UNIVERSIDADE DO VALE DO PARAÍBA - UNIVAP FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS E COMUNICAÇÃO - FCSAC

CURSO DE PUBLICIDADE E PROPAGANDA

ALEX IVANOVITCH NUNES SERRA HENRIQUE DAVIES DE SIQUEIRA WYLLIAN BUENO

EVENTO DE BANDAS DE ROCK: TRIBUTO ROCK

São José dos Campos, SP 2012

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ALEX IVANOVITCH NUNES SERRA HENRIQUE DAVIES DE SIQUEIRA WYLLIAN BUENO

EVENTO DE BANDAS DE ROCK: TRIBUTO ROCK

Trabalho de Conclusão de Curso – TCC, apresentado à Banca Avaliadora do Curso de Publicidade e Propaganda oferecido pela Universidade do Vale do Paraíba como requisito parcial à obtenção do Título de Bacharel.

Orientador: Claudia Carvalhal de Castro Pimentel

São José dos Campos, SP 2012 2

AGRADECIMENTOS

Agradecemos antes de tudo, às nossas famílias que sempre estiveram do nosso lado nos apoiando, oferecendo oportunidades para o nosso desenvolvimento como profissionais e também como pessoas. Somos gratos também à professora orientadora Claudia Pimentel, que nos mostrou de forma solícita e sábia o caminho correto para a realização do trabalho de conclusão. Por fim, somos gratos a todos que escreveram e escrevem a história do Rock‘n Roll, o qual nos inspirou neste projeto.

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DEDICATÓRIA Este trabalho, nós dedicamos aos nossos familiares e amigos, a todas as pessoas de boa fé que nos ajudaram nessa caminhada.

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RESUMO

Este trabalho está embasado no Marketing Cultural e objetiva aplicar conhecimentos para a realização de um evento cultural, mais especificamente: um festival de bandas de rock independentes. Estimulando a divulgação de novas bandas de rock e ampliando uma indústria ainda pouco explorada na região do Vale do Paraíba. É importante que o evento transmita valores da cultura “rock” a partir da interação que a realização que ele pode proporcionar. Deste modo, este trabalho busca demonstrar o benefício que esse evento pode oferecer, tanto para a sociedade quanto para as empresas envolvidas, valorizando e contribuindo com a cultura e criando um ambiente oportuno para divulgação de serviços e materiais voltados a produção e aprendizado musical, reunindo possíveis novos fãs dessas bandas e criando um canal de referência em que as bandas possam vislumbrar o ponto de partida para sua carreira como músicos profissionais.

Palavras-chave: Bandas de Rock . Evento. Marketing Cultural. São José dos Campos. Vale do Paraíba.

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ABSTRACT

This work is based in the Cultural Marketing and aims to apply the knowledges to conduct a cultural event, more specifically: a festival of independent rock bands. Stimulating the disclosure of new rock bands and expanding an industry that still little explored in the Vale do Paraíba. Is very important that event transmit cultural values of "rock" from the interaction with the event. Thus, this work seeks to demonstrate the benefit this event can offer, for society and for the companies involved, valuing and contributing to the culture and creating an environment ripe for dissemination of materials and services geared to production and musical learning, gathering potential new fans of these bands and creating a reference channel where bands can glimpse the starting point for his career as professional musicians.

Keywords: Rock Bands. Event. Cultural Marketing. São José dos Campos. Vale do Paraíba.

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LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1. LOGOTIPO ...... 28 FIGURA 2. LOGOTIPO LOLLAPALOOZA ...... 30 FIGURA 3. LOGOTIPO SWU ...... 31 FIGURA 4. LOGOTIPO PLANETA ATLÂNTIDA ...... 32 FIGURA 5. QUESTIONÁRIO – PESQUISA DE OPINIÃO ...... 37 FIGURA 6. LOGOTIPO TRIBUTO ROCK ...... 60 FIGURA 7. LAYOUT DO EVENTO ...... 61 FIGURA 8. BANNER ...... 64 FIGURA 9. BRINDES ...... 65 FIGURA 10. CAMISAS ...... 66 FIGURA 11. FLYER ...... 67 FIGURA 12. CARTAZ ...... 67 FIGURA 13. MALA DIRETA ...... 68 FIGURA 14. PAPELARIA ...... 69 FIGURA 15. SITE ...... 70 FIGURA 16. FACEBOOK ...... 71 FIGURA 17. TWITTER ...... 72 FIGURA 18. EMAIL MARKETING ...... 73 FIGURA 19. ORGANOGRAMA TRIBUTO ROCK ...... 78

