A CENTRALIDADE REGIONAL DE MONTES CLAROS NO NORTE DE MINAS: considerações a partir do setor industrial e de serviços de saúde e ensino superior

CHRISTIAN YAGO VIEIRA DE SOUZA Universidade Estadual de Montes Claros- Unimontes [email protected]

ANETE MARÍLIA PEREIRA Universidade Estadual de Montes Claros- Unimontes [email protected]

FÁBIO DA SILVA GONÇALVES Universidade Federal de - UFMG/ Unimontes [email protected]

Resumo: O estado de Minas Gerais possui diferentes realidades dentro de uma mesma mesorregião, especificamente no Norte de Minas a cidade de Montes Claros se destaca por apresentar o maior e mais diversificado setor industrial e de serviços de saúde e de Ensino Superior dos 89 municípios que compõem o Norte de Minas, exercendo influência em um espaço que se estende para além da fronteira estadual. Diante disso, o presente trabalho objetiva fazer algumas considerações a cerca da centralidade regional de Montes Claros em tais setores. O caminho metodológico se deu por meio de análise bibliográfica, e trabalho de campo com intuito de coletar registros iconográficos. Tal centralidade no Norte de Minas fez da cidade de Montes Claros polo regional nos setor industrial e de serviços.

Palavras chave: Centralidade. Montes Claros. Indústria. Saúde. Ensino Superior.

Introdução:

O espaço territorial de Minas Gerais apresenta uma rica heterogeneidade ao longo dos 586.519,727 km², que vão desde fatores físicos/naturais a fatores culturais, econômicos e sociais. Conforme Pereira (2007) O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE adotou a divisão em mesorregiões e microrregiões respeitando os limites político- administrativos estaduais e municipais visando a compilação e a divulgação de dados estatísticos, assim o Estado de Minas Gerais foi regionalizado em doze mesorregiões. Especificamente, a mesorregião Norte de Minas é composta por 89 municípios que estão distribuídos em uma área de 128.450,6 km². Esta região é marcada pela presença de baixos indicadores socioeconômicos. De acordo com Lopes; Gusmão, (2012, p.8) “A região concentra cerca de 8,3% da população total do estado. No entanto, a contribuição com o PIB1 estadual é de apenas 4%.” Em razão de suas semelhanças sociais, culturais, físicas e econômicas com o nordeste brasileiro, o Norte de Minas está dentro da área de atuação da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste - Sudene, que promoveu um maior direcionamento de incentivos governamentais para a região, desde a década de 1960. No Norte de Minas, o município de Montes Claros foi o mais beneficiado pelos incentivos da Sudene, devido a sua importância no cenário regional. Nesta perspectiva, esta pesquisa tem como objetivo fazer considerações a cerca da centralidade regional de Montes Claros nos setor industrial e de serviços de saúde e de Ensino Superior. O caminho metodológico se deu através de análise bibliográfica, e trabalho de campo com intuito de coletar registros iconográficos.

Desenvolvimento:

Os municípios do Norte de Minas são compostos quase que unanimemente por cidades pequenas, dentro das exceções destaca-se a cidade de Montes Claros (Figura 1), que é entendida em vários estudos como uma cidade média2.

Figura 1: Visão Panorâmica da cidade de Montes Claros Autor: SOUZA, C.Y.V. 2016.

1 Produto Interno Bruto- PIB 2 Sobre a temática de cidades médias ver os trabalhos de PEREIRA (2007), FRANÇA (2011) e FONSECA (2015). A cidade de Montes Claros apresenta a maior centralidade na mesorregião em que está inserida. A discussão de centralidade já era trabalhada por Walter Christaller, na primeira metade do século XX. Christaller desenvolveu a teoria das Localidades Centrais. De acordo com Spósito (2003), em sua teoria Christaller defende que uma localidade central é um centro urbano que oferece à região ao seu entorno, isto é, as interlândias, bens e serviços para uma determinada população. Quanto maior a importância de suas funções centrais, maior será a sua área de influência, o número de população externa atendida e maior sua centralidade.

