Manual do Apostolado da Oração

(Rede Mundial de Oração do Papa) Obras sobre o Apostolado da Oração e o Coração de Jesus

Acreditar no Amor Dário Pedroso, S.J. Amar o Amor – Santa Margarida Maria Alacoque Autobiografia de Santa Margarida Maria Alacoque Documentos da Igreja Sobre o Coração de Jesus Eis o Coração (2ª ed.) Dário Pedroso, S.J. No Coração da Igreja – Actualidade do Apostolado da Oração Dário Pedroso, S.J. O Caminho do Coração Dário Pedroso, S.J. Para Nascer de Novo – Devoção das Primeiras Sextas-Feiras Ottavio de Bertolis, S.J. Viver em Oferecimento António José Coelho, S.J. Manual do Apostolado da Oração

(Rede Mundial de Oração do Papa) Na capa: Coração de Jesus (Nuno Branco, s.j.)

Capa Francisca Cardoso

Paginação Francisca Cardoso

Impressão e Acabamentos Tadinense, Artes Gráficas

Depósito Legal nº 411802/16

ISBN 978-972-39-0816-9

Julho de 2016

Com todas as licenças necessárias

© SECRETARIADO NACIONAL DO APOSTOLADO DA ORAÇÃO Rua S. Barnabé, 32 – 4710-309 BRAGA Tel.: 253 689 440 / Fax: 253 689 441 www.apostoladodaoracao.pt / [email protected] Apresentação

Tem nas suas mãos o novo Manual do Apostolado da Oração. Na linha das anteriores edições, este livro tem como objetivo dar a conhecer o Apostolado da Oração e os modos concretos de viver esta proposta, individual e comunitariamente. A novidade desta edição prende-se com a mudança que se verificou no Apostolado da Oração, a nível internacio- nal, que agora se apresenta mais explicitamente como a Rede Mundial de Oração do Papa. O processo de Recriação do Apostolado da Oração, que I se iniciou em 2010 e terminou em 2014, com a aprova- ção do Documento de Recriação «Um caminho com Jesus II em Disponibilidade Apostólica», pelo Papa Francisco, está III agora na sua fase de implementação. É nesta fase que este Manual adquire a sua razão de ser: constituir-se IV como referência para conhecer, aprofundar e viver tudo V aquilo que tem a ver com o novo dinamismo do Aposto- lado da Oração. VI

Para além da história do Apostolado da Oração e da 5 apresentação das linhas mestras da sua identidade e missão, este Manual é uma ajuda concreta para todos os que procuram, no seu dia a dia, viver uma relação de in- timidade com Jesus, centrada no amor do seu Coração, e oferecer a vida em união com as intenções do Papa, para bem do mundo e da missão da Igreja. Este novo Manual dirige-se, portanto, a todos os que, individualmente ou em grupo, pretendem viver a propos- ta do Apostolado da Oração e a participação nesta Rede APRESENTAÇÃO | PÁG. 6 comprometidas comasuamissão. nos édadoviver comopessoasapaixonadasporCristoe Mundial deOração, procuraremos estaràaltura doque de missãoe, como Apostolado daOração, unidosemRede do mundo edamissãoIgreja hojesãoonossocampo sidades decadatempo. Tal comonopassado, osdesafios tradição, sempre soubeadaptar-se eresponder às neces- lado daOração nonossopaís, oqual, nasuariquíssima de revitalização damissãoepresença do Aposto- devoção aoSagrado Coração deJesus. Jornada MundialdeOração pelasintençõesdoPapa, ea de oração do AO, emparticularaprimeira sexta-feira, as celebrações comunitárias relacionadas comaprática Oração; porfim, esteManualéumútilinstrumentopara de baseànova compreensão evivência do Apostolado da ros, etc., o«CaminhodoCoração» –oitinerário queserve guia deaprofundamento espiritual para encontros, reti - apostólicas, nalinhadarecriação; apresenta tambémum ção nasparóquias, ouacriaçãodenovas comunidades dos Centros do Apostolado daOração easuarevitaliza - responsáveis pastorais, tendoemvistaaimplementação Mundial deOração. Serve tambémdeorientaçãopara os Secretário Nacionaldo AO P.António Valério,sj Esperamos queestanova ediçãosejaumaoportunida- I

A HISTÓRIA DO APOSTOLADO DA ORAÇÃO

1. INTRODUÇÃO

Durante o processo mundial empreendido para a Recriação do Apostolado da Oração (AO), foi muito importante fazer uma reflexão sobre a sua origem histórica. Ao propor um AO recriado, insinuando, ao mesmo tempo, algo radicalmente novo e não apenas uma adaptação de conteúdos antigos, foi necessário rever a nossa história para tomar cons- ciência da novidade e do entusiasmo dos seus inícios. Recriar o AO era um desafio a propor algo novo, mas tendo atenção em não perder a nossa identidade específica. Procurámos caminhar em I fidelidade criativa ao carisma original, sem renun- II ciar à própria história. Movia-nos a convicção de que a dinâmica que III nos foi dada nesse longínquo ano de 1844, ano do IV nascimento do AO, foi um dom do Espírito para toda a Igreja que não poderíamos perder. Con- V tinuamos a acreditar que o mesmo Espírito nos VI ilumina hoje através do AO, abrindo-nos a um ca- minho útil e adequado às necessidades espirituais 9 dos nossos contemporâneos. Quisemos também caminhar num espírito de dis- cernimento e liberdade interior, condições necessá- rias para encontrar a vontade de Deus. Mantendo distância de certas formas e práticas que o AO to- mou ao longo da sua história, podemos hoje recu- perar o conteúdo dessa chama inicial e propô-la de um novo modo. I - A HISTÓRIA DO APOSTOLADO DA ORAÇÃO| PÁG. 10 contavam aos jesuítas mais jovens osseustrabalhos tinham formado. Comnaturalidade eentusiasmo, pátria, emvisita, passavam peloseminárioondese cular emMaduré, nosuldaÍndia, aoregressarem à como missionáriosemterras longínquas, emparti- creta: ossacerdotes querealizavam oseuministério proposta surge apartirdeumasituaçãomuito con- tudo oquefaziamdurante odia. Ocontexto desta sionários nasuavidacorrente, unindo-seaCristoem vens, propôs-lhes ummododeserapóstolosemis- cisco Xavier Gautrelet, sj, diretor espiritualdestesjo- jovens jesuítas, em Vals, no sul de França. O P. Fran- da históriado AO. elementos serão encontrados nestareinterpretação rede mundial deoração eoserviçoàjustiça. Estes simbolizada noseuCoração, oserviçoàIgreja numa Jesus, viver numa relação pessoaleafetiva comEle, bilidade apostólica, acolaboração comamissãode Parece-nos queesteseixoscentrais são:adisponi- que continuam aserválidos para omundo dehoje. nos pareceram centrais nonossocarismainicial e criação do AO, recuperámos oseixosespirituaisque sentar. Nonosso esforço portornarrealidade are- o pontodepartidapara oquehojepoderemos apre- cer, cheios degratidão, oqueéirrenunciável no AO e 2. BREVEAPONTAMENTO HISTÓRICO O AO nasceuem1844, numa casadeformação de Visitar anossahistóriaéocaminhopara reconhe- e aventuras, tantas pessoas e situações necessitadas do Evangelho. Escutar as narrações de fervor e ação missionária entusiasmava-os, mas também causava tristeza e desânimo nos jovens estudantes de Vals, ao constatarem que ainda lhes faltava muito para se- rem ordenados sacerdotes e receberem uma missão: os estudos tornavam-se intermináveis, os exames áridos, os tempos de convívio pura perda de tempo, as orações rotina, os apostolados pouca coisa. Bus- cavam consolação dedicando horas na biblioteca a ler livros sobre a Índia, com o consequente descuido nos estudos. O P. Gautrelet far-lhes-á então uma pro- posta que lhes permitirá encontrar um novo sentido I no meio das frustrações que experimentavam. II Na missa de 3 de dezembro de 1844, Gautrelet explica que S. Francisco Xavier entregou a sua III vida seguindo a Jesus Cristo, e que celebrá-lo hoje IV implicava fazer a mesma coisa. Francisco Xavier chegou até às portas da China e passou muitas V tribulações, movido pelo seu amor apaixonado a VI Jesus. Hoje, nas próprias circunstâncias, cabe rea- lizar a mesma missão cristã mas aqui, na casa de 11 formação de Vals, e não no longínquo Oriente. Era a mesma eleição, o mesmo chamamento de Jesus, o mesmo amor apaixonado, a mesma missão, mas com tempos e formas diferentes. Convidava a to- dos – estudantes e professores, seus dirigidos ou não – a ser missionários aqui e agora através da simples oferenda a Deus de tudo o que faziam, es- forçando-se por serem disponíveis a Cristo, para cumprir bem as suas obrigações de cada dia. No I - A HISTÓRIA DO APOSTOLADO DA ORAÇÃO| PÁG. 12 desordenadas, para asalvação daalma, como tinham vontade divina, depois de tirar de si todas as afeições como centro, cada dia, adisposiçãodaprópria vidana todo odiafossepara oSenhor. Convidava-os ater rariam comelaasuadecisãoedisposiçãodeque oferecimento dodia, aoiníciodajornada. Decla- para manter este espírito era uma oração de ponder comgenerosidadeatantobemrecebido. tos acumpriroqueElelhespediaagora eacorres- dizia-lhes, edeviam responder-Lhe estandodispos- o amordoCoração deJesus queostinhaescolhido, cada dia, asuadisponibilidadeeentrega davida. Era querer renovar o seu amorporJesus efazernova, Senhor. Oqueimportava era aatitude interiorde vivessem cadapequenacoisaunidosaoCoração do tólicas quantoasdosmaisfervorosos pregadores, se com omesmoamor. As suasvidasseriamtãoapos- missionários maissacrificados, seelesasviviam tão úteispara amissão da Igreja quanto asvidasdos Fê-los entenderqueassuasvidaseram tãoválidas e a oferecer asuavidapelasalvação dahumanidade. diários, disse-lhes, euni-losaCristoquecontinuava Deviam oferecer aDeuscomamorosseusafazeres fazer muito oqueimportava, massimoamar era oamoreadedicação comqueofaziam. Nãoera der que, maisimportantedoqueaquilofaziam, «apostolado daoração», oP. Gautrelet fê-losenten- bem oseudever deestudantes. caso dosjovens, deviam, antesdemais, cumprir A prática concreta queoP. Gautrelet lhessugeria Ao propor-lhes praticar oqueelechamou um muito. aprendido nos Exercícios Espirituais de Santo Iná- cio (EE 1). Aquilo que então se chamou o Apostolado da Oração mostrar-lhes-ia um caminho que os aju- daria a tornar realidade a ideia de buscar e encontrar a Deus em todas as coisas, mesmo as mais simples e prosaicas, para em tudo amar e servir (EE 233). Em síntese, o AO propunha-lhes o exigente e apaixonante caminho de viver em permanente disponibilidade apostólica por amor do Senhor. Re- novariam em cada dia o sim que tinham dado ao Senhor nos Exercícios Espirituais, pedindo nova- mente a graça de responder com toda a generosi- dade ao chamamento do Rei Eterno. I

Isto deu aos jovens jesuítas um novo entusias- II mo nos afazeres quotidianos que antes lhes causa- vam aborrecimento. Entenderam que, com os seus III esforços e gestos de cada dia, podiam expressar o IV seu amor terno e pessoal a Jesus e que, através de- les, estavam a responder à missão para a qual Ele V os chamava. Sentiam-se dispostos a fazer por Ele VI qualquer sacrifício. Queriam de verdade ser bons missionários para o seu Senhor, agora e no futuro. 13 O exercício quotidiano da oração de oferecimen- to permitiu-lhes, além disso, entender a unidade desta prática com a oferenda de Jesus ao Pai, que tornavam presente cada manhã na Eucaristia. Compreenderam que a oferenda dos seus corações era, de certo modo, uma oferenda eucarística, como toda a vida de Jesus o fora e misteriosamente conti- nuava a ser. Jesus amou-os «até ao extremo», dando a vida por eles, e isto tornava a fazer-se realidade I - A HISTÓRIA DO APOSTOLADO DA ORAÇÃO| PÁG. 14 e agradecer oqueDeus tinha feitonassuasvidas do dia, a oração doexame permitia-lhes reconhecer manhã coma sua oração deexame ànoite. Nofinal ção entre aoração deoferecimento quefaziampela sionários espalhadospelo mundo. quotidianos, nosustentodos trabalhos dessesmis- Igreja ecolaboravam, com o seusacrifícioeentrega Cristo uniam-seespiritualmenteatodamissãoda cioso, humilde, masimportanteeefetivo, pois em formação para osacerdócio. Umapostoladosilen- lhes cabia nessemomento, comoestudantesem dos. Esseera precisamente oseuapostolado, oque tarefas simplesdecadadia, emparticularosestu- diam-na tornarrealidade desdejá, nafidelidadeàs da missãodeCristo. A entrega radical porJesus po- quas para começaraserapóstolosecolaboradores ção sacerdotal, ouserenviados para terras- longín perar até ao final da sua formação, da sua ordena- Agora era-lhes muito claro quenãotinhames- Sonhavam sermissionáriosedaravidaporJesus. recer assuasvidasera umverdadeiro apostolado. ção deoferecimento quefaziamcadamanhã. misteriosa eprofunda, ajudadospelasimplesora- los outros. As suas vidas uniam-se a esta realidade corações (evidas)oferecidas aDeuseentregues pe- corações eucarísticos como o de Cristo, quer dizer, precisamente esteoconteúdodoquepediam:ter ções seassemelhassemaoCoração deJesus, eera para elesnaEucaristia. Queriamqueosseuscora - Os jovens jesuítastambém estabeleceram- aliga Entenderam queviver cadadiaestemododeofe- com o que Lhe tinham oferecido pela manhã. Estes dois momentos de oração, de manhã e à noite, tor- navam-nos mais disponíveis à ação de Deus neles, durante todo o dia, e mais atentos a deixar-se guiar por Ele. Estas práticas e o nascente Apostolado da Oração difundiram-se entre os cristãos da região circunvi- zinha de Vals, começando pelos camponeses que os jovens jesuítas visitavam nos fins de semana. Estes também foram convidados a colaborar na missão de Cristo, vivendo em fidelidade ao Evangelho e ofe- recendo os seus trabalhos, sofrimentos e a sua ora- ção pela Igreja. Também eles podiam ser apóstolos. I

Em pouco anos, esta nova proposta de vida tinha-se II difundido em todo o país, e fora dele, chegando a ter milhões de aderentes. Formaram-se grupos do III

AO nas paróquias e instituições católicas, criou-se IV uma estrutura bem definida de Diretores à cabeça da nova associação em cada Diocese, os bispos en- V carregavam-se de assegurar a sua vitalidade. O AO VI passou a ter, em muitos lugares, a forma visível e estruturada de um Movimento eclesial. Também se 15 propunha o AO sem necessidade de pertencer a es- tes grupos específicos, pois todos os cristãos eram convidados a viver o seu espírito e a seguir as suas práticas simples. Estes dois modos de viver o AO estavam presentes desde os seus inícios. Canoni- camente foi considerado, pouco tempo depois, uma pia associação de fiéis. A prática do AO dava aos seus seguidores um novo sentido ao esforço e rotina de cada dia. A mo- I - A HISTÓRIA DO APOSTOLADO DA ORAÇÃO| PÁG. 16 se tornavam úteis para sustentaramissão daIgreja. laborar comEle, sentindoqueassuasvidas simples sentiam-se apóstolos escolhidosporJesus para co- disso, fortaleciaoseusentidodepertençaàIgreja, todos esses cristãos a dimensões universais. Além mados “países demissão”, abria oshorizontes de sociedade edaIgreja, demodoespecial peloscha- Geral eIntençãoMissionária. todo omundo católico. Foram chamadas Intenção para cadamêseseencarregaria dedifundi-laspor o AO receberia doPapa duasintençõesdeoração -se umasegunda intençãodeoração, demodoque a todososcatólicos. A partirde1928, acrescentou- va umapreocupação suaepelaqualpediaorações AO umaintenção mensal deoração, queexpressa- Além disso, desdeessaaltura começouaconfiarao à CompanhiadeJesus, napessoadoPadre Geral. sumiu-a comoumaobra própria doPapa econfiou-a para apoiarespiritualmente amissãodaIgreja. As- cos que ofereciam as suasvidas e asua dedicação ressou-se porfazersuaestaimensarede decatóli- do sacerdócio comum dosfiéis. muito antesquesefalassedavocação batismalou tidiana eparticiparnosacerdócio detodaaIgreja, ver opróprio batismonasimplicidadedavidaquo- missão daIgreja. Deus comoummododecolaboração com Cristona nótona vidaquotidianapodiaagora ser oferecida a Orar comestasintençõesportemasmundiais da No períodoentre oano1890e1896, oPapa inte- Dito deoutro modo, o AO dava-lhes meiospara vi- O enunciado dos temas propostos pelo Papa ano após ano evoluiu até aos nossos dias. Hoje verifi- camos que uma boa parte das intenções de oração manifestam a preocupação da Igreja universal pela paz e pela justiça no mundo. Orar por elas coloca os cristãos, mês a mês, diante dos grandes desafios e necessidades da humanidade, pelos quais são con- vidados a comprometer as suas vidas em oração e em serviço.

3. A ATUALIDADE DAS RAÍZES HISTÓRICAS DO APOSTOLADO DA ORAÇÃO I

II À luz do que foi dito, retemos da intuição original do Apostolado da Oração: III • O AO é, antes de mais, uma ajuda para con- IV

cretizar, desenvolver e manter uma atitude diá- V ria de disponibilidade apostólica, através do ofe- recimento da própria vida. VI

• O AO é uma proposta que ajuda a unir a vida 17 quotidiana com a missão que Deus tem para cada um, em docilidade ao seu Espírito. É re- conhecer que o coração de cada cristão é um terreno fértil para o chamamento e compromis- so com a missão de Cristo Ressuscitado. • As práticas do AO apontam para o cultivo de uma relação pessoal e afetiva com Jesus I - A HISTÓRIA DO APOSTOLADO DA ORAÇÃO| PÁG. 18 que seestáarezar. compromete-nos aatuarsegundo aquilopor trabalhar pela justiçadoReino. Orar como AO -nos aajustarmo-nosmelhor aoEvangelhoea e questionaonossoestilo de vida, convidando- munhão commuitos outros, prática privada eíntima, maspõe-nosemco- Orar porestasintençõesnãosereduz auma na oração pelas intençõesdaIgrejaedoPapa . mundo, que em pouco tempo se concretizaram da Igreja eàcontemplaçãodosproblemas do de missão. a servirIgreja, aentendervidaemchave de Jesus. Ensina-nosafazerdavidaEucaristia, vel, talcomo estassedãounidasnoCoração e missão de um modo compacto e insepará - eucarística, ouseja, articulaEucaristia, Igreja mente esclarecida. riência religiosa, maisoumenosprofunda- da suacultura, nível socioeconómicoouexpe­ são responder lhe de desejo com generosidade. o exprimindo e Deus através daoração, reconhecendo odomde • • • O AO nasceprofundamente unido àmissão Assim,o AO Estas práticas, comoseucaráter simples, acessíveis atodos, independentemente configura avidanumadinâmica

em todoomundo, 4. CONCLUSÃO

No meio das tensões do mundo atual, complexo e sem coração, a intuição do P. Gautrelet pode ajudar a gerir melhor as exigências da vida diária, dando- -lhes um novo sentido, um sentido apostólico, junto a Jesus. Recorda-nos que os grandes momentos e os grandes resultados preparam-se no amadureci- mento lento da vida de cada dia, que nos permitirá viver contentes, levando a uma maior sobriedade de vida. As silenciosas práticas do AO têm uma grande fecundidade apostólica, pois unem-nos a Je- sus e apenas n’Ele pomos a esperança de um mun- I do novo, pelo qual pedimos e trabalhamos. II Por isso, queremos recriar o AO, para que nos fa- çamos mais disponíveis à missão de Cristo hoje. III

Queremos tornar acessível aos homens e mulheres IV de hoje, numa linguagem renovada e significativa, um caminho de disponibilidade apostólica para co- V laborar com a missão do Ressuscitado, onde cada VI um se descobre convidado a viver com Ele uma re- lação íntima e pessoal, recebendo o amor do seu 19 Coração e respondendo ao seu chamamento. O AO Recriado espera continuar a ajudar cada cristão, como o fez ao longo destes 170 anos, a viver a ale- gria profunda de ser apóstolo de Jesus Cristo, com- prometido com Ele no serviço ao mundo.

II

IDENTIDADE E MISSÃO

A REDE MUNDIAL DE ORAÇÃO DO PAPA

O Apostolado da Oração é a Rede Mundial de Ora- ção do Papa ao serviço dos desafios da humanidade e da missão da Igreja. O seu propósito é ajudar os cristãos a rezarem e viverem os desafios da huma- nidade que preocupam o Papa (intenções), inseri- dos na sua rede de oração. Estas intenções são as chaves-mestras para a oração e para a missão. A participação nesta Rede Mundial de Oração é aberta a qualquer cristão, independentemente da sua pertença a espiritualidades ou grupos especí- ficos dentro da Igreja. Aqueles que aderem a esta I

Rede são convidados a ser, antes de mais, apóstolos II na vida diária, por meio de um caminho espiritual chamado «Caminho do Coração», que transforma o III modo de estar ao serviço da missão de Cristo. IV A proposta do Apostolado da Oração assenta em dois pilares fundamentais: o primeiro é a amiza- V de com Jesus, o encontro pessoal com Ele, que nos VI leva a reconhecer o seu Amor, de modo particu- lar na Eucaristia, e a desejar oferecer-nos com Ele 23 na missão que o Pai quer para cada um de nós, na nossa realidade concreta; o segundo é crescer nesta consciência de estarmos unidos em Igre- ja através da oração pelas intenções que o Santo Padre confia à sua Rede Mundial de Oração, e de nos comprometermos com esta intenção, não só através da oração, mas também através de algum compromisso particular, segundo as possibilida- des de cada um. II - IDENTIDADE E MISSÃO | PÁG. 24 dos desafios da humanidadeemissão daIgreja. ao estilodeJesus, unidasaoseu Coração, emfavor te omês, desedisporem interiormente para viver da Eucaristia. Éummodo desemobilizarem duran- rem-se emoração, demodoparticular nacelebração mundial deoração pelasintenções doPapa, auni- primeira sexta-feira decadamês, queéajornada ta Rede. Todas estaspessoassãoconvidadas, na to que reza pelas intenções do Papa faz parte des- 1. Omodomaiscomum lo queprocura edeseja: procurará omodoquemaisajudeesegundo aqui- o bemdetodososfilhosDeus. para cumprirasuavontade ecomprometer-se com mar cadaumdenósaserinteiramente disponível fora destechamamento, poisDeuscontinua acha - por Jesus Cristoepelasuamissão. Ninguém está des eclesiaislocais, sementedeumrenovado fervor Apostolado daOração e aserem, nasvárias realida- te percurso, aaprofundarem ariquezaespiritualdo em Portugal fazatodosesteapeloentrarem nes- de Oração doPapa? Como fazerpartedaRedeMundial O símbolo por excelência da união com esta Rede Qualquer pessoa, grupoparoquial oumovimen- Existem vários modosdeparticipação. Cadaum O Secretariado Nacionaldo Apostolado daOração Mundial de Oração é rezar diariamente pelas in- tenções do Papa e, como se disse, de uma forma es- pecial na primeira sexta-feira de cada mês, dia em que, tradicionalmente, se recorda a revelação do amor de Deus na cruz e o amor do seu Coração pela humanidade. Sugere-se uma atenção particular às indicações do Secretariado Nacional do Apostolado da Oração para esta jornada.

Este primeiro modo dá à vida um sentido e um propósito! A recriação do Apostolado da Oração, aprovada pelo Papa Francisco no documento Um caminho com I

Jesus em disponibilidade apostólica, apostou tudo na II oração. As intenções do Santo Padre são conhecidas em todo o mundo. Todos os anos faz um chamamen- III to à ação, uma convocatória mundial a rezar cada IV mês pelas suas intenções e a transformar a nossa oração em «gestos concretos». Confia ao Apostolado V da Oração, que é a sua rede mundial de oração, uma VI intenção por mês. Estas são um resumo do seu plano de ação para nos mobilizar, mês após mês, para um 25 objetivo concreto, que representa um verdadeiro desafio para a humanidade e a Igreja. Convida-nos, mundialmente, a construirmos um mundo mais humano e solidário. Em cada mês, um novo desafio inunda o nosso coração e leva-nos a viver a nossa fé na vida quotidiana, pondo em atos a nossa oração. Cada desafio constitui um propósito para o mês. II - IDENTIDADE E MISSÃO | PÁG. 26 do. Sãoguias para ajornadaespiritual domês. Ao das nossas vidas, em comunhão com todo o mun- São chamamentos concretos àaçãonoaquieagora como algomeramente «intelectual»ou«formal». leva àação. Nãodevem, porisso, serconsideradas ções deoração doPapa implicam umdesejoque sumimos comotarefa. lavras. Aquilo quepedimosaDeuscomograça, as- do valor epa- apostólicoquetêmosnossosgestos mundo dasnossasresponsabilidades, conscientes a iniciarjornada. Estaoração submerge-nos no dia rezando ooferecimento diário, quenosdispõe pósito aosnossosdias». Cadamanhãiniciamos o aquilo que rezamos. Damos um sentido e um pro- movimento. «Rezamosjuntosepomosemprática Durante estesdias, aoração colocaomundo em DA MUNDIALDEORAÇÃO quedura 30ou31dias. Mundial deOração do Papa propõe umaJORNA - encarnou no Evangelho. Todos os meses, a Rede mundo ondereinem osvalores humanosqueJesus zar-nos com um objetivo: construirmos juntos um construir umarede mundial deoração eamobili- têm umsentidoepropósito. Destinam-se a a missãodaIgreja, comotambémasdesignamos, tenções doPapa, oudesafios para ahumanidade e ou determinaçãodavontade emfazeralgo. As in- Os desafiosdahumanidade expressos nasinten- A Jornada MundialdeOração «Intenção» éuma palavra queexprime adecisão Que sentidoepropósito têmasintençõesdoPapa? dar ação às nossas orações, descobrimos o poder transformador que têm os nossos gestos e as nos- sas palavras. Fazem-nos ver o grau de responsabili- dade que temos naquilo que pedimos a Deus. Rezar e viver os desafios para o mundo que nos propõe o Santo Padre ajuda-nos a viver mais centrados no essencial e a não nos preocuparmos em acumular «tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem os corroem e os ladrões arrombam os muros para os roubar» (Mateus 6, 19). O verdadeiro crescimento es- piritual nunca se dá de maneira isolada e individual, por isso, as primeiras sextas-feiras do mês (ou ou- tro dia que se considere oportuno, segundo os luga- I res e os costumes) é o dia escolhido para rezarmos II juntos e inaugurarmos o caminho espiritual que denominamos «Caminho do Coração» e que dura III um mês. Rezamos em comunidade, como Jesus nos IV recomendou, «porque onde se reúnem dois ou três em meu nome, Eu estarei no meio deles» (Mateus 18, V 20). Não podemos pedir a paz para o mundo se não VI pacificarmos o nosso coração. Por isso, melhoramos o mundo levando à plenitude a nossa fé. 27

2. O modo mais comprometido e com maior sentido de pertença

Fundamento Seguir o «Caminho do Coração» (cfr. Capítulo IV), um caminho espiritual e de formação que conver- te o cristão em apóstolo da oração na vida diária. São nove passos para viver profundamente unido II - IDENTIDADE E MISSÃO | PÁG. 28 Igreja, talcomoseexprimem nas intençõesoude- meios, caminhos, modosdecolaborar na missão da essencial desta segunda modalidadeéencontrar os revisão devidapara serdócilaoEspíritoSanto. O ções daIgreja, ameditaçãodaPalavra deDeusea oferecimento daprópria vida, aoração pelasinten- momentos deoração comJesus. Estesassinalamo Rede MundialdeOração doPapa éviver ostrês mais profundo comaproposta departicipaçãona disponibilidade apostólica. estas ajudar-nos-ão amoldarosnossoscorações à o itinerário quechamamos OCaminhodoCoração, tras novas quedesejamos propor. Juntamente com no tesouro da nossa tradição, práticas e ou- antigas de criativa» do àintuiçãooriginal AO, procuramos, do AO têmsidomuito variadas. Hoje, em«fidelida- velhas (Mateus 13, 52). dono decasaquedoseutesouro sabetirar coisasnovas e cada mês, através dassuasintenções. rência asorientaçõespara amissãoque oPapa dá meiras sextas-feiras domês, etc.), tendocomo refe- meio deretiros, encontros, palestras nasnove pri- mais ativamente naRededeOração doPapa (por caminho éproposto aquantosdesejamparticipar ao Coração deJesus, aoserviçodasuamissão. Este O primeiro mododeumcompromisso pessoal Ao longodosseus170anos, aspráticas espirituais Um escribainstruídosobre oreino dosCéusécomoum 2.1 –Compromisso pessoal safios da humanidade que o Papa confia à Igreja, na sua Rede Mundial de Oração.

Os três momentos do dia: O percurso espiritual do Apostolado da Oração quer levar aquele que o faz a criar e desenvolver uma espiritualidade quotidiana, muito próxima da vida. Esta espiritualidade leva a uma atitude de dis- ponibilidade interior a realizar a vontade de Deus no dia a dia. É a disponibilidade própria dos Após- tolos, tocados pelo amor de Jesus e desejosos de O seguir sempre e em cada momento, com simplici- dade e radicalidade. Nada está fora, na nossa vida, I da força e da alegria do Evangelho que Deus quer II que se concretize no nosso quotidiano. Este percurso concretiza-se em três momentos de III oração, simples e breves, ao longo do dia, que aju- IV dam a pôr em prática a atitude de disponibilidade apostólica. Para os viver, deve escolher-se a moda- V lidade que inspire maior gosto espiritual e ajude a VI estar mais disponível ao Senhor Ressuscitado. Po- de-se recorrer a uma imagem de Jesus ou um cruci- 29 fixo, pode ser num lugar especial em casa, pode ser recitando uma oração sugerida, pode ser usando meios digitais, etc.

a) Com Jesus pela manhã: Ao iniciar o dia, num momento de silêncio, faço-me presente diante de Jesus Ressuscitado que está comigo. Peço ao Pai que me faça disponível à missão do seu Filho para este novo dia, oferecendo o que sou e o que tenho. II - IDENTIDADE E MISSÃO | PÁG. 30 dia unidoaEle. Jesus dá-me asuabênção. me omeucoração. Peço-Lhe ajudapara viver outro vida epeço-Lhe que, nasuamisericórdia, transfor deço. Vejo comofuiobstáculoàsuaaçãona minha modo fuidisponível àsuamissãoetambémagra - durante esse dia, e agradeço. Pergunto-me de que ajude areconhecer apresença deJesus comigo mento desilêncio, peçoaoEspíritoSantoqueme em caminho ou em repouso, em casa ou no trabalho. e diantedassituaçõesquevão surgindo. nuamente apresença deDeusemcadamomento cer” a paixão doseguimento, masrecuperar conti- assumido pelamanhã, para nãodeixar “adorme - te deDeus, omeucompromisso dedisponibilidade ragem, maisoumenoslongo, emquerenovo, dian- tecer, unido àsintençõesdoSantoPadre. ser e oferecendo o dia, com tudo o que vier a acon- Deus agraça deestardisponível para oqueElequi- sobre odomdavidaesobre omundo, pedindoa gundo asintençõesdoPapa para omêsemcausa. manidade e da missão da Igreja, e rezo por eles se- o meucoração àsnecessidades edesafiosdahu- recimento escrita. Peço aoEspírito Santoqueabra vras minhasourecorrendo aumaoração deofe- Posso expressar esteoferecimento usandopala- c) ComJesus ànoite:No final dodia, num mo- Posso fazê-lo em vários momentos ao longo do dia, b) ComJesus durante odia: faço um tempo de pa- Começo, assim, odiacomumolharagradecido - Trata-se de fazer o exame de consciência ava- liando a disponibilidade que se teve ao longo do dia para fazer aquilo que Deus foi pedindo ou, pelo contrário, colocando obstáculos à realização da vontade de Deus.

Não se pode ser apóstolo na vida diária sem um contacto frequente com a origem da própria mis- são, que é a Pessoa de Jesus. Estes três momen- tos de oração criam um ritmo que ajuda a faci- litar o encontro com o Senhor, a experimentar a sua misericórdia e a acertar, nas coisas grandes e nas coisas pequenas, com os desafios que nos I são pedidos em cada dia. Procuremos exercitar- II -nos, cada dia, no encontro com Jesus, que muda a nossa vida. III

IV 2.2 – Compromisso comunitário Quem desejar assumir de forma mais comprome- V tida a vivência desta espiritualidade, inserido numa VI comunidade concreta, pode fazê-lo pertencendo a um Centro do Apostolado da Oração. No futuro, será 31 também possível fazê-lo participando numa Comu- nidade Apostólica da Rede Mundial de Oração, na medida em que estas vierem a ser criadas. Importa sublinhar que estes dois modelos de per- tença comunitária não se excluem nem estão em concorrência entre si, mas existirão na medida em que, no contexto local, se achar mais apropriada a existência de um ou outro modelo. II - IDENTIDADE E MISSÃO | PÁG. 32 as intenções de oração para cada mês;pensaros para ajudar acomunidade arezar eaagirsegundo que iniciativas sepoderão tomar aolongodomês nhas daespiritualidadedo AO; conversar edecidir Jesus); lereestudaremcomum osestatutose- as li do oproposto naRevista Mensageiro doCoração de Intenções doSantoPadre para cadamês (seguin- de Jesus. na Oração Universal; promover ocultoaoCoração tê-las presentes nasintençõesdasEucaristiasou e Vidados BilhetesMensais(Oração ), eprocurando as intençõesdeoração doPapa, sobretudo através do Apostolado daOração naparóquia, divulgando tem comomissão: dos Associados, com umadireção paroquial, eque Centro, composto pelo conjunto dos Zeladores e religiosos. por umaEquipaDiocesana, compostaporleigose levar pordianteestaobra. Estedeve serajudado os Centros, ajudar os párocos e as suas equipas a da Oração, promover encontros formativos, visitar cal, quetemoencargo de dinamizaro Apostolado há umDiretor Diocesano, nomeadopelo bispolo- gundo umaestrutura diocesana. Emcadadiocese, tros do Apostolado daOração, quefuncionam se- b) Rezarerefletir, nas reuniões mensais, sobre as a) Empenhar-se emfomentaraespiritualidade A nível local, tendo como Diretor o pároco, há um Em muitas paróquias donossopaísexistem Cen- Os Centros do Apostolado daOração projetos a serem realizados no mês seguinte, ava- liar como vai o trabalho do grupo e a ação do Apos- tolado da Oração na paróquia, a eventual colabora- ção com a Comunidade Apostólica da Rede Mundial de Oração que exista, etc. c) Inserção, de alma e coração, na paróquia, per- guntando ao pároco o que é mais urgente e neces- sário fazer.

