Observando os Rios
O retrato da qualidade da água na bacia do rio Paraopeba após o rompimento da barragem Córrego do Feijão – Minas Gerais
FEVEREIRO DE 2019 Observando os Rios
O retrato da qualidade da água na bacia do rio Paraopeba após o rompimento da barragem Córrego do Feijão – Minas Gerais
FEVEREIRO DE 2019
Realização: Patrocínio: Presidência Valorização dos Parque e Reservas Pedro Luiz Barreiros Passos Érika Guimarães, Monica Fonseca* Vice-Presidência Água Limpa Roberto Luiz Leme Klabin Maria Luisa Ribeiro*, Romilda Roncatti, Cesar Pegoraro*, Gustavo Vice-Presidência de Finanças Veronesi, Marcelo Naufal*, Tiago Felix Morris Safdié Proteção do Mar CONSELHOS Camila Takahashi, Diego Martinez Conselho Administrativo EXPEDIENTE Beatrice Padovani Ferreira, Clayton Observando os Rios | O retrato da Ferreira Lino, Fernando Reinach, qualidade da água na bacia do rio Gustavo Martinelli, Jean Paul Paraopeba após o rompimento da A Fundação SOS Mata Atlântica Metzger, José Olympio da Veiga barragem Córrego do Feijão – Minas Pereira, Luciano Huck, Marcelo Leite, é uma ONG ambiental brasileira. Gerais Paulo Nogueira-Neto, Sonia Racy Atua na promoção de políticas Redação e Coordenação Técnica Conselho Fiscal Maria Luisa Ribeiro públicas para a conservação Daniela Gallucci Tarneaud, Ilan Ryfer, da Mata Atlântica por meio Sylvio Ricardo Pereira de Castro Coordenação Editorial índice Marcelo Bolzan/ Criativismo do monitoramento do bioma, DIRETORIAS produção de estudos, projetos Colaboração Diretoria Executiva Afra Balazina, Andrea Herrera, Luiz 1. Introdução 6 demonstrativos, diálogo com Marcia Hirota Soares e Marcia Hirota setores públicos e privados, Diretoria de Finanças e Negócios Foto da Capa 2. Expedição Rio Paraopeba 8 aprimoramento da legislação Olavo Garrido Gaspar Nóbrega ambiental, comunicação e Diretoria de Políticas Públicas Revisão 2.1. Objetivo da Expedição 11 engajamento da sociedade em Mario Mantovani Ana Cíntia Guazzelli prol de restauração da floresta, Diretoria de Comunicação e Marketing Projeto Gráfico e Diagramação 3. Metodologia de Monitoramento 16 valorização dos parques e Afra Balazina Rodrigo Masuda/ Multitude reservas, água limpa e proteção DEPARTAMENTOS Responsáveis pelas coletas 4. Qualidade da Água na Bacia do Rio Paraopeba do mar. Maria Luisa Ribeiro, Marcelo Naufal, 20 Administrativo/Financeiro/ Tiago Félix e Marta Angela Marcondes Recursos Humanos 5. Resultados Valdeilton de Sousa, Aislan Silva, Equipe Técnica do Projeto 22 Anderson Almeida, Débora Severo, Observando os Rios www.sosma.org.br Elaine Calixto, Ítalo Sorrilha, Jemima Romilda Roncatti, Gustavo Veronesi, 5.1. Índice de Qualidade da Água – Indicadores Físicos, facebook.com/SOSMataAtlantica Medina, Jonas Morais, Patrícia César Pegoraro, Marcelo Naufal e Químicos e Biológicos 22 twitter.com/sosma Galluzzi, Rosana Cinturião Tiago Félix youtube.com/sosmata Comunicação e Marketing Parceiro para Análises 5.2. Microbiologia 28 instagram.com/sosmataatlantica Andrea Herrera, Jessica Rampazo, Laboratório de Análise Ambiental do Joice Veiga, Luiz Soares, Yuri Menezes Projeto Índice de Poluentes Hídricos (IPH) - Universidade Municipal de 5.3. Metais Pesados Negócios 29 São Caetano do Sul (USCS) Carlos Abras, Lucas Oliveira, Tamiris do Carmo Coordenadora: Marta Angela 5.4. Tabela - Análises Físicos-Químicas 34 Marcondes Políticas Públicas Beloyanis Monteiro, Lídia Parente* Pesquisadores: Fernanda Amate 6. Vegetação 38 Lopes, Paula Simone da Costa Tecnologia da Informação Larizzatti e André Contri Dionizio Kleber Santana 7. Conclusão 40 Pesquisadores/Estagiários: Acácio CAUSAS Henrique de Souza Costa, Beatriz Restauração da Floresta Denise Silva Santos, Beatriz Vieira Rafael Fernandes, Ana Paula Stranghini, Paulo César Hyppolito, Guido, Aretha Medina, Berlânia Roberta Pedroso Machado dos Santos, Celso da Cruz, Cícero de Melo Jr., Fernanda dos Santos, Apoio Ismael da Rocha, Joaquim Prates, Universidade Municipal de São Joveni de Jesus, Kelly De Marchi, Caetano do Sul (USCS) – Projeto Loan Barbosa, Marcelo de Souza, IPH (Índice de Poluentes Hídricos) Maria de Jesus, Mariana Martineli, e Policontrol Instrumentos Controle Reginaldo Américo, Ricardo Ruiz Jr., Ambiental Indústria e Comércio Ltda. Roberto da Silva, Wilson de Souza 6 FUNDAÇÃO SOS MATA ATLÂNTICA OBSERVANDO OS RIOS 7 Foto: Gaspar Nóbrega/ SOS Mata Atlântica Foto: Gaspar Nóbrega/ INTRODUÇÃO Brumadinho (MG).
