348

O Vicentão da Família Silva do Parque

Peruche de São Paulo Pura linhagem tradicional das Artes Plásticas.

Protetor de gatos e sapatos divisor do "pão nosso de cada dia" e dos caldeirões de mocotós.

VICENTE que amava as mulheres VICENTE que detestava safados VICENTE, a altivo Dom Quixote Negro Forte e sincero coma tronco de ipê

Passeava sempre a noite Com seus passos longos e serenos Pelas Esquinas e vielas de EMBU Pisando macio; uma arte que só os Mineiros como ele sabem fazer...

Filosofando nas madrugadas com humor E criticas severas Lembrando e querendo, nem que seu sangue escorresse... Transformando assim a nossa querida Vila num sonho, numa outra ATENAS, talvez!...

Cirso Teixeira13

13 Homenagem Póstuma de Cirso Teixeira. Artista Plástico de Embu das Artes. SP 349

Capítulo

Saga da República: As legislaturas da Cidade de São Paulo dos anos 60 a 2007 sobre as mostras na Praça da República.

Ilustração 17.1. Manchetes: Todas as Bombas dos Estados Unidos contra o Vietnã do Norte; e Há seis anos nascia a feira de Arte da Praça. O Estado de São Paulo, 24 de setembro de 1972. 350

As exposições da Praça da República têm uma história muito rica em conteúdo cultural e artístico, mas repleta de turbulências, desde o seu princípio, razão pela qual dedicamos este capítulo da pesquisa, ao estudo das políticas públicas relativas às mostras de arte e artesanato naquele local, que atingiram e atingem os artistas-expositores.

As mostras de arte surgiram em meados dos anos 50, período em que a Prefeitura do Município de São Paulo encontrava-se sob a direção do Prefeito Juvenal Lino de Matosi (02/07/1955 - 10/04/1956) e a seguir do Prefeito Wladimir de Toledo Piza (11/04/1956 – 07/04/1957). Na seqüência assumiu a Municipalidade o Prefeito Ademar Pereira de Barros (8 de abril de 1957 a 7 de abril 1961). Não identificamos legislação pertinente às ‘feiras’ naquele local nesse período, nos arquivos municipais. Assim, neste capítulo, foi abrangido o período compreendido entre o governo do Prefeito Prestes Maia (1961-1965) e o do atual Prefeito , eleito para o quadriênio de 2006 a 2009, período em que nos encontramos. Apenas mencionamos os períodos e os prefeitos respectivos em que ocorreram mudanças na legislação aplicável ao assunto pesquisado.

Confeccionamos, ao final deste capítulo, uma tabela, em ordem cronológica, com a Legislação Municipal relativa às Mostras de Arte e Artesanato (na Praça da República)1 para que se possa identificar, com maior facilidade, os diferentes períodos políticos, seus responsáveis e as mudanças ocorridas em cada um deles.

Incluímos também, os Projetos de Lei (de 2004 e de 2005) atualmente em trâmite na Câmara Municipal de São Paulo, referentes às mostras de Arte e Artesanato na referida Praça. Tais projetos encontram- se, na integra, nos anexos desta pesquisa.

1 Nem toda legislação refere-se exclusivamente à Praça da Republica, pois, em grande parte, as normas são comuns às feiras em geral, aos ambulantes, aos comerciantes, aqueles que “abastecem” o município. 351

1967

1971

1972

1974

1975 352

1976

1977

1978

1982

1985 353

1992

1997

1998

1999 354

2002 355

Nos arquivos da Folha de São Paulo e do Jornal “O Estado de São Paulo”, examinamos o período desde o início das feiras de numismática e filatelia. Selecionamos as principais matérias e imagens e as trouxemos à nossa base de dados no intuito de ilustrar e melhor fundamentar o percurso histórico das mostras na Praça da República.

As mostras de filatelia e numismática, pelos dados da obra Praça da República, Cadernos da Cidade de São Paulo2 iniciaram-se no final da década de 40, e as de arte de meados dos anos 50 3 ao início dos anos 60 4 . No entanto, só houve regularização ou normatização das mesmas, que se formaram livremente, uma década mais tarde (1967).

Em 1964, a praça foi o ponto de partida da Marcha da Família5, em direção à Praça da Sé.

Não se pode esquecer o momento político vivido pelo Brasil no período final da década de 60. Em 1968, a praça transformou-se no palco das manifestações estudantis contrárias ao regime militar. Segundo Jorge Anthonio e Silva (2002), a sociedade brasileira vivia, por um lado a repressão política do regime militar, e por outro, a euforia criativa do Movimento Tropicalista que buscava uma síntese estética de modernidade, conjugando as riquíssimas raízes culturais brasileiras com

2 Praça da República, Cadernos da Cidade de São Paulo; 13. São Paulo: Instituto Cultural Itaú. 1995.

3 O Prefeito Jânio Quadros, nesse período teve dois mandatos: de 08/04/1953 a 06/07/1954; e de 18/01/1955 a 05/02/1955. E nas épocas em que realmente ocorreu a”fundação” da feira de arte e artesanato São Paulo contou com dois prefeitos: Juvenal Lino de Matos (02/07/1955 - 10/04/1956) e Wladimir de Toledo Piza (11/04/1956 – 07/04/1957).

4 Praça da República, Cadernos da Cidade de São Paulo; 13.São Paulo: Instituto Cultural Itaú. 1995; FROTA, op. cit, 1978; FROTA,op. cit, 2005. 5 A Marcha da Família com Deus pela Liberdade foi o nome comum de uma serie de manifestações públicas organizadas em resposta ao Comício organizado no aos 13 de Maio de 1964, durante o qual, o Presidente João Goulart anunciou seu programa de reformas de base. Congregou seguimentos da classe media, temerosos do perigo comunista e favoráveis à deposição do presidente da República. A primeira dessas manifestações ocorreu em São Paulo aos 19 de março de 1964, dia de São José, padroeiro da família. Articulado pelo Deputado Cunha Bueno, com o apoio do governador Ademar de Barros. 356

os movimentos de revolução comportamental, em muito vindos de eventos sociais europeus e do idealismo hippie.

Pela descrição, do mesmo autor, que se reporta ao depoimento de Ivonaldo 6 :

(...) havia [na época da repressão política-1968] um pequeno e respeitado grupo que expunha aos domingos na região central da cidade de São Paulo, a Praça da República. Tratava-se de um espaço cultural ao ar livre, nascido espontaneamente, que reunia artistas, autodidatas, independentes, sem acesso a galerias e museus e com vontade de mostrar trabalhos descompromissados de qualquer realidade estética pré-existente. Era uma iniciativa tímida, verdadeira que se completava com bancas de numismática e outras de vendedores de pedras brutas brasileiras (...). Os artistas estabeleciam preços aleatoriamente , viviam uma amizade solidária e esse espaço viria a ser o celeiro de um rol de artistas brasileiros, hoje tidos como os maiores naïfs do País.(...) buscavam um espaço de expressão no chão público, ignorado por críticos e colecionadores requintados.

Todos os trabalhos pesquisados repetem a mesma informação relativa à situação dos artistas que expunham na Praça naquela época : “no início a polícia retirava as obras, expulsava os artistas do local. Mas, por Decreto, o Prefeito Faria Lima legalizou essa atividade em 1967 criando a feira de arte e artesanato aos domingos, conhecida como ‘feira hippie’.”7

Passemos ao exame dos diferentes períodos políticos compreendidos entre os anos 60 e 2007, seus prefeitos e a legislação referente às mostras de arte na Praça da República.

6 Anthonio e Silva ( 2002:23) 7 Praça da República. Cadernos da Cidade. São Paulo: Instituto Cultural Itaú, 1995 pág.19. 357

No governo de Prestes Maia (1961-1965) a legislação referia-se apenas, e tão somente, às Feiras Livres, sem quaisquer previsões relativas às Feiras de Arte e Artesanato. Foi na prefeitura de Faria Lima que se iniciaram as legislações referentes a esse segmento de atividade na cidade de São Paulo.

1. PREFEITO BRIGADEIRO JOSÉ VICENTE FARIA LIMA (1965 a 1969) - Criação da Secretaria de Turismo e Fomento e legalização das Mostras de Cultura e arte na Praça da República.

A cidade de São Paulo, no período de 1965 a 1969, encontrava-se sob a gestão do Prefeito Brigadeiro Faria Lima8. Pelas pesquisas realizadas9 verificamos que Faria Lima foi um respeitado administrador, reconhecido pelas inúmeras obras públicas realizadas, bem como memorável incentivador da cultura em São Paulo.

A exemplo, realizou a descentralização da administração pública, com a criação das Administrações Regionais (ARs) que mais tarde deram origem às atuais Subprefeituras. Faria Lima criou, dentre outras, a Secretaria de Turismo e Fomento10, bem como o Conselho de Cultura11.

Mediante a referida Secretaria de Turismo e Fomento estruturou bases para diversas atividades da cultura: festas populares, arte popular e erudita. Também criou legislação onde se estabeleceram prêmios para os

8 Prefeito Brigadeiro José Vicente Faria Lima (Prefeito eleito com mandato de 04 de abril de 1965 a 07 de Abril de 1969). 9 Nos acervos da Câmara Municipal de São Paulo9 , no Departamento de Patrimônio Histórico de São Paulo9,bem como nas reportagens e matérias jornalísticas do banco de dados e hemeroteca da Folha de São Paulo, 10 São Paulo (SP). LEI N° 6.882 DE 18 DE MAIO DE 196. Dispõe sobre a reorganização parcial da estrutura administrativa da Prefeitura, e dá outras providências. Prefeito Faria Lima. 11 São Paulo (SP). DECRETO N° 6.297 DE 26 DE NOVEMBRO DE 1965. Cria o Conselho Municipal de Cultura e dá outras providências. Prefeito Faria Lima. 358

Festivais de Musica Popular Brasileira12 (que na época se realizavam no auditório da TV Record – Canal 7) e para artistas plásticos do Liceu de Artes e Ofícios; autorizou bailes carnavalescos no Teatro Municipal13 , regulamentou os Desfiles e Concursos de Escolas de Samba da Capital14. Quanto a estes últimos, a título de Ilustração, em entrevista ao co- fundador da ‘Escola de Samba Unidos do Peruche’, “Carlão”, como é conhecido, este afirmou que “naquele tempo (meados de 50 inicio dos anos 60), as Escolas de Samba, eram vistas como ‘formadas por marginais’. As mulheres que participavam eram vistas como prostitutas. A sociedade não aceitava. A atividade também não era legalizada. Mas em 1968 o (saudoso, exclamou) Prefeito Faria Lima, deu um passo concreto e legalizou esses eventos consistentes de desfiles, e passou até a financiar as escolas de samba, o que fez com que as mesmas evoluíssem assustadoramente”15.

O artista plástico Mestre Deodato 16 expositor desde o início das mostras na Praça da Republica, informou em seu depoimento17 que Emanoel Araújo18, certa vez, compareceu acompanhado do Prefeito Faria Lima, na Praça (da República), para que este tomasse conhecimento da situação enfrentada pelos artistas naquele local.

12 São Paulo (SP). LEI N° 7.078 DE 28 DE NOVEMBRO DE 1967. Dispõe sobre a Concessão de prêmios a compositores participantes do Festival da Música Popular Brasileira, e dá outras providências. Prefeito Faria Lima. 13 São Paulo (SP). LEI N° 7.100 DE 29 DE DEZEMBRO DE 1967. Dispõe sobre a promoção de festas de cunho popular e festejos carnavalescos, e da outras providencias. Prefeito Faria Lima. 14 São Paulo (SP). LEI N° 7.099 DE 29 DE DEZEMBRO DE 1967. Dispõe sobre a promoção de festas de cunho popular e festejos carnavalescos, e dá outras providencias. Prefeito Faria Lima. 15 Entrevista gravada aos 21 de julho de 2007 em Embu das Artes por ocasião da inauguração do prédio de Solano Trindade. 16 Antonio Deodato, artista plástico ( escultor) do Estado de Alagoas, contemporâneo dos ‘Silva’ nas exposições na Praça da República. 17 Depoimento aos 16 de junho de 2007. 18 Emanoel Araújo é artista plástico, crítico de arte, escritor. Ex-diretor da Pinacoteca do Estado de São Paulo, ex-Secretário da Cultura do Município de São Paulo e Diretor atual do Museu Afro-Brasileiro em São Paulo, localizado no Parque do Ibirapuera. (SP). 359

Estes não eram respeitados e não dispunham de autorização formal para alí expor suas obras. A polícia, então, os retirava, sob força, da Praça, e os mesmos resistiam o que gerava conflitos graves. Informou Mestre Deodato que Faria Lima, de pronto, adotou as medidas necessárias para corrigir o problema, mediante legislação autorizadora das mostras naquele local [tratou-se do Decreto de N° 7.240, de 1º de Novembro de 1967]19 o que atraiu grande número de artistas e a conseqüente ampliação das mostras (que antes só ocorriam aos domingos) e que passaram a ocorrer aos sábados e domingos. Aumentou, também, o afluxo de turistas e a conhecida ‘Feira de Arte da Praça da República’ proporcionou sustentabilidade aos seus expositores. Segundo Deodato, “não havia quem viesse a São Paulo e não fosse visitar a Praça da República”. Tal episódio, reportado em sua entrevista, foi publicado em versos na obra «Mestre Deodato - A vida do Artista contada em versos de cordel. » 20 que resolvemos transcrever pela sua originalidade:

Mestre Deodato vendia Mais de 15 peças por dia E tinha vários fregueses Vendeu peças para Barão Estados Unidos e Japão Argentinos e Portugueses

Um mestre pai de três filhos Na praça enfrentava desafio Para ver seus trabalhos vender A prefeitura não queria Mestre Deodato insistia Para poder sobreviver

19 São Paulo (SP). DECRETO N° 7.240 DE 01 DE NOVEMBRO DE 1967. Regulamenta as disposições legais relativas à taxa de licença para localização e funcionamento de estabelecimentos comerciais, industriais, profissionais e similares e a taxa de licença para publicidade. Prefeito Faria Lima.

20 NORDESTE, Carlinhos. Mestre Deodato - a vida do artista contada em versos de cordel. Maceió: Edições Catavento, 2003. Capitulo: O jogo do Destino. Págs. 44-46. 360

A guarda civil da prefeitura Vinha tomar suas esculturas Era a maior perseguição Mestre Deodato se escondia Pegava as peças e corria Por causa da fiscalização

Na Praça da República tinha Uma pequena pontezinha Onde o mestre despistava Com a sua agilidade Os guardas com facilidade E a fiscalização passava (...)

Mestre Deodato ficou confuso Procurou Manezinho Araújo Amigo do Brigadeiro Faria Lima Conseguiram com muita luta Voltar à Praça da República E foram negociar assim

Tinha de ter um crachá Para poder negociar Com liberdade absoluta E pede para Deus abençoar E dê a Manezinho um bom lugar Pela Praça da República (...) (grifamos).

No entanto, mesmo legalizada oficialmente, e sob o comando da Secretaria de Turismo e Fomento, as turbulências voltaram a ocorrer nas mostras da Praça da República, conforme verificamos das reportagens do período que sucedeu Faria Lima (1970), das quais extraímos alguns excertos, apenas a titulo exemplificativo.

a) Violências contra os artistas, mesmo que autorizados a expor na Praça... Recolhimento das carteiras de identificação e substituição por novas.

Feira de Arte continua na Praça da República21.

21 Feira de Arte Continua na Praça da República. Folha de São Paulo, 15 de janeiro de 1970. 361

O Secretário de Turismo e Fomento da Prefeitura, o Sr. Amedeu Papa, informou ontem que a Feira de Arte e Cultura vai continuar sendo realizada na Praça da República porque , segundo disse, “ela é uma das maiores atrações que São Paulo tem para oferecer aos seus visitantes”

A decisão foi tomada depois que o Sr, Amedeu Papa participou de uma reunião na Secretaria de Segurança, com o General Viana Moog, o diretor do Departamento de empresas de Atividades Turísticas da Secretaria do Turismo, Omar Nor, o Delegado do DEGRAN, Mario Perez e os delegados Hélio Tavares e Abrão Burihan. Nessa reunião foram analisadas, principalmente, as denúncias de violências na ação policial contra os artistas domingo último. Os artistas estavam autorizados pelo Turismo a expor na Praça.

Para garantir a continuidade da feira ficou estabelecido que as carteiras de identificação fornecidas pela Prefeitura serão recolhidas e substituídas por outras válidas para 1970 e que terão no verso o carimbo de vistoria da Secretaria de Segurança.(...)( grifamos ).

b) Novo sistema de inscrições para os artistas que deve ser renovada de 90 em 90 dias.

Secretaria de Turismo quer a Praça para os “Hippies”22

_ A feira da Praça da República já é uma atração turística da cidade, e não vamos deixar que ela termine de forma alguma.

(...) O Dr. Omar Nor visitou, esta semana, o general Viana Moog, secretário de segurança e ponderou sobre a necessidade, para o turismo de São Paulo,da permanência da feira, na Praça.

(...) a Secretaria de Turismo iniciou a confecção de novas carteiras para os artistas....Por isso, de terça feira em diante , os artistas da Praça deverão procurar a Secretaria para fazer as novas inscrições, levando duas fotografias e carteira de identidade. Dentro de um prazo de cinco dias, serão fornecidas as novas carteiras. Nela haverá um número de inscrição, nome do artista e gênero do trabalho que expõe. Mas ao contrário da anterior, que valia por um ano, essa deverá ser renovada de 90 em 90 dias. (grifamos ).

22 Secretaria quer Praça para os “Hippies”. Folha de São Paulo, 17 de janeiro de 1970. 362

c) Disputas entre artistas por espaço. Planos de governo para transferir a mostra da República para a Praça Roosevelt para impedir falsos artistas: Inscrição somente se executar uma obra na frente de três fiscais da Prefeitura...

Disciplina para a Feira de Arte na República23.

A demarcação e toda a Praça da República, para evitar disputas entre os artistas que nela expõem aos domingos, é uma das medidas a serem tomadas pela Secretaria de Turismo da Prefeitura nos próximos dias.

Dessa forma a Praça será dividida em seções, couro, escultura (...)

Entre os planos da Secretaria de Turismo estão ainda a passagem de todos os pintores para a Praça Roosevelt e o melhor aproveitamento do Jardim de Santo Amaro, onde aos sábados, em caráter experimental, cinco artistas já estão expondo.

- O que a Secretaria está querendo é incentivar o pintor, o escultor, o artista enfim quem está começando, como se faz em toda a Europa e nos Estados Unidos. (grifamos)

d)Em estudo novo tipo de triagem dos expositores.

Feira da Praça da República vai ter novo esquema24.

No auditório da Biblioteca Municipal, o Secretário de Turismo da Prefeitura, Edenyr Machado, da Prefeitura, proporá dia 24, a criação de uma comissão apenas de artistas para selecionar os novos expositores para a Feira de Arte e Cultura da Praça da República. (grifamos).

23 Disciplina para as Ferias de Arte na República. Fonte: Folha de São Paulo, 06 de junho de 1970.

24 Feira da Praça da Republica vai ter novo esquema. Folha de São Paulo, 13 de maio de 1971 363

2. Prefeito Olávo Egydio Setúbal (1975-1979)

O Prefeito Olavo Egydio Setúbal, no primeiro semestre de 1977, extinguiu a Secretaria de Turismo e Fomento e criou uma única secretaria, que concentrava diversos segmentos de serviços, a qual denominou de Secretaria de Serviços Internos25. Tal mudança desviou o foco da administração dos eventos daquela Praça, bem como da pauta dos jornais especializados que obtinham a pauta das programações turísticas da cidade junto àquela secretaria, como observamos nos arquivos da Folha de São Paulo, onde há textos datilografados com temas da semana, referentes à Praça da República e suas atividades, os quais passavam a integrar o ‘ Caderno de Turismo’ do Jornal O Estado e da própria Folha de São Paulo.

Verificamos que as mudanças nas estruturas organizacionais da administração pública, como a extinção da Secretaria de Turismo, dependem de um tempo para adaptação e regulamentação dos novos procedimentos a serem seguidos. Além disso, os expositores, na maioria das vezes, não participaram das decisões políticas, das discussões, para que pudessem externar os seus anseios. Claro que não nos referimos aos períodos do “cale-se” , imposto pela Ditadura Militar, que obviamente via naquele espaço de cultura, uma liberdade não permitida, expressões vedadas, uma autonomia das artes indesejada.

