Hoehnea33(4):455-484. 71 fig., 2006

Sematophyllaceae da MataAtHintica do nordeste do Estado de Sao Paulo

Sandra Regina Visnadi 1

Reccbido: 17.05.2005; aceito: 17.08.2006 ABSTRACT - ( from the Atlantic rain forest in the Northeast ofthe Sao Paulo State). Sematophyllaceae is a family oftropical particularly diverse in southeastern Brazil. The studied bryophytes come from the Atlantic rain forest in Ubatuba, Caraguatatuba, Sao Sebastiao, Bertioga, and Santo Andre. The material is deposited in SP and HRCB Herbaria. The paper includes nine genera and 17 species. These taxa represent 69% of the Sematophyllaceae genera and 36% ofthis family species, which were listed for Sao Paulo State. AcroporiulIl exiguulIl (Broth.) WR. Buck & Schlif.-Verw., Aplychopsis pungijolia (Hampe) Broth., A. pyrrhophylla (MUll. Hal.) Wijk. & Margad., Paranapiacabaea paulisla WR. Buck & Vital, Pylaisiadelpha brasiliensis H.A. Crum and TrichosleleulIl sublaevigatum Herzog occur only in Brazil. The last three species are restricted to the Sao Paulo State. Key words: inventory, mooses, , tropical rain forest

RESUMO - (Sematophyllaceae da MataAtlantica do nordeste do Estado de Sao Paulo). Sematophyllaceae e uma familia de musgos tropicais, particularmente diversa no sudeste do Brasil. As bri6fitas, estudadas no presente trabalho, sao provenientes da Mata Atlantica, em Ubatuba, Caraguatatuba, Sao Sebastiao, Bertioga e Santo Andre. 0 material esta depositado nos herbarios SP e HRCB. 0 total de taxons inventariados, nove generos e 17 especies, corresponde a 69% dos generos e 36% das especies de Sematophyllaceae listados para 0 Estado de Sao Paulo. AcroporiulIl exiguulIl (Broth.) WR. Buck & Schlif.- Verw., Aptychopsis pungijolia (Hampe) Broth., A. pyrrhophylla (Ml'ill. Hal.) Wijk. & Margad., Paranapiacabaea palllisla WR. Buck & Vital, Pylaisiadelpha brasiliensis H.A. Crum e TrichosleleulIl sublaevigalum Herzog ocorrem somente no Brasil. As tres ultimas especies estao restritas ao Estado de Sao Paulo. Palavras-chave: floresta tropicailimida, inventario, musgos, taxonomia

IntrodU(;ao (Buck 1998) em escala mundial (Gradstein et al. 200 I). Pylaisiadelphaceae foi proposta no mais recente Sematophyllaceae e uma familia de musgos sistema de classificayao dos musgos (Goffinet & Buck tropicais, com aproximadamente 50% dos generos e 2004), com alguns representantes circunscritos 10% das especies (20 generos e 90 especies) na regiao anteriormente para Sematophyllaceae (Buck & neotropical. e Sematophyllum sao Goffinet 2000). Todavia, a diagnose mais recente de amplamente distribuidos pela Liltima regiao relacionada, Sematophyllaceae esta contida apenas no Ltltimo enquanto que os generos restantes sao raros ou comuns trabalho citado e inclui representantes com filidios local mente (Gradstein et al. 2001). A familia e freqUentemente verde-dourados, com costa curta e particularmente diversa no sudeste do Brasil (Buck dupla ou ecostados, com celulas geralmente lineares, & Vital 1992). lisas ou papilosas e celulas dos angulos da base dos A maior parte ·dos generos de Sematophyllaceae filidios diferenciadas, operculo com rostro, em geral e caracterizada pelas celulas dos angulos da base dos obliquo, dentes do exost6mio comumente sulcados e filidios diferenciadas, constituidas por pequenos grupos estriados transversalmente. de celulas nitidamente infladas, como pequenas bolhas Registraram-se 22 generos e 127 especies de (Crum & Anderson 1981). Todavia, os representantes Sematophyllaceae para 0 Brasil (Yano 1996) e 13 dessa famil ia sao heterogeneos, quanta aos caracteres generos e 47 especies dessa familia para 0 Estado de do gamet6fito e espor6fito (FlorschUtz-de-Waard Sao Paulo (Yano & Bastos 1998). 1996). Sematophyllaceae apresenta alguns generos Poucos trabalhos relacionam Sematophyllaceae muito distintos, enquanto que outros, sao muito especificamente para a Mata AWintica do Brasil. 0 semelhantes entre si, necessitando de revisao generica total de sete generos e 18 especies foi relacionado

I. Instituto de Botflllica, Caixa Postal 4005, 0 I061-970 Sao Paulo, SP, Brasil. [email protected] 456 Hoehnea 33(4): 455-484, 2006

para paJ·aiba (Marinho 1987), Pernambuco (Marinho relacionadas para as celulas basais dos filidios nao & Mariz 1992, Germano & POlio 1996), Bahia (Bastos incluiram as celulas dos angulos da base, cujas & Yano 1993, Vilas Boas-Bastos & Bastos 2000), Rio dimensoes nao foram tomadas. de Janeiro (Costa & Yano 1995, Costa 1999, Oliveira­ e-Silva & Yano 2000, Oliveira-e-Silva et al. 2002) e Resultados e Discussao de 10 generos e 18 especies, para 0 Estado de Sao Paulo (Buck & Vital 1992, Rebelo et al. 1995, Visnadi Registraram-se os maiores nlll11erOS de amostras, & Vital 2000,200 I, Vital et al. 2000, Visnadi 2005). generos e especies para Sematophyllaceae, dentre os o presente trabalho tem por objetivo inventariar musgos, na Mata Atlantica em Ubatuba, as especies de Sematophyllaceae OCOlTente em Mata Caraguatatuba, Sao Sebastiao, Bertioga e Santo Andre Atlantica no nordeste do Estado de Sao Paulo. (Visnadi 2005). Donnel/ia lagenifera (Mitt.) W.R. Buck, citada nessa ultima publicac;:ao, nao foi incluida Material e metodos no presente inventario, por se tratar de identificac;:ao erronea de especimes de Paranapiacabaea pau/ista As briofitas foram coletadas na Mata Atlantica W.R. Buck & Vital. localizada no Parque Estadual da Serra do Mar em o total de taxons inventariados, no presente Ubatuba, Caraguatatuba, Sao Sebastiao, Bertioga e trabalho, corresponde a 45% dos generos e 19% das na Reserva Biologica do Alto da Serra de especies de Sematophyllaceae OCOlTente na regiao Paranapiacaba, em Santo Andre. 0 ecossistema neotropical (Gradstein et al. 2001) e a 69% dos estudado enquadra-se na Regiao da Floresta Ombrotila generos e 36% das especies de musgos, dessa familia, Densa (Veloso & Goes Filho 1982, Veloso et al. 1991), listados para 0 Estado de Sao Paulo (Yano & Bastos situada ao longo das sen·as na costa leste do Brasil, 1998). como relacionado em Visnadi (2005). Os riz6ides foram observados ao longo da Para este estudo, utilizaram-se laminas superficie ventral do caulidio, raramente dos ramos, semipermanentes elaboradas com a soluc;:ao de Hoyer em tufos escassos ou abundantes, com paredes (Anderson 1954, Visnadi 2005), a tim de melhor delgadas e lisas, raramente papilosas, de colorac;:ao visualizar as estruturas. A identiticac;:ao foi baseada marrom, menos freqiientemente amarela a alaranjada em trabalhos pertinentes a cada especie identiticada ou vermelha. e materiais provenientes do Brasil e do exterior, As Sematofilaceas estudadas apresentaram depositados no Herbario SP. 0 material estudado caulidio e ramos com tilidios dispostos em varias encontra-se depositado nos Herbarios do Instituto de direc;:oes, lembrando uma estrutura terete, raramente Botanica de Sao Paulo (SP) e da Universidade caulidio e ramos tinham filidios dispostos num mesmo Estadual Paulista de Rio Claro (HRCB). plano, parecendo uma estrutura aplanada. Em sec;:ao Gradstein et al. (200 I) consideraram transversal, caulidio e ramos, com 0,1-0,3 mm diam. Pylaisiadelpha um representante de Hypnaceae. apresentaram 2-6 camadas de celulas corticais Goffinet & Buck (2004) incluiram Pterogonidium, internas, com paredes delgadas, incolores ou amarelas Pylaisiadelpha, Taxithelium e Wijkia em a alaranjadas, 1-8 camadas de celulas corticais Pylaisiadelphaceae. Entretanto, adotou-se Buck & externas, menores e com paredes um pouco mais Goffinet (2000), que trataram as especies desses espessas que as celulas corticais internas, amarelas quatro generos em Sematophyllaceae. ou alaranjadas a amarronzadas e eixo central ausente. Dados sobre disposic;:ao, comprimento e Observaram-se tilidios em arranjo espiralado ao ramificac;:ao do caulidio e/ou ramos nao foram incluidos redor de caulidio e ramos, com base parcialmente nas descric;:oes para algumas especies, devido a amplexicaule e truncada, cordiforme apenas em pequena quantidade de material quebradic;:o e AcroporiulIl pungens (Hedw.) Broth. Segundo disponivel para 0 estudo, ou porque 0 material Gradstein et al. (2001), Sematophyllaceae encontrava-se achatado, pelo processo de herborizac;:ao caracteriza-se por apresentar filidios, em geral, e 0 desmembramento dos especimes emaranhados congestos e concavos; no material estudado, causaria quebra excessiva de estruturas. observaram-se tilidios laxos ou congestos, aplanados As paredes das celulas foram consideradas ou concavos. espessas, quando a largura da parede era maior que a Verificaram-se celulas dos filidios com paredes largura do Illmen e, delgada, 0 contrario. As medidas delgadas. Segundo FlorschUtz-de-Waard (1996) e S.R. Visnadi: Sematophyllaceae do nordeste de Sao Paulo 457

Gradstein et at. (200 I), a familia caracteriza-se por o peristomio e bastante variavel entre os apresentar filidios com celulas dos angulos da base representantes de Sematophyllaceae (FlorschUtz-de­ infladas, com paredes espessas e freqUentemente Waard 1996, Gradstein e/ al. 200 I); registrou-se 0 laranja-avermelhadas ou douradas. Observaram-se contrario tanto para peristomio, quanta para capsula resultados diferentes, pois as celulas dos angulos da e operculo, pois as especies com esporMitos base apresentaram paredes delgadas, geralmente apresentaram capsula cilfndrica ou piriforme, operculo amarelas, verdes ou incolores e estavam formadas conico-rostrado, exostomio com 16 dentes subulados, por grupos com duas a seis fileiras de celulas, nos estriados na parte basal, papilosos acima, com apice quais somente a fileira basal possuia celulas infladas; acuminado e trabeculas emergentes na superficie observaram-se celulas dos angulos da base restritas ventral e 0 endostomio com 16 processos. Observou­ a uma unica fileira de celulas infladas, apenas em se variayao nesses caracteres em algumas especies Acroporium estrellae (MUll. Hal.) W.R. Buck & com capsula lageniforme (Paranapiacabaea Schaf.-Verw. e A. pungens, fracamente diferen­ paulista), operculo conico-apiculado, dentes do ciadas e menores que as celulas restantes dos filidios, exostomi0 tri angul ar-atenuados (P/erogon idium somente em Pterogonidium pulchellum (Hook.) MUll. pulchellum), papilosos (Paranapiacabaea paulista Hal. ex Broth. e Pterogonidium pulchellum), com apice truncado Papilas nas celulas, as quais separam generos (Paranapiacabaea paulista) e trabeculas imersas em Sematophyllaceae, sao geralmente vistas em na superficie ventral [Acroporium exiguum (Broth.) muitas especies, ao longo de dobras, pregas (Gradstein W. R. Buck & Schaf.-Verw. e Pterogonidium et al. 200 I) e ondulayoes nos filidios, ou quando estes pulchellum] e peristomio reduzido ao exostomio Liltimos estao em vista lateral, como em Taxi/helium (Pterogonidiul1l pulchellum). Em oito especies, planum (Brid.) Mitt., Trichos/eleum sublaeviga/um observaram-se dentes do exostomio inflexos quando Herzog e Wijkia flagellIfera (Broth.) H.A. Crum, secos e reflexos quando umidos, pois a lamela era cujas papi las sao inconspicuas; por outro lado, papilas mais espessa na superficie ventral que na superficie conspicuas foram verificadas na lamina dos filidios dorsal [Paranapiacabaea paulista, P/erogonidiu/11 em Taxi/helium pluripunctatum (Renauld & Cardot) pulchellum, Sema/ophyllum galipense (MUll. Hal.) W.R. Buck e Trichos/eleum papillosum (Hornsch.) Mitt., S. subpinnatum (Brid.) E. Britton, S. A. Jaeger. subsimplex (Hedw.) Mitt., Taxithelium planum, Perigonios, periquecios e espor6fitos OCOlTem de Trichosteleum papillosum e T sublaevigatum]; em maneira freqUente ao longo do caulidio e dos ramos apenas quatro especies verificaram-se dentes do das especies, nas quais se verificaram essas estruturas exostomio reflexos quando secos e inflexos quando de reproduyao. Llmidos, pois a lamela era mais espessa na superficie Sematophyllaceae contem especies mon6icas ou dorsal que na superficie ventral (tres especies de di6icas (Gradstein e/ al. 200 I). Sete especies Acroporium), ou possuia a mesma espessura em estudadas sao mon6icas; para as dez especies am bas as superficies do dente do exostomio restantes, observou-se apenas perigonio [Ap/ychopsis (Ap/ychopsis pyrrhophylla). pungifolia (Hampe) Broth. e Trichos/eleum As bri6fitas apresentam adaptayoes anatomicas sublaevigatum], ou nao se verificaram nem relacionadas a conduyao e estocagem de agua. A perigonios, nem periquecios [Aptychopsis conduyao externa de agua por capilaridade, ao longo pyrrhophylla (MUll. Hal.) Wijk & Margad., de caulidio e ramos, e realizada atraves dos filidios Pterogonidium pulchellum, Pylaisiadelpha concavos, que sao comuns em musgos pleurocarpicos; brasiliensis H.A. Crum, Sema/ophyllum lithophilum essa agua e absorvida pelas celulas dos angulos da (Hornsch.) Angstrom, Taxi/helium planum, base e papilas das celulas dos filidios; as papilas T pluripunctatum, Trichosteleum papillosum e tambem permitem a estocagem dessa agua na Wijkia flagellifera]. superficie do filidio (Frahm 2003). Observaram-se Espor6fito nao foi observado em apenas cinco algumas dessas adaptayoes nas Sel11atofilaceas especies (Aptychopsis pungifolia, Pylaisiadelpha provenientes da Mata Atlantica, como filfdios concavos brasiliensis, Sema/ophyllum lithophilum, em oito, celulas dos angulos da base diferenciadas Taxithelium pluripunctatum e Wijle/a flage/ltfera). em 16 e papilas em cinco especies estudadas. 458 Hoehnea 33(4): 455-484, 2006

