PROJETO CADASTRO DE FONTES DE ABASTECIMENTO POR

GAMELEIRA ÁGUA SUBTERRÂNEA

PERNAMBUCO

DIAGNÓSTICO DO MUNICÍPIO DE

Secretaria de Geologia, Mineração e Transformação Mineral Secretaria de Desenvolvimento Energético Ministério de Minas e Energia

Outubro/2005 MINIST ÉRIO DE MINAS E ENERGIA Silas Rondeau Cavalcante Silva Ministro de Estado

SECRETARIA EXECUTIVA Nelson José Hubner Moreira Secretário Executivo

SECRETARIA DO PLANEJAMENTO E SECRETARIA DE GEOLOGIA, MINERA ÇÃO E DESENVOLVIMENTO ENERG ÉTICO TRANSFORMA ÇÃO MINERAL Márcio Pereira Zimmermam Cláudio Scliar Secretário Secretário

PROGRAMA LUZ PARA TODOS SERVI ÇO GEOL ÓGICO DO BRASIL – CPRM Aurélio Pavão Diretor Agamenon Sérgio Lucas Dantas Diretor-Presidente PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO ENERG ÉTICO DOS ESTADOS E José Ribeiro Mendes MUNICÍPIOS Diretor de Hidrologia e Gestão Territorial PRODEEM Luiz Carlos Vieira Manoel Barretto da Rocha Neto Diretor Diretor de Geologia e Recursos Minerais

Álvaro Rogério Alencar Silva Diretor de Administração e Finanças

Fernando Pereira de Carvalho Diretor de Relações Institucionais e Desenvolvimento

Frederico Cláudio Peixinho Chefe do Departamento de Hidrologia

Fernando Antonio Carneiro Feitosa Chefe da Divisão de Hidrogeologia e Exploração

Ivanaldo Vieira Gomes da Costa Superintendente Regional de Salvador

José Wilson de Castro Temóteo Superintendente Regional de

Hélbio Pereira Superintendente Regional de Belo Horizonte

Darlan Filgueira Maciel Chefe da Resid ência de Fortaleza

Francisco Batista Teixeira Chefe da Resid ência Especial de Teresina Ministério de Minas e Energia Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Energético Secretaria de Geologia, Mineração e Transformação Mineral Programa Luz Para Todos Programa de Desenvolvimento Energético dos Estados e Municí pios - PRODEEM Serviço Geológico do Brasil - CPRM Diretoria de Hidrologia e Gestão Territorial

PROJETO CADASTRO DE FONTES DE ABASTECIMENTO POR ÁGUA SUBTERRÂ NEA ESTADO DE

DIAGNÓSTICO DO MUNICÍ PIO DE GAMELEIRA

ORGANIZAÇÃO DO TEXTO

Breno Augusto Beltrão João de Castro Mascarenhas Jorge Luiz Fortunato de Miranda Luiz Carlos de Souza Junior Manuel Julio da Trindade G. Galvão Simeones Neri Pereira