A Fundação SOS Mata Atlântica chegou ao Reservatório de Retiro impactada com o despejo de 14 e governança voltados à saúde apresenta neste relatório o retrato Baixo, na região dos municípios toneladas de rejeitos de minério da bacia hidrográfica vêm sendo da qualidade da água na bacia de Pompéu e Curvelo. Em todo sobre as áreas. Essa região é implementados e devem ser 1hidrográfica do rio Paraopeba, o trecho analisado, a qualidade preservada por unidades de fortalecidos para que a sociedade em decorrência do impacto da água do rio Paraopeba está conservação (UCs), como a Área participe ativamente da tomada provocado pelo rompimento imprópria, com índices que variam de Proteção Ambiental (APA) Sul de decisão e da definição das da barragem de rejeitos da de péssimo a ruim, fora dos da Região Metropolitana de Belo medidas punitivas, de remediação, mineradora Vale, no complexo padrões definidos na legislação Horizonte (Decreto nº 35.624, de monitoramento e recuperação da minerário do Córrego do Feijão, brasileira para usos múltiplos. 8 de junho de 1994, declara como bacia do Paraopeba. em Brumadinho, Minas Gerais. Área de Proteção Ambiental a A lama de rejeitos de minério Nesse sentido, este retrato da região situada nos municípios de Os dados que apontam a condição e contaminantes mudou qualidade da água da bacia Belo Horizonte, Barão de Cocais, ambiental do rio foram elaborados drasticamente a geografia e do Paraopeba, elaborado pela Brumadinho, Caeté, Catas Altas, com base no Índice de Qualidade a paisagem na região do Alto Fundação SOS Mata Atlântica, visa Ibirité, Itabirito, Mário Campos, da Água (IQA) apurado em 22 Paraopeba. Enterrou nascentes, contribuir com as comunidades Nova Lima, Raposos, Rio Acima, pontos de coleta, distribuídos ao cursos d’água; ceifou vidas locais, organismos de bacias Santa Bárbara e Sarzedo), em longo de 305 quilômetros do rio humanas, fauna e flora; devastou hidrográficas, instituições e órgãos razão do imenso potencial Paraopeba. O trecho compreende florestas nativas da Mata Atlântica gestores de meio ambiente, hídrico, da rica biodiversidade a extensão afetada pela onda de e a vegetação natural, e tingiu Ministérios Públicos, organizações e dos aspectos socioculturais e rejeitos e pluma de contaminantes de cor de sangue um dos mais da sociedade civil, governos das econômicos que reúne. carreados, desde o Córrego importantes mananciais da Região esferas federal, estadual e municipal, do Feijão, no município de Metropolitana de Belo Horizonte, Embora a região enfrente em ações de recuperação desse Brumadinho (MG), até Felixlândia, formador da Bacia Hidrográfica forte pressão imobiliária e de terrível dano, de imensurável no Reservatório de Retiro Baixo, do rio São Francisco. mineradoras, a demanda por prejuízo social, ambiental, cultural e no Baixo Paraopeba. água para abastecimento público econômico para as atuais e futuras As variações climáticas, de e agricultura, e a atuação de gerações. A equipe técnica da Fundação temperatura, do regime de organizações da sociedade civil SOS Mata Atlântica acompanhou chuvas, volume e vazões dos É fundamental, em respeito às têm levado os Comitês de Bacias o deslocamento da onda de rios, além dos usos do solo, vítimas e ao rio, que a legislação Hidrográficas dos rios Paraopeba, rejeitos sobre o rio Paraopeba, interferem de forma direta na ambiental brasileira seja valorizada Velhas e São Francisco a dedicar do dia 31 de janeiro de 2019 – quantidade e na qualidade da e fortalecida por meio de órgãos atenção especial à região, diante seis dias após a maior tragédia água doce superficial. A região técnicos e instrumentos de gestão do rebaixamento do nível d’água socioambiental decorrente de do Alto Paraopeba, estratégica eficientes, participativos, modernos provocado pela intensa atividade atividade minerária do mundo –, para a manutenção dos recursos e livres de ingerência política. minerária. até o dia 9 de fevereiro do mesmo hídricos da bacia e do rio São ano, quando a pluma de rejeitos Francisco, foi justamente a mais Vários instrumentos de gestão 8 FUNDAÇÃO SOS MATA ATLÂNTICA OBSERVANDO OS RIOS 9
Com base nas primeiras da Associação Brasileira dos informações sobre as áreas Membros do Ministério Público afetadas e na experiência adquirida de Meio Ambiente (ABRAMPA), nas expedições realizadas na o promotor Luís Fernando Bacia Hidrográfica do Rio Doce, Cabral Barreto Júnior (MPMA), a após o dano ambiental com promotora pública Andressa de rejeito de minério provocado pelas Oliveira Lanchotti, a coordenadora mineradoras Samarco, Vale e BHP, do Centro de Apoio Operacional em Mariana, a equipe técnica de Meio Ambiente do Ministério EXPEDIÇÃO reuniu equipamentos de precisão, Público de Minas Gerais, o capazes de medir níveis elevados coordenador do Projeto Manuelzão RIO PARAOPEBA de turbidez e indicadores de e o presidente do Fórum Mineiro qualidade da água em condições de Bacias Hidrográficas, Marcus extremas como essas. Vinicius Polignano, além do deputado federal e coordenador da A Expedição Rio Paraopeba foi Antes da saída a campo para as Frente Parlamentar Ambientalista, traçada em caráter de emergência, análises de água e do ambiente Alessandro Molon. Na ocasião, no dia 25 de janeiro de 2019, devastado, a equipe técnica se os objetivos da expedição foram 2 