Município de Ponte da Barca (Divisão Gestão e Planeamento Territorial)

REOT RELATÓRIO SOBRE O ESTADO DO ORDENAMENO TERRITÓRIO Município de Ponte da Barca

Índice de conteúdo

1. INTRODUÇÃO...... 4 1.1. Enquadramento Legislativo...... 5 1.2. PDM 2013...... 6 2. AVALIAÇÃO DO ESTADO DO ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO...... 9 2.1. Enquadramento Geográfico...... 9 2.2. Demografia...... 10 2.3. Economia...... 14 2.4. Equipamentos...... 16 2.5. Património...... 20 2.6. Turismo...... 30 2.7. Infraestruturas...... 34 2.8. Ambiente...... 38 2.9. Planeamento...... 43 3. Avaliação do ações definidas no programa de execução...... 55 4. Avaliação dos Indicadores do Programa de Gestão e Monitorização Ambiental...... 57 5. Considerações Finais...... 58 6. Bibliografia...... 59

Relatório do Estado do Ordenamento do Território 2/70 Município de Ponte da Barca Índice de tabelas Tabela 1: Variação da população entre 2001 e 2011...... 11 Tabela 2: Densidade populacional em 2011...... 12 Tabela 3: N.º de empresas por setor de atividade em 2016...... 15 Tabela 4: Tipo de resposta social, capacidade e utentes em Ponte da Barca...... 19 Tabela 5: Património classificado em Ponte da Barca...... 21 Tabela 6: Património arquitectónico inventariado em Ponte da Barca...... 24 Tabela 7: Património arqueológico inventariado em Ponte da Barca...... 28 Tabela 8: Património natural inventariado em Ponte da Barca...... 29 Tabela 9: N.º de alojamento por tipologia...... 32 Tabela 10: N.º de alojamentos por tipologia...... 33 Tabela 11: Quantidade de resíduos provenientes da recolha selectiva (tonelada)...... 40 Tabela 12: Quantidade de resíduos despositados em aterro (tonelada)...... 41 Tabela 13: N.º de licenças emitidas por freguesia para o periodo de 2013 a 2017...... 46 Tabela 1: Programa de execução e fontes de financiamento do PDM...... 55

Índice de ilustrações Figura 1: Limites administrativos do município de Ponte da Barca...... 9 Figura 2: Evolução da população em Ponte da Barca desde 1991...... 10 Figura 3: Densidade populacional em 2011...... 13 Figura 4: estrutura etária da população em Ponte da Barca desde 1690 até 2011...... 13 Figura 5: Tipo de atividade da população em 2011...... 14 Figura 6: N.º empresas por freguesia...... 16 Figura 7: Equipamentos de ensino e formação profissional...... 17 Figura 8: Equipamentos de desporto e lazer...... 18 Figura 9: Antigo edificio da GNR...... 23 Figura 10: Número de visitantes da Porta de Lindoso entre 2013 e 2017...... 30 Figura 11: Número de visitantes da loja de turismo entre 2013 e 2017...... 31 Figura 12: Rede viára classificada em Ponte da Barca...... 35 Figura 13: Rede de abastecimento de água...... 36 Figura 14: Rede de saneamento...... 37 Figura 15: Qualidade do ar entre 2013 e 2015...... 38 Figura 16: Localização dos contentores de RSU...... 40 Figura 17: Área ardida em Ponte da Barca (2013-2016)...... 42 Figura 18: Registo de licenciamentos de novas edificações (2013-2016)...... 43 Figura 19: Solo rural...... 44 Figura 20: Solo urbano...... 45 Figura 21: Estrutura ecológica municipal...... 47 Figura 22: Localização das UOPG...... 48 Figura 23: Limites da ARU do Centro Histórico...... 50 Figura 24: Limites da ARU da vila de Ponte da Barca...... 52 Figura 25: Localização das operações urbanisticas dentro dos limites das ARU's...... 54

Relatório do Estado do Ordenamento do Território 3/70 Município de Ponte da Barca

1. INTRODUÇÃO

A elaboração do Relatório do Estado do Ordenamento do Território (REOT) enquadra-se na obrigatoriedade legal, estabelecida na Lei de bases gerais da política pública de solos, de ordenamento do território e de urbanismo (LBPPSOTU) , e no regime jurídico dos instrumentos de gestão territorial (RJIGT) .

Artigo 189.º Relatórios sobre o estado do ordenamento do território

1 - O Governo elabora, de dois em dois anos, um relatório sobre o estado do ordenamento do território a submeter à apreciação da Assembleia da República. 2 - A comissão de coordenação e desenvolvimento regional elabora, de quatro em quatro anos, um relatório sobre o estado do ordenamento do território a nível regional, a submeter à apreciação da respetiva tutela. 3 - A câmara municipal, a comissão executiva metropolitana, o conselho intermunicipal ou as câmaras municipais dos municípios associados elaboram, de quatro em quatro anos, um relatório sobre o estado do ordenamento do território, a submeter, respetivamente, à apreciação da assembleia municipal, do conselho metropolitano, da assembleia intermunicipal ou das assembleias municipais dos municípios associados para o efeito. 4 - Os relatórios sobre o estado do ordenamento do território, referidos nos números anteriores, traduzem o balanço da execução dos programas e dos planos territoriais, objeto de avaliação, bem como dos níveis de coordenação interna e externa obtidos, fundamentando uma eventual necessidade de revisão. 5 - Concluída a sua elaboração, os relatórios sobre o estado do ordenamento do território são submetidos a um período de discussão pública de duração não inferior a 30 dias. 6 - A não elaboração dos relatórios sobre o estado do ordenamento do território, nos prazos estabelecidos nos números anteriores, determina, consoante o caso, a impossibilidade de rever o programa nacional da política de ordenamento do território, os programas regionais e os planos municipais e intermunicipais.

Relatório do Estado do Ordenamento do Território 4/70 Município de Ponte da Barca O REOT é um instrumento de análise e avaliação contínua da concretização das estratégias de desenvolvimento territorial municipal, nomeadamente das estratégias consagradas nos planos municipais de ordenamento do território em vigor, que promove não só o tratamento simples e claro da informação relevante, de carácter estatístico, técnico e científico, mas também a participação e a comunicação de resultados, de forma a fundamentar eventuais propostas de elaboração, alteração ou revisão de planos ou dos respetivos mecanismos de execução.

1.1. Enquadramento Legislativo

De acordo com o Decreto-lei n.º 380/99, de 22 de setembro, na redação dada pelo Decreto-Lei n.º 46/2009, de 20 de fevereiro (que determina o Regime Jurídico dos Instrumentos de Gestão Territorial -RJIGT) “a câmara municipal elabora, de quatro em quatro anos, um relatório sobre o estado do ordenamento do território a nível local, a submeter à apreciação da assembleia municipal” (cfr. artigo 146.º).

A revisão do PDM de Ponte da Barca, publicada em 15 de julho de 2013 pelo aviso 9043/2013, elaborado pelo anterior RJIGT (DL n.º 380/99, de 22 de setembro), tinha os seguintes objetivos:

1 — O Plano constitui a síntese da estratégia de desenvolvimento e de ordenamento territorial para a área do município de Ponte da Barca, considerando a sua integração regional, tento por base os critérios de classificação e qualificação do solo vigentes.

2 — As principais opções estratégicas associadas ao Plano assentam no modelo de desenvolvimento e de organização territorial, na articulação dos recursos naturais existentes com os espaços de índole cultural e na assunção das reservas naturais como espaço de mais -valia.

3 — O Plano visa concretizar um modelo de desenvolvimento territorial sustentável, assente nos seguintes vetores estratégicos:

a) Reforço da integração territorial do espaço concelhio, bem como da identidade física e cultural dos aglomerados;

b) Acompanhamento das tendências da dinâmica demográfica e do parque habitacional, nomeadamente na Vila de Ponte da Barca, no sentido de proporcionar a sua adequação aos interesses de desenvolvimento do concelho;

c) Organização do sistema de assentamentos humanos, de forma a preservar e reforçar a identidade funcional dos aglomerados, adequando os aos objetivos do ordenamento sustentável, no sentido de evitar criar estrangulamentos às redes de infraestruturas e de equipamentos no serviço às populações e atividades;

Relatório do Estado do Ordenamento do Território 5/70 Município de Ponte da Barca d) Reforço das infraestruturas e dos equipamentos necessários à preservação e acréscimo dos valores ambientais, nomeadamente reordenando as acessibilidades e prosseguindo objetivos de melhoria de qualidade de vida da população;

e) Valorização do património cultural e paisagístico, como valor de fruição pela população e base de novas atividades económicas, e ordenar as atividades de recreio e lazer;

f) Prossecução do acolhimento de atividades económicas, favorecendo a implantação dos serviços avançados e das empresas, aliada a padrões de qualidade.

1.2. PDM 2013

1.2.1 Objetivos Estratégicos

Os objetivos estratégicos do plano foram sintetizados nos seguintes pontos:

 Reforçar a integração territorial do espaço concelhio e a identidade física e cultural dos aglomerados urbanos;

 Salvaguardar/proteger os valores naturais, reforçando as infraestruturas e equipamentos necessários à preservação e acrescento dos valores ambientais, prosseguindo objetivos de melhoria da qualidade de vida da população;

 Valorizar o património cultural e paisagístico, como valor de fruição pela população e base de novas atividades económicas;

 Organizar a rede urbana;

 Prosseguir o acolhimento de atividades económicas.

1.2.2. Modelo Territorial

O Plano estabelece o modelo de organização do seu território de acordo com as tendências de aglomeração e as funções que cada aglomerado desempenha num contexto municipal e supramunicipal, assente em relações de complementaridade funcional equilibradas e abrangentes, identificando 4 tipos de unidades de paisagem, a que correspondem diferentes áreas e funções no sistema territorial

Relatório do Estado do Ordenamento do Território 6/70 Município de Ponte da Barca municipal:

a) Vales do Lima e do Vade — caracterizados por um povoamento urbano concentrado, abarcam, de nascente para poente, os territórios imediatos polarizados pelos principais aglomerados da rede urbana e onde se fazem sentir as maiores pressões urbanas: a Vila de Ponte da Barca, Lavradas e Entre-Ambos -Os -Rios; b) Serra do Gerês e Amarela — correspondendo maioritariamente à área afeta ao PNPG e à zona alta, dominantemente florestal, que se estende ao longo da faixa sul do concelho, é marcada por um povoamento concentrado de pequenos aglomerados rurais distantes entre si e nem sempre com as melhores condições de acessibilidade; c) 2.ª coroa da Vila de Ponte da Barca — corresponde ao território envolvente da Vila e do aglomerados urbanos contíguos, onde predomina o disperso de características urbanas; d) Transição rural — urbano de meia encosta — abarca as áreas na transição do urbano, concentrado ou disperso, para o concentrado rural de montanha, predominando o disperso rural e integrando essencialmente territórios agrícolas das freguesias de Lavradas, Bravães, Ruivos e Crasto, a nascente, e Sampriz e Touvedo, a poente.

As principais áreas de concentração de atividades económicas empresariais e industriais assumem um papel relevante no sistema urbano do concelho de Ponte da Barca tendo um efeito estruturador na organização do território, uma vez que se destinam a atrair e concentrar as pequenas indústrias existentes e disseminadas pelo concelho, designadamente:

a) O espaço empresarial de Lavradas, no extremo poente do concelho;

b) O espaço empresarial de Oleiros, entre Lavradas e a Vila;

c) O espaço empresarial da Vila de Ponte da Barca, na zona centro do concelho;

d) O espaço empresarial de Vila Nova de Múia, no limite nascente da Vila;

e) O espaço empresarial de Vila Chã (S. João Batista), equidistante da Vila e de Entre -Ambos -os -Rios.

1.2.3. Conteúdo documental do PDM

1 — O Plano é composto pelos seguintes elementos: a) Regulamento;

Relatório do Estado do Ordenamento do Território 7/70 Município de Ponte da Barca b) Planta de ordenamento, à escala 1:10 000, desdobrada em:

i) Planta de ordenamento — qualificação funcional e operativa;

ii) Planta de ordenamento — património e salvaguardas; c) Planta de condicionantes, à escala 1:10 000, desdobrada em:

i) Condicionantes; ii) Condicionantes florestais (áreas ardidas e classe alta e muito alta de perigosidade de incêndio).

Relatório do Estado do Ordenamento do Território 8/70 Município de Ponte da Barca

2. AVALIAÇÃO DO ESTADO DO ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO 2.1. Enquadramento Geográfico

O concelho de Ponte da Barca localiza-se no Norte de , região do , distrito de , e pertence à NUTS de nível III – Minho Lima, representando aproximadamente 8,21% da área total do Distrito e 0,81% da área total da Região Norte.

Trata-se de um concelho que faz fronteira com os concelhos de , , Vila Verde e Terras do Bouro e ainda com Espanha (Galiza). Divide-se em 17 freguesias: Azias, Boivães, Bravães, Britelo, União de Freguesias de Crasto, Grovelas e Ruivos, Cuide de Vila Verde, União de Freguesias de Ermida, Entre-Ambos-os-Rios e Germil, Lavradas, Lindoso, Nogueira, Oleiros, União de Freguesias de Paço Vedro de Magalhães, Ponte da Barca e Vila Nova de Muía, União e Freguesias de Touvedo (Salvador e S. Lourenço), Sampriz, União de Freguesia de Vila Chã (Santiago e S. João), São Pedro de Vade e São Tomé de Vade.

Tem como referência as suas paisagens variadas, mistas de montanhas, vales e algumas áreas planas nas margens ribeirinhas, embora assumindo uma expressão mais reduzida. É quase possível distinguir três unidades de Paisagem – vales amplos, relevo intermédio e alta montanha.

O concelho apresenta uma área de 182,2 Km² e está parcialmente abrangido pelo Parque Nacional Peneda-Gerês (51% do território), sendo de destacar a imponente Serra Amarela no extremo Sudoeste do Parque.

