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PREÇO 2$200 LEITURA PARA UM LIVRO QUE NÃO DEVE FALTAR NATAL AS CRIANÇAS Ej^i NENHUM LAR

K' Natal "A MESA E A SOBREMESA" Os -sinos repicam alegn.mente. As crianças se oncontrani, (.Sham-se reciprocamente o vcstidinho DE D. ROZAURA LINS novo, e sau'dani-se com a mão. Encontram-se o rico e o poòre; estic não tem necessidade de in- Numerosas, por certo, são as' obras deste sirtir muito paira dbter a dádiva; o outro se detém, gênero, ' quer publicadas em nosso- idioma, leva a mão ao bolso dlo, colctte e tira umas moe- das.... O pobre exclama, agradecido: quer em línguas extrangeiras. Livros de co- sinha, illustrados ou não, existem em abun- — Rogarei a Jesus por vós. dância em qualquer livraria. O que é raro, E' Natal! porém, é encontrarmos um livro de receitas Os sinc6 tocam para a festa. As egrejas estão culinárias verdadeiramente pratico, escriprto primorosamente enfeitadas, os sacerdotes annun- em linguegem clara e fluente, e cujas formu- ciam ao povo a grandeza cbl Etjjrno Filho de las de menus, escolhidas e variadas, tenham Deus, seu nasciaiiento no estabulo de Belém, o sido experimentadas previamicnte, offerecen- seu dominio nos corações dos justos. Emquanto o pobre pede, roga ante a celeste Criança, que do, portanto, as garantias de êxito que nestas veiu á terra para fazer o bem. questões só a pratica e a experiência de pro- íissionaes competentes podem dar. E' Natal! Em muitas casas, construiu-se o prcsepe, mais Assim, nada mais justificado que o grande ou menos grandi:, mais ou menos rico, sempre successo de livraria obtido pelo esplendido li- formoso, com o Meniino Jesus, Maria e José, os vro de arte culinária qite é "A mesa e a so- pastores e aiS ovelhinhas. bremesa" de D. Rosaura Lins. As crianças salltam de alegria quando as peque- Obra perfeita em seu gênero, — talvez o ninas luzes accêsas illuminam aquella soena de amor; depois, imitando a Mama, se ajoelham, in- livro mais completo de quantos conhecemos vocam o Deus Menino e exclamam: nesa especialidade, — toda a dona de casa encontrará nelle centenas e centenas de re- — Q!oria a Deus e paz aos homens. ceitas para a confecção de todo e Cjualquer Enuiuaiito se prle.para o almoço, mais abun- meniá, desde os simples pratos do trivial á dante, que de costume, a mãe e a irmã recordam composição das mais finas iguarias. que na humilde casinha vizinha ha um pobre que talvez não tenha, o qtíe pôr na masa. A esse "A mesa e a sobremesa", como seu titulo pensamento, sentem opprimir-lhes o coração. To- indica, abrange todo^ o vastíssimo campo dos mam uma cesta, enchem-na de diversos comes- conhecimentos culinários, sendo, portanto, da tíveis próprios do grande dia e a entregam a um maior utilidade no lar doméstico. dos pequenos, dizendo-lhe: Por todas estas razões não vacilamos em — Vá, leve-o á senhora Angela, áqucilla pobre mulher que tem quatro filhinhos. recommendal-o ás nossas queridas leitoras e O ple-qu-emo, satisfeito, apanha a cesta e desce asignantes, certas de que tal fazendo, contri- quasi correndo a escada. Bate na porta do vizi- buimos para o bem estar do lar e das famí- nho e outra criança vem abrir. lias. Toma — diz-lhe; — dá á tua mamãe, e Tendo incluído o magnífico livro entre as procura estar hí:je um pouco alegre, que é a festa obras que vendemos nesta redacção, estamos do Mv:nino Jesus. ' em condições de attender todo e qualquer O pobresinho agradece, todo confundido, toma pedido que as queridas leitoras nos façam. a cesta e corre para onde está sua mãe. Os preços de "A mesa e a soJiremesa" são A outra criança regressa a sua casa, volta a admirar o presepe, qw? lhe parece mais beMo e os seguintes: mais sorridente que antes. E' Natal! Um lindo volume cartonado . 7$C00 Adelia Di Cario. Encadernado 8$000

Sardas, Pannos, Cravos, Rugas Espinhas e Manchas da pelle POMADA RENY r IV i^ À i^ i^ 1 V E^ r> Parei nossas assignantes " 7}ev/sfâ Feminina'' O NOSSO DEPARTAMENTO DE FUNDADA EM 1914 POR COMPRAS E REMESSAS

VIRGILINA DE SOUZA SALLES Conlinúa á disposição das nossas leitoras o PUBLICAÇÃO MENSAL nosso departamento de compras e remessas de Redacção: Rua Conselheiro Chrispiniano N.° 1 qualquer objecto, dentro do mais breve prazo possível. Toda correspondência que com este São Patdo serviço se relacione, deve ser dirigida ao se- guinte endereço: "Revista Feminina" — Sec- ção de compras — Rua Conselheiro Chrispi- niano, 1 — 6". Patdo. EXPEDIENTE Os pedidos devem vir acompanhados da res- pectiva importância (em vale postal ou carta ASSIGNATURAS Com registro' .' 30$000 registrada) salvo quando forem feitos por in- —'^————^—— Extraiigeiro . . 4O$0O0 termedia das nossas Embaixatrises, quando As assignatwas podem ser tomadas em qual- pôde ser essa exigência dispensada. quer mez, terminando um anno depois no mez cor- respondente, sendo o seu pagamento feito, adeantada- Nunca pensamos, ao crearmos, em boa hora, mente, ou á redacção, ou ás nossas Embaixatrizes, para isso devidamente auctorizadas. esta secção, que cila fosse prestar tantos e in- niimeros serviços ás nossas leitoras de todo CORRESPONDÊNCIA Toda e qualquer Brasil. Com effeito, raro é dia em que ao nosso I correspondência, departamento de compras e remessas não che- assim como remessa de dinheiro em vale postal s^iitm dezenas de encomniemdas de toda espécie, ou carta registrada com valor declarado) devem iiuer sejam de perfumarias, ou de armarinho, ser endereçadas á Secretaria da Revista, Avelina de Souza Salles. quer de medicamentos ou brinquedos, ou obje- ctos de arte. E a tudo e a todos attendemos com a máxima presteza e de accôrdo com os ANNUNCIOS Preços por vez: .Hesejos das solicitantes. Para conseguir tal fim, Nas secções "Jar- 1 pagina, 300$000 não medimos sacrifícios nem despesas. dim Feichado" e "Vi- j H .. 150$000 da Feminina", mais ; % „ 7S$000 E nos damos por bem pagos de todo traba- 20 por cento. ::::: | '/á „ 40$0{)0 lho, só com o apreciar a utilidade de nossa sec- ção e o serviço que prestamos a milhares de lei- Para os annuncios com contracto de seis mezes toras do interior e dos Estados. Poupamos-lhes, no minimo concedemos desconto de 10 por cento. com a nossa iniciativa, uma série enorme de abor- recimentos e contrariedades. Atrazos na remessa, SECÇAO DE ENCOMMEN- Unica- objectos inutilizados pelo máu acondicionamento, ' rniente as DAS E INFORMAÇÕES nossas desvios e má qualidade de mercadorias, preços leitoras, exaggerados, etc. — tudo isto se evita, tudo isso gosarão das regalias que lhes offerecemos com evitarão nossas leitoras fazendo suas encommen- esta secção. Toda e qualquer encommenda de das por intermédio da nossa bem organizada compra nesta capital deverá vir acompanhada da secção. respectiva importância (em vale postal ou carta Esta coniprehende ainda, não somente compra registrada com valor declaradlo'). Quando feitas por intermédio das nossas Embaixatrizes, o pa- e remessa de pequenos objectos, como também gamento poderá ser feito após a entrega da en- acquisição e despacho de moveis de qualquer es- commenda. Todos os pedidos de infloirmações tylo, louças e utensílios de cozinha; obectos ar- devem vir acompanhados do sello para a resposta. tísticos e de decoração, como quadros, bronzes, ■ Chamamlois a attenção das leitoras para a noti- bibelots; enxovaes para noivas, etc, etc. cia que em outra parte inserimos sobre as vanta- gens da secção de compras e remessas. Ao auxilio e boa vontade que, sob todos os as- pectos, nossas leitoras e amigas jamais nos ne- ASSIGNATURAS VENCIDAS garam, devemos os melhoramentos e as refor,- mas que dia a dia vamos introduzindo na "Re- As assignaturas cujos prazos estiverem vencidos, vista Feminina, quer sob o ponto de vista reda- pedimos encarecidamente, para regularidade da ctorial, quer sob o de immediata utilidade, qual remessa da Revista, reformar suas assignaturas este da creação do Departamento de Compras, dentro do menor tempo possível. Outrosim, caso mudem de residência, participar-nos com brevi- que em seu gênero é o único existente em nosso dade os seus nlolvos endereços. paiz. REVISTA FEMININA

BIBLIOTHECA DA "REVISTA FEMININA (i

Em toda a estante de uma senliora culta e de bom AVENTURAS DE UMA ABELHA, livro ma- gosto, nunca devem faltar certas cbras instructivas, aiiifico de Waldemar Bourels, que alcançou na Al- moraes e de alto valor artístico, como são as que icmanha cerca de 400 edições. Obra de grande valor temos á venda em nossa redacção e que abaixo enu- moral e altamente ínslructiva. Um volume luxuosa- meramos. mente encadernado, 4$ü00. Todas ellas, sem excepção podem ser lidas por O LAR, magnífico romance de Paulo Keller, senhoras e moças, pois o critério com que foram autor dos mais conhecidos e estimados na Allemanha. escolhidas obedece á mais rígida moral, á mais es- A traducção portugueza de Justino Mendes é per- crupulosa e racional sclecção. feita. ESCRAVA OU RAINHA, lindo romance pu- Um volume, luxuosamente encadernado, pelo cor- blicado nas paginas desta revista e que alcançou um reio, incluindo o registro, 4$000. êxito verdadeiramente extraordinário. Livro edifi- O TERROR DO REI, admirável romance da cante pela sua alta concepção moral, reúne a esta baroneza Von Krau (Anna). E' uma das mais em- qualidade um sensacional enredo que prende o inte- polgantes obras do gênero. A acção de intensa dra- resse do leitor do principio ao fim. maticidade passa-se na epocha de Herodes, o terrível Um grosso volume nitidamente impresso, 4$00O. e sanguinário tetrarcha da Galilea. Perfeitamente A DOR DE AMAR. Um dos mais empolgantes moral, pôde ser lido por qualquer senhora. Um ele- romances da vida contemporânea. E' uma narrativa gante volume, ricamente encadernado, pelo correio, de amor, cheia de episódios commovedores. Profundo registrado, 6$Ü00. estudo psychologico, sente-se através de suas paginas A CASA ASSOMBRADA, magnífico trabalho impressionantes, a intensa sensibilidade das almas a do notável jesuíta P. Francisci Finn S. J. que tem que o destino aquinhoa com a "dor de amar". alcançado o mais ruidoso successo, graças á clareza Preço volume, 4$000. de seu estylo e ao impressionante de seus episódios. COLLECÇÕES ENCADERNADAS DA "RE- Um lindo e rico volume, pelo correio, com regis- VISTA FEMININA" correspondentes aos annos tro, 6$000. de 1918, 1920, 1921, 1922 e 1923. JÜSEPHINA, lindo romance de Franz von Sce- As pessoas que não collecionaram os números da bur. São bellas paginas, da mais escrupulosa moral, nossa revista referentes aos annos acima, e aquellas ' suggestiva e profundamente pensadas. Uma perfeita que tenham interesse em conhece!-os devem adquirir traducção portugueza põe em evidencia os méritos estas magníficas collecções que formam grossos e desta obra conhecida em nossa lítteratura so bo titulo ricos volumes encadernados em percaline em varias de o " Lyrio do Valle ". cores e com dizeres a letras douradas. Todas estas Um artístico volume, luxuosamente encadernado, lindas e utilissimas collecções representam um bello incluindo o registro, 6$500. e delicado presente de anniversario, além de ser com- GUERRA! Romance de Frei Pedro Sinzig, onde pletos e esplendidos repertórios de tudo o que inte- o autor ao lado de episódios commoventes, obser- ressa não só a uma boa dona de casa, como toda a vados com justeza, traça com segurança numerosas ' senhora de fino gosto e esmerada cultura. scenas desse grande drama que foi a guerra européa, Preço, 30$000 cada collecção. Um esplendido volume, ricamente encadernado NOVA SEIVA. O melhor livro de contos para 7$000; em brochura, 5$500. creanças, escriptos em linguagem simples e fluente, O FILHO DE AGAR, romance de Paulo Keller de absoluta moralidade e altamente interessantes, são 0 fecundo escríptor que tão bem conhece a psyclio- estes contos de NOVA SEIVa a expressão do que logía infantil e a vida das classes menos protegida- melhor temos no gênero. Edição luxuosa, própria pa- da fortuna. ra prêmios escolares e para presentes, 6$000. Um bello e elegante volume encadernado, 4$0UÜ A ESPOSA DO SOL, romance de Gastão brochura, 3$000. Leroux, traduzido pela nossa distíncta patrícia Ni- 1 JOANNA EYRE, maravilhosa obra devida á cota Sampaio . penan brilhante de Charlote Bronté, (Currel Bell) Graças ao seu primoroso estylo e enredo interes- A illustre escríptora ingleza baseou esta sua magnífi- santíssimo, este bello romance vem alcançando um ca obra em princípios instructivos e domésticos. ruidoso successo. Um volume rica e luxuosamente encadernado A traducção rigorosamente estylízada é simples- com mais de 600 paginas, 7$000; brochura, 6$000. mente impeccavel, pondo em evidencia os méritos da QUARTO LWRO DE LEITURA, obra dida- nosas intellígente patrícia. ctica de grande merecimento, adoptada em nume- Preço, incluindo o registro do correio, 6$000. rosos estabelecimentos de ensino. E' um livro que se FLORES DE SOMBRA, bellíssima comedia em recotnmenda a todos os professores, pela clareza de três actos, de Cláudio de Souza, o festejado comedio- sua exposição e perfeito methodo evolutivo das grapho nacional. E' uma das modernas peças de matérias. nosso theatro, que maio ssuccesso alcançou. Um volume encadernado, 3$SO0. Um lindo volume, nitidamente impressos em pa- pel " glacé" com bellas illustrações e capa em tri- chromia, 3$S00. EU ARRANJO TUDO, outra esplendida come- dia de Cláudio de Souza, um dos maiores successos do theatro brasileiro, no gênero brilhante. Um bello volume, impresso em optimo papel, 3$S0O. A FILHA DO DIRECTOR DO CIRCO. Um dos mais interessantes romances da grande escríptora allemã, baroneza Ferdinan von Brackel. A sua lei- tura empolga de principio a fim. Traducção portu- gueza primorosa. Edição de luxo. Um grosso volume de cerca de 800 paginas, nitidamente impresso, pró- prio para presente, 10$000. RF.VISTA FEMININA

MAGNA PECCATRIX.: Neste magnífico tfa- cellencia de seu estylo como pelo elevado espirito de lialho a illustre escriptora baroneza Anna von Kranc. sua concepção e sua finalidade moralisadora e social estuda de forma admirável o espirito e os costumes Preço, pelo correio, 8$000, do tempo de Jesus Christo. Livro que pelo interesse CHRISTOVAM. Eis um delicioso livrinho que que suscita prende a attenção do leitor de principio a muito recominendamos ás gentis leitoras. Enredo in- fim, não deve falta rem nenhuma bibliotheca que se teressantissimo, forma singela e clara, o seu custo é prese. Impressão magnífica, optimo papel e traducção uma verdadeira insignificancia pois enviamol-o pelo verdadeiramente primorosa, pode constituir, ainda, correio mediante a importância de 2$000. um delicado presente. O MARTYR DO DEVER. E' um empol- Preço pelo correio. 7$000. gante drama histórico, em cinco actos, onde o seu O SIGNAL MYSTERIOSO. Por M. F. Wag- autor, profundo conhecedor não só da historia pátria mann. E um lindo e empolgante romance, escripto como da technica deste gênero literário, apresenta sob de maneira verdadeiramente superior. Sob o ponto de um novo aspecto a figura de Calabar. Preço 3$0{X). _ vista literário, como por seu entrecho interessantís- A FREIRINHA. Ninguém desconhece esta bel- simo, é um livro que nenhuma pessoa amante da boa lissima e empolgante obra devida á pena brilhante de leitura deve deixar de ler. M. Delly e traduzida primorosamente por Fernão Ne- QUADROS DA VIDA. Eis outro estupendo ves. E' um esplendido volume, nitidamente impresso, livro que a nosas bibliotheca offerece ás leitoras. São, que pode servir, também, como adorno de uma biblio- como diz o titulo, uma série de maravilhosas narra- theca. Preço, 4$000; pelo correio, 4$50O. tivas que, quer por seus interessantes entrechos, quer O PRIMO GUY. Outro esplendido e interessan- pela forma em que foram vasadas constituem agra- tissimo romance de H. Ardei, que nenhuma de nossas dáveis momentos de prazer intellectual. amigas deve deixar de ler. A traducção simplesmen- Preço, pelo correio, S$000. te primorosa, e a impressão magnífica, em fino papel. A NOVA CRUZADA DAS CREANÇAS. Preço, 4$000; pelo correio, 4$500. Ninguém desconhece o nome illustre de Henry Bor- ENTRE DUAS ALMAS. Recebemos e já temos deaux, o autor deste magnífico livro. Basta esta con- á venda em nossa redacção a terceira edição deste sideração para termos a certeza de que se trata de empolgante romance de M. Delly. O successo de li- uma obra esplendida, quer pelo fundo, quer pela vraria desta magnífica obra falia bem eloqüentemente fonna, que è a mais perfeita e atrahente. de seu valor, quer como entrecho, quer como forma. Preço, pelo correio, 5$500. Preço, 4$000; pelo correio, 4$500. DISSE. Seria perfeitamente ocioso, depois de .ADALIUS — Interessante íivriitho contendo tudo o que a critica externou a respeito do livro do grande quantidade de receitas de cozinha e de doces, dr. Altino Arantes insistirmos no grande valor desta todas experimientadas por hábil cozinheira. obra, que se recommenda não só pela belleza e ex- Preço, registrado pelo correio, 2$000.

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in-í/e/t CJLMr'Os REVISTA FEMININA Preparados que se vendem nesta Redacção

RECEITAS DE BELLEZA PARA COLORIR para a extincção da caspa e outras affeCções OS CABELLOS. — Desde os tempos mythologi- capillares assim como para o embellesamento dos cos — com a mágica Medea — o homem procura cabellos aos quaes empresta brilho e vitalidade resistir, por meios artificiaes, aos estragos da eda- incomparaveis. Pedidos nesta redacção acompa- de, ujando-os, principalmente para os cabellos nhados da importância de 7$000. pelo correio 10$000 brancos, que são os primeiros e os mais evidentes ESMALTE GABY. — Para o brilho e para a signaes da veltiice. bellesa das unhas é este esmalte um dos melhores Entre as tinturas usadas para tal fim figuram as que até hoje tem apparecido á venda. Formula de de saes de chumbo, de prata, de cobre, de mercú- um illustre chimico allemão o esmalte "Gaby" rio, de cal, de bismuto, de estanho e outras, que não deve faltar em nenhum fino toucador. Temos produzem sobre o organismo inteiro graves des- em duas tonalidades: branco e rosa. ordens, que só mais tarde são percebidas. As tin- Os pedidos deste preparado podem ser dirigidos turas americanas tem por base o sulfato de ca- a esta redacção acompanhados de S$000; pelo mium e o sulphidrato de ammoniaco. São menos correio 5$500. tóxicas, não irritam o couro cabelludo e não pro- TINTAS PARA TINGIR EM CASA. — Toda vocam a calvicie. As tinturas com base de nitrato a dona de casa pode tingir seus vestidos, sejam de prata, tão espalhadas, são de acção tóxica, len- de lã, de algodão ou de seda, com a maior facili- ta e fatal. Ha, porém, alguns productos vegetaes dade, e a menor despesa, usando as celebres tintas inoffensivos que infelizmente, dão uma colora- "Germania". ção muito fraca e pouco durável. A única que se Para o seu emprego, não requer este preparado pôde recommendar sem receio e que dá resulta- — incontestavelmente o que melhor se conhece dos admiráveis, é a Petalina, com a qual se pôde rio gênero, — o menor conliecimento technico; obter, graduando as cores, todos os tons, do cas- basta a leitura do prospecto que acompanha cada tanho claro ao negro azeviche. Infelizmente esse pacotinho. E' um verdadeiro achado para as do- producto é raro em nosso meio, sendo oriundo da nas de casa que podem assim, tingir seus vestidos, Pérsia, de onde actualmente sô pode vir com dif- da côr que desejarem e com uma insignificante ficuldade. despesa. A Empresa Feminina Brasileira acaba de rece- Pedidos nesta redacção acompanhados da im- ber uma pequena quantidade. portância de . $500, mais |500 para o porte dQ Podem obtel-a por intermédio da nossa "Revis-' correio. ta" enviando a importância le 12$S00. CREME E .EITE> DE CERA PURIFICADOS COLD CREAM "INSUPERÁVEL". — E' um — Dois espie ididos preparados de fama mundial, producto italiano que não deve faltar em nenhum que recommendamos ás nossas leitoras, são o fino toucador. Por sua escrupulosa confecção Creme e o Leite de cera purificados. Centenas e assim como pela puresa dos ingredientes que en- centenas de attestados provam eloqüentemente tram era sua composição tornando-o absolutamen- a. excellencia destes dois preparados, quer no em- te inoffensivo é um dos mais recomm£ndaveis bellesamento da cutis, quer no tratamento dessas e de mais seguros effeitos. manchas, cravos, etc, que tanto enfeiam o rosto Amacia e embcUesa a cutis emprestando-lhe da mulher. Não devem assim, estes magníficos uma frescura e um encanto incomparaveis. artigos de toillete faltar no toucador de toda a Únicos depositários nesta capital, temos á ven- senhora que prese a bellesa e o encanto de seu da em nossa redacção ao preço de 5|000 e pelo rosto. correio SS500. O preço do Creme é de 7?000 nesta redacção e DIGESTIVO PICARD é um tônico digestivo 7$S00 pelo correio; o Leite, 8|000 nesta redacção e incomparavel em todas as fôrmas da dispepsia. 10?000 pelo correio. Produz bem-estar gastro intestinal em todos os LIXAS "GABY", PARA UNHAS. — E' um ar- casos de má digestão, azia, prisão de ventre, aci- tigo de primeira ordem, que muito recommenda- dez, máo hálito e outras enfermidades do tubo mos ás nossas leitoras. digestivo. E' de resultado absolutamente efficaz. Uma caixa com uma dúzia custa nesta redacção Vende-se nesta redacção. Um frasco, 6$000, re- 2$000; pelo corerio 2f500. gistado pelo correio. BRILHANTINA "ATTRACTION" (Granieri) LOÇÃO BRILHANTE. — Eis outro producto — Recommendamos ás gentis leitoras esta admi- para o toucador que recommendamos. Não suja rável brilhantina, não só por seu perfume suavís- porque não é pintura, nem queima porque em sua simo como pela puresa dos ingredientes que entram composição não entram matérias nocivas. Ana- em sua fabricação, e que a tomam absolucta- lysado e autorisado pelos Departamentos de Hy- mente inoffensiva. giene do Brasil é um dos melhores prçparadoí Preço do pote, 3$000; pelo correio, 3|S00. BRILHANTINA RENY PERFUME DELICIOSO Única que ondula os cabellos substituindo os frizadorcs conservando a sua cor natural REVISTA FEMININA

MAGNESIA CARMINATIVA, é o mais enérgi- viamol-o bem acondicionados em caixas de 3, ao co preparado para combater a acidez do estômago- preço-reclame de 12$000 a dúzia, ou sejam 4 caixas De effeito rápido e seguro, tem, ainda, a vantagem de 3 sabonetes cada uma. N'.;sse preço está incluído de não contribuir para as dilatações, tão commu- o porte do correio. irréníe provocadas pela quasi generalidade dos anti- PASTA RENY — E' um dos preparados para os acidos. Preço 7$000, registrado pelo -correio. dentes, de mais rápidos e maravilhosos effeitos. Pre- PASTILHAS RINSY, especifico ideal para ;/WWS/S<'VS*S/V*^^^^*N/W'^^^^^^^'^WW^VWW^^^^W/V- REVISTA FEMININA (Bmamin ARTE a SCIENCIA O LETRAS

Os divórcios no Estado de Texas projecto que dá ás mulheres o di- de pastor de almas. Parece que, ao reito do voto. Ha três annos esse grande synodo, vai ser enviada novii Texas, dos diversos Estados da mesmo pedido foi recusado. petição a esse respeito. America do Norte, é -^nde mais se — A Assembléa Nacional grega de- Um protesto das funcclonorlas pratica o divorcio. No correr destes clarou que depois das próximas elei- publicas francezas doze últimos meses, nada menos de ções o governo terá a faculdade de 29.282 divórcios alü se reg'slra"r.^ni. reconhecer, por um simples decreto, A designação de diversas catego ao passo que o numero de casamen- o direito de voto ás mulheres, em rias de funccionarios públicos á com tos não passou de 6.000, matéria municipal. missão de revisão dos tratados, em Alrs. Fergusson, que acaba de ser — Os "Conselhos de Mulheres" França, deu logar a numerosos pro- nomeado governador do Texas, é o que, na Republica Argentina, occu- testos. E' que nella é total a ausên- modelo das virtudes familiares e pam cargos nos estabelecimentos cia do pessoal feminino, embora não espera que o seu exemplo , e a sua de instrucção e de assistência, e estejam completos sinão três quin- influencia sirvam de freio a esse in- são independentes da administração, tos dos quadros de representação. No desejável e propagador cr:?tmne (U- acabam de inspirar uma medida polí- decurso da ultima reunião dos dele- Be des cor g'ani sarem os lares, na tica. gados das Uniões Federativas Profis- maioria das vezes sem pretexto Devido a uma violenta campanha sionaes, Mmes. Combes e Lousta- algum. por ellas movida, o presidente da nan, vice-presidente da União Inter- Republica acaba de oppôr o seu veto ministerial das mulheres funcciona- Homenagem ás enfermeiras francezas ao projecto de lei visando introdu- rias, e secretaria geral da Associação e allladas. zir o divorcio por consentimento mu- das Mulheres Empregadas, tornaram tuo. Os "Conselhos de mulheres" vi- ounhecido o sentimento desses im- A inauguração do monumento á ram nisso um grave perigo para a portantes grupos e, de um modo ge- memória das enfermeiras francesas e íamilia argentina. ral da representação feminina, A una- alliadas victimas de seu devotamento nimidade dos representantes associou- durante a grande guerra, levantado As estudantes de medicina nos hos= se a esse protesto, dando a entender por subscripção /interalliada» teve pltaes da lns:laterra. que estão dispostos a nmo esquecer Oí^ logar a 11 de novembro ultimo na seus interesses prerogativos. esplanada Céres, em Reims. Foi uma Sabe-se que a admissão de moças, cerimonia simples e tocante, á qual estudantes de medicina, na maioria Escola de noivas compareceram, além dos elementos dos hospítaes ínglezes, data apenas officiaes e feridos e os pães cujos da grande guerra. Ora, actualmente, Acaba de fundar-se em Vienna filhos foram objecto da soHcituile das se produz intenso movimento no sen- unia mstituiçào de incontestável nobres mulheres que lhes levaram, tido de aíastal-as dessies p; s;os. utilidade: a Escola de Noivas. nas horas de horror, o soccorro de Assim, 03 estudantes de medicina as- Os cursos funccíonarâo de dia - sua dedicação e de sua te:-;mr:i. sistentes no hospital de Santa Maria, de noite e comprehendem os seguin- em Paddingeton, um dos mais vastos tes assumptos: Uma estatua a Eleonora Düse de Londres, enviaram um officio á Deveres e direitos da esposa; liy direcção pedindo que as' moças estu- giene physica da mulher, esposa r. Uma estatua em bronze, de autoria dantes não sejam mais admittidas- mãe; cuidado com os filhos; hygienr do escuiptor Villa, ã memória de E' quasi cexto que a directoría do do lar; educação das crianças em Duse foi collocada no "foyer" do, hospital tomará o partido de excluir todas as edades; relações sociaes oa theatro Cagnoni, em Vigevano, a as mulheres, pois já fez saber á patroa com as suas empregadas; da Lombardia onde nasceu a Escola Real de Medicina para as esposa como cidadã, a esposa como grande artista. Enorme multidão as- mulheres que suas alumnas não serão productora e consumidora. sistiu a essa cerimonia. mais recebidas em Santa Maria. E' O fim desa escola é, principal possível que esse movimento se ex- mente, instruir aquellas moças que VIctorlas femininas lenda a outros hospítaes. pelas condições da sua vida não ti- veram a convivência do lar e por Mmes. CalmeU, professora do Ins- No Canadá, não ê permlttldo á conseguinte não receberam essas t ituto Nacional de Surdos Mudos, mulher exercer o pastorado noções das suas respectivas proge- em Bordeaux, e Ozanon, professora nitoras. do Instituto dos jovens ^egos, de O grande synodo anglicano do Ca- Cada curso dura quatro mezcs. FariSf acabam de ser nomeadas of- nadá, na ultima sessão que realizou, Para aquellas raparigas que não po- ficiaes da Instrucção Publica Fran^ regeitou um projecto tendente a dem assistir ás aulas durante o dia, ceza. Dezenove mulheres, pertencen- conceder ás mulheres a auctorização foram organizados cursos especiaes tes a outros diversos institutos de de pregarem e leccionarem nos tem- para a noite. ensino foram, por sua vez, feitas plos. Essa resolução muito desagra- A escola já funcciona com enormr membros da Academia de Instrucção. dou a maioria das feministas cana- freqüência e é opinião das autori- — O conselho legislativo de Ben- denses, em cujo seio não eram poucas dades que os seus resultados sociaes gala deu opinião favorável a um as que desejavam exercer as funcçôes serão enormes.

Anemia, fraqueza, rachitismo, moléstias do estô- KOLA SOEL mago. Útil no crescimento das creanças REVISTA FEMININA