sexta-feira, quando o feriado de reuniu com parceiros locais – apresentados. aniversário da cidade de São Paulo organizações da sociedade civil que foi interrompido com a notícia atuam na bacia rio Paraopeba. Esses O reconhecimento prévio da área da tragédia da empresa Vale encontros foram fundamentais diretamente afetada teve início sobre a região de Brumadinho, para a troca de informações sobre na terça-feira (29), às 7h, com a Foto: Gaspar Nóbrega/ SOS Mata Atlântica Foto: Gaspar Nóbrega/ Minas Gerais. A primeira nota foi a condição ambiental da bacia definição das rotas de acesso de publicada no site da Fundação hidrográfica antes do dano, bem Belo Horizonte a Brumadinho. A SOS Mata Atlântica, que mobilizou como para recomendações em rota escolhida teve início no Parque suas equipes, especialmente a do relação ao roteiro a ser seguido. Estadual Rola Moça, rumo ao bairro Programa Observando os Rios, rural Córrego do Feijão, passando Os encontros foram realizados dedicado à causa Água Limpa, por Casa Branca, por estradas com parceiros da Rede de ONGs para ir à região, em solidariedade, e caminhos com bloqueios de da Mata Atlântica, da Associação e para acompanhar o caso. segurança. O tempo do trajeto Mineira de Defesa do Ambiente de pouco mais de 54 quilômetros Após mapeamento da bacia (AMDA), do Observatório de em condições normais, mais que hidrográfica, com imagens de Governança da Água, com os dobrou e levou quase três horas por alta resolução, foram definidos presidentes dos Comitês de Bacias conta dos trechos interrompidos. os pontos de coleta de água e Hidrográficas dos rios Paraopeba, das rotas a serem perseguidas ao Velhas e São Francisco, além do A primeira impressão da equipe longo do rio Paraopeba. coordenador do Fórum Nacional de foi de tristeza ao chegar a um No domingo, segundo dia após Comitês de Bacias Hidrográficas local totalmente destruído. Toda a o rompimento da barragem, e dos técnicos da Secretaria paisagem foi devastada, coberta Mario Mantovani, diretor de de Estado de Meio Ambiente e por uma lama densa cor de sangue. Políticas Públicas, já se reuniu Desenvolvimento Sustentável Não foi possível localizar o pequeno em Belo Horizonte com ONGs e (Semad) de Minas Gerais e do córrego afluente do rio Paraopeba, movimentos sociais e organizou Instituto Mineiro de Gestão das nem uma parte do enorme pontilhão um sobrevoo de helicóptero Águas (IGAM). da estrada de ferro, soterrados pela avalanche de lama. Nesse primeiro sobre as áreas diretamente Na segunda-feira (28), foi organizada dia, dentro da chamada zona afetadas, com o deputado federal uma entrevista coletiva para a Mata Atlântica quente do dano, a real dimensão Alessandro Molon, coordenador imprensa, na sede do Ministério degradada no da Frente Parlamentar da tragédia da Vale sobre o Alto Córrego do Feijão, em Público de Minas Gerais. Além Ambientalista da Câmara dos Paraopeba, desnudou-se. Brumadinho (MG). de representantes da SOS Mata Deputados. Atlântica, participaram o presidente Para quem não conhecia a região 10 FUNDAÇÃO SOS MATA ATLÂNTICA OBSERVANDO OS RIOS 11
antes do dano e teve acesso à área devastada, como jornalistas e 2.1. Objetivo da Expedição socorristas, a primeira impressão era a de estarem chegando ao leito lameado de um grande rio. Na verdade, aquele local abrigava Entre os objetivos da expedição florestas com muitas árvores realizada pela SOS Mata nativas da Mata Atlântica, o ribeirão
Foto: Gaspar Nóbrega/ SOS Mata Atlântica Foto: Gaspar Nóbrega/ Atlântica, destacamos: Ferro-Carvão e a pousada Nova Estância, que desapareceram completamente sobre a lama, junto com a pequena estrada que ligava a região do Instituto Inhotim
ao bairro Córrego do Feijão. SOS Mata Atlântica Foto: Gaspar Nóbrega/ A geografia e a paisagem foram completamente alteradas, dando lugar a uma enorme fenda aberta no solo pela onda de lama que Rio Paraopeba em arrastou tudo o que existia Mario Campos (MG). no local. Encontrar o traçado original do pequeno riacho só era possível com a ajuda de imagens >> Levantar dados independentes sobre a condição da qualidade da de satélite em alta resolução, de água e avaliar o dano na paisagem e na cobertura florestal nativa da mapas geográficos e das equipes Mata Atlântica para subsidiar autoridades e sociedade na definição de bombeiros e socorristas. de medidas e ações socioambientais de remediação, recuperação e ressarcimento dos danos; Até quarta-feira (30), não foi possível >> Apresentar as informações em linguagem de fácil compreensão, 305 realizar as coletas de água no quilômetros de rios rio Paraopeba por questão de valorizando indicadores de percepção e bioindicadores que apontam segurança, mas sim acompanhar o a presença ou ausência de vida na água e os impactos à saúde trabalho dos bombeiros, defesa civil decorrentes da perda da biodiversidade; e voluntários no socorro às vítimas. >> Contribuir para o aprimoramento de políticas públicas no sentido de Após mapear e redefinir os locais de evitar que eventos trágicos como esse se repitam, tendo como base 22 acesso ao rio Paraopeba, um ponto o fortalecimento do arcabouço legal e institucional brasileiro, com pontos de coleta a 150 metros acima da área afetada participação da sociedade na tomada de decisões. pela lama de rejeitos foi definido como marco zero do dano ambiental.