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LISTA DE TABELAS

TABELA 1. DIVISÃO DA POPULAÇÃO EM SÃO JOSÉ DOS CAMPOS ...... 39 TABELA 2. AMBIENTE ECONÔMICO ...... 40 TABELA 3. ANÁLISE SWOT ...... 54 TABELA 4. ANÁLISE DA CONCORRÊNCIA ...... 55 TABELA 5. ORÇAMENTO ...... 75

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ...... 11

CAPÍTULO 1 – HISTÓRIA DO ROCK ...... 13 1.1. HISTÓRIA DO ROCK...... 13 1.2. HISTÓRIA DO ROCK NO BRASIL ...... 18

CAPÍTULO 2 – MARKETING CULTURAL ...... 23 2.1. MARKETING CULTURAL ...... 23 2.2. MARKETING CULTURAL NA MÚSICA ...... 25 2.3. EVENTO – COMO ESTRATÉGIA DO MARKETING CULTURAL ...... 27 2.3.1. EVENTOS MUSICAIS DE ROCK ...... 28

CAPÍTULO 3 – METODOLOGIA CIENTÍFICA ...... 33 3.1. METODOLOGIA CIENTÍFICA ...... 33 3.2. PESQUISA QUALITATIVA ...... 33 3.3. PESQUISA EM PROFUNDIDADE ...... 34 3.3.1. QUESTIONÁRIO – PESQUISA EM PROFUNDIDADE ...... 34 3.4. PESQUISA DE OPINIÃO ...... 35 3.4.1. UNIVERSO ...... 35 3.4.2. AMOSTRA ...... 35 3.4.3. QUESTIONÁRIO – PESQUISA DE OPINIÃO ...... 37

CAPÍTULO 4 – PLANEJAMENTO ...... 38 4.1. SETOR E NOME DO PROJETO ...... 38 4.2. HISTÓRICO DO PROJETO ...... 38 4.3. AMBIENTE DEMOGRÁFICO ...... 38 4.4. AMBIENTE ECONÔMICO ...... 39 4.5. AMBIENTE SOCIOCULTURAL ...... 40 4.6. AMBIENTE TEGNOLÓGICO ...... 41 4.7. AMBIENTE POLÍTICO LEGAL ...... 41 9

4.8. ANÁLISE ...... 42 4.8.1. PESQUISA DE OPINIÃO ...... 42 4.8.2. PESQUISA EM PROFUNDIDADE ...... 51 4.9. ANÁLISE SWOT ...... 54 4.10. ANÁLISE DA CONCORRÊNCIA ...... 54 4.11. DIAGNÓSTICO ...... 56 4.11.1. PLANEJAMENTO DO EVENTO ...... 58 4.11.2. ELABORAÇÃO DO EVENTO ...... 58 4.11.3. ATIVIDADES COMPLEMENTARES ...... 62 4.12. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL ...... 76

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INTRODUÇÃO

O evento Tributo Rock propõe abrir espaço para divulgar bandas regionais, e fazer com que através do marketing cultural o rock se popularize e faça parte da cultura do Vale do Paraíba. Dessa forma, ele se torna um evento cultural beneficente visando um público acostumado a ouvir apenas bandas de outras regiões e/ou internacionais. Com este projeto espera-se a valorização da produção musical de bandas independentes que buscam essa visibilidade como ponto de partida para se promover no mundo artístico. A intenção é ativar a percepção do público-alvo para a importância e viabilidade desse projeto e assim provocá-los a conhecer as bandas de Rock regionais que serão apresentadas e que deveriam ser reconhecidas em sua região. A partir deste evento as bandas terão espaço para mostrar seus trabalhos, trocarem experiências, fechar parcerias. Haveria uma propagação das informações, compartilhamento de músicas e entrosamento de fãs pelas redes sociais. Assim, o alcance de todas as bandas será potencializado fazendo com que todas tenham chances de chegar ao sucesso. Este projeto apresenta um evento de bandas de Rock como ferramenta de marketing cultural e, para tanto, faz-se necessário empregar conceitos aplicados na realização do Tributo Rock na cidade de São José dos Campos e Vale do Paraíba, o evento consiste em fomentar a difusão de novas bandas de Rock a fim de atrair e potencializar o interesse comercial em torno desse gênero musical pouco explorado na região do Vale do Paraíba. O evento deverá contar com o incentivo de empresas interessadas, dispostas a patrocinar e divulgar sua marca. Além disso, contará com a presença de profissionais da área que atuarão como “olheiros”, serão encarregados de avaliar a qualidade das bandas participantes a fim de indicá-las para representantes do meio musical para que tenham mais oportunidades. O primeiro capítulo apresenta detalhes da história do Rock no Brasil e no mundo, como o estilo se desenvolveu e quais foram as influências musicais que contribuíram para a formação do Rock . O Rock teve origem nos anos 50 a partir da mistura da música negra do sul dos EUA ( Blues e Rhythm and blues ) e a música 11

