MINISTÉRIO DA INTEGRAÇÃO NACIONAL

BASES para o Plano Nacional de Desenvolvimento da ROTA DO CORDEIRO

MINISTÉRIO DA INTEGRAÇÃO NACIONAL

BASES para o Plano Nacional de Desenvolvimento da ROTA DO CORDEIRO

Brasília – DF 2017 @ 2017 Ministério da Integração Nacional. Todos os direitos reservados. É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde que citada à fonte e que não seja para venda ou qualquer fim comercial. A responsabilidade pelos direitos autorais de textos e imagens desta obra é do autor.

Tiragem: 1. Edição – 2017 - 1.200 exemplares

Elaboração, distribuição e informações: MINISTÉRIO DA INTEGRAÇÃO NACIONAL – MI Secretaria de Desenvolvimento Regional – SDR Departamento de Gestão de Programas de Desenvolvimento Regional – DPR Coordenação-Geral de Desenvolvimento Regional – GCDR SGAN 906, Módulo F, Bloco A, Sala 211 CEP:70.790-60 Brasília – DF Site: www.mi.gov.br

Ouvidoria: 0800610021

Fotos: Pesquisador da EMBRAPA Octavio Morais. ARCO – Associação Brasileira dos Criadores de Ovinos.

Impresso no Brasil / Printed in

Ficha Catalográfica

Brasil. Ministério da Integração Nacional. Secretaria de Desenvolvimento Regional.

Bases para o plano nacional de desenvolvimento da rota do cordeiro / Ministério da Integração Nacional, Secretaria de Desenvolvimento Regional. – Brasília : Ministério da Integração Nacional, 2017. 116 p. : il.

ISBN (978-85-68813-12-6)

1. Desenvolvimento regional. 2. Ovinocultura. 3. Caprinocultura. 4. Nordeste semiárido. 5. Secretaria de Desen- volvimento Regional. I. Título.

CDU 332.146.2:636.3(812/813) Ministério da Integração Nacional Secretaria de Desenvolvimento Regional

Helder Zahluth Barbalho Ministro de Estado da Integração Nacional

Marlon Carvalho Cambraia Secretário de Desenvolvimento Regional

Aline Elaine Lima Fagundes Coordenadora Geral de Desenvolvimento Regional

Equipe Técnica Coordenação Geral de Desenvolvimento Regional Alex Christian Kamber Antonio Felipe Guimarães Leite Caroline Silva Passos Fernando Erdmann da Silva Ritter Gina Regina Palatucci Joanna Akyio Nemoto Gustavo Fernandes Emery Marcos Carvalho de Sant’Ana José Joaquim Carneiro Filho Rodrigo Mendes Xavier Loyane Lima Andrade Taynara Cristina dos Santos Macedo Vitarque Lucas Paes Coêlho Weslley Oliveira de Araujo

Equipe Técnica Coordenação Geral de Monitoramento e Avaliação (Elaboração de Mapas) Cleber Bezerra Aguiar Samuel Menezes de Castro

RELAÇÃO DE SIGLAS

As SIGLAS descritas a seguir representam instituições que se fizeram presentes as oficinas e/ou programas gover- namentais que foram citados nos debates para realização de alguma atividade.

ABCC – Associação Brasileira de Criadores de Caprinos MDIC – Ministério da Indústria, Comércio Exterior ABRASEL – Associação Brasileira de Bares e Restau- e Serviços rantes MDSA – Ministério do Desenvolvimento Social e APL – Arranjo Produtivo Local Agrário ARCO – Associação Brasileira de Criadores de Ovinos MEC – Ministério da Educação ATER / ANATER – Agência Nacional de Assistência MI – Ministério da Integração Nacional Técnica e Extensão Rural MPDG – Ministério do Planejamento, Desenvolvimen- BB – Banco do Brasil to e Gestão BID – Banco Interamericano de Desenvolvimento PAA – Programa de Aquisição de Alimentos BNB – Banco do Nordeste do Brasil PNAE – Programa Nacional de Alimentação Escolar BNDES – Banco Nacional do Desenvolvimento PNDR – Política Nacional de Desenvolvimento Re- BRDE – Banco Regional do Desenvolvimento do Ex- gional tremo Sul REDESIST – Rede de Pesquisa em Sistemas Produtivos CEF – Caixa Econômica Federal e Inovativos Locais CNA – Confederação Nacional da Agricultura SDR – Secretaria de Desenvolvimento Regional CODEVASF – Companhia de Desenvolvimento dos SEBRAE – Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Vales do São Francisco e Parnaíba Pequenas Empresas CONAB – Companhia Nacional de Abastecimento SENAC – Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial DNIT – Departamento Nacional de Infraestrutura e SENAI – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial Transportes SENAR – Serviço Nacional de Aprendizagem Rural EMATER – Empresa de Assistência Técnica e Extensão SIAL – Sistemas Integrados Alimentares Localizados Rural SICOOB – Sistema de Cooperativas de Crédito do Brasil EMBRAPA – Empresa Brasileira de Pesquisa Agro- SUDAM – Superintendência do Desenvolvimento da pecuária Amazônia FAO – Organização das Nações Unidas para Alimen- SUDECO – Superintendência do Desenvolvimento do tação e Agricultura Centro-Oeste FRENTE OVINO – Frente Parlamentar Mista de Apoio SUDENE – Superintendência do Desenvolvimento a Ovinocaprinocultura do Nordeste INCRA – Instituto Nacional de Colonização e Reforma SWOT – Abreviatura das palavras Forças (Strengths), Agrária Fraquezas (Weaknesses), Oportunidades (Opportuni- INPI – Instituto Nacional de Propriedade Industrial ties) e Ameaças (Threats) MAPA – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abas- UNICAFES – União Nacional das Cooperativas de tecimento Agricultura Familiar MCTIC – Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações INSTITUIÇÕES LOCAIS OU DE CARÁTER REGIONAL / ESTADUAL

ACCOMCPHAP – Associação dos Criadores de Capri- APATUR – Associação Pampa Gaúcho de Turismo nos e Ovinos do Município de Chapadinha APJ – Associação Aprender Produzir Juntos AAUC – Associação dos Agentes em Desenvolvimento APL OVINOS e Turismo – Arranjo Produtivo Local Sustentável da Universidade Camponesa Ovinos e Turismo do Alto Camaquã. ACCOCOX – Associação dos Criadores de Caprinos e APPJ – Associação dos Pequenos Produtores de Jabu- Ovinos de Coxixola ticaba ACCODI – Associação dos Criadores de Caprinos e APROES – Associação de Produtores de Ovinos de Ovinos de Dom Inocêncio do Sul ACCOJUS – Associação dos Criadores de Caprinos e ASANFRO – Associação dos Secretários de Agricultura Ovinos de Jussara da Fronteira Oeste ACCOMIG – Associação dos Criadores de Caprinos e ASCCOLE – Associação dos Criadores de Caprinos e Ovinos do Estado de Minas Gerais Ovinos da Lagoa da Extrema ACCOSE – Associação dos Criadores de Caprinos e ASCCOPETRO – Associação dos Criadores de Capri- Ovinos de Sertânia nos e Ovinos de Petrolândia ACCOSSF – Associação dos Criadores de Caprinos e ASSOCIAÇÃO LYNDOLFO SILVA – Associação dos Ovinos do Sertão do São Francisco Agricultores e Agricultoras Familiares do Assentamento ACCOSSF / PMD – Associação dos Criadores de Ca- Lyndolpho Silva prinos e Ovinos do Sertão do São Francisco / Prefeitura BAHIATER – Superintendência Baiana de Assistência Municipal de Dormentes Técnica e Extensão Rural ACDNE – Associação Comunitária dos Pequenos Pro- CAAP – Cooperativa Agro Avícola de Petrolândia dutores Rurais Denominada Novo Exu CAB PARAÍSO – Cabanha Paraíso ACOPREV – Associação dos Criadores de Caprinos e CAB Salamandra – Cabanha Salamandra Ovinos de Presidente Vargas CAPRIBOM – Cooperativa dos Produtores Rurais de AD DIPER – Agência de Desenvolvimento Econômico Monteiro Ltda. de Pernambuco CAR – Companhia de Ação Regional da ADAB – Agência de Defesa Agropecuária da Bahia CCSP – Centro Comunitário de Serviços de ADAC – Associação para o Desenvolvimento Susten- CEDAPP – Centro Diocesano de Apoio ao Pequeno tável do Alto Camaquã Produtor ADAGRI – Agência de Defesa Agropecuária do Estado CEDASB – Centro de Convivência e Desenvolvimento do Ceará Agroecológico do Sudoeste da Bahia ADAGRO – Agência de Defesa Agropecuária de Per- CEMIG – Companhia Energética de Minas Gerais nambuco CMDRS – Conselho Municipal de Desenvolvimento ADEAP – Agência de Desenvolvimento Econômico, Rural Sustentável Agricultura e Pecuária de CMDRs – Conselhos Municipais de Desenvolvimento AGE – Agência Municipal do Empreendedor Rural AGED – Agência Estadual de Defesa Agropecuária do CMSIM – Consórcio de Municípios do Sertão de Ita- Maranhão parica e Moxotó AGERP – Agência Estadual de Pesquisa Agropecuária CODETER – Colegiado de Desenvolvimento Terri- e Extensão Rural do Maranhão torial ALE – Assembleia Legislativa do Estado de Pernambuco COELBA – Companhia de Eletricidade do Estado da AMVS – Agência Municipal de Vigilância Sanitária Bahia APACCO – Associação Paraibana de Criadores de Ca- COMAES – Comissão de Acompanhamento do Em- prinos e Ovinos preendimento Surubim COOAP – Cooperativa Agroindustrial de Pintadas FAEPA – Federação da Agricultura e Pecuária do Es- COODEF – Cooperativa de Desenvolvimento da Eco- tado da Paraíba nomia Familiar da Região dos Inhamuns Ltda. FAPEMA – Fundação de Amparo à Pesquisa e Desen- COOFITEC – Cooperativa de Trabalhadores Profissio- volvimento Cientifico do Maranhão nais da Fiação FARSUL – Federação da Agricultura do Rio Grande COOFRUSA – Cooperativa Agropecuária de Santana do Sul do Boa Vista FEIRA MOC – Feira do Movimento Organização Co- COOMAF – Cooperativa Mista de Agricultores Fami- munitária liares FETAEMA – Federação dos Trabalhadores Rurais Agri- COOAFRA – Cooperativa de Produção Agropecuária cultores e Agricultoras do Estado do Maranhão de Afrânio FETAG-RS – Federação dos Trabalhadores na Agri- COOPADOR – Cooperativa dos Produtores da Agri- cultura do Rio Grande do Sul cultura Familiar de Dormentes IDEAU – Instituto de Desenvolvimento Educacional COOPERCAPRI – Cooperativa dos Criadores de Ca- do Alto Uruguai prinos e Ovinos (PE) IDENI – Instituto de Desenvolvimento do Norte e COOPERCUC – Cooperativa Agropecuária Familiar Nordeste de Minas Gerais de , Uauá e Curaçá IDESA – Instituto de Desenvolvimento Social e Am- COOPERGAMA – Cooperativa Mista de Produção de biental Gameleira – Retirolândia IEF – Instituto Estadual Florestal COOPIRECE – Cooperativa de Irecê IF SERTÃO – Instituto Federal do Sertão Pernam- COOPONTAL – Cooperativa de Desenvolvimento bucano Agropecuário e Extrativista do Pontal IF SUL – Instituto Federal Sul Riograndense COOPROLEFO – Cooperativa dos Produtores de Leite IFBA – Instituto Federal da Bahia da Fronteira Oeste IFCE – Instituto Federal de Educação, Ciência e Te- COOPSERTÃO – Cooperativa Ser do Sertão nologia do Ceará COPERJ – Cooperativa dos Empreendedores Rurais IFMG – Instituto Federal de Minas Gerais de Jussara IFNMG – Instituto Federal do Norte de Minas Gerais CREDINORTE – Instituição Financeira ligada a Co- IFPI – Instituto Federal do Piauí operativas de Crédito IFSUL – Instituto Federal Sul-rio-grandense CRIADOS / COAFJUR – Cooperativa da Agricultura IMA – Instituto Mineiro de Agropecuária Familiar de Juremal IPA-PE – Instituto Agronômico de Pernambuco DER/MG – Departamento de Edificações e Estradas ITEP – Instituto de Tecnologia de Pernambuco de Rodagem de Minas Gerais ITERMA – Instituto de Colonização e Terras do Ma- EMATER – Empresa de Assistência Técnica e Extensão ranhão Rural do Estado de Minas Gerais ITERPE – Instituto de Terras e Reforma Agrária do EMATER / PB – Empresa de Assistência Técnica e Estado de Pernambuco Extensão Rural do Estado da Paraíba MCSA – Mineração Caraíba S/A EMATER / PI – Instituto de Assistência Técnica e Ex- tensão Rural do Estado do Piauí OCEMG – Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado de Minas Gerais EMATER/RS ASCAR – Associação Riograndense de Empreendimentos de Assistência Técnica e Extensão PINTADAS STR – Sindicato dos Trabalhadores Rurais Rural de Pintadas EMATERCE – Empresa de Assistência Técnica e Ex- PM Bagé – Prefeitura Municipal de Bagé tensão Rural do Estado do Ceará PM Poté – Prefeitura Municipal de Poté FAEC/SENAR – Federação da Agricultura e Pecuária PM Sant’Ana Livramento – Prefeitura Municipal do Estado do Ceará de Sant’Ana do Livramento PMD – Prefeitura Municipal de Dormentes SEDAP / GEDA – Secretaria de Estado do Desenvolvi- PMDI – Prefeitura Municipal de Dom Inocêncio mento da Agropecuária e da Pesca / Gerência Executiva de Defesa Agropecuária PMF – Prefeitura Municipal de Floresta SEDAP / GEOR – Secretaria de Estado da Agropecuária PMI – Prefeitura Municipal de Irecê e Pesca / Gestão Estratégica Orientada para Resultado PMJ – Prefeitura Municipal de Jussara SEMENTES – Instituto Educacional Sementes PMJ / ADEAP – Prefeitura Municipal de Juazeiro – SETDE – Secretaria Estadual de Turismo e Desenvol- Agência de Desenvolvimento Econômico, Agricultura vimento Econômico da Paraíba e Pecuária SETDE / PLADES – Secretaria de Turismo e Desen- PMJ / BA – Prefeitura Municipal de Juazeiro – Bahia volvimento Econômico / Plano de Desenvolvimento PMMV – Prefeitura Municipal de Manoel Vitorino Econômico, Social e Sustentável para os Arranjos Pro- PMP – Prefeitura Municipal de Pintadas dutivos Locais da Paraíba PMT – Prefeitura Municipal de Tauá SIM – Serviço de Inspeção Municipal PMTO – Prefeitura Municipal de Teófilo Otoni SINTRAF / PE – Sindicato dos Trabalhadores da Agri- cultura Familiar de Pernambuco PMZ – Prefeitura Municipal de Zabelê STR JUAZEIRO – Sindicato dos Trabalhadores Rurais Pref. Chap. – Prefeitura Municipal de Chapadinha de Juazeiro Pref. PTL – Prefeitura Municipal de Petrolina STTR – Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras PRORURAL – Programa de Apoio ao Pequeno Pro- Rurais de Chapadinha dutor Rural SUAF-BA – Superintendência de Agricultura Familiar PVSA – Programa Viva Semiárido da Bahia SAF – Secretaria da Agricultura Familiar do Estado SUOP / SAF – Superintendência de Organização Pro- do Maranhão dutiva / Secretaria de Agricultura Familiar do Maranhão SAGRIMA – Secretaria de Agricultura, Pecuária e Pesca UEMA – Universidade Estadual do Maranhão do Maranhão UERGS – Universidade Estadual do Rio Grande do Sul SBA do Canal Boi – Sistema Brasileiro de Agrone- UFBA – Universidade Federal da Bahia gócio do Canal do Boi UFPB – Universidade Federal da Paraíba SDA – Secretaria de Desenvolvimento Agrário do Es- UFRGS – Universidade Federal do Rio Grande do Sul tado do Ceará UFRJ – Universidade Federal do Rio de Janeiro SDR Governo da Bahia – Secretaria de Desenvolvi- UFVJM – Universidade Federal dos Vales do Jequiti- mento Rural do Governo do Estado da Bahia nhonha e SDR QUARAÍ – Secretaria de Desenvolvimento Rural UNICAFES – União das Cooperativas de Agricultura de Quaraí Familiar e Economia Solidária SEAPI – Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irriga- UNIPAMPA – Universidade Federal do Pampa ção – RS UNIRIO – Associação dos Pequenos Produtores Rurais SEDA – Secretaria de Estado de Desenvolvimento União Agrário de Minas Gerais UNIVASF – Universidade Federal do Vale do São SEDAP – Secretaria de Estado do Desenvolvimento Francisco da Agropecuária e da Pesca da Paraíba URCAMP – Universidade da Região da Campanha SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO...... 11

CONTEXTUALIZAÇÃO...... 13 Rotas de Integração Nacional...... 15 A Rota do Cordeiro...... 19

CONSTRUÇÃO DO PLANO...... 25 Contextualização da Cadeia Produtiva da Ovinocultura e Caprinocultura...... 27 I Conferência Nacional da Rota do Cordeiro...... 37

OFICINAS DA ROTA DO CORDEIRO...... 39 Polo Sertão dos Inhamuns...... 41 Polo Alto Camaquã...... 47 Polo Fronteira Oeste – Pampa Gaúcho...... 53 Polo Vale do Mucuri...... 59 Polo Chapada do Jacaré...... 65 Polo Bacia do Jacuípe...... 71 Polo Serra da Capivara...... 77 Polo Sertão Norte Baiano...... 83 Polo Sertão do São Francisco Pernambucano...... 89 Polo Itaparica...... 93 Polo Integrado Paraíba – Pernambuco...... 99 Polo Rio das Contas...... 105 Polo Baixo Parnaíba...... 111

CONSIDERAÇÕES FINAIS...... 115

APRESENTAÇÃO

É com satisfação que a Secretaria de Desenvolvimento Regional do Ministério da Integração Nacional publica as “Bases para o Plano Nacional de Desenvolvimento da Rota do Cordeiro”.

Agradecemos a firme parceria estabelecida junto à Embrapa e a Arco, que permitiu otimizar a força conjunta destas instituições e mobilizar um esforço de alcance nacional. Um especial agradecimento à Codevasf e parceiros estaduais e federais que vêm executando ações e projetos da rota.

Vale lembrar que as parcerias da Rota do Cordeiro se fortaleceram no ambiente da Câmara Técnica Setorial da Ovinocaprinocultura, sediada no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, além dos debates promovidos pelo Mi- nistério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e pela Confederação Nacional de Agricultura.

O presente trabalho apresenta novos parceiros, nacionais e locais, partilhando responsabilidades em torno de projetos discutidos nos territórios, o que já cons- titui uma mudança de paradigma para a ovinocaprinocultura brasileira.

A estruturação da cadeia produtiva da ovinocaprinocultura é estratégica para o desenvolvimento regional, haja vista o grande número de pessoas ocupadas no setor, especialmente pequenos produtores rurais em regiões de baixa renda.

Hoje o setor conta com uma importante frente parlamentar no Congresso Nacio- nal – a Frente Ovino, empenhada em modernizar o arcabouço legal da atividade, além de programas de apoio em diversas entidades públicas e privadas. Torna-se necessário alinhar essas iniciativas para evitar sombreamento e fragmentação além de criar sinergias.

É um consenso federativo – União, Estados e Municípios o imperativo de pro- mover atividades estratégicas para a interiorização do desenvolvimento econômi- co, conforme preconizado pela Política Nacional de Desenvolvimento Regional (PNDR). Para tanto é necessário desenvolver redes de serviços públicos e privados voltados para o desenvolvimento regional e a inclusão produtiva com foco em setores estratégicos, em acordo com a estratégia das Rotas da Integração Nacional.

Esta publicação consolida as contribuições trazidas pelas lideranças e parceiros institucionais da cadeia produtiva da ovinocaprinocultura em oficinas realizadas em APLs em todo o país (13 polos) e alinhadas a partir de uma Conferência Nacional realizada em Brasília em janeiro de 2017.

O documento identifica as principais linhas de projetos a serem desenvolvidas nos polos da Rota do Cordeiro, a partir de diagnósticos estratégicos e carteiras de projetos formuladas diretamente nos territórios, junto aos atores locais e regionais que efetivamente conhecem a realidade produtiva desse grande e diversificado país.

As carteiras de projetos definem o papel das diferentes entidades na estruturação da cadeia produtiva da ovinocaprinocultura nos territórios trabalhados. Agora é possível identificar complementariedades e sinergias entre os projetos dos diversos polos e planejar uma intervenção integrada e sinérgica, seja na Assistência Técnica, no Financiamento, na Pesquisa e Inovação ou Capacitação Gerencial.

Os comitês gestores locais identificados nos polos têm a responsabilidade de elabo- rar os projetos e acionar as políticas públicas e iniciativas empresariais necessárias para a estruturação da cadeia produtiva em seus territórios, além de acompanhar e avaliar a execução das ações previstas.

A elaboração e encaminhamento dos projetos identificados nos polos terá apoio técnico e institucional do Ministério da Integração Nacional (MI) para sua via- bilização. Caso os projetos identificados sejam de competência deste MI também será discutido o apoio financeiro.

Após esse exercício nacional de planejamento e governança, o desafio apresen- tado aos parceiros da Rota do Cordeiro é a mobilização das forças políticas e econômicas exigidas para a materialização dos projetos construídos nos polos. Esse esforço envolve produtores organizados e entidades do setor, além do poder público e do empresariado.

O presente documento presta-se a orientar as ações, tanto de agentes públicos, quanto de produtores e empreendedores. Agora deve ser promovida sua ampla divulgação, para a prospecção de interessados e potenciais investidores.

Embora se trate de uma iniciativa audaciosa e complexa, seu sucesso contribuirá para a estruturação de uma cadeia produtiva estratégica para o desenvolvimento nacional. Mas, como bem aprendemos, a ovinocultura e a caprinocultura brasileira são trabalhadas por um público batalhador e corajoso, que não recuará diante desse importante desafio.

Muito obrigado e boa sorte a todos os participantes desse grande projeto.

Marlon Cambraia Secretário de Desenvolvimento Regional Contextualização 14 BASES para o Plano Nacional de Desenvolvimento da ROTA DO CORDEIRO ROTAS DE INTEGRAÇÃO NACIONAL

As Rotas de Integração Nacional são redes de Arranjos O objetivo das Rotas, conforme Portaria MI 164/2014, Produtivos Locais – APLs1 – setorialmente e territo- é promover o desenvolvimento regional e a inclusão rialmente interligados que promovem a inovação, a produtiva por meio da estruturação de cadeias produ- diferenciação, a competitividade e a lucratividade dos tivas estratégicas e da integração econômica das regiões empreendimentos associados, mediante o aproveita- menos favorecidas do país aos mercados nacionais e mento das sinergias coletivas e a ação convergente das internacionais de produção, consumo e investimento, agências de fomento, contribuindo para o desenvolvi- de acordo com os princípios da Política Nacional de mento regional. Desenvolvimento Regional (PNDR).

Figura 1. Rotas: Redes de APLs e articulação de políticas públicas

As Rotas apresentam simultaneamente uma dimen- territorial define o espaço a ser trabalhado, de acordo são territorial e setorial em sua concepção. O recorte com a tipologia territorial da PNDR.

1 Conforme definição daREDESIST , Arranjos Produtivos Locais (APLs) são aglomerações territoriais de agentes econômicos, políticos e sociais, com foco em um conjunto específico de atividades econômicas, que apresentam vínculos, mesmo que incipientes. Geralmente envolvem a participação e a interação de empresas, que podem ser de produtoras de bens e serviços finais até fornecedoras de insumos e equipamentos, prestadoras de consultoria e serviços, comercializadoras, clientes, entre outros. 16 BASES para o Plano Nacional de Desenvolvimento da ROTA DO CORDEIRO

No mapa abaixo, as regiões em vermelho apresentam As áreas em verde escuro encontram-se em patamar renda familiar domiciliar per capita inferior a 50% da superior à média nacional, representando as regiões média nacional (áreas de extrema pobreza), tornando-se mais ricas do país. Embora a PNDR não privilegie a os subespaços mais relevantes para a PNDR, dentro do ação direta nestes espaços, são áreas estratégicas para objetivo de convergência de renda.2 o beneficiamento, comercialização e serviços, além do desenvolvimento de novas tecnologias. Estas regiões As regiões em laranja (50 a 75% da média nacional) e são importantes para o desenvolvimento de parcerias verde claro (entre 75 e 100% da média nacional) também estratégicas no âmbito dos programas de desenvol- são consideradas dentro do objetivo de convergência de vimento regional e inclusão produtiva associados a renda da PNDR, pois encontram-se abaixo do padrão PNDR. médio nacional, embora de forma menos acentuada.

