SECRETARIA DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS HÍDRICOS

PROGRAMA ÁGUA DOCE

FASE III - DIAGNÓSTICO SOCIOAMBIENTAL E TÉCNICO

MUNICÍPIO DE LAGOA DA CANOA

Contrato N°005/2013

Execução

DEZEMBRO/2013

REALIZAÇÃO DE DIAGNOSTICO E ATIVIDADES DE PLANEJAMENTO PARA RECUPERAÇÃO DE SISTEMAS DE DESSALINIZAÇÃO PELO PROGRAMA AGUA DOCE EM COMUNIDADES DO SEMIÁRIDO ALAGOANO

Sumário

1. INTRODUÇÃO ...... 2 2. APRESENTAÇÃO ...... 5 3. DIAGNÓSTICO DO MUNICÍPIO DE LAGOA DA CANOA ...... 6 3.1. Histórico do Município ...... 7 3.2. Diagnóstico Ambiental Simplificado ...... 7 4. COMUNIDADES DIAGNOSTICADAS PELO PAD ...... 8 ANEXO I – QUESTIONÁRIOS SOCIOAMBIENTAL, OBRA CIVIL E/OU DESSALINIZADOR...... 11

REALIZAÇÃO DE DIAGNOSTICO E ATIVIDADES DE PLANEJAMENTO PARA RECUPERAÇÃO DE SISTEMAS DE DESSALINIZAÇÃO PELO PROGRAMA AGUA DOCE EM COMUNIDADES DO SEMIÁRIDO ALAGOANO

1. INTRODUÇÃO

O Programa Água Doce (PAD) é uma ação do Governo Federal coordenada pelo Ministério do Meio Ambiente, por meio da Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano que, em parceria com instituições federais, estaduais, municipais e da sociedade civil, atua implantando e recuperando sistemas de dessalinização em comunidades que sofrem com elevados déficits hídricos.

O PAD tem como base as experiências adquiridas pelo Programa Água Boa, que foi formulado em 1996 sob coordenação técnica a Universidade de Campina Grande objetivando instalar dessalinizadores na região do semiárido, porém sem atentar para a destinação do concentrado resultante do processo de dessalinização, para a manutenção preventiva e gestão dos sistemas, causando, além de impactos ambientais, redução da qualidade da água distribuída e desativação de sistemas por ausência de gestão adequada.

O lançamento do Programa ocorreu em 2004 tendo como objetivo o “estabelecimento de uma política pública permanente de acesso à água de boa qualidade para o consumo humano, promovendo e disciplinando a implantação, a recuperação e a gestão dos sistemas ambiental e socialmente sustentáveis, para atender, prioritariamente, as populações de baixa renda em localidades difusas no semiárido” (BRASIL, 2010 a).

O PAD se fundamenta em algumas premissas básicas de contexto mundial e nacional:  O compromisso do governo federal de garantir, à população de semiárido, o acesso à água de boa qualidade;  A Declaração do Milênio, que apresenta como meta atender, até 2015, metade da população sem acesso permanente e sustentável à água potável;  O Capítulo 18 da Agenda 21, que orienta a manutenção de oferta adequada de água de boa qualidade, o desenvolvimento de fontes novas e alternativas de abastecimento de água, como dessalinização e reciclagem, e a delegação às comunidades e indivíduos beneficiados da responsabilidade pela implementação e funcionamento dos sistemas de abastecimento de água;  A deliberação da I Conferência Nacional do Meio Ambiente, que propõe a elaboração e implementação de um plano de ação nacional de combate à desertificação, que promova programas e projetos de dessalinização da água de

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poços artesianos em comunidades afetadas pela estiagem, com o treinamento das pessoas atendidas e aproveitamento sustentável dos rejeitos da atividade;  As premissas da Declaração do Semiárido, que são: a conservação, o uso sustentável, a recomposição ambiental dos recursos naturais e o acesso à água.

Para atender à proposta de reduzir os impactos ambientais causados pelo processo de dessalinização e dar sustentabilidade aos sistemas, o Programa integrou à sua estrutura física tanques de contenção do concentrado, e à sua metodologia de ação trabalhos de mobilização social, sustentabilidade ambiental e sistemas de dessalinização, formando assim os componentes do PAD.