O Secretariado Nacional do Apostolado da Oração disponibiliza, aos Centros existentes e às comuni- dades que queiram criar ou refundar um Centro, todo o apoio necessário. I

II As comunidades apostólicas da Rede Mundial de Oração III

Estas comunidades inserem-se num novo mo- IV delo de Igreja que está a nascer, em que a vocação laical assume um papel muito importante, face V à escassez de clero e à necessidade de um maior VI compromisso dos cristãos com a vida de oração, pessoal e comunitária. Constituídas por grupos de 33 leigos, escolhidos e enviados pelo pároco, assumem como missão ajudá-lo na dinamização espiritual da própria comunidade paroquial, suscitando e reani- mando a experiência da relação pessoal com Cristo. Não são grupos fechados, pois não pertencem a nenhum movimento, mas têm como caraterística fazer a ponte entre o pároco e os diversos grupos existentes na paróquia, com o fim de ajudar a co- munidade a rezar. Idealmente, serão compostos por II - IDENTIDADE E MISSÃO | PÁG. 34 participação laicalnavida da comunidade cristã. sintam necessidadededinamizar modosnovos de do daOração, emparóquias nasquais ospárocos conse­ e açãonalinhadasintençõesdoPapa. ções eplataformasdigitais), aspropostas deoração nos seus vários canais de comunicação (publica- contros deformaçãoedivulgando todososmeses, panhamento destas comunidades, organizando en- oferece aformaçãoespiritualepastoral eoacom- são daIgreja local. o planopastoral de cada diocese, ao serviço da mis- ral juvenil. Sãocomunidades comprometidas com carístico Juvenil (MEJ), ondeesteexista, ouàpasto- dão apoio à secção juvenil do AO, o Movimento Eu- da Igreja expressos nestasintenções. Além disso, cada mêsosdesafiosdahumanidadeemissão também semobilizam, procuram modosdeviver tude dedisponibilidadeinteriorpara amissão, mas entreajuda comosgruposexistentes naparóquia. do próprio contexto, em espírito de colaboração e mas dasintençõescomasnecessidadesconcretas do Papa eacriaçãodepropostas para uniroste- centro dasuamissãoadivulgação dasintenções responsáveis dosgruposjáexistentes. Terão como As Comunidades apostólicaspodemsurgir como O Secretariado Nacionaldo Apostolado daOração Estas comunidades nãosórezam evivem emati- quência natural darecriação do Apostola- Participar na Rede Mundial de Oração do Papa Para participar na Rede Mundial de Oração do Papa deve manter-se uma ligação com o Secre- tariado Nacional do AO (que é o responsável pelo funcionamento do AO no próprio país). Esta ligação consiste em receber os seus folhetos, revistas, notí- cias ou outros materiais que ajudarão a aprofundar a relação com Jesus e a manter-se informado e in- tegrado na Rede Mundial de Oração do Papa. Acon- selha-se ainda, se for possível, a participação nos seus grupos, nas suas atividades de formação ou nas suas redes sociais na internet. I

2.3 – Consagração como Apóstolos da Oração II A quem deseja aprofundar mais este compro- misso ao serviço da Rede de Oração do Papa é feito III o convite de consagrar a sua vida ao Coração de IV Jesus. Quem assim se consagra torna-se apóstolo ao serviço das comunidades da Rede, do Secreta- V riado Nacional e da missão da Igreja, portanto, da VI Igreja local. Ou seja, quem se sinta chamado a uma união 35 mais estreita ao Coração de Jesus e deseje ofere- cer uma maior disponibilidade apostólica na sua missão, pode optar por fazer com Ele uma espe- cial aliança de vida, a que chamamos Consagra- ção ao Coração de Jesus. Embora esta consagração não seja uma condição indispensável para ser um Apóstolo da Oração, é o horizonte para o qual con- duz o «Caminho do Coração» e a vivência das prá- ticas do AO. É a eleição feita livremente por alguns II - IDENTIDADE E MISSÃO | PÁG. 36 ristia, onde recebo atuapalavra eatuaforça. celebração dossacramentos, emparticular aEuca- a relação Contigo, quenascedaoração pessoaleda unido a Ti todososdiasdaminhavida, cultivando vontade para aminhavida. ração, para quenãoamenadamais a Ti eatua alegrias. Principalmente Te consagro estemeuco- e trabalhos, asminhasesperanças, consolaçõese as minhaspalavras eobras, osmeussofrimentos o meuser. Consagro-Te osmeuspensamentos, ria, a minha inteligência, a minha vontade e todo Consagro-Te aminhaliberdade, aminhamemó- Oração doPapa. do umacolaboração maisestreita comaRedeMundialde ao Coração deJesus, como Apóstolo daOração, assumin- do mês, aniversários ououtras datasimportantes. dias especiais, porexemplo, aprimeira sexta-feira do comopróprio contexto. Pode serrenovada em Nacional para esseefeito, queaadaptará deacor seguindo asindicações dadaspeloSecretariado A Consagração ao Coração de Jesus será realizada dial deOração doPapa, nadifusãodasuamissão. significará umlaçomais estreito com aRedeMun- marca de uma maior pertença aCristo. Ela também para daràvidapessoal, familiaroucomunitária a Aceita, Jesus, omeudesejode viver totalmente Jesus, eumeconsagro aoteuSagrado Coração. Consagração Pessoal aoCoração deJesus Apresentamos umafórmula deConsagração pessoal - Proponho oferecer a minha vida e cada um dos meus dias pelas intenções do Santo Padre, unindo- -me à tua Igreja e a todos os meus irmãos e irmãs, especialmente os que mais sofrem. Que a oferta da minha vida sirva para o bem dos que mais preci- sam da tua graça. Acolhe esta minha consagração, como desejo de servir a tua Igreja como Apóstolo da Oração, ao ser- viço da Rede Mundial de Oração do Papa, colabo- rando na difusão da sua missão. Proponho-me unir a minha oração pelos desafios da humanidade e da missão da Igreja aos gestos concretos que tragam ao mundo a paz e a justiça que queres para todos I os teus filhos. II Torna o meu coração semelhante ao teu, cheio de misericórdia, humildade e confiança, e que a minha III vida seja, para sempre, um reflexo da tua bondade IV e do teu amor. V

VI EM RESUMO, O QUE FAZ E O QUE DISTINGUE O APÓSTOLO DA ORAÇÃO? 37 • Participa na Rede Mundial de Oração do Papa, rezando diariamente pelas suas in- tenções, em especial na jornada mundial de oração pelas intenções do Papa (primeira sexta- -feira do mês). • Vive diariamente os três momentos de ora- ção, para se colocar junto a Jesus ressuscitado e oferecer-Lhe a sua vida em disponibilidade apostólica. II - IDENTIDADE E MISSÃO | PÁG. 38 e dosseusprojetos. bilidade apostólica, cujocoração estácheio deJesus mento edisponibilidade. cada Eucaristia é, para o AO, o modelo de ofereci- de Jesus pelahumanidadequesefazrealidade em e aoseuestilo, aoserviçodasuamissão. A entrega na do Coração de Jesus e o dispõe a viver com Ele damentais emtodaavidacristã: – Oamoreadevoção aMaria, modelo dedisponi- – A Eucaristia, queoconduzàexperiência inter Vive tudoistoapoiadonaspráticas quesãofun- • • • • logia, vidaespiritual, sacramentos, etc.) alimentam a sua fé como cristão (Bíblia, teo- do AO, etc.)eemmatériasdeoutras áreas que oração deintercessão, identidadeehistória do Apostolado daOração (Coração deJesus, a relacionados diretamente comasuavivência apóstolo. Deveria incluir formação em temas comunhão comJesus eoajudaacrescer como que dáconteúdoàexperiência profunda de Assume anecessidadedaformaçãocontínua, pessoas quevivem o AO. de daRedeMundial, emuniãocomoutras Participa, quando possível, numa comunida- de vidaeitinerário deformação. Segue o«Caminhodo Coração» comoescola ções mensaisdoPapa. e para amissãodaIgreja presentes nasinten- em resposta aosdesafiospara ahumanidade Compromete asua vida emoração eserviço, - EXPLICAÇÃO DO LOGÓTIPO INTERNACIONAL DA REDE MUNDIAL DE ORAÇÃO DO PAPA

Contemplação da Encarnação I

O logo compreende-se com a «contemplação da II Encarnação» nos Exercícios Espirituais de Santo Iná- cio. «Ver as pessoas, umas e outras; e primeiro as da III face da terra, em tanta diversidade, assim em trajes IV como em gestos: uns brancos e outros negros, uns em paz e outros em guerra, uns chorando e outros V rindo, uns sãos e outros enfermos, uns nascendo e VI outros morrendo, etc.» (nº 106). Deus (a Trindade) contempla o mundo e, para salvar a humanidade, 39 por amor, decide encarnar-Se. «Deus amou tanto o mundo que entregou o seu Filho único... para que o mundo seja salvo por Ele» (João 3, 16-17). A decisão de Deus pede (convoca) a nossa decisão. Por isso, o mundo representa a Rede Mundial de Oração e a sua atenção aos desafios da humanidade e da mis- são da Igreja. II - IDENTIDADE E MISSÃO | PÁG. 40 sentindo aomesmo tempotodaanossaincapacidade de pressionantes quenosrelatam o sofrimento humano, ferença. Estamossaturados de notíciaseimagensim- o compromisso comarealidade eclesiallocal. e opaís, nocentro docoração, representam, nologo, que nãoencontre econoseucoração». Ocontinente não hárealidade algumaverdadeiramente humana tristezas easangústiasdosdiscípulosdeCristo; sofrem, sãotambémasalegrias easesperanças, as hoje, sobretudo dospobres edetodosaquelesque ranças, astristezaseangústiasdoshomensde spes (Concílio Vaticano II): «As alegrias e as espe- necessidades do mundo. Como afirma aGaudium et a todasasIgrejas, temumaperspetiva universal das como bispo de Roma, Igreja que preside na caridade Jesus navidadiária. Coração queleva aestardisponível para amissãode fios do mundo. Representa, portanto, oCaminhodo com Eleaoserviçodasuamissão, perante osdesa- Jesus, no mais íntimodoseucoração, desejaestar (AO). Quemexperimenta estarelação profunda com legiado escolhido, ouseja, o Apostolado daOração de doCoração deJesus, assimcomoomeioprivi- de Jesus nasuamissãodedifusãodaespiritualida- «Também comoindivíduostemosatentaçãodaindi- O AO éaRedeOficialdeOração do Papa. Este, Missão daIgreja Em 1986, S. João Paulo II confirmou aCompanhia O Coração deJesus intervir. Que fazer para não nos deixarmos absorver por esta espiral de terror e impotência? Em primeiro lugar, podemos rezar na comunhão da Igreja terrena e celeste. Não subestimemos a força da oração de muitos!» (Papa Francisco, Mensagem para a Quaresma 2013, nº 3).

«Quando a Igreja terrena reza, instaura-se recipro- camente uma comunhão de serviços e bens que chega até à presença de Deus. Juntamente com os Santos, que encontraram a sua plenitude em Deus, fazemos parte daquela comunhão onde a indiferença é vencida pelo amor» (Idem, 2). I

II

III

IV

V

VI

41

III

TEMAS DE APROFUNDAMENTO DA PROPOSTA DO APOSTOLADO DA ORAÇÃO

INTRODUÇÃO – O APOSTOLADO DA ORAÇÃO VIVE UM RENOVADO ENTUSIASMO

A todos os que fazemos parte desta Rede Mundial de Oração do Papa, é-nos dirigido o convite a nela entrar com todo o entusiasmo, a fim de viver com maior vigor e profundidade o inestimável tesouro espiritual que é confiado à Igreja através do Apos- tolado da Oração. Esta etapa da história do AO destina-se, em pri- meiro lugar, a todos os que já vivem esta espiritua- lidade e nela experimentam o modo privilegiado de encontro com Deus no seu dia a dia. Através do I nosso empenho, poderemos testemunhar a beleza II do nosso compromisso e desafiar, assim, novas pes- soas a integrarem esta enorme família de orantes, III espalhados por todo o mundo, na diversidade de IV línguas e culturas, e unidos ao Santo Padre nas suas preocupações pelo mundo e pela missão da Igreja. V VI

1. OFERECER O DIA PELA MANHÃ 45

Se perguntarmos a uma pessoa que faz parte de um grupo do Apostolado da Oração qual é a práti- ca espiritual que define esta sua pertença, dirá sem hesitação: «Fazer logo pela manhã, assim que me le- vanto, a oração de Oferecimento das obras do dia». Esta atitude faz parte, poderíamos dizer, do códi- go genético do Apostolado da Oração. Começar o dia dispondo-se interiormente a realizar a vontade de III - TEMAS DE APROFUNDAMENTO DA PROPOSTA DO AO| PÁG. 46 mo quenãoo sintamosevejamos. Deus, que detudofazcrescer umbemmaior, mes- que custamno diaadia, écolaborar comaobra de mundo. Oferecer opróprio sofrimento, ascoisas do nossosofrimentopara colocarmaisamorno o seupoder. Nasuamisericórdia, Deusserve-Se forma queapenasDeusconhece, para manifestar fé. Éacreditar queosofrimentopresente serve, na um grandeas dificuldades exige saltona própria é maisfácil, certamente, masoferecer-se para viver nos ensinou. Oferecer-se para viver ascoisasboas de bondade, deamizadeeperdão, comoJesus te, aprópria vidaparagestos queestafrutifiqueem reino deDeus, àqualtodossomoschamados. fazendo a parte que lhe compete na edificação do lações, osseusambientese, finalmente, o mundo, transformar omundo, primeiro oseu, assuasre- atitude deoferecimento estáavontade deamare transformar. Nocoração daspessoasquevivem esta apresentar-se diantedascoisascomvontade deas verdadeira paixão. Porque estardisponível implica Aqui estou!sósepodeentendernoregisto deuma não preencha ocoração. Dizercomaprópria vida Jesus. Não nosconseguimos oferecer poralgoque nasce deumcoração profundamente tocadopor tem, alegrias erealizações, tristezasesofrimentos, mo, dispor-se aserenviado porEle. nal, ser Apóstolo deJesus Ressuscitadoéistomes- Deus, nascoisasgrandes enasmaispequenas. Afi- Mas oquesignificaoferecer? Édar, gratuitamen- Este desejodeoferecer odia, comtudooque Começar cada dia nesta atitude, fazendo a oração de oferecimento mais tradicional ou usando outras fórmulas escritas, ou ainda pelas próprias palavras, ajudará certamente a ter Deus mais presente no dia, em cada gesto e em cada palavra. No percurso espiritual diário próprio do Apostolado da Oração, este é um momento fundamental, pois dizemos nas nossas palavras aquilo que queremos ser ao longo do dia que estamos a começar: disponíveis para a missão que Jesus Ressuscitado nos quiser confiar. Com um coração agradecido e entregue, pronto para a vida. I

II 2. REZAR AO LONGO DO DIA III

Só é possível entender a fundo a pessoa de Jesus IV entrando no seu segredo: a intimidade com o Pai. O porquê das suas palavras e dos seus gestos só V se pode perceber considerando as longas horas de VI silêncio que Jesus passava em oração. A relação de Jesus com Deus, seu Pai, era a sua escola de vida, 47 das suas opções e das suas relações. É por isso mes- mo que Jesus fala constantemente na oração. Pois preenche a vida, aprofunda-a e dá-lhe um sentido. Era tão forte a experiência da oração que os próprios discípulos Lhe pediram que os ensinasse a rezar. Temos muitas vezes a tendência de encarar a vi- vência cristã apenas na sua parte ativa, o serviço e a missão, nas várias formas da caridade. E esque- cemo-nos do motor e do motivo da ação, que é a III - TEMAS DE APROFUNDAMENTO DA PROPOSTA DO AO| PÁG. 48 colaboremos com ElenaconstruçãodoseuReino. a vidapessoal comavidadeCristoque desejaque sível tercadadiaummomentodeoração, unindo cessárias, hoje disponíveis de tantos modos, é pos- www.clicktopray.org). por milhares depessoas(www.passo-a-rezar.net e gelho Diário;eassuasiniciativas digitais, utilizadas cada dianodestacável daRevista Mensageiro; oEvan- site (www.apostoladodaoracao.pta BoaNova para ); a estemomentodeoração: ameditaçãodiáriano do daOração propõe diariamentediversas ajudas lectio divina. OSecretariado Nacionaldo Apostola- palavra de Deus, oudaoração doterço ouaindada frase repetida aolongododia, oudameditação ir fazendooqueElenospede. Ouatravés deuma renovar a disponibilidadepara, acadamomento, neste tempoécultivar aintimidadecomJesus e à concentração eaosilêncio. Oqueimportamais nos breves, nomomentododiaquemelhorajude vontade aolongododia. ção quenosajuda a tornarpresentes Deuseasua ção deoferecimento. Osegundo momentoéaora- vimos, oprimeiro momentodestecaminhoéaora- alguém quevive o Apostolado daOração. Como minho diáriodeumcristãoe, naturalmente, de a missãoumaatividade comoasoutras. oração. Semesta, oserviçotorna-sevoluntarismo e Com algumacriatividade ebuscandoasajudas ne- Pode serfeitodemuitas formas, maisoume- Deste modo, aoração diáriaéessencialnoca- 3. REVER O DIA COM JESUS

O terceiro momento de oração diária consiste numa revisão orante do dia. Tradicionalmente, chama-se a este momento de reflexão o «exame de consciência». Se bem que, na verdade, se trata disso, é importante não confun- dir este tipo de oração com o exame de consciência que antecede a celebração do Sacramento da Re- conciliação. Isto porque a tendência seria focar-se nos pecados e nas coisas que não correram bem e não tanto em ter um olhar mais alargado sobre o dia que passou. Fazer uma leitura centrada unica- I mente no que corre mal acaba por ser uma fonte II de desânimo e não estamos a olhar para a vida da forma que Deus quer, que é sempre mais aberta e III iluminada pela graça do seu Espírito. IV Este momento de oração, ao fechar o dia, deverá consistir essencialmente em examinar o modo como V se esteve diante da vida e dos seus desafios concre- VI tos, na lógica da disponibilidade apostólica, que é a «espinha dorsal» da atitude de oração do AO. Deve- 49 ria, por isso, consistir em três momentos ou etapas:

– Começar por agradecer o dia, a presença de Deus e os dons por Ele concedidos, dando-se conta da generosidade de Deus. – A seguir, perguntar-se de que modo se foi viven- do a disponibilidade para cumprir aquilo que Deus foi pedindo, numa situação concreta, numa deci- III - TEMAS DE APROFUNDAMENTO DA PROPOSTA DO AO| PÁG. 50 só osmaisjovens, mastodos aqueles, de idades rede éhojeoambienteonde nosmovemos, enão e ainformação emqualquerpontodo planeta. A anos, àrealidade dainternetedoacesso apessoas menclatura quediziarespeito, comoháalguns mes benefíciosdesteexercício espiritual. passar dotempo, sentir-se-ão, semdúvida, osenor mais autênticaeunidaàvontade deDeus. Como dar pequenospassosnadireção deumavidacristã rio deconfronto verdadeiro e humilde, quepermite vir e amar. Tem a vantagem de ser um exercício diá- de fundoperante avida, queéodesejodemaisser não nos centra apenas no mal, mas numa atitude muito eficazdeaperfeiçoamentoespiritual. Pois pedindo econstitui, comtodaacerteza, ummeio ir acertandoodiaacomaquiloqueDeusvai do aDeuseàsuavontade. nhã procurarei fazermelhoreestaraindamaisuni- seguinte. Ondefaltouamoredisponibilidade, ama- perdão eapropor umaemendaconcreta para odia somos entãoconvidados apedir, comhumildade, pelo contrário, fuiobstáculoaoamordeDeus? são, num encontro comalguém. Fuidisponível ou, A «rede» jánãoéapenasumaquestão de no- 4. AREDEMUNDIALDEORAÇÃO DOPAPA Este breve exercício éfundamentalpara poder – Comaconsciênciadoquepoderiasermelhor, - - muito diferentes, que contactam, de alguma for- ma, com os diversos meios tecnológicos ao nosso dispor. É muito claro que hoje a rede vive-se todos os dias e ocupa praticamente todos os âmbitos e atividades humanas, da saúde ao ensino, da infor- mação à produção industrial, da comunicação à investigação científica. Olhando para a nossa história, é curioso dar-se conta que o Apostolado da Oração, na sua designa- ção canónica, tem o nome de Associação de Fiéis. Nos tempos mais recentes, falava-se muito de Família de orantes. E, hoje, a linguagem usada na recriação do Apostolado da Oração refere o AO como a Rede Mun- I dial de Oração. Por isso, a ideia de associar pessoas, II de vários países e culturas, num objetivo comum, que é rezar pelas intenções do Papa, oferecendo o III dia, unidos a Cristo, por essas intenções, faz parte IV da génese do AO e continua presente, como não po- deria deixar de ser. Novos nomes, mas é a mesma V coisa! Ou talvez não… VI Há uma diferença fundamental. A rede, hoje, tem um valor de experiência diária e concreta de con- 51 tacto com outros que antes não se tinha. A antiga Associação de Fiéis é mais palpável e concreta, espe- cialmente através das novas tecnologias. Podemos ver quantas pessoas rezam, onde e como, mesmo que seja do outro lado do mundo. Podemos ver-nos, rezar juntos, organizar coisas em comum. Mesmo não pertencendo a um grupo do AO, muitas pes- soas vivem essa espiritualidade e sabem que outros também a vivem e rezam da mesma forma. III - TEMAS DE APROFUNDAMENTO DA PROPOSTA DO AO| PÁG. 52 depois dasuafundação(1844), oquereflete o rápi- pelo Papa PioIXem 1866, apenasvinte edoisanos tatutos do Apostolado daOração foram aprovados ção doPapa. que ofazafirmar-se comoaRedeMundial Padre sãocentrais naidentidadedo AO, são aquilo do aoSantoPadre. Por isso, asintençõesdoSanto de Jesus. É, porissomesmo, algodiretamente- liga como umaObra daSantaSéconfiadaàCompanhia cristão nomundo enosseusdesafios. zação daIgreja, daforça daoração edocompromisso de fazerda«rede», emsentidolato, dereali umlugar - dial e abre imensoshorizontesdeação. ComoRedeMun- humana hoje, concretiza umarealidade jáexistente esta terminologia, acertanonúcleo daexperiência ao SantoPadre. de conjunto, aforça deumcorpoquereza junto pessoa prefere, émuito importanteestaperceção las intençõesdoSantoPadre, naformaquecada mundo nauniãodetantoscorações. Ao rezar pe- poder, quanta graça deDeusestará acorrer o a nível daRede. Esesabemos queaoração tem Recordando umpoucoahistória, osprimeiros es- O Apostolado daOração define-seasimesmo 5. ASINTENÇÕESDOPAPA A recriação do Apostolado daOração, aoadotar É extraordinário o que hoje nos é possibilitado de Oração doPapa, o AO temestagrande missão de Ora- do crescimento desta proposta e a atenção que os Papas lhe deram desde os seus inícios. Ao ver como esta grande família de oração ofere- cia o seu dia pela missão da Igreja, o Papa Leão XIII, em 1890, decidiu confiar mensalmente ao Apostola- do da Oração uma intenção sua pessoal pela qual se rezasse. Tinha assim início a Intenção Universal do Papa confiada ao Apostolado da Oração. Mais tarde, em 1929, o Papa Pio XI acrescentou mais uma inten- ção, a chamada Intenção Missionária. Desde então, milhões de pessoas em todo o mundo, ao fazer o Oferecimento do Dia, rezam também pelas inten- ções que o Papa lhes confia mensalmente. I

Atualmente, o AO mantém a divulgação e a ora- II ção pelas intenções do Papa como núcleo da sua missão e a «espinha dorsal» da sua ação evangeli- III zadora, nos vários âmbitos onde se move. IV Existem dois tipos de intenção: universal e pela evangelização (ou «de evangelização»). As intenções V universais recolhem temáticas que apelam a todos VI os homens e mulheres de boa vontade, não só aos católicos. São questões que dizem respeito à Igre- 53 ja universal e a preocupam, mas que vão para além das suas fronteiras. Basicamente, expressam o nos- so desejo de paz e justiça no mundo e o compromis- so da Igreja com a situação mencionada. O próprio Papa convida-nos a rezar e trabalhar por estas ques- tões, enviando-nos como Igreja orante numa atitude de serviço humilde e diálogo com o mundo, abertos à colaboração com pessoas de outras religiões e com aqueles que pensam de modo diferente do nosso. III - TEMAS DE APROFUNDAMENTO DA PROPOSTA DO AO| PÁG. 54 e decompromisso comarealidade: tudo, uma profunda experiência de Deus, deIgreja nível mínimo. RezarpelasintençõesdoPapa é, sobre- lação àIgreja eaoMundo. Esseé, porém, diríamos, o cramentos asgrandes preocupações doPapa emre- recordar naprópria oração ena celebração dossa- bem detodos. e oMundo, fazendodaoração umamissãopara o Santo Padre vê comomaisurgentes para aIgreja der demodomuito concreto aosdesafiosqueo a evangelização. o desejodefazerdelaummelhorinstrumentopara cam desafiosdavidaprópria daIgreja e expressam Rezar pelasintençõesdoPapa é, antesdemais, 6. OQUESIGNIFICAREZARPELAS Ao rezar por estasintenções, estamos arespon- As intençõespelaevangelização, porsuavez, to - • INTENÇÕES DOPAPA? de Deus, nos modos que apenas Ele conhece, rece-se avida, talcomo elaé, para queagraça um sentidodiferente emuito profundo. Ofe- sos eoslimites, alegrias etristezas, ganham os momentos bons e menos bons, os suces- por essaintenção. Aquilo queirá acontecer, aquele quereza oferece pelamanhãoseudia contexto daOração deOferecimento, emque A oração pelas intenções do Papa faz-se no chegue às pessoas por quem se reza nessa intenção. Oferecer uma dificuldade ou um so- frimento pode tornar-se numa bênção para alguém. • Rezar pelas intenções que o Papa confia à sua Rede Mundial de Oração faz com que aquele que reza se sinta parte de uma grande família, de todas as línguas, culturas e lugares. Faz- -se a experiência da comunhão de oração, na união com o Santo Padre. Esta oração realiza uma verdadeira vivência da universalidade da Igreja e da força da oração. Rezar, participar na I Eucaristia, fazer um momento de oração em comum pelas intenções do Papa não é um ato II

individual nem de um pequeno grupo, é um III gesto de comunhão. IV • A oração não pode ser separada da vida e os temas das intenções dizem respeito aos dra- V mas e desafios do nosso mundo e da missão VI da Igreja. Por isso, cada intenção constitui um apelo a crescer na sensibilidade por determi- 55 nada questão social, política, de solidariedade, de compromisso eclesial. A cada mês é ofere- cida uma oportunidade para traduzir no con- creto da vida a intenção pela qual se reza, nas possibilidades e circunstâncias de cada um.

Ao Secretariado Nacional cabe a missão de ela- borar propostas de oração, aprofundamento e ação para cada mês, na linha das intenções do III - TEMAS DE APROFUNDAMENTO DA PROPOSTA DO AO| PÁG. 56 oferecimento concretiza-se nosdesafiosque oSan- sus quercontinuar arealizar nomundo. cias, uminstrumento aoserviçodamissãoqueJe- disponibilizando-se aser, naspróprias circunstân- àquilo que Deus pede em cada momento do dia, de vida, istoé:oferecer-se, naoração enaação, pelo mundo e, nestaentrega, aprende oseumodo espiritualidade aconsciênciadaentrega deJesus nossos pecadosesalva-nos pelasuacruz. de Deuscomo Aquele quevem anós, morre pelos leza. Centra ocristãonoessencialdamanifestação um diaparticular, deumagrande profundidade ebe- Sagrado Coração deJesus. A primeira sexta-feira é também sevive demodomaisintensoadevoção ao Jesus portodosnós. Por isso, aorecordar esteamor, te, massimodiadecelebrar oextremo doamorde nas adoreosofrimento, comosefosseumdiatris- a memóriadaSexta-Feira Santa. Nãoérecordar ape- de Jesus na cruz, por nosso amor, tornando presente mês édedicadaàmeditaçãodomistériodaentrega Oração doPapa (www.clicktopray.org). através daRedeMundialde daplataformadigital (www.apostoladodaoracao.pt) eredes sociaise Papa, através daRevista 7. APRIMEIRASEXTA-FEIRA DOMÊS Como fomos vendo, oguia de orientação deste O Apostolado daOração temcomonúcleo dasua Na tradição da Igreja, a primeira sexta-feira do Mensageiro, doseusite to Padre confia ao Apostolado da Oração, as suas grandes preocupações pelo mundo e pela Igreja. Nas intenções do Papa, em cada mês, o Apostolado da Oração assume um novo compromisso e renova a sua missão. Deste modo, a primeira sexta-feira é a jornada mundial de oração pelas intenções do Papa, o dia em que o Apostolado da Oração, como Rede Mun- dial de Oração do Papa, se une e se compromete com aquilo que o Papa pede para esse mês. Nas mais variadas circunstâncias e contextos, nos gru- pos do AO, nas celebrações comunitárias, na cele- bração da Eucaristia, usando as propostas disponi- I bilizadas através das novas tecnologias, sites, redes II sociais, aplicações móveis, sabemos que milhões de pessoas, nesse dia, se comprometem com a missão III de Jesus. É o dia de ativação da Rede Mundial de IV Oração do Papa. Recomenda-se que, se possível, nesse dia se par- V ticipe na celebração da Eucaristia. Não sendo possí- VI vel, que não se deixe de assumir um compromisso concreto com a Rede Mundial de Oração do Papa, 57 a nível pessoal ou comunitário. Este é o primeiro nível, mais básico, de participação nesta Rede Mun- dial: rezar e agir na linha das intenções do Papa, tendo a primeira sexta-feira do mês como o dia em que o Apostolado da Oração se confirma como grande família de oração e ação ao serviço do mun- do e da missão da Igreja. III - TEMAS DE APROFUNDAMENTO DA PROPOSTA DO AO| PÁG. 58 toca arealidade humana. demos comoDeusage, comoDeusfala, comoDeus contemplamos omistériodopróprio Deus, apren- 14, 9). Por isso, contemplandoapessoadeJesus, o Pai sãoumsóequemvê oFilho vê oPai (cfr. João da Pessoa deJesus comoorosto deDeusPai. Elee de Jesus assentanaoração pessoalenadescoberta práticas devocionais, aespiritualidadedoCoração que umaexperiência comunitária, alimentadapor pessoal do Amor deDeusnas suasvidas. Maisdo vem estaespiritualidadeaexperiência concreta e cessariamente por proporcionar às pessoas que vi- to departida. processo de recriação encontra o seu núcleo e pon- precisamente nadevoção aoCoração deJesus queo de recriação do Apostolado daOração. Maisainda, é lidade cristãnãopoderiaficardefora doprocesso Esta tradição tãoricae tãoprofunda da espiritua- de do Apostolado daOração éoCoração de Jesus. crucificado que contemplamosestamesma entrega. da própria vidaporamor. Nestesentido, éemJesus O centro damensagemdoEvangelhoé a entrega de amarenosrelacionarmos unscom os outros. -connosco, mostra-nos umestilodevida, ummodo lheres detodosostemposvivem. OEmanuel, Deus- tória etodasassituaçõesque oshomenseasmu- 8. ADEVOÇÃOAOCORAÇÃODEJESUS Este A proposta do Apostolado daOração passará ne- Um dos pilares em que assenta a espiritualida- tocar a realidade humana abarca todaa his-

O Calvário, como o lugar mais tenebroso da his- tória de Jesus de Nazaré, assume-se então como o lugar da manifestação do poder de Deus. Ele, no máximo da sua fragilidade, apresenta o máximo da sua proximidade com o género humano. Partilha e sofre as nossas dores, dando-lhes um sentido, en- tregando-Se como gesto de perdão. Na Constituição Dogmática Gaudium et spes, do Concílio Vaticano II, é-nos dito de forma extraordi- nária o modo como Cristo nos revela quem somos verdadeiramente: «o mistério do homem só no mis- tério do Verbo encarnado se esclarece verdadeira- mente. Adão, o primeiro homem, era efetivamen- I te figura do futuro, isto é, de Cristo Senhor. Cristo, II novo Adão, na própria revelação do mistério do Pai e do seu amor, revela o homem a si mesmo e desco- III bre-lhe a sua vocação sublime» (Gaudim et spes, 22). IV Conhecendo e experimentando Jesus na oração pessoal, descobrimos quem somos e a que destino V somos chamados. A vocação sublime do ser huma- VI no é ser Cristo, fazer o que Ele nos mandou, dar carne ao seu mandamento novo: «Que vos ameis 59 uns aos outros» (João 13, 34); «Não há maior pro- va de amor do que entregar a vida pelos amigos» (João 15, 13). O discurso da última ceia de Jesus no Evangelho de S. João é toda uma proposta de vida e a manifestação da nossa vocação como seres hu- manos totalmente identificados com Cristo. Quem vive a espiritualidade própria do AO assu- me sem hesitar esta atitude: acreditamos com au- dácia nas promessas de Cristo que afirmam o seu III - TEMAS DE APROFUNDAMENTO DA PROPOSTA DO AO| PÁG. 60 com Eleevivemos vidascadavez maiseucarísticas. tia eaocomungar, identificamo-noscada vez mais e avidanova daRessurreição. Ao celebrar aEucaris- nova continuamente aentrega deJesus noCalvário sacramento daEucaristia. Nestesacramento sere- nua presente nasuaIgreja, demodoprivilegiado no atuar comoEle. segundo oseuCoração eucarístico, afimdesere Corpo e no seu Sangue e nos modela interiormente Eucaristia, onde o próprio Cristo vem a nós no seu transformação nosédada demodoprivilegiado na apenas dosnossosesforços. Acreditamos queesta de pobre, sabendo quealcançá-lonunca será fruto que desejamosepedimostodososdias, comalma total comCristo, na suamente, corpo ealma. Éo qual oEspíritodesejalevar ocristãoàidentificação mim. Éumcaminhodetransformação interior, no do Coração éviver emCristoeque viva em seus amigos. O horizonte definitivo deste desejo dehabitar ocoração daquelesqueconsidera O MistériodeCristomortoeressuscitado conti- Caminho CONCLUSÃO – SER APÓSTOLO DA ORAÇÃO

Por fim, depois de termos explorado os princi- pais temas que estruturam a proposta do Aposto- lado da Oração, será útil, em estilo de resumo, dar a conhecer o que é pedido à pessoa que acolhe o AO como uma ajuda para viver unida a Cristo e à missão da Igreja, através da participação na Rede Mundial de Oração do Papa. Em primeiro lugar, o modo mais comum de par- ticipar no AO enquanto Rede Mundial de Oração do Papa é, precisamente, rezar pelas suas intenções, especialmente na primeira sexta-feira do mês, que I

é a jornada mundial de oração pelas intenções do II Papa, e participar nesse dia, se possível, na Euca- ristia. É um modo de se mobilizar, durante o mês, III em favor dos desafios da humanidade e da missão IV da Igreja e de se dispor interiormente para viver ao estilo de Jesus. V Se este é o nível mais comum, há diferentes mo- VI dos de aprofundar progressivamente a pertença ao AO e a vivência da sua espiritualidade, a saber: 61

Viver um compromisso pessoal, com os três mo- mentos de oração com Jesus. O objetivo é viver du- rante o dia em maior intimidade pessoal com Jesus e mais consciente da dimensão apostólica da voca- ção de batizado. Os três momentos de oração assi- nalam o oferecimento da nossa vida, ao começar o dia, a oração pelas intenções da Igreja: a meditação da Palavra de Deus ao longo do dia e a revisão de III - TEMAS DE APROFUNDAMENTO DA PROPOSTA DO AO| PÁG. 62 de daprópria Igreja local. (cf. págs. 35-37). Nacional edamissãoIgreja, inserido narealida- serviço dascomunidades daRede, doSecretariado sus. Quemassimse consagra torna-seapóstoloao convite deconsagrar a suavidaaoCoração de Je- viço daRedeMundialdeOração doPapa éfeitoo deseja aprofundar maisestecompromisso aoser (cf. págs. 31-34) espiritual dacomunidade emqueestãoinseridos pretendem ajudaropároco nadinamização da vida criados outros grupos, compostosporpessoasque te dinamismo, masnoutros lugares poderão ser Centros do AO equesãoconvidados aviver nes- muitos lugares já existem estes grupos, que são os missão daIgreja expressos nestasintenções. Em de viver cadamêsosdesafiosdahumanidadee são, mas também se mobilizam, procurando modos em atitudededisponibilidadeinteriorpara amis- do Papa. Estascomunidades nãosórezam evivem do numa comunidade da Rede Mundial de Oração vida diária(cf. págs. 28-31). prometer-se com aquilo queDeus vai pedindo na vida, ànoite, para serdócilaoEspíritoSantoecom- Consagração como quem Apóstolos daOração. A Viver um compromisso comunitário, participan- - IV

O CAMINHO DO CORAÇÃO

Para entrarmos mais profundamente e de modo mais comprometido na Rede Mundial de Oração do Papa, é-nos proposto fazer este itinerário. Mais con- cretamente, o itinerário do Apostolado da Oração e os temas da sua proposta espiritual apresentam-se como uma escola do coração. Através das suas nove etapas, este itinerário conduz-nos à identificação com o pensar, o querer e os projetos de Jesus. A Palavra de Deus e outros textos que acompanham cada parágrafo narram-nos o imenso amor de Deus por cada um de nós e por toda a humanidade. Deve- rão ser acolhidas num silêncio orante e admirado, pois falam da nossa história com Ele. É-nos propos- I ta uma aliança de amor pessoal com o Ressuscita- II do e o oferecimento da nossa disponibilidade diária para colaborar com Ele na sua missão, como seus III apóstolos. Postos ao serviço da sua Igreja, somos IV enviados a tornar presente no mundo o amor com- passivo de Deus. Estas páginas apresentam uma vi- V são unificadora do caminho do AO, as suas linhas VI de orientação interior, convidando-nos a entrar na sua rede mundial de oração. 65

Como usar o «Caminho do Coração»

Antes de mais, importa deixar claro que estas pá- ginas constituem um esquema-base de elaboração de propostas a fazer àqueles que pretendem conhe- cer mais profundamente o Apostolado da Oração. Este itinerário vai permitir visitar as suas raízes e adentrar-se no núcleo desta espiritualidade, que é o IV - O CAMINHO DO CORAÇÃO| PÁG. 66 caminho (dias, horas, material deapoio, etc.). Im- estabelecendo um ritmo e um modo de fazer este soal recomenda-se umaleitura atentadasetapas, ta aumgrupo. possíveis deconduziresteitinerário, comopropos- pessoas. Apresentamos, emseguida, algunsmodos tivos esesintapreparado para opropor a outras bom conhecimentodesteitinerário edosseusobje­ ção». Aconselha-se quequem oorientatenhajáum ção comunitária. para a reflexão de celebra pessoal e uma sugestão - que ajudaasituarproposta, algumasperguntas uma breve catequese deaprofundamento dotema, poderão serusadasnasvárias propostas. Segue-se plica, acompanhadodeumasériecitações que conceito, istoé, umparágrafo introdutório queaex- leitura, mascomoverdadeiro exercício deoração. soal oucomunitariamente, nãocomoumasimples oração. Deve serfeitoaolongodevários dias, pes- série denove propostas dereflexão, catequesee viver ocompromisso cristãocomomundo eaIgreja. dial deOração doPapa, comoummodopessoalde na nossavidadiária, fazendopartedaRedeMun- que oRessuscitadoquerpartilhemoscomEle assumindo como própria a missão de compaixão do noseuCoração. Levará àidentificaçãocomEle, conhecimento internodo Amor deJesus, simboliza- Antes disso, aquemoptarporfazê-lotítulo- pes Há vários modosdefazereste«CaminhodoCora- Cada etapacomeçacomaapresentação doseu O Caminho do Coração é a espinha dorsal para uma porta salientar, de novo, que a condição essencial para fazer o Caminho do Coração é o silêncio e a ora- ção e, por isso, devem ser dados tempo e espaço su- ficientes para deixar aprofundar esta experiência. Como proposta a um grupo (membros de um cen- tro do AO, uma paróquia, um grupo de oração, um conjunto de pessoas que estejam interessadas, equipas de pastoral paroquial ou outras) apresenta- mos os seguintes modos: – Retiro em silêncio – de um fim de semana ou mais dias, distribuindo cada etapa pelo tempo disponí- vel e deixando bastante espaço à oração pessoal. – Encontros diários ou semanais – (nove dias se- I

guidos ou nove semanas seguidas), onde se fará II uma catequese de introdução ao tema, uma ora- ção em comum e indicações para a oração pes- III

soal em casa. IV – Nove primeiras sextas-feiras do mês – apro- veitando a devoção das nove primeiras sextas- V -feiras do mês, promover um encontro aberto a VI quem queira participar, fazendo uma catequese de introdução, uma oração diante do Santíssimo, 67 com tempo de oração e reflexão pessoal.

Estes três modos não esgotam as possibilidades. Tendo este esquema-base presente, quem orientar a experiência poderá adaptá-lo segundo as circuns- tâncias concretas das pessoas e dos grupos, assegu- rando unicamente que seja dado tempo suficiente à oração pessoal, de preferência, tendo como tempo mínimo uma hora. IV - O CAMINHO DO CORAÇÃO| PÁG. 68 corresponder-lhe. da noseuamor. Reconheceresseamorleva-nos a amor, ésustentadaporEleeumdiairá serrecebi- ritual, poisanossavidateminíciograças aoseu princípio eofundamentodonossocaminhoespi- cado. Oseuamoréincondicionaleimutável. Éo que nos tenhamos afastadod’Ele por causa do pe- do rumo que a nossa vida tenha tomado, ainda olha eacompanhasempre, independentemente não amar-nos. O AMOR éo modo comoDeus nos sua essência:«Deuséamor»(1João 4, 8), nãopode aquilo quefazpornósemcadadia: Amo-te. Éa mente nosestáaquerer dizerereflete-se emtudo de fééoamoreternodoPai. ÉoqueElecontinua- Conceito destaetapa A Palavra primeira epermanentedanossavida • • • amamos primeiro aDeus, masfoiElequenos Nisto consiste o amor: não fomos nós que ( a tuaimagemnapalma das minhasmãos Eu nunca teesqueceria. Eisque Eu gravei tranhas? Ainda queelaseesquecessedele, bebé, nãotercarinhopelofrutodassuasen­ Acaso podeumamulher esquecer-se doseu Amei-te comamoreterno... (Jeremias 31, 3). Isaías 49, 15-16). 1. NOPRINCÍPIOESTÁ OAMOR 1 -NO PRINCÍPIO ESTÁ O AMOR

amou e nos enviou o seu Filho... (1 João 4, 10). • Deus nos escolheu em Cristo antes da criação do mundo... (Efésios 1, 4). • Nada nos pode separar do Amor que Deus nos mostrou em Cristo Jesus, nosso Senhor! (Ro- manos 8, 39).

Catequese

O Caminho do Coração tem como seu ponto de partida o reconhecimento de que na origem de tudo, da própria vida, da vida espiritual, está o amor primeiro de Deus por cada um. Nada do que preten- I da ser caminho feito sob o olhar e a presença do Se- II nhor deve começar sem que se acolha esta verdade de coração aberto e generoso. Deus dá-nos a graça III de O reconhecermos, de O sentirmos presente nas IV nossas vidas. Há momentos em que é mais fácil sentir a presen- V ça de Deus, como numa oração consolada, numa VI celebração que nos toque, num acontecimento grande e feliz da vida. Mas também existem muitos 69 momentos em que nos questionamos sobre a sua presença. Os momentos de dor e sofrimento lan- çam no nosso coração a dúvida que acompanhou e continua a acompanhar os homens e as mulhe- res de todos os tempos e lugares. Onde está Deus aqui? Será que Deus me abandonou? Porque é que Ele permitiu que me acontecesse isso? Deus Pai não é indiferente ao sofrimento dos seus filhos. O próprio Jesus não Se cansa de afirmar con-

1 - NO PRINCÍPIO ESTÁ O AMOR IV - O CAMINHO DO CORAÇÃO| PÁG. 70 Este depositar danossaconfiança nacertezadeque minando aquilo que, naaparência, énoitecerrada. através dosoutros, através da esperança quevai ilu- E procura, de milmaneiras, vir aonossoencontro, mais inabalável, équeoPai nunca nosabandonará. ra edefinitiva, que deve seronossofundamento de estar connosco. No entanto, apalavra primei- trolar –podecriarasensaçãodequeDeus deixou mentos davidaedomundo, quenãopodemoscon- nós, mastambémaliberdade própria dosaconteci- sua força, masanossaliberdade –aquedepende de sempre noamor, nacapacidadedenosinspirar, na se enãotivesse nadaadizer-nos. Deuspodetudo, sões danossavida, viver comoseElenãoexistis- não Osentimos, ouporqueescolhemos, nas deci- criam emnósumadistânciadeDeus, ouporque nosso pecado, quenosafastadeDeusedosoutros, mudariam nanossavida! déssemos crédito às suas afirmações, tantas coisas levássemos maisasérioaspalavras deJesus, se lhe enviou oseuFilho (cfr. Unigénito João Nicodemos: Deusamoudetalmodoomundo que nos deixar, éoqueJesus afirma, durante a noite, a tação dequeDeusveio aténóspara nunca mais to (Lucas12, 10). Acima detudo, agrande manifes- da nossacabeça seperca semoseuconsentimen - dade (cfr. Lucas 12, 30), nãodeixaqueumsócabelo temer, pois o Pai doCéusabe doquetemosnecessi- continuamente apelaàatitudedeconfiança, anão tinuamente queoPai nãoesqueceosseusfilhos, É certoqueadoreosofrimento, arealidade do 1 -NO PRINCÍPIO ESTÁ O AMOR 3, 16). Se Deus nos ama antes de tudo e acima de tudo, que nos permanece sempre fiel, é a certeza que nasce da fé. A fé, se vivesse apenas de provas racionais ou evidências empíricas, deixaria de ser fé. Não é uma certeza palpável, é a certeza de que, no salto do abandono, Deus não nos deixará cair, como os pequenos o sentem e sabem fazer, e cujo exemplo Jesus sempre dá, ao falar daqueles que serão os her- deiros do reino dos Céus. Com Deus, começamos este caminho, na certeza de que, com Ele, o terminaremos, quando O vere- mos tal como Ele é e saborearemos sem fim a ale- gria da sua presença. Que, porém, começamos a vi- I ver já aqui, nos momentos bons e, mesmo quando II parece impossível, nos momentos maus. III

Tópicos de reflexão pessoal IV

«Sião dizia: “O Senhor abandonou-me, o meu dono V esqueceu-se de mim”. Acaso pode uma mulher es- VI quecer-se do seu bebé, não ter carinho pelo fruto das suas entranhas? Ainda que ela se esquecesse dele, 71 Eu nunca te esqueceria. Eis que Eu gravei a tua ima- gem na palma das minhas mãos» (Isaías 49, 14-16). • Em que circunstâncias na minha vida fiz mi- nhas estas palavras: «O Senhor abandonou- -me, o meu dono esqueceu-se de mim»? E, olhando para o presente, como me fui dando conta de que Ele, de facto, não me abandonou? • A minha fé tem esta solidez inabalável? Devo pedir muito na oração o dom da Fé.