Figura 2. Mapa: Objetivo I PNDR – Convergência de Renda Inter-Regional (Renda domiciliar per capita por microrregiões – Censo 2010)

Legenda Até 50% do Rendimento Domiciliar PC Nacional De 50% a 75% do Rendimento Domiciliar PC Nacional Sources: Esri, HERE, DeLorme, TomTom, Intermap, increment P Corp., GEBCO,De 75% USG AS, 100FAO,% NPS do, RendNRCAN,im GentoeoBa Dose, miIGNci,lia Kadasr PCte rN NLacional, Ordnance Survey, Esri Japan, METI, Esri China (Hong Kong), swisstopo, MapmSuyIperiondia, r© ao Open RendStreetimMentoap co ntDoribumitocirslia, andr PC the Nac GIS ioUsenalr Community

2 A proposta da nova PNDR possui quatro objetivos principais: (i) Convergência de renda inter-regional; (ii) Competitividade regional e geração de em- prego e renda; (iii) Agregação de Valor e Diversificação Econômica; (iv) Construção de uma Rede de Cidades Policêntrica. O arcabouço legal da PNDR está sendo revisado pela SDR-MI para atualizar o Decreto 6.047/2007. Contextualização 17

O recorte setorial identifica a cadeia produtiva selecionada, conforme os seguintes critérios:

Quadro 1. Critérios de Recorte Setorial das Rotas de Integração Potencial de A atividade deve ser de fácil entrada, importando em baixos custos iniciais de investi- inclusão produtiva mento e reduzido valor de custeio operacional. Afinidade com a identidade Foco em atividades alinhadas com a cultura regional, explorando seu potencial de regional diferenciação como vantagem competitiva. Sustentabilidade A atividade selecionada deve apresentar baixo impacto ambiental e deverá contribuir ambiental para a preservação e/ou recuperação do seu bioma.

Organização social presente Prioridade para setores organizados em regime de cooperativas ou associações.

Potencial de crescimento do A atividade deve apresentar forte potencial de crescimento, seja em função do aprovei- setor tamento do mercado interno, seja pela exploração de um mercado exportador relevante. Atividade intensiva O setor deve apresentar forte coeficiente de geração de emprego direto e nos setores de em emprego beneficiamento e serviços. Potencial de aprofundamento O setor deve apresentar novos produtos e negócios derivados da atividade principal. tecnológico Representatividade O segmento deve ter forte representatividade física e econômica regional. Serão prio- regional rizadas atividades desenvolvidas em mais de uma UF. As ações devem contribuir para o encadeamento produtivo entre fornecedores, pres- Potencial de encadeamento tadores de serviços, produtores, processadores e consumidores, fortalecendo a malha produtivo produtiva, a logística regional e a rede de cidades dos territórios Setor amparado por outras Prioridade de convergência de ações e aproveitamento da experiência e recursos de iniciativas outros projetos de desenvolvimento.

As ações buscam criar consistência e cooperação nos A estratégia das Rotas incentiva a criação de redes de APLs priorizados, por meio da aproximação com os cooperação entre órgãos federais, estados e municípios, atores relevantes, seja para identificar e equacionar os bem como entre produtores e empresários, os atores gargalos ou aproveitar as oportunidades e desenvolver o diretamente responsáveis pelo sucesso dos projetos. Na potencial da cadeia produtiva no território selecionado. perspectiva do empreendedor, a estruturação de redes São prospectados os espaços onde a produção está mais de APLs enseja a troca de experiências organizativas, adensada (polos), o que permite a participação de um permitindo o compartilhamento de mercados, tecno- maior número de produtores, organizados em asso- logias e sistemas de gestão, além do acesso a uma rede ciações e cooperativas, de modo a obter resultados em inter-regional de fornecedores de serviços, equipamen- escala mais expressiva, seja na propriedade individual, tos e matérias-primas. seja em unidades coletivas de beneficiamento e comer- cialização (agroindústrias familiares ou empresariais). Nas Rotas, merece especial atenção a construção de parcerias para a montagem de um sistema eficaz de Sob a perspectiva das Rotas, iniciativas de fomento governança. A coordenação de ações permite que cada contextualizadas (P&D, qualificação profissional, fi- agência pública ou privada se especialize em sua área de nanciamento, compras governamentais, etc.) têm des- atuação, seja na gestão do financiamento, da capacita- dobramentos para várias unidades da federação, adqui- ção, ou infraestrutura. Por outro lado, o enfoque seto- rindo uma abrangência regional ou mesmo nacional. rial permite a identificação das necessidades concretas Ao pensar na cadeia produtiva da ovinocultura e da da cadeia produtiva trabalhada no território específico. caprinocultura, linhas de crédito específicas, apoio à sanidade do rebanho ou facilitação das normas de abate Na perspectiva da cadeia produtiva, o apoio institucio- podem favorecer simultaneamente todos os criadores, nal ao setor motiva a criação de entidades representati- de norte a sul do país. vas, tal como a Frente Ovino (Frente Parlamentar Mista 18 BASES para o Plano Nacional de Desenvolvimento da ROTA DO CORDEIRO

de Apoio à Ovinocaprinocultura), criada em 2015 e gração em todo o país. As cadeias produtivas sinalizadas que conta com cerca de 200 deputados federais e 23 pela REDESIST foram discutidas e consolidadas junto senadores interessados em promover os interesses da a todos os estados brasileiros e principais órgãos de atividade no Congresso Nacional. fomento a partir de oficinas macrorregionais, realizadas em parceria com as superintendências de desenvolvi- A proposta das Rotas da Integração na PNDR identifica mento regional (Sudene, Sudam e Sudeco), o BNDES atividades sustentáveis e inclusivas em todo território (Macrorregião Sudeste) e o BRDE (Macrorregião Sul). nacional, pois a atividade econômica em grande medida define o modelo de ocupação do espaço e também as As oficinas macrorregionais contaram com o Ministé- suas consequências. Assim, está em questão o próprio rio do Desenvolvimento Agrário (MDA) e Ministério padrão de desenvolvimento econômico regional ado- do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior tado no país. (MDIC) e permitiram uma convergência estratégica entre os ministérios de fomento ao desenvolvimento se- A introdução do progresso técnico na agricultura fa- torial (MDIC), regional (MI) e territorial (MDA) com miliar e nos regimes extrativistas tradicionais permite a base metodológica das Rotas da Integração Nacional. explorar o magnifico potencial de nossa biodiversidade, seja no desenvolvimento de sistemas de produção de A sinalização setorial e territorial das Rotas tem facilita- alimentos e energia solar na região semiárida, seja no do o diálogo com os bancos de desenvolvimento (Banco desenvolvimento de medicamentos fitoterápicos e ex- da Amazônia, Banco do Brasil e Banco do Nordeste), ploração do potencial produtivo da região amazônica. que operam os fundos constitucionais e os fundos de desenvolvimento regional, sob a responsabilidade do Em tempo, é de suma importância salientar que as gran- MI. Atualmente estão sendo discutidas linhas de finan- des regiões prioritárias da PNDR, seja a Amazônia Legal ciamento temáticas a partir dos setores priorizados, com ou o Nordeste Semiárido, exigem necessariamente ações a participação das superintendências de desenvolvimen- inovadoras e criativas para o seu desenvolvimento. Tra- to regional (Sudene, Sudam e Sudeco) vinculadas ao ta-se de territórios ambientalmente sensíveis que não MI e corresponsáveis pela gestão dos fundos regionais. podem ser tratados com base na exploração intensiva de commodities de base agropecuária ou mineral. A cadeia produtiva da ovinocultura e da caprinocultura foi destacada na região Nordeste, embora apresente Estudos realizados pela Redesist, a partir de demanda forte expressão também nas regiões Sul e Centro-Oeste, realizada pelo MI junto à UFRJ, indicaram cadeias pro- tornando-se uma Rota de alcance nacional. dutivas estratégicas para a formação de Rotas de Inte-

Quadro 2. Prospecção de Setores para Rotas de Integração Nacional – Redesist NORTE NORDESTE CENTRO-OESTE SUDESTE SUL Açaí e Frutos da Mel e Produtos das Leite Fruticultura Leite e Laticínios Amazônia Abelhas Piscicultura e Ovinocaprinocultura Piscicultura Cultura e Turismo Confecções Aquicultura Biodiversidade da Cultura e Turismo Madeira e Móveis Moda Tecnologia da Floresta Informação A ROTA DO CORDEIRO

A estruturação da cadeia produtiva da ovinocultura e Apesar desse potencial, é forte a incidência do abate e do da caprinocultura é estratégica sob a perspectiva do de- processamento informal ou clandestino. Apenas uma senvolvimento regional, haja vista o grande número de pequena parcela do consumo – cerca de 3% – passa pe- ocupações e postos de trabalho e renda gerados direta los frigoríficos legalmente instituídos. De acordo com e indiretamente, especialmente para pequenos produ- dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abas- tores rurais em regiões de baixa renda em todo o país. tecimento – MAPA, cerca de 75% dos abates oficiais Contudo, o aproveitamento pleno do potencial do de ovinos ocorrem no Rio Grande do Sul, ainda que a setor importa em um conjunto integrado de iniciativas Região Nordeste conte com cerca de 60% do rebanho. estruturantes, públicas e privadas, que justificaram a criação do Projeto Rota do Cordeiro. O desenvolvimento do setor é comprometido graças a dificuldade de se estabelecer uma ligação mais forte Estudos desenvolvidos pela Embrapa indicam as precá- entre produção, processamento e mercado. Malgrado rias condições tecnológicas, os baixos índices de produ- os expressivos rebanhos de ovinos e caprinos existentes, tividade e a falta de informações de mercado confiáveis a maioria dos frigoríficos certificados opera com capa- na ovinocaprinocultura. A baixa adoção de tecnologia, cidade ociosa, por falta de animais para abate. aliada a escassa organização dos produtores, tem perpe- tuado a ovinocultura e a caprinocultura como atividades No segmento de carnes, a demanda insatisfeita é atendi- de subsistência, desperdiçando o potencial econômico da por importações. Já no segmento de couros, a pele de dessas atividades, cuja contribuição é fundamental para ovinos e caprinos é exportada como wet blue, produto a economia de diversos países, como será visto no diag- da fase mais poluente do curtimento, e importada com nóstico apresentado na próxima sessão do livro. acabamento final.

Barreiras identificadas para o desenvolvimento da ovinocaprinocultura: (i) Falta de regularidade na oferta: as práticas inadequadas de alimentação e dessendatação para o rebanho compro- metem a oferta de animais; (ii) Falta de padrão de produto: os animais abatidos são de raças e idades diferentes, além de serem criados com ali- mentação e manejo inapropriados, o que prejudica o ganho de peso e a padronização da carcaça, essencial para a indústria; (iii) Falta de integração entre produção e abate: há predominância de operações de compra e venda no varejo por intermediários, com poucas estruturas contratuais ou coordenadas verticalmente.

A cadeia produtiva da ovinocaprinocultura enfrenta um problema circular e cumulativo: (1) A oferta – de carnes, peles, leite e derivados – não é qualificada porque o produtor não é devidamente remunerado, capacitado e/ou organizado, de modo a prover uma oferta uniforme e regular durante todo o ano; (2) A demanda – de frigoríficos, restaurantes, laticínios, curtumes – não se desenvolve graças a irregularidade da oferta. A falta de animais induz os frigoríficos a trabalhar abaixo do ponto de equilíbrio, dificultando o pagamento por qualidade e comprometendo a competitividade do produto local, face ao importado. O quadro compromete a sustentabilidade da agroindústria de processamento, que opera com alta capacidade ociosa. 20 BASES para o Plano Nacional de Desenvolvimento da ROTA DO CORDEIRO

Conforme informações da CNA, o abate certificado da Rota do Cordeiro, a partir de um Acordo de Coo- tem caído bruscamente no Brasil, paralelamente ao peração entre o Ministério da Integração Nacional e a aumento das importações. A capacidade ociosa dos aba- Embrapa Caprinos e Ovinos iniciado em 2012. Com tedouros frigoríficos de ovinos e caprinos brasileiros o tempo, o projeto obteve apoio da Arco, CNA, Sebrae encontra-se na faixa de 80% (dados de 2015). e Frente Ovino, além de diversos parceiros organizados em torno da Câmara Setorial de Ovinos e Caprinos Como se vê, é necessária uma ação convergente e co- do MAPA. ordenada ao longo da cadeia produtiva da ovinocapri- nocultura, de modo a romper esse círculo vicioso. O O objetivo geral da Rota do Cordeiro é promover o diagnóstico consensual do setor é que ações pontuais e desenvolvimento territorial e regional por meio do fragmentadas não conseguem romper a lógica perversa fortalecimento dos APL associados à ovinocultura e que perpetua a desorganização desta cadeia produtiva. à caprinocultura. Busca-se identificar e desenvolver São necessárias ações desde a capacitação e a organização redes de APL e articular o apoio de agências públicas dos produtores, à provisão de condições materiais – insu- e privadas, em torno de uma agenda convergente e mos e serviços – para uma oferta padronizada e regular, sinérgica na cadeia produtiva e no território (ver figura além do estabelecimento de conexões entre a produção, 3). As ações partem do entendimento e negociação dos o abate, o processamento e o consumidor final. atores (partes interessadas) em relação a problemática do setor (local e nacional) levando a construção de A necessidade da construção desta governança setorial um plano de ações coletivas: carteiras de projetos com para a ovinocultura brasileira motivou a formulação base em oficinas locais de integração.

Figura 3. Cadeia Produtiva da Ovinocaprinocultura Contextualização 21

Na lógica da verticalização e agregação de valor no APL, A Embrapa, parceira técnica da Rota do Cordeiro, re- é incentivada a formação de sistemas agroindustriais comenda a lógica dos Sistemas Agroalimentares Loca- integrados nos polos, onde associações e cooperativas de lizados (SIAL) nos polos onde há produção tradicional, agricultores familiares são incentivadas a contratualizar o consumo frequente, além de produtos diferenciados, fornecimento a empresas locais (frigoríficos, abatedouros, que podem ser reconhecidos e valorizados como tais. curtumes), além de desenvolver iniciativas próprias de Os Polos de Bagé (RS) e Tauá (CE) já estão sendo beneficiamento de base familiar (laticínios, embutidos, trabalhados desta forma. artesanato em couro) de alto valor comercial e cultural. O SIAL estimula o processo de resgate do valor dos A contrapartida do projeto reside no incentivo à orga- produtos, da cultura e do saber fazer dos produtores nização social, melhoramento genético do rebanho com locais. O estímulo às pequenas indústrias familiares, ao base em animais locais, otimização do regime agroali- turismo rural, à gastronomia local e às manifestações mentar da propriedade, assistência técnica e extensão culturais permite se estabelecer a diferenciação entre rural, provisão de financiamento e infraestrutura, entre regiões. outros elementos necessários à estruturação do setor.

Figura 4. Embrapa: Plataforma Tecnológica da Rota do Cordeiro

A partir do entendimento entre MI, Embrapa e Arco, cultura e caprinocultura (quadro 3). Com a evolução identificou-se 13 (treze) polos prioritários (APLs) do projeto Rota do Cordeiro, novos polos serão iden- para o desenvolvimento de ações de fomento à ovino- tificados e trabalhados. 22 BASES para o Plano Nacional de Desenvolvimento da ROTA DO CORDEIRO

A seleção dos polos prioritários baseou-se nos seguintes critérios: (i) Representatividade da produção no contexto estadual/nacional – Privilegiou-se os APLs com maior densidade produtiva (rebanhos ovinos e caprinos, conforme figura 5); (ii) Iniciativas públicas e privadas em andamento – Foco nos APLs onde já existem iniciativas em andamento, de modo a otimizar os recursos já empregados e garantir sua sustentabilidade e crescimento; (iii) Perfil de renda do território –privilegiaram-se territórios com renda per capita abaixo da média nacional, em consonância com a PNDR e os objetivos nacionais de inclusão produtiva e combate à pobreza.

Quadro 3. Polos da Rota do Cordeiro

Polos Cidade Polo Região Sertão do Inhamuns Tauá – CE Nordeste Sertão Norte Baiano Juazeiro – BA Nordeste Sertão do São Francisco Pernambucano Petrolina – PE Nordeste Baixo Parnaíba Chapadinha/Vargem Grande – MA Nordeste Rio das Contas Manoel Vitorino – BA Nordeste Serra da Capivara Dom Inocêncio – PI Nordeste Chapada do Jacaré Jussara – BA Nordeste Bacia do Jacuípe Pintadas – BA Nordeste Itaparica Floresta – PE Nordeste Polo Integrado Paraíba – Pernambuco Monteiro – PB Nordeste Vale do Mucuri Teófilo Otoni – MG Sudeste Alto Camaquã Bagé – RS Sul Fronteira Oeste – Pampa Gaúcho Santana do Livramento – RS Sul Contextualização 23

Figura 5. Polos da Rota do Cordeiro sobre georreferenciamento do rebanho ovinocaprino por municipios

Fonte: IBGE, Censo Agropecuário 2016.

Em entendimento com a Embrapa e a Arco, o MI contratou consultoria com os seguintes objetivos: (i) Produzir diagnóstico atualizado da cadeia produtiva da ovinocultura e caprinocultura no Brasil e no mundo;

(ii) Realizar oficina nacional de alinhamento e oficinas locais nos polos da Rota do Cordeiro, para construção de diag- nósticos locais e carteiras de projetos dos polos;

(iii) Identificar os grupos gestores dos polos da Rota do Cordeiro, responsáveis pelo acompanhamento das carteiras de projetos;

(iv) Elaborar o documento “Bases para o Plano Nacional de Desenvolvimento da Rota do Cordeiro”.

A partir das oficinas de planejamento da Rota do Cor- A partir dessa base formulou-se a carteira de projetos deiro, os polos identificados se consolidaram como terri- do polo e as tratativas para formação dos seus comitês tórios de referência para a ovinocaprinocultura graças a gestores. mobilização e participação dos atores locais e regionais. A presente publicação consolida este trabalho, cujos Nas oficinas realizadas, as lideranças do setor defini- resultados agora estão sendo apresentados às partes in- ram o nome do polo e sua visão de futuro, além dos teressadas no fortalecimento da ovinocaprinocultura e municípios da área de abrangência do APL (figura 6). no desenvolvimento regional brasileiro. 24 BASES para o Plano Nacional de Desenvolvimento da ROTA DO CORDEIRO

Figura 6. Área de abrangência do APL

Fonte: SDR-MI 2017. Construção do Plano

CONTEXTUALIZAÇÃO DA CADEIA PRODUTIVA DA OVINOCULTURA E CAPRINOCULTURA

Para melhor compreensão da realidade da ovinocultura com um índice de 15% em 2014 quando comparado e da caprinocultura no Brasil, iniciamos os trabalhos a 2005 (gráfico 1). Quanto a ovinocultura, observa-se de campo com o estudo apresentado a seguir. uma baixa no período 2007 – 2010, porém no período 2005 – 2014 como um todo, alcançou um crescimento Segundo os últimos dados oficiais da FAO, a capri- de 7,16% (gráfico 2). nocultura no mundo vem crescendo constantemente

REBANHOS OVINO E CAPRINOS NO MUNDO

Gráfico 1. Evolução do rebanho caprino no mundo

Fonte: FAO (2017). 28 BASES para o Plano Nacional de Desenvolvimento da ROTA DO CORDEIRO

Gráfico 2. Evolução do rebanho ovino no mundo

Fonte: FAO (2017).

Já nos gráficos 3 e 4 apresentamos os dez maiores re- O Brasil é o 19º no ranking global (ovinos e caprinos) banhos de caprinos e ovinos no mundo, onde a China demonstrando as oportunidades para o Brasil, haja vista é líder em ambos. Em números a China possui 50 que países como Índia, Austrália e Nova Zelândia, por milhões de cabeças de caprinos a mais que a segunda exemplo, têm reduzido significativamente seus reba- colocada que é a Índia. No rebanho ovino a China nhos enquanto a população consumidora tem aumen- tem quase o triplo de animais a mais que a segunda tado, principalmente na China, que é a segunda maior colocada, a Austrália. importadora de carne ovina do mundo.

Gráfico 3.Ranking mundial da produção de cabras

Fonte: FAO (2017). Construção do Plano 29

Gráfico 4.Ranking mundial da produção de ovelhas

Fonte: FAO (2017).

Figura 7. Distribuição mundial do número do rebanho de caprinos e ovinos

Fonte: FAO/Stat (2014)1

1 Disponível em: http://pt.actualitix.com/pais/wld/pecuaria-de-ovinos-e-caprinos.php. Acessado em 27/12/2016. 30 BASES para o Plano Nacional de Desenvolvimento da ROTA DO CORDEIRO

De acordo com a tabela 1, constata-se significativa evo- US$ 342 milhões em 2013, um crescimento de 163%. lução no valor das importações da carne de caprinos, Destaca-se que o Sudoeste Asiático, em 2013, foi onde que partiram de US$ 130 milhões em 2005 para quase mais se importou carne caprina no mundo.

Tabela 1. Principais importadores de carne de caprinos

PRINCIPAIS IMPORTADORES DE CARNE DE CAPRINOS (VALOR EM 1000 US$) Ano Países 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013

Sudoeste Asiático 26.789 32.220 47.457 76.554 60.000 115.665 168.559 149.243 155.113

Estados Unidos 35.895 43.503 39.428 38.092 37.691 61.151 85.948 72.109 72.148

China 22.245 20.639 16.618 20.130 18.550 22.331 25.797 25.601 45.282

União Europeia 30.143 28.632 30.134 32.111 29.784 34.245 37.465 33.133 32.971

Outros Países 15.690 17.844 20.160 22.315 24.479 29.504 36.156 38.616 36.217 Total 130.762 142.838 153.797 189.202 170.504 262.896 353.925 318.702 341.731

Fonte: Elaboração ER Consult, com base em FAO/Stat2014; MeatandLivestock Australia; New Zealand MeatandWool; USDA,2014.

Segundo apresentado na tabela 2, o maior importador O Brasil também é importador de carne ovina, com de carne ovina do mundo é a União Europeia, com cerca de US$ 45 milhões importados no ano de 2013 quase US$ 2,5 bilhões, em 2013. As importações da (crescimento de 315% em relação à 2005), fazendo-se China evoluíram de US$ 136 milhões em 2005 para necessário retomar a produção para atendimento ao US$ 1,074 bilhão em 2013, (690%) demonstrando o mercado interno, que é estratégico para a agricultura grande potencial de compra que a nação tem. familiar no Brasil.

Tabela 2. Principais importadores de carne de ovinos

PRINCIPAIS IMPORTADORES DE CARNE DE OVINOS (VALOR EM 1000 US$) Ano País 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 União Europeia 2.325.784 2.348.259 2.406.116 2.707.234 2.547.212 2.523.333 3.088.479 2.567.447 2.527.548 China 136.088 134.472 169.910 209.132 235.746 297.060 430.832 554.673 1.074.198 Sudoeste Asiático 331.440 332.582 455.563 560.893 523.247 705.441 692.407 819.854 845.266 Estados Unidos 487.718 449.043 478.019 465.704 451.442 529.992 675.549 552.378 590.769 Brasil 11.059 15.301 17.484 23.436 21.470 35.006 33.868 35.211 45.896 Outros Países 715.406 734.211 756.404 893.162 786.858 940.960 1.074.142 1.025.926 1.053.916 Valor total 4.007.495 4.013.868 4.283.496 4.859.561 4.565.975 5.031.792 5.995.277 5.555.489 6.137.593

Fonte: Elaboração ER Consult, com base em FAO/Stat2014, mgap/diea, Ministério de la Agricultura, Ganaderia y Pesca, Statistics NZ.

Analisando os dados do período 2005 a 2015, observa- Por outro lado, o rebanho de caprinos sofreu leve que- -se que o efetivo dos rebanhos de caprinos e de ovinos da no período, em boa medida pela intensa seca que no Brasil vem sofrendo alterações ao longo do tempo, assolou a região nordeste nos últimos anos. registrando 18,11% de aumento para ovinos, conforme apresentado no gráfico 5 e na tabela 3. Construção do Plano 31

Gráfico 5.Evolução dos rebanhos caprino e ovino no Brasil

Fonte: Elaboração ER Consult, com base em IBGE.

Tabela 3. Série histórica do efetivo do rebanho nacional de caprinos e ovinos (% das cabeças/milhões)

SÉRIE HISTÓRICA DO EFETIVO DO REBANHO NACIONAL DE CAPRINOS E OVINOS (EM MILHÕES DE CABEÇAS) Ano Espécie 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 Caprino 10.30 10.40 9.45 9.35 9.16 9.31 9.38 8.64 8.77 8.85 9.61 Ovino 15.58 16.01 16.23 16.63 16.81 17.38 17.66 16.78 17.29 17.61 18.41

Fonte: Elaboração ER Consult, com base em IBGE.

Em 2006 o nordeste foi a região com maior quantidade de estabelecimentos envolvidos com a caprinocultura.

