ESTADO DO SECRETARIA ESTADUAL DE SAÚDE SEÇÃO DE SAÚDE BUCAL

Plano Estadual de Atenção à Média Complexidade em Saúde Bucal

Porto Alegre, setembro de 2004 2

GOVERNO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

GOVERNADOR Germano Rigotto

VICE-GOVERNADOR Antonio Hohlfeldt

SECRETARIA ESTADUAL DA SAÚDE

SECRETÁRIO DE ESTADO DA SAÚDE Osmar Terra 3

Departamento de Ações em Saúde Sandra Denise de Moura Sperotto Marly Lima de Oliveira

Seção de Saúde Bucal Danusa Queiroz de Carvalho

Débora Vieira Baratz

Helenita Corrêa Ely

Leonardo Soldatelli Paviani

Lilian Lemos Sartori

Maria Rita de Lemos

Paulo Eduardo Bettega Corrêa

Régis Alvimar Pieri

Auxiliar administrativo Liseane Duarte Ricardo

Estagiária Vanessa Fernandes da Silva

Departamento de Assistência Hospitalar e Ambulatorial Aglaé Regina da Silva Samir dos Santos Passos Sidney Saltz

Coordenadores Regionais da Política de Atenção a Saúde Bucal 4

1. INTRODUÇÃO

Os princípios doutrinários e organizativos do SUS são o eixo norteador para o funcionamento das ações em saúde. Assim, a universalidade, a eqüidade e a integralidade devem ser contempladas na construção de qualquer política de saúde. É neste sentido que a gestão estadual deve conduzir suas ações de regulação, controle e avaliação do sistema. Segundo o relatório final da 10ª Conferência Nacional de Saúde, o Ministério da Saúde e as Secretarias Estaduais de Saúde devem implantar ações de atenção integral à saúde bucal, garantindo o acesso da população de todas as faixas etárias à integralidade das ações que visem à promoção, preservação, manutenção, correção e reabilitação da saúde, inclusive as mais complexas e especializadas. Os resultados da recente pesquisa realizada pela Secretaria Estadual de Saúde em parceria com as Secretarias Municipais de Saúde de 85 municípios , configuraram o perfil da saúde bucal na população do RS, confirmando a cárie dentária, a doença periodontal, a má oclusão, as perdas dentárias e o conseqüente uso e necessidade de prótese como os problemas que mais afetam a saúde bucal da população.

Desde muito cedo a cárie dentária é um problema para a saúde das pessoas. Entre os vários fatores que diferenciam os indivíduos com grande número de dentes afetados daqueles livres da doença estão, o acesso aos meios de higiene, à informação, à educação, aos serviços e aos programas de saúde bem estruturados assim como a idade, o uso contínuo de algum tipo de flúor (água fluoretada ou pasta de dente), hábitos alimentares e o porte populacional dos municípios.

Entre as necessidades de tratamento encontradas neste estudo estão os problemas periodontais (gengivais), que estão vinculados às condições sócio- econômicas, às condições de acesso à informação e às políticas de promoção de saúde e à prevenção, pois 50% deles são resolvidos com ênfase na higiene oral, na profilaxia e na promoção para o autocuidado. 5

No entanto, em 6% dos adultos (35-44 anos) foi constatada presença de doença periodontal destrutiva, que requer procedimentos especializados.

O maior problema observado neste estudo foi a mutilação dos indivíduos provocada pelas extrações dentárias crescentes a partir da adolescência e as dificuldades para reabilitação.

Na população adulta, 55% dos indivíduos utilizam algum tipo prótese dentária na região superior. No entanto, nesse mesmo grupo etário, 31% dessa população ainda necessita realizar tratamento protético, seja pela ausência ou pela necessidade de troca do aparelho protético. Entre os idosos, cresce para 80% o percentual de pessoas que utilizam prótese superior e 27% que necessitam de reabilitação.

Frente à realidade destes dados, a mudança do perfil epidemiológico da população só poderá acontecer mediante a efetiva organização e fortalecimento da atenção básica, ampliando-se as responsabilidades dos municípios na garantia de acesso aos serviços. Entretanto, para que o processo atual de implementação do SUS possa avançar, faz-se necessária, além de uma atenção básica qualificada, a oferta de serviços especializados, sobretudo para população adulta.

A atenção à média complexidade no Rio Grande do Sul ainda é caracterizada por iniciativas isoladas de alguns municípios melhor estruturados, não havendo uma rede regionalizada que propicie acesso a estes serviços para a maior parte da população. Segundo a lógica de hierarquização e descentralização do SUS, cabe à Secretaria Estadual de Saúde a regulação do processo de regionalização.

O gestor estadual, ao coordenar um processo de planejamento global no Estado, deve adotar critérios para evitar a superposição e proliferação indiscriminada e desordenada de serviços, levando sempre em consideração as condições de acessibilidade, qualidade e racionalidade na organização de serviços. Existem no Estado do Rio Grande do Sul inúmeros municípios pequenos demais para gerirem, em seu território, um sistema de saúde bucal funcional 6 completo, bem como existem dezenas de outros que necessitam de um sistema mais complexo em sua área de abrangência e simultaneamente são pólos de atenção regional. A solução para qualquer desses problemas necessita superar as restrições burocráticas de acesso, evitando a desintegração organizacional e a competição entre órgãos gestores e a conseqüente atomização do SUS em milhares de sistemas locais ineficientes, iníquos e não resolutivos.

Somente com o esforço das três esferas do governo, garantindo à população o acesso às ações preventivas, oferecendo serviços eficientes na atenção básica e possibilitando a referência para a atenção especializada é que será possível melhorar de forma definitiva o perfil da saúde bucal da população gaúcha. 7

2. JUSTIFICATIVA

A regulação da média complexidade em odontologia faz-se necessária para que seja possível alcançar a integralidade da atenção com conseqüente melhora da saúde bucal da população. É de suma importância que organização de qualquer sistema de saúde seja definido a partir do perfil epidemiológico da população. Neste sentido, a avaliação dos resultados do Projeto SB Brasil e SB Gaúcho realizado pela Secretaria da Saúde do Estado em parceria com as Secretarias Municipais de 85 municípios, e que configuraram o perfil da saúde bucal na população do RS, deve ser considerada ao se pensar a organização da oferta de serviços na atenção especializada no Estado. Este estudo mostrou a cárie dentária, a doença periodontal, a má oclusão, as perdas dentárias e o conseqüente uso e necessidade de prótese como os problemas que mais afetam a saúde bucal da população.