Recife Setembro/2005 COORDENA ÇÃO GERAL RECENSEADORES Saulo Moreira de Andrade -CPRM Frederico Cláudio Peixinho - DEHID Acácio Ferreira Júnior S érvulo Fernandez Cunha Adriana de Jesus Felipe Thiago de Menezes Freire COORDENAÇÃO T ÉCNICA Alerson Falieri Suarez Valdirene Carneiro Albuquerque Fernando Antônio C. Feitosa - DIHEXP Almir Gomes Freire – CPRM Vicente Calixto Duarte Neto - CPRM Ângela Aparecida Pezzuti Vilmar Souza Leal – CPRM COORDENA ÇÃO ADMINISTRATIVO- Antonio Celso R. de Melo - CPRM Wagner Ricardo R. de Alkimim FINANCEIRA Antonio Edílson Pereira de Souza Walter Lopes de Moraes Junior Jos é Emílio C. de Oliveira – DIHEXP Antonio Jean Fontenele Menezes Antonio Manoel Marciano Souza TEXTO APOIO T ÉCNICO-ADMINISTRATIVO Antonio Marques Honorato Sara Maria Pinotti Benvenuti-DIHEXP Armando Arruda C. Filho - CPRM ORGANIZA ÇÃO COORDENA ÇAO REGIONAL Carlos A. Góes de Almeida - CPRM Breno Augusto Beltrão Jaime Quintas dos S. Colares - REFO Celso Viana Marciel Jo ão de Castro Mascarenhas Francisco C. Lages C. Filho - RESTE Cícero René de Souza Barbosa Jorge Luiz Fortunato de Miranda Jo ão Alfredo C. L. Neves - SUREG-RE Cláudio Marcio Fonseca Vilhena Luiz Carlos de Souza Junior Jo ão de Castro Mascarenhas – SUREG-RE Claudionor de Figueiredo Manuel Julio da Trindade G. Galvão Jos é Alberto Ribeiro - REFO Cleiton Pierre da Silva Viana Simeones Neri Pereira Jos é Carlos da Silva - SUREG-RE Cristiano Alves da Silva Luiz Fernando C. Bomfim - SUREG-SA Edivaldo Fateicha - CPRM CARACTERIZA ÇÃO DO MUNICIPIO E Oderson A. de Souza Filho - REFO Eduardo Benevides de Freitas DIAGN ÓSTICO DOS PO ÇOS Eduardo Fortes Crisóstomos CADASTRADOS EQUIPE T ÉCNICA DE CAMPO Eliomar Coutinho Barreto Breno Augusto Beltrão Emanuelly de Almeida Le ão Jo ão de Castro Mascarenhas SUREG-RE Emerson Garret Menor Luiz Carlos de Souza Júnior Ari Teixeira de Oliveira Emicles Pereira C. de Souza Breno Augusto Beltrão Érika Peconnick Ventura ASPECTOS SOCIOECON ÔMICOS Cícero Alves Ferreira Erval Manoel Linden - CPRM Breno Augusto Beltrão Cristiano de Andrade Amaral Ewerton Torres de Melo Liliane Assunção Serra Ramos Campos Dunaldson Eliezer G. A. da Rocha Fábio de Andrade Lima Maria Lúcia Acioli Beltrão Franklin de Moraes Fábio de Souza Pereira Frederico José Campelo de Souza Fábio Luiz Santos Faria FIGURAS ILUSTRATIVAS Jardo Caetano dos Santos Francisco Augusto A. Lima Aloízio da Silva Leal Jo ão de Castro Mascarenhas Francisco Edson Alves Rodrigues Fabiane de Andrade Lima Amorim Albino Jorge Luiz Fortunato de Miranda Francisco Ivanir Medeiros da Silva Jaqueline Pontes de Lima Jos é Wilson de Castro Temoteo Francisco José Vasconcelos Souza Núbia Chaves Guerra Luiz Carlos de Souza Júnior Francisco Lima Aguiar Junior Waldir Duarte Costa Filho Manoel Julio da Trindade G. Galvão Francisco Pereira da Silva - CPRM Saulo de Tarso Monteiro Pires Frederico Antonio Araújo Meneses MAPAS DE PONTOS D’ ÁGUA S érgio Monthezuma Santoianni Guerra Geancarlo da Costa Viana Felipe Jos é Alves de Albuquerque Simeones Néri Pereira Genivaldo Ferreira de Araújo Robson de Carlo Silva Valdecílio Galvão Duarte de Carvalho Gustavo Lira Meyer Silas César de Castro Junior Vanildo Almeida Mendes Haroldo Brito de Sá Henrique Cristiano C. Alencar BANCO DE DADOS SUREG-SA Jamile de Souza Ferreira Edmilson de Souza Rosas Jaqueline Almeida de Souza Desenvolvimento dos Sistemas Edvaldo Lima Mota Jeft é Rocha Holanda Josias Barbosa de Lima Hermínio Brasil Vilaverde Lopes Jo ão Carlos Fernandes Cunha Ricardo César Bustillos Villafan Jo ão Cardoso Ribeiro M. Filho Jo ão Luis Alves da Silva Jos é Cláudio Viegas Coordenação Joelza de Lima Enéas Luis Henrique Monteiro Pereira Francisco Edson Mendonça Gomes Jorge Hamilton Quidute Goes Pedro Antônio de Almeida Couto Jos é Carlos Lopes - CPRM Vânia Passos Borges Administração Joselito Santiago Lima Eriveldo da Silva Mendonça SUREG-BH Josemar Moura Bezerril Junior Angélica Garcia Soares Julio Vale de Oliveira EDITORA ÇÃO ELETR ÔNICA Eduardo Jorge Machado Simões K ênia Nogueira Di ógenes Aline Oliveira de Lima Ely Soares de Oliveira Marcos Aurélio C. de Góis Filho Fabiane de Andrade Lima Amorim Albino Haroldo Santos Viana Matheus Medeiros Mendes Carneiro Jaqueline Pontes de Lima Reynaldo Murilo D. Alves de Brito Michel Pinheiro Rocha Miviam Gracielle de Melo Rodrigues Narcelya da Silva Araújo REFO Nicácia Débora da Silva SUPORTE T ÉCNICO DE EDITORA ÇÃO Ângelo Tr évia Vieira Oscar Rodrigues Acioly Júnior Claudio Scheid Felicíssimo Melo Paula Francinete da Silveira Baia Jos é Pessoa Veiga Junior Francisco Alves Pessoa Paulo Eduardo Melo Costa Manoel Júlio da T. Gomes Galvão Jáder Parente Filho Paulo Fernando Rodrigues Galindo Jos é Roberto de Carvalho Gomes Pedro Hermano Barreto Magalh ães ANALISTA DE INFORMA ÇÕES Liano Silva Veríssimo Raimundo Correa da Silva Neto Dalvanise da Rocha S. Bezerril Luiz da Silva Coelho Ramiro Francisco Bezerra Santos Rob ério B ôto de Aguiar Raul Frota Gonçalves

RESTE Antonio Reinaldo Soares Filho Carlos Ant ônio Luz CPRM - Serviço Geológico do Brasil Cipriano Gomes Oliveira Projeto cadastro de fontes de abastecimento por água subterrânea. Diagnóstico do municí pio Heinz Alfredo Trein de Gameleira, estado de Pernambuco / Organizado [por] João de Castro Mascarenhas, Breno Ney Gonzaga de Souza Augusto Beltrã o, Luiz Carlos de Souza Junior, Manoel Julio da Trindade G. Galvão, Simeones Neri Pereira, Jorge Luiz Fortunato de Miranda. Recife: CPRM/PRODEEM, 2005. EM DESTAQUE 11 p. + anexos Almir Araújo Pacheco- SUREG-BE “Projeto Cadastro de Fontes de Abastecimento por Água Subterrâ nea, estado de Pernambuco” Ana Cl áudia Vieiro – SUREG-PA Bráulio Robério Caye - SUREG-PA 1. Hidrogeologia– Pernambuco - Cadastros. 2. Água subterrânea – Pernambuco - Cadastros. I. Carlos J. B. Aguiar - SUREG-MA Mascarenhas, João de Castro org. II. Beltrã o, Breno Augusto org. III. Souza Júnior, Luiz Carlos de Geraldo de B. Pimentel – SUREG-PA org. IV. Galvão, Manoel Julio da Trindade G. org. V. Pereira, Simeones Neri org. VI, Miranda, Jorge Paulo Pontes Araújo – SUREG-BE Luiz Fortunato de org. VII Tí tulo. Tomás Edson Vasconcelos - SUREG-GO CDD 551.49098134

Permitida a reprodução desde que mencionada a fonte APRESENTAÇÃ O

A CPRM – Serviço Geológico do Brasil, cuja missão é gerar e difundir conhecimento geológico e hidrológico básico para o desenvolvimento sustentável do Brasil, desenvolve no Nordeste brasileiro, para o Ministério de Minas e Energia, ações visando o aumento da oferta hídrica, que estão inseridas no Programa de Água Subterrânea para a Região Nordeste, em sintonia com os programas do governo federal.