1 - NO PRINCÍPIO ESTÁ O AMOR IV - O CAMINHO DO CORAÇÃO| PÁG. 72 Mundial deOração. tenções doSantoPadre, emuniãocomasuaRede ver aoalcance. Pela oração, pelavisita, pelo queforpossível eesti- Deus asabandonou, sercanaldapresença deDeus? ções concretas depessoasquesofrem edizemque do sofrimentopara aluzdafénapresença deDeus. sente, naprópria história, em quesepassoudanoite nunca nosabandona. presença deDeusquenosamadesdesempre e depois traduzir navidaaatitudedeconfiança na deverão ser objeto da oração pessoal, procurando que estetemaeasperguntas pessoaisindicadas ção. Oresponsável peloencontro poderá referir primeiro dasnove etapasdoCaminhoCora- Tópicos para umencontro emgrupo Terminar oencontro comumaoração pelasin- Como poderá onossogrupo, conhecendositua- Partilhar algummomentodopassadooupre- Propõe-se aleitura dacatequesedeste tema, o 1 -NO PRINCÍPIO ESTÁ O AMOR Esquema para uma oração em comum

Cântico inicial

1. Louvor a Deus pelo seu amor Depois de recitar o Salmo 145, alternando as estrofes, dar o tem- po adequado de silêncio para a escuta pessoal. Concluir com a partilha do que Deus foi dizendo a cada um.

Ant.: Não fomos nós que amamos a Deus, mas foi Ele Quem nos amou.

Exaltarei a tua grandeza, ó meu rei e meu Deus; I hei de bendizer o teu nome para sempre. II Todos os dias Te bendirei; louvarei o teu nome para sempre. III

IV O SENHOR é grande e digno de todo o louvor; a sua grandeza é insondável. V VI Cada geração contará à seguinte o louvor das tuas obras 73 e todos proclamarão as tuas proezas. Anunciarão o esplendor da tua majestade e eu meditarei sobre as tuas maravilhas.

Eles contarão o poder das tuas obras e eu proclamarei a tua grandeza. Assim celebrarão a memória da tua imensa bondade e glorificarão a tua justiça.

1 - NO PRINCÍPIO ESTÁ O AMOR IV - O CAMINHO DO CORAÇÃO| PÁG. 74 escuta os seus gemidos e salva-os.escuta osseus gemidos Ele realiza osdesejosdosqueOtemem, dos queOinvocam sinceramente. O SENHORestápertodetodos osqueOinvocam, e misericordioso emtodasassuasobras. O SENHORéjustoemtodos osseuscaminhos e saciasosdesejosdetodosviventes. Abres comlargueza atuamão e, aseutempo, Tu lhesdásoalimento. Todos têmosolhospostosem Ti, e reanima todososabatidos. O SENHORergue todososquecaem e oteudomínioestende-seportodasasgerações. O teuReinoéumreino para todaaeternidade e oesplendorgloriosodoteuReino. para mostrar aoshomensastuasproezas e anunciem osteusfeitospoderosos, Deem aconhecerglóriadoteuReino todos osteusfiéis Te bendigam. Louvem-Te, SENHOR, todasastuascriaturas; a suaternura repassa todasassuasobras. O SENHORébompara comtodos; é pacienteemisericordioso. O SENHORéclementeecompassivo, 1 -NO PRINCÍPIO ESTÁ O AMOR O SENHOR protege todos os que O amam, mas extermina todos os ímpios.

Cante a minha boca os louvores do SENHOR, e todo o ser vivo bendiga o seu santo nome para sempre!

Ant.: Não fomos nós que amamos a Deus, mas foi Ele Quem nos amou.

2. Acolher o amor de Deus Escuta da palavra de Deus e oração pessoal para sentir e sabo- rear a ternura de Deus. Alternam-se duas vozes na leitura. I

II No princípio, quando Deus criou os céus e a terra... Deus disse: «Façamos o ser humano à nossa ima- III gem, à nossa semelhança, para que domine sobre IV os peixes do mar, sobre as aves do céu, sobre os ani- mais domésticos e sobre todos os répteis que ras- V tejam pela terra». Deus criou o ser humano à sua VI imagem, criou-o à imagem de Deus; Ele os criou homem e mulher. Abençoando-os, Deus disse-lhes: 75 «Crescei e multiplicai-vos, enchei e dominai a terra. Dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todos os animais que se movem na ter- ra». [...]. Deus, vendo toda a sua obra, considerou-a muito boa. Assim, surgiu a tarde e, em seguida, a manhã: foi o sexto dia. (Génesis 1, 1.26-28.31)

Antes de te haver formado no ventre materno, Eu já te conhecia; antes que saísses do seio de tua

1 - NO PRINCÍPIO ESTÁ O AMOR IV - O CAMINHO DO CORAÇÃO| PÁG. 76 respirar, para quealcanceoteucoração eoteuíntimo. ressoe em ti, deixaqueelaentre emtiaoritmodoteu Esta Palavra deDeustemaver contigo. Deixaqueela Para otempodesilêncioeinteriorização: Deus nele. (1João 4, 8.16) e quempermanecenoamor permaneceemDeus, e que Deusnostem, pois cremos nele. Deuséamor, Deus, poisDeuséamor. Nósconhecemosoamor Aquele quenãoamachegou aconhecer eterna. (João 1, 1-3.14;3, 16) todo oquen’Elecrê nãoseperca, mastenhaavida lhe entregou oseuFilho Unigénito, afimdeque habitar conosco... Tanto amouDeusomundo, que veio à existência... E o Verbo fez-Sehomemeveio Por Ele é quetudocomeçoua existir; e sem Ele nada o No princípioEleestava Deus. Verbo emDeus.era No princípio era o Verbo; o Verbo estava em Deus; e (Sabedoria 11, 24-26) porque todossãoteus, óSenhor, queamasavida! vesse sidochamada por Ti? Mas Tu poupasatodos, não quisesses?Oucomoseconservaria, senãoti- terias criado. Ecomosubsistiria umacoisa, se Tu a que fizeste;pois, seodiassesalgumacoisa, nãoa Tu amas tudo quanto existe e não detestas nada do (Jeremias 1, 5a;31, 3b). no. Por isso, dilateiamisericórdia para contigo. mãe, Euteconsagrei... Amei-te comumamoreter 1 -NO PRINCÍPIO ESTÁ O AMOR - • Para a assimilares melhor, experimenta repetir ao ritmo da tua respiração a palavra de S. João: «Deus é amor». • Cheio do amor de Deus, experimenta repetir, sem- pre ao ritmo da tua respiração, este breve ato de fé: «Senhor, eu creio que Tu me amas».

3. Ação de graças

Deus ama todas as criaturas, cada uma de modo especial. Somos todos irmãos e irmãs de Cristo, fi- lhos da Igreja e membros da grande família huma- I na. No entanto, cada um de nós é um ser único e ir- repetível, precioso aos olhos de Deus, que é sempre II criador e nunca se repete. O amor eterno de Deus é III sempre novo, singular, imprevisível e extremamen- te concreto para cada um de nós. Digamos juntos: IV

V Como retribuirei ao SENHOR todos os seus benefícios para comigo? VI

Elevarei o cálice da salvação, 77 invocando o nome do SENHOR. (Salmo 116, 12-13)

Dar graças é reconhecer que Deus te ama e te ma- nifesta em cada dia o seu amor com os seus dons e as suas atenções delicadas. Agradecendo pelos dons recebidos, fazes «eucaristia», pões-te em re- lação com Deus, fazes aquilo que de melhor te é possível para completar aquele diálogo de amor

1 - NO PRINCÍPIO ESTÁ O AMOR IV - O CAMINHO DO CORAÇÃO| PÁG. 78 em caridade, nasuapresença. para sermos santoseirrepreensíveis, Ele nosescolheu antesdacriaçãodomundo, com todasasbênçãosespirituais emCristo. que doaltoCéunosabençoou, Pai de NossoSenhorJesus Cristo, Bendito sejaDeus, alternado esteHinodaCartaaosEfésios. Agradecemos juntosaoSenhor, recitando demodo Conclusão Dou-Te graças, SENHOR, detodoocoração. Deus queconseguires identificar, podes repetir: a cadacoisaquerecordares, acadasinaldaternura de Reserva umtempoadequadopara fazeres memóriae, Deus tambémnasprovas enasdificuldades. além daalegria, terás certamentereconhecido oamorde recebida, aspessoas, oambientequetecircunda... para corpo, astuasqualidades e osteuslimites, a formação Deus noconcreto datua existência:avida, afé, oteu Procura fazer memóriadasexperiênciasdo Amor de Para otempodesilêncio e interiorização: tua resposta. levado acumprimentosemtuacolaboração ea que Deuscomeçoucontigo, masquenãopodeser 1 -NO PRINCÍPIO ESTÁ O AMOR (Efésios 1, 3-10) (Salmo 138, 1) Ele nos predestinou, de sua livre vontade, para sermos seus filhos adotivos, por Jesus Cristo, para que fosse enaltecida a glória da sua graça, com a qual nos favoreceu em seu amado Filho; n’Ele temos a redenção, pelo seu Sangue, a remissão dos nossos pecados segundo a riqueza da sua graça, que Ele nos concedeu em abundância, com plena sabedoria e inteligência, deu-nos a conhecer o mistério da sua vontade: I segundo o beneplácito que n’Ele II de antemão estabelecera, para se realizar na plenitude dos tempos: III instaurar todas as coisas em Cristo, IV tudo o que há nos céus e na terra. V

Oremos: VI Ó Deus, grande e misericordioso, preparai com o vosso poder o nosso coração para encontrar Cristo 79 que vem. Ele que vive e reina convosco, na unidade do Espírito Santo.

Cântico final

1 - NO PRINCÍPIO ESTÁ O AMOR IV - O CAMINHO DO CORAÇÃO| PÁG. 80 inclina para opobre. lhor capitalpara oencontro comumDeusqueSe bilidade nãosãoumimpedimento, massimome- dos humildes, ondeaprópria fraqueza evulnera- receber Jesus Cristonoseucoração. Éoca­ rior, reconhece asuanecessidadeespiritualequer ção edevidaadequadoaquemestáembuscainte- interior. Propomos aquiumitinerário defé, deora- de resolver anossacrisepessoaleencontrar apaz frustrações edesejosmais profundos, incapazes vezes sentimo-nospobres edesorientados, entre viver avidacomgenerosidade. Noentanto, muitas maneiras. Recebemos de Deusodomdeamare Conceito destaetapa Desejamos afelicidadeebuscamo-ladevárias • • • • gemer? (S. João daCruz, CânticoEspiritual ). Onde teescondeste, meuamado, deixando-mea que deleséo reino deDeus(Mateus5, 3). Bem-aventurados ospobres decoração, por Senhor, escutaiaminhavoz... (Salmo130, 1). Do profundo abismo clamopor Vós, Senhor. terra árida, sequiosa, semágua (Salmo62, 1). procuro. A minhaalmatemsede de Vós como Senhor, soisomeuDeus, desdeaaurora Vos 2 -O CORAÇÃO HUMANO, INQUIETO ENECESSITADO 2. OCORAÇÃOHUMANO, INQUIETO ENECESSITADO minho - • Criaste-nos para Ti, Senhor, e o nosso coração está inquieto enquanto não repousa em Ti (Santo Agostinho, Confissões, I, 1).

Catequese

Na primeira etapa, éramos convidados a dar-nos conta do imenso amor com que Deus nos ama, por sua iniciativa. Mesmo nos momentos em que não é fácil experimentar a sua presença, sabemos, na fé, que Ele nunca nos abandona. Agora, a proposta leva-nos a olhar para o nosso coração e a reconhecer nele o facto de se sentir I muitas vezes inquieto e necessitado. Na sua obra II autobiográfica, As Confissões, Santo Agostinho faz esta afirmação: «Criaste-nos para Ti, Senhor, e o III nosso coração está inquieto enquanto não repou- IV sa em Ti». A realidade humana é caracterizada por uma insatisfação permanente, a qual apenas Deus V poderá preencher. Não apenas a nossa sede espi- VI ritual de intimidade, de sentir Deus presente na nossa vida, mas nas várias experiências de limite 81 que vamos sentindo. O facto de sermos criaturas coloca-nos necessariamente na condição de não sermos perfeitos, de sentirmos a nossa contingên- cia. Tais limites, podemos experimentá-los na inca- pacidade de fazer sempre aquilo que gostaríamos, na doença, no pecado e, finalmente, na própria ex- periência da morte. Custa-nos muito aceitar a nossa contingência, so- bretudo naquilo que não depende de nós. Toda a

2 - O CORAÇÃO HUMANO, INQUIETO E NECESSITADO IV - O CAMINHO DO CORAÇÃO| PÁG. 82 encontramos umnovo modo de viver asnossasrela- as nossasações eintenções, através dasuaamizade nos transforme. Através doseuperdão purificamos que dispomospara queagraça deDeusnostoquee cia do amor de Deus, mas antes o melhor capital de tado, onossopecadonãosãoobstáculoàexperiên- que falávamos naspáginasanteriores. verdadeira conversão donossocoração ao amor, de a últimapalavra nasnossasvidaspassaporuma coberta dequeoamortemsempre aprimeira e busca dapazinterior, daunificaçãopessoal, ades- limite nosfeche nodesânimoepessimismo. A ção deestarmosaquémdoquemerecíamos ter. acontecer eviveremos para sempre nestadesola- felicidade pelaqualselutou, afinal, nunca poderá doença, omaufeitiodosoutros… eparece quea logo surgem ascontrariedades, osimprevistos, a que nãoprecisamos demaisnadapara ser felizes, tenhamos momentosmarcantes emquesentimos ser felizéfácil, poistemostudoaonossoalcance. com umbomvencimento… Eporvezes parece que uma boacasa, abelezadoscosméticos, otrabalho modelos defelicidadealiciantes:umbomcarro, chamar aatençãoque sociedadehojenospropõe prios, comosoutros ecomomundo. Não deixa de soal, denossentirmosempaz, bemconnoscopró- incessante da felicidade, da nossa realização pes- nossa vida pode resumir-se, no fundo, a uma busca A nossafragilidade, ocoração inquieto enecessi- Não podemos, porém, deixarque a experiência do Vamos reparando, noentanto, quepormuito que 2 -O CORAÇÃO HUMANO, INQUIETO ENECESSITADO ções. Ao aceitar a pobreza do nosso coração, desco- brimos que é para ele que o Senhor volta o seu olhar.

Tópicos de reflexão pessoal

«Senhor, sois o meu Deus, desde a aurora Vos pro- curo. A minha alma tem sede de Vós como terra ári- da, sequiosa, sem água» (Salmo 62, 1). • Quais são as minhas sedes? Onde sinto mais necessidade de resposta aos meus anseios? • De que modo é que Deus, ao longo da minha vida, Se foi mostrando presente quando me senti mais confrontado com os meus limites? I

II Tópicos para um encontro em grupo III

Propõe-se a leitura da introdução deste tema, o IV segundo das nove etapas do Caminho do Coração. Sugere-se que a reflexão feita seja motivo para ir V vendo, ao longo deste mês, onde cada um busca a VI sua felicidade, se é naquilo que é provisório e de- saparece, ou nos valores que duram sempre. Que 83 felicidade oferece o mundo e que felicidade é que Deus oferece?

Partilhar aquilo que se foi rezando e vivendo a partir das indicações dadas acima. Como poderá o nosso grupo proporcionar, nas co- munidades, nas famílias, possibilidades de as pes- soas se encontrarem com o perdão de Deus? Quais são as circunstâncias, no nosso ambiente, que nos

2 - O CORAÇÃO HUMANO, INQUIETO E NECESSITADO IV - O CAMINHO DO CORAÇÃO| PÁG. 84 e reto ovosso julgamento. Assim éjusta avossa sentença e fizomaldiante dos vossos olhos. Pequei contra vós, sócontra vós, e tenhosempre diantedemimasminhas culpas. Porque eureconheço osmeus pecados e purificai-medetodasas faltas. Lavai-me detodaainiquidade apagai osmeuspecados. pela vossa grande misericórdia, pela vossa bondade, Compadecei-vos demim, óDeus, a partilhadoqueDeusfoi acadaum. dizendo tempo adequadodesilênciopara aescutapessoal. Concluircom Depois derecitar oSalmo51, alternandoasestrofes, concedero 1. A confissãodocoração Cântico inicial Esquema para umaoração emcomum Mundial deOração. tenções doSantoPadre, emuniãocomasuaRede presentes? mitações humanas?Comopoderemos estarmais chamam maisaatenção noquedizrespeito àsli- Terminar oencontro comumaoração pelasin- 2 -O CORAÇÃO HUMANO, INQUIETO ENECESSITADO Porque eu nasci na culpa e minha mãe concebeu-me em pecado.

Amais a sinceridade de coração e fazeis-me conhecer a sabedoria no íntimo da alma. Aspergi-me com o hissope e ficarei puro, Lavai-me e ficarei mais branco do que a neve.

Fazei-me ouvir uma palavra de gozo e de alegria e estremeçam meus ossos que triturastes. Desviai o vosso rosto das minhas faltas e purificai-me de todos os meus pecados. I

II Criai em mim, ó Deus, um coração puro e fazei nascer dentro de mim um espírito firme. III

Não queirais repelir-me da vossa presença IV e não retireis de mim o vosso espírito de santidade. V

Dai-me de novo a alegria da vossa salvação VI e sustentai-me com espírito generoso. Ensinarei aos pecadores os vossos caminhos 85 e os transviados hão de voltar para vós.

Ó Deus, meu Salvador, livrai-me do sangue derramado e a minha língua proclamará a vossa justiça. Abri, Senhor, os meus lábios e a minha boca anunciará o vosso louvor.

2 - O CORAÇÃO HUMANO, INQUIETO E NECESSITADO IV - O CAMINHO DO CORAÇÃO| PÁG. 86 o corpomaisdoquevestido? (Mateus6, 19-21.25) Porventura não é a vida mais do que o alimento, e quanto aovosso corpo, comoquehaveis devestir. sa vida, comoquehaveis decomeroubeber, nem Por issovos digo:Nãovos inquieteisquanto àvos- ver oteutesouro, aíestará tambémoteucoração... ladrões nãoarrombam nemfurtam. Pois, ondeesti- onde atraça nãocorroem eaferrugem ondeos ros, afimdeos roubar. Acumulai tesouros noCéu, os corroemferrugem e os ladrões arrombam os mu- coração. Alternam-se duasvozesnaleitura. Escuta eoração pessoalpara tomarconsciênciadosanseiosdo 2. Ocoração inquieto então serão oferecidas vítimassobre ovosso altar. ções eholocaustos, Então vos agradareis dossacrifíciosdevidos, obla- reconstruí osmuros deJerusalém. Pela vossa bondade, tratai Siãocombenevolência, um espíritohumilhadoecontrito. não desprezareis, Senhor, é oespíritoarrependido: Sacrifício agradável aDeus e, seeuoferecer umholocausto, nãooaceitareis. Não édosacrifícioquevos agradais Não acumuleis tesouros naterra, ondeatraça ea 2 -O CORAÇÃO HUMANO, INQUIETO ENECESSITADO Tende cuidado convosco: que os vossos corações não se tornem pesados com a devassidão, a embria- guez e as preocupações da vida. (Lucas 21, 34a)

Não há árvore boa que dê mau fruto, nem árvore má que dê bom fruto. Cada árvore conhece-se pelo seu fruto; não se colhem figos dos espinhos, nem uvas dos abrolhos. O homem bom, do bom tesouro do seu coração tira o que é bom; e o mau, do mau tesouro tira o que é mau; pois a boca fala da abun- dância do coração. (Lucas 6, 43-45)

Aquilo que «a revelação divina nos dá a conhecer I concorda com os dados da experiência. Quando o II homem olha para dentro do próprio coração, desco- bre-se inclinado também para o mal, e imerso em III muitos males, que não podem provir do seu Cria- IV dor, que é bom. Muitas vezes, recusando reconhe- cer Deus como seu princípio, perturbou também a V devida orientação para o fim último e, ao mesmo VI tempo, toda a sua ordenação quer para si mesmo, quer para os demais homens e para toda a criação. 87 O homem encontra-se, pois, dividido em si mes- mo. E assim, toda a vida humana, quer singular quer coletiva, apresenta-se como uma luta dramá- tica entre o bem e o mal, entre a luz e as trevas. Mais: o homem descobre-se incapaz de repelir por si mesmo as arremetidas do inimigo: cada um sen- te-se como que preso com cadeias. Mas o Senhor em pessoa veio para libertar e fortalecer o homem, renovando-o interiormente e lançando fora o prín-

2 - O CORAÇÃO HUMANO, INQUIETO E NECESSITADO IV - O CAMINHO DO CORAÇÃO| PÁG. 88 Agora, SENHOR, meu Deus, és Tu tambémquefazes dade, justiça e retidão de coração para contigo (...). porque eleandou sempre na tua presença comleal- teu servo David, meu pai, comgrande misericórdia, so Eudar-te?». Salomãorespondeu: «Tu trataste o sonhos, durante a noite, e disse-lhe: «Pede! Que pos- coração. Escuta eoração pessoalpara tomarconsciênciadosdesejosdo 3. Odesejodocoração não podemlançaroolhar, oouvidoouamente». pois, ouvir-me confessarquemsounointerior, para onde meu «coração, ondeeusouoquesou. [Osoutros ] querem, fissões deSanto Agostinho(X, 3), concentrando-me no Tento aplicaramimmesmoestebreve textodasCon- Para otempodesilêncioeinteriorização: dium etspes, 13) na servidãodopecado». (Concílio Vaticano II, Gau- cipe destemundo (cfr. João 12, 31), queomantinha Em Guibeon, oSENHOR apareceu a Salomãoem • • • • • inveja, avareza, luxúria, ira, preguiça, soberba. capitais eficarondemesintomaisprovocado: gula, Posso deixar ressoar em mim a lista dos pecados aquilo quequero eaquiloquefaço? Como semanifestanomeucoração adivisãoentre Que preocupações otornampesado? soas, amimmesmo? A queestáverdadeiramente agarrado: coisas, pes- Por quecoisaseafligeomeucoração? 2 -O CORAÇÃO HUMANO, INQUIETO ENECESSITADO reinar o teu servo em lugar de David, meu pai; mas eu não passo de um jovem inexperiente que não sabe ainda como governar. O teu servo encontra-se agora no meio do teu povo escolhido, um povo tão numeroso que ninguém o pode contar nem enume- rar, por causa da sua multidão. Terás, pois, de conce- der ao teu servo um coração cheio de entendimento para governar o teu povo, para discernir entre o bem e o mal. De outro modo, quem seria capaz de julgar o teu povo, um povo tão importante?». Esta oração de Salomão agradou ao Senhor, que lhe disse: «Já que me pediste isso e não uma longa vida, nem ri- queza, nem a morte dos teus inimigos, mas sim o I discernimento para governar com retidão, vou pro- II ceder conforme as tuas palavras: dou-te um coração sábio e perspicaz». (1 Reis 3, 5-6a.7-12a) III

IV Para o tempo de silêncio e interiorização: Tento tomar contacto com os desejos que tenho no meu V coração, pondo a cada um deles o seu nome próprio, dos VI mais superficiais até àqueles mais profundos. 89 Se estivesse no lugar de Salomão, mas nas condições con- cretas da minha vida, o que teria respondido ao Senhor? O que lhe teria pedido?

Por fim, deixo ressoar em mim a famosa frase de San- to Agostinho: «Criaste-nos para Ti, Senhor, e o nosso coração está inquieto enquanto não repousa em Ti» (Confissões, I, 1).

2 - O CORAÇÃO HUMANO, INQUIETO E NECESSITADO IV - O CAMINHO DO CORAÇÃO| PÁG. 90 e euconheça aquilo queteéagradável. para queme assistanosmeustrabalhos, digna-te enviá-la dotrono datua glória, Envia-a, pois, doteusantoCéu, e oqueéreto segundo osteusmandamentos. e quesabe oqueéagradável ateus olhos que estava presente quandofaziasomundo, Contigo estáasabedoria, queconheceastuasobras, sem asabedoria quevem deti, serianada. Mesmo quealguémfosseperfeitoentre oshomens, incapaz decompreender ajustiçaeasleis. homem débil edevidabreve, Pois eusouteuservo efilhodatuaserva, e nãomeexcluas donúmero dosteusfilhos. dá-me asabedoria quesesentajuntodoteutrono e exercesse comretidão ojulgamento deespírito, governasse omundo comsantidadeejustiça que chamaste àexistência, a fimdequedominassesobre todasascriaturas que formasteohomempelatuasabedoria, que tudocriastepelatuapalavra, Deus dosnossospaiseSenhordemisericórdia, (Sabedoria 9, 1-6.9-11). A oração deSalomãopara obterodomdasabedoriadocoração Conclusão 2 -O CORAÇÃO HUMANO, INQUIETO ENECESSITADO Pois ela sabe e compreende tudo e guiará os meus atos com prudência, e me protegerá com a sua glória.

Oremos: Deus omnipotente e eterno, a luz da vossa sabedo- ria resplandeça nos nossos corações, para que, atra- vés das trevas deste mundo, possamos encontrar a via que nos conduz a Vós. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que vive e reina convosco na unidade do Espírito Santo. Ámen.

Cântico final I

II

III

IV

V

VI

91

2 - O CORAÇÃO HUMANO, INQUIETO E NECESSITADO IV - O CAMINHO DO CORAÇÃO| PÁG. 92 projeto para ahumanidade. ramo-nos doscaminhosdoamordeDeuseseu naturais são devastados, há tristeza e solidão. Sepa- veis ​​ lência epeloegoísmo. Ospequenosemaisvulnerá- vida eoamorsãomuitas vezes afogadospelavio- contradições quecausam morteedestruição. A em quevivemos estátambémferidopordolorosas humanaaolongodahistória.gência Masomundo mundo e os grandes feitos realizados pela inteli- Conceito destaetapa Contemplamos comadmiração abelezadonosso • • • • sofrem aagressão dospoderosos, osrecursos não nosrejeites para sempre! Por queescon- Desperta, Senhor, porque dormes?Despertae Senhor, enãoaencontrarão (Amós8, 12). gueando denorteasul, buscandoapalavra do Andarão errantes do orienteaoocidente, va- rotas, quenãoretêm água (Jeremias 2, 13). zeram assuaspróprias cisternas, cisternas donaram-Me aMim, fontedeágua viva, efi- O meu povo cometeu um duplo pecado: aban- to bom(Génesis1, 31). E Deusviuquetudootinhafeitoera mui- 3. NUMMUNDOSEMCORAÇÃO 3 -NUM MUNDO SEMCORAÇÃO des a tua face e Te esqueces da nossa miséria e tribulação? (Salmo 44, 24-25). • Veio ao que era seu, e os seus não O recebe- ram (João 1, 11).

Catequese

Começámos por tomar consciência que, primeiro que tudo, temos, da parte de Deus, a iniciativa em nos dar o seu amor, em comunicar connosco, em falar de muitos modos. Mesmo quando estamos distraídos, quando a nossa fragilidade e o nosso pe- cado parecem afastar-nos d’Ele, sabemos, pela fé, I que Deus vem ao nosso coração e nos dá aquilo que II mais precisamos em cada momento. Tal como o nosso coração vive inquieto e necessi- III tado enquanto não repousar em Deus, assim tam- IV bém o mundo em que vivemos. De facto, assistimos diariamente a tantas situações em que notamos que V o projeto de Deus para a sua criação está longe de VI ser uma realidade. A fome, as guerras, a injustiça, a exploração dos mais pobres pelos mais poderosos, a 93 economia que destrói as pessoas e a própria nature- za. Tudo isto deve tocar o nosso coração e fazer-nos sensíveis aos sofrimentos dos irmãos, em especial aqueles que são vítimas. O Papa Francisco falou da «globalização da indiferença», isto é, viver como se estas realidades não nos tocassem. Teremos que adquirir uma outra sensibilidade, que não nos deixe ficar fechados no nosso conforto, mas nos leve, através da oração e da ação, a ser-

3 - NUM MUNDO SEM CORAÇÃO IV - O CAMINHO DO CORAÇÃO| PÁG. 94 dadas erecebidas. no mundo easatitudescom queestasnotíciassão tempo para daraconheceroquevai acontecendo tos daatualidade. Nesteencontro, pode haver um lizando esta«faltadecoração» nosacontecimen - diante darealidade domundo dehoje, contextua- Tópicos para um encontro emgrupo Tópicos dereflexão pessoal nosso lado, alguémestáa sofrer. que nãonosdeixemosficarparados quando, ao connoscopróprios,a Deusquenosfaçaexigentes das estassituações. Devemos pedircontinuamente mos instrumentosdaproximidade deDeusemto- A catequesedestetemaajudará asituarogrupo • • perguntas. tempo pessoalàoração ereflexão sobre estas O quepoderei fazerporelas?Dedicaralgum dito. Queproximidade tenhoaestaspessoas? terei tidomomentosemqueaspoderiater palavras destesalmo. Também naminhavida Hoje, tantaspessoaspoderiamestararezar as bondade! (Salmo44, 24-27). -Te! Vem emnossoauxílio;salva-nos, pelatua pó, eonossocorpo, coladoàterra. Levanta- e tribulação? A nossaalmaestáprostrada no des atuafacee Te esquecesdanossamiséria não nosrejeites para sempre! Por queescon- Desperta, Senhor, porquedormes?Despertae 3 -NUM MUNDO SEMCORAÇÃO Poder-se-á dar um tempo de partilha sobre a ques- tão da «indiferença» diante do sofrimento dos ou- tros, dos seus porquês e como se poderá fazer para mudar esta atitude. Sabendo que, muitas vezes, a injustiça face aos mais pequenos não faz notícia, como poderemos contrariar esta tendência no nos- so meio e nas nossas relações?

Terminar o encontro com uma oração pelas in- tenções do Santo Padre, em união com a sua Rede Mundial de Oração.

Esquema para uma oração em comum I

II Cântico inicial III

1. A criação louva o Senhor IV Depois de recitar o Cântico (Daniel 3, 57-88.56), alternando as es- trofes, conceder o tempo adequado de silêncio para a escuta pes- V soal. Concluir com a partilha do que Deus foi dizendo a cada um. VI

Ant. Deus viu quanto tinha feito e era tudo muito 95 bom.

Obras do Senhor, bendizei o Senhor, louvai-O e exaltai-O para sempre. Céus, bendizei o Senhor, Anjos do Senhor, bendizei o Senhor.

Águas que estais sobre os céus, bendizei o Senhor, poderes do Senhor, bendizei o Senhor.

3 - NUM MUNDO SEM CORAÇÃO IV - O CAMINHO DO CORAÇÃO| PÁG. 96 louve-O eexalte-O para sempre. IsraelBendiga oSenhor, homens, bendizeioSenhor. Animais erebanhos, bendizeioSenhor, aves docéu, bendizei oSenhor. Monstros eanimaismarinhos, bendizeio Senhor, mares erios, bendizeioSenhor. Fontes, bendizeioSenhor, naterratudo oquegermina oSenhor. bendiga Montes ecolinas, bendizeioSenhor, louve-O eexalte-O para sempre. aterraBendiga oSenhor, relâmpagos enuvens, bendizeioSenhor. Luz etrevas, bendizeioSenhor, noites edias, bendizeioSenhor. Gelos eneves, bendizeioSenhor, frios earagens, bendizeioSenhor. Orvalhos egelos, bendizeioSenhor, Frio egeada, bendizeioSenhor. Fogo ecalor, bendizeioSenhor, todos osventos, bendizeioSenhor. Chuvas eorvalhos, bendizeio Senhor, estrelas docéu, bendizeioSenhor. Sol elua, bendizeioSenhor, 3 -NUM MUNDO SEMCORAÇÃO Sacerdotes do Senhor, bendizei o Senhor, servos do Senhor, bendizei o Senhor.

Espíritos e almas dos justos, bendizei o Senhor, santos e humildes de coração, bendizei o Senhor. Ananias, Azarias, Misael, bendizei o Senhor, louvai-O e exaltai-O para sempre.

Bendigamos o Pai, o Filho e o Espírito Santo; louvemo-Lo e exaltemo-Lo para sempre. Bendito sejais, Senhor, no firmamento dos céus, a vós o louvor e a glória para sempre. I

Ant. Deus viu quanto tinha feito e era tudo muito bom. II

2. O mundo que se opõe a Deus III

Escuta e oração pessoal para tomar consciência dos problemas e IV dos sofrimentos do Mundo. Alternam-se duas vozes na leitura. V

Todos estão sob o domínio do pecado. Assim está VI escrito: Não há justo algum, nem um sequer. Não há quem seja sensato, não há quem procure a Deus. 97 Todos se extraviaram, todos se corromperam. Não há quem faça o bem, não há um sequer. Sepulcro aberto é a sua garganta, com a sua língua espalha- vam enganos; há nos seus lábios veneno de serpen- te. A sua boca está cheia de maldição e azedume. Velozes são os seus pés para derramar sangue; há devastação e miséria pelos seus caminhos, e o ca- minho da paz, não o conheceram. Não há temor de Deus diante dos seus olhos. (Romanos 3, 9c-18)

3 - NUM MUNDO SEM CORAÇÃO IV - O CAMINHO DO CORAÇÃO| PÁG. 98 mentar osbenefícios, qualquerrealidade queseja Neste sistema quetendeafagocitar tudopara au- A ambiçãodo poderedoternãoconhece limites. fiscal egoísta, queassumiram dimensões mundiais. juntar-se umacorrupçãoramificada euma evasão dãos doseureal poderdecompra. A tudoistovem possibilidades viáveis dasua economia, eoscida- dívida eosrespetivos juros afastamospaísesdas cável, assuasleiseregras. Além disso, a virtual, queimpõe, deformaunilateral eimpla- cisco, Evangelii gaudium, 55-56) mercados eaespeculaçãofinanceira. (Papa Fran­ quedefendemaautonomiaabsolutaideologias dos quela minoriafeliz. Tal desequilíbrioprovém de situam-se cada vez do bem-estar da- mais longe poucos crescem exponencialmente, osdamaioria necessidades: oconsumo. Enquantooslucros de que reduz oserhumanoapenasaumadassuas a grave carência deumaorientaçãoantropológica coberto osseuspróprios desequilíbriosesobretudo que investe asfinançaseaeconomia, põeades- jetivo verdadeiramente humano. A crisemundial, ditadura deumaeconomiasem rosto esem umob- nova ecruelversão nofetichismo dodinheiro ena bezerro de ouro (cf. mano. Criámosnovos ídolos. A adoração doantigo profunda:lógica anegação daprimaziadoserhu- quecer que, nasuaorigem, háumacriseantropo- Instaura-se umanova tirania invisível, àsvezes A crise financeira que atravessamos faz-nos es- 3 -NUM MUNDO SEMCORAÇÃO Êxodo 32, 1-35) encontrou uma frágil, como o meio ambiente, fica indefesa face aos interesses do mercado divinizado, transformados em regra absoluta. Por detrás desta atitude, escon- dem-se a rejeição da ética e a recusa de Deus. (Papa Francisco, Evangelii gaudium, 56-57)

De facto, a criação foi sujeita à destruição – não voluntariamente, mas por disposição daquele que a sujeitou – na esperança de que também ela será libertada da escravidão da corrupção, para alcançar a liberdade na glória dos filhos de Deus. Bem sabe- mos como toda a criação geme e sofre as dores de parto até ao presente. Não só ela. Também nós, que I possuímos as primícias do Espírito, nós próprios II gememos no nosso íntimo, aguardando a adoção filial, a libertação do nosso corpo. De facto, foi na III esperança que fomos salvos. Ora uma esperança IV naquilo que se vê não é esperança. Quem é que vai esperar aquilo que já está a ver? Mas, se é o que não V vemos que esperamos, então é com paciência que o VI temos de aguardar. (Romanos 8, 20-25) 99 Tanto amou Deus o mundo, que lhe entregou o seu Filho Unigénito, a fim de que todo o que n’Ele crê não se perca, mas tenha a vida eterna. De facto, Deus não enviou o seu Filho ao mundo para conde- nar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por Ele. Quem n’Ele crê não é condenado, mas quem não crê já está condenado, por não crer no Filho Unigénito de Deus. E a condenação está nisto: a Luz veio ao mundo, e os homens preferiram as trevas à

3 - NUM MUNDO SEM CORAÇÃO IV - O CAMINHO DO CORAÇÃO| PÁG. 100 bilidade eignorância! quantas injustiças, quantasoberba, quantairresponsa- quantas mentiras, quantaarrogância, quantaviolência, Procuro escutarosseus discursos, ver oquefazem: ções, alargando ohorizontemais possível. e oshomensdetodasasraças, idades, épocase condi- Exercícios Espirituais, ficoa contemplaraesfera terrestre Tal como sugere Santo Inácio nos números 106-108 dos está tãolongedeDeusenecessitadosalvação. Santíssima Trindade contemplaestenossomundo que coração eoolhardeamormisericórdia comquea Experimento poralgunsminutospediragraça detero Para otempodesilêncio einteriorização: (João 16, 8-11) pois odominadordestemundo ficoucondenado. para oPai, ejánãoMevereis; deumjulgamento, não creram emMim;deumainocência, poisEuvou deumaculpa,inocência edeumjulgamento: pois mundo provas irrefutáveis deumaculpa, de uma segundo Deus. (João 3, 16-21) modo a tornar-se claro que os seus atos são feitos Mas quempratica averdade aproxima-se daLuz, de para queassuasações nãosejamdesmascaradas. pratica o mal odeia a Luz e não se aproxima da Luz Luz, porqueassuasobras eram más. Defacto, quem Virá a vós o Paráclito... E, quando Ele vier, dará ao 3 -NUM MUNDO SEMCORAÇÃO Deixo-me ficar um pouco com a mente e o coração nos lugares onde atualmente as nossas irmãs e os nossos ir- mãos estão a sofrer mais: a Síria, o Iraque, alguns países de África...

Depois concentro-me nos lugares onde a minha existên- cia quotidiana se realiza, a minha cidade, o meu bairro, os ambientes de trabalho, os escritórios, as lojas, a minha casa, a minha família...

