PREFEITURA DE NANUQUE - MG

Procedimento de Manifestação de Interesse – PMI

Edital de Chamamento Público Nº 003/2019

Outubro 2019

ÍNDICE

I. APRESENTAÇÃO ...... 1 I.1 REFERÊNCIA E CRONOLOGIA DO PMI ...... 4 I.2. ASPECTOS A DESTACAR NO ESCOPO DO PMI ...... 4 I.3. FONTES CONSULTADAS ...... 5 II. CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO ...... 7 II.1. INSERÇÃO REGIONAL ...... 7 II.2. INSERÇÃO LOCAL ...... 10 II.3. ASPECTOS GERAIS, FÍSICOS E DA INFRAESTRUTURA ...... 10 II.4. APECTOS SOCIOECONÔMICOS ...... 31 II.5. ACESSOS AO MUNICÍPIO ...... 37 III. SITUAÇÃO DO SANEAMENTO NO MUNICÍPIO...... 39 III.1. VISÃO GERAL ...... 39 III.2. REGIÕES ATENDIDAS E OPERADORAS (ÁGUA E ESGOTO) ...... 40 III.3. INDICADORES RELACIONADOS AO SANEAMENTO (ÁGUA E ESGOTO) ...... 42 III.4. REGULAÇÃO E MONITORAMENTO – MODELO REGULATÓRIO ...... 43 IV. DIAGNÓSTICO DOS SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA ...... 45 IV.1. CARACTERÍSTICAS GERAIS DA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS ...... 45 IV.2. MONITORAMENTO DA QUALIDADE DAS ÁGUAS DE ABASTECIMENTO ...... 45 IV.3. SISTEMA EXISTENTE ...... 47 IV.3.1 Distrito Sede ...... 47 IV.3.2. Distrito de Vila Pereira ...... 66 IV.3.2.1. Distrito de Vila Gabriel Passos...... 72 IV.4. ESTUDOS E PROJETOS EXISTENTES ...... 79 IV.5. AVALIAÇÃO CRÍTICA DO SISTEMA EXISTENTE ...... 80 IV.5.1. Considerações ...... 80 IV.5.2. Avaliações Específicas ...... 80 V. DIAGNÓSTICO DOS SISTEMAS DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO ...... 112 V.1. CARACTERÍSTICAS GERAIS DA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS ...... 112

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V.2. CONDIÇÕES DOS CORPOS RECEPTORES E MONITORAMENTO DA QUALIDADE DAS ÁGUAS ...... 112 V.3 SISTEMA EXISTENTE ...... 113 V.3.1. Distrito Sede ...... 113 V.3.2. Distritos de Vila Pereira e Vila Gabriel Passos...... 122 V.4. ESTUDOS E PROJETOS EXISTENTES ...... 123 V.5. AVALIAÇÃO CRÍTICA DO SISTEMA EXISTENTE ...... 125 VI. POPULAÇÃO E DEMANDAS ...... 139 VI.1. POPULAÇÃO DE PROJETO NO HORIZONTE DOS ESTUDOS ...... 139 VI.2. DEMANDA DE ÁGUA ...... 139 VI.3. DEMANDA NO SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO ...... 141 VII. DIAGNÓSTICO DOS ASPECTOS ADMINISTRATIVOS E COMERCIAIS EXISTENTES ...... 143 VII.1. ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA E FUNCIONAL ...... 143 VII.1.1. Organograma ...... 143 VII.2. ESTRUTURA FÍSICA, SISTEMAS E EQUIPAMENTOS ...... 144 VII.2.1. Instalações administrativas ...... 144 VII.2.2. Sistemas e equipamentos...... 144 VII.2.3. Sistema contábil e comercial ...... 144 VII.3. ESTRUTURA COMERCIAL ...... 144 VII.3.1. Sistema tarifário ...... 144 VII.3.2. Avaliação crítica do sistema tarifário ...... 146 VII.4. AVALIAÇÃO ECONÔMICA E FINANCEIRA ...... 146 VII.4.1. Histórico das receitas e despesas ...... 147 VII.4.2. Demonstrações financeiras, balanços e endividamento ...... 147 VII.4.3. Indicadores SNIS 2017 ...... 147 VIII. SOLUÇÕES PROPOSTAS ...... 148 VIII.1. SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA ...... 148 VIII.1.1. Objetivos gerais e específicos – Ações a serem consideradas ...... 148 VIII.1.2. Patamares de Universalização - Referência de metas ...... 148 VIII.1.3. Proposição e hierarquização das intervenções identificadas ...... 149 VIII.1.3.1. Quadro resumo de intervenções no abastecimento de água ...... 149

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VIII.1.4. Emergência e Contingências – Alternativas Para Abastecimento Futuro do Município ...... 150 VIII.1.5. Exportação de Água para o Município de Serra dos Aimorés ...... 150 VIII.2. SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO ...... 151 VIII.2.1. Objetivos gerais e específicos – Ações a serem consideradas ...... 151 VIII.2.2. Patamares de Universalização - Referências de metas ...... 152 VIII.2.3. Proposição e hierarquização das intervenções identificadas ...... 153 VIII.2.3.1. Quadro resumo de intervenções no esgotamento sanitário ...... 153 VIII.3. ASPECTOS ADMINISTRATIVOS E DE COMERCIALIZAÇÃO ...... 154 VIII.3.1. Objetivos gerais e específicos ...... 154 VIII.3.2. Proposições identificadas ...... 154 IX. NECESSIDADES DE LICENCIAMENTO – DIRETRIZES AMBIENTAIS PARA O PROJETO ...... 156 X. PROJETO BÁSICO E OUTROS ...... 159 XI. CADERNO DE ENCARGOS DA CONCESSIONÁRIA...... 161 XII. VISÃO GERAL DA GESTÃO, OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO DOS SISTEMAS ...... 162 XII.1. ACOMPANHAMENTO DO DESEMPENHO – INDICADORES DE DESEMPENHO ATRAVÉS DO SEU PROGRAMA DE GESTÃO ...... 163 XIII. MATRIZ DE RISCOS...... 165 XIV. ALTERNATIVAS ECONÔMICAS E LEGAIS PARA VIABILIZAÇÃO DA IMPLEMENTAÇÃO DAS SOLUÇÕES PROPOSTAS – CONSIDERAÇÕES SOBRE A OPÇÃO DE CONCESSÃO ...... 172 XV. ASPECTOS E AVALIAÇÃO ECONÔMICO-FINANCEIRA – VIABILIDADE - PLANO DE NEGÓCIOS ...... 174 XV.1. – APRESENTAÇÃO ...... 174 XV.2. – PREMISSAS PARA O MODELO ...... 174 XV.2.1. – PREMISSAS MACROECONÔMICAS ...... 174 XV.2.2. – PREMISSAS TRIBUTÁRIAS ...... 175 XV.2.3. – PREMISSAS RELATIVAS Á DEPRECIAÇÃO ...... 176 XV.2.4. – ANÁLISE PRELIMINAR DA FINANCIABILIDADE DO PROJETO...... 176 XV.3. PLANO DE NEGÓCIOS REFERENCIAL ...... 179 a. Projeção Populacional ...... 180 b. Demanda de Água ...... 181 c. Demanda de Esgoto...... 182

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d. Projeção de Receitas ...... 183 e. Investimentos ...... 184 f. Cronograma físico financeiro de Investimentos ...... 185 g. Despesas Operacionais ...... 186 h. Despesas Administrativas ...... 187 i. Manutenções Programadas ...... 188 j. Manutenção de Redes ...... 189 k. ETAs - Resumo ...... 190 l. ETEs - Resumo ...... 191 m. Fluxo de Caixa da Concessão – TIR do Projeto ...... 192 XVI. ASPECTOS JURÍDICO-INSTITUCIONAIS – PROPOSTAS E MINUTAS ...... 193 XVI.1 PARECER DE VIABILIDADE JURÍDICA DO PROJETO ...... 194 XVI.2 MINUTA DE ATO DE JUSTIFICATIVA DA CONCESSÃO DOS SERVIÇOS PÚBLICOS DE ABASTECIMENTE DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO DO MUNICÍPIO ...... 195 XVI.3 MINUTA DE DECRETO APROVANDO O REGULAMENTO DE PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO ...... 196 XVI.4 MINUTA DO EDITAL DE CONCESSÃO DOS SERVIÇOES PÚBLICOS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO ...... 197 XVI.5 MINUTA DE CONTRATO DE INTERDEPENDÊNCIA ...... 198 XVI.6 MINUTA DE CONVÊNIO DE COOPERAÇÃO ...... 199 XVI.7 MINUTA DE LEI QUE AUTORIZA CELEBRAR CONVÊNIO DE COOPERAÇÃO 200 XVI.8 SITUAÇÃO DO CONVENIO ENTRE O MUNICÍPIO E A FUNASA ...... 201 XVI.9 MINUTA DE CHAMAMENTO PARA CONSULTA PÚBLICA DO EDITAL DE CONCORRÊNCIA ...... 202 XVI.10 MINUTA DE AVISO DE LICITAÇÃO...... 203

Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

I. APRESENTAÇÃO Em que pese a indiscutível necessidade de melhorias na prestação dos serviços públicos, nas mais diversas áreas, os governos, em todos os seus níveis, frequentemente esbarram num problema antigo e bem conhecido dos brasileiros: a escassez de recursos públicos para o desenvolvimento dos projetos para a melhoria destes serviços.

Diante da necessidade de investimentos e da ausência de recursos, tem sido cada vez mais frequente a opção dos governos por contar com a iniciativa privada na implantação ou ampliação das estruturas necessárias, bem como a prestação de serviços públicos e de interesse da administração, através dos institutos legais vigentes que viabilizam a participação da iniciativa privada nesses projetos.

Não há dúvida quanto à complexidade da execução de um projeto de infraestrutura. Para a instalação e operação de um equipamento público, como um hospital por exemplo, são necessários conhecimentos que frequentemente extrapolam os limites da engenharia. Entretanto, o que muitos não sabem é que, muito antes do início da prestação dos serviços ao público, cabe à Administração Pública realizar uma série de estudos (conhecidos como Estudos de Viabilidade Técnico-Econômicos - EVTE), para que se chegue à conclusão sobre a possibilidade e adequabilidade da implantação do equipamento e sua operação.

Muito antes da implantação de um serviço de interesse público é necessário estudar temas como, por exemplo, quais áreas precisarão ser desapropriadas para construção das estruturas, qual a demanda estimada para os serviços, quais as diretrizes de engenharia e os indicadores mínimos de desempenho a serem exigidos do prestador dos serviços, seja ele uma entidade pública ou privada, dentre inúmeros outros aspectos necessários à estruturação do projeto e de sua viabilidade técnica, jurídica e econômico-financeira.

Entretanto, na maioria das vezes, a Administração Pública não dispõe, em seus quadros, de profissionais especializados na realização de tais estudos de viabilidade. Assim, até pouco tempo atrás, era frequente a contratação de consultores externos (engenheiros, economistas, advogados, contadores, etc.) para a execução destes estudos, o que consumia tempo (pois era necessário realizar várias licitações para contratação de cada um destes consultores) e recursos públicos, nem sempre disponíveis. Em decorrência disso, projetos de grande interesse público passavam anos na intenção ou no papel, sem a possibilidade de serem implantados.

É nesse contexto que o Procedimento de Manifestação de Interesse ("PMI") surge como alternativa para a realização dos estudos de viabilidade de projetos de infraestrutura. O funcionamento do “PMI” é relativamente simples, a saber: o poder executivo federal, estadual ou municipal, em face da necessidade de implantação ou melhoria de um equipamento público (um hospital, uma linha de metrô, um presídio, uma rede de abastecimento de água, uma estrada, etc.), publica um chamamento público para que empresas interessadas em executar os estudos se manifestem. 1 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

Cabe ressaltar que o “PMI” tanto pode se originar de uma iniciativa do poder público, através de ato que instala um chamamento público para que a iniciativa privada possa apresentar seus estudos, projetos, levantamentos, investigações etc., como pode também derivar de manifestação espontânea e independente da própria iniciativa privada, hipótese em que sua tramitação subsequente exigirá um chamamento público, com vistas a conferir publicidade e assegurar a oportunidade de outros interessados manifestarem proposições equivalentes.

Em ambos os casos, após a concessão de prazo para manifestação da iniciativa privada, em havendo interessados, será publicada a autorização para a realização dos estudos àqueles que se manifestaram, e também será informado o prazo para a realização e entrega dos estudos. Ao final deste, a administração recebe dos interessados, ou do interessado, caso só tenha se apresentado um único interessado, uma solução completa, contemplando os estudos de engenharia, de demanda, estimativas de receitas, custos e despesas, análise de viabilidade econômico-financeira, estudos jurídicos, etc. Enfim, tudo que é necessário para que se objetive a implantação do projeto almejado.

Caberá à Administração Pública, após o recebimento dos estudos, decidir pelo seu aproveitamento ou não para a futura implantação do projeto objeto do “PMI”, considerando, por exemplo, a consistência das informações apresentadas, a adoção das melhores técnicas de elaboração, observância a normas e procedimentos científicos pertinentes, compatibilidade com a legislação aplicável ao respectivo setor, impacto do empreendimento no desenvolvimento sócio econômico da região, etc., criando condições para prosseguimento do processo, através de licitação para contratação da implantação.

Além da rapidez do procedimento, quando comparado à execução dos estudos por servidores públicos ou consultores externos, a Administração Pública praticamente não terá gastos, uma vez que o ressarcimento pelos estudos selecionados poderá ser feito pelo vencedor da futura licitação para implantação do projeto, caso o projeto se mostre viável e haja êxito na realização do certame de contratação.

São diversos os setores nos quais vem sendo utilizado o “PMI” como alternativa para a estruturação de projetos de infraestrutura, em todas as esferas governamentais. Além dos benefícios, acima citados, mais que uma opção para os primeiros passos de um empreendimento de interesse público, o “PMI” consiste em valioso instrumento de estímulo ao diálogo público-privado a respeito dos projetos de infraestrutura.

Dentro deste contexto, a Prefeitura Municipal de Nanuque, numa iniciativa elogiável, promoveu um “PMI”, com o objetivo de realizar um diagnóstico e buscar, junto à iniciativa privada, soluções para melhor prestar os serviços de abastecimento de água e esgoto aos seus munícipes.

O presente relatório de PMI contempla os estudos para Gestão, Estruturação de Projetos de Implantação, Expansão, Restauração e Operação do Sistema de Abastecimento de Água (SAA) e Coleta e Tratamento de Esgoto (SES) no Município de Nanuque, que apontem alternativas para ampliação da capacidade de investimentos para o período de 30 (trinta) 2 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

anos, para fins de universalização dos serviços de água e esgotamento sanitário, possibilitando apoiar a tomada de decisão que seja vantajosa para o Município, que considere a capacidade de pagamentos dos usuários, mas que também garanta um retorno e atratividade do negócio para a empresa ou Consórcio privado.

3 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

I.1 REFERÊNCIA E CRONOLOGIA DO PMI 01/08/2019 – Publicação do Edital de Chamamento Público Nº 003/2019

01/08/2019 a 20/08/2019 – Prazo para as empresas interessadas protocolizarem requerimento de autorização.

19/08/2019 – Protocolo do requerimento de autorização pela empresa PREFISAN Engenharia Ltda.

23/08/2019– Publicação da Autorização para a Empresa PREFISAN desenvolver os estudos objeto do “PMI”, após a devida análise do cumprimento, por parte dessa interessada, das condições prescritas no Edital de Chamamento Público 003/2019. 23/08/2019 a 07/10/2019 – Prazo para manifestação e entrega pelos interessados dos estudos pertinentes ao “PMI”.

I.2. ASPECTOS A DESTACAR NO ESCOPO DO PMI Conforme previsto no Edital de Chamamento Público o procedimento busca encontrar alternativas para ampliação da capacidade de investimentos para fins da universalização dos serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário através da concessão dos serviços, encontrando uma solução que seja vantajosa para o Município, mas que também garanta atratividade do negócio para o interessado privado. Assim, considerou-se como objeto do presente estudo a concessão dos serviços de:

a) Abastecimento de água e de coleta, tratamento e disposição final de esgotos, nas seguintes áreas urbanas:

- Distrito Sede;

- Distrito de Vila Pereira;

- Distrito de Vila Gabriel Passos. b) Previsão de fornecimento de água tratada para a Sede do município de Serra dos Aimorés através da EEAT localizada na área da ETA da Sede para:

- Manter o fornecimento da Sede do Município vizinho de Serra dos Aimorés/MG no total estimado de até 1.300 m³/dia, por intermédio de convênio a ser assinado entre os municípios;

Devido ao elevado custo para o atendimento coletivo convencional em localidades de menor densidade habitacional, de expansão urbana ou de pequeno porte, nessas localidades deverão ser adotadas, por parte da Prefeitura, soluções particulares e localizadas. O detalhamento dessas soluções não é considerado no objeto do presente estudo.

4 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

Caberá ainda à Prefeitura considerar, complementarmente, o atendimento da população residente nas vilas, aglomerados rurais, povoados e lugarejos, que também não fazem parte do escopo do presente estudo. Para essas populações, deverão ser desenvolvidos, pela Prefeitura, outros programas e ações, no sentido de implantar, como necessário, soluções localizadas satisfatórias para abastecimento de água, coleta e tratamento de esgoto, de forma a suprir as necessidades humanas de água e garantir as condições de saúde das pessoas, assim como conservar a qualidade ambiental dos corpos hídricos, contemplando integralmente o território do município.

Destacamos ainda alguns pontos que serão abordadas neste “PMI”, a partir das orientações contidas no Edital de Chamamento Público 003/2019:

- Do sistema de abastecimento de água; - Do sistema de esgotamento sanitário; - Do apoio a gestão; - Plano de negócios - estrutura tarifária e estimativa de receitas - avaliação econômico- financeira - análise da viabilidade; - Aspectos jurídicos e econômico-financeiros; - Do modelo regulatório.

A PREFISAN Engenharia Ltda., como uma das autorizadas a efetuar estudos do “PMI”, mobilizou equipe técnica multidisciplinar para efetuar levantamentos e desenvolver estudos com o objetivo de apresentar à Prefeitura Municipal um diagnóstico e proposições para a melhoria dos sistemas de abastecimento de água e esgotamento sanitário do município, que passa a descrever neste documento.

I.3. FONTES CONSULTADAS A elaboração do presente trabalho se fundamentou, essencialmente, na análise de dados primários e, em caráter complementar, na aquisição de dados secundários. Estes últimos foram levantados a partir das visitas técnicas e pesquisas em publicações, destacando-se a Atualização do Plano Municipal de Saneamento Básico Eixo Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário Nanuque/MG de 2018, elaborado por CWC – Sistemas de Informação e Soluções em Saneamento (Atualização do PMSB - 2018) – em status de aprovação quando da elaboração do presente estudo (PMI), a partir de agora referenciado apenas como “PMSB – Atualização (2018)” e estudos dos seguintes órgãos: IBGE, Agencia Nacional de Águas – ANA, Atlas do Desenvolvimento Urbano 2013 (PNUD - Ipea - FJP), Agência Reguladora de Serviços de Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário do Estado de - ARSAE-MG, Companhia de Saneamento de Minas Gerais – COPASA, Fundação Nacional de Saúde – FUNASA, dentre diversas fontes.

Foram também utilizadas, além das acima citadas, as seguintes fontes: CLIMATE-DATA.org, Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais - CPRM, Departamento de Edificações e Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DEER/MG), Telebrasil (Associação Brasileira de Telecomunicações), Wikipédia.

5 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

Foram ainda realizadas visitas de inspeção às instalações dos sistemas existentes de abastecimento de água e de coleta, tratamento e destinação do esgoto sanitário do município.

6 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

II. CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO

II.1. INSERÇÃO REGIONAL O Município de Nanuque pertence ao estado de Minas Gerais, estando sua sede municipal situada a aproximadamente 605 km da capital, Belo Horizonte. Seu território possui limites confrontantes com diversas cidades, dentre elas a maioria são de outros estados, o que, segundo a Atualização do PMSB-2018, faz da cidade um polo importante e de caráter estratégico. Como município limítrofes temos: (BA), Lajedão (BA), Carlos Chagas (MG), Montanha (ES), (ES), Ecoporanga (ES), (BA) e Serra dos Aimorés (MG), conforme figura abaixo:

Fonte: Google Earth

De acordo com os dados do IBGE, o município situa-se nas Regiões Geográficas Intermediária e Imediata de Teófilo Otoni. Até então, com a vigência das divisões em microrregiões e mesorregiões, fazia parte da microrregião de Nanuque, que por sua vez estava incluída na mesorregião do Vale do Mucuri. Possui área de 1.518,166 km² (IBGE 2018) e densidade demográfica média de 26,90 habitantes/km², contando com uma população de 40.834 habitantes, sendo que, 36.789 (90,09%) residem na área urbana e os 4.045 restantes 7 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

(9,91%) na área rural (IBGE 2010). Ainda de acordo com o IBGE a população total em 2019 é de 40.750 habitantes, e a população urbana estimada em 37.000 habitantes.

Fonte: IBGE

O município de Nanuque está inserido na Região Hidrográfica Atlântico Leste, que ocupa 3,9% do território do país, abrangendo quatro Estados (, Minas Gerais, Sergipe e Espírito Santo). Grande parte de sua área está situada na região semiárida, que possui

8 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

períodos de prolongadas estiagens. A RH Atlântico Leste possui a segunda menor disponibilidade hídrica, dentre as doze regiões hidrográficas brasileiras, com aproximadamente, 388.160 km² de área (3,9% do país), abrangendo 491 municípios com sedes inseridas na RH, distribuídos em quatro Unidades da Federação: Bahia (69%); Minas Gerais (26%); Sergipe (4%), e Espírito Santo (1%). É formada por um conjunto de bacias hidrográficas costeiras (que vertem para o litoral), com uma acentuada diversidade em termos de porte, que abrangem, ao norte, parte dos estados da BA e SE e se estendem até porções de MG e ES.

Sua vazão média é de aproximadamente 1.400 m³/s, englobando as bacias hidrográficas dos rios Paraguaçu, de Contas, Salinas, Pardo, , Mucuri, Itapicuru dentre outros.

Fonte: ANA

Os biomas característicos da bacia do Atlântico Leste são a Mata Atlântica e a Caatinga, além de pequenas porções de Cerrado. Em virtude da grande pressão antrópica sofrida historicamente pela região, a Mata Atlântica encontra-se atualmente ameaçada pela expansão urbana e pela cultura de cana-de-açúcar e a Caatinga pelas atividades pecuárias. 9 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

Além disso, os rios Jequitinhonha, Salinas e Pardo apresentam concentrações de metais pesados resultantes do garimpo e dragagem para mineração.

II.2. INSERÇÃO LOCAL O município de Nanuque está inserido na região do Vale do Mucuri, que é uma das 12 mesorregiões do estado brasileiro de Minas Gerais. É formada pela união de 23 municípios agrupados em duas microrregiões.

Características urbanas do município de Nanuque Características Locacionais Município de Nanuque Microrregião Nanuque (2) Mesorregião Vale do Mucuri (2) Latitude/Longitude 17° 50' 20" S 40°21' 14" O (3) Medeiros Neto (BA), Lajedão (BA), Carlos Chagas Municípios limítrofes (MG), Montanha (ES), Mucurici (ES), Ecoporanga (ES), Mucuri (BA) e Serra dos Aimorés (MG) (3) Área (km²- 2018) 1.518,166 (2) População Total (2010) 40.834 (2) Pop. Urbana (2010) 36.789 (2) Nanuque (Sede), Vila Pereira (2) e Vila Gabriel Passos Distritos (4) (Elevado a condição de distrito em abril de 2016 – Diário Oficial de Minas Gerais do dia 13/04/2016) Fonte: Blog “Nanuque” (1), IBGE (2), Wikipédia (3), Prefeitura de Nanuque (4)

II.3. ASPECTOS GERAIS, FÍSICOS E DA INFRAESTRUTURA Geologia, Geomorfologia e Recursos minerais

Segundo a CPRM – Projeto Leste (2000), na região de Nanuque, a interpretação do arranjo estrutural da área investigada teve como suporte principal o acervo de medidas de estruturas planares recolhidas durante a cartografia geológica, e lineamentos regionais.

Regionalmente as estruturas mais expressivas são lineamentos de orientação NNW, que condicionam drenagens. Tais lineamentos afetam tanto os granitoides Rio Mucuri e Nanuque, quanto rochas da Suíte Intrusiva Aimorés representada, na área, pelo Charnockito Padre Paraíso.

O tratamento dos dados das estruturas planares revelou duas unidades com identidade estrutural própria, o Granito Rio Mucuri e o Granito Nanuque. No mapa geológico observa-se que o Granito Rio Mucuri dispõe-se aproximadamente segundo N-S, enquanto o Granito Nanuque dispõe-se aproximadamente segundo NW. GRANITO NANUQUE: Essa denominação foi utilizada informalmente por SILVA (1997), no Projeto Leste – Folha Carlos Chagas, para os granada-biotita granitos porfiríticos foliados, aflorantes na porção leste da referida folha. Essas rochas foram cartografadas por SILVA et al. (1987), no Projeto RADAMBRASIL, como Complexo Montanha e, mais recentemente, por 10 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

CELINO (1999) como Suíte Nanuque. Esta unidade está representada por um corpo aflorante nas porções noroeste e sudoeste da folha, com continuidade física para oeste na Folha Carlos Chagas e para norte e nordeste, adentrando o Estado da Bahia. As melhores exposições são encontradas em pedreiras dentro das cidades de Nanuque e Lajedão, e em uma pedreira ao lado da estrada Lajedão – Serra dos Aimorés, próximo a Lajedão.

O nome Granito Rio Mucuri é aqui utilizado para denominar um domínio de rochas aflorantes às margens do rio Mucuri, a leste de Nanuque, constituído de granitos foliados, geralmente leucocráticos, ricos em granada, podendo conter cordierita, sillimanita e biotita e associados a granada-biotita gnaisse bandado e/ou migmatizado. Essas rochas foram agrupadas por PEDROSA-SOARES et al. (1994) como granitos e granodioritos Sin-a Tarditectônicos em relação ao Ciclo Brasiliano; por FARIA (1997) como pertencentes à Suíte Kinzigítica do Complexo , e por CELINO (1999) como pertencentes, parte ao Maciço Serra dos Aimorés e parte ao Maciço Nanuque (ambos englobados na Suíte Nanuque). As rochas dessa unidade estão representadas por dois corpos posicionados na extremidade leste da folha, no Estado de Minas Gerais. Um a leste de Nanuque e o outro ao norte de Serra dos Aimorés. Com exposição estimada de 70km2 e 55Km2 respectivamente, possuem continuidade física para leste, adentrando o Estado da Bahia. As melhores exposições estão em uma pedreira na fazenda Cajabá, próximo à BR-418 a sudeste de Serra dos Aimorés, e ao longo do rio Mucuri a sudeste de Nanuque.

