Rafaela Oliveira Pimenta

RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR CANAL

Universidade Fernando Pessoa Porto, 2018

Rafaela Oliveira Pimenta

RELATÓRIO DE ESTÁGIO CURRICULAR

Universidade Fernando Pessoa Porto, 2018

À minha mãe pelo carinho, força e motivação. Ao meu pai, pelo entusiasmo e por acreditar em mim. Ao meu namorado, pelo amor, ânimo e esperas infinitas depois do trabalho. À minha família, que esteve sempre do meu lado. À Ana Santos e ao José Lemos pelos conselhos. Aos jornalistas Luís Vigário e Anabela Vaz Jacinto por todas as dicas e palavras. À Vanda Balieiro, orientadora do Porto Canal, por toda a paciência e confiança. À redação do Porto Canal pela oportunidade e aposta. À professora Sandra Tuna, pela ajuda na luta pelos estágios curriculares. A todos aqueles que, de qualquer forma, me deram força para continuar.

Índice

Introdução ...... 7

1.1 Objetivo do estágio ...... 7

1.2 Estrutura do relatório ...... 7

Caracterização da entidade acolhedora...... 8

Descrição das atividades desenvolvidas ...... 10

1.1 Produção ...... 10

1.2 Edição e Saídas em reportagem ...... 12

Conclusão e apreciação crítica do estágio ...... 16

Anexos ...... 17

A. Índice de peças anexadas na pen drive ...... 17

B. Exemplo de desenvolvimento de reportagem ...... 18

C. Exemplo de trabalho em produção ...... 19

Lista de Figuras Figura 1 – Mapa delegações Porto Canal ……………………………………………… 8 Figura 2 – Perfil dos telespectadores Porto Canal em 2016……………………………10 Figura 3 – Exemplo de push-ups……………………………………………………….11

Lista Gráficos Gráfico 1 – Peças realizadas na redação por género jornalístico……………………….13 Gráfico 2 – Percentagem de peças publicadas………………………………………….14

Introdução

O presente relatório de estágio realizado no âmbito do culminar da licenciatura de Ciências da Comunicação pela Universidade Fernando Pessoa, tem como objetivo descrever as atividades desenvolvidas ao longo do período de estágio curricular na estação televisiva Porto Canal, com sede na Senhora da Hora, Matosinhos. As atividades e tarefas descritas no relatório apresentado dizem respeito a três meses, entre março e maio dividido em duas partes, sendo mais explorado mais à frente. O estágio curricular teve início a 6 de março e o seu término aconteceu no dia 1 de junho. No entanto, as horas determinadas pela Universidade eram apenas de 90h e no total o estágio curricular rendeu 380 horas, sendo decidido com a entidade acolhedora, chefe de redação e a própria estagiária.

1.1 Objetivo do estágio

O estágio curricular teve como objetivo colocar em prática tudo aquilo que se foi adquirindo ao longo do percurso académico, como por exemplo nos laboratórios e em algumas cadeiras do curso, facultado pela Universidade. E também para dar a conhecer aos alunos a realidade atual do mercado de trabalho, ajudando, desta forma, a compreender melhor como se deve atuar e como “fazer” determinados trabalhos. No fundo perceber como está organizada e como funciona uma redação no ativo.

1.2 Estrutura do relatório

O presente relatório tem como estrutura, a caracterização da entidade acolhedora para um melhor conhecimento e contextualização do local escolhido para estagiar, assim como a sua organização e funcionamento. De seguida uma pormenorizada descrição sobre as atividades desenvolvidas desde o início até ao final do estágio, assim como também uma avaliação em termos quantitativos das tarefas realizadas. No final uma pequena conclusão e reflexão sobre o estágio, o seu aproveitamento e vantagem em relação à licenciatura, para além dos anexos que contém não só algumas peças escolhidas para avaliação, inseridas na pen fixada, como também exemplos de trabalhos em fase de produção e reportagem.

