LEI N. 121/1952

CÓDIGO DE POTURAS DO MUNICÍPIO.-

CEZAR DOS SANTOS ORTIZ – Prefeito Municipal de Soledade.

Faço saber que a Câmara Municipal aprovou e eu sanciono, a lei seguinte:

Capítulo I Dos dominios do Município e servidóes publicas Art. 1º - Constituem dominios do Município, respeitados os direitos de terceiros: I – Todos os terrenos compreendidos no limites do antigo Campo de Nossa Senhora, observadas as divisas constantes da justificação procedida no juizo competente, em 1855. II – Os imóveis móveis, semoventes e mais bens municipais construidos por conta adquiridos por compra, doação ou outro qualquer titulo legitimo.

Art. 2º - São considerados “servidões publicas” e, como tal sujeitas às prescrições dêste Código: I – As ruas, praças, logradouros da cidade e das sedes dos distritos. II – As pontes e estradas publicas. III – As fontes naturais ou captadas, destinadas ao abastecimento de água potável à população. IV – Os arroios lagoas e represas naturais ou artificiais, destinados a bebedouros dos animais em viagem. V – Os passos e postos de embarque nas estradas gerais e vias fluviais, sempre que não interferir nas atribuições de outros orgãos de administrações.

- Capítulo II - - Das Zonas urbanas suburbanas e rural – Art. 3º - A zona urbana abrange o recinto da cidade e tem os seus limites designados em ato administrativo.

§ 1º - A Zona suburbana compreende todos os terrenos que limitam com a Zona urbana inclusive os situados no antigo “Campo de Nossa Senhora” que não ficarem incluidos na Zona Urbana.

§ 2º - São também considerados terrenos urbanos, os das sedes dos distritos e suburbanos os que limitarem com estas em tôdas as suas faces.

Art. 3º - Fica o Poder Executivo na obrigação de revisar, de cinco em cinco anos, os limites urbanos e suburbanos.

Art. 4º - A zona rural é constituida pelos territórios não compreendidos nas zonas urbanas e suburbanas.

- Capítulo III - - Das regiões agricola e pastoril - Art. 5º - A zona rural do Município divide-se em duas regiões: uma agricola e outra pastoril. Em geral a região agricola é constituida pelos terrenos acobertados de matos pertencentes às serras do Jacui e , e a região pastoril, constituida pelos campos de criação, capões pontões que se destoram da mencionadas serras.

§ Único – Todo o proprietário de terras da zona pastoril que desejar transformá-las em zona agricola, pode requerer a respectiva transformação, desde que possua no minimo, 250 hectares.

Art. 6º - Na região pastoril, sómente será admissivel a criação ou permanência de suinos, caprinos ou quaisquer outras espécies de animais daninhos em sitios rigirosamente fechados com tapumes que as empeçam de prejudicar plantações e invadir campos alheios.

Art. 7º - As cercas em tôrno das lavouras serão construidas de modo a impedirem unicamente a passagem de ovelhas e de animais de maior porte.

Art. 8º - A obrigação de cercar as propriedades, par adeter em seus limites domésticos os animais que exijam tapumes especiais, como sejam: cabritos, porcos, etc., correrá por conta exclusiva dos respectivos proprietários ou detentores.

Art. 9º - É proibido a criação ou conservação de gados de qualquer espécie, na região agrícola a não ser em terrenos solidamente fechados, sob pena de multa de quinhentos cruzeiros.

Art. 10º - Os proprietários arredatários ou ocupantes de terras na região agrícola que encontrarem animais vagando em suas terras, poderão apreende-los e testemunhar o fato, dando parte ao inspetor de Secção, para que êste lavre o respectivo auto de infração e o ao sub-prefeito do distrito que imporá a multa cabivel.

Art. 11º - As disposições do artigo antecedente serão também aplicáveis nos casos de serem as plantações da região pastoril invadidas pelos animais a que se refere o art. 8º.

Art. 12º - Não terão direito à reclamação alguma, em virtude de danos causados por animais de grande porte, os agricultores que, na região pastoril, deixarem de resguardar suas plantações na forma do art. 7º mas, te-lo-ão, em qualquer caso, em virtude de danos causados pelos animais especificados no art. 6º.

Art. 13º - Os animais apreendidos, de conformidade com os arts. 10º e 11º, deverão ficar em poder da autoridade administrativa, afim de que seus proprietários após serem notificados, paguem a multa que lhes forem imposta, dentro do prazo de oito dias.

Art. 14º - Se a invasão for motivada pela negligência de pessoas que deixarem porteiras abertas, estabelecerem passos ou violarem cêrcas, ficarão elas suspeitas à indenização do dano e à multa que no caso couber.

Art. 15º - Nos casos do art. 13º, se os animais apreendidos pertencerem a donos ignorados ou que residam em lugar incerto, que por isso não seja possivel fazer a intimação, serão os animais apreendidos, conduzidos à Prefeitura Municipal e postos em asta pública. Ao produto da venda descontar-se-á a importância de multa e mais despesas, reconhecendo-se excedente ao cofre municipal para ficar à disposição dos proprietários dos animais vendidos.

- Capítulo IV - - Das estradas e caminhos - Art. 16º – Denominam-se estradas gerais as que comunicam a séde do Município comas dos distritos e povoações e as que unem êstes entre si, bem como as que atravessam os limites do Município.

Art. 17º - São estradas vicinais aquelas que unem entre si as estradas gerais ou com elas bifurcam.

Art. 18 – A viação de rodagem é pública ou particular. São públicas as estradas que servem ao trânsito habitual a diversos moradores de prédios diferentes; são particulares os caminhos reservados para serventia de um ou mais moradores de um prédio, digo, de um mesmo prédio.

Art. 19º - As estradas públicas são Federais, Estaduais ou Municipais. a) Federais são as que constam da viação geral da República, pelo Departamento Nacional de estardas e Rodagem; b) Estaduais são as assim determinadas pelo Departamento Autônomo de Estradas e Rodagem; c) Municipais são as que comunicam entre si pontos locais.

Art. 20º - Os corredores das estradas referidas nos arts. 18º e 19º terão as seguintes larguras: a) Estradas Federais, 50 metros; b) Estradas Estaduais de 30 a 40 metros; c) Estradas ou Caminhos municipais, de 8 a 30 metros, conforme se destinarem ao trânsito de veiculos ou de cavaleiros a juizo da Prefeitura Municipal.

Art. 21º - Os moradores que possuirem terras a margem das estradas municipais, não poderão tapá-las, sem deixar o número de metro, correspondentes a metade do corredor.

Art. 22º - Se as estradas atravessarem terras de um mesmo proprietário, este deverá deixar o neumero de metros necessários para tôda a largura do corredor.

Art. 23 – Os caminhos vicinais poderão ser adatados ao tráfego de veículos, quando as circunstâncias o exigirem, ajuizo do Prefeito e mediante reclamação dos interessados, sendo os proprietários dos prédios por onde elas passarem, obrigados a cederem a faixa de terreno necessário ao seu alargamento.

Art. 24º - É proibido desviár, mudar ou tapar arbitrariamente uma estrada ou impedir, por qualquer modo, o trnsito a que ela se destina. O contraventos desta disposição fica sujeito à multa de cruzeiros, 200,00 a 500,00 alem da obrigação de remover o obstáculo no prazo maximo de 48 horas, findo o qual se não houver feito, será o trabalho executado a sua custa pela Prefeitura Municipal.

Art. 25 – Aquêle que pretender desviar, mudar ou tapar uma estrada, deverá requerer previamente à Prefeitura Municipal que concordará ou não, concedendo, se assim o entender a respectiva licença depois de observadas as formalidades legais, digo, as formalidades seguintes: a) – recebido a petição, serão afixados editais, nos distritos a cujos habitantes possa interessar o assunto, convidando o público a manifestar-se sôbre a conveniência ou inconveniência de modificar ou suprimir a estrada; b) – durante o prazo de 30 dias, os sub-prefeitos receberão as observações formuladas pelos interessados, remetendo-os som seu parecer, ao Prefeito Municipal que enviará à Câmara de Vereadores, para manifestar-se a respeito. c) – devolvido o expediente ao Prefeito, êste encaminhará, cuidadosamente, tôda a documentação e dará parecer fundamentado, deferindo ou indeferindo o pedido; d) - em caso de deferimento, o requerente ficará sujeito à taxa de CR$ 200,00.

Art. 26º - As estradas e caminhos públicos ainda quando abertos pelos particulares, terão as dimensões e condições técnicas determinadas pelo Município, de acôrdo com a natureza do solo importância do transito e fins a que se destina.

§ Único – Tôda vez que a estrada atravessar zona de mato, a Prefeitura mandará fazer a desmatação numa extensão de três metros de cada lado.

Art. 27º – Nas estradas gerais, não serão permitidas porteiras ou canchas de espécie alguma, salvo nas divisas da zona agricola com a pastoril, ou que pelas condições dos tapumes, se façam necessárias, ajuizo da autoridade administrativa.

Art. 28º – Nas estradas gerais, digo, vicinais, serão permitidas unicamente caucelas ou porteiras de arame.

Art. 29º – É proibido nas estradas públicas do Município, o trânsito de qualquer veiculo ou emprego de qualquer meio de transporte, ou de utensilios adatados que, pela sua natureza possam causar estragos ou danos nos leitos das estradas, ou dificultarem o transito, digo, dificultarem o seu trânsito normal.

Art. 30º - Os que transitarem por cancelas ou porteiras colocadas nas estradas em que forem admissiveis, serão obrigados a deixalas fechadas, sob pena de multa de CR$ 200,00 a CR$ 500,00. § Único – Se ésta multa não tiver sido imposta em flagrante pela autoridade competente, poderá sê-lo dentro de 15 dias mediante queixa ou parte por escrito com indicação do nome e residência do infrator e de duas testemunhas edôneas.

Art. 31º - O proprietário de terras que não faça frente na estrada geral, tem o direito de exigir, dos visinhos lugar para sua passagem, sempre pelo mesmo percurso, para sair na estrada pública, sem, contudo, prejudicar benfeitorias existentes.

§ Único – Os proprietários não são obrigados a dar, em suas terras, mais de uma estrada que se dirija no mesmo ponto.

Art. 32º - Todos os que venderem terras agricolas ou pastoris, onde não haja estradas, serão obrigados a estabelecer um caminho, dando saida das terras vendidas à estrada geral mais proxima.

§ Único – O caminho será feito, sempre que possivel pelas linhas divisórias das propriedades.

Art. 33º - Todos os transeuntes ou condutores de veiculos que propositalmente produzirem danos ou estragos em pontes, boeiros, alambrados ou quaisquer outras obras nas vias públicas ficam sujeitas à multa de CR$ 200,00 a CR$ 500,00 alem da indenização do dano causado.

- Capítulo V - - Das Cêrcas nas Zonas rurais - Art. 34º - Os tapumes divisórios, entre propriedades rurais, serão executados em partes iguais por conta de cada um dos líndeiros ou proprietários dos imóveis.

Art. 35º - Quando a divisa entre dois imóveis for sanga ou lajeado o tapume será executado de ónde as águas fiquem igualmente repartidas entre os lindeiros não alterando isso os limites que por seus titulos tenham as propriedades.

Art. 36º - Os proprietários d um imóvel que tenha os seus limites discriminados mesmo por medição amigável ou judicial, ainda não homologada, e que desejarem tapá-lo, deverão consiliar com seus lindeiros, ajustando as condições do fecho, bem como a época de sua execução, afim de que cada um providencie na construção de sua parte.

Art. 37 – No caso de as partes não se harmonisarem, a autoridade administrativa do distrito nomeará dois árbitros, para avaliar ad despesas prováveis com o fecho, ordenado, ao mais interessado executar a obra, a quem cabe o direito de ação em juizo contra o lindeiro, para as despesas feitas.

Art. 38º - Sendo a cêrca construida por um dos proprietários do imóvel, mesmo sem intervenção da autoridade, o lindeiro só terá direito sôbre ela depois de pagar as despesas correspondentes à parte que lhe toca e estar de posse do recibo competente.

Art. 39º - Nas Cêrcas, beirando as estradas públicas, não será permitida a colocação de arame farpado, dependendo, nas linhas divisórias, de assentimento dos proprietários conflitantes.

Art. 40º - As cêrcas de lei obedecerão ao seguinte padrão: a)- os palanques e tramas deverão ser de madeiras de lei, sempre que possível, tendo no máximo 10 metros de um palanques e tramas, digo, 10 metros de um palanque ao outro e as tramas, no máximo 1,25 de vão; b)- as distâncias dos fios de arame, que deverão der pelo minimo 4 para as cêrcas destinadas a conter gado graúdo, serão de 0,50 m: do solo no primeiro fio; do primeiro ao segundo 0,25;m do segundo ao terceiro 0,26 m; e do terceiro ao quarto, 0,29m ; c)- as cêrcas para deter gados miúdos, que serão feitas com sete fios de arame, no minimo, terão 1,30 m de altura, sendo que do solo ao primeiro fio terão 0,14m; do primeiro ao segundo e do segundo ao terceiro, também 0,14m; do terceiro ao quarto, 0,16m; do quarto ao quinto 0,18m; do quinto ao sexto, 0,25, m; e, do sexto ao sétimo, 0,29m.

