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“ No final da década de 70, durante a leitura das memórias da bailarina Isadora Duncan, tomei conhecimento primeiro de sua visita ao Brasil, segundo do seu encontro com o jornalista e escritor carioca João do Rio, que foi carinhosamente citado por ela em seu livro. Foi nesse instante que surgiu a primeira idéia, não para uma peça de teatro, mas para um romance: já que eu era apaixonado pelas duas figuras, por que não escrever sobre o improvável momento de suas vidas em que elas se cruzaram? Tempos depois, ao ler uma biografia de João do Rio, tive acesso à outra informação preciosa. Isadora e o cronista não apenas se tornaram amigos durante a passagem da bailarina pelo Rio, como ele também lhe apresentou outra figura das artes brasileiras que se tornaria um ícone: o escritor Oswald de Andrade, com quem ela veio a ter um caso. O projeto do romance até hoje não foi descartado. Já a idéia da peça de teatro surgiu em 1982, depois que Norma Bengell me pediu um texto que falasse da ‘condição feminina’. Norma & Isadora: foi um feliz encontro de grande sucesso, mas que infelizmente durou pouco. Como se os deuses resolvessem me dar uma segunda chan- ce, este encontro agora se repete – e em dobro: Bibi Ferreira & Isadora, Isadora & Letícia Spiller. Isadora Duncan estréia dia 26 de julho no Teatro Vanucci, aqui no Rio. E diante dessas Mulheres do Século só consigo lembrar muito vagamente que sou o autor do texto. Pois quero mesmo é vê-las no palco e me maravilhar diante delas. ” divulg a ção Aguinaldo Silva, julho/agosto de 2007 jornaldoteatrojornal do teatro Versão carioca O retorno Esta é para os fãs do fenômeno Três comédias de grande sucesso High School Musical, maior suces- estão de novo em cartaz no Sho- so da história do Disney Channel. pping da Gávea. Dia 27 de julho, Está em cartaz no Centro Cultural Lilia Cabral retorna com Divã, Suassuna, até 8 de agosto, a versão de , no palco do brasileira intitulada Escola Musical. Teatro Vanucci. Dia 2 de agosto é Com direção e adaptação de Ales- a vez de Jorge Fernando voltar ao sandro Dovalle, o musical traz no Teatro das Artes com o seu Boom, elenco 20 atores e bailarinos que de Luiz Carlos Góes. O monólogo apresentam canções originais e tra- Minha mãe é uma peça, autoria e duções para contar o romance teen interpretação de Paulo Gustavo, entre Sofia (Gabriella Cavalcanti) e reestréia no Teatro dos Quatro dia Tor (Ígor Pontes). 9. Diversão garantida. Nostalgia Dose dupla O Centro Cultural Carioca, mes- Denise Stoklos estréia no Oi Fu- mo local onde nos anos 50 funcio- turo dois novos espetáculos para nava a lendária Dancing Eldorado, comemorar seus 40 anos de car- traz um espetáculo de dança, reira. E com uma novidade: a peça teatro, música e vídeo que retrata infanto-juvenil Denise Stoklos em a mulher numa Praça Tiradentes Teatro para Crianças, com qua- em decadência. Dancing Eldorado dros vivos que ilustram cantigas tem roteiro construído a partir de de roda com partes do corpo. Já depoimentos de ex-freqüentadores. Cantadas traz performances-solo Áurea Martins, cantora do Dancing baseadas no encontro de corpo e Avenida, e Mestre Darcy da Cruz, voz. Teatro para Crianças acontece que foi trompetista no Eldorado, de 28 de julho a 30 de setembro. estão entre os 11 músicos da or- Cantadas, de 27 de julho a 30 de questra que toca no musical. setembro.

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Minha história com Diálogos com Molly Bloom começa na Espanha em 2005, onde fiz Malu está em cartaz no Teatro III do CCBB uma apresentação de Conjugado, dirigida por Christiane Jatahy. O José Sanchis Sinisterra assistiu, gostou do meu trabalho do projeto. A escolha da Andréa Beltrão é e me mostrou a peça. O tempo passou e que foi mais inusitada. Queria muito que comecei a buscar um projeto que me desse uma atriz com as mesmas referências de a oportunidade de dialogar em cena. Aí palco e de geração me dirigisse. E a Andréa me veio a idéia de ter cinco diretores num foi muito generosa nesse aspecto, me dando mesmo espetáculo e me lembrei do texto do toques sobre os caminhos de atuação que ‘Sanchis. Liguei para ele, que na hora achou faria se estivesse no meu lugar. que eu estava maluca. Ele me disse que eu Fiquei com o compromisso de trazer as precisava de cinco diretores e um psiquiatra! cinco direções em mim, esse mosaico de Mas depois do susto inicial, gostou da idéia. informações para processar, assimilar e Arrumou uma brecha na agenda e veio de afunilar. E tudo fez enorme diferença na Madri, onde mora, para me dirigir. Ele tinha minha atuação. Molly Bloom é comunicativa que ser um destes cinco diretores, já que é e atemporal, síntese de todas as mulheres do o autor e dirigiu a primeira montagem da mundo. Numa noite de insônia ela repassa peça, na Espanha, em 1979. A partir daí sua vida num fluxo de pensamento ao lado comecei a pensar nos outros quatro nomes, do marido, que dorme. E é o meu marido, cujo critério era afinidade e cumplicidade o artista plástico Afonso Tostes, que fica profissional. deitado no cenário. Acaba sendo uma home- Já trabalhei com a Christiane, a Cristina nagem ao casamento – e um retrato da mais Moura e o Gilberto Gawronski duas vezes pura humanidade, com humor, tragédia e antes, eles também tinham que fazer parte todos os ingredientes de um bom teatro.” Lídia (Tônia Carrero) é uma ex-artista de circo. Dimitri (Mauro Mendonça) é médico. Ambos se conhecem quando Lídia se interna por um mês na clínica que Dimitri dirige e Um barco para o logo começa a quebrar a rotina local. Boêmia e irrequieta, ela foge do quarto pela janela para cantar no jardim ao luar. À primeira sonho vista, há confl ito entre os dois. Em seguida, uma relação médico-paciente. E, pouco a pouco, os opostos se atraem. Ponto de encontro Dois leões Um barco para o sonho é mais que uma peça. É o encontro de dois monstros “O Dimitri é um homem fechado para o sagrados do teatro brasileiro e também mundo, circunspecto e sério. Aos poucos, a de três gerações de talentos da mesma Lídia, que é uma revolucionária, transforma família – Tônia, a protagonista; seu este homem até que os dois se apaixonam. fi lho Cécil, o tradutor da peça; e seu É um texto com muita classe, bom gosto e neto Carlos, o diretor. “O trabalho nos humanidade. Não tenho visto nada assim aproximou. De 1999 a 2000 moramos sobre amor na terceira idade”, conta Mauro juntos, mas somos mais próximos hoje Mendonça, que comemora atuar mais uma que naquela época”, diz Carlos, que vez com Tônia. “Decidi ser ator depois de profi ssionalmente chamou atenção de ver uma peça da Tônia com o . sua avó ao escrever e dirigir o esquete Assim como a Lídia muda o Dimitri da água de inauguração da Sala Tônia Carrero, para o vinho, também mudo por causa dessa no Teatro Leblon, em janeiro deste ano. convivência com a Tônia, claro”. “Quando o (produtor Marcus) Montenegro Tônia admite algumas semelhanças com sugeriu o Carlinhos para dirigir, dei um sua personagem. “Ela é muito engraçada pulo e disse ‘como não pensei nisso e vê tudo sob o ponto de vista do humor. antes’!”, lembra Tônia. E quem for ao Também sou assim e esta é uma das carac- Maison de France assistir o espetáculo vai ainda encontrar no saguão duas FOTOS: ANDRÉ WANDERLEY / DIVULGAÇÃO ANDRÉ WANDERLEY FOTOS: terísticas que mais admiro nas pessoas”, diz a grande dama do teatro, especialmente feliz grandes exposições: uma de fotos dos 51 anos de carreira de Mauro, outra de 12 Tônia Carrero, Mauro Mendonça e um romance inesperado por contracenar com Mauro. “Ele é muito fi gurinos de personagens de Tônia em doce e fácil de lidar, um cavalheiro. E tem 58 anos de carreira. “Os meus preferidos unca é tarde para amar. Assim se pode dois personagens maduros que trazem uma uma voz admirável! Trabalhar com ele e com são os criados por Guilherme Guimarães. resumir a principal mensagem de Um bagagem emocional de fracassos, perdas e o Carlinhos é muito fácil, um prazer”, elogia. O Guigui fazia vestidos esplendorosos barco para o sonho, texto comovente frustrações. Estrelada por Tônia Carrero e “Os dois são uma escalação perfeita. Hoje N e até cenários”, elogia Tônia, que fez de Alexei Arbuzov, com tradução de Cécil Mauro Mendonça, a peça, em cartaz até no em dia é raro conseguir reunir dois leões no história por suas atuações e também pela Thiré e direção de Carlos Artur Thiré. Trata- Teatro Maison de France, tem emocionado palco. Foi uma experiência arrebatadora indumentária de suas personagens. se de uma improvável história de amor entre platéias de todas as idades. para mim”, completa Carlos Artur Thiré. Brincando em cima daquilo

