ESTADO DO MUNICÍPIO DE ERVAL GRANDE SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

ERVAL GRANDE

ERVAL GRANDE - RS, 2015

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ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL MUNICÍPIO DE ERVAL GRANDE Av. Capitão Batista Grando, n. 242, Centro - CEP 99750 - 000 – CNPJ: 87.613.436/0001-34 Fones 0xx(54)-3375-1144 e 3375-1114 e Fax 0xx(54)-3375-1331 SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCACÃO

PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

DE ERVAL GRANDE

PERÍODO: 2015 À 2025

Erval Grande - RS, Maio, 2015 2

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ...... 4 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO ...... 5 CARACTERÍSTICAS GERAIS DO MUNICÍPIO ...... 6 SITUAÇÃO EDUCACIONAL DO MUNICÍPIO ...... 8 EDUCAÇÃO INFANTIL ...... 10 Diagnóstico ...... 10 Diretrizes ...... 12 Objetivos ...... 14 ENSINO FUNDAMENTAL ...... 15 Diagnóstico ...... 15 Diretrizes ...... 18 Objetivos ...... 18 ENSINO MÉDIO ...... 20 Filosofia da Escola ...... 20 Objetivos ...... 20 Ensino Médio Politécnico ...... 20 Objetivos do Ensino Médio Politécnico ...... 21 Diretrizes do Ensino Médio Politécnico ...... 21 EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS ...... 23 Diagnóstico ...... 23 Objetivos ...... 23 EDUCAÇÃO ESPECIAL ...... 24 Diagnóstico ...... 25 Diretrizes ...... 26 Objetivos ...... 26 FORMAÇÃO DOS PROFESSORES E ...... 28 VALORIZAÇÃO DO MAGISTÉRIO...... 28 Diagnóstico ...... 28 Diretrizes ...... 30 Objetivos ...... 31 ACOMPANHAMENTO, CONTROLE E AVALIAÇÃO ...... 32 GESTÃO DEMOCRÁTICA ...... 33 AÇÕES COMPLEMENTARES ...... 34 METAS DO PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO ...... 35 METAS DO PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO E AS ...... 35 ESTRATEGIAS ESTIPULADAS PELO MUNICÍPIO PARA ATINGÍ-LAS ...... 35

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INTRODUÇÃO

Um Plano Municipal de Educação - PME - não é somente da Rede de Ensino do Município, mas sim um Plano de Educação de todo o Município. Assim, o PME deve estabelecer diretrizes, objetivos e metas para a Educação Infantil, o Ensino Fundamental, o Ensino Médio e para a Educação Superior no Município, de acordo com o levantamento da realidade local e com diálogos com os responsáveis por esses níveis de escolarização. Deve ser elaborado em consonância com o Plano Nacional de Educação e com o Plano Estadual de Educação e, ao mesmo tempo, garantindo a identidade e a autonomia do Município. Em atendimento ao que determina a Constituição Federal, art. 214, a LDB, art. 9° e 87, e a Lei Federal n° 13.005 de 25 de junho de 2014, o Município se propôs a elaborar o Plano Municipal de Educação de Erval Grande que venha a atender as necessidades educacionais, com período de vigência de dez anos, sendo de 2015 à 2025. Com base na evolução histórica, política, cultural e econômica do município, propomos um incentivo à educação para todos, sempre em regime de colaboração com Estado e a União, dando oportunidade e condições desde a Educação Infantil, o Ensino Fundamental, o Ensino Médio, o Ensino Médio Profissionalizante e Superior, de acordo com as possibilidades da esfera municipal. O PME visa promover e aprimorar o ensino da rede municipal e estadual de educação, devendo ser avaliado periodicamente para que possa ser ajustado conforme as necessidades e a realidade em que se apresenta. O PME de Erval Grande foi elaborado de acordo com as Leis vigentes, em consonância com o Plano Nacional de Educação, em caráter democrático e adequando-o a realidade do Município, visando assim melhorar o ensino em todo seu parâmetro educacional.

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DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

Estado: Rio Grande do Sul Município: Erval Grande Prefeito: Agustino Sinski Vice-Prefeito: Hilario Lolatto Secretário Municipal de Educação: Alesandro Luiz Serafini Presidente do Conselho Municipal de Educação: Fabiana Fátima Grokaliski

Comissão de Elaboração do Plano Municipal de Educação: Alesandro Luiz Serafini Cleusa Salete Marcon Elisete Pietroski Nonnenmacher Janete Kuffel Tasca Lorisa Marcia Richwicki Marilia Zardo Oliveira Marines Dal Castel de Cezaro Maritania Matiello Nicanor Marcon Noeli Terezinha Guerezi Rosane Sartori Soraya Suzi Vicari Schneider da Costa

Secretarias, Entidades e Círculos de Pais e Mestres envolvidos na elaboração do PME: Secretaria Municipal de Educação Conselho Municipal de Educação CPM da Escola Municipal de Ensino Fundamental Pinhalzinho CPM da Escola Municipal de Ensino Fundamental Sete de Setembro CPM da Escola Municipal de Ensino Fundamental Tancredo Neves CPM da Escola Municipal de Ensino Fundamental Miguel Pietroski CPM da Escola Municipal de Educação Infantil Dr. Amaury Darcy Bisognin Poderes Executivo e Legislativo

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CARACTERÍSTICAS GERAIS DO MUNICÍPIO

Erval grande está localizado no extremo Norte do Estado do Rio Grande do Sul, na região do Alto Uruguai, tendo como limites: ao Norte, o Estado de Santa Catarina; ao Sul, o Município de São Valentim; a Leste, o Município de e a Oeste, os Municípios de e . Está a 450km da Capital do Estado, e a 58km do Município pólo da região, , de onde são advindos a maioria dos produtos do comércio local e particulares; além da comercialização de boa parte da produção de grão, suínos e bovinos. De Erechim dependem também todas as atividades e transações realizadas em nível de Estado e grande parte do atendimento médico. Em Chapecó, Santa Catarina, localizado a 46km de distância, são adquiridos produtos comerciais de todos os gêneros, é a cidade onde muitos estudantes ervalenses frequentam universidades e cursos técnico-profissionalizantes. O Município apresenta abundância de mananciais hídricos, fontes de água, sangas, córregos, riachos e rios de grande porte. Entre os principais rios que cortam o Município, aparece o Rio Uruguai e o Rio , os quais apresentam uma vazão elevada e possuem como principais afluentes nessa área o Riacho Jacutinga, o Rio Douradinho e o Rio Lajeado Grande. A colonização da região, onde hoje é o território do Município de Erval Grande, aconteceu por volta de 1927 quando algumas famílias se instalaram com o objetivo de explorar a madeira e a erva mate que, na época, existia em abundância. O nome Erval Grande se deu devido a grande quantidade de ervais nativos, o que hoje já não ocorre mais. O Município iniciou sua história com a chegada das famílias de Capitão Batista Grando, de origem italiana e Marino Aires, de origem cabocla, sendo este o primeiro comerciante da época. Com o passar do tempo outras origens como a polonesa e a alemã foram constituindo a população. Os moradores no início da colonização viviam da exploração da erva mate nativa e da madeira retirada da mata e transportada através de balsas pelo Rio Uruguai para outras cidades. No ano de 1937 realizou-se a primeira festa da Paróquia Nossa Senhora do Pedâncino, atual Paróquia Nossa Senhora da Glória. Em 22 de agosto de 1949, Erval Grande tornou-se Distrito de Erechim. A emancipação do Município ocorreu no dia 16 de fevereiro de 1959 através da Lei Estadual nº 3.715, sancionada pelo Governador Leonel Brizola, porém, a instalação oficial se deu somente em 7 de junho de 1959. A Religião predominante no Município é a Católica, mas nos últimos anos tem se desenvolvido várias outras religiões. Recentemente Erval Grande recebeu o nome de "Capital Nacional das Azaléias", em virtude da grande quantidade desta espécie, que quando floridas muito embelezam a cidade.

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Erval Grande possui uma extensão de 283km² e sua altitude é de 750m acima do nível do mar. A população do município é de 5.163 habitantes, conforme censo de 2010. Divisão política: 1° Distrito – Sede 2° Distrito – Santana 3° Distrito – Secção Sete de Setembro 4° Distrito – Goio-En 5° Distrito – Pinhalzinho Atualmente as atividades se diversificaram, tais como: agricultura, prestação de serviços 47,9%, agropecuária 45% e indústria 7,1% (Fonte: IBGE Censo 2010). Entre as atividades agropecuárias destacam-se: avicultura, suinocultura, bovinocultura de corte e leite, cultivo de grãos, fruticultura em geral, fumicultura e piscicultura. Para o abate de animais, o Município conta com um abatedouro. A agricultura familiar está em fase de expansão, com a existência de algumas agroindústrias. Os produtores produzem a matéria-prima, que passa por transformação em pequenas empresas, para posterior comercialização na região. Muitos produtos oriundos das empresas da agricultura familiar estão sendo usados na alimentação escolar. O Município conta também com comércio em geral, pequenas e médias empresas, indústrias de móveis, esquadrias, fabricação de tubetes e viveiros de mudas para reflorestamento. Existe também uma usina de reciclagem e separação do lixo produzido no município de Erval Grande e também do lixo classificado de outros municípios vizinhos. O município conta com um modesto serviço de hotéis, restaurantes e similares. Existem diferentes casas bancárias para atender a população. Na área da saúde, o município conta com um hospital municipalizado, posto de saúde mantidos pela prefeitura, onde são oferecidos atendimentos gratuitos e desenvolvidos programas como: Saúde Preventiva, PSF e Agentes de Saúde, Saúde Bucal, atendimento à gestantes. Ainda, na área de saúde, os ervalenses utilizam centros regionais e estaduais para consultas e tratamentos específicos. Erval Grande possui uma Biblioteca Pública Municipal, um Museu e um Laboratório Municipal de Informática, onde é desenvolvido o Programa de Inclusão Digital, com cursos gratuitos para toda a população. Além disso, o Programa ALFA está em andamento alfabetizando pessoas que não tiveram a oportunidade de alfabetização.

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SITUAÇÃO EDUCACIONAL DO MUNICÍPIO

O município pertence à 15ª Coordenadoria Regional de Educação de Erechim-RS (15ª CRE), contando com as redes municipal e estadual de ensino. A rede municipal oferece educação infantil para crianças de 0 a 5 anos, atendendo 151 crianças. O ensino fundamental é oferecido em quatro escolas municipais, totalizando 335 alunos. Das cinco escolas municipais, uma localiza-se no Bairro Tancredo Neves, uma na cidade e as demais na zona rural. Na rede estadual de ensino, o município conta com duas escolas na zona urbana; a Escola Estadual de Ensino Fundamental Ângelo Emilio Grando com cinco turmas de 1º ao 5º ano totalizando 107 alunos e a Escola Estadual de Ensino Médio Erval Grande com turmas de 4º ano do Ensino Fundamental até o 3º ano do Ensino Médio, totalizando 304 alunos. As redes municipal e estadual desenvolvem várias ações em parceria, como por exemplo, programas de formação docente, integrações em atividades culturais e educacionais, palestras, gincanas e outros eventos. O Município aderiu ao Programa Mais Educação que atende os educandos com diversas oficinas, tais como, acompanhamento pedagógico, teatro, atletismo, horta escolar, dança, música, rádio escolar e direitos humanos. Os alunos da rede municipal e estadual contam com atendimento odontológico, psicológico, fisioterapia, nutricionista, atendimento clínico em geral e atendimento de emergência, em parceria com a Secretaria de Saúde e, em regime de colaboração com o Estado e a União. A educação de Jovens e Adultos -EJA- não é oferecido no município, mas alunos interessados nesta modalidade de ensino, buscam estudos em outras cidades. Além disso, é incentivado a realização de provas em Passo Fundo no Núcleo Estadual de Educação de Jovens e Adultos (NEEJA). A Secretaria Municipal de Educação auxilia com fornecimento de transporte para a frequência nas aulas e a realização das provas, bem como, nas inscrições. O transporte escolar é gratuito e atende as redes municipal e estadual, transportando 435 alunos da rede municipal de ensino, mais 37 alunos da Escola Estadual de Ensino Fundamental Ângelo Emilio Grando e 175 alunos da Escola Estadual de Ensino Médio Erval Grande, totalizando 647 alunos transportados diariamente. Há subsídios para o transporte para estudantes de cursos técnicos e universitários que estudam em diversas cidades da Região Sul do País. A tabela abaixo mostra o quadro de docentes da rede municipal e estadual, sua área de atuação e suas respectivas formações. A maioria dos professores do Município possuem cursos de pós-graduação em nível de especialização. Sente-se a necessidade de ampliar o índice de formação de professores em nível de mestrado.