Figura 1: Limites administrativos do município de Ponte da Barca

Relatório do Estado do Ordenamento do Território 9/70 Município de Ponte da Barca 2.2. Demografia 2.2.1. Evolução da População

O concelho de Ponte da Barca continua a registar uma queda de população residente. Com dados obtidos dos Censos de 2011, estima-se que residem no concelho cerca de 12061 pessoas, sendo que na última década terá perdido 848 pessoas (quebra populacional de 6,59%). A perda de população em idade ativa, evidencia a importância dos movimentos migratórios nesta realidade.

13142 14000 12866 12264 12149 12051 11954 11829 11704 11578 11454 12000

10000

8000

6000

4000

2000

0 1991 2001 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 Figura 2: Evolução da população em Ponte da Barca desde 1991 Fonte: Ine

Da análise à tabela 1, verifica-se que as freguesias de montanha, como Germil, Ermida, Britelo, Lindoso continuam com decréscimos populacionais, contrapondo o crescimento populacional na sede do concelho e freguesias envolventes, com exceção da freguesia de Vila Nova de Muía que apresenta um crescimento nulo, mantendo a sua população.

Relatório do Estado do Ordenamento do Território 10/70 Município de Ponte da Barca Tabela 1: Variação da população entre 2001 e 2011

Freguesia 2001 2011 N.º % N.º % Azias 422 3,3 377 3,1 Boivães 338 2,6 289 2,4 Bravães 645 5,0 629 5,2 Britelo 614 4,8 485 4,0 Crasto 509 3,9 458 3,8 Cuide Vila Verde 338 2,6 344 2,9 Entre Ambos os Rios 542 4,2 502 4,2 Ermida 83 0,6 61 0,5 Germil 70 0,5 49 0,4 Grovelas 248 1,9 203 1,7 Lavradas 929 7,2 875 7,3 Lindoso 536 4,2 427 3,5 Nogueira 430 3,3 410 3,4 Oleiros 559 4,3 466 3,9 Paço Vedro Magalhães 860 6,7 967 8,0 Ponte da Barca 2308 17,9 2371 19,7 Ruivos 261 2,0 221 1,8 Touvedo Salvador 173 1,3 167 1,4 Touvedo S. Lourenço 266 2,1 210 1,7 Sampriz 407 3,2 342 2,8 Vila Chã Santiago 176 17,0 139 13,4 Vila Chã S. João 301 4,7 484 4,0 Batista Vade S. Pedro 288 2,2 264 2,2 Vade S. Tomé 272 2,1 287 2,4 Vila Nova de Muía 1034 8,0 1034 8,6 Ponte da Barca 12909 100 12061 100

Fonte: Ine, Censos 2001 e 2011

2.2.2. Densidade Populacional

Em termos de densidade populacional, a freguesia de Ponte da Barca continua a ser a que regista valores mais elevados de habitantes por hectare (cerca de 25 hab/ha), seguida pelas freguesias envolventes à área urbana, como se pode observar no cartograma seguinte. Em claro contraste com esta realidade estão as freguesias com territórios de montanha que veem a sua densidade populacional diminuir neste período.

Relatório do Estado do Ordenamento do Território 11/70 Município de Ponte da Barca

Tabela 2: Densidade populacional em 2011

Freguesia População Área Densidade Residente Km2 Populacional (hab/Km2) Azias 377 8,44 44,67 Boivães 289 3,53 81,87 Bravães 629 4,17 150,84 Britelo 485 12,90 37,6 Crasto 458 4,97 92,15 Cuide Vila Verde 344 3,82 90,05 Entre Ambos os Rios 502 14,57 34,45 Ermida 61 11,15 5,47 Germil 49 12,94 3,79 Grovelas 203 2,71 74,91 Lavradas 875 6,75 129,63 Lindoso 427 46,03 9,28 Nogueira 410 1,99 206,03 Oleiros 466 3,41 136,66 Paço Vedro Magalhães 967 2,58 374,81 Ponte da Barca 2371 0,91 2605,49 Ruivos 221 2,22 99,55 Touvedo Salvador 167 3,01 55,48 Touvedo S. Lourenço 210 3,07 68,4 Sampriz 342 6,55 52,21 Vila Chã Santiago 139 2,43 57,2 Vila Chã S. João Batista 484 14,32 33,8 Vade S. Pedro 264 2,65 99,62 Vade S. Tomé 287 1,57 182,8 Vila Nova de Muía 1034 5,33 194 Ponte da Barca 12061 187,08 64,46 Fonte: INE, Censos 2011

Considerando os censos 2011 a população residente no concelho de Ponte da Barca era de 12061 habitantes para uma área de 187,08 km2, a que corresponde uma densidade populacional de 64,46 hab/ km2.

Claramente que as freguesias com maior densidade populacional são as freguesias envolvente à sede do concelho, sendo elas, Paço Vedro Magalhães, Oleiros, Nogueira, Vila Nova de Muía, Vade S. Tomé centradas quer no eixo rodoviário da EN 101 no sentido Ponte da Barca - Braga, na variante à EN101 e no prolongamento para Arcos de Valdevez e na ER 203 no sentido Ponte da Barca – Ponte de Lima.

Geograficamente, a concentração populacional concentra-se nas áreas de vale na envolvente do rio Vade e rio Lima.

Relatório do Estado do Ordenamento do Território 12/70 Município de Ponte da Barca

Figura 3: Densidade populacional em 2011

2.2.3. Estrutura Etária

A estrutura etária do concelho, com dados comparáveis desde 1960, continua a mostrar um progressivo envelhecimento da população e, simultaneamente, a diminuição significativa da população mais jovem.

10000 9000 8000 7000 6000 0-14 5000 15-64 4000 Mais 65 3000 2000 1000 0 1960 1981 2001 2011 Figura 4: estrutura etária da população em Ponte da Barca desde 1690 até 2011

Fonte: INE

Relatório do Estado do Ordenamento do Território 13/70 Município de Ponte da Barca 2.3. Economia

2.3.1. População empregada e desempregada

Ao nível da taxa de atividade, o concelho demonstrou nos últimos censos uma variação acima 0,12% relativamente a 2001 (37,80%), sendo justificado pela diminuição da população residente e população ativa entre os períodos assinalados.

No que concerne à taxa de emprego, verificou-se uma diminuição de 3.8% do valor indicado nos censos de 2001, cifrando-se nos 37,7%, ficando este indicador 5.5 p.p. abaixo do apurado na região Minho-Lima. Podemos assinalar a diferença verificada no setor Primário, onde houve um decréscimo de 10,2% da população empregada, podendo ser justificado pela idade avançada dos nossos agricultores; no setor Secundário também se verificou um decréscimo de 1,2% e já no setor Terciário um acréscimo de 11,4% relativamente à população empregada.

Por sua vez, o agravamento do nível de emprego poderá ser considerado como um dos grandes problemas sociais da região do Minho, sendo mais evidente nos concelhos de interior como é o caso de Ponte da Barca. Tendo como referência os últimos censos, a taxa de desemprego rondou os 13,1%, na sua maioria na faixa etária dos 35 aos 54 anos à procura de novo emprego e por 1,04% com habilitações de nível superior.

35000

30000

25000

20000 Primário Secundário 15000 Terciário

10000

5000

0 Minho/Lima Ponte da Barca Figura 5: Tipo de atividade da população em 2011 Fonte: ine

2.3.2. N.º de Empresas

Relatório do Estado do Ordenamento do Território 14/70 Município de Ponte da Barca De acordo com os dados estatísticos, o número de empresas em Ponte da Barca tem vindo a aumentar. O tecido empresarial do território é constituído na maioria por empresas ligadas à construção civil, atividades comércio e serviços e atividades ligadas ao turismo.

De acordo com o Diretório de Empresas, estão localizadas em Ponte da Barca 813 empresas das quais 572 com sede no concelho.

Tabela 3: N.º de empresas por setor de atividade em 2016

Atividade N.º Empresas Atividades De Consultoria, Científicas, Técnicas E Similares 33 Atividades Administrativas E Dos Serviços De Apoio 26 Transportes E Armazenagem 47 Atividades Financeiras E De Seguros 19 Agricultura, Produção Animal, Caça, Floresta E Pesca 83 Atividades Artísticas, De Espectáculos, Desportivas E Recreativas 32 Atividades De Informação E De Comunicação 7 Alojamento, Restauração E Similares 136 Outras Atividades De Serviços 83 Comércio Por Grosso E A Retalho; Reparação De Veículos 319 Automóveis E Motociclos Captação, Tratamento E Distribuição De Água; Saneamento, 3 Gestão De Resíduos E Despoluição Atividades Imobiliárias 21 Atividades De Saúde Humana E Apoio Social 20 Administração Pública E Defesa; Segurança Social Obrigatória 34 Indústrias Extrativas 7 Educação 8 Indústrias Transformadoras 90 Construção 187 Fonte: Prodata

Dentro da dinâmica empresarial, o setor Terciário é dominante, constituído maioritariamente pelo comércio (319

Relatório do Estado do Ordenamento do Território 15/70 Município de Ponte da Barca empresas), restauração e alojamento (136 empresas), seguido do Secundário com a construção (187 empresas) e indústria transformadora (90 empresas) e por último, setor Primário representado por 83 empresas, indo ao encontro da representação setorial verificada em toda a região do Minho-Lima.

Relativamente à dispersão empresarial, o maior aglomerado de empresas ocorre na vila de Ponte da Barca e freguesias de maior proximidade à sede do concelho onde estão sediadas cerca de 78% das empresas. Em relação às restantes freguesias denota-se uma menor representação à medida que nos deslocamos para os territórios de montanha (figura 4).

3% 1%2% 8% 2% 6%

Crasto Entre Ambos os Rios Lavradas Lindoso Paço Vedro Magalhães Ponte da Barca Vila Nova de Muia

78%

Figura 6: N.º empresas por freguesia

Fonte: ine

2.4. Equipamentos 2.4.1. Equipamentos de ensino e formação profissional

A distribuição dos equipamentos de ensino Ponte da Barca reflete a maior densidade populacional existente na vila onde existem seis estabelecimentos de ensino. A rede pública está organizada três Agrupamentos Escolares, havendo apenas dois equipamentos da rede privada: a delegação da Escola Profissional do Alto Lima (EPRALIMA) e o Jardim Infantil da Santa Casa da Misericórdia.

Relatório do Estado do Ordenamento do Território 16/70 Município de Ponte da Barca O agrupamento de escolas de Ponte da Barca engloba três Territórios Educativos: a Escola Básica e Secundária de Ponte da Barca com atividades formativas no âmbito da educação pré-escolar, do ensino básico e do ensino secundário, a Escola Básica de Entre-Ambos-os-Rios com atividades formativas no âmbito da educação pré-escolar e do 1.º ciclo do ensino básico e a Escola Básica de Crasto com atividades formativas no âmbito da educação pré-escolar e do 1.º ciclo do ensino básico.

Figura 7: Equipamentos de ensino e formação profissional

2.4.2. Equipamentos de Desporto e Lazer

Os equipamentos desportivos em Ponte da Barca também se concentram na Vila, onde se verifica maior diversidade. Neste local existe o Complexo de Piscinas Municipais com piscina coberta e descoberta disponibilizando atividades como natação, hidroginástica e aeróbica. Próximo do rio existe o Parque Desportivo da Praia Fluvial, onde para além desta última existe um recinto desportivo para a prática de desportos coletivos (andebol, basquetebol, futsal e voleibol) e ténis e um campo desportivo de relva sintética onde podem ser praticados desportos coletivos (futsal e voleibol) e ténis.

Relatório do Estado do Ordenamento do Território 17/70 Município de Ponte da Barca Se analisarmos a distribuição geográfica, facilmente se verifica que a metade leste do concelho, mais despovoada é também a que apresenta um menor número de equipamentos. Os mais comuns são os campos de futebol, que existem em 8 freguesias. Polidesportivos apenas existem em Lavradas, Ponte da Barca, Lindoso e Castro.

Figura 8: Equipamentos de desporto e lazer

Relatório do Estado do Ordenamento do Território 18/70 Município de Ponte da Barca 2.4.3. Equipamentos de Solidariedade e Segurança Social

Neste ponto recorreu-se ao diagnóstico efetuado no âmbito da Rede Social de Ponte da Barca, bem como a análise dos dados censitários existentes. Os dados revelam que Ponte da Barca tem sofrido um progressivo envelhecimento, sendo que no período 1991-2011 houve uma acentuada perda de população jovem e um aumento da população idosa. A distribuição geográfica dos dados demográficos revela que as freguesias incluídas no PNPG foram as que mais sofreram o envelhecimento da população no período 1991-2011. As freguesias do Oeste do concelho também revelaram o mesmo processo de envelhecimento, embora de forma mais moderada. Por fim, destacam-se as freguesias da Vila e envolvente próxima por serem as que menos refletem este fenómeno.

