o auto-seguro quando não seja possí- Pública, das suas actividades e dos dados e elementos que vel, ou seja pouco viável, obter cobertura externa. possuir de natureza técnica, económica, financeira ou outra. 2. As apólices deverão estar permanentemente em vigor 2. Os representantes devidamente credenciados da e os limites de cobertura deverão ser ajustados a quaisquer ENDIAMA, do Organismo Competente ou de qualquer variações no risco das Operações. Entidade Pública terão o direito de visitar o local ou locais CLÁUSULA 57.ª das Operações, devendo ser-lhes facultadas as condições (Impacto Ambiental) logísticas necessárias, segundo um critério de razoabilidade, 1. Na execução das Operações, as Associadas deverão ao desempenho da sua missão nesse local ou locais. Sem actuar em conformidade com o Decreto n.º 51/04 de 23 de que tal represente qualquer diminuição dos poderes e com- Julho, e com os padrões e práticas internacionalmente acei- petências da ENDIAMA, do Organismo Competente ou de tes, em matéria de protecção do impacto ambiental e em qualquer Entidade Pública, estas entidades e a Associação consonância com o Anexo E, parte integrante do presente deverão colaborar no sentido de as referidas visitas e inspec- contrato. ções serem organizadas de modo a causar o menor transtorno 2. As medidas de protecção do ambiente, nos termos possível à execução das Operações. acima descritos, deverão fazer parte dos planos de traba- 3. Se durante as suas visitas ao local ou locais das lho e deverão respeitar os Princípios Gerais sobre Impacto Operações, os representantes da ENDIAMA, do Organismo Ambiental, constantes no Anexo E. 2548 DIÁRIO DA REPÚBLICA

CAPÍTULO VIII 4. Sem prejuízo do disposto nos números anteriores, a Regime Fiscal, Cambial e Contabilístico Associação e as Partes poderão solicitar às autoridades com-