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Quadro de docentes da Educação Infantil e Ensino Fundamental da rede municipal Área de atuação Creche Pré- 'B' 1º ao 5º 6º ao 9º Sala de Direção de Total Formação e Ano do ano do Recursos Escola e Pré 'A' Ens. Ens. Multifun Funções Fund. Fund. cional. Pedagógicas. Ens. Médio / 0 0 2 0 0 0 2 Magistério Graduação / Licenciatura 0 0 2 0 0 0 2 Plena Pós- Graduação: 9 3 16 14 2 8 52 Especialização Mestrado 0 0 0 1 0 0 1 Doutorado 0 0 0 0 0 0 0 Total 9 3 20 15 2 8 57 Inclusos no quadro demonstrativo estão as pessoas que fazem parte da Secretaria Municipal de Educação, equipe diretiva e assessoria pedagógica.

Quadro de docentes do Ensino Fundamental e Ensino Médio da rede estadual Área de atuação Formação 1º ao 5º ano 6º ao 9º ano Ensino Médio Total Ensino Fundamental 0 0 0 0 Ensino Médio 0 0 0 0 Ensino Médio (Magistério) 0 0 0 0 Graduação / Licenciatura Plena 1 0 0 1 Pós-graduação: Especialização 7 15 11 33 Mestrado 0 0 0 0 Doutorado 0 0 0 0 Total 8 15 11 34

Vários investimentos vêm sendo realizados, como por exemplo, ampliação e melhorias na infraestrutura das escolas. Em 2013 e 2014 foram adquiridos 06 veículos novos para o transporte escolar e 01 veículo para a Secretaria Municipal de Educação, bem como, aquisição de material de apoio pedagógico, contratação de nutricionista e professor de informática. A Secretaria de Educação aderiu ao PNAIC (Programa Nacional de Alfabetização na Idade Certa), ao Programa Mais Educação, Atleta na Escola, Escola Sustentável e Escola do Campo. Temos em fase de conclusão uma quadra poliesportiva coberta com vestiário no Bairro Tancredo Neves e uma escola com seis salas de aula no povoado de Vila Nova. 9

EDUCAÇÃO INFANTIL

Diagnóstico

A demanda pela educação infantil no Brasil e no mundo vem crescendo de forma acelerada nas últimas décadas, o principal fator desse crescimento é a necessidade dos pais deixarem seus filhos em Instituições de Ensino para que sejam cuidados, uma vez que há um aumento expressivo da participação da mulher no mercado de trabalho, por outro lado as pessoas perceberam a importância do desenvolvimento da criança na primeira infância, o que motiva demandas por uma educação institucional para crianças de zero a cinco anos. A Constituição Federal estabelece o direito à educação das crianças de zero a cinco anos. De acordo com a LDB, a oferta da educação infantil é por faixa etária:

Art. 30. A educação infantil será oferecida em: I - creches, ou entidades equivalentes, para crianças de até três anos de idade; II - pré-escolas, para as crianças de 4 (quatro) a 5 (cinco) anos de idade. (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)

A lei federal n°12.796, de 04 de abril de 2013, alterou o artigo 6° da LDB, que passou a ter a seguinte redação: “Art. 6°- É dever dos pais ou responsáveis efetuar a matrícula das crianças na educação básica a partir dos quatro anos de idade.” No Município de Erval Grande, 147 crianças de zero a cinco anos freqüentam as escolas na rede municipal. Conforme as tabelas abaixo, podemos perceber que houve uma evolução no atendimento de crianças de 0 a 5 anos de idade no Município nos últimos anos.

Evolução do atendimento da população de 0 a 5 anos na Rede Municipal Ano Dados da educação infantil 2011 2012 2013 2014 2015 Atendimento a população de 0 a 1 ano _ _ _ 07 08 Atendimento a população de 1 a 2 anos _ _ _ 12 15 Atendimento a população de 2 a 3 anos _ _ _ 21 24 Atendimento a população de 3 a 4 anos _ 02 05 24 24 Atendimento a população de 4 a 5 anos 29 44 44 50 37 Atendimento a população de 5 a 6 anos 36 15 45 53 39

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Evolução do atendimento da população de 0 a 5 anos na Rede Estadual Ano Dados da educação infantil 2011 2012 2013 2014 2015 Atendimento a população de 0 a 1 ano _ _ _ _ _ Atendimento a população de 1 a 2 anos _ _ _ _ _ Atendimento a população de 2 a 3 anos _ _ _ _ _ Atendimento a população de 3 a 4 anos _ _ _ _ _ Atendimento a população de 4 a 5 anos _ _ _ _ _ Atendimento a população de 5 a 6 anos 25 18 13 _ _

A Educação Infantil para crianças de até três anos de idade, é oferecida na Escola Municipal de Educação Infantil Dr. Amaury Darci Bisognin, atendendo 71 alunos. A educação infantil: pré-escolas, para as crianças de 4 (quatro) a 5 (cinco) anos de idade, é oferecida nas seguintes escolas: Escola Municipal de Educação Infantil Dr. Amaury Darci Bisognin, atendendo 29 alunos; Escola Municipal de Ensino Fundamental Miguel Pietroski, atendendo 30 alunos; Escola Municipal de Ensino Fundamental Sete de Setembro, atendendo 17 alunos. Os alunos que frequentam a educação infantil são oriundos da zona urbana, e da zona rural. Os que residem distante, utilizam o transporte municipal. O horário de atendimento da Educação Infantil nas Escolas Municipais de Ensino Fundamental é das 13:00 h às 17:00 h, e na Escola Municipal de Educação Infantil Dr. Amaury Darci Bisognin é das 07:00 h às 17:45 h. As escolas têm como objetivo promover a integração com a comunidade, oportunizando o desenvolvimento cognitivo, motor, social e emocional das crianças, formando atitudes e habilidades. Preocupando-se também em preparar as crianças para a futura aprendizagem, socializando-a, criando uma imagem de valorização individual e da participação no meio ao qual estão inseridas. As escolas possuem espaço físico adequado para atendimento a esta clientela, contando com: salas próprias para educação infantil, biblioteca, refeitório, banheiros, parque infantil, brinquedos e material pedagógico. Todos os professores que trabalham na educação infantil possuem curso superior. Hoje contamos com uma coordenação pedagógica, que serve de elo entre direção, professores, pais e alunos, assessorando e orientando os mesmos, para uma melhor qualidade e eficiência da proposta pedagógica oferecida pela escola. A participação da Comunidade Escolar é incentivada através de reuniões periódicas, festas em datas comemorativas, palestras e seminários. Sabe-se que a boa alimentação é fundamental para o desenvolvimento da criança, seu crescimento a sua aprendizagem. A alimentação escolar oferecida aos alunos da Educação 11

Infantil é suficiente e de boa qualidade. Os alimentos são preparados com acompanhamento de uma nutricionista, sendo que muitos produtos são adquiridos da agricultura familiar. Além disso, os alunos recebem atendimento odontológico e psicológico gratuito, porém, há necessidade de ampliar estes atendimentos, bem como, possibilitar uma equipe médica com profissionais de diversas áreas para atendimento nas escolas. Também é importante a oferta de cursos de formação específicos para os profissionais que atuam na educação infantil. Conforme Lei Municipal nº: 1.406, de 05 de setembro de 2014, foi instituído o "Programa Criança Saudável" no município, que funcionará como um sistema de prevenção a doenças infantis por meio de atendimento médico na Escola Municipal de Educação Infantil Dr. Amaury Darci Bisognin. Art. II. O programa deverá contar com uma equipe de profissionais da saúde composta de médico, dentista, nutricionista, enfermeiro, técnico em enfermagem e assistente social, e prestará atendimento de avaliação ponderal (peso e altura), nutricional, atualização de vacinas, orientação preventiva (de diversas doenças) aos monitores da unidade de Educação Infantil os quais poderão posteriormente repassar aos pais.

Diretrizes

O atendimento educacional na primeira infância tem por finalidade o desenvolvimento integral da criança nos aspectos físico, psicológico, intelectual e social. Desde 1996 com a nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 9394/96), a educação infantil passou a integrar a Educação Básica, juntamente com o Ensino Fundamental e o Ensino Médio. Segundo a LDB em seu artigo 29:

A Educação Infantil é a primeira etapa da Educação Básica e tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança de zero a cinco anos de idade em seus aspectos físico, afetivo, intelectual, linguístico e social, complementando a ação da família e da comunidade (Lei nº 9.394/96, art. 29).

A Educação Infantil desde 1998 segue o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil, um documento equivalente aos Parâmetros Curriculares Nacionais que embasa os demais segmentos da educação Básica. Segundo os Referenciais, o papel da Educação Infantil é cuidar da criança em espaço formal, contemplando a alimentação, a limpeza e o lazer. Também é seu papel educar, sempre respeitando o caráter lúdico das atividades, com ênfase no desenvolvimento integral da criança.

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Não cabe à Educação Infantil alfabetizar a criança. Nessa fase ela não tem maturidade neural para isso, salvo os casos em que a alfabetização é espontânea. As crianças quando brincam com a sonoridade das palavras, reconhecendo semelhanças e diferenças entre os termos, ou quando manuseiam alguns materiais escritos, como revistas, gibis, livros, fascículos, estão recebendo informações sobre a escrita de maneira lúdica, o mesmo acontece quando o professor lê para a turma e serve de escriba na produção de textos coletivos. Os alunos que convivem com adultos alfabetizados, com livros em casa e aprendendo as letras no teclado do computador estão inseridos neste contexto, eles fazem parte de um mundo letrado, de um ambiente alfabetizador. Geralmente, os alunos que vivem na zona rural, onde a escrita não é tão presente, e, os que mesmo morando em centros urbanos, não têm contato com pessoas alfabetizadas e com os usos sociais da leitura e da escrita, estão fora deste contexto. A maior parte das crianças da escola pública precisa desse espaço para ter acesso a esse patrimônio cultural. A Educação Infantil é uma etapa essencial do desenvolvimento escolar das crianças. Ao democratizar o acesso à cultura escrita, ela contribui para minimizar diferenças socioculturais. Para que os alunos aprendam a ler e a escrever, é preciso que participem de atos de leitura e escrita desde o início da escolarização, mas é importante que isso ocorra de forma lúdica e prazerosa. Se a Educação Infantil cumprir seu papel, envolvendo os pequenos em atividades que os façam pensar e compreender a escrita, no final dessa etapa eles estarão naturalmente alfabetizados ou aptos a dar passos mais ousados em seus papéis de leitores e escritores. Conforme os Referenciais, devem ser trabalhados os seguintes eixos com as crianças: Movimento, Música, Artes Visuais, Linguagem Oral e Escrita, Natureza e Sociedade e Matemática. O objetivo é o de desenvolver algumas capacidades, como: ampliar relações sociais na interação com outras crianças e adultos, conhecer seu próprio corpo, brincar e se expressar das mais variadas formas, utilizar diferentes linguagens para se comunicar, entre outros. A ênfase da Educação Infantil é estimular as diferentes áreas de desenvolvimento da criança, aguçar sua curiosidade, sendo que, para isso, é imprescindível que a criança esteja no espaço escolar. Além do atendimento pedagógico, a Escola tem responsabilidades sociais que extrapolam o simples ensinar, especialmente para crianças carentes. Reforçando o Projeto Político Pedagógico da Escola, é importante o envolvimento da comunidade escolar na gestão da educação, organizando o Círculo de Pais e Mestres (CPM) e o Conselho Escolar. Também é preciso avançar mais nos Programas de Formação e de Qualificação dos Professores e Funcionários, oferecendo condições para participarem de cursos de formação específicos para a Educação Infantil, e para os pais, oferecendo palestras sobre

13 higiene, meio ambiente, alimentação, limites, valores morais, inclusão e controle de natalidade. É preciso assegurar à Escola, profissional competente para a Coordenação Pedagógica e dando prioridade aos profissionais licenciados em Pedagogia – Educação Infantil, para atenderem na 1ª fase da Educação Básica. A educação infantil, especialmente em creches, não deve ser obrigatória, pois não cabe à sociedade impor às famílias o atendimento de seus filhos em Instituições Educacionais e, em contrapartida, cabe ao Poder Público atender à demanda, dentro de suas possibilidades financeiras.