O diagnóstico social, revela que as principais lacunas de equipamentos prendem-se com os grupos de maior fragilidade, como os idosos, crianças até 3 anos e cidadãos portadores de deficiência. Os equipamentos existentes pertencem sobretudo a Instituições Privadas de Solidariedade Social (IPSS), e são essencialmente os seguintes:

Tabela 4: Tipo de resposta social, capacidade e utentes em Ponte da Barca

Resposta Social Capacidad Utentes e Associação Social e Cultural Amigos de Ponte da Barca Centro de Dia 30 30 Serviço de Apoio Domiciliário 30 30

Creche Oleiros 33 33

Creche Ponte da Barca 33 15 Centro Social de Entre Ambos os Rios Centro de Dia 37 23 Serviço de Apoio Domiciliário 72 34 Lar 33 33 Centro Paroquial e Social de Lavradas Centro de Dia 40 30 Serviço de Apoio Domiciliário 33 33 Residência Sénior – Casa da Cerca Estrutura Residencial para Pessoas Idosas 34 33 Equipa de cuidados continuados integrados

Hospital da Misericórdia Serviço de Apoio Domiciliário 128 58 Estrutura Residencial para Pessoas Idosas 25 10 Santa Casa da Misericórdia de Ponte da Barca Estrutura Residencial para Pessoas Idosas 80 80 Creche 62 43 Educação Pré-escolar 75 50 Associação Social Cultural de Britelo

Relatório do Estado do Ordenamento do Território 19/70 Município de Ponte da Barca

Serviço de Apoio Domiciliário 30 30 APPACDM Centro de Atividades Ocupacionais 25 26 Fonte: www.cartasocial.pt

2.4.4. Equipamentos de Saúde

Ao nível dos equipamentos de saúde, existem em Ponte da Barca um Centro de Saúde e um Hospital pertencente à Santa Casa da Misericórdia com capacidade para 10 utentes em internamento. O Hospital possui ainda a valência de cuidados continuados com capacidade para 23 utentes. O Hospital da Misericórdia possui afetos 3 médicos e 15 enfermeiros. O Centro de Saúde possui um corpo de 11 médicos e 18 enfermeiros, não havendo utentes sem médico de família num total de 14169 utentes registados. Relativamente ao indicador de médicos por 1000 habitantes, apesar de estar bastante abaixo da média nacional (3,8), Ponte da Barca (1,8) encontra-se a meio da tabela dos Municípios da sub região Minho – Lima para a qual o indicador é de 2,6.

O concelho possui ainda uma Unidade Móvel de Saúde cujo objetivo è a prestação de cuidados de Saúde Primários à população mais isolada.

Existem três farmácias no concelho e uma parafarmácia, todas situadas na área urbana do concelho, a farmácia Popular, Saúde e Moderna.

2.5. Património

Ponte da Barca é um concelho rico em termos patrimoniais. Atualmente, encontram-se classificados 9 imóveis/monumentos no concelho de Ponte da Barca, existindo mais 2 em vias de classificação.

Tabela 5: Património classificado em Ponte da Barca

Tipo Classificação Código Designação Freguesia Diploma

Arquitetónico Monumento Nacional Decreto 16-06-1910, 03.03 AT Igreja de Bravães Bravães DG 136, de 23-06- 1910

Igreja de São Martinho Decreto 2/96, DR 56, 05.06 AT Crasto de Crasto de 06-03-1996

12.01 AT Castelo de Lindoso Lindoso Decreto 16-06-1910, DG 136, de 23-06- 1910

Relatório do Estado do Ordenamento do Território 20/70 Município de Ponte da Barca

Igreja Matriz de Ponte Decreto 16-06-1910, 16.01 AT da Barca / Igreja de São Ponte da Barca DG 136, de 23-06- João Batista 1910

Decreto 16-06-1910, Pelourinho de Ponte da 16.03 AT Ponte da Barca DG 136, de 23-06- Barca 1910

Decreto 16-06-1910, Ponte sobre o Lima 16.04 AT Ponte da Barca DG 136, de 23-06- (Ponte da Barca) 1910

Paço Vedro de Decreto 45/93, DR 15.02 AT Paço Vedro Magalhães 280, de 30-11-1993

Imóvel de Interesse Decreto 251/70, DG 16.05 AT Ponte do Rio Vade Ponte da Barca Público 129, de 03-06-1970

Igreja e Torre do Antigo Decreto n.º 35817, 25.01 AT Mosteiro de Vila Nova Vila Nova de Muía 20-8-1946 de Muía

Espigueiros de Lindoso Despacho de Em Vias de 12.03 AT e o local onde se Lindoso Homologação de 16 Classificação implantam de fevereiro de 1983

Procedimento prorrogado pelo Em Vias de Necrópole Megalítica Arqueológico 04.05 AL Britelo Despacho Classificação da Serra Amarela 19338/2010, DR II 252, 30-12-2010

Na revisão do PDM, procedeu-se ao inventário do património arquitetónico civil e religioso, considerado digno de realce no panorama construtivo concelhio e ainda na conceção espacial, mental, social e identitária das comunidades que habitaram o concelho durante séculos.

Com efeito, os imóveis religiosos, nas suas mais variadas formas – mosteiros, igrejas, capelas, alminhas, ou cruzeiros – foram determinantes na organização territorial do espaço e ainda na orientação espiritual da sociedade no decurso de um longo período temporal. Assim, os elementos foram alvo de uma identificação e caracterização, de modo a reconhecer a sua importância ou particularidade.

Também no dito património arquitetónico civil, foi inventariado um conjunto de estruturas e arquiteturas que, quer pelas suas singularidades estético-formais quer pela força simbólica a que estavam associadas, marcaram a paisagem, o território e a mentalidades das suas populações. Se alguns destes elementos foram de serventia pública – como os pelourinhos, os fontanários, as eiras comunitárias ou os fojos – outros foram motivados por iniciativas privadas, como as requintadas residências brasonadas localizadas na parte baixa do concelho ou as casas de lavoura que se destacavam das demais, pela dimensão ou qualidade da sua construção.

Relatório do Estado do Ordenamento do Território 21/70 Município de Ponte da Barca Imóveis de Interesse Municipal (IIM)

Até ao momento, existe apenas um Imóvel de Interesse Municipal (IIM) na vila de Ponte da Barca: o Antigo Edifício da GNR, pelo Aviso n.º 14462/2013, DR, 2.ª série, n.º 227, de 22-11- 2013. Todavia, esta classificação poderá alargar-se brevemente a outros imóveis notáveis da vila.

Este imóvel foi reabilitado para dar lugar um unidade hoteleira.

Ao nível do PDM, estes elementos do património arquitetónico estão categorizados com o nível A, ou seja, estão também identificados na planta de condicionantes e dispõem de zonas de proteção estabelecidas e delimitadas de acordo com as disposições legais relativas ao património classificado ou em vias de classificação.

Património inventariado

Elementos do património arquitetónico inventariado, de importância religiosa e ou civil, de valor superior (Nível B)

Embora não estejam classificados nos termos do Decreto-Lei n.º 309/2009 de 23 de Outubro, correspondem a um importante edificado no panorama da ocupação humana e da construção da identidade urbana da vila de Ponte da Barca. Como como tal, refletem implicações ao nível arquitetónico e arqueológico. São contemplados com uma área de salvaguarda com um perímetro de 15m, e, em caso de uma intervenção física no imóvel, podem ser implementadas medidas de minimização, salvaguarda ou valorização das suas características formais. Para além disso, todas as ações de revolvimentos dentro da sua área de salvaguarda devem ser alvo de uma prévia avaliação arqueológica, bem como a intervenção nos referidos imóveis.

Elementos do património arquitetónico inventariado, de importância religiosa e ou civil, de valor intermédio

(Nível C)

Relatório do Estado do Ordenamento do Território 22/70 Município de Ponte da Barca Tal como o património arquitetónico inventariado de valor superior (Nível B), o património de valor intermédio (Nível C), é aquele que apresenta características físicas e/ou simbólicas relevantes na construção identitária do espaço em que se enquadra. Nesta categoria, pretendeu-se integrar os imóveis singulares no panorama da vila: arquiteturas notáveis e/ou diferentes no edificado e bens com conotação especial para a comunidade.

Tabela 6: Património arquitectónico inventariado em Ponte da Barca

Valoraç Código Designação Freguesia Estado de conservação ão

01.05 AT Nível B Igreja paroquial de Azias Azias Regular 01.06 AT Nível B Capela de S. Sebastião Azias Regular 01.07 AT Nível C Casa da Aninhas Azias Regular 01.08 AT Nível C Casa da Quinta Azias Regular 01.09 AT Nível B Capela do Bom Jesus Azias Regular 02.03 AT Nível B Igreja de Boivães Boivães Regular 02.04 AT Nível B Capela da Teixugueira Boivães Bom 02.05 AT Nível C Cruzeiro de Porto Bom Boivães Bom 02.06 AT Nível C Moinho da Teixugueira 1 Boivães Regular 02.07 AT Nível C Moinho da Teixugueira 2 Boivães Regular 03.03 AT Nível A Igreja de Bravães Bravães Bom 03.05 AT Nível B Capela da Senhora da Pegadinha Bravães Bom 03.06 AT Nível B Capela da Senhora das Necessidades Bravães Bom 03.07 AT Nível C Cruzeiro de Bravães Bravães Regular 03.08 AT Nível C Fonte Santa Bravães Regular 03.09 AT Nível B Capela de S. Gregório Bravães Regular 04.09 AT Nível B Igreja de Britelo Britelo Regular 04.10 AT Nível C Central hidroelétrica de Paradamonte Britelo Regular 04.11 AT Nível B Capela de Santo António Britelo Regular 04.12 AT Nível C Casa do Guarda Florestal de Empalme Britelo Regular 04.13 AT Nível C Casa do Guarda Florestal da Penha Britelo Regular 04.14 AT Nível C Capela da Senhora da Penha Britelo Regular 05.04 AT Nível C Alminhas de Santo António Crasto Regular 05.05 AT Nível B Capela de Santo António Crasto Regular 05.06 AT Nível A Igreja de São Martinho de Crasto Crasto Bom 05.07 AT Nível C Quinta de Caldas Crasto Bom 05.08 AT Nível C Casa de Ancede Crasto Regular 05.09 AT Nível C Moinho de Porto Bom Crasto Regular 05.10 AT Nível B Capela de Ruivos Castro Regular 06.01 AT Nível B Igreja de Cuíde de Vila Verde Cuíde de Vila Verde Regular 06.02 AT Nível B Torre de D. Elvira Cuíde de Vila Verde Regular 06.03 AT Nível B Capela da Anunciação Cuíde de Vila Verde Bom 06.04 AT Nível B Capela de S. Sebastião Cuíde de Vila Verde Bom 06.05 AT Nível B Casa de Novais Cuíde de Vila Verde Regular 07.01 AT Nível B Igreja de Entre Ambos-os-Rios Entre Ambos-os-Rios Bom 07.02 AT Nível B Capela de Froufe Entre Ambos-os-Rios Regular 07.03 AT Nível B Capela de Lourido Entre Ambos-os-Rios Regular 07.04 AT Nível B Capela de Santo Amaro Entre Ambos-os-Rios Regular 07.05 AT Nível C Cruzeiro de S. Miguel Entre Ambos-os-Rios Bom 07.06 AT Nível B Ponte sobre o rio Tamente Entre Ambos-os-Rios Bom 07.07 AT Nível C Casa do Guarda Florestal de S. Miguel Entre Ambos-os-Rios Regular 07.08 AT Nível C Casa do Guarda Florestal Pena do Eido Entre Ambos-os-Rios Regular 08.01 AT Nível B Igreja da Ermida Ermida Regular

Relatório do Estado do Ordenamento do Território 23/70 Município de Ponte da Barca

Valoraç Código Designação Freguesia Estado de conservação ão

08.02 AT Nível B Branda de Bilhares Ermida Regular 08.03 AT Nível C Espigueiros da Ermida Ermida Bom 09.02 AT Nível B Igreja de Germil Germil Regular 09.03 AT Nível C Fojo de Germil Germil Regular 09.04 AT Nível C Relógio de Sol Germil Bom 10.01 AT Nível B Igreja de Grovelas Grovelas Regular 10.02 AT Nível C Capela de S. Tiago Grovelas Regular 10.03 AT Nível C Capela de Santa Ana Grovelas Regular 11.01 AT Nível B Igreja de Lavradas Lavradas Bom 11.02 AT Nível C Cruzeiro de Lavradas Lavradas Bom 11.03 AT Nível B Capela da Senhora da Luz Lavradas Bom 11.04 AT Nível C Casa da Laje Lavradas Bom 11.05 AT Nível B Casa do Paço Lavradas Ruína 11.06 AT Nível C Moinho de vento Lavradas Regular 11.07 AT Nível B Capela de Nossa Senhora do Rosário Lavradas Ruina 11.08 AT Nível B Capela de S. Mamede Lavradas Regular 12.01 AT Nível A Castelo de Lindoso Lindoso Bom 12.02 AT Nível B Igreja de Lindoso Lindoso Regular 12.03 AT Nível A Espigueiros de Lindoso e o local onde se implantam Lindoso Bom 12.04 AT Nível C Cruzeiro do Largo do Destro Lindoso Regular 12.05 AT Nível C Fonte da Tornada Lindoso Regular 12.06 AT Nível B Capela de S. Sebastião Lindoso Regular 12.07 AT Nível C Casa da Capela de S. Sebastião Lindoso Regular 12.08 AT Nível C Capela de Santo André Lindoso Regular 12.09 AT Nível C Antiga Prisão Lindoso Ruina 12.10 AT Nível C Antigo Tribunal Lindoso Regular 12.11 AT Nível C Antigos Paços do Concelho Lindoso Regular 12.12 AT Nível B Capela do Senhor do Amparo Lindoso Regular 12.13 AT Nível C Pelourinho de Parada Lindoso Regular 12.14 AT Nível B Ponte de Santiago/ Ponte Velha de Parada Lindoso Regular 12.15 AT Nível C Alminhas das Leijas Lindoso Regular 12.16 AT Nível C Alminhas do Noval Lindoso Regular 12.17 AT Nível C Espigueiros da Eira da Portela das Leijas Lindoso Bom 12.18 AT Nível C Espigueiros da Eira do Outeiro Lindoso Bom 12.19 AT Nível C Espigueiros da Eira do Tapado Lindoso Bom 12.20 AT Nível C Espigueiros de Cidadelhe Lindoso Bom 12.21 AT Nível C Cruzeiro do Monte da Madalena Lindoso Regular 12.22 AT Nível C Fojo de Sonhe Lindoso Regular 12.23 AT Nível C Fojo de Chã do Muro Lindoso/Ermida Regular 12.24 AT Nível C Fojo da Insua Lindoso Regular 12.25 AT Nível C Silha da Insua Lindoso Regular 12.26 AT Nível C Branda de Cidadelhe Lindoso Regular 12.27 AT Nível C Espigueiros da Eira das Leijas Lindoso Bom 12.28 AT Nível C Casa do Guarda Florestal da Penha Lindoso Regular 12.29 AT Nível C Casa do Guarda Florestal de Cidadelhe Lindoso Regular 12.30 AT Nível C Casa do Guarda Florestal, Alfândega de Madalena Lindoso Ruina Casa do Guarda Florestal de Porto Chão, Quartel da 12.31 AT Nível C Lindoso Ruina Brigada 12.32 AT Nível C Branda de Ludentos Lindoso Destruida 13.01 AT Nível B Igreja de Nogueira Nogueira Bom 13.02 AT Nível C Cruzeiro de Nogueira Nogueira Bom