Executado por intermédio da Diretoria de Hidrologia e Gestão Territorial, desde o iní cio o programa é orientado para uma filosofia de trabalho participativa e interdisciplinar e, atualmente, para fomentar ações direcionadas para inclusão social e redução das desigualdades sociais, priorizando ações integradas com outras instituições, visando assegurar a ampliação dos recursos naturais e, em particular, dos recursos hí dricos subterrâneos, de forma compatí vel com as demandas da região nordestina.

É neste contexto que está sendo executado o Projeto Cadastro de Fontes de Abastecimento por Água Subterrânea, localizado no semi-árido do Nordeste, que engloba os estados do Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraí ba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, norte de Minas Gerais e do Espírito Santo. Embora com múltiplas finalidades, este projeto visa atender diretamente as necessidades do PRODEEM, no que se refere à indicação de poços tubulares em condições de receber sistemas de bombeamento por energia solar.

Assim, esta contribuição técnica de significado alcance social do Ministério de Minas e Energia, em parceria com a Secretaria de Geologia, Mineração e Transformação Mineral e com o Serviço Geológico do Brasil, servirá para dar suporte aos programas de desenvolvimento da região, com informações consistentes e atualizadas e, sobretudo, dará subsídios ao Programa Fome Zero, no tocante às ações efetivas para o abastecimento público e ao combate à fome das comunidades sertanejas do semi-árido nordestino.

José Ribeiro Mendes Diretor de Hidrologia e Gestão Territorial CPRM – Serviço Geológico do Brasil APRESENTAÇÃ O

A CPRM – Serviço Geológico do Brasil, cuja missão é gerar e difundir conhecimento geológico e hidrológico básico para o desenvolvimento sustentável do Brasil, desenvolve no Nordeste brasileiro, para o Ministério de Minas e Energia, ações visando o aumento da oferta hídrica, que estão inseridas no Programa de Água Subterrânea para a Região Nordeste, em sintonia com os programas do governo federal.

Executado por intermédio da Diretoria de Hidrologia e Gestão Territorial, desde o iní cio o programa é orientado para uma filosofia de trabalho participativa e interdisciplinar e, atualmente, para fomentar ações direcionadas para inclusão social e redução das desigualdades sociais, priorizando ações integradas com outras instituições, visando assegurar a ampliação dos recursos naturais e, em particular, dos recursos hí dricos subterrâneos, de forma compatível com as demandas da região nordestina.

É neste contexto que está sendo executado o Projeto Cadastro de Fontes de Abastecimento por Água Subterrânea, localizado no semi-árido do Nordeste, que engloba os estados do Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraí ba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, norte de Minas Gerais e do Espírito Santo. Embora com múltiplas finalidades, este projeto visa atender diretamente as necessidades do PRODEEM, no que se refere à indicação de poços tubulares em condições de receber sistemas de bombeamento por energia solar.

Assim, esta contribuição técnica de significado alcance social do Ministério de Minas e Energia, em parceria com a Secretaria de Geologia, Mineração e Transformação Mineral e com o Serviço Geológico do Brasil, servirá para dar suporte aos programas de desenvolvimento da região, com informações consistentes e atualizadas e, sobretudo, dará subsídios ao Programa Fome Zero, no tocante às ações efetivas para o abastecimento público e ao combate à fome das comunidades sertanejas do semi-árido nordestino.

José Ribeiro Mendes Diretor de Hidrologia e Gestão Territorial CPRM – Serviço Geológico do Brasil SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO

1. INTRODUÇÃO 1

2. ÁREA DE ABRANGÊNCIA 1

3. METODOLOGIA 2

4. CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍ PIO DE ABREU E LIMA 2

4.1 - LOCALIZAÇÃO E ACESSO 2 4.2 - ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS 3 4.3 - ASPECTOS FISIOGRÁFICOS 3 4.4 - GEOLOGIA 4

5. RECURSOS HÍ DRICOS 4

5.1 - ÁGUAS SUPERFICIAIS 5 5.2 - ÁGUAS SUBTERRÂNEAS 5

5.2.1 - DOMÍNIOS HIDROGEOLÓGICOS 5

6. DIAGNÓSTICO DOS POÇOS CADASTRADOS 5

6.1 - ASPECTOS QUALITATIVOS 8

7. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES 10

8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 11

ANEXOS

1 - PLANILHAS DE DADOS DAS FONTES DE ABASTECIMENTO

2 - MAPA DE PONTOS DE ÁGUA

3 - ARQUIVO DIGITAL - CD ROM Projeto Cadastro de Fontes de Abastecimento por Água Subterrânea Diagnóstico do Municí pio de Gameleira Estado de Pernambuco

1. INTRODU ÇÃO

O Polígono das Secas apresenta um regime pluviométrico marcado por extrema irregularidade de chuvas, no tempo e no espaço. Nesse cen ário, a escassez de água constitui um forte entrave ao desenvolvimento socioeconômico e, até mesmo, à subsistência da população. A ocorrência cíclica das secas e seus efeitos catastróficos são por demais conhecidos e remontam aos prim órdios da hist ória do Brasil. Esse quadro de escassez poderia ser modificado em determinadas regiões, através de uma gestão integrada dos recursos hídricos superficiais e subterrâneos. Entretanto, a carência de estudos de abrang ência regional, fundamentais para a avaliação da ocorr ência e da potencialidade desses recursos, reduz substancialmente as possibilidades de seu manejo, inviabilizando uma gest ão eficiente. Além disso, as decisões sobre a implementação de ações de convivência com a seca exigem o conhecimento básico sobre a localização, caracterização e disponibilidade das fontes de água superficiais e subterrâneas. Para um efetivo gerenciamento dos recursos hídricos, principalmente num contexto emergencial, como é o caso das secas, merece atenção a utilização das fontes de abastecimento de água subterrânea, pois esse recurso pode tornar-se significativo no suprimento hídrico da população e dos rebanhos. Neste sentido, um fato preocupante é o desconhecimento generalizado, em todos os setores, tanto do número, quanto da situação das captações existentes, fato este agravado quando se observa a grande quantidade de captações de água subterrânea no semi-árido, principalmente em rochas cristalinas, que se encontram desativadas e/ou abandonadas por problemas de pequena monta, em muitos casos passíveis de serem solucionados com ações corretivas de baixo custo. Para suprir as necessidades das instituições e demais segmentos da sociedade atuantes na regi ão nordestina, no atendimento à população quanto à garantia de oferta hídrica, principalmente nos momentos críticos de estiagem, a CPRM est á executando o Projeto Cadastro de Fontes de Abastecimento por Água Subterrânea em conson ância com as diretrizes do Governo Federal e dos prop ósitos apresentados pelo Ministério de Minas e Energia. Este Projeto tem como objetivo a realização do cadastro de todos os poços tubulares, poços escavados representativos e fontes naturais, em uma área de 722.000 km2 da região Nordeste do Brasil, excetuando-se as áreas urbanas das regiões metropolitanas.