Fonte: CPRM

11 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

Fonte: CPRM

Ainda segundo a CPRM, foram caracterizadas duas feições morfológicas a saber: Formas Dissecadas do Mucuri e Superfícies Aplainadas do Barreiras. As Formas Dissecadas do Mucuri constituem áreas de intensa denudação provocada pelo rio Mucuri. Essa unidade faz parte de um domínio maior descrito no Projeto RADAMBRASIL (MENDES et al., 1987) como pertencente à depressão marginal. São as impressões deixadas pela regressão da Formação Barreiras e a consequente exumação de granitos e gnaisses. Os remanescentes da Formação Barreiras constituem chapadas, como observado ao norte da calha do rio Mucuri e da cidade de Nanuque.

Em Nanuque foram cadastrados em 1997, quanto aos recursos minerais, nove jazimentos minerais, dos quais seis são pedreiras de brita, duas são de areia e uma de argila (Tabela a seguir).

 Brita À época do cadastramento, das pedreiras visitadas, três estavam em atividade e três paralisadas. Das três em atividade, apenas uma, na zona urbana de Nanuque, possui britador e compressor. Produzia, segundo informação verbal, 5m3 de brita por dia, com nove empregados. Nas outras duas, a produção é função da demanda, e a britagem é manual. Essas duas pedreiras estão localizadas na BR-418 (no contorno de Nanuque). As outras três pedreiras paralisadas estão situadas: uma a oeste de Nanuque, no leito da antiga estrada de ferro, entre Nanuque e Mairinque; outra na fazenda Cajabá, no município de Serra dos

12 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

Aimorés, próximo à BR-418; e a terceira, aproximadamente 2,5km a sudoeste de Lajedão, ao lado da estrada Serra dos Aimorés – Lajedão. As duas primeiras foram utilizadas na época da pavimentação da BR-418, enquanto a última foi utilizada na rodovia que liga Serra dos Aimorés – Lajedão (BA-996).

 Areia Foram cadastrados dois depósitos de areia utilizada na construção civil. Um depósito é no leito do rio Mucuri em Nanuque. A informação obtida “in loco” é que a produção é da ordem de 60 - 65m3/dia. O equipamento utilizado é uma balsa com uma bomba de sucção. O segundo depósito é na fazenda Bela Vista, no município de Serra dos Aimorés. Aqui, a exploração é bastante rudimentar e o equipamento utilizado é a pá e o enxadão. A produção diária é de 8 a 15m3.

 Argila Na periferia de Nanuque existe uma cerâmica mecanizada, com produção mensal de 20.000 lajotas e 16.000 telhas. Essa indústria utiliza a argila encontrada no leito do rio Mucuri.

Ocorrências Minerais - Fonte: CPRM – Projeto Leste 2.000

Quanto a potencialidade econômica, pode-se considerar que a área é promissora para produção de granito ornamental (uma vez que é um prolongamento da Província Granítica do Espírito Santo), de minerais e rochas industriais, e depósitos aluviais restritos de argila para cerâmica no rio Mucuri.

13 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

Topografia e relevo

O relevo dominante é de morros suavemente ondulados com topos aplainados ou chapadões com cobertura arenosa, ou ainda maciços rochosos isolados recortados por vales abertos de fundo chato, onde são encontrados os afloramentos, geralmente, em forma de extensos lajedos e algumas serras.

As cotas oscilam entre 320m, na extremidade norte, e 70m no leito do rio Mucuri, com altitude dominante em torno de 200m e a altitude do ponto central da cidade é de 97 metros. O seu ponto culminante é a Pedra do Fritz, na Serra dos Aimorés, com aproximadamente 756m de altitude.

Sua topografia é plana (70%), ondulada (27%) e montanhosa (3%) (ALMG, 2010).

A área do município está sobre a unidade de relevo dos Planaltos e Serras do Atlântico- Leste-Sudeste representado pelas rochas do embasamento cristalino.

O relevo do município de Nanuque é apresentado abaixo:

Fonte: IBGE

Conforme pode-se observar, o município está inteiramente inserido em uma região de Patamares dos Rios Jequitinhonha e Mucuri. 14 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

Pedologia

O mapa a seguir indica os tipos de solo que compõe o município de Nanuque, localizado na área em destaque.

Fonte: IBGE

No território do município encontram-se os seguintes tipos de solo: Latossolos-Vermelho Amarelo e Argissolos Vermelho-Amarelos.

Os Latossolos Vermelho-Amarelos são identificados em extensas áreas dispersas em todo o território nacional associados aos relevos, plano, suave ondulado ou ondulado. Ocorrem em ambientes bem drenados, sendo muito profundos e uniformes em características de cor, textura e estrutura em profundidade São muito utilizados para agropecuária apresentando limitações de ordem química em profundidade ao desenvolvimento do sistema radicular se forem álicos, distróficos ou ácricos. Em condições naturais, os teores de fósforo são baixos, sendo indicada a adubação fosfatada. Outra limitação ao uso desta classe de solo é a baixa quantidade de água disponível às plantas.

Argissolos Vermelho-Amarelo: são solos também desenvolvidos do Grupo Barreiras de rochas cristalinas ou sob influência destas. Apresentam horizonte de acumulação de argila, B textural (Bt), com cores vermelho-amareladas devido à presença da mistura dos óxidos de ferro hematita e goethita. São solos profundos e muito profundos; bem estruturados e bem drenados; com sequência de horizontes A, Bt; A, BA, Bt; A, E, Bt etc. Apresentam também 15 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

baixa a muito baixa fertilidade natural, com reação fortemente ácida e argilas de atividade baixa. Quando estes solos ocorrem nas superfícies que precedem o Planalto da Borborema, desenvolvidos de rochas cristalinas ou sob influência destas, podem apresentar o caráter eutrófico ou distrófico, porém, raramente com alta saturação por alumínio, indicando baixa a média fertilidade natural. Estes solos ocupam áreas mais restritas na Zona da Mata Sul de , estando mais relacionados com os ambientes de floresta subcaducifólia.

Processos erosivos e sedimentológicos

O termo “erosão” se refere a um conjunto de processos associados à desagregação, remoção, transporte e deposição de rochas e materiais sedimentares, estando sua ocorrência ligada a um conjunto de fatores, como a composição litológica, a atuação climática e a conformação do relevo. Na região, os agentes erosivos são os ventos, cobertura vegetal, a água da chuva e de enchentes do rio Mucuri, topografia, tipo de solo, a gravidade e, o principal motivo, o de deterioração das propriedades do solo geralmente provocado e acelerado pela ação do homem.

A voçoroca é o estágio mais avançado e complexo da erosão. A ocorrência de voçorocas está ligada à fatores como o relevo, o tipo de solo e quantidade e qualidade da cobertura vegetal.

É um fenômeno decorrente da erosão pontual provocada principalmente pela água da chuva, onde o solo está mais susceptível devido à falta da cobertura vegetal. Como resultado do excesso de lixiviação, o solo torna-se pobre em nutrientes e pouco fecundo.

O município apresenta em parte do seu território uma paisagem associada a desmatamento com fragmentos florestais remanescentes muitas das vezes associadas às atividades agro- pastoris.

O manejo relacionado a estes tipos de atividades leva muitas vezes à exposição do solo, o que por consequência contribui para um maior ganho de velocidade das águas nas encostas do relevo (escoamento superficial). Este processo traz uma série de consequências negativas para a ocupação humana já que passam a ser verificados: maior fragilidade do solo (através da lixiviação – “lavagem” do mesmo), movimentos de massas (associados à erosão), onde a carga sedimentar proveniente dos processos erosivos é transportado para as partes mais deprimidas da superfície, contribuindo para a carga que flui para os rios e cursos d’água causando assoreamento e consequentes inundações causadas pela rapidez com que a água chega às partes baixas do município ou pelo assoreamento dos corpos hídricos.

Atividades relacionadas à construção de loteamentos urbanos e cortes de estradas vicinais, muitas vezes realizados sem os cuidados adequados e sem avaliar a fragilidade diferenciada dos condicionantes do meio físico, podem deflagrar erosões lineares com custos elevados de recuperação além de contribuírem significativamente para o aumento do assoreamento dos cursos d´água (Peixoto, 2000; Castro et al., 2002).

16 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

Áreas de Risco

Segundo relatório elaborado pelo CPRM (Junho 2.014), o município possui diversas áreas em risco no que diz respeito a inundações e movimentos de Massa.

O quadro a seguir mostra os setores de risco geológico alto e muito alto do município de Nanuque.

Síntese dos setores de risco alto e muito alto – Fonte: CPRM - Ação Emergencial para Delimitação de Áreas em Alto e Muito Alto Risco a Enchentes, Inundações e Movimentos de Massa (2014)

17 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

Segue na figura abaixo representação gráfica das áreas de risco:

Cidade de Nanuque, cortada pelo Rio Mucuri. Paisagem dominada por morros baixos e maciços graníticos. Relevo aplainado nos arredores da cidade (Separação ilustrativa com linha tracejada). Setas azuis indicam sentido do fluxo de água, e setores de risco encontram- se demarcados em vermelho – Fonte CPRM - Ação Emergencial para Delimitação de Áreas em Alto e Muito Alto Risco a Enchentes, Inundações e Movimentos de Massa (2014).

A seguir são apresentadas algumas imagens referentes ao quadro e imagem anterior

 Nanuque – MG (Junho 2014) MG_NAN_SR_01_CPRM - Praça Teófilo Otoni – Centro - UTM 24 K 357116 E 8027309 S (WGS 84)

Tipologia do Processo: Inundação (instalado).

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Fotos 1, 3 e 4 – Fonte: CPRM - Ação Emergencial para Delimitação de Áreas em Alto e Muito Alto Risco a Enchentes, Inundações e Movimentos de Massa (2014)

 Nanuque – MG (Junho 2014) MG_NAN_SR_12_CPRM Rua Sabará - Bairro São Geraldo UTM 24 K 358438m E 8026682 m S (WGS 84)

Tipologia do Processo: Deslizamento solo-rocha (potencial), queda de blocos (potencial).

19 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

Fotos 1, 2 e 3 – Fonte: CPRM - Ação Emergencial para Delimitação de Áreas em Alto e Muito Alto Risco a Enchentes, Inundações e Movimentos de Massa (2014)

 Nanuque – MG (Junho 2014) MG_NAN_SR_17_CPRM Rua - Bairro Getúlio Vargas UTM 24 K 357595m E 8026076 m S (WGS 84)

Tipologia do Processo: Deslizamento solo-rocha (potencial), Enxurradas e erosão (instalado).

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20 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

Fotos 1 e 2 – Fonte: CPRM - Ação Emergencial para Delimitação de Áreas em Alto e Muito Alto Risco a Enchentes, Inundações e Movimentos de Massa (2014)

Em linhas gerais, a cidade de Nanuque está geomorfologicamente edificada em uma região de morros baixos, formados por rochas de composição granítica. Nos arredores da cidade existem regiões relativamente planas, encobertas por sedimentos terciários do Grupo Barreiras, na qual estão instaladas diversas fazendas e plantações de eucalipto.

A região central é interceptada pelo Rio Mucuri e por seus afluentes, que são responsáveis pela ocorrência dos processos de inundação. É importante salientar que apesar do processo de inundação ser considerado natural, a ação antrópica inadequada pode causar o agravamento do fenômeno. Nesse sentido, acredita-se que a inexistência ou insuficiência de elementos de drenagem pluvial e fluvial, assim como a sua falta de manutenção podem aumentar os transtornos causados pelo extravasamento dos cursos d’água.

Ademais, a PCH Mucuri, localizada cerca de 80 km à montante do município, provavelmente influencia no fluxo de água do Rio e, durante a época de chuvas, com o aumento do nível de água no reservatório e consequente abertura do seu sistema de extravasamento, pode favorecer o aumento repentino do nível das águas, o que contribui para o processo de inundação nas cidades à jusante. A cidade enfrenta também problemas relacionados a alagamentos, devido à deficiência do sistema de drenagem fluvial e pluvial. De maneira geral, a cidade de Nanuque não apresenta manto de intemperismo bem desenvolvido, o que é notado pela existência de perfis de solo pouco espessos, muitas vezes contendo blocos e núcleos de rocha granítica menos alterada. Nesse contexto, é comum a deflagração de deslizamentos do tipo solo sobre rocha, queda e rolamento de blocos, que ameaçam diversas moradias em diferentes locais da cidade. As instabilizações de encosta são, em sua maioria, induzidas por cortes inapropriados nos terrenos, sem acompanhamento técnico ou obras de contenção e pela infraestrutura urbana deficiente como falta de arruamentos, planejamento de ocupação e drenagem pluvial. A água, quando concentrada e direcionada para as encostas pode deflagrar processos erosivos ou causar saturação da capa de solo, instabilizando o terreno.

O planejamento urbano deficiente pode acarretar, além da ocupação de áreas naturalmente impróprias para habitação, na criação de áreas de risco em locais que apresentariam riscos baixos se ocupados corretamente.

21 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

Vegetação

A vegetação predominante na área, está representada por tipos de uma zona de transição da floresta estacional semidecidual para as florestas ombrófilas, ou seja, a transição de uma mata de caatinga para matas com árvores de grande porte, que necessitam de mais água para desenvolver e que caracterizam a mata atlântica, que ocorre próximo ao litoral.

São espécies de porte médio a alto que poderão ser observadas em sítios de difícil acesso e extração, ou mesmo como mata ciliar ao longo de alguns cursos d’água. Esta exuberante mata foi totalmente dizimada dando lugar a pastagens e capoeiras.

Foram caracterizadas duas feições morfológicas a saber: Formas Dissecadas do Mucuri e Superfícies Aplainadas do Barreiras. As Formas Dissecadas do Mucuri constituem áreas de intensa denudação provocada pelo rio Mucuri. Essa unidade faz parte de um domínio maior descrito no Projeto RADAMBRASIL (MENDES et al., 1987) como pertencente à depressão marginal. São as impressões deixadas pela regressão da Formação Barreiras e a consequente exumação de granitos e gnaisses. Os remanescentes da Formação Barreiras constituem chapadas, como observado ao norte da calha do rio Mucuri e da cidade de Nanuque. Essas áreas de chapadas formam um domínio aplainado com cotas que variam em torno de 250 a 300m e onde se verifica uma expressiva cobertura de solo e o desenvolvimento de uma vegetação que varia de caatinga grossa a cerrado. As drenagens são do tipo arborescente, com o ramo principal alongado, de fundo chato e com intermitente circulação superficial. O nível freático encontra-se quase sempre rebaixado, ficando a cobertura com um mínimo de água necessária ao desenvolvimento da vegetação. Os cursos d’água são de pequeno porte e intermitentes, tornando a área, embora plana e de solo fértil, imprópria para o desenvolvimento de uma cultura racional.

Essas coberturas residuais estão passando por um intenso processo de denudação, em que a rede fluvial desempenha um papel importante na regressão das coberturas terciárias.

Nos demais setores, que já sofreram o processo de degradação das coberturas, as cotas oscilam em torno de 200 a 250m, havendo sempre um ligeiro declive para leste. Nesse caso, não se observam variações locais muito expressivas, havendo um abaulamento das feições superficiais não só pela presença de rochas graníticas dominantes, mas também pelo sistema erosivo implantado.

A destruição das matas nativas vem acelerando o processo de degradação e provocando a desertificação de ampla região. Nota-se que os principais cursos d’água, como o Mucuri, vêm passando por um processo dendríticas, ora bastante intenso de assoreamento, fruto da erosão que vem se processando. Ao longo deste domínio não se verifica a presença de grandes desnivelamentos, tratando-se de uma região aplainada com alguns pontões isolados que vêm resistindo à ação intempérica. As Superfícies Aplainadas do Barreiras ocorrem na porção ao sul do rio Mucuri constituindo de uma área aplainada com cotas variando de 100 a 200m. Este modelado é definido por um sistema de drenagens bem entalhadas, ora 22 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

meandriforme onde podem-se observar alvéolos localizados. Os interflúvios são aplainados e apresentam declives fortes com as drenagens. Nas cabeceiras das drenagens desenvolvem- se pequenas lagoas. Toda esta área possui uma vegetação natural transicionando da caatinga para a mata atlântica, entretanto está sendo substituída por gramíneas e capoeiras. Há desenvolvimento de um solo podzólico amarelado, que recobre toda a superfície.

A imagem a seguir, retirada do mapa da vegetação do Brasil, indica o tipo de vegetação encontrada no município de Nanuque:

Fonte: IBGE

Clima

Em Nanuque o clima é tropical. O verão tem muito mais pluviosidade que o inverno. A classificação do clima é Aw segundo a Köppen e Geiger. 24.5 °C é a temperatura média em Nanuque. A pluviosidade média anual é de 969 mm.

23 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

Fonte: CLIMATE-DATA.ORG

O mês mais seco é junho com 34 mm. Em novembro cai a maioria da precipitação, com uma média de 162 mm e janeiro é o mês mais quente do ano com uma temperatura média de 26.6 °C. A temperatura mais baixa de todo o ano é em julho, a temperatura média é 22.0 °C

Uso e Cobertura do Solo

De acordo com o IBGE (2017 – Preliminar), o uso do solo do município de Nanuque é basicamente composto por: Pastagens 75,75%, Matas ou Florestas 23,14%, Lavouras 1,07%, Sistemas Agroflorestais 0,02%, e outras (0,02%).

Utilização da Terra

Especificação Área % Áreas de Lavouras Permanentes 336,24 hectares 0,24% Temporárias 1.174,61 hectares 0,83% Áreas de Pastagens Naturais 6.270,07 hectares 4,45%

Plantadas em boas condições 89.341,87 hectares 63,46%

24 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

Especificação Área %

Plantadas em más condições 11.042,64 hectares 7,84%

Áreas de Matas ou Florestas Naturais 115,13 hectares 0,08% Naturais destinadas à preservação permanente ou 13.703,95 hectares 9,73% reserva legal Florestas plantadas 18.755,30 hectares 13,32% Sistemas Agroflorestais

Área cultivada com espécies florestais também usada para 33,977 hectares 0,02% lavouras e pastejo por animais

Outras Utilizações Outras Áreas 21,52 hectares 0,02% Fonte: IBGE 2017 – Preliminar

Segundo o IBGE, a área da região do município de Nanuque é coberta da seguinte forma:

Fonte: IBGE (2016) 25 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

Unidades de Conservação e Áreas Protegidas

Não foi localizado no município de Nanuque áreas de conservação, incluindo parques estaduais e reservas biológicas estaduais.

Hidrografia Superficial e Hidrogeologia

A Bacia do Rio Mucuri possui 29km de extensão em território nanuquense, e no seu leito há a forte presença de rochas ora encobertas pela água, ora estão na paisagem fluvial em forma de ilhas, com ou sem cobertura pedológica. Por estar dentro de uma área, cujas formações rochosas são antigas, o Rio Mucuri apresenta estabilidade que é peculiar aos rios senis, onde as águas do seu leito já não exercem uma ação erosiva capaz de ocasionar o rebaixamento do assoalho rochoso por onde escoam. A estrutura rochosa do assoalho do Rio Mucuri foi fator determinante para a construção de uma hidrelétrica no seu leito, a Hidrelétrica de Santa Clara. Dentre os principais afluentes do rio estão o Ribeirão das Pedras ao Oeste da cidade e o Córrego Sete de Setembro ao norte.

Fonte: Hidroweb - ANA

26 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

Disponibilidades hídricas

Em função da hidrografia, o município de Nanuque conta como principais disponibilidades mananciais superficiais e subterrâneos

 Rio Mucuri

O rio Mucuri é um curso de água que banha os estados de Minas Gerais e da Bahia. Com 321 km de comprimento, o rio nasce no nordeste de Minas Gerais e deságua no sul da Bahia. Ele é o principal curso d'água da bacia hidrográfica homônima.

É formado a partir da junção dos rios Mucuri do Norte, cuja nascente fica em Ladainha, e Mucuri do Sul, que nasce em Malacacheta.

A bacia do rio Mucuri faz parte da bacia agrupada do Atlântico Leste, estende-se por 17 municípios, sendo 13 mineiros, incluindo Teófilo Otoni e Nanuque que são as maiores cidades do seu percurso, e outros 4 baianos e capixabas. Compõe uma área com cerca de 15.400 km² e quase 437 mil habitantes nos estados da Bahia, Espírito Santo, e Minas Gerais, onde está quase 95% da bacia (14.640 km²) e uma população residente estimada em 296.845 habitantes.

A bacia limita-se com as bacias dos rios Jequitinhonha a oeste, Peruíbe e Itanhém ao norte, São Mateus e Ituanas ao sul, e pelo Oceano Atlântico a leste

27 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

Fonte: ANA

Rio Mucuri - Fonte: Hidroweb

Q 95 = 28,9 M³/S, Q 7/10 = 6,9 M³/S e Qmlp = 148,5 M³/S

28 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

 Rio Pampã

O rio Pampã é um curso de água que nasce na divisa entre os municípios de e Águas Formosas e deságua na margem esquerda do rio Mucuri, entre Carlos Chagas e Nanuque, sendo o principal afluente de seu receptor.

Nanuque possui estações fluviométricas identificadas na tabela abaixo.

Código Nome Responsável Operadora UF Município NANUQUE - 55699998 ANA CPRM MG NANUQUE MONTANTE 55706000 NANUQUE IGAM-MG IGAM-MG MG NANUQUE UHE SANTA 55717000 CLARA CESC CESC MG NANUQUE BARRAMENTO UHE SANTA 55720000 CLARA CESC CESC MG NANUQUE JUSANTE Fonte: Hidroweb - Estações Fluviométricas

Nanuque possui estações pluviométricas identificadas na tabela abaixo.

Código Nome Responsável Operadora UF Município FAZENDA 01740002 ANA ANA MG NANUQUE CAJUBI NANUQUE - 01740001 ANA CPRM MG NANUQUE MONTANTE UHE SANTA 01740035 CLARA CESC CESC MG NANUQUE BARRAMENTO Fonte: Hidroweb - Estações Pluviométricas

 Poços Profundos

A disponibilidade de água subterrânea também é considerada no abastecimento de água de Nanuque.

As vazões de referência dos rios e as vazões de captação em Nanuque são apresentados na tabela a seguir:

Vazão captada Captação Manancial Local Q95%* (l/s) (l/s) 150,0 - Máxima Poço de Sucção Rio Mucuri Sede 125,0 - Média 28.900,0* (2) (1)

29 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

Vazão captada Captação Manancial Local Q95%* (l/s) (l/s) 5,5 – Máxima Distrito de Vila Flutuante Rio Pampã 3,0 - Utilizada - Gabriel Passos (3) Poço Profundo Distrito Vila 1,4 (1) Subterrâneo - – CO2 Pereira 1,2 (3) Poço Profundo Distrito Vila Subterrâneo 1,2 a 1,9 (3) - – CO3 Pereira Poço Profundo Distrito Vila 1,9 (1) Subterrâneo - – CO8 Pereira 1,6 (3) Fonte: PMSB (1) – Hidroweb (2) – Visita Técnica (3)

* Q95%: vazão com intervalo diário e 95% da curva de permanência.

A disponibilidade de água subterrânea é considerada suficiente para atendimento.

Gestão ambiental e de recursos hídricos

O estado de Minas Gerais está dividido em dez Regiões de Planejamento do Governo. Esta divisão está apoiada no projeto de lei 1.590/93, porém, o critério só passou a vigorar com o Plano Plurianual de Ação Governamental (PPAG) 1996/1999, adotado em dezembro de 1995.

Desde então, a nomeação destas regiões são: Central, Mata, Sul de Minas, Triângulo, Alto Paranaíba, Centro-Oeste de Minas, Noroeste de Minas, Norte de Minas, Jequitinhonha/Mucuri e Rio Doce.

A localização do município de estudo é Região Jequitinhonha/Mucuri.

Desta forma Nanuque se localiza na Região de Planejamento: Região Jequitinhonha/Mucuri; Divisão Regional: Mesorregião do Vale do Mucuri, na Microrregião Geográfica de Nanuque.

Reunindo 5,1% da população e 1,9% do PIB estadual, o Jequitinhonha/Mucuri apresenta o mais baixo PIB per capita dentre as dez regiões de Minas Gerais – R$ 5,2 mil. Comparativamente às demais regiões de Minas Gerais, a taxa de urbanização do Jequitinhonha/Mucuri é baixa (63,2%) e tem em Teófilo Otoni o município polo da região.

A distribuição setorial do PIB do Jequitinhonha/Mucuri revela ampla predominância dos serviços (69,0%) em comparação à participação relativa da agropecuária (16,5%) e da indústria (14,5%). A região é também responsável por 1,5% dos empregos formais e por apenas 0,3% das exportações totais da economia estadual.

Quando analisada individualmente cada atividade, nota-se maior contribuição da região na geração do valor adicionado da agropecuária (4,1%), seguida dos serviços (2,4%) e, por último, da indústria (0,9%). Dentre as atividades econômicas desenvolvidas na região, destaque para agricultura, pecuária, mineração, pedras ornamentais, pedras preciosas e reflorestamento. 30 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

Nos últimos anos, a participação regional no total das exportações do estado oscilou negativamente em 0,53 pontos percentuais, enquanto que no PIB manteve-se estável.

II.4. APECTOS SOCIOECONÔMICOS Origem do município

Conforme a Atualização do PMSB – 2018, a região que compreendia o município de Nanuque, desde o descobrimento do Brasil, atraía, demasiadamente, as atenções portuguesas, embora a presença dos ferozes índios Botocudos (Nak-Nucks, Giporoc, Pataxós, , Potés, etc), impedissem a exploração adequada do local.

O Sr. Teófilo Benedito Otoni teve uma ideia em relação a região inóspita, habitada pelos ferozes Botocudos: submeteu o plano de sua Cia. de Comércio e Navegação do Rio Mucuri à consideração do Governo Imperial, que assinou parecer favorável a 31 de março de 1847. Ele larga do Rio, a 4 de setembro do mesmo ano a bordo da Princesa Imperial, chega a Vila de São José do Porto Alegre (atualmente Mucuri-BA) e depois prossegue até as proximidades de Santa Clara. A inavegabilidade do Mucuri a partir de Santa Clara não o desanimaria, e a sua Cia. de Navegação efetivada pelo Decreto n°802 de 12/07/1851, passaria a construir estradas.

Depois de muitos anos, a estrada carroçável acumulava prejuízos, pois as mercadorias que chegavam estavam apodrecendo a espera de embarque, então, pouco tempo depois foi planejada e criada a Estrada de Ferro Bahia e Minas, pela lei mineira n° 2775, de 25/10/1878, e lei baiana n° 1946, de 28/08/1879, que só se iniciou a 25 de janeiro de 1881, tendo a 9 de novembro do mesmo ano quase 143 km em tráfego, ligando a cidade de Araçuaí, em Minas Gerais, até Caravelas, no estado da Bahia. A ferrovia passou a assumir a função da estrada de Santa Clara, visando o crescimento e desenvolvimento regional.

Com a criação da ferrovia, a estrada carroçável caiu em desuso, fazendo com que a freguesia de Santa Clara, que ficou isolada às margens do Mucuri se erradicasse, e com isso, a sede do distrito foi transferida para Aimorés (atual Aimorésinho, distrito de Serra dos Aimorés, Minas Gerais).

A região ficou conhecida como Sete de Setembro, devido a um córrego com este nome, que desembocava no rio Mucuri, na fazenda Cachoeira, de propriedade de Antônio Barroso, no km 170 da Estrada de Ferro Bahia-Minas, onde as locomotivas passavam, quando em trânsito, para se abastecerem de água e lenha, exatamente no pontilhão. O serviço era feito por intermédio de baldes, não havia bombas nem caixa d’água.