CÁRIE DENTÁRIA - na população examinada observou-se um aumento crescente com a idade na experiência e na prevalência de cárie. Nos bebês (18-36 meses), o dado que mais chama atenção é o número de necessidades não atendidas (91,51% dos dentes com experiência de cárie referem-se a dentes não tratados). Aos cinco anos de idade, apenas 40,7% das crianças estão livres de cárie. Nas crianças de doze anos observa-se uma diminuição da prevalência de cárie em relação aos últimos levantamentos e à situação do Brasil como um todo. Entre jovens e adultos (15 a 19 anos e 35 a 44 anos) ressalta-se o dado das perdas dentárias crescentes, representando também a ausência de oferta de serviços mais especializados (como endodontia) nos serviços odontológicos acessíveis à população. O quadro 1 apresenta a prevalência de cárie nas diferentes idades e as médias de dentes cariados, extraídos e obturados de 8 dentes decíduos (ceod) e de dentes cariados perdidos e obturados de dentes permanentes (CPOD).

Quadro 1. Prevalência de cárie dentária e média de ceod e CPOD por idade

Prevalência Experiência Idade Nº Exames Livres cárie Com experiência de de cárie CPO igual a 0 cárie. Ceod/CPOD CPO diferente de 0 18 a 36 meses 3398 72,25% 27,75% ceod 1,22 5 anos 4268 40,68% 59,32% ceod 2,91 12 anos 4857 34,26% 65,74% CPOD 2,45 15-19 anos 7620 10,67% 89,33% CPOD 6,63 35 a 44 anos 10267 0,46% 99,54% CPOD 20,71 65 a 74 anos 4242 1,16% 98,84% CPOD 26,64 Fonte: SB/RS 2003

O número de dentes cariados perdidos e obturados aumenta expressivamente entre o período da adolescência e o grupo de 35-44 anos. De uma média de 6,6 dentes afetados por cárie na adolescência, o número médio CPO se eleva para 20,71 entre os adultos. Dentre os componentes, os “cariados” correspondem a 9,1% e os 28% do componente “obturado”, ainda é inferior ao componente “perdido” (62,9%). Essas porcentagens indicam que a diminuição do componente “cariado” não se dá em decorrência de aumento na porcentagem do componente “obturado, e sim, pelo aumento das extrações dentárias. Essa característica (aumento da participação do componente “dente perdido” na composição do índice CPO) é ainda mais expressiva entre os idosos. Nestes, apenas 4,2% dos dentes estão restaurados e 92,2% foram extraídos. A porcentagem de “dentes cariados” (3,6%) é maior do que a de “dentes obturados” (2,4%), evidenciando as dificuldades para conseguir restaurações e, sobretudo, mantê-las ao longo da vida. O valor do CPO no grupo de 65-74 anos de idade é 26,94 dentes comprometidos com a cárie dentária, desse valor, 24,54 dentes correspondem a dentes perdidos. 9

PERDAS DENTÁRIAS - os dados da pesquisa indicam que, os jovens entre 15 a 19 anos, em média já perderam um dente, os adultos perderam 12,84 dentes e os idosos 24,54 dentes. Quadro 2. Percentual de dentes perdidos por grupo etário. Grupo etário Percentual de dentes perdidos em Média de dentes relação ao total de dentes afetados afetados por cárie por cárie- CPOD CPOD por pessoa 15-19 anos 12,84% 6,63 35-44 anos 62,01% 20,71 65-74 anos 92,13% 26,64 Fonte: SB/RS 2003

CONDIÇÕES GENGIVAIS - as alterações na condição periodontal mais prevalentes observadas em quase 50% dos escolares de 12 anos e em 40% dos jovens são de natureza inflamatória e reversíveis com higiene bucal e limpeza profissional. No entanto, em 5,9% dos adultos (35-44 anos) foi constatada presença de doença periodontal destrutiva, que requerem procedimentos especializados. O quadro 3 apresenta as necessidades estimadas de tratamento periodontal para a população do RS nas faixas etárias de 15 a 19 anos, adultos e idosos.

Quadro 3. Necessidade estimada de tratamento periodontal para a população do RS a partir dos dados levantados no SB RS, por grupo etário. Faixa etária Nº de casos Porcentagem População total do RS da faixa etária. 15 a 19 anos 7.828 0,81 966.438 35 a 44 anos 91.300 5,90 1.547.458 65 a 74 anos 29.086 6,13 474.491 Total 128.214 12,84 2.988.387 Fonte: SB/RS 2003

PRÓTESES DENTÁRIAS — em relação ao uso de prótese dentária, 54,9% dos adultos utilizam-nas na arcada superior e 16,63% na arcada inferior. Dentre os 10 idosos, 80% as utilizam na arcada superior e 52,64% na arcada inferior. Próteses dentárias são necessárias, na arcada superior, em 31,6% dos adultos e em 27,1% dos idosos. Na arcada inferior essas percentagens são, respectivamente, de 66,8% e 50,1%. Um dado que deve ser ressaltado é o percentual de 69,4% do total de idosos examinados que usam próteses totais superiores e 39% com prótese inferiores. Estes percentuais entre os adultos já representam as perdas dentárias progressivas – uso de próteses totais na arcada superior em 33,3% e 6,7% na arcada inferior.

NECESSIDADES DE TRATAMENTO DECORRENTES DA CÁRIE DENTÁRIA

O Gráfico 1 apresenta a prevalência de necessidades de tratamento dentário em relação aos dentes afetados por cárie dentária, nos diferentes grupos etários da população pesquisada.

Sem necessidade Com necessidades

Total RS 18,72 81,28

65 a 74 48 52

35 a 44 6,55 93,45

15 a 19 5,58 94,42

12 20,26 79,74

5 5,06 94,94

18 a 36m 60,71 39,29

0 20 40 60 80 100 120 11

O Gráfico 2 apresenta o detalhamento do tipo de necessidade verificada nas 9.594 pessoas examinadas de 35 a 44 anos, que apresentavam necessidade de tratamento na ocasião do exame.

Necessidade de tratamento 35-44 anos 5% 8% 29% 21%

1% 34%

Rest. 1 superfície Rest. 2 ou + superf. Coroa Faceta Estética Pulpar + restaura Extração Selante

O Gráfico 3 apresenta o detalhamento do tipo de necessidade verificada nas 7.195 (94% da amostra) pessoas examinadas de 15 a 19 anos que apresentavam necessidade de tratamento na ocasião do exame.

Necessidades 15-19 anos 3% 14%

11% 44% 2% 25%

Rest. 1 superfície Rest. 2 ou + superf. Coroa Faceta estética Pulpar + restaura Extração Remineraliz. M.B. Selante O Gráfico 4 apresenta em detalhes as necessidades de atendimento verificadas em 3.873 crianças de 12 anos examinadas ( 79,7% da amostra). 12

2% 6% 13% 48% 9% 1% 21%

Necessidade aos 12 anos

Rest. 1 superfície Rest. 2 ou + superf. Coroa

Faceta estética Pulpar + restaura Extração

Remineraliz. M.B. Selante

Considerando a experiência de cárie dentária na população estudada e suas conseqüências em termos de perdas dentária e diante da necessidade de planejamento dos centros especializados de odontologia, foi elaborada uma estimativa de necessidades de tratamentos endodônticos para a população do RS, nas diferentes faixas etárias, conforme quadro abaixo.