Na Hespanba malicioso, ella pergunta ao homem: A cerimonia esteve muito con "Acreditaes agora que eu vaHia vossa corrida. Constou de attrahenfe e va - Quis &er toureira, mas... hicycleta? " riado programma litero-musical. sob — Senhora, responde elie, todo a presidência do sr. d. Duarte Cos ■ Uma hespanbola, sobrinha de um i:onfuso, si vós a. valleis?... To- ta, bispo de Botucatu', e renresen- conhecido toureiro, solicitou do go* mae, eu vol-a dou; podeis, si qni- tHute de S, Fx. - Rvma. D. Sebas- verno de seu país auctorização para zerdes, montal-a neste instante, tião Leme. Ao lado de d* Duarte Cos- entrar na plaza de toros, de capa e ^gorá mesmol" ia, tomaram logar as exmas. sras. espada... As mulheres, em outros baroncza de Magdalena, Ceçüia Xa- tempos, parecem que já exerceram o Festa das jovens catholicas vier Pedrosa e Amélia de ReTienat: officio de pícador e de bandarüheiro; brasileiras. Martins, isso porém não convenceu o governo Successos femininos hespanhol a mudar de idéas, pois o Realizou-se a 20 de Dezembro ul- pedido da corajosa moça, foi regeita- timo no salão nobre a Associação Hespanha. — Três mulheres (dd. do sem mais delongas. Dizem que as dos Empregados no Commercio, do Maria Echarri, viscondessa de T.Ian- feministas de Hespanha protestaram Rio, uma sessão solemne comme- teno e Elisa de Calonge) acabam de contra a decisão governamental, de- morativa do "Dia Noelista", promo- entrar para o Conselho Municipal de monstrando que esta vem mais uma vido pela sociedade do mesmo nome„ Madrid, de accôrdo com a nova lei vez confirmar o absurdo e revoltante que mantém a revista trimensal que concede o suffragio municipal ás 1 rincipio segundo qual tudo quanto é "Noel». mulheres hespanholas. A primeira moral e até glorioso para o homem, Essa interessante intituição, que mulher até agora eleita para este é immoral quando se trata da mu- ora toma amplo desenvolvimento na cargo, é a sra. Maria Pedes Molla, lher". Nesse sentido t^m ella toda sociedade carioca, foi fundada em prefeito de Qiiatretondeta. razão. Não se deve dar a ninguém, Paris, cm 1894 pelo padre Vicent de Estados Unidos — Resultado das homem ou mulher, o direito de sa- aPuI Bailly, assumpcionista, que, na eleições. Foram eleitas: Mrs. Míriam crificar um animal, a que se tornou Maison de La Borne Presse, iniciara Ferguson, democrata, governador do enfurecido. ao simples praser da diversas publicações como "La Texas por uma maioria de 75.000 multidão, a quem se excitam assim Croix", "Le Pelérin", etc. votos; Mrs. Nellie Taylor Ross, go- ^s mais baixas paixões. "Le Noel" era destinada a distrair vernador de Wyoning; Mrs. Mary Mas que uma mulher tenha tido a as crianças, instruíndoa-as e estimu- Norton, de Gersey City, membro do Idéa de solicitar semelhante favor, lando-as para o bem. Mas cresceu Congresso; Mrs. Florence Knapp, se- tis o que nos surprehende. Questão e aperfeiçoou-si5 com seu publicozi- cretaria do Estado de Nova York; e de educação? Sim, naturalmente. nho, e em 1914 desdobrou-se em "E- muitas outras representantes do fe- As mulheres hespanholas que, de toile Noeliste" para as crianças até minismo, eleitas para os corpos degis- uma parte luctam contra a medida 15 annos e "Le Noel" para as moças. lativos dos diversos Estados. nfficíal. certamente não desejam coh Em 1920 apapreceu um suppiemento índia — Os conselheiros legislati- ■; i')uir para que ella volte at.'a;' "La Maisoin** para as mais velhas vos d eAssau acabam .de conceder o nuni caso em que favorecerá um c ^s- nelistas, casadas, mais ou solteiras tume particularmente odioso. educadoras e donas de casa; trata de direito de voto ás mulheres e, ainda, educação infantil, hygiene, puericul- resolveram pedir ao governo para sup- Vm caso pittoresco tura, conselhos para donas de casa. primir a "desqualiíicação de sexo" "Le Noel", propriamente dita, é que impede as mulheres de entrar no Conselho. Assam é a 5.* província Meio dia. Na estrada de Hossegor uma revista catholica, literária, artís- que concede o suffragio ás mulheres. a Cap bretou, sítios dos mais bellos tica, instrutiva e educativa para mo- da costa irlandeza. ,uma senhorita ças. Contem artigos de bons escri- Itália — O senhor Mussolini vai realiza o seu passeio quando cruza ptors sobre literatura, historia, apresentar á Câmara o esperado pro- com um grupo de operários, montados sciencias, contos, romances, poesias, jecto de lei referente á concessão do em bicycletas. Olhares para a pas etc; um optimo curso de apologetica voto administrativo ás mulheres. seante, apreciação desfavorável de ê entregue a Monsenhor Duples^^y; Uruguay — Foi entregue á Câmara delles que exclama: "Não trocaria os últimos livros saídos são cri- um projecto de lei concedendo ás minha bycicleta por aquella mu ticados e alguns capítulos trans- mulheres uruguayanas o direito de Iher!" Todo o grupo se afasta. Uma criptos. A Pequena Academia é o votarem e serem votadas nas próxi- hora depois, nessa mesma estrada, guia que esclarece e dirige as noe- mas eleições municipaes. O projecto a mesma senhorita se occupa em listas desejosas de desenvolverem em questão tende a tornar effectivo pregar boletins suffragístas num seus dotes literários ou artísticos. o artigo 10 da nova Constituição da poste telegraphico. Os mesmos ope- Além de transcrever os meltiores Republica, votada em 1917. rários, de volta ao trabalho, a per- trabalhos, propõe ■ todos os mezes cebem e dizem: "Mas, que estará uma questão sobre assumptos lite- Duas pianistas brasileiras applaudldas ella collando?" Um delles, o mais rários, scientificos, moraes ou -da na França. velho, responde: "E' uma feminista!*' actualidade, e as assignantes são O que, na estrada, havia emittido convidadas a responder por escripto. O telegrapho transmittiu este mez. uma opinião desfavorável á jnven. São bastante conhecidos os livros da a noticia do êxito extraordinário accrescenta: Sra. Marie Barrére-Affre; pois bem obtido em Versailles pelas duas pia- — Que vem a ser ' uma femiíi'h- é uma noelista, que enviou á sua nistas brasileiras Valina e Inno- ta"? revista seus primeiros ensaios lite- cencia da Rocha. — Vae ver. diz o velho, e sabe rários e graças aos conselhos do Para quem conhece essas joven? rás! "Noel" tornou-se a escriptora que a noticia nenhuma novidade trouxe. O outro approxinia-se e, atras at- teve a honra de vêr nm de seus li- Quando partiram do Brasil, em Abri: si a moça ouve uma vo\ ^que soletra: vros coroados pela Academia Fran- do anno passado, todos nós sabia "Para supprirair as guerras, a mu- cezal mos que deviam triumphar na cidadi lher deve vntar", e a voz ajunta: A sessão commemorativa da festa para onde seguiam. "Muito bem, senhora, tendes razão. nas "noelistas", que ha dia*? teve lo- O talento de ambas ha muito quc Estou comvosco". gar, veiu demonstrar o quanto já fora reconhecido. Esse talento, ad Ella volta-se. Um olhar motefador está desenvolvido entre nós o espi- miravelmente aproveitado por mes ncolhe esta declaração, e com um ar rito daquella ci 'ada do bem. três como Custodio Góes, primeiro REVISTA FEMININA e depois do notável critico Oscar esperam com cobiça n dote que quartos ou commodos mobiliados para Guanabarino, era de molde a fazer elias possam trazer. facilitar a transacçao. das duas jovens artistas de valor. Incidentemente o systema do dote O elemento judaico procura ligar No primeiro contacto com o pu- está sendo restabelecida com a a questão do casamento aos negócios, blico de Paris, na sala Erard, em ju- volta dos l'f)ns temjii.is. Durante não sendo raro encontrar o annuncio nho ultimo, venceram brilhantemen- certo período depois da guerra, a de alguém que estando entrado em te, como ficou demonstrado pela cri- gente casa\"a sem dote; hoje, po- annos e tendo uma filha casadoura tica exigente e imparcial da impren- rém, a rapariga que quizer contra- offereça, além da filha em casamento, sa, de que publicámos, em setembro. hir matrimônio, deve levar, com uma participação rendosa em uma alguns trechos. ella, um pouco de dinheiro "bar- fabrica ou armazém de secccs e mo- Agora foram novamente applau- gelíi", roupas e moveis. Com effeito. lhados. didas. E desta feita, como ainda uos uma disposição legal autoriza ás fi- O casamento se tem commerciali- deixa entrever o despacho telegraphi- lhas a processar . os pães que se zado, dizem as agencias, — que CO, elogiadas sem restricções pelo neguem a dar-lhe um dote propor- fazem commentaríos pouco reservados "T.e Journal". cional á sua fortuna. sobre o seu negocio. Que Valina e Innocencia da Rocha A Agencia de Frau Margarethe se não deixem enthusiarmar pelos IMernstein já completou o numero .Uma enfermeira condecorada appiausos. Meninas ainda, têm de três mil casamentos retilizados diante de si um futuro grandioso, por seu intermédio com completa Por decreto saneei onado sob a onde' os appiausos se succederão felicidade. proposta do ministro de guerra (II- Além das agencias, as columnas França, Mlle. Louise Díndimer, de As agencias de casamento em dos jornaes de domingo, demonstram Belfort, foi nomeada cavalleiro da Le Berlim, fazem actualmente grande que o casamento é novamente po- gião de honra. Eis sua bella citação: negocio... pular na AUemanha. "Distinguiu-se constantemente; du- No " Lockalanzeiger". edição de rante a guerra 1914-1918, por seu de As agencias de casamentos, em domingo, por exemplo, acham-se votamento em soccorrer os feridos Berlim, informam que o seu nego- annuncíos de senhoras louras ou m'j- do hopítal de Belford e por sua co- cio floresce novamente. renas, de 20 a perto de 60 annos, com ragem em face do bombardeio. Não (~)s escriptorios da Baroneza de ou sem dote. todas, porém, "sehr se cançou, ainda, de se consagrar von Coburgo, o mais afamado de schoen", ou muitas bellas e elegan- com grande zelo á conservação das todos, disse que embora os negócios tes. Geralmente as candidatas decla- sepulturas dos militares mortos pela corressem desanimados no período ram que desejam casar, só com o in- França". da inílacção e da falta de credito, tuito de constituir família. no inverno de 1923-1924, os que pro- De outra parte, as mulheres sol- Organfsação feminina nas Índias curam constituir família eram a^o- teiras podem achai- i-jas columnas do ra em maior numero que em qual- referido diário uma lista de cidadãos Apenas a província de Bombaim ti quer época. Os clientes da Barone- idôneos, onde escolher o futuro ma- nh.% até agora, nas índias, um Con za de Coburgo, são membros da rido. Esses homens, que de maneirrt selho Nacional de Mulheres. Na iilti nobreza, mas ella também trata t[,- nenhuma se revoltam contra o jugo ma assembléa, Mrs. Faridoouji I;^n casamentos de burguezcs. ;i' s do matrimônio, declaram geralmente çou um vehemente appello ás suas quaes qualifica de "primeira classe" que a solidão, em que se acham, os collegas, afim de que a índia possa Embora o Baroneza não o disses obriga a procurar esposa, emquantn ser representada officialmente no se, o empenho que mostram os no outros mais francos não escondem o Conselho Internacional de Mulheres, hrcs em rasar, pôde attribuir-sc verdadeiro nii-itivos, que é o de encon- a realizar-se em meiados deste annn em grande patre á necessidade de trar fundos roni cjue desenvolver a em Whasington. ronsegmirem capitães. Os nobres, vida. • w - Um comitê provisório foi immedia embora donos de grandes proprie Um dos 'motivos da falta de casa- tamente nomeado para organisar as dades acham-se escassos de dinhei - mentos era a escassez de habita- ' sociaç5es feministas em outras pro- ro contante. Eli es podem offerecei ções, mas isso está ligeiramente re- víncias. Em seguida, espera-se poder as noivas de egual classe magnifi- mediado. Os agenciadores de matri- fundar um Conselho geral e unírn cos castellos para residência, mas mônios ao mesmo, tempo offerecem para toda as índias.

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Cabellos curtos... mulher divorciada). Nessia cidade o publicará por extenso as estatísticas e divorcio tem sido ultimamente sem as causas dos divórcios. Quando o Os administradores de uma grande trocadilho, uma praga... homens se desfizerem das respectiva hospital de Londres, acabam r>rohibir as enfermeiras de usarem medida iudiciafia na Tcheco-SIova- sem faltas por ellas praticadas, em cabello curto, á moda... Isto dá a quia, accrescido pela crise economi pregará todos os meios para prote ellas, dizem, um arzinbo desenvolto, ca, que deixa muita vez a mulher e ger òs interesses dellas e dos filhos irriquieto, incompatível com as suas os filhos sem.meio de subsistência, é, funcçÕes. Mas as enfermeiras protes - Os membros da sociedade são pois, a causa do apparecimento da - tam eni nome * da hygiene, dizendu quasi todos, mulheres divorciadas quella publicação. Quasi que ao mes- que os cabellos curtos são mais fá- Conta apenas um sócio pertencente mo tempo surgiu uma sociedade des- ceis de lavar e menos fácil de ca- ao sexo-forte :o seu advogado. Este. tinada a proteger as mulheres divor- hirem nos caldos dos doentes... por signal, num discurso que alli pro- ciadas, presidida pela sra. Auspi- feriu, teve uma phrase que, apesar cova esposa divorciada de um alto Em Praga, as divorciadas tém um de muito infeliz, não deixa de ser Funccionario. jornal e uma sociedade para a defesa razoável; " Espero, exclamou, vèr dos seus interesses. O seu fim é estudar as leis do di- augmentar, dia por dia, o numero \orcio, defendendo os direitos das dos membros desta admirável socie * PragT iniciou a publicação de um suas associadas e obrigando o ma- dadel" Mas si esta não tem outro semanário único em todo o mundo, rido a cumprir com os seus deveres fim sinão o de. diminuir o numero das com o titulo "Rozvedena ena" CA de esposo. Quanto ao novo jornal. mulheres divorciadas... REVISTA FEMININA JARDIM FECHADO

(Nesta secçao publicaremos conmianlcaçSes de nossas lettoros, bem como producções literárias que n3n excedam de 60 linhas em prosa e 14 em verso. E' nosso Intuito desenvolver assim o gosto literário entre as leitoras e facll- tar>lhes uma correspondência util e Interessante. As producçSes literárias de- verSo ser asstgnadas, sem o que nio serão publicadas).

CABELLOS BRANCOS PRECOCE^ Ergue essa alma, ergue-a ao céo, ergue-a ás ancias [de um sonho (Dedicado á "Revista Feminina) e então serás felis dentro da tua dor I

"Quando a rajada passa coni violência Noroeste Penna — lS-1-25. até as raizes das arvores estremecem". Uma brasileira

Entre commovida e curiosa demorei meu olhar so- RENDAS, PLUMAS E FLORES bre aquella cabeça que me despertara a attenção. Conhecerá, porventura, Jane, essa poesia do Conde Uma cabeça de mulher! de Monsaraz? Como quer que seja, envio-a para a Como se deliciam nossos instinctos artististicos, collecção .dessa minha amiguinha. Eil-a: como nossos olhos se extasiam diante de uma coma feminil, quer seja negra (como as azas da graúna"). De rendas, flores e plumas, quer desse loiro quente que se assemelha a um dia- Margarida tu costumas Andar na praia, vestida dema aureo, quer desse castanho cujo t.jm se appro- Como uma Venus sabida xima das folhas seccas, mortas para vida. a luz, n Do fervilhar das espumas. sonho, atiradas a esmo pelo chão. nosta'gicas do E é um gosto, Margarida, sralho de que se desprenderam! Ver-te na praia, envolvida Mas aquella cabelleira juvenil attraia-nie singu- Em rendas, flores e plumas. larmente pela extranheza do contraste: um floco de cabellos alvejava naquella profusão de fios negros, como uma palheta resplandescendo nas levadias do mar. como um lyrio adormido numa ,-dcatifa. Dir- se-ia a cabeça de um evang'e1isador salpicada de cisa- lhas de prata ou a de um santo, cuia ,i1ma mira anceia pelas mansões cthereas da Pa7. do Amor divino. . . Tailv-ez a dôr como uns rrvstaf.; r\r iv\'', ci^triita- va-se ali triumphante entre amicllcs sedosns i-ihcllns de moça; talvez um amor d.-sprczado ciiclv r;i-!he de angustia a vida. Sim, porventura o amor l.be fora. não como o define Victor Hugo "o sol da alma" nem como o entende Balzac " a luz do coração" mas sim uma grande sombra que fora o excidio de .suas illusões da juventude e Ibe cerceara os renovos florescentes da esperança. Também a perda de uma pessoa estremecida nos embranquece prematuramente. Os olhos, num mutismo demniciador. falaram-me apaixonadamente duma intensa magua olhos de auem nnve, recolhido, a melodia da bailada da saudade.

Olhos de quem andou pela vida alegremente Para sorrir depois para depois chorar.

Machado de Assis com acerto dava uma íonna architetonica ás almas; a alma daquella sonhadora seria como um convento mediavel, desolado, amorta- Ihado em sombras onde só perpassavam tristemente a soada das Htanias e o soluço plangente de um órgão. Assaltou-me um Ímpeto apaixonado; ter aquella S. Paulo, 27 de Maio de 1924. lUmo. Snr. Sociedade de Productos ChLmicos "L. cabeça de fios alvacentos. ungida de graça esoiritual. QUEIROZ" debruçada no meu peito ouvir-lhe uma confidencia .\tlesto que tenho usado a "Afua da Belleza" coin sentida, compartilhar de suas anfrustias, confundir proveitoso resultado para a minha peUe, que se con- iei-vã maeia e avelludada. com as suas as minhas lagrimas e transmittir-lhe as (a) ALDA GARRIDO. consoladoras palavras de um suave poeta: REVISTA • FEMININA

Que plumas, flores e rendas guém attendeu. Seu prazer era brilhar, brilhar sem- Vestem nas mórbidas lendas, pre... E brilhava e scintillava, orgulhosa.,. Nas sonorosas bailadas. epo!s. veiu um raio de sol: As virgens apaixonadas! — Gotta dágua, eis-me aqui, vim buscar-te 1 Sou E é por isso, não te offendas, o teu amante. Já brilhaste demais e teu reinado Que trazes sempre veladas, e curto. Vem! Essas fôrmas delicadas A gotta d'agua continuou na sua mudez. Em plumas, flores e rendas. Mas seu brilho desappareceu. E deslisou, pela fo- lha de espinho, como uma lagrima pela face dos in- Ai rendas, plumas e flores. felizes. E subiu, pouco a pouco, quasi sem o sentir, Tepido ninho de amores, pelo raio de sol.. ■ Afagae-a, agasalhae-a! Pobre pingo d'agua! O teu destino é egual- ao da Vão atraz delia, na praia. vaidade humana. Um dia... Artistas e trovadores. Porto .'Megre. Novembro de 1924. O' brisas do mar, beijae-a, Que Margarida desmaia Maria Amélia. Em rendas, plumas e flores 1 Gostou? CRUZ E SOUSA S. Paulo. 8-12-24. Conheço algumas poesias de Cruz e Sousa, o admi- DoraUcc lavel e infelizmente tão pouco lido poeta-negro. Não sendo fácil encontrar qualquer um dos três livros de PINGO D'AGUA versos do extraordinário cantor de "Os palhaços", venho, por intermédio desta Revista, pedir ás boas Começava a amanhecer. E que linda manhã de amiguinhas me dêem a conhecer nutras obras pri- Setembro! Céu muito azul, sem mancha, diaphana a mas desse poeta. atmosphera. .Agradecida. No bosque, uma clareira extensa era como um pior de F.shifa grande diamante rodeado de esmeraldas. O dia es- .Ai-araquara, l.S-10-24. piava a terra. Vinha acordar o passaredo nos ninhos e, curioso, entreabria as pétalas das flores. E os NO PRESEPE pássaro? saudavam-no, cantando; e as flores rece- biam-no, embalsamando o ar com a embriaguez dos Berço divino, guarida immaculada. seus perfumes. . Onde Jesus infante appareceu. Numa larga folha de e.^pinho. na clareira do bos- Trazendo á humanidade conflagrada que, tremeluzia, alegre, uma gotta de orvalho. Muito O resgate da culpa que a perdeu... branca, redondinha, transparente, despedindo peque- ninas faíscas, era como que uma pedra preciosa ãlli abrigo d'amor — bella e sagrada esquecida por uma princeza das Mil e Uma Noites. .Arvore do Nafal — que floresceu F. scintillavam, orgulhosas... Das crenças d'alma, em fim regenerada. Porque o Eilho de Deus veio do Céo. — Lindo pirgo d'agua — disse um canário doirado. pousando perto. — Sacia-me a sede que me queima o peito; desce pela minha garganta, vai despertar lá Dar aos fracos amparo e fortaleza, dentro a magia, o explendor do meu canto! Ouves ? Elevar os humildes á grandeza Na perfeição do bem e da moral, ■ .Al gotta de orvalho não respondeu. E scintillava. orgulhosa... O canário voou bem alto, desappareceii Que refulgiii do puro christianismo, por cima das arvores. Um " gnomo", irriquieto c Extinguindo o sombrio despotismo buliçoso, approximou-se: Com .seu alto prestigio divinal. — Salve, rainha das pedrarias! Deixa essa folha de espinho, indigna de ti. Vem luzir no meu barrete. -12-1024. .V. Canil iria. vem commigo para o explendor do meu palácio en. cantado. Serás cubiçada pelos gênios da floresta, PENSAMENTOS. despertarás inveja, todos se curvarão á tua passa- gem ! Então ?.. . .\ tarde ia morrendo. O sol deitava sobre a terra .■\ gotta de orvalho. indifferente e orgulhosa, nada "S seus últimos raios, dando-lhe nm reflexo averme- disse. E scintillava. . . lhado. Nuvens purptireas brilhavam em toda a fx- Outros, muitos outros, vieram cortejal-a, promet- tens.qo do horizonte. tendo-lhe todo um mundo de maravilhas e belleza Nas arvores, os pássaros entoavam bymnos de si ella os acompanhasse. Mas a gotta d'agua a nin- :'.":radecimento ao Creador.

Agua de Colônia KENY EXTRA PERFUMADA superior á melhor extrangelra algumas gottas perfumam o banho ■:■ o I y ■:■ o o ^^ ^ REVISTA FEMININA

Os colonos voltavam alegres do trabalho, para o Mario de Lima (S R. Saupachy, Minas — Agra- descanço da fadiga do dia. Dois carros de boi, chian- decemos as palavras elogiosas com que se refere á do monotonamente, na poerenta estrada, vinham nossa revista. O seu soneto " Pierrot relembra" está augmentar a tristeza que invadia a terra. fraquínho, não podendo por isso ser publicado. Mas Como irriquieta borboleta, tomei por uma das o amigo tem geito para lidar com as musas. Conti- alamendas do meu jardim. Lá estavam os lyrios num nue, continue e, principalmente muito cuidado com a cantinho. Como parecem soberbos no seu explendor! metrificação. No entanto, pela sua alvura, são elles o emblema da pureza. Por todos os canteiros as rosas ostentavam Nalidea (Bebedouro) — Faz muito bem, senho- a sua formosura, parecendo embora abatidas pela rita, em cultivar a literatura. O seu trabalho " Pen- ausência do astro-rei que lhes dava vida e calor. samentos ..." está fraquínho, um tanto infantil... E Mais adiante, admirei as papoulas rubras, as " sem- o principio: " A tarde ia morrendo. O sol ainda dei- pre-vivas" amarellas, e as cândidas angélicas e as xava cahir sobre a terra os seus últimos raios"... dhalias magestosas. Minha attenção foi despertada faz-nos lembrar uma conhecidissima pagina de José por um pequeno canteiro, todo coberto de folhas de Alencar. Com os devidos cortes e pequenas alte- verdes. Eram as violetas.' Abaixei-me para colher rações, "Pensamentos..." será publicado. Servir- uma. Que linda flôrzinha! Vive sempre escondida, Ihe-á de estimulo. Agora, um conselho: quando es- occulta entre as suas folhas. Como são tímidas e crever, todo o cuidado é pouco cm se tratando das humildes!... Por acaso ignorará a violeta a sua regras de grammatica. E dito isto, espero que não belleza? Não saberá ella que a vida é curta e que ficará zangadinha commigo, pois não é? por isso não deve fugir aos encantos que lhe offe- rcce o ambiente do jardim onde floresce? Natural- mente sabe tudo isso c si vive occulta é porque tem O NINHO oertesa de que, devido ao seu perfume, todos irão procural-a. Como é bom ter por arvore — uns cannnosi O thcsouro que se esconde é o que mais se Como c bom de uns affectos — fazer ninho I deseja... GONçALVES DIAS. A violeta é o emblema da modéstia; symbolisa também, ao meu ver, a mulher que, no lar, sabe Escuta: era imi ninho alcantilado, cumprir o seu dever de mãe e esposa e dedicar-se Na fronde do arvoredo, ao pé do monte. Hos seus... Fagueiro, se embalava sem cuidado, , fma estrclla, apparecendo magnífica lá no alto, Ao raio do sol posto, á brisa insonte... \ oiu lembrar-me de que já era tempo de recolher-me, de interromper a minha doce conternplação. Do pa- Nem a floresta, e nem da lua o fado, tamar, olhei mais uma vez os canteiros floridos; Nem a fimbria azul-rosea do horizonte visto assim do alto parecia ainda mais en- O seduzia do alto princípado, cantador. Vi uma rosa, balouçada pelo vento, despe- Onde orgulhoso erguia a altiva fronte. . talar-se toda. E lamentei-a. Pobre rosa! Talvez ti- Passou-se o tempo. Veio a Primavera. vesse adormecido com a alegre esperança de ver Maio. Renovos... A soalheira, austera. raiar uma nova aurora; e eil-a desfolhada, morta! E no seu dorso, a voz do caçador. Assim também é a vida. Quantas veses, em meio dos nossos sonhos mais bellos, somos surprehendidos Hoje. não mais uma pennugem resta. pela Parca terrível, que nada poupa! Não mais vestígio... E nem lun canto á se^p... Invadida por estes pensamentos, fui depositar mi- Só a fronde secca a se estorcer de dôr. nhas violetas aos pés da imagem da Virgem. E Ella me recebeu sorrindo, sorrindo como as flores do Sfella Can'arn. meu jardim...

Nalidea. Angelina (Capital) — Sim., minha amiga. As mo- ças de hoje, infelizmente ,são mais incl.nadas aos prazeres da sociedade que ás leituras dns b(. ns poetas e prosadores. Por isso memso é que encontiamos não CORRESPONDÊNCIA raro, num salão de baile por exemplo., meninas que teriam grande cultura. . . si não abrif.jem a bocca. Inair Mariano (?) —. Francamente, o trecho da O seu trabalho — " Saudade" — está bom e breve «ua novella que enviou para "Jardim Fechado", não sahirá em nossas paginas. está nada bom. Os versos, (?) além de quebrados, I dizem muita tolice e... Maria Amélia (Porto Alegre) — Visto e acceito Mas vejamos esta quadra: o "Pingo d'agua". Nem ha duvida, senhorita. O gênero de literatura que prefere é, realmente, de uma " Iixla. seja; o guerreiro é forte (fuando sabe amar, belleza e de lun encanto não commums. Os tempos E tem no peito um destemido coração enorme: modernos, porém, de materialismo e realidade, pa- Quando commuta a vida com a tristeza eterna rece não se condizem mais com a graça, a espiri- E não se rende, não, com essa grande dor desfoiinc ". tualidade, a " exquisiteza" dos pequeninos e delica- dos poemas em prosa. E é pena... Francamente, meu caro. Melhore muito e volte, sim? MARTA FLORA.

TOSSE, BRONCHITES, ASTHMA, MOLÉSTIA DO PEITO E OARQANTA TOLUOL- Vende-se em todas as boas DROGARIAS E PHARMACIAS A BONECA ■ .""•• •. Desde lus tciiipos mais remotos, as mcn-iiias — c também as moças — têm brincado com bonecas. Xão VESTIDINHOS \ nos admira, pois, um estatístico affirmar que noventa e oito crianças do sexo femnikio sobre cem adoram E. : as suas fillinhas de louça, ou de massa, ou de paraio. Mais surprehendidos ficaremos — os estatísticos aca- : KNXO\-. U:.s i'AR.\ BAPTISADOS I bam sempre por surprehender — de ouvir que oitenta e dois meninos sobre cem, ou abertamente ou no seu l Compnim=se na casa especialista ! intimo, são loucos por bonecas. Muitas vezes elles escondem sua líarxão, que adiam pouco própria do seu .sexo. Mas, habitualmente, o cavalheiro em mi- niatura é tentado a roubar, a calentar a filha de su irmaiizinlia, e nós pensamos que, si elle arranca braços e pernas ao infeliz brinquedo, é por despeito de se ver sem posteridade. JÍ/^zííàm\S No ultimo natal, uma senhora distribuia os pre- \JÍ. sentes que ornavam a arvore tradiccional, offerecida ^cfísfit>ERtMoasy \ aos PupiJlos da Nação, quando sentiu uma delicada rk mãozinha seguraya a sua: — Senhora... Eu desejava tanto aquella boneca... O siípplicante era um pequerrucho de seis annos. \ Al.VTRIZ —■ E para tua i-rmãzinha? — Não... para mim... mas não é preciso dizer Rua Direita, 35=A • aos outros meninos... Um negociante de brinquedos dizia que os ovos de 1 FILIAL Pasdiòa, contendo recihonchudos bebês, tinham mais amadores entre os rapazinhos do que entre as me- ninas. E isso nos demonstra que si o sentimento Rua da Liberdade, 72 • maternal cedo se desenvolve, a fibra paternal fremc igualmente, desde a primavera da vida!

M.-ne ELISA QIACCONE SÃO PAULO : MACELLONI & CM — «•*••••••••••• MODELOS DE PARIS

BANHOS DE LAMA

Não ha tratamento, por mais repugnante, por mais aleatório que seja, ao qual as mulheres recusem a se submetter, quando suabelleza está em jogo. Exis- tem mesmo as que, segundo Nietzche, gostam de viver perigosamente, arrjscadas de perder seus en- cantos, para conseguir que estes melhorem e augmen- tem. Confiando-se, toda hora, aos cremes, aos urir guentos ,aos líquidos de toda espécie, ás mascaras de caoutchou ou ás mais repugnantes de carnes e de pastas diversas, ás massagens, ao movimento, ao repouso, ás pílulas, ás drogas, á natureza, ao artifício, aos poderes celestes ou infernaes, a mulher presta-se a tudo para realçar e, sobretudo, conservar sua bel- leza. .A esse propósito, pcxieriamos dííier: Nada ha de novo sob o sol e principalmente sob a lua, pois é geralmente á noite que se praticam os ritos mais mysteríosos deste culto pessoal. M! ELISA eiACéoNEMAcELLoNl !

Anemia, fraqueza, rachitismo, moléstias do es- KOLA SOEL tômago. Útil no crescimento das creanças. Lio. D. N. S. P. — i» 1\ — H Maio 191<>, REVISTA FEMININA A nossa contribuição em prol da cultura pátria

A HIÜLIOTIIECA COR UE ROSA Quadros da yida — E' um dos melhores trabalhos de Ancilla Domini, a distincta es- A incultura, (para amenisarmos um pouco criptora flumiiiiense. Um bellissimo volume a duresa da expressão) é, infelizmente, em encadernado. nosso paiz, um dos males sociaes mais pro- Pela mão de uma menina — Romance bra- fundamente generalisados e de mais perni- sileiro de actualidade, por frei Pedro Sinzig. ciosos effeitos. Obra altamente moral e vasada num estylo Quando, em outros paizes, se organizam fluente, constitue um dos melhores ornamen- ligas contra o analphabetismo, associações etc, tos da bibliotheca de uma senhora que prese para o combate á ignorância, para a propa- as boas letras. Volume illustrado com lindas ganda da cultura e instrucção, isto sem fallar gravuras. nas medidas de caracter official e que formam O filho de Agar — Romance de Paulo Kel- quasi sempre a parte mais importante dos pro- ler. Uma das obras de maior êxito, nos últimos grammas dos partidos, nós, cruzamos os bra- tempos. ços num fatalismo verdadeiramente lamen- Flores de sombra — "Flores de Sombra" é tável. uma verdadeira obra prima em seu gênero. Foi no intuito de contribuir para o esta- Um lindo volume, nitidamente impresso em belecimento de uma obra de verdadeiro e são papel glacé, com lindas gravuras e capa em patriotismo como é esta de soerguimento men- trichomia. tal da raça, que resolvemos instituir as nossas Uu arranjo tudo — Outra esplendida co- bibliothecas a prestações. Compõem-se ellas media do mesmo autor. Çellissimo volume, de de duas collecções: a "Azul", que continua a impressão nitida e elegante. ter entre nossas leitoras e apreciadoras dos Calabar — E' um^ profundo e empolgante bons livros um extraordinário successo, e a drama, em cinco actos, onde se estuda a fi- "Bibliotheca Côr de Rosa" que acabamos de gura histórica do celebre pernambucano. organisar e que se encontra á venda em nossa Christovam — Linda narrativa, num estylo redacção. claro e preciso, devida a penna de Conrado Magna Pecatrix — romance do tempo de Krummel. A traducção portuguesa, de Ancilla Jesus Christo. E' um dos melhores trabalhos Domini, nada deixa a desejar. literários da baronesa Anna Von Krane. A Lições praticas de grammatica e ortographia traducção portugueza, é primorosa. Encader- — Obra diidactica de grande merecimento, e nação luxuosa e nitida impressão. adoptada em numerosos estabelecimentos de Guerra — Romance de Frei Pedro Sizing, ensino. onde o autor descreve, de modo impressionan- E, finalmente, a maravilhosa collecção da te, numerosos episódios da grande guerra. "Revista Feminina", correspondente ao anno Joanna Eyre — Maravilhosa obra devida á de 1920. Só por si, esee volume de nossa col- jienna brilhante de Charlote Bronté (Currel lecção representa um inegualavel factor de Reli). Estudo magnífico de psychologia ba- cultura e um esplendido elemento decorativo seado todo elle em princípios instructivos e de bibliotheca. domésticos. Esta é a nossa modesta contribuição em O Signal Mysterioso — Por M. F. Wa- prol da diffusão de bons livros em nosso paiz. graann. E' um empolgante e admirável roman- Como, porém, não esquecemos a parte finan- ce de costumes norte-americanos, cujos epi- ceira, que muitas vezes impede a acquisição sódios descriptos com grande arte prendem o de livros como estes de que se compõem esta interesse do leitor do principio ao fim do bibliotheca eis as grandes vantagens que of- livro. ferecemos ás nossas leitoras: Fé d© arr©^ ADHERENTE, PERFUMADO E MEDICAMENTOSO ♦ Adtiere mesmo sem creme REVISTA FEMININA

1." — A importância de 80$000 que é o jiistrada com valor declarado, vale postal, ou custo da "Bibliotheca còr de rosa" nos será cheque para a "redacção da Revista Feminina, l>aga, 20$000 no acto da compra e os restantes Rua Conselheiro Chrispiniano, 1 — São 60$000 em prestações mensaes de 10$000. Paulo". 2." — A toda a pessoa que prefira pagar Os pedidos desta bibliotheca devem vir a importância de uma só vez, faremos o des- acompanhados da importância de 20$000, e de conto de 10 por cento sobre o total da mesma. uma carta onde o signatário declare acceitar Terão direito a estas vantagens apenas as as condições acima descriptas e a responsa- nossas assignantes ou aquellas pessoas que ao l3ilidade dos respectivos pagamentos mensaes fazerem o seu pedido, tomem a assignatura de 10$000. da nossa revista por um anno. Caso no momento de receberem o pedido Toda a importância que nos fôr dirigida nos falte algum livro, substituil-o-emos por para este fim, deve ser enviada, em carta re- outro de igual valor e interesse.

BIBLIOTHECA AZUl,

A primeira de nossas bibliothecas, a que demos o nome de '"Bibliotheca Azul"', compóe-sc das seguin- tes notáveis obras: ''Escrava ou rainha" — lindo romance, que al- cançou grande successo pela sua concepção altamente moral, e pela forma em que foi vasado. "O Lar" — bellissimo romance de Paulo Kel- ler, conhecido escriptor allemão. "Nova Seiva" — um dos melhores e mais bel- los vliros de contos para creanças, instructivos e es- criptos em linguagem fluente. Edição luxuosa, pró- pria para presentes e prêmios. "Esposa do Sol" — romance de Gastão Leroux, obra esplendidamente traduzida, de alto valor moral. "A Jangada" — linda comedia de Cláudio de Souza. "A Filha do Director do Circo" — Uma das obras mais conhecidas e estimadas da baroneza von Brakel, um grosso volume de mais de 800 paginas, esplendidamente encadernado, próprio para presen- tes. "Vm Ramilhete á Virgem", "Adalius", "O Terror do Rei" e finalmente, um Quarto Livro de Leitura adoptado em numerosas escolas do Brasil. No intuito de facilitarmos ás nossas leitoras a acquisição desta esplendida collecção, eis as vanta- gens que offerecemos: CONTGA TODOS OS 1.° — A importância de 70$000 que é o custo da •■ Bibliotheca Azul", nos será paga, 20$000 no acto 'MAl.E-S DA^,^ da compra e os restantes 50$000 em prestações men- saes de 10$000. 2° — A's nossas assignantes que prefiram pagar DENTIÇAO toda a importância de uma só vez, faremos o des- como seoarriL-.-gastpo- conto de 10 % sobre o total da mesma. enlePLte.aiapphe'as,vo- Toda a importância que nos fôr dirigida, para mitos, ménmBIte - que este fim, deve ser enviada, em carta registrada com G'o pesaltado da 5üst?o- valor declarado, vale postal ou cheque para "a re- dacção da Revista Feminina" — Rua Conselheiro entepite ,e dasdiâPPliéâS Chrispiniano, 1 — São Paulo". mal QLipadas.—nas indi- Os pedidos desta bibliotheca devem vir acompa- ^estoes G em todas as nhados da importância de 20$000, e de uma carta FEBRES QUEACOMETTEM nnde o signatário declare acceitar as condições aci- AS CRIANÇAS. ma descriptas e a responsabilidade dos respectivos pagamentos mensaes de 10$000.