branca (Gospel, Country e Western ). O pai do Rock e criador do formato que se definia como Rock and Roll foi Bill Haley, com o lançamento da música (We`re Gonna) Rock Around The Clock de Bill Haley and the Comets , em 12 de abril de 1954. O segundo capítulo aborda os conceitos de Marketing Cultural e as vantagens que se pode obter no investimento cultural por parte das empresas, mais especificamente em eventos culturais voltados à difusão musical. Esse capítulo ainda busca apresentar as formas de aplicar o Marketing cultural para a realização de eventos musicais, marketing cultural é definido como quaisquer ações em que se utiliza a cultura para promover uma empresa/marca. O termo surgiu em 1966, quando Rockfeller, em seu discurso “Cultura e Corporações”, afirmou que, quando uma empresa investe em cultura, ela está beneficiando a si mesma, a realização de eventos é também referenciada no segundo capítulo de forma a esclarecer as etapas de criação de um evento e como aplicar o marketing cultural para a realização de um festival de bandas de Rock . O terceiro capítulo aponta quais foram os métodos de pesquisa para o maior conhecimento do público e profissionais envolvidos nessa área e ainda traz informações sobre o ambiente onde o evento será realizado, quais os concorrentes e oportunidades de mercado regional. O quarto capítulo, por sua vez, trata do planejamento do evento.

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CAPÍTULO 1 – HISTÓRIA DO ROCK

1.1 HISTÓRIA DO ROCK

O Rock teve origem nos anos 50 a partir da mistura da música negra do sul dos EUA ( Blues e Rhythm and blues ) e a música branca (Gospel, Country e Western ). O Rock revolucionou o que se conhecia por música com seu ritmo rápido composto por guitarras elétricas, baixo e bateria. Rapidamente conquistou o gosto popular por seu ritmo dançante e letras simples. O pai do Rock e criador do formato que se definia como Rock and Roll foi Bill Haley que, se baseando, principalmente, na música “country” criou uma batida que enfatizava o segundo e quarto tempos de cada compasso de tempo quatro por quatro. “A data mais comumente aceita como a da criação do Rock and Roll é a do lançamento da música (We`re Gonna) Rock Around The Clock de Bill Haley and the Comets, em 12 de abril de 1954.” Em 1955 se conheceria o primeiro “pop star” da história da música, o Rei do Rock Elvis Presley, que com uma voz potente como a de um cantor negro e uma dança sensual e desconcertante surpreende o público com sua cara de bom moço. Elvis Presley atinge um número extraordinário de vendas com o lançamento do disco Heartbreaker Hotel em 1956. Outros grandes ícones do Rock and Roll surgiram ainda na década de 50: nomes como Chuck Berry e Little Richard que contribuíram para o Rock não só com sua música, como também primórdio musical, são artistas que serviram de referência para a história que se constitui a partir de suas músicas e técnicas. Chega, então, a década de 60 e com ela os anos de rebeldia e transgressão. Essa década fica marcada com o surgimento da banda inglesa considerada um dos fenômenos do Rock , “são apenas garotos”, mas de Liverpool surge “The Beatles” que estouram na Europa e Estados Unidos com a música Love me do . A partir daí os garotos ganham o mundo com suas músicas ricas em arranjos e coros vocais, a banda era sucesso absoluto, suas músicas eram cativantes e cheias de humor. Um fator curioso da banda era o fato de a maior parte de suas músicas serem compostas pelos integrantes da banda, o que não era muito comum para a época.