Objetivos

* Universalizar, até 2016, a educação infantil na pré-escola para crianças de quatro a cinco anos de idade e ampliar a oferta de educação infantil em creches de forma a atender, no mínimo, 50% das crianças de até três anos até o final da vigência deste Plano. * Assegurar, em regime de colaboração com o Estado e a União, cursos de formação continuada definida pelas normas educacionais para todos os dirigentes, professores e educadores assistentes que trabalham no Município. * Proporcionar, em regime de colaboração com o Estado e a União, atendimento psicológico, psicopedagógico e fonoaudiológico para as crianças que necessitam. * Incluir na grade curricular da Educação Infantil as seguintes áreas do conhecimento: Educação Física, Música e uma língua estrangeira.

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ENSINO FUNDAMENTAL

Diagnóstico

O objetivo principal do Ensino Fundamental, de acordo com a LDB (art.32), é a formação básica do cidadão, mediante o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos, o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo. É, portanto, prioridade oferecê-lo de boa qualidade a toda população brasileira. Conforme dados do Censo 2010, a população de Erval Grande é de 5.167 habitantes, e desses, 589 totalizam o número de alunos.

Escolas Estaduais – Ensino Fundamental 2014 Escolas 1º ao 5º ano 6º ao 9º ano Total Escola Est. de Ens. Fund. Ângelo Emílio Grando 99 0 99 Escola Estadual de Ensino Médio Erval Grande 34 119 153 Total: 133 119 252

Escolas Municipais - Ensino Fundamental 2014 Escolas 1º ao 5º ano 6º ao 9º ano Total E.M. de Ens. Fund. Miguel Pietroski 35 0 35 E.M. de Ens. Fund. Pinhalzinho 69 64 133 E.M. de Ens.Fund. Sete de Setembro 46 57 103 E.M. de Ens.Fund. Tancredo Neves 29 23 52 E.M. de Ens. Fund. Santana 14 0 14 Total: 193 144 337

O Ensino Fundamental na rede municipal, em 2014, era ministrado em cinco escolas, uma localizada no Bairro Tancredo Neves e quatro na zona rural. Em 2015, a Escola Municipal de Ensino Fundamental Santana foi desativada devido ao reduzido número de alunos. Todos os alunos da referida escola foram matriculados em outras escolas municipais. Os alunos, na maioria, são filhos de agricultores. As tabelas abaixo mostram o número de alunos matriculados nesta modalidade de ensino nas escolas do município.

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Levantamento de alunos do Ensino Fundamental da Rede Municipal 2011 2012 2013 2014 1º ao 5º 6º ao 9º 1º ao 5º 6º ao 9º 1º ao 5º 6º ao 9º 1º ao 5º 6º ao 9º 208 137 195 155 179 160 193 144 345 350 339 337

Levantamento de alunos do Ensino Fundamental da Rede Estadual 2011 2012 2013 2014 1º ao 5º 6º ao 9º 1º ao 5º 6º ao 9º 1º ao 5º 6º ao 9º 1º ao 5º 6º ao 9º 228 210 199 205 176 178 163 138 438 404 354 301

Todas as escolas municipais são na zona rural, atendendo filhos de pequenos agricultores; exceto a Escola Municipal de Ensino Fundamental Tancredo Neves, cujos alunos, residentes no Bairro de mesmo nome, são filhos, em sua maioria, de empregados temporários. Os alunos da rede municipal, sempre que necessário, recebem material escolar. As duas escolas estaduais estão localizadas na cidade e atendem alunos filhos de agricultores e empregados em geral. O período do Ensino Fundamental é de 9 anos, atendendo os alunos em 04 horas diárias, como prevê a LDB, art.34, nos turnos matutino e vespertino. As escolas possuem Regimento Escolar Padrão, aprovado pelo Conselho Estadual de Educação, Proposta Político – Pedagógica construída pela comunidade escolar, CPM constituído, e Conselho Escolar. Quanto aos programas suplementares, os alunos têm atendimento odontológico, psicológico, nutricional e médico, quando precisarem. Há atendimento em turno integral, (Programa Mais Educação), iniciado no ano de 2014, onde oportuniza os alunos a novos conhecimentos proporcionados pelas oficinas, ministradas pelo programa. Os alunos recebem atendimento quatro vezes por semana, sendo que fazem três horas por dia, num total de doze horas semanais, atingindo a demanda exigida pela LDB. Todas as escolas municipais possuem a infra-estrutura necessária para o atendimento da clientela. Nos anos de 2013 e 2014 foi ampliada a Escola Municipal de Ensino Fundamental Miguel Pietroski e realizada reformas em todas as outras escolas municipais. Neste período foram adquiridos mobiliário, equipamentos e material de apoio pedagógico para todas as escolas. As tabelas abaixo mostram as taxas de aprovação, reprovação e abandono da clientela escolar.

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Evolução das taxas de aprovação no Ensino Fundamental ANO 2011 2012 2013 2014 1º 30 39 21 39 2º 44 31 37 24 3º 49 37 34 45 4º 37 43 42 34 5º 38 35 45 45 6º 31 44 36 33 7º 30 39 41 27 8º 28 29 41 30 9º 22 26 29 33 Taxa Total 309 323 326 310 Fonte: SME Erval Grande

Evolução das taxas de reprovação no Ensino Fundamental ANO 2011 2012 2013 2014 1º 0 0 0 0 2º 0 0 0 0 3º 03 04 0 0 4º 03 05 0 05 5º 04 01 0 01 6º 07 05 01 10 7º 08 06 08 05 8º 07 02 02 02 9º 0 0 0 01 Taxa Total 32 23 11 24 Fonte: SME Erval Grande

Evolução das taxas de abandono no Ensino Fundamental ANO 2011 2012 2013 2014 1° 0 0 0 0 2º 0 0 0 0 3º 0 0 0 0 4º 0 0 0 0 5º 0 0 0 0 6º 0 01 0 01 7º 02 01 0 01 8º 01 01 01 01 9º 01 01 01 0 Taxa Total 4 4 2 3 Fonte: SME Erval Grande 17

Considerando-se o número expressivo de alunos que residem no interior, o município oferece transporte escolar de qualidade, percorrendo em média dois mil quilômetros diários. Os recursos recebidos do FNDE, para a aquisição da merenda escolar, para os alunos do Ensino Fundamental, são insuficientes, devendo ser suplementados com recursos próprios para corrigir essa situação. O mesmo ocorre com os recursos recebidos dos governos estadual e federal em relação ao transporte escolar.

Diretrizes

De acordo com a Constituição Federal Brasileira, o Ensino Fundamental é obrigatório e gratuito, inclusive para todos os que a ele não tiveram acesso em idade própria. É prioridade oferecê-lo a toda população brasileira. Os currículos escolares do Ensino Fundamental estão embasados nos parâmetros curriculares nacionais. Os temas transversais como ética, meio ambiente, pluralidade cultural, trabalho, saúde, entre outros, estão vinculados ao cotidiano escolar. É dever da Escola oferecer um ensino interdisciplinar, voltado para as relações com sua comunidade local e regional, visando a formação de um cidadão mais participativo. Para atender ao principio de um ensino de qualidade, faz-se necessária a ampliação da discussão e troca de experiências sobre temas como avaliação, inclusão, adequação do currículo e processo de ensino aprendizagem. É preciso avançar mais na busca de uma escola verdadeiramente democrática e inclusiva, na tentativa de solucionar a universalização do ensino e minimizar a evasão e repetência.

Objetivos

* Garantir, em regime de colaboração com o Estado e a União, a oferta do Ensino Fundamental de nove anos para toda a população de 06 a 14 anos residentes no Município, promovendo condições necessárias para a permanência na escola, garantindo que pelo menos 95% dos alunos concluam essa etapa na idade recomendada, até o último ano de vigência do PNE. * Regularizar o fluxo escolar nas escolas de Ensino Fundamental do Município, reduzindo as taxas de repetência, evasão, e a distorção série-idade, por meio de programas de aceleração da aprendizagem, como o: Pacto Nacional Pela Alfabetização na Idade Certa, o Programa Mais Educação em período integral além de medidas pedagógicas que garantem a efetiva aprendizagem.

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* Garantir, em regime de colaboração com o Estado e a União, no quadro de pessoal das escolas de Ensino Fundamental, uma equipe de suporte pedagógico para coordenar, acompanhar e orientar a execução da Proposta Política Pedagógica, assessorando os professores no desempenho da docência. * Fomentar a qualidade da educação básica em todas as etapas ou modalidades, objetivando a melhoria da aprendizagem e, consequentemente, aumentando o número do IDEB do Município. * Assegurar, até o final da vigência do PME, a existência de Planos de Carreira para os profissionais da educação básica municipal, priorizando os profissionais da educação que estiverem aptos ao regulamento dos níveis para aperfeiçoamento das classes (A, B e C). * Assegurar, em regime de colaboração com o Estado e a União, que todas as turmas das séries iniciais tenham o direito a aulas de Educação Física, Língua Inglesa e informática, com profissionais capacitados na área. * Assegurar que todos os professores dos anos iniciais do Ensino Fundamental, tenham o horário de planejamento (Hora Atividade), para preparar o seu Plano de Aula, preparar e corrigir provas, etc. * Buscar parceria junto ao Conselho Escolar e ao Conselho Tutelar para a resolução das diferentes situações que fazem parte do cotidiano escolar.

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ENSINO MÉDIO

Filosofia da Escola

A Escola empenhar-se –à em formar cidadãos conscientes de seu papel na construção de um mundo melhor, críticos, criativos, participativos, responsáveis, éticos, sujeitos de sua história, conscientes de seu papel na construção de uma sociedade justa e fraterna, através de instrução sólida.

Objetivos

* Dinamizar os órgãos da escola para que o processo e ensino aprendizagem seja mais eficiente. * Oferecer condições ao aluno para que possa adquirir consciência crítica, possibilitando- lhe a análise da realidade e tornando-o capaz de agir e interagir no meio em que vive, como cidadão responsável, para uma sociedade mais justa, humana e democrática. * Proporcionar atividades de integração entre Escola-Aluno-Comunidade. * Criar meios para que o aluno desenvolva hábitos culturais e sociais, visando sua autorrealização. * Respeitar o ritmo e tempo de aprendizagem de cada aluno, despertando solidariedade, verdade e respeito às diversidades humanas e estruturando-se pedagogicamente para efetivar o processo ensino-aprendizagem. * Proporcionar aos alunos que apresentam deficiências, transtornos globais de aprendizagem do desenvolvimento e/ou altas habilidades/superdotação, apoio especializado no processo de construção do conhecimento.

Ensino Médio Politécnico

A democratização da gestão, como direito de todos à educação, representa a garantia do acesso à escola, do acesso ao conhecimento com qualidade social, do acesso e permanência com aprendizagem, do acesso ao patrimônio cultural e, especificamente do acesso a cidadania. A concepção pedagógica sinaliza a centralidade das práticas sociais tendo como origem e o foco no processo de conhecimento da realidade, no diálogo como mediação de saberes e de conflitos transformando a realidade pela ação crítica dos próprios sujeitos. Nestas práticas sociais, os seres

20 humanos produzem conhecimento, desenvolvem e consolidam sua concepção de mundo, conforme as consciências, viabilizam a convivência. A articulação da prática social com o trabalho como princípio educativo promove o compromisso de construir projetos de vida, individuais e coletivos, de sujeitos que se apropriam da construção do conhecimento e desencadeiam as necessárias transformações da natureza e da sociedade, contribuindo para o resgate do processo de humanização baseado na ética, na justiça social e na fraternidade.