Nota-se, porém, que mesmo em tempos de democracia, de uma gestão pública para outra, as sucessivas modificações promovidas, ao invés de fortalecerem aquele pólo artístico-cultural de nossa metrópole, o destruíram, ou, no mínimo esse poder omitiu-se (negligência) e não impediu a decadência das mostras que ocorriam na Praça da República, o que acaba por resultar no mesmo. Houve sempre a incerteza, o

25 São Paulo (SP). DECRETO N° 14.516 DE 29 DE ABRIL DE 1977. Cria a Secretaria de Serviços Internos, extingue a Secretaria de Turismo e Fomento, e da outras providências. Prefeito Olavo Egydio Setúbal. 364

desconcerto entre os vários órgãos da administração pública, e a constante descontinuidade das políticas públicas culturais relativas às mostras em Praças Públicas na cidade de São Paulo.

Em meados dos anos 80, já na gestão de Jânio Quadros, a Administração das “Feiras” passou da Secretaria de Serviços Internos para a Secretaria do Abastecimento. Isso pelo fato de a Prefeitura entender que onde há comida, há abastecimento e se lá existia também arte e artesanato, tudo foi colocado sob a mesma categoria, como veremos a seguir.

3. PREFEITO DE JÂNIO QUADROS (1986 a 1989): Poderes à Secretaria do Abastecimento (SEMAB).

Jânio Quadros, como mencionado, no ano 1986 delegou ao Secretário do Abastecimento o poder de:

Art. I - criar feiras de arte e artesanato oficializá-las, localizá-las, dimensioná-las e remanejá-las, sempre em atendimento ao interesse público, respeitadas as exigências viárias e urbanísticas em geral, bem como extingui-las total ou parcialmente;

Assim, a SEMAB - Secretaria do Abastecimento, passou a cuidar das feiras de arte artesanato, aí incluída a da Praça da República mediante Decreto, do mesmo ano, DECRETO Nº 22.775, DE 18 DE SETEMBRO DE 1986, a matéria ficou regulamentada.

O referido Decreto tratou “... sobre o funcionamento das Feiras de Arte e Artesanato no Município de São Paulo, e dá outras providências” 365

I - Das Feiras de Arte e Artesanato

Art. 1º - Fica delegada ao Secretário Municipal de Abastecimento competência para criar feiras de arte e artesanato, oficializá-las, localizá-las, dimensioná-las e remanejá-las em atendimento ao interesse público, respeitadas as exigências várias e urbanísticas em geral, bem como extingui-las, total ou parcialmente.

Art. 2º - As feiras de arte e artesanato serão instaladas em locais abertos ao público, em áreas de propriedade municipal que se prestem a essa finalidade, na forma da legislação em vigor.

Art. 3º - As feiras serão compostas dos seguintes grupos: a) Grupo I - Artes Plásticas; b) Grupo II - Artesanato; c) Grupo III - Numismática, Filatelia e Pedras; d) Grupo IV - Comidas Típicas; e) Grupo V - Plantas Ornamentais. Parágrafo único - Excluem-se, expressamente, do Grupo III, as pedras provenientes de jazidas arqueológicas ou pré-históricas. (...)

Para que se possa entender a razão da mudança, qual seja, a denominada ‘ratio legis’, o critério adotado foi o do consumo. Qual seja: há venda e compra, comércio, consumo? Então isso é competência do ‘Abastecimento’ da cidade.

Ocorre que dentro do órgão público, ‘Secretaria do Abastecimento’, não houve preocupação com a formação dos servidores públicos encarregados das diferentes modalidades de “produtos” ali abrangidos. Assim, as mesmas pessoas encarregadas de legumes, verduras, comidas e plantas, também passaram a se ocupar dos outros segmentos, arte e artesanato inclusive. Os eventuais procedimentos seletivos consistiam de “pintar na frente do fiscal”, conforme depoimentos de Ilza Jacob, João Cândido e Conceição Silva.

4. PREFEITO CELSO ROBERTO PITTA DO NASCIMENTO (1997 a 2000) - Esvaziamento da Praça. Extinção das Mostras na Praça da República. Mudança para locais alternativos. 366

No governo do Prefeito Celso Pitta26 este ordenou o esvaziamento da praça, mediante força da cavalaria da Policia Militar e de jatos d’água.

De acordo com dados colhidos em notícias de jornais27, em novembro de 1997, a SEMAB, Secretaria do Abastecimento (a secretaria encarregada, na época, das mostras em praças públicas conforme mencionado), havia enviado correspondência28 aos expositores da praça informando sobre a ordem de desocupação. A partir da referida ordem, a Prefeitura cedeu aos artistas, após inúmeras reivindicações, a título de espaço alternativo, um local próximo à Estação Tiradentes do Metrô, uma praça. No entanto, esse espaço, obviamente, não possuía a tradição e freqüência de pessoas, da Praça da República, que sempre contou com grande afluxo de turistas, colecionadores, dentre outros.

Os artistas, e demais expositores (filatelistas, artesãos, gemólogos, e numismatas) inconformados com a decisão municipal, e absolutamente insatisfeitos, com a “nova praça”, resolveram reagir e voltar à República. Diante da necessidade de venda das obras de arte e outros produtos ali comercializados, que significava e significa o seu “ganha pão”, retornaram e, além de ocupar o espaço da praça, espalharam-se pelas ruas do entorno da República, como a única solução para não perderem o seu público, enquanto aguardavam uma posição, por parte das autoridades públicas, adequada ao impasse.

A posição de Pitta foi implacável e a retirada dos expositores da Praça não foi pacífica. Cerca de seiscentos expositores, com seus

26 Celso Roberto Pitta do Nascimento. Bacharel em Ciências Econômicas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro com Mestrado em Economia dos Transportes pela Universidade de Leeds (UK) e graduado em Administração avançada pela Haward Business School nos Estados Unidos. Eleito, em 1996, com a expressiva votação de 3.178.300 votos, ou seja, 62.28% dos votos válidos (...) primeiro prefeito negro eleito na história desta metrópole. (é evidente que uma boa administração de Celso Pitta há de ser um bônus a mais creditado a favor dos afro descendentes..(Oliveira, 1998) 27 Jornal O Estado de São Paulo de 24 de Maio de 1999. Caderno “Seu Bairro”. Órfãos da República Artistas Buscam Respeito em Novo Lar. Reportagem assinada por Márcia Vaisman. 28 Uma notificação, de caráter obrigatório. 367

quarenta anos de história, das inúmeras exposições na Praça da República, resistiram à desocupação. Mas, em poucas horas, mediante força, foram expulsos, tratados como delinqüentes. 29 Foi enorme o contraste: A diversidade dos artistas e artesãos, a própria cultura e arte popular brasileira de um lado, e a adversidade, dos desmandos do poder, de outro.

Segundo alguns depoimentos, colhidos à época, havia problemas com camelôs, que se infiltravam nas mostras, nos finais de semana, sem a autorização da Prefeitura. Daí a idéia do então prefeito Pitta, e de seus assessores, de terminar, por completo, com a Feira da República. Nesse momento lembramos o ditado popular: “jogar a criança junto com a água do banho”, que foi a atitude da Municipalidade naquele momento. Ato supostamente correto, sob a óptica do poder público, pelo fato de existir uma ordem a ser cumprida (suposta legalidade), mas injusta sob o aspecto social, humano, artístico, cultural. Os artistas, apesar de possuírem licenças para ali expor, e pagarem as taxas respectivas, não tiveram outra alternativa: recuaram. Sofreram. Perderam recursos. Empreenderam lutas silentes para recuperar o espaço, sem sucesso. Espaço que a rigor, por direito, já pertence a todos, por se tratar de espaço público.

29 Vide: Artistes et Vie Associative, DVD com os testemunhos dos artistas da Praça da República levada a efeito em 2004 para apresentação em 2005 nos eventos do “Ano do Brasil na França”. BULL, Márcia Regina; FRASCARI, Michael. Artistes et Vie Associative, São Paulo: Ação Ética e Cidadania, 2004.1 DVD 368

Ilustração 3. Conceição Aparecida Silva e João Cândido da Silva com suas obras. Foto publicada no jornal “O Estado de São Paulo”, de 24 de novembro de 1999, para ilustrar a matéria intitulada “Órfãos da República, artistas buscam respeito em novo lar” de autoria da jornalista Márcia Vaisman.

Desse momento em diante surgiram muitas reflexões e muitas ações, sobretudo de ONGs30 (as associações de artistas – uma delas denominada República das Artes, das Ações Locais – da Associação Viva o Centro, Ação Ética & Cidadania, dentre outras), no sentido de não só, preservar as mostras na referida Praça, mas de desenvolver atividades paralelas, para a garantia do sustento, dos artistas e artesãos, que dependiam e dependem, do espaço público, para expor e vender os seus trabalhos.

30 ONG é a sigla adotada para Organização Não Governamental. No Brasil, após 1992, quando se realizou a ECO 92, a denominação ONG popularizou-se. Para os leigos, toda e qualquer organização sem fins econômicos passou a ser considerada como tal. Na realidade a terminologia foi criada pelas Nações Unidas em 1942, e tais organizações sob a sigla ONG ou NGO, ganharam status e assento na ONU, a partir de 1946, para representar os interesses das populações dos Paises membros , as comunidades, e ali discutir Direitos, nos diversos segmentos e competências da Organização da Nações Unidas com foco sobretudo, na paz. 369

Desse período, temos dados até mesmo de mortes de artistas, decorrentes da perda do espaço de exposição. Um deles é dado no depoimento de Gilberto Evaristo :

A Praça da República, porém, mantém-se como um marco para os artistas. Éramos muito ligados ao local e oito já morreram depois de sair dali, talvez de desgosto. (...) O caso exemplar teria sido o de Walter Cavalheiro.

Cavalheiro resolveu pintar um quadro no meio da Praça e foi expulso pelos policiais... Ainda me lembro das tintas esparramadas. Três dias depois o artista sofreu um derrame e morreu. 31

31 VAISMAM, Márcia. Pintores tentam manter viva a proposta de cultura popular que os unia na praça. Estado de São Paulo, 24 de novembro de 1999. Depoimento de Gilberto Evaristo um dos mais velhos expositores da Praça da República. 370

Ilustração 4.VAISMAN, Márcia. Ibidem. 371

5. PREFEITA (1º de janeiro de 2001 a 1º de janeiro de 2005, prefeita eleita)

A Prefeita Marta Suplicy, por sua vez, retirou mediante a competência da SEMAB – Secretaria do Abastecimento, e passou às Sub- Prefeituras. Criou o Conselho de Feiras, constituído de forma paritária (governo e representantes dos expositores) que ficou denominado “Conselho de Ética”. Autorizou também, a criação de Associações representativas dos expositores para participarem da organização das feiras (instalação, policiamento, divulgação dentre outros).

6. PREFEITO JOSÉ SERRA (1° de janeiro de 2005 a 31 de março de 2006- prefeito eleito)

Ilustração 5. Prefeitura vai cercar a Praça da República. Medida começa em 15 dias e faz parte do plano de revitalização que também prevê remoção de camelôs. O Estado de São Paulo, 09 de maio de 2005.

A competência, para os assuntos relativos às mostras de Arte e Artesanato, dentre outras, em Praças Públicas, em 2005, passou da Secretaria do Abastecimento (a qual foi extinta) para a Secretaria 372

Municipal de Serviços, mediante seu departamento denominado “ABAST” - Supervisão Geral do Abastecimento. 32

O que se infere das informações do site da referida Secretaria de Serviços33, é que há múltiplas atividades nessa secretaria, a qual se ocupa desde a recolha do lixo, serviço funerário, até feiras, sacolões e mercados, aí incluídas as mostras de arte da Praça da República, o que dispensa qualquer comentário:

A supervisão geral do abastecimento (ABAST) é responsável pela supervisão de mercados, sacolões municipais, atualização do cadastro das permissionárias, gerenciar e fiscalizar o funcionamento dos mercados e sacolões municipais, bem como a regularidade das permissões de uso outorgadas, adotando as medidas administrativas necessárias para garantir sua fiel execução. 34

A única medida de Serra relativamente à Praça da Republica foi a inclusão da Feira de Arte, Artesanato, Antiguidades, Gastronomia, Cultura e Lazer da Praça da República no ‘calendário oficial de eventos do município’, mediante a Lei 13 960 e também iniciaram as obras de “revitalização” da Praça.

32 Feiras de arte e artesanato. Descrição: As feiras de artesanato em São Paulo fazem parte do roteiro turístico da cidade, mas é também referência para os moradores que buscam não só artesanato do Brasil todo, como também culinária típica, plantas, filatelia, antiguidades, artes plásticas, pedras, jóias etc. Responsável: Secretaria Municipal de Serviços.Disponível em: . Acesso em: 26 de julho de 2006.

33 Disponível em: . Acesso em: 26 de julho de 2006. 34 Idem. 373

7. PREFEITO GILBERTO KASSAB (2006 a 2009):

Após nove meses de obras, o Prefeito em exercício, Gilberto Kassab, reinaugurou a Praça da República. No entanto, ao devolver o espaço aos artistas e artesãos, não mais permitiu que os mesmos expusessem no interior da praça, somente nas calçadas ao redor. Paralelamente à obra há os trabalhos do metrô (linha amarela). Assim os expositores ficaram limitados praticamente a uma única calçada.

Quando comparecemos à Câmara Municipal de São Paulo, soubemos que o plano de governo é o de extinguir paulatinamente as feiras, hoje em numero de 60 (sessenta), a encargo de 31 Subprefeituras, totalizando 4909 (quatro mil e novecentos e nove) expositores cadastrados.

Ilustração 6. Documento da artista plástica Ilza Jacob que a autoriza a expor suas obras na Feira de Arte, Artesanato, Antiguidades, Gastronomia, Cultura e Lazer da Praça da República. Termo de Direito A Exposição. Permissão de Uso a Titulo Precário, e Oneroso, firmado pelo Sub- Prefeito da Sé A. Andréa Matarazzo. (20.10.2006). 374

Entretanto, a nomenclatura da Feira não faz com que a mesma seja alvo das atenções da Secretaria da Cultura Municipal. Para podermos compreender o porquê das mostras de arte da Praça da República não pertencer à Secretaria da Cultura do Município de São Paulo, para lá nos dirigimos, onde nos encontramos com o Sr. Secretário , Carlos Augusto Calil35.

Às questões decorrentes de nosso diálogo com o referido Secretario da Cultura, o mesmo respondeu que :

... a Secretaria não tem nenhum interesse na Praça da República. “A Câmara quer “empurrar” esse assunto para nós. É coisa da Myryan Athie. Não somos nós que vamos dizer " este é artista e o outro não é". E não podemos nos responsabilizar por locais de venda/comércio.Ali é comércio. A SEMAB, Secretaria do Abastecimento, foi extinta. Agora a responsável é a SPTUR (ex- Anhembi - Turismo). É turista quem gosta de ir à Praça da República e adquirir coisas “kitsh”.

A Secretaria da Cultura está criando um 'Museu da Cultura' cuja curadora será a Dra Délia Borges do Museu da Casa Brasileira. Ela irá selecionar quem vai fazer parte. Só para acervo, sem venda.

GTO, Poteiro, são artistas, os filhos deles podem não ser. Não podemos, e não seremos nós que iremos dizer isso a eles. Iríamos gerar inúmeros conflitos. Não podemos ir à Praça da República e fazer uma seleção. Isso geraria um «quebra-quebra».

Ilustração 7. Comprovantes de recolhimento das taxas municipais para ter a permissão de uso do espaço de Exposições na Praça da República.

35 CARLOS AUGUSTO CALIL é Secretário de Cultura da Cidade de São Paulo, professor do Departamento de Cinema, Radio e Televisão da Escola de Comunicações e Artes da USP. 375

Mais tarde, em contato com a Câmara dos Vereadores de São Paulo identificamos além dos projetos de Lei em andamento (um de 2004 e outro de 2005) as notas sobre os ofícios da Secretaria da Cultura Municipal, firmados pelo Sr. Secretario, com o seguinte teor:

No 1º ofício, lido na reunião ordinária da Comissão do dia 31/05/07, no Auditório Prestes Maia, 14 horas, o Secretário agradece o convite para a audiência pública sobre o PL 799/05 que trata das ruas de arte, artesanato e feiras de arte, artesanato e antiguidades, realizada no dia 21/06/07, Auditório Prestes Maia, 13 horas, porém, esclarece que o projeto visa regrar o uso privado do espaço público para atividades comerciais e não propriamente culturais fazendo-se desnecessária a presença de representantes da pasta da cultura no evento.

- No 2º ofício, ainda não lido, esclarece que foi alertado pela sua assessora que compareceu a audiência pública que seu 1º ofício foi mal interpretado e que : a Secretaria não se envolve em atividades relacionadas a comércio, pois não tem o poder de fiscalizar, não tendo possibilidade de assumir responsabilidade pelas feiras que compram e vendem objetos e obras, além de não ter no quadro da secretaria curadores para avaliar a qualidade dos produtos expostos em feiras de arte, artesanato e antiguidades razão pela qual a pasta não pode se envolver com a atividade.

Acrescenta que aprecia pessoalmente a arte popular brasileira e que tem se esforçado para que seja criado um Museu de Arte Popular.

MOSTRAS NA PRAÇA DA REPÚBLICA - Legislação Regente.

Após esse percurso pelas diversas administrações públicas que gerenciaram as atividades desenvolvidas na Praça da República, condensamos a legislação, em ordem cronológica, para que se tenha uma visão global das políticas publicas relativas à matéria na Tabela a seguir: 376

Tabela I. Legislação Municipal de São Paulo - Feiras de Arte e Artesanato. Legislação Municipal de São Paulo Ano Feiras de Arte e Artesanato. São Paulo (SP). DECRETO N° 5.841 DE 15 DE ABRIL DE 1964. 1964 Dispõe sobre as Feiras Livres do Município e dá outras providencias. Prefeito . Permite a transferência/cessão de licença outorgada pela Prefeitura a terceiros.

São Paulo (SP). LEI N°. 6.731, DE 7 DE OUTUBRO DE 1965. 1965 Permite, a titulo precário, nas praças públicas, o comércio, por ambulantes, de flores e plantas ornamentais. Prefeito Faria Lima São Paulo (SP). DECRETO N° 6.297 DE 26 DE NOVEMBRO DE 1965 1965. Cria o Conselho Municipal de Cultura e dá outras providencias. Prefeito Faria Lima.

São Paulo (SP). LEI N° 6.882 DE 18 DE MAIO DE 196. Dispõe 1966 sobre a reorganização parcial da estrutura administrativa da Prefeitura, e dá outras providencias. Prefeito Faria Lima.

Obs. Esta lei cria a Secretaria de Turismo e Fomento.

São Paulo (SP). LEI N° 7.078 DE 28 DE NOVEMBRO DE 1967. 1967 Dispõe sobre a Concessão de prêmios a compositores participantes do Festival da Música Popular Brasileira, e dá outras providências. Prefeito Faria Lima.

São Paulo (SP). DECRETO N° 7.240 DE 01 DE NOVEMBRO DE 1967 1967. Regulamenta as disposições legais relativas à taxa de licença para localização e funcionamento de estabelecimentos comerciais, industriais, profissionais e similares e a taxa de licença para publicidade. Prefeito Faria Lima.

Capítulo I Taxa de licença para a localização e funcionamento de estabelecimento comerciais, industriais, profissionais e similares. Seção I Incidência Art. 1° A taxa de licença para a localização de funcionamento de estabelecimentos comerciais, industriais, profissionais e similares, fundada no poder da policia do município quanto ao zoneamento da cidade e ao ordenamento das atividades urbanas, tem como fato gerador o licenciamento obrigatório daqueles, bem como a sua fiscalização quanto às posturas edilícias e administrativas constantes da legislação municipal, relativas à higiene, saúde, segurança, moralidade e sossego público.

Parágrafo Único. Incluem-se nas disposições desta 377

Legislação Municipal de São Paulo Ano Feiras de Arte e Artesanato. taxa os comerciantes, industriais e profissionais,estabelecidos ou não, inclusive os ambulantes que negociarem nas feiras-livres, sem prejuízo quanto a estes últimos do pagamento do preço da ocupação de área em via ou logradouro publico do Município. (grifamos)

São Paulo (SP). LEI N° 7.100 DE 29 DE DEZEMBRO DE 1967. 1967 Dispõe sobre a promoção de festas de cunho popular e festejos carnavalescos, e da outras providencias. Prefeito Faria Lima.

