Manuel de Arriaga, António José de Almeida e a Universidade Autor(es): Torgal, Luís Reis Publicado por: Imprensa da Universidade de URL persistente: URI:http://hdl.handle.net/10316.2/31189 DOI: DOI:http://dx.doi.org/10.14195/978-989-26-0437-4_3

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pombalina.uc.pt digitalis.uc.pt MANUEL DE ARRIAGA • O PRIMEIRO REITOR DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA NA REPÚBLICA MANUEL DE ARRIAGA, ANTÓNIO JOSÉ DE ALMEIDA E A UNIVERSIDADE Luís Reis Torgal (Página deixada propositadamente em branco) sidade de Coimbra, 2010. Coimbra, de sidade (“Galeria Castro de Machado Nacional no Museu (“A República”) na e Coimbra de Ciência Universidade da Ciência da no Museu Republicana”), (“Galeria Coimbra de Universidade da Geral Biblioteca na Coimbra 1 de geral título eno Ciência, Museuseu Machado da aque deu de se Castro o no Biblioteca Mu na Geral, nomeadamente que as realizaram se Ramires, de Alexandre especial queções, a participação tiveram elas exposi entre de colóquios iniciativas, outros outras emuitas colaborou, colectivo organização na a título também e individual, colóquio “República, sobre otema Universidade eAcademia” e de 4a6de2010, Março Coimbra, comemorações essas com um do Século Interdisciplinares de Estudos aqueO centro oCentro pertenço, congressos, conferências, exposições… livros, me iniciativas: em pública, nestes de anos 2010-2011, realizado foi vasto e multifor Re Comemorativo Primeira da OCentenário memória. própria da memórias eas República, Manuel Arriaga de da Centenário

Ver aRepública Os centenários são actos de memória e até de revisão crítica são eaté centenários actos de de revisão memória crítica Os XX da Universidade (CEIS20), da de Coimbra em iniciou Ver aRepública . Catálogo de três exposições realizadas pela Universidade de de Universidade pela realizadas exposições três de . Catálogo 1 . Ri publicana”). Coimbra, Univer Coimbra, publicana”). - - - - -

• 25 • 26 reitor Universidade nomeado da de Coimbra pelo Governo Pro Presidente República da o primeiro eleito e oprimeiro Arriaga, Manuel fundamental, de figura percebida de uma amemória cara o passado com a complexidade que supõe. Apenas se limita o passado com a complexidadecara que limita se supõe. Apenas de Castro. de Pimenta ditatorial talvez pelo facto de ter motivado de Arriaga, ogovernoNo caso republicanas, como,personalidades por exemplo, Costa. Afonso equacionar relativamente aoutras poderia se pergunta A mesma omesmo nãode praça, sucedendo Coimbra, em noutros lugares? por motivos vários. do adesaparecer toponímia, da Roque, tendo, vin Pinheiro, Abílio Rafael Bordalo alguns todavia, Miguel comoBombarda, ruas, coladosnomes e ficaram a praças ou do lente José Falcão de Matemática Almeida ede cujos outros José de de António ao contrário Coimbra, em nome rua de uma não tem sequer o que Arriaga lho, apercebemo-nos também pois de o nomear reitor. ve era esquecimento já esse Curiosamente quefervorosos, haveria oentão jovem José de Almeida, António oseu dever prir de republicano, mais defender militantes dos um eque quehistórico, aqui formou se voltou Coimbra em cum para e republicano jurista do afigura rememorar pensaram Horta da do Liceu Estudantes Antigos dos e a Associação dade de Coimbra visório. Felizmente, acabámos por recordá-lo aUniversi e, assim, Todavia, “febre centenarista”, nesta relativamente passou des A memória é normalmente simples e simplificadora e não simples e en esimplificadora énormalmente A memória nunca tevePorque ou nome que de Manuel rua será de Arriaga ------

um panegírico ou um tribunal. Assim, mesmo que participe num num mesmo que participe Assim, ou tribunal. um panegírico um esquecimento. Ohistoriador, ao invés, fazer não pode do passado relegando o plano do para outras significativo ou circunstância, de qualquerum por motivo figuras aatenção certas para a despertar enquanto director do Arquivo da Universidade eno da do Arquivo de Coimbra enquanto director açoriana. referida Associação da dirigente Melo Barreiros, de ter depois sidoCoimbra, pelo contactado Professor Henrique Santos, Vice-Reitora Universidade da Almeida de Doutora Clara por que aceitei gostosamente oconvite que me foi formulado pela de amigo Manuel grande de Arriaga, José de Almeida, de António ção. arazão, Éessa como bem ofacto abiografia de ter escrito institui dessa abordadoe eu ahistória tenho,temas, outros entre de reitor qualidade Universidade na da evocar Manuel de Arriaga de Freitas. Todavia, Gaspar Matos eJoana Campos aqui de trata-se Sérgio como João Serra, Bonifácio de Manuel de Arriaga, cialistas Homemlho ou Vítor Neto. e espe Por estudiosos vez, sua existem República,ao da Carva estudo como Catroga,Amadeu Fernando fora sempre quase de já tempoatempo.ração, mas realizada porquepois, esignificado. Eis, cia aceitei comemo colaborar nesta do esquecimento, absoluto ou relativo, erelevando importân asua tirando-as históricas, figuras as de modoobjectivo, todas analisando e deve recordar, simplistas reger-se pode sensibilidades por essas simples processo de evocação, não pesquisa, da a profundidade sem No entanto, devo que, recordar Manuel se Augusto Rodrigues, do que eu mais que dedicaram se tem historiadores Coimbra - - - - -

• 27 • 28 de Francisco Morais ( ção, idêntico, de resto, atrás, anos de outro trabalho de alguns bre contexto do seu 7.º 1990, em Centenário, coordenou so livro um versidade a 12 de de Outubro de1861, Coimbra bacharel saindo Faculdade na Uni 8 de Julho de de da Direito 1840. Matriculou-se repu militantes José Almeida, de eAntónio Manuel Arriaga de evocação. aesta de base parte grande que pude em compulsar, que Gomes serve Ferreira pois, será, Não esquecendo bibliografia e outra documentos outros 2002. em Educação da Universidade eCiências faleceu da gia de Coimbra o que infelizmente, foipois, Faculdade da o fundador de Psicolo emesmo oseu segui-lo de recordar trabalho, perto, poderemos apenas Mas reitorado de Manuel importante de Arriaga. mas curto elementos acompreensãoconta de os todos para do necessários do de tipo “anais”, edocumentalista, dá-nos narrativo seu carácter Primeira República (1910-1926) ao cado tema exactamente dedi publicou, livro Gomes um Ferreira altura, mesma por essa 1951) —, onde éabordado, Joaquim obviamente, oreitor Arriaga, Manuel de Arriaga nasceu na cidade da Horta, nos Açores, Horta, cidade em na da nasceu Manuel de Arriaga blicanos e humanistas A Universidade de Coimbra e seus reitores Coimbra de eseus A Universidade Os reitores da Universidade de Coimbra de Universidade da reitores Os A Universidade de Coimbra de durante a A Universidade . A obra de Ferreira Gomes,com o de Ferreira . Aobra — na continua na — ------,

