PCBH A • E ST E regional norD Histórias de Bairros •

BeloBelo HorizonteHorizonte

Arquivo Público Regional NORDArquivodaE CidadeST EPúblico de Regional NORDdaBeloE CidadeST HorizonteE de 2 A Associação Cultural do Arquivo Públi- co da Cidade de Belo Horizonte (ACAP-BH) foi criada, em 1999, para incentivar a pesqui- sa, estimular a preservação e a divulgação do patrimônio documental da cidade. Desde sua criação, a ACAP-BH apóia os projetos e É extremamente gratificante apresentar as ações do Arquivo Público da Cidade de este trabalho editorial – uma coleção a ser Belo Horizonte (APCBH). distribuída gratuitamente às escolas de Belo Também em 1999, a equipe do APCBH ini- Horizonte, contando a história dos bairros de ciou o projeto “História dos Bairros de Belo Ho- nossa capital. rizonte”, criado para atender a uma necessida- Não se trata, simplesmente, de publi- de dos consulentes do Arquivo, principalmente car mais um material sobre a cidade. Temos, estudantes, que buscavam informações sobre o aqui, o coroamento e a síntese de um longo passado de seus bairros. percurso de um projeto do Arquivo Público A partir dos dados levantados por esse da Cidade de Belo Horizonte, realizado e trabalho, a ACAP-BH propôs o projeto de aprovado há já sete anos, que põe à dispo- realização de uma coleção didática sobre o sição sobretudo da população estudantil a tema, cujo produto final ora apresentamos. mais completa documentação da história de Com a publicação dos cadernos “Histórias Belo Horizonte, de seus bairros e regiões. de Bairros de Belo Horizonte”, realizada com Afinal, para amar e lutar por nosso terri- o patrocínio da Redecard e com os benefí- tório, é fundamental conhecê-lo. cios da Lei Municipal de Incentivo à Cultura, a O Arquivo Público da Cidade de Belo ACAP-BH acredita contribuir para a divulga- Horizonte e os patrocinadores, assim como a ção, entre o público escolar, de informações população da cidade, estão de parabéns. valiosas para sua formação. É com prazer que Maria Antonieta Antunes Cunha apresentamos esta coleção, importante não Presidente apenas para a memória dos bairros, mas para Fundação Municipal de Cultura a história de toda a nossa cidade. Maria Marta Martins de Araújo Presidente da Associação Cultural do Arquivo Público da Cidade de Belo Horizonte – ACAP-BH PREFEITURA MUNICIPAL DE BELO HORIZONTE Este caderno se encontra em versão Fernando Damata Pimentel digital no site do Arquivo Público da Cidade de Belo Horizonte: Fundação Municipal de Cultura www.pbh.gov.br/cultura/arquivo Maria Antonieta Antunes Cunha

Arquivo Público da Cidade de Belo Horizonte - APCBH Maria do Carmo Andrade Gomes

Associação Cultural do Arquivo Público da Cidade de Belo Horizonte – ACAP-BH Maria Marta Martins de Araújo

981.51 H673 Histórias de bairros [de] Belo Horizonte : Regional Nordeste / coordenadores, Cintia Aparecida Chagas Arreguy, Raphael Rajão Ribeiro. – Belo Horizonte: APCBH; ACAP-BH, 2008. 62 p. : il. ; 21 cm. [+ linha do tempo + mapas]

Produzido pelo Arquivo Público da Cidade de Belo Horizonte.

1. Belo Horizonte (MG) – Bairros – História. 2. Nordeste, regional (Belo Horizonte, MG) - Bairros. I. Arreguy, Cintia Aparecida Chagas (coord.). II. Ribeiro, Raphael Rajão (coord.). III. Arquivo Público da Cidade de Belo Horizonte. SUmário

> O que é a coleção Histórias de Bairros?...... 07

> Os Bairros na Cidade...... 08 • O que é viver na cidade?...... 08 • Uma breve história de BH: ponto de partida para outras histórias...... 09 • Vivência urbana e administração municipal: regionais e bairros...... 13 O que é o bairro?...... 13 Como surgiram os bairros em Belo Horizonte?...... 14 Como os bairros recebem os seus nomes?...... 14 A regional e os bairros...... 16 • Os bairros da Regional Nordeste de BH...... 17 Primeira visita: bairros que surgiram ao redor de indústrias e fábricas...... 19 Segunda visita: quando as antigas fazendas viraram bairros da cidade...... 24 Terceira visita: bairros que surgiram de vilas populares e de conjuntos habitacionais...... 26 • Os bairros da Regional Nordeste: breves informações...... 30

> HISTÓRIAS DE BAIRROS NO APCBH: ATIVIDADES...... 36 • O que é o Arquivo Público da Cidade de Belo Horizonte?...... 36 • Atividade 01 – Manifestações da cultura afro-brasileira...... 37 • Atividade 02 – Ao som do apito das fábricas ...... 45 • Atividade 03 – Entre os “caminhos da roça” e as avenidas da modernidade...... 52 • Atividade 04 – Caça-Palavras...... 58

> ÍNDICE DE FIGURAS...... 60 > REFERÊNCIAS DE PESQUISA...... 61 > LINHA DO TEMPO: BELO HORIZONTE E REGIONAL NORDESTE > MAPAS: BELO HORIZONTE E REGIONAL NORDESTE

Arquivo Público Regional NORDdaE CidadeSTE de Belo Horizonte 6 Interior de uma fábrica têxtil Esta coleção é o resultado do pro- Através de nossa leitura de várias jeto “Histórias de Bairros de Belo Hori- fontes históricas, como documentos es- zonte”, que vem sendo realizado pelo critos, fotografias, plantas, mapas etc., Arquivo Público da Cidade de Belo produzimos algumas histórias que con- Horizonte desde 1999. Nessa época, tamos aqui. Como você já estudou, ou- quando você ainda era bem peque- tras histórias podem ser narradas com o no, a equipe do APCBH percebeu uso desses mesmos documentos, pois que muitos alunos vinham aqui para muitas são as interpretações possíveis. conhecer mais sobre o passado da re- Além de apresentarmos textos so- gião onde moram. Pensando, então, bre os bairros, selecionamos fontes em facilitar as pesquisas, procuramos, históricas para que você possa apren- em nosso acervo e em outros locais, der um pouco mais a interpretar e a informações que ajudam a contar as narrar outras histórias, a partir de seu histórias dos bairros da cidade. próprio ponto de vista. Como o acervo Depois desse grande levantamen- do APCBH é muito grande, pudemos to, finalmente, em 2008, conseguimos mostrar apenas uma pequena parte transformar essas informações em ca- dele. Muito mais poderá ser visto aqui dernos didáticos, organizados a partir no Arquivo. E cada vez que você ler das regionais da cidade. Esperamos, um documento encontrará novidades. assim, fazer com que um pouco das Fica, então, o convite para conhecer histórias dos bairros chegue até você, mais, em nossa sede. Adoraremos re- na sua escola. ceber sua visita!

7 O que e viver na cidade ções. Normalmente não são feitas de uma vez só. Elas são construídas e reconstruídas Belo Horizonte é a cidade onde moramos ao longo de sua existência. e vivenciamos nosso dia-a-dia. Nós e mais de As pessoas que moram em uma cidade dois milhões de habitantes! No vaivém diário, convivem de diferentes formas. Durante todo nem pensamos sobre o espaço onde vivemos. o tempo, elas lutam pelo que pensam ser o Você já se perguntou como são criados os melhor. A cidade está sempre em movimen- lugares que chamamos de cidade? Será que to, sendo alterada. Por meio da pintura de um a cidade em que você vive sempre foi assim? muro, da mobilização para que uma casa an- Como ela era antes? Como ficou desse jeito? tiga ou uma árvore não seja derrubada... ela é Será que todos os seus habitantes a vêem da sempre palco de disputas e negociações. mesma forma que viam há alguns anos? Diferentes ações criam as mudanças do Toda cidade tem sua história. E história é espaço que habitamos. Os governos, muitas também transformação: nossa cidade não foi vezes, tentam planejar o desenvolvimento sempre da forma como a conhecemos. Ela é das cidades, para que as coisas sigam um de- o resultado da ação dos seres humanos sobre terminado caminho. Mas, às vezes, as pesso- a natureza. E isso acontece não apenas quan- as ou os governantes preferem manter algu- do eles realizam construções, mas também mas coisas como eram no passado – nem só quando se servem das águas, do solo, da ve- de transformações vive a cidade; ali as coisas getação e dos recursos minerais. também permanecem. São diversas as razões que levam ao nas- E a nossa cidade, Belo Horizonte, como cimento de uma cidade. Elas podem surgir ela surgiu? Como se transformou? Que cami- a partir de uma igreja ou podem ser plane- nhos seguiu? O que se manteve? O que mu- jadas antes mesmo de haver ruas ou edifica- dou? Conheçamos um pouco dessa história!

8 Uma breve historia de BH Ponto de partida para outras historias

Há pouco mais de cem anos, Ouro Pre- to deixava de ser a capital de . Nascia então uma nova cidade, inteiramente planejada e construída para ser a capital do estado. Era Belo Horizonte. No local onde a cidade foi edificada, existia um pequeno arraial, o Curral del Rei, que foi quase total- mente demolido. O plano da nova capital, elaborado por uma equipe de engenheiros, arquitetos e outros técnicos, previa uma cida- de dividida em três áreas: uma área central, denominada urbana; em torno desta, uma 01. Antigo Curral del Rei, 1896. outra denominada suburbana; e uma terceira área, chamada rural. A nova capital foi inaugurada em 12 de dezembro de 1897, mesmo estando ainda em obras, e com seu plano apenas parcial- mente implementado. Hoje, muitos dos espaços planejados e edifícios construídos na época da origem da cidade ainda estão preservados. A Praça da Liberdade com suas secretarias e o palácio, o Parque Municipal e a Praça da Estação são alguns exemplos. Pelo plano da nova cidade, a Avenida Afonso Pena seria a via mais im- 02. Prédio da Estação Central, década de 1980. portante da cidade, como, de fato, se tornou.

9 Escala ≡ 1:35.700

03. Planta Geral da Cidade de 10 Minas, 1895. E a avenida que contornava toda a área urba- mesma infra-estrutura. Os bairros surgiam mes- na planejada, chamada por isso de Avenida do mo sem esses serviços. A desigualdade social Contorno, também permanece até hoje. A pai- fez aparecer vilas e favelas nos arredores desses sagem desses lugares mudou, mas eles ainda bairros, mas também próximas aos bairros den- existem na cidade, com grande importância. tro da área central. Nos seus primeiros anos, a cidade era cortada por algumas linhas de bondes e pe- los córregos naturais. Os bondes já não exis- tem e a maioria dos córregos não está mais visível, pois eles foram canalizados. A ligação de BH com outras cidades e outros estados se fazia pela estrada de ferro – que, hoje, não é a via de acesso mais comum. A população de Belo Horizonte era formada pelos antigos habitantes do arraial, por funcionários públi- cos que vieram de e por traba- lhadores e imigrantes estrangeiros que foram 04. Favela Pindura Saia, década de 1960. empregados na construção da cidade, no co- mércio, ou nas colônias agrícolas que foram Hoje ainda é possível enxergar diferen- criadas em torno da área urbana. ças entre a parte da cidade que foi planejada A cidade de Belo Horizonte cresceu, e seu e aquela que cresceu de forma mais espon- crescimento foi marcado pelo planejamento ini- tânea e desorganizada. Um exemplo é a dis- cial. A área urbana, dentro dos limites da Avenida posição das ruas. Dentro da Avenida do Con- do Contorno, recebeu ao longo do tempo mais torno, se observarmos em um mapa, as ruas infra-estrutura, como, por exemplo, nos trans- formam um desenho quadriculado e exato. portes coletivos e no fornecimento de serviços As avenidas são mais largas e muitos cruza- como água, luz e esgotos. Ali se concentrou a mentos formam praças, como a Praça Sete e maior parte dos serviços e das atividades como a Praça . Fora da Contorno, elas comércio, hospitais e escolas. Já a área fora dos formam um desenho bem menos organiza- limites da Avenida do Contorno cresceu de do, com ruas mais estreitas e cheias de cur- forma mais desorganizada, não recebendo a vas, acompanhando o relevo natural.

11 A partir das décadas de 1940 e 1950, o crescimento de Belo Horizonte teve um im- pulso cada vez maior, devido à expansão das indústrias. A área central da cidade continua- va concentrando os principais serviços, como comércio e bancos. Como ela já estava quase toda ocupada e não havia mais terrenos livres

05.Praça Sete, Avenida Afonso Pena, 1954. para a construção, teve início a expansão “para cima”. Surgiam os primeiros arranha-céus. Ônibus e automóveis tornaram-se os meios de transporte mais comuns. Eles trafegavam também em direção aos novos bairros, pelas avenidas Antônio Carlos, Pedro II e Amazonas, construídas nesse período. A construção da la- goa e dos edifícios modernistas da Pampulha é um marco daquelas décadas. Nas décadas de 1960 e 1970, a cidade continuou seu crescimento, com o surgimen- to de muitos bairros. O centro já estava re- 06. Praça Raul Soares, 1960. pleto de grandes edifícios, que passaram a surgir também nos bairros vizinhos. No en- tanto, permanecia a diferença social entre a área central, com mais infra-estrutura, e a rede de bairros que se expandia na periferia, com poucos ou nenhum serviço urbano. Com a expansão urbana, áreas mais afas- tadas do centro de Belo Horizonte se transfor- maram. Barreiro e Venda Nova são exemplos de regiões que tinham um ritmo lento de cres- cimento e que passaram a ter uma vida mais 07. Lagoa da Pampulha, 1948. dinâmica com o avanço da metrópole. Essa

12 crescente ampliação dos espaços ocupados Vivencia urbana e atingiu também municípios vizinhos a Belo administracao municipal Horizonte, ultrapassando e desmanchando as divisas, especialmente nas direções norte regionais e bairros e oeste, como aconteceu com , Conta- gem e Santa Luzia. O que é o bairro? A partir daquelas décadas e nos anos se- guintes, as diferentes regiões da cidade, cada É muito bom falar e ouvir falar do bair- vez mais distantes do centro, tornaram-se me- ro em que moramos ou em que nascemos. nos dependentes da área central. Surgiram Nesse lugar, construímos as relações do nos- núcleos de comércio e de convivência nos so dia-a-dia: andando pelas ruas do bairro, é bairros, desde a Savassi até o Barreiro e Venda comum reconhecermos as pessoas que por Nova. Muitos outros centros regionais surgi- ali circulam. Perto de casa, cumprimentamos ram em torno das grandes ruas e avenidas ou os vizinhos. Na padaria da esquina, conhe- no interior dos bairros, e continuam surgindo cemos os produtos. Sabemos os nomes das até hoje. Mas será que esses “centros” regio- ruas e o que iremos encontrar nelas... Essas nais são auto-suficientes? Eles estão ligados coisas nos fazem “sentir em casa”! Se vive- com as outras áreas do município? O transpor- mos muito tempo em um bairro, temos a te coletivo é suficiente para a circulação das sensação de dominar aquele espaço como a pessoas entre todas as regiões da cidade? nossa própria casa. Outras questões surgem, também, a Mas o bairro é também uma divisão ofi- partir dessa história de crescimento da ci- cial da cidade para facilitar a comunicação dade: será que o centro de Belo Horizonte de seus habitantes e a prestação de serviços permanece como espaço de identidade en- para eles. É um meio de identificar onde as tre os bairros e regiões? A vida nos bairros pessoas vivem. é a mesma que era há cem anos? Como se Então, o bairro é tanto o lugar de vivên- administra, nos bairros, o problema das de- cia de seus moradores quanto uma divisão sigualdades sociais? Os bairros de uma mes- administrativa da cidade. ma regional têm uma identidade? Pensando nessas perguntas é que procuramos estudar a história dos bairros de Belo Horizonte.

13 Como surgiram os bairros Como os bairros recebem em Belo Horizonte? os seus nomes?

Belo Horizonte foi inaugurada em 1897. A história dos bairros, assim como a da Tem essa característica especial: é uma cidade cidade e a das pessoas que nela vivem, vai que não surgiu de ocupação espontânea de um se transformando com o tempo e os seus no- espaço por um grupo de pessoas. Foi projeta- mes refletem isso. Para os bairros de nossa ci- da para existir de uma determinada maneira e dade, por exemplo, dois tipos de nomes são ser construída segundo um traçado. Será que a usados hoje: os oficiais e os populares. ocupação da cidade seguiu esse planejamento, Os nomes oficiais, para alguns bairros, tal como foi feito pelo poder público? são os que foram dados no projeto original A cidade não surgiu de uma só vez. A Belo da cidade. Para outros, que surgiram de- Horizonte que conhecemos hoje tem muito pois do planejamento inicial, o nome oficial pouco a ver com aquela que foi projetada e é o da época da aprovação do loteamento construída há mais de 110 anos. Pelo projeto do bairro: Fernão Dias, Belmonte etc. Para original, Belo Horizonte possuía seções urba- outros, ainda, o nome oficial foi dado por nas e suburbanas, como se pode ver através lei, depois que aquela região já estava ocu- da Planta Geral da Cidade de Minas. Depois pada, como é o caso do bairro Eymard. vieram as colônias agrícolas, outra forma Os nomes populares são aqueles pe- de ocupar a cidade pensada pelo governo, los quais conhecemos nossos bairros. Sua que deveriam ficar nas seções suburbanas. A origem está ligada a alguma característica partir da ocupação dessas colônias e seções física ou cultural do lugar. Pode vir de uma pela população, surgiram, então, os bairros igreja ou de um santo de devoção, de uma que conhecemos hoje. Muitos desses ainda fazenda, de um estabelecimento, do nome possuem, como nome oficial, o nome da co- de um antigo morador. lônia ou da seção urbana de origem.

14 Ou seja, esse é o nome que tem a “cara” do bairro: Silveira, Bairro da Graça...

Nos diversos usos que a cidade faz dos bair- ros, esses nomes se misturam. Para os cartórios, o bairro é Vila Maura; para o dia-a-dia, é Ipi- ranga. O Renascença é um nome popular. Seu nome oficial éVila Industrial Melo Viana. Em alguns bairros, o nome oficial e o nome popular são o mesmo ou houve poucas varia- ções, como o Jardim Vitória. Há ainda os nomes que não existem mais.

Campos Elíseos é um nome que não está mais em uso, só existe na memória dos antigos habi- tantes da cidade.

Isso nos mostra que a cidade muda no tempo. E a administração municipal procura acompanhar as mudanças para atender às novas necessidades. Neste caderno, quando tratarmos de bairros, utilizaremos o nome popular, que é o mais conhecido. Como a confusão é gran- de, optamos por seguir um critério único: usamos os nomes que constam do mapa gerado pela PRODABEL em junho de 2004.

15 A Regional e os bairros aspectos em comum: alguns foram ocupados em um mesmo período que outros. Eles têm Belo Horizonte possui uma área de certa identidade, mas não são iguais. 330,90km². Administrar uma cidade tão Para fazer esta publicação, organizamos grande é muito complicado. Para facilitar cadernos sobre os bairros, agrupando-os por esse processo, a Prefeitura criou, em 1983, regional. Do mesmo modo que a Prefeitura unidades administrativas que ficaram co- dividiu a cidade em regionais, para facilitar nhecidas como regionais. Suas áreas foram a administração, nós dividimos a publicação definidas em lei no ano de 1985. Duas re- em regionais, para facilitar a organização das gionais, porém, já existiam antes dessas leis: informações. Neste caderno, trataremos dos Barreiro e Venda Nova. Atualmente existem bairros da Regional Nordeste. nove regionais na cidade: Barreiro, Centro- A intenção não é contar a história de to- Sul, Leste, Nordeste, Noroeste, Norte, Oes- dos os bairros, até porque isso não seria pos- te, Pampulha e Venda Nova. Existe uma pro- sível. Muitas são as histórias, muitos são os posta de chamar oficialmente as regionais documentos... O que queremos é dar referên- de distritos, mas isso já é outra história... cias para você, referências para compreender Como a regional é uma “unidade adminis- a trajetória de seu bairro e aprender a lidar trativa”, os bairros que a compõem se locali- com os documentos do APCBH para continu- zam em uma mesma região. Assim, eles têm ar pesquisando as histórias de nossa cidade.

16 Os bairros da to úteis nos primeiros anos da construção da Regional NORDESTE cidade, já que daí saíram vários materiais utili- zados nas obras, como madeira, lenha e tijolos, de BH e também alimentos, como leite e queijo. Com o desenvolvimento de Belo Horizon- Para falar das histórias dos bairros que fa- te, muitas áreas rurais deram lugar a importantes zem parte da Regional Nordeste, vamos voltar fábricas a partir da década de 1930. Os traba- numa época em que Belo Horizonte era rode- lhadores das fábricas e suas famílias tinham que ada por fazendas. Elas eram propriedades de morar mais perto do local de trabalho, em vilas famílias que viviam na região desde a época operárias. O primeiro passo da nossa caminhada do Curral del Rei. Quando Belo Horizonte es- pela história dos bairros da Regional Nordeste tava sendo criada, a comissão responsável pela será em direção a essas vilas, que deram origem construção da cidade fez inúmeras desapropria- a bairros com características muito próprias, ções para que em lugar dessas antigas fazen- marcados pelo ritmo do apito das fábricas e pe- das e dos lugarejos do arraial fossem abertas los laços de amizade e de solidariedade entre os as modernas ruas e avenidas da nova capital. trabalhadores. É o caso dos bairros Renascença, Entretanto, aquelas fazendas mais afastadas da Concórdia, Cachoeirinha e parte dos bairros área central permaneceram ativas e foram mui- Nova Floresta e São Paulo.

08. Companhia Renascença Industrial em construção, 1937.

17 Entretanto, foi quando a expansão urbana Ipê, Fernão Dias, Pousada Santo Antônio, começou a alcançar os limites daquelas fazen- São José e Jardim Vitória, são um exemplo das, a partir da década de 1960, que muitos dessa situação. Com o crescimento da cida- bairros da Regional Nordeste de Belo Horizonte de, esses povoados foram progressivamente surgiram. A área urbana do município cresceu e se transformando em subúrbios da capital. acabou tomando as áreas rurais. As fazendas fo- Mas suas paisagens permaneceram por muito ram loteadas, e seus terrenos, vendidos a quem tempo rurais: plantações, criação de animais, tivesse condições de adquiri-los. Foi o que acon- construções afastadas umas das outras. Com teceu com a Fazenda São João Batista e o Re- o tempo, a Prefeitura acabou adquirindo uma tiro do Sagrado Coração de Jesus. Veremos no parte dessas terras e investindo na construção segundo passo da nossa caminhada que nas de conjuntos habitacionais para abrigar a po- terras dessas fazendas surgiram os bairros Santa pulação de baixa renda. Foi quando a maioria Cruz, Ipiranga, Cidade Nova, Bairro da Graça, desses bairros surgiu. Silveira, Palmares, União, Vila Maria Virgínia, Portanto, é por entre fazendas, indústrias e São João Batista, Dom Joaquim e parte do fábricas, vilas e conjuntos populares que come- Nova Floresta. Da Fazenda Capitão Eduar- ça a nossa caminhada pela história desses bair- do surgiram os bairros Capitão Eduardo, Fa- ros. Convidamos vocês a participarem desse zenda Capitão Eduardo, Beija-Flor, Ribeiro passeio pelo passado da Regional Nordeste. de Abreu e Paulo VI. Outros bairros, embora também tenham surgido a partir do loteamento de áreas rurais, apresentam uma história diferente. Vamos conhecê-la no terceiro passo da nossa cami- nhada. Essas áreas pertenciam a pequenos proprietários que não tinham muitos incenti- vos para investir na produção. O povoado do Onça, onde hoje estão os bairros Dom Silvé- rio, Pirajá, Eymard, São Gabriel, Maria Go- retti, Belmonte, Ouro Minas, Vista do Sol e Nazaré, e o povoado de Gorduras, onde se localizam os bairros Goiânia, São Marcos, 09. Sede da Fazenda Retiro Sagrado Coração de Jesus, 1947.