Art. 41º - Os lindeiros estarão obrigados a contribuir somente na parte que lhescorresponder, na cêrca do tipo padrão para a espécie de gado que possuir, não podendo abstar que seus confinantes suplementem na mesma época, digo, na mesma cêrca, por conta própria, os fios de arame que julgarem necessário.

Art. 42º - Quem tapar campos beirando as vias públicas, deixarão a largura que êste Código dispõem para cada categoria de estrada (Art. 20 A, b, c).

Art. 43º - Se a estrada correr por entre duas propriedades, cada lindeiro deixará a metade da largura; sendo as duas margens do mesmo dono, êste deixará a largura total.

Art. 44º - Na zona agricola, dispensar-se-á a construção de qualquer cêrca. Os agricultores, de conformidade com o art. 9º deverão manter presos os seus animais nos limites das respectivas propriedades.

Art. 45º - Os proprietários de campo de criar que dividem com a zona de cultura, serão obrigados a fechá-las, sem direito de exigir dos agricultores lindeiros ajuda de fecho.

Art. 46º - Quem no ato de construir cêrcas ou reparar as existentes, causar dano na propriedade alheia será obrigado a indenizar.

Art. 47º - Nas zonas de agricultura e para ressalva de quem construir sómente cêrcas em divisas, cabe o direito de exigir de seu lindeiro declaração escrita, reconhecendo a propriedade integral da cêrca, a favor de quem a construiu, obrigando-se a indenizar a parte correspondente à metade do custo, se, futuramente, utilizar-se dela.

- Capítulo VI - Do Trânsito Art. 48º - O trânsito é livre em todas as estradas, exceto nas particulares.

Art. 49º - Os proprietários, arrendatários ou ocupantes de campos abertos ou fechados, não podem, sem motivo justificado, opor-se a que neles os viajantes entrem para dar pasto, água, descanso e pouso à animais de montaria, tração ou tropas de gados de qualquer espécie, cumpridas porém as obrigações contidas neste Código.

Art. 50º - O tropeiro ou condutor de animais deverá sempre seguir as estradas públicas e não poderá encerrar em campos alheios, sem prévia licença de seus proprietários arrendatários, encarregados ou capatazes, salvo as eventualidades de fôrça maior.

Art. 51º - Durante o período de encerra em campos alheios, deverá o tropeiro ou condutor conservar seus animais sob rigoroso pastoreio durante todo tempo de parada, especialmente à noite, salvo em seguros próprios para soltar tropas.

Art. 52º - O proprietário arrendatário ou ocupante designará o lugar mais apropriado para descanso, pastagem ou ronda dos animais.

Art. 53º - O tempo, obrigatório a ser concedido para parada de tropa será no maximo de 12 horas.

Art. 54º - O proprietário, arrendatário, encarregado ou ocupante de campo terá direito a negar pastoncio, quando a sua propriedade, estiver completamente povoada de gado e existir potrero de aluguel a três quilometros, no maximo, na direção que a tropa seguir.

Art. 55º - O transito a noite, de tropas e veiculos pelas estradas, é livre, mas não poderá exigir-se depois das 19 horas, entrada nos campos fechados.

Art. 56º - O condutor de animais de qualquer espécie que parar dentro de campos de propriedade para dar descanso, pasto, água ou ronda, fica obrigado a pagar, em falta de concessão prévia: a)- por cabeça de animal nacem de corte ou csafer por hora CR$ 0,08 e CR$ 0,50 por toda a noite, quando passarem soltos e sob ronda CR$ 0,30; b)- por cabeça de animal nacem de criar, pagará de dia CR$ 0,06 por hora, à noite, CR$ 0,35 e CR$ 0,25 para rondar; c)- por ovino ou caprino pagará na proporção de cinco cabeças por uma de corte, na mesma classificação.

Art. 57º - Estes preços serão pagos por metade em campos abertos.

Art. 58º - Os proprietários, arrendatários ou ocupantes terão direito a negar entrada, em suas propriedades, a animais contaminados de moléstias contagiosas, como sejam: aftosa, garrotilho ou sarna bovina, digo, ovina. Art. 59º - O todo andante que fizer fogo nas paradas para sesteada ou pouso, tanto nos corredores como nos campos que entrar, deverá apagar antes de seguir viagem, para evitar incêndios.

Art. 60º - É proibido fazer fôgo junto ao tronco de árvores ou dos palanques das cêrcas assim como queimar madeiras de cerne de qualquer espécie o tamanho.

Art. 61º - Aos infratores das disposições deste titulo, será aplicado a multa de CR$ 100,00 a CR$ 500,00, além de ficar o infrator sujeito à indenização dos danos causados.

- Capítulo VII - - Dos rodeios e apartes - Art. 62º - Os criadores são obrigados a dar rodeios aos vizinhos a qualquer interessado, dentro do prazo mais curto possivel.

Art. 63º - No caso de extravio de tropa, venda de gado ou fuga de animais invernados, serão os rodeios dados no mesmo dia, ou no imediato, conforme a urgência do interessado.

Art. 64º - Fora dos casos previstos no artigo anterior, não haverá obrigação de rodeio durante os meses de parição ou na estação invernosa, quando os gados estão enfraquecidos, salvo motivo de fôrça maior que se permitirá, apenas, a verificação ou procura de animais perdidos.

Art. 65º - O vizinho ou pessôa interessada que exigir o rodeio fica obrigado a prestar o seu auxílio, entrando, também, com o pessoal necessário ao serviço.

Art. 66º - Se qualquer criador negar-se a dar rodeio, será compelido a fazê-lo, pela autoridade competente, pagando as despesas que o serviço exigie.

Art. 67º - O criador que tiver animais alheios em seus campos, com marcas desconhecidas, será obrigado a cientificar aos seus vizinhos, como tambem, a expor, em lugar público, o desenho das marcas.

Art. 68º - Salvo prova em contrário, o animal sem marca, ou orelhano, que não acompanhar a mãe, presume-se pertencer ao dono do campo onde se achar.

Art. 69º - No caso de remoção de gado para fóra do município, o proprietário será obrigado a comunicar préviamente aos lindeiros, dando-lhes rodeio, se o exigirem.

- Capítulo VIII - - Das marcas e sinais - Art. 70º - Todo criador, invernador ou possuidor de gado vacum, cavalar, muar, ovino ou caprino, deverá dverá usar marcas ou sinais para a procedência ou propriedade dos animais, couros e peles. Art. 71º - O gado bovino só poderá ser marcado a ferro candente na cara, no pescoço na picanha e nas regiões situadas abaixo de uma linha imaginária que ligue as articulações femur – rótulo – libial úmero – rádio – cubial, de sorte a preservar de defeitos a parte do couro de aior utilidade.

Art. 72º - É proibido o uso de marcas, cujo tamanho não possa caber em um círculo de onze centímetros (0,11) de diâmetro.

Art. 73º - O gado equino só marcará na perna esquerda salvo os animais destinados a cria, que poderá ser na anca do mesmo lado.

Art. 74º - Será permitida a contramarca, devendo ser aplicada do mesmo lado da marca e o mais próximo possivel desta.

Art. 75º - Para as marcas e sinais produzirem efeitos legais, deverão os interessados requerer o seu registro na Prefeitura Municipal, que será feito em livro especial, constando o desenho da marca ou sinal, o nome do proprietário, idade, residência, estado civil, nacionalidade e profissão.

Art. 76º - As marcas e sinais modificados ou não registrados serão considerados inexistentes.

Art. 77º - É expressamente proibido assinalar o gado de forma que ampute de metade para mais da orelha.

Art. 78º - Os gados de pequeno porte serão assinalados nas orelhas, fixando-se ainda, facultativamente, o sinal do proprietário por meio de tatuagem na parte interna do musculo ou da orelha.

Art. 79º - Marcado ou assinalado por engano um animal alheio, será o mesmo contra marcado e entregue a seu dono. Tratando-se de sinal de gado menor, será dado aviso ao legitimo dono, para resolver sôbre a forma de desfazer o equívoco.

Art. 80º - É permitida uma senha, além do sinal, para o uso interno do estabelecimento, como seja: um píque na orelha, número nos chifres, tatuagem, marca a tinta, etc..., a fim de distinguir a classe e idade dos animais.

Art. 81º - Não serão permitidos marcas ou sinais muito semelhantes aos já existentes no Município e, em caso de duplicata, prevalecerá o registro antigo.

Art. 82º - Acontecendo-se registrar-se marca ou sinal idênticos a Prefeitura intimará o proprietário da marca mais nova, a modificá-la, correndo as despesas do novo registro por conta da municipalidade.

- Capítulo IX - - Dos cães - Art. 83º - É proibido criar ou conservar cães no perímetro urbano ou suburbano, sem a competente matrícula na Prefeitura.

§ Único – Na zona rural, a matrícula é facultativa.

Art. 84º - A matrícula será pedida à Prefeitura, mediante requerimento, especificando-se o seguinte: a) – sexo, raça, pêlo e nome do animal; b) – nome do dono e sua esidência; c) – atestado de vacinação contra a raiva.

Art. 85º - Requerida a matrícula, lavrar-se-á, no registro próprio, o respectivo termo com as indicações do artigo anterior e demais esclarecimentos julgados necessários.

Art. 86º - Cada matrícula dará direito a uma chapa com o número de ordem, que será presa à coleira do animal.

Art. 87º - Os cães matriculados que forem encontrados em abandono, vagando pelas ruas públicas, serão apreendidos e recolhidos a lugar designado pela Prefeitura, palo prazo de oito dias dentro do qual poderão ser retirados pelos respectivos donos ou por seus representantes, mediante o pagamento da multa de CR$ 10,00.

§ Único – Não sendo reclamado dentro do aludido prazo de oito dias, observar- se-á o que é prescrito para os cães vadios.

Art. 88º - Serão considerados vadios os cães encontrados em coleiras que contenha a respectiva chapa.

Art. 89º - Os cães de que trata o artigo anterior, encontrados em abandono ou vagando pelas vias públicas, serão recolhidos ao local designado pela Prefeitura, para serem sacrificados ou vendidos em hasta pública.

Art. 90º - O cão vadio ou o matriculado, sem o devido açaimo, que ataque, na via pública, pessôas, animais de montaria ou conduzidos em trânsito, poderão ser abatidos sem responsabilidade alguma.

Art. 91º - O cão que se achar vagando na via pública e houver mordido alguém ou se tornar suspeito, será posto em observação, durante o prazo de quinze dias.

§ 1º - Transcorrido esse prazo e não apresentado sintomas de hidrofobia, proceder-se-á na forma estatuida no Art. 87º se se tratar de cão matriculado; ou na forma do Art. 89º se se tratar de cão vadio.

§ 2º - Apresentando, o animal qualquer sintoma de doença, será imediatamente, sacrificado.

Art. 92º - Quem encontrar cães dentro de sua propriedade poderá matá-los se se tratar de cães vadios ou se matriculados apreende-los quando possivel, ou avisar o respectivo dono ou autoridade Municipal mais próxima, para as devidas providências.

§ Único – Verificando-se a repetição da invasão, poderá o proprietário proceder como se se tratar de cão vadio.

Art. 93º - É permitido o uso de iscas envenenadas nas propriedades rurais, para eliminar cães que, clandestinamente, prejudiquem os rebanhos ou cultura, e na zona urbana e suburbana com prévio aviso.

Art. 94º - Depois de aprovada esta Lei, é concedido sessenta (60) dias para a matrícula de cães, na forma prevista, dando-se conhecimento público pela imprensa ou por editais.

- Capítulo X - - Das queimadas de campo - Art. 95º - Ninguém poderá atear fogo em seus campos, sobretudo em período de seca, sem prévio aviso aos seus lindeiros.

Art. 96º - O campo poderá ser queimado em qualquer tempo desde que o proprietário, arrendatário ou ocupante que desejar queimá-lo avise os linderios, com 24 horas de antecedência, a fim de que êstes ajudem a cuidar as cêrcas de suas divisas, para evitar que sejam destruídas pelo fôgo.

Art. 97º - O lindeiro avisado de que o visinho vai atear fôgo no campo é obrigado a mandar gente no dia, local e hora marcado, para ajudar a executar o trabalho e, se não o fizer perderá o direito de exigir do visinho a reparação do dano que, por ventura, possa haver com a propagação do fogo.

Art. 98º - Quem atear fogo em campo, sem comunicar aos seus lindeiros, causando-lhes prejuizos, como a destruição de cêrcas, matos, lavouras, por desleixo ou culpa de quem atear o fogo, sem as precauções devidas, responde pela reparação do dano.

Art. 99º - Nas estradas públicas, quem atear fogo que se propague aos campos marginais, responde pelo dano causado, que com dôlo, quer com simples culpa.

- Capítulo XI - - Das Florestas - Art. 100º - A fiscalização e a guarda das florestas é regulada por lei federal em todo o país a qual êste Município acatará e for acatar.

Art. 101º - As florestas existentes no território nacional, consideradas em conjunto, constituem bem de interêsse comum a todos os habitantes do paiz exercendo-se os direitos de propriedade com as limitações que as leis, em geral, e especialmente, o Código Florestal, estabelecerem. Art. 102º - Sempre que necessário a abertura de estradas ou caminhos nas florestas, somente serão abatidos os exemplares vegetais estritamente indispensáveis para êsse fim, evitando-se, quanto possivel, sacrifício, de espécimes nobres.