Quadro 7. Necessidade de tratamento endodôntico estimada na população do RS, por grupo etário.

Nº de pessoas que necessitam Idade Nº de pessoas no RS endodontia 12 anos 912.080 67.603 15 a 19a 966.438 97.658 35 a 44a 1.547.458 110.026 65 a 74a 474.491 12.080 TOTAL 2.988.387 217.933 Fonte: SB/RS 2003

Diante desta realidade epidemiológica e da baixa produtividade de procedimentos especializados no RS, comparado com outros estados da região sul, conforme mostra o quadro 800, faz-se necessária a implantação de centros de 13 referência para ampliar o acesso da população às ações especializadas que não são ofertadas pela grande maioria dos municípios, principalmente nas áreas de periodontia, endodontia e prótese. No ano de 2002 foram realizados somente 154.036 procedimentos de odontologia especializada, o que equivale a 0,016 proc/hab/ano, correspondendo a um gasto total de R$ 550.062,79 reais do teto financeiro do RS.

Quadro 8. Gasto na Atenção Especializada em Odontologia nos Estados da Região Sul Estado Procedimentos Valores gastos em reais RS 154.036 550.062,79 Santa Catarina 226.608 741.779,31 Paraná 316.821 1.197.429,39 Fonte: SIA/SUS, 2002 14

3. OBJETIVOS

3.1. OBJETIVO GERAL

Organizar a regionalização da assistência em odontologia, de forma que contemple a oferta descentralizada através da implantação progressiva de serviços de média complexidade, em Centros de Referência Regionalizados para atendimento especializado nas áreas de periodontia, endodontia, prótese dentária e cirurgia.

3.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Orientar e apoiar tecnicamente a criação e implementação de centros de referências de acordo com o Plano Diretor de Regionalização (PDR) Estadual. • Definir critérios populacionais, epidemiológicos e geográficos para a implantação dos centros de referência. • Assegurar a eqüidade na referência às ações especializadas em saúde bucal. • Apresentar protocolos técnicos de encaminhamento de casos da atenção básica para as diferentes especialidades dos centros de referência.

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4. ORGANIZAÇÃO DA ATENÇÃO EM SAÚDE BUCAL

A Regionalização é a estratégia definida na NOAS-SUS 01/02 para a garantia do acesso da população às ações e aos serviços de saúde. Na proposta para estabelecer uma Rede de Atenção em Saúde Bucal, os serviços deverão ser organizados em complexidade crescente, onde o conjunto de municípios garanta, prioritariamente, os serviços de atenção básica em odontologia, envolvendo ações de promoção, prevenção e educação em saúde bucal, fluoretação das águas de abastecimento, procedimentos restauradores, entre outros, e assegure as referências e contra-referências aos serviços de média e alta complexidade.

4.1. REGIONALIZAÇÃO Os serviços de média complexidade no Estado deverão ser organizados em centros de referência, considerando a necessidade geográfica de pelo menos um centro de referência por Regional de Saúde. Nas regionais com maior densidade populacional será considerado o critério de um centro para cada 200.000 habitantes. Uma vez que os municípios de pequeno porte populacional têm dificuldades para organizarem serviços especializados, é necessário elencar os municípios com maior probabilidade de assumirem a referência da atenção especializada para os municípios de sua região. Para estruturação desta proposta os Coordenadores Regionais de Saúde Bucal e os Técnicos da Seção de Saúde Bucal do Departamento de Ações em Saúde/SES utilizaram os seguintes critérios para a classificar os municípios que apresentam perfil para sediar os centros de referência:

• Qualidade da atenção básica; • Qualidade da atenção especializada; • Capacidade instalada; • Disponibilidade de Recursos Humanos.

Proposta de regionalização da média complexidade de odontologia – Centros de Especialidade Odontológica

Nº previsto Nº de de Municípios com Número total Centros de População dos centros Município Sede condições técnicas de Centros de POPULAÇÃO População Referência outros de CRS da Regional de de ser sede de Referência por MUNICÍPIOS DA CRS Município Sede no municípios da Referên Saúde Centros de Regional de Município regional cia Referência Saúde Sede nestes municípi os , Alvorada, Araricá, , Cachoeirinha, , , Dois Canoas***, Irmãos, Estância Velha, , , Gravataí, , Lindolfo Estância Velha, Collor, , , Porto Novo 1ª , Novo 3.559.507 1.416.363 7 Hamburgo, São 2.413.144 10 17 Hamburgo, Portão, , Alegre*** Leopoldo, , Santa Maria do , São Leopoldo, , Sapiranga, , Sapucaia do Viamão. Sul, Gravataí, Ivoti. Arambaré, , Barão, Barão do Triunfo, , , Butiá, Camaquã, Cambará do Sul, , , , , , Camaquã, , General Câmara, Guaíba, Harmonia, , , Maratá, Mariana Porto Guaíba, 2ª Pimentel, Minas do Leão, 751.254 - - Montenegro, 751.254 4 4 Montenegro, , Alegre São Jerônimo, Parobé, , , , São Francisco São Sebastião de Paula, São Jerônimo, São do Caí. José do Hortêncio, São José do Sul, São Pedro da Serra, São Sebastião do Caí, , Sertão Santana, Tapes, Taquara, Três Coroas, Triunfo, . 17

Amaral Ferrador, , , Canguçu, Capão do Leão, Cerrito, Chuí, Cristal, Herval, Jaguarão, , , Pedro Rio Grande, 3ª Osório, , Pinheiro 865.350 Pelotas**/*** 338.554 2 Jaguarão. 526.796 2 4 Machado, , Rio Grande, Santa Vitória do Palmar, , São José do Norte, São Lourenço do Sul, Turuçu. Agudo, , Capão do Cipó, , , , , , Ivorá, , Jari, Júlio de Castilhos, Mata, Nova Esperança do Sul, , Paraíso do Sul, , , Santa Faxinal do 4ª 575.403 261.980 1 313.423 2 , Santa Maria, Maria*** Soturno 3 Santiago, São Francisco de Assis, São João do Polêsine, São Martinho da Serra, São Pedro do Sul, São Sepé, São Vicente do Sul, , , Tupanciretã, , . Alto , Antônio Prado, Bento Gonçalves, , Bom Jesus, Bom Princípio, , Canela, , , Coronel Pillar, Cotiporã, Esmeralda, Fagundes Bento Varela, , Feliz, Flores Gonçalves, da Cunha, Garibaldi, , Canela, Flores , Guaporé, Ipê, , , Monte Alegre dos da Cunha, Nova Campos, , Caxias do Bassano, 5ª 1.013.884 396.261 2 617.623 3 Muitos Capões, Nova Araçá, Sul , 5 , Nova Pádua, Farroupilha, Nova Petrópolis, , , Paraí, Picada Gramado, Nova Café, , Protásio Prata, São Alves, Santa Tereza, São Jorge, Marcos. São José dos Ausentes, São Marcos, São Vendelino, União da Serra, Vacaria, , Veranópolis, , . 18