18 Primeira Visita: BAIRROS retornava à sua seção e continuava o tra- QUE SURGIRAM AO REDOR DE balho. Só ia embora à tardinha, quando o INDÚSTRIAS E FÁBRICAS dia já tinha perdido a sua luz e tudo parecia meio cinza... A sua vida e a dos outros ope- Todos os dias a vida começava igual: a rários ganhavam novas cores nos finais de menina Clara Francisca Gonçalves acordava semana: é que a fábrica tinha um campo de ainda de madrugada, vestia seu uniforme e futebol e um clube para festas e bailes. Cla- caminhava até a fábrica da Companhia Re- ra gostava de participar dos concursos que nascença Industrial. Era lá que ela trabalha- a fábrica organizava para escolher a “voz va como tecelã no final da década de 1950. de ouro”. Seu sonho era ser cantora. Não Batia seu cartão e começava o trabalho nas demorou muito para que seu talento fosse máquinas e teares da fábrica de tecido, que e ela se transformasse numa era uma das mais importantes indústrias das maiores cantoras do Brasil, conhecida têxteis do Brasil. Após uma hora de almoço, por todos como Clara Nunes .

19 A história dessa operária que virou can- Em Belo Horizonte, assim como nas princi- tora na década de 1960 é uma das marcas pais cidades brasileiras, as primeiras indústrias do bairro Renascença, que se orgulha de ter fizeram um grande esforço para reorganizar o visto surgir em suas ruas uma artista nacional- trabalho e, principalmente, controlar os traba- mente conhecida. A sua rotina operária antes lhadores em seu cotidiano. As vilas operárias da fama era a de muitos trabalhadores, não eram criadas para que os funcionários das só dos bairros Renascença e Nova Floresta, fábricas tivessem um dia-a-dia disciplinado, onde a fábrica se localizava, mas de outros parecido com a rotina da menina Clara. Com como Concórdia, Cachoeirinha e São Paulo. horários fixos, regras de comportamento e Todos esses bairros surgiram a partir das vilas convivência, espaços de lazer definidos, espe- operárias que foram construídas próximas às rava-se criar um ambiente que levasse à valo- fábricas nas décadas de 1920 e 1930. Nessa rização do trabalho, bem como a uma maior época, os bairros populares e as vilas operá- produtividade do trabalhador no desempe- rias aumentaram muito na capital. A maioria nho de suas funções. Como uma máquina, ele da população vivia fora da zona urbana da ci- deveria estar sempre pronto para o serviço. A dade. Mas por que os trabalhadores foram in- “desordem” e a “vadiagem” não eram tolera- centivados a morar longe do centro da cidade das. Além disso, havia o interesse da prefeitura e próximos ao seu local de trabalho? em afastar os trabalhadores pobres do espaço urbano, contribuindo para a sua acomodação na área suburbana da cidade. Aos poucos, o espaço operário foi se transformando em inú- meros bairros. Ao redor da fábrica de tecidos Companhia Renascença Industrial, por exem- plo, surgiram os bairros Renascença e parte do Nova Floresta. Também o bairro Concór- dia abrigou inúmeros trabalhadores urbanos e operários de diferentes indústrias. A Vila Concórdia, que deu origem ao bairro, é con- siderada a primeira vila operária da capital. Já o bairro Cachoeirinha, nasceu nos terrenos da 10. Vila Renascença, 1936. Companhia Mineira de Fiação e Tecelagem,

20 também conhecida como Fábrica da Cachoei- rinha. E da vila operária do Matadouro Modelo, surgiu uma parte do bairro São Paulo. A Vila Concórdia é considerada a pri- meira vila operária de Belo Horizonte, tendo sido aprovada em 1928 e originado o bairro de mesmo nome. O bairro Concórdia é um dos mais antigos de Belo Horizonte. Ele co- meçou a ser efetivamente ocupado a partir da década de 1920 por algumas famílias de 11. Fábrica da Cachoeirinha, década de 1930. trabalhadores pobres que tiveram de sair da última favela existente na zona urbana da ca- pital – a Barroca – e se transferir para os lotes oferecidos pela Prefeitura na Vila Concórdia, denominada, na época, Vila Caiaux. Cada lote da vila, que era vendido aos operários a preço de custo, tinha em torno de 600m² e as habitações construídas eram modestas, nem havia muros separando as casas. Todos viviam próximos e isso contribuiu para que os trabalhadores se ajudassem mutuamen- te. Como não havia sistema de esgoto nem água potável ou encanada, os moradores 12. Matadouro Modelo, s/d. tinham que buscá-la nos chafarizes e cister- nas espalhados pela região. As ruas também eram precárias, pois não tinham calçamento e, quando chovia, tudo se transformava em pura lama! Era por isso que quem morava na região era apelidado de “pé vermelho”. Não havia calça ou vestido branco que permane- cesse desta cor após um passeio pelo bairro

21 nessa época... As melhorias feitas no bairro se devem à união dos trabalhadores através da associação do bairro. Posto de saúde, escolas e áreas de lazer foram algumas con- quistas da população. Hoje, ainda restam al- gumas casas antigas que nos fazem lembrar do passado cheio de dificuldades vivido pe- los moradores do bairro. Foi por volta de 1937 que muitas famílias 13. Fábrica da Renascença, década de 1930. de operários (a maioria vindos do interior do Estado) se instalaram nas proximidades da Fábrica de Tecidos Finos da Companhia Re- nascença Industrial, no lugar conhecido como Vila Renascença, e deram origem ao bairro de mesmo nome. A companhia foi responsável por todo o investimento realizado nele. Cons- truída para abrigar 600 teares e cerca de 1.000 funcionários, a empresa foi obrigada pela Pre- feitura a construir a linha de bondes que aten- 14. Ponto final da linha de bonde no bairro Renascença, 1937. deria à região ainda em 1935. A construção das casas para os operários também já estava prevista. Elas eram todas iguais, apenas o nú- mero de quartos variava. Seus moradores ten- tavam manter os mesmos hábitos e costumes que tinham quando moravam nas cidades do interior do estado, por isso quase todas as ca- sas possuíam horta e pomar. Uma praça de es- portes, um clube, um armazém, um jardim de infância e até mesmo um time de futebol para os funcionários foram criados com o apoio da 15. Centro Social da Renascença, s/d. empresa. As fábricas não só geravam empre-

22 gos, mas proporcionavam para a maioria proporcionados pela fábrica. As relações dos trabalhadores as únicas opções de la- próximas da vizinhança foram se perdendo zer existentes. A abertura de novas vias de e os laços de amizade e de companheirismo acesso, como a Avenida Silviano Brandão, dos moradores, se afrouxando. No local da e o desenvolvimento do comércio sofreram fábrica se encontra hoje uma universidade a influência direta da presença da fábrica particular. Aquele intenso comércio de pro- na região. Não é sem razão que a vida no dutos e serviços proporcionado pela pre- bairro Renascença e vizinhança girava em sença da fábrica desapareceu, comprome- torno da companhia. tendo o desenvolvimento da região. Hoje, o Quando, em 1996, a Companhia Renas- bairro encontra-se em fase de recuperação cença Industrial encerrou suas atividades, e possui um importante ponto comercial, a gerou um grande número de desemprega- Avenida Clara Nunes (antiga Avenida Me- dos na região. A partir de então, a vida no xiana), onde é possível encontrar uma gran- bairro começou a mudar. Junto com os pos- de variedade de estabelecimentos comer- tos de trabalho, desapareceram também a ciais e relembrar, na figura de sua moradora rotina tranqüila do bairro, com jeito de ci- mais ilustre, aquela rotina operária que um dade do interior, e os momentos de lazer dia fez parte da história do bairro.

23 dioca e outros produtos. Havia moinho, paiol, Segunda Visita: QUANDO AS pedreira, córrego e até uma olaria! Mas a fazen- ANTIGAS FAZENDAS VIRARAM da era principalmente conhecida pelas muitas BAIRROS DA CIDADE árvores frutíferas que possuía e pela produção de leite, que era distribuída para toda a capital. Quem vê hoje o movimento das ruas e ave- De outras fazendas próximas também sur- nidas dos bairros da Regional Nordeste, bem giram novos bairros. Nas terras da Fazenda Ca- como seus edifícios e seu comércio desenvolvi- pitão Eduardo, nasceram os bairros Belmonte, do, custa a acreditar que boa parte desta área Fazenda Capitão Eduardo, Capitão Eduar- era formada por fazendas tranqüilas, grandes do, Paulo VI, Beija-Flor e parte do Ribeiro de áreas verdes com o gado pastando à vontade Abreu. Mas por que fazendas que eram tão e pessoas que comiam frutas apanhadas direto produtivas acabaram sendo loteadas, urbani- do pé... Bairros como Santa Cruz, Ipiranga, Ci- zadas e transformadas em bairros da cidade a dade Nova, Graça, Silveira, Palmares, União, partir da década de 1960? Vila Maria Virgínia, São João Batista, Dom Jo- Desde os anos 1950, a cidade de Belo Ho- aquim e parte do Nova Floresta, surgiram das rizonte estava crescendo muito devido à indus- terras de uma antiga fazenda chamada São João trialização. Várias pessoas de outras cidades Batista, cuja sede se localizava onde hoje se en- chegaram aqui em busca de oportunidades contra um importante shopping da região. de trabalho. A população da capital aumentou Antes disso, a Fazenda São João Batista foi muito e era preciso encontrar novos espaços dividida e uma parte destas terras se transfor- para abrigar toda essa gente. Onde esses no- mou na Fazenda do Retiro Sagrado Coração de vos moradores iriam se estabelecer? Para onde Jesus, de propriedade da família Silveira (o pa- a cidade cresceria? As fazendas foram loteadas triarca desta família dá nome a uma importante e os bairros foram criados para que a cidade avenida da região, a Avenida José Cândido da pudesse comportar todos os seus habitantes. Silveira). Muitas pessoas mais velhas afirmam É claro que essas transformações não que essa fazenda era auto-suficiente, pois nela aconteceram de repente. Os primeiros gran- se produzia tudo o que era necessário à sobre- des loteamentos da Fazenda do Retiro come- vivência das pessoas. Apenas o sal precisava ser çaram na década de 1960. Embora a Prefei- comprado de outros lugares. Criavam-se suínos tura estivesse muito interessada em acelerar e bovinos, plantavam-se café, arroz, feijão, man- o povoamento da região, a venda inicial dos

24 nome de Vilas Reunidas. Nessas vilas moravam pessoas humildes e foram os próprios mora- dores que construíram suas casas. Muitas nem tinham acesso aos serviços básicos de água, luz e esgoto. Para pegar ônibus, era preciso ir a outros bairros próximos, como o Ipiranga ou o Santa Inês. Mas a criançada podia brincar de pegador, rouba-bandeira e bola de gude tran- quilamente pelas ruas, pois a violência urbana ainda não fazia parte da sua realidade. Quando as pessoas com uma renda mais elevada começaram a se mudar para a região, 16. Centro Social da Vila Americana, no bairro União, s/d. atraídas principalmente pelo loteamento de pa- lotes não foi fácil, pois o acesso a essa área era drão elevado do Cidade Nova, e também com a muito precário. No bairro Cidade Nova, por construção do Minas Shopping, do Hotel Ouro exemplo, somente quando houve um investi- Minas e a extensão do metrô, os terrenos do mento na construção e recuperação das ruas bairro União foram valorizados. Foi então que e estradas (principalmente após a construção as Vilas Reunidas ganharam o nome oficial de do Túnel Lagoinha-Concórdia, em 1971) é que União. Muita gente acabou vendendo suas ca- o povoamento aumentou. Portanto, foi só com sas e indo morar em bairros mais afastados. o segundo parcelamento da fazenda, realizado Hoje em dia, os moradores reclamam do em 1977, que a população cresceu e a região esgoto a céu aberto ainda existente em alguns começou a atrair os primeiros comerciantes. pontos e da falta de uma área de lazer. O Par- Um dos bairros que hoje ocupam uma área que Municipal de Reserva Ecológica, conhecido que era a Fazenda do Retiro Sagrado Coração como Matinha, com 13.086m² de área verde, é de Jesus é o União. O bairro foi criado a partir uma das poucas opções de quem mora na re- da união de cinco vilas vizinhas: Laginha, Ame- gião. Aquela vida de quem morava na área rural ricana, Marília, Vilma e Severa, daí a origem do da cidade já não existe na maioria dos bairros seu nome. Com o tempo, essas vilas cresceram da Regional Nordeste, mas a luta por melhores e acabaram se misturando umas com as outras. condições de vida continua fazendo parte do Todo mundo passou a conhecer o local com o dia-a-dia da sua população.

25 TERCEIRA VISITA: BAIRROS QUE de forma desordenada, em áreas impróprias SURGIRAM DE VILAS POPULARES para a habitação (encostas, áreas íngremes E DE CONJUNTOS HABITACIONAIS e margens de córregos), constituindo vilas populares, antes chamadas de favelas. Habitações precárias, sem infra-estrutu- Em vários locais da Regional Nordeste, o ra e em áreas de risco são alguns dos pro- poder público tentou impedir o aumento de blemas mais sérios da vida nas grandes ci- moradias nas áreas de risco com a aprovação dades. Em Belo Horizonte, o problema da de loteamentos clandestinos (vilas populares) moradia nasceu junto com a cidade, pois a e a construção de conjuntos habitacionais. A necessidade de encontrar novos espaços maioria desses conjuntos foi feita em terras para abrigar a população de baixa renda públicas, adquiridas pelo governo onde antes surgiu ainda na fase de sua construção. Os havia apenas pequenos povoados rurais da ci- loteamentos realizados nos lugares mais dade. O Conjunto Habitacional São Gabriel e afastados da área central não foram suficien- o Conjunto Habitacional Gorduras, hoje cha- tes para abrigar todos os habitantes. Muitas mado de Vila Maria, foram os primeiros exem- famílias acabaram ocupando outros espaços plos desse empreendimento. Gorduras era o

26 nome do povoado no qual hoje se encontram sas de domingo na igreja do bairro São Paulo os bairros Goiânia, São Marcos, Ipê, Fernão garantiam a união da comunidade, que ainda Dias, Pousada Santo Antônio, São José e vivia em casas muito afastadas umas das ou- Jardim Vitória. Já os bairros Dom Silvério, tras. Era em centros sociais como esse que Pirajá, Eymard, São Gabriel, Maria Goret- as pessoas, além de rezar, se encontravam ti, Belmonte, Ouro Minas, Vista do Sol e para conversar, trocar informações e ter al- Nazaré ocupam a área onde antes ficava o guns momentos de lazer. Com a desativação povoado do Onça. do matadouro e a implantação de várias in- A implantação do Matadouro Modelo, dústrias em Santa Luzia, novos loteamentos em 1937, no bairro São Paulo, repercutiu na foram feitos e imediatamente ocupados. região. A partir da década de 1940, alguns Mas a demanda era tão grande, que a par- loteamentos começaram a ser feitos, como tir da década de 1970 o poder público come- o bairro São Marcos. É verdade que esses çou a aprovar loteamentos clandestinos, com loteamentos não foram ocupados de imedia- o objetivo de garantir a essas comunidades o to, mas já indicavam as transformações que acesso aos serviços básicos, como água, redes aconteceriam nas décadas seguintes. As mis- de esgoto, pavimentação e energia elétrica.

27 Foi o caso da Vila Ipê, que deu origem ao bair- Nossa Senhora da Conceição, no bairro ro de mesmo nome; da Vila Antônio Torres, Jardim Vitória. As famílias abrigadas nes- que deu origem a parte dos bairros Belmonte ses conjuntos contavam com uma casa com e Dom Silvério; da Vila São Benedito e da Vila sala, quarto, copa, cozinha e banheiro. Mas Brasília, que deram origem aos bairros Goiâ- será que as condições de moradia nas vilas nia e Nazaré. Mas a efetivação das propostas populares aprovadas e nesses conjuntos de urbanização de favelas e a construção de habitacionais eram adequadas? moradias só se tornaram realidade a partir da A aprovação dos loteamentos clandesti- metade da década de 1980. nos e a construção dos conjuntos habitacio- Simultaneamente à aprovação dessas nais populares não melhoraram significativa- vilas, vários conjuntos habitacionais foram mente as condições de vida dos moradores. A construídos. Além dos conjuntos São Ga- região acabou se caracterizando pela ausên- briel e Gorduras, foram feitos o Conjunto cia de serviços urbanos e se consolidou como Habitacional Dom Silvério, Conjunto Habi- espaço periférico da cidade. O Conjunto Ha- tacional Antônio Ribeiro de Abreu, o Con- bitacional Gorduras, situado no bairro Jardim junto Habitacional Goiânia, o Conjunto Ha- Vitória e construído em 1979, contava nessa bitacional Novo Belmonte, no atual bairro época com 886 barracos de madeira com Ouro Minas, e o Conjunto Habitacional aproximadamente 19m² de área. A estrutura e o acabamento das habitações eram bastan- te precários: piso de terra batida, telhas de amianto, sem alicerce, e com uma fossa para cada duas moradias. Não havia luz nem água, apenas um chafariz abastecia todo o Conjun- to. Somente na metade da década de 1980 o governo começou a construção de casas de alvenaria. Há quem diga que, até então, o chamado Conjunto Habitacional Gorduras era apenas uma forma sofisticada de desig- nar um amontoado de barracos de madeira que mais parecia um acampamento de traba- 17. Vila Ribeiro de Abreu, 1993. lhadores de obras!

28 Situação parecida viviam os bairros São Ga- Para tentar solucionar todos esses pro- briel, São Marcos, Maria Goretti, Dom Silvé- blemas, os moradores se reuniram em asso- rio, Goiânia e Nazaré que, até 1984, ainda não ciações comunitárias. Várias melhorias foram tinham abastecimento de água nem rede de es- conquistadas junto à Prefeitura através da or- goto sanitário. O esgoto a céu aberto e o mau ganização e da determinação da população. cheiro do córrego que recebia o esgoto dos Entretanto, ainda há muito o que ser feito, bairros vizinhos faziam parte das reclamações pois as condições de vida em alguns desses dos moradores. Além disso, as ruas não tinham bairros estão longe de serem ideais. pavimentação e até o acesso a pé era difícil. Os Em nossa caminhada pela história dos problemas relacionados à inundação e ao alaga- bairros da Regional Nordeste, passamos pe- mento de ruas e casas eram constantes. las fábricas têxteis e conhecemos os novos hábitos e costumes que surgiram entre os trabalhadores moradores das vilas operárias. Entendemos por que eles foram incentivados a morar longe do centro da cidade e próxi- mos ao seu local de trabalho. Visitamos as antigas fazendas da cidade e compreende- mos por que elas acabaram sendo loteadas, urbanizadas e transformadas em importantes bairros. Vimos como muitos bairros ainda são 18. Bairro São Marcos, 1995. carentes de serviços urbanos e sua popula- ção ainda precisa lutar para conseguir me- lhores condições de vida. Esse nosso passeio chegou ao fim, mas a história desses bairros não termina aqui, ela continua a ser contada e vivida por todos os seus moradores. Você e seus colegas podem conhecer um pouco mais desse passado de fazendas, fábricas e vilas populares através da pesquisa em ou- tros documentos no Arquivo Público da Ci- 19. Rua Barreiro Grande, no bairro Maria Goretti, 1990. dade de Belo Horizonte.

29 BELMONTE

os bairros • outros nomes: Fazenda Capitão Eduardo, São Gabriel, Vila Antônio Torres da regional NORDESTE • Origem do bairro: O bairro Belmonte surgiu nas terras antes ocupadas pela Fazenda Capitão Eduardo. Sua BREVES INFORMACOES aprovação se deu em 10/11/1981 pelo Decreto 4069. • Referências urbanas do presente: Avenida Estrada de Belém • Referências urbanas do passado: Igreja São Vicente de Paula • EXEMPLO DE DOCUMENTO DO APCBH SOBRE O BAIRRO DA GRAÇA BAIRRO: Documento da Secretaria Municipal de Ação Comunitária, 1984 (Fundo Secretaria Municipal de Ação Comunitária): informa sobre a construção de uma escadaria e um jardim na Igreja São Vicente de Paula. • ORIGEM DO nome: O nome foi dado em homenagem à noiva do antigo dono do terreno, Sr. Jaime de Matos. • OutroS NOMES: Fazenda do Pião, Fazenda do Retiro, CACHOEIRINHA Vila Silveira • Origem do bairro: O bairro surgiu a partir do loteamento da Fazenda do Retiro do Sagrado Coração de Jesus, • ORIGEM DO nome: O nome “Cachoeirinha” seria uma pertencente à família Silveira. referência a um pequeno córrego localizado na Rua Itapetinga. • Referências urbanas do presente: • OutroS NOMES: Terrenos da Companhia Mineira de Igreja de São Judas Tadeu Fiação e Tecelagem, Chácara São João Batista, Fazenda • EXEMPLO DE DOCUMENTO DO APCBH SOBRE O Cachoeirinha, Vila Cachoeirinha, Vila Humaitá, Vila BAIRRO: Relatório de Prefeito, 1957 (Coleção Relatórios Industrial Melo Viana anuais de atividades da Prefeitura de Belo Horizonte): informa • Origem do bairro: O bairro surgiu de uma vila operária sobre a previsão de construção de uma estrada municipal – a e foi aprovado em 16/01/1930 pelo prefeito. BH-19 – ligando o Bairro da Graça até o Gorduras de Cima. • Referências urbanas do presente: Centro de Saúde da Cachoeirinha • Referências urbanas do passado: BEIJA-FLOR Fábrica de Têxteis Cachoeirinha • EXEMPLO DE DOCUMENTO DO APCBH SOBRE O BAIRRO: Relatório de Prefeito, 1930 (Coleção Relatórios anuais de atividades da Prefeitura de Belo Horizonte): informa sobre a • OutroS NOMES: Capitão Eduardo, Fazenda Capitão Eduardo aprovação de novos nomes para várias ruas da Vila Cachoeirinha. • Origem do bairro: O bairro Beija-Flor surgiu nas terras antes ocupadas pela Fazenda Capitão Eduardo. • Referências urbanas do presente: CAPITÃO EDUARDO Rua das Mangueiras • Referências urbanas do passado: Fazenda Capitão Eduardo • OutroS NOMES: Fazenda Capitão Eduardo, Retiro, Zona Rural • Origem do bairro: O bairro Capitão Eduardo surgiu nas terras antes ocupadas pela fazenda de mesmo nome. Sua aprovação se deu em 05/09/2002 pelo prefeito. • Referências urbanas do presente: Praça Nossa Senhora da Rosa Mística • Referências urbanas do passado: Fazenda Capitão Eduardo • EXEMPLO DE DOCUMENTO DO APCBH SOBRE O BAIRRO: Documento do Gabinete do Prefeito, 1990 (Fundo Gabinete do Prefeito): Relatório da SLU sobre o 30 terreno da Fazenda Capitão Eduardo. DOM JOAQUIM CIDADE NOVA

• OutroS NOMES: Vila Nossa Senhora da Penha, Vila Santo Agostinho • ORIGEM DO nome: A empresa de engenharia que • Origem do bairro: O bairro Dom Joaquim surgiu comprou boa parte dos terrenos da Fazenda do Retiro e nas terras antes ocupadas pela Fazenda São João Batista. fez a urbanização da região se chamava “Cinova”, daí teria • Referências urbanas do presente: surgido o nome “Cidade Nova”. Avenida Joaquim José Diniz • OutroS NOMES: Fazenda do Retiro, União, Vila Silveira, • Referências urbanas do passado: Retiro de Jesus Escola Municipal Humberto Castello Branco • Origem do bairro: O bairro Cidade Nova surgiu nas • EXEMPLO DE DOCUMENTO DO APCBH SOBRE O terras antes ocupadas pela Fazenda do Retiro Sagrado BAIRRO: Documento do Gabinete do Prefeito, 1991 (Fundo Coração de Jesus. Sua aprovação se deu em 28/09/1967. Gabinete do Prefeito): informa sobre o pedido de transferência da • Referências urbanas do presente: Escola Municipal Henriqueta Lisboa para o bairro Dom Joaquim. Parque Ecológico e Cultural da Cidade Nova • Referências urbanas do passado: Fazenda do Retiro Sagrado Coração de Jesus DOM SILVÉRIO • EXEMPLO DE DOCUMENTO DO APCBH SOBRE O BAIRRO: Relatório de Prefeito, 1972 (Coleção Relatórios anuais de atividades da Prefeitura de Belo Horizonte): informa sobre a aprovação do loteamento do bairro Cidade Nova. • OutroS NOMES: Vila Antônio Torres, Vila Dom Silvério, Vila São Gabriel, Vila Três Marias • Origem do bairro: O bairro Dom Silvério surgiu nas terras antes ocupadas pelo Povoado do Onça. CONCÓRDIA • Referências urbanas do presente: Rua Plínio Teixeira • EXEMPLO DE DOCUMENTO DO APCBH SOBRE O • ORIGEM DO nome: Há quem diga que o nome do bairro BAIRRO: Relatório de Prefeito, 1964 (Coleção Relatórios surgiu devido a uma senhora que não queria abrir mão do seu anuais de atividades da Prefeitura de Belo Horizonte): informa terreno para a construção de uma fábrica. Da discórdia com a sobre um poço artesiano no bairro, perfurado em 1963 e Prefeitura, veio finalmente a “concórdia” entre as partes. destinado ao abastecimento de água. • OutroS NOMES: Tiradentes, Vila Caiaux, Vila Concórdia, Vilas Operárias, Retiro • Origem do bairro: O bairro foi aprovado em 28/07/1948 pela Lei nº 36, mas a Vila Concórdia é anterior, de EYMARD 23/12/1929, e foi a primeira vila operária da capital. • Referências urbanas do presente: Praça México • Referências urbanas do passado: • OutroS NOMES: Pirajá, São Gabriel Vila Concórdia • Origem do bairro: O bairro Eymard surgiu nas terras antes • EXEMPLO DE DOCUMENTO DO APCBH SOBRE O ocupadas pelo Povoado do Onça. Sua aprovação se deu em BAIRRO: Relatório de Prefeito, 1930 (Coleção Relatórios 23/12/1984 pelo prefeito. anuais de atividades da Prefeitura de Belo Horizonte): • Referências urbanas do passado: informa sobre a implantação de um chafariz para o Igreja de Nossa Senhora do Rosário abastecimento de água na região. • EXEMPLO DE DOCUMENTO DO APCBH SOBRE O BAIRRO: Registro Documental, 1999 (Fundo Secretaria Municipal Adjunta de Regulação Urbana).