CLÁUSULA 58.ª petentes a concessão de um regime cambial especial, de (Regime fiscal) forma a agilizar a operacionalidade dos trabalhos e/ou melho- 1. A Associação está sujeita ao regi me fiscal estabelecido rar as condições económicas do exercício das Operações, e no Regulamento do Regime Fiscal para a Indústria Mineira beneficiarão de quaisquer eventuais alterações legislativas (“RRFIM”), aprovado pelo Decreto-Lei n.º 4-B/96 de 31 de que estabeleçam um regime cambial mais favorável. Maio, e nos termos constantes dos números seguintes. CLÁUSULA 60.ª (Regime contabilístico) 2. Todos os Custos incorridos no exercício das activi- dades de Prospecção, Pesquisa e Reconhecimento serão 1. A Associação deverá manter a contabilidade perma- nentemente actualizada e correcta da sua conta de custos contabilizados quer em Kwanzas, quer em Dólares dos e despesas, de acordo com o Decreto n.º 82/01, de 16 de Estados Unidos, como imobilizado incorpóreo e, como tal, Novembro (Plano Nacional de Contas) e com as práticas sujeitos à amortização às taxas previstas no n.º 2 do artigo contabilísticas internacionalmente aceites. 3.º, do RRFIM. 2. As transacções serão registadas em Dólares dos 3. A amortização dos Custos referidos no anterior número Estados Unidos da América e convertidas automaticamente 2 só se iniciará no ano em que começar a produção, sendo para Kwanzas ao câmbio da data divulgado pelo Banco estes Custos integralmente amortizáveis. Nacional de Angola. 4. A Associação, as Associadas e a Sociedade Comercial 3. Para efeito de controlo das condições internas de a ser criada, caso venha a ter lugar, beneficiarão de alte- exploração durante a fase de Prospecção, Pesquisa e rações legislativas que fixarem um regime que lhes seja Reconhecimento, a Associação procederá à contabilização fiscalmente mais favorável, bem como poderão solicitar de todos os custos da operação, imputando-os aos Jazigos às autoridades competentes a concessão de outros bene- objecto de intervenção, quer estes se revelem ou não econo- fícios fiscais, sob a forma de isenções, reduções de taxas, micamente exploráveis. aceleração de amortizações ou quaisquer outros, em rela- 4. Todos os custos contabilísticos referidos na presente ção aos encargos estabelecidos na legislação existente ou a cláusula a serem transferidos para a Sociedade Comercial, quaisquer outros impostos ou taxas a que a Associação, a conforme disposto na cláusula 25.ª, deverão ser auditados Sociedade Comercial e/ou as Associadas possam vir a estar no final de cada exercício, por uma entidade independente sujeitas no exercício da sua actividade. de auditoria, nos termos da alínea c) do n.º 2, do artigo 2.º, CLÁUSULA 59.ª do Decreto n.º 7-A/00, de 11 de Fevereiro, ser aprovados (Regime cambial) pelo Conselho de Associados e posteriormente remetidos à 1. A Associação estará sujeita ao regime cambial apli- ENDIAMA e ao Organismo Competente. cável às actividades mineiras e legislação complementar, CAPÍTULO IX nomeadamente ao disposto no aviso n.º 2/03, de 7 de Disposições Finais Fevereiro, do Banco Nacional de Angola, sendo garantido CLÁUSULA 61.ª de forma irrevogável à AM & BC o direito de repatriamento (Lei aplicável) dos lucros e/ou dividendos e dos montantes referentes ao O presente Contrato rege-se pelo Direito Angolano. reembolso integral do Investimento por si efectuados. CLÁUSULA 62.ª 2. A Associação e as Partes deverão transferir para ban- (Língua do Contrato) cos domiciliados em Angola, de acordo com a lei, as divisas 1. A língua do Contrato é o Português, devendo ser necessárias à satisfação das obrigações locais, tais como a igualmente essa a língua a utilizar em todos os documentos, aquisição de bens, equipamentos, serviços, encargos com registos de informação e correspondência oficial relativos às pessoal e cumprimento de quaisquer outras obrigações Operações geológico-mineiras. legais. 2. Nas comunicações verbais tanto poderá ser utilizado 3. A Associação e as Partes poderão abrir e man- o Português como o Inglês, devendo, no entanto, utilizar-se ter, mediante autorização do BNA, contas bancárias do um intérprete, cujos encargos serão suportados pela Parte tipo “Escrow Accounts” junto de instituições financeiras que utilizar a língua Inglesa. domiciliadas no exterior do país, para satisfação das suas CLÁUSULA 63.ª responsabilidades para com terceiros, nomeadamente para (Confidencialidade) garantia do reembolso do serviço da dívida de contratos de 1. As Partes acordam que os dados, informações e financiamento. documentos de natureza técnica, económica, contabilística, I SÉRIE — N.º 105 — DE 4 DE JUNHO DE 2012 2549 entre outros, os relatórios, análises, mapas, gráficos e regis- sitos Secundários, susceptíveis de exploração tos, serão mantidos na mais estrita confidencialidade e não económica; poderão ser revelados, sem o consentimento, por escrito, do b) por Força Maior, se torne economicamente inviá- Conselho de Associados. vel prosseguir as operações; 2. Ficam excluídos do disposto no número anterior todos c) a AM & BC não cumprir, sem qualquer justifi- os dados, informações e documentos que, por exigência cação, as obrigações a que está vinculado nos legal ou contratual, devam ser prestados ou apresentados termos deste Contrato, por um período superior ao Organismo Competente, ou outra entidade pública, a a 60 (sessenta) dias consecutivos, sem prejuízo instituições financeiras, entidades seguradoras, bolsas de do disposto no número 3 da presente cláusula. valores, consultores e auditores no âmbito das suas funções d) a AM & BC não criar as condições técnicas e ou potenciais cessionários, e bem assim para o cumpri- financeiras para o início das Operações de mento de qualquer outro dever imposto por lei. Nesse caso, acordo com o Programa de Trabalhos constante a informação deverá ser prestada apenas à entidade que dela do Anexo B, no prazo de 90 (noventa) dias, a carece, e o seu conteúdo deverá ser restringido ao estrita- contar da data da emissão de todas as licenças mente necessário para o fim que se pretende atingir. e autorizações necessárias a prossecução do 3. A fim de obter propostas para a celebração de contra- objecto do presente Contrato; tos para áreas adjacentes à Área do Contrato, a ENDIAMA e) ocorrer violação grave de forma comprovada e rei- poderá, após prévia anuência escrita da Associação, revelar terada, das disposições contratuais por parte da a terceiros interessados os dados e informações de natureza AM & BC, que torne impossível a continuação geológica, mineira ou técnica que possuir, e que hajam sido da relação contratual entre as Associadas. obtidos através da Associação, relativamente às zonas adja- 2. O Contrato poderá ser rescindido por iniciativa da centes à Área do Contrato. KCC, YANGO ou da AM & BC, mediante comunicação por 4. A obrigação de confidencialidade prevista nos núme- escrito enviada à ENDIAMA, para além dos casos previstos ros anteriores não será aplicável às publicações que, nos na lei, quando: termos da lei ou dos respectivos estatutos, as Associadas a) o relatório final das Operações concluir que não estejam obrigadas a efectuar. existe ocorrência de Depósitos Secundários, CLÁUSULA 64.ª susceptíveis de exploração económica; (Boa fé) b) por Força Maior se torne economicamente inviável As Associadas obrigam-se a actuar no âmbito do pre- prosseguir as operações; sente Contrato, de acordo com os ditames da boa-fé e a não c) ocorrer violação grave, comprovada e reiterada das exercer qualquer direito ou faculdade de modo injustificada- disposições contratuais por culpa exclusiva da mente oneroso para qualquer outra Associada. ENDIAMA que tornem, impossível a continu- CLÁUSULA 65.ª ação da relação contratual entre as Associadas. (Deferimento) 3. Em caso de incumprimento, a Associada não fal- Sem prejuízo de prazos mais curtos previstos na lei, tosa deverá informar por escrito a Associada faltosa da sua as aprovações ou autorizações a serem concedidas pela intenção de rescindir o Contrato, indicando os fundamentos ENDIAMA relativamente à instalações, planos, relató- dessa rescisão, e deverá conceder um período máximo de rios, programas, esquemas, projectos e quaisquer outras noventa (90) dias, para que esta sane a situação de incum- actividades relacionadas com as Operações, bem como, a primento. Caso o incumprimento não for sanado dentro do transmissão a terceiros dos direitos de que qualquer uma das prazo acima referido, as Partes considerarão o presente con- Associadas seja titular e que resultem do Contrato, só serão trato rescindido. tidas como deferidas mediante documento escrito do órgão CLÁUSULA 67.ª competente da ENDIAMA, num prazo útil razoável. (Cessação da Licença de Prospecção) CLÁUSULA 66.ª A licença de Prospecção cessará os seus efeitos nos ter- (Rescisão do Contrato) mos da lei. 1. O presente Contrato poderá ser rescindido por ini- CLÁUSULA 68.ª ciativa da ENDIAMA, mediante comunicação por escrito (Estabilidade) enviada às Associadas, para além dos casos previstos na lei, 1. O disposto no presente Contrato foi estabelecido com quando: base em determinadas circunstâncias económicas, técni- a) o relatório final das Operações concluir que não cas e operacionais, presentemente existentes em Angola. existe ocorrência na área do contrato de Depó- Caso ocorra qualquer alteração das referidas circunstancias, 2550 DIÁRIO DA REPÚBLICA que provoque uma alteração do equilíbrio contratualmente (declarada ou não), sabotagens, terrorismo, insurreições, existente, as Associadas comprometem-se a tomar todas as distúrbios civis, greves, «lock ou», medidas legais políticas medidas necessárias à pronta reposição do referido equilí- ou administrativas das entidades públicas. brio e a não tentar obter qualquer benefício ou vantagem 2. A Associada que pretender invocar a situação de Força dessa situação. Maior, deverá comunicar ao Conselho de Associados no 2. Verificando-se a alteração de circunstâncias referida prazo de 30 (trinta) dias a contar da data da ocorrência do no número anterior, as Associadas podem solicitar a revi- facto, devendo a Associada efectuar todas as diligências ao são ou modificação do presente Contrato, ou a adaptação de seu alcance com vista a redução dos efeitos do fenómeno. qualquer outra medida apropriada, com vista a repor o equi- 3. Se a situação de força maior durar mais do que 3 (três) líbrio contratual. meses ou for previsível, que ela durará por um período supe- 3. Se, no prazo de 90 (noventa) dias após a solicitação rior àquele, as Associadas reapreciarão as condições do referida no número anterior, as Associadas não cheguem a Contrato e as possibilidades da sua continuidade ou a con- acordar quanto à necessidade ou modo de repor o equilíbrio veniência da sua resolução, tendo em conta a nova realidade contratual, a Associada lesada pela alteração pode submeter existente. a questão a arbitragem nos termos da cláusula 73.ª do pre- 4. Se o Conselho de Associados optar pela continuidade sente Contrato. do Contrato, o mesmo não suspenderá, podendo ser exe- 4. Se a Associada lesada entender que a alteração de cutado parcialmente à medida do que for possível se apenas circunstâncias é de tal modo gravosa que não permita a ocorrer uma afectação parcial. manutenção do Contrato, ainda que de forma modificada, CLÁUSULA 72.ª aquela pode optar pela rescisão do mesmo, sem prejuízo do (Direito de preferência) recurso às cláusulas aí contidas para tal fim. Caso uma das Partes esteja interessada a reduzir a CLÁUSULA 69.ª sua quota de participação na Associação ou na Sociedade (Revisão) Comercial, as outras partes terão o direito de preferência na Para além do disposto na cláusula 68.º, este Contrato aquisição dessa participação, salvo se a lei impor o contrário. poderá ser revisto em qualquer momento mediante acordo CLÁUSULA 73.ª escrito entre as Associadas. (Resolução de diferendos) CLÁUSULA 70.ª 1. Os eventuais diferendos que possam surgir entre as (Alteração de circunstâncias) Partes, em matéria de aplicação, interpretação ou integração 1. Se, durante a vigência do presente Contrato, ocor- das disposições contratuais ou legais, deverão ser resolvidos rerem circunstâncias ou factores de natureza política, amigavelmente, de comum acordo. económica, financeira, legal ou mesmo tecnológica que, 2. Não sendo possível alcançar acordo no prazo de 60 não constituindo situação de força maior, alteram, contudo, (sessenta) dias, após uma parte ter enviado à outra comu- o equilíbrio económico, jurídico e financeiro que vigorava nicação escrita estabelecendo os termos do diferendo e no momento da celebração do Contrato e provocam conse- solicitando à resolução do mesmo, qualquer das partes pode quências danosas ou injustas para uma das Associadas, as submeter o diferendo a arbitragem. cláusulas do presente Contrato afectadas por esta altera- 3. A arbitragem será conduzida de acordo com o esta- ção ou pelas suas consequências, serão renegociadas com belecido na Lei n.º 16/03, de 25 de Julho (Lei Sobre a vista à adopção de mecanismos de adaptação que permitam Arbitragem Voluntária). a manutenção da relação contratual com base no equilíbrio 4. O Tribunal Arbitral será composto por três (3) árbi- económico e financeiro inicial. tros; um nomeado pelo demandante, outro pelo demandado 2. Não havendo acordo entre as Associadas durante a e o terceiro, que desempenhará as funções de árbitro pre- renegociação daquelas cláusulas do Contrato, as Associadas recorrerão à arbitragem, nos termos da cláusula 73.ª do sidente, escolhido de comum acordo pelos árbitros antes Contrato. nomeados. O Tribunal considerar-se-á constituído na data em que o terceiro árbitro comunicar às Partes, por escrito, CLÁUSULA 71.ª (Força Maior) a sua aceitação. 1. Nenhuma das Associadas será responsável pelo 5. Caso os dois árbitros nomeados não chegarem a acordo incumprimento ou pelo cumprimento parcial por motivo de quanto a nomeação do terceiro árbitro no prazo de 30 (trinta) força maior, nela incluído todo e qualquer fenómeno alheio dias, o terceiro árbitro será nomeado pelo Presidente do à sua vontade, imprevisível e incontornável, tais como, Tribunal Provincial de Luanda, a requerimento do deman- meramente exemplificativo, catástrofes naturais, guerras dante ou do demandado. I SÉRIE — N.º 105 — DE 4 DE JUNHO DE 2012 2551