Água Santa, Almirante Tamandaré do Sul, Alto Alegre, André da Rocha, Barracão, , Camargo, , Capão Bonito do Sul, , Casca, , Ciríaco, , , David Canabarro, Ernestina, , Gentil, Ibiaçá, , Ibirapuitã, Lagoa dos Três Cantos, Lagoa , Lagoão, , Marau, , Vermelha, , , Passo Serafina Corrêa, 6ª 580.565 182.233 1 398.332 2 Mormaço, , Não-Me- Fundo*** Carazinho, 3 Toque, , Nova , Alvorada, , , Pontão, , Tapera. Santa Cecília do Sul, Santo Antônio do Palma, Santo Antônio do Planalto, , São Domingos do Sul, São João da Urtiga, São José do Ouro, Serafina Corrêa, Sertão, Soledade, Tapejara, Tapera, , Tunas, , Vanini, , Vila Lângaro, Vila Maria.

Aceguá, Bagé, , Dom 7ª Pedrito, , Lavras do 187.249 Bagé* 120.129 1 - 67.120 - 1 Sul.

Arroio do Tigre, Caçapava do Sul, , , Cachoeira do Cachoeira 8ª , Estrela 205.110 89.120 - Sul, Arroio do 115.990 1 Velha, , Lagoa Bonita do do Sul*** Tigre, 1 Sul, , , Sobradinho. , Sobradinho.

Boa Vista do Cadeado, , Colorado, Cruz Alta, , Ibirubá, Cruz Alta, 9ª , , 138.296 Cruz Alta 68.541 - Ibirubá. 69.755 1 1 , Salto do Jacuí, Santa Bárbara do Sul, Selbach. 19

Alegrete, Barra do Quarai, , , Maçambara, , Quaraí, Rosário do , 10ª Sul, , 576.907 Alegrete 87.236 - * 489.671 3 3 , São Borja, São Gabriel, Uruguaiana. , Áurea, Barão de Cotegipe, , , , Carlos Gomes, Centenário, Charrua, , , , , , Estação, Erechim, 11ª , Floriano Peixoto, 220.764 Erechim 96.310 - 124.454 1 1 , Getúlio Vargas, Getúlio Vargas. , , Jacutinga, , , Paulo Bento, Ponte Preta, Quatro Irmãos, São Valentim, , Três Arroios, .

Bossoroca, Caibaté, Cerro Largo, , Entre- Ijuís, Eugênio de Castro, Garruchos, Guarani das Missões, , Pirapó, Porto Cerro Largo, Xavier, , Roque Gonzales, Santo Santo Ângelo, 12ª Salvador das Missões, Santo 234.944 79.086 - 155.858 1 1 Ângelo, Santo Antônio das Ângelo São Luiz Missões, São Luiz Gonzaga, São Gonzaga. Miguel das Missões, São Nicolau, São Pedro do Butiá, Sete de Setembro, , Vitória das Missões.

Candelária, , , Mato Leitão, Pantano Santa Cruz 13ª Grande, , Rio 324.077 116.081 1 Venâncio Aires 207.996 1 Pardo, , do Sul*** 2 , , , Venâncio Aires, Vera Cruz. 20

Alecrim, Alegria, Boa Vista do Buricá, Campina das Missões, Cândido Godói, Doutor Maurício Campina das Cardoso, Giruá, , Missões, Independência, Nova Candelária, Horizontina, , , 14ª Porto Mauá, , 234.639 Santa Rosa 68.468 - Santa Rosa, 166.171 1 1 Santa Rosa, , São Cândido Godói, José do Inhacorá, São Paulo das Santo Cristo, Missões, , Três de Maio. Três de Maio, Tucunduva, .

Barra Funda, Boa Vista das Missões, Braga, Cerro Grande, Chapada, Constantina, , Dois Irmãos das Missões, Chapada, , Gramado dos Palmeira Palmeira das Loureiros, Jaboticaba, Lajeado do Missões, Ronda 15ª Bugre, Miraguaí, , 159.298 das 36.049 - 123.249 1 1 , , Alta, Palmeira das Missões, , Missões Constantina, , , Sagrada Sarandi. Família, São José das Missões, São Pedro das Missões, Sarandi, Três Palmeiras, . , , , , , Boqueirão do Leão, , Capitão, Colinas, , Cruzeiro do Sul, , Doutor Ricardo, Encantado, Estrela, Fazenda Vila Nova, Fontoura Encantado, Xavier, , Ilópolis, Estrela, 16ª , , Lajeado, 353.308 Lajeado 65.190 1 288.118 1 2 , Muçum, Nova Lajeado, Bréscia, , Poço das Teutônia. Antas, , Progresso, , , , , São José do Herval, São Valentim do Sul, Sério, Tabaí, , Teutônia, , Vespasiano Corrêa, Westfália. 21

Ajuricaba, , , , Catuípe, , Condor, , , Humaitá, Ijuí, 17ª Inhacorá, Jóia, , 222.243 Ijuí 78.400 - Ijuí, * 143.843 1 1 Panambi, Pejuçara, , São Martinho, São Valério do Sul, .

Arroio do Sal, Balneário Pinhal, Capão da Canoa, , , Caraá, , Dom Pedro de Alcântara, Imbé, , , Santo Antônio Maquine, , da Patrulha, 18ª Mostardas, Osório, Palmares do 318.004 Osório 39.251 - Torres***, 278.753 2 2 Sul, Santo Antônio da Patrulha, Osório, Xangri- Tavares, , Torres, Tramandaí, Três Cachoeiras, Três lá, Maquiné. Forquilhas, Xangri-lá.

Alpestre, , , , Caiçara, , , , Esperança do Sul, , Irai, Liberato Frederico Salzano, , Novo Frederico Westphalen, 19ª 205.261 27.695 - 177.566 1 Tiradentes, , Pinhal, Westphalen Nonoai, Três 1 , Planalto, Rio Passos. dos Índios, , , Taquaruçu do Sul, , , Três Passos, , Vista Alegre, Vista Gaúcha.