31 FAZENDA CAPITÃO EDUARDO IPÊ

• Origem do NOME: Refere-se à antiga Fazenda Capitão Eduardo. • OUTROS NOMES: Capitão Eduardo • Origem do bairro: Parte da Antiga Fazenda Capitão Eduardo, • OutroS NOMES: Vila Ipê a área do bairro estava reservada para a instalação de um futuro • Origem do bairro: O bairro foi aprovado em 04/10/1976 aterro sanitário desde a década de 1970. Contudo, em 2001, ela pelo Decreto 2944. Sua ocupação inicial se deu com o foi transformada em Área de Proteção Ambiental. Povoado de Gorduras. • EXEMPLO DE DOCUMENTO DO APCBH SOBRE O BAIRRO: Mapa de fazendas do município de BH, 1997/2000 (Acervo Cartográfico Avulso): apresenta área das antigas fazendas de Belo IPIRANGA Horizonte, dentre elas a Fazenda Capitão Eduardo.

• OutroS NOMES: São João Batista, Vila Conceição Maria Silveira Melo, Vila Ipiranga, Vila Maria, Vila Maura, Novo FERNÃO DIAS Tirol, Vila Piratininga, Vila Campos Elíseos • Origem do bairro: O bairro foi aprovado em 08/11/1979 pelo Decreto 3611, mas a Vila Ipiranga existe desde 1942. A Vila Maura é de 1956. • OUTROS NOMES: São Paulo, Fazenda do Retiro ou Estivo • Referências urbanas do presente: • Origem do bairro: O bairro foi aprovado em 16/04/1985 pelo Escola Municipal Carlos Lacerda prefeito. Sua ocupação inicial se deu com o Povoado de Gorduras. • Referências urbanas do passado: • Referências urbanas do presente: Cidade de Ozanan, Curtume Santa Helena Rua Paulista • EXEMPLO DE DOCUMENTO DO APCBH SOBRE O • EXEMPLO DE DOCUMENTO DO APCBH SOBRE O BAIRRO: BAIRRO: Relatório de Prefeito, 1935-36 (Coleção Relatórios Documento da URBEL, 1999 (Fundo Companhia Urbanizadora anuais de atividades da Prefeitura de Belo Horizonte): informa de Belo Horizonte – URBEL): folders com informações sobre a sobre a construção da colônia de mendigos, Cidade Ozanan. construção de um conjunto habitacional no bairro. JARDIM VITÓRIA GOIÂNIA

• OUTROS NOMES: Gorduras, Sítio Lage da Cozinha • Origem do bairro: O bairro foi aprovado em • OutroS NOMES: Alvorada, Gorduras, Guanabara, 21/02/1981 pelo prefeito. Sua ocupação inicial se São Benedito, Vila Brasília deu com o Povoado de Gorduras. • Origem do bairro: O bairro foi aprovado em 23/11/1976 • Referências urbanas do presente: pelo Decreto 2971. Sua ocupação inicial se deu com o Vila Maria Povoado de Gorduras. • Referências urbanas do passado: • Referências urbanas do presente: Conjunto Habitacional Gorduras Vila São Benedito • EXEMPLO DE DOCUMENTO DO APCBH SOBRE O • Referências urbanas do passado: BAIRRO: Documento da URBEL, maio/1990 Vila Brasília (Fundo Gabinete do Prefeito): informa sobre • EXEMPLO DE DOCUMENTO DO APCBH SOBRE O as propostas de urbanização da Vila Maria. BAIRRO: Documento da URBEL, maio/1990 (Fundo Gabinete do Prefeito): traz informações sobre a Vila São Benedito.

32 OURO MINAS MARIA GORETTI • ORIGEM DO NOME: O nome do bairro foi escolhido por meio de uma eleição entre os moradores. • OutroS NOMES: São Gabriel • Outros nomes: Eymard, Pirajá, Santa Maria Goretti, Vila • REFERÊNCIAS URBANAS DO PRESENTE: Luiz de Abreu Parque Escola Jardim Belmonte • Origem do bairro: A ocupação inicial do bairro se deu • EXEMPLO DE DOCUMENTO DO APCBH SOBRE O com o Povoado do Onça. BAIRRO: Reportagem do Jornal Estado de Minas, 2000 (Clippings • Referências urbanas do presente: da Sala de Consultas): informa sobre a mudança do nome do bairro Centro de Saúde Maria Goretti Novo Belmonte para bairro Ouro Minas. • EXEMPLO DE DOCUMENTO DO APCBH SOBRE O BAIRRO: Relatório de Prefeito, 1957 (Coleção Relatórios anuais de atividades da Prefeitura de Belo Horizonte): informa sobre a PALMARES criação de uma linha de ônibus para o bairro.

• OUTROS NOMES: Vila Diniz, Santa Cruz, Fazenda do Sobrado NAZARÉ • Origem do bairro: O bairro foi aprovado em 23/03/1983. • Referências urbanas do presente: Parque Ecológico Renato Azevedo • EXEMPLO DE DOCUMENTO DO APCBH SOBRE O BAIRRO: • OutroS NOMES: Dom Silvério, Fazenda Capitão Relatório de Prefeito, 1964 (Coleção Relatórios anuais de Eduardo, Guanabara, São Gabriel, Vila Brasília atividades da Prefeitura de Belo Horizonte): faz menção a quatro • Origem do bairro: O bairro foi aprovado em poços artesianos perfurados para o abastecimento do bairro. 25/03/1982 pelo Decreto 4189. Sua ocupação inicial se deu com o Povoado do Onça. • Referências urbanas do presente: Escola Municipal Maria Mazarello PAULO VI • Referências urbanas do passado: Escola Municipal Agenor Alves de Carvalho • EXEMPLO DE DOCUMENTO DO APCBH SOBRE O BAIRRO: Relatório de Prefeito, 1976 (Coleção Relatórios • OutroS NOMES: Dom Silvério, Fazenda Capitão Eduardo, anuais de atividades da Prefeitura de Belo Horizonte): Ribeiro de Abreu, São Gabriel, Vila Triba informa sobre o término das obras da Escola Municipal • Origem do bairro: O bairro Paulo VI surgiu nas terras antes Agenor Alves de Carvalho. ocupadas pela Fazenda Capitão Eduardo. • Referências urbanas do presente: Centro de Saúde Paulo VI • EXEMPLO DE DOCUMENTO DO APCBH SOBRE O BAIRRO: NOVA FLORESTA Documento do Gabinete do Prefeito, 1992 (Fundo Gabinete do Prefeito): informa sobre a solicitação dos moradores para que a Prefeitura fizesse obras de melhoria das ruas do bairro. • Outros nomes: Fazenda do Retiro, Fazenda da Ressaca, Silveira, Vila Nova Floresta, Vila Renascença • Origem do bairro: O bairro foi aprovado em 31/05/1930 PIRAJÁ pelo prefeito. • Referências urbanas do presente: Praça Ismael de Oliveira Fábregas • OUTROS NOMES: Eymard, Nossa Senhora da Saúde, • Referências urbanas do passado: Santa Maria Goretti Vila Nova Floresta • Origem do bairro: O bairro foi aprovado em 09/08/1979 pelo • EXEMPLO DE DOCUMENTO DO APCBH SOBRE O Decreto 3545. Sua ocupação inicial se deu com o Povoado do Onça. BAIRRO: Revista Bello Horizonte, 1937 (Coleção Revistas Belo • REFERÊNCIAS URBANAS DO PRESENTE: Horizonte): anúncio de loteamento na Vila Renascença, no fim Praça Sem Nome da Rua Jacuí. • EXEMPLO DE DOCUMENTO DO APCBH SOBRE O BAIRRO: Decreto Municipal 3.545 de 09 de agosto de 1979: informa sobre a aprovação de loteamento que passou a formar o bairro. 33 SANTA CRUZ POUSADA SANTO ANTÔNIO

• Outros nomes: Palmares, São João Batista, Universitário, • OutroS NOMES: Gorduras, Jardim Vitória Vila Santa Cruz • Origem do bairro: A ocupação inicial do bairro se deu • Origem do bairro: A Vila Santa Cruz foi aprovada em com o Povoado de Gorduras. 21/09/1928 pelo prefeito. Ela passou a ser denominada bairro • Referências urbanas do presente: Santa Cruz em 1975. Rua José Flausino • Referências urbanas do passado: • Referências urbanas do PASSADO: Rua José Cleto Grupo Escolar Honorina Rabello • EXEMPLO DE DOCUMENTO DO APCBH SOBRE O BAIRRO: • EXEMPLO DE DOCUMENTO DO APCBH SOBRE O Relatório de Prefeito, 1975 (Coleção Relatórios anuais de atividades BAIRRO: Relatório de Prefeito, 1971 (Coleção Relatórios da Prefeitura de Belo Horizonte): informa sobre o decreto que mudou anuais de atividades da Prefeitura de Belo Horizonte): traz a denominação de “vila” para “bairro” Santa Cruz. informações sobre o Grupo Escolar Honorina Rabello. SÃO GABRIEL RENASCENÇA • Outros nomes: Conjunto Habitacional São Gabriel, Usina do Onça, Vila Esplanada (A), Vila São Gabriel • Origem do bairro: A ocupação inicial do bairro se deu • Outros nomes: Vila Canadá, Vila Concórdia, Vila com o Povoado do Onça. Industrial Melo Viana, Vila Melo, Vila Renascença • Referências urbanas do presente: • Origem do bairro: O bairro surgiu a partir de uma vila Estação São Gabriel operária. A Vila Renascença teve sua aprovação pelo prefeito • Referências urbanas do passado: em 18/05/1929. Centro Comunitário Aarão Reis • Referências urbanas do presente: • EXEMPLO DE DOCUMENTO DO APCBH SOBRE O Avenida Clara Nunes BAIRRO: Documento do Gabinete do Prefeito, 1991 (Fundo • Referências urbanas do PASSADO: Gabinete do Prefeito): informa sobre a inauguração da Escola Companhia Renascença Industrial Municipal Oswaldo França Júnior. • EXEMPLO DE DOCUMENTO DO APCBH SOBRE O BAIRRO: Relatório de Prefeito, 1937 (Coleção Relatórios anuais de atividades da Prefeitura de Belo Horizonte): informa SÃO JOÃO BATISTA sobre a canalização do Córrego Renascença devido à instalação da fábrica de tecidos no local. • OutroS NOMES: Favela Vila da Paz, Vila Angelina RIBEIRO DE ABREU • Origem do bairro: O bairro São João Batista surgiu nas terras antes ocupadas pela Fazenda São João Batista. • Referências urbanas do presente: Praça São João Batista • ORIGEM DO nome: O Coronel Antônio Ribeiro de Abreu era o dono de uma parte das terras que originou o bairro. SÃO JOSÉ • Outros nomes: Antônio Ribeiro de Abreu, Conjunto Habitacional Antônio Ribeiro de Abreu, Fazenda Capitão Eduardo, Retiro • Origem do bairro: O bairro foi aprovado em 08/02/1968 • OutroS NOMES: Gorduras pelo prefeito. Ele é uma subdivisão de uma parte pertencente • Origem do bairro: O bairro surgiu nas terras antes ao espólio do Coronel Antônio Ribeiro de Abreu, situada no ocupadas pelo Povoado de Gorduras. local denominado “Capitão Eduardo”. • REFERÊNCIAS URBANAS DO PRESENTE: • Referências urbanas do presente: Rua dos Moreiras Rua Antônio Ribeiro de Abreu • REFERÊNCIAS URBANAS DO PASSADO: • EXEMPLO DE DOCUMENTO DO APCBH SOBRE O Grupo Escolar Pérsio Pereira Pinto BAIRRO: Reportagem do Jornal O Tempo, 2002 (Clippings • EXEMPLO DE DOCUMENTO DO APCBH SOBRE O da Sala de Consultas): informa sobre ocupação em uma área BAIRRO: Relatório de Prefeito, 1971 (Coleção Relatórios de preservação ambiental. anuais de atividades da Prefeitura de Belo Horizonte): informa 34 sobre a construção do Grupo Escolar Pérsio Pereira Pinto. SÃO MARCOS UNIÃO • Outros NOMES: Vila Santa Amélia, Antiga Fazenda do Barreiro Grande • Origem do bairro: O bairro foi aprovado em 29/05/1948 pelo prefeito de Santa Luzia. Sua ocupação inicial se deu com o • ORIGEM DO nome: O bairro recebeu este nome pois Povoado de Gorduras. surgiu da união de cinco vilas vizinhas: Laginha, Americana, • Referências urbanas do presente: Marília, Vilma e Severa. Praça Miguel Arcanjo • Outros nomes: Fazenda do Retiro, Fazenda São João Batista, • Referências urbanas do passado: Vila Americana, Vila Laginha, Vila Lagoinha, Vila Maria Joana, Vila Centro Comunitário do São Marcos Marília, Vilas Reunidas, Vila Severa, Vila Vilma • EXEMPLO DE DOCUMENTO DO APCBH SOBRE O • Origem do bairro: O bairro foi aprovado em 12/10/1975 BAIRRO: Relatório de Prefeito, 1976 (Coleção Relatórios anuais pelo Decreto 2948. de atividades da Prefeitura de Belo Horizonte): informa sobre a • Referências urbanas do presente: conclusão das obras do Centro Comunitário do bairro. Parque Municipal de Reserva Ecológica (Matinha) • Referências urbanas do passado: Vila Laginha SÃO PAULO • EXEMPLO DE DOCUMENTO DO APCBH SOBRE O BAIRRO: Relatório de Prefeito, 1976 (Coleção Relatórios anuais de atividades da Prefeitura de Belo Horizonte): informa sobre a aprovação do loteamento clandestino Vila Marília, que passou a • OutroS NOMES: Boa União, Carioca, Praça da Assunção, integrar o bairro União. Fazenda São João, Vila Operária do Matadouro • Origem do bairro: O bairro surgiu a partir de uma vila operária, a Vila Operária do Matadouro. Sua aprovação é de 04/08/1978 pela Lei nº 263/52. • Referências urbanas do presente: VILA MARIA VIRGÍNIA Parque Público da Rua Angola • Referências urbanas do passado: Matadouro Modelo • EXEMPLO DE DOCUMENTO DO APCBH SOBRE O BAIR- • Outros nomes: Palmares, Vila Brasil, Vila Modelo, Vila Virgínia RO: Relatório de Prefeito, 1937 (Coleção Relatórios anuais de • Origem do bairro: O bairro surgiu nas terras antes ocupadas atividades da Prefeitura de Belo Horizonte): informa sobre a cons- pela Fazenda São João Batista. trução, a inauguração e o funcionamento do Matadouro Modelo. • Referências urbanas do presente: Anel Rodoviário • Referências urbanas do passado: SILVEIRA Centro Cívico

• ORIGEM DO nome: O bairro recebeu este nome porque VISTA DO SOL surgiu nas terras pertencentes à família Silveira. • Outros nomes: Fazenda do Retiro • Origem do bairro: O bairro Silveira surgiu nas terras antes ocupadas pela Fazenda São João Batista. • OutroS NOMES: São Gabriel • Referências urbanas do presente: • Origem do bairro: A ocupação inicial do bairro se deu com o Praça 13 de Maio Povoado do Onça. • Referências urbanas do passado: • Referências urbanas do presente: Padaria Santa Terezinha Escola Municipal Murilo Rubião • EXEMPLO DE DOCUMENTO DO APCBH SOBRE O BAIRRO: Reportagem do Jornal Estado de Minas, 1983 (Clippings da Sala de Consultas): informa sobre a inauguração da estátua do Preto Velho na Praça 13 de Maio.

35 O que e o Arquivo poder legislativo da cidade. Além desses do- cumentos do “poder público”, recebemos Publico da Cidade de doações de pessoas comuns. Quando esses Belo Horizonte documentos chegam ao APCBH, a equipe técnica avalia se eles são registros importan- Como o próprio nome já diz, o APCBH é tes da vida da cidade que devem ser guarda- o arquivo de Belo Horizonte. É o lugar onde dos para preservar a memória de algo que os se guardam os documentos que contam a documentos do nosso acervo não contêm. vida e a história de nossa cidade. Propomos agora que você continue sua No APCBH, não guardamos apenas os viagem pelos bairros da Regional Nordeste, chamados “documentos textuais”, ou seja, conhecendo alguns documentos do acervo as cartas, os ofícios etc. Guardamos, tam- do APCBH sobre esse tema. Elaboramos bém, fotografias em papel, negativos de atividades para você “conversar” com es- fotografias, CDs, DVDs, fitas em VHS etc. ses documentos. Bom passeio! Não importa o formato ou como as infor- mações estão guardadas, tudo pode ser Como é possível consultar os documento de arquivo. documentos do Arquivo? O que o acervo, ou seja, o que o conjun- Para consultar os documentos guardados no to de documentos variados do APCBH tem Arquivo da Cidade, procurar a sala de consultas, onde os funcionários orientarão a pesquisa. em comum é a origem e o tema de que trata. A maioria dos documentos tem sua origem O APCBH fica na Rua Itambé, 227, Bairro Floresta, e funciona de segunda a sexta-feira. na Prefeitura de Belo Horizonte, incluindo todos os seus órgãos, como a BHTRANS, a Parte do acervo do Arquivo também já está disponível na internet e pode ser pesquisada Secretaria de Saúde, entre outros. através do site: www.pbh.gov.br/cultura/arquivo. O APCBH também recebe documentos da Câmara Municipal de Belo Horizonte, o

36 ATIVIDADE 01 MANIFESTAÇÕES DA CULTURA AFRO-BRASILEIRA

O nosso jeito de falar, de gesticular, de cul- tuar e rezar, de ser e de viver, é profundamente marcado pela presença dos africanos no Brasil. Com eles aprendemos palavras, criamos cren- ças, formas de trabalhar, dançar. A produção cultural e artística dos negros no Brasil pode ser considerada uma forma de resistência à situação de escravidão que eles vivenciaram aqui. Deve- mos reconhecer e valorizar essa herança cultural como parte da nossa identidade mestiça. Na Regional Nordeste, muitos bairros preservam manifestações religiosas afro-brasileiras, como a Guarda de Moçambique, no bairro Concór- dia, o candomblé do Ilê de Gurucema Wulla, no bairro São Gabriel, as homenagens a Nossa Senhora do Rosário, considerada a padroeira dos afro-brasileiros, que acontecem nos bairros Nova Floresta, Silveira e Eymard. Outros símbo- los da presença negra também estão presentes na regional, como a origem do nome do bairro Palmares, a Praça 13 de Maio (conhecida como Praça do Preto Velho), no bairro Silveira, e a Rua Batalha dos Palmares, no bairro São Gabriel. Vamos aprender um pouco sobre a cultura afro- brasileira e suas manifestações nos bairros da Regional Nordeste?

37 A CIDADE DA MEMÓRIA nas quatro anos, em 1971, estava pronta a estrutura principal. Nestes primeiros momentos da cons- Uma das formas encontradas pela Pre- trução da Capela e de reivindicações sociais feitura de Belo Horizonte para preservar a para a melhoria das condições de vida da memória dos bens culturais da cidade é o população do bairro, Associação e Comuni- registro documental. Através dele, que é um dade eram praticamente a mesma coisa, pois conjunto de informações sobre um bem cul- as mesmas pessoas faziam parte das duas en- tural, a administração municipal reconhece tidades, e lutavam pelos mesmos objetivos. a existência e o valor desse bem para uma A obra da capela era motivo de orgulho não comunidade. O documento a seguir é parte apenas para a ‘comunidade católica’, como do registro documental da Igreja de Nossa também motivo de honra para todos os vizi- Senhora do Rosário, no bairro Eymard. Ele nhos, que viam na capela uma referência fun- foi elaborado pelo Padre Jesus Guergué em damental no meio do bairro e um forte apoio agosto de 1999. Leia alguns trechos desse re- para suas futuras reivindicações. gistro que contam um pouco sobre a história No tempo da construção, a densidade de da construção dessa igreja: população do bairro Eymard era baixa. Eram poucas casas, de porte pequeno (geralmente “REGISTRO HISTÓRICO de uma planta). O bairro tinha uma infra-estru- DOCUMENTAL: IGREJA NOSSA tura deficiente, com falta dos serviços básicos. SENHORA DO ROSÁRIO DA PARÓQUIA Não havia água encanada, e nem existia rede DE SÃO MARCOS de esgoto. As ruas estavam sem pavimentar. O serviço de ônibus, a linha 47, ficava no final do A construção da Igreja de Nossa Senho- bairro Pirajá; a comunidade de Eymard devia ra do Rosário foi resultado do empenho deslocar-se habitualmente para o Pirajá, em e colaboração de um pequeno grupo de busca de transporte coletivo. moradores do bairro Eymard que, durante A partir de 1972, uma vez concluída a parte quatro anos, dedicaram uma boa parte do mais pesada da obra da capela, o interesse e seu esforço, tempo livre e pobres recursos preocupação da Associação se voltou (sic) para econômicos, à construção de ‘sua capela’. os problemas de melhoria do bairro: asfalto das A obra foi iniciada no ano 1968, e em ape- ruas, saneamento básico, iluminação elétrica,

38 água... Mesmo assim, continuou dando apoio QUESTÕES: permanente para o acabamento da capela. A capela de Nossa Senhora do Rosário foi destinada principalmente ao serviço litúrgico e O documento, que trata da Igreja de Nossa pastoral da comunidade católica do bairro Ey- Senhora do Rosário, informa também sobre mard e adjascências (sic). E, ao mesmo tempo, as condições do bairro Eymard na época da tal como é indicado no Registro do Imóvel, ao construção desta igreja. Releia-o com atenção serviço de obras sociais em benefício da popu- e depois responda: lação do bairro Eymard. Já no ano 1971, quando a obra estava sem concluir, os locais da capela 1. Quais eram os principais problemas eram usados para um curso de Alfabetização de dos moradores do bairro na época da adultos. E também um curso de Enfermagem no construção da igreja? lar, na mesma data, com uma participação de 86 pessoas. Igualmente, um Curso de artesanato, 2. O que mais a associação de moradores com a participação de 50 pessoas.” reivindicava para o bairro, além da

(REGISTRO documental: Rua Regina, 170 [Igreja de Nossa construção da igreja? Senhora do Rosário]. Belo Horizonte, 1999. Acervo APCBH, Fundo Secretaria Municipal Adjunta de Regulação Urbana, Sub-Fundo Gerência de Patrimônio Histórico Urbano, Série 3. Além do culto religioso existe outra Identificação do Patrimônio Histórico, Sub-Série Registros Do- utilização para a Capela de Nossa Senhora cumentais de Patrimônio Cultural). do Rosário? Qual?