Depois, após a construção de uma caixa d’água, para atender as necessidades da ferrovia, o local passou a adotar esta denominação.

Em 1911 o armador João Américo Machado, depois arrendatário da EFBM, fez uma visita a caixa d’água e entendeu-se com a família Schieber adquirindo terrenos por quinhentos mil réis para instalar uma grande serraria. 31 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

Ao retornar, o armador João Américo Machado, trouxe consigo vasto material e ferramentas, famílias de nacionalidades diversas, operários de várias especialidades e um carro da Estrada de Ferro que foi transformado em estação e nele instalado um aparelho Morse.

Com a inauguração da Serraria Industrial do Mucuri, a 7 de setembro de 1912, consagrou-se esta data como de fundação do povoado Caixa D’água, às margens do Rio Mucuri. Esta denominação surgiu através de uma caixa d'água na beira do rio, que servia para abastecer o trem de ferro em suas viagens. O carro estação telégrafo assim funcionou até 30 de julho de 1918 quando se inaugurava a Estação Presidente Bueno, e com isto o nome do povoado foi alterado, desta vez para Presidente Bueno, que era o mesmo nome da estação, homenageando Bueno Brandão ao assumir o governo de Minas Gerais.

Em 1920 introduziu-se uma grande serraria automática, sob a administração de Trajano de Medeiros e Cia. quando se construiu um ramal rodoviário que saía de Chapadinha, atravessava por uma ponte, que prosseguia margeando o rio. Seis anos depois uma enchente levaria a ponte da Estrada de Ferro de Trajano, passando a travessia a ser feita por um cabo de aço ligado a duas torres das margens do rio.

Com o grande crescimento econômico e populacional, a sede foi novamente transferida de Aimorés para Presidente Bueno, onde permanece até hoje, mas com a denominação de Nanuque

População, dinâmica social e desenvolvimento urbano

Entre 2000 e 2010, a população de Nanuque cresceu a uma taxa média anual de -0,19%, enquanto no Brasil foi de 1,17%, no mesmo período. Nesta década, a taxa de urbanização do município passou de 90,78% para 90,09%. Em 2010 viviam, no município, 40.834 pessoas. Entre 1991 e 2000, a população do município cresceu a uma taxa média anual de -0,39%. Na UF, esta taxa foi de 1,43%, enquanto no Brasil foi de 1,63%, no mesmo período. Na década, a taxa de urbanização do município passou de 89,55% para 90,78%.

População Total, por Gênero, Rural/Urbana – Município – Nanuque - MG % do % do População População % do Total População População Total Total (1991) (2000) (2000) (2010) (1991) (2010) População total 43.090 100,00 41.619 100,00 40.834 100,00

População residente 21.127 49,03 20.417 49,06 19.994 48,96 masculina

População residente 21.963 50,97 21.202 50,94 20.840 51,04 feminina 32 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

% do % do População População % do Total População População Total Total (1991) (2000) (2000) (2010) (1991) (2010) População urbana 38.586 89,55 37.781 90,78 36.789 90,09

População rural 4.504 10,45 3.838 9,22 4.045 9,91 Fonte: PNUD, Ipea e FJP

Predomina no município a população de faixa etária entre 15 e 64 anos, equivalente a 66,27% do total, seguida pela população com idade menor que 15 anos (23,82%). A faixa etária acima de 65 anos representa 9,91% da população. Quanto ao número de homens e mulheres, o mesmo é relativamente próximo, correspondendo a 48,96% e 51,04% da população, respectivamente.

Fonte: PNUD, Ipea e FJP

O Índice de Desenvolvimento Humano (IDHM) - Nanuque é 0,701, em 2010, o que situa esse município na faixa de Desenvolvimento Humano Alto (IDHM entre 0,700 e 0,799). A dimensão que mais contribui para o IDHM do município é Longevidade, com índice de 0,850, seguida de Renda, com índice de 0,666, e de Educação, com índice de 0,609. Nanuque ocupa a 1866ª posição entre os 5.565 municípios brasileiros segundo o IDHM. Nesse ranking, o maior IDHM é 0,862 (São Caetano do Sul) e o menor é 0,418 (Melgaço).

De 1991 a 2010, o IDHM do município passou de 0,451, em 1991, para 0,701, em 2010, enquanto o IDHM da Unidade Federativa (UF) passou de 0,478 para 0,731. Isso implica em uma taxa de crescimento de 55,43% para o município e 52% para a UF; e em uma taxa de redução do hiato de desenvolvimento humano de 54,46% para o município e 53,85% para a UF. No município, a dimensão cujo índice mais cresceu em termos absolutos foi Educação 33 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

(com crescimento de 0,375), seguida por Longevidade e por Renda. Na UF, por sua vez, a dimensão cujo índice mais cresceu em termos absolutos foi Educação (com crescimento de 0,358), seguida por Longevidade e por Renda.

Habitação

A tipologia das edificações é prioritariamente térrea e unifamiliar, ocorrendo também edificações multifamiliares.

Para complementar o entendimento sobre a ocupação do município Nanuque é importante ressaltar a sua infraestrutura habitacional, apontando as áreas de maior concentração populacional, bem como a maneira como estão consolidadas. Atualmente, a população nanuquense se concentra, principalmente, nas áreas urbanas dos distritos.

No que tange o acesso à infraestrutura e saneamento básico pela população a situação ainda é precária. Sua precariedade está relacionada com a situação de irregularidade das ocupações e parcelamentos, com a inadequação da moradia (ausência de unidade sanitária ou seu estado de conservação) e com a falta de acesso a equipamentos e serviços públicos. Tal situação também é observada em moradias rurais do município.

Além do citado, outros indicadores são dispostos a seguir:

1991 2000 2010 % da população em domicílios com água 65,09 78,42 98,14 encanada % da população em domicílios com 94,72 98,26 99,50 energia elétrica % da população em domicílios com coleta 50,57 90,27 95,24 de lixo Fonte: PNUD, Ipea e FJP

Saúde

Doenças relacionadas à ausência de saneamento básico ocorrem quando há dificuldade de acesso da população a serviços adequados de abastecimento de água, esgotamento sanitário, drenagem e manejo de águas pluviais, e de coleta e destinação de resíduos sólidos. Podem ser transmitidas por ingestão de água contaminada, por contato direto com água poluída, bem como por contato da pele com solo e lixo contaminados. A presença de esgoto, água parada e lixo são exemplos de condições que contribuem para o aparecimento de insetos e parasitas transmissores de doenças.

A taxa de mortalidade infantil média na cidade é de 8,73 para 1.000 nascidos vivos. As internações devido a diarreias são de 1 para cada 1.000 habitantes. Comparado com todos os municípios do estado, fica nas posições 498 de 853 e 226 de 853, respectivamente.

34 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

Quando comparado a cidades do Brasil todo, essas posições são de 3.410 de 5.570 e 2.419 de 5.570, respectivamente.

Atividades e vocações econômicas

Segundo a Atualização do PMSB - 2018 a economia nanuquense gira em torno do comércio, prestação de serviços e indústrias (frigorífico, fábrica de açúcar, usina de álcool anidro e usina hidrelétrica), mas se destaca na agropecuária pela criação de gado bovino de corte e leite.

De acordo com o IBGE, seu PIB em 2013 foi calculado em R$ 540.027 mil, sendo então a segunda cidade mais rica do nordeste mineiro.

Nanuque possui oito instituições financeiras operantes:

 Banco Brasileiro de Descontos S.A (Bradesco)  Banco do Brasil S.A.  Caixa Econômica Federal (CAIXA)  Banco Santander Brasil S.A.  Banco do Estado do Espírito Santo S.A. (Banestes)  Sistema de Cooperativas de Crédito do Brasil (Sicoob Credinorte)  Itaú Unibanco Holding S.A.  Banco do Nordeste S.A.

Segundo dados do IBGE (2016), o Produto Interno Bruto (PIB) per capita do município foi de R$ 15.446,42, o que coloca Nanuque na 117ª posição de 853 do estado de Minas e aponta para um PIB Total de cerca de R$ 645 milhões.

Ainda segundo o IBGE (2015), dentre os principais setores produtivos, o setor de Serviços possui o maior índice de contribuição no PIB municipal, sendo que o setor de administração, defesa, educação e saúde públicas que apresentou maior índice de crescimento no período de 2010 a 2015 e permanecendo estável entre 2015 e 2016. O setor agropecuário apresentou grande crescimento entre 2005 a 2010 e entre 2010 e 2016 apresentou grande queda.

A Tabela abaixo apresenta a evolução do PIB de Nanuque para os anos de 2005, 2010, 2015 e 2016 para os principais setores produtivos.

Setor 2005 2010 2015 2016 Agropecuária 21.803 147.479 48.308 46.935 Indústria 48.945 72.380 96.276 90.663 Serviços - Exclusive Administração, Defesa, Educação e Saúde Públicas e Seguridade 140.929 186.023 295.606 295.182 Social Administração, defesa, educação e saúde - 83.273 146.632 158.108 públicas e seguridade social

35 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

Setor 2005 2010 2015 2016 Impostos, líquidos de subsídios, sobre 19.362 36.481 51.029 54.897 produtos, a preços correntes Total 231.039 525.636 637.851 645.784 Fonte: IBGE. (Em R$ 1000)

Mão de Obra Ocupada

Entre 2000 e 2010, a taxa de atividade da população de 18 anos ou mais (ou seja, o percentual dessa população que era economicamente ativa) passou de 64,62% em 2000 para 65,48% em 2010. Ao mesmo tempo, sua taxa de desocupação (ou seja, o percentual da população economicamente ativa que estava desocupada) passou de 17,95% em 2000 para 11,02% em 2010.

Fonte: PNUD, Ipea e FJP

Em 2010, das pessoas ocupadas na faixa etária de 18 anos ou mais do município, 14,31% trabalhavam no setor agropecuário, 0,25% na indústria extrativa, 13,54% na indústria de transformação, 8,64% no setor de construção, 0,96% nos setores de utilidade pública, 19,46% no comércio e 40,28% no setor de serviços.

Sistema viário e transporte

Quanto à característica do arruamento na sede municipal, existem vias asfaltadas, em bloco de concreto, calçamento poliédrico e paralelepípedo e também sem calçamento algum.

36 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

O calçamento em blocos de concreto e vias sem pavimento algum estão presentes também nos distritos de Vila Pereira e Vila Gabriel Passos

De acordo com dados do IBGE (2010), temos:

 84,7% de domicílios urbanos em vias públicas com arborização e  9,6% de domicílios urbanos em vias públicas com urbanização adequada (presença de bueiro, calçada, pavimentação e meio-fio).

Em Nanuque, como na maioria das cidades de mesmo porte, o transporte é uma concessão pública de prestação de serviço.

Energia Elétrica

A Companhia Energética de Minas Gerais (CEMIG) atende a distribuição de energia elétrica no município de Nanuque.

Sistemas de Comunicação

Nanuque conta com telefonia fixa, telefonia móvel, comunicação de multimídia e televisão.

Infraestrutura de telefonia móvel, indicada no quadro a seguir.

Prestadoras Antenas Participação CLARO 3 27,27% NEXTEL 1 9,09% OI 1 9,09% TIM 3 27,27% VIVO 3 27,27% Total de Antenas 10 100% Fonte: Telebrasil

Rádio FM Nanuque, operando em 94.5 MHZ

TV aberta.

Internet fixa via rádio.

II.5. ACESSOS AO MUNICÍPIO O município de Nanuque tem seu macroacesso principal desenvolvido por meio da rodovia BR-418.

37 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

Mapa de localização e acesso ao município de Nanuque - Fonte: DEER

Os acessos existentes entre os municípios limítrofes e suas localidades rurais, bem como às áreas de serviços públicos como captações, estações de tratamento de água, estações de tratamento de esgotos e aos aterros sanitários/controlados ou lixões se consolidam por vias federais, estaduais ou mesmo por vias locais. A seguir são apresentadas as distâncias entre os municípios.

Distâncias entre Nanuque e principais localidades regionais Município Distância aproximada Principais Vias de Macroacesso (Rodovias) Teófilo Otoni (MG) – 159 km BR 418 Governador Valadares (MG) – BR 418, BR 116 297 km Nanuque Teixeira de Freitas (BA) – 105 km BR 418, BR 101 São Mateus (ES) – 166 km BR 418, BR 101 Linhares (ES) – 247 km BR 418, BR 101 Fonte: Google Maps

As distâncias do município à capital do Estado, Belo Horizonte, e outros municípios importantes são apresentados no quadro a seguir:

Características do Macroacesso do município de Nanuque: Município Distância (km) Centro Vias de Macroacesso 605 Belo Horizonte BR 418, BR 116, BR 381 366 Vitória ES 130, BR 101 Nanuque 888 Rio de Janeiro ES 130, BR 101 912 Salvador BR 418, BR 101 1.254 Brasília BR 418, BR 116, BR 259, BR 040 Fonte: Google Maps 38 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

III. SITUAÇÃO DO SANEAMENTO NO MUNICÍPIO

III.1. VISÃO GERAL O Abastecimento de Água é o principal eixo do saneamento do município. A responsabilidade pela administração do abastecimento de água, bem como do esgotamento sanitário do município, está atualmente com a COPASA. Segundo o Edital de PMI, a concessão encontra- se em precariedade contratual. Conforme o Decreto nº 045 de 26 de julho de 2019, a concessionária se encontra sem contrato de Concessão do Sistema.

Nessa situação a COPASA oferece os serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário na Sede do município de Nanuque e somente de abastecimento de água nos distritos de Vila Gabriel Passos e de Vila Pereira. O sistema de abastecimento de água atende ainda o município vizinho de Serra dos Aimorés/MG, através da EEAT/ETA de Nanuque, por uma adutora de aproximadamente 18 Km de extensão. Segundo a Atualização do PMSB (2018) o atendimento se refere à Sede do Município.

A Sede do Município de Nanuque é abastecida pelo manancial do Rio Mucuri. O tratamento da água na ETA é do tipo convencional, com coagulação, floculação, correção de pH, decantação, filtração e cloração. Nos distritos de Vila Gabriel Passos o abastecimento é realizado pelo Rio Pampã e de Vila Pereira o abastecimento é realizado através de poços profundos. O tratamento nas ETA’s é do tipo convencional.

Com relação ao esgotamento sanitário da Sede, atualmente com população urbana estimada em 33.700 habitantes, são atendidos com esgotamento sanitário 24.895 habitantes (SNIS 2017). Apenas uma parte do esgoto é coletado e tratado e em diversos pontos o esgoto é lançado in natura. O sistema foi dividido em duas etapas de construção, a primeira encontra- se construída, em carga (coletado e tratado) e atende a parte da cidade localizada à margem direita do Rio Mucuri, a segunda encontra-se atualmente paralisada com somente uma pequena parte concluída e contemplará o restante da cidade.

O Distrito de Vila Pereira possui atualmente uma população de aproximadamente 1.760 habitantes. Conforme Atualização do PMSB 2018 e Edital de Chamamento Público do PMI, a cobertura do abastecimento de água é de 100%. Quanto ao esgotamento sanitário é utilizado, em sua maioria, redes coletoras, que posteriormente lançam no curso d’água local. Em menor escala, há utilização de fossas rudimentares e lançamentos diretos in natura.

O Distrito de Vila Gabriel Passos possui atualmente uma população de aproximadamente 1.540 habitantes. Conforme Atualização do PMSB 2018 e Edital de Chamamento Público do PMI, a cobertura do abastecimento de água é de 100%. Quanto ao esgotamento sanitário, também são utilizadas em sua maioria redes coletoras, que posteriormente lançam in natura em uma fazenda de propriedade privada. Em menor escala, também há utilização de fossas rudimentares e lançamentos diretos in natura. 39 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

Quanto à limpeza urbana, segundo o SNIS (2017), o Município de Nanuque conta com um aterro controlado que recebe cerca de 11.955 toneladas de resíduos por ano, sendo que 30% da população atendida recebe um atendimento diário e os 70% restantes recebem atendimento duas ou três vezes por semana. O órgão responsável pela gestão do aterro é a Secretaria de Obras da Prefeitura. De acordo com o PNUD (2010) cerca de 95,24% da população em domicílios possuem coleta de lixo.

A varrição e coleta dos Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) na área urbana do município de Nanuque/MG é feita por intermédio de empresa terceirizada.

A drenagem configura um importante problema para o Município. Tomando como exemplo a sede municipal, por apresentar um relevo relativamente plano, bem como pela ausência ou ineficiência das redes de drenagem pluviais existentes, observa-se que as bocas de lobo existentes são insuficientes ou inadequadas para sanar o problema, bem como a falta de limpeza em determinados bueiros parcialmente obstruídos por lixo, folhas e resíduos de construção civil o que pode agravar o processo de alagamento.

Inclusive, foram verificados durante a visita técnica algumas captações de águas pluviais junto à rede coletora, afrontando o princípio de rede coletora do tipo separador absoluto.

As imagens a seguir ilustram bem o que ocorre em pontos distintos do distrito Sede de Nanuque.

Fonte: Visita Técnica

Quanto aos distritos e as comunidades rurais a drenagem pluvial é precária e as vezes inexistente. Um dos maiores problemas está relacionado ao escoamento de água nas estradas vicinais, o que causa erosão e desgaste das vias e consequentemente maior esforço na manutenção.

III.2. REGIÕES ATENDIDAS E OPERADORAS (ÁGUA E ESGOTO) O sistema de abastecimento de água, da Sede e dos distritos de Vila Pereira e Vila Gabriel Passos incluindo a exportação de água para a Sede do Município vizinho de Serra dos Aimorés/MG é operado pela Companhia de Saneamento de Minas Gerais - COPASA, através da SPJM Superintendência de Operação Jequitinhonha e Mucuri. 40 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

O esgotamento sanitário da Sede é operado pela COPASA e os distritos não possuem sistema de esgotamento sanitário.

Conforme o Decreto Municipal nº 045/2019 de 26 de julho de 2019, que dispõe sobre a instituição do Procedimento de Manifestação de Interesse – PMI, a concessionária se encontra sem contrato de Concessão do Sistema.

A imagem ilustra a região operada:

Município de Nanuque - Fonte: Imagem Google Earth

Vila Pereira e Vila Gabriel Passos - Distritos atendidos pela COPASA – Somente Água Nanuque (Sede) - Distrito atendido pela COPASA – Água e Esgoto. (parcial)

Serra dos Aimorés (Sede) (Outro Município) atendido pela COPASA – Água exportada.

41 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

III.3. INDICADORES RELACIONADOS AO SANEAMENTO (ÁGUA E ESGOTO) Pesquisa realizada junto ao SNIS (Sistema Nacional de Informações no Saneamento) mostra que a concessionária mantém atualizada as informações exigidas pelo órgão controlador, sendo que a última atualização se refere ao ano de 2017, portanto, adimplente com o fornecimento das informações exigidas.

De acordo com o relatório do SNIS (2017), no município de Nanuque, o índice de atendimento urbano de água é de, aproximadamente, 88,8%, caindo para 80,0% quando se trata da população total. Ainda segundo a fonte, houve um pequeno decréscimo na população atendida com abastecimento de água, de 2016 para 2017, passando de 33.704 para 33.430 habitantes. Já o número de ligações totais (ativas) sofreu um pequeno acréscimo, passando de 14.490 para 14.493.

Ainda conforme SNIS (2017), observa-se um índice de perdas na distribuição de 35% na área operada pela concessionária.

Apresenta-se a seguir os principais indicadores técnicos característicos dos serviços de abastecimento de água extraídos do SNIS 2017:

ÁGUA AG001 - População total atendida com abastecimento de água 33.430 AG002 - Quantidade de ligações ativas de água 14.493 AG003 - Quantidade de economias ativas de água 15.147 AG005 - Extensão da rede de água (km) 147,9 IN022 - Consumo médio percapita de água (L/hab.dia) 122,3 IN022 - Consumo médio percapita de água - Média 2015-2017 (L/hab.dia) 124,8 IN023 - Índice de atendimento urbano de água (%) 88,8 IN009 - Índice de hidrometração (%) 100,0 IN049 - Índice de perdas na distribuição (%) 35,0 IN049 - Índice de perdas na distribuição - Média 2015-2017 (%) 29,6 IN055 - Índice de atendimento total de água (%) 80,0

Conforme a Atualização do PMSB (2018), o número de ligações é:

Distrito Distrito Vila Tipo Unidade Sede Gabriel Total Pereira Passos Ligações Ativas Und. 13.457 563 512 14.532 Economias Ativas Und. 14.090 583 516 15.189 Fonte: Atualização do PMSB – 2018 (Informações COPASA escritório local Julho 2018).

Em recente visita técnica, foram levantados os seguintes dados atualizados:

42 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

Distrito Distrito Vila Tipo Unidade Sede Gabriel Pereira Passos Ligações Und. N/I 580 780 Existentes Ligações Ativas Und. N/I 542 614 N/I=Não informado

Apresenta-se a seguir os principais indicadores técnicos característicos dos serviços de esgotamento sanitário extraídos do SNIS 2017:

ESGOTO ES001 - População total atendida com esgotamento sanitário 24.895 ES004 - Extensão da rede de esgotos (km) 65,2 ES002 - Quantidade de ligações ativas de esgotos 10.900 ES009 - Quantidade de ligações totais de esgotos 10.900 IN024 - Índice de atendimento urbano de esgoto referido aos municípios atendidos com água (%) 66,1 IN056 - Índice de atendimento total de esgoto referido aos municípios atendidos com água (%) 59,6 IN015 - Índice de coleta de esgoto 61,28 IN016 - Índice de tratamento de esgoto 15,25

Conforme o SNIS 2017, do que é coletado apenas 15,25% é tratado. Observa-se com isto que a quantidade de pessoas que não possuem o sistema completo de esgotamento sanitário é bastante elevada.

A tabela de Indicadores do SNIS é bastante extensa, não justificando a transcrição integral de seus dados neste estudo, já que estão disponíveis ao público em geral no site do sistema.

III.4. REGULAÇÃO E MONITORAMENTO – MODELO REGULATÓRIO A fiscalização atual dos serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário, prestados pela COPASA, é realizada pela Agência Reguladora de Serviços de Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário do Estado de Minas Gerais - ARSAE-MG.

Propõe-se que a necessária regulação e fiscalização dos serviços prestados pela futura Concessionária para abastecimento de água e de esgotamento sanitário na área da Concessão seja feita por agência de competência estadual que já disponha de estrutura técnica, administrativa e jurídica consolidada.

Caberá ao Poder Executivo Municipal, na qualidade de titular desses serviços públicos, aprovar a designação dessa entidade, que será o Ente Regulador das atividades de regulação e fiscalização dos serviços delegados à Concessionária, tais como ARSAE-MG e Agência Reguladora Intermunicipal de Saneamento Básico de Minas Gerais - ARISB-MG.

43 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

A Concessão deverá ser regrada pelo regulamento praticado pela agência designada, que dispõe sobre as condições gerais para a prestação e utilização dos serviços públicos de abastecimento de água e de esgotamento sanitário.

44 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

IV. DIAGNÓSTICO DOS SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA

IV.1. CARACTERÍSTICAS GERAIS DA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS É apresentada, nos itens a seguir, a caracterização geral dos serviços de abastecimento de água do município de Nanuque com base na situação atual dos sistemas em operação, identificada a partir de dados levantados através de visitas in loco, Plano Municipal de Saneamento Básico – PMSB (Atualização 2018) e consulta a publicações de fontes públicas, científicas e junto aos próprios prestadores dos serviços.

Conforme já citado, a COPASA, é responsável pelo sistema de abastecimento e tratamento de água nas áreas urbanas da Sede municipal de Nanuque e dos distritos de Vila Pereira e Vila Gabriel Passos inclusive a exportação de água para a sede do município vizinho de Serra dos Aimorés/MG.

IV.2. MONITORAMENTO DA QUALIDADE DAS ÁGUAS DE ABASTECIMENTO De acordo o “Relatório de Qualidade da Água” (2018) emitido pela COPASA, a água fornecida à população é de boa qualidade.

Para tanto, conforme a COPASA, para que se tenha certeza desta da qualidade da água potável que está sendo fornecida à população, são realizadas diversas análises, considerando quatro aspectos:

Fonte: Relatório COPASA 2018 – Qualidade da Água – Nanuque.

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Fonte: Relatório COPASA 2018 – Qualidade da Água – Nanuque

Segundo SNIS (2017), tem-se as quantidades de amostras coletadas para: análises de cloro residual (9.110 amostras/ano), turbidez (8.698 amostras/ano) e coliformes totais (651 amostras/ano), e ainda conforme o SNIS (2017), o índice (QD001 - Tipo de atendimento da portaria sobre qualidade da água) é atendido parcialmente.

Segundo a Atualização do PMSB - 2018, as seguintes análises são realizadas, tanto na água bruta quanto na água tratada, cor, turbidez, pH, flúor e cloro, a cada duas horas. No período chuvoso é realizado teste de jarro, quando é verificado variação na turbidez. As análises bacteriológicas têm a periodicidade de sete dias, ocorrendo as coletas das amostras sempre em pontas de rede e na própria ETA.

Média dos resultados das análises realizados na ETA:

Análises de Água Bruta e Tratada Residual de Cloro e Flúor Fonte: Atualização PMSB - 2018

As demais análises, necessárias para atendimento a portaria que dispõe sobre os padrões de potabilidade, são realizadas no laboratório regional ou central, semanalmente. Os resultados das análises não retornam para a estação. Caso ocorra alguma alteração de parâmetro, é passado a orientação de como corrigi-lo.

46 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

IV.3. SISTEMA EXISTENTE

IV.3.1 Distrito Sede Estima-se que o sistema de abastecimento de água atenda cerca de 32.015 habitantes com índice de atendimento de 95% em relação a população urbana da Sede.

O Sistema de Abastecimento de Água da cidade de Nanuque começou a ser operado pela COPASA em 1978, segundo Relatório de Qualidade da Água da COPASA (2018). Segundo o PMSB, a água potável distribuída à população é captada superficialmente na margem esquerda do Rio Mucuri e em um poço de tomada d’água de concreto armado, por meio de dois conjuntos motobombas anfíbias.

Segundo a Atualização do PMSB – 2018, o sistema de abastecimento de água da Sede do Município de Nanuque, é composto de captação em manancial de superfície (Rio Mucuri), adutora de água bruta, estação de tratamento de água, reservatório de contato, reservatórios de distribuição, estações elevatórias de água tratada, adutoras de água tratada, rede de distribuição e ligações prediais de água.

O croqui a seguir ilustra esquematicamente o sistema de abastecimento de água na Sede de Nanuque:

Fonte: COPASA (Adaptado).

A imagem a seguir mostra a localização da ETA e da captação no Rio Mucuri. 47 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

Localização da ETA e Captação (Sede) – Fonte: Imagem Google Earth.

 Captação

De acordo com o PMSB, o sistema de Abastecimento de Água (SAA) da sede do município de Nanuque possui captação de água bruta com capacidade máxima de produção de 150 l/s em uma captação superficial (Rio Mucuri), através de um poço de tomada d’água em concreto armado. Atualmente a captação opera com uma vazão média anual (Qmed) de 135 l/s, trabalhando normalmente 14 horas por dia.

