FAZENDA VILANOVA-RS

Plano Municipal de Educação

Fazenda Vilanova, dezembro de 2014.

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Apresentação Elaborar um Plano Municipal de Educação é tarefa complexa e longa. O presente documento envolveu um grande número de pessoas não só da Secretaria Municipal de Educação, mas também de toda a comunidade escolar e segmentos da comunidade vilanovense. Fazenda Vilanova, embasada numa visão estratégica a longo prazo para a educação mobilizou a comunidade para debater e elaborar o Plano Municipal de Educação (PME) com vigência por dez anos. A fim de realizar tal processo, encaminhou-se para as entidades do município um ofício convidando e solicitando às mesmas que enviassem um representante para fazer parte do Fórum Municipal de Educação (FME). O trabalho foi organizado em grupos compostos por integrantes do FME e todos os professores da rede municipal que realizaram o estudo do Plano Nacional de Educação (Lei Nº 13005/2014), elaborando as metas e estratégias municipais conforme o diagnóstico da realidade do município. Os encontros ocorreram nos dias 29 de setembro, 07, 14 e 20 de outubro e 04 de novembro, nas dependências da Escola Municipal de Ensino Fundamental Edgar da Rosa Cardoso. Após o seminário de socialização das estratégias do Plano Municipal de Educação realizado no dia 04 de novembro, a comissão de sistematização realizou seis encontros nos dias 24 e 25 de novembro, 01, 04, 10 e 19 de dezembro de 2014, durante os quais a comissão analisou todo o documento base apresentado no seminário, fazendo a comparação do PME com o PEE e o PNE. O trabalho da comissão de sistematização foi concluído no dia 19 de dezembro com a formatação final do Documento Base. A Conferência do Plano Municipal foi realizada no dia 18 de fevereiro de 2015 no turno da tarde e da noite, contando com a presença dos membros do Fórum Municipal de Educação e professores da rede municipal e estadual de Fazenda Vilanova. Após a Conferência Municipal de Educação a comissão de sistematização reuniu-se para realizar os acréscimos e as supressões ao Documento Base conforme foi votado no dia da Conferência, o qual se tornará o anexo ao Projeto de Lei que será encaminhado ao Legislativo Municipal para apreciação. A construção do Plano Municipal de Educação de Fazenda Vilanova envolveu toda a comunidade do município na elaboração de estratégias que serão concretizadas e acompanhadas durante os próximos 10 anos, buscando a melhoria da qualidade da educação municipal. A tarefa de construir este Plano foi um grande desafio para todos os envolvidos, os quais participaram com dedicação, interesse e comprometimento.

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PREFEITURA MUNICIPAL DE FAZENDA VILANOVA

Pedro Antônio Dornelles Prefeito de Fazenda Vilanova

Débora Dornelles da Silva Secretária Municipal de Educação

Janete Beatriz Rodrigues Presidente do Conselho Municipal de Educação

Comissão Organizadora do Processo de Elaboração do PME

Débora Dornelles da Silva/Jeani Stahl Secretaria Municipal da Educação, Cultura, Desporto e Turismo

Claisse de Oliveira Bilhar/Terezinha Cleiva Saraiva Bender Conselho Municipal de Educação

Comissão de Sistematização:

Haidi Cristiana Bayer Adriane kist kipper Jeani Stahl Terezinha Cleiva Saraiva Bender Claisse de Oliveira Bilhar Fernanda Bazanella Dinara de Fátima dos Anjos Albânio

Revisão Ortográfica Haidi Cristiana Bayer

Contatos: Secretaria Municipal da Educação Avenida , nº 100. 3609-2100/[email protected]

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Sumário 1 Caracterização Geral do Município ...... 5 1.1 Aspectos Geográficos da Fazenda Vilanova...... 5 1.1.1 Localização...... 5

1.1.2 Distância ...... 5 1.1.3 Aspectos demográficos ...... 5 1.2 Aspectos Físicos...... 6 1.2.1 Solo...... 6 1.2.2 Relevo...... 6 1.2.3 Clima ...... 6

1.2.4 Fauna e Flora ...... 6 1.2.5 Hidrografia e Recursos Hídricos ...... 7 1.3 Secretaria Municipal de Educação, Cultura, Desporto e Turismo ...... 7 1.4 Origem dos nomes das localidades ...... 7 1.4.1 Fazenda Juliana ...... 8 1.4.2 Conceição ...... 8

1.4.3 Matutu ...... 8 1.4.4 Colônia Cardoso ...... 8 1.4.5 Boa Vista ...... 9 1.4.6 Alto Pinheiral ...... 9 1.4.7 Concórdia ...... 9 1.4.8 Samambaia ...... 9 1.4.9 Três Irmãos...... 9

1.4.10 Cantagalo...... 9 1.4.11 Santana ...... 10 1.4.12 Arroio do Pau ...... 10 1.4.13 Posses ...... 10 1.4.14 Nova Westfália ...... 10 1.4.15 Glória...... 10

1.5 Histórico do Município ...... 10 1.6 Atividades econômicas ...... 11 1.7 Aspectos educacionais ...... 12 4

1.7.1 Escolas que fizeram parte da Educação dos Vilanovenses: ...... 12 1.7.2 Escolas atuais: ...... 12 1.8 Diretrizes que orientam o Plano Municipal de Educação ...... 12 2 Metas e estratégias municipais ...... 14

REFERÊNCIAS...... 52

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1 Caracterização Geral do Município O município de Fazenda Vilanova está localizado às margens da BR 386, importante via de escoamento da produção no Rio Grande do Sul. Também tem acesso fácil à hidrovia do Rio , bem como a uma ferrovia.

1.1 Aspectos Geográficos da Fazenda Vilanova

1.1.1 Localização Fazenda Vilanova é um Município brasileiro, da Mesorregião Centro Oriental Rio-Grandense, do Vale do Taquari. “Localiza-se a uma latitude 29°35’22” sul e a uma longitude 51°49’30” oeste, estando a uma altitude de 145m. Faz divisa ao Norte com o município de Teutônia; ao Leste com o município de ; ao Sul com o município de Taquari e ao Oeste com o município de origem, .

1.1.2 Distância Segundo dados do Departamento Estadual de Estradas e Rodagem (DAER), as distâncias de alguns pontos de grande importância para o Município são: 96 km de ; 104 km de ; 83 km de ; 95 km de ; 63 km do Polo Petroquímico em Triunfo; 95 km do Aeroporto Internacional Salgado Filho em Porto Alegre e 12 km do Porto e da Ferrovia.

1.1.3 Aspectos demográficos Segundo dados do Resumo Estatístico RS- Municípios- Fazenda Vilanova: População Total (2014): 4.048 habitantes Área (2011): 84,8 km² Densidade Demográfica (2011): 44,1 hab/km² Taxa de analfabetismo de pessoas com 15 anos ou mais (2010): 5,94% Expectativa de Vida ao Nascer (2000): 71,8 anos Coeficiente de Mortalidade Infantil (2009): 0,00 por mil habitantes nascidos PIB pm(2009): R$ 148.095 PIB per capita (2009): 45.596 IDH: 0,766 médio PNUD/2000 Datas de criação: 28/12/1995- Lei nº 10642 Município de Origem: Bom Retiro do Sul

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1.2 Aspectos Físicos

1.2.1 Solo O solo do Município de Fazenda Vilanova foi identificado, e é descrito num trabalho desenvolvido em conjunto, no ano de 2000, no Município de Fazenda Vilanova, por estudantes da Faculdade de Agronomia, professores da UFRGS e apoiados pela EMATER do Município, também como: solos ArgissoloVermelho Distrófico arênico e Latossolo Vermelho Distroférriconitossólico.

1.2.2 Relevo As formas e composição do relevo acompanham as formas do relevo do centro do Estado, onde está a Depressão Central que é formada de rochas sedimentares, dando origem a terrenos de baixa altitude. É um relevo campesino composto por lindas e variadas paisagens, campos, , pequenas matas, açudes, arroios e alguns pequenos morros. Formado por elevações curtas com pendentes em dezenas de metros e declives que variam de 8% a 10%, podendo ocorrer relevo mais acentuado. Dentro da distribuição dos 84,5 Km², em relação às áreas destinadas a algum uso, destacam-se 1.810 hectares de área destinada a lavouras e pastagens e, 640 hectares de matas nativas e exóticas; 78,5 Km² formam a zona rural e 6 km², a zona urbana.

1.2.3 Clima O clima de Fazenda Vilanova é classificado como Clima Subtropical Úmido. As principais características do clima são: “temperatura média > 17 e 20°C; sendo a média das mínimas entre >11 e 14°C e as médias das máximas de 24 a < 27°C. Quanto à distribuição das chuvas, ficam em torno de 1500 a 1700 mm/ano; em dias de chuva, de >100 a <130 mm. A média de umidade relativa do ar é de 75 a < 80%.

1.2.4 Fauna e Flora Áreas cobertas de campo nativo e várias espécies de árvores fazem parte da vegetação natural que é identificada no grupo da Floresta Estacional. A vegetação de hoje compreende campinas e pastagens, plantação de acácia negra, eucalipto e mata nativa. Nos arroios ainda existem peixes como bagre, jundiá, pintado, cascudo, traíra, lambari, carpa, entre outros. Quanto às aves, algumas raras, existem o quero- quero, a rolinha, o João-de-barro, o canário, o sabiá, a araponga, o carancho, a garça, o ximango, a jacutinga, o macuco, o martim pescador, o sangue-de-boi, o anu, a coruja, o pica-pau, o bem-te-vi, o pardal, o tico-tico, o aracuã e outras. Ainda fazem parte alguns animais, como a capivara, o preá, o gambá, o ratão, o lagarto e as cobras. 7

1.2.5 Hidrografia e Recursos Hídricos O sistema hidrográfico de Fazenda Vilanova rega várias áreas rurais e compõe o vasto e belo aspecto paisagístico dos seus respectivos ambientes. Os pequenos rios que são tributários do Rio Taquari margem, esquerda, em território do município de Fazenda Vilanova são: Arroio Capivara; Arroio Granjeiro; Arroio das Posses; Arroio Glória; Arroio da Conceição; Arroio do Pau; Arroio do Ferro Beco; Arroio da Nova Westfália.

1.3 Secretaria Municipal de Educação, Cultura, Desporto e Turismo Esta Secretaria é responsável por atender às necessidades educacionais das crianças da educação infantil e anos iniciais e finais (na modalidade regular e EJA), além de transporte, merenda, material didático, brinquedos, instalações apropriadas e professores capacitados para ministrarem as aulas. São oferecidos também oficinas (danças típicas, artes marciais, teatro, canto coral, instrumentos musicais e esportes), atendimento aos alunos da rede com: nutricionista, psicólogo, fonoaudiólogo e apoio pedagógico. Da mesma forma, os eventos culturais e desportivos, como: Noite Cultural (com apresentações culturais, artísticas, marciais, cívicas, sociais), Campeonato de Futebol, Família em Ação (atividades socioeducativas), Desfile Cívico, Encontro de Corais, Encontro de Vivências eNatal Mais são realizados por esta secretaria. No início de 2009 foi inaugurado o Telecentro Comunitário, contando com computadores interligados a internet banda larga e também a Biblioteca Pública Municipal Professor Walter José das Chagas. O Departamento de Esportes é responsável por promover caminhadas e ginásticas orientadas, rústica, passeio ciclístico, projeto de atletismo, escolinha de futebol e outros.

1.4 Origem dos nomes das localidades

Os Toponímicos: Conceição, Fazenda Juliana, Colônia Cardoso, Cantagalo, Arroio do Pau, Posses, Matutu, Alto Pinheiral, Concórdia, Samambaia, Boa Vista, Três Irmãos, Nova Westfália, Glória, Santana e Fazenda Vilanova, estão baseados em documentos, arquivos e depoimentos. A designação dos primeiros lugares está ligada a habitantes e andantes que faziam uso da característica local para comunicação e localização. Alguns lugares caracterizados por sua paisagem, seu aspecto político, econômico, religioso, colonizador, familiar e pelos seus acidentes geográficos, como fazendas, colônias, morros, colinas, arroios, vegetação e também pela devoção. A partir de 1850, o registro das terras foi consignado pelo Pároco. As terras eram divididas em pequenos latifúndios, como as de Manoel Alves dos Reis Louzada, dono da Fazenda de Conceição, Pedreira, Boa Vista e Pinhal; Victorino e José Antonio da Rosa, proprietários de terras na Localidade de Boa Vista; Tristão Gomes da Rosa, dono 8

da fazenda dos Rosa; Ricardo de Azambuja Villa Nova, dono de parte da Fazenda Concórdia; Antônio de Azambuja Villa Nova, proprietário da Fazenda Santana e da Fazenda Cantagalo; Felisberto Garcia da Rosa, proprietário de parte das terras onde hoje se localiza a Sede do Município de Fazenda Vilanova; Valeriano Francisco de Souza, proprietário da Fazenda Juliana; Anna Maria do Rosário, Miguel e Manoel José Cardoso, proprietários de parte das terras onde se localiza o Povoado Cardoso.

1.4.1 Fazenda Juliana Com a intenção de juntar suas terras, Valeriano Francisco de Souza permutou com o Barão do Guaíba Manoel Alves do Reis Louzada por volta de 1860 uma área de terras herdada de sua mãe. A partir daí esta propriedade passou a pertencer a Valeriano e sua esposa Juliana Maria de Menezes, sendo que depois de algum tempo passou a denominar-se Fazenda Juliana em homenagem a sua esposa Juliana. O proprietário construiu uma casa em estilo português onde viveu com sua esposa até a sua morte. A Fazenda foi dividida entre seus descendentes, sendo que hoje é preservada por Antonio Gilson Martins, descendente de Valeriano e Juliana.

1.4.2 Conceição Tristão Gomes da Rosa, proprietário da Fazenda São José ou Fazenda do Rosa, possuía um grande número de escravos para trabalhar na plantação de mandioca, de milho, de cana-de-açúcar, na criação de gado e na extração de madeira. Junto a estas terras há um açude na nascente do Arroio Conceição, onde funcionava o Engenho de Serra, a atafona e o alambique que eram as principais fontes de renda da fazenda na época. Este açude hoje encontra-se na propriedade de herdeiros de Valdemar Diedrich, sendo que nos anos oitenta foi transformado no Balneário do Engenho, desativado anos depois. Do nome do arroio surgiu o nome da localidade de Conceição.

1.4.3 Matutu Matutu significa “nascente sagrada”, segundo ÁlfioBeccari da Revista Galileu, nome que curiosamente remete às vertentes existentes no local, as nascentes do Açude da Fazenda Juliana. A comunidade é predominantemente da etnia negra. A área de terras que segundo os moradores mais antigos da localidade, fez parte da Fazenda que pertencia a Tristão Gomes da Rosa, sendo que nesta época era comum os escravos receberem o sobrenome do seu dono. As famílias negras existentes nesta localidade são todas de sobrenome Rosa, o que leva a crer que são descendentes de escravos daquela época.