Neste sentido, Montes Claros possui a maior concentração populacional do Norte de Minas. A cidade atrai tanto os moradores rurais de seu município, como de outros de menor porte da região. De acordo com Fonseca (2015, p. 22) “A cidade de Montes Claros, por sua primazia no Norte de Minas, é local de atração populacional.” Em consequência, a população urbana do município tem crescido significativamente, totalizando 344.427 habitantes dentro do total de 361.915. Entre os anos de 1991 a 2010 (Gráfico 1), a população urbana de Montes Claros saltou de 227.759 para 344.427. Em contrapartida, a população rural decresceu de 22.303 para 17.488 (IBGE, 2010).

População Urbana População Rural

344.427 289.183

227.759

22.303 17.764 17.488

1991 2000 2010

Gráfico 1: Evolução da população urbana e rural de Montes Claros Fonte: IBGE, 2010. Org.: SOUZA, C.Y.V. 2017.

É importante salientar que os espaços rurais de Montes Claros também sentem os efeitos do crescimento da cidade e de sua centralidade, não apenas por meio da perda de sua população, mas também por meio da expansão do tecido urbano que em alguns momentos estende-se até o campo sendo reproduzida em forma de pontos de comércio, escolas, postos de saúde, iluminação pública, coleta de lixo, instalação de redes de internet e de telefonia, dentre outros.

O tecido urbano prolifera, estende-se, corrói os resíduos de vida agrária. Estas palavras, “o tecido urbano”, não designam, o de maneira restrita, o domínio edificado nas cidades, mas o conjunto das manifestações do predomínio da cidade sobre o campo. Nessa acepção, uma segunda residência, uma rodovia, um supermercado em pleno campo, fazem parte do tecido urbano (LEFEBVRE, 1999, p.17).

Os estudos de Rua (2006) afirmam que além das condições tradicionais de especulação de terras e da valorização como mercadoria capaz de reproduzir outras mercadorias, o campo tem apresentado novos papéis, promovendo uma nova significação do meio rural, onde os atrativos deste espaço são super valorizadas, podendo ser materiais e/ou imateriais. Na tentativa de se adaptar as novas necessidades do mercado o homem do campo tem diversificado as suas atividades, como alternativa de permanecer na terra. A diversificação nas atividades de trabalho ou pluriatividade vão marcar uma nova relação do homem com a terra e, por sua vez, vão contribuir para reafirmar as “urbanidades no rural” que são resultantes da interação do rural com o urbano, contudo sem se tornarem uma única coisa, pois cada um apresenta suas singularidades.

Na segunda metade do século XX por meio de incentivos fiscais da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste - Sudene ocorre o desenvolvimento do setor industrial no Norte de Minas, esse que se configurando de forma desigual na região.

Em Bocaiuva, Várzea da Palma, e Capitão Enéas a industrialização ocorreu de forma mais modesta, mesmo estando esses municípios dentre os cinco mais beneficiados com a instalação de indústrias. Em todos as cidades as indústrias receberam isenções de impostos, do governo federal, terreno com infraestrutura, do governo municipal, com apoio do estado, entretanto Montes Claros recebeu um estímulo significativamente maior, de tal modo que tornou-se a maior centralidade no setor industrial do Norte de Minas. Nas palavras de Leite e Pereira (2004, p. 36) “Entre as cidades da área mineira da SUDENE, Montes Claros foi a que atraiu mais investimentos, em virtude da localização geográfica, da posição como centro regional e do fato de possuir boa infra-estrutura urbana.” Foram desencadeados com o processo de industrialização alterações em âmbito econômico e social. De acordo com Leite e Pereira (2004, p. 38) “A cidade, apesar do seu desenvolvimento industrial, não conseguia absorver toda mão-de-obra desqualificada. Além disso, o poder público não tinha recursos para investir em infra- estrutura, o que gerou uma série de problemas urbanos.” A rápida industrialização trouxe consigo o espraiamento do tecido urbano, moradores do campo e das cidades mais pobres da região foram atraídos pelas oportunidades de trabalho na indústria, resultando em uma ocupação desordenada do espaço urbano.