Débora Bloch faz seu primeiro monólogo. Otávio Muller estréia na direção Por Janaina Medeiros

ma atriz, um mosaico de personagens versão, tem apenas três monólogos como e uma grande discussão sobre a se fossem um só: Temos todas a mesma his- U condição feminina. Tudo com clima tória, em que uma mulher trava um diálogo de descontração, improviso e direito a canto escatológico com uma boneca de pano; Uma e dança. Enfim, uma explosão de atuação mulher sozinha, sobre uma mulher trancada e esforço físico de Débora Bloch, na sua em casa pelo marido; e Volta ao lar, no qual primeira vez solo. Em Brincando em cima mulher se vinga do marido e acaba no motel daquilo a atriz comemora 27 anos de carreira com o colega de escritório. Todas com uma estreando em monólogos com o texto dos certa dose de melancolia, mas muito humor autores italianos Dario Fo e Franca Rame, na narrativa. “Fizemos uma montagem dramaturgia de Amir Haddad e direção de bem diferente. Os textos não são todos os Otávio Muller – também estreante na função, mesmos, nem a concepção de direção ou após 20 anos como ator. O resultado está as músicas”, conta Débora Bloch. em cartaz até 5 de agosto no Teatro dos “O texto sofreu modificações com a dra- Quatro, que abrigou a peça após o incêndio maturgia de Amir Haddad. Não queríamos do Sergio Porto, onde estava programada que acabasse um monólogo e começasse para acontecer inicialmente. outro, como se fossem esquetes, mas sim A peça, com cinco monólogos, foi interpre- que fosse um grande mosaico, para dar a o s: lenise p inheir / d ivulgaçã t