Relatório do Estado do Ordenamento do Território 24/70 Município de Ponte da Barca

Valoraç Código Designação Freguesia Estado de conservação ão

13.03 AT Nível B Casa-Torre de Quintela Nogueira Bom 13.04 AT Nível C Casa da Agrela Nogueira Regular 14.01 AT Nível B Igreja de Oleiros Oleiros Bom 14.02 AT Nível C Cruzeiro do Senhor da Paz Oleiros Bom 14.03 AT Nível C Quinta da Boavista Oleiros Bom 14.04 AT Nível C Casa de Covelas Oleiros Bom 14.05 AT Nível C Casa de Quintão Oleiros Bom 14.06 AT Nível B Capela da Lobeira Oleiros Bom 15.01 AT Nível B Igreja de Paço Vedro de Magalhães Paço Vedro de Magalhães Bom 15.02 AT Nível A Paço Vedro Paço Vedro de Magalhães Regular 15.03 AT Nível C Quinta da Vinha Paço Vedro de Magalhães Regular 15.04 AT Nível C Casa do Amendo Paço Vedro de Magalhães Regular 15.05 AT Nível B Capela de S. Sebastião Paço Vedro de Magalhães Bom

16.01 AT Nível A Igreja Matriz de Ponte da Barca Ponte da Barca Bom

16.02 AT Nível A Mercado pombalino Ponte da Barca Bom 16.03 AT Nível A Pelourinho de Ponte da Barca Ponte da Barca Bom 16.04 AT Nível A Ponte sobre o Lima Ponte da Barca Bom 16.05 AT Nível A Ponte do Rio Vade Ponte da Barca Bom 16.06 AT Nível C Cruzeiro do Curro Ponte da Barca Bom 16.07 AT Nível C Antigos Paços do Concelho Ponte da Barca Bom 16.08 AT Nível B Igreja e antigo hospital da Misericórdia Ponte da Barca Bom 16.09 AT Nível C Casas na Rua Conselheiro Rocha Peixoto Ponte da Barca Em reabilitação 16.10 AT Nível C Casa Maria Lopes da Costa Ponte da Barca Regular 16.11 AT Nível C Casa Santo António do Buraquinho Ponte da Barca x 16.12 AT Nível C Casa do Correio-Mor Ponte da Barca Bom 16.13 AT Nível C Casa do Largo da Guarda Fiscal n.º 46 Ponte da Barca Bom 16.14 AT Nível C Casa do Relógio do Sol Ponte da Barca Ruina 16.15 AT Nível C Casa de Farias Ponte da Barca Bom 16.16 AT Nível C Fonte na rua Conselheiro Rocha Peixoto Ponte da Barca Bom 16.17 AT Nível C Casa da Guarda Fiscal Ponte da Barca Reabilitado 16.18 AT Nível C Casa dos "Antas de Barros" Ponte da Barca Bom 16.19 AT Nível C Fonte de São João Ponte da Barca Bom 16.20 AT Nível C Casa Rua José Lacerda 1-3 Ponte da Barca Regular 16.21 AT Nível C Paços do Concelho Ponte da Barca Bom 16.22 AT Nível C Passos da Via Sacra Ponte da Barca Bom 16.23 AT Nível C "Chalet" Ponte da Barca Regular 16.24 AT Nível C "Fonte Velha" e Cruzeiro Ponte da Barca Bom 16.25 AT Nível B Capela da Senhora da Lapa Ponte da Barca Bom 16.26 AT Nível C Casa da "Fonte Velha" Ponte da Barca Reabilitado 16.27 AT Nível C Antiga escola primária Ponte da Barca Ruina 16.28 AT Nível C Cantina da Escola Primária Ponte da Barca Bom 16.29 AT Nível C Antiga Escola Primária Ponte da Barca Bom 16.30 AT Nível C Hospital da Misericórdia Ponte da Barca Bom 16.31 AT Nível C Lar Condes da Folgosa/Santa Casa da Misericórdia Ponte da Barca Bom 16.32 AT Nível B Capela de Santo António Ponte da Barca Bom 16.33 AT Nível B Capela de S. Bartolomeu Ponte da Barca Bom 16.34 AT Nível C "Casa Brasileira" Ponte da Barca Bom 16.35 AT Nível C Casa na Rua Diogo Bernardes Ponte da Barca Regular 16.36 AT Nível C Pontão sobre o Vade Ponte da Barca Bom 16.37 AT Nível C Cruzeiro de Santo António Ponte da Barca Bom 17.01 AT Nível B Igreja de Ruivos Ruivos Bom

Relatório do Estado do Ordenamento do Território 25/70 Município de Ponte da Barca

Valoraç Código Designação Freguesia Estado de conservação ão

17.02 AT Nível C Casa do Real Ruivos Bom 18.03 AT Nível B Igreja de Sampriz Sampriz Regular 18.04 AT Nível C Quinta da Portela Sampriz Regular 18.05 AT Nível B Capela da Senhora do Livramento Sampriz Regular 19.01 AT Nível B Igreja de Touvedo de S. Lourenço Touvedo de S. Lourenço Bom 20.01 AT Nível B Igreja de Touvedo de S. Salvador Touvedo de S. Salvador Bom 21.01 AT Nível B Igreja de Vade S. Pedro Vade S. Pedro Bom 21.02 AT Nível C Solar da Agrela Vade S. Pedro Bom 22.01 AT Nível B Igreja paroquial de Vade S. Tomé Vade S. Tomé Bom 22.02 AT Nível B Casa da Pousada Vade S. Tomé Regular 22.03 AT Nível B Casa de Paredes Vade S. Tomé Bom 22.04 AT Nível B Casa das Ínsuas Vade S. Tomé Bom 23.01 AT Nível B Igreja de Vila Chã de S. João Vila Chã de S. João Bom 23.02 AT Nível C Cruzeiro de Seixas Vila Chã S. João Bom 23.03 AT Nível C Casa do Guarda Florestal de Seixas Vila Chã de s. João Ruina 23.04 AT Nível C Casa do Guarda Florestal de Galinheira Vila Chã de S. João Ruina 24.01 AT Nível B Igreja de Vila Chã de S. Tiago Vila Chã S. Tiago Bom 24.02 AT Nível C Aqueduto de Vila Chã Vila Chã (Santiago) Bom 25.01 AT Nível A Igreja e Torre do Antigo Mosteiro de Vila Nova de Muía Vila Nova de Muía Ruina 25.02 AT Nível C Casa de Quintela de Baixo Vila Nova de Muía Bom 25.03 AT Nível C Igreja de Santa Rita Vila Nova de Muía Bom

Quanto às intervenção efetuados no património arquitetónico e arqueológica durante a época 2013-2017, destacam- se:

- Área envolvente no Mosteiro de Crasto, freguesia de Crasto

- Área envolvente na Igreja da Ermida, freguesia da Ermida

- Fojo de Germil, freguesia de Germil

- Mercado Pombalino, freguesia de Ponte da Barca

- Ponte sobre o rio Lima, freguesia de Ponte da Barca

- Ponte sobre o rio Vade, freguesia de Ponte da Barca

- Cruzeiro do curro, freguesia de Ponte da Barca

- Casa da Guarda Fiscal, convertida em Biblioteca Municipal, freguesia de Ponte da Barca

- Casa da Fonte Velha, convertida em Hotel da Fonte Velha, freguesia de Ponte da Barca

- Quinta da Portela, convertida em Agro-turismo, freguesia de Sampriz

Relatório do Estado do Ordenamento do Território 26/70 Município de Ponte da Barca Património arqueológico

Tabela 7: Património arqueológico inventariado em Ponte da Barca

Código Valoração Designação Freguesia Estado de conservação

01.01 AL Nível C Necrópole (destruída) Azias Destruída 01.02 AL Nível B Sarcófago antropomórfico Azias Regular 01.03 AL Nível C Tesouro numismático Azias Indeterminado 01.04 AL Nível C Castro de Caçapedro Azias Destruída 02.01 AL Nível B Núcleo megalítico de Boivães Boivães Bom 02.02 AL Nível C Possível castro de Bárrio Boivães Regular 03.01 AL Nível C Sarcófagos antropomórficos Bravães Bom 03.02 AL Arte rupestre da Pegadinha Bravães Destruída Antiga Capela de Santa Leocádia de 03.03 AL Bravães Destruída Bravães 04.01 AL Possível estátua de guerreiro-galaico Britelo Destruída Núcleo Rupestre de Chã de Vale da 04.02 AL Nível B Britelo Regular Coelheira 04.03 AL Nível A Arte rupestre de Chã de Cabanos Britelo Regular 04.04 AL Nível B Núcleo Rupestre de Chã da Rapada Britelo Regular 04.05 AL Nível A Necrópole Megalítica da Serra Amarela Britelo Regular 04.06 AL Nível B Mamoa de Fornalhas Britelo Regular 04.07 AL Nível C Castro da Cumieira Britelo Regular 04.08 AL Nível C Vestígios rupestres de Paradamonte 1 Britelo Regular 05.01 AL Nível B Castro do Monte Crasto Crasto xxxx Gravuras "Pegadas e bengala de S. 05.02 AL Nível B Crasto Regular Martinho" 05.03 AL Antiga Igraja de S. Paio de Ruivos Crasto Destruída 07.09 AL Nível B Castro de Outeiro de S. Miguel/Crasto Entre Ambos-os-Rios Regular 07.10 AL Nível B Mamoas de Sobredo 1 e 2 Entre Ambos-os-Rios Regular Necrópole megalítica de Chã de Arcas/ 07.11 AL Nível B Entre Ambos-os-Rios Regular Casa do Guarda Florestal 07.12 AL Nível B Mamoa do Parque de Campismo Entre Ambos-os-Rios Regular 07.13 AL Vestígios de ocupação em Tamente Entre Ambos-os-Rios Destruída

08.04 AL Estátua-menir da Ermida Ermida Bom 08.05 AL Nível C Castro de Corga da Telheira Ermida Destruída 08.06 AL Nível C Habitat do Vidoal Ermida Destruída 08.07 AL Nível B Mamoa da Costa Ermida Regular 08.08 AL Pedra dos Namorados Ermida Regular 09.01 AL Nível B Menir do Marco de Anta Germil Regular 10.04 AL Nível B Castro de Coto da Mámua Grovelas Regular 10.05 AL Nível B Mineração da Serra do Oural Grovelas Destruída 12.33 AL Nível B Cabeço do Leijó Lindoso Regular 12.34 AL Nível B Chão da Pesquita Lindoso Regular 12.35 AL Ara Romana Lindoso Regular 12.36 AL Nível B Sarcófagos e tampas em estola Lindoso Regular 12.37 AL Nível B Torre Grande Lindoso Regular 12.38 AL Nível B Branda Porto Chão 1 Lindoso Regular 12.39 AL Nível B Branda de Porto Chão 2 Lindoso Regular 12.40 AL Nível B Gravuras de Porto Chão Lindoso Regular 12.41 AL Nível B Bouça do Colado/ Penedo do Encanto Lindoso Bom 12.42 AL Nível B Núcleo Rupestre de Costa Velha Lindoso Regular 12.43 AL Nível B Torrão dos Galegos Lindoso Regular 12.44 AL Nível C Habitat da Gordomela Lindoso Destruído

Relatório do Estado do Ordenamento do Território 27/70 Município de Ponte da Barca

Código Valoração Designação Freguesia Estado de conservação

12.45 AL Nível C Habitat de Nogueira Lindoso Indeterminado Necrópole de Porto Chão1 /Porto Chão 12.46 AL Nível C Lindoso Destruído 6 12.47 AL Nível C Vestígios de Soutelo/Cabeçalhas Lindoso Regular 12.48 AL Nível B Bateriade Cruz Lindoso Regular 12.49 AL Nível B Bateria de Eido Velho Lindoso Regular 12.50 AL Nível B Trincheira do Eido Velho Lindoso Regular 12.51 AL Nível B Trincheira do Fundal Lindoso Regular 12.52 AL Nível C Vestígios de Senhora da Madalena Lindoso Indeterminado 12.53 AL Nível B Castro de Cidadellhe Lindoso Regular Paço Vedro de 15.06 AL Nível C Castro de Talhós xxxx Magalhães 18.01 AL Nível B Castelo de Aboim/ Ventuzelo Sampriz Mau 18.02 AL Nível C Castro de Crasto Sampriz Destruído 20.02 AL Nível C Vestígios de castro ou castelo Touvedo de S. Salvador Destruído 20.03 AL Nível C Habitat da Costa da Barbeitela Touvedo S. Salvador Indeterminado 21.03 AL Nível C Vestígios da Igreja Vade S. Pedro xxxx 21.04 AL Nível B Sarcófago antropomórfico Vade S. Pedro Bom 21.05 AL Nível C Achado de machado de bronze Vade S. Pedro xxxx 22.05 AL Nível B Castro de S. Sebastião Vade S. Tomé Destruído 22.06 AL Nível C Casal/Villa de Pousada Vade S. Tomé Regular 22.07 AL Nível B Dólmen da Pousada Vade S. Tomé Regular Antiga igreja de Santa Marinha de 22.08 AL Vade S. Tomé Destruído Paredes 25.04 AL Nível B Castro do Pinheiral Vila Nova de Muía Regular 25.05 AL Habitat romano Vila Nova de Muía Indeterminado

Património natural

Tabela 8: Património natural inventariado em Ponte da Barca

Código Designação Freguesia

07.14 N onio Entre Ambos-os-Rios 08.09 N Ermida 1 Ermida 08.10 N Ermida 2 Ermida 09.05 N Germil 1 Germil 09.06 N Germil 2 Germil 09.07 N Germil 3 Germil 09.08 N Germil 4 Germil 09.09 N Germil 5 Germil 10.06 N Cascata de Fervença Grovelas 12.54 N Barragem de Lindoso Lindoso 12.55 N Lindoso Lindoso 12.56 N Mina da Lomba 1 e 2 Lindoso 12.57 N Moreia do Ramisquedo Lindoso 12.58 N Cascata do Rio da Escada Lindoso

Relatório do Estado do Ordenamento do Território 28/70 Município de Ponte da Barca 2.6. Turismo

O setor do turismo em Ponte da Barca tem assumido um sector importante no seu desenvolvimento. Ponte da Barca dispões de enormes potencialidades turísticas, quer fazendo parte do Parque Nacional da Peneda Gerês (Reserva da Biosfera) quer à riqueza de património cultural e à diversidade do património natural.