Art. 103º - É proibido, mesmo aos proprietários: a)- deitar fogo em campos ou vegetações de cobertura das terras, visinhança de vegetação arbórea de qualquer natureza, protegida como processo de preparação das mesmas para a lavoura, ou a formação de campos artificiais, sem licença da autoridade florestal do lugar e observância das cautelas necessárias, especilamente quanto a alceiros, alciramentos, e aviso prévio aos confinantes, com 24 horas de antecedência; b)- derrubar, nas regiões de vegetação escassa, para transformar em lenha ou carvão, matas ainda existentes às margens dos cursos dágua, lagos e estradas de qualquer natureza, entregues à serventia pública; c)- preparar carvão ou acender fógos dentro das matas sem as precauções necessárias, para evitar incêndios; d)- aproveitar como lenha, ou para o fabríco de carvão vegetal, essências consideradas de grande valôr econômico, para outras aplicações mais úteis, ou que, por sua raridade, estejam ameaçadas de extinção; e)- abater árvores em que se hospedem exemplares da flora epifita ou colméias de abelhas silvestres inócuas, salvo pelo interêsse, plenamente comprovado do estudo científico ou do melhor aproveitamento, de tais exemplares; f)- cortar árvores em florestas protetoras ou remanescentes, mesmo em formação, sem licença prévia da autoridade florestal competente, observados os dispositivos aplicáveis do Código Florestal ou contrariando, as determinações da mesma autoridade.

Art. 104º - É proibido fabricar, vender ou soltar balões ou engenho de qualquer natureza, que possam provocar incêndios nos campos ou florestas.

Art. 105º - Qualquer árvore poderá ser, por motivo de sua posição, espécie ou beleza, declarada, por ato do poder público, Municipal, Estadual ou Federal imune de corte cabendo ao proprietário a indenização de perdas e danos, arbitrada em juízo ou acordada administrativamente, quando as circunstâncias a tornarem devidas.

Art. 106º - O poder público administrativo emprestará a sua colaboração ampla às autoridades florestais, facultando-lhes o desempenho das suas funções no sentido de rigorosa execução do Código Florestal.

- Capítulo XII - - Das Divisas do Município e do seu Território - Art. 107º - O Município de Soledade limita-se: a) – Com o Município de : a partir da confluência do Arroio Murupiara com o rio Jacuí, seguindo pelo Jacuí águas acima até a barra do Arroio Povinho, e, por êste acíma, ate encontrar o Arroio Resvalador, seguindo por êste até sua nascente, e, daí, por uma pequena linha sêca, a cair na nascente do Arroio Roberto; seguindo por êste abaixo, até encontrar o arroio Camargo, e, daí, por êste águas abaixo até a sua confluência com o Rio Guaporé; b) – Com o Município de Guaporé: partindo da confluência do lajeado Araponga, digo, da confluência do arroio Camargo com com o Rio Guaporé, seguindo por êste águas a baixo até a confluência do lajeado Araponga; c) – Com o Município de Encantado: partindo da confluência do lajeado Araponga, com o rio Guaporé, seguindo-se pelo lajeado Araponga águas acíma, até encontrar uma das suas nascentes denominada Lajeado Bossotoque e, daí, por uma pequena linha sêca, ate encontrar a nascente do Arroio Jeque, e, por êste águas abaixo, ate encontrar o Arroio Forqueta; seguindo por êste águas abaixo, até sua confluência com o Arroio Modesto; d) – Com o Município de : partindo do Arroio Forqueta, pelo Arroio Modesto águas acíma, até sua nascente e, daí por uma pequena linha réta, até encontrar a nascente do Arroio Leão, seguindo por êste águas abaixo, até encontrar o Arroio Dudulha; seguindo por êste, águas abaixo, até sua confluência com o Arroio Fão; e) – Com o Município de Lajeado: partindo da confluência do Arroio Dudulha com o Arroio Fão; seguindo pelo Arroio Fão; seguindo pelo Arroio Fão, águas acíma, até a confluência do Arroio Honorato, seguindo por êste acíma, até sua nascente; seguindo desta por uma linha reta, até encontrar a nascente do Arroio Sinimbú; f) – Com o Município de Santa Cruz: partindo da nascente do Arroio Sinimbú por uma linha reta até encontrar a nascente do Rio Pardinho, de onde ainda segue a mesma linha reta, até ligar a nascente do Arroio José Simões, seguindo por êste águas abaixo, até a sua confluência com o e, por êste abaixo, até a confluência do Arroio Mondoaba; g) – Com o Município de Sobradinho: partindo da confluência do Arroio Mondoaba, com o Rio Pardo, seguindo pelo Arroio Mondoaba acíma, até sua nascente, e desta, por uma pequena linha reta, que liga a uma nascente afluente do Arroio Tajurá, seguindo por êste arroio, águas abaixo, até encontrar o Arroio e por êste, águas abaixo até a confluência do Arroio Mirapeva, seguindo por êste acíma, até sua nascente e, daí por uma linha reta que liga a nascente principal do Arroio Guamí, seguindo por êste águas abaixo, até a confluência com o Rio Jacuízinho; seguindo por êste águas abaixo, até a confluência do lajeado Angaiva, seguindo por êste águas acíma, até a sua nascente, partindo desta por uma linha reta, até a nascente do lajeado das Escuras; por êste águas abaixo, até encontrar o Rio Jacuí; h) – Com o Município de Júlio de Castilhos: partindo da confluência do lajeado das Escuras com o Rio Jacuí; por êste águas acíma, até encontrar o Rio Ivaí; i) – Com o Município de Cruz Alta: partindo da confluência do Rio Ivaí, no Rio Jacuí seguindo Jacuí acíma, até encontrar o Arroio Hirubá; j) – Com o Município de Carasinho: partindo da confluência do Arroio Hirubá, no rio Jacuí, seguindo pelo Jacuí águas acíma até encontrar o ponto de partida, na confluência do Arroio Marupiara.

Art. 108º - O território do Município tem a área de seis mil quatrocentos e oito (6.408) quilômetros quadrados; divide-se em distritos e êstes e, secções, tantas quantas a administração Municipal julgar necessárias continuando o mesmo da maneira como se acha dividido, salvo modificações que fôrem estabelecidas com expresso consentimento da Câmara Municipal, existindo, atualmente, os distritos seguintes: 1º - Soledade (Cidade) 7º - Camargo 2º - Maurício Cardoso 8º - 3º - Depósito 9º - Ibirapuitan 4º - 10º - 5º - 11º - Lagoão 6º - Tunas 12º - São José do

- Capítulo XIII - - Das Ruas - Art. 109º - As ruas da cidade, das Vilas e Povoados, são consideradas vias públicas, bens de uso comum e inalienáveis, terão a largura que, para cada caso, fôr exigido, obedecendo-se, tanto quanto possivel aos preceitos higiênicos e do trânsito.

Art. 110º - As ruas terão os alinhamentos regulares, atendendo os planos estéticos, peculiares a cada caso.

Art. 111º - As ruas, as avenidas e as praças terão denominações que serão registradas na Prefeitura, em livro especial, no qual serão averbadas as alterações ocorridas.

Art. 112º - As ruas terão os seus nomes em placas metálicas, de iguais dimensões, com fundo azul e letras brancas, preferencialmente.

Art. 113º - As designações das ruas, avenidas e praças obedecerão as seguintes normas: 1º) – Não serão demasiado extensas, a fim de não prejudicar a clareza e precisão das indicações; 2º) – Não serão repetidas; 3º) – Não poderão conter nome de pessôa viva; 4º) – Deverão estar de acôrdo com a tradição, representar nomes de vultos eminentes ou beneméritos, feitos e datas gloriosas da história ou nomes geográficos.

Art. 114º - É facultada a inscrição de frases alusivas à denominação de logradouros, em placas especiais, quando se queira realçar a sua significação histórica.

Art. 115º - A numeração de casas é obrigatória nas zonas urbanas e suburbanas, bem como nas vilas e povoados.

Art. 116º - Os edifícios e os templos, sempre que o respectivo prédio obedeça a arquitetura especial, poderão ficar isentos de numeração.

Art. 117º - Os alinhamentos e nivelamentos das ruas, avenidas e praças serão fixados por meio de marcos.

Art. 118º - Nas ruas onde houver irregularidade de alinhamento, reserva-se sempre à Prefeitura o direito de fazer avançar ou recuar as construções, observadas as disposições legais a respeito.

Art. 119º - Aquêles que desejarem abrir ruas no Município, deverão, em requerimento ao Prefeito, apresentar prova completa do domínio e posse sobre as terras atingidas, juntar planta do local e indicar, com precisão, os limites dos terrenos com os respectivos confrontantes e a sua situação com referência as vias públicas já existentes.

Art. 120º - A superfície das ruas não poderá exceder de 10% da superfície total do terreno por arruar.

Art. 121º - Será obrigatório, sempre que possível, a reserva de espaço para jardim público.

Art. 122º - A Prefeitura poderá estabelecer, para cada rua, ou trecho de rua, um tipo único de passeio.

Art. 123º - Os passeios das ruas deverão ter sempre aprovação da Prefeitura.

Art. 124º - Em nenhum caso será permitida a construção de passeios de nível irregular, sem polido ou excessivamente liso.

Art. 125º - As rampas dos passeios destinados à entrada de veículos, bem como o chanframento e rebaixa do cordão, dependem de licença especial.

Art. 126º - São proibídos degraus nos passeios, salvo quando por modificação do nivelamento da rua, pela Prefeitura, fôr impossivel fazer a concordância por meio de rampas.

- Capítulo XIV - - Dos Muros e Cercas - Art. 127º - Os proprietários de terrenos urbanos e suburbanos são obrigados a murá-los ou cercá-los, dentro do prazo prefixado pela Prefeitura.

Art. 128º - As condições do fechamento dos terrenos são as seguintes: a)- Os terrenos das quatro primeiras zonas cidade serão murados, ou ainda, com grades de ferros e assentos sôbre os pilares de alvenaria; b)- Os terrenos situados nas zonas suburbanas da cidade, vilas ou povoados, poderão ser cercados, simplesmente, com cêrca viva, telas de arame, sarrafos ou taboas verticais de 1,80 metros de altura.

Art. 129º - Os muros divisórios, bem como as cêrcas divisórias de fundo a frente deverão ter, também 1,80 metros de altura.

Art. 130º - São proibídas as cêrcas de espinhos dentro dos limites urbanos e suburbanos e a beira de estrdas públicas.

Art. 131º - É cominada a pena de CR$ 100,00 à CR$ 500,00 pelas infrações dêstes dispositivos.

- Capítulo XV - - Dos cordões e calçadas - Art. 132º - São obrigatórios cordão e calçadas, na frente das casas e terrenos situados na cidade, nos prazos que forem fixados pela Prefeitura.

Art. 133º - Nenhum proprietário poderá construir calçadas fora do alinhamento, bem como colocar cordões que não estejam devidamente nivelados.

Art. 134º - As calçadas serão construídas ou reconstruídas de material e forma aprovados pela Prefeitura.

Art. 135º - Se o proprietário não fizer a calçada dentro do prazo determinado pela Prefeitura, esta mandará construí-la ou reconstruí-la por sua conta, cobrando- lhe as despesas, acrescidas do juro correspondente.

Art. 136º - Todo o proprietário ou morador da cidade que, possuir garage a construir as rampas que forem necessárias, estas rampas não deverão impedir de modo algum, o livre escoamento das águas e nem embaraçar o trânsito público.

Art. 137º - O não cumprimento das exigências estabelecidas neste livro, obrigará o infrator ao pagamento de multa de CR$ 500,00 a CR$ 1.000,00.

- Capítulo XVII - - Do funcionamento de circo - Art. 138º - O funcionamento de circo só poderá ser feito com a autorização expressa da Prefeitura.

Art. 139º - Os circos só poderão ser armados em locais distantes dos hospitais, colégios e asílos.

Art. 140º - Para ser permitida a função de circos, e necessário que haja a mais completa higiene no local.

- Capítulo XVIII - - Das Casas Comerciais, seu funcionamento e das Licenças - Art. 141º - Ninguém poderá abrir casa de negócios de qualquer espécie sem pedir a respectiva licença à Prefeitura, para pagamento do imposto devido.

Art. 142º - A licença para o funcionamento de casa comercial será requerida por escrito à Prefeitura, devendo o requerimento conter o seguinte: a) – Firma social sob a qual gira o estabelecimento; b) – Rua e número do prédio em que vai funcionar êste; c) – Gênero do negócio a que se destina o mesmo; d) – Tempo em que entrará em funcionamento; e e) – Prova de haver atendido as exigências de ordem sanitária.

Art. 143º - Concedida a licença, mediante o pagamento do respectivo imposto, o comerciante é obrigado a colocar o alvará respectivo em lugar público.

Art. 144º - As licenças vigorarão até o último dia do mês de dezembro de cada ano. Art. 145º - As licenças só darão direito ao funcionamento das casas nos dias úteis da semana e durante as horas determinadas na lei, considerando-se de completo repouso os domingos e feriados.