O Programa trabalha com dois tipos de sistemas, dependendo dos recursos financeiros e áreas disponíveis. Assim, são denominados sistemas simples, quando a estrutura é composta por reservatórios de água bruta e água potável, dessalinizador, chafariz e tanques de contenção, conforme apresentado na Figura 1; e Unidades Demonstrativas, quando o tanque de contenção do concentrado é aproveitado para criação de peixe, cuja espécie utilizada atualmente é a tilápia (Oreochromis sp.), atingindo uma produção média de 700 kg a cada ciclo de 4 meses.

O resíduo da piscicultura é utilizado para irrigação do cultivo de Atriplex nummularia, conhecida como erva-sal, devido à sua habilidade de retirar parte de sal da água. Por fim, essa planta é utilizada para alimentação de caprinos e ovinos devido ao seu elevado teor proteico fechando o sistema integrado. Diante desses objetivos, a área de atuação do PAD corresponde aos territórios abrangidos pelo Semiárido brasileiro, o qual, conforme o Grupo de Trabalho - GTI composto em 2004 pela Portaria Interministerial no6 assinada pelo Ministério da Integração Nacional e Ministério do Meio Ambiente, é definido adotando-se os seguintes critérios: . Precipitação pluviométrica média anual inferior a 800 milímetros; . Índice de aridez de até 0,5, calculado pelo balanço hídrico, que relaciona a precipitação e a evapotranspiração potencial, no período de 1961 e 1990; e . Risco de seca maior que 60%, tomando-se por base o período entre 1970 e 1990. A problemática dessa região é amplamente conhecida, marcada especialmente pelos períodos de seca acompanhados por medidas mitigadoras emergenciais historicamente adotadas que, apesar de necessárias, são ineficientes para uma resolução sustentável do abastecimento de água para a população rural de comunidades difusas -

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onde as conseqüências da estiagem se tornam mais intensas devido tanto à sua localização distante de áreas atendidas por adutoras coletivas de abastecimento de água, como também por suas atividades socioeconômicas serem totalmente vinculadas e, com isso, dependentes das condições do ambiente natural. O acesso à água dessas localidades é feito especialmente via soluções alternativas coletivas sem rede – carros-pipa e chafarizes – e soluções alternativas individuais – poços particulares, cisternas ou coleta de água em rios e açudes. Em Alagoas, 38 municípios compõem a região, localizados na parte oeste e representando 48% do território alagoano.

Figura 1 – Municípios inseridos no Semiárido Alagoano

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2. APRESENTAÇÃO

A metodologia do Programa Água Doce é baseada em uma seqüência de ações que são desenvolvidas de forma integrada entre seus diferentes componentes.

Uma vez que o Programa busca atender as áreas consideradas mais críticas, especialmente quanto aos aspectos de desenvolvimento social e acesso à água em quantidade e qualidade adequada para o consumo, alguns indicadores são agrupados e utilizados para identificar os municípios que apresentam os piores resultados, se tornando prioritários para direcionamento das ações. Os indicadores utilizados para isso são: menores índices pluviométricos, menor Índice de Desenvolvimento Humano municipal, maior índice de mortalidade infantil e ausência ou dificuldade de acesso a outras fontes de abastecimento de água.

Segundo a metodologia estabelecida pelo Programa Água Doce (PAD), foi realizado o mapeamento das comunidades junto às prefeituras locais, um levantamento secundário das características socioambientais da área de abrangência dos diagnósticos, e a preparação logística de campo.

Três equipes compostas por técnicos responsáveis pelo diagnóstico socioambiental, das obras civis, e do dessalinizador foram a campo fazer o levantamento dos dados primários, através de aplicação dos questionários, levantamento de coordenadas geográficas dos principais pontos da comunidade, como escola, posto de saúde, poço artesiano, e acervo fotográfico dos mesmos. As equipes de campo contaram com o apoio dos gestores municipais e guias locais para acompanhá-los durante as visitas técnicas.

Diante das informações coletadas, a GAMA ENGENHARIA E RECURSOS HÍDRICOS LTDA. apresenta o diagnóstico sócio ambiental e técnico do município de Lagoa da Canoa, referente às atividades constantes do contrato N°. 005/2013 – GAMA ENGENHARIA/SEMARH, com o objeto “Realização do diagnostico e atividades de planejamento para recuperação de sistemas de dessalinização pelo Programa Água Doce em comunidades do Semiárido Alagoano”.

O conteúdo deste documento está organizado em grandes temas, como:

 Diagnóstico do Município de Lagoa da Canoa;  Comunidades Diagnosticadas pelo PAD Alagoas;  Anexo I – Questionários Socioambiental, Obra civil e/ou Dessalinizador.