4. Leia a afirmativa: “A construção da Igreja de Nossa Senhora do Rosário é uma conquista dos moradores do bairro Eymard”. A partir do que leu no documento, você concorda com essa afirmativa? Por quê?

39 5. Em Minas Gerais, durante o século PARA DISCUTIR EM SALA XVIII, foram criadas diversas irmandades religiosas. Inicialmente, o objetivo dessas irmandades era reunir pessoas devotas de Os moradores do bairro Eymard deram um mesmo santo. Mas elas aproximavam um exemplo de como a união em torno da as pessoas em torno de outros interesses devoção a Nossa Senhora do Rosário levou comuns. Os “irmãos” desenvolviam laços de à conquista de melhorias sociais. Além das solidariedade e se ajudavam mutuamente. associações religiosas, quais outros tipos de Um exemplo disso foram as Irmandades organização são capazes de lutar por melho- do Rosário, que se organizavam em torno res condições de vida para uma comunidade? de uma santa representada como negra, Em seu bairro existe alguma? Você ou sua fa- a Nossa Senhora do Rosário. Negros e mília participam dela? Quais benefícios ela já mestiços, sejam eles escravos ou libertos, conquistou para o seu bairro? se uniam nessas irmandades para lutar contra a exploração do regime escravista. Além disso, as Irmandades do Rosário Planejando realizavam várias práticas de ajuda, como a cidade uma “caixinha” para arrecadar dinheiro para comprar a alforria de um escravo, ou ajudar no sustento de uma família necessitada, ou A festa de devoção a Nossa Senhora do mesmo para pagar as despesas fúnebres, Rosário, normalmente chamada de Reina- como o sepultamento e as missas pela do, acontece anualmente nas ruas de vários intenção d’alma, de corpo presente e de bairros da cidade. Para a sua realização, é sétimo dia – práticas da Igreja Católica. necessário o apoio do poder público. No bairro Concórdia, existe um dos reinados A partir dessas informações, responda: você mais tradicionais da cidade, organizado identifica semelhanças entre as ações das pela Guarda de Moçambique Treze de Irmandades do Rosário, que existiam no Maio. Em 1989, essa associação enviou um século XVIII, e a associação de moradores do ofício (uma correspondência oficial) à Pre- bairro Eymard, na década de 1970? Justifique feitura solicitando a sua colaboração. Leia sua resposta. alguns trechos desse documento:

40 “Belo Horizonte, 4 de abril de 1989. porque com músicas, cânticos e danças torna- Ilmo. Sr. se presente o nosso passado. (...) Rogério Santos de Oliveira Por isso, vimos solicitar de V. S. capina na DD. Administrador da Regional Nordeste rua Jataí entre Jequiriça e Juparana e o recolhi- Capital mento do lixo que se acumula diariamente na A GUARDA DE MOÇAMBIQUE TREZE DE esquina de Jataí com Jequiriça, pra que a festa MAIO DE NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO (...) que terá seu ponto alto nos dias 12, 13 e 14 de é uma associação cultural-religiosa, fundada (...) maio, transcorra num ambiente limpo. em janeiro de 1944 (...). Antecipadamente agradecimentos e Atualmente, de forma ininterrupta, desde firmamo-nos. a sua fundação, promove a festa de Nossa Se- Atenciosamente, nhora do Rosário comemorativa da abolição da Ephigenio Casemiro escravatura com a participação de conjuntos Diretor Presidente”. musicais afro-brasileiros, denominados Con- gado, Moçambique, Marujo e outros ligados a (OFÍCIO enviado pela Guarda de Moçambique Treze de Maio tradição da festa do rei do Congo, constituin- de Nossa Senhora do Rosário ao Administrador da Regional Nordeste, Rogério Santos de Oliveira, solicitando a colabora- do o acontecimento um congraçamento de ção da Prefeitura para realização da festa de Nossa Senhora particular importância para o povo em geral e do Rosário [cópia]. Belo Horizonte, datado de 4 de abril de 1989. Acervo APCBH, Fundo Fundação Municipal de Cultura, de modo especial para aquele de etnia negra, Sub-Fundo Gabinete).

41 QUESTÕES:

1. Copie a ficha abaixo no seu caderno e preen- cha os campos em branco, buscando as informa- ções solicitadas no ofício:

PERGUNTA RESPOSTA Qual é o nome e qual é o cargo de quem enviou o ofício?

Qual é o nome e o qual é o cargo da pessoa a quem o documento foi dirigido?

Quando ele foi escrito?

Por que ele foi enviado?

2. O nome da associação cultural-religiosa 4. O uso consciente do espaço público pela citada no documento apresenta três símbo- comunidade (a utilização de uma rua, de uma los da presença africana no Brasil. Indique praça ou um parque) leva à sua conservação. quais são eles. Retire do documento informações que com- provem essa afirmativa no caso das comemo- 3. Em sua opinião, por que o passado dos rações da Guarda de Moçambique. afro-descendentes torna-se presente através de músicas, cânticos e danças?

42 PARA DISCUTIR EM SALA “A Umbanda (sic) caracteriza-se por um conjunto de crenças e práticas de origem múltipla, marcada pelo encontro de elementos A história dos africanos e de seus descen- da religiosidade africana, católica, indígena e dentes no Brasil foi marcada por muito sofrimen- kardecista. Criado entre os anos 20 e 40 do to. Escravidão, castigos físicos e exclusão social século XX, é, atualmente, um culto bastante foram alguns dos percalços que essa população difundido e praticado em todo o Brasil, com enfrentou ao longo dos anos. Apesar de tudo adeptos em todas as classes sociais (...). isso, os afro-descendentes lutaram (e lutam até Possuir mediunidade é o primeiro cri- hoje) para manter acesa a tradição de seus ances- tério para ingressar na condição de prati- trais. Há mais de 60 anos, a Guarda de Moçambi- cante. O primeiro sinal de mediunidade são que Treze de Maio preserva tradições africanas. as manifestações de natureza espiritual, Em seu bairro existe alguma entidade que realiza entendidas como a capacidade que deter- um trabalho semelhante? Você conhece outras minadas pessoas possuem de atuar como manifestações da cultura afro-brasileira que são intermediárias entre o mundo espiritual e preservadas em seu bairro? Você acha importan- humano. Estando nessa condição, cabe à te a preservação dela nos dias de hoje? Por quê? pessoa preparar-se para trabalhar espiritu- almente e estar apta a incorporar (...). As sessões são um dos principais ritos A CIDADE dessa tradição. Nelas os participantes têm a DA MEMÓRIA oportunidade de conversar diretamente com as entidades espirituais incorporadas nos gi- O documento abaixo faz parte de um in- rantes. A Umbanda (sic) se faz, também, por ventário das tradições afro-brasileiras em Belo meio de práticas ritualísticas (...) [como] reuni- Horizonte. O objetivo de um inventário é reunir ões para doutrinamento e evangelização.” todas as informações possíveis sobre um bem cultural para preservá-lo e divulgá-lo. Leia al- (BELO HORIZONTE (MG). Fundação Municipal de Cultura. guns trechos sobre o Umbanda, uma manifes- Gerência de Coordenação de Políticas Culturais. Gerência de Promoção e Valorização do Patrimônio e das Identidades tação religiosa afro-brasileira que possui uma Culturais. Inventário –Bens culturais de natureza processual. sede no bairro Maria Goretti, o Centro Espírita Registro 112. In: BELO HORIZONTE (MG). Fundação Municipal de Cultura. Banco de Informações Culturais. Versão 3.0. Belo de Umbanda Pai Jobino da Bahia: Horizonte, 1999).

43 QUESTÕES: PARA DISCUTIR EM SALA

1. A partir da leitura do documento, com- Nem sempre as manifestações religiosas plete, no seu caderno, o quadro de infor- afro-brasileiras puderam acontecer livremente no mações sobre o Umbanda: Brasil. Na década de 1940, por exemplo, elas fo- ram proibidas. Mesmo após a conquista da sua autorização, seus praticantes eram mal vistos pelos moradores do bairro, que os considera- O QUE É? vam “perigosos” ou “maus”. Na sua opinião, por que isso acontecia? Você acha que hoje QUAL É SUA ORIGEM? ainda existe preconceito com as pessoas que COMO SÃO SEUS RITUAIS? praticam religiões afro-brasileiras?

QUEM A PRATICA?

2. Além do Centro Espírita de Umbanda Pai Jobino da Bahia, no bairro Maria Go- retti, na Regional Nordeste se localizam mais de vinte entidades religiosas afro- brasileiras registradas pela Prefeitura de Belo Horizonte, entre Umbanda e Can- domblé. Faça uma pesquisa para des- cobrir em quais outros bairros podemos encontrar essas entidades.

44 ATIVIDADE 02 AO SOM DO APITO DAS FÁBRICAS

Muitos bairros da Regional Nordeste de Belo Horizonte tiveram a sua origem nas vilas operárias que surgiram ao redor das fábricas. Suas casas seguiam um desenho idêntico e mostravam a organização e a disciplina que as empresas esperavam desenvolver na vida de seus funcionários. A proximidade com o local de trabalho fez com que a rotina dos trabalha- dores, dentro e fora da fábrica, fosse marcada pela sirene da empresa. Os bairros que se lo- calizavam em seu entorno foram beneficiados pelo investimento que ela realizava na melhoria de suas infra-estruturas e acabaram desenvol- vendo uma dinâmica própria. Vamos conhecer um pouco mais do dia-a-dia desses operários através das atividades a seguir.

45 OS BAIRROS EM PESQUISA função principal era reger o trabalho dos ope- rários nos diferentes setores da fábrica (...) A empresa atuava também proporcionan- Leia abaixo o que o pesquisador da his- do lazer a seus operários, através de seu cam- tória dos bairros da Regional Nordeste, Ola- po de futebol, nascido da ocupação de alguns vo Romano, escreveu sobre a rotina dos ope- lotes vagos na rua Paru (...) Este campo, a prin- rários da Companhia Renascença Industrial cípio de terra, foi melhorando e ganhou gra- em seu livro Muito além da cidade planejada, mado, vestiário e arquibancada. O restante do publicado em 1997: terreno foi sendo ocupado e constituiu-se ali o clube da empresa com piscina, ginásio, além “Na [Companhia] Renascença, o horário do campo de futebol. Destinado inicialmente era fixo. E a rotina tinha início com a sirene: o aos empregados, o clube acabou sendo aber- primeiro apito anunciava a entrada, pontual- to à comunidade.” mente às 5h50; o segundo e o terceiro, às 11, (ROMANO, Olavo. Muito além da cidade planejada. Belo Horizonte: e às 11h50 o sinal indicava, respectivamente, Magnum, 1997. p. 125-126; 131. Acervo APCBH, Sala de Consultas). a saída para o almoço e a volta dele, com o fechamento dos portões. O último apito, às 18 horas, assinalava o término do dia de tra- balho, quando os empregados saíam, com exceção daqueles que trabalhavam no setor de fiação ou em algum outro de funciona- QUESTÕES: mento ininterrupto. No decorrer do dia, uma outra sirene, de menor potência, indicava a parada para o café, das 14 às 14h15. 1. Faça um desenho para ilustrar o que O bairro também se regia pelo apito da acontecia em cada um dos cinco apitos que fábrica, pelo qual seus moradores costuma- marcavam a rotina de trabalho dos operá- vam acertar o relógio. O mesmo apito era rios da fábrica. Em cada ilustração, dese- também utilizado para homenagear funcio- nhe um relógio para indicar o horário da nários e moradores do bairro, em funerais. atividade correspondente. Como os velórios realizam-se em residências, na saída do enterro o apito tocava. Mas sua

46 2. Calcule qual era a jornada de trabalho O PREFEITO DISSE de um operário da Companhia Renascença Industrial, descontando os intervalos para almoço e café. Bois, porcos, vacas e outros animais que servem à alimentação humana precisam ser 3. Vimos no texto da história dos bairros da sacrificados em ambientes limpos. Muitos Regional Nordeste como a vida no bairro criadores não tinham condições de fazer esse Renascença girava em torno da companhia. abatimento em suas propriedades seguindo Retire do documento elementos que com- as normas higiênicas. Por isso, foram criados provem essa afirmativa. os matadouros públicos. Essa também era uma forma de a Prefeitura controlar o abaste- cimento regular de carne da cidade. Em Belo Horizonte, existiu um matadouro municipal localizado onde hoje se encontra o bairro São Paulo. Esse local foi escolhido devido à gran- de disponibilidade de água e por ser de fácil PARA DISCUTIR EM SALA acesso aos boiadeiros. Ele foi inaugurado em 1937 para substituir outro que se localizava numa área já urbanizada da cidade, próxima A rotina de um funcionário da Companhia ao bairro Santa Efigênia. Com a sua criação, Renascença Industrial era, provavelmente, foi construída uma vila operária para abrigar muito cansativa. Até a década de 1940, as leis seus funcionários. trabalhistas eram restritas e constantemente Em 1949, o prefeito Octacílio Negrão de desrespeitadas, o que tornava o seu dia-a-dia Lima falou em seu relatório sobre a cons- ainda mais difícil. Apesar dos direitos conquis- trução da Vila Operária do Matadouro Mo- tados – como a jornada de trabalho de oito delo. O relatório de prefeito é um resumo horas e o salário mínimo – a rotina dos traba- de tudo o que foi feito ao longo de cada lhadores ainda é cansativa? Como é a rotina ano. Todos os prefeitos devem fazer esse dos adultos trabalhadores que você conhece? relatório e apresentá-lo à câmara munici- Em seu bairro existe alguma fábrica ou indús- pal e ao governo do estado. Vejamos o tria? Como é o dia-a-dia de seus operários? que disse o prefeito:

47 “Para proporcionar melhorias às condi- 4. O que o prefeito quis dizer quando afirmou ções de vida dos operários empregados nos que sem o problema do transporte os empre- serviços do Matadouro Municipal, resolvemos gados do matadouro estariam “aptos a prestar” construir naquele local casas populares para mais eficientemente os seus serviços? residências daqueles servidores. Deixando de existir, assim, o problema do transporte 5. Qual ponto da cidade o prefeito tinha como para aquele longinquo bairro, os empregados referência quando afirmou que o matadouro se que trabalham no Matadouro estarão aptos a localizava em um “longinquo bairro” ? prestar mais eficientemente os seus serviços, lucrando com isso a cidade, que terá um Ma- 6. Quais dificuldades o trabalhador poderia ter tadouro em perfeito funcionamento. Foram morando em um bairro considerado tão longe? construídas 78 casas populares.” (BELO HORIZONTE (MG). Prefeitura. Relatório de 1949 apresentado à Câmara Municipal pelo Prefeito Octacílio Negrão de Lima. Belo Horizonte: [s.n.], 1949. p. 127. Acervo APCBH, Coleção Relatórios anuais de atividades da Prefeitura de Belo Horizonte).

PARA DISCUTIR EM SALA QUESTÕES:

O deslocamento de casa para o trabalho 1. Quantos anos se passaram desde a continua sendo um grande problema nas ci- inauguração do matadouro e a constru- dades, aliás, cada vez mais grave. Hoje em ção da vila operária? dia, muitas empresas preferem contratar pes- soas que moram perto do local de trabalho. 2. Na opinião do prefeito, quais vanta- Você acha que assim é possível garantir a efi- gens o trabalhador teria morando próxi- ciência do trabalhador? Por qual outro motivo mo ao local de trabalho? esta situação é vantajosa para o empregador? Existe algum benefício para o empregado? 3. Ainda segundo o prefeito, quem mais Você acha que os trabalhadores que moram se beneficiaria com a construção da vila em bairros mais distantes são discriminados operária? Por quê? na hora de conseguir um emprego?

48 FATOS EM FOTOS

A Assessoria de Comunicação da Pre- feitura de Belo Horizonte produz muitas fo- tografias que têm a função de documentar e divulgar as ações da administração muni- cipal. Observe as fotos da Vila Operária do Matadouro produzidas por esse órgão:

1. 2.

Vista geral da Vila Operária do Matadouro, s/d. Casas da Vila Operária do Matadouro, s/d. Acervo APCBH. Fundo ASCOM. Acervo APCBH. Fundo ASCOM.

49 QUESTÕES: PARA DISCUTIR EM SALA

1. Descreva a foto 1 considerando: a. Como as casas estão distribuídas Assim como as casas numa vila operária, no terreno? a organização tradicional de uma sala de aula b. Como era o espaço ao redor da vila? obedece a um mesmo padrão: carteiras enfilei- radas uma ao lado da outra, todas de frente para 2. Descreva a foto 2 considerando: a mesa do professor, que se localiza próxima à a. Como era o padrão das construções? porta. Você acha que essa maneira semelhante b. Como era o espaço ao redor da vila? de organizar o espaço possui o mesmo objeti- vo? A disposição das carteiras também favore- 3. Vimos no texto da história dos bairros da Re- ce o controle e o desenvolvimento da ordem, gional Nordeste que ordem, disciplina e orga- da disciplina e da organização entre os alunos? nização foram algumas características que as Existem outras formas de organizar o espaço da primeiras indústrias buscaram desenvolver em sala de aula? Qual seria a melhor disposição das seus funcionários. Analisando as fotos, de que carteiras para desenvolver a união, a colabora- forma as vilas operárias poderiam refletir isso? ção e o companheirismo entre os alunos?

4. Assim como um texto escrito, a fotografia é produzida por alguém com objetivos específi- BAÚ DE HISTÓRIAS cos. O fotógrafo que produziu essas imagens trabalhava para a Prefeitura com o objetivo de documentar a ação da administração munici- Você vai conhecer agora a história do pal. Imagine fotografias produzidas sobre a Sr. Luiz Martins Pereira, um dos funcionários mesma vila por um morador que quisesse re- da antiga Companhia Renascença Industrial. gistrar seus momentos de lazer ou quisesse rei- Seu depoimento foi publicado no jornal Esta- vindicar melhorias no local. Como seriam essas do de Minas em 2000. imagens? Elas nos permitiriam refletir sobre a ordem e a disciplina nas vilas tanto quanto as que analisamos?

50 “A história de Luiz Martins Pereira, 89 QUESTÕES: anos, se confunde com o desenvolvimen- to do bairro Renascença. Luiz ‘Carpintei- 1. Sr. Luiz Martins Pereira chegou à região onde ro’, como ele é conhecido, chegou à área hoje se localiza o bairro Renascença quando a quando ela ainda era uma fazenda. ‘Tinha fábrica ainda nem existia. Utilize elementos do saracura, siriema, tatu e codornas. Costu- seu depoimento para explicar como podemos mava pescar em uma lagoa que tinha aqui concluir isso. perto’, lembra o morador. Segundo Luiz, a fábrica foi fundamental para o crescimen- 2. Sr. Luiz vivenciou três fases distintas da his- to do bairro e o surgimento das casas. tória da ocupação do bairro Renascença: a ‘Ajudei a fazer o telhado da fábrica e época anterior ao estabelecimento da com- muitas casas para os funcionários. Também panhia; o período de seu funcionamento; e o trabalhei na Companhia, durante 28 anos, momento posterior ao fechamento da em- como carpinteiro e no serviço de caldeira. presa. Retire do texto palavras que simboli- Naquela época, a lenha era trazida pelos zam cada uma dessas fases. trens da Central’, conta. No bairro, Luiz criou sete filhos. 3. Quais conseqüências o fechamento da fábri- Aposentado, ele acredita que a Renascen- ca teve para a vida do Sr. Luiz? E para o bairro de ça piorou após o fechamento da fábrica. ‘Os maneira geral? assaltos aumentaram e os prédios começaram a surgir. Quase todos os meus colegas já mor- reram. Até minha carpintaria perdeu a clien- PARA DISCUTIR EM SALA tela com o fim da fábrica, que se tornou um foco de escorpiões’, descreve. Diariamente, Deu para perceber que o Sr. Luiz tem Luiz acompanha o movimento do bairro sen- muitas histórias para contar. As pessoas mais tado na calçada. ‘Todo mundo me conhece e velhas podem nos ensinar muito sobre o nos- isso me alegra. Mas sinto saudade do time do so passado. Você já perguntou para seus avós Renascença do qual fiz parte’, relembra.” ou pessoas mais velhas sobre a história do seu bairro? O que eles lhe contaram? Você (ROSE, Francis. Origem operária marca história dos bairros. Estado de acha importante registrar essas histórias? De Minas, Belo Horizonte, 27 dez. 2000. Caderno Gerais, p. 28. Acervo APCBH, Clippings da Sala de Consultas (Pasta Bairros/Renascença)). que forma podemos fazer isso?

51 ATIVIDADE 03 ENTRE OS “CAMINHOS DA ROÇA” E AS AVENIDAS DA MODERNIDADE

A circulação de pessoas, mercadorias e idéias dentro de uma cidade não acontece sem os caminhos, as ruas, as estradas e as avenidas que são abertas ao longo da sua história. Em Belo Horizonte, a abertura de novas vias públicas orientou e estimulou a ocupação de novas áreas até então de difícil acesso. Vamos conhecer um pouco mais so- bre as principais vias de acesso aos bairros da Regional Nordeste?

52 OS BAIRROS EM PESQUISA cialmente rural. A partir de então, com os diversos loteamentos de chácaras e fa- zendas, a paisagem vislumbrada ao longo Quase toda a Regional Nordeste é de seu percurso começou a adquirir con- cortada por uma rua bastante movimenta- tornos urbanos. Ruas nasceram, sempre da, a Rua Jacuí. Antigamente, essa rua era pensadas como paralelas ou transversais toda coberta por lascas de pedra e areia, e à Jacuí. Construções simples foram mar- era conhecida como a “estrada para San- geando seu trajeto e um pequeno mas ta Luzia”. Hoje, ela está asfaltada e é uma diversificado comércio concentrou-se no das principais responsáveis pelo desen- trecho do bairro Renascença (...) Novos volvimento de muitos bairros da região. caminhos surgiam ou convergiam para a Por sua enorme importância, a Rua Jacuí rua Jacuí porque, ao longo de seu traçado, mereceu destaque no livro Muito além da muitos bairros e vilas iam-se formando. E a cidade planejada, de Olavo Romano, pu- antiga estrada para Santa Luzia foi-se con- blicado em 1997. Em sua pesquisa sobre a vertendo em um grande centro comercial história do Colégio Magnum Agostiniano, e corredor viário, para surpresa de quem o autor nos oferece preciosas informações acompanhou de perto seu crescimento, sobre a história da cidade e, em especial, preocupação para técnicos e engenheiros da regional tema deste caderno. Leia: responsáveis pelo bom funcionamento da cidade no presente e no futuro.”