A cidade de Montes Claros se tornou o centro mais industrializado da região, a ponto de ser considerada polo industrial no Norte de Minas. Dentre as empresas com empreendimentos industriais presentes em Montes Claros a Companhia Tecidos Norte de Minas – Coteminas - é considerada uma das maiores do ramo têxtil do mundo. A Coteminas é de origem montesclarense e foi fundada em 1967, com o apoio da Sudene e do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais- BDMG pelo ex-vice-presidente José Alencar juntamente com Luiz de Paula Ferreira e consiste em uma empresa especializada na produção de fios, tecidos para mesa e banho produtos para o sono, produtos têxteis de cama, brins e jeans (COTEMINAS, 2017).

Outra indústria que merece destaque é a Usina de Biodiesel Darcy Ribeiro (Figura 2), que encontra-se em Montes Claros desde o ano de 2009. Apesar de não ter sido instalada com incentivos da Sudene, tal usina consiste em uma empresa brasileira especializada na indústria de óleo, gás natural e energia, cujas fontes de matéria prima provêm de outras regiões do estado e de outras unidades da federação. Apesar de sua matéria prima não ser originária de Montes Claros e de nenhum dos demais municípios que compõe o Norte de Minas, a Usina de Biodiesel emprega dezenas de pessoas da região, além de incentivar milhares de agricultores familiares na produção de oleaginosas em seis estados do semiárido.

Figura 2: A Usina de Biodiesel Darcy Ribeiro Autor: SOUZA,C. Y. V. 2016

Ainda destacam no setor industrial, a Novo Nordisk que é uma empresa de origem dinamarquesa, líder mundial na produção de medicamentos a base de insulina para o tratamento de diabetes; a Lafarge, de procedência francesa, que produz cimento comercializado no Norte de Minas e também e regiões do sul da ; e a Nestlé, uma empresa Suíça que atua no ramo alimentício, seu principal produto fabricado em Montes Claros é o leite condensado Moça.

Vale ressaltar que existem e existiram outras indústrias em Montes Claros, contudo com a redução dos investimentos e o fim das isenções fiscais muitas encerraram o seu funcionamento na cidade. Alguns dos lotes outrora usados pela indústria foram reestruturados por Instituições de Ensino Superior- IES.

[...] a infra-estrutura criada para a industrialização passa a ser utilizada por outros setores econômicos. Assim, embora o ritmo de desenvolvimento diminuído para o setor secundário, o que se percebe é que, Montes Claros, nas últimas décadas, tem-se firmado como centro comercial e de prestação de serviços principalmente no que se refere ao setor educacional e saúde. (LEITE, 2003, p. 124).

O comércio e principalmente o setor de serviços, ou seja, o setor terciário torna-se o principal responsável pela economia municipal. De acordo com o IBGE (2010) do total de ocupados, com 18 anos ou mais, em Montes Claros, no ano de 2010, 5,6% é representado pelo setor agropecuário, enquanto os ocupados no setor extrativo mineral são apenas 0,16%, já os ocupados na indústria de transformação traduzem 9,53%, os ocupados pelos Serviços Industriais de Utilidade Pública-SIUP é de 1,03%, enquanto os ocupados no setor de construção são representados por 10,35%, os ocupados no setor comércio expressa 20,82% e por fim a maior parte dos ocupados encontra-se no setor de serviços que é representado por 50,88%. (Gráfico 2).

50,88 % dos ocupados no setor agropecuário. % dos ocupados no setor extrativo mineral. % dos ocupados na indústria de transformação. 20,82 % dos ocupados no SIUP.

% dos ocupados no setor de 10,35 9,53 construção. 5,6 % dos ocupados no setor comércio. 0,16 1,03 % dos ocupados no setor serviços. 2010

Gráfico 2: % Dos ocupados em Montes Claros com 18 anos ou mais por setor em 2010 Fonte: IBGE, 2010. Org.: SOUZA, C.Y.V. 2017.