Esta diversidade permite ao município oferecer um conjunto de oferta turística, quer seja em empreendimentos turístico quer seja na modalidade de alojamento local, mas também o surgimento de atividades baseadas em programas turismos ligados ao turismo de natureza ligadas à montanha (pedestrianismo, BTT, trails) e a água (canoagem, como a canoagem, o BTT, pedestrianismo).

Quanto aos equipamentos, o município dispõe da Porta do Lindoso, na freguesia de Lindoso, para a receção, recreio e lazer dos visitantes do Parque Nacional Peneda Gerês. Neste equipamentos, a informação é disponibilizada através de um sistema de informação e sensibilização ambiental e patrimonial, que prepara o visitante para a exploração do território envolvente.

O Programa de Educação Ambiental da Porta de Lindoso é constituído por 10 atividades distintas diretamente relacionadas com a temática da Porta: Água e Geologia. As atividades de exterior estão relacionadas com os percursos pedestres (4 trilhos pedestres interpretados e um pedipaper/caça ao tesouro) e as atividades de interior são de visita ao Castelo, visita à Barragem e Porta, Apresentação do PNPG/Jogo dos Sons e atividades na Oficina da Ciência).

Nos últimos anos, analisando a figura VV é percetível o aumento do número de visitantes da Porta do Lindoso. Na maioria o número de visitantes são nacionais, e sem registo prévio de visitação, ou seja, são visitas espontâneas.

30000

24742 25000

20000 18003

14730 14832 15000 12800

10000

5000

0 2013 2014 2015 2016 2017

Figura 10: Número de visitantes da Porta de Lindoso entre 2013 e 2017

Relatório do Estado do Ordenamento do Território 29/70 Município de Ponte da Barca A Loja interativa de turismo em Ponte da Barca, inserida no perímetros do Centro Histórico junto ao rio Lima, é fruto da reabilitação da “Casa Maria Lopes da Costa”, onde se localiza o Centro Interpretativo do Património de Ponte da Barca e Fernão Magalhães. Integra a rede do Turismo do Porto e Norte de Portugal e contempla promotoras virtuais que permitirão promover e informar os turistas e os munícipes sobre restauração, alojamento, pontos de interesse e roteiros.

O Centro Interpretativo do Património de Ponte da Barca e Fernão Magalhães assenta em três temáticas: a ocupação humana no concelho onde o visitante pode aceder a uma base de dados sobre os locais arqueológicos e arquitetónicos de forma a dar a conhecer os períodos históricos que marcam a ocupação do Homem no território; a sala destinada à vivência no território, permitindo o conhecimento de vários aspetos da vivência, desde o pastoreio, a religião, a casa, a agricultura; e por último, a sala Fernão de Magalhães que presta uma homenagem à aventura marítima deste navegador, explicando ao visitante a sua naturalidade, que é Ponte da Barca, o seu percurso de vida, as suas aventuras na viagem de circum-navegação através, entre outras coisas, de um globo interativo.

O número de visitantes da loja de turismo diminuiu entre 2015 e 2016, relevando uma subida no ano de 2017.

1400012812

12000 10936 9615 10000

8000

6000

4000 3339 2147 2000

0 2013 2014 2015 2016 2017 Figura 11: Número de visitantes da loja de turismo entre 2013 e 2017

Empreendimentos turísticos

É notório o reconhecimento da sua importância em Ponte da Barca, em que existem 40 unidades de alojamento, em que na maioria são Casas de Campo (28), localizadas na maioria na área do Parque Nacional Peneda Gerês, Agro- Turismo com 5 alojamentos, Turismo de Habitação com 2 alojamentos, 2 Parques de Campismo, 2 unidades Hoteleiras de 4 e 2 estrelas e 1 Hotel Rural.

Relatório do Estado do Ordenamento do Território 30/70 Município de Ponte da Barca Tabela 9: N.º de alojamento por tipologia

Tipologia Nome Freguesia Capacidade Und. Aloj Estrelas

CASA D`AULEIRA Grovelas 16 8

Casa da Adega Lindoso 4 2

Casa da Corça Bravães 4 2

CASA DA EIRA Germil 4 2

CASA DA FECHA Lindoso 6 3

Casa da Fonte da Tornada Lindoso 6 3

Casa da Picoto Germil 2 1

Casa de Vilar Lavradas 4 2

Casa do Côto Bravães 4 2

Casa do Côto/Magalhães Paço Vedro Magalhães 6 3

Casa do Espigueiro da Cêrca dos Entre Ambos os Rios 12 6 Passais

Casa do Javali Bravães 4 2

Casa do Lagar Crasto 4 2

Casa do Moinho Lindoso 2 1 Casa de Campo Casa do Outeiro Lindoso 4 2

Casa do Padre Crasto 8 4

CASA DO POMAR Lindoso 6 3

Casa do Rochedo Lindoso 2 1

Casa do Sertão Lindoso 4 2

Casa José Dias Germil 2 1

Casa Nova Germil 4 2

CASA REAL DANAIA Germil 8 4

Family House Lindoso 6 3

Germil House Germil 2 1

Kika House Lindoso 2 1

Kiko House Lindoso 2 1

Quinta do Mosteiro Bravães 10 5

Quinta Olivia Ruivos 10 5

Casa da Agrela - Turismo LDA Vade S. Pedro 6 3 Empreendimento de Turismo de Habitação Casa Nobre do Correio-Mor Ponte da Barca 20 10

Agro-turismo Casa da Bouça Vila Chã S. João 4 2

Casa da Portela de Sampriz Sampriz 8 4

Relatório do Estado do Ordenamento do Território 31/70 Município de Ponte da Barca

Casa da Tomada Germil 4 2

Cêrca dos Passais Entre Ambos os Rios 26 13

Quinta da Mata Crasto 10 5

Hotel os Poetas Ponte da Barca 20 10 **

Hotel Oleiros 56 28 **** TEMPUS HOTEL & SPA

Hotel Rural Hotel Rural Fonte Velha Ponte da Barca 32 16 ***

Na-Be Crasto 20 Parque Campismo e/ou Caravanismo PARQUE DE CAMPISMO DE ENTRE Entre Ambos os Rios 400 AMBOS-OS-RIOS Fonte: https://rnt.turismodeportugal.pt/rnt/consultaaoregisto.aspx

Alojamento Local

O alojamento local em Ponte da Barca segue em parte a tendência nacional, que após a alteração legislativa, aumentou ao sua referência, com cerca de 27 alojamentos registados.

Quanto à sua localização, também estas unidades se encontram na maioria na região do Parque Nacional Peneda Gerês.

Tabela 10: N.º de alojamentos por tipologia

Alojamento Modalidade Freguesia N.º N.º Camas Utentes "Cada do Penedo" Moradia Lavradas 1 2 "Casa da Ana São" Moradia Lindoso 6 6 "Casa de Cidral" Moradia Lavradas 4 8 "Casa de Reborido" Moradia Vila Chã (São João Baptista e 2 4 Santiago) "Casa do Charco" Moradia Lindoso 2 2 "Casa do Coto 2" Moradia Bravães 3 4 "Casa do João" Moradia Lindoso 6 6 "Casa do Morangueiro" Moradia Entre Ambos os Rios 6 6 "Casa do Pombal" Moradia Cuide Vila Verde 3 4 "Casa do Real" Moradia Bravães 3 6 "Casa dos Cabecinhos" Moradia Britelo 8 10 "Casa dos Espigueiros" Moradia Lindoso 3 4 "Casa dos Pintos" Moradia Lindoso 4 4 "Casa Sophia" Moradia Touvedo S Lourenço 5 8 "Casa Velha" Moradia Britelo 2 2

"Casas da Levada" Moradia Entre Ambos os Rios 3 6 "Cidália House" Apartamento Ponte da Barca 4 6 "LETHES VIEW" Apartamento Ponte da Barca 3 6 "Lethes View" Apartamento Ponte da Barca 3 12

Relatório do Estado do Ordenamento do Território 32/70 Município de Ponte da Barca

"Lethes View" Moradia Ponte da Barca 3 6 "Magalhães Hostel" Estabelecimento de Ponte da Barca 9 10 hospedagem-Hostel "Quinta dos Casais" Moradia Bravaes 8 8 "Residencial San Fernando" Estabelecimento de Ponte da Barca 40 55 hospedagem Cantinho Redondo Moradia Entre Ambos os Rios 1 2 Casa da Mó Moradia Touvedo S. Lourenço 2 4 Chez Nathy Moradia Lindoso 1 4 Moinho das Cavadas Moradia Paço Vedro Magalhães 1 2 Fonte: https://rnt.turismodeportugal.pt/rnt/consultaaoregisto.aspx

2.7. Infraestruturas 2.7.1 Rede viária

A rede municipal, constituída por estradas (EM) e caminhos municipais (Câmara Municipal), desenvolve-se quase exclusivamente no sentido perpendicular ao eixo EN203 – EN304-1, que acompanha o leito do Rio Lima pela margem esquerda.

A densidade desta rede é, por sua vez, muito maior no terço Poente do concelho que no restante território, junto do maior povoamento da zona ocidental, na influência do eixo urbano constituído por Ponte de Lima – Ponte da Barca – Arcos de Valdevez. A rede municipal é assim constituída por:

• EM531, que efetua a ligação entre os principais locais da freguesia de Azias (Outeiro, Caçapedro) e da freguesia de Sampriz (Paços, Penela) e a sede de concelho;

• EM532, que atravessa as freguesias de Nogueira, Crasto, Ruivos, Boivães e Grovelas, passando por locais relevantes como Redondo, Cachada, Crasto, Ruivos, Devesa e Soutelo, ligando os à EN101, pouco antes da sede de concelho;

• EM533, que cruza as freguesias de Oleiros, Bravães, Lavradas e Boivães, ligando os seus lugares mais importantes (Lobeira, Teixugueira e Porto Bom) à Estrada Regional 203;

• Uma série de Caminhos Municipais, que interligam as estradas municipais entre si e estabelecem ligação pontual à rede da EN.

Relatório do Estado do Ordenamento do Território 33/70 Município de Ponte da Barca

Figura 12: Rede viára classificada em Ponte da Barca

2.7.2

Abastecimento de Água

No município de Ponte da Barca, o abastecimento de de águas é classificada segundo as designações de Alta e Baixa, consoante as atividades realizadas pelas várias entidades gestoras.

Os sistemas multimunicipais, maioritariamente responsáveis pela alta, (atividade grossista), apresentam vantagens em termos de economia de escala. O serviço de Alta é da responsabilidade da empresa Águas do Norte.

O serviço designado por Baixa, 11 freguesias são responsáveis pela própria gestão de abastecimento de água, sendo as restantes 14 freguesias da gestão da Câmara Municipal.

A rede de abastecimento de água tem uma extensão de cerca de 299, 71 Km.

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Figura 13: Rede de abastecimento de água

- Rede de abastecimento cuja entidade gestora é a Câmara Municipal (14 sistemas – freguesias, 56% da rede):

- Rede de abastecimento cuja entidade gestora é a freguesia (11 sistemas – freguesias, 44% da rede):

2.7.3. Saneamento

A gestão do sistema de drenagem das águas residuais existe é da responsabilidade da Câmara Municipal. Atualmente, 49 % da área urbana do concelho de Ponte da Barca é abrangida por infraestruturas de drenagem de águas residuais domésticas.

Em termos de percentagem de cobertura da rede saneamento por área urbanizada, verifica-se a presente situação:

- Rede executada, por freguesias, e em funcionamento com tratamento final na estação de tratamento de águas residuais (ETAR) da empresa Águas do Norte (localizada na freguesia de Oleiros): Ponte da Barca (90 %), Paço Vedro de Magalhães (70 %), Oleiros (60%), Vila Nova de Muía (50 %), Vade S. Tomé (100 %), Nogueira (50 %), S. Martinho de Crasto (10 %), Vade S. Pedro (10%), Cuide de Vila Verde (100%)

- Rede executada, por freguesias, e em funcionamento sem tratamento final (com recurso a fossas sépticas):

Relatório do Estado do Ordenamento do Território 35/70 Município de Ponte da Barca Lindoso - lugares de Castelo e Parada (100%), Britelo - lugar de Igreja (100%), Ermida (100%), Entre-Ambos-os-Rios - lugares de Froufe, Igreja, Lourido e Sobredo (100%)

- Rede executada, por freguesias, mas que não se encontra em funcionamento: Freguesia de Lavradas (5 %)

- Rede em execução, por freguesias: Bravães (30 %), Paço Vedro de Magalhães (25%)

Figura 14: Rede de saneamento

Relatório do Estado do Ordenamento do Território 36/70 Município de Ponte da Barca

2.8. Ambiente

2.8.1. Qualidade do Ar

A qualidade do ar é aferida recorrendo ao Índice de Qualidade do Ar (IQar). Os poluentes que compõem o índice de qualidade do ar são: o monóxido de carbono (CO), o dióxido de azoto (NO2), o dióxido de enxofre (SO2), o ozono (O3) e as partículas finas medidas como PM10.

