Município de Laranjeiras

DADOS GERAIS

ÁREA TERRESTRE: 162,3 km2

ALTITUDE: 6,0 m

MUNICÍPIOS LIMÍTROFES: , Riachuelo, , Santo Amaro das Brotas, N.S. do Socorro e Itaporanga D'Ajuda

COORDENADAS GEOGRÁFICAS: ·Latude: S: 10°48´22” ·Longitude: W:37º10'10”

PRECIPITAÇÃO MÉDIA ANUAL: 1.641,14 mm

TEMPERATURA MÉDIA ANUAL: 25,2 ºC

PERÍODO CHUVOSO: Março a Agosto

SOLO: Podzólico Vermelho Amarelo- Brunizem Avermelhado. BREVE HISTÓRIA Podzólico Vermelho Amarelo Equivalente Eutrófico. Solos Hidromórficos. Podzol. Solos Depois que as tropas de Cristóvão de Barros arrasaram com as nações indígenas, Indiscriminadosde Mangues por volta de 1530, muitos 'colonos' acabaram se fixando às margens do Rio Conguiba. Essas terras pertenciam à Freguesia de Socorro. Naquela região, distando mais ou menos BACIAS HIDROGRÁFICAS E uma légua da sede,foi construído um pequeno porto e, por conta das inúmeras e frondosas PRINCIPAIS MANANCIAIS: laranjeiras à beira do rio,moradores e viajantes começaram a idenficar o local como porto Bacia do Rio , Rio das laranjeiras. Conguiba, Riacho Tramandaí, A movimentação pelo Rio Conguiba era intensa e, logo, o porto passou a ser Riacho Madre ou Bu parada obrigatória. Em torno dele o comércio ganhava espaço, principalmente a troca de MESORREGIÃO: escravos, e as primeiras residências eram construídas. Mas a parr de 1637, o pequeno Leste Sergipano povoado das Laranjeiras também sofreu com os ataques e depois com o domínio holandês. Muitas casas foram destruídas,mas o porto, um ponto estratégico, foi preservado. Só por MICRORREGIÃO: volta de 1645 os holandeses deixaram Sergipe. Baixo Conguiba O porto das Laranjeiras fez retornar o progresso ao povoado que se reerguia com grande velocidade depois da passagem dos holandeses. Em 1701, os padres jesuítas DISTÂNCIA EM RELAÇÃO À construíram a primeira igreja com convento. Ela ficava à margem esquerda do Riacho São (km): Pedro, um pouco afastada do porto. Eles procuravam sossego e deram nome ao lugar de Ÿ Rodoviária 20 Ÿ Linha reta 18 'Rero'. Os jesuítas fizeram uma outra igreja num dos pontos mais altos do povoado. Em 1731, em cima de uma colina, os padres ordenaram a construção da Igreja de Nossa O MUNICÍPIO DE LARANJEIRAS É Senhora da Conceição da Comandaroba, uma verdadeira obra-prima da arquitetura ASSISTIDO PELO ESCRITÓRIO colonial. LOCAL DA EMDAGRO DE MARUIM Por conta da cana-de-açúcar, do coco, do gado, do comércio e, principalmente do porto, o povoado das Laranjeiras nha conseguido um nível extraordinário de FONTE: desenvolvimento. Só em 7 de agosto de 1832, em decorrência da grande influência políca dos proprietários de terras e comerciantes, a Assembléia Geral da Província toma uma EMDAGRO/ASPLAN IBGE decisão polêmica e transforma o povoado em vila independente. E em vez de desmembrá- SEPLANTEC la da freguesia de Socorro, os deputados anexaram o território de ao da Vila de Laranjeiras. connua página seguinte