De volta a Belo Horizonte, foi feita Os pontos de coleta foram O trecho monitorado abrange os uma parada na Serra da Moeda, distribuídos ao longo do curso do municípios ribeirinhos diretamente 21 divisor de águas das bacias dos rio Paraopeba, com distâncias que afetados, nesta ordem: municípios rios das Velhas e Paraopeba, para variaram de 15 a 40 quilômetros Brumadinho, Ibirité, Mário Campos, / distritos percorridos avistar a região do Quadrilátero entre eles. Para seguir o rio, a São Joaquim de Bicas, Igarapé, Ferrífero, maior produtor nacional equipe técnica percorreu mais de Betim, Juatuba, Esmeraldas, 31/01 a de minério de ferro. Do Topo do 2000 quilômetros, por caminhos, Florestal, Pará de Minas, São Mundo, nome do mirante instalado picadas e estradas interditadas; José da Varginha, Pequi, Fortuna 9/02 a 1.500 metros de altitude, por rodovias federais e estaduais, de Minas, Cachoeira da Prata, período avistava-se parte da belíssima estradas rurais, desvios, fazendas Maravilhas, Papagaios, Paraopeba, Rio Paraopeba em região que a expedição percorreu, e comunidades, acompanhando Caetanópolis, Pompéu, Curvelo e Brumadinho (MG). em 10 dias, por 305 quilômetros o carreamento dos rejeitos e Felixlândia. de rio ao longo do Paraopeba. contaminantes. 12 FUNDAÇÃO SOS MATA ATLÂNTICA OBSERVANDO OS RIOS 13
Pontos Monitoramento - Rio Paraopebas/MG BRUMADINHO/MG Por toda a extensão afetada do e São Joaquim de Bicas, a ' 0 5 °
8 rio Paraopeba, desde o bairro turbidez era extremamente 1 - (! rural de Córrego do Feijão, em elevada e os baixos níveis de ' 5
Usina Hidrelétrica de Retiro Baixo Reservatório de Retiro Baixo 5 ° Brumadinho, até o Reservatório de oxigênio dissolvido medidos na 8 1 - Retiro Baixo, entre os municípios coluna d’água, a partir de 2 metros
° de Curvelo e Felixlândia, os de profundidade, ultrapassaram 9
(! 1 - Curvelo, Cachoeira do Choro(!Curvelo, meio do reservatório Felixlândia, MG indicadores de qualidade da limites máximos definidos na
' água aferidos não revelaram legislação nacional e internacional 5 ° 9 1 (! - água em condições de uso. Não para qualidade da água. Nesse Pompéu, Condomínio Recanto das Águas foi constatada vida aquática em trecho, pode-se dizer que o rio se ' 0 1 °
Curvelo, MG, Ponte Rodovia(! 9 toda extensão monitorada do rio encontrava morto, sem condição 1 - Pompéu Paraopeba e, em todos os pontos de vida aquática. ' 5 1
° de coleta analisados, a qualidade
Paraopeba 9 A grande quantidade de sólidos em 1 - da água oscilou entre os índices Caetanópolis suspensão, a turbidez e a cor intensa '
0 péssimo ou ruim. 2 Caetanópolis – Ilha do Cabo Elói / Paraopeba(! ° da água, que deixou o rio semelhante 9 1 - O impacto dos rejeitos da Vale a uma massa de bolo de chocolate ' 5
2 sobre a qualidade da água – como moradores ribeirinhos °
Caetanópolis – Ponto JK(! 9 1 - do rio Paraopeba foi medido descreveram –, impediram que Cachoeira da Prata / Maravilhas Fazenda Chaparral(!
