PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO E GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS DE BOSSOROCA-RS

VOLUME 1

DIAGNÓSTICO DO SANEAMENTO BÁSICO E GESTÃOINTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS

ESTADO DO PREFEITURA MUNICIPAL DE BOSSOROCA PALÁCIO MUNICIPAL “JOÃO CÂNDIDO DUTRA” SECRETARIA MUNICIPAL DE OBRAS E TRÂNSITO

ÍNDICE

1. APRESENTAÇÃO...... 06 1.1. Objeto...... 09 2. IDENTIFICAÇÃO DOS AGENTES ENVOLVIDOS...... 09 2.1. Comitê Administrativo...... 10 2.2. Comitê Executivo...... 10 2.3. Elaboração...... 10 3. DEFINIÇÃO DA UNIDADE DE PLANEJAMENTO...... 11 4. CARACTERIZAÇÃO GERAL DO MUNICÍPIO...... 12 4.1. Introdução...... 12 4.2. Histórico e Localização...... 12 4.3. Acessos...... 13 4.4. Dados Gerais...... 14 4.5. Evolução Populacional...... 16 4.6. Dados Censitários...... 17 5. ASPECTOS ECONÔMICOS...... 18 5.1. Produção Agrícola...... 18 5.2. Cultivos Temporários...... 18 5.3. Cultivo Permanente...... 20 5.4. Produção Animal...... 21 5.4.1. Bovinocultura de Corte...... 21 5.4.2. Bovinocultura Leiteira...... 22 5.4.3. Suínos...... 22 5.4.4. Aves...... 22 5.4.5. Ovinos...... 23 5.4.6. Produção de Mel...... 23 5.5. Caracterização Ambiental...... 24 5.5.1. Climatologia...... 26

“Doe órgãos, doe sangue: Salve Vidas.” 2

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE BOSSOROCA PALÁCIO MUNICIPAL “JOÃO CÂNDIDO DUTRA” SECRETARIA MUNICIPAL DE OBRAS E TRÂNSITO

5.5.2. Geologia...... 27 5.5.3. Solo...... 28 5.5.4. Relevo...... 29 5.5.5. Recursos Hídricos...... 30 5.5.5.1. Recursos Hídricos Superficiais (Aspectos Locais)...... 31 5.5.5.2. Recursos Hídricos Subterrâneos...... 31 5.5.5.3. Qualidade das Águas Superficiais...... 33 5.5.6. Vegetação...... 37 5.5.7. Fauna...... 38 5.6. Indicadores Sociais...... 38 5.6.1. Produto Interno Bruto (PIB)...... 39 5.6.2. Índice de Desenvolvimento Humano (IDH)...... 39 5.6.3. Índice de Desenvolvimento Socioeconômico (IDESE)...... 40 5.6.4. Mapa de Pobreza e Desigualdade...... 41 5.6.5. Saúde...... 42 5.6.6. Educação...... 43 6. INFRAESTRUTURA EXISTENTE...... 47 7. SANEAMENTO BÁSICO...... 47 8. HORIZONTE DO PLANO DE SANEAMENTO...... 48 9. DIAGNÓSTICO DO ABASTECIMENTO DE ÁGUA...... 49 9.1. Diagnóstico do Sistema Implantado...... 50 9.1.1. Sistema Existente...... 50 9.1.2.Qualidade da Água Distribuída...... 53 9.1.3. Aspectos relacionados à problemática do abastecimento de água potável...... 55 9.1.4. Estudos Existentes...... 56 9.1.5. Informações Operacionais...... 56 10. SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO...... 57 10.1. Sistema Existente...... 57

“Doe órgãos, doe sangue: Salve Vidas.” 3

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE BOSSOROCA PALÁCIO MUNICIPAL “JOÃO CÂNDIDO DUTRA” SECRETARIA MUNICIPAL DE OBRAS E TRÂNSITO

10.2. Estudo das Contribuições...... 58 10.3. Bacias de Esgotamento...... 58 11. DIAGNÓSTICO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS...... 59 11.1. Introdução...... 59 11.2. Demanda atendida no Município...... 60 11.3. Sistema de coleta dos Resíduos...... 60 11.3.1. Resíduos Domésticos...... 60 11.3.2. Resíduos de Poda...... 61 11.3.3. Resíduos da Construção Civil...... 61 11.3.4. Resíduos das atividades agrícolas e de pecuária...... 61 11.3.5. Resíduos oriundos da criação de suínos...... 61 11.3.6. Gordura animal e vegetal...... 61 11.3.7. Agrotóxicos...... 61 11.3.8. Resíduos de incineração, químicos, aerossóis, inertes e mecânicos...... 62 11.3.9. Resíduos de serviço de Saúde...... 62 11.3.10. Resíduos Especiais (eletrônicos, pilhas, lâmpadas fluorescentes)...... 62 11.3.11. Resíduos Industriais...... 62 11.4. Calendário de coleta dos RSU no Município...... 62 11.5. Coleta Seletiva...... 63 11.6. Características dos equipamentos de transporte...... 63 11.7. Informações sobre os resíduos e técnicas de disposição...... 63 11.7.1. Origem e caracterização qualitativa e quantitativa (diária e mensal) dos resíduos...... 63 11.7.2. Frequência de recebimento no aterro...... 64 11.7.3. Tipos de acondicionamento...... 64 11.7.4. Métodos de disposição final...... 64 12. DRENAGEM E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS...... 65 12.1. Aspectos relacionados à problemática da drenagem e o manejo de águas pluviais...... 65

“Doe órgãos, doe sangue: Salve Vidas.” 4

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE BOSSOROCA PALÁCIO MUNICIPAL “JOÃO CÂNDIDO DUTRA” SECRETARIA MUNICIPAL DE OBRAS E TRÂNSITO

12.2. Caracterização pluviométrica...... 65 12.3. Rede de drenagem pluvial existente...... 65 12.3.1. Micro Drenagem...... 66 12.3.2. Macro Drenagem...... 70 12.4. Problemas de Inundações...... 70 12.5. Habitações em área de risco...... 72 12.6. Poluição dos recursos hídricos...... 72 13. PROGRAMAS, PROJETOS, AÇÕES E METAS PARA UNIVERSALIZAÇÃO...... 74 13.1. ÁGUA POTÁVEL...... 74 13.2. ESGOTAMENTO SANITÁRIO...... 74 13.3. RESÍDUOS SÓLIDOS...... 75 13.4. ÁGUAS PLUVIAIS...... 77 14. SITUAÇÃO DA SAÚDE...... 78 14.1. Mortalidade por doenças infecciosas ou parasitárias...... 78 14.2. Programa saúde na família...... 78 15. AÇÕES DE EMERGÊNCIA E CONTINGÊNCIA...... 80 16. MECANISMOS PARA AVALIAÇÃO DA EFICIÊNCIA E EFICÁCIA DAS AÇÕES DO PMSB...... 80 17. COMUNICAÇÃO SOCIAL...... 81 Anexos...... 84 18. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...... 92

“Doe órgãos, doe sangue: Salve Vidas.” 5

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE BOSSOROCA PALÁCIO MUNICIPAL “JOÃO CÂNDIDO DUTRA” SECRETARIA MUNICIPAL DE OBRAS E TRÂNSITO

1. APRESENTAÇÃO

Desde os primórdios do século XX, saneamento básico tem sido entendido no Brasil como abastecimento de água e esgotamento sanitário, com os operadores criados para atender essas finalidades. Recentemente, a Lei nº 11.445/2007, definiu em seu artigo 2º que um dos princípios fundamentais nos quais se fundamentam os serviços públicos de saneamento básico é o abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos. No desenvolvimento da cidade, a procura pelo local saudável é o início de um processo. Assim, em termos de planejamento, faz-se necessário identificar e compreender as relações entre os sistemas de saneamento e a cidade, tanto em seus aspectos físicos, ambientais e de ocupação do solo quanto em seus aspectos técnicos. Portanto, no desenvolvimento da cidade, a procura pelo local saudável deve também ser parte da cultura do planejamento. O planejamento dos serviços de saneamento tem por finalidade a valorização, a proteção e a gestão equilibrada dos recursos ambientais municipais, assegurando a sua harmonização com o desenvolvimento local e setorial através da economia do seu emprego e racionalização dos seus usos. O Município de Bossoroca, localizado no Estado do Rio Grande do Sul, com população de 6.884 habitantes (IBGE, 2010), com o objetivo de melhorar as condições sanitárias e, principalmente, à decisão política da Prefeitura Municipal de Bossoroca ampliar o acesso e melhorar a qualidade dos serviços de saneamento ambiental, motivaram o Serviço de Saneamento Básico, e outros órgãos governamentais, além da população do município, a dar início a um processo de discussão, de forma organizada, participativa e democrática, para formular e implementar uma política de saneamento ambiental para o município. O conjunto de ações técnicas e socioeconômicas, entendidas fundamentalmente como de saúde pública, tendo por objetivo alcançar níveis crescentes de salubridade ambiental, compreende o abastecimento de água

“Doe órgãos, doe sangue: Salve Vidas.” 6

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE BOSSOROCA PALÁCIO MUNICIPAL “JOÃO CÂNDIDO DUTRA” SECRETARIA MUNICIPAL DE OBRAS E TRÂNSITO em condições adequadas; a coleta, o tratamento e a disposição apropriada dos esgotos, resíduos sólidos e emissões gasosas; a drenagem urbana das águas pluviais e o controle ambiental de vetores e reservatórios de doenças, com a finalidade de promover e melhorar as condições de vida urbana e rural, tudo isso é escopo do saneamento ambiental. O conceito de desenvolvimento sustentável integra a dimensão ambiental ao desenvolvimento socioeconômico, neste final de século como expressão contemporânea da noção de progresso. A busca de soluções para os problemas ambientais tornou-se uma prioridade no Brasil e no mundo. Organismos financeiros internacionais consideram a atenção para com o meio ambiente, um critério básico na implementação de seus programas. Investir no saneamento do município melhora a qualidade de vida da população, bem como a proteção ao meio ambiente urbano. Combinado com políticas de saúde e habitação, o saneamento ambiental diminui a incidência de doenças e internações hospitalares. Por evitar comprometer os recursos hídricos disponíveis na região, o saneamento ambiental garante o abastecimento e a qualidade da água. Conduzido pela administração pública municipal, o saneamento ambiental é uma excelente oportunidade para desenvolver instrumentos de educação sanitária e ambiental, o que aumenta sua eficácia e eficiência. Por meio da participação popular ampliam-se os mecanismos de controle externo da administração pública, concorrendo também para a garantia da continuidade na prestação dos serviços e para o exercício da cidadania. Defende-se o emprego do termo saneamento básico para denominar a intervenção nos fatores que têm uma relação mais intensa com a vida cotidiana das pessoas e a busca pela salubridade ambiental, que envolve os sistemas e serviços para o abastecimento de água, o esgotamento sanitário, a limpeza pública ou manejo dos resíduos sólidos e o manejo de águas pluviais. Imprescindível, neste processo, é a estruturação de políticas municipais de meio ambiente, para que os governos locais encontrem, em conjunto com a comunidade, caminhos saudáveis para seu crescimento,

“Doe órgãos, doe sangue: Salve Vidas.” 7

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE BOSSOROCA PALÁCIO MUNICIPAL “JOÃO CÂNDIDO DUTRA” SECRETARIA MUNICIPAL DE OBRAS E TRÂNSITO superando o discurso tradicional de progresso a qualquer preço, questionando o desperdício e estabelecendo relação equilibrada com o meio ambiente. É no município que vêm se manifestar os grandes problemas ambientais, agravados pelo ritmo da urbanização. No nível da administração local, a participação popular e a tão necessária democratização são efetivamente possíveis, ou podem progredir com rapidez. É necessário assumir a urgência da ação. Ação que demanda criatividade, decisão política e ampliação dos mecanismos de participação da comunidade para atender às suas necessidades básicas, proteger os recursos naturais e incluir considerações ambientais nas decisões relativas ao desenvolvimento municipal. Adotar um novo posicionamento frente à questão exige passar de uma abordagem pontual para uma abordagem sistêmica, baseada em ações integradas e participação comunitária. Sob o ponto de vista da sustentabilidade, ao planejar o desenvolvimento em seu território, os municípios devem considerar simultaneamente cinco aspectos: - Social - entendido como o processo de desenvolvimento voltado para uma nova concepção de crescimento, com melhor distribuição de renda; - Econômico - representado pela alocação e gestão mais eficientes dos recursos públicos; - Ambiental - adequada utilização dos recursos naturais, que tem por base a redução do volume de resíduos e dos níveis de poluição, a pesquisa e implantação de tecnologias de produção limpas e a definição das regras para proteção ambiental; - Espacial - significando equilibrar as relações entre os espaços rurais e urbanos através de uma melhor distribuição de uso do solo, evitando a concentração espacial das atividades econômicas e a destruição de ecossistemas; - Cultural - com vistas ao respeito às tradições culturais da população urbana e rural, valorizando cada espaço e cada cultura. Cada município é um espaço territorial único, resultante das inter-relações e conflitos entre as forças

“Doe órgãos, doe sangue: Salve Vidas.” 8

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE BOSSOROCA PALÁCIO MUNICIPAL “JOÃO CÂNDIDO DUTRA” SECRETARIA MUNICIPAL DE OBRAS E TRÂNSITO sociais que ali atuam. A política ambiental voltada para o desenvolvimento sustentável deve considerar a diversidade dos quadros natural, cultural, sócio- político e histórico de cada município.

1.1. OBJETO Este relatório apresenta o PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO, cuja elaboração teve por base as diretrizes da Lei Federal n.º11.445/07, na persecução das soluções para os problemas encontrados na prestação dos serviços públicos de saneamento básico, e o PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS , cuja elaboração teve por base as diretrizes da Lei Federal 12.305/10, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos. Para efeitos da Lei Federal n.º11.445/07, considerou-se o SANEAMENTO BÁSICO , como um conjunto de serviços, infra-estrutura e instalações operacionais de: • Abastecimento de Água Potável; • Esgotamento Sanitário; • Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos; • Drenagem e Manejo das Águas Pluviais Urbanas; • Controle de Vetores. Portanto, este relatório também cumpre os efeitos de PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO E GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS para as finalidades previstas no citado diploma federal. O presente PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO E GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS obedecem às prescrições das Leis Federais n.º11.445/07 e nº12.305/10.

2. IDENTIFICAÇÃO DOS AGENTES ENVOLVIDOS

Na etapa de coordenação, participação social e comunicação, foi constituído um comitê, com o objetivo de organizar as etapas e atividades

“Doe órgãos, doe sangue: Salve Vidas.” 9

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE BOSSOROCA PALÁCIO MUNICIPAL “JOÃO CÂNDIDO DUTRA” SECRETARIA MUNICIPAL DE OBRAS E TRÂNSITO preparatórias para a elaboração do PMSB e PMGRS, bem como a organização administrativa do processo, instituição do processo de participação social e de comunicação social, formulação preliminar dos princípios, diretrizes e objetivos, para a busca das informações e formulação da proposta do Plano Municipal de Saneamento Básico do Município de Bossoroca. Os agentes envolvidos são:

2.1. Comitê Administrativo: Constituído conforme Portaria 307, de 05 de Junho de 2012. • Secretaria Municipal da Administração – Carlos Alberto da Costa Oliveira • Secretaria Municipal da Fazenda – Mário Brombila Nunes • Secretaria Municipal de Obras e Trânsito – Antônio Luiz Vernier Kohler • Secretaria Municipal da Saúde e Ação Social – Júlio César Ávila Machado • Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente – João Alberto Ourique do Nascimento • Secretaria Municipal de Turismo e Desenvolvimento Econômico – Alberto Lubas Espíndola

2.2. Comitê Executivo: Constituído conforme Portaria 369, de 05 de Junho de 2012. • Luiz Hevando Rocha Medeiros • Liliana Carloto Urach • Jeferson Antônio Gatto • Velucino da Silva Pereira • Taíssa Pisoni • Terezinha das Graças Cogo Lançanova

2.3. Elaboração e colaboração: “Doe órgãos, doe sangue: Salve Vidas.” 10

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE BOSSOROCA PALÁCIO MUNICIPAL “JOÃO CÂNDIDO DUTRA” SECRETARIA MUNICIPAL DE OBRAS E TRÂNSITO

• Alessandra Driwin • Talita Siqueira da Luz • Priscila Bicca Urach

3. DEFINIÇÃO DA UNIDADE DE PLANEJAMENTO

A área de abrangência do diagnóstico que contempla a organização do Plano Municipal de Saneamento Básico do Município de Bossoroca engloba todo território urbano e rural do Município. O território do Município é constituído de área total de 1.610,573 km², população de 6.884 habitantes destes 3.682 residentes na área urbana e 3.202 habitantes residentes na área rural com uma taxa de urbanização de 53,5%. A seguir, a imagem 1 mostra a área de abrangência do Plano Municipal de Saneamento Básico.