“Antiga estrada para Santa Luzia, a rua (ROMANO, Olavo. Muito além da cidade planejada. Belo Horizonte: Jacuí ligava o Bairro Floresta ao Matadou- Magnum, 1997. p. 66-78. Acervo APCBH, Sala de Consultas). ro, passando pelos bairros da Graça, Con- córdia, Renascença, Ipiranga, Vilas Reuni- das e Cidade Ozanan, até chegar àquele que se configuraria como bairro São Pau- lo. Esta grande artéria caracterizou-se, portanto, como um lugar de passagem (...) Até os anos 20, da Floresta em diante, a rua Jacuí era um verdadeiro caminho da roça, visto atravessar uma região essen-

53 QUESTÕES: rio da Fazenda do Retiro Sagrado Coração de Jesus, criticava o projeto do prefeito Américo Rennê Giannetti. Ele não queria que a avenida 1. Observe no último mapa, no encarte ao final cortasse suas terras e sua contrariedade deu ori- deste caderno, a localização da Rua Jacuí. gem a várias histórias contadas por aqueles que conviveram com ele. Uma delas, narrada por seu 2. Segundo o autor, por que a década de 1920 é genro, está presente no livro Muito além da ci- considerada um marco na história da Rua Jacuí? dade planejada, de Olavo Romano, publicado em 1997. Leia: 3. De que forma a Rua Jacuí influenciou a aber- tura de novas ruas da Regional Nordeste? É pos- “O seu Juca não queria que a avenida sível perceber isso analisando o mapa? passasse ali de jeito nenhum, mas o Gian- netti não podia passar por outro lugar, pois 4. Considerando a história da Rua Jacuí, você a topografia da Jacuí era ingrata, não dava acha que ela se aproximava mais de um “cami- para alargar, não tinha retas e não dava nho da roça” ou uma “via da modernidade”? rampas fortes e, além disso, as desapro- Justifique sua resposta. priações seriam absurdas. Mas o meu sogro não concordava e queria que o Giannetti trocasse isso. Um belo dia, o Giannetti foi lá, pôs a mão no ombro do Seu Juca (...) e disse: ‘Seu Juca, vim aqui sabendo que BAÚ DE HISTÓRIAS vou trazer-lhe um grande dissabor, mas eu preciso conversar com o senhor hoje, em caráter definitivo. Eu não tenho outra solu- Quando, nos primeiros anos da década de ção: tenho que passar por aqui. Sei que o 1950, todos aguardavam com ansiedade a aber- senhor não tem nenhuma ambição de valo- tura daquela que se transformaria em uma das rizar esse seu terreno em troca do sossego principais vias de acesso aos bairros da Regio- que tem’. E falava, e parava, e voltava a fa- nal Nordeste – a Avenida Cristiano Machado, lar: ‘Seu Juca, precisamos de uma solução. na época chamada de Rodovia da Estação de Eu não tenho dormido porque preciso re- Carga – o velho Juca Silveira, antigo proprietá- solver isso e sei que o senhor está também

54 numa situação muito embaraçosa. O se- 5. Segundo a história narrada pelo genro do nhor também não está desejando de modo Seu Juca, o prefeito teria feito a seguinte afir- algum que isso passe por aqui; então, eu mação: “Sei que o senhor não tem nenhuma não estou dormindo, preocupado com essa ambição de valorizar esse seu terreno em solução’. O Seu Juca, na mesma hora, se troca do sossego que tem”. Quais vantagens virou e disse: ‘Eu não estou dormindo há e desvantagens o Seu Juca poderia ter com muito mais tempo’.” a urbanização de suas terras? E por que você

(ROMANO, Olavo. Muito além da cidade planejada. Belo Horizonte: acha que ele não queria ter esses benefícios, Magnum, 1997. p. 81. Acervo APCBH, Sala de Consultas). preferindo ficar com suas terras?

QUESTÕES:

PARA DISCUTIR EM SALA 1. Observe no último mapa, no encarte ao final deste caderno, a localização da Avenida Cristiano Machado. Durante muito tempo, a área urbana de Belo Horizonte conviveu lado a lado com 2. Imagine a cena da conversa do Seu muitas fazendas, como a do Seu Juca. Com o Juca Silveira com o prefeito Giannetti e desenvolvimento da cidade, a distância que transforme essa narrativa em uma histó- separa a zona rural e a zona urbana da cida- ria em quadrinhos. de ficou cada vez maior. As áreas verdes, as diversas plantações e as criações de animais 3. A história mostra o conflito entre o rural e deram lugar a avenidas, shopping centers e o urbano na cidade de Belo Horizonte. Qual indústrias. Entretanto, uma não vive sem a personagem representa o mundo rural e outra. Quais são as relações entre o campo e qual representa o urbano? a cidade? O que uma zona troca com a outra? A área rural sobreviveria sem os fertilizantes, 4. Qual era o argumento do prefeito para in- tratores e agrotóxicos produzidos na cidade? sistir na passagem da avenida pelas terras da A área urbana sobreviveria sem os cereais, a fazenda do Seu Juca? carne e as frutas produzidas no campo?

55 BANCA DE JORNAL dantes do bairro’, concorda o proprietário do jornal ‘Cidade Nova’, Sérgio Lacerda. Segundo a Bhtrans, a colocação de gra- Leia a reportagem abaixo, publicada em dis de proteção em toda a extensão da ave- 1997, sobre os perigos que os moradores da Re- nida, a instalação de 16 baias para embarque gional Nordeste tinham de enfrentar na traves- e desembarque de passageiros e de sinali- sia de suas principais avenidas: zação horizontal e vertical, com destaque para as faixas de pedestres nos principais “Conviver com o trânsito intenso das cruzamentos, permitiram reduzir em 65% o avenidas Cristiano Machado e José Cândi- número de acidentes na via – 1.236 no ano do da Silveira é uma imposição para quem passado contra 3.547 registrados em 1995. A escolhe morar na Região Nordeste da capi- pista exclusiva para ônibus e a sincronização tal, especialmente nos bairros Cidade Nova dos sinais também beneficiaram quem preci- e União. Ao contrário de outras regiões da sa atravessar cotidianamente a via. cidade, os moradores não reclamam de con- A falta de conscientização dos pedestres gestionamentos, mas da violência do trânsi- também contribuiu para aumentar o perigo. to. Levantamentos feitos pela Bhtrans apon- ‘O mais grave é a depredação, mas também tam tráfego diário de 60 mil veículos por dia, são comuns pequenas infrações que podem de 6 às 22 horas, a uma velocidade média de custar caro, como a travessia fora dos locais 60 quilômetros por hora. permitidos e com o sinal fechado’, acredita a ‘É preciso reconhecer que com as últimas dona de casa Celeida Barbosa Contim.”

obras o trânsito melhorou bastante dando (APESAR dos melhoramentos, o perigo ainda é constante. Hoje mais segurança aos pedestres. Mesmo assim em Dia, Belo Horizonte, 09 nov. 1997. Caderno Minas, p. 12. Acervo APCBH, Clippings da Sala de Consultas (Pasta Bairros/ ainda considero a Avenida muito perigosa’, Cidade Nova)). explica Rosa Nunes Martins, moradora há 20 anos de uma casa do bairro. ‘Embora os índi- ces apontem para a queda do número de aci- dentes, os atropelamentos continuam ocor- rendo principalmente próximo à passarela e nas imediações do Colégio Magnum Agosti- niano, um dos mais freqüentados pelos estu-

56 QUESTÕES:

1. Observe no último mapa, no encarte ao tres e evitar acidentes. Mas, segundo o relato final deste caderno, a localização da Ave- de um morador da Regional Nordeste, citado nida Cristiano Machado e da Avenida José na reportagem, “os atropelamentos continuam Cândido da Silveira. ocorrendo principalmente próximo à passarela e nas imediações do Colégio Magnum Agos- 2. Qual é o tema principal da reportagem? tiniano, um dos mais freqüentados pelos estu- Qual outro título você poderia dar a ela? dantes do bairro”. Reflita sobre essa situação e depois responda: 3. A reportagem afirma que os moradores da a. Por que você acha que os atropelamentos Regional Nordeste reclamam da “violência no aconteciam próximos à passarela? trânsito” em suas avenidas. Cite, pelo menos, b. O que os próprios pedestres poderiam fazer três exemplos de ações no trânsito que podem para garantir a sua segurança no trânsito? ser consideradas violentas. 6. A partir da leitura do texto sobre a histó- 4. O que foi feito para tentar reduzir os atro- ria dos bairros da Regional Nordeste e dos pelamentos nessas vias? eventos relacionados à Avenida Cristiano Machado presentes na linha do tempo, res- 5. Em uma grande avenida, as passarelas exis- ponda: por que ela é a avenida de trânsito tem para dar segurança à travessia dos pedes- mais intenso da região?

PARA DISCUTIR EM SALA próximo a ele, existe uma grande avenida? Os acidentes de trânsito são comuns nessa Muitos bairros da Regional Nordeste são avenida? Ela é bem sinalizada? Possui passa- cortados por ruas movimentadas e grandes relas? O que a Prefeitura pode fazer para ga- avenidas, como a Avenida José Cândido da rantir a segurança de motoristas e pedestres Silveira, a Avenida Cristiano Machado, a Rua no trânsito? As pessoas podem colaborar Jacuí e o Anel Rodoviário. Em seu bairro, ou para evitar os acidentes? Como?

57 ATIVIDADE 04 Caça-Palavras

A Praça Nossa Senhora da ROSA MÍSTICA Na Praça TREZE DE MAIO, localizada no é um importante local para o encontro e a diver- bairro Silveira, acontecem muitas manifesta- são dos moradores do bairro Capitão Eduardo. ções culturais de origem afro-brasileira.

No Bairro da Graça está localizada a Igreja O Parque Municipal de Reserva Ecológi- de SÃO JUDAS Tadeu, construída em 1954. ca do bairro União é conhecido pelos mora- dores como MATINHA. O PARQUE ECOLÓGICO Renato Azevedo é a principal área verde do bairro Palmares. A Vila SÃO BENEDITO, localizada no bairro Goiânia, é conhecida pela maior parte O ponto comercial mais importante do Bair- dos moradores como Vila Presidente Vargas. ro Renascença é a Avenida CLARA NUNES. A Praça Ismael de Oliveira Fábregas pos- A Vila MARIA, localizada no bairro Jardim sui QUADRAS esportivas e é um dos poucos Vitória, conquistou inúmeras melhorias devi- espaços de lazer do bairro Nova Floresta. do à união de seus moradores.

O bairro São Gabriel possui uma ESTA- ÇÃO DE METRÔ com o mesmo nome.

58 Não preencha este caça-palavras. Imprima o caça-palavras disponível no site do APCBH ou fotocopie esta página.

59 ÍNDICE DE FIGURAS

FIGURA 01 – Antigo Curral del Rei, 1896. Acervo APCBH. Coleção José Góes (C.13/a-003)...... Pág.09 FIGURA 02 – Prédio da Estação Central, década de 1980. Acervo APCBH. Fundo Secretaria Municipal Adjunta de Planejamento, Sub-Fundo Dep. de Informações Técnicas (GR60/Slide 43)...... Pág.09 FIGURA 03 – Planta Geral da Cidade de Minas, 1895. Acervo APCBH...... Pág.10 FIGURA 04 – Favela Pindura Saia, década de 1960. Acervo APCBH. Fundo ASCOM (Imagem A4432)...... Pág.11 FIGURA 05 – Praça Sete, Avenida Afonso Pena, 1954. Acervo APCBH. Coleção José Góes (C.13/g-010)...... Pág.12 FIGURA 06 – Praça Raul Soares, 1960. Acervo APCBH. Coleção José Góes (C.13/f-013)...... Pág.12 FIGURA 07 – Lagoa da Pampulha, 1948. Acervo APCBH. Coleção José Góes (C.13/j-006)...... Pág.12 FIGURA 08 – Companhia Renascença Industrial em construção, 1937. In: ROMANO, Olavo. Muito além da cidade planejada. Belo Horizonte: Magnum, 1997. p. 125...... Pág.17 FIGURA 09 – Sede da Fazenda Retiro Sagrado Coração de Jesus, 1947. In: ROMANO, Olavo. Muito além da cidade planejada. Belo Horizonte: Magnum, 1997. p. 42...... Pág.18 FIGURA 10 – Vila Renascença, 1936. In: BELO HORIZONTE. Prefeitura. Relatório apresentado a S. Ex. o Sr. Governador Benedicto Valladares Ribeiro pelo Prefeito Octacilio Negrão de Lima e relativo ao período administrativo de 1935-1936. Belo Horizonte: Imprensa Oficial do Estado de Minas Gerais, 1937. [p. 44b]. Acervo APCBH, Coleção Relatórios anuais de atividades da Prefeitura de Belo Horizonte...... Pág.20 FIGURA 11 – Fábrica da Cachoeirinha, década de 1930. In: BELO HORIZONTE. Prefeitura. Relatório apresentado a S. Ex. o Sr. Governador Benedicto Valladares Ribeiro pelo Prefeito Octacilio Negrão de Lima e relativo ao período administrativo de 1935-1936. Belo Horizonte: Imprensa Oficial do Estado de Minas Gerais, 1937. [p. 42b]. Acervo APCBH, Coleção Relatórios anuais de atividades da Prefeitura de Belo Horizonte...... Pág.21 FIGURA 12 – Matadouro Modelo, s/d. Acervo APCBH. Fundo ASCOM (Imagem 324)...... Pág.21 FIGURA 13 – Fábrica da Renascença, década de 1930. In: ROMANO, Olavo. Muito além da cidade planejada. Belo Horizonte: Magnum, 1997. p. 49...... Pág.22 FIGURA 14 – Ponto final da linha de bonde no bairro Renascença, 1937. Pág.22 In: ROMANO, Olavo. Muito além da cidade planejada. Belo Horizonte: Magnum, 1997. p. 71...... Pág.22 FIGURA 15 – Centro Social da Renascença, s/d. Acervo APCBH. Fundo ASCOM (Imagem 16005)...... Pág.22 FIGURA 16 – Centro Social da Vila Americana no bairro União, s/d. Acervo APCBH. Fundo ASCOM (Imagem 15752)...... Pág.25 FIGURA 17 – Vila Ribeiro de Abreu, 1993. Acervo APCBH. Fundo ASCOM (GR1014/Foto: 1704)...... Pág.28 FIGURA 18 – Bairro São Marcos, 1995. Acervo APCBH. Fundo ASCOM (GR1014/Foto: 1736)...... Pág.29 FIGURA 19 – Rua Barreiro Grande no bairro Maria Goretti, 1990. Acervo APCBH. Fundo ASCOM (Banco Azeredo: 0615;B/0521)...... Pág.29

60 REFERÊNCIAS DE PESQUISA

Bibliografia básica consultada Acervos, fundos e coleções consultados

BARRETO, Abílio. Belo Horizonte: memória histórica e descritiva - his- - Acervo APCBH. Acervo Cartográfico Avulso tória antiga e história média. Belo Horizonte: Fundação João Pinhei- - Acervo APCBH. Acervo de clippings da Sala de Consultas ro, Centro de Estudos Históricos e Culturais, 1995. 2 v. - Acervo APCBH. Coleção José Góes - Acervo APCBH. Coleção Legislação Municipal Impressa BONFANTE, Cacilda Fonseca. Origem e fixação da população do - Acervo APCBH. Coleção Relatórios anuais de atividades Bairro Ribeiro de Abreu. 1979. 59 f. Monografia - Instituto de Geociên- da Prefeitura de Belo Horizonte cias, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 1979. - Acervo APCBH. Coleção Revistas - Acervo APCBH. Coleção Revistas Belo Horizonte COELHO, Patrícia de Oliveira. O subcentro terciário da Av. Cristiano - Acervo APCBH. Coleção Revistas Diversas Machado. 1984. 52 f. Monografia - Instituto de Geociências, Universi- - Acervo APCBH. Doação da Fundação João Pinheiro dade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 1984. - Acervo APCBH. Fundo Assessoria de Comunicação Social do Município – ASCOM EDUARDO Araújo e Modesto Neto: Belo Horizonte & O comér- - Acervo APCBH. Fundo Companhia Urbanizadora cio: 100 anos de história. Belo Horizonte: Fundação João Pinheiro, de Belo Horizonte – URBEL 1996. 46 p. (História oral, 5). - Acervo APCBH. Fundo Coordenação da Habitação de Interesse Social de Belo Horizonte – CHISBEL FERREIRA, Rosana Cristina. As atividades terciárias da Rua Jacuí (Re- - Acervo APCBH. Fundo Empresa de Transporte e Trânsito de Belo nascença/Ipiranga). 1984. 43 f. Monografia - Instituto de Geociências, Horizonte – BHTRANS Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 1984. - Acervo APCBH. Fundo Fundação Municipal de Cultura – FMC - Acervo APCBH. Fundo Gabinete do Prefeito – GP LE VEN, Michel Marie. As classes sociais e o poder político na - Acervo APCBH. Fundo Secretaria Municipal Adjunta formação espacial de Belo Horizonte (1893-1974). 1977. 174 f. de Planejamento – SMAPL Dissertação (Mestrado em Ciências Políticas) - Faculdade de Filo- - Acervo APCBH. Fundo Secretaria Municipal Adjunta sofia e Ciências Humanas, Universidade Federal de Minas Gerais, de Regulação Urbana – SMARU Belo Horizonte, 1977. - Acervo APCBH. Fundo Secretaria Municipal de Ação Comunitária – SMAC LIMA, Benvindo. Canteiro de saudades: pequena história con- - Acervo APCBH. Fundo Secretaria Municipal de temporânea de Belo Horizonte (1910-1950). Belo Horizonte: Administração e Recursos Humanos – SMADRH Promove, 1996. 110 p. - Acervo APCBH. Fundo Secretaria Municipal de Assuntos Extraordinários – SMAE OMNIBUS: uma história dos transportes coletivos em Belo Horizonte. - Acervo APCBH. Fundo Secretaria Municipal de Governo – SMGO Belo Horizonte: Fundação João Pinheiro, Centro de Estudos Históri- - Acervo Diretoria de Patrimônio Cultural da Fundação cos e Culturais, 1996. 380 p. Municipal de Cultura - Acervo Gerência de Cadastro Técnico Municipal – PRODABEL PENNA, Octavio. Notas cronológicas de Belo Horizonte: 1711-1930. - Acervo Museu Histórico Abílio Barreto – MHAB Belo Horizonte: Fundação João Pinheiro, 1997. 276 p. - Acervo Secretaria Municipal Adjunta de Regulação Urbana - Acervo SLU ROMANO, Olavo. Muito além da cidade planejada. Belo Horizon- - Acervo SUDECAP te: Magnum, 1997. 160 p. - Acervo URBEL

SANEAMENTO básico em Belo Horizonte: trajetória em 100 anos – os serviços de água e esgoto. Belo Horizonte: Fundação João Pinheiro, Centro de Estudos Históricos e Culturais, 1997. 314 p.

SILVA, Luiz Roberto da. Doce dossiê de BH. 2.ed. Belo Horizonte: BMDG Cultural, 1998. 298p. 61 Equipe técnica Coordenação Edson Junior Campos de Faria Padronização de legendas Cintia Aparecida Chagas Arreguy (Estagiário) Paula Farah Guimarães Raphael Rajão Ribeiro Ester Martins Câmara (Estagiária) (ASCOM/FMC) Ingrid Martins Coura (Estagiária) Concepção e textos João Paulo Lopes Colaboração Alessandra Soares Santos Raphael Rajão Ribeiro Luiza Maria Gonçalves Malard Cintia Aparecida Chagas Arreguy Rodrigo Cordeiro e Costa Maria do Carmo Andrade Gomes (Estagiário) Produção Executiva Miriam Hermeto de Sá Motta Leandro Araújo Nunes Raphael Rajão Ribeiro Reprodução de imagens Maria Helena Batista Alessandro Augusto Silveira Meire Márcia Rodrigues Consultoria – de Paula educação patrimonial Projeto Gráfico e ensino de história Produção de mapas Greco Design Miriam Hermeto de Sá Motta Felipe Antônio Carneiro Rodrigues (GCMS/PROBABEL) Ilustração Pesquisa Bruno Nunes Amanda Cota (Estagiária) Padronização de citações Alessandra Soares Santos e de referências Revisão Alexis Nascimento Araújo Alessandra Pires Fonseca Rachel Sant’Anna Murta (Estagiário) Isabela Santos Costa (Estagiária) Cintia Aparecida Chagas Arreguy

Agradecimentos Assessoria de Comunicação da Fundação Municipal de Agradecemos a Ivana Parrela, primeira coordenadora do Cultura; Companhia Urbanizadora de Belo Horizonte – projeto História dos Bairros, e a todos os pesquisadores, URBEL; Diretoria de Patrimônio Cultural; Divisão de Gestão estagiários e funcionários que trabalharam nesse projeto Documental/Diretoria de Planejamento e Gestão – SUDECAP; durante os quase dez anos de sua existência no Arquivo Gerência de Cadastro Técnico Municipal – PRODABEL; Museu Público da Cidade de Belo Horizonte. Histórico Abílio Barreto; Secretaria Municipal de Regulação Urbana; Superintendência de Limpeza Urbana – SLU e a todos que colaboraram com informações para a pesquisa.