Inhaúma '
0 de duas formas. Uma delas, alguns parâmetros físicos, químicos 3 °
Cachoeira da Prata 9 1
- nas amostras de superfície, e biológicos fossem medidos em Fortuna de Minas
' com medições realizadas a 30 campo em cinco pontos de coleta, 5 3 °
9 centímetros da lâmina d’água, nos municípios de Brumadinho, 1 Fortuna de Minas(! - Pequi onde as concentrações de Mário Campos, São Joaquim de ' 0 4 São José da Varginha / Urucaia(! ° oxigênio dissolvido registraram Bicas e Betim. 9 1 - maiores valores, por conta da Pará de Minas – captação de água(! Nessa região, peixes, animais (! ' Pará de Minas – a montante das barreiras Condomínio Paraopeba 5 movimentação natural do rio e 4 Esmeraldas ° mortos e organismos em 9 1 - das trocas com o ar. E a segunda decomposição foram verificados
' medição ocorreu na coluna 0
5 e o odor intenso causou incômodo °
Pará de MinasFlorestal / Esmeraldas(! 9 1 d’água, a partir de 2 metros - às comunidades ribeirinhas. Na Florestal de profundidade. Os valores '
5 área da prainha de São Joaquim de 5
Contagem °
9 indicados na tabela resumo do 1 Juatuba – Pontilhão(!Juatuba - Bicas, local escolhido como solo Betim IQA foram medidos nas amostras Juatuba – jusante da Usina Termoelétrica(! sagrado para os índios Pataxós, °
(! 0 da coluna d’água, em virtude Betim / Parque Ecológico Vale Verde, fazenda haras 2 - que há dois anos se fixaram ali, Sarzedo dos rejeitos provenientes do Mário Campos Ibirité foram enterradas várias carcaças
Mario Campos(! ' 5 rompimento da barragem da Vale °
São João de Bicas – Solo sagrado Pataxó(! 0 de peixes e animais mortos. 2 - decantarem rapidamente. Inhotim (! Brumadinho O dano ambiental que afetou o rio ' 0
(! 1 As amostras coletadas em locais de Brumadinho, Marco Zero da Lama no Paraopeba °
0 Paraopeba ocorreu no período de 2 - remansos e próximo às ilhas ao longo piracema, que vai de novembro do curso do rio apresentaram maior ao final de fevereiro. Nessa região, -45°5' -45° -44°55' -44°50' -44°45' -44°40' -44°35' -44°30' -44°25' -44°20' -44°15' -44°10' -44°5' -44° -43°55' -43°50' concentração de poluentes e de Realização: a montante da barragem da turbidez. Nas amostras de superfície Rio afetado Termelétrica de Ibirité, que reteve afetadas pela pluma com rejeitos e Área devastada inicialmente o maior volume de contaminantes diversos carreados Pontos de Monitoramento ¯ rejeitos, constatou-se a maior (! Ruim 1:700.000 ao rio, a qualidade da água foi sendo Patrocínio: Execução Técnica: (! Péssimo km concentração de poluentes e 0 5 10 15 afetada de maneira lenta e gradativa, Remanescente florestal Projeção Policônica metais pesados. Área Mínima Mapeada 3ha. SIRGAS 2000 porém, intensa logo após as chuvas Área natural não florestal Agradecemos a gentileza da comunicação de Área urbana falhas ou omissões verificadas nesta carta. que atingiram a região. As chuvas que atingiram a Fundação SOS Mata Atlântica Lei 11.428/06 da Mata Atlântica email: [email protected] região de Brumadinho e da No trecho inicial da expedição pelo bacia hidrográfica do Paraopeba rio Paraopeba, entre Brumadinho 14 FUNDAÇÃO SOS MATA ATLÂNTICA OBSERVANDO OS RIOS 15
na primeira semana do dano ambientais das prefeituras, de ambiental favoreceram o equipes do Ibama e do IGAM carreamento dos rejeitos até a encontrados pela Expedição região do Baixo Paraopeba. O Rio Paraopeba relataram o aumento no volume e nas vazões mesmo sentimento de pesar que do rio, retidas anteriormente pela acometeu a equipe técnica e as Foto: Gaspar Nóbrega/ SOS Mata Atlântica Foto: Gaspar Nóbrega/ lama densa, ultrapassaram a incertezas sobre a capacidade de Barragem de Ibirité. regeneração do rio. O índice de turbidez medido no “Perder um rio não tem preço. município de Pará de Minas, 500 Um peixe de dois quilos produz metros a montante da captação de cem mil ‘fiotes’ e um pescador em água, foi de 683,8 UNT (Unidade cinco piracemas não consegue Nefelométrica de Turbidez). Ou pegar cem mil peixes. Aí vem seja, estavam 6,83 vezes acima a poluição, em menos de um do limite máximo permitido por segundo e destrói um milhão de lei, fixado em 100 UNT. A água peixes, fiotes, peixes com ovas do Paraopeba ficou imprópria e mata tudo... como ficaremos para usos, em especial para agora, sem rio, sem peixe, sem abastecimento público, irrigação nossa gente?”, lamenta seu e dessedentação de animais. Antônio, pescador assentado em Pompéu, que acompanhou As barragens instaladas pela Vale a análise realizada pela equipe para tentar conter os rejeitos e técnica na Cachoeira do Choro, permitir