1.4.4 Colônia Cardoso Localidade procedente da ocupação de posseiros e descendentes da Família dos Cardoso, que possuía terras neste local por volta de 1850. Nesta localidade, no ano de 1910, foi instalada a escola “Aula dos Cardoso”, que depois passou a denominar-se Escola Joaquim Cândido Cardoso que funcionou até o ano de 2005. Esta área e prédio 9

nos dias de hoje vem sendo utilizada pela Secretaria de Agricultura em programas de experimento com cereais e leguminosas.

1.4.5 Boa Vista O nome da localidade surgiu em virtude da bela paisagem e das propriedades situadas em cima do morro que tem uma visão privilegiada das belezas naturais. De acordo com diversos registros de compra e venda de terras, a localidade surgiu por volta de 1850.

1.4.6 Alto Pinheiral Localidade coberta por vegetação do tipo pinhais, próxima a Fazenda Pinhal, localizada mais ao alto do relevo predominante, as colinas, recebe a denominação de Alto Pinheiral por volta de 1855, como consta em diversos registros de compra e venda de áreas de terras desta época.

1.4.7 Concórdia Esta localidade faz divisa com os municípios de Paverama e Taquari, sendo que a antiga sede da Fazenda Concórdia localizava-se no município de Paverama. Com a demarcação das divisas do Município de Fazenda Vilanova, em 1995, parte das terras da antiga Fazenda Concórdia ficou pertencendo ao nosso município. Nesta localidade foi instalada a Escola Crispim Garcia da Rosa, que recebeu o nome do doador da área de terras onde foi construída a escola.

1.4.8 Samambaia Localidade com características próprias do habitat das samambaias: o solo úmido e arenoso e pouco vento. O nome samambaia é proveniente do tupi, e significa “aquele que se torce em espiral”.

1.4.9 Três Irmãos Em 1873 a Localidade era chamada de Morro da Catarina, mas quatro anos depois em 1877, três irmãos chamados ”Herder” vieram com suas famílias da cidade de Berlim – Capital da Alemanha. Continuaram a colonização do lugar, construindo uma casa totalmente de pedra serrada, e nela habitaram até o início dos anos 90.

1.4.10 Cantagalo Ao redor do açude da localidade haviam muitas árvores que abrigavam os viajantes que pernoitavam no local. Pela manhã, antes da partida, eram acordados pelo “cantar de um galo” escondido entre as árvores. Por isso, ficou conhecida como Fazenda Cantagalo e posteriormente Localidade de Cantagalo. 10

1.4.11 Santana O nome originou-se da Fazenda Sant’Ana, fundada por Antônio de Azambuja Villa Nova. Com a prosperidade das Colônias de Estrela, Lajeado e Teutônia, várias famílias de origem germânica vieram a se estabelecer no local. Após a emancipação do Município o local passou ser denominado de Localidade de Santana.

1.4.12 Arroio do Pau A origem do nome Arroio do Pau está ligado a um arroio que serpenteia terras locais. Este arroio era margeado por densa mata nativa, dificultando a colonização e ocupação desta localidade.

1.4.13 Posses Entre os séculos XVIII e XIX, a localidade de Posses pertenceu a uma área de “terras devolutas” (sem posses e sem donos), pertencentes ao governo, abandonadas pelos seus representantes. Posses era local de passagem dos viajantes que saíam da Colônia de Teutônia rumo a Taquari, São Leopoldo ou Porto Alegre, que, com isso teve seu pleno desenvolvimento e crescimento.

1.4.14 Nova Westfália Localidade cuja designação procede de imigrantes de colonização alemã, da Região de Nordrhein-Westfalen da Alemanha, tendo como objetivo construir um novo mundo, uma Nova Westfália. A cultura alemã era preservada através das festas de Kerb, que duravam mais de quatro dias, a festa do colono, gincanas e jogos. Em 1922 foi construída a Capela e o Cemitério Evangélico.

1.4.15 Glória Localidade dividida pelo ato de Emancipação Política do Município de Fazenda Vilanova em 1995. O povoado maior situa-se em terras pertencentes ao Município de Estrela. Na parte de Fazenda Vilanova ficaram algumas casas e pontos de produção e comercialização. Comunidade de origem alemã, foi colonizada a partir da distribuição e venda de terras pelas empresas colonizadoras da época de 1860.

1.5 Histórico do Município A história do município está ligada à dos municípios de Taquari e Bom Retiro do Sul, pois já em 1760, quando os primeiros açorianos chegaram a Taquari pelo Rio Tibiquary (Barrancas Fundas), esta área em que se encontra Fazenda Vilanova, fez parte das sesmarias divididas entre os sete casais que aqui se instalaram. Dentre eles: Rosa, Teixeira, Dornelles, Cardoso, Souza, Garcia,Villa Nova e outros que descenderam de 11

tantos colonizadores, que deram continuidade ao corajoso trabalho de desbravamento e colonização de vários pontos da imensa “Villa de Taquary”. Fazenda Vilanova, seguindo a linha do tempo, em 1923, já está situada em documentos, como no Arquivo do Ofício do Registro de Imóveis e Registro Especial da Comarca de Taquari. Fazenda Vilanova, quanto a sua designação, após a criação do Município de Bom Retiro do Sul, em maio de 1968: - Em 16 de maio de 1983, na Resolução nº 1567/83, é criado o “Distrito de Fazenda Vilanova; - Em 29 de janeiro de 1984 é oficializado como “2º Distrito de Bom Retiro do Sul; - Em 17 de maio de 1985 é registrado e publicado como Distrito de Bom Retiro do Sul; - Em 25 de janeiro de 1994, é iniciado o processo de emancipação político- administrativa de Fazenda Vilanova; - Em julho de 1994 a comissão emancipacionista recebe a credencial para a realização da Consulta Plebiscitária. - Em 22 de outubro de 1995 é realizada a votação com vistas à emancipação político-administrativa da localidade de Fazenda Vilanova; - Em 28 de dezembro de 1995, pela Lei Estadual nº 10.642, é criado o Município de Fazenda Vilanova. Por muitos anos, cultivou-se e preservou-se seu aspecto colonial. Ainda hoje metade dos seus habitantes vive na área rural, exercendo atividades de agropecuária. A sede do município teve seu início com a vinda de pessoas atraídas pela construção da BR 386 e do Posto de Combustíveis Águia Azul, os quais aproximaram mais a produção, tanto agrícola quanto industrial, devido a facilidade de comercializar e transportar.

1.6 Atividades econômicas Por ter parte da economia baseada na produção agropecuária, esta é diversificada e está em constante desenvolvimento. Suas características estão baseadas nas pequenas propriedades minifundiárias e de subsistência, ligadas a complexos industriais da região. Destaca-se a produção de ovos, aves, suínos, bovinos, leite, alevinos entre outros. A produção agrícola é impulsionada pelo cultivo de milho, soja, hortaliças e frutíferas como a laranja, maçã, pêssego, além da produção de lenha. Vários são os segmentos instalados no município, como comércio atacadista e varejista, empresas de calçados, de beneficiamento de couro, de cerâmica, de laticínios, abate de animais e de transformação.

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1.7 Aspectos educacionais O município tem por objetivo oferecer uma educação de qualidade para que os munícipes possam se qualificar para o mercado de trabalho, dar continuidade aos estudos de ensino médio e superior, bem como oferecer melhoria na qualidade de vida da população, através de oficinas nas mais variadas modalidades da cultura e do desporto. Desde o ano de 2006, há no município o Ensino Fundamental com duração de nove anos.

1.7.1 Escolas que fizeram parte da Educação dos Vilanovenses: - Escola Municipal Antonio –Localidade de Boa Vista; - Escola Municipal Olavo Bilac – Localidade de Posses;

- Escola Municipal José de Anchieta – Localidade de Arroio do Pau;

- Escola Rural Colônia Cardoso – Localidade Colônia Cardoso;

- Escola Rui Ramos – Localidade de Alto Pinheiral;

- Escola Municipal Leontino Dornelles Martins – Localidade Fazenda Juliana; - Escola Municipal de 1º Grau Incompleto Nossa Senhora da Conceição – Localidade de Conceição; - Escola Municipal Crispim Garcia da Rosa – Localidade de Concórdia.

1.7.2 Escolas atuais: - Escola Municipal de Ensino Fundamental Edgar da Rosa Cardoso na sede do município; - Escola Municipal de Educação Infantil Fazendinha – na sede do município; - Escola Municipal de Turno Integral José Victor Mairesse – na Localidade de Matutu; - Escola Municipal de Ensino Fundamental Rui Barbosa – na Localidade de Nova Westfália; - Escola Municipal de Ensino Fundamental Santana – na Localidade de Santana; - Escola Estadual de Ensino Médio Fazenda Vilanova – na sede do município;

1.8 Diretrizes que orientam o Plano Municipal de Educação São diretrizes do PNE: I - erradicação do analfabetismo; II - universalização do atendimento escolar; III - superação das desigualdades educacionais, com ênfase na promoção dacidadania e na erradicação de todas as formas de discriminação; IV - melhoria da qualidade da educação; 13

V - formação para o trabalho e para a cidadania, com ênfase nos valores morais e éticos em que se fundamenta a sociedade; VI - promoção do princípio da gestão democrática da educação pública; VII - promoção humanística, científica, cultural e tecnológica do País; VIII - estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em educação como proporção do Produto Interno Bruto - PIB, que assegure atendimento às necessidades de expansão, com padrão de qualidade e equidade; IX - valorização dos (as) profissionais da educação; X - promoção dos princípios do respeito aos direitos humanos, à diversidade e à sustentabilidade socioambiental.

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2 Metas e estratégias municipais

Meta 1 PME: universalizar, até 2016, a educação infantil na pré-escola para as crianças de 4 (quatro) a 5 (cinco) anos de idade em todas as escolas, ampliando a oferta de educação infantil em creches de forma a atender, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) das crianças de até 3 (três) anos até o final da vigência deste PME.

Situação do município

Essa meta abrange a manutenção e ampliação da rede, em regime de colaboração, assegurando a acessibilidade e o programa nacional de construção e reestruturação de escolas e de aquisição de equipamentos, com vistas à expansão e à melhoria da rede física de escolas públicas de educação infantil. Igualmente de modo colaborativo, está previsto o levantamento da demanda por creche para a população de até 3 anos, como forma de planejar a oferta e verificar o seu atendimento. A educação infantil é a primeira etapa de formação do sujeito aprendiz, realizada em um ambiente não doméstico e ocorre em instituições públicas e privadas. Ao poder público cabe em especial, neste momento, ordenar e organizar esta oferta, bem como garantir a qualidade da formação dessas crianças, em um equilíbrio entre saúde e educação. É necessário estabelecer propósitos de aliar família e escola, pois ambas agem sobre a criança em diferentes formas e espaços, porém com o mesmo fim – o desenvolvimento da criança. A função do lúdico, do brincar, de construir símbolos e desenvolver a linguagem com o mundo que habita, deverá constituir o motivo principal do fazer pedagógico. Para projetar o adulto que cria, que pensa, que agirá sobre a conservação do planeta e dos seres que compõe a nossa diversidade – etnias, raças, credos – precisamos promover o mundo da ludicidade, do faz de conta nos currículos e nas práticas de todos que realizam intervenções sobre a criança. Atualmente, o município de Fazenda Vilanova atende 67,9% da população de 4 e 5 anos e 15,4% da população de 0 a 3 anos. O município oferece atendimento na educação infantil para as crianças a partir dos 2 anos e 6 meses numa única escola, a qual atende até os 5 anos e 11 meses de idade, no ato da matrícula. A faixa etária a partir dos 4 anos é também ofertada em outras duas escolas do município.

Estratégias: 1.1 priorizar, a partir da aprovação deste PME, nos sistemas e nas redes de educação do município, o acesso à educação infantil e fomentar políticas públicas que fortaleçam a capacidade dos sistemas e das redes de ensino, para ampliar a oferta de 15

atendimento educacional com qualidade e equidade social em alinhamento ao que propõe o PNE; 1.2 definir, no âmbito do município, estratégias e ações para o progressivo cumprimento da meta, de forma a atingir, até 2016, o correspondente a 100% do percentual definido para o atendimento da faixa etária de 4 a 5 anos de idade; 1.3 definir, no âmbito do município, estratégias e ações para o progressivo cumprimento da meta, de forma a atingir, nos primeiros cinco anos de vigência, o correspondente à metade do percentual definido pela meta nacional para o atendimento da faixa etária de 0 a 3 anos de idade; 1.4 elaborar e desenvolver plano de ação, coordenado pela SMEC, em regime de colaboração entre órgãos públicos da saúde, da assistência social, do Ministério Público e das representações da sociedade civil, orientando formas de busca ativa de crianças em idade correspondente à educação infantil, preservando o direito de opção da família em relação às crianças de até 3 (três) anos e assegurando o direito constitucional à educação escolar obrigatória, a todas as crianças a partir dos 4 (quatro) anos; 1.5 estabelecer, sob responsabilidade da SMEC e do CME o cumprimento do decreto nº 697 de 1º de outubro de 2014, que aprova o regimento da central de vagas da rede de educação infantil do município de Fazenda Vilanova. 1.6 realizar periodicamente, em toda a rede municipal, sob responsabilidade da SMEC, chamada pública para a faixa etária da pré-escola (4 anos a 5 anos de idade); 1.7 realizar anualmente, a partir da aprovação deste Plano, levantamento de dados sobre a Educação infantil (0 a 5 anos), em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde, em âmbito municipal, para caracterizar a demanda reprimida e a necessidade por vagas; 1.8 fazer cumprir, no sistema municipal de ensino, as exigências mínimas de qualidade para o funcionamento adequado das instituições de Educação Infantil públicas e privadas, de forma a atender todas as crianças, respeitando as diversidades regionais, assegurando o atendimento das características das distintas faixas etárias e das necessidades nos processos educativos. 1.9 assegurar, por meio de ações dos órgãos administrativos e normativos dos sistemas, que em dois anos a partir da aprovação deste plano, toda a rede municipal tenha definido suas políticas para a educação infantil, com base nas diretrizes nacionais, estaduais e municipais e em observância as metas dos PNE, do PEE e do PME; 1.10 estabelecer, a partir da vigência deste plano, em articulação com as instituições de ensino superior que tenham experiência na área, um sistema de acompanhamento da Educação Infantil, nos estabelecimentos públicos e privados, visando ao apoio técnico-pedagógico para a melhoria da qualidade e à garantia do cumprimento dos padrões mínimos estabelecidos pelas diretrizes nacionais e estaduais; 16