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Caracterização da entidade acolhedora

O Porto Canal é um órgão de comunicação social, mais propriamente uma estação televisiva portuguesa com sede no Porto, dedicado a todo o território nacional com uma programação diversificada abrangendo diversas áreas como informação, desporto e entretenimento. Para além de conter conteúdos relativos ao Futebol Clube do Porto (FC Porto), é ainda considerado um canal generalista, que trata de diversos temas, sendo a única estação televisiva que praticamente contém 100% de produção portuguesa própria. Atualmente possui dois estúdios divididos entre a Senhora da Hora e o Estádio do Dragão, onde também se dividem por categorias, ou seja, o centro de produção da Sede do Porto Canal, na Senhora da Hora emite todos os programas de informação, enquanto que no Estádio do Dragão são emitidos todos os programas de entretenimento e os espaços relativos ao universo do FC Porto. No entanto, o canal nem sempre esteve ligado ao clube da cidade do Porto.

O Porto Canal inicia as suas emissões a 29 de setembro de 2006, com uma programação de forte aposta na informação de interesse específico para o público dos concelhos do Grande Porto, contando com a colaboração de empresas, autarquias e outras entidades da área metropolitana, conduzidas pela proprietária MediaPro, que integra o grupo de produção espanhol MediaLuso. Em 2009, o Porto Canal deixa de estar focado apenas na região do Grande Porto e abre-se à restante região do Norte com vários programas dedicados também a essas zonas. A partir daí começa a contar com delegações espalhadas pelo Norte do país, como é o caso de Mirandela, Arcos de Valdevez, Penafiel, Guimarães, Braga, Alto Douro, Aveiro e Lisboa. Atualmente as localidades foram restringidas sendo que a delegação de Lisboa encerrou, e as restantes estão dividas entre 9 jornalistas e 9 operadores de câmara efetivos, nas zonas de Alto Douro, Braga/Cávado, Alto Tâmega, Trás-os-Montes, Guimarães/Ave, Tâmega e Sousa, Douro, Viseu e Terras de Santa Maria, desta forma, estão 9 delegações abertas para além da sede em Matosinhos, como se pode comprovar na figura 1.

Figura 1 – Mapa delegações Porto Canal | Fonte: Porto Canal 8

Depois de 5 anos, o Porto Canal passa a ser gerido pelo FC Porto, através de uma parceria com os proprietários do canal e com a opção de compra ao fim de dois anos. No dia 1 de agosto de 2011 foram então introduzidos na grelha dois novos programas dedicados ao clube, o “Somos Porto” e o “Flash Porto” e no mês seguinte foram aprovados novos programas de informação geral com a marca FC Porto e estreou também a rubrica “Azul e Branco” apresentando assim uma nova e “refrescada” grelha.

A 10 de janeiro de 2012, Júlio Magalhães é apresentado pelo presidente do clube, Jorge Nuno Pinto da Costa, como o diretor-geral do canal, que entra em funções em fevereiro do mesmo ano. Em agosto é transmitido o primeiro jogo em direto do FC Porto B frente ao União da Madeira.

A 17 de julho de 2015 terminam, com sucesso, o processo de aquisição do Porto Canal pelo clube, envolvendo a Sociedade dos Aliados, S.A, detida pela MediaLuso, e a FC Media. Depois de adquirido pelo clube, o Porto Canal sofreu alterações profundas, quer a nível qualitativo, quer a nível tecnológico que o tornou um canal nacional renovado, mais forte e ainda mais abrangente. O investimento do clube da cidade do Porto, cingiu num extensivo upgrade da área tecnológica, particularmente no que diz respeito à melhoria na qualidade de som e imagem, visando também a renovação do logótipo e do grafismo do canal. Para além disso foram ainda aplicadas mais horas de conteúdos relativos ao FC Porto e mais emissões em direto de jogos e das equipas de formação, nomeadamente de outras modalidades como andebol, basquetebol e hóquei em patins.

Como já referido, o Porto Canal continua a ser considerado um canal generalista, mas que contempla sobretudo matérias relacionadas com a região do Norte do país e daí o seu público de referência ser também o nortenho. Num estudo realizado pela GFK em 2016, (figura 2), pode verificar-se que os seus telespetadores são nomeadamente, de género masculino, com idades compreendidas entre os 45 e os 75 anos e que sobretudo são preferencialmente da região Norte. A audiência em média ronda os 3.452 indivíduos, dependendo das alturas e programas apresentados, por exemplo a transmissão de jogos em direto e conteúdos como “Universo Porto – da Bancada” que normalmente compreende declarações do diretor de comunicação do FC Porto, Francisco J. Marques, têm uma audiência exponencial de portistas.