REGIONAL NORDESTE

- Bairro da Graça - Nova Floresta - Beija-Flor - Ouro Minas - Belmonte - Palmares - Cachoeirinha - Paulo VI - Capitão Eduardo - Pirajá - Cidade Nova - Pousada Santo Antônio - Concórdia - Renascença - Dom Joaquim - Ribeiro de Abreu - Dom Silvério - Santa Cruz - Eymard - São Gabriel - Fazenda Capitão Eduardo - São João Batista - Fernão Dias - São José - Goiânia - São Marcos - Ipê - São Paulo - Ipiranga - Silveira - Jardim Vitória - União - Maria Goretti - Vila Maria Virgínia - Nazaré - Vista do Sol

APCBH ÍNDICE DE FIGURAS Para ler uma linha do tempo, primeiro, Este caderno tem também outros tipos Uma linha do tempo é um jeito de ajudar a no desenvolvimento dos bairros, mudanças na BELO HORIZONTE você deve entender que tipo de fatos foram de informações sobre todos os bairros da 01) Avenida Pedro II, década de 1960. contar uma história. Alguém escolhe fatos que cidade que proporcionaram a ocupação de escolhidos para estar ali. Isso foi explicado no Regional Nordeste: fichas sobre os bairros, Acervo APCBH. Fundo ASCOM (Av As 02(2,0) Ps 63 En 685). considera importantes para explicar o que está bairros e ajudam no seu crescimento. 02) Trevo da Avenida Carlos Luz com o Anel Rodoviário, 1970. texto ao lado. Veja quais são eles, vá até as atividades com documentos, mapas, foto- Acervo SUDECAP. estudando. Depois, ordena esses fatos em uma Para a outra linha do tempo, escolhemos 03) Trecho do Ribeirão Arrudas, 1999. linhas do tempo e compare uma com a outra. grafias, figuras... Quando estiver examinan- Acervo SUDECAP. reta com números que representam a passagem os acontecimentos ligados ao povoamento e às Tente observar se o que está na linha da cida- do cada uma dessas informações, venha no- 04) Avenida Amazonas, 1970. do tempo, que tem espaço proporcional para grandes transformações dos bairros da Regional Acervo SUDECAP. de se relaciona com o que é apresentado na vamente olhar as linhas do tempo. Veja se há 05) Avenida Cristiano Machado, 1987. tempos iguais; por exemplo, todos os anos Nordeste. Poderíamos ter selecionado fatos Acervo SUDECAP. da Regional Nordeste. algum tipo de informação específica sobre devem ocupar o mesmo espaço na reta. como inaugurações de igrejas, escolas, parques, Outra coisa a fazer é observar como es- o bairro da ficha que você examina. Se não Com a linha do tempo, o leitor tem uma visão ruas... Mas como decidir se a igreja de um LINHA DO TEMPO: BELO HORIZONTE tão distribuídos os fatos ao longo da reta. Há há, por que será? Observe se as informações geral da história que está sendo contada. Geral, bairro é mais importante que a do outro, como E REGIONAL NORDESTE um período em que há mais fatos marcados? muito específicas que estão nos documen- mas não completa. O que você encontrará neste escolher entre as inúmeras escolas existentes

Há períodos “vazios”? Que períodos são es- tos também estão nas linhas do tempo. Ou REGIONAL NORDESTE encarte são duas linhas do tempo. A da direita nos bairros da cidade? Não seria possível 06) Linha de bonde na Vila Renascença, 1936. ses? Por que será que isso acontece? se o documento se relaciona com algum ou- Relatório apresentado a S. ajuda a contar a história de Belo Horizonte. A da falar de todas as construções, então optamos In: BELO HORIZONTE. Prefeitura. As informações que estão numa linha do tro evento que está nas linhas. Por que isso Ex. o Sr. Governador Benedicto Valladares Ribeiro pelo Prefeito esquerda é um jeito de explicar parte da história por deixá-las de fora, citando apenas aquelas Octacilio Negrão de Lima e relativo ao período administrativo tempo servem para que a gente se localize acontece? As figuras do caderno ajudam a de 1935-1936. Belo Horizonte: Imprensa Oficial do Estado de dos bairros da Regional Nordeste. que foram decisivas para o desenvolvimento Acervo APCBH, Coleção Relató- no tempo. Não devem ser decoradas, de- gente a entender os fatos que estão nas li- Minas Gerais, 1937. [p. 44a]. Observe como elas foram feitas: há linhas dos bairros. rios anuais de atividades da Prefeitura de Belo Horizonte. vem ser usadas. Então, uma outra forma de nhas? Ao examinar figuras e fotografias do 07) Matadouro Modelo, s/d. pontilhadas que “saem” da reta numérica, O que colocamos nessas duas linhas do ler essas linhas é comparando-as com outros caderno, volte neste encarte e procure outras Acervo APCBH. Fundo ASCOM indicando o ano em que aconteceu o fato tempo vai ajudá-lo a entender a história dos 08) Inauguração da linha de ônibus na Vila Ipiranga, 1967. tipos de texto. Quando estiver lendo os tex- informações sobre elas. Acervo APCBH. Fundo ASCOM narrado no texto escrito. Há, também, bairros da Regional Nordeste. Mas não é tudo 09) Avenida Cristiano Machado no bairro Renascença, 1963. tos deste caderno sobre história da cidade e Usar as linhas do tempo para entender Acervo APCBH. Fundo ASCOM fotografias, que representam alguns fatos o que aconteceu neles! Portanto, você, como história da regional, volte aqui! Venha bus- outros textos é um jeito diferente de viajar no 10) Inauguração da iluminação da Avenida Cristiano Machado, 1974. que estão nas linhas do tempo. estudante interessado que é, pode pesquisar Acervo APCBH. Fundo ASCOM car novas explicações para os fatos. tempo! Vamos lá? 11) Casas populares no bairro São Paulo, 1993. Os acontecimentos que estão na linha sobre outros acontecimentos. Com isso, Acervo APCBH. Fundo ASCOM 12) Rua Império no bairro Pirajá, 1986. do tempo da história de Belo Horizonte talvez pode completar informações que estão aqui In: EROSÃO em Belo Horizonte. Belo Horizonte, 1986. Acervo sejam diferentes dos que você já conhece. Aqui, ou construir outras linhas do tempo, com APCBH, Fundo Secretaria Municipal Adjunta de Planejamento, Sub-Fundo Departamento de Informações Técnicas. inserimos eventos que interferiram diretamente outros tipos de evento. ÍNDICE DE FIGURAS Para ler uma linha do tempo, primeiro, Este caderno tem também outros tipos Uma linha do tempo é um jeito de ajudar a no desenvolvimento dos bairros, mudanças na BELO HORIZONTE você deve entender que tipo de fatos foram de informações sobre todos os bairros da 01) Avenida Pedro II, década de 1960. contar uma história. Alguém escolhe fatos que cidade que proporcionaram a ocupação de escolhidos para estar ali. Isso foi explicado no Regional Nordeste: fichas sobre os bairros, Acervo APCBH. Fundo ASCOM (Av As 02(2,0) Ps 63 En 685). considera importantes para explicar o que está bairros e ajudam no seu crescimento. 02) Trevo da Avenida Carlos Luz com o Anel Rodoviário, 1970. texto ao lado. Veja quais são eles, vá até as atividades com documentos, mapas, foto- Acervo SUDECAP. estudando. Depois, ordena esses fatos em uma Para a outra linha do tempo, escolhemos 03) Trecho do Ribeirão Arrudas, 1999. linhas do tempo e compare uma com a outra. grafias, figuras... Quando estiver examinan- Acervo SUDECAP. reta com números que representam a passagem os acontecimentos ligados ao povoamento e às Tente observar se o que está na linha da cida- do cada uma dessas informações, venha no- 04) Avenida Amazonas, 1970. do tempo, que tem espaço proporcional para grandes transformações dos bairros da Regional Acervo SUDECAP. de se relaciona com o que é apresentado na vamente olhar as linhas do tempo. Veja se há 05) Avenida Cristiano Machado, 1987. tempos iguais; por exemplo, todos os anos Nordeste. Poderíamos ter selecionado fatos Acervo SUDECAP. da Regional Nordeste. algum tipo de informação específica sobre devem ocupar o mesmo espaço na reta. como inaugurações de igrejas, escolas, parques, Outra coisa a fazer é observar como es- o bairro da ficha que você examina. Se não Com a linha do tempo, o leitor tem uma visão ruas... Mas como decidir se a igreja de um LINHA DO TEMPO: BELO HORIZONTE tão distribuídos os fatos ao longo da reta. Há há, por que será? Observe se as informações geral da história que está sendo contada. Geral, bairro é mais importante que a do outro, como E REGIONAL NORDESTE um período em que há mais fatos marcados? muito específicas que estão nos documen- mas não completa. O que você encontrará neste escolher entre as inúmeras escolas existentes

Há períodos “vazios”? Que períodos são es- tos também estão nas linhas do tempo. Ou REGIONAL NORDESTE encarte são duas linhas do tempo. A da direita nos bairros da cidade? Não seria possível 06) Linha de bonde na Vila Renascença, 1936. ses? Por que será que isso acontece? se o documento se relaciona com algum ou- Relatório apresentado a S. ajuda a contar a história de Belo Horizonte. A da falar de todas as construções, então optamos In: BELO HORIZONTE. Prefeitura. As informações que estão numa linha do tro evento que está nas linhas. Por que isso Ex. o Sr. Governador Benedicto Valladares Ribeiro pelo Prefeito esquerda é um jeito de explicar parte da história por deixá-las de fora, citando apenas aquelas Octacilio Negrão de Lima e relativo ao período administrativo tempo servem para que a gente se localize acontece? As figuras do caderno ajudam a de 1935-1936. Belo Horizonte: Imprensa Oficial do Estado de dos bairros da Regional Nordeste. que foram decisivas para o desenvolvimento Acervo APCBH, Coleção Relató- no tempo. Não devem ser decoradas, de- gente a entender os fatos que estão nas li- Minas Gerais, 1937. [p. 44a]. Observe como elas foram feitas: há linhas dos bairros. rios anuais de atividades da Prefeitura de Belo Horizonte. vem ser usadas. Então, uma outra forma de nhas? Ao examinar figuras e fotografias do 07) Matadouro Modelo, s/d. pontilhadas que “saem” da reta numérica, O que colocamos nessas duas linhas do ler essas linhas é comparando-as com outros caderno, volte neste encarte e procure outras Acervo APCBH. Fundo ASCOM indicando o ano em que aconteceu o fato tempo vai ajudá-lo a entender a história dos 08) Inauguração da linha de ônibus na Vila Ipiranga, 1967. tipos de texto. Quando estiver lendo os tex- informações sobre elas. Acervo APCBH. Fundo ASCOM narrado no texto escrito. Há, também, bairros da Regional Nordeste. Mas não é tudo 09) Avenida Cristiano Machado no bairro Renascença, 1963. tos deste caderno sobre história da cidade e Usar as linhas do tempo para entender Acervo APCBH. Fundo ASCOM fotografias, que representam alguns fatos o que aconteceu neles! Portanto, você, como história da regional, volte aqui! Venha bus- outros textos é um jeito diferente de viajar no 10) Inauguração da iluminação da Avenida Cristiano Machado, 1974. que estão nas linhas do tempo. estudante interessado que é, pode pesquisar Acervo APCBH. Fundo ASCOM car novas explicações para os fatos. tempo! Vamos lá? 11) Casas populares no bairro São Paulo, 1993. Os acontecimentos que estão na linha sobre outros acontecimentos. Com isso, Acervo APCBH. Fundo ASCOM 12) Rua Império no bairro Pirajá, 1986. do tempo da história de Belo Horizonte talvez pode completar informações que estão aqui In: EROSÃO em Belo Horizonte. Belo Horizonte, 1986. Acervo sejam diferentes dos que você já conhece. Aqui, ou construir outras linhas do tempo, com APCBH, Fundo Secretaria Municipal Adjunta de Planejamento, Sub-Fundo Departamento de Informações Técnicas. inserimos eventos que interferiram diretamente outros tipos de evento. ÍNDICE DE FIGURAS Para ler uma linha do tempo, primeiro, Este caderno tem também outros tipos Uma linha do tempo é um jeito de ajudar a no desenvolvimento dos bairros, mudanças na BELO HORIZONTE você deve entender que tipo de fatos foram de informações sobre todos os bairros da 01) Avenida Pedro II, década de 1960. contar uma história. Alguém escolhe fatos que cidade que proporcionaram a ocupação de escolhidos para estar ali. Isso foi explicado no Regional Nordeste: fichas sobre os bairros, Acervo APCBH. Fundo ASCOM (Av As 02(2,0) Ps 63 En 685). considera importantes para explicar o que está bairros e ajudam no seu crescimento. 02) Trevo da Avenida Carlos Luz com o Anel Rodoviário, 1970. texto ao lado. Veja quais são eles, vá até as atividades com documentos, mapas, foto- Acervo SUDECAP. estudando. Depois, ordena esses fatos em uma Para a outra linha do tempo, escolhemos 03) Trecho do Ribeirão Arrudas, 1999. linhas do tempo e compare uma com a outra. grafias, figuras... Quando estiver examinan- Acervo SUDECAP. reta com números que representam a passagem os acontecimentos ligados ao povoamento e às Tente observar se o que está na linha da cida- do cada uma dessas informações, venha no- 04) Avenida Amazonas, 1970. do tempo, que tem espaço proporcional para grandes transformações dos bairros da Regional Acervo SUDECAP. de se relaciona com o que é apresentado na vamente olhar as linhas do tempo. Veja se há 05) Avenida Cristiano Machado, 1987. tempos iguais; por exemplo, todos os anos Nordeste. Poderíamos ter selecionado fatos Acervo SUDECAP. da Regional Nordeste. algum tipo de informação específica sobre devem ocupar o mesmo espaço na reta. como inaugurações de igrejas, escolas, parques, Outra coisa a fazer é observar como es- o bairro da ficha que você examina. Se não Com a linha do tempo, o leitor tem uma visão ruas... Mas como decidir se a igreja de um LINHA DO TEMPO: BELO HORIZONTE tão distribuídos os fatos ao longo da reta. Há há, por que será? Observe se as informações geral da história que está sendo contada. Geral, bairro é mais importante que a do outro, como E REGIONAL NORDESTE um período em que há mais fatos marcados? muito específicas que estão nos documen- mas não completa. O que você encontrará neste escolher entre as inúmeras escolas existentes

Há períodos “vazios”? Que períodos são es- tos também estão nas linhas do tempo. Ou REGIONAL NORDESTE encarte são duas linhas do tempo. A da direita nos bairros da cidade? Não seria possível 06) Linha de bonde na Vila Renascença, 1936. ses? Por que será que isso acontece? se o documento se relaciona com algum ou- Relatório apresentado a S. ajuda a contar a história de Belo Horizonte. A da falar de todas as construções, então optamos In: BELO HORIZONTE. Prefeitura. As informações que estão numa linha do tro evento que está nas linhas. Por que isso Ex. o Sr. Governador Benedicto Valladares Ribeiro pelo Prefeito esquerda é um jeito de explicar parte da história por deixá-las de fora, citando apenas aquelas Octacilio Negrão de Lima e relativo ao período administrativo tempo servem para que a gente se localize acontece? As figuras do caderno ajudam a de 1935-1936. Belo Horizonte: Imprensa Oficial do Estado de dos bairros da Regional Nordeste. que foram decisivas para o desenvolvimento Acervo APCBH, Coleção Relató- no tempo. Não devem ser decoradas, de- gente a entender os fatos que estão nas li- Minas Gerais, 1937. [p. 44a]. Observe como elas foram feitas: há linhas dos bairros. rios anuais de atividades da Prefeitura de Belo Horizonte. vem ser usadas. Então, uma outra forma de nhas? Ao examinar figuras e fotografias do 07) Matadouro Modelo, s/d. pontilhadas que “saem” da reta numérica, O que colocamos nessas duas linhas do ler essas linhas é comparando-as com outros caderno, volte neste encarte e procure outras Acervo APCBH. Fundo ASCOM indicando o ano em que aconteceu o fato tempo vai ajudá-lo a entender a história dos 08) Inauguração da linha de ônibus na Vila Ipiranga, 1967. tipos de texto. Quando estiver lendo os tex- informações sobre elas. Acervo APCBH. Fundo ASCOM narrado no texto escrito. Há, também, bairros da Regional Nordeste. Mas não é tudo 09) Avenida Cristiano Machado no bairro Renascença, 1963. tos deste caderno sobre história da cidade e Usar as linhas do tempo para entender Acervo APCBH. Fundo ASCOM fotografias, que representam alguns fatos o que aconteceu neles! Portanto, você, como história da regional, volte aqui! Venha bus- outros textos é um jeito diferente de viajar no 10) Inauguração da iluminação da Avenida Cristiano Machado, 1974. que estão nas linhas do tempo. estudante interessado que é, pode pesquisar Acervo APCBH. Fundo ASCOM car novas explicações para os fatos. tempo! Vamos lá? 11) Casas populares no bairro São Paulo, 1993. Os acontecimentos que estão na linha sobre outros acontecimentos. Com isso, Acervo APCBH. Fundo ASCOM 12) Rua Império no bairro Pirajá, 1986. do tempo da história de Belo Horizonte talvez pode completar informações que estão aqui In: EROSÃO em Belo Horizonte. Belo Horizonte, 1986. Acervo sejam diferentes dos que você já conhece. Aqui, ou construir outras linhas do tempo, com APCBH, Fundo Secretaria Municipal Adjunta de Planejamento, Sub-Fundo Departamento de Informações Técnicas. inserimos eventos que interferiram diretamente outros tipos de evento. LINHA DO TEMPO BELO HORIZONTE 1890 LINHA DO TEMPO REGIONAL NORDESTE 1891

1892 1893_ Determinação, por lei, da transferência da capital para o Arraial de Belo Horizonte. 1893

1897_ Inauguração da nova capital do 1894 Estado, em 12 de dezembro, com o nome de “Cidade de Minas”. 1895

1898_ Implantação dos núcleos coloniais 1896 agrícolas Carlos Prates e Córrego da Mata. 1897 1899_ Criação dos núcleos coloniais agrícolas , Adalberto Ferraz 1898 e Afonso Pena. 1899 1900

1902_ Implantação do serviço 1901 de bondes da cidade. 1902 1907_ Criação da Colônia Agrícola Vargem Grande, na região da antiga 1903 Fazenda do Barreiro. 1904 1909_ Surgimento do Bairro Operário, no atual Barro Preto, para onde foram 1905 transferidos centenas de moradores das favelas da cidade. 1906 1907

1908

1909 1910 1912_ Incorporação das antigas colônias agrícolas à zona suburbana 1911 de Belo Horizonte. Com isso, sua 1912 urbanização passou a ser controlada pela Prefeitura. 1913

1917_ Expansão da linha férrea para 1914 a região Oeste de Belo Horizonte, com a conseqüente criação das estações 1915 de trem do Jatobá, do Barreiro, da Gameleira e do Calafate. 1916

1917 1918_ Aprovação de lei que autorizou a construção de vilas operárias na cidade. 1918

1919 1920 1923_ Inauguração do primeiro serviço de auto-ônibus, que hoje conhecemos 1921 apenas como ônibus. 1922 1924_ Urbanização fora da área que havia sido planejada durante a construção da cidade por 1923 meio da criação das primeiras vilas operárias. 1924 1927_Aprovação da Vila 1925 Industrial Melo Viana, no atual bairro Renascença. 1926 01) Trecho do Ribeirão 1928_Aprovação do bairro Santa Arrudas, 1999. 1927 Cruz pelo prefeito. Abertura do primeiro trecho 1929_ 1928 da Avenida dos , a partir da 1929_Aprovação da Vila Concórdia canalização do Ribeirão Arrudas. 1929 e da Vila Renascença pelo prefeito.

1936_ Criação de uma zona industrial 1930 1930_Aprovação do bairro na região do Barro Preto. 06) Linha de bonde na Vila 1931 Cachoeirinha e do bairro Nova Floresta pelo prefeito. Renascença, 1936. 1932

1933 1934_Fundação da Cidade Ozanan, 1934 02) Avenida Pedro instituição voltada à assistência social II, década de 1960. a pessoas carentes, localizada no 1935 bairro Ipiranga. Canalização dos córregos da Mata e Pastinho para a construção, 1936 respectivamente, das avenidas Silviano Brandão e Pedro II. 1937 1937_ Inauguração do Matadouro Modelo no bairro São Paulo e da 1938 Companhia Renascença Industrial no bairro Renascença. 1940_ Ampliação da Avenida Amazonas 1939 até a Gameleira. Abertura da Avenida 07) Matadouro Modelo, s/d. Pampulha, atual Avenida Antônio Carlos. 1940 1941 Criação da Cidade Industrial de Belo 1941_ 1942_Aprovação da Vila Ipiranga. Horizonte, hoje pertencente a . 1942 03) Avenida Amazonas, 1947_ Autonomia de Belo Horizonte, 1943 1970. com isso a cidade passou a ter uma Câmara Municipal e prefeito eleito. 1944

1948_ Aprovação de lei que regulamentava 1945 a criação de conjuntos de residências. 1946 08) Inauguração da linha de Criação das cidades satélites do Barreiro, ônibus na Vila Ipiranga, 1967. Cidade Industrial, Pampulha e Venda Nova. 1947 Criação da primeira escola municipal 1948 (Ginásio), que inicialmente funcionou no Parque Municipal. 1949

1950 1953_ Circulação dos primeiros trólebus, 1951 _Início dos trabalhos ônibus elétricos, que trafegaram até 1969. 1951 para a abertura da Avenida Cristiano Machado. 1955_ Criação do Departamento 1952 Municipal de Habitação e Bairros Populares, o DBP, órgão responsável pela 1953 política de desfavelamento na cidade. Criação das uniões de defesa coletiva nas 1954 09) Avenida Cristiano Machado no bairro favelas de Belo Horizonte pelos moradores. 1955 1956 _ Aprovação da Vila Renascença, 1963. Maura, no bairro Ipiranga. 1956 1957_ Realização de obras de construção do Anel Rodoviário. 1957

1958

1959 1960

1961 Fim da circulação dos bondes. 1963_ 1962 Nessa época, o trólebus e o auto-ônibus eram as outras opções de transporte coletivo. 1963

1964 1966 _ Início das obras de canalização do 1965 Córrego da Cachoeirinha. 04) Trevo da Avenida Carlos 1966 Aprovação do bairro Luz com o Anel 1967 _ Cidade Nova pelo prefeito. Rodoviário, 1970. 1967 Aprovação do bairro 1966_ Canalização do córrego da 1968 1968 _ Avenida Catalão, atual Avenida Carlos Ribeiro de Abreu pelo prefeito. Luz, para a abertura da via. 1969 10) Inauguração da iluminação da Avenida 1970 Cristiano Machado, 1974. 1971_ Constituição da CHISBEL, órgão 1971 _ Construção do responsável por diversas ações de 1971 Túnel Lagoinha-Concórdia. desfavelamento na cidade. 1972 Construção de mais de vinte escolas 1975 _ Aprovação do bairro União pela cidade, como parte das ações da 1973 e início das obras de prolongamento da Avenida Cristiano Machado. Prefeitura para a implantação da reforma 11) Casas populares no bairro nacional do ensino. 1974 São Paulo, 1993. 1976 _ Aprovação do bairro 1973_ Criação das administrações 1975 Ipê e do bairro Goiânia. regionais Barreiro e Venda Nova, as primeiras da cidade. 1976 1978 _ Aprovação do bairro São Paulo. 1976_ Início das obras de 1977 construção da Via Expressa. 1979 _ Aprovação do bairro Pirajá. 1978 12) Rua Império no bairro Pirajá, 1986. 1979 1980

1981 1981 _ Aprovação do bairro Belmonte e do bairro Jardim Vitória pelo prefeito. 1980_ Expansão da Avenida Cristiano 1982 Machado para além do Anel Rodoviário. 1983 1982 _ Aprovação do bairro Nazaré. 1981_ Início das obras de construção do 1984 05) Avenida Cristiano metrô em Belo Horizonte. 1983_ Aprovação do bairro Machado, 1987. 1985 Palmares pelo prefeito.

1982_ Inauguração da Avenida 1986 1984_ Aprovação do bairro Barão Homem de Melo. Eymard pelo prefeito. 1987 1984_ Delimitação das áreas de 1985_ Aprovação do bairro dezenas de favelas da cidade através 1988 Fernão Dias pelo prefeito. de um decreto municipal. 1989

1985_ Criação das demais 1990 administrações regionais na cidade. 1991 1991_ Inauguração 1988_Construção de mais de 30 1992 do Minas Shopping. postos de saúde por toda a capital. 1993

1994 1994_ Criação do Orçamento Participativo. 1995 1996_ Fechamento da Companhia Renascença Industrial. 1996_ Aprovação do último plano diretor da 1996 cidade e da Lei de Parcelamento, Ocupação e Uso do Solo, normas que definem a política de 1997 desenvolvimento urbano. 1998 1997_ Início da implantação do BHBUS, com a inauguração da Estação Diamante, 1999 no bairro Vila Pinho. 2000

2001

2002 2002_ Aprovação do bairro Capitão Eduardo pelo prefeito. 2003 2005_ Início de uma série de ações que 2005_Início das obras da Linha Verde. promoveram transformações urbanas em 2004 diversas vilas da cidade. 2005

2006

2007

2008

2009 LINHA DO TEMPO BELO HORIZONTE 1890 LINHA DO TEMPO REGIONAL NORDESTE 1891

1892 1893_ Determinação, por lei, da transferência da capital para o Arraial de Belo Horizonte. 1893

1897_ Inauguração da nova capital do 1894 Estado, em 12 de dezembro, com o nome de “Cidade de Minas”. 1895

1898_ Implantação dos núcleos coloniais 1896 agrícolas Carlos Prates e Córrego da Mata. 1897 1899_ Criação dos núcleos coloniais agrícolas Bias Fortes, Adalberto Ferraz 1898 e Afonso Pena. 1899 1900

1902_ Implantação do serviço 1901 de bondes da cidade. 1902 1907_ Criação da Colônia Agrícola Vargem Grande, na região da antiga 1903 Fazenda do Barreiro. 1904 1909_ Surgimento do Bairro Operário, no atual Barro Preto, para onde foram 1905 transferidos centenas de moradores das favelas da cidade. 1906 1907

1908

1909 1910 1912_ Incorporação das antigas colônias agrícolas à zona suburbana 1911 de Belo Horizonte. Com isso, sua 1912 urbanização passou a ser controlada pela Prefeitura. 1913

1917_ Expansão da linha férrea para 1914 a região Oeste de Belo Horizonte, com a conseqüente criação das estações 1915 de trem do Jatobá, do Barreiro, da Gameleira e do Calafate. 1916

1917 1918_ Aprovação de lei que autorizou a construção de vilas operárias na cidade. 1918

1919 1920 1923_ Inauguração do primeiro serviço de auto-ônibus, que hoje conhecemos 1921 apenas como ônibus. 1922 1924_ Urbanização fora da área que havia sido planejada durante a construção da cidade por 1923 meio da criação das primeiras vilas operárias. 1924 1927_Aprovação da Vila 1925 Industrial Melo Viana, no atual bairro Renascença. 1926 01) Trecho do Ribeirão 1928_Aprovação do bairro Santa Arrudas, 1999. 1927 Cruz pelo prefeito. Abertura do primeiro trecho 1929_ 1928 da Avenida dos Andradas, a partir da 1929_Aprovação da Vila Concórdia canalização do Ribeirão Arrudas. 1929 e da Vila Renascença pelo prefeito.

