UNIVERSIDADE DO ESTADO DO DEPARTAMENTO DE GEOGRAFIA

ANDREWS JOSÉ DE LUCENA

O CAMPO TÉRMICO NA ZONA OESTE DO RIO DE JANEIRO / RJ : UMA CONTRIBUIÇÃO AO ESTUDO DO CLIMA URBANO

Rio de Janeiro 2005 ANDREWS JOSÉ DE LUCENA

O CAMPO TÉRMICO NA ZONA OESTE DO RIO DE JANEIRO / RJ : UMA CONTRIBUIÇÃO AO ESTUDO DO CLIMA URBANO

Dissertação apresentada como Requisito parcial para obtenção do título de Mestre, ao Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Área de concentração: Gestão e Estruturação do Espaço Geográfico.

Orientador: Prof. Dr. Jorge Soares Marques

Rio de Janeiro 2005

CATALOGAÇÃO NA FONTE UERJ/REDE SIRIUS/BIBLIOTECA CTC/C

L935 Lucena, Andrews José de. Campo térmico na Zona Oeste do Rio de Janeiro / RJ : uma contribuição ao estudo do clima urbano / Andrews José de Lucena. – 2005. 154 f.

Orientador : Jorge Soares Marques. Dissertação (mestrado) – Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Departamento de Geografia.

1. Rio de Janeiro (RJ) – Clima – Teses. 2. Climatologia – Teses. I. Marques, Jorge Soares. II. Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Departamento de Geografia. III. Título.

CDU 551.58

ANDREWS JOSÉ DE LUCENA

O CAMPO TÉRMICO NA ZONA OESTE DO RIO DE JANEIRO / RJ : UMA CONTRIBUIÇÃO AO ESTUDO DO CLIMA URBANO

Dissertação apresentada como Requisito parcial para obtenção do título de Mestre, ao Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Área de concentração: Gestão e Estruturação do Espaço Geográfico.

Aprovado em: 20 de setembro de 2005

Banca Examinadora:

______Prof°. Drº. Jorge Soares Marques (Orientador) Departamento de Geografia da UERJ

______Profª. Dra. Ana Maria de Paiva Macedo Brandão Departamento de Geografia da UERJ

______Profº. Drº. Ricardo Miranda Departamento de Geografia da UERJ

______Profª. Drª. Ana Valéria Freire Allemão Bertolino Departamento de Geografia da UERJ

Rio de Janeiro 2005

Dedico este trabalho a Deus que por intermédio de Jesus Cristo

tem me sustentado até aqui com a sua graça.

AGRADECIMENTOS

Não sei como consegui entrar para o mestrado e sobreviver aos primeiros meses do curso, pois neste período atravessei os momentos mais tenebrosos de toda a minha vida Se não fosse

Deus eu não estaria aqui. Posso me lembrar das palavras do salmista Davi no Salmos 124: 2,

3a, 4a e 8: “Se não fora o Senhor, que esteve ao nosso lado, quando os homens se levantaram contra nós, eles nos teriam tragado vivos,... as águas nos teriam submergido,... O nosso socorro está no nome do Senhor que fez os céus e a terra”. Graças a Deus que me deu a vitória por meio de Jesus Cristo e que nada pode me separar do amor de Deus, que está em

Cristo Jesus meu Senhor (I Coríntios 15:57; Romanos 8:39).

Tive apoio de um grupo de pessoas especiais que me ajudaram durante minha jornada e estão comigo até hoje.

Em muito particular minha amiga Andréia Faé, sempre presente em todos os momentos. Sua presença e carinho foram fundamentais para que eu não desistisse e acreditasse no amor e na graça de Deus e para que os laços conspícuos da nossa amizade fossem fortalecidos e

“recheados” em amor e segurança.

Ao meu pastor Nite e ao Cidrini. Palavras certas nas horas incertas. Doação e carinho!

À família Cavachini nas pessoas do José Carlos, Lúcia e Crícia. Senti o amor de vocês muito de perto.

Aos meus amigos Jorge, Fabiana, Carol, Waltinho e Priscila.

À irmã Marli, Rose, Marivan e Angélica.

Ao amigo Pedro Melo.

Ao Marcus Silva, junto a mim desde o inicio da minha jornada cristã.

À amiga Daniela França.

Ao Pastor Renato, irmã Helenice, Cristina, Fábio Ferreira e Josué Melo. Ao irmão Ocnair

Macedo, tia Leni, irmã Darci e Wagner Frascino.