Art. 146º - As casas comerciais e outros estabelecimentos abertos ao público, nos limites urbanos e suburbanos da cidade, observadas as disposições das leis federais quanto às condições e duração de trabalho, obedecerá: a horário estabelecido em lei especial.

- Capítulo XVIII - - Dos Estabelecimentos Industriais – Licenças - Art. 147º - Nenhum estabelecimento industrial poderá funcionar no Município, sem prévia licença da Prefeitura.

Art. 148º - A licença par ao funcionamento de estabelecimento industrial será requerida, contendo os seguintes requisitos: a)– Prova de estar o prédio construido, segundo as exigências preestabelecidas em lei; b)- Prova de que os maquinistas e foguistas se acham legalmente habilitados para o ofício; c)- Planta completa do prédio em especificação das dimensões da área de arejamento e iluminação, e do destino de cada compartimento com indicação da distância em que se acha o prédio das ruas e habitações visinhas. - Capítulo XIX - - Das Feiras - Art. 149º - As feiras do Município se realizarão, normalmente, nos dias e lugares designados pela Prefeitura, funcionando das 6 horas às 17 horas, podendo-se alterar êste horário, a Juizo do Prefeito.

Art. 150º - As feiras são destinadas à venda de retalhos, de frutas, legumes, cereais, animais domésticos, produtos da lavoura e das Indústrias rurais e quaisquer gêneros de comércio, considerados de primeira necessidade, a Juizo do Prefeito.

Art. 151º - Os gêneros que vierem às feiras, serão expostos por classes, determinando os fiscais o local que deverão ocupar.

Art. 152º - Os produtos sujeitos a decomposição ou deterioração, pela ação do sol ou da chuva, serão resguardados sob toldos ou recolhidos às casas do mercado.

Art. 153º - Os produtos da lavoura serão expostos à venda, conforme vierem acondicionados dos centros produtores e os demais gêneros serão expostos em instalações ou barracas apropriadas, segundo os tipos indicados pela Prefeitura.

Art. 154º - As barracas ou veículos dos feirantes serão dispostos de forma a não embaraçar o trânsito, ficando entre uma e outra, pelo menos, o espaço de dois metros.

Art. 155º - Os feirantes não poderão utilizar, para qualquer feira, os postes de iluminação e os troncos e galhos das árvores das praças e ruas em que se realizarem as feiras sendo permitido o estabelecimento das suas barracas em tôrno e à sombra das mesmas.

Art. 156º - Os produtos comprados deverão ser retirados, pelo comprador imediatamente depois de adquiridos, não podendo ser depositado nas vias públicas, nem revendidos na mesma feira.

Art. 157º - Os feirantes deverão ter depósito de ferro, madeira ou vime, providos de tampa, para aí serem lançados as cascas e detritos dos artigos vendidos.

Art. 158º - Os feirantes não poderão se recusar de vender ao público os produtos expostos, salvo por motivos relevantes.

Art. 159º - Terminada a feira, os produtos abandonados no recinto serão arrecadados e postos em leilão pelos fiscais, devendo a importância dêste ser recolhida aos cofres municipais, como renda propria.

Art. 160º - Os feirantes pagarão, pela locação da área que ocuparem, a taxa estabelecida no orçamento municipal, passando a Prefeitura o competente recibo que servirá de licença.

Art. 161º - Nenhuma barraca ou tenda será instalada, na feira, sem que os feirantes provem que estão quites com o imposto ou taxa, respectivos.

Art. 162º - A infração de qualquer dos artigos deste título será punida com a multa de CR$ 50,00 a CR$ 100,00.

- Capítulo XX - - Dos Contratos com a Prefeitura - Art. 163º - Os contratos com a Prefeitura Municipal, quer se refiram à realização de serviços públicos, que à alienação ou locação de bens, deverão ser precedidos de concorrência pública ou administrativa.

Art. 164º - Far-se-á igualmente, mediante concorrência pública ou administrativa, a aquisição de materiais, livros, máquinas, etc., de que necessitem os serviços municipais.

Art. 165º - Para a abertura de Concorrência Pública, o Prefeito fará publicar editais na imprensa e afixá-los nas sédes da Prefeitura e das sub- Prefeituras, pelo prazo que julgar conveniente, não devendo ser inferior a 15 dias.

Art. 166º - Os bens dominicais do Município não aplicados ao serviço público poderão ser vendidos, depois de preenchidas as condições estabelecidas em lei.

Art. 167º - Os terrenos destinados à edificação, situados nas Zonas urbanas e suburbanas da cidade, das vilas e dos povoados, serão vendidos aos particulares que os requererem, na base dos preços fixados anualmente.

- Capítulo XXI - - Do Comércio clandestino - Art. 168º- Não será permitido nenhum comércio clandestino, sob pena do infrator ser punido com a multa de CR$ 1.000,00 à CR$ 5.000,00.

- Capítulo XXII - - Dos Pesos e Medidas - Art. 169º - Os estabelecimentos de qualquer natureza que fizerem uso de pêsos e medidas, seja para exercício de sua profissão, seja para compra e venda de mercadorias de qualquer espécie, ficam obrigados a possuir balanças e jogos de pèsos e medidas indispensáveis ao exercício do seu comércio ou industria e a fazer aferição dos mesmos, no tempo e formas estabelecidos na presente lei.

Art. 170º - A aferição consiste na comparação dos pêsos e medidas com os padrões municipais e na aposição do carimbo oficial da Prefeitura, aos que forem julgados legais.

Art. 171º - A aferição será feita anualmente, por funcionários da Prefeitura devidamente credenciados.

Art. 172º - Só serão aferidas as balanças e jogos de pêsos e medidas que estiverem perfeitos e completos, regeitando os que se encontrarem amolgados, furados ou de qualquer modo suspeitos.

Art. 173º - Só serão aferidos os pêsos de metal, sendo rejeitados os de madeira, pedra, argila ou substância equivalente.

Art. 174º - A Prefeitura aprovará, anualmente, uma tabela com a relação precisa das balanças e jogos de pêsos e medidas, de uso obrigatório, para os estabelecimentos comerciais, industriais e vendedores ambulantes.

Art. 175º - A infração de qualquer dos artigos deste título será punida com a multa de CR$ 50,00 e CR$ 500,00.

- Capítulo XXIII - - Dos Veículos - Art. 176º - Nenhum veículo poderá trafegar no Município, sem estar quite com o imposto de licença.

Art. 177º - Não estão sujeitos à disposição do artigo os veículos que trafegarem no Município em caráter transitório.

Art. 178º - O imposto de licença será lançado mediante a apresentação de documentos que comprovem a propriedade do veículo.

Art. 179º - A transferência de qualquer veículo para novo dono, deve ser comunicado à Prefeitura, dentro de 8 dias (oito).

Art. 180º - Nos casos de venda em transferência de veículos, o adquirente é obrigado a exigir, do vendedor, a apresentação da certidão negativa da Prefeitura em relação ao veículo adquirido.

Art. 181º - O não cumprimento das exigências estabelecidas neste título obrigará o comprador a pagar os impostos do antecessor.

Art. 182º - É proibído o uso de carroças que possuam a alavanca da trava do lado esquerdo.

- Capítulo XXIV - - Das proteções ao Animais - Art. 183º - É expressamente proibído a qualquer pessôa, sem motivo relevante, maltratar ou praticar ato de crueldade contra animais.

Art. 184º - São considerados atos de crueldade ou de mau trato aos animais, os seguintes: a)- transportar, nos veículos de tração animal, cargas ou passageiros em pêso ou número superior ao permitido pela lei; b)- carregar animais com peso superior a 150 quilos; c)- montar animais que já tenham carga permitida; d)- fazer trabalhar animais doentes, feridos, externados, aleijados, enfraquecidos ou extramamente magros; e)- obrigar qualquer animal a trabalhar mais de 8 (oito) horas contíuas, sem descanço, e mais de 6 horas, sem água e alimento apropriado; f)- martirizar animais, para deles alcançar esforços excessivos; g)- castigar de qualquer modo o animal caido, com ou sem veículo, fazendo-o levantar a custa de castigos e sofrimentos; h)- castigar, com rancor e excesso, qualquer animal, seja com que instrumento fôr; i)- conduzir animais com a cabeça para baixo, ou em qulaquer posição normal que lhe possa ocasionar sofrimento; j)- transportar animais amarrados a trazeira do veículo, ou atados, um ao outro, pela cauda; k)- soltar nas via públicas animais doentes, extenuados, famintos ou feridos; l)- abandonar, em qualquer ponto, animais enfraquecidos ou doentes, sem que lhes fornecer abrigo, alimento e água; m)- amontoar animais em depósitos insuficientes ou sem luz, água, ar e alimento; n)- usar instrumentos diferentes de chicote leve de couro, para estimular correção de animais; o)- abusar desse meio de correção ou aplicá-lo na cabeça, pernas e demais partes sensíveis do corpo do animal.

- Capítulo XXV - - Dos Explosivos, Inflamaveis e Corrosivos – Sua Industria e Uso - Art. 185º - Nenhuma fábrica de substâncias explosivas inflamaveis ou corrosivos, poderá instalar-se no Município, sem a necessária licença da Prefeitura e sem que fique, em relação as vias públicas e habitações visinhas, à distância de 100 metros.

Art. 186º - As fábricas de fogos de artifícios não poderão ter, em depósito, mais do que 200 quilos de explosivos que deverão ser conservados em recintos fechados e isolados do estabelecimento.

Art. 187º - Os fogos manufaturados serão removidos, dentro de 12 horas, para os depósitos estabelecidos, com as seguranças que se tornarem necessárias.

Art. 188º - A infração de qualquer dos artigos dêste título será punida com a multa de CR$ 2.000,00 a CR$ 5.000,00.

Art. 189º - Fica proibída, sem licença prévia da Prefeitura, a instalação de depósitos de inflamáveis, explosivos e corrosivos, no perímetro urbano e suburbano da cidade.

Art. 190º - Fica proibído: a)- a permanência, por mais de 12 horas, de produtos inflamáveis, explosivos e corrosivos, já matriculados no local do respectivo fabríco; b)- a permanência, na via pública, por mais de 12 horas, de volumes de gêneros inflamáveis, explosivos e corrosivos, qualquer que seja o destino a que se reservarem; c)- a permanência de inflamáveis, explosivos e corrosivos mesmo que provisória, por baixo de andares destinados à habitação.

Art. 191º - Nenhum comerciante poderá ter, em seu estabelecimento, gêneros explosivos, sem que tenham tirado, além da licença comum, a licença especial para o comércio dessas substâncias.

Art. 192º - A Prefeitura, sempre que julgar oportuno, fiscalizará ou executará o serviço de carga e descarga de inflamáveis, explosivos e corrosivos nos lugares permitidos.

- Capítulo XXVI - - Do Comércio de Gazolina e Óleo - Art. 193º - A venda de gazolina e óleo, a varejo, só é permitida: a)- nos postos de serviço; b)- nas garagens que satisfaçam as exigências; c)- em bombas, nas condições estabelecidas por êste código; d)- nas casas comerciais, de acôrdo com o capítulo XXIX, dêste título.

§ 1º - O fornecimento será feito em aparêlhos modernos que satisfaçam as exigências dêste título.

§ 2º - Os óleos finos, cujo acondicionamento original não permitida a sua translação para os aparêlhos de fornecimento, poderão ser vendidos em seu próprio acondicionamento.

Art. 194º - Considera-se “Posto de Serviço”, a edificação especialmente feita em logradouro público ou terreno dominical do município ou de propriedade privada, para atender às necessidades de veículos auto-motores e que, com requisitos de estéticas, de higiene e de segurança, reúna, no mesmo local, aparêlhos destinados à limpeza e à conservação dêsses mesmos veículos, bem como de suprimento de ar e água, a juizo da Prefeitura, e serviços de reparos urgentes.

Art. 195º - Entende-se por garage, o espaço coberto, fechado por paredes de alvenaria, que tenha, sob sua guarda, veículos auto-motores e mantenha, ou não serviços de limpeza e conservação de veículos da mesma natureza, bem como oficina de reparos e consertos.

- Capítulo XXVII - - Postos de Serviço - Art. 196º - Para obter licença necessária a construção do “Posto de Serviço”, deve o pretendente, comprovado a sua idoneidade, dirigir requerimento ao Prefeito, acompanhado do projeto, em duplicata, do local e construção projetada, contendo: a)- planta do terreno na escala de 1:100, com as indicações topográficas e revelando as obras que se fizerem mister à drenagem e ao esgotamento das águas sub terrâneas pluviais; b)- planta, na escala de 1:100, de todos os pavimentos; c)- projeções geométricas, na escala de 1:50, da fachada principal; d)- cortes longitudinais e transversais, na escala de 1:50; e)- pormenores que forem necessários a sua definição na escala de 1:25; f)- plantas, projeções de fachadas e cortes de tôdas as dependências, mas escalas acima referidas; g)- desenhos em plantas, cortes e vistas do todo e das partes dos aparelhos destinados própriamente ao fornecimento dos produtos e de seus reservatórios, com notas explicativas referentes as posições no pôsto de serviço e às condições de segurança e funcinamento.

§ 1º - Além das escalas, os prójetos deverão ser assinados por construtor, legalmente habilitado e devidamente cotados, não ultrapassando a diferença das dimensões dadas pela escala e pelas cotas de 10 centímetros.