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A aposta em programas de cultura, informação, bem-estar e entretenimento são outras preocupações que ocupam uma grande parte da grelha, que faz com que o canal não perca a sua essência.

Figura 2 – Perfil dos telespectadores Porto Canal em 2016 | Fonte: GFK

Descrição das atividades desenvolvidas

O estágio curricular tinha como duração inicial dois meses, com a necessidade de apenas 90 horas, no entanto por opção foi alargado a mais um mês, completando no total 380 horas. Os trabalhos realizados na entidade tiveram duas fases, sendo a primeira o trabalho em produção e o segundo trabalho em edição e como repórter. Os horários eram rotativos. No total foram contabilizados 57 trabalhos realizados, entre os quais, peças de informação, peças de síntese internacional e offs.

1.1 Produção

A primeira fase do estágio recaiu então no trabalho em produção, com a duração de duas semanas em dois horários rotativos, entre as 9h e as 18h e entre as 14h e as 22h, no entanto os mesmos horários seriam adaptados de acordo com disponibilidade que oferecia, devido a aulas na universidade. Durante os quinze dias foram realizadas algumas tarefas do domínio da produção, rituais efetuados em todos os órgãos de comunicação social e muito importantes em qualquer um deles. Desta forma, as tarefas incluíam a realização de rondas, pelo menos, duas vezes por dia, o objetivo era ligar para corporações dos bombeiros e estar atenta ao site da proteção civil (prociv.pt).

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Estas rondas eram importantes, por um lado porque permitiam perceber se existia alguma ocorrência de última hora, com relevância para ser noticiado, se o caso fosse de interesse para o jornal, as informações obtidas eram reportadas aos coordenadores que posteriormente enviavam uma equipa da reportagem para o terreno, por outro lado, eram necessárias para confirmar dados com entidades como a polícia, tribunais, outros e convidar ou até agendar entrevistas com instituições, comandantes, ou agentes.

Outras das funções desempenhadas era a escrita de push-ups (figura 3) de notícias nacionais e internacionais, que consistiam em pequenos títulos com maior número de informações possível e que fossem relevantes. Estes títulos surgiam na parte inferior do ecrã, em forma de texto corrido, durante a emissão dos jornais informativos, como o Jornal das 13, o Jornal Diário e o Jornal de Desporto. Para a elaboração dos mesmos consultava jornais ou páginas online que davam conta de várias notícias, para além da visita obrigatória à página da agência de notícias “Agência Lusa”.

Figura 3 – Exemplo de push-ups | Fonte: Porto Canal

Outra das práticas eram as “aberturas”, que consistiam em anotar as três primeiras noticias avançadas pelos canais generalistas mais influentes do país, como a RTP1, SIC e TVI. Os oráculos eram enviados a uma lista de coordenadores da informação via email, depois de retirados dos jornais das 13 horas e das 20 horas.

Para além do mais, rececionava convidados do programa Mundo Local, assim como os acompanhava até à caracterização e por último até à entrada em estúdio. No fundo, era o filtro entre a produção, a régie e o convidado. A convite ou por iniciativa também assisti a alguns programas diretamente da régie do canal.

Na prática, a produção agenda entrevistas, reportagens, confirma dados e explora matérias que possam ser notícia. Detém um papel fundamental numa redação, pois tudo passa pelo seu domínio. Mais do que todos os profissionais, as produtoras estão sempre a par de todas as informações.

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1.2 Edição e Saídas em reportagem

A segunda fase do estágio envolveu preparação de entrevistas, saídas em reportagem, edição e sonorização. A primeira semana, foi apenas de aprendizagem sobre o funcionamento do programa de edição e dos sistemas de peças de informação, assim como o acompanhamento de jornalistas em reportagens no exterior. A partir de 30 de março, as saídas em reportagens foram mais frequentes e eram apenas com o operador de câmara, em matérias na sua maioria ligadas à cultura e a eventos na cidade do Porto. No entanto, também foram realizadas peças de redator, como a síntese internacional e os offs.