A minha querida Igreja Batista do Rio da Prata (IBRP), em Bangu/RJ.

A todos os pastores por mim convidados para o “Culto Jovem”, enquanto estive na direção desta programação.

Aos meus alunos de 5 e 6 anos da Escola Bíblica Dominical (EBD) de todas as manhãs de domingo na IBRP.

Ao Alex, Rosane e Júnior.

À Juliana Fae, que conquistou meu coração.

Ao Dr. Wanderley e a Drª. Cristiane.

À Adriana Dallier, minha “mãe adotiva”.

A minha mamãe Darci, sempre dedicada a mim. Um manancial refrescante de amor.

Ao meu pai Laé.

Aos meus irmãos Anderson e Andrey e a minha cunhada Cláudia.

Ao meu primo William.

A minha vovó Vitória.

A minha Tia Dalma e tio Rosir. As minhas tias Dalva e Neia.

Os meus agradecimentos, agora, são às pessoas e instituições que me auxiliaram de alguma maneira na elaboração da dissertação.

Ao Edson Fialho, do início ao fim comigo, orientando, corrigindo e abrindo novas janelas para o meu conhecimento.

Ao programa de pós-graduação em Geografia da UERJ e aos professores deste programa.

Ao Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) e ao Serviço Regional de Proteção ao vôo

(SRPV) do Ministério da Aeronáutica pela disponibilidade dos dados térmicos das séries temporais de Bangu, Praça XV, Campo dos Afonsos e Santa Cruz.

Ao meu professor e orientador Jorge Marques pela paciência e sugestões no decorrer de toda a dissertação.

Ao professor Ricardo da Meteorologia/UERJ que se doou em me ajudar e a me capacitar.

À Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) que me concedeu a bolsa de mestrado durante grande parte do curso de mestrado.

À professora e amiga Ana Brandão pelo estímulo e carinho e pela disponibilidade dos instrumentos para a realização dos trabalhos de campo.

Ao grupo CLIMAGEO/UFRJ, em especial ao Jorge, Leilane e Tiago que se “despencaram” para as “terras longínquas” da Zona Oeste e me ajudaram nas medições dos transetos fixos.

Ao grupo ESPAÇO de Sensoriamento Remoto da UFRJ nas pessoas da Stella e “Vini” que construíram grande parte dos mapas da dissertação.

Ao meu amigo e engenheiro cartográfico Junior que elaborou uma outra parte dos mapas e figuras, calculou suas escalas e refez a legenda.

Ao Carlos, Vagner, Alessandro, Cássio e Jamerson pela ajuda nos transetos fixos e móveis.

Ao meu primo William, Leonardo e ao meu primo “paulistano” Sthephan pela dedicação em aprender e a me ajudar nos transetos móveis e fixos.

À colega Anny de , a Raquel e ao João da UERJ, aos meus alunos Alan e Cristian de

Climatologia/UFRJ do 1º período de 2004 e a colega Tereza da UFRJ que se prontificaram em me ajudar nas medidas dos transetos fixos.

“Os justos clamam e o Senhor os ouve, e os livra de todas as suas angústias.

Muitas são as aflições do justo, mas de todas elas o Senhor o livra.

Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus.

Porque a lei do Espírito da vida, em Cristo Jesus, me livrou da lei do pecado e da morte”.

Salmos 34:17,19. Romanos 8:1,2.