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3. DIAGNÓSTICO DO MUNICÍPIO DE LAGOA DA CANOA

O município de Lagoa da Canoa está localizado na região central do Estado de Alagoas, com população estimada em 2010 é de 18.250 habitantes, está situada a uma altitude aproximada de 290 m acima do nível do mar. Está localizado na região central do Estado de Alagoas, limitando-se a norte com o município de Craíbas, a oeste com , a leste com e e a sul com Campo Grande. O acesso a partir de Maceió é feito através das rodovias pavimentadas BR-316, BR-101, AL-220, AL-115 e AL-485.

Figura 2 - Localização do município de LAGOA DA CANOA/AL. Fonte: Google Maps.

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3.1. Histórico do Município

O município de Lagoa da Canoa registra suas origens na história recente de Alagoas.

No local onde foi construída a cidade de Lagoa da Canoa existia apenas uma pequena lagoa. Em 1842, dois casais chegaram à região, construíram casas e começaram a plantar e a criar gado. Parte daí a colonização do município. O nome do município veio do costume dos moradores de pescar de canoa na lagoa local.

Quando Arapiraca se tornou município, Lagoa da Canoa passou a ser um povoado, mas com grande importância no contexto político, econômico e social. Servia como ponto de apoio na estrada que ligava Arapiraca a e Girau do Ponciano. Além disso, as fazendas de café geravam emprego e renda.

Com a emancipação, Lagoa da Canoa revigorou sua importância econômica. Foi transformada em município autônomo em 28 de agosto de 1962.

3.2. Diagnóstico Ambiental Simplificado

População: 18.250 (Censo 2010)

Área Total: 88,450 km²

Densidade Demográfica: 206,33 hab/km²

Bioma: Caatinga

Clima: Apresenta clima quente e seco, com temperaturas entre 22°C e 33°C.

Solo: Nos patamares compridos e baixas vertentes do relevo suave ondulado ocorrem os Planossolos, mal drenados, fertilidade natural média e problemas de sais; topos e altas vertentes, os solos Brunos não Cálcicos, rasos e fertilidade natural alta; topos e altas vertentes do relevo ondulado ocorrem os Podzólicos, drenados e fertilidade natural média e as elevações residuais com os solos Litólicos, rasos, pedregosos e fertilidade natural média.

Recursos Hídricos Superficiais: O município de Lagoa da Canoa é banhado em suas porções norte e centro, por afluentes da bacia do Rio Jurubeba, que banha o vizinho município de Arapiraca. O sul é banhado por afluentes secundários do Riacho Boa Cica. O padrão de drenagem predominante é o dendrítico. O sistema fluvial deságua no Rio São Francisco.

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4. COMUNIDADES DIAGNOSTICADAS PELO PAD ALAGOAS

A Gama Engenharia realizou o diagnóstico sócio ambiental de 2 comunidades na zona rural do município de Lagoa da Canoa. Nesse diagnóstico foi possível identificar a situação de abastecimento de água, saneamento, educação, renda familiar, entre outros. A equipe de engenharia também esteve presente nos diagnósticos, analisando a situação dos poços ativos, desativados ou obstruídos, além de verificar a existência de dessalinizadores nas comunidades.

Dentre as comunidades visitadas, todas possuem poço artesiano perfurado.

Nas comunidades visitadas foi realizado um diagnóstico contendo as informações primárias levantadas em campo a respeito da dificuldade de acesso à água, caracterização de cada comunidade, resultado das análises de solo, fotografias e mapas indicando a localização dos pontos georreferenciados.

A seguir são apresentados o mapa de localização das comunidades junto à sede do município de Lagoa da Canoa, e os diagnósticos completos de cada comunidade.