1936_ Criação de uma zona industrial 1930 1930_Aprovação do bairro na região do Barro Preto. 06) Linha de bonde na Vila 1931 Cachoeirinha e do bairro Nova Floresta pelo prefeito. Renascença, 1936. 1932

1933 1934_Fundação da Cidade Ozanan, 1934 02) Avenida Pedro instituição voltada à assistência social II, década de 1960. a pessoas carentes, localizada no 1935 bairro Ipiranga. Canalização dos córregos da Mata e Pastinho para a construção, 1936 respectivamente, das avenidas Silviano Brandão e Pedro II. 1937 1937_ Inauguração do Matadouro Modelo no bairro São Paulo e da 1938 Companhia Renascença Industrial no bairro Renascença. 1940_ Ampliação da Avenida Amazonas 1939 até a Gameleira. Abertura da Avenida 07) Matadouro Modelo, s/d. Pampulha, atual Avenida Antônio Carlos. 1940 1941 Criação da Cidade Industrial de Belo 1941_ 1942_Aprovação da Vila Ipiranga. Horizonte, hoje pertencente a Contagem. 1942 03) Avenida Amazonas, 1947_ Autonomia de Belo Horizonte, 1943 1970. com isso a cidade passou a ter uma Câmara Municipal e prefeito eleito. 1944

1948_ Aprovação de lei que regulamentava 1945 a criação de conjuntos de residências. 1946 08) Inauguração da linha de Criação das cidades satélites do Barreiro, ônibus na Vila Ipiranga, 1967. Cidade Industrial, Pampulha e Venda Nova. 1947 Criação da primeira escola municipal 1948 (Ginásio), que inicialmente funcionou no Parque Municipal. 1949

1950 1953_ Circulação dos primeiros trólebus, 1951 _Início dos trabalhos ônibus elétricos, que trafegaram até 1969. 1951 para a abertura da Avenida Cristiano Machado. 1955_ Criação do Departamento 1952 Municipal de Habitação e Bairros Populares, o DBP, órgão responsável pela 1953 política de desfavelamento na cidade. Criação das uniões de defesa coletiva nas 1954 09) Avenida Cristiano Machado no bairro favelas de Belo Horizonte pelos moradores. 1955 1956 _ Aprovação da Vila Renascença, 1963. Maura, no bairro Ipiranga. 1956 1957_ Realização de obras de construção do Anel Rodoviário. 1957

1958

1959 1960

1961 Fim da circulação dos bondes. 1963_ 1962 Nessa época, o trólebus e o auto-ônibus eram as outras opções de transporte coletivo. 1963

1964 1966 _ Início das obras de canalização do 1965 Córrego da Cachoeirinha. 04) Trevo da Avenida Carlos 1966 Aprovação do bairro Luz com o Anel 1967 _ Cidade Nova pelo prefeito. Rodoviário, 1970. 1967 Aprovação do bairro 1966_ Canalização do córrego da 1968 1968 _ Avenida Catalão, atual Avenida Carlos Ribeiro de Abreu pelo prefeito. Luz, para a abertura da via. 1969 10) Inauguração da iluminação da Avenida 1970 Cristiano Machado, 1974. 1971_ Constituição da CHISBEL, órgão 1971 _ Construção do responsável por diversas ações de 1971 Túnel Lagoinha-Concórdia. desfavelamento na cidade. 1972 Construção de mais de vinte escolas 1975 _ Aprovação do bairro União pela cidade, como parte das ações da 1973 e início das obras de prolongamento da Avenida Cristiano Machado. Prefeitura para a implantação da reforma 11) Casas populares no bairro nacional do ensino. 1974 São Paulo, 1993. 1976 _ Aprovação do bairro 1973_ Criação das administrações 1975 Ipê e do bairro Goiânia. regionais Barreiro e Venda Nova, as primeiras da cidade. 1976 1978 _ Aprovação do bairro São Paulo. 1976_ Início das obras de 1977 construção da Via Expressa. 1979 _ Aprovação do bairro Pirajá. 1978 12) Rua Império no bairro Pirajá, 1986. 1979 1980

1981 1981 _ Aprovação do bairro Belmonte e do bairro Jardim Vitória pelo prefeito. 1980_ Expansão da Avenida Cristiano 1982 Machado para além do Anel Rodoviário. 1983 1982 _ Aprovação do bairro Nazaré. 1981_ Início das obras de construção do 1984 05) Avenida Cristiano metrô em Belo Horizonte. 1983_ Aprovação do bairro Machado, 1987. 1985 Palmares pelo prefeito.

1982_ Inauguração da Avenida 1986 1984_ Aprovação do bairro Barão Homem de Melo. Eymard pelo prefeito. 1987 1984_ Delimitação das áreas de 1985_ Aprovação do bairro dezenas de favelas da cidade através 1988 Fernão Dias pelo prefeito. de um decreto municipal. 1989

1985_ Criação das demais 1990 administrações regionais na cidade. 1991 1991_ Inauguração 1988_Construção de mais de 30 1992 do Minas Shopping. postos de saúde por toda a capital. 1993

1994 1994_ Criação do Orçamento Participativo. 1995 1996_ Fechamento da Companhia Renascença Industrial. 1996_ Aprovação do último plano diretor da 1996 cidade e da Lei de Parcelamento, Ocupação e Uso do Solo, normas que definem a política de 1997 desenvolvimento urbano. 1998 1997_ Início da implantação do BHBUS, com a inauguração da Estação Diamante, 1999 no bairro Vila Pinho. 2000

2001

2002 2002_ Aprovação do bairro Capitão Eduardo pelo prefeito. 2003 2005_ Início de uma série de ações que 2005_Início das obras da Linha Verde. promoveram transformações urbanas em 2004 diversas vilas da cidade. 2005

2006

2007

2008

2009 LINHA DO TEMPO BELO HORIZONTE 1890 LINHA DO TEMPO REGIONAL NORDESTE 1891

1892 1893_ Determinação, por lei, da transferência da capital para o Arraial de Belo Horizonte. 1893

1897_ Inauguração da nova capital do 1894 Estado, em 12 de dezembro, com o nome de “Cidade de Minas”. 1895

1898_ Implantação dos núcleos coloniais 1896 agrícolas Carlos Prates e Córrego da Mata. 1897 1899_ Criação dos núcleos coloniais agrícolas Bias Fortes, Adalberto Ferraz 1898 e Afonso Pena. 1899 1900

1902_ Implantação do serviço 1901 de bondes da cidade. 1902 1907_ Criação da Colônia Agrícola Vargem Grande, na região da antiga 1903 Fazenda do Barreiro. 1904 1909_ Surgimento do Bairro Operário, no atual Barro Preto, para onde foram 1905 transferidos centenas de moradores das favelas da cidade. 1906 1907

1908

1909 1910 1912_ Incorporação das antigas colônias agrícolas à zona suburbana 1911 de Belo Horizonte. Com isso, sua 1912 urbanização passou a ser controlada pela Prefeitura. 1913

1917_ Expansão da linha férrea para 1914 a região Oeste de Belo Horizonte, com a conseqüente criação das estações 1915 de trem do Jatobá, do Barreiro, da Gameleira e do Calafate. 1916

1917 1918_ Aprovação de lei que autorizou a construção de vilas operárias na cidade. 1918

1919 1920 1923_ Inauguração do primeiro serviço de auto-ônibus, que hoje conhecemos 1921 apenas como ônibus. 1922 1924_ Urbanização fora da área que havia sido planejada durante a construção da cidade por 1923 meio da criação das primeiras vilas operárias. 1924 1927_Aprovação da Vila 1925 Industrial Melo Viana, no atual bairro Renascença. 1926 01) Trecho do Ribeirão 1928_Aprovação do bairro Santa Arrudas, 1999. 1927 Cruz pelo prefeito. Abertura do primeiro trecho 1929_ 1928 da Avenida dos Andradas, a partir da 1929_Aprovação da Vila Concórdia canalização do Ribeirão Arrudas. 1929 e da Vila Renascença pelo prefeito.

1936_ Criação de uma zona industrial 1930 1930_Aprovação do bairro na região do Barro Preto. 06) Linha de bonde na Vila 1931 Cachoeirinha e do bairro Nova Floresta pelo prefeito. Renascença, 1936. 1932

1933 1934_Fundação da Cidade Ozanan, 1934 02) Avenida Pedro instituição voltada à assistência social II, década de 1960. a pessoas carentes, localizada no 1935 bairro Ipiranga. Canalização dos córregos da Mata e Pastinho para a construção, 1936 respectivamente, das avenidas Silviano Brandão e Pedro II. 1937 1937_ Inauguração do Matadouro Modelo no bairro São Paulo e da 1938 Companhia Renascença Industrial no bairro Renascença. 1940_ Ampliação da Avenida Amazonas 1939 até a Gameleira. Abertura da Avenida 07) Matadouro Modelo, s/d. Pampulha, atual Avenida Antônio Carlos. 1940 1941 Criação da Cidade Industrial de Belo 1941_ 1942_Aprovação da Vila Ipiranga. Horizonte, hoje pertencente a Contagem. 1942 03) Avenida Amazonas, 1947_ Autonomia de Belo Horizonte, 1943 1970. com isso a cidade passou a ter uma Câmara Municipal e prefeito eleito. 1944

1948_ Aprovação de lei que regulamentava 1945 a criação de conjuntos de residências. 1946 08) Inauguração da linha de Criação das cidades satélites do Barreiro, ônibus na Vila Ipiranga, 1967. Cidade Industrial, Pampulha e Venda Nova. 1947 Criação da primeira escola municipal 1948 (Ginásio), que inicialmente funcionou no Parque Municipal. 1949

1950 1953_ Circulação dos primeiros trólebus, 1951 _Início dos trabalhos ônibus elétricos, que trafegaram até 1969. 1951 para a abertura da Avenida Cristiano Machado. 1955_ Criação do Departamento 1952 Municipal de Habitação e Bairros Populares, o DBP, órgão responsável pela 1953 política de desfavelamento na cidade. Criação das uniões de defesa coletiva nas 1954 09) Avenida Cristiano Machado no bairro favelas de Belo Horizonte pelos moradores. 1955 1956 _ Aprovação da Vila Renascença, 1963. Maura, no bairro Ipiranga. 1956 1957_ Realização de obras de construção do Anel Rodoviário. 1957

1958

1959 1960

1961 Fim da circulação dos bondes. 1963_ 1962 Nessa época, o trólebus e o auto-ônibus eram as outras opções de transporte coletivo. 1963

1964 1966 _ Início das obras de canalização do 1965 Córrego da Cachoeirinha. 04) Trevo da Avenida Carlos 1966 Aprovação do bairro Luz com o Anel 1967 _ Cidade Nova pelo prefeito. Rodoviário, 1970. 1967 Aprovação do bairro 1966_ Canalização do córrego da 1968 1968 _ Avenida Catalão, atual Avenida Carlos Ribeiro de Abreu pelo prefeito. Luz, para a abertura da via. 1969 10) Inauguração da iluminação da Avenida 1970 Cristiano Machado, 1974. 1971_ Constituição da CHISBEL, órgão 1971 _ Construção do responsável por diversas ações de 1971 Túnel Lagoinha-Concórdia. desfavelamento na cidade. 1972 Construção de mais de vinte escolas 1975 _ Aprovação do bairro União pela cidade, como parte das ações da 1973 e início das obras de prolongamento da Avenida Cristiano Machado. Prefeitura para a implantação da reforma 11) Casas populares no bairro nacional do ensino. 1974 São Paulo, 1993. 1976 _ Aprovação do bairro 1973_ Criação das administrações 1975 Ipê e do bairro Goiânia. regionais Barreiro e Venda Nova, as primeiras da cidade. 1976 1978 _ Aprovação do bairro São Paulo. 1976_ Início das obras de 1977 construção da Via Expressa. 1979 _ Aprovação do bairro Pirajá. 1978 12) Rua Império no bairro Pirajá, 1986. 1979 1980

1981 1981 _ Aprovação do bairro Belmonte e do bairro Jardim Vitória pelo prefeito. 1980_ Expansão da Avenida Cristiano 1982 Machado para além do Anel Rodoviário. 1983 1982 _ Aprovação do bairro Nazaré. 1981_ Início das obras de construção do 1984 05) Avenida Cristiano metrô em Belo Horizonte. 1983_ Aprovação do bairro Machado, 1987. 1985 Palmares pelo prefeito.

1982_ Inauguração da Avenida 1986 1984_ Aprovação do bairro Barão Homem de Melo. Eymard pelo prefeito. 1987 1984_ Delimitação das áreas de 1985_ Aprovação do bairro dezenas de favelas da cidade através 1988 Fernão Dias pelo prefeito. de um decreto municipal. 1989

1985_ Criação das demais 1990 administrações regionais na cidade. 1991 1991_ Inauguração 1988_Construção de mais de 30 1992 do Minas Shopping. postos de saúde por toda a capital. 1993

1994 1994_ Criação do Orçamento Participativo. 1995 1996_ Fechamento da Companhia Renascença Industrial. 1996_ Aprovação do último plano diretor da 1996 cidade e da Lei de Parcelamento, Ocupação e Uso do Solo, normas que definem a política de 1997 desenvolvimento urbano. 1998 1997_ Início da implantação do BHBUS, com a inauguração da Estação Diamante, 1999 no bairro Vila Pinho. 2000

2001

2002 2002_ Aprovação do bairro Capitão Eduardo pelo prefeito. 2003 2005_ Início de uma série de ações que 2005_Início das obras da Linha Verde. promoveram transformações urbanas em 2004 diversas vilas da cidade. 2005

2006

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2009 LINHA DO TEMPO BELO HORIZONTE 1890 LINHA DO TEMPO REGIONAL NORDESTE 1891

1892 1893_ Determinação, por lei, da transferência da capital para o Arraial de Belo Horizonte. 1893

1897_ Inauguração da nova capital do 1894 Estado, em 12 de dezembro, com o nome de “Cidade de Minas”. 1895

1898_ Implantação dos núcleos coloniais 1896 agrícolas Carlos Prates e Córrego da Mata. 1897 1899_ Criação dos núcleos coloniais agrícolas Bias Fortes, Adalberto Ferraz 1898 e Afonso Pena. 1899 1900

1902_ Implantação do serviço 1901 de bondes da cidade. 1902 1907_ Criação da Colônia Agrícola Vargem Grande, na região da antiga 1903 Fazenda do Barreiro. 1904 1909_ Surgimento do Bairro Operário, no atual Barro Preto, para onde foram 1905 transferidos centenas de moradores das favelas da cidade. 1906 1907

1908

1909 1910 1912_ Incorporação das antigas colônias agrícolas à zona suburbana 1911 de Belo Horizonte. Com isso, sua 1912 urbanização passou a ser controlada pela Prefeitura. 1913

1917_ Expansão da linha férrea para 1914 a região Oeste de Belo Horizonte, com a conseqüente criação das estações 1915 de trem do Jatobá, do Barreiro, da Gameleira e do Calafate. 1916

1917 1918_ Aprovação de lei que autorizou a construção de vilas operárias na cidade. 1918

1919 1920 1923_ Inauguração do primeiro serviço de auto-ônibus, que hoje conhecemos 1921 apenas como ônibus. 1922 1924_ Urbanização fora da área que havia sido planejada durante a construção da cidade por 1923 meio da criação das primeiras vilas operárias. 1924 1927_Aprovação da Vila 1925 Industrial Melo Viana, no atual bairro Renascença. 1926 01) Trecho do Ribeirão 1928_Aprovação do bairro Santa Arrudas, 1999. 1927 Cruz pelo prefeito. Abertura do primeiro trecho 1929_ 1928 da Avenida dos Andradas, a partir da 1929_Aprovação da Vila Concórdia canalização do Ribeirão Arrudas. 1929 e da Vila Renascença pelo prefeito.

1936_ Criação de uma zona industrial 1930 1930_Aprovação do bairro na região do Barro Preto. 06) Linha de bonde na Vila 1931 Cachoeirinha e do bairro Nova Floresta pelo prefeito. Renascença, 1936. 1932

1933 1934_Fundação da Cidade Ozanan, 1934 02) Avenida Pedro instituição voltada à assistência social II, década de 1960. a pessoas carentes, localizada no 1935 bairro Ipiranga. Canalização dos córregos da Mata e Pastinho para a construção, 1936 respectivamente, das avenidas Silviano Brandão e Pedro II. 1937 1937_ Inauguração do Matadouro Modelo no bairro São Paulo e da 1938 Companhia Renascença Industrial no bairro Renascença. 1940_ Ampliação da Avenida Amazonas 1939 até a Gameleira. Abertura da Avenida 07) Matadouro Modelo, s/d. Pampulha, atual Avenida Antônio Carlos. 1940 1941 Criação da Cidade Industrial de Belo 1941_ 1942_Aprovação da Vila Ipiranga. Horizonte, hoje pertencente a Contagem. 1942 03) Avenida Amazonas, 1947_ Autonomia de Belo Horizonte, 1943 1970. com isso a cidade passou a ter uma Câmara Municipal e prefeito eleito. 1944

1948_ Aprovação de lei que regulamentava 1945 a criação de conjuntos de residências. 1946 08) Inauguração da linha de Criação das cidades satélites do Barreiro, ônibus na Vila Ipiranga, 1967. Cidade Industrial, Pampulha e Venda Nova. 1947 Criação da primeira escola municipal 1948 (Ginásio), que inicialmente funcionou no Parque Municipal. 1949

1950 1953_ Circulação dos primeiros trólebus, 1951 _Início dos trabalhos ônibus elétricos, que trafegaram até 1969. 1951 para a abertura da Avenida Cristiano Machado. 1955_ Criação do Departamento 1952 Municipal de Habitação e Bairros Populares, o DBP, órgão responsável pela 1953 política de desfavelamento na cidade. Criação das uniões de defesa coletiva nas 1954 09) Avenida Cristiano Machado no bairro favelas de Belo Horizonte pelos moradores. 1955 1956 _ Aprovação da Vila Renascença, 1963. Maura, no bairro Ipiranga. 1956 1957_ Realização de obras de construção do Anel Rodoviário. 1957

1958

1959 1960

1961 Fim da circulação dos bondes. 1963_ 1962 Nessa época, o trólebus e o auto-ônibus eram as outras opções de transporte coletivo. 1963

1964 1966 _ Início das obras de canalização do 1965 Córrego da Cachoeirinha. 04) Trevo da Avenida Carlos 1966 Aprovação do bairro Luz com o Anel 1967 _ Cidade Nova pelo prefeito. Rodoviário, 1970. 1967 Aprovação do bairro 1966_ Canalização do córrego da 1968 1968 _ Avenida Catalão, atual Avenida Carlos Ribeiro de Abreu pelo prefeito. Luz, para a abertura da via. 1969 10) Inauguração da iluminação da Avenida 1970 Cristiano Machado, 1974. 1971_ Constituição da CHISBEL, órgão 1971 _ Construção do responsável por diversas ações de 1971 Túnel Lagoinha-Concórdia. desfavelamento na cidade. 1972 Construção de mais de vinte escolas 1975 _ Aprovação do bairro União pela cidade, como parte das ações da 1973 e início das obras de prolongamento da Avenida Cristiano Machado. Prefeitura para a implantação da reforma 11) Casas populares no bairro nacional do ensino. 1974 São Paulo, 1993. 1976 _ Aprovação do bairro 1973_ Criação das administrações 1975 Ipê e do bairro Goiânia. regionais Barreiro e Venda Nova, as primeiras da cidade. 1976 1978 _ Aprovação do bairro São Paulo. 1976_ Início das obras de 1977 construção da Via Expressa. 1979 _ Aprovação do bairro Pirajá. 1978 12) Rua Império no bairro Pirajá, 1986. 1979 1980

1981 1981 _ Aprovação do bairro Belmonte e do bairro Jardim Vitória pelo prefeito. 1980_ Expansão da Avenida Cristiano 1982 Machado para além do Anel Rodoviário. 1983 1982 _ Aprovação do bairro Nazaré. 1981_ Início das obras de construção do 1984 05) Avenida Cristiano metrô em Belo Horizonte. 1983_ Aprovação do bairro Machado, 1987. 1985 Palmares pelo prefeito.