1.11 assegurar permanentemente, por meio de ações dos órgãos administradores e normatizadores dos sistemas de ensino, infraestrutura necessária para um trabalho pedagógico de qualidade, desde a construção física, até os espaços de recreação e ludicidade, a adequação de equipamentos nas escolas existentes, tecnologias, acessibilidade, assim como naquelas a serem criadas, de acordo com as exigências dos respectivos sistemas de ensino; 1.12 manter e ampliar, em regime de colaboração e respeitadas as normas de acessibilidade, vínculos com o programa nacional de construção e reestruturação de escolas, bem como de aquisição de equipamentos, visando à expansão e à melhoria da rede física de escolas públicas de educação infantil; 1.13 efetivar mecanismos de colaboração, sob a coordenação dos órgãos administradores e normatizadores dos sistemas, entre os setores de educação, da saúde e da assistência social, no sentido de atender as necessidades mínimas para o bem-estar da criança. 1.14 assegurar, pelos sistemas de ensino, que em três anos todas as instituições de educação infantil tenham formulado seus projetos político-pedagógicos e regimentos escolares, com a participação das comunidades envolvidas, adequando- os às normas dos respectivos sistemas de ensino; 1.15 organizar, a partir da vigência deste Plano, um sistema anual de informações estatísticas e de divulgação da avaliação da política de atendimento da Educação Infantil no Município, sob a responsabilidade da SMEC. 1.16 fortalecer mecanismos de acompanhamento e monitoramento do acesso e da permanência das crianças na educação infantil, em especial dos beneficiários de programas de transferência de renda, em colaboração com as famílias e com os órgãos públicos de assistência social, saúde e proteção à infância; 1.17 priorizar o acesso à educação infantil e promover a oferta do atendimento educacional especializado, complementando e suplementando aos (às) alunos(as) com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, assegurando a educação bilíngue para crianças surdas e a transversalidade da educação especial nesta etapa da educação básica; 1.18 promover o atendimento das populações do campo na educação infantil, de forma a atender as suas especificidades, particularidades históricas e culturais, assegurando o direito à Educação; 1.19 garantir, por meio de ações das secretarias municipais de Educação, o acesso à educação infantil em tempo integral para as crianças que estão em creches e pré- escolas, conforme o estabelecido nas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil, até o final do plano; 1.20 promover a formação inicial e continuada dos profissionais (docentes e não docentes) da Educação Infantil, garantindo, progressivamente, o atendimento por profissionais habilitados para o cargo; 17

1.21 assegurar a formação mínima estabelecida em lei para todos os trabalhadores em educação que atuam nas instituições de educação infantil, aprimorando mecanismos de acompanhamento e controle por parte dos órgãos administrativos e normativos dos sistemas, em articulação com Ministério Público; 1.22 efetivar programas de Formação de Profissionais de Educação infantil, em parceria entre município e estado, a fim de que os dirigentes de instituições de educação infantil tenham formação mínima em nível superior; e que, em cinco (5) anos, todos os professores obtenham habilitação específica, modalidade normal e, em dez (10) anos, 100% deles obtenham formação específica de nível superior. 1.23 estabelecer parcerias entre as redes estadual, municipal e escolas privadas de ensino para a promoção de cursos de capacitação de professores de educação infantil, visando capacitar 50% dos profissionais em cinco anos e 100% em dez anos, constituindo-se em programas de educação continuada. 1.24 garantir formação continuada aos professores da educação infantil para atuarem na inclusão de crianças com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento, altas habilidades ou superdotação em classes comuns, por meio de ações articuladas na SMEC. 1.25 efetivar políticas em regime de colaboração entre estado, município e instituições de ensino superior, para qualificar os profissionais da Educação Infantil, ampliando as possibilidades da graduação, extensão e pós-graduação.

Meta 2 PME: universalizar o ensino fundamental de 9 (nove) anos para toda a população de 6 (seis) a 14 (quatorze) anos e garantir que pelo menos 95% (noventa e cinco por cento) concluam esta etapa na idade recomendada, até o último ano de vigência deste PME.

Situação do município O Ensino Fundamental de 9 anos (que mudou a faixa etária dessa etapa para 6 a 14 anos) constitui medida de política educacional e meta do PNE, que se insere nas decisões voltadas à melhoria da qualidade dos processos de escolarização. Articula-se diretamente à meta que estabelece a alfabetização das crianças, no máximo, até o fim do terceiro ano do Ensino Fundamental. Fator decisivo para a implantação de tal medida são resultados de pesquisas revelando que, quando as crianças ingressam na instituição escolar antes dos 7 anos de idade, apresentam, em sua maioria, resultados superiores em relação àquelas que ingressam somente aos 7 anos. Como se sabe, as crianças de 6 anos pertencentes às classes média e alta há muito já se encontram na escola, frequentando o pré-escolar ou o primeiro ano do Ensino Fundamental. Assim, o ensino de 9 anos tem, nos segmentos das classes populares, os seus principais beneficiários. O objetivo da Lei nº 11.274, de 6 de fevereiro de 2006, que dispõe sobre a duração de 9 anos para o Ensino Fundamental, com matrícula obrigatória a partir dos 6 anos de idade, foi assegurar a todos um tempo mais prolongado de permanência na escola, oferecendo maiores oportunidades de aprendizagem, de modo que os alunos prossigam nos seus estudos e concluam, com qualidade, a educação básica. Essa qualidade implica 18

assegurar um processo educativo respeitoso e construído com base nas múltiplas dimensões e na especificidade do tempo da infância. É preciso, no entanto, ter em conta que a melhor aprendizagem não resulta apenas do tempo de permanência na escola, mas do modo adequado da sua utilização. Portanto, o ingresso aos 6 anos no Ensino Fundamental não pode ser uma medida apenas de ordem administrativa. Nesse sentido, faz-se necessário atentar para o processo de desenvolvimento e aprendizagem, o que significa respeitar as características etárias, sociais, psicológicas e cognitivas das crianças, bem como adotar orientações pedagógicas que levem em consideração essas características, para que elas sejam respeitadas como sujeitos do aprendizado. A meta de “universalizar o Ensino Fundamental de 9 (nove) anos para toda a população de 6 (seis) a 14 (quatorze) anos e garantir que pelo menos 95% (noventa e cinco por cento) dos alunos concluam essa etapa na idade recomendada, até o último ano de vigência do PNE” constitui-se em um grande desafio para os municípios, o Distrito Federal, os estados e a União. Mesmo a oferta dessa etapa da educação básica sendo de responsabilidade de estados e municípios, o alcance dessa meta, com a devida qualidade, implica considerar a organização federativa e o regime de colaboração entre os sistemas de ensino. Atualmente o município possui um percentual de 97,1% de alunos na faixa etária dos 6 aos 14 anos que frequentam a escola, sendo que no estado o percentual é de 98%, e o índice nacional é de 98,2%.No município, 56,4% dos alunos até 16 anos concluem o Ensino Fundamental, sendo que no estado o percentual é de 66,9% e o índice nacional é de 65,3%. Estratégias: 2.1 ampliar o índice de matrículas escolares com o objetivo de atingir a meta de 100% até 2023. 2.2 aumentar o índice de frequência escolar, respeitando o mínimo exigido por Lei e aumentar gradativamente o número de alunos que concluem o Ensino Fundamental para que ao final de 2023 possamos atingir a meta de 95%. 2.3 criar mecanismos para o acompanhamento individualizado dos (as) alunos (as) do ensino fundamental; 2.4 fortalecer o acompanhamento e o monitoramento do acesso, da permanência e do aproveitamento escolar dos beneficiários de programas de transferência de renda, bem como das situações de discriminação, preconceitos e violências na escola, visando ao estabelecimento de condições adequadas para o sucesso escolar dos (as) alunos (as), em colaboração com as famílias e com órgãos públicos de assistência social, saúde e proteção à infância, adolescência e juventude; 2.5 promover a busca ativa de crianças e adolescentes fora da escola, em parceria com órgãos públicos de assistência social, saúde e proteção à infância, adolescência e juventude; 19

2.6 desenvolver tecnologias pedagógicas que combinem, de maneira articulada, a organização do tempo e das atividades didáticas entre a escola e o ambiente comunitário, considerando as especificidades da educação especial, das escolas do campo. 2.7 incentivar a participação dos pais ou responsáveis no acompanhamento das atividades escolares dos filhos por meio do estreitamento das relações entre as escolas e as famílias; 2.8 estimular a oferta do Ensino Fundamental, em especial dos anos iniciais, para as populações do campo nas próprias comunidades; 2.9 desenvolver formas alternativas de oferta do Ensino Fundamental, garantida a qualidade, para atender aos filhos e filhas de profissionais que se dedicam a atividades de caráter itinerante, garantida a qualidade para alunos fora da idade escolar; 2.10 oferecer atividades extracurriculares de incentivo aos (às) estudantes e de estímulo a habilidades, inclusive mediante certames e concursos nacionais; 2.11 promover atividades de desenvolvimento e estímulo a habilidades esportivas e musicais nas escolas, interligadas a um plano de disseminação do desporto educacional e de desenvolvimento esportivo nacional. 2.12 garantir espaço de discussão permanente, oportunizando formação continuada sobre políticas educacionais de inclusão no Ensino Fundamental, buscando parcerias entre diferentes órgãos. 2.13 possibilitar a alunos e professores a qualificação e inclusão sócio-digital por meio do acesso às novas tecnologias educacionais.

META 3 PME: universalizar, até 2016, o atendimento escolar para toda a população de 15 (quinze) a 17 ( dezessete ) anos e elevar, até o final do período de vigência deste PME, a taxa líquida de matrículas no ensino médio para 85% ( oitenta e cinco por cento).

Situação do município

A Meta 3 do PNE trata de um dos temas cruciais do atendimento ao direito à educação no Brasil: a universalização do ensino médio. Com a aprovação do FUNDEB e principalmente da Emenda Constitucional nº 59/2009, que aumenta a obrigatoriedade da oferta da educação básica dos 4 aos 17 anos de idade, a questão da universalização do ensino médio deixa de ser apenas uma reivindicação da sociedade civil organizada e entra na agenda das políticas governamentais de modo mais efetivo. Essa é uma meta que precisa ser monitorada para que haja ampliação da demanda para o ensino médio, especialmente se o aluno potencial do ensino médio é o concluinte do ensino fundamental, o que significa que a melhoria do atendimento e da 20

taxa de conclusão na idade adequada no ensino fundamental requer uma expansão significativa da ofertado ensino médio para o alcance do que prevê a meta. Atualmente o município de Fazenda Vilanova possui uma Escola Estadual de Ensino Médio que oferta a modalidade Ensino Politécnico. A taxa líquida de matrícula no Ensino Médio, no Brasil é de 54,1%, na região sul o percentual é de 57,3%, no Rio Grande do Sul o percentual é de 53,8%, e no município de Fazenda Vilanova de 32,2%. Ressaltando que a meta para o Brasil é atingir 85%, o município de Fazenda Vilanova precisa ampliar em 52,8% a taxa líquida de matrícula no Ensino Médio para atingir a meta proposta. Estratégias: 3.1. assegurarem regime de colaboração com o Estado a construção de um prédio próprio para o Ensino Médio, visto que o espaço físico que hoje se disponibiliza não atende satisfatoriamente a demanda de alunos. O município já fez a doação da área de terras para a construção do prédio; 3.2. ofertar o ensino médio nos turnos diurno e noturno de forma a atender com qualidade toda a demanda, respeitando o número máximo de alunos por turma conforme espaço físico e/ou legislação vigente, de acordo com as necessidades específicas dos alunos; 3.3. incentivar a Escola Estadual de Ensino Médio a aderir à programas nacionais de renovação do ensino médio, a fim de incentivar práticas pedagógicas com abordagens interdisciplinares estruturadas pela relação entre teoria e prática, por meio de currículos escolares que organize, de maneira flexível e diversificada, conteúdos obrigatórios e eletivos articulados em dimensões como ciência, trabalho, linguagens, tecnologia, cultura, e esporte, garantindo-se a aquisição de equipamentos e laboratórios, a produção de material didático e específico, a formação continuada de professores e articulação com instituições acadêmicas, esportivas e culturais; 3.4 divulgar a existência de cursos que possam estar relacionados à sua faixa etária, ao seu interesse, integrado a educação profissional, de forma gratuita, assim estimulando a participação dos adolescentes nos cursos das áreas tecnológicas e científicas; 3.5 promover a busca ativa da população de 15 (quinze) a 17 (dezessete) anos fora da escola, em articulação com os serviços de assistência social, saúde e proteção à adolescência e à juventude; 3.6 manter e ampliar a parceria entre o município e o estado para o transporte escolar dos alunos do Ensino Médio; 3.7 assegurar atendimento educacional especializado para alunos do Ensino Médio que apresentem deficiências, transtornos globais do desenvolvimento e com altas habilidades em parcerias com instituições especializadas. 3.8 manter e ampliar programas e ações de correção de fluxo do Ensino Fundamental, por meio do acompanhamento individualizado do (a) aluno (a) com rendimento escolar 21

defasado e pela adoção de práticas pedagógicas de recuperação e progressão de estudos, de forma a reposicioná-lo no ciclo escolar de maneira compatível com sua idade.

META4 PME: universalizar, para a população de 4 (quatro) a 17 (dezessete) anos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento, transtornos do espectro autista e altas habilidades ou superdotação, o acesso à educação básica e ao atendimento educacional especializado, preferencialmente na rede regular de ensino, com a garantia de sistema educacional inclusivo, de salas de recursos multifuncionais, classes, escolas ou serviços especializados, públicos ou conveniados (APAE).