Entenda-se que numa redação são vários jornalistas e nem todos contém a mesma função todos os dias, assim sendo existem nomeadamente três tipos de tarefas que são atribuidas de forma rotativa a cada profissional. Deste modo, existe a função de redator, o jornalista que fica na redação e faz peças com imagens de arquivo, sínteses de abertura e offs, a função de piquete, o jornalista que têm como tarefa sair em reportagem em casos de última hora que não estejam agendados, e por último o jornalista que têm na sua agenda reportagens marcadas pela produção.

Retomando o trabalho desenvolvido nesta fase, foram então dois meses e meio de tarefas orientadas no sentido da “verdadeira” função do jornalista, sair à rua, ouvir pessoas e informar. Até às saídas apenas com o repórter de imagem, foram realizadas três peças informativas como forma de prática e de hábito à escrita para televisão e também ao programa de edição, Premiere Pro. Depois da parte da aprendizagem e de algumas dicas por parte dos jornalistas, sempre muito paciences e dispostos ajudar, ainda realizei peças de redator, como é o caso da síntese internacional. Esta síntese tinha como duração um minuto e meio e consistia em dar a conhecer os temas que marcavam a atualidade internacional, normalmente eram três os temas definidos em conjunto com a coordenação de informação que também corrigia o texto off antes de ser sonorizado e aprovava a peça no final da edição.

Nas primeiras semanas, ainda com pouca prática apenas tive como tarefas a síntese internacional, tanto para o Jornal das 13 como para o Jornal Diário, e a realização de offs, já tanto abordados acima, que são apenas um complemento ao texto da jornalista pivot no jornal, ou seja, é uma pequena edição de imagens de aproximadamente 40 segundos com o objetivo de ajudar na compreensão do tema que está a ser abordado.

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Ao longo do tempo, com a prática e em meados de abril foi mais frequente a saída em reportagem para diversos temas, mas nomeadamente para notícias do domínio da cultura, bem-estar e curiosidades.

Nesta fase, os horários deixaram de ser rotativos, variando entre a entrada às 9h e saída às 18h e a entrada às 10h e a saída às 19h.

A nível quantitativo, no total foram 57 trabalhos realizados, entre os quais 10 offs, 15 sínteses internacionais e 32 peças sobre os mais variados temas, como se pode verificar no gráfico 1.

Trabalhos por género jornalístico

18% 26%

56%

Sínteses Peças Offs

Gráfico 1 – Peças realizadas na redação por género jornalístico

Para cada peça era necessário também escrever e colocar no sistema os oráculos e uma proposta para a pivot, sendo que o critério utilizado é de “quem realiza a peça escreve sobre ela”, pois é a detentora de maior informação sobre a mesma. No entanto, nem todas as peças realizadas foram publicadas e lançadas nos jornais, como se pode comprovar no gráfico apresentado em baixo, que representa o número em percentagem de peças publicadas e peças não publicadas (gráfico 2), sendo que nos primeiros tempos, as reportagens ainda continham uma parte amadora, tanto no tempo da edição, como na sonorização.

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Publicação de peças

19%

81%

Publicadas Não publicadas

Gráfico 2 – Percentagem de peças publicadas

Neste gráfico pode-se observar que 81% das peças foram publicadas, ou seja, essa percentagem representa 26 peças que foram preparadas e editadas no seu todo pela própria sobre várias matérias, sendo que os 19% estão representados por 6 peças de conteúdo prático, realizadas em contexto de aprendizagem em saídas de acompanhamento a jornalistas do Porto Canal.

Nos meses de abril e maio, as saídas em reportagem foram mais frequentes e a pressão e stress da vida jornalística começou a sentir-se, num bom sentido o hábito instalou-se e as melhorias notaram-se. Todas as peças sempre foram aprovadas, seja pela minha orientadora, Vanda Balieiro, ou por qualquer jornalista coordenador de informação antes de serem colocadas no sistema de alinhamento dos jornais.