6. O Tribunal Arbitral terá a sua sede jurídica em Luanda, Rua: São Pedro de Barra casa s/n. Telefone: República de Angola e julgará os aspectos substantivos do 912520038 Fax: 222- litígio de acordo com a lei material angolana e, subsidiaria- E-mail: mente, com os princípios aplicáveis do direito internacional. Att.: Sr. Luís Umbar Fungo 7. As decisões e sentenças do Tribunal Arbitral são defi- 2 Qualquer alteração aos endereços acima indicados nitivas e vinculativas, e delas não cabem recurso. deverá ser prontamente comunicada por escrito às outras 8. A decisão arbitral estabelecerá ainda a forma como Associadas. cada uma das Partes deve suportar os custos da arbitragem e CLÁUSULA 77.ª (Interpretação e aplicação) em que proporção. 1. A interpretação, execução e aplicação do presente CLÁUSULA 74.ª (Entrada em vigor) Contrato deverá obedecer ao princípio da legalidade, tendo em conta a unidade do Sistema Jurídico angolano. O presente Contrato entra em vigor na data em que for 2. Sem prejuízo do disposto no número anterior, as dis- homologado pelo Ministro da Geologia e Minas e Indústria. posições do presente Contrato deverão ser interpretadas CLÁUSULA 75.ª da forma que melhor permitir à Associação executar as (Outras disposições) Operações de modo eficaz, célere e com menores custos, Se qualquer disposição deste Contrato violar a lei, regu- tendo em conta as soluções mais correctas do ponto de vista lamento, postura ou Diploma similar e, por essa razão, o técnico e económico. presente Contrato de Associação se torne parcialmente nulo, CLÁUSULA 78.ª anulável ou ineficaz, o mesmo Contrato considerar-se-á (Redução) reduzido ao conjunto das Cláusulas válidas, permanecendo A invalidade total ou parcial de qualquer das disposições em vigor sem as disposições viciadas se, desse modo, for do presente contrato não afectará a validade das restantes ainda possível a execução do objecto do presente Contrato e cláusulas, salvo se a parte interessada demonstrar que o fim a execução dos objectivos pretendidos com o mesmo. prosseguido pelas partes permite supor que estas não teriam CLÁUSULA 76.ª concluído o presente contrato sem a parte viciada. (Comunicações) CLÁUSULA 79.ª 1. As notificações ou comunicações entre as Associadas (Anexos) no âmbito do presente Contrato só se consideram valida- Fazem parte integrante do presente Contrato os seguin- mente realizadas se forem efectuadas por escrito, e entregues tes Anexos: pessoalmente ou enviadas por correio, correio electrónico a) Anexo A — Descrição e Mapa da Área do Con- (E-mail), telecópia ou telex para os seguintes endereços: trato; a) Para a ENDIAMA b) Anexo B — Programa de Trabalhos; Rua: Major Kanhangulo, n.º 100, Edifício ENDIAMA c) Anexo C — Programa de Formação Técnico- Telefone: 222 333 018 / 222 337 276 -Profissional; Fax: 222 337 216 / 222 332 718 d) Anexo D — Princípios Gerais Sobre a Política de E-mail: [email protected] Recursos Humanos; Att.: Sr. Eng.º António Carlos Sumbula e) Anexo E - Princípios Gerais sobre Impacto b) Para a AM & BC Ambiental; Rua: Serveira Pereira, casa s/n.º/ Benguela f) Anexo F - Princípios Gerais Sobre Acções de Telefone: 923-467495 Fax: 222- Carácter Social. E-mail: Por se julgarem justas e acordadas, as partes assinam o Att.: Sr. Bonifácio Cinco Reis presente contrato, em Luanda, aos 22 de Setembro de 2011, c) Para a KCC em quatro (4) vias, fazendo todas igual fé, ficando cada uma Rua: Pedro de Castro Van-Dúnem Loy, casa s/n. das partes com uma via. Telefone: 923-467495 Pela ENDIAMA, Eng.º António Carlos Sumbula Fax: 222- Pela AM & BC, Bonifácio Cinco Reis, E-mail: Pela KCC Bonifácio Cinco Reis Att.: Sr. Bonifácio Cinco Reis Pela YANGO Luís Umbar Fungo d) Para a YANGO A TESTEMUNHA, Dra. Teresa Rodrigues Dias 2552 DIÁRIO DA REPÚBLICA

ANEXO A Descrição e Mapa da Área do Contrato I SÉRIE — N.º 105 — DE 4 DE JUNHO DE 2012 2553