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9 MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE (MMA)

PROGRAMA ÁGUA DOCE (PAD)

SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS HÍDRICOS DO ESTADO DE ALAGOAS (SEMARH)

NÚCLEO ESTADUAL DO PROGRAMA ÁGUA DOCE NO ESTADO DE ALAGOAS

DIAGNÓSTICO DE COMUNIDADES – LAGOA DA CANOA

COMUNIDADE: BARRO VERMELHO

TÉCNICOS RESPONSÁVEIS:

 CAMILO AUGUSTO PINTO DE OLIVEIRA  TAYCE CRYSTINA FARIAS DE CERQUEIRA

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1. IDENTIFICAÇÃO E LOCALIZAÇÃO

MUNICÍPIO: LAGOA DA CANOA

COMUNIDADE: BARRO VERMELHO

COORDENADAS: LAT: S9° 44’ 39.4’’ LONG: W36° 45’ 10.9’’

VISITA TÉCNICA REALIZADA EM: 14/11/2013

A comunidade Barro Vermelho está situada a 9 km ao norte da sede do Município Lagoa da Canoa. Saindo da Secretaria de Agricultura Municipal (LAT S9° 49' 42,1'' LONG W36° 44' 04,9''), seguir em direção à rodovia AL-115 (saída da cidade) cruzando a mesma (LAT S9° 49' 15,6'' LONG W36° 43' 57,1'') e seguindo em frente por uma estrada rural não pavimentada de fácil acesso. Após cerca de 5 km, haverá uma bifurcação (LAT S9° 46' 49,0'' LONG W36° 45' 00,0''), seguindo pela direita na mesma e rodando mais 2,7 km onde haverá um cruzamento (LAT S9° 45' 32,8'' LONG W36° 44' 41,1''), onde deve-se seguir em frente. Após 650 m, terá início a comunidade.

As coordenadas geográficas apresentadas nesse relatório foram obtidas no momento da realização do diagnóstico, utilizando-se um GPS da marca Garmin, modelo etrex10. O programa utilizado para descarregar os pontos e trajetos do GPS foi o Garmin BaseCamp versão 4.2.1. Os mapas apresentados neste diagnóstico foram elaborados com o programa Arcview 10.0.

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2. DIAGNÓSTICO SOCIOAMBIENTAL

2.1. CARACTERIZAÇÃO DA COMUNIDADE

As informações sobre a comunidade foram transmitidas pelo morador Jânio Francisco dos Santos, cujo resumo é apresentado a seguir:

 NÚMERO DE FAMÍLIAS: 500 famílias com aproximadamente 2500 habitantes.

 ESCOLA: A Escola Municipal Deputado José Bernardo Neto que atende as crianças pela manhã no ensino fundamental, e a tarde funciona o Peti. O abastecimento de água da escola é realizado através do caminhão pipa.

 POSTO DE SAÚDE: Os moradores se consultam no posto de saúde do Barro Vermelho (PSF II- Mata Limpa) uma vez por semana, onde o médico e enfermeira estão presentes para realizar atendimentos no local. O abastecimento de água do posto de saúde é realizado pelo caminhão pipa.

 FATORES SOCIOCULTURAIS:

 De acordo com os moradores o agente de saúde visita as residências apenas para pesar as crianças.

 Na comunidade não há nenhuma forma de trabalho ou organização comum, cuja renda seja revertida para a comunidade.

 Os moradores se reúnem uma vez por mês na escola da comunidade para discutir assuntos de interesse comum.

 Na comunidade está em andamento de projeto social de implantação de cisternas para algumas famílias cadastradas no programa federal.

 PRINCIPAIS ATIVIDADES PRODUTIVAS: A principal atividade produtiva da comunidade é a agricultura de subsistência, com o cultivo do milho, feijão, macaxeira e fumo.

 OUTRAS FONTES DE RENDA: A comunidade recebe o auxílio dos programas Bolsa Família e Bolsa Estiagem.

As demais informações sobre os aspectos socioeconômicos estão detalhadas no diagnóstico (Anexo I).

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 DADOS SOBRE A INFRAESTRUTURA:

 Rede coletora de esgoto: Não há rede coletora de esgoto, o mesmo é disposto a céu aberto.

 Instalações sanitárias: As residências possuem instalações sanitárias.

 Armazenamento de água: A água é armazenada em cisternas fechadas.

 Solução individual para os efluentes do banheiro: Apenas os efluentes do vaso sanitário são encaminhados para fossa.

 Solução individual para os demais efluentes: Os efluentes são dispostos nos quintais das casas, a céu aberto.

 Destinação dos resíduos sólidos: Não há coleta pública de lixo pública. O lixo é queimado nos quintais pelos moradores.

 Energia elétrica: Há energia elétrica em todas as casas, com rede de distribuição monofásica.

 ASPECTOS GERAIS ENTRE MORADORES E DOMICÍLIOS:

 Criação de animais: Os animais como bovinos e aves são criados confinados próximos às residências.