Situação do município

A inclusão educacional é um direito do aluno e requer mudanças na concepção e nas práticas de gestão, de sala de aula e de formação de professores, para a efetivação do direito de todos à escolarização. No contexto das políticas públicas para o desenvolvimento inclusivo da escola se insere a organização das Salas de Recursos Multifuncionais, com a disponibilização de recursos e de apoio pedagógico para o atendimento às especificidades dos alunos, público alvo da educação especial matriculados no ensino regular. A Educação Inclusiva concebe a escola como um espaço de todos, no qual os estudantes constroem o conhecimento segundo suas capacidades, expressam suas ideias livremente, participando ativamente das tarefas de ensino e se desenvolvendo como cidadãos, nas suas diferenças. O respeito aos direitos e liberdade humana, primeiro passo para a construção da cidadania, deve ser incentivado diariamente. Por isso a importância de educar todos os estudantes em um mesmo contexto escolar. A concepção da inclusão educacional expressa o conceito de sociedade inclusiva: aquela que não elege, classifica ou segrega indivíduos, mas que modifica seus ambientes, atitudes e estruturas para tornar-se acessível a todos. Atualmente, o município de Fazenda Vilanova possui cinco escolas na rede municipal e uma escola na rede estadual. Para atender os alunos da rede municipal de ensino o município possui duas salas de Recursos Multifuncionais em funcionamento, uma na EMEF Edgar da Rosa Cardoso e outra na EMEF José Victor Mairesse. Os alunos são atendidos por duas professoras com formação em Psicopedagogia, uma em cada turno (manhã e tarde). Tem-se atualmente 27 alunos frequentando a Sala de Recursos, sendo que apenas 10frequentam o ensino regular e a SR em turno inverso; alguns não possuem laudo (avaliação de um especialista), mas estão sendo atendidos por demonstrarem necessidade de um acompanhamento especializado. Três alunos da rede são atendidos na APAE de Teutônia, no Atendimento Educacional Especializado (AEE) e no turno inverso frequentam o ensino regular; cinco alunos frequentam somente a APAE, todos os dias da semana, através da modalidade EJA; uma munícipe adulta frequenta o AEE e a ecoterapia. Este atendimento é ofertado 22

através da parceria entre a Secretaria de Educação e o CRAS, que mantém convênio com a APAE. Sabendo do aumento da demanda de alunos que necessitam de um atendimento especializado a Secretaria de Educação recebeu, através do MEC, mais uma Sala de Recursos Multifuncionais para a EMEFTI José Victor Mairesse, que está em fase de organização para que possa iniciar o atendimento dos alunos desta escola. Em relação ao Plano Nacional de Educação o município atinge em 100% a Educação Inclusiva, segundo dados do IBGE de 2010.

Estratégias:

4.1 contabilizar e informar, para fins do repasse do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação - FUNDEB, as matrículas dos (as) estudantes da educação regular da rede pública que recebam atendimento educacional especializado complementar e suplementar, sem prejuízo do cômputo dessas matrículas na educação básica regular, e as matrículas efetivadas, conforme o censo escolar mais atualizado, na educação especial oferecida em instituições comunitárias, confessionais ou filantrópicas sem fins lucrativos, conveniadas com o poder público e com atuação exclusiva na modalidade, nos termos da Lei no 11.494, de 20 de junho de 2007( FUNDEB); 4.2 promover, no prazo de vigência deste PME, o atendimento escolar à demanda manifesta pelas famílias de crianças de 0 (zero) a 3 (três) anos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, observado o que dispõe a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional; 4.3 implantar e ampliar, ao longo do PME, salas de recursos multifuncionais e fomentar a formação continuada de professores e professoras para o atendimento educacional especializado nas escolas urbanas e do campo. 4.4 garantir atendimento educacional especializado em salas de recursos multifuncionais, classes, escolas ou serviços especializados, públicos ou conveniados, nas formas complementar e suplementar, a todos (as) alunos (as) com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, matriculados na rede pública de educação básica, conforme necessidade identificada por meio de avaliação de profissionais da saúde e educação, tais como: fonoaudiólogos, psicopedagogos, psiquiatras, psicólogos, neurologistas, pediatras e clínicos gerais, ouvidos a família, o aluno e o professor; 4.5 manter, ampliar e aderir aos programas suplementares que promovam a acessibilidade nas instituições públicas, para garantir o acesso e a permanência dos (as) alunos (as) com necessidades especiais por meio da adequação arquitetônica, da oferta de transporte acessível e da disponibilização de material didático próprio e de recursos de tecnologia assistiva, assegurando, ainda, no contexto escolar, em todas as etapas, 23

níveis e modalidades de ensino, a identificação dos (as) alunos (as) com altas habilidades ou superdotação; 4.6 estimular a oferta de educação bilíngue, em Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS como primeira língua e na modalidade escrita da Língua Portuguesa como segunda língua, aos (às) alunos (as) surdos e com deficiência auditiva de 0 (zero) a 17 (dezessete) anos, em escolas e classes bilíngues e em escolas inclusivas, nos termos do art. 22 do Decreto no 5.626, de 22 de dezembro de 2005, e dos arts. 24 e 30 da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, bem como a adoção do Sistema Braille de leitura para cegos e surdos-cegos; 4.7 garantir a oferta de educação inclusiva conforme o censo escolar, vedada a exclusão do ensino regular sob alegação de deficiência e promovida a articulação pedagógica entre o ensino regular, com adaptação curricular, e o atendimento educacional especializado, por meio da oferta de atendimento em sala de recursos multifuncionais, e convênios com entidades educacionais complementares e suplementares . 4.8 fortalecer o acompanhamento e o monitoramento do acesso à escola e ao atendimento educacional especializado, bem como da permanência e do desenvolvimento escolar dos (as) alunos (as) com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, beneficiários (as) de programas de transferência de renda, juntamente com o combate às situações de discriminação, preconceito e violência, com vistas ao estabelecimento de condições adequadas para o sucesso educacional, em colaboração com as famílias e com os órgãos públicos de assistência social, saúde e proteção à infância, à adolescência e à juventude; bem como a família deverá participar de programas de fortalecimento de vínculos e atividades ofertadas pela Secretaria de Saúde, através do CRAS, NAAB. 4.9 promover a articulação intersetorial entre órgãos e políticas públicas de saúde, assistência social e direitos humanos, em parceria com as famílias, com o fim de desenvolver modelos de atendimento voltados à continuidade do atendimento escolar, na educação de jovens e adultos, das pessoas com deficiência e transtornos globais do desenvolvimento com idade superior à faixa etária de escolarização obrigatória, de forma a assegurar a atenção integral ao longo da vida; estender esta articulação com as famílias oportunizando-as a participar de programas de fortalecimento de vínculos e atividades ofertadas pela Secretaria de Saúde, através do CRAS, NAAB. 4.10 ampliação das equipes de profissionais da educação para atender de acordo com a demanda do processo de escolarização dos (das) estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, garantindo a oferta de professores (as) do atendimento educacional especializado, profissionais de apoio ou auxiliares, tradutores (as) e intérpretes de Libras, guias-intérpretes para surdos-cegos, professores de Libras, prioritariamente surdos, e professores bilíngues; 4.11 manter parcerias com instituições comunitárias, confessionais ou filantrópicas sem fins lucrativos, conveniadas com o poder público, visando a ampliar as condições de apoio ao atendimento escolar integral das pessoas com deficiência, transtornos globais 24

do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação matriculadas nas redes públicas de ensino; 4.12 promover parcerias com instituições comunitárias, confessionais ou filantrópicas sem fins lucrativos, conveniadas com o poder público, visando ampliar a oferta de formação continuada e a produção de material didático acessível, assim como os serviços de acessibilidade necessários ao pleno acesso, participação e aprendizagem dos estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação matriculados na rede pública de ensino; 4.13 promover a partir do aprovação do PME, sob responsabilidade da SMEC parcerias com instituições comunitárias, confessionais ou filantrópicas sem fins lucrativos, conveniadas com o poder público, a fim de favorecer a participação das famílias e da sociedade na construção do sistema educacional inclusivo. 4.14 adaptar dos espaços escolares para acessibilidade de todos (rampas, corredores, banheiros adaptados, corrimão...). 4.15 manter o atendimento na Sala de Recursos Multifuncionais nas escolas da rede municipal.

Meta 5 PME: Alfabetizar todas as crianças, no máximo, até o final do 3º (terceiro) ano do Ensino Fundamental.

Situação do município

O fenômeno do analfabetismo funcional, cuja raiz é encontrada nas séries iniciais do Ensino Fundamental, expressa dificuldades presentes nos processos de escolarização, mostrando o seu distanciamento de adequados padrões de qualidade. Dados do Censo Demográfico de 2010 revelaram que 15,2% das crianças brasileiras com 8 anos de idade que estavam cursando o Ensino Fundamental eram analfabetas. A situação mais grave foi a encontrada nas regiões Norte (27,3%) e Nordeste (25,4%), sendo que os estados do Maranhão (34%), Pará (32,2%) e Piauí (28,7%) detinham os piores índices. Em contrapartida, os melhores índices estavam no Paraná (4,9%), Santa Catarina (5,1%), Rio Grande do Sul e Minas Gerais (ambos com 6,7%), o que demonstra a gravidade do fenômeno em termos de disparidades regionais. Em face de tal realidade e de outros problemas que vêm impactando a qualidade do ensino, houve a ampliação do ensino fundamental obrigatório para 9 (nove) anos, com início a partir dos 6 (seis) anos de idade (Lei nº 11.274/2006). Em sequência, no Plano de Metas Compromisso Todos pela Educação (Decreto nº 6.094/2007), entre as ações que visam à qualidade do ensino, ficou determinada, no inciso II do art. 2º, a responsabilidade dos entes federativos com a alfabetização das “crianças até, no máximo, os 8 (oito) anos de idade, aferindo os resultados por exame periódico específico”. Nas Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental 25

de 9Anos (Resolução CNE nº 7/2010), encontra-se estabelecido que os três anos iniciais do Ensino Fundamental devem assegurar a alfabetização e o letramento e o desenvolvimento das diversas formas de expressão, incluindo o aprendizado da Língua Portuguesa, da Literatura, da Música e demais Artes e da Educação Física, assim como o aprendizado da Matemática, da Ciência, da História e da Geografia. Em consonância com essas deliberações, essa meta do PNE determina a necessidade de “alfabetizar todas as crianças, no máximo, até o 3º (terceiro) ano do Ensino Fundamental”. O ciclo de alfabetização nos anos iniciais do Ensino Fundamental, compreendido como um tempo sequencial de três anos letivos, que devem ser dedicados à inserção da criança na cultura escolar, à aprendizagem da leitura e da escrita, à ampliação das capacidades de produção e compreensão de textos orais em situações familiares e não familiares e à ampliação do seu universo de referências culturais nas diferentes áreas do conhecimento. Segundo o Censo de 2010, 100% dos alunos estão alfabetizados em nosso município, sendo que no estado 99,4% das crianças que concluíram o 3º ano do Ensino Fundamental estão alfabetizadas e no Brasil o índice cai para 97,2 %. Para manter 100% dos alunos alfabetizados é preciso disponibilizar formação continuada dos profissionais da educação bem como, horário de planejamento aos mesmos, conforme prevê a Lei nº 11.738/2008 assegurando qualidade no ensino.

Estratégias:

5.1 aderir e participar do processo contínuo do PNAIC; 5.2 garantir que o Serviço de Orientação Educacional, Supervisão e Coordenação sejam implantados conforme necessidade de cada escola para assegurar a meta de 100% dos alunos alfabetizados assegurando um trabalho de qualidade de ensino; 5.3 alcançar 100% dos alunos matriculados em período pré-escolar; 5.4 criar um instrumento de avaliação padrão dentro do município para avaliar os níveis de alfabetização dentro dos três primeiros anos iniciais; 5.5 promover a qualificação dos profissionais da educação nas diferentes áreas do conhecimento (tecnológica e ludo-pedagógico); 5.6 adquirir equipamentos de multimídia, promovendo treinamentos de uso e manuseio para os profissionais da educação. 5.7 elaborar, no prazo de vigência de um ano a partir da aprovação deste PME, diagnóstico considerando dados de alfabetização até o terceiro ano do Ensino Fundamental, formação docente dos professores, práticas pedagógicas e de avaliação, sob a responsabilidade da Secretaria Municipal de Educação;

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5.8 elaborar um plano de ação, até o segundo ano de vigência deste Plano, com base no diagnóstico realizado, que contemple percurso/trajetória com submetas por período, estratégias de práticas pedagógicas e avaliação, formação docente, em cada escola, sob responsabilidade da Secretaria Municipal de Educação; 5.9 estruturar, sob responsabilidade da Secretaria Municipal de Educação, a organização do Ensino Fundamental de nove anos com foco no ciclo de alfabetização nos primeiros três anos do Ensino Fundamental, sob a lógica da avaliação com progressão continuada, a partir da vigência deste Plano, fundamentado nas diretrizes curriculares desta etapa; 5.10 estruturar os processos pedagógicos de alfabetização nos anos iniciais do Ensino Fundamental, articulando-os com as estratégias desenvolvidas na pré-escola, com qualificação e valorização dos professores alfabetizadores e com apoio pedagógico específico, a fim de garantir a alfabetização plena de todas as crianças, por meio de ações da Secretaria Municipal de Educação; 5.11 aplicar instrumentos de avaliação da aprendizagem, periódicos e específicos, para aferir a alfabetização das crianças, aplicados anualmente, com respectivos instrumentos de avaliação e monitoramento; 5.12 garantir, fazendo constar nas propostas político-pedagógicas das escolas, sob a responsabilidade dos órgãos gestores do sistema –administradores e normatizadores – a dimensão da ludicidade e do brincar nos currículos dos anos iniciais do Ensino Fundamental, respeitando as características da faixa etária dos estudantes; 5.13 desenvolver, no âmbito do sistema de ensino, tecnologias educacionais e práticas pedagógicas inovadoras que assegurem a alfabetização e favoreçam a melhoria do fluxo escolar e a aprendizagem dos(as) alunos(as), consideradas as diversas abordagens metodológicas e sua efetividade; 5.14 promover a alfabetização de crianças do campo e de populações itinerantes, sob responsabilidade da Secretaria Municipal de Educação, com organização curricular específica. 5.15 promover e estimular a formação inicial e continuada de professores para a alfabetização de crianças, com o conhecimento de novas tecnologias educacionais e práticas pedagógicas inovadoras, estimulando a articulação entre programas de pós- graduação stricto sensu e ações de formação continuada de professores para a alfabetização, sob coordenação da Secretaria Municipal de Educação, em parceria com as instituições de ensino superior, a contar da vigência deste Plano;

5.16 promover, por meio de ações da Secretaria Municipal de Educação, a alfabetização bilíngue das pessoas surdas, considerando as suas especificidades, sem estabelecimento de terminalidade temporal; 5.17 estimular, através de ações da Secretaria Municipal de Educação, a alfabetização das pessoas com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento, altas habilidades 27

e superdotação, considerando as suas especificidades, sem estabelecimento de terminalidade temporal;

5.18 garantir, no âmbito do sistema de ensino, infraestrutura e política de recursos humanos e materiais que viabilizem o apoio necessário para a alfabetização de todos os estudantes até o terceiro ano do Ensino Fundamental.

Meta 6 PME: Oferecer educação em tempo integral em, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) das escolas públicas, de forma a atender, pelo menos, 25% (vinte e cinco por cento) dos(as) alunos(as) da educação básica.