ANEXO B As principais características dessa metodologia são des- Programa de Trabalhos critas nos parágrafos seguintes: 2. Informatização Plano de Actividades Torna-se necessário desenvolver um conjunto de “bases 1. Introdução de dados” geológico-mineiras de índole tridimensional, onde A Sociedade AM & BC, Lda, com objecto social perfei- constem as sucessivas áreas de reconhecimento trabalhadas tamente definido quanto as suas áreas de intervenção e tendo tendencionalmente cobrindo toda a superfície da concessão. sido criada apenas para o efeito, tem na sua estrutura orga- nizacional um conjunto de técnicos com larga experiência Nesses sistemas de informação, devem incorporar-se profissional no sector, que em parceria, tem demonstrado as todos os dados colhidos no passado, incluindo a digitaliza- suas valências no sector da mineração, como sejam novas ção dos mapas e relatórios relevantes, assim como os dados técnicas de pesquisa e Prospecção, que numa primeira fase correspondentes às produções (informação geológica e consiste na identificação de pontos alvos de Reconhecimento mineralógica) oriundas de cada sector. e de interesse mineralógico, para a diminuição do risco, Neste âmbito, serão georeferenciados e integrados nas numa primeira fase de intervenção. bases de dados do projecto, todas as cartas topográficas e Numa segunda fase, elaborará estudos com base em aerofotomapas revelantes disponíveis. documentos disponíveis e que permitem confirmar e visu- 3. Imagens de satélite alizar toda a informação relativa as anomalias gravíticas Serão adquiridas as coberturas completas de imagens de e magnéticas em todas as zonas envolventes á concessão, satélites, referentes a toda área de concessão, com o objec- procederá a interpretação da rede hidrográfica da área de tivo de implementar novas estratégias de Prospecção dos concessão. recursos diamantíferos. - Aquisição de imagens de alta resolução, elaborar e Serão realizados estudos de interpretação do sistema caracterizar geomorfologicamente, a área de concessão de aluvial-fluvial, a partir de imagens de detenção remota e Capunda. envolvendo a aplicação de “Modelos de Elevação Digital”, Estas acções permitirão criar perfis topográficos, - bas sobre todas as áreas de interesse, onde se efectuariam: tante detalhados, com o objectivo de ao longo dos rios, - Mapeamentos automáticos de rede de drenagem; possibilitar a identificação de terraços fluviais, a análise dos - Identificação de rios secos activos, rios capturados, declives, identificando zonas escarpadas e zonas de maior fenómenos de antecedência, etc. incisão fluvial, localização de possíveis afloramentos que - Estudos de identificação de estruturas geológicas sig- permitem a melhor compreensão da sequência sedimentar nificativas, como falhas, dobras, geometrias típicas de e efectuar campanhas de Prospecção no campo das zonas kimberlitos e outras reveladas pelas redes de drenagem. identificadas pelos estudos anteriormente referidos. 4. Recursos humanos Estes tipos de imagens de satélite, serão também bas- Consideram recursos humanos nacionais, introduzindo tantes úteis nas fases de planificação da actividade de apenas técnicos, especialistas em, Geologia e Engenharia Prospecção, exploração e construção de infra-estruturas. Mecânica, assim como Encarregados de frente cuja função Foi através da análise detalhada da área da concessão passaria pela formação de a Quadros e ainda o seguinte: que nos foi atribuída, que passamos a descrever os métodos, Geólogo — realizar ensaios de campo ao nível de critérios e decisões técnicas que tiveram por base a demons- tração inequívoca por parte da AM & BC em avançar com Prospecção e pesquisa, para obter novas correntes de tra- aquela localização, face ao potencial existente, aprofun- balho e quantificar os potenciais teores mais significativos, dando obviamente as metodologias contínuas até à sua fase obtendo maior rentabilidade e eficácia na Prospecção de de Prospecção propriamente dita. novos locais; Neste contexto, as intervenções da AM & BC são con- Eng.º Mecânico — encarregar-se-á de todo o equipa- ducentes à implantação de métodos actualizados e recursos mento, que nestes casos tem um peso significativo nos humanos especializados que ponham em prática uma abor- encargos de estrutura, e que face aos custos de manutenção, dagem inovadora das várias fases envolvidas na indústria avarias e prazo de reparação, provocam nos equipamentos extractiva de diamantes, nomeadamente envolvendo traba- uma ociosidade elevada reflectindo-se na produtividade e lhos de reconhecimento, Prospecção, pesquisa, e avaliação. rendibilidade. 2554 DIÁRIO DA REPÚBLICA