3. O mundo que se opõe a Deus Escuta e oração pessoal para sermos conformados à lógica de Jesus. I

Não Te peço que os retires do mundo, mas que os II livres do Maligno. De facto, eles não são do mundo, como também Eu não sou do mundo. Faz que eles III sejam teus inteiramente, por meio da Verdade; a IV Verdade é a tua palavra. Assim como Tu Me envias- te ao mundo, também Eu os enviei ao mundo, e por V eles totalmente Me entrego, para que também eles VI fiquem a ser teus inteiramente, por meio da Verdade. Não rogo só por eles, mas também por aqueles que 101 hão de crer em Mim, por meio da sua palavra, para que todos sejam um só, como Tu, Pai, estás em Mim e Eu em Ti; para que assim eles estejam em Nós e o mundo creia que Tu Me enviaste. (João 17, 15-21)

Não vos acomodeis a este mundo. Pelo contrário, deixai-vos transformar, adquirindo uma nova men- talidade, para poderdes discernir qual é a vontade

3 - NUM MUNDO SEM CORAÇÃO IV - O CAMINHO DO CORAÇÃO| PÁG. 102 e semElenada veio àexistência. Por Eleéquetudocomeçou aexistir; No princípioEle estava emDeus. e o Verbo era Deus. o Verbo estava emDeus; No princípioexistia o Verbo; de modoalternado. Do Prólogo doEvangelho segundoS. João (João 1,1-6.9-14.16-18), Conclusão Ele mesugeriunestemomentodecontemplação. e nocoração deDeusossofrimentosdomundo etudooque Concluo comumaoração deintercessão, metendonasmãos mas tambémdentro demim. Deixo-meinterrogar: O verdadeiro problema équeomundo nãoestásófora, Para otempodesilêncioeinteriorização: é perfeito. (Romanos12, 2) de Deus: o que é bom, o que Lhe é agradável, o que • • • a cadadia? menos consciente, àspessoascomquemcontacto Que valores estouatransmitir, emmodomaisou aqueles deJesus (pobreza, serviço, humildade)? mundo (riqueza, poder, aparência, orgulho) ou O meuestilodevidatestemunha oscritériosdo dade domundo? -me conformes ao Coração de Jesus ou à mentali- Os meus desejos e as minhas escolhas parecem- 3 -NUM MUNDO SEMCORAÇÃO N’Ele é que estava a Vida de tudo o que veio a existir. E a Vida era a Luz dos homens. A Luz brilhou nas trevas, mas as trevas não a receberam.

O Verbo era a Luz verdadeira, que, ao vir ao mundo, a todo o homem ilumina.

Ele estava no mundo e por Ele o mundo veio à existência, mas o mundo não O reconheceu. I

Veio para o que era seu, II e os seus não O receberam. III

Mas, a quantos O receberam, IV aos que n’Ele creem, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus. V VI Estes não nasceram de laços de sangue, nem de um impulso da carne, 103 nem da vontade de um homem, mas sim de Deus.

E o Verbo fez-Se homem e veio habitar connosco.

E nós contemplámos a sua glória, a glória que possui como Filho Unigénito do Pai, cheio de graça e de verdade.

3 - NUM MUNDO SEM CORAÇÃO IV - O CAMINHO DO CORAÇÃO| PÁG. 104 Cântico final Ámen. dos peloEspírito Santo. Por Cristo, nossoSenhor. ça de sermos vossas testemunhas no mundo, guia- intercessão dabendita Virgem Maria, dai-nosagra- do quelheentregastes ovosso Filho Unigénito. Por Deus, Pai misericordioso, Vós tantoamastesomun- Oremos: foi ElequemOdeuaconhecer. O Filho Unigénito, queéDeuseestánoseiodoPai, A DeusjamaisalguémOviu. mas agraça eaverdade vieram-nos porJesus Cristo. É queaLeifoidadaporMoisés, recebendo graças sobre graças. Sim, todosnósparticipamosdasuaplenitude, 3 -NUM MUNDO SEMCORAÇÃO 4. O PAI ENVIA O SEU FILHO PARA SALVAR

Conceito desta etapa

O Pai não nos abandonou neste mundo sem cora- ção. Falou-nos do seu amor muitas vezes e de mui- tos modos através dos profetas e nestes tempos que são os últimos fê-lo através do seu Filho feito homem, Jesus, o Cristo (cf. Hebreus 1, 1). N’Ele, o Pai I uniu a nossa história à sua, para restaurar a cria- II ção e para curar a nossa humanidade ferida. N’Ele, que deu a sua vida por nós na cruz e a Quem o Pai III ressuscitou dos mortos, perdoou os nossos peca- IV dos. N’Ele, o amor ardente de Deus vem ao nosso encontro, determinado em nos salvar. Junto d’Ele V aprendemos a reconhecer o Espírito de Deus a agir VI no nosso mundo, fazendo nascer algo novo, mesmo entre sofrimentos e dificuldades. 105

• Vou fazer algo novo, e já está a nascer, não o notam? (Isaías 43, 19). • Vi como sofre o meu povo que está no Egito. [...] Por isso desci para salvá-los das mãos dos egípcios... (Êxodo 3, 7-8). • Fui Eu quem ensinou Efraim a andar e o levei nos meus braços... com correias de amor os atraía, com cordas de carinho (Oseias 11, 3-4). IV - O CAMINHO DO CORAÇÃO| PÁG. 106 nossa humanidade eomundo. Somosseres livres, lugar, constitui-se para nósaquiloquecaracteriza a dade, decidemprescindir deDeus, tomandooseu Desde oGénesis, emque Adão eEva, nasualiber vo aproximar-Se deDeusem relação aoseu povo. Toda ahistória bíblica é umcontínuo e progressi- tentar encontrar umaresposta aestasquestões. como umDeustãobompodedeixar-nos assim. presente, quenosabandonou, questionando-nos dramático ainda, pensarqueDeusdeixoudeestar fazer para mudar tantasestruturas demale, mais A primeira tentaçãoépensarquenadaserá possível questionam sobre osentidodomalesofrimento. das situaçõesdedesespero, ondetantaspessoasse um mundo ondeasinjustiçascriamemtantasvi- apresenta profundamente necessitado de salvação, ção. No tema anterior vimos como omundo, hoje, se Catequese É necessárioolharomodo comoDeusagepara O Pai nãonosabandonou nestemundo semcora - • • • • andava perdido (Lucas19, 10). O Filho doHomemveio buscaresalvar oque o seuFilho (João Unigénito 3, 16). Tanto amou Deusomundo, quelheentregou (Romanos 8, 26). O Espírito vem em auxílio da nossa fragilidade ( do, semteremcontaospecados doshomens Em Cristo, Deus reconciliou consigo omun- 2 Coríntios5, 19). 4 -OPAI ENVIA OSEU FILHO PARA SALVAR - mas tantas vezes a nossa liberdade não é a ver- dadeira liberdade. Vamo-nos deixando prender às coisas, queremos ocupar o primeiro lugar e, assim, são criadas as injustiças, quando não deixamos ao outro o lugar a que tem direito, retirando-lhe a sua dignidade. A liberdade, o sinal mais excelente da nossa hu- manidade é, ao mesmo tempo, o lugar da sua fragi- lidade. Neste sentido, o limite, nosso e da criação, é a nossa condição mais profunda. Deus, que respei- ta absolutamente a nossa liberdade, não interfere, pois assim exige a liberdade que nasce do amor. Mas quer aproximar-Se, comunicar connosco. I

Através dos profetas e dos acontecimentos, Deus II falou continuamente ao seu povo, atraindo-o a Si, para que se convertesse. E, finalmente, falou-nos III por Si mesmo, através do seu Filho Jesus. N’Ele, o Pai IV uniu a nossa história à sua, para restaurar a cria- ção e para curar a nossa humanidade ferida. N’Ele, V que deu a sua vida por nós na cruz e a Quem o Pai VI ressuscitou dos mortos, perdoou os nossos peca- dos. N’Ele, o amor ardente de Deus vem ao nosso 107 encontro, determinado em nos salvar. Junto d’Ele aprendemos a reconhecer o Espírito de Deus a agir no nosso mundo, fazendo nascer algo novo, mesmo entre sofrimentos e dificuldades.

Tópicos de reflexão pessoal

Tanto amou Deus o mundo, que lhe entregou o seu Filho Unigénito, a fim de que todo o que n’Ele

4 - O PAI ENVIA O SEU FILHO PARA SALVAR IV - O CAMINHO DO CORAÇÃO| PÁG. 108 dos seusfilhos. o mesmodesejoqueDeus temdeSeaproximar nas suasrelações, tomandocomo atitudedevida esta necessidadedeestar próximo lhecoloca, cebe a proximidade de Deus, e os desafios que sobre osmodoscomo, nasuavidapessoal, per lidade nanossavida? contro dafragilidade humanapoderá serumarea- nós? Comoéqueestaproximidade, esteviraoen- na nossavida, ofactodeDeusSeterfeitoum de o mistério da Encarnação. Que consequências tem, refletir econversar sobre o núcleo dafécristã, queé Tópicos para umencontro emgrupo Ele (João 3, 16-17). nar omundo, maspara queomundo sejasalvo por Deus não enviou o seu Filho ao mundo para conde- crê nãoseperca, mastenhaavidaeterna. Defacto, Após aleitura eestudodotema, ogrupopoderá Para otempodepartilha, cadaumpoderá falar • sus oamordoPai pormim? condenado por Deus, mas salvo? Vejo em Je- são, na minha vida, as experiências de não ser que nostem. Nãocondena, quersalvar. Quais ta-Se comooFilho enviado doPai, peloamor Neste diálogo comNicodemos, Jesus apresen- 4 -OPAI ENVIA OSEU FILHO PARA SALVAR - Terminar o encontro com uma oração pelas in- tenções do Santo Padre, em união com a sua Rede Mundial de Oração.

Esquema para uma oração em comum

Cântico inicial

1. Hino ao Senhor misericordioso Depois de recitar o Salmo 103, alternando as estrofes, conceder o tempo adequado de silêncio para a escuta pessoal. Concluir com a partilha do que Deus foi dizendo a cada um. I

Ant. Deus é amor, e quem permanece no amor per- II manece em Deus, e Deus nele (1 João 4, 16). III

Bendiz, ó minha alma, o SENHOR, IV e todo o meu ser louve o seu nome santo. Bendiz, ó minha alma, o SENHOR, V e não esqueças nenhum dos seus benefícios. VI

É Ele quem perdoa as tuas culpas 109 e cura todas as tuas enfermidades. É Ele quem resgata a tua vida do túmulo e te enche de graça e de ternura.

É Ele quem cumula de bens a tua existência e te rejuvenesce como a águia. O SENHOR defende, com justiça, o direito de todos os oprimidos.

4 - O PAI ENVIA O SEU FILHO PARA SALVAR IV - O CAMINHO DO CORAÇÃO| PÁG. 110 e selembram decumprirosseuspreceitos. para osque guardam asuaaliança e asuajustiça chega atéaosfilhosdosseusfilhos, Mas oamordoSENHORéeterno para osqueotemem deixa deexistir enãoseconhecemaiso seulugar. mas, quandosopra ovento sobre ela, brota comoaflordocampo, Os diasdosseres humanossãocomoaerva: não seesquecedequesomospódaterra. Na verdade, Elesabe deque somosformados; assim oSENHORsecompadecedosqueOtemem. Como umpaisecompadecedosfilhos, assim Eleafastadenósosnossospecados. Como oOrienteestáafastadodoOcidente, para osqueOtemem. assim sãograndes osseus favores Como égrande adistância doscéusàterra, nem noscastigousegundo as nossasculpas. Não nostratou segundo osnossospecados, nem asuaira dura para sempre. Não estásempre arepreender-nos, é pacienteecheio deamor. O SENHORémisericordioso ecompassivo, e assuasmaravilhas aosfilhosdeIsrael. Revelou osseuscaminhosaMoisés 4 -OPAI ENVIA OSEU FILHO PARA SALVAR O SENHOR estabeleceu nos céus o seu trono e o seu reino estende-se a tudo o que existe.

Bendizei o SENHOR, todos os seus anjos, poderosos mensageiros, que cumpris as suas ordens, sempre dóceis à sua palavra.

Bendizei o SENHOR, todo o seu exército de astros, que sois seus servos e executores da sua vontade.

Bendizei o SENHOR, todas as suas obras, em todos os lugares do seu domínio. Bendiz, ó minha alma, o SENHOR! I

II Ant. Deus é amor, e quem permanece no amor permanece em Deus, e Deus nele (1 João 4, 16). III

IV 2. A grandeza do amor de Deus Escuta da palavra de Deus e oração pessoal. Alternam-se duas V vozes para a leitura. VI

Todos esperam de ti que lhes dês comida a seu 111 tempo. Dás-lhes o alimento, que eles recolhem, abres a tua mão e saciam-se do que é bom. (Salmo 104, 27-28)

Olhai as aves do céu: não semeiam nem ceifam nem recolhem em celeiros; e o vosso Pai celeste ali- menta-as. Não valeis vós mais do que elas? Qual de vós, por mais que se preocupe, pode acrescentar um só côvado à duração da sua vida? Porque vos preo-

4 - O PAI ENVIA O SEU FILHO PARA SALVAR IV - O CAMINHO DO CORAÇÃO| PÁG. 112 queceria. ( Ainda queela seesquecessedele, Eununca tees- não tercarinho pelofrutodassuas entranhas? nunca mais:«MeuBaal». (Oseias2, 16-18) culo doSENHOR–elamechamará: «Meumarido»e em quesubiudaterra do Egito. Naquele dia–orá- como notempodasuajuventude, comonosdias rei, para lhefalaraocoração. (...) Aí, elaresponderá não necessitamdeconversão. (Lucas 15, 7) se converte, doque pornoventa enove justosque ( mão forte, vos tirou e vos salvou da casaservidão. quefezavossosramento pais, porissoéque, com povos. Porque oSENHORvos amaeéfielaoju- colheu; vós atééreis omaispequenodetodosos povos que o SENHOR Se agradou de vós e vos es- homens depoucafé?(Mateus6, 26-30) lançada aofogo, comonãofará muito maisporvós, sim a erva do campo, que hoje existe e amanhã será vestiu comoqualquerdeles. Ora, seDeusveste as- digo: NemSalomão, emtoda asuamagnificência, se rios docampo:nãotrabalham nemfiam! Pois Eu vos cupais comovestuário? Olhaicomocrescem oslí- Deuteronómio 7, 7-8) Haverá mais alegria no Céu por um sópecador que Acaso podeumamulher esquecer-se doseubebé, É assimqueavou seduzir:aodesertoaconduzi- Não foiporserdes maisnumerosos queoutros 4 -OPAI ENVIA OSEU FILHO PARA SALVAR Isaías 49, 15) Sabemos que tudo contribui para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados, de acordo com o seu desígnio. Porque àqueles que Ele de antemão conheceu, também os predestinou para serem uma imagem idêntica à do seu Filho, de tal modo que Ele é o primogénito de muitos ir- mãos. E àqueles que predestinou, também os cha- mou; e àqueles que chamou, também os justificou; e àqueles que justificou, também os glorificou. (Romanos 8, 28-30)

Conheceis bem a bondade de Nosso Senhor Jesus Cristo que, sendo rico, Se fez pobre por vós, para vos I enriquecer com a sua pobreza. (2 Coríntios 8, 9) II

Para o tempo de silêncio e interiorização: III

Procuro tomar consciência e recordar os modos infinitos IV e sempre novos como Deus me manifesta pessoalmente o seu amor. V • a sua providência ... VI • a sua generosidade... • a sua fidelidade ... 113 • a sua misericórdia ... • a sua ternura... • ... para comigo.

3. Revelado na cruz de Jesus O amor de Deus manifestou-se plenamente na encarnação do Verbo e chegou ao extremo no sacri- fício da cruz. No coração humano de Jesus está toda

4 - O PAI ENVIA O SEU FILHO PARA SALVAR IV - O CAMINHO DO CORAÇÃO| PÁG. 114 Santo Ináciode Loiola(Exercícios Espirituais, 53): coração, com Jesus crucificado, seguindoas indicações de Experimentamos fazer umcolóquiopessoal, coração a Para otempodesilêncioeinteriorização: ra recebemos areconciliação. (Romanos5, 8-11) Deus, porNossoSenhor Jesus Cristo, porQuemago- sua vida. Maisainda, tambémnosgloriamosem uma vez reconciliados, havemos de sersalvos pela Ele pelamortedeseuFilho, commuito maisrazão, éramos inimigos de Deus, fomos reconciliados com salvos daira, pormeiod’Ele. Se, defacto, quando seu sangue, commuito maisrazão havemos deser morreu pornós. Eagora quefomosjustificadospelo nosco: quando ainda éramos pecadores éque Cristo ( mo. no mundo, levou oseuamorporelesaté aoextre- do para oPai, Ele, queamara osseusqueestavam tinha chegado a sua hora da passagem deste mun- do modoquemelhorpossamos. para acolhero Amor deDeusepara Lhe responder consciência, nonossocoração, doapelo ardente ( n’Ele crê nãoseperca, mastenhaavidaeterna» gou oseuFilho Unigénito», épara que«todoo de eoseudrama atéao domdeSinacruz. a força eaternura doamordeDeus, asuafidelida- João 3, 16). DiantedeCristonaCruz, tomamos Antes dafestaPáscoa, Jesus, sabendo bemque Se «tantoamouDeusomundo, quelhe entre- É assimqueDeusdemonstra oseuamorpara con- João 13, 1) 4 -OPAI ENVIA OSEU FILHO PARA SALVAR Imaginando a Cristo nosso Senhor diante de mim e pre- gado na cruz, fazer um colóquio: como de Criador veio a fazer-Se homem, e de vida eterna a morte temporal, e assim a morrer por meus pecados.

Faço o mesmo examinando-me a mim: • o que fiz por Cristo, • o que faço por Cristo, • o que devo fazer por Cristo. e vendo-o a Ele em tal estado e assim pendente na cruz, discorrer pelo que se me oferecer.

I Conclusão Recitar, alternadamente, este hino da Carta de S. Paulo aos Fili- II penses (Filipenses 2, 5-11): III

Tende entre vós os mesmos sentimentos, que estão IV em Cristo Jesus: V

Ele, que é de condição divina, VI não considerou como uma usurpação ser igual a Deus; 115 no entanto, esvaziou-Se a Si mesmo, tomando a condição de servo.

Tornando-Se semelhante aos homens e sendo, ao manifestar-Se, identificado como homem, rebaixou-Se a Si mesmo, tornando-Se obediente até à morte e morte de cruz.

4 - O PAI ENVIA O SEU FILHO PARA SALVAR IV - O CAMINHO DO CORAÇÃO| PÁG. 116 Espírito Santo.Espírito Ámen. que éDeusevive ereina convosco, naunidadedo amor. Por NossoSenhorJesus Cristo, vosso Filho, fé eanuncie comalegria asmaravilhas dovosso Espírito, para que saiba professar com força a sua Cristo Salvador; concedeiaovosso povo odomdo sedenta aágua viva dagraça quebrota darocha, Deus, fontedavida, Vós ofereceis àhumanidade Oremos: para glóriadeDeusPai. «Jesus CristoéoSenhor!», e todaalínguaproclame: na terra edebaixo daterra; os dosseres queestãonocéu, se dobrem todososjoelhos, para que, aonomedeJesus, que estáacimadetodoonome, e Lheconcedeuonome Por issomesmoéqueDeusOelevou acimadetudo Cântico final 4 -OPAI ENVIA OSEU FILHO PARA SALVAR 5. CHAMA-NOS SEUS AMIGOS

Conceito desta etapa

Jesus Cristo chama-nos seus amigos e convida- -nos a uma aliança de amor pessoal, íntima e afe- tiva com Ele. Está sempre vivo para interceder por nós, ativamente empenhado em nos atrair para Ele, pois somos preciosos a seus olhos. A amizade com I

Ele leva-nos a olhar o mundo com os seus olhos, II a sofrer com os seus sofrimentos e a alegrar-nos com as suas alegrias, a oferecer as nossas pessoas III para trabalhar com Ele em favor dos nossos irmãos IV e irmãs. Ele está connosco todos os dias, até ao fim do mundo. V VI • Eu te chamei pelo nome, tu és meu. Tu tens um grande preço aos meus olhos, és precioso 117 e eu te amo (Isaías 43, 1 e 4). • Em seguida, Jesus subiu ao monte e chamou os que Ele quis. Uma vez reunidos, escolheu doze de entre eles, para estar com Ele e para os enviar a pregar a boa nova. A estes Ele deu o nome de apóstolos... (Marcos 3, 13-14). • Já não vos chamo servos, visto que um ser- vo não está ao corrente do que faz o seu se- nhor; mas a vós chamei-vos amigos, porque

5 - CHAMA-NOS SEUS AMIGOS IV - O CAMINHO DO CORAÇÃO| PÁG. 118 vendo epercebendo, nascircunstâncias concretas, mos conhecendo Jesus àmedida quevamos vi - lado acom todasasnossasexperiências. Va- todos osdias. Oconhecimento deJesus caminha horizonte definitivo danossavida, aquevivemos mostra ocaminho, é ElequeSeapresenta comoo tianismo, a resposta é muito clara: é Jesus que nos realização plenacomoseres humanos. Para oCris- devemos fazerpara alcançar afelicidadeenossa tido danossavida, para ondecaminhamos, oque Catequese Procuramos muitas vezes entenderqualéosen- • • • • Inácio, 93). e vigiardenoite(Exercícios EspirituaisdeSanto Do mesmomodohádetrabalhar comigodedia em comercomo eu e, assim, beber e vestir, etc. Se alguémquervirapósmim, deve contentar-se (Hebreus 7, 25). Ele vive para sempre para interceder pornós se aproximam deDeuspormeio d’Ele, jáque Jesus podesalvar completamenteaquelesque do mundo (Mateus28, 20). Eu estarei convosco todososdias, atéaofim (João 21, 20). ceia setinhainclinadosobre opeitodeJesus pulo aquemJesus amava, omesmoquena Voltando-se, Pedro viuqueosseguia odiscí- (João 15, 15). vos deiaconhecertudooqueouviaomeuPai 5 -CHAMA-NOS SEUS AMIGOS onde e como podemos realizar aquilo a que somos chamados. Ser chamados! É precisamente esse o grande se- gredo. Mesmo que nos sintamos perdidos, mesmo que estejamos distraídos e preocupados com tan- tas coisas, Jesus faz-nos continuamente um cha- mamento. Não é um chamamento qualquer, é ser- mos chamados à amizade com Ele. Ele quer que eu seja seu amigo, deseja a minha amizade. Assim, o conhecimento de Jesus não é o receber uma série de normas e preceitos de boa conduta, para sermos boas pessoas, mas é criar e alimentar uma relação de amizade. I

O ponto de partida está dado. Jesus quer. E, nes- II te momento, a nossa grande pergunta, muito mais séria do que imaginamos é: E eu? Quero? O chama- III mento é acolher o convite de alguém que quer en- IV trar na nossa vida, fazer-nos bem. Tal como acontece nas nossas relações de amiza- V de, a amizade com Jesus leva-nos a olhar o mundo VI com os seus olhos. Já que vivem e perce- bem as coisas da mesma forma, assim também a 119 nossa vida, alimentada pela amizade com Ele, terá o mesmo efeito. Se fôssemos amigos de Jesus, passaríamos a olhar o mundo como a criação que Deus Pai nos deu para cuidarmos, passaríamos a olhar os outros como irmãos a quem deu a vida por amor, passaríamos a olhar para nós próprios como filhos amados de Deus, que nunca são abandonados por Ele, mesmo no sofrimento e no pecado.

5 - CHAMA-NOS SEUS AMIGOS IV - O CAMINHO DO CORAÇÃO| PÁG. 120 santidade. sa felicidadeerealização. Nofundo, para anossa parece, defacto, serumcaminhoseguro para anos- amizade, dizersimcomtodaaliberdade evontade dizer quenãoaestaquestão. Abandonar-se aesta ta forma, nãoseríamosfelizes?Creio queédifícil vós a minha alegria, e a vossa alegria seja completa. que ouviaomeuPai (João 15, 12-15). mei-vos amigos, porquevos deiaconhecertudoo ao corrente doquefazoseusenhor;masavós cha- não vos chamo servos, vistoqueumservo nãoestá meus amigos, sefizerdes oqueEu vos mando. Já do quequemdáavida pelos seusamigos. Vós sois outros comoEuvos amei. Ninguémtemmaisamor É esteomeumandamento:quevos ameisunsaos Tópicos dereflexão pessoal Se olhássemosesentíssemostodas as coisas des- Manifestei-vos estascoisas, para queestejaem • gria completa» queJesus mequer dar? pelo amor?Como sintonaminhavidaa «ale- porque é suposto e tem de ser, ou sou movido Jesus, façooquemeépedidoporobrigação, gos fazemporamor. Naminharelação com zem oque se lhespedeporobrigação. Osami- Ele nosamou, dando a suavida. Os servos fa- revelou oseumandamento, queéamar como Jesus chama-nos amigos. Amigos aquemEle 5 -CHAMA-NOS SEUS AMIGOS

Tópicos para um encontro em grupo

Como se pode entender na leitura do tema, não é possível um viver cristão autêntico sem a experiên- cia de uma amizade íntima e profunda com Jesus. A vida de oração começa com um chamamento à re- lação. Neste encontro propõe-se que cada um possa partilhar um pouco a sua história de relação com Deus e como faz, concretamente, para responder aos apelos de amizade que o Senhor faz.

O grupo deve perguntar-se: como poderá ajudar a comunidade a perceber que a oração não é ape- I nas um cumprir de rituais, mas é um crescimento II numa relação de amizade? Que tipo de oração e ex- periência de silêncio se pode propor? III

IV Terminar o encontro com uma oração pelas in- tenções do Santo Padre, em união com a sua Rede V Mundial de Oração. VI

Esquema para uma oração em comum 121

Cântico inicial

1. Verdadeira e falsa amizade Depois de recitar Ben Sira 6, 5-17; 27, 16-17; 37, 1-6, alternan- do as estrofes, conceder o tempo adequado de silêncio para a escuta pessoal. Concluir com a partilha do que Deus foi dizen- do a cada um.

5 - CHAMA-NOS SEUS AMIGOS IV - O CAMINHO DO CORAÇÃO| PÁG. 122 e nadaseiguala aoseuvalor. Nada sepode comparar aumamigofiel, quem oencontrou, descobriuumtesouro. Um amigofieléumapoderosa proteção; e estáalertacomosteusamigos. Afasta-te daquelesquesão teusinimigos, e oculta-sedatuapresença. mas, setecolheoinfortúnio, volta-se contra ti, comàvontadedirigindo-se aosteusservos; na tuaprosperidade mostra-se igualati, e quedeixará deosernodiadadesgraça; Há amigoquesóoépara amesa, que desvendará astuasfraquezas, para tuavergonha. Há amigoquesetornainimigo, que nãosãofiéisnodiadatribulação. Com efeito, háamigosde ocasião, não confiesnele muito depressa. Se queres terumamigo, põe-noprimeiro àprova, mas escolhepara conselheiro umentre mil. Procura estardebemcommuitos, a linguagemafável atrai muitas respostas agradáveis. Palavras amáveis multiplicam osamigos, bios 17, 17). torna-se umirmãonotempodadesgraça (Provér Ant. Aquele queéamigo, é-o emtodootempo;e 5 -CHAMA-NOS SEUS AMIGOS - Um amigo fiel é um bálsamo de vida; os que temem o Senhor acharão tal amigo.

O que teme o Senhor terá também boas amizades, porque o seu amigo será semelhante a ele. Aquele que revela o segredo de um amigo perde o crédito, e não encontrará amigos segundo o seu coração.

Ama o amigo e sê-lhe leal, mas, se revelaste os seus segredos, não vás mais atrás dele. Todo o amigo dirá: «Eu também I contraí amizade contigo». II Há, porém, amigos que só o são de nome. III

Não causa isto uma dor que perdura até à morte, IV que um companheiro e amigo se converta em inimigo? V Ó perversa inclinação, onde tiveste origem, VI para cobrir a terra com a tua perfídia? 123 Há companheiro que se aproveita do amigo nas suas diversões, mas, no tempo da tribulação, será seu adversário. Há companheiro que se condói da desventura do seu amigo, no interesse do seu ventre; no momento de luta, ele toma o escudo.

5 - CHAMA-NOS SEUS AMIGOS IV - O CAMINHO DO CORAÇÃO| PÁG. 124 chamei-vos amigos, porquevos dei aconhecertudo está aocorrente doquefazo seusenhor;masavós valeis maisdoquemuitos pássaros. (Lucas12, 4-7) belos davossa cabeça estãocontados. Nãotemais: despercebido diantedeDeus. Maisainda, atéosca - queninas moedas? Contudo, nenhumdelespassa mer. Nãosevendem cincopássaros porduaspe- Geena. Sim, Euvo-lo digo, aesseéquedeveis te- le que, depois dematar, temopoderdelançarna Vou mostrar-vos aquemdeveis temer:temei aque- matam ocorpoe, depois, nadamais podem fazer. (Mateus 11, 19) sabedoria foijustificadapelassuaspróprias obras. go decobradores deimpostosepecadores!». Masa zem: «Aíestáumglutãoebebedor devinho, ami- vozes para aleitura. Escuta dapalavra deDeuseoração pessoal. Alternam-se duas 2. OSenhor, amigodohomem bios 17, 17). torna-se umirmãonotempodadesgraça (Provér Ant. no meiodariqueza, nãopercas asualembrança. Não teesqueçasemteucoração doteuamigo; Já nãovos chamo servos, visto que umservo não Digo-vos avós, meusamigos:Nãotemaisosque Veio oFilho doHomem, quecomeebebe, edi- Aquele queéamigo, é-o emtodootempo;e 5 -CHAMA-NOS SEUS AMIGOS - o que ouvi ao meu Pai. Não fostes vós que Me esco- lhestes; fui Eu que vos escolhi a vós e vos destinei a ir e a dar fruto, e fruto que permaneça; e assim, tudo o que pedirdes ao Pai em meu nome Ele vo-lo concederá. É isto o que vos mando: que vos ameis uns aos outros. (João 15, 15-17)

Antes da festa da Páscoa, Jesus, sabendo bem que tinha chegado a sua hora da passagem des- te mundo para o Pai, Ele, que amara os seus que estavam no mundo, levou o seu amor por eles até ao extremo. O diabo já tinha metido no cora- ção de Judas, filho de Simão Iscariotes, a decisão I de O entregar. Enquanto celebravam a ceia, Jesus, II sabendo perfeitamente que o Pai tudo Lhe pusera nas mãos, e que saíra de Deus e para Deus volta- III va, levantou-Se da mesa, tirou o manto, tomou IV uma toalha e atou-a à cintura. Depois deitou água na bacia e começou a lavar os pés aos discípulos V e a enxugá-los com a toalha que atara à cintura. VI (João 13, 1-5) 125 Disse-Lhe Simão Pedro: «Senhor, para onde vais?». Jesus respondeu-lhe: «Para onde Eu vou, tu não Me podes seguir por agora; hás de seguir-Me mais tarde». Disse-Lhe Pedro: «Senhor, porque não posso seguir-Te agora? Eu daria a vida por Ti!». Re- plicou Jesus: «Darias a vida por Mim? Em verdade, em verdade te digo: não cantará o galo, antes de Me teres negado três vezes!». (João 13, 36-38)

5 - CHAMA-NOS SEUS AMIGOS IV - O CAMINHO DO CORAÇÃO| PÁG. 126 saborear asua, oumelhor, anossaamizade: em todasascircunstâncias. Fico porumpoucoa sentire Jesus éoverdadeiro amigo, possoconfiar n’Elesempre e Para otempodesilêncioeinteriorização: (João 15, 12-14) sois meusamigos, sefizerdes oqueEu vos mando. amor doquequemdáavidapelosseusamigos. Vós aos outros como Eu vos amei. Ninguém tem mais lheu-a comosua. (João 19, 25-27) a tua mãe!». E, desde aquela hora, o discípulo aco- lher, eisoteufilho!». Depois, disseaodiscípulo:«Eis mãe eodiscípuloqueEleamava, disseàmãe:«Mu- Maria Madalena. Então, Jesus, aover aliaopéasua a irmãda sua mãe, Maria, amulher deClopas, e os amasteaelescomoMim. (João 17, 20-23) sim omundo reconheça que Tu Meenviaste eque para queelescheguem àperfeiçãodaunidadeeas- um, comoNós somos Um. Eunelese Tu emMim, -lhes aglóriaque Tu Medeste, demodoquesejam Nós eomundo creia que Tu Meenviaste. Eu dei- Mim eEuem Ti; para queassimelesestejam em para que todos sejamumsó, como Tu, Pai, estásem que hão de crer em Mim, por meio da sua palavra, É esteomeumandamento:quevos ameisuns Junto à cruz de Jesus estavam, de pé, sua mãe e Não rogo sóporeles, mastambémporaqueles 5 -CHAMA-NOS SEUS AMIGOS • Quando e de que modo comecei a olhar para Jesus como um amigo? • Como cresceu no tempo a nossa amizade? • Quais os momentos mais belos? • Como me apercebi da presença do Senhor nos mo- mentos mais difíceis? • Alguma vez o neguei, como Pedro? • Qual é a minha experiência do seu amor até ao extremo?

Colóquio Jesus chama-nos amigos e manifestou-nos de tan- tas maneiras a sua amizade, até ao extremo de dar I a vida por nós. Mas a amizade requer a reciproci- II dade, é um estado de amor simultâneo e recíproco entre duas pessoas. III

IV O SENHOR falava com Moisés, frente a frente, como um homem fala com o seu amigo. Moisés vol- V tava, em seguida, para o acampamento; mas Josué, VI filho de Nun, o seu servidor, homem ainda novo, não se afastava do interior da tenda. (Êxodo 33, 11) 127

Como verdadeiros amigos do Sagrado Coração, ocupar-vos-eis de tudo aquilo que lhe diz respei- to. Seguindo a recomendação de S. Paulo, sentireis aquilo que Ele sente, partilhareis as suas alegrias e as suas tristezas, o vosso coração será ferido pe- las ofensas feitas ao d’Ele, desejareis unicamente o seu triunfo. Metereis toda a vossa influência à sua disposição, armando-vos com todas as armas que

5 - CHAMA-NOS SEUS AMIGOS IV - O CAMINHO DO CORAÇÃO| PÁG. 128 tuais, nn. 95-97) bondade... (SantoInáciodeLoiola, Exercícios Espiri- com vosso favor e ajuda, diante da vossa infinita Senhor detodasascoisas, eufaçoaminhaoblação, oblações demaiorestimaevalor, dizendo:Eterno dade e contra o seu amor carnal e mundano, farão mas ainda, agindo contra asuaprópria sensuali- não somente oferecerão suas pessoas ao trabalho, todo o serviço de seu rei eterno e senhor universal, oferecerão todasassuaspessoasaotrabalho. -me napena, tambémnaglória». mesiga migo, hádetrabalhar comigo, para queseguindo- na glóriademeuPai; portanto, quemquiservirco- todo omundo etodososinimigos, eassimentrar particular dizendo:«Aminhavontade econquistar todos oshomensdomundo, echama cadaumem defesa dacausadeDeus. (P. HénriRamière, s.j.) usareis continuamente esta arma invencível para a dos podemusaremtodasassituações, todosvós os cristãos, até dos mais frágeis, uma arma que to- a armadaoração, queestáàdisposiçãodetodos estão aovosso alcance. Eporqueexista uma arma, Os quemaissequiserem afeiçoareassinalarem Considerar quetodosostiverem juízoerazão Ver nossoSenhor, rei eterno, quetemdiantea 5 -CHAMA-NOS SEUS AMIGOS Si Para o tempo de silêncio e interiorização: Jesus oferece-me a sua amizade. Quero também eu ser amigo de Jesus? Se sim, falo agora com Ele, como com um amigo muito caro, um amigo do coração.

Conclusão Colossenses 3, 12-17 (de modo alternado)

[Amigos], eleitos de Deus, santos e amados, revesti-vos, pois, de sentimentos de misericórdia, de bondade, de humildade, de mansidão, de paciência, I suportando-vos uns aos outros II e perdoando-vos mutuamente, se alguém tiver razão de queixa contra outro. III

IV Tal como o Senhor vos perdoou, fazei-o vós também. E, acima de tudo isto, revesti-vos do amor, V que é o laço da perfeição. VI

Reine nos vossos corações a paz de Cristo, 129 à qual fostes chamados num só corpo.

E sede agradecidos. A palavra de Cristo habite em vós com toda a sua riqueza: ensinai-vos e admoestai-vos uns aos outros com toda a sabedoria; cantai a Deus, nos vossos corações,

5 - CHAMA-NOS SEUS AMIGOS IV - O CAMINHO DO CORAÇÃO| PÁG. 130 Cântico final cio deLoiola, Exercícios Espirituais, nº234). vosso amoregraça, queestamebasta. (SantoIná- ponde detudo, avossa inteira vontade. Dai-meo destes; a Vós, Senhor, o restituo. Tudo nha vontade, tudooquetenhoepossuo; Vós mo minha memória, omeuentendimentoetodaami- Tomai, Senhor, erecebei todaaminhaliberdade, a Oremos dando graças porElea Deus Pai. fazei-o emnomedoSenhorJesus, E tudoquantofizerdes porpalavras ouporobras, com salmos, hinosecânticosinspirados. o vosso reconhecimento, 5 -CHAMA-NOS SEUS AMIGOS e vosso, dis- 6. HABITADOS POR CRISTO

Conceito desta etapa

No excesso do seu amor por nós, Deus deseja habitar nos nossos corações. É a surpreendente promessa que Cristo fez aos seus amigos antes de morrer. Deus quer estabelecer a sua morada em cada um de nós. S. Paulo dá testemunho disso ao I dizer: não sou eu que vivo mas é Cristo que vive II em mim. É o horizonte definitivo para o qual o Es- pírito quer levar o cristão. É a identificação total III com Cristo em corpo, alma e espírito. É o que de- IV sejamos e pedimos em cada dia, com coração de pobre, sabendo que alcançar esta graça nunca será V fruto apenas dos nossos esforços. Acreditamos VI que esta identificação com Cristo nos é dada de modo privilegiado na Eucaristia. Ele mesmo vem 131 a nós no seu Corpo e no seu Sangue e modela-nos interiormente segundo o seu Coração, a fim de ser- mos e agirmos como Ele.

• Naquele dia compreendereis que Eu estou no meu Pai, e vós em Mim e Eu em vós (João 14, 20). • ... viremos a ele e faremos nele a nossa mora- da (João 14, 23). • Permanecei em Mim e Eu permanecerei em

6 - HABITADOS POR CRISTO IV - O CAMINHO DO CORAÇÃO| PÁG. 132 tante. As suaspalavras sãoreal eos seusgestos - nos propomos fazerdebomnomundo. do sentidodavida, das nossasrelações, daquiloque se aresposta amuitas dasnossasquestõesacerca ela, sentimos interiormente um apelo, comose fos- cil deentendermas, se refletirmos um poucosobre em mim»(Gálatas2, 20). Parece umaexpressão difí- que «Já nãosoueuquevivo, maséCristoquevive Cristo, apontodesepoderafirmar, como S. Paulo, mente, de todaa vida humana, é aidentificaçãocom Catequese A grande metadetodaavidacristãe, consequente- A pessoadeJesus é, semdúvida, umdesafio cons- • • • • • ríntios 3, 18). transformando àsuaprópria imagem... (2Co- Nós refletimos aglóriadoSenhore vamo-nos mediante afé... (Efésios3, 17). Para queCristohabite nosvossos corações e noPai (1João 2, 24). ouvistes, tambémvós permanecereis noFilho Se emvós permaneceroquedesdeprincípio 3, 16-17). o EspíritodeDeushabita emvós? (1Coríntios Não sabeis que sois santuário de Deus e que mim (Gálatas2, 20). Não soueuquevivo, maséCristoquevive em 15, 4e9). vós... Permanecei noamorquevos tenho(João 6 -HABITADOS POR CRISTO mente inspiradores, determinam um modo de ser e de estar diante de Deus e dos outros que nos es- timula a sermos melhores, a acertar naquilo que é mais essencial. Mas Jesus não aparece apenas como um modelo ideal a imitar. É muito mais que um objetivo. É o Caminho, a Verdade e a Vida. As gran- des personagens da história dão certamente bons exemplos, mas Jesus dá vida.