Objetivos do Ensino Médio Politécnico

* Propiciar a consolidação e aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no Ensino Fundamental, possibilitando o prosseguimento de estudos na finalização da Educação Básica e no Ensino Superior. * Consolidar no educando as noções sobre trabalho e cidadania, de modo a ser capaz de, com flexibilidade, operar com as novas condições de existência geradas pala sociedade. * Possibilitar formação ética, o desenvolvimento da autonomia intelectual e o pensamento crítico do educando. * Compreender os fundamentos cietífico-técnológicos dos processos produtivos, relacionando teoria e prática, parte e totalidade e o princípio da atualidade na produção do conhecimento e dos saberes. * Proporcionar atendimento educacional especializado aos alunos que dele necessitem.

Diretrizes do Ensino Médio Politécnico

O currículo do Ensino Médio Politécnico agrega ainda os seguintes princípios orientadores,como referencial: * Parte-totalidade: o processo de construção dos conhecimentos estabelece relação entre parte e totalidade. É a apropriação de um fato ou fenômeno estendendo sua apropriação à totalidade. Uma síntese do todo está sempre contida na parte que, por outro lado, só terá significado, quando relacionada a totalidade. Compreensão da realidade como um todo e a articulação das partes que a compõem, significa transitar de forma articulada entre análises e sínteses. * Reconhecimento de saberes: a construção curricular tem como centralidade as práticas sociais, nas quais o diálogo realiza a mediação entre essas práticas e o conhecimento científico

21 universalizado, entendendo que a transformação da realidade se dá pela ação dos próprios sujeitos. * Teoria-prática: a relação teoria prática é um processo contínuo de fazer, teorizar e refazer. A teoria é constituída por idéias e hipóteses que levam a apresentações abstratas, constrói os conceitos que somente serão consubstanciados na prática. No contexto sócio- histórico há o diálogo permanente da teoria com a prática, um fundamento da transformação da realidade. * Interdisciplinaridade: é o diálogo das disciplinas (componentes curriculares) e áreas do conhecimento, sem a supremacia de uma sobre a outra, trabalhando o objetivo do conhecimento como totalidade. * Pesquisa pedagogicamente estruturada: os indivíduos como sujeitos autônomos, capazes de buscar uma inserção cidadã na sociedade, precisam compreender-se no mundo e construir sua atuação visando a transformação da realidade, considerando a sua necessidade e dos demais. A pesquisa é o processo que, integrado ao cotidiano da escola, garante a apropriação adequada da realidade assim como projeta possibilidades de intervenção. Alia o caráter social ao protagonismo dos sujeitos pesquisadores. * Avaliação Emancipatória, reafirma a opção por práticas democráticas em todas as instâncias das políticas educacionais com o compromisso de incorporar novas práticas avaliativas, na medida em que se propõe uma mudança de paradigma .O novo fazer pedagógico se caracteriza pelo abandono da avaliação como instrumento autoritário do exercício do poder, com função de controle, classificação e seleção.

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EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

Diagnóstico

O Plano Municipal de Educação tem entre seus objetivos, a erradicação do analfabetismo, determinada pela Constituição Federal, art. 214, I. Apesar das ações já desenvolvidas, ainda é elevado o número de analfabetos no Brasil. Para reduzir a taxa de analfabetismo, entende-se que é preciso fazer um trabalho direcionado, oferecendo as condições necessárias para que as pessoas possam frequentar a escola, acelerando assim a alfabetização e prevenindo que gerações futuras continuem sendo classificadas como analfabetas. Erval Grande conta Com o Programa ALFA – Alfabetizando para Profissionalizar. O Programa ALFA tem como objetivo oportunizar jovens e adultos, analfabetos ou com baixa escolaridade, acima de 18 anos a participar do desenvolvimento de um programa de alfabetização. As aulas são realizadas três vezes por semana, de abril a outubro oportunizando aos alunos uma Palestra sobre Qualidade de Vida, e o treinamento sobre Saneamento Rural Básico. O Programa ALFA – SENAR ( Serviço Nacional de Aprendizagem Rural) tem parceria com o Sindicato Rural de Erechim e com o poder público de Erval Grande, através da Secretaria Municipal de Educação e da Secretaria Municipal de Assistência Social. Para inserir a população no exercício pleno da cidadania, melhorar sua qualidade de vida e ampliar suas oportunidades no mercado de trabalho, a municipalidade não mede esforços para facilitar o acesso das pessoas que não tiveram oportunidade na idade certa, à formação mínima. Erval Grande não oferece a modalidade de ensino EJA. Porém, a Secretaria Municipal de Educação proporciona a inscrição e o transporte para o Núcleo Estadual de Educação de Jovens e Adultos - (NEEJA), pólo Passo Fundo - RS. Além disso, muitos de nossos jovens e adultos, em função da proximidade, frequentam escolas de Educação de Jovens e Adultos em Chapecó - SC.

Objetivos

* Reduzir, até o final da vigência do PME, o índice de analfabetismo no Município. * Viabilizar e estimular o acesso e a permanência do trabalhador na escola, mediante ações integradas e complementares entre si. * Estimular o ingresso de pessoas sem escolarização, ou com baixa escolarização a se inscreverem em cursos de alfabetização.

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EDUCAÇÃO ESPECIAL

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional estabelece: Art. 58. Entende-se por educação especial, para os efeitos desta Lei, a modalidade de educação escolar, oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos portadores de necessidades especiais. 1°. Haverá, quando necessário, serviços de apoio especializado, na escola regular, para atender às peculiaridades da clientela de educação especial. 2°. O atendimento educacional será feito em classes, escola ou serviços especializados, sempre que, em função das condições específicas dos alunos, por não ser possível a sua integração nas classes comuns de ensino regular. 3°. A oferta de educação especial, dever constitucional do Estado, tem início na faixa etária de zero a seis anos, durante a educação infantil. Art. 59. Os sistemas de ensino assegurarão aos educandos com necessidades especiais: I- currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização específica, para atender às suas necessidades; II- terminalidade específica para aqueles que não puderam atingir o nível exigido para a conclusão do ensino fundamental, em virtude de suas deficiências, e aceleração para concluir em menor tempo o programa escolar para os superdotados; III- professores com especialização adequada em nível médio ou superior, para atendimento especializado, bem como professores do ensino regular capacitados para a integração desses educandos nas classes comuns; IV- educação especial para o trabalho, visando a sua efetiva integração na vida em sociedade, inclusive condições adequadas para os que não revelarem capacidade de inserção no trabalho competitivo, mediante articulação com os órgãos oficiais afins, bem como para aqueles que apresentam uma habilidade superior nas áreas artística, intelectual ou psicomotora; V- acesso igualitário aos benefícios dos programas sociais suplementares disponíveis para o respectivo nível do ensino regular. Art. 60. Os órgãos normativos dos sistemas de ensino estabelecerão critérios de caracterização das instituições privadas sem fins lucrativos, especializadas e com atuação exclusiva em educação especial, para fins de apoio técnico e financeiro pelo Poder Público.

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Parágrafo único. O Poder Público adotará como alternativa preferencial, a ampliação do atendimento aos educandos com necessidades especiais na própria rede pública regular de ensino, independentemente do apoio às instituições previstas neste artigo. Fonte: www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm

Diagnóstico

O Município de Erval Grande oferece educação para todos, incluindo os alunos com Necessidades Especiais, considerando que a educação é um direito de todos e que este direito é garantido por Lei de acordo com o artigo 208, III, preferencialmente no ensino regular. A Constituição Federal (1988) estabelece, no artigo 208, inciso III, a garantia de “atendimento educacional especializado, aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino”. Conforme a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - LDBEN (1996), esse atendimento cabe à modalidade de Educação Especial, realizado preferencialmente na rede de ensino regular. A Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (MEC, 2008) orienta para que o atendimento educacional especializado, ao longo de todo o processo de escolarização, esteja articulado à proposta pedagógica do ensino comum, definindo que: "[...] o atendimento educacional especializado tem como função identificar, elaborar e organizar recursos pedagógicos e de acessibilidade que eliminem as barreiras para a plena participação dos alunos, considerando suas necessidades específicas". O Município oferece aos alunos com Necessidades Especiais, transporte e atendimento na APAE (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) em Chapecó – SC, contando também com um grupo de convivência de pessoas com Necessidades Especiais onde há uma boa relação entre familiares e profissionais. O direito a educação comum a todas as pessoas e o direito de receber essa educação, sempre que possível junto com as demais pessoas nas escolas “regulares”, facilita e contribui para um trabalho satisfatório, promovendo o desenvolvimento das habilidades dos alunos assistidos. Existe uma Sala de Recursos Multifuncional na Escola Estadual de Ensino Médio Erval Grande e duas na rede municipal, sendo uma na Escola Municipal de Ensino Fundamental Sete de Setembro e a outra na Escola Municipal de Ensino Fundamental Tancredo Neves. Quando houver necessidade de atendimento clínico (fonoaudióloga, psicóloga, neurologista) são encaminhados para área da saúde.

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Diretrizes

O movimento nacional que vem sendo realizado em prol da inclusão de pessoas com necessidades especiais numa escola de qualidade marca o inicio de uma nova trajetória, onde várias políticas estão empenhadas no processo. Assim, abrem-se possibilidades educacionais especiais e que necessitam de um atendimento que priorize suas reais necessidades. Não há como pensar em inclusão sem pensar em uma escola mediadora, uma escola para todos, sem distinção étnica, cultural e social. Uma educação de qualidade supõe um projeto pedagógico que enfatize a permanência e o acesso, com sucesso, do aluno no contexto escolar. A Educação Especial deve ser oferecida para todos aqueles com necessidades especiais, preferencialmente na rede regular de ensino. Propõe uma escola integrada, inclusiva, aberta a diversidade dos alunos, onde a participação da comunidade é fator essencial. Sente-se a necessidade da instalação de mais Salas de Recursos Multifuncionais para atender a demanda. Novos investimentos deverão ser destinados para a construção, reformas e ampliação de espaços físicos das escolas. Devem ser mantidos os testes de acuidade visual e realizados os de acuidade auditiva e outros que se fizerem necessários. Os atendimentos na área da saúde (fono, psicologia, neurologista, psiquiatra) devem ser mantidos, com ampliação da carga horária. Faz-se necessário dar incentivos para os profissionais da área participarem de cursos e treinamentos e promover palestras de apoio às famílias, trabalhando a inclusão, a auto- estima, ensinando como lidar com as necessidades de seus filhos.

Objetivos

* Proporcionar ao portador de necessidades especiais, o desenvolvimento de suas potencialidades nos aspectos intelectual, físico e social, mediante conhecimentos, habilidades e aptidões, promovendo sua auto realização e ajustamento ao meio em que vive no exercício consciente de cidadão. * Assegurar os direitos das pessoas portadoras de necessidades especiais, bem como, sensibilizar a sociedade reduzindo preconceitos e primando pela equiparação de oportunidades. * Oferecer, em regime de colaboração com o Estado e a União, atendimento educacional adequado às necessidades especiais do aluno, no que se refere a currículos adaptados, métodos e material de ensino diferenciados, ambiente emocional e social da escola favorável à integração.