 Casos de diarreia e problemas de pele: Os moradores apresentam problemas de pele. Há registro de casos de diarreia nos últimos meses.

2.2. RECURSOS HÍDRICOS E SANEAMENTO BÁSICO

 FORMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA: A principal fonte de abastecimento de água é o caminhão pipa que abastece seis vezes por semana as cisternas cadastradas das residências da Sra. Claudete da Silva Santos e da Sra. Wagna.

 TRATAMENTO DA ÁGUA: Os moradores tratam a água com hipoclorito de sódio distribuído pelos agentes de saúde.

 AÇUDES, BARREIROS E/OU OUTROS: Não há na comunidade.

 POÇO: Sim /Tubular e Obstruído.

 DESSALINIZADOR: Há um dessalinizador.

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 PREVISÃO DE CHEGADA DE OUTRAS FONTES HÍDRICAS: Não há previsão de chegada de outras fontes no local.

 REGRAS DE USO E ACESSO Há regras quanto ao acesso da água distribuída. Cada família tem direito a 02 tambores de água que comporta 200 litros por semana.

3. DIAGNÓSTICO TÉCNICO DO DESSALINIZADOR E DO POÇO

3.1. DIAGNÓSTICO DO POÇO

O poço da comunidade Barro Vermelho encontra-se obstruído há cerca de 10 anos. No local em volta do poço foi encontrado lixo e entulho. Com total aspecto de abandono, a área do poço está completamente tomada pelo mato, sendo necessário o uso de ferramentas para retirar o mato e poder chegar até o poço.

Ao redor do poço existe uma estrutura de proteção medindo cerca de um metro de altura, construída com tijolos que servia para a sua proteção. Não há tampa no poço e a sua obstrução pode ser observada a cerca de um metro de profundidade.

O poço foi perfurado em área pertencente à comunidade e está situado ao lado do posto de saúde e perto da escola e de algumas casas.

3.2. IDENTIFICAÇÃO DO DESSALINIZADOR

O dessalinizador que foi encontrado nesta comunidade tem mais de 20 anos de idade e encontra-se totalmente destruído. O abrigo também se encontra em péssimo estado de conservação, tornando necessária sua demolição para evitar futuros acidentes.

4. GEORREFERENCIAMENTO DE PONTOS RELEVANTES (WGS 84)

INSTALAÇÕES LATITUDE LONGITUDE Início da localidade S9° 45’ 13.2’’ W36° 44’ 43.0’’ Igreja S9° 45’ 09.4’’ W36° 44’ 45.6’’ Posto de saúde S9° 44’ 40.0’’ W36° 45’ 11.0’’ Escola S9° 44’ 39.4’’ W36° 45’ 10.9’’ Poço S9° 44’ 40.4’’ W36° 45’ 10.5’’ Abrigo S9° 44’ 40.3’’ W36° 45’ 10.6’’ Final da localidade S9° 44’ 33.9’’ W36° 45’ 10.6’’

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5. ATORES LOCAIS:

Jânio Francisco dos Santos- Morador/Operador do dessalinizador

Contato: (82) 9951-6167/9610-1289

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS:

A comunidade de Barro Vermelho está localizada a 9 Km da sede do município de Lagoa da Canoa e possui 500 famílias com aproximadamente 2.500 habitantes.

A Escola Municipal Deputado José Bernardo Neto tem o ensino fundamental e atende as crianças da região, no turno da tarde funciona o Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI). Os demais alunos do ensino médio se deslocam com o transporte escolar disponibilizado pela prefeitura, para a comunidade Lagoa da Canoa.

O Posto de Saúde do Barro Vermelho (Apoio PSF II- Mata Limpa) funciona uma vez por semana e possui enfermeira e médico que prestam serviço a população no local.

A principal fonte de abastecimento de água da comunidade é o caminhão pipa que abastece seis vezes por semana as cisternas cadastradas das residências da Sra. Claudete da Silva Santos e da Sra. Wagna.

As famílias trabalham na agricultura com o cultivo de milho, feijão, fumo e macaxeira. Além disso, recebem o auxílio dos programas Bolsa Família e Bolsa Estiagem.

As famílias se reúnem uma vez por mês na escola da comunidade para discutir sobre o andamento de programas federais.

Durante a visita dos técnicos na comunidade, foi encontrado um dessalinizador que estava desativado desde a gestão do prefeito Lauro Fonseca. O operador do dessalinizador era o Sr. Jânio Francisco dos Santos, e o poço fica localizado em área comunitária. Quando o dessalinizador funcionava, as famílias retiravam água diariamente e a energia era paga pela prefeitura no local.