São Paulo (SP). DECRETO N° 7.468 DE 8 DE MAIO DE 1968. 1968 Altera os dispositivos do Decreto n°5.841 de 15 de abril de 1964 e dá outras providencias. Prefeito Faria Lima

São Paulo (SP). DECRETO N° 7.219 DE 29 DE NOVEMBRO DE 1968 1968. Dispõe sobre a ampliação e reorganização da Secretaria do Abastecimento, e dá outras providencias. Prefeito Faria Lima - (...) Artigo 5° sobre a Divisão de Feiras e Ambulantes a) Chefia de Divisão b) Serviços Administrativos c) Secção de Programação e Coordenação d) Secção de Licenciamento, Cadastro e Fiscalização.

São Paulo (SP). DECRETO N° 8.287 DE 04 DE JULHO DE 1969. 1969 Revoga o artigo 43 e seus parágrafos, do Decreto n° 5.841, de 15 de abril de 1964. Prefeito Paulo Salim Maluf. Obs. Impediu a transferência de “barracas”. Isso significa que o licenciado não poderia transferir seu titulo a outrem. São Paulo (SP). DECRETO N° 14.516 DE 29 DE ABRIL DE 1977. 1977 Cria a Secretaria de Serviços Internos, extingue a Secretaria de Turismo e Fomento, e da outras providências. Prefeito Olavo Egydio Setúbal. São Paulo (SP). DECRETO N° 15.080 DE 31 DE MAIO DE 1978. 1978 Dispõe sobre o funcionamento de Feiras de Arte e Artesanato no Município de São Paulo, e da outras providencias. Prefeito Olavo Egydio Setúbal. São Paulo (SP). DECRETO Nº. 21.986, DE 7 DE MARÇO DE 1986.Dispõe sobre delegação de competência ao 1986 Secretário Municipal de Abastecimento, e dá outras providências. Prefeito Jânio da Silva Quadros36

36 Art. 1º - Fica delegada ao Secretário Municipal de Abastecimento, além das competências referidas no artigo 1º do Decreto nº 19.512, de 20 de março de 1984, dentro da área da respectiva Secretaria, competência para: I - criar feiras de arte e artesanato, oficializá-las, localizá-las, dimensioná-las e remanejá-las, sempre em atendimento ao interesse público, respeitadas as exigências viárias e urbanísticas em geral, bem como extingui-las total ou parcialmente; 378

Legislação Municipal de São Paulo Ano Feiras de Arte e Artesanato. DECRETO Nº. 22.775, DE 18 DE SETEMBRO DE 1986. Dispõe 1986 sobre o funcionamento das Feiras de Arte e Artesanato no Município de São Paulo, e dá outras providências” Prefeito Jânio da Silva Quadros. São Paulo (SP). DECRETO Nº. 33.911, DE 28 DE DEZEMBRO DE 1993 1993. Dispõe sobre a administração do Vão Livre do MASP, e dá outras providências. Prefeito . São Paulo (SP). LEI Nº. 11.496, DE 11 DE ABRIL DE 1994. Institui, no âmbito do Município de São Paulo, Feira de 1994 Livros. (Projeto de Lei nº. 136/91, do Vereador Marcos Mendonça) Prefeito Paulo Maluf. São Paulo (SP). DECRETO Nº. 34.080, DE 11 DE ABRIL DE 1994. Dispõe sobre a dispensa de pagamento de preços 1994 públicos, e dá outras providências. Prefeito Paulo Maluf São Paulo (SP). LEI Nº. 12.607, DE 07 DE MAIO DE 1998 Dispõe sobre a padronização de vestimenta dos feirantes, 1998 e dá outras providências. (Projeto de Lei nº. 556/97, do Vereador Antonio Goulart). Prefeito Celso Pitta. São Paulo (SP). DECRETO Nº. 37.732, DE 04 DEZEMBRO DE 1998. Regulamenta a Lei nº. 12.607, de 06 de maio de 1998 1998, que dispõe sobre a padronização de vestimenta dos feirantes, e dá outras providências. Prefeito Celso Pitta. São Paulo (SP). DECRETO Nº. 40.904, DE 19 DE JULHO DE 2001 2001.Dispõe sobre o funcionamento das Feiras de Arte,Artesanato e Antiguidades no Município de São Paulo,e dá outras providências.Prefeita Marta Suplicy.

São Paulo (SP). LEI N° 13.169 DE 11 DE JULHO DE 2001 Projeto 2001 de LEI nº 281/01, do Executivo) Dispõe sobre a reorganização parcial das estruturas organizacionais das Secretarias Municipais que especifica, cria e extingue cargos de provimento em comissão, altera as formas de provimento de cargos em comissão, e dá outras providências. Prefeita Marta Suplicy.

São Paulo (SP). DECRETO Nº 43.798, DE 16 DE SETEMBRO DE 2003 2003. Dispõe sobre o funcionamento das Feiras de Arte, Artesanato e Antiguidades no Município de São Paulo. Prefeita Marta Suplicy. Transferiu a Competência da Secretaria do Abastecimento para as Sub-Prefeituras, criou o Conselho da Feira e permitiu a constituição de Associações que poderiam participar da organização das feiras (limpeza, segurança, etc.)

PROJETO DE LEI 547 /200437 - Dispõe sobre Feiras de 2004 Arte, Artesanato e Antiguidade na Estrutura organizacional das Secretarias Municipais, e dá outras providências. 38

37 Tal projeto encontra-se em tramite na Câmara Municipal. Já foi aprovado pela Comissão de Justiça. Encontra-se com vista para a Comissão de Administração.

38 Disponível em: Acesso em 20 de julho de 2007. 379

Legislação Municipal de São Paulo Ano Feiras de Arte e Artesanato. São Paulo (SP) LEI Nº. 13.960, DE 14 DE ABRIL DE 2005. (Projeto de Lei nº. 507/03, do Vereador Alcides Amazonas (PC 2005 do B).Oficializa a Feira de Arte, Artesanato, Antiguidades, Gastronomia, Cultura e Lazer da Praça da República, no Município de São Paulo, e dá outras providências. Prefeito JOSÉ SERRA39 (...) Art. 1º Passa a fazer parte do Calendário Oficial de Eventos do Município de São Paulo a Feira de Arte, Artesanato, Antiguidades, Gastronomia, Cultura e Lazer da Praça da República.

São Paulo (SP) DECRETO Nº 45.853, DE 27 DE ABRIL DE 2005. 2005 Dispõe sobre a reorganização parcial da Secretaria Municipal de Gestão; altera a denominação e a lotação dos cargos de provimento em comissão que especifica. Prefeito JOSÉ SERRA.

São Paulo (SP). PORTARIA No 41. Ano: 2005 Secretaria: 2005 SMSP Departamento: SP/PI RESOLVE : Transferir para a Subprefeitura da Sé a competência de administração e fiscalização da Feira de Arte, Artesanato e Cultura do Trianon.

PROJETO DE LEI Nº 799/2005 Legislações Municipais. 2005

São Paulo (SP). PORTARIA No 21 Ano: 2007 Secretaria: 2007 SMSP.Departamento:SP/SE. RESOLVE : Dar ciência aos expositores de Feiras de Arte, Artesanato e Antiguidades credenciados na Coordenadoria de Ação Social e Desenvolvimento da Subprefeitura Sé, que a não observância às disposições estabelecidas no Decreto 43.798 de 16/09/2003, sujeita os expositores à aplicação de penalidades, na forma que determina a Seção VI - Das Penalidades - art. 15

39São Paulo (SP) LEI Nº 13.960, DE 14 DE ABRIL DE 2005. Oficializa a Feira de Arte, Artesanato, Antiguidades, Gastronomia, Cultura e Lazer da Praça da República, no Município de São Paulo, e dá outras providências. (...) Art. 1º Passa a fazer parte do Calendário Oficial de Eventos do Município de São Paulo a Feira de Arte, Artesanato, Antiguidades, Gastronomia, Cultura e Lazer da Praça da República. (grifamos) Art. 2º (VETADO) Art. 3º O Poder Executivo regulamentará a presente lei, no que couber, no prazo de 90 (noventa) dias, a partir da data de sua publicação. Art. 4º As despesas decorrentes da execução desta lei correrão por conta de dotações orçamentárias próprias, suplementadas se necessário. Art. 5º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário. PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO, aos 14 de abril de 2005, 452º da fundação de São Paulo. JOSÉ SERRA, PREFEITO CARLOS AUGUSTO MACHADO CALIL, Secretário Municipal de Cultura, WALTER MEYER FELDMAN, Secretário Municipal de Coordenação das Subprefeituras. Publicada na Secretaria do Governo Municipal, em 14 de abril de 2005. 380

Legislação Municipal de São Paulo Ano Feiras de Arte e Artesanato. do mencionado Decreto, abaixo transcrita, em sua totalidade.

São Paulo (SP). DECRETO Nº 48.172, DE 6 DE MARÇO DE 2007 2007 Dispõe sobre o funcionamento das feiras livres no Município de São Paulo. Prefeito Gilberto Kassab. 381

18 Considerações Finais

MOSTRAS EM “PRAÇAS PÚBLICAS”

Fortalecer a estrutura das praças como áreas de lazer e socialização, onde naturalmente se desenvolve o pequeno comércio em torno da praça. É uma estrutura que você encontra em cidades européias estabilizadas.

O fato de a praça ter morrido é uma lacuna na convivência das pessoas. Estou absolutamente convencido de que é extremamente importante estudar o que as pessoas fazem na hora do não trabalho.

Atrás do não-trabalho existem fantásticas cadeias. Nós chegamos à conclusão de que provavelmente entre 12% e 15% da força de trabalho opera para atender as horas do não trabalho.

Lazer e entretenimento no sentido mais amplo. Daí você descobre que o lazer pode ser produzido como mercadoria e utilizado individualmente, o lazer pode ser produzido coletivamente e utilizado coletivamente e pode ser produzido individualmente e utilizado individualmente. Até o pão jogado fora, se não tem valor de mercado tem imenso valor na construção das relações. Acho que , que com isso, vamos robustecer a cultura do pequeno comercio , espaço de trocas também aditivas de informação e de convivência. Se desaparecer degrada imensamente a qualidade de vida das pessoas. (...) não entendo porque as nossas prefeituras não se lançam a fazer experiências nesse segmento. Essas experiências têm uma característica, exigem muita organização para ser bem sucedidas, mas o gasto é baixo.

O retorno é grande. Se você estimular um baile ao ar livre , é um sucesso monumental.Se você começar a olhar o que alguns prefeitos conseguiram teu queixo vai ao chão. Blumenau com a festa da Cerveja, Parintins inventou aquele negócio do boi.

Os carnavais no nordeste fora de hora... As festas de São João no circuito de Caruaru a Campina Grande, a queima de fogos na passagem do ano nas praias do Rio... a minha tese é a seguinte, brasileiro NÃO TEM MEDO de Praça cheia. E o lazer popular exige que a Praça seja de todos.

Entrevista Carlos Lessa então Presidente do BNDES.Carta Capital - 1, de setembro de 2004.Ano XI n. 306 382

Ao desenvolvermos a presente pesquisa, sobre os artistas que compõem a Família Silva, em um primeiro momento tivemos a intenção de biografar pessoas especiais, com produção artística louvável, que fazem parte da História e da Cultura afro – brasileiras. Ao mesmo tempo, passamos a verificar os caminhos que percorrem as suas artes para que cheguem ao público que as admira e por vezes as adquire.

Partimos de dados empíricos, desse grupo de artistas, denominados pelos críticos de naïf, que são expositores da Praça da República, há mais de 30 anos. Entrevistamos os seus pares, também artistas. Visitamos as suas casas, os ambientes que freqüentam, conhecemos seus amigos. Tivemos acesso a informações privilegiadas de seus arquivos pessoais, lembranças do passado e das histórias de Minas, que permanecem vivas na memória, sobretudo porque se encontram representadas em magníficas cores.

As experiências de vida dos Silva foram registradas em suas memórias e transformadas em arte. No principio, com os materiais disponíveis, aquilo que estivesse mais à mão, carvões, pedaços de madeira, rendas e até cabelo fizeram e fazem a arte. Os talentos passaram de pais para filhos, de geração em geração, pela oralidade e pela vida, até certo ponto comunitária que compartilham. Há um verdadeiro patrimônio cultural familiar que é orgulhosamente cultivado.

No passado, todos os Silva foram peintres du dimanche: as artes eram cultivadas apenas nos finais de semana. Hoje, todos são profissionais da arte. Vivem da arte e quando, por alguma razão não podem expor na Praça da República, as contas domésticas começam a pesar.

O Poder Público ora ataca, ora procura os Silva para expor. Ataca ao se omitir na organização adequada do espaço público de exposições (da Praça da República), pelo qual cobra as taxas de uso; negligencia, e cria óbices para o desenvolvimento das atividades artístico-culturais. As 383 sucessivas legislações pesquisadas revelam a falta de critérios adequados no tratamento das mostras de ‘arte e cultura’ que se realizam na res publica.

Também entrevistamos pessoas do poder público ligadas à cultura e às artes e curadores e críticos. Nunca tivemos dúvida quanto aos Silva serem ou não artistas. Apenas quisemos ouvir o que pensam os outros. Quais as suas opiniões, o que vêem e o que sentem. Como estão legitimados ‘os Silva’. No segmento de arte, quanta riqueza criativa nos “cândidos” foi encontrada.

Verificamos mediante as diferentes histórias de vida os diferentes pensares, e por meio deles percorremos momentos históricos do Brasil e do mundo. Recuperamos, para a posteridade, a vida de indivíduos ímpares que dão colorido ao nosso viver.

O que seria da ágora paulista, daquele espaço de 30.000 metros quadrados, sem arte? Por que estirpar as tradições, nosso patrimônio histórico-cultural? Em quais lugares encontraremos nossos artistas populares? Uma vez ao ano em uma efeméride?

Uma das sugestões que temos para a reorganização do espaço que já foi nobre e hoje se tornou decadente é a formação de grupos interdisciplinares (em arte e cultura) que tenham formação e competência para olhar de forma diferenciada para aquele lugar e revitalizá-lo.Isso significa agir de forma coerente e seletiva propiciando tratamento adequados aos artistas e artesãos que ali apresentam suas obras, enriquecendo o nosso saber.

Deixamos aqui uma pequena contribuição para que outros pesquisadores possam também trazer para o meio universitário as reflexões aqui contidas. 384

BIBLIOGRAFIA

ABBAGNANO, Nicola. Dicionário de Filosofia. São Paulo: Martins Fontes, 2003.

ABELEM, Auriléa et al. O Impacto Social das ONGs no Brasil, São Paulo:ABONG,1998.

ABONG. Desenvolvimento e Direitos Humanos. Diálogos do Fórum Social Mundial. São Paulo: Peirópolis /ABONG, 2002.

ABONG. Governo e Sociedade Civil. Um debate sobre espaços públicos democráticos, São Paulo: Petrópolis, /ABONG, 2003.

AGUILAR, Nelson (org). Mostra do Descobrimento: Arte Popular. São Paulo: Fundação Bienal de São Paulo, 2000.

ANDRADE, Geraldo Edson de. Festas Brasileiras pelos Pintores Populares. Rio de Janeiro: IMPRINTA, 1980.

ANTHONIO E SILVA, Jorge. O fragmento e a Síntese - A Educação Estética do Homem. São Paulo: Perspectiva, 2003.

______, ARDIES, Jacques. Ivonaldo, Pintores Naïf do Brasil, São Paulo, Editora Empresa das Artes, 2003.

AQUINO, Flávio de. Aspectos da pintura primitiva brasileira = Aspects of Brazilian primitive painting. trad. Tradução de Richard Spock. Apresentação de Geraldo Edson de Andrade. Rio de Janeiro: Spala, 1978

ARANTES, Antonio Augusto. O que é cultura popular. 14. Ed. São Paulo: Brasiliense, 1990.

ARAUJO, Emanoel; MARCONDES DE MOURA, Carlos Eugênio. Arte e Religiosidade Afro-Brasileira. São Paulo: Câmara Brasileira do Livro, 1944 (Brasiliana de Frankfurt) Exposição na 46ª Feira do Livro de Frankfurt 1994.

______Negro de Corpo e Alma. Mostra do Redescobrimento. MINC/ Fundação Bienal de São Paulo, 2000. (Catálogo)

ARAÚJO, Paulo Roberto de, Charles Taylor. Por uma Estética do Reconhecimento. São Paulo: Editora Loyola.

ARDIES, Jacques. A Arte Naïf no Brasil. São Paulo: Empresa das Artes, 1998. 385

______Arte Naïf. (Coletânea de textos). In: Encontros Estéticos. Organizador: Jorge Anthonio e Silva. São Paulo: Conjunto Cultural da Caixa, 2005.

ARGAN, Giulio Carlo. História da Arte como História da Cidade. São Paulo: Martins Fontes, 4ªEdição, 1998.

Arte no Brasil. São Paulo: Abril Cultural, 1979.

Arte Brasileira. 3ª ed. São Paulo: Abril Cultural, 1976.

Arte Negra/Raízes. Catálogo.São Paulo: Secretaria de Estado da Cultura, 1981

ASSIS.(SP). Museu de Pintura Primitiva de Assis.Catálogo Comemorativo do 2º Aniversário.1986.

AZEVEDO, Fernando de. Cultura brasileira: Introdução ao Estudo da Cultura no Brasil. 4. ed., Brasília: Editora da Universidade de Brasília, 1963.

BAIRON, Sérgio. Multimídia. São Paulo: Global, 1995.

BARBOSA GOMES, Joaquim B. Ação Afirmativa e Principio Constitucional da Igualdade. O Direito como instrumento de Transformação Social. Rio de Janeiro: Renovar, 2001.

BARDI, Pietro Maria. Maria Auxiliadora da Silva. Torino: Giulio Bolaffi Editore. 1977.

BARDIN, L. Análise de conteúdos. Lisboa : Edições 70, 1977.

BARDIN, Laurence. L’analyse du Contenu. Paris : Presses Universitaires de France - PUF Collection: Le Psychologue, 10 a. Edição, 2003.

BEAUDRILLARD, Jean e MORIN, Edgar. A violência do Mundo. Rio de Janeiro: Anima Editora, 2004.

Bienal Naïfs do Brasil. São Paulo: SESC, 2006

BIHALJI – MERIN, Oto. L'Art Naïf – Encyclopédie Mondiale. Iugoslávia: Edita S.A, 1984.

BLEGER, J. Temas de psicologia: entrevista e grupos. 2.ed. São Paulo: Martins Fontes, 1998.

BRANDT, Leonardo. Mercado Cultural. São Paulo: Escrituras Editora, 2002. 386

BRIOSCHI, Gabriela. Arte Hoje – 5ª série. Editora FTD, São Paulo 2003.

BULL, Márcia Regina; FRASCARI, Michael. Artistes et Vie Associative, São Paulo: Ação Ética e Cidadania, 2004.1 DVD

CALABRESE, Osmar. A linguagem da Arte. São Paulo: Editora Globo, 1987.

CÂNDIDO, Antonio. Literatura e Vida Nacional. São Paulo: Cia. Editora Nacional, 1965.

CARNEIRO, Sueli e FRANCO, Silvia Cintra (Org). Mulheres Negras no Brasil. Recuperando a Nossa História. (Pesquisa em formato de calendário) São Paulo: Forminform, 1987.

CARR-RUFFINO, Norma. Managing diversity: People skills for a multicultural workplace. 3 rd. Ed. Needham heights, Ma: Pearson Custom Publishing, 2000.

CARVALHO, Jose Miserani de. Velharias. Notas para a História de Campo Belo, 2ª. edição, Belo Horizonte(MG): Editora Prograf, 1993.

Catálogo Brasileiro das Artes Plásticas. Núcleo de Arte e Cultura Nova Era. São Paulo: Ed. Portia.

CAUQUELIN, Anne. Arte Contemporânea, uma introdução. São Paulo: Martins, 2005.

______Teorias da Arte. São Paulo: Ed. Martins, 2005.

CAVALCANTI, Carlos. Como Entender a Pintura Moderna. Rio de Janeiro: Editora Rio, 4ª. ed. 1978.

CAVALCANTI, Carlos; AYALA, Walmir, org. Dicionário Brasileiro de Artistas Plásticos. Apresentação de Maria Alice Barroso. Brasília: MEC/INL, 1973-1980.

CHAUI, Marilena. Conformismo e Resistência. São Paulo : Brasiliense, 1986

COELHO, Teixeira. Dicionário Crítico de Política Cultural. São Paulo: Iluminuras, 2004.