§ 2º - As plantas dos Postos de Serviços, antes de aprovadas pela Prefeitura, deverão sempre ter o VISTO do Posto de Higiene.

Art. 197º - São requisitos essenciais aos “Postos de Serviço”, além dos previstos nêste Código: a)- que se conformem com os preceitos de estética, higiene e segurança, e com as condições especiais, para cada caso particular, estabelecidas pela diretoria Geral de Obras; b)- que tenham as edificações de material incombustíveis salvo o madeiramento do telhado e as esquadrias; c)- que tenham aparelhos destinados a venda de combustível liquido, possuam reservatórios subterrâneos, metálicos e herméticamente fechados que apenas se comuniquem com a tubagem imprecindivel ao funcionamento dos aparelhos e cuja capacidade máxima total seja de 5.000 millitros; d)- que, se assim o determinar a Diretoria Geral de Obras, sejam providos de instalações sanitárias franqueadas ao público; e)- que, quando situados dentro ou no extremo de quadras, tenham as edificações recuadas 6 metros do alinhamento da via ou vias públicas e separadas das propriedades lindeiras, laterais ou fundo, pela distância respectivamente de 7 a 12 metros, devendo o terreno livre ser convenientemente ajardinado; f)- que os aparêlhos destinados própriamente ao fornecimento dos produtos, sejam providos de medidores que mostrem, em filtros, precisamente, a quantidade vendida no ato, bem como de registradores dessas quantidades, sujeitos a qualquer momento à fiscalização da Prefeitura.

Art. 198º - A Prefeitura, a seu juizo, poderá dar em locação a terceiros, terrenos de domínio municipal, quer se trate de parte de logradouro público, quer sejam terrenos de seu patrimônio, para neles serem instalados Postos de Serviço. Pela locação do terreno ocupado pagará o contratante a remuneração que se estipular em contrato assentando-se a mesma em função das dimensões, da situação do imóvel e de quaisquer outros elementos que forem ajustados com o contratante.

Art. 199º - A licença para a construção e funcionamento dos “Postos de Serviços”, será objeto de contrato que as partes interessadas assinarem e em que se fixarão os recíprocos direitos e obrigações.

Art. 200º - Quando se tratar de “Postos de Serviços” instalados em logradouros, públicos ou em terrenos dominicais do Município, após espirado o prazo contratual, independentemente de qualquer indenização e livre de todo ônus reverterão ao patrimônio municipal as edificações, instalações e mais benfeitorias feitas no imóvel.

Art. 201º - Por conta do contratante, correrão as despesas de iluminação, serviços sanitários e, conveniente conservação do local, a juizo da Diretoria Geral de Obras.

Art. 202º - A Prefeitura, de acôrdo com o Conselho Nacional de Petróleo, fixará preços uniformes, para venda dos produtos pelos contratantes que são obrigados a fixá-los nos postos, por meio de anúncios, em locais manifestamente visíveis.

Art. 203º - Por qualquer irregularidade ou falha que seja constatada no funcionamento dos aparelhos e de que resulte ou possa resultar prejuizo ou ônus para o público, será imposta, ao contratante a multa de CR$ 500,00 que, em caso de reincidência, será elevada ao dobro.

Art. 204º - Os Postos de Serviço devem funcionar permanentemente e, a juizo da Prefeitura, se manterão abertos, continuamente, sendo que, entre 0 e 6 horas, poderão ser atendidos por um só empregado. A venda de combustiveis obedecerá, porém, ao horário que as autoridades determinarem.

Art. 205º - Nos Postos de Serviços, deverá ser mantida, durante a noite, a iluminação habitual que poderá, entretanto, após as 24 horas, ser diminuida.

Art. 206º - Os Postos de Serviço, quando sitos dentro ou no extremo de quadras, deverão ser separados da via ou vias públicas, por muros artísticos e, das propriedades não edificadas, por muros simples, com altura de, no mínimo, 1,80 metros.

Art. 207º - Nos Postos de Serviço, bem como nos muros a que se refere o artigo precedente, só serão permitidos anúncios luminosos, mediante licença da Prefeitura.

Art. 208º - Nenhum Pôsto de Serviço, salvo determinação especial da Prefeitura, poderá deixar de possuir os seguintes aparelhos: a) – balança de ar e água; b) – elevador e aço hidráulico; c) – compressôr de ar; d) – medidor de água da Prefeitura.

Art. 209º - No caso previsto pela letra (e), do artº 94, todos os requerimentos, para edificações de Postos de Serviço, devem ser enviados à repartição competente do município, que emitirá parecer sobre a estética do ajardinamento projetado.

Art. 210º - Os funcionários dos Postos de Serviço devem, nas horas de serviço, manter-se convenientemente uniformizados.

Art. 211º - Nos Postos de Serviço em que houver as instalações sanitárias as quais se refere a letra (d), do artº 206, serão estas permanentemente franquiadas ao público.

Art. 212º - As edificações e aparelhos dos Postos de Serviço deverão ser mantidos em bom estado de conservação e funcionamento e sempre que necessário, serão os seus responsáveis intimados, por escrito, pela Prefeitura, a executar os reparos de que carecem.

§ Único – No dia que exceder ao prazo fixado na intimação, será cominada a multa de CR$ 100,00.

Art. 213º - Devem os veículos operar, nos Postos de Serviço dentro das respectivas edificações ou área confinada ao “Posto”.

Art. 214º - Nenhum Posto de Serviço poderá ter, sob sua guarda, veículos de qualquer natureza, salvo se dispuserem oficina de reparos, quando poderão reter 5 veículos, no maximo.

Art. 215º - Os tanques para o depósito de gasolina nos Postos de Serviços em que houver abastecimento de gasolina, ou seus sucedâneos, não poderão ter, cada um capacidade superior a 10.000 litros.

Art. 216º - Nenhum Pôsto de Serviço será instalado a menos de 20 metros de outro já existente, Salvo motivo especial, a Juizo da Prefeitura.

Art. 217º - Quando houver justificada conveniência pública, poderá a Prefeitura, avisando 120 (cento e vinte) dias antes e independente de interpelação judicial, determinar a mudança de qualquer Pôsto de Serviço instalado em logradouro público ou em terreno de seu domínio, de um local para outro, indenizando os prejuizos causados, pela seguinte forma: Decorrido 1/4 do prazo do contrato – 2/3 do custo da obra; Decorrido 1/2 do prazo do contrato – 1/2 do custo da obra; Decorrido 3/4 do prazo do contrato – 1/4 do custo da obra.

Art. 218º - A infração das disposições dêste título, quando não esteja prevista pena especial, será punida com a multa de CR$ 500,00.

- Capítulo XVIII - - Garages - Art. 219º - Aprovado as garagens poderão manter aparelhos modernos aprovados pela Prefeitura, mas, exclusivamente, para o suprimento de conbustível e lubrificantes aos veículos de sua guarda ou que venham a sofrer reparos em suas oficinas.

Art. 220º - Para obter a licença necessária à instalação, nas garages, de aparelhos de tipo permitido, deverão os interessados requerer ao Prefeito, instruindo a petição com um projeto em duplicata que deverá conter: a)- planta do terreno na escala 1:100, com as indicações topográficas, revelando as obras que se fizerem mister à drenagem e ao esgotamento das águas subterrâneas e pluviais; b)- planta baixa, na escala 1:100; c)- projeções geométricas, na escala 1:50, da fachada principal; d)- planta de localização, na escala de 1:100, mostrando a posição da garage em relação a via pública e às propriedades lindeiras; e)- corte longitudinal, na escala de 1:50; f)- desenhos em planta, corte e vista do todo e das diversas partes dos aparelhos propriamente destinados à venda do produto, mostrando também a sua posição exata, no interior do edifício em que funcione a garage.

Art. 221º - As garages deverão satisfazer aos seguintes requisitos essenciais: a)- estarem de acôrdo com os preceitos de estética, higiene e segurança prescritos beste Código e no Código de Construções do Município; b)- terem as paredes externas e divisórias de alvenaria, o pizo impermeabilizado, o fôrro e a cobertura de material incombustivel, salvo o madeiramento do telhado. As esquadrias poderão também ser de madeira; c)- os aparelhos deverão satisfazer aos requisitos estabelecidos na letra (f) do artº 195º.

Art. 222º - Os aparelhos serão instalados no interior do edifício, de acordo com o que segue: a)- as colunas ficarão afastadas 6 metrso, no mínimo, do alinhamento da via pública e separadas do alinhamento das propriedades lindeiras, laterais e ao fundo, respetivamente, pelas distâncias de 7 a 12 metros; b)- as colunas poderão ficar afastadas 2 metros, no mínimo, das paredes externas e das de quaisquer oficinas existentes desde que satisfaçam o que dispõem a letra (a) deste artigo; c)- os tanques do combustivel por ventura existentes ficarão a não menos de 4 metros das paredes externas e das de quaisquer oficinas existentes.

Art. 223º - As garages poderão ter um tanque, para depósito de gasolina, junto à porta que dá saída a veículos, em lugar a ser determinado pela Prefeitura.

§ 1º - Nas garages existentes, a capacidade do tanque será, no máximo de 5.000 litros. § 2º - Nas garages que se estabelecerem, o tanque não poderá ter mais de 3.000 litros de capacidade.

§ 3º - Em cada tanque poderá ser colocada uma bomba.

Art. 224º - Quando as garages ficarem recuadas deve o terreno ser separado da via pública, por muros artísticos, bem como das propriedades lindeiras por muros simples, com altura não inferior a 1,80 m.

Art. 225º - O terreno livre, visto da rua, deverá ser convenientemente ajardinado.

Art. 226º - As garages que não satisfaçam as condições dêste código, não poderão ter depósitos, nem aparelhos para venda de gazolina ou óleo.

Art. 227º - Por qualquer irregularidade ou falha que seja constatada no funcionamento dos aparelhos e de que resulte ou possa resultar prejuizo ou dano para o público, será imposta ao proprietário da garage a multa de CR$ 500,00 elevada ao dôbro em caso de reincidência.

Art. 228º - Pela infração de qualquer dos dispositivos referentes a garages, quando não esteja prevista pena especial, será imposta ao infrator a multa de CR$ 500,00 elevada ao dôbro no caso da reincidência, depois do que poderá a Prefeitura caçar a licença para o seu funcionamento.

- Capítulo XXIX - - Bombas - Art. 229º - Nas zonas suburbanas e rural, não havendo Pôsto de Serviço em número suficiente, a Prefeitura permitirá a colocação, a título precário, de bombas para o fornecimento de gazolina ou óleo.

Art. 230º - As bombas deverão guardar, no mínimo, a distância de 20 metros uma das outras e ficarem afastadas dos Postos de Serviço pelo menos 200 metros.

§ Único – As bombas, quando houver no local corrente elétrica, deverão ser iluminadas.

Art. 231º - Para instalação de bombas, nas condições previstas neste Código deverão estar os interessados juntar em duas vias, com referências explicativas, quer quanto ao local exato em que a bomba deverá ser instalada, quer quanto à sua posição em relação às construções mais próximas ao alinhamento da via pública, e a outras e Postos de Serviços já existentes.

Art. 232º - As bombas não poderão ficar a menos de 3 metros de quaisquer edifícios e os tanques a menos de 4 metros.

Art. 233º - Como locação de logradouro Público, ou de terreno de domínio municipal, ocupado pelo aparelho, será cobrado o aluguel que se convencionar no contrato.

Art. 234º - Os interessados terão de assinar contrato, depositando a importância de CR$ 1.000,00 na ocasião da sua assinatura, como caução do seu fiel cumprimento.

Art. 235º - Para instalação das bombas, o prazo será de 3 mêses da data do contrato, findo o qual, ficará sem efeito a licença.

Art. 236º - A concessão para instalação será a título precário.

Art. 237º - Nas propriedades particulares, industriais, fabris e emprêsa de transporte, quando os respectivos proprietários quizerem instalar aparelhos de tipo permitido por lei para suprimento de gasolina e óleo a seus veículos ou máquinas, deverão requerer ao Prefeito a licença necessária, juntando: a)- planta do terreno na escala 1:100 com as indicações topográficas; b)- desenhos em plantas, corte e vista e das diversas partes do aparelho propriemente destinado ao fornecimento do produto, com referências explicativas das posições em relação aos próprios vizinhos, à via pública e às construções da mesma prpriedade.

Art. 238º - Só será permitida a instalação de bomba, de gazolina nas garages de Emprêsas de Transportes quando tenham no mínimo, 3 veículos de tração mecânica para transporte coletivo, devidamente registrados na repartição competente, e nos estabelecimentos industriais e fabrís para o transporte de cargas quando estiverem nas mesmas condições ou possuam máquinas que funcionem com êsse combustível ou utilizem gazolina para a sua indústria, cujo consumo diário seja equivalente ao de 3 veículos de tração mecânica.

Art. 239º - Os aparelhos serão instalados de acôrdo como o que se segue: a)- as bombas ficarão afastadas, no mínimo, 20 metros do alinhamento da via pública e separados das propriedades lindeiras, laterais e ao fundo, respectivamente, pelas distâncias de 7 a 12 metros; b)- as bombas ficarão afastadas das paredes de alvenaria de quaisquer construções na propriedade, 2 metros, no mínimo e das construções de madeira, o afastamento será, pelo menos, de 7 metros; c)- os tanques ficarão afastados 4 metros, no mínimo das paredes de quaisquer construções na mesma propriedade.