Encarregados de frente de trabalho — que seriam distri- condições de habitabilidade, nem abastecimento, electrici- buídos um por cada especialidade, para apoiar as áreas de dade, combustíveis, água potável e géneros alimentícios. geologia; Também se assume que na região não existe mão-de- Gestor Financeiro — que apoiará e acompanhará a asso- -obra para a indústria mineira, sendo necessário contratar ciação em participação na gestão administrativa e financeira, indivíduos não especializados (provavelmente ocupados facturação e custos de produção, assim como a responsabili- com agricultura de subsistência) ou desempregados para dade pela contabilidade em geral junto das entidades oficiais serem submetidos a algum treino, antes de começarem a ser Angolanas; produtivos. No âmbito dos recursos humanos, contamos ainda Por tais motivos, será prudente admitir que vão decorrer formar o pessoal não qualificado, através de cursos de for- várias semanas desde a data de entrada dos primeiros cola- mação, nomeadamente, higiene e segurança no trabalho, boradores da AM & BC no CAPUNDA, até a situação de assim como a constituição de equipas pluridisciplinares de existir um acompanhamento montado, com abastecimentos forma a incentivar e imprimir maior rentabilidade e produti- regulares, pessoal doméstico operacional e mão-de-obra bra- vidade operacional; çal para trabalhar na Prospecção, assim como um pequeno Utilizar métodos de maior controlo de Segurança Interna corpo de guarda de segurança. e Externa; É óbvio que se deve exigir para as funções de organi- Criar um conjunto de sinergias com o parceiro Endiama, zação inicial do estaleiro, pessoas muito experientes em para introduzir novas tecnologias ao nível informático e de trabalho de Prospecção já realizados no interior de Angola. equipamentos para melhor rentabilizar os tempos de deslo- Prevê-se que, para cada Área — alvo o acampamento calização de pessoal e equipamento, assim como o controle seja localizado nas suas imediações e que, no final da cam- de custos; panha, o acampamento seja levantado e transportado para Introduzir novos procedimentos nas viagens entre junto das novas Áreas a prospectar. Luanda e o local da mina, de forma a criar auto-suficiên- Assim, uma vez conseguidas condições de vida aceitá- cia no transporte de pessoal, abastecimento de mercadorias veis para um grupo da ordem de 30 pessoas, poderão iniciar e matéria-prima final; os trabalhos de campo, que constariam de uma sequência de Incrementar novos processos de gestão e controle das actividades a seguir descritas: frentes de trabalho de forma a obter com exactidão e dia- 2. Trabalhos Iniciais riamente a rentabilidade de cada equipamento e respectivas 2.1. Identificação das Áreas a prospectar equipas de cada frente de trabalho; É imperativo conhecer em pormenor a localização das Introduzir procedimentos de selecção e controle de for- primeiras áreas a prospectar, a partir dos estudos já efec- necedores de materiais, equipamentos de desgaste rápido e tuados de Análise de Imagens de Satélites e Radar, e de abastecimento de combustíveis ou de géneros alimentares interpretação geológica detalhada, os quais já permitiram através de um profissional de aprovisionamento, que tenha identificar um conjunto de áreas alvo da Prospecção. contacto permanente com o fornecimento/transporte, desde A confirmação de campo por parte de geólogo creden- o local de saída até à recepção no local da mina; ciado deverá ser empreendida tão cedo quanto possível, Dar condições de habitabilidade e do confeccionamento com o objectivo de validar (e pormenorizar) as conclusões alimentar com introdução de novas áreas, melhorando as daqueles estudos. condições de higiene segurança, lazer e conforto. Seguidamente, deveria ser estabelecida consensualmente a sequência de Áreas a prospectar, por ordem decrescente PROJECTO CAPUNDA de potencialidade diamantífera, de modo a caracterizar a primeira de todas, que será aquela onde ficará instalado o Faseamento dos trabalhos de Prospecção primeiro acampamento. 1. Introdução 2.2. Realização da campanha de Prospecção geofísica O início das actividades de campo rotineiras na área de É de grande interesse reconhecer, no interior de toda a CAPUNDA será uma actividade muito complexa em termos área do Capunda, a ocorrência de formações com concentra- logísticos. São conhecidas as dificuldades de acesso por terra ção de cascalho, que é suposto conter a mineralização com e pelo ar e é um dado adquirido não existirem localmente maior potencial diamantífero. Em especial, convém identi- I SÉRIE — N.º 105 — DE 4 DE JUNHO DE 2012 2555 ficar a sua profundidade e a sua espessura, ao longo de toda mineralógico com microscópio binocolar e, quando necessá- a Concessão. rio a análise química. Sendo viável economicamente efectuar uma campanha b) perfuração de sondagens com trados de sondagens para dar resposta a tal questão, considera-se Com o objectivo de recolher amostras do subsolo em visado executar um programa de Prospecção geofísica. áreas favoráveis, incluindo algumas das submetidas “loa- 2.3. Reavalição da geologia da região ming” devem ser abertos furos de pequeno diâmetro com A contribuição que dará a campanha geofísica de mape- trados mecânicos, para recolha de amostras do material amento do subsolo em que ocorre a formação com elevada escavado. concentração de cacalho, deverá ser incorporada nos mode- As amostras receberiam o mesmo tratamento indicado los geológicos já desenvolvidos com base nos dados de na alínea anterior. superfície, tendo por objectivo estabelecer um quadro de Outro importante objectivo destas perfurações seria a oportunidades para o melhor planeamento da exploração detecção da profundidade de camadas de cascalhos, se o diamantífera na Capunda. alcance desse equipamento assim o permitir. Compreende-se facilmente a diferença existente entre c) Abertura de poços e trincheiras uma situação favorável em que provavelmente esta for- Após definição das áreas de maior interesse, já incluindo mação, esteja a pequena profundidade e seja espessa, ao os resultados dos trabalhos indicados nas alíneas a) e b), contrário de outra (desfavorável) em que a mesma seja seriam cartografadas zonas de Prospecção que seriam amos- muito profunda e pouco espessa. tradas por meio de aberturas de poços e trincheiras, através Diferentes estratégias devem, portanto, ser estabelecidas de retro- escavadoras ou equipamentos similares. em função das revelações do estudo geofísico do subsolo, Tais poços seriam dispostos sob a forma de uma malha uma vez integrado com os dados geológicos da superfície. regular, geralmente com geometria rectangular, e o material Mais uma vez se sugere a realização de reuniões ple- escavado seria também crivado e bateado, e posteriormente nárias para se atingirem consensos a respeito das melhores identificado mineralogicamente. Também deve ser usado opções a seguir para o desenvolvimento do projecto o método de quartejamento de grandes amostras quando o Capunda, nomeadamente definindo: material escavado ocupar grande volume. • Como se dispõem as áreas por ordem decrescente de Quando tais poços atravessarem camadas de cascalho, interesse diamantífero; deve ser aberto um canal (ou roço) vertical de amostra- • Que métodos são preferíveis para aplicar na Prospecção gem, para a recolha separada de amostras representativas dessas áreas. de cada camada, e subsequentemente ensacamento e aná- 2.4. Trabalhos de Prospecção convencional lise mineralógica. Devem ser medidas, a partir da superfície, Tendo em vista a investigação de campo para identifi- as profundidades de cada camada (topo e base) para obter a car as potencialidades diamantíferas situadas nas margens coluna geológica de cada poço. dos diversos rios e afluentes dentro da zona concessionada, 3. CALENDARIZAÇÃO DAS ACTIVIDADES cujo objectivo se destina a explorar diamantes existentes nas Apesar das numerosas incógnicas que actualmente se litologias arenosas e argilosas das formações do Calahari e prevêem para desenvolver a Prospecção em Capunda (a que Quaternárias, e apesar das vastas intervenções de garimpei- se somam as surpresas que irão ocorrer no percurso), será ros na região, haverá que executar cuidadosamente as tarefas estabelecido um calendário preliminar, com o principal pro- de Prospecção. pósito de elencar as actividades futuras. Assim, podem distinguir-se três técnicas a aplicar Assim, na tabela seguinte incluem-se as principais fases sequencialmente: deste emprendimento, que inclui além das actividades de a) colheita de amostras de minerais pesados (“loa- Prospecção um conjunto de trabalho acessórios, envolvendo ming”) nomeadamente: Consiste na recolha de amostras de solos nas margens dos rios, seguida do bateamento em meio líquido para eli- Negócios contratuais com a Endiama minar as partículas de sílica e outros minerais estéreis, e Instalação de acampamentos seleccionando no final os minerais pesados (em especial Construção de vias de acesso aqueles que acompanham os diamantes), colocando-os em Contratação de pessoal auxiliar sacos de plásticos devidamente identificados e com as coor- Cursos de formação prática denadas GPS respectivas. Posteriormente, os sacos devem Recepção de equipamentos enviados do exterior do País ser submetidos a identificação cuidadosa por meio de estudo Aquisições de componentes em Angola, etc. 2556 DIÁRIO DA REPÚBLICA

Apresenta-se esquematicamente este cronograma Os ónus que representarão as actividades de manutenção Apresenta-se esquematicamente este cronograma da segurança na área de Capunda. O desconhecimento a respeito das facilidades existentes Mês Mês Mês Mês Trabalhos a realizar nessa área, em termos residenciais, alimentares, assistências, 1 2 3 4 oficinais, vias de comunicação, abastecimentos de água,