tada por Marília Pêra em 1984. Nesta nova impressão de ser uma mulher só. O público f o >> >> não sabe se são várias personagens ou uma só. Tudo pode ser. E fi ca a dúvida”, continua Clima de ensaio De Marília Otávio Muller. “Tem muitos momentos de Quem for ao teatro dos Quatro terá a surpresa de à Debora emoção. Mas quero que as pessoas se divir- ser recebido por Débora Bloch. O clima de ensaio tutta casa, letto e tam. Minha intenção é dar um clima de show e de informalidade surge já no início, com a atriz chiesa (“toda casa, leito e tirar o espectador deste esconderijo oculto circulando pela platéia antes de o monólogo e igreja”) foi escrita que é a platéia, quebrar a quarta parede”. começar, mas está em todos os aspectos da peça. em 1977 por Dario fo Tanto Otávio quanto Débora assistiram à sobretudo na cenografi a, sugerida por Otávio e franca rame e é versão dos anos 80 e a lembrança da força Muller e concebida por Bia lessa. Composto originalmente composta do texto foi o que os motivou a encarar por cinco caixas de som espalhadas pelo palco, por 11 monólogos. o desafi o desta nova montagem. “Tinha além de cordas divisórias que marcam o espaço em 1984, Marília Pêra planos de dirigir antes, mas não encontrava de atuação, o cenário funciona perfeitamente à (ver Cena aberta, atuação de Debora sem roubar cena. “É quase um texto absolutamente contemporâneo. última página) criou a um não-cenário. a idéia é que o palco fi que nu. Estou diretor, mas não sou diretor. Estou versão em português as caixas de som existem, pois a música neste experimentando e, sobretudo, trabalhando encenando cinco espetáculo tem papel importante. em equipe”, enfatiza Otávio, que convidou a esquetes: a mãe de um usamos pequenos recursos teatrais para diretora Bia Lessa para assinar a cenografi a. militante e dependente poder brincar com a possibilidade de drogas, a vítima de “Gosto mais de cenografi as de ensaio que de cênica que o teatro oferece”, estupro, a operária espetáculos prontos. Só a Bia podia dar uma resume Bia lessa. deprimida, a mulher cara informal e, ao mesmo tempo, dinâmica. presa em casa e a Ela dirigiu meu espetáculo de formatura da mulher que conversa CAL, trabalhamos dez anos juntos e tenho com uma boneca. sob muita confi ança estética nela”, diz. direção de roberto “Sempre achei o monólogo muito solitá- rei, samba & funk vignati, o sucesso de rio, nunca pensei que fosse gostar de fazer Débora Bloch toma conta do palco não só Marília rendeu Prêmio um deles. O que me atraiu foram os perso- atuando. ela também dança samba e Molière de Melhor atriz nagens, a qualidade do texto, as histórias funk e canta sucessos românticos. e temporada de 1984 que estão sendo contadas, o assunto. O a seleção de músicas, sugerida por ela a 1986. ainda em 1986 monólogo requer muita concentração, cal- e Otávio à Dany roland, que assina a foi a vez de Denise ma e relaxamento em cena. Tudo está na trilha, vai de roberto e a stocklos, dirigida por sua mão. E, principalmente, muito preparo tchutchucas e MC Catra, passando por , e seu argemiro. “essas físico, corpo e voz”, revela a atriz. “A Débo- encenar quatro dos músicas foram surgindo nos ensaios. ra está num momento profi ssional muito monólogos sob outro tudo tem a ver com as personagens e especial e fez uma entrega muito bonita. título: um orgasmo as histórias que elas contam. improvisei Tudo é muito bem falado por ela”, come- adulto escapa o funk e o samba e acabei dançando do zoológico. mora Otávio, que fez o convite à atriz nas também. É mais um comentário de atriz gravações da minissérie JK, da TV Globo, do que um número de dança”, diz Débora. em que contracenavam. Magrini, Marly Bueno, Anselmo Vascon- sobre a condição feminina. “É um texto cellos e Laura Proença. muito inteligente, que relembra fi guras Pioneira da dança moderna, a bailarina precursoras e curiosas, como Isadora, Isadora Duncan fi cou conhecida por suas João e Oswald, permitindo ao elenco se coreografi as inspiradas na arte clássica exibir de maneira muito interessante no ISADORA grega e seu estilo marcante: foi a primeira palco”, elogia Bibi Ferreira. a dançar descalça e com écharpes colori- “O espetáculo é muito bonito porque Duncan das jogadas sobre os ombros. Além de ter discute a liberdade de expressão. É a arte revolucionado a arte, lutou pelos direitos surgindo da própria vida, da maneira mais Letícia Spiller femininos e tornou-se referência para pungente”, defi ne Letícia, que desde o nas- mulheres contemporâneas. E esta história cimento de seu fi lho, há 10 anos, tem se vive a bailarina. é o pano-de-fundo para o texto escrito em dedicado a aulas semanais de balé. Agora, A supervisão é 1983, que teve uma primeira montagem com a bailarina do Theatro Municipal Mô- antológica com Norma Bengell, no Teatro nica Barbosa, tem feito outras duas aulas de Bibi Ferreira Nacional de Comédia. semanais para ensaiar a coreografi a. “É Por Janaina Medeiros Mas a peça Isadora Duncan não é uma uma homenagem à energia feminina pre- mera biografi a, já que por meio dela a sente em cada homem e em cada mulher. trama discute a discriminação contra a É o que nos move e nos transforma, faz mulher. O espetáculo conta a história de tudo transmutar”, afi rma a atriz. Aurora Bonfi m (Letícia Spiller), uma atriz apaixonada por Isadora Duncan, que lê Na ponte aérea um texto teatral de Mauro Ribas (Ancelmo Bibi Ferreira seria a diretora do Vasconcellos) sobre a bailarina e busca espetáculo, mas teve que optar pela o produtor Ivan (Oscar Magrini) para supervisão geral por conta do caos viabilizar o projeto, mas esbarra na falta aéreo. A crise dos controladores, de apoio do governo. “A Aurora lembra o que tem atrasado vôos e superlotado ma peça dentro de uma peça. preço da integridade artística neste mundo aeroportos, a impediu de conciliar O autor Aguinaldo Silva utiliza a tão banalizado”, diz Letícia Spiller. Isadora Duncan, como diretora no Rio, U metalinguagem para prestar uma Enquanto aguardam patrocínio, os e Às Favas com os Escrúpulos, em São homenagem à fi gura feminina e à cultura personagens começam a ensaiar o texto, Paulo. Bibi faz parte do elenco desta em Isadora Duncan, que depois de 24 que mistura fi guras míticas como João última, escrita por Juca de Oliveira e anos volta em cartaz no Rio, no Teatro do Rio (também interpretado por Ancel- dirigida por Jô Soares, em cartaz desde Vanucci, com estréia prevista para o dia mo Vasconcellos) e Oswald de Andrade maio no Teatro Raul Cortez. Workaholic 26 de julho. Sob supervisão geral de Bibi (Oscar Magrini), além da própria Isadora e incansável, a dama do teatro está Ferreira e direção de Paulo Afonso de (Letícia Spiller). O encontro, que de fato morando na capital paulista há dois Lima, o espetáculo tem Letícia Spiller à aconteceu no Rio em 1916, serve como meses e divide o palco com Juca de Oliveira, Adriane Galisteu, Daniel frente do elenco – todos se revezam em sub-trama. E, entre o que é real e o que Warren e Neuza Maria Faro.