Em traços gerais, as atividades nesta fase foram mais ativas, na medida em que todos os dias haviam reportagens e entrevistas diferentes que permitia uma grande capacidade de gestão de tempo e de pesquisa sobre variados assuntos. Em todos os casos as saídas em reportagem aconteciam da seguinte forma:

Primeiramente, era recebido o agendamento das reportagens no dia anterior, para melhor preparação sobre o assunto e conhecimento do horário que estava marcado. Dependendo dos dias e da agenda, assim que chegava à redação do canal, fazia uma pequena pesquisa sobre o assunto que iria tratar, falava com alguém da produção que tinha feito o 14

agendamento ou esclarecia dúvidas com jornalistas ou coordenadores da informação. Na hora de saída o repórter de imagem conduzia a viatura em que nos dirigíamos, sendo estas sempre da empresa, até ao local da reportagem. No local, enquanto o operador de câmara retirava imagens e planos do acontecimento, fosse ele qual fosse, era meu dever encontrar-me com assessores de comunicação ou com os próprios entrevistados para perceber que género de assunto ia ser falado e conseguir que a entrevista fosse uma conversa e não algo constrangedor de pergunta e resposta. De chegada à redação, eram descarregados todos os clips de imagens para uma pasta com o meu nome, no sistema do computador partilhado do canal e dava-se inicio ao processo de edição. Umas vezes com mais tempo, outras vezes com menos, começava por abrir um projeto e uma sequência no programa de edição e primeiramente ouvia toda a entrevista ou entrevistas que tinham sido realizadas em terreno. Depois de cortadas as entrevistas, numa página word ia escrevendo o texto de voz off, como em todas as vezes, esse texto era corrigido por um jornalista e só depois seguia para a sala de sonorização. Assim que gravada a voz off, era só “pintar” a peça com imagens que se fundissem com o texto escrito. No que toca à edição também ela era aprovada antes da peça ser colocada no sistema. Após tudo aprovado e, se necessário, feitas as alterações, o próximo passo era escrever os oráculos e a proposta de pivot e colocar a reportagem, sempre de aproximadamente um minuto e meio a dois minutos, no sistema do alinhamento. Na hora do jornal a peça era lançada pelo realizador na régie.

Como já referido, no total foram 57 os trabalhos realizados, mas como são de conteúdo audiovisual e têm uma grande extensão, foram escolhidos apenas 15 deles que estão anexados numa pen, no final deste relatório, e também o seu índice, respetivamente na secção dos anexos.

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Conclusão e apreciação crítica do estágio

Ao longo do período de estágio curricular foram muitas as considerações a reter desde o nível de aprendizagem até à colocação em prática de conhecimentos adquiridos durante a licenciatura. Posso dizer que todo o tempo passado na redação do Porto Canal, quer na fase de produção, quer na fase de edição e reportagem, foi muito importante para o meu desenvolvimento pessoal e profissional a vários níveis. Primeiro porque todos os dias tratavam-se assuntos diferentes, o que levou a momentos e experiências enriquecedoras, tanto na redação como o terreno, segundo porque vivi e conheci de perto o mercado de trabalho da profissão de jornalista, da vida na redação e da vida no terreno. A gestão de tempo, o stress e as tomadas de decisões foram, sem dúvida, as maiores dificuldades, no entanto com orientação e dedicação, dia após dia, senti melhorias.

A produção, edição e saída em reportagem foram aspetos em que não tive muitas dificuldades, uma vez que já tinha tido algum contacto com a forma de preparação e execução de peças jornalísticas no âmbito do laboratório e oficina de televisão, contudo fui adquirindo mais técnicas, dicas e estratégias sobre como abordar determinados temas, assim como também obtive várias visões e conselhos de jornalistas, que desde logo se mostraram disponíveis no que toca ao apoio e ajuda em qualquer situação.