Os estados brasileiros que mais se destacaram foram a Bahia e o Piauí, que juntos somaram pouco mais de 112 mil estabelecimentos voltados para a referida atividade (tabela 4). 32 BASES para o Plano Nacional de Desenvolvimento da ROTA DO CORDEIRO

Tabela 4. Efetivo de caprinos no Brasil em 2006

EFETIVO DE CAPRINOS EM 31.12. 2006 Grandes Regiões e Unidades da Federação Estabel Estabelecimentos Total Total de Cabeças Brasil 286.676 7.107.613 Norte 5.353 139.748 Rondônia 530 10.987 Acre 482 7.298 Amazonas 680 15.093 Roraima 151 5.963 Pará 2.596 75.869 Amapá 60 1.289 Tocantins 854 23.249 Nordeste 249.487 6.470.898 Maranhão 15.001 303.386 Piauí 56.703 1.457.394 Ceará 38.114 748.866 Rio Grande do Norte 8.812 273.562 Paraíba 21.912 461.401 Pernambuco 47.281 1.037.069 Alagoas 3.248 34.221 Sergipe 1.134 15.250 Bahia 57.282 2.139.749 Sudeste 10.185 159.463 Minas Gerais 5.317 78.426 Espírito Santo 720 10.579 Rio de Janeiro 871 15.884 São Paulo 3.277 54.574 Sul 18.387 261.559 Paraná 7.639 125.252 Santa Catarina 2.802 40.411 Rio Grande do Sul 7.946 95.896 Centro-Oeste 3.264 75.945 Mato Grosso do Sul 835 20.550 Mato Grosso 1.184 29.408 Goiás 1.164 23.348 Distrito Federal 81 2.639

Fonte: Elaboração ER Consult, adaptado de IBGE, Censo Agropecuário (2006).

Em relação ao efetivo ovino, em 2006 haviam 438.623 Na região Sul destaca-se o Rio Grande do Sul e o Paraná estabelecimentos praticando a ovinocultura, a maior como grandes produtores (tabela 5). parte está concentrada no nordeste. Construção do Plano 33

Tabela 5. Efetivo de ovinos no Brasil em 2006

EFETIVO DE OVINOS EM 31.12.2006 Grandes Regiões e Unidades da Federação Estabelecimentos Total de Cabeças Brasil 438.623 14.167.504 Norte 16.983 481.462 Rondônia 3.115 88.262 Acre 2.251 47.878 Amazonas 2.164 53.524 Roraima 678 25.659 Pará 6.355 181.886 Amapá 98 2.356 Tocantins 2.322 81.897 Nordeste 311.125 7.790.624 Maranhão 7.073 172.900 Piauí 50.401 1.317.508 Ceará 58.399 1.564.907 Rio Grande do Norte 14.246 410.019 Paraíba 19.826 442.589 Pernambuco 44.370 942.502 Alagoas 11.802 133.946 Sergipe 8.432 133.385 Bahia 96.576 2.672.868 Sudeste 21.329 794.387 Minas Gerais 7.653 226.739 Espírito Santo 1.161 33.558 Rio de Janeiro 1.136 44.061 São Paulo 11.379 490.029 Sul 68.358 4.182.359 Paraná 17.434 510.478 Santa Catarina 7.906 194.819 Rio Grande do Sul 43.018 3.477.062 Centro-Oeste 20.828 918.672 Mato Grosso do Sul 7.961 384.318 Mato Grosso 8.106 354.748 Goiás 4.512 163.560 Distrito Federal 249 16.046

Fonte: Elaboração ER Consult, adaptado de IBGE, Censo Agropecuário (2006).

O preço médio de venda dos caprinos praticado no anos (gráfico 6) onde Minas Gerais manteve o preço Brasil tem uma variação grande devido as caracterís- de R$120,00, Ceará de R$150,00 e Pernambuco de ticas regionais, público consumidor e principalmente R$195,00 no período. a intensa atividade clandestina de abates que interfere diretamente no valor de mercado. Pernambuco e Bahia mantiveram o preço de venda acima da média nacional que teve um acréscimo em Conforme o site de cotações “Agrolink”, o históri- 2016 e uma pequena queda em 2017 (gráfico 6 e co de alguns estados segue padrões ao longo de três tabela 6). 34 BASES para o Plano Nacional de Desenvolvimento da ROTA DO CORDEIRO

Gráfico 6.Preço médio de venda dos caprinos para uma carcaça de 15 Kg

Fonte: Elaboração ER Consult, com base em https://www.agrolink.com.br/cotacoes/carnes/ovinos.

Tabela 6. Preço médio do caprino 1Kg/carcaça

PREÇO MÉDIO DO CAPRINO 1KG/CARCAÇA Ano Minas Gerais Ceará Bahia Pernambuco Nacional 2017 R$ 8,00 R$ 10,00 R$ 12,83 R$ 13,00 R$ 11,27 2016 R$ 8,00 R$ 10,00 R$ 12,92 R$ 13,00 R$ 11,75 2015 R$ 8,00 R$ 10,00 R$ 12,17 R$ 13,00 R$ 11,56

Fonte: Elaboração ER Consult, com base em https://www.agrolink.com.br/cotacoes/carnes/ovinos

No gráfico 7 e na tabela 7, observamos que as médias rença nos estados da Bahia e Goiás que tem o maior de preços praticados na ovinocultura são semelhantes preço, com um valor médio bem acima da média na- aos dos caprinos, com exceção de uma pequena dife- cional.

Gráfico 7.Preço médio de venda dos Ovinos para uma carcaça de 15 Kg

Fonte: Elaboração ER Consult, com base em https://www.agrolink.com.br/cotacoes/carnes/ovinos Construção do Plano 35

Tabela 7. Preço médio do ovino 1Kg/carcaça

PREÇO MÉDIO DO OVINO 1KG/CARCAÇA Ano Minas Gerais Ceará Bahia Pernambuco Goiás Nacional 2017 R$ 8,00 R$ 10,00 R$ 12,73 R$ 13,00 R$ 16,78 R$ 11,17 2016 R$ 8,00 R$ 10,00 R$ 13,16 R$ 13,00 R$ 15,64 R$ 11,95 2015 R$ 8,00 R$ 10,00 R$ 12,42 R$ 13,00 R$ - R$ 11,73

Fonte: Elaboração ER Consult, com base em https://www.agrolink.com.br/cotacoes/carnes/ovinos

Na enquete feita pela ER Consult, em abril de 2017, me tabela 8 (a seguir). Nesta enquete o preço médio os preços variavam entre os estados e nos diferentes nacional do quilo da carcaça ficou 26,17% acima do municípios da mesma unidade da federação, confor- preço disponibilizado pela Agrolink.

Tabela 8. Preço médio do ovino/caprino

VALOR DE VENDA MUNICÍPIO ESTADO R$/KG/CARCAÇA R$/KG/VIVO Vitória da Conquista BA R$6,50 Manoel Vitorino BA R$ 14,00 - Juazeiro BA R$12,00 - Pintadas BA R$13,00 - Limoeiro do Norte CE R$14,50 - Tauá CE R$5,00 Brasília DF R$18,00 R$10,00 Girassol GO R$12,00 - Santo Antônio do Descoberto GO R$18,00 - Poção das Pedras MA R$16,00 - Monteiro PB R$15,00 - Petrolina PE R$ 13,00 - Dom Inocêncio PI R$ 12,00 R$ 6,00 Bagé RS - R$5,25 Santana do Livramento RS - R$6,00 Simão Dias SE R$15,00 - MÉDIA R$14,81 R$6,46

Fonte: Elaboração ER Consult.

A tabela 9, por sua vez, demonstra que a agricultura emprega cerca de 279.302 pessoas, dentre as quais familiar se destaca no setor de caprinos e ovinos. 220.751 foram contratados por unidades familiares Conforme informado pelo DIEESE, a atividade de produção.

Tabela 9. Distribuição da População Economicamente Ativa (PEA) no setor de caprinos e ovinos no Brasil

PEA QUANTIDADE Setor de caprinos e ovinos (agricultura familiar) 220.751 Setor de caprinos e ovinos (agricultura patronal) 58.551 Total no setor de caprinos e ovinos 279.302

Fonte: Elaboração ER Consult, com base em Censo agropecuário, IBGE (2006), Estatísticas do meio rural 2010-2011, IBGE, PNAD, elaboração DIEESE. 36 BASES para o Plano Nacional de Desenvolvimento da ROTA DO CORDEIRO

Para compor os dados referentes a renda média dos Os dados revelam que a maioria (94%) dos ovinocultores produtores rurais do setor de caprinos e ovinos foram e dos caprinocultores recebem até cinco (05) salários mí- utilizados dados referentes a quantidade de estabeleci- nimos (Tabela 10), comprovando assim o aspecto social mentos deste setor. A referência foi o salário mínimo da atividade, que representa importante fonte de renda (R$ 880,00) de dezembro de 2016. para milhares de produtores rurais em todo o Brasil.

Tabela 10: Estimativa de renda dos produtores de caprinos e ovinos no Brasil

ESTIMATIVA DE RENDA DOS PRODUTORES DE CAPRINOS E OVINOS Produtores % (por quantidade de estabelecimentos) até 2 sal. mínimo (R$ 1.760,00) 310.282 42,78% de 2,01 a 5 sal. mínimo (1.760,01 a R$ 4.440,00) 371.570 51,23% de 5,01 a 10 sal. mínimo (4.440,01 a R$ 8.800,00) 34.089 4,70% de 10,01 a 20 sal. mínimo (8.800,01 a R$ 17.600,00) 9.284 1,28% acima de 20,01 sal. mínimo (R$ 17.600,01) 73 0,01% Total 725.298 100%

Fonte: Elaboração: ER Consult, com base em Censo Agropecuário, IBGE (2006), Estatísticas do meio rural 2010-2011, IBGE (2016), Pnad, Elaboração DIEESE, Indicadores agropecuários, Conab (2016). I CONFERÊNCIA NACIONAL DA ROTA DO CORDEIRO

Como ação básica de alinhamento para a realização das janeiro de 2017, a “I Conferência Nacional da Rota oficinas regionais da Rota do Cordeiro e para planejar do Cordeiro”. as ações a serem realizadas em cada polo, a SDR-MI, Arco, Embrapa, CODEVASF e outras entidades par- Em conformidade com a programação do evento, temos, ceiras, promoveram em Brasília / D F, no dia 26 de a seguir, breve relato sobre esta conferência:

1. Apresentações Institucionais Rotas da Integração Nacional e Rota do Cordeiro: resultados e próximos passos A Coordenadora-Geral de Programas Sub-regionais, Aline Elaine de Lima Fagundes, destacou algumas carac- terísticas do programa, quais sejam: a) o programa visa trabalhar os atores da cadeia produtiva incentivando o empoderamento e a melhoria da sua organização; b) fortalecimento das parcerias com os diversos atores e em diversas ações, em consonância com as necessidades levantadas nas Rotas. Reforçou ainda que não se trata de um programa com viés assistencial, mas voltado ao desenvolvimento regional e a inclusão produtiva.

O Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental, Vitarque Coelho, Coordenador da Rota do Cordeiro, enfatizou que o objetivo das Rotas de Integração é a valorização das vocações territoriais e seus recursos naturais e humanos, fortalecimento dos arranjos produtivos locais e suas lideranças por meio da agregação de valor aos produtos das cadeias produtivas trabalhadas.

Rota do Cordeiro e Sistemas Integrados Agroalimentares Localizados (SIAL): desenvolvimento terri- torial e APLs Com relação a Rota do Cordeiro e SIAL, o pesquisador da Embrapa, Evandro Holanda, e o auditor do (MAPA), Gilberto Mascarenhas, destacaram que entre as potenciais contribuições da abordagem SIAL para a Rota do Cordeiro, estão: a) o beneficiamento dos produtos parte das experiências e conhecimento dos atores locais; e b) a possibilidade de diversificação dos canais de comercialização, com produtos ligados ao território, reduzindo custos, estimulando a autogestão e promovendo o trabalho em conjunto.

2. Contextualização da ovinocultura e da caprinocultura no Brasil

Os consultores Newton Mauro da Silva e Marco Aurélio Rocha Duarte fizeram a apresentação do trabalho “Contextualização da ovinocaprinocultura no Brasil e no mundo”, relatando as características centrais da cadeia produtiva da ovinocultura e caprinocultura, cujos resultados constam neste documento. 38 BASES para o Plano Nacional de Desenvolvimento da ROTA DO CORDEIRO

3. Apresentação das representações dos polos da Rota do Cordeiro

Durante a apresentação dos polos da Rota do Cordeiro, as lideranças locais relataram os trabalhos que estão sendo desenvolvidos nos territórios para organizar a cadeia produtiva da ovinocultura e da caprinocultura e assim melhorar a rentabilidade dos produtores. Listaram também as dificuldades enfrentadas pelas associações e cooperativas.

4. Apresentação da metodologia e programação das oficinas locais nos polos

Neste momento foi apresentada a metodologia a ser utilizada nos polos abordando a programação das oficinas previstas, com dois dias de atividades, compreendendo a definição da área de abrangência dos polos, a cons- trução da visão de futuro, a construção da Matriz SWOT (FOFA), com as forças, oportunidades, fraquezas e ameaças da cadeia produtiva no território, além da elaboração das carteiras de projetos e a formação dos comitês gestores locais.

5. Apresentação da Plataforma Integra: gestão das carteiras de projetos

Ao final da conferência foi apresentado aos participantes uma plataforma de comunicação para gerenciamen- to e troca de informações, disponível na Internet, denominada ‘Integra’. A plataforma possui módulos que facilitam a comunicação entre os agentes como ‘Linha do Tempo, Reunião Virtual, FAQ?, e Fórum’. Além disso, o compartilhamento de informações e arquivos é viabilizado pelos módulos Disco Virtual, Notícias, e Galeria de Mídias. Os participantes da Conferência tiveram acesso à plataforma Integra, recebendo por e-mail instruções para acesso.

6. Encaminhamentos e encerramento

Podemos afirmar que a I Conferência Nacional da Rota do Cordeiro contribuiu de forma decisiva para uma maior integração entre os produtores organizados nos polos e a equipe técnica da SDR-MI e da consultoria contratada (ERConsult), gerando a possibilidade de troca de experiências e conhecimentos, ampliando a perspectiva de êxito para as atividades de campo, incluindo mobilização de produtores, governos estaduais, além de outros órgãos federais e empresários do setor. Esta mobilização foi fundamental para garantir a re- presentatividade e legitimidade das oficinas locais. Destacou-se a necessidade de fortalecer a parceria com a Embrapa, a Arco, a Codevasf, a Sudene, e tantos outros atores institucionais, locais e nacionais, que participam do esforço coletivo de fortalecimento da cadeia produtiva da ovinocaprinocultura em todo o país. Oficinas da Rota do Cordeiro 40 BASES para o Plano Nacional de Desenvolvimento da ROTA DO CORDEIRO CE CE . Arneiroz Tauá Aiuaba Independência Parambu Quiterianópolis Quilômetros Área de Abrangência do Polo Sertão do Inhamuns - CE 0,2 Fonte: MI/SDR 0 0,4 0,8 PI PI POLO SERTÃO DO INHAMUNS

O programa Rota do Cordeiro, parceria do Ministério vendo um pequeno volume de produção e venda para da Integração Nacional e Embrapa Caprinos e Ovinos, programas governamentais. atua no município de Tauá (CE) desde 2012. O mu- nicípio foi piloto para o programa, hoje estendido para Na tentativa de fortalecer a rede institucional e de en- o Sertão dos Inhamuns, polo composto por 06 muni- tidades ligadas aos produtores, a iniciativa da Rota do cípios: Aiuaba, Arneiroz, Parambu, Quiterianópolis, Cordeiro incentivou a formação de um grupo gestor Tauá e Independência. O município de Independência, local. A ideia foi encampada pela administração do embora não pertença geograficamente aos Inhamuns, município e hoje Tauá tem a primeira Câmara Se- foi incluído por sua importância e semelhança com os torial Municipal da Ovinocaprinocultura do país. A demais no contexto da produção de ovinos e caprinos câmara foi estabelecida por decreto municipal, após e interação com Tauá e Quiterianópolis. articulações com a prefeitura, câmara dos vereadores, entidades públicas e privadas, associações, sindicatos e Um aspecto forte no Polo é a cultura local, as expressões cooperativas de produtores e trabalhadores. culturais e historicidade em eventos e gastronomia, a densidade significativa de rebanhos caprino e ovino, Em Tauá, projeto piloto da Rota do Cordeiro, realizou- representatividade do setor produtivo na produção de -se a primeira oficina de planejamento, também visando produtos diferenciados, iniciativas e apoio de progra- consolidar uma carteira de projetos construída junto mas governamentais e privados. Tauá, cidade de refe- com os produtores. Essa carteira de projetos funciona rência do Polo, é famosa pela manta de carneiro, uma como guia para um programa de desenvolvimento re- espécie de carne de sol ovina, específica e tradicional gional, onde os projetos componentes são definidos de da região, que busca a certificação de origem para di- acordo com as necessidades e as possibilidades de supe- ferenciação e agregação de valor. rar entraves à produção, beneficiamento e comercializa- ção, e aproveitar oportunidades que possam alavancar Tauá é o principal município do Estado em volume a economia local e regional, tendo a caprinocultura e a de produção e apresenta também uma estrutura ins- ovinocultura como elementos de grande importância. titucional de ensino, pesquisa e extensão para apoio, como o Instituto Federal do Ceará (IFCE), Ematerce e Após essa primeira oficina, os procedimentos foram apri- escolas profissionalizantes. Semelhante aos outros mu- morados. Nas oficinas subsequentes há elementos que nicípios do polo, Tauá apresenta um grande número de não aparecem nos resultados da Oficina de Tauá, como pequenos estabelecimentos rurais, beneficiamento in- é o caso da “Visão de Futuro do Polo” e outras ações de formal, comércio de produtos tradicionais de caprinos corte territorial, inspiradas nos princípios do SIAL. O e ovinos e também um alto consumo dessas carnes. Na nome do polo também não foi definido na oficina, mas caprinocultura leiteira, Tauá tem avançado por meio a nomenclatura do “Sertão de Inhamuns” já era utilizada de programas de iniciativa do governo do estado, ha- e bem aceita pelos produtores e outros parceiros. 42 BASES para o Plano Nacional de Desenvolvimento da ROTA DO CORDEIRO

Gráfico 8. Evolução dos rebanhos do Polo Sertão do Inhamuns

Fonte: IBGE, Pesquisa Agropecuária 2016. Dados elaborados por ERConsult Ltda.

Matriz SWOT

FORÇAS FRAQUEZAS . Ambiente próprio (Bioma Caatinga rico em forragei- . Estacionalidade da produção; ras); . Falta de informações e conhecimentos; . Produtores bem capacitados a produzir e conservar . Produtores desacreditados; alimentos; . Falta de organização dos produtores; . Produtores já capacitados por diversos projetos; . Programas governamentais sem interação; . Diversidades de raças; . Ausência de Marketing: da carne de carneiro e de outros produtos; . Cultura: Familiar, Gastronomia; . Deficiência na gestão da propriedade, organização produtiva e . Animais adaptados às condições de produção da região; comercialização; . Bons rebanhos, com animais puros, cruzados ou mes- . Inexistência de controle de custos; tiços; . Comércio informal; . Criação semiextensiva – característica da criação na . Ausência da capacitação de mão de obra; região; . Ausência da identificação de oportunidades dentro do sistema . Disposição para melhorar; produtivo e fora; . Projetos de diversas instituições; . Sanidade animal (falta programas de controle; uso indiscrimi- . Rebanho sadio; nado de produtos); . Instituições de ensino, pesquisa, e extensão presentes; . Falta de prevenção para o período de seca; . Rede de bancos: BB, BNB, CEF; . ATER insuficiente e descontinuada; . Cooperativas, sindicatos e associações. . Falha na distribuição de sementes e mudas; . Técnicos desqualificados; . Falta de comunicação entre os técnicos e os criadores (lide­ranças); . Falta de tecnologias adaptadas e validadas; . Falta de financiamento para perfuração de poços profundos acima de 60 metros; . Falta de conhecimento para melhorar o manejo da caatinga utilizando as árvores nativas; . Problemas com a nutrição animal; . Dificuldades das tecnologias chegarem ao campo; . Falta fortalecer e integrar as instituições locais para prestar serviços aos produtores rurais; . Preços dos insumos elevados. Resultados das Oficinas de Integração 43

OPORTUNIDADES AMEAÇAS . Demanda crescente: produção, produtos; . Roubo em propriedade rural; . Melhorar a compra organizada; . Presença de predadores; . Central de negócios; . Problema da seca e questões hídricas; . Identificação geográfica; . Muitos casos de má formação em crias; . Criação de marca coletiva; . Custo de Produção (insumos com preço elevado); . Criação de rede territorial relacionada ao produto; . Tributação elevada; . Compra de insumos em central de compras pela coo­ . Mercado instável e pouco organizado, volatilidade de preço de perativa; compra ao longo do ano; . Turismo; . Desorganização da cadeia – falta dos elos (produtores, frigorífico . Melhorar o consumo de carnes caprina e ovina; / ATER); . Políticas públicas direcionadas para a caprinocultura . Falta de condições de abate – local; e ovinocultura; . Degradação da caatinga; . Demanda por novos produtos; . Degradação dos solos; . Inserção dos produtos, carne de caprinos e ovinos na . Infraestrutura viária inadequada; merenda escolar; . Políticas públicas desatualizadas; . Subsídio da energia pela empresa prestados no estado . Ausência da segurança pública; do Ceará para a propriedade rural; . Sistema de inspeção inexistente – fiscalização; . Ampliar o escopo da feira local para a comercialização . Jovens desinteressados no campo; de animais; . Burocracia no crédito; • Especialização da feira de caprinos e ovinos; . Infraestrutura inadequada: luz elétrica monofásica; . Organização de centrais de terminação para baratear . Frigoríficos (legalização do abate). custos e facilitar a logística de negócios com frigorí­ ficos; . Possibilidade de intercâmbio das instituições de ensino com as propriedades rurais – estágios e novas tecnolo- gias; . União dos produtores pensando na atividade como empresa; . Necessidade de se criar feiras livres para o comércio de animais; . Novos hábitos de consumo; . Qualificação de produtos de caprinos e ovinos, além do queijo de leite de vaca; . Valorizar os aspectos regionais na agregação de valor dos produtos; . Fortalecer as associações com inclusão de novos asso- ciados; . Rede de multiplicadores de material genético; . Núcleo de melhoramento genético; . Valorização do local pela raça e os tipos; . Criar uma governança local para que as ações de for- ma geral sejam alinhadas, aplicadas, acompanhadas e monitoradas; . Integração entre produção, centro de terminação, transporte e abatedouros; . Necessidade de estruturação de produtores em coop- erativas e associações fortalecidas; . Mais investimentos dos bancos para a agricultura familiar. 44 BASES para o Plano Nacional de Desenvolvimento da ROTA DO CORDEIRO

Carteira de Projetos

PARTES SUBSISTEMAS COMPONENTES AÇÕES A SEREM DESENVOLVIDAS STATUS INTERESSADAS a) Implantação de palma forrageira: fazer le- Prefeitura Muni- vantamento dos produtores interessados em Compromisso confir- cipal, Ematerce, participar das oficinas de palma oferecidas mado pela FAEC FAEC/SENAR-CE pela FAEC Alimentação: SDA-CE, Prefeitura INSUMOS b) Implantação de palma forrageira: disponi- 274 mil raquetes já dis- reserva estratégica Municipal de Tauá, bilização de raquetes por produtor tribuídas em Tauá Ematerce c) Ampliação do programa Reserva Estraté- Negociação entre SDA- SDA-CE, Prefeitura gica, Hora de Plantar (beneficiários, equipa- -CE e Prefeitura Municipal de Tauá mentos, infraestrutura) Criação de Comissão de Criação de Fórum Territorial de ATER e Colegiado do Ter- ATER no Colegiado do alinhamento das instituições (programas e ritório Inhamuns/ Território Inhamuns/ tecnologias) Crateús Cratéus b) Reciclagem de técnicos por meio de capa- Primeira turma em citações (Residência Zootécnica): Tauá; Assistência - Manejo pastoril na caatinga; técnica - Programa de melhoramento genético; Embrapa, SDA-CE, Negociação: Município - Estudos de causas de má formação de crias; Prefeitura Munici- providencia infra, SDA PRODUÇÃO - Estação de monta; pal de Tauá, IFCE, organiza turma de alu- - Descarte orientado do rebanho; Ematerce nos multiplicadores e - Programa de controle integrado de vermi- Embrapa oferece curso nose; - Desenvolvimento de novos produtos (almôn- degas, quibes, embutidos, kaftas, etc.) Proposta de Programa Programa de a) Implantação de programa estadual de in- MI, BNB, Embrapa, Temático Ovinocapri- retenção de centivo a retenção de matrizes SDA-CE no BNB em andamento matrizes (BNB-MI-Embrapa) – Plano de Negócios Abate e Providenciar plano de negócios do Frigorífi- sendo trabalhado para processamento: Prefeitura Municipal BENEFICIA- co de Tauá, com previsão de funcionamento, o frigorífico carência de de Tauá, ADAGRI- MENTO necessidade de apoio técnico e Sistema de – Prefeitura regulamen- abatedouros -CE. Inspeção Municipal (SIM) tou SIM (Serviço de ins- certificados peção municipal) Compra de 30% da Prefeitura Municipal Agricultura Familiar Inserção da carne ovina na merenda escolar Criação de de Tauá (SIM regularizado: mu- COMERCIALI- novos canais e nicípio elegível PAA) ZAÇÃO mecanismos de Calendário criado (Pri- comercialização Prefeitura Municipal meira em 4 de março Criação de calendário de feiras de animais de Tauá de 2016, primeira sex- ta-feira de cada mês) Tecnologias de captação e reserva de água com Convênio Tauá-MI estudos geológicos: verificar junto aos órgãos MI, Prefeitura Mu- aprovado, esperando competentes a outorga das águas e viabilidade nicipal de Tauá liberação financeira; Infraestrutura técnica hídrica: planeja- Em andamento a con- mento de recur- tratação de consultoria Plano de manejo sustentável da água para a MI, Embrapa, SRH- sos hídricos na para gestão de recursos ovinocultura e caprinocultura no semiárido -CE INFRAESTRU- propriedade e no hídricos (financiamento TURA território programa Interáguas) b) Acordos com bancos e fundos (BNB/FNE): Criadas linhas FNE financiamento obras de infraestrutura hídrica MI, BNB, Embrapa para água e fontes de energia alternativas b) Desenvolvimento de fontes alternativas de Criadas linhas FNE Energia elétrica MI, BNB, Embrapa energia (solar, eólica, biocombustível) para energia Resultados das Oficinas de Integração 45