MANANCIAL - Sede Captação Rio Mucuri 17º50’37.39’’S; Coordenadas 40º22’49.38’’O Tempo de funcionamento médio 14h/dia Vazão Máxima 150 l/s Vazão operante 125 l/s Potência conjunto moto-bomba 2 x 350 cv Fonte: Visita Técnica

48 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

Captação Rio Mucuri – Fonte: Visita Técnica

Captação Rio Mucuri – Fonte: Visita Técnica

 Adutoras

De acordo com o PMSB, a adutora de água bruta é mista, sendo parte do material em FoFo e parte em PVC DEFOFO, com diâmetro nominal (DN) de 450 mm e 790 m de extensão, sendo 670 m em tubo de FoFo e 120 m em tubo PVC DEFOFO. A tabela a seguir traz maiores detalhes: ADUÇÃO DE ÁGUA BRUTA Coordenada Inicial 17º50’37.41”S; 40º22’49.35”O Coordenada Final 17º50’14.97”S; 40º22’39.64”O Material DEFOFO e Ferro Fundido Comprimento: 120 metros DEFOFO Diâmetro: DN 450

Comprimento:670 metros Ferro Fundido Diâmetro: DN 450 Informações sobre manancial e captação – Fonte: Visita Técnica

49 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

Adutora de Água Bruta – DN 450mm Fonte: Atualização PMSB (2018).

O caminhamento da adutora assim como a localização da captação é ilustrado na figura a seguir, segundo informações obtidas durante visita técnica:

Captação e Adutora de Água Bruta – Fonte: Visita Técnica/Google Earth

Ainda conforme dados levantados em visita técnica, existem ainda 3 (três) adutoras de água tratada, sendo:  AAT01 – UDR: Adutora de FoFo, diâmetro inicial de 450 mm e extensão aproximada de 4.650 metros;  AAT02 – Centro: Adutora de FoFo, diâmetro de 150 mm e extensão aproximada de 1.300 metros;  AAT03 – Serra dos Aimorés: Adutora de FoFo, diâmetro de 150 mm.

50 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

 Estação de Tratamento de Água

Conforme dados obtidos durante visita técnica, a estação de tratamento de água é do tipo convencional com tratamento físico químico, construída em concreto armado. Possui dois medidores de vazão (um tipo régua e o outro ultrassônico) na calha Parshall, porém, apenas o ultrassônico está operando corretamente. Logo após a medição é dosado o primeiro produto químico: cal hidratada. Na sequência é adicionado sulfato de alumínio para iniciar o processo de coagulação nos floculadores. Após os floculadores, é dosado cal novamente, para correção de pH. Na sequência, a água é dividida através de uma calha divisora para os dois decantadores existententes, para então ocorrer o processo de decantação. Cada decantador possui 1.050 m3 e o material de suas paredes difusoras foram trocadas recentemente para granito. Por transbordamento, a água vai para os 4 filtros que são dispostos em 3 camadas de cascalho, 1 de areia grossa e 1 de areia fina. A desinfecção (através de cloro gás) e a fluoretação (através de flúor líquido) ocorrem logo após a filtração, concluindo o processo de tratamento.

Vista da ETA - Fonte: Google Earth

O período de funcionamento médio diário é de 14 horas, operando com uma vazão média anual de 135l/s e capacidade nominal de 150l/s. Na calha Parshall é dosado o coagulante (sulfato de alumínio) e como dito anteriormente é dosado Cal no canal de coleta de água decantada. É realizada a dosagem da Cal, flúor (ácido fluossilícico) e cloro (cloro gás) direto no tanque de contato.

51 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

Na visita técnica observou-se a operação de apenas 3 (três) filtros com vazão média de 125 l/s. O quarto filtro encontrava-se em manutenção, com a troca de suas camadas filtrantes, conforme imagem a seguir.

Manutenção do filtro – Fonte: Visita Técnica

Estrutura da ETA – Fonte: Visita Técnica

52 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

Estrutura da ETA – Fonte: Visita Técnica

Estrutura da ETA – Fonte: Visita Técnica

ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUA

Coordenadas 17º50'14.67"S; 40º22'39.24"O Número de Funcionários 03 Tempo de Operação 14 hs/dia Capacidade Nominal 150 l/s Vazão Média de Operação 135 l/s Informações sobre a ETA (Estação de tratamento de água) – Fonte Visita Técnica

53 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

 Estações Elevatórias de Água

De acordo com o PMSB na Sede de Nanuque, existem 4 (quatro) estações elevatórias de distribuição e 1 (uma) de lavagem dos filtros no sistema, sendo assim caracterizadas:

ELEVATÓRIA POTÊNCIA TIPO EEAT Serra dos Aimorés 2 x 60 cv Distribuição EEAT UDR 2 x 30 cv Distribuição EEAT Zarur 2 x 50 cv Distribuição EEAT Rua 2 x 20 cv Distribuição (booster) Uso interno – Lavagem dos EEAT REL 1 2 x 12,5 cv filtros

 Estação Elevatório de Água Tratada – EEAT Serra dos Aimorés: A elevatória é composta por dois conjuntos motobombas centrífugas de eixo horizontal com alturas manométricas, com potência de 2x60 cv e vazão não informada. Os componentes são de ferro fundido flangeado, DN 200, e a sucção, barrilete e recalque são iguais para os dois conjuntos. Possui quadro de comando completo com proteção e macromedidores instalados na linha de recalque. A água é succionada no reservatório de distribuição e recalcada para a cidade de Serra dos Aimorés por uma adutora de aproximadamente 18 Km de extensão;

Monta carga para manutenção dos conjuntos de recalque e bomba - Fonte: Atualização PMSB (2018) e Visita Técnica

 Estação Elevatória de Água Tratada – EEAT UDR: A elevatória é composta por dois conjuntos motobombas centrífugas de eixo horizontal, com altura manométrica de 64 mca, vazão de 68,5 m³/h (19,03 l/s) e potência de 30 cv. Os componentes são de ferro fundido flangeado e a sucção, barrilete e recalque são iguais para os dois conjuntos. Possui quadro de comando completo com proteção e macromedidores instalados na linha de recalque. A sucção é realizada no tanque de contato e recalcada até o reservatório elevado do bairro UDR;

54 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

EEAT UDR - Fonte: PMSB – Atualização 2018

EEAT UDR - Fonte: Visita Técnica

 Estação Elevatória de Água Tratada – EEAT Zarur: A elevatória é composta por dois conjuntos motobombas monobloco centrífugas de eixo horizontal com altura manométrica de 69,8 mca, vazão de 108 m³/h (30 l/s) e potência de 50 CV. Os componentes são de ferro fundido flangeado. Possui quadro de comando completo com proteção e trabalham afogadas.

55 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

Vista dos motores dos conjuntos Vista do recalque dos conjuntos, barrilete e adutora Fonte: Atualização PMSB (2018)

Acesso a EEAT Zarur - Fonte: Visita Técnica

 Estação Elevatória de Água Tratada – EEAT Rua Uberaba (Booster): Localizada na Rua Uberaba succiona água diretamente da rede de distribuição e recalca para o reservatório elevado do bairro Vista Linda, sendo identificada pelos funcionários da concessionária como booster. A EEAT é composta por dois conjuntos motobombas centrífugas de eixo horizontal com altura manométrica de 59,9 mca, vazão de 46,30 m³/h (12,86 l/s) e potência de 20 CV. Os componentes são de ferro fundido flangeado e a sucção, barrilete e recalque são iguais para os dois conjuntos. Possui quadro de comando completo com proteção.

56 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

Vista do barrilete e recalque dos conjuntos - Fonte: Atualização PMSB (2018)

 Reservatórios

Segundo a Atualização do PMSB (2018), o sistema possui 9 (nove) reservatórios e com capacidade total de armazenamento de água de 4.280 m³. Entrentanto, conforme apurado durante visita técnica, atualmente existem 11 (onze) reservatórios, somando 4.525 m³ de reservação, sendo:

Capacidade Item Descrição (m³) 1 Enterrado em concreto armado - na área da ETA 3.050 2 Apoiado circular em concreto armado - Bairro Zarur 400 3 Elevado circular em fibra de vidro - Bairro Jardim Acácias 10 4 Elevado circular em concreto armado - Bairro Espirito Santo 100 5 Elevado circular em concreto armado - Bairro Vila Nova 280 6 Elevado circular em concreto armado - Bairro Polivalente 150 7 Elevado circular metálico - Bairro Vista Linda 100 8 Elevado circular em concreto armado - Bairro UDR 200 9 Elevado quadrado em concreto armado - Bairro Israel Pinheiro 10 10 Apoiado – Lavagem dos filtros 150 11 Elevado – Condomínio Terrari* 75 Soma 4.525 Dados da Visita Técnica

*Conforme visita técnica, está em implantação o reservatório do Condomínio Terrari com capacidade de 75 m³.

57 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

 Reservatório de distribuição enterrado – Área da ETA.

Tem capacidade de 3050 m³, construído em concreto armado, fica próximo à entrada principal da ETA, alimenta a estação elevatória de água tratada (EEAT) que abastece a cidade de Serra dos Aimorés e o bairro Zarur.

Fonte: Visita Técnica

 Reservatório de Distribuição do Bairro Zarur

Reservatório do tipo apoiado circular com capacidade de 400 m³ em concreto armado. Este reservatório abastece por gravidade o próprio bairro e sua vizinhança. Devido ao relevo acidentado da cidade de Nanuque temos pontos com diferentes zonas de pressão, obrigando a utilização de uma EEAT com quatro adutoras que abastecem os bairros Jardim das Acácias, Espírito Santo, Vila Nova e Polivalente, chamando atenção para o fato de que a adutora que abastece o bairro Jardim das Acácias tem a sua distribuição em marcha.

Fonte: Atualização PMSB (2018). 58 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

Fonte: Visita Técnica.

 Reservatório a jusante do bairro Jardim das Acácias

Reservatório do tipo elevado circular com capacidade de 10 m³, construído em fibra de vidro, torre em concreto armado e altura de aproximadamente 4 m. Este reservatório é alimentado pela EEAT do bairro Zarur. A área deste reservatório não se encontra cercada.

Fonte: Atualização PMSB (2018).

59 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

Fonte: Visita Técnica.

 Reservatório de distribuição do bairro Espírito Santo

Reservatório do tipo elevado circular com capacidade de 100 m³, construído em concreto armado, e altura da torre de aproximadamente 13 m. Este reservatório é alimentado pela EEAT do bairro Zarur. A área deste reservatório se encontra cercada.

Fonte: Visita Técnica.

60 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

 Reservatório de distribuição do bairro Vila Nova

Reservatório do tipo elevado circular com capacidade de 280 m³, construído em concreto armado, e altura da torre de aproximadamente 14 m. Este reservatório é alimentado pela EEAT do bairro Zarur. A área deste reservatório se encontra murada.

Fonte: Visita Técnica.

 Reservatório do Bairro Polivalente

Reservatório do tipo elevado circular com capacidade de 150 m³, construído em concreto armado, e altura da torre de aproximadamente 12 m. Este reservatório é alimentado pela EEAT do bairro. A área deste reservatório se encontra murada.

61 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

Fonte: Visita Técnica.

 Reservatório de distribuição do bairro Vista Linda

Reservatório do tipo elevado circular com capacidade de 100 m³, construído em chapas metálicas soldadas, e altura da torre de aproximadamente 17,5 m. Este reservatório é alimentado pela EEAT situado na Rua Uberaba (booster). A área deste reservatório se encontra cercada.

Fonte: Visita Técnica. 62 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

 Reservatório de distribuição do bairro UDR

Reservatório do tipo elevado circular com capacidade de 200 m³, construído em concreto armado, e altura da torre de aproximadamente 17 m. Este reservatório é alimentado pela EEAT UDR situada na área da ETA. A área deste reservatório se encontra murada.

Fonte: Visita Técnica.

 Reservatório de distribuição do bairro Israel Pinheiro

Reservatório do tipo elevado quadrado com capacidade de 10 m³, construído em concreto armado e altura da torre de aproximadamente 12 m e as tubulações de entrada e saída tem DN100 em FoFo. Atualmente esse bairro é atendido pelo reservatório UDR. A área deste reservatório se encontra murada.

63 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

Fonte: Visita Técnica.

 Redes de Água, Ligações e Hidrometração

Conforme dados levantados a partir da visita técnica, no sistema atual da Sede foram adotadas, aproximadamente, 13.483 ligações previstas para o ano de 2020, com cerca de 177,56 km de rede na Sede.

Conforme Atualização PMSB (2018), a extensão da rede de distribuição de água é de 135.574 metros, havendo 15.777 ligações existentes, 13.457 ligações ativas e 14.090 economias ativas na Sede.

Conforme consta na Atualização do PMSB – 2018, a CWC (Empresa que elaborou o a Atualização do PMSB – 2018), solicitou informações técnicas sobre o sistema de abastecimento de água do município, desde o dia 11/06/2018 e reiterado por diversas vezes, porém, até a data do fechamento do PMSB não foram enviadas pela COPASA informações suficientes para subsidiar a conclusão dos trabalhos.

Ainda segundo o PMSB, a análise sobre o item rede de distribuição foi realizada de forma superficial, visto que faltaram informações indispensáveis para a realização e conclusão dos trabalhos, como: materiais por diâmetro, extensão por diâmetro e tipo de material, idade média da tubulação, existência e localização de registros de manobra, registros de descarga, tipos de conexões existentes na rede e outras informações pertinentes.

64 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

As seguintes informações constantes do PMSB foram passadas apenas de forma verbal pelos funcionários do escritório local da COPASA: extensão total da rede 135.574 m, sendo que aproximadamente 60% é em cimento amianto, o restante em FoFo, PVC e PVC DEFOFO.

A Imagem a seguir mostra a localização das unidades existentes na Sede:

Localização das EEAT’s – Fonte: Google Earth/Visita Técnica

65 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

Localização dos Reservatórios – Fonte: Google Earth/Visita Técnica

IV.3.2. Distrito de Vila Pereira O sistema de abastecimento de água do distrito de Vila Pereira é operado pela COPASA, e estima-se que cerca de 1.760 habitantes sejam contemplados pelo serviço com índice de atendimento de cerca de 100%. Conforme o Relatório de Qualidade da Água (2018), o Sistema de Abastecimento de Água do Distrito começou a ser operado pela COPASA em 1986.

A captação de água bruta é feita por meio de três poços tubulares profundos, C02, C03 e C08, com profundidade média entre 70 e 80 m. Segundo a Atualização do PMSB 2018, existem ainda poços profundos e uma captação em manancial de superfície, em barragem no Ribeirão das Pedras, que no momento estão desativados.

O croqui a seguir ilustra esquematicamente a situação atual do sistema de abastecimento de água no distrito de Vila Pereira:

66 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

Fonte: ANA (Adaptado conforme Visita Técnica)

 Captação

De acordo com a Atualização do PMSB (2018), a captação de água bruta nos dois poços tubulares profundos, C02 e C08 apresenta vazões das bombas submersas de 1,4 e 1,9 l/s respectivamente, e conforme a visita técnica 1,0 a 1,2 l/s no poço C02 e 1,6 l/s no poço CO8. Durante a visita técnica verificou-se a existência de um poço C03 em operação localizado na Fazenda Dr. Oscar, com vazão de 1,2 a 1,9 l/s. A tabela seguir traz os dados de forma detalhada:

POÇO VAZÃO (PMSB) – l/s Vazão (Visita Técnica) – l/s C02 1,4 1,0 a 1,2 C03 - 1,2 a 1,9 C08 1,9 1,6

Poço C02 – Fonte: Visita Técnica 67 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

Poços C03 e C08 – Fonte: Visita Técnica

 Adutoras Água Bruta e Tratada

Ainda segundo o PMSB (Atualização 2018), existem duas adutoras de água bruta subterrânea – CO8 e CO2.

As adutoras possuem extensão de 1000 m e 600 m, tubulação de FoFo que interligam os poços a ETA, conforme dados a seguir:

ADUTORA DE ÁGUA BRUTA SUBTERRÂNEA - C 08 Coordenada Inicial 17º58'48.76"S; 40º45'18,87"O Altitude Inicial 286 m Coordenada Final 17º58'53,50"S; 40º45'15,74"O Altitude Final 344 m Material da tubulação DEFOFO Diâmetro 75 mm Extensão 1 km Diferença de cota entre extremidades 138 m ADUTORA DE ÁGUA BRUTA SUBTERRÂNEA - C 02 Coordenada Inicial 17º59'2.70"S; 40º45'30.39O Altitude Inicial 286 m Coordenada Final 17º58'53,50"S; 40º45'15,74"O Altitude Final 344 m Material da tubulação DEFOFO Diâmetro 100 mm Extensão 600 m Diferença de cota entre extremidades 128 m Fonte: Atualização PMSB (2018) - Adaptado 68 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

Conforme visita técnica, verificou-se a existência de uma adutora de água bruta que parte do Poço CO3 até a ETA com extensão de 1,5 km no diâmetro de 150 mm em DEFOFO. O sistema de abastecimento possui também uma adutora de água tratada que abastece o distrito de Vila Pereira por gravidade e seu material é em DEFOFO com 200 m de extensão, conforme detalhado no quadro a seguir:

ADUÇÃO DE ÁGUA TRATADA Coordenada Inicial 17º58'53.47"S; 40º45'15,91"O Altitude 344 m Material da tubulação DEFOFO Diâmetro 150 mm Extensão 200 m Tipo de Escoamento Gravidade Fonte: Atualização PMSB (2018) - Adaptado

 Estação de Tratamento de Água

Segundo o PMSB – Atualização 2018, a estação de tratamento de água é do tipo convencional construída em fibra reforçada de plástico (FRP), com mistura rápida, floculador hidráulico de bandejas com 4 câmaras, 1 decantador de alta taxa com colmeias, possui 5 filtros autolaváveis de fluxo descendente, cujo sistema de lavagem é do tipo 3 lavam 1 e um laboratório de controle e qualidade da água.

De acordo com visita técnica, conforme informação do operador local, a ETA possui capacidade nominal de 11,0 l/s, uma média anual de 3,4 l/s e atualmente opera com 3,1 l/s, com período médio de funcionamento de 14 a 18 horas.

Vista Geral da ETA e Calha Parshall - Fonte: Atualização PMSB (2018)

69 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

 EEAT

Conforme visita técnica existe uma Elevatória na Vila que serve para abastecer casas do conjunto habitacional e cemitério.

Vista externa da elevatória - Fonte: Visita Técnica

 Reservatório

Após tratamento, a água é armazenada em um reservatório de distribuição, apoiado de concreto armado com capacidade de 160 m³ onde é realizado também a cloração.

Fonte: Visita Técnica 70 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

Nota-se indícios de vazamentos e infiltrações no reservatório, necessitando de reparo imediato.

 Redes de Água, Ligações e Hidrometração

Segundo o PMSB – Atualização (2018), a rede de distribuição possui uma extensão total de 6.257 m e seu material é em PVC com uma variação de diâmetros conforme o quadro a seguir:

REDE DE DISTRIBUIÇÃO DIÂMETRO (mm) EXTENSÃO (m) MATERIAL 32 2.807 PVC 50 2.100 PVC 75 1.025 PVC 100 325 PVC Fonte: PMSB – Atualização (2018) - Adaptado

Segundo o PMSB – Atualização (2018), o distrito possui 630 ligações, sendo 563 ativas. Entretanto, conforme visita técnica, atualmente existem um total de 564 ligações.

A Imagem a seguir mostra a localização das unidades existentes no Distrito de Vila Pereira.

Localização da Captação e ETA – Fonte: Google Earth/Visita Técnica

71 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

Localização de Elevatória e Reservatório – Fonte: Google Earth/Visita Técnica

IV.3.2.1. Distrito de Vila Gabriel Passos Conforme PMSB – Atualização 2018, o sistema de abastecimento de água do distrito de Vila Gabriel Passos, é composto de captação em manancial de superfície, adutora de água bruta, estação de tratamento de água, reservatório de contato, reservatório de distribuição, estação elevatória de água tratada, adutora de água tratada, rede de distribuição e ligações prediais.

De acordo com Relatório de Qualidade da Água (2018) da COPASA, o sistema de abastecimento de água de Gabriel Passos, começou a ser operado em 2007. Utiliza de captação superficial por meio de balsa no Rio Pampã. A Estação de Tratamento (ETA), é do tipo convencional, purifica água por meio dos processos de coagulação, floculação, decantação, filtração, desinfecção e fluoretação. O sistema produz em média 110 mil litros de água tratada por dia.

Estima-se uma população atendida de 1.540 habitantes, contemplada pelo serviço com índice de atendimento de cerca de 100%.

 Captação

Conforme dados levantados em campo pela equipe técnica e de acordo com o PMSB – Atualização 2018, a captação de água bruta no Distrito de Vila Gabriel Passos é realizada através duas etapas: 72 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

i. a primeira etapa se dá por meio de uma balsa flutuante no Rio Pampã com um conjunto motobomba centrífuga de eixo horizontal (Q = 3,5 l/s), que recalca até o poço de sucção da EEAB principal; ii. a segunda etapa é a EEAB principal, compostos por dois conjuntos motobombas centrifugas de eixo horizontal com capacidade de Q = 6,0 l/s, mas trabalham com Q = 3,5 l/s, alternadando entre si.

Conforme visita técnica, a vazão máxima de captação é de 5,5 l/s sendo que a vazão utilizada é de aproximadamente 3,0 l/s, com operação média em torno de 12 hs/dia.

Fonte: Atualização PMSB (2018)

 Adutoras de Água Bruta e Tratada

Ainda segundo o PMSB (Atualização 2018), há no distrito uma adutora de água bruta e uma adutora de água tratada, sendo que a adutora de água bruta possui aproximadamente 18 km de extensão e sua tubulação de chegada na ETA é em FoFo DN 100 mm de acordo com informações do operador.

O quadro a seguir sintetiza as informações obtidas em visita técnica:

ADUÇÃO DE ÁGUA BRUTA Comprimento Aproximadamente 18 km Diâmetro DN 150 e DN 100 Material DEFOFO e Ferro Fundido Tipo de Adução Recalque Fonte: Atualização PMSB (2018) - Adaptado

73 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

Chegada de Água Bruta na Torre de Tomada D’Água - Fonte: Atualização PMSB (2018)

Dados da Adutora de Água Tratada estão disponíveis no quadro a seguir:

ADUÇÃO DE ÁGUA TRATADA

17º33'40.42"S; Coordenada Inicial 40º31'39.44"O Material FoFo e PVC Altitude 280 m Diâmetro 100 mm Tipo de Escoamento Gravidade Fonte: Atualização PMSB (2018) - Adaptado

 Estação de Tratamento de Água

Segundo o PMSB – Atualização 2018, a estação de tratamento de água é do tipo convencional construída em fibra reforçada de plástico (FRP), com mistura rápida, floculador hidráulico de bandejas com 3 câmaras, dois decantadores de alta taxa com colmeias, possui 4 filtros autolaváveis de fluxo descendente, cujo sistema de lavagem é do tipo 3 lavam 1 e laboratório de controle e qualidade da água. Conforme visita técnica, a capacidade nominal da ETA é de 5,5 l/s e operando atualmente com cerca de 3,0 l/s, com operação média em torno de 12 hs/dia.

Conforme dados levantados em campo pela equipe técnica, a ETA é do tipo convencional feita em Fibra Reforçada de Plástico (FRP) e o seu tratamento físico químico. A água é captada no Rio Pampã e chega na ETA através da calha Parshall, onde é feita uma medição de vazão do tipo régua. Ainda na calha é adicionado como coagulante o sulfato de alumínio. Possui 03 (três) floculadores verticais, porém com apenas 02 (dois) em funcionamento. Na sequência, a água chega ao decantador, onde recebe a adição de soda cáustica para 74 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

correção do pH. Em seguida, passa pelo processo de filtração, distribuído para 04 (quatro) filtros autolaváveis de fluxo descendente. Após a filtração, ocorre a adição de flúor (ácido fluossilícico) e cloro (hypocal). Após conclusão do tratamento, a água é armazenada no reservatório de contato, com capacidade de 10 m³, para melhor homogeneização do cloro e flúor na água potável.

Visão Geral da ETA – Fonte: Visita Técnica

Visão geral da ETA – Fonte: Visita Técnica

Na calha Parshall é dosado sulfato de alumínio seguindo para os floculadores hidráulicos de bandeja de fluxo vertical.

75 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

Calha Parshall Fonte: Atualização PMSB (2018)

Decantador de alta taxa com colmeias, na saída de água decantada é realizada a dosagem de soda a frio para controle de pH (informações obtidas do operador). Filtros rápidos de fluxo descendente autolaváveis.

Decantador e Filtros Rápidos - Fonte: Atualização PMSB (2018)

 Estações Elevatórias de Água

A EEAT existente está próxima ao reservatório de recolhimento de água filtrada e dosagem de cloro, recalca água por meio de dois conjuntos motobombas monobloco até o reservatório elevado de distribuição. Com vazão de 14,74 m³/h (4,09 l/s) e potência de 3 cv.

76 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

Fonte: Atualização PMSB (2018)

 Reservatório

Segundo o PMSB – Atualização 2018, o reservatório de recolhimento de água filtrada, e também de dosagem de cloro, tem capacidade de 10 m³ em fibra de vidro apoiado. O reservatório de distribuição é elevado com altura nominal de 7,20 m, capacidade 100 m³ e metálico. O quadro a seguir traz maiores detalhes:

Fonte: Atualização PMSB (2018)

77 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

Fonte: Atualização PMSB (2018)

Fonte: Visita Técnica

 Redes de Água, Ligações e Hidrometração

Segundo o PMSB – Atualização (2018), a rede de distribuição possui uma extensão total de 6.250 m e seu material é em PVC e varia de 32 a 75 mm.

78 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

Fonte: Atualização PMSB (2018)

Conforme visita técnica, atualmente existem um total de 780 ligações sendo 614 ativas.

A Imagem a seguir mostra a localização das unidades existentes no Distrito de Vila Gabriel Passos.

Localização das Unidades da Vila Gabriel Passos - Fonte: Visita Técnica/Google Earth

IV.4. ESTUDOS E PROJETOS EXISTENTES Conforme consulta ao PMSB e informações coletadas na visita não foram identificados projetos/investimentos previstos. 79 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

IV.5. AVALIAÇÃO CRÍTICA DO SISTEMA EXISTENTE

IV.5.1. Considerações Embora o Índice de atendimento urbano de água na área objeto deste estudo seja de aproximadamente 95%, conforme dados levantados na visita técnica, o sistema de abastecimento do município de Nanuque deve ser reavaliado e melhorado.

Redes existentes em cimento amianto podem estar contribuindo para a ocorrência de perdas no sistema estimadas em cerca de 35% (SNIS 2017) indicando a possibilidade de existência de vazamentos e ligações clandestinas na rede de distribuição de água, que devem ser verificadas e substituídas.

IV.5.2. Avaliações Específicas Para a área objeto deste estudo, ou seja, as áreas urbanas da Sede e dos Distritos de Vila Pereira e Vila Gabriel Passos, foram identificados diversos pontos de intervenção e melhoria extraídos de relatórios do próprio PMSB, que em sua maioria foram analisados e consolidados pela equipe da visita técnica.