TOTAL DE CENTROS DE REFERÊNCIA NO TOTAL POPULAÇÃO 10.726.063 RS 54

Obs: Dados populacionais do IBGE Resolução número 7 de 23 de agosto de 2004 (D.O.U. de 30/08/2004) * Municípios já habilitados pelo Ministério da Saúde e pela CIB/RS como Centro de Especialidades Odontológica. Negociar possibilidade deste centro atender aos demais municípios da Regional conforme critério populacional. ** Considerando o critério populacional alguns municípios da Regional deverão ser referenciados para atendimento em Pelotas. *** Preferencialmente indica-se a realização de convênio com as Universidades que tem Faculdade de Odontologia 4.2. CARACTERÍSTICAS DOS CENTROS DE REFERÊNCIA • A equipe mínima: Centros de Especialidades - 3 ou mais Cirurgiões Dentistas (CD) - 3 ou mais Auxiliar de Consultório Dentário (ACD) - recepcionista, auxiliar de serviços gerais e auxiliar administrativo

Laboratórios Regionais de Prótese

- 1 técnico em prótese dentária (carga/horária/semanal 40 h) ou 1 cirurgião dentista (carga/horária/semanal 40 h)

• Carga horária do centro de referência: mínimo de 120 horas semanais • Especialidades: considerando as necessidades acumuladas apontadas pelo levantamento epidemiológico SB RS, as especialidades Endodontia, Periodontia e Prótese Dentária são consideradas como fundamentais para os centros de referência. Sendo necessário ressaltar a necessidade de promover o incremento de outras especialidades odontológicas progressivamente segundo a realidade epidemiológica. • Recursos Físicos: segue os critérios descritos na Portaria Ministerial 1570/04.

4.3. OPERACIONALIZAÇÃO

As unidades básicas de saúde são a porta de entrada do SUS. Assim é fator condicionante que o encaminhamento aos centros de referência deve ser acompanhado da alta do paciente da atenção básica. Após o término do tratamento especializado o paciente deverá voltar para manutenção de saúde nas Unidades Básicas. As ações especializadas serão baseadas em protocolos para garantir o acesso de forma qualificada e com eqüidade para toda população da área de abrangência. (Anexos I, II e III)

23

Âmbito Âmbito Municipal Regional

Atenção Alta clínica Média Básica Complexidade Manutenção Alta clínica

4.5. MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO

O monitoramento e avaliação dos centros de referência da média complexidade será realizada pela CRS, considerando a manutenção, incremento ou redução dos parâmetros da atenção básica, tanto do município sede do centro de referência quanto dos municípios que referenciam seu atendimento. Para tanto, a CRS acompanhará os valores dos indicadores da atenção básica em saúde bucal que constam no relatório trimestral de gestão municipal. Uma vez identificada pela CRS a queda dos índices de atenção básica de algum dos municípios que compõem o centro de referência, esta deverá comunicar a CIB regional e o município em questão. Este será solicitado a apresentar a CIB, no prazo de um mês, a justificativa da situação encontrada e um plano de ações para melhoria de tais indicadores. Será estipulado o período máximo de seis meses após a notificação para que o município retorne no mínimo aos valores anteriores. Caso não haja uma melhora nos índices, a CIB solicitará ao centro de referência que suspenda o atendimento deste município até que este retorne aos valores pactuados. Quando a CRS identificar que o município sede está comprometendo a sua atenção básica, este será comunicado da mesma forma descrita anteriormente e se este não obtiver os resultados esperados após seis meses da notificação, a CIB Regional encaminhará a questão ao Ministério da Saúde. 24

5. Laboratórios Regionais de Prótese Dentária

A proposta de regionalização dos Laboratórios Regionais de Prótese Dentária (LRPD) é de fundamental importância para garantirmos a disponibilização deste tratamento nos Centros de Especialidades Odontológicas. Considerando o Anexo II da Portaria 1570 do Ministério da Saúde de 29 de julho de 2004 que defini critério de um laboratório a cada 500 mil habitantes. Assim considera-se o desenho a seguir de regionalização que agrupa as Regionais de Saúde com menos de 500 mil habitantes para compor uma proposta de 21 Laboratórios Regionais de Prótese Dentária para o RS.

Proposta de regionalização da média complexidade de odontologia – LRPD

POPULAÇÃO Municípios com condições Número CRS MUNICÍPIOS DA CRS de ser Sede do LRPD. de LRPD (IBGE)

Alvorada, Araricá, Cachoeirinha, Campo Alvorada, Bom, Canoas, Dois Irmãos, Estância Velha, Cachoeirinha, Canoas, Esteio, Glorinha, Gravataí, Ivoti, Lindolfo Estância Velha, Novo Collor, Morro Reuter, Nova Hartz, Nova Santa 1ª Rita, . Portão, Porto Alegre, Hamburgo, Porto 3.559.507 7 Presidente Lucena, , Alegre, São Leopoldo, São Leopoldo, Sapiranga, Sapucaia do Sul, Sapiranga, Sapucaia Viamão. do Sul, Gravataí, Ivoti. 25

Arambaré, Arroio dos Ratos, Barão, Barão do Triunfo, Barra do Ribeiro, Brochier, Butiá, Camaquã, Cambará do Sul, Capela de Santana , Cerro Grande do Sul, Charqueadas, Chuvisca, Dom Feliciano, Eldorado do Sul, General Câmara , Guaíba, Camaquã, Guaíba, Harmonia, Igrejinha, Maratá, Mariana Taquara, Montenegro, 2ª Pimentel, Minas do Leão, Montenegro, 751.254 Pareci Novo, Parobé, Riozinho, Rolante, São Jerônimo, São Salvador do Sul, São Francisco de Paula, Sebastião do Caí. São Jerônimo, São José do Hortêncio, São José do Sul, São Pedro da Serra, São Sebastião do Caí, Sentinela do Sul, Sertão Santana, Tapes, Taquara, Três Coroas, 2 Triunfo, Tupandi.

Arroio do Sal, Balneário Pinhal, Capão da Canoa, Capivari do Sul, Caraá, Cidreira, Dom Pedro de Alcântara, Imbé, Itati, Mampituba, Mostardas, Santo Antônio da Patrulha, 18ª Maquiné, Morrinhos do Sul, Mostardas, 318.004 Osório, , Santo Antônio da Torres, Xangri-lá, Patrulha, Terra de Areia, Torres, Tramandaí, Maquine. Três Cachoeiras, Tavares, Três Forquilhas, Xangri-lá.

Amaral Ferrador, Arroio do Padre, Arroio Grande, Canguçu,Capão do Leão, Cerrito, Chuí, Cristal, Herval, Jaguarão, Morro Pelotas, Rio Grande, 3ª Redondo, Pedras Altas, Pedro Osório, 865.350 Pelotas, , Piratini, Rio Jaguarão. 2 Grande, Santa Vitória do Palmar, Santana da Boa Vista, São José do Norte,São Lourenço do Sul, Turuçu. Agudo, Cacequi, Capão do Cipó, Dilermando de Aguiar, Dona Francisca, Faxinal do Soturno, Formigueiro, Itaara, Ivorá, Jaguari, Jari, Júlio de Castilhos, Mata, Nova Esperança do Sul, Nova Palma, Paraíso do Santa Maria, Faxinal 4ª Sul, Pinhal Grande, Quevedos, Restinga 575.403 Seca, Santa Maria, Santiago, São Francisco do Soturno. 1 de Assis, São João do Polêsine, São Martinho da Serra, São Pedro do Sul, São Sepé, São Vicente do Sul, Silveira Martins, Toropi, Tupanciretã, Unistalda, Vila Nova do Sul. 26