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Fundada por VIRQILINA DE SOUZA SALLES O 1.° Congresso Brasileiro de Jornalistas decla- T Sua Eminência o Cardeal Arcoverde affirmã que rou que a "Revista Feminina" é um mo- O a "Revista Feminina" é redigida com ele- delo digno de ser imitado. vação de sentimentos e largueza de vistas. JANEI K^O

(J visa dos homens de scienda-, desses abnegados dar pelas suas virtudes. .. Aniquillada, abatida pelas ■» \ cspiritos que passam toda uma vida no ambi- garras impiedosas e cruéis da civilisação, a Familia ente asphyxiante dos laboratórios, ou entre de nossos dias envereda, enveredou já pelo caminho os pesados e bojudos volumes de uma austera biblio- que certamente não conduz á bemaventurança... As- thcca, sacrificando-se em prol da humanidade. sentada sobre os alicerces frágeis de uma Educação De vez em vez, laboratof^vos se deseerram, bi- fallia e insuffxciente, ella se estremece toda, eston- bliothecas se abrem, e um novo invento, uma grande tada, qual uma grande ave prestes a despenhar-se do descoberta surge »ia face da terra, arrebentando cm azul, ferida pela flexa enevenenada de um caçador flores. Outras vezes, o homem de sciencia vem a invisível. publico e dá-lhe a conhecer suas ultimas observações Vertiginosamente, prestes como o cyclone que tudo realizadas na graride pagina da vida, da moral, dos arraza, a crise de costumes empolga o meio social moderno e o arrasta para o abysmo incommensnravel costumes... E' o que acontece agora, com as apreciações, ex- do descalabro. Martyr de todos os tempos, a mulher c a victima ternadas recentemente em Londres, no decurso de uma conferência, pelo notável cirurgião W. Arbri- primeira a ser attingida. Soffre, padece, agonisa, thnot Lane, de cujos lábios cahiram, abutidantes e e de seus lábios não sae o suspiro de uma queixa, impiedosas, palavras, conceitos os mais tristes sobre a consolação de um gemido... a organisaçãv, moral e physica, da mulher moderna Paialismof Não, absolutamente. Na sua energia, — "um ente mal nutrido, degenerado no tamanho e na sua vontade, em suas mãos o remédio com que sexualmente imperfeito". afastar para bem longe o phenomeno indesejável. E accrescenta, com referencia ás encantadoras fi- Admimstremos aos nossos filhos educação solida lhas de Eva: e sadia, alicerçada nos princípios da moral e da reli- — "Elias perderam a maioria das suas caracteris- gião. Uma vez que se torna impossível purificar a ticas physicas, que apresentam modernamente gran- sociedade de hoje, formemos a sociedade de amanhã, des defeitos. Seus cérebros estão sendo super-esti- nova, despida dos andrajos que hoje a empobrecem mulados pelo que se chama educação, pelos alimentos e a disvirluanK impróprios e pelas drogas. Elias não se alimentaram Olhae bem: não vedes?" E .nem um obstáculo se bastante no tempo da pubcrdade afim de gerar filhos lhes antepõe à seus passos, nem siquer um braço fortes, c são obrigadas a recorrer ás combinações lhes dtém a marcha, que se enfeita já com as galas delecterias feitas nas pharmacias pelos impingidores dO' víctoría. de alimentos chimicos." Vamos! Detenlwmos-lhes o enthusiasmo. Concorrei, Terminando, atira toda a culpa desse estado de leitoras amigas, com a melhor das vossas forças, com a maior das vossas dedicações, para a derrota e o coisas sobre os hombros do sexo-forte: — " Os homens são os responsáveis pela degenc- desbarato dos destruidores da sociedade. ração das mulheres. Elias são as principaes victimas ... O scientista inglez foi, evidentemente, exag- da civilisação e isso o devem á crassa estupidez dos gerado. Tratemos de evitar, no emtanto, que suas homens. Durante séculos a mulher civilizada vem observações sejam, um dia, uma realidade, triste e sendo subserviente ao homem e não tem tomado parte desoladora... na feitura das leis que dirigem a comviunidadc." Tudo quanto fizerdes nesse sentido, merecerá o Aqui e alli, em diversos pontos das suas obser- applauso, as bençams das gerações de anumhã. — vações, o illustre cirurgião inglez foi evidentemente dos vossos filhos e dos vossos netos. exaggerado. E pessimista. Com especialidade quan- Dae-nos o braço, gentil leitora, e percorramos, as- do se refere aos grandes defeitos que apresentam, sim, o scenario horroroso dos tempos em que vive- em suas caracteristicas. as mulheres moderiujs mos. Para onde quer que levantemos os olhos, só Naturalissimo esse exaggero e esse pessimismo: encontramos nuvens negras, preminciadoras de tem- propriedade inherente á classe dos scientistas, que pestades próximas; ao nosso lado, á direita e á e." raramente vêem os intrincados problemas que estu- querda, desfilam, cabriolando, como jograes, os fan- dam entraves dos ocuhs cor de rosa do doutor Pan- toches horripilantes da Devassidão e da Orgia, da gloss... DeshVrmonia e do Ódio, da Incredulidade e do Des- Mas... existe um "mas". Convcnlmutos em que, respeito. // estrada é plana, c limpa c sem tropeços. na maioria de suas observações, a razão, clara e in- Caminham clles desafogadamente, decididos, á con- discutível, está ao lado do .

Mari Wigmann tem uma alma de trágica. partes: a gymnastica cujo fim era formar Procura em uma arte a máxima emmoção, o corpo, e a musica, que tendia á formação recorrendo a recursos os mais simples: a dos caracteres. maior simplicidade do traje, das attitudes e O "atheniense" no "Livro das Leis" de dos movimentos. A emmoção suscitada por Platão dissertando sobre a educação^ dos jo- esses processos não vens, vê nos exer- deriva, assim, da cícios musicaes ou- bellesa e da plástica tras tantas "dan- do corpo humano, ças" que tendem á mas sim da alma. formação da al- A primeira idea ma, dividindo-as em que nos ocorre duas classes distin- diante destas dan- ctas: a dança que ças é que nos acha- por meio de movi- mos diante do mentos traduz as commentario mimi- palavras da Musa, co do coro da tra- conservando sem- gédia grega. pre um caracter no- E' a parte, assim, bre e grande e a de um espectaculo dança destinada a de arte — de gran- dar ao corpo e a de arte — o que cada um de seus eqüivale a di z e r membros saúde, que todo o ensino agilidade e bellesa de Mari Wigmann, por meio de movi- tende a alcançar o m e n t o s harmoni- effeito de represen- c o s , distribuídos tação para o publi- com cadência e me- co. Não se trata, dida. Os gregos como no theatro, possuíam danças de formar almas, mas sim de tornar capazes imitativas, nas quaes se têm inspirado todas as discípulas de expressar com a linha e o as bailarinas modernas, eruditas a começar gesto estados de alma derivados de uma fic- por Isadora Duncan. O atheniense do dialo- ção scenica. go platônico fala na dança armada, dos co-

Não é pouco, como vemos, e bem realisa- ribantes e de outras danças pantomimicas. do, bastaria, talvez, para educar sã e recta- Dir-se-ia que Mari Wigmann ensina tam- mcnte corpos e espíritos de selecção. bém a suas discípulas a historia da astucia Os exercícios próprios para a mocidade, de Rhea, e os ardis que empregou para sub- entre os gregos, eram divididos em duas trahir seu filho á voracidade de Saturno, REVISTA FEMININA

seu esposo, tal como o refere Hesiodo na tensidade emmocionante, tal como o requer "Teogonia'"; ou ainda a dança da virgem a fábula da perseguição de Orestes. Palar, protectora de Athenas, a qual costu- Outras vezes a impressão e grotesca, de mava dançar armada de ponto em bran- um gênero semelhante a algumas danças co. gitanas. O ultimo drama Tudo isto, po- mímico creado por rém, tende a ef- Mari, tem alguma feitos de repre- coisa do drama sentação theatra! sagrado da pai- não á desenvolvi- V xão, assim como ^S mento phisico ou também das Eu- - "í ^ a formação de ca- menides. E' mis- i^ racteres. ter remontar-se á Nas danças de divina simplicida- Pt_3 Mari Wigmann, de de Exhilo para percebe-se a for- encontrarmos um ^F^ Ê^- mação de profis- movimento d? sionaes. São dan- massas que cor- ■ ^ ças, enfim, que responda ás tra- |B^J ÉHltv^^^l^^v podendo ser cha- g i c a s attitudes m^ ad a s eruditas das dançarinas de 1 ^ só chegarão ao Mari Wigmann. povo por intermé- Dir-se-ia estar- 1 LiL.. ' í '. ' dio do theatro. mos vendo as Da- ■ Felizmente, nos naides ao deixa- dias de hoje, a so- rem a nave que as conduzio ás praias de ciedade já conta, ás centenas de milhares, Argos, dirigindo ás divindades fervorosas adeptos apaixonados da divina arte de Ters- preces, emquanto chega o soccorro do rei psychore, na parte que ella tem de mais Pelairgo. bello e suggestivo: as danças clássicas, pro- O temperamento dramático desta artista venientes da antiga Grécia, no tempo em bem secundada por suas discipulas conse- que se cultuavam ardorosamente a mulher e guiria dar a terrorifica impressão do coro a flor, a musica e o perfume, o amor e o ri- das fúrias, ou Eu- thmo. menides. E' sabido Fundam-se em to- que na tragédia de do mundo grandes Eschilo as Ermeni- academias de danças des appareciam, com gregas, dirigidas por o semblante sombrio, notabilidades como os olhos sangüíneos, Duncan, Paulowa e os cabellos eriçados Wigmann. E os e entremeados d e theatros ficam re- serpentes, vestindo pletos, e as platéas amplas túnicas ne- se transportam de gras, apertadas num admiração, pródiga c in t o de purpura. de applausos ante o'; Empunhavam, ainda, conjunctos de har- grandes fachos, e ru- m o n.i a, os quadros g i a m e saltavam, de bellas attitudes abandonadas aos que se apresentam, transportes de seu delirio selvagem. Esta é como num sonho, ao agrado dos seus oUio:; a descripção clássica, reproduzida por M. postos em êxtase. Em todo caso, para este gênero de danças, Patin, profundo conhecedor das fontes an- o theatro não é o loeal mais apropriado. Ao tigas. No emtanto o gosto artistico dos gre- ar livre, nos parques e jardins, tendo por gos foi reduzindo progressivamente o que únicos scenarios os aspectos maravilhosos havia de horrivel e macabro no primitivo ty- da natureza, tal qual como se reaHzavam na po das Eumenides. A arte moderna, porém, antiga Grécia, os bailados clássicos assu- regressa ao primitivo, e Mari Wingmann mem proporções mais fortes de belleza e de deseja, naturalmente, emprestar a suas re- naturalidade. presentações mimo-dramatica o máximo de LUIZ BF.LLO. REVISTA FEMININA As nossas embaixatrizcs

Eis, queridas Embaixatrizcs, mais uma pa- cão. Prêmios que nos attingem principal- gina que vos é dedicada. Dissemos, em nosso mente e que nos ligam, ás nossas Embaixa- ultimo numero, o motivo que nos levou a trizes, por um laço de grande sympathia e enriquecer as folhas da Revista infinita gratidão. Feminina com as vossas gra- Desnecessário se torna diri- ciosas photographias, a gir um appello áquellas que que —■ e não esperareis bem sabem cumprir muito — fique com- u a s espinhosas' Jn- pletamente concluí- c u,m b e n c i a s no do o Álbum a sentido de que in- que já nos refe- t e n s i f i q u em, rimos, o qual, mais air.da, os prompto, consti- seus 'esforços tuirá uma artís- para a prosperi- tica homenagem dade da Revista que de.£ejamO'S que tão brilhan- prestar ás Em- temente repre- baixatrizes d a sentam. Não de- Revista em todo sejamos pedir- o Brasil, a essas lhes o que, sabe- dedicadas e infa- mos, está acima tigaveis o b r eiras de suas forças e de do nosso progresso, sua dedicação'. Ape- e fervorosas defenso- nas, não duvidamos ras dos ideaes da mu ue as nossas queridas Iher patrícia. ) a i X a trizes conti- Todos os elogios serão uem, como até aqui, a pequenos, a todos os adjecti- prestar á "Revista Femini- vos faltará brilho, para que na" todo o apoio de sua de- se exalte, sufficientemente, a dicação, de sua intelligencia Sta. HaiMiita Ferreira^ jjossa Embai obra grandiosa das nossas xatriz em Avaré, n&ste Estado. e de sua boa vontad«, na ta- representantes, de todos os refa qu°e se propuzeram de os recantos deste vasto paiz, em: prol da erguer bem alto, para ufania e orgulho da diffusão, dos interesses da "Revista Femi- nossa gente, o nome da Mulher Birasileira. nina" e do cumprimento do seu vasto e * * * apreciável programma de acção. Enfeitam hoje estas paginas photogra- Amigas dedicadas, auxiliares incondicio- phias de três das nossas mais distinctas e la- naes do nosso mensario, ellas, numerosas e boriosas Embaixatrizes. diligentes, se extendem, se espalham por Vê-se, no medalhão, a senhorita Hanni- todo este Brasil afora, como um enxame doi- ta Ferreira, de Avaré, neste Estado, onde rado de laboriosas abelhas, á procura do muito se tem esforçado pela diffusão da mel, puro e dulçuroso, com que hão de com- "Revista Feminina", grangeando-lhe innu- pletar a bella e trabalhosa tarefa iniciada. meras leitoras e tornando conhecidos os di- E, como é bem de ver, têm sido innume- versos aspectos do seu programma, em am- ros, são sem conta os prêmios que coroam paro dos ideaes e em louvor da mulher pa- ,^^ seus esforços, que desvanecem sua satisfa- trícia. REVISTA FEMININA

A seguir, outra nossa não menos distincta Carvalho Negraes, nossa dedicada e saudo- e esforçada representante: a senhorita Ma- sa Erabaixaitriz em Jahú, neste Estado. ria de Lourdes Borges, residente na capital Era casada com o dr. Affonso Costa Ne- de Parahyba. Ahi, nesse pequenino e flores- graes, advogado e vereador á Câmara Mu- cente Estado, gra- n i c i p a 1 daquel- ças a essa nossa la cidade, e deixa querida Embaixa- na o r p h a n dade triz, a "Revista três encantadoras Feminina" conta crianças — Maria já vasto circulo de Cecília, E d i t h e assignantes e de- Constantino, sen- votados amigos. do que as duas Mais adiante, a primeiras se vêem senhorita Quinota ladeando sua ex- Ramos Prado, tremosa Mãe, na nossa represen- photographia que acompanha estas tante na linda e linhas. progressista cida- de deste Estado, G r a n demente que é Araraquara, abalada em sua cuja sociedade se saúde, pelos lu- orgulha por tel-a tuosos a c o n teci- como um dos seus mento de Julho mais finos e pre- ultimo, D. Zulei- ciosos ornamen- ka de C a r valho tos. Negraes u 1 tima- Numero por nu- mente se via a m e r o, pretende- braços com seria mos trazer para e perniciosa mo- esta pagina, uma léstia. Nada, po- a uma, as photo- rém, fazia prever,

graphias de todas Senhorita Quinola Ramos do Prado, rossa representante tão próximo, o fa- as nossas Embai- em Araraquara, neste Estado tal deserilace. xatrizes que tão bem sabem defender o seu EUa, emtanto, a bondosa amiga, sabia per- mandato, de norte a sul, de este a oeste des- feitamente o quanto era precário o seu es- te grande e amado Brasil. tado de saúde. E em Setembro do anno pas- Dest'arte — repetimos — iremos, com va- sado enviava-nos um carta ,de onde extra- gar, prestando ás nossas representantes a himos o seguinte trecho: desejada homenagem, que mais tarde to- "... Fiquei tão acabada moralmente com maremos definitiva e duradoura nas folhas a revolta e suas horríveis conseqüências, do promettido Álbum. que me acho dez annos mais velha e com- pletamente sem animo para qualquer es- * * * forço." Comtudo, embora doente ,sentindo-se, co- Ao organisar o numero de Janeiro da "Re- mo o disse, sem animo para qualquer es- vista Feminina", longe estávamos de ima- forço, a nossa devotada Embaixatriz jamais ginar que o destino nos. preparava tão duro deixou, um momento siquer, de zelar pelos golpe. E este se traduziu na noticia que ti- interesses da "Revista Feminina" na cida- vemos do trespasse, em princípios de De- de onde residia. E infatigavel em sua valio- zembro, da Exma. Sra. D. Zuleika M. de sissima tarefa em prol da diffusão do men- REVISTA FEMININA

sario e das justas e indeclináveis aspiraçõeis E deixou o numero dos vivos quando mais da mulher na sociedade brasileira, D. Zuleika grata, mais querida era a sua presença entre elles; quando a sua mocidade, em plena exhuberancia, lhe promettia ainda as maio- res alegirias, as melhores satisfações, ao lado de um esposo que tanto a amava e de três encantadores filhinhos, tãO' cedo privados dos cuidados e dos carinhos ma- ternos. O passamento da nossa pranteada Em- baixatriz veiu ferir de perto, não apenas um lar, mas todo um meio social, em que a extincta viveu. O destino, cruel, veiu arrancar á Revista Feminina uma das suas mais dedicadas e bondosas amigas. A nossa querida Embai- xatriz, D. Zuleika _ de Carvalho Negraes, já não existe. Deus"assim o quiz! Mas sua memória permanece hesta casa, vive com- nosco, eternamente, em nosso coração, num preito de homenagem aquella que, exemplo de todas as virtudes, tão bem soube digni- ficar o nome de seus pães e o da família Senhorita Maria de Lourdes Borges, representante da "Revista Feminina" na capital de Parahyba. lírasileira. Ncgraes coUocou-se entre as primeiras, entre as mais dedicadas e mais queridas representan- tes da Revista em todo o Brasil. Em Jahú, onde residia havia alguns annos, a pranteada morta conseguira, ])elos dotes de espirito e coração C[ue a exornavam, um vas- to, numeroso circulo de amizades, cujos cora- ções, com o seu desapparecimento, se cobriram de luto e de dôr. Não havia lar pobre aonde ella não levasse a caridade do seu auxilio, o conforto de sua consolação, a alegria do seu sorriso de santa. Cercavam-na a syimpathia das amigas, o amor de seu esposo e de seus filhos. E era num ambiente agradável e socegado de sympathia e sinceridade, cjue D. Zuleika Carvalho Negraes vivia, caridosa e boa, pa- ra todos sorrindo e de todos recebendo ben- çams. Assim passou a pranteada extinta, os seus dias .na terra, como a cumprir uma sagrada missão de que a investira Deus. Porém, bem cedo se apagou essa piedosa chamma de bondade; bem cedo fanou a

,mão piedosa que espalhava a semente do A sra. dona Zuleika de Carvalho Negraes, nosisa saudosa Embaixatriz em Jahú, neste Estado, em companhia de suas it amor e da caridade em todos os corações. filhiui.as Maria Cecilia e Edith REVISTA FEMININA No mundo cias maravilhas

Uma associação scientifica francesa, a "Sociei- teria. Até o presente e apezar de seu grande té Frauçaise de Physique", Dealisou ha tempos progresso a sciencia não conseguio provar ar- cm Paris, para celebrar o cincoentenario de sua tificialmntc esse deslocamento. Só se poude com- fundação uma esplendida mostra de seus inventos. provar, o que já não é pouco, que se produz na- Numerosos e da maior transcendência scien- turalmente nos corpois radioactivos. tifica foram essas isenções entre as quacs uma Os atemos são infinitamente pequenos. das mais interessantes, Os do hydrogienio, por sem duvida, foi a "ma- exleimplo, os mais leves china de contar átomos", dos átomos conhecidos ideada pela insigne des- são tão diminutos que em cobridora do radio, Mrae. um centímetro cúbico po- Curie. Trata-se de um dem caber trezentos mil pequeno apparelho, tão milhões. Até os últimos aii- pequeno que lembra um nos os homlens de sciencia, brinquído, mas capaz de mais audazes não teriam realisar maravilhas. admittido que o ser hu- Mediante esse appare- mano pudesse ver, já não lho pode-se contar, pelo dizemos o átomo, mas a som que produz, a passa- mera esteria do átomo. gem dos átomos atravíz Desde a descoberta do de um tubo metálico, da radio, tornou-se isso, no mesma forma que pelo entanto uma realidade. "toe" da membrana te- Tanto a experiência co- lephonica os signaes con- mo o calculo provam que vencionaes da telegraphia o radio se acha em esta- siem fio. do de desintegração per- Prciicu'ra.r!emos ejiipljicar manente. Formando um o principio em que se ba- ,\ ilIur/Lre dcscobridora do radio Mime, Curx rea- jorro continuo, os átomos s e i a a surprehendlent J .:5ando experiências em seu laboratório de Paris. desprehendem-se de sua machina, que vem dar uma espécie de synthesc massa para formar os ato- elementar de um problema de physica, ou me- mos de outri^ corpo. lhor, de metaphysica transcendental: a consti- Esta fuga dos átomos pode ser observada me- tuição da matéria. diante um pequeno apparelho chamado^ "espin- Antes de tudo, que c mu átomo? tariscopio", muito parecido por seu aspecto ge- ral ao conhfccido caleidoscópio. Certamente, as definições actuaes não são as mesmas que formularão nossos bisnetos. Mas, Graças ás suas diversas qualidades o radio e segundo certo conhecido axicma, ellas concor- outros corpos radioactivos permittem não já dam com o presente estado da Sciencia e cm- ver os átomos, mas, ao menos, contal-os. quanto não tivermos provas cm contrario mis- A matéria é em extreme divisiVel e as mo- ter é admittil-as. leculos de certos corpos, invisíveis á simples vis- O physico Bontaric propõe o seguinte: ta e mesmo á acção visual de um microscópio "Átomo é a quantidade menor de um corpo potente, manifestam sua existente pela influen- simples que possa entrar em uma combinação." cia muito apreciável que exercem sobre outros Em verdade, a es- corpos. tructura do átomo, Segundo Berthelot levou a hypothiesies o ef feito é sensível já abandonadas em a uma cem milione- grande parte desde sima de milligram- que se verificou a rao de iodophormio descoberta do radio. contido em cada Hoje suppõe-ise centímetro cúbico de que o átomo é cons- ar. tituído por um nú- Concebe-se, pois cleo electrisado po- que diluindo o radio sitivamente, em tor- até um gráo extre- no ao qual gravitam mo como se diluie corpüscTilos negativos uma matéria colo- chamados "electro". A m::cliina de contar átomos. rante, pode-se redu- Por outro lado se zir a uma quantida- tiende a admittir que de infinitimal o nu- a formação dos atonios seja uma única c que mero de partículas desagregadas durante um se- só a diversidade de sua agrupação engendra os gundo. diffcrentes corpos simplles. Taes agrupações po- Esta combinação simplissima é que serve de dem deslocar-se, o que dá lugar á formação de base á "machina de contar átomos" de Mmie. novos corpos ,o que explicaria a famosa thesle Curie, cuja photographia acompanha as presen- dos antigos alchimistas: a trasmutação da ma- tes notas REVISTA FEMININA

D seplo Io sorriso p encanta • • •

Conta-se que uma conhecida dama da alta mental ou nervoso requer a apparição de um sociedade de New York, certa noite, ao reco- gesto grato o músculo se contráe e distende lher-se aos seus aposentos depois de uma festa os tecidos que rodeiam a bocca no sentido das em sua casa, ao observar seu extremidades e verticalmente. rosto no espelho surprehendeu- Corresponde a esta acção labial se com um sorriso culto de na- uma distincção dos músculos turalidade e de expressão este- que se encontram na extremi- riotypado nos lábios. dade dos olhos e sorriso appa- Aquelle sorriso mechanico fo- rece. ra o mesmo com que durante a Esse sorriso será encantador "soirée" se apresentara aos seus si a pessoa for perfeitamente convidados. constituída, physica e moral- Conservava-o, assim, incons- mente. cientemente. O sorriso é o melhor indicio São freqüentes os casos como da educação e do perfeito de- 3 que acabamos de narrar. senvolvimento de um caracter. E' devido o phenomeno a uma Os animaes não podem rir razão puramente physica. São nem sorrir. Quanto aos selvagens só riem brutalmente ás garga- feixes de. fibras dos músculos D." Maria Paula Fleury Conrado que em dado momento adqui- de Godoy, (Marilda Palinia) il- lhadas, ou mostram num sorriso lustre coUaboradora, e grande alvar, a fileira dos dentes. Um rem tal tensão ou se relaxam amiga da "Revista Feimnina" de tal fôrma, que durante al- em Goyaz. sorriso agradável representa um ^um tempo se torna impossivel dos maiores encantos que luiia distendel-0'S em outra maneira. mulher possa possuir, sendo, portanto de gran- D'ahi que as pessoas que sorriem com fre- de interesse conhecer quaes as suas determi- qüência acabam por adquirir uma expressão nantes. habitualmente sorridente e amável ao passo Diz-se que Mme. Jeritza, a grande cantora que aquellas que se aborrecem ou soffrem lyrica, deve grande parte de seu êxito ao sor- constantes desgostas adqui- riso com que appareceu em rem expressões antipathicas pubhco no theatro Metro- e tristonhas. politano de New York. O seu sorriso tem uma força O professor allemão communicativa verdadeira- Kirclhkof, denioostrou de maneira incontestável o sys- mente irresistível. thema muscular que occul- E tal facto succede com to sob a linda pelle de um muitos homens e mulheres rosto feminino, determina que devem seu triumpho na por sua acção o sorriso ou vida, unicamente ao seu a expressão de desgosto. sorriso. Outro sorriso sympathi- São pequenos feixes de co, delicioso, contagioso, é músculos resistentes e fle- o de Cecilia Eitzgerald. E' xíveis durante a mocidade e que se tornam débeis e um sorriso expansivo e frouxos com o correr dos franco que lhe põe a desco- annos. Compõem-se de fi- berto os bellissimos dentes, bras musculares, muito fi- emprestando-lhe ao rosto nas, que se contraem ou uma expressão amável e distendem movidas pela encantadora. vontade ou pelo impulso A expressão de cansaço D. Judith d'Arcanchy Agner, nossa distincta e de tédio de algumas boc- nervoso que uma impressão embaixatriz em Foz do Iguassú, em compa- violena determina. nhia de xmia

Lcnibi-a-se, snr. Brown, si o cofrezinho dos diamantes es- tava bem fechado? — Estava perfeitamente fe- chado .. . — Não suspeitou de nenhu- ma das pessioas que se lhe ap- proximaram durante a via- gem ? — Não! lAVIlÇ/ — Lamento muitissimo o que aconteceu, sr. Brown, sobre- tudo porque me sinto, com o senhor, cúmplice ""oral do roubo. Sim senhor! Fo- no trajecto da linha Nova-York-Chicago, e con- mos ambos, ingênuos coniipanheiros' do ladrão. sistindo o roubo unicamente em cinco pobres e SurpreWende-se? Pois tenha a bondade de escu- esqlieleticos milhões, ficaria ante o mundo em si- tar-me com calma... Seus trinta milhõeis de dol- tuação incommoda e ridicuU. lares o impellem a certas audacias sobremodo la- Com siua experiência do« homens c das coisas, mentáveis. Antes de pôr-sci em viagem, o senhor talvez não se enganasse na apreciação dos outros me chamou telephonicaimentc á sua casa, para com respeito á sua desgraça. dizer-me: "Vigie minha pesoa c o thesouro quc Em logar de se compadecer da victima, estariam levo commigo; vou a Chicago"; e mostrou-me o mais dispostos a levantar um monumento ao la- cofresinho verde com cinco milhões de diaman- drão! Desgraça, a sua? Ficavaim-Ihe ainda vinte tes. Eu não hcisitei cm dar as ordens necessárias, e cinco milhões... E o sr. Brown, num invenci- tclcgraphando para as principacs estações, afim vel instincto de defesa, apertava o punho como de que fosse reforçado devidamente o serviço de para convencer, a si próprio, de que saberia con- segurança. servar bem aquella fortuna que lhe havia custa- Pois l)eni, nossa puerilidade facilitou o roubo e do toda uma vida de lutas. talvtz tenha sido sua causa determinante. O se- O trabalho, a miséria, a ardencia enervantc do nhor devera abster-se de interessar a policia, e sol, o frio mortal da neve, a incansável procura eu de acceitar seu p;dido.., Coniprehendeu? das minas auriferas que a terra se: obstinava em — Não... esconder; depois, o triumpho, a riqueza, o pode- — Quero dizer que sua viagem passaria desaper- rio, o dominij... Em vinte annos conseguira ser cebida como tantas outras. Ao contrario, minha uni dos mais ricos conimcirciantes em pedras pre- presença aqui, em sua casa, antes da partida; os ciosas, e o denominavam "O rei do diamante". avisos telephonicos ao meu escriptorio; meus te- Haveria alguém com direito a invejal-o e a rou- legrammas aos chefes de estação, etc, etc, bas- bal-o? Ah, isso não I... taram para que se organizasse um magnifico ser- Poderia distribuir seus doUares entre os des- viço de informações entre os ladrões, que, como herdados, porém não consentiria que lh'os sub- sabe, estão em toda parte, talvez entre seus cria- trahissem suavemente, sem defemdel-oS', sem res- dos, quiçá entre meus proiprios subalternos... guardal-os contra a ferocidade humana. .. Por isso lhe dizia que fomos cúmplices ingênuos O sr, Brown levantou-se bruscamente, num ar- do ladrão. E espero, creia-me, que não haja succe- ranque de rebeldia e de amaça: dido coisa peior... — E' preiciso que se esforce. O roubo não deve — Cinco milhões perdidos ! Parece-lhe pouco? ficar impune... — Teriam podido matal-o ,sr. Brown, e creio — Intentaremos o impossível — respondeu se- que o senhor preza sua vida um pouco mais que renamente o commissario. — Posso dar já prin- a esses cinco milhões — concluiu Jorge Harrell, cipio a minhas indagaçõeis ? um dos mais intelligentes chefes de investigações — Claro que sim. Desde já... da policia nova-yorquina. — ■ Começarei por seus criados, pelas pessoas dt Seu interlocutor passeou intranquiUo pela sala, sua intimidade, por seu secretario... A propósi- fumando nervosamente. Aquelle roíubo o exaspe- to... Ignoravam aqui sua viagem? Houve algueiii rava também por causa do inevitável assalto da que visse o cofrezinho? Sabia, em tal caso, o que insaciável curiosidade humana. Já via sua casa in- continha? Ou fui eu o único a queim confiou a vadida pelos reporters e seu no:me radiotelegra- existência do thesouro? phado para todas as agencias jornalisiticas do — Minha filha e meu secretario estavam ao par mundo : "O rei dos diamantes victima de um rou- d es sei facto. bo de cinco milhões".. Eis ahi o titulo, pomposo — Então começarei o interrogatório por seu se- e impressionante, com que seria annunciada aos cretario. quatro ventos sua grotesca aventura. Porque, — Não lhe será fácil encontral-o. .. — disse o com os trinta milihões de doUares accumulados em millionario com um sorriso. vinte annos, Jayme Brown, roubado em pkno dia, — Porque? REVISTA FEMININA

— Ausentoii-se ! Surpreihende-se?... commissario — vou requisitar immcdiatamcnte Ou quer fazer coincidir esta partida com o uma ordem de prisão contra seu secretario... roubo dos cinco milhões? Desde logo, para um' conmiissario de policia esta circumstancia pôde parecer suspeitosa. Achei eim casa uma carta do meu secretario, na qual se excusa po rse ter Cedo ainda, o sr. Brown acabava de se vestir, visto obrigado a partir sem aguardar meu regres- quando a porta da alcova se abriu bruscamente, so; um tekgramma de familia chamava-o urgen-' dando entrada a sua filha Alicia, que trazia um temente á sua pátria; meu secretario é francez; jornal na mão. chama-se o visconde de Lafeuile... O brilho dos Vinhas despertar-me, pequena ? pergun- tou o snr. Brown, terna- mente. — Leia! — respondeu ella seccamente, csten-dendo a seu pae o diário. O sr. Brown leu. tendo. ao terminar, uma exclama- ção de surpresa. —• Comprehend:?—excla- mou a joven, vibrante de indignação. — "Um roubo de cinco milhões ao rei do diamante, Ordem de captura contra ceu secretario. Que lhe parecr;, papá? O millionario relia avid^i- mente a noticia da av;n;u. a. narrada no jornal com b"i- ;ante fidelidade: "O cofrerinho de ccuro \erde occultava uma colide = ção de pedras preciocaa no \alor approximado de cinco milhões de dollares. "O rei do diamante" ia effcctuar urna transacção com um joa- Iheiro de Chicago. Na esta» cão desta cidade, desceu lanquillamente, levando -crrfisío o precioro cofre; pcrém este já não mais con- tinha diamantes e sim, ape- nas, cascas de laranja ! O rofrezinho houvera : ido substituído por outro exa- cíamente igual. O roubo na= Hsralmente se deu no traje cto de Nova-York a Chica- go; o ladrão aproveitou .-em duvida um momento em que o millionario estava dÍ£trahido, e deve ser com certeza algum emissário de alguém que conhecendo o valor do conteúdo do cofre- zinho, pudera prover=se a tempo de outro cofre iden= tico. Recaem fundadas sus» E havemos de permittir a deshonra desse cavalheiro, que é o seu melhor amigo peitas sobre o secretario do exclamou Alicia. sr. Brown, visconde Geral- do de Lafeuille, de naciona» í'éus olhos deixa-me entrever o que o sr. pensa, lidade franceza, o qual desappareceu da casa do amigo commissario; crê haver encontrado o autor millionario antes que este regressasse de Chicago. do roubo e que elle agora fuja para a Europa... Expediu»se contra elle a competente ordem de Pois bem, saiba-o: nem siquer por um instante prisão." passou por m-eu cérebro essa injuriosa suspeita O senhor Brown largou o diário.; estava nervo- Tenho uma confiança illimitada nesse joven. Per- síssimo; a aventura, com este epilogo imprevisto, tence a uma familia illustre; é pobrei porém sup- exasperava-o sobremodo. porta a pobresa com um orgulho admirável. Em Fora em vão o seu esforço por afastar toda a cinco annos tem sabido vencer todos os recônca- suspeita do seu joven amigo e secretario! vos do meu caracter difficilimo. E' de' uma activi- — E' uma infâmia! — exclamou raivosa'mente. dade incançavel, não tenho segredos para elle, e o — Deshonrar assim a um homem! estimo mais que a nenhum outro homem no mun- — E liavemos de permittir a dqshonra des.se do... Sua suspeita, senhor Harrell, quasi que me moço, que é o seu melhor amigo? — interrompeu offende a mim próprio; rogo-lhe, portanto... Alicia. — Ficará o senhor inactivo emquanto a — Senhor Brown — interrompeu bruscamente o honra do seM secretario está sendo ahrejada? REVISTA FEMININA

Tomarei neste instante as providemcias que o por sua fuga... Quero-o porque despr«za nossos caso requer. Vou acabar de vestir-me e... doUares, porque me adora e sabe vencer-se a si — Pois eu não perco um segundo! Corro imme- mesmo. Quero-o porque sabe olhar-me de fôrma diatamente a proclamar sua innocencia... Sup- diffenente da de todos os demais homens..., por- punha que o sienhor desejasse unir-se a mim nes- que é soberbo..., porque jamais me confessou o ta justa defesa. Porém ainda não está vestido e seu amor... Papae, no meio da sua riqueza, vivo terei de ir sozinha... sepultada viva, sem poder desfructar a alegria de amar e ser amada I — Aonde pensas ir? — perguntou o sr. Brown, surprehendido e inquieto. * ~ A' casa de minhas amigas. Quasi .todas são sócias, como eu, do club "contra os erros huma- nos". Reunir-nos-emos com urgência. Interessa- remos no caso todos os políticos de Nova-York, As investigações e as pesquizas para qsclareci- para que se faça immediatam.ente luz no pro- mlento do roubo continuavam seu curso, entre a cesso. mais viva curiosidade do publico e as mais phan- tasticas invenções dos diários. Maria Claneir ,a fiiha do juiz de instrucçào que A detenção do joven visconde de Lafeuille, a deverá assignar a ordem de captura, tratará de bordo do transatlântico "Urania", havia tornado conseguir de seu pae que eissa ordem não seja mais interessante o procqsso. A opinião publica expedida ou, pelo menos, que seja retardada. Gas- era toda desfavorável a Geraldo, sua brusca par- tarei todo meu rendmiento annuai, si fôr neicessa- tida, cinco horas antes do regresso do sr. Brown, rio, e até recorrerei á sua bolsa, para que a cam- augmentava naturalmente as suspeitas. Ademais, panha de deifesa resulte efficaz; porque o senhor havia causado sensação um inesperado gesto do naturalmente vai associar-se á minha obra, não "rei do diamante". EUe, que havia defendido ca- é, papá?... Geraldo é innocente, o senhor sabe lorosamente a honradez do seu secretario, quasi disso. Para demonstral-o, estou disposta a sacri- pedindo ao juiz que annullasse a ordem de prisão, ficar minha fortuna, mmha felicidade de mulher, repentinamente, quando a imprensa e as auto- minha vida e... ridades mais se affirmavam em suas presumpções — Alicia! — contra o visconde, se havia apresentado aos tri- A joven callou-se, enleiada, enrubescendo viva- bunaes, dando queixa por furto contra Geraldo mente sob o olhar penetrante do sr. Brown. de Lafeuille. Desde esse momento, ninguém du- vidou já da culpabilidade do joven extrangeiro, Seguiu-se uma pausa breve e embaraçosa. O esperando-se com interesse as revelações do ac- millionario estreiitava entre suas mãos rudes a cusaido s6bre o nome do seu cúmplice, que com suave mãozinha de sua filha. Sentia por ella en- tanta habilidade realizara a substituição do co- tranhado carinho; era a única recordação viva do frezinho verde. seu brevle amor e até do seu passado obscuro. Si a aspereza do seu temperamento não souibera Emquanto isso, no escriptorio do sr. Brown, fazer surgir cmtre eUe e sua filha relações mais Ahcia, mais pallida e mais altiva que nunca, tinha afícctuosas, nem por isso era menor sua ternura para seu pae paílavras de áspera rebelliãO'. reciproca. O sr. Brown admirava em sua filha a — O senhor quiz quo eu ficasse sozinha para indo.mita força do domínio e da conquista, muito defendel-o... E mesmo que Geraldo tenha rou- semelhante á violência do seu caracter de ferro. bado em realidade (porque o senhor o crê, pois apresentou queixa contra o homem a quem amo), — E' minha filha — murmurava com orgulho. mesmo que o facto fosse verdadeiro, era sua obri- — Seria capaz de conquistar uma fortuna, da gação salval-o, por minha causa e respeito c pie- mesma fôrma que eu! dade para com o meu coração... Mas, sim!, os E não pensava, entretanto, que aos vinta annos, seus cinco milhões valem mais do que a felici- Alicia, que havia desprezado por instincto e por dade de sua filha! desconfiança mais de cem pretendentes, podia de- — E si elle fo'ssc culpado? — inquiriu o milHo- dicar-s á conquista de uma fortuna muito mais naro rudemente. — Teria que defender tua felici- dif ficil: a do coração... dada, evitando a um malfeitor o cárcere e a des- Ambos continuavam callados', como si tivesscmi honra? medo de falar. — Geraldo é innocente!... — exclamou a joven. Ella, finalmente, perguntou com timidee: — Foi por isso que o aocusei!... — resipondeu — Posso então sahir, papá? o sr. Brown com uma sonora gargalhada. — Mas... Nunca havia pedido coisa alguma e agora tre- mia, tem«ndo uma negativa. — Para devolver-t'o, minha filha! O verda- — Alicia, minha filha, que te\ succede? deiro ladrão se sentirá livre de toda suspeita Accusando um inocente encontraremos com maior —■ Papá, deve saber que Geraldo partiu por- facilidade o culpado. Dizes que não penso em tua que niie ama. Todos julgajm que fugiu por haver felicidade? Vae para teai qtiarto, minha filha, que roubado seu thesouro, porém poderia ter-lhe rou- já é muito tarde! Vae dormir 6 tem confiança bado um thesouro mais precioso. Hontem, antes em teu pae!... que o senhor regressasse, eu lhe disse: "Amo- * t. Quero ser tua esposa". Tenho sonhado sem- 4< * . pre com o ser a companheira fiel e amorosa de um homem. Dada minba situação especial, não devo esperar que me escolham, mas sim esco- — Allow!... 74-75, Departamento Central de Po- lida... AIlow! Aqui quem fala é Jayme Brown!... lher por mim própria. EEe^ no emtanto, partiu Está o commissario Harrell? Ah!, é o senhor?... cinco horas antes do seu regresso, para evitar Senhor Harrell, faça o obséquio de vir immedia- explicações embaraçosas com o senhor. Simulou tamente á minha casa, com quatro dos seus me- uma repentina chamada de sua família. Não vol- lhores agentes e com o juiz que instrue o pro- tará mais! Oh, si eu fosse pobre!... Quero-o cesso áo roubo. Sua preisença é indispensável e mais ainda por sua arogancia, por seu orgulho, urgente. Espero-o... Muito bem, obrigado!... REVISTA FEMININA

Depois de interromper a communicação, o mil- — Senhor Brown, o senhor precisa denunciar lionario se dirigiu á pessoa que estava com elle immediatamente o visconde GeraJldo da Lafeuille... no escriptorio. O millionario teve um estremecimento, e pro- — Agora, senhor Merac, terá a amabüidadc de testou: dizer-me porque quiz o senhor que se reicorresse — Também o seruhor o acredita culpado? com tanta urgcncia á justiça. — Não! — Não posso "ainda" responder — disse o in- — Nesse caso... terpellado. —, Devemos apparentar que o acreditamos O millionario reprimiu um gesto de impaciên- aifim de se obterem dos autores do rotíbo os ine- cia. Havia seis dias quie se encontrava á mercê vitáveis esclarecimientos acerca do delicto... daquele afficcionado detective, que, com seus mys- Quatro dias depois, Merac tornou a aipparecer teriosos enigmas, aocendia e despertava em sua no palaceta do millionario. Ao entrar, exclamou alma a esperança do êxito. Havia se apresentado calmamente, quasi com indifferença: certa manhã, offerecendo-se-lhe voluntariamente — Descoberto I para a descoberta do verdadeiro ladrão. A julgar — Comol? — interrompeu o millionario, sur- pela franca lealdade do seu gesto e do seu olhar, prendidò e contente: — Encontrou o ladrão? O parecia um hom.em honrado. Falafva por mono- visconde é innocente?... Quem é o culpado?... syllabos; era necessário advinhar seu pensamento Fale, senhor Merac, fale, por favor 1... através de algumas palavras vagas, que nunca — Não convém falar e sim agir...