2. ÁREA DE ABRANG ÊNCIA

A área de abrangência do projeto de cadastramento (figura 1) estende-se pelos estados do Piauí, Cear á, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, Minas Gerais e Espírito Santo.

Figura 1 – Área de abrang ência do Projeto

1 Projeto Cadastro de Fontes de Abastecimento por Água Subterrânea Diagnóstico do Municí pio de Gameleira Estado de Pernambuco

3. METODOLOGIA

O planejamento operacional para a realização desse projeto teve como base a experiência da CPRM nos projetos de cadastramento de poços dos estados do Ceará e Sergipe, executados com sucesso em 1998 e 2001, respectivamente. Os trabalhos de campo foram executados por microrregião, com áreas variando de 15.000 a 25.000 km2. Cada área foi levantada por uma equipe coordenada por dois técnicos da CPRM e composta, em m édia, de seis recenseadores, na maioria estudantes de nível superior dos cursos de Geologia e Geografia, selecionados e treinados pela CPRM. O trabalho contemplou o cadastramento das fontes de abastecimento por água subterrânea (poços tubulares, poços escavados e fontes naturais), com determinação das coordenadas geográficas pelo uso do GPS (Global Positioning System) e obtenção de todas as informações possíveis de serem coletadas através de uma visita técnica (caracterização do poço, instalações, situação da captação, dados operacionais, qualidade da água, uso da água e aspectos ambientais, geol ógicos e hidrológicos). Os dados coletados foram repassados sistematicamente á Divis ão de Hidrogeologia e Exploração da CPRM, em Fortaleza - Ceará, para, ap ós rigorosa análise, alimentarem um banco de dados. Esses dados, devidamente consistidos e tratados, permitiram a elabora ção de um mapa de pontos d’ água, para cada um dos municípios inseridos na área de atuação do Projeto, cujas informações são complementadas por esta nota explicativa, visando um f ácil manuseio e uma compreensão acessível aos diferentes usu ários. Na elabora ção dos mapas de pontos d‘ água, foram utilizados como base cartogr áfica, os mapas municipais estatísticos em formato digital do IBGE (Censo 2000), elaborados a partir das cartas topográficas da SUDENE e DSG – escala 1:100.000, sobre os quais foram colocados os dados referentes aos po ços e fontes naturais contidos no banco de dados. Os trabalhos de arte final e impressão dos mapas foram realizados com o aplicativo CorelDraw. A base estadual com os limites municipais foi cedida pelo IBGE. Há municípios em que ocorrem alguns casos de poços plotados fora dos limites do mapa municipal. Tais casos ocorrem devido à imprecisão nos traçados desses limites, seja pela pequena escala do mapa fonte utilizado no banco de dados (1:250.000), seja por problemas ainda existentes na cartografia estadual, ou talvez devido a informações incorretas prestadas aos recenseadores ou, simplesmente, erro na obtenção das coordenadas. Além desse produto impresso, todas as informações coligidas estão disponíveis em meio digital, através de um CD ROM, permitindo a sua contínua atualização.

4. CARACTERIZA ÇÃO DO MUNICÍPIO DE GAMELEIRA

4.1 - Localização e Acesso

O município de Gameleira está localizado na Mesorregi ão Mata e na Microrregi ão Meridional do Estado de Pernambuco, limitando-se a norte com Ribeirão, a sul com Água Preta, a leste com e Ribeirão e a oeste com Água Preta. A área municipal ocupa 259,7 km2 e representa 0,26% do Estado de Pernambuco e est á inserido na Folha SUDENE Sirinha ém, na escala 1:100.000. A sede do município tem uma altitude aproximada de 101,0 metros e coordenadas geográficas 08 graus 35 minutos 04 segundos de latitude sul e 35 graus.23 minutos 12 segundos de longitude oeste, distando 93,4 km da capital, cujo acesso é feito pela rodovia pavimentada BR101 e PE073.

2 Projeto Cadastro de Fontes de Abastecimento por Água Subterrânea Diagnóstico do Municí pio de Gameleira Estado de Pernambuco