Alto Feliz, Antônio Prado, Bento Gonçalves, Boa Vista do Sul, Bom Jesus, Bom Princípio, Campestre da Serra, Canela, Carlos Barbosa, Caxias do Sul, Coronel Pillar, Cotiporã, Esmeralda, Fagundes Varela, Bento Gonçalves, Farroupilha, Feliz, , Garibaldi, Gramado, Guabiju, Guaporé, Ipê, Canela, Caxias do Sul, Jaquirana, Linha Nova, Monte Alegre dos Flores da Cunha, Nova 5ª Campos, Monte Belo do Sul, Muitos Capões, Bassano, Vacaria, 1.013.884 2 Nova Araçá, Nova Bassano, Nova Pádua, Farroupilha, Gramado, Nova Petrópolis, Nova Prata, Nova Roma do Nova Prata, São Sul, Paraí, Picada Café, Pinhal da Serra, , Protásio Alves, Santa Marcos. Tereza, São Jorge, São José dos Ausentes, São Marcos, São Vendelino, União da Serra, Vacaria, Vale Real, Veranópolis, Vila Flores, Vista Alegre do Prata.

Água Santa, Almirante Tamandaré do Sul, Alto Alegre, André da Rocha, Barracão, Cacique Doble, Camargo, Campos Borges, Capão Bonito do Sul, Carazinho, Casca, Caseiros, Ciríaco, Coqueiros do Sul, Coxilha, David Canabarro, Ernestina, Espumoso, Gentil, Ibiaçá, Ibiraiaras, Ibirapuitã, Lagoa dos Três Cantos, Lagoa Vermelha, Lagoão, Machadinho, Marau, Mato Castelhano, Lagoa Vermelha, Passo Fundo, Serafina 6ª Maximiliano de Almeida, Montauri, Mormaço, 580.565 Muliterno, Não-Me-Toque, Nicolau Vergueiro, Corrêa, Carazinho, 1 , Paim Filho, Passo Fundo, Soledade, Tapera. Pontão, Sananduva, Santa Cecília do Sul, Santo Antônio do Palma, Santo Antônio do Planalto, Santo Expedito do Sul, São Domingos do Sul, São João da Urtiga, São José do Ouro, Serafina Corrêa, Sertão, Soledade, Tapejara, Tapera, Tio Hugo, Tunas, Tupanci do Sul, Vanini, Victor Graeff, Vila Lângaro, Vila Maria.

Aceguá, Bagé, Candiota, , Hulha 7ª Negra, . Bagé 187.249

Arroio do Tigre, Caçapava do Sul, Cachoeira 1 do Sul, Cerro Branco, Encruzilhada do Sul, Cachoeira do Sul, 8ª , Ibarama, , Arroio do Tigre, 205.110 Novo Cabrais, Passa Sete, Segredo, Sobradinho. Sobradinho. 27

Boa Vista do Cadeado, Boa Vista do Incra, Colorado, Cruz Alta, Fortaleza dos Valos, 9ª Ibirubá, Jacuizinho, Quinze de Novembro, Cruz Alta, Ibirubá. 138.296 Saldanha Marinho, Salto do Jacuí, Santa Bárbara do Sul, Selbach. , Augusto Pestana Bozano, Campo Novo, Catuípe, Chiapeta, Condor, Coronel Barros, Crissiumal, Humaitá, Ijuí, Inhacorá, 17ª Jóia, Nova Ramada, Panambi, Pejuçara, Ijuí, Panambi. 222.243 Santo Augusto, São Martinho, São Valério do Sul, Sede Nova. 1 , Boa Vista das Missões, Braga, Cerro Grande, Chapada, Constantina, Coronel Bicaco, Dois Irmãos das Missões, Engenho Velho, , Chapada, Palmeira das Jaboticaba, , Miraguaí, 15ª Nova Boa Vista, Novo Barreiro, Novo Xingu, Missões, Ronda Alta, 159.298 Palmeira das Missões, Redentora, Ronda Constantina, Sarandi. Alta, Rondinha, Sagrada Família, São José das Missões, São Pedro das Missões, Sarandi, Três Palmeiras, Trindade do Sul.

Alegrete, Barra do Quarai, Itacurubi, Itaqui, Maçambara, Manoel Viana, Quarai, Rosário 10ª do Sul, Santa Margarida do Sul, Santana do Alegrete, Uruguaiana. 576.907 1 Livramento, São Borja, São Gabriel, Uruguaiana. 28

Aratiba, Áurea, Barão de Cotegipe, Barra do Rio Azul, Benjamin Constant do Sul, Campinas do Sul, Carlos Gomes, Centenário, Charrua, Cruzaltense, Entre Rios do Sul, Erebango, Erechim, Erval Grande, Estação, Erechim, Getúlio 11ª Faxinalzinho, Floriano Peixoto, Gaurama, 220.764 Getúlio Vargas, Ipiranga do Sul, Itatiba do Vargas. Sul, Jacutinga, Marcelino Ramos, Mariano Moro, Paulo Bento, Ponte Preta, Quatro Irmãos, São Valentim, Severiano de Almeida, Três Arroios, Viadutos.

1

Alpestre, Ametista do Sul, Barra do Guarita, Bom Progresso, Caiçara, Cristal do Sul, Derrubadas, Erval Seco, Esperança do Sul, Frederico Westphalen, Irai, , Frederico Westphalen, 19ª Nonoai, , Palmitinho, Pinhal, 205.261 Pinheirinho do Vale, Planalto, Rio dos Índios, Nonoai, Três Passos. Rodeio Bonito Seberi, Taquaruçu do Sul, Tenente Portela, Tiradentes do Sul, Três Passos, Vicente Dutra, Vista Alegre, Vista Gaúcha. 29

Bossoroca, Caibaté, Cerro Largo, Dezesseis de Novembro, Entre-Ijuís, Eugênio de Castro, Garruchos, Guarani das Missões, Mato Queimado, Pirapó, , Rolador, Cerro Largo, Santo 12ª Roque Gonzales, Salvador das Missões, Ângelo, São Luiz 234.944 Santo Ângelo, Santo Antonio das Missões, Gonzaga. São Luiz Gonzaga, São Miguel das Missões, São Nicolau, São Pedro do Butiá, Sete de Setembro, Ubiretama, Vitória das Missões. 1 , Alegria, Boa Vista do Buricá, Campina das Missões, Cândido Godói, Doutor Maurício Cardoso, Giruá, Horizontina, Campina das Missões, Independência, Nova Candelária, Novo Horizontina, Santa 14ª Machado, Porto Lucena, Porto Mauá, Porto Rosa, Cândido Godói, 234.639 Vera Cruz, Santa Rosa, Santo Cristo, São Santo Cristo, Três de Paulo das Missões, São José do Inhacorá, Maio. Senador Salgado Filho, Três de Maio, Tucunduva, Tuparendi.

Candelária, Gramado Xavier, Herveiras, Mato Leitão, , Passo do Sobrado, Santa Cruz do Sul, 13ª , Santa Cruz do Sul, Sinimbu, Vale 324.077 do Sol, Venâncio Aires, Vale Verde, Vera Venâncio Aires. Cruz.

Anta Gorda, Arroio do Meio, Arvorezinha, Barros Cassal, Bom Retiro do Sul, Boqueirão do Leão, Canudos do Vale, Capitão, Colinas, Coqueiro Baixo, Cruzeiro do Sul, Dois 1 Lajeados, Doutor Ricardo, Encantado, Estrela, Fazenda Vila Nova, , Encantado, Estrela, 16ª Forquetinha, Ilópolis, Imigrante, Itapuca, 353.308 Lajeado, Marques de Souza, Muçum, Nova Lajeado, Teutônia. Bréscia, Paverama, Poço das Antas, Pouso Novo, Progresso, Putinga, Relvado, Roca Sales, Santa Clara do Sul, São José do Herval, São Valentim do Sul, Sério, Tabaí, Taquari, Teutônia, Travesseiro Vespasiano Corrêa, Westfália.

TOTAL DE LRPD 10.726.063 21

Obs: Dados populacionais do IBGE Resolução número 7 de 23 de agosto de 2004 (D.O.U. de 30/08/2004)

Mapa com as Regionais de Saúde agrupadas para sediarem os Laboratórios Regionais de Prótese Dentária com o critério de 1 centro a cada 500 mil habitantes. 30 31

ANEXO I

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL SECRETARIA DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE AÇÕES EM SAÚDE SEÇÃO DE SAÚDE BUCAL

PROTOCOLO DE ENCAMINHAMENTO PARA TRATAMENTO PERIODONTIAL ESPECIALIZADO

1. Introdução

Os resultados do Projeto SB Brasil e SB Gaúcho realizado pela Secretaria Estadual de Saúde com as Secretarias Municipais de 85 municípios configuraram o perfil de saúde bucal da população do Rio Grande do Sul e confirmaram que a cárie e doença periodontal continuam sendo os problemas de saúde bucal que mais afetam a população. A prevalência destas doenças é conseqüência da falta de acesso à educação para saúde, aos meios de higiene e flúor, aos programas de prevenção, e aos serviços de atenção básica. Considerando-se que, segundo o estudo, 23% da população adulta não apresenta qualquer manifestação periodontal, 66% possuem algum grau da doença e 11% tem doença periodontal grave (1% de indivíduos jovens e 10% de adultos) necessitando atendimento especializado. Considerando o limitado recurso para implantação de serviços de média complexidade para atender a demanda por procedimentos especializados em periodontia, faz-se necessário estabelecer critérios de seleção para encaminhamento aos centros de referência.

2. Classificação do SIA/SUS

Tratamento Periodontal 100.2000-4-Sub-Grupo2-Periodontia 10.021.01 - Cirurgia periodontal por hemi-arcada 10.021.02 - Enxerto gengival 10.021.03 - Gengivectomia 10.021.05 - Gengivoplastia por hemi-arcada 10.021.06 - Raspagem corono-radicular por hemi-arcada 10.021.08 - Curetagem subgengival por indivíduo

3. Diagnóstico

O paciente deve estar em tratamento nas unidades da rede básica. Os pacientes deverão ser considerados de acordo com a gravidade da doença que apresentam conforme o que segue.

• Gengivite: Inflamação na margem gengival (confirmada pela presença de sangramento à sondagem) sem que haja perda de suporte periodontal. 32

• Periodontite leve: Sangramento à sondagem acompanhado de até 5 mm de perda de inserção periodontal medida do colo do dente até o fundo da bolsa sondável. • Periodontite grave: Sangramento à sondagem acompanhado de 6 mm ou mais de perda de inserção periodontal medida do colo do dente até o fundo da bolsa sondável.

4. Atenção Básica

Os indivíduos diagnosticados com Gengivite e Periodontite leve deverão ser tratados nas Unidades Básicas de Saúde, uma vez que, segundo dados do Projeto SB Brasil, 66% da população apresenta estes quadros. O tratamento periodontal eletivo é o controle da placa supragengival pelo paciente e o controle da placa/biofilme subgengival pelo profissional.

- Diagnóstico individual da doença e de seus fatores determinantes. - Controle dos biofilmes supragengival, através da efetiva modificação de comportamento do paciente tanto para a questão da higiene bucal como controle de fatores de risco importantes (fumo, diabetes, etc), - Monitoramento pós-tratamento:

6. Atenção Especializada

Nos casos de periodontite grave e daqueles mais simples que não foram adequadamente tratados na UBS o procedimento resolutivo é a raspagem e alisamento radicular subgengival. Os procedimentos cirúrgicos são complementares para o tratamento da infecção e procedimentos cirúrgicos reparativos/reconstrutivos.

- Diagnóstico individual da doença e de seus fatores determinantes. e subgengival através da raspagem e alisamento radiculares subgengivais. - Re-avaliação do caso e execução de procedimentos suplementares como: - Terapia antimicrobiana - Acesso cirúrgico. - Monitoramento pós-tratamento: Nos primeiros 12 meses realizado pelo Serviço de Especialidades e após pela UBS - Cirurgias corretivas/reconstrutiva Em casos de mutilação que prejudiquem a qualidade de vida, emprego e socialização do paciente poderão ser consideradas cirurgias especiais que busquem uma anatomia adequada para o paciente.

7. Critério de Encaminhamento a Atenção Especializada

- Os casos de periodontite grave. - Pacientes com menos de 25 anos de idade e que já apresentem perda de inserção periodontal associada a sangramento à sondagem. Esses 2 fatores associados, em indivíduos jovens, podem indicar doença de rápida progressão e alta susceptibilidade dos mesmos à periodontite. Este grupo compreende não mais que 1 % da população. - Pacientes com periodontite leve mas com sinais de agravamento sistêmico (casos típicos de pacientes soropositivos para HIV, usuários de beta bloqueadores ou ciclosporina).