— E' preciso que se eslorc«. O roubo nSo pMe ficar pronunciava inutilmente. Desde o primeiro dia, — Tem precisão de dinheiro, de auxiliares, da entre os dois se estabeleceu perfeito accordo. Ao policia ?... sr. Brown pareciam lentos e incertos as pesqui- — Sim, preciso da policia ■— ajuntou Merac. — zas da policia official, e, por motivos demasiado Tekphone para 74-75... Faça vir a sua casa o Íntimos e demasiado complexos, necessitava, ti- commissario Harrell, quatro agentes e o juiz quie nha agora fortes desejos de conhecer a verdade. fnstrue o processo... Não podia decidir-se a considerar como ladrão seu joven secretario; comprehendia e depcuilpava a fragilidade de sua filha, porém, apesar de tudo, não vacillaria em ferir seu coração, comtantO' que Meia hora depois, chegavam ao palácio os po- a salvasse das garras de um malfeitor. A solução liciaes e o juiz. do problema revestia um' vital interesse para Entraram com austera dignidade; não queriam elle. Geraldo de Lafeuille era innocente?... Onde demonstrar surpresa, a esperavam. Os olhos do se escondia então o verdadeiro criminoso? sr. Brown brilhavam ante a febril espectativa de Qaudio Merac, o detective amador, impoz suas triumpho. condições: silencio absoluto, confiança illimitada, — Senhores — disse o "rei do diamante". — cinco mil doJlares uma v«z desentranhado o mys- Atrevo-me a declarar que o ladrão está em nosso terio. Naquella manhã, dissera, laconicamente; poder. Quiz obrar por mimha conta, indiepetiden- REVISTA FEMININA

tcmiente das pesquazas realizadas pelos senhores. sa!... Um frasco d saes! O commissario Harrell O detective Cláudio Merac, aqui presente, vai parece sentir-se incommodado... nos fazer revelações impressionantes. Devido ás — Explique-se — impôz o juiz, logo que o com- investigações a que procedeu, c.llc julgou neces- missario, preso de uma violenta crisci de nervos, sária a intervenção da policia official... Está, foi levado para fora por dois agentes. — Parece pois, co'in a palavra, senhor Merac... que o senhor deseja formular uma accusação in- O detective dirigiu-se então ao juiz e sem ligar seinsata. imiportancia aos demais, perguntou-lhe: — Explicar-me? — disse Merac, glacialmentc — Permitte-me, senhor juiz, que formule al- — Três pessoas estavam inteiradas da viagem do gumas perguntas, antes de revelar as investi- senhor Brown: sua filha, o visconde de Lafeuillc gações por mim feitas ? e o commissario Harrell, que fora convidado a O magistrado acquiesceu com uni movimento vigilar o thesouro. Como todos^ a principio tam- de cabeça. bém duvidei do secretario, porém, depois da au- — Os senhores da justiça c dã policia — con- daciosa mentira sobro o pretendido interrogatório tinuou Menac, — segundo se depreh';nde das mi- do comniieroiante Gobson, me persuadi firme- nhas averiguações pcssoacs, esqueceram uma pes- mente de que o ladrão se encontrava entre... nós, quiza importantíssima. 0'S da policia. Os ordenados são exiguos, senhor — Qual? juiz, e a vida offerecc; tentações terríveis... Fu — Interrogar o vcndador do cofrezinho verde... accuso formalmente o comiiiissario Harrell! Elle — Esse interrogatório foi feito, como nmitos terá a bondade de nos fazer conhecer o autor outros — rebateu o juiz. — Consta devidamente material da substituição, ou sejaj..:,a pessoa que dos autos do processo. recebeu de suas mãos o cofrezinho com as cascas — O vendedor do cofrezinho verde não foi in- de laranja e o dinheiro para a viagem de Nov.n terrogado — disse Merac, energicamente — c a York a Chicago. A experiência dos meus dtc informação facilitada pela policia é falsa... annos de agente policial serviu neste caso admi — Expliquese, senhor! — intimou o juiz com ravelmente, suggerindo-me esta máxima, qU'" severidade. reputo iníailivel: "Quando não se consegue des- — O vendedor em pessoa virá aqui dentro de cobrir o ladrão entre os... ladrões, devcKse pro- alguns minutos e confirmará o qU3 affirmo — cural-o 'entre... os poíiciaes". disse Merac com calma. — Emquanto isso, posso * adiantar alguns detalhes... No mesmo negocio * * existiam outros dois cofrezinhos verdes, exacta- meinte eguaes ao adquirido pelo sr. Brown. Um A prisão sensacional do commissario Harrell. ddles foi vendidto poucas horas depois que o pri- sua confissão e a descoberta do cúmplice^ tor- meiro; o outro ainda lá está. Pois bem, o se- naram mais impressionante e luminosa a inno- gundo comprador é sem duvida alguma o ladrão... cencia do visconde Geraldo de Lafeuille. — E o negociante — peirguntou o juiz, excita- O senhor Brown, passadas as tumultuosas emo- disSiimo — lembra-se dos signaes do segundo ções daquelles dias terríveis, apressou-se a tele- comprador ? graphar a Geraldo, concedendo-lhei a mão de Ali- — Sem duvida, ao realizar a compra, se apre- cia e chamando-o affoctuosamente a Norva York. sentou habiirriente disfarçado Em todo caso, o — E si não quizer volta*-?... — inquiriu, in- sr. juiz pôde pedir ao commissario Harrell algu- quieta, a joven, entre lagrimas de duvida e de mas explicações sobre o "simulado" interroga- amor. tório do negociante. Dos autos se daprehcnde que — Si não voltar, iremos á França buscal-o — o commerciante Carlos Gobson, vendedor do co- respondeu o "rei do diamante", abraçando sua frezinho ao senhor Brown, declarou ao coimmis- filha. safio de policia que "não possuia o não havia E, nessa occasião, o senhor Brown pensou que, vendido outros objectos sem^elhantes ao adquirido com seus trinta milhões de dollares, nunca teria pelo rei do diamante"... Senhor Brown! — ex- podido comprar para sua filha a radiante feli- clamou repentinamente o detective. — Depres- cidade daquella hora...

— Olhe, rapaz; eu lhe pedi a nota da despeis.a e você me trouxe o ba- Rendendo a guarda lanço do .estabelecimentol REVISTA FEMININA A defesa da criança

Com esse titulo, o diário carioca "O Paiz", um "Factos vários e successivos patenteiam a aber- dos seus números de Dezembro ultimo, publicou tura de um cyclo novo, entre nós, para idéas que interessante artigo assignado pelas iniciaes "B. apontam aos cuidados e prcocoupações com as L." e que pedimos venia para transcrevel-o, em crianças um dever primacial para todos os povos resumo: desícijosos de ser alguma coisa mais do que utn "Um geral movimento de interes- trivial agrupamento ou rebanho, co- se pela sorte da infância regis- mo diria Frederico Nietzsche." tra-se, presentemieinte, em nosso "Falta, porém, que se fimie e ge- paiz. neralise a seguinte convicção: Obra Aquillo que outr'ora representava portentosa qual a da defesa da projecção mental e moral de perso- criança, de forçoso desdobramento nalidades de excepção e escól. como indefinido, exigindo recursos consi- a de Alcindo Guanabara, é hoje re- deráveis para se effectivar, não a flexo espontâneo, de certa mentali- pôde levar a effeito o Estado, com dade, cada vez mais disseminada a os recursos de que normalmente realizadora, mais trivial e activa. disdispõe. Dclle o qul;' se deve es- Não cairam era terra safara as perar, pretender, são as providen- palavras em que o grande jornalista cias cabíveis cm sua alçada, e de — legitimo a indiscutível orgulho da cuja adopção resultem facilidades raça — vasou o seu p.Ito e lunrnoso administrativas — e isso já não c pcuco — para o grande plano das idealismo. fundações neccissarias. Estão ahi os factos. para^ prova E' o próprio paiz, são as suas clas- de que o jornalista não-pelejou cm ses productoras ,são os detentores vão, nem confiaram inutilmente no de immensas fotrunas, os grandes esforço do jornalista os dominados .\ .talentos-, pianjsta Niquilis- industriaes e capitalistas, as fami- pela anciã de uma Pátria melhor, li Rt.lgaiii de Aguiar, alu- lias possuidoras de collossaes patri- mais prospera, mai? forte, mais sa- nina do maestro Casabona e mônios, que deweim concorrer para dia e — porquanto na saúde e_ no f|uc recentcr.-.ente realiscu cru - , • • • i . êxito um concerto no Salão essa realização de inimaginável, ais bem-estar mergulham suas raizes Germania. inclassificavel beinemerencia. Fruti- humildes a alegria de viver e a bran- fique no Brasil o exemplo america- da volúpia de sêr bom — menos no, intervenha a philanthropia, e tudo será fácil, triste, menos infeliz, menos cruel . • r Nota-sp, agora, que é pensamento da nacionali- dada a comprehensão perfeita que já se tem, dia dade a organização de uma defesa racional e ef- actividade a ser desenvolvida. ficiente ás crianças — defesa objectivada n: rçi- Dir-se-iha qwe já s(e registraram alguns gestos gular e perfeito funccionamento dos múltiplos e de tal natureza: Uma gotta, quando se precisa de omnimodos institutos, inventados antes pelo cora- um oceano. ção do que pleilo cérebro do homem, oriundos situação do "Dcipartamento da evidentemente daquel- Haja vista a Ia fascinante e mara- Criança", fun- vilhosa intelligencia dado em março do coração que Vau- de 1919 pelodr, venarguleis elogiou, e Moncorvo Fi- de cuja actuação já se lho, para maior sabe, pelo exemplo amplitude dos de outros povos, mais trabalhos que, apressados do que nós sob a sua di- em a p er f ai çoar-sc, reicção pediatra que pôde provir o ad- notável, que é, vento de uma éra so- vinha realizan- ^^W f -^f % cial caracterizada por do o "Institu- um coefficiente maior to de -assistên- de bondadei e de ven- cia á Infância". tura. Trata-se de O E?tad:, pela ini- uma -lundação ciativa daquflles que digna de todos actualmente o perso- os louvores, e nificam e represein- Felicidade Rocli.-. n dia de merecedora de sua 1." ccmmunbão. E' fi- tam, chama a si, não todos os auxí- lha do sr. Alciivlo Dorea e só a coordenação de lios. exma. sra, d. Emérita Do- toda a actividade al- rea, nossos . assignantes em Para se ter 1 truistica despertada Ilheas Bahia, por essas idéas de déa aproxima- As nossas íutui.s leitoras: a graciosa da do que rc- Zilda, filhinha do coronel A. Dantas amparo aos infantes, no sieiio das classes mais cul- residente em Caranhus, Pernambuco" tas e mais abastadas, as que têm a vontade e a prelsenta a ac- capacidade de agir nesse terreno, como também, a ção do Institu- creação das varias modalidades de assistência in- to, basta saber-se que elle possue 19 filiaes nos fantil qulei, por suas peculiarissimas condições, so- differentes Estados, e já amparou a 450 mil pes- mente nas possibilidades de acção do Estado po- soas, com soccorros avaliaiveis em dezeseis mil dem caber. contos de réis. REVISTA FEMININA A moderna decalcomania A decalcomania volta á moda; a nankin, depois collal-os sobre uma fo- muitos pequenos objectos do nosso lha de papel branco, sem transparen-

lar ella pode servir de adorno. Não cia. As cores brancas e pretas, assim mais se trata, bem entendido, da dé- combinadas, são de bellissimo effeito.

calcomania "em série" que encontra- mos tantas vezes nos álbuns infantis. E' preciso, Com a folha assim prepara- agora, c r e a r , da, cobrir-se-á então o obje- imaginar seu cto que se deseja enfeitar, a desenho ou, menos que se proceda de tal mais simples- forma que a applicação pos- te ainda, recor- sa ser feita directamente. Os tar as silhuetas diversos modelos que apre- que offerece- sentamos: caixa para costu- mos nesta pa- ras, lucivélo, agenda, venta- gina. rola, etc, permittirão a nos- Bastará e m sas leitoras avaliar os re- seguida cobril- sultados que assim pode- os com um pin- remos obter, rapidamente cel molhado em e sem muito trabalho. REVISTA FEMININA

'Trazc cá a almofadinha" ' F. (i seda c o didal" Gil, \'ici:NTii. Lovores lemioliios {Comedia de Rubens.)

Nas minhas divagações pela cidade, nestes dias zada com seu rosto que é a obra mais difficil que de sol amável em que a augusta Lisboa parece en- ha no dito officio", diz na parte respectiva dos volta em uma subtil poeira de ouro, fui parar a uma bordadores o Livro dos regimentos dos officiaes me- exposição de Iraballhos femininos, trabalhos moder- cânicos, reformados em 1752 por uarte Nunes de nos, flammejantes de côr, onde imperam as leis de Leão, obedecendo a uma ordem do Senado. uma esthetica barbara. Deante desses trapois cerzidos Mais tarde, corfi o ouro do Brasil pavoneia-se á pressa, sem ideal c sem gosto, tive mais uma vez um novo luxo, mais sensual, e menos triumphante a desolada sensação da vertigem que nós enlaça. Só que o do século XVI; outra vez se cultivam em toda

a idade da jazz-bancl e dos desiquilibrios futuristas a magnificência os bordados, sobretudo nas vest'^.= podia conceber esta trapologia em delirio. E' a sacerdotaes. mesma aberração revestindo fôrmas differentes Abastardou-se actualmente, em unia orgia sel- No século XVI, quando Lisboa, a " cidade da vagem de linhas e de cores, a antiga arte tão serena, prata", ostenta um luxo de onde se evola o odor da quando cultivada por fidalgas de longos olhos abys- civilisação oriental, trazido nas garridas náos da maes, e por freiras de mãos de brancura eucharis- índia, a arte de bordar attinge uma paciente perfei- tica de magnolia, no nobre socego dos solares, e na ção. Para dar uma idéa desse trabalho intenso, bas- transcedcnte quietitude dos mosteiros. A pressa ma- ta recortar para aqui da estatística de Christovão tou a belleza. Vão longe os tempos em que os ho- Rodrigues de Oliveira, o numero de seus profissio- mens, comprehendendo o laço mysterioso que une iiaes: 47 debuxadores; 65 mulheres que ensinavam as gerações, ergueram com febre e com sonho, du- moças a lavrar; 29 que assentaivam ouro; 48 que fa- rante séculos, a magestosa traça de cathedraes. Ho- ziam redes, franjas e cadenetas, 40 que faziam la- je, ninguém percebe que se começa o aqueducto como vores em tear, 16 lavrandeiras de bastidor. 1.163 la- o de Évora, com a certeza que na água por elle con- vrandeiras. duzida só os netos apagarão a sede. Não se planta Exigia-se então para a profissão de bordador uma mais o moroso carvalho venerando e tutelar; plan- assidua prendizagem: " e todo o of f icial que se exa- la-se só o rápido eucalypto banal A' época dos pa- minar saberá mui bem uma imagem de ouro mati- lácios em cartão postal, para me servir dé uma iro- REVISTA FEMININA

nica expressão, julgo que da Etiquete sur Ia monar- dansas fugidias em que se enlaçam os gnomos e as chie, o que convém são estes bordados onde não fadas, architectas de rosaceas de templos feitas em se advinha resaivo de alma. espumti. Para me consolar, evoco e muma saudade a con- Poucas senhoras souberam illuminar a vida dum dessa Mathilde, bordando para a cathedral de Bayex tão alto sentimicnto esthetico. Foi a nota graciosa e a longa tapeçaria, (ainda hoje veneranda) com scc- leve iw atclicr de Columbano, recanto superiormente nas heróicas da historia da conquiista de Inglaterra discreto, que, para a harmoniosa alma de Affonso pelos normandos. " O que fez no século XIX a pena Lopes Vieira, " ficava tão longe de todo esse traba- de Thierry, executou-o uns poucos de séculos antes lho como o castello resplandescente do Santo Graal". a agulha de uma princeza, ajudada pelas donzelas de Pelo milagre dessa senhora comprehendo cada vez sua recamara", escreveu Souza Viterbo, o incansá- mais a alegria confortadora dos homens de outros vel historiador das artes humildes. tempos, vendo, ao chegarem á casa, a mulher esbelta Toda a dama de condição sabia os segredos da e fina, curvada sobre o bastidor na enternecida evo- agulha. Séculos depois, ainda Isabel, a catholica, cação da vida duma Santa — florilegio dfe milagres. com a mesma mão r\ue ass:!gnava os diabólicos tra- Toda a mulher bem educada deve saber bordar, tados, fazia as camisas do marido. como as aristocráticas de Athenas, as que usavam Felizmente, de vez em quando em um canto ano- cigarra de ouro no cabello; ou como- as virtuosas nymo de província, sob a frondosa sombra de um matronas romanas, antes da desorganisação da ía- chorão, ou no laranjal enrelvado dos nossos roman- milia, que sabiam fiar. Entraram os bárbaros... ceiros, ainda se encontra uma senhora em quem en- mas, muito tempo depois ainda, se punha á maneira carnou a alma de uma "dona de tempos idos", ur- de symbolo, um fuso de prata no túmulo da filha de dindo as nobres tapeçarias á moda antiga. Exigem Otho-o-Grande. uma beata paciência esses longos trabalhos, cur';t>sos Para uma florida alma de poeta, nada ha mais como um baixo relevo a que um cinzel commovido galante " do que um pedacito de seda ageitado por desse vida Para se fazer idéa, basta tirar d ojá ci- mãos de mulher ". tado livro de regimentos a noticia do que era pre- Tiniiam as senhoras, a mais deliciosa arte que ciso para um exame de tapeceiro; como os pintores, ha no mundo. Em logar de a renovar num sentido segundo a boa technica da Renascença, devem pre- altamente esthetico, deixaram-na cair num iiidustria- parar suas tintas, assim os examinandos deviam saber lismo banal, para concorrer com os homens nas ou- fazer as tintas especiaes para tingir as lãs, ignoradas tras artes em que têm ficado lamentavelmente ven- pelos tintureiros communs. Depois deViam bordar cidas.. E' preciso, não só pelo lado esthetico, mas um rosto de homem, um pé descalço, uma mão, as pelo lado moral, rehabilitar os lavores femininos que respectivas roupas com " suas sombras", uma jarra tiveram já um supremo apóstolo em Ruskin, no com flores, um leão ou "outra alimaria ". cthereal Ruskin, que, no mesmo temipo que nos dizia Quem nunca setiu a doçura das antigas salas de os segredos das pedras de Veneza, recompunha o lavores de altos tectos apainelados, perdeu alguns tear caseiro e tornava moda na alta sociedade as instantes de suave recolhiemnto, de intima purifica- rendas populares. ção espir'itual Têm para mim secreto encanto, lem- Ruskin foi um propheta de belleza, um arauto braim-n^s as antigas mulheres, esguias figuras de sonho, meditando sobre as tapeçarias em que os de- duma grande renovação, por isso os escolares das dos ágeis como fusos iam traçando maravilhas; mys- universidades inglezas o escutavam e applaudiam. mesmo quando declarava em publico ter tanta con- ticas passagens de Fios Sanctorum, suaves como ma- sideração pelos dois mais conhecidos políticos de In- nhãs de primavera; caçadas senhoriaes com trombe- glaterra, como por duas velhas gaitas de foles. teiros. galgos. ginetes e falcões; episódios da Bi- bla, scenas mythologicas; florescencias exóticas em Resuscitemios o gótico perfil da Santa Iria, a curvas duma volúpia estylisada como motivos da pa- fidalga "do dedal de prata e da agulha de ouro". quife, envolvendo serpentinamente animaes de fábulas, grifos heráldicos e alados, eipicos quadros onde a MARIO DE ALBUQUERQUE. heroicidade se enlaça com a galanteria. Mas não era só nas tapeçarias, que entretinham suas horas; também nas vestes dos sacerdotes; nas toalhas liturgicas; nas colgaduras emblemáticas; nas colchas nupciaes. nas bandeiras flammejantes, como UM BOM PROCESSO essa que ainda ha pouco, em 1910, as damas de Sara- para afugentarmos as formlgss das arvores fruotiferas goça bordaram para a infanta D. Isabel ir á Argen- tina depor no altar da Virgem de Lujan. Tudo isto São conhecidos os estragos causados pelas formigas obedecia a riscos amorosamente desenhados por ar- nas arvores fructiferas, e os diversos meios que se tistas. Foi o priprio Francisco de Hollanda, das empregam para sua destruição. Entre os processos mais complexas figuras da illuminada centúria de que, a esse respeito, se têm posto em pratica, um exis- quinhentos — que, aliás, escreveu a utilidade do de- senho na arte de bordar — quem debuxou o risco te que nos parece sobremaneira vantajoso. Por isso sumptuoso do pontificai de Belém, bordado nada me- 1 lesmo, aqui o tornamos conhecido: — a experiência nos, ao que parece, que pela muito alta e miuto no- tem provado que um pedaço de corda velha encerada bre rainha D. Catharina, mulher de D. João III. e embebida em azeite, presa em volta ao tronco de Desta immensa desorganisação dos trabalhos fe- uma arvore, faz fugir as formigas rapidamente, com mininos — simples reflexos da desorganisação indi- o insupportavel odor que despede; as que estão nos vidualista da sociedade, salvaram-se as rendas pelo galhos, abandonam as folhas que damnificavam, fi- delicado carinho de D. Maria Augusto Bordalo Pi- cam presa na cera e morrem; e as outras fogem nheiro, a doce irmã de Columbano, o mestre dos depressa, sem se approximarem da arvore, que as- retalhos, e de Raphael, o bizarro oleiro das Caldas. sim fica em pouco tempo livre da sua presença. Ex- Transformaram-se, pelo seu condão, nas áureas praias perimentem este processo e depois nos dirão que tal de , as ilhas dos pescadores de uma gracili- o resultado obtido. Este, estamos certos, não poderá dade mystica, em urdiduras de sonho, desenhistas de ser mais satisfatório. ■REVrSTA FEMININA

P ez rm,m

A gatítrunomia, c, unia duvida, uma verda- Durante a primeira metade da Edatle Me- deira arte: é a arte do paladar como a mu- dia, isto é, no período anterior ás cruzadas e sica é a do ouvido, e a pintura a da vista. ao apparecimento da arte gothica, os costumes Mas ha mais, ainda: essa da mesa eram bastante gros- arte não se apresenta só, mas seiros. Não se usavam toalhas sim acompanhada e, mesmo, nem garfos, nem era habito servida por outras, do grupo ]3Ôr um prato para cada pes- das decorativas, como a do soa. mobiliário, a dos crystaes, etc. Em torno á mesa estendiam- O conjuncto d)e todaisi estas se pannos; nas mesas fidalgas sante manifestação do estado eram de finos tecidos e ser- coisas, constitue, uma interes- viam como guardanapos. Ser- social de um povo. viam-se os manjares, geralmen- A historia dos manjares nos te em uma grande terrina que revela a nobre origem de mui- se collocava ao centro da me- tos pratos desde o custosissi- sa, e da qual cada conviva ia mo "escudo de Berenice", in- tirando os pedaços que pre- venção do imperador romano feria ; os ossos e mais residuos Vitelio até á famosa "mayo- eram atirados ao solo. nnaise" attribuida ao cardeal O que se punha diante de Richelieu; das costelletas á pa- cada conviva era um pão, um pillote devidas a Mme. de Mesa usada no século X\ saleiro e uma faca. Maintenón até os macarrões á Todos estes pormenores che- ''pevaresa" que Bonini preparava por suas garam até nós atravéz de documentos e minia- próprias mãos. turas da época. A gastronomia veio, assim, se re- No século XII, graças ás freqüen- finando desde os grosseiros tempos tes relações estabelecidas com o mediaveis até os nossos dias. Todos sabem que os antigos roma- Oriente, e á maior riqueza e tran- nos não comiam deitados (estes lei- quillidades publicas a cultura euro- tos não eiTam chamados triclinios ])ea refinou-se bastante. como freqüentemente se julga, sen- As monumentaes illuminadas sa- d(j que o triclinio era a sala de jan- las de jantar tornaram-se mais ar- tar, ou o aposento destinado ás re- tísticas ; as paredes revestiram-se de feições). madeiras lavradas e ornaram-se de .'^o começarem os agapes os es- cravos descalçavam os convivas, la- tapeçarias, em cuja fabricação co- meçaram a se destacar as cidades vavam-lhes os pésl, apresentavam-- Typos (I facas usadas no Ihe.s água para as mãos, etc. século XV flamengas. O mobiliário compunha- Depoiis, os commensaes coroavam- se, principalmente, de mesas, apa- se de rosas, e findas todas estas cerimonias... radores etc. comiam com os dedos, o que explica a neces- Durante o século XII desapparecem rebor- sidade de lavarem as mãos, ao dos das mesas e os pannos con- fim de cada serviço. Quanto vertem-se em toalhas. aos ossos e ás sobras eram A plebe, porém, continua a atirados ao solo. comer, como pelo passado, em Quando os bárbaros reali- uma grande terrina central. sada a destruição do império Este costume mais forte- fundaram sobre as ruínas des- mente arraigado entre o povo te vários reinos, os costumes explica aquellas palavras que romanos foram-^se modifican- o Novo TestamienDo põe na do, e imi dos que primeiro bocca de Jesuls, quando desi- desappareceram foi o de co- gnando o apóstolo que o havia merem deitados. Garrfaas e copos do Império Romano de trahir diz: "o que mette Os bárbaros comiam senta- commigo a mão no mesmo pra- dos, em mesas baixas, e este costume generali to". Os assados e guízados continuam a ser sou-se rapidamente em todo o Occidente. comidos com os dedos durante toda a Edáde REVISTA FEMININA

Media, e ainda ITO decuiíio das épocas de Hoje em dia as salas de jantar das grandes Carlos V e Philippe II. casas são verdadeiras maravilhas; os crystaes Testemunham isto numerosas vinhetas e gra- porcelanrs da Saxonia, com as pratas lavradas \-uras do tempo. tão fidalgas sobre as bellas toalhas de Hol- O Romance da Rosa, poesia francesa cio sé- landa. culo XIII faliando de como deve portar-se á Durante os últimos annos teem-se dado ban- mesa um joven bem educado diz, t xtualmente: quetes colossaes. "Procurará não molhar os dedos até as pha- Em New York, para celebrar o armistício langes; não untar os lábios com os molhos da guerra europea realisaram-se alguns destes e gorduras; tocará o p

Prato de louça hispano-n]'>»xrÍ3co Prato de louça, italiano

Cem pagens, a cavallo introduziam os ser- niercio, nos bancos, etc, nada mais commodo, viços que eram entregues aos servos os quaes, de resto, que essas famosas "bourillon Dinal" por sua vez os apresentavam de joelhos. da Cidade Luz, em que cada qual, se serve A musica alegrava estes festins, e entre um 1 si mesmo, tocando, apenas, nuns botões au- tomáticos. e outro serviço bufões, cantadores e palhaços representavam ou cantavam diante dos convi- E' a electricidade appiicada á gastronomia. vas. Os prazeres da mesa constituem uma con- quista humana, mas, desgraçadamente, parece Em França, dava-se-lhes a estas represen- que hoje, retrocedemos a tal respeito. tações o nome de entramets, donde se originou As refeições longas, regadas a bom vinho, a palavra "intremez". e alegrada por uma boa e espirituosa palestra No século XVI os costumes da mesa não foram uma das características mais sympathí- soffreram grandes modificações, sendo que os cas do secülo XIX. entremezes, mascarados e bailes com que ter- Nestes nossos tempos, porém, de guerras, minavam os banquetes ganharam em magnifi- de nogocios, de velocidade, de especulações o cência; era aquelle, aliás o mais faustoso pe- almoço ou jantar não passam de uma das tan- ríodo da Renascença. tas necessidades que temos forçosamente que No ultimo quartel deste século reinava em satisfazer. França, Herfrique III. monarcha afeminado E' assim que a gastronomia váe perdendo em cuja corte, segundo parece, generalisou-se todo o caracter de arte para se tornar no mais o uso do garfo, o que foi considerado, então, prosaico dos actos humanos. o cumulo do refinamento em matéria de ele- Hontem, vivia-se para comer; e hoje, co- gância gastronômica. me-se para não morrer. .. REVISTA FEMININA A MODA

Eís-me aqui. bondosas amigas e carissi- muito, não conhecem os "l^udgets" illimi- mas leitoras, a massar-vos novamente com a tados, são obrigadas. taml)em, a mulher seu minha prosa aborrecida e banal sobre as- modo de conceber as coisas. As "toilettes'' sunipto comiilicado e dvfficil,, qual seja o da são hoje tão caras, que as filhas de Eva moda feminina. renunciam, cada \ez mais, aos abjectos Realmente, n a - excessivamente ca- da mais espinhoso ros, ás tintas de e nada mais. . . en- cores muito vivas cantador do que a que aborrecem, aos Moda. Poi-s não farra pos supér- passaes horas in- fluos. teiras, em vossas Por outra parte, casas, nas de vos- e mais que nunca, sas amigas, nos ellas desejam "re- bailes e nos chás moçar". da cinco, a conver- Mesmo que as sar, deleitadas, so- costureiras não as bre modelos e fi- seguissem — coi- gurinos ? Mas. . . sa quasi impossi^ Mas entremos vel! — ellas lhes no terreno pratico imporiam seus dos commentarios modelos, seu talhe e das observações l)referido. pequeno, acerca da "toilet- encurtado e direi- te" feminina. Nel- to. Ainda mais que la, as transforma- nunca, a elegante ções soffridas com de hoje deseja mo- o correr dos sé- V e r - s e e agir á culos, por mais vontade, e dahi o numerosas e pro- gênero essencial- fundas que sejam, mente pratico de não passam, em seu vestuário. Ora, summa, de simples tudo isto que ellas caprichos da mo- têm sabido querer da... Caprichos ce- e impor, não é, gamente a c c eitos precisamente, este pelas "coquettes", acontecimento con- escravas da rainha, siderável de que a cujos dictames falei linhas acima: curvam as c a b e - a influencia pes- Indiscutivelmíiite elegantes são estes dois vestidos de luto ças, alegres e in- Ambos em "cotelisse" negra, guarnecida de crepe. soal da Mulher no nebriadas. domínio da Moda. P"is, porém, que surge, em nossos dias, Eis o simples segredo das tendências uma transformação nova, muito differente actuaes: eis porque hoje se foge resoluta- das outras, digna da maior attenção. A vida mente das reminesoencias de "estylo", para tem evoluído tanto que, por seu turno, as crear um estylo de nossa época, cujo typo elegantes, mesmo aquellas que, pouco ou poT excellencia é o vestido moderno. REVISTA FEMININA

Certamente, o talhe nos interessa antes a "du soir", delicada e bem curta, e onde de tudo, e com prazer diria que elle não o decote em ponta desce mais baixo atraz mudou si não o encontrasse mais curto ain- que na frente; um pouco de volta na barra da, (juasi a attingir ás raias de; exaggero. da saia não faz mal algum; a renda e, so- W verdade que numerosos ''cols montants", bretudo, a mousseline de seda esvoaçante, mangas compridas e collantes, pareceriam estivai, dão-lhe grande realce. compensar este Quanto aos nos- encurtamento, si a sos dois amigos o manga não fosse tailleur e "le freqüente m ente trois-piéces", ha- s u p p r i mida nos verá necessidade vestidos elegantes, de dizer que sem- c si não existisse pre estão em mo- o decote, por ve- da? zes o u s a d o, dos Quantos os tail- vestidos para tar- leurs em lã phan- de. Quanto á cin- tasia, de longa re- tura ella continua dingote lisa, des- a ser muito baixa, cendo sobre uma ou, de preferencia, pequena saia, que não determinada. pode ser de "plis- O f a c t o é que se", mas apenas triumpha sempre na frente! a "petite robe" di- O conjuncto se- reita, simples, sem rá magnificamen- grandes enfeites; te completado por q u a s i esportiva, um c o 11 e t e sem serve também, mangas, de Jersey quando feita de de lã no mesmo bom tecido, -para tom e com peque- outras horas além nos bolsos. das de manhã. Como são com- mttns "les trois- Tudo nella é só- piéces", com ca- brio, com e X c e - sacos recobrindo pção de certos mo- quasi inteiramen- delos que ainda conservam a guar- te os vestidos e ex- tremamente direi- nição de liordados tos. E que nos. res- lisos ou de "pan- ta examinar depois neaux", e também de tudo isso? estes movimentos de túnica, nois O s mainteaux, TaiUeur cm sarja branca, combinado com sarja cereja. Pe- certamente; esses quaes nada encon- quenas pregas lia saia. "Ems«mble" em linho de Jony, traria-mos de ori- bordado de rosas. manteaux direitos ginal si elles não tivessem tomado o partido e discretos, que tanto auxiliam a elegância de se collocar, daqui por diante, as mais das daquellas que delles usam. vezes por detraz. Também elles, devem ser em tecidos de Não deixemos ainda este gracioso domi- lã, enfeitados por uma faixa de lã esoosse- nio da "robe" .sem evocar a de "aprés-midi", za, e si quizerem, por velludo ou tecido asse- tanto mais simples, quanto mais elegante; tinado. REVISTA FEMININA

tes,' matte de um lado^ excessivamente bri- lhante de outro, onde a seda vegetal teu importante interferência... Os bellos crt pes estampados, nos quaes a flor, interpre- tada pela arte moderna, fornece os dese- nhos. E agora, a côr! Eis aqui um thema que seduz, e que, hoje em dia principalmente, não devemos esquecer. Lancemos pois um rápido olhar para a palheta de primavera das modistas. Cinzento escuro e "beige ro- se", nuance delicada, de tom de rola e de tabaco loiro, ou cinza bastante clara, igual ou "melangé". Vêtn em seguida os verdes-

São lindas estas "toilettes" de haik. Uma, em crepc setini e outra, em crepe marocain.