nacova, opequeno povoado aque pertence (da de Vale Vinha da 17ano no de 1866, dia de Julho, agora feriado municipal de Pe que concluiufazer alicenciatura, 24 em de Maio 1875. Naquele formado voltou 25 em de Mas Maio 1866. àUniversidade para Caldeira de Queirós — que nãode Queirós aplicou Caldeira a Afonso qualquer pena ecomo cidadão”.estudante de Francisco Assis ojuiz disso, Apesar “posição de académico” eoseu “excelente como comportamento epolítica”, do réu, de imprensa a “insipiência liberdade em asua “a intenção de causardano”; atenuantes como argumentos utilizou de injúria, elementos dos de um do crime e àcarência essenciais der, do artigo ao referiu-se “carácter ainda puramente doutrinário” nação” da sagrados que pretendia defen “interesses edos texto — ,falou do de “carácter Lisboa puramente literário” démica Associação comodissoluçãoAca a da quetações verificaram, se Ultimatum alegações,suas recordou acontecimentos os antes havidos —o o texto D. violentas contra públicas mais Carlos, tendocríticas como pre timatum do jornal que escrevera, node Medicina, número-programa então estudante José de Almeida, António de Coimbra no tribunal porque de ligar. esobretudo havia avida, apolítica, os manistas republicanos e hu Junto dois estes militantes José nio de Almeida. Podre, hoje São Pedro de de Farinha Alva),freguesia Antó nascia É Manuel de Arriaga quem, 25 em de de Junho 1890, defendeuÉ Manuel de Arriaga Ultimatum , o famoso artigo “Bragança, oúltimo”,, ofamoso artigo que foi das uma inglês, a perda de liberdades consequente manifes de liberdades às inglês, a perda inglês de 11 de Janeiro desse ano. Arriaga, nas nas de inglês 11 ano. de desse Janeiro Arriaga, Ul ------

• 29 • 30 rária, onde o jornal havia sido havia —aplicou de impresso onde pena ojornal uma rária, Ope Tipografia multa aPedro da Augusto Cardoso, proprietário mesmo periódico, sobre a“Federação Académica”, uma sim mas muito artigo menos contundente um no escrito que tinha Costa, listas de 18 Em de Maio 1907, do tribunal. barra na de Almeida jorna os alvos republicanos. dos então principais os eram ditadura 27 de Maio 1907, avenida na D. João Franco Amélia. easua 12 no dia de AgostoD. Lisboa, de em 1906, ou no Estefânia, dia orador.principal sucedeu, por exemplo, Assim rua no comício da foi o José de Almeida eAntónio velho militante, econsagrado presidiu, República, da vésperas como que em Manuel de Arriaga de 1906-1907. comíciosnas juntos vários em também Estiveram mo legislatura tendo sobretudo na feito José de Almeida, António diversas, omes adefesae noventa mais causas das assumiu eaí foi oitenta nos anos deputado legislaturas republicano várias em prol em República. da Manuelseu de tipo militância, de Arriaga importante, mais publicar no muitosseu jornal artigos res (como José Falcão) a tendoposteriormente vindo eoperários, republicanos, comestudantes outros professo significativas ções foi popularidade, estabelecendo sua motivose tal dos um da liga Coimbra, em Cruz, cadeia de Santa na apena cumpriu Medicina de O estudante José de Almeida. a António de meses prisão três Mas Manuel de Arriaga defenderia uma vez mais António José vez António defenderia uma mais ManuelMas de Arriaga eaté pelo ligados resto,estão militância, De pela sua ambos

O Mundo O , França Borges, como director, e Artur Leitão, , França Borges, como director, eArtur Resistência - - - - - . va António José. audiência,va da António Fazendo a reportagem esta testemunhas as Entre por abuso de imprensa. de liberdade como redactor, colectivoHora, foram Boa julgados da no tribunal ecolegaAlmeida, António pessoal amigo dede profissãoJosé de e C.ª, 1933, p. 175 ss.. Almeida: de José António de discursos ede escritos de colectânea 1907. na meida, Transcrita 2 apoiá-lo do antes, julgamento depois anos dezassete de Coimbra, rior, ao seu defensor, Manuel de Arriaga de ante 1907, do dia datada por esteepisódio. carta-aberta, Em pela Revolução.haveria mesmo, de clamar pleno em tribunal, João assim Franco eD. atingia no Carlos.final, E, Almeida irónica, aexpressão eaexpressão entre clara estediscurso, Com e Costa. Miguel Horta do juiz, o que levou por parte admoestação auma aJoão Franco lei eàsua insultuosa, sobredamente aImprensa, aproveitou ainda referir, Almeida se para assumi altura, de forma Mundo de mente concluía, se genericamente,periodista o como fizera Real”, “adiantamentos àCasa os como “ilegais” verno admitia facil aD. “ladrão” Carlos: chamar por, opróprio se Go indirectamente, Leitão defenderaconcluía-se Artur José de Almeida que António vez dessa como doréu. tribunal, Por jornalístico texto barra esse relatou o seu depoimento, o que levou, à vez, por sua Almeida

Situação clara Situação António José de Almeida ia, pois, ser julgado, ser pois, ia, José 17 em de Almeida António de Julho , que, verdade, na “Quem rouba éladrão”. o Estado Nesta Quarenta anos de vida literária epolítica literária vida de anos Quarenta : carta aberta ao cidadão Manuel d’Arriaga Manuel cidadão ao aberta carta 2 , que voltava, a portanto, , vol. II, Lisboa, J. Rodrigues J. Rodrigues Lisboa, , vol. II, . Lisboa, A. J. Al de A. . Lisboa, O Mundo O ------