Figura 2- Mapa de acesso rodoviário

4.2 - Aspectos Socioeconômicos

O município foi criado em dezenove de janeiro de 1893, pela Lei Estadual No 52, tendo sido desmembrado do município de Sirinha ém, sendo formado pelos distritos Sede, Cuiambuca e José da Costa. De acordo com o censo 2000 do IBGE, a população residente total é de 24.003 habitantes sendo 16.663 (69,4%) na zona urbana e 7.340 (30,6%) na zona rural. Os habitantes do sexo masculino totalizam 12.138 (50,6%) enquanto que do feminino totalizam 11.865 (49,4%), resultando numa densidade demogr áfica de 92,4 hab/km2. A rede de saúde se compõe de 01hospital, 17 leitos, 06 ambulatórios e 24 Agentes de Saúde Comunitária. A taxa de mortalidade infantil, segundo dados da DATASUS é de 76,5 para cada mil crianças. Na área de educação, o município possui 46 estabelecimentos de ensino fun- damental com 6.697 alunos matriculados e 02 de ensino m édio com 702 alunos matriculados. A rede de ensino totaliza 132 salas de aula, sendo 19 da rede estadual, 90 da municipal e 23 particulares. Dos 5.152 domicílios particulares permanentes, 3.111 (60,4%) são abastecidos pela rede geral de água, 1.164 (22,6%) são atendidos por po ços ou fontes naturais e 877 (17,0%) por outras formas de abastecimento. A coleta de lixo urbano atende 2.478 (48,1%) domicílios. Os gastos sociais per capita são R$38,00 em educação e cultura, R$22,00 em habitação e urbanismo, R29,00 em sa úde e saneamento e R$22,00 em assist ência e previd ência social (2000). A economia formal do município se comp õe basicamente da industria de transformação, gerando 03empregos em 03 estabelecimentos, o setor de serviços de utilidade pública com 17 empregos em 01 estabelecimento, do setor de comércio que gera 28 empregos em 13 estabelecimentos, do setor de serviços com 38 empregos em 07 estabelecimentos, do setor de Administração P ública com 529 empregos em 02 estabelecimento e os setores de Agropecuária, Extrativismo Vegetal, Caça e Pesca, que geram 741 empregos em 21 estabelecimentos. O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal-IDH-M- é de 0,59. Este índice situa o município em 132o no ranking estadual e em 4837o no nacional. O Índice de Exclusão Social, que é construído por 07 (sete) indicadores (pobreza, emprego formal, desigualdade, alfabetização, anos de estudo, concentração de jovens e viol ência) é de 0,327 ocupando a 118a coloca ção no ranking estadual e a 4682a no nacional.

4.3 - Aspectos Fisiográficos

O município de Gameleira est á inserido na Região Metropolitana do Recife do Estado de Pernambuco que condiciona a vegeta ção, as culturas e a fixação do homem ao meio. O relevo de Gameleira faz parte da unidade das Superfícies Retrabalhadas que é formada por áreas que têm sofrido retrabalhamento intenso, com relevo bastante dissecado e vales profundos. Na região litorânea de Pernambuco e Alagoas, é formada pelo “mar de morros” que antecedem a

3 Projeto Cadastro de Fontes de Abastecimento por Água Subterrânea Diagnóstico do Municí pio de Gameleira Estado de Pernambuco

Chapada da Borborema, com solos pobres e vegeta ção de floresta hipoxerófila O clima é do tipo Tropical Chuvoso com verão seco. O período chuvoso começa no outono/inverno tendo início em dezembro/janeiro e término em setembro. A precipitação m édia anual é de 1309,9 mm. A vegetação é predominantemente do tipo Floresta Subperenifólia, com partes de Floresta Hipoxerófila. Os solos dessa unidade geoambiental s ão representados pelos Latossolos nos topos planos, sendo profudos e bem drenados; pelos Podzólicos nas íngremes, sendo pouco a medianamente profundos e bem drenados e pelos Gleissolos de Várzea nos fundos de vales estreitos, com solos orgânicos e encharcados.

4.4 - Geologia

O município de Gameleira encontra-se inserido, geologicamente, na Província Borborema, sendo constituído pelos litotipos dos complexos Cabrobó e Belém de São Francisco,e das Suítes Intrusiva Leucocr ática Peraluminosa e Calcialcalina de Médio a Alto Potássio Itaporanga, como pode ser observado na figura 3.

Figura 3 - Mapa Geol ógico

4 Projeto Cadastro de Fontes de Abastecimento por Água Subterrânea Diagnóstico do Municí pio de Gameleira Estado de Pernambuco

5. RECURSOS HÍDRICOS

5.1 - Águas Superficiais

O município de Gameleira encontra-se inserido nos domínios da Bacia Hidrogr áfica do Rio Sirinhaém. Seus principais tributários são: os rios Sirinha ém e José da Costa e os riachos: Cachoeira, Taquara, Pedra de Fogo, Contra-Mão, Primoroso, Cgo. Bom Nome, Cgo. Majestoso, Cgo. Pedra de Fogo, Cgo. Sabi á e Cgo. Oncinha. Não existem açudes com capacidade de acumulação igual ou superior a 100.000m3. Todos os cursos d’ água no município têm regime de escoamento intermitente e o padrão de drenagem é o dendrítico.

5.2 - Águas Subterrâneas

5.2.1 - Domínios Hidrogeológicos

O município de Gameleira está totalmente inserido no Domínio Hidrogeol ógico Fissural. O Domínio Fissural é formado de rochas do embasamento cristalino que englobam o sub-domínio rochas metamórficas constituído do Complexo Belém do São Francisco e do Complexo Cabrob ó e o sub-domínio rochas ígneas da Suite calcialcalina Itaporanga e da Suite Intrusiva Leucocr ática Peraluminosa.

6. DIAGN ÓSTICO DOS PO ÇOS CADASTRADOS

O levantamento realizado no município registrou a existência de 41 pontos d’ água, sendo 01 p o ço escavado, 15 fontes naturais, e 25 poços tubulares, conforme mostra a fig.6.1.

Fonte natural 37%

Poço escavado (cacimba / Poço tubular cisterna) 61% 2%

Fonte natural Poço escavado (cacimba / cisterna) Poço tubular

Fig.6.1 – Tipos de pontos d’ água cadastrados no município

Com relação à propriedade dos terrenos onde estão localizados os pontos d’ água cadastrados, podemos ter: terrenos p úblicos, quando os terrenos forem de serventia p ública e, particulares, quando forem de uso privado. Conforme ilustrado na fig.6.2, existem 15 pontos d’ água em terrenos p úblicos e 26 em terrenos particulares.

5 Projeto Cadastro de Fontes de Abastecimento por Água Subterrânea Diagnóstico do Municí pio de Gameleira Estado de Pernambuco

Particular 63%

Público 37%

Particular Público

Fig.6.2 – Natureza da propriedade dos terrenos onde existem po ços tubulares.

Quanto ao tipo de abastecimento a que se destina a água, os pontos cadastrados foram classificados em: comunitários, quando atendem a várias famílias e, particulares, quando atendem apenas ao seu propriet ário. A fig.6.3 mostra que 15 pontos d’ água destinam-se ao atendimento comunitário e 26 pontos ao atendimento particular.