No concelho de Ponte da Barca não existe nenhuma estação de medição da qualidade do ar, sendo que a mais próxima situa-se em Lamas de Olo, concelho de Vila Real, representando a qualidade do ar da zona Norte Interior. Na ausência de outros dados consideraram-se os valores registados para a zona do Norte Interior, onde o concelho se insere. De referir que os dados referentes a esta região se baseiam apenas na estação de monitorização referida.

Analisaram-se os dados da estação de medição nos anos 2013, 2014 e 2015, relativamente ao Índice de Qualidade do Ar (IQAr) da zona Norte Interior.

De acordo, com os índices disponibilizados pela Agência Portuguesa do Ambiente a partir de dados fornecidos pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte, a Qualidade do Ar nesta zona considera-se, em geral, boa (Figura 3).

Na área do plano, as principais fontes emissoras de poluentes atmosféricos são as rodovias, devido ao tráfego, responsável pela emissão de monóxido de carbono, dióxido de azoto partículas .

300 268 249 250

200

Muito Bom Bom 150 Médio Fraco Mau 100 94 58 50 28 1 7 5 0 0 3 1 0 2013 2014 2015 Figura 15: Qualidade do ar entre 2013 e 2015

Fonte: APA

Relatório do Estado do Ordenamento do Território 37/70 Município de Ponte da Barca 2.8.2. Resíduos

O Município de Ponte da Barca, enquanto entidade gestora dos RU “em baixa” garante, através da concessão deste serviço a uma empresa privada - a Rede Ambiente, a recolha indiferenciada de resíduos em todas as freguesias do Município e respetivo transporte e entrega nas instalações da Resulima, entidade gestora “em alta”. Cada tonelada de resíduos indiferenciado entregues à Resulima está sujeita a uma tarifa de resíduos pela deposição dos resíduos indiferenciados em aterro (18,07 €/tonelada) e a uma taxa de gestão de resíduos (TGR) (5,50 €/ tonelada), acrescidas de IVA à taxa legal em vigor, de acordo com o artigo 58º do Regime Geral da Gestão de Resíduos (RGGR) - valores devidos por cada tonelada de resíduos em 2015.

A recolha seletiva de RU no Município de Ponte da Barca é da responsabilidade da Resulima S.A., concessionária do Sistema Multimunicipal de gestão de resíduos em alta, abrangendo as atividades de recolha seletiva, triagem para valorização multimaterial, recuperação energética a partir da queima de biogás produzido no aterro e eliminação por deposição em aterro sanitário. Não obstante, o Município assegura algumas rotas de recolha seletiva (resíduos verdes, pilhas, OAU e REEE).

No que respeita às infraestruturas e equipamentos associados à gestão de RU, identificam-se os seguintes:

- 410 contentores hermétios distribuídos na via e outros espaços públicos, com capacidade de 800

- 47 Infraestruturas de deposição seletia de RU (fieiras vidro, papel/cartão, embalagens/metais):

- 35 Ecopontos de superfíie;

- 18 Ecopontos subterrâneos;

- 7 circuitos de recolha de transporte de RU, um dos quais constitui um circuito de reforço;

- 6 viaturas de recolha de transporte:

- 3 Viaturas de 15 m3;

- 1 Viatura de 21 m3;

- 1 Viatura de 5 m3;

- 1 Viatura de 4 m3;

Relatório do Estado do Ordenamento do Território 38/70 Município de Ponte da Barca

Figura 16: Localização dos contentores de RSU Fonte: Resulima

Na recolha seletiva nos ecopontos espalhados pelo Município, existem cerca de 35 centros, desde 2013 que a recolha de material triado tem vindo a aumentar.

Tabela 11: Quantidade de resíduos provenientes da recolha selectiva (tonelada)

Ano RSU (tonelada) 2013 288,985 2014 276,370 2015 307,935 2016 329,365 2017 328,855 Fonte: Resulima

Relatório do Estado do Ordenamento do Território 39/70 Município de Ponte da Barca

Na recolha dos resíduos indiferenciados existem cerca de 410 contentores, e verifica-se que desde 2013 que a recolha também tem vindo a aumentar.

Tabela 12: Quantidade de resíduos despositados em aterro (tonelada)

Ano Resíduos (tonelada) 2013 3.396 2014 3.466 2015 3.630 2016 3.658 2017 3.807 Fonte: Resulima

2.8.3. Ruído

Para a análise deste ponto utilizaram-se os elementos que constituem o Mapa de Ruído do Concelho de Ponte da Barca (Relatório Final e Plantas) elaborado pela dBLAb – Laboratório de Acústica e Vibrações, Lda.

No âmbito da elaboração dos Mapas de Ruído do concelho de Ponte da Barca foram identificadas as principais fontes de ruído existentes no concelho: as principais vias de tráfego rodoviário existentes e as principais indústrias.

Dentro das vias existentes foram consideradas as que possuíam maior contribuição para aos níveis sonoros, sendo elas a EN101, EN203, vias que atravessam o concelho, e o conjunto de vias que servem a Vila de Ponte da Barca, como a Av. Fernão de Magalhães, Rua Conselheiro Rosa Peixoto, Rua Diogo Bernardes, Rua do Brasil, Rua Dr. Carlos Araújo, Rua Dr. Francisco Sá Carneiro, Rua Dr. Joaquim Moreira de Barros e Rua Heróis da Índia.

Foi ainda efetuado o levantamento das principais indústrias do Município passíveis de terem algum impacte sonoro. Foram identificadas três zonas: o parque empresarial, uma serralharia e uma pedreira, tendo-se verificado que apenas a pedreira, situada na Freguesia de Vila Chã (S. João Baptista) seria representativa.

Os mapas de ruído resultantes demonstram que as zonas mais críticas em termos acústicos correspondem às zonas adjacentes às principais vias (EN101 e EN203), bem como algumas vias da vila de Ponte da Barca (R. Dr. Joaquim Moreira de Barros, R. Conselheiro Rocha Peixoto e R. Diogo Bernardes). As últimas vias referidas constituem fontes de ruído expressivas, devido ao seu carácter estruturante da sede de concelho, mas também pelo facto do pavimento existente ser considerado ruidoso (calçada portuguesa).

Relatório do Estado do Ordenamento do Território 40/70 Município de Ponte da Barca

2.8.4. Incêndios

A superfície de área ardida em Ponte da Barca tem aumentado fruto do acentuado nº de anos quentes que se têm vindo a verificar, pelo abandono das área agrícolas ser cada vez maior e pela falta de gestão dos espaços florestais.

Pela análise da figura XX, no ano de 2013 arderam cerca de 2290,66 ha, em 2014 cerca de 22,44 ha, em 2015 cerca de 431, 69 ha, no ano de 2016 cerca de 7065,98 há e da análise da imagem de satélite em Janeiro de 2018 arderam cerca de 752,51 ha.

Figura 17: Área ardida em Ponte da Barca (2013-2016) Fonte: ICNF

Relatório do Estado do Ordenamento do Território 41/70 Município de Ponte da Barca

2.9. Planeamento

A Planta de Ordenamento do PDM de Ponte da Barca reflete o modelo de estruturação espacial adotado para o território municipal e definido em acordo com os objetivos estratégicos já mencionados. Este modelo de estruturação espacial do território municipal assenta na classificação do solo e respetivo desenvolvimento através da qualificação do mesmo

O território municipal assenta na distinção básica entre solo rural e solo urbano, tal como analisado anteriormente, e da qualificação do solo que regulamenta o aproveitamento dos terrenos em função da atividade dominante que neles possa ser efetuada ou desenvolvida, estabelecendo os respetivos usos e edificabilidade.

Assim, por “Solo Rural” entende-se aquele terreno para o qual é reconhecida vocação para o aproveitamento dos recursos agrícolas, pecuários, florestais e minerais, e para proteção de todos os espaços de ocorrência dos ecossistemas naturais, os espaços públicos de lazer, os equipamentos e as infraestruturas, que não lhe confiram o estatuto de solo urbano.

Pelo contrário, entende-se por “Solo Urbano” aquele para o qual é reconhecida vocação para o processo de urbanização e de edificação, integrando os espaços urbanizados e os urbanizáveis.

Os licenciamentos para construção de novas habitações familiares em Ponte da Barca tem apresentado variações distintas antes e após da revisão do PDM no ano de 2013.

Com a aplicação do novo PDM o número de licenciamentos para novas edificações diminuíram, invertendo a situação no ano de 2017.

200 181 180

160 135 138 140

120 111 101 93 100 92 90

80 70

60

40

20

0 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 Figura 18: Registo de licenciamentos de novas edificações (2013-2016)

Relatório do Estado do Ordenamento do Território 42/70 Município de Ponte da Barca 2.9.1. Solo Rural

O solo rural visa a proteção e o aproveitamento dos recursos naturais, agrícolas, florestais e geológicos e destina-se ao desenvolvimento das funções produtivas em função da aptidão do solo e à conservação dos ecossistemas e valores naturais e culturais (património arquitetónico e arqueológico) que garantam a biodiversidade e a integridade biofísica natural e antrópica fundamental do território, devendo a edificação no solo rural restringir -se ao indispensável.

Figura 19: Solo rural

O solo rural é predominantemente ocupado por espaços de uso múltiplo agrícola e florestal (33,38%) que são espaços que se encontram em àreas de meia encosta na envolvência dos espaços agrícolas e florestais e por espaços naturais (30,14%) que ocupam a maioria da serra amarela e nas margens do rio Lima e Vade. Estão inseridos nesta tipologia, os aglomerados de edificação dispersa e os aglomerados rurais, nos quais são admitidas novas edificações, tendo em conta o índice de utilização da parcela.

Relatório do Estado do Ordenamento do Território 43/70 Município de Ponte da Barca 2.9.2. Solo Urbano

O solo urbano destina-se dominantemente à urbanização e edificação urbana, compreendendo os terrenos urbanizados e os suscetíveis de programação, incluindo os solos afetos à estrutura ecológica necessários ao equilíbrio do espaço urbano, e albergando as necessárias dotações em infraestruturas urbanas e serviços indispensáveis às necessidades coletivas da população.

Figura 20: Solo urbano O espaço urbano residencial (42,09%) ocupa predominantemente a categoria de solo urbano, seguido do espaço urbano de baixa densidade (33,73%).

Relatório do Estado do Ordenamento do Território 44/70 Município de Ponte da Barca Licenças concedidas

Para o período de 2013 a 2017, foram concedidas cerca de 243 licenças de utilização, 374 licenças de edificação, 57 comunicações prévias, 286 pedidos de obras isentas e 2 loteamentos.

Nas licenças para novas edificações verifica-se um maior numero nas freguesias envolventes à área urbana como Paço Vedro Magalhães e Vila Nova de Muía.

Os loteamentos apenas se registam na Vila de Ponte da Barca.

Tabela 13: N.º de licenças emitidas por freguesia para o período de 2013 a 2017

Freguesias Autorizações de Licenciamentos Licenciamentos Obras isentas Loteamentos utilização (LE-EDI) (CP-EDI)

Azias 9 6 0 9 0

Boivães 6 3 0 6 0

Bravães 13 30 1 19 0

Britelo 4 13 13 20 0

Crasto 9 17 3 14 0

Cuide Vila Verde 3 8 2 8 0

Entre Ambos os Rios 14 20 6 7 0

Ermida 4 3 2 2 0

Germil 3 4 2 4 0

Grovelas 1 3 0 2 0

Lavradas 22 31 1 19 0

Lindoso 6 12 8 17

Nogueira 10 17 0 3 0

Oleiros 9 17 0 11 0

Paço Vedro Magalhães 21 20 3 19 0

Ponte da Barca 30 16 7 26 2

Ruivos 7 11 0 8 0

Sampriz 4 19 0 16 0

Touvedo Salvador 0 3 0 3 0

Touvedo S. Lourenço 6 10 0 2 0

Vade S. Pedro 6 10 0 11 0

Vade S. Tomé 6 14 0 10 0

Vila Chã S. João Batista 6 19 2 12 0

Vila Chã Santiago 5 8 0 1 0

Vila Nova de Muía 39 60 7 37 0

Total 243 374 57 286 2

Relatório do Estado do Ordenamento do Território 45/70 Município de Ponte da Barca 2.9.3. Estrutura ecológica municipal

A estrutura ecológica municipal tem como objetivos a proteção da rede hidrográfica e do solo, a conservação dos recursos genéticos do território e a valorização das zonas de maior sensibilidade biofísica e doutras componentes e valores ambientais, paisagísticos e culturais, que ocorrem nos espaços rurais e urbanos, com destaque para as áreas classificadas.

A delimitação da estrutura ecológica municipal do PDM de Ponte da Barca engloba:

 os ecossistemas da REN

 o domínio hídrico

 as áreas de RAN

 as áreas classificadas da Rede Natura 2000

 e as zonas de Proteção Total e Parcial I e II do POPNPG, os valores naturais de espécies e habitats mais relevantes e os valores culturais e equipamentos.