dois papéis – e conta ainda com Oscar se ensaia, surge o cerne da discussão DIVULGAÇÃO FOTO: São quatro mulheres à beira de um ataque elementos cênicos também mudam. Tudo de nervos. Dra. Helda (Cristina Pereira), com comentários em off de Zezé Motta, que psicanalista de renome, planeja sua morte costuram de forma bem-humorada as três enquanto recebe a visita inesperada de Lídia versões do thriller. Para completar o clima (Tatynne Lauria) e Viviane (Renata Tobe- noir, o cenário é em preto-e-branco e o lem), duas dondocas idênticas que estão figurino da psiquiatra é cinza, em contraste atormentadas com compras, cabeleireiros com os trajes vermelhos à la Almodóvar e outras futilidades. E Marlene (Lidiane das pacientes-peruas. “A narração é quase Ribeiro) é a faxineira do consultório que, radiofônica, criando expectativas e acentu- sem querer, se envolve no crime. ando o mistério. Faço uma grande brinca- “A psiquiatra é uma mulher enlouquecida. deira com todas estas referências”, resume Ela toma sonífero, é uma vilã atrapalhada o jovem autor e diretor. e sem glamour. E a faxineira fica invocada porque o salário está atrasado e ela não pode comprar um i-Pod para o filho. Aí ela encon- tra o corpo da psiquiatra e o esconde atrás do al / di v u lga ção biombo para começar a atender as pacientes e pegar o dinheiro da consulta”, revela Cris- tina Pereira. “O espetáculo é um verdadeiro o s : Gui l h e r me Vid quebra-cabeças em que o público vai tirando t Desesperadas suas conclusões”, adianta a atriz. fo Pontos de vista Cristina Pereira siquiatra enlouquece quando seu A peça é resultado do esquete homônimo marido morre e uma filha que ele apresentado no último Festival do Salão Troca de experiências lidera mulheres P teve fora do casamento reivindica a Carioca de Humor, no Teatro Laura Alvim. O Longe dos palcos desde 2005, ano em à beira de um herança. Então ela forja seu próprio assas- trabalho foi indicado nas categorias Melhor que esteve à frente dos sucessos Abalou sinato para incriminar a adolescente, até Esquete e Melhor Roteiro, e ganhou o prêmio Bangu e Por que você não disse que me ataque de nervos que sua faxineira e duas pacientes-peruas de Melhor Atriz pela atuação de Lidiane amava?, Cristina Pereira está feliz de começam a tomar parte da trama... É o Ribeiro. “Quando decidi transformar o tex- voltar em meio a uma equipe de jovens Por Janaina Medeiros que parece ser: uma comédia policial com to em peça, desenvolvi a personagem da talentos. Sobretudo Jô Bilac, que tem 23 inspiração nos quadrinhos e no cinema de psiquiatra e acrescentei algumas situações. anos e escreveu e dirigiu seis peças entre suspense de Brian De Palma, com o molho Com muitos clichês, dramalhões e climão de 2002 e 2007. “Acho muito boa essa troca dos filmes histriônicos de Pedro Almodóvar. suspense”, conta Jô Bilac. de experiências com os mais jovens. Desesperadas, peça com texto e direção de Para esta versão, Bilac montou a narrativa Entro em contato com uma referência de Jô Bilac e estrelada por Cristina Pereira, está sob três pontos de vista: o da Dra. Helda, humor de outra geração. E o humor tem em cartaz em horário alternativo no Teatro o de Lídia & Viviane, e o de Marlene. Para que estar sempre em ebulição”, define a Vanucci até 26 de agosto. que a trama seja vista por três ângulos, os veterana atriz de comédias. Sonho de uma noite de verão Talentos da Vez monta versão pop fi gurinos dos anos 80 para uma nova versão que tanto fascinam as pessoas até hoje. Daí sob supervisão geral de Cininha de Paula, a peça ser itinerante, com o público cami- do clássico de Shakespeare concepção de Claudia Ricart e direção de nhando pelo cenário como se estivesse num Por Janaina Medeiros Christian Landi e Vivian Duarte. As apresen- túnel do tempo”, explica Christian Landi, que tações acontecem dias 3 e 4 de agosto, no estreou no teatro em 1999 numa montagem ma das peças de William Shakespeare mais encenadas Galpão Aplauso, com entrada franca. da peça dirigida por Guta Stresser. no teatro e adaptadas para o cinema, Sonho de uma Duendes e fadas são interpretados pelos U noite de verão encanta o público desde 1596, quando foi 250 alunos das ofi cinas de teatro, dança, cir- Poção mágica escrita e montada pela primeira vez. Por isso mesmo, nada mais co e música do Projeto Talentos da Vez, com Tudo começa quando o Duque Teseu contemporâneo do que apresentá-la sob uma releitura pop – e coordenação de Vinicius Lucena. E 17 deles (Lucas Parrini/ Anderson Soares) se pre- é esta a proposta do Projeto Talentos da Vez, que utiliza hits e se revezam nos dez personagens principais para para casar com Hipólita (Ana Paula mantidos nesta adaptação. “É uma grande Viana/ Miriam Cesário). Hermia (Daniela homenagem ao mundo do sonho, resgatando Fontenelle/ Edyen Dandara) ama Lisandro o lado lúdico e de brincadeira dos anos 80 (Thiago Pinto/ Daniel Paulino), mas está prometida à Demétrio (Alexandre Gonçal- ves/ John Gonçalves), que é perseguido incessantemente por Helena (Lívia Tainara/ Tatiane Conceição). Os quatro fogem para uma fl oresta povoada por sátiros, ninfas e outros seres encantados. Lá se encontram com Bobina (Clayton Peçanha/ Raphael Braga) e o duende Puck (Wallace Lima). Até que o Rei Oberon (Murilo Fontes), em pé de guerra com a Rainha Titânia (Tânia Lima), arma com Puck um plano ardiloso envolvendo uma poção mágica do amor. E dá tudo errado, provocando uma troca de casais. “O sonho para mim é estar fazendo esta peça. Nunca tive uma oportunidade antes e

>> brincadeira inspirada nas lendas gregas. E a montagem do Talentos da Vez também brinca com o tempo e enfatiza o clima de festa. A trilha utiliza sucessos do Kid Abelha (Pintura íntima), Blitz (A dois passos do paraíso), Paralamas do Sucesso (Meu erro) e Rosana (O amor e o poder), regados a muito new wave e cores fl uorescentes, num revival da música e estética de duas décadas atrás. “O grande desafi o foi enxugar o texto sem alterá-lo. Só mudamos a referência de tempo no cenário, fi gurino e trilha, mexendo com o imaginário do público. Provando que Shakespe- are é atemporal e pop”, afirma Christian Landi, agora me foi dado este voto que adaptou o texto com de confi ança que pretendo Claudia Ricart. retribuir”, diz Tânia Lima, 20 anos. Wallace Lima, 21, tam- Ficha técnica bém encara o desafi o de interpretar sozinho Direção Executiva: Ivonette Albuquerque um personagem de destaque e rouba a cena: Cenário e fi gurino: Alex Oliveira faz acrobacias aérea e solo, além de dançar, Assistência de Figurino: Ana Lu sapatear e andar de patins. Tudo com um Construção e Confecção de Cenário fi gurino preto com bolinhas rosas. Mais pop e Figurino: Alunos da ofi cina de é impossível! “É um privilégio conviver com artes plásticas dois elencos diferentes, é a primeira peça de Direção de Movimentos e Coreografi as: grande porte que eu faço”, afi rma. “Estamos Márcio Vasconcellos e Lorena Wojitani fazendo com muito carinho e garra. Com Coreografi as e Técnicas Circenses: uma preparação corporal muito intensa. E Camila Moura e Tiago Merlindo estou ansioso para ver o resultado”, confessa Direção Musical: Nathalia Dias Murilo Fontes, 19 anos. e Mestre Riko Instrutores Artísticos: Andréa Lana, Ivar Atemporal Mangoni, Idalina Ribeiro, Michel Feliciano, Em Sonho de uma noite de verão os duen- Cláudio de Barros, Rodrigo Garcez, Sérgio des da fl oresta atrapalham a vida de alguns Bastos, Patrícia Leitão, Gabriela Saboya, Jorge Luis Cardoso, Simone Beghinni e salvam o amor de outros, uma grande não perca n ã o pO espectador e assistiu, r gostou e indica c a A alma imoral “A peça demonstra que o teatro não precisa de muito para acontecer. O que importa é fazer uma conexão direta com a alma do espectador.” Dira Paes, atriz o s: T V Gl b /di v ul g açã t f o Império “Um espetáculo excelente, tanto na parte musical quanto em relação às vozes, além de ser uma boa diversão com personagens de nossa história. E, em especial, é um brilhante trabalho de voz e atuação de Stella Miranda.” Osmar Prado, ator