• 31 • 32 facto de o ministro da Justiça se ter intrometido no caso, embora no caso, terembora se Justiça intrometido da facto de oministro resultava do confirmação Eomotivoà redacção desta do jornal. àverdade essencialmente eforapondia por ele próprio fornecido que o relato de econfirma conta todo oepisódio Janeiro” estava do , revolta, cuja em José de Almeida António Republicano 1891 em do Partido ainda (anodirectório do “31 de no de ter participado vereador de Lisboa, republicano Câmara na (1883) e(como disse) se ter sido deputado republicano etambém 1871,em no do PRP de congresso ter depois participado fundador Lisbonense do conferências Casino doze dos um das subscritores do Raio, de Sociedade ter sido da fazendo sessenta, anos parte roubar”. para — Oprimir “A Ladrões dos otítulo Junho tirania 23 de do dia página primeira mês, sua por um apresentar na prevaricadores. periódicos os que governadores os suspendessem civis permitindo de imprensa, veemente e orei. João aditadura Franco reforçoualei mais ainda atacavam oposição de da forma republicana. jornais Eos rum republicano. periódico do notícia a confirmar lhe Foi para José opróprioquejuiz procurou António ao não correspondia que no tribunal dissera que que o ele afirmando José de Almeida, sabilidade de António arespon generosamente declinar quisesse eCosta o Juiz Horta Manuel de Arriaga, após ter sido jovem estudante militante nos após ter sido jovemManuel militante de estudante Arriaga, como fó afuncionar Como vê, se passou opróprio tribunal O Mundo O acabou por ser suspenso acabou suspenso por ser O Mundo O O Mundo O escrevera. c orres - - - momentos de luta do Partido em comícios, conforme referimos, momentos referimos, comícios, em conforme de luta do Partido de clubesdo sessões em republicanos ede presente ter estado nos tentado havia demoverLisboa revolucionários), os de ter discursa com pouco embora entusiasmo,pois Coimbra, em participar para presidente do Conselho de Ministros da “União da Sagrada”),presidente de Ministros do veio Conselho de 5de 1917 em Março Manuel de Arriaga, (altura que em era de Castro. -Pimenta Arriaga ele,do projecto de governo aderrota “nacional” também miu, de Portuguesa posição sua ( política da diu aexoneração, justificativa obra aescrever depois uma vindo sangrento golpe de 14 democrático de Maio 1915. pe Arriaga (de “machadistas” edos Almeida Machado Santos) —ecom o encontrou o apoio Evolucionista José de do Partido de António — que de Castro do Pimenta general com aditadura culminando e incompleta, presidência com noveuma dramática governos, por 121eleito, conflituosa, votosem campanha numa 217. Foi aPresidentecandidato República da (tinha 71 já anos), sendo República, da -geral foi José ser quem opropôs António para e,sidade de ter depois sido de Coimbra nomeado procurador que oconduziu Univer da àreitoria José de Almeida António foi Mas ao Governopertencer Provisório, Constituintes. nem às de decisão, do poder afastado nem veio Assim, aMonarquia. da no final discreta mas política contudo, postura assumiu, uma António José de Almeida, já depois da morte do seu amigo morte da depois já José de Almeida, António , 1916). assu Por vez, José de sua Almeida António Na primeira Presidência da República República da Presidência Na primeira - - - - -

• 33 • 34 cumprir os quatro anos do mandato constitucional. do mandato anos quatro os cumprir presidência, sua da foi múltiplas a tragédias oúnico das Apesar deOutubro 1919 de Outubro 1923. em omandato eterminando Presidente aser República, da também 5de em tomando posse de um republicano histórico um republicano de Freitas, de Gaspar ss., eJoana p. 229 2004, Horta, da Liceu do Amigos de eAssociação Lisboa de Universidade dinâmica social)”, in da (do vista de ponto Arriaga de Manuel em comteano “O positivismo Cunha, Arriaga de Manuel de política dência ao livro Matos Campos Sérgio de ver a Introdução Arriaga, de Manuel mudança”. de tempo em Sobre político um de contradições eas política coerência A popular». “Um «tribuno 1, intitulado ocapítulo principalmente 2004, Leitores, Ramires, Alexandre 3 evolucionista, de tolerância.blicanismo espírito com marcado um repu um no para fundo, inclinaram, se ambos mas assanhado, juventude, defender parecer jacobinismo de um ideiaspróprias e do idealismo. Poderão dois, por os vezes, sua na especial em republicanos, convergindo ideiasdo cientismo, nas do laicismo diferentes de autores influência em os vogaentre difusa mesma num sistema ideias emuitosuas menos inseri-las das sentido o definir vezes. por várias Édifícil foramse cruzando políticas eestemédico, vidas cujas eestebeirão, estejurista riano algo aproximava temperamentais, esteaço diferenças profundas e de haver eles entre a gerações distintas apesar de pertencerem

No caso de António José de Almeida, ver o nosso livro, com a colaboração de de acolaboração com livro, ver onosso Almeida, de José António de caso No Pesem embora as diferentes vicissitudes e carreiras de ambos, de ambos, ecarreiras diferentes vicissitudes as Pesem embora O tempo de Manuel de Arriaga de Manuel de O tempo António José de Almeida eaRepública Almeida de José António , Lisboa, Caleidoscópio, 2011, Caleidoscópio, p. ss.. 29 , Lisboa, Manuel de Arriaga, percurso intelectual e político epolítico intelectual percurso Arriaga, de Manuel , Lisboa, Livros Horizonte, 2004, Norberto Norberto 2004, Horizonte, Livros , Lisboa, , Lisboa, Centro de História da da História de Centro , Lisboa, , Lisboa, Círculo de de Círculo , Lisboa, 3 . Têm ambos a . Têm ambos Correspon - - - parlamentares e nos seus artigos, mas igualmente nas suas obras obras suas nas igualmente mas enos seus artigos, parlamentares Nacional que fundou, periódicos dos e de comício enos seus artigos parlamentares fê-lo nos seus discursos José de Almeida António debute da sua fase definitiva). fase sua Povos da dos Paz A debute 4 irónicos: idealsociedade nestes termos no Pinheiro, Bordalo autoria da de Rafael de Arriaga, acaricatura para otexto 1882, em Ortigão, escrevendo, concórdia. sã Por mais na isso, Ramalho riam acreditavamRepública numa ambos que em dos. vive todos Mas revolução, questão, em da vésperas nas punha de tipo méto esse quem quer que fosse, defendia métodos revolucionários; Arriaga como no livro esociais, poéticas

Harmonias Sociais. O problema humano e a futura organização social (no social organização eafutura humano Oproblema Sociais. Harmonias António José de Almeida, apesar de negar fosse ter ódio a José de Almeida, António e ele entende que todo o homem é bom; e foi exactamente efoiele ébom; ohomem queexactamente todo entende porque infinita, comiseração de uma sonoras frases belas em àpolícia Eele perdoará emonstruoso. perverso amotinador como cadeia na metê-lo-á dias destes equalquer sabe-o, cia apolí aconstar, começa isto tudo porque nunca, executará fomes. mais nem desesperos mais nem gas República Tal dele, oplano que provavelmente resumo éem se não intri mais nem invejas mais nem ódios Não mais haverá Álbum das Glórias Álbum das ; Manuel de Arriaga também nos discursos nos discursos também ; Manuel de Arriaga Harmonias Sociais Harmonias , Coimbra, França Amado, 1907. Amado, França , Coimbra, , falava do seu conceito de (1907) 4 . Alma Alma - - - -