PARTES SUBSISTEMAS COMPONENTES AÇÕES A SEREM DESENVOLVIDAS STATUS INTERESSADAS Decreto aprovado e vo- a) Formalização da Câmara Setorial de Ovinos Prefeitura Municipal tado, necessário iniciar e Caprinos de Tauá de Tauá atividades b) Capacitação dos produtores em associati- vismo e cooperativismo; – Sensibilização e capacitação em Associati- vismo e Cooperativismo; – Desenvolvimento de Central de Negócios: aquisição de insumos barateados pela compra em escala (alimentos e produtos veterinários); Embrapa, Sebrae, – Bolsa de ovinos e caprinos: sistema de co- Aguarda negociação CAPITAL Associativismo e Ematerce; FAEC/ municação comercial, com definição de preço com SEBRAE SOCIAL cooperativismo SENAR mínimo de venda da carne; – Realização de Pesquisa de mercado: Sonda- gem de Mercados. A Central de Negócios precisa ser negociada com o Sebrae para retomar a capacitação dos produtores e para disponibilizar consultor para acompanhamento. Coomanta passa por c) Estudar estratégias de fortalecimento da Embrapa, Sebrae, reestruturação empre- COOMANTA Ematerce sarial: Consultoria da OCB já contratada a) Utilização de animais (ovinos e caprinos) Já disponível para in- como garantia para aquisição de financia- Arco, MI, Embrapa vestimento e custeio e mento FNE-Pronaf b) Inclusão de ovinos e caprinos nas condições Ovinocultura entrou no Arco, MI, Embrapa Crédito favorecidas do Plano Safra plano safra em 2017 FINANCIA- Proposta de Programa c) Incentivo creditício (BB, BNB) aos pro- MENTO Temático Ovinocaprino dutores para produção e comercialização de MI, BNB, Embrapa em negociação (BNB- forragens -MI-Embrapa) a) Isenção e diferimento tributário (ICMS Negociação com o go- Tributos e guias de transporte) para a ovinocultura e ADAGRI verno do Estado (ADA- caprinocultura GRI) 46 BASES para o Plano Nacional de Desenvolvimento da ROTA DO CORDEIRO . Canguçu Encruzilhadado Sul Piratini Santana daBoa Vista RS RS Pinheiro Machado Caçapava doSul Lavrasdo Sul Bagé Área de Abrangência do Polo Alto Camaquã - RS Quilômetros 0,2 Fonte: MI/SDR 0 0,4 0,8 POLO ALTO CAMAQUÃ

O Polo abrange 08 (oito) municípios: Bagé, Lavras do Sul, Santana da Boa Vista, Encruzilhada do Sul, Caça- Visão de Futuro pava do Sul, Canguçu, Piratini e Pinheiro Machado. Ser referência em produção e comer- cialização ovina e caprina diferenciada, O Comitê Gestor do polo está associado ao APL do Alto Camaquã, iniciativa desenvolvida em parceria com promovendo a valorização do produ- o governo do estado do Rio Grande do Sul. tor rural, a organização e o desenvol- vimento socioeconômico com susten- O polo já conta com um trabalho de mobilização e tabilidade ambiental. organização social de mais de 10 anos e é uma refe- rência de sucesso na valorização da produção ovina consorciada ao turismo e a cultura local.

Gráfico 9.Evolução dos rebanhos do Polo Alto Camaquã

Fonte: IBGE, Pesquisa Agropecuária 2016. Dados elaborados por ERConsult Ltda. 48 BASES para o Plano Nacional de Desenvolvimento da ROTA DO CORDEIRO

Matriz SWOT

FORÇAS FRAQUEZAS . Ambiente próprio (Bioma Pampa); . Estacionalidade da produção; . Tradição na ovinocultura; . Ausência de marketing: da carne do cordeiro e lã; . Diversidades de raças; . Falha na comunicação (interna e externa); . Cultura: familiar – hospitalidade rural, gastronomia (chur- . Deficiência na gestão da propriedade e comercialização: rasco), lã – artesanato; falta de organização produtiva, falta do controle de custos, . Disponibilidade de recursos hídricos; comércio eventual; . Aspecto visual – beleza do campo / natureza / paisagem; . Ausência da capacitação de mão de obra e qualificação; . Criação extensiva – característica da criação (bem estar . Desunião dos criadores; animal); . Ausência da identificação de oportunidades dentro do . Feiras tradicionais e nacionalmente reconhecidas e visita- sistema produtivo (poderíamos fazer mais); das; . Segurança dentro da porteira; . Presença do trabalho local coletivo (cooperativismo); . Sanidade animal (uso indiscriminado de produtos); . Disposição para melhorar; . Técnicos desqualificados; . Região única; . Falta de comunicação entre os técnicos e os criadores . Natureza com valor agregado dos produtos; (lideranças). . Sustentabilidade; . Marcar Forte; . Identificação geográfica; . Ponto de venda dos produtos com a marca nos 08 muni- cípios. OPORTUNIDADES AMEAÇAS . Demanda crescente: turismo, carne, artesanato e produtos . Abigeato (roubo em propriedade rural); associados; . Presença de predadores; . Políticas públicas direcionadas para a ovinocultura; . Contaminação ambiental; . Demanda por novos produtos; . Custo de produção (insumos – preço elevado); . Existência de feiras no estado, onde é possível comerciali- . Tributação elevada; zar; . Desorganização da cadeia – falta dos elos (frigorífico/ . Possibilidade de intercâmbio das instituições de ensino ATER); com as propriedades rurais – estágios e novas tecnologias; . Falta de condições de abate – local; . Existência da feira no cassino (Feira da agricultura familiar . Degradação do campo nativo; de Torres); . Degradação dos solos para cultivo exógenos; . Novos hábitos de consumo; . Concorrência dos outros modelos de produção; . Diferenças de raças. . Infraestrutura viária inadequada; . Políticas públicas desatualizadas; . Ausência da segurança pública; . Sistema de inspeção inexistente – fiscalização; . Jovens desinteressados no campo; . Florestamento de eucaliptos; . Reforma agrária desorganizada; . Burocracia no crédito; . Infraestrutura inadequada: luz elétrica, estradas; . Frigoríficos (legalização do abate); . Assistência técnica insuficiente. Resultados das Oficinas de Integração 49

Carteira de Projetos

EIXO COMPONENTE ESCOPO DO PROJETO PARTES INTERESSADAS EMBRAPA, EMATER-RS, UNI- Programa do manejo sustentável dos recursos naturais PAMPA Irrigação do campo nativo EMATER-RS, EMBRAPA Difusão da tecnologia da fenação EMBRAPA Alimentação Implantação de um programa de sementes e mudas EMBRAPA, EMATER-RS forrageiras locais Difusão da técnica de suplementação com grãos (para EMBRAPA períodos críticos) Montagem de diretoria técnica para levantar diretrizes INSUMOS E de trabalho para saúde animal e capacitação e padroniza- URCAMP, EMBRAPA PRODUÇÃO ção do corpo técnico que realizara o trabalho de campo Saúde animal Cooperativa do Alto Camaquã, Melhoria nas Criar uma central de compras ou similar técnicas de ADAC produção das Apoio laboratorial para diagnóstico de doenças URCAMP unidades Melhoramento familiares Programa de melhoria dos reprodutores e matrizes ARCO;EMATER-RS genético Ampliação da assistência técnica ARCO;EMATER-RS Aprimorar a qualificação da assistência técnica ARCO; APL Alto Camaquã ATER

Planejar a reprodução (reduzir estacionalidade) EMATER-RS; EMBRAPA; ARCO

Promover a estruturação de cercas, banheiros, manguei- ADAC; Cooperativa do Alto Camaquã Benfeitorias ras, galpão de parição equipamentos Aquisição de máquinas de tosquia, ultrassom, balança ADAC; Cooperativa do Alto Camaquã Analisar a possibilidade de adquirir um frigorífico (com- ADAC; Cooperativa do Alto Camaquã pra, cessão da EMBRAPA) Abate certificado BENEFICIA- Construir uma planta frigorífica nova (elaborar plano ADAC; Cooperativa do Alto Camaquã MENTO E de negócio ou de viabilidade) AGREGAÇÃO Viabilizar a comercialização de produtos oriundos de DE outras categorias (carne de cordeiro, ovelhas e animais EMBRAPA; SEBRAE VALOR Novos produtos adultos)

Estruturação de Apropriação da tecnologia em termos de novos produtos EMBRAPA; SEBRAE unidades coleti- Fidelização dos produtores em relação ao projeto ARCO; Ovelha Urbana vas de beneficia- Organização da cadeia da lã e pele ARCO; Ovelha Urbana mento Lã e pele Qualificação e padronização do beneficiamento da lã ARCO; Ovelha Urbana Beneficiamento da lã – Implantação do lanifício ARCO; Ovelha Urbana Acesso ao mercado Disseminar e posicionar a marca (Alto do Camaquã) ADAC; SEBRAE COMERCIA- ADAC; SENAC; Núcleo de criadores LIZAÇÃO Elaborar um calendário de participação em feiras de ovinos de Pinheiro Machado Feiras e mercados Melhorar a infraestrutura do APL para participação Fortalecimento APL Alto Camaquã de redes e canais em feiras de comercializa- Turismo e Formatação dos roteiros turísticos SENAC; EMATER-RS ção. Desenvolvi- gastronomia mento de sinais Plano de desenvolvimento da gastronomia regional SENAC; EMATER-RS; EMBRAPA distintivos Centrais de Criação de central de negócios (aquisição de insumos Cooperativa do Alto Camaquã; comercialização e comercialização) ADAC 50 BASES para o Plano Nacional de Desenvolvimento da ROTA DO CORDEIRO

EIXO COMPONENTE ESCOPO DO PROJETO PARTES INTERESSADAS Infraestrutura Armazenamento e distribuição de água APL Alto Camaquã; ADAC hídrica Identificar e apoiar a implantação de energias alterna- UNIPAMPA tivas nas propriedades Energia elétrica Ampliar a capacidade disponível APL Alto Camaquã; ADAC INFRAESTRU- Identificar produtores que ainda não possuem acesso TURA EMATER-RS; ADAC a energia Serviços pú- Telecomunicações Melhorar as telecomunicações (canal do Google) ADAC; APL Alto Camaquã blicos para o Adequar a legislação ambiental ao território Alto Ca- desenvolvimento ADAC maquã e cobrar fiscalização territorial Meio ambiente Fortalecimento da rede em defesa ambiental do ter- ADAC ritório Estradas e Reestruturação dos parques de máquinas dos municípios Consórcio intermunicipal pavimentação Associativismo e Apoiar a organização das associações ADAC cooperativismo Elaboração do plano de negócios para o lanifício e fri- Planos de negócios APL Alto Camaquã gorífico Gestão das Diagnosticar e estruturar as unidades produtivas dos ORGANIZA- EMATER-RS propriedades ÇAO SOCIAL membros da rede do Alto Camaquã Definir a estratégia quanto a predadores (javali e ca- E GOVER- Governança do AGRUPA chorro doméstico) NANÇA polo e do território Criar assessoria jurídica de apoio ao território IDEAU Fortalecimen- Promover o intercâmbio das universidades e escolas APL Alto Camaquã to de redes e Formação de técnicas com as associações dos produtores capacitação de capacidades locais Desenvolvimento e capacitação continua de novas li- equipes locais de FETAG-RS deranças apoio técnico Formação de consórcio Alto Camaquã (Revisão) ADAC; ARCO Projeto de lei estadual instituindo a Rota do Cordeiro Políticas públicas ADAC no RS Plano territorial de segurança pública (GGI) ADAC; STR Pinheiro Machado Facilitar o acesso e reduzir os custos ao crédito FETAG-RS; ARCO

Financiamento Viabilizar Crédito assistido ARCO; EMATER-RS FINANCIA- bancário Linhas específicas de créditos para cooperativas (prio- MENTO ARCO; FETAG-RS rizar sistema cooperativos) Diferimento Discutir isenção do ICMS para produtos da agricultura Crédito assistido ARCO; FETAG-RS e programas de tributário familiar fomento Agilidade do crédito fundiário FETAG-RS Créditos especiais Alterar a legislação e elaborar projetos de utilização do ARCO FUNDOVINOS 51 52 BASES para o Plano Nacional de Desenvolvimento da ROTA DO CORDEIRO - RS . Santa Margarida do Margarida Sul Santa Pampa Gaúch o São Gabriel São Dom Pedrito Dom RS RS Itacurubi Rosário Sul do Rosário Manoel Viana Manoel Alegrete Sant' Ana do Livramento do Ana Sant' São Borja São Maçambará Quaraí Itaqui Quilômetros 0,4 0,8 Uruguaiana 0,2 0 Área de Abrangência do Polo Fronteira Oeste - Fonte: MI/SDR Barra do Quaraído Barra Área de Abrangência do Polo Fronteira Oeste - Pampa Gaúcho - RS

São Borja Itacurubi

Maçambará

Itaqui

Manoel Viana

Uruguaiana Alegrete

RS

Barra do Quaraí

Quaraí Rosário do Sul São Gabriel Santa Margarida do Sul

Sant' Ana do Livramento

Dom Pedrito . 0 0,2 0,4 0,8 Quilômetros

Fonte: MI/SDR comercialização. se valerdessavantagemparaexplorarnovoscanaisde polo tambémfazfronteiracomaArgentina,epode da regiãoparaocircuitogastronômicodeovinos.O e aproveitarocircuitoturísticodecassinosfreeshops aberta doUruguai(Rivera–SantanaLivramento), O polo tem a vantagem da proximidade com a fronteira sistemas deproduçãocarneovina. com alã,etentasereposicionarmelhoriados do RioGrandeSul.Aregiãojáfoimuitopróspera car reconhecimentodoAPLjuntoaogovernoestado O ComitêGestordopoloestáemformaçãoedevebus- do QuaraíeDomPedrito bi, São Borja, Maçambara, Itaquí, Uruguaiana, Barra Livramento, Quaraí,Alegrete,ManoelViana,Itacuru- garida doSul,SãoGabriel,RosárioSantana O Poloabrange14(quatorze)municípios:SantaMar- Fonte: IBGE,Pesquisa Agropecuária 2016.Dados elaboradosporERConsult Ltda. Gráfico 10.Evolução dosrebanhos doPolo Fronteira Oeste –CampanhaGaúcha POLO FRONTEIRA OESTE – PAMPA GAÚCHO cia navalorização daculturaregional. no Bioma Pampa, tornando-sereferên- Promover aovinocultura sustentável Visão deFuturo 54 BASES para o Plano Nacional de Desenvolvimento da ROTA DO CORDEIRO

Matriz SWOT

FORÇAS FRAQUEZAS . Presença significativa da ovinocultura na maioria das pro- . Dificuldades na gestão do empreendimento; priedades do território; . Escassez da mão de obra especializada; . Qualidade na genética animal; . Mercado consumidor desconhecido; . Fertilidade da espécie ovina; . Desunião da classe produtora; . Fazer parte do Bioma Pampa; . Sazonalidade na produção; . Produção de carne de qualidade a pasto; . Ausência de Marketing na atividade. . Interação com demais culturas rurais; . Cultura ovelheira: tradição, experiência e conhecimento na atividade; . Aproveitamento do campo nativo (Carne Verde). OPORTUNIDADES AMEAÇAS . Presença de instituições de ensino, pesquisa, fomento, . Abigeato (roubo em propriedade rural); ATER, Associações e Cooperativas; . Presença de predadores; . Existência do SISBI; . Distanciamento geográfico do mercado (grandes centros); . Função social e econômica da ovinocultura; . Ausência da indústria de lã; . Presença de agroindústrias: instaladas e em instalação; . Ausência de abatedouros específicos em algumas regiões; . Interação com países ovinocultores (turística, gastronômica . Baixa taxa de abate formal nos municípios do polo; e técnica); . Ausência de bonificação por qualidade; . Interação com demais atividades rurais e urbanas: (turismo, . Desestruturação da cadeia (lã, leite, carne e peles); gastronomia, beneficiamento, logística, comercialização, . Ausência de marketing na atividade; serviços, design, marca regional); . Falta de políticas públicas específicas; . Estar no Bioma Pampa; . Desestruturação das inspetorias veterinárias zootécnicas . Existência de um mercado regional e nacional; (DDA) estaduais; . Presença da agricultura e pecuária familiar e de novos in- . Sazonalidade na produção; vestidores (expansão da ovinocultura); . Incertezas na comercialização; . Possibilidade da melhoria dos índices produtivos; . Diminuição da área da pecuária em detrimento de outras . Fortalecimento da ATER; culturas; . Exploração da gastronomia e turismo; . Complexidade para abertura de novos negócios; . Explorar a ovinocultura de forma empresarial; . Alta carga tributária do segmento industrial (frigorífico, . Ampliar a diversidade de cortes e novas alternativas de lanifícios); apresentação; . Infraestrutura de logística de transporte deficitária; . Identificação e valorização do produto; . Invasão de plantas exóticas não desejáveis; . Diversidade de produtos (lã, pele, carne e leite). . Falta de crédito específico para o setor. Resultados das Oficinas de Integração 55

Carteira de Projetos

EIXO COMPONENTE ESCOPO DO PROJETO PARTES INTERESSADAS Melhoria das opções de alimentação: campo nativo SEAPA, UERGS, EMATER, UNI- (introdução de espécies, adubação e calagem) e outras. PAMPA, UFRGS Alimentação Suplementação para alimentação animal (resíduos e UNIPAMPA reservas) Saúde animal Programa em saúde animal UERGS, UNIPAMPA, EMBRAPA Banco de reprodutores ARCO, Cooperativas, SEAPA, SDR INSUMOS E de Santana do Livramento, UNI- Melhoramento PRODUÇÃO PAMPA genético Ampliação do programa de qualidade da lã SEAPA, ARCO, Cooperativa de Qua- Melhoria nas raí técnicas de produção das Ampliação de unidades móveis de apoio zootécnico e SEAPA, SENAR, ARCO, UERGS, veterinário UNIPAMPA, SEBRAE, SDR Quaraí unidades fami- ATER liares Formação e estruturação de multiplicadores em ATER Juntos para Competir, ARCO, EMA- TER, SDR Quaraí Patrulhas Agrícolas Consórcio dos Municípios do Pampa Gaúcho, SDR Quaraí Benfeitorias Estrutura para apoio logístico (logística) Prefeituras Municipais equipamentos Centro de treinamento regional (Santana do Livra- Prefeituras Municipais e Consórcio mento) dos Municípios do Pampa Gaúcho Fortalecer e implantar o Serviço de Inspeção Sanitária ASANFRO Municipal Abate certificado BENEFICIA- Qualificar as plantas Agroindustriais da região Juntos para Competir (Sebrae, Senar, MENTO E FARSUL), UFRGS, SDR Quaraí AGREGAÇÃO Programa de inovação do setor agroindustrial da ovino- ARCO, SEAPA, EMBRAPA, UNI- DE VALOR cultura (embutidos, turismo rural, leite, etc.) PAMPA, Associação Santanense de Produtores, SDR Quaraí Novos produtos Estruturação de Programa de inovação do setor agroindustrial da ovino- ARCO, SEAPA, EMBRAPA, UNI- unidades cole- cultura (embutidos, turismo rural, leite, etc.) PAMPA, Associação Santanense de tivas de benefi- Produtores, SDR Quaraí ciamento Incentivar a formação de pequenas empresas de tece- Secretaria de Desenvolvimento de Lã e pele lagem Santana do Livramento Lanifício COOFITEC SEBRAE (Santana do Livramento) Denominação de Criação da marca coletiva Sindicato Rural e Associação Santa- COMERCIA- origem e indicação nense de ovinocultores LIZAÇÃO geográfica Fortalecimento da Feira de Ovinos Sindicato Rural e Secretaria municipal Fortalecimen- de agricultura e turismo, Associação to de redes e Santanense de ovinocultores Feiras e mercados canais de co- Estruturação da feira da agricultura familiar Sindicato e Secretaria de agricultura mercialização. e turismo, Associação Santanense de Desenvolvi- ovinocultores mento de sinais Sindicato e Secretaria de agricultura Centrais de distintivos Entreposto de comercialização de animais e turismo, Associação Santanense de comercialização ovinocultores Infraestrutura Programa de irrigação no território ASANFRO hídrica

Incentivo a utilização de energias alternativas renováveis SEAPA, IFSUL INFRAES- Energia elétrica (eólica, solar etc.) TRUTURA Ampliação e melhoria de cobertura dos sistemas de FARSUL, ASANFRO Telecomunicações telecomunicações (telefone e internet) Serviços pú- Programa de Contenção do Capim Annoni SEAPA, Embrapa, Sindicatos Rurais, blicos para o Meio ambiente desenvolvimen- Eletrosul Programa de melhoria de estradas vicinais no território Sindicato Rural de Santana, ASAN- to territorial Estradas e FRO, ARCO, Consorcio do Pampa pavimentação Gaúcho 56 BASES para o Plano Nacional de Desenvolvimento da ROTA DO CORDEIRO

EIXO COMPONENTE ESCOPO DO PROJETO PARTES INTERESSADAS Associativismo e Diagnóstico e fortalecimento das cooperativas do ter- ARCO, Embrapa e cooperativas cooperativismo ritório Elaboração do plano de negócios para o lanifício e fri- APL gorífico Planos de negócios ORGANIZA- Plano Lanifício COOFITEC COOFITEC, SEAPA e Secretaria de ÇAO SOCIAL Desenvolvimento – RS, UFRGS E GOVER- Gestão das Identificar as unidades produtivas interessadas em par- EMATER, ASANFRO, SDR Quaraí, NANÇA propriedades ticipar da rede do polo Pampa Gaúcho UNIPAMPA Uruguaiana Formalização do APL SEAPA, Secretaria de desenvolvimen- Governança do to de Santana do Livramento, ARCO, Fortalecimen- polo e do território to de redes e Sindicatos Rurais, SDR Aquaraí capacitação de Promover o intercâmbio das universidades e escolas APL, Comissão Jovens de Quaraí equipes locais Formação de capa- técnicas com as associações dos produtores de apoio téc- cidades locais Desenvolvimento e capacitação contínua de novas li- Sindicatos da Região, ARCO, EMA- nico deranças TER, Comissão Jovens de Quaraí Projeto de lei estadual instituindo a Rota do Cordeiro APL no RS Políticas públicas Plano territorial de segurança pública (GGI) APL Sistema de informações estatísticas da ovinocultura UFRGS Facilitar o acesso e reduzir o custo ao crédito ARCO, APL

Financiamento Viabilizar crédito assistido EMATER, ARCO FINANCIA- bancário MENTO Linhas específicas de créditos para cooperativas (prio- APL, SEAPA rizar sistema cooperativo) Crédito assisti- Diferenciamento Discutir isenção do ICMS para produtos da agricultura Sindicatos da Região do e programas tributário familiar de fomento Agilidade do crédito fundiário ARCO e APL Créditos especiais Alterar a legislação e elaborar projetos de utilização do ARCO e APL FUNDOVINOS Resultados das Oficinas de Integração 57 58 BASES para o Plano Nacional de Desenvolvimento da ROTA DO CORDEIRO BA BA . ES ES Nanuque Carlos Chagas Ataléia Teófilo Otoni Teófilo Pontodos Volantes Itaipé Área de Abrangência do Polo Vale do Mucuri - MG Poté Quilômetros Ladainha MG MG 0,2 Fonte: MI/SDR Setubinha 0 0,4 0,8 Malacacheta POLO VALE DO MUCURI

O Polo abrange 10 (dez) municípios: Ladainha, Itai- pé, Ataléia, Malacacheta, Setubinha, Nanuque, Carlos Visão de Futuro Chagas, Ponto dos Volantes, Teófilo Otoni e Poté. Ser referência na produção sustentável de ovinos e caprinos com tecnologias O polo conta com o apoio e participação direta da As- sociação dos Criadores de Caprinos e Ovinos do Estado apropriadas para obtenção de produtos de Minas Gerais – CAPRILEITE / ACCOMIG, que especiais. atua na gestão das ações vinculadas a cadeia produtiva da ovinocultura e caprinocultura na região.

A região possui uma gama de instituições públicas e priva- das com grandes interesses no desenvolvimento da cadeia produtiva.