Dentre os serviços prestados na cidade, Montes Claros se destaca como polo de educação de nível superior no Norte de Minas. Este nível de ensino teve início na década de 1960, com a Fundação Norte Mineira de Ensino Superior - FUNM, através da Lei Estadual nº 2.615 de 1962, e foi estabelecida por meio do Decreto nº 8.245 de 1964. Contudo, o ensino superior ainda era privatizado.

Somente na década de 1990, a FUNM se transforma na Universidade Estadual de Montes Claros - Unimontes, que no decorrer dos anos além de ampliar a quantidade de cursos em Montes Claros, criou campi em outros municípios se estendendo para outras regiões, além do Norte de Minas. A Unimontes possui 56 cursos de graduação presenciais e 31 a distância, também são ofertados 16 cursos de mestrado, 3 doutorado e 3 cursos técnico-profissionalizantes e aproximadamente 11.824 alunos matriculados (UNIMONTES, 2017).

Montes Claros também conta com outras duas instituições públicas de ensino superior presencial além da Unimontes, o Instituto de Ciências Agrárias - ICA/ Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG (Figura 3) e o Instituto Federal do Norte de Minas - IFNMG. No setor privado destacam-se as Faculdades Unidas do Norte de Minas - FUNORTE, por ser a segunda instituição que mais oferta cursos de nível superior no Norte de Minas, ficando atrás apenas da Unimontes. Ainda no setor privado a cidade é palco das Faculdades Santo Agostinho – FASA, do Instituto Superior de Educação Verde Norte – Favernorte, das Faculdades Integradas Pitágoras de Montes Claros - FIPMOC, da Faculdade Prisma – FAP, Faculdade de Ciências e Tecnologia de Montes Claros – FACIT e da Faculdade de Saúde – FASI, que desde 2013 atua em parceria a Funorte. A cidade ainda conta inúmeras instituições que oferecem cursos virtuais.

Figura 3: Instituto de Ciências Agrárias/Universidade Federal de Minas Gerais Autor: SOUZA, C.Y.V. 2016.

Montes Claros exerce atração, uma vez que é palco de uma variedade de IES e, consequentemente, cursos de graduação e pós-graduação. Para França et al (2011, p.65): “[...] a atração exercida por Montes Claros, no Norte de Minas, bem como outras regiões do estado e até mesmo em outras unidades da federação, no que se refere ao serviço de educação, é decorrente da infra-estrutura que a cidade dispõe neste setor”.

Ao longo do tempo, as Instituições de Ensino Superior promoveram transformações espaciais na cidade que foram gradativamente configurando novas paisagens urbanas. De forma indireta, as instituições superiores geram demanda por moradia, e serviços como transporte, alimentação, atendimento médico hospitalar, dinamiza o comércio, contribuindo desse modo para o crescimento econômico.

A evolução do segmento educacional e sua diversidade, especialmente no ensino superior, apontam para a importância desse ramo, como dinamizador do setor terciário e da própria economia da cidade que, por sua vez, reitera seu alcance regional. Esses fatores contribuíram para um intenso e rápido processo de urbanização (FRANÇA et al, 2011, p. 53).

A cidade de Montes Claros, além de se destacar no setor industrial e educacional no Norte de Minas, também é referência em atendimento médico hospitalar, concentrando serviços de alta complexidade. Os moradores de grande parte dos municípios da região, por possuírem em suas cidades apenas serviços de saúde de baixa e/ou média complexidade, necessitam de se deslocar para utilizar serviços mais complexos nos hospitais e clínicas de Montes Claros, evidenciando o papel dessa cidade como polo em serviço de saúde. De acordo com os estudos de Pereira (2007, p. 147): “(...) Montes Claros exerce uma centralidade ímpar no setor de saúde e dela depende a maioria dos municípios norte-mineiros”. Nesta perspectiva, apresentaremos alguns dos principais hospitais em Montes Claros.