Um barco para o sonho “São duas atuações magníficas de Mauro Mendonça e Tônia Carrero, duas aulas de teatro. A peça é comovente e, ao mesmo tempo, divertida. Vale a pena conferir!” Isabela Garcia, atriz

Eu sou minha própria mulher “Vi a montagem da Broadway, em Nova Iorque, e agora esta no Rio. Sei que o Edwin (Luisi) preferiu não assistir a versão americana para não se influenciar. O resultado é um trabalho muito interessante. E ele está maravilhoso.” Guilhermina Guinle, atriz em cartaz e m c apeças, horários, r teatros t e preços a z e m c a r t a z

A ALMA IMORAL 2439-8002. Sexta e sábado, 21h30. AVÓS, MULHERES E COUVES PORTUGUESAS tório a visita inesperada de duas don- Adaptação do livro homônimo do ra- Domingo, 20h30. R$ 30. Momentos marcantes da vida de uma docas. Narração em off de Zezé Motta. bino Nilton Bonder, que traz reflexões imigrante portuguesa dos anos 30 aos Texto e Direção: Jô Bilac. Com Cristina sobre o certo e o errado, a tradição AS ERUDITAS 90. Adaptação: Joana Lebreiro e Marce- Pereira, Tatynne Lauria, Lidiane Ribeiro, e a traição. Texto: Nilton Bonder. A trama que esmiúça a crueldade lo Aouila. Direção: Joana Lebreiro. Com Renata Tobelem. Teatro Vannucci (R. Adaptação e interpretação: Clarice e a hipocrisia nas relações huma- Suzana Saldanha, Rita Elmôr e Thais Marquês de São Vicente, 52, Shopping Niskier. Supervisão: Amir Haddad. nas. Texto: Molière. Direção: José Vaz. Teatro Clara Nunes (R. Marquês de da Gávea). Fone: 2274-7246. Terças, Teatro Leblon/Sala Marília Pêra (R. Henrique Moreira. Com Jacqueline São Vicente, 52, Shopping da Gávea). 21h. R$ 30. Até 26 de agosto. Conde Bernadotte, 26, Leblon). Fone: Laurence, Gláucia Rodrigues e João Fone: 2274-9696. Terças e quartas, 2294-0347. Quinta, 17h. Sexta e Camargo. Teatro Villa-Lobos (Av. 20h30. R$ 30. Até 31 de julho. DHRAMA – O INCRÍVEL DIÁLOGO ENTRE sábado, 21h. Domingo, 20h. R$ 50 Princesa Isabel, 440, Copacabana). KRISHNA E ARJUNA (qui., sex. e dom.) e R$ 60 (sáb.). Até Fone: 2275-6695. Quinta a sábado, BELELE BALAIO Espetáculo poético e divertido, inspi- 30 de setembro. 21h. Domingo, 20h. R$ 30 (qui.), R$ A literatura de Cordel através da his- rado no texto hindu Bhagavad Gita. 40 (sex. e dom.) e R$ 50 (sáb.). Até tória de Maria Muxibenta, mãe que Texto e direção: João Falcão. Com A TUBA 5 de agosto. quer casar suas três filhas. Texto e Alinne Moraes e Osvaldo Mil. Teatro do Baseada na obra da Lauro César direção: Gilvan Balbino. Com Filippe Leblon, Sala Tônia Carrero (R. Conde Muniz, a comédia é ambientada em ALMA S.A. Neri e elenco. Teatro Miguel Falabella Bernadotte, 26, Leblon). Fone: 2511- cidade do interior nordestino e retrata o Humanos dividem o mundo com de- (Av. Dom Hélder Câmara, 5.474, Nor- 8857. Quinta a sábado, 21h. Domingo, cidadão brasileiro brincando com ter- mônios competindo por suas almas. teShopping). Fone: 2595-8245. Sexta 20h. R$ 50 (qui. e sex.) e R$ 60 (sáb. mos e sotaques regionais em situações Texto e direção: Ivan Fernandes. e sábado, 21h30. Domingo, 20h30. e dom.). Até 26 de agosto. cotidianas. Adaptação e direção: Mario Com Luca de Castro, Cláudio Amado, R$ 20. Até 29 de julho. Faini. Com Eduardo Almeida, Sílvia Ludmila Breitman. Casa da Gávea DIÁLOGOS COM MOLLY BLOOM Carvalho e Alexandre Tevês. Teatro (Pça. Santos Dumont, 116, sobrado, BRINCANDO EM CIMA DAQUILO Monólogo inspirado no personagem Vannucci (R. Marquês de São Vicente, Gávea). Fone: 2239-3511. Sexta e Monólogo mostra situações, fantasias Molly Bloom, do romance “Ulisses”, 52, Shopping da Gávea). Fone: 2274- sábado, 21h. Domingo, 20h. R$ 30. e questionamentos que representam a de James Joyce. Texto: José Sanchis 7246. Terças, 19h. Quartas, 21h. R$ Até 29 de julho. mulher contemporânea. Texto: Dario Sinisterra. Direção: Andrea Beltão, 30. Até 26 de setembro. Fo e Franca Rame. Direção: Otávio Cristina Moura, Christiane Jatahy, AUTO DA COMPADECIDA Muller. Com Debora Bloch. Teatro dos José Sanchis Sinisterra e Gilberto A VOLTA DAS QUE NÃO FORAM Texto de sobre o Quatro (R. Marquês de São Vicente, Gawronski. Com Malu Galli. Centro Homem vê a tranqüilidade de seu julgamento de um padre, um bispo 52, Shopping da Gávea). Fone: 2274- Cultural Banco do Brasil, Teatro III (R. casamento ir por água abaixo quan- e um sacristão. Direção: Leonardo 9895. Quinta a sábado, 21h30. Do- Primeiro de Março, 66, Centro). Fone: do a esposa resolve desvendar seus Brício. Com: André Dale, Daniela O mingo, 20h. R$ 40 (qui. e sex.) e R$ 3808-2020. Quarta a domingo, 20h. mistérios. Texto: Bruno Mazzeo e Campo, Flora Diegues. Casa de Cultu- 50 (sáb. e dom.). Até 5 de agosto. R$ 10. Até 26 de agosto. Cláudio Torres Gonzaga. Direção: ra Laura Alvim (Av. Vieira Souto, 176, Anja Bittencourt. Com Raul Gazzola e Ipanema). Fone: 2267-1647. Quinta DESESPERADAS EU SOU MINHA PRÓPRIA MULHER elenco. Centro Cultural Suassuna (Av. a sábado, 21h. Domingo, 20h. R$ 20. Psicanalista planeja seu próprio assas- A história verídica do travesti Charlotte das Américas, 2.603, Barra). Fone: Até 5 de agosto. sinato enquanto recebe em seu consul- que atravessou o nazismo e o comu- em cartaz e m c apeças, horários, r teatros t e preços a z e m c a r t a z