Situação do município

Entre as possibilidades de atendimento dessa meta, podemos citar o § 1º do Decreto nº 7.083, de 27 de janeiro de 2010, que dispõe sobre o programa Mais Educação e define educação em tempo integral como a jornada escolar com duração igual ou superior a sete horas diárias, durante todo o período letivo, compreendendo o tempo total em que o aluno permanece na escola ou em atividades escolares em outros espaços educacionais. Nesse sentido, garantir educação integral requer mais que simplesmente a ampliação da jornada escolar diária, exigindo dos sistemas de ensino e seus profissionais, da sociedade em geral e das diferentes esferas de governo não só o compromisso para que a educação seja de tempo integral, mas também um projeto pedagógico diferenciado, a formação de seus agentes, a infraestrutura e os meios para sua implantação. Assim, as orientações do Ministério da Educação para a educação integral apontam que ela será o resultado daquilo que for criado e construído em cada escola, em cada rede de ensino, com a participação dos educadores, educandos e das comunidades, que podem e devem contribuir para ampliar os tempos, as oportunidades e os espaços de formação das crianças, adolescentes e jovens, na perspectiva de que o acesso à educação pública seja complementado pelos processos de permanência e aprendizagem. O programa Mais Educação tem sido uma das principais ações do governo federal para ampliar a oferta de educação em tempo integral, por meio de uma ação intersetorial entre as políticas públicas educacionais e sociais, contribuindo, desse modo, tanto para a diminuição das desigualdades educacionais quanto para a valorização da diversidade cultural brasileira. Conta com a participação dos Ministérios da Educação, do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, da Ciência e Tecnologia, do Esporte, do Meio Ambiente, da Cultura, da Defesa e também da Controladoria-Geral da União. Atualmente, o município de Fazenda Vilanova atende em turno integral um percentual de 23,2% da demanda de alunos da Educação Infantil e Ensino Fundamental, 28

enquanto que no Estado são atendidos somente 15% e no país o índice é de 13,2%. Em relação ao percentual de escolas de turno integral, atingimos 33,3% de escolas, o estado atende 43,5% e o país 34,7% de escolas públicas.

Estratégias:

6.1 elaborar, no primeiro ano de vigência deste PME, diagnóstico, em cada escola da rede municipal, das condições e perspectivas de oferta de educação integral, em colaboração com o CME. 6.2 elaborar, no primeiro ano de vigência do PME, sob responsabilidade da secretaria municipal de Educação, plano de ação para a expansão e qualificação da educação em tempo integral, definindo submetas que permitam o alcance dos percentuais propostos em nível municipal, a partir de fundamentações conceituais sobre educação integral, ampliando a oferta para 50% de escolas e atendendo 25% dos estudantes, até o final da vigência do PME; 6.3 promover a reorganização/adequação predial e curricular das instituições de ensino, contemplando a acessibilidade e as dimensões indissociáveis do educar e cuidar e promovendo adequação que contemple a variabilidade didática, ludicidade, práticas esportivas e culturais, orientadas pela função da escola de promoção da formação integral, sob responsabilidade da mantenedora 6.4 promover, a oferta de educação básica pública em tempo integral, por meio de orientações de estudos e leituras e atividades multidisciplinares, inclusive culturais e esportivas, de forma que o tempo de permanência dos(as) alunos(as) na escola, ou sob sua responsabilidade, passe a ser igual ou superior a 7 (sete) horas diárias durante todo o ano letivo, com a ampliação progressiva da jornada de professores em uma única escola; 6.5 institucionalizar e manter, em regime de colaboração com o Estado e a União, programa de ampliação e reestruturação das escolas públicas, por meio da instalação de quadras poliesportivas, laboratórios de aprendizagem, de ciências e de informática (com acesso banda larga à rede mundial de computadores e com quantidade e qualidade suficiente de equipamentos), espaços para atividades culturais, bibliotecas, auditórios, cozinhas, refeitórios, banheiros e outros equipamentos, bem como da aquisição de material didático e da formação de recursos humanos para a educação em tempo integral; 6.6 estabelecer na rede de ensino, sob responsabilidade da SMEC, com a devida destinação de recursos financeiros, propostas pedagógicas que explorem o potencial educacional dos espaços fora das escolas, como práticas sistemáticas nos planejamentos pedagógicos; 6.7 garantir a articulação das escolas com os diferentes espaços educativos, culturais e esportivos e com equipamentos públicos, como centros comunitários, bibliotecas, 29

praças, parques, museus, teatros, cinemas e planetários, por meio de ações da SMEC, governo Estadual e Federal prevendo os recursos financeiros necessários; 6.8 garantir às escolas do campo a oferta de educação em tempo integral, com base em consulta prévia e informada a comunidade escolar, considerando-se as peculiaridades locais, sob coordenação da SMEC; 6.9 garantir, por meio de ações da secretaria municipal de Educação, a educação em tempo integral para pessoas com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação para toda a Educação Infantil e Ensino Fundamental, assegurando atendimento educacional especializado complementar e suplementar ofertado em salas de recursos multifuncionais da própria escola ou em instituições especializadas.

Meta 7: Fomentar a qualidade da educação básica em todas as etapas e modalidades, com melhoria do fluxo escolar e da aprendizagem de modo a atingir as seguintes médias municipais para o Ideb.

4ª série / 5º ano

Ideb Observado Metas Projetadas

Município 2005 2007 2009 2011 2013 2007 2009 2011 2013 2015 2017 2019 2021

FAZENDA 3.7 4.1 4.9 5.4 5.6 3.8 4.1 4.5 4.8 5.1 5.4 5.7 5.9 VILANOVA

8ª série / 9º ano

Ideb Observado Metas Projetadas

Município 2005 2007 2009 2011 2013 2007 2009 2011 2013 2015 2017 2019 2021

FAZENDA 3.2 3.4 4.6 4.7 4.6 3.3 3.4 3.7 4.1 4.5 4.7 5.0 5.3 VILANOVA

Situação do município A elevação da qualidade da educação básica, em todas as etapas e modalidades, com melhoria do fluxo escolar e da aprendizagem, tem adquirido importância central na última década, tendo em conta a garantia do direito à educação, a melhoria da qualidade de vida da população e a produção de maior equidade e desenvolvimento econômico-social do País. A qualidade da educação vincula-se aos diferentes espaços, atores e processos formativos, em seus distintos níveis, etapas e modalidades educativas, bem como à trajetória histórico-cultural e ao projeto de nação, 30

que, ao estabelecer diretrizes e bases para o seu sistema educacional, indica o horizonte jurídico normativo em que a educação se efetiva como direito. O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), indicador criado pelo INEP, a partir de dados do Censo Escolar, SAEB e Prova Brasil, que leva em consideração o fluxo escolar e o desempenho nos exames, para fazer o acompanhamento da evolução da educação e para estabelecer o padrão de qualidade que o Ministério da Educação definiu como meta a ser atingida. O município encontra-se acima dos índices do IDEB projetado para o ano de 2017 tanto nas séries iniciais quanto nas finais, da rede municipal de ensino.

Estratégias: 7.1 aderir às diretrizes pedagógicas para a educação básica e a base nacional comum dos currículos, com direitos e objetivos de aprendizagem e desenvolvimento dos (as) alunos (as) para cada ano do ensino fundamental e médio, respeitada a diversidade local e regional, estabelecidas pelo MEC;

7.2 Assegurar que: a) no quinto ano de vigência deste PME, pelo menos 70% (setenta por cento) dos (as) alunos (as) do Ensino Fundamental e do ensino médio tenham alcançado nível suficiente de aprendizado em relação aos direitos e objetivos de aprendizagem e desenvolvimento de seu ano de estudo, e 50% (cinquenta por cento), pelo menos, o nível desejável; b) no último ano de vigência deste PME, todos os (as) estudantes do Ensino Fundamental e do Ensino Médio tenham alcançado nível suficiente de aprendizado em relação aos direitos e objetivos de aprendizagem e desenvolvimento de seu ano de estudo, e 80% (oitenta por cento), pelo menos, o nível desejável; 7.3 elaborar, sob responsabilidade da Secretaria Municipal de Educação, no primeiro ano de vigência deste PME, diagnóstico detalhado, do município, em regime de colaboração, resguardadas as responsabilidades, composto por dados e análises, considerando o resultado do Ideb, formação docente, perfil dos estudantes e do corpo de profissionais da educação, das condições de infraestrutura das escolas, dos recursos pedagógicos disponíveis, nas características da gestão e em outras dimensões relevantes, considerando as especificidades das modalidades de ensino; e outros indicadores apontados como pertinentes, sobre a situação e sua relação com a meta estabelecida no PNE;

7.4 elaborar, até o segundo ano de vigência deste PME, considerando o diagnóstico realizado, plano de ação para o município, em regime de colaboração, resguardadas as 31

responsabilidades, focando o alcance das metas do Ideb, escalonando índices periódicos, articulados aos definidos no PME: 7.5 realizar processo contínuo de autoavaliação das escolas de educação básica, por meio da constituição de instrumentos de avaliação que orientem as dimensões a serem fortalecidas, destacando-se a elaboração de planejamento estratégico, a melhoria contínua da qualidade educacional, a formação continuada dos (as) profissionais da educação e o aprimoramento da gestão democrática; 7.6 formalizar e executar o Plano de Ações Articuladas (PAR) do município, dando cumprimento às metas de qualidade estabelecidas para a educação básica pública e às estratégias de apoio técnico e financeiro voltadas à melhoria da gestão educacional, à formação de professores e profissionais de serviços e apoio escolares, à ampliação e ao desenvolvimento de recursos pedagógicos e à melhoria e expansão da infraestrutura física da rede escolar; 7.7 acompanhar e divulgar os resultados pedagógicos dos indicadores do sistema nacional de avaliação da educação básica e do Ideb, relativos às escolas, às redes públicas de educação básica, usando os resultados das avaliações nacionais para melhoria dos processos e práticas pedagógicas da rede de ensino. 7.8 incentivar o desenvolvimento, selecionar, certificar e divulgar tecnologias educacionais para a educação infantil, o ensino fundamental e o ensino médio e incentivar práticas pedagógicas inovadoras que assegurem a melhoria do fluxo escolar e a aprendizagem, assegurada a diversidade de métodos e propostas pedagógicas, com preferência para softwares livres e recursos educacionais abertos, bem como o acompanhamento dos resultados nos sistemas de ensino em que forem aplicadas; 7.9 garantir transporte gratuito para todos (as) os (as) estudantes da educação do campo na faixa etária da educação escolar obrigatória, mediante renovação e padronização integral da frota de veículos, de acordo com especificações definidas pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia - INMETRO, e financiamento compartilhado, com participação da União proporcional às necessidades dos entes federados, visando a reduzir a evasão escolar e o tempo médio de deslocamento a partir de cada situação local; 7.10 universalizar, até o quinto ano de vigência deste PME, em parceria com a União o acesso à rede mundial de computadores de alta velocidade e triplicar, até o final da década, a relação computador/aluno (a) nas escolas da rede pública de educação básica, promovendo a utilização pedagógica das tecnologias da informação e da comunicação;

7.11 apoiar técnica e financeiramente a gestão escolar mediante transferência direta de recursos financeiros à escola, garantindo a participação da comunidade escolar no planejamento e na aplicação dos recursos, visando à ampliação da transparência e ao efetivo desenvolvimento da gestão democrática; 32

7.12 aderir a programas de atendimento ao (à) aluno (a), em todas as etapas da educação básica, por meio de programas suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde; 7.13 assegurar a todas as escolas públicas de educação básica o acesso a energia elétrica, abastecimento de água tratada, garantir o acesso dos alunos a espaços para a prática esportiva, a bens culturais e artísticos e a equipamentos e laboratórios de ciências e, garantir a acessibilidade às pessoas com deficiência; 7.14 garantir políticas de combate à violência na escola, inclusive pelo desenvolvimento de ações destinadas à capacitação de educadores para detecção dos sinais de suas causas, como a violência doméstica e sexual, favorecendo a adoção das providências adequadas para promover a construção da cultura de paz e um ambiente escolar dotado de segurança para a comunidade; 7.15 implementar políticas de inclusão e permanência na escola para adolescentes e jovens que se encontram em regime de liberdade assistida e em situação de rua, assegurando os princípios da Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990 - Estatuto da Criança e do Adolescente; 7.16 garantir nos currículos escolares conteúdos sobre a história e as culturas afro- brasileira e indígenas e implementar ações educacionais, nos termos das Leis nos 10.639, de 9 de janeiro de 2003, e 11.645, de 10 de março de 2008, assegurando-se a implementação das respectivas diretrizes curriculares nacionais, por meio de ações colaborativas com fóruns de educação para a diversidade étnico-racial. 7.17 promover a articulação dos programas da área da educação, de âmbito local e nacional, com os de outras áreas, como saúde, trabalho e emprego, assistência social, esporte e cultura, possibilitando a criação de rede de apoio integral às famílias, como condição para a melhoria da qualidade educacional; 7.18 universalizar, mediante articulação entre os órgãos responsáveis pelas áreas da saúde e da educação, o atendimento aos (às) estudantes da rede escolar pública de educação básica por meio de ações de prevenção, promoção e atenção à saúde; 7.19 estabelecer ações efetivas especificamente voltadas para a promoção, prevenção, atenção e atendimento à saúde e à integridade física, mental e emocional dos (das) profissionais da educação, como condição para a melhoria da qualidade educacional; 7.20 promover, com especial ênfase, em consonância com as diretrizes do Plano Nacional do Livro e da Leitura, a formação de leitores (as) e a capacitação de professores (as), bibliotecários (as) e agentes da comunidade para atuar como mediadores (as) da Leitura, de acordo com a especificidade das diferentes etapas do desenvolvimento e da aprendizagem.

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META 8 PME: Elevar a escolaridade média da população de 18 a 29 anos de modo a alcançar, no mínimo 12 anos de estudos no último ano de vigência deste plano, para as populações do campo, da região de menor escolaridade no país e dos 25% mais pobres, e igualar a escolaridade média entre negros e não negros declarados ao IBGE.

Situação do município Os diferentes programas, políticas e ações implementados pelo governo federal, em articulação com os sistemas de ensino, voltados para a garantia e universalização do pleno acesso à educação escolar para todos, valorizando as diferenças e respeitando necessidades educacionais, têm-se refletido no aumento das taxas de escolarização da população brasileira acima dos 17 anos. Analisando-se a situação do município de Fazenda Vilanova percebe-se que a escolaridade média da população de 18 a 29 anos é de 9 anos. Comparando com a escolaridade estadual e nacional que é de 10 anos, o município está abaixo da meta desejada no Plano Nacional. A escolaridade média da população de 18 a 29 anos de idade residente em área rural no município de Fazenda Vilanova é de 9 anos, já no estado a média é de 9 anos e no Brasil essa média cai para 8 anos. A escolaridade média da população de 18 a 29 anos de idade entre os 25% mais pobres é de 7 anos, sendo que no estado do Rio Grande do Sul e do Brasil se igualam a 8 anos, tendo em vista que a meta do Plano é de 12 anos. Quanto ao indicador referente a diferença entre a escolaridade média da população negra e da população da população não negra de 18 a 29 anos, o município de Fazenda Vilanova atinge 89,4%, o estado do Rio Grande do Sul 86,8% e o Brasil 91,5%, não atingindo a meta do Plano Nacional que é 100%. Esse conjunto de dados revela que é necessário, no que se refere à educação, um esforço concentrado e articulado entre os entes federativos e respectivos sistemas de ensino para a promoção de uma política pública voltada para a igualdade social, de modo a garantir a elevação dos anos de escolarização da população brasileira entre 18 e 29 anos, com atenção especial às populações do campo, negra e mais pobre, que apresentam maior vulnerabilidade social.