CORZO, Miguel Angel. Pour l’avancement de la liberté de l’artiste dans une société démocratique. Art and Society, PARIS: UNESCO, 1999. 387

COMPARATO, Fábio Konder. A Afirmação Histórica dos Direitos Humanos. II Edição, São Paulo : Saraiva, 2004.

CONRADO, Vanessa de Cássia Viegas. A Princesa d’Oeste. Campo Belo e Sua Memória. Belo Horizonte (MG): Editora O Lutador, 2000.

CUÉLLAR, Javier Pérez de. L’Artiste et le Développement. Art and Society, Paris: UNESCO, 1999.

D’AMBRÓSIO, Oscar. Os Pincéis de Deus. Vida e Obra do pintor Naïf Waldomiro de Deus. São Paulo: Editora UNESP: Imprensa Oficial do Estado,1999.(Coleção Studium)

Danças do Brasil / Felicitas. - Rio de Janeiro: Editora Tecnoprint Ltda., sem/data.

RIBEIRO, Darcy. Os brasileiros. Livro I - Teoria do Brasil, 1972. Disponível em . Acesso em 27 de julho de 2006.

Dicionário de Língua Portuguesa Contemporânea. Academia das Ciências de Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian. Lisboa: Academia de Ciências e Editorial Verbo, 2001. Vol.1.

FÁVERO, Osmar (org.). Cultura popular, educação popular: Memória dos anos 60. 2. ed. Rio de Janeiro: Graal, 2001.

FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa. 3ª. Edição. Curitiba: Positivo, 2004. 1 CD-ROM

FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa. 3ª. Edição. Curitiba: Positivo, 2004.

FERREIRA FILHO, Manoel Gonçalves. Direitos Humanos Fundamentais. São Paulo: Saraiva. 6ª. Edição, 2004.

FINKELSTEIN, Lucien. Brasil Naïf - Arte Naïf: Testemunho e Patrimônio da Humanidade, Rio de Janeiro: Novas Direções, 2001.

FINKELSTEIN, Lucien. O Mundo Fascinante dos Pintores Naïfs. Sinopse do Acervo do Futuro Museu Internacional de Arte Naïf do Brasil. Rio de Janeiro: MIAN - Museu Internacional de Arte naïf no Brasil, 1988.

FOURNY, Max. Álbum Mondial de la peinture Naive. Paris: Herva, 1990. 388

FROTA, Lelia Coelho. Mitopoética de 9 Artistas Brasileiros. Rio de Janeiro: FUNARTE, 1978.

FROTA, Lelia Coelho. Pequeno Dicionário do Povo Brasileiro. Séc.XX. Rio de Janeiro: Aeroplano, 2005.

GADOTTI, Moacir. Diversidade cultural e educação para todos. Rio de Janeiro: Graal, 1992.

GODOY, Arilda Schmidt. Introdução à Pesquisa Qualitativa e Suas Possibilidades - Uma revisão histórica dos principais autores e obras que refletem esta metodologia de pesquisa em Ciências Sociais. Revista de Administração de Empresas (RAE), São Paulo, vol. 35 n. 2; p. 58, Março - Abril 1995.

GOUVEIA JR. Antonio Carlos. Anuário Paulista de Arte Popular. VOL.1. Arte Popular Book. São Paulo: G&A Gráfica Editorial Ltda, 2004.

GRÜND, Françoise. Brésil Naïf. França : Maison des Cultures Du Monde, 1986.

Hachette Multimédia. França : Hachette Livre, 2003. 1 CD-ROM

HERS, François. Creation: The missing link in Contemporary Cultural policies. Art and Society, Paris: UNESCO, 1999.

IANNI, Octávio. Sociologia e Sociedade no Brasil. São Paulo: Alfa- Omega,1975.

IOSCHPE, Evelyn (org.). 3º Setor – Desenvolvimento Social Sustentado. Paz e Terra, São Paulo: 1997.

JANSON, H. W. História da arte. Panorama das artes plásticas e da arquitectura da pré-história a actualidade. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1979.

Iniciação à História da Arte, São Paulo: Martins Fontes, 2ª. Ed, 1996.

JAKOVSKY,Anatole. Peintre Naïfs – Dictionnaire des Peintres Naïfs du Monde Entier. Suíça/Basel: Basilius Presse, 1976.

JORDAO, M.F. Embu: Terra das Artes e Berço das Tradições. São Paulo: Editora Noovha América, 2004.

KÖCHE, José Carlos. Fundamentos de Metodologia Científica: teoria da Ciência e Problema de Pesquisa. Petrópolis, Rio de Janeiro: Vozes, 1977. 389

LANCRI, Jean. Colóquio sobre a Metodologia da Pesquisa em Artes Plásticas na Universidade. “apud” O Meio como Ponto Zero. BRITES Blanca e TESSLER, Elida. Porto Alegre: Editora da Universidade, 2002. (Coleção Visualidade; 4)

LESSA, Carlos. O Rio de todos os Brasis: uma reflexão em busca da auto-estima. Record, Coleção Metrópoles, 2004.

LUYTEN, Jos. Os Silva na Cultura Negra. catálogo da Exposição realizada pela Prefeitura do Município de São Bernardo do Campo. maio/junho 1981.

MALAGODI, Maria Eugênia e CESNIK, Fábio de Sá . Projetos Culturais. São Paulo : Escrituras Editora , 2004.

MARTINS, Antonio Egydio. São Paulo Antigo 1554 a 1910. São Paulo: Editora Paz e Terra ,2003.

MARTINS, José de Souza. A sociabilidade do homem simples: cotidiano e historia na modernidade anômala. São Paulo: Hucitec, 2000.

MASON, Rachel. Qu’est-ce que l’éducation artistique multiculturelle ? Art and Society, Paris: UNESCO, 1999.

MENUHIN, Yehudi (Lord). Art and Creativity: the sources of Diversity. Art and Society, Paris: UNESCO, 1999.

MENUHIN, Yehudi (Lord). L’Art contre la violence. Art and Society. Paris: UNESCO, 1999.

MONTAÑO, Carlos. Terceiro Setor e Questão Social. São Paulo: Cortez Editora, 2002.

MONTENEGRO, Antonio Torres. Historia Oral e Memória. A cultura popular revisitada. São Paulo: Contexto, 2001. (Caminhos da História)

Monumentos Urbanos - Obras de Arte na Cidade de São Paulo. São Paulo: Prêmio Editorial Ltda., 2002.

MORENO Jean Carlos; FONTOURA JR., Antonio. Estudos Sociais. História/Geografia. Coleção Vitória Régia. São Paulo: Secretaria de Estado da Educação/MEC. IBEP, 2001.

MORIN, Edgar. Le dialogue entre les Civilisations. Paris: Le Nouveau Courrier” (número especial - janeiro 2004) Entrevista de Sophie Boukhari. 390

MORIN, Edgar. As duas Globalizações - Complexidade e Comunicação uma pedagogia do presente. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2002.

MORIN, Edgar e KERN, Anne Brigitte, Terra-Pátria. Porto Alegre: Salina, 2003.

MORIN, Edgard. Les Sept Savoirs pour L’Education Du Futur. Paris : Édition du Seuil, 2000.

MOTA, Carlos Guilherme. Ideologia da cultura brasileira: pontos de partida para uma revisão histórica. 9. ed. São Paulo: Ática, 2002.

MUNFORD, Lewis . A Cidade na História - suas origens , transformações e perspectivas.São Paulo : Martins Fontes, 4ª. Edição, 2ª. Tiragem, 2004. 11 de março a 23 de abril de 2006).

NORDESTE, Carlinhos. Mestre Deodato - a vida do artista contada em versos de cordel. Maceió: Edições Catavento, 2003.

O Olhar Modernista de JK. Curadoria Denise Mattar. São Paulo: FAAP, 2006. 5º Salão Cultural da FAAP – Fundação Armando Álvares Penteado.

OLALQUIAGA, Celeste. Megalópoles: Sensibilidades culturais contemporâneas. São Paulo: Studio Nobel, 1998.

OLIVEN, Ruben George. Parte e o todo, a diversidade cultural no Brasil-nação. Petrópolis, R.J.: Vozes, 1992.

OLIVIERI, Cristiane Garcia . Cultura Neoliberal – Leis de Incentivo como Política Pública de Cultura. São Paulo: Escrituras Editora, 2004.

OLIVEIRA, Lucia Maciel Barbosa. Embu. São Paulo: Beca Produções Culturais, 2003.

OLIVEIRA, Eduardo de. Quem é quem na Negritude Brasileira. São Paulo: Congresso Nacional. Secretaria Nacional de Direitos Humanos do Ministério da Justiça, 1998. (Congresso Nacional Afro Brasileiro - CNAB).

PEIRCE, Charles Sanders. Semiótica. São Paulo: Ed. Perspectiva, 1977.

PÉREZ DE CUÉLLAR, Javier (org.). Nossa diversidade criadora: relatório da comissão mundial de cultura e desenvolvimento. Campinas: Papirus, 1997.

Pinacoteca 25 Anos. Relação dos 430 artistas do Acervo. 1980- 2005. Catálogo da Prefeitura de São Bernardo do Campo, SP. 2005.

POMPEU DE TOLEDO, Roberto . A Capital da Solidão - Uma História de São Paulo das origens a 1900. São Paulo : Objetiva, 2004. 391

Praça da República, Cadernos da Cidade de São Paulo – nº 13. São Paulo: ICI, 1995

PROENÇA, Graça. História da Arte. São Paulo: Ática, 16ª. Edição, 9ª. Impressão, 2003.

PRUDENTE, Celso. Mãos Negras. Antropologia da Arte Negra. São Paulo:Panorama do Saber,2002.

QUINTÃO, Antonia Aparecida. Irmandades Negras: outro espaço de luta e resistência (São Paulo: 1870/1890). São Paulo: Annablume: Fapesp, 2002.

RASSEGNA D’ Arte del Mezzogiorno. Mito e Magia del Colore - Pittura Neo-Primitiva del Brasile-XI Edizione. Nápoles: Castel dell’ Ovo, 1982.

RICHARDSON, R.I. Pesquisa Social-Métodos e Técnicas. 38ª. Edição. São Paulo: Atlas, 1999.

READ, Herbert. A Educação pela Arte. São Paulo: Martins Fontes, 1ª. Edição, 2001.

RIBEIRO, José Maria. Da Minúcia do Olhar ao Olhar Distanciado. Dissertação de Mestrado em Comunicação Educacional Multimédia, Universidade Aberta, Lisboa, 1993.

RIBEIRO, José da Silva. Métodos e Técnicas de Investigação em Antropologia. Lisboa :Universidade Aberta,2003.

______.Antropologia Visual - Da Minúcia do olhar distanciado. Porto: Edições Afrontamento, 2004.

RIBEIRO, Darcy.Os brasileiros. Livro I. São Paulo: Teoria do Brasil, 1972 – (ABL) Disponível em Acesso em 27 de julho de 2006.

RIBEIRO, Darcy. O Povo Brasileiro: a formação e o sentido do Brasil São Paulo: Editora Companhia das Letras,1995.

ROCHE, Chris. Avaliação de Impacto dos Trabalhos de ONGs - Aprendendo a valorizar as mudanças. São Paulo: Cortez ABONG, Oxford, Inglaterra: Oxfam, 2000.

ROSA, Marcos. São Paulo Vista do Céu. São Paulo: Caras, 2000.

RYKWERT, Joseph . A Sedução do Lugar – A História e o futuro da Cidade. São Paulo: 1ª. Ed., 2004. 392

SANCHES, Ivanir Pineda. Catálogo Brasileiro de Artes Plásticas, Núcleo de Arte e Cultura Nova Era. São Paulo. Editora Portia, 1997.

SANTOS, Joana Elbein. A percepção ideológica dos fenômenos sincréticos. Revista de Cultura Vozes. São Paulo: Vozes, 1977. apud Celso Prudente (2002).

SANTOS, Milton . Pensando o Espaço do Homem. São Paulo : Edusp , 5ª. Edição, 2004.

SARABHAI, Malika . L’Art comme moyen d’éducation. Art and Society. Paris: UNESCO, 1999.

SARAIVA, F.R. dos Santos. Dicionário Latino Português. Belo Horizonte: Garnier, 10aEd., 1993.

São Paulo 450 Anos - Cadernos de Fotografia Brasileira. São Paulo: Instituto Moreira Salles, 2004.

SCHILLER, Friedrich. A Educação Estética do Homem. São Paulo: Editora Iluminuras, 2000.

SELLTIZ, C. et al. Métodos de pesquisas nas relações sociais. São Paulo: EPU, 1974.

SILVA, Conceição Aparecida. Autobiografia. Manuscrito de 19 de julho de 2007.

SILVA, Ilza Jacob da. Autobiografia. Manuscrito de 20 de janeiro de 2007.

SILVA, João Cândido da. Autobiografia. Manuscrito de 15 de julho de 2007.

STRINATI, Dominic. Cultura popular: Uma introdução. 1ª ed. São Paulo: Hedra, 1999.

TEIXEIRA, Milton; GALLENA, Raquel. CONFRART II – O Livro das Artes. São Paulo: Editora Guimarães, 1999.

TRINDADE, Solano. O Poeta do Povo. 1 ed. São Paulo: Cantos e Prantos Editora, 1999.

UNESCO. l’Art et la Société - Nouvelles Technologies, financement et éducation artistique : questions d’actualité, Paris : UNESCO, 1999.

VALENTE, Ana Lúcia. Educação e diversidade cultural: Um desafio da atualidade. São Paulo: Moderna, 1999. 393

VIEIRA, José. Sol de Portugal, Rio de Janeiro: Revista dos Tribunais, 1918. Apud FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa. 3ª. Edição. Curitiba: Positivo, 2004. .

ZANINI, Walter (org). História Geral da Arte no Brasil. São Paulo: Instituto Walter Moreira Salles, 1983,

ZAOUAL, Hassan. Globalização e diversidade cultural. São Paulo: Cortez, 2003.

17° Salão de Artes Plásticas. Catálogo. Prefeitura Municipal de Embu, 1980.

Visages d’Amérique Latine. Revista de Estúdios Ibero-americanos, número 2. França: Oudin Imprimeur, Junho de 2005.

Documentos jurídicos

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil .1988. Disponível em Acesso em: 27 de julho de 2007.

BRASIL. RESOLUÇÃO/FNDE/CD/Nº008 DE 28 DE MARÇO DE 2006. Estabelece as orientações e diretrizes para assistência financeira suplementar aos projetos educacionais para implementação do ensino da história e cultura Afro-Brasileira, no exercício de 2006.

BRASIL. .RESOLUÇÃO/FNDE/CD/Nº008 DE 28 DE MARÇO DE 2006 ANEXO I DIVERSIDADE E INCLUSÃO EDUCACIONAL.

BRASIL. LEI No 10.639, DE 9 DE JANEIRO DE 2003. Presidência da República Casa Civil,Subchefia para Assuntos Jurídicos.Altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática "História e Cultura Afro-Brasileira", e dá outras providências.

BRASIL. CNE/CP Resolução 1/2004. CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO, CONSELHO PLENO. RESOLUÇÃO Nº. 1, DE 17 DE JUNHO DE 2004. Institui Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro- 394

Brasileira e Africana. Diário Oficial da União, Brasília, 22 de junho de 2004, Seção 1, p. 11.

SÃO PAULO. SP. Decreto Municipal firmado pelo Prefeito Jânio Quadros aos 29 de junho de 1988, publicado no DOM de 30 de junho de 1988 fls. 3 determina que a Escola Municipal de Educação Infantil, do Conjunto Habitacional Nossa Senhora da Penha passa a chamar Escola Municipal de Educação Infantil “Vicente Paulo da Silva”.

SÃO PAULO. SP. Decreto 22 861 de 2 de outubro de 1986, Atribui o nome de “Creche Maria Auxiliadora da Silva” a Creche Municipal do Jaçanã.

SÃO PAULO (SP). DECRETO N° 5.841 DE 15 DE ABRIL DE 1964. Dispõe sobre as Feiras Livres do Município e dá outras providencias. Prefeito Francisco Prestes Maia.

SÃO PAULO (SP). LEI N°. 6.731, DE 7 DE OUTUBRO DE 1965. Permite, a titulo precário, nas praças públicas, o comércio, por ambulantes, de flores e plantas ornamentais. Prefeito Faria Lima

SÃO PAULO (SP). DECRETO N° 6.297 DE 26 DE NOVEMBRO DE 1965. Cria o Conselho Municipal de Cultura e dá outras providencias. Prefeito Faria Lima

SÃO PAULO (SP). LEI N° 6.882 DE 18 DE MAIO DE 196. Dispõe sobre a reorganização parcial da estrutura administrativa da Prefeitura, e dá outras providencias. Prefeito Faria Lima. Obs. Esta lei cria a Secretaria de Turismo e Fomento.

SÃO PAULO (SP). LEI N° 7.078 DE 28 DE NOVEMBRO DE 1967. Dispõe sobre a Concessão de prêmios a compositores participantes do Festival da Música Popular Brasileira, e dá outras providências. Prefeito Faria Lima.

SÃO PAULO (SP). DECRETO N° 7.240 DE 01 DE NOVEMBRO DE 1967. Regulamenta as disposições legais relativas à taxa de licença para localização e funcionamento de estabelecimentos comerciais, industriais, profissionais e similares e a taxa de licença para publicidade. Prefeito Faria Lima.

SÃO PAULO (SP). LEI N° 7.100 DE 29 DE DEZEMBRO DE 1967. Dispõe sobre a promoção de festas de cunho popular e festejos carnavalescos, e da outras providencias. Prefeito Faria Lima.

SÃO PAULO (SP). DECRETO N° 7.468 DE 8 DE MAIO DE 1968. Altera os dispositivos do Decreto n°5.841 de 15 de abril de 1964 e dá outras providencias. Prefeito Faria Lima 395

SÃO PAULO (SP). DECRETO N° 7.219 DE 29 DE NOVEMBRO DE 1968. Dispõe sobre a ampliação e reorganização da Secretaria do Abastecimento, e dá outras providencias. Prefeito Faria Lima.

SÃO PAULO (SP). DECRETO N° 8.287 DE 04 DE JULHO DE 1969. Revoga o artigo 43 e seus parágrafos, do Decreto n° 5.84, de 15 de abril de 1964. Prefeito Paulo Salim Maluf.

SÃO PAULO (SP). DECRETO N° 14.516 DE 29 DE ABRIL DE 1977. Cria a Secretaria de Serviços Internos, extingue a Secretaria de Turismo e Fomento, e da outras providências. Prefeito Olavo Egydio Setúbal.

São Paulo (SP). DECRETO N° 15.080 DE 31 DE MAIO DE 1978. Dispõe sobre o funcionamento de Feiras de Arte e Artesanato no Município de São Paulo, e da outras providências. Prefeito Olavo Egydio Setúbal.

SÃO PAULO (SP). DECRETO Nº. 21.986, DE 7 DE MARÇO DE 1986. Dispõe sobre delegação de competência ao Secretário Municipal de Abastecimento, e dá outras providências.Prefeito Jânio da Silva Quadros.

SÃO PAULO (SP). DECRETO Nº. 22.775, DE 18 DE SETEMBRO DE 1986. «Dispõe sobre o funcionamento das Feiras de Arte e Artesanato no Município de São Paulo, e dá outras providências» Prefeito Jânio da Silva Quadros.

SÃO PAULO (SP). DECRETO Nº. 33.911, DE 28 DE DEZEMBRO DE 1993. Dispõe sobre a administração do Vão Livre do MASP, e dá outras providências. Prefeito Paulo Salim Maluf.

SÃO PAULO (SP). LEI Nº. 11.496, DE 11 DE ABRIL DE 1994. Institui, no âmbito do Município de São Paulo, Feira de Livros. (Projeto de Lei nº. 136/91, do Vereador Marcos Mendonça) Prefeito Paulo Salim Maluf.

SÃO PAULO (SP). DECRETO Nº. 34.080, DE 11 DE ABRIL DE 1994. Dispõe sobre a dispensa de pagamento de preços públicos, e dá outras providências. Prefeito Paulo Salim Maluf.

SÃO PAULO (SP). LEI Nº. 12.607, DE 07 DE MAIO DE 1998 Dispõe sobre a padronização de vestimenta dos feirantes, e dá outras providências. (Projeto de Lei nº. 556/97, do Vereador Antonio Goulart). Prefeito Celso Pitta.