Tais inconformidades estão elencadas a seguir:

Distrito Sede

As imagens a seguir ilustram as incoformidades apontadas no Relatório de Fiscalização da ARSAE (2017):

Conjunto motobomba danificado – Fonte: Relatório ARSAE (2017)

80 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

Ausência de bomba reserva – Fonte: Relatório ARSAE (2017)

Tubo de revestimento em avançado processo de corrosão e sem tampa – Fonte: Relatório ARSAE (2017)

Ausência de bomba reserva – Fonte: Relatório Fiscalização ARSAE (2017)

81 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

Tubo de revestimento sem tampa, propiciando contaminações – Mato alto propiciando proliferação de doenças e animais peçonhentos – Fonte: Relatório Fiscalização ARSAE (2017)

As incoformidades listadas a seguir foram identificadas durante visita técnica ao município: a) Captação:

 Captação com estrutura deteriorada, apresentando riscos para a população;  Vegetação alta na área de captação, necessitando de capina e propiciando proliferação de doenças e animais peçonhentos.  Comunicação visual deficiente, em desacordo com a NR-26 do Ministério do Trabalho;  Necessidade de melhorias na pavimentação e urbanização;  Pintura, limpeza e cercamento deficientes.

Captação de água no Rio Mucuri – Fonte: Visita Técnica

82 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

Captação de água no Rio Mucuri – Fonte: Visita Técnica

Captação de água no Rio Mucuri – Fonte: Visita Técnica

83 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

Captação com estrutura precária – Fonte: Visita Técnica

b) Estação de Tratamento de Água (ETA):

 Acomodação inadequada de materiais na ETA, gerando desperdício de recursos públicos.  Estrutura necessitando de reparos, calçamento deteriorado e andaime em desobiência com a NR 18 do Ministério do Trabalho, podendo ocasionar acidentes envolvendo operadores.

84 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

Acomodação inadequada – Fonte: Visita Técnica

 Tampas danificadas e/ou ausente, estrutura com ferragem aparente e indícios de danos estruturais, possibilitando o acúmulo de água e entrada de animais e contaminantes, em desacordo com o Art. 5.13 da NBR 12.217/1994.

Tampas inadequadas – Fonte: Visita Técnica  Acondicionamento incorreto de materiais, calçamento deteriorado e tubulação oxidada.

85 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

Materiais ao relento na ETA– Fonte: Visita Técnica

Materiais ao relento na ETA – Fonte: Visita Técnica

86 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

Materiais ao relento – Fonte: Visita Técnica

Materiais danificados expostos ao relento na ETA – Fonte: Visita Técnica

87 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

 Estrutura deteriorada, com parede necessitando de reparos e tubulações passando junto ao piso, propiciando a ocorrência de acidentes e gerando um ambiente de trabalho inadequado.

Fonte: Visita Técnica

 Instalações elétricas com fios soltos e desencapados, possibilitando a ocorrência de acidentes e danos aos equipamentos e contrariando a NR 12 do Ministério do Trabalho.

Fiação aparente, fora dos padrões exigidos pela norma vigente. Parede e teto com necessidade de reforma – Fonte: Visita Técnica 88 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

Acomodação de cilindros em local com fiação exposta – Fonte: Vista Técnica

 Estrutura de dosagem instalada de maneira inadequada, contrariando a NBR 12.216/1992 e o Art. 5.15 da NBR 12.216/1992, gerando riscos de contaminação da água e de eventuais doenças.

Estruturas de dosagem inadequadas – ETA - Fonte: Visita Técnica

89 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

Estruturas de dosagem inadequadas – ETA - Fonte: Visita Técnica

 Estrutura externa necessitando de reparos, pintura, substituição de esquadrias e telhado. Indícios de falta de manutenção e deterioração de um bem público.

Estrutura externa deteriorada – Fonte: Visita Técnica

90 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

Estrutura deteriorada – ETA - Fonte: Visita Técnica

 Armazenagem inadequada de materiais, contrariando ao Art. 5.15 da NBR 12.216/1992 e propiciando danos ao material estocado com consequente desperdício de recurso público.

Estocagem inadequada na ETA– Fonte: Visita Técnica 91 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

c) Estações Elevatórias de Água Tratada (EEAT):

 EEAT Zarur com reservatório aparentando vazamento e infiltração, em desacordo com o Art. 2º da Lei Federal 11.445/2007, gerando perda de água tratada;  Estrutura deteriorada na EEAT Zarur, com ferragem aparente, portão aparentemente oxidado, havendo necessidade de reparos e manutenção de forma a atender à ABNT NBR 15575-2/2013;  Comunicação visual deficiente, com placas ilegíveis em desacordo com a NR-26 do Ministério do Trabalho;  Cercamento deficiente, em desacordo com o Art. 2º da Lei Federal 11.445/2007, possibilitando o acesso de pessoas não autorizadas e colocando o abastecimento em risco.

Sinais de vazamentos no reservatório, estrutura deteriorada apresentando trincas e fissuras e portão necessitando de reparos – EEAT Zarur – Fonte: Visita Técnica

EEAT Zarur – Fonte: Visita Técnica 92 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

d) Reservatórios:

 Reservatório no bairro Espirito Santo necessitando de manutenção, com lixo exposto ao lado do muro, gerando transmissão de doenças e proliferação de animais;  Muro com indícios de danos e de acesso de pessoas não autorizadas, contrariando ao Art. 5.16.8 da NBR 12.217/1994.

Reservatório do bairro Espírito Santo – Fonte: Visita Técnica

Reservatório do bairro Espírito Santo – Fonte: Visita Técnica

93 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

Tubulações expostas ao relento já sem condições de uso e estrutura de suporte do reservatório deteriorada – Bairro Israel Pinheiro / Jardim das Acácias Fonte: Visita Técnica

 Reservatório do Bairro UDR com comunicação visual deficiente, em desacordo com a NR-26 do Ministério do Trabalho;  Portão e cercamento deteriorado necessitando de raparo, de modo a atender ao Art. 2º da Lei Federal 11.445/2007;  Índicios de vazamento, contrariando ao diposto no Art. 2º da Lei Federal 11.445/2007.

Reservatório UDR – Fonte: Visita Técnica

94 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

Reservatório UDR – Fonte: Visita Técnica

 Reservatório do Bairro Israel Pinheiro com indícios de vazamento e infiltração, prejudicando a qualidade do abastecimento de água para a população e em desacordo com o Art. 2º da Lei Federal 11.445/2007.

Reservatório Bairro Israel Pinheiro – Fonte: Visita Técnica

95 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

 Reservatório do Bairro Vila Nova com sinais de infiltração e vazamentos aparentes, necessitando de adequações de forma a atender ao Art. 2º da Lei Federal 11.445/2007  Necessidade de melhorias estruturais, de forma a atender a NBR 15575-2/2013.

Reservatório Bairro Vila Nova – Fonte: Visita Técnica

 Reservatório do Bairro Bela Vista com indícios de oxidação da estrutura e sem tampa de inspeção, contrariando ao disposto no Art. 5.13 da NBR 12.217/1994.

96 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

Sinais de oxidação – Fonte: Visita Técnica

Tampamento inadequado – Fonte: Visita Técnica 97 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

e) Incoformidades Gerais:

 Necessidade de melhorias na ETA para garantir sua capacidade nominal de produção, para atendimento das Sedes de Nanuque e Serra dos Aimorés;  Reformas e melhorias nas demais unidades do sistema;  Conforme Atualização do PMSB 2018 – “Como o material técnico solicitado, para a realização dos estudos da necessidade ou não de ampliação e/ou complementação das redes de distribuição existentes não nos foi apresentado, buscamos levantar dados e informações com os funcionários da COPASA/Nanuque, que por vez, souberam nos passar apenas informação de que aproximadamente 60% de toda a rede de distribuição da cidade existente é em cimento amianto com diâmetros variados. Diante do exposto, nos leva a concluir ser de extrema necessidade a substituição de todos os trechos da rede com as tubulações de cimento amianto para atendimento da legislação e norma vigentes”;  Necessidade de melhoria, reforma e ampliação do laboratório de controle e qualidade da água, de modo a atender à NBR 13035/1993 e ao Art. 5.20 da NBR 12.216/1992;  Reformas e melhorias nos reservatórios para garantir sua capacidade total de armazenamento de água;  Conforme relatório da ARSAE (maio 2017) faltam algumas bombas reservas, em desacordo com o Art. 5.3.2 da NBR 12.214/1992.

Distrito de Vila Pereira

As seguintes incoformidades foram indentificadas durante visita técnica no Distrito de Vila Pereira: a) Captação:  Presença de vegetação necessitando de poda na área da captação, propiciando a proliferação de doenças, animais peçonhentos e contaminação da água.

Poço C02 – Fonte: Visita Técnica 98 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

Poço C02 – Fonte: Visita Técnica  Tampa danificada, causando a possibilidade da entrada de animais e contaminação da água – Poço C05.

Poço C05 – Fonte: Visita Técnica

99 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

 Poço C03 apresentando sinais de oxidação, prejudicando a qualidade da operação e da água distribuída.

Poço C03 – Fonte: Visita Técnica

b) Estação de Tratamento de Água (ETA):

 Estrutura da ETA sofrendo com desgaste e oxidação dos materiais, podendo gerar contaminação de água e até eventual interrupção do abastecimento.

ETA Vila Pereira – Fonte: Visita Técnica

100 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

ETA Vila Pereira – Fonte: Visita Técnica

 Estrutura oxidada e fiação aparente, contrariando as NR 12 do Ministério do Trabalho.

ETA Serra dos Aimorés – Fonte: Visita Técnica 101 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

c) Estação Elevatória de Água Tratada (EEAT):

 Estrutura da elevatória com indícios de problemas estruturais, necessitando de reparos de forma a atender a NBR 15.575-2/2013.

EEAT Vila Pereira – Fonte: Visita Técnica d) Reservatório:

 Reservatório da ETA com sinais de infiltração, necessitando de adequações de modo a atender ao Art. 2º da Lei Federal 11.445/2007.

ETA Vila Pereira – Fonte: Visita Técnica 102 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

e) Incoformidades Gerais:

 Verificação nas redes de distribuição;  Necessidade de melhorias das unidades físicas e equipamentos;  Durante visita técnica realizada em setembro de 2019, foi relatado por moradores do Distrito um problema no abastecimento de água que interrompeu o abastecimento por 30 dias;  Ainda segundo os moradores, é comum haver interrupção no abastecimento durante a noite;  Bombas necessitando reparos e substituição;  Fiação exposta gerando risco de choque elétrico;  Tubulações expostas e fora dos padrões;  Oxidação de válvulas e registros;  Estrutura deteriorada em várias instalações.

Distrito de Vila Gabriel Passos

As seguintes inconformidades foram constatadas durante visita técnica ao Distrito de Vila Gabriel Passos: a) Estação de Tratamento de Água (ETA):

 Tubulação instalada de forma inadequada e tubulações apresentando sinais de oxidação na ETA.

ETA – Vila Gabriel Passos – Fonte: Visita Técnica

103 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

 Reservatórios com estado de conservação inadequado, parede com sinais de infiltrações.

ETA – Vila Gabriel Passos - Fonte: Visita Técnica

 Estrutura com indícios de dados, guarda corpo e escada instalados de forma inadequado, contrariando ao Art. 5.21.1 da NBR 12.216/1992.

Oxidação da estrutura, guarda corpo fora de padrão, escada com estrutura deteriorada – ETA - Fonte: Visita Técnica 104 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

ETA Vila Gabriel Passos – Fonte: Visita Técnica

 Estrutura aperentemente oxidada e tubulação instalada de forma inadequada.

ETA – Fonte: Visita Técnica

105 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

 Comunicação visual deficiente, em desacordo com a NR-26 do Ministério do Trabalho:

ETA – Fonte: Visita Técnica

 Necessidade de pavimentação e urbanização na área da ETA, de modo a facilitar o acesso pelos operadores:

ETA – Fonte: Visita Técnica

106 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

ETA – Fonte: Visita Técnica b) Estação Elevatória de Água Tratada (EEAT):  Estação Elevatória de Água Tratada (EEAT) com acondicionamento de materiais de forma inadequada, necessitando de melhorias e reformas, conforme imagens a seguir:

107 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

Acondicionamento inadequado de material adquirido com dinheiro público, tubulação necessitando de substituição, piso inadequado – EEAT - Fonte: Visita Técnica

 Bombas e tubulações aparentemente desgastadas, necessitando adequações:

EEAT – Fonte: Visita Técnica

108 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

Bombas necessitando de troca– Fonte: Visita Técnica

c) Reservatórios:  Tubulação exposta sem fixação adequada;  Ausência de para-raio, como preconiza o Art. 5.16.7 da NBR 12.217/1994;  Indícios de oxidação e infiltrações na estrutura, em desacordo com a 11.445/2007.

109 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

Reservatório de Distribuição – Fonte: Visita Técnica

Reservatório de Distribuição – Fonte: Visita Técnica

110 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

d) Incoformidades Gerais:

 Melhorias e reformas nas unidades existentes;  A casa de bombas da EEAT é utilizada também como depósito e todo movimento de limpeza e manutenção da ETA causa alagamento no local;  Destinação melhor e mais adequado ao efluente de lavagem dos filtros, decantador e floculadores, uma vez que, conforme informação do operador local, a descarga é realizada dentro da área da estação;  Falta de limpeza e organização da ETA;  Conforme relatório da ARSAE (maio 2017) faltam algumas bombas reservas (Art. 5.3.2 da NBR 12.214/1992);  Conforme dados obtidos na visita técnica, a captação não possui gerador de energia, sendo comum a falta de energia no local gerando interrupções no abastecimento.

Em resumo, existe a necessidade de melhoria no sistema de abastecimento de água existente nas áreas urbanas da Sede e dos distritos de Vila Gabriel Passos e Vila Pereira, por parte da Concessionária, áreas estas objeto deste estudo.

111 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

V. DIAGNÓSTICO DOS SISTEMAS DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO

V.1. CARACTERÍSTICAS GERAIS DA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS É apresentada, nos itens a seguir, a caracterização geral dos serviços de esgotamento sanitário do município de Nanuque com base na situação atual dos sistemas em operação, identificada a partir de dados levantados da Atualização do PMSB (2018), junto aos servidores da Prefeitura Municipal, visitas in loco e consulta a publicações de fontes públicas, científicas e junto aos próprios prestadores dos serviços.

Ainda conforme a Atualização do PMSB 2018, o sistema de esgotamento sanitário possui 54.487 m de redes coletoras, sendo parte em manilhas cerâmicas e parte em tubos de PVC. Existem também 10.923 m de galerias de águas pluviais que são utilizadas para lançamento do efluente de parte da rede coletora, bem como a coleta direta de esgoto de parte das ligações domiciliares existentes, porém, há uma parte delas que lança in natura no Rio Mucuri.

Atualmente o sistema possui em funcionamento quatro EEEB’s que foram finalizadas na 1ª etapa do Sistema de Esgotamento Sanitário de Nanuque e que recalcam 7,57 l/s até a ETE. O projeto de universalização do sistema prevê a construção de mais oito EEEB’s, totalizando doze estações para o distrito Sede.

V.2. CONDIÇÕES DOS CORPOS RECEPTORES E MONITORAMENTO DA QUALIDADE DAS ÁGUAS De acordo com estimativas constantes do Atlas do Esgotamento Sanitário (ANA, 2015), o município de Nanuque gera 44,1 l/s, de esgoto, uma carga DBO de 2.037,3 kg/dia e lança nos corpos receptores cerca de 2.033 kg/dia, conforme diagrama a seguir:

Fonte: ANA (2015) 112 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

Cabe observar que após 2015 houve a implantação da ETE da Sede, iniciando-se o tratamento dos esgotos coletados.

V.3 SISTEMA EXISTENTE

V.3.1. Distrito Sede Conforme já citado anteriormente, o sistema de esgotamento sanitário da sede é operado pela estatal COPASA/Nanuque e foi dividido em duas etapas de construção, a primeira encontra- se construída, em carga e atende parte da cidade localizada à margem direita do Rio Mucuri, a segunda encontra-se com contrato válido, porém com a obra paralisada e quando implantado contemplará o restante da Sede.

 Rede Coletora:

Segundo o SNIS 2017, a rede coletora possui 64,47 km de extensão e 10.900 ligações totais de esgoto.

Conforme Atualização do PMSB 2018, a rede coletora de esgoto possui 54.487 m de extensão, sendo parte em manilhas cerâmicas e parte em tubos de PVC.

Ainda conforme o Plano, existem 10.923 m de redes coletoras integradas com redes de águas pluviais. O plano de investimentos levará em conta a separação destas redes, conforme princípio de redes coletoras do tipo separador absoluto. Ao todo, o sistema possui 10.903 ligações domiciliares operando.

Entretanto, conforme Projeto de Ampliação, levantamentos realizados durante visita técnica e considerando ainda o crescimento de bairros não contemplados pelo projeto, como por exemplo o Condomínio Terrari, Condomínio Jardim Amendoeiras e Condomínio Boulevard, constatou-se a existência de cerca de 131,4 km de rede de esgoto.

 Interceptores:

Cabe destacar que, durante visita em campo, a equipe técnica identificou a existência de interceptores em alguns pontos da rede existente, porém vários dos interceptores construídos encontravam-se secos, sem interligação, como por exemplo nos bairros Israel Pinheiro, UDR I, UDR II, etc. Outros locais necessitam de implantação do mesmo para evitar lançamentos in natura.

 Estações Elevatórias de Esgoto:

Atualmente o sistema possui em funcionamento quatro EEEB’s que foram finalizadas na 1ª etapa e que recalcam 7,57 l/s até a ETE, sendo:

113 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

 EEEB Final

O quadro a seguir mostra as informações da EEEB Final.

Fonte: PMSB – Atualização 2018

EEEB Final – Fonte: PMSB – Atualização (2018)

114 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

EEEB Final – Fonte: Visita Técnica

 EEEB MD04

O quadro a seguir mostra as informações da EEEB MD04:

Fonte: PMSB – Atualização 2018

115 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

EEEB MD 04 – Fonte: Visita Técnica

 EEEB MD03

O quadro a seguir mostra as informações da EEEB MD03:

Fonte: PMSB – Atualização 2018

EEEB MD 03 – Fonte: PMSB – Atualização (2018) 116 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

EEEB MD 03 – Fonte: Visita Técnica

 EEEB Vila Nova O quadro a seguir mostra as informações da EEEB Vila Nova:

Fonte: PMSB – Atualização 2018

117 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

EEEB Vila Nova – Fonte: Visita Técnica

EEEB Vila Nova – Fonte: Atualização PMSB (2018)

 Estação de Tratamento de Esgoto:

Conforme PMSB – Atualização 2018, o pré tratamento é composto por duas caixas de areia em série com duplo canal de sedimentação, gradeamento com espaçamentos diferenciados para a retenção de sólidos grosseiros.

A ETE projetada é do tipo reator UASB, biofiltro aerado, decantador secundário e leito de secagem, para uma vazão final de 35 l/s. Foi construída na 1ª etapa somente o reator UASB

118 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

e leito de secagem, que se encontra em carga e opera atualmente com uma vazão de 7,57 l/s.

O reator é composto de 3 câmaras independentes e 1 queimador de gás. O leito de secagem possui 3 câmaras de desidratação de lodo.

O lançamento do efluente tratado é na margem esquerda do Rio Mucuri e o controle da qualidade da água do rio no ponto do lançamento é realizado no laboratório situado na área da ETE, sendo coletado as amostras a 500 m a montante e a jusante do ponto de lançamento.

Imagem Aérea da ETE – Fonte: Visita Técnica

Imagens da ETE – Fonte: Visita Técnica

119 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

Imagens da ETE – Fonte: Atualização PMSB (2018)

A imagem a seguir mostra a localização da ETE.

Localização da ETE – Fonte: Google Earth Dados Atualização PMSB 2018

120 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

ETE e Emissário – Fonte: Google Earth/Visita Técnica

Longitude Latitude 40º19’66.40”O 17º50’11.95”S Fonte: Atualização PMSB 2018

A imagem a seguir ilustra o Sistema de Esgotamento Sanitário em operação na Sede.

121 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

Elevatórias de Esgoto – Fonte: Google Earth/Visita Técnica

 Emissário: Após tratamento, o efluente é lançado no Rio Mucuri, ocorrendo a depuração a 72 metros a jusante do ponto de lançamento conforme dados obtidos em campo. A rede emissária é construída em tubo Ocre e no ponto de lançamento notou-se a formação de espuma.

V.3.2. Distritos de Vila Pereira e Vila Gabriel Passos Segundo informações do próprio Edital de PMI, o esgotamento sanitário nesses distritos é realizado por fossa rudimentar, valas ou diretamente em córregos e rios.

Segundo a Atualização do PMSB (2018), ambos distritos não possuem sistema de esgotamento sanitário. As soluções adotadas são individuais utilizando fossas, redes pluviais ou lançamentos diretos em lagoa ou córregos que cortam as Vilas.

Conforme dados coletados na visita técnica, cabem as seguintes observações:

Em Vila Pereira:

 Coleta e Lançamento de Esgoto: A maioria do distrito possui rede coletora de esgoto, lançando o efluente no Ribeirão das Pedras. Os próprios moradores instalaram parte da rede coletora de esgoto

122 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

existente (com apoio da prefeitura). O restante da rede foi instalada pela COPASA. As redes coletoras possuem pontos de ligação de águas pluviais. Uma parcela muito pequena do distrito utiliza fossa sem acompanhamento técnico na construção e operação da mesma.

Em Vila Gabriel Passos:

 Coleta e Lançamento de Esgoto: Segundo operador e diversos moradores, verificou-se que a maioria das ruas possuem rede de coleta de esgoto integrada à rede pluvial. O corpo receptor do efluente coletado é uma fazenda particular localizada no ponto mais baixo do distrito. Ainda segundo moradores, existe uma parcela pequena que utiliza fossas rudimentares (sem utilização de caminhão sugador);

V.4. ESTUDOS E PROJETOS EXISTENTES Conforme a Atualização do PMSB (2018) e informações coletadas na visita técnica, foi identificado o projeto de Ampliação do Sistema de Esgotamento Sanitário da Sede de Nanuque/MG – segunda etapa, através de um convenio firmado entre a Prefeitura e a FUNASA, no valor total de R$ 15.794.887,40 com início em 12/04/2017 e término previsto para 02/04/2019 sendo o valor executado até a oitava medição de R$ 2.327.212,63. Este projeto/investimento encontra-se paralisado com uma pequena parte concluída, conforme consta em planilha apresentada na Atualização do PMSB (2018).

Fonte: Visita Técnica (setembro 2019)

123 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

Conforme dados obtidos em visita técnica, desde a conclusão da 1ª etapa das obras do Sistema de Esgotamento Sanitário, o município integralizou aproximados 130 km de redes coletoras de esgoto. Conforme os projetos executivos da FUNASA, estão previstos mais cerca de 40,4 km, entre redes coletoras e interceptores na 2ª etapa de Ampliação do SES, conforme imagem a seguir:

Fonte: Visita Técnica

Devido ao crescimento urbano do município, alguns bairros e condomínios não foram contemplados pelo referido projeto. Entretanto as soluções de atendimento dos mesmos foram consideradas no presente estudo.

Além das redes já citadas, há previsão de implantação de outras oito elevatórias com seus respectivos recalques (sendo que duas já estão em construção), conforme imagem a seguir:

124 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

Fonte: Google Earth/Visita Técnica

V.5. AVALIAÇÃO CRÍTICA DO SISTEMA EXISTENTE A inexistência de um sistema completo de coleta de esgotos sanitários sujeita a população a viver em condições insalubres e com a possibilidade real de ter sua saúde comprometida por doenças de veiculação hídrica. O lançamento de esgoto em fossas, na rede pluvial ou à céu aberto contribuem para a deterioração da qualidade da água dos corpos hídricos. No município, devido ao baixo índice de atendimento, existe a necessidade de complementação do sistema de esgotamento sanitário na Sede. Nos distritos de Vila Pereira e Vila Gabriel Passos, também objeto deste estudo, há necessidade de implantação de um sistema completo de esgotamento sanitário.

Na Atualização do PMSB 2018, foram apontados alguns itens a serem conformados pela prestadora de serviços.

Ademais, outras inconformidades foram detectadas durante a visita técnica e a pesquisa de campo no município, durante o período de estudo.

Tais inconformidades estão elencadas a seguir:

Na Sede

 O lançamento clandestino de esgoto no município de Nanuque é um dos problemas críticos existentes;

125 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

 O PMSB – Atualização 2018 demonstra a existência de 43 (quarenta e três) pontos de lançamento de esgoto in natura, principalmente ao longo das margens do Rio Mucuri e de córregos afluentes que cortam a cidade;  Em análise mais detalhada realizada na visita técnica incluindo também os pequenos efluentes do Rio Mucuri, além dos pontos citados no PMSB – Atualização 2018, foram detectados outros pontos de lançamento de esgoto in natura que necessitam de intervenção, conforme apresentado a seguir.

A imagem a seguir representa a posição geográfica dos pontos de lançamento detectados em visita técnica:

Localização de Pontos Mapeados – Fonte: Visita Técnica

126 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

Lançamento Foto Descrição Endereço

Lançamento de esgoto em Rua , em frente L 01 tubo PVC OCRE DN 150 ao nº 601

Lançamento de esgoto em Bairro Nossa Senhora de L 02 tubo DN 100 na via pública Fátima

Lançamento de esgoto em Bairro Nossa Senhora de L 03 tubo DN 100 no córrego Fátima

Esgoto dos bairros UDR, Novo Horizonte e Israel Pinheiro passam por fazenda e deságua no córrego, escoando até o Rio Mucuri. Esgotamento das casas da L 04 Bairro Romilda Ruas Rua Almenara são lançados na rede coletora para posteriormente chegar até o Córrego através da galeria retangular em concreto armado.

Lançamento de esgoto in L 05 Bairro Israel Pinheiro natura na via pública

127 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

Lançamento Foto Descrição Endereço Lançamento de esgoto na L 06 - Bairro Alziro Zarur mata Lançamento de esgoto na Entre bairros Alziro Zarur L 07 - mata e Nak Nuk

Lançamento de esgoto in Próximo a elevatória de L 08 natura esgoto

Lançamento de esgoto na L 09 Bairro Israel Pinheiro lagoa

Lançamento de esgoto in L 10 Atrás da EEAB MD04 natura

Esgoto coletado porém Entre bairros Centro e L 11 jogado no Rio Mucuri logo Stella Matutina abaixo sem tratamento

128 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

Lançamento Foto Descrição Endereço

Lançamento de esgoto dos Mata entre bairros UDR L 12 bairros UDR 1 e UDR 2 e Jardim Novo Horizonte

Lançamento de esgoto in L 13 Bairro UDR natura

Lançamento de esgoto in L 14 Bairro UDR natura

Fonte: Visita Técnica

Como ilustração apresenta-se alguns pontos e imagens fotográficas. Outras poderão ser consultadas na Atualização do PMSB 2018.