Há energia elétrica em todas as casas, com rede de distribuição monofásica.

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7. RECOMENDAÇÕES:

Levando em consideração o fato de existir água encanada na comunidade, assim como a precária situação em que o poço se encontra e principalmente a obstrução identificada no mesmo, recomenda-se a realização de uma ação juntamente à CASAL a fim de melhorar a regularidade no abastecimento de água nesta comunidade, cujo fornecimento tem sofrido severas críticas pela população.

8. DOCUMENTAÇÃO FOTOGRÁFICA DO DIAGNÓSTICO

Foto 01 – Aspecto geral da Foto 02 – Aspecto geral da comunidade. comunidade.

Foto 03 – Igreja. Foto 04 – Escola.

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Foto 05 – Posto de saúde. Foto 06 – Abrigo do dessalinizador.

Foto 07 – Dessalinizador. Foto 08 – Poço.

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE (MMA)

PROGRAMA ÁGUA DOCE (PAD)

SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS HÍDRICOS DO ESTADO DE ALAGOAS (SEMARH)

NÚCLEO ESTADUAL DO PROGRAMA ÁGUA DOCE NO ESTADO DE ALAGOAS

DIAGNÓSTICO DE COMUNIDADES – LAGOA DA CANOA

COMUNIDADE: FOLJA MIÚDA DE BAIXO

TÉCNICOS RESPONSÁVEIS:

 CAMILO AUGUSTO PINTO DE OLIVEIRA  TAYCE CRYSTINA FARIAS DE CERQUEIRA

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1. IDENTIFICAÇÃO E LOCALIZAÇÃO

MUNICÍPIO: LAGOA DA CANOA

COMUNIDADE: FOLHA MIÚDA DE BAIXO

COORDENADAS: LAT: S9° 43’ 42.4’’ LONG: W36° 46’ 11.6’’

VISITA TÉCNICA REALIZADA EM: 14/11/2013

A comunidade Folha Miúda de Baixo está situada a 6 km ao norte da sede do Município Lagoa da Canoa. Saindo da Secretaria de Agricultura Municipal (LAT S9° 49' 42,1'' LONG W36° 44' 04,9''), seguir em direção à rodovia AL-115 (saída da cidade) cruzando a mesma (LAT S9° 49' 15,6'' LONG W36° 43' 57,1'') e seguindo em frente por uma estrada rural não pavimentada de fácil acesso. Após cerca de 5 km, haverá uma bifurcação (LAT S9° 46' 49,0'' LONG W36° 45' 00,0''), seguindo pela direita na mesma após 2,7 km haverá um cruzamento (LAT S9° 45' 32,8'' LONG W36° 44' 41,1''), onde se deve seguir em frente. Após 2 km, entra à esquerda (LAT S9° 44' 40,3'' LONG W36° 45' 11,1'') e a comunidade se inicia após mais 2 km.

As coordenadas geográficas apresentadas nesse relatório foram obtidas no momento da realização do diagnóstico, utilizando-se um GPS da marca Garmin, modelo etrex10. O programa utilizado para descarregar os pontos e trajetos do GPS foi o Garmin BaseCamp versão 4.2.1. Os mapas apresentados neste diagnóstico foram elaborados com o programa Arcview 10.0.

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2. DIAGNÓSTICO SOCIOAMBIENTAL

2.1. CARACTERIZAÇÃO DA COMUNIDADE

As informações sobre a comunidade foram transmitidas pelo morador José de Brito Filho, cujo resumo é apresentado a seguir:

 NÚMERO DE FAMÍLIAS: 80 famílias com aproximadamente 400 habitantes.

 ESCOLA: Há uma Escola Municipal do Povoado Folha Miúda que atende as crianças e do ensino infantil até o 5º ano. A escola é abastecida pelo caminhão pipa.

 POSTO DE SAÚDE: Os moradores se consultam uma vez por semana com médico e enfermeira no posto de saúde da comunidade. O abastecimento de água do Posto é realizado através do caminhão pipa.

 FATORES SOCIOCULTURAIS:

 O esclarecimento sobre a importância de procedimentos de higiene e saneamento básico é passado pelo agente de saúde que visita as residências uma vez por mês aferindo a pressão arterial dos moradores, distribuindo hipoclorito de sódio e pesando as crianças.