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* Avaliar os alunos, permanentemente, com ênfase no aspecto pedagógico, considerando o educando em seu contexto biopsicossocial, visando à identificação de suas possibilidades de desenvolvimento. * Envolver a família e a sociedade no processo de desenvolvimento global do educando. A educação é o meio que promove o desenvolvimento da capacidade física, intelectual, emocional e moral do educando, visando sua integração na sociedade. Porém, para se promover igualdade de condições de acesso à educação, a escola deve adotar uma pedagogia da inclusão centrada no educando que leve em consideração as diferenças, que esteja atenta aos diferentes ritmos e estilos de aprendizagem dos seus alunos. O comprometimento da família, da escola, dos professores e dos profissionais da área da saúde, garante uma boa qualidade no ensino. As escolas do Município oportunizam oficinas de teatros, trabalhos artesanais, agro ecologia, jogos envolvendo o raciocínio como: trilhas, dominó, quebra-cabeça, tangram, pintura, colagem, música, dança e outros, proporcionando sua integração no meio social e respeitando suas limitações, para serem cidadãos aptos e não sofrerem discriminação na sociedade.

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FORMAÇÃO DOS PROFESSORES E VALORIZAÇÃO DO MAGISTÉRIO

Diagnóstico

A melhoria da qualidade de ensino, principal objetivo do Plano Municipal de Educação, somente ocorrerá, se for promovida, ao mesmo tempo, a valorização e capacitação do magistério. Sem esta, ficam abalados quaisquer esforços para alcançar as metas estabelecidas em cada um dos níveis e modalidade de ensino. Para buscar formação, o profissional precisa sentir - se valorizado, fator que pode ser alcançado por meio de uma ampla política de magistério, a qual implica simultaneamente: formação continuada, melhoria das condições de trabalho, de salários e plano de carreira. Visando a melhoria do ensino, o município desenvolve programas de formação continuada e de atualização para os profissionais do magistério, juntamente com a rede estadual de ensino. A jornada de trabalho é de 20 horas, sendo para os docentes, composta de 16 horas/aula e de 4 horas/ atividade, em média. O professor municipal poderá ser convocado para trabalhar em regime suplementar de até 20 horas semanais, em conformidade com a necessidade, recebendo a remuneração na mesma base em que se der o regime normal da convocação, observada a proporcionalidade da carga horária semanal, atendendo a Lei Vigente. A carreira dos professores municipais é constituída por três níveis (Nível 1: Habilitação com Magistério; Nível 2: Graduação, Licenciatura Plena; Nível 3: Pós Graduação, Especialização), que representam a habilitação, sendo estes concretizados através da documentação comprobatória de conclusão dos cursos. O aumento salarial é anual, concedido a todos os trabalhadores da esfera pública municipal, complementado através de reajustes trienais. É importante atualizar o Plano de Carreira do Magistério do Município, no sentido de proporcionar uma valorização salarial dos profissionais que buscarem cursos de Mestrado e Doutorado. A valorização do professor é prioridade do Ministério da Educação e do Poder Público Municipal e Estadual, para melhorar o desempenho dos alunos. Para tanto torna-se necessário um acompanhamento pedagógico semanal, efetuado em todas as escolas por parte da Secretaria Municipal de Educação. Os reajustes salariais dos professores e funcionários da rede estadual de ensino fica a cargo das políticas públicas estaduais. A tabela abaixo mostra a relação dos salários dos professores municipais, bem como, dos cargos de confiança e funções gratificadas.

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Tabela de Vencimentos Básicos do Magistério Público Municipal 2015 Cargo Quantidade Provimento Padrão Ocup. Assessor do secretário 01 CC OU FG 12 00 Secretário 01 - Subsidio 01 Chefe setor 02 CC OU FG 04 02 Coordenador de serviços 02 CC OU FG 10 01 Chefe de Seção 01 FG 01 00 Dirigente de Grupo 01 FG 01 00 Dirigente de Equipe 02 CC OU FG 05 02 Dirigente de Núcleo 01 FG 02 00 Supervisor dos Motoristas 02 CC ou FG 06 00 Gerente Do Departamento Pedagógico 01 CC ou FG 12 01

Padrão CC Valores em R$ FG Valores em R$ 01 - 239,92 02 - 267,60 03 705,74 352,87 04 895,15 447,57 05 1.079,65 539,82 06 1.271,16 635,58 07 1.363,60 631,30 08 1.502,28 695,50 09 1.617,84 749,00 10 1.900,96 950,48 11 2.253,42 1.126,71 12 2.683,30 1.341,69 13 4.555,37 2.277,68

Valores em R$ NIVEL Professor Coordenador Pedagógico 1 924,65 - 2 1.248,23 - 3 1.373,07 3.004,56

O Plano de Carreira do Magistério, foi aprovado em 05 de outubro de 2007 pela Lei 1093. A escolha dos diretores é feita através de indicação do prefeito, como Cargo de Confiança, atendendo ao que reza a Constituição Federal, art. 37 § 5º, e a LDB, art. 67 § único. O ingresso no magistério municipal é exclusivamente por concurso público de provas e títulos ou por Contrato Emergencial, se houver a necessidade. O magistério municipal considera como avanços, a reestruturação e atualização do Plano de Carreira do Magistério, Regimentos e 29

Propostas Político-Pedagógicas, aulas em turno inverso, projetos de leitura, aquisição de material de apoio pedagógico, reformas e ampliações de escolas, construção de uma nova escola na comunidade de Vila Nova, construção de uma quadra poliesportiva coberta com vestiário no Bairro Tancredo Neves, aquisição de veículos novos para o transporte escolar e sala de inclusão digital, cumprimento das horas atividades dos professores onde os mesmos desfrutam de um turno destinado para preparação de suas aulas. Alem disso, temos o Programa Mais Educação, proporcionando jornadas em turno integral. O município de Erval Grande aplica sempre acima do valor estipulado por lei, superando os 25%, das receitas e transferências na educação, conforme determina a Constituição Federal, art. 212. A SME é gestora do orçamento da educação referente aos recursos do MDE ou Lei vigente. O acompanhamento e controle social do recebimento e aplicação dos recursos do FUNDEB é realizado pelo Conselho do FUNDEB, de acordo com a lei nº 958/98. O acompanhamento da distribuição dos recursos municipais do salário educação é feito pela Secretaria Municipal de Educação. Para garantir um planejamento educacional eficaz, faz-se necessária a correta aplicação dos recursos recebidos pelo município, fiscalizada, sobretudo, pelos conselhos competentes. Observando a aplicação dos recursos do FUNDEB, para melhoria do Ensino Fundamental, Erval Grande aplica mais dos 60% destinados para remuneração do magistério do ensino fundamental. Todas as escolas municipais tem computadores e acesso à INTERNET. Existe também um laboratório municipal de informática para atender alunos e a comunidade em geral. As escolas possuem Círculo de Pais e Mestres (CPM) que colaboram com as atividades das mesmas. O Conselho Municipal de Educação - CME é atuante e fiscalizador, assim como o conselho da alimentação escolar - CAE e Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação - FUNDEB. As Escolas Municipais de Ensino Fundamental Sete de Setembro, Pinhalzinho, Miguel Pietroski e Tancredo Neves administram recursos públicos recebidos do PDDE/MEC, e outros adquiridos através de promoções, para despesas de manutenção.

Diretrizes

Para garantir um melhor equilíbrio e desempenho dos alunos, é importante que haja integração entre as escolas, onde os profissionais da educação possam organizar as atividades de maneira integrada. A formação continuada dos profissionais da educação, deverá ser garantida

30 pelo Município, em regime de colaboração com o Estado e a União, a fim de suprir deficiências e lacunas existentes e proporcionar o aperfeiçoamento dos professores. A valorização do magistério depende da garantia do poder público municipal, estadual e nacional de proporcionar condições adequadas de trabalho e remuneração, e pelo compromisso dos profissionais do magistério com o bom resultado do seu trabalho, visando o aprendizado dos alunos. O Plano de Carreira do Magistério, destina 20% da carga horária do docente, para atividades realizadas na escola, que atualmente é cumprido, conforme a legislação vigente.

Objetivos

* Atualizar o Plano de Carreira do Magistério Público Municipal, garantindo a contemplação da valorização dos profissionais da educação. * Definir cronograma de cursos de formação continuada, com base nas necessidades mais relevantes da educação no município, para a formação e qualificação dos professores e funcionários. * Assegurar, em regime de colaboração com o Estado e a União, que parte das horas atividades da jornada dos docentes, sejam desenvolvidas de acordo com a Proposta Político- Pedagógica das escolas, com a preparação de aulas, estudos, planejamento, avaliações e reuniões pedagógicas, contribuindo para a melhoria da qualidade do ensino. * Admitir, para as funções de suporte pedagógico e direções de escolas, profissionais do magistério, prioritariamente com formação em nível superior, nos termos da Lei Vigente e em cinco anos, assegurar habilitação em 98% dos professores em nível superior de especialização, e elevar o nível de professores com mestrado. * Sugerir políticas de valorização salarial para os cargos de direção de escolas, a fim de valorizar as responsabilidades que o cargo exige. * Promover a participação da comunidade na gestão escolar. * Garantir, em regime de colaboração com o Estado e a União, programas de formação continuada para professores e funcionários. * Garantir a continuidade e eficiência dos conselhos fiscalizadores: CAE Conselho da Alimentação Escolar, CME Conselho Municipal de Educação, FUNDEB Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação. * Dar continuidade na participação da Secretaria Municipal de Educação nas audiências públicas, para planejamento e gestão orçamentária do município, garantindo, em regime de colaboração com o Estado e a União, suporte financeiro às metas constantes neste Plano.

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ACOMPANHAMENTO, CONTROLE E AVALIAÇÃO

O acompanhamento, controle e avaliação do presente Plano realizar-se-á através de um processo contínuo e integrado à execução e conclusão de cada ação desenvolvida. O processo de controle permanente visa conduzir a execução e conclusão das metas propostas no Plano para que se alcance os resultados esperados no decorrer do decênio. O CME, o CAE, os CPMs e o FUNDEB são Conselhos ativos e atuantes no Município, que colaboram no acompanhamento, controle e execução dos programas existentes. Estes Conselhos serão fundamentais no acompanhamento do andamento do PME. Além disso, será instituído o Fórum Permanente de Educação para acompanhar as ações em toda a rede educacional do município. Para que esse processo se efetive com qualidade e eficiência, é necessário que se defina o que será considerado por acompanhamento, controle e avaliação: * Acompanhamento é a observação constante do andamento da execução física da programação, em termos de resultado e tempo previsto. * Controle é a verificação do grau de correspondência entre o planejamento e o que está realmente sendo executado. Implica a comparação com padrões pré-estabelecidos e a necessária ação corretiva, sempre que houver necessidades. * Avaliação é um processo contínuo que pretende valorizar os fatores qualitativos e quantitativos de uma determinada meta ou de um conjunto de metas, com vistas a alcançar os objetivos propostos. Ao final de cada ano, reunir-se-ão, a Secretaria Municipal de Educação, o Conselho Municipal de Educação e o Fórum Permanente de Educação, para avaliar as metas alcançadas durante o ano e detalhar prioridades para o ano seguinte. Todas as reuniões serão devidamente documentadas em Atas.

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GESTÃO DEMOCRÁTICA

O princípio básico da gestão democrática é desdobrado na Lei de Diretrizes e Bases - LDB em seu artigo 14 e 15, indicando que:

Art. 14. Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática do ensino público na educação básica, de acordo com as suas peculiaridades e conforme os seguintes princípios: I - participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da escola; II - participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes.

Art. 15. Os sistemas de ensino assegurarão às unidades escolares públicas de educação básica que os integram progressivos graus de autonomia pedagógica e administrativa e de gestão.

O diagnóstico do Estado do Rio Grande do Sul e de seus municípios revela importantes avanços no que tange ao regime de colaboração e da implementação da gestão democrática. No município de Erval Grande as escolas da rede estadual possuem em sua forma de gestão eleição para diretores, conselhos escolares e CPM (Círculo de Pais e Mestres) ampliando cada vez mais a participação da comunidade escolar. Já na esfera municipal, ainda não é realizada a eleição para diretores, sendo este processo feito por indicação do Prefeito Municipal e da Secretaria Municipal de Educação. Faz-se necessário criar estratégias para consolidar o processo de eleição para a escolha das direções das escolas municipais. Neste sentido, esta é uma meta a ser alcançada durante a vigência deste Plano.