RESUMO

Este trabalho teve por objetivo conhecer o clima urbano da Zona Oeste do Rio de Janeiro/RJ (Área de Planejamento 5) focado na análise do seu campo térmico, tendo como base os postulados metodológicos do Sistema Clima Urbano. Apoiado nas hipóteses “evolução urbana e aumento das médias térmicas” e a “provável disposição da Zona Oeste em gerar ilhas de calor” foram realizadas análises da evolução da temperatura das séries temporais das estações meteorológicas da Praça XV, Campo dos Afonsos, Bangu e Santa Cruz e medidas episódicas, em campo, no verão e inverno, através de transetos fixos e móveis. Os resultados gerais indicam um aumento nas médias térmicas das estações, em até 1ºC, principalmente na Praça XV e Bangu, estações com série temporal mais longa. Nas medidas por transetos fixos, a ilha de calor com intensidade máxima ultrapassou os 6ºC e se especializou no bairro de Campo Grande, enquanto a ilha de frescor permaneceu no bairro praiano de Barra de . Nas medidas móveis foram identificados núcleos mais quentes da ilha de calor na baixada de Bangu em oposição à baixada de Santa Cruz. Com os resultados conclui-se que os produtos do espaço urbano e os atributos do sítio foram responsáveis pela evolução e tendência das médias térmicas e pela configuração das ilhas de calor e frescor. Na perspectiva em contribuir com as diretrizes de planejamento para a Zona Oeste foi elaborado um mapa de síntese climática denominado como “unidades topoclimáticas urbanas da Zona Oeste”, tendo como base os dados climáticos gerados em campo e os mais diversos elementos do uso do solo urbano (densidade demográfica e construída, tipologia do uso do solo e cobertura vegetal). As unidades definem a baixada de Bangu como a área mais quente de toda a área de estudo, com principal destaque ao bairro de Campo Grande, classificado como unidade D (temperatura superior a 28ºC). Em um outro extremo define-se o bairro de como a área mais amena da Zona Oeste, classificado como unidade A (temperatura inferior a 25ºC).

Palavras chave: Zona Oeste / RJ; Clima urbano; Climatologia Geográfica

ABSTRACT

The aim of this work was to analyze the urban climate of Rio de Janeiro/ RJ West Zone (Planning Area 5) focused on the analysis of its termic field, supported on methodological reference of Urban Climate System. Supported on the hypotheses “urban evolution and increase of termic averages” and the “probable disposition of West Zone in making heat islands” were make analyses of temperature evolution of meteorological station data in Praça XV, Campo dos Afonsos, Bangu and Santa Cruz degrees made in field, in summer and winter using fixed and movables transects. The results more general point to a increase in station termic averages, up to 1ºC, mainly in Praça XV and Bangu, stations with quantity of data more expressive. In degrees made using fixed and movable, the heat island with maximum intensity exceeded 6ºC and was located transects in Campo Grande neighborhood, while the cold island remained in shore Barra de Guaratiba neighborhood. In movable degrees were identified in Bangu lowland heat island nuclei hotter than in Santa Cruz lowland. With the results conclude that the urban space products and the attributes of place were responsible for evolution and tendency of termic averages and for configurations of heat and cold islands. In perspective of contributing to the planning guidelines to West Zone was made a climatic synthesis called “urban topoclimatic units of West Zone” based on climatic data produced in field and a great number of elements of the use of the urban soil (demographic density and constructed density, tipology of the use of the soil and vegetal cover). The units define the Bangu lowland like the hotest area in all study area, with main prominence to neighborhood of Campo Grande, classified like D unit (temperature higher than 28ºC). In the other extreme, the neighborhood of Barra de Guaratiba is defined like the most amenable area in West Zone, classified like A unit (temperature lower than 25ºC).

Keywords: West Zone / RJ; Urban Climate; Climatology geographic.

LISTA DE FIGURAS

Figura 2.1 - Esquema representativo dos setores com modificações nos elementos do clima urbano na horizontal e vertical 6 Figura 3.1 - Localização da AP-5 no município do Rio de Janeiro 27 Figura 3.2 - Disposição das baixadas e maciços na cidade do Rio de Janeiro 29 Figura 3.3 - Baixada de Bangu 30 Figura 3.4 - Baixada de Guaratiba 31 Figura 3.5 - Centros de ação atmosférica atuante no Brasil 31 Figura 3.6 – Massas de ar que atuam no Brasil 33 Figura 3.7 – Os tipos climáticos do Brasil 34 Figura 3.8 – Os tipos climáticos no estado do Rio de Janeiro 36 Figura 3.9 - Sistema de ventos predominantes na cidade do Rio de Janeiro 37 Figura 3.10 – Sistema de circulação atmosférica local na baixada de Bangu 39 Figura 3.11– Uso do solo na Baixada de Bangu 45 Figura 3.12 – Uso do solo na Baixada de Santa Cruz e Guaratiba 46 Figura 3.13 - Centro comercial de Campo Grande (nas imediações da rodoviária) 48 Figura 3.14 - Centro comercial de Santa Cruz (nas imediações da rua Senador Camará) 49 Figura 3.15 - Remanescente agrícola nas encostas da Serra de Bangu (Maciço da Pedra Branca) 49 Figura 3.16- Remanescente agrícola no “bairro” Rio da Prata em Campo Grande 50 Figura 4.1 - Rede de estações meteorológicas na cidade do Rio de Janeiro 52 Figura 4.2 - Distribuição das estações meteorológicas da Praça XV, Campo dos Afonsos, Bangu e Santa Cruz na cidade do Rio de Janeiro 53 Figura 4.3 - Distribuição dos transetos fixos e móveis na Zona Oeste da cidade do Rio de Janeiro 59 Figura 4.4 - Transeto fixo em e Bangu 60 Figura 4.4.1 – Localização do transeto fixo em Bangu 61 Figura 4.4.2 – Localização do transeto fixo em Realengo 62 Figura 4.5 - Transeto fixo em Campo Grande 63 Figura 4.5.1 – Localização do transeto fixo em Campo Grande 64 Figura 4.6 - Transeto fixo em Barra de Guaratiba 65 Figura 4.6.1 – Localização do transeto fixo em Barra de Guaratiba 66