O modo como Jesus Se dá na nossa história come- ça com este desejo de estar continuamente presen- te e efetivo. Através da sua Palavra, da Igreja, dos sacramentos, Ele continua a dar-Se como nosso ali- I mento. II

É na Eucaristia que Jesus Se dá como pão que ali- III menta, dando-Se a Si mesmo. Porque aquilo que IV verdadeiramente alimenta a nossa vida é a expe- riência de sermos amados por Alguém que Se ofe- V rece a nós, com tudo o que tem de melhor. VI

Para além de acolhermos este dom, e se este aco- 133 lhimento for realmente verdadeiro, somos chama- dos e movidos a ter as mesmas atitudes de Jesus. Tal como Ele vive para Se dar, também a nossa vida é para ser dada. Nas coisas grandes e nas coisas pequenas. Dar-se em cada momento, na atenção, no cuidado, na preocupação pelo outro, no dispor a vida para que a vida dos outros seja feliz, mais próxima do Amor do Pai. Ao fazer isto, estamos a ser «outro Cristo» e a deixar que Ele viva em nós.

6 - HABITADOS POR CRISTO IV - O CAMINHO DO CORAÇÃO| PÁG. 134 nossa vidaesomosrealmente Filhos deDeus. em cadaEucaristia, aconteceverdadeiramente na para ressuscitar para oamoreavida, queacontece mesmo, domorrer aonossoegoísmo eaopecado aprender aviver. Eassim, aalegria dodomdesi a lereescrever, precisamos daEucaristiapara como precisamos deumagramática para aprender como uma«gramática» daexistência, ouseja, tal por amor, que alimenta e salva, apresenta-se assim 14, 23-24). não éminha, masédoPai, queMeenviou» (João guarda asminhaspalavras; eapalavra queouvis faremos nelemorada. QuemnãoMetemamor palavra; eomeuPai oamará, eNósviremos aelee Tópicos dereflexão pessoal A Eucaristia, comomemorialde entrega da Vida «Se alguémMetemamor, hádeguardar aminha • mais comoEle? a pôrhojeem prática? Emqueé posso ser traços da pessoa de Jesus me sinto chamado nas viver, sentir, falareagir comoEle. Que como Jesus não precisa demaisregras, é ape- sua origem, esãoconsequênciadele. Oamar tros mandamentosremetem para este, como to. Amar comoElenosamou. Todos osou- de S. João, Jesus dáoseunovo mandamen- No discursodaÚltimaCeia, noEvangelho 6 -HABITADOS POR CRISTO

Tópicos para um encontro em grupo

A centralidade da fé cristã é a pessoa de Cristo, pois Ele é a manifestação definitiva do amor de Deus por cada um de nós. Neste encontro, cada um poderá partilhar se, na sua oração, nas suas de- voções e práticas espirituais, tudo se orienta para Cristo e como o consegue fazer.

Também se poderá seguir um tempo de reflexão em grupo sobre modos concretos de apresentar aos outros a necessidade de ter Cristo como o grande horizonte da vida de oração em comunidade. Que I sinais, que ajudas podemos dar nas nossas celebra- II ções, para dar mais lugar a Cristo que nos habita? III

Terminar o encontro com uma oração pelas in- IV tenções do Santo Padre, em união com a sua Rede Mundial de Oração. V VI Esquema para uma oração em comum 135 Cântico inicial

1. A confissão do coração Depois de recitar o Salmo 139, alternando as estrofes, conceder o tempo adequado de silêncio para a escuta pessoal. Concluir com a partilha do que Deus foi dizendo a cada um.

6 - HABITADOS POR CRISTO IV - O CAMINHO DO CORAÇÃO| PÁG. 136 e aescuridão éclara comoaluz. a noitebrilha comoodia nem astrevas, para Vós, têm obscuridade: e aluz, emvolta demim, sefará noite», Se disser:«Talvez astrevas mehãodeocultar e avossa direita mesustentará. mesmo aliavossa mãomeguiará se habitar nosconfinsdooceano, Se voar nasasasdaaurora, se desceraosabismos, ali Vos encontrais. Se subiraocéu, Vós láestais; Onde evitarei avossa presença? Onde poderei ocultar-me aovosso espírito? tão sublime queanãopossoalcançar! Prodigiosa ciência, quenãopossocompreender, e sobre mimpondesavossa mão. Por todososladosmeenvolveis e já, Senhor, aconheceisperfeitamente. Ainda apalavra menãochegou àlíngua Vós observais todososmeuspassos. Vós mevedes quandocaminhoedescanso, penetraisDe longe omeupensamento: sabeis quandomesentoelevanto. Senhor, Vós conheceisoíntimodomeuser, Ant.: Senhor, Vós conheceisoíntimodomeuser. 6 -HABITADOS POR CRISTO Vós formastes as entranhas do meu corpo e me criastes no seio de minha mãe. Eu Vos dou graças por me haverdes feito tão maravilhosamente: admiráveis são as vossas obras.

Vós conhecíeis já a minha alma e nada do meu ser Vos era oculto, quando secretamente era formado, modelado nas profundidades da terra.

Ainda em embrião se viam as minhas obras e já meus dias estavam marcados no vosso livro; I estavam escritos e fixados, II ainda antes que um só deles existisse. III

Como são difíceis, meu Deus, os vossos desígnios! IV Incalculável é o seu número. Se os quisesse contar, seriam mais numerosos que V a areia VI e, se pudesse chegar ao fim, estaria ainda convosco. 137 Sondai-me, ó Deus, e vede o meu coração, ponde-me à prova e conhecei os meus pensamentos. Vede que não ande por mau caminho, conduzi-me pelo caminho da eternidade.

Ant.: Senhor, Vós conheceis o íntimo do meu ser.

6 - HABITADOS POR CRISTO IV - O CAMINHO DO CORAÇÃO| PÁG. 138 mas sópermanecendo navideira, assimtambém Tal comooramo não podedarfrutoporsimesmo, anunciado. Vós jáestaispurificados pelapalavra que vos tenho e podaoquedáfruto, para quedêmaisfrutoainda. tor. Elecortatodooramo quenãodáfrutoemMim morada. (João 14, 20.23) Pai oamará, eNósviremos aeleefaremos nele amor, hádeguardar aminhapalavra; eomeu vós em Mim, e Eu em vós. […] Se alguém Me tem Mim. (João 6, 54-57) Pai, tambémquemdeverdade Mecomeviverá por Assim comooPai queMeenviou vive eEuvivo pelo bebe omeusangueficaamorar emMimeEunele. ra bebida. Quemrealmente comeaminha carnee verdadeira comidaeomeusangue, umaverdadei- citá-lo noúltimodia, porqueaminhacarneéuma meu sanguetemavidaeternaeEuheideressus- e cearei comeleecomigo. (Apocalipse 3, 20) a minhavoz eabrir aporta, Euentrarei nasuacasa Escuta eoração pessoal. Alternam-se duasvozes naleitura. 2. Acolher Jesus nomeucoração Permanecei emMim, queEupermaneçoemvós. Eu souavideira verdadeira eomeuPai éo agricul- Compreendereis queEuestounomeuPai, e Quem realmente comeaminhacarneebebe o Olha queEuestouàportaebato:sealguémouvir 6 -HABITADOS POR CRISTO acontecerá convosco, se não permanecerdes em Mim. Eu sou a videira; vós, os ramos. Quem perma- nece em Mim e Eu nele, esse dá muito fruto, pois sem Mim nada podeis fazer. (João 15, 1-5)

Maria gerou um único Filho, único para o Pai no Céu, único para a mãe na terra. A mesma e única virgem mãe, que tem a glória de ter gerado o único Filho do Pai, abraça o mesmo seu único Filho em to- dos os seus membros e não desdenha ser chamada mãe de todos aqueles nos quais reconhece o seu Cristo já formado ou que se formará. (Dos Discursos do beato Guerrico). I

II Para o tempo de silêncio e interiorização: Jesus bate à porta do meu coração, porque quer fazer de III mim a sua morada. Como é possível? IV

Quero abrir-Lhe o meu coração, ou tenho medo de dei- V xá-Lo entrar? Há espaço suficiente para Jesus no meu VI coração? 139 Ninguém soube acolher Jesus no seu coração como Ma- ria. Peço a Maria que me ensine e me ajude a acolher Jesus no meu coração.

Tento tomar consciência da presença de Jesus no centro mais profundo do meu coração. Como se manifesta? O que sinto ali, no mais profundo do meu coração? Como me parece que se sente Ele no meu coração?

6 - HABITADOS POR CRISTO IV - O CAMINHO DO CORAÇÃO| PÁG. 140 nunca ninguémOviu;senos amarmosunsaos nós devemos amar-nos uns aos outros. A Deus eles comoaMim. (João 17, 20-23) reconheça que Tu Meenviaste equeosamastea cheguem àperfeição daunidadeeassimomundo Nós somosUm. Euneles e Tu em Mim, para que eles ria que Tu Medeste, de modo quesejamum, como mundo creia que Tu Me enviaste. Eu dei-lhes a gló- e Euem Ti; para queassimelesestejamemNóseo que todossejamumsó, como Tu, Pai, estásemMim hão decrer emMim, pormeiodasuapalavra, para ma: «Abbá!–Pai!». (Gálatas4, 4-6) aos nossoscorações oEspíritodoseuFilho, quecla- adoção defilhos. E, porquesoisfilhos, Deus enviou travam sobodomíniodaLei, afimde recebermos a sob odomíniodaLei, para resgatar osqueseencon- viou oseuFilho, nascidodeumamulher, nascido 3. Eleemnósen’Ele Experimento agora deixá-Lorepousar nomeucoração… Alguma coisapara Lheoferecer? Tenho algumacoisapara oupara Lhedizer Lhepedir? Tem, poracaso, algumacoisapara mecomunicar? Escuto-O. Tem algumacoisapara medizer? Caríssimos, seDeus nosamouassim, também Não rogo só por eles, mas também por aqueles que Quando chegou aplenitudedotempo, Deusen- 6 -HABITADOS POR CRISTO outros, Deus permanece em nós e o seu amor che- gou à perfeição em nós. Damos conta de que per- manecemos n’Ele, e Ele em nós, por nos ter feito participar do seu Espírito. Nós o contemplámos e damos testemunho de que o Pai enviou o seu Filho como Salvador do mundo. Quem confessar que Je- sus Cristo é o Filho de Deus, Deus permanece nele e ele em Deus. Nós conhecemos o amor que Deus nos tem, pois cremos n’Ele. Deus é amor, e quem permanece no amor permanece em Deus, e Deus nele. (1 João 4, 11-16)

Caríssimos, o Filho de Deus assumiu a nature- I za humana com uma união tão íntima de modo II que é o único e idêntico Cristo não somente na- quele que é o primogénito de todas as criaturas, III mas também em todos os seus santos. E porque IV não se pode separar a Cabeça dos membros, assim os membros não se podem separar da Cabeça […] V A nossa participação no corpo e sangue de Cristo VI não tende a outra coisa que à nossa transformação naquilo que recebemos, a revestir-nos em tudo, no 141 corpo e no espírito, daquele no qual morremos, fo- mos sepultados e ressuscitamos. (Dos Discursos de S. Leão Magno)

Para o tempo de silêncio e interiorização: O Pai enviou aos nossos corações o Espírito do seu Filho.

Tento fazer silêncio no meu coração, quanto me seja pos- sível, para escutar a voz do Espírito.

6 - HABITADOS POR CRISTO IV - O CAMINHO DO CORAÇÃO| PÁG. 142 neste centro profundo domeucoração. concede-me a graça demesentarem paz no centro maisprofundo domeucoração Tu queestásemtuacasa neste centro profundo domeucoração. do meucoração concede-mequepenetre tambémeu Tu queésmeuhóspedenocentro maisprofundo a estecentro profundo domeucoração. coração concede-mequeestejaatentosó Tu queviesteaocentro maisprofundo domeu (coros alternados) Conclusão profundo domeucoração? Como estãoascoisas, sabendoqueJesus estápresente no lado… soas, ostrabalhos, asalegrias, asdificuldades, oaposto- Olho para aminhavidaquotidiana:oslugares, aspes- e tambémumpoucomaisirmãoentre outros irmãos. fazer demimumpoucomaisfilhoDeusemCristo… Se aescutocomfé, temopoderdemetransformar, de É Palavra deDeus, poderosa eeficaz. do meucoração. Deixo ressoar estapalavra nomaisprofundo «Abba! Pai!». Sinto-O gritarousussurrar, demodoquaseimpercetível: 6 -HABITADOS POR CRISTO Tu que és o único que habitas no centro mais pro- fundo do meu coração concede-me a graça de mergulhar e de me perder neste centro profundo do meu coração.

Tu que és tudo só no centro mais profundo do meu coração, concede-me que possa desaparecer em ti no centro profundo do meu coração. (Tradução livre de um hino da Liturgia das horas em língua francesa)

Oremos: I

Ó Deus, omnipotente e misericordioso, fazei com II que o Espírito Santo venha habitar entre nós e nos transforme em templo da sua glória. Por Nosso Se- III nhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco, IV na unidade do Espírito Santo. V

Cântico final VI

143

6 - HABITADOS POR CRISTO IV - O CAMINHO DO CORAÇÃO| PÁG. 144 sermos obstáculo àsuaação. Inspiramo-nos eali- diária. Humildemente pedimosaoEspíritopara não nibilidade, através deumaoração deoferecimento der comoEleofez. Expressamos ao Pai estadispo- do sofrimentomundo eprocuraremos respon- cruz.com Jesus,Postos tornamo-nosmaispróximos e aoCoração deseuFilho, queSeoferece pornósna tros, porqueoPai associaesseoferecimento àvida a nossadisponibilidadetorna-seútilpara osou- nós. Ainda quando nos pareça pouco, oferecer-Lhe zaré. Nãoquersalvar-nos nemmudar omundo sem dar-Lhe onosso«sim»generoso, comoMariadeNa- o desejodeDeusemnós. OSenhorconvida-nos a egoísmo eocomodismoquemuitas vezes frustram dade à suamissão. Oferecemo-la agindo contra o recebido oferecendo aprópria vidaemdisponibili- dão etorna-noscapazesderesponder atantobem dos porEledá-nosdignidade, enche-nos de grati- aos outros. Saber-nos amados, escolhidosehabita- sar danossapobreza elimitação, anossa vidaéútil tros tal como Ele o fez. Faz-nos descobrir que, ape- Conceito destaetapa Unir avidaCristoleva-nos adarvidapelosou- 7. DAMOSAVIDACOMELE 7 -DAMOS A VIDA COM ELE mentamo-nos de modo especial da celebração da Eucaristia, na qual reconhecemos a oferta perfeita de Cristo ao Pai, modelo da nossa vida oferecida. • O Espírito vem em auxílio da nossa fraqueza (Romanos 8, 26). • Esta viúva pobre deitou no tesouro mais do que todos os outros... ela, da sua penúria, dei- tou tudo quanto possuía, todo o seu sustento (Marcos 12, 43-44). • Depois, tomou o pão em suas mãos e deu gra- ças a Deus, partiu-o e entregou-lho, dizendo: Isto é o meu corpo entregue à morte por vós. Fazei isto em memória de Mim (Lucas 22, 19). I

• Eis a escrava do Senhor, faça-se em mim se- II gundo a tua palavra (Lucas 1, 38). • Peço-vos, pela misericórdia de Deus, que ofe- III

reçais os vossos corpos como sacrifício vivo, IV santo e agradável a Deus. Este é o verdadeiro culto que deveis oferecer (Romanos 12, 1). V • Então eu disse: Eu venho, ó Deus, para fazer a VI tua vontade (Hebreus 10, 9). • Tomai, Senhor, e recebei toda a minha liberdade, 145 a minha memória, o meu entendimento e toda a minha vontade, tudo o que tenho e possuo; Vós mo destes; a Vós, Senhor, o restituo. Tudo é vosso, disponde de tudo, à vossa inteira vontade. Dai-me o vosso amor e graça, que esta me basta (Santo Inácio, Exercícios Espirituais, 234).

7 - DAMOS A VIDA COM ELE IV - O CAMINHO DO CORAÇÃO| PÁG. 146 lenço guardado no bolso. fiado enão se escondadebaixo daterra ou num importante é que sefaçarender aquilo que é con- menos, consoanteacapacidade decadaum. Maso na parábola dostalentos, a uns dá mais, aoutros dar, nasnossascircunstâncias concretas. Tal como Deus olhacomalegria para aquiloquepudermos a esta entrega. Mas isso é uma desculpa pobre. de saúde, ouosmuitos afazeres criamobstáculo de donossopecado, ouanossaidade, ouafalta Parece quetemospoucopara dar, queafragilida- é maiscomum, maisquotidiano, maisconcreto. e nasgrandes decisões, masjoga-senaquiloque não nosépedidaapenasgrandes momentos tá-Lo, fazercomoElefaz. A entrega danossavida tanto quenosdátodososdias. Edesejamos imi- cemos, comgratidão, oquantoPai fazpornós, vidos aentregar tambémanossavida. Reconhe- tregue poramor. Palavra doPai, quenosécomunicada comovidaen- encontramos omodelo destacomunicação. Eleéa a Simesmo. Eéna pessoadoseuFilho Jesus que municar connosco, comunica-Se, antesdemais, na grande missãoque é anossavida. Deus, aoco- falar comofalamosamigos, para nosentusiasmar contra modosdevirao nossoencontro, para nos municar connosco, dar-nos asuavida. Por isso, en- Catequese Ao reconhecer estaentrega, sentimo-nos mo- Deus Pai, nasuaimensa misericórdia, desejaco- 7 -DAMOS A VIDA COM ELE Por isso, é-nos pedida uma atitude constante de disponibilidade, de querermos todos os dias fazer algo bom das nossas vidas em favor dos outros. Viveremos sempre nesta tensão e tentação de lu- tar contra o desânimo, o cansaço, a preguiça, o co- modismo. O egoísmo, que nos fecha em nós e nos nossos interesses, é algo com que teremos de lidar todos os dias e pedir a Deus a força e o entusiasmo de não nos deixarmos ficar parados. A oração de oferecimento, rezada todas as ma- nhãs, significa estarmos disponíveis para colabo- rar com a missão de Jesus Ressuscitado no mundo. Oferecer as alegrias, as tristezas, os trabalhos, tudo I o que acontece em cada dia é uma atitude cristã II muito profunda. Um verdadeiro tesouro desta espi- ritualidade e desta proposta. III

A Eucaristia é o modelo e a fonte desta disponibi- IV lidade. Ao contemplar como Jesus Se oferece todos os dias no altar, ao comungar a sua Vida, que é Ele V próprio, vamo-nos deixando moldar pela atitude VI de oferecimento que Jesus nos ensina. Fazer da vida eucaristia é isto mesmo, oferecer-se cada dia 147 pelos outros, na pobreza do pão e do vinho que somos, sabendo que a nossa alegria é ser alimento para os outros.

Tópicos de reflexão pessoal

Estando sentado em frente do tesouro, observava como a multidão deitava moedas. Muitos ricos dei- tavam muitas. Mas veio uma viúva pobre e deitou

7 - DAMOS A VIDA COM ELE IV - O CAMINHO DO CORAÇÃO| PÁG. 148 Mundial deOração. tenções doSanto Padre, emuniãocomasuaRede a nossaoração poderá ser vidapara osoutros. todos osmomentosdodia, pois, nasmãosdeDeus, os problemas dahumanidadeajudaaviver melhor as alegrias easdificuldadespelamissãoda Igreja e posta eaescoladevidacristãqueé. frase epercebendo nelaaprofundidade dasuapro- do oferecimento dasobras dodia, lendo-afrase a o grupopossapartilhareconversar sobre aoração Tópicos para um encontro emgrupo suía, todooseusustento». (Marcos 12, 41-44) mas ela, dasuapenúria, deitoutudoquantopos- outros; porquetodosdeitaram doque lhes sobrava, va pobre deitounotesouro maisdoquetodosos cípulos, disse:«Emverdade vos digoqueestaviú- duas moedinhas, unscêntimos. Chamandoosdis- Após aleitura ereflexão destetema, sugere-seque Terminar oencontro comuma oração pelasin- Cada umpoderá partilhardequemodoooferecer

• tenho para oferecer? muito de todos os outros. Qual é o pouco que O poucodestapobre viúva foimaisdoqueo templo, mas a qualidade do coração que dá. a quantidadedoquesedeitanotesouro do Impressiona esteolharatentodeJesus. Nãovê 7 -DAMOS A VIDA COM ELE Esquema para uma oração em comum

Cântico inicial

1. Louvor a Deus pela salvação recebida Depois de recitar o Salmo 116, alternando as estrofes, conceder o tempo adequado de silêncio para a escuta pessoal. Concluir com a partilha do que Deus foi dizendo a cada um.

Ant.: Oferecemos ao Senhor um sacrifício de louvor.

Amo o Senhor, porque ouviu a voz da minha súplica. Ele me atendeu, no dia em que O invoquei. I

II Apertaram-me os laços da morte, caíram sobre mim as angústias do além, III vi-me na aflição e na dor. IV Então invoquei o nome do Senhor: «Senhor, salvai a minha alma». V VI Justo e compassivo é o Senhor, o nosso Deus é misericordioso. 149 O Senhor guarda os simples: estava sem forças e o Senhor salvou-me.

Volta, minha alma, ao teu descanso, porque o Senhor foi bom para contigo. Livrou da morte a minha alma, das lágrimas os meus olhos, da queda os meus pés.

7 - DAMOS A VIDA COM ELE IV - O CAMINHO DO CORAÇÃO| PÁG. 150 Ant.: dentro dosteusmuros, Jerusalém. nos átriosdacasadoSenhor, na presença detodoopovo, Cumprirei asminhaspromessas aoSenhor, invocando, Senhor, ovosso nome. Oferecer-Vos-ei umsacrifíciodelouvor, quebrastes asminhascadeias. Senhor, souvosso servo, filhoda vossa serva: a mortedosseusfiéis. É preciosa aosolhosdoSenhor na presença detodoopovo. Cumprirei asminhaspromessas aoSenhor, invocando onomedoSenhor. Elevarei ocálicedasalvação, tudo quantoElemedeu? Como agradecerei aoSenhor «É falsatodaasegurança doshomens». Na minhaperturbaçãoexclamei: «Sou umhomemdetodoinfeliz». Confiei noSenhor, mesmoquandodisse: sobre aterra dosvivos. Andarei napresença doSenhor,

Oferecemos aoSenhorumsacrifíciodelouvor. 7 -DAMOS A VIDA COM ELE 2. O oferecimento de Jesus Escuta da palavra de Deus e oração pessoal. Alternam-se duas vozes na leitura.

Que mais havemos de dizer? Se Deus está por nós, quem pode estar contra nós? Ele, que nem sequer poupou o seu próprio Filho, mas O entregou por to- dos nós, como não havia de nos oferecer tudo jun- tamente com Ele? (Romanos 8, 31-32)

Por isso, ao entrar no mundo, Cristo diz: Tu não quiseste sacrifício nem oferenda, mas preparaste- -me um corpo. Não te agradaram holocaustos nem I sacrifícios pelos pecados. Então, Eu disse: II – Eis que venho – como está escrito no livro a meu respeito – para fazer, ó Deus, a tua vontade. (...). III

Suprime, assim, o primeiro culto, para instaurar o IV segundo. E foi por essa vontade que nós fomos san- tificados, pela oferta do corpo de Jesus Cristo, feita V uma vez para sempre. (Hebreus 10, 5-7.9-10) VI

Quando chegou a hora, pôs-Se à mesa e os Apósto- 151 los com Ele. Disse-lhes: «Tenho ardentemente dese- jado comer esta Páscoa convosco, antes de padecer, pois digo-vos que já não a voltarei a comer até ela ter pleno cumprimento no reino de Deus». Tomando uma taça, deu graças e disse: «Tomai e reparti entre vós, pois digo-vos que não tornarei a beber do fruto da videira, até chegar o Reino de Deus». Tomou, en- tão, o pão e, depois de dar graças, partiu-o e distri- buiu-o por eles, dizendo: «Isto é o meu corpo, que vai

7 - DAMOS A VIDA COM ELE IV - O CAMINHO DO CORAÇÃO| PÁG. 152 Foi oPai quem Oentregou pornós. Pela nossa salvação, pela nossasantificação. Jesus oferece-Se aSimesmo aoPai pornós! Para otempodesilêncioeinteriorização: «Recebei oEspíritoSanto». (João 20, 21-22) a vós». Emseguida, soprou sobre eles edisse-lhes: sim comooPai Meenviou, tambémEuvos envio lheu-a comosua. (João 19, 25-27) a tua mãe!». E, desde aquela hora, o discípulo aco- lher, eisoteufilho!». Depois, disseaodiscípulo:«Eis mãe eodiscípuloqueEleamava, disseàmãe:«Mu- Maria Madalena. Então, Jesus, aover aliaopéasua a irmãda sua mãe, Maria, amulher deClopas, e fiz, vós façais também. (João 13, 12-15) verdade, dei-vos exemplo para que, assimcomoEu também vós deveis lavar ospésunsaosoutros. Na Ora, se Eu, o Senhor e o Mestre, vos lavei os pés, Mestre’ e ‘o Senhor’, e dizeis bem, porque o sou. «Compreendeis o que vos fiz? Vós chamais-Me ‘o o manto, voltou asentar-Se àmesaedisse-lhes: ser derramado porvós». (Lucas22, 14-20) «Este cáliceéanova Aliança nomeusangue, quevai Depois daceia, fezomesmocomcálice, dizendo: ser entregue porvós; fazeiistoemminhamemória». Junto àcruzdeJesus estavam, de pé, suamãee Ele voltou adizer-lhes: «Apazsejaconvosco! As- Depois delhesterlavado ospésedeterposto

7 -DAMOS A VIDA COM ELE Unido à sua oblação, Jesus oferece-nos tudo quanto tem de mais precioso: • o Espírito Santo • e a sua Mãe Imaculada, que se tornou também a nossa Mãe.

Fica por uns instantes a contemplar, saborear, assimilar, agradecer, adorar.

Procura exprimir ao Senhor a tua gratidão, dando graças como melhor puderes: • com palavras, • com um gesto, I

• com o silêncio. II

Jesus oferece-te também a possibilidade de participar na III sua missão. Hoje está a dizer-te, como um dia disse aos IV discípulos: «Assim como o Pai Me enviou, também Eu vos envio a vós». E também: «Dei-vos exemplo para que, as- V sim como Eu fiz, vós façais também». VI • Deixa ressoar dentro de ti estas palavras de Jesus. • Acreditas nelas realmente e apesar de tudo? 153 • Como podes pô-las em prática?

3. O nosso oferecimento Escuta e oração pessoal. Alternam-se duas vozes na leitura.

Por isso, vos exorto, irmãos, pela misericórdia de Deus, a que ofereçais os vossos corpos como sa- crifício vivo, santo, agradável a Deus. Seja este o vosso verdadeiro culto, o espiritual. Não vos aco-

7 - DAMOS A VIDA COM ELE IV - O CAMINHO DO CORAÇÃO| PÁG. 154 ta. Porque Tu ésmeuPai. (Charlesde Foucauld) tuas mãossem medida, comuma confiançainfini- uma necessidade deamordar-me, entregar-me nas amor domeucoração, porque Te amoeépara mim go aminhavida. Eu Te adou, meuDeus, comtodoo Nada maisquero, meuDeus. Nastuasmãosentre- vontade sefaçaemmimetudooque Tu criaste. tou pronto para tudo, aceito tudo, desde que a tua quiseres. Oquefizeres demim, eu Te agradeço. Es- ( deitou tudoquantopossuía, todooseusustento». doquelhessobrava,taram masela, dasuapenúria, mais doquetodososoutros; porquetodosdei- vos digo que esta viúva pobre deitou no tesouro lavra». Eoanjoretirou-se dejuntodela. (Lucas1, 37-38) a serva doSenhor, faça-seem mimsegundo atuapa- Ele aDeusPai. (Colossenses 3, 17) fazei-o emnomedoSenhorJesus, dandograças por ( que ébom, oqueLheéagradável, oqueéperfeito. para poderdes discernir qual é a vontade de Deus: o transformar, adquirindoumanova mentalidade, modeis aestemundo. Pelo contrário, deixai-vos Romanos 12, 1-2) Marcos 12, 43-44) Meu Pai, eumeabandono a Ti. Faz demimoque E tudoquantofizerdes, por palavras ouporobras, Chamando osdiscípulos, disse:«Emverdade «Nada éimpossível aDeus». Mariadisse, então: «Eis

7 -DAMOS A VIDA COM ELE Ponderar, com muito afeto, quanto tem feito Deus nosso Senhor por mim e quanto me tem dado do que tem e, consequentemente, o mesmo Senhor deseja dar-Se-me, em quanto pode, segundo seu desígnio divino. E, depois disto, refletir em mim mesmo, considerando, com muita razão e justiça, o que eu devo, de minha parte, oferecer e dar a sua divina majestade, a saber, todas as minhas coisas e a mim mesmo com elas, como quem oferece, com muito afeto: Tomai, Senhor, e recebei toda a minha liberdade, a minha memória, o meu entendimento e toda a minha vontade, tudo o que tenho e possuo; Vós mo destes; a Vós, Senhor, o restituo. Tudo é vos- I so, disponde de tudo, à vossa inteira vontade. Dai- II -me o vosso amor e graça, que esta me basta (Santo Inácio de Loiola, Exercícios Espirituais, 234). III

IV Para o tempo de silêncio e interiorização: O AO propõe-te que te unas ao oferecimento de Jesus, ofe- V recendo-te a ti mesmo ao Pai e ao próximo. VI

É um modo concreto de seguir o exemplo de Jesus e par- 155 ticipar na sua missão.

Por Ele, com Ele e n’Ele, cada circunstância da tua vida transforma-se numa ocasião para fazer eucaristia, isto é, para exercitar o teu sacerdócio batismal, oferecendo sa- crifícios espirituais agradáveis a Deus. Não te é pedido que te tornes perfeito, mas antes que ofe- reças tudo o que és, como a viúva, assim como és, cons- ciente da tua pobreza.

7 - DAMOS A VIDA COM ELE IV - O CAMINHO DO CORAÇÃO| PÁG. 156 Porque pôsosolhosnahumildade dasuaserva: e omeuespírito sealegra emDeus, meuSalvador. A minhaalma glorificaaoSenhor ternados): Junto comMaria Virgem, damosgraças aoSenhor(emcoros al- Conclusão de ofertadoincenso. Durante osilêncioemadoração, pode-sepropor ogesto vida enoambienteemquevives. Tenta concentrar todaatuaatenção nafase atualdatua que d’Elerecebeste. Certamente nãopodesoferecer aoSenhorsenãoaquilo que sejaoSenhorafazer, comoMaria. Não setrata defazer grandes coisas, masantesdedeixar

• • • • – semlimitesnemcondições. – totalmenteeradicalmente, – acolhimento, dom, açãodegraças, -a «eucaristia»: poderes uni-la ao oferecimento de Jesus, tornando- Depois pede, porintercessão deMaria, agraça de para ti. Procura individuarcomclareza estaofertadeDeus tade, aquieagora? Por outras palavras, qual te parece ser a sua von- O queteestáaoferecer, hoje, oSenhor? 7 -DAMOS A VIDA COM ELE de hoje em diante me chamarão bem-aventurada todas as gerações.

O Todo-Poderoso fez em mim maravilhas: Santo é o seu nome. A sua misericórdia se estende de geração em geração sobre aqueles que O temem.

Manifestou o poder do seu braço e dispersou os soberbos. Derrubou os poderosos de seus tronos e exaltou os humildes. I

II Aos famintos encheu de bens e aos ricos despediu de mãos vazias. III

Acolheu a Israel, seu servo, IV lembrado da sua misericórdia, V como tinha prometido a nossos pais, VI a Abraão e à sua descendência para sempre. 157 Oremos: Sejam-Vos agradáveis, Senhor, as nossas humildes ofertas e orações. Que a vossa misericórdia venha em auxílio da extrema pobreza dos nossos méritos. Por Cristo, nosso Senhor. Ámen.

Cântico final

7 - DAMOS A VIDA COM ELE IV - O CAMINHO DO CORAÇÃO| PÁG. 158 bilizam para aliviar osofrimento dosmaisfracos. ções religiosas, sãodóceis aesteEspíritoesemo- todos aquelesque, emdiferentes culturas outradi- o Espírito de Deus. Unimo-nos espiritualmente a da Igreja, porqueondehouver compaixão, aíestá aos outros. Vamos para alémdasfronteiras visíveis dos pelacompaixãodeDeus, agora podemosdá-la os nossosirmãoseirmãs. Umavez quefomostoca- nosso oolharcompassivo deDeuspara comtodos sa sociedade, participamos nessa missão, fazendo incapazes demudar asestruturas injustasdanos- didos fisicamente, mesmo quandonossintamos estejamos limitadosporalgumadoençaouimpe- aqueles que têm um coração ferido. Mesmo que sofrem ainjustiça, para ajudar a sustentar e curar existência humana, aliondehomensemulheres dos comEle, dediferentes modos, àsperiferiasda os sentimentosdoCoração deJesus. Somosenvia- nosso oseuolharsobre ahumanidadeeagircom de nós, seusdiscípulos. Somosconvidados afazer sente asuacompaixãonomundo emnóseatravés Conceito destaetapa Deus, oPai deJesus enossoPai, querfazerpre-

8. UMAMISSÃODECOMPAIXÃO 8 -UMA MISSÃO DECOMPAIXÃO • O Senhor enviou-me a curar os corações feri- dos (Isaías 61, 1). • Se não desviares o teu rosto a um pobre, tam- bém Deus não afastará de ti o seu rosto (To- bias 4, 7). • Tende entre vós os mesmos sentimentos do Coração de Jesus (Filipenses 2, 5). • Jesus teve compaixão do leproso, estendeu a mão e, tocando-o, disse-lhe: Quero, fica limpo (Marcos 1, 41). • O Espírito do Senhor está sobre mim, porque me ungiu para anunciar a Boa-Nova aos po- bres... (Lucas 4, 18). I

• Contemplar como as três pessoas Divinas observa- II vam toda a planície ou redondeza de todo o mun- do [...] O primeiro ponto é ver as pessoas, umas III

e outras, e em primeiro lugar as da face da terra, IV em tanta diversidade, assim em trajes como em gestos: uns brancos e uns negros, outros em paz V e outros em guerra, uns chorando e outros rindo, VI uns sãos e outros enfermos, uns nascendo e outros morrendo, etc. (Santo Inácio, Exercícios Espiri- 159 tuais, 102 e 106).

Catequese

Só podemos dar com abundância aquilo que en- che o nosso coração. O aprofundamento da nossa relação com Deus levou-nos a descobrir que Ele é o Pai da misericórdia, olha-nos com amor e convida-

8 - UMA MISSÃO DE COMPAIXÃO IV - O CAMINHO DO CORAÇÃO| PÁG. 160 dão. Tantos homens e mulheres precisam que ou- são. Eonosso mundo está tão necessitadodeper Filho Jesus, somos também incumbidos desta mis- criados àsuaimagemesemelhança, irmãosdoseu tem emrelação a cadaumdosseus filhos. Enós, pode fazernasnossasvidas. as suasconsequências, aquilo queavidadeDeus vontade. Eaceitaroseuperdão éaceitartambém se aceitarmosqueDeusnosperdoe, comoéasua firmação através doseu perdão. Somosperdoados são docoração querecebe, dapartedeDeus, acon- é a porta de entrada para uma verdadeira conver plena etãofelizcomodesejaria. Estaconsciência se não mudar algumas atitudes, avida não é tão confrontar comospróprios limiteseperceber que, culpam. Umaatitudemadura deperdão édeixar-se arrisca muito, porque, nofim, ospaissempre des- uma criança que faz algo mal, mas sabe que não diante doperdão. Por exemplo, comoaatitudede nos podedeixarcairnuma atitudedeinfantilismo como nosrepete tantasvezes oPapa Francisco, não perdoa sempre, que«nãoSecansadeperdoar», ram anós. de perdoar, de fazer aos outros aquilo que nos fize- oportunidade. Eissoleva-nos ateromesmodesejo alguém continua a acreditar em nós, dá-nosnova leva-nos areconhecer odomdeseramados, pois a doseuFilho Jesus. Experimentar-nos perdoados nos cadadiaaumavidamelhor, maisparecida com O perdão é esta missão de compaixão que o Pai Por isso, aconsciênciaquetemosdeDeus

8 -UMA MISSÃO DECOMPAIXÃO - - tros lhes mostrem o rosto misericordioso e próximo do Pai. Somos nós, antes que todos, que devemos levar aos outros a compaixão, aproximando-nos, por palavras e obras, daqueles que sofrem. Tenhamos, por isso, em nós os mesmos senti- mentos do Coração de Jesus, que Se aproximou dos mais pobres, dos aflitos, dos que andam tristes e sem rumo, para os convidar a uma nova vida. Que as nossas palavras e os nossos gestos sejam mar- cados por esta missão de compaixão que o Pai de misericórdia nos confia em cada dia.

Tópicos de reflexão pessoal I

II «O Espírito do Senhor está sobre mim, porque me ungiu para anunciar a Boa Nova aos pobres; en- III viou-me a proclamar a libertação aos cativos e, aos IV cegos, a recuperação da vista; a mandar em liber- dade os oprimidos, a proclamar um ano favorável V da parte do Senhor». Começou, então, a dizer-lhes: VI «Cumpriu-se hoje esta passagem da Escritura, que acabais de ouvir». (Lucas 4, 18-19.21) 161

Olhar à minha volta, para as pessoas que estão co- migo e perguntar-me: quem são, na minha vida, os pobres, os oprimidos, os cegos? O que posso fazer por eles, para lhes mostrar a compaixão de Jesus através de mim? A quem devo perdoar? A quem devo pedir perdão?

8 - UMA MISSÃO DE COMPAIXÃO IV - O CAMINHO DO CORAÇÃO| PÁG. 162 Mundial deOração. tenções doSantoPadre, emuniãocomasuaRede que sofrem ànossavolta. mos mostrar anossacompaixão para comaqueles ou recebeu dealguém. Ecomo, emgrupo, podere- ria deperdão: operdão deDeus, operdão quedeu os pecadores eosquesofrem. Evangelho éamisericórdia eacompaixão para com tra oqueéperdão. Edescobrirqueocentro do obstáculos sentidos e o modo como Jesus nos mos- possa conversar sobre operdão, oqueé, quaisos sericordioso. Ant.: a partilhadoqueDeusfoi acada um. dizendo tempo adequadodesilênciopara aescutapessoal. Concluircom Depois derecitar oSalmo72, alternandoasestrofes, concedero 1. Louvor aDeuspelasuamisericórdia Cântico inicial Esquema para umaoração emcomum Tópicos para umencontro emgrupo Terminar oencontro comumaoração pelasin- Cada umpoderá partilhar umpoucodasuahistó- Depois daleitura dotema, sugere-sequeogrupo

Sede misericordiosos comoovosso Pai émi- 8 -UMA MISSÃO DECOMPAIXÃO Ó Deus, dai ao rei o poder de julgar e a vossa justiça ao filho do rei. Ele governará o vosso povo com justiça e os vossos pobres com equidade.

Os montes trarão a paz ao povo e as colinas a justiça. Ele fará justiça aos mais humildes do povo, salvará os indigentes e abaterá os opressores.

Permanecerá como o sol e como a lua, de geração em geração. Descerá como a chuva sobre a relva, I como a água que fecunda a terra. II

Florescerá a justiça nos seus dias III e uma grande paz até ao fim dos tempos. IV Ele dominará de um ao outro mar, do grande rio até aos confins da terra. V VI Diante dele se curvarão os inimigos e os seus adversários hão de beijar o pó da terra. 163 Os reis de Társis e das ilhas virão com presentes, os reis da Arábia e de Sabá trarão suas ofertas. Prostrar-se-ão diante dele todos os reis, todos os povos o hão de servir.

Socorrerá o pobre que pede auxílio e o miserável que não tem amparo. Terá compaixão dos fracos e dos pobres e defenderá a vida dos oprimidos.