Figura 21: Estrutura ecológica municipal

Relatório do Estado do Ordenamento do Território 46/70 Município de Ponte da Barca 2.9.4. UOPG

O programa de execução do PDM, define 13 Unidades Operativas de Planeamento e Gestão, delimitadas em função do POATAL (unidades ligadas ao turismo) e da estratégia municipal (unidades ligadas ao parque empresarial), cuja execução deve ser garantida através da elaboração de planos de pormenor ou unidades de execução:

UOPG 1 — Espaço Empresarial de Lavradas UOPG 2 — Espaço Empresarial de Oleiros UOPG 3 — Vila de Ponte da Barca UOPG 4 — Centro Histórico de Ponte da Barca UOPG 5 — Área Urbanizável Nordeste da Vila de Ponte da Barca UOPG 6 — Margem esquerda da barragem do Touvedo UOPG 7 — Espaço Empresarial de Vila Chã (S. João Batista) UOPG 8 — Área a norte do aglomerado de Vila Chã UOPG 9 — Área junto ao plano de água a norte do aglomerado de Tamente UOPG 10 — Área junto ao plano de água em Entre -Ambos -os -Rios UOPG 11 — Espaço Turístico de Paradamonte UOPG 12 — Área junto ao plano de água a nordeste do aglomerado de Castelo, Lindoso UOPG 13 — Área junto ao plano de água junto à fronteira com Espanha

Figura 22: Localização das UOPG

Relatório do Estado do Ordenamento do Território 47/70 Município de Ponte da Barca Das UOPG previstas para o município, apenas a UOPG 5 foi efetuado o loteamento do RODO, com a implantação de 9 lotes para acolhimento empresarial nenhuma foi executada.

2.9.5. Reabilitação Urbana

ARU do Centro Histórico de Ponte da Barca

A ARU do centro Histórico, foi aprovada por Deliberação da Assembleia Municipal de 14/11/2013, publicada em Diário da República, 2.ª série, N.º 248 de 23 de dezembro de 2013, sob o Aviso n.º 15589/2013 – “Delimitação da Área de Reabilitação Urbana de Ponte da Barca”. Coincide, no essencial, com a delimitação do Centro Histórico (CH) estabelecida no âmbito do Plano de Reabilitação e Salvaguarda do Centro Histórico de Ponte da Barca de 1988 (PRSCHPB), abrangendo uma área de 13,05 hectares, que corresponde ao núcleo central da Vila.

Esta área concentra um número expressivo de edifícios e espaços urbanos com valor histórico, patrimonial e paisagístico, distribuídos por uma malha urbana que apresenta alguma heterogeneidade morfológica, resultante, por um lado, do relevo e dos acidentes geográficos inerentes ao seu assentamento e, por outro, da forte marcação introduzida pela abertura do eixo viário (antiga estrada nacional) que serve a ponte sobre o rio Lima.

Objetivos Estratégicos

Com a delimitação da presente ARU, e subsequente implementação da respetiva Operação de Reabilitação, pretende- se contribuir, na generalidade e de forma articulada, para a prossecução dos objetivos vertidos no Artigo 3º do RJRU. Assim, tendo aqueles objetivos como pano de fundo, e considerando também a especificidade da área abrangida e do

Relatório do Estado do Ordenamento do Território 48/70 Município de Ponte da Barca seu contexto territorial, destacam-se os seguintes objetivos estratégicos:

 Reforçar o carácter identitário do Centro Histórico da Vila de Ponte da Barca enquanto núcleo de referência do município, nomeadamente através da proteção do património cultural e da valorização do seu enquadramento;

 Reabilitar o tecido urbano através da recuperação física de imóveis degradados e da adaptação funcional e programática que contrarie os fatores de obsolescência do edificado;

 Fomentar a revitalização e integração urbana da área delimitada, através da criação de condições de atração de população e de funções inovadoras que tirem partido da sua centralidade no contexto da sede do concelho;

 Rentabilizar o investimento público que, ao longo dos últimos anos, incidiu sobre esta área, qualificando a sua vocação urbana, nomeadamente ao nível das infraestruturas, dos equipamentos e espaços públicos;

 Contribuir para a dinamização económica do concelho, seja através do processo de reabilitação urbana em si mesmo, seja pelo incremento das condições de atratividade turística.

Figura 23: Limites da ARU do Centro Histórico

Operação de Reabilitação Urbana

A ORU do Centro Histórico de Ponte da Barca tem como objetivo geral a reabilitação dos edifícios através de incentivos e apoios aos proprietários e titulares de outros direitos, ónus e encargos sobre quem impende o dever de reabilitar,

Relatório do Estado do Ordenamento do Território 49/70 Município de Ponte da Barca associada a um programa de investimento público.

Os objetivos específicos da ORU são:

- Reabilitar fisicamente os edifícios que apresentam estados avançados de degradação dotando-os de condições de uso que respondam aos requisitos atuais e adaptar o seu programa às solicitações contemporâneas;

- Melhorar as condições de habitabilidade e funcionalidade dos edifícios que, encontrando-se em uso, apresentam debilidades construtivas e funcionais;

- Melhorar as condições de mobilidade e estadia em espaço público;

- Requalificar e valorizar os equipamentos públicos;

- Proteger e valorizar o património cultural;

ARU da Vila de Ponte da Barca

Esta área foi aprovada por Deliberação da Assembleia Municipal de 16/02/2016, publicada em Diário da República, 2.ª série, N.º 46 de 7 de março de 2016, sob o Aviso n.º 3017/2016 – “Delimitação da Área de Reabilitação Urbana de Ponte da Barca”.

A ARU delimitada enquadra a generalidade da área da sede do concelho, desde a zona ribeirinha que inclui as margens do rio Lima e Vade, a zona escolar e a zona dos loteamentos de Painçães, Saibreira, Paço, Pereiras e zona industrial do rodo. Apesar das diferentes caraterísticas das áreas que a compõem, a necessidade de enquadramento em ARU evidencia a existência de edificado construído na década 70/80, na sua maioria de iniciativa privada, apresentado fragilidades e alguma obsolescência, por exemplo ao nível do conforto térmico, acústico e acessibilidades.

Verifica-se ainda na área delimitada constrangimentos ao nível da integração da malha urbana, decorrentes da deficiente articulação da circulação automóvel e pedonal, particularmente notório nas áreas resultantes de loteamentos e na zona ribeirinha sobranceira ao rio Vade.

Trata-se de uma área onde se localizam vários equipamentos, nomeadamente escolares, onde também se verificam algumas fragilidades quer ao nível dos edificado quer ao nível o espaço público envolvente.

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Figura 24: Limites da ARU da vila de Ponte da Barca

Os objetivos estratégicos são:

- Reforçar o carácter identitário da sede do concelho de Ponte da Barca enquanto núcleo de referência do município, nomeadamente através do reforço da imagem urbana, natural e cultural e qualificação do espaço público;

- Reabilitar o tecido urbano através da recuperação física de imóveis degradados e da adaptação funcional e programática que contrarie os fatores de obsolescência do edificado;

- Fomentar a revitalização e integração urbana da área delimitada, através da criação de condições de atração de população e de funções inovadoras que tirem partido da sua centralidade no contexto da sede do concelho;

- Complementar e otimizar o investimento público que, ao longo dos últimos anos, incidiu sobre esta área, qualificando a sua vocação urbana, nomeadamente ao nível das infraestruturas, dos equipamentos e espaços públicos;

- Contribuir para a dinamização económica do concelho, seja através do processo de reabilitação urbana em si mesmo, seja pelo incremento das condições de atratividade económica e residencial;

- Dar consistência à malha urbana através do reforço articulado das partes que a constituem.

Relatório do Estado do Ordenamento do Território 51/70 Município de Ponte da Barca 1. Quadro de Benefícios Fiscais e Apoios Fiscais das ARU's

Para além dos benefícios e incentivos previstos no Código do Imposto de Valor Acrescentado (CIVA) e no Estatuto dos Benefícios Fiscais em matéria de IRS e Arrendamento Urbano, para efeitos do previsto na alínea a) do artigo 14º do RJRU, propõe-se que os benefícios fiscais a conceder no âmbito da delimitação desta ARU, de acordo com o número 7 e 8 do artigo nº 71 do Estatuto dos Benefícios Fiscais, correspondam ao seguinte:

 IMI - Os prédios urbanos objeto de ações de reabilitação são passíveis de isenção de imposto municipal sobre imóveis por um período de cinco anos, a contar do ano, inclusive, da conclusão da mesma reabilitação, podendo ser renovada por um período adicional de cinco anos.

 IMT - São isentas do IMT as aquisições de prédio urbano ou de fração autónoma de prédio urbano destinado exclusivamente a habitação própria e permanente, na primeira transmissão onerosa do prédio reabilitado, quando localizado na “área de reabilitação urbana”.

Para além dos benefícios fiscais, ficam isentas da aplicação de taxas municipais previstas no Regulamento de Taxas municipais e Outras Receitas de Urbanização e Edificação, as ações de reabilitação que se enquadrem na definição constante na alínea a) do n.º 22, do artigo 71º do Estatuto dos Benefícios Fiscais, que atinjam um nível mínimo de “Bom”, ou, subindo apenas um nível, atinjam o nível “Bom” e verifiquem a melhoria de um mínimo de quatro critérios Funcionais e de desempenho, que incluam pelo menos um critério de cada tema.

Processos de Gestão Urbanística nas ARU (Centro Histórico e Vila de Ponte da Barca)

No âmbito das operações urbanísticas que incidem dentros dos limiites de ambas as ARU, decorreram após a sua aprovação, 2013:

14 pedidos para nova construção

10 pedidos para reconstrução

Dada a sua dimensão cerca de 18 processos na ARU da Vila de Ponte da Barca e 8 processos na ARU do Centro Histórico.

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Figura 25: Localização das operações urbanisticas dentro dos limites das ARU's

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3. Avaliação do ações definidas no programa de execução

Na avaliação das ações definidas no programa de ação, a maioria das ações não foram executadas devido ao facto de o plano se encontrar em vigência à apenas 4 anos, sendo que algumas medidas como os Planos de Pormenor necessitam de um horizonte temporal mais alargado.

Os limites definidos para o Plano de Urbanização da Vila de Ponte da Barca foram alterados devido à estratégia do município na salvaguarda da envolvente paisagística e no controlo da ocupação da envolvente da Nacional 101.

Nos equipamentos, alguns foram reabilitados tendo em conta o Programa de Ação de Reabilitação Urbana, ficando apenas o Parque biológico por executar.

Quanto à rede de saneamento não foram executadas as ações previstas no plano, tendo sido executadas outras obras de saneamento no município.

O Plano Municipal de Defesa da Floresta contra Incêndios foi aprovado em aprovado pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestal em 18/5/2015, tendo um período de vigência de 5 anos.

Tabela 14: Programa de execução e fontes de financiamento do PDM

PROGRAMA DE EXECUÇÃO E FONTES DE FINANCIAMENTO

EXECUÇÃO PRIORIDADES ENTIDADE FONTE DE AÇÕES UOPG PDM PROMOTORA FINANCIAMENTO I II III 2013-2017

1. Ordenamento do território

Alteração dos limites do Plano de Urbanização da Vila de Ponte da Barca X 3 M OM/FC Plano de Urbanização

Revisão ou alteração do Plano de Pormenor do Alteração com a X 4 P/M OM/P Centro Histórico de Ponte da Barca publicação do PU

OM/P Não executado Plano de Pormenor da Área Urbanizável Nordeste X 5 P/M da Vila de Ponte da Barca 6,8,9,1 Planos de Pormenor das Áreas de Ocupação X 0,12 e P/M OM/P Não executado Turística do POATAL 13 Plano de Pormenor do Espaço Turístico de X 11 P/M OM/P Não executado Paradamonte

Plano de Pormenor do Espaço Empresarial de X 7 P/M OM/P Não executado Vila Chã (S. João Batista) OM/P Não executado Plano de Pormenor do Espaço Empresarial de X 1 P/M Lavradas

Loteamento Empresarial de Oleiros X 2 P/M OM/P Não executado

2. Rede viária

Variante Poente da Vila X M OM/FC Não executado

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PROGRAMA DE EXECUÇÃO E FONTES DE FINANCIAMENTO

EXECUÇÃO PRIORIDADES ENTIDADE FONTE DE AÇÕES UOPG PDM PROMOTORA FINANCIAMENTO I II III 2013-2017

Requalificação do acesso sul ao Centro Urbano X M OM/FC Em obra de Ponte da Barca – Av. F. Magalhães

Beneficiação da Estrada Intermunicipal n.º 532 X M OM/FC Executado

3. Equipamentos

Parque biológico, de turismo e lazer dos Vales do X IM/P OM/FC Não executado Lima, Vade e Vez

Requalificação do edifício de Sto. António do X M OM/FC Em obra Buraquinho para Arquivo Municipal

Requalificação da envolvente do campo de X M OM/FC Executado futebol de Ponte da Barca

Requalificação urbanística do bairro de habitação X M OM/FC Em obra social de Santo António

4. Saneamento

Paradamonte X M OM Não executado

Vila Chã S. João Batista (Barral) X M OM Não executado

Vila Chã Santiago X M OM Não executado

Touvedo Salvador X M OM Não executado

Touvedo S. Lourenço X M OM Não executado

Vade S. Pedro X M OM Não executado

Lavradas (a sul da Igreja). X M OM Não executado

5. Estudos e projetos

Revisão do plano municipal de defesa da floresta X M OM Executado contra incêndios

LEGENDA

Entidade Promotora:

M - Município; IM - Intermunicipal; AC - Administração Central; P - Privado

Fonte Financiamento: OM - Orçamento Municipal; OE - Orçamento de Estado; FC - Fundos Comunitários; P – Privado

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4. Avaliação dos Indicadores do Programa de Gestão e Monitorização Ambiental

No âmbito da Avaliação Ambiental Estratégica (AAE) do PDM, foram definidos um conjunto de indicadores em função dos objetivos de sustentabilidade definidos, que permitirão monitorizar a execução do plano e verificar o desenvolvimento das acções adotadas, constituindo a fase de seguimento.