Chave para as especies

1. Filidios com todas as celulas lisas 2 1. Filidios com celulas papilosas, ou as celulas sao lisas ou papilosas em filidios distintos na mesma planta; celulas dos angulos da base sempre lisas 13 2. Filidios laxos, geralmente esquarrosos, 0,4-1 x 0,09-0,2 mm, com celulas dos angulos da base fracamente diferenciadas, menores que as celulas restantes dos filidios, incolores ou verdes Pterogonidium pu/che//um 2. Filidios geralmente congestos, freqUentemente eretos a patentes, 0,8-2,5 x 0,2-1 mm, com celulas dos angulos da base nitidamente diferenciadas, maiores que as celulas restantes dos filidios, geralmente infladas, amarelas a amarronzadas 3 3. Ramos com apice cuspidado, celulas dos angulos da base dos filidios com disposi9aO fortemente obliqua 4 3. Ramos com apice obtuso, celulas dos angulos da base dos filidios com disposi9aO reta 6 4. Filidios 0,6-0,9 mm larg., geralmente torcidos e canaliculados quando secos, pianos, ovado­ lanceolados a oblongo-Ianceolados, com base cordiforme, margem involuta e inteira a fracamente serrilhada; plantas sin6icas, membrana basal do endostomio 116-120 l-lm compr., quilhada ...... Acroporiul1z pungens 4. Filidios 0,2-0,4 mm larg., retos quando secos, fracamente plicados, subulados, com base truncada, margem reta e inteira; plantas aut6icas, membrana basal do endostomio com ate 80 l-lm conlpr., plana 5 5. Filidios com celulas dos angulos da base numa unica fileira; seta 2,6-8 mm compr., torcida; capsula 0,9-1, I mm compr., operculo com base 0,2-0,3 mm compr., rostro 0,6-0,8 x 0,05-0,06 mm; exostomio com dentes 307-320 x 68-81 l-lm, eretos quando secos, sulcados, com trabeculas emergentes lateral e ventralmente, superficie dorsal com lamela amarelo-alaranjada na parte basal, linha mediana em zigue-zague irregular; endostomio com membrana basal 80 pm compr., processos 191 x 41 ~lm, subulados, quilhados; esporos papilosos Acroporium estre//ae 5. Filidios com celulas dos angulos da base em grupos triangulares; seta 2,5-2,7 mm compr., reta; capsula 0,6 mm compr., opercula com base 0,07-0,08 mm compr., rostra 0,3 x 0,01 mm; exostomio com dentes 115-130 x 33-42 l-lm, reclinados quando secos, nao sulcados, com trabeculas imersas, lamela amarelo-claro a quase incolor, linha mediana quase reta; endostomio com membrana basal 15-24 pm compr., processos 75-101 x 10-12 l-lm, filiformes, pianos; esporos lisos Acroporium exiguum 6. Celulas dos angulos da base dos filidios em duas fileiras 7 6. Celulas dos angulos da base dos filidios em tres a cinco, raramente em duas fileiras 8 7. Filidios aplanados e fracamente plicados, filidios com 0 maximo de 1,8 mm compr., filidios dos ramos com margem reclinada; celulas dos angulos da base dos filidios com forma irregular nas fileiras supra-basais Aptychopsis pungifolia 7. Filidios fracamente concavos, sem pregas, filidios com 0 maximo de 2,2 mm compr., filidios dos ramos com margem reta; celulas dos angulos da base dos filidios subquadradas, ou subretangulares nas fileiras supra-basais Aptychopsis pyrrhophy//a 8. Filidios aplanados, com margem fracamente serrilhada na parte apical ...... Py/aisiade/pha brasiliensis 8. Filidios concavos, raramente aplanados, com margem inteira 9 9. Filidios com apice agudo a acuminado, rete e com margem reta, geralmente concavos, ovados a oblongo-Ianceolados Paranapiacabaea pau/ista 9. Filidios com apice cuspidado, ou com a seguinte combina9aO de caracteres: apice agudo e recurvado, ou apice agudo em filfdios com margem geralmente inflexa ou reflexa; apice acuminado em filidios com margem geralmente inflexa, ou apice acuminado em filidios aplanados e ovado-Ianceolados 10 S.R. Visnadi: Sematophyllaceae do nordeste de Sao Paulo 459 ------=::-=--~-==:-- 10. Filidios geralmente galeados na metade apical, devido a margem inflexa abaixo do apice agudo; celulas dos ftngulos da base em grupos quadrados e incolores Sematophyllum lithophilum 10. Filidios nunca galeados, com margem reta, inflexa ou reflexa e apice acuminado, cuspidado ou agudo; celulas dos ftngulos da base em grupos triangulares e geralmente pigmentadas II II. Plantas com todos os ramos retos; filidios 0,9-1,3 x 0,3-0,4 mm, fracamente congestos, aplanados, monom6rficos e ovado-Ianceolados, com margem reta; endostomio com processos 44- 5 I ~lm largo Sematophyllum subsimplex 11. Plantas com ramos curvados ou retos; filidios 1,1-2,2 x 0,4-0,9 mm, geralmente congestos, frequentemente concavos, de forma variavel numa mesma planta, podendo ser ovados, ovado­ oblongos, oblongos, lanceolados, ou oblongo-Ianceolados, com margem geralmente in f1exa ou reflexa; endostomio com processos 76-1 00 ~lm larg 12 12. Ramos retos, as vezes curvados, como em S. subpinnatum; filfdios mais longos e estreitos 1,2­ 2,2 x 0,4-0,7 mm, geralmente com margem inflexa abaixo do apice acuminado, celulas medianas ate 114 ~lm compr.; capsula recurvada a perpendicular, exostomio com dentes mais longos e estreitos 434 x 80-99 ~m e linha mediana quase reta, endostomio com membrana basal 135-175 ~m compr., processos 187 x 88-1 00 ~m Sematophyllum galipense 12. Ramos geralmente curvados; filidios mais curtos e largos I, I-1,8 x 0,5-0,9 mm, geralmente com margem reflexa e apice cuspidado, celulas medianas ate 63 ~m compr.; capsula ereta a subereta, exostomio com dentes mais curtos e largos 371-421 x 112 ~lm e linha mediana em zigue-zague, endostomio com membrana basal I II-lIS ~lm compr., processos 261 x 76-89 ~lm Sematophyllum subpinnatum 13. Filidios com apice obtuso-acuminado a acuminado, celulas lisas ou papilosas em filfdios distintos na mesma planta; propagay30 vegetativa pOI' ramos flageliformes Wijkia flagellifera 13. Filidios com apice obtuso, agudo, cuspidado, acuminado, setoso ou piliforme, celulas papilosas; propagay30 vegetativa ausente 14 14.Filidios com 1-2 papilas pOI' celula 15 14. Fi Iidios com 5-10 papilas pOI' celula 16 15. Filfdios retos, concavos, com uma papila conspfcua, no centro do lumen de cada celula, celulas medianas rombicas; endostomio com membrana basal 68-96 im compr., processos 128-140 x I6-21 ~lm Trichostelelum papi!!!osum 15. Filidios freqUentemente falcados, aplanados, com duas papilas inconspfcuas, em ambas as extremidades da celula, celulas medianas fusiformes; endostomio com membrana basal 99-104 Jlm compr., processos 157 x 30-39 ~lm Trichostelelum sublaevigatum 16.Filfdios 0,9-1,3 x 0,4-0,6 mm, concavos, ovados a oblongos, raramente lanceolados, com base geralmente contraida, apice obtuso, agudo a cuspidado, raramente acuminado; celulas dos filidios com papilas inconspicuas, geralmente bifurcadas, celulas dos angulos da base em quatro a seis fileiras, anlarelas Taxithelium planum 16. Filfdios 0,5-0,6 x 0,2 mm, aplanados, lanceolados, com base expandida, apice acuminado a pilifomle; celulas dos filidios com papilas conspfcuas e arredondadas, celulas dos angulos da base em duas a tres fileiras, incolores Taxithelium pluripunctatum