127 MUNICIPIO DE LARANJEIRAS Connuação breve história COMUNIDADES EXISTENTES Os socorrenses tentaram de todas as formas reagir, e em 19 de fevereiro de 1835, Socorro é transformado em vila, sendo suas terras desmembradas das de Laranjeiras, que foi Mussuca reduzida à Freguesia do Sagrado Coração de Jesus das Laranjeiras. Em 6 de fevereiro daquele ano é Comadaroba transformado em Distrito de Paz, e em 11 de agosto de 1841, Laranjeiras passa a ser sede de Carobeiro comarca. Pedra Branca Em 1836 foi criada em Laranjeiras a primeira Alfândega de Sergipe. Pracamente todos Bom Jesus os produtos produzidos em Sergipe eram exportados por lá, maior centro do Estado. Mas Tabua Laranjeiras nha na indústria açucareira a sua principal fonte de renda. Eram centenas de Varzea engenhos e depois usinas. Os primeiros foram Dira, Ibura, Camassary e Comandaroba. Nas décadas de 30, 40 e 50 se destacavam três grandes usinas: a da Varzinha, a São José Pinheiro e a Sergipe Sergipe. A grandiosidade das três pode ser vista na produção. Dos 61 milhões de cruzeiros Pinheiro/Calumbi conseguidos em Laranjeiras, em 1956, somente as três foram responsáveis por 41 milhões de Machado cruzeiros. Salinas Em 1854 foi inaugurada a iluminação pública com a instalação de 32 lampiões. Em 1880, Camaratuba Laranjeiras já possuía uma Estação do Telégrafo Nacional. Em 1859 teve início a navegação a vapor Cedro entre Aracaju, Maruim e Laranjeiras, e em 1860 Laranjeiras recebeu a visita do imperador Dom Pastora Pedro II e da imperatriz Tereza Crisna, além de uma grande comiva. Na noite de 14 de janeiro Gameleiro daquele ano, eles foram aclamados nas ruas da cidade. O imperador visitou escolas, a Câmara de Taboquinha Vereadores, o Paço Municipal, assisu à missa e parcipou de saraus e banquetes. Quitale Estando no coração do Vale do Conguiba, Laranjeiras foi palco de tensões sociais e Sede Municipal raciais. Duas grandes revoltas urbanas de escravos negros e mulatos livres foram registradas em 1835 e 1837. O grande ano de fugas de escravos foi 1867. Ficam célebres alguns atos, como o enforcamento dos escravos Crispim e Malaquias, que eram acusados de assassinar seus senhores brancos; a fuga do escravo João Mulungu do Engenho Flor da Roda em 1868, sendo que muito tempo depois foi capturado e enforcado. Mas as ações cruéis dos senhores com os escravos provocou protestos da população até a chegada da 'abolição'. O início da propaganda republicada em Sergipe aconteceu oficialmente na Vila de Laranjeiras, em 1888, através da publicação do Manifesto de 18 de outubro de 1888, no 'Laranjeirense'. Meses depois era fundado o Clube Republicano Laranjeirense, que mais tarde se transformou em Pardo Republicano. Faziam parte Felisbello Freire, Balthazar de Góis, Sílvio Romero, entre outros. Eles chegaram a ter um jornal, o 'Republicano'. Com a Proclamação da República, os republicanos laranjeirenses fizeram passeatas pelas ruas da cidade. Meses depois, Felisbello Freire é nomeado pelo marechal Deodoro da Fonseca como o primeiro governador de Sergipe na República. O primeiro intendente de Laranjeiras foi Marcolino Ezequiel de Jesus, que governou o município de 1893 a 1895. Em 1966 a cidade foi tombada pelo Instuto do Patrimônio Histórico e Arsco Nacional - IPHAN, e também pelo governo do estado de Sergipe há mais tempo devido à beleza de suas ruas, de suas igrejas e de seu casario construído em modelo português nos séculos XVII, XVIII e XIX. Possui, também, monumentos tombados individualmente.

POPULAÇÃO E NÚMERO DE DOMICÍLIOS NO MUNICÍPIO – 2000/2010 Variação (%) Discriminação 2000 % 2010 % 2010/2000 População por domicílio 23.560 100,0 26.902 100,0 14,18 Urbana 21.213 90,00 21.257 79,00 0,20 Rural 2.347 10,00 5.645 21,00 140,51 População por sexo 23.560 100,0 26.902 100,0 14,18 Masculina 11.662 49,00 13.131 49,00 12,59 Feminina 11.898 51,00 13.771 51,00 15,74 Densidade demográfica (hab/km²) 145,16 - 165,75 - 14,18 Domicílio total 5.380 100,0 6.902 100,0 28,28 Urbano 4.848 90,10 5.456 79,00 12,54 Rural 532 9,90 1.446 21,10 171,80 Habitantes por domicílio 4,37 - 3,89 - -10,98 Famílias por domicílio 5.380 100,0 6.902 100,0 28,28 Urbano 4.848 90,10 5.456 79,00 12,54 Rural 532 9,90 1.446 21,10 171,80 Fonte: IBGE:Censo Demográfico 2000 e 2010