Falemos agora, um booado, dos tecidos próprios para Verão mais em voga. "Kasha", sempre tão querido, não so- mente em seu tom natural, mas em cinzento "mélangé"; macia e fina "popeline"; teci- dos de lã, mais ou menos "chinês", enfei- tados ; escossez, de grandes quadrados; crepe de lã, esmaecido ainda, si bem que ligeiro... Depois vêm, no domínio da "soierie", esses tecidos "côtelés" do gênero ottoma- no; esta visão de sarjas de seda, de surah; o crepe setim e o crepe matte, em suas di- versas e encantadoras variedades: Geor- Duas elegantes "toilettes": a pr^mejra, em crtpc da gette, Chine. romain. China, com "plisse" e bordados; e a segunda, em Domiíiam ainda outros crepes interessan- linho branco e azul, ambos muito indicados para a estação calmosa. REVISTA FEMININA

garrafa, o azul marinho, o azul um pouco menos "fon- né". Festejemois o nosso ve- ADEUS RUGAS! lho amigo o negro, que se 3.000 dollares de prêmios se ellas não desapparecerem eml)ellezar£i com algum toque \ mulher em toda a edade pôde se rejuvenescer e se embel- liranco ou de côr. Notemos, lezar. — E' fácil obter=se a prova em vosso próprio rosto e em pouco tempo. ainda, o vermelho antigo, pa- EXPERIMENTAR HOJE MESMO O "RUGOL" ra a tarde, o verde claro, o Creme scientifico, preparado segundo o celebre processo- da famosa doutora de belleía, mlle. Dort. Eeguy, que alcan- azul roxo, o violeta pallido, o çou o primeiro prêmio no Concurso Internacional de Pro- ductos de Toilette. fushia. . . RUGOL — Opera em vosso rosto uma verdadeira trans- Deixando o reino suave das formação, vos eimbelkza e vos rejuvenesce ao mesmo tempo. RUGOL — Differe completamente dos outros cremes, so- cores, entremos, a leitora e Ijretudo pela sua acção sub-cutanea, sendo absorvido peloN eu, em outro, não menos de- poros da pelle os preciosos alimentos derniicos que entram na sua composição. licado e agradável: o dos le- RUGOL —• Evita e previne as rugas precoces c pés de ques. Como oljjecto de ador- gallinha e faz desapparecer as sardas, panos, cispinhas, cravos, manchas, etc. no, c elle um dos mais inte- RUGOL — Não engordura a pelle. Nãj contém drogas ressantes, estando ultima- nocivas. E' alisolutamente inoffensivo. Até uma criança recém- nascida podcirá usal-o. mente em evidencia. Pudera! RUGOL — Dá uma vida nova á epiderme flacida, po- com este calor. . . rosa e fatigada, emprestando-lhe a apparencia real de ju- ventude. GARANTIA! — Mlí^. Leguy pagará mil dollares a (|u>cm pro\'ar Usam-nos de diversos for- «luc t']]a não tirou compjetamentc as suas próprias rugas com duas semanas de tratamerito apenas. matos e ((ualidades. Os mais Mlle. Leguy ofíereoe mil dollares, a quem provar que ella não apreciados, porém, são os de possue oito medalhas de ouro ganhas e^m diversas exposições pela sua maravilhosa descoberta. ])lumas, roxos, rosas, azues, Mlle. Leguy pagará ainda mi.) d+jUares a quem provar que os seus aítastados de ouras não são espontâneos e authenticos. negros... AVISO — Depois deista maravilhosa descoberta inuumeros imita dores têm apparecido de todas as partes do munido. Por is.so prc\c Estes, naturalmente, só pa- iiimos ao i)',i ilico ([ue não acceite substitutos, exigindo sempre; ra festas e reuniões. Para os RUGOL MiiTe. Hary Vigkr, escreve: passeios, chás elegantes, tar- "Meu marido, que em sua qual idade de medico, é muito descrcnic por tcda a sorte de rerjiediois, ficou agradavelmeiitc surpreeiididu co-n des nas corridas ou no fute- os resultados que obtive com o uso de RUGOL e por isso tambciMi assigr.a o attestado qnc junto lhe envio. bol, são mais próprios os de Mnic. Soiuza Valente escreve: "Eu vivia desesperada coini as malditas rugas que me afeiavam seda, setim ou crepe, lisos ou o rosto e depois de usar muitos cremes ainnamciados coiTieoei a fazei' o trata.mento pelo RUGOL obtendo a desapparição não só das rugas a phantasia. oamo das manchas modificando a minha physionomia a ponto de l>rn vocar a curiosidade e admiração dais p^ess-oas que me conheciam." E os cintos ? Conquistaram Encontra-se nas boas pharmacias drogarias e perfumiarias definitivamente a preferencia Se V. s. não efxontrar RUGOL no seu fornecedor, queira cortar '> coupon abaixo e nos mandar que immediiatamiente lhe rem.petteremo:í das elegantes. Os de pellica. uim pote. Únicos cesisionarúois para a Aimierica do Sul: — ALVIM & FREITAS, largos ou estreitos, estão em rua do Carmo n. 11-sob. — Gaíxa, 1379. grande rigor; usam-se tam- COUPON SRS. ALVIM & FREITAS, caixa, 1379 — S. Paulo: Junto remetto-lhes umi vale postal da quantia de l;5$0i0O, afim dv bém bastante os de verniz

Momo venii vindo... Já se ouvem, barulhentos, os seus guizos e os seus pandeiros. Preparemo-nos para rece- bel-o. E para isso, nada mielhor do que escolhemios, pa ra as nossas phantasias, uni dos cinco modelos acima. São todos lindos, elegantes e originaes. Vejamos: "An daliiza" — Saia de seda negra; "bolero" çm tiras de velludo negro entrecruzados, guamecidos de pompons. Chalé em chepe da China "brodé"; guirlanda de rosas vermelhas na barra da sa^a. "Seiihorita Polichinello" — Em setian còr de rosa, com guarníçÕes verdes e bo- tões dourados. Gojla, manga e cinta de tuUe rosa. To ucado verde com laços cor de rosa. Meias em losangos verdes e cor de rosa; um sapato vende com laços rosa um sapato rosa com laços \erdes. "Pagen Henrique II" — Capa e blusa em riscos verdes e amarellos; barrete e calças v«rdes; mangas cor de rosa; golla e punhos "lingerie". "Vivandeira, Luiz XV'* — Casaco preto e al)as vernieliias; aaia em riscos -amarellos e vicleta: en- tufado azul; avental branco; barrete negro, com galões prateados "Dama da corte ■■ de Luiz XIII" — Em velludo violeta, guaniecido de fitas de setim amarello-ouro. Avental amarello; mangas estofadas; galla e punhas punhos de reunidas em relevo. REVISTA FEMININA S<56e/s como se prepara 05 "marrons glacès^'?

Em outros tempos, no.ssas avós prepara- vam, ellas próprias, os mais gostosos e varia- dos doces; cada casa era conhecida por unia especialidade nesse ra- mo, pela reputação de hábeis doceiras de que suas proprietárias go- savam. Que saudade dos doirados copos de geléa, dos fios de ovos em pyramide, das co- cadas, e inãe-ljentas e bom-bocados, que só de vêl-os, a bocca se nos enchia d'agua... Entre essas diversas variedades, existia uma, Dcrra.m.ae docemente o xarope sobre as castanhas, enrolando-as com cui- bem rara por signa), Vcre:s aloiigar-sc entre o indicador e dado. o index um fio de assuoar que se que fez a fama de mui- quebra facilmente. tas donas de casa, cuja habilidade de docei- Descasquemos com cuidado, para que a ras corria mundo. Referimo-nos ao "marron ]xjnta da faca não fira a ligeira pellc de que glacé", essa guloseima euroipéa tão apre- a castainha está revestida. Collocam-se numa ciada e também, e infelizmente, tão cara. grande panella, com água sufficiente para Por isso, desejando tornal-os accessiveis ás que ellas permaneçam á tona; ajuntae a essa bolsas mais modestas, re- água um punhado de farelo solvemos ensinar, aqui, o e as fatias de um limão cor- modo por que devem ser tado bem fino. Levae a pa- preparados. E uma vez nella ao fogo e deixae fer- promptos, os nossos "mar- ver até que a segunda pel- rons glacés" nada ficarão a le possa ser facilmente re- dever, em delicia, aos qu'j tirada. nos vêm do outro lado d.) Não deveis ter pressr Atlantito. pois, ao cointrario, arrdsc Mas, comecemos: reis a partir as castanh; Toimae quatro a cinco de- Para esta operação, deveis zenas de castanhas, tendo o também esperar que as cas- cuidado de escolher as me- tanhas estejam sufficiente- lhores, isto é, que não te- mente cosidas. Tomae, de- nham, dentro, aquella se- pois, um ou dois grande paração foTmada por uma pratos de porcelana, nos

pequena casca, egual á que Para descascar facilmente as casta- quaes despejareis as casta- envolve o fruoto exterior- nhas, usa-sc uma íaca de cozinlia nhas já definitivamente es- inente. ponteaguda. colhidas. REVISTA FEMININA

Para uma quantidade de sesenta fructos, Si quizerdes preparar, vós mesmas, o assu- cortae em pedaços dois paus de baunilha, e car "baunilhado", cortae quatro paus beTn deixae-os de lado, até que fique promipto a duros de baunilha e csmagae-os sobre o calda com que ireis recobrir as castanhas mármore. que vamos preparar. Empregac. jjaira cada pedaço de baunilha, A preparação do caldo de assucar, que é 200 grammas de assaioar que deveis mis- dos mais simples, deverá ser cuidadosa- turar de modo a não ficar depois de prom- mente observada, para que esta não fique pto sinão um pó fino e impalpavel. excessivamente grossa. Para pulverisar as castanhas, usa-se um cartucho de papel com algumas pequenas Collocae as castanhas na travessa sepa- aberturas, dentro do qual se coHoca o assu- radas um'as das outras, e nos intervallos car já perfumado. espalha>e os pedaços de baamil'ha. Conservae este num frasco de vidro bem Depois, derramae docemente e por egual secco e hermeti- o caldo sobre as castanhas. Isso feito, de- camente fecha- vais esperar vinte e quatro horas, até que o do ou numa cai- caldo penetre bem na polpa das casta- xa de folha. nhas. Terminado o Transcorrido esse tempo, recolhei nova- vosso serviço de mente o caldo para uma segunda fervura. quatro dias, te- Todo o cuida- reis o prazer de do é pouco pa- brindar v o s s as ra nessa opera- amigas com de- ção não partir- liciosos " m a r - m os as casta- rons g 1 ac é s ", nhas. preparados por Fervido nova- vossas próprias mente durante mãos. alguns minutos, E serão sem deramae o cal- conta os elogios do^ mais uma vez que recebereis de sdbre as casita- todas as boccas, nhas, nas quaes após saborearem não haveis toca- a exquisita gulo- do. seima preparada Repete-se a mesma operação no dia se- exclusiva e cuidadosamente por vós. guinte, isto é, pela terceira vez. Na quarta Além diso, além do júbilo das creanças e e ultima vez. deveis observar que o caldo dos applausos dos amantes das boas coisas, esteja em ponto de bala. até que com elle tereis a satisfação de realizar, preparando se possa formar um fio que esticado entre vós mesmas o saboroso boim-bom, uma gran- as duas mãos não se parta. de, apreciável economia. Verdadeiramente, Depois disso, as castanhas permanecerão o custo dos vossos ''marrons-glacés" seria ainda durante vinte e quatro horas nesse dez vezes maior, ou ainda mais, do que si fos- ultimo caldo. Resta apenas que as façamos seis buscal-os nas confeitarias. E o dinheiro escorrer e seccar colocadas numa grade ou que deixastes assim de gastar, podereis em- peneira. pregar — não é? ■— na compra daquelk Podeis, logo no principio dessa operação, lindo par de meias de seda que vistes hoje. pulverisar os fructos com assucar crystal- tentador, numa vitrine... lizado. Este assucar deverá conter qualquer essência, como a de baunilha ou de aniz. REVISTA FEMININA

Modelo do bellissimo tapete Smyrna — "As laranjas' REVISTA FEMININA Como deve 5cr feito o tapeie Sniyrna 1'odcreis, queridas loiUiras, preparar ein poiKas ho- Comegareis. ean segu da, o traballio, observando as ras um tapete "Smynia", egual ao desenho que indicações da figura desta pagina, damos ao lado. Este modelo, de delicadas nuances. Terminado o trabalho, convém o fixemos collan- omprestará ao ambiente caseiro uma nota de arte do-o fortemente com o auxilio de dextrina appli- frcsca c discreta. cad a no avesso.

.\ aguHia prompta a começar o trabalho .\ riíjiillia ])enetrou na tela até ao annel O modelo do tâ:p'ete a que nos Uma vez secco. dobrar os b ir- referimos, é de uma execução dos e forral-o para prote.gjr a faicilima que não demanda gran- coUagem. de gasto de tempo, ao contrario Para terminar, indicamo.; to- do que se dá, geralmente, com do o material necessário para os trabalhos desíe gênero. Vós a confecção deste trabalho: mesmas o julgareis- iniciando a Tela de Smyrna; lã e agulha confecção do tapete " As laran- devemos, nós próprios, escolher jas " e terminando-a depois de entre as que mais nos agrada- 25 a 30 horas apenas. rem. A agulha, no emtanto, pre- O panno-téla será fortemente ferida para isso. é a de nome " Minerva ". e.stendido sobre um bastidor qual- E eis ahi, quasi sem esforço quer ; o lado desenhado sobre o e por um custo relativamente qual vós trabalhareis (o avesso módico, feito um tapete de bel- do tapete) deverá ser natural- mente collocado para cima. lissimo effeito e de longa dura- A agulha é retirada. Formação da argola ção.

tridroil.

enOers

Aspecto do avésto da tela o lado direito, antes das argolas, tendo a agulha terminado seu mister REVISTA FEMININA Como ornoflienlar oosso lar Promessa é divida. Aqui estamos nós, teille", formando graciosos desenhos de ro- pois, para satisfazer a natural curiosidade sas bravas e cardos. que despertámos, no ultimo numero, em Decalcar os desenhos sobre e&tanho, fa- nossas leitoras, com a promessa de iniciar- zendo-se duplo traço nas bordas das folhas mos agora uma série de explicações sobre e nas pequenas escamas dos cardos. Estes, lindos motivos de decoração, em arte appli- cada, e cujos variados modelos já demos a como relevo, deverão dominar o das folhas; conhecer. quanto a estas modelaremos de diversos Damos começo a essa serie, ensinando ás modos, para evitar a monotonia do ccwijun- gentis leitoras o modo de se confecciona- cto. Tracem-se as bordas internas e exter- rem os modelo'S sob n. 3, isto é, dois bellis- nas com simples risco feito no avesso. Gol- simos pratos em estanho, ■■'dessous de bon- peiam-se os fundos, collocando-se o estanho RR\'ISTA FFiMININA

sobre um pedaço de zinco ou mármore. No Passar suavemente sobre o metal um pin- motivo das Rosas, incrutar "cabochons" cel macio e humido, impregnado de pó fino amarellos, de 9 m|m no centro das flores. de pedra-pome, para modelar a patina e Encher os vasios do estanho com solda ou obter partes claras no relevo do estanho. En- hetume fusível, que se derreterá em fogo xaguar em água limpa, deixar seccar e, em lento. Tirar, com um canivete, o excesso de seguida, esfregar o estanho com um pedaço betume, depois de soco. Patine-se com pa- de lã ou flanek, até que elle se torne polido tina estanso n. 18 e passe-se pasta Perfect. e brilhante. Assim preparados, os "dessous Fazer a montagem, que se obtém juntando- de bouteille" apresentarão o mesmo lindo se o estanho á placa de zinco. Pregue-se effeito dos objectos de prata. provisoriamente o estanho nas bordas da Como vêem as laiuCjras, nadti maiiS facíl fôrma, em três ou quatro lugares; a)baixar do que terminarmos um desses modelos em progresivamente o fundo com o mandril en- arte applicada. Iniciem, ixiis, a execução volto em panno. Quando o estanho tiver do trabalho que hoje lhes offerecemos e espe- completamente adherido ao fundo, terminem rem pelo próximo numero, onde explicare- de pregar as bordas e cortem com o formão mos outro não menos lindo e interessante curvo o exceso de metal. modelo. í" / rBanhos de mar-]

"De Paris^ acabamos de receber uma formosa collecção de roupas de banho, destacando-se os graciosos modelos de seda que maior efdfo alcançaram na ultima temporada balnear em Ostende. Cos fumes - Maillofs - Toucas - Sapatos MAPPIN STORES I REVISTA FEMININA

As dxAas coroas

Sobre as augustas frontes Que, cantando, faz se turbem do Monarcha — áurea, polida — As pupillas dos Monarchas; Refulge a egrégia coroa Pois duello que a um povo afflija Qual um sol de pedrarias. Afflige também aos- Reis. Como a opulencia irradia! Ninguém viu essa coroa Como seu explendor fascina! De quebrantos e vigilias, E como a grandeza attrae! Que não se usa, como as outras. Como ao povo maravilhai Em festas de cortesia, E vêem todos, todos vêem, Que opprime, porém, as frontes Na coroa magnífica, Augustas e as encanece Somente os. brilhantes raios Todos os dias de um anno, Das pedras finas e do mtro. Todas as horas de um dia?

Não sabem de outra coroa Desde Deus, todos os Reis Que mais pesa e menos brilha; A quem o mundo admira. Que não transmitte ambições Desde Deus, todos os Reis E que não desperta invejas. Cingem coroa de espinhos. Ninguém viu esta coroa. . . ? Pensar que nella se esconde Um pássaro negro, o pássaro ELENA DE MONTENEGRO Dos anhelos populares, RAINHA DA ITÁLIA. REVISTA FEMININA /l mulher e o voto

o que disse o deputado Bastlio de Magalhães a res- res e exercer todos os direitos, que outrora eram peito do projecto que ultimamente apresentou á apanágio do homem. Somente não é admittida nr Câmara Federal. serviço militar, ao qual apenas a vimculam os pres- Já nos referimos, mais de uma vez, ao projecto timos de enfermeira. Seria, porém, absurdo exigir apresentado á Câmara Federal pelo illustre deputado que fosse também conscripta para as armas aquella mineiro dr, Basilio d^' Masalliães, lendentc a con- que já paga. um imposto de sangue tão pesado com ceder á mulher brasileira o direito de votar e ser a gestação, o puerperio, a creação e a educação dos votada. Esse projecto occupa actualraente a attenção a (|uem o sexo e a organização politico-social impii- do poder legislativo, que o examina e o estuda. zcram o destino de soldado. Para encurtar razões: Homem de larga cultura sociológica e literária, — O ideal, que concretizei no vdtimo projecto apre- intelligencia lúcida e penetrante, o dr. Basilio de sentado á consideração da Câmara, da qual tenho Magalhães occupa logar de destaque entre seus col- a honra de fazer parte, já triumphou na maior parte logas do Congresso, sijnilo tiue o palpitante problema (Io mundo culto, c lia de tornar-se tambemi victorioso do voto feminino tornou agora conhecidas e apre- aqui. O meu desejo era e é que o Brasil não se ciadas suas raras aptidões de caracter e de cultura. •orne, a esse aspecto, uma nação retardataria. O Ao semanário carioca " A. B. C." que o entre- (lynamismo nas conquistas políticas é um phenomeno vistou, o illustre representante mineiro fez, a respeito que assombra pela rapidez com que se manifesta do momentoso assumpto, as seguintes declarações, entre os povos adeantados. Quando se agitou em que com a devida venia transcrevemos: nossa Constituinte Republicana ha 33 annos, a ques- — O meu projecto concedendo á mulher o direito tão do voto feminino, os partidariois da emancipação de suffragio e a elegibilidade foi um acto de cohe- palitica da mulher brasileira não' tinham senão raros rencia com e em que propuz o voto secreto e o exemplos a que soccorrer-se no orbe cultural. Veja- voto obrigatório, e no qual suggeri o alistamento se que rápido progresso fez o nosso planeta em tão compulsório dos funccionarios públicos. Ninguém curto espaço de tempo! Será pena si, em meio dessa ignara que ha hoje, em nosso paiz, graiiide numero marcha ascencional do universo civilisado, ficar o de mulheres empregadas em quasi todas, senão em Brasil estacionario, mantendo em escravidão política todas as repartições federaes. Abandonem as mulhe- aquella que, vencendo todas as resistências do homem, res esses postos ou vêde-lhos a lei; deixem de exer- já o domina em tudo e por, tudo! cer profissões liberaes; não sejam mais as compe- tentes, carinhosas e dedicadas mestras da infância, como são em todo o Brasil: — e eu pedirei immc- CONTRA A MODA DE PARIS diatamente a retirada do meu projecto. Do hebdomedario feminista " La Fraiiiçaiise", ex- PJiysicamente e psychicamente, a mulher não é trahimos os seguintes cammentarios: inferior ao homem. Dessa verdade, facilmente de- " Teremos de assistir a este descabiimento. Paris monstravel, resulta que, tanto ao aspecto criminal, deixando de ser o arbitro do bom gosto dosthronado quanto ao civil, só em pouco, e razoavelmente, dis- por Londres ? tingue a lei entre os indivíduos do sexo masculino e Verdadeiram^ente, seria uma catastroplie. E nos os do sexo"^ feminino. Assim é que, no casamento em parece nada possível que se possam:, noutro centro que vigora o regimen da communhão de bens, cabe que não o nosso, encontrar melhores e mais lindos a gestão destes ao homem. modelos de elegância feminina. Dois argumentos merecem ser considerados, dentre No emtanto, uma campanha se faz actualmente no as provas em que se estribam os anti-feministas. Um extrangeiro contra nossas modiistas, campanha que é o de que se desorganizará a familia, desde que a não dtevemos ignorar e que, saibamos olhar a verdade mulher troque o remanso doméstico pelo fragor das em rosto, não é completamente destituída de razão. lutas partidárias. A isso respondo que o sexo effe- Dizem, para além das nossas fronteiras, que as ctivo ha muito exerce immensa actividade extra- modas franicezas se tornam de uma indecência tal, lararia, na medicina, na engenharia, na advocacia, que já é tempo de procurar, em outra parte, guias no ensino, na burocracia, no balcão das casas com- um poMco mais reservados. Qlh! nós não nos enga- merciaes, nas estradas de ferro e nas fabricas,^ e, no namos, nós qiie somos do paiz. Sabemos perfeita- emtanto, ainda não se desorganizaram as famílias a mente que essas modas fora dos limites, as verda- que pertencem essas admiráveis heroinas do trabalho deiras francezas não as observam em absoluto, pos- mental ou manual. O outro é o de que não devemos tas a parte três ou quatro cabeças de vento e dois arrojal-a á voragem da politicalha. Mas, ahi, o que ou três novas ricas que estão convencidas de que não nos cumpre é transformar a politicagem em política, dão motivo para criticas, naquella sã política filha da moral e da razão, de Mas porque .se obstinam os nossos grandes costu^ que cogitava o patriarcha da nossa independência. reiros em crear modelos para a exportação, mais Ejtabeleça-se, como já propuz, o voto secreto, e a escandalosos, mais ousados que nunca, com a espe- mulher poderá dignamente accorrer aos comidos elei- rança de lisongearem a não sei que gostos de- toraes, onde então não mais haverá nem cabala, nem pravados dos seus ricos clientes extrangeiros? cacete, nem peita, nem punhal. E não i)ercel>em que á força de exaiggerar, elles De 54 nações independentes, 28 já deram ás mu- se arriscam, como aquelle heroe da historia, a matar lheres o direito de voto. E dessas 28 muitas ha que a gallinha dos ovos de ouro! permittem ás representantes do sexo affectivo assen- As nossas verdadeiras elegantes desdenham .suas to nas vereanças, nas assembléas geraes (Câmaras elooulbrações, e as muliheres sensatas dos outros paii- c Senados) e até nas curues presidenciaes de Esta- zes, julgando por estas loucuras, o estado mental de do, como acontece na grande Republica norte ame- todo um povo, estão em via de lhe retirar sua con- ricana. fiança em seus julgamentos. Quem examinar bem as múltiplas questões que Seria tempo, na verdade, que o bom senso e a justa *■* ' ,zem respeito a este importante problema, verá que m-edida retomassem seus direitos neste paiz, que foi mulher p^tlf normalmente cumprir todos os deve- por tanto tempo o seu". REVISTA FEMININA A s mãos musicaes

"A interpretação de obras para piano — comunaes, Saint-Saem justamente contrario; diz Mme. Marguerite Long — e mesmo, até, Debusy tinha os dedos longos, crispadois, de paginas modernas bem mais complicadas, nervosos; Alberniz, as mãos curtas e gros- é, em primeiro lugar o sas, e, no entanto, to- resultado do esforço, da dos elles tocavam admi- intelligencia e da sensi- ravelmente. Inlidade. O jovem pianista Pie- Eu por mim, não creio tro Mazzini que toca pia- que haja para o instru- no notavelmente com a mento de que falamos, edade de dez annos, tem mão, a que poderíamos as mãos grossas e qua- chamar ".mão typo". dradas." Conheci varias virtuo- A este respeito, M. ses, que possuíam mãos Fournies professor de as mais differentes posM- harpa no conservatório vel. de Paris disse o seguinte : Não se trata, assim, de "Para o nosso instrumen- "mãos", nem menos de to é preciso mãos nor- "alumnos", trata-se, ape- maes. Quando a mão é nas, de "temperamen- nniito grande, podemos tos". consideral-a "má". Tal alumno, com a O espaço que separa as mão na apparencia pesa- cordas da harpa está lon- da e tarda, poderá conse- ge, com effeito, de ser o guir um tal gráo de agi- mesmo que existe entre lidade na execução que os "toques" do piano ; on- outro com a mão normal nunca attingirá. de o pianista faz uma oitava nós fazemos E' um erro crêr-se que as longas mãos, com facilidade uma décima. os dedos ossudos e compridos facilitem a Si os dedos forem muito grossos difficil- execução. Os dedos "palmes", isto é, fecha- mente poderão passar entre as cord'as. Como dos entre si, se vê para o por uma espé- nosso instru- cie de mem- mento a mão brana, consti- ideal deve ser tuirão um de- fina, e peque- feito evidente. na. Mas eu, se- E para ter- ja como fôr. minar diremos persisto e m que o segredo minha opinião da virtuosida- de que a boa de não consis- execução d e te nesta ou uma pagina naquella con- musical de- formação das pende mais do mãos mas, aci- temperamento ma de tudo» que da acção na aplicação, puramente no estudo e no mecânica das temperamento mãos. Por isso se diz com muita razão que do alumno. Isso mesmo nos demonstram "a sensibilidade está na ponta dos dedos". muitos dos maiores virtuoses do piano, pos- Devemos notar, com effeito que si Chopin suidores de mãos pequenas e finas, mas nem e Lizt possuíam mãos magras e grandes, por isso deixaram de alcançar a perfeição Pugno, por exemplo, tinha-as pequenas e nas suas execuções. Si is^o não se desse, im- roliças; si as de Carlot são longas as de Dier- possível seria admirarmos a arte de Pedro ner são medianas; Risler tinha as mãos des- Mazzini, o gênio de mãos ■>eaueninas. REVISTA FEMININA O cultivo das flores

Os arbustos de ornamentação empreslam aos rosas "Ipines", "Príncipe Negro", "Fausto nossos jardins um aspecto decorativo, jxir as- Cardoso", "Cem folhas", "Princepinelle", sim dizer, permanente. Ao lado de uma folha- etc; e entre as trepadeiras: a rosa "Chorona", gem elegante, as rosas, os lilás, os jasmins, as "Ayrshire", "Boursauk", " Wichuraiana", as adhalias e glycinias, etc, etc. — para citarmos somente Os grupos de ro.seiras algumas entre as mais bel- (|ue dão diversas vezes las, — encantam nossos por anno, comiprehendem, olhos e embalsamam os como espécies de pequeno nossos passeiois. Abando- desenvolvimento: as de nados a elles próprios, es- "Bengala", as rosas Chá. ses arbustos se tornam, "Bourlx)n" e tantas ou- pouco a pouco, verdadei- tras. ras sarças, no interior dos Esta classificação, bem quaes os galhos e os ra- que rudimentar, é sobre- mos, bastante numerosos manepira neceissaria, para se cruzam e se entrelaçam. explicarmos a differença A poda permitte, quando do tratamento, quanto á applicada nos arbustos de época de applicação, a que ornamentação, mantel-os devemos sujeitar as ro- num perfeito equilíbrio de seiras de um e de outro vegetação e fal-os produ- grupo. Com ef feito, ao zir regularmente, cada an- Linda rosa, amarella-côr de cobre. Seu pé l)asso que as espécies que no, flores desenvolvidas e necessita apenas meia poda não produzem sinão uma sempre eguaes ao typo que só vez, dão flores apenas caracterisa cada espécie. Todavia, a poda deve nos ramos procedentes do anno anterior, as ser applicada segundo a natureza desta ou da- outras se cobrem de flores nos brotos nascidos quella planta, principalmente quando se trata no mesmo anno. Quer dizer que a poda destes de roseiras. deve ser effectuada á sahida do inverno, sendo Quando devemos podar as roseirasf — As que as oturas devem sujeitar-se a essa operação roseiras formam dois grupos, claramente dis- no decurso do verão, logo que comecem a flo- trnctos: o) as rescer. Agir de que dão flores outra fôrma uma só vez nesse caso, se- por anno; b) rá privar ;i aquellas cujos planta de um galhos estão completo e per- floridos diver- feito floresci- sas vezes por mento. anno. Cada um Num clima desses grupos excepcional- coimpre(hende mente suave, varias e s p e - pódewse come- cies, que po- çar a poda das demos dividir roseiras duran- em duas cate- Luiza—Catharina—Breslan", podada bastante curto, produzirá te o outomno; gorias: 1.") as grandes e limdas rosas Vermelho-desmaiados em todo caso, de pequeno de- nada se perde senvolvimento e que conservamos em estylos por esperar o fim do inverno, poiis, ao contra- ou em vasos; 2.°) as que chamamos trepadei- rio, os brotos novos virão a soffrer as conse- ras e cujos ramos alongados se prestam para qüências do frio e das geadas. guarnecer portões, pilares, columnas, etc. As- Como se effectua a poda — E' absolutamen- sim é que no primeiro grupo encontramos, te impossível fixarmos regras relativas á poda entre as espec'es de pequenas dimensões: as das diversas espécies de roseiras. No ermtanto, REVISTA FEMININA os princípios que se seguem nunca devem ser designação, estas roseiras devem possuir três esquecidos: 1.") assegurar á planta um bom longos ramos, susceptiveis de subir rapida- equilibrio de vegetação; não lhe deixar sinão mente: columnas, pórticos, paredes telhados, o numero de galhos necessários ao seu serviço troncos de arvore, etc. Torna-se necessário, de ornamentação; fazer coim que esses galhos pois, podar esses galhos apenas muito pouco, sejam regularmente separados, para receberem, cuidando daquelles que, tendo dado flores du- todos, égual quantidade de rante longo tempo, já se ar e de luz ; 2.") retirar toda acham gastos e cançados. O a parte sêcca e improducti- mais simples para *isso é va, e assegurar cada anno de vez em quando e si pos- a reno-vação do conjuncto sível, destacar os galhos e florescente, supprimindo OíS voltar sua ponta para o velhos galhots que, cançados, chão, enterrando-a. Suppri- não podem dar sinão flor- memrse em seguida os ga- zinhas insignificantes. 3.") lhos muito velhos (três ou colher as rosas de accôrdo quatro annos), cortando-os com o vigor de producção junto á terra e occupa^se o da roseira, e não deixar que logar vago com as mudas os galhos fiquem fortes e ■■»tStíi«»Hlíí.">tí.< novas e vigorosas. longos; pequenos, elles da- Os galhos cortados, em jtmmtatm >»»' rão menos flores e, por isto, numero de três ou quatro ',«fl«»( Sttí estas serão mais bellas. somente, por tufo, são sim-