No inicio da década de 1870 foi instalada em Montes Claros, através da lei n° 1776 do Governo da Província de Minas, a Irmandade Nossa Senhora das Mercês da Santa Casa de Montes Claros, atualmente chamada apenas por Santa Casa de Montes Claros. Essa instituição é o maior hospital do Norte de Minas é pioneira em transplantes no Norte de Minas sendo o único da região credenciado pelo ministério da saúde para a realização de transplantes de rim, córnea e de fígado, além de ser referência em radiocirurgia que consiste em uma técnica para tratar lesões em áreas profundas do cérebro, possibilitando a substituição das cirurgias convencionais de corte ou pode servir como complementação em tratamentos cirúrgicos. A Santa Casa de Montes Claros ainda faz parte de um conjunto de hospitais presentes em diversos municípios do território nacional.

Criado no início da década de 1960, o Hospital Aroldo Tourinho - HAT, originalmente chamado de Hospital e Maternidade São Vicente de Paula, era uma organização privada, somente na década de 1980, foi assumido pela prefeitura de Montes Claros e atua preponderantemente na saúde pública, tornando-se uma das mais importantes instituições hospitalares do Norte de Minas. De acordo com o site da instituição, o HAT oferece a única especialização em Cardiologia do Norte de Minas vinculada à Sociedade Brasileira de Cardiologia - SBC e em Residências em Clínica Médica e Ortopedia e Traumatologia.

O Hospital Regional Clemente de Faria, na década de 1990, vincula-se com a Unimontes e passa a ser denominada de Hospital Universitário Clemente de Faria – HUCF, o único que atende totalmente pelo Sistema Único de Saúde- SUS na cidade e recebe pacientes de diversos municípios do Norte de Minas e de outras regiões, assim como do sul da Bahia. O HUCF também tem contribuído na formação de profissionais da saúde ao receber acadêmicos estagiários e serve de referência no tratamento de pacientes soropositivos, acidentados por animais peçonhentos, grávidas com gestação de alto risco e pacientes com tuberculose ou calazar.

A Prontoclínica e Hospitais São Lucas foram instalados em Montes Claros na década de 1960, trazendo ao Norte de Minas mais opções quanto ao atendimento. Entre as décadas de 1990 e 2000 a instituição passou por transformações, sendo ampliado o espaço físico e os serviços ofertados, passando então a ser denominada Fundação de Saúde Dilson de Quadros Godinho - Hospital Dilson Godinho. No ano de 2006, a instituição persistiu em seus investimentos e desse modo tornou-se referência no Norte de Minas no tratamento do câncer, parte significativa de seus pacientes é atendida pelo SUS, e oferece de forma gratuita hospedagem, alimentação e medicamentos para pacientes carentes de outros municípios através da casa de apoio Dr. Pedro Santos (HOSPITAL DILSON GODINHO, 2017).

O Hospital Municipal Alpheu Gonçalves de Quadros foi inaugurado em 2008 e apresenta variada diversidade em atendimentos, a saber: oftalmologia, atendimento a gestantes de alto risco, pequenas cirurgias, exames de ultra-sonografia, raio-X, pequenas cirurgias, exame de biopsia de próstata e serviço de odontologia.

Apesar da grande quantidade de hospitais, Montes Claros ainda não suporta de forma eficiente a demanda, que provem de todos os 89 municípios do Norte de Minas e regiões vizinhas, pois se observa longas filas de espera, falta de médicos e de infraestrutura necessária para toda a população que recorre a tal serviço.

Considerações finais:

Nesta Perspectiva observa-se que a cidade de Montes Claros é o maior centro urbano do Norte de Minas e se sobressai na oferta de bens e serviços a ponto de ser considerada a principal centralidade da região em diversas esferas, a saber: industrial, educacional e de saúde. Desse modo Montes Claros assume o papel de centro regional do Norte de Minas.

Referências:

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