Art. 240º - Não poderá haver mais de um tanque, cuja capacidade máxima ultrapasse a 1.000 litros.

§ 1º - A cada tanque só poderá ser ligada uma bomba.

§ 2º - Da mesma forma poderão ser mantidos os tanques atualmente existentes nos estabelecimentos industriais, mas não poderão armazenar mais de 1.000 litros, ficando obrigados à limitação de capacidade os tanques novos que se ligarem.

Art. 241º - Aos proprietários que de acôrdo com o estabelecimento, digo, estabelecido nêste título, tiverem bombas de gazolina será imposta a multa de CR$ 500,00 se abastecerem veículos estranhos aos seus serviços, salvo motivos justificado.

§ Único – A multa será imposta ao dôbro no caso de reincidência, depois do que, a Prefeitura determinará a retirada do aparelho, sem direito a qualquer indenização.

- Capítulo XXX - - Da renda de inflamáveis no comércio - Art. 242º - Os comerciantes que, de acôrdo com a lei, desejarem negociar ou já negociam com inflamáveis, deverão requerer à Prefeitura a licença necessária.

Art. 243º - É condição essencial para que seja concedida a licença de que o artigo anterior, que possuam as respectivas casas, para os inflamáveis, um depósito especial, fechado, de alvenaria, distante, no mínimo, 7 metros de qualquer edificação, das propriedades lindeiras e da via pública.

§ 1º - A quantidade de inflamáveis que poderão ter em um depósito será, no máximo, de 50 caixas de gazolina e 50 de querozene, ou equivalente em outros inflamáveis, mesmo em tambores.

§ 2º - As casas que pelas dimensões do terreno não comportem o depósito especial de que trata êste artigo, ficarão dispensadas do mesmo, mas, neste caso, a quantidade que poderão armazenar será: a)- atacadistas, 10 caixas de gazolina e querozene ou equivalente de outros inflamáveis da mesma categoria, mesmo em tambores; b)- varejistas, 2 caixas de gazolina e 2 caixas de querozene ou equivalentes de outros inflamáveis da mesma categoria, mesmo em tambores.

§ 3º - As fábricas de tinta, artefatos de borracha e outros que empreguem na fabricação, digo, na preparação do produto gazolina, alcool, água-raz ou outros inflamáveis deverão obter na Prefeitura licença especial, em mencionarão as quantidades permitidas, as quais serão liberadas em cada caso, tendo em vista as necessidades de indústria, localização, instalações que possuem, etc...

Art. 244º - Quanto ao abastecimento de inflamáveis ao serviços públicos federais, estaduais e municipais, se procederá de acôrdo com o que fôr convencionado.

Art. 245º - Fica proibida a venda de gazolina despejada, seja em latas, caixas ou toneis.

Art. 246º - É vedada a instalação de aparelhos para o fornecimento de gazolina, nas residências particulares.

Art. 247º - O óleo e os combustíveis destinados à indústria serão fornecidos em caixas ou tambores de 20 litros, independente de armazenamento de depósito, especialmente construído.

- Capítulo XXXI - - Importadores - Art. 248º - Os importadores ficam sujeitos às normas seguintes: § 1º - Para verificação dos respectivos estoques, os importadores deverão comunicar à Prefeitura todo o movimento de entrada e saída de inflamáveis em seus depósitos. § 2º - A comunicação acima deverá ser feita até 24 horas após o armazenamento do mencionado produto. § 3º - Da mesma forma, de qualquer saída que se verificar diretamente dos depósitos aos importadores deverá ser feita idêntica comunicação, dentro do prazo acíma estipulado. § 4º - Para tais efeitos, a prefeitura fornecerá formulários de conformidade com que preceitúa êste Código.

Art. 149º - Os importadores não poderão contribuir de modo algum para que, se atingidos pela restrições dêste Código, venham a infringí-las, com auxílio ou facilidade de qualquer espécie.

Art. 250º - Sempre que a Prefeitura constatar a culpabilidade dos importadores na infração dos dispositivos legais, poderá aplicar-lhes a multa de CR$ 1.000,00 conforme o caso, e, quando essa cooparticipação atingir a uma reincidência máxima, a juizo do Prefeito, poderá ser repetida tantas vezes, quantas forem as infrações.

Art. 251º - Para se orientarem convenientemente, quanto as possibilidades de seus clientes, para aquisição de combustivel, poderão os importadores solicitar à Prefeitura, independente de envolvimentos, relação dos matriculados, com todos os dados indispensáveis ao controle.

- Capítulo XXXII - - Fiscalização - Art. 252º - Para exata fiscalização, de acôrdo com êste Código, aqueles que obtiverem licença para uso ou venda de inflamáveis, ficam obrigados a permitir a entrada dos fiscais da Prefeitura.

Art. 253º - Na contadoria da Prefeitura será organizado o cadastro de tôdas as pessoas e firmas comerciais habilitadas a adquirir combustível.

Art. 254º - O cadastro será feito mediante comunicação da Diretoria Geral de Obras ou mediante requerimento dirigido ao Prefeito e encaminhado à Contadoria, quando se tratar de casos simples, que independam da construção de depósitos.

Art. 255º - Da ficha constará o índice de possibilidade do interessado, bem como todos os suprimentos feitos mediante guias visadas pela Prefeitura por intermédio da Contadoria, a fim – de – que a fiscalização poderá constatar, em qualquer momento, se há excesso estabelecido pela possibilidade máxima.

Art. 256º - Em nenhuma edificação será permitida tanque de gazolina ou conservar êste combustível em depósito, qualquer que seja sem funcionamento, digo, acondicionamento, desde que os andares superiores se destinem a residências particulares, salvo quando forem separados por piso de cimento armado.

Art. 257º - Nenhuma propriedade provida de tanques em pleno funcionamento, poderá ter outro depósito de inflamáveis.

Art. 258º - É vedada a instalação de bombas que possuam tanques, aparelhos de canalização de qualquer espécie ou qualidade, distem mais de 4 metros do depósito propriamente dito.

Art. 259 – Nenhuma quantidade de gazolina ou outros inflamáveis poderá transitar pelas ruas da cidade sem a competente guía passada pela Prefeitura.

Art. 260º - A guía requisitada pelo vendedor da mercadoria deverá conter: a) – o nome do vendedor do produto; b) – o nome do comprador; c) – indicação do local a que se destina; d) – a qualidade e quantidade do produto; e) – a data da expedição.

§ Único – A falta de guía, além das penalidades impostas por êste Código, obriga a remover a carga para o depósito de onde proveio e, não sendo êste conhecido, ou designado, para onde a Prefeitura designar.

Art. 261º - O abastecimento dos Postos de Serviços, garages e bombas instaladas nas ruas, será feito por meio de carros tanques, de tipo aprovado, ou, por toneis, despejados sem contato com o ar exterior.

§ Único – O horário do abastecimento será feito nas horas de menor movimento.

Art. 262º - As casas que armazenarem a quantidade estabelecida neste capítulo, poderão fazer o abastecimento no vazilhame original.

Art. 263º - Fica vedada a permanência de toneis mesmo vazios, na via pública ou Pôsto de Serviço. Art. 264º - Pela infração de qualquer dispositivo do presente capítulo, para aqueles que usem ou negociem com inflamáveis, quando não esteja prevista a pena especial, será imposta a multa de CR$ 200,00, elevada ao dôbro em caso de reincidência.

- Capítulo XXXIII - - Das Pedreiras - Art. 265º - Nenhuma pedreira será explorada no Município sem autorização expressa da Prefeitura, salvo para o uso próprio.

Art. 266º - Além da pólvora de mina, nenhum outro explosivo poderá ser empregado na exploração de pedreiras.

Art. 267º - As explosões serão antecedidas do içar de uma bandeira em uma altura suficiente para ser vista a distância, e do toque de corneta ou sineta, repetidos com intervalo, por três vezes, de uma forma a avisar a vizinhança.

Art. 268º - Será interditada a pedreira ou parte da pedreira embora licenciada ou explorada de acôrdo com êste Código, desde que, posteriormente, se verifique que a sua exploração acarreta perigo ou dano à vida ou à propria propriedade, cabendo, neste caso, ao explorador o direito ao reembôlso dos impostos referente ao tempo não uzufruido.

- Capítulo XXXIV - - Da limpeza pública - Art. 269º - O serviço de limpeza das ruas, praças e logradouros públicos, será exercitado diretamente pela Prefeitura ou por concessão.

Art. 270º - O lixo será removido, diáriamente, em veículos apropriados, providos de dispositivos que evitem espalhar poeiras e emanações no ambiente.

Art. 271º - Só será permitido o depósito de lixo em recepientes metálicos, hermeticamente fechados.

Art. 272º - Enquanto a cidade não dispuser de fornos apropriados à incineração do lixo, ou câmaras de fermentação apropriada à sua transformação em humos, será o mesmo depositado fóra do perímetro urbano, em pontos indicados pela Prefeitura.

Art. 273º - Não serão considerados como lixo, os resíduos das fábricas e oficinas, os restos de materiais de construção, as matérias escremênticas e restos de materiais de forragem das cocheiras e estábulos, as palhas e outros resíduos das casas comerciais, bem como terra, folhas e galhos dos jardins e quintais particulares que serão removidos à custa dos respectivos inquilinos ou proprietários.

- Capítulo XXXV - - Das indústrias insalubres - Art. 274º - Dentro do perímetro da cidade e povoações, é expressamente proibída a instalação de cortumes, salgadeiros de couros, fábricas de velas, de sabão, de óleos, refinaria de cebo ou azeite, depósitos de sal em grande escala, quaisquer estabelecimentos industriais que, pela natureza dos produtos, pelas materias primas utilizadas, pelos combustiveis empregados, ou por qualquer outro motivo, possam prejudicar a saúde pública.

Art. 275º - O requerimento de licença para instalação de qualquer dos estabelecimentos citados no artº anterior deverá indicar pormenorizadamente os fins a que se destina o estabelecimento, natureza das matérias primas e combustíveis a serem empregados, local em que ficará situado e distância mínima em relação às habitações vizinhas.

Art. 276º - Recebido o requerimento, o Prefeito fará convite à autoridade sanitária Estadual, para se manifestar sôbre a conveniência da licença.

Art. 277º - No alvará de licença, far-se-á indicação precisa do local em que deverá funcionar o estabelecimento e da distância em que deverá o mesmo ficar das habitações vizinhas.

Art. 278º - A ninguém é permitido dentro da cidade e povoações do município, por couros a secar nas ruas e logradouros públicos, nem manter depósito dos mesmos, senão nos pontos préviamente designados pela Prefeitura.

Art. 279º - Não é permitido lavar e preparar fressuras, senão nas imediações do matadouro.

Art. 280º - Não é permitido, senão na distância de 800 metros das ruas e logradouros públicos, a instalação de estrumeiras ou depósitos em grande quantidade, de estrume animal não beneficiado.

Art. 281º - A infração de qualquer dos dispositivos dêste capítulo, será punida com a multa de CR$ 50,00 a CR$ 200,00.

- Capítulo XXXVI - - Dos cemitérios - Art. 282º - Os cemitérios serão estabelecidos em pontos elevados, isentos de inundações, atendida a direção dos ventos, afastados, tanto quanto possível, do centro da população.

Art. 283º - A área de cada cemitério será mudada digo, murada, quando possível nos cemitérios do interior do município, do contrário sejam fechados com arame farpado, do solo ao primeiro fio, 5cm; do 1º ao 2º, 8cm; do 2º ao 3º e 4º, 10cm; pelos portões e dividida em quadros numerados, contendo sepulturas e carneiras, reunidas em grupos, ou separadamente, segundo o melhor aproveitamento do terreno. Art. 284º - As sepulturas e carneiras terão largura e comprimento exigidos para cada caso e profundidade adequada à natureza e condições especiais do terreno, sendo, quando reunidas em grupos, separadas, umas das outras, por paredes de espessura mínima de 0,40, devendo ser de 0,22 a espessura mínima das paredes externas.

Art. 285º - Em todo cemitério haverá, sempre que possível, um necrotério, para guarda e depósito provisório dos cadáveres, que deverá ser construído em local conveniente e reservado.

Art. 286º - Deverá haver em cada cemitério, um ossário ou um local separado, onde sejam guardados ou enterrados, as ossadas retiradas das sepulturas, que não forem reclamadas pelas familias dos falecidos.

Art. 287º - Os restos mortais existentes nos ossários serão periódicamente, incinerados, devendo haver, nos cemitérios, fornos especiais para tal fim.

Art. 288º - Nenhuma construção de mausuléu, jasigo, ornamentos fixos ou obras de arte sôbre sepulturas ou carneiras, será feito sem a prévia licença da Prefeitura.

Art. 289º - Os cemitérios terão caráter secular e serão administrados pelas autoridades municipais, que os conservarão em perfeita ordem de limpeza, por intermédio de um zelador. É permitido a tôdas as confissões religiosas praticar nele os seus ritos. As associações religiosas poderão, na forma da lei, manter cemitérios particulares (artº 141 § 10º da Constituição Federal).

Art. 290º - É expressamente proibído manter ou colocar, fora dos cercados de Cemitérios, cruzes ou outros símbolos fúnebres.