• 35 • 36 263-264. 1922, de in Setembro 6 5 sentido revolucionário eao mesmo tempo de tolerância de Gam ligação em política profissão com asua de médico mentos retóricos de auto-reflexão,se referiuquando sua à acção algocom certeza de idêntico.em mo assim Ele próprio definiu-se diria tarde, mais anos José de Almeida António tivesse retratado de de falta rigor, supor que, poder-se-á o se

Ver Discurso na Academia Nacional de Medicina, no Rio de Janeiro, em 22 de de 22 em Janeiro, de noRio Medicina, de Nacional Academia na Ver Discurso Album das Glorias Parece que ambos se sentiram de tal maneira atraídos pelo atraídos maneira de tal sentiram se Parece que ambos No entanto, gran sem do virtual. não éodomínio A história mânicas. bra religiões e serenas puras as que caracterizam do sangue, eohorror aaversão guerra da eterna contemplativa alma sua da no fundo sempre conservando mas Mickiewicz, e de Quinet Edgar de Michelet, de lições nas modernizado azuis, olhos ede louros cabelos de brâmane éum rebenta-boi, mais sanguíneo, mais ojacobinismo portuguesa política da fezse advogado Lisboa. de auditórios nos público que ele delegados invenção dos ministério do pura éuma humanidade na que ocrime demonstrar poder para Este revolucionário tenebroso, que representa no prisma no prisma tenebroso, revolucionário que representa Este , vol. I, Lisboa, 1880-1902, n.º 28, Maio 1882. Maio n.º 28, 1880-1902, , vol. Lisboa, I, Quarenta anos de vida literária epolítica literária vida de anos Quarenta 5 Álbum das Glórias Glórias Álbum das 6 , vol. IV, 1934, pp. . - - - - nem sempre se tenha sentido bem na pele de jurista, oque ole pele na sentido de bem jurista, nem sempre tenha se José de Almeida aAntónio xado testamento em dei terá eas obras suas lido as e terá adquiriu que Arriaga betta 7 republicana. revolução Vejamos, como pois, encarava se aUniversidade véspera da nas passagem pelo reitorado Universidade da curta de Coimbra. da por altura de Sidónioo caso Pais, vice-reitor de Manuel de Arriaga eautoritário, como conservador foi tendencialmente mais cialista, posição presiden republicanismo uma de um atomar que vieram mesmo pelos republicanos, seus mestres criticada até por aqueles Universidade.no eda era de ensino resto, De avelha instituição como ele, víciospensasse do ensi tomando posição certos contra greve académica, da talvez deculdade Direito, Arriaga por altura 1907 eem num processopessoal, Medicina, aFa veio acriticar Faculdade da 1895 em de corpo de oespírito criticou de Almeida deles. um era Por José quais dos como António isso, assim a mais, eadvogados juristas portuguesa sociedade que na pensado havia de professor Talvez de Inglês nos liceus de Lisboa. mesmo tivesse (1878),Superior de Letras acabando lugar humilde por aceitar um do Curso Universal ePátria de História cadeira vaga da a uma Politécnica (1867), Política, de Economia tarde, à cadeira e, mais aconcorrer,vou sucesso, primeiro sem aprofessor Academia da

Ver “Dr. Manuel de Arriaga, o seu testamento”, in testamento”, oseu Ver “Dr. Arriaga, de Manuel Na verdade, talvez Arriaga, apesar de advogadoNa verdade, talvez de renome, Arriaga, O Século O , 6 de Março de 1917, de Março , 6de p. 2. 7 . - - - - -

• 37 • 38 sob o pseudónimo de sob opseudónimo República da antes àUniversidade críticas As 9 Olivais. dos António Santo de burgo oreferido como assim nela, integrado completamente hoje mas cidade, da subúrbios nos também abaixo, mais pouco um Celas, de mosteiro do cistercienses monjas sidofeito pelas teria — a tradição — segundo que mas Cruz, Santa de regrantes cónegos dos vindo ingressara, António S. que em convento franciscano um existia onde Olivais, dos 8 humorístico: autortexto o este sintomaticamente “Alma Mater. Bacharéis”. dos A Mamã Escrevia Universidadeda intitulada autoria da de Pinheiro, Rafael Bordalo

Trata-se de um doce tradicional de Coimbra que estaria ligado a Santo António António a Santo ligado estaria que Coimbra de tradicional doce um de Trata-se Album das Glorias O excesso de bacharéis era parodiado por Ramalho Ortigão, por Ramalho O excesso parodiado era de bacharéis der outro ofício menos estéril que bacharelar. ode estéril menos ofício outro der apren custa própria fome de àsua ou indo estoirando regra de via por acabam bacharéis os propina, lhes a Universidade branco manjar de pencas cria Olivais dos tónio An e Santo lampreias, com que o Mondego cria maravilhosa abundância mesma na bacharéis criar de jamais cessando não eprolífica, fecunda conserva-se duca, aUniversidade Apesar porém de todos estes sintomas de senilidade ca senilidade de sintomas estes todos de porém Apesar Depois de haverem bebido todo o leite da sabedoria que sabedoria oleite haverem de bebido todo da Depois , vol. I, n.º 34, Novembro 1882, verso. , vol. 1882, n.º I, Novembro 34,

João Ribaixo João , complementar à caricatura complementar àcaricatura 8 . 9 - - - irá fazer no , de que será ministro da Instrução Pú Instrução da fazer Novo, no Estado irá ministro de que será aulas do ano lectivo de 1909-1910, das abertura tarde eque mais aquerelativa aludir vamos série àUniversidadede uma na de A. d’Oliveira, 1896 (1.ª 1896 d’Oliveira, A. de 1895).na edição: 11 Medicina. ede Ciências de orações de antologias ver em pode se Também indicados. lectivos anos dos um acada tivos 10 bretudo àFaculdade de Direito) —eprofessores republicanos cri geração do século do início da, (recorde-seJosé de Almei de António o livro de 80-90 também do Raio”), “Sociedade eda mas de Arriaga de Quental, de Antero “geração gerações —da (a de várias de 60” Estudantes geração obsessão. uma tornando se sociedade, quase da áreas as todas dizia: Estados, dos política na considerou fundamental blica, oração outra que em falou de população, política da que