Roseiras pequenas, de "SflttVlf plesmente apontados em sua uma só haste — Tendo-se extremidade, assim como os em vista os princípios pre- seus ramos. cedentes, podar-se-ão as ro- Quanto ás roseiras chama- seiras peciuenas, de uma só das "Choronas", de longas iiaste: 1.") em 3 ou 4 cen- hastes, é conveniente tam- timetros, para as variedades bém respeitar o tamanho de de vegetação fraca; 2°) 7 seus ramos; ao contrario, Carramíuichel rústico, elegantemente reco- a 10 cms., para as de vege- berto l;; rosas trepadeiras perderá ella todo o motivo tação média; 3.") emfim, de de ornamentação. Sua poda, 20 a 25 cms. para as variedades vigorosas ou por isso, dever ser feita apenas ligeiramente. excessivamente vigorosas. E' considerada como E esta virá em seguida ao florescimento. [xíida excellente a que cuja linha se diVije, em Diversos arbustos — Da mesma fôrma que cada ramo, de dentro para fora. Pode-se. no as roseiras podem ser classificadas, os arbustos emtanto, fugir a essa regra e isso quando vir- que dão flores, tão vantajosamente cultivadas mos que no interior da roseira existe vegetação no jardins e nos parques;, inepartem-se em em abundân- duas catego- cia, desagradá- rias: l.o) a- vel á vista. quelles cujas Cortam-se en- flores appare- tão os galhos cem no verão anteriores, ob- e no outomno, servando - se, de um mesmo t o'd a V i a, a anno; 2.") os mesma regula- que, cujos ra- ridade, mos nasceram Lembremos no anno ante- que as rosei- rior, florescem ras novas, do na primavera. gnipo "Pem- Esta linda roseira, podada moderadamente, se cobre de vistosas flores côr de arabar Ao primeiro strana"y de'lin- grupo, deve-se dos tons laranja e cobre, tidas como as espécies podar durante o inverno, removendo-se os ga- mais bellas, não devem ser podadas sinão muito lhos seccos, de modo a arejar a plantí. Para lx)uco; um rápido aparo dos ramos e a sup- com o9 do segundo grupo, devemos ter o má- pressão dos galhos sêccos, é muitas vezes suf- ximo cuidado e toda a observação. Supprimir fi ciente. suas flores já murchas e afastar os galhos Roseiras trepadeiras — Segundo sua própria muito unidos. / REVISTA FEMININA

Os arbustos de folhagem ornamental — duas vezes por dia, quando haja sombra, isto cyprestes, pinheirinhos, etc. — dveem ser po- é, de manhã e á tarde. De dois em dois ou dados apenas quando tenham attingido seu de três em três mezes, não será inconvenien- completo desenvolvimento, ou siinão quando te cobrir o grammado com uma camada de desejarmos dar-lhes uma forma regular harmo- terra escolhida, de preferencia a cliamada niosa. Em ge- roxa. Desta ral, este "apa- fôrma, a gram- ro de elegân- ma virá mais cia" é, por si abundante. só, sufficiente Aconselha- para que o ar- mos ainda, pa- busto se man- ra o embeJle- tenha, durante zamento dos todo o anno jardins, as vio- num estado de letas e os ge- vegetação ranios. Cada perfeito e re- variedade, jx)- gular. rém, em um De uns tem- canteiro. As- pos a esta par- sim, o trato te, com a pre- será mais fá- ferencia por cil e a belleza todos dispen- Nas roseiras "de espinho'*, 09 ramos novos c vigorosos são conservados em apparecerá me- sada ao estylo todo o seu comprimento lhor e menos) chamado "jar- ataviada. dim inglez", isto é, o jardim formado apenas E' que a discreção, a sobriedade constitue de arbustos, grammas, roseiras e folhagens, hoje a nota característica da elegância dos nos- dispostas de longe em longe, sem exaggero, os sos jardins. tufos graciosos de verdura invadiram completa- No emtanto, e entre parenthesis, parece mente os nossos jardins, dando-lhes ivm asjie- incrível que a Moda, não satisfeita com di- cto agradável de elegância e sobriedade. E na rigir (e não é i)ouco) os requinte.s- das toi- verdade, mesmo sem o au- lettes femininas e tam- xilio nem sempre indisiien- bém masculinas, cxten- savel doS' craveiros e das r deu seus domínios até aos ■ roseiras, os arbustos "en jardins, a elles impondo touffe" constituem uma desenhos bizarros de can- bellissima e encantadora teiros, ramagens, folha- moldura das nossas resi- gens austeras, elegantes, dências — desde a casa flores exquisitas, mais de campo, alegre e des- perfumadas umas, e mais pretenciosa, até aós pala- coloridas outras. cetes orgulhosos e impo- Pois não acham as nentes. gentilissimas leitoras que Como dissemos, o gram- as flores, por mais extra- mado occupa logar de des- vagantes que s£Jam, por taque nos jardins moder- mais pobres de perfume nos. Nem sempre, porém, e de colorido, sempre são estes podem comportai os flores e jamais deixaram do tamanho que era para de merecer um cantinho se desejar, pois geralmiente nos nossos jardins? Que o espaço é pouco e dimi- maldade! Desiterram-se nuto, mal dando abrigo a Muito decorativo, o alfeneiro luzente, fôrma quasi todas as pobrezi- dois ou três pequenos can- verdadeiros globos de verdura intcrcaludos nhas e levanta-se um teiros. Quando, porém, de flores throno ao grammado e á isso não se der, deve-se folhagem». Não está di- ter o r'iximo cuidado no trato e na conserva- reito. E' o caso de fazermos como aquella ção Cl. gramma, principalmente nas quadras archiduqueza russa, que mantinha em seu do anro em que, como agora, a chuva é pouca palácio dois jardins : um para as rosas e sua e o sol é muito. Devemos, pois, molhal-a com corte; outro, para as humildes florzinhas abundância (si as torneiras o pcrmittirem.. .) sylvestres, encantadoras na sua modesitia... REVISTA FEMININA

Não abras os teus olhos para Não ollies! Para que? Vês? a Estio! manhã é límpida como um olhar de Depois virá o Outomno, o Ou- creança, O céo é azul e tem o mes- tomno quie amarellece as folhas e mo sorrizo que o jirvoredo tem: Nâo olhes/.,. os corações, deitando sobre ellcs um sorriso de felicidade. cinza de luz e cinza de tristeza. A primavera que é a melhor das Não abras os teus olhos para o Outomno! fadas porque é a mais tolla de todas, andou esta E pouco adiante encontrarás o Inverno. Este aé.it espalhando margaridas que pelo camipo afora é o mais triste, porque envelheicendo, guairdou todas parecem estrellas pallidas, a sonhar cora as alturas as amarguras dos outros sem conservar dos outros donde cahiram. a alegria. Esta é a vizão mais doce, e a mais profunda, Não abras os olhos para o Inverno! Guarda-a em tuas pupilas ingênuas e fecha os olhos sobre a vida antes que o desengano mate para sem- Para que? Toda a felicidade é não ver as pre o sotnno dos teus olhos . _ „ _^-^- realidades que se erguem como Desce as tuas palpebras sobre ameaças de um lado e de outro do lísta vizão imaginaria e segue. teu caminho. Primeiro virá o Estic. Olha a vizão da manhã lumi- Virá com braçadas de rosas e nosa, que ficchaste em tuas pupi- ck passionarias. E diante de ti, las, quando vias a manhã como no caminho, ha de se erguer derc- um olhar de creança! pente a labarwla das paixões. Olha para dentro de ti! E' a única maneira de veres a Luz sem a muldura trágica da Sombra!

--V REVISTA FEMININA Os olhos d'Alma

CONTO POR GUIDO GOSANO

Eram os namorados clássicos: cila, dezoito annos, Mas no dia seguinte não partiram. Clara não elle pouco mais de vinte. Paulo e Virginia em hábi- poude deixar o leito; sentia um máo estar, um aba- tos modernos. Elle, Cláudio Santeri, era orpham e timento, que augmentaram durante o dia. A tarde rico; ella Clara Ribandi vivia, só, em companhia da teve febre altíssima; durante a noite delirou O me- mãe. Ambos eram filhos únicos e ainda parentes dico, estava perplexo Este estado manteve-se por um pouco longe. dois dias. Ao terceiro, o medico, solenne, declarou, Xada no mundo os líoderia separar — juravam os que se tratava de um caso de variola. dois. Clara não soffria. O delirio e o letargo, sticceden- Mas sobreviera a guerra, e a separação fe?-se. do-se, tiriham^na presa em suas garrasi poderosas. A quem um mez, um armo antes lhe fallasse na Passaram-se três semanas de trevas e de chammas, possibilidade daquella separação, Clara teria respon- até que um dia, emquanto cahia o primeiro aguaceiro dido com duas únicas soluções: a morte ou a lou- de Setembro, Clara, como quem desperta de um cura. No entanto, nem o túmulo nem o manicômio. sonho, contemplou com olhos conscientes, olhos bem O facto incrível realisava-se e ella o supportara nus, as figuras do teeto; baiíxando o ol'har vio o com uma espécie de fatalismo letargico. Quando, roupão que a envolvia, decorado comO' que de pay- passado tempo se convenceu de que aquillo não era sagens phantasticas; ouvio um gorgeio de pássaros, um pesadelo, mas «im a realidade irrevogável, sua um vozear de mulheres na rua, e ao voltar leve- alma possuía já a sufficien- mente a cabeça, deparou te firmesa para reagir. com sua mãe que a velava, Agora vivia de noticias. em silencio. Tentou levar O correio era-lhe mais ne- as mãos ao rosto. .. cessário que o pão de cada — Não, filha!... Não dia. Quando uma das car- loqiK no rosto. . . Este ap- tas que Cláudio lhe escre- parelho... eu te explico... via diariamente se extra- são as compressas de pla- viava ou atrasava, Clara tina. Todo o perigo pas- tinha a impressão de que sou. .. mas não te aggi- lhe faltava o ar. tes... acalma-te... eu te Vivia de esperança 'o de exijlico. .. illusão, e cxlranliava ir Clara alhava a mãe com voltando, invensivelmente, um crescente terror nos aos hábitos consuetudina- olhos dilatados. rios, de poder, ainda, pe- — Eu te explico... não nar na primavera que che- foi, propriamente variola, gara — cm trocar de " toi- o que tiveste. .. foi uma Icttcs", de retribuir a vi- espécie, mas l>enigua. .. das sita de alguma amiga in- chamadas bexigas loucas... tima, de dedicar algumas A mãe mentia e sorria horas ao espelho. como só as mães o sabinn E os dias passaram; pas- fazer. saram as semanas, os mc- — Por isso, e para evi- zes. Clara voltara, aos pou- tar o maior pequeno si- cos á calma habitual; ali- gnal é que se te applicou mentava sua esperança com esta pequena mascara. O calcidos subtis sobre o especialista vom duas ve- tempo que fugia, sobre o zes ix)r dia... O espelho? termo médio dos sobreviventes, sobre a clemência Ah! mas nem penses em semelhante coisa! de uma paz imprevitsa. Clara não.era valorosa; não Illudida, tranquillisada, Clara sorria com os olhos. a consolavam as attitudes espontâneas; sentia-se in- A mãe mostrou-lhe um maço de cartas: toda a capaz de um gesto horoico; vivia a sua vida de correspondência de Cláudio durante aquelle mez. pássaro assustado sob o furacão, e só sentia laggi- — Resix>ndi por ti; dei noticias tuas duas vezes tar-se dentro de si, o seu grande amor, aquelle amor por dia. reciproco, aquelle amor ardente como um facho ba- Clara, com um tremor nas mãos abrio a pruneira, tido pelo vento da anciã e da impaciência. — Devagar, minha filha... não te fadigues — E E a primavera passou. Veio o verão torrido. Clara, a mãe sorria, mas o seu olhar era ■ um tac'to grito apezar das insistência da mãe não quiz abandonar á de desespero. cidade. Mas a c.dade era uma fornalha. As avenidas, os jardins ardiam aos raios do sol de Agosto; e foi ella mesma quem certa tarde disse á mãe: — Tens razão. E' necessário partirmos. Sinto a cabeça como que cheia de chammas... — Mamãe, sinto que estou curada. O dr. podia Creio que tenho um pouco de febre. liispensar-me dgumas horas deste sacrifício horrível E essa tarde não jantou. da mascara. — Partiremos amanhã, respondeu a mãe, in- —■ Na semana que vem. Disse-mo agora, antes de, díueta. sahir. REVISTA FEMININA

Clara começara a inquietar-se. Como todos os doen- mãe com uma calma que aterrorisou a pobre se- tes vigiava rigorosamente em torno de si Porque nhora. ^^ .haviam retirado das paredes todos os espelhos? —■ Que fazes, Clara? |' Ouvio, também, varias vezes, um munmaario de — Partiremos immediatamente. vozes abafadas; eram o medico e sua mãe... — Mas não é possivel!... Tu, tão fraca ainda!... Pairava-lhe em torno um ambiente de raysterio... — Sinto-me forte, mãe. Então, um dia teve a astucia rebelde, a rapidez E sem a menor perturbação na vóz, ou no gesto, febrina do desesipero; antCb que o dr. e sua mãe a moça tomou o livro de horários de trens, mormu- pudessem dar um passo, Clara arrebatara de sobre rando o nome do lugar desconhecido... labello.. . a commoda um pequeno espelho. Província de Udine... Ha um expresso às 6 e 40, — Não!... Clara, não !... escuta!... entra... — Deixe-a, senhora... — atalhou o medico — tal- E lia, serenamente, emquanto a mãe a contemplava, vez seja melhor assim... de resto, este momento IJvida de assombro. tinha que chegar. ♦ Clara já não ouvia nada. Tomara o espelho com * ♦ ambas as mãos e contemplava-se em plena luz. Mas, quando viu reflectida no cristal aquella mas- Não verteu uma lagrima durante toda a longuis- cara disforme, aquella única sobrancelha, aquelle na- sima viagem. Foi a mãe quem chorou, de quando riz, aquella bocca estropia- era quando um pranto suf- dos, rodou sobre si mesma focado e doloroso. como fulminada, indo ca- De vez em vez mormu- liir nos braços da mãe, que rava, como para se justi- soluçava. ficar : — Já estava perdido pa- ra mim... O destino ! Já o não temo porque não — Bem sei que te não posso soifírer mais do que conformas. Não! Não ha soffro... consolação para nós, mi- Chegaram ao lugar on- nlia filha!. .. estava o ferido, por um — Mamãe, só ha uma crepúsculo frio e nebulo- grande verdade no mundo : so, conjpletamente exaus- por muito que se soffra tas. sempre iKxieremos soffrcr Um soldado acompanhou- mais!... as ao longo dos corredores Só hoje a conheço... 2 das galerias. Clara não — Mas o affecto de podia ver a dor e o sof- Cláudio... frimento que andavam em — Ah !... não me fales! torno; não via, não ouvia Tem pieda

A MELHOR TINTURA PARA OS CABELLOS Não mancha — completamente inoffensiva — Cada tubo acom- panha um prospecto com instrucções para sua appiicação. Pelallna Preço pelo Correio registrado, 12$S00. Á BASE DE HENÉ PEDIDOS A ESTA REDACÇÃO. / REVISTA FEMININA No mysteríoso paíz do "Negus tt o CHRISTIANISMO NA ABYSSINIA

A Abyssinia foi um dos paizes que primeiro minando e é curioso observar a este respeito co- abraçaram o christianismo que conserva, até hoje, mo o christianismo etiope associa a tradicção bí- embora sob a fôrma herética do rito copta. blica aos symbolos da nova fé. E' assim, que a De facto, data de meados do século IV a con- grande festa annual de Hedar-Sion, commemora, versão da Etiópia ao christianismo. simultaneamente a chegada das Taboas da Lei O piedoso Frumencio, natural de Syro, que a Egreja Catholica mais tarde incluio no numero dos seus santos, foi no anno de 350 (D. C.) ar- rojado por um naufrágio ás costas do Aíar Vermelho. Acolhido com bene- volência pelo rei etiope El-a-Mieda cm sua corte, iniciou logo o seu apos- tolado, e tamanho foi o seu zelo, que poucos annos depois os soberanos gê- meos Abreha e Arbeha ,pediam a Frumencio o baptismo, no que foram imitados pela quasi totalidade da po- pulação. Frumencio, porém, não se atreveu a ministrar-lhes aquellle sacramento posto que não recebera ainda as sa- gradas ordens. .Mas, desejoso de re- matar obra tão bem começada, diri- , giu-sc a Alexandria obtendo, alli, do patriarcha da dita cidade, o vene- ravcl Santo Atanasio as sagradas or- O mercado de Harras, durante uma festividade religiosa dens. Desde essa rc'mota data a chris- tianisada ^Abyssinia não deixou de elevar san- a Axuma e a dedicação da primeira egreja chris- ctuarios á religião por cila adoptada. Em ver- tã, á Virgem Maria. dade, a tradicção fizera já de Axuma um ccji- São numerosos os sanctuarios christãos dis- tro religioso. seminados pelo vasto Império etiope, e mais nu- Segundo a lenda, Menelik I, filho de Salomão merosos seriam, ainda, sem as invasões musul- c da rainha de Sabá, depositara no templo da manas que em varias épocas assolaram o paJz, en- vdha cidade etiope as taboas da lei, roubadas em carniçanido-s-e, principalmente contra as funda- Jerusalém pelos levitas que Salomão dera ao ções religiosas. Particularmente interessantes en- príncipe por companheiros. tre os templos antigos que ainda subsistem hoje A julgar pelos obeliscos que ainda subsistem cm em dia na Abyssinia, são as onze egrejas daiS mon- Axuma, assim como pelas ruinas do templo de tanhas de Lasta, fundadas pelo santo rei Lali- Jeha, cujas magníficas pedras, polidas e ajunta- brela, no scculo XIII ,sob as seguintes invoca- das, trazem a marca dos operários de Luxor e ções : do Salvador, da Virgem, da Cruz, das Vir- lie Karmak, Axuma converteu-se para logo em gens do Sinai, do Golgota, de São Manoel, de um dos centros de culto dos Tolomeos. No em- São Gabriel, do Libano, de São Mercúrio e de São tanto as tradicções judaicas continuaram predo- Jorge. Mas de todos os sanctuarios da Abyssinia o mais famoso, era, sem duvida nenhuma, o convento de Mcr- tulé^Mariam ("Tabernaculo de Ma- ria") destruído durante uma das tan- tas invasões musuilmanas, e próximo a cujas ruinas, edificou-se, já em tentpos modernos, outro mosteiro em estylo architectonico próprio do paiz. O "Tabernaculo da Maria", com- pletamente circular, apparece ao via- jante como um gigantesco ninho de águias sobre uma rocha a pique, do- minando completamente o vallc do Nilo Azul. Como a maioria dos mosteiros abys- sinios, goisa elle do direito d'e asylc c de uma absoluta autonomia. A autoridade civil não iimpõc alli uma vontade pois que os monges só Peregrinos etiopes (em sua maioria, guerreiros) trajando uma toga ao reconhecem quer no espiritual quer no estylo romano, durante um cortejo religioso temporal a autoridade do prior. REVISTA FEMININA A Egreifl está viODoda Ha muitos séculos já a inveterada inveja de Sa- inferno se olha para os peccados v«niaes. Os dia- tanaz piela Lei Suprema achava-se reconccntrada bos do Orgulho e da Soberba, especialmente, dcs- num único objecto. presaram-no, vendo nelle uma ridícula caricatura Entre as homenagens que dos homens recebia de si mesmos... o Senhor, não eram precisamente a adoração e as No entanto Lucifer tinha por aquelle diabinho cerimonias religiosas as que mais irritavam Lucifcr. de aspecto quazi gracioso uma particular estima. O que o deixava furioso era a himenagem delica- Mimava-o como a um ser pequeno e delicado, da dos sacrifícios sabendo-o de res- ignorados, da pe- to, insubstituível nitencia obscura. para determina- Assim, toda a das missões d: vez que deparava confiança... com um fiel fla- O demônio da gelando o corpo, Vaidade com a ou espiritualisado petulância p r o - pelo' jejum, fugia pria das creanças com prestesa da- mimadas assegu- quelle e&pectacu- rou a Satanaz !o para elle into- que neste assum- lerável. pto de jejuns e Muito trium- penitencias, o seu p h a r a Satanaz triumpiho seria com os banque- cento. tes excessivosi; o qule não consiguí- ra nunica foi que Dirigio-se o dia- as reniuTUciassfem binho á Terra. pelo jejum... Sua primeira me- E era precisa- dida foi soprar mente o jejum o aos ouvidos de que mais inveja todas as jovens lhe causava... de bom gosto, o No entanto che- desejo da linha gou uma éjpocia esbelta. em que seus sub- E si antigamen- ditos Ihfí trou- te todos os ma- X e.r a m noticias gros se aòarrota- mais animadoras: ram de alimentos "Váe dcsappa- substaniciaes para reccndo do mun- adquirir um aspe- do a penitenciaria, to robusto, agora diziam-lhe; " qua- todas as mulheres zi ninguém jejua cujo peso ultra- mais", "já nin- pasasse os cin- guém mais se coenta kilos e flagella". todos os homens Isto dera-lhe u- que fossem alem |na alegrial mo- dos sessenta mentânea; mas s u p p rim a m os logo a inveja re- pratos succulen- nascia ntelk e tos e começaram gritava: a ingerir as maiis " Algo c que estes hábitos se supprimam mas o abomináveis drogas. certo é que nunca se praticaram em sua honra". Mas Lucifer era exigente: "os homens sie Por fim reuniu Lucifer em sieus antros uma mortificam nas suas comidas, dizia elle a seu au- espécie de congresso ante o qual declarou o que .xiliar — mas quem é que se cança por ti e por o amargurava. mim ? Houve um silencio torturante. Esqueceste, acaso, aqui:llas duas peregrinações? Os demônios odeiam por instincto o jejum e a Debaixo de sol e de chuva lá iam os peregrinos penitencia e teriam proferido não intervir em a longes terras, para a adoração a algum santo. semelhante discussão. Obtler os desejados caminhos foi coisa mais Ergue-se, porem uma débil voz quie disse: "Dei- que fácil ao diabinho da Vaidade. Bastou que xa por minha conta, Lucifer, este caso e prometto- demonsitrasse aos amigos da lirtha a excellencia te que a humanidade te honrará, com o que tanto daquelles exercicios. desejas... " Mas, fazel-os caminhar é pouco, — diss^e elle Todos os demônios dirijiram um olhar de des- a alguns collegas — vou fazel-os saltar. peito áquelle que assim fallava. E os demônios da Burla e do Despeito hu- Tratava-Ste do mais insignificante dos diabinhos: mano riram ás soltas pensando na grotesca fi- O pequenino diabo da Vaidade. Era este olhado gura de toda aquella grande multidão a saltar, pelos mais diabos com o despreso com que no a saltar... ,

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E o demônio da Vaidade cotiseguiu também isto. "Qualquer que seja sua ■ physionomia, porque Em suas residências, viaim-se depois das refei- não será a Sra. formosa? Consulte fulana, rua tal, ções centenas e centenas die respeitáveis pessoas n.° tanto". "Em dez sessões com,proimeto-m(e a dando os mais inverosimieis saltos. Saltava-m deixar seu rosto perfeito'. Angielica". Mas não como as creanças saltam na corda, contando pe- pararam aiqui as victorias do diabinho, |to.iis em nosamente, um, dois, três, quatro, etc... breve appareciam outros avisos mais explícitos Isto tudo acompanhado de suspiros e gemidos que os primeiros: "Aqui se esterilisa, se passa, se de cançaço; mas era muito perseverar. suavisa, se parafinisa, se corrige e se pinta o rosto. E o demônio da Vaidade conseguiu, sem gran- Trabalho esmerado e garantido por um anno." de esforço, cem, cento e cincoenta saltinhos... " Bem, bem, gemia Lucifer, sem poder dissi- "Quero chegar aos duzentos" dizia comsigo mes- mular sua satisfação. Mas é preciso não esiquecer mo ; e chegou aos duzentos. os penitentes que vestiam quer no Verão quer Não contente com isto suggerio ás suas vi- no Inverno a mesma roupa; nem as formosas ca- ctimas a necessidade de rolarem pelo solo como belleiras, louras ou niegras que se sacrificavam..." barricas e mil outros suplícios quie escaparam á imaginação dos antigos plenitentes. , * O diabo' da Vaidade estava plethoriamente cheio de si mesmo, isto é de vaidade. ■ ♦ . * Correu aos profundos antros do inferno 'jul- gando que ao chegar, carregado de tantos Ipuros, " . Ora,.estavam as coisas, neste pé, quando um dia seria recebido cm triumpho. ,r;!| ao passar o diabinho em frente a uma egreja sur- Mas tal não se deu. > %■'■ prehendeu esta conversa entre dois anjos: Seus companheirios, cheios de. inveja .receberam- no em silencio. Quanto, a' Lucifor, já por não sier .— Bastará?—perguntava um dos espíritos ce- lestes. Ou até quando concederá o Senhor inteira a gratidão sua qualidade predominante, já por se achar de péssimo humor, o caso é que se re- liberdade de acção ao demônio da Vaidade? O es- solveu, furioso, em seu assento, não ligando ao pectaculo que sob o seu dominio apresenta o mun- diabinho a menor . importância o que immensa- do enche-nosi de, aflição. E' triste ver os h0'mens mente o enfureceu. imporem-se tão duras penas por uma miesquiriha e Sempre preocupado por uma idéa fixa gritou tão problemática recompensa neste mundo e ne- para seu assecla : .41, nhuma no outro! — Jejuara, acaso? Tanto resmungaram os homens contra às peni- Tudo isso que nos contas são brinquedos de tencias impostas pela egreja', que era necessária creanças. Obfiyeste, é certo, que se privassem de esta lição. guloseimas. Mas eu quero, aquelles jejuns de qua- E' hora.' de. dizer ao, demônio da Vaidade : Bas- renta dias. Ou já te. esqueceste das Quaresmas ta ! a Egreja está, vingada". que tanto me desesperam? Ao ouvir esta ultima. palavra, dieta com nobre Incitado por esta cólera e seguro já, pela expe- gravidade, o diabinho rctorceu-se furi::,.so e enver- riência, de tudo poder obter, o pequeno, demô- gonhado. .'Vssim, não tinha clle feito outra coisa nio voltou de novo á terra desejoso de unia vez sinão servir os desígnios da providencia? Todos por todas deslumbrar seus companheiros. os triumphos oljtidos não eram mais que um mi- Pouco depois o jejum foi de rigor entr;c os que sericordioso castigo, uma lição dada aos homens? queriam conservar, , recuperar, ou adquirir a am- Trabalhara, enufini, ape^nas para vingar a Egreja? bicionada linha. Cheio de despeito o demônio da Vaidade renun- E o malicioso diabinho voou de novo ao reino ciou — até nova ordem — aos muitos projectos das trevas gritando: que ainda trazia em iniente: o fazer rapar as mc- Já jejuam! Comem uma viez por dia e tão lenas, dormir sobre milho moido, rolar sobre um pouco que dá pena! E este jejum dura não qua- chão de ortigas e mil outras engenhosidades do renta dias mais o anno todo." gênero, que teriam por oibjectü dar brilho ás pu- Desta vez Lucifer creou para seu prjeferido pilas, fazer crescer as pestanas e devolver a mo- uma condecoração, nunca dantes concedida no in- cidade. E estava certo dle conseguir tudo isto e. ferno. E' de imaginar o que isto envaidecia o outras modas,; mais que talvez não tardem a ap- demônio da Vaidade. parecer nas cidades verdadeiramente civilisadas. Mas entre os outros; demônios isto causou pie- nosa impressão e uma furiosa onda de inveja que estalou nestas palavras : DELFINA GALVEZ. — O jejum! E' um acto negativo. Que nos tra- gam factos positivas. Onde estão os cilicios e as flagellações dos velhos penitentes? Isto só se fiez em adoração a Deus! Dois galantes pequerru- * * chos : E o pobre demônio da Vaidade não tinha um minuto de descanço. Como resutaldo de seus novos AUGUSTO traballlios viram-se as cidades cheias destes letreiros: e "Mascaras faciaes" "Cintos de reducção". JOÃO ANTÔNIO, E exhibiam-se aparelhos de toda espécie já para afinar o nariz, o pescoço, os braços, já para tirar filhos da sra. dr. Au- a papada oti reduzir o talhe. Não superava tudo gusto de HoHanda, i.-ito os antigos cilicios? lí o demônio da Vaidade esfnegava as mãos. nossa representante em íViiuipalmente ao ler de quando em quando nos

Mas o pombinho, —■ uma bola de pennu- cia das estrellas, construiu uma grande arca gem macia e cor de rosa — abriu os olhitos para salvar a sua familia e todas as espécies de azeviiche, cheio já de uma nobre malícia, de animaes que sem ella se teriam psrdido. viu o espectaculo amável de seus pães e visi- E o velho homem passou quarenta dias nhos, que, aos pares, trocavam caricias in- com, os seus, recolhido á casa até que em- nocentes, com esse rum-rum tão profundo, fim cessou de chover. . . tão intimo, tão idilico ■— Mãe — interrom- como um fio de agvia peu o pombinho ■— a correr entre a her- porque é que as pom- va fresca, banhado á bas não se salvaram luz macia do luar. '1 subindo ao céo pela K diante do recém- escada luminosa de nascido eternisava-se um raio de sol? pelo dia adiante todo —■ Porcjue as nu- aquelle amor do pom- vens tapavam esse ca- bal, que era branco minho, meu filho. por fora e purpureo — E' verdade... con- por dentro. Recipro- tinua. camente saudaram-se — Finalmente ces- as pombas, uma gen- ". - ,■ ,.,.<*, ' sou de chover. E o ve- til reverencia, um in- lho homem para saber clinar gracioso e leve do collo, um cumpri- si a terra continuava inundada ou não, bus- mento galante e amoroso. cou uma ave que soubesse dizel-o. Pensou, E o pombinho estendia de dentro da pa- assim, na pomba, logo em seguida a ter ex- lha tibia e suave, o pescoço mal emplumado perimentado o corvo... ainda para gosar o espectaculo das cores e — E porque pensou na pomba? das paixões, e notou a ingênua vaidade da — Não sei, meu filho. Da primeira vez a pomba "Mimi" a quem Anna Maria enfeita- pomba voltou logo. A face da terra estava ra com uma fita azul. A principio — pobre- ainda encoberta pelas águas. Passados sete zinha! — desespcTava-se, debaitia-se, como dias tornou o velho a envial-a, e a pomba si a fita a quizesse estrangular; mas sem "voltou á hora da tarde, e trazia no bico duvida, indo beber um ramo de olivei- ao pequeno tangue ra". num momento em O, homem da ar- que a água estava ca, cheio de vaida- parada e clara co- de, tomou aquelle mo um espelho, viu obséquio que a sua imagem refle- pomba trazia para ctida alli, com a fi- as suas irmãs. De- ta ao pescoço e o certo, julgava que céo azul por fundo, o ramo de oliveira e desde então su- era para elle. portou resigna- Por isso, da vez da, aquella leve seguinte em que a l)ressão do laço e enviaram á terra a mesmo sem ter se- porriba não voltou. de não sahia da beira do tanque. Entre esta Quanto á arca, com o baixar das águas e outras scenas galantes do pombal, ia cres- encalhou junto a um monte. cendo o pombinho, que ás vezes, para dormir O pombinho dormia e sonhava com o pedia á mãe que lhe contasse um conto. conto. Ora, certa vez a mãe lhe fez esta narra- tiva: — Ha muitos e longos annos, antes mes- mo de teus avós terem nascido, cahiram Passados nove dias, era uma manhã 1; umas chuvas tão grandes que inundaram to- minosa, uma manhã pura e tranquilla, h: da a face da terra. Um velho homem muito monioisa de silencio e cheia de perfume intelligente, que talvez conhecesse a scien- O pombinho já crescido, e cbeio de orgr.i REVISTA FEMININA i CONSELHOS A'S MÃES PEDAGOGIA PRATICA MODERNA Por MADAME FESTOYER

COMO DAR ORDENS A'S CREANÇAS resposta. Não se permitta que as creanças jul- guem que suais palavras têm influencia na dleci- Evitem-se as insinuações quandoi quizermos dar sãj3i dos pães. Nem se permittirá que ellas entrem uma ordem aos nossos filhos. Não &e diga "Eu cm argumentos que apoiem suas aspirações. quizera ter isto ou aquillo", mas sim "Tragam-m« tal ou tal coisa". E evitem-se as queixas e la- AS AMEAÇAS mentações, porque assim, como uma attitude de espectativa favorece a obediência, tambeín um ton de voz dúbia auxilia a desobediiencia, em quasi Pôde crêr-se que quando se vê a necessidade todos os casos. próxima de se castigar uma creança travessa, bas- Não devemos dar ordens em voz alta e ameaça^ ta quie o ameacemos, para evitar o motivo do cas- dora, que só serve para irritar as creanças, pre- tigo. Porém, tenhamos em conta que as ameaças dispondo-as aisisim á diasioibediencia. Falle-se com são tão más como os próprios castiglols. As pala- v!oz firme, porém tranquiMa, no mesmo tom, e vras hostis, não ha duvida, provocam amargos isto auxiliará não só os pequenos a nos obedece- pensamentos e tristezas. Uma creança intelligente rem, m^s_ também a conservarem bom gênio, cal- que passe sua vida soffriendo castigos ou ameaças mo e pondierado. que lhe impõem seus pães, não poderá descnvtij- ver seu caracter sobre bas(es elevadas de moral, ,c quando se torne homelm se orientará na vida pôr ARGUMENTAR E DISCUTIR uma grande apathia sem forças para tentar os nobres ideaies que conduzem as almas á grandeza. Não se deve entrar em argumentos nem em ra- Devemos, pois, evitar toda ameaça de castigo cor- zões com as creanças. Nada mais imprudente do poral, porque a ameaça, tanto ou mais que o cas- que discutir com ellas as ordens que Iheis temos castigo para a sua falta, pois se esipera que sua dado. Neste sentida, si o pequeno começar a dis- ginações infantis. cutir e a extender suas razões, façamo's como si não o ouvíssemos, até que elie se cance de falar Abandt>n(eim-se taes expressões desagradáveis, sozinho e se calle. Então, repetir-llhe-emos a or- como "Si fizeres isto outra vez serás castigado", dem, com voz calma, baixa e firme. porque quasi sempre levam a creança a pensar que seus pães e s(eius maiores têm prazer de casti- gar, de fazer mal. Em vez de ameaça, leve-se ao CONCEDER E NEGAR espirito da creança a derteza de que não haverá castigo para a sua falta, pois s espera que sua Uma das maiores opportunidades que se offe- c! ítid|jcta será melhor no fuituro. recem para que ganhemos, a confiança dbfs nossos filhos de 4 a 7 annos está na resposta apropriada Não se deve deixar que ois creados ameacle,m as que devemos dar a seus diversos pledidos e dese- creanças, qualquer que seja a conducta destas. jos. Quando a creança pedir qualquer coisa» evite- Nem tão pouco, em priesença dos creados, os pães se respoinder "Não" de itapente, para logo dizer devem ameaçar ou castigar os filhos. Os pães. "Sim". O niesmo se deviera observar no sentido quando desejem castigar seus filhos, jamais o fa- QClntrario, pois a opposição dessas respostas dei- çam em presença das mães, ,e vice-versa, pois si xará a creança em duvid'a e aborrecida. De modo assim não o fizerem perderã'!oi grande parte de que, quando um pequeno faça qualquer pedidoi a s(ua força moral na educação dos pequenos. Da seus pães, estes deverão decidir com presteza, ni|esnia fôrma não é recommendavel que seja ape- rspondendo sinceramente a favor ou contra. nas um dos pães o único a infringir castigo, em- Devemos também deixar que a creança diga quanto o outro se limita a lamentar e a consolar tudo quanto tenha a dizer, para depois darmos a creança.

pelo,s seus primeiros vôos limpava com o rosadas — Já sei porque o velho da arca iMquinho as suas azas para subir ao sol... escolheu nossa avó a pomba para a mensa- Subiu ao tecto do pombal, onde encontrou gem do ramo de oliveira. uma pequena pomba, muito jovem também, passeando a sua graciosa ingenuidade. E' porque que, entre todos os pares en- Era muito branca e muito linda; mais cerradas na arca nenhum sabia amar-se linda e branca que o sol? como as pombas. — Mãe — disse o pombinho ao cahir da A mãe, já velha tinha adormecido. . tarde, quando algutnas pombas já se dispu- E o filho, sem dormir, continuava so- uã a dormir erguendo as leves palpebras nhando. REVISTA FEMININA

O elogio do silencio...