- Capítulo XXXVII - - Das incinerações - Art. 291º - Sómente nos cemitérios será permitida a incineração de cadáveres humanos, ficando proibído os enterramentos nas igrejas conventos, colégios, fazendas e terrenos adjacentes.

Art. 292º - Nenhum enterramento será feito, sem que tenha sido apresentada, pelos interessados, certidão de óbito, passada pela autoridade competente.

Art. 293º - Na falta de certidão de óbito, o caso será logo comunicado à autoridade policial, ficando o cadáver no necrotério, pelo prazo de 24 horas, findas as quais será incinerado depois de convenientemente examinado.

Art. 294º - Se na certidão de óbito não constar a causa da morte e se houver sinais ou denúncias que a tornem suspeita, a incineração não será feita antes de levar- se ao conhecimento da polícia.

Art. 295º - Salvo em época de epidemia, nenhum cadáver será incinerado antes de decorridas 24 horas do falecimento, exceto quando a incineração for autorizada pelo médico.

Art. 296º - Qualquer que seja o motivo que obste um enterramento, nenhum cadáver permanecerá insepulto por mais de 48 horas.

Art. 297º - Os cadáveres abandonados à porta do cemitério, só poderão ser incinerados depois que um médico tenha procedido ao devido exame, devendo levar-se o fato ao conhecimento da polícia.

Art. 298º - É rigorosamente proibída a incineração de cadáveres em catacumbas de pessoas falecidas de moléstia epidêmica.

Art. 299º - As sepulturas mencionadas no artigo anterior, deverão ficar assinaladas com precisão, afim de evitar-se enganos.

Art. 300º - Ficam expressamente proibidos os enterramentos em vala comum, salvo os casos de epidemia.

Art. 301º - Os cemitérios permanecerão abertos, diáriamente, das 7 às 18 horas, devendo ficar depositados, no necrotério, os cadáveres que chegarem fora dêste horário.

Art. 302º - Nenhum cemitério poderá, por motivo de religião, recusar sepultura a qualquer cadáver, sob pena de ser o enterramento realizado pela polícia a requisição da Prefeitura ou interessados.

- Capítulo XXXVIII - - Das exumações - Art. 303º - Tôdas as exumações dependem de licença da Prefeitura.

Art. 304º - Nenhuma exumação se poderá fazer nos cemitérios, antes do decurso dos seguintes prazos: a) – 4 anos, tratando-se de sepultura comum; b) – 5 anos, tratando-se de catacumbas.

Art. 305º - Quando, antes dêsses prazos, houver necessidade de se abrir uma sepultura, será solicitado o concurso do D.E.S.

Art. 306º - As exumações procedidas pela polícia ou por ordem das autoridades judiciárias, serão efetuadas sob a direção de médicos, podendo a Prefeitura, se julgar necessário, fazer acompanhar o ato um seu representante.

Art. 307º - As sepulturas de pessôas falecidas de moléstias epidêmicas só poderão ser abertas, após o decurso de cinco (5) anos.

Art. 308º - As ossadas retiradas das sepulturas não poderão ficar expostas sôbre a terra devendo ser retiradas, digo recolhidas aos ossários geral ou ser sepultadas à medida que as desenterrarem, salvo se requeridas pelos interessados, ou familia dos falecidos.

Art. 309º - A infração dos casos previstos nêste capítulo, será punida com a multa de CR$ 200,00 a CR$ 500,00.

- Capítulo XXXIX - - Da extinção de formigas - Art. 310º - Devem ser extintos os formigueiros existentes no município.

Art. 311º - Qualquer pessôa poderá reclamar, da Prefeitura, providências contra as danificações que estejam causando-lhes as formigas, vindas dos quintais ou terrenos vizinhos, na cidade, vilas e povoados.

Art. 312º - Os proprietários dos quintais ou terrenos, onde existirem formigueiros, serão obrigados a extinguí-los.

Art. 313º - Os formigueiros existentes nas ruas, avenidas, praças e terrenos pertencentes ao município, ou a pessoas reconhecidamente miseráveis, serão extintos por conta da Prefeitura.

Art. 314º - Todo o proprietário ou arrendatário de terras, é obrigado a empregar digo, combater a formiga na área de terras que ocupa, na zona cultivada.

Art. 315º - Todo o proprietário ou arrendatário de terras, é obrigado a empregar todos os meios, ao seu alcance, para evitar produção de enxames pela formiga saúva ou mineira.

Art. 316º - Aos proprietários de terras que não tiverem recurso, será fornecido o material necessário, pelo município, sendo exigido, porém, dos mesmos, a execução dos trabalhos necessários.

Art. 317º - Se o arrendatário de terras não combater formigas nas terras que ocupa, as penalidades serão aplicadas ao sproprietários.

Art. 318º - Nos terrenos baldios da cidade, vilas e povoados, caso seus proprietários não se encontrem presentes, a Prefeitura mandará efetuar a extinção dos formigueiros existentes, debitando-se as despesas aos mesmos proprietários.

Art. 319º - Nas ruas da cidade, vilas e povoações, a extinção dos formigueiros correrá por conta da Prefeitura.

Art. 320º - O serviço de fiscalização e execução dêste Capítulo, será atribuído a quem o executivo determinar, devendo o encarregado de tal serviço, proidenciar no organização de turmas e aquisição de material. - Capítulo XL - Art. 321º - A caça e a pesca são reguladas por lei especial em todo o território nacional, a qual o município fará executar.

Art. 322º - Todos os animais existentes no País, tanto os domésticos como os silvéstres, são tutelados pelo Estado.

Art. 323º - Tôda a fauma, quer terrestre, quer aquática, pertence ao imóvel onde se abriga ou habita.

Art. 324º - Os proprietários dos imóveis são senhores absolutos de qualquer fauna que, nele habitar, porém, sujeitando-se às leis e regulamentos.

Art. 325º -Ninguem poderá caçar, pescar ou extrair mel silvestre em imóvel de domínio privado, cercado ou não, sem autorização de seu dono ou representante, ainda que esteja legalizado pelo regulamento de caça e pesca vigente.

Art. 326º - É permitida a caça de animais reconhecidamente nocivos, ao homem, aos animais domésticos e a agricultura, em qualquer época e independente de licença especial, por pessoas que possuam armas de caça legalizadas.

Art. 327º - São considerados animais nocivos ao homem e aos animais domésticos, as víboras e serpentes, as feras e as aves de rapina, e nocivos a agricultura, as lebres e outros roedores, bem como as aves que invadem as sementeiras.

Art. 328º - São animais protegidos pela lei, os insetivos, as aves canoras e as de beleza invulgar, e os de pequeno porte não considerados nocivos.

Art. 329º - A extinção do mel silvestre somente poderá ser práticada na estação de verão, até 15 de março, a fim de não prejudicar a produção, e por processo que não eliminem os enxames.

- Capítulo XLI - - Dos animais e sua proteção - Art. 330º - No perímetro urbano é proibído criar ou conservar sôlto animal de qualquer espécie, salvo determinadas exceções.

Art. 331º - Os animais encontrados sôltos, na via pública da cidade ou vila, serão recolhidos a lugar determinados pela Prefeitura e somente serão restituídos aos respectivos donos, após o pagamento da multa regulamentar, despesas ocasionadas com a apreensão e danos porventura causados.

Art. 332º - Se o proprietário não reclamar o animal apreendido, dentro de 8 dias, será vendido, mediante concorrência pública anunciada por edital, sendo o produto da venda, deduzidas as parcelas de multa, despesas de apreensão e concorrência, recolhido aos cofres municipais, onde ficará à disposição dos proprietários.

Art. 333º - Os animais daninhos, perigosos, imprestáveis para o trabalho e afetados de doenças incuráveis, que forem encontrados a vagar pelas ruas da cidade ou dos povoados do município, serão apreendidos e sacrificados.

Art. 334º - Não será permitida a exibição ou espetáculo de feras ou animais perigosos, na via pública, nem o transporte ou condução dos mesmos pelas ruas sem a devida cautela de segurança.

Art. 335º - Quem encontrar animal alheio em sua propriedade, comunicará, imediatamente, ao respectivo dono, que será obrigado a retirá-lo, dentro de 24 horas.

Art. 336º - Todos os proprietários, ou possuidores de animais, serão responsáveis pelos prejuizos ou danos que os mesmos causarem a terceiros.

Art. 337º - Desconhecendo o dono do animal, o proprietário invadido levará o fato ao conhecimento da autoridade competente que providenciará na retirada do animal invasor, dentro de 24 horas.

Art. 338º - Quando animais invadirem terras de cultura, os prejudicados levarão o fato ao conhecimento dos respectivos donos, que serão obrigados a indenizar os danos causados.

Art. 339º - Aos proprietários de terras invadidas por animais, é assegurado o direito de retê-los, para garantia de indenização dos danos ou prejuizos que sofrerem.

Art. 340º - Os danos praticados por animais, em terras de cultura, serão avaliados pela autoridade distrital ou por que éla indicar e intimados os proprietários dos animais, para indenização, dentro de 24 horas, e pagamento das despesas de detenção.

Art. 341º - Ninguém poderá matar, golpear ou mutilar qualquer orgão ou tecido de economia, exceto a castração, so para animais domésticos ou operações outras praticadas em benefício exclusivo do animal e as exigidas para a defesa do homem ou interesse científico.

- Capítulo XLII - - Dos jogos e carreiras - Art. 342º - Não se compreendem, na proibição de jogos de azar, as apostas de carreiras ou corridas a pé e outras semelhantes.

Art. 343º - Nenhuma corrida de cavalos terá lugar, aviso aos sub-prefeitos dos distritos, até 3 dias antes, declarando tôdas as cláusulas do respectivo contrato e pagamento dos impostos devidos, até a vespera da carreira.

Art. 344º - Os sub-prefeitos dos distritos serão obrigados a comparecer às carreiras para que forem avisados, ou mandar algum representaente legal.

Art. 345º - Quando a autoridade não comparecer, poderá, no entanto, realizar- se a carreira, se assim acordarem os contratantes.

Art. 346º - O sub-prefeito do Distrito ou seu representante legal, localizará as canchas, deixando, entre as balizas e ráias, espaço de 6 metros, no mínimo, de cada lado.

Art. 347º - O juiz será escolhido pelas partes e será a autoridade suprema da carreira.

§ 1º - As partes escolherão tambem, dois julgadores para o laço ou fim da corrida, e, para cada laço, mais um terceiro julgador que só se manifestará, se para uso fôr necessário, digo, convocado pelo juiz da carreira.

§ 2º - As partes, achando conveniente, nomearão também fiscais de percurso, quantos acharem necessários.

Art. 348º - Se surgirem dúvidas sôbre a sentença da carreira, o juiz ouvirá os julgadores e os fiscais de percurso e decidirá como pensar de justiça.

Art. 349º - A autoridade policial presente fará acatar a decisão do juiz.

Art. 350º - Não existindo ou não constando contrato, disposições especiais, serão observadas as seguintes: a)- aproximando-se a hora marcada, os interessados um ou dois juízes, para assistirem a pesagem dos corredores na balança que será posta proxima ao partidor; b)- à hora convencionada os animais serão levados para o partidor e enfreimados, retirando-se as pessoas que aí estiverem, a 5 metros do juiz de partidos; c)- na chegada, só serão permitidos os julgadores ficando os espectadores a 5 metros dêstes; d)- Só terão ingresso na zona de das corridas, as autoridades e os interessados na disputa, sendo êstes com a aquiecência do juíz; e)- estando os parelheiros no partidor, os assistentes não poderão atravessar a cancha, nem invadir a linha de balisas.

§ Único – Os infratores destas disposições, serão obrigados a retirar-se do campo, sob pena de multa de CR$ 50,00.

Art. 351º - O juíz só mandará os corredores montar, depois de saber dos contratantes a parada da aposta.

§ 1º - Considera-se parada, a quantia da aposta constante do contrato, quando os cavalos enfreiados.

§ 2º - As quantias jogadas, depois de feita a parada, consideram-se jôgo por fora, salvo quando, no momento de jogar, forem declaradas, acompanhando à parada ou jôgo morto.

Art. 352º - Se, no dia marcado para a corrida o tempo não permitir sua realização, ficará a mesma transferida para o primeiro dia em que a cancha estiver em condições, a juizo dos peritos nomeados pelos interessados, salvo ajuste prévio constante do contrato.

Art. 353º - Não será devolvido o imposto, se uma carreira ficar sem efeito, depois de feita a reunião, quando fôr adiada sem causa justificada.