Assinatura do contrato com a Endiama ? electricidade, combustíveis, telecomunicações, etc. As disponibilidades de mão-de-obra, necessárias para a execução das tarefas auxiliares de Prospecção e administra- Primeira instalação no terreno X ção empresarial. Outras contingências que poderão ocorrer, as quais actu- Levantamento geológico de campo X almente ainda nos são completamente desconhecidas. Face ao exposto, e com o objectivo de quantificar os Levantamento geofísico X X custos das principais tarefas do empreendimento, serão ana- lisadas as suas operações mais prioritárias, dentro de uma Identificação de áreas prioritárias perspectiva da provável calendarização a estabelecer. Assim sendo, numa primeira aproximação, prevê-se um Acampamento e construção de acessos X X X X cronograma geral com as características do indicado em Anexo. Prospecção minerais pesados (loaming) X X 2. Bases para a Concepção do Empreendimento

Execução com perfuração com trados X X A Legislação vigente em Angola sobre o sector mineiro em geral (Lei n.º 1/92, de 17 de Janeiro), e dos diamantes em

Poços e trincheiras de prospecção X X particular (Lei n.º 16/94, de 7 de Outubro) indica os passos que devem ser obedecidos pelas empresas estrangeiras que pretendam desenvolver a sua actividade neste sector. Ensaios de concentração e Lavagens > Todas as actividades destas empresas devem envolver uma associação com a ENDIAMA, a qual é considerada Estudos de avaliação de reservas > como entidade que detém todos os direitos mineiros de Prospecção, pesquisa, reconhecimento exploração, trata- Análises de viabilidade > mento e comercialização de diamantes na totalidade do território angolano. Plano de exploração > A criação de “empresas mistas” entre o grupo estrangeiro e a ENDIAMA, constitui o modelo a seguir, a quais devem ser unicamente devotadas à actividade diamantífera, sendo- PROJECTO CAPUNDA -lhes vedada a prestação de outros serviços e fornecimentos. Segundo o artigo 4.º da Lei dos Diamantes (n.º16/94) Orçamento Preliminar dos Trabalhos de Prospecção existem duas fases importantes no processo de associação: 1. Introdução A — Investigação geológico - mineira, em que o poten- Pretende realizar estimativas aproximadas dos inves- cial investidor deverá apresentar uma Declaração de Intenção timentos necessários à viabilidade inicial do projecto de Investimentos (DIR) à ENDIAMA, a qual define a área e Capunda. o programa de trabalhos a executar, em conformidade com De início convém enumerar as diversas fontes de incer- os artigos 5.º e 6.º da Lei n.º 1/92. Estes últimos referem a teza a considerar nesta análise, cujas principais componentes necessidade de elaborar um contrato em que sejam expres- são: sas as actividades a desenvolver, incluindo os direitos e As implicações económicas financeiras a emergir do obrigações de cada uma das partes. contrato AM & BC - ENDIAMA EP, sendo uma incógnita B — Fase exploração, para a qual o investidor deverá as infra-estruturas de apoio a disponibilizar pela última, que apresentar um Estudo de Viabilidade Técnico-Económico se presume deverão ser nulas ou reduzíssimas. (EVTE), o qual uma vez aprovado, será parte integrante do I SÉRIE — N.º 105 — DE 4 DE JUNHO DE 2012 2557 contrato de concessão de direitos mineiros, de acordo com A — Investigação geológico-mineira, em que o potencial os artigos 10.º, 11.º e 12.º da Lei n.º 1/92. investidor deverá apresentar uma Declaração de Intenção de É essencial para AM & BC obter, nesta fase inicial dos Investimentos (DIR) à ENDIAMA, a qual define a área e trabalhos, e antes de apresentar a referida D.I.I., dados indica- o programa de trabalhos a executar, em conformidade com dores sobre a favorabilidade da área proposta (CAPUNDA), os Artigos 5.º e 6.º da Lai n.º 1/92. Estes últimos referem a de modo a evitar entrar num processo de investimentos sem necessidade de elaborar um contrato em que sejam expres- retorno, caso a área seja estéril de diamantes, até porque não sas as actividades a desenvolver, incluindo os direitos e há notícias de prévias explorações dentro da mesma. obrigações de cada uma das partes. Assim, é importante desenvolver esses estudos a curto B — Fase exploração, para a qual o investidor deverá prazo, por forma a proteger os interesses da AM & BC. apresentar um Estudo de Viabilidade Técnico-Económico Muito embora se saiba que a comprovação da existência de (EVTE), o qual uma vez aprovado, será parte integrante do diamantes só costuma acontecer após longas e aturadas cam- contrato de concessão de direitos mineiros, de acordo com panhas de Prospecção. Nestas condições, considera-se fundamental ir munido, os artigos 10.º, 11.º e 12.º da Lei n.º 1/92. para as negociações com a ENDIAMA, de informações É essencial para OMV obter, nesta fase inicial dos traba- fidedignas que forneçam boas probabilidades de êxito na lhos, e antes de apresentar a referida D.I.I., dados indicadores exploração da área atribuída. sobre a favorabilidade da área proposta (CAPUNDA), de Por estes motivos, propõe-se a realização de estudo modo a evitar entrar num processo de investimentos sem baseado em imagens de satélite e a elaboração de uma aná- retorno, caso a área seja estéril de diamantes, até porque não lise geológica detalhada sobre área de interesse (uns e outros há notícias de prévias explorações dentro da mesma. efectuados por entidades de competência), que deverão Assim, é importante desenvolver esses estudos a curto dar pistas importantes sobre a sua maior ou menor favo- prazo, por forma a proteger os interesses da AM & BC. rabilidade, em termos de nela ocorrerem mineralizações Muito embora se saiba que a comprovação da existência de diamantíferas. diamantes só costuma acontecer após longas e aturadas cam- Tais informações, por serem anteriores à elaboração de panhas de Prospecção. um contrato entre as duas partes, deverão ser partilhadas Nestas condições, considera-se fundamental ir munido, com a ENDIAMA, a menos que esta comparticipe na aqui- para as negociações com a ENDIAMA, de informações sição desses serviços. fidedignas que forneçam boas probabilidades de êxito na Não obstante a pertinência desta estratégia, torna-se exploração da área atribuída. necessário efectuar uma estimativa aproximada dos investi- mentos que se esperam para realizar o empreendimento com Por estes motivos, propõe-se a realização de estudo base- sucesso. ados em imagens de satélite e a elaboração de uma análise É essa estimativa que se apresenta em seguida. geológica detalhada sobre área de interesse (uns e outros efectuados por entidades de competência), que deverão 3. Avaliação Preliminar do Investimento Requerido dar pistas importantes sobre a sua maior ou menor favo- Pode-se admitir o seguinte cenário para a AM & BC: rabilidade, em termos de nela ocorrerem mineralizações a) Investimento a realizar: 5.000.000,00 USD; diamantíferas. b) Prazo de execução: 3 (três) anos; Tais informações, por serem anteriores à elaboração de c) Investimento médio: 273,134,3 USD por mês, ou um contrato entre as duas partes, deverão ser partilhadas 9.104,5 USD por dia. Com base no cronograma anexo, onde não se incluem com a ENDIAMA, a menos que esta comparticipe na aqui- despesas de Administração (cuja incidência, por hipótese, se sição desses serviços. pode estimar em 35 % do total, isto é, 2.611.940,3 USD), Não obstante a pertinência desta estratégia, torna-se seria reservado para investimento operacional um montante necessário efectuar uma estimativa aproximada dos investi- da ordem de 4.950.000 Euros. mentos que se esperam para realizar o empreendimento com Segundo o artigo 4.º da Lei dos Diamantes (n.º 16/94) sucesso. existem duas fases importantes no processo de associação: É essa estimativa que se apresenta em seguida. 2558 DIÁRIO DA REPÚBLICA