MUNICIPIO DE 128 LARANJEIRAS DEMONSTRATIVO ANUAL DE DISTRIBUIÇÃO AO MUNICÍPIO ICMS, IPI, IPVA, ROYALTIES 2005 A 2013 (R$). ANOS ICMS IPI IPVA ROYALTIES TOTAL 2005 20.503.095,61 19.618,54 85.500,09 546.833,15 21.155.047,39 2006 26.099.744,05 42.799,47 103.896,36 1.212.590,31 27.459.030,19 2007 27.278.779,65 39.364,33 124.862,56 1.269.432,25 28.712.438,79 2008 27.842.508,47 72.395,07 154.101,54 1.639.307,93 29.708.313,01 2009 25.889.990,57 44.867,61 224.757,83 962.313,54 27.121.929,55 2010 33.031.866,00 32.617,50 269.929,31 1.100.092,13 34.434.504,94 2011 31.657.122,63 24.808,61 338.191,41 1.275.115,32 33.295.237,97 2012 34.373.413,07 23.127,44 426.798,69 1.350.875,66 36.174.214,86 2013 39.174.487,67 33.447,38 491.157,97 1.433.896,67 41.132.989,69 Fonte: www.sefaz.se. g ov .br –ww.ibge.gov.br

PRODUTO INTERNO BRUTO (PIB) A PREÇOS CORRENTES (R$ 1.000,00)

Discriminação 2008 2009 2010 2011 Valor adicionado bruto da agropecuária 11.168,00 13.198,00 18.814,00 15.792,00 Valor adicionado bruto da indústria 377.231,00 334.885,00 331.926,00 406.744,00 Valor adicionado bruto dos serviços 372.875,00 349.151,00 444.504,00 638.920,00 Impostos sobre produtos líquidos de subsídios 143.751,00 135.340,00 165.824,00 229.904,00 PIB a preços correntes 905.024,00 832.574,00 961.068,00 1.291.361,00 PIB per capita a preços correntes (R$) ...... 47.506,66 Fonte: IBGE 2008 a 2011. (...) Dados não disponíveis

ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO (IDH) – 1991/2010 Discriminação 1991 2000 2010 Índice de Esperança de Vida (IDHM-L) 0,527 0,644 0,772 Índice de Educação (IDHM-E) 0,183 0,323 0,582 Índice de PIB (IDHM-R) 0,460 0,498 0,589

Índice de Desenvolvimento Humano 0,354 0,470 0,642 Municipal (IDH-M) Esperança de Vida ao Nascer (em anos) 56,59 63,65 71,30 Renda per capita (R$) 139,90 177,80 313,29 Fonte: IPEA – Atlas de Desenvolvimento Humano no Brasil .

NÚMERO DE ESTABELECIMENTOS E ÁREA SEGUNDO A CONDIÇÃO DO PRODUTOR – 1996/2006 1995-96 2006 Condição do Estabelecimentos Área (ha) Estabelecimentos Área (ha) Produtor Nº % ha. % Nº. % ha. % Arrendatário 1 0,16 0,907 0,05 2 0,60 ...... Assentado S/Titulação ...... Definiva Ocupante 408 69,00 182,061 1,10 30 9,06 11 0,13 Parceiro ...... Produtor s/ área ...... 34 10,27 ...... Proprietário 184 31,00 16.292,39 98,90 265 80,06 8.050 99,90 Total 593 100,00 16.475,36 100,00 331 100,00 8.061 100,00 Fonte: IBGE: Censo Agropecuário de Sergipe 1995-1996/2006. (...) Dados não disponíveis.

129 MUNICIPIO DE LARANJEIRAS PRINCIPAIS CULTURAS EXPLORADAS NO MUNICÍPIO CULTURAS INDICADORES UNID 2011 2012 2013 Área colhida ha. 180 150 150 Produção t 1.800 1.500 1.510 Mandioca Rendimento médio kg/ha. 10.000 10.000 10.066 Valor da produção R$ 1.000,00 306,00 514,5 1.050,00 Área colhida ha. 88 80 90 Produção t 110 80 81 Milho Rendimento médio kg/ha. 1.000 1.000 900 Valor da produção R$ 1.000,00 51,37 45,44 34,00 Área colhida ha. 15 0,0 24 Produção t 8 0,0 13 Feijão Rendimento médio kg/ha. 533 0,0 541 Valor da produção R$ 1.000,00 16,25 0,0 22,00 Área colhida ha. 6.060 6.630 6.380 Cana-de- Produção t 375.720 430.950 408.320 açucar Rendimento médio kg/ha. 62.000 65.000 64.000 Valor da produção R$ 1.000,00 23.670,36 30.856,02 26.132,00 Área colhida ha. 83 83 80 Produção t 306 306 240 Coco-da-Baía Rendimento médio mil frutos/ha. 3.687 3.687 3.000 Valor da produção R$ 1.000,00 168,30 124,16 117,00 Fonte: IBGE/Produção Agrícola Municipal 2011, 2012 e 2013.

PREÇOS MÉDIOS DE VENDA DE TERRAS (R$/ha) PRINCIPAIS CRIAÇÕESS EXPLORADAS NO MUNICÍPIO

Anos Lavoura Pastagens Efevo dos Rebanhos Unid 2011 2012 2013 2007 3.000,00 2.500,00 Bovinos cab 4.520 3.965 3.620 Eqüinos cab 420 390 405 2008 3.000,00 2.500,00 Suínos cab 262 250 50 2009 6.000,00 3.000,00 Ovinos cab 340 305 287 2010 4.900,00 3.900,00 Galos, frangas, frangos e pintos cab 11.100 10.600 12.050 2011 10.000,00 10.000,00 Galinhas cab 1.020 1.050 1.140 2012 12.000,00 12.000,00 Vacas ordenhadas cab 542 515 485 2013 15.000,00 15.000,00 Leite de vaca mil l 537 499 582 2014 16.000,00 16.000,00 Ovos de galinha mil dz. 6 6 7 Fonte: IBGE/Produção Pecuária Municipal 201 1, 2012 e 2013. Fonte: EMDAGRO/ASPLAN/ Escritório Local de Laranjeiras PLUVIOSIDADE MÉDIA POR ANO (mm) Anos Acumulado Média Mínima Máxima 2004 1.203,5 100,3 0,0 295,6 2005 1.391,0 115,9 0,0 261,6 2006 1.712,5 142,7 0,0 352, 2 2007 1.754,4 146,2 5,0 407,6 2008 1.906,1 158,9 0,0 589,2 2009 1.882,4 171,1 0,0 513,4 2010 1.990,8 86,3 83,9 527,3 2011 1.621,0 135,1 2,5 326,9 2012 1.156,0 96,3 4,1 216,6 2013 1.784,3 148,7 12,9 336,2 2014 1.650,5 137,5 16,7 282,7 Média do período 1.641,14 130,82 11,37 375,71

Fonte: EMDAGRO/ASPLAN Escritório Local de Laranjeiras – 2004 -2014

MUNICIPIO DE 130 LARANJEIRAS

PRE Ç OS MÉDIOS RE CEBIDOS PELOS PRODUTORES (PECUÁRIA) Produtos Unid. 2011 2012 2013* Bezerro ( até 1 ano ) cab 450,00 450,00 800,00 Boi gordo arr 100,00 100,00 100,00 Boi magro cab 750,00 750,00 900,00 Carne ovina arr 120,00 120,00 150,00 Garrote cab 900,00 900,00 1.200,00 Leite de vaca l 1,00 1,00 1,50 Pescado culvado de água doce kg ...... Suíno p/ corte arr 90,00 90,00 90,00 Vaca descartada cab 700,00 700,00 1.500,00 Vaca leiteira comum cab 1.500,00 1.500,00 1.800,00 Vaca leiteira de raça cab 2.500,00 2.500,00 2.500,00 Fonte: EMDAGRO/ASPLAN Escritório Local de Laranjeiras – 2011-2013. (...)Dados não disponíveis. *dados disponíveis Jan/Julho

PREÇOS MÉDIOS RECEBIDOS PELOS PRODUTORES (AGRICULTURA)

Culturas Unid. 2011 2012 2013* Coco -seco um 0,70 0,70 ... Coco-verde um 0,50 ...... Banana cento 5,00 5,00 ... Mandioca farinha sc /50 kg 65,00 65,00 ... Cana-de-açucar entregue na industria t 70,00 70,00 80,71 Cana-de-açucar entregue na propriedade t 65,00 68,33 73,71 Fonte: EMDAGRO/ASPLAN – 2011-2013. Escritório Local de Laranjeiras – 2011-2013.

PREÇOS MÉDIOS PAGOS PELOS PRODUTORES 2013(R$)

PRODUTOS UNIDADE MÉDIA MINIMO MÁXIMO MODA ALIMENTOS PARA ANIMAIS Ração balanceada p/ suíno de corte kg 1,00 1,00 1,00 1,00 UTENSÍLIOS E MATERIAIS DIVERSOS Estaca para cerca um 5,00 5,00 5,00 5,00 REMUNERAÇÃO DA MÃO DE OBRA E SERVIÇOS Trabalhador eventual (Diarista) * dia 50,00 50,00 50,00 50,00 Aluguel de trator de esteiras* h/mq 100,00 100,00 100,00 100,00 Aluguel de trator de pneus BS 65* h/mq 80,00 80,00 80,00 80,00 Serviço de tração animal sv.a.dia 65,71 60,00 60,00 60,00 Fonte: EMDAGRO/Escritório Local de Laranjeiras

131 MUNICIPIO DE LARANJEIRAS