frãvia, "antigamente um philosopho austero e "O silencio, ás vezes, salva; ás vezes a de conducta exemplar, a quem todos costuma- palavra condemna". vam dizer: De todos os escriptores modernos nenhum — Si tu ensinasises por palavras o que foi mais enthusiasta do silencio do que Car- fazes por obras, numerosos seriam teus dis- lyle. "Si até nas coisas mais triviaes — diz cípulos e grande proveito terias. elle — exige-se que um homem mantenha Ao que elle repondia invariavelmente: suas duvidas em silencio, que dizer das coi- — Amo tanto o silencio e aborreço de tal sas importantes, para as quaes quasi não forma o falar, que muito soffrêra si minhas existem palavras bastante eloqüentes?" Ijalavras fossem para mais que minhas obras. Em seus "Heróes", procura sempre vêr Infinitas sentenças acreditam as vanta- si possuem esta qualidade; assim por exem- gens e a virtude do silencio: "Quem muito plo, diz de Rousseau que não possuia "o fala muito erra". "O falar é prata, o silencio inapreciavel dom do silencio" ; pelo contra- é ouro". "Não ha melhor palavra do que a rio referindo-se a Knozc ,o celebre defensor que está ainda por dizer". das liberdades da Escossia, affirma que era A certo rei, que a historia recorda por dono "da faculdade do silencio, de saber prudente e discreto se attribuem estas má- calar". ximas : O silencio, o grande impé- "Nada tenho a temer do rio do silencio, é, segundo que não disse; mas do que o mesmo Carlyle, mais alto disse temo, apezar de ser que as estrellas, mais pro- rei". fundo que o reino da mor- .."-Mais .facilmente alcan- te". O silencio, e os nobres çarei o que não disse do homens silenciosos — pro- que farei voltar atráz o que segue elle — estão espar- tenho dito". ços pelo mundo, pensando Os árabes tiveram sempre em silencio, trabalhando em no mais alto conceito a vir- silencio, sem que delles fa- tude do silencio. lem os diários... São a se- Eis algumas dessas sen- mente da terra, e o povo tenças : que carece desses homens "A morte do homem está não está no bom caminho... escondida debaixo da sua E' como um bosque sem lingua". raizes, todo folhas e ramos, "Calando «verás seguro, que murchará em breve. . . e falando poderão descobrir As abelhas só trabalham na tuas faltas". sombra: a idéa só trabalha no silencio e a "Quando falares, fala pouco, que quem virtude no segredo. pouco fala pouco erra". O grande Tolstoi, o solitário de Yarnaia "O livro interior do homem é o seu silen- Poliana, escreveu que o pensamento é a cio, o exterior sua fala". obra suprema do trabalho, e o trabalho não "O tropeção que se dá com os pé?, cura-se é possível nem fecundo sinão no silencio. com o tempo; mas o da lingua nem o tempo Mas o escriptor que mais psyohologica- nem os remédios o curam". mente estudou o silencio foi Maeterlinck. "Tão importante é apprender a bem calar Affirma elle e com razão que desde o me- como a bem falar". mento em que verdadeiramente "temos :.' '' REVISTA FEMININA guma coisa a dizer" sentimo-nos "obriga- sional, nada se faz para preparar os pais e dos" a calar. Somos muito avaros do silen- encaminhal-os á sua elevada missão. Será, pois, cio, e os mais imprudentes entre nós outros de extranhar que as condições não melhorem, não se calam como deviam, ante o primeiro e que os reformadores, os batalhadores pelo que surge. ]:)rogresso, extenuadas as suas forças, confes- O instincto das verdades sobrehumanas sem, perplexos, que não é palpável o progresso, que todos possuímos nos adverte que é pe- que a humanidade permanece a mesma, e que rigoso calar com alguém que desejamos não o nível da civilização não se eleve. conhecer ou com quem não estimamos; por- Estamos como quem procura elevar o nível que as palavras passam, entre os homens, de um grande reservatório alímentando-o, .sem mas o silencio não se esquece mais. cessar, por cima, e descuidando, comtudo, in- Recordae o vosso passado — continua teiramente, de que, por uma grande brecha na Maeterlinck — e si vos fôr dado descer por base estejam vasando, constantemente suas um momento ao fundo da vossa alma,, aci- águas e que o nível não poderá subir. Nós ma de tudo, o que recordareis de um sêr também nos descuidamos da base. Aos thesou- profundamente amado não serão as pala- ros do passado procuramos juntar as vícíorias vras que tenha dito ou os gestos que haja do presente e as promessas do porvir. Mas feito, mas sim os silêncios que tivesteis jun- não cogitamos da educação da família, da con- tos, porque só a "qualidade" desses silen-- solidação do lar, da educação da infância. E cios é que poude revelar a qualidade do o reservatório da civilização também vasa. amor". escoando. E nada melhor para terminar esta pagina Eis porque acima de tudo batalho pela edu- que estas eloqüentes palavras com que Larra cação da família, pelo lar e considero extraor- punha remate a um seu artigo: dinariamente precisa a coUaboração das asso- — Silencio. . . Silencio. .. ciações femininas existentes na Bélgica e no Brasil. E ainda aqui encontramos a importân- cia primordial da mulher. Já está sobejamente conhecido no que se refere aos cuidados phy- O LAR E A EDUCAÇÃO sicos da infância, o papel imlprescrndivel da mulher-mãe — a amamentação materna, os DA FAMíLIA cuidados dispensados pela própria genitora. Não é possível substituil-os. E o mesmo racio- Em fins do mez passado, S. Paulo recebeu cínio se applica e com mais razão ainda ao a visita de uma figura eminente na vida polí- terreno psychologico — a educação da mãe, tica e social da Bélgica: — o dr. Paul de Vuyst, e pela mãe, é a chave de ouro que abre as director geral do Ministério da Agricultura. portas das almas humanas ao progresso e á O illustre visitante, que veiu ao Brasil espe- civilização." cialmente commissionado pelo governo do seu paiz para observar os processos e o desenvol- vimento da nossa lavoura, é além de fino orna- mento dos centros agricultores de sua terra, um grande estudioso de tudo quanto se refere ao ensino rural. Assim é que, ha já cerca de quarenta annos, vem o])erando verdadeiras transformações nos methodos de educação empregados na Bélgica, onde foi o primeiro a se preoccupar com o preparo da mocidade e da população femi- nina, por elle considerado como o factor mais importante no progresso das nações. A um jornal do Rio que o entrevistou, o dr. Paul Vuyst fez as seguintes declarações, filhas de um espirito sensato e de um grande conhece- dor dos methodos educativos mais aconselhá- veis, e que se refere ao papel que o lar desem- penha na educação da família e da sociedade: "A formação das pequenas almas, da irrtel- ligencia principalmente cio caracter, é o único meio de obter cidadãos de moral elevada. E', Nossa dedicada amiga, senhorita Ehida comitudo, quasi abandonada esta questão. Hoje de Aragão Ribeiro, nm dos mais bellos ornamentos da sociedade de Cannavieíras, í m dia, embora se cogite do preparo profis- lia Bahia. REVISTA FEMININA

A 27 id Outubro ultimo, a Academia Brasileira de Letras abriu suas por- ■ tas para receber o novo acadêmico / sr. Cláudio de Sousa, eleito para a cadeira antes occupada pelo saudoso Vicente de Carvalho. O salão nobre do Petit- Trianon apresentava nes- se dia o aspecto bri- lhante que sempre caracteriza todas as sessões em que se dão as j, boas vindas a um novo "im- mortal". Figu- ras represeinta- tivas da melhor sociedade cario- ca, do mundo li- terário e scien- tifico, — todos ai li compare- ceram para as- sistir á não CO mm um so- lennidade e ap- plaudir o dis- curso de apre- sentação do sr. Cláudio de Sou- sa, e as palavras que, em nome da Academia, o sr. Al- fredo Pujol disse sau- dando o successor do poe- ta dos "Poemas e Canções". Não é fácil resumir o discur- so do sr. Cláudio de Sousa, tão f ,„ ^^ - • variados .e múltiplos os aspectos que alli se fixam. O orador dividiu sua oração em três partes distinctas. Na pri- meira, agradece sua eleição e tece alguns com- roentarios sobre o nosso theatro, ou, melhor, a nossa "falta de theatro", combatendo este ponto de vista, que classifica de sceptico e injusto. De- Clondlo de Sonso monstra que quando nossos escriptores theatraes têm tentado vôos mais altos se chocam contra a má vontade e a indifferença do publico, snob e IMMORTAL restricto, que só admitte o lyrico e a comedia francesa no Municipal. E diz que, diante dessa in- valho se convertia ao culto da fôrma, renegando differença quasi hostil, resulta qwe a scena do suas primeiras' theorias. Continuando, o sr. Cláudio theatro nacional não pôde ser mais do que é, de Sousa demonstra que a guerra que se faz á "expressão da alma popular, sincera, risonha e Academia é symptoma commum a todaS' as épo- despreoccupaida... " cas literárias de renovação, seguindo-se apesai A seguir, o autor de "Flores de sombra" entra disso a vida secular das tradições e das obra:. no estudo da obra de seu antecessor, desde a es- clássicas da belleza. tréa nas letras, em 1885, com "Ardentias e Reli- Desaprecia a literatura concupiscente que .-ie cario", em que Vicente de Carvalho se apresen- tava fervoroso adepto da escola lyrica, inimigo vende ás centenas de milhar e que desexualisa ■,. do parnasianismo Mais tarde, Vicente de Car- mulher e anarchisa as relações sexuaes dos ào'' REVISTA FEMININA

sexos. Borda alguns ligeiros commentarios sobre LIVROS NOVOS este ponto e passa a referir-se á segunda phaste do estro do poeta, mostrando quanto ganhou sua Recebemos e agradecemos: arte quando, despojando-s.e dos furores revolucio- "AS MENINAS DO CLUB EXCELSIOR" — nários, buscou dar á inspiração uma rota baseada O sr. Isolde Figeuiredo de Loando acaba de pôr á venda, com o titulo acima, um intenessante vo- nas fôrmas adquiridas pela arte no longo desenro- lume, cuja leitura aconselha ás creanças e as mo- lar dos séculos. Enaltece "Poemais e canções", ças. Os seus contos estão redigidos em fôrma que é a obra definitiva de Vicente de Carvalho: de comedia e melles ha uma serie de preceitos moraes que, ao mesmb tempo, instruem e nos "Pelas galas do espirito, pelos reoamos e afeites distrahe o espirito. das imagens, pela plasticidade ido verso, como por O vulume', em boa encadernação, foi muito bem suas graças casíiças e simpleza attica, é livro que impresso nas officinas da Imprensia Methodista, por si só sagra um poeta". Cita e elogia diver- desta Capital. "O BRASIL E A DOUTRINA DE MONROE" sas poesias die Vicenlte, como o "Pequenino mor- — Impresso na Companhia Graphica Editora Mon- to", seus sonetos de cunho camoneano, e a "Arte teiro Lobato, está em circulação essie livro de au- de Amar", dizendo que o poeta conseguiu dar-nos ftoiria do sr. F. de Leonardo Trudo. O leitor, em "Fugindo ao captiveiro", uma trageidia nesse seu trabalho, trata, como o seu nome da obra indica, dos diversos problemas concernenteis hugoana, sem sahir das fronteiras da nossa his- á doutrina de Monroe, estudando sua acção elRi toria tão cheia de epopéas esquecidas". face da Liga das Nações, a interferência dlci Bra- E fecha sua brilhante oração, dizendo que Vi- sil nas Conferências Pan-Americanas, o que .se deve lentender por Doutrina de Monroe, etc. cente de Carvalho não temia a morte, pois a con- "O PARAÍSO DAS CREANÇAS" — A sra. siderara em lindos versos como uma reintegração josephina Meinel reiuniu num pequeno volume feliz a volta á natureza que elle tanto amava. alguns contos infantis, dos mais conhecidos e apre- Tinha apenas Holrror á cova, escura e fria. ciados pelas creanças. Estão elles e&criptos ein linguagem simples c correntia, de modo a cfolns- E conclue o orador: "Que seu espirito sie rein- tituir sua leitura um interessante e agradável en- tegre no espirito da nacionalidade, na mais alta trietenimento. de suas elevações, etti todo o explendor de nossa "MANUAL DE GYMNASTICA" — Destinado natureza, com toda a gloria de nossa luz, repe- aos aluninos dos cursos secundários, vem de ap- oarecer este manual de Gymnastioa sueca, de tindo ainda os últimos versos daqueJle seu Hndo auctoria do sr. Victorino Fabiano. O utiil e bem testamento: organizado volume contém vasta slerie de exer- cícios de gymnastlca, explicadol cado um delfes "Amortalhae-m« a noite estrellada: arda o dia clara e cuidadosamente. Diversas gravuras illus- Depois, claro e risonho; tram o texto do livro, que foi bem confeccionado E seja a disi>ersão na luz e na alegria nas officinas da Cia. Graphica Edit. Monteiro O meu ultimo sonho..." Lobato. IDE'AS E OBSERVAÇÕES SOBRE UM Uma prolongada salva de palmas coroou as ulti- NOVO METHODO ACTINOTHERAPIOO. — O mas palavras do sr. Cláudio de Sousa, traduzindo dr. Phillemon J. R. da Matta publicou em um o encanto e satisfacç.ão do selecto auditório pela fasciculo de cem paginas a these desse nome, ap- provada cSom distincção, que defendeu na cadeira vibrante oração que acabava de ouvir e á qual de clinica medica da FacuMadle de Medicina do fizemos ligeira referencia. Rio. Esse trabalho, cuidadosamente dlaborado, Em regosijo por sua posse na Academia Brasi- constitule exceillente fonte de consultas e dje escla- leira de Letras, o dr. Cláudio de Sousa realizou recimentos na difficil especialidade da Actino- thrapia. encantadora festa em sua artística e confortaível BOLETIM MUNICIPAL. — O H. Ayunta- residência da Avenida Atlântica. Tudo que o Rio miento do Miexico enviou-nos o n. 34 do seu Bo- possue de mais apurado em mundanismo e intelli- letim Municipal, referente ato', mlez de Setembro gencia compareceu á brilhante recepção, renovan- do corrente anno. Trata-se de um grosso volumle, impresso em do ahi os cumprimentos ao consagrado autor tbea- papel "oouché" e repleto de innumeras gravuras, tral por seu ingresso no recinto dos "immortaes". reportagens e interessantje collaboração devida ás O casal Cláudio de Souza foi pródigo de gen- penas mais brilhantes na literatura mexicana. tilezas para com todos os seus convidados, tudo Resta, ainda, homenagens aos principaes vultos da Independência do México. concorrendo para que a bellissima reunião alcan- "E' ISSO MESMO..." (De Timbaúba, Est. çasse brilho tão accentuado que não exaggerami de Pernambuco) — Receljemos oi impres.so da as ootlumnas sociaes da imprensa carioca, affir- revista "E' isso mesmo...", 2 actos e 6 quadros i^ mando ter sido a encantadora festa a mais bella originaes úos srs. Job Sá e Antônio de Jlesus, musca dos profs. Manoel-'Marinho e Augusto Re- e mais elegante acontecimento de mundanismo. zende. Essa peça foi levada em scena, com grande Registrado este anno. êxito, no cine-theatfld Recreios Benjamin A"Revista Feminina" toma parte nas home- "REVISTA DE LA RAZA" - Enviaram-nos nagens prestadas ao novo immortal e envia, des- o numero correspondente ao mez de Outubro do -anecida, ao seu illustre collaborador, o melhor aorrlènte anno. Como sempre traz matéria variada e de actualidade, artigos de redacção, nitidos o mais sincero parabéns. clichês, etc. REVISTA FEMININA V ^^ RELATIVIDADE DO PRAZER

Ainda hontem, mostrando-me uma longa e bem intercontinentaes, em visita ás grandes capitães do cuidada estrada de rodagem, que se dirige á bar- mundo civilizado, freqüentando os seus mel-hores ranca do rio Mogy Guassú, construida com grande theatros e desfructando os maiis bellos passeios. dispendio, por ura homem que tem ali um ceveiro de E quantos não ha que consomem a vida no culto peixes, onde p'assa, dia e das manias e das extrava- noite, ora só, ora acompa- gâncias ? I nhado da família e de O numismata, os collec- amigos, empolgado nos cionadores de antigüida- prazeres que só a pesca des, de a =ts de borboletas, lhe proporciona, falava-me de pennas de aves e de ou- um amigo a respeito da tras muitas estultioias, cuja relatividade do prazer. enumeração seria longa e Para uns — dizia — fastidiosa, não expeirimen- consiste a felicidade ou o taan com isso, menos pra- seu maior prazer n:i pra- zer do que os que passam tica da virtude. São os a v!da mastigando fartos apóstolos do Bem. banquetes, embalados ao Para outros resume-se som de afinadas orches- todo o prazer em acumu- íras. lar, esquecidos de que o O bohemio é bom capaz dinheiro, como muito bem de dar a vida pelas inter- sentenciou um grande pen- minas noiiitcs de orgia, ou sador, só vale como ele- então de morrer apaixona- mento feliz, quando bem do por uma simples noite manejado por um grande de luar, assim como tam- homem. bém o é o jogador, pela Para esses, a riqueza fascinação do panno verde material, representada pe- e o ebrio fjtelas vaporações lo dinheiro, não const!tue do álcool. um meio para attingirem O santo, com a pratica determinado fim, mas já da virtude, o bom, culti- é o fim em que repousam O AMOR vando a relig.'ão do Bem, todas as suas aspirações. o sábio e o estudioso, des- São esses os que se dei- E SEUS DEZ MANDAMENTOS vendando os altos segredos xaram prender pela es- da sciencia, os futeis, con- cravidão do dinheiro — ^ A actriz Aileen Pringle teve a original idéa sumindo-se nas suas eter- ' e reunir todos os preceitos relativos ao amor, são os usurarios. formando, assim, os dez mandamentos que sè nas baboseiras, os maus e Ha homens, que, pelo seguem: os perversos, na pratica prazer da leitura, es.tão 1." — Não te prodigalises. Reserva teus bei- dos crimes, em uma pala- dispostos a sacrificar todo jos para o homem com quem has de casar. Aquel- vra, anjos ou demônios, la que a muitos beija, não tem amor por nenhum. o .seu tempo e a dispen- 2-" ^— Que a real .sensatez seja teu juro. Mal cada qual gosa a vida co- der todos os seus liaveres. poderás amar um homem a quem não estimas: mo bem entende e de- per- .São discipuloí do grande e é descabellada empresa te unires a tlle, jul- feita conformidade com as gando poder emendar no marido as faltas que Montcsquieu, para quem notavas no noivo. suas tendências. — ter amor á leitura c ■'-° — Faz-te agradável; isso depende unica- Positivemos, agora, um trocar as horas de tedo mente de tu mesma; e não esqueças que a mu- facto, um somente, amtes lher desleixada afugenta o amor de casa. |)or lioras deliciosas. 40 — Tg^ j, „r.çjo JQ conjuncto. Nem o es- de encerrarmos estas li- -'\' cabeceira do enfer- pirito e nem o corpo por si sós bastam para o nhas. mo, numa enxerga, ao amor verdadeiro; assim, fibis, exercita tua in- E' o que se lê no se- fundo de um hospital, sen- telligencia, cultiva tua alma e cuida do teu corpo. guinte telegramma, proce- S.« Sê affectuosa; não temas demonstrar te a irmã áe caridade teu carinho ao homem que has de amar. Mai; dente de Chicago e que tanto [jerfume como o que de um desses affectcs que enchem e confortam vem publicado nos jornaes se exala dos canteiros, uma exiistencia, morreu em começo, por obra da de 11 do corrente, trans- discreção mal comprehendida. nos jardins mais floridos, 6." —^ Apprende a apparecer, como realmente mittido pela Agencia " Ha- do mesmo modo que na és, isto é: sê natural, sincera, franca, e foge de vas " : ermida ou na clausura, en- toda affectação que não é bòa. " Os millionarios Leo- 7.** — Sê verdadeira, que isto te evitará mais contra o velho ermitão, ou de uma desavença. pold e Loeb, que ha tem- o religioso humilde, tanto 8.° — Sê abnegada; esquece todos os demais pos barbaramente assassi- prazer como o joven fol- homens, já que casaste com aquelle a quem naram o j oven Robert amas, ao qual has de seguir, si preciso for, até gazão nos corsos ruidosos ao fim do mundo. Franks, simplesmente p/ara das grandes avenidas, ou 9." — Respeita-te a ti mesma; o amor consa- terem a sensação de matar, nos salõeí radiantes, onde .ííratlo pelo matrimônio se desvanecerá faltando conforme declararam:, fo- a muttia estima e sabido é que a confiança ex- rodopiam ao som toni- cessiva engendra o desprezo. ram condeminados pelo juiz troante do "jazz-band", 10.** —■ Sê feliz (isto é o mais difficil) . . . Caverly a prisão perpetua. ou no delirio do fox-trot. Sobre a decisão do jury, Os futeis vivem exclusi- que era anciosaimente espe- vamente para as suas vai- rada, foram feitas avulta- dades e velleidades, assim como os mimdanos p'ara (ias apostas." a deva.ssidão. Não admira. Um facto já se conhece, daquelle Ha os que só vêm o prazer na equitação, nas homem que matava, somente para ter o prazer de vêr caçadas, nas pescarias e nos esportes de todos os a careta e os tregeitos que ao morrer fazia a gaieros e feitios. victima... Para muitos o prazer se consubstancia nas viagens CORNELIO FRANÇA. REVISTA FEMININA O embdlezamento do vosso lar Belleza é o alimento da alma Sem belleza não ha felicidade

Conversemos um pouco, amigavelmente, leza. E esta delicada e exquisita missão está com a mtimidade que caracteriza desde logo especialmente delicada e exquisita missão está a palestra entre pessoas do noso sexo. O ser a preoccupação constante de toda mãe thema, interessantíssimo, merece a nossa at- e toda esposa. Cultivemos na criança, desde tenção: o embellezamento do lar. Sob qual- os primeiros anos, a afeição e o amar á bel-

FORTALECENDO O SEXO=FRACO

£lg£v.Vi; : x^íci:'ir^-ií:s^, S£:--.a-gs> - :^ao x

o sexo-fraoo deve, mais do que ringuem, conhecer os processos de "self-^lefenoe". Esta gravura mostra como uma senhora pode evitar uma aggressão: agarra o braço que avança pelo pulso, dobrando-o com toda a força e rapidez. Num segundo, o adversário cahirá por terra.

quer ponto de vista, considerando essa ques- leza, que ennobrece o espirito e é um graai- tão não encontraremos com a influencia con- de gerador de sentimento; amar as flores, fortadora que o lar representa na vida e on- as aves, o campo, os amanhecer e os occasos, de, tanto o corpo como o espirito, sentem o o mar e os arroios, a linha solenne e azul dos bem-estar que proporciona, não só material, horizontes distantes, tudo de bello, emfim, sinão moral e intellectualmente, uma casa com que a natureza nos brinda, é o primeiro "m que tudo nos lembre doçura, amor e bel- amor que a mãe deve despertar na alma de REVISTA FEMININA seu filho. E si nessa alma nasceu o amor á cupeis. Com um pouco de bom gosto, podeis bellieza, fazei com que ele cresça e dispen- enfeitar, embellezar vossa casa sem sacrifi- sae-lhe cuidados. cios pecuniários. Não é necessário uma fortuna para conse- Adornae-a com reproducções das obras guil-o; a mãe mais pobre pode dar aos olhos primas dos museus. Existem photographias, de seus filhos o repouso, o descanço, fazen- gravuras muito boas; fugi sempre das

Í^T^LT i)CxJCKCín Í5&I^IE.S*, IsT^iS. x^^.

Outro optimo processo de defender-se. EUa, es.trat«gicamente, d«ixa que elle agarr« fortemente o seu puJso esquerdo. Depois, leva o braço direito, com os dedos bem distend;dos, aos olhos do malfeitor. Este golpe requer muita ligeiresa. do-os contemplar, em meio o desagradável olegraphias de côr berrante, de chromos, al- e doloroso da vida, os aspectos múltiplos dte manacks, que só servem para perverter o belleza. gosto, sem proporcionar nenhum bem ao es- Nada mais fácil do que fazermos, na vida, pirito; € particularmente, si não sois artis- uma selecção do bello. Si se trata de paseio, tas — embora cada um de nós possua inna- levae vosso filho ao campo; si viveis nas ci- to o sentimento da arte — e não tiverdes os dades, levae-o aos recantos tranquillos dos sufficientes conhecimentos para apreciar parques, e aos museus. No lar, é onde deve uma obra desconhecida, procurae somente extremar-se esse cuidado: que haja nelle, as que tragam o sínete da consagração. Tra- principalmente, socego e conforto; depois, si tando-se das dependências reservadas ás não tendes fortuna para quadros magnífi- crianças, deveis evitar helles o aspecto pe- cos, tapetes, porcelanas, crsytaes, as mais sado das severas e rígidas obras de arte: a bellas produções de arte, — não vos preoc- nota alegre deve predominar em tudo; pan- REVISTA FEMININA este fim a industria e a arte modernas tem horror e de morte; não tenhaes, a toda hora, produzido muito; ba selecções de motivos ante os olhos, sinão scenas tnanquiliais, bel- que divertem e instruem, como sejam scenas las, que acalmem o espirito e desanuviem as desses contos imtaoTtaes de Grimm, Ander- idéas. Quanto ás decorações em geral, si não sen, Perrault. de tédio, os raros desenhos vos attrahiam e DANDO ARMAS AO SEXO=FRACO

Ksta 3.** gravura mostra como as mulheres devem se defender contra os bate- dores de carteira, etc. EUa prende o braço esquerdo do malfeitor com ambas as mãos, forçando-o lorte e rapidanvente para baixo. Ao mesmo tempo applica um dos seus pés no sapato do adversário, que assitn não se poderá mover. Todos estes golpes rjão requerem força e sim, apeílas, rapidez.

A's vezes, também, não faltam motivos sois ricas para terdes tapetes, moveis raros graciosos e caricaturescos: evitae nestes o e sedas custosas, procurae que as paredes grotesco e o chocante, e jamais, tanto para sejam limpas e claras, sem grandes ramos e as crianças como para os maiores, escolhei sem grandes desenhos. Recoirdae, si algu- .quadros de assumptos terriveis, trágicos, de m)a vez estivestes enfermas e havia em vos- REVISTA FEMININA sa alcova uma dessas pinturas detestáveis, sa volta a belleza mais perfeita, mais dura- como nas horas de dor e de febre, ou apertas doura, e que maior bem proporpociona á vi- obseoaivam; admiraveis-los já de um modo, da e aos espíritos dos que vos rodeiam. já de outro, agora as^semelhando-se a caras Vós sois, esposas e mães, o centro e a ai;- monstruosas, agora a pássaros ou feras. ma âo vosso lar; toda a vida e todo o calar Depois pensae no cançasso e n afadiga que a emana de vós; deveis, portanto, fazer com um cérebro infantil produziráá tudo isso. Ao que toda a belleza esteja em vós mesmas, em conltrario, uma pintura lisa, com traços li- vossas idéas, em vos^sos sentimentos, em vossa geiros, desoainçará a vista e acalmará os abnegação. nervos. Pensae que sois a luz e a força do lar e As floíes e as pilantas devem merecer sem- que todo o sentimento egoísta, de indolência pre especial preferencia. Nunca as possuis ou indifferença o deixariam frio e mergu- artificiaes; é triste conifommr-se com esses lhado na sombra. pobres arremedos dá natureza; já é bastan- Deveis velar constantemente, estar sem- te, pelas imposições da moda-rainha, leval-as pre alerta, coono si fosseis sentinella, escu- como adorno nos cblapeos e nos vestidos. tando a alma, o sentimento dos vossos. E Essas plantas, sem côr e sem perfume, vem dar-lhe-eis o triumpho na vida, porque não embellesiam, nem educam o sentimento; são podeis avaliar quantos inimigos da aima e uma ficção, um engano, e é um principio de do corpo conseguistes afastar oom a vossa educação não usarmoiS jamais de ficções. Si vigilância, solicitude e altruísmo. Assim, apreciaes enfeita rvossa casa com lavores cuidae principalmente de vós mesmas, para por vós mesmos feitos, elegei os mais ar- possuirdes estas virtudes que tantos bens tísticos : as brancas toalhas bordadas, as darão a vosso lar. Enbellezae-vos physica- imitando pannos antigos recamados, ou mente, porém embelllezae mais o vosso espi- orientaes; visitae os museus e as galerias de rito, tornae-o sereno, alevantado, sensivel e arte e inspirae-vos nos modelos clássicos, culto, e nelle próprio encontrareis toda a jamais tenteis esses lavores presumidos e fortuna necessária para adquirir o que mais atrevidos, como imitar bordados com pintu- embellesa o lar. E si isto vos obriga a gran- ra, pois as sedas e os fios de ouro brilho e des sacrificios de vós mesmas, exigiodo são mais bellos; além disso, manejando os pincéis para tal fim, rebaixaes a arte dia pin- muita abnegação, em vossa própria obra te- reis a recompensa e o prêmio, com a satis- tura á detestável imitação de lavores. fa-;ão de haverdes cumprido a mais alta mis- Aborrecei as flores de lã, as borboletas de são de que Deus encarregou a mulher. ])apel, tudo emfim cuja confecção 'não re- queira nem arte, nem habilidade e nem bom gf)sto, e que não foram inspirados por ne- nhuma bela expressão ou de sentimento ou de ide a. RECEITAS ÚTEIS Assim, com um pouco de cuidado e bom PARA ENVELHECER OS MOVEIS senso, podeis fazer de vosso lar um recanto encantador. Quando vosso filho se tornar Para dar a qualquer movei novo o aspecto de hLwnem, e sua esposa fôr igual a vós, man- uma respcitan^el antigüidade ha vários processos en- terá esse culto á belleza do lar. Si ele tiver tre os quaes o seguinte, muito simples e pouco cus- pesares e preoocupações, a vista de agra^- toso: \eis objectos acalmará e distrahirá seU es- CoUoca-sè o movei em uma grande caixa ou apo- pirito; si estes, ao contrario, forem feios e sento que se possa feichar hermeticamente; intro- de mau gosto, isto o intristecerá e o tornará in- duz-se alli, em segdida, um encepiente cheio de amo- niaco liquido cujo gaz ao evolar-se penetra nos in- feliz. Quando elle esteja triste ou preoccupa- truticios e poros da madeira, que vae adquirindo do, desviae indirectamente suas idéas, acal- paiulla.tin»mente uma tonalidade tanto mais escura mae seus nervos; ponde flores em sua me- quanto mais se prolongue a operação sa, attenuae a luz da lâmpada, porque a pe- Este processo é muito mais vantajoso que o em- numbra socega o espirito; dae-lhe conforto, prego de liquidos ou preparados chimicos que mmtas flores, repouso e ternura, falae-lhe discreta- vezes occasionam damnos consideráveis. menlte, e elle então, confiante, sabendo-vos forte e consoladora, vos oommunicará seus PARA LIMPAR A PRATA pesares e sentir-se-á melhor. Mistura-se meia libra de soda em 8 litros de água. Porque vós, acima de tudo, amáveis, cui- Leva-se ao fogo e quando estiver fervendo submer- dadosas, transmittindo á vida a belleza de ge-se no üquilo as peças que queira limpar uma alma boa e cultivada, sereis o melhor Lava-se com água e sabão enxugando immediata- ornamento db vosso lar, irradiando em vos- mente com uma flanella macia. REVISTA FEMININA CURIOSIDADES ANALYSANDO AS PALAVRAS HOMEM E MULHER QUE SIGNIFICAM E A RELAÇAO QUE TÊM ENTRE SI.

Nos caracteres primitivos o nome chino de Eva por uma paisagem antiga de Chi-King: " Nossa per- Houg-Tson, queria dizer: " Aquella que envolve os dição não vem do céu; é a mulher sua causa"; e desmais em seu próprio mal ". Resa o provérbio an- accrescenta: " Tudo estava submiettído ao nosso po- tigo : " Não dês ouvido á mulher ", e o commentario der ; e a mulher nos atirou na escravidão". Eis porque, em terras chinezas, a mulher hoje, pelo ser- vilismo de sua alma e pelo martyrio de seus pés, ou pela reclusão e passividade a que se acha redu- zida ,esp'ia grande parte da culpa que tem no infor- túnio do homem. Os rabinos pretendem que Eva se deriva de uma palavra que significa "conversar", e que a primeira mulher recebeu este nome porque, pouco depois da fundação do mundo, cahindo do céu doze cestas cheias de maçãs, apanhou ella nove e o marido so- mente as Ires restantes. O Veda dos antigos brahmanes, ensina que a pri- meira mulher foi Procriti e o primeiro homem Adi- mo. Em sua linguagem, Adimo significava: " Se- nhor " e Procriti queria dizer "A Vida",, como Eva entre os phenicios e entre os hebreus seus imitadores, significava também a vida ou a serpente. Fixemos nossa attenção sobre este ponto. Mulher é um nome incomparavelmente melhor do que o de Homem; eis aqui a prova disso: Como lhes chamou Deus, que foi, ao mesmo tem:po, o p'ae e o padrinho dos priimeiro5 indivíduos da espé- cie humana? Não chamou ao homem Adão le á mulher Eva? Pois bem. reflexionem todos quantos

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Miss Ellen France Hatcher, de Dallas, Texas, ardorosa propagandista de candi- datura de "Ma" Ferguson a governador do Estado. Para isto, desenhou este ori- ginal toilette, feito cora diversas photo- graphias da mjc. Ferguson, e onde se lê: "Tudo por Ma" Fannie "Hurst, a conhecida escriptora nor- te-americana, recentemente em viagem á j unto: " Es ias palavras indicam que a i^er versidade Rússia dos Sovíets, lá abraçou o Com- da mulher tem sido a origem de todos os males". munismo. A pobreza, a falta de governo, a desorganisação que presenciou, fizeram- Os commeníadores Tching-Kiai confirmam esta ex- na porém mudar de idéas. E voltou para plicação, que é também reconhecida como verdadeira os Estados Unidos... REVISTA FEMININA

isto leiam que Adão quer dizer "Terra" e Eva si- Acreditamos não carecer de interesse investigar não só a etmologia da palaivra "mulher", como tam- gnifica " Vida ". Fundados nesta revelação scientificamente etmo- bém os modos pelos quaes se tem designado e se logíca, apresentamos o seguinte poderoso argumento: designa este sêr em quasi todos os idiomas Declaremos não ser por mera questão gram- matical que desejamos examinai-a sob este aspecto. Nosso propósito está em nos assegurar si a mulher e o homem não são grammaticalmente uma coisa análoga, isto é, si a palavra é uma simples variante ortographica do vocábulo homem. Tomemos de sahida este principio: Quem deu nome aos seres da creação? Foi Deus? Foi homem? A julgar pelo que vamos expor, as opiniões acer- ca de tão importante questão andam bastante divi- didas. " Sabemos — diz Cornei io Agrippa — que o Supremo Architecto das coisas e de seus^ nomes, co- nheceu os seres ou as coisas antes que tivessem no-

E' linda, não acham? Pois a senhorita Eva Platt, natural de Sonora, no México, sahiu recentemente victoriosa de ura con- curso de belleza, no qual alcançou ape- nas... um millião e quinhentos mil votos! A vida vale mais do que a terra; ergo, a mu- lher vale mais do que o hom-em e é tanto mais pre- fcrivei quanto mais o é a vida...