7. Critério de Exclusão a Atenção Especializada

- Pacientes com falta de controle de placa supra-gengival. - Pacientes com discrasias sanguíneas graves e doenças sistêmicas não controláveis. 33

ANEXO II

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL SECRETARIA DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE AÇÕES EM SAÚDE SEÇÃO DE SAÚDE BUCAL

PROTOCOLO DE ENCAMINHAMENTO PARA TRATAMENTO PROTÉTICO

Próteses Totais e Próteses Parciais Removíveis

1. Introdução

Os resultados do Projeto SB Brasil e SB Gaúcho realizado pela Secretaria da Saúde do Estado em parceria com as Secretarias Municipais de 85 municípios configuraram o perfil da saúde bucal na população do RS, considerando a cárie dentária, a doença periodontal, a má oclusão, as perdas dentárias e o conseqüente uso e necessidade de prótese como os problemas que mais afetam a saúde bucal da população. Entre jovens e adultos (15 a 19 anos e 35 a 44 anos) 30% tem dentes perdidos, sendo que 12,77% tem perda total dos dentes. Além do aumento progressivo dos dentes afetados por cárie, ressalta-se o dado das perdas dentárias crescentes representando também a ausência de oferta de serviços mais especializados (como tratamento de canal e atendimentos às urgências) nos serviços odontológicos acessíveis à população. A situação agrava-se ainda mais entre os idosos: questões culturais e hábitos de higiene agregam-se a dificuldades de acesso para aumentar as perdas dentárias nesse grupo, 48% dos idosos são totalmente desdentados e 8% dos adultos entre 35 e 44 anos. O maior problema observado neste estudo é, portanto, a mutilação dos indivíduos provocada pelas extrações dentárias crescentes a partir da adolescência e as dificuldades na reabilitação. Na população adulta, 55% dos indivíduos utilizam alguma prótese dentária na região superior. No entanto, nesse mesmo grupo etário, 31% dessa população ainda necessitam realizar tratamento protético, seja pela ausência ou pela necessidade de troca do aparelho protético. Entre os idosos, cresce para 80% o percentual de pessoas que utilizam prótese superior e 27% que necessitam de reabilitação. Considerando o limitado recurso para implantação de serviços de média complexidade para atender a demanda por procedimentos especializados em prótese, faz-se necessário estabelecer critérios de seleção para encaminhamento aos centros de referência.

2. Classificação SIA/SUS

Prótese total superior/inferior - Total Mandibular: 10.082.10-7 34

- Total Maxilar: 10.082.11-5

Prótese parcial removível superior/inferior 10.083.0.2-2

3. Prótese Total Superior ou Inferior

3.1 Diagnóstico e critérios de inclusão

A necessidade será diagnosticada mediante exame clínico de cirurgião-dentista vinculado à rede SUS, com observação dos seguintes critérios para inclusão da necessidade do tratamento reabilitador:

• Ausência total de elementos dentários em uma ou ambas as arcadas; • Rebordo alveolar regular ou que possibilite o assentamento de uma prótese; • Ausência de lesões ósseas, da mucosa, gengiva ou dos anexos orais;

3.2 Critérios de Exclusão:

a) Pacientes com síndrome motora, psiquiátrica ou nervosa severa, que impossibilite tomada de impressão e a conseqüente confecções e uso da prótese. b) Presença de elementos dentários que possam ser devidamente restaurados ou tratados de forma convencional.

4. Prótese Parcial Removível

4.1 Diagnóstico e critérios de inclusão

A necessidade será diagnosticada mediante exame clínico de cirurgião-dentista vinculado à rede de atenção básica do SUS, com observação dos seguintes critérios para inclusão da necessidade do tratamento reabilitador:

• Necessidades básicas de tratamento odontológico totalmente sanadas; • Comprometimento do usuário de comparecer às consultas de manutenção; • Presença de elementos dentários compatíveis com a confecção de prótese parcial removível;

4.2 Critérios de Exclusão:

a) Pacientes com síndrome motora, psiquiátrica ou nervosa severa, que impossibilite tomada de impressão e a conseqüente confecções e uso da prótese. b) Presença de elementos dentários de número ou forma que impossibilite a confecção da prótese parcial removível. 35

ANEXO III

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL SECRETARIA DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE AÇÕES EM SAÚDE SEÇÃO DE SAÚDE BUCAL

PROTOCOLO DE ENCAMINHAMENTO PARA TRATAMENTO ENDODÔNTICO

Tratamento e retramento endodôntico em dentes permanentes.

1. Introdução

Os resultados da recente pesquisa realizada pela Secretaria Estadual de Saúde com as Secretarias Municipais de 85 municípios configuraram o perfil de saúde bucal da população do Rio Grande do Sul e confirmaram que a cárie e doença periodontal continuam sendo os problemas de saúde bucal que mais afetam a população. A prevalência destas doenças é conseqüência da falta de acesso à educação para saúde, aos meios de higiene e flúor, aos programas de prevenção, e aos serviços de atenção básica. O estudo demonstrou que entre jovens e adultos (15 a 19 anos e 35 a 44 anos) além do aumento progressivo dos dentes afetados por cárie, ressalta-se o dado das perdas dentárias crescentes representando também a ausência de oferta de serviços mais especializados (como tratamento de canal e atendimentos às urgências) nos serviços odontológicos acessíveis à população. A impossibilidade de tratar os dentes com necessidades endodônticas, resulta a extração como solução para o problema principalmente da dor. O maior problema observado neste estudo é, portanto, a mutilação dos indivíduos provocada pelas extrações dentárias crescentes a partir da adolescência e as dificuldades na reabilitação. Considerando o limitado recurso para implantação de serviços de média complexidade para atender a demanda por procedimentos especializados em endodontia, faz-se necessário estabelecer critérios de seleção para encaminhamento aos centros de referência.

2. Classificação SIA/SUS

Tratamento Endodônico em dente permanente uni-radicular 10.041.05

Tratamento Endodôntico em dente permanente bi-radicular 10.042.02

Tratamento endodôntico em dente permanente tri-radicular 10.043.03

Retratamento endodôntico em dente permanente uni-radicular 36

10.041.02

Retratamento endodôntico em dente permanente bi-radicular 10.042.01

Retratamento endodôntico em dente permanente tri-radicular 10.043.01

3. Critérios de inclusão ao tratamento endodôntico

- O paciente deve estar em tratamento nas unidades da rede básica;

- A reconstrução coronária do dente que necessita tratamento endodôntico deve poder ser feita na própria unidade de saúde que está encaminhando o caso. Para que seja feita uma avaliação segura, é necessário que o dente seja encaminhado com prévia remoção do tecido cariado e restauração provisória;

- Preferencialmente deverão ser tratados dentes cuja posição na arcada seja de 2º molar a 2º molar. Os 3º molares somente serão encaminhados se o paciente apresentar muitos elementos faltantes e houver necessidade de sua manutenção;

- O dente deve apresentar condições para o isolamento absoluto. Se necessário, realizar gengivectomia e/ou reconstrução provisória, visando permitir a adequada colocação do grampo para o dique de borracha;

4. Critérios de inclusão para retratamento endodôntico:

- Nas necessidades de retratamento endodôntico, deve-se encaminhar aquelas que possuam sintomatologia dolorosa. Os dentes assintomáticos,que apresentem imagens radiográficas que apontem tratamento inadequado, com ou sem lesão periapical, devem sofrer acompanhamento radiográfico. Caso surja lesão periapical ou esta aumentar de tamanho, deve ser feito o encaminhamento para retratamento;

5. Critérios para exclusão:

- Dentes com perda de inserção que impossibilite sua manutenção na arcada. Deve ser feita avaliação prévia no setor de periodontia.