Ver estas orações no orações Ver estas Desaffronta (Historia d’uma perseguição) d’uma (Historia Desaffronta Eusébio Tamagnini, que proferiu a última oraçãoEusébio que proferiu Tamagnini, aúltima As críticas à Universidade de República críticas antes da As provinham Desafronta de Sapientia a aspiração suprema de todo o bom português. obom todo de suprema a aspiração é filho formado um importa. poucoTer resto O ploma final. di o curso, um é filhos seus os para deveresexige seus dos […] o que qualquer pai de família zeloso e fiel cumpridor zeloso[…]cumpridor efiel família de pai oque qualquer , de 1895, aFaculdade contra de Medicina publicadas recentemente, para os casos das Faculdades Faculdades das casos os para recentemente, publicadas Anuário da Universidade de Coimbra de Universidade da Anuário XX (da greve de 1907 edo ataque so . 2.ª edição. Coimbra, Livraria Moder Livraria . 2.ª Coimbra, edição. , nos volumes rela volumes , nos de Sapientia 11 10 ) ea , na , na ------

• 39 • 40 Cid, 1907, em Sidónio 1908, Pais, em eEusébio acujo Tamagnini, solene Universidade da de Outubro em 1904, abertura Sobral na oraçõe nas professores Os ainstituição. fizeram-no ticaram (comodissemos) Sidónio Pais, que descreve as suas características clericais, desde o desde o clericais, Sidónio Pais, características que descreve suas as severasvêm, de curiosamente, mais situação,a esta censuras as que consideravam otom quanto àUniversidade dar E, de Coimbra. moderna”. civilização altos da ideais com tradição mais os da monumentos formosos tem no mundo celebrar mais para aaliança com aTradição: aCiência moderna unia se “Não exis Alemanha na Machado,dino Universidade ao da falar opinava humboldtiana, que de congregações religiosas, cidadãos federados. ou estados Bernar diferente, forma pela iniciativa com uma que surgiram, americanas, universidades das do que e dizia) se Coimbra, verificava se em trário ao invés do que (ao enraizadas, bem estavam onde tradições as con oexemplo Cid evocaSobral universidades também inglesas, das capacidadesas e o desenvolvimentoinvestigação.científica para da Humboldt, que, apesar do apoio aautonomia do Imperador, tinha Universidade concebida do século de no Berlim, início noutros modelosdia de Universidade. da citava-se ocaso Assim, muito ou entidades do privadas município, menos das como suce referência, fizemos especial em caso 1909. A Universidade não tinha autonomia,A Universidade nem apoio não tinha do Estado, e econtornos: objectivos seguintes os tinham síntese, críticas Em as As críticas moviam-se também contra o sistema “eclesiástico”, osistema contra também moviam-se críticas As s de Sapientia .

São os casos de , de Bernardino São casos os XIX por W. W. por - - - - às obrigações de carácter religioso que são impostas aos religioso alunos obrigações e queàs de carácter são impostas ao auditório, Senhores, “Refiro-me, sintetiza: cidativa edirigindo-se obrigados elu aproferir. eram bem frase Numa tes efuncionários académicotrajo religiosos aos que juramentos professores, estudan Coimbra, F. França Amado, Editor, 1907. Editor, F. Amado, França Coimbra, 12 esociológica faculdademado numa jurídica simultaneamente emesmo transfor modernizado que ela seus mestres tinha se os feitas, opinando que eram lhe defendiacríticas de se Direito das de 1893) aFaculdade Ese Ribeiro. num governos dos de Hintze (de Públicas Obras das 22 de Fevereironistro de Dezembro a20 exercido tendoforam o primeiro deo cargo parlamentares, mi Regenerador, Cid,Machado provindos do Partido eSobral de que como Monarquia, político sucedeu na compercurso Bernardino feito, oseu casos, lentes republicanos, certos queem tinham mas próprios os pois, lentes, a instituição, deles, ou alguns a criticar reacções Universidade, omonopólio. da eram, que Mas detinha o seu próprio lugar no “ensino superior”, por vezes com algumas vez ocupandocada monárquico irem mais oliberalismo durante criadas escolas então apesar existente, das aúnica de Coimbra, Igreja ou na foi se que aIgreja instalou se que invadiu aEscola”. perplexo sobre que foi se me deixa aEscola de Minerva de serviço dee Deus de serviço professores Universidade da mistura eaesta

Ver Alberto dos Reis e Marnoco e Sousa, A eSousa, eMarnoco Reis dos Ver Alberto Portanto, desejavam-se alterações a efectuar na Universidade na alteraçõesPortanto, aefectuar desejavam-se Faculdade de Direito e o seu ensino eoseu Direito de Faculdade 12 - - - - , ,

• 41 • 42 de reformas, vindo mesmo apedir, vindo tendode reformas, conta (no em seu dizer) a Faculdade de Teologia, no seu Conselho, falava necessidade da versidade. greve no académica, ano conturbado da 1907, Assim, a Faculdade de Teologia lugar Uni na percebia que não já tinha cap. I., pp. 18-20. República Primeira Gomes, ver J. Ferreira questão, esta Sobre 13 superior. de ensino política que na sobrepôs se seja, Ou a linha definidas mal de concepções vergentes.amálgama esta Foi afinal sentido con certo em de pombalino, tipo ideiasiluministas as conjuntoem com “Universidade aideia da napoleónica” ecom afirmando, efoi-se edifusamente dores episódica em autónomas tese convencionista de ensino. tevesegui Esta alguns derações “antigo regime”, edefendera aformação de instituições ‑ Convençãosuperior, da prática da tradição na Francesa (1792- de ensino institutos apesar node funcionarem país, existente ca pacificação reitor da Manuel Arriaga, de Faculdade numa de Letras transformação a sua “atingido ereligiosa” oseu termo”,que “missãosocial asua tinha 1795), universidades, as como entendidas contra que corpo era

A.U.C., A A.U.C., Como acabámos de ver, aUniversidade aúni era de Coimbra, ctas do Conselho da Faculdade de Teologia de Faculdade da Conselho do ctas . 1910-1926, Lisboa, Instituto de Inovação Educacional, 1990, 1990, Educacional, Inovação de . 1910-1926, Instituto Lisboa, A Universidade de Coimbra durante a durante Coimbra de A Universidade . 1901-1912, fls. 55-58v. 13 . - - - - -

e pouco a uma política centralizadora na capital, na e, dela, apar centralizadora e poucopolítica auma que, de ter se efectivado depois deu lugar Coimbra, em apouco napoleónica), escolar,terminologia de administração com funções Universidade ou aideia uma “central”havia de manter única (na ‑ Gomes, Ferreira Joaquim de livro ocitado basicamente seguimos Arriaga, de Manuel de torado 14 peloAntónioViegas, lente que havia Pais sido de Filosofia reitor Universidade, da Senado sendo substituído, como reitor interino, do Regicídio,pois 10 em ao de de1908 Março ademissão —pede nomeado no governo de “acalmação” de D. Manuel pouco II, de do Reino, eque sido de havia terdepois sido deputado eministro Real, do Rei membro do Conselho Casa ePar do Reino, da valeiro — formado Direito, em Fidalgo Ca do Pais Amaral) Cabral reira República da implantação a após logo revoltas extremistas que surgissem modo,Deste natural era eaté de geraçõesprofessores. de estudantes por várias criticada assim era corporativas, prerrogativas sobrevivências das algumas AUniversidade com como única, de de Coimbra, Letras. perior Su edo Porto eoCurso de Lisboa Médico-Cirúrgicas Escolas as Politécnica aAcademia do Porto,Escola Politécnica do Lisboa, antecedentes a de que desde otempo destacam se pombalino, com autónomas,algumas instituições as referidas afirmavam-se 1926), p. ss.. 43