Estratégias: 8.1garantir acesso gratuito a exames de certificação da conclusão dos ensinos fundamental e médio. 8.2 expandir a oferta gratuita de educação profissional técnica por parte da entidades privadas de serviço social e de formação profissional, ofertando transporte escolar para municípios vizinhos. 34

8.3 promover, em parceria com as áreas de saúde e assistência social, o acompanhamento e o monitoramento do acesso à escola específicos para os segmentos populacionais em parceria com agentes de saúde, conselho tutelar e ministério público. 8.4 promover a busca ativa de jovens fora da escola pertencentes ao segmentos populacionais considerados através de campanhas de incentivos profissionais em parceria com empresas do município. 8.5 oferecer apoio pedagógico aos estudantes incluindo condições infraestruturais adequadas, materiais pedagógicos e tecnologias de informação, laboratórios, bibliotecas, áreas de lazer e desporto. 8.6 garantir formação permanente aos docentes de todos os sistemas de ensino que atuam com jovens dessa faixa etária. 8.7 ampliar os espaços para reflexão nas escolas, que envolvam as famílias, os estudantes e os profissionais da educação, promovendo discussões sobre etnia, direitos humanos, gênero e sexualidade de modo a minimizar toda a forma de evasão ou a exclusão por motivo de discriminação. 8.8 prover sob responsabilidade da Secretaria Municipal em parceria com a União as bibliotecas escolares, recursos audiovisuais e mídias digitais.

Meta 9 PME: Elevar a taxa de alfabetização da população com 15 (quinze) anos ou mais para 93,5% (noventa e três inteiros e cinco décimos por cento) até 2015 e, até o final da vigência deste PNE, erradicar o analfabetismo absoluto e reduzir em 50% (cinquenta por cento) a taxa de analfabetismo funcional.

Situação do município Mesmo com os significativos avanços nos índices de escolarização da população brasileira, as taxas de analfabetismo entre jovens e adultos ainda são elevadas, pois é maior o número dos que saem da escola apenas na condição de analfabetos funcionais. Analisando a situação do município de Fazenda Vilanova em relação a taxa de alfabetização da população de 15 anos ou mais, constata-se que este alcançou a meta de 94,1%. Observa-se que o município está acima da meta nacional que é 91,3 % e abaixo da meta estadual que é 95,7, sendo a meta a ser alcançada 93,5%. O percentual da população ainda nessa faixa etária, sem os anos iniciais do Ensino Fundamental concluídos, também perpassa a meta nacional 15,3%. Estando Fazenda Vilanova com 27,4%, ficando assim, abaixo da meta do Rio Grande do Sul 31,6% e do Brasil 30,6%. Tendo em vista que o município de Fazenda Vilanova está 0,6% acima da meta fixada no plano nacional de educação, nossa meta é manter e/ou elevar a taxa de alfabetização da população de 15 anos ou mais de idade. 35

Quanto ao percentual da população de 15 anos ou mais de idade sem os anos iniciais do ensino fundamental concluídos, o município apresenta um percentual de 27,4%, necessitando reduzir para 15,3% para atingir a meta nacional. As ações planejadas devem ter como objetivo a superação do analfabetismo entre jovens com 15 anos ou mais, adultos e idosos, concebendo a educação como direito, e a oferta pública da alfabetização como porta de entrada para a educação e a escolarização das pessoas ao longo de toda a vida. A articulação entre as ações de alfabetização e a continuidade na educação de jovens e adultos deve ser promovida com ações conjuntas do poder público e da sociedade civil organizada. Especial atenção deve ser dada as políticas públicas de educação no campo e de juventude que possibilitem a jovens agricultores e familiares, excluídos do sistema formal de ensino, a elevação da escolaridade em ensino fundamental com qualificação inicial, respeitando as especificidades dos povos do campo. Também é importante elevar a escolaridade de jovens com idade entre 18 e 29 anos que saibam ler e escrever e não tenham concluído o ensino fundamental, com vistas à conclusão dessa etapa por meio da EJA, integrada à qualificação profissional e ao desenvolvimento de ações comunitárias com exercício da cidadania na forma de curso, conforme previsto no art. 81 da LDB.

Estratégias: 9.1 assegurar a oferta gratuita da educação de Jovens e Adultos a todos os que não tiveram acesso à educação básica na idade própria; 9.2 realizar diagnóstico dos jovens e adultos com Ensino Fundamental e Médio incompletos em parceria com a secretaria da saúde e assistência social; 9.3 implantar ações de alfabetização de jovens e adultos com garantia de continuidade da escolarização básica; 9.4 realizar chamadas públicas regulares para a educação de jovens e adultos promovendo busca ativa em regime de colaboração em parceria com organizações da sociedade civil; 9.5 encaminhar os jovens e adultos para avaliação/exame específicos que permita aferir o grau de escolaridade. 9.6 executar ações de atendimento ao estudante da educação de jovens e adultos por meio de programas suplementares (transporte escolar, alimentação e saúde); 9.7 oferecer incentivos para promover a compatibilização de estudos e jornada de trabalho. 9.8 promover ações de capacitação tecnológica da população jovem e adulta; 9.9 implementar programas de formação de professores para atuar na modalidade EJA;

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META 10 PME: Oferecer, no mínimo 25% das matrículas de Educação de Jovens e Adultos nos ensinos fundamental e médio na forma integrada à educação profissional.

Situação do município O atendimento do que a meta prevê dependerá não só da superação de um problema crucial na educação brasileira, qual seja sanar a dívida histórica que o País tem com um número grande de pessoas que não tiveram acesso à educação na idade certa, como também impedir que este tipo de exclusão continue se repetindo ao longo do tempo. A integração da educação básica na modalidade EJA à educação profissional pode ser realizada nos ensinos fundamental e médio e organizada da seguinte forma: a) educação profissional técnica integrada ao ensino médio na modalidade EJA; b) educação profissional técnica concomitante ao ensino médio na modalidade de educação de jovens e adultos; c)formação inicial e continuada (FIC) ou qualificação profissional integrada ao ensino fundamental na modalidade EJA; d) formação inicial e continuada ou qualificação profissional integrada ao ensino médio na modalidade EJA; e) formação inicial e continuada ou qualificação profissional concomitante ao ensino médio na modalidade EJA. Quanto ao percentual de matrículas de jovens e adultos na forma integrada à educação profissional, o município de Fazenda Vilanova ainda não conta com esse tipo de modalidade. Sendo assim, nosso índice é de 0,0%, não atingindo o índice estadual que é de 1,3% e o nacional que é de 1,7%.

Estratégias: 10.1 garantir a partir da aprovação do plano sob a responsabilidade do sistema estadual em parceria com os Sistemas Municipais de Educação a oferta pública e gratuita de formação para trabalhadores, integrando formas da Educação Profissional com a Educação de Jovens e Adultos. 10.2 implantar programas de educação para os trabalhadores, em parceria com instituições públicas e privadas de ensino, que garantam aos jovens e adultos uma educação integrada à Educação Profissional nos níveis fundamental e médio. 10.3 garantir e/ou estimular a partir da aprovação deste plano, sob coordenação dos sistemas de educação, a integração da educação de jovens e adultos com a educação profissional em cursos planejados de acordo com as características do público da educação de jovens e adultos, inclusive na modalidade de educação à distância. 10.4 ampliar as oportunidades profissionais dos jovens e adultos com deficiência e baixo nível de escolaridade, por meio do acesso à educação de jovens e adultos articulada à educação profissional. 10.5 aderir ao programa nacional de reestruturação e aquisição de equipamentos voltados a expansão e melhoria da rede física de escolas públicas que atuam na 37

educação de jovens e adultos integrada à educação profissional garantindo acessibilidade à pessoa com deficiência. 10.6 fomentar o desenvolvimento de currículos e metodologias específicas, os instrumentos de avaliação, o acesso a equipamentos e laboratórios e a formação continuada de docentes das redes públicas que atuam na educação de jovens e adultos articulada à educação profissional. 10.7 implementar, sob coordenação da Secretaria Estadual de Educação e Secretaria Municipal de Educação, mecanismos de reconhecimento dos saberes e das experiências dos jovens e adultos trabalhadores, a serem considerados na integração curricular dos cursos de formação profissional e nos cursos técnicos de nível médio. 10.8 viabilizar a adesão do Sistema Municipal ao programa nacional de assistência ao estudante que compreende ações de assistência social, financeira e de apoio psicopedagógico, que contribuem para garantir o acesso a permanência às aprendizagens e a conclusão com êxito da educação de jovens e adultos articulada à educação profissional. 10.9 garantir políticas curriculares com foco no direito à diversidade e afirmação dos direitos humanos, implementando em todas as instituições de ensino da rede municipal o Estatuto da Criança e do Adolescente Lei 8.069/1990, da história e cultura afro- brasileira e indígena Lei 11.645/2008, dos direitos humanos- Parecer CNE/CP nº 08/2002 e Resolução nº CNE/CP 01/2012, das questões ambientais- Lei Nº 9.795/1999, questões de gênero e sexualidade, fazendo constar nas propostas pedagógicas das escolas.

Meta 11 PME: Triplicar as matrículas da educação profissional técnica de nível médio, assegurando a qualidade da oferta e pelo menos 50% (cinquenta por cento) da expansão no segmento público.

Situação do município

Conforme o art. 39 da LDB, a educação profissional e tecnológica “integra-se aos diferentes níveis e modalidades e às dimensões do trabalho, da ciência e da tecnologia” a fim de possibilitar o desenvolvimento de aptidões para a vida produtiva. Já o art. 40 estabelece que a educação profissional deve ser desenvolvida em articulação com o ensino regular ou por diferentes estratégias de educação continuada. Atualmente o município de Fazenda Vilanova possui apenas o Ensino Médio modalidade politécnico, na rede Estadual de ensino. Porém ainda não disponibiliza a matrícula em educação profissional técnica de nível médio, sendo assim comparando com os indicadores do Brasil, que hoje possui uma matrícula de 1.602.946 alunos, da 38

região Sul sendo um total de 279.245 e do Rio Grande do Sul de 105.297, ressaltando que o Brasil precisa atingir a meta de 4.808.838 matrículas. Outro indicador são as matrículas em educação profissional técnica de nível médio na rede publica, onde o Brasil oferta um total de 900.519, a região sul 178.711 e o Rio Grande do sul 62.351, ressaltando que a meta para o Brasil é de 2.503.465 matrículas.

Estratégias: 11.1 estimular a oferta de educação profissional técnica de nível médio nas redes públicas estaduais de ensino; 11.2 orientar e incentivar às matrículas de educação profissional técnica de nível médio na rede federal, estadual e particular de educação profissional, científica e tecnológica, levando em consideração os aspectos locais e regionais; 11.3 estimular a expansão de estágios remunerados da educação profissional técnica de nível médio do ensino médio regular, visando a qualificação e profissionalização própria da atividade profissional, através de parceria do município com empresas locais; 11.4 acompanhar a oferta de programas de conhecimento de saberes para fins de certificação profissional em nível técnico; 11.5 estimular a ofertada educação profissional técnica de nível médio para as pessoas com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, através de parcerias com órgãos federais e estaduais; 11.6 manter a parceria com a Associação de Estudantes do Município de Fazenda Vilanova para que haja um auxílio no transporte dos mesmos para Escolas Técnicas, conforme Lei Municipal.

Meta 12 PME: Elevar a taxa bruta de matrícula na educação superior para 50% (cinquenta por cento) e a taxa líquida para 33% (trinta e três por cento) da população de 18 (dezoito) a 24 (vinte e quatro) anos, assegurada a qualidade da oferta e expansão para, pelo menos, 40% (quarenta por cento) das novas matrículas, no segmento público.

Situação do município A democratização do acesso à educação superior, com inclusão e qualidade, é um dos compromissos do Estado brasileiro, expresso nessa meta. O acesso à educação superior, sobretudo da população de 18 a 24 anos, vem sendo ampliado no Brasil, mas ainda está longe de alcançar as taxas dos países desenvolvidos e mesmo de grande parte dos países da América Latina. Cada município também possui uma realidade diferente em termos da oferta e do acesso à educação superior, pois esse nível de ensino é de responsabilidade de 39

instituições federais, estaduais ou privadas, e a oferta no município fica vinculada às decisões de expansão destas instituições. Portanto, para cumprir essa meta, especialmente em termos de interiorização da educação superior, em cada municipalidade, é preciso um planejamento articulado, que envolva a União, os estados, o Distrito Federal e os municípios. Com todo esse esforço colaborativo, espera-se elevar as duas taxas de acesso no Brasil, conforme previsto na Meta 12, assegurada a qualidade da oferta e expansão para, pelo menos, 40%, no segmento público. Atualmente o município de Fazenda Vilanova apresenta população de 510 jovens com faixa etária entre 18 e 24 anos. De acordo com a Associação AEFAZ, no 1º semestre de 2014, há 60 alunos cursando o ensino superior. O que representa 11,8% da população jovem do município. Estes jovens recebem auxílio transporte, segundo lei nº1354/2013. De acordo com o percentual nacional a taxa de jovens cursando o ensino superior, é de 18,7%, estando Fazenda Vilanova com uma diferença de 6,9%. Em relação ao nível estadual a taxa liquida de jovens graduandos encontra-se em 22,6%, havendo uma diferença de 10,8% em relação ao nosso município. Portanto há necessidade de elevar em 21,2% a taxa líquida de alunos cursando o ensino superior para atingir a meta nacional.

Estratégias: 12.1 manter o auxílio transporte municipal de incentivo aos universitários. 12.2 abrir espaço para feiras de profissões e/ou eventos municipais onde as instituições de ensino superior possam informar aos cidadãos as formas de ingresso, tipos de financiamento, entre outras informações pertinentes. 12.3 oferecer orientação vocacional gratuita, através de profissionais habilitados municipal, buscando parcerias com instituições de ensino superior.

Meta 13 PME: Elevar a qualidade da educação superior e ampliar a proporção de mestres e doutores do corpo docente em efetivo exercício no conjunto do sistema de educação superior para 75% (setenta e cinco por cento), sendo, do total, no mínimo, 35% (trinta e cinco por cento) doutores.