 Na comunidade não há nenhuma forma de trabalho ou organização comum, cuja renda seja revertida para a comunidade.

 Os moradores não costumam se reunir na comunidade para discutir assuntos de interesse comum.

 Na comunidade está em andamento de projeto social de construção de casas para contemplação de algumas famílias cadastradas no programa.

 PRINCIPAIS ATIVIDADES PRODUTIVAS: A principal atividade produtiva da comunidade é a agricultura de subsistência, com o cultivo do milho, macaxeira e feijão.

 OUTRAS FONTES DE RENDA: A comunidade recebe o auxílio dos programas Bolsa Família e Garantia Safra.

As demais informações sobre os aspectos socioeconômicos estão detalhadas no diagnóstico (Anexo I).

REALIZAÇÃO DE DIAGNOSTICO E ATIVIDADES DE PLANEJAMENTO PARA RECUPERAÇÃO DE SISTEMAS DE DESSALINIZAÇÃO PELO PROGRAMA AGUA DOCE EM COMUNIDADES DO SEMIÁRIDO ALAGOANO

 DADOS SOBRE A INFRAESTRUTURA:

 Rede coletora de esgoto: Não há rede coletora de esgoto, o mesmo é disposto a céu aberto.

 Instalações sanitárias: As residências não possuem instalações sanitárias.

 Armazenamento de água: A água é armazenada em cisternas com tampa.

 Solução individual para os efluentes do banheiro: As residências não possuem fossa, todo o efluente gerado é disposto a céu aberto.

 Solução individual para os demais efluentes: Os efluentes são lançados nos quintais das casas, a céu aberto.

 Destinação dos resíduos sólidos: Não há coleta pública de lixo pública. O lixo é queimado nos quintais pelos moradores.

 Energia elétrica: Há energia elétrica em todas as casas, com rede de distribuição monofásica.

 ASPECTOS GERAIS ENTRE MORADORES E DOMICÍLIOS:

 Criação de animais: Os animais como bovinos e aves são criados confinados próximos às residências.

 Casos de diarreia e problemas de pele: Os moradores não apresentam problemas de pele, porém há registros de casos de diarreia nos últimos meses.

2.2. RECURSOS HÍDRICOS E SANEAMENTO BÁSICO

 FORMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA: A principal fonte de abastecimento de água é o caminhão pipa que abastece as cisternas cadastradas uma vez por semana. Todos os moradores têm acesso livre à água distribuída.

 TRATAMENTO DA ÁGUA: Os moradores são orientados pelos agentes de saúde para tratar a água com hipoclorito de sódio.

 AÇUDES, BARREIROS E/OU OUTROS: Há uma Barragem construída pelo governo que é utilizada somente para dessedentação animal.

 POÇO: Sim / Tubular e desativado.

 DESSALINIZADOR: Há dessalinizador.

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 PREVISÃO DE CHEGADA DE OUTRAS FONTES HÍDRICAS: Não há previsão de chegada de outras fontes no local.

 REGRAS DE USO E ACESSO Há regras quanto ao acesso da água distribuída. Cada família tem direito a 02 tambores de água que comporta 20 litros.

3. DIAGNÓSTICO TÉCNICO DO DESSALINIZADOR E DO POÇO

3.1. DIAGNÓSTICO DO POÇO

Existe um poço desativado na comunidade, o mesmo encontra-se localizado em terreno cercado. Muito mato foi encontrado ao seu redor, mas a estrutura está em bom estado de conservação. Em volta do poço há uma estrutura de proteção com um metro de altura, construída com tijolos e lacrada por cima com uma laje de concreto.

O poço foi perfurado em área particular cujo proprietário está disposto a doar uma área maior caso esta comunidade seja contemplada pelo Programa água Doce e receba um sistema de dessalinização completo.

3.2. IDENTIFICAÇÃO DO DESSALINIZADOR

O dessalinizador que foi encontrado nesta comunidade tem mais de 20 anos de idade e encontra-se totalmente destruído. O abrigo, apesar de não estar totalmente comprometido, apresenta dimensões fora dos padrões atuais e tem uma caixa d’água de alvenaria anexa ao mesmo, o que também está fora dos padrões PAD.

A área em volta do abrigo está cercada por mato, dificultando o acesso ao mesmo. A presença de vespas no interior do abrigo, assim como voando ao seu redor, é tão grande que dificultou o diagnóstico pela equipe do Programa Água Doce, não sendo possível o acesso ao interior do abrigo e consequentemente ao dessalinizador.