a captação de água pelo em Curvelo. serviço de saneamento básico de Pará de Minas não surtiram efeito, Lugares turísticos, colônias conforme apontam os indicadores de pescadores, condomínios aferidos. Os valores de turbidez residenciais e de áreas de lazer medidos 500 metros a jusante ao longo do rio, que em finais de desses barramentos superaram semana de calor estariam lotados, em 3,6 vezes o limite máximo estavam desertos. Sem banhistas, definido na legislação, chegando sem pescadores, sem peixes e a 366 UNT e aumentaram sem aves pescadoras. gradativamente na medida em A equipe técnica conseguiu ver que a chuva se intensificou ao o rio Paraopeba com sua cor longo do dia. verdadeira, verde e cristalino, na As barragens da Termelétrica de sexta-feira, dia 8 de fevereiro, na Ibirité e da Usina Hidrelétrica de região do Reservatório de Retiro Retiro Baixo apresentaram maior Baixo, quando ultrapassou a capacidade de retenção dos lama de rejeitos, no município de rejeitos pesados, com a baixa Pompéu. Mas, no dia seguinte, vazão do rio. Porém, com as o mesmo lugar já estava chuvas, o carreamento de rejeitos completamente diferente, tingido finos aumentou, conforme pôde de lama, com águas turvas ser constatado nos indicadores e contaminadas. Os alevinos medidos. avistados nas margens do Monitoramento em Reservatório de Retiro Baixo já Os moradores ribeirinhos, irrigantes, ponto de coleta não foram mais encontrados e a comunidades quilombolas, indí- no município de qualidade da água medida chegou genas, agricultores, técnicos Juatuba (MG). à pior condição: péssima. 16 FUNDAÇÃO SOS MATA ATLÂNTICA OBSERVANDO OS RIOS 17
totais, oxigênio dissolvido (OD), e análises foram considerados demanda bioquímica de oxigênio os protocolos específicos e (DBO), potencial hidrogeniônico os parâmetros de referência (pH), fosfato (PO4) e nitrato (NO3). estabelecidos na legislação vigente no país. Para análise da Em virtude das especificidades do turbidez foram utilizados métodos dano provocado pelo rompimento nefelométricos com turbidímetro e da barragem, análises reunidas espectrofotométrico. neste relatório foram realizadas com METODOLOGIA DE equipamentos especiais, sondas Os limites definidos na legislação eletrônicas multiparâmetros e vigente para os parâmetros que MONITORAMENTO protocolos específicos para as compõem o IQA variam de acordo coletas e medições em campo e com a classe do corpo d’água. para as amostras analisadas em Cada classe é definida com base Os dados do Índice de Qualidade interferem na qualidade da água laboratório, incluídos os índices no uso preponderante da água e da Água (IQA), as análises e, dessa forma, possa se engajar de Condutividade Elétrica do no grau de restrição ou permissão microbiológicas e de metais na gestão da água e do meio Meio Aquático, Total de Sólidos de lançamento e de concentração pesados reunidos neste relatório ambiente. Dissolvidos (TDS), Dureza, Cobre de substâncias presentes na água. foram elaborados com base na 3 O Índice de Qualidade da Água (Cu), Alumínio (Al), Magnésio No Brasil, esses padrões variam legislação vigente e em seus (IQA), adaptado do índice (Mg2+), Manganês (Mn2+), de acordo com a classificação respectivos protocolos de coleta desenvolvido pela National Ferro (Fe3+) e indicadores das águas interiores, fixada na e medição. Sanitation Foundation, dos microbiológicos. Resolução Conama 357/2005, da seguinte forma: Os parâmetros do IQA foram Estados Unidos, é obtido por Durante todo o processo de coleta escolhidos por especialistas e meio da soma de parâmetros ÓTIMA técnicos como os mais relevantes físicos, químicos e biológicos acima de 40 para serem incluídos na avaliação encontrados nas amostras de das águas doces brutas, água. Esse índice começou a ser BOA destinadas ao abastecimento utilizado no Brasil, em 1974, pela entre 35 e 40 público e aos usos múltiplos. Companhia Ambiental do Estado A totalização dos indicadores de São Paulo (Cetesb) para avaliar CLASSES DE ENQUADRAMENTO REGULAR medidos resulta na classificação a condição ambiental das águas entre 26 e 35 da qualidade da água, em uma doces superficiais no estado. USOS DAS ÁGUAS DOCES ESPECIAL 1 2 3 4