Imagem 1: Área do município de Bossoroca.

Fonte: IBGE.

“Doe órgãos, doe sangue: Salve Vidas.” 11

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE BOSSOROCA PALÁCIO MUNICIPAL “JOÃO CÂNDIDO DUTRA” SECRETARIA MUNICIPAL DE OBRAS E TRÂNSITO

4. CARACTERIZAÇÃO GERAL DO MUNICÍPIO

4.1. Introdução Este capítulo busca caracterizar o município de Bossoroca discorrendo um pouco sobre sua história e apresentando aspectos físicos, econômicos e sociais.

4.2. Histórico e Localização O Município de Bossoroca, que está localizado nas Missões, na Região Noroeste do estado do Rio Grande do Sul, ocupa uma área de 1.610,573 km², sendo sua altitude de, aproximadamente, 228 m acima do nível do mar. A população do município é de 6.884 habitantes segundo o Censo IBGE/2010.

Imagem 2: Localização do município de Bossoroca no Estado do Rio Grande do Sul.

Fonte: INCRA, 2009, p. 3.

As principais atividades produtivas do município são: a agricultura, predominando as culturas de soja, trigo, milho, mandioca e arroz irrigado, e a “Doe órgãos, doe sangue: Salve Vidas.” 12

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE BOSSOROCA PALÁCIO MUNICIPAL “JOÃO CÂNDIDO DUTRA” SECRETARIA MUNICIPAL DE OBRAS E TRÂNSITO pecuária, prevalecendo as criações de gado bovino de corte, bovino de leite, piscicultura e ovinocultura. O município de Bossoroca foi criado no dia 12 de outubro do ano de 1965, sendo que, anteriormente, seu território era distrito do município de São Luiz Gonzaga. O nome “Bossoroca” foi atribuído pelos tropeiros, carreteiros, mascates, vendedores e outros que passavam pelo território que hoje corresponde ao município de Bossoroca. Eles sesteavam ou pernoitavam em um local que oferecia condições para um bom descanso, pois possuía sombra, água límpida e farta, que nascia dentro de uma barroca. A essa barroca deram o nome de “Boçoroca”, variante do vocábulo Guarani Iby-soroc , que corresponde a barrocão, sanga funda. Este fenômeno é muito comum no município e ocorre devido aos efeitos das águas em terrenos arenosos. Dessa forma, originou-se o nome Boçoroca, cuja grafia atual é Bossoroca. Bossoroca ganhou destaque pela sua tranquilidade e projeção no contexto político-cultural do Rio Grande do Sul, que vem desde a sua criação, quando ainda distrito de São Luiz Gonzaga. Sua história tem inicio com os primeiros habitantes, os índios Guaranis, quando esta região encontrava-se sob o domínio Espanhol. Em maio de 1810, ocorreu à independência das províncias e, em 1816, este território foi dividido em sete freguesias, os sete povos. Bossoroca passa a pertencer á freguesia de São Borja. No ano de 1823 chega neste município, um dos primeiros povoadores, Jose Fabrício da Silva que tomou de uma área, hoje conhecida por . Em meio a este passado, Bossoroca alcançou invejável destaque pela sua representatividade política e cultural, sendo berço de filhos ilustres como os imortais Noel Guarany e Jaime Caetano Braum.

4.3. Acessos O município de Bossoroca localiza-se na mesorregião Noroeste Rio- grandense, na microrregião de Santo Ângelo e dista 506km de .

“Doe órgãos, doe sangue: Salve Vidas.” 13

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE BOSSOROCA PALÁCIO MUNICIPAL “JOÃO CÂNDIDO DUTRA” SECRETARIA MUNICIPAL DE OBRAS E TRÂNSITO

Limita ao norte com São Luiz Gonzaga, ao leste com São Miguel das Missões e Capão do Cipó, ao sul com Santiago, ao sudoeste com e ao noroeste com Santo Antônio das Missões. Pertence ao Corede Missões e enquadra-se na divisão fisiográfica do Estado na região Missões. O acesso ao município se dá pela BR 392, pela BR 285 e pela RS 168, conforme imagem 3.

Imagem 3: Imagem dos acessos à Bossoroca.

Fonte: Google Mapas.

4.4. Dados Gerais Formação Administrativa Distrito criado com a denominação de Bossoroca, pela lei municipal n.º 123, de 16-08-1952, subordinado ao município de São Luiz Gonzaga. Em divisão territorial datada de 1-07-1955, o distrito de Bossoroca permanece no município de São Luiz Gonzaga. Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1-07-1960. Elevado à categoria de município com a denominação de Bossoroca, pela lei estadual n.º 5058, de 12-10-1965, desmembrado de São Luiz Gonzaga. Sede no antigo distrito de Bossoroca. Constituído do distrito sede. Instalado em

“Doe órgãos, doe sangue: Salve Vidas.” 14

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE BOSSOROCA PALÁCIO MUNICIPAL “JOÃO CÂNDIDO DUTRA” SECRETARIA MUNICIPAL DE OBRAS E TRÂNSITO

04-03-1967. Pelo ato adicional n.º 8, de 29-03-1966, é criado o distrito de Timbaúva e anexado ao município de Bossoroca. Pelo decreto-lei n.º 9, de 10- 03-1967, é criado o distrito de Ivaí e anexado ao município de Bossoroca. Em divisão territorial datada de 1-01-1979, o município é constituído de 3 distritos: Bossoroca, Ivaí e Timbaúva. Pela lei municipal n.º 533, de 16-11-1984, é criado o distrito de Esquina ex-localidade e anexado ao município de Bossoroca. Em divisão territorial datada de 2001, o município é constituído de 4 distritos: Bossoroca, Esquina Piratini, Ivaí e Timbaúva. Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007.

• Área em km²: 1.610,57

• Altitude (metros): 228

• Latitude: -28º 43’ 48”

• Longitude: -54º 54’ 01”

• Distância de Porto Alegre: 506 km

• Vias de Acesso: BR 392, BR285 e RS168

• Clima: Subtropical

• Conselho Regional de Desenvolvimento (Corede): Missões

• Microrregião do IBGE: Santo Ângelo

• Mesorregião do IBGE: Noroeste Rio-Grandense

• Taxa de urbanização do Município/2006: 88,05079953

• Taxa de urbanização do Estado/2006: 84,9

Conforme dados fornecidos pelo IBGE (2010), a Densidade Demográfica é de 4,27 hab/km². A taxa de analfabetismo de pessoas com 15 anos ou mais é de 7,96% e a expectativa de vida ao nascer é de 75,18 anos (FEE, 2000). O PIB per capita é de R$ 20.475,l92 (IBGE 2010). O IDH no município é de 0,821 “Doe órgãos, doe sangue: Salve Vidas.” 15

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE BOSSOROCA PALÁCIO MUNICIPAL “JOÃO CÂNDIDO DUTRA” SECRETARIA MUNICIPAL DE OBRAS E TRÂNSITO

(PNUD, 2000). Bossoroca possui área territorial de 1610,57 Km² (Plano Diretor).

4.5. Evolução Populacional Os dados preliminares da Contagem Populacional de 2007 indicam que no município de Bossoroca eram 7.652 os habitantes. O Censo Populacional de 2000 contabilizou 7.757 habitantes no município. No período entre o Censo de 2000 e a Contagem de 2007 reduziu-se o número de habitantes (redução de 1,4% ou 105 pessoas), na comparação com sua microrregião (redução de 5,6%) a diminuição no município foi menos acentuada. Na comparação do Censo de 2000 com a Contagem Populacional de 1996, 7.893 habitantes, ocorreu redução de 1,7% ou 136 habitantes. A comparação entre a Contagem da População de 1996 e o Censo Populacional de 1991 – 7.934 habitantes – mostra redução de 0,5% ou 41 habitantes. Entre o Censo de 1991 e a Contagem da População de 2007 o município de Bossoroca sofreu redução de 3,6% na sua população, a microrregião de Santo Ângelo teve maior redução da população – 7,2% (IBGE, 2008). Segundo o Censo de 2000, a população do município de Bossoroca estava majoritariamente, 51,8%, na área urbana. A microrregião de Santo Ângelo é caracterizada por uma taxa de urbanização de 68,8%. A microrregião apresenta maior população em área urbana, proporcionalmente, que o valor médio para a mesorregião Noroeste Rio- grandense (64,7%), onde está contida, porém menor que a média para o Rio Grande do Sul (81,6%). A participação da população de Bossoroca no total da sua microrregião geográfica manteve-se em queda entre os Censos de 1991 e 2000, entretanto a Contagem da População de 2007 indicou maior participação. Em 1991, Bossoroca possuía 3,73% da população de sua microrregião, a Contagem de 1996 indicou participação de 3,72% no total, em 2000 foi de 3,71% e em 2007 os dados preliminares indicam participação de 3,87% (IBGE, 2008).

“Doe órgãos, doe sangue: Salve Vidas.” 16

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE BOSSOROCA PALÁCIO MUNICIPAL “JOÃO CÂNDIDO DUTRA” SECRETARIA MUNICIPAL DE OBRAS E TRÂNSITO

Gráfico 1: Evolução Populacional do Município de Bossoroca.

Fonte: IBGE

4.6. Dados Censitários Na tabela 1, podemos ver os dados gerais do município de acordo com sua área territorial, localização e população.

Tabela 1:

Fundação: 12 de outubro de 1965

População 2010: 6.884 habitantes

Área da unidade territorial (km²): 1.610,57

Densidade Demográfica (hab/km²): 4,27

Código do município: 4302501

Gentílico: bossoroquense

Unidade federativa: Rio Grande do Sul

Mesorregião: Noroeste Rio-grandense

Microrregião: Santo Ângelo São Luiz Gonzaga, São Miguel das Missões, Capão do Municípios Limítrofes: Cipó, Santiago, Itacurubi e Santo Antônio das Missões

Distância até a capital: 506 km Taxa de analfabetismo de pessoas com 15 anos ou mais (2010): 7,96% Expectativa de Vida ao Nascer (2000): 75,18 anos Coeficiente de Mortalidade Infantil (2010): 15,15 por mil nascidos vivos Fonte: IBGE

“Doe órgãos, doe sangue: Salve Vidas.” 17

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE BOSSOROCA PALÁCIO MUNICIPAL “JOÃO CÂNDIDO DUTRA” SECRETARIA MUNICIPAL DE OBRAS E TRÂNSITO

5. ASPECTOS ECONÔMICOS

As principais atividades produtivas do município são as produções de soja, trigo, milho, arroz, bovinocultura de corte, ovinocultura, suinocultura, avicultura, bovinocultura para leite, comércio em geral e indústria.

5.1. Produção agrícola A caracterização da produção agrícola em Bossoroca foi feita com base na Pesquisa Agrícola Municipal elaborada pelo IBGE. Foram utilizados dados do período de 2002 a 2006 referentes aos cultivos temporários e permanentes (IBGE, 2008). Para manter a coerência com os relatórios passados as tabelas continuam com os dados entre os anos de 2002 a 2005, contudo, com sua divulgação, as informações relativas a 2006 foram utilizadas, por permitir a análise da produção agrícola após a estiagem dos anos de 2004 e 2005.

5.2. Cultivos temporários Bossoroca tem como principais cultivos, em quantidade produzida, milho, soja e trigo. O cultivo mais importante, em quantidade produzida, é o de soja (Tabela 2). Em 1996, foram produzidas no município 32 mil toneladas, em uma área colhida de 26 mil hectares (ha), equivalente a um rendimento médio de 1.258 kg/ha. Em 2002, o município produziu 30 mil toneladas, em uma área colhida de 28,4 mil hectares (ha), estes dois parâmetros resultam em um rendimento médio no município de 1.080 kg/ha. O ano de 2003 é marcado pela maior quantidade produzida no período estudado, 72 mil toneladas, incremento de 134% em comparação com 2002. A área colhida alcançou 30 mil hectares e o rendimento médio no município alcançou os 2.400 kg/ha, crescimento de 122% na comparação com o ano anterior. Os anos de 2004 e 2005 foram marcados por eventos climáticos que impactaram negativamente a produção, especialmente dos cultivos de verão. Portanto, justificam-se as quedas na produção em 2004 e 2005, em 2004 a redução na produção na comparação com o ano anterior foi de 78% com expansão da área colhida para 34 mil

“Doe órgãos, doe sangue: Salve Vidas.” 18

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE BOSSOROCA PALÁCIO MUNICIPAL “JOÃO CÂNDIDO DUTRA” SECRETARIA MUNICIPAL DE OBRAS E TRÂNSITO hectares. No ano seguinte, a quantidade produzida sofreu redução de 20%, alcançando 12,2 mil toneladas, a manutenção da área colhida em 34 mil hectares resultou em rendimento médio de apenas 360 kg/ha. Em 2006, a recuperação ocorreu na quantidade produzida, 25,2 mil toneladas, na área colhida 35 mil hectares e no rendimento, 720 kg/ha. A participação da produção do município na soma da microrregião de Santo Ângelo no período analisado manteve-se abaixo de 10%, foi de 7,4% em 1996, em 2003 foi de 7,5%, e, em 2006, alcançou 4,5% (IBGE, 2008). A produção de milho no período de 1996 a 2006 acompanhou os movimentos ocorridos com o cultivo de soja. No ano de 1996 a quantidade produzida foi de 5,1 mil toneladas, a área colhida, 3,6 mil hectares, resultando em produtividade média de 1.400 kg/ha. A maior produção foi maior em 2003 com quantidade produzida de 10,5 mil toneladas, área colhida de 3,5 mil hectares e rendimento médio de 3.000 kg/ha. O biênio seguinte foi marcado pela queda na produção e na área colhida, em 2005 a produção foi 75% menor que em 2003. Em 2006, a produção de milho alcançou 7,5 mil toneladas, crescimento de 180%, a área colhida foi de 2,5 mil hectares, incremento de 25%, sempre na comparação com 2005. A participação do município de Bossoroca na soma da produção da microrregião teve seu auge em 2003 com 7,5%, nos anos seguintes foi decrescente em 2006 foi de 5,3% (IBGE, 2008). O cultivo de trigo teve sua maior produção no município de Bossoroca no ano de 2003 (Tabela 2) os anos seguintes foram marcados por queda na quantidade produzida e no rendimento médio. A participação da produção realizada no município na soma da microrregião de Santo Ângelo foi decrescente no período analisado, 12,4% em 1996, 7,2% em 2003 e 3,6% em 2005 (IBGE, 2008).

“Doe órgãos, doe sangue: Salve Vidas.” 19

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE BOSSOROCA PALÁCIO MUNICIPAL “JOÃO CÂNDIDO DUTRA” SECRETARIA MUNICIPAL DE OBRAS E TRÂNSITO

Tabela 2. Quantidade produzida (t), área colhida (ha) e rendimento médio (kg/ha) dos principais cultivos temporários de 2002 a 2005, no município de Bossoroca.

Fonte: IBGE, 2008.

5.3. Cultivo permanente Os cultivos permanentes no município de Bossoroca, no período de 2002 a 2005, foram banana, caqui, erva-mate, laranja, limão, pêra, pêssego, tangerina e uva (Tabela 3) (IBGE, 2008).

Tabela 3. Quantidade produzida (t), área colhida (ha) e rendimento médio (kg/ha) de cultivos permanentes de 2002 a 2005, no município de Bossoroca.

Fonte: IBGE, 2008.