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AÇÕES COMPLEMENTARES

Considerando a complexidade da Secretaria Municipal de Educação, consideramos imprescindível projetar metas consideradas importantes e que farão parte deste PME, podendo ser executadas e avaliadas, dentro de cada área que representam e, em consonância com as metas estabelecidas pelo Plano Nacional de Educação e pelo Plano Estadual de Educação. Durante a vigência deste Plano: * Manter, em regime de colaboração com o Estado e a União, o transporte escolar, gratuito, para alunos da zona rural. * Viabilizar, em regime de colaboração com o Estado e a União, a manutenção e reposição dos veículos do transporte escolar (próprios). * Garantir, em regime de colaboração com o Estado e a União, a qualidade da alimentação escolar, priorizando alimentos da agricultura familiar. * Coordenar a utilização do laboratório municipal de informática. * Incentivar o teatro e a dança nas escolas do Município. * Incentivar o trabalho sobre a cultura afro-brasileira e indígena. * Manter em atividade a Banda Municipal. * Organizar desfiles em comemoração a datas cívicas. * Melhorar os refeitórios das escolas. * Promover condições objetivas para a erradicação do analfabetismo e aumento do índice de escolaridade da população do município.

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METAS DO PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO METAS DO PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO E AS ESTRATEGIAS ESTIPULADAS PELO MUNICÍPIO PARA ATINGÍ-LAS

EIXO I - GARANTIA DO DIREITO A EDUCAÇÃO BÁSICA Metas do PNE Metas definidas para o PME Meta 01: Universalizar, até 2016, a educação Meta 01: Universalizar, até 2016, a educação infantil na pré-escola para as crianças de 4 infantil na pré-escola para as crianças de 4 (quatro) a 5 (cinco) anos de idade e ampliar a (quatro) a 5 (cinco) anos de idade e ampliar a oferta de educação infantil em creches de oferta de educação infantil em creches de forma a atender, no mínimo, 50% (cinquenta forma a atender, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) das crianças de até 3 (três) anos até por cento) das crianças de até 3 (três) anos até o final da vigência deste PNE. o final da vigência do PNE.

ESTRATÉGIAS 1. Garantir, em regime e colaboração com o Estado e a União, a estrutura física e acessibilidade das escolas do município que atendem esta modalidade de ensino para atender a demanda de crianças de 4 e 5 anos e atingir as metas. 2. Realizar um levantamento da população de 0 a 5 anos de idade até 2016, trabalho realizado em regime de colaboração com o Estado e a União, bem como, em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde. 3. Incentivar matrículas de crianças de zero a três anos de idade na Creche. 4. Garantir, em regime de colaboração com o Estado e a União, a continuidade da formação continuada aos profissionais da Educação Infantil. 5. Incentivar a qualificação profissional através de cursos de graduação, extensão e pós- graduação. 6. Realizar busca ativa dos alunos da educação infantil, preservando o direito de opção da família em relação às crianças de até 3 anos e assegurando o direito constitucional à educação escolar obrigatória, a todas as crianças a partir dos 4 anos, em parceria com órgãos públicos de assistência social, saúde e proteção à infância, adolescência e juventude. 7. Garantir Atendimento Educacional Especializado complementar e suplementar aos alunos com deficiências, transtornos globais do desenvolvimento, altas habilidades/superdotação, em regime de colaboração com o Estado e a União. 8. Ampliar, em regime de colaboração com o Estado e a União, o atendimento da Educação Infantil em tempo integral até o final do PNE conforme condições financeiras do município. 35

9. Manter o Projeto Político Pedagógico e o Regimento Escolar atualizado e de acordo com a realidade da escola e as leis vigentes. 10. Efetivar, em parceria com o Estado e a União, a gestão democrática nas escolas do município, possibilitando a participação efetiva da comunidade escolar. 11. Garantir, em regime de colaboração com o Estado e a União, alimentação suficiente, adequada, de qualidade e gratuita a todos os estudantes matriculados, conforme orientação nutricional. 12. Garantir, em regime de colaboração com o Estado e a União, transporte escolar adequado e gratuito a todos os alunos que moram na área rural do município em idade obrigatória (a partir dos 4 anos de idade). 13. Estabelecer programas de orientação e apoio aos pais das crianças de zero a cinco anos, com assistência nos casos de pobreza e desagregação familiar, em parceria com a área da saúde e assistência social.

Meta 02: Universalizar o ensino fundamental Meta 02: Universalizar o ensino fundamental de 9 (nove) anos para toda a população de 6 de 9 (nove) anos para toda a população de 6 (seis) a 14 (quatorze) anos e garantir que pelo (seis) a 14 (quatorze) anos e garantir que pelo menos 95% (noventa e cinco por cento) dos menos 95% (noventa e cinco por cento) dos alunos concluam essa etapa na idade alunos concluam essa etapa na idade recomendada, até o último ano de vigência recomendada, até o último ano de vigência do deste PNE. PNE.

ESTRATÉGIAS 1. Ampliar o atendimento desta modalidade de ensino, em regime de colaboração com o Estado e a União. 2. Criar mecanismos de acompanhamento individualizado aos alunos do Ensino Fundamental com dificuldades de aprendizagem, como por exemplo, turno integral, aulas de reforço, oficinas de aprendizagem e contratação de pessoal especializado. 3. Valorizar a educação do campo nas escolas que se encontram no meio rural. 4. Oferecer alimentação saudável, suficiente e gratuita a todos os estudantes matriculados no Ensino Fundamental, em regime de colaboração entre a União, o Estado e o Município. 5. Oferecer transporte escolar adequado e gratuito a todos os alunos que moram na área rural do município, em regime de colaboração entre a União, o Estado e o Município. 36

6. Contribuir para a adequação, organização e atualização dos Projetos Político Pedagógicos e Regimentos Escolares das Unidades de Ensino do Município. 7. Oferecer, gradualmente, Educação em turno integral, em regime de colaboração entre a União, o Estado e Município. 8. Promover busca ativa das crianças e adolescentes, nesta faixa etária, que estão fora da escola, incentivando-os a ingressar na vida escolar. 9. Incentivar e promover ações de participação dos pais ou responsáveis no acompanhamento das atividades escolares, através da gestão democrática, participação em eventos escolares, conselhos de classe participativos, entre outros. 10. Articular entre as redes de ensino do município, a promoção de atividades extra curriculares, esportivas, gincanas de integração, festivais estudantis, festas juninas, viagens de estudos, desfiles em datas comemorativas, etc. 11. Oferecer, em regime de colaboração com o Estado e a União, condições de uso pedagógico dos recursos de informática, com acesso à internet, equipamentos multimídia, laboratório de informática e de ciências, bibliotecas, videotecas, entre outros. 12. Manter, em regime de colaboração com o Estado e a União, a rede de escolas com materiais didáticos, pedagógicos, administrativos e de higiene, alimentação, bem como de recursos humanos suficientes para o seu funcionamento. 13. Colaborar para que as formações e as propostas pedagógicas das escolas contemplem as diferenças étnico-culturais. 14. Incentivar a formação continuada dos profissionais da educação da rede estadual e municipal, articulando ações em parceria com diferentes Instituições de Ensino. 15. Promover na escola e nos momentos de formação, espaços de discussão sobre políticas nacionais de inclusão, bem como realizar investimentos, em regime de colaboração com o Estado e a União, de ordem pedagógica e estrutural relacionadas às necessidades dos estudantes com deficiências, transtornos globais do desenvolvimento, altas habilidades/superdotação. 16. Universalizar, em regime de colaboração com o Estado e a União, o ensino fundamental de 9 (nove) anos para toda a população de 6 (seis) a 14 (quatorze) anos e garantir que pelo menos 95% (noventa e cinco por cento) dos alunos concluam essa etapa na idade recomendada, até o último ano de vigência do PNE.

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Meta 03: Universalizar, até 2016, o Meta 03: Universalizar, até 2016, o atendimento escolar para toda a população de atendimento escolar para toda a população de 15 (quinze) a 17 (dezessete) anos e elevar, até 15 (quinze) a 17 (dezessete) anos e elevar, até o final do período de vigência deste PNE, a o final do período de vigência do PNE, a taxa taxa líquida de matrículas no ensino médio líquida de matrículas no ensino médio para para 85% (oitenta e cinco por cento). 85% (oitenta e cinco por cento).

ESTRATÉGIAS 1. Promover a busca ativa dos adolescentes e jovens em idade escolar e que estão fora da escola, em parceria com órgãos públicos de assistência social, saúde e proteção à infância, adolescência e juventude. 2. Promover, em regime de colaboração com o Estado e a União, espaços culturais e práticas desportivas, integradas ao currículo escolar. 3. Colaborar na realização de ações de correção de fluxo do Ensino Médio. 4. Colaborar, em regime de colaboração com o Estado e a União, no âmbito das respectivas redes de ensino, com a manutenção da oferta diurna e noturna do Ensino Médio, garantindo assim a oferta desta modalidade de ensino aos alunos que trabalham. 5. Garantir, em regime de colaboração com o Estado e a União, transporte escolar para os alunos do período noturno que moram no interior, a fim de que os mesmos possam trabalhar durante o dia e, frequentar as aulas a noite. 6. Fomentar, em regime de parceria com algumas instituições de ensino, a Educação de Jovens e Adultos – EJA. 7. Incentivar e criar mecanismos de participação da comunidade escolar na gestão: Conselhos Escolares e Círculos de Pais e Mestres. 8. Incentivar organizações estudantis como espaço de participação e exercício da cidadania. 9. Incentivar alunos com deficiências, transtornos globais do desenvolvimento, altas habilidades/superdotação a realizarem o Ensino Médio. 10. Incentivar alunos a cursarem o Ensino Médio Técnico e profissionalizante em diferentes cursos oferecidos nas mais variadas instituições de ensino da região. 11. Universalizar, em regime de colaboração com o Estado e a União, até 2016, o atendimento escolar para toda a população de 15 (quinze) a 17 (dezessete) anos e elevar, até o final do período de vigência do PNE, a taxa líquida de matrículas no Ensino Médio para 85% (oitenta e cinco por cento).

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EIXO II - SUPERAÇÃO DAS DESIGUALDADES E A VALORIZAÇÃO DAS DIFERENÇAS Meta 04: Universalizar, para a população Meta 04: Universalizar, em regime de de 4 (quatro) a 17 (dezessete) anos com colaboração como Estado e a União, para a deficiência, transtornos globais do população de 4 (quatro) a 17 (dezessete) anos desenvolvimento e altas habilidades ou com deficiência, transtornos globais do superdotação, o acesso à educação básica e desenvolvimento e altas habilidades ou ao atendimento educacional especializado, superdotação, o acesso à educação básica e ao preferencialmente na rede regular de atendimento educacional especializado, ensino, com a garantia de sistema preferencialmente na rede regular de ensino, com educacional inclusivo, de salas de recursos a garantia de sistema educacional inclusivo, de multifuncionais, classes, escolas ou salas de recursos multifuncionais, classes, serviços especializados, públicos ou escolas ou serviços especializados, públicos ou conveniados. conveniados.

ESTRATÉGIAS 1. Sensibilizar e conscientizar as famílias quanto ao direito ao AEE e a necessidade da inclusão na rede regular. 2. Melhorar, em regime de colaboração com o Estado e a União, a infraestrutura das salas de recursos multifuncional das escolas do município que atendem esta modalidade de ensino. 3. Promover, em regime de colaboração com o Estado e a União, a oferta de educação inclusiva no ensino regular promovendo a articulação pedagógica desta modalidade com o AEE. 4. Apoiar os professores da educação básica em seu trabalho com estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento, altas habilidades/superdotação junto aos profissionais da saúde, assistência social e psicologia. 5. Garantir, em parceria com o Estado e a União, acessibilidade a todos os deficientes por meio de adequações arquitetônicas, oferta de transporte escolar acessível, disponibilidade de materiais didáticos próprios e recursos de tecnologia assistida, até o final da vigência do PNE. 6. Assegurar, em regime de colaboração com o Estado e a União, a presença de professores no AEE com habilitação específica. 7. Manter a cooperação com os profissionais da área da saúde no atendimento dos alunos com Necessidades Especiais. 8. Manter um monitor para auxiliar no transporte dos alunos para a APAE até a cidade de Chapecó - SC. 39

9. Oferecer, em regime de colaboração com o Estado e a União, palestras de esclarecimentos, motivação e aceitação para a família e a sociedade. 10. Assegurar, em regime de colaboração com o Estado e a União, no Projeto Político- Pedagógico e Regimento das Escolas, a inclusão de atendimento aos alunos com necessidades especiais. 11. Oportunizar, em regime de colaboração com o Estado e a União, aos profissionais da Educação Especial, cursos de aperfeiçoamento e formação continuada que contribuam para um melhor desempenho dos mesmos. 12. Dispor, em regime de colaboração com o Estado e a União, quando necessário, de serviços de apoio especializado, na escola regular, para atender às peculiaridades da clientela de educação especial.