SÃO PAULO (SP). DECRETO Nº. 37.732, DE 04 DE DEZEMBRO DE 1998. Regulamenta a Lei nº. 12.607, de 06 de maio de 1998, que dispõe 396 sobre a padronização de vestimenta dos feirantes, e dá outras providências. Prefeito Celso Pitta.

SÃO PAULO (SP). DECRETO Nº. 40.904, DE 19 DE JULHO DE 2001. Dispõe sobre o funcionamento das Feiras de Arte,Artesanato e Antiguidades no Município de São Paulo,e dá outras providências. Prefeita Marta Suplicy.

SÃO PAULO (SP). LEI N° 13.169 DE 11 DE JULHO DE 2001 Projeto de LEI nº. 281/01, (do Executivo) Dispõe sobre a reorganização parcial das estruturas organizacionais das Secretarias Municipais que especifica, cria e extingue cargos de provimento em comissão, altera as formas de provimento de cargos em comissão, e dá outras providências. Prefeita Marta Suplicy.

SÃO PAULO (SP). DECRETO Nº. 43.798, DE 16 DE SETEMBRO DE 2003. Dispõe sobre o funcionamento das Feiras de Arte, Artesanato e Antiguidades no Município de São Paulo. Prefeita Marta Suplicy.

SÃO PAULO (SP) LEI Nº. 13.960, DE 14 DE ABRIL DE 2005. (Projeto de Lei nº. 507/03, do Vereador Alcides Amazonas (PC do B).Oficializa a Feira de Arte, Artesanato, Antiguidades, Gastronomia, Cultura e Lazer da Praça da República, no Município de São Paulo, e dá outras providências. Prefeito JOSÉ SERRA

SÃO PAULO (SP) DECRETO Nº. 45.853, DE 27 DE ABRIL DE 2005. Dispõe sobre a reorganização parcial da Secretaria Municipal de Gestão; altera a denominação e a lotação dos cargos de provimento em comissão que especifica. Prefeito JOSÉ SERRA

SÃO PAULO (SP). PORTARIA No 41. Ano: 2005. Secretaria: SMSP Departamento: SP/PI RESOLVE : Transferir para a Subprefeitura da Sé a competência de administração e fiscalização da Feira de Arte, Artesanato e Cultura do Trianon.

SÃO PAULO (SP). PORTARIA No 21 Ano: 2007 Secretaria: SMSP Departamento: SP/SE.RESOLVE : Dar ciência aos expositores de Feiras de Arte, Artesanato e Antiguidades credenciados na Coordenadoria de Ação Social e Desenvolvimento da Subprefeitura Sé, que a não observância às disposições estabelecidas no Decreto 43.798 de 16/09/2003, sujeita os expositores à aplicação de penalidades, na forma que determina a Seção VI - Das Penalidades - art. 15 do mencionado Decreto.

SÃO PAULO (SP). DECRETO Nº. 48.172, DE 6 DE MARÇO DE 2007 Dispõe sobre o funcionamento das feiras livres no Município de São Paulo.Prefeito Gilberto Kassab. 397

Artigos e / ou Matérias de Jornais

A ordem do Prefeito: salvar a Praça da República. Jornal da Tarde, São Paulo, 19 de agosto de 1983.

A Praça da República não deve acabar. Folha de São Paulo, São Paulo, 19 de novembro de 1974.

A Praça do Poema e dos Desenhistas. Folha de São Paulo, São Paulo, 14 de novembro de 1969.

A prefeitura ataca novamente. Alvo: a Praça da República. Jornal da Tarde,São Paulo,30 de agosto de 1982. Acervo de artes de Ourinhos possui várias obras de arte. Matéria de jornal não identificado, sem data.

ANTONIO,Geraldo. Escultura de Maria de Almeida uma figura de Projeção na arte brasileira. Jornal do Grande Leste. S/D.

Artes Plásticas. Fundação Bienal de São Paulo. Folha da Tarde, sábado, 12 de setembro de 1970. Pág.13.

Artes Visuais. Matéria de Jornal não identificado. 1973.

Artesãos da Praça da Republica desconhecem o PNDA. Folha de São Paulo, São Paulo,16 de outubro de 1978.

Artesãos terão lugar na Praça. Folha de São Paulo, São Paulo, 12 de setembro de 1971.

Artista continuará com espaço na Praça. Folha de São Paulo, São Paulo, 24 de agosto de 1982.

Artistas expõem paixão pelo futebol no Museu. Jornal ‘O Imparcial’. Araraquara, 09 de setembro de 2006.

Artistas se unem para defender o espaço na Praça. Folha de São Paulo, São Paulo, 25 de agosto de 1982.

Artistas temem perder a Praça. Folha de São Paulo, São Paulo, 23 de agosto de 1982. 398

As melhores bandas estarão amanhã no coreto da praça. Folha de São Paulo,São Paulo,20 de janeiro de 1985.

Atraso na entrega de sanitário na República. Folha da Tarde, São Paulo,11 de dezembro de 1982.

BARRETO, Fabio. Fiscais voltam a tirar artistas da República. O Estado de São Paulo, São Paulo, 16 de Março de 1998.

Camelôs prejudicam a Feira de Arte da República. Folha de São Paulo, São Paulo, 09 de novembro de 1959.

Consulte Arte e Decoração. Revista, ano IX 2000, edição nº. 22. São Paulo: Editora Roma, 2000

Coordenadora propõe uma nova concepção cultural. Jornal Voz da Terra. 27 de abril de 2001. Assis, SP

D’ANGINA, Rosina. Negros e Brancos Festejam a Abolição da Escravatura. Noticias Populares, 05 de setembro de 1973.

DANTAS, Verônica. Feira de Artesanato em Novo Endereço: Avenida Ipiranga Abriga 400 artistas e artesãos que expõem somente aos domingos. Gazeta Mercantil, São Paulo, 18 de junho de 1999.

Delinqüência impune na Praça da República. O Estado de São Paulo,São Paulo,18 de agosto de 1984.

Depois de 20 anos, novos artesãos chegam à República. Folha de São Paulo, São Paulo, 09 de agosto de 1984.

Dezoito bandas bagunçam o coreto na Praça da República. Folha da Tarde,São Paulo,04 de fevereiro de 1985.

Disciplina para a feira de arte da República. Folha de São Paulo, São Paulo, 06 de junho de 1970.

Domingo tumultuado na Praça da República: defesa da arte. Folha de São Paulo, São Paulo,01 de junho de 1970.

Dos quadros e esculturas ao berimbau, tudo é arte. Folha de São Paulo, São Paulo, 02 de junho de 1972.

Douze artistes brésiliens à la Galerie Rivaud. La Nouvelle République. 13 de maio de 2004.

É hoje a feira da Praça da República. Folha de São Paulo, São Paulo, 10 de Agosto de 1969. 399

Em breve esta feira pode acabar e, com ela o artesão. Folha de São Paulo,São Paulo,13 de setembro de 1976.

Em época de Copa, artistas expõem lado ingênuo da paixão nacional. Diário. Caderno B. Marília, 01 de junho de 2006.

En mai, Poitiers accueillera 12 peintres brésiliens. Le Nouveau Franc Parler. La Vienne. França 15 de fevereiro de 2004.

Escolha de Novo Lugar demorou um ano e meio. O Estado de São Paulo, São Paulo, 14 de Junho de 1999.

Exposição Itinerante no Centro Cultural. Folha de Rio Preto. São Paulo. 12 de outubro de 1988.

Exposição Itinerante sobre futebol fica em Jaú até o dia 27 de setembro. Jornal do Comércio de Jaú, 21 de setembro de 2006.

Feira da Praça da República pode ficar maior e melhor em um mês.Folha de São Paulo,São Paulo,17 de junho de 1974.

Feira da Praça da República vai ter novo esquema. Folha de São Paulo, São Paulo, 13 de maio de 1971.

Feira da República contra os «bicões». Folha de São Paulo, São Paulo, 25 de maio de 1971.

Feira da República vai para a Avenida Ipiranga. O Estado de São Paulo, São Paulo, 14 de dezembro de 1998.

Feira de Arte continua na Praça da República. Folha de São Paulo, São Paulo, 15 de janeiro de 1970.

Feira de Artes da República volta amanhã. O Estado de São Paulo, São Paulo, 05 de janeiro de 2002.

FREITAS JR., Osmar. A República com rosto de domingo. Folha de São Paulo, São Paulo, 09 de julho de 1979.

GITISIO, Fabiana. Feira da República ressurge na Avenida. O Estado de São Paulo, São Paulo, 14 de Junho de 1999.

GLENIA, Fabíola. Artesãos voltam à República, oficialmente. O Estado de São Paulo, São Paulo, 21 de julho de 2001.

Guia da Revista dos Bancários, n° 87, de fevereiro de 2003. 400

Individual de João Cândido. A Gazeta de Santos. Santos (SP), Junho de 1976.

Já em reforma a Praça da República. Folha de São Paulo, São Paulo, 10 de janeiro de 1967.

JACINTO, Etienne. Sob protestos e Sol, feira reabre na República. O Estado de São Paulo, São Paulo, 05 de janeiro de 2002.

JONES, Francês. Pintor Luta para Recuperar Inspiração. O Estado de São Paulo de 12 de setembro de 1995.

Jornal Correio Afro. Caderno Arte e Cultura. São Paulo, 08 a 10 de setembro de 1974.

Jornal Correio Afro. Caderno Arte e Cultura. São Paulo, 25 de agosto de 1974.

Jornal Pirâmide Cultural. Ano I, número 10, Setembro de 1995. LOPES, Marcus. Revolta marca último dia de artesãos na República. O Estado de São Paulo, São Paulo, 24 de novembro de 1997.

Juntos, Arte Naïf e Brinquedos Populares. Correio Popular. Campinas, 05 de julho de 1990.

Mais aves mortas na praça. Folha de São Paulo, São Paulo, 27 de março de 1978.

Manutenção da República pode passar para EMURB. Folha de São Paulo, São Paulo, 09 de setembro de 1982.

MARANCA, Paulo. Empregada doméstica trocou o aspirador pelos pincéis.

Maria Almeida da Silva: a arte não mostra idade. Matéria de Jornal não identificado, sem data.

MASSARANI, Emanuel Von Lauenstein. Impregnadas de Bucólica poesia, as obras de João Cândido da Silva transbordam Felicidade. Diário Oficial do Estado de São Paulo, Poder Legislativo de 23 de maio de 2003, fls. 8, São Paulo, (113) 96.

MASSARANI, Emanuel Von Lauenstein. João Cândido impregna de ritmo e musicalidade suas feéricas festas de cores. Diário Oficial do Estado. São Paulo: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 21 de Julho de 2006, pág. 4. 401

Metrô muda comércio e freqüência na República. Folha de São Paulo, São Paulo, 21 de maio de 1982.

MOLINA, Camila. “Naifs de São Paulo estão em mostra que será aberta hoje no Memorial”. O Estado de São Paulo. São Paulo, 18 de maio de 2006. Museu Assisense é referência nacional em arte primitiva. Jornal Voz da Terra. 28 de janeiro de 2003. Assis, SP.

Museu do Sol Vai Abrir Hoje. Diário Popular (SP), 16 de março de 1972.

Museu do Sol: A vez dos primitivos. Folha de São Paulo, 21 de março de 1972.

Natel visita a Feira de Arte. Folha de São Paulo, São Paulo, 27 de março de 1972.

O progresso: acima de sentimentalismos. Folha de São Paulo, São Paulo, 23 de novembro de 1975.

OLIVEIRA FILHO, Moacir de. Quem é quem na Praça: artesãos versus políticos. Folha de São Paulo,São Paulo,09 de março de 1977.

OLIVEIRA, Álvaro. Praça da República recupera o antigo charme. Gazeta Mercantil, São Paulo, 15 de julho de 1998.

Os 20 anos da Feira da Praça da República. Folha de São Paulo, São Paulo,03 de Maio de 1976.

Os Silva, Profissão: Artistas. Folha da Tarde, de 21 de dezembro de 1983.

Periódico dos Joalheiros e Relojoeiros de São Paulo. Agosto de 1988 Pintura Primitiva faz sucesso nos Estados Unidos.A Gazeta. São Paulo, 31 de março de 1971.

Poluição, sombra da última praça central. Folha de São Paulo, São Paulo, 10 de janeiro de 1974.

Praça da República não teve ontem sua tradicional feira de cultura. Folha de São Paulo, São Paulo, 02 de junho de 1969.

Praça da República, outra reforma. Desta vez para entrar na primavera. Jornal da Tarde, 13 de agosto de 1985.

Praça de dupla vida terá roupa nova esse mês. Folha de São Paulo,São Paulo,09 de janeiro de 1967. 402

Praça Doce é a Praça do Rock neste fim de semana. Folha da Tarde, São Paulo, 26 de novembro de 1985.

Prefeitura faz blitz contra camelôs na feira hippie. Folha de São Paulo, São Paulo, 11 de Janeiro de 1992.

Prefeitura não aceita volta dos Artesãos à República. O Estado de São Paulo, São Paulo, 17 de Março de 1998.

Primitivismo em relevo. Jornal O Dia. São Paulo, 23 de maio de 1970. Pág.08

Quase ninguém sabia o que era a “Foiçada” da Praça da República. Folha de São Paulo, São Paulo, 29 de dezembro de 1969.

Secretaria do Turismo quer a Praça para os hippies. Folha de São Paulo, São Paulo, 17 de janeiro de 1970.

SILVA, Quirino da. 4 Primitivistas. Diário de Noticias, 1969.

SILVIA, Maria. Festa de Cores no MASP. A Gazeta. São Paulo, 04 de Julho de 1975.

TORRA Jacinto Q. Exposição. Jornal de Santa Cruz do Rio Pardo, 28 de agosto de 1988.

Um show de artesanato. Jornal da Tarde, São Paulo, 20 de fevereiro de 1992.

Uma praça cheia de histórias. Folha de São Paulo, São Paulo,02 de abril de 1982.

Uma Zebra leva a arte à praça. Folha de São Paulo,São Paulo,18 de março de 1973.

Vaisman, Márcia. Órfãos da República, Artistas buscam respeito em novo lar. Seu Bairro. Arte. O Estado de São Paulo, segunda feira, 24 de maio de 1999.

VAISMAN, Márcia. Pintores tentam manter viva a proposta de cultura popular que os unia na Praça. O Estado de São Paulo, segunda feira, 24 de maio de 1999.

WOJDYLAWSKY, Marcos. Uma Família dedicada à arte de pintar. Hora do Povo, 1991 403

DOCUMENTOS ELETRÔNICOS DISPONÍVEIS NA INTERNET

Chácara dos Padres. Disponível em: Acesso em 06 de julho de 2007.

D’AMBROSIO, Oscar. Maria Auxiliadora. Um cometa das artes. Disponível em: Acesso em: 18 de junho de 2006.

Departamento do Patrimônio Histórico da Cidade de São Paulo Disponível em: < http://www.prodam.sp.gov.br/dph/historia> Acesso em:30 de Julho de 2007.

Estações Ferroviárias do Brasil - Estação Ferroviária do Brás. Disponível em: Acesso em: 10 de maio de 2007.

Enciclopédia de Artes Visuais do Instituto Itaú Cultural. Maria Auxiliadora da Silva - Biografia e cronologia. Disponível em: < http//www.itaucultural.org.br> Acesso em 19 de junho de 2006.

Jardim São Bento Disponível em: Acesso em: 06 de julho de 2007.

Museu Nacional de Belas Artes. Disponível em: Acesso em: 19 de junho de 2006

Musée International d’Art Naïf. Disponível em: Acesso em: 19 de junho de 2006

Museu Internacional de Arte Naïf do Brasil. Disponível em: Acesso em: 19 de junho de 2006

MAN-Musée d’Art Naïf Disponível em : Acesso em: 19 de junho de 2006

MASP-Museu de Arte de São Paulo - Acesso em: 19 de junho de 2006

Pop Brasil: A Arte popular e o Popular na Arte. Mostra de Maria Auxiliadora da Silva no Centro Cultural do Banco do Brasil - CCBB. São 404

Paulo, SP. Instituto Itaú Cultural. Disponível em: < http/ www.itaucultural.org.br >Acesso em: 14 de julho de 2007.

Prefeitura de São Paulo - Secretaria do Abastecimento. Disponível em: Acesso em: 14 de julho de 2007

Prefeitura de São Paulo - Acesso em: 21 de julho de 2007.

Prefeitura de Embu das Artes. Disponível em: Acesso em: 21 de julho de 2007.

Secretaria responsável pelas mostras na Praça da República: Secretaria Municipal de Serviços. Disponível em: . Acesso em: 26 de julho de 2006.

Secretaria de Serviços e Obras.Disponível em .Acesso em:26 de julho de 2006.

Myryan Athie Disponível em: Acesso em 20 de julho de 2007.

Nathaniel Adams Coles. Disponível em: < http://www.imusica.com.br/artista.aspx?id=4880.> Acesso em 20 de julho de 2006. 405

GLOSSÁRIO

ANGU. É uma papa mole de fubá de milho ou de farinha de mandioca, feita com água e sal, ou com leite, ou caldo de peixe, de carne ou de camarão para se comer com guisado ou carne assada. Também se faz o angu, no Nordeste, de outra maneira: somente à base de milho, do xerém (angu doce, na ceia, e salgado, para ser comido com carne).

ANTÔNIO, Fernando de Bulhões nasceu em Lisboa, Portugal, no dia SANTO 15 de agosto de 1195. Ingressou na Ordem de São Francisco em 1220 e, como frade, recebeu o nome de Antônio. Faleceu no dia 13 de junho de 1231, em Arcela, perto de Pádua, na Itália. É um dos santos mais populares não somente em Portugal como também no Brasil. É considerado como santo casamenteiro. Quando as moças não encontram rapazes para casar fazem promessas a Santo Antônio e muitas delas conseguem um marido. Santo Antônio também ajuda a encontrar as coisas perdidas. Os escravos africanos pintaram de preto uma imagem de Santo Antônio que passou a ser conhecido como Santo Antônio dos Pretos.

ATABAQUES. São tambores feitos com peles de animais, espichadas sobre a abertura de um pau oco e que servem para marcar o ritmo de danças religiosas nos clubes afro-brasileiros e foram trazidos pelos escravos africanos.

BABALAÔ. Sacerdote dos cultos afro-brasileiros, também chamado de babalorixá mestre, pai-de-santo, jeje-nagôs, babá, piji-gan (dono do altar). Para ser um babalaô a pessoa tem que ter devoção, direitos e deveres, jurisdição e misteres da religião africana. Veja PAI-DE-SANTO.

BABALORIXÁ.É o pai-de-santo, zelador, pai-de-terreiro, o mestre, o guia terreno, governador espiritual e administrador do candomblé. O feminino de babalorixá é alourixá, mãe-de- santo. A diferença entre babalorixá e babalaô é que o babalorixá fica sempre ligado ao culto através dos orixás, enquanto que babalaô diz o futuro consultado pelo Ifá, 406

Opelê, Eluô, são videntes. São bastante confundidos, mas o babalaô é superior ao babalorixá. O babalorixá é conhecido fora da religião africana como feiticeiro, macumbeiro, bruxo das artes negras e assombrosas. Veja BABALAÔ.

BALANGANDÃS É a coleção de ornamentos que as crioulas trazem . pendentes na cintura nos dias de festa, principalmente na do Senhor do Bonfim. O vocábulo erradicou-se na Bahia, "quem não tem balangandãs, não vai ao Bonfim!", diz a cantiga. Também podem ser usados no pescoço. Quando uma pessoa está muito enfeitada diz-se que está cheia de balangandãs. Também é um conjunto de miniaturas em prata, ouro ou qualquer outro material, em forma de figas, corações, dentes, chaves, cadeados, placas, frutos, sapatinhos, bonecas, tesouras, chifres, conchas e outras peças.

BATUCADA. 1. Conjunto de três ou quatro ritmistas batucando seus instrumentos de percussão e que sai às ruas, no Rio de Janeiro, nos dias de carnaval; 2. Estilo de música, com ritmo bem marcado, herdado do batuque angolano. Duas batucadas fizeram bastante sucesso nos carnavais cariocas do passado: General da Banda (de Sátiro Melo, J. Alcides e Tancredo Silva), em 1949 e Nega do Cabelo Duro (de Rubens Soares e David Nasser), em 1942. 2.