8 - UMA MISSÃO DE COMPAIXÃO IV - O CAMINHO DO CORAÇÃO| PÁG. 164 tos demeuPai! Recebei emherança oReinoque vos vozes naleitura. Escuta dapalavra deDeus eoração pessoal. Alternam-se duas 2. Ooferecimento deJesus sericordioso. Ant.: Ámen. Ámen. toda aterra seencha dasuaglória. Bendito para sempre oseunomeglorioso: só Elefazmaravilhas. Bendito oSenhor, DeusdeIsrael: todos ospovos daterra ohãodebendizer. nele serão abençoadas todasasnações, e durará tantocomoaluzdosol, O seunomeserá eternamente bendito as cidadesflorescerão comoaerva doscampos. como oLíbano, os cimosdascolinascobrir-se-ão defruto, Haverá naterra fartura detrigo, e todososdiasobendirão. por elehãoderezar sempre Enquanto viver, ser-lhe-á dadoouro da Arábia, e osanguedelesserá precioso aseusolhos. Libertá-los-á daopressão edaviolência O Reidirá, então, aosdasuadireita: «Vinde, bendi-

Sede misericordiosos comoovosso Pai émi- 8 -UMA MISSÃO DECOMPAIXÃO está preparado desde a criação do mundo. Porque tive fome e destes-me de comer, tive sede e destes- -me de beber, era peregrino e recolhestes-me, es- tava nu e destes-me que vestir, adoeci e visitastes- me, estive na prisão e fostes ter comigo». Então, os justos vão responder-lhe: «Senhor, quando foi que te vimos com fome e te demos de comer, ou com sede e te demos de beber? Quando te vimos peregri- no e te recolhemos, ou nu e te vestimos? E quando te vimos doente ou na prisão, e fomos visitar-te?». E o Rei vai dizer-lhes, em resposta: «Em verdade vos digo: Sempre que fizestes isto a um destes meus ir- mãos mais pequeninos, a mim mesmo o fizestes». I

(Mateus 25, 34-40) II

Se tem algum valor uma exortação em nome de III

Cristo, ou um conforto afetuoso, ou uma solidarie- IV dade no Espírito, ou algum afeto e compaixão, en- tão fazei com que seja completa a minha alegria: V procurai ter os mesmos sentimentos, assumindo VI o mesmo amor, unidos numa só alma, tendo um só sentimento; nada façais por ambição, nem por 165 vaidade; mas, com humildade, considerai os outros superiores a vós próprios, não tendo cada um em mira os próprios interesses, mas todos e cada um exatamente os interesses dos outros. Tende entre vós os mesmos sentimentos que estão em Cristo Jesus. (Filipenses 2, 1-5)

Por coincidência, descia por aquele caminho um sacerdote que, ao vê-lo, passou ao largo. Do mesmo

8 - UMA MISSÃO DE COMPAIXÃO IV - O CAMINHO DO CORAÇÃO| PÁG. 166 exigências nuncaexigências serão tãourgentes comoasca- às nossas. Por mais legítimas quesejam, asnossas ensina-nos a antepor asnecessidadesdospobres as numerosas curas porEle levadas acabo. Jesus nós, padecepornós. Eosinaldestacompaixãosão Assim éJesus: sofre juntamentecomcadaumde o sofrimento alheio, a ponto de o carregar sobre si. Significa – nãoésimplesmentesentirpiedade;algomais! temos atenção:compaixão–aquiloqueJesus sente pela curiosidade, maspelanecessidade. Maspres- paixão, porque sabe que não Oprocuram movidos Não, não. Masreage comumsentimentode- irritação, nãodiz: «Estas pessoasincomodam-Me!». zer –«nãoOdeixaempaz», Jesus nãoreage com mo». (Lucas10, 31-37) ele». Jesus retorquiu: «Vai efaztutambémomes- Respondeu: «Oqueusoudemisericórdia para com quele homemquecaiunasmãosdossalteadores?». Qual destestrês teparece tersidoopróximo da- o quegastares amais, pagar-to-ei quandovoltar». deu-os aoestalajadeiro, dizendo:«Trata bemdelee, cuidou dele. Nodiaseguinte, tirando doisdenários, própria montada, levou-o para umaestalageme deitando nelasazeiteevinho, colocou-osobre asua de compaixão. Aproximou-se, ligou-lheasferidas, de viagem, chegou ao pé dele e, vendo-o, encheu-se ao vê-lo, passouadiante. Masumsamaritano, queia modo, também um levita e, passou por aquele lugar Diante damultidão queOsegue e–porassimdi-

com-padecer-se, ouseja, identificar-se com 8 -UMA MISSÃO DECOMPAIXÃO rências dos pobres, que não dispõem do necessário para viver. Nós falamos com frequência dos pobres. Mas quando falamos dos pobres sentimos porven- tura que aquele homem, aquela mulher, aquelas crianças não dispõem do necessário para viver? Não têm o que comer, nem o que vestir, não têm a possibilidade de obter os remédios necessários... E também as crianças que não têm a possibilidade de ir à escola. E por isso as nossas exigências, embora sejam legítimas, jamais serão tão urgentes como as dos pobres, que não dispõem do necessário para vi- ver. (Papa Francisco, Angelus, 3 de agosto de 2014) I

Para o tempo de silêncio e interiorização: II Considera como o Coração de Jesus é a sede e a fonte da compaixão. III

Jesus tinha compaixão de todos, mas especialmente dos IV mais pequenos, dos pobres, dos doentes no corpo e no espírito, dos marginalizados, dos pecadores, das vítimas V de injustiça. VI S. Paulo exorta-nos a ter em nós os sentimentos de Cristo Jesus. 167 Pede a Jesus que te faça experimentar, pelo menos por alguns minutos, os sentimentos do seu coração. Se tiveres coragem para isso, pede-Lhe emprestado por algum tempo o seu coração. • Toma consciência da estranha sensação de ter um coração novo, diferente, que bate no teu peito. • Como te sentes? • O que experimentas? • Onde te quer levar este novo coração?

8 - UMA MISSÃO DE COMPAIXÃO IV - O CAMINHO DO CORAÇÃO| PÁG. 168 3. Perdoar asofensas descanso...) eentre aspessoasqueencontras acadadia. balho, paróquia, escritórios, lojas, hospital, lugares de quentas habitualmente(casa, bairro, ambiente detra- Depois imaginaqueteencontras noslugares quefre- tem ofendido; e não nos deixes cair em tentação, nossas ofensas, comonósperdoámos aquemnos Escuta eoração pessoal. Alternam-se duasvozes naleitura. Dá-nos hoje o nossopãodecadadia; perdoa as

• • • • • • • • • • • • • O queétupoderiasfazer? O queépreciso fazer? Alguma coisaqueprovoca atuaindignação? Há algumacoisaquetecomove? tua atenção? Há alguém ou alguma situação que precisem da gas efazer atuaparte? Estás pronto edisponível para arregaçar as man- coração deJesus? Como levar, ali concretamente, a misericórdia do Pessoas comquempartilharecolaborar? ajuda? Há alguémnecessitadodatuacompaixãoe segues suportar? Alguma coisaqueteincomodava equeagora con- rente? Notas algumacoisaqueantestedeixava indife- Ou vês ascoisasdemododiverso? Está tudoigualcomosempre? 8 -UMA MISSÃO DECOMPAIXÃO mas livra-nos do Mal. Porque, se perdoardes aos ho- mens as suas ofensas, também o vosso Pai celeste vos perdoará a vós. Se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, também o vosso Pai vos não perdoará as vossas. (Mateus 6, 11-15)

Então, Pedro aproximou-se e perguntou-Lhe: «Se- nhor, se o meu irmão me ofender, quantas vezes lhe deverei perdoar? Até sete vezes?». Jesus respon- deu: «Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete». (Mateus 18, 21-22)

O senhor mandou-o, então, chamar e disse-lhe: I

«Servo mau, perdoei-te tudo o que me devias, por- II que assim mo suplicaste; não devias também ter piedade do teu companheiro, como eu tive de ti?» III

(Mateus 18, 32-33) IV

Uma vez que temos um grande Sumo Sacerdote V que atravessou os céus, Jesus, o Filho de Deus, con- VI servemos firme a fé que professamos. De facto, não temos um Sumo Sacerdote que não possa compa- 169 decer-Se das nossas fraquezas, pois Ele foi provado em tudo como nós, exceto no pecado. Aproxime- mo-nos, então, com grande confiança, do trono da graça, a fim de alcançar misericórdia e encontrar graça para uma ajuda oportuna. (Hebreus 4, 14-16)

Recordai os primeiros dias nos quais, depois de terdes sido iluminados, suportastes a grande luta dos sofrimentos, tanto sendo expostos publica-

8 - UMA MISSÃO DE COMPAIXÃO IV - O CAMINHO DO CORAÇÃO| PÁG. 170 espaço enotempo, porofensaseinjustiças realmente so- mento em relação a pessoas, próximas ou distantes, no Está atentose no teucoração existemsinaisderessenti- nos ofendeerezar pelosnossosinimigos. capaz decompaixão, conseguiremos atéperdoar quem mos transformados etambémonosso coração setornará Se acolhermosrealmente amisericórdia deDeus, sere- ressentimentos. de todososdesejosvingança, detodososrancores e é necessárioperdoarmo-nos mutuamente, libertando-nos sermos missionáriosdacompaixãodoCoração deJesus Para estarmosemcomunhão comDeuseentre nós, para Para otempodesilêncio einteriorização: só corpo. Esedeagradecidos. (Colossenses3, 12-15) rações apazdeCristo, àqualfosteschamados num amor, queéolaçodaperfeição. Reinenosvossos co- vós também. E, acimadetudoisto, revesti-vos do tra outro. Tal comooSenhorvos perdoou, fazei-o mutuamente, sealguémtiver razão dequeixacon- suportando-vos unsaosoutros eperdoando-vos dade, dehumildade, demansidão, depaciência, vos, pois, desentimentosmisericórdia, debon- ( do quepossuísbensmelhores emaisduradouros. com alegria aconfiscação dos vossos bens, saben- parte nossofrimentosdosencarcerados, aceitastes dários comosqueassimeram tratados. Tomastes mente a insultosetribulações, como sendosoli - Hebreus 10, 32-34) Como eleitosdeDeus, santoseamados, revesti-

8 -UMA MISSÃO DECOMPAIXÃO fridas ou apenas imaginadas. Pede com confiança ao Senhor que te liberte, dando-te a graça de perdoares com o coração. Procura exercitar a misericórdia em relação a quem te fez mal, se calhar até sem se aperceber: • invoca um a um os rostos dessas pessoas; • a cada uma delas, invocando o seu nome, envia com sinceridade esta mensagem de reconciliação: – «Eu perdoo-te e perdoo-me a mim mesmo na relação contigo. Quero desfazer todas as liga- ções negativas que me têm unido a ti, de uma vez por todas. Estou livre de todos os senti- mentos negativos em relação a ti. Que o Se- I

nhor te abençoe, vai em paz». II

Conclusão III

De modo alternado (Salmo 85, 8-14). IV

Mostrai-nos, Senhor, a vossa misericórdia V e dai-nos a vossa salvação. VI

Escutemos o que diz o Senhor: 171 Deus fala de paz ao seu povo e aos seus fiéis e a quantos de coração a Ele se convertem. A sua salvação esta perto dos que O temem e a sua glória habitara na nossa terra.

Encontraram-se a misericórdia e a fidelidade, abraçaram-se a paz e a justiça. A fidelidade vai germinar da terra e a justiça descera do Céu.

8 - UMA MISSÃO DE COMPAIXÃO IV - O CAMINHO DO CORAÇÃO| PÁG. 172 Cântico final Senhor.Nosso Ámen. vossa compaixãoportodososhomens. Por Cristo, que nostornemostestemunhas einstrumentosda rança firmeeaplenitude da vossa amizade, para imensa bondadeedai-nosumaféviva, umaespe- Acolhei, Senhor, onossoagradecimento pela vossa Oremos: e apazseguir A justiçacaminhar e anossaterra produzir O Senhordará aindaoquee bom

8 -UMA MISSÃO DECOMPAIXÃO a osseuspassos. a suafrente a osseusfrutos. 9. UMA REDE MUNDIAL DE ORAÇÃO E SERVIÇO ATENTA ÀS NECESSIDADES DA HUMANIDADE

Conceito desta etapa

O Apostolado da Oração é uma rede mundial de oração ao serviço dos desafios da humanidade e da missão da Igreja, que reconhecemos nas intenções mensais de oração propostas pelo Papa. Estas in- tenções expressam as preocupações do Santo Pa- I dre sobre o mundo e a Igreja de hoje e orientarão II a nossa oração e a nossa ação durante esse mês. Esta rede é constituída por aqueles que, através do III oferecimento quotidiano das suas vidas, se fazem IV disponíveis para colaborar na missão de Cristo Res- suscitado em qualquer situação ou estado de vida V em que se encontrem. O chamamento à missão é VI o fogo que nos faz apóstolos enviados desde o Co- ração do Pai ao coração do mundo. São convidados 173 para esta rede, em primeiro lugar, católicos de di- versos países e culturas, de diversas famílias e sen- sibilidades espirituais. A riqueza e a variedade da tradição do AO põem-se ao serviço da unidade da Igreja. Também outros são convidados a fazer parte desta rede de diversos modos: os desafios que en- volvem as intenções do Papa abrem-nos a colaborar com outros cristãos e com todo aquele que deseja paz e fraternidade no mundo.

9 - UMA REDE MUNDIAL DE ORAÇÃO E SERVIÇO ATENTA ÀS NECESSIDADES DA HUMANIDADE IV - O CAMINHO DO CORAÇÃO| PÁG. 174 do Apostolado daOração, oCaminhodoCoração. Este Catequese Concluímos, comestaetapa, opercurso espiritual

• • • • • • enviou, tambémeuvos envio avós (João 20, 21). A pazestejaconvosco! Assim comooPai me ir (Lucas10, 1). todas ascidadeselugares aondeElehavia de ta edoisenviou-os doisaàsuafrente a Depois disto, oSenhordesignououtros seten- Deus, pormeiodeJesus Cristo(1Pedro 2, 5). de oferecer sacrifíciosespirituaisagradáveis a templo espiritual, um sacerdócio santo capaz Assim Deusfará devós, comopedras vivas, um Jesus, ecomseusirmãos(Atos1, 14). com algumas mulheres, com Maria, a Mãe de Os apóstolosreuniam-se sempre para orar cidade» (Génesis18, 22-33). ou trinta, ouvinte, oudez], nãodestruirei a «Em atençãoaessescinquenta[ouquarenta, quenta justosnacidade». (...)EdisseoSenhor: juntamente comoculpado? Talvez hajacin- Abraão perguntou: «Irás destruiroinocente brilhe comoumatocha (Isaías 62, 1.6-7). rompa aaurora dasuajustiçaeasalvação o Senhor, não Odeixemdescansar... atéque Não fiquememsilêncioaquelesqueinvocam 9 -UMA REDE MUNDIAL DEORAÇÃO ESERVIÇO ATENTA ÀS NECESSIDADES DA HUMANIDADE itinerário foi tocando os pontos essenciais da pro- posta, apresentando as ideias-chave e indo a fundo naquilo que uma pessoa que viva o Apostolado da Oração poderá passar para a sua vida espiritual e quotidiana. Vimos que, no início de tudo, está Deus Pai, apai- xonado por nós, que deseja falar-nos como ami- gos e comunicar a sua vida. Ele vem ao encontro do nosso coração inquieto e necessitado, para nos encher da sua graça, para nos perdoar e dar sentido às nossas vidas. O que acontece no coração de cada homem e mulher, as suas inquietações e vazios, é também o que acontece no coração da humanida- I de, tantas vezes vazia de Deus, de paz e de justiça. II Vendo esta necessidade do amor de Deus, Ele vem mais uma vez ao nosso encontro, chama-nos a uma III amizade com Ele, envia-nos o seu Filho Jesus para IV que O possamos conhecer e amar. Esta relação cres- cente com o Filho de Deus leva-nos ao desejo de V nos identificarmos com Ele, de nos alegrarmos com VI o que O alegra, de sofrermos com o seu sofrimen- to. O sofrimento de Jesus ganha um rosto concre- 175 to nos mais pobres, nos mais abandonados. E, por isso, somos enviados numa missão de compaixão, querendo fazer-nos próximos dos irmãos e irmãs e fazer com que todos tenham a mesma experiência do Amor do Pai que nós um dia tivemos. Esta missão de compaixão em favor da humani- dade e da Igreja ganha corpo numa rede mundial de oração e serviço, que é o Apostolado da Oração. É um grupo de pessoas, espalhadas por todo o mun-

9 - UMA REDE MUNDIAL DE ORAÇÃO E SERVIÇO ATENTA ÀS NECESSIDADES DA HUMANIDADE IV - O CAMINHO DO CORAÇÃO| PÁG. 176 desejo éaraiz do Apostolado daOração. quenas, para bemdomundo edaIgreja. Sentireste perfeito éaentrega detudo, coisasgrandes epe- te, sendoseuscolaboradores. Osacrifícioespiritual oferecer a sua vida, como Jesus o faz continuamen- Jesus Ressuscitado. Cadaumdenóséconvidado a por meiodeJesus Cristo. (1Pedro 2, 5) oferecer sacrifíciosespirituaisagradáveis aDeus, templo espiritual, umsacerdócio santocapazde Tópicos dereflexão pessoal desde oseuCoração atéaocoração dahumanidade. com otemadasintenções, levando oamordeDeus ter-se cadamês, namedidadassuaspossibilidades, Apostolado daOração são convidadas acomprome- des desafiosdahumanidadeemissãoIgreja. fletem assuaspreocupações em relação aosgran- Oração, para quereze edivulgue, intençõesquere- como modelodeentrega devida. na oração pessoal, equeseinspiram naEucaristia, diariamente deumarelação deintimidadecomEle, missão deJesus Ressuscitado, quese alimentam do, quesãomovidas interiormentepelapaixão Assim Deus fará de vós, como pedras vivas, um O nossocoração é Templo emorada doEspíritode Unindo aoração eavida, aspessoasquevivem o O SantoPadre propõe cadamêsao Apostolado da

9 -UMAREDE MUNDIALDE ORAÇÃO ESERVIÇO ATENTA ÀS NECESSIDADES DA HUMANIDADE Tópicos para um encontro em grupo

Neste último tema, o grupo é convidado a assu- mir a sua missão como Apóstolos da Oração, como fazendo parte da Rede Mundial de Oração do Papa. Para além de um compromisso pessoal, sugere-se que o grupo possa preparar uma celebração públi- ca, onde se apresente à comunidade a adesão a este programa de vida e a esta missão de ajudar o pá- roco a dinamizar a vida espiritual da comunidade.

Também se poderá assumir o compromisso de manter uma ligação com o Secretariado Nacional I do Apostolado da Oração, a fim de receber as suas II notícias e materiais de ajuda para viver na linha dos desafios que o Santo Padre propõe em cada mês, III em favor das necessidades do mundo e da missão IV da Igreja. V

Terminar o encontro com uma oração pelas in- VI tenções do Santo Padre, em união com a sua Rede Mundial de Oração. 177

Esquema para uma oração em comum

Cântico inicial

1. Louvor a Deus que escuta a oração Depois de recitar o Salmo 148, em estrofes alternadas, deixar um tempo adequado de silêncio para a escuta pes- soal e a partilha do que Deus foi dizendo a cada um.

9 - UMA REDE MUNDIAL DE ORAÇÃO E SERVIÇO ATENTA ÀS NECESSIDADES DA HUMANIDADE IV - O CAMINHO DO CORAÇÃO| PÁG. 178 jovens edonzelas, velhos ecrianças, príncipes etodos osjuízesdaterra, reis epovos domundo, répteis epássaros que voam; feras eanimaisdomésticos, árvores defrutoetodososcedros; montanhas ecolinas, vento detempestadequerealiza asuapalavra; fogo egranizo, neve eneblina, monstros marinhosetodososabismos; Da terra, louvai oSenhor, deu­ Ele osfixoupara sempre, porque àssuasordens todosforam criados. Louvem todosonomedoSenhor, e águas queestaisacimadoscéus. Louvai-O, céusdoscéus, louvai-O, todososastros luminosos. Louvai-O, solelua, louvai-O, todososseusexércitos. Louvai-­ louvai-O nasalturas. Louvai oSenhordoaltodoscéus, Senhor! Ant.: A minhaoração subaavós comoincenso,

-lhes umaleiquejamaispassar O, todososseusanjos, 9 -UMAREDE MUNDIALDE ORAÇÃO ESERVIÇO ATENTA ÀS NECESSIDADES DA HUMANIDADE a. louvem todos o nome do Senhor, porque o seu nome e sublime.

A sua majestade esta acima do céu e da terra e exaltou a força do seu povo. Louvem­-No todos os seus fiéis, os filhos de Israel, seu povo eleito.

Ant.: A minha oração suba a vós como incenso, Senhor!

2. Uma rede mundial Escuta e oração pessoal. Alternam-se duas vozes na leitura. I

II Portanto, já não sois estrangeiros nem imigran- tes, mas sois concidadãos dos santos e membros III da casa de Deus, edificados sobre o alicerce dos IV Apóstolos e dos Profetas, tendo por pedra angular o próprio Cristo Jesus. É n’Ele que toda a construção, V bem ajustada, cresce para formar um templo santo, VI no Senhor. É n’Ele que também vós sois integrados na construção, para formardes uma habitação de 179 Deus, pelo Espírito. (Efésios 2, 19-22)

Pois, como o corpo é um só e tem muitos membros, e todos os membros do corpo, apesar de serem mui- tos, constituem um só corpo, assim também Cristo. De facto, num só Espírito, fomos todos batizados para formar um só corpo, judeus e gregos, escra-

9 - UMA REDE MUNDIAL DE ORAÇÃO E SERVIÇO ATENTA ÀS NECESSIDADES DA HUMANIDADE IV - O CAMINHO DO CORAÇÃO| PÁG. 180 no habitat maiordasociedade. (Discurso doPapa mento pessoal harmoniosoepara a suainserção se verifiquem ascondiçõespara oseudesenvolvi- adequado, deumhabitat realmente humano, onde as criançaseosjovens, precisam deumcontexto sociais, familiares epessoais. Todos, massobretudo mando: quevos ameisunsaosoutros. (João 15, 16-17) em meunomeElevo-lo concederá. Éistooquevos que permaneça; e assim, tudo o que pedirdes ao Pai escolhi a vós e vos destinei a ir e a dar fruto, e fruto entrado nocaminhodasalvação. (Atos2, 42-47) mentava, todososdias, onúmero dosquetinham e tinhamasimpatiadetodoopovo. EoSenhorau- alegria esimplicidadedecoração. Louvavam aDeus o pãoemsuascasasetomavam oalimentocom alma, frequentavam diariamenteotemplo, partiam cessidades decadaum. Comosetivessem umasó buíam odinheiro portodos, deacordo comas ne- em comum. Vendiam terras eoutros bensedistri- Todos oscrentes viviam unidosepossuíamtudo Apóstolos, otemordominava todososespíritos. inumeráveis prodígios emilagres realizados pelos fraterna, à fração do pão e às orações. Perante os (1 Coríntios12, 12-13) ou livres, vos etodosbebemos deumsóEspírito. É muito importantefortaleceroslaços: vínculos Não fostesvós queMeescolhestes;fuiEuvos Eram assíduosaoensino dos Apóstolos, àunião

9 -UMAREDE MUNDIALDE ORAÇÃO ESERVIÇO ATENTA ÀS NECESSIDADES DA HUMANIDADE Francisco aos participantes no encontro mundial dos diretores de «scholas occurrentes», 4 de setembro de 2014)

Para o tempo de silêncio e interiorização: Ainda que o meu grupo do AO fosse pequeníssimo ou me encontrasse sozinho a rezar, estou na verdade inse- rido na grande rede mundial de oração e de solidarieda- de formada pelos membros do AO presentes em todos os continentes. Para que esteja um pouco mais consciente disto, imagi- no as pessoas de tantas nações e culturas diferentes que, como eu, sentiram a vocação de serem apóstolos da oração. I

Somos homens e mulheres de todas as idades e de todas II as condições sociais, desenvolvemos as mais variadas ati- vidades e falamos todas as línguas do planeta. Alguns III vivem na alegria, muitos estão empenhados nas suas IV ocupações de cada dia, outros estão a atravessar algum momento de prova ou de maior sofrimento. Aqui e agora, V nesta rede mundial, posso ser parte de cada uma das pos- VI síveis experiências da humanidade, precisamente porque neste momento algum membro do AO a está a viver. 181 Paro um pouco e contemplo esta rede mundial • procuro tomar consciência da sua extensão e das suas potencialidades; • fico contente por pertencer a esta rede; • acolho o sentimento de segurança e de força que esta me transmite; • juntos é mais fácil acreditar, amar, esperar, traba- lhar e lutar por um mundo melhor;

9 - UMA REDE MUNDIAL DE ORAÇÃO E SERVIÇO ATENTA ÀS NECESSIDADES DA HUMANIDADE IV - O CAMINHO DO CORAÇÃO| PÁG. 182 3. Atento àsnecessidadesdahumanidade de Cristo. para quetodososhomenssejamsalvos peloSacrifício com a oração e com a vida na grande missão da Igreja, permanecer unidos, para avançar juntos, para colaborar comunica atodosoamornecessáriopara viver, para ração ardente deamor:éoSagrado Coração deJesus que Olho comprofundidade e vejo queestarede temumco- Quem ouoqueéatrai todasestaspessoas? Quem ouoqueémantémaunidadedestarede? plando amultidão, encheu-Se decompaixãoporela, curando todas asenfermidadesedoenças. Contem- nas sinagogas, proclamando oEvangelho doReinoe Escuta eoração pessoal. Alternam-se duasvozes naleitura. Jesus percorria as cidadesealdeias, ensinando

– pelasnecessidadeseasesperanças detodososho- – ofereço-Lhe omeudia, comassuasalegriaseso- • • • • mens, meusirmãos. frimentos, mundial AO, Em solidariedadecomtodososmembros darede Igreja eaomundo. Dou-Lhe graças porque quisestarede eadoouà de Jesus. Deixo-me invadir peloamordoSagrado Coração membro desterede numaoutra partedomundo. triste, que neste momento esteja a viver algum experimento participardaexperiência, alegre ou 9 -UMAREDE MUNDIALDE ORAÇÃO ESERVIÇO ATENTA ÀS NECESSIDADES DA HUMANIDADE pois estava cansada e abatida, como ovelhas sem pastor. Disse, então, aos seus discípulos: «A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos. Rogai, por- tanto, ao Senhor da messe para que envie trabalha­ dores para a sua messe». (Mateus 9, 35-38)

Como viesse a faltar o vinho, a mãe de Jesus dis- se-lhe: «Não têm vinho!». Jesus respondeu-lhe: «Mulher, que tem isso a ver contigo e Comigo? Ain- da não chegou a minha hora». Sua mãe disse aos serventes: «Fazei o que Ele vos disser!» (João 2, 3-5)

Pelo contrário, quanto mais fracos parecem ser I os membros do corpo, tanto mais são necessários, II e aqueles que parecem ser os menos honrosos do corpo, a esses rodeamos de maior honra, e aque- III les que são menos decentes, nós os tratamos com IV mais decoro; os que são decentes, não têm neces- sidade disso. V Mas Deus dispôs o corpo, de modo a dar maior VI honra ao que dela carecia, para não haver divisão no corpo e os membros terem a mesma solicitude 183 uns para com os outros. Assim, se um membro so- fre, com ele sofrem todos os membros; se um mem- bro é honrado, todos os membros participam da sua alegria. (1 Coríntios 12, 22-26)

Por isso, também nós, desde o dia em que ouvimos falar disso, não cessamos de orar por vós e de pedir a Deus que vos encha do conhecimento da sua von- tade, com toda a sabedoria e inteligência espiritual,

9 - UMA REDE MUNDIAL DE ORAÇÃO E SERVIÇO ATENTA ÀS NECESSIDADES DA HUMANIDADE IV - O CAMINHO DO CORAÇÃO| PÁG. 184 Apostólica Evangelii gaudium , n. 281) os outros éumafarsa. (Papa Francisco, Exortação plação, porqueacontemplaçãoquedeixa de fora interceder não nos afasta da verdadeira contem- coração» (Filémon 1, 4.7). Descobrimos, assim, que com alegria portodosvós (...), poistenho-vos no manos: «Emtodasasminhasorações, sempre peço era a sua oração. Esta estava repleta de seres hu- evangelizador comoS. Paulo, para perceber como Fixemos, pormomentos, oíntimodeumgrande motiva aprocurar obemdosoutros: éaintercessão. naevangelizaçãocularmente agastarmo-nos enos (1 Timóteo 2, 1-4) jam salvos echeguem aoconhecimentodaverdade. nosso Salvador, quequertodos oshomensse- dignidade. Istoébomeagradável diantedeDeus, uma vidaserena etranquila, comtodaapiedadee constituídos emautoridade, afimdequelevemos dos oshomens, pelos reis eportodos os queestão preces, orações, súplicase ações degraças porto- (Colossenses 1, 9-10) de boasobras eprogredi noconhecimentodeDeus. para seutotalagrado: daifrutosemtodaaespécie a fimdecaminhardes demododignodoSenhor, Há umaformadeoração quenosincentiva parti- Recomendo, pois, antesdetudo, quese façam

9 -UMAREDE MUNDIALDE ORAÇÃO ESERVIÇO ATENTA ÀS NECESSIDADES DA HUMANIDADE Para o tempo de silêncio e interiorização: Concentra-te agora em silêncio e imagina que consegues abraçar com o teu olhar toda a esfera terrestre e acolher no teu coração todos os homens e mulheres do mundo. Observa-os e repara como são de todas as idades, cores de pele e condição social. Observa-os nas suas alegrias e tris- tezas, em paz ou em guerra, no trabalho ou em descanso. Procura alargar sempre mais o horizonte. Não deveria ser difícil, porque os meios modernos de comunicação mantêm-nos constantemente informados, mais do que isso: tornam-nos testemunhas oculares daquilo que está a acontecer em todas as partes do mundo. Depois concentra a tua atenção na tua cidade, no teu I bairro, na tua paróquia, na tua casa. II • Quais são as necessidades mais urgentes? • Quais as esperanças? III

• O que é realmente necessário? IV • O que é que falta? • Como intervir? V • Em quem confiar? VI

Conclusão 185 Apresentamos agora ao Senhor, numa oração es- pontânea, na forma de intercessão, tudo aquilo que emergiu durante a contemplação pessoal em silên- cio. Confiando na infinita misericórdia de Deus, fa- zemo-nos porta-vozes das necessidades da Igreja e de toda a humanidade, iniciando com a intenção deste mês.

9 - UMA REDE MUNDIAL DE ORAÇÃO E SERVIÇO ATENTA ÀS NECESSIDADES DA HUMANIDADE IV - O CAMINHO DO CORAÇÃO| PÁG. 186 Ó Clemente, óPiedosa, óDoce Virgem Maria. bendito frutodo vosso Ventre. mostrai-nos Jesus, e, depoisdestedesterro, a nósvolvei, esses vossos olhosmisericordiosos Eia, pois, advogada nossa, neste vale delágrimas. A Vós suspiramos, gemendoechorando A Vós bradamos, osdegredados filhosdeEva. vida, doçura eesperança nossa, salve! Salve, Rainha, MãedeMisericórdia, Salve-Rainha: Cântico final: caminhar para Vós. Por Cristo, Nosso Senhor. Ámen. nos indiqueosvossos caminhosepossamosjuntos orações eenviai-nos oEspíritoSanto, para queEle Deus, Pai omnipotente, escutaibenignoas nossas Oremos: dizendo juntosaoração que Jesus nosensinou: Pai Nosso... Renovemos agora onossolouvor esuplicaaDeus, Coração deJesus, confio em Ti. A cadaintercessão respondemos:

9 -UMAREDE MUNDIALDE ORAÇÃO ESERVIÇO ATENTA ÀS NECESSIDADES DA HUMANIDADE Rogai por nós Santa Mãe de Deus, Para que sejamos dignos das promessas de Cristo. Ámen.

*** Salve, Regina, mater misericordiae Vita, dulcedo, et spes nostra, salve. Ad te clamamus, exsules, filii Evae. Ad te suspiramus, gementes et flentes in hac lacrimarum valle.

Eia ergo, Advocata nostra, illos tuos misericordes oculos ad nos converte. I

Et Iesum, benedictum fructum ventris tui, II nobis post hoc exsilium ostende. O clemens, O pia, O dulcis Virgo Maria. III

IV Ora pro nobis sancta Dei Genetrix. Ut digni efficiamur promissionibus Christi. Amen. V VI

187

9 - UMA REDE MUNDIAL DE ORAÇÃO E SERVIÇO ATENTA ÀS NECESSIDADES DA HUMANIDADE

V

A VIVÊNCIA COMUNITÁRIA DO APOSTOLADO DA ORAÇÃO

1. AS COMUNIDADES APOSTÓLICAS DA REDE MUNDIAL DE ORAÇÃO

Como se disse (ver págs. 33-34), as Comunidades Apostólicas da Rede Mundial de Oração são cons- tituídas por grupos de leigos, escolhidos e enviados pelo pároco, que assumem como missão ajudá-lo na dinamização espiritual da própria comunidade paroquial, suscitando e reanimando a experiência da relação pessoal com Cristo. Estas comunidades inserem-se num novo modelo de Igreja que está a nascer, onde a vocação laical assume um papel muito importante, face à escassez de clero e à ne- I cessidade de um maior compromisso dos cristãos II com a vida de oração, pessoal e comunitária. Não são grupos fechados, pois não pertencem a III nenhum movimento, mas têm como característica IV fazer a ponte entre o pároco e os diversos grupos existentes na paróquia, com o fim de ajudar a co- V munidade a rezar. Idealmente, serão compostos por VI responsáveis dos grupos já existentes. Terão como centro da sua missão a divulgação das intenções do 191 Papa e a criação de propostas concretas para unir os temas das intenções com as necessidades concretas do próprio contexto, em espírito de colaboração e entreajuda com os grupos existentes na paróquia. É muito aconselhável que esta comunidade apostólica tenha uma ação conjunta com o Centro do Apostola- do da Oração, onde este exista e se mantenha ativo. O Secretariado Nacional do Apostolado da Oração oferece a formação espiritual e pastoral e o acom- V - A VIVÊNCIA COMUNITÁRIA DO AO| PÁG. 192 de Oração doPapa Para criarumacomunidade apostólicadaRedeMundial formação, etc. cias, materiais, divulgação deoportunidades cias doquevai acontecendo, partilhade experiên- qui secriará umaplataforma decontactos, notí- e-mail do site AO (www.apostoladodaoracao.pt) edo o Secretariado Nacional, através, essencialmente, e açãonalinhadasintençõesdoPapa. ções eplataformasdigitais), aspropostas deoração nos seus vários canais de comunicação (publica- contros deformaçãoedivulgando todososmeses, panhamento destas comunidades, organizando en- Para isso, muito ajudaumcontactoregular com • • tivos acimadefinidos. usados naspróprias paróquias, comosobje- de formaçãoefornecermateriais para serem constante para daraconheceroutras ações de dados, demodo a manterumcontacto Estas comunidades sãoinscritasnuma base realização. Nacional, queirá dandoaconhecersua movidos para esteefeitopeloSecretariado a participarnosencontros deformação, pro- comprometidos nasuaparóquia eenviá-los O pároco deve escolher algunsleigosmais [email protected]. A partirda- 2. OS CENTROS DO APOSTOLADO DA ORAÇÃO

Em muitas paróquias do nosso país existem Cen- tros do Apostolado da Oração, que funcionam se- gundo uma estrutura diocesana. Onde se veja mais apropriada a continuidade, fundação ou refunda- ção destes Centros, o Secretariado Nacional presta- rá todo o apoio necessário. Em cada diocese, há um diretor diocesano, no- meado pelo bispo local, que tem o encargo de dina- mizar o Apostolado da Oração, promover encontros formativos, visitar os Centros, ajudar os párocos e as suas equipas a levar por diante esta obra. Este I deve ser ajudado por uma Equipa Diocesana, com- II posta por leigos e religiosos. A nível local, tendo como diretor o pároco, há um III

Centro, composto pelo conjunto dos Zeladores e IV dos Associados, com uma direção paroquial, e que tem como missão: V a) Empenhar-se em fomentar a espiritualidade do Apos- VI tolado da Oração na paróquia: 193 • divulgando as intenções de oração do Papa, so- bretudo através dos Bilhetes Mensais (Oração e Vida), e procurando tê-las presentes nas inten- ções das Eucaristias ou na Oração Universal; • vivendo de modo particular a primeira sexta- -feira de cada mês, como jornada mundial de oração pelas intenções do Papa (ver. pags. 56- -57 e 228-240); • promovendo o culto ao Coração de Jesus (ce- V - A VIVÊNCIA COMUNITÁRIA DO AO| PÁG. 194 c) Inserção, dealmaecoração, naparóquia: b) Reuniõesmensais: • • • • • • • Arranjo daigreja e dosaltares... da comunhão, catequese... dade para assumirserviçoscomoministros Assistência a doentes e a pobres, disponibili­ necessário fazer. Perguntar aoPároco oqueémaisurgente e Oração queexista, etc. Comunidade Apostólica daRedeMundialde na paróquia, aeventual colaboração coma do grupoeaação Apostolado daOração no mêsseguinte, avaliar comovai otrabalho Para pensarosprojetos aserem realizados ções deoração para cadamês. comunidade a rezar e a agir segundo as inten- derão tomaraolongo do mêspara ajudara Para conversar edecidirqueiniciativas sepo- linhas daespiritualidadedo AO. Para ler e estudar em comum os estatutos e as na Revista Mensageiro doCoração deJesus ). to Padre para cadamês(seguindo oproposto Para rezar erefletir sobre asIntençõesdoSan- pelos Associados e Zeladores já falecidos, etc.). rene, entronizações, recitação doterço, Missa lebração anual, tríduos, horas santas, lauspe- 3. PARA ERIGIR OU REFUNDAR UM CENTRO DO APOSTOLADO DA ORAÇÃO NA PARÓQUIA

O pároco deve contactar o diretor diocesano ou o Secretariado Nacional, que dará informação mais concreta sobre os procedimentos, a saber: • Criar uma equipa responsável, com presiden- te, secretário e tesoureiro. • Fazer o registo, no livro de atas do centro, da ata de fundação ou refundação do centro e, em seguida, das respetivas reuniões mensais. • Fazer o registo, no livro de registos do centro do AO, com os nomes dos responsáveis, zela- I

dores e associados. II • Procurar que os membros do centro obte- nham a respetiva patente de admissão no AO, III

diploma de zelador ou responsável, emblema IV do AO e medalha de zelador ou associado, assim como o diploma para a nomeação do V diretor local. VI • Num dia determinado, fazer uma celebração festiva na paróquia, para erigir ou refundar o 195 centro do AO, durante a qual os seus membros farão publicamente o seu compromisso e con- sagração e receberão as respetivas insígnias. • Nesse dia, o diretor diocesano também pro- cederá à entrega do diploma de fundação ou refundação do Centro. • A informação da fundação ou refundação do Centro, os nomes e contactos dos responsá- veis e o número de zeladores e associados de- V - A VIVÊNCIA COMUNITÁRIA DO AO| PÁG. 196 tariado Nacional) (Todos estesmateriaispoderão seradquiridosnoSecre- • ro doCoração deJesus. e Vidates Mensais(Oração ) eaRevista Mensagei- Os centros deverão assinarereceber osBilhe- nal, para queconstenosarquivos. verão sertransmitidos aoSecretariado Nacio- 4. RITUAL PARA A ADMISSÃO DE ASSOCIADOS E ZELADORES

5.1 – Admissão de associados

A admissão pode ser simples ou solene. É simples, quando o diretor ou algum responsável por ele de- signado inscreve o novo associado no registo e lhe entrega a patente sem qualquer cerimónia exterior. Pode, porém, fazer-se em forma solene, na missa (após a homilia) ou não. Nela, o novo associado pro- mete cumprir os deveres essenciais do Apostolado da Oração, consagra-se ao Coração de Jesus e recebe I o emblema e a patente. A admissão implica sempre II o compromisso, livremente aceite pelo associado, de fazer o oferecimento das obras do dia e de orien- III tar a sua vida cristã segundo as propostas próprias IV do Apostolado da Oração. Pode usar-se o seguinte formulário, adaptando-o, V conforme se faça na missa ou não. VI

Diretor – Em nome do Pai e do Filho e do Espírito 197 Santo.