Comunitário 37%

P articular 63%

P articular Comunitário

Fig.6.3 – Finalidade do abastecimento dos poços.

Quatro situações distintas foram identificadas na data da visita de campo: poços em operação, paralisados, n ão instalados e abandonados. Os poços em operação são aqueles que funcionavam normalmente. Os paralisados estavam sem funcionar temporariamente devido a problemas relacionados à manutenção ou quebra de equipamentos. Os não instalados representam aqueles poços que foram perfurados, tiveram um resultado positivo, mas n ão foram ainda equipados com sistemas de bombeamento e distribuição. E por fim, os abandonados, que incluem poços secos e poços obstruídos, representam os poços que n ão apresentam possibilidade de produção. A situação dessas obras, levando-se em conta seu caráter público ou particular, é apresentada em números absolutos no quadro 6.1 e em termos percentuais na fig.6.4.

Quadro 6.1 – Situação dos po ços cadastrados conforme a finalidade do uso Natureza do Abandonado Em Operação Não Instalado Paralisado Indefinido P o ço Comunitário - 12 1 2 - Particular - 20 2 4 - Indefinido - - - - - Total - 32 3 6 -

6 Projeto Cadastro de Fontes de Abastecimento por Água Subterrânea Diagnóstico do Municí pio de Gameleira Estado de Pernambuco

Paralisado 15%

Não Instalado 7%

Em Operação 78%

Em Operação Não Instalado Paralisado

Fig.6.4 – Situação dos poços cadastrados

Em relação ao uso da água, 38% dos pontos cadastrados s ão destinados ao uso dom éstico primário (água de consumo humano para beber); 33% são utilizados para o uso doméstico primário e secund ário ( água de consumo humano para beber e uso geral); 25% para outros usos e 04% para dessedenta ção animal, conforme mostra a fig.6.5.

Animal Outro uso 4% 25% Doméstico Primário 38%

Doméstico Secundário 33%

Animal Doméstico Primário Doméstico Secundário Outro uso

Fig.6.5 – Uso da água

A fig.6.6 mostra a relação entre os poços tubulares atualmente em operação e os poços inativos (paralisados e n ão instalados) que são passíveis de entrar em funcionamento. Verificou-se a existência de 06 poços particulares e 03 públicos n ão instalados ou paralisados e, portanto, passíveis de entrar em funcionamento, podendo vir a somar suas descargas àquelas dos 32 poços que estão em operação.

20

15

10

5

0

Em Operação Paral/N. Instalado

Particular 20 6 Público 12 3

Fig.6.6 – Relação entre poços em uso e desativados

7 Projeto Cadastro de Fontes de Abastecimento por Água Subterrânea Diagnóstico do Municí pio de Gameleira Estado de Pernambuco

Com relação à fonte de energia utilizada nos sistemas de bombeamento dos poços, a fig.6.7 mostra que 24 poços utilizam energia el étrica, sendo 14 particulares e 10 públicos.

14 12 10 8 6 4 2 0

Energia Elétrica Outras Fontes

Particular 14 0 Público 10 0

Fig. 6.7 – Tipo de energia utilizada no bombeamento d’ água

6.1 - Aspectos Qualitativos

Com relação à qualidade das águas dos pontos cadastrados, foram realizadas in loco medidas de condutividade elétrica, que é a capacidade de uma substância conduzir a corrente el étrica estando diretamente ligada ao teor de sais dissolvidos sob a forma de íons. Na maioria das águas subterr âneas naturais, a condutividade el étrica multiplicada por um fator, que varia entre 0,55 a 0,75, gera uma boa estimativa dos sólidos totais dissolvidos (STD) na água. Para as águas subterrâneas analisadas, a condutividade elétrica multiplicada pelo fator 0,65 fornece o teor de s ólidos dissolvidos. Conforme a Portaria no 1.469/FUNASA, que estabelece os padr ões de potabilidade da água para consumo humano, o valor máximo permitido para os sólidos dissolvidos (STD) é 1000 mg/l. Teores elevados deste parâmetro indicam que a água tem sabor desagrad ável, podendo causar problemas digestivos, principalmente nas crianças, e danifica as redes de distribuição. Para efeito de classifica ção das águas dos pontos cadastrados no município, foram considerados os seguintes intervalos de STD (Sólidos Totais Dissolvidos):

0 a 500 mg/l água doce 501 a 1.500 mg/l água salobra > 1.500 mg/l água salgada

Foram coletadas e analisadas amostras de 35 pontos d’ água. Os resultados das an álises mostraram valores oscilando de 33,15 e 310,05 mg/l, com valor médio de 104,54 mg/l. Observando o quadro 6.2 e a fig.6.8, que ilustra a classificação das águas subterr âneas no município, verifica-se a predominância de água doce em 100% dos pontos amostrados.

Quadro 6.2 – Qualidade das águas subterrâneas no município conforme a situação do poço Qualidade da Em Uso N ão Paralisado Indefinido Total água Instalado Doce 32 2 1 - 35 Salobra - - - - 0 Salina - - - - 0 Total 32 2 1 0 35

8 Projeto Cadastro de Fontes de Abastecimento por Água Subterrânea Diagnóstico do Municí pio de Gameleira Estado de Pernambuco

Doce 100%

Doce

Fig. 6.8 – Qualidade das águas subterrâneas do município.