nismo na Alemanha. Texto: Dough da história brasileira de forma nunca ra. Com Letícia Spiller, Oscar Magrini, Azul (Av. das Américas, 3.555, Shop- Wright. Direção: Herson Capri e Su- contada nas escolas. Texto e direção: Marly Bueno, Anselmo Vasconcellos ping Barra Square). Fone: 3325-1645. sana Garcia. Com Edwin Luisi. Teatro Miguel Falabella. Direção musical: Jo- e Laura Proença. Teatro Vanucci (R. Quinta a sábado, 21h. Domingo, 20h. Leblon, Sala simar Carneiro. Com Miguel Falabella, Marques de São Vicente, 52, Shopping R$ 40 (qui. e sex.) e R$ 45 (sáb. e (R. Conde Bernadotte, 26, Leblon). Stella Miranda, Claudia Netto. Teatro da Gávea). Fone: 2274-7246. Quinta dom.). Até 29 de julho. Fone: 2274-3536. Quinta, sexta e Carlos Gomes (Pça. Tiradentes, s/nº a sábado, 19h. Domingo, 21h30. R$ sábado, 21h. Domingo, 20h. R$ 50 , Centro). Fone: 2232-8701. Quinta 60 (sáb. e dom.), R$ 50 (qui. e sex.) e O ANIMAL DO TEMPO (qui.), R$ 60 (sex.) e R$ 70 (sáb. e e sexta, 19h. Sábado, 20h. Domingo, R$ 30 (meia-entrada de qui. a dom.). Construção de um mundo através do dom.). Até 26 de agosto. 18h. R$ 10. Estréia 26 de julho. discurso, da sonoridade, do ritmo e do sentido. Texto: Valère Novarina. HÁ UM HOMEM NA MINHA CASA IMPROVISÁVEIS MÁQUINA DE SONHOS Direção: Antonio Guedes. Com Ana História de amor entre uma mulher A interação comanda o espetáculo, Menina cria máquina para as pessoas Kfouri. Espaço SESC, Sala Multiuso virgem e um policial maduro. Texto: no qual a platéia define, a cada noite, acreditarem em seus sonhos. Texto: (R. Domingos Ferreira, 160, Copa- e Elano de Paula. Di- o tema e o título dos esquetes. Com Alessandra Raed. Direção: Luciano cabana). Fone: 2547-0156. Sexta e reção: Rogério Fabiano. Com Suely Rafael Chasse, André Siqueira, Diego Bastos. Com a Cia. Poética de Teatro. sábado, 20h. Domingo, 19h. R$ 6. Franco e Bemvindo Sequeira. Teatro Becker, Talita Werneck e Fábio Nunes. Teatro Sesi (Av. Graça Aranha, nº1, Até 29 de julho. Ipanema (R. Prudente de Moraes, 824, Teatro dos Grandes Atores, Sala Centro). Fone: 2563-4163. Segunda, Ipanema). Fone: 2523-9794. Quinta e Vermelha (Av. das Américas, 3.555, 19h30. R$ 20. Até 27 de agosto. O AUTOFALANTE sexta, 21h. Sábado, 21h30. Domingo, Shopping Barra Square). Fone: 3325- Homem desempregado sofre crise de 20h. R$ 35 (qui. e sex.) e R$ 40 (sáb. 1645. Sexta e sábado, 23h. R$ 24. Até NÃO SOU FELIZ, MAS TENHO MARIDO comunicação com o mundo e passa a e dom.). Até 2 de setembro. 28 de julho. As amarguras conjugais da mulher falar sozinho, com sua personalidade contemporânea. Texto: Viviana Gómez repartindo-se em milhares dele mes- HEDDA GABLER INOCÊNCIA E PÂNICO Thorpe. Direção: Victor Garcia Peralta. mo. Texto, direção e atuação: Pedro Considerada a última grande peça do Inspirada em Cenas de um casamento, Com Zezé Polessa. Teatro Clara Nunes Cardoso. Supervisão: Amir Haddad. dramaturgo norueguês Ibsen, o texto de Ingmar Bergman. Direção: Cris (R. Marquês de São Vicente, 52, Sho- Teatro das Artes (R. Marquês de São alça a mulher, pela primeira vez, ao Lárin. Com Renato Carrera, Cecília pping da Gávea). Fone: 2274-9696. Vicente, 52, Shopping da Gávea). papel de sujeito. Direção: Michel Hoeltz. Teatro Ziembinski (R. Heitor Quinta, 17h. Sexta a sábado, 21h. Fone: 2540-6004. Quinta a sábado, Bercovitch e Floriano Peixoto. Com Beltrão, s/nº, Tijuca). Fones: 2254- Domingo, 20h. R$ 40 (qui.), R$ 45 21h. Domingo, 20h. R$ 40 (qui.), R$ Christine Fernandes, Carlos Gregório 5399/ 2569-9071. Sexta e sábado, (sex. e dom.) e R$ 50 (sáb.). Até 30 45 (sex. e dom.) e R$ 50 (sáb.). Até e Vera Fajardo, entre outros. Espaço 20h. R$ 6. Até 25 de agosto. de setembro. 29 de julho. SESC (R. Domingos Ferreira, 160, Co- pacabana). Fone: 2547-0156. Quinta ISADORA DUNCAN NÓS NA FITA O BAILE a sábado, 21h. Domingo, 19h30. R$ Atriz apaixonada por Isadora Duncan Esquetes em cima de pequenas situ- Um apanhado de quatro décadas da 12. Até 12 de agosto. encontra texto sobre a bailarina e bus- ações cotidianas. Texto: Marcius Me- história do Brasil, através da música e ca por produtor para encená-lo, mas lhem. Direção: Alexandre Régis. Com da dança. Criação: Jean-Claude Pen- IMPÉRIO esbarra em falta de patrocínio. Texto: Marcius Melhem e Leandro Hassum. chenat. Dramaturgia brasileira: Val- Comédia musical relembra período Aguinaldo Silva. Direção: Bibi Ferrei- Teatro dos Grandes Atores - Sala derez Cardoso Gomes. Direção: José em cartaz e m c apeças, horários, r teatros t e preços a z e m c a r t a z