Gráfico 11. Evolução dos rebanhos do Polo Vale do Mucuri

Fonte: IBGE, Pesquisa Agropecuária 2016. Dados elaborados por ERConsult Ltda. 60 BASES para o Plano Nacional de Desenvolvimento da ROTA DO CORDEIRO

Matriz SWOT

FORÇAS FRAQUEZAS • Vocação da pecuária a pasto; • Ausência de órgãos governamentais para fomentar ativi- • Isenção ICMS; dade; • Condições climáticas; • Falta assistência técnica especializada e continuada; • Representação integrada da ACCOMIG/ parcerias exis- • Baixa produção de forragens; tentes; • Falta matrizes; • Localização Regional (comunicação, logística); • Falta padronização para ; • Linhas de crédito específicas; • Problemas sanitários; • Frigorífico na região; • Dificuldades de cercamento; • Exposição Agropecuária; • Dificuldade para Logística; • Consórcio com outras atividades pecuárias; • Mão de obra qualificada; • Bom material genético da região; • Alto custo dos insumos; • Tradição regional; • Falta de profissionalismo na atividade; • Apoio das entidades. • Falta divulgação; • Falta de organização da cadeia (produção, compra de in- sumos, comercialização de animais e produtos); • Assoreamento de áreas/degradação; • Baixo preço para comercialização; • Pouca informação (tecnologia/ manejo); • Faltam informações específicas sobre a região; • Falta oferta regular de matéria-prima de forma padroni- zada; • Endividamento da classe produtiva. OPORTUNIDADES AMEAÇAS • Mercado além do polo/mercado comprador; • Animais predadores (cães, animais silvestres); • Geração de emprego e renda; • Alto preço dos insumos produzidos na região; • Abertura de novos mercados; • Longo período de estiagem; • Trabalho cooperativo; • Falta de regularização fundiária; • Fornecimento de matrizes; • Roubo nas propriedades; • Fazenda experimental do Instituto Federal de Minas Gerais • Incertezas de disponibilidade de recursos. – IFMG; • Cursos e capacitações oferecidos pelo IFMG; • Pesquisas para transferência de tecnologia; • Unidade demonstrativa para transferência de tecnologia; • Gastronomia específica; • Ampliação do mercado regional. Resultados das Oficinas de Integração 61

Carteira de Projetos

EIXO COMPONENTE ESCOPO DO PROJETO PARTES INTERESSADAS Garantir segurança hídrica (saneamento ambiental IFNMG; IEF; Secretaria de Agricultu- Infraestrutura das propriedades rurais e dos criatórios; construção de ra e Meio Ambiente; Suzano Celulose; hídrica pequenas barragens; conservação de solo e nascentes) Senar Estudo de tecnologias alternativas de fontes de energia Embrapa (instrumentação); BNB; (biodigestor, solar, etc.) IFNMG Promover a universalização do acesso à eletrificação Energia elétrica CEMIG rural Promover redimensionamento da voltagem dos trans- CEMIG INFRAES- formadores TRUTURA Aquisição de software específico de gestão e capacitação Embrapa; MCTI; MC Telecomunicações Ampliar a telefonia móvel no meio rural e acesso a Gov. de Estado MG Capital fixo internet necessário ao Revitalização de estradas vicinais (pontes, drenagens, Prefeituras municipais; MI; DNIT; desenvolvimen- cascalhamento) DER to territorial Prefeituras municipais; MI; DNIT; Pavimentação de pontos críticos Estradas e DER pavimentação Prefeituras municipais; MI; DNIT; Abertura de novas estradas DER; EMATER; IDENI Prefeituras; MI; DNIT; DER; Embra- Implantar estradas ecológicas (pequenas barragens) pa; EMATER; IDENI Infraestrutura Ampliação e adequação das edificações do IFNMG Reitoria do IFNMG; MEC; MPDG; edificações Campus Teófilo Otoni para ovinocaprinocultura MI; MAPA SENAR, Prefeituras, EMATER; Se- Associativismo e Fortalecer e expandir o Polo Vale do Mucuri (reuniões brae; OCEMG; Gov. de Estado MG; cooperativismo regionais de mobilização) UFVJM CAPITAL Elaborar Plano de Negócio do setor ovinocaprinocul- SOCIAL Planos de tura (diagnóstico das propriedades, do rebanho, da UFVJM; IFNMG; Sebrae negócios produção e público envolvido com a atividade) Fortalecimen- Organizar uma central de compra e venda Sebrae to de redes e Criação de um cadastro de produtores, fornecedores de IMA; ACCOMIG; Câmara técnica capacitação de insumos, compradores e técnicos estadual e interestadual equipes locais Governança de apoio téc- do polo e do Criação de sede estruturada (urbana e rural) MAPA; MPDG nico território Articulação para captação de recursos (para mobilização, ACCOMIG capacitação, ATER, estruturação e custeio do Polo) Capacitação para técnicos e produtores em produção Capacitação UFVJM; IFNMG; Sebrae; Embrapa e gestão Adequação das instalações do frigorífico Boi da Terra de Prefeitura; Secretaria de agricultura e Frigorífico Teófilo Otoni e Grupo 2 Irmãos/Fricadi de Poté para abastecimento; Iniciativa privada abate para ovinos e caprinos Orientação técnica para controle sanitário dos rebanhos Secretaria de Agricultura, Lojas agro- Saúde animal (verminoses; vacinas específicas; calendário vacinal) pecuárias; Laboratórios Capacitação técnica local para executar tecnologias para seleção e descarte de matrizes (programada, diagnóstico Embrapa; ACCOMIG; IFNMG INSUMOS E Melhoramento de gestação) PRODUÇÃO genético ACCOMIG; Secretaria Estadual de Aquisição de reprodutores Melhoria nas Desenvolvimento Agrário técnicas de Capacitações técnicas de manejo e pastagem (rotação EMATER; Embrapa; Senar; IFNMG produção das de piquetes, adubações, etc.) Alimentação unidades fami- Desenvolvimento de sistemas integrados (ILPF, inte- Embrapa; BID; ACCOMIG liares gração bovino-ovino) Aquisição de materiais específicos (bebedouros, arames, Cercas e Iniciativa privada; ACCOMIG telas) equipamentos Estudo de implantação de cerca viva IEF Desenvolvimento de pesquisa e transferência de tec- Pesquisa nologias em genética, sanidade animal e produção de IFNMG; Embrapa forragens 62 BASES para o Plano Nacional de Desenvolvimento da ROTA DO CORDEIRO

EIXO COMPONENTE ESCOPO DO PROJETO PARTES INTERESSADAS BENEFICIA- Novos produtos Estudo de novos produtos (oficinas para estimular) Embrapa MENTO E AGREGAÇÃO DE VALOR Promover feiras específicas de ovinos e caprinos (gas- Senar; IMA; ACCOMIG; Secretaria Feiras Estruturação de tronômica) Municipal unidades coleti- vas de beneficia- mento Secretaria de Agricultura, Sebrae; Sin- Estudo do mercado de maneira geral dicato Rural COMERCIA- LIZAÇÃO Definir a estratégia de comercialização do Vale do Mu- Secretaria de Agricultura, Sebrae; Sin- curi; Padronização de carcaça dicato Rural Fortalecimen- Buscar facilitação da documentação necessária para Secretaria de Agricultura, Sebrae; Sin- to de redes e comércio e transporte (obtenção de GTA, etc.) dicato Rural Mercado canais de co- Desenvolver modelos de contrato com segurança para Secretaria de Agricultura, Sebrae; Sin- mercialização ambas as partes (comprador e vendedor) dicato Rural e desenvolvi- Criar metas de futuro buscando exportação e exploração Secretaria de Agricultura, Sebrae; Sin- mento de sinais do mercado nacional dicato Rural distintivos Secretaria de Agricultura, Sebrae; Sin- Estabelecer normativos para regular as importações dicato Rural Resultados das Oficinas de Integração 63 64 BASES para o Plano Nacional de Desenvolvimento da ROTA DO CORDEIRO . América Dourada SãoGabriel Lapão Irecê Jussara BA BA PresidenteDutra Itaguaçuda Bahia Xique-Xique Área de Abrangência do Polo Chapada do Jacaré - BA Quilômetros 0,2 Fonte: MI/SDR 0 0,4 0,8 Área de Abrangência do Polo Chapada do Jacaré - BA

Itaguaçu da Bahia

Jussara Xique-Xique

São Gabriel

BA

Presidente DutraIrecê

América Dourada Lapão

.

0 0,2 0,4 0,8 Quilômetros

Fonte: MI/SDR do setorprodutivo caprinoeovino daregião. sociações ecooperativas comfoconodesenvolvimento dispondo de as- ção e organização social estruturado, O poloconta,também,comumtrabalhodemobiliza- de caprinoseovinos. depele/couro e equipamentosparaescoladeartesanato abatedouro paracaprinoseovinos, laticínio,curtume ra eovinocultura donordeste brasileiro, dispondode uma das maiores para a caprinocultu- infraestruturas O territóriodoPolo ChapadadoJacaré contacom América Dourada eItaguaçu daBahia. Xique-Xique, São Gabriel, Lapão,Presidente Dutra, O Polo abrange 08 (oito) municípios: Jussara, Irecê, Fonte: IBGE,Pesquisa Agropecuária 2016.Dados elaborados porERConsult Ltda. Gráfico 12.Evolução dosrebanhos doPolo ChapadadoJacaré POLO CHAPADA DO JACARÉ sustentável. de origenscaprina e ovina de forma lização e comercializaçãodos produtos Ser referêncianaprodução,industria- Visão deFuturo 66 BASES para o Plano Nacional de Desenvolvimento da ROTA DO CORDEIRO

Matriz SWOT

FORÇAS FRAQUEZAS • Resiliência do produtor; • Falta organização do produtor; • Tradição na atividade; • Falta profissionalismo nas propriedades; • Rebanho; • Resistência a utilização de tecnologias/mudanças; • Complexo agroindustrial (abatedouro, laticínio, curtume); • Distância dos grandes centros consumidores; • Cooperativas; • Falta capital de giro; • Grande números de associações; • Dificuldade de gestão da infraestrutura, do complexo e • Colegiado territorial; das propriedades; • Áreas disponíveis; • Cadeia de produção desorganizada; • Carne agroecológica. • Falta de planejamento; • Falta padronização e sazonalidade da produção; • Marketing negativo; • Falta transparência das organizações; • Baixa autoestima do produtor (dificuldade sucessão). OPORTUNIDADES AMEAÇAS • Clima favorável; • Abate informal; • Solo/água ricos em minerais (qualidade e quantidade de • Falta de conhecimento; água subterrânea); • Falta de estrutura social dos povoados; • Ambiente sadio; • Descontinuidade dos incentivos governamentais; • Forrageiras nativas; • Falta de ATER; • Parcerias com instituições; • Longo período de estiagem; • Mercado comprador crescente; • Energia elétrica insuficiente e de má qualidade (não atende • Qualidade do produto; a todos e não atende as necessidades dos produtores); • Crédito. • Uso irracional da água; • Possibilidade de desertificação (manejo inadequado); • Dependência dos programas governamentais. Resultados das Oficinas de Integração 67

Carteira de Projetos

EIXO COMPONENTE ESCOPO DO PROJETO PARTES INTERESSADAS Codevasf; Embrapa; IFBA; Divulgação das informações sobre forrageiras da região Bahiater; BNB Formação de grupo de produtores de referência para Comitê gestor adoção de tecnologias adequadas (inovação) Alimentação/ Estimular os produtores a formação de reserva estratégica saúde animal e bancos de proteínas, divisão de pastagens e plantio de Produtores; COPERJ culturas irrigadas Obedecer protocolo de vacinação, vermifugação e mi- Produtores; COPERJ INSUMOS E neralização PRODUÇÃO Formulação de sal mineral próprio para a região Embrapa; IFBA Pesquisa para valorização do rebanho existente na região Embrapa; IFBA Melhoria nas Melhoramento e melhoramento técnicas de genético Formação de um centro móvel de inseminação e exames Codevasf produção das laboratoriais (bode móvel de Chapada do Jacaré) unidades fami- Acompanhamento técnico de forma contínua e com Bahiater; Anater liares ATER número limitado de produtores (20) ATER concursada Bahiater; Anater Formação de um Plano Piloto na agroecologia da cadeia Embrapa; IFBA; Produtores; Agroecologia produtiva de caprinos e ovinos para futura certificação GT colegiado ADAB; COPERJ; Secretarias Diagnóstico Levantamento do rebanho de caprinos e ovinos do Polo municipais de agricultura Validação de tecnologias em propriedades com experi- Pesquisa/TT Embrapa; IFBA ências exitosas Construção de centros de recepção, triagem e terminação Gov. de Estado; MI; Frente Ovi- regionais de animais nos; Codevasf Construção de entrepostos regionais para distribuição Gov. de Estado; MI; Frente Ovi- de carcaças e cortes nos; Codevasf Abate Adequação dos abatedouros já existentes em multifun- Gov. de Estado; MI; Frente Ovi- BENEFICIA- cionais nos; Codevasf MENTO E Prestação de serviços de abate para os distribuidores AGREGAÇÃO Frigoríficos; COPERJ (açougues, mercados e produtores) DE VALOR Ministério Público; Prefeituras Fortalecer a vigilância sanitária e fiscalização (ADAB) e Gov. Estado Estruturação Capacitação para beneficiamento de artefatos de couro, de unidades Sindicato; SENAR; SENAI coletivas de mini fábricas familiares com geração de empregos Instalação da escola de artesanato de couro (instalação beneficiamento Prefeitura; COPERJ das máquinas já existentes) Novos produtos Criação de novos cortes e preparados com característica Embrapa; IFBA regional Desenvolvimento de queijos, bebidas lácteas e iogurte Embrapa; IFBA regionais Fomentar vendas institucionais aos órgãos governamen- tais (ex.: alimentação penitenciária, exército, PNAE e MI; Prefeituras; MEC Compras PAA) COMERCIA- governamentais Preparar para atender editais de vendas para grupos de LIZAÇÃO risco alimentar: merenda escolar, quilombolas, indígenas COPERJ e creches (temporário) Fortalecimen- Desenvolver estratégia para alcance do mercado regional, Sebrae; COPERJ; to de redes e territorial, estadual e federal canais de co- Criação do festival dos produtos da caprinovinocultura COPERJ; Prefeituras; Sebrae mercialização. Feiras e mercados COPERJ; Prefeituras; Sebrae; Desenvolvi- Oficializar calendário de feira de animais mento de sinais ADAB; Bancos Marketing territorial/nacional positivo – Divulgação em distintivos Sebrae; MI; MDIC; Prefeituras meios de comunicação (TV e rádio oficiais e abertas) Buscar parceria com indústria de alimentação Pet com Pesquisa COPERJ aproveitamento das aparas e sobras 68 BASES para o Plano Nacional de Desenvolvimento da ROTA DO CORDEIRO

EIXO COMPONENTE ESCOPO DO PROJETO PARTES INTERESSADAS Identificação dos corredores de água e construção de Codevasf; Gov. Estado; MI; Co- grandes reservatórios para águas de chuvas mitê de Bacia; COPERJ Infraestrutura hídrica Codevasf; Gov. Estado; MI; Co- Recuperação de margens e nascentes de rios da região mitê de Bacia; COPERJ

INFRAES- Substituição de cabeamento COELBA; MME; MI TRUTURA Ligação de energia trifásica COELBA; MME; MI Energia elétrica Ampliação do programa de tarifa rural COELBA; MME; MI Capital fixo ne- Utilização de energia solar BNB; MME; MI cessário ao de- Reduzir burocracia para solicitação da dupla tarifa COELBA; MME; MI senvolvimento Telecomunicações Ampliação e distribuição de sinais de telefonia e internet MCTI; MI; Anatel territorial Prefeituras; Codevasf; Frente Recuperação e manutenção de estradas vicinais Estradas e Ovinos; MI pavimentação Construção da estrada Jussara-Sento Sé e Jussara-Baixio DNIT; Gov. Estado; MT; MI (Xique-xique) CAPITAL Associativismo e Resgate das associações e cooperativas ligadas a capri- Colegiado Territorial; Sebrae; SOCIAL cooperativismo novinocultura OCB; Unicafes; COPIRECE

Fortalecimento Incubação das empresas da cooperativa UFOB; MI de redes e capa- Planos de negócios citação de equi- pes locais de Obtenção de capital de giro MI apoio técnico Cobrança do BB sobre a regulamentação da Lei 13.340 FINANCIA- BB; MI; Frente Ovinos MENTO Financiamento (Federal) bancário Renegociação/recálculo/anistia das dívidas (resolução MI; Frente Ovinos Crédito assisti- 2471 -BC) do e programas Manutenção dos incentivos fiscais para cadeia de produ- Gov. de Estado; MI; Frente Incentivos fiscais de fomento ção de caprino e ovinos (ICMS) Ovinos Resultados das Oficinas de Integração 69 70 BASES para o Plano Nacional de Desenvolvimento da ROTA DO CORDEIRO . Riachão doJacuípe Pé Pé deSerra NovaFátima Gavião Ipirá Capela do Alto AlegreCapelaAlto do Pintadas SãoJosé do Jacuípe Área de Abrangência do Polo Bacia do Jacuípe - BA VárzeadaRoça Mairi Quilômetros BA BA Serrolândia VárzeadoPoço 0,2 Fonte: MI/SDR 0 0,4 0,8 POLO BACIA DO JACUÍPE

O Polo abrange 16 (dezesseis) municípios: Pintadas, Baixa Grande, Mairi, Ipirá, Pé de Serra, Nova Fátima, Visão de Futuro Várzea do Poço, Várzea da Roça, Quixabeira, Riachão Produção organizada da ovinocapri- do Jacuípe, São José do Jacuípe, Serra Preta, Gavião, nocultura empreendedora, rentável Capim Grosso, Serrolândia e . e ambientalmente sustentável. Com A região do polo conta com oportunidades em termos oferta de animais padronizados com de rebanho e infraestrutura, dispondo de abatedouro qualidade e quantidade a preços aces- para caprinos e ovinos. síveis para mercados diferenciados.

O território está representado por um comitê gestor estruturado e composto por representantes de associa- ções e entidades governamentais e não governamen- tais ligadas ao setor.

Gráfico 13.Evolução dos rebanhos do Polo Bacia do Jacuípe

Fonte: IBGE, Pesquisa Agropecuária 2016. Dados elaborados por ERConsult Ltda. 72 BASES para o Plano Nacional de Desenvolvimento da ROTA DO CORDEIRO

Matriz SWOT

FORÇAS FRAQUEZAS . Indústria – existência do frigorífico certificado; . Baixa sinergia entre as instituições; . Adaptabilidade dos animais; . Insuficiência de infraestrutura hídrica; . Cultura de criação – tradição; . Atividade produtiva extrativista; . Cultura de consumo elevado; . Baixa produção de insumos; . Quantitativo e qualidade do rebanho; . Cadeia produtiva secundária; . Fácil manejo; . Ausência de empreendedorismo; . Ciclo curto de Produção – manejos e tecnologias; . Desvio da finalidade do crédito; . Instituições de ATER e de apoio; . Resistência a novas tecnologias; . Tradição de cooperativismo; . Falta de unidades regulamentadas de beneficiamento da . Marca do produto registrada. pele; . Falta de procura por emissão da DAP em algumas loca- lidades; . Deficiência de assistência veterinária nas chamadas de ATER, nas prefeituras e nas instituições; . Gestão cooperativista frágil; . Comércio informal da carne; . Estradas ruins; . Deficiência de reserva alimentar para os animais; . Descrença e descontinuidade de projetos de ATER; . Desmotivação dos agricultores familiares; . Falta de mão de obra qualificada na produção, benefi- ciamento e comercialização; . Falta de padronização da produção. OPORTUNIDADES AMEAÇAS . Apoio entidades governamentais; . Deficiência logística; . Ensino técnico; . Seca; . Políticas públicas disponíveis; . Desvalorização da pele do animal; . Redes sociais, rádios comunitárias; . Descontinuidade do ATER; . Tecnologias de convivência com o semiárido; . Ataque de animais predadores; . Segurança alimentar e nutricional; . Furtos; . Valorização da cadeia (chamadas públicas); . Abate clandestino; . Demanda do consumo de carne; . Falta de políticas públicas para segurança hídrica; . Mercado institucional; . ATER desqualificada em gestão da propriedade; . Crescimento da economia local; . Descaracterização do bioma; . Redução de impactos ambientais com utilização do fri- . Mudanças climáticas. gorífico; . Cadeia produtiva tecnificada; . Fácil escoamento da produção/ próximo aos grandes centros; . Inclusão da educação no campo e cooperativismo na grade curricular; . Mais cuidado do produtor com o meio ambiente. Resultados das Oficinas de Integração 73

Carteira de Projetos

EIXO COMPONENTE ESCOPO DO PROJETO PARTES INTERESSADAS Reserva estratégica (silagem, feno, aumento Instituições de ATER, produtores líderes, EMBRA- do plantio de palma, etc.); PA, universidades e secretaria de agricultura Consórcio público da Bacia do Jacuípe (secretarias Disponibilização de mudas de palma de agricultura) e COOAP Consórcio público da Bacia do Jacuípe (secretarias Alimentação Implantação da cultura do sorgo de agricultura) e COOAP Instituições de ATER, produtores líderes, EMBRA- Bancos de sementes forrageiras PA, universidades e secretaria de agricultura Implantação de capim e de corte e palma Instituições de ATER, produtores líderes, EMBRA- irrigado PA, universidades e secretaria de agricultura Capacitação para plano preventivo de do- Cooperativas, produtores, ADAB, universidades, INSUMOS E enças ministério da agricultura PRODUÇÃO Resolução da carência de suplementos mi- Cooperativas, produtores, ADAB, universidades, Saúde animal nerais ministério da agricultura Melhoria nas Cooperativas, produtores, ADAB, universidades, Compra coletiva de insumos veterinários técnicas de ministério da agricultura, SEBRAE, CONAB produção das Reprodutores compartilhados Produtores e instituições de ATER unidades fami- Melhoramento Conclusão de projeto financiado pelo MI MI, CAR e COOAP liares genético Seleção das matrizes Produtores e instituições de ATER Instituições de ATER, produtores, SENAR, EM- Capacitação de técnicos e produtores BRAPA e SEBRAE Instituições de ATER, produtores, SENAR e SE- Continuidade do ATER BRAE Realizar estudos sobre outros modelos de ATER Produtores, cooperativas e instituições de ATER financiamento ATER Instituições de ATER, produtores, SENAR e SE- Melhoria da gestão da propriedade BRAE Instituições de ATER, produtores, SENAR e SE- Assistência técnica voltada a cadeia produtiva BRAE COOAP, FRIGBAHIA, Entidades de ATER, Mais BENEFICIA- Abate Cordeiro, BAHIAATER, Embrapa, MI, Associa- Rastreabilidade do produto MENTO E certificado ções de produtores, secretarias de agricultura e AGREGA- STR's ÇÃO DE Desenvolver linha de produtos embutidos Embrapa, SENAI alimentos, Universidades, COO- VALOR (linguiça, hambúrguer, mortadela) e manta AP/FRIGBAHIA, governos, empresas privadas, salgada ABRASEL Estruturação Novos Estabelecer parcerias com indústrias do ter- COOAP, FRIGBAHIA, Associações de curtume de de unidades produtos coletivas de be- ritório que utilizam o couro Ipirá, fábricas de processamento de couro e STR's neficiamento COOAP, FRIGBAHIA, ADAB e Governo do Lançamento da marca Fino Sertão Estado Fortalecer os pontos de comercialização da Prefeituras municipais, cooperativas de produto- ovinocaprinocultura nas feiras livres dos res, STR's, SICOOB, Consórcio Bacia do Jacuípe, municípios Adapta Sertão e CODETER COMERCIA- Feiras e mercados COOAP, Consórcio Bacia do Jacuípe, prefeituras, LIZAÇÃO Realização de feira de caprinos e ovinos anual FRIGBAHIA, MI, Governo do Estado (CAR e com abrangência territorial SDR), Embrapa, CODETER, SEBRAE, SI- Fortalecimen- COOB, BNB e Banco do Brasil. to de redes e COOAP, FRIGBAHIA, Consórcio Bacia do Jacu- canais de co- Compras Fomentar compra institucional junto aos ípe, Prefeituras (escolas e hospitais), associações e mercialização governamentais órgãos governamentais cooperativas de produção e o conselho de alimen- e desenvol- tação escolar vimento de Realização de oficinas nos municípios vi- Sociedade civil, SEBRAE, SENAI, Rede Pintadas/ Produtos sinais distin- sando a valorização dos produtos da região CESOL, Produtores, COOAP e Consórcio Bacia regionais tivos (mostra e degustação) do Jacuípe Centrais de COOAP, FRIGBAHIA, Consórcio Bacia do Jacuí­ Criar central de comercialização comercialização pe, CODETER e ABRASEL 74 BASES para o Plano Nacional de Desenvolvimento da ROTA DO CORDEIRO

EIXO COMPONENTE ESCOPO DO PROJETO PARTES INTERESSADAS Limpeza e ampliação de aguada Secretaria de agricultura e instituições de crédito Ações de preservação de recursos hídricos Secretaria de agricultura e instituições de crédito Infraestrutura Construção de aguada de grande porte Secretaria de agricultura e instituições de crédito hídrica Disseminar a prática de barramento no rio Governo estadual e prefeituras, MI Secretaria de agricultura, MI e instituições de cré- Implantar mais tecnologias hídricas INFRAES- dito TRUTURA Continuar a implantação da rede elétrica Governo estadual e prefeituras Energia Reforçar as redes de transmissão de energia Capital fixo COELBA, Ministério das Minas e Energia necessário ao elétrica elétrica no campo para produção desenvolvi- Captação de energia solar Governo estadual, COELBA e prefeituras mento terri- Ampliação e melhoria da qualidade do sinal Telecomunicações Empresas de telefonia, ANATEL e produtores torial de telefone e internet Desenvolvimento de aplicativo para produ- Tecnologias FAPESB, MI, EMBRAPA, SECT, MCTI tores de carneiro Estradas e Manutenção e preservação das vias principais Secretaria da infraestrutura, Consórcio Público da pavimentação e vicinais Bacia do Jacuípe e governo estadual CAPITAL Fomentar a atuação integrada das instituições Instituições e cooperativas, SESCOOP, UNICA- SOCIAL Associativismo e de forma a gerar sinergia FES cooperativismo Realizar capacitação para uma atuação in- Fortalecimen- SESCOOP, UNICAFES, Rede pintadas/CESOL tercooperativista to de redes e Realizar planejamento do comitê gestor den- capacitação de Comitê gestor Governança do tro de 60 dias equipes locais polo e do terri- de apoio téc- tório Realizar reunião bimensal do comitê gestor Comitê gestor nico Atualização de planilha de custo de itens Embrapa, CNA e universidades financiáveis Linha de crédito para tecnologias de sistema de irrigações por gotejamento e pequenos Instituições financeiras (BNB, Banco do Brasil) equipamentos Financiamento Linha de crédito para plantio Instituições financeiras (BNB, Banco do Brasil) FINANCIA- bancário MENTO Realizar plano de viabilidade financeira para indústria de carne e ração (ver possibilidade SEBRAE e Universidades Crédito de plano de negócio) assistido e Linha de crédito para aquisição de equipa- SEBRAE e Universidades programas de mentos para as indústrias (Plano de Negócio) fomento Isenção de ICMS na aquisição de equipamen- Governo do Estado e Câmara setorial de ovino/ tos e tecnologias para ovinocaprinocultura caprino Incentivos fiscais Isenção de 20 anos de impostos para indús- Governo do Estado e Câmara setorial de ovino/ trias de ração e beneficiamento ovinocapri- caprino, SDR nocultura Resultados das Oficinas de Integração 75 76 BASES para o Plano Nacional de Desenvolvimento da ROTA DO CORDEIRO PE PE . BA BA Lagoa doBarro do Piauí DomInocêncio Quilômetros Campo AlegreCampo doFidalgo Capitão Gervásio Oliveira PI PI 0,2 0 0,4 0,8 SãoJoão do Piauí João Costa Coronel José Dias Dirceu ArcoverdeDirceu Área de Abrangência do Polo Serra da Capivara - PI SãoLourenço do Piauí SãoRaimundo Nonato Fonte: MI/SDR Área de Abrangência do Polo Serra da Capivara - PI

Campo Alegre do Fidalgo São João do Piauí

João Costa Capitão Gervásio Oliveira Lagoa do Barro do Piauí

PE PI

Coronel José Dias

Dom Inocêncio São Raimundo Nonato

São Lourenço do Piauí

Dirceu Arcoverde BA

0 0,2 0,4 0,8 Quilômetros .