Figura 4.7 - Transeto fixo em Santa Cruz 67 Figura 4.7.1 – Localização do transeto fixo em Santa Cruz 68 Figura 4.8 - Transeto fixo em Sepetiba 69 Figura 4.8.1 – Localização do transeto fixo em Sepetiba 70 Figura 4.9 - Psicrômetro de funda e acessórios utilizados durante as medidas fixas 71 Figura 4.10 - Transeto móvel I (Bangu-Av. Brasil) e II (Bangu-Realengo) 73 Figura 4.10.1 – Localização do transeto móvel I (Bangu-Av. Brasil) 74 Figura 4.10.2 – Localização do transeto móvel II (Bangu-Realengo) 76 Figura 4.11 - Transeto móvel III (Santa Cruz-Sepetiba) e II (Santa Cruz-Av. Brasil) 78 Figura 4.11.1 – Localização do transeto móvel III (Santa Cruz-Sepetiba) 79 Figura 4.11.2 – Localização do transeto móvel IV (Santa Cruz-Av. Brasil) 81 Figura 4.12. Termohigrômetro digital utilizado nos transetos móveis 83 Figura 5.1: Vista aérea da baixada de Bangu em 1907 102 Figura 5.2: Vista aérea da baixada de Bangu em 2005 102 Figura 5.3 - Carta sinótica de superfície da América do Sul (12:00 GMT – 26/01/04) 105 Figura 5.4 - Carta sinótica de superfície da América do Sul (00:00 GMT - 27/01/04) 106 Figura 5.5 - Imagem de satélite da América do Sul vapor d´água (09:39 GMT – 26/01/04) 106 Figura 5.6 - Imagem de satélite da América do Sul vapor d´água (15:09 GMT – 26/01/04) 107 Figura 5.7 - Imagem de satélite da América do Sul vapor d´água (21:09 GMT – 26/01/04) 107 Figura 5.8 - Variação horária e intensidade da ilha de calor no transeto Realengo- Sepetiba no dia 26/01/2004 110 Figura 5.9- Carta sinótica de superfície da América do Sul (00:00 GMT – 29/07/04) 118 Figura 5.10 - Carta sinótica de superfície da América do Sul (12:00 GMT – 29/07/04) 118 Figura 5.11 - Carta sinótica de superfície da América do Sul (00:00 GMT – 30/07/04) 119 Figura 5.12 - Imagem de satélite da América do Sul – vapor d`água (08:09 GMT – 29/07/04) 119 Figura 5.13 - Imagem de satélite da América do Sul – vapor d`água (16:09 GMT – 29/07/04) 120 Figura 5.14 - Imagem de satélite da América do Sul – vapor d`água (21:09 GMT – 29/07/04) 120

Figura 5.15 - Variação horária e intensidade da ilha de calor no transeto Realengo- Sepetiba no dia 29/07/2004 122 Figura 5.14 - Unidades topoclimáticas urbanas na Zona Oeste/RJ 134 Figura 5.15: Bairro “Rio da Prata” em Campo Grande 139 Figura 5.16 - Unidades climáticas urbanas da cidade do Rio de Janeiro 140 Figura 5.17 - Unidades topoclimáticas da Ilha do Governador/RJ 141

LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 3.1: Normal climatológica da estação principal da cidade (Praça XV) no período entre 1961-1990 37 Gráfico 3.2 - População residente nas APs entre 1970 e 2020 e projeção para 2010 e 2020 43 Gráfico 5.1 - Variação e tendência da temperatura média anual na Praça XV/RJ no período entre 1921-1990 89 Gráfico 5.2 - Evolução anual da temperatura média compensada na estação meteorológica da Praça XV/RJ no período entre 1851-1990 90 Gráfico 5.3 - Variação e tendência da temperatura média decenal na Praça XV/RJ no período entre 1921-1990 91 Gráfico 5.4 - Variação e tendência da temperatura média anual em Campo dos Afonsos /RJ no período entre 1973-2000 92 Gráfico 5.5 - Variação e tendência da temperatura média anual em Bangu/RJ no período entre 1922-2000 93 Gráfico 5.6 - Variação e tendência da temperatura média decenal em Bangu/RJ no período entre 1922-2000 94 Gráfico 5.7 - Variação e tendência da temperatura média anual em Santa Cruz/RJ no período entre 1971-2000 95 Gráfico 5.8 - Variação e tendência da temperatura máxima anual na Praça XV, Campo dos Afonsos, Bangu e Santa Cruz/RJ no período entre 1921-2000 96 Gráfico 5.9 - Variação e tendência da temperatura mínima anual na Praça XV, Campo dos Afonsos, Bangu e Santa Cruz/RJ no período entre 1921-2000 97 Gráfico 5.10 - Variação e tendência da temperatura média compensada anual na Praça XV, Bangu e Santa Cruz/RJ no período entre 1921-1990 98 Gráfico 5.11 - Variação da temperatura máxima decenal na Praça XV, Campo dos Afonsos, Bangu e Santa Cruz/RJ no período entre 1921-2000 100 Gráfico 5.12 - Variação da temperatura mínima decenal na Praça XV, Campo dos Afonsos, Bangu e Santa Cruz/RJ no período entre 1921-2000 100 Gráfico 5.13 - Variação da temperatura média compensada decenal na Praça XV e Bangu /RJ no período entre 1921-1980 103 Gráfico 5.14 - Distribuição diária da temperatura e da pluviosidade nas estações meteorológicas de Santos Dumont, Campo dos Afonsos, Bangu e Santa Cruz no mês

de janeiro de 2004 108 Gráfico 5.15 - Variação horária (7h, 14h e 21h.) da ilha de calor entre os transetos I, III e IV no dia 26/01/04 113 Gráfico 5.16 - Distribuição diária da temperatura e da pluviosidade nas estações meteorológicas de Santos Dumont, Campo dos Afonsos e Santa Cruz no mês de julho de 2004 121 Gráfico 5.17 - Variação horária (6h, 13h e 20h.) da ilha de calor entre os transetos I, III e IV no dia 29/07/04 127

LISTA DE QUADROS

Quadro 2.1 - Alterações locais nos elementos climáticos produzidas pela urbanização 8 Quadro 2.2 - Articulações dos sistemas segundo os canais de percepção do Sistema Clima Urbano (SCU) 10 Quadro 2.3 - Categorias taxonômicas da organização geográfica do clima e suas articulações com o Clima urbano 12 Quadro 2.4 - Estudos em clima urbano em cidades brasileiras, segundo os canais de percepção 16 Quadro 3.1 - População residente e taxa de crescimento demográfico das freguesias do Rio de Janeiro 41 Quadro 3.2 - População residente na cidade do Rio de Janeiro em 1940, 1950 e 1960 e taxa de crescimento por circunscrição censitária 42 Quadro 3.3 – Área territorial, uso do solo (área natural e urbanizada) e densidade construída nas Regiões Administrativas da AP-5 44 Quadro 4.1 - Série temporal dos dados de temperatura das estações meteorológicas da Praça XV, Campo dos Afonsos, Bangu e Santa Cruz 54 Quadro 4.2 - Kilometragem e tempo de percurso dos transetos móveis 83 Quadro 4.3 - Magnitudes da ilha de calor 86 Quadro 5.1 - Quadro-síntese das médias diárias no transeto Realengo-Sepetiba no dia 26/01/04 111 Quadro 5.2 - Taxas de aquecimento e resfriamento ao longo dos transetos móveis no dia 26/01/04 116 Quadro 5.2 - Quadro-síntese das médias diárias no transeto Realengo-Sepetiba no dia 29/07/04 125 Quadro 5.4 - Taxas de aquecimento e resfriamento ao longo dos transetos móveis no dia 29/07/04 130 Quadro 5.5 - Feições topoclimáticas (de acordo com os elementos do clima e os padrões de uso do solo) 134