3. Avaliação Preliminar do Investimento Requerido O Pode-se admitir o seguinte cenário para a AM & BC: S

a) Investimento a realizar: 5.000.000,00 USD A

b) Prazo de execução: 3 (três) anos J

c) Investimento médio: 273,134,3 USD por mês, ou J 2014 9.104,5 USD por dia. M

Com base no cronograma anexo, onde não se incluem A despesas de Administração (cuja incidência, por hipótese, se M pode estimar em 35 % do total, isto é, 2.611.940,3 USD), F seria reservado para investimento operacional um montante J D da ordem de 4.950.000 Euros. N Seguidamente apresentam-se os quantitativos previsí- O veis de cada uma das principais fases do empreendimento, S referidos conforme a numeração do Cronograma (ver tabela, A

página 17). J J Assinala-se que a presente estimativa é aproximada, 2013

dadas as numerosas indeterminações que existem nesta data. M

Com as informações e dados que se espera obter a cada A

novo mês do desenrolar do empreendimento, espera-se afe- M rir melhor os valores acima apresentados, com o objectivo F de conseguir desenvolver um poderoso instrumento de ges- J tão para o Projecto Capunda. D Luanda, 30 de Agosto de 2011. N O S

Tabela, Apresentando os Quantitativos A

Previsíveis de cada Fase J 2012 J Valor estimado ID FASES em USD M A 1 Imagens de Satélite e sua interpretação 149253.7 M

2 Geólogo especializado 119403.0 F Projecto Capunpa — Cronograma Preliminar Capunpa — Cronograma Projecto J Viagem e estadia em Luanda de 3 pessoas

3 817925.7 D por 12 vezes N

4 Inspecção e análise periódica de custos 67000.0 2011 O

5 Despesas de apoio logístico 537313.4

6 Equipas de geofísica 179104.5

7 Sondagem 750000.0

Aquisição de lavarias de prospecção e seu 8 492537.0 arranque

9 Equipamentos e análises de pequeno volume 880597.0

Inclui salários, Equipamentos E Análises 10 626865.7 Sobre As Amostras Colhidas

11 Imprevistos 230000.0

11 Elaboração do EVTE 150000.0 PRINCIPAIS ACÇÕES DO EMPREENDIMENTO PRINCIPAIS Estudo de Imagens Satélites Caracterização Geológica Apresentação de Declaração A Endiama Investimento “Costlng” e Execução Dè “Evte” Instalação da Empresa na Área Levantamento Geofísico Análises Amostras nos Rios, Seguida de Colheita de Químicas e Mineralógicas e Furos Trincheiras Execução de Poços, Com Trado, Amostragem com Volume Amostras de Grande de Tratamento Elaboração do “Evte” 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Total 5000000.0 ID I SÉRIE — N.º 105 — DE 4 DE JUNHO DE 2012 2559

ANEXO C II. Acompanhamento do desenvolvimento das carreiras Programa de Formação Técnico-Profissional dos profissionais, após as acções de formação e treinamento; III. Valorização das aprendizagens experimentais nas Programa de Formação Técnico-Profissional diferentes áreas de actividade através de cursos e disciplinas, O programa de formação técnico - profissional terá promovendo a integração das dimensões teóricas e práticas como objectivo o aperfeiçoamento da mão-de-obra recém compatíveis com a necessidade da associação; formada, dos candidatos a emprego e dos trabalhadores, IV. Criação de condições para proporcionar uma ade- preparando-os para o exercício da profissão e especialidade quada formação técnica aos trabalhadores com necessidades de forma a responderem, às necessidades da Associação no de acções de treinamento por especialidade. âmbito da execução dos trabalhos de IGM e à evolução tec- Simultaneamente com o início dos trabalhos a AM & nológica, tendo como premissa o seguinte: BC, com o apoio de uma instituição com know-how em 1. Incrementar a preparação dos profissionais não só para diversos domínios da geociência, pretende começar a exe- o desempenho das suas funções, mas também para o seu cutar o programa de treinamento, tão logo tenha início a fase crescimento visando a melhor integração na vida laboral, de implementação do projecto. progredindo nos vários níveis e, modalidades da associação; ANEXO D 2. A formação profissional é uma actividade que está Princípios Gerais sobre a Política de Recursos Humanos dependente, nomeadamente, da situação de normalidade e A Associação adoptará os princípios gerais sobre a polí- estabilidade da empresa, da consistência da sua estrutura tica de Recursos Humanos que são definidos da seguinte responsáveis e deve resultar das necessidades da empresa e forma: do colaborador; 1. A Associação deverá assegurar a planificação e reali- 3. Podemos apontar três (3) tipos de formação: zação de acções de formação profissional dos trabalhadores a) Prática: formação feita no local de trabalho, uti- efectivos a distintos níveis, visando a sua formação e capa- lizando a experiência dos instrutores altamente citação técnico-profissional para que de forma eficiente qualificado que treinará o pessoal afecto ao pro- possam corresponder às exigências do processo produtivo e jecto no decurso das actividades de IGM; da inovação tecnológica; b) Específicas: formação de especialidade que poderá 2. O Programa de Formação Profissional deverá ser ser efectuada no local de trabalho ou fora dele. aprovado pelo Conselho de Associados e contemplará vários No local de trabalho serão organizados os tipos de acções de formação ou treinamento, tais como, o seminários e os conhecimentos recebidos serão treinamento “on job”, cursos de formação ou superação em consolidados nos cursos organizados nos centros estabelecimentos de ensino no país ou no estrangeiro. O de ensino, aproveitando para o efeito todas as referido programa deverá prever o tipo e número de bene- tecnologias e técnicas avançadas dos mesmos; ficiários, os tipos de acções de formação/treinamento e seus c) Especializada: formação sobre matérias de inte- respectivos custos, bem como o cronograma estabelecido; resse geral a integrar no programa de nível 3. A Associação deverá substituir gradualmente a força funcional, comportamental e operacional. de trabalho expatriada por angolanos qualificados e -com 4. Dispor de recursos educativos necessários, nomea- petentes, de acordo aos requisitos das actividades em que damente, materiais de apoio escritos audiovisuais e meios participam ou das funções que desempenham, promovendo informáticos. acções de formação e capacitação técnico-profissional que Serão adoptados os seguintes princípios de formação se acharem pertinentes; técnico profissional: 4. A substituição do pessoal expatriado pelo nacional terá I. Criação de áreas de formação e currículos que cor- lugar à luz dos critérios internacionalmente aceites sobre o respondam às actividades que a Associação pretende Sistema de carreiras profissionais, e sem incidências negati- desenvolver no País, visando a realização de aprendizagens vas nos níveis de produtividade do Projecto; e superação significativas e a formação integral dos técnicos 5. De acordo com as necessidades concretas e os requisi- e demais trabalhadores; tos inerentes ao exercício das variadas funções no Projecto, 2560 DIÁRIO DA REPÚBLICA a Associação deverá seleccionar e empregar pessoal b) Os rejeitados provenientes das lavarias deverão qualificado angolano, não somente nas suas operações geo- ser colocados em áreas previamente exploradas; lógico-mineiras, mas também em cargos de gestão; Todavia, o rejeitado das lavarias de meio denso 6. A Associação deverá dar preferência ao recrutamento poderão ser usados na construção e/ ou manuten- de trabalhadores da ENDIAMA que possuam a qualificação ção de estradas, reduzindo os custos de produção profissional requerida e/ou daqueles que residam na- vizi neste âmbito, bem como evitando a deposição e nhança das áreas das operações mineiras do Projecto; manutenção de enormes volumes de rejeitados o 7. A Associação deverá elaborar e aplicar um sistema que pode afectar a redes de drenagem natural em justo e realista de remuneração, aonde o trabalhador ango- determinada área; lano seja remunerado, de igual forma que o expatriado relativamente ao exercício de funções iguais; c) Os desvios de rios, bem como o corte de árvores 8. A Associação deverá aplicar um sistema justo de segu- deverão ser executados de maneira a não obs- ros para os trabalhadores angolanos, tendo em conta as truir a drenagem natural, evitar os fenómenos capacidades financeiras do Projecto e a legislação aplicável de erosão pluvial, bem como a reposição das no País. espécies vegetais (rearborização);