Situação do município A qualidade da educação superior está diretamente associada a vários aspectos, entre eles, o ensino, a pesquisa, a extensão, o desempenho dos estudantes, a gestão da instituição e a titulação do corpo docente, sobretudo em cursos de mestrado e doutorado. 40

A meta 13 leva em consideração o ensino superior, com o objetivo de elevar a qualidade da educação superior e ampliar a proporção de mestres e doutores do corpo docente em efetivo exercício no conjunto do sistema de educação superior para 75% (setenta e cinco por cento), sendo, do total, no mínimo, 35% (trinta e cinco por cento) doutores. Sendo de competência da União e do Estado.

Meta 14 PME: Elevar gradualmente o número de matrículas na pós-graduação stricto sensu, de modo a atingir a titulação anual de 60.000 (sessenta mil) mestres e 25.000 (vinte e cinco mil) doutores.

Situação do município O Brasil possui um amplo sistema de pós-graduação stricto sensu, o que tem favorecido o crescimento acentuado da pesquisa e da produção científica, sobretudo em termos da publicação de artigos em periódicos, pois já ocupamos, segundo informações da CAPES, a 13ª posição mundial nesse quesito. A meta 14 leva em consideração o ensino superior. Com o aumento gradativo no número de matrículas na pós-graduação stricto sensu, de modo a atingir a titulação anual de 60.000 (sessenta mil) mestres e 25.000 (vinte e cinco mil) doutores. Sendo de competência da União e do Estado.

META 15 PME: Implantar o Sistema Municipal de Formação e de Valorização dos Profissionais da Educação, no prazo de 1 (um) ano a partir da aprovação desse PME, assegurando que todos os professores da educação básica possuam formação específica de nível superior, obtida em curso de licenciatura na área de conhecimento em que atuam, até o último ano de vigência desse Plano.

Situação do município A formação acadêmica do professor é condição essencial para que assuma, efetivamente, as atividades docentes e curriculares em todas as etapas e modalidades, seja no ambiente escolar, seja nos sistemas de ensino. A formação, portanto, é um requisito indispensável ao exercício profissional docente e em atividades correlatas. A conjugação desse requisito com outros fatores que incidem na profissão contribuíram, ao longo do tempo, para que a formação acadêmica passasse a ser vista como um direito do professor. Contudo, a despeito desse reconhecimento e dos requisitos exigidos para o exercício profissional, o acesso à formação universitária de todos os professores da educação básica, no Brasil, não se concretizou, constituindo-se ainda uma meta a ser 41

alcançada no contexto das lutas históricas dos setores organizados do campo educacional em prol de uma educação de qualidade para todos. Atingir essa meta requer a efetivação de um esforço colaborativo entre os entes federativos (União, estados, DF e municípios) e a definição das responsabilidades de cada um. A qualificação do pessoal docente é um dos maiores desafios colocados ao poder público. Investir na qualificação e valorização do magistério e da profissão docente é uma forma de assegurar acesso à oportunidades de exercício da cidadania. É preciso propiciar condições adequadas de trabalho e fortalecer o comprometimento dos professores com sua função social, caracterizando seu papel diante da comunidade escolar. A rede municipal de ensino de Fazenda Vilanova possui um total de 50 professores, que atuam da seguinte forma: Educação Infantil: 8 profissionais (4 com graduação na área em que atuam, 2 com graduação em outra área de conhecimento e 2 cursando graduação em outra área de atuação). Séries Iniciais: 25 profissionais (20 com graduação na área em que atuam, 4 com graduação em outra área do conhecimento e 1 sem graduação). Séries Finais: 17 profissionais (todos com graduação na área em que atuam). Na rede estadual dos 13 profissionais que atuam no município, todos têm graduação na área que atuam.

Estratégias: 15.1 oportunizar sob a responsabilidade do órgão gestor municipal– administradores e normativos, no prazo de um a três anos, a partir da vigência do PME, implantação do Sistema Municipal de Formação e Valorização dos Profissionais da Educação, em parceria com as Instituições de Ensino Superior, com a proposição de formular políticas de formação e valorização dos profissionais da educação. 15.2 estimular o docente a seguir a formação exigida no PNE, através de concessão de vantagens, bem como a amortização do saldo devedor pelo exercício da docência na rede pública de educação básica. 15.3 integrarmo-nos aos esforços da SEDUCRS e UNDIME e fórum das Instituições de Ensino Superior, plataforma Freire para garantir a formação docente em nível superior, definindo, em regime de colaboração, a atuação conjunta dos entes federados, suas obrigações recíprocas em consideração às necessidades de adequação à política nacional de formação dos profissionais da educação de que tratam os incisos I, II e III do parágrafo único do artigo 61 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. 42

15.4 implementar, a partir da aprovação deste PME, políticas construídas em regime de colaboração pelo Plano Municipal de Formação e de Valorização do Profissional da Educação com as instituições de ensino superior, para a oferta de cursos presenciais e programas especiais gratuitos e preferencialmente públicos, que assegurem formação inicial e continuada aos docentes em efetivo exercício. 15.5 assegurar, com a aprovação deste PME, o foco na formação do profissional, a partir de referenciais curriculares, que articulem a carga horária dos fundamentos constituintes das ciências da educação, com a parte especializada das áreas de conhecimento e a formação para a pesquisa pedagógica, configurando-se em metodologias e didáticas específicas, que respeitem as concepções da política nacional curricular com as questões regionais, estaduais e locais. 15.6 participar dos projetos específicos de formação continuada, sob responsabilidade da SEDUCRS e UNDIME para Curso Normal/Magistério e licenciaturas inovadoras, para os profissionais da educação que atuam com as populações do campo e populações itinerantes, garantindo nos currículos de formação inicial e continuada o desenvolvimento de temáticas específicas relacionadas às diversidades, aos direitos humanos. 15.7 garantir, na formação continuada dos profissionais da educação básica, conteúdos referentes às temáticas da inclusão de pessoas com deficiências, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação. 15.8 valorizar as práticas de ensino e os estágios nos cursos de formação de nível médio e superior dos profissionais da educação, visando ao trabalho sistemático de articulação entre a formação acadêmica e as demandas da educação básica.

META 16 PME: Formar, em nível de pós-graduação, de 70% a 80% (setenta a oitenta por cento) dos professores e professoras da educação básica, até o último ano de vigência deste PME, e garantir a todos os profissionais da educação básica formação continuada em sua área de atuação, considerando as necessidades, demandas e contextos do nosso sistema de ensino.

Situação do município A elevação do padrão de escolaridade básica no Brasil depende, em grande medida, dos investimentos que o poder público e a sociedade façam no tocante à valorização e ao aprimoramento da formação inicial e continuada dos profissionais da educação. As mudanças científico-tecnológicas requerem aperfeiçoamento permanente dos professores da educação básica no que tange ao conhecimento de sua área de atuação e aos avanços do campo educacional. A formação continuada, no âmbito do ensino superior, além de se constituir em um direito dos professores da educação básica, apresenta-se como uma exigência para o exercício profissional, como reitera a Nota Técnica ao PNE emitida pelo Ministério da Educação: “para que se tenha uma educação de qualidade e se atenda plenamente o 43

direito à educação de cada estudante é importante que o profissional responsável pela promoção da aprendizagem tenha formação adequada” (p. 93). A concretização dessa meta está vinculada aos esforços articulados dos entes federativos para dimensionar a demanda por formação continuada e promover a respectiva oferta por parte das instituições públicas, consolidando assim um planejamento estratégico, em regime de colaboração. A contemporaneidade do debate educacional aponta para o entendimento de que a formação permanente dos professores é condição e meio para os avanços científicos e tecnológicos da sociedade, uma vez que a produção do conhecimento e a criação de novas tecnologias dependem, entre outros fatores, do grau e qualidade do trabalho dos responsáveis pela educação e escolarização de novas gerações. Assim, é urgente que a formação dos profissionais da educação se oriente pelo compromisso indissociável do cuidar e educar, da formação para a cidadania e educação para os direitos humanos, pela articulação com os avanços tecnológicos e científicos contemporâneos e pela gestão democrática. A rede municipal de educação de Fazenda Vilanova ultrapassa em 10% a meta de profissionais com pós-graduação lato sensu ou stricto sensu prevista pelo PNE. Já a rede estadual apresenta 23% de profissionais pós- graduados, necessitando formar, em nível de pós-graduação 27% de seus profissionais. O percentual de professores da educação básica com pós-graduação lato sensu ou stricto sensu, a nível nacional, é de 30%, estadual 38,1% e em nosso município é de 60%.

Estratégias: 16.1integrarmo-nos, no primeiro ano de vigência deste PME, ao fórum das Instituições de Ensino Superior em parceria com SEDUC-RS e UNDIME, com fins de planejamento e articulação de ações para viabilizar o alcance da meta. 16.2 garantir em regime de colaboração, a oferta de formação em nível de pós- graduação por parte das instituições públicas de educação superior, de forma orgânica e articulada às políticas e as necessidades dos professores e das professoras da rede municipal. 16.3 incentivar a participação dos professores em programas de acervo de obras didáticas, paradidáticas, de literatura, de dicionários, e programa específico de acesso a bens culturais, incluindo obras e materiais produzidos em Libras e em Braille, a serem disponibilizados para os profissionais da educação das instituições de educação básica e ensino superior. 16.4 implantar portais eletrônicos para subsidiarem a atuação dos professores da educação básica, disponibilizando gratuitamente materiais didáticos e pedagógicos suplementares, inclusive aqueles com formato que assegure a acessibilidade plena de comunicação. 44

16.5 incentivar, sob responsabilidade da SEDUC-RS e UNDIME, nas redes públicas de educação básica, a partir do primeiro ano de vigência desse PME, o acompanhamento dos professores e professoras iniciantes, supervisionados por equipe de profissionais experientes, durante o estágio probatório, e oferecer nesse período cursos de aprofundamento de estudos nas áreas de atuação dos/as professores/as, com destaque para os conteúdos que compõe a base curricular nacional, as temáticas transversais, as especificidades locais e as metodologias de ensino de cada campo do saber. 16.6 implantar, sob responsabilidade da SMEC, no prazo de um a três anos de vigência desta Lei, política municipal de formação continuada para funcionários de escola, construída em regime de colaboração com a União e o Estado. Tal política pode oferecer cursos técnicos de nível médio e cursos superiores para as áreas de administração escolar, multimeios, manutenção da infraestrutura e organização escolar e inclusive para a área da alimentação escolar, sem prejuízo de outras.

Meta 17 PME: Valorizar o magistério público da educação básica, a fim de igualar o rendimento médio dos profissionais do magistério ao dos demais profissionais com escolaridade equivalente, até o final do sexto ano de vigência deste PME.

Situação do município Nas duas últimas décadas, em função do esforço federativo para a implantação de programas e ações voltados à melhoria da qualidade da educação, observam-se avanços com relação ao acesso, permanência e melhoria da aprendizagem dos estudantes, bem como a formação, valorização e o desenvolvimento dos profissionais do magistério. Entretanto, apesar dos avanços nacionais, há muito ainda a ser feito com relação à valorização profissional na educação brasileira. A melhoria da educação e, consequentemente, dos índices educacionais e das taxas de escolarização da população e o desenvolvimento social e econômico do País estão relacionados,entre outros, à valorização dos profissionais do magistério das redes públicas da educação básica. As pesquisas mostram que professores com formação adequada, com condições dignas de trabalho e que se sentem valorizados contribuem para uma aprendizagem mais significativa dos estudantes, resultando em maior qualidade da educação. A organização e a gestão dos sistemas de ensino e das escolas também são fatores fundamentais nesse aspecto. No caso específico dessa meta, a valorização dos profissionais do magistério é tomada pelo aspecto da sua remuneração média. Hoje, a diferença entre o salário médio dos profissionais do magistério com escolaridade de nível médio comparado com o de outros profissionais com igual nível de escolaridade é 9% superior. Já entre os profissionais do magistério com escolaridade superior ou mais e os demais profissionais com a mesma escolaridade existe uma defasagem de 57%. Portanto, para essa meta de 45

equiparação salarial do rendimento médio, até o fim do sexto ano de vigência do PNE, é necessário que o valor do salário médio desses profissionais cresça de modo mais acelerado. A defasagem na remuneração dos profissionais da educação tem sido indicada como um dos resultados de um passado de não valorização desses profissionais, além de ser apontada como um dos principais motivos do declínio do número de universitários em cursos de formação de professores. A queda do número de pessoas interessadas pela formação para o magistério na educação básica, assim como sua evasão, põe em risco a meta de universalização e ampliação da obrigatoriedade da educação básica, além de ser contrária às necessidades de educação da população brasileira. Nesse sentido, as aprovações do FUNDEF (EC nº 14/1996) e posteriormente do FUNDEB (EC nº 53/2006) expressaram um importante compromisso da nação brasileira com a política de valorização dos profissionais do magistério ao destinar, pelo menos, 60% dos recursos do fundo para o pagamento desses profissionais em efetivo exercício. E, como o valor do fundo é reajustado anualmente em função dos recursos que o compõem, a remuneração também o seria. A Lei nº 11.738/2008, que aprovou o Piso Salarial Profissional Nacional para os Profissionais do Magistério Público da Educação Básica (PSPN), constituiu-se em um dos maiores avanços para a valorização profissional. Além de determinar que União, estados, Distrito Federal e municípios não podem fixar o vencimento inicial das carreiras do magistério público da educação básica para a jornada de no máximo 40 horas semanais com valor abaixo do PSPN, a lei também determinou, no art. 2º, § 4º, que, na composição da jornada de trabalho, deverá ser observado o limite máximo de 2/3 da carga horária para o desempenho das atividades de interação com alunos. Desse modo, no mínimo 1/3 da jornada de trabalho deve ser destinado às atividades extraclasse. Essa norma também estabeleceu mecanismo para a correção salarial, atrelando-a à variação ocorrida no valor anual mínimo por aluno definido nacionalmente no FUNDEB, elevando anualmente o valor da remuneração mínima do professor de nível médio em jornada de 40 horas semanais. Valorizar a carreira docente, para que ela deixe de ter uma remuneração muito inferior a das demais profissões, passa pelo entendimento de que carreira, salário e formação, se constituem nos três pilares para a valorização dos profissionais em educação e para que o magistério seja retomado como uma profissão central para o desenvolvimento do país. Analisando o quadro do funcionalismo municipal, os profissionais com graduação (base em 20 horas semanais), ocupa o 14º lugar, no comparativo dos 14 cargos existentes na estrutura do município. A razão entre salários dos professores da educação básica, na rede pública com escolaridade equivalente é de 74,3% nacional e 81,8% estadual.

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Estratégias: 17.1 integrarmo-nos ao fórum permanente constituído pela SEDUC-RS e UNDIME, para acompanhar a atualização progressiva em relação ao valor do piso salarial nacional para os profissionais do magistério das redes públicas de educação básica, de acordo com a Lei nº 11.738, de 16 de julho de 2008. 17.2 implementar, sob responsabilidade da SMEC, no âmbito do Município, plano de carreira para os profissionais da educação, equiparando os vencimentos dos profissionais de acordo com os níveis de formação requeridos para o exercício da profissão e implementando a jornada de trabalho, preferencialmente cumprida em um único estabelecimento escolar. 17.3 ampliar o acesso do Município à assistência financeira específica da União, para implementação e complementação, quando for o caso, das políticas de valorização dos profissionais do magistério, em particular, para assegurar a efetivação do piso salarial nacional. 17.4fortalecer, a partir da aprovação deste Plano, políticas salariais que assegurem a reposição dos índices de inflação e vinculem aumentos reais do valor dos vencimentos, garantida a ampliação das fontes de financiamento.

Meta 18 PME: assegurar que o plano de Carreira para os (as) profissionais da educação básica esteja sempre atualizado, respeitando as leis vigentes e tomando como referência o piso salarial nacional profissional, definido em lei federal, nos termos do inciso VIII do art. 206 da Constituição Federal.

Situação do município É necessário tornar a carreira do magistério atrativa e viável, com o objetivo de garantir a educação como um direito fundamental, universal e inalienável, superando o desafio de universalização do acesso e garantia da permanência, desenvolvimento e aprendizagem dos educandos, e ainda, assegurar a qualidade em todas as etapas e modalidades da educação básica. A carreira do magistério deve se tornar uma opção profissional que desperte nas pessoas interesse pela formação em cursos de licenciatura, nas diferentes áreas do saber, de modo a aumentar a procura por cursos dessa natureza e, dessa forma, suprir as demandas por esses profissionais qualificados, tanto para a educação básica como para a educação superior. Em muitos casos, o fator financeiro é decisivo para a escolha ou não de uma profissão, bem como para sua evasão, quando da oportunidade de melhor remuneração em carreira com qualificação equivalente. 47

Um dos mecanismos para expressar a valorização docente é o estabelecimento de planos de carreira para os profissionais da educação básica e superior. O reconhecimento da relação entre valorização do magistério e estabelecimento de plano de carreira é feito em diversos dispositivos legais, como na LDB, art. 67, e na posterior revisão do texto da Constituição Federal de 1988, ao definir os princípios nos quais o ensino deveria ser ministrado: Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: [...] V – valorização dos profissionais da educação escolar, garantidos, na forma da lei, planos de carreira para o magistério público, com ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos, aos das redes públicas (EC nº 53/2006). Posteriormente, instituiu-se o FUNDEF, o FUNDEB, o PDE, o PSPN (Lei nº 11.738/2008), o Plano Nacional de Formação dos Professores da Educação Básica, as Diretrizes Nacionais para os Planos de Carreira do Magistério e, mais recentemente, a Prova Nacional de Concurso para o Ingresso na Carreira Docente (Portaria Normativa nº 3/2011). Contudo, isso não foi suficiente para a consolidação, nos termos das normatizações em vigor, dos planos de carreira, especialmente quanto à elaboração ou adequação de seus Planos de Carreira e Remuneração (PCCR), até 31 de dezembro de 2009 (Resolução CNE/CEB nº 2/2009, art. 2º; e Lei nº 11.738/2008). A meta 18 do PNE visa assegurar, no prazo de 2 (dois) anos, a existência de planos de carreira para os(as) profissionais da educação básica e superior pública de todos os sistemas de ensino e, para o plano de Carreira dos(as) profissionais da educação básica pública, tomar como referência o piso salarial nacional profissional, definido em lei federal, nos termos do inciso VIII do art. 206 da Constituição Federal. A rede municipal de ensino de Fazenda Vilanova possui Plano de Carreira do Magistério, consolidado desde 2002, prevendo valorização da formação inicial através da diferenciação salarial de cada Nível e da formação continuada, prevendo avanços de classe com remuneração diferenciada. O piso salarial nacional para os profissionais do magistério público da educação básica é pago desde 2013 e 1/3 de hora atividade para planejamento e formação ainda não é contemplado, em sua totalidade, aos profissionais do magistério.

Estratégias:

18.1 estruturar a rede municipal de educação básica de modo que, até o início do sexto ano de vigência deste PME, 90% (noventa por cento), no mínimo, dos respectivos profissionais do magistério e 80% (oitenta por cento), no mínimo, dos respectivos profissionais da educação não docentes sejam ocupantes de cargos de provimento efetivo e estejam em exercício nas redes escolares a que se encontrem vinculados; 48

18.2 manter, na rede pública municipal de educação básica, acompanhamento dos profissionais iniciantes, supervisionados por equipe de profissionais experientes, a fim de fundamentar, com base em avaliação documentada, a decisão pela efetivação após o estágio probatório e oferecer, durante esse período, curso de aprofundamento de estudos na área de atuação do (a) professor (a), com destaque para os conteúdos a serem ensinados e as metodologias de ensino de cada disciplina; 18.3 realizar, por iniciativa da SMEC, conforme necessidade, concursos públicos de admissão de profissionais do magistério da educação básica pública municipal; 18.4 realizar anualmente, em regime de colaboração, o censo dos (as) profissionais da educação básica de outros segmentos que não os do magistério; 18.5 considerar as especificidades socioculturais das escolas do campo no provimento de cargos efetivos para essas escolas; 18.6 estimular a existência de comissões permanentes de profissionais da educação do sistema municipal de ensino para subsidiar os órgãos competentes na elaboração, reestruturação e implementação dos planos de Carreira.

Meta 19 PME: assegurar condições, no prazo de 2 (dois) anos, para a efetivação da gestão democrática da educação, associada a critérios técnicos de mérito e desempenho e à consulta pública à comunidade escolar, no âmbito das escolas públicas, prevendo recursos e apoio da secretaria municipal da educação.

Situação do município A gestão democrática da educação nas instituições educativas e nos sistemas de ensino é um dos princípios constitucionais garantidos ao ensino público, segundo o art. 206 da Constituição Federal de 1988. Por sua vez, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB – Lei nº 9.394/1996), confirmando esse princípio e reconhecendo a organização federativa, no caso da educação básica, repassou aos sistemas de ensino a definição de normas de gestão democrática, explicitando dois outros princípios a serem considerados: a participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto político-pedagógico da escola e a participação da comunidade escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes. A gestão democrática da educação envolve, portanto, a garantia de marcos legais, por meio da regulamentação desse princípio constitucional em leis específicas, pelos entes federativos (o que é reforçado pelo PNE), e a efetivação de mecanismos concretos que garantam a participação de pais, estudantes, funcionários, professores, bem como da comunidade local, na discussão, elaboração e implementação de planos de educação, de planos e projetos político-pedagógicos das unidades educacionais, assim como no exercício e efetivação da autonomia dessas instituições em articulação com os sistemas de ensino. 49

A gestão democrática da educação deve ser capaz de envolver os sistemas e as instituições educativas e de considerar os níveis de ensino, as etapas e as modalidades, bem como as instâncias e mecanismos de participação coletiva. Para tanto, exige a definição de conceitos como autonomia, democratização, descentralização, qualidade e propriamente a participação, conceitos esses que devem ser debatidos coletivamente para aprofundar a compreensão e gerar maior legitimidade e concretude no cotidiano. O município de Fazenda Vilanova possui o Conselho Municipal de Educação atuante. Todas as escolas do município possuem CPM, com estatuto próprio e eleição a cada biênio. Na Escola Municipal de Ensino Fundamental Edgar da Rosa Cardoso o Grêmio Estudantil também é atuante, tem seu estatuto próprio e a eleição da diretoria é realizada anualmente de forma democrática pelos alunos da escola. Os diretores de escola atualmente são designados pelo prefeito municipal em comum acordo com a secretaria da educação.

Estratégias:

19.1 criar e aprovar legislação específica que regulamente a matéria na área de sua abrangência, respeitando-se a legislação nacional, e que considere, conjuntamente, para a nomeação dos diretores e diretoras de escola, critérios técnicos de mérito e desempenho; 19.2 participar de programas de apoio e formação aos (às) conselheiros (as) dos conselhos de acompanhamento e controle social do Fundeb, dos conselhos de alimentação escolar, dos conselhos regionais e de outros e aos (às) representantes educacionais em demais conselhos de acompanhamento de políticas públicas, garantindo a esses colegiados recursos financeiros, espaço físico adequado, equipamentos e meios de transporte para visitas à rede escolar, com vistas ao bom desempenho de suas funções; 19.3 manter o Fórum Permanente de Educação, com o intuito de coordenar as conferências municipais, bem como efetuar o acompanhamento da execução deste PME e dos seus planos de educação; 19.4 estimular, em todas as redes de educação básica, a constituição e o fortalecimento de grêmios estudantis e/ou demais lideranças, como comitês escolares e líderes de turmas e associações de pais, assegurando-se-lhes, inclusive, espaços adequados e condições de funcionamento nas escolas e fomentando a sua articulação orgânica com os conselhos escolares, por meio das respectivas representações; 19.5 constituir e fortalecer os conselhos escolares e conselhos municipais de educação, como instrumentos de participação e fiscalização na gestão escolar e educacional, inclusive por meio de programas de formação de conselheiros, assegurando-se condições de funcionamento autônomo, espaço físico adequado, equipamentos e meios de transporte para verificações a rede escolar, com vistas ao desempenho de suas funções; 50

19.6 estimular a participação e a consulta de profissionais da educação, alunos (as) e seus familiares na formulação dos projetos político-pedagógicos, currículos escolares, planos de gestão escolar e regimentos escolares, assegurando a participação dos pais na avaliação de docentes e gestores escolares, constituindo sistema de avaliação participativo que inclua a avaliação interna e externa das instituições e dos servidores, no prazo de 5 anos da vigência do PME; 19.7 favorecer processos de autonomia pedagógica, administrativa e de gestão financeira nos estabelecimentos de ensino do município;

Meta 20 PME: ampliar o investimento público em educação pública de forma a atingir, no mínimo, o patamar de 7% (sete por cento) do Produto Interno Bruto - PIB do País no 5o (quinto) ano de vigência desta Lei e, no mínimo, o equivalente a 10% (dez por cento) do PIB ao final do decênio.

Situação do município

A vinculação de um percentual do PIB para o financiamento das metas do PNE é indispensável para garantir acesso, permanência e processos de organização e gestão direcionados à efetivação de educação pública de qualidade no País. A Constituição Federal de 1988, no art. 212, dispõe que a União aplicará, anualmente, nunca menos de 18%; e os estados, o Distrito Federal e os municípios, 25%, no mínimo, da receita resultante de impostos, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino. O texto constitucional prevê, ainda, que a educação básica terá como fonte adicional de financiamento a contribuição social do salário-educação, recolhida pelas empresas na forma da lei. A vinculação de recursos financeiros para a educação, a ampliação dos percentuais do PIB para a educação nacional, bem como a vinculação do financiamento a um padrão nacional de qualidade, o acompanhamento e o controle social da gestão e uso dos recursos, entre outros, são passos imprescindíveis para a melhoria do acesso, permanência e aprendizagem significativa dos estudantes. O PNE ratifica os preceitos constitucionais e amplia o investimento público em educação pública, de forma a atingir, no mínimo, o patamar de 7% do Produto Interno Bruto (PIB) do País no quinto ano de vigência dessa lei e, no mínimo, o equivalente a 10% do PIB no fim do decênio do PNE. Atualmente o País investe aproximadamente 5,3 % do Produto Interno Bruto em educação pública.

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Estratégias:

20.1 elaborar no prazo do primeiro ano de vigência do PME, em regime de colaboração entre os entes federados e estaduais, o plano de investimentos relativos aos percentuais do PIB com o objetivo de aportar os recursos necessários para composição da meta nacional; 20.2 garantir a partir da aprovação do PME, em regime de colaboração a formulação de políticas públicas que assegurem fontes de financiamento permanentes e sustentáveis para todos os níveis, etapas e modalidades da educação básica, observando-se as políticas de colaboração entre os entes federados, em especial as decorrentes do art. 60 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias e do § 1o do art. 75 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que tratam da capacidade de atendimento e do esforço fiscal de cada ente federado, com vistas a atender suas demandas educacionais à luz do padrão de qualidade nacional; 20.3 aperfeiçoar e ampliar os mecanismos de acompanhamento da arrecadação da contribuição social do salário-educação, possibilitando que os conselhos municipais de educação possam exercer suas funções de fiscalização e de controle social na aplicação adequada dos recursos destinados à educação; 20.4 fortalecer, a partir da aprovação deste plano, os mecanismos e os instrumentos que assegurem a transparência e o controle social na utilização dos recursos públicos aplicados em educação, especialmente a realização de audiências públicas, a criação de portais eletrônicos de transparência e a capacitação dos membros de conselhos de acompanhamento e controle social do Fundeb, com a colaboração entre o Ministério da Educação, as Secretarias de Educação dos Estados e dos Municípios e os Tribunais de Contas da União, dos Estados e dos Municípios; 20.5 acompanhar a implementação do Custo Aluno Qualidade - CAQ como parâmetro para o financiamento da educação de todas etapas e modalidades da educação básica, a partir do cálculo e do acompanhamento regular dos indicadores de gastos educacionais com investimentos em qualificação e remuneração do pessoal docente e dos demais profissionais da educação pública, em aquisição, manutenção, construção e conservação de instalações e equipamentos necessários ao ensino e em aquisição de material didático-escolar, alimentação, transporte escolar e investimentos em tecnologia da comunicação; 20.6 assegurar que a elaboração da proposta orçamentária anual da Secretaria Municipal de Educação seja feita com base no levantamento das principais necessidades das redes escolares, tomando o CAQ como referência em termos de recursos para todas as escolas públicas de educação básica, assegurando insumos para a reestruturação e aquisição de equipamentos tendo em vista a equalização das oportunidades educacionais.

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REFERÊNCIAS BRASIL. Lei 13.005 de 25 de junho de 2014. Aprova o Plano Nacional de Educação - PNE e dá outras providências. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13005.htm. BRASIL. LEI Nº 9.394, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm. CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO - CNE. RESOLUÇÃO Nº 7, DE 14 DE DEZEMBRO DE 2010. Fixa Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de 9 anos. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/rceb007_10.pdf. FARIAS, Jovani. Fazenda Vilanova s- Lajeado: Ed.da Univates, 2012 Fundação Itaú Social- Diálogos sobre a Gestão Municipal- Passo a passo do PME http://pne.mec.gov.br http://www.ibge.gov.br/ MEC GOV PNE PME BR – Caderno de Orientações PEE – Cadernos Temáticos: 1, 2, 3, 4 e 5 www.convivaeducacao.org.br wwwdeolhonosplanos.org.br - De olho nos planos wwwforadaescolanaopode.org.br – Fora da Escola não pode wwwqedu.org.br