Acroporium estrellae (MUll. Hal.) W.R. Buck & brilhantes. Ramos com apice cuspidado. Filidios Schaf.-Verw., Bol. Mus. Paraense Emilio Goeldi, congestos, patentes a ereto-patentes quando secos, N.S., Bot. 7: 646.1991 [1993]. Hypnum estrellae aplanados, fracamente pI icados, subulados, margem MUll. Hal., Syn. Musc. Frond. 2: 275. 185 I. inteira, com apice acuminado; filfdios do caulidio 1,7-2,5 Figuras 1-3 x 0,2-0,4 mm, filfdios dos ramos 1-2,2 x 0,2-0,4 mm. Plantas verde-amareladas a verde-amarronzadas, Celulas dos filfdios escassamente porosas, lisas; 460 Hoehnea 33(4): 455-484, 2006 celulas basais 14-82 x 4-13 ~lm, retangulares, ovadas, Parana [Yano (1981, 1989), como A croporium obovadas, fusiformes; celulas medianas 41-85 x sehllemii Bartl'. e Schraderobryum slenocarpum; 5-11 pm, fusiformes; celulas apicais 21-72 x 5-13 pm, Yano (1989), como Schraderobryum ulicinul1l] , em fusiformes; celulas dos angulos da base agrupadas Santa Catarina [Yano (1981), como Acroporiul1l numa lmica fileira, com disposic;:ao fortemente obliqua; sehnemii e Schraderobryul1l slenocarpum; Yano oblongas, infladas, porosas, amarelas. Planta monoica (1989), como Schraderobryum ulicinum; Yano e autoica. Perigonio 0,2-0,4 mm compr., filfdios (1995)] e no Rio Grande do Sui [Yano (1981), como 0,2-0,3 x 0, I mm, eretos, concavos, ovados, margem A croporium sehnel1lii e Schraderobryum serrilhada, apice agudo a acuminado; celulas slenocarpum; Yano (1995)]. semelhantes as celulas dos filidios vegetativos, sem Habitat: sobre ramos, em florestas llmidas, entre 1.050 di ferenciac;:ao nos angulos da base. Periquecio e 2.050 m all.; no Brasil, a especie ocorre em altitudes 1,2-1,5 mm compr. (pos-fecundac;:ao); 0,7-0,9 mm de 20 m, porem freqiientemente acima de 500 m (Buck compr. (pre-fecundac;:ao), fil idios 0,4-0,6 x 0,1 mm, & Schafer-Verwimp 1993, Buck 1998). eretos, aplanados, lanceolados, mal'gem serrilhada, Sel1lalophyllum e morfologicamente proximo de apice acuminado; celulas semelhantes as celulas dos Acroporiul1l (Sharp el al. 1994) e as especies filidios vegetativos, sem diferenciac;:ao nos angulos da estudadas dos dois generos diferem entre si pelos base. Caliptra 1,4 mm compr., verde-amarelada, caracteres inclufdos no item 3 da chave. Adicionado cuculada, lisa. Vagfnula desenvolvida, 0,5-0,8 mm a isso, as tres especies de Acroporilll1l apresentaram compr. Seta 2,6-8 mm compr., llllica por periquecio, filfdios aplanados, seta 2,5-8 mm compr., exostomio amarelo-alaranjada, torcida, lisa. Capsula 0,9-1,1 x com dentes sulcados (nao sulcados em A. exiglllll1l), 0,4-0,5 mm, ereta a perpendicular, verde-amarelada, 115-320 x 33-81 pm, reflexos quando secos e inflexos cilindrica ou piriforme e, nesse caso, contrafda abaixo quando umidos, pois a lamela e mais espessa na da abertura, simetrica, lisa. Operculo conico-rostrado, superficie dorsal, que na superficie ventral e processos amarelo-alaranjado, base conica 0,2-0,3 x 0,3-0,5 mm, I0-46 ~lm larg. e, nas quatro especies de rostro 0,6-0,8 x 0,05-0,06 mm, recurvado. Exostomio Semalophy//um, verificaram-se filfdios geralmente ~lm, com dentes 307-320 x 68-81 eretos quando secos, concavos (exceto em S. subsimplex), esporofito (nao subulados, sulcados; superflcie dorsal com trabeculas observado em S. lilhophilul1l) com seta 7-18 mm delgadas, pouco espac;:adas, emergentes lateralmente, compr., exostomio com dentes nao sulcados, 371-456 lamela amarelo-alaranjada, estriada ate 2/3 compr., x 80-112 ~lm, inflexos quando secos e reflexos quando papilosa, amarelo-claro a incolor acima, linha mediana umidos, pois a lamela e mais espessa na superficie em zigue-zague irregular; superficie ventral com ventral que na superficie dorsal e, finalmente, trabeculas delgadas, pouco espac;:adas, emergentes, processos 44-1 00 ~lm larg. lamela amarelo-claro, lisa ate 2/3 compr., papilosa Acroporiul1l pode exibir alguns caracteres de acima; lamela mais espessa na metade basal da superficie dorsal, que da superficie ventral. Endostomio TrichoSleleuJ11, como filidios com celulas unipapilosas (Gradstein el al. 200 I). As especies estudadas de amarelo-claro, papiloso; membrana basal 80 ~lm ambos os generos diferenciam-se pelos caracteres compr.; processos 191 x 41 ~lm, subulados, quilhados. Esporos 14-55 ~lm, amarelos, esfericos, ci Iindricos ou relacionados no item I da chave. Adicionado a isso, de forma irregular, papilosos. as tres especies de Acroporium apresentaram ramos com apice cuspidado, filidios subulados, ovado­ Material examinado: BRASIL. SAo PAULO: Santo Andre, lanceolados a oblongo-Ianceolados, celulas dos angulos Reserva Biologica do Alto da Serra de Paranapiacaba, da base com disposic;:ao fortemente obliqua, exost6mio 2-X-I922, FC. Hoehnes.n. (SPI7140). reflexo quando seco e inflexo quando umido, pois a Distribuic;:ao geografica: raro na regiao neotropical e lamela e mais espessa na superficie dorsal que na America do Sui (Buck & Schtifer-Verwimp 1993, ventral e, nas duas especies de Trichosleleul1l, Gradstein el al. 200 I). No Brasil, ocorre no Para observaram-se ramos de apice obtuso, filidios (Lisboa et al. 1998), em Minas Gerais, no Rio de lanceolados, celulas dos angulos da base com Janeiro, em Sao Paulo [Yano (1981), como disposic;:ao reta, exost6mio inflexo quando seco e Schraderobryum stenocarpum (Hampe & Mull. reflexo quando umido, po is a lamela e mais espessa Hal.) Fleisch. e S. ulicinum Mitt.; Yano (1995)], no na superficie ventral que na dorsal. S.R. Visnadi: Sematophyllaceae do nordeste de Sao Paulo 461 ====---==------;;=--===~ Acropori1l11l exiguunt (Broth.) W.R. Buck & Schaf.­ escassamente papiloso; membrana basal 15-24 pm Verw., Bol. Mus. Paraense Emilio Goeldi, N.S., compr.; processos 75-101 x 10-12 pm, filiformes. Bot. 7: 651. 1991 [1993]. Sematophyllum Esporos 11-22 ~lm diam., amarelo-claros, esfericos a u/icinum Mitt. var. exiguum Broth., Ergebn. bot. subesfericos,lisos. Exped. k. Akad. Wiss. Siidbrasil. 190 I: 345. 1924. Materiais examinados: BRASIL. SAo PAULO: Santo Figuras 4-7 Andre, Reserva Biologica do Alto da Serra de Plantas verde-amareladas, brilhantes. Caulfdio Paranapiacaba, 27-VlI-1991, D.M. Vila/ & WR. Buck rastejante. Ramos 2-7 mm compr., ascendentes, 20610, 20633 p.p. (SP). pinados a bipinados, com apice cuspidado. Filidios Distribuiyao geografica: regiao sudeste do Brasil congestos, aplanados, fracamente plicados, subulados, (Buck & Schafer-Verwimp 1993), nos Estados do Rio margem inteira, apice acuminado; filfdios do caulfdio de Janeiro [Yano (1981), como Schraderobryum 1,3-2 x 0,2-0,3 mm, patentes a esquarrosos quando ulicinum (Mitt.) Fleisch. var. exiguum (Broth.) Wijk secos; fi Ifdios dos ramos 1,2-1,7 x 0,2-0,3 mm, patentes & Margad.; Yano (1995)] e de Sao Paulo (Yano 1995). a ereto-patentes quando secos. Celulas dos filidios Habitat: geralmente sobre ramos, em florestas Llmidas, fusiformes, escassamente po rosas, lisas; celulas basais acima de 600 malt. (Buck & Schafer-Verwimp 1993). 27-103 x 3-12 pm, celulas medianas 57-1 00 x 5-10 pm, Foi coletada sobre ramos, algumas vezes associada celulas apicais 22-59 x 4-1 ~lm; celulas dos angulos ° ao musgo Campy/opus cryptopodioides Broth. da base em grupos triangulares, formados pOI' duas a Acroporium e:ciguulll parece urn representante tres fileiras de celulas, com disposiyao fortemente de A. eslre//ae em miniatura; os filfdios de ambas as oblfqua, amarelas ou verdes, oblongas, infladas, porosas especies sao muito semelhantes, porem os caracteres na fileira basal, subquadradas, subretangulares, do esporofito justificam as diferenyas interespecificas ovadas, escassamente porosas acima. Planta monoica (Buck & Schafer-Verwimp 1993). Ambas as especies e autoica. Perigonio 0,4-0,7 mm compr., filidios distinguem-se pelos caracteres relacionados no item 0,3-0,5 x 0, I mm, eretos, concavos, ovados, margem inteira, apice acuminado; celulas semelhantes as celulas 5 da chave. Outras di ferenyas observadas foram mais dos filidios vegetativos, porem tambem retangulares, tenues, como filidios com 0 maximo de 2 mm compr., rombicas, sem diferenciayao nos angulos da base. periquecio 0,7-0,9 mm compr. (pos-fecundayao), Periquecio 0,7-0,9 mm compr. (pos-fecundayao); caliptra com 0 comprimento maximo de 0,8 mm, 0,6 mm compr. (pre-fecundayao), filidios 0,3-0,6 x vaginula 0,3-0,4 mm compr. em A. exiguul11 e filidios 0, I mm, eretos, aplanados, lanceolados, margem o maximo de 2,5 mm compr., periquecio 1,2-1,5 mm inteira, apice acuminado; celulas semelhantes as celulas compr. (pos-fecundayao), caliptra 0 comprimento dos filidios vegetativos, porem tambem retangulares, maximo de 1,4 mm, vaginula 0,5-0,8 mm compr. em rombicas, sem diferenciayao nos angulos da base. A. eslre//ae e tambem confirmam 0 tamanho diminuto Caliptra 0,8 mm compr., verde-amarelada, cuculada, da primeira em relayao a segunda planta. lisa. Vaginula desenvolvida, 0,3-0,4 mm compr. Seta Em Acroporiul1l exiguum, a disposiyao reclinada 2,5-2,7 mm compr., (mica por periquecio, amarelo­ dos dentes do exostomio quando secos, deve-se a alaranjada, lisa. Capsula 0,6 x 0,3-0,4 mm, ereta a ausencia de trabeculas emergentes na superficie perpendicular, verde-amarelada a alaranjada, cilfndrica ventral (Buck & Schafer-Verwimp 1993); Acroporiul11 ou piriforme e, nesse caso, contraida abaixo da estre!!ae e A. pungens, cujos dentes do exostomio abertura, simetrica, lisa. Operculo conico-rostrado, permaneciam eretos quando secos, apresentaram verde-amarelado, base conica 0,07-0,08 x 0,3 mm, trabeculas emergentes na superficie ventral. Todavia, rostro 0,3 x 0,0 I mm, recurvado. Exostomio com dentre as 14 especies restantes de Sematophyllaceae, dentes 115-130 x 33-42 ~lm, amarelo-claros a quase cujos esporofitos foram observados, Plerogonidillm incolores, reclinados quando secos, subulados, com pu/che!!um tambem apresentou trabeculas imersas e trabeculas delgadas, espayadas, imersas; superficie os dentes do exostomio nao estavam reclinados como dorsal com lamela estriada ate 1/4 compr., papilosa em Acroporium exiguum, mas estavam dispostos na acima, linha mediana quase reta, lamela mais espessa horizontal, quando secos. Como relacionado ate 1/4 basal da superficie dorsal, que da superficie anteriormente, essa disposiyao dos dentes, em ventral. Endostomio amarelo-claro a quase incolor, Pterogonidium pu/che/lum, deve-se a maior 462 Hoehnea 33(4): 455-484, 2006 espessura da lamela na superficie ventral que na subulados, raramente perfurados, papilosos; cilios superficie dorsal e, 0 contnhio, dentes reflexos quando 93-108 x 15-16 ).lm, amarelo-claros, filiformes, secos, em Acroporium, deve-se a maior espessura bifurcados, papilosos. Esporos 15-29 ).lm diam., da lamela na superficie dorsal que na superficie amarelos, esfericos, papi losos. ventral. Materiais examinados: BRASIL. SAo PAULO: Ubatuba, Acroporillm pUl1gells (Hedw.) Broth., Nat. Parque Estadual da Serra do Mar, Nucleo Picinguaba, Pflanzenfam. 11: 436. 1925. Hypnum pungens 23-X-1988, S.R. Visnadi & D.M. Vital 4014 p.p. Hedw., Spec. Musc. Frond. 237. 60, fig. 1-5. 1801. (SP); idem, 21-V-1996, S.R. Visnadi & D.M. Vital Figuras 8-10 2167,2169 pp. (SP), 2172 pp. (HRCB, SP), 2173 pp., 2183 (SP). Plantas verde-amareladas, brilhantes. Caulidio rastejante. Ramos 5-30 mm compr., pinados a Distribuiyao geografica: especie pantropical tripinados, com apice cuspidado. Filidios congestos, (FlorschUtz-de-Waard 1996) e ja registrada para esquarrosos a ereto-patentes, geralmente torcidos e Rorail11a, Al11apa (Yano 1995), Amazonas (Yano canaliculados quando secos, aplanados, ovado­ 1981), Bahia (Bastos & Villas Boas-Bastos 1998), lanceolados a oblongo-Iancoelados, margem involuta, Minas Gerais (Yano 1981), Espirito Santo (Yano 1995), inteira a fracamente serrilhada, apice acuminado; Rio de Janeiro, Sao Paulo (Yano 1981), Parana e Santa filidios do caulidio 1,9-2,7 x 0,7-0,9 mm, filidios dos Catarina (Yano 1981, 1989). Habitat: sobre rochas, raizes, arbustos, troncos, ramos, ramos 2,2-2,5 x 0,6-0,9 mm. Celulas dos filidios lianas, madeira podre, ocasionalmente em folhas, porosas, lisas; celulas basais 22-86 x 6-16 ).lm, ovadas, freqUentemente proximo de corregos, em florestas lineares, fusiformes; celulas medianas 53-109 x llmidas, desde 0 nivel do mar ate 2.000 malt., mas 6-11 ).lm, lineares, fusiformes; celulas apicais 36-69 x geralmente entre 500 e 1.200 malt.; comum em 4-1 ~lm, fusiformes; celulas dos angulos da base ° savanas (Sharp et al. 1994, FlorschUtz-de-Waard agrupadas numa unica fileira, com disposiyao 1996, Buck 1998, Gradstein et al. 2001). Especie fortemente obliqua, oblongas, infladas, amarelo­ registrada para a Mata Atlantica em Nova Friburgo, alaranjadas, porosas. Planta monoica e sinoica. RJ (Costa & Yano 1995). Foi encontrada sobre base Gametangio 1,2-1,6 mm compr. (pos-fecundayao); de tronco, raramente em substratos mortos (tronco e 0,7-0,8 mm compr. (pre-fecundayao), filidios 0,7 x caule), geralmente com as hepaticas Bazzania 0,2 mm, eretos, convolutos, aplanados, ovado­ hookeri (Lindenb.) Trevis., B. longistipula lanceolados, margem serreada, apice acuminado; (Lindenb.) Trevis., Ceratolejeunea cornuta celulas semelhantes as celulas dos filidios vegetativos, (Lindenb.) Schiffn., Cheilolejeunea trifaria (Reinw., sel11 diferenciayao nos angulos da base. Vaginula Blume & Nees) Mizut. e com 0 musgo lsopterygium desenvolvida, 0,7-0,9 mm compr. Seta 4,2-6,3 mm subbrevisetum (Hampe) Broth. compr., unica pOl' periquecio, alaranjada, torcida, lisa, Planta com esporofito geralmente restrito a seta. papilosa proximo da capsula. Capsula 0,9-1 x 0,6 mm, Quando presente, capsula e esporos estavam maduros Capsula ereta a perpendicular, laranja-amarronzada, nos materiais examinados, que foram coletados em cilindrica ou piriforme e, nesse caso, contraida abaixo maio; varios esporos germinaram dentro da capsula. da abertura, simetrica, lisa. Exostomio com dentes 272-310 x 66-74 ).lm, amarelos, eretos quando secos, Aptychopsis pllllgijolia (Hampe) Broth., Nat. subulados, sulcados; superficie dorsal com trabeculas Pflanzenfam., II: 411. 1925. Hypnum pungifolium delgadas, pouco espayadas, imersas, lamela estriada Hampe, Vidensk. Meddel. Dansk Naturhist. Foren. e papilosa ate 3/4 compr., somente papilosa acima, K6benhavn, ser. 4, 1: 152. 1879. linha mediana quase reta; superficie ventral com Figuras 11-12 trabeculas delgadas, pouco espayadas, emergentes, Plantas verde-claras, verde-amareladas a lamela lisa a escassamente papilosa; lamela mais douradas ou verde-amarronzadas, brilhantes. Caulidio espessa ate 1/3 basal da superficie dorsal, que na rastejante, com ramificayao irregular. Ramos 2-1 °111m superficie ventral. Endostomio quilhado; membrana compr., ascendentes, geralmente curvados, pinados a basal 116-120 ).lm compr., amarela, escassamente bipinados. Filidios congestos, aplanados, fracamente papilosa; processos 191-285 x 39-46 ).lm, amarelos, plicados, oblongo-Ianceolados, margem inteira, apice S.R. Visnadi: Sematophyllaceae do nordeste de Sao Paulo 463

4

9

Figuras 1-10. Acroporium estrellae, A. exiguum eA. pungens. 1-3. A. estrellae [Hoehne s.n. (SP 17140)]. I. Filidio do ramo. 2. Celulas dos angulos da base do filidio do caulidio. 3. Esporos. 4-7. A. exiguum (Vital & Buck 20610).4. Filidio do ramo. 5. CeluJas dos angulos da base do filidio do caulidio. 6. Esporos. 7. Dente do exost6mio, superficie dorsal. 8-10. A. pungens (Visnadi & Vital 2183), filidios do caulidio. EscaJas nas figuras I, 4, 8-10 = I mm; 2, 5, 7 = 50 J.Lm; 3, 6 = 25 J.Lm. 464 Hoehnea 33(4): 455-484, 2006 acuminado; filidios do caulidio 1,3-1,8 x 0,3-0,5 mm, dupla, porem restrita a base, delgada; filidios do caulidio patentes a ereto-patentes quando secos; filidios dos 1,3-2,2 x 0,4-0,6 mm, ovado-lanceolados a oblongo­ ramos I, 1-1,7 x 0,2-0,4 mm, ereto-patentes, raramente lanceolados; filidios dos ramos 1,4-2 x 0,3-0,5 mm, patentes quando secos, com margem reclinada. lanceolados. Celulas dos filidios fusifomes, porosas, Celulas dos filidios fusifomes, escassamente porosas, lisas; celulas basais 17-91 x 6-15 11m, celulas medianas lisas; celulas basais 28-71 x 5-13 ~lm, celulas medianas 58-78 x 6-8 ~lm, celulas apicais 40-99 x 5-1 °11m; 50-90 x 3-9 11m, celulas apicais 28-50 x 5-11 ~lm; celulas dos angulos da base em grupos triangulares, celulas dos fll1gulos da base em grupos triangulares, formados por duas fileiras de celulas lisas, amarelas a formados por duas fileiras de celulas porosas, lisas, incolores, oblongas e infladas na fileira basal, amarelas, oblongas e infladas na fileira basal, de forma subquadradas, subretangulares e porosas acima. irregular acima. Perigonio 0,5 mm compr., filidios Periquecio 2,9-3,4 mm compr. (p6s-fecundayao). 0,2-0,4 x 0,1-0,2 mm, eretos, concavos, ovados, Caliptra 1,9 mm compr., verde-clara, cuculada, lisa. margem inteira, apice agudo; celulas semelhantes as Vaginula desenvolvida, 1, I mm compr. Seta 6-25 mm celulas dos filidios vegetativos, sem diferenciayao nos compr., LlJ1ica por periquecio, alaranjada a angulos da base. amarronzada, torcida, lisa. Capsula 1,2 x 0,5-0,8 mm, obiqua a pendente, verde-amarelada a amarronzada, Materiais examinados: BRASIL. SAo PAULO: Sao cilindrica ou piriforme e, nesse caso, contraida abaixo Sebastiao, Morro Toque Grande, 20-III-1989, S.R. da abeltura, simetrica, lisa. Operculo conico-rostrado, Visnadi & D.M. Vital 3984, 3990 (SP); Ubatuba, alaranjado, base conica 0,5 x 0,8 mm, rostro 0,7 x Parque Estadual da Serra do Mar, Nucleo Picinguaba, 0, I mm, recurvado. Exostomio com dentes 391-464 x 9-XI-1993, S.R. Visnadi & D.M. Vital 1365 (SP). 88-101 11m, alaranjados na metade basal, amarelos a Distribuiyao geografica: regiao sudeste do Brasil incolor acima, eretos quando secos, subulados, (Gradstein et al. 200 I), no Estado de Sao Paulo (Yano sulcados; superficie dorsal com trabeculas delgadas, 1995), mas tambem no Rio Grande do SuI (Yano 1981). pouco espayadas, pouco emergentes, lamela estriada Habitat: Especie relacionada para a Mata Atlantica na metade basal, papilosa acima, linha mediana quase em Sao Paulo (Visnadi & Vital 2000). 0 material foi reta; superficie ventral com trabeculas delgadas, pouco coletado sobre troncos mortos, menos frequentemente espayadas, emergentes, lamela lisa a papilosa, com a em copa de arvore caida no chao. mesma espessura em ambas as superficies do dente As amostras apresentaram espor6fito restrito a do exostomio. Endostomio quilhado; membrana basal seta. 174 11m, amarela, escassamente papilosa; processos Diferenyas mais sutis complementam oS dados 317 x I04 ~lm, amarelos, apice incolor, subulados, incluidos no item 7 da chave, os quais separam as raramente perfurados, papilosos; cilios 129 x duas especies de Aptychopsis. Filidios retos quando 15-26 11m, incolores, filiformes, papilosos. Esporos secos e oblongo-Ianceolados foram observados em 12-16 11m diam., amarelo-claros, esfericos a A. pungifolia e diferem de filidios as vezes falcados subesfericos, papilosos. e unilaterais quando secos, filidios do caulidio ovado­ Materiais examinados: BRASIL. SAo PAULO: Santo lanceolados a oblongo-Ianceolados e filidios dos ramos Andre, Reserva Biol6gica do Alto da Serra de lanceolados de A. pyrrhophylla. Paranapiacaba, 9-VII-I92I, A. Gehrt s.n. (SP89027); Aptychopsis pyrrhopltylla (Mull. Hal.) Wijk. & 3-IV-I923, FC Hoehne s.n. (SP89028); Sao Sebastiao, Margad., Taxon 8: 71. 1959. Hypnum 18-VII-1977, D.M. Vital 7229, 7231 pp., 7233 (SP). pyrrhophyllum Mull. Hal., Syn. Musc. Frond. 2: Distribuiyao geografica: sudeste do Brasil (Gradstein 344. 1851. et al. 200 I); Amazonas (Yano 1981), Bahia (Bastos Figuras 13-17 et af. 2000), Espirito Santo (Yano 1995), Rio de Janeiro Plantas verde-amareladas a verde-douradas, (Yano 1981), Sao Paulo [Yano (1981), como brilhantes. Caulidio rastejante, pinado. Ramos 4-9 mm Rhaphidostegium fulvum A. Jaeger], Parana (Yano compr., pinados a bipinados. Filidios congestos, ereto­ 1989), Santa Catarina (Yano 1981). patentes a patentes, as vezes falcados e unilaterais Habitat: A especie foi coletada sobre rochas umidas, quando secos, fracamente concavos, margem inteira, pr6ximas de uma cachoeira, as vezes associada aos apice acuminado, costa ausente, raramente unica ou musgos Bryum densifolium Brid. e Philonotis S.R. Visnadi: Sematophyllaceae do nordeste de Sao Paulo 465