9 Projeto Cadastro de Fontes de Abastecimento por Água Subterrânea Diagnóstico do Municí pio de Gameleira Estado de Pernambuco

7. CONCLUS ÕES E RECOMENDA ÇÕES

A an álise dos dados referentes ao cadastramento de pontos d´água executado no município permitiu estabelecer as seguintes conclusões: · A situação atual dos poços tubulares existentes no município é apresentada no quadro 7.1 a seguir:

Quadro 7.1 – Situação atual dos poços cadastrados no município. Natureza Abandonad Em N ão Paralisado Indefinido Total do Poço o Opera ção Instalado Público - 12 (80%) 1 (7%) 2 (13%) - 15 (37%) Particular - 20 (77%) 2 (8%) 4 (15%) - 26 (63%) Indefinido - - - - - 0 (0%) Total - 32 (78%) 3 (7%) 6 (15%) - 41 (100%)

· Os 41 pontos d’ água cadastrados est ão assim distribuídos: 25 poços tubulares, 15 fontes naturais e 01 poço escavado, sendo que 32 encontram-se em opera ção. Os 09 pontos restantes incluem os não instalados e os paralisados, por motivos os mais diversos. Estes poços representam uma reserva potencial substancial, que pode vir a reforçar o abastecimento no município se, ap ós uma an álise t écnica apurada, forem considerados aptos à recuperação e/ou instalação. Cabe à administração municipal promover ou articular o processo de an álise desses poços, podendo aumentar substancialmente a oferta hídrica no município. · Foram feitas analises em 35 pontos tendo todos apresentado água doce. · Todos os poços devem ser submetidos a manutenção periódica para assegurar o seu pleno funcionamento, principalmente em tempos de estiagem prolongada. Por manuten ç ão peri ódica entende-se um período, no mínimo anual, para retirada de equipamento do poço e sua manutenção e limpeza, além de limpeza do poço como um todo, possibilitando a recuperação ou manutenção das suas vazões originais. · Para assegurar a boa qualidade da água, do ponto de vista bacteriológico, devem ser implantadas em todos os poços ativos e paralisados, possíveis de recuperação, medidas de proteção sanitária tais como: selo sanitário, tampa de proteção, limpeza permanente do terreno, cerca de proteção, etc. O que pode ser articulado entre a Prefeitura Municipal e a própria população beneficiária do poço. Quanto aos poços abandonados, devem ser tomadas medidas de conten ção, como a coloca ção de tampas soldadas ou aparafusadas, visando evitar a contaminação do lençol fre ático por queda acidental de pequenos animais e introdução de corpos estranhos, especialmente por crianças, fato muito comum nas áreas visitadas.

10 Projeto Cadastro de Fontes de Abastecimento por Água Subterrânea Diagnóstico do Municí pio de Gameleira Estado de Pernambuco

8. REFER ÊNCIAS BIBLIOGR ÁFICAS

ANU ÁRIO MINERAL BRASILEIRO, 2000. Brasília: DNPM, v.29, 2000. 401p.

BRASIL. MINIST ÉRIO DAS MINAS E ENERGIA. Secretaria de Minas e Metalurgia; CPRM – Serviço Geológico do Brasil [CD ROM] Geologia, tect ônica e recursos minerais do Brasil, Sistema de Informa ções Geográficas ± SIG. Mapas na escala 1:2.500.000. Brasília: CPRM, 2001. Disponível em 04 CD’s

FUNDA ÇÃO INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA - IBGE. Geografia do Brasil. Região Nordeste. Rio de Janeiro: SERGRAF, 1977. Disponível em 1 CD.

FUNDA ÇÃO INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA - IBGE. Mapas Base dos municípios do Estado de Pernambuco. Escalas variadas. In édito.

RODRIGUES E SILVA, Fernando Barreto; SANTOS, José Carlos Pereira dos; SILVA, Ademar Barros da et al [CD ROM] Zoneamento Agroecológico do Nordeste do Brasil: diagn óstico e progn óstico. Recife: Embrapa Solos. : Semi-Árido, 2000. Disponível em 1 CD

11 Projeto Cadastro de Fontes de Abastecimento por Água Subterrânea Diagnóstico do Municí pio de Gameleira Estado de Pernambuco

ANEXO 1

PLANILHA DE DADOS DAS FONTES DE ABASTECIMENTO Projeto Cadastro de Fontes de Abastecimento por Água Subterrânea Diagnóstico do Municí pio de Gameleira Estado de Pernambuco

Projeto Cadastro de Fontes de Abastecimento por Água Subterrânea Diagn óstico do Município de Gameleira – Estado de Pernambuco