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO 1 1.2. JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS 2 2. FUNDAMENTOS TEÓRICOS E CONCEITUAIS 6 2.1. O CLIMA URBANO E SUAS MODIFICAÇÕES NA CIDADE 6 2.2. O ENFOQUE GEOGRÁFICO DO CLIMA, O SISTEMA CLIMA URBANO (SCU) E AS ESCALAS TAXONÔMICAS DO CLIMA 9 2.3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 13 3. ÁREA DE ESTUDO 27 3.1. POSIÇÃO GEOGRÁFICA E SITUAÇÃO ADMINISTRATIVA 27 3.2. ASPECTOS FÍSICO-AMBIENTAIS 28 3.2.1 O CLIMA DO RIO DE JANEIRO 31 3.3. DINÂMICA URBANA E ASPECTOS SÓCIO-DEMOGRÁFICOS 40 3.3.1. UM BREVE HISTÓRICO SOBRE A OCUPAÇÃO DAS “TERRAS” DA ZONA OESTE 40 3.3.2. O USO DO SOLO URBANO 44 4. METODOLOGIA DE ANÁLISE 51 4.1. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS E TÉCNICAS EMPREGADAS 51 4.1.1. A ANÁLISE TÊMPORO-ESPACIAL 51 4.1.1.1. A ESCOLHA DAS ESTAÇÕES METEOROLÓGICAS E O PERÍODO DE ANÁLISE; FONTE E SELEÇÃO DOS DADOS 51 4.1.1.2. A PROBLEMÁTICA E O TRATAMENTO DOS DADOS 54 4.1.2. A ANÁLISE ESPACIAL DO CAMPO TÉRMICO: OS EXPERIMENTOS DE CAMPO 57 4.1.2.1. DOS INSTRUMENTOS: AFERIÇÃO E CORREÇÃO DOS DADOS 85 4.1.2.2. A MANIPULAÇÃO DOS DADOS E OS RECURSOS TÉCNICOS 86 4.1.3. AS UNIDADES TOPOCLIMÁTICAS 87 5. ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS 89 5.1. A EVOLUÇÃO DA TEMPERATURA DO AR NA PRAÇA XV/RJ 79 5.2. A EVOLUÇÃO DA TEMPERATURA DO AR EM CAMPO DOS AFONSOS/RJ 89 5.3. A EVOLUÇÃO DA TEMPERATURA DO AR EM BANGU/RJ 93 5.4. A EVOLUÇÃO DA TEMPERATURA DO AR EM SANTA CRUZ/RJ 94

5.5. CORRELAÇÃO DA EVOLUÇÃO DA TEMPERATURA DO AR ENTRE A PRAÇA XV, CAMPO DOS AFONSOS, BANGU E SANTA CRUZ/RJ 95 5.5.1. A EVOLUÇÃO DAS MÉDIAS ANUAIS 95 5.5.2. A EVOLUÇÃO DAS MÉDIAS DECENAIS 99 5.6. OS EXPERIMENTOS DE CAMPO 104 5.6.1. O EPISÓDIO DE VERÃO (26/01/2004) 104 5.6.1.1. A ATUAÇÃO DOS SISTEMAS ATMOSFÉRICOS NO MÊS DE JANEIRO NA REGIÃO SUDESTE E AS CONDIÇÕES CLIMÁTICAS NA CIDADE DO RIO DE JANEIRO 104 5.6.1.2. A ANÁLISE DOS PONTOS FIXOS 109 5.6.1.3. A ANÁLISE DOS TRANSETOS MÓVEIS 112 5.6.2. O EPISÓDIO DE INVERNO (29/07/2004) 117 5.6.2.1. A ATUAÇÃO DOS SISTEMAS ATMOSFÉRICOS NO MÊS DE JULHO NA REGIÃO SUDESTE E AS CONDIÇÕES CLIMÁTICAS NA CIDADE DO RIO DE JANEIRO 117 5.6.2.2. A ANÁLISE DOS PONTOS FIXOS 122 5.6.2.3. A ANÁLISE DOS TRANSETOS MÓVEIS 127 5.7. AS UNIDADES TOPOCLIMÁTICAS URBANAS DA ZONA OESTE/RJ 132 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS 143 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 147 ANEXOS