.;..:j ,.;j ..····T ):·! :J '. ·X: . . ' :;,. .' . 't.'I I ~

17

16

Figuras 11-17. Aptychopsis pungifolia eA. pyrrhophylla. 11-12. A. pungifolia (Visnadi & Vila I 3984). 11. Celulas dos angulos da base do filfdio do ramo. 12. Filfdio do caulfdio. 13-17. A. pyrrhophylla [Hoehne s.n. (SP89028)]. 13-14. Filfdios do call1fdio. 15. Filidio do ramo. 16. Dente do exostomio, vista lateral. 17. Celulas dos angllios da base do filfdio do caulidio. Escalas nas figuras 11, 17 = 50 Jlm; J 2- J 5 = 0,66 mm; 16 = 100 Jlm. 466 Hoehnea 33(4): 455-484, 2006 uncinata (Schwaegr.) Brid. esfericos, papilosos. Espor6fito freqiientemente restrito seta. a Materiais examinados: BRASIL. SAo PAULO: Santo Paranapiacabaea paulista W.R. Buck & Vital, Andre, Reserva Biol6gica do Alto da Serra de Brittonia 44: 339. 1992. Paranapiacaba, 16-XI-1977, 0. Yano 936 (SP); idem, Figuras 18-25 2-XII-1977, L.R. Landrum 2780 (SP); idem, 24-IV-1987, D.M. Vital 14806, 14825 p.p. (SP); Plantas verde-claras e verde-amareladas, brilhantes. idem, 7-VI-1988,D.M. Vital 15988pp., 15995pp., Caulidio rastejante. Ramos 3-13 mm compr., 16026 pp. (SP); idem, 9-VIIl-1988, C. Giancotti ascendentes, pinados a bipinados. Filidios fracamente 117 (SP); 27-VII-1991, idem, D.M. Vital & WR. Buck congestos, concavos, raramente aplanados, ovados a 20636 (SP). oblongo-lanceolados, margem inteira, apice agudo a acuminado, costa ausente, raramente unica ou dupla, Distribuiyao geografica: genero monotipico, porem restrita a base, delgada; filidios do caulidio conhecido apenas para 0 estado paulista, em Santo 1,2-1,8 x 0,4-0,7 mm, ereto-patentes a esquanosos; Andre, Sao Bernardo do Campo, Mairipora, Cubatao, filidios dos ramos 0,8-1,7 x 0,3-0,8 mm, ereto-patentes. Guapiara e Iporanga (Buck & Vital 1992, Rebelo Celulas dos filidios lisas; celulas basais 19-67 x et al. 1995). 7-18 ~lm, fusiformes, subquadradas, porosas; celulas Habitat: Cresce sobre ramos de arvores, medianas 37-70 x 6-1 0 ~lm, fusiformes, escassamente especialmente bambu velho, freqiientemente associada porosas; celulas apicais 20-46 x 7-16/-lm, fusiformes; a Acroporium, Donnellia e Sematophyllum, em celulas dos angulos da base em grupos triangulares, florestas Llmidas, de 500 a 1.150 malt., na Serra do formados por tres a quatro fileiras de celulas lisas, Mar do Estado de Sao Paulo (Buck & Vital 1992). 0 amarelas a verdes, oblongas, infladas na fileira basal, material estudado foi coletado em troncos mortos e subquadradas a subretangulares acima. Planta substratos vivos (troncos e ramos de arbustos), mon6ica e aut6ica. Perigonio 0,4-0,6 mm compr.; raramente em folhas e, algumas vezes, associado a filidios 0,3-0,5 x 0,1-0,2 mm, eretos, concavos, ovados, hepatica Lejeunea jlava (Sw.) Nees e aos musgos, margem inteira, apice agudo a acuminado; celulas Campylopus cryptopodioides e Isopterygium semelhantes as celulas dos filidios vegetativos, porem byssobolax (MUll. Hal.) Paris. mais laxas, sem diferenciayao nos angulos da base. Espor6fito freqUentemente restrito a seta; capsula Periquecio 1,7-2,3 mm compr. (p6s-fecundayao); e esporos estavam maduros e presentes nos materiais 1,1-2 mm compr. (pre-fecundayao), filidios 0,4-1,7 x examinados, exceto nas amostras que foram coletadas 0,2-0,4 mm, eretos, aplanados, lanceolados, margem em julho; 0 material fertil apresentou raramente inteira, apice acuminado, celulas semelhantes as celulas operculo e somente em capsulas jovens. dos filidios vegetativos. Caliptra 1,7-2,3 mm compr., Paranapiacabaea paulista apresentou capsula verde, cuculada, lisa. Vaginula desenvolvida, lagenifornle e dentes do exostomio papilosos, com apice 0,8-1, I mm compr. Seta 14-15 mm compr., LlI1ica por truncado. As especies restantes de Sematophyllaceae, periquecio, alaranjada, torcida ou reta, lisa. Capsula cujos espor6fitos foram observados, apresentaram 1,9 x 0,5-0,9 mm, ereta a subereta, verde-amarelada capsula cilindrica ou piriforme, dentes do exostomio a verde-alaranjada, lageniforme, simetrica, lisa. estriados na parte basal, papilosos acima (exceto em Operculo conico-rostrado, verde-amarelado. Exos­ Pterogonidium pulchellum com dentes apenas tomio com dentes 136-208 x 40-79 /-lm, amarelos, papilosos) e apice acuminado. horizontais quando secos, subulados, com apice Pterogonidium pulcllellum (Hook.) MUll. Hal. ex truncado, papi losos; trabeculas delgadas, pouco Broth., Nat. Pflanzenfam. 1: 1100. 777. 1908. espayadas, fracamente emergentes lateral e Pterogonium pulchellum Hook., Musci Exot. I: ventralmente; superficie dorsal com linha mediana em 4.1818. zigue-zague irregular a quase reta, lamela espessa ao Figuras 26-29 tonga de toda a superficie ventral e muito mais delgada ao tonga de toda superficie dorsal. Endostomio incolor, Plantas verde-claras a verde-amareladas, quilhado, papiloso; membrana basal 62-95 /-lm compr.; brilhantes. Caulidio ate 7, I mm compr., rastejante, processos 197-215 x 43-48 ~lm, subulados, perfurados pinado. Ramos 1,1-3,2 mm compr., ascendentes, ou inteiros. Esporos 11-22 ~lm diam., amarelos, pinados a tripinados. Filidios laxos, esquarrosos, S.R. Visnadi: Sematophyllaceae do nordeste de Sao Paulo 467

',. "A 'J',. '., \ ~. i ~ ;: . j .,.r :1 .t ~ r or -1 q~I. .:.l -. ,1 ~ :r ?i '.\, ..., ;~ 1.. /. '... " l 1 '. -t, \.,

24 25

Figuras 18-25. Paranapiacabaea paulisla (Giallcolti 117). 18-19. Filidios do caulidio. 20-21. Filidios do ramo. 22. Celulas dos angulos da base do filidio do ramo. 23. Capsula. 24. Dente do exost6mio, vista lateral. 25. Dente do exost6mio, superficie ventral (parte da linha Illediana, vista por transparencia). Escalas nas figuras 18-21 = 0,66 mill; 22 = 50 I.un; 23 = I mm; 24-25 = 66 /lm. 468 Hoehnea 33(4): 455-484, 2006 raramente eretos quando secos, aplanados, oblongo­ item 2 da chave. Adicionado a isso, P. pulchellum lanceolados a lanceolados, margem inteira a serrilhada, possui capsula com abertura geralmente avermelhada, apice acuminado; filidios do caulidio 0,6-1 x 0,2 mm, operculo conico-apiculado, marrom, peristomio filidios dos ramos 0,4-0,9 x 0,09-0,2 mm. Celulas dos reduzido ao exostomio, com dentes pequenos 82-104 x filidios fusiformes, lisas; celulas basais 19-113 x 27-35 Ilm, triangular-atenuados, papilosos, com 5-11 ~lm, celulas medianas 79-133 x 7-11 ~lm, celulas trabeculas imersas na superficie ventral e, as especies apicais 27-83 x 2-1 °~lm; celulas dos fll1gulos da base restantes, nas quais foram observados os esporofitos, em grupos triangulares, formados por tres a sete apresentaram capsula com abertura de cor semelhante fileiras de celulas subretangulares e subquadradas, (exceto em Trichosteleum papillosul11 e lisas, incolores ou verdes. Periquecio 0,6-0,8 mm T. sublaevigatum), operculo conico-rostrado, verde­ compr. (pos-fecundaC;;ao). Vagfnula desenvolvida, amarelado a alaranjaclo, peristomio com dentes do 0,4 mm compr. Seta 1,6-2,7 mm compr., LlI1ica por exostomio majores, 115-479 x 33-112 ~lm, subulados, periquecio, verde-alaranjada, lisa. Capsula 0,9-1,2 x estriados na parte basal, papilosos acima (exceto em 0,2-0,4 mm, ereta, verde a alaranjada, com abertura Paranapiacabaea paulista com dentes apenas geralmente avermelhada, cilindrica, simetrica, lisa. papilosos), com trabeculas emergentes na superficie Operculo conico-apiculado, marrom, 0,2 x 0,2 mm, ventral (imersas apenas em Acroporium exiguum) e apiculo recurvado. Exostomio com dentes 82-104 x endostomio. 27-35 ~lm, amarelo-alaranjados, horizontais quando secos, triangular-atenuados, papilosos; trabeculas Pylaisiadelplza brasiliensis H.A. Crum, Bryologist delgadas, espac;;adas, imersas; superficie dorsal com 87: 214, fig. 45-49. 1984. linha mediana quase reta, lamela espessa ao longo de Figuras 30-32 toda a superficie ventral e muito mais delgada ao lange Plantas verde-amareladas, brilhantes. Caulidio de toda superficie dorsal. Esporos 11-21 ~lm diam., rastejante. Ramos 4-6 mm compr., ascendentes, amarelos, esfericos a subesfericos, papi losos. pinados. Fi lidios fracamente congestos, esquarrosos Materiais examinados: BRASIL. SAo PAULO: Santo a patentes, raramente ereto-patentes quando secos, Andre, Reserva Biologica do Alto da Serra de aplanados, lanceolados, margem inteira, fracamente Paranapiacaba, 7-VI-1988, D.M. VitaI16026p.p., serrilhada na parte apical, apice acuminado; filidios 16027 p.p. (SP); Ubatuba, paJ'que Estadual da Serra do caulidio 1,1-1,5 x 0,2-0,4 mm, filidios dos ramos do Mar, NLlcleo Picinguaba, 9-XI-1993, S.R. Visnadi 1,2-1,5 x 0,2-0,3 mm. Celulas dos filidios fusiformes, & D.M. Vital 1343 p.p. (SP). lisas, porosas ou nao; celulas basais 33-95 x 4-9 ~lm, celulas meclianas 76-120 x 5-11 ~lIn, celulas apicais DistribuiC;;ao geografica: regiao neotropical (Flor chUtz­ 41-75 x 5-12 ~lm; celulas dos angulos cia base em de-Waard 1996), onde foi encontrada nos estados grupos triangulares, formados por duas a tres fi lei ras brasileiros do Amazonas, Para (Yano 1981), Rondonia de celulas, lisas, amarelas, oblongas, infladas na (Churchill 1998), Pernambuco (Yano 1981), Bahia fileira basal, subretangulares e subquadradas (Bastos & Yano 1993), Rio de Janeiro (Costa & Yano aClma. 1995), Sao Paulo (Rebelo et al. 1995). Habitat: em solo, rochas, raizes e troncos de arvores, Materiais examinados: BRASIL. SAo PAULO: bambus, madeira podre, ocasionalmente em carvao, Caraguatatuba, ao longo da Rodovia BR-I°1,20-1[1-1989, temporariamente em locais submersos, geralmente em S.R. Visnadi & D.M. Vital 3940, 3951 (SP). florestas LlI11idas, de 100 a 1.100 malt. (Sharp et al. Distribuic;;ao geografica: ocorre em Sao Paulo, na Serra 1994, Florschi.itz-de-Waard 1996, Buck 1998). A de Paranapiacaba, Santo Andre (Crum 1984), em especie ja foi relacionada para a Mata Atlantica, em Caraguatatuba e Sao Sebastiao (Visnadi 2005). PE (Germano & Porto 1996), BA (Bastos & Yano Habitat: especie registrada para a Mata Atlantica, em 1993), RJ (Costa & Yano 1995, Costa 1999), SP Sao Sebastiao, SP (Visnadi 2005). 0 material foi (Rebelo et al. 1995). Foi coletada sobre tronco vivo. coletado sobre troncos vivos ou mortos e rochas. Comentarios: observaram-se escassos perigonios e periquecios, no material estudado. Sematophyllumgalipellse(MUII. Hal.) Mitt.,J. Linn. Pterogonidium pulchellum diferencia-se das II Soc., Bot. 12: 480. 1869. Hypnum galipense Mull. especies de Sematophyllaceae com celulas lisas, que Hal., Bot. Ztg. 6: 780. 1848. foram estudadas, pelos caracteres relacionados no Figuras 33-38 S.R. Visnadi: Sematophyllaceae do nordeste de Sao Paulo 469 =------:=:;;;------==---~=-