4. GEORREFERENCIAMENTO DE PONTOS RELEVANTES (WGS 84)

REALIZAÇÃO DE DIAGNOSTICO E ATIVIDADES DE PLANEJAMENTO PARA RECUPERAÇÃO DE SISTEMAS DE DESSALINIZAÇÃO PELO PROGRAMA AGUA DOCE EM COMUNIDADES DO SEMIÁRIDO ALAGOANO

INSTALAÇÕES LATITUDE LONGITUDE

Início da localidade S9° 44’ 05.3’’ W36° 46’ 03.6’’

Igreja S9° 43’ 54.0’’ W36° 46’ 06.2’’

Posto de saúde S9° 43’ 42.2’’ W36° 46’ 11.7’’

Escola S9° 43’ 42.4’’ W36° 46’ 11.6’’

Poço S9° 43’ 53.7’’ W36° 46’ 23.0’’

Coleta de solo S9° 43’ 53.6’’ W36° 46’ 23.4’’

Abrigo S9° 43’ 53.3’’ W36° 46’ 23.0’’

5. ATORES LOCAIS:

José de Brito Filho- Morador Local e proprietário do terreno e antigo operador do dessalinizador.

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS:

A comunidade de Folha Miúda está localizada a 6 Km da sede do município de Lagoa da Canoa e possui 80 famílias com aproximadamente 400 habitantes.

A Escola do povoado atende as crianças do ensino primário até o 9º ano. Os alunos do ensino médio se deslocam através do transporte escolar disponibilizado pela prefeitura, para a comunidade de Lagoa da Canoa.

O Posto de Saúde da comunidade funciona uma vez por semana, quando há atendimento realizado pelo médico e enfermeira.

O agente de saúde visita as residências uma vez por mês, aferindo a pressão dos moradores, pesando crianças e distribuindo hipoclorito de Sódio.

A principal fonte de abastecimento de água da comunidade é o caminhão pipa que abastece a cisterna cadastrada pela Defesa Civil da residência do Sr. José Brito uma vez por mês. Todos os moradores têm acesso à água distribuída. Além disso, há regras quanto ao uso da água, cada família tem direito a 02 tambores pequenos de 20 litros.

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As famílias trabalham na agricultura com o plantio de milho, fumo e macaxeira. Além disso, os moradores recebem o auxílio dos programas Bolsa Família e Garantia Safra.

As famílias se reúnem todos os sábados para assistir a missa na igreja da comunidade. E estão inseridas no programa federal de construção de casas na região.

Foi encontrado um dessalinizador que se encontra desativado há mais de 10 anos. O operador do dessalinizador era o Sr. José de Brito Filho que alegou não ter apoio nem da comunidade nem do poder público para arcar com as despesas promovidas por este dessalinizador, relatando que todo mês pagava R$ 60,00 de energia do dessalinizador que fica inserido na sua propriedade. Quando o dessalinizador funcionava, cada família tinha direito a pegar a água em um tambor de 200 litros por semana, regra estipulada pelo próprio operador do sistema.

Há energia elétrica em todas as casas, com rede de distribuição monofásica.

7. RECOMENDAÇÕES:

Levando em consideração o fato de não haver água encanada e já existir uma área composta por abrigo do dessalinizador e poço, recomenda-se a realização do teste de vazão, a demolição deste abrigo e a construção de um novo abrigo, das bases dos reservatórios de ligação e do permeado, de um chafariz e de dois tanques para o concentrado. Dessa forma a população, que hoje tem como única forma de abastecimento o caminhão pipa, poderá ter acesso à água de qualidade, diminuindo seu sofrimento.

Aliado a isso, seria importante a realização de uma ação junto à CASAL para que a mesma realizasse ampliação na sua rede de abastecimento de água, já que sua tubulação de distribuição está a cerca de 2 Km desta comunidade.

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8. DOCUMENTAÇÃO FOTOGRÁFICA DO DIAGNÓSTICO

Foto 01 – Aspecto geral da comunidade. Foto 02 – Aspecto geral da comunidade.

Foto 03 – Igreja. Foto 04 – Escola.

Foto 05 – Posto de saúde. Foto 06 – Abrigo do dessalinizador.

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Foto 07 – Abrigo do dessalinizador. Foto 08 – Poço.