escala que varia entre: ótima, boa, Nas décadas seguintes, outros Preservação do equilíbrio natu- Classe mandatória em unidades de RUIM conservação de proteção integral regular, ruim e péssima. estados brasileiros adotaram o ral das comunidades aquáticas entre 20 e 26 IQA, que até hoje representa o Proteção das Classe mandatória Parte das coletas e análises comunidades aquáticas em terras indígenas principal índice de qualidade da PÉSSIMA reunidas neste relatório segue a Recreação de água utilizado no país. contato primário menor que 20 metodologia de monitoramento por percepção da qualidade da A metodologia do Observando Aquicultura Após tratamento Abastecimento para Após tratamento Após tratamento água, especialmente elaborada os Rios agrega aos indicadores Após desinfecção convencional ou simplificado convencional para a Fundação SOS Mata físicos, químicos e biológicos, consumo humano avançado Recreação de Atlântica, por Samuel Murgel parâmetros de percepção que contato secundário Branco1 e Aristides Almeida permitem que a sociedade realize Pesca Rocha2. Desde 1993, essa o levantamento, de acordo com Hortaliças consumidas cruas e frutas Hortaliças, frutíferas, Culturas arbóreas, que se desenvolvam rentes ao solo parques, jardins, metodologia vem sendo a legislação vigente, utilizando 16 cerealíferas e Irrigação e que sejam ingeridas cruas sem cam-pos de esporte forrageiras aplicada e aprimorada pelo parâmetros do IQA: temperatura remoção de película e lazer projeto Observando os Rios da água, temperatura do ambiente, Dessedentação 1 de animais Professor de Hidrobiologia e Saúde com o objetivo de proporcionar turbidez, espumas, lixo flutuante, Ambiental da Faculdade de Saúde Navegação Pública da Universidade de São Paulo. condições e instrumentos para odor, material sedimentável,
2 Harmonia Professor titular da Faculdade de Saúde que a sociedade compreenda peixes, larvas e vermes vermelhos, paisagística Pública da Universidade de São Paulo. e identifique os fatores que larvas e vermes brancos, coliformes Observação: as águas de melhor qualidade podem ser aproveitadas em uso menos exigente, desde que este não prejudique a qualidade da água. 18 FUNDAÇÃO SOS MATA ATLÂNTICA
Classes Parâmetros Especial 1 2 3 4 OD mg/l 7 a 10 6 5 4 2
DBO mg/l - 3 5 10 - SOS Mata Atlântica Foto: Malu Ribeiro/ Nitrogênio Nitrato - 10 10 10 - Fósforo* - 0,025 0,025 0,025 - Turbidez (UNT) - 40 100 100 - Coliformes Fecais ausentes 200 1.000 4.000 -
*Os limites de fósforo variam nas Classes 2 e 3 para águas de ambientes lênticos, intermediários e lóticos. As concentrações máximas de coliformes termotolerantes também variam na Classe 3, de acordo com o uso. Para recreação de contato secundário não deverá ser excedido o limite de 2.500, para dessedentação de animais criados confinados não deverá ser excedido o limite de 1.000 e para os demais usos não deverá ser excedido o limite de 4.000 coliformes termotolerantes.
Segundo a norma legal, o >> à recreação de contato enquadramento nas classes não primário, tais como natação, significa a qualidade da água que esqui aquático e mergulho, o rio apresenta, mas sim aquela conforme Resolução que se busca alcançar ou manter CONAMA no 274, de 2000; ao longo do tempo. >> à irrigação de hortaliças, As águas do rio Paraopeba são de plantas frutíferas e de parques, classe 2, portanto destinadas: jardins, campos de esporte e lazer, com os quais o público >> ao abastecimento para possa vir a ter contato direto; consumo humano, após tratamento convencional; >> à aquicultura e; >> à proteção das comunidades >> à atividade de pesca. aquáticas;
Rio Paraopeba, Florestal (MG). 20 FUNDAÇÃO SOS MATA ATLÂNTICA OBSERVANDO OS RIOS 21
QUALIDADE DA ÁGUA Pontos de Coleta e Monitoramento:
NA BACIA DO RIO PONTO DE COLETA COORDENADA COORDENADA
PARAOPEBA 1 Brumadinho, Marco Zero da Lama no Paraopeba -44.157444 -20.158284 Tejuco – Brumadinho - Estrada Alberto Flores, tre- 2 -44.157872 -20.156858 Nos 22 pontos de coleta tram que a água do rio Paraopeba cho interditado monitorados, o resultado das está imprópria para usos nos análises de qualidade da água 305 quilômetros impactados por 3 Inhotim -44.212364 -20.128946 aponta desconformidade com a rejeitos de minério provenientes 4 Mário Campos -44.209999 -20.062695 4 norma legal vigente para rios de do rompimento da barragem B1, classe 2. O índice de qualidade da do complexo da Mina Córrego 5 São Joaquim de Bicas – Solo sagrado Pataxó -44.208760 -20.083019 água obtido em 10 pontos foi ruim Feijão da Mineradora Vale/SA, 6 Betim/Parque Ecológico Vale Verde, Fazenda Haras -44.266344 -20.000077 e, em 12 pontos, foi péssimo. no município de Brumadinho, Minas Gerais. Os indicadores obtidos demons- 7 Montante da Usina de Ibirité -44.263200 20.001395 8 Juatuba – Pontilhão -44.337496 -19.937526 9 Juatuba – jusante da Usina Termoelétrica -44.281474 -19.964739 10 Florestal/Esmeraldas -44.385800 -19.841340 11 São José da Varginha/Urucaia -44.479087 -19.666268 12 Fortuna de Minas -44.479087 -19.605498 Pará de Minas – a montante das barreiras Con- 13 -44.463180 -19.726970 domínio Paraopeba