Plantas verde-claras a verde-douradas, 20-I1I-1989, SR. Visnadi & D.M. Vital 3966 (SP); brilhantes. Ramos 5-20 mm compr., ascendentes, as Ubatuba, 13-1/-1980, D.M. Vital 8812 (SP); idem, vezes curvados, como em S subpinnatum, pinados a 18-VIII-1987,D.M. Vital 15210 (SP); idem, Parque bipinados. Filidios congestos, raramente laxos, eretos Estadual da Serra do Mar, NLlcleo Picinguaba, a ereto-patentes, raramente patentes quando secos, 23-X-1988, SR. Visnadi & D.M. Vital 4046, 4047, concavos, oblongo-Ianceolados, raramente ovados, 4053 (SP). oblongos ou lanceolados, margem inteira, geralmente Distribuiyao geografica: regiao neotropical (Sharp inflexa abaixo do apice acuminado, raramente agudo et at. 1994, Florschi.itz-de-Waard 1996), Africa tropical e recurvado; filidios do caulidio 1,3-1,8 x 0,4-0,7 mm, (Buck 1998) e, no Brasil, em Roraima (Yano 1995), filidios dos ramos 1,2-2,2 x 0,5-0,7 mm. Celulas dos Para, Rondonia (Churchill (998), Mato Grosso (Yano filidios fusiformes, porosas ou nao, lisas; celulas basais 1981, Yano & Peralta 2004), Goias (Yano 1981), 47-92 x 5-13 ~lm, celulas medianas 55-114 x 7-10 pm, Pernambuco (Valdevino et al. 2002), Bahia (Bastos celulas apicais 22-57 x 7-11 ~lm; celulas dos angulos & Villas Boas-Bastos 1998), Minas Gerais (Yano da base em grupos triangulares, formados por tres a 1981), Espirito Santo (Yano 1995), Rio de Janeiro cinco fileiras de celulas amarelas a incolores, oblongas, (Yano 1981), Sao Paulo (Yano 1981, 1995), Parana, infladas na fileira basal, subquadradas a subetangulares Santa Catarina, Rio Grande do SuI (Yano 1981). acima. Planta mon6ica e aut6ica. Perigonio 0,7 mm Habitat: em solo, sobre rochas, arvores, madeira podre, compr., filidios 0,3-0,6 x 0,1-0,3 mm, eretos, concavos, geralmente em ambientes umidos, como ao longo de ovados, margem inteira, apice agudo a acuminado; riachos, desde 0 nivel do mar ate 1.500 malt. (Sharp celulas semelhantes as celulas dos filidios vegetativos, et al. 1994, Florschutz-de-Waard 1996, Buck 1998). sem diferenciayao nos angulos da base. Periquecio A especie foi registrada para a Mata Atlantica, em 2,2-2,4 mm compr. (p6s-fecundayao); 1,4 mm compr. Sao Paulo (Vital et al. 2000, Visnadi 2005). Foi (pre-fecundayao), filidios 0,4-1,3 x 0,3 mm, eretos, encontrada sobre rochas. aplanados, ovados a oblongo-Ianceolados, margem A caliptra foi observada somente em capsulas inteira, apice agudo a acuminado; celulas semelhantes muito jovens. 0 operculo e os cilios do endostomio as celulas dos filidios vegetativos. Caliptra verde, estavam quebrados no material estudado. Capsula e cuculada. Vaginula desenvolvida, I mm compr. Seta esporos estavam maduros no material, que foi coletado 8-14 mm compr., unica por periquecio, alaranjada, em maryo, abril, agosto e outubro. torcida, lisa. Capsula I x 0,6-0,7 mm, recurvada a Sematophyllum galipense confunde-se com perpendicular, laranja-amarronzada, cilindrica ou S subpinnatum e difere dessa ultima especie porter piriforme e, nesse caso, contraida abaixo da abertura, maior tamanho, apresentar ramos eretos, filidios simetrica, lisa. Operculo, alaranjado, conico-rostrado, fortemente concavos, geralmente maiores e com rostro recurvado. Exostomio com dentes acuminados, com celulas dos angulos da base maiores 434 x 80-99 pm, amarelos, horizontais quando secos, e celulas apicais mais longas (Sharp et al. 1994, subulados; superficie dorsal com trabeculas delgadas, Florschi.itz-de-Waard 1996, Buck 1998). Essas pouco espayadas, imersas, lamela estriada ate quase diferenyas nao foram observadas em sua totalidade a metade do compr., papilosa acima, linha mediana nos especimes estudados, como verificado no item 12 quase reta; superficie ventral com trabeculas delgadas, da chave. Diferenyas mais tenues entre as plantas, POLICO espayadas, emergentes, lamela papilosa, um referem-se a espor6fito raro, capsulas com 0,6-0,7 mm pouco mais espessa na metade basal da superficie larg. em Sematophyllum galipense e esporOfito ventral, que da superficie dorsal. Endostomio amarelo, freqi.iente, capsulas com 0,3-0,5 mm larg. em quilhado, papiloso; membrana basal 135-175 ~lm S subpinnatum. compr.; processos 187 x 88-100 pm, subulados. Trichosteleum e muito similar a Sematophyllul11, Esporos 11-18 pm diam., amarelos, esfericos a mas difere desse ultimo por apresentar filidios com subesfericos, papilosos. celulas unipapilosas, cujas papilas podem ser tao inconspicuas, que algumas especies desse genero sao Materiais examinados: BRASIL. SAo PAULO: Santo identificadas erroneamente como pertencentes a Andre, Reserva Biol6gica do Alto da Serra de Sematophyllum (Gradstein et at. 200 I). As especies Paranapiacaba, 21-IV-1920, F C. Hoehne s. n. estudadas de ambos os generos separam-se pelos (SP89021); idem, 27-VII-1991, D.M. Vital & WR. caracteres relacionados no item I da chave. Papilas Buck 20616, 20618, 20624 (SP); Sao Sebastiao, 470 Hoehnea 33(4): 455-484, 2006 --=--======~------

29 lj v 26

32

Figuras 26-32. Pterogoliidiul11 pulche/lulII e Pylaisiadelpha brasiliensis. 26-29. Pterogonidiul11 plilche/lulII. 26-27. Filidios do caulidio (Visnadi & Vital 1343 p.p.). 28. C61ulas dos angulos da base do tilidio do caulidio (Vislladi & Vital 1343 pp.). 29. Dente do exostomio, superf1cie ventral (parte da linha mediana, vista por transparencia) (Vital 16027 pp). 30-32. Pylaisiadelpha brasiliensis. 30. Habito do ramo (Visnadi & Vital 395/).31. Filidio do caulidio (Visnadi & Vital 3940).32. C61ulas dos angulos da base do tilidio do caulidio (Vislladi & Vital 3940). Escalas nas tiguras 26-27 = 0,5 mm; 28-29 = 50 Jlm; 30 = 2,8 mm; 31 = 0,66 mm; 32 = 100 Jlm. S.R. Visnadi: Sematophyllaceae do nordeste de Sao Paulo 471

sao conspfcuas em Trichosteleum papillosum e, S. subpinnatum, pelos caracteres relacionados no inconspfcuas, em T sublaevigatum; todavia, estas item 10 da chave. Adicionado a isso, Sematophyllum duas especies apresentaram dentes do exostomio /ithophi/um apresentou ramos retos, caulfdio com 228-276 x 52-63 J.lm, sulcados e endostomio com filfdios caducos, filfdios dos ramos fracamente processos 128-157 x 16-39 ~lm e, as especies congestos, geralmente galeados na metade apical, estudadas de Sematophyllum (exceto em devido a margem inflexa abaixo do apice agudo, celulas Sematophyl/um lithophi/um, cujo peristomio nao foi medianas 79-97 J.lm compr., celulas apicais 22-79 J.lm observado), dentes do exostomio 371-456 x 80-112 I-lm, compr. e S. subpinnatum, ramos geralmente curvados, nao sulcados e endostomio com processos 168-261 x caulfdio com filfdios persistentes, filfdios congestos, 44-100 J.lm. margem geralmente reflexa, apice cuspidado, raramente agudo, celulas medianas 34-63 J.lm compr., SematophyllU11l lithophilu11l (Hornsch.) Angstrom, celulas apicais 18-41 J.lm compr. bfvers. Forh. Kong!. Svenska Vetensk.-Akad. 33: 42. 1876. Hypnum /ithophi/um Hornsch., Fl. Bras. Se11latophyllu11l subpillllatum (Brid.) E. Britton, I: 84. 1840. Bryologist 21: 28. 19 18. Leskea subpinnata Brid., Figuras 39-42 Musco!. Recent. Supp!. 2: 54. 1812. Figuras 43-48 Plantas verde-amarronzadas, com partes jovens verde-claras, brilhantes. Ramos 2-25 mm compr., Plantas verde-claras, verde-amareladas a ascendentes, pinados a bipinados. Filfdios do caulfdio douradas, au verde-amarronzadas, brilhantes. Caulfdio caducos; filfdios dos ramos 1,3-1,8 x 0,6-1 mm, rastejante. Ramos 4-30 mm compr., ascendentes, fracamente congestos, eretos a patentes quando secos, geralmente curvados, pinados a bipinados. Filfdios concavos, ovados a oblongos, margem inteira, filfdios congestos, concavos ou aplanados, margem inteira, geralmente galeados na metade apical, devido a geralmente reflexa, apice cuspidado, raramente agudo, margem inflexa abaixo do apice agudo. Celulas dos costa ausente, raramente unica ou dupla, porem restrita filidios fusiformes, lisas; celulas basais 25-110 x a base, delgada; filfdios do caulidio I, 1-1,3 x 8-15 J.lm, celulas medianas 79-97 x 7-8 ~lm, celulas 0,5-0,8 mm, patentes quando secos, ovados ou apicais 22-79 x 7-9 ~lm; celulas dos angulos da base lanceolados, raramente oblongos; filidios dos ramos em grupos quadrados, formados por tres a quatro 1,4-1,8 x 0,6-0,9 mm, ereto-patentes, raramente fileiras de celulas lisas, incolores, oblongas, infladas patentes quando secos, ovado-oblongos, raramente na fileira basal, subquadradas acima. ovados ou lanceolados. Celulas dos filfdios lisas; celulas basais 25-96 x 5-14 ~lm, fusiformes a subretangulares, Material examinado: BRASIL. SAo PAULO: Ubatuba, porosas ou nao; celulas medianas 34-63 x 6-1 ~lm, encosta da serra, 13-11-1980, D.M. Vital 8798 (SP). ° fusiformes, porosas ou nao; celulas apicais 18-41 x Distribuiyao geogrHica: especie citada como 6-9 J.lm, fusiformes; celulas dos angulos da base em Sematophyl/um coch/eatum (Broth.) Broth. para grupos triangulares, formados par quatro a cinco fileiras Colombia, Suriname, Guiana Francesa e Brasil de celulas lisas, amarelas, oblongas, infladas na fileira (Florschi.itz-de-Waard 1996), nos Estados de Sao basal, subquadradas a subretangulares acima. Planta Paulo (Yano 1981, 1995), Parana (Yano 1981, 1989), mon6ica e aut6ica. Perigonio 0,4-0,5 mm compr" Rio Grande do Sui (Yano 1981). filfdios 0,3-0,4 x 0,2 mm, eretos, aplanados, ovados, Habitat: sobre ramos e rochas, ao longo de riachos e margem inteira, apice agudo; celulas semelhantes as rios, temporariamente submersa (Florschi.itz-de-Waard celulas dos filidios vegetativos, sem diferenciayao nos 1996). A planta foi encontrada sobre rocha submersa angulos da base. Periquecio 1,8-2,2 mm compr. (p6s­ em uma cachoeira. fecundayao); 1-1,2 mm compr. (pre-fecundayao), Sematophyllum /ithophi/um pode ser confundida filfdios 0,7-1 x 0,3 mm, eretos, aplanados, ovados a com S. subpinnatum, mas difere da ultima especie oblongos, margem inteira, apice acuminado; celulas por apresentar filfdios maiores, com celulas de paredes semelhantes as celulas dos filfdios vegetativos, sem delgadas, hexagonais e alongadas na metade apical diferenciayao nos angulos da base. Caliptra 2 mm (Florschi.itz-de-Waard 1996). A combinayao desses compr., verde-alaranjada, cuculada, lisa. Vaginula caracteres distintivos nao foi observada nos especimes desenvolvida, 0,8-1 mm compr. Seta 7-12 mm compr., estudados. Sematophyllum lithophi/um difere de unica por periquecio, alaranjada, torcida, lisa. Capsula 472 Hoehnea 33(4): 455-484, 2006

Figuras 33-42. SeJllalophylluJIl galipense e S. !ilhophi!IIJ1l. 33-38. S. ga!ipense. 33. Celulas dos iingulos da base do filidio do ramo (Vila! & Buck 206/6). 34. Filidio do caulidio (Visnadi & Vila! 3966).35-37. Filidios do ramo (Visnadi & Vilal 3966).38. lIabilo do ramo (Visnadi & VilaI4053). 39-42. S. IilhophihlJll (VilaI8798). 39. Celulas dos angulos da base do filidio do ramo. 40-41. Filidios do ramo. 42. Habilo do ramo. Escalas nas figuras 33 = 100 ~m; 34-37 = 0,66 mm; 38 = 3,5 mm; 39 = 66 ~m; 40-41 = I mm; 42 = 4,4 mm. S.R. Visnadi: Sematophyllaceae do nordeste de Sao Paulo 473