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A década de 60 ficou conhecida como Anos Rebeldes, graças aos grandes movimentos pacifistas e manifestações contra a Guerra do Vietnã. Nessa época Bob Dylan se destaca por suas letras de contestação à guerra. Dylan se destaca de uma forma até então inédita no âmbito do Rock and Roll , além de cativar o público com suas músicas conseguiu também a atenção da crítica da época por suas letras críticas e inteligentes. Em 1969 o Festival de Woodstock torna-se o símbolo desse período, e foi realizado nos dias 15, 16 e 17 de agosto de 1969 sob o lema "paz e amor". Meio milhão de jovens comparecem ao concerto que contou com a presença de Jimi Hendrix, Janis Joplin, América, Santana, Creedence Clearwater Revival, The Who, Ten Years After, Crosby, Stills, Nash & Young, entre outras bandas que tocaram no festival que marcou época no Rock . Outras grandes bandas dos anos 60 foram The Mamas & The Papas, The Animals, Jefferson Airplane, Pink Floyd, The Beatles, Rolling Stones, Led Zeppelin, Steppenwolf, Jethro Tull, Deep Purple, Frank Zappa, The Doors entre grandes nomes, muitos dos quais viriam a explodir como grande sucesso na década de 70. Em 1970 o Rock começa a tomar uma nova forma, contando com muito mais tecnologia do que anteriormente. As bandas, em sua grande maioria, já contavam com equipamento de primeira linha, a qualidade sonora já havia passado por uma grande evolução e os estúdios já estavam mais preparados para receber e trabalhar com grandes bandas e graças a essa evolução foi possível o lançamento do Deep Purple Concert for Group and Orchestra. O Rock já não era mais música e forma de expressão neste momento já começa a ser encarado como “show business” e ferramenta de grande potencial para investimento e lucratividade. O investimento para a concepção de um projeto como a gravação orquestrada do Deep Purple era grande, porém o retorno e fidelização do cliente (fãs), já começa a ter sua importância e potencial reconhecidos. É também na década de 70 que outro importante aliado do Rock e das bandas entra em cena, os sintetizadores de Robert Moog. Esses novos teclados davam um brilho diferenciado às composições roqueiras e começava a abrir as portas para o que logo viria a ser um importante pilar do Rock progressivo e psicodélico, que apoiaram muito de suas melodias e climas nos recursos dos sintetizadores.

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Em 1970 o Rock sofre uma grande perda: The Beatles anuncia o término da banda, que foi talvez uma das mais importantes para o Rock. Os Beatles eram tão aclamados, que chegaram a ser recebidos pela Rainha Elizabeth II que lhes conferiu medalhas da Ordem do Império Britânico. O fim da banda foi emblemático, mas sua existência foi de grande importância para o desenvolvimento do Rock and Roll . Foram dos mais atuantes na transição do Rock tradicional visto apenas como diversão, música para dançar, para ser considerado como produto de consumo e forma de expressão artística, social e cultural. A partir dessa perspectiva que os Beatles abriram no cenário Rock and Roll, começam a surgir bandas de Rock progressivo como Genesis, Emerson, Lake & Palmer, entre outros. Outra vertente passa a ser explorada: a rebeldia, característica do Rock que se acentuou nos anos 60 e passou a ser explorada como apelo musical, com letras e melodias simples, era interpretado por bandas como Sweet , T-Rex, Bay City Rollers, Slade e Gary Glitter. Nessa fase também começam a surgir bandas de Glam Rock tendo como ícone David Bowie, que usava maquiagens extravagantes e roupas coloridas. Muitos admiradores do Rock and Roll classificam a década de 70 como o auge do Rock pela vastidão de estilos e o surgimento incontável de bandas e estilos por toda a América do Norte e Europa. Em 1970, o Heavy Metal dá as caras com o surgimento do Black Sabbath na Inglaterra, com vocais inclinados ao lírico, solos inacabáveis de guitarra e peso abundante na sonoridade. Em 1971, nos EUA, mais um dos grandes ícones do Rock and Roll surge no cenário musical. Alice Cooper se destaca pelo abuso de maquiagem e teatralidade no palco, com “peças” sempre em torno de horror e humor. A partir daí, começam a surgir bandas dos mais variados estilos “interpretativos” do Rock, como Kiss, Queen, Yes, Ramones, Blondie, Sex Pistols, Damned, Siouxie and The Banshees, Sid Vicious, entre outras. Influenciados indiretamente por essa sonoridade surgem bandas como , AC/DC, U2, e Van Halen. Os anos 80 foram a marca da versatilidade musical do Rock enquanto música e de seus apreciadores. É nesse momento que o Rock ganha mais um forte aliado em sua difusão e popularização, a MTV. A grande contribuição da MTV veio em forma de vídeo: o vídeo clipe foi a programação quase que exclusiva da emissora