129 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

Localização de Pontos Mapeados – Fonte: Atualização do PMSB 2018

Fotos Pontos 384 e 385

130 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

Localização de Pontos Mapeados – Fonte: Atualização do PMSB 2018

Fotos Pontos 381 e 382

131 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

Localização de Pontos Mapeados – Fonte: Atualização do PMSB 2018

Fotos Pontos 344 e 369

 Alguns dos lançamentos registrados poderiam ser evitados com a interligação das redes coletoras ao interceptor UDR;  Foi construído o interceptor dos bairros UDR 1 e UDR 2, que também intercepta parcialmente as bacias dos Bairros Jardim Novo Horizonte e Israel Pinheiro. Porém, os aproximados 1.310 metros de interceptores, construídos em DN150 e PVC Ocre (com travessia aérea em ferro fundido), encontra-se sem carga, o qual o motivo não foi entendido, uma vez que falta apenas a interligação das redes;  O interceptor supracitado encontra-se com aspecto de total abandono, sendo registrado matos e outros tipos de materiais, como até ossos de animais mortos nos seus poços de visita.

132 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

Poço de Visita com ossos – Fonte: Visita Técnica

 Para os demais lançamentos, nota-se a necessidade de término da implantação da segunda etapa do sistema de esgotamento sanitário, com a construção de redes coletoras, interceptoras, estações elevatórias de esgoto, reforma e melhorias na estação de tratamento de esgoto e ligações domiciliares;  Necessidade de realização de operação de caça esgotos e separação da rede de esgotamento sanitário da rede de drenagem;  Necessidade de melhoria no acesso à ETE, que atualmente possui indicação visual (placas) precária, contrariando ao disposto na NR-26 do Ministério do Trabalho;  Calçamento em terra e cercamento inadequado, em desacordo com o Art. 5.16.8 da NBR 12.217/1994.

133 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

Acesso a ETE – Fonte: Visita Técnica

Nos Distritos de Vila Pereira e Vila Gabriel Passos

 Inexistência de um projeto e implantação de sistema completo de esgotamento sanitário.

Nas áreas urbanas dos distritos de Vila Pereira e Vila Gabriel Passos, também objeto do presente estudo, há necessidade de um projeto, planejamento e implantação de um sistema de esgotamento sanitário com a construção de redes coletoras, interceptoras, estações elevatórias de esgoto, estações de tratamento e ligações domiciliares.

O Distrito Vila de Gabriel Passos utiliza o declive natural das suas ruas para, através de redes coletoras, lançar o efluente em uma fazenda particular, localizada no sul do Distrito.

134 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

As imagens a seguir retratam os lançamentos identificados em Vila Pereira:

Lançamento L1 e L2 em Vila Pereira – Fonte: Visita Técnica

Lançamento L3 e L4 em Vila Pereira – Fonte: Visita Técnica

135 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

As imagens a seguir retratam os lançamentos identificados em Vila Gabriel Passos:

Lançamentos L01 e L02 – Fonte: Visita Técnica

Lançamentos L03 e L04 – Fonte: Visita Técnica

Lançamentos L05 e L06 – Fonte: Visita Técnica

136 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

 Poços de visita em condições precárias, atrapalhando o tráfego e propiciando o risco de acidentes:

PV – Vila Gabriel Passos – Fonte: Visita Técnica

 Ligações conjuntas de drenagem e esgoto, contrariando a adoção recomendada do sistema separados absoluto:

Fonte: Visita Técnica 137 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

Em resumo, a sede do município possui um sistema de esgotamento sanitário construído em primeira etapa, e que necessita da implantação da segunda etapa, composta de redes coletoras, interceptoras, estações elevatórias, melhorias e ampliação na estação de tratamento já existente e extensão das ligações domiciliares de esgoto, para assim ter condições de atender a população urbana da Sede, bem como um trabalho de caça esgotos e separação do esgoto que hoje é lançado na rede de drenagem.

138 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

VI. POPULAÇÃO E DEMANDAS

VI.1. POPULAÇÃO DE PROJETO NO HORIZONTE DOS ESTUDOS O histórico populacional referente ao município envolvido neste estudo foi obtido por meio dos censos demográficos realizados pelo IBGE nos anos de 1991, 2000 e 2010 e estimativas realizadas pelo mesmo instituto de 2011 a 2019.

A partir destes dados foram estimadas as projeções de crescimento das populações e os respectivos percentuais de crescimento, conforme tabela a seguir:

2019 Cresc. Cresc. Cresc. População 2029 2039 2049 (Ano 0) (%) (%) (%) População Urbana de 37.000 37.370 1,00% 37.746 1,01% 38.126 1,01% Projeto Sede 33.700 34.040 1,01% 34.380 1,00% 34.726 1,01% Vila Pereira 1.760 1.775 0,85% 1.793 1,01% 1.813 1,12% Vila Gabriel Passos 1.540 1.555 0,97% 1.573 1,16% 1.587 0,89% Áreas não 3.750 3.790 1,07% 3.825 0,92% 3.865 1,05% Abrangidas Total do Município 40.750 41.160 1,01% 41.571 1,00% 41.991 1,01% Fonte: Estudos Técnicos

VI.2. DEMANDA DE ÁGUA Para determinação da demanda por serviços de abastecimento de água no município de Nanuque - MG, adotou-se o valor de 125 l /habitante dia, sem considerar as perdas no sistema. As perdas foram estimadas a partir do índice atual considerando-se no presente estudo a implantação de um programa de redução de perdas ao longo do período de concessão.

O consumo per capita multiplicado pela população a ser atendida (demanda) e a consideração das perdas no sistema, representa a estimativa de produção diária necessária para o seu abastecimento, considerando-se a operação do sistema durante 18 horas/dia.

Além da população residente, é importante para a determinação da demanda a estimativa da população flutuante. Conceitualmente a população flutuante é aquela que não possui residência, mas permanece por um período, em uma localidade de estudo. A população flutuante, apesar de não ser residente, também faz uso da infraestrutura e demanda serviços, como os de saneamento.

Entre outras situações pode-se citar a população flutuante sazonal, aquela que ocorre em certos períodos do ano como em localidades que recebem grande quantidade de visitantes e turistas.

139 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

Consequentemente há que se considerar aumento de demanda nessas ocasiões, em especial no verão quando ocorrem os dias de maior consumo.

No município de Nanuque, como a expectativa de população flutuante é pequena se comparada à residente e, ainda, por serem os eventos do município pontuais, essa população não será considerada. Ressalta-se que os sistemas estão planejados para operação durante 18 horas/dia. Nos eventuais períodos de maior demanda devido à população flutuante, os sistemas poderão operar até 24 horas/dia, garantindo um incremento de até 33% nos volumes produzidos.

Tabela - Projeção da população e demanda de água das localidades do Estudo – 2019 a 2049.

População Urbana Atendida Ano pelo Estudo 2019 35.315 2029 37.370 2039 37.746 2049 38.126

Demanda Total de Produção Média Demanda Demanda Demanda Atendida Atendida – Atendida – Água Soma Ano – Sede Nanuque Vila Pereira Vila Exportada (l/s) (l/s) Gabriel (l/s) Passos 2019 88,2 4,9 4,2 17,7 115,0 2029 89,1 4,6 4,1 18,5 116,3 2039 85,3 4,4 3,9 19,2 112,8 2049 81,7 4,3 3,7 20,0 109,7 Fonte: Estudos Técnicos *As vazões individualizadas constam nos estudos de população e vazão presentes no Plano de Negócio Referencial.

Com a identificação da demanda atual e futura é possível realizar-se uma análise da situação do abastecimento de água, considerando a estrutura atualmente em funcionamento e as necessidades para atendimento às populações urbanas no horizonte deste estudo.

A Tabela apresentada a seguir mostra o cenário estimado para o abastecimento de água nas localidades objeto deste estudo, a partir das demandas e estruturas instaladas, com foco no atendimento futuro de aproximadamente 100% da população.

140 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

Tabela – Análise preliminar do abastecimento Demanda Demanda atual + Capacidade futura + Reservação Produção Água nominal da água Sistemas existente Atual (l/s) Exportada ETA Exportada (m³) (2019) (l/s) (2049) – (l/s) (l/s) - (1) Sede 88,2(1) 4.300,0 (2) 81,7(1) 125,0 (2) 150,0 (2) Água Exportada 17,7(1) - 20,0(1) Vila Pereira 3,1 (3) 4,9(1) 3,1 (3) 160,0 (2) 4,3(1) Vila Gabriel 3,0 (3) 4,2(1) 3,0 (3) 110,0 (2) 3,7(1) Passos Total 131,1 115,1 156,1 4.570,0 109,7 Fonte: Estudos Técnicos (1) e Atualização do PMSB- 2018 (2) - Estimativa Visita Técnica (3)

Pode-se verificar que a estrutura instalada para o atendimento da demanda atual da Sede está apropriada, considerando um regime de funcionamento de 18 horas por dia, porém, destaca-se a necessidade de melhorias e modernização do sistema.

Nos Distritos de Vila Pereira e Vila Gabriel Passos destaca-se, além da necessidade de melhorias e modernização, a ampliação do sistema visto que a produção atual está menor que a necessária.

Concluídas as obras de melhoria e ampliação no sistema de abastecimento de água, a capacidade instalada passará a ser suficiente para garantir o abastecimento atual e futuro da população da área de projeto, em quantidade e com uma água de qualidade adequada para o consumo.

VI.3. DEMANDA NO SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO No item anterior, foi avaliada a demanda atual e futura para o abastecimento de água do município de Nanuque. A demanda de esgoto está relacionada de maneira íntima com a demanda de abastecimento de água.

A técnica utilizada para o cálculo da demanda de coleta e tratamento de esgoto baseia-se na demanda do abastecimento de água, reduzida por um “fator de retorno” da água fornecida, e chega ao sistema de esgoto sanitário e acrescida de um “coeficiente de infiltração” de outros líquidos (chuvas, lençol freático, etc.) na rede de coleta de esgoto.

Neste Estudo, adotou-se o “fator de retorno” de 80% e um “coeficiente de infiltração” estimado em 20% da vazão média, compatível com os coeficientes de infiltração estabelecidos pela Norma ABNT NBR 9.649/86. O índice de atendimento a ser alcançado tomou com referência o indicado pelo PLANSAB/2013 na região Sudeste. Apresenta-se a seguir, no quadro resumo abaixo, o resultado da vazão média de tratamento estimada de esgoto resultante de tal procedimento de cálculo.

141 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

População Total Atendida pelo Ano Estudo 2019 8.829* 2029 37.134 2039 37.507 2049 37.884 Estimativa da Vazão Média de Tratamento (l/s) 2019 12,3 2029 51,6 2039 52,1 2049 52,6 Fonte: Estudos Técnicos.

*-Atendimento de Vila Pereira e Vila Gabriel Passos não considerado nos dois primeiros anos.

OBS:As vazões individualizadas constam nos estudos de população e vazão presentes no Plano de Negócio Referencial.

A capacidade instalada da ETE da Sede é de 35 l/s. Conforme a Atualização do PMSB 2018, a ETE em ampliação (obra paralisada – 2ª etapa) poderá atingir a capacidade de 70 l/s conforme projetado. De acordo com os estudos técnicos, após a conclusão da ampliação, a ETE poderá ter a capacidade para atender a vazão média de esgoto da Sede, de 48,0 l/s em final de plano. Com relação aos outros distritos, a vazão média de tratamento de esgoto a ser atendida em final de plano é de 2,5 l/s em Vila Pereira e 2,2 l/s em Vila Gabriel Passos, conforme estudos técnicos.

142 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

VII. DIAGNÓSTICO DOS ASPECTOS ADMINISTRATIVOS E COMERCIAIS EXISTENTES

VII.1. ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA E FUNCIONAL

VII.1.1. Organograma

A Companhia de Saneamento de Minas Gerais - COPASA MG, sociedade de economia mista por ações, de capital autorizado, sob controle acionário do Estado de Minas Gerais, constituída nos termos da Lei nº 2.842, de 5 de julho de 1963, tem como competência planejar, executar, ampliar, remodelar e explorar serviços públicos de saneamento básico, com vistas a contribuir para o bem estar social e para a melhoria da qualidade de vida da população, opera o sistema de água e esgotamento sanitário na Sede do município e somente o sistema de água nos distritos de Vila Pereira e Gabriel Passos.

Segundo informações constantes no site da COPASA, Nanuque pertence à Diretoria Operação Norte (DNT) através da Superintendência de Operação Jequitinhonha e Mucuri (SPJM), conforme organograma apresentado abaixo.

Fonte: Site da COPASA (Set. 2019)

De acordo com dados coletados durante a visita técnica, o sistema é operado com funcionários próprios e terceirizados, sendo 22 funcionários próprios e 35 terceirizados

Além dos funcionários administrativos e de gestão comercial, a ETA da Sede é operada por 3 (três) funcionários e estima-se que a ETE da Sede seja também operada por 3 (três) 143 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

funcionários. As ETA de Vila Pereira e Vila Gabriel Passos são operadas por 1 (um) funcionário cada.

VII.2. ESTRUTURA FÍSICA, SISTEMAS E EQUIPAMENTOS

VII.2.1. Instalações administrativas Os imóveis ocupados pela área administrativa da COPASA e os locais utilizados por esta são suficientes para o desempenho de funções administrativas.

VII.2.2. Sistemas e equipamentos A COPASA possui Sistemas Informatizados. Os equipamentos existentes basicamente se referem à área de informática, e atendem, dentro de um nível razoável a bom, as necessidades atuais.

VII.2.3. Sistema contábil e comercial Deverá ser implantado um sistema contábil e comercial capaz de atender e unificar as novas demandas que surgirão com a contratação da futura Concessionária.

VII.3. ESTRUTURA COMERCIAL

VII.3.1. Sistema tarifário O Sistema tarifário considerado como referência para o presente estudo, está resumido na tabela apresentada a seguir.

O sistema considerado tomou como referência máxima os valores praticados atualmente no município.

144 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

Tabela de Tarifas Data Base - Agosto/2019 Intervalos Tarifas de Aplicação Classe de Código Base de de Consumo Consumo Tarifário Água EDC EDT Faturamento (m³) FIXA 7,634 2,425 7,421 R$/mês 0 - 5 0,650 0,204 0,640 R$/m3 Residencial > 5 - 10 1,651 0,517 1,609 R$/m3 Tarifa ResTS > 10 - 15 3,364 1,056 3,278 R$/m3 Social > 15 - 20 4,155 1,295 4,052 R$/m3 > 20 - 40 4,817 1,484 4,705 R$/m3 > 40 7,582 2,354 7,399 R$/m3 FIXA 16,965 5,393 16,500 R$/mês 0 - 5 1,300 0,407 1,280 R$/m3 > 5 - 10 3,301 1,033 3,218 R$/m3 Residencial Res > 10 - 15 6,727 2,112 6,554 R$/m3 > 15 - 20 8,308 2,589 8,103 R$/m3 > 20 - 40 9,633 2,967 9,410 R$/m3 > 40 15,163 4,707 14,797 R$/m3 FIXA 25,433 8,080 24,745 R$/mês 0 - 5 3,279 0,980 3,211 R$/m3 > 5 - 10 4,298 1,307 4,205 R$/m3 Comercial Com > 10 - 20 8,661 2,738 8,433 R$/m3 > 20 - 40 9,925 3,136 9,663 R$/m3 > 40 - 200 10,756 3,379 10,480 R$/m3 > 200 11,912 3,725 11,615 R$/m3 FIXA 25,433 8,080 24,745 R$/mês 0 - 5 3,279 0,980 3,211 R$/m3 > 5 - 10 4,298 1,307 4,205 R$/m3 Industrial Ind > 10 - 20 8,661 2,738 8,433 R$/m3 > 20 - 40 9,925 3,136 9,663 R$/m3 > 40 - 200 10,756 3,379 10,480 R$/m3 > 200 11,912 3,725 11,615 R$/m3 FIXA 21,185 6,722 20,613 R$/mês 0 - 5 3,085 0,951 3,026 R$/m3 > 5 - 10 3,882 1,183 3,796 R$/m3 Pública Pub > 10 - 20 8,183 2,588 7,967 R$/m3 > 20 - 40 9,142 2,887 8,903 R$/m3 > 40 - 200 10,404 3,285 10,131 R$/m3 > 200 11,210 3,531 10,919 R$/m3

Tabela de Tarifas de Venda de àgua Tarifa

Volume Exportado (m3) 3,913

Tabela de Serviços Complementares (Não Tarifados) Tarifa (Somente dos Serviços Previsíveis na Proposta) Ligação / Ampliação de Ramal Predial de Água 278,25 Ligação / Ampliação de Ramal Predial de Água Para Usuário 166,60 Residencial de baixa renda e Beneficiário de Tarifa Social Ligação de Esgoto - Gratuita 0,00 Fonte: Estudos Técnicos 145 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

VII.3.2. Avaliação crítica do sistema tarifário A seguir apresenta-se uma avaliação do Sistema Tarifário apresentado para o município de Nanuque desenvolvido sob três aspectos muito importantes, a saber:  Abrangência: Por uma questão de justiça, todas as categorias de usuários devem contribuir para a viabilidade econômica do Sistema de Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário de uma Comunidade, sendo que a contribuição de cada setor deve ser proporcional à sua capacidade de pagamento, bem como proporcional aos possíveis ganhos, se for o caso, derivados da utilização do serviço público. Pode-se verificar, analisando o quadro acima, que a Tarifa da Classe Industrial é sempre maior, quando comparada com as demais classes, em todos os Sistemas apresentados, isto justifica-se tanto pelo fato de que uma indústria tem maior poder aquisitivo do que um cidadão comum ou um pequeno comércio, por exemplo, como também pelo fato de utilizar o serviço público como insumo do produto que irá comercializar, ou seja, irá usufruir de um ganho financeiro sobre o serviço prestado a ela. Outro aspecto é a Tarifa para a Classe dos prédios públicos que deve ter valores mais próximos as demais classes, evitando-se que a população subsidie o Poder Público que, em tese, deveria contribuir para a redução da tarifa a ser cobrada da população mais carente, através da melhoria da viabilidade econômica do Sistema de Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário da Comunidade que representa. A tarifa social é sempre menor pois contempla um público de menor poder aquisitivo.  Cobrança Adequada aos Serviços Prestados: A população deverá arcar com os custos tarifários relativos aos sistemas de abastecimento de água e esgoto, neste considerando a remuneração tanto pela coleta e quanto pelo tratamento adequado, para receber um serviço de qualidade e remunerar de forma sustentável o prestador de serviços públicos.  Justiça Social: O sistema tarifário deve contemplar a tarifação adequada em todas as localidades atendidas pela futura Concessionária, atendendo aos aspectos tarifários citados nesta avaliação crítica.

VII.4. AVALIAÇÃO ECONÔMICA E FINANCEIRA Conforme Atualização PMSB 2018, durante o seu desenvolvimento o Levantamento Situacional da Área Comercial ficou bastante comprometido, em função da COPASA não ter disponibilizado a maioria significativa das informações solicitadas. Segundo a empresa responsável pelo Plano, foram informados dados pontuais, e as vezes controversos, impedindo de se formular uma série histórica de pelo menos 04 (quatro) anos para que pudéssemos fazer uma análise quantitativa e, principalmente, qualitativa dos dados.

Um outro aspecto importante destacado pela empresa responsável pelo Plano é que as informações solicitadas (dados históricos e atuais), que são oriundas dos sistemas informatizados comercial e o contábil, em sua maioria significativa foram disponibilizadas em planilhas elaboradas e não por meio de arquivos magnéticos ou relatórios impressos emitidos dos sistemas informatizados. 146 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

VII.4.1. Histórico das receitas e despesas Não foi possível obter informações recentes e específicas no site da COPASA, já que seus dados são consolidados para todo o estado de Minas Gerais, não havendo detalhamento das receitas e despesas separadamente pelos municípios atendidos.

VII.4.2. Demonstrações financeiras, balanços e endividamento Da mesma maneira, pelos motivos elencados acima, não foi possível obter os dados relativos ao endividamento específico relativo aos sistemas de abastecimento de água e de coleta e tratamento do esgotamento sanitário do município.

VII.4.3. Indicadores SNIS 2017 Como referência, apresentam-se os principais indicadores comerciais, extraídos do banco de dados, relativos ao município:

Receitas e Despesas (R$) FN006 - Arrecadação total (R$/ano) 8.594.701,27 FN008 - Créditos de contas a receber (R$/ano) 1.133.653,41 Estimativa de Arrecadação Prevista 9.728.354,68 FN015 - Despesas de Exploração (DEX) (R$/ano) 7.733.366,25 FN017 - Despesas totais com os serviços (DTS) (R$/ano) 10.977.285,89 FN030 - Investimento com recursos próprios realizado pelo prestador 653.132,66 de serviços. (R$/ano) FN033 - Investimentos totais realizados pelo prestador de serviços 904.633,01 (R$/ano) IN013 - Índice de perdas faturamento (percentual) 34,99 IN029 - Índice de evasão de receitas (percentual) -2,97 Fonte: SNIS (2017)

Os dados mostram arrecadação incompatível com as despesas.

147 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

VIII. SOLUÇÕES PROPOSTAS O Procedimento de Manifestação de Interesse (“PMI”) promovido pela Prefeitura Municipal de Nanuque-MG tem como objetivo colher contribuições da iniciativa privada para a melhoria e expansão dos sistemas de abastecimento de água e de esgotamento sanitário existentes no município, através de propostas de solução em função do diagnóstico e avaliação crítica dos sistemas.

VIII.1. SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA

VIII.1.1. Objetivos gerais e específicos – Ações a serem consideradas Como objetivo geral das propostas, apresentadas nos itens subsequentes deste estudo, a melhoria da qualidade e disponibilidade no abastecimento de água do município sintetiza o objetivo principal das intervenções propostas para as áreas objeto da futura concessão.

Em resumo, as melhorias têm como objetivo principal a adequação, nas áreas urbanas da Sede e dos distritos de Vila Pereira e Vila Gabriel Passos, da oferta de água captada, a melhoria no sistema de tratamento, de acordo com a demanda existente e futura, bem como a solução de gargalos na rede de distribuição, para atendimento com qualidade e quantidade adequada a população atendida.

Não foram identificados ações e projetos significativos em andamento nem previsão para investimentos significativos no município de Nanuque.

VIII.1.2. Patamares de Universalização - Referência de metas Propõe-se que os patamares de universalização e referência para o estabelecimento de metas de Abastecimento de Água da futura concessão a serem considerados, sejam aqueles estabelecidos no Plano Nacional de Saneamento Básico (PLANSAB/2013) para a região Sudeste, destacando-se:

A2. % de domicílios urbanos abastecidos por rede de distribuição e por poço ou nascente com canalização interna:

Ano A2 2018 99% 2023 100% 2033 100% 2038 100%* Fonte: PLANSAB

148 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

A6. % do índice de perdas na distribuição de água:

Ano A6 2018 33% 2023 32% 2033 29% 2038 29%* Fonte: PLANSAB

A7. % de serviços de abastecimento de água que cobram tarifa:

Ano A7 2018 99% 2023 100% 2033 100% 2038 100%* Fonte: PLANSAB

* - Meta PLANSAB 2033

VIII.1.3. Proposição e hierarquização das intervenções identificadas

A seguir são descritas as intervenções que foram identificadas nestes estudos como necessárias ao bom funcionamento do Sistema de Abastecimento de Água.

VIII.1.3.1. Quadro resumo de intervenções no abastecimento de água

Item Descrição Un Quant 1 SEDE 1.1 Reforma e melhorias da Captação de Água Bruta vb 1 1.2 Modernização e melhorias da ETA vb 1 1.3 Sistema de Monitoramento do Abastecimento vb 1 1.4 Rede Água - Novas e Substituição m 92.280 1.5 Ampliação Reservatórios m3 1.805 1.6 Substituição Hidrômetros un 70.757 1.7 Automação/ Macromedição / Setorização vb 1 1.8 Programa Combate à perda d'água mês 360 1.9 Ligações de água un 1.127 2 VILA PEREIRA 2.1 Reforma, melhorias e amplicações dos Poços vb 1 2.2 Modernização e melhorias da ETA vb 1 2.3 Sistema de Monitoramento do Abastecimento vb 1 2.4 Rede Água - Novas e Substituição m 1.603 149 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

Item Descrição Un Quant 2.5 Ampliação Reservatórios m3 226 2.6 Substituição Hidrômetros un 2.851 2.7 Automação/ Macromedição / Setorização vb 1 2.8 Programa Combate à perda d'água mês 360 2.9 Ligações de água un 17 3 GABRIEL PASSOS 3.1 Melhorias da Captação de Água Bruta/Gerador de Energia vb 1 3.2 Modernização e melhorias da ETA vb 1 3.3 Sistema de Monitoramento do Abastecimento vb 1 3.4 Rede Água - Novas e Substituição m 1.987 3.5 Ampliação Reservatórios m3 178 3.6 Substituição Hidrômetros un 2.561 3.7 Automação/ Macromedição / Setorização vb 1 3.8 Programa Combate à perda d'água mês 360 3.9 Ligações de água un 15 As intervenções constantes acima são apenas referenciais.

Serão executados projetos para melhoria e ampliação do sistema existente, além do estudo, definição e licenciamentos necessários.

VIII.1.4. Emergência e Contingências – Alternativas Para Abastecimento Futuro do Município Dentre ações a serem conduzidas com vistas à busca de alternativas para abastecimento futuro do Município propõe-se que sejam priorizadas:

 Programa de Redução de Perdas de Água e Eficiência Energética, a ser conduzido pela Concessionária;  Programa de Proteção Ambiental dos Mananciais selecionados, a ser conduzido pelo Município com apoio da Concessionária;  Programa de Conscientização e Educação Ambiental voltado para redução do consumo e desperdícios, a ser conduzido pelo Município com apoio da Concessionária;  Identificação de futuros mananciais, planejamento e implementação de medidas de proteção ambiental dos mesmos, a ser conduzido pelo Município com apoio da Concessionária.

VIII.1.5. Exportação de Água para o Município de Serra dos Aimorés Como forma de medição da água a ser exportada para o município de Serra dos Aimorés, propõe-se que a futura concessionária instale um macromedidor (na adutora existente) na

150 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

divisa dos municípios de Nanuque-MG e Serra dos Aimorés-MG, de forma que seja aferido somente o volume de água a ser efetivamente fornecida ao município vizinho.

A partir do macromedidor instalado, a responsabilidade de adução, reservação e distribuição ficará a cargo da concessionária que atende o município de Serra dos Aimorés-MG.

Para a construção do macromedidor, é recomendada a implantação de uma caixa de passagem. A figura a seguir ilustra a situação proposta:

Exportação de água – Fonte: Google Earth/Visita Técnica

VIII.2. SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO

VIII.2.1. Objetivos gerais e específicos – Ações a serem consideradas Como objetivo geral das propostas, apresentadas nos itens subsequentes deste estudo, a melhoria da qualidade e disponibilidade no sistema de esgotamento sanitário do município sintetiza o objetivo principal das intervenções propostas para as áreas propostas para objeto da futura concessão.

Em resumo, as melhorias têm como objetivo principal a expansão e adequação, nas áreas urbanas da Sede e dos distritos de Vila Pereira e Vila Gabriel Passos, da oferta de um sistema adequado de esgotamento sanitário, com coleta, elevação, tratamento e lançamento, de

151 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

acordo com a demanda existente e futura, para atendimento com qualidade a população da área de projeto.