I x 0,3-0,5 mm, ereta a subereta, alaranjada, cilfndrica, S caespitosum]. geralmente contraida abaixo da abertura, simetrica, Habitat: em raizes expostas, troncos ou ramos de lisa. Operculo conico-rostrado, verde-amarelado a arvores, toros, madeira podre, sobre tetos feitos com alaranjado, com rostro recurvado. Exostomio com folha de palmeira e, raramente, em solos, rochas e dentes 371-421 x 112 pm, amarelos, eretos quando base de arvores; comum em areas cultivadas, margem secos, subulados; superficie dorsal com trabeculas de rios, vegetayao xeromorfica e dossel de florestas, delgadas, pouco espayadas, fracamente emergentes, desde 0 nivel do mar ate 1.500 malt. (Crum & lamela estriada ate 1/3 do compr., papilosa acima, linha Anderson 1981, Sharp et at. 1994, Florschi.itz-de­ mediana em zigue-zague; superficie ventral com Waard 1996, Buck 1998). Especie ja registrada para trabeculas delgadas, pouco espayadas, emergentes, a Mata Atlantica em PB (Marinho 1987), PE (Marinho lamela lisa ate 1/3 do compr., papilosa acima, lamela & Mariz 1992, Germano & Porto 1996), BA (Bastos pouco mais espessa ate 2/3 do comprimento na & Yano 1993), RJ (Costa & Yano 1995, Costa 1999, superficie ventral, que na superficie dorsal. Endostomio Oliveira-e-Silva & Yano 2000, Oliveira-e-Silva et al. amarelo, quilhado, escassamente papiloso; membrana 2002), SP (Vital et al. 2000, Visnadi & Vital 200 I, basal I I I- I I5 ~lm compr.; processos 261 x 76-89 ~lm, Visnadi 2005). Material coletado em substratos mortos subulados; cflios 149 x I5 ~lm, incolores, acerosos, (raiz, troncos e ramos) e menos freqUentemente em papilosos. Esporos 14-23 ~lm diam., amarelos, esfericos rochas e cipos. a subesfericos, papilosos. o operculo era raro e estava quebrada nas Materiais examinados: BRASIL. SAo PAULO: Bertioga, amostras estudadas. Capsula e esporos estavam Riviera de Sao Lourenyo, 7-V111- I988, D.M. Vital & maduros no material, que foi coletado, emjulho, agosto, SR. Visnadi 16073 pp. (SP); Santo Andre, Reserva setembro e novembro. Biologica do Alto da Serra de Paranapiacaba, Sematophyllllm sllbsimplex (Hedw.) Mitt., J. Linn. 28-X-1965, G Eiten 6390A (SP); idem, 6-IIl-1989, Soc, Bot. 12: 494. 1869. Hypnum subsimplex SR. Visnadi & E.M.S Villafranca 4082, 4089 pp. Hedw., Spec. Muse. Frond. 270. 69, fig. II-I4. (SP); idem, 27-VII-1991, D.M. Vital & WR. Buck 1801. 20626 (SP); Ubatuba, 22-VIII-1976, H. Makino Figuras 49-51 et al. 1 p.p. (SP); idem, Parque Estadual da Serra do Plantas verde-claras, verdes a verde-amareladas, Mar, Nlkleo Picinguaba, 9-XI-1993, SR. Visnadi & raramente verde-amarronzadas, brilhantes. Caulfdio D.M. VitaI1286pp., 1325 p.p., 1356p.p., 1364 ate 70 mm compr., rastejante, com ramificayao (SP); idem, I2-IX-1995, SR. Visnadi & D.M. Vital irregular. Ramos 2,5-15 mm compr., ascendentes, 2039 (SP); idem, 21-VI-1996, SR. Visnadi & D.M. pinados a bipinados. Filfdios 0,9- 1,3 x 0,3-0,4 mm, Vital 2266 pp. (SP). fracamente congestos, aplanados, ovado-lanceolados, Distribuiyao geognifica: Estados Unidos da America, margem inteira, apice acuminado; filfdios do caulidio Mexico, regiao neotropical, America do Sui, Asia, ereto-patentes a esquarrosos quando secos; filidios Africa e Australia (Crum & Anderson 198 I, Sharp dos ramos ereto-patentes a patentes quando secos. et al. 1994, FlorschUtz-de-Waard 1996, Buck 1998). Celulas dos filidios fusiformes, lisas; celulas basais No Brasil, ocorre no Acre (Vital & Visnadi 1994), 25-85 x 5-12 pm, porosas ou nao; celulas medianas Amapa, Roraima, Ceara, paJ'aiba [Yano (1995), como 57-105 x 6-10 ~lm; celulas apicais 26-61 x 5-14 ~lm; S caespitosum], Amazonas, Para, Goias, Rio de celulas dos angulos da base em grupos triangulares, Janeiro, Rio Grande do SuI [Yano (198 I), como formados pOI' tres a cinco fileiras de celulas lisas, Sematophyllum caespitosum (Sw.) Mitt.], Rondonia amarelas a amaronzadas, oblongas, infladas na fileira (Churchill 1998), Mato Grosso [Yano (1981, 1989), basal, subquadradas a subetangulares acima. Planta como S. caespitosum; Yano & Peralta (2004)], monoica e autoica. Perigonio 0,3-0,5 mm compr., Pernambuco, Minas Gerais, Santa Catarina [Yano filfdios 0,3-0,5 x 0,2 mm, eretos, concavos, ovados, (1981,1989,1995), como S caespitosum], Bahia margem inteira, apice obtuso-cuspidado; celulas (Bastos & Yano 1993), Espirito Santo [Yano (1995), semelhantes as celulas dos filfdios vegetativos, sem como S caespitosum; Yano (1995)], Sao Paulo [Yano diferenciayao nos angulos da base. Periquecio I, I mm (198 I, 1989, 1995), como S caespitosum; Yano compr. (pos-fecundayao); 0,6 mm compr. (pre­ (1995)], Parana [Yano (1981, 1989), como fecundayao), filfdios 0,8-1 x 0,3 mm, eretos, aplanados, 474 Hoehnea 33(4): 455-484, 2006

51

48

49

Figuras 43-51. Sematophyl/um subpilll1atum e S. subsill1plex. 43-48. Sell1atophyl/wll subpilll1atwll. 43. Filidio do caulidio (Makino. Silvestre & Jung I). 44. '-hibito do ramo (Vital & Buck 20626).45-47. Filidios do ramo (Vital & Buck 20626).48. Celulas dos i'mgulos da base do filidio do ramo (Vislladi & Vital 2039).49-51. S. subsimplex. 49. Habito do ramo (D.M. Vital 8814).50. Filidio do ramo (S.R. Vislladi & D.M. Vital 1965 pp.). 51. Celulas dos angulos da base do filidio do ramo (D.M. Vital 16265). Escalas nas figuras 43, 45-47 = 0,66 mm; 44 = 3,7 mm; 48, 51 = 50 /lm; 49 = 4,4 mm; 50 = 0,5 mm. S.R. Visnadi: Sematophyllaceae do nordeste de Sao Paulo 475 lanceolados, margem inteira, apice acuminado; celulas ramos e em vegetayao xerom6rfica (Florschutz-de­ semelhantes as celulas dos filidios vegetativos, sem Waard 1996, Buck 1998). Especie relacionada para a diferenciayao nos angulos da base. Caliptra cuculada, MataAtlantica, em PB (Marinho 1987), PE (Gernlano verde-amarelada. Vagfnula desenvolvida, 1-1,2 mm & Porto 1996), RJ (Costa & Yano 1995, Costa 1999, compr. Seta 12-18 mm compr., unica, raramente duas Oliveira-e-Silva & Yano 2000, Oliveira-e-Silva et al. pOI' periquecio, laranja-claro, torcida ou reta, lisa. 2002), SP (Visnadi 2005). Coletado em tronco morto, Capsula I x 0,7 mm, perpendicular a reclinada, raramente em tronco vivo, solo e rochas, alaranjada, cilindrica, geralmente contraida abaixo da eventualmente com as hepaticas Arachniopsis abertura, simetrica, lisa. Operculo conico rostrado, diacantha (Mont.) Howe, Bryopteris filicina (Sw.) alaranjado, com apice recurvado. Exostomio com Nees, Calypogeia peruviana Nees & Mont., dentes 405-456 x 83-101 Ilm, amarelos ate 3/4 compr., Ceratolejeunea cubensis (Mont.) Schiffn., incolores acima, eretos quando secos, subulados; Cheilolejeunea rigidula (Mont.) R.M. Schust., superficie dorsal com trabeculas deIgadas, pouco Lejeunea glaucescens Gottsche in Gottsche, espayadas, imersas, lamela estriada ate 2/3 do compr., Lindenb. & Nees, Lophocolea martiana Nees in papilosa acima, linha mediana em zigue-zague; Gottsche, Lindenb. & Nees, Riccardia digitiloba superficie ventral com trabeculas delgadas, pouco (Spruce ex Steph.) Pagan., Xylolejeunea crenata espayadas, emergentes, lamela lisa ate 2/3 do compr., (Nees & Mont.) X. -L. He & Grolle e com os musgos papilosa acima, lamela pouco mais espessa ate 2/3 do Pyrrhobryum spiniforme (Hedw.) Mitt., comprimento na superficie ventral, que na superficie Syrrhopodon profifer Schwagr., Thamniopsis dorsa!. Endostomio amarelo, quilhado, escassamente incurva (Hornsch.) W.R. Buck, T langsdorffii papiloso; membrana basal 77- I 33 Ilm compr.; (Hook.) W.R. Buck e Trichosteleum papillosum. processos 168-238 x 44-51 Ilm, subulados, perfurados Caliptra e operculo foram raramente observados ou inteiros; cilios 97-124 x 20-34 Ilm, acerosos, e apenas em capsulas jovens. Capsula e esporos bifurcados, papilosos. Esporos 12-17 ~lm diam., estavam maduros no material estudado, que foi amarelo-claros, esfericos a subesfericos, papilosos. coletado em fevereiro e setembro. Materiais examinados: BRASIL. SAo PAULO: Ubatuba, Taxithelium planum (Brid.) Mitt., 1. Linn. Soc., Bot. 13-11-1980, D.M. Vital 8797, 8814 (SP); idem, 12: 496. 1869. Hypnum planum Brid., Musco!. Parque Estadual da Serra do Mar, Nucleo Picinguaba, Recent. Supp!. 2: 97.1812. 3-IX-1988, D.M. Vital 16265, 16266 pp., D.M. Vital Figuras 52-55 & SR. Visnadi 16274 pp., 16276 pp. (SP); idem, Plantas verde-claras a verde-amareladas, 20-III-1989, SR. Visnadi & D.M. Vital 4074 (SP); raramente verde-amarronzadas, opacas a lustrosas. idem, 12-IX-1995, SR. Visnadi & D.M. Vital 1935 Caulfdio ate 60 mm compr., rastejante, com pp., 1965 p.p., 1968 pp. (SP), idem, 21-V-1996, ramificayao irregular. Ramos 2-25 mm compr., SR. Visnadi & D.M. Vital 2160, 2207 p.p. (SP). ascendentes, pinados a bipinados. Filidios laxos a Distribuiyao geografica: regiao neotropical e Africa congestos, concavos, com base geralmente contrafda, tropical (Florschutz-de-Waard 1996, Buck 1998) e no margem inteira a serreada; filidios do caulidio 1,2- I,3 x Brasil, no Amapa, Roraima, Paraiba, Pernambuco, 0,4-0,6 mm, eretos a esquarrosos quando secos, Sergipe, Espfrito Santo (Yano 1995), Amazonas, Para, ovados, raramente lanceolados, apice agudo a Parana, Santa Catarina (Yano 198 I, 1989), Rondonia, cuspidado, raramente acuminado; filidios dos ramos Maranhao (Churchill 1998), Acre (Vital & Visnadi 0,9- 1,2 x 0,4-0,5 mm, eretos a patentes, raramente 1994), Mato Grosso (Yano 1981, 1989, Yano & Peralta esquarrosos quando secos, ovados a oblongos, 2004), Mato Grosso do SuI (Yano & Bastos 2004), raramente lanceolados, apice obtuso, agudo a Goias, Distrito Federal, Rio de Janeiro, Sao Paulo, Rio cuspidado, raramente acuminado. Celulas basais Grande do SuI (Yano 1981), Piaui (Castro et at. 2002), 17-78 x 3-12 pm, fusiformes ou subretangulares, lisas Bahia (Vilas Boas-Bastos & Bastos 1998), Minas ou papilosas, porosas ou nao; celulas medianas 51-96 x Gerais (Yano 1981, 1989, 1995). 3-7 Ilm, fusi formes, papilosas; celulas apicais 2 I-54 x Habitat: comum em madeira podre, menos frequente 5-12 Ilm, fusiformes, papilosas; 5- I0 papilas porcelula, em rochas e base de troncos em florestas umidas, inconspicuas, geralmente bifurcadas, em fileiras no desde 0 nfvel do mar ate cerca de 1.200 malt.; sobre lumen e/ou nas paredes; celulas dos angulos da base 476 Hoehnea 33(4): 455-484, 2006 em grupos triangulares, formados por quatro a seis (Hornsch.) Paris; Yano (1981, 1989)], Para, Bahia, fileiras de celulas lisas e amarelas, oblongas, Sao Paulo (Yano 1981, 1989), Acre, Rondonia, Espirito fracamente infladas ou nao infladas na fileira basal, Santo, Goias (Yano 1989), Mato Grosso (Yano 1981, subquadradas a subretangulares acima. Periquecio 1989, Yano & Peralta 2004), Tocantins, Paraiba, 1,5-1,8 mm compr. (pos-fecundayao). Caliptra Pernambuco, Alagoas (Yano 1995), Maranhao cuculada, verde-clara, lisa. Vaginula desenvo1vida, (Churchill 1998), Minas Gerais, Santa Catarina (Yano 0,6-0,9 mm compr. Seta 9-20 mm compr., lmica por 1981), Rio de Janeiro, Parana [Yano (1981), como periquecio, laranja-claro a laranja-escuro, torcida ou Taxithelium olidum (MUll. Hal.) Renauld & Cardot.; reta, lisa. Capsula 1 x 0,5-0,7 mm, ereta a reclinada, Yano (1981, 1989)]. alaranjada a amarronzada, cilindrica ou piriforme e, Habitat: em solo, rochas, raiz exposta, casca de arvores nesse caso, geralmente contraida abaixo da abertura, vivas e madeira podre; comum em florestas llmidas, simetrica, lisa. Operculo conico-rostrado, alaranjado, vegetayao xeromorfica e areas cultivadas, desde 0 com base conica 0,4 x 0,5 mm e rostro 0,2 x 0,1 mm, nivel do mar ate 1.000 malt. (Crum & Anderson 1981, recurvado. Exostomio com dentes 404-479 x Sharp et al. 1994, FlorschUtz-de-Waard 1996, Buck 79-112 ~m, amarelos ate 2/3 compr., incolores acima, 1998). Especie citada para a Mata Atlantica, em PB horizontais quando secos, subulados; superficie dorsal (Marinho 1987), PE (Germano & Porto 1996), RJ com trabeculas delgadas, pouco espayadas, (Costa 1999, Oliveira-e-Silva & Yano 2000, Oliveira­ fracamente emergentes, lamela estriada ate 2/3 do e-Silva et al. 2002).0 material foi coletado em rocha, compr., papilosa acima, linha mediana em zigue-zague; menos freqUentemente em troncos (vivos ou mortos), superficie ventral com trabeculas delgadas, pouco raramente em solo, raizes, cipo vivo e cano plastico espayadas, emergentes, lamela lisa ate 2/3 do compr., de agua e associado as hepaticas Ceratolejeunea papilosa acima, lamela bem mais espessa na superficie coarina (Gottsche) Steph., Frullania caulisequa ventral, que na superficie dorsal. Endostomio amarelo, (Nees) Nees, F schaefer-verwimpii Yuzawa & Hatt., quilhado, escassamente papiloso; membrana basal Haplolejeunea cllcullata (Steph.) Grolle, Lejeuna 135-159 ~m compr.; processos 208 x 49 ~m, confusa E.W. Jones, Riccardia chamedryfolia subulados, perfurados; cilios 123 x 30-38 ~lm, (With.) Grolle, Schtffneriolejeunea polycarpa subulados, bifurcados ou inteiros. Esporos 11-18 ~lm (Nees) Gradst. e aos musgos /sodrepanium lentulull1 diam., amarelos, esfericos a subesfericos, papilosos. (Wilson) E. Britton, /sopterygium tenerum (Sw.) Mitt., Leucoloma serrulatum Brid., Sematophy/lum Materiais examinados: BRASIL. SAo PAULO: Bertioga, subpinnatul11, S subsimplex e Syrrhopodon prolife,. Riviera de Sao Lourenyo, 7-VIII-1988, D.M. Vital & vat'. cincinnatus (Hampe) W.O. Reese. SR. Visnadi 16072, 16073 p.p., 16076, 16078, Caliptra foi raramente observada e apenas em 16081, 16098 p.p. (SP); Caraguatatuba, 20-I1I-1989, capsulas jovens. Muitos esporMitos observados SR. Visnadi & D.M. Vital 3937, 3947, 3949 (SP); restringiram-se as setas. Capsula e esporos estavam Sao Sebastiao, Vila Buiyucanga, 19-V-1990, SR. maduros no material estudado, exceto nas amostras Visnadi & D.M. Vital 3957 p.p. (SP); Ubatuba, que foram coletadas em maio. Parque Estadual da Serra do Mar, Nllcleo Picinguaba, 3-IX-1988, D.M. Vital & SR. Visnadi 16279, 16283 Taxithelium pluripultctatum (Renauld & Cardot) p.p. (SP); idem, 20-III-1989, SR. Visnadi & D.M. WR. Buck, Moscosoa 2: 60. 1983. Trichosteleul1l Vital 4060, 4062 (SP); idem, 9-XI-1993, SR. Vislladi pluripunctatum Renauld & Cardot., Bull. Soc. & D.M. Vital 1280 (HRCB, SP), 1311, idem, Roy. Bot. Belgique 29: 184. 1890. 12-IX-1995, SR. Visnadi & D.M. Vital 1944 (SP). Figuras 56-57