Na análise da Universidade na República, nomeadamente no tempo do rei do no tempo nomeadamente República, na Universidade da análise Na O reitor Alexandre Cabral (de Cabral O reitor Alexandre nome completo, Fer Alexandre A Universidade de Coimbra durante a Primeira República aPrimeira durante Coimbra de A Universidade 14 . (1910------

• 43 • 44 que foi autorizado pelo para governo, que abertura essa marcou académica. greve vezespor duas (1890-1892 e1906-1907), da delas por altura uma dia 18, quedia chega nomeia reitor com ominis Manuel de Arriaga, de reformada. depois por enquanto a abrindo esó avelha Universidade, “demolir” de necessário fechando-a que era de Coimbra”, ondenários manifesto, realçava um aideia distribuiu revolucio a Falange “Osdata, estudantes Demagógica, assinando logo 17. doistelegramas do Interior nessedia ministro Na mesma eenvioudido ao Costa, ao Governador Fernandes Francisco Civil, Capelos. dos Sala na que encontram se osuce Oreitor participou de D. quadros os para Carlos ede D. tiros Manuel e dispararou II Faculdade da de Teologia, insígnias académicos,jes especial em de aula, salas e tra das cátedras sobretudo as mobiliário, destruiu foi de Maio 1926), ereintegradoapós o28 demitido o primeiro 1914 em seria aFaculdade e para de de Direito Lisboa transferido e José Tavares osegundo (que oBrasil: para de exilar se haveriam Faculdademente da os deJosé Direito, Teixeira António de Abreu gógica” invadiu aUniversidade, professores, os insultou nomeada 17 em Mas, “Falange que intitulava se de Outubro, Dema ogrupo exigido nemUniversidade, prestado na no presente ano lectivo”. que “nenhumdo Interior, foi juramento José de Almeida, António 17 de Outubro 1910. 16, No dia oreitor oficiavaministro ao Os professores insistiram na conveniência na aulas, as o de abrir professoresOs insistiram Nessa situação de emergência, António José de Almeida, no Nessa situação de José emergência, de Almeida, António ------nesse mesmo dia 19,nesse mesmo dia que oreitor aManuel deu posse de Arriaga, pelodos Sidónio Pleno, Presidente Claustro Pais. Em Câmara, da pela multidão sendo tarde, erecebi aclamados ambos da horas logo 19, a Coimbra do no Interior dia tro no seriam de tal forma significativas e coincidentesposições as com significativas forma de tal seriam proferir religiosos. juramentos e professores obrigados que estudantes adado ali eram que era Universidade, acabava mas aplicada ser por lhe com exactidão, confiadas”. legislaçãouma Não referenteera à especificamente que funções sãome fielmenteas que desempenharei honra, fórmula: “Declaro, esta fazer segundo pela minha juramento que a exercessem pessoas pública qualquer função passariam que ficavam proibidos religiososquejuramentos e os as todos determinou-se Costa, por Afonso assumida era pasta cuja tiça, Universidade da reforma de tentativas primeiras As Teologia provocados, aulas de ede Direito as destroços os antes de iniciar o delito quepraticadodia verificasse no para 17,fim deremover a foi medidas oficiar ao Direito,de Outubro,Juiz em 22 de primeiras suas prometeudas a que Universidade.uma pacificar tal forma De As medidas do ministro do Interior, António José de Almeida, do Interior, José de Almeida, António do ministro medidas As decretoEm de 18 de Outubro 1910, Jus da do Ministério Sud-Express das 2 das - -

• 45 • 46 escrupulosamente em prática. em escrupulosamente e de Outubro), imediata pô-las procurou que Manuel de Arriaga do reitor, edo seu vice-reitor, Sidónio (nomeado Pais 23 no dia presentes. do Governo Provisório, sido haviam aprovadas pelos professores decreto em bro, transformáveis eventualmente que propostas, as do Interior, 27de em Dezem o ministro ainformar apressando-se de meramente circunstância, eoutras estruturais algumas mas, de refor faculdadesproposta tou uma das conselhos aos vários 19 em execução, em também, postas de Dezembro, mas apresen sobrevivência académico”. “foro do criticado tão Novembro de 1839, a práticas, algumas com mais que constituía, considerados peloeram académico policial Regulamento de 25 de que casos os ordinária ajustiça para passar emandava tudantes decreto considerava pelos es capa facultativo ebatina da ouso professadas oano. durante oquarto matérias sobre Finalmente, as versar deveriam só que exames os eprescrevia-se aulas livres as 2.º No ocurso. terceiro, ano ao tornava-se 5.º ano terminassem Teologia, em que alunos os do embora matrículas as permitindo religiosos.pre” juramentos os decreto, No segundo anulavam-se como por Sidónio oração sua Pais, na Arriaga sido por anunciada tanto aorientação que tinha seguir tendiam No primeiro desses decretos, desses são abolidos “para todoNo osem primeiro 23 de Outubro,Em são promulgados decretos, que quatro pre O reitor não fossem providenciou só medidas que estas para de Sapientia : ------decreto que, versavam no essencial, oseguinte: 2.ª Era suprimido o exame de licenciatura, ficando, pois, os graus graus os pois, ficando, licenciatura, de oexame 2.ª suprimido Era que acom eocerimonial religiosos ofícios os 1.ª suprimidos Seriam do referido fazer parte que poderiam dez medidas as Eram 8.ª Seriam provisoriamente aproveitadas algumas salas da Reitoria Reitoria da salas aproveitadas algumas provisoriamente 8.ª Seriam 7.ª Universi selo do alteração da uma oreitor afazer autorizado Era faculda das e aos decanos aos6.ª lentesDireito de fornecido Seria com 70 professores os todos de aaposentação 5.ª obrigatória Seria ater doutoramento, de que passaria oexame 4.ª reestruturado Seria ou defesa de magnas” “Conclusões de oexame 3.ª suprimido Era sando a ter os seguintes dizeres: “A Ciência leva a toda a parte a “A dizeres: aparte leva atoda Ciência seguintes os ater sando epas acruz, ceptro edo real acoroa Minerva da dade, tirando vigente. o des serviço. de e30 idade de anos faculdade. pela dois outros eos pelo candidato escolhido um mas, te três de argumentação da eadiscussão faculdade respectiva pela aprovada impressa dissertação uma de provas:duas adiscussão Capelos. dos sala na teses formado) (bacharel ao eao bacharelato doutoramento. limitados científica. natureza de apenas vante dora considerados académicos, graus dos aimposição panhava para melhorar as condições das aulas. das condições as melhorar para Povos”. eaPaz dos oProgresso Verdade aLiberdade, e, com esta, Diário do Governo Diário , para se manterem a par da legislação legislação da apar manterem se , para ------