BATUQUE. Dança acompanhada de sapateado, palmas e tambor, quando de negros. No batuque de branco, o pandeiro e a viola são tocados. Batuque é o nome que se dá, geralmente, a todas as danças de negros vindos da África.

BENDITOS. 1. Canto religioso entoado pelas pessoas que acompanham as procissões: - "Bendito, louvado seja, o Santíssimo Sacramento". 2. Orações cantadas pedindo uma graça a Deus e aos santos. No sertão, quando está demorando muito a chover com o povo morrendo de fome e o gado já não tendo mais pasto, as famílias se reúnem para cantar o bendito da seca: - "Meu pai, meu Senhor,/ De nós tenhais dó,/ Que a seca está grande,/ Está tudo em pó". E muitos versos se seguem, mostrando a devoção do povo e pedindo chuva. 2. 407

BERIMBAU O Berimbau é um instrumento de percussão usado tradicionalmente em cerimônias do Candomblé no Brasil e também na Capoeira, para marcar o ritmo da luta. No Brasil é ainda conhecido pelos seguintes nomes: urucungo, urucurgo, orucungo, oricungo, uricungo, rucungo, ricungo, berimbau de barriga, gobo, marimbau, bucumbumba, bucumbunga, gunga, macungo, matungo, mutungo, aricongo, arco musical e rucumbo. No sul de Moçambique, este instrumento tradicional tem o nome de xitende.

O berimbau é constituido de um arco feito de uma vara de madeira de comprimento aproximado de 1,20m e um fio de aço (arame) preso nas extremidades da vara. Em uma das extremidades do arco é fixada uma cabaça que funciona com caixa de ressonância. O tocador de berimbau ultiliza uma pedra ou moeda (dobrão), a vareta e o caxixi para produzir os sons do berimbau.

BERIMBAU. Instrumento sonoro feito de ferro ou de aço. São dois espaços que se ligam arqueando-se com uma lingueta no meio. Toca-se o berimbau levando-se à boca, prendendo-o nos dentes e fazendo a lingüeta vibrar, puxando-a com o dedo indicador. O berimbau traduz um som parecido com um zumbido. O berimbau foi trazido pelos portugueses.

BERIMBAU-DE- Trazido pelos escravos africanos, o berimbau-de-barriga é BARRIGA um instrumento musical composto pela metade de um cabaço presa a um arco formado por uma varinha curva com um fio de latão, sobre o qual se bate ligeiramente. Algumas varetas têm um cabaço bem pequeno, cheio de sementes, fazendo, assim um minúsculo maracá.

BICO DOCE [De bico + doce.] Substantivo masculino; 1.Bras. Arte de seduzir ou convencer; astúcia, manha.

BLOCO. É um grupo de pessoas, homens e mulheres, vestindo a mesma fantasia, cantando seu hino, desfilando pelas ruas da cidade durante os dias de Carnaval. O bloco é acompanhado por uma banda de música e quase sempre seus componentes fazem crítica ou sátira social ou política. Atualmente o bloco mais em evidência na cidade do Recife é o Galo da Madrugada que, pela quantidade enorme de acompanhantes, já entrou no Livro dos Recordes Mundiais, o Guines Book, como o maior bloco do mundo. Em Olinda, 408

os blocos mais famosos são a Pitombeira dos Quatro Cantos, Elefante e o Bloco da Saudade, além de muitos outros que desfilam pelas ruas da cidade.

BOBÓ.Obobó é uma comida africana muito popular na Bahia. O bobó é feito de feijão-mendubi (também conhecido como feijão-mulatinho) bem cozido com pouca água, sal a gosto, batata-da-terra, quase madura. Depois que o feijão é reduzido a uma massa pouco consistente, junta-se bastante azeite-de-dendé e farinha de mandioca. Também usam fazer o bobó com inhame. Bobó, na linguagem popular, significa bofe, pulmão.

BOI. O boi se faz presente no folclore, nas cantigas de ninar ("Boi, boi, boi!/Boi da cara preta,/Pega este menino/Que tem medo de careta"), nas vaquejadas, nos folhetos de feira, no bumba-meu-boi e em muitas outras manifestações o boi sempre dá o ar de sua graça. Dizem que do boi nada se perde, a não ser seu mugido. De seu couro são feitos sapatos, cinturões, sandálias. De seus ossos são feitos botões, pentes, etc. Da vaca, temos o leite com que se fazem a manteiga, o queijo, a coalhada, etc.

BOI-BUMBÁ. É o nome que se dá ao bumba-meu-boi no Pará e no Amazonas e que se exibe nos festejos juninos. O boi- bumbá quando sai de sua sede visita a casa das pessoas do lugar.

BOI-DE-REIS. Veja BUMBA-MEU-BOI.

BOI-SANTO. Movimento supersticioso ocorrido no Ceará (1918-1920), com repercussão no Nordeste. Foi chamado Boi Santo, porque o padre Cícero ganhou um zebu de presente e mandou seu administrador levar o animal até sua fazenda, no município do Crato. O administrador, que se chamava José Lourenço, não conhecendo aquela raça, ficou impressionado com o porte do animal e começou a fazer promessas e orações. O boi tinha o nome de Mansinho. José Lourenço dedicou ao animal inteira devoção. Foi o primeiro devoto do boi-santo. E depois sua fama de milagreiro espalhou-se em toda a região. Mansinho virou boi Ápis. 409

BONECAS DE São, como o próprio nome está dizendo, bonecas feitas PANO OU com retalhos ou sobras de fazenda para a alegria das BRUXAS. meninas pobres cujos pais não têm dinheiro suficiente para comprar bonitas e maiores bonecas de louça ou de plástico, com vestidos bem feitos, que choram, fazem xixi e chamam mamãe. As bonequeiras ainda existem nas cidades do interior nordestino e são representantes da nossa arte popular. Há pessoas adultas que possuem coleções com centenas de bonecas de pano.

BUMBA-MEU- Também conhecido como Boi-Calemba, Bumba (Recife), BOI. Boi-de-Reis, Boi-Bumbá (Maranhão, Pará e Amazonas), Três-Pedaços (Porto de Pedras, Alagoas), Folguedo-do-Boi (Cabo Frio, Estado do Rio), Boi-de-Mamão (Santa Catarina), é um dos folguedos brasileiros mais importantes. O Bumba-Meu-Boi tem uma duração enorme; começa às 8 ou 9 horas da noite e vai até o dia amanhecer. O Bumba-Meu-Boi tem início com a apresentação do Cavalo Marinho, que é o dono do boi. Em seguida, vem o boi que dá marradas e corre atrás de Mateus e Birico, que são uma espécie de palhaços. Um deles dá uma cacetada no boi e o boi morre. O Cavalo Marinho manda chamar o Doutor. Vem o padre para confessar o boi ou o Mateus e algumas vezes para celebrar o casamento de Catirina com Bastião. O Doutor chega e receita um clister. Um dos vaqueiros corre atrás dos meninos que estão assistindo ao folguedo e, pega um deles que funcionará como seringa e mete o menino pela traseira do boi que, em seguida, ressuscita. Em continuação, tem lugar a dança da Burrinha, as loas dos Galantes e Damas ao Menino Jesus. O folguedo do Bumba- Meu-Boi termina com a retirada do Cavalo Marinho.

CAFUNÉ.Ocafuné é feito com os dedos polegar e o anular cujas unhas produzem estalos na cabeça da pessoa que está recebendo, como se alguém estivesse catando piolhos em sua cabeça. O cafuné esteve em moda no século passado. Muitas sinhás gostavam de adormecer com uma escrava lhes dando cafunés.

CANDOMBLÉ. É uma festa religiosa dos negros africanos do grupo jeje- nagôs na Bahia e que ainda hoje é mantida por seus descendentes. No Rio de Janeiro, candomblé é macumba. Em Pernambuco e Alagoas, candomblé é xangô. Já na 410

Argentina o candomblé é diferente: é uma festa profana, parecida com reisado, congos, maracatus, coroamento de reis nas festas de Nossa Senhora do Rosário. Nos candomblés onde a influência mestiça e indígena predomina, o candomblé é chamado candomblé-de- caboclo.

CAPOEIRA [Do tupi. Mata Que Foi] S.T.Terreno em que o mato foi roçado e/ou queimado para cultivo da terra ou para outros fins; Capoeira. Brás. Cap. Jogo acrobático constituído por movimentos. A capoeira é um jogo atlético ofensivo e defensivo, trazido para o Brasil pelos escravos bantos de Angola e que se espalhou pelo Recife, pela cidade de Salvador e pelo Rio de Janeiro, onde são encontrados os mestres conhecidos por sua agilidade. No começo, a capoeira foi reprimida pela polícia e os capoeristas eram perseguidos e presos porque vinham no começo dos blocos de carnaval e das bandas musicais que, quando encontravam seus adversários, as pessoas lutavam, saiam feridas ou mortas. Atualmente, em quase todas as capitais, funcionam escolas de capoeira.

CAPOEIRA DE Brás. Cap. Jogo de Capoeira em que o ritmo do berimbau ANGOLA impõe movimento mais lento e maior mobilidade no chão , requerendo grande malicia dos combatentes.

CARNAVAL . Até a metade do século XIX o entrudo (nome que também se dava ao carnaval) era brutal, jogando-se água, farinha-do-reino, fuligem e goma para molhar as pessoas que caminhavam nas ruas das cidades do Norte, Nordeste, Centro e Sul do Brasil. Atualmente o mela-mela ainda existe, não como antigamente. O carnaval, o futebol, o jogo do bicho e a cachaça são as grandes paixões do povo brasileiro. O Rio de Janeiro, com as suas escolas de samba; Salvador, com seus trios-elétricos e Recife/Olinda – com seus blocos (o Galo da Madrugada, o Bloco da Saudade, o Elefante, a Pitombeira dos Quatro Cantos) e o frevo, são os principais pólos do nosso carnaval que, todos os anos, atrai milhares de turistas vindos do mundo inteiro. As escolas-de-samba, os trios-elétricos, o frevo e o passo são manifestações carnavalescas existentes somente no Brasil que têm o melhor e o mais animado carnaval do mundo. Os maracatus, os caboclinhos, os papangus, os bailes populares fazem a alegria de todos. No Carnaval, o povo esquece seus problemas para pular, dançar e brincar. 411

CHORO, 1. O conjunto de instrumentos, como flauta, bandolim, CHORINHO. clarinete, violão, pistão e trombone, um deles fazendo solo. 2. Também é a música tocada por esse grupo de instrumentos. 3. O choro é carioca e chorão é o músico que toca choros.

CONGADA [De congo1 + -ada1.] Substantivo feminino 1.Bras. Etnogr. Bailado dramático em que os figurantes representam, entre cantos e danças, a coroação de um rei do Congo; congado Congada, congado ou congo são nomes genéricos dados ao conjunto de elementos que circundam uma Festa de Reinado, em se encena a coroação de «Reis do Congo» em louvor de um santo negro. Em geral, na festa e dança dramática, organizada por «irmandades» de santo, brincantes, tocadores, capitães, reis, rainhas e mestres desfilam um cortejo processional, organizados em guardas ou ternos. Além da corte de reis e rainhas, duas guardas são recorrentes: a guarda de Congo puxa os dançantes, em movimento rápido, abrindo caminhos; já a guarda de Moçambique valoriza os elementos tipicamente negros, tem o batido mais ralentado e é considerada o "pé de coroa", aquela que vem imediatamente antes da corte ou do reino, conduzindo-a.

CONGADAS, De motivação africana as congadas, os congados, os CONGADOS, congos são autos (peças dramáticas) populares brasileiros CONGOS. representados no Norte e Sul do país. Os elementos de formação são: coroação dos reis de congo; préstitos e embaixadas; reminiscências de bailados guerreiros e a reminiscências da Rainha Njinga Nbandi, Rainha da Angola, falecida em 1663, defensora de seu reinado, contra o domínio dos portugueses.

KIZOMBA [Do quimb. kizomba, ‘divertimento’; ‘dança’.]Substantivo feminino 1.Angol. Dança muito movimentada: “Os costumes dessas músicas estavam a entrar no ritmo das quizombas.” (Arnaldo Santos, O Cesto de Katandu e Outros Contos, p. 22. apud FERREIRA (2003)

Kizomba consiste num instrumento musical que dá o nome a um tipo de dança da África lusófona, mas especialmente de Angola. 412

Kizomba era também a festa do povo negro que resistiu bravamente à escravidão. Era congregação, confraternização, resistência. Um chamado à luta por liberdade e por justiça. Kizomba era festa e resistência cultural de um povo. A festa do negro, do pobre e do índio. Era a exaltação da vida e da liberdade.

MOÇAMBIQUE [Do top. Moçambique (África).]Substantivo masculino 1.Bras. MG SP GO Bailado guerreiro de origem negra, sem enredo, ao som de instrumentos de percussão, semelhante às danças de combate das congadas, e no qual o ritmo é marcado com entrechoques de bastões.2.Bras. Zool. V. cernambi (3). 3.V. banto (3). [Cf. maçambique.] Moçambique é dança de origem africana provavelmente de Moçambique, que lhe emprestou o nome. É mais freqüentemente dançado em São Paulo, Minas Gerais e Brasil central. Primitivamente, no Brasil, era dança de salão, levada a efeito nas Casas Grandes dos fazendeiros. Com o tempo transformou-se, deixando de ser um bailado puramente africano, para ser uma mistura de várias danças, confundindo-se, às vezes, com a congada, fandangos, etc. Estas festas são, geralmente, batizadas com nomes de santos. Atualmente, o Moçambique é dançado entre os caboclos. Tomam parte nele vários personagens: o capitão chefe e seu substituto, dois guias, dois tambores, quatro pajens que levam o chapéu de sol do Rei e da Rainha, dois capitães, espadas, coronel, alferes da Bandeira.1 Indumentária: calção estreito e fechado nos tornozelos, com guizos em volta das pernas e dos joelhos. Blusa com duas faixas cruzadas ao peito. Touca na cabeça. A calça, blusa e a touca são vermelhas. Os pés descalços.

Instrumentos musicais: viola, violão, cavaquinho, caixa, pandeiro e guizos nas pernas, além da marcação do ritmo pelo bater dos bastões levados pelos dançarinos. A “escada de São Benedito” é uma das modalidades mais interessantes do Moçambique.

Coreografia: os dançarinos colocam seus bastões em forma de X, formando losangos em esteira a uma distancia relativa ao número de componentes. Os dançarinos

1Disponível em Acesso em 28 de julho de 2007. 413

dançam ao longo da esteira sem tocar nos bastões, colocando os pés nos vãos dos cruzamentos dos paus. Aquele que tocar em algum dos bastões é obrigado a retirar-se, sendo substituído por outro. Os dançarinos pulam, agacham-se, sacodem-se em frêmitos. Cantam enquanto dançam. As músicas conservam-se mais ou menos fiéis ao dialeto. Data de registro: meados do século XX (~1950) 2

PIERRE Nasceu no dia 4 de novembro de 1902, em Paris, França. VERGER Fotógrafo, etnólogo, babalaô francês, viajou, durante quinze anos, conhecendo diversos países do mundo. Em 1946, descobriu a Bahia lendo o romance Jubiabá – de Jorge Amado e se apaixonou pela cidade de Salvador, onde residiu e passou a estudar os cultos afro-brasileiros. Professor da Universidade Federal da Bahia, Doutor pela Universidade de Paris, (muito embora tenha abandonado os estudos aos 17 anos de idade), Pierre Verger implantou o Museu Afro Brasileiro e publicou, no Brasil, Retratos da Bahia (1980), Lendas dos Orixás (1981), Orixás, os deuses iorubás na África e no Novo Mundo (1983), Oxóssi, o caçador (1981), Lendas africanas dos Orixás (1985), Fluxo e refluxo do tráfico de escravos entre a costa de Benin e a Bahia de Todos os Santos (1987), Os libertos, sete caminhos na liberdade de escravos da Bahia no século XIX (1992) e Artigos (1992).

PILÃO Feito com pedaço de um tronco de madeira seca, dura como a sucupira, com as duas extremidades cavadas e que, no meio do pedaço do tronco é feita uma cintura. Com o auxílio da mão-de-pilão - feita de um pedaço de madeira da mesma espécie, sendo mais fino, o pilão serve para triturar o milho, o café. Também é usado um pilão muito menor para pisar temperos. Sobre o pilão o adágio popular registra: Mas vale pisado a pilão do que comprado a tostão. A linguagem popular, por sua vez, registra a expressão cintura de pilão, que significa a mulher ter a cintura fina, como a do pilão.

2 Danças do Brasil / Felícitas. - Rio de Janeiro: Editora Tecnoprint Ltda., sem/data 414

REINADO, FESTAS DE As festas de Reinado no Brasil, devotadas a santos negros, como São Benedito, Nossa Senhora do Rosário e Santa Efigênia, são autos populares apresentados em diversas localidades, com destaque para os interiores de Minas Gerais (Vale do Jequitinhonha, sul de Minas e região de Belo Horizonte) e São Paulo. Historicamente, sua origem remonta ao Brasil colonial. Mas a fundamentação mítica do Congado diz que as guardas se formaram ainda na África, quando uma imagem de Nossa Senhora do Rosário apareceu no mar. O grupo do Congo se dirigiu para a areia e, tocando seus instrumentos, só conseguiu fazer com que a imagem se movesse uma vez: Nossa Senhora se encaminhou para a frente e parou. Então vieram negros moçambiqueiros, batendo seus tambores, cantando para a santa e pedindo-lhe que viesse protegê-los. A imagem veio se encaminhando, no movimento das ondas, até chegar à praia. 3

REIS Festas populares em alguns países da Europa dedicadas aos Reis Magos em sua visita ao Menino Deus. Na Espanha e em Portugal os reis continuam comemorados, sendo a época de se dar e receber presentes. O Dia de Reis marca o fim do ciclo natalino, com a queima-da-lapinha e a exibição do bumba-meu-boi, da chegança, do fandango, dos congos.

REISADO [ De Reis + Ado] 1 S.M.Bras.Folcl. Dança Dramática popular com que se festeja a véspera e o Dia de Reis; Reisada [cf. rancho (7) e terno (3)] É o nome que os eruditos dão aos grupos que cantam e dançam na véspera e Dia de Reis.

REISADO É o nome que os eruditos dão aos grupos que cantam e dançam na véspera e Dia de Reis.

REIS-DO-BOI. Veja BUMBA-MEU-BOI.

RENDA. Renda feita a mão, também conhecida como renda de almofada, é um artesanato muito comum no Nordeste, em

3 Disponível em:Acesso em:07 de julho de 2007 415

Santa Catarina e outros estados brasileiros. Trazido pelo colonizador português, a renda é o entrelaçamento de fios formando desenhos. Para se fazer renda são necessários: a almofada, os bilros, os espinhos de carda ou alfinetes, tesoura e pique. A almofada (um acolchoado de forma cilíndrica) serve de base para a confecção da renda. Os bilros são uma espécie de bobina onde a linha é enrolada, servem para tramar a renda, o que se consegue trocando- os em diferentes posições. O pique, que mede 20 cm, é o padrão da renda que se vai fazer. Cada tipo de renda tem o seu pique, seu padrão, que passa de geração a geração e que é preso na almofada por alfinetes. As rendeiras, sentadas no chão, com a almofada nas coxas, trabalham o dia todo, ora conversando, ora cantando. A linha pode ser colorida, dependendo da vontade do freguês. São diversos os tipos de renda.

RENDEIRA. 1 É a mulher que faz rendas e está no cancioneiro popular: "Olê, mulher rendeira/ Olê, mulher rendá/ Tu me ensina a fazer renda/ Qu’eu te ensino a namorar"; 2. Rendeira também é a mulher que trabalha na terra dos outros, pagando uma renda anual, um foro.

REZA. São orações populares rezadas pelos rezadores ou benzedores para curar doenças, pedir proteção e saúde para as pessoas que os procuram. É uma prática existente no país todo.

REZADOR OU É a pessoa que cura as doenças proferindo rezas, BENZEDOR. acompanhadas por gestos, sinais, cruzes, aspersões quando na presença do doente. Mas o rezador pode rezar um doente a distância, sem vê-lo. No Nordeste é um tipo muito comum. Geralmente são mulheres que, quando vão ficando velhas, só ensinam sua rezas à filha mais velha. Caso não tenha filha, pode ensinar à sobrinha mais velha. Geralmente o rezador ou benzedor usa um galho de arruda quando faz seu trabalho.