Todos – Ámen.

Diretor – A graça, o amor e a paz de N. S. Jesus Cristo estejam convosco.

Todos – Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo. V - A VIVÊNCIA COMUNITÁRIA DO AO| PÁG. 198 Novos associados –Sim, estamos. missão daIgreja? Santo Padre eàssuasintenções pelomundo epela oferecimento e a vivê-lo, durante o dia, unidos ao tico. Estaisdispostosafazer, todasasmanhãs, esse so oferecimento diáriounidoaoSacrifício eucarís- fácil decumprirosvossos deveres, pormeiodovos- seu compromisso apostólico. Encontrareis maneira Igreja econtribuir para asalvação domundo pelo imitar eamarMaria, comoMãe, servireobedecerà festado noseuCoração. Também secompromete a reparação, corresponder aoamordeCristo, mani- Oração deve procurar, através da consagração e da Diretor –Irmãos, todoomembro do Apostolado da da Oração. tendem seradmitidosnesteCentro do Apostolado Responsável – Aproximem-se todososquepre- Admissão apropriada –pág. 204). çando sobre elesosinaldaCruzouusandoaforma (O sacerdote benzeasmedalhaseemblemas, tra- Bênção dosemblemasoumedalhas (O diretor fazumabreve alocução) Diretor – Como expressão do ideal que vos anima e súplica para o realizardes, fazei a vossa consagração:

Associados – Jesus Redentor, que no Coração aberto na cruz nos manifestastes o vosso amor, nós, para correspondermos a esse amor, prometemos, como membros do Apostolado da Oração, professar espe- cial culto de amor e dedicação ao vosso Coração e à vossa obra redentora. Prometemos oferecer todas as manhãs o nosso dia ao vosso Coração, dar teste- munho da nossa fé e fazer da nossa vida um ato de contínuo compromisso apostólico. Pedimo-Vos confiadamente a graça de permane- I cer sempre fiéis a este compromisso, para que, vi- II vendo unidos a Vós, ajudemos a construir na terra o vosso Reino. Ámen. III

IV 5.2 – Admissão de zeladores ou responsáveis V

A admissão dos membros ativos – zeladores ou VI responsáveis – pode ser simples ou solene, como para os associados. A primeira consistirá apenas 199 no ato de nomeação; a segunda seguirá um ritual análogo ao dos associados. Depois da saudação e bênção dos emblemas, seguir-se-á o seguinte ritual:

Presidente – Os associados aqui presentes, como membros vivos da Igreja e sabendo que «pesa so- bre todos os leigos o encargo glorioso de traba- lhar para que o plano divino de salvação atinja todos os homens» (Constituição Dogmática Lumen V - A VIVÊNCIA COMUNITÁRIA DO AO| PÁG. 200 sa vidaseuna diariamenteàvossa oblação noaltar. -nos atraídos areforçar essaentrega para queanos- -nos àSantíssima Trindade. Agora, porém, sentimo- a vidaeressurreição. Pelo Batismo, consagrámo- amor edeoblação quereparou ospecadosenosdeu trespassado manifestaaoshomensomistério de Um membro ativo –SenhorJesus, ovosso Coração Consagração dialogada tolado daOração. local), aexercer oapostoladonesteCentro do Apos- também, diantedestacomunidade paroquial (ou Para isso, consagrai-vos aEleecomprometei-vos Diretor Todos –Sim, estamos. para fomentaravidaespiritual eapostólica? to e adifundiro Apostolado da Oração como meio Estais dispostosacentrar avidanoCoração deCris- que, cheios de Cristo, o possais transmitir aos outros. ja». Por isso, procurai assimilaroseuespírito, para mais proveitosas nascidasnaIgreja e a favor da Igre- Diretor – O Apostolado da Oração é «uma das obras Apostolado daOração. fica damesmaIgreja, comomembros ativos do Gentium, 33), querem participarnamissãosalví- – Confirme o Senhor a vossa disposição. Todos – Consagramo-nos, para sempre, ao vosso Sa- grado Coração.

Um – Para que na nossa vida saibamos descobrir as riquezas escondidas nos trabalhos, nos so- frimentos e nas ações oferecidas em espírito de amor e reparação.

Todos – Consagramo-nos, para sempre, ao vosso Sa- grado Coração.

Um – Para que a nossa vida se torne um testemu- nho de amor, de serviço e de caridade. I

II Todos – Consagramo-nos, para sempre, ao vosso Sa- grado Coração. III

IV Um – Para que a nossa atividade contribua para di- fundir entre os homens o espírito do Apostolado V da Oração. VI

Todos – Consagramo-nos, para sempre, ao vosso Sa- 201 grado Coração.

Um – Para que, ao servir-Vos nos nossos irmãos, Vos conheçamos cada vez mais intimamente.

Todos – Consagramo-nos, para sempre, ao vosso Sa- grado Coração. V - A VIVÊNCIA COMUNITÁRIA DO AO| PÁG. 202 número eemfervor. nosso Centro do Apostolado daOração cresça em (ou local)haja cadavez maiorvivência cristãeo cance, para que na nossa comunidade paroquial da Igreja. suas intençõesdeoração pelomundo epelamissão do mundo inteiro, emunião com oSantoPadre eas de reparação pelosnossospecadose rística, através da comunhão frequente, oespírito aumentaremos emnósenosoutros avidaeuca- das obras do dia, unido ao sacrifício eucarístico, e mente, auniãovitalcomCristo, pelooferecimento tolado daOração. Procuraremos, muito particular temos servir a Igreja, segundo o espírito do Apos- os cristãosaoapostolado. homens. Pelo BatismoepeloCrisma, chamais todos corações, Vós viestesaomundo para salvar todosos Em vez destaconsagração dialogada, podeusar-se aseguinte: Todos – Assim seja. de amor. se difunda em todos os vossos filhoso vosso Reino cio eucarístico, para que, através dasnossasobras, tai esta nossaconsagração, uni-aaovosso sacrifí- Maria, MãedaIgreja eRainhados Apóstolos, acei- Um –ÓJesus, pormeiodoCoração Imaculadode Vamos trabalhar, portodososmeios aonossoal- Embora conscientesdanossafraqueza, prome- Coração Sagrado deJesus, Reiecentro detodosos - Dignai-Vos, Senhor, aceitar a nossa consagração e o nosso compromisso e dai-nos forças para sermos fiéis ao que agora propomos.

Diretor – Recebe(ei) este diploma e este emblema, como sinal da tua(vossa) consagração ao Coração de Cristo e do teu(vosso) compromisso de expandir o seu Reino.

Diretor – Recebe(ei) este Manual. Ele ajudar-te-á (aju- dar-vos-á) a cumprir fielmente os teus(vossos) deve- res de membro(s) ativo(s) do Apostolado da Oração. I

Conclusão II

Diretor – Senhor Jesus, aceitai os que, atraídos pelo III vosso amor, querem comprometer a sua vida em IV oração e serviço a favor de todos os vossos filhos e a propagar a vossa glória. Que os seus nomes sejam V inscritos no vosso Coração, como penhor de predi- VI leção e de graça. Ámen. 203 V - A VIVÊNCIA COMUNITÁRIA DO AO| PÁG. 204 seguinte fórmula breve: Pode tambémserusada, emcircunstâncias especiais, a Deus convosco naunidadedoEspíritoSanto. alcanceis felizmenteavidaeterna. que decorra semobstáculos a vossa vidapresente e e fortalecerosvossos sentimentosdepiedade, para Oremos por Ele, aDeusPai» (Colossenses3, 17). seja tudoemnomedoSenhorJesus, dandograças, – R. – V. emblemas, quadros...) 5.3 –Bênçãodosobjetosreligiosos (medalhas, Por NossoSenhorJesus Cristo, vosso Filho, queé O Senhor, com asuabênção... †Sedigneaumentar «Tudo oquefizerdes, porpalavras ouporobras, (Do RitualdasBênçãos) R.: Ámen. Em nomedoPai edoFilho †edoEspíritoSanto. Edai-nosavossa salvação. Mostrai-nos, Senhor, avossa misericórdia. VI

ORAÇÕES E PRÁTICAS DEVOCIONAIS LIGADAS À TRADIÇÃO DO APOSTOLADO DA ORAÇÃO

1. ORAÇÕES PRÓPRIAS DO AO

Oferecimento das obras do dia

Ofereço-Vos, ó meu Deus, em união com o Santíssimo Coração de Jesus, e por meio do Imaculado Coração de Maria, as orações, os trabalhos, as alegrias e os sofrimentos deste dia, em reparação de todas as ofensas e por todas as intenções I pelas quais o mesmo Divino Coração II está continuamente intercedendo e sacrificando-Se nos nossos altares. III

Eu vo-los ofereço de modo particular IV pelas intenções do Santo Padre, confiadas ao Apostolado da Oração V neste mês e neste dia. VI

Outra oração de oferecimento 207

Pai de bondade, eu sei que estás comigo. Aqui estou neste novo dia. Coloca mais uma vez o meu coração junto ao Coração do teu Filho Jesus, que Se entrega por mim e que vem a mim na Eucaristia. Que o teu Espírito Santo me faça seu amigo e apóstolo, VI - ORAÇÕES E PRÁTICAS DEVOCIONAIS DA TRADIÇÃO DO AO| PÁG. 208 para quea missãoquenosconfiaste faz-nos dóceis aoteuEspírito Toma, Senhor, erecebe asnossasvidas, dos homensemulheres dehoje. deseja responder àsedeespiritual ao Coração doteuFilho amado, unido profundamente Hoje, o Apostolado daOração no coração domundo. ao serviçodamissãotuaIgreja Fizeste deles Apóstolos daOração, a BoaNova doteuamoredatuabondade. de anunciar atodos Homens emulheres tinhamsede que seespalhoupelomundo. há 170anosacendesteumfogo Pai, SenhordoCéuedaterra, Oração pelo Apostolado daOração para estemês. e pelasintençõesdeoração do Papa pela missãodaIgreja Com Maria, ofereço-Te omeudia desta rede mundial deoração. em comunhão commeusirmãoseirmãs tudo oquesouetenho, os meustrabalhos esofrimentos, as minhasalegrias eesperanças, Coloco nastuasmãos disponível para asuamissão. possa ser, hoje como ontem, uma rede mundial de oração no coração da humanidade.

«Alma de Cristo»

Alma de Cristo, santificai-me. Corpo de Cristo, salvai-me. Sangue de Cristo, inebriai-me. Água do lado de Cristo, lavai-me. Paixão de Cristo, confortai-me. Ó Bom Jesus, ouvi-me. Nas vossas chagas escondei-me. I

Não permitais que me separe de Vós. II Do inimigo maligno defendei-me. Na hora da minha morte chamai-me III

E mandai-me ir para Vós, IV Para que vos louve com os vossos Santos, Por todos os séculos dos séculos. Ámen. V VI (nova versão, inspirada na versão tradicional) Sabedoria de Cristo, transformai-me. 209 Compaixão de Cristo, instruí-me. Coragem de Cristo, reforçai-me. Humildade de Cristo, pacificai-me. Liberdade de Cristo, libertai-me. Paz de Cristo, invadi-me. Rosto de Cristo, iluminai-me. Cruz de Cristo, salvai-me. Espírito de Cristo, santificai-me. Morte de Cristo, envolvei-me. VI - ORAÇÕES E PRÁTICAS DEVOCIONAIS DA TRADIÇÃO DO AO| PÁG. 210 fiança em Vós, porque daminhamalíciaefraque - viai demimos golpesdasuajustiça. a minha justificação perante vosso eterno Pai, e des- na hora damorte. Sede, pois, óCoração debondade, todos osdefeitosdaminha vidaemeuseguro asilo da minhafragilidade einconstância, reparador de da minhavida, penhor daminhasalvação, amparo de Jesus, porúnicoobjetodomeuamor, porprotetor gradar-Lhe. Eu Vos tomo, pois, Coração sacratíssimo nunciando com todas as veras a quanto possa desa- tencer-Lhe totalmenteefazertudoporseuamor, re- e glorificar. Estaéaminha vontade irrevogável: per parte algumadomeusersenãopara Ohonrar, amar com opropósito denãomequerer servirnunca de as minhasobras, osmeustrabalhos esofrimentos, so SenhorJesus Cristoeconsagro-Lhe aminhavida, Consagração Pessoal Alegria deCristo, acolhei-me. Juízo deCristo, justificai-me. Mãe Cristo, amai-me. Vida deCristo, enchei-me. Ó Coração deamor, eu ponhotodaaminhacon - Eu, N.N., entrego-me aoSagrado Coração deNos- Ato deConsagração DE JESUSEMARIA 2. CONSAGRAÇÃOAOSCORAÇÕES - za receio tudo, mas tudo espero da vossa bondade. Dignai-Vos destruir em mim tudo o que Vos pode desagradar ou resistir: e fazei que o vosso puro amor se imprima tão profundamente no meu cora- ção que nunca Vos possa esquecer nem separar-me de Vós. Por todas as vossas misericórdias, Vos su- plico que em Vós fique o meu nome escrito, porque quero pôr toda a minha felicidade e glória em viver e morrer como vosso servo. (Santa Margarida Maria Alacoque)

Outro Ato de Consagração I

Meu Jesus, eu me consagro ao vosso Divino Cora- II ção. Consagro-Vos o meu corpo com todos os seus sentidos, a minha alma com todas as suas faculda- III des, e inteiramente todo o meu ser. Consagro-Vos IV todos os meus pensamentos, as minhas palavras e obras, todos os meus sofrimentos e trabalhos, todas V as minhas esperanças, consolações e alegrias. Prin- VI cipalmente Vos consagro este meu pobre coração, para que não ame senão a Vós e se consuma, como 211 vítima, nas chamas do vosso amor. Aceitai, ó Jesus, o desejo que tenho de consolar o vosso Divino Coração e de Vos pertencer para sem- pre. Tomai de tal forma posse de mim que já não te- nha outra liberdade senão a de Vos amar, nem outra dita senão a de sofrer e de morrer por Vós. Ponho em Vós toda a minha confiança, confiança ilimitada, e espero da vossa infinita misericórdia o perdão dos meus pecados. VI - ORAÇÕES E PRÁTICAS DEVOCIONAIS DA TRADIÇÃO DO AO| PÁG. 212 e cantarpara sempre as possa louvar, amarepossuirportodaaeternidade, assim intimamente unidos, até que um dia eu Vos morada dovosso eolugar repouso, para ficarmos mo suspiro. Fazei tambémdomeucoração avossa todos osdiasdaminhavidaeexalar omeuúlti- ração aminhamorada; éaquiqueeuquero passar e ovosso santoamor. quero outra recompensa senãoavossa maiorglória no Coração deJesus, segundo ovosso agrado. Não com a vossa divina graça. Disponde de mim, ó Divi- Santíssimo Coração, tanto quanto possa, ajudada instante daminhavidaepropagar ocultodevosso principalmente odaminhaeternasalvação. Vós nãoháfelicidade, paz, amoreconcórdia, nós tudo fazerpara nãonossepararmos dovosso Amor. consagrar-nos a Vós, sermosvossos para sempre e Vida, feito homem por nosso amor, nós queremos Ato deconsagração dialogado vosso Coração. Senhor Jesus, Filho deDeus, Unigénito Verbo da Concedei-me agraça de encontrar novosso Co- Proponho honrar-Vos eamar-Vos atéaoúltimo Coloco emvossas mãostodososmeuscuidados, Porque sois o Caminho, a Verdade e a Vida, e sem Queremos servossos, Senhor! (Beata MariadoDivinoCoração) infinitas misericórdias do desejamos que em cada momento da nossa vida sejais Mestre e Senhor. Queremos ser vossos, Senhor!

Porque sois o Bom Pastor que conheceis as ovelhas, sabeis o seu nome e, por amor, destes a vida por cada uma delas, nós queremos retribuir-Vos tanta dedica- ção com a entrega total das nossas vidas. Queremos ser vossos, Senhor!

Porque em cada Eucaristia renovais o mistério pascal do vosso Amor pelos homens, da vossa en- trega e da vossa imolação, nós, embora pobres e fra- I cos, desejamos imolar-nos convosco para salvação II de todos os homens. Queremos ser vossos, Senhor! III

IV Porque os pecados dos homens são ofensas ao vosso Coração, traição ao vosso Amor, ingratidão à V vossa generosa dedicação, nós queremos reparar, VI consolar e alegrar-Vos com a nossa vida, as nossas obras, as nossas orações. 213 Queremos ser vossos, Senhor!

Aceitai, Senhor, a nossa oferta e consagração. So- mos vossos e vossos queremos ser. Conhecer-Vos, amar-Vos e servir-Vos é o nosso desejo e a nossa honra. Nós Vos pedimos a graça de o conseguir, a Vós que sois Deus com o Pai na unidade do Espírito Santo. Ámen. VI - ORAÇÕES E PRÁTICAS DEVOCIONAIS DA TRADIÇÃO DO AO| PÁG. 214 las apropriadas. paração e o mesmo cerimonial e usando as fórmu- Corações deJesus eMaria, seguindo amesmapre- ração deJesus ousóaoCoração de Maria, ouaos celeste Rainha». e emespíritodeserviçofilialdevota imitaçãodasua com umavidacadavez maisconforme à Vontade Divina da MãeIgreja eaviver estenobilíssimoatodeculto mente asuaprópria consagração aoCoração Imaculado Maria, escrevia oPapa Paulo VI, a13-5-1967: méstica» rá para transformar o ambiente familiar numa «Igreja do- fé, umafonte debênçãoseumsegredo deunião. Contribui- gração aoseuCoração constituiumaatitudeexplícitade Consagração dasFamílias Às famílias consagradas recomenda-se: Se afamíliapreferir, poderá consagrar-se sóaoCo- «Exortamos todososfilhosdaIgreja a renovar pessoal- Quanto àConsagração dasfamíliasao Coração de Sendo oCoração deCristoumaescolaamor, a consa- • • • Renovar cadaanoaconsagração, ounoani - cipalmente aoração doterço; Fazer diantedeleasorações emcomum, prin- principal dacasa; ou dosCorações deJesus edeMarianosítio Ter aimagemou quadro doCoração deJesus (Constituição Dogmática LumenGentium, 11). versário da sua primeira realização, ou no dia do Coração de Jesus, ou no aniversário do casamento; • Guardar fielmente a lei de Deus e o amor do próximo, sobretudo entre as pessoas de casa.

Modo de fazer a Consagração da Família

Depois da devida preparação, a Consagração faz- -se, ou simultaneamente com outras famílias, num ato comunitário, ou na intimidade do lar. Quando feita no lar, se as circunstâncias e o Bispo o permi- tirem, pode celebrar-se a missa. O quadro ou imagem deve ser benzido antes por I um sacerdote. II Convém que o sacerdote diga algumas palavras sobre a importância e significado do ato realizado. III

No fim sugere-se acrescentar um Pai-Nosso, Ave- IV -Maria e Glória pela família consagrada, assim como pelos defuntos e ausentes. V O sacerdote, se estiver presente, abençoa a família VI com a fórmula habitual. Para uma melhor e mais profunda preparação da 215 Consagração, recomenda-se que todos os seus mem- bros se confessem e recebam a Sagrada Comunhão.

Ato de consagração da família ao Coração de Jesus

Ó Jesus, nosso Criador e Redentor, que no vosso divino Coração manifestais o vosso amor, aqui es- tamos diante de Vós, a proclamar o nosso desejo de que reineis totalmente sobre a nossa família. VI - ORAÇÕES E PRÁTICAS DEVOCIONAIS DA TRADIÇÃO DO AO| PÁG. 216 imagem fosse exposta nosseuslares. Aqui vimos sejo dereinar nasfamíliascristãs edequeavossa de Jesus eMaria Consagração dasFamílias aosCorações a viver plenamenteanossaconsagração. Ámen. padroeiro dasfamíliascristãs. Maria, nossaevossa Mãe, edeS. José, seuesposoe Vos sejaapresentada peloCoração Imaculadode mos todosreunidos nafelicidadedoCéu. terminar estaperegrinação naterra, nosencontre- sos empreendimentos, alegrias etristezas, equeao gração queremos: Ajudai-nos a serfiéisaos nossoscompromissos e Desejamos eimploramos queestaconsagração Perdoai as nossasinfidelidades, santificaiosnos- Coração Sagrado deJesus, Vós manifestastesode- Por isso, nosconsagramos a Vós. Comestaconsa- • • • sões esustentoemtodasascontrariedades. das nossasaspirações, luznasnossasdeci- Voltar-nos para o vosso Coração comocentro família setorneverdadeira Igreja doméstica. de para comosoutros demodoquea nossa balho, noapostoladoena prática dacarida- Evangelho navidafamiliaresocial:notra - Comprometer-nos asertestemunhas do nos ensina. que Vós nosrevelastes equeaSantaIgreja Renovar anossaprofissão defénas verdades prestar-Vos hoje esta dupla homenagem consa- grando-nos a Vós e entronizando solenemente a vossa imagem em nossa casa. Virgem Santíssima, ao vosso Coração Imaculado queremos consagrar-nos também. Cobri com o vos- so manto maternal esta família que faz o propósito de honrar-vos com a oração do terço. Corações Santíssimos de Jesus e de Maria, a Vós nos entregamos, doamos e consagramos totalmente e para sempre. Fazei, com a vossa proteção, que reinem nesta casa a paz e a união, a caridade e a fé, o amor de Deus e o cumprimento da sua Lei. Ajudai-nos nas necessidades; consolai-nos nas amarguras e escrevei I os nossos nomes nos vossos Corações. II Corações Santíssimos de Jesus e de Maria aben- çoai-nos, para depois desta vida nos encontrarmos III todos no Céu, gozando da vossa companhia junto IV da Santíssima Trindade, Pai, Filho e Espírito Santo. Assim seja. V VI Consagração das Paróquias ao Coração de Maria 217

«Desejamos que, sempre que as circunstâncias o acon- selharem, se faça esta consagração ao Imaculado Cora- ção de Maria, tanto nas Dioceses como em cada uma das paróquias e famílias. Temos confiança que desta con- sagração particular e pública brotarão abundantes be- nefícios e favores celestes» (Pio XII, Encíclica Auspicia Quaedam, 1-5-1948). VI - ORAÇÕES E PRÁTICAS DEVOCIONAIS DA TRADIÇÃO DO AO| PÁG. 218 caminho quenosconduza atéDeus. Assim seja. nosso refúgionosperigos e tentaçõesdavidao var econsolar. propomos fazeratosdereparação para Odesagra- espinhos, pelos pecados de toda a humanidade, nós a Deus, nossoSenhor, quejáestámuito ofendido. sos pecadoseque, sobretudo, nãoofendamosmais que nos emendemos, que peçamos perdão dos nos- as dificuldadesdavidaeofereçamos poramor, todos osdiasoterço, queaceitemoscompaciência emFátima:pedidos quenosdirigistes que rezemos vossa proteção todosecadaumdosseusmembros. proclama-vos suaRainha, Advogada eMãe,à econfia tos apostólicos. clero epovo fiel, famílias, associaçõesemovimen- vosso ImaculadoCoração estaparóquia, comoseu mos, entregamos econsagramos inteiramente ao almas etodasasgraças doSenhor. a paz, aconversão dospecadores, asalvação das o vosso ImaculadoCoração como meiodealcançar Ato deConsagração Que ovosso ImaculadoCoração, ó Maria, sejao Ao vermos ovosso ImaculadoCoração cercado de Nós fazemosopropósito decumprirfielmenteos Reunida emtornodavossa imagem, estafreguesia Para cumprirmososvossos desejos, nósconfia- Virgem Santíssima, vós manifestastesemFátima 3. PRÁTICAS TRADICIONAIS DO APOSTOLADO DA ORAÇÃO

Primeiras quinta-feiras

«Seja informado todo o povo cristão que é seu de- ver colaborar de diversos modos, pela oração fre- quente e por outros meios à sua disposição, para que a Igreja tenha sempre os sacerdotes necessá- rios ao cumprimento da sua missão divina» (Decre- to Presbyterorum Ordinis, 11). Porque Cristo instituiu o Sacerdócio e a Eucaristia na I Última Ceia, na Quinta-Feira Santa, procurem os asso- ciados do Apostolado da Oração oferecer, de um modo II particular, as orações e boas obras da primeira quinta- III -feira de cada mês pela santificação do clero e pelas vo- cações sacerdotais, missionárias e religiosas. Aos Sacer- IV dotes está-lhes recomendada, se as normas litúrgicas o V permitirem, a celebração da Missa pelas vocações (Missa para diversas necessidades – n.º 9) ou Missa da Santíssi- VI ma Eucaristia (terceira das Missas votivas). Para a Ora- 219 ção Universal ou dos fiéis podem servir as preces adiante publicadas (pág. 226-227).

Oração dos sacerdotes Senhor Jesus, em S. João Maria Vianney quiseste dar à Igreja uma comovente imagem da tua cari- dade pastoral. Animados por seu exemplo e em sua companhia, faz que vivamos em plenitude a nossa missão. VI - ORAÇÕES E PRÁTICAS DEVOCIONAIS DA TRADIÇÃO DO AO| PÁG. 220 bendo que Te amo. por mimemetensaquicrucificado por Ti. tantas vezesquantaseurespiro. instante que Te amo, quero queomeucoração orepita amar eternamente. amando-Te doqueviver umsóinstantesemamar-Te. ao últimorespiro daminhavida. as palavras comasquaiscostumava dirigir-se a Ti: poder repetir, com o mesmo ardor do Santo Cura, ser acolhidosevalorizados. Concede-nos, Senhor, rismas, infundidospeloteuSantoEspírito, possam igrejas”, nas quaistodasasvocações etodososca- faz que as famílias cristãs setornem “pequenas donar-se confiantementeàtuaMãeImaculada. pecadores arrependidos, comoéconsolador aban- a instruir, como éternooamorcomqueacolhesos mos aprender como é simplese diária a tuaPalavra Ámen. Meu Deus, dá-meagraça demorrer amando-Te e sa- Amo-Te, ómeuDeusSalvador, porque foste crucificado Meu Deus, acada seaminhalínguanãopuderdizer Amo-Te, Senhor, eaúnicagraça quepeçoéade Te Amo-Te, óDeus infinitamente amável, eprefiro morrer Amo-Te, meuDeus, eomeuúnicodesejoéamar-Te até Senhor Jesus, porintercessão doSantoCura d’Ars, Como ele, diantedetuaEucaristia, fazquepossa- (Papa BentoXVI, no Ano Sacerdotal ) Oração pelas vocações

Ó Jesus, Bom Pastor, acolhei o nosso louvor e hu- milde agradecimento por todas as vocações que, mediante o vosso Espírito, concedeis continuamen- te à vossa Igreja. Assisti os Bispos, os presbíteros, os missionários e todas as pessoas consagradas: fazei que deem exemplo de vida verdadeiramente evan- gélica. Tornai fortes e perseverantes na sua decisão aqueles que se preparam para o sagrado ministé- rio e para a vida consagrada. Multiplicai os ope- rários do Evangelho para anunciar o vosso nome I a todas as gentes. Guardai todos os jovens das II nossas famílias e das nossas comunidades: con- cedei-lhes prontidão e generosidade em seguir- III

-Vos. Dirigi também hoje o vosso olhar sobre eles e IV chamai-os. Concedei a todos os chamados a força de abandonar tudo para Vos escolher só a Vós que V sois o amor. VI Perdoai a falta de correspondência e a infidelidade daqueles que escolhestes. 221 Ouvi, Senhor Jesus Cristo, as nossas preces por in- tercessão de Maria Santíssima, vossa Mãe e Rainha dos Apóstolos. Ela que, tendo acreditado e corres- pondido generosamente, foi a causa da nossa ale- gria, acompanhe com a sua presença e exemplo os que chamais ao serviço total do vosso Reino. Ámen. (João Paulo II) VI - ORAÇÕES E PRÁTICAS DEVOCIONAIS DA TRADIÇÃO DO AO| PÁG. 222 sacramentos precisam de serperpetuadosnavossa Bem, nós Vos pedimos cados aovosso serviço, defensores da Verdade edo e fortaleça, nós Vos pedimos imploram por quem os console e ampare, os ajude Vos pedimos da aimplorar vocações sacerdotais ereligiosas, nós nós Vospedimos cos enosmandastespediroperários para amesse, operários para asuamesse, dizendo: Filho, SumoeEternosacerdote, para queenvie ta Missa) (Servem para prece dialogadaoupara Oração Universal naSan- pelas VocaçõesPreces 5. Porque ovosso Sacrifíciodo Altar eos vossos Enviai, Senhor, operários para avossa messe. 4. Porque precisamos de almas ecorações dedi- Enviai, Senhor, operários para avossa messe. 3. Porque adoreosofrimentodetantosirmãos Enviai, Senhor, operários para avossa messe. 2. Porque oPapa, vosso Vigário, nospede econvi- Enviai, Senhor, operários para avossa messe. 1. Porque amesseégrande eosoperários sãopou- Enviai, Senhor, operários para avossa messe. Oremos, Irmãos, aDeustodopoderoso, porseu Igreja, nós Vos pedimos Enviai, Senhor, operários para a vossa messe.

6. Porque sabemos que os jovens são generosos e capazes de se dedicarem ao vosso serviço e salva- ção dos outros, nós Vos pedimos Enviai, Senhor, operários para a vossa messe.

7. Porque os homens, nossos irmãos, têm necessi- dade de quem lhes pregue a Boa Nova do Evangelho e o vosso rebanho precisa de pastores dedicados e generosos, nós Vos pedimos Enviai, Senhor, operários para a vossa messe. I

II ORAÇÃO Deus eterno e omnipotente, ouvi as nossas pre- III ces e, para glória vossa e salvação das almas, con- IV cedei-nos muitos e santos sacerdotes. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Es- V pírito Santo. VI

223 VI - ORAÇÕES E PRÁTICAS DEVOCIONAIS DA TRADIÇÃO DO AO| PÁG. 224 Mundial deOração doPapa. Poderíamos dizer que éo dia de ativação da Rede missão daIgreja queelepropõe para cadamês. ao Papa emoração pelosdesafios do mundo eda é odiaemquetodossão convidados aunirem-se celebra aentrega deJesus nacruzpornossoamor, dia emparticular, emqueaIgreja tradicionalmente dial deOração pelasintençõesdoSantoPadre. Este meira sexta-feira decadamêsseraJornada Mun- na suaatitudedeofertaereparação» (13-4-1985). Eucaristia, une-seaoCoração deJesus eparticipa Penitência, ofiel, alimentando-sedoSacramento da Igreja ecomosirmãos, medianteoSacramento da ras sextas-feiras”. ReconciliadocomDeus, coma mendar eadifundirpiedosaprática das “primei- com empenhorenovado ecadavez maiorareco- rios Nacionaisdo Apostolado daOração: «Continuai meiras sextas-feiras. João Paulo IIdiziaaosSecretá- repetidas vezes recomendado a devoção das pri- tuição ConciliarSacrosanctum Concilium , 13). quando são aprovados pela Sé Apostólica» (Consti- de comasleisenormasdaIgreja eespecialmente povo cristão, desdequeestejamemconformida- «São muito derecomendar osatosdepiedadedo plenamente estaspalavras doConcílio Vaticano II: À devoção dasprimeiras sextas-feiras aplicam-se A estasdimensõesacresce agora ofactodeapri- A Santa Sé, de um modo particular os Papas, têm Primeiras sextas-feiras A participação nesta Jornada Mundial pode ser feita em várias modalidades: individualmente, através das redes sociais, ou em comunidade. Suge- re-se que, neste dia, na medida do possível se possa participar na Eucaristia.

O que fazer na primeira sexta-feira do mês?

– Rezar e oferecer o dia pelas intenções do Santo Padre. – Participar, se possível, na Eucaristia. – Aderir a alguma iniciativa de oração e difusão das intenções do mês divulgada nas publica- I

ções e plataformas digitais da Rede Mundial de II Oração do Papa (Vídeo do Papa, Click To Pray, Site do Apostolado da Oração e suas redes sociais). III

– Dedicar um tempo de oração pessoal para ver IV de que modo poderá pôr em prática, nas pró- prias circunstâncias, os desafios colocados V pelo Papa nas suas intenções, unindo a oração VI e a vida. 225 Os Centros do AO e as Equipas Apostólicas da Rede Mundial de Oração do Papa são particularmente convidados a preparar e celebrar este dia de forma mais enriquecida: – Na participação na Eucaristia, tendo presente na oração dos fiéis as intenções do Papa para esse mês. Não se celebrando a Eucaristia na paróquia nesse dia, colocar estas mesmas intenções na Eu- caristia Dominical. De acordo com o pároco, poder VI - ORAÇÕES E PRÁTICAS DEVOCIONAIS DA TRADIÇÃO DO AO| PÁG. 226 ria eumesquemapara asreuniões mensais. de iniciativas,gestões tempos deoração comunitá- para aprofundamento dos temas das intenções, su- poderão serencontradas, todososmeses, propostas site do Apostolado da Oração (Materiaispara grupos), gum lugar, contactocomdeterminadarealidade, etc. junta, porexemplo: algumaconferência, visitaaal- determinado mês e programar uma atividade con- aotemadodesafio tituição ligada Papa para um horas santas, recitação doterço...) grupos daparóquia (adoração eucarística, vigílias, a comunidade quepossaenvolver outras pessoase dos bilhetesmensais, ououtros meios. nacomunidadegar asintençõesdomês, através desse mês;encontrar o modomaiseficazdedivul- pontos: aprofundamento dos temasdasintenções Mundial de Oração, refletindo sobre os seguintes e daIgreja. intenções e a sua importância na vida do mundo eventualmente fazer alguma reflexão sobre estas – Estabelecer contactoscomalgumapessoaouins- – Preparar epromover umtempodeoração para – Fazer umareunião depreparação destaJornada Nota: NaRevista Mensageiro doCoração deJesus eno Esquema de celebração da 1a sexta-feira (Com exposição do Santíssimo ou diante do Sacrário)

Cântico inicial

Alocução inicial (com estas palavras ou semelhantes)

P.: Irmãos e irmãs, nesta Jornada Mundial de Ora- ção pelas intenções do Santo Padre, fazemos este tempo de diálogo e encontro com Jesus, presente na Eucaristia. Procuremos abrir o nosso coração aos grandes desafios que o Papa nos coloca neste mês: I

II (dizer as intenções desse mês) III

Com Jesus, que Se oferece no altar, procuremos IV também oferecer a nossa vida por todos aqueles por quem o Santo Padre nos pede que rezemos. Pe- V çamos também ao Pai que nos envie o Espírito do VI seu Filho Jesus, para podermos discernir, na nossa vida de cada dia, a melhor maneira de servir a Igre- 227 ja e o mundo durante este mês, para sermos cada vez mais comprometidos com o Evangelho junto de todos, em especial os que mais precisam.

Salmo 27 O SENHOR é minha luz e salvação: de quem terei medo? O SENHOR é o baluarte da minha vida: quem me assustará? VI - ORAÇÕES E PRÁTICAS DEVOCIONAIS DA TRADIÇÃO DO AO| PÁG. 228 nem afastes, comira, oteuservo. Não desviesde mimoteurosto, é atuaface queeuprocuro, SENHOR. os meusolhosteprocuram; O meucoração murmura porti, tem compaixãodemimeresponde-me. Ouve, SENHOR, avoz daminhasúplica, cantarei eentoarei hinosaoSENHOR. Oferecerei sacrifíciosdelouvor noseusantuário, acima dosinimigosquemerodeiam. Agora, Eleergue aminha cabeça e colocar-me noaltodeumrochedo. há-de esconder-me nointeriordasuatenda No diadaadversidade, Elemeabrigará nasuacabana; e ficaremvigílianoseutemplo. para saborear oseuencanto todos osdiasdaminhavida, é habitarnacasadoSENHOR e ardentemente adesejo: Uma sócoisapeçoaoSENHOR ainda assimterei confiança. Mesmo quemedeclarem a guerra, o meucoração nãotemerá. Ainda queumexército mecerque, que resvalam ecaem. são eles, meusopressores einimigos, para medevorar, Quando osmalvados avançam contra mim, Tu és o meu amparo: não me rejeites nem abandones, ó Deus, meu salvador! Ainda que meu pai e minha mãe me abandonem, o SENHOR há-de acolher-me.

Ensina-me, SENHOR, o teu caminho, guia-me por sendas direitas, por causa dos que me perseguem. Não me entregues à mercê dos meus inimigos, pois contra mim se levantaram testemunhas falsas, que sussurram violência. Creio, firmemente, vir a contemplar a bondade do SENHOR, na terra dos vivos. I

Confia no SENHOR! II Sê forte e corajoso, e confia no SENHOR! III

Da Exortação Apostólica A Alegria do Evangelho IV (Evangelii Gaudium, 3) V

Convido todo o cristão, em qualquer lugar e si- VI tuação em que se encontre, a renovar hoje mesmo o seu encontro pessoal com Jesus Cristo ou, pelo 229 menos, a tomar a decisão de se deixar encontrar por Ele, de O procurar dia a dia sem cessar. Não há motivo para alguém poder pensar que este convi- te não lhe diz respeito, já que «da alegria trazida pelo Senhor ninguém é excluído». Quem arrisca, o Senhor não o desilude; e quando alguém dá um pe- queno passo em direção a Jesus, descobre que Ele já aguardava de braços abertos a sua chegada. Este é o momento para dizer a Jesus Cristo: «Senhor, deixei- VI - ORAÇÕES E PRÁTICAS DEVOCIONAIS DA TRADIÇÃO DO AO| PÁG. 230 mas sópermanecendo navideira, assimtambém Tal comooramo não podedarfrutoporsimesmo, tenho anunciado. ainda. Vós jáestaispurificados pelapalavra que vos mim epodaoquedáfruto, para quedêmaisfruto cultor. Elecortatodo o ramo que não dá fruto em que nosimpelepara diante! suceder. Que nada possa mais do que a sua vida Jesus; nunca nosdêmospormortos, sucedaoque restituir aalegria. Nãofujamosdaressurreição de ternura quenunca nosdefrauda esempre nospode mite-nos levantar acabeça erecomeçar, comuma este amorinfinitoeinabalável nosconfere. Eleper ombros. Ninguém nospodetirar adignidadeque sete. Volta umavez eoutra acarregar-nos aosseus 18, 22) dá-nosoexemplo: Eleperdoa setenta vezes que nos convidou a perdoar «setenta vezes sete» (Mt nos cansamosdepedirasuamisericórdia. Aquele Deus nunca Secansadeperdoar, somosnósque Ele, quandonosperdemos! Insistoumavez mais: braços redentores». Comonosfaz bem voltar para novo, Senhor;aceitai-memaisumavez nosvossos aliança convosco. Preciso de Vós. de Resgatai-me mas aquiestounovamente para renovar aminha -me enganar, demilmaneiras dovosso fugi amor, Permanecei emmim, queEupermaneçoemvós. Eu souavideira verdadeira eomeuPai éoagri- Do Evangelho segundoS. João. [Jo Silêncio 15, 1-7] - acontecerá convosco, se não permanecerdes em mim. Eu sou a videira; vós, os ramos. Quem perma- nece em mim e Eu nele, esse dá muito fruto, pois, sem mim, nada podeis fazer. Se alguém não perma- nece em mim, é lançado fora, como um ramo, e seca. Esses são apanhados e lançados ao fogo, e ardem. Se permanecerdes em mim e as minhas palavras permanecerem em vós, pedi o que quiserdes, e as- sim vos acontecerá. Nisto se manifesta a glória do meu Pai: em que deis muito fruto e vos comporteis como meus discípulos.