• 47 • 48 alienados. Alguns professores foram demitidos, outros pediram a professores pediram outros foram demitidos, Alguns alienados. Universidade da reforma formação eaideia hospital de de da um 15 de de Janeiro 1911, a estudar para comissão aformação de uma em realizou se de públicas, conferências série de que aprimeira de uma aorganização seguintes: as de que destacam se Arriaga, Sacra. Museu de Arte em religiosoo culto capela Universidade, da da transformando-a que aposentava lentes os com 70 que extinguia anos; último e um que provas regulava as de doutoramentooutro citada; já forma da publicados reflectiam, em as 21 de de Janeiro parte em 1911:um verdade, quena só decretos governamentais origem atrês deram do Interior. E, velmente com ovice-reitor combinadas eoministro 10.ª O reitor seria autorizado também a mandar suspender as obras obras as suspender amandar 10.ª também autorizado Oreitor seria Uni da “Horta” achamada 9.ª atransformar autorizado Oreitor seria Outras medidas surgiram durante oreitorado durante de Manuel de surgiram medidas Outras Tratava-se, do reitor, propostas de meras como dizia, se prova tes, bem como gabinetes de estudo. de como gabinetes bem tes, existen culturais organismos os instalariam onde se Académica, Associação da no edifício Teatrodo Académico, transformando-o académica”. juventude da costumes bons os e amocidade onde pouco sítios, lucrarão eoutros jogos de casas cafés, por Academia da “a dispersão evitando exercícios diversos, para ginásio um construir ese ao jogos livre ar efectuarem se para num campo Escolas, do Paço das atrás versidade, existente - - - significativo o facto de se ter pedido a reintegração de Bernardino o significativo factopedido aBernardino se reintegraçãode ter de Universidade. da Hospitais dos Também é tornou administrador lugares de relevo,ou ocuparam como Ângelo Fonseca, que da se exoneração, como de Moura, Elísio cátedras, as ocuparam outros Livraria Almedina, 1987, p. 25. Almedina, Livraria 15 no ano de 1904. que em formaria se Medicina, Faculdades eFilosofia nas de Matemática (1891), de preparatórios terse matriculado de Carvalho dez de Domitila depois anos quase advogada portuguesa, aprimeira será aqual Glória Quintanilha, nessecurso, mulherque matriculava se de Direito. aprimeira Era Faculdadena na Faculdadeuma uma de e Filosofia de Farmácia, 1911, no curso quatro de oito Parteiras, no mulheres, curso duas como reitor. aUniversidade Frequentaram no ano lectivo de 1910- são de Manuel de anterioresàtomada posse de Arriaga trículas Penal. Penal eDireito eProcesso nal vembro de 1910, Sociologia novas Crimi as cadeiras chamando-se por Penal,decreto Processo de oque foi confirmado 14 de No de depela Eclesiástico Direito disciplina acadeira substituir para Faculdade da opedido de Direito importante E ésimbolicamente do académico”. “foro vítimas estudantes os para aamnistia pedido greveda com ade conflito faculdade,em altura por 1907,se e ter Machado como lente de Filosofia, de voluntariamente ondesaíra

Ver Joaquim Ferreira Gomes, Gomes, Ferreira Ver Joaquim Quanto às mulheres às Quanto 15 , pouco a dizer, ma há ou as nada pois A mulher na Universidade de Coimbra de Universidade na A mulher , Coimbra, , Coimbra, - - -

• 49 • 50 pública, e, depois, o primeiro Presidente da República eleito. República da Presidente primeiro o depois, e, pública, versidade. Procurador primeiro, como disse, se Será, sino superior. Antes disso já haviam sido criadas as novas as Univer sido haviam já superior.sino criadas disso Antes com força de lei de 19 de 1911, de Abril do en de reestruturação de 1911,Março Universidade, da areforma edepois pelo decreto pelo decreto com força de lei Primária, de 29 Instrução da areforma será Primeiro Coimbra. ter deixado Manuel de Arriaga de longajornada data. educação), de seu ecompanheiro amigo José de Almeida, António e de científica cultural, esanitária, hospitalar questões de natureza até políticos ede segurança assuntos desde os áreas, várias em magno, com funções (ministério do Interior pela mão do ministro que reformas oGoverno levou Provisório aefeito primeiras do às porque esteve República, liga também mas nomeado Primeira na reitor Foi-o por ter sido o primeiro importante. simbolicamente foi mas reitor dúvida um dado transitório, sem até oseu carácter ter sido,sido nem opoderia reitor criatividade, um de grande que dizer tenha Não pode se ManuelArriaga. de bra, afigura de concluir A Em 2 de FevereiroEm de 1911, a Uni deixava Manuel de Arriaga A grande reforma da Instrução Pública virá pouco de depois Públicavirá Instrução da reforma A grande Teria sido lamentável não evocar, se Universidade na de Coim ‑ Geral da Re da Geral ------16 MATOS, Sérgio Campos (Coord.), HOMEM, AmadeuCarvalho, GOMES, Gomes, Joaquim Ferreira GOMES, Gomes, Joaquim Ferreira FREITAS, JoanaGasparde, FREITAS, JoanaGasparde, CATROGA, Fernando, confirmadas pelo citado Março.decreto 29 de confirmadas edo Porto,sidades de 22 de1911, em Março de Lisboa aseguir e específicos sobre a história da Universidade. da Universidade. história a sobre e específicos gerais textos de além para a República, sobre monográficas e obras período este especialmente abordam que histórias República, àPrimeira dedicados síntese de volumes com Portugal de histórias várias existem que atenção em tendo tadas, ALMEIDA, AntónioJoséde, ARRIAGA, Manuelde, Bibliografia