1982_ Inauguração da Avenida 1986 1984_ Aprovação do bairro Barão Homem de Melo. Eymard pelo prefeito. 1987 1984_ Delimitação das áreas de 1985_ Aprovação do bairro dezenas de favelas da cidade através 1988 Fernão Dias pelo prefeito. de um decreto municipal. 1989

1985_ Criação das demais 1990 administrações regionais na cidade. 1991 1991_ Inauguração 1988_Construção de mais de 30 1992 do Minas Shopping. postos de saúde por toda a capital. 1993

1994 1994_ Criação do Orçamento Participativo. 1995 1996_ Fechamento da Companhia Renascença Industrial. 1996_ Aprovação do último plano diretor da 1996 cidade e da Lei de Parcelamento, Ocupação e Uso do Solo, normas que definem a política de 1997 desenvolvimento urbano. 1998 1997_ Início da implantação do BHBUS, com a inauguração da Estação Diamante, 1999 no bairro Vila Pinho. 2000

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2002 2002_ Aprovação do bairro Capitão Eduardo pelo prefeito. 2003 2005_ Início de uma série de ações que 2005_Início das obras da Linha Verde. promoveram transformações urbanas em 2004 diversas vilas da cidade. 2005

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2009 ÍNDICE DE FIGURAS Para ler uma linha do tempo, primeiro, Este caderno tem também outros tipos Uma linha do tempo é um jeito de ajudar a no desenvolvimento dos bairros, mudanças na BELO HORIZONTE você deve entender que tipo de fatos foram de informações sobre todos os bairros da 01) Avenida Pedro II, década de 1960. contar uma história. Alguém escolhe fatos que cidade que proporcionaram a ocupação de escolhidos para estar ali. Isso foi explicado no Regional Nordeste: fichas sobre os bairros, Acervo APCBH. Fundo ASCOM (Av As 02(2,0) Ps 63 En 685). considera importantes para explicar o que está bairros e ajudam no seu crescimento. 02) Trevo da Avenida Carlos Luz com o Anel Rodoviário, 1970. texto ao lado. Veja quais são eles, vá até as atividades com documentos, mapas, foto- Acervo SUDECAP. estudando. Depois, ordena esses fatos em uma Para a outra linha do tempo, escolhemos 03) Trecho do Ribeirão Arrudas, 1999. linhas do tempo e compare uma com a outra. grafias, figuras... Quando estiver examinan- Acervo SUDECAP. reta com números que representam a passagem os acontecimentos ligados ao povoamento e às Tente observar se o que está na linha da cida- do cada uma dessas informações, venha no- 04) Avenida Amazonas, 1970. do tempo, que tem espaço proporcional para grandes transformações dos bairros da Regional Acervo SUDECAP. de se relaciona com o que é apresentado na vamente olhar as linhas do tempo. Veja se há 05) Avenida Cristiano Machado, 1987. tempos iguais; por exemplo, todos os anos Nordeste. Poderíamos ter selecionado fatos Acervo SUDECAP. da Regional Nordeste. algum tipo de informação específica sobre devem ocupar o mesmo espaço na reta. como inaugurações de igrejas, escolas, parques, Outra coisa a fazer é observar como es- o bairro da ficha que você examina. Se não Com a linha do tempo, o leitor tem uma visão ruas... Mas como decidir se a igreja de um LINHA DO TEMPO: BELO HORIZONTE tão distribuídos os fatos ao longo da reta. Há há, por que será? Observe se as informações geral da história que está sendo contada. Geral, bairro é mais importante que a do outro, como E REGIONAL NORDESTE um período em que há mais fatos marcados? muito específicas que estão nos documen- mas não completa. O que você encontrará neste escolher entre as inúmeras escolas existentes

Há períodos “vazios”? Que períodos são es- tos também estão nas linhas do tempo. Ou REGIONAL NORDESTE encarte são duas linhas do tempo. A da direita nos bairros da cidade? Não seria possível 06) Linha de bonde na Vila Renascença, 1936. ses? Por que será que isso acontece? se o documento se relaciona com algum ou- Relatório apresentado a S. ajuda a contar a história de Belo Horizonte. A da falar de todas as construções, então optamos In: BELO HORIZONTE. Prefeitura. As informações que estão numa linha do tro evento que está nas linhas. Por que isso Ex. o Sr. Governador Benedicto Valladares Ribeiro pelo Prefeito esquerda é um jeito de explicar parte da história por deixá-las de fora, citando apenas aquelas Octacilio Negrão de Lima e relativo ao período administrativo tempo servem para que a gente se localize acontece? As figuras do caderno ajudam a de 1935-1936. Belo Horizonte: Imprensa Oficial do Estado de dos bairros da Regional Nordeste. que foram decisivas para o desenvolvimento Acervo APCBH, Coleção Relató- no tempo. Não devem ser decoradas, de- gente a entender os fatos que estão nas li- Minas Gerais, 1937. [p. 44a]. Observe como elas foram feitas: há linhas dos bairros. rios anuais de atividades da Prefeitura de Belo Horizonte. vem ser usadas. Então, uma outra forma de nhas? Ao examinar figuras e fotografias do 07) Matadouro Modelo, s/d. pontilhadas que “saem” da reta numérica, O que colocamos nessas duas linhas do ler essas linhas é comparando-as com outros caderno, volte neste encarte e procure outras Acervo APCBH. Fundo ASCOM indicando o ano em que aconteceu o fato tempo vai ajudá-lo a entender a história dos 08) Inauguração da linha de ônibus na Vila Ipiranga, 1967. tipos de texto. Quando estiver lendo os tex- informações sobre elas. Acervo APCBH. Fundo ASCOM narrado no texto escrito. Há, também, bairros da Regional Nordeste. Mas não é tudo 09) Avenida Cristiano Machado no bairro Renascença, 1963. tos deste caderno sobre história da cidade e Usar as linhas do tempo para entender Acervo APCBH. Fundo ASCOM fotografias, que representam alguns fatos o que aconteceu neles! Portanto, você, como história da regional, volte aqui! Venha bus- outros textos é um jeito diferente de viajar no 10) Inauguração da iluminação da Avenida Cristiano Machado, 1974. que estão nas linhas do tempo. estudante interessado que é, pode pesquisar Acervo APCBH. Fundo ASCOM car novas explicações para os fatos. tempo! Vamos lá? 11) Casas populares no bairro São Paulo, 1993. Os acontecimentos que estão na linha sobre outros acontecimentos. Com isso, Acervo APCBH. Fundo ASCOM 12) Rua Império no bairro Pirajá, 1986. do tempo da história de Belo Horizonte talvez pode completar informações que estão aqui In: EROSÃO em Belo Horizonte. Belo Horizonte, 1986. Acervo sejam diferentes dos que você já conhece. Aqui, ou construir outras linhas do tempo, com APCBH, Fundo Secretaria Municipal Adjunta de Planejamento, Sub-Fundo Departamento de Informações Técnicas. inserimos eventos que interferiram diretamente outros tipos de evento. Os bairros são uma forma de divisão da No segundo mapa, indicamos a divisão dos cidade. São espaços que surgiram ao longo bairros com a qual trabalhamos neste caderno. da história do município e que, ainda hoje, Tente encontrar os bairros sobre os quais está continuam a se transformar. Quando falamos lendo. Compare o primeiro e o segundo mapas. desses lugares, muitas vezes fica difícil E então? Houve muitas mudanças? Quais foram entender onde eles estão. Em que região da os bairros que mais se alteraram? Quais bairros cidade exatamente eles se localizam? O que foram criados? Observe com atenção e note que existe ali perto? Para facilitar a identificação todos os mapas possuem uma escala. Através desses espaços, apresentamos neste encarte dela você pode saber qual é o tamanho real MAPAS: BELO HORIZONTE mapas de Belo Horizonte e dos bairros da dos bairros. Afinal de contas, eles não são do As region a is de Belo Horizonte E REGIONAL NORDESTE Regional Nordeste. tamanho que estão aqui nos mapas. É a escala No mapa ao lado, você pode ver a que nos diz o quanto eles são maiores. No caso divisão das nove regionais de Belo Horizonte. do mapa da Regional Nordeste, eles são 60.000 Perceba, observando a rosa dos ventos, onde vezes maiores do que aparecem aqui. são o Norte, o Sul, o Leste e o Oeste. Note Há, ainda, um terceiro mapa. Nele você como muitas regionais possuem os nomes pode ver cada um dos grupos de bairros que dos pontos cardeais. Você já localizou a analisamos no texto “Os bairros da Regional regional deste caderno? Nordeste de BH”. Deixe o encarte aberto, Se você abrir o encarte verá que existem identifique onde cada um dos bairros citados mais três mapas. Todos eles são da Regional no texto se localiza. Veja, também, que Nordeste. No primeiro, apresentamos a destacamos algumas das principais vias de divisão dos bairros populares que atualmente acesso e cursos d’água. Fique atento! Tente é adotada. Ela é novinha, foi criada no ano perceber de quais bairros eles estão próximos. passado, ou seja, em 2007. Perceba que os Você acha que há relação entre eles e os bairros? bairros estão identificados por números. Para Esperamos que o uso dos mapas ajude saber seus nomes, basta você consultar a vocês a conhecerem melhor as histórias legenda. Você conhece alguns desses bairros? dos bairros. Os bairros são uma forma de divisão da No segundo mapa, indicamos a divisão dos cidade. São espaços que surgiram ao longo bairros com a qual trabalhamos neste caderno. da história do município e que, ainda hoje, Tente encontrar os bairros sobre os quais está continuam a se transformar. Quando falamos lendo. Compare o primeiro e o segundo mapas. desses lugares, muitas vezes fica difícil E então? Houve muitas mudanças? Quais foram entender onde eles estão. Em que região da os bairros que mais se alteraram? Quais bairros cidade exatamente eles se localizam? O que foram criados? Observe com atenção e note que existe ali perto? Para facilitar a identificação todos os mapas possuem uma escala. Através desses espaços, apresentamos neste encarte dela você pode saber qual é o tamanho real MAPAS: BELO HORIZONTE mapas de Belo Horizonte e dos bairros da dos bairros. Afinal de contas, eles não são do As region a is de Belo Horizonte E REGIONAL NORDESTE Regional Nordeste. tamanho que estão aqui nos mapas. É a escala No mapa ao lado, você pode ver a que nos diz o quanto eles são maiores. No caso divisão das nove regionais de Belo Horizonte. do mapa da Regional Nordeste, eles são 60.000 Perceba, observando a rosa dos ventos, onde vezes maiores do que aparecem aqui. são o Norte, o Sul, o Leste e o Oeste. Note Há, ainda, um terceiro mapa. Nele você como muitas regionais possuem os nomes pode ver cada um dos grupos de bairros que dos pontos cardeais. Você já localizou a analisamos no texto “Os bairros da Regional regional deste caderno? Nordeste de BH”. Deixe o encarte aberto, Se você abrir o encarte verá que existem identifique onde cada um dos bairros citados mais três mapas. Todos eles são da Regional no texto se localiza. Veja, também, que Nordeste. No primeiro, apresentamos a destacamos algumas das principais vias de divisão dos bairros populares que atualmente acesso e cursos d’água. Fique atento! Tente é adotada. Ela é novinha, foi criada no ano perceber de quais bairros eles estão próximos. passado, ou seja, em 2007. Perceba que os Você acha que há relação entre eles e os bairros? bairros estão identificados por números. Para Esperamos que o uso dos mapas ajude saber seus nomes, basta você consultar a vocês a conhecerem melhor as histórias legenda. Você conhece alguns desses bairros? dos bairros. Os bairros são uma forma de divisão da No segundo mapa, indicamos a divisão dos cidade. São espaços que surgiram ao longo bairros com a qual trabalhamos neste caderno. da história do município e que, ainda hoje, Tente encontrar os bairros sobre os quais está continuam a se transformar. Quando falamos lendo. Compare o primeiro e o segundo mapas. desses lugares, muitas vezes fica difícil E então? Houve muitas mudanças? Quais foram entender onde eles estão. Em que região da os bairros que mais se alteraram? Quais bairros cidade exatamente eles se localizam? O que foram criados? Observe com atenção e note que existe ali perto? Para facilitar a identificação todos os mapas possuem uma escala. Através desses espaços, apresentamos neste encarte dela você pode saber qual é o tamanho real MAPAS: BELO HORIZONTE mapas de Belo Horizonte e dos bairros da dos bairros. Afinal de contas, eles não são do As region a is de Belo Horizonte E REGIONAL NORDESTE Regional Nordeste. tamanho que estão aqui nos mapas. É a escala No mapa ao lado, você pode ver a que nos diz o quanto eles são maiores. No caso divisão das nove regionais de Belo Horizonte. do mapa da Regional Nordeste, eles são 60.000 Perceba, observando a rosa dos ventos, onde vezes maiores do que aparecem aqui. são o Norte, o Sul, o Leste e o Oeste. Note Há, ainda, um terceiro mapa. Nele você como muitas regionais possuem os nomes pode ver cada um dos grupos de bairros que dos pontos cardeais. Você já localizou a analisamos no texto “Os bairros da Regional regional deste caderno? Nordeste de BH”. Deixe o encarte aberto, Se você abrir o encarte verá que existem identifique onde cada um dos bairros citados mais três mapas. Todos eles são da Regional no texto se localiza. Veja, também, que Nordeste. No primeiro, apresentamos a destacamos algumas das principais vias de divisão dos bairros populares que atualmente acesso e cursos d’água. Fique atento! Tente é adotada. Ela é novinha, foi criada no ano perceber de quais bairros eles estão próximos. passado, ou seja, em 2007. Perceba que os Você acha que há relação entre eles e os bairros? bairros estão identificados por números. Para Esperamos que o uso dos mapas ajude saber seus nomes, basta você consultar a vocês a conhecerem melhor as histórias legenda. Você conhece alguns desses bairros? dos bairros. Divisão atual dos bairros LEGENDAS Bairros populares da Grupos de bairros do texto populares da Regional nordeste Divisão atual dos bairros populares da Regional NORDESTE Regional nordeste “Os bairros da Regional Nordeste de BH” 1. Canadá 18. Pirajá 35. Vila São Paulo Modelo 52. Vila Nova Cachoeirinha IV 2. Tiradentes 19. Pousada Santo Antônio 36. Maria Virgínia 53. Ipiranga 3. Graça 20. Bela Vitória 37. Vila Universitários 54. Vila Ipiranga 4. Silveira 21. Cocorocó 38. Vila Inestan 55. Concórdia 5. Nova Floresta 22. Conjunto Capitão Eduardo 39. Santa Cruz 56. Vila do Pombal 6. Renascença 23. 40. Vila da Paz 57. Goiânia 7. Palmares 24. Mirtes 41. Vila Nova Cachoeirinha III 58. São Benedito 8. Cidade Nova 25. Vista do Sol 42. Eymard 59. Paulo VI 9. Penha 26. Grotinha 43. Vila Aarão Reis 60. Belmonte 10. Vila São Paulo 27. Dom Silvério 44. Maria Goretti 61. Ouro Minas 11. São Marcos 28. Três Marias 45. Morro dos Macacos 62. Beira-Linha 12. Ipê 29. Nazaré 46. São Paulo 63. Jardim Vitória 13. Vila Maria 30. Guanabara 47. Carioca 64. Capitão Eduardo 14. Vitória 31. Esplanada A 48. Dom Joaquim 65. Ribeiro de Abreu 15. Conjunto Paulo VI 32. Vila São Gabriel A 49. União 66. São Gabriel 16. Beija-Flor 33. Vila São Gabriel B 50. Vila de Sá 17. Fernão Dias 34. Vila Maria Virgínia 51. Cachoeirinha Bairros populares da Regional NORDESTE

1. Concórdia 10. Dom Joaquim 19. Goiânia 28. Ipê 2. Bairro da Graça 11. Palmares 20. Dom Silvério 29. Pousada Santo Antônio 3. Cidade Nova 12. Santa Cruz 21. São Gabriel 30. Fazenda Capitão Eduardo 4. Nova Floresta 13. Vila Maria Virgínia 22. São José 31. Belmonte 5. Renascença 14. São Paulo 23. Jardim Vitória 32. Ouro Minas 6. Cachoeirinha 15. Eymard 24. Ribeiro de Abreu 33. Nazaré 7. São João Batista 16. São Marcos 25. Capitão Eduardo 34. Vista do Sol 8. Ipiranga 17. Pirajá 26. Paulo VI 35. Beija-Flor 9. União 18. Maria Goretti 27. Fernão Dias 36. Silveira

Escala: 1:60.000 Escala: 1:60.000 Escala: 1:60.000 Divisão atual dos bairros LEGENDAS Bairros populares da Grupos de bairros do texto populares da Regional nordeste Divisão atual dos bairros populares da Regional NORDESTE Regional nordeste “Os bairros da Regional Nordeste de BH” 1. Canadá 18. Pirajá 35. Vila São Paulo Modelo 52. Vila Nova Cachoeirinha IV 2. Tiradentes 19. Pousada Santo Antônio 36. Maria Virgínia 53. Ipiranga 3. Graça 20. Bela Vitória 37. Vila Universitários 54. Vila Ipiranga 4. Silveira 21. Cocorocó 38. Vila Inestan 55. Concórdia 5. Nova Floresta 22. Conjunto Capitão Eduardo 39. Santa Cruz 56. Vila do Pombal 6. Renascença 23. Acaiaca 40. Vila da Paz 57. Goiânia 7. Palmares 24. Mirtes 41. Vila Nova Cachoeirinha III 58. São Benedito 8. Cidade Nova 25. Vista do Sol 42. Eymard 59. Paulo VI 9. Penha 26. Grotinha 43. Vila Aarão Reis 60. Belmonte 10. Vila São Paulo 27. Dom Silvério 44. Maria Goretti 61. Ouro Minas 11. São Marcos 28. Três Marias 45. Morro dos Macacos 62. Beira-Linha 12. Ipê 29. Nazaré 46. São Paulo 63. Jardim Vitória 13. Vila Maria 30. Guanabara 47. Carioca 64. Capitão Eduardo 14. Vitória 31. Esplanada A 48. Dom Joaquim 65. Ribeiro de Abreu 15. Conjunto Paulo VI 32. Vila São Gabriel A 49. União 66. São Gabriel 16. Beija-Flor 33. Vila São Gabriel B 50. Vila de Sá 17. Fernão Dias 34. Vila Maria Virgínia 51. Cachoeirinha Bairros populares da Regional NORDESTE

1. Concórdia 10. Dom Joaquim 19. Goiânia 28. Ipê 2. Bairro da Graça 11. Palmares 20. Dom Silvério 29. Pousada Santo Antônio 3. Cidade Nova 12. Santa Cruz 21. São Gabriel 30. Fazenda Capitão Eduardo 4. Nova Floresta 13. Vila Maria Virgínia 22. São José 31. Belmonte 5. Renascença 14. São Paulo 23. Jardim Vitória 32. Ouro Minas 6. Cachoeirinha 15. Eymard 24. Ribeiro de Abreu 33. Nazaré 7. São João Batista 16. São Marcos 25. Capitão Eduardo 34. Vista do Sol 8. Ipiranga 17. Pirajá 26. Paulo VI 35. Beija-Flor 9. União 18. Maria Goretti 27. Fernão Dias 36. Silveira

Escala: 1:60.000 Escala: 1:60.000 Escala: 1:60.000 Divisão atual dos bairros LEGENDAS Bairros populares da Grupos de bairros do texto populares da Regional nordeste Divisão atual dos bairros populares da Regional NORDESTE Regional nordeste “Os bairros da Regional Nordeste de BH” 1. Canadá 18. Pirajá 35. Vila São Paulo Modelo 52. Vila Nova Cachoeirinha IV 2. Tiradentes 19. Pousada Santo Antônio 36. Maria Virgínia 53. Ipiranga 3. Graça 20. Bela Vitória 37. Vila Universitários 54. Vila Ipiranga 4. Silveira 21. Cocorocó 38. Vila Inestan 55. Concórdia 5. Nova Floresta 22. Conjunto Capitão Eduardo 39. Santa Cruz 56. Vila do Pombal 6. Renascença 23. Acaiaca 40. Vila da Paz 57. Goiânia 7. Palmares 24. Mirtes 41. Vila Nova Cachoeirinha III 58. São Benedito 8. Cidade Nova 25. Vista do Sol 42. Eymard 59. Paulo VI 9. Penha 26. Grotinha 43. Vila Aarão Reis 60. Belmonte 10. Vila São Paulo 27. Dom Silvério 44. Maria Goretti 61. Ouro Minas 11. São Marcos 28. Três Marias 45. Morro dos Macacos 62. Beira-Linha 12. Ipê 29. Nazaré 46. São Paulo 63. Jardim Vitória 13. Vila Maria 30. Guanabara 47. Carioca 64. Capitão Eduardo 14. Vitória 31. Esplanada A 48. Dom Joaquim 65. Ribeiro de Abreu 15. Conjunto Paulo VI 32. Vila São Gabriel A 49. União 66. São Gabriel 16. Beija-Flor 33. Vila São Gabriel B 50. Vila de Sá 17. Fernão Dias 34. Vila Maria Virgínia 51. Cachoeirinha Bairros populares da Regional NORDESTE

1. Concórdia 10. Dom Joaquim 19. Goiânia 28. Ipê 2. Bairro da Graça 11. Palmares 20. Dom Silvério 29. Pousada Santo Antônio 3. Cidade Nova 12. Santa Cruz 21. São Gabriel 30. Fazenda Capitão Eduardo 4. Nova Floresta 13. Vila Maria Virgínia 22. São José 31. Belmonte 5. Renascença 14. São Paulo 23. Jardim Vitória 32. Ouro Minas 6. Cachoeirinha 15. Eymard 24. Ribeiro de Abreu 33. Nazaré 7. São João Batista 16. São Marcos 25. Capitão Eduardo 34. Vista do Sol 8. Ipiranga 17. Pirajá 26. Paulo VI 35. Beija-Flor 9. União 18. Maria Goretti 27. Fernão Dias 36. Silveira

Escala: 1:60.000 Escala: 1:60.000 Escala: 1:60.000 Divisão atual dos bairros LEGENDAS Bairros populares da Grupos de bairros do texto populares da Regional nordeste Divisão atual dos bairros populares da Regional NORDESTE Regional nordeste “Os bairros da Regional Nordeste de BH” 1. Canadá 18. Pirajá 35. Vila São Paulo Modelo 52. Vila Nova Cachoeirinha IV 2. Tiradentes 19. Pousada Santo Antônio 36. Maria Virgínia 53. Ipiranga 3. Graça 20. Bela Vitória 37. Vila Universitários 54. Vila Ipiranga 4. Silveira 21. Cocorocó 38. Vila Inestan 55. Concórdia 5. Nova Floresta 22. Conjunto Capitão Eduardo 39. Santa Cruz 56. Vila do Pombal 6. Renascença 23. Acaiaca 40. Vila da Paz 57. Goiânia 7. Palmares 24. Mirtes 41. Vila Nova Cachoeirinha III 58. São Benedito 8. Cidade Nova 25. Vista do Sol 42. Eymard 59. Paulo VI 9. Penha 26. Grotinha 43. Vila Aarão Reis 60. Belmonte 10. Vila São Paulo 27. Dom Silvério 44. Maria Goretti 61. Ouro Minas 11. São Marcos 28. Três Marias 45. Morro dos Macacos 62. Beira-Linha 12. Ipê 29. Nazaré 46. São Paulo 63. Jardim Vitória 13. Vila Maria 30. Guanabara 47. Carioca 64. Capitão Eduardo 14. Vitória 31. Esplanada A 48. Dom Joaquim 65. Ribeiro de Abreu 15. Conjunto Paulo VI 32. Vila São Gabriel A 49. União 66. São Gabriel 16. Beija-Flor 33. Vila São Gabriel B 50. Vila de Sá 17. Fernão Dias 34. Vila Maria Virgínia 51. Cachoeirinha Bairros populares da Regional NORDESTE

1. Concórdia 10. Dom Joaquim 19. Goiânia 28. Ipê 2. Bairro da Graça 11. Palmares 20. Dom Silvério 29. Pousada Santo Antônio 3. Cidade Nova 12. Santa Cruz 21. São Gabriel 30. Fazenda Capitão Eduardo 4. Nova Floresta 13. Vila Maria Virgínia 22. São José 31. Belmonte 5. Renascença 14. São Paulo 23. Jardim Vitória 32. Ouro Minas 6. Cachoeirinha 15. Eymard 24. Ribeiro de Abreu 33. Nazaré 7. São João Batista 16. São Marcos 25. Capitão Eduardo 34. Vista do Sol 8. Ipiranga 17. Pirajá 26. Paulo VI 35. Beija-Flor 9. União 18. Maria Goretti 27. Fernão Dias 36. Silveira

Escala: 1:60.000 Escala: 1:60.000 Escala: 1:60.000 Os bairros são uma forma de divisão da No segundo mapa, indicamos a divisão dos cidade. São espaços que surgiram ao longo bairros com a qual trabalhamos neste caderno. da história do município e que, ainda hoje, Tente encontrar os bairros sobre os quais está continuam a se transformar. Quando falamos lendo. Compare o primeiro e o segundo mapas. desses lugares, muitas vezes fica difícil E então? Houve muitas mudanças? Quais foram entender onde eles estão. Em que região da os bairros que mais se alteraram? Quais bairros cidade exatamente eles se localizam? O que foram criados? Observe com atenção e note que existe ali perto? Para facilitar a identificação todos os mapas possuem uma escala. Através desses espaços, apresentamos neste encarte dela você pode saber qual é o tamanho real MAPAS: BELO HORIZONTE mapas de Belo Horizonte e dos bairros da dos bairros. Afinal de contas, eles não são do As region a is de Belo Horizonte E REGIONAL NORDESTE Regional Nordeste. tamanho que estão aqui nos mapas. É a escala No mapa ao lado, você pode ver a que nos diz o quanto eles são maiores. No caso divisão das nove regionais de Belo Horizonte. do mapa da Regional Nordeste, eles são 60.000 Perceba, observando a rosa dos ventos, onde vezes maiores do que aparecem aqui. são o Norte, o Sul, o Leste e o Oeste. Note Há, ainda, um terceiro mapa. Nele você como muitas regionais possuem os nomes pode ver cada um dos grupos de bairros que dos pontos cardeais. Você já localizou a analisamos no texto “Os bairros da Regional regional deste caderno? Nordeste de BH”. Deixe o encarte aberto, Se você abrir o encarte verá que existem identifique onde cada um dos bairros citados mais três mapas. Todos eles são da Regional no texto se localiza. Veja, também, que Nordeste. No primeiro, apresentamos a destacamos algumas das principais vias de divisão dos bairros populares que atualmente acesso e cursos d’água. Fique atento! Tente é adotada. Ela é novinha, foi criada no ano perceber de quais bairros eles estão próximos. passado, ou seja, em 2007. Perceba que os Você acha que há relação entre eles e os bairros? bairros estão identificados por números. Para Esperamos que o uso dos mapas ajude saber seus nomes, basta você consultar a vocês a conhecerem melhor as histórias legenda. Você conhece alguns desses bairros? dos bairros.