ANEXO E 6. Relativamente a restauração do meio ambiente degra- Princípios Gerais sobre a Protecção do Ambiente dado, a Associação deverá desenvolver várias acções, entre A Associação adoptará os princípios gerais sobre a as quais destacam-se as seguintes: defesa, recuperação ou reposição do meio ambiente que são a) arborização das áreas degradadas; definidos da seguinte forma: b) devolução dos troços dos rios nos leitos originais; 1. A Associação definirá e implementará a sua política c) restauração dos solos férteis; de defesa do Ambiente de acordo com a Lei de Base do d) modelar a arquitectura paisagística; Ambiente (Lei n.º 5/98, de 19 de Junho) e demais orienta- e) destruição das antigas infra-estruturas de apoio ções estabelecidas no sector mineiro sobre o assunto; caso as mesmas não possuam aplicabilidade 2. Com vista a observar as disposições legais e superior- noutras actividades; mente estabelecidas sobre a defesa do Ambiente, os Estudos f) remoção de todos equipamentos e engenhos avaria- de Viabilidade Técnica e Económica “E.V.T.E” elabora- dos na área do projecto, etc. dos, devem ser complementados com o Estudo do Impacto 7. A deposição de lixos domésticos e industriais deverá Ambiental do Projecto; 3. A Associação colocar-se-á a disposição das entidades ser feita em conformidade com as práticas internacional- competentes para a fiscalização relativa à implementação da mente aceites, isto é, introduzindo procedimentos para o legislação em vigor e demais orientações estabelecidas no controlo, tratamento e deposição de todo tipo de lixos exis- sector mineiro sobre o assunto; tentes (sistema selectivo de colecta de lixos, aterros, etc.); 4. A Associação deverá assegurar o planeamento das 8. O processo de restauração do meio ambiente degra- actividades geológico-mineiras e de exploração de tal modo dado deverá ser programado, cronogramados e orçamentado; que se tenha em consideração os efeitos destas actividades 9. A Associação colocar-se-á a disposição das entidades no ecossistema, o impacto ambiental tanto do ponto de vista competentes do Estado, bem como das equipas especiali- imediato, quanto a longo prazo; zadas da ENDIAMA para o devido controlo e fiscalização, 5. De entre os efeitos da actividade mineira, a Associação com vista a se avaliar o grau de cumprimento da legislação deverá prestar especial atenção: em vigor e demais orientações estabelecidas sobre a defesa a) A remoção do estéril deverá ser encaminhada para locais apropriados, permitindo que após a explo- ambiental, bem como identificar possíveis irregularidades ração de cada zona mineira se possa refazer a ou danos ao meio ambiente, susceptíveis de perigar a vida camada de vegetação anteriormente existente das populações locais e criar desequilíbrio dos ecossistemas naquelas áreas; da região. I SÉRIE — N.º 105 — DE 4 DE JUNHO DE 2012 2561

ANEXO F b) Comparticipação nos programas de combate e/ou Princípios Gerais Sobre As Acções de Carácter Social prevenção contra a poliomielite, malária, sida, A Associação adoptará os princípios gerais sobre as etc. acções de carácter social que são definidos da seguinte 4. A Associação deverá consolidar as suas relações de forma: colaboração e de intercâmbio com as autoridades admi- 1. A Associação definirá e implementará a sua política nistrativas, as entidades tradicionais, agentes económicos de apoio social às comunidades locais das áreas mineiras e a população em geral para o bom êxito das actividades onde opera o projecto, comparticipando, deste modo, nos socioculturais; esforços do Governo, autoridades administrativas locais e 5. A Associação deverá em conjunto com as autoridades entidades tradicionais para o desenvolvimento sociocultural locais e os beneficiários do apoio social, criar mecanismos das populações; 2. A Associação, através do seu órgão de gestão, deverá de controle e de preservação dos empreendimentos cons- aprovar e implementar um programa de acções de carácter truídos ou reabilitados, de tal modo que tenha lugar e se social, tendo em consideração a necessidade da sua contri- consolide o impacto social desejado; buição para o desenvolvimento comunitário, as capacidades 6. Os custos e despesas relacionados com as acções de financeiras do Projecto, bem como a vida real e as necessi- carácter social deverão ser considerados para todos efeitos dades mais prementes dos trabalhadores do Projecto, seus como custos da Associação e serem tratados de acordo ao parentes mais próximos e a população local; estipulado no presente Contrato (Acordo). Por conseguinte, 3. O Programa de acções sociais deverá estabelecer o Programa de acções sociais deverá ser orçamentado e prioridades na actuação da Associação, pelo que atenção cronogramado; especial, deverá ser prestada para: 7. A Associação deverá colocar-se à disposição das enti- a) Criação ou reabilitação de empreendimentos sociais e culturais, tais como, escolas, postos dades competentes do Estado e da ENDIAMA, para efeitos médicos, fontenários, museus, centros de lazer de fiscalização das acções, fundamentalmente, obras de e habitações; impacto social nas zonas mineiras.

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