BABont^ '•-.;,:s- '■cü.ric.ü.v;/

A baroneza Maria Luiza von KoskuU per- tence a uma das famílias mais nobres da Rússia imperial. Acha-se agora na pobre- za, em Washington, onde tenta ganhar dinheiro para enviar ao filho, que está na Europa, e ao marido, na Argentina. Foram, como tantos patrícios seus, ex- ê pulsos da pátria pelo governo bolshevista.

mes, e quando Deus designou os nomes, fel-os pró- prios para exprimirem a natureza, a propriedade e o uso adequado das coisas". A opinião de que Deus foi quem deu nome ás coisas, não é apenas opinião do escriptor que aca- bamos de citar, mas também da maior parte de quantos têm escripto sobre os idiomas e, princi- palmente, de sua origem ou formação. Comtudo, um padre da Igreja, auctoridade res- peitabilissima, professa opiniões diametralmente op- ^^<^ €,H^M?^' postas á enunciada. S. Gregorio Nazianzeno, digno irmão de S. Ba- A visita do Priniipe de GaJles aos Esta silio, quiçá um dos grandes doutores da Egreja cujas dos Unidos lembra a que, em 1860, seu avô o fallecido rei Eduardo ta.mbem rea- decisões têm sido menos controvertidas, fala com lisou á pátria de Washington. O Príncipe irônica e fingíida compaixão dos que julgam que Deus de Galles de então gostava muito de caçar, passando por isso grande parte do tempo foi o primeiro e modesto compositor da lingua de no Illinois Central. Nessa occasião fez Adão, opinião essa que qualifica rudemente de tolice e presente a um membro da sua comitiva de vaidade ridícula, digna de extravagante presumpção um retrato autographo, o mesmo que en- ma estas linhas. dos judeus, aos quaes contesta, dizendo-lhes: "Com* REVISTA FEMININA si Deus pudesse dignar-se descer ao ponto de se mittido saber coisa alguma a respeito da origem das converter em mestre de primeiras letras, para en- coisas, pois o mysterio mais impenetrável nos occulta sinar ás creaturas o nome, o adjectfivo, o verbo, o o verdadeiro auctor dos idiomas, a etmologia das alphabeto e a syntaxe. " palavras e, sobretudo, da palavra "mulher", ponto Deus creou as coisas e não os nomes, havendo por dtemais embaraçoso e sobre o quial não possuímos concedido ao homem que puzesse nomes verdadeiros até sínão dados incertos e contradictorios. e expressivos nas coisas por Elle creadas. Este at- A palavra mulher (fêmea), diz um escriptor, tributo é inherente á espécie dotada de razão, que deriva-se do grego phéo, pheno, em latim feo, feudo, inventou todas as línguas, não prodücto do Senhor findo, e soibre este assumipto procuremos as origens que creou o céu, a terra e o homem, sem dar-lhes de Isidoro: nomes humanos, permittindo áqueUe que chamasse a seu modo o céu, a terra e todos os seres que en- cerra, e outorgando-lhe, para isso, as faculdades de intelligeniia necessárias. E' neste sentido que Cratylo de Platão reconhece Deus como auctor de linguas XH)T meio de agentes que aohou conveniente empre- gar, da mesma forma que architecto é o auctor do edificio do qual traçou o plano e para o qual dis- poz os matérias Lucrecio, que falia com grande

Eis aqui a ultima photographia de Ricarda Huch, notável escriptora allemã e uma das mais celebres mulheres d aactualidadc. Seu nome corre mundo como poetisa, novel- lista e historiadora. Acaba de celebrar o seu séxagessimo anniversario.

Penúna partibtis fcmorum dieta, ubi, sexüs spe- cies á vir o distinguitur (Bncyclopedia da gente de sociedade). Outros etmologistas a fazem derivar do latim fehts, de fero, produzir, ou derivado do grego phoi- tan, que indica união do sexo. Segundo outro, a etmologia, si não a mais certa, ao menos a mais natural, que se deve é palavra " mulher" é a que a faz derivar do latim família, A sra. James Wire, de Kountze, Texas, família de que a mulehr é, ao mesmo tempo, manan- não gosta do cabello a "Ia garçonne". Não acham, mesmo, que seria um grande cial, objecto e laço. peccado sacrificar tão lindas trancas ás A palavra " fêmea" deriva-se directamente do exigências da moda? latim femina e esta palavra femina que os latinos pronunciam hoemina, não é, nem mais nem menos, senso da natureza das coisais, quando não se desvia, que a palavra homo tornada feminlina. Dá-se idêntica deixando-se arrastar pelo epiourismo, manifesta ro- modificação em outras linguas Em hebreu, o homem tundamente seu pensamento na seguinte p'hrase: " A é cham^ado isch e a mulher ischa, no hespanhol hom- mesma natureza ensina ao homem os diíferentes sons bre e tam,bem hembra á mulher. Em alguns idiomas, da linguagem, e a necessidade faz com que elle a mesma palavra dtesigna por sua vez, o homem e a rjpprenda e designe por seus nomes tudo quanto exis- mulher, taes como as palavras anthropos e aner em te. " " Nesse ponito, aj fé e a phrlosojjhia estão de ac- grego. côrdo", diz Ch. Nodier. O mesmo succede com a p^avra man. Comoium E' tão delicada esta questão, que ainda está lon- em muitas linguas septentrionaes, ella também se e de ter sido solucionada, porque a ninguém é per- encontra fazendo parte dos mais antigos idiomas do plw. REVISTA FEMININA oriente. Nas antigas povoações do norte, man origi- Man significa força, poder, acção, espirito, pen- nariamente era homem se rmdistinicção de sexo; sabe- samento; de sorte que man, tomado em sua origem, se que em latim homo é applicado igualmiente tanto é O' sèr pensante. ao homem como á mulher. A lua chama-se mene em grego; mon, mond em Pa%ces post annis ei morienditm ftdt quonion allemão; mane em flamiengo; moon em inglez; maen Home Nata Guerat. (Cicer.. Famil. Hl IV epist. V). em saxão antigo; manna em laponiikx); palavras essas que se derivam da palaarra man, homem. A primeira significa quem produz, e tem sua raiz na palavra gé, a terra. A mulher é ^semelhante á terra; esta é fecun- dada pelo sol e aquelia pelo varão. A segunda, theleia, vem de uma palavra que quer dizer terminar. A terceira, aikos, tem um sentido moral e signi- fica envergonhada, timida, que se esconde. E ha ainda a palavra akoitis, esposa ou amante. Os latinos dizem mulier, moUe, débil; femina, proddctora; tiaor, unida, conjunicta; 7Argo, destinada ao homem. Deixemos aos sábios penetrar em outras multipli- cidades de comparações, trabalho esse que si tentás- semos emprehender nos ilevaria muito longe, deman- dando temipo e com prejuízo da santa paciência das leitoras.

Em todo caso, a origem da palavra hontein e inii- llu-r o único interesse que i>óde ter para a*iuellas que isto lêem, é o da curiosidade. E' que, no final das contas c depois de tantas buscas c consultas nos Hiivros da antigüidade, tanto faz que a inullicr signifique isto e honwin queira dizer aqtiillo Deus quando os creou, a Adão c a Eva, certamente aião imagiaKxv a| iMecesfcidalde dt dar-lhes um nomíC. Isto veiu depois, amiios mais tarde, no Paraíso Terreal, após o pectado, devido á própria imaginação dos nossos primeiros pães...

O pae não queria que ellas casassem. Por isso, aproveitando estar dle doente, de ca- ma, estas duas pombinhas bateram as azas, uma. com o "chauffcur" e outra com o electricista de sua casa. Emyle e Kale são filhas de Grenville Lindall Winthrop, ri- quíssimo amctricano. Muito pôde o amor...

Os poetas têm empregado a miúdo a palavra man no sentido de mulher: Imirkre vid Man spüla, falar com uma virgem na dbscuridade. (Havanal, str. 77). Quando não se emprega a palavra man no sen- Mrs. Pshe Malke Urdany, a mulher mais Velha tido genérico de criatura hiunana, aipplica-se mais da America do Norte. Aos cento e vinte quatro especialmente aos indivíduos do sexo masculino. annos ainda conserva, perfeitas ,toda3 as facul- dades do espirito. Aliás, pda gravura não st Com o termo " homem", tem-se desejado cm deduz outra coisa. Através do sorriiso de sua boc- todos os idiomas significar valoroso, forte, generoso, caa sem dentes, advijlha-se no seu rosto a aspe- valente. rança que tem de viver ainda muitos annos... REVISTA FEMININA A pagina das mães ALIMENTAÇÃO INFANTIL

Para se alimentar bem uma creança mediante depois, e deixal-a assim até o dia sieguinte. Depois o. uso d!o "biberon" devemos preparar este com do almoço, por exemplo, tomam-sie todas as gar- o máximo cuidado e trazel-o sempre perfeita- rafas que serviram com leite e procede-sie á la- mente limpo. Embo- vagem das mesmas, ra se obtenha para com água de sabão a alimentação d a c uma escova apro- creança o melhor priada que sie pode leite não produzirá dbter em qualquer elle os desejados ef- loja da especialida- feitos si a mescla de ; feita com escru-

Tem apenas sete meizes de edade, e chama-se Maria Apparecida esta As lindas crianças. Romulo, nossa linda amiguinha que é filha com 5 mezes de edade, filho do Sr. Antônio de Mello e de de nossa distincta assignante D. Angelina C. de Mello, de D. Maria da Gloria Mendes Serra Azul. Salomon, de Santa Rita do Sapucahy. não for bem feita e o apparelho puloso cuidado a lavageim, en- perfeitamente limpo. Um descui- che-se de água fria, e coUocani- do qualquer, por insignificante se no estirilisador. Depois de fer- que S'eja pode oocasionar desar- vido o liquido, despeja-se, « põe- ranjos mesmo de caracter grave, se as garrafas a escorrer, de

Srta. Ermelinda Andrade, de Timbauba, (.Pernambuco) fer- vorosa admiradora da " Revista Feminina".

O menino Milton Pinto, filho A menina Qeonides Ponce Ca- do Sr. F. Chagas Pinto, de valcanti, filha do Dr. Floripes Ipú (Ceará). Pessoa Cavalcanti, do Rio de Janeiro. como a terrível diarrhéa, por bocca para baixo, num grande exemplo. recepiente esmaltado. O leite, apenas recebido do As crianças robustas: o nos- Outro methodo também usado so amiguinho Thyrso Na- fòrneoedor deve ser guardado zianzeno. com êxito nos hospitaies é o de em logar bem fresco, numa ge- proceder á limpeza do vasilha- ladeira, por exemplo, caso se possua es.sv appa- me apenas servido. Despeja-se o leite que a crean- 'elho de tanta utilidade no lar doméstico. ça tenha deixado no "biberon" lava-se bem o r-e- Logo depois de dar-se o "biberon" á creança oepiente com água quente, sabão branco e uma • ■ ve-se esfriar a garrafa, enchendo-a com água, escova, depois com água fria, enchendo-se com REVISTA FEMININA

Edilson Esteves, um futuro- so defensor de nossos ideaes; O menino Juarez, com 18 tem 3 annos e é filho de Duas gentis pequeíiinas admirado- mezes de edade, filho do D. Elisa Castdlo Branco major Pedro Freire e de ras de nossa revista: Maria Seve- D. Camilla Galvão Freire, Esteves, residente em Mos- assignante e amiga desta soró (Rio Grande do Norte) rina e Auta Santos. revista.

o leite, a agua fervida e assucar, agua borkaida ou bioarbonatada. isto para as creanças de dois me- Conservam-se, assim, as garrafas até á manhã seguinte, quando> então zes. As creanças desta edade reque- se esvasiam guardando-se em bom rem para sua alimentação uns oito lugar, de bocca para baixo, para que "biberons" cada vinte e quatro ho- escorram. ras. Quando a formula recommen- A respeito das mamadeiras deve- dada para a creança seja aquelJa em se advertir que as pretais e verme- que entra a agua de aveia, -é pre- lhas são preferíveis ás brancas, pois ciso preparar esta com a devida estas são pintadas e essa tinta é antecedência. A forma mais simples pnejucWcial á saúde. de preparar a agua de cevada é Quando noivas, devem ser esteri- usando um pouco de farinha na prio- lisadas antes de servir. porção de uma colheraida bem cheia A esterillsação das mamadeiras que se mistura num pouco de agua pode ser feita da seguinte íoTma: A graciosíssima Cecy de Padua, j n j • por occasião de sua primeira fria agregando-se-lhe depois umas Calloca-se a mamadeira num rece- communhão teve a gentileza de ^ j fervendo onde se piente com agua, e leva-se ao fogo nos enviar o seu retrato que v s ..... com prazer publicamos. Cecy e tenha deitado uma qunatidade insi- até que o liquido ferva. Feito isto, filha de nossa assignante D. Ma- . , fura-se a mamadeira com uma agu- ria Adalgiza, residente em Rio gnificante de sal. Preto, neste Estado. Emquanto se está fazenido esta lha queimada, n. 10. Depois de usada a mamadeira deve ser perfei- mescla, é preciso agitar o liquido que uma vez preparado se despeja num duplo reaepiente e váe tamente lavada com agua boricada, sendo que o a ferver por trinta minutas, sendo em seguida melhor processo é deitar-lhe um plotoco de borax, coado. Tanto a agua de aveia como' a de cevada depois agua, esfregando-a, a seguir, com uma es- podem ser obtidas mediante os grãos inteiros que covinha até ficar perfeitamente limpa. A mamadeira deve ser esterilisada todas as ma- nhãs pellol processo que in- dicamos acima, constituin- do isto uma medida de grande êxito na hygiene da alimentação infantil. Muito cuidado devem merecer também todos os utensílios usados para este fim, utensílios que como o próprio leite devem ser preservados dia contacto Ida Cortes, aos 6 meees A i • Jousieu e Hugo, dois lindos meninos, filhos de edade; é filha do Sr. das moscas. A mescla mais capitão Agostinho Ferreira Costa e de D. Fri Joaquim H. Cortes, de natural é a em que entra cisca Barretto da Costa. Angustosa. REVISTA FEMININA

se deixam de mo- 01 leite aqueça lho cm água bem por egual. Para limpa pelo espa- provar a tempe- ço de quatro ou ratura em que se cinco horas. deve ministrar o E m q u a n t o leite á oreança a agua de aveia deitem-se algu- ou de cevada es- mas gottas desib: tiver quente jun- sobre o pulso. te-sie o assucar Não Se tendo ne-

Francisco e Eriinda, interessantes filhijihos do sr. Manoel Velloso Uma futura leitona da "Rsvis'ta": Ro-sa e sua esposa D. Maria V. a buliçosa Yvajiy, filhinha do Co- Rosa, residentes em Brejáo, Per- ronel A. Dantas, de Garanhuns, nambuco. Pernambuco.

necessário; a agua assim prepa- nhuma sensação de frio ou calor rada só poderá, porém, ser mistu- o leite está no ponto justo. rada ao leite depcis de fria. Nunca sie deve submergir o vi- Depois de cheios os "biberons" dro em agua fervendoi ou exces- e coMocados num recepiente frio, Duias lindas florzinhas: Yara e sivamente quente, pois corre-se o procede-se á limpeza de todos os Raymunda Bertine, encaaito do risco do mesmo es.tailar, ou do lei- casal Moreira Diais, nossos assi- utensílios .empregados na modifi- gnantes em Martins, no Rio te, pela brusca mudança de tempe- cação do leite, utensílios que de- Grande do Norte. ratura talhar e inutilizar-ise. vem -ser guarcSados em lugar isen- Ao dar-ise o "bibiefloíi" á crean- tei de poeira ou cc>bertos com um ça (3evie-se coMocal-o numa posi- panno bem limipo. ção em que se lhe daria a peito, Chegado o momento de alimen- evitando que mame muito depres- tar a creança, toma-'&e um "bibc- sa o quie é altamente prlejudicial. ron" que se aquece gradualmente numa vazilha onde a agua chega

A graciosa Nayde Regneira, nos-sa lami^uinha de Seri- nhãem, Estado de Pernam- buco

ao mesmo ní- Cada vidro vel do leitie, ou deverá ser to- pouca coisa mado de quinze mais. Nunca, a dezoito mi- porém, a agua nutos. Seguindo deve ultrapas- á risca estas in- dicações podle- sar esta medi- Isac tem apenas 10 mezes de idade; da. De quando se ter a certe- Théa, duas primaveras e meia so- em quando agi- za de que se mente; e são filhinhos dos nossos Nossos leitores srta. Noelia e seu assignantes em Cannavieiras, Est. 'rmão Pedro, filhos do dr. Pedro dos ta-se o "bibe- evitarão innume- de Pernambuco, sr. Samuel B. So- ~t

Desde o dia 27 do corren- te, a nossa capital conta mais um excellente estabe- lecimento commercial, no gênero o único que exiiste na Paülicea. Trata-se da Casa "Calypso", pertencen- te aos srs. Marques & Cia. e luxuosa e elegantemente installada no prédio n,. 75 da rua Barão de Itapetinin- ga. Vendem-se alli-, apenas, artigos de perfumaria da reputada e conhecida m^ar- ca que dá seu nome ao es- tabelecimento. Não fosse o mtdo de usar- mos a revelha chapa, diria- mos que a Casa "Calypsio" veiu preencher uma lacuna existente no nosso mal ap- parelhado commercio die perfumarias. Na verdade, com a creação da Casa "Calypso", ás nossas ele- gantes, que não dispensam em suas "toilettes" os per- fumes suaves ou inebrian-

tes, se offerece uma opportunidade magnifica de adquiril-os de boa qualidade, por pouco pre- ço e. . . a peso. Quer di- zer que despendem em perfumes o que até agora estavam habituadas a gas- tar em enfeites e laqos de fitas que acompanham ge- ralmente taes artigos... Por todos os motivos, a elegante "boite" da rua Barão de Itapetininga bem merece a sympathia com que o publico aco- lheu o seu apparecimen- to. REVISTA FEMININA A sobremesa

PUDINS DE FRUCTAS

_ Damos a seguir, algumas receitas de pu- Pudim de damascos. — 1 libra de damas- dins de fructas seccas que certamente muito cos ;agua fria; uma chicara de mel; uma co- interessarão ás nossas queridas leitoras. lher de sueco de limão; uma chicara de fa- Pudim de ta= ;^ maras. = Uma jj^^^^ cliicara e meia ^^^^Hà d e jHHJj^^^ft uma chicara de SHH nozes, amas- ^ímm s a d a s ; uma chicara de ba- nha ; uma chi- cara de leite; 2 colheres de fermento ; Pudim de figos meia chicara Pudim de tamaras de farinha de rinha de cevada; uma colher de fermento; milho; duas uma colheririha de sal; uma chicara de leite. chicaras e meia de miolos de pão; uma chi- Deixam-se os damascos de molho em água cara de assucar; 2 ovos; kite quente. fria; juntam-se-lhe depois o mel e o sueco de Assam-se as tamaras com a banha, mistu- limão, e leva-se ao forno até que comecem a rando-se as nozes, o leite, a farinha, sal, as- amolecer; faz-se uma massa com as fari- sucar e ovos, batendo bem a mistura. Põe-se nhas e mais ingredientes, formando uma numa forma untada com manteiga, tampa- pasta espessa que se cortará em roledas, col- se e leva-se ao vapor da água, durante cinco locando-as sobre os damascos. Cosinha-se horas. Tira-se para ser tudo a fogo lento. servido logo com leite Pudim de figos. — 1 quente. libra de figos; meio co- Pudim de maçãs. — po de água; 2 colheres 1 ■ libra de maçãs seocas; de assucar preto; um água fria; 1 chicara de limão. manteiga av^uecida; 1 Faz-se um pastel, de colher de extracto de varias capas, alteman- limão; 2 ovos bem ba- do-as com o seguinte tidos ; meia chicara de recheio: lavam-se os leite de coco ralado. Pudim de damascos figos que se amassam Deixam-se as maçãs de pondo-os numa vazilha molho em água fria, durante a noite. Põem- com água, assucar preto e casca de limão se, em seguida, numa forma para pudim, bem ralado. untada com banha, e junta-se-lhe o xarope Cosinha-se a fogo lento, até quie engrosse e a manteiga. Leva-se ao forno moderado deixando esfriar para ser servido. durante 45 minutos. Batem-se os ovos com o leite; derrama-se sobre as maçãs, que se le- Pudim de ameixas. — 2 colheres de man- va novamente ao forno. Antes de servir, jun- teiga; 2 de mel; 2 ovos bem batidos; 2/3 de te-se-lhe o coco ralado. chicara de migas de pão; 1 colher de extra- cto de baunilha; 1 colher de fermento; 3/4 de chicara de ameixas; massa de farinha. Ba- te-se a manteiga com o mel, juntando- se as migas de pão, o leite, a baunilha, o feT- mento e as ameixas cosidas e amassadas. Põe-se nas formas e leva-se ao forno du- rante 15 minutos. Sirva-se frio.

Pudim de maçãs REVISTA FEMININA

O EXTRAORDINÁRIO ÊXITO DA NOSSA O QUE t ACTUALMENTE A NOSSA EXPOSIÇAI) PEBMAREITE *'SECÇAO DE COMPRAS E REMESSAS" DE TRABALHOS FEMININOS o sucesso enorme que vem obtendo a nossa Creamos este magnífico departamento que é secção de "Compras e Remessas" entre os milha- a nossa "Exposição permanente de trabalhos fe- res de leitoras e amigas da "Revista Feminina" mininos" para estimular as artes do gênero em eqüivale a um verdadeiro triumpho. nosso paiz, quer pela exposição dos lavores, em nos- Ao arearmos este departamento tínhamos a* sas "vitrines" qer pela venda dos mesmos, em plena certesa de irmos ao encontro do desejo de benificio das expositoras. todas as nossas assignantes do interior, para qiiem Instituição única e modelar, em nossa pátria, ■a, distancia, difficuldades de conimunicaçãa, atra- seu êxito vem diesde a fundação da " Revista Fte- zos nos pedidos feitos a casas deste capital etc, minina" num crescendo verdadeiramente assom- constituíam serias difficuldades e muitas vezes, broso, pois que nossas queridas amigas e assi- mesmo, graves prejuízos de toda a ordiem. gnantes, comprehendendo seu largo alcance mOr Nâo calculávamos, porem, o lirgo, enorme, in- ral e econômico, tem vindo, felizmente, ao encon- tenso desenvolvimento que esta secção teria #m tro de nossos desejos. tão breve espaço de tempo. Temos apresentado ao publico e vendido milha- Fomos, assim, obrigados a amplial-a, dotando-a res e milhares de trabalhos, como rendas, borda- não só de locaesmais amplos e melhor adequados dos, roupas brancas bordadas, roupinhas para aos fins a que se destinam, como ainda de pessoal creanças, toalhas finas para mesa etc. technico mais numeroso. A grande imprensa nacional por varias vezes já Mas, não importa I No desejo de corresponder se tem referido elogiosamente a esta nossa impor- Â sympathia e amisade de nossas leitoras e assi- tantíssima secção, pondo em relevo o extraordi- .gnantes astamos promptas a arcar com todos os nário valor da mesma como factor educativo da ■encargos que a manutenção de nosas secções mulher e elemento de economia domestica. acarreta, como é faci! de imaginar. Basta dizer-se que, dos trabalhos vendidos, em Esta secção, não é, assim, uma fonte de receita. nossa exposição, apenas deduzimos a insignifi- Representa, apenas, um extraordinário melhora- cante porcentagem de 10 o|o com que supprimos mento, creado no exclusivo beneficio de nossas as despesas da mesma. ■queridas assignantes, ou daquellas pessoas que ao Ultimamente, o incremento que tem tido este fazerem seii pedido de compras tomem por um departamento é verdadeiramente excepcional. •anno a assi^natura da revista. De todos os pontos do território nacional re- Nossa secção de compras e remessas está per- cebemos centenas de lavores femininos para serem feitamente appardlhada para attender todo e qual- expostos e vendidos o que nos obrigou a ampliar <3iier pedido, como seja: moveis de qualquer esty- os locaes destinados á exposição, e encarregar 1o, louças e utensilios de cozinha; objectos artis de sua manutenção pessoas especialistas na ma- íicos e de decoração; quadros ; bronzes ; bibelots ; téria. enxovaes para noivas e para recém-nascidos; fa- Trata-se, assim, actualmente, de uma de nossas lendas, luvas, chapéos, sapatos e tudo o mais, em- secções de maior importância e movimento. fim, que nossas queridas assignantes desejarem Expomos e vendemos nella, trabalhos enviados adquirir nesta capital. pelas nossas gentis assignantes, como sejam: ren- Por accordo estabelecido entre esta direcção e das, bordados, peças para uso doméstico, como TOS principaes estabelecimentos de São Paulo e do por exemplo, roupas brancas, bordadas, para Rio de Janeiro, todas as compras feitas por in- creanças e adultos; enxovaes para noivas e ba- termédio nosso não só gosarão de preços exce- ptisados; toalhas finas para mesa, com applica- pcionaes como da garantia de qualidade superior. ções; centros de mesa e guardanapos finos, e em- Mas uma das grandes e reaes vantagens que fim, todo e qualquer trabalho feminino, que apre- offerecemos é a rapidez com que são despacha- sente uma utilidade pratica ao lado de um aca- das as encommendas, e seu perfeito acondiciona- bamento perfeito. mento. Também acceitamos para a exposição lavores Todo e qualquer pedido feito á nossa "Secção de outro gênero, como pinturas a óleo e a aqua- de Compras e Remessas" é immediatamente exe- rella; pvrogrammia, trabalhos em ^eda, em esta- cutado ; o acondicionamento é feito com o máxi- nho "repoussé" etc. Mas os trabalhos de maior mo escrúpulo, por pessoal competentissimo, de procura e mais rápida coUocaçãQ' são, indiscuti- forma que toda e qualquer encommenda chega a velmente os que enumeramos emf primeiro lugar, seu destino perfeitamente intacta e no menor es- isto é, rendas, bordados, roupas IJrancas finas, paço de tempo. toalhas, guardanapos finos e todo o mais que se Fazemos notar ás nossas gentis assignantes relacione com este gênero. •que em se tratando dos Estados e de lugares do E' indispensável, também, para a facilidade de interior demasiadamente afastados, muitas vezes venda, que todos os trabalhos enviados sejam fi- entre o recebimento de nossas cartas com amos- nos e perfeitamente acabados. tras e a resposta autorisando a compra, os preços Pequeninos guardanapos e pannos, embora artís- dos artigos sobem, ou os mesmos se exgotam na ticos e ricos, não teem a prompta coUocaçSo que praça. teem aquelles lavores que acabamos de enumerar. E' assim, de bom aviso, calcular-se os preços Toda a moça, ou senhora casada, por intermé- sempre susceptíveis de uma pequena elevação. dio de nossa Exposição pode e deve assim contri- Também pedimos ás queridas amigas o seguin- buir para o estimulo da arte feminina em nosso te : os pedidos de amostras devem vir acompanha- -i^iz, apresentando ao publico o producto de seus dos da respectiva importância para a remessa e esforços e contribuindo ainda, para o bem estar registro. Toda e qualquer consulta que nos façam econômico do seu lar. a respeito desta secção deve, egualmente, vir acom- Assim, pedimos a todas as nossas queridas panhada dos seltos para a resposta. assignantes e amigas que nos enviem o maior nu- Quanto As cartas contendo dinheiro devem vir mero possível de trabalhos, que devem, perfeita- registradas, com valor declarado e endereçadas a mente acondicionados, ser remettidos a esta re- esta redacção: rua Conselheiro Chrispiniano, 1 dacção : rua Conselheiro Chrispiniano n.° 1 — S. Paulo. Cinco Novos Meios De se terem dentes mais brancos, mais limpos, mais protegidos Todos elles descobertas recentes

A sciencia dental tem procurado meios essa pellicula. O effeito dum d'elles é coalhar para melhorar a protecção dos dentes. a pellicula, o outro remove-a sem necessidade Todos os velhos methodos demonstraram de escoriações que damnificam. Authori- ser inadequados. Os soffrimentos com os dades competentes demonstraram a efficien- dentes augmentavam constantemente e muito cia destes meios os quaes foram encorpora- poucos escapavam. Viu-se menos dentes lin- dos n'uma pasta para dentes chamada Pep- dos que agora. sodent e os dentistas de todo o inundo Investigações dentárias descobriram as comesam a aconselhar o seu uso. causas e originaram-se cinco novos meios de as corrigir. Outros essenciaes O principal inimigo Achou-se que eram necessários ostros ef- Encontrou-se que o principal inimigo dos feitos e descobriram-se meios para os con- dentes era a pellicula—essa pellicula viscosa seguir. Todos elles estão agora encorporados que sente. Agarra-se aos dentes, entra nas no Pepsodent. cavidades e fendas e fica. Pepsodent estimula o fluxo da saliva, o Manchas causadas por alimentos, etc, em grande agente da Natureza para proteger os breve a descoram e forma então manchas dentes. escuras. A pellicula é a base do tartaro. É Multiplica a alcalinidade da saliva para que assim que a maior parte dos dentes estão esta possa melhor neutralizar os ácidos da Biais ou mentDs nublados. boca. a causa da carie dos dentes. A pellicula ■ também prende partículas de Multiplica o amido digestivo da saliva para alimentos que fermentam e produzem ácidos. melhor digerir os depósitos de amido que se Segura os ácidos em contacto com os dentes íormam nos dentes e que no contrario podem causando cariação e micróbios geram-se aos fermentar e produzir ácidos. mUhões os quaes, com o tartaro, são a causa Aliza os dentes e assim a pellicula não se principal da pyorrheia. agarra com facilidade. Uma grande parte fica intacta Milhões obtiveram dentes mais brancos Os velhos methodos de limpeza dos dentes deixavam uma grande parte da pellicula in- Um dos resultados é dentes mais brancos. tacta para nublar os dentes e dia e noite Veem-se em toda a parte—dentes que Vs. Sa. causar estragos sérios. talvez inveja. Porem isto não é mais que um Encontraram-se dois meios de combater signal de dentes mais limpos, mais protegi- dos. Manchas causadas pela pellicula, ácidos e depósitos são combatidos com successo. Proteja o Esmalte Envie o coupon para receber uma amostra Pepsodent separa as partes integrrantes da para 10 dias. Veja como os dentes se tor- pellieula e remove-as com um airente bem mais brando que o esmalte. Para combater a nam mais brancos logo que a use. Note a pellicula nunca use preparações que contenham ausência da pellicula viscosa. Veja como os pó áspero. dentes se tornam mais brancos á medida que a pellicula desapparece. Corte o coupon agora mesmo. MARCA J^^m^ÊmmamKm^K^^a^i^ O dentifricio do novo^dia Amostra Para 10 Dias Grátis ^f' Um combatente soíentiâco dsi pellicula que COMPANHIA PEFSOnUNT DO BEASH,, faz os dentes brancoe, limpa-os e prote^e-os s«m Depto 'JH^t, Caixa Postal 140, necessidade de se escovarem perigosamente.. Rio de Janeiro. Recommendado hoje por principaes dentistas d& Enviem uma bisnaga de Pepsodent para 10 todo o mundo. Á venda em toda a parte ^ dias a: dois tamanhos. A bisnagra grande contem duas vezes mais que a pequena offerecendo assim uma grande econo- niia ao comprador.

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A Uoção Brilhante é o melhor especifico indicado contra: Queda dos cabellos — Calvicie — Embranqueci» mento prematuro — Calvice precoce — Caspas — Seborrhéa — Sycose e todas as doenças do couro cabelludo Cahe^ílns hrarirns Segundo a opinião de muitos sa- ^aOeiIOS DranCOS ^j^j^ ^^^^ hoje- completamente provado que o embranquecimento dos cabellos não passa de uma moléstia. O oabello cae ou embranquece devido á de- bilidade da raiz. A LOÇÃO BRILHANTE, pela sua poderosa acção tônica e antiseptica agindo dírectameinte sobre o bulbo, é pois um excellente renovador dos cabellos, barbas e bigodes brancos ou grisalhos, devolvendo-lhes a côr natural primi- tiva, sem pintar, e emprestando-Ihes maciez e brilho ad- mirável. Caspa = Queda dos cabellos ,flf ^^^ Z moléstias que atacam o couro cabelludo dando como resul- tado a queda dos cabellos. Destas a mais commum são as caspas. A LOÇÃO BRILHANTE conserva os cabellos, cura as afecções parasitárias e destróe radicalmente as caspas, deixando a cabeça limpa e fresca. A LOÇÃO BRILHANTE evita a queda dos cabellos e os fortalece. C I ■r-Sf' ^°^ casos de calvicie com três ou quatro se- C/alVlCie ^3^33 jç applicações consecutivas começa a parte calva a ficar coberta com o crescimento do cabello. A LOÇÃO BRILHANTE tem feito brotar cabellos após Ihante fricciona-se o' couro cabelludo bem junto á raiz ca- periodos de alopecia e até de annos. pillar, deixando a cabeça descoberta até seccar. Ella actua estimulando os follicuos pilosos e desde que PREVENÇÃO haja elementos de vida os cabellos surgem novamente. Não acceitem nada que se diga ser "a mesma coisa" ou "tão bom" como a LOÇÃO BRILHANTE. Seborrhéa e outras affecções X'^T" Póde-se ter graves prejuízos por causa dos substitutos. terminadas pela seborrhéa ou outras doenças do couro ca- pENSE V. S. era ter novamente o basto, lindo e lustroso belludo os cabellos caem, quer dízer despegam-se das raí- cabello que teve ha annos passados. zes. Em seu lugar nasce uma penug-eín que segundo as cir- cumstancias e cuidado que &e lhe dá cresce ou degenera. pENSE V. S. era eliminar essas escamas horríveis que A LOÇÃO BRILHANTE extermina o germen da sebor- são as caspas. rhéa e outros micróbios, supprime a sensação de^ prurido e pENSE V. S. em restituir a verdadeira côr primitiva ao tonifica as raízes do cabello, impedindo a sua queda. seu cabello. T-«.:^f«/\n4«l/\oa Ha também uma doença, na qual o ca- pENSE V. S. no ridículo que é a calvicie ou ouitiias mo- 1 riCnopUIÜJsC ^^ç,,^^ g,^ ^^^^ ^e cahir. parte. Pode lestias parasitárias do couro cabelludo. partir bem no meio do fio ou pôde ser na extremidade,^e Nada pode ser mais conveniente para V. S. do que expe- apresenta um aspecto de espantador por causa da dissocia<;ão rimentar o poder maravilhoso da LOÇÃO BRILHANTE. das fibrinhas. Além disso, o cabello torna-se baço, feio e Não se esqueça. Compre um frasco hoje mesmo. Desejamos sem vida. Essa doença tem o nome de tríchoptilose e é convenser V. S. até a evidencia, sobre o valor benéfico vulgarmente conhecida por cabellos espigados. A LOÇÃO da LOÇÃO BRILHANTE. Comece a usal-a hoje mesmo. BRILHANTE ,pelo seu alto poder anti&ôptico e alimenta- Não perca esta opportunídade. t dor, cura-se facilmente, dá vitalidade aos cabellos, deixan- A LOÇÃO BRILHANTE está á venda em todas as dro- do-os macios, lustrosos e agradáveis á vista. .garias, pharmacias, barbeiros e casas de (perfumtarias. S. V. 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Paulo. sem gordura de espécie alguma que, como é sabido, pre- (R. F.) judicam a saúde do cabello. Junto remetto-lhe um vale postal da quantia de Rs. MODOS DE USAR 10$000, afim de que me seja enviado pelo Correio um frasco Antes de applicar a LOÇÃO BRILHANTE pela primeira de LOÇÃO BRILHANTE. vez é conveniente lavar a cabeça com água e sabão e en- Nome - xugar bem. A LoçSo Brilhante pôde ser usiada em fricções como qual- Rua quer loção, porém é preferível usar do modo seguinte: Cida^'^ ; neita-se meia colher de sopa mais ou menos, em um pi- res, e com uma pequena escova embebida de LoçSo Bri= Estado - ^. A ultima moda em esthetíca feminina é a cinta Plástica "MARIETTE f I

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