Possi Neto. Com Tássia Camargo, Direção: Daniel Gaggini. Com Daniel SAFARI TERAPÊUTICO 45 (sáb. e dom.). Até 5 de agosto. Cláudio Lins. Teatro SESC Ginástico Gaggini, Rafael Primo, Thiago Luciano O dia-a-dia feminino em um tratamen- (R. Graça Aranha, 187, Centro). Fone: e Munir Kanaan. WC Masculino da to terapêutico. Texto e direção: Leonel TERAPIA DO RISO 2279-4027. Quinta a domingo, 19h. Fundição Progresso (R. dos Arcos, Fischer. Com: Natasha Cordelino, Ma- O primeiro dia de terapia de um gru- R$ 25. Até 26 de agosto. 24, Lapa). Fone: 2220-5070. Sexta e ria Clara Guim, Rita Fischer. Espaço po de personagens surtados. Texto sábado, 21h. R$ 20. Até 28 de julho. Rogério Cardoso / Casa de Cultura e atuação: Carlos Alexandre, Hellen O RELATO ÍNTIMO DE MADAME Laura Alvim (Av. Vieira Souto, 176, Suque e Israel Linhares. Direção: Anja SHAKESPEARE POUT-POURRIR Ipanema). Fone: 2267-1647. Quinta Bittencourt. Teatro Miguel Falabella Sete anos após a morte de seu marido Espetáculo em que comediantes apre- a sábado, 21h. Domingo, 20h. R$ 15. (Av. Dom Hélder Câmara, 5.474, Shakespeare, Anne Hathaway decide sentam seus tipos e piadas. Direção: Estréia 2 de agosto. NorteShopping). Fone: 2595-8245. contar o que aconteceu entre ambos Afra Gomes e Leandro Goulart. Texto Quinta a sábado, 21h. Domingo, 20h. na semana de abril de 1594, em que e atuação: Mariana Santos, Leandro SONHO DE UMA NOITE DE VERÃO R$ 30 (qui. e sex.) e R$ 35 (sáb. e ele completava 30 anos. Texto: Robert Muniz e elenco. Teatro Cândido Men- Dois casais se perdem numa floresta dom.). Até 5 de agosto. Nye. Direção e adaptação: Emílio des (R. Joana Angélica, 63, Ipanema). povoada por sátiros, ninfas, fadas. di Biasi. Com Selma Egrei e Maria Fone: 2267-7295. Sexta e sábado, Texto: William Shakespeare. Su- TUDO O QUE É TEU, É MEU Manoella. Centro Cultural Banco do 23h. R$ 30. Até 1º de setembro. pervisão Geral: Cininha de Paula. Homem chega à casa da irmã depois Brasil, Teatro I (R. Primeiro de Março, Concepção: Claudia Ricart. Direção: de anos para reparar um erro do 66, Centro). Fone: 3808-2020. Quarta QUEM É QUE MANDA? Christian Landi e Vivian Duarte. Com passado. Texto: Ana Paula Botelho e a domingo, 19h. R$ 10. Comédia sobre solteirão que não con- alunos do Projeto Talentos da Vez. Gal- Marcelo Mello. Direção: Mônica Lazar. segue ter relacionamento duradouro pão Aplauso (R. General Luiz Mendes Com Monique Curi e Genésio Macha- OS SEGREDOS DE ALMERINDA com as mulheres. Texto e direção: de Moraes, 50, Santo Cristo). Fones: do. Teatro Café Pequeno (Av. Ataulfo Emergente faz revelações bombásti- Duda Ribeiro. Com André Falcão, 2233-6648/ 2263-1372. Dias 3 e 4 de Paiva, 269 - Leblon). Fone: 2294- cas durante sessão de análise. Texto: Karen Junqueira, Marcela Figueira e de agosto. Sexta, 19h. Sábado, 16h. 4480. Quinta a sábado, 21h. Domingo, André D’Lucca e José Augusto. Dire- Lúcia de Sá. Teatro Cândido Mendes Entrada gratuita. 20h. R$ 25. Estréia 2 de agosto. ção: Heloísa Perissé e Ingrid Guima- (R. Joana Angélica, 63, Ipanema). rães. Com André D’Lucca e Genésio Fone: 2267-7295. Quinta a sábado, SURTO UM BARCO PARA O SONHO Machado. Teatro Miguel Falabella 21h. Domingo, 20h. R$ 30. Esquetes cômicos que retratam a lou- O relacionamento entre uma artista (Av. Dom Hélder Câmara, 5.474, cura do cotidiano. Texto, concepção de circo e um médico muito tempo NorteShopping). Fone: 2595-8245. RIO, E TAMBÉM POSSO CHORAR e atuação: Flávia Guedes, Rodrigo depois de já terem casado, tido filhos Quinta a domingo, 18h. R$ 20 (qui. Projeto de humor que a cada semana Fagundes, Thaís Lopes, Wendell e sofrido perdas irreparáveis. Texto: e sex.) e R$ 30 (sáb. e dom.). Até 26 reúne dois humoristas de diferentes Bendelack (Os Surtados) e Renato Alexei Arbuzov. Direção: Carlos Artur de agosto. gerações, apresentando personagens Bavier. Direção: Cláudio Handrey e Os Thiré. Com Tônia Carrero e Mauro e conversando com a platéia. Casa Surtados. Teatro dos Grandes Atores Mendonça. Teatro Maison de France PENTE FINO da Gávea (Pça. Santos Dumont, - Sala Vermelha (Av. das Américas, (Av. Presidente Antônio Carlos, 58, Cinco homens traçam planos mirabo- 116/ sobrado , Gávea). Fone: 2239- 3.555, Shopping Barra Square). Fone: Centro). Fone: 2544-2533. Quinta a lantes durante reunião em um banhei- 3511. Terça, 21h30. R$ 20. Até 31 3325-1645. Quinta a sábado, 21h. sábado, 20h. Domingo, 19h. R$ 80. ro. Texto: Christopher Welzenbach. de julho. Domingo, 20h. R$ 40 (qui. e sex.) e R$ Até 29 de julho. Acordes Ana Kfouri tem feito um intenso trabalho O animal do t mpo de aquecimento e preparação vocal com Maíra Martins para dar conta do fôlego de João. Além do esforço físico que a atuação tem exigido, ela mergulhou num outro desafi o. Por sugestão do seu diretor, ela começou a ter aulas de acordeon em janeiro. “Ele achou que e o instrumento seria importante para o personagem, como se o João fosse um andarilho. E topei”, diz ela. Assessorada por Guilherme Maravilhas, Ana se empolgou tanto que até compôs as três músicas que toca em cena. “Mas são Depois de 16 anos como diretora, três músicas bem simples. Fico com o acordeon o tempo inteiro em cena. Ele é Ana Kfouri volta aos palcos como atriz o companheiro do João nesta construção Por Janaina Medeiros da fala”, explica Ana, que comemora 30 anos de carreira este ano. construção de um mundo através João Gebú, João Sem Ações, João Penúlti- da sonoridade, do ritmo e do senti- mo, João Sem Nome – e que não pode ser A do, pelo direito e pelo avesso, com rotulado como um personagem no sentido palavras diretas, torcidas, recompostas, clássico. Ele é mais uma fi gura que, através revividas, renovadas, descosturadas e re- da sua fala, dá indícios de quem seja. “A feitas. Este é o discurso proposto por Valère narrativa começa com ele caminhando entre “Adoro dirigir. Tenho dois grupos: Cia Tea- L’Acte, que traduz Valère Novarina há 10 Novarina, um dos autores franceses de maior túmulos, onde começa suas refl exões sobre tral do Movimento, há 16 anos, e o Grupo anos e também assina a dramaturgia do es- destaque no cenário teatral contemporâneo. vida e morte, o buraco e o vazio da solidão. Alice 118, há nove anos. Faço um pouco petáculo. “O grande acontecimento da cria- E foi um texto seu inédito no Brasil, O animal Mas nada sob o viés psicológico. O texto de tudo, produzo, crio, dirijo. Durante esse ção aqui é a palavra, que é espaço, corpo, do tempo – em cartaz no Espaço SESC, até me instiga como atriz e espero que instigue tempo precisei aprender muito e me dedicar sempre reinventada, dando uma chance de 29 de julho – que Ana Kfouri escolheu para o público também”, conta Ana. também. Sou muito obsessiva e, por isso, nos redescobrirmos nessa representação”, marcar sua volta aos palcos como atriz, após nem me dei conta de que estava há tantos defi ne Angela. E o diretor Antonio Guedes 16 anos fora deles. Jogo de palavras anos sem atuar”. concorda: “A mistura de palavras, de letras Dirigida por Antonio Guedes, diretor da “Escrevi sobre Novarina na minha disser- O jogo de palavras é o elemento-chave em das palavras, de concordâncias, termos Cia Teatro do Pequeno Gesto, Ana Kfouri tação de mestrado e também já dirigi um O animal do tempo. Há referências lúdicas e técnicos inventados, tudo isso é o trabalho interpreta um João que tem vários nomes texto seu antes. É um grande desafi o estar sonoras, além de 101 palavras inventadas. de Novarina para que o espectador fi que ao diferentes – João Cadáver, João de Espírito, agora como atriz. É um lugar muito diferente, O que exigiu extrema habilidade da tradu- mesmo tempo atento e perceba que é um João Leon, João Maquinal, João Mancada, em que fi co muito mais vulnerável”, defi ne. tora Angela Leite Lopes – integrante da Cia jogo, e que entre nele”. FOTO: DALTON VALÉRIO / DIVULGAÇÃO VALÉRIO DALTON FOTO: ponto de partida da peça O relato íntimo de passagens, sem saber que os nomes que ci- Madame Shakespeare, que após uma tempo- tam são grandes personagens. Mas pouco se rada de sucesso no Centro Cultural do Banco sabe sobre Shakespeare e sua mulher, poucos do Brasil de São Paulo, chega ao Teatro I do dados biográficos sobreviveram. Todo o resto CCBB do Rio no dia 26 de julho. é ficção”, continua Emílio Di Biasi. Dirigido e adaptado por Emílio Di Biasi a Destaque para o figurino assinado por Beth partir do romance de ficção do escritor, poeta Filipecki que sublinha a contradição das per- e crítico londrino Robert Nye, o espetáculo sonagens na maneira de se vestir. Enquanto apresenta duas atrizes interpretando os dois a Anne Hathaway mais velha usa um vestido lados de Anne Hathaway – a boa e a má, a de inspiração elizabetana, bastante austero, a realista e a sonhadora, a jovem e a madura. Anne Hathaway mais jovem veste trajes cam- “Li o romance com os olhos do teatro e per- poneses, mais despojados. “O importante da cebi que a ambigüidade do seu diário poderia peça é que se trata do relato de uma redenção ser interpretada por duas atrizes fazendo a amorosa. Duas personalidades numa só. O mesma personagem”, explica Biasi. que, aliás, acontece com todos nós. E o públi- co se identifica muito com isso”, diz ele. Redenção Emílio Di Biasi escolheu duas experientes atrizes de diferentes gerações para a emprei- Na peixaria tada: Selma Egrei e Maria Manoella. “Fiz Publicado na Inglaterra em 1993, o questão que uma atriz fosse mais madura, livro Mrs. Shakespeare: The Complete representando o lado mais amargo, sarcás- Works, de Robert Nye, foi livremente tico, realista e cruel. E outra mais jovem, inspirado nos poucos dados biográficos mais romântica e sonhadora, na fase em de Anne Hathaway. O romance acontece