SAMBA. É baile popular nas cidades e na zona rural, sinônimo de função, pagode, fobó, arrasta-pé, balançar-o-esqueleto, balança-flandre. A palavra samba vem de semba e significa umbigada na língua dos escravos de Luanda que aqui chegaram. Somente em 1916 apareceu, pela primeira vez, a primeira música impressa mencionando a palavra 416

samba: "Pelo telefone", de Donga, compositor carioca.

TAMBORIM. É um tambor pequeno, feito com a pele de animal bem esticada só de um dos lados, tocado com a mão direita e segurado com a esquerda. Instrumento de percussão muito usado nos conjuntos musicais e nas escolas de samba. Na ordem de colocação dos instrumentos para o desfile das escolas de samba, o tamborim ocupa a terceira fila.

TAMBU. Nos gongos de São Paulo é usado o tambu, feito de um tronco roliço, oco, medindo de 35 a 40 centímetros de diâmetro, mais ou menos, com um metro de comprimento, afinando para uma das extremidades. Numa delas, é colocado um pedaço de couro de boi, bem esticado, pregado com tachas amarelas e cravos pretos. O tambu é amarrado no corpo do tocador. No batuque de Tietê, os músicos tocam sentados sobre eles.

TAPIOCA. É uma comida, parecida com o beiju, mas feita de goma de mandioca meio seca e cozida num tachinho circular, tomando, assim, sua forma. Quando começa a secar, bota- se uma camada de coco ralado e dobra-se ao meio, em forma de semicírculo. Faz-se, também, a tapioca molhada, com leite de coco ou de vaca, depois que ela fica pronta. Come-se com manteiga no café da noite ou da manhã.

TERNO [Do lat. Terni, “de três em três ” numa f. do sing.] S.M. 1. Grupo de três coisas ou pessoas; trio,trindade. Folcl. Rancho (1) Constituído de pessoas burguesas, que so cantavam as portas das casas conhecidas, onde eram recebidos pelos amigos [nesta acepção.cf. rancho (7) e reisado]

TERNO DE Brás.Al. Folcl.V; Terno de Zabumba MUSICA APÊNDICES Ficha do Informante /entrevistado n° 01 Nome do Informante/ Entrevistado e Apelido

Enrique Aravena

Endereço: não informado Telefones

(15) 3248 2965 e-mail não informado – http://www.aravena.com.br Data e Local de Nascimento

Novembro de 1948 – Temuco - Chile

Profissão no presente

Artista Plástico Profissão no Passado (quando, geralmente, vivenciou os fatos que nos interessam)

Artista Plástico Escolaridade dos Pais

Não informado Observações Complementares Ficha do Informante /entrevistado n°02 Nome do Informante/ Entrevistado e Apelido

Carlos Alberto Caetano. «Carlão»

Endereço:

Avenida Ordem e Progresso, 1061. Ponte do Limão, São Paulo - SP Telefones

(011) 94 18 62 66 e-mail

Data e Local de Nascimento

São Paulo, 11 de setembro de 1930.

Profissão no presente

“Velha guarda do Samba”

Profissão no Passado (quando, geralmente, vivenciou os fatos que nos interessam)

Fundador da Escola se samba “Unidos do Peruche” (Sociedade Esportiva Recreativa Beneficente Unidos do Parque Peruche)

Escolaridade dos Pais

Observações Complementares Ficha do Informante /entrevistado n° 03 Nome do/a Informante/ Entrevistado(a) e Apelido

Dra. Denise Cássia Garcia. Endereço: Rua Juca Escrivão, 120. Campo Belo, Minas Gerais.

Telefones: Tel. (035) 38 31 17 34

E-mail: Não informado

Data e Local de Nascimento: Não informado

Profissão no presente: Pesquisadora em História e Genealogia.

Profissão no Passado (quando, geralmente, vivenciou os fatos que nos interessam) Diretora da Casa da Cultura de Campo Belo, Minas Gerais. Cadeira n.37 da Academia Campo-Belense de Letras.

Escolaridade dos Pais: Não informado

Observações Complementares Ficha do Informante /entrevistado n° 04 Nome do Informante/ Entrevistado e Apelido

Carlos Augusto Calil

Endereço:

Secretaria de Cultura do Município de São Paulo– Avenida São João, 473, 11° andar (gabinete), Centro São Paulo, SP. Telefones

(11)3334 0001 e-mail não informado Data e Local de Nascimento

1951 – São Paulo

Profissão no presente

Secretario de Cultura da Cidade de São Paulo, professor do Departamento de Cinema, Radio e Televisão da Escola de Comunicações e Artes da USP Profissão no Passado (quando, geralmente, vivenciou os fatos que nos interessam) .

Assessor da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo (1975-79), professor do Departamento de Cinema, Rádio e Televisão da Escola de Comunicações e Artes da USP desde 1986, Oficial da ordem das Artes e das Letras, por deferência do governo francês(1987). Escolaridade dos Pais não informado Observações Complementares Ficha do Informante /entrevistado n° 05 Nome do Informante/ Entrevistado e Apelido:

Conceição Aparecida dos Santos,nome artístico: Conceição Silva Endereço:

Rua Mendonça Junior, 146 – Casa Verde, São Paulo - SP Telefones:

3983 5735 e 3983 7086 e-mail: não possui

Data e Local de Nascimento :

27 de setembro de 1938, Campo Belo MG Profissão no presente:

Artista Plástica Profissão no Passado (quando, geralmente, vivenciou os fatos que nos interessam) :

empregada domestica e outras. Escolaridade dos Pais

Primário Observações Complementares Ficha do Informante /entrevistado n° 06 Nome do Informante/ Entrevistado e Apelido

Emanoel Alves de Araújo

Endereço:

Museu Afro-Brasil – Rua Pedro Álvares Cabral, s/n° - Pavilhão Manoel da Nóbrega, Parque do Ibirapuera, portão 10, São Paulo, SP. Telefones

(11) 5579 8542 e-mail

Não informado Data e Local de Nascimento

Santo Amaro da Purificação / BA, 15 de novembro de 1940

Profissão no presente

Curador e Diretor do Museu Afro-Brasil Profissão no Passado (quando, geralmente, vivenciou os fatos que nos interessam)

Secretário da Cultura do Município de São Paulo. Artista Plástico.

Escolaridade dos Pais

Filho de pai cafuzo e mãe mestiça, não informou a formação.

Observações Complementares Ficha do Informante /entrevistado n° 07 Nome do Informante/ Entrevistado e Apelido

Jacques Ardies

Endereço:

Rua Morgado de Mateus, 579 – Vila Mariana – São Paulo

Telefones

11-5539 7500 e-mail [email protected] Data e Local de Nascimento

Não informado

Profissão no presente

Marchand Profissão no Passado (quando, geralmente, vivenciou os fatos que nos interessam) .

Marchand Escolaridade dos Pais

Não informado Observações Complementares Ficha do Informante /entrevistado n° 08 Nome do Informante/ Entrevistado e Apelido

Natalia Natalice Silva

Endereço:

Rua Mendonça Junior, 146, Casa Verde Alta – São Paulo

Telefones

(11) 3983 7086 e-mail

Não informado Data e Local de Nascimento

04 de dezembro de 1948 – São Paulo

Profissão no presente

Aposentada e Poetiza Profissão no Passado (quando, geralmente, vivenciou os fatos que nos interessam)

Funcionaria pública Escolaridade dos Pais

Primário Observações Complementares Ficha do Informante /entrevistado n° 09 Nome do Informante/ Entrevistado e Apelido

Vilma Haidar Eid Endereço:

Rua Ferreira de Araújo, 625 – Pinheiros , São Paulo, SP. Telefones

(11)3813 7253 e-mail [email protected] Data e Local de Nascimento

18 de janeiro 1950, São Paulo

Profissão no presente

Empresaria, proprietária da Galeria Estação , Presidente do Instituto do Imaginário do Povo Brasileiro Profissão no Passado (quando, geralmente, vivenciou os fatos que nos interessam)

Empresaria, proprietária da Galeria Estação, Presidente do Instituto do Imaginário do Povo Brasileiro Escolaridade dos Pais

Superior Observações Complementares

Galerista especializada em arte popular brasileira. Presidente do Instituto do Imaginário do Povo Brasileiro e presidente do Conselho da Associação do Museu Afro Brasil Ficha do Informante /entrevistado n° 10 Nome do Informante/ Entrevistado e Apelido

Werner Arnhold

Endereço:

Rua Doutor melo Alves, 751, Cerqueira César – São Paulo . SP Telefones

(11)30837685 e-mail não possui Data e Local de Nascimento

17 de março de 1925, Alemanha

Profissão no presente

Marchand e colecionador de arte Profissão no Passado (quando, geralmente, vivenciou os fatos que nos interessam) .

Marchand e colecionador de arte Escolaridade dos Pais

Não informado Observações Complementares Ficha do Informante /entrevistado n° 11 Nome do Informante/ Entrevistado e Apelido

Walter Rocha

Endereço:

Rua Andronico dos Prazeres Gonçalves,114 – Embu das Artes - São Paulo

Telefones

(11) 4785 3566 e-mail [email protected] Data e Local de Nascimento

Não informado

Profissão no presente

Secretario de Turismo de Embu das Artes Profissão no Passado (quando, geralmente, vivenciou os fatos que nos interessam)

Secretario de Turismo de Embu das Artes Escolaridade dos Pais

Não informado Observações Complementares Ficha do Informante /entrevistado n° 12 Nome do Informante/ Entrevistado e Apelido

Efigênia Rosaria Silva de Farias

Endereço:

Rua Marcelino de Camargo, 114 – Bairro do Limão, São Paulo

Telefones

11-3932 9365 e-mail não possui Data e Local de Nascimento

07 de outubro de 1938, Campo Belo - Minas Gerais

Profissão no presente

Artista Plástica Profissão no Passado (quando, geralmente, vivenciou os fatos que nos interessam)

Agente de Copa Escolaridade dos Pais

Primário Observações Complementares Ficha do Informante /entrevistado n° 13 Nome do Informante/ Entrevistado e Apelido

Georgina Penha da Silva – Gina da Silva

Endereço:

Rua Desembargador Rodrigues Sette, 365 – Bairro Pedra Branca, Horto Florestal – São Paulo

Telefones

6232 5722 e-mail não possui Data e Local de Nascimento

06 de março de 1947 – São Paulo

Profissão no presente

Artesã e Artista Plástica Profissão no Passado (quando, geralmente, vivenciou os fatos que nos interessam)

Comerciante Escolaridade dos Pais

Primário Observações Complementares Ficha do Informante /entrevistado n° 14 Nome do Informante/ Entrevistado e Apelido:

Ilza Jacob Silva Endereço:

Rua Mendonça Junior, 146, Casa Verde Alta – São Paulo - SP Telefones:

3989 4307 residencial e 9216 2026 celular e-mail: não possui Data e Local de Nascimento

15 de maio de 1939 – Aimorés , Minas Gerais

Profissão no presente:

Artista Plástica Profissão no Passado (quando, geralmente, vivenciou os fatos que nos interessam) :

Domestica Escolaridade dos Pais

Primário Observações Complementares Ficha do Informante /entrevistado n° 15 Nome do Informante/ Entrevistado e Apelido

Ivonaldo Veloso de Melo Endereço:

Rua 27 de Janeiro, 133 – Olinda - PE Telefones

(81) 3429 1983 e-mail [email protected] Data e Local de Nascimento

25 de Outubro de 1943 – Caruaru - PE

Profissão no presente

Artista Plástico Profissão no Passado (quando, geralmente, vivenciou os fatos que nos interessam) .

Artista Plástico Escolaridade dos Pais não informado Observações Complementares Ficha do Informante /entrevistado n° 16 Nome do Informante/ Entrevistado e Apelido

João Cândido da Silva Endereço:

Rua Mendonça Junior, 146, Casa Verde Alta – São Paulo - SP Telefones:

3989 4307 residencial e 9216 2026 celular e-mail: não possui Data e Local de Nascimento :

11 de Março de 1933, Campo Belo - M.G. Profissão no presente:

Artista Plástico Profissão no Passado (quando, geralmente, vivenciou os fatos que nos interessam):

Motorista Escolaridade dos Pais

Primário Observações Complementares Ficha do Informante /entrevistado n° 17 Nome do Informante/ Entrevistado e Apelido

Raquel Trindade – A Kambinda

Endereço: não informado

Telefones não informado e-mail não informado Data e Local de Nascimento

Pernambuco - PE

Profissão no presente

Artista Plástica, poetiza, professora de Artes Populares do Brasil na UNICAMP.Campinas,SP. Profissão no Passado (quando, geralmente, vivenciou os fatos que nos interessam)

Esposa de Vicente de Paula Silva por dez anos, era artista Plástica, poetiza, professora de Artes Populares do Brasil na UNICAMP Escolaridade dos Pais

Pai: Solano Trindade,poeta, dramaturgo e artista plástico. Observações Complementares Ficha do Informante /entrevistado n° 18 Nome do Informante/ Entrevistado e Apelido

Emanuel von Lauenstein Massarani

Endereço:

Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo – Avenida Pedro Álvares Cabral, 201 – São Paulo. SP

Telefones

3886 6122 e-mail

Não Informado Data e Local de Nascimento

Não Informado

Profissão no presente

Superintendente do Patrimônio Cultural da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo e Critico de Arte Profissão no Passado (quando, geralmente, vivenciou os fatos que nos interessam)

Diplomata , historiador e critico de arte Escolaridade dos Pais

Não Informado Observações Complementares Ficha do Informante /entrevistado n° 19 Nome do Informante/ Entrevistado e Apelido

Antonio Deodato. “Mestre Deodato” Endereço:

Rua Joaquim Couto , 125, Imirim . São Paulo - SP Telefones

6256 7474 e-mail não possui Data e Local de Nascimento

09 de fevereiro de 1926, Alagoas

Profissão no presente

Artista Plástico

Profissão no Passado (quando, geralmente, vivenciou os fatos que nos interessam)

Artista Plástico na Praça da República. Escultor. Escolaridade dos Pais

Primário Observações Complementares Ficha do Informante /entrevistado n° 20 Nome do Informante/ Entrevistado e Apelido

Rosana Carvalho dos Santos – Rosana Silva

Endereço:

Rua Mendonça Junior, 146 – Casa Verde Alta - São Paulo

Telefones

11-3983 5735 e-mail não possui Data e Local de Nascimento

20 de setembro de 1968, São Paulo

Profissão no presente

Artista Plástica Profissão no Passado (quando, geralmente, vivenciou os fatos que nos interessam) .

Costureira Escolaridade dos Pais

Segundo Grau Incompleto Observações Complementares

Filha de Conceição Silva Ficha do Informante /entrevistado n° 21 Nome do Informante/ Entrevistado e Apelido

Sebastião Cândido da Silva

Endereço:

Rua Guanabara, 11 apartamento 86 (COHAB) – Carapicuíba, São Paulo

Telefones

11-4183 3979 e-mail não possui Data e Local de Nascimento

18 de abril de 1929

Profissão no presente

Artista Plástico Profissão no Passado (quando, geralmente, vivenciou os fatos que nos interessam)

Operário e Funcionário Público Escolaridade dos Pais

Primário Observações Complementares Ficha do Informante /entrevistado n° 22 Nome do Informante/ Entrevistado e Apelido

Tânia Aparecida Felix – Tânia Felix

Endereço:

Não Informado Telefones

Não Informado e-mail não possui Data e Local de Nascimento

Mogi Guaçu,SP.

Profissão no presente

Artista Plástica Profissão no Passado (quando, geralmente, vivenciou os fatos que nos interessam)

Artista Plástica.

Escolaridade dos Pais

Não Informado Observações Complementares Ficha do Informante /entrevistado n° 23 Nome do Informante/ Entrevistado e Apelido

Waldomiro de Deus

Endereço:

Não Informado Telefones

(11) 9248 0603 e-mail [email protected] Data e Local de Nascimento

1944 – Itagibá - BA

Profissão no presente

Artista Plástico Profissão no Passado (quando, geralmente, vivenciou os fatos que nos interessam)

Artista Plástico Escolaridade dos Pais

Não Informado Observações Complementares Roteiro das Entrevistas a) Como são transformadas as histórias de vida dos “Silva” em experiência estética? b) O quê colhem os “Silva” das diferentes culturas em que convivem? c) Como se forma a cultura visual dos “Silva”? d) Como esse patrimônio de vida se transforma em arte, desenhos, pintura, escultura, bonecos etc? e) Como ocorre a transmissão do talento na Família Silva? f) Como ocorre a produção comunitária dos “Silva” (relações criativas entre eles, em uma outra esfera : o diálogo com o patrimônio compartilhado – Manutenção de uma memória coletiva ou familiar) g) Quanto a arte dos “Silva” promove o seu sustento? h) Como o Poder Público vê essa cultura apresentada e representada pelos “Silva”? i) A Família Silva representa um corpo do conhecimento sobre a resistência cultural? j) Qual a diferença qualitativa entre os 11 “Silva” ? k) A resistência da cultura plástica Afro Brasileira ? l) Praça da República como palco de experiências estéticas que fizeram história e sua decadência m)Existe um artista de rua no Brasil, não artesão ? n) Eles, efetivamente são artistas, ou são artesãos? o) A Praça da República – Transformação funcional do Espaço Público frente à ampliação da cidade p) Oralidade: Existe uma permanência da cultura oral na metrópole e no tempo da virtualidade ou essa tradição é visual? q) Qual a importância e tratamento que o Poder Público ministra a essa arte e artesanato (de Praças Públicas) ? r) Qual a Política Pública existente no Município de São Paulo, relativa às artes e cultura popular Afro-brasileiras? E às mostras em Praças Públicas? s) Por que uns expositores da Praça da República são legitimados como artistas e outros não? t) Existem preconceitos / discriminação relativamente aos artistas e artesãos classificados como “populares”? E relativamente aos artistas Afro-Brasileiros? u) Como são organizadas pelo Poder Público, as mostras da Praça da República? (Seleção dos artistas, alocação dos espaços, curadoria, promoção e publicidade) v) Como ocorre a legitimação junto ao público e ao Poder Público? w) Qual a relação dos “Silva” com academia, com os estudantes, pesquisadores e professores? x) Que tipo de apoio e interferência as ONGS exercem nas relações entre os expositores e o Poder Público : expositores : público em geral / galeristas / mostras ? ANEXOS Pesquisa de Legislação Municipal No 547 Ano: 2004 Secretaria: CAMARA

PROJETO DE LEI 547/2004 da Vereadora Myryam Athie (PPS)

"Dispõe sobre Feiras de Arte, Artesanato e Antiguidade na Estrutura organizacional das Secretarias Municipais, e dá outras providências.