A monitorização das opções estratégicas do plano será desenvolvida, pelo município, de acordo com os indicadores e as metas definidas nos quadros seguintes, e tendo em conta os seguintes objetivos:

- Acompanhar e validar a avaliação dos efeitos no ambiente identificados no decurso da avaliação ambiental do plano;

- Avaliar se a aplicação das opções do plano contribui eficazmente para alcançar os objetivos de sustentabilidade definidos;

- Avaliar a eficácia das orientações propostas, com o objetivo de minimizar eventuais efeitos negativos e potenciar os efeitos positivos;

- Promover uma maior participação e envolvimento dos agentes com responsabilidades no processo de avaliação ambiental do plano.

Da listagem dos indicadores (em anexo) verifica-se que o município terá de constituir um SIG municipal por forma a garantir a monitorização e avaliação dos dados, de forma a contrariar a dificuldade na obtenção da informação.

Será de todo importante, a alteração de alguns indicadores, uma vez que os dados estão restringidos ou às entidades da administração central ou então por região.

A questão temporal da avaliação também deverá ser revista, uma vez que alguns indicadores não poderão ser avaliados anualmente mas para um horizonte temporal mais alargado.

Relatório do Estado do Ordenamento do Território 56/70 Município de Ponte da Barca 5. Considerações Finais

A revisão do PDM, teve inicio no ano de 2006, concluindo os trabalho com a fase da discussão pública e publicação do plano em 15 de julho de 2013, o que totaliza um período de 7 anos.

A cartografia homologada de base utilizada no processo de revisão, é referente ao ano de 2004, pelo que à data da publicação do PDM já eram notórias algumas alterações no território, mais precisamente ao nível do edificado e rede viária.

Das grandes alterações que incidiram sobre o PDM, teve a ver com a dimensão dos perímetros urbanos, em que do PDM 1995 para PDM 2013 teve uma redução aproximada de 50%.

A conjuntura económico-financeira a partir do ano de 2010, afetou as dinâmicas territoriais, que por força das fortes restrições financeiras, diminuiu a intervenção quer pública quer privada no concelho, nomeadamente no que se relaciona com a operacionalização das UOPG, em que em 13 apenas houve intervenção em 1.

Ao nível da estrutura do edificado, realça-se o facto da reabilitação do edificado ter aumentado, quer ao nível do investimento privado quer público, no caso deste último, investimento visível na área urbana e na elaboração de duas ARU's.

Nos termos do artigo 78º da LBPPSOTU, o conteúdo dos planos especiais de ordenamento do território em vigor deve ser transposto, nos termos da lei, para o plano diretor intermunicipal ou municipal até 13 de Julho de 2020.

O município de Ponte da Barca inclui no seu território dois planos especiais de ordenamento do território: o POATAL (Plano de Ordenamento das Albufeiras de Touvedo e Alto Lindoso), publicado pela Resolução de Conselho Ministros n.º 27/2004, de 8 de março e o POPNPG (Plano de Ordenamento do Parque Nacional Peneda Gerês), publicado pela Resolução do Conselho de Ministros n.º 11-A/2011, de 4 de fevereiro.

Estes planos foram elaborados em datas, escalas e com recurso a bases cartográficas diferentes que torna o processo de transposição difícil e demorada.

Face ao período da avaliação dos dados (2013-2017), a avaliação dos indicadores ambientais determinados pela Avaliação Ambiental Estratégica do PDM, não é possível devido à inexistência de base de dados SIG que envolva esta temática.

Será necessário a reformulação dos mesmos e compatibilizar os dados que seja possivel a sua análise no âmbito da ferramenta SIG.

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6. Bibliografia

- CMPB, 2006, Plano Director Municipal, Estudo Prévio, Relatório de Avaliação do PDM, Câmara Municipal de Ponte da Barca;

- CMPB, 2013, Plano Director Municipal, Relatório XXXXX, Relatório de Avaliação do PDM, Câmara Municipal de Ponte da Barca;

- CMPB, 2012, Avaliação Ambiental Estratégica, Relatório Final, Câmara Municipal de Ponte da Barca;

- Regulamento Interno do Agrupamento de Escolas de Ponte da Barca

Sites:

www.cartasocial.pt www. cmpb.pt www.ine.pt www.prodata.pt

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ANEXOS

(Indicadores de Avaliação e Monitorização da Avaliação Ambiental Estratégica)

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Critério de avaliação Solo Indicador Percentagem de área de solo arável por habitante Meta/Objetivo Manter ou aumentar Unidade de Medida % Dados Ver página Resultado

Critério de avaliação Solo Indicador Área de RAN afeta a usos não agrícola Meta/Objetivo Diminuir Unidade de Medida ha Dados Processos de Gestão Urbanística – Município de Ponte da Barca Dados Ver página Resultado

Critério de avaliação Solo Indicador Superfície agrícola útil Meta/Objetivo Diminuir Unidade de Medida ha Dados RGA/Censos

Critério de avaliação Solo Indicador Áreas com risco ou processo de erosão em curso Meta/Objetivo Diminuir Unidade de Medida ha Dados Processos de Gestão Urbanística – Município de Ponte da Barca

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Critério de avaliação Solo Indicador Situações de potencial afetação da qualidade do solo (p. e. depósitos clandestinos de resíduos, descargas acidentes de efluentes nos solo, episódios acidentais de contaminação, etc.) Meta/Objetivo Diminuir/anular Unidade de Medida n.º ou área afetada Dados Município de Ponte da Barca

Critério de avaliação Biodiversidade Indicador Áreas de sobreposição de usos incompatíveis com áreas de ocorrência efetiva de valores naturais. Meta/Objetivo Diminuir Unidade de Medida ha Dados Município de Ponte da Barca

Critério de avaliação Biodiversidade Indicador Área integrada na Rede Fundamental de Conservação da Natureza Meta/Objetivo Manter Unidade de Medida ha Dados Município de Ponte da Barca

Critério de avaliação Biodiversidade Indicador Ações de alteração do uso e ocupação do solo (exceto atividades agrícolas), de instalação de infraestruturas e de alteração de cotas em espaços com valores naturais protegidos ou corredores ecológicos. Meta/Objetivo Diminuir Unidade de Medida n.º ou área afetada Dados Município de Ponte da Barca

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Critério de avaliação Qualidade do ar e ruído ambiente Indicador Fontes de emissão de poluentes atmosféricos. Meta/Objetivo Diminuir Unidade de Medida n.º Dados Município de Ponte da Barca

Critério de avaliação Qualidade do ar e ruído ambiente Indicador População exposta a níveis de ruído ambiente superiores aos limites legais Meta/Objetivo Diminuir/manter Unidade de Medida n.º Dados Município de Ponte da Barca

Critério de avaliação Qualidade do ar e ruído ambiente Indicador Número de queixas relativas ao ruído ambiental. Meta/Objetivo Diminuir/manter Unidade de Medida n.º Dados Município de Ponte da Barca

Critério de avaliação Resíduos Indicador Grau de cobertura da rede de recolha de Resíduos Sólidos Urbanos (indiferenciados e recolha seletiva). Meta/Objetivo % Unidade de Medida 100% Dados Município de Ponte da Barca

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Critério de avaliação Resíduos Indicador Resíduos recolhidos (indiferenciados e recolha seletiva), capitação. Meta/Objetivo - Diminuir a produção de resíduos indiferenciados. -Aumentar a taxa de reciclagem: Reciclagem total de Resíduos de Embalagens (RE):80% Reciclagem de RE de vidro: >60% Reciclagem de RE de papel e cartão: >60% Reciclagem de RE de plástico: >22,5% Reciclagem de RE de metais: >50% Reciclagem de RE de madeira: >15% Unidade de Medida 100% Dados Município de Ponte da Barca

Critério de avaliação Infraestruturas e Equipamentos Indicador Proporção de alojamentos familiares de residência habitual, com água canalizada Meta/Objetivo -Aumentar meta: ≥ 95% da população até 100% nos locais onde este valor já foi ultrapassado.

Unidade de Medida 100% Dados Município de Ponte da Barca

Critério de avaliação Infraestruturas e Equipamentos Indicador Proporção de alojamentos familiares de residência habitual com sistema de drenagem de águas residuais Meta/Objetivo -Aumentar meta: ≥ 90% da população até 100% nos locais onde este valor já foi ultrapassado.

Unidade de Medida 100% Dados Município de Ponte da Barca

Critério de avaliação Infraestruturas e Equipamentos Indicador Perdas de água associados à rede de abastecimento público.

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Meta/Objetivo ≤20%

Unidade de Medida % ou m3 Dados Município de Ponte da Barca

Critério de avaliação Infraestruturas e Equipamentos Indicador Grau de eficiência do sistema de drenagem e de tratamento de águas residuais Meta/Objetivo Diminuir anular as situações de incumprimentos das normas de descarga

Unidade de Medida %/n.º Dados Município de Ponte da Barca

Critério de avaliação Reforçar a rede de acessibilidades internas. Indicador Tempo médio de viagem entre os aglomerados rurais e a sede de concelho. Meta/Objetivo Diminuir/manter

Unidade de Medida min Dados Município de Ponte da Barca

Critério de avaliação Desenvolver uma rede de equipamentos de perfil social Indicador Número de médicos por 100 000 habitantes. Número de enfermeiros por 1000 habitantes. Meta/Objetivo - 5,5 (meta estabelecida para 2010, deve ser reajustada gradualmente)

Unidade de Medida n.º Dados Município de Ponte da Barca

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Critério de avaliação Desenvolver uma rede de equipamentos de perfil social Indicador Número de serviços de apoio à terceira idade e população servida. Meta/Objetivo 517 (meta estabelecida para 2010, deve ser reajustada gradualmente)

Unidade de Medida n.º Dados Município de Ponte da Barca

Critério de avaliação Desenvolver uma rede de equipamentos de perfil social Indicador Taxa de cobertura do ensino pré- escolar; Meta/Objetivo Aumentar/manter

Unidade de Medida n.º Dados Município de Ponte da Barca

Critério de avaliação Desenvolver uma rede de equipamentos de perfil social Indicador População servida por equipamentos desportivos (piscina, pavilhão multiusos, campo de jogos)

Meta/Objetivo Suprir as necessidades da população existente

Unidade de Medida % Dados Município de Ponte da Barca

Critério de avaliação Desenvolver uma rede de equipamentos de perfil social Indicador População residente, por aglomerado/freguesia rural Meta/Objetivo - Aumentar/manter (avaliar a sustentabilidade dos aglomerados de menor dimensão)

Unidade de Medida n.º Dados Município de Ponte da Barca Dados Ver página Resultado

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Critério de avaliação Organização e ocupação do solo Indicador Relação entre as áreas de expansão propostas no PDM (por tipologia) e as áreas ocupadas Meta/Objetivo Garantir a ocupação gradual, até 100%

Unidade de Medida % Dados Município de Ponte da Barca Dados Ver página Resultado

Critério de avaliação Organização e ocupação do solo Indicador N.º de deslizamentos de vertentes detetadas e consequências associadas (prejuízos humanos e materiais) Meta/Objetivo Diminuir / anular

Unidade de Medida n.º Dados Município de Ponte da Barca Dados Ver página Resultado Não houve registo de deslizamentos de vertentes.

Critério de avaliação Promoção dos sectores económicos Indicador Número de empresas, por sector de atividade. Meta/Objetivo Aumentar/manter (promover alguma diversidade)

Unidade de Medida n.º Dados Município de Ponte da Barca Dados Ver página Resultado Positivo

Critério de avaliação Promoção dos sectores económicos Indicador Número de camas em unidades hoteleiras (se possível por categoria de

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classificação). Meta/Objetivo Aumentar/manter (promover alguma diversidade)

Unidade de Medida n.º Dados Município de Ponte da Barca Dados Ver página Resultado Positivo

Critério de avaliação Promoção dos sectores económicos Indicador Número de turistas, por ano (e/ou taxa de ocupação dos empreendimentos turísticos). Meta/Objetivo Aumentar/manter

Unidade de Medida n.º Dados Município de Ponte da Barca Dados Ver página Resultado Positivo

Critério de avaliação Energia Indicador Fração de edifícios certificados energeticamente (por classe). Meta/Objetivo Aumentar/manter classes com melhor desempenho

Unidade de Medida % Dados Município de Ponte da Barca Dados Ver página Resultado Positivo

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Critério de avaliação Energia Indicador Consumos energéticos na iluminação de espaços públicos. Meta/Objetivo Diminuir/manter

Unidade de Medida kW/m2 de espaço iluminado Dados Município de Ponte da Barca Dados Ver página Resultado

Critério de avaliação Energia Indicador Energia produzida a partir de fontes de energia renováveis, por tipologia de fonte de energia renovável. Meta/Objetivo Aumentar/manter

Unidade de Medida kW Dados Município de Ponte da Barca Dados Ver página Resultado

Critério de avaliação Paisagem Indicador Área com ocupação agrícola e de pastagens Meta/Objetivo Manter

Unidade de Medida ha Dados Município de Ponte da Barca Dados Ver página Resultado

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Critério de avaliação Paisagem Indicador Áreas desafetadas da REN e da RAN Meta/Objetivo Diminuir/anular

Unidade de Medida ha Dados Município de Ponte da Barca Dados Ver página Resultado

Critério de avaliação Paisagem Indicador Área ocupada por espaços degradados (p.e. depósitos clandestinos de resíduos ou inertes, área de explorações de inertes, etc.). Meta/Objetivo Diminuir/anular

Unidade de Medida ha Dados Município de Ponte da Barca Dados Ver página Resultado

Critério de avaliação Património cultural Indicador Número de imóveis inventariados; Meta/Objetivo Aumentar/manter

Unidade de Medida ha Dados Município de Ponte da Barca Dados Ver página Resultado

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Critério de avaliação Património cultural Indicador Número de intervenções (recuperação/conservação) em imóveis com interesse. Meta/Objetivo Aumentar/manter

Unidade de Medida ha Dados Município de Ponte da Barca Dados Ver página Resultado

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