EIXO I - GARANTIA DO DIREITO A EDUCAÇÃO BÁSICA

Meta 05: Alfabetizar todas as crianças, Meta 05: Alfabetizar todas as crianças, no no máximo, até o final do 3º (terceiro) máximo, até o final do 3º (terceiro) ano do Ensino ano do ensino fundamental. Fundamental.

ESTRATÉGIAS 1. Incentivar práticas pedagógicas de alfabetização nos anos iniciais do Ensino Fundamental, com qualificação e valorização dos professores alfabetizadores. 2. Garantir, em regime de colaboração com o Estado e a União, a organização do Ensino Fundamental de nove anos. 3. Assegurar, em regime de colaboração com o Estado e a União, tecnologias educacionais e práticas pedagógicas inovadoras que assegurem a alfabetização e favoreçam a melhoria da aprendizagem dos alunos. 4. Garantir, em regime de colaboração com o Estado e a União, infraestrutura, recursos humanos e materiais que viabilizem o apoio necessário para a alfabetização desta modalidade. 5. Manter momentos de leitura diária ou atividades relacionadas. 6. Alfabetizar, em regime de colaboração com o Estado e a União, todas as crianças, no máximo, até o final do 3º (terceiro) ano do Ensino Fundamental.

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Meta 06: Oferecer educação em tempo Meta 06: Oferecer, em regime de colaboração integral em, no mínimo, 50% (cinquenta por com o Estado e a União, educação em tempo cento) das escolas públicas, de forma a integral em, no mínimo, 50% (cinquenta por atender, pelo menos, 25% (vinte e cinco por cento) das escolas públicas, de forma a atender, cento) dos (as) alunos (as) da educação pelo menos, 25% (vinte e cinco por cento) dos básica. (as) alunos (as) da educação básica.

ESTRATÉGIAS

1. Ampliar, em regime de colaboração com o Estado e a União, gradativamente, a oferta de educação em tempo integral aos alunos da educação básica do município, de acordo com a infraestrutura física e de recursos humanos disponíveis. 2. Fomentar a participação dos alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento, altas habilidades/superdotação em escolas de educação em tempo integral. 3. Colaborar para que as propostas pedagógicas das escolas em tempo integral contemplem a variabilidade didática, a ludicidade, a prática esportiva e cultural de acordo com a realidade da comunidade escolar local. 4. Garantir, em regime de colaboração com o Estado e a União, infraestrutura para as escolas públicas do município (que tenham necessidade) com quadras poliesportivas, laboratórios de aprendizagem, de ciências e de informática, espaços para atividades culturais, bibliotecas, auditórios, cozinhas, refeitórios, banheiros e outros equipamentos, bem como, produção de material didático e formação de recursos humanos para a educação integral. 5. Promover encontros para discussão e avaliação entre professor regente, professor de contra-turno e professor monitor, para obter melhorias no processo de ensino e aprendizagem. 6. Contribuir com recursos físicos e humanos, infraestrutura e equipamentos, material didático e formação, sempre em regime de colaboração com o Estado e a União e de acordo com as disponibilidades do Município. 7. Garantir, em regime de colaboração com o Estado e a União, transporte escolar de qualidade e gratuito para os alunos desta modalidade.

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Meta 07: Fomentar a qualidade da educação Meta 07: Fomentar, no âmbito dos básica em todas as etapas e modalidades, com respectivos sistemas de ensino, a qualidade melhoria do fluxo escolar e da aprendizagem de da educação básica em todas as etapas e modo a atingir as seguintes médias nacionais modalidades, com melhoria do fluxo para o IDEB: escolar e da aprendizagem de modo a

IDEB 2015 2017 2019 2021 elevar as médias no município e colaborar Anos iniciais EF 5,2 5,5 5,7 6,0 para atingir as médias nacionais para o Anos finais EF 4,7 5,0 5,2 5,5 IDEB. Ensino Médio 4,3 4,7 5,0 5,2

ESTRATÉGIAS 1. Participar dos sistemas de avaliação institucional que contemplem a participação de todos os segmentos da comunidade escolar, visando a auto avaliação contínua das escolas de educação básica. 2. Assegurar, em regime de colaboração com o Estado e a União, estratégias voltadas a melhoria do processo de ensino e aprendizagem que garantam que os alunos do EF e EM alcancem as médias previstas no PNE. 3. Planejar e acompanhar o PAR – Plano de Ações Articuladas, buscando o apoio técnico e financeiro voltado a melhoria da gestão educacional, à formação profissional, à ampliação e desenvolvimento de recursos pedagógicos e à melhoria e expansão da infraestrutura física da rede escolar do Município. 4. Incentivar práticas pedagógicas inovadoras que assegurem a melhoria na qualidade de ensino e aprendizagem com diversidade de métodos e propostas pedagógicas. 5. Garantir, em regime de colaboração como Estado e a União, transporte escolar gratuito para todos os estudantes que dele necessitem, priorizando os alunos do campo, na faixa etária da educação escolar obrigatória. 6. Estimular a utilização pedagógica das (TICs) Tecnologias da Informação e Comunicação. 7. Proporcionar aos estudantes do município o acesso à rede mundial de computadores, com acesso à internet, preferencialmente no Laboratório Municipal de Informática onde são oferecidos, gratuitamente, cursos de informática básico e avançado. 8. Manter os programas de material didático escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde, por meio da colaboração entre o Estado, a União e órgãos afins.

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9. Garantir nos currículos escolares, em regime de colaboração entre o Estado e a União, conteúdos sobre a história e a cultura afro-brasileira e indígena e implementar ações educacionais nesta área. 10. Promover a articulação do setor da educação com outras áreas como saúde, principalmente serviços de odontologia, fonoaudiologia, psicologia, assistência social, esporte e cultura. 11. Incentivar projetos escolares de incentivo à leitura nas escolas. 12. Implementar, em regime de colaboração com o Estado e a União, políticas de combate à violência nas escolas do município.

EIXO II - SUPERAÇÃO DAS DESIGUALDADES E A VALORIZAÇÃO DAS DIFERENÇAS Meta 08: Elevar a escolaridade média da Meta 08: Contribuir para a elevação da população de 18 (dezoito) a 29 (vinte e escolaridade média da população de 18 nove) anos, de modo a alcançar, no mínimo, (dezoito) a 29 (vinte e nove) anos, de modo a 12 (doze) anos de estudo no último ano de alcançar, no mínimo, 12 (doze) anos de estudo vigência deste Plano, para as populações do no último ano de vigência do PNE, para as campo, da região de menor escolaridade no populações do campo, da região de menor País e dos 25% (vinte e cinco por cento) escolaridade no País e dos 25% (vinte e cinco mais pobres, e igualar a escolaridade média por cento) mais pobres, e igualar a escolaridade entre negros e não negros declarados à média entre negros e não negros declarados à Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE. Estatística - IBGE.

ESTRATÉGIAS 1. Incentivar metodologias de correção de fluxo, acompanhamento pedagógico individualizado, recuperação e progressão, priorizando os estudantes com rendimento escolar defasado, considerando suas especificidades. 2. Fomentar programas de Educação de Jovens e Adultos para os segmentos populacionais que estejam fora da escola e com defasagem idade-série, associando esses programas às estratégias sociais que possam garantir a continuidade da escolarização.

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3. Promover, em parceria com as áreas da saúde e assistência social, ações de incentivo a escolarização das populações acima citadas, buscando erradicar totalmente o analfabetismo, bem como, aumentar o tempo de escolaridade da população. 4. Estimular, política de formação continuada nos espaços escolares às famílias, aos estudantes e aos profissionais da educação, docentes e não docentes, ressaltando a importância da escolarização básica, bem como, da escolarização complementar para a vida em sociedade. 5. Incentivar os alunos em defasagem de idade-série a cursarem Educação de Jovens e Adultos (EJA) em Instituições que ofereçam esta modalidade de ensino. 6. Disponibilizar materiais didático-pedagógicos para os alunos inscritos em escolas que oferecem a modalidade EJA.

EIXO I - GARANTIA DO DIREITO A EDUCAÇÃO BÁSICA Meta 09: Elevar a taxa de alfabetização da Meta 09: Contribuir para elevar a taxa de população com 15 (quinze) anos ou mais alfabetização da população com 15 (quinze) para 93,5% (noventa e três inteiros e cinco anos ou mais para 93,5% (noventa e três décimos por cento) até 2015 e, até o final da inteiros e cinco décimos por cento) até 2015 e, vigência deste PNE, erradicar o até o final da vigência do PNE, erradicar o analfabetismo absoluto e reduzir em 50% analfabetismo absoluto e contribuir para a (cinquenta por cento) a taxa de redução em 50% (cinquenta por cento) a taxa analfabetismo funcional. de analfabetismo funcional.

ESTRATÉGIAS 1. Manter o Programa ALFA e incentivar que mais pessoas o frequentem. 2. Estimular as pessoas do Município que não tem escolarização a frequentarem cursos de Educação de Jovens e Adultos, em parceria entre a rede municipal e estadual de ensino. 3. Promover, em parceria com as áreas da saúde e assistência social ações de incentivo a escolarização, buscando atingir e meta estabelecida. 4. Garantir, em regime de colaboração com o Estado e a União, transporte escolar e alimentação, gratuito, para os alunos inscritos na modalidade de ensino EJA. 5. Manter parcerias com o Conselho Tutelar e as Agentes Comunitárias de Saúde para estimular a população analfabeta a voltar a estudar.

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Meta 10: Oferecer, no mínimo, 25% Meta 10: Apoiar programas e ações, em regime de (vinte e cinco por cento) das matrículas colaboração com o Estado e a União, para de educação de jovens e adultos, nos oferecer, no mínimo, 25% (vinte e cinco por ensinos fundamental e médio, na forma cento) das matrículas de educação de jovens e integrada à educação profissional. adultos, nos ensinos fundamental e médio, na forma integrada à educação profissional.

ESTRATÉGIAS 1. Incentivar, em regime de colaboração com o Estado e a União, resguardadas as competências, no sentido de apoiar programas e ações para contribuir com a expansão das matrículas na Educação de Jovens e Adultos, de modo a articular a formação inicial e continuada de trabalhadores com a educação profissional, objetivando a elevação do nível de escolaridade. 2. Promover parcerias com instituições de ensino como o Instituto Federal, Universidades, Colégios Agrícolas e outros que ofereçam educação profissional e Educação de Jovens e Adultos. 3. Auxiliar, em regime de colaboração com o Estado e a União, no transporte dos alunos para a realização de cursos profissionalizantes e EJA, bem como, monitorar pedagogicamente o acesso e a permanência destes na educação profissional e na modalidade EJA. 4. Sugerir políticas curriculares com foco no direito à diversidade e afirmação dos direitos humanos, estimulando o estudo do ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente, da história e cultura afro-brasileira e indígena, bem como, questões de gênero e sexualidade. 5. Estimular políticas de inclusão, na modalidade de ensino EJA, de estudantes com deficiência, transtornos globais do espectro autista e altas habilidades ou superdotação.

Meta 11: Triplicar as matrículas da Meta 11: Contribuir para triplicar as educação profissional técnica de nível matrículas da educação profissional técnica de médio, assegurando a qualidade da oferta e nível médio, assegurando a qualidade da oferta pelo menos 50% (cinquenta por cento) da e pelo menos 50% (cinquenta por cento) da expansão no segmento público. expansão no segmento público.