C ÓDIGO LATITUDE LONGITUDE PONTO DE NATUREZA PROF. VAZ ÃO SITUA ÇÃO EQUIPAMENTO DE FONTE FINALIDADE STD LOCALIDADE P O ÇO S W ÁGUA DO TERRENO (m) (L/h) DO PO ÇO BOMBEAMENTO DE ENERGIA DO USO (mg/L) Doméstico Primário, Doméstico GV025 GAMELEIRA 083453,7 352308,3 Fonte natural Público Em Opera ção Secund ário, 166,4 Doméstico Primário, Doméstico GV026 FRANCISCO PINTO (BAIRRO) 083424,9 352330,0 Fonte natural Público Em Opera ção Secundário, 177,45 Doméstico Primário, Doméstico GV027 JOSE MARIANO ( BAIRRO) 083433,2 352318,9 Poço tubular Público Em Opera ção Bomba centrifuga Monofásica Secund ário, 237,25 Doméstico Primário, Doméstico GV028 BAIRRO DA PENHA 083505,5 352302,2 Fonte natural Público Em Opera ção Secund ário, 237,25 Doméstico Primário, Doméstico GV029 BOM SUCESSO 083531,6 352235,8 Poço tubular Público 15 Em Opera ção Bomba injetora Monofásica Secund ário, 148,2 Doméstico Primário, Doméstico GV030 ENGENHO BOM SUCESSO 083533,3 352217,2 Fonte natural Particular Em Opera ção Secund ário, 63,7 GV031 ENGENHO BOM SUCESSO 083533,0 352220,2 Poço tubular Público Em Opera ção Bomba centrifuga Monofásica ESCOLA, 87,75 GV032 ESCOLA MUNICIPAL MARQUES DE 083654,8 351846,7 Poço tubular Público 15 Paralisado Bomba centrifuga Monofásica , Doméstico Primário, Doméstico GV033 ENGENHO BURAREMA 083801,0 351809,2 Poço tubular Público 9 Em Opera ção Bomba centrifuga Monofásica Secund ário, 310,05 Doméstico Primário, Doméstico GV034 ENGENHO ONCINHA 083847,5 351952,1 Fonte natural Particular Em Opera ção Secund ário, 65,65 GV035 RIACHO DO PADRE 083752,1 352539,8 Poço tubular Particular 12 Em Opera ção Bomba centrifuga Monofásica ESCOLA, 274,95 GV036 JACARE 083912,3 352451,5 Poço tubular Público 12 Em Opera ção Bomba centrifuga Monofásica ESCOLA, 61,75 Doméstico Primário, Doméstico GV037 JACARE 083912,3 352457,8 Fonte natural Particular Em Opera ção Secund ário, 105,95 Doméstico Primário, Doméstico GV038 PEREIRA GRANDE 083834,3 352333,6 Fonte natural Particular Em Opera ção Secund ário, 70,2 GV039 POSTO DE SAUDE FREI GONDIM 084108,1 352246,2 Poço tubular Público 16 Não Instalado , GV040 ENGENHO JOSE DA COSTA 084214,8 352032,9 Poço tubular Particular 20 Paralisado Bomba injetora Trifásica , GV041 ENGENHO DONA 083813,7 352211,6 Fonte natural Público Em Opera ção ESCOLA, 44,85 GV042 PEREIRINHA 083706,0 352104,6 Poço tubular Público 51 Paralisado Bomba injetora Trifásica , GV043 JOAO GOMES 083743,6 352251,1 Poço tubular Particular 13,5 Não Instalado Monofásica , 129,35 Doméstico Primário, Doméstico GV044 ENGENHO PONTABLE 083503,8 352345,7 Poço tubular Particular 12 Em Opera ção Bomba centrifuga Monofásica Secund ário, 58,5 GV045 ENGENHO PONTABLE 083507,0 352348,4 Poço tubular Particular 11 Em Opera ção Bomba centrifuga Monofásica ESCOLA, 70,2 GV091 ESCOLA MUNICIPAL CACHOEIRA LISA 083412,3 352338,2 Poço tubular Público 17 Em Opera ção Bomba injetora Monofásica COLEGIO, 70,2 Doméstico Primário, Doméstico GV092 CACHOEIRA LISA ( DUAS BARRAS) 083400,9 352335,4 Fonte natural Particular Em Opera ção Secund ário, 41,6 Doméstico Primário, Doméstico GV093 CACHOEIRA LISA 083345,6 352340,0 Fonte natural Particular Em Opera ção Secund ário, 91,65 GV094 CACHOEIRA LISA ( RUA DO BOEIRO) 083337,1 352339,6 Poço tubular Particular 12 Não Instalado , 252,85 Projeto Cadastro de Fontes de Abastecimento por Água Subterrânea Diagnóstico do Municí pio de Gameleira Estado de Pernambuco

C ÓDIGO LATITUDE LONGITUDE PONTO DE NATUREZA PROF. VAZ ÃO SITUA ÇÃO EQUIPAMENTO DE FONTE FINALIDADE STD LOCALIDADE P O ÇO S W ÁGUA DO TERRENO (m) (L/h) DO PO ÇO BOMBEAMENTO DE ENERGIA DO USO (mg/L) GV095 CACHOEIRA LISA ( RUA DO BOEIRO) 083332,9 352339,2 Poço tubular Particular 9 Paralisado Bomba centrifuga Monofásica , Doméstico Primário, Doméstico GV096 CACHOEIRA LISA ( CAMPO DE FUTEBOL) 083325,3 352334,6 Poço tubular Particular 7 Em Opera ção Bomba centrifuga Monofásica Secund ário, 85,8 VILA DA ( E. M. JURACIRA A. GV097 AMORIM) 083312,8 352353,2 Poço tubular Público Em Operaç ão Bomba centrifuga Monofásica COLEGIO, 42,9 ENGENHO BOM NOME ( E. M. SANTO GV098 ANTONIO DE PADUA) 083142,0 352544,7 Poço tubular Particular Paralisado Bomba centrifuga Monofásica , Doméstico Primário, Doméstico GV099 ENGENHO BOM NOME 083140,5 352546,8 Fonte natural Particular Em Opera ção Secund ário, 42,25 GV100 ASSENTAMENTO ANTONIO CONSELHEIRO 083255,4 352447,9 Fonte natural Particular Em Opera ção Doméstico Primário, 33,15 GV101 ENGENHO PLACAS ( ESCOLA MUNICIPAL) 083332,2 352543,4 Poço tubular Público Em Opera ção Bomba centrifuga Monofásica COLEGIO, 104,65 ASSENTAMENTO ANTONIO GV102 CONSELHEIRO 083253,3 352652,6 Fonte natural Particular Em Opera ção COLEGIO, 67,6 GV103 ENGENHO ALEGRE II ( ASSENTAMENTO) 083311,4 352700,8 Fonte natural Particular Em Opera ção COLEGIO, 48,1 GV104 ENGENHO CUIAMBUCA 083559,1 352709,8 Poço tubular Particular 30 Em Opera ção Bomba injetora Trifásica COLEGIO, 72,8 GV105 ENGENHO CUIAMBUCA 083550,9 352658,3 Poço tubular Particular 22 Em Opera ção Bomba injetora Trifásica COLEGIO, 70,85 GV106 ENGENHO CUIAMBUCA 083552,0 352658,4 Poço tubular Particular 29 Paralisado Trifásica , 57,2 P o ço Doméstico Primário, Doméstico GV107 ENGENHO SITIO DO MEIO 083529,5 352606,0 escavado Particular 4,5 Em Opera ção Bomba centrifuga Trifásica Secund ário, Animal, 66,3 GV108 ENGENHO SITIO DO MEIO 083537,8 352547,0 Fonte natural Particular Em Opera ção Doméstico Primário, 48,75 Doméstico Primário, Doméstico GV109 ENGENHO ALTO 083543,2 352501,3 Poço tubular Particular Em Opera ção Bomba injetora Monofásica Secund ário, Animal, 66,3 GV110 ENGENHO ALTO 083543,0 352453,5 Poço tubular Particular 12 Em Opera ção Bomba centrifuga Monofásica COLEGIO, 86,45 Projeto Cadastro de Fontes de Abastecimento por Água Subterrânea Diagnóstico do Municí pio de Gameleira Estado de Pernambuco

ANEXO 2

MAPA DE PONTOS D’ÁGUA