Fonte: MI/SDR da irrigaçãoporgotejamento. produção de volumosos(alimentação animal), através prinos eovinos, além deexperiências bem-sucedidas na (voos particulares)edecentroterminaçãoca- O territóriodispõedeaeroportopequenoporte produtiva da ovinocultura e caprinocultura na região. o quefavoreceagestãodasaçõesvinculadasàcadeia diversas associações de criadorescaprinos e ovinos, O APLcontacomoapoioeparticipaçãodiretade João doPiauíeSãoLourençoPiauí. Arcoverde, JoãoCosta,LagoadoBarroPiauí,São pitão GervásiodeOliveira,CoronelJoséDias,Dirceu São RaimundoNonato,CampoAlegredoFidalgo,Ca- O Poloabrange10(dez)municípios:DomInocêncio, Fonte: IBGE,Pesquisa Agropecuária 2016.Dados elaboradosporERConsult Ltda. Gráfico 14.Evolução dosrebanhos doPolo Serra da Capivara POLO SERRA DA CAPIVARA e ovinadeformasustentável. mento eexportaçãodecarnecaprina Ser referêncianaprodução,beneficia- Visão deFuturo 78 BASES para o Plano Nacional de Desenvolvimento da ROTA DO CORDEIRO

Matriz SWOT

FORÇAS FRAQUEZAS . Grande quantidade de animais adaptados as condições . Falta de estrutura para água; locais; . Deficiência na pastagem cultivada para alimentação no . Forragem nativa diversificada e de qualidade; período da seca; . Grande vocação local para criar caprinos e ovinos; . Grande número de associações, mas falta organização dos . Elevado número da população de ovinos e caprinos; produtores; . Existência de parcerias; . Informalidade na posse da terra; . Boa qualidade do sabor da carne; . Baixa qualidade do produto; . Espaço territorial para ampliar o rebanho; . Dificuldade de acesso a frigoríficos e ao mercado consumi- . Mão de obra intensiva; dor; . Grande número de associações (familiares). . Falta de reserva alimentar para o rebanho; . Deficiência nas informações; . Alto índice de linfadenites; . Baixa capitalização dos produtores; . Ausência de certificação; . Resistência cultural a adesão de novas tecnologias; . Oferta irregular e despadronizada; . Ausência de compras coletivas; . Deficiência na gestão da propriedade; . Má distribuição de energia elétrica na zona rural. OPORTUNIDADES AMEAÇAS . Disponibilidade de crédito aos caprinovinocultores; . Alto preço da ração; . Crescente demanda no consumo de carne de caprinos e . Períodos de seca prolongados; ovinos (busca por alimentação saudável); . Poucas fontes d´água; . Existência do Projeto Viva o Semiárido com apoio ao . Falta de infraestrutura para escoamento da produção (es- investimento na cadeia de caprinos e ovinos; tradas); . Escola de formação de Técnicos em Agropecuária na re- . Atravessadores; gião; . Oferta deficiente de Assistência Técnica abrangente e con- . Geração de empregos; tinuada; . Apoio de instituições (Embrapa, Sebrae, Codevasf); . Pastagem nativa nociva (Papaconha); . Pleno funcionamento do centro de terminação; . Crise financeira; . Possibilidade de políticas públicas específicas para a região . Irregularidade no fornecimento elétrico. (semiárido); . Grande potencial para exploração econômica do leite de cabras (PAA e PNAE); . Possibilidade de criação de Empresa Júnior. Resultados das Oficinas de Integração 79

Carteira de Projetos

EIXO COMPONENTE ESCOPO DO PROJETO PARTES INTERESSADAS Formação Palmar e outras pastagens e conservação Governo do Estadual, Codevasf de pastagens nativas Compra coletiva ração Codevasf e Associações Alimentação Compra milho CONAB Codevasf e Associações Capacitação de técnicos e produtores EMATER, Embrapa, Sebrae Compra de equipamentos (forrageiras, ensiladeiras, Codevasf e Associações etc.) Capacitação de produtores (boas práticas) Emater, Senar, Codevasf Sanidade Aquisição de kits sanitários Prefeituras Estudo de viabilidade Sebrae INSUMOS E Melhoramento Aquisição de reprodutores e matrizes Associações; Embrapa PRODUÇÃO genético Aquisição de Sêmen Associações; Embrapa Melhoria nas téc- Frigorífico Capacitação dos produtores Sebrae, Embrapa nicas de produção (pequeno porte) Implantação da Estrutura com equipamentos Associações (ASCCOLE) Comitê Gestor das unidades Forrageiras EMBRAPA, Codevasf e UNIVASF. familiares Genética EMBRAPA e UNIVASF Pesquisa Mercado UNIVASF, Sebrae e Semagri. Associações, Semagri, BNB, Emater, Co- Kit de Irrigação (gotejamento) devasf Associações, Semagri, BNB, Emater, Co- Máquinas Forrageiras e ensiladeiras devasf Associações, Semagri, BNB, Emater, Co- Caminhões (carga seca e refrigerada) Equipamentos devasf Trator c/ implementos (grade aradora, grade nivela- dora, distribuidor de calcário, carreta, pipa, roçadeira, Prefeituras, Emater, Viva Semiárido lamina frontal, ensiladeira, trado etc.) e capacitação

BENEFICIA- Implementar a Lei do do Serviço de Inspeção Mu- Prefeituras MENTO E nicipal (SIM) Certificação (SIF) AGREGAÇÃO Articular com a SDR para aquisição dos produtos Sebrae e Comitê Gestor DE VALOR caprinos e ovinos

Estruturação de Novos produtos Implantação de estrutura (pequeno porte), equipa- Viva o Semiárido, Prefeituras Municipais, unidades coletivas (lácteos, defumados, mentos e capacitação Sebrae, EMBRAPA, MAPA – SFA/PI de beneficia- couro etc.) mento COMERCIALI- Acesso ao Central de Comercialização Sebrae, Associações, Prefeitura Municipal ZAÇÃO mercado Desenvolver a marca "Serra da Capivara" (produtos Sebrae, prefeituras municipais e associações Fortalecimento e subprodutos) de redes e canais de comercializa- Criação de marca ção e desenvolvi- Realização de feiras, exposições e festas temáticas Prefeituras e associações mento de sinais distintivos Passagens molhadas Construção de barragens (grande porte) Infraestrutura Secretarias Agricultura e Meio Ambiente; hídrica Construção de poços artesianos nas comunidades Senar que não possuem Construção de cisternas calçadão INFRAESTRU- Tecnologias alternativas de fontes de energia (solar, Prefeitura Municipal TURA eólica) – pequeno porte Energia elétrica Universalização do acesso a eletrificação rural (con- Eletrobrás, Associações de Produtores e Pre- Capital fixo tinuidade do programa Luz para Todos) feitura Municipal necessário ao Aquisição de software específico de gestão e capa- desenvolvimento Embrapa, Sebrae citação territorial Telecomunicações Telefonia móvel no meio rural e acesso a internet através da criação de telecentro nas principais co- Governo do Estadual e Municipal munidades Estradas e Revitalização de estradas vicinais (pontes, drenagens, Prefeituras Municipais pavimentação cascalhamento) e recuperação de pontos críticos 80 BASES para o Plano Nacional de Desenvolvimento da ROTA DO CORDEIRO

EIXO COMPONENTE ESCOPO DO PROJETO PARTES INTERESSADAS Associativismo e Revitalização das associações existentes e criação de Sebrae, BNB, Prefeitura Municipal, Asso- cooperativismo encontros mensais para alinhamento de estratégias ciações locais Elaborar Plano de Negócio do setor ovinocaprino- CAPITAL cultura do Polo (Diagnóstico das propriedades, do Sebrae, Secretaria de Agricultura SOCIAL rebanho, da produção, de produtores, fornecedores de insumos, compradores e técnicos) Fortalecimento Planos de negócios Reuniões de conscientização dos produtores (Forta- Sebrae, Associações, Prefeitura Municipal, de redes e capaci- lecer as Associações para o abate formal) Viva Semiárido tação de equipes Funcionamento do centro de terminação Sebrae, Codevasf locais de apoio técnico Governança do polo Utilização do Centro de Terminação como núcleo de Associações, Codevasf, Emater, Viva Semi- e do território comercialização coletiva árido Capacitação para técnicos e produtores em produção Sebrae, Codevasf, Univasf, Senar, IFPI, Capacitação e gestão Emater

FINANCIA- Elaboração de projetos individuais (Cercas, Apriscos, Associações, BNB, EMATER MENTO Silos etc.) Estrutura da propriedade Crédito assistido Reuniões especificas sobre crédito Associações, BNB e programas de fomento

Resultados das Oficinas de Integração 81 82 BASES para o Plano Nacional de Desenvolvimento da ROTA DO CORDEIRO PE PE Canudos Uauá Curaçá . Filadélfia PontoNovo Senhor doBonfim Juazeiro CaldeirãoGrande AntônioGonçalves Pindobaçu Sobradinho BA BA CasaNova SentoSé PI PI Área de Abrangência do Polo Sertão Norte Baiano - BA Quilômetros Pilão ArcadoPilão Campo AlegreCampo deLourdes 0,2 Fonte: MI/SDR 0 0,4 0,8 Área de Abrangência do Polo Sertão Norte Baiano - BA

PE PI

Casa Nova Curaçá

Campo Alegre de Lourdes Juazeiro Remanso Sobradinho

Uauá Pilão Arcado Jaguarari Canudos Sento Sé Campo Formoso Andorinha

Senhor do Bonfim Antônio Gonçalves

PindobaçuFiladélfia BA Caldeirão Grande

.

0 0,2 0,4 0,8 Quilômetros

Fonte: MI/SDR e caprinosdopaís. uma dasmaioresconcentraçõesdorebanhodeovinos e dainfraestruturaadquirida no território. Trata-se de de desenvolvimentodosetoremvirtudedas instituições O poloSertãoNorteBaianodestaca-sepelobomnível sentantes deinstituiçõeslocaiseterritoriais. O ComitêGestordopoloconstitui-sedenoverepre- Remanso, SentoSéeSobradinho. Canudos, CasaNova,Curaçá,Juazeiro,PilãoArcado, Senhor doBonfim,Uauá,CampoAlegredeLourdes, Sertão doSãoFrancisco:CampoFormoso,Jaguarari, dem osterritóriosdoPiemonteNorteItapicurue O Poloabrange13(treze)municípios,quecompreen- Fonte: IBGE,Pesquisa Agropecuária 2016.Dados elaborados porERConsult Ltda. Gráfico 15.Evolução dosrebanhos doPolo Sertão Norte Baiano POLO SERTÃO NORTE BAIANO nia comobiomacaatinga. nocultura eovinocultura,emharmo- reconhecida como referência nacapri- Ser umacadeiaprodutivaintegrada, Visão deFuturo 84 BASES para o Plano Nacional de Desenvolvimento da ROTA DO CORDEIRO

Matriz SWOT

FORÇAS FRAQUEZAS . Localização geográfica; . Resistência do produtor a mudanças; . Infraestrutura de abate; . Comodismo; . Tamanho do rebanho; . Alto custo de produção com insumos e seca; . Tradição; . Baixa infraestrutura da propriedade; . Aptidão; . Baixa qualidade do rebanho; . Melhoramento genético; . Baixa capacidade empreendedora; . Tamanho do rebanho existente; . Tamanho da propriedade insuficiente; . Rusticidade do rebanho; . Baixa capacidade de capital; . Vocação para atividade; . Alto índice de verminose; . Bom potencial genético para cruzamento; . Falta de reserva estratégica; . Rio São Francisco; . Falta de capacitação; . Clima favorável. . Baixo índice de cooperativismo; . Falta de pesquisa de mercado; . Falta de publicidade dos produtores; . Falta de logística para levar animais para o abatedouro; . Reduzido número de unidades de abate certificado; . Falta de valor agregado no produto; . Baixa capacidade gerencial; . Baixo nível de organização social do produtor; . Falta de organização da cadeia; . Falta de valorização local; . Falta de conhecimento do negócio (gerencial/tecnológico); . Falta e descontinuidade da assistência técnica (gerencial e tecnológica); . Falta de mão-de-obra especializada; . Clandestinidade. OPORTUNIDADES AMEAÇAS . Apoio institucional – fonte de tecnologias; . Energia; . Alto consumo local/mercado interno crescente; . Seca/falta de água; . Marketing gratuito; . Predadores (raposas, gato do mato, carcará e cão); . Localização: livre de aftosa e com abatedouro; . Segurança/ladrão; . Bioma caatinga – carne diferenciada; . Baixa qualidade de assistência técnica; . PAA e PNAE; . Assistência técnica insuficiente; . Clima propício a atividade; . Demora da aprovação das linhas de crédito; . Crescente no consumo de produtos orgânicos; . Dificuldade de acesso ao crédito; . Existência de perímetros irrigados; . Degradação do bioma da caatinga; . Tecnologia já existente; . Falta de política de regularização fundiária; . Baixo índice de umidade; . Excessiva tolerância ao abate informal; . Forte aparato institucional para apoio; . Desarticulação dos diversos segmentos da cadeia produ- . Proximidade com projetos irrigados, frigoríferos e curtume; tiva; . Mercado nacional e regional crescente e insatisfeito; . Grande número de atravessadores; . Nível tecnológico alto; . Longos períodos de estiagem; . Entrepostos de comercialização; . Falta de ATER; . Cortes especiais; . Alto custo dos produtores sem certificação; . Demanda mercado externo/mercado interno; . Baixa fiscalização do abate clandestino; . Número de empresários interessados na caprinocultura; . Falta de armazém da CONAB; . Melhoramento genético; . Legalização: custos e burocracia; . Sistema de inspeção municipal; . Insumos/tecnologia; . Existência de frigoríficos (SIF, SISBS); . Hábito alimentar; . Selos de certificação; . Pragas; . Integração lavoura irrigada/pecuária. . Frigoríficos (legalização do abate); . Assistência técnica insuficiente. Resultados das Oficinas de Integração 85

Carteira de Projetos

EIXO COMPONENTE ESCOPO DO PROJETO PARTES INTERESSADAS ACCOSSF, EMBRAPA e Secretarias Formação de Banco de Reserva Alimentar da Agricultura Alimentação Construção/disponibilização de galpão para armaze- IDESA, SEBRAE e Secretarias de Agri- namento de milho cultura de Juazeiro Aprovação do Programa Nacional de Sanidade de Ca- ADAB, MAPA, EMBRAPA Caprinos INSUMOS E prinos e Ovinos PRODUÇÃO Secretario Agricultura Juazeiro, ADAB, Saúde animal Implantação de Unidades Móveis para exames de OPG MAPA e IDESA Melhoria nas ADAB, MAPA, Secretaria de Agricul- técnicas de Campanhas de Vacinação tura produção das Reestruturação dos Bancos Genéticos extintos pela unidades fami- ACCOSSF, SEAGRI e CODEVASF liares EBDA Melhoramento Programa de distribuição/integração de reprodutores ACCOSSF, CODEVASF E SEAGRI genético melhorados geneticamente (nativas e exóticas) Unidade Móvel para andrológico e Inseminação Ar- ACCOSSF, CODEVASF E SEAGRI tificial ATER Assistência Técnica e Gerencial – Propriedades CODEVASF Apoio logístico para viabilização de abate. Formação da ACCOSSF, CODEVASF e Secretaria ROTA de CORDEIROS/Animais Vivos. da Agricultura de Juazeiro BENEFICIA- Programa de Educação Sanitária. Carne Legal. Cons- MENTO E cientização sobre o risco de consumo dos produtos de ADAB e Secretarias da Agricultura AGREGAÇÃO Abate caprinos e ovinos não certificados DE VALOR certificado Apoio logístico para viabilização de distribuição de car- ACCOSSF, CODEVASF, SEAGRI, caças certificadas nos municípios. Formação da ROTA MAPA E BNB Estruturação de de CORDEIROS/Carcaças unidades cole- ADAB, CODEVASF, Secretarias da Adesão ao SISB e Implantação do SIE nos Municípios tivas de benefi- Agricultura ciamento ACCOSSF, ADAB, SENAI, Secreta- Entrepostos para beneficiamento de carcaça e fabricação Novos produtos rias da Agricultura de Senhor do Bon- de embutidos fim e Juazeiro Denominação de SEBRAE, ACCOSSF e Secretaria da origem e identifi- Criação do Selo Cordeiro do Polo Sertão Norte Baiano Agricultura de Senhor do Bonfim COMERCIA- cação geográfica LIZAÇÃO Feiras e Secretarias da Agricultura de Senhor do Organização de Feiras e Eventos mercados Bonfim e Juazeiro Fortalecimen- ACCOSSF, CONAB, Secretarias da to de redes e Comercialização com PAA Compras Agricultura canais de co- governamentais mercialização Comercialização com PNAE ACCOSSF e Secretarias da Agricultura e desenvolvi- ACCOSSF, Secretarias da Agricultura Criação de entreposto no espaço no CEASA mento de sinais do Bonfim e Juazeiro distintivos Centrais de comercialização Criação de ambiente específico para comercialização ACCOSSF, SEBRAE e Secretaria da dos produtos da caprinocultura Agricultura de Senhor do Bonfim Abertura e instalação de poços CODEVASF e Comitê Gestor Construção e revitalização de adutoras CODEVASF e Comitê Gestor Infraestrutura Implantação de programas de armazenamento de água CODEVASF e Comitê Gestor hídrica (Reservatórios) INFRAES- CODEVASF, IDESA, SEAGRI e Co- TRUTURA Construção e limpeza de barragens mitê Gestor Capital fixo Secretarias da Agricultura de Senhor do necessário ao Expandir a implantação de Energia Elétrica Bonfim e Juazeiro, Programa Luz para desenvolvimen- Energia elétrica Todos e Comitê Gestor to territorial BNB, Programa Luz para Todos e Co- Expandir a implantação de Energia Solar mitê Gestor Telecomunicações Ampliação de Sistema de Telecomunicações Assembleia Legislativa e Comitê Gestor Estradas e Construção e pavimentação de estradas Assembleia legislativa e Comitê Gestor pavimentação 86 BASES para o Plano Nacional de Desenvolvimento da ROTA DO CORDEIRO

EIXO COMPONENTE ESCOPO DO PROJETO PARTES INTERESSADAS ACCOSSF, SEBRAE, SENAR e Co- Curso de elaboração de projetos CAPITAL mitê Gestor Associativismo e SOCIAL ACCOSSF, SEBRAE, SENAR e Co- cooperativismo Treinamento para captação de recursos mitê Gestor Fortalecimen- Treinamento e consultoria gerencial ACCOSSF, SEBRAE e SENAR to de redes e Planos de Elaboração do plano de negócio para a caprinocultura capacitação de ACCOSSF, SEBRAE e SENAR equipes locais negócios e ovinocultura de apoio téc- Governança do Gerenciamento das ações a serem definidas pelo comitê nico polo e do terri- Comitê Gestor gestor tório Financiamento para estruturação da propriedade e pro- BNB, BB, CEF e Comitê Gestor dução de insumos FINANCIA- Financiamento Linhas específicas de financiamento para criadores de MENTO bancário BNB, BB, CEF e Comitê Gestor raças nativas Crédito assisti- Linhas de crédito para financiamento da produção BNB, BB, CEF e Comitê Gestor do e programas Diferimento Política de isenção de impostos para os produtos da de fomento Cooperativa, e Comitê Gestor tributário caprinocultura Resultados das Oficinas de Integração 87 88 BASES para o Plano Nacional de Desenvolvimento da ROTA DO CORDEIRO Cabrobó Orocó . SantaMaria da Boa Vista LagoaGrande Petrolina Dormentes PE PE Afrânio Quilômetros BA BA Área de Abrangência do Polo Sertão do São Francisco - PE PI PI 0,2 Fonte: MI/SDR 0 0,4 0,8 POLO SERTÃO DO SÃO FRANCISCO PERNAMBUCANO

O Polo abrange 07 (sete) municípios: Petrolina, Dor- mentes, Afrânio, Lagoa Grande, Santa Maria da Boa Visão de Futuro Vista, Orocó e Cabrobó. Ser referência nacional como polo de A localização geográfica estratégica favorece o escoa- produção sustentável de caprinos e mento da produção, seja para o mercado interno ou ovinos numa cadeia consolidada, com externo. volume, padronização e qualidade.

O consumo local, já intensivo, é beneficiado pela presença do Bodódromo – polo gastronômico onde o consumo da carne de caprinos e ovinos é incentiva- da, tanto pela oferta de variados pratos de qualidade, como pelo ambiente pitoresco do local, que representa atrativo turístico, tornando o consumo desse tipo de carne ainda mais conhecida para os visitantes de outros estados e países.

Gráfico 16. Evolução dos rebanhos do Polo Sertão do São Francisco

Fonte: IBGE, Pesquisa Agropecuária 2016. Dados elaborados por ERConsult Ltda. 90 BASES para o Plano Nacional de Desenvolvimento da ROTA DO CORDEIRO

Matriz SWOT FORÇAS FRAQUEZAS . Tradição/vocação na atividade; . Falta de controle sanitário; . Rio São Francisco (potencial de recursos hídricos – produção . Baixa capacidade de gerenciamento dentro da proprieda- de forragem – e turismo); de; . Plantas Nativas (disponibilidade de alimento adaptado a . Escassez (alimentos); escassez hídrica – diferenciação da qualidade da carne); . Baixo adoção de tecnologias pelo produtor; . Rebanho geneticamente adaptado ao clima; . Falta de estruturação / gestão / objetividade das Entidades . Localização geográfica (700 km de 9 capitais, escoamento); Associativas / Cooperativas; . Existência de muito Cooperativismo e Associativismo; . Falta de Abatedouro (inspecionado); . Existência do Polo Gastronômico (Bodódromo); . Carência de ATER; . Plantel (grande número de animais); . Oferta irregular – falta de padronização (abate / carcaças); . Existência de cooperativas de crédito; . Sazonalidade da Oferta; . Quantidade expressiva de criadores; . Resistência as novas tecnologias; . Existência de instituições de apoio à atividade (IPA, Prorural, . Infraestrutura hídrica na propriedade deficiente / inexis- MAPA, etc.). tente; . Existência de abate clandestino; . Predominância de pequenas propriedades (estrutura fun- diária); . Baixa eficiência produtiva. OPORTUNIDADES AMEAÇAS . Mercado consumidor garantido e em expansão; . Atuação deficiente da CONAB; . Existência de interação e consorciação entre fruticultura . Ações não sinérgicas; e caprinocultura/ovinocultura (turismo – queijos, carne, . Períodos prolongados de seca; vinho); . Surgimento de outros polos de produção (competição); . Existência do abatedouro de Rajada (ainda em não funcio- . Forte presença de intermediários; namento); . Competição das outras carnes (bovina); . Área livre de aftosa; . Existência de programas inadequados à atividade local . Existência de tecnologia de produção para a atividade; (garantia da safra, programa estadual de distribuição de . Disponibilidade de logística para escoamento da produção; sementes de milho e feijão, que são culturas que não . Existência de programas de apoio e incentivo à produção vingam localmente); em expansão. . Falta de ATER; . Fiscalização sanitária deficiente e burocrática; . Insuficiência de unidades de abate e processamento. Resultados das Oficinas de Integração 91

Carteira de Projeto

EIXO COMPONENTE ESCOPO DO PROJETO PARTES INTERESSADAS Programa de produção de forragem perene de sequeiro IPA e EMBRAPA Integração com áreas irrigadas CODEVASF e comitê gestor Programa de uso racional da caatinga e recuperação de INSUMOS E Alimentação IPA e EMBRAPA PRODUÇÃO áreas degradadas Produção de forragem com suplementação hídrica – pul- IPA e EMBRAPA, Coopontal e Melhoria nas téc- mões verdes individuais/coletivos comitê gestor nicas de produ- Saúde animal Criação de programa de prevenção de doenças existentes ADAGRO e comitê gestor ção das unidades Melhoramento Preservação do material genético local EMBRAPA e comitê gestor familiares genético IPA – PE, comitê gestor e Co- ATER Prestação de ATER focado na caprinovinocultura opontal Reforma, modernização e reabertura dos abatedouros ADAGRO e Secretarias de Abate certificado BENEFICIA- municipais Agricultura locais MENTO E Bodódromo e Secretarias de Programa de marketing para difusão de cortes especiais AGREGAÇÃO Agricultura locais DE VALOR Curso para padronização de produtos acabados e boas Novos produtos Comitê gestor e SEBRAE práticas Estruturação de Difusão e acesso ao SEBRAETEC – consultoria para be- unidades coleti- SEBRAE e Coopontal vas de beneficia- neficiamento Reabertura dos laticínios fechados em Santa Maria da Boa CODEVASF, Aprisco do Vale, mento Infraestrutura ociosa Vista e Petrolina ASCOOPER Denominação de ori- Certificação de IP / DO dos produtos de caprinos e ovinos Coopontal, SEBRAE, INPI e gem e identificação (leite, pele, etc.) comitê gestor geográfica COMERCIALI- Secretarias de agricultura e as- ZAÇÃO Feiras e mercados Organização das feiras de caprino e ovinocultura sociações dos municípios inte- grantes do polo Fortalecimento Fortalecimento das infraestruturas municipais para aten- Secretarias de agricultura, Coo- de redes e canais dimento aos programas PAA / PNAE pontal e comitê gestor de comercializa- Compras SEBRAE, Coopontal e Coo- ção e desenvolvi- Realizar seminários para compras institucionais governamentais pador mento de sinais distintivos Seminário estadual para conhecimento da legislação de ADAGRO, SEBRAE, SENAR, comercialização entre estados comitê gestor Centrais de Divulgar a consultoria para criação de centrais de comer- SEBRAE, comitê gestor e coo- comercialização cialização perativas INFRAESTRU- TURA Conselhos Municipais de De-

Infraestrutura Fortalecimento dos Programas de perfuração de poços e senvolvimento Rural, Governo Capital fixo hídrica formação de aguadas (açudes, barreiros, etc.) do Estado, comitê gestor e CO- necessário ao DEVASF desenvolvimento territorial Coopador, SEBRAE e comitê Capacitação em gestão empresarial CAPITAL Associativismo e gestor SOCIAL cooperativismo Coopador, SEBRAE e comitê Capacitação em gestão de empreendimentos coletivos gestor Fortalecimento Associação de Desenvolvimento de redes e capaci- Capacitação em elaboração de planos de negócio e projetos Plano de negócios Rural de Rajada – ADRJ, SE- tação de equipes de captação de recursos locais de apoio BRAE e comitê gestor técnico Governança do polo Consolidação de banco de dados, contemplando atores, Polo Sertão do São Francisco e do território instituições, lideranças, potencialidades locais Pernambucano irá decidir FINANCIA- Criação do seguro garantia bode (criação do seguro para MENTO MDSA e comitê gestor do polo ovinocaprinocultura nos moldes da garantia de safra) Financiamento Crédito assistido bancário e programas de Realização de rodadas de crédito (SEBRAE) – Encontro COOPONTAL, COOPADOR, fomento de negócios SEBRAE e comitê gestor. 92 BASES para o Plano Nacional de Desenvolvimento da ROTA DO CORDEIRO PB PB . AL AL PI PI Inajá Tacaratu Jatobá Floresta Petrolândia Área de Abrangência do Polo Itaparica - PE Itacuruba BA BA Carnaubeirada Penha Quilômetros PE PE 0,2 Fonte: MI/SDR Belém de São Francisco 0 0,4 0,8 POLO ITAPARICA

O Polo abrange 08 (oito) municípios: Floresta, Itacu- ruba, Petrolândia, Belém do São Francisco, Tacaratu, Visão de Futuro Jatobá, Carbaubeiriba da Penha e Inajá. Ser referência de credibilidade e ino- vação da ovinocaprinocultura, basea- O Comitê Gestor conta com 19 instituições represen- tativas do polo, tanto do setor privado quanto do setor da na inclusão social, com qualidade público. Destaque para o papel de liderança exercido e sustentabilidade. pela cooperativa local de ovinocaprinocultores.

Além disso, o polo conta com um dos maiores rebanhos de ovinos e caprinos do Nordeste. O rebanho supera 600 mil cabeças de caprinos e 400 mil cabeças de ovi- nos. Está instalado na região um dos maiores curtumes de peles ovinas e caprinas do país.

Gráfico 17.Evolução dos rebanhos do Polo Itaparica

Fonte: IBGE, Pesquisa Agropecuária 2016. Dados elaborados por ERConsult Ltda. 94 BASES para o Plano Nacional de Desenvolvimento da ROTA DO CORDEIRO

Matriz SWOT

FORÇAS FRAQUEZAS . Presença dos órgãos de apoio a ovinocaprinocultura loca- . Falta de organização dos produtores / individualidade; lizado na região (ex: PRORURAL, BNB, IPA, SEBRAE); . Falta de interesse e iniciativa dos produtores na adequação . Apoio dos municípios as associações e cooperativas de do manejo; criadores; . Dificuldade na gestão dos recursos hídricos, forrageiros e . Quantidade expressiva de rebanhos na região; financeiros; . Atividade tradicional na região; . Manejo produtivo inadequado as condições da proprie- . Existência de um potencial de integração com áreas irri- dade ao mercado; gadas na produção de forragem; . Baixo aproveitamento dos subprodutos (pele, esterco, . Caatinga rica para produção de caprinos e ovinos; etc.); . Presença de um curtume no município de Floresta/PE; . Falta de continuidade na produção (escala de produção); . Existência de tecnologias voltadas para produção de capri- . Limitação escolar e técnica dos produtores; nos e ovinos; . Pouco controle sanitário do rebanho; . Existência de profissionais na área; . Dificuldade no transporte dos animais e sua padronização . Localização geográfica favorável a distribuição da produção para comercialização; de ovinos e caprinos; . Má utilização da pastagem nativa; . Grande consumo de carne e derivados de ovinos e caprinos . Dificuldade de comercialização pela falta de abatedouro na região; frigorífico; . Existência de um banco de proteína em Petrolândia; . Falta de organização dos elos da cadeia; . Presença de animais adaptados ao clima da região. . Falta de marketing da carne e derivados dos ovinos e ca- prinos; . Falta de ATER contínua e específica; . Ausência do armazenamento de forragem pelos criadores; . Ausência da certificação da produção; . Falta de dados atualizados da ADAGRO; . Falta de políticas públicas na região; . Falta de acessibilidade das estradas vicinais entre os mu- nicípios e as propriedades.

OPORTUNIDADES AMEAÇAS . Acesso ao mercado institucional (merenda escolar); . Predadores naturais; . Possibilidade de acesso ao mercado exterior; . Questões tributárias; . Implantação de tecnologias no melhoramento genético; . Ausência de um polo da CONAB (alto valor dos insumos); . Produção de produtos orgânicos e/ou agroecológicos; . Baixo índices pluviométricos. . Implantação de uma indústria de calçados (devido a exis- tência de um curtume); . Infraestrutura rodoviária de boa qualidade (bem conser- vada); . Melhorias nas capacitações de manejo dos animais. Resultados das Oficinas de Integração 95

Carteira de Projetos

EIXO COMPONENTE ESCOPO DO PROJETO PARTES INTERESSADAS Fomento à implantação e distribuição de suporte IPA, Coopercapri, Asccopetro, Secreta- forrageiro (palma, banco de proteínas e conserva- rias Municipais, Prorural Alimentação ção de forragens) Organizar centro de compras coletivas de rações e Coopercapri, Asccopetro, CMDRS e insumos para produção Sebrae Organizar centro de compras coletivas para aquisi- Coopercapri, Asccopetro, CMDRS e ção de insumos (medicamentos e vacinas) Sebrae Saúde animal Criação de campanhas de controle e prevenção de Secretarias de agricultura do polo; IF- doenças -Sertão; IPA; ITEP Cadastro do Produtor e Plantel na ADAGRO ADAGRO Implantação de Programa de Melhoramento Ge- Secretarias de agricultura do polo; IF- Melhoramento INSUMOS E nético com reprodutores certificados e adaptados -Sertão PE; PRORURAL; EMBRAPA; genético PRODUÇÃO ao Sertão IPA MAPA; IPA; Secretarias dos Municípios Melhoria nas téc- Ampliação e qualificação da assistência técnica do Polo; CAAP; Coopercarpri; SEMEN- nicas de produção multidisciplinar TES das unidades fami- ATER IF-Sertão; SEMENTES; ITEP; IPA; liares Cursos e capacitações para produtores rurais FUNAI Criação de Fórum Permanente de ATER – Polo Secretarias de agricultura do polo; IF- Itaparica para alinhamento de programas -Sertão/PE; IPA Secretarias de agricultura do polo; Pro- Aquisição e gestão de patrulhas mecanizadas rural e IPA Secretarias de agricultura do polo; Pro- Perfuração e instalações de poços Benfeitorias rural e IPA equipamentos Aquisição de kits de irrigação para produção de Secretarias de agricultura do polo; Pro- forragens rural e IPA Incentivar a melhoria das instalações rurais de pro- Prorural; IPA; Secretaria de Agricultura; dução de ovinocaprinocultura Banco do Nordeste BENEFICIA- Coopercarpri; Asccopetro; Câmara dos Abate Implantação de abatedouro/frigorífico com cer- MENTO E Vereadores; Secretarias de Agricultura certificado tificação AGREGAÇÃO do Polo DE VALOR

Criação e fomento de indústria e artesanatos que Estruturação de Lã e pele Produtores, artesãos locais, associações unidades coletivas utilizem peles de beneficiamento Acesso ao Elaboração do estudo do mercado (plano de ne- SEBRAE; IF-SERTÃO; EMBRAPA mercado gócio) Secretarias de agricultura do polo; Secre- tarias de Cultura e de Turismo do Polo; Organização da Festa do Bode (itinerante) SEBRAE; Associações de Produtores; Feiras e BNB COMERCIALI- mercados Secretarias de agricultura do polo; Secre- ZAÇÃO Organização de feiras municipais de comerciali- tarias de Cultura e de Turismo do Polo; zação de animais SEBRAE; Associações de Produtores; Fortalecimento de BNB redes e canais de Secretarias de agricultura do polo; Secre- comercialização e Organização de um festival gastronômico com pra- tarias de Cultura e de Turismo do Polo; desenvolvimento tos feitos a base de carne caprina e ovina SEBRAE; Associações de Produtores; Turismo e de sinais distin- BNB gastronomia tivos Certificação da carne orgânica do bode EMBRAPA; MAPA Criação de selo com identidade regional, destacan- EMBRAPA; MAPA do o sabor diferenciado da carne Criação do centro de comercialização do bode (ex.: Secretarias de agricultura do polo; Coo- Centrais de centro da agricultura familiar, orgânico) perativas e Associações do Polo. comercialização Criação de um entreposto na CEASA-Recife e Secretarias de agricultura do polo; Coo- Caruaru perativas e Associações do Polo 96 BASES para o Plano Nacional de Desenvolvimento da ROTA DO CORDEIRO

EIXO COMPONENTE ESCOPO DO PROJETO PARTES INTERESSADAS COMSIM – Consórcio dos Municípios Aquisição de perfuratriz para poços profundos do Sertão de Itaparica e Moxotó Secretarias de agricultura do polo; Coo- Perenização do Riacho do Navio perativas e Associações do Polo; Governo do Estado de PE Secretarias de agricultura do polo; Coo- Concessão de outorgas para adutoras de proprie- perativas e Associações do Polo; Governo dades próximas as barragens. do Estado de PE Infraestrutura hídrica Secretarias de agricultura do polo; Coo- Construção de barragem no Riacho de São Pedro perativas e Associações do Polo; Governo do Estado de PE Secretarias de agricultura do polo; Coo- Construir adutoras em áreas produtoras próximas perativas e Associações do Polo; Governo a fontes de água superficiais do Estado de PE Secretarias de agricultura do polo; Coo- Implantação do Projeto de Irrigação Serra Negra perativas e Associações do Polo; Governo do Estado de PE Solicitar a CELPE que seja ofertada energia trifásica Cooperativas e Associações às áreas produtoras Energia elétrica Implantar energia solar como fonte energética al- Cooperativas e Associações ternativa aos pequenos produtores INFRAESTRU- Prefeituras do Polo; Cooperativas e As- TURA Cobrar a implantação da internet 3G para o polo sociações Telecomunicações Prefeituras do Polo; Cooperativas e As- Capital fixo neces- Ampliação do acesso a internet nas áreas rurais sário ao desenvol- sociações vimento territorial Solicitar cobertura de outras operadoras de teleco- Prefeituras do Polo; Cooperativas e As- municações (OI) sociações Exigir que os municípios cumpram a lei de resíduos sólidos (Fim do Lixão). Problemas de intoxicação animal com lixo Criar programas de recolhimento de lixo na área rural Meio ambiente Reflorestamento da mata nativa (Caatinga) Prefeituras do Polo; Cooperativas e As- Preservar e recuperar mananciais e grandes reser- sociações vatórios do Polo Implantação de unidades do programa ABC – Agricultura de Baixo Carbono Programa de saneamento básico rural Conclusão do CAR-Cadastro Ambiental Rural Conclusão da BR-110 (Petrolândia /Ibimirim) e Prefeituras do Polo; Secretarias de Agri- conclusão da PE-425 (Floresta-Carnaubeira) cultura do Polo; Governo do Estado Pavimentação/melhoria das estradas vicinais das Prefeituras do Polo; Secretarias de Agri- Estradas e áreas produtoras cultura do Polo; Governo do Estado pavimentação Pavimentação da estrada Agrovila-Coité (Itacu- Prefeituras do Polo; Secretarias de Agri- ruba) cultura do Polo; Governo do Estado Resultados das Oficinas de Integração 97

EIXO COMPONENTE ESCOPO DO PROJETO PARTES INTERESSADAS Realizar cursos para fortalecer as associações e co- SEBRAE, SENAR, IF Sertão-PE, EM- operativas que compõem o polo BRAPA, CODEVASF Associativismo e Buscar estratégias de fortalecimento das coopera- SEBRAE, SENAR, IF, EMBRAPA, MI cooperativismo tivas e associações Realizar diagnóstico do perfil das associações do SEBRAE, SENAR, IF, EMBRAPA, CO- território DEVASF Planos de Elaborar um plano de negócios para a ovinocapri- BNB, IPA, CERRADO, SEMENTE, ORGANIZAÇÃO negócios nocultura para o Polo COOPERATIVA, SEBRAE SOCIAL E GO- Governança do VERNANÇA polo e do terri- Criar comitê gestor para articular e captar recursos Comitê Gestor tório Fortalecimento de Fortalecer e estruturar o núcleo de capacitação, redes e capacitação Formação de capa- pesquisa e extensão no IF Sertão-PE, Campus Flo- IF-Sertão; IPA; Embrapa de equipes locais cidades locais de apoio técnico resta, para dar suporte ao polo Articulação com as instituições de fomento com o intuito de otimizar recursos para a cadeia da ca- Prorural; Codevasf e ADDIPER prinovinocultura Políticas Articulação junto aos municípios para criação do públicas Secretarias de agricultura do polo fundo de aval Secretaria de Agricultura, ITERPE, IN- Regularização fundiária CRA FINANCIAMEN- TO Financiamento Divulgar e viabilizar financiamentos específicos BNB, BB, CMDRS Crédito assistido bancário (PRONAF/FNE) através de agência itinerante e programas de fomento 98 BASES para o Plano Nacional de Desenvolvimento da ROTA DO CORDEIRO Alcantil Caturité Barrade Santana . Boqueirão BoaVista Cabaceiras ngosCariri do Soledade Barrade São Miguel Gurjão Riacho Antôniode Santo SãoDomi Caraúbas Congo Coxixola Parari Santo André Santo SãoJoão do Cariri Assunção SerraBranca Camalaú SãoJoão do Tigre Taperoá Sumé RN RN Livramento SãoJosé dos Cordeiros Amparo Arcoverde Prata Zabelê Monteiro Itapetim OuroVelho SãoSebastião do Umbuzeiro Brejinho Tuparetama Sertânia SãoJosé Egito do Iguaraci Ingazeira Quilômetros Tabira SantaTerezinha Manari AL AL Afogadosda Ingazeira Ibimirim Solidão Custódia PB PB Carnaíba Inajá Quixaba Flores 0,2 0 0,4 0,8 Betânia Triunfo Calumbi Polo Integrado Paraíba - Pernambuco SerraTalhada PE PE SantaCruz da Baixa Verde Mirandiba BA BA SãoJosé Belmonte do CE CE Divisão Estadual SertãoTerritório do Pajeú SertãoTerritório do Moxotó CaririTerritório Oriental CaririTerritório Ocidental Fonte: MI/SDR Legenda POLO INTEGRADO PARAÍBA – PERNAMBUCO

O Polo Integrado Paraíba-Pernambuco tem uma abrangência superior a todos os outros (quase 60 mu- Visão de Futuro nicípios), inicialmente pelo fato de agir numa fronteira Ser referência nacional na produção estadual. Composto de todo o conjunto do Cariri Pa- integrada e sustentável de caprinos e raibano que inclui Cariri Ocidental e Oriental, agre- gando ainda dois territórios pernambucanos: o Sertão ovinos. do Pajeú e o Sertão de Moxotó.

A região possui importante volume de produção de leite caprino, que pode impulsionar o desenvolvimento de toda a cadeia produtiva caprina e ovina na região.

Gráfico 18. Evolução dos rebanhos do Polo Integrado Paraíba-Pernambuco

Fonte: IBGE, Pesquisa Agropecuária 2016. Dados elaborados por ERConsult Ltda. 100 BASES para o Plano Nacional de Desenvolvimento da ROTA DO CORDEIRO

Matriz SWOT

FORÇAS FRAQUEZAS . Tradição e experiência; . Tradição da cultura extensiva; . Presença de instituições de pesquisa, ensino e extensão, sis- . Preconceito sobre o produto (leite) no próprio território tema “S”, instituições de apoio e fomento a cadeia; do polo; . Boa e ativa organização, representação/ associação; . Má organização empresarial (gestão administrativa, fi- . Qualidade do rebanho; nanceira e produtiva); . Existência de laticínios; . Dependência de insumos externos (volume e preço); . Grande quantidade de produtores na atividade; . Distância entre as soluções tecnológicas e o produtor; . Representação do polo na câmara técnica de caprinos e ovi- . Deficiência no acesso a informação tecnológica; nos do MAPA. . Ensino técnico inadequado para atender a necessidade do produtor; . Deficiência no acesso a recurso hídrico; . Ausência de escrituração zootécnica e contábil por parte do produtor; . Falta de gestão nos empreendimentos que beneficiam a carne caprina e ovina; . Controle sanitário deficitário por parte do produtor. OPORTUNIDADES AMEAÇAS . Existência de mercados institucionais e privados ociosos; . Políticas públicas inadequadas e pontuais para o setor; . Possibilidade de integração entre Pernambuco e Paraíba . Falta de industrialização dos produtos do setor para mer- visando ampliar a produção, a qualidade, a produtividade cados globalizados; para os mercados; . Assistência técnica descontinuada; . Possibilidade de formalização do selo de identificação geo- . Presença atuante do mercado informal no APL; gráfica; . Controle sanitário deficitário por parte das instituições; . Existência de linhas de crédito reembolsáveis e não reem- . Mudança frequente da legislação sanitária; bolsáveis; . Falta de segurança pública nas propriedades; . Existência de eventos agropecuários; . Condições edafoclimáticas permanentes e sem planeja- . Existência de infraestrutura física, equipada e paralisada; mento para convivência no setor. . Existência da CONAB no polo. Resultados das Oficinas de Integração 101

Carteira de Projetos

EIXO COMPONENTE ESCOPO DO PROJETO PARTES INTERESSADAS IPA, EMATER e Secretarias de Armazenamento de Forragem Agricultura Alimentação SEDAP, EMATER, IPA e Secre- Manejo de pastagem natural tarias de Agricultura Produção de forragem adaptada a região EMBRAPA, IPA e FAEPA Criar calendário de vacinação obrigatória pela defesa sa- EMATER, EMBRAPA e Produ- nitária tores EMATER, Secretarias de Agricul- Saúde animal Disponibilidade de serviços laboratoriais (móvel ou fixo) tura, Produtores Implantação de laboratórios de referência em leite caprino Secretarias de Agricultura e EM- na região BRAPA INSUMOS E Melhoramento Melhoramento genético participativo (instituição – pro- PRODUÇÃO Produtores, EMBRAPA e UFPB genético dutor) Capacitação continuada de gestão financeira, administrativa Melhoria nas EMATER, SEBRAE, SENAR técnicas de pro- e produtiva de técnicos e produtores dução das unida- Aumento do contingente de técnicos em campo EMATER, IPA e Produtores des familiares Elaboração em parceria com produtores do projeto peda- SETDE e Prefeitura de Serra gógico do curso técnico para ovinocaprino no município Branca de Serra Branca Maior integração entre instituições de C&T e produtores EMBRAPA, UFPB/PLADES, ATER dos APLs para desenvolvimento de soluções tecnológicas EMATER, IPA e Produtores adequadas Inserir disciplinas técnicas agropecuárias na grade curricular Secretarias de Agricultura e de escolas de ensino fundamental e profissionalizante UFPB/PLADES Assessoramento nutricional remoto para pequenos rumi- EMATER e Cooperativa nantes Organização e construção de central de distribuição de in- Cooperativa e EMATER sumos em cooperativa BENEFICIA- Instalação de laboratórios para avaliação das peles em pro- EMATER, EMBRAPA e Coo- MENTO E cesso perativa AGREGAÇÃO Desenvolvimento de produtos derivados lácteos UFPB, EMBRAPA e Cooperativa DE VALOR Desenvolvimento de produtos de pele UFPB, EMBRAPA e Cooperativa Novos produtos Estruturação de unidades coleti- Desenvolvimento de produtos cárneos UFPB, EMBRAPA e Cooperativa vas de beneficia- mento Denominação de Elaboração de um plano de negócios da cadeia produtiva APACCO, SEBRAE, INPI e origem e identifi- da ovinocaprinocultura (criação de selo) MAPA cação geográfica Elaboração de um calendário anual de divulgação (com a Feiras e realização de eventos mais técnicos com capacitações, pa- Secretarias de Agricultura, SE- mercados lestras e treinamentos voltados para o produtor; e incentivo DAP, EMEPA-PB e EMATER COMERCIALI- para participação em feiras nacionais) ZAÇÃO Conscientizar diretores de escolas, instituições, escolas Escritórios locais da EMATER, superiores, merendeiras, dos benefícios dos produtos de SEDAP, Secretaria da Educação, Fortalecimento origem caprina APACCO, AMCAP e Prefeituras de redes e canais Compras Secretaria de Agricultura de São Sensibilizar nutricionistas a montar cardápios com produtos de comercializa- governamentais Sebastião do Umbuzeiro, São José locais ção e desenvolvi- do Cordeiro e UFPB mento de sinais Elaborar editais de aquisição de alimentos compatíveis com Secretarias de Educação e AM- distintivos a realidade da produção local (carne, leite e derivados) CAP Secretaria Estadual de Agricultu- Formalizar parcerias com Centros de Distribuição (ex.: ra Familiar e Desenvolvimento Centrais de CECAF) Agropecuário (SEAFDS e SE- comercialização DAP) Realizar parceria com EMPASA para centros de distribuição SEDAP e EMPASA e comercialização 102 BASES para o Plano Nacional de Desenvolvimento da ROTA DO CORDEIRO

EIXO COMPONENTE ESCOPO DO PROJETO PARTES INTERESSADAS Infraestrutura Incentivo para construções de poços, barragens subterrâneas SEDAP, SEAFDS e EMATER hídrica e cisternas Incentivar o uso de energias renováveis EMATER Energia elétrica INFRAESTRU- Fomentar aquisição de equipamentos de energia solar APACCO TURA Telecomunicações Ampliar rede de telefonia e internet rural SEDAP e comitê gestor Regularização Capital fixo Incentivar o processo de regularização fundiária Comitê gestor necessário ao fundiária desenvolvimento Legislação SEDAP, EMATER e comitê ges- Solicitar apoio das instituições para realização do CAR territorial ambiental tor Abatedouros Conclusão do abatedouro de Monteiro SEDAP e comitê gestor Programa de capacitação para produção de derivados da Peles caprinas Comitê gestor pele caprina e ovina SEBRAE, APACCO e Associa- Identificação de novas lideranças ções Associativismo e Capacitação gerencial: em gestão empresarial; em empre- SEBRAE, FAEPA, OCB e SE- cooperativismo endimentos coletivos NAR FAEPA, OCB, SENAR e SE- Implantação de cooperativas central e singular BRAE CAPITAL Planos de negócios Capacitação na elaboração de planos de negócios SENAR e SEBRAE SOCIAL Gerenciamento dos recursos públicos existentes para a ati- Governança do Comitê gestor vidade por meio da criação de câmara setorial Fortalecimento polo e do terri- Criar um comitê gestor local com parceiros institucionais de redes e capaci- tório Comitê gestor do setor, organizações sociais tação de equipes locais de apoio Secretaria Estadual de Educação, técnico Mapeamento dos APLs do território do Polo Instituto Federal da Paraíba e SETDE Secretaria Estadual de Educação, Inteligência Mapeamentos das oportunidades de investimento para os Instituto Federal da Paraíba e territorial APLs SETDE Secretaria Estadual de Educação, Mapeamentos das políticas públicas (federais, estaduais e Instituto Federal da Paraíba e municipais) para APLs SETDE FINANCIA- MENTO Incentivos Fiscais Isenção de impostos para os produtos da caprinovinocultura Comitê gestor Crédito assistido e programas de fomento Resultados das Oficinas de Integração 103 104 BASES para o Plano Nacional de Desenvolvimento da ROTA DO CORDEIRO . Jequié Contas - BA as Maracás Quilômetros Manoel Vitorino Manoel 0,4 0,8 0,2 0 Área de Abrangência do Polo Rio d Contendas do Sincorá do Contendas Tanhaçu BA BA Fonte: MI/SDR Área de Abrangência do Polo Rio das Contas - BA

Iramaia

Maracás

Barra da Estiva

Contendas do Sincorá BA Jequié

Manoel Vitorino

Tanhaçu Mirante

Caetanos Boa Nova .

0 0,2 0,4 0,8 Quilômetros

Fonte: MI/SDR Contas. de todososprodutoresparaosucessodoPoloRiodas momento derecomeçoeexigeempenhoparticipação ceria com a empresa RioCon. Desta forma, este é um com maiorautonomiaemrazãodaextinçãopar- tendo em vistaque os produtores estão trabalhando O ano de 2017 é de grande importância para este polo, para oavançodoPoloRiodasContas. ção dopoderpúblicolocalcominteresseemcolaborar Verificou-se, duranteaoficina,umagrandeparticipa- com predominânciadasinstituiçõesprivadas. O ComitêGestorcontacom8representantesdopolo, Nova, Barra da Estiva, Jequié eContendas do Sincorá. Caetanos, Mirante,Tanhaçu,Maracás,Iramaia,Boa O Poloabrange10(dez)municípios:ManoelVitorino, Fonte: IBGE,Pesquisa Agropecuária 2016.Dados elaboradosporERConsult Ltda. Gráfico 19.Evolução dosrebanhos doPolo RiodasContas POLO RIO DAS CONTAS homem nocampo. valorização doprodutoefixação renda, resgatandoaculturaregional, produtos da ovinocultura, garantindo por meiodaqualidadediferenciadados Promover asustentabilidadedopolo, Visão deFuturo 106 BASES para o Plano Nacional de Desenvolvimento da ROTA DO CORDEIRO

Matriz SWOT

FORÇAS FRAQUEZAS • Modelo de melhoramento genético; • Descontinuidade do programa de melhoramento genético; • Existência de apoio da associação UNIRIO (insumos, • Desorganização social dos produtores; trator, transporte, CRIAR); • Fraca reserva estratégica de alimentação e planejamento • Existência de produtores capacitados; nutricional; • Tradição, clima e conhecimento da caprinovinocultura; • Manejo sanitário deficiente; • Existência de canal de comercialização (frigorífico); • Falta de mão de obra qualificada; • Armazenamento de alimentação para os animais; • Enfraquecimento da cultura da caprinovinocultura; • Resiliência; • Cultura da inadimplência consciente; • Existência de associações e cooperativas no polo. • Falta de consciência ambiental do produtor; • Fraca comercialização dos animais. OPORTUNIDADES AMEAÇAS • Potencial hídrico para irrigação; • Falta de políticas públicas específicas para a cadeia produ- • Apoio institucional (BNB, Prefeituras, Governo do Estado tiva de caprinos e ovinos (ex.: não há agenda de vacinação, da Bahia e da União); não há dados nem programas); • Proximidade com a BR 116, com a finalidade em expor e • Existência de carne importada, do Uruguai e Sul do Brasil, comercializar a carne de caprinos com maior valor agre- com baixo preço); gado; • Altas taxas de tributos; • Projetos socioambientais da mineradora atuante na região. • Falta de recursos hídricos (existem barragens inacabadas); • Desmatamento descontrolado da caatinga; • Risco de acidente com barragens de rejeitos da mineradora atuante na região; • Prejuízos ambientais territoriais da Ferrovia Leste-Oeste; • Existência de atravessadores; • Irregularidade climática; • Alto preço dos insumos; • Existência de predadores; • Falta de hábito de consumo de carne de caprino e ovino; • Infraestrutura ineficiente; • Falta apoio do poder público (falta reservatórios, estradas, etc.); • Falta de linha de crédito específica e desburocratizada para a cadeia de caprinos e ovinos. Resultados das Oficinas de Integração 107

Carteira de Projeto

PARTES EIXO COMPONENTE ESCOPO DO PROJETO INTERESSADAS Implantação de centrais de confinamento em todos os ABM Projetos; UNIRIO; municípios que compõem o polo. Projeto piloto em Prefeitura de Manoel Vi- Manoel Vitorino torino Implantação de 0,5 ha de palma para todos os produto- Alimentação res inseridos no projeto (capacitação, preparo do solo, SUAF-BA; UNIRIO cerca, adubação, etc.) SUAF-BA; Prefeituras; Bio- Fornecimento de sementes (plantas adaptadas ao semiá­ fábrica (Estado da Bahia); INSUMOS rido) e capacitação para plantio E PRODU- CEDASB ÇÃO Apoio de pesquisadores da Embrapa e UESB para es- UNIRIO; EMBRAPA; tudar e identificar outros cruzamentos industriais para UESB Melhoria Melhoramento não retroceder a genética existente nas técnicas genético Ampliação da distribuição da genética existente no de produção polo. Construção de infraestrutura para multiplicação UNIRIO; Embrapa das unidades de reprodutores com boa genética familiares Prefeitura de Manoel Vito- Acompanhamento (ATER): médico veterinário, agrô- rino; ABM Projetos; UNI- ATER nomos, zootecnista e técnicos de nível médio RIO; Secretaria de Agricul- tura de Boa Nova Uma Patrulha mecanizada (kit forrageiro e implemen- Prefeituras envolvidas; ABM Benfeitorias e tos agrícolas para cada município do polo) Projetos; UNIRIO equipamentos Prefeituras envolvidas; ABM Um caminhão para transporte de animais Projetos; UNIRIO BENEFICIA- Construção da sala de corte, beneficiamento e emba- Abate Embrapa; UNIRIO MENTO E lagem com veículo refrigerado certificado AGREGA- Buscar novas parcerias para abate Prefeitura de Caetanos ÇÃO DE Cortes especiais (capacitação) VALOR Novos Defumados e embutidos (capacitação) produtos Sindicato de Pequenos Pro- Estruturação Artesanato de couro (capacitação) dutores Rurais de Manoel de unidades Vitorino coletivas de be- Leite Leite e derivados (capacitação) neficiamento Criação de uma marca coletiva do "Polo Rio das Con- Denominação de tas" que represente a agricultura familiar e o semiárido Prefeitura de Manoel Vi- origem e identifi- torino; Prefeitura de Boa cação geográfica Criação de website e marketing digital para divulgação Nova; UNIRIO e comercialização dos produtos via internet COMER- Criar uma unidade de referência para consumo e co- Prefeitura de Manoel Vi- CIALIZA- mercialização dos produtos derivados da ovinocaprino- torino; Prefeitura de Boa ÇÃO Feiras e cultura a margem da BR 116 no município de Manoel Nova; UNIRIO mercados Vitorino/Boa Nova Fortalecimen- Criar calendários de feiras de animais e eventos gas- Prefeitura de Manoel Vito- to de redes tronômicos rino; UNIRIO e canais de comercializa- Realizar parceria com frigorífico Babybode com a fina- ção e desen- lidade de atender normas dos programas de aquisição UNIRIO volvimento de Compras de alimentos governamentais Realizar intercâmbio para conhecer a experiência de sinais distin- MI; Prefeituras de Caeta- Pintadas (COOAP) e estabelecer diálogo com outros tivos nos; UNIRIO frigoríficos Implantação de novas centrais de compras de insumos UNIRIO; Secretarias de Centrais de para todos os municípios do polo, com capital de giro Agricultura Municipais; comercialização e isenção tributária (experiência UNIRIO) Prefeitura de Mirantes 108 BASES para o Plano Nacional de Desenvolvimento da ROTA DO CORDEIRO

PARTES EIXO COMPONENTE ESCOPO DO PROJETO INTERESSADAS UNIRIO; ABM Projetos; Construção da Barragem do Rio Sincorá Prefeituras envolvidas Prefeitura de Mirante; Ma- Regularizar a vazão da água da Barragem de Pedra Infraestrutura noel Vitorino; UNIRIO hídrica Construção e ampliação de aguadas: barreiro trincheira, barragens subterrâneas, barragens de médio e grande Prefeituras; Associações; Sin- porte, poços tubulares e artesianos com sistemas de dicato INFRAES- distribuição, cisternas calçadão TRUTURA Energia Alternativa Renovável BNB Capital fixo Energia elétrica Estender rede de energia para todo o polo Prefeituras envolvidas; sin- necessário ao dicatos; UNIRIO desenvolvi- Alteração de rede monofásica para trifásica mento terri- Telecomunicações Aumento de potência de cobertura do sinal telefônico Prefeituras envolvidas; sin- torial dos operadores para todo o polo dicatos; UNIRIO Construir e reformar estradas e vicinais para acesso e escoamento da produção MI; Prefeitura Manoel Vi- Estradas e Construção de ponte de acesso sobre o Rio de Contas torino e Maracás; Prefeitura pavimentação entre os municípios de Manoel Vitorino e Maracás de Tanhaçu; Prefeitura de Construção de ponte de acesso sobre o Rio Gavião entre Caetanos; UNIRIO os municípios de Caetanos e Tanhaçu Ampliar o quadro de associados da UNIRIO visando o fortalecimento da entidade através do comprometi- UNIRIO Associativismo e mento do associado e elevar arrecadação cooperativismo Buscar parcerias para manutenção da estrutura física e UNIRIO CAPITAL remuneração do quadro de pessoal da UNIRIO SOCIAL E Planos de MI; UNIRIO; Prefeitura GOVER- Elaborar um plano de negócio para o polo NANÇA negócios Manoel Vitorino Identificação, fortalecimento e estreitamento das rela- UNIRIO Fortalecimen- ções com as demais associações do polo to de redes e Elaborar convênio de cooperação técnica Embrapa – EMBRAPA e UNIRIO capacitação de UNIRIO equipes locais Governança do Oferta de cursos, palestras, dias de campo, visando am- de apoio téc- polo e do território nico pliar o conhecimento dos produtores para consolidação UNIRIO da ovinocaprinocultura no polo Elaboração e validação da cartilha da atividade da ovinocaprinocultura com apoio da Embrapa, UESB UNIRIO; EMPRAPA e Bahiater/SUAF/SDR Tratamento diferenciado para o bom pagador MI está em negociação com o BNB para solução dos Linha de crédito especial para a ovinocaprinocultura problemas citados. Essa é FINANCIA- (prazos, carência, juros, etc.) MENTO uma demanda comum dos Financiamento Garantia de custeio para o cliente com projeto de in- polos de caprinocultura do Crédito bancário vestimento nordeste. MI, EMBRAPA, assistido e Maior agilidade na contratação e liberação de recursos UNIRIO programas de Criação de um núcleo de assistência técnica e elabora- fomento ção de projetos de financiamento (disponibilização de ABM Projetos técnico especializado) Resultados das Oficinas de Integração 109 110 BASES para o Plano Nacional de Desenvolvimento da ROTA DO CORDEIRO Araioses PI PI MagalhãesAlmeida de . Tutóia SãoBernardo PI PI PaulinoNeves Brejo Milagresdo Maranhão Buriti SantaQuitéria doMaranhão MA MA Urbano Santos Chapadinha Área de Abrangência do Polo Baixo Parnaíba - MA Quilômetros SãoBenedito doRio Preto Vargem GrandeVargem 0,2 Fonte: MI/SDR 0 0,4 0,8 PresidenteVargas POLO BAIXO PARNAÍBA

O Polo abrange 14 (quatorze) municípios: Araioses, Brejo, Buriti, Chapadinha, Magalhães de Almeida, Visão de Futuro Santa Quitéria do Maranhão, Milagres do Maranhão, Ser referência em produtividade na Vargem Grande, Urbano Santos, São Benedito do Rio ovinocaprinocultura gerando produ- Preto, Presidente Vargas, São Bernardo, Tutóia e Pau- lino Neves. tos com alto padrão de qualidade e sustentabilidade. A região do Polo Baixo Parnaíba apresenta oportuni- dades em termos de rebanho, solos e água para o cres- cimento da ovinocultura e caprinocultura.

Já existe um comitê gestor estruturado na região, com- posto por representantes de associações de produtores e de entidades governamentais e não governamentais ligadas ao setor.

Gráfico 20.Evolução dos rebanhos do Polo Baixo Paranaíba

Fonte: IBGE, Pesquisa Agropecuária 2016. Dados elaborados por ERConsult Ltda. 112 BASES para o Plano Nacional de Desenvolvimento da ROTA DO CORDEIRO

Matriz SWOT

FORÇAS FRAQUEZAS . Presença da UFMA (alimentação animal/ pesquisa em . Falta de assistência técnica e extensão rural contínua e alimentação); especializada; . Presença da AGERP (ATER e pesquisa); . Má gestão da propriedade; . Presença da AGED (sanidade animal); . Predominância do sistema extensivo na região; . Presença do SEBRAE (capacitação); . Falta de acesso a políticas públicas municipais e estaduais; . Presença de Instituições Financeiras com crédito acessível . Dificuldade de acesso a água (ausência de sistemas de re- (BNB, BB e CAIXA); servas de água); . Espécies nativas que podem ser usadas como fontes alter- . Resistência as mudanças (questões culturais); nativas de alimento; . Manejo sanitário inadequado (controle da verminose); . Disponibilidade de água; . Burocracia no acesso ao crédito; . Proximidade ao grande mercado consumidor; . Ausência do SIM (Sistema Inspeção Municipal); . Proximidade com as fontes de proteínas e carboidratos (o . Ausência da conservação de forragem – manejo nutricional estado é produtor de soja e milho); (feno/silagem); . Aptidão para a atividade (a região tem tradição na criação . Ausência de parcerias entre as instituições; de caprino/ovino); . Falta de comprometimento do produtor rural; . Grande quantidade de pequenos produtores com interesse . Falta do espírito de cooperação entre os produtores – ex.: na atividade; compra de ração (compra conjunta); . Presença do Grupo GBOI na região (frigorífico de grande . Falta de mão de obra qualificada; porte – 150 km de distância); . Falta de profissionalização. . Existência de feiras locais e regionais; . Existência de uma agroindústria do leite no território. OPORTUNIDADES AMEAÇAS . Parceria com a EMBRAPA (pesquisa); . Falta de segurança no campo (ameaça); . Mercado consumidor crescente; . Fatores climáticos; . Parcerias com instituições que atuam no território . Ausência de estradas de qualidade; (AGERP, EMBRAPA, SECRETARIAS, SEBRAE, BAN- . Presença de predadores e ladrões de animais; COS; UFMA, ONGS, STTR); . Energia elétrica deficiente (monofásica); . Acesso a políticas públicas (do Governo Federal, Estadual . Fatores burocráticos para exportação; e Municipal – PAA, PNAE, PRONAF, Garantia Safra, . Entrada de animais sem procedência na região (animais Segunda Água, Cisternão); sem rastreabilidade). . Parcerias Intermunicipais (Secretarias, Prefeituras e enti- dades); . Projeto rota do cordeiro; . Projeto cadeias produtivas do governo estadual. Resultados das Oficinas de Integração 113

Carteira de Projeto

EIXO COMPONENTE ESCOPO DO PROJETO PARTES INTERESSADAS Implantação e distribuição de suporte forrageiro (pasto UFMA, AGERP, Sec. de Agricultura, nativo – banco de proteínas, conservação de forrageiras SENAR, FAPEMA Alimentação – pasto cultivado) Organização coletiva dos produtores para compra de Associação dos produtores e Comitê INSUMOS E insumos Gestor PRODUÇÃO Melhoria no cadastro dos produtores e do plantel na AGED e Associação dos produtores Melhoria nas Saúde animal AGED técnicas de pro- Implementar um programa de controle sanitário UFMA, AGED, UEMA dução das unida- Melhoramento Implementar um programa de melhoramento genético AGED, Associação dos produtores des familiares genético do rebanho rurais e UEMA AGERP, Associação dos produtores Melhoria da assistência técnica multidisciplinar de ATER rurais, Secretarias de Agricultura maneira contínua e especializada Municipal e Estadual BENEFICIA- MENTO E AGREGAÇÃO DE VALOR Adequação do matadouro e/ou construção de mata- AGERP, Associação de produtores Abate certificado Estruturação de douro específico para caprinos e ovinos rurais, Secretarias de Agricultura unidades coleti- vas de beneficia- mento Organização para Criar Associação/Cooperativa para o território (uni- Associação dos produtores, AGERP, comercialização ficar toda região) FETAEMA, SEBRAE COMERCIALI- Associação dos produtores, AGERP, Estabelecer uma feira regional para o desenvolvimento ZAÇÃO Feiras e mercados Secretaria de Agricultura e SEBRAE, do polo Baixo do Parnaíba STTR Fortalecimento de redes e canais Gastronomia e Promover na região o produto "Bode no leite de coco Associação dos produtores, AGERP, de comercializa- comercialização babaçu" Secretaria de Agricultura e SEBRAE ção e desenvolvi- mento de sinais Estabelecer formas de comercialização junto a abate- Associação dos produtores, AGERP, distintivos Centrais de douros e mercados municipais Secretaria de Agricultura e SEBRAE comercialização Divulgação através de propaganda dos produtos da Associação dos produtores do polo região Infraestrutura Armazenamento de água (cisternas, açudes, barragens, Comitê da Bacia do Rio Munim, hídrica poço semi artesiano até 60 metros) AGERP e SAF

Associação dos Produtores e Comitê Ampliação da rede elétrica de monofásica para trifásica Gestor Energia elétrica Energia renovável (energia solar e energia eólica nas Associação dos Produtores e Comitê áreas litorâneas) Gestor Ampliação e melhoria da telefonia rural (celular com Secretaria de Agricultura Municipais Telecomunicações antena) Ampliação e melhoria de acesso a Internet nas áreas Secretaria de Agricultura Municipais INFRAESTRU- rurais TURA Esclarecer e cadastrar os produtores no CAR – Cadas- Comitê Gestor e AGERP e Secretarias tro Ambiental Rural Municipais de Meio Ambiente Serviços públicos para o desenvol- Os Municípios devem cumprir a Política Nacional Associação dos Produtores e Comitê vimento terri- dos Resíduos Sólidos (PNRS) e acabar com os lixões Gestor, Secretaria de Meio Ambiente torial Meio ambiente Descarte ambientalmente correto do lixo rural (coleta Associação dos Produtores e Comitê de embalagens de produtos químicos) Gestor, Secretaria de Meio Ambiente Comitê Gestor, Secretaria de Meio Recuperação de mananciais (matas ciliares) Ambiente, Comitê Gestor da Bacia do Rio Munim, UFMA Aderir ao Programa ABC (agricultura de baixo car- Associação dos Produtores e Comitê bono) Gestor e STTR Estradas e Construir e reformar estradas vicinais e pontes para Governo do Estado (AGERP), Mu- pavimentação acesso e escoamento da produção nicípios, Secretarias de Agricultura 114 BASES para o Plano Nacional de Desenvolvimento da ROTA DO CORDEIRO

EIXO COMPONENTE ESCOPO DO PROJETO PARTES INTERESSADAS Realização de capacitações para o fortalecimento das SEBRAE, SENAR, Codevasf, UFMA associações/cooperativas e AGERP Associativismo e SEBRAE, SENAR, UFMA, AGERP Buscar o fortalecimento das associações/cooperativas cooperativismo e Sindicato/FETAEMA Realizar o diagnóstico da situação das associações/ UFMA, AGERP e Sindicato / FE- cooperativas TAEMA CAPITAL Elaborar um Plano de Negócios para a cadeia pro- BNB, BB, SEBRAE, UFMA, AGERP Plano de negócios SOCIAL dutiva e CEF Gestão da Capacitação em gestão de propriedades rurais (agri- SEBRAE, Sindicatos em geral/FETA- Fortalecimento propriedade cultores e técnicos) EMA, AGERP de redes e capaci- Governança do polo Comitê Gestor tação de equipes Criação do Comitê locais de apoio e do território técnico Formação e compac- Criar e estruturar um núcleo de capacitação para os Embrapa, UFMA, SEBRAE, AGERP, tação local atores envolvidos na cadeia produtiva Sindicato Fortalecer a cadeia produtiva do ovinocaprino através da liberação do fomento pelo governo do estado a SAGRIMA, SAF, Secretarias de Agri- agricultores que servirão como unidades de referências cultura, ITERMA, INCRA Políticas públicas para os demais produtores ITERMA, INCRA, AGERP, Sindi- Regularização fundiária do território catos/FETAEMA FINANCIA- MENTO Financiamento Divulgar as linhas de crédito aos agricultores, das Associação dos Criadores, BNB, Crédito assistido bancário agências presentes na regional AGERP, Sindicatos/FETAEMA e programas de fomento CONSIDERAÇÕES FINAIS

A partir dos resultados das oficinas de planejamento apresentados nesta publicação, os comitês gestores dos polos da Rota do Cordeiro devem se reunir para discutir os próximos passos para viabilização dos projetos identificados.

Sugere-se que os comitês gestores priorizem as iniciativas mais relevantes para o desenvolvimento dos escopos identificados nas oficinas em projetos técnicos especí- ficos, de modo a permitir o seu encaminhamento e viabilização junto às instituições responsáveis (patrocinadores).

A elaboração técnica e a mobilização política necessária para a viabilização dos projetos deverá ser liderada por suas partes interessadas, conforme registrado nas carteiras de projetos. A equipe técnica do MI está mobilizada para a orientação dos comitês gestores, a partir da plataforma integra (http://integra.mi.gov.br/) além de outras ferramentas de comunicação como o e-mail institucional rotadocordeiro@ integracao.gov.br.

A evolução da mobilização e a obtenção de resultados concretos levará ao reconhe- cimento dos polos da Rota do Cordeiro como APLs (Arranjos Produtivos Locais). Este reconhecimento faculta o acesso a linhas de financiamento no Brasil, como também de recursos de cooperação internacional.

Além do crédito qualificado e financiamento de projetos, o MI deverá apoiar os polos na elaboração de projetos para emendas parlamentares e outras alternativas de financiamento, inclusive parcerias público-privadas. A parceria com a Frente Ovino facilita a qualificação de emendas e projetos estratégicos para a cadeia produtiva da ovinocultura e da caprinocultura.

O presente documento de Bases deve ser aprofundado no sentido da construção do Plano Nacional da Rota do Cordeiro, que deverá definir a estratégia para os diversos atores da cadeia produtiva, além das responsabilidades e recursos neces- sários para o desenvolvimento e o aproveitamento pleno desta promissora cadeia produtiva em todo o território nacional.

Boa sorte e bom trabalho!

Coordenação-Geral de Desenvolvimento Regional Departamento de Gestão de Programas de Desenvolvimento Regional Secretaria de Desenvolvimento Regional Ministério da Integração Nacional

Execução Realização