Grândola ZONA Rota da Pirite na Faixa Piritosa Melides DE OSSA MORENA Caveira IP8 Ferreira do A mina Branca localizada na Herdade das Pestanas, junto à estrada São Francisco ESPANHA da Serra – Carregueiro, constitui um exemplo das antigas explorações BEJA Santo André M Faixa Piritosa Ibérica Santiago Lousal IP8 de barite (sulfato de bário), com rara associada (sulfureto de do Cacém Alvalade chumbo). O filão da mina Branca apresentava uma orientação N-S e Ficalho IC4 uma possança de 1,5 m. Foi trabalhado através de pequenas cortas e M Albernoa BACIA DE Sado IC27 poços com cerca de 10 m de profundidade. Em 1924 a actividade Porto Covo ALVALADE ANTIFORMA DO Cercal PULO DO LOBO A2 mineira possibilitou a extracção de 1000 t de barite. IP2

Vila Nova , Las Cruces) de Milfontes São Luís Chança ANHA

M ESP

O jazigo gigante de Neves Corvo O São Domingos

Mértola Sotiel, Aznalcollar Na região de Castro Verde, encontra-se o centro mineiro mais importante IC1 TLÂNTIC Rosário (minas de Rio Tinto, Tharsis, La Zarza, A da Faixa Piritosa, o jazigo de Neves Corvo operado pela empresa Somincor Neves Corvo IC27 Pomarão

desde 1987. Trata-se do principal jazigo de sulfuretos maciços da Europa, OCEANO Almodôvar Martinlongo Alcoutim sendo rico em cobre, zinco e estanho. As reservas totais de Neves Corvo Odeceixe 0 5km ascendem a mais de 290 milhões de toneladas de pirite, repartidas pelas Geologia Faixa Piritosa Ibérica Principais Jazigos M Museu Sedimentos Cenozóicos Complexo Vulcano-sedimentar Sulfuretos maciços Falha massas de Neves, Corvo, Graça, Zambujal, Lombador, Semblana e Monte Maciço Mesozóico de Sines Grupo Filito-Quartzítico Fe-Mn - Filoniano e estratiforme Povoação Mesozóico indiferenciado Cu - Filoniano Auto-estrada Branco. Pelas suas dimensões esta mina faz parte do grupo dos maiores Grupo do Flysch do Baixo Alentejo Antiforma do Pulo do Lobo Ba - Filoniano Estradas nacionais Pb (Ba) - Filoniano Caminho de ferro jazigos da Faixa, no qual se incluem os depósitos espanhóis de Rio Tinto, Sb (Au) - Filoniano Tharsis, La Zarza, Los Frailes-Aznalcollar e Sotiel-Migollas e o jazigo Mapa adaptado de cartografia geológica LNEG português de Aljustrel. Os depósitos de sulfuretos da Faixa Piritosa estão associados a uma FAIXA PIRITOSA IBÉRICA formação geológica constituída por rochas vulcânicas e sedimentares (o A Faixa Piritosa Ibérica é uma das principais regiões mineiras da Europa, Complexo Vulcano-Sedimentar) formada em ambiente marinho há cerca de sendo caracterizada por mais de 90 depósitos de sulfuretos maciços 362 a 346 milhões de anos, na era Paleozóica. A sua génese está polimetálicos e centenas de jazigos de manganês e de filões de cobre, de relacionada com a circulação de fluidos quentes entre as rochas vulcânicas e chumbo, de bário e antimónio. A pirite é o mineral mais comum, ocorrendo sedimentares. Este processo designa-se por alteração hidrotermal e envolve em jazigos com mais de 200 milhões de toneladas de sulfuretos, como Rio reacções químicas complexas. Nos locais de descarga destes fluidos, em Tinto, Neves Corvo e Aljustrel. As mineralizações de sulfuretos formaram-se ambiente marinho, formaram-se massas de sulfuretos ricas em metais. no Devónico superior – Carbónico inferior (tempo geológico entre 362 e 346 milhões de anos) em ambiente vulcânico e sedimentar A história da mina de Neves Corvo inicia-se com a sua descoberta em 1977 submarino. Inserida na Zona Sul Portuguesa a Faixa Piritosa caracteriza-se pelo consórcio luso-francês de empresas de prospecção Sociedade Mineira por um vasto património geológico patente nas suas minas principais (em ARQUEOLOGIA MINEIRA de Santiago (Grupo CUF), Sociedade Mineira e Metalúrgica Peñarroya Portugal, Neves Corvo, São Domingos, Aljustrel, Lousal e Caveira) e em Portuguesa e SEREM/BRGM. Estas empresas completaram os trabalhos estruturas geológicas como Pomarão, Ourique, Castro Verde, Cercal, Serra As minas do prévios de prospecção geofísica (gravimetria) executados pelo Serviço de Branca e Albernôa e nos vales dos rios Guadiana e Sado, ou das ribeiras de ! A I