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por alguns anos, o que só agregou aos músicos, uma forma de fazer chegar a mensagem das músicas aos telespectadores com uma contribuição visual, reforçando ou até explicando a mensagem da música e tornando-a mais itinerante. O new-wave começa a ganhar mais espaço com a contribuição de bandas como o Sugarcubes, B’ 52, The Smiths, U2 e R.E.M. com músicas de conteúdo purista, com essência Rock and Roll , porém mais voltadas ao pop. Mais uma das faces dos anos 80 é a retratação do caos e violência política nas letras do Trash Metal que dá os primeiros passos com Motorhead e Venon, seguidos por (que ainda se inspirava de uma dose de Heavy Metal ), Slayer e Anthrax. Houve também espaço para as baladas e lovesongs com bandas como White Snake, Aerosmith, Bon Jovi e o Hard Rock representado pelo Guns and Roses. Bandas como Siouxie and Bashees e The Smiths inspiraram a nova geração do Rock . Com o som mais pesado e letras muitas vezes niilistas, desprovida de qualquer sentido e com ânsia de democracia que era um sentimento que representava muito bem os jovens da época, então o Punk começa a ocupar o seu espaço na história. Assim surgem os primeiros Street-punks , o caráter colorido e excêntrico dá lugar ao estilo mais monocromático, opaco e agressivo. Ser punk passa a ser mais do que gostar de um determinado estilo de Rock e passa a ser um estilo de vida e de expressão. Ser punk era vestir coturnos, botas longas, cabelos espetados e coloridos, roupas pretas e, geralmente, com jaquetas de couro. A maquiagem era melancólica, e deixava os rostos bem brancos e olhos bem escuros. O som gótico do The Cure inspirou também os cabelos arrepiados, alfinetes, patches , lenços no pescoço ou a mostra no bolso traseiro da calça. As calças jeans eram rasgadas ou pretas justas e o tênis o allstar . Os adeptos desse estilo musical e pessoal usavam nomes de bandas ou mensagens de protesto nas costas de suas jaquetas. Os roqueiros passam a serem vistos como protestantes e amantes da noite. Já no fim dos anos 80, na Califórnia, começa a se popularizar uma banda com integrantes descolados, que misturavam a ginga do funk com o peso do hip-hop criando um estilo bem particular de tocar o Rock and Roll : em 1989 o Red Hot Chilli Peppers começa a sua trajetória de sucesso musical.