Para as demais localidades, vilas, aglomerados rurais, povoados e lugarejos, deverão ser desenvolvidos, pela Prefeitura, outros programas e ações voltadas à essas populações, no sentido de implantar, como necessário, soluções localizadas satisfatórias, de forma a suprir as necessidades humanas e garantir as condições de saúde das pessoas. Dessa forma, as ações desenvolvidas englobarão integralmente o território do município.

Conforme citado anteriormente, encontram-se paralisadas as obras da 2ª etapa do Sistema de Esgotamento Sanitário da Sede de Nanuque/MG, com uma pequena parte concluída.

Também não foram identificados outras ações e projetos significativos em andamento.

VIII.2.2. Patamares de Universalização - Referências de metas Propõe-se que os patamares de universalização e referência para o estabelecimento de metas de Esgotamento Sanitário da futura concessão a serem considerados, sejam aqueles estabelecidos no Plano Nacional de Saneamento Básico (PLANSAB/2013) para a região Sudeste, destacando-se:

E2. % de domicílios urbanos servidos por rede coletora ou fossa séptica para os excretas ou esgotos sanitários:

Ano E2 2018 94% 2023 95% 2033 98% 2038 98%* Fonte: PLANSAB

E4. % de tratamento de esgoto coletado:

Ano E4 2018 63% 2023 72% 2033 90% 2038 90%* Fonte: PLANSAB

152 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

E6. % de serviços de esgotamento sanitário que cobram tarifa:

Ano E6 2018 70% 2023 78% 2033 95% 2038 95%* Fonte: PLANSAB

* - Meta PLANSAB 2033

VIII.2.3. Proposição e hierarquização das intervenções identificadas A seguir são descritas as intervenções que foram identificadas nestes estudos como necessárias ao bom funcionamento do Sistema de Esgotamento Sanitário.

VIII.2.3.1. Quadro resumo de intervenções no esgotamento sanitário

Item Descrição Un Quant 1 SEDE 1.1 Reforma, Ampliação e Adequações da ETE Existente vb 1 1.2 EEBs - Implantação un 6 1.3 EEBs - Adequações das existentes un 4 1.4 Redes Coletoras - Novas m 41.861 1.5 Redes Coletoras - Substituição m 26.280 Interceptores / Coletores-tronco - Implantação e 1.6 m 16.019 substituição 1.7 Linhas de Recalque - Implantação m 353 1.8 Programa Caça Esgoto mês 60 1.9 Ligações Esgoto - Novas e Substituições un 5.454 2 VILA PEREIRA 2.1 ETE - Implantação un 1 2.2 EEB - Implantação un 1 2.3 Redes Coletoras - Implantação m 7.169 2.4 Interceptores / Coletores-tronco - Implantação m 1.911 2.5 Linhas de Recalque m 146 2.6 Programa Caça Esgoto mês 24 2.7 Ligações Esgoto un 570 3 GABRIEL PASSOS 3.1 ETE - Implantação un 1 3.2 EEB - Implantação un 1 3.3 Redes Coletoras - Implantação m 8.840 153 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

Item Descrição Un Quant 3.4 Interceptores / Coletores-tronco - Implantação m 1.952 3.5 Linhas de Recalque m 83 3.6 Programa Caça Esgoto mês 24 3.7 Ligações Esgoto un 511 As intervenções constantes acima são apenas referenciais

Serão executados projetos para melhoria e ampliação do sistema existente, além do estudo, definição e licenciamentos necessários.

Para todos os efeitos as fossas sépticas são consideradas Sistemas Independentes.

VIII.3. ASPECTOS ADMINISTRATIVOS E DE COMERCIALIZAÇÃO

VIII.3.1. Objetivos gerais e específicos Os objetivos de um Sistema Tarifário podem ser resumidos em dois principais aspectos:

 Modicidade Tarifária O princípio da Modicidade Tarifária decorre de um raciocínio simples: o serviço público tem que atingir e satisfazer os diversos grupos sociais na persecução do bem comum. Sendo assim, quando esse serviço depender de uma cobrança, ela deve ser condizente com as possibilidades econômicas do público a que se destina. Deve-se reconhecer que a aplicação da modicidade tarifária deve ser visualizada também sob o contexto da necessidade da cobrança para prestação de alguns serviços públicos pelo Estado, para viabilidade e sustentabilidade da prestação do serviço, garantindo acesso ao serviço à coletividade como um todo, de forma isonômica, assegurando ao indivíduo o direito de acesso ao serviço público.  Viabilidade e Sustentabilidade da Prestação do Serviço O princípio de Viabilidade e Sustentabilidade de qualquer empreendimento está intimamente ligado à remuneração adequada e suficiente que um prestador de serviços deve receber para que seja viável não somente a sua implantação como também sua conservação, manutenção e operação, não se desprezando também o fato de que sua remuneração deve ainda cobrir a renovação e atualização, segundo as técnicas e processos mais atualizados.

VIII.3.2. Proposições identificadas A recomendação que se faz é que a Concessionária pratique um Sistema Tarifário, adequando às necessidades do usuário as necessidades do prestador dos serviços, no que tange à modicidade tarifária, viabilidade e sustentabilidade dos serviços prestados.

Chama-se a atenção de que a viabilidade e sustentabilidade não objetiva a manutenção desta ou daquela entidade e sim da prestação dos serviços propriamente ditos, que serão

154 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

descontinuados ou prestados de maneira inadequada, caso o equilíbrio entre as tarifas cobradas e os custos de investimentos e operação, necessários à qualidade, continuidade e adequabilidade dos serviços, for rompido.

No âmbito do presente estudo, propõe-se a adoção do Sistema Tarifário semelhante ao da COPASA, como valor máximo, já que além de ser o utilizado na maioria dos municípios de Minas Gerais, tal sistema foi, e continuará sendo, amplamente discutido com as entidades reguladoras.

155 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

IX. NECESSIDADES DE LICENCIAMENTO – DIRETRIZES AMBIENTAIS PARA O PROJETO A Concessionária estará obrigada a cumprir o disposto na legislação ambiental vigente na data de apresentação da sua proposta para licitação, de acordo com as responsabilidades estabelecidas no edital e minuta do contrato. No curso do período da Concessão, poderá ser necessário que a Concessionária venha a implementar medidas preventivas e/ou corretivas do meio ambiente, por intermédio de novas obras e serviços não previstos originariamente, no que deverá ser observado o equilíbrio econômico-financeiro do contrato.

Caberá ao Poder Executivo Municipal entregar à Concessionária as instalações existentes devidamente licenciadas. Assim como a Concessionária não será a responsável por eventual passivo ambiental pré-existente, durante o período da Concessão será a responsável pelo eventual passivo ambiental relativo aos serviços de água e esgoto prestados, a que tenha dado causa ou para ele tenha contribuído, desde a data de início da assunção dos serviços até o encerramento do Contrato, ressalvados os casos fortuitos, de forca maior, os alheios a vontade da Concessionária e fato de terceiros.

Considerando os atuais sistemas de abastecimento de água e esgotamento sanitário em operação no município de Nanuque/MG, verifica-se que diversas ações de ampliação e melhorias técnicas nos referidos sistemas, voltados a um atendimento mais abrangente da população, precisarão ser implementadas em consonância com o Termo de Referência e estudos desenvolvidos no âmbito do PMI.

Para atingir tal objetivo de ampliar o atendimento, uma vez que as atividades previstas apresentam, em grande parte, intervenção direta em recursos naturais, serão necessárias ações para a regularização ambiental dos sistemas existentes e das novas instalações junto aos órgãos competentes do estado e do Município.

Nesse contexto, no que se refere ao Sistema de Abastecimento de Água, são tecidas as seguintes considerações e diretrizes gerais para os principais sistemas do projeto:

Para a captação – considera-se a presença e operação de captação de águas subterrâneas em poços tubulares profundos e pontos de captação superficial em cursos d'água existentes como rio Mucuri e Pampã. Para os poços, visando a continuidade de sua operação, será necessário verificar a validade das respectivas outorgas de direito de uso da água (caso existam), considerando as necessidades ou não de renová-las ou retificá-las para uma nova condição de operação, inclusive, para fins de ampliação dos volumes a serem captados, a retificação das vazões de projeto e a intervenção em áreas de preservação permanentes marginais.

Para a adução– Para eventual ampliação do sistema e possibilidade de aduzir uma vazão superior à capacidade nominal atual, deve-se verificar os requisitos legais para licenciamento e a necessidade de autorização ambiental (mediante estudos técnicos e análise dos requisitos) para uma nova linha de adutora considerando ações de corte, aterro, supressão

156 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

de vegetação, implementação de travessias, interferência em áreas de terceiros, etc. e possíveis desapropriações para obtenção de faixas de servidão.

Para o tratamento – considera-se a necessidade de construção e/ou ampliação do sistema de tratamento atual, tendo em vista o atendimento pleno da população em final de plano. Para tal, deve ser observada a necessidade de regularização ambiental para a implantação de novas unidades do sistema de tratamento (licença de instalação), levando-se em conta ainda a licença para operação do sistema. O resíduo do efluente do tratamento deverá ser também estudado considerando o aproveitamento da água utilizada na lavagem e o adequado acondicionamento do resíduo para destino final.

Para subadutoras de água tratada e reservação – considera-se a possibilidade de ampliação do sistema de adução de água tratada e de reservação, levando-se em conta a necessidade de autorização ambiental (mediante estudos técnicos e análise dos requisitos legais) para uma nova linha de adutora considerando ações de corte, aterro, supressão de vegetação, implementação de travessias, interferência em áreas de terceiros, etc., e possíveis desapropriações para obtenção de faixas de servidão. Nas novas áreas para construção de reservatórios, deve se levar em conta, neste caso, a necessidade de supressão de vegetação, movimentação de solo e terraplanagem e respectivos licenciamentos.

Quanto ao Sistema de Esgotamento Sanitário, cabem nesta fase as seguintes considerações gerais:

Para a coleta: considera-se a cobertura de coleta atualmente em operação no município e a notória necessidade de sua ampliação através da implantação de redes coletoras. Para tal intervenção entende-se que seja necessária a avaliação e regularização ambiental de acordo com os requisitos legais previstos pelos órgãos competentes, considerando a extensão de redes, o traçado do sistema em áreas não atendidas, a interferência com o sistema de drenagem eventualmente existente, a interligação com as edificações, o potencial impacto no sistema viário, na circulação de pessoas, veículos e máquinas, ruídos, etc. além de eventuais impactos em solos, aquíferos e na cobertura vegetal. Vale destacar que com a ampliação desejada haverá a necessidade de implantação de estações elevatórias, possível incremento de interceptores e implantações de travessias em cursos de águas superficiais para as quais poderá haver a necessidade de outorga de acordo com os requisitos legais.

Para o tratamento: considera-se, da mesma forma, a reduzida cobertura de esgoto tratado em operação no município, que implicará na necessidade de ampliação do sistema e otimização do mesmo para atendimento a uma vazão mais elevada de afluentes brutos coletados e atendimento de novas áreas e redes. A regularização ambiental, nesse caso, faz- se necessária, uma vez que compreende a implantação de novas unidades de tratamento ou ampliação de unidades do sistema para o atingimento das metas de qualidade final dos efluentes. Paro o projeto, considerar a qualidade final dos efluentes tratados e a capacidade suporte dos corpos receptores, verificando neste último caso a necessidade de outorgas de lançamento de efluentes e a definição do tipo e grau de tratamento a ser utilizado levando em consideração a classe e parâmetros de qualidade da água do corpo receptores se fazem 157 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

necessárias, além da avaliação da geração de resíduos de construção ou do próprio tratamento, geração de ruídos e maus odores, atração de aves e vetores de doenças, condições de salubridade dos operadores, etc.

Na fase de obras, os impactos potenciais previstos abrangem a circulação de veículos e máquinas a geração de resíduos de construção e a segurança dos trabalhadores.

Para a disposição final: Considera-se que, atualmente, os efluentes tratados e brutos são lançados no rio Mucuri e também em alguns afluentes de menor porte. Tendo em vista a desejada ampliação do sistema e o atual lançamento dos efluentes diretamente em corpos de água superficiais, a regularização se faz necessária e abrangem o projeto e implantação dos emissários, intervenção em áreas de preservação permanentes marginais, a qualidade final dos efluentes tratados e a capacidade suporte dos corpos receptores, considerando neste último caso a necessidade de outorgas de lançamento de efluentes e a definição do tipo e grau de tratamento a ser utilizado levando em consideração a classe e parâmetros de qualidade da água do corpo receptor.

158 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

X. PROJETO BÁSICO E OUTROS Compete à Concessionária dos serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário a elaboração dos projetos das obras e instalações relacionadas ao objeto do contrato. Tais projetos deverão ser elaborados nas diferentes fases do procedimento licitatório para a concessão dos serviços.

Projeto Conceitual Apresentado na documentação de participação no PMI é constituído pelos estudos de diagnóstico da situação atual, descritivos e quantitativos das Soluções Propostas para universalização do abastecimento de água e esgotamento sanitário dentro da área de abrangência da Concessão, com base na experiência da empresa participante. Permite desenvolver o orçamento de investimentos e custos de operação e manutenção do plano de negócio do participante da PMI, podendo ser considerado como base para o Termo de Referência da eventual futura licitação de Concessão.

Projeto de Referência Desenvolvido pelo grupo técnico ou comissão de avaliação das propostas de PMI do Município, a partir das soluções apresentadas pelos participantes do PMI. A critério da comissão poderá ser tomado como Projeto de Referência o Projeto Conceitual de um dos participantes do PMI. Será a base do plano de negócio referencial da eventual futura licitação de Concessão. Nessa fase futura, os participantes da eventual licitação complementarão ou elaborarão seus próprios estudos, considerando os dados de referência e utilizando sua própria experiência.

Projeto Básico Será desenvolvido pela Concessionária após a assinatura do contrato de Concessão. Poderá prever a implantação das unidades de forma modulada atendendo as metas estabelecidas e o cronograma físico-financeiro de investimentos do plano de negócio apresentado em sua proposta.

Focará basicamente as disciplinas de topografia, sondagens geotécnicas, arquitetura das obras civis, hidráulica e principais equipamentos mecânicos e eletromecânicos.

Trará o conjunto de elementos necessários e suficientes, com nível de precisão adequado, para caracterizar a obra ou serviço, com base nas indicações dos estudos técnicos anteriores, que assegurem a viabilidade técnica, o adequado tratamento do impacto ambiental da execução. Deverá possibilitar a definição dos métodos construtivos, das instalações provisórias e condições organizacionais para a obra, o prazo de execução e avaliação mais detalhada do custo, de interesse da Concessionária.

Contemplará o desenvolvimento da solução escolhida de forma a detalhar os tipos de serviços a executar e os materiais e equipamentos a incorporar à obra, bem como suas especificações que assegurem os resultados esperados.

159 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

Projeto Executivo Será desenvolvido pela Concessionária após a assinatura do contrato de Concessão, observando o projeto básico. Poderá ser desenvolvido concomitantemente com a programação de construção das unidades. Focará basicamente as disciplinas de geotecnia e fundações, terraplenagem, estruturas e instalações elétricas e automação.

160 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

XI. CADERNO DE ENCARGOS DA CONCESSIONÁRIA Os estudos e projetos apresentados serão avaliados pela Comissão Especial de Avaliação e Acompanhamento das Propostas do PMI - CEAAPP, designado pelo poder público para tal avaliação técnica. Tendo em vista a possibilidade de recebimento, pelo poder público, de diversas propostas, esse grupo técnico designado para avaliação poderá concluir por um futuro projeto de referência diverso, em alguns pontos, do projeto conceitual apresentado pelos interessados.

Assim, propõe-se que o Caderno de Encargos da Concessionária, eventualmente necessário somente na fase de preparação dos documentos da futura licitação de concessão, seja apresentado em etapa posterior, após a avaliação das propostas e fornecimento de diretrizes complementares pelo grupo técnico de avaliação do Município. A Prefisan se apresenta, desde já, à disposição para apresentar essa complementação.

161 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

XII. VISÃO GERAL DA GESTÃO, OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO DOS SISTEMAS O serviço público de abastecimento de água e esgotamento sanitário objeto do contrato de Concessão abrange: as infraestruturas e instalações necessárias à produção e abastecimento de agua potável, desde a captação, passando pelo tratamento e distribuição, até as ligações prediais e respectivos instrumentos de medição; as infraestruturas e instalações operacionais de coleta, tratamento, afastamento e disposição final adequada dos esgotos sanitários, desde as ligações prediais até o seu lançamento final no meio ambiente; e, ainda: o projeto, licenças ambientais, construção/ampliação/revisão/melhoria/modernização, operação e manutenção tanto das infraestruturas e instalações físicas, como dos sistemas gerenciais voltados para a gestão organizacional-administrativa, a comercialização dos produtos e serviços, o atendimento e a cobrança direta aos usuários.

A adequada gestão de um sistema de água e esgoto moderno, obrigatoriamente, pressupõe o uso de instrumentos e equipamentos em campo, bem como um centro de controle operacional (CCO) que monitore remotamente tais dispositivos, servindo como ferramenta de modo que os operadores tomem ações que deem maior confiabilidade ao sistema, minimizem os riscos de falha operacional, mas que também reduzam os gastos com energia elétrica e produtos químicos, diminuam serviços com manutenção, restrinjam fraudes, dentre outros. Sendo assim, algumas tecnologias atualmente utilizadas permitem que, em tempo real, se tenha informações de cada uma das unidades para que ações possam ser tomadas e aumentem a eficiência de todo processo realizado. Para isso, na estruturação da concessionária e implantação de sistemas destinados a dotar a equipe de gestão de elementos satisfatórios para a operação no dia a dia, destacam-se, sem se limitar, as seguintes diretrizes:

- Modernização de software e equipamentos do sistema de contas e consumo para um adequado acompanhamento dos consumidores, controle este que identifica irregularidades em cadastramentos, desconformidades internas e facilita a criação e gestão das ordens de serviços geradas; - Utilização de cadastro de usuários atualizado e sistema comercial abrangendo, entre outros, os serviços de: (i) Aplicação da tarifa adequada de água e de esgoto; (ii) Substituição preventiva e corretiva do parque de hidrômetros; (iii) Lacração de hidrômetros; (iv) Medição de volume de esgoto em imóveis com fonte alternativa de abastecimento de água; (v) Tratamento de ocorrência grave de leitura; e (vi) Tratamento de ligações ativas ou inativas com irregularidades; - Utilização de sistema comercial moderno que possibilite a implantação de leitura, emissão e entrega simultânea das contas aos usuários; - Utilização de sistema supervisório para acompanhamento das unidades existentes, como níveis de reservatórios e elevatórias em operação, informações essenciais para a segurança do sistema; - Aquisição de peças e equipamentos modernos fundamentais para controle de perdas e fraudes;

162 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

- Utilização de Rotinas de operação, manutenção e conservação, considerando os recursos humanos, materiais, equipamentos e ferramentais necessários e os procedimentos de execução recomendados e padronizados; - Programa de manutenções preditivas para reduzir custos de operação e melhorar a produtividade de equipamentos; - Implantação de rotinas de segurança patrimonial; - Rotina de desenvolvimento e apresentação de relatórios de desempenho operacional, técnicos, administrativos e comerciais; - Desenvolvimento de recursos humanos. Para a gestão de todo o sistema funcionar com qualidade e, principalmente, com resultados satisfatórios dentro das metas estabelecidas pelo município e pela própria empresa, faz-se necessário uma equipe preparada com conhecimento técnico suficiente e treinamentos adequados, para executar as melhores ações e perpetuar as melhores práticas; - Desenvolvimento adequado dos projetos. Para atendimento às diretrizes e metas, para o crescimento do município com um sistema seguro e a longo prazo, é fundamental o desenvolvimento de projetos que adequem a realidade da região à funcionalidade das instalações. Serão elaborados projetos modernos, de fácil operação e ambientalmente corretos, com projetistas experientes no âmbito do saneamento básico, buscando soluções técnicas de execução com o menor transtorno à população local. - Execução de obras. Contratadas com empresa especializada para execução das obras, que atenda aos requisitos de capacidade técnica adequada ao objeto a ser implantado, capaz de cumprir, no prazo, as especificações e normas técnicas que assegurem a solidez e segurança da obra, tanto na sua fase de implantação quanto na de operação; - Desenvolver Plano de Comunicação Social visando sensibilizar a população sobre a importância do programa da Concessionária, diminuir os transtornos e prestar o apoio necessário à população diretamente afetada pelas obras; - Desenvolver Plano de Emergência e Contingência Operacional, de conhecimento do poder municipal, concessionária de energia elétrica, órgão de trânsito e outros que tenham interface operacional com a Concessionária; - Atualização permanente do patrimônio da Concessionária, considerando todos os equipamentos, máquinas, aparelhos e acessórios que permitem a adequada prestação dos serviços.

XII.1. ACOMPANHAMENTO DO DESEMPENHO – INDICADORES DE DESEMPENHO ATRAVÉS DO SEU PROGRAMA DE GESTÃO A Concessionária terá o seu desempenho regulado e fiscalizado por Agência Reguladora aprovada pelo Município, de acordo com o regulamento praticado e sujeita às multas e penalidades previstas no contrato de Concessão Comum. Na implementação do seu Programa de Gestão dos serviços contratados, a Concessionária tomará como referência os indicadores do Plano Nacional de Saneamento Básico (PLANSAB). Sendo uma Concessão Comum, não são previstos Quadro de Indicadores de Desempenho e Sistema de Mensuração de Desempenho.

163 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

A Concessionária será obrigatoriamente cadastrada no SNIS – Sistema Nacional de Informações em Saneamento e divulgará sistematicamente os dados e indicadores relativos à prestação dos serviços, que serão periodicamente atualizados.

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XIII. MATRIZ DE RISCOS Com base nos estudos realizados propõe-se, preliminarmente, a seguinte matriz de repartição de riscos entre o PRIVADO e a PREFEITURA DE NANUQUE:

Categoria Risco Implicação Alocação Mitigação  Penalidades contratuais e Atraso no início de garantia de execução do Capacidade operação de contrato. financeira infraestrutura com Privado  Exigência de qualificação insuficiente dos níveis de econômica no edital. acionistas. qualidade baixos.  Exigência de programa mínimo de seguros. Investimentos Estimativa  Liberdade de elaboração dos Aumento dos incorreta dos Projetos Básico e Executivo. custos da Privado investimentos Concessionária.  Projeto Básico Meramente pelo privado. referencial. Alteração no Mudança dos  Cláusula contratual de objeto do projeto custos da Prefeitura reequilíbrio econômico- (inclusão/exclus Concessionária. financeiro do contrato ão de áreas). • Delegação da execução do total das obras e equipamentos à Concessionária, bem como da operação e manutenção do Atraso no início da ativo construído/adquirido. Riscos de operação. Engenharia • Exigência de plano mínimo de

(acidentes, seguros e garantias, bem como Indenizações. vícios de projeto, de visitas técnicas.

Engenharia má execução da Privado • Exigência de qualificação Custos adicionais. obra, técnica no edital.

inadequação • Liberdade para realização dos Queda na dos projetos básico e executivo, segurança e equipamentos). observadas as normas técnicas qualidade. da ABNT. • Penalidades contratuais e garantia de execução do contrato.

165 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

Categoria Risco Implicação Alocação Mitigação Entrega do Sistema pela Prefeitura de forma Realização de incompleta em investimentos pelo • Reequilíbrio econômico- relação ao Privado não financeiro do contrato em favor previsto previstos do Privado. Prefeitura inicialmente no incialmente. • Elaboração de novo Edital ou no cronograma para entrega da PMSB- Atrasos no início obra inacabada.. Mudanças de da operação. projeto por solicitação da Prefeitura. • Realização, previa à contratação, de todos os laudos de avaliação, planos de realocação da população (quando for o caso), publicação Dificuldade para dos decretos de utilidade desapropriação Atraso no início da Prefeitura pública e a previsão e desocupação operação. orçamentária necessária para de terrenos. pagamento das desapropriações, bem como para a desocupação. • Reequilíbrio econômico- financeiro. Atraso no início • Obrigação contratual da Jurídico das obras. Concessionária manter a posse Invasões dos das áreas efetivamente terrenos Custos adicionais Privado entregues pelo Poder Público desocupados. para efetuar uma livres e desembaraçadas em nova condições para o início das desapropriação. obras. Demora na • Estabelecimento de critérios emissão do para início da operação com Termo de Início base nos parâmetros mínimos Atraso na de Operação previstos no Termo de obtenção das Prefeitura pelo Poder Referência contratual. receitas. Concedente sem • Cláusula contratual de motivo técnico reequilíbrio econômico- justificado. financeiro do contrato.

166 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

Categoria Risco Implicação Alocação Mitigação  Previsão de regras claras de indenização por perdas e danos e lucros cessantes.  Execução das garantias Extinção da prestadas pelo Poder Encampação concessão, por Prefeitura Concedente.

interesse público.  Elaboração de um plano de esclarecimento dos benefícios da Concessão (universalização, melhorias ambientais, operacionais etc.). Extinção da  Previsão de Multa e concessão, por Indenizações por Perdas e Caducidade inadimplemento Privado Danos para a Prefeitura. da  Execução da garantia prestada Concessionária. pelo Privado.  Previsão de Cláusula de Responsabilidade Trabalhista e Trabalhista Reclamação de Sucessão Trabalhista. Privado trabalhista  Previsão de glosa no contrato a partir do trânsito em julgado de eventual condenação. Não atingimento dos índices de • Apresentação de atestado de qualidade. experiência na operação de Falhas na serviços de saneamento básico operação, Perda de e proposta técnica. conservação arrecadação. • Previsão de multas contratuais Privado e/ou pelo não atingimento dos atendimento ao Comprometimento indicadores de qualidade. usuário. da segurança. • Definição de procedimentos e critérios de fiscalização Insatisfação do objetivos da operação. Operacional Usuário.

Concedente cria Exigência por novos padrões de parte do Poder desempenho Concedente de • Cláusula contratual de relacionados a novos padrões reequilíbrio econômico- mudanças de desempenho financeiro e de revisão tecnológicas ou a Prefeitura diferentes ordinária para estabelecimento adequações a daqueles de novos padrões adequadas à padrões previstos ou novas tecnologias. superiores aos utilizados pela estabelecidos Concessionária. inicialmente.