“Doe órgãos, doe sangue: Salve Vidas.” 20

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE BOSSOROCA PALÁCIO MUNICIPAL “JOÃO CÂNDIDO DUTRA” SECRETARIA MUNICIPAL DE OBRAS E TRÂNSITO

5.4. Produção animal Foram utilizados dados dos Censos Agropecuários de 1996 e 2006 e da Pesquisa Pecuária Municipal entre 2003 e 2006. Os dados existentes sobre área dos estabelecimentos rurais e a utilização de suas terras datam do Censo Agropecuário de 1996, quando o município de Bossoroca possuía 22,7% das pastagens existentes na sua microrregião, o Censo ocorrido em 2006 indicava 23%. Este aumento na participação ocorreu devido à redução das pastagens na microrregião de Santo Ângelo. O Censo de 1996 indicou, em valores absolutos (Tabela 4), os maiores efetivos de rebanhos eram: bovino (103.825); ovino (72.350); galos, frangas, frangos e pintos (20.800); galinhas (14.500); suíno (5.150) e eqüino (2.750) (IBGE, 2008).

Tabela 4: Efetivo dos principais rebanhos por tipo de rebanho no município de Bossoroca e sua participação na soma da sua microrregião.

Fonte: IBGE, 2008.

5.4.1. Bovinocultura de corte Segundo o Censo Agropecuário de 1996, as propriedades com área entre 100 e 1.000 hectares realizaram, naquele ano, 59,3% dos abates no município, as propriedades com área entre 10 e 100 hectares foram responsáveis por 29,5% dos abates. Nas propriedades com mais de 1.000 hectares realizaram-se 8,5%, e 2,7% naquelas com até 10 hectares. Na “Doe órgãos, doe sangue: Salve Vidas.” 21

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE BOSSOROCA PALÁCIO MUNICIPAL “JOÃO CÂNDIDO DUTRA” SECRETARIA MUNICIPAL DE OBRAS E TRÂNSITO comparação com os abates registrados em toda a microrregião, o município de Bossoroca foi responsável por 7,4% (IBGE, 2008).

5.4.2. Bovinocultura leiteira Segundo o Censo Agropecuário de 1996, a participação da produção leiteira do município de Bossoroca na microrregião geográfica foi de 2,8%, sendo a maior parte do leite produzido em propriedades com área entre 10 e 100 hectares (45,7%). Em 2005, segundo a Pesquisa Pecuária Municipal a participação do município foi de 3,6%. O Censo Agropecuário de 1996 indica que a produtividade média no município (3,4 litros/cabeça) foi menor que a média da microrregião (4,4 litros/cabeça) e maior que a média estadual (3,0 litros/cabeça) (IBGE, 2008).

Tabela 5: Número de vacas ordenhadas e produção de leite (mil litros) no município de Bossoroca durante os anos de 1996 e de 2002 a 2006.

Fonte: IBGE, 2008.

5.4.3. Suínos A participação de Bossoroca nos abates de suínos realizados na sua microrregião, segundo o Censo Agropecuário de 1996, foi de 4,7%. As propriedades com área entre 10 e 100 hectares foram responsáveis por 40,7% dos abates no município, aquelas entre 100 e 1.000 hectares por 36,6%, as propriedades de até 10 hectares por 18,8% e as acima de 1.000 hectares realizaram 3,9% (IBGE, 2008).

5.4.4. Aves Foram realizados em Bossoroca 4% dos abates de aves ocorridos na microrregião, segundo o Censo Agropecuário de 1996. Assim como na suinocultura concentraram-se nas propriedades com áreas entre 10 e 100 hectares, 44,3%. A participação do município na soma da produção de ovos na microrregião foi 5,4%, em 1996. A produção de 2006, 181 mil dúzias, quando “Doe órgãos, doe sangue: Salve Vidas.” 22

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE BOSSOROCA PALÁCIO MUNICIPAL “JOÃO CÂNDIDO DUTRA” SECRETARIA MUNICIPAL DE OBRAS E TRÂNSITO comparada com 1996 teve incremento de 19%, com participação de 7,3% na soma da produção da microrregião de Santo Ângelo (IBGE, 2008).

5.4.5. Ovinos O rebanho de ovinos no município diminuiu 23,1%, entre 1996 e 2006, enquanto o rebanho da microrregião sofreu redução de 31,2%. Assim, houve incremento na participação do rebanho municipal na soma da microrregião, de 36,5% em 1996 para 40,8% em 2006, durante todo o período Bossoroca possuiu o maior rebanho ovino. A produção de lã também reduziu no município (25,4%), como era de se esperar, devido à diminuição do rebanho no período. Na microrregião, a diminuição do rebanho causou redução de 31,3% na produção de lã. A Pesquisa Pecuária Municipal de 2005 apresenta produtividade média de 2,78 kg de lã por ovino em Bossoroca, de 2,66 kg/ovino na sua microrregião geográfica e média estadual de 2,68 kg/ovino (IBGE, 2008).

5.4.6. Produção de Mel A produção de mel no município sofreu redução (Tabela 6) no período, 1996 a 2006, de 50,9%, com redução da participação no total de microrregião geográfica de 4,9% em 1996 para 2,6% em 2006. A redução da produção na microrregião no período foi de 5,8% (IBGE, 2008). Cabe salientar que esta atividade econômica pode ser considerada interessante no tocante ao seu reduzido impacto sobre o ambiente, podendo, talvez, ser implantada como uma alternativa de utilização indireta de áreas de uso restrito (áreas de proteção permanente e de reserva legal).

Tabela 6: Produção de mel no município de Bossoroca e participação na sua microrregião geográfica nos anos de 1996 e de 2002 a 2006.

Fonte: IBGE, 2008.

“Doe órgãos, doe sangue: Salve Vidas.” 23

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE BOSSOROCA PALÁCIO MUNICIPAL “JOÃO CÂNDIDO DUTRA” SECRETARIA MUNICIPAL DE OBRAS E TRÂNSITO

5.5. Caracterização Ambiental De acordo com o IBGE (2004), o município de Bossoroca está inserido no Bioma Pampa (Imagem 4), que abrange os campos da metade sul e das Missões no Estado do Rio Grande do Sul, cobrindo área aproximada de 176.496 km².

Imagem 4: Mapa dos Biomas Brasileiros.

Fonte: SIG SEMA/RS – PROCERGS.

De acordo com o Mapa da Cobertura Vegetal dos Biomas Brasileiros, o município de Bossoroca está inserido na Região Fitoecológica da Savana-Estépica (Imagem 5) e os campos são do tipo Gramineo-Lenhosa. O mapeamento da vegetação brasileira foi elaborado pela primeira vez de forma contínua pelo IBGE, através do Projeto Radambrasil, numa escala correspondente a 1:5.000.000. A revisão e atualização deste mapa (IBGE, 2004), possibilitou a elaboração do mapa de cobertura vegetal dos Biomas brasileiros na mesma escala (IBGE, 2004). O mapeamento dos remanescentes da vegetação do Bioma Pampa está integrado ao Projeto Probio-MMA, que consiste em mapear a cobertura vegetal de cada bioma brasileiro: Amazônia, Mata Atlântica, Pantanal, Cerrado, e Pampa, na escala 1:250.000 (MMA, 2007).

“Doe órgãos, doe sangue: Salve Vidas.” 24

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE BOSSOROCA PALÁCIO MUNICIPAL “JOÃO CÂNDIDO DUTRA” SECRETARIA MUNICIPAL DE OBRAS E TRÂNSITO

Imagem 5: Mapa Temático da Cobertura Vegetal dos Biomas Brasileiros.

Fonte: MMA (2007).

LEGENDA: REGIÕES FITOECOLÓGICAS

“Doe órgãos, doe sangue: Salve Vidas.” 25

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE BOSSOROCA PALÁCIO MUNICIPAL “JOÃO CÂNDIDO DUTRA” SECRETARIA MUNICIPAL DE OBRAS E TRÂNSITO

É caracterizado por clima estacional com relevo geralmente aplainado ou suavemente ondulado e vegetação gramíneo-lenhosa. As paisagens campestres do Bioma Pampa estão sendo naturalmente invadidas por contingentes arbóreos, representantes da floresta Estacional Decidual e da Ombrófila Densa, notadamente na parte norte e leste, caracterizando um processo de substituição natural das estepes por formações florestais, em função da mudança climática de frio/seco para quente/úmido.

5.5.1. Climatologia O clima se refere a um conjunto de fatores e parâmetros meteorológicos, tais como: temperatura, precipitações, insolações, etc. Esses parâmetros são medidos durante um período de observação em determinadas áreas da crosta terrestre e, a partir dessas observações, são elaborados estudos a fim de classificá-las dentro de regiões climáticas. A classificação segundo Köppen ( apud MORENO, 1961) contempla três níveis de informação, como segue: (i) zona fundamental; (ii) tipo fundamental; e (iii) variedade específica. O clima na área de estudo, conforme Köppen ( apud MORENO, 1961), é caracterizado como: “Doe órgãos, doe sangue: Salve Vidas.” 26

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE BOSSOROCA PALÁCIO MUNICIPAL “JOÃO CÂNDIDO DUTRA” SECRETARIA MUNICIPAL DE OBRAS E TRÂNSITO

(i) Zona Fundamental: “C”, definida como de temperatura moderada chuvosa; (ii) Tipo Fundamental: “Cf”, definido como clima temperado úmido; e (iii) Variedade Específica: “Cfa”, definida como clima subtropical, com as quatro estações climáticas do ano bem definidas. A pluviosidade na região da área de interesse é regular, com precipitação pluviométrica anual média de 1.970 mm (EMBRAPA, 2012). A temperatura média anual é de 20ºC, a temperatura máxima absoluta do ano é de 40ºC e a mínima é de - 2ºC (negativos). A evaporação é mais acentuada nos meses de dezembro e janeiro, e, em geral, está abaixo das taxas de precipitação. Os ventos na região têm direção predominante sudeste (SE), com regime de baixas velocidades. Raras vezes são registradas velocidades superiores a 20 m/s. Embora não exista na região estação para medição, o ar é considerado de boa qualidade devido à reduzida ocorrência de queimadas e emissões atmosféricas de gases advindos, por exemplo, de automóveis e de atividades industriais.

Tabela 7: Tabela síntese das principais variáveis climáticas da região na qual está inserida a área de interesse. Subtropical, temperado úmido com temperatura moderada Clima (Classificação de Köppen) e chuvosa Precipitação Pluviométrica Anual Média 1.970 mm

Temperatura Média Anual 20ºC

Temperatura Máxima Absoluta Anual 40ºC

Temperatura Mínima Absoluta Anual -2ºC (negativos) Direção dos Ventos Sudeste (SE)

Qualidade do Ar Boa qualidade Fonte: Embrapa, 2012.

5.5.2. Geologia A região onde o Município de Bossoroca se localiza está entre as regiões geomorfológicas Planalto das Missões e Planalto da Campanha, no Domínio Morfoestrutural das Bacias e Coberturas Sedimentares. O planalto das missões se trata de uma área com altitudes entre 200 e 500 m aproximadamente, cujas cotas decrescem em direção ao Rio Uruguai. Com

“Doe órgãos, doe sangue: Salve Vidas.” 27

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE BOSSOROCA PALÁCIO MUNICIPAL “JOÃO CÂNDIDO DUTRA” SECRETARIA MUNICIPAL DE OBRAS E TRÂNSITO predomínio de colinas alongadas e pequenos desníveis entre topo e vale. Estas formas de relevo homogêneas e suaves, os solos profundos, representados por Latossolos e Terras Roxas Estruturadas, favoreceram a atividade agrícola. Nas áreas do município pertencentes à região geomorfológica Planaltos das Missões predominam colinas alongadas e pequenos desníveis entre topo e vale. O planalto da campanha tem como sua principal característica a formação de depósitos aluvionares nas planícies de inundação, terraços e depósitos da calha da rede fluvial formados por areia, cascalhos e argilas. A área do município sobre o Planalto da Campanha é classificada como Área Transicional Setentrional, onde predominam formas de relevo planares referentes às superfícies de aplanamento.

5.5.3. Solo O município de Bossoroca, segundo INCRA 2009, possui 39,76% da sua área constituída de Neossolos, 36,74% constituída em Latossolos e 23,50% em Argissolos.

“Doe órgãos, doe sangue: Salve Vidas.” 28

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE BOSSOROCA PALÁCIO MUNICIPAL “JOÃO CÂNDIDO DUTRA” SECRETARIA MUNICIPAL DE OBRAS E TRÂNSITO

Imagem 6: Grupos de solos do município de Bossoroca.

Fonte INCRA, 2009.

5.5.4. Relevo É registrado em 2009 que o relevo de Bossoroca é levemente ondulado, o que é característico da homogeneidade da Região Geomorfológica Planalto das Missões e Planalto da Campanha. As altitudes no município variam de aproximadamente 50m até cerca de 300m, com declividades pouco acentuadas em todo o município. A imagem 7 mostra a distribuição das diferentes altitudes do município e a Tabela 8 mostra o percentual da área do município ocupada por diferentes faixas de altitude. Note-se que a maior parte do município tem altitudes entre 150 e 200m somando aproximadamente 46,36% do território municipal. Sendo que as áreas mais elevadas ficam ao sudeste do município.

“Doe órgãos, doe sangue: Salve Vidas.” 29

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE BOSSOROCA PALÁCIO MUNICIPAL “JOÃO CÂNDIDO DUTRA” SECRETARIA MUNICIPAL DE OBRAS E TRÂNSITO

Imagem 7: Faixas de altitude em Bossoroca.

Fonte INCRA 2009.

Tabela 8: Área ocupada pelas diferentes faixas de altitude no município de Bossoroca. Bossoroca Faixa de Altitude Área (há) Área (%) 50 a 100 m 352,35 0,22 100 a 150 m 32.090,58 20,1 150 a 200 m 73.995,12 46,36 200 a 250 m 47.281,32 29,62 250 a 300 m 5.789,88 3,63 >300 m 114,21 0,07 Total 159.623,46 100 Fonte INCRA 2009.

5.5.5. Recursos Hídricos O sistema hídrico do município pertence à Bacia Ocidental do Estado, das vertentes para o Rio Uruguai.

“Doe órgãos, doe sangue: Salve Vidas.” 30

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE BOSSOROCA PALÁCIO MUNICIPAL “JOÃO CÂNDIDO DUTRA” SECRETARIA MUNICIPAL DE OBRAS E TRÂNSITO

Imagem 8: Bacias e sub-bacias hidrográficas do Rio Grande do Sul.

Fonte: FEE.

5.5.5.1. Recursos Hídricos Superficiais: Aspectos Locais A sub-bacia do rio Butuí/Piratinim/Icamaquã abrange 20 municípios e drena uma área de 15.666,09 km². Conta com uma população de 155.262 habitantes, incluindo o município de Bossoroca. Seus principais formadores são: rio Butuí, rio Icamaquã e rio Piratinim, afluentes diretos do rio Uruguai. A principal atividade econômica da bacia é a pecuária extensiva. Na bacia do rio Butuí, destaca-se, ainda, o plantio de arroz irrigado (extraído de www.fepam.rs.gov.br).

5.5.5.2. Recursos Hídricos Subterrâneos As águas subterrâneas da área de interesse estão armazenadas em um aquífero livre (freático) composto por material argilo siltoso de cor marrom- avermelhada e alteração de basalto cor variada a partir da superfície do terreno até, aproximadamente, 10 metros de profundidade. Este horizonte se caracteriza pela elevada porosidade, porém baixa permeabilidade.

“Doe órgãos, doe sangue: Salve Vidas.” 31

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE BOSSOROCA PALÁCIO MUNICIPAL “JOÃO CÂNDIDO DUTRA” SECRETARIA MUNICIPAL DE OBRAS E TRÂNSITO

Após atingir a rocha sã (entre 10 e 30 metros), as águas começam a circular por um meio fraturado constituído por estruturas geológicas originadas de movimentações tectônicas do embasamento rochoso da Formação Serra Geral. Este aquífero é classificado como fraturado (porosidade por fraturas) e é denominado Sistema Aquífero Serra Geral (SASG I e II), conforme MACHADO et al. , 2005. Corresponde a litologias de alta a média possibilidade de armazenamento de águas subterrâneas. Constitui-se, principalmente, de litologias basálticas, amigdalóides e fraturadas, capeadas por espesso solo avermelhado. As capacidades específicas são muito variáveis, e existem poços não produtivos próximos de outros com excelentes vazões. Predominam poços com capacidades específicas entre 1 e 4 m³/h/m e, excepcionalmente, podem ser encontrados poços com valores superiores a 4 m³/h/m. Em relação à composição química das águas do SASG I e II, destaca-se que predominam o ânion bicarbonato e cátions de cálcio e mistos (cálcio, magnésio e sódio). Existem análises onde, além do bicarbonato, predominam o sódio sobre os demais íons. De modo geral, as águas dos poços existentes na região podem ser agrupadas em bicarbonatadas cálcicas a mistas ou bicarbonatadas sódicas. As salinidades, em geral, são baixas, em média 200 mg/L (MACHADO et al ., 2005). O posicionamento do nível do lençol freático não foi detectado durante as sondagens na área de estudo até 5,0 metros de profundidade. De acordo com os dados obtidos no Sistema de Informações de Águas Subterrâneas da Companhia de Pesquisa em Recursos Minerais (CPRM), este nível varia entre 5,0 e 25,0 metros no município de Bossoroca, conforme pode ser visualizado a seguir.

Tabela 9: Dados de poços tubulares extraídos do SIAGAS da CPRM. Número de pontos UF Localidade Natureza Ne (m) Nd (m) Vazão Estabilização (m³/h) 4300001747 RS Praça Bossoroca Poço Tubular 14.43 68.24 7.41 4300001748 RS Sede Corsan Bossoroca Poço Tubular 6.44 20.71 24.75 4300001749 RS Sede Corsan Bossoroca Poço Tubular 5.05 51.84 15.56 4300001750 RS Prox. Acesso a Cidade Poço Tubular 25.32 61.01 4.44 4300001751 RS Sede Bossoroca Poço Tubular 17.02 23.44 40 4300001752 RS Sede Bossoroca Poço Tubular 9.41 31.19 52.8 4300017788 RS Piratini Rincão Sta. Maria Poço Tubular 18 20 0.5 Fonte: www.cprm.gov.br.

“Doe órgãos, doe sangue: Salve Vidas.” 32

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE BOSSOROCA PALÁCIO MUNICIPAL “JOÃO CÂNDIDO DUTRA” SECRETARIA MUNICIPAL DE OBRAS E TRÂNSITO

5.5.5.3. Qualidade das águas superficiais A qualidade da água na Região Hidrográfica do rio Uruguai pode ser considerada boa, principalmente quando comparada à realidade de outras regiões hidrográficas do país. As principais fontes de poluição na bacia apresentadas na imagem 9, são de quatro naturezas, segundo o documento Panorama Nacional da Qualidade da Água no Brasil (ANA, 2005).

• Esgotos domésticos provenientes dos centros urbanos que não dispõem de sistemas adequados de esgotamento sanitário, que se distribuem em toda a bacia;

• Efluentes industriais provenientes da região de mais elevada concentração industrial da Região Hidrográfica, onde se destaca a indústria de papel e celulose e a agroindústria de abate de suínos e aves, ambas concentradas na sub-bacia Uruguai Nacional;

• Efluentes da criação de suínos, com ocorrência restrita às áreas de criação, principalmente nas bacias Uruguai Nacional e Uruguai 1;

• Efluentes agrícolas, provenientes das lavouras irrigadas ou não, principalmente nas áreas de cultivo do arroz, na sub-bacia do rio Ibicuí.

“Doe órgãos, doe sangue: Salve Vidas.” 33

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE BOSSOROCA PALÁCIO MUNICIPAL “JOÃO CÂNDIDO DUTRA” SECRETARIA MUNICIPAL DE OBRAS E TRÂNSITO

Imagem 9: Qualidade das águas na região hidrográfica do Uruguai.

Fonte: ANA – Agência Nacional de Águas A imagem 10 apresenta as áreas mais vulneráveis e áreas de recarga dos aquíferos da Região Hidrográfica do Rio Uruguai.

Imagem 10: Áreas vulneráveis e áreas de recargas.

Fonte: ANA – Agência Nacional de Águas

“Doe órgãos, doe sangue: Salve Vidas.” 34

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE BOSSOROCA PALÁCIO MUNICIPAL “JOÃO CÂNDIDO DUTRA” SECRETARIA MUNICIPAL DE OBRAS E TRÂNSITO

O DBR-PNRH (2003) elenca os conflitos históricos na bacia, que também são referidos pela Fundação Getúlio Vargas (FGV, 1998), os quais estão esquematizados na imagem 11. Podemos citar os seguintes conflitos: • Conflitos entre a produção de arroz e o abastecimento público nos períodos de deficiência hídrica, especialmente nas unidades hidrográficas dos rios Santa Maria, Ibicuí e Quarai; • Necessidade de disciplinamento das práticas agrícolas e do emprego de técnicas sustentáveis de irrigação, bem como de construção de barragens para regularização de vazões no período de maior demanda de água (novembro a março); • Conflitos entre o abastecimento de água para a população e o lançamento de efluentes urbanos, rurais (avicultura e suinocultura), e industriais (celulose), principalmente nas unidades hidrográficas dos rios Peperi-Guaçu, Antas, Chapecó, Irani, Jacutinga, Peixe e ; • Frequentes períodos de racionamento, situação que pode ser atenuada com a regularização das vazões por barramentos e com a racionalização da demanda, especialmente em municípios nas cabeceiras do rio Uruguai; • Sistemas de tratamento de esgotos domésticos e industriais inexistentes ou inadequados, especialmente nas áreas mais urbanizadas da região; • Contaminação dos rios e aqüíferos ocasionada pela grande produção de efluentes da avicultura e suinocultura, notadamente no oeste catarinense. • Necessidade da adoção de tecnologias e práticas de manejo para tratamento e aproveitamento dos resíduos; • Ocupação desordenada de áreas sujeitas à inundação, colocando em risco a vida humana e a propriedade; • Severos problemas de erosão e degradação do solo. Necessidade de ampliação de programas de extensão rural, baseados em um zoneamento agroclimático e aplicação de melhores práticas agrícolas, para conter o avanço desses processos; “Doe órgãos, doe sangue: Salve Vidas.” 35

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE BOSSOROCA PALÁCIO MUNICIPAL “JOÃO CÂNDIDO DUTRA” SECRETARIA MUNICIPAL DE OBRAS E TRÂNSITO

• Necessidade de investimentos para programas de recuperação de áreas degradadas; • Poluição difusa nos corpos de água ocasionada pelo uso intensivo de insumos agrícolas. A partir deste contexto qualitativo e quantitativo é possível caracterizar os principais conflitos, existentes ou potenciais, quanto ao uso dos recursos hídricos na Bacia do Rio Uruguai. São eles: • Abastecimento Público x Irrigação; • Implantação de empreendimentos hidroelétricos; • Lançamento de Efluentes.

Imagem 11: Conflitos na área da bacia hidrográfica do Rio Uruguai .

Fonte: ANA – Agência Nacional de Água

“Doe órgãos, doe sangue: Salve Vidas.” 36

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE BOSSOROCA PALÁCIO MUNICIPAL “JOÃO CÂNDIDO DUTRA” SECRETARIA MUNICIPAL DE OBRAS E TRÂNSITO

5.5.6. Vegetação A vegetação regional pode ser enquadrada na região fisiográfica das Missões que é coberta pelas seguintes regiões fitoecológicas: Savana, Floresta Estacional Decidual, e uma zona de transição ou Área de Tensão Ecológica. O município de Bossoroca está inserido no Bioma Pampa e possuía, originalmente, 2,6% de Área de Tensão Ecológica e 97,4% de Savana- Estépica. Os campos neste município correspondentes à Savana-Estépica são do tipo Gramíneolenhosa. (Hasenack & Cordeiro,2006 Apud INCRA, 2009). A Área de Tensão Ecológica encontra-se na porção leste do município, enquanto que a Savana- Estépica predomina no restante do município. A savana gramíneo-lenhosa apresenta além da barba de bode (Aristida spp), espécies como Andropogon spp. Paspalum spp., Aristida spp., Piptochaetium montevidense (pêlo-de-porco), Baccharis spp., Vernonia spp., Desmodium spp., Trifolium spp. No Planalto das Missões as Áreas de Tensão Ecológica que constituem o contato entre a Savana e a Floresta Estacional Decidual situam-se ao longo do rio Uruguai, nas bacias dos rios Ijuí e Comandai e a leste da cidade de Santiago. Já aquelas que constituem o contato entre a Savana e a Savana Estépica ocupam partes das bacias dos rios Icamaquã e Piratinim e seus tributários, prolongando-se até o norte no baixo rio Ijuí. (INCRA, 2009). Da Floresta Estacional Decidual na região fisiográfica das Missões,ocupa a bacia do rio Ijuí e pequenas partes próximas do rio Uruguai, onde se encontram o pau-ferro (Myracroduon balansea) e espécies como canafístula (Peltophorum dubirum), açoitacavalo (Inehea divaricata), pitangueira (Eugenia uniflora), aroeira (Lithaea spp.), branquilho (Sebastiana commensoniana), pessegueiro- bravo (Prunus myrtifolia), leiterinho (Sebastiana brasiliensis), guamirim (Myrcia bombycina), tarumã (Vitex megapotamica), cabreúva (Myrocarpus frondosus), (Holocalix balansae), guajuvira (cordia trichotona), canela (Nectrandra spp.), canela-guiacá (Ocotea puberuba), angico (Parapiptadenia spp.), rabo-de- bugio (Londrocarpus campestus), unha-de-gato (acácia bonariensis), entre outras espécies. (INCRA, 2009).

“Doe órgãos, doe sangue: Salve Vidas.” 37

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE BOSSOROCA PALÁCIO MUNICIPAL “JOÃO CÂNDIDO DUTRA” SECRETARIA MUNICIPAL DE OBRAS E TRÂNSITO

5.5.7. Fauna Segundo INCRA (2009), o município de Bossoroca se situa na região fisiográfica das Missões com 80,04% em Bioma Pampa e 9,6% em Bioma Mata Atlântica. Os grupos mais importantes são o dos marsupiais, os primatas, e os carnívoros. Dos marsupiais, aparecem, por exemplo, o gambá de orelha branca Didelphis albiventris e os tatus da família dasipodidade como Dasypus novemcinctus (tatu-peludo) . Os Primatas estão representados pela família ATELIDAE, e as duas espécies de bugio, Alouatta guariba clamitans (bugio- ruivo) e Alouatta caraya (bugio-preto). Os Carnívoros estão representados por quatro famílias terrestres: CANIDAE, MUSTELIDAE, PROCYONIDAE e FELIDAE. Os carnidae estão representados, por exemplo, por Cerdocyon thous (graxaim-do-mato). Os mustélidos estão rpersentados entre outros pelo Galictis cuja (furão) e Conepatus chinga (zorrilho). Os felinos estão representados principalmente pelo Puma yagouarondi (gato-mourisco), Leopardus tigrinus (gato-domato-pequeno) e Leopardus wiedii (gato-maracajá). A família PROCYONIDAE possui como representante comumente registrado Procyon0020cancrivorous (mão-pelada). Nasua nasua (quati) (Fonte INCRA 2009).

5.6. Indicadores Sociais

Indicadores Sociais são estatísticas sobre aspectos da vida de uma nação que, em conjunto, retratam o estado social dessa nação e permitem conhecer o seu nível de desenvolvimento social. Os Indicadores Sociais constituem um sistema, isto é, para que tenham sentido, é preciso que sejam vistos uns em relação aos outros, como elementos de um mesmo conjunto.

Os Indicadores sociais apresentados neste diagnóstico serão os seguintes: Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), Índice de Desenvolvimento Socioeconômico e Mapa de Pobreza e Desigualdade (IDESE).

“Doe órgãos, doe sangue: Salve Vidas.” 38

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE BOSSOROCA PALÁCIO MUNICIPAL “JOÃO CÂNDIDO DUTRA” SECRETARIA MUNICIPAL DE OBRAS E TRÂNSITO

5.6.1. Produto Interno Bruto O PIB (Produto Interno Bruto) é caracterizado pelo total de valores contabilizados a partir dos bens e serviços produzidos por regiões, sendo Cidade, Estado ou País, em certo período, que pode ser anual, mensal ou trimestral. É um indicador bastante difundido e aplicado nas análises sócio- econômicas com o fim de mensurar o nível de desenvolvimento e economia de determinadas localidades. Os bens de consumo não são incluídos na margem de contagem. No ano de 2010, o município de Bossoroca apresentou um PIB de R$141.018,00 e um PIB per capita de R$ 20.475,00 (IBGE, 2010). Na tabela 10, apresentam-se os dados referentes ao PIB do município em 2008.

Tabela 10: Dados de 2008 PIB (1.000 R$) 121,551 PIB Posto 1860 PIB (%) Participação 0,06 PIB (%) Variação Econômica 12,3 PIB per capita R$ 15.425 PIB per capita Posto 1960 PIB per capita Relativo 0,84 PIB Variação per capita 11,2 VAB Agropecuária 51,14 VAB Indústrias 3,64 VAB Serviços 45,22 Participação VAB (1) 0,33 Participação VAB (2) 0,01 Participação VAB (3) 0,05 Fonte: www.famurs.com.br

5.6.2. IDH – Índice de Desenvolvimento Humano Com base nas características da população levantadas pelo Censo 2000, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD, 2003) elaborou o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M). Este índice leva em consideração três variáveis principais: renda, longevidade e instrução. O índice varia de 0 (nenhum desenvolvimento humano) a 1 (desenvolvimento humano total). Usualmente os valores são divididos em três faixas, até 0,499 considera- se desenvolvimento humano baixo; entre 0,500 e 0,799 o desenvolvimento é “Doe órgãos, doe sangue: Salve Vidas.” 39

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE BOSSOROCA PALÁCIO MUNICIPAL “JOÃO CÂNDIDO DUTRA” SECRETARIA MUNICIPAL DE OBRAS E TRÂNSITO considerado de nível médio; a partir de 0,800 considera-se alto desenvolvimento. Foi calculado para o município no ano de 1991 IDH-M de valor 0,686, em 2000, o valor foi de 0,781. Bossoroca apresentava inicialmente IDH-M abaixo da média harmônica dos municípios da microrregião – 0,688 em 1991 e 0,767 em 2000 – com posterior crescimento acima da média da sua microrregião. No período o crescimento médio da microrregião foi de 11,44%, abaixo dos 13,85% alcançados por Bossoroca (PNUD, 2003).

Tabela 11: 1991 2000 IDH - Educação: 0,76 0,878 IDH - Renda: 0,589 0,628 IDH - Longevidade: 0,709 0,836 IDH - Municipal: 0,686 0,781 Fonte: http://www.bossoroca.rs.cnm.org.br/

Gráfico 2:

Fonte: PNUD/Atlas de Desenvolvimento Humano.

5.6.3. Índice de Desenvolvimento Socioeconômico (IDESE) O Idese é um índice sintético, inspirado no IDH, que abrange um conjunto amplo de indicadores sociais e econômicos, classificados em quatro blocos temáticos: educação; renda; saneamento e domicílios; e saúde. Tem por objetivo mensurar e acompanhar o nível de desenvolvimento do Estado, de seus municípios e dos Coredes, informando a sociedade e orientando os governos (municipais e estadual) nas suas políticas socioeconômicas. “Doe órgãos, doe sangue: Salve Vidas.” 40

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE BOSSOROCA PALÁCIO MUNICIPAL “JOÃO CÂNDIDO DUTRA” SECRETARIA MUNICIPAL DE OBRAS E TRÂNSITO

O Idese varia de zero a um e, assim como o IDH, permite que se classifique o Estado, os municípios ou os Coredes em três níveis de desenvolvimento: baixo (índices até 0,499), médio (entre 0,500 e 0,799) ou alto (maiores ou iguais a 0,800). Na tabela 12, apresentam-se os dados referentes ao Idese no município de Bossoroca no ano de 2006.

Tabela 12: Dados de 2006 Educação 0,823 Renda 0,722 Saneamento 0,36 Saúde 0,884 Idese 0,697 Fonte: www.famurs.com.br

5.6.4. Mapa de Pobreza e Desigualdade

O índice de Gini do município de Bossoroca, que mede o grau de desigualdade existente na distribuição de indivíduos segundo a renda domiciliar per capita , era 0,38 em 2003 (IBGE, 2009e e 2009h). O índice de desenvolvimento humano (IDH) do município de Bossoroca era 0,686 em 1991, passou a ser de 0,781 em 2000, que correspondem a um nível médio de desenvolvimento, conforme o Gráfico 3.

Gráfico 3: Índice de Desenvolvimento Humano do Município de Bossoroca.

Fonte: IPEA, 2009.

“Doe órgãos, doe sangue: Salve Vidas.” 41

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE BOSSOROCA PALÁCIO MUNICIPAL “JOÃO CÂNDIDO DUTRA” SECRETARIA MUNICIPAL DE OBRAS E TRÂNSITO

Tabela 13: Mapa de pobreza e desigualdade Incidência da Pobreza 29,89 %

Incidência da Pobreza Subjetiva 23,63 %

Índice de Gini 0,38 Limite inferior da Incidência da Pobreza Subjetiva 19,81 % Limite inferior da Incidência de Pobreza 21,31 %

Limite inferior do Índice de Gini 0,35

Limite superior da Incidência de Pobreza 38,47 %

Limite superior do Índice de Gini 0,41

Limite superior Incidência da Pobreza Subjetiva 27,45 % Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2000 e Pesquisa de Orçamentos Familiares – POF 2002/2003.

5.6.5. Saúde Segundo o IBGE (2009), em 2005, contabilizava-se 9 estabelecimentos de saúde no município de Bossoroca, 6 públicos municipais, 1 privado com fins lucrativos e 2 privados sem fins lucrativos. Há 30 leitos hospitalares no município, todos privados, porém, prestam serviço ao SUS. Faltam muitos equipamentos hospitalares essenciais no município, como pode ser observado na Tabela 14. Há 8 estabelecimentos com atendimento ambulatorial, todos com atendimento médico em especialidades básicas e 2 com atendimento odontológico com dentista, conforme Tabela 15. Há apenas um estabelecimento que presta atendimento emergencial com especialidade clínica, Tabela 16. Há 7 estabelecimentos que prestam serviço ao SUS Ambulatorial, 1 que oferece serviço para o SUS Emergência e 1 que oferece serviço ao SUS Internação.

“Doe órgãos, doe sangue: Salve Vidas.” 42

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE BOSSOROCA PALÁCIO MUNICIPAL “JOÃO CÂNDIDO DUTRA” SECRETARIA MUNICIPAL DE OBRAS E TRÂNSITO

Tabela 14: Equipamentos Hospitalares no Município.

Fonte: IBGE, 2009.

Tabela 15: Estabelecimentos de saúde com atendimento ambulatorial.

Fonte: IBGE, 2009.

Tabela 16: Estabelecimentos de saúde com atendimento emergencial.

Fonte: IBGE, 2009.

5.6.6. Educação No município de Bossoroca, em 2008, todos os 1689 estudantes freqüentavam escolas públicas. A relação de alunos por professor varia entre 10 a 14. A grande maioria de docentes e estudantes encontra-se no ensino fundamental. Há 7 pré-escolas, 11 escolas de ensino fundamental e 2 de ensino médio. Não há alunos ou instituições de ensino superior.

“Doe órgãos, doe sangue: Salve Vidas.” 43

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE BOSSOROCA PALÁCIO MUNICIPAL “JOÃO CÂNDIDO DUTRA” SECRETARIA MUNICIPAL DE OBRAS E TRÂNSITO

A relação de alunos matriculados em escolas públicas e privadas pode ser observada no Gráfico 4. O número de docentes em escolas públicas e privadas está apresentado no Gráfico 5. A relação alunos por professor em escolas públicas e privadas, no Gráfico 6. E, o número de escolas públicas e privadas no Gráfico 7. Na tabela 17 constam os dados do Censo Educacional de 2012 a respeito da quantidade de matrículas e docentes da rede escolar do município.

Gráfico 4: Número de alunos matriculados em escolas públicas e privadas em 2008.

Fonte: INEP, 2009a e 2009b.

Gráfico 5: Número de docentes em escolas públicas e privadas 2008.

Fonte: INEP, 2009a e 2009b. “Doe órgãos, doe sangue: Salve Vidas.” 44

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE BOSSOROCA PALÁCIO MUNICIPAL “JOÃO CÂNDIDO DUTRA” SECRETARIA MUNICIPAL DE OBRAS E TRÂNSITO

Gráfico 6: Relação alunos por professor em escolas públicas e privadas em 2008.

Fonte: INEP, 2009a e 2009b.

Gráfico 7: Escolas públicas e privadas em 2008.

Fonte: INEP, 2009a e 2009b.

Tabela 17: Ensino: Matrículas, Docentes e Rede Escolar

Docentes - Ensino fundamental - 2012 (1) 61 Docentes Docentes - Ensino fundamental - escola privada - 2012 (1) 0 Docentes Docentes - Ensino fundamental - escola pública estadual - 2012 (1) 44 Docentes Não Docentes - Ensino fundamental - escola pública federal - 2012 (1) existente Docentes

“Doe órgãos, doe sangue: Salve Vidas.” 45

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE BOSSOROCA PALÁCIO MUNICIPAL “JOÃO CÂNDIDO DUTRA” SECRETARIA MUNICIPAL DE OBRAS E TRÂNSITO

Docentes - Ensino fundamental - escola pública municipal - 2012 (1) 61 Docentes Docentes - Ensino médio - 2012 (1) 11 Docentes Docentes - Ensino médio - escola privada - 2012 (1) 0 Docentes Docentes - Ensino médio - escola pública estadual - 2012 (1) 19 Docentes Não Docentes - Ensino médio - escola pública federal - 2012 (1) existente Docentes Docentes - Ensino médio - escola pública municipal - 2012 (1) 11 Docentes Docentes - Ensino pré-escolar - 2012 (1) 19 Docentes Docentes - Ensino pré-escolar - escola privada - 2012 (1) 0 Docentes Docentes - Ensino pré-escolar - escola pública estadual - 2012 (1) 0 Docentes Não Docentes - Ensino pré-escolar - escola pública federal - 2012 (1) existente Docentes Docentes - Ensino pré-escolar - escola pública municipal - 2012 (1) 19 Docentes Escolas - Ensino fundamental - 2012 (1) 10 Escolas Escolas - Ensino fundamental - escola privada - 2012 (1) 0 Escolas Escolas - Ensino fundamental - escola pública estadual - 2012 (1) 4 Escolas Não Escolas - Ensino fundamental - escola pública federal - 2012 (1) existente Escolas Escolas - Ensino fundamental - escola pública municipal - 2012 (1) 6 Escolas Escolas - Ensino médio - 2012 (1) 2 Escolas Escolas - Ensino médio - escola privada - 2012 (1) 0 Escolas Escolas - Ensino médio - escola pública estadual - 2012 (1) 1 Escolas Não Escolas - Ensino médio - escola pública federal - 2012 (1) existente Escolas Escolas - Ensino médio - escola pública municipal - 2012 (1) 1 Escolas Escolas - Ensino pré-escolar - 2012 (1) 7 Escolas Escolas - Ensino pré-escolar - escola privada - 2012 (1) 0 Escolas Escolas - Ensino pré-escolar - escola pública estadual - 2012 (1) 0 Escolas Não Escolas - Ensino pré-escolar - escola pública federal - 2012 (1) existente Escolas Escolas - Ensino pré-escolar - escola pública municipal - 2012 (1) 7 Escolas Matrícula - Ensino fundamental - 2012 (1) 987 Matrículas Matrícula - Ensino fundamental - escola privada - 2012 (1) 0 Matrículas Matrícula - Ensino fundamental - escola pública estadual - 2012 (1) 515 Matrículas Não Matrícula - Ensino fundamental - escola pública federal - 2012 (1) existente Matrículas Matrícula - Ensino fundamental - escola pública municipal - 2012 (1) 472 Matrículas Matrícula - Ensino médio - 2012 (1) 285 Matrículas Matrícula - Ensino médio - escola privada - 2012 (1) 0 Matrículas Matrícula - Ensino médio - escola pública estadual - 2012 (1) 240 Matrículas Não Matrícula - Ensino médio - escola pública federal - 2012 (1) existente Matrículas Matrícula - Ensino médio - escola pública municipal - 2012 (1) 45 Matrículas Matrícula - Ensino pré-escolar - 2012 (1) 140 Matrículas Matrícula - Ensino pré-escolar - escola privada - 2012 (1) 0 Matrículas “Doe órgãos, doe sangue: Salve Vidas.” 46

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE BOSSOROCA PALÁCIO MUNICIPAL “JOÃO CÂNDIDO DUTRA” SECRETARIA MUNICIPAL DE OBRAS E TRÂNSITO

Matrícula - Ensino pré-escolar - escola pública estadual - 2012 (1) 0 Matrículas Não Matrícula - Ensino pré-escolar - escola pública federal - 2012 (1) existente Matrículas Matrícula - Ensino pré-escolar - escola pública municipal - 2012 (1) 140 Matrículas Fonte: Ministério da Educação, Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais – INEP – Censo Educacional 2012.

6. INFRAESTRUTURA EXISTENTE

A tabela 18 apresenta o levantamento de dados sobre a infraestrutura urbana do município. Se considerarmos os volumes atuais de Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) coletados no ano 2013, os quais se aproximam de 3,349 toneladas RSU ao dia, verificamos a importância da elaboração de indicadores de desempenho e de acompanhamento na área do saneamento básico e sua permanente atualização.

Tabela 18: – Dados sobre a infraestrutura urbana do município

Vias não-pavimentadas km 9,10

Total malha viária urbana km 26,51

Vias urbanas calçadas c/ pedras km 8,90

Vias urbanas asfaltadas km 8,51

Rede de drenagem pluvial m 875,00

Rede de esgoto cloacal - 0

Redes de abastecimento de água km 19.09

Nº de economias ligadas à rede de água Unid. 3.071

Nº de economias medidas água Unid. 3.151

Nº economias ligadas à rede de esgotos - 0

Volume de lixo recolhido Ton/dia 3.349 Fonte: Arquivo – Prefeitura Municipal de Bossoroca

7. SANEAMENTO BÁSICO

Saneamento básico é um conjunto de procedimentos adotados numa determinada região que visa proporcionar uma situação higiênica saudável

“Doe órgãos, doe sangue: Salve Vidas.” 47

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE BOSSOROCA PALÁCIO MUNICIPAL “JOÃO CÂNDIDO DUTRA” SECRETARIA MUNICIPAL DE OBRAS E TRÂNSITO

para os habitantes. Entre os procedimentos do saneamento básico, podemos citar: tratamento de água, canalização e tratamento de esgotos, limpeza pública de ruas e avenidas, coleta e tratamento de resíduos orgânicos (em aterros sanitários regularizados) e materias (através da reciclagem). Com estas medidas de saneamento básico, é possível garantir melhores condições de saúde para as pessoas, evitando a contaminação e proliferação de doenças. Ao mesmo tempo, garante-se a preservação do meio ambiente.

Na tabela 19 apresentam-se os dados referentes ao acesso dos domicílios aos serviços de abastecimento de água, de Gestão Municipal de Saneamento básico e de Manejo de águas pluviais apresentados pelo IBGE (disponível em http://www.ibge.gov.br/cidadesat. Acedido em 25/06/2013).

Tabela 19: – Abastecimento de Água no município de Bossoroca. Abastecimento de Água - Número de economias abastecidas, de economias ativas abastecidas e de domicílios - Número de economias abastecidas. 2.568 unidades Abastecimento de Água - Número de economias abastecidas, de economias ativas abastecidas e de domicílios - Número de economias ativas abastecidas residenciais. 1.318 unidades Abastecimento de Água - Volume de água tratada distribuída por dia - Existência e tipo de tratamento da água - Sem tratamento. 516 m³ Abastecimento de Água - Volume de água tratada distribuída por dia - Existência e tipo de tratamento da água - Simples desinfecção (cloração e outros). 624 m³ Abastecimento de Água - Volume de água tratada distribuída por dia - Existência e tipo de tratamento da água – Total. 1.140 m³ Abastecimento de Água - Volume de água tratada distribuída por dia - Existência e tipo de tratamento da água - Volume total de água com tratamento. 624 m³ Fonte: IBGE, 2013

8. HORIZONTE DO PLANO DE SANEAMENTO

O alcance do Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB) do município de Bossoroca será de vinte anos, a contar do ano 2014. Segundo a Lei nº 11.445/2007 deverão ser realizadas revisões periódicas considerando que o desenvolvimento populacional e ocupacional poderá variar em função, principalmente, das mudanças do cenário econômico.

“Doe órgãos, doe sangue: Salve Vidas.” 48

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE BOSSOROCA PALÁCIO MUNICIPAL “JOÃO CÂNDIDO DUTRA” SECRETARIA MUNICIPAL DE OBRAS E TRÂNSITO

9. DIAGNÓSTICO DO ABASTECIMENTO DE ÁGUA Um Sistema de Abastecimento de Água caracteriza-se pela retirada da água da natureza, adequação de sua qualidade, transporte até os aglomerados humanos e fornecimento à população em quantidade compatível com suas necessidades. Um sistema de abastecimento de água pode ser concebido para atender a pequenos povoados ou a grandes cidades, variando nas características e no porte de suas instalações. O Sistema de Abastecimento de Água representa o "conjunto de obras, equipamentos e serviços destinados ao abastecimento de água potável de uma comunidade para fins de consumo doméstico, serviços públicos, consumo industrial e outros usos". A água constitui elemento essencial à vida vegetal e animal. O homem necessita de água de qualidade adequada e em quantidade suficiente para atender a suas necessidades, para proteção de sua saúde e para propiciar o desenvolvimento econômico. Na tabela 21, podemos ver os dados gerais que caracterizam o abastecimento de água no município de Bossoroca.

Tabela 21: Dados Gerais População atendida 4,869 Nº de economias de água 1,318 Nº de economias de esgoto 0 Economias de esgoto sobre água 0,00% Economias sociais sobre residenciais 13,05% Bossoroca Viculada à Santiago Fonte:Corsan

A tabela abaixo representa dados relativos à Pesquisa Nacional de Saneamento Básico, no município de Bossoroca, referente ao ano de 2008, indicando o abastecimento de água segundo informações disponíveis.

“Doe órgãos, doe sangue: Salve Vidas.” 49

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE BOSSOROCA PALÁCIO MUNICIPAL “JOÃO CÂNDIDO DUTRA” SECRETARIA MUNICIPAL DE OBRAS E TRÂNSITO

Tabela 22: Pesquisa Nacional de Saneamento Básico 2008 de Bossoroca Abastecimento de Água Número de economias ativas abastecidas residenciais: 1.318 unidades Volume total de água: 1.140m³/dia Volume total de água com tratamento: 624m³/dia Convencional: x Não-convencional: x Simples desinfecção (cloração e outros): 624m³/dia Sem tratamento: 516m³/dia Água sem tratamento: x Fonte: INFORMAÇÕES DO BRASIL, disponível em: (http://www.informacoesdobrasil.com.br/dados/rio-grande-do-sul/bossoroca/saneamento- basico-2008 ). Acesso em 28/10/2013.

9.1. Diagnóstico do Sistema Implantado 9.1.1. Sistema Existente O sistema de abastecimento de água de Bossoroca foi implantado pela prefeitura, sendo inaugurado em 1971. Em 4 de dezembro de 1974 foi assinado o contrato de concessão do abastecimento de água para a CORSAN por 20 anos, renováveis por igual período. Após a assinatura do contrato de concessão dos serviços de abastecimento de água, foi dado inicio a um estudo para melhoramentos no sistema de captação e distribuição de água de Bossoroca. No final do ano de 1979, iniciaram as obras de ampliação do sistema: 3 mil metros de redes, construção de um reservatório de 150 mil litros, um prédio para escritório da CORSAN e instalação de um poço artesiano. Em 1980 as obras iniciadas no ano anterior foram inauguradas, com um atendimento de 555 economias cadastradas.

Em 1981 foi construído um reservatório elevado com capacidade de 100 m³. Em novembro de 1982 foi inaugurado o reservatório elevado cuja construção se iniciou no ano anterior. Também foi ampliada a rede de abastecimento de água em 6095 metros. Em 28 de agosto de 1996 foi

“Doe órgãos, doe sangue: Salve Vidas.” 50

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE BOSSOROCA PALÁCIO MUNICIPAL “JOÃO CÂNDIDO DUTRA” SECRETARIA MUNICIPAL DE OBRAS E TRÂNSITO instalado o Conselho de Consumidores, visando dar mais agilidade ao atendimento das demandas da população do município.

Atualmente o sistema de abastecimento de água de Bossoroca conta com três poços tubulares em operação, para abastecimento de água no sistema, sendo BOS-02, BOS-04 e BOS-06.

Tabela 23: Descrição dos Poços Tubulares Profundos no Sistema Nível Nível Prof. Horas Vazão Poço Operação Estático Dinâmico Bomba Bombeando (m³/h) (m) (m) (m) (h) BOS-01 Não 20 12,00 20,71 79,0 00 BOS-02 Sim 15,0 5,05 52,00 58,0 15 BOS-03 Não 4,0 25,32 65,00 73,0 00 BOS-04 Sim 30,0 17,02 30,00 34,0 10 BOS-05 Não 5,0 0,00 0,00 0,0 00 BOS-06 Sim 40,0 9,41 31,19 78,0 20 Fonte: CORSAN.

Atualmente no sistema de abastecimento de água existem três reservatórios para armazenamento de água, chamados de R-1, R-2 e R-3, sendo o R-2 inativo. Suas características são apresentadas na tabela 24.

Tabela 24: Reservatórios de Água Tratada Cotas (m) Reserv. Tipo Cap. (m³) Situação Atual Mín. Méd. Máx. R-1 Elevado 150 Em operação - 273 - R-2 Desativado 50 Desativado - - - R-3 Elevado 100 Em operação - 285 - Fonte: CORSAN.

Conhecido também como relógio, o hidrômetro é o equipamento que faz a apuração do consumo de água. Nele, há um contador que registra a quantidade que passou pelo medidor. A conta é feita a partir do último número registrado em comparação aos valores do novo registro. A diferença entre os dois números aponta o volume de água consumido. Somente pelo acompanhamento do consumo e da leitura regular do hidrômetro é possível controlar os gastos com água e evitar a escassez desse valioso recurso natural.

“Doe órgãos, doe sangue: Salve Vidas.” 51

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE BOSSOROCA PALÁCIO MUNICIPAL “JOÃO CÂNDIDO DUTRA” SECRETARIA MUNICIPAL DE OBRAS E TRÂNSITO

Atualmente, a Corsan adotou a hidrometração em todas as residências, não havendo mais nenhuma residência sem hidrômetro. Portanto, sem hidrômetro existem apenas as suspensas.

As factíveis de ligação são aquelas que ficam na espera em terrenos baldios ou suspensas por tempo indeterminado.

Gráfico 8:

Fonte: Corsan

Tabela 25: Quantidade de Economias Quantidade de Ligações C1 COM IND PUB RA1 RB Total Esgoto Factível 1379 61 47 29 118 1226 1481 Água com hidrômetro Subtotal 1379 61 47 29 118 1226 1481 Com ligação de água Esgoto Factível 69 2 2 2 64 70 Água sem hidrômetro Subtotal 69 2 2 2 64 70 Subtotal 1448 63 49 29 120 1290 1551 Esgoto Factível 89 7 1 36 46 90 Factível de ligação Sem ligação de água Subtotal 89 7 1 36 46 90 Subtotal 89 7 1 36 46 90 Total 1537 63 56 1 29 156 1336 1641 Fonte: Corsan

“Doe órgãos, doe sangue: Salve Vidas.” 52

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE BOSSOROCA PALÁCIO MUNICIPAL “JOÃO CÂNDIDO DUTRA” SECRETARIA MUNICIPAL DE OBRAS E TRÂNSITO

C1: Comércio pequeno, constitui em uma área de até 100m². COM: Comércio grande, área acima de 100m². IND: Referente à indústria. PUB: Todos os prédios públicos do município. RA1: Todos os usuários que possuem benefício do governo, de baixa renda, com área construída de até 60m², com no máximo seis pontos de água. RB: Todas as residências.

9.1.2.Qualidade da Água Distribuída

O acesso à água potável é uma necessidade humana fundamental e um direito humano elementar. Para que a água seja considerada potável , própria para consumo humano, ela deve obedecer a parâmetros microbiológicos, físicos, químicos e radioativos que atendam ao padrão de potabilidade e que não ofereçam riscos à saúde. A tabela representada abaixo demonstra o resultado de estudo periódico quanto ao atendimento de padrão de potabilidade de água distribuída, atendida a regulamentação da portaria 518/04.

Tabela 26: Índices de Potabilidade da Água Distribuída no município de Bossoroca

Data da Local coleta Resultado Segundo Portaria 518/04 Poço BOS 06 21/7/2010 Atende ao padrão de potabilidade Poço BOS 02 12/1/2011 Atende ao padrão de potabilidade Poço BOS 04 12/1/2011 Atende ao padrão de potabilidade Poço BOS 06 27/6/2011 Atende ao padrão de potabilidade Poço BOS 02 20/3/2012 Atende ao padrão de potabilidade Poço BOS 04 20/3/2012 Atende ao padrão de potabilidade Poço BOS 06 10/4/2012 Atende ao padrão de potabilidade Poço BOS 02 22/10/2012 Atende ao padrão de potabilidade Poço BOS 04 22/10/2012 Atende ao padrão de potabilidade Poço BOS 06 22/10/2012 Atende ao padrão de potabilidade Rua João Fabrício da Silva, 218 22/10/2012 Atende ao padrão de potabilidade Fonte: Corsan

A tabela 27 apresenta os indicadores de qualidade de água distribuída em Bossoroca, levando em conta a média mensal do ano de 2012.

“Doe órgãos, doe sangue: Salve Vidas.” 53

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE BOSSOROCA PALÁCIO MUNICIPAL “JOÃO CÂNDIDO DUTRA” SECRETARIA MUNICIPAL DE OBRAS E TRÂNSITO

Tabela 27:

Fonte: Corsan

Escherichia coli é o nome de uma bactéria que habita o intestino de animais endotérmicos, cuja presença pode indicar aspectos relativos à qualidade da água e de alimentos. A E. coli também pode provocar doenças, como infecções urinárias, diarreia e a colite hemorrágica e síndrome hemolítico-urêmica. Segundo dados coletados pelo setor de vigilância sanitária do município, comparados à legislação em vigor, em relação à escherichia coli, nota-se em tabelas comparativas a presença dos microorganismos supracitados. A informação apresentada refere-se ao ano de 2013, considerando que até a data de apresentação desta minuta do PMSB foram analisados no município 36 (trinta e seis) poços de abastecimento de água, sendo que 06 (seis) apresentaram presença de escherichia coli. A localização de tais poços situa- se da seguinte forma: um poço no Assentamento São João; um na Estação Piratini; um no Mato Grande; um no Rincão do Barreiro e; três no Rincão dos Antunes. As análises coletadas, além do descrito acima, apresentam as informações detalhadas na seqüência. No ano de 2010, em 46 coletas de um grande número de amostras nos poços artesianos do município de Bossoroca, houve presença de coliformes

“Doe órgãos, doe sangue: Salve Vidas.” 54

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE BOSSOROCA PALÁCIO MUNICIPAL “JOÃO CÂNDIDO DUTRA” SECRETARIA MUNICIPAL DE OBRAS E TRÂNSITO totais em 89,13% delas, e de escherichia coli em 34,78%. Já no ano de 2011, em 107 coletas, houve presença de coliformes em 26,17%, e de escherichia coli em 16,82%. Em 2012, em 55 coletas, foi encontrada presença de coliformes em 65,45%, e de escherichia coli em 16,36%. Em 2013, do período de 05/02 a 03/07, foram realizadas 38 coletas, havendo presença de coliformes em 57,80%, e de escherichia coli em 15,79%.

Tabela 28: Contaminações dos Poços Artesianos Presença de coliformes Ano Nº de coletas totais Presença de Escherichia coli 2010 46 89,13% 34,78% 2011 107 26,17% 16,82% 2012 55 65,45% 16,36% 2013 38 57,80% 15,79% Fonte: Sisagua.

Em estudos das amostras dos reservatórios da Corsan em Bossoroca, em 2010, em 10 coletas, houve presença de coliformes em 80% delas. Em 2011, em 11 coletas, 27,27%. Em 2012, em 15 coletas, 80%. No ano de 2013, até 09/04, foram realizadas 5 coletas, havendo presença de coliformes em 100% delas. Não houve presença de Escherichia coli em nenhuma amostra.

Tabela 29: Contaminações dos Reservatórios da Corsan Presença de coliformes Ano Nº de coletas totais Presença de Escherichia coli 2010 10 80% Inexistente 2011 11 27,27% Inexistente 2012 15 80% Inexistente 2013 5 100% Inexistente Fonte: Sisagua.

9.1.3. Aspectos relacionados à problemática do abastecimento de água potável Apresentação de dificuldades e empecilhos existentes no município quanto ao abastecimento de água potável na integralidade do território. Segue a descrição da realidade encontrada. “Doe órgãos, doe sangue: Salve Vidas.” 55

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE BOSSOROCA PALÁCIO MUNICIPAL “JOÃO CÂNDIDO DUTRA” SECRETARIA MUNICIPAL DE OBRAS E TRÂNSITO

• Não existe abastecimento de água potável no Rincão do Sobrado e no Rincão Damasceno. • As instalações de abastecimento de água potável estão subdimensionadas, ou seja, não atendem a demanda nas localidades de Rincão dos Antunes, Rincão do Ivaí, Rincão dos Cortes e Rincão da Capoeira.

9.1.4. Estudos Existentes Os projetos existentes na mapoteca da CORSAN cadastrados na cidade de Bossoroca são:

• Projeto do poço tubular BOS-06 – 1996 (executado);

• Projeto de Substituição de rede – 2004 (foi executada a substituição de rede precária em diversas ruas do centro da cidade, em torno de 1700 metros); • Projeto para a substituição de aproximadamente 700 metros rede de fibrocimento, previsto para abril de 2014.

9.1.5. Informações Operacionais As informações relativas aos indicadores operacionais de consumo e demanda do sistema de Bossoroca foram fornecidas pela CORSAN. O volume unitário médio disponibilizado para o ano de 2007 foi de 15,6 m³/economia/mês para um volume consumido unitário de 9,3 m³/economia/mês. No período compreendido entre os anos de 2003 e 2007 observa-se um aumento no volume produzido e uma pequena redução no índice de perdas, que baixou de 34,99% para 30,65%. A tabela 30 mostra o volume produzido anualmente no período compreendido entre os anos de 2003 e 2007.

“Doe órgãos, doe sangue: Salve Vidas.” 56

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE BOSSOROCA PALÁCIO MUNICIPAL “JOÃO CÂNDIDO DUTRA” SECRETARIA MUNICIPAL DE OBRAS E TRÂNSITO

Tabela 30: Volumes Produzidos no Sistema Ano Volume Produzido (m³/ano) 2003 258.738 2004 271.727 2005 289.914 2006 254.505 2007 211.566 Fonte: CORSAN

A Figura a seguir (gráfico 9) apresenta os dados mensais de produção de água para os poços BOS-02, BOS-04, e BOS-06.

Gráfico 9: 12.000

10.000

8.000

6.000

Volume(m³/mês) 4.000

2.000

- mai/02 dez/02 jun/03 jan/04 ago/04 fev/05 set/05 mar/06 out/06 abr/07 nov/07 jun/08

BOS-04 BOS-02 BOS-06 Mês

: Volume mensal produzido

Fonte: Corsan

10. SISTEMA DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO 10.1. Sistema Existente Não existe sistema de coleta e tratamento de esgotos no município de Bossoroca. As soluções existentes são a nível individual, através de fossas sépticas e sumidouros exigidos para projetos novos.

“Doe órgãos, doe sangue: Salve Vidas.” 57

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE BOSSOROCA PALÁCIO MUNICIPAL “JOÃO CÂNDIDO DUTRA” SECRETARIA MUNICIPAL DE OBRAS E TRÂNSITO

10.2. Estudo das Contribuições Os parâmetros determinados para estimativa das contribuições de esgotos foram fornecidos pela CORSAN, conforme documento elaborado pelo DEPRO/SUPRO/CORSAN.

• Per capita medido: 96,97 L/habitante.dia

• Per capita adotado: 100 l/habitante.dia (per capita mínimo recomendado pela OMS)

• Coeficiente do dia de maior consumo (K1): 1,32

• Taxa de atendimento: 109,83% (levando em conta o índice de atendimento do sistema de abastecimento de água). Outros parâmetros necessários às estimativas de contribuições do SES foram definidos como sendo: • Coeficiente da hora de maior consumo (K2): 1,50 • Taxa de infiltração Rede (Ti): 0,50 L/s.km • Taxa de Infiltração ETE (Ti): 0,25 L/s.km • Coeficiente de retorno água/esgoto (C): 0,8

10.3. Bacias de Esgotamento Os critérios para divisão hidrossanitária são fundamentados basicamente pela convergência dos esgotos sanitários para um mesmo local, levando em conta o caimento natural do terreno, assim como pelas características de ocupação do solo. No caso específico de Bossoroca, a proposição da divisão hidrossanitária foi efetuada através de uma planta fornecida pela CORSAN, sendo a planta de cadastro do sistema de abastecimento de água. Tendo em vista as características topográficas da área em estudo dividiu- se o sistema em cinco bacias hidrosssanitárias, sendo chamadas de Bacia Norte, Leste, Oeste e Sul.

“Doe órgãos, doe sangue: Salve Vidas.” 58

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE BOSSOROCA PALÁCIO MUNICIPAL “JOÃO CÂNDIDO DUTRA” SECRETARIA MUNICIPAL DE OBRAS E TRÂNSITO

11. DIAGNÓSTICO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS

11.1. Introdução

A Gestão dos Resíduos Sólidos é realizada visando garantir a limpeza urbana e dar destinação adequada aos resíduos gerados na cidade, tanto naquilo que é competência direta do poder público municipal, como no que é de responsabilidade da iniciativa privada, para que não representem qualquer tipo de risco sanitário e ambiental à população. A partir da aprovação da Lei nº 12.305/2010 que estabelece diretrizes para a Política Nacional de Resíduos Sólidos, novos conceitos como o da política reversa, a definição de rejeito, a inclusão social dos catadores na triagem e reciclagem de resíduos visando retorná-los na forma de matérias primas e o incentivo à gestão associada na forma de consórcios públicos para o tratamento e a disposição final dos refeitos, dentre outros. Entende-se por gestão dos resíduos sólidos a maneira de conceber, implementar, administrar os resíduos sólidos considerando uma ampla participação das áreas de governo responsáveis no âmbito estadual e municipal. A questão determinante para o gerenciamento dos resíduos de forma integrada é a compreensão de que todas as ações e operações envolvidas no gerenciamento estão interligadas, influenciando umas às outras: coleta mal planejada encarece o transporte; transporte mal dimensionado, além de gerar prejuízos e reclamações, prejudica as formas de tratamento e de disposição final. Neste ciclo ainda estão a falta de recursos para investimento e operação dos aterros sanitários e, por consequência, o comprometimento do padrão tecnológico e ambiental para assegurar um ambiente limpo e seguro. Essa visão sistêmica da limpeza urbana, que contribui significativamente para a preservação da limpeza e qualidade de vida na cidade, não poderia ser apenas de domínio dos gestores deste sistema, é necessário que toda a sociedade também internalize esse novo conceito, esta visão integrada, pois afinal é ela também a grande parceira na preservação da cidade limpa. A sensibilização da sociedade é buscada através de campanhas de educação

“Doe órgãos, doe sangue: Salve Vidas.” 59

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE BOSSOROCA PALÁCIO MUNICIPAL “JOÃO CÂNDIDO DUTRA” SECRETARIA MUNICIPAL DE OBRAS E TRÂNSITO ambiental que tem como foco principal despertar na comunidade o sentimento de participação no sistema, tendo o indivíduo como parte integrante e atuante do todo.

11.2. Demanda atendida no Município O município de Bossoroca conta com uma população de 6.884 habitantes, de acordo com estimativas do senso do IBGE em 2010. Destes, 3.682 residem na área urbana, os quais são atendidos pelo sistema de limpeza municipal.

11.3. Sistema de coleta dos Resíduos 11.3.1. Resíduos Domésticos Atualmente o sistema de coleta de resíduos sólidos domésticos abrange apenas a população urbana, atendendo 100% das casas. Mensalmente os resíduos recicláveis são coletados na área rural. Os resíduos orgânicos da área rural são aproveitados para o trato animal e/ou compostagem. A coleta do RSU é realizada com veículos do município e executada com mão de obra própria, todos os dias da semana (segunda à sexta-feira). Para executar essas atividades estão designados 04 garis, os quais utilizam os equipamentos de proteção necessários. Os resíduos secos (recicláveis) são coletados nas quintas feiras pelo serviço de coleta do município, o qual é levado até o galpão de triagem do município, onde trabalham três famílias de catadores autorizados, estes fazem a coleta e vendem os materiais em seu beneficio. Os catadores também circulam pela cidade todos os dias, o que tem sido um problema para a comunidade, devido os mesmos revirarem os sacos plásticos, para retirarem só o que lhes é de importância.

“Doe órgãos, doe sangue: Salve Vidas.” 60

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE BOSSOROCA PALÁCIO MUNICIPAL “JOÃO CÂNDIDO DUTRA” SECRETARIA MUNICIPAL DE OBRAS E TRÂNSITO

11.3.2. Resíduos de Poda A remoção de galhos, árvores e resíduos resultantes das atividades de podas desenvolvidas ou autorizadas pela Secretaria da Agricultura e Meio Ambiente são conduzidos e dispostos numa área junto ao Aterro Controlado.

11.3.3. Resíduos da Construção Civil Hoje não se tem um local para a destinação destes resíduos. O município vem utilizando estes materiais, reutilizando-os em obras.

11.3.4. Resíduos das atividades agrícolas e de pecuária Hoje o município não tem um controle rigoroso sobre estes resíduos, e grande parte é armazenado em composteiras e posteriormente utilizado como adubo orgânico.

11.3.5. Resíduos oriundos da criação de suínos A destinação final é de responsabilidade de quem gera. Os proprietários devem regularizar suas propriedades para tratar corretamente os dejetos oriundos da criação de suínos.

11.3.6. Gordura animal e vegetal A destinação final é de responsabilidade de quem gera, hoje acaba sendo destinado às fossas sépticas das residências, gerando prejuízos. Muitos acabam contaminando o solo. Este tipo de resíduo poderá ser objetivo de programas, cuja destinação poderá ser a fabricação de sabão.

11.3.7. Agrotóxicos As embalagens devem ser devolvidas pelo produtor em locais indicados na Nota Fiscal de compra. O produtor antes de fazer a devolução, deve realizar a tríplice lavagem corretamente, para devolvê-las nas unidades de recebimento. Darmos a destinação final correta para as embalagens vazias dos

“Doe órgãos, doe sangue: Salve Vidas.” 61

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE BOSSOROCA PALÁCIO MUNICIPAL “JOÃO CÂNDIDO DUTRA” SECRETARIA MUNICIPAL DE OBRAS E TRÂNSITO agrotóxicos é diminuir o risco para a saúde das pessoas e de contaminação do meio ambiente.

11.3.8. Resíduos de incineração, químicos, aerossóis, inertes e mecânicos A destinação final é de responsabilidade de quem gera. O município não tem um controle rigoroso sobre estes resíduos.

11.3.9. Resíduos de serviço de Saúde Os geradores de resíduos de saúde são os postos de saúde, laboratórios e clínicas médicas e odontológicas. Os RSS gerados são coletados por uma empresa especializada (RTN), de Santa Maria – RS, estes resíduos são recolhidos quinzenalmente e transportados para fora do município, onde é efetuada a destinação adequada, segundo legislação vigente.

11.3.10. Resíduos Especiais (eletrônicos, pilhas, lâmpadas fluorescentes) A destinação final responsabilidades de quem gera. Mas hoje o município realiza campanhas onde recolhe estes materiais, exceto lâmpadas fluorescentes. O material é encaminhando até a Secretaria da Agricultura e meio Ambiente, onde posteriormente é levado até a cidade de Ijuí, e recebido pela empresa Reversa, onde a mesma dá destinação adequada para os materiais.

11.3.11. Resíduos Industriais O gerenciamento destes resíduos é de competência da Fundação Estadual de proteção Ambiental (FEPAM), órgão responsável pelo licenciamento ambiental e pela fiscalização desta atividade.

11.4. Calendário de coleta dos RSU no Município A coleta de resíduos sólidos da área urbana do município é realizada diariamente em dias úteis, sendo separados os dias e horários de coleta entre

“Doe órgãos, doe sangue: Salve Vidas.” 62

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE BOSSOROCA PALÁCIO MUNICIPAL “JOÃO CÂNDIDO DUTRA” SECRETARIA MUNICIPAL DE OBRAS E TRÂNSITO os recicláveis e orgânicos, distinguindo os períodos de recolhimento entre os bairros, conforme tabela demonstrativa. Na área rural, a coleta acontece mensalmente, até o dia dez de cada mês.

Tabela 31 – Calendário de Coleta dos RSU

LOCAL SEGUNDA- TERÇA-FEIRA QUARTA-FEIRA QUINTA-FEIRA SEXTA-FEIRA FEIRA

RECICLÁVEL CENTRO E ORGÂNICO ORGÂNICO ORGÂNICO manhã ORGÂNICO BAIRRO tarde tarde tarde tarde INHAME ORGÃNICO tarde

RECICLAVEL BAIRROS ORGÂNICO ORGÂNICO ORGÂNICO manhã ORGÂNICO GAÚCHA E manhã manhã manhã manhã BONFIM ORGANICO tarde

11.5. Coleta Seletiva O Município conta com um sistema de coleta seletiva, o qual esta sendo trabalhada com a comunidade através de folders educativos. Nota-se ainda a dificuldade da população em separar os resíduos em orgânico e inorgânico; devido a esta dificuldade, muito lixo que poderia ser reciclado e reaproveitado está sendo descartado.

11.6. Características dos equipamentos de transporte O Município utiliza um caminhão caçamba prensa para a coleta dos resíduos sólidos urbanos, sendo este de sua propriedade. Os catadores utilizam 01 carro estilo carroças por família, para coleta das matérias.

11.7. Informações sobre os resíduos e técnicas de disposição 11.7.1. Origem e caracterização qualitativa e quantitativa (diária e mensal) dos resíduos Os resíduos sólidos coletados são de origem domiciliar, comercial e da limpeza urbana. A estimativa da geração de resíduos sólidos considera a produção média de 1 kg/hab./dia, o que resulta em aproximadamente 3.682 Kg/dia. “Doe órgãos, doe sangue: Salve Vidas.” 63

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE BOSSOROCA PALÁCIO MUNICIPAL “JOÃO CÂNDIDO DUTRA” SECRETARIA MUNICIPAL DE OBRAS E TRÂNSITO

11.7.2. Frequência de recebimento no aterro A coleta de resíduos é realizada de segunda a sexta-feira na área urbana e, mensalmente, na área rural.

11.7.3. Tipos de acondicionamento Os resíduos são embalados pela comunidade em sacos plásticos e dispostos próximos da rua, em frente às residências ou nas lixeiras existentes na via pública, onde permanecem até a coleta.

11.7.4. Métodos de disposição final A disposição final é realizada em Aterro Controlado de Pequeno Porte (imagem 12). O aterro fica localizado no Rincão da União, interior do município de Bossoroca, a uma distância de 2,5 km do perímetro urbano. O mesmo encontra-se com sua Licença de Operação vencida (LO nº 283/2005). A Prefeitura Municipal contratou a empresa GEOLAC (GEOLOGIA e MEIO AMBIENTE LTDA), de Três de Maio/RS para a realização do projeto de Licença de Operação – Remediação de Área Degradada, o qual foi protocolado em abril de 2013 na FEPAM, com processo nº 006250-0567/13-1. A prefeitura esta providenciando a aquisição de uma nova área para construção de um Aterro Sanitário Municipal de acordo com as legislações ambientais vigentes.

Imagem 12: Área do Aterro Municipal.

“Doe órgãos, doe sangue: Salve Vidas.” 64

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE BOSSOROCA PALÁCIO MUNICIPAL “JOÃO CÂNDIDO DUTRA” SECRETARIA MUNICIPAL DE OBRAS E TRÂNSITO

12. DRENAGEM E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS O Município de Bossoroca possui algumas ruas na cidade (asfaltadas e/ou calçadas com pedras regulares) que possuem drenagem pluvial. No item 12.3.1. encontram-se mapeados esses pontos de drenagem.

12.1. Aspectos relacionados à problemática da drenagem e o manejo de águas pluviais Existem problemas na drenagem de águas pluviais na região da Vila Timbaúva, causando alagamentos, e nos locais mostrados nos mapas do item 6.3.1.

12.2. Caracterização pluviométrica A precipitação pluviométrica durante todo o ano é em torno de 1.660 mm, sendo outubro o mês com maior pluviosidade (193 mm) e Novembro o mês com menor pluviosidade (110 mm). Na tabela 32 aparecem registrados os dados pluviométricos entre os anos de 1931 e 1960 do município de Bossoroca, segundo a Estação Meteorológica de São Luiz Gonzaga.

Tabela 32- Dados (1931-1960) mensais e anuais de temperatura e precipitação de Bossoroca (Estação meteorológica de São Luiz Gonzaga) Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Ano Temperatura Média (ºC) 22 21 20 17 14 13 12 13 15 16 19 21 16,1 Precipitação (mm) 132 122 127 177 146 157 112 112 139 193 110 133 1660 Fonte INCRA 2009.

12.3. Rede de drenagem pluvial existente O município de Bossoroca pertence à Região Hidrográfica do Uruguai e apresenta um padrão predominantemente dendrítico a subdendrítico dentro da bacia hidrográfica dos Rios Turvo - Santa Rosa - (INCRA,2009).

“Doe órgãos, doe sangue: Salve Vidas.” 65

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE BOSSOROCA PALÁCIO MUNICIPAL “JOÃO CÂNDIDO DUTRA” SECRETARIA MUNICIPAL DE OBRAS E TRÂNSITO

Imagem 13: Rede de drenagem superficial do Município de Bossoroca.

Fonte INCRA 2009.

12.3.1. Micro Drenagem A área urbana do município de Bossoroca possui cinco pontos de micro drenagem, situados nos bairros: Bonfim, Inhame, Centro, Gaúcha e Francisco Wesz Filho. As imagens a seguir mostram os locais onde há tubulação pluvial (azul) e onde há drenagem a céu aberto (laranja).

“Doe órgãos, doe sangue: Salve Vidas.” 66

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE BOSSOROCA PALÁCIO MUNICIPAL “JOÃO CÂNDIDO DUTRA” SECRETARIA MUNICIPAL DE OBRAS E TRÂNSITO

Imagem 14: Tubulações abrangidas pelos Bairros Francisco Wesz Filho e Gaúcha.

Fonte: Google Mapas.

Imagem 15: Tubulações abrangidas pelos Bairros Inhame e Centro e pela Avenida João Cândido Dutra.

Fonte: Google Mapas.

“Doe órgãos, doe sangue: Salve Vidas.” 67

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE BOSSOROCA PALÁCIO MUNICIPAL “JOÃO CÂNDIDO DUTRA” SECRETARIA MUNICIPAL DE OBRAS E TRÂNSITO

Imagem 16: Tubulações abrangidas pelo Bairro Bonfim.

Fonte: Google Mapas.

Imagem 17: Tubulações abrangidas pelos Bairros Centro e Francisco Wesz Filho.

Fonte: Google Mapas. “Doe órgãos, doe sangue: Salve Vidas.” 68

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE BOSSOROCA PALÁCIO MUNICIPAL “JOÃO CÂNDIDO DUTRA” SECRETARIA MUNICIPAL DE OBRAS E TRÂNSITO

Imagem 18: Tubulações no Bairro Gaúcha.

Fonte: Google Mapas.

Imagem 19: Tubulações no Bairro Centro.

Fonte: Google Mapas.

“Doe órgãos, doe sangue: Salve Vidas.” 69

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE BOSSOROCA PALÁCIO MUNICIPAL “JOÃO CÂNDIDO DUTRA” SECRETARIA MUNICIPAL DE OBRAS E TRÂNSITO

Imagem 20: Tubulações no Bairro Centro.

Fonte: Google Mapas.

12.3.2. Macro Drenagem Não existe sistema de macro drenagem no município de Bossoroca.

12.4. Problemas de Inundações Há insuficiência de vazão da água em alguns pontos do extremo do Bairro Gaúcha, da Avenida Castelo Branco e da Rua Severiano Vieira Bonfim, causando algumas inundações. As imagens a seguir mostram os locais onde existem problemas de inundações.

“Doe órgãos, doe sangue: Salve Vidas.” 70

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE BOSSOROCA PALÁCIO MUNICIPAL “JOÃO CÂNDIDO DUTRA” SECRETARIA MUNICIPAL DE OBRAS E TRÂNSITO

Imagem 21: Locais sujeitos à inundação no Bairro Centro.

Fonte: Google Mapas.

Imagem 22: Local sujeito à inundação no Bairro Gaúcha.

Fonte: Google Mapas.

“Doe órgãos, doe sangue: Salve Vidas.” 71

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE BOSSOROCA PALÁCIO MUNICIPAL “JOÃO CÂNDIDO DUTRA” SECRETARIA MUNICIPAL DE OBRAS E TRÂNSITO

Imagem 23: Local sujeito à inundação no Bairro Inhame.

Fonte: Google Mapas.

Imagem 24: Local sujeito à inundação nos Bairros Gaúcha e Francisco Wesz Filho.

Fonte: Google Mapas.

12.5. Habitações em área de risco Existem habitações construídas em locais inadequados nos bairros Gaúcha e Inhame, onde há riscos em caso de chuva forte.

12.6. Poluição dos recursos hídricos O fluxo da água pluvial do Bairro Bonfim é despejado na Sanga da Cascata, já o fluxo da água pluvial dos bairros Inhame, Centro, Gaúcha e Francisco Wesz Filho são despejados no Arroio , juntamente com os “Doe órgãos, doe sangue: Salve Vidas.” 72

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE BOSSOROCA PALÁCIO MUNICIPAL “JOÃO CÂNDIDO DUTRA” SECRETARIA MUNICIPAL DE OBRAS E TRÂNSITO resíduos sanitários do Edifício Dutra, causando a poluição de recursos hídricos do município.

“Doe órgãos, doe sangue: Salve Vidas.” 73

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE BOSSOROCA PALÁCIO MUNICIPAL “JOÃO CÂNDIDO DUTRA” SECRETARIA MUNICIPAL DE OBRAS E TRÂNSITO

13. PROGRAMAS, PROJETOS, AÇÕES E METAS PARA UNIVERSALIZAÇÃO.

13.1. ÁGUA POTÁVEL

Curto Prazo (1 a 4 anos) • Redimensionar o sistema de tratamento da água potável no Rincão dos Antunes, no Rincão do Ivaí, Rincão dos Cortes e Rincão da Capoeira, pois não existe água para 100% da população. • Projetar e executar um sistema de abastecimento de água potável para a região do Rincão do Sobrado e Damasceno. • Compra de equipamento dosador para o sistema que apresentar contaminação.

Médio Prazo (4 a 8 anos) • Instalação dos equipamentos dosadores em todos os poços de captação de água. • Substituição das caixas d’água metálicas por outros reservatórios de água, nas localidades de Esquina Piratini, Esquina do Ivaí, Rincão do Ivaí e Colônia União.

Longo Prazo (8 a 20 anos) • Obter tratamento e bombeamento contínuo.

13.2. ESGOTAMENTO SANITÁRIO

Curto Prazo (1 a 4 anos) • Adequação das unidades habitacionais quanto à instalação de fossa séptica e sumidouro por iniciativa da população. A prefeitura dará apoio através de assistência técnica.

“Doe órgãos, doe sangue: Salve Vidas.” 74

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE BOSSOROCA PALÁCIO MUNICIPAL “JOÃO CÂNDIDO DUTRA” SECRETARIA MUNICIPAL DE OBRAS E TRÂNSITO

• Remediação dos poços de balde utilizados como destino de esgoto cloacal. A Secretaria da Saúde promoverá um programa de recuperação e adequação de uso, atendendo às decisões acordadas em reuniões realizadas em pontos estratégicos do município para tratar de tal fim. Tais reuniões ocorreram nas localidades da Estação Piratini, Timbaúva, Esquina do Ivaí, e Auditório Público Municipal no centro da cidade.

Médio Prazo (4 a 8 anos) • Execução de rede de drenagem dos efluentes dos sistemas de tratamento de esgoto das casas. A partir da fossa séptica, o efluente será direcionado à rede de drenagem. Planeja-se dimensionar em torno de 30% das redes necessárias para atender a área urbana do município.

Longo Prazo (8 a 20 anos) • Conclusão de 100% da malha de drenagem de efluentes urbanos, conforme mencionado no item de médio prazo. • Execução de estação de tratamento de esgoto para atender a área urbana do município.

13.3. RESÍDUOS SÓLIDOS

Curto Prazo (1 a 4 anos) • Obter a licença de operação – remediação de área degradada da área do aterro municipal,cumprindo todas as fases do projeto; • Manter o recolhimento de resíduos (lixo seco), com abrangência no meio rural, e aumentar a demanda atendida, sendo que todas as localidades sejam atendidas; • Manter o sistema de coleta e destinação dos resíduos de Saúde de forma que atenda a legislação vigente; • Realizar campanhas de sensibilização nas escolas e na sociedade a respeito de educação ambiental; “Doe órgãos, doe sangue: Salve Vidas.” 75

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE BOSSOROCA PALÁCIO MUNICIPAL “JOÃO CÂNDIDO DUTRA” SECRETARIA MUNICIPAL DE OBRAS E TRÂNSITO

• Manter o sistema de coleta seletiva de modo a incentivar a reciclagem e aproveitamento de materiais; • Realizar um trabalho de ajardinamento nas praças do município, através de uma parceria entre a prefeitura e as escolas; • Elaborar um Plano de recolhimento e descarte de óleo de cozinha; • Realizar estudo para aquisição de uma nova área para destinação dos resíduos urbanos, sendo esta devidamente licenciada para tal atividade; • Realizar um Projeto de inclusão dos catadores; • Realizar palestrar de Educação Ambiental, junto aos catadores, orientando-os para que os mesmo possam realizar a coleta e a reciclagem dos materiais corretamente; • Desenvolver um projeto para a realização da compostagem dos resíduos no município. • Dar continuação à ação de instalação de lixeiras para a coleta seletiva. • Dar continuação à campanha de arrecadação de resíduos eletrônicos;

Médio Prazo (4 a 8 anos) • Realizar a manutenção periódica na área do aterro a ser recuperada; • Realizar estudos para viabilizar local destinado ao depósito de materiais oriundos da construção civil e de podas; • Buscar fontes de recursos para aquisição de veículos adequados para o recolhimento do lixo domiciliar; • Aprofundar o conhecimento relativo as situação de interferência entre os resíduos sólidos e demais sistemas de saneamento; • Reforçar a comunicação com a sociedade e promover a educação ambiental. • Elaborar um plano de recolhimento e destinação adequado dos pneus gerados;

Longo Prazo (8 a 20 anos) • Dar continuidade às ações já desenvolvidas; “Doe órgãos, doe sangue: Salve Vidas.” 76

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE BOSSOROCA PALÁCIO MUNICIPAL “JOÃO CÂNDIDO DUTRA” SECRETARIA MUNICIPAL DE OBRAS E TRÂNSITO

• Havendo viabilidade para destinação dos resíduos da construção civil, implementar e alocar o aterro propriamente dito.

13.4. ÁGUAS PLUVIAIS

Curto Prazo (1 a 4 anos) • Realização de todas as etapas necessárias para a execução do projeto para drenagem pluvial abrangendo todo o município de Bossoroca. • Correção dos problemas de drenagem apontados nas imagens do item 12.4.

Médio Prazo (4 a 8 anos) • Execução do projeto elaborado para a drenagem pluvial.

Longo Prazo (8 a 20 anos) • Manutenção das tubulações de drenagem pluvial. • Estudos para a execução de um projeto de reaproveitamento das águas pluviais, onde essas águas poderão ser tratadas e reutilizadas.

“Doe órgãos, doe sangue: Salve Vidas.” 77

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE BOSSOROCA PALÁCIO MUNICIPAL “JOÃO CÂNDIDO DUTRA” SECRETARIA MUNICIPAL DE OBRAS E TRÂNSITO

14. SITUAÇÃO DA SAÚDE 14.1. Mortalidade por doenças infecciosas ou parasitárias Não existem dados estatísticos específicos e concretos quanto ao índice de mortalidade por doenças infecciosas e parasitárias.

14.2. Programa saúde na família O Programa de Saúde da Família no município é atendido através de ações governamentais conhecidas como Estratégia Saúde na Família, compreendendo atividades de atendimento de saúde multiprofissional em unidades básicas e visitas domiciliares de agentes comunitários, além dos serviços que dispõe a Portaria Nº 2488/2011.

São características do processo de trabalho das equipes de Atenção Básica:

• Definição do território de atuação e de população sob responsabilidade das UBS e das equipes;

• Programação e implementação das atividades de atenção à saúde de acordo com as necessidades de saúde da população, com a priorização de intervenções clínicas e sanitárias nos problemas de saúde segundo critérios de freqüência, risco, vulnerabilidade e resiliência. Inclui-se aqui o planejamento e organização da agenda de trabalho compartilhado de todos os profissionais e recomenda-se evitar a divisão de agenda segundo critérios de problemas de saúde, ciclos de vida, sexo e patologias dificultando o acesso dos usuários;

• Desenvolver ações que priorizem os grupos de risco e os fatores de risco clínico-comportamentais, alimentares e/ou ambientais, com a finalidade de prevenir o aparecimento ou a persistência de doenças e danos evitáveis;

• Realizar o acolhimento com escuta qualificada, classificação de risco, avaliação de necessidade de saúde e análise de vulnerabilidade tendo em

“Doe órgãos, doe sangue: Salve Vidas.” 78

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE BOSSOROCA PALÁCIO MUNICIPAL “JOÃO CÂNDIDO DUTRA” SECRETARIA MUNICIPAL DE OBRAS E TRÂNSITO

vista a responsabilidade da assistência resolutiva à demanda espontânea e o primeiro atendimento às urgências;

• Prover atenção integral, contínua e organizada à população adscrita;

• Realizar atenção à saúde na Unidade Básica de Saúde, no domicílio, em locais do território (salões comunitários, escolas, creches, praças, etc.) e outros espaços que comportem a ação planejada;

• Desenvolver ações educativas que possam interferir no processo de saúde-doença da população, no desenvolvimento de autonomia, individual e coletiva, e na busca por qualidade de vida pelos usuários;

• Implementar diretrizes de qualificação dos modelos de atenção e gestão tais como a participação coletiva nos processos de gestão, a valorização, fomento a autonomia e protagonismo dos diferentes sujeitos implicados na produção de saúde, o compromisso com a ambiência e com as condições de trabalho e cuidado, a constituição de vínculos solidários, a identificação das necessidades sociais e organização do serviço em função delas, entre outras;

• Participar do planejamento local de saúde assim como do monitoramento e a avaliação das ações na sua equipe, unidade e município; visando à readequação do processo de trabalho e do planejamento frente às necessidades, realidade, dificuldades e possibilidades analisadas;

• Desenvolver ações intersetoriais, integrando projetos e redes de apoio social, voltados para o desenvolvimento de uma atenção integral;

• Apoiar as estratégias de fortalecimento da gestão local e do controle social;

• Realizar atenção domiciliar destinada a usuários que possuam problemas de saúde controlados/compensados e com dificuldade ou impossibilidade física de locomoção até uma unidade de saúde, que necessitam de cuidados com menor frequência e menor necessidade de

“Doe órgãos, doe sangue: Salve Vidas.” 79

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE BOSSOROCA PALÁCIO MUNICIPAL “JOÃO CÂNDIDO DUTRA” SECRETARIA MUNICIPAL DE OBRAS E TRÂNSITO

recursos de saúde e realizar o cuidado compartilhado com as equipes de atenção domiciliar nos demais casos.

15. AÇÕES DE EMERGÊNCIA E CONTINGÊNCIA As ações de emergência e contingência adotadas no município visam a prevenção e remediação de problemas relacionados na questão da saúde pública voltadas à situação do abastecimento de água potável, disposição de resíduos sólidos e controle de epidemias. Seguem abaixo descritas as principais ações e suas motivações. • Substituição caixas d’água metálicas nas comunidades da Esquina do Ivaí, do Rincão do Ivaí e da Estação Piratini, visando medidas corretivas e preventivas de contaminação de água potável. • Construção de abrigo para armazenamento de resíduos seletivos em diversas comunidades do município, a fim de facilitar a coleta de tais resíduos em condições apropriadas para o destino final, com especial atenção ao que foi solicitado nas reuniões com as comunidades. • Remediação dos poços de balde, como ação corretiva visando a desativação destes para atendimento de regulamentação ambiental. • Vigilância epidemiológica, como ação governamental para prevenção e erradicação de surtos de epidemia que possam ocorrer. • Mobilização social em prol do Arroio Taquara.

16. MECANISMOS PARA AVALIAÇÃO DA EFICIÊNCIA E EFICÁCIA DAS AÇÕES DO PMSB

Os procedimentos para o monitoramento e a avaliação dos objetivos e metas do PMSB do Município de Bossoroca e dos resultados das suas ações no acesso aos serviços, na qualidade, na regularidade e na freqüência dos serviços; nos indicadores técnicos, operacionais e financeiros da prestação dos serviços; na qualidade de vida; assim como o impacto nos indicadores de saúde do município e nos recursos naturais.

“Doe órgãos, doe sangue: Salve Vidas.” 80

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE BOSSOROCA PALÁCIO MUNICIPAL “JOÃO CÂNDIDO DUTRA” SECRETARIA MUNICIPAL DE OBRAS E TRÂNSITO

Delimitou-se a criação de diretrizes para o acompanhamento, monitoramento e avaliação do PMSB, por parte do poder público e das representações da sociedade e das concessionárias prestadoras de serviços, descritas da seguinte forma: • Definição dos indicadores de prestação dos serviços de saneamento a serem seguidos pelos prestadores de serviços; • Determinação dos valores dos indicadores e definição dos padrões e níveis de qualidade e eficiência a serem seguidos pelos prestadores de serviços; • Definição dos recursos humanos, materiais, tecnológicos e administrativos necessários à execução, avaliação, fiscalização e monitoramento do Plano; • Mecanismos para a divulgação do plano no município, assegurando o pleno conhecimento da população.

17. COMUNICAÇÃO SOCIAL Audiência pública e reuniões para elaboração do PMSB

ANEXO A – Audiência pública para elaboração do PMSB

“Doe órgãos, doe sangue: Salve Vidas.” 81

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE BOSSOROCA PALÁCIO MUNICIPAL “JOÃO CÂNDIDO DUTRA” SECRETARIA MUNICIPAL DE OBRAS E TRÂNSITO

ANEXO B – Primeira reunião do PMSB

ANEXO C – Segunda reunião do PMSB

“Doe órgãos, doe sangue: Salve Vidas.” 82

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE BOSSOROCA PALÁCIO MUNICIPAL “JOÃO CÂNDIDO DUTRA” SECRETARIA MUNICIPAL DE OBRAS E TRÂNSITO

ANEXO D – Terceira reunião do PMSB

ANEXO E – Quarta reunião do PMSB

“Doe órgãos, doe sangue: Salve Vidas.” 83

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE BOSSOROCA PALÁCIO MUNICIPAL “JOÃO CÂNDIDO DUTRA” SECRETARIA MUNICIPAL DE OBRAS E TRÂNSITO

“Doe órgãos, doe sangue: Salve Vidas.” 84

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE BOSSOROCA PALÁCIO MUNICIPAL “JOÃO CÂNDIDO DUTRA” SECRETARIA MUNICIPAL DE OBRAS E TRÂNSITO

ANEXO F – Ata das reuniões do PMSB

“Doe órgãos, doe sangue: Salve Vidas.” 85

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE BOSSOROCA PALÁCIO MUNICIPAL “JOÃO CÂNDIDO DUTRA” SECRETARIA MUNICIPAL DE OBRAS E TRÂNSITO

ANEXO G – Ata das reuniões do PMSB

“Doe órgãos, doe sangue: Salve Vidas.” 86

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE BOSSOROCA PALÁCIO MUNICIPAL “JOÃO CÂNDIDO DUTRA” SECRETARIA MUNICIPAL DE OBRAS E TRÂNSITO

ANEXO H – Ata das reuniões do PMSB

“Doe órgãos, doe sangue: Salve Vidas.” 87

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE BOSSOROCA PALÁCIO MUNICIPAL “JOÃO CÂNDIDO DUTRA” SECRETARIA MUNICIPAL DE OBRAS E TRÂNSITO

ANEXO I – Ata das reuniões do PMSB

“Doe órgãos, doe sangue: Salve Vidas.” 88

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE BOSSOROCA PALÁCIO MUNICIPAL “JOÃO CÂNDIDO DUTRA” SECRETARIA MUNICIPAL DE OBRAS E TRÂNSITO

ANEXO J – Ata das reuniões do PMSB

“Doe órgãos, doe sangue: Salve Vidas.” 89

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE BOSSOROCA PALÁCIO MUNICIPAL “JOÃO CÂNDIDO DUTRA” SECRETARIA MUNICIPAL DE OBRAS E TRÂNSITO

ANEXO K – Ata das reuniões do PMSB

“Doe órgãos, doe sangue: Salve Vidas.” 90

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE BOSSOROCA PALÁCIO MUNICIPAL “JOÃO CÂNDIDO DUTRA” SECRETARIA MUNICIPAL DE OBRAS E TRÂNSITO

ANEXO L – Portaria de Designação: Comitê Executivo do PMSB

ANEXO M – Portaria de Designação: Comitê Administrativo do PMSB

“Doe órgãos, doe sangue: Salve Vidas.” 91

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE BOSSOROCA PALÁCIO MUNICIPAL “JOÃO CÂNDIDO DUTRA” SECRETARIA MUNICIPAL DE OBRAS E TRÂNSITO

18. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CORSAN – Companhia Riograndense de Saneamento – Arquivos próprios . Lei nº 11.445, de 5 de janeiro de 2007, dispõe sobre a política federal de saneamento básico. Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010, dispõe sobre resíduos sólidos. Lei nº 123, de 16 de agosto de 1952, dispõe sobre a criação do distrito de Bossoroca. Lei nº 5058, de 12 de outubro de 1965, dispõe sobre a elevação de Bossoroca à categoria de município. Lei nº 9, de 10 de março de 1967, dispõe sobre a criação do distrito Ivaí. Lei nº 533, de 16 de novembro de 1984, dispõe sobre a criação do distrito Esquina Piratini. Portaria nº 2488, de 21 de outubro de 2011, dispõe sobre a Estratégia Saúde da Família (ESF). Portaria nº 307, de 05 de Junho de 2012, dispõe sobre a formação do Comitê administrativo do PMSB. Portaria nº 369, de 05 de Junho de 2012, dispõe sobre a formação do Comitê executivo do PMSB. Portaria nº 518, de 25 de março de 2004, dispõe sobre o controle e vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade.

“Doe órgãos, doe sangue: Salve Vidas.” 92