Oistribuiyao geografica: comum e amplamente Filidios do caulidio 0,5-0,6 x 0,2 mm, laxos, distribuida na regiao neotropical (Crum & Anderson patentes, aplanados, lanceolados, margem serreada, 1981, Sharp et al. 1994, Gradstein et al. 2001); ocorre apice acuminado a piliforme. Celulas dos filidios na Florida e Africa tropical (FlorschUtz-de-Waard fusiformes; celulas basais 28-66 x 3-8 ~lm, lisas ou 1996), india, sudeste da Asia e norte da Australia papilosas; celulas medianas 67-73 x 6 ~m, papilosas; (Buck 1998). No Brasil, a especie foi relacionada para celulas apicais 24-54 x 4-1 0 ~m, papilosas; 5-9 papilas Amapa, Roraima (Yano 1989, I995),Amazonas [Yano por celula, conspicuas e anedondadas, em fileiras no (1981), como Taxithelium planum vat'. acuminatum Illmen e/ou nas paredes; celulas dos angulos da base S.R. Visnadi: Sematophyllaceae do nordeste de Sao Paulo 477

53

52

56

Figuras 52-57. Ta..rithelium planum e T. pluripunctatulll. 52-55. Taxithelium planum. 52. Celulas dos angulos da base do filidio do caulidio (D.M. Vital & SR. Visnadi 16078). 53. Filidio do caulidio (D.M. Vital & SR. Visnadi 16078). 54. Filidio do ramo (D.M. Vital & SR. Visnadi 16078). 55. Habito do ramo (D.M. Vital & SR. Visnadi 16076). 56-57. T. pluripunctatul1l (G Eiten & L. T. Eiten 2826 p.p.). 56. Filidio do caulidio. 57. Celulas dos angulos da base do filfdio do caulidio. Escalas nas figuras 52, 57 = 50 Jlm; 53, 54 = 0,5 mm; 55 = 2,3 mm; 56 = 300 Jlm. 478 Hoehnea 33(4): 455-484, 2006

em grupos triangulares, formados pOI' duas a tres fi\idios do cau\idio 1,5-1,6 x 0,4-0,5 mm, fi\idios dos fileiras de celulas lisas e incolores, oblongas e ramos I,1-1,7 x 0,2-0,5 mm. Celulas dos fitidios porosas fracamente infladas ou nao infladas na fileira basal, ou nao; celulas basais 32-85 x 2-13 Ilm, fusiformes, subquadradas acima. lisas; celulas medianas 28-56 x 5-12 ~lm, rombicas, papilosas; celulas apicais 31-67 x 7-14 ~lm, rombicas Material examinado: BRASIL. SAo PAULO: a fusiformes, papilosas ou lisas; uma papila pOI' celula, Caraguatatuba, 20-V-196l, G Eiten & L. T Eiten conspicua, esferica, no centro e da largura do Illmen; 2826 p.p. (SP). celulas dos angulos da base em grupos triangulares, Distribuic;:ao geogratica: Caribe, Guianas e Brasil formados pOI' tres a quatro fileiras de celulas lisas, (Florschtitz-de-Waard 1996), nos Estados de Roraima, oblongas, infladas, amarelas na fileira basal, subretan­ Amazonas (Yano 1989), Para (Lisboa & Ilkiu-Borges gulares, verdes acima. Periquecio 1,5-1,7 mm compr. 1995), Pernambuco (Yano 1995), Bahia (Yano 1989), (p6s-fecundac;:ao). Caliptra 1,1 mm compr., cuculada, Sao Paulo (Visnadi 2005). verde-clara, lisa. Vaginula desenvolvida, 0,7 mm compr. Habitat: em solo, raizes, sobre arvores e ramos, em Seta 5-9 mm compr., lmica pOI' periquecio, laranja­ florestas umidas; sobre rochas e madeira podre em claro a laranja-escuro, torcida, lisa. Capsula 0,7-1 x areas umidas, de 200 a 900 malt. (FlorschUtz-de-Waard 0,2-0,3 mm, ereta a pendente, verde-amarelada, com 1996, Buck 1998). 0 material foi encontrado com 0 abertura alaranjada, cilindrica, simetrica, lisa. musgo Vesicularia vesicularis (Schwagr.) Broth. Exostomio com dentes 253-262 x 52-54 pm, amarelos, Segundo Frahm (2003), nao se disp5e de lista das horizontais quando secos, subulados, sulcados; especies de bri6fitas ameac;:adas de extinc;:ao para a superficie dorsal com trabeculas delgadas, pouco regiao tropical, pois ainda existem poucos dados sobre espac;:adas, imersas, lamela estriada ate a metade do a freqUencia e distribuic;:ao de tais plantas nessa area. compr., papilosa acima, linha mediana em zigue-zague; Todavia, segundo Gradstein (1992) e Gradstein et al. superficie ventral com trabeculas delgadas, pouco (200 I), especies restritas a determinados tipos de espac;:adas, emergentes, lamela Iisa ate 1/3 ou metade vegetac;:ao tomam-se ameac;:adas de extinc;:ao, se esse do compr., papilosa acima, lamela um pouco mais habitat esta passando pOI' intenso desflorestamento, espessa na superficie ventral, que na superficie dorsal. como a costa atlantica do Brasil. Essa e a razao pela Endostomio amarelo, quilhado, escassamente papiloso; qual 0 material de Taxithe/ium pluripunctatum membrana basal 68-96 ~lm compr.; processos 128-140 proveniente da Mata Atlantica e citado pela primeira x 16-21 ~lm, subulados; cilios 55-110 x 12-22 ~lm, vez para 0 estado paulista, foi considerado ameac;:ado acerosos, bifurcados ou inteiros. Esporos 8-15 ~lm de extinc;:ao nesse nivel geografico (Visnadi 2005). diam., amarelos, esfericos, papilosos. Material coletado em pouca quantidade, com raros ramos curtos, sem estruturas de reproduc;:ao, Materiais examinados: BRASIL. SAo PAULO: Sao porem facilmente distinguido de Taxithelium planum Sebastiao, 20-IlI-1989, SR. Visnadi & D.M. Vital pelos caracteres relacionados na chave. 3977, 3982 (SP); Ubatuba, Parque Estadual da Serra do Mar, Nucleo Picinguaba, 20-II1-l989, SR. Visnadi TricllOsteleuffl papillosuffl (Homsch.) A. Jaeger, Bel'. & D.M. Vital 4072, 4073 p.p. (SP); idem, 9-XI-1993, Tatigk. (Jahrb.) St. Gallischen Naturwiss. Ges. SR. Visnadi & D.M. Vital /282 p.p., /283 p.p. (SP); 1876-77: 419 (Gen. Spec. Musc. 2: 485). 1878. idem, 28-II1-l995, SR. Visnadi & D.M. Vital 17/6 Hypnum papillosum Hornsch., FI. Bras. 1: 82, tab. (SP); idem, 12-IX-1995, SR. Visnadi & D.M. Vital 4. fig. 2. 1840. /993 pp., 2000 pp., 2011 (SP); idem, 21-V-1996, Figuras 58-61 SR. Visnadi & D.M. Vital 2266 p.p. (SP). Plantas verde-amareladas a amarelas, opacas a Distribuic;:ao geografica: Colombia, Guianas e no Brasil lustrosas. Caulidio ate 50 mm compr., rastejante, com (FlorschUtz-de-Waard 1996), no Amapa, Roraima ramificac;:ao irregular. Ramos 3-8 mm compr., (Yano 1995), Amazonas (Yano 1981, 1989), Para ascendentes, pinados a bipinados. Filidios laxos a [Yano (1989), como Trichosteleum guianae (MUll. congestos, patentes, raramente eretos, concavos, Hal.) Broth.; Yano (1981 )], Acre, Rondonia (Churchill lanceolados, margem inteira a serreada, as vezes 1998), Mato Grosso [Yano (1981), como inflexa abaixo do apice acuminado a setoso, costa Trichosteleum guianae], Pernambuco (Germano & ausente, raramente dupla, restrita a base, delgada; Porto 1996), Sergipe (Yano 1995), Bahia (Bastos & S.R. Visnadi: Sematophyllaceae do nordeste de Sao Paulo 479

Yano 1993), Minas Gerais, Espirito Santo, Rio de margem inteira a serreada, apice acuminado a setoso, Janeiro, Sao Paulo, Santa Catarina (Yano 1981). costa ausente, raramente dupla, restrita a base, Habitat: sobre casca de arvores vivas e madeira podre; delgada; filidios do caulidio 0,9-1,5 x 0,1-0,4 mm, comum em florestas llmidas de planicie e savanas, entre filidios dos ramos 1-1,8 x 0,2-0,4 mm. Celulas dos 200 e400 malt. (FlorschLitz-de-Waard 1996, Buck 2003). filidios fusiformes; celulas basais 33-69 x 7-1 °~lm, A especie ja foi relacionada para a Mata Atlantica em lisas; celulas medianas 54-101 x 7-11 ~lm, lisas a PE (Germano & Porto 1996), BA (Bastos & Yano papilosas; celulas apicais 27-63 x 5-8 ~lm, papilosas; 1993), RJ (Costa & Yano 1995) e SP (Vital et al. 2000). duas papilas inconspicuas pOI' celula em ambas as Especie coletada em substratos mortos (raizes e extremidades; celulas dos angulos da base em grupos troncos), raramente em rochas e troncos vivos, triangulares, formados por tres fileiras de celulas lisas, associada as hepaticas Aphanolejeunea sieaefolia oblongas, infladas, amarelas na fileira basal, (Gottsche ex Steph.) A. Evans, Ceratolejeunea retangulares a subretangulares, verdes ou amarelas eoarina, Cyclolejeunea hlteola (Spruce) Grolle, acima. Perigonio 0,3-0,4 mm compr., filidios 0,1-0,3 x Eehinoeolea dilatata (A. Evans) R.M. Schust., 0,08-0, I mm, eretos, concavos, ovados a lanceolados, Haplolejeunea eueullata, Lejeunea bermudiana margem inteira, apice agudo a acuminado; celulas (A. Evans) R.M. Schust., L. vil/aumei (Steph.) Grolle, semelhantes as celulas dos filidios vegetativos, lisas, Lophoeolea leptantha (Hook. & Taylor) Taylor in sem diferenciayao nos angulos da base. Periquecio Gottsche, Lindenb. & Nees, L. perissodonta (Spruce) 1,9 mm compr. (p6s-fecundayao). Caliptra 1,3-1,4 mm Steph., Radula angulata Steph., Telaranea nematodes compr., cuculada, verde-amarelada, lisa. Vaginula (Gottsche ex Austin) M.A. Howe e aos musgos desenvolvida, 0,6-0,7 mm compr. Seta 3-7 mm compr., Sematophyl/um subpinnatum, Thamniopsis ineurva, lmica pOI' periquecio, alaranjada, torcida ou reta, lisa. Traehyxiphium drepanophyllum (Geh. & Hampe) Capsula 0,7 x 0,4-0,5 mm, ereta a pendente, verde­ Schaf.-Verw. e Trichostelelum sublaevigatum. amarelada a alaranjada, com abertura amarela a Muitos espor6fitos observados restringiram-se a avermelhada, cilindrica ou piriforme e, nesse caso, seta. Capsula e esporos apresentaram-se maduros no contraida abaixo da abertura, simetrica, lisa. Operculo material examinado, exceto nas amostras que foram conico-rostrado, alaranjado, com base conica coletadas em maio. 0,3 x 0,4 mm, rostro 0,4-0,5 x 0,06-0,07 mm, recurvado. Triehosteleum papillosum diferencia-se de Exostomio com dentes 228-276 x 58-63 ~lm, amarelos, T sublaevigatum pelos caracteres relacionados no horizontais quando secos, subulados, sulcados; item 15 da chave. Diferenyas mais tenues entre as superficie dorsal com trabeculas delgadas, pouco duas especies referem-se a plantas opacas a lustrosas, espayadas, pouco emergentes, trabeculas pouco com filidios do caulidio 1,5-1,6 x 0,4-0,5 mm, celulas emergentes lateralmente, lamela estriada ate 1/4 do apicais 9-14 ~lm larg., periquecio 1,5-1,7 mm compr. compr., papilosa acima, linha mediana em zigue-zague; (p6s-fecundayao), caliptra 1,1 mm compr., exostomio superficie ventral com trabeculas delgadas, pouco com dentes 52-54 ~lm larg., para T papillosum e espayadas, emergentes, lamela lisa a papilosa, lamela plantas brilhantes, com filidios do caulidio 0,9-1,5 x mais espessa na superficie ventral, que na superficie 0,2-0,4 mm, celulas apicais 5-8 I-tm larg., periquecio dorsal. Endostomio amarelo, quilhado, papiloso; 1,9 mm compr. (p6s-fecundayao), caliptra 1,3-1,4 mm membrana basal 99-104 /-lm compr.; processos 157 x compr., exostomio com dentes 58-63 ~lm larg., para T 30-39 /-lm, subulados, perfurados ou inteiros; cilios sublaevigatum. 84-145 x 11-18 ~lln, acerosos. Esporos 11-18 /-lm diam., amarelos, esfericos a subesfericos, papilosos. Trichostelellnt sllblaevigatllnt Herzog, Hedwigia 67: 259. 1927. Materiais examinados: BRASIL. SAo PAULO: Ubatuba, Figuras 62-66 Parque Estadual da Serra do Mar, Nllcleo Picinguaba, 12-IX-1995, S.R. Visnadi & D.M. Vital 1992 p.p., Plantas verde-amareladas a verde-douradas, 2003,2010, 2038 p.p. (SP). brilhantes. Caulidio rastejante, com ramificayao irregular. Ramos 2-12 mm compr., rastejantes ou Distribuiyao geogrMica: especie registrada para 0 ascendentes, pinados a bipinados. Filidios laxos a Estado de Sao Paulo (Herzog 1927, Yano 1981). congestos, eretos a esquarrosos, freqUentemente Habitat: em casca (Herzog 1927). Foi coletada em complanados e falcados, aplanados, lanceolados, tronco morto, com as hepaticas Bryopteris fl/ieina, 480 Hoehnea 33(4): 455-484, 2006