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Depois de toda essa expansão musical o que parecia imutável e sem chance de mudança passa pelo som que vem de Seattle, um dos mais importantes nomes do Rock da década de 90 e também uma das grandes bandas de toda a história roqueira lança o disco mais importante dos anos 90. Assim o Nirvana com seu segundo álbum o Nevermind de 1991, aparece como grande sucesso. Dois anos antes já haviam lançado o álbum Bleach. O “grunge” explode e vira moda e atitude para milhões de adolescentes que vestiam camisas de flanela quadriculadas, calças jeans rasgadas, cabelos no rosto e allstar nos pés. O movimento ainda contava com bandas de grande expressão como o Pearl Jam, Mudhoney, Soundgarten e Alice in Chains, todas de Seattle, que parecia ser o centro do “grunge”. Com essa explosão a geração de 90 já tinha o seu som e seu ídolo: Kurt Cobain. O Rock conta com músicas fortes e vigorosas também de mulheres e o feminismo é muito bem representado com as Riot Grrrrrl, garotas que ao som do , agitavam o público com seu som pesado. Bons exemplos desse estilo são Bikini Kill , Hole , Sleater-Kinney e L7. A década de 90 também conta com o Green Day com o melhor estilo Britpop (punk com arranjos radiofônicos), que vem da Inglaterra e envolve grupos bastante distintos, como o Oasis, Blur, o cultuado Radiohead, de Tom York , Pulp e Suede. Agora, no novo milênio, uma volta aos 60: bandas que fazem um som, alegre, adolescente, como os escoceses do Belle and Sebastian , que até já fez escola, com seguidores como Looper, Salako e Gentle Waves. Outra vertente engloba o Pop Rock açucarado de Travis, Coldplay, Snowpatrol e Starsailor. Enquanto isso The Strokes, White Stripes, The Hives e The Hellacopters conservam o vigor do Cassic Rock . O Slipknot remonta o Trash Metal tradicional de uma forma inovadora com auxilio de pick-ups destinadas geralmente às músicas eletrônicas, ainda utilizando percussão bem fiel ao estilo tribal usando latões entre outros instrumentos incomuns.

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1.2 HISTÓRIA DO ROCK NO BRASIL

Influenciado pelo que vinha acontecendo no cenário musical exterior, o Brasil já na década de 50 começa a assimilar e aderir ao Rock . No inicio era reproduzido pelas orquestras de jazz, por terem mais familiaridade com relação aos instrumentos e por cantores mais tradicionais. Em terras brasileiras, a bandeira do Rock foi fixada no dia 24 de outubro de 1955 com a gravação da interpretação de “ Rock Around the Clock ” pela cantora de bolero Nora Ney, que em sua carreira gravou somente mais uma música “Ciuminho”, seguindo o gênero Rock and Roll, em 1961. Em dezembro desse mesmo ano ainda foi gravada uma versão em português da música “ Rock Around the Clock ” de Júlio Nagib e que foi nomeada como “Ronda das Horas” para interpretação de Heleninha Silveira. Até o ano de 1957 nada foi novidade no Brasil em se tratando de Rock and Roll . Até então, tudo o que foi lançado e gravado eram ou interpretações por cantores brasileiros das músicas em Inglês, ou versões em Português do Rock internacional. Nesse ano, então, Cauby Peixoto surge para mudar o paradigma do Rock no Brasil e lança o primeiro Rock brasileiro “ Rock em Copacabana” escrito por Miguel Gustavo. Na mesma época, nasce o grupo Sputiniks formado por Tim Maia, Arlênio, Wellington e Roberto Carlos. O grupo, seguindo influências principalmente da música de Elvis Presley, não durou por muito tempo, mas chegou a tocar em diversos bailes e em programas de televisão e de rádio. Roberto Carlos, após sair dos Sputiniks, fundou “Os Terríveis” ao lado de Carlos Imperial e Paulo Silvino como os nomes principais, acompanhados de alguns outros músicos que compunham o grupo. Paralelo a isso, surgia outro grande nome dos primórdios do Rock brasileiro, Erasmo Carlos com o conjunto vocal “The Snakes”. Em 1958, o Rock and Roll vai tomando forma no Brasil e músicas como “Forgive Me”, interpretada por Tony Campello e “ Handsome Boy ” interpretada por Celly Campello cantando em inglês, mas ambas as músicas de autoria brasileira, escritas por Mário Gennari Filho e Celeste Novaes. 18

Ainda no ano de 1958 surgem grandes aliados da música no Brasil: são os programas de televisão focados no público jovem e, com isso, começam a surgir os ídolos desse público, nomes como Sérgio Murilo, Demétrius, Celly Campello entre outros. Celly emplacou diversos sucessos como “Marcianita”, “Banho de Lua” e “Estúpido Cupido”. O mercado “ Rock and Roll ” começa a ser atrativo e chamar a atenção com seu grande potencial; sendo assim nasce a primeira gravação de rock nacional com o grupo “The Avalons ” que leva o selo Young. A imagem que se buscava para os roqueiros brasileiros era exatamente o oposto do que se via no exterior, pois, o Rock de fora levava a imagem rebelde e, aqui, no Brasil a busca era por rapazes e garotas de bem como precursores do Rock and Roll brasileiro. