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Evolução do uso do solo e cobertura vegetal na bacia hidrográfica do Ribeirão Campo limpo, municípios de e de Cumari, Goiás

Evolution of soil use and vegetable coverage in the Ribeirão Campo limpo water basin, Goiandira and Cumari municipalities, Goiás

DOI:10.34117/bjdv5n9-064

Recebimento dos originais: 18/07/2019 Aceitação para publicação: 11/09/2019

Eduardo Vieira dos Santos. Formação acadêmica mais alta: Mestre. Instituição atual: Professor do Curso de Geografia/ICHS/CUA, Universidade Federal de Mato Grosso/Doutorando em Geografia pela Universidade Federal de Goiás. Endereço: Av. Valdon Varjão, n. 6390, Barra do Garças, MT, CEP78600-000. email: [email protected]

Frederico Augusto Guimarães Guilherme. Formação acadêmica mais alta: Doutor. Instituição atual: Professor Associado da UAE Ciências Biológicas da Universidade Federal de Goiás – REJ. Endereço: Rod BR 364 KM 192 - Setor Parque Industrial nº 3800, Caixa Postal 03 - CEP 75801-615, Jataí – Goiás email: [email protected]

Renato Adriano Martins Formação acadêmica mais alta: Doutor. Instituição atual: Professor do Curso de Geografia, Universidade Estadual de Goiás. Endereço: R. Quatorze, 327 - Jd. América, Morrinhos - GO, 75650-000. email: [email protected]

Eduardo Vieira dos Santos Professor do Curso de Geografia/ICHS/CUA, Universidade Federal de Mato Grosso. Doutorando em Geografia – UFG/REJ. Núcleo de Estudo e Pesquisas Sócio Ambientais (NEPSA CNPq). E-mail: [email protected]

Frederico Augusto Guimarães Guilherme Professor Associado da UAE Ciências Biológicas Instituição: Universidade Federal de Goiás – REJ. E-mail: [email protected]

Renato Adriano Martins Doutor em Geografia, professor do Curso de Geografia, Universidade Estadual de Goiás. Núcleo de Estudo e Pesquisas Sócio Ambientais (NEPSA CNPq). E-mail: [email protected]

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RESUMO

Localizada nos municípios de Goiandira e de Cumari, Estado de Goiás, a bacia hidrográfica do Ribeirão Campo Limpo, possui área de 73,85 km², com ampla rede de drenagem, sendo local de ocorrência de diversas Veredas, importante fitofisionomia do Cerrado. Devido a intensificação da ocupação de áreas do Cerrado ocorrida a partir da década de 1960, tem ocorrido vários impactos ambientais. Desse modo, o presente artigo tem como objetivo identificar os usos atuais do solo na bacia hidrográfica do Ribeirão Campo Limpo, a fim de fornecer base para uma ocupação menos impactante. Para a efetivação do presente estudo foram utilizadas as geotecnologias na realização de mapeamentos, bem como, pesquisa em banco de dados para obtenção de informações da área em estudo e pesquisa de campo para o refinamento e confirmação dos resultados.

Palavras-Chave: Geotecnologias. Ocupação. Cerrado.

ABSTRACT

Located in the municipalities of Goiandira and Cumari, State of Goiás, the Ribeirão Campo Limpo watershed has an area of 73.85 km², with a large drainage network, where several Veredas occur, an important Cerrado phytophysiognomy. Due to the intensification of the occupation of Cerrado areas since the 1960s, several environmental impacts have occurred. Thus, this paper aims to identify current land uses in the Ribeirão Campo Limpo watershed in order to provide a basis for less impactful occupation. To carry out the present study, geotechnologies were used in the mapping, as well as database research to obtain information of the area under study and field research to refine and confirm the results.

Keywords: Geotechnologies. Occupation. Thick.

1 INTRODUÇÃO No atual modo de produção a relação sociedade-natureza tem sido conduzida de forma desequilibrada, proporcionando alterações e impactos no meio ecológico. A bacia hidrográfica do Ribeirão Campo Limpo localizada na porção sudeste de Goiás, Microrregião Catalão, tem enfrentado essas alterações frente ao desenvolvimento da pecuária e da agricultura. A forma de apropriação e transformação da natureza responde pela existência dos problemas ambientais, cuja origem encontra-se determinada pelas próprias relações sociais (SANTOS, 2010). A bacia hidrográfica do Ribeirão Campo Limpo encontra-se inserida na área “core” do bioma Cerrado, compartilhando com este, os mesmos problemas ocasionados pela ocupação. O Cerrado é o segundo maior bioma em extensão territorial, entretanto, desde a segunda metade do século XX, teve forte alteração de sua paisagem natural (FERNANDES; PESSÔA, 2011). Em decorrência da intensa ocupação do Cerrado, várias são as atividades que, de alguma forma, agridem o seu patrimônio natural. As modificações ocorridas em ambientes naturais, como a destruição de espécies locais e a inserção de novas espécies exóticas, desencadeiam desequilíbrios ambientais. A substituição da flora nativa por espécies exóticas tem marcado a

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14558 BrazilianJournal of Development destruição das fitofisionomias do Cerrado e a modificação de suas paisagens, além de resultar na destruição de espécies da fauna (SANTOS et al., 2013). Atualmente, as ferramentas das geotecnologias são um importante instrumento para análise ambiental que subsidia as tomadas de decisão (ATANAZIO, 2010). O seu uso tem ampliado à medida que possibilitam, além da espacialização da informação, maior acessibilidade, precisão e velocidade na obtenção e processamento dos dados e análises (VEIGA; SILVA, 2004). Com o uso das geotecnologias é possível a realização de monitoramento com a finalidade de contribuir para um planejamento de ações menos impactantes, em virtude do agravamento das condições ambientais (SANTOS; MARTINS; GUILHERME, 2017). Os usos das geotecnologias podem trazer grandes contribuições, como no caso do diagnóstico ambiental, com o mapeamento do uso da terra, que é de essencial importância para compreender a organização espacial humana, e, as transformações impostas pelo homem em uma determinada área ao longo de uma escala temporal. O estudo do uso da terra é um meio de buscar conhecimento de toda a sua utilização por parte do homem ou, quando não utilizado pelo homem, a caracterização dos tipos de categorias de vegetação natural que reveste o solo (ROSA, 2007). Frente a degradação ambiental do Cerrado e da necessidade de uma ocupação menos impactante desenvolveu-se o presente estudo com o objetivo de identificar os usos atuais do solo na bacia hidrográfica do Ribeirão Campo Limpo, a fim de fornecer base para uma ocupação menos impactante. A escolha desse recorte espacial para a realização do presente estudo se deve as características locais. A bacia hidrográfica do Ribeirão Campo Limpo é local de alta fragilidade ambiental. Em grande porção de sua área ocorrem solos arenosos que são muito suscetíveis a erosões. Soma-se as características do solo, a ocupação, realizada sem planejamento com a retirada da vegetação nativa para a implantação de pastagens. A importância da Bacia também se relaciona a suas características vegetacionais, pois é o local de ocorrência de formações campestres, já muito degradas em todo o Cerrado. Na parte mais elevada encontra-se antiga superfície de aplainamento, a qual tem sido ocupada pela agricultura moderna para o cultivo de soja e de milho. Para o desenvolvimento do presente estudo inicialmente foram levantadas as características gerais da bacia hidrográfica do Ribeirão Campo Limpo e também do município de Goiandira, onde se encontra a quase totalidade da Bacia. Posteriormente, foram adquiridas

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14559 BrazilianJournal of Development imagens de radar Shuttle Radar Topography Mission (SRTM) e do satélite Landsat 5 e 8 Sensor TM e OLI, das últimas décadas para a verificação da evolução do uso solo e cobertura vegetal. Ao final da etapa de mapeamentos procedeu-se a análise dos resultados.

2 MATERIAL E MÉTODO 2.1 ÁREA DE ESTUDO A bacia hidrográfica do Ribeirão Campo Limpo (Figura 1) está localizada na porção sudeste do Estado de Goiás, na Microrregião de Catalão. Possui área de 73,85 km² e seu curso principal deságua no Ribeirão Pirapitinga, afluente do Rio Paranaíba. A maior parte da bacia, (88,34%) está dentro do Município de Goiandira (GO) e uma pequena parte (11,66%), próximo ao exutório, está no município de Cumari (GO). Figura 1 – Localização da bacia hidrográfica do Ribeirão Campo Limpo

Fonte: Elaborado pelos autores a partir de bases de dados do IBGE disponibilizadas pelo SIEG (GOIÁS, 2018).

O clima regional caracteriza-se pela existência de um período seco (maio a setembro) e de um período chuvoso (outubro a abril) (CTE; SISTEMA NATURAE, 2006). Para o município de Goiandira, a precipitação total do período seco fica entre 100 mm e 125 mm e para o período chuvoso fica entre 1300 mm e 1400 mm (GOIÁS, 2006b). Cerca de 86,7% da precipitação total anual ocorre no período chuvoso (CTE; SISTEMA NATURAE, 2006). A

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14560 BrazilianJournal of Development temperatura média anual para o município de Goiandira é de 22,5ºC, a temperatura máxima fica entre 27º e 28ºC e a temperatura mínima fica entre 17ºC e 18ºC (GOIÁS, 2006b). Geologicamente a Bacia está localizada na Faixa Brasília, quase totalmente na Zona Interna – Grupo Araxá e parte no Rift Intracontinental – Complexos Indiferenciados. É formada, principalmente, por gnaisses, resultando em solos ricos em sílica. Frente a esse embasamento e diante dos agentes modelares da paisagem é esculpido o relevo. Considerando classificação geomorfológica de Goiás (2006a), a Bacia possui a maior parte de sua área na Zona de Erosão Recuante com dissecação forte e a parte mais elevada, na qual está o Córrego Brejão, na Superfície Regional de Aplainamento de dissecação média. Devido à inter-relação entre vários fatores, como clima, geologia, relevo, solo e umidade, entre outros, surgem às diferenciações na cobertura vegetal. Desse modo, a bacia hidrográfica do Ribeirão Campo Limpo encontra-se inserida na área do bioma Cerrado e apresenta vegetação característica do Bioma, além de características relacionadas a fatores locais.

2.2 COLETA E ANÁLISE DE DADOS Inicialmente, criou-se mapa de localização da bacia hidrográfica do Ribeirão Campo Limpo utilizando shapefiles disponibilizados pelo Sistema Estadual de Geoinformação de Goiás (SIEG-GO), e imagens SRTM disponibilizadas pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) no projeto Topodata, com resolução espacial de 30 metros. A partir dessas imagens foi demarcada o divisor topográfico da Bacia. Para o mapeamento da rede de drenagem efetuado a partir das imagens SRTM utilizou- se metodologia de Martins (2007), com o conjunto de ferramentas hydrology e conditional (fill, flow direction, flow accumulation, con e stream to features), no software ArcGis versão 10.1 licenciado para o Laboratório de Geoinformação da UFG-REJ. O resultado desse mapeamento foi um shapefile, que foi transformado em arquivo com extensão .kml e inserido no software Google Earth, em que se realizou a comparação entre o shapefile de drenagens extraído da imagem SRTM e a identificação visual em imagens de satélites. Essa comparação foi necessária para se gerar um mapeamento da rede de drenagem que fosse o mais condizente com a realidade. Após a comparação entre shapefile de drenagens extraído da imagem SRTM e a identificação visual em imagens de satélites, foram realizadas pequenas correções e o arquivo foi novamente transposto para o software Arc Gis 10.1.

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O mapeamento de uso do solo e cobertura vegetal foi realizado a partir de imagens do satélite Landsat 5 e 8, Sensor TM e OLI, Órbita/Ponto 221/73, para os anos de 1987, 1997, 2007 e 2017. Essas imagens foram adquiridas pelo sistema EarthExplorer do U.S. Geological Survey (USGS), gerido pela National Aeronautics and Space Administration (NASA). No intuito de melhorar a qualidade dos produtos finais extraídos das imagens de satélite foi realizado o pré- processamento, com reprojeção para o hemisfério sul, correção radiométrica transformando os valores de números digitais para valores de reflectância de topo da atmosfera e depois em reflectância de superfície com a correção atmosférica (CHANDER et al., 2009; SONG et al., 2001; PONZONI, SHIMABUKURO, 2007; SANCHES et al., 2011). Após o pré-processamento, foi possível realizar o mapeamento de uso do solo e cobertura vegetal, no qual, empregou-se metodologia de Santana (2017). Utilizou-se a classificação não supervisionada, ferramenta Multivariate/Iso Cluster, nesta ferramenta é analisada a verossimilhança dos pixels e criado um arquivo vetorial com as classes de uso. Com o Iso Cluster executado emprega- se a ferramenta de classificação máxima de verossimilhança Multivariate/Maximum Likelihood Classification. Após a classificação máxima de verossimilhança executada é necessária a identificação das classes geradas, na qual os polígonos gerados a partir do Iso Cluster estão sobre a bacia, com isso se atribui o número de classes de uso do solo e cobertura vegetal. A partir da imagem classificada foi gerado um mapa temático com sete classes: Cerrado, Florestas, Solo descoberto, Pastagem, Silvicultura, Agricultura e Área construída. Assim como em Rosa e Sano (2014), foram realizadas incursões a campo no mês de agosto de 2017, com objetivo de verificar in loco se os resultados encontrados no mapeamento foram condizentes com a realidade, validando as diferentes classes. Nessas incursões a campo também se obteve registro fotográfico das classes. As imagens de alta resolução espacial contidas no Google Earth foram de grande valia, uma vez que possibilitaram tirar dúvidas, minimizando os trabalhos de campo. Foram coletadas informações sobre a produção agropecuária e aspectos socioeconômicos do município de Goiandira, disponibilizadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2018). Com essas informações foram criados quadros com dados sobre a produção agropecuária municipal. A partir de todas as informações obtidas nos mapeamentos e em bancos de dados eletrônico foi possível a discussão dos resultados.

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3 RESULTADOS E DISCUSSÕES Como a bacia está quase totalmente inserida no município de Goiandira (GO), na caracterização socioeconômica serão utilizados dados apenas desse município. Quanto ao histórico de ocupação também será utilizado apenas o histórico de ocupação do município de Goiandira, pois este é muito próximo ao do município de Cumari (GO), inclusive esse último, só foi desanexado de Goiandira (GO), no ano de 1947. As primeiras penetrações, nas terras onde atualmente encontra-se o município de Goiandira, ocorreram a partir da época em que tropeiros e carreiros, procedentes de São Paulo e (principalmente do Triângulo Mineiro) encontraram neste local o melhor caminho para os municípios de Entre Rios (atual ) e de Santa Cruz ou mesmo a antiga Vila Boa de Goiás (ANDRADE, 1950). Entretanto as ocupações, tendo como propósito a fixação e a exploração do local, datam, aproximadamente, de 1800, (CODEPLAN, 1983). Desde a ocupação por populações indígenas, passando por tropeiros e carreiros e pelos pioneiros em 1800, a então Sesmaria de Campo Limpo, teve maior incremento populacional humano com a chegada dos trilhos da linha férrea em 1911, quando surgiram as primeiras casas de alvenaria e a primeira casa comercial (ANDRADE, 1950). A Sesmaria de Campo Limpo só viria a se tornar Goiandira, com a emancipação através do Decreto n. 799, no ano de 1931. (CODEPLAN, 1983). No processo de construção do território de Goiandira, a sua população humana (Tabela 1) tem variado bastante ao longo dos anos.

Tabela 1 – População humana total, urbana e rural do município de Goiandira (GO) – 1940 a 2017 População Período Urban Total Rural a 1940 10.265 7.318 2.947 1950 8.809 5.538 3.271 1960 6.795 4.056 2.739 1970 6.033 2.441 3.592 1980 5.711 1.360 4.351 1991 5.368 1.099 4.269 2000 4.967 768 4.199 2010 5.265 727 4.538

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2017 5.605 * * * Dados não disponibilizados pelo IBGE. Fonte: Elaborado pelos autores a partir de dados disponibilizadas pelo IBGE - 2018.

Ao observar a Tabela 1, é importante considerar que os dados do ano de 1940 são referentes ao município de Goiandira, que ainda contava com os distritos de Nova Aurora, Cumari e Anhanguera. Os dados de 1950, referem-se à Goiandira e ao distrito de Nova Aurora, pois o distrito de Cumari foi emancipado em 1947 e o distrito de Anhanguera passou a fazer parte do mesmo. Os dados de 1950, referem-se à Goiandira e ao distrito de Nova Aurora, pois este só foi emancipado em 1954. A partir de 1960, os dados de população se referem apenas a Goiandira e ao povoado de Veríssimo. É importante notar a tendência de diminuição do número de habitantes até a década de 2000. Essa tendência ocorreu, principalmente, devido à decadência do sistema ferroviário (GOMES, BARBOSA, TEIXEIRA NETO, 2004; MELO et al., 2007). Outra importante questão é a inversão da quantidade de população humana rural e urbana, em que, a população urbana passa a ser maior que a rural, a partir de 1970. Existe por quase toda a população local forte ligação com o campo, origem dos principais recursos financeiros. Na produção agrícola de Goiandira (GO) destacam-se as culturas temporárias da soja e do milho (Quadro 1). Já as culturas permanentes do café, banana e maracujá ocupam pequena área. Na extração vegetal e silvicultura destaca-se o eucalipto. A produção agrícola é pouco diversifica e a área plantada pode ser considera pequena em relação a área total do município. Grande parte da produção de soja e milho do município ocorre na bacia hidrográfica do ribeirão Campo Limpo.

Quadro 1 – Produção agrícola, extração vegetal e silvicultura no município de Goiandira, Goiás – 2012/2016 Lavoura temporária – 2016 Produtos Soja (grão) Milho (grão) Cana-de-açúcar Mandioca Área plantada 600 ha 170 ha 15 ha 10 ha Lavoura permanente – 2012 Produtos Banana Café Maracujá Área colhida 10 ha 18 ha 2 ha

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Extração vegetal - 2016 Silvicultura - 2016 Lenha de Produtos Madeiras/lenha Eucalipto Eucalipto Quantidade 20 m³ 350 ha 7.500 m³ produzida Fonte: Elaborado pelos autores a partir de dados disponibilizadas pelo IBGE - 2018.

A pecuária em Goiandira (GO) é desenvolvida de forma extensiva. Na produção pecuária municipal (Quadro 2) destaca-se a criação de rebanho bovino, seguido por equinos, suínos, galináceos e a produção de mel de abelha. A quantidade de vacas ordenhadas também merece destaque.

Quadro 2 – Produção pecuária no município de Goiandira, Goiás - 2016 Mel de Vacas Bubali Galináce abelha Suíno ordenhad Bovino no Equino o Ovino as 90 1.500 8.200 70 1.400 55.500 Cabeça Cabeça 7.000 kg Cabeça 6.000 Cabeças Cabeças s s Cabeças s Cabeças Fonte: Elaborado pelos autores a partir de dados disponibilizadas pelo IBGE - 2018.

Existe por quase toda a população de Goiandira forte ligação com o campo, origem dos principais recursos financeiros. A atividade econômica que melhor se adaptou as condições ambientais e também a própria realidade socioeconômica foi à pecuária extensiva, base da economia local e a grande responsável pela ocupação das terras no município. Juntamente com a pecuária, também existe a agricultura, principalmente, lavouras de soja e de milho. A bacia hidrográfica do ribeirão Campo Limpo apresenta uso do solo muito semelhante ao de todo o município de Goiandira, com a pecuária extensiva ocupando grande parte das terras e a entrada mais recente da agricultura. Ao analisar a evolução do uso do solo e cobertura vegetal na Bacia para as últimas décadas observamos situação próxima ao que tem ocorrido com todo o Cerrado, com a substituição da vegetação nativa pela atividade agropecuária. Ao observar o mapeamento de uso da terra e cobertura vegetal para o ano de 1987 (Figura 2 / Tabela 2) é possível verificar que o quantitativo de Cerrado e de pastagem é bem próximo. Já a agricultura era muito pouco expressiva, enquanto que, o quantitativo de solo

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14565 BrazilianJournal of Development descoberto pode ser considerado alto, possivelmente, devido à presença de solos muito arenosos e que requerem maior uso de técnicas de conservação, as quais não eram empregadas. Passados dez anos, o uso do solo e cobertura vegetal em 1997 (Figura 2 / Tabela 2), teve como principal alteração, o aumento da área destinada à pastagem, a qual passou a ocupar mais da metade de toda a área. O percentual de solo descoberto se manteve e a agricultura, embora tenha aumentado, ainda continuou em área reduzida. O maior destaque para o ano de 1997 é uma grande redução nas áreas de formação Florestal.

Figura 2 – Uso da terra e cobertura vegetal na bacia hidrográfica do Ribeirão Campo Limpo, Goiás, no ano de 1987 e 1997

Fonte: Elaborado pelos autores a partir de imagens Landsat 5 TM 1987 e 1997, NASA/USGS.

Em 2007 houve considerável redução de áreas de Cerrado, e consequente, aumento nas áreas de pastagem e, principalmente, de agricultura (Figura 3 / Tabela 2). Vale destacar a pouca alteração na área de formações Florestais e o aparecimento, embora inexpressivo, da silvicultura. Assim como a redução expressiva da área de solo descoberto, possivelmente, relacionada, ao maior emprego de técnicas de conservação do solo devido à valorização desse recurso. Braz. J. of Develop., Curitiba, v. 5, n. 9, p. 14556-14570 sep. 2019 ISSN 2525-8761

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O uso da terra e cobertura vegetal no ano de 2017 (Figura 3 / Tabela 2) teve alterações mais bruscas. Redução considerável nas áreas de Cerrado e formações Florestais, redução também nas áreas de solo descoberto, que passou a ser menos de 1% (um por cento) da área total. De outro lado, houve aumento expressivo da área de pastagem e aumento menos expressivo da agricultura, que ainda é pequena, e da silvicultura, a qual ocupa menos de 1% (um por cento) de toda a área.

Figura 3 – Uso da terra e cobertura vegetal na bacia hidrográfica do Ribeirão Campo Limpo, Goiás, no ano de 2007 e 2017

Fonte: Elaborado pelos autores a partir de imagens Landsat 5 TM 2007 e Landsat 8 OLI 2017, NASA/USGS.

Diante da observação na evolução do uso do solo e cobertura vegetal (Tabela 2) nas últimas décadas para a bacia hidrográfica do Ribeirão Campo Limpo, reforçamos a noção de que a atividade pecuária com a pastagem (Figura 4) responde pelo principal uso do solo. Também demonstramos que, atualmente, o percentual de áreas com vegetação nativa (21,48%) é baixo.

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Tabela 2 – Uso da terra e cobertura vegetal na bacia hidrográfica do ribeirão da Campo Limpo - entre os anos de 1987 e 2017 - municípios de Goiandira - GO e de Cumari – GO. (%) Usos 1987 1997 2007 2017 Cerrado 43,96 35,27 29,13 19,98 Pastagem 44,66 53,44 56,91 67,21 Floresta 5,60 2,91 2,19 1,50 Solo descoberto 5,18 5,47 3,86 0,89 Silvicultura 0,31 0,93 Agricultura 0,60 2,91 7,59 7,76 Área construída 1,73 1,73 1,73 1,73 Fonte: Mapeamento de uso da terra e cobertura vegetal elaborado pelos autores, imagens Landsat 5 e 8 Sensor TM e OLI, Órbita/Ponto 221/73.

Figura 4 – Pastagem para a pecuária extensiva próxima a nascente do Ribeirão Campo Limpo - 2017

Autor: SANTOS, Eduardo Vieira dos – Agosto de 2017.

Devido as característica de relevo mais dissecado, juntamente, com a presença considerável de solos de baixa fertilidade natural e arenosos, sobretudo na porção oeste e também no terço inferior da Bacia, a área não teve ocupação mais expressiva pela atividade agrícola. Embora, na última década tenha se desenvolvido a agricultura moderna, principalmente, com o cultivo da soja e do milho (Figura 5), nas porções mais elevadas em áreas de antiga superfície de aplainamento.

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Figura 5 – Agricultura moderna com cultivo de milho e sola na sub-bacia do Córrego Brejão, afluente do Ribeirão Campo Limpo - 2017

Autor: SANTOS, Eduardo Vieira dos – Janeiro de 2017.

A porção oeste da bacia hidrográfica do ribeirão Campo Limpo apresentou, para o período estudado, grande área com solos descobertos (Figura 6). Essa ocorrência se deu, principalmente, na região conhecida como Campo Limpo. Nessa área ocorrem solos arenosos, originados da pedogênese de ortognaisses, e de baixa fertilidade natural que requerem maiores cuidados para a sua utilização como pastagem, ou mesmo, que não deveriam ser utilizados como suporte às pastagens. Sendo, portanto, um local que merece maior atenção para o planejamento de uso e ocupação.

Figura 6 – Área de formações campestres aradas para o plantio pastagem, B. H. do Ribeirão Campo Limpo - 2010

Autor: SANTOS, Eduardo Vieira dos – Agosto de 2010.

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Diante desse estudo referente à evolução do uso da terra e cobertura vegetal verificou- se a intensa transformação da paisagem na bacia hidrográfica do Ribeirão Campo Limpo. Essa área, além de ser local de ocorrência de formações campestres também possui vasta rede de drenagem e ampla ocorrência do ambiente de Vereda. Frente a alteração paisagística constatada e a própria fragilidade da área, são necessárias medidas que visem proteger a Área de Preservação Permanente e as Veredas ainda existentes, afim de, evitar um maior comprometimento para os cursos de água.

4 CONCLUSÕES Com a realização do presente estudo constatou-se a ocorrência de intensa alteração paisagística na bacia hidrográfica do Ribeirão Campo Limpo. A vegetação de Cerrado tem sido retirada para a implantação de pastagens que sustenta a pecuária extensiva. A retirada da vegetação nativa é realizada sem nenhum tipo de planejamento atingindo áreas muito frágeis. Diante das características geológicas, geomorfológicas e pedológicas, a porção mais elevada da Bacia, local em que estão os solos mais propícios e o relevo mais plano, tem sido ocupados pela agricultura, com o cultivo de soja e de milho. No local do desenvolvimento da prática agrícola é também o local de recarga do aquífero que sustenta o Ribeirão Campo Limpo, e a alteração na cobertura vegetal compromete essa recarga. Outra questão é que a práticas agrícola envolvem uso intensivo de insumos químicos, os quais podem comprometer a qualidade da água em toda a Bacia, tendo em vista que no local ocorrem diversas nascentes. Além da retirada da vegetação nativa que já alcançou quase oitenta por cento da área, outra importante fitofisionomia, a Vereda, que devido a sua localização junto aos cursos de água, ainda não foi completamente devasta, tende a desaparecer se não forem tomadas medidas visando o uso consciente da área. O uso pela pecuária se destaca, embora seja pouco diversificado. As diferentes formas de uso da terra e a transformação da cobertura vegetal podem resultar em diferentes impactos ambientais para essa área.

AGRADECIMENTOS

Os autores agradecem ao CNPq e a FAPEG no âmbito do projeto PELD Jataí (Processo Nº 15-20162017/10267000329), pelo apoio financeiro.

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REFERÊNCIAS

ANDRADE, F. F. de. Corografia do município de Goiandira. Monografia, [s. l.], 1950.

ATANAZIO, R. Geoprocessamento aplicado em projeto de Pagamento por Serviços Ecossistêmicos (PSE), município de Apucarana, PR. 2010. 50 f. Trabalho de monografia (Especialização em Geoprocessamento) - Centro Integrado de Estudos em Geoprocessamento, Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2010.

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