: di vu l g a çã o f oto que a personagem ainda defendia Shakes- sete anos após a morte de seu marido, quando ela decide contar o que peare”, diz o diretor, cuja adaptação conduz aconteceu na semana de abril de 1594, à fusão das personalidades. “Aos poucos a O relato íntimo de em que Shakespeare completava 30 mais velha fica menos dura e a mais nova se anos e a levou de Stratford-upon-Avon, torna mais crítica. E, no final, elas se unem. onde moravam, para Londres, para O Robert Nye também procura uma grande comemorar a data no quarto que ele Madame Shakespeare redenção final das duas no livro”, diz. mantinha sobre uma peixaria. O produtor No diálogo que se estabelece entre ambas, Alexandre Brasil decidiu transformar Duas mulheres em uma. ambigüidade de uma mulher que com- aos poucos se monta um quadro da relação o livro em peça e convidou Biasi para partilhou a genialidade do maior autor entre o genial escritor e sua mulher, oito trabalhar no projeto. Ao ser informado A boa e a má. Sob a A teatral de todos os tempos. Confissões anos mais velha, e que nunca se interessou por Brasil sobre esta adaptação que direção e adaptação de que Anne Hathaway, já viúva de William em ler uma página de sua imensa obra. transforma a Sra. Shakespeare em duas, Shakespeare, teria escrito no seu diário sobre “Isso é mostrado em cena. As duas acabam Nye aprovou imediatamente. “É verdade, Emílio Di Biasi o aniversário de 30 anos do autor – e eis o tomando conhecimento de alguns detalhes e são duas mesmo!”. ccena e n aberta a a b e r t a

Marília Pêra em “Brincando em cima daquilo”, Teatro Senac, 1984 Sem o apoio de vocês, não voaríamos tão longe...

O Galpão Aplauso agradece! apresenta

O em Mambembe de Arthur Azevedo e José Piza

em agosto