De um modo geral, o estágio curricular compreendido entre os meses de março e maio, permitiu conhecer e experienciar em profundidade a profissão de jornalista e perceber como se encontra o mercado de trabalho, assim como as dificuldades que a área atravessa. O Porto Canal, foi de facto uma escola em termos de aprendizagem e correspondeu de forma muito positiva às espectativas. Ao longo da formação, as minhas preocupações passavam por corrigir erros, mostrar trabalho e evoluir de forma a aperfeiçoar cada peça que me era pedida.

Resumidamente, o estágio curricular ajudou-me na aquisição de mais competências na área do jornalismo, nomeadamente, no que toca à escrita para televisão, que é relativamente diferente dos outros meios, ou seja, mais concisa, direta e simples, à sonorização do texto off, conseguindo obter uma voz mais grave para a gravação da mesma e sobretudo à forma como abordar e conduzir uma entrevista, conseguindo obter a informação que necessito, praticando também o improviso de acordo com os assuntos que o entrevistado vai expondo.

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Anexos

A. Índice de peças anexadas na pen drive

As peças encontram-se alinhadas de acordo com as datas em que foram elaboradas, por um lado, para seguir uma ordem cronológica e por outro, para demonstrar a evolução desde a chegada à redação. De referir que algumas das peças não contém som ambiente devido ao programa utilizado do próprio canal, onde para ser mais fácil na régie era necessário que o mesmo se encontrasse mixado. Relembro também que, como já mencionado na secção das atividades desenvolvidas e verificado pelos gráficos, no total foram 32 as peças informativas realizadas, no entanto apenas 15 estarão submetidas para avaliação, uma vez que todos os trabalhos ocupariam uma grande extensão, pela sua capacidade audiovisual.

1. ESPANHÓIS INVADEM PORTO 30-03-18 2. PRESSÃO TURISTICA NO PORTO E LISBOA 05-04-18 3. ATROPELAMENTO AUTOCARRO MATOSINHOS 06-04-18 4. 100 DAYS TO 100 YEARS 10-04-18 5. PRAIA MINDELO TELA PARA CAMPANHA EUROPEIA 17-04-18 6. PÓ DE ARDÓSIA 24-04-18 7. EMPRESAS TEXTIL NA ARGENTINA 20-04-18 8. CAMPEOES REGIONAIS GINASTICA SEM APOIOS 10-05-18 9. CAMPANHA FARMACIAS POPULACAO CARENCIADA 15-05-18 10. MOSTEIRO LECA BALIO DEVOLVIDO COMUNIDADE 16-05-18 11. MANIF POR ATENDIMENTO REGULAR EXTENSAO SAUDE AVEIRO 21-05-18 12. ASSOCIACAO TREINA CAES DE ASSISTENCIA 23-05-18 13. FESTIVAL INTERN CIRCO DO PORTO 29-05-18 14. MARIZA NO COLISEU 30-05-18 15. DENUNCIA DESPEJOS IMOBILIARIO PORTO 01-06-18

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B. Exemplo de desenvolvimento de reportagem

PEÇA: CAMPEOES REGIONAIS GINASTICA SEM APOIOS 10-05-18

Proposta pivot: O grupo de ginástica acrobática, Gimnocerco do Porto, que apoia crianças e jovens no desenvolvimento pessoal e social através do desporto, conquistou o campeonato distrital e regional deste ano. O sonho seria ingressar nas competições internacionais, mas a falta de apoios financeiros deixa o grupo sem se poder candidatar às provas federadas.

(INÍCIO DE REPORTAGEM COM UM POUCO DA DANÇA DO GRUPO)

São os atuais campeões distritais e regionais de ginástica acrobática, mas sem por isso tem os apoios necessários para conseguir um dos maiores objetivos: representar Portugal numa competição internacional.

VIVO – COREÓGRAFO – TIAGO MARTINS

Apesar da falta de apoio a nível financeiro a união e o esforço dos alunos mantêm-se no foco da conquista por mais títulos.

VIVO – ALUNA – RENATA

VIVO – PROFESSOR – SÉRGIO SILVA

Criado em 1990 o Gimnocerco do Porto é um grupo de ginástica acrobática inserida no desporto escolar, reconhecido no apoio ao desenvolvimento social e pessoal de jovens desfavorecidos.

FECHO REPORTAGEM

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C. Exemplo de trabalho em produção

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