ESTRATÉGIAS 1. Incentivar os munícipes a frequentarem cursos técnicos profissionalizantes, buscando a profissionalização e a inserção no mercado de trabalho. 45

2. Garantir, em regime de colaboração com o Estado e a União, transporte escolar gratuito para os alunos que frequentam cursos técnicos profissionalizantes. 3. Estimular esses estudantes a fazerem cursos técnicos e permanecerem em nosso Município exercendo sua profissão. 4. Auxiliar no processo de inscrição e matrículas em instituições que ofereçam cursos técnico profissionalizantes. 5. Manter parceria entre a rede municipal e estadual de ensino do Município para atingir a meta estabelecida.

EIXO IV - DEMOCRATIZAÇÃO E ACESSO AO ENSINO SUPERIOR Meta 12: Elevar a taxa bruta de matrícula na Meta 12: Contribuir para elevar a taxa bruta de educação superior para 50% (cinquenta por matrícula na educação superior para 50% cento) e a taxa líquida para 33% (trinta e três (cinquenta por cento) e a taxa líquida para 33% por cento) da população de 18 (dezoito) a 24 (trinta e três por cento) da população de 18 (vinte e quatro) anos, assegurada a qualidade (dezoito) a 24 (vinte e quatro) anos, assegurada da oferta e expansão para, pelo menos, 40% a qualidade da oferta e expansão para, pelo (quarenta por cento) das novas matrículas, menos, 40% (quarenta por cento) das novas no segmento público. matrículas, no segmento público.

ESTRATÉGIAS 1. Buscar parcerias com instituições de ensino superior para adequação dos cursos a fim de suprir as necessidade dos profissionais de educação do Município. 2. Garantir, em regime de parceria com o Estado e a União, recursos financeiros para subsidiar parte do transporte escolar para os estudantes universitários que frequentam instituições de Ensino Superior em outros municípios, estados e países. 3. Mobilizar os estudantes de Ensino Médio a cursarem níveis superiores, estimulando-os a realizarem o ENEM – Exame Nacional do Ensino Médio e vestibulares em universidades, tanto particulares quanto em instituições federais.

Meta 13: Elevar a qualidade da educação Meta 13: Contribuir para elevar a qualidade da superior e ampliar a proporção de mestres e educação superior e ampliar a proporção de doutores do corpo docente em efetivo mestres e doutores do corpo docente em efetivo 46

exercício no conjunto do sistema de exercício no conjunto do sistema de educação educação superior para 75% (setenta e cinco superior para 75% (setenta e cinco por cento), por cento), sendo, do total, no mínimo, 35% sendo, do total, no mínimo, 35% (trinta e cinco (trinta e cinco por cento) doutores. por cento) doutores.

ESTRATÉGIAS 1. Buscar parcerias com instituições de educação superior para que os professores busquem cursos de mestrado e doutorado. 2. Fomentar o ingresso de professores da rede municipal e estadual a realizarem cursos de pós-graduação em nível de especialização, mestrado e doutorado. 3. Propor estratégias, em parceria com o Estado e a União, que proporcionem tempo para que os professores possam realizar cursos de especialização e aperfeiçoamento, sem prejuízo de sua carga horária.

Meta 14: Elevar gradualmente o número de Meta 14: Contribuir para elevar gradualmente matrículas na pós-graduação stricto sensu, o número de matrículas na pós-graduação de modo a atingir a titulação anual de stricto sensu, colaborando para alcançar a meta 60.000 (sessenta mil) mestres e 25.000 estabelecida pelo PNE. (vinte e cinco mil) doutores.

ESTRATÉGIAS 1. Incentivar que professores das redes municipal e estadual busquem aperfeiçoamento em cursos de pós-graduação stricto sensu. 2. Garantir, em regime de colaboração com o Estado e a União, que o Plano de Carreira do Magistério Público Municipal contemple incentivo a quem realizar cursos em nível de graduação, especialização, mestrado e doutorado.

EIXO III - VALORIZAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO Meta 15: Garantir, em regime de colaboração Meta 15: Contribuir para garantir, em regime entre a União, os Estados, o Distrito Federal e de colaboração entre a União, os Estados, o os Municípios, no prazo de 1 (um) ano de Distrito Federal e os Municípios, no prazo de vigência deste PNE, política nacional de 1 (um) ano de vigência do PNE, política 47

formação dos profissionais da educação de nacional de formação dos profissionais da que tratam os incisos I, II e III do caput do educação de que tratam os incisos I, II e III do art. 61 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de caput do art. 61 da Lei nº 9.394, de 20 de 1996, assegurado que todos os professores e dezembro de 1996, assegurado que todos os as professoras da educação básica possuam professores e as professoras da educação formação específica de nível superior, obtida básica possuam formação específica de nível em curso de licenciatura na área de superior, obtida em curso de licenciatura na conhecimento em que atuam. área de conhecimento em que atuam.

ESTRATÉGIAS 1. Incentivar que todos os profissionais da educação básica do município possuam formação específica de nível superior, obtida em cursos de licenciatura plena na área de conhecimento em que atuam. 2. Promover e/ou fomentar momentos de formação específica aos profissionais da educação na área de sua atuação. 3. Colaborar, com apoio do Estado e da União, para custear parte das despesas com transporte para os professores que buscarem formação superior em sua área de atuação.

Meta 16: Formar, em nível de pós-graduação, Meta 16: Contribuir para formar, em nível de 50% (cinquenta por cento) dos professores da pós-graduação, 50% (cinquenta por cento) dos educação básica, até o último ano de vigência professores da educação básica, até o último deste PNE, e garantir a todos (as) os (as) ano de vigência do PNE, e garantir a todos profissionais da educação básica formação (as) os (as) profissionais da educação básica continuada em sua área de atuação, formação continuada em sua área de atuação, considerando as necessidades, demandas e considerando as necessidades, demandas e contextualizações dos sistemas de ensino. contextualizações dos sistemas de ensino.

ESTRATÉGIAS 1. Garantir, em regime de colaboração com o Estado e a União, a manutenção de políticas de formação continuada aos profissionais da educação pública do Município, através da promoção de cursos, palestras, seminários e oficinas, semestral e gratuitamente.

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2. Promover, em regime de colaboração como Estado e a União, cursos de formação continuada de professores no período de recesso escolar, com temas relacionados às áreas de atuação e com certificação. 3. Incentivar todos os professores da rede municipal e estadual a realizarem cursos de pós- graduação de acordo com sua área de atuação.

Meta 17: Valorizar os (as) profissionais do Meta 17: Contribuir para a valorização dos (as) magistério das redes públicas de educação profissionais do magistério das redes públicas de básica de forma a equiparar seu educação básica de forma a equiparar seu rendimento médio ao dos (as) demais rendimento médio ao dos (as) demais profissionais com escolaridade profissionais com escolaridade equivalente, até o equivalente, até o final do sexto ano de final do sexto ano de vigência do PNE, vigência deste PNE. destacando a responsabilidade de cada ente federado.

ESTRATÉGIAS 1. Garantir, em regime de colaboração com o Estado e a União, o cumprimento da Lei do Piso Nacional, proporcionando, além da garantia de remuneração, as horas de planejamento. 2. Colaborar para que o Plano de Carreira do Magistério Público Municipal seja atualizado de acordo com as leis vigentes.

Meta 18: Assegurar, no prazo de 2 (dois) Meta 18: Assegurar, no prazo de 2 (dois) anos, a existência de Planos de Carreira para anos, a existência de Planos de Carreira para os (as) profissionais da educação básica e os (as) profissionais da educação básica do superior pública de todos os sistemas de município e contribuir, no âmbito dos ensino e, para o Plano de Carreira dos (as) respectivos sistemas de ensino, para a profissionais da educação básica pública, elaboração ou adequação dos Planos de tomar como referência o piso salarial nacional Carreira dos (as) profissionais da educação profissional, definido em lei federal, nos básica pública, tomar como referência o piso termos do inciso VIII do salarial nacional profissional, definido em lei art. 206 da Constituição Federal. federal, nos termos do inciso VIII do art. 206 da Constituição Federal. 49

ESTRATÉGIAS 1. Garantir que o Plano de Carreira do Magistério Público Municipal contemple os cursos de formação continuada para a promoção profissional. 2. Assegurar o ingresso dos profissionais da rede municipal de ensino por concurso público com habilitação específica para o cargo e, no caso de falta de professores, assegurar o ingresso dos mesmos em forma de processo seletivo realizado pelo Conselho Municipal de Educação, Secretaria Municipal de Educação, Poder Executivo e Legislativo. 3. Prever no Plano de Carreira do Magistério Público Municipal licenças para qualificação profissional dos profissionais concursados da área da educação.

EIXO V - FINANCIAMENTO E FORTALECIMENTO DA GESTÃO DEMOCRÁTICA Meta 19: Assegurar condições, no prazo de Meta 19: Colaborar para assegurar condições, 2 (dois) anos, para a efetivação da gestão no prazo de 2 (dois) anos, para a efetivação da democrática da educação, associada a gestão democrática da educação, associada a critérios técnicos de mérito e desempenho e critérios técnicos de mérito e desempenho e à à consulta pública à comunidade escolar, no consulta pública à comunidade escolar, no âmbito das escolas públicas, prevendo âmbito das escolas públicas, prevendo recursos recursos e apoio técnico da União para tanto. e apoio técnico da União para tanto.

ESTRATÉGIAS 1. Incentivar o fortalecimento dos sistemas de gestão democrática nas escolas do Município. 2. Efetivar a gestão democrática da educação nas escolas do município, no prazo de dois anos da aprovação do PME, através da eleição de diretores que preencham os critérios estabelecidos no Plano de Carreira do Magistério Municipal para inserção no cargo, associado aos critérios técnicos de mérito e desempenho com consulta pública à comunidade escolar. 3. Implantar, em parceira com o Estado, conselhos escolares em todas as escolas da rede municipal e estadual, no prazo de 2 anos. 4. Propor a criação dos Grêmios Estudantis, nas escolas da rede municipal e estadual. 5. Colaborar para o fortalecimento do Conselho Municipal de Educação - CME. 6. Incentivar a participação da comunidade escolar no Projeto Político Pedagógico: pais, professores, alunos e funcionários. 7. Manter apoio e auxílio nos programas de formação para os diversos Conselhos de Acompanhamento e Controle Social. 50

8. Instituir o Fórum Permanente de Educação para o acompanhamento do andamento do Plano Municipal de Educação.

Meta 20: Ampliar o investimento público Meta 20: Garantir, em regime de colaboração em educação pública de forma a atingir, no com o Estado e a União, o investimento em mínimo, o patamar de 7% (sete por cento) educação pública, assegurando a competência do Produto Interno Bruto - PIB do País no 5º de cada ente federado e ampliando os (quinto) ano de vigência desta Lei e, no investimentos conforme condições mínimo, o equivalente a 10% (dez por orçamentárias do município. cento) do PIB ao final do decênio.

ESTRATÉGIAS 1. Fomentar, em regime de colaboração com o Estado e a União, que no mínimo 25% do orçamento anual do Município seja destinado a investimento em educação básica, garantindo a manutenção das escolas de Educação Infantil e Ensino Fundamental. 2. Assegurar que haja a transparência com relação aos recursos financeiros da educação, bem como, o controle social através dos Conselhos Municipais. 3. Garantir que os recursos destinados à educação sejam corretamente aplicados e, que o destino destes recursos proporcionem, de fato, a melhoria na qualidade do ensino. 4. Garantir, em regime de colaboração com o Estado e a União, fontes de financiamento permanentes e sustentáveis para a educação básica, observando-se políticas de colaboração entre os entes federados. 5. Acompanhar a receita e a despesa do Salário Educação. 6. Participar das mobilizações para buscar novas fontes de financiamento exclusivo para a educação. 7. Estudar a viabilidade de programas e ações para ampliar a arrecadação sem o aumento de impostos.

Erval Grande - RS, Maio de 2015

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