Meditação I

Senhor Jesus, manso e humilde de Coração, dis- II posto a acolher na tua imensa bondade aqueles que em Ti procuram refúgio. Muitas vezes andamos III perdidos nas nossas ocupações, nas dificuldades da IV nossa vida e pensamos que podemos resolver tudo apenas com as nossas forças. Muitas vezes procu- V ramos a alegria e a paz nas coisas do mundo, e an- VI damos iludidos, porque não Te buscamos a Ti. Que- remos hoje pedir-Te a graça de sermos verdadeiros 231 discípulos, atentos à tua palavra, para sermos cada vez mais anunciadores do teu amor no meio da hu- manidade. Tal como a videira não produz fruto se não estiver unida à vide, assim também nós não le- varemos aos outros a consolação do teu amor se a Ti não estivermos unidos de todo o coração. Nós Te pedimos, Senhor Jesus: torna o nosso coração se- melhante ao teu! VI - ORAÇÕES E PRÁTICAS DEVOCIONAIS DA TRADIÇÃO DO AO| PÁG. 232 ensine asermansos ehumildesdecoração, oremos. para quelhesrevele asverdades maisprofundas eos encontrem emJesus oseualívio, oremos. pelos queandamcansados eoprimidos, para que elas oscidadãossesintamlivres, oremos. poderosas respeitem asmaisfracas, eemtodas Deus éamorepermaneceemquemOama, oremos. que anuncie atodosaquelesqueescutam dizendo (ou:cantando): como Cordeiro, oremos aoPai, queestánosCéus, o amorinfinitode Jesus, queSeentregou pornós 4. Por aqueles aquemJesus chama ‘pequeninos’, 3. Pelos pecadores, pelosdoentes, pelospobres e 2. Pelas naçõesdaterra inteira, para queasmais 1. Pela Igreja, nascidadoCoração deCristo, para Ou: Reidebondade, tendecompaixãodenós. Ou: Mostrai-nos, Senhor, ovosso amor. R. Ouvi-nos, Senhor. P.: Irmãoseirmãscaríssimos: Ao recordarmos Oração dosfiéis Cântico Silêncio 5. Pelos membros do Apostolado da Oração e por todos quantos participam na Rede Mundial de Ora- ção do Papa, para que deem testemunho da Igreja orante e do amor de Cristo por todos os homens, oremos.

6. Pelas intenções que o santo Padre confia à sua Rede Mundial de Oração neste mês de .....: (dizer as intenções desse mês)

P.: Senhor, nosso Deus, que pela vida e pelas pala- vras de Jesus nos ensinais a sermos seus discípulos, fazei-nos encontrar o repouso que buscamos no seu I

Coração manso e humilde. Por Cristo, Senhor nosso. II

Ladainha do Coração de Jesus III

IV P./ Senhor, tende piedade de nós. R./ Senhor, tende piedade de nós. V P./ Cristo, tende piedade de nós. VI R./ Cristo, tende piedade de nós. P./ Senhor, tende piedade de nós. 233 R./ Senhor, tende piedade de nós. P./ Cristo, ouvi-nos. R./ Cristo, ouvi-nos. P./ Cristo, atendei-nos. R./ Cristo, atendei-nos.

Deus Pai, nosso Criador, tende piedade de nós (repete-se a cada invocação) VI - ORAÇÕES E PRÁTICAS DEVOCIONAIS DA TRADIÇÃO DO AO| PÁG. 234 Coração deJesus, portasempre aberta, Coração deJesus, caminho, verdade evida, Coração deJesus, BomPastor, Coração deJesus, nossoamigoverdadeiro eperfeito Coração deJesus, SumoeEternoSacerdote, Coração deJesus, luzefundamentodivino da Coração de Jesus, presente e operante nos santos Coração deJesus, óleoquecura, Coração deJesus, cálicedealegria, Coração deJesus, pãovivo, Coração deJesus, purificaçãomística, Coração deJesus, queSeofereceu pornós, Coração deJesus, quenosamouatéaofim, Coração deJesus, quenosamouprimeiro, Coração deJesus, fonteviva doEspíritoSanto, Coração deJesus, plenitudedaPalavra subsistente, Coração deJesus, marca dasubstânciadivina, Coração deJesus, imagem doPai, Coração deJesus, filhodeDeusvivo, Santíssima Trindade, quesoisumsóDeus, Deus Espirito, nossoSantificador, Deus Filho, nossoRedentor, os deperto, vossa Igreja, mistérios, Coração de Jesus, riqueza infinita, Coração de Jesus, consolo dosaflitos, Coração deJesus, auxíliodospobres, Coração deJesus, misericórdia para e osdelonge Coração deJesus, confiançaindestrutível, Coração de Jesus, verdadeira sabedoria, Coração de Jesus, bênção superabundante, Coração de Jesus, glória e orgulho para nós, pecadores, Coração de Jesus, sustento dos débeis, Coração de Jesus, fonte infinita de compaixão, Coração de Jesus, cantado pelos anjos, Coração de Jesus, pré-anunciado pelos profetas, Coração de Jesus, anunciado pelos evangelistas, Coração de Jesus, força dos mártires, Coração de Jesus, sabedoria dos doutores, Coração de Jesus, glória dos sacerdotes, Coração de Jesus, pureza das virgens, I

Coração de Jesus, coroa dos vossos santos, II

Jesus manso e humilde de coração, III

Fazei o nosso coração semelhante ao vosso. IV

Oração V P.: Deus, nosso Pai, concedei aos vossos fiéis que VI se revistam das virtudes e dos sentimentos do Co- ração de Cristo, vosso Filho, para que, transforma- 235 dos à sua imagem, se tornem participantes da re- denção eterna. Por Cristo, nosso Senhor.

Consagração ao Coração de Jesus Jesus, eu me consagro ao teu Coração. Consagro-Te a minha liberdade, a minha memória, a minha inte- ligência, a minha vontade e todo o meu ser. Consa­ gro-Te os meus pensamentos, as minhas palavras e obras, os meus sofrimentos e trabalhos, as minhas VI - ORAÇÕES E PRÁTICAS DEVOCIONAIS DA TRADIÇÃO DO AO| PÁG. 236 e doteuamor. vida seja, para sempre, umreflexo datuabondade misericórdia, humildadeeconfiança, equeaminha todos osteusfilhos. aomundogam apazejustiçaquequeres para concretose damissãoIgreja aosgestos quetra- unir a minha oração pelos desafiosda humanidade laborando nadifusãodasuamissão. Proponho-me ao serviçodaRedeMundialdeOração doPapa, co- sejo deserviratuaIgreja como Apóstolo daOração, sam datuagraça. minha vidasirva para obemdosquemaispreci- especialmente osquemaissofrem. Queaofertada -me àtuaIgreja eatodososmeusirmãosirmãs, meus diaspelasintençõesdoSantoPadre, unindo- o teuCorpo. Eucaristia, naqualescutoatuaPalavra ecomungo e dacelebração dossacramentos, emparticulara do arelação contigo, quenasceda oração pessoal unido a Ti todososdiasdaminhavida, cultivan- nada maisquea Ti eatuavontade para aminhavida. te Te consagro estemeucoração, para quenãoame esperanças, consolaçõesealegrias. Principalmen- Cântico final (se houver exposição doSantíssimo) Bênção doSantíssimo Torna omeu coração semelhante aoteu, cheio de Acolhe estaminhaconsagração, sinaldomeude- Proponho oferecer aminhavidaecadaumdos Aceita, Jesus, omeudesejodeviver totalmente Primeiros sábados

Maria Santíssima, como colaboradora privilegiada na Redenção, não é insensível às ofensas dirigidas a seu Divino Filho, nem às que diretamente a ultra- jam. «A Mãe dolorosa, que estava junto à cruz», em várias manifestações dos últimos tempos, de um modo particular em Fátima, veio pedir reparação ao seu Imaculado Coração. Tal é o fim da devoção dos Cinco Primeiros Sábados, a cuja prática Nossa Se- nhora prometeu «todas as graças necessárias para a salvação». Esta devoção foi aprovada e tornada I pública pelo Bispo de Leiria, na Peregrinação de 13 II de setembro de 1939, em Fátima. Para desagravar o seu «Imaculado Coração cerca- III do de espinhos que os homens ingratos a todos os IV momentos lhe cravam com blasfémias e ingrati- dões», pediu Nossa Senhora, nos primeiros sábados V de, ao menos, cinco meses seguidos: VI

a) Recitação do Terço; 237 b) Comunhão reparadora, em estado de graça; c) Um quarto de hora de meditação sobre um ou mais mistérios do rosário. (Estas três práticas de piedade devem fazer-se no próprio pri- meiro sábado, a não ser que algum sacerdote, por justos motivos, permita que se façam no domingo seguinte). d) Confissão, em qualquer dia antes ou depois do primeiro sábado, contanto que se faça a comunhão em estado de graça e que para cada primeiro sá- VI - ORAÇÕES E PRÁTICAS DEVOCIONAIS DA TRADIÇÃO DO AO| PÁG. 238 o ImaculadoCoração deMaria). e nãovenham acondenar-se eternamente. ofender aNosso Senhor, quetemsido tão ofendido, dores, para queamemdeveras aJesus edeixem de obterá agraça denos emendarmos. de tantospecados, porque umapalavra vossa nos mens ingratos pagam asfinezasdo vosso amor. orações esacrifícios, ospecadoscomqueho- homens vos causam e para reparar, com as nossas vos mostrar apenaquesentimospeladoros ção Imaculado, prostramo-nos aosvossos péspara mãe epromover umaternadevoção aovosso Cora- de espinhos, pelospecadosdahumanidade. com amargura asdores dovosso Coração cercado Ato dedesagravo os mistériosdorosário; bado hajaumaconfissãocomintenção reparadora. Apressai, Senhora, aconversão dospobres peca- Para elesepara nósalcançaideJesus operdão Movidos peloardente desejodevos amarcomo c) Ato deconsagração edesagravo. Virgem Santíssima, nossaMãequerida, sentimos b) Prática oumeditaçãodeumquartohora sobre a) Missasolenizadaecomunhão; Pode seguir-se oesquemaseguinte: (Em todasestaspráticas deve ter-se aintençãodedesagravar Lançai sobre nós os vossos olhos misericordiosos para doravante amarmos a Deus de todo o coração e O gozarmos para sempre no Céu. Assim seja.

Ato de consagração dialogado

Virgem Senhora de Nazaré, Mãe de Deus e Mãe nossa, queremos tributar-Vos o nosso amor de filhos e dizer-Vos que vos amamos e queremos amar-vos cada vez mais. Somos vossos, ó Mãe!

Rainha e Senhora de todas as coisas, Mãe de Cris- I to, Rei Universal, consagramo-Vos tudo o que temos II e somos com o desejo sincero de sermos cada vez mais pertença vossa. III

Somos vossos, ó Mãe! IV

Vosso Filho, antes de morrer por nosso amor, en- V tregou-vos ao apóstolo João e nele a toda a Huma- VI nidade; por isso, hoje, queremos acolher-vos como dom de Deus e escolher-vos como protetora e guia. 239 Somos vossos, ó Mãe!

Sabemos que, através dos séculos, vós, Virgem Imaculada, fostes sempre exemplo de virtude e santidade, e caminho seguro para o Evangelho e para Jesus Cristo; por isso, queremos guiar-nos só por vós e pela vossa maternal proteção. Somos vossos, ó Mãe! VI - ORAÇÕES E PRÁTICAS DEVOCIONAIS DA TRADIÇÃO DO AO| PÁG. 240 queremos renovar a nossa fazem sofrer ovosso ImaculadoCoração; porisso, vontade destroem oCorpoMísticodevosso Filho e os pecados e ofensas dos homens contra Deus e sua quilidade daordem, sedilateoreino deDeus. -lhe sobretudo apazdasalmas, para que, natran- na verdade, najustiça, nacaridade deCristo. Dai- pelo ódio, vítimadassuaspróprias iniquidades... todo omundo, dilacerado pordiscórdias, agitado modos atribulada e perseguida, mas também com so Jesus, quesofre emtantaspartes, eportantos em uniãocomaSantaIgreja, Corpomísticodovos- Imaculado, nosconfiamoseconsagramos, nãosó das as batalhas de Deus! A vós, ao vosso Coração tãos, refúgiodo género humano, vencedora deto- de Maria Ato deConsagração aoImaculadoCoração leis pornósepelanossapátria. portuguesa; porisso, vos pedimos, Senhora, queve- com quetendesolhadopara nósepara todaaterra emenda danossavida. Como vossos filhos, sentimoscompesarquanto Rainha dapaz, rogai pornósedaiao mundo apaz Somos vossos, óMãe! Temos consciênciaperfeitadoamorecarinho Somos vossos, óMãe! Rainha doSantíssimoRosário, auxíliodoscris- fidelidade e prometer Estendei a vossa proteção aos infiéis e a quantos jazem nas sombras da morte; fazei que lhes raie o Sol da verdade... Aos povos separados pelo erro ou pela discórdia, nomeadamente àqueles que Vos professam singu- lar devoção, dai-lhes a paz e reconduzi-os ao único redil de Cristo sob o único e verdadeiro Pastor. Obtende liberdade completa à Igreja santa de Deus; defendei-a dos seus inimigos; fomentai nos fiéis o amor da pureza, a prática da vida cristã e o zelo apostólico... Como ao Coração do vosso Jesus foram consa- grados a Igreja e todo o género humano, para que, I colocando n’Ele todas as suas esperanças, lhes II fosse sinal e penhor de vitória e salvação, assim nós também nos consagramos perpetuamente a III vós, ao vosso Coração Imaculado, ó Mãe nossa e IV Rainha do Mundo; para que o vosso amor e patro- cínio apressem o triunfo do reino de Deus, e to- V das as nações, pacificadas entre si e com Deus, Vos VI proclamem bem-aventurada; e convosco entoem, de um extremo ao outro da terra, o eterno Magnifi- 241 cat de glória, amor, reconhecimento ao Coração de Jesus, onde só podem encontrar a Verdade, a Vida e a Paz. Assim seja. (Pio XII) VI - ORAÇÕES E PRÁTICAS DEVOCIONAIS DA TRADIÇÃO DO AO| PÁG. 242 Jesus comumafórmula poreleredigida. fizesse umsoleneatodedesagravo ao Coração de ocasião, esteúltimoPapa ordenou quenessediase XI elevaram asuacategoria litúrgica. Nessamesma ça atodaIgreja. Em1889, LeãoXIIIe, em1929, Pio anos maistarde, em1856, PioIXestendeuestagra- concedeu esta festa ao nosso país em 1779. Só 77 nações distinguidascomesteprivilégio, poisPio VI Coração deJesus. Portugal foiumadasprimeiras depois, a países inteiros, acelebração dafestaao de 1697, concedeuavários institutosreligiosose, parar asofensasquerecebe naSagrada Eucaristia». nesse dia e fazendo um ato de desagravo para re- particular em honra do meu Coração, comungando Santíssimo Sacramento seja dedicadaaumafesta Festa: d) LadainhadoCoração deJesus. c) AtodeConsagração. b) Hora Santaou Vésperas. a) MissaeComunhão reparadora. Recomenda-se oprograma seguinte: A SantaSéfezseuestepedidodoSenhor. A partir Foi opróprio Jesus quemarcou odiaeprograma desta «Peço queasexta-feira aseguir àoitava do Festa doCoração deJesus Festa do Cristo Rei

Poder-se-á seguir um programa parecido com o da Fes- ta do Coração de Jesus ou das primeiras sextas-feiras. Recomenda-se a recitação do Ato de Consagração de Pio XI (a seguir).

Ato de Consagração

Senhor Jesus, Redentor do género humano, lançai sobre nós, que humildemente estamos prostrados diante do vosso altar, os vossos olhares. Nós somos I e queremos ser vossos; e, a fim de podermos viver II mais intimamente unidos a vós, cada um de nós se consagra neste dia ao vosso santíssimo Coração. III

Muitos há que nunca Vos conheceram; muitos, des- IV prezando os vossos mandamentos, vos renegaram. Jesus, tende piedade de uns e de outros, e trazei-os V todos ao vosso sagrado Coração. Senhor, sede rei não VI somente dos fiéis que nunca de Vós se afastaram, mas também dos filhos pródigos que Vos abando- 243 naram; fazei que tornem quanto antes à casa pater- na para não perecerem de miséria e de fome. Sede rei dos que vivem iludidos no erro ou separados de Vós pela discórdia; trazei-os ao porto da verdade e à unidade da fé, a fim de que em breve haja um só rebanho e um só pastor. Senhor, conservai incólume a vossa Igreja e dai-lhe uma liberdade segura e sem obstáculos: concedei ordem e paz a todos os povos; fazei que de um pólo ao outro do mundo ressoe uma VI - ORAÇÕES E PRÁTICAS DEVOCIONAIS DA TRADIÇÃO DO AO| PÁG. 244 salvação; honra eglóriaaEleportodososséculos. Ámen. só voz: (RedigidopeloPapa PioXIpara aFesta deCristoRei. Louvado seja o Coração Divino, que nos trouxe a Serve também para asprimeiras sextas-feiras). 4. OUTRAS ORAÇÕES AO CORAÇÃO DE JESUS

Oração de abandono

Senhor, eis aqui uma alma que está no mundo para exercer a vossa admirável misericórdia e para a fazer brilhar em presença do Céu e da terra. Glorifiquem-Vos outros, patenteando a força da vossa graça pela sua fidelidade e constância; certi- fiquem-se de que sois bom e generoso para aqueles que Vos são fiéis; quanto a mim, glorificar-Vos-ei dando a conhecer a vossa bondade infinita para I com os pecadores, e como a vossa misericórdia II está acima de toda a malícia, proclamando que nada é capaz de a esgotar e que não há recaída, por III mais torpe e ignominiosa que seja, que deva levar IV um pecador a desesperar do perdão. Eu tenho-Vos ofendido gravemente, ó meu amável Redentor; mas V seria ainda pior se Vos fizesse o horrível ultraje de VI pensar que a bondade do vosso Coração não basta para me perdoar. 245 Debalde o vosso e meu inimigo me armará to- dos os dias novas ciladas; far-me-á perder tudo, menos a confiança que tenho na vossa misericór- dia. Ainda que tivesse caído cem vezes, ainda que meus crimes fossem cem vezes mais horrendos do que são, ainda assim continuaria a confiar em Vós. (São Cláudio de la Colombière) VI - ORAÇÕES E PRÁTICAS DEVOCIONAIS DA TRADIÇÃO DO AO| PÁG. 246 que maisnecessitamos. mos dizer-Vos, comfilialconfiança: vosso amor. nossas faltaspassadasepara nosconsagrarmos ao agradecermos osvossos benefícios, repararmos as diante de Vós, para Vos adorarmos, louvarmos, (Fundada naspromessas doCoração deJesus) Oração daconfiança fúgio segurofúgio navidaesobretudo nahora damorte. nossas aflições. sas aflições. Sagrado Coração deJesus, eutenho Senhor, Vós assimoprometestes. Lembrados dasvossas divinas promessas, ousa- 1. Coração Santíssimo de Jesus, dai-nos asgraças Coração Santíssimode Jesus, eis-nosprostrados Sagrado Coração deJesus, eutenho Senhor, Vós assim oprometestes. 4. Coração SantíssimodeJesus, sedeonossore- Sagrado Coração deJesus, eutenho Senhor, Vós assim oprometestes. 3. Coração SantíssimodeJesus, consolai-nosem Sagrado Coração deJesus, eutenho Senhor, Vós assimoprometestes. 2. Coração SantíssimodeJesus, daiapazàsnos- confiança confiança confiança confiança em Vós! em Vós! em Vós! em Vós! 5. Coração Santíssimo de Jesus, derramai abun- dantes bênçãos sobre todas as nossas empresas. Senhor, Vós assim o prometestes. Sagrado Coração de Jesus, eu tenho confiançaem Vós!

6. Coração Santíssimo de Jesus, fazei que os pe- cadores encontrem em vosso Coração uma fonte e um oceano infinito de misericórdia. Senhor, Vós assim o prometestes. Sagrado Coração de Jesus, eu tenho confiançaem Vós!

7. Coração Santíssimo de Jesus, mudai as almas tíbias em fervorosas. Senhor, Vós assim o prometestes. I

Sagrado Coração de Jesus, eu tenho confiançaem Vós! II

8. Coração Santíssimo de Jesus, elevai em pouco tem- III po as almas fervorosas a um alto grau de perfeição. IV Senhor, Vós assim o prometestes. Sagrado Coração de Jesus, eu tenho confiançaem Vós! V VI 9. Coração Santíssimo de Jesus, abençoai as ha- bitações em que estiver exposta e for venerada a 247 imagem do vosso Sagrado Coração. Senhor, Vós assim o prometestes. Sagrado Coração de Jesus, eu tenho confiançaem Vós!

10. Coração Santíssimo de Jesus, dai aos que tra- balham na salvação das almas o dom de abrandar os corações mais endurecidos. Senhor, Vós assim o prometestes. Sagrado Coração de Jesus, eu tenho confiançaem Vós! VI - ORAÇÕES E PRÁTICAS DEVOCIONAIS DA TRADIÇÃO DO AO| PÁG. 248 nomes daspessoasquepropagarem estadevoção. Coração divino, dondejamaissejamriscados, os -se-vos-á!», eubato, procuro epeçoagraça... pedi erecebereis, procurai eachareis, bateieabrir- Oração sobre aspromessas deCristo e onossorefúgionahora damorte. Assim seja. das as nossas faltas, a segurança da nossa salvação remédio danossainconstância, oreparador deto- da nossa vida, o sustentáculo da nossa fraqueza, o sede, pois, o único objeto do nosso amor, o protetor sa fraqueza, mastudoesperamos davossa bondade: toda anossaconfiança, poistudotememosdanos- ORAÇÃO dos Sacramentos. -feiras a graça da penitência final e da receção rem seminterrupçãoemnove primeiras sextas- todo-poderoso, concedeiàqueles quecomunga- Sagrado Coração deJesus, eutenho Senhor, Vós assimoprometestes. 11. Coração Santíssimode Jesus, gravai novosso Sagrado Coração deJesus, euespero e Coração SantíssimodeJesus, em Vós colocamos Sagrado Coração deJesus, eutenho Senhor, Vós assimoprometestes. 1. ÓJesus, quedissestes:«emverdade vos digo, 12. Coração Santíssimode Jesus, pelovosso amor

confiança confiança confio em Vós. em Vós! em Vós! 2. Ó Jesus, que dissestes: «em verdade vos digo, tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, Ele vo- -lo concederá!», é ao vosso Pai e em vosso nome que peço a graça... Sagrado Coração de Jesus, eu espero e confioem Vós.

3. Ó Jesus, que dissestes: «em verdade vos digo, passarão o Céu e a terra, mas as minhas palavras não hão de passar!», confiado na infalibilidade das vossas palavras, eu peço a graça... Sagrado Coração de Jesus, eu espero e confioem Vós.

Ó Sagrado Coração de Jesus, a quem é impossível I não ter compaixão dos infelizes, tende piedade de II nós, pobres pecadores, e concedei-nos as graças que Vos pedimos por meio do Coração Imaculado III de Maria, vossa e nossa terna Mãe. IV S. José, rogai por nós. Salve, Rainha. V (Santo Padre Pio de Pietrelcina) VI

Jaculatória da confiança 249

Sagrado Coração de Jesus, eu tenho confiança em Vós;

ou

Sagrado Coração de Jesus, em Vós confio. VI - ORAÇÕES E PRÁTICAS DEVOCIONAIS DA TRADIÇÃO DO AO| PÁG. 250 quero tudo, aceitotudo, detudo Vos façosacrifí- veis, eaelesmesubmeto comtodaaminhaalma: para sossego etranquilidade domeucoração. desde todaaeternidade. Issomebasta, ómeuDeus, me sucederá quenãotenhasidoprevisto por Vós me acontecerá nestedia! Tudo oqueseiénada Ato deabandonoàProvidência divina assim navidacomomorte. que maisnecessitar. Sereis o meu refúgio seguro, nha confiançaem Vós. Dar-me-eis todasasgraças dor algumasemlogo aconsolar... ponhotodaami- Vós que nunca repelistes ninguém e não podeis ver que estaisnoSacrário, quemevedes emeamais... ORAÇÃO em Vós. -me a Vós, ficocertodo vosso acolhimento. e depois fazeioqueElevos disser. ção... oquesedesejar). ções Novena daconfiança Adoro osvossos desígnioseternoseimpenetrá- Ó Jesus, Vós quetendesum coração tãobom... Vós Sagrado Coração deJesus, eutenho Ó Jesus, conto convosco, confio em Vós, abandono- Olhai para elasepara ovosso SantíssimoCoração Ó meuDeus, eudesconheço porcompletooque Ó Jesus, confio ao vosso Coração asminhasinten- (tal pessoa... talintenção... talaflição... talsitua- confiança cio. Uno este sacrifício ao do vosso querido Filho, meu Salvador, pedindo-Vos, pelo seu Sacratíssimo Coração e pelos seus merecimentos infinitos, a paciência nos sofrimentos e a perfeita submissão que Vos é devida, em tudo o que quiserdes e per- mitirdes. Ámen. (S. José Pignatelli)

Súplica

Meu Senhor e meu Deus! Tirai de mim o que me afasta de Vós. Meu Senhor e meu Deus! Dai-me tudo o que me pode unir a Vós. Meu Senhor e meu Deus! I

Desprendei-me de mim e fazei-me todo vosso. II (S. Nicolau de Flue) III

Súplicas ao Coração de Cristo IV

Confiados na bondade do Coração de Cristo, sacrá- V rio das riquezas divinas, invoquemos humildemen- VI te a misericórdia de Deus Pai, dizendo: Senhor, venha a nós o vosso Reino. 251

1. Para que a Igreja de Deus, nascida do Coração de Cristo, anuncie a todos os povos o amor de Deus pelos homens, oremos irmãos.

2. Para que todas as nações e povos da Terra des- cubram em Jesus Cristo o próprio Coração do mun- do, oremos irmãos. VI - ORAÇÕES E PRÁTICAS DEVOCIONAIS DA TRADIÇÃO DO AO| PÁG. 252 tão encerradas em Vós e que assim eu seja mártir na minhaalma asondasdeternura infinitaquees- me consumais semcessar, deixando transbordar ao vosso amormisericordioso, suplicando-Vos que to amor, eumeofereço comovítimadeholocausto Oferecimento aoamormisericordioso deJesus na unidadedoEspíritoSanto. Ámen. pedimos, por vosso Filho, nosso Senhor Jesus Cristo, de todaasantidadeevirtude. Nós Vo-lo vez melhoroCoração devosso Filho Jesus, modelo amor infinito, concedei-nosagraça deimitarcada mos irmãos. outros àmedidadoCoração deJesus Cristo, ore- fonte deunidadeeconcórdia, oremos irmãos. o maiordomdoCoração deCristo, eavivam como da Vida, oremos irmãos. encontrem emJesus CristooCaminhoda Verdade e oremos irmãos. midos seacolhamaoCoração deCristoSalvador, Para quetodaaminhavida sejaumatodeperfei- Deus todo-poderoso, quesoisPai enosamaiscom 6. Para quecadaumdenósaquipresente ameos 5. Para queosfiéisamemcada vez maisaEucaristia, 4. Para queospecadores, indiferentes etentados, 3. Para quetodososandamcansadoseopri- do vosso amor, ó meu Deus. Que este martírio, de- pois de me ter preparado para comparecer diante de Vós, me faça enfim morrer, e que a minha alma voe sem demora ao eterno abraço do vosso miseri- cordioso amor! Eu quero, ó meu bem amado, renovar-Vos esta oferta um número infinito de vezes, em cada palpi- tação do meu coração, até que, dissipadas as som- bras desta vida, eu Vos possa dizer e repetir o meu amor, face a face, por toda a eternidade. Assim seja. (Santa Teresa do Menino Jesus).

Ladainha do Coração de Jesus I

II Senhor, tende piedade de nós. Jesus Cristo, tende piedade de nós. III

Senhor, tende piedade de nós. IV Jesus Cristo, ouvi-nos. Jesus Cristo, atendei-nos. V VI (às invocações seguintes responde-se: tende piedade de nós) 253

Pai do Céu, que sois Deus, Filho Redentor do mundo, que sois Deus, Espírito Santo, que sois Deus, Santíssima Trindade, que sois um só Deus,

Coração de Jesus, Filho do eterno Pai, Coração de Jesus, formado pelo Espírito Santo no seio da Virgem mãe, VI - ORAÇÕES E PRÁTICAS DEVOCIONAIS DA TRADIÇÃO DO AO| PÁG. 254 Coração de Jesus, trespassado pelalança, Coração de Jesus, obediente atéàmorte, nossos crimes, Coração deJesus, triturado dedor porcausados Coração deJesus, saturado deopróbrios, Coração deJesus, propiciação pelosnossospecados, Coração deJesus, fontedevidaesantidade, os quevos invocam, Coração deJesus, ricopara comtodos Coração deJesus, pacienteedemuita misericórdia, Coração deJesus, oDesejadodascolinaseternas, recebemos, Coração deJesus, decujaplenitudetodosnós complacência, Coração deJesus, emqueoPai pôstodaasua da divindade, Coração deJesus, ondehabita todaaplenitude tesouros dasabedoria edaciência, Coração deJesus, emqueseencerram todosos Coração deJesus, Reiecentro detodososcorações, Coração deJesus, digníssimodetodoolouvor, Coração deJesus, abismo detodasasvirtudes, Coração deJesus, cheio debondadeeamor, Coração deJesus, recetáculo dejustiçaeamor, Coração deJesus, fornalhaardente decaridade, Coração deJesus, casadeDeuseportadoCéu, Coração deJesus, tabernáculo do Altíssimo, Coração deJesus, templosantodeDeus, Coração deJesus, demajestadeinfinita, ao Verbo deDeus, Coração deJesus, unidosubstancialmente Coração de Jesus, fonte de toda a consolação, Coração de Jesus, nossa vida e ressurreição, Coração de Jesus, nossa paz e reconciliação, Coração de Jesus, vítima dos pecadores, Coração de Jesus, salvação dos que esperam em Vós, Coração de Jesus, esperança dos que morrem em Vós, Coração de Jesus, delícias de todos os Santos,

Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, Perdoai-nos, Senhor. Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, Ouvi-nos, Senhor. I

Cordeiro de Deus que tirais o pecado do mundo, II Tende piedade de nós. III

V./ Jesus, manso e humilde de coração. IV R./ Fazei o nosso coração semelhante ao vosso. V

Oremos: VI Todo-poderoso e eterno Deus, ponde os olhos no Coração do vosso muito amado Filho; atendei aos 255 louvores e satisfações que Ele, em nome dos peca- dores, Vos oferece e, deixando-Vos aplacar, perdoai benignamente aos que imploram a vossa miseri- córdia, em nome deste mesmo vosso Filho, Jesus Cristo, que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo. Ámen. VI - ORAÇÕES E PRÁTICAS DEVOCIONAIS DA TRADIÇÃO DO AO| PÁG. 256 Coração de Jesus, que nosamouprimeiro, Coração de Jesus, fonte viva do EspíritoSanto, Coração deJesus, plenitudedaPalavra subsistente, Coração deJesus, marca dasubstância divina, Coração deJesus, imagemdoPai, Coração deJesus, filhodeDeusvivo, Santíssima Trindade, quesoisumsóDeus, Deus Espírito, nossoSantificador, Deus Filho, nossoRedentor, tende piedadedenós(repete-se acadainvocação) Deus Pai, nossoCriador, R./ Cristo, atendei-nos. P./ Cristo, atendei-nos. R./ Cristo, ouvi-nos. P./ Cristo, ouvi-nos. R./ Senhor, tende piedadedenós. P./ Senhor, tende piedadedenós. R./ Cristo, tendepiedade de nós. P./ Cristo, tendepiedadedenós. R./ Senhor, tende piedadedenós. P./ Senhor, tende piedadedenós. Outras ladainhasaoCoração deJesus I Coração de Jesus, que nos amou até ao fim, Coração de Jesus, que Se ofereceu por nós, Coração de Jesus, purificação mística, Coração de Jesus, pão vivo. Coração de Jesus, cálice de alegria, Coração de Jesus, óleo que cura, Coração de Jesus, presente e operante nos santos mistérios, Coração de Jesus, luz e fundamento divino da vossa Igreja, Coração de Jesus, Sumo e Eterno Sacerdote, Coração de Jesus, nosso amigo verdadeiro e perfeito, Coração de Jesus, Bom Pastor, I

Coração de Jesus, caminho, verdade e vida, II Coração de Jesus, porta sempre aberta, Coração de Jesus, confiança indestrutível, III

Coração de Jesus, misericórdia para os de longe IV e os de perto, Coração de Jesus, auxílio dos pobres, V Coração de Jesus, consolo dos aflitos, VI Coração de Jesus, riqueza infinita, Coração de Jesus, verdadeira sabedoria, 257 Coração de Jesus, bênção superabundante, Coração de Jesus, glória e orgulho para nós, pecadores, Coração de Jesus, sustento dos débeis, Coração de Jesus, fonte infinita de compaixão, Coração de Jesus, cantado pelos anjos, Coração de Jesus, preanunciado pelos profetas, Coração de Jesus, anunciado pelos evangelistas, Coração de Jesus, força dos mártires, VI - ORAÇÕES E PRÁTICAS DEVOCIONAIS DA TRADIÇÃO DO AO| PÁG. 258 Coração de Jesus, centro efimdasEscrituras, Coração de Jesus, final daRevelação, Coração deJesus, manifestonotempo, Santíssima Trindade, quesoisumsóDeus, Deus Espírito, nossoSantificador, Deus Filho, nossoRedentor, Tende piedadede nós(repete-se acadainvocação) Deus Pai, nossoCriador, R./ Cristoatendei-nos. P./ Cristoatendei-nos. R./ Cristo, ouvi-nos. P./ Cristo, ouvi-nos. R./ Senhor, tendepiedadedenós P./ Senhor, tendepiedadedenós R./ Cristo, tendepiedadedenós. P./ Cristo, tendepiedadedenós. R./ Senhor, tendepiedadedenós. P./ Senhor, tende piedadedenós. R./ Fazei onossocoração semelhanteaovosso. V./ Jesus mansoehumildedecoração, Coração deJesus, coroa dosvossos santos, Coração deJesus, pureza dasvirgens, Coração deJesus, glóriadossacerdotes, Coração deJesus, sabedoria dosdoutores, II Coração de Jesus, artífice da Redenção humana, Coração de Jesus, plenitude de todo o dom, Coração de Jesus, vindo ao mundo, Coração de Jesus, rejeitado por todos nós, Coração de Jesus, recusado pelos homens, Coração de Jesus, traído pelos seus amigos, Coração de Jesus, que Se deixa abandonar, Coração de Jesus, que Se deixa humilhar por nós, Coração de Jesus, que Se deixa ferir por nós, Coração de Jesus, que acolhe a nossa rejeição, Coração de Jesus, que extingue em Si o nosso ódio, Coração de Jesus, feito pecado por nós, Coração de Jesus, que por nós conheceu um I sofrimento sem fim, II Coração de Jesus, de amor tão grande como a sua dor, Coração de Jesus, que nos reconciliou com o Pai, III

Coração de Jesus, que nos perdoou os pecados, IV Coração de Jesus, donde escorrem sangue e água viva, V Coração de Jesus, cujas águas curam aonde quer VI que cheguem, Coração de Jesus, cujo Espírito revivifica, 259 Coração de Jesus, cordeiro imolado, Coração de Jesus, centro da história, Coração de Jesus, adorado por toda a criação, Coração de Jesus, cantado pelos seus santos, Coração de Jesus, exaltado pelos anjos Coração de Jesus, eternamente vivo no meio de nós, Coração de Jesus, nosso intercessor junto do Pai, Coração de Jesus, nossa alegria que nada nos tira, VI - ORAÇÕES E PRÁTICAS DEVOCIONAIS DA TRADIÇÃO DO AO| PÁG. 260 eterna. Por Cristo, nossoSenhor. sua imagem, setornem participantesdaredenção de Cristo, vosso Filho, para que, transformados à vistam dasvirtudesedos sentimentos doCoração Deus, nossoPai, concedeiaosvossos fiéisquese re- ta reparação. Por Cristo, nossoSenhor. da nossafé, possamoscumprirodever deumajus- vosso amor, fazeique, rendendo-Lhe ahomenagem vosso Filho nosabristes ostesouros infinitosdo Oh Deus, fontedetodoobem, quenoCoração do Cristo, nossoSenhor. possamos obter a abundância dos seusdons. Por amor pornós, fazeiquedestafonteinesgotável dais aalegria decelebrar asgrandes obras do seu Oh Pai, quenoCoração devosso amadoFilho nos Oremos (três orações): R./ Fazei onossocoração semelhanteaovosso. V./ Jesus mansoehumildedecoração, eternidade, Coração deJesus, nossoprémio hojeena Coração deJesus, nossasantificaçãoe redenção, Coração deJesus, nossajustiça, nos separa, Coração deJesus, nossaesperança, daqualnada * * de Oração doPapa...... Explicação dologótipointernacional daRedeMundial Oração?...... Em resumo, oquefazedistingue Apóstolo da depertença...... 2. 1. Como fazerpartedaRedeMundialdeOração doPapa? 24 A REDEMUNDIALDEORAÇÃO DOPAPA...... 4. 3. 2. 1. Apresentação ......

Conclusão...... Introdução...... 2.3 –Consagração como Apóstolos da Oração...... 2.2 –Compromisso comunitário...... 2.1 –Compromisso pessoal O modomaiscomprometido ecommaiorsentido da Oração...... A atualidadedasraízes históricasdo Apostolado Breve apontamentohistórico...... O modomaiscomum...... A HISTÓRIA DO APOSTOLADO DA ORAÇÃO IDENTIDADE EMISSÃO ÍNDICE II I ......

28 39 37 35 31 27 23 19 17 10 9 5 24

PÁG. 261 PÁG. 262 9. 8. 7. 6. 5. 4. 3. 2. 1. Como usaroCaminhodoCoração...... Conclusão –Ser Apóstolo da Oração...... 8. 7. 6. 5. 4. 3. 2. 1. vado entusiasmo...... Introdução –O Apostolado daOração vive umreno- necessidades da humanidade...... Uma rede mundial deoração eserviço atentaàs Uma missãode compaixão Damos avidacomEle...... Habitados porCristo...... Chama-nos seusamigos...... O Pai envia oseuFilho para salvar...... Num mundo semcoração...... O coração humano, inquietoenecessitado...... No princípioestáoamor...... A devoção aoCoração deJesus...... A primeira sexta-feira domês...... O quesignifica rezar pelasintençõesdo Papa?...... As intençõesdoPapa...... A RedeMundialdeOração doPapa...... Rever odiacomJesus...... Rezar aolongododia...... Oferecer odiapelamanhã...... TEMAS DE APROFUNDAMENTO DA PROPOSTA DO APOSTOLADO DA ORAÇÃO O CAMINHO DOCORAÇÃO IV III ......

158 144 131 117 105 92 80 68 65 61 58 56 54 52 50 49 47 45 45 173 3. 2. 1. 4. 3. 2. Oração...... 1. Primeiras sextas-feiras...... Primeiras quintas-feiras...... Práticas tradicionais do Apostolado daOração ...... Consagração dasParóquias aoCoração deMaria... Consagração dasFamílias...... Consagração Pessoal...... Consagração aos corações deJesus eMaria...... Alma deCristo...... Oração pelo Apostolado daOração...... Oferecimento dasObras doDia...... Orações próprias do AO...... 5.2 – Admissão dezeladores ouresponsáveis...... 5.1 – Admissão deassociados...... Ritual para aadmissãode Associados eZeladores. da Oração naparóquia...... Para erigirourefundarumCentro do Apostolado Os Centros do Apostolado daOração...... Mundial deOração doPapa...... Para criarumacomunidade Apostólica daRede As comunidades apostólicasdaRedeMundialde ORAÇÕES EPRÁTICAS DEVOCIONAIS LIGADAS À TRADIÇÃO DO APOSTOLADO DA ORAÇÃO DO APOSTOLADO DA ORAÇÃO A VIVÊNCIA COMUNITÁRIAA VIVÊNCIA VI V 219 219 214 210 210 209 208 207 207 199 197 195 193 192 224 217 197 191

PÁG. 263 PÁG. 264 4. Ladainhas doCoração deJesus...... Oferecimento aoamormisericordioso deJesus...... Súplicas aoCoração deCristo...... Novena daconfiança...... Jaculatória daconfiança...... Oração sobre aspromessas deCristo...... Oração daconfiança...... Oração deabandono...... Outras Orações aoCoração deJesus...... Festa doCristoRei...... Festa doCoração deJesus...... Primeiros sábados...... 253 252 251 250 249 248 246 245 245 243 242 237