167 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

Categoria Risco Implicação Alocação Mitigação • Previsão de descontos na remuneração pelo atraso nas obras ou pelo não atingimento dos indicadores de qualidade e Atrasos nas obras. disponibilidade e descontos da Greve dos receita tarifária da funcionários da Privado. Interrupção dos Concessionária. Concessionária. serviços. • Considerar como caso fortuito e não aplicar as penalidades caso a greve seja considerada abusiva pela Justiça do Trabalho. • Exclusão da medição dos índices de qualidade e Falta de Indisponibilidade Compartilha disponibilidade se a falta não Energia. do sistema. do decorrer de ato imputável à Concessionária. Variações dos custos e insumos não previstos no • Definição de índice de reajuste Variação dos Plano de Negócio. da tarifa. custos dos Privado • Liberdade de contratação da serviços. Erro ou omissão energia no mercado livre. dos custos no Plano de Negócios. Problemas na operação Problemas na decorrentes de qualidade da • Reequilíbrio Econômico- Prefeitura ato ou omissão operação e na financeiro da concessão. do Poder demanda. Público. • Índices de Desempenho de fácil acompanhamento e controle. • Definição de procedimentos sistematizados de comunicação da Divergências Redução da Concessionária para a Agência quanto aos Receita. Reguladora sobre resultados dos Compartilha Execução contratual irregularidades da entidade de índices de do Aplicação de monitoramento e controle. desempenho multas. apurados. • Previsão no Contrato da utilização de Comissão Técnica para solução amigável de controvérsias e Câmara de Arbitragem como mecanismo de solução litigiosa de controvérsias

168 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

Categoria Risco Implicação Alocação Mitigação • Apresentação de atestado técnico na licitação que comprove a experiência na operação de serviços de saneamento. • Previsão no Contrato de regras Não claras para a extinção da cumprimento do Término da Compartilha concessão e critérios de Contrato por concessão. do indenização. uma das partes. • Previsão no Contrato da utilização de Comissão Técnica para solução amigável de controvérsias e Câmara de Arbitragem como mecanismo de solução litigiosa de controvérsias. • Obrigação contratual atribuindo a reponsabilidade do Privado Investimentos não em atender às condicionantes Disponibilidade previstos para básicas para o sistema. operacional recuperação e Privado • Prever no edital a equipamentos melhorias no responsabilidade pelas sistema existente. informações necessárias para concepção do projeto (estudos na área da concessão). Atraso no início Atraso na das obras ou da • Não aplicação de penalidades obtenção de operação. Compartilha se o atraso na obtenção das licenças ou do licenças não decorrer de ato autorizações. Condicionantes imputável à Concessionária. inexequíveis. Não • Obrigação contratual atribuindo atendimento dos Risco de a reponsabilidade do Privado condicionantes penalidades Privado. em atender às condicionantes previstos na legais. e obter a Licença de Instalação Ambiental Licença Prévia. e Operação. Criação de condicionantes ambientais não previstas • Cláusula contratual de Aumento dos quando da Prefeitura reequilíbrio econômico- custos. obtenção da financeiro do contrato. licença ambiental prévia.

169 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

Categoria Risco Implicação Alocação Mitigação • Cláusula contratual de Custos adicionais reequilíbrio econômico- decorrentes da financeiro do contrato em favor Passivo Compartilha regularização de do Privado, quando o fato ambiental do eventual passivo gerador não tenha relação com ambiental. as obras ou serviços por ele realizados. • Cláusula de reequilíbrio do Parâmetros para Aumento de contrato em função da maior tratamento de Prefeitura custos. exigência a posteriori da esgoto. legislação. Indenizações por danos materiais e morais causados • Exigência de contratação de Danos materiais Responsabilidade a terceiros Seguro de Responsabilidade e morais a Privado Civil decorrentes de Civil, sem prejuízo da aplicação terceiros. ação ou omissão de multa. na prestação do serviço. Variação do

serviço da dívida. • Previsão de não cabimento de Variação Econômico Privado reequilíbrio econômico- cambial. Variação dos financeiro. e custos dos Alea Extraordinária insumos.

 Reequilíbrio econômico- Mudança no Alteração de Compartilha financeiro para todos os Sistema alíquotas de do tributos, exceto aqueles Tributário. impostos. incidentes sobre a renda.

• Exigência de capital social mínimo no edital da licitação. • Exigência de qualificação econômica no edital. • Previsão de garantias a serem oferecidas ao Poder Concedente bem como de Obtenção e Não obtenção dos mecanismos claros de pagamento do recursos no prazo Privado compartilhamento de garantias. Financiamento. necessário. • Possibilidade de cessão dos direitos emergentes da concessão e de penhor de ações da Concessionária em favor dos Financiadores bem como a possibilidade assunção

da Concessionária pelos

financiadores (step-in-rights).

170 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

Categoria Risco Implicação Alocação Mitigação Eventos naturais Econômico ou humanos e alheios à vontade Força maior / Compartilha • Descontinuidade dos Serviços. Alea Extraordinária dos Contratantes Caso fortuito do • Eventual rescisão do contrato. que impossibilitem a execução do contrato. Alteração do contrato para melhor atendimento do

interesse público. Alteração • Alteração no cronograma e unilateral do Prefeitura reequilíbrio econômico- Acréscimo ou Contrato. financeiro do contrato. supressão de obras ou serviços.

Alteração quantitativa.

Necessidade de pagamento de Aumento das eventual • Cláusula contratual de despesas não indenização não Prefeitura reequilíbrio econômico- previstas no Plano imputável à financeiro do contrato. de Negócio. futura Concessionária. Acontecimento externo ao • Possibilidade de interrupção contrato, estranho dos serviços. Eventos Compartilha à vontade das • Cláusula contratual de imprevisíveis do partes, reequilíbrio econômico- imprevisível e financeiro do contrato. inevitável.

171 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

XIV. ALTERNATIVAS ECONÔMICAS E LEGAIS PARA VIABILIZAÇÃO DA IMPLEMENTAÇÃO DAS SOLUÇÕES PROPOSTAS – CONSIDERAÇÕES SOBRE A OPÇÃO DE CONCESSÃO Como pode ser constatado no Anexo XV.3. – PLANO DE NEGÓCIOS REFERENCIAL - Planilhas de Orçamento dos Investimentos destes estudos, os investimentos necessários ao pleno atendimento, com qualidade e segurança adequados, às demandas objeto do presente estudo somam, aproximadamente, R$107 (cento e sete) milhões, referenciados nas tabelas SINAPI/COPASA a preços de outubro de 2019, que devem ser investidos de acordo com o cronograma de investimentos para que não ocorram lapsos na prestação dos serviços.

Quais seriam as alternativas possíveis para fazer face a estes investimentos?

Poderia se pensar em passar para a Prefeitura Municipal, a responsabilidade para que esta implantasse tais investimentos. Perante as atuais dificuldades financeiras enfrentadas não só pela Prefeitura de Nanuque, mas por quase todas as Prefeituras deste País, esta hipótese não seria viável a curto prazo, que é o que se necessita, nem mesmo a médio prazo.

Poderia se pensar também na obtenção de um financiamento para a Prefeitura, para fazer frente aos custos destes investimentos. Ora, é sabido por todos que, em especial neste momento, as dificuldades de obtenção de financiamentos por Prefeituras ou Autarquias destas Prefeituras são muito grandes, para não se dizer intransponíveis, pois as barreiras, como capacidade de pagamento, nível de endividamento, que é avaliado não somente do solicitante, mas também o endividamento público total, praticamente inviabilizam qualquer tipo de financiamento.

Poderia também se pensar na obtenção de recursos a fundo perdido, ou outro tipo de transferência governamental sem ônus, mas, novamente, a situação em que atravessa o País neste momento, com seguidos cortes e contingenciamentos nos orçamentos públicos, demonstram que o caminho será muito difícil, quando se pensa nos curto e médio prazos.

Uma alternativa que se apresenta importante, em especial neste momento, seria a de se promover a concessão dos serviços de Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário do Município à iniciativa privada, já que, por seu lado, o poder público se encontra sem opções de investimento concomitantemente com o enfrentamento dos cortes e contingenciamentos nos orçamentos públicos já citados. Com capacidade de investir e também de gerir empreendimentos como o aqui tratado, a concessão seria uma boa opção não só para o momento, mas também no longo prazo, considerando-se os diversos empreendimentos de sucesso, neste segmento, espalhados pelo País, onde se consegue qualidade e continuidade na prestação deste tipo de serviços públicos através de concessionários privados.

Note-se que, na opção de concessão à iniciativa privada, as obrigações das partes são sempre bem definidas, fixando-se tanto obrigações relativas aos investimentos a serem realizados pela futura concessionária, como as metas a serem atingidas pela mesma, sejam metas físicas ou de qualidade. Ressalta-se que, por se tratar de uma empresa privada, as

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possibilidades de sanções, que devem ser encaradas como instrumento que garanta o cumprimento das obrigações contratadas e não uma simples penalização, são mais efetivas do que quando se faz um Contrato de Programa (instrumento de delegação dos serviços às companhias estaduais de saneamento), garantindo-se, com maior eficácia, o efetivo cumprimento das obrigações por parte do prestador do serviço, o que é o mais importante.

Para subsidiar a decisão a ser tomada pela Prefeitura Municipal, complementando os diagnósticos e sugestões apresentados neste PMI para os Investimentos necessários, focando a possível alternativa da concessão dos serviços, apresenta-se no item XV.3. – PLANO DE NEGÓCOS REFERENCIAL destes estudos, a indicação da viabilidade econômico-financeira para a concessão destes serviços.

No Item XVI. – ASPECTOS JURÍDICOS-INSTITUCIONAIS, está apresentada uma análise dos aspectos jurídicos direcionados à possibilidade da concessão dos serviços de Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário do Município, bem como a identificação das providências necessárias, caso se opte pela concessão destes serviços.

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XV. ASPECTOS E AVALIAÇÃO ECONÔMICO-FINANCEIRA – VIABILIDADE - PLANO DE NEGÓCIOS XV.1. – APRESENTAÇÃO O presente Produto contempla os Estudos de Viabilidade Econômico-financeira desenvolvidos no âmbito do Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI) relativos aos estudos para a prestação de serviços de Gestão, Estruturação de Projetos de Implantação, Expansão, Restauração e Operação do Sistema de Abastecimento de Água (SAA) e Coleta e Tratamento de Esgoto (SES) no Município de Nanuque/MG, através de uma Concessão Comum. Os estudos, aqui apresentados, foram elaborados com a utilização de modernos fundamentos de economia e finanças, visando à adequabilidade do modelo aos padrões do mercado, para eventual outorga da concessão ora em estudo, através de futura licitação. Além do levantamento das receitas de água, esgoto e serviços, dos investimentos projetados, dos custos e despesas operacionais e das demais despesas tributárias e financeiras, o modelo de análise de viabilidade utilizado, denominado Modelo Econômico Financeiro (MEF), tem como base a técnica de Fluxo de Caixa Descontado, metodologia essa amplamente utilizada e aceita mundialmente, cumprindo-se ressaltar que a mesma é adotada em diversos outros processos de estudos de viabilidade econômico-financeira de concessões na área de saneamento básico. São apresentados, ao longo deste documento, as premissas que impactam o projeto, quais sejam: variáveis macroeconômicas, taxas de amortização e depreciação, premissas tributárias, necessidades de capital de giro, premissas financeiras, entre outras.

XV.2. – PREMISSAS PARA O MODELO

XV.2.1. – PREMISSAS MACROECONÔMICAS Para o desenvolvimento de um Estudo de Viabilidade Econômico-financeira é necessária a adoção de premissas macroeconômicas, relacionadas às projeções do comportamento da economia em que se insere o estudo para o período analisado, no caso presente, de 30 anos. Desta maneira foi definida série para a expectativa de inflação para o mesmo período. O critério utilizado foi de se adotar para os próximos 05 anos as projeções das pesquisas “Focus” do Banco Central (base último relatório de setembro/2019) e, para os demais 25 anos, os valores da meta governamental futura, de 3,50% ao ano, para os anos de 2024 até o término da concessão. No quadro a seguir, é apresentada a projeção de inflação considerada.

174 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

Ano 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 INFLAÇÃO 3,48 3,79 3,77 3,60 3,55 3,50 3,50 3,50 3,50 3,50 (%) Ano 2029 2030 2031 2032 2033 2034 2035 2036 2037 2038 INFLAÇÃO 3,50 3,50 3,50 3,50 3,50 3,50 3,50 3,50 3,50 3,50 (%) Ano 2039 2040 2041 2042 2043 2044 2045 2046 2047 2048 INFLAÇÃO 3,50 3,50 3,50 3,50 3,50 3,50 3,50 3,50 3,50 3,50 (%)

XV.2.2. – PREMISSAS TRIBUTÁRIAS Os tributos e impostos que incidem sobre um projeto de Concessão são o ISS, PIS/PASEP, COFINS, Imposto de Renda, Adicional de Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido, sendo suas bases de cálculo e respectivas alíquotas apresentadas a seguir:

 ISS - A base de cálculo do ISS é o faturamento bruto. Para os serviços de Saneamento Básico existe legislação própria que isenta de ISS estes serviços. Assim, a alíquota considerada foi de 0%.

 PIS/PASEP e COFINS - Foram analisadas duas situações diferentes para a aplicação do PIS/PASEP e COFINS, a saber: (1) para a opção da adoção da sistemática de taxação através do Lucro Presumido e (2) para a opção da adoção da sistemática de taxação através do Lucro Real. Para o primeiro caso, a base de cálculo é o faturamento bruto e as alíquotas são, respectivamente, de 0,65% e 3,00%. Já para o segundo caso, a base de cálculo é também o faturamento bruto, mas as alíquotas são, respectivamente, de 1,65% e 7,60%. Neste segundo caso, foram ainda considerados, a favor da concessionária, os créditos sobre os pagamentos efetuados por ela, em conformidade com a legislação da não cumulatividade de tais tributos.

 IMPOSTO DE RENDA - Também para o Imposto de Renda foram consideradas as duas situações acima citadas, sistemática de taxação pelo Lucro Presumido e pelo Lucro Real. Para o primeiro caso a base de cálculo é 32% do valor do faturamento bruto e a alíquota é de 15%. Para o segundo caso a base de cálculo é o Lucro Líquido antes dos impostos, apurado através dos procedimentos contábeis vigentes, aplicando-se também a alíquota é de 15%.

 ADICIONAL DO IMPOSTO DE RENDA – Novamente, para o Adicional do Imposto de Renda, foram consideradas as duas situações acima citadas, sistemática de taxação pelo Lucro Presumido e pelo Lucro Real. Para o primeiro caso, a base de

175 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

cálculo é o valor que exceder a R$ 240 mil por ano de 32% do valor faturamento bruto, e a alíquota é de 10%. Para o segundo caso, a base de cálculo é o valor que exceder a R$ 240 mil por ano do Lucro Líquido antes dos impostos, apurado através dos procedimentos contábeis vigentes, aplicando-se também a alíquota é de 10%.

 CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO LÍQUIDO – Mais uma vez, para Contribuição Social sobre o Lucro Líquido, foram consideradas as duas situações acima citadas, sistemática de taxação pelo Lucro Presumido e pelo Lucro Real. Para o primeiro caso a base de cálculo é 32% do valor do faturamento bruto e a alíquota é de 9%. Para o segundo caso a base de cálculo é o Lucro Líquido antes dos impostos, apurado através dos procedimentos contábeis vigentes, aplicando-se também a alíquota de 9%.

Para todos os tributos e impostos foram realizados os cálculos para as duas situações, Lucro Presumido e Lucro Real, e, nestes estudos, foi adotada a sistemática mais vantajosa para a futura concessionária, o que tem como consequência a obtenção de uma Taxa Interna de Retorno (TIR) superior. Na aba “Painel de Controle” da planilha “MODELO_ECONÔMICO_FINANCEIRO_CONCESSÃO_SANEAMENTO_NANUQUE _MG” é possível se fazer a escolha entre as duas situações, possibilitando a visualização da melhor situação a ser adotada.

XV.2.3. – PREMISSAS RELATIVAS Á DEPRECIAÇÃO A depreciação fiscal, conforme as normas vigentes, foi considerada idêntica à Amortização Contábil do Ativo Intangível que, por sua vez, foi calculada em função da relação do Faturamento Bruto de cada ano, através da divisão do Faturamento Bruto do ano da amortização pela soma do Faturamento Bruto total do período restante da concessão, sendo que em um Fluxo de Caixa a Valores Constantes (sem inflação) a depreciação é deflacionada utilizando-se o IPCA projetado para efetuar-se tal deflação.

XV.2.4. – ANÁLISE PRELIMINAR DA FINANCIABILIDADE DO PROJETO Existem hoje, no mercado financeiro nacional, diversas linhas de financiamento para projetos na área de saneamento básico, tais como Debêntures de Infraestrutura Incentivadas, Fundos de Investimento em Infraestrutura, BNDES Finem - Saneamento Ambiental e Recursos Hídricos, Programa Saneamento para Todos da CEF, além de outros menos comuns ou amplamente acessíveis.

O projeto aqui em estudo, se enquadra perfeitamente em quaisquer das linhas de financiamento acima citadas, mas, no entanto, a análise efetuada por consultores especializados aponta, até os dias de hoje, como mais vantajosas para o projeto as

176 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

linhas praticadas pelo BNDES e CEF, por se tratarem de linhas incentivadas pelo governo e acessíveis a qualquer tomador em boa situação financeira.

Não se visualiza qualquer entrave a obtenção pela futura concessionária dos financiamentos necessários à implementação do projeto aqui tratado, já que estes estudos apontam para a viabilidade econômico-financeira do projeto, demonstrada no Modelo Econômico Financeiro (MEF) apresentado. Desta maneira, passa-se a seguir a apresentar as condições básicas destas duas linhas de financiamento. Para o financiamento na Linha BNDES Finem - Saneamento Ambiental e Recursos Hídricos as condições básicas, apresentadas no site do banco, são as seguintes:  Prazo de Carência - de até seis meses após a entrada do projeto em operação comercial;  Prazo de Amortização - O prazo máximo de financiamento é de 34 anos. Esse prazo compreende o prazo de carência e o prazo de amortização e é determinado em função da capacidade de pagamento do empreendimento, do cliente e do grupo econômico;  Juros durante o Prazo de Carência - durante o período de carência os juros poderão ser capitalizados ou pagos pelo cliente;  Custos Financeiros compostos pela somatória de três parcelas: (1) Juros - TLP, hoje (setembro/2019) com valor de 3,86% a.a., variando ano a ano conforme as Premissas Financeiras adotadas; (2) Spread do Setor de 0,9% e (3) Spread de Risco - As condições do FINEM preveem um spread de risco que depende de análise de “rating” do Projeto e dos Acionistas da Concessionária;  Valor total do Custo Financeiro = [(1 + Taxa de Juros) x (1 + Spread do Setor + Spread de Risco) - 1), estimado para hoje (setembro/2019) no entorno de 7,80% a.a., variando ao longo dos anos da execução do projeto conforme as Premissas Financeiras adotadas para a TLP;  Percentual Financiável dos Investimentos - Atualmente o percentual máximo de financiamento da linha FINEM para o setor é de até 95% do valor total do projeto, limitada a 100% dos itens financiáveis;  Garantias - garantias reais (tais como hipoteca, penhor, propriedade fiduciária, recebíveis, etc) e/ou pessoais (tais como fiança ou aval), definidas na análise da operação, sendo possível o financiamento em “project finance”, cujas garantias são oriundas do próprio projeto;  Índice de Cobertura do Serviço da Dívida - ICSD – para o caso do financiamento em “project finance”, é exigido que o índice de cobertura do serviço da dívida tenha um valor mínimo de 1,3, conforme metodologia de cálculo do BNDES, incluindo todos os serviços das dívidas da concessionária.

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Para o financiamento na Linha Programa Saneamento para Todos da CEF as condições básicas, apresentadas no site do banco, são as seguintes:  Prazo de Carência - Correspondente ao prazo originalmente previsto para a execução de todas as etapas calculadas para o cumprimento do objeto contratual, acrescido de até 4 meses, limitado a 48 meses contados a partir da assinatura do contrato de financiamento, sendo permitida a prorrogação por até metade do prazo de carência originalmente pactuado;  Prazo de Amortização - Até 240 meses nas modalidades Abastecimento de Água, Esgotamento Sanitário e Manejo de Águas Pluviais e Saneamento Integrado;  Juros durante o Prazo de Carência - durante o período de carência os juros são pagos normalmente;  Custos Financeiros compostos pela somatória de três parcelas: (1) Juros - à taxa nominal de 6% a.a.; (2) Remuneração CAIXA - 2% sobre o saldo devedor e (3) Taxa de Risco de Crédito - definida conforme a análise cadastral do solicitante, limitado a 1% a.a.  Valor total do Custo Financeiro = estimado para hoje (2018) no entorno de 9,0% a.a.;  Percentual Financiável dos Investimentos - Contrapartida Mínima: em operações com o setor privado, o valor correspondente à contrapartida mínima é 20% do Valor dos Investimentos, ou seja, é possível o financiamento de 80% do Valor dos Investimentos;  Garantias - garantias reais (tais como hipoteca, penhor, propriedade fiduciária, recebíveis, etc) e/ou pessoais (tais como fiança ou aval), definidas na análise da operação, não sendo praxe da CEF o financiamento na modalidade “project finance;  Índice de Cobertura do Serviço da Dívida - ICSD – na análise de crédito, independente do financiamento não ser na modalidade de “project finance”, é exigido que índice de cobertura do serviço da dívida tenha um valor mínimo de 1,3, incluindo todos os serviços das dívidas da concessionária.

178 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

XV.3. PLANO DE NEGÓCIOS REFERENCIAL a. Projeção Populacional b. Demanda de Água c. Demanda de Esgoto d. Projeção de Receitas e. Investimentos f. Cronograma Físico-Financeiro de Investimentos g. Despesas Operacionais h. Despesas Administrativas i. Manutenções Programadas j. Manutenção de Redes k. ETAs - Resumo l. ETEs – Resumo m. Fluxo de Caixa da Concessão – TIR do Projeto

179 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

– Plano de Negócios Referencial

a. Projeção Populacional

180 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

– Plano de Negócios Referencial

b. Demanda de Água

181 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

– Plano de Negócios Referencial

c. Demanda de Esgoto

182 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

– Plano de Negócios Referencial

d. Projeção de Receitas

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– Plano de Negócios Referencial

e. Investimentos

184 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

– Plano de Negócios Referencial

f. Cronograma físico financeiro de Investimentos

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– Plano de Negócios Referencial

g. Despesas Operacionais

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– Plano de Negócios Referencial

h. Despesas Administrativas

187 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

– Plano de Negócios Referencial

i. Manutenções Programadas

188 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

– Plano de Negócios Referencial

j. Manutenção de Redes

189 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

– Plano de Negócios Referencial

k. ETAs - Resumo

190 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

– Plano de Negócios Referencial

l. ETEs - Resumo

191 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

– Plano de Negócios Referencial

m. Fluxo de Caixa da Concessão – TIR do Projeto

192 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

XVI. ASPECTOS JURÍDICO-INSTITUCIONAIS – PROPOSTAS E MINUTAS XVI.1 PARECER DE VIABILIDADE JURÍDICA DO PROJETO

XVI.2 MINUTA DE ATO DE JUSTIFICATIVA DA CONCESSÃO DOS SERVIÇOS PÚBLICOS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO DO MUNICÍPIO

XVI.3 MINUTA DE DECRETO APROVANDO O REGULAMENTO DE PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO

XVI.4 MINUTA DO EDITAL DE CONCESSÃO DOS SERVIÇOS PÚBLICOS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO

Anexos ao Edital:

I. Minuta do Contrato de Concessão; II. Estrutura Tarifária e Tabela de preço e prazos de serviços não tarifados; III. Informações para Elaboração da Proposta Técnica; IV. Informações para Elaboração da Proposta Comercial; V. Termo de Referência (minuta); VI. Regulamento dos Serviços Públicos de Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário; VII. Modelos de Declarações; VIII. Relação de Bens Reversíveis (minuta); IX. Plano Municipal de Saneamento Básico – Atualização 2018; X. Modelos de Plano de Negócios (Quadros de 1 a 19); XI. Matriz de Risco.

XVI.5 MINUTA DE CONTRATO DE INTERDEPENDÊNCIA

XVI.6 MINUTA DE CONVÊNIO DE COOPERAÇÃO

XVI.7 MINUTA DE LEI QUE AUTORIZA CELEBRAR CONVÊNIO DE COOPERAÇÃO

XVI.8 SITUAÇÃO DO CONVENIO ENTRE O MUNICÍPIO E A FUNASA

XVI.9 MINUTA DE CHAMAMENTO PARA CONSULTA PÚBLICA DO EDITAL DE CONCORRÊNCIA

XVI.10 MINUTA DE AVISO DE LICITAÇÃO

193 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

XVI.1 PARECER DE VIABILIDADE JURÍDICA DO PROJETO

194 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

XVI.2 MINUTA DE ATO DE JUSTIFICATIVA DA CONCESSÃO DOS SERVIÇOS PÚBLICOS DE ABASTECIMENTE DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO DO MUNICÍPIO

195 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

XVI.3 MINUTA DE DECRETO APROVANDO O REGULAMENTO DE PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO

196 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

XVI.4 MINUTA DO EDITAL DE CONCESSÃO DOS SERVIÇOES PÚBLICOS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO Anexos ao Edital:

I. Minuta do Contrato de Concessão; II. Estrutura Tarifária e Tabela de preços e prazos de Serviços não Tarifados; III. Informações para Elaboração da Proposta Técnica; IV. Informações para Elaboração da Proposta Comercial; V. Termo de Referência (minuta); VI. Regulamento dos Serviços Públicos de Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário; VII. Modelos de Declarações; VIII. Relação de Bens Reversíveis (minuta); IX. Plano Municipal de Saneamento Básico – Atualização 2018; X. Modelos de Plano de Negócios (Quadros de 1 a 19); XI.Matriz de Risco.

197 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

XVI.5 MINUTA DE CONTRATO DE INTERDEPENDÊNCIA

198 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

XVI.6 MINUTA DE CONVÊNIO DE COOPERAÇÃO

199 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

XVI.7 MINUTA DE LEI QUE AUTORIZA CELEBRAR CONVÊNIO DE COOPERAÇÃO

200 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

XVI.8 SITUAÇÃO DO CONVENIO ENTRE O MUNICÍPIO E A FUNASA O Convênio a que se refere o PMSB – Atualização 2018 é o de n.º 679527 (TC/PAC 0524/2014), firmado entre Município de Nanuque-MG e FUNASA, no ano de 2014, tendo por objeto a destinação de recursos para a implantação e melhorias dos sistemas públicos de esgotamento sanitário do Município.

A vigência do contrato de execução das obras, relativas ao Convênio, se encerrou em junho de 2018. No ano de 2019, a sua vigência foi prorrogada para até 06/05/2020. Conforme Extratos a seguir:

Tais informações convergem com as disponibilizadas no Portal de Transparência do Governo Federal, conforme se verifica na Planilha “Relação de Convênios – Nanuque-MG” abaixo:

De acordo com o PMSB Atualização 2018, o fluxo de liberação dos valores do convenio é a seguinte: • Valor total do convênio – R$ 15.794.887,40; • Valor liberado pela FUNASA na 1ª parcela – R$3.228.331,73; • Saldo do convênio – R$12.566.555,67 – Tempo de execução de acordo com a vigência do convênio; • Valor executado até a 8ª medição – R$2.327.212,63;

201 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

XVI.9 MINUTA DE CHAMAMENTO PARA CONSULTA PÚBLICA DO EDITAL DE CONCORRÊNCIA

202 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200

XVI.10 MINUTA DE AVISO DE LICITAÇÃO

203 Av. Álvares Cabral, nº 1777, Sala 1701, Bairro Lourdes, Belo Horizonte / MG – CEP: 30170-001 CNPJ: 01.127.225/0001-76 (31) 3516-0200