Foto: Malu Ribeiro/ SOS Mata Atlântica Foto: Malu Ribeiro/ 14 Pará de Minas – captação de água -44.498377 -19.709463 15 Caetanópolis – Ponto JK -44.548540 -19.422930 16 Caetanópolis – Ilha do Cabo Elói/Paraopeba -44.542108 -19.332966 Cachoeira da Prata/cidade Maravilhas, Fazenda 17 -44.582555 -19.455202 Chaparral 18 Pompéu, Condomínio Recanto das Águas -44.708927 -19.111597 19 Curvelo, Cachoeira do Choro -44.732034 -19.023246 20 Curvelo, Ponte Rodovia -44.700984 -19.172162 Usina Hidrelétrica de Retiro Baixo Reservatório de 21 -44.783192 -18.884633 São José da Retiro Baixo Varginha (MG). 22 Curvelo, meio do reservatório de Felixlândia -44.744854 -19.005002 22 FUNDAÇÃO SOS MATA ATLÂNTICA OBSERVANDO OS RIOS 23
RESULTADOS
5.1. Índice de Qualidade da Água – Indicadores físicos,5 químicos e biológicos TEMP TEMP TURBIDEZ NITRATO FOSFATO PONTOS DATA MUNICÍPIO URA % COLIFORMES OD Mg/L DBO pH IQA AMB oC H2O oC (UNT) PPM PPM
1 31-jan Brumadinho - Marco Zero 40 29 45% 104 positivo 3,2 7 > 40 > 4 Ruim
21,63
2 1-fev Alberto Flores 37,8 31,7 48% 1400 positivo 2,13 7,89 Nv Nv Péssimo
18,66
3 2-fev região de Inhotim 9.680 NV zero Nv NV Nv NV Péssimo
14
4 2-fev Mario Campos 34,8 31,5 48% 6.890 NV 2,53 NV NV NV NV Péssimo
1 14
5 2-fev São Joaquim de Bicas 33,8 29,4 45% 6.170 positivo 1,9 NV NV NV Péssimo
18,22
6 2-fev Betim/Parque Eco Vale 28,1 27,4 48% 1052 positivo 5,48 NV NV NV NV Péssimo
19,25
7 2-fev Montante da Usina de Ibirité 32,2 28,6 47% 5.510 positivo 1,33 7,3 > 40 > 4 Ruim
22,61
8 3-fev Juatuba - Pontilhão 40,8 29,2 40% 26,9 positivo 3,88 7,27 > 40 > 4 Ruim
23,69
9 3-fev Juatuba - Sitio Esmeralda 39,9 30,1 47% 567 positivo 2,6 7,4 >40 >4 Péssimo
20,36 24 FUNDAÇÃO SOS MATA ATLÂNTICA OBSERVANDO OS RIOS 25
TEMP TEMP TURBIDEZ NITRATO FOSFATO PONTOS DATA MUNICÍPIO URA % COLIFORMES OD Mg/L DBO pH IQA AMB oC H2O oC (UNT) PPM PPM
10 4-fev Esmeraldas/Florestal 30,4 26,3 72% 3.100 positivo 2,36 NV NV NV Péssimo
17,5
11 5-fev São José da Varginha 32,1 26,8 48% 359,6 positivo 3,4 0 6,1 > 40 >4 Péssimo
18,3
12 5-fev Fortuna de Minas 30 27 40% 238,9 positivo 4,2 6,7 6 >4 Péssimo
19,83
Paraopeba, montante da 13 4-fev 29,1 27,7 89% 683,8 positivo 3,8 7,1 40 4 Ruim captação de água
21,63
Pará de Minas, jusante da 14 4-fev 22,6 26,6 78% 366 positivo 1,9 7 10 >4 Péssimo captação de água
20,36
15 6-fev Caetanópolis - Ponte JK 27,2 27,6 64% 2.828 positivo 1,55 7,17 >40 >4 Péssimo
19,09
16 6-fev Ilha do Cabo Elói - Caetanópolis 33 29,1 90% 290 Positivo 3,56 aguarda 7 15 >4 Ruim
22,9
Cachoeria de Minas / 17 7-fev 25,4 26,2 99% 109,9 positivo 3,63 aguarda 7,16 <5 >4 Ruim Maravilhas, fazenda Chaparral
23,69
Pompéu, Cond. Recanto das 6,92 18 8-fev 32,2 27,1 80% 57,9 positivo aguarda 7,2 5 4 Ruim Águas (50% sat)
25,84
19 8-fev Curvelo, Cachoeira do Choro 29,6 27,6 71% 80,2 positivo 7,49 7,3 > 40 >4 Ruim
23,69
20 8-fev Curvelo, ponte rodovia 28,1 27,4 52% 1052 Nv 5,48 6,6 Nv NV Péssimo
19,25
Pompéu - reservatório da 21 8-fev 34,9 30,9 53% 75,9 positivo 6,43 aguarda 7,15 >40 >4 Ruim Hidrelétrica de Retiro Baixo
25,84
Curvelo - reservatório de Retiro 22 9-fev 32,2 28,7 63% 329,6 positivo 7,49 6,96 >40 >4 Ruim Baixo
21,53 26 FUNDAÇÃO SOS MATA ATLÂNTICA OBSERVANDO OS RIOS 27
aumentando a absorção de calor A elevada turbidez, o excesso de vida aquática. e a temperatura da camada nutrientes em decomposição e as Turbidez Somente em 5 pontos de coleta, superficial da água, com impacto altas temperaturas registradas na localizados nos trechos do rio direto na vida aquática. água, entre outros fatores aferidos A turbidez elevada, em entre os municípios de Pompéu nas análises, resultaram no registro desconformidade com o padrão Os valores em desconformidade e Curvelo, os índices de oxigênio de baixos índices de oxigênio legal de 100 UNT (Unidades encontrados na água bruta dissolvido apresentaram condição dissolvido, em desconformidade Nefelométricas de Turbidez), superficial impedem a captação de manutenção da vida aquática, com o padrão para rios de classe medida a 90 no corpo d’água, para fins de abastecimento dentro dos limites legais para rios 2, fixado em 5 mg/L e em valores indica a dificuldade de um público, irrigação de alimentos e de classe 2. insuficientes para manutenção da feixe de luz atravessar a água, dessedentação de animais. prejudicando a fotossíntese,
Turbidez - UNT Oxigênio Dissolvido