A Câmara Municipal de São Paulo DECRETA: Art. 1º As Feiras de Arte, Arte e Antiguidade. Cuja fiscalização é feita pela Secretaria Municipal de Abastecimento, pela Lei 13.169 de 11 de julho de 2001, passam a integrar a estrutura da Secretaria Municipal de Cultura. Art. 2º Fica criada uma Coordenadoria para o segmento de Arte, uma para o de Artesanato e uma para o de Antiguidade, com a finalidade de ouvido o Conselho da Feira, criado pelo Decreto 43.798, de 16 de setembro de 2003, promover à integração das áreas, levando em consideração suas peculiaridades, e otimizar a organização das feiras mencionadas no artigo 1º desta lei. Parágrafo único - O Coordenador deverá ser um profissional da área da Cultura, pertencente ao quatro de funcionários efetivos da Prefeitura \municipal de São Paulo, indicado pelo Secretário Municipal da Cultura, com mandato de 1(um) ano, permitida a recondução. Art. 3º São atribuições de cada Coordenadoria: I - Classificar e organizar as Feiras de Arte, Artesanato e Antiguidade, bem como elaborar e editar normas a elas pertinentes, orientando e supervisionando o cumprimento da legislação que regula a matéria; II - fiscalizar os testes para os candidatos a permissão de uso, bem como estabelecer critérios de avaliação e respectiva revalidação; III - manter atualizada a planta cadastral das Feiras de Arte, Artesanato e Antiguidade, bem como o cadastro, inscrição e prontuário de cada expositor; IV - estabelecer, em conjunto ou separadamente, conforme o caso, a programação dos usos e da realização das feiras em caráter excepcional, relacionadas com a arte, artesanato e antiguidade, com a participação apenas de expositores devidamente cadastrados no Município. V - programar outras atividades que estimulem e difundam a cultura artesanal; VI - fiscalizar o cumprimento das normas legais relativas às Feiras de Arte, Artesanato e Antiguidade, bem como as atividades a elas vinculadas. Art. 4º Dentro das Coordenadorias deverá ser criada uma Subcoordenadoria para cada grupo constante do Decreto 43.798, de 16 de setembro, dirigida por um Subcoordenador, com a função de levar aos coordenadores os pleitos do grupo que representa. Parágrafo único - O Subcoordenador será eleito entre os expositores de cada grupo, com mandato de 1(um) ano, desempenhando as funções sem remuneração e sem vinculo empregatício com a Prefeitura Municipal de São Paulo. Art. 5º A atualização da matricula prevista no Decreto 43.789, de 16 de setembro de 2003, deverá ser feita a cada 3(três) anos para os expositores com idade acima de 60 (sessenta) anos. Art. 6º As despesas decorrentes da execução desta lei correrão por conta de dotações orçamentárias próprias, suplementares se necessário. Art. 7º O Poder Executivo regulamentará a presente lei, no que couber, no prazo de 60 (sessenta) dias, a contar da data de sua publicação. Art. 8º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário. Sala das Sessões, em Às Comissões competentes". Pesquisa de Legislação Municipal No 799 Ano: 2005 Secretaria: CAMARA

PROJETO DE LEI 799/2005 dos Srs. Vereadores Paulo Frange (PTB), Myryam Athie (PPS), Agnaldo Timóteo (PP), Goulart (PMDB), Arselino Tatto (PT), Donato (PT) e William Woo (PSDB)

"Dispõe sobre o funcionamento das Ruas de Arte e, Artesanato e Feiras de Arte, Artesanato e Antiguidades no Município de São Paulo, e dá outras providências. A Câmara Municipal de São Paulo decreta:

Capítulo I Das Ruas de Arte e Artesanato e Feiras de Arte, Artesanato e Antiguidades Art. 1º. As Ruas de Arte e Artesanato e Feiras de Arte, Artesanato e Antiguidades serão instaladas em locais abertos ao público, em áreas de propriedade municipal ou logradouros públicos, em conformidade com os seguintes princípios: I - liberdade de expressão da atividade artística, nos termos do inciso IX do artigo 5º da Constituição Federal; II - dever do Poder Público de propiciar condições para o pleno desenvolvimento das Ruas de Arte e Artesanato e Feiras de Arte, Artesanato e Antiguidades; III - fomento ao Turismo na Cidade de São Paulo. Art. 2º Para os fins do disposto nesta Lei, entende-se por: I - Artesanato: produto proveniente de trabalho manual realizado por pessoa física, nas seguintes condições: a) trabalho sem auxílio ou participação de terceiros assalariados; b) venda direta ao consumidor. II - Ruas de Arte e Artesanato: logradouro público com pontos fixos de exposição e comercialização de arte e artesanato, com periodicidade determinada. III - Feira de Arte, Artesanato e Antiguidades: espaço público de exposição e comercialização de Arte, Artesanato e Antiguidades, com periodicidade determinada. Art. 3º As Ruas de Arte e Artesanato e Feiras de Arte, Artesanato e Antiguidades somente poderão funcionar com a prévia expedição do Termo de Permissão de Uso pelo Poder Público Municipal. Art. 4º A unidade administrativa competente do Poder Executivo centralizará as seguintes atribuições: I - criação, oficialização e extinção das Ruas de Arte e Artesanato e Feiras de Arte, Artesanato e Antiguidades; II - supervisão da fiscalização do funcionamento das Ruas de Arte e Artesanato e Feiras de Arte, Artesanato e Antiguidades; III - obediência às exigências higiênico-sanitárias, viárias e urbanísticas em geral, observado o ordenamento jurídico vigente; IV - capacitação da Central de Atendimento de denúncias especializada na matéria tratada por esta Lei. Art. 5º Compete às Subprefeituras a indicação do espaço público para a fixação e realização das Ruas de Arte e Artesanato e Feiras de Arte, Artesanato e Antiguidades e sua respectiva fiscalização. Capítulo II Do Artesanato Art. 6º Será considerado Artesão para os efeitos desta Lei, o produtor que acompanha todas as fases da produção, realizando-as pessoalmente, instruindo-as diretamente, com reduzida utilização de ferramentas ou utilizando-as apenas como complemento da atividade manual. Art. 7º A Prefeitura do Município de São Paulo poderá firmar Termo de Cooperação e Parceria com o Governo do Estado de São Paulo, Secretaria de Emprego e Relações do Trabalho através da Superintendência do Trabalho Artesanal nas Comunidades - SUTACO, Autarquia criada pelo Decreto-Lei nº 256 de 26 de maio de 1970 para a consecução dos seguintes objetivos: I - organizar e fortalecer o setor da atividade artesanal; II - promover o desenvolvimento, a divulgação e comercialização de produtos artesanais; III - integrar o Município de São Paulo no Programa do Artesanato Brasileiro; IV - manter cadastro dos expositores de Cidade de São Paulo, de forma compartilhada. Capítulo III Da classificação dos grupos Art. 8º As Feiras de Arte, Artesanato e Antiguidades serão compostas pelos seguintes grupos e subgrupos: I - Grupo 1 - Artes Plásticas, com os Subgrupos: 1.1Batik (painéis); 1.2 - Desenho; 1.3 - Entalhe; 1.4 - Escultura; 1.5 - Gravura; 1.6 - Mosaico (painéis); 1.7 - Pintura; 1.8 - Tecelagem (painéis). II - Grupo 2 - Artesanato, com os Subgrupos: 2.1 - Barro; 2.2 - Couro; 2.3 - Ferro; 2.4 - Fibra; 2.5 - Madeira; 2.6 - Metal; 2.7 - Papel; 2.8 - Resina; 2.9 - Semente; 2.10 - Tecido; 2.11 - Vidro; 2.12 - Reciclagem; 2.13 - Parafina. III - Grupo 3 - Alimentação, com os Subgrupos: 3.1 - Comidas Regionais Brasileiras; 3.2 - Comidas Regionais Internacionais. IV - Grupo 4 - Antiguidades, com os Subgrupos: 4.1 - Colecionismos, com os Subgrupos: 4.1.1 - Aparelhos Elétricos; 4.1.2 - Armas; 4.1.3 - Brechó; 4.1.4 - Brinquedos; 4.1.5 - Canetas e Relógios; 4.1.6 - Discos e CD's Remasterizados; 4.1.7 - Equipamento Fotográfico e de Óptica; 4.1.8 - Filatelia; 4.1.9 - Jóias; 4.1.10 - Militaria; 4.1.11 - Náuticos; 4.1.12 - Numismática; 4.1.13 - Óculos; 4.1.14 - Peças Automotivas Antigas; 4.1.15 - Peças de Ferrovia; 4.1.16 - Pedras; 4.1.17 - Sebo - Livros, Revistas e Congêneres; 4.2 - Móveis (Originais, Restaurados, de Época ou Réplicas); 4.3 - Objetos, com os Subgrupos: 4.3.1 - Bijuterias; 4.3.2 - Cerâmicas; 4.3.3 - Cristais; 4.3.4 - Decoração - Objetos para presentes (Design, Vidros Assinados, Esculturas de Bronze e Congêneres); 4.3.5 - Louças; 4.3.6 - Lustres; 4.3.7 - Marfim; 4.3.8 - Metais; 4.3.9 - Porcelanas; 4.3.10 - Quadros e Gravuras (Originais e Catalogados); 4.3.11 - Sacros; 4.3.12 - Variedades (bricabraque); 4.3.13 - Vidros.

V - Grupo 5 - Plantas Ornamentais. Parágrafo único . Ficam expressamente proibidas a exposição e comercialização de pedras provenientes de jazidas arqueológicas ou pré-históricas, inclusive fósseis, dentre as referidas no Subgrupo 4.1.16, do inciso IV do art. 8º , desta Lei.

Art. 9º As Ruas de Arte e Artesanato serão compostas pelos seguintes grupos e subgrupos: I - Grupo 1 - Artes Plásticas, com os Subgrupos: 1.1Batik (painéis); 1.2 - Desenho; 1.3 - Entalhe; 1.4 - Escultura; 1.5 - Gravura; 1.6 - Mosaico (painéis); 1.7 - Pintura; 1.8 - Tecelagem (painéis).

II - Grupo 2 - Artesanato, com os Subgrupos: 2.1 - Barro; 2.2 - Couro; 2.3 - Ferro; 2.4 - Fibra; 2.5 - Madeira; 2.6 - Metal; 2.7 - Papel; 2.8 - Resina; 2.9 - Semente; 2.10 - Tecido; 2.11 - Vidro; 2.12 - Reciclagem; 2.13 - Parafina. III - Grupo 3 - Colecionismos com os Sub grupos: 3.1. - Discos e CD's Remasterizados; 3.2 - Sebo - Livros, Revistas e Congêneres; Art. 10 É vedado ao artesão que utilizar moedas em seus artefatos comercializá-las como numismática.

Capítulo IV Do Funcionamento Art. 11 As feiras de Arte, Artesanato e Antiguidades e as Ruas de Arte e Artesanato funcionarão em dias e horários estipulados pelo órgão competente do Poder Executivo. Art. 12 Para exposição nas Feiras de Arte, Artesanato e Antiguidades e nas Ruas de Arte e Artesanato, deverão ser utilizadas bancas, barracas ou estandes, de conformidade com os modelos e respectivas normas estabelecidas pelo órgão competente do Poder Executivo. § 1º O expositor só poderá comercializar em seu equipamento produtos para os quais tenha sido credenciado. § 2º O expositor tem o direito de carregar e descarregar seu equipamento no perímetro da feira nos horários a serem estabelecidos pela autoridade responsável pelo trânsito na Cidade de São Paulo. Art. 13 A Prefeitura do Município de São Paulo deverá proceder a limpeza e segurança da área pública de realização dos eventos disciplinados na presente Lei, após seu encerramento.

Capítulo V Da Atribuição da Permissão de Uso e da Credencial do Expositor Art. 14 Poderão ser credenciadas para expor nas Feiras de Arte, Artesanato e Antiguidades e Ruas de Arte e Artesanato e obter o respectivo Termo de Permissão de Uso, apenas pessoas físicas, maiores de idade ou emancipadas na forma da lei, vedada a participação de pessoas jurídicas de qualquer natureza, exceto as entidades assistenciais ou filantrópicas, regularmente constituídas. § 1º O Termo de Permissão de Uso tem caráter pessoal e intransferível, admitindo-se a sucessão apenas no caso disciplinado no parágrafo único do artigo 19 desta Lei. § 2º A critério do órgão competente do Poder Executivo, o expositor poderá ser credenciado e obter Termo de Permissão de Uso para expor em mais de um espaço público ou feiras de arte, artesanato e antiguidades, em dias distintos. Art. 15 O órgão competente do Poder Executivo deverá publicar na Imprensa Oficial e disponibilizar no site Oficial da Prefeitura a relação de todos os expositores inscritos com as respectivas datas de inscrição realizadas até o momento da publicação da presente Lei. Art. 16 O órgão competente do Poder Executivo deverá publicar na Imprensa Oficial e disponibilizar no site Oficial da Prefeitura a relação de todos os Termos de Permissão de Uso expedidos até o momento da publicação da presente Lei, com as seguintes informações: I - nome e endereço do permissionário; II - data do início da atividade; III - especificação do produto para cuja comercialização foi credenciado; IV - tipo de equipamento e respectiva metragem; V - identificação da feira ou rua em que irá participar. Art. 17 O órgão competente do Poder Executivo deverá: I - realizar o credenciamento e a expedição do Termo de Permissão de Uso, mediante pedido formulado pela parte interessada, demonstrada a sua plena concordância com as disposições legais aplicáveis à espécie; II - disponibilizar, todo dia 30 de cada mês, no site Oficial da Prefeitura do Município de São Paulo, a relação dos Termos de Permissões de Uso expedidos, com as especificações contidas nos incisos I a V do artigo 15 da presente Lei. III - elaborar cadastro e proceder abertura de inscrição de todos os interessados e disponibilizar, todo dia 30 de cada mês, no site Oficial da Prefeitura do Município de São Paulo, a relação das pessoas físicas e entidades sem fins lucrativos inscritas em seu cadastro. Art. 18 O Termo de Permissão de uso será outorgado, em ordem cronológica de cadastro por segmento, em caráter pessoal e intransferível, a título precário e gratuito, pelo órgão competente aos expositores, mediante realização de teste comprobatório de sua capacidade. Parágrafo único. A permissão poderá ser revogada a qualquer tempo, desde que haja interesse público que justifique a revogação,sem que assista ao expositor direito a indenização de qualquer natureza. Art. 19 Nos casos de vacância do espaço e de revogação do Termo de Permissão de Uso, desistência ou falecimento do expositor, a Pelo órgão competente do Poder Executivo fará publicar, no Diário Oficial do Município, edital de abertura de vaga, que será preenchida mediante prévia aprovação em teste de autenticidade, originalidade, criatividade e conhecimentos básicos do que se pretende expor, a ser aferido por Comissão instituída para esse fim, observando-se a ordem cronológica do cadastro de inscrições. Parágrafo único Uma vez constada a invalidez do expositor ou em caso de falecimento, em caráter excepcional, o Termo de Permissão de Uso poderá ser transferido ao seu cônjuge ou um dos filhos, mediante realização de teste comprobatório de sua capacidade, nos termos desta Lei. Art. 20 O requerimento para obtenção da permissão de uso deverá ser dirigido à autoridade competente, instruído com os seguintes documentos: I - cédula de identidade (RG); II - cartão de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas do Ministério da Fazenda (CPF/MF); III - atestado de antecedentes criminais; IV - comprovante de residência; V - 2 (duas) fotos 3x4 e 1 (uma) foto 5x7, recentes. Art. 21 Formalizada a permissão de uso, será expedida a matrícula do expositor, anotando-se na Seção competente o número do seu registro, nome, domicílio, data do início da atividade, especificação do produto para cuja comercialização foi credenciado, tipo de equipamento e respectiva metragem e a identificação do evento em que irá participar. Parágrafo único. Será entregue ao expositor um cartão de identificação correspondente à feira ou espaço público para a qual houver sido credenciado, contendo, além do nome e fotografia, o endereço, o número da matrícula e a especificação do trabalho que irá expor. Art. 22 Anualmente, no prazo estabelecido pela Administração Municipal, deverá o expositor providenciar junto ao órgão competente do Poder Executivo, a atualização e revalidação de sua matrícula, apresentando, além da credencial anterior, atestado de antecedentes criminais e comprovante de recolhimento do preço público devido.

Capítulo VI Dos deveres do Expositor Art. 23 Constituem obrigações do expositor: I - estar devidamente cadastrado nos órgãos competentes, na forma desta Lei; II - vender apenas produtos para os quais tenha sido credenciado; III - observar, rigorosamente, o horário de funcionamento da feira; IV - utilizar, rigorosamente, o espaço demarcado para a instalação de seu equipamento; V - portar, obrigatoriamente, sua credencial durante o evento; VI - exercer pessoalmente sua atividade, exceto no caso de doença comprovada, quando poderá ser substituído por auxiliar indicado; VII - manter limpa a área onde se encontra instalado seu equipamento; VIII - agir com compostura, discrição e urbanidade no trato com o público; IX - observar, quando da comercialização de alimentos, as normas higiênico-sanitárias estabelecidas na legislação em vigor; X - preservar a arborização, gramados e áreas ajardinadas do local de exposição; XI - efetuar, nos prazos estabelecidos, a atualização e revalidação de sua matrícula junto aos órgãos competentes, na forma desta Lei; XII - efetuar, nas respectivas datas de vencimento, o pagamento das taxas devidas à Municipalidade de São Paulo.

Capítulo VII Das Proibições Art. 24 É vedado ao expositor: I - ceder, emprestar ou transferir, a qualquer título, o espaço a ele destinado para expor e comercializar seus produtos; II - comercializar ou manter sob sua guarda objetos ou obras de procedência duvidosa ou ilícita, sob pena de sujeitar-se às penalidades administrativas, civis e criminais cabíveis; III - expor ou comercializar, por qualquer meio, material pornográfico; IV - expor ou comercializar qualquer espécie de bebida em vasilhame de vidro, bem como bebidas alcoólicas, destiladas ou fermentadas, exceto cerveja em lata, que poderá ser comercializada, exclusivamente, por quem esteja autorizado a exercer as atividades previstas no Grupo 3 - Alimentos; V - expor ou comercializar produtos químicos e farmacoquímicos; VI - expor ou comercializar aparelhos eletrodomésticos ou eletro-eletrônicos, salvo os que constituem antiguidades; VII - expor ou comercializar materiais explosivos, como fogos de artifício ou similares; VIII - expor ou comercializar armas brancas ou de fogo, salvo as que constituam antiguidades; IX - expor ou comercializar artigos e materiais de uso exclusivo das Forças Armadas, salvo os permitidos por Lei; X - danificar o piso dos espaços públicos onde se realizam as Ruas de Arte e Artesanato e Feiras de Arte, Artesanato e Antiguidades, exceto em razão da abertura de orifícios mínimos necessários à instalação dos equipamentos; XI - utilizar postes, grades, bancos, escadas, canteiros ou árvores existentes na área de instalação da feira para afixação de mostruários ou qualquer outra finalidade.

Capítulo VIII Das Penalidades Art. 25 Em caso de descumprimento ao disposto na presente Lei, ficam os expositores sujeitos às seguintes penalidades, que poderão ser aplicadas isolada ou conjuntamente: I - advertência; II - suspensão da atividade; III - revogação da permissão de uso e cancelamento da matrícula. § 1º. A pena de suspensão da atividade será aplicada pelo prazo de 30 (trinta) a 60 (sessenta) dias, a critério da Administração. § 2º. As penas de suspensão e de revogação da permissão de uso e cancelamento da matrícula serão aplicadas, mediante regular processo, assegurado ao expositor o direito à ampla defesa. Art. 26 Fica facultado aos expositores a constituição de associações regidas por estatuto próprio. Capítulo IX Do Grupo Voluntário de Trabalho das Feiras Art. 27 Fica criado o Grupo Voluntário de Trabalho de cada Feira com as competências de: I - representação dos expositores junto à Administração Municipal; II - proposição de medidas que objetivem a promoção e divulgação das Feiras de Arte, Artesanato e Antiguidades; III - encaminhamento ao órgão municipal de sugestões, propostas, informativos e relatórios sobre as atividades das feiras. Art. 28 O Grupo Voluntário de Trabalho será composto de forma proporcional ao número de expositores de cada feira: I - Nas feiras integradas por até 200 (duzentos) expositores - 1 representante por grupo disciplinado no artigo 8º desta Lei. II - Nas feiras integradas de 201(duzentos e um) a 500 (quinhentos) expositores - 2 representantes por grupo disciplinado no artigo 8º desta Lei. III - Nas feiras integradas de 501(quinhentos e um) a 1000 (mil) expositores 3 representantes por grupo disciplinado no artigo 8º desta Lei. IV - Nas feiras integradas com mais de 1000 (mil) expositores - 4 representantes por grupo disciplinado no artigo 8º desta Lei. V- Dois representantes do Poder Executivo; VI - Expositor mais antigo; VII - Expositor mais novo. Art. 29 A eleição do primeiro Grupo Voluntário de Trabalho será realizada em assembléia geral dos expositores de cada Feira, especialmente convocada para este fim pelo órgão competente do Poder Executivo. Art. 30 O mandato dos membros do Grupo Voluntário de Trabalho será de 1 (um) ano e suas funções não serão remuneradas, sendo que seu desempenho será considerado como de serviço público relevante. Parágrafo único: Os expositores deverão ratificar a eleição do Grupo Voluntário de Trabalho a cada quatro meses, em assembléia geral especialmente convocada para este fim. Art. 31 A periodicidade das reuniões do Grupo Voluntário de Trabalho serão estabelecidas em Regimento Interno. Art. 32 As decisões do Grupo Voluntário de Trabalho serão tomadas por aprovação de maioria simples.

Capítulo X Disposições finais Art. 33 Com o objetivo de propiciar condições para o pleno desenvolvimento das Feiras de Arte, Artesanato e Antiguidades, a Prefeitura do Município de São Paulo em conjunto com o Grupo Voluntário de Trabalho poderão firmar parcerias para aquisição de apoio cultural, mediante contrapartida em beneficio do evento. Art. 34 Esta Lei deverá ser regulamentada no prazo de 60 (sessenta) dias contados da data de sua publicação. Art. 35 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário. Sala das Sessões,.em 05 de dezembro de 2005. Às Comissões competentes."