Art. 354º - As partidas para a saída das corridas, obedecerão as seguintes condições: a)- o convite de partida será considerado aceito, sempre envultarem na baliza, encarados para os trilhos, isso ocorrendo, o juiz será obrigado à dar o sinal de partida; b)- o corredor que, nas condições acima, contar a partida, terá perdido a carreira; c)- o tempo para partida será de um quarto de hora, `a vontade dos corredores; d)- se um dos corredores agradecer o quarto à vontade, poderá permanecer apeado até o quarto obrigado, e se os dois agradecerem, será contado o início do quarto obrigado, não devendo mais sairem da área do jardeiro que será de 10 metros; e)- se no quarto à vontade suceder o que dispõem a letra “A” deste artigo, a corrida se realizará nesse tempo; f)- passando para o quarto obrigado, não poderão mais os corredores apear, salvo por acidente, podendo, neste caso, os interessados exigir em nova pesagem; o juiz descontará todo o tempo decorrido nessas condições; g)- vencido o quarto obrigado, o juiz fará dar mais três partidas, sendo uma no tranco, uma no trote e outra a galope; h)- se nessas últimas partidas, que não deverão demorar-se mais de 15 minutos, os corredores não se acertarem e as condições do contrato forem para o juiz sentenciar, livrando o cêpo, será considerado perdedor o cavalo que, nestas últimas partidas, cortar duas; i)- se o contrato não defender cêpo, o juiz mandará os corredores encepar seus cavalos; se conseguirem, dentro de 15 minutos, o juiz chamará os interessados pela carreira ou quem êsses designarem para pegar seus cavalos pelas rédeas e, dentro de 15 minutos, improrrogáveis mandará, digo, fará sair a carreira; j)- se os parelheiros, nesse último tempo, pararem, o juiz dará por perdida a carreira para o parelheiro mais inquieto; k)- no caso da letra acima, ou se um dos cavalos ficar parado, será perdida a carreira no partidor e as apostas feitas sem declaração de jogar na corrida, ficarão sem efeito, sendo perdidas as apostas que acompanharem a parada.

Art. 355º - O parelheiro que, saindo do trilho, roçar o contrário, tomar o trilho na frente, ou de qualquer maneira, prejudicá-lo na corrida, perderá a carreira: a)- todo o cavalo que abrir para o campo, ou rodar na frente, defenderá o jôgo, salvo se, no contrato, estípular as condições de assomar no laço de chegada; b)- corrida a carreira, os corredores aparecerão junto ao juiz de pesagem que os espera, próximo à balança que deverá estar no mesmo lugar, próximo ao partidor, onde se pesaram para correr; c)- os corredores, de volta da corrida em direção à balança, devem vir acompanhados pelos julgadores, que não deixarão pessôas estranhas aproximar-se deles; d)- o corredor que acusar mais de um quilo de diferença em seu pêso, terá perdido a carreira, se os dois tiverem diferença igual, a corrida será válida, e, perdida para quem acusar um quilo a mais da diferença de seu companheiro.

Art. 356º - Não será permitido levar cães em carreira. Aos infratores serão aplicadas as penas de multa de CR$ 100,00. a)- as infrações não previstas, serão aplicadas as multas de CR$ 100,00 a CR$ 200,00; b)- as carreiras realizadas, imediatamente ao desafio, não pagarão impostos, mas serão pelos mesmos dispositivos das contratadas.

- Capítulo XLIII - - Das águas - Art. 357º - As águas, sob a jurisdição municipal, dividem-se em três categorias: 1º - Águas públicas propriamente ditas, são as fontes, nascentes, correntes, lagos, lagoas e reservatórios públicos. 2º - Águas, de uso comum, são as que servem em comum a moradores de diversos prédios. 3º - Águas particulares, são poços, lagoas, lagos, colocados em um só prédio particular, e por êle exclusivamente cercado, e que não alimentam alguma corrente de outra propriedade.

Art. 358º - Quando uma corrente ou lago servir de divisa entre diversos prédios, o direito de cada um se estende a todo o comprimento de sua testada, até o limite que divide o álveo ao meio.

Art. 359º - Existindo ilhas ou ilhotas, no meio da corrente divisória a todos êsses proprietários, na proporção de suas testadas, até uma ilha que dividir em duas partes iguais.

Art. 360º - As que tiverem situadas entre a linha que divide o álveo ao meio e uma de suas margens, pertencem aos proprietários dessa marge, digo, dessa margem.

Art. 361º - As que se formarem pelo desdobramento de um novo braço de corrente, por obstrução do canal, tanto por obras natural, pertencem aos proprietários dos terrenos a custa dos que se formamram.

Art. 362º - Dentro de seus limites, os possuidores de prédios atravessados por correntes, poderão utilizar-se delas em seu proveito com tanto que, com isso, não resulte prejuizo aos prédios vizinhos, não alterando o ponto de saída das águas renascentes, para o prédio inferior, nem alterando as condições naturais e que o reflexo das mesmas águas não resulte em prejuizo dos prédios que lhe fiquem superiormente situados.

Art. 363º - Se o prédio é simplesmente banhado por correntes e as águas não são sobejas, far-se-á divisão das mesmas entre os donos dos prédios fronteiros, proporcionalmente à extensão dêstes e às suas necessidades.

Art. 364º -No caso do artigo anterior, cada proprietário marginal poderá fazer obras apenas na parte do alvéo que lhe pertencer.

Art. 365º - Para estancar as águas da parte, digo, da margem fronteira é preciso licença do lindeiro que poderá exigir indenização.

Art. 366º - O proprietário do prédio serviente, quando se aproveitar da obra feita, tornando-a comum, pagará a parte da outra que lhe aproveita.

Art. 367º - Os proprietários dos prédios inferiores são obrigados a receber as águas nascentes naturais e as fluviais, tendo direito à indenização, quando o seu curso fôr mudado por qualquer obra.

Art. 368º - Terá sempre preferência sôbre quaisquer outras, o uso das águas para as primeiras necessidades da vida quando êste assegurado ao público sôbre qualquer nascente ou corrente, se houverem caminhos públicos que se tornem acessíveis.

Art. 369º - Não havendo caminho público, os proprietários marginais não poderão impedir que os seus vizinhos aproveitem essas águas para os fins referidos com o direito a indenização se o trânsito pelo seu prédio lhe trouxer prejuizo.

Art. 370º - Essa servidão se dará, quando os ditos vizinhos não puderem obter águas de outras fontes, a não ser com maiores dificuldades ou que aquelas águas sejam de qualidade inferior.

Art. 371º - O direito de uso das águas referidas cessará, logo que as pessoas servidas possam haver a agual de que carecem de outras fontes, sem maiores dificuldades.

Art. 372º - Nos períodos de sêca, os proprietários de águas são obrigados a consentir que seus vizinhos deem de beber aos seus animais, ao menos uma vez por dia, mediante indenização.

Art. 373º - Essa indenização será paga de acôrdo com a tabela de seu pastoreio que êste Código dispõe.

Art. 374º - As águas publicas, ou das quais numa população se servir não poderão ser derivadas, ou usadas para quaisquer outras finalidades, se essa derivação ou uso trouxerem inconveniente ao público.

Art. 375º - Se se fizer a mudança da corrente por utilidades, quer particular ou pública, o prédio ocupado com a nova corrente deverá ser indenizado.

Art. 376º - A desapropriação de fontes, vertentes ou correntes só se poderá dar para serventiá pública.

Art. 377º - No caso de utilização de qualquer fonte ou corrente pela administração pública não é admissivel a ação possessória contra a administração, a qual só poderá ser condenada a indenizar o que lhe seja devido, se pelo opositor for exigido, mediante apresentação de seus títulos legais.

Art. 378º - Não é permitido construir currais ou pocilgas que, de qualquer maneira, atinjam as águas das quais os moradores dos prédios inferiores se servirem.

Art. 379º - Os proprietários marginais de águas ou dos prédios onde nascem vertentes, são obrigados a remover destas os restos dos animais e os objetos que tenham origem dos seus prédios e sejam nocivos a utilização das águas, pelos seus lindeiros ou aos moradores no curso inferior das águas.

Art. 380º - Se o objeto não tiver origem nos prédios marginais, sendo devido à acidentes ou ação natural das águas, havendo proprietário, será êste obrigado a fazer a remoção. Se não houver dono conhecido, remove-lo-á a administração à custa própria.

Art. 381º - Se os proprietários marginais não cumprirem a obrigação que lhes é imposta, nos artigos anteriores, serão passíveis de multas, estabelecidas por este Código e a administração fará a remoção dos objetos ou obstáculos à custa dos mesmos.

Art. 382º - Quem lançar propositadamente, restos de animais ou qualquer objeto nocivo às águas, nas fontes ou nascentes, além de ficar obrigado às disposições do presente Código, incorrerá em multa de CR$ 50,00 a CR$ 500,00.

Art. 383º - Na apreciação dêsses fatos para as respectivas sanções, deverá ser levado em conta o vulto do embaraço ou prejuizo causado, prevalecendo os costumes mais usuais nos casos não expostos nêste Código.

§ Único – Compete a município tomar tôdas as providências e medidas necessárias a manter as águas em estado que não venham a prejudicar a saúde pública.

- Capítulo XLIV - - Disposições Gerais e Finais - Art. 384º - Os grandes motores, recipientes, caldeiras, geradores à vapor, não poderão ser instalados a menos de 20 metros da vía pública, e, em hipótese alguma, em edifícios com andares superpostos.

Art. 385º - Huzinas, fábricas, oficinas, etc..., ficam obrigadas a adotar dispositivos especiais, apropriados, a evitar o desprendimento das fagulhas, gazes e emanações permiciosas.

Art. 386º - Fica terminantemente proibido, na zona urbana do município, das 22 horas da noite às 6 da manhã, o uso de apitos, buzinas, timpanos, matracas, trompas, cornetas, campaínhas e quaisquer outros instrumentos que perturbem o socego público, incluindo-se, na proibição os fogos de artifício ruidosos, tiros, arrebentação de minas, o transporte e descarga de objetos metálicos.

§ Único – Exetuam-se da proibição dêste artigo: a)- os tímpanos e sinetas dos veículos de assistência, Corpo de Bombeiros, e Polícia, quando em serviço; b)- as buzinas e tímpanos dos automóveis, quando usados para evitar algum choque ou atropelamento; c)- apitos dos rondas e guardas públicos; d)- os apelos de socorro.

Art. 387º - Nas igrejas, conventos e capelas, situados na zona urbana, os sinos não poderão tocar antes das 5 horas da manhã e depois das 22 horas, salvo os toques de rebate por ocasião de incêndio, inundações, noite de Natal e Ano Nôvo.

Art. 388º - Nas imediações dos hospitais, sanatórios, manicômios, casas de saúde, não será permitida, durante a noite, a realização de espetáculos ruidosos, retretas, batuques, nem o uso de foguetes, tiros e quaisquer festejos.

Art. 389º - Sem prévia licença da Prefeitura e fora dos pontos por ela designados, não é permitida na zona da cidade e povoações, a armação de palanques, tablados ou barracas de espetáculos ou divertimentos públicos.

Art. 390º - Nenhum espetaculo ou divertimento lucrativo, para o empresário, poderá realizar-se no município, sem licença da Prfeitura.

Art. 391º - Ninguem poderá, sob qualquer pretexto, transitar ou estacionar pelos passeios, conduzindo volumes que possam embaraçar o trânsito.

Art. 392º - Não é permitido rabiscar, escrever ou pintar nas portas e paredes dos prédios e no leito dos passeios e ruas.

Art. 393º - Os proprietários, locatários, arrendatários e ocupantes de prédios, ficam obrigados a extinção de insetos nocívos neles encontrados. Art. 394º - As infrações dos dispositivos dêste Capítulo serão punidas com a multa de CR$ 100,00 a CR$ 200,00.

Art. 395º - Por qualquer infração dêste Código, deverá ser ato contínuo, autuando o infrator pelo funcionário municipal que dela tomar conhecimento.

Art. 396º - De qualquer auto de infração caberá recurso para o Prefeito, no prazo de 10 dias.

Art. 397º - Ninguem poderá opor-se a que os agentes fiscais da Prefeitura inspecionem, durante o dia, de acôrdo com as formalidades da lei, o interior das casas, para verificar o cumprimento das posturas que lhe são relativas.

Art. 398º - O processo para a aplicação das multas e outras penalidades impostas por êste Código é o seguinte: a)- auto de infração, que será lavrado e assinado por qualquer funcionário municipal, e que conterá o dia, mês, ano, lugar em que a mesma foi cometida; o nome do contraventor, a multa ou qualquer outra pena imposta e assinatura de duas testemunhas; b)- fógo após a lavratura do auto, será o infrator imediatamente intimado e terá o prazo de 10 dias para apresentar defesa; c)- se a infração for por ato de desacato, injúria ou ofensa física, o funcionário municipal deverá lavrar o auto competente que será encaminhado a quem de direito.

Art. 399º - Confirmada a infração, será a respectiva multa cobrada pelos meios judiciais se o contraventor não preferir pagá-la amigavelmente.

Art. 400º - Os pais, tutores e curadores serão responsáveis pelo pagamento das multas impostas a seus filhos menores, tutelados ou curstelados.

Art. 401º - Fica salvo ao contraventor o direito de, em qualquer fase do processo, recolher a Tesouraria da Prefeitura a multa que lhe for aplicada, recebendo no ato plena e geral quitação.

Art. 402º - As autoridades municipais e seus agentes, poderão requisitar, em qualquer momento, força e auxílio necessário para cumprir as disposições dêste Código.

Art. 403º - Continuam em vigor tôdas as disposições, atos e decretos municipais não alterados ou revogados por esta Lei.

Art. 404º - Este Código entrará em vigor na data de sua publicação. Gabinete do Prefeito Municipal de Soledade, em primeiro de julho do ano de mil novecentos e cincoenta e dois. CEZAR DOS SANTOS ORTIZ Prefeito Municipal