64

Figuras 58-66. Trichosteleum papillosulII e T. sublaevigatulII. 58-61. TrichosteleulII papillosulII (S.R. Visnadi & D.M. Vital 3977). 58. Celulas medianas do filidio do caulidio. 59. Filidio do ramo. 60. Celulas dos angulos da base do filidio do ramo. 61. Hcibito do ramo. 62-66. T. sublaevigatum (S.R. Visnadi & D.M. Vital 2010). 62. Hcibito do ramo. 63. Filidio do ramo. 64. Filidio do caulidio. 65. Caliptra. 66. Operculo. Escalas nas figuras 58 = 50 /lm; 59 = 1 mm; 60 = 100 /lm; 61 = 4,8 mm; 62 = 4,3 mm; 63-66 = 0,5 mm. S.R. Visnadi: Sematophyllaceae do nordeste de Sao Paulo 481

Fru//ania grossifolia Steph., Harpalejeunea ocasionalmente em madeira velha, nas florestas subacuta A. Evans, Lepidolejeunea involuta umidas, entre 1.000 e 1.900 malt. (Buck 1998). (Gottsche) Grolle. Leucolejeunea unciloba Especie ja registrada para a Mata Atlantica em SP (Lindenb.) A. Evans, Lophocolea leptantha e com (Rebelo et at. 1995, Visnadi & Vital 2000, Vital et at. o musgo eye/odictyon varians (Sui!.) Kuntze. 2000, Visnadi & Vital 2001). Foi coletada em rocha e sobre troncos vivo e morto. Wijkia flagellifera (Broth.) H.A. Crum, Bryologist Ramos flageliformes sao abundantes apenas 74: 172. 1971. Trichosteleumflagelliferum Broth., numa unica exsicata e ausentes nos materiais restantes Bih. Kong!. Svenska Vetensk.-Akad. Hand!. 21 estudados. Afd. 3: 54. 1895. Figuras 67-71 Agradecimentos Plantas verde-claras a verde-amareladas, verde­ A autora agradece a Fundayao de Amparo a douradas, ou raramente verde-amarronzadas, Pesquisa do Estado de Sao Paulo (processo lustrosas. Caulidio rastejante, com ramificayao 02/02946-4) pelo auxilio financeiro. irregular. Ramos 2-8 mm compr., ascendentes, pinados. Filidios laxos a congestos, eretos a esquarrosos, Literatura citada aplanados ou concavos, ovados a oblongos, margem inteira a fracamente serrilhada, apice obtuso­ Anderson, L.E. 1954. Hoyer's solution as a rapid permanent acuminado a acuminado, costa ausente, raramente mounting medium for bryophytes. The Bryologist 57: unica ou dupla, restrita a base, delgada; filidios do 242-244. caulidio 1-1,4 x 0,3-0,5 mm, filidios dos ramos 0,9-1,7 x Bastos, c.J.P., Stradmann, M.T.S. & Vilas Boas-Bastos, 0,4-0,5 mm. Celulas dos filidios fusiformes, lisas, ou S.B. 1998. Additional contribution to the bryophyte flora quando papilosas, com duas papilas inconspicuas por ofChapada Diamantina National Park, State ofBahia, Brazil. Tropical Bryology 15: 15-20. celula, localizadas nas extremidades; celulas basais Bastos, c.J.P. & Villas Boas-Bastos, S.B. 1998. Adiyoes a 22-87 x 4-9 ~m, celulas medianas 32-57 x 5-8 ~m, brioflora () do Estado da Bahia, Brasil. celulas apicais 26-44 x 6-13 ~m; celulas dos fll1gulos Tropical Bryology 15: II I-I 16. da base em grupos triangulares, formados por quatro Bastos, c.J.P. & Yano, 0.1993. Musgos da zona urbana a cinco fileiras de celulas amarelas, lisas, oblongas, de Salvador, Bahia, Brasil. Hoehnea 20: 23-33. fracamente infladas na fileira basal, subquadradas a Bastos, c.J.P., Yano, O. & Villas Boas-Bastos, S.B. 2000. subretangulares acima. Ramos flageliformes em Bri6fitas de campos rupestres da Chapada Diamantina, caulidio, eretos, pinados a bipinados, com filidios Estado da Bahia, Brasil. Revista Brasileira de Botanica reduzidos, eretos, ovados, margem serrilhada, apice 23: 357-368. agudo. Buck, W.R. 1998. Pleurocarpous mosses ofthe West Indies. Memoirs ofthe New York Botanical Garden 82: 1-440. Materiais examinados: BRASIL. SAo PAULO: Santo Buck, W.R. 2003. Guide to the of Central French Andre, Reserva Biol6gica do Alto da Serra de Guiana. Part 3. Mosses. Memoirs of the New York Paranapiacaba, 27-V1!-1991, D.M. Vital & WR. Botanical Garden 76: 1-167. Buck 20613 (SP); Ubatuba, Parque Estadual da Buck, W.R. & Goffinet, B. 2000. Morphology and Serra do Mar, Nucleo Picinguaba, 9-X!-1993, S.R. classification of mosses. Ill: AJ. Shaw & B. Goffinet Visnadi & D.M. Vital 1342 (SP); idem, 12-IX-1995, (eds.). Bryophyte biology. Cambridge University Press, S.R. Visnadi & D.M. Vital 2006 (HRCB, SP), 2053 Cambridge, pp. 71-123. (SP). Buck, W.R. & Schlifer-Verwimp, A. 1993. Areassessment Distribuiyao geognifica: Caribe e sui do Brasil (Buck of Schraderobryul/I (Sematophyllaceae). Boletim do 1998), nos Estados do Parana (Yano 1981), Santa Museu Paraense Emilio Goeldi, serie Botanica 7: 645-654. Catarina, Rio Grande do Sui (Yano 1981, 1989). Ocorre Buck, W.R. & Vital, D.M. 1992. Paranapiacabaea paulis/a, a new genus and species of Sematophyllaceae from tambem em Pernambuco (Porto et al. 1999), Bahia southeastern Brazil. Brittonia 44: 339-343. (Bastos et al. 1998), Minas Gerais (Yano 1981, 1989), Castro, N.M.C.F., Porto, K.c., Yano, O. & Castro,A.A.J.F. Espirito Santo (Yano 1995), Rio de Janeiro (Yano 1989) 2002. Levantamento floristico de bryopsida de cerrado e Sao Paulo (Yano 1981, 1989, 1995). e mata ripicola do Parque Nacional de Sete Quedas, Habitat: em troncos e ramos de arvores, Piaui, Brasi I. Acta Botanica Brasi Iica 16: 61-76. 482 Hoehnea 33(4): 455-484, 2006

Figuras 67-71. Wijkiaflagellifera. 67. Ramo flageliforme (D.M. Vital & WR. Buck 20613).68. Filidio do caulidio (S.R. Visnadi & D.M. Vital 1342). 69. Celulas dos angulos da base do filidio do ramo (SR. Visnadi & D.M. Vital 2006). 70. Filidio do ramo (SR. Visnadi & D.M. Vital 1342). 71. Habito do gamet6fito (SR. Visnadi & D.M. Vital 1342). Escalas nas figuras 67-68, 70 =0,5 mm; 69 =50 JLm; 71 = 2,7 mm. S.R. Visnadi: Sematophyllaceae do nordeste de Sao Paulo 483

Churchill, S.P. 1998. Catalog ofAmazonian mosses. The Oliveira-e-Silva, M.I.M.N.O., Milanez,A.I. & Yano, O. 2002. Journal ofthe Hattori Botanical Laboratory 85: 191-238. Aspectos ecol6gicos de bri6fitas em areas preservadas Costa, D.P. 1999. Epiphytic bryophyte diversity in primary de mata atlantica, Rio de Janeiro, Brasil. Tropical and secondary lowland rainforests in Southeastern Bryology22: 77-102. Brazil. Bryologist 102: 320-326. Oliveira-e-Silva, M.I.M.N.O. & Yano, O. 2000. Musgos de Mangaratiba e Angra dos Reis, Rio de Janeiro, Brasil. Costa, D.P. & Yano, O. 1995. Musgos do Municipio de Boletim do Instituto de Botanica 14: 1-137. Nova Friburgo, Rio de Janeiro, Brasil. Arquivos do Jardim Porto, KC., Gradstein, S.R, Yano, 0., Germano, S.R. & Botanico do Rio de Janeiro 33: 99-118. Costa, D.P. 1999. New and interesting records ofBrazilian Crum, H. 1984. Notes on Tropical American mosses. The bryophytes. Tropical Bryology 17: 39-45. Bryologist 87: 203-216. Rebelo, C.E, Struffaldi-DeVuono, Y. & Domingos, M. 1995. Crum, H. & Anderson L.E. 1981. Mosses ofEastern North Estudo ecol6gico de comunidades de bri6fitas epifitas America.Columbia University Press, New York, v. 2. p. na Reserva Biol6gica de Paranapiacaba, SP, em trechos 665-1328. de floresta sujeitos a influencia da poluiyao aerea. Florschiitz-de-Waard, J. 1996. Sematophyllaceae. 111: Revista Brasileira de Botanica 18: 1-15. A.R.A. Gorts-van Rijn (ed.). Flora ofthe Guianas. Series Sharp,A.J., Crum, H. & Eckel, P.M. (eds.) 1994. The C: Bryophytes, Fascicle I. Musci III. Royal Botanic flora of Mexico. Orthotrichales to Polytrichales. Gardens, Kew, pp. 384-438. Memoirs ofthe New York Botanical Garden 69: 581-1113. Frahm, J.P. 2003. Manual of tropical bryology. Tropical Valdevino, J.A., Sit, P.S.A. & Porto, KC. 2002. Musgos Bryology 23: 1-195. pleurocarpicos de mata serrana em Pernambuco, Brasil. Germano, S.R & Porto, KC. 1996. Floristic survey of Acta BotanicaBrasilica 16: 161-174. epixylic bryophytes of an area remnant of the Atlantic Veloso, H.P. & Goes Filho, L. 1982. Fitogeografia brasileira. forest (Timbauba-PE, Brazil). Tropical Bryology 12: Classificayao fisionomico-ecol6gica da vegetayao 21-28. neotropical. Ministerio das Minas e Energia/Secretaria Goffinet, B. & Buck, W.R 2004. Systematics ofbryophyta Geral. Boletim Tecnico, Projeto RADAMBRASIL, Serie (mosses): from molecules to a revised classification. Vegetayao, n. I. 111: B. Goffinet, V. Hollowell & R. Magill (eds.). Molecular Veloso, H.P., Rangel Filho, A.L.R & Lima, J.C.A. 1991. systematics ofbryophytes. Missouri Botanical Garden, Classificayao da vegetayao brasileira adaptada a um St. Louis, pp. 205-239. sistema universal. Ministerio da Economia, Fazenda e Gradstein, S.R 1992. Threatened bryophytes of the do Planejamento. IBGE, Diretoria de Geociencias. neotropical rain forest: a status report. Tropical Departamento de Recursos Naturais e Estudos Bryology 6: 83-93. Ambientais, Rio de Janeiro. Gradstein, S.R., Churchill, S.P. & Salazar-Allen, N. 200 I. Vilas Boas-Bastos, S.B. & Bastos, c.J.P. 1998. Bri6fitas Guide to the bryophytes ofTropical America. Memoirs de uma area de cerrado no municipio de Alagoinhas, ofthe New York Botanical Garden 86: 1-577. Bahia, Brasil. Tropical Bryology 15: 10 1-11 O. Vilas Boas-Bastos, S.B. & Bastos, c.J.P. 2000. New Herzog, T. 1927. Zwei Bryophytensammlungen aus occurrences of pleurocarpous mosses for the state of SUdamerika. Hedwigia 67: 249-268. Bahia, Brazil. Tropical Bryology 18: 65-73. Lisboa, RC.L. & I1kiu-Borges,A.L. 1995. Diversidade das Visnadi, S.R 2005. Brioflora da Mata Atlantica do estado briMitas de Belem (Para) e seu potencial como de Sao Paulo: regiao norte. Hoehnea 32: 215-231. indicadoras de poluiyao urbana. Boletim do Museu Visnadi, S.R & Vital, D.M. 2000. Lista das bri6fitas Paraense Emilio Goeldi, nova serie, Botanica II: 199-225. ocorrentes no Parque Estadual das Fontes do Ipiranga­ Lisboa, R.C.L., Muniz, A.C.M. & Maciel, U.N. 1998. PEFI. Hoehllea 27: 279-294. Musgos da Ilha de Maraj6 -III. Chaves (Para). Boletim Visnadi, S.R & Vital, D.M. 200 I. Bri6fitas das ilhas de do Museu Paraense Emilio Goeldi, nova serie, Botanica Alcatrazes, do Bom Abrigo, da Casca e do Castilho. 14: 117-125. Acta Botanica Brasilica IS: 255-270. Marinho, M.GV. 1987. Bryopsida na Reserva Florestal do Vital, D.M., Capelari, M., Gugliotta,A.M. & Bodoni, Y.L.R. IBDF, Joao Pessoa-PB, Brasil. Dissertayao de Mestrado, 2000. Bryophyte on fungi. Tropical Bryology 19: 3 1-40. Universidade Federal de Pernambuco, Recife. Vital, D.M. & Visnadi, S.R 1994. Bryophytes ofRio Branco Marinho, M.GV. & Mariz, G 1992. Addition to the moss Municipality, Acre, Brazil. Tropical Bryology 9: 69-74. flora ofremaining area of the Atlantic florest (Mata de Yano, O. /981. A checklist ofBrazilian mosses. The Journal Dois Irmaos), Recife-PE, Brazil. Biologica Brasilica 4: ofthe Hattori Botanical Laboratory 50: 279-456. 9-22. 484 Hoehnea 33(4): 455-484, 2006

Yano, O. 1989. An additional checklist of Brazilian Yano, O. & Bastos, c.J.P. 1998. Bri6fitas do estado de Sao Paulo, bryophytes. The Journal of the Hattori Botanical Brasil. Ill: S. Watanabe (ed.). IV Simp6sio de Ecossistemas Laboratory 66: 371-434. Brasileiros, ACI ESP, Sao Paulo, v. 4, pp. 200-224. Yano, O. 1995. A new additional annotated checklist of Yano, O. & Bastos, c.J.P. 2004. Adi<;:oes aflora de bri6fitas Brazilian bryophytes. The Journal of the Hattori de Mato Grosso do SuI, Brasil. Acta Botanica Brasilica Botanical Laboratory 78: 137-182. 18: 437-458. Yano, O. 1996. A checklist of the Brazilian bryophytes. Yano, O. & Peralta, D.F. 2004. Musgos (Bryophyta) de Boletim do Instituto de Botfmica 10: 47-232. Mato Grosso, Brasil. Hoehnea 31: 251-292.