Apenas se referem aqui os autores e as obras citadas e especialmente consul eespecialmente citadas obras eas autores os aqui referem se Apenas França Amado,França 1907. nização social(nodebutedasuafase definitiva). A Paz dos Povos do LiceudaHorta, 2004. Centro deHistóriadaUniversidade deLisboa-Associação dosAntigosAlunos Associação deAmigosdoLiceudaHorta. 24a26deSetembro2003. Lisboa, lóquio organizado peloCentrodeHistóriadaUniversidade deLisboa epela Editora,Coimbra 1990. República (1910-1926) bra, Almedina, Livraria 1987. doCentenáriodaRepública,as Comemorações de2005). 2011(tese demestrado (1840-1917) publicano histórico dos AntigosAlunosdoLiceudaHorta, 2003. Notícias, 2000). de1910 bro Lisboa, J. Rodrigues eC.ª, 16 , Coimbra, Faculdade de Letras, 1991 (2.ª edição: Lisboa, Editorial O republicanismo em Portugal. Da formação ao5deOutu Daformação emPortugal. O republicanismo Harmonias Sociais. O problema humanoeafuturaorga Sociais. Oproblema Harmonias Manuel de Arriaga. Percurso intelectualepoliticodeumre Percurso Manuel deArriaga. , Lisboa, InstitutodeInovação Educacional, 1990. Bibliografia deManuelArriaga Quarenta anos de vida literária epolítica anosdevidaliterária Quarenta A Propaganda Republicana 1870-1910 A Propaganda 1933-1934. A Universidade de Coimbra durante a Primeira deCoimbraduranteaPrimeira AUniversidade

O tempodeManuelArriaga A mulher na Universidade deCoimbra A mulher naUniversidade , Lisboa, Caleidoscópio/ComissãoNacionalpara , Horta, Associação . Actas do co , 4volumes, , Coimbra, , Coimbra, , Coim ------

• 51 • 52 TORGAL, LuísReis, eRAMIRES, Alexandre, TORGAL, LuísReis, deRAMIRES, comacolaboração Alexandre, TORGAL, Luís Reis, “A República e a Universidade”, in Maria Cândida Proença TORGAL, Luís Reis, SERRA, João B., NETO, Vítor, MATOS, Sérgio Campos; TRAVESSA, ElisaNeves; eFREITAS, JoanaGasparde(Or MATOS, Sérgio Campos, eFREITAS, JoanaGasparde(Organizadores), RODRIGUES, ManuelAugusto, RODRIGUES, ManuelAugusto (dir.), RAMIRES, Alexandre (Coordenação, investigação, selecçãoedigitalizaçãodeima PINHEIRO, Bordalo(desenhos)eJoãoRialtoRibaixo Rafael (ORTIGÃO, Homem, LuísReis Torgal, AlexandreePaulo Ramires GamaMota. Coimbra, gens), Ramalho), Imprensa Nacional–CasadaMoeda, 1998. zonte, 2007. ganizadores), dência políticadeManuelArriaga Lisboa, MuseudaPresidênciaRepública, 2006. Temas eDebates, 2005). Almeida eaRepública Casal deCambra, Caleidoscópio, 2011, pp. 71-91. na (Coordenação), in da República, 2006. bra, Arquivo daUniversidade, 1990. gensis Castro, 2010. seu daCiênciaUniversidade -MuseuNacional Machadode deCoimbra Universidade deCoimbra,daUniversidade BibliotecaGeral -Mu deCoimbra Biblos . da República. Organização as Comemorações da Comissão Nacional para , volume II, 1772-1937. Coimbra, Arquivo daUniversidade, 1992. Ver aRepública , nova série, VIII, Coimbra, 2010, pp.127-156. O Estado,aIgreja (1832-1911) eaSociedadeemPortugal

Album dasGlorias Manuel de Arriaga. FotobiografiaManuel deArriaga. Manuel de Arriaga. Documentospolíticos Manuel deArriaga. Nos cem anos da Reforma: oquotidianodaEscolaRepublica NoscemanosdaReforma: “A República Pública. e a Instrução O caso do Ensino Superior”, . Textos Santos, Seabra deFernando AmadeuCarvalho , LisboaCírculodeLeitores, 2004 (2.ª edição:Lisboa, A Universidade deCoimbraeseusReitores A Universidade , vol. I, Lisboa, 1880-1902. Memoria Professorum Universitatis Conimbri Universitatis Professorum Memoria , Lisboa, LivrosHorizonte, 2004. AntónioJosé deAlmeida.Fotobiografia , Lisboa, Museu da Presidência , Lisboa, LivrosHori António José de Correspon , , Coim Lisboa, ------.

2003 Arriaga de Manuel de 17 “A Universidade de Coimbra. Ontem, hojeeamanhã. Oquedizodr. Manuelde “Universidade: Despedidadoreitorsr. dr. —Apresentaçãodo ManueldeArriaga “Universidade de Coimbra. A despedida do sr. dr. Manuel de Arriaga”, “Universidade deCoimbra”, “Uma sériedeconferências naUniversidade deCoimbra”, “Universidade deCoimbra. Maisreclamaçõesdoreitordr. ManueldeArriaga”, José EugénioFerreira, “Manuel deArriaga”, “Uma revolução naUniversidade”, “Uma grande figura da figura República”,“Uma grande U. reitor da sobreManuel Arriaga, de com notícias Periódicos “Em Coimbra”, O “Em Coimbra”, O

Selecção e notas extraídas da obra de Joana Gaspar de Freitas, Freitas, de Gaspar Joana de obra da extraídas enotas Selecção entrevista comManueldeArriaga). Arriaga”, Coimbra, anoIV, n.º352, 4.2.1911, p.1. novo reitorsr. dr. DanieldeMatos”, Lisboa, 31.ºano, n.º10.467, 3.2.1911, p. 1. 31.10.1910, pp. comoreitor). 552-559(sobreanomeaçãodeManuelArriaga biente revolucionário eachegadadonovo emCoimbra reitor). tomapossedocargonuel deArriaga dereitor). 31.10.1910 (sobreonovo reitordeCoimbra). de Coimbra (decretos publicados enquanto Manuel de Arriaga era reitor). era (decretos publicadosenquantoManueldeArriaga ano, n.º10.449, 15.1.1911, p. 1. querrealizarnaUniversidade).de Arriaga O Século novo reitordaUniversidade deCoimbra). Radical . , Lisboa, ano I, n.º5, 16.11.1910, p. 1. (elogio de ManuelArriaga,

, Lisboa, 30.º ano, n.º 10.422, 17.12.1910, p. 5 (reformas que Manuel República, Século Século, 17 , Horta , Lisboa, 30.°ano, n.º10.365, 20.10.1910, pp. 1-2e5(Ma Lisboa, 22.2.1911 (editorial de António José de Almeida e Lisboa, 30.°ano, n.º10.366, 21.10.1910, pp. 1-2(oam O Século , Associação dos Antigos Alunos do Liceu da Horta, Horta, da Liceu do Antigos Alunos dos Associação , Lisboa, 31.ºano, n.º10.456, 22.1.1911, p. 5 IlustraçãoPortuguesa

Ilustração Portuguesa Notícias deCoimbra.Folha Independente O Intransigente. Diário Republicano O Intransigente.Diário O Século , Lisboa, n.º245, , Lisboa, n.º245, , Lisboa, 31.º Bibliografia Bibliografia OSéculo - - , ,

• 53