Fomento Mineiro no sector de Algaré. A massa de Neves foi a primeira a ser Barrigão, Foupana e Odeleite. Percorra as minas da Faixa Piritosa onde E Campo Branco P identificada, a cerca de 350 m de profundidade. A descoberta do jazigo poderá encontrar um património mineiro muito rico e diversificado. O R U teve um impacto significativo na comunidade científica porque resultou de Aconselha-se a visita ao Museu de Aljustrel e ao Centro Ciência Viva do E Locais a não perder! Lousal, bem como o percurso nas vilas e aldeias mineiras. A R

uma eficiente interpretação geológico-estrutural e geofísica deste sector da VERDE

I • Museu da Ruralidade E

Faixa Piritosa e porque se identificaram teores de cobre muito anómalos, N

I • Museu da Lucerna

CONTACTOS ÚTEIS M expressos sobre a forma de abundante calcopirite. Os trabalhos Museu da Lucerna Museu da Ruralidade • Centro de Educação Ambiental de subterrâneos atingem a profundidade de 900 m, sendo o minério escoado ÃO Largo Victor Prazeres Rua de Santa Madalena I Vale Gonçalinho (Liga para a Protecção G pelo poço Santa Bárbara com cerca de 700 m de fundo. Anualmente, mais 7780-218 Castro Verde 7780-328 Entradas E

R da Natureza).

de 1500 trabalhadores produzem um volume de concentrado de cobre T 286 327 414 T 286 915 329 A GPS: Lat. 37,69676; Long. -8,08165 GPS: Lat. 37,77742; Long. -8,01214 M superior a 2 milhões de toneladas. O minério é escoado para o porto de U

, Dispersas pela planície do Campo Branco da região de Setúbal por via-férrea, através de um ramal de 32 km de extensão, que liga A www.lneg.pt | www.adral.pt | www.cm-castroverde.pt | www.roteirodeminas.pt C I

TRO Castro Verde as pequenas explorações de cobre, ferro, a mina à estação do Carregueiro. R É

B manganês, bário e chumbo contrastam com a realidade

Textos: J.Matos, Z.Pereira (LNEG), M. Rego (CM Castro Verde) I

A Fotos: J. Matos, M. Rego S actual da indústria mineira representada pela grande S

Design gráfico + 3D: Filipe Barreira (LNEG) O T

I mina de Neves Corvo. A génese da atividade mineira no R

Financiamento: Projecto Atlanterra – Interreg Espaço Atlântico I P

A território do concelho, remonta há cerca de 3000 anos.

European Union A

X Desde o século XIX a indústria extractiva produziu miné- I A F European Regional C rios de cobre, zinco, estanho, manganês, ferro e bário. Development Fund LNEG Laboratório Nacional de E nergia e G eologia, I . P. Mineração histórica Louriçal do Pinheiro e A riqueza mineira do subsolo das terras de Castro Verde de há muito Penedão do Escalafreixo N^ que é conhecida. Cobre, chumbo, manganês, bário, eventualmente a prata e o ouro, são alguns dos metais que ao longo de mais de 3000 PORTUGAL anos aqui têm sido extraídos em projetos de maior ou menor Mina Branca Penedo Beturiano Castro dimensão, subterrâneos ou de superfície. Os primeiros indícios de Verde trabalhos mineiros foram encontrados na zona de Neves – Corvo, e aí Canal e Cerro do Seixo terão decorrido à volta do século VIII antes de Cristo. O cobre terá M sido o metal mais extraído nos afloramentos superficiais e que Entradas alimentaram a procura mineira de várias comunidades até à chegada Pedras do Montinho Casével (Museu da Ruralidade) dos romanos. É então, e apesar da ausência de estudos e de vestígios e da Ribeira Cachia Penedros, Cerros Altos, dos trabalhos mineiros desse período, que pelas evidências Moinho da Samarra Penedrões, Curralinho e Vigia monumentais a exploração do subsolo deve ter sido particularmente Cerro da Maré importante na região de Castro Verde. O “depósito votivo” de lucernas encontrado em Santa Bárbara de Padrões assim como o Caçoeira conjunto de “castelos” dos séculos I-III, que se associam a esta Cochilhas atividade, e que se distribuem numa faixa de território que vai dos Castro Verde Namorados até à ribeira de Cobres, já próximo do Salto, assim o (Museu da Lucerna) M comprovam. É contudo no século XIX, e em particular a partir de 1852, Cova dos S. Sebastião S. Marcos Charneca do Garrochal Courela dos Moinhos da Ataboeira que a atividade mineira ganha uma particular dimensão nesta região. Mouros Horta do Surdo A liberalização da atividade mineira e a existência de filões Cêrro do Lírio e particularmente ricos em manganês e barita, levou a um multiplicar Cabeço das Urzes Cova da Moura S. Pedro das Cabeças de projetos mineiros no concelho e que tiveram no Ferragudo, na e Zambujeiro Misericórdia, no S. Sebastião, na zona de Entradas e no Salto os seus Rocha principais palcos entre 1855 e 1975.

Achada Ferragudo e Felipeja Santa Bárbara Misericórdia dos Padrões Monte Velho

Mina de Ferragudo, Poço de Santa Moagem de minério, Cerro do Serpe 1945 (arq. LNEG). Bárbara (mina de lavaria de Neves Corvo. N^ Neves Corvo, 700m). Geologia Neves Corvo 3 km Minas antigas de manganês e ferro e de barite e galena Minas do Concelho de Castro Verde Algaré Localizado na planície do Campo Branco o concelho de Castro Verde Sedimentos Cenozóicos Minas de sulfuretos maciços é marcado por várias explorações mineiras, de pequena dimensão e Paleozóico superior Fm. Mértola - Flysch do Baixo Alentejo actualmente abandonadas, de manganês e ferro e de barite e Minas de manganês e ferro Castelo Faixa Piritosa Ibérica galena. Estas explorações desenvolveram-se fundamentalmente na Minas de bário e chumbo segunda metade do séc. XIX, conhecendo no séc. XX períodos Complexo Vulcano-Sedimentar Falha descontínuos de produção. Tal como hoje, a indústria extractiva foi Grupo Filito-Quartzítico em tempos uma fonte de trabalho alternativa à agricultura para as Estrada, caminho de ferro gentes de Castro Verde. Mapa ad. SGP Fl. 8 1:200 000, Oliveira et al. 1988 Entre estas minas destacam-se as de Ferragudo e Felipeja, localizadas junto à aldeia de Rosário. Concessionada em 1865, após registo mineiro realizado em 1859, a mina de Ferragudo conheceu o seu período áureo ! ATENÇÃO! nas décadas de quarenta e cinquenta, contabilizando-se então reservas de 51937 t. A partir dos óxidos e carbonatos de manganês 1. CIRCULE apenas nos TRILHOS PRINCIPAIS; 4. NÃO faça LIXO ; produziam-se concentrados respectivamente com 50% a 30% de 2. NÃO DANIFIQUE as infra-estruturas ; 5. Se pretender apanhar ROCHAS E MINERAIS, manganês. A actividade mineira decorreu em Ferragudo até 1975 quer 3. NÃO TOQUE NAS ÁGUAS ÁCIDAS de faça-o APENAS NAS ESCOMBREIRAS. a céu aberto, quer em galerias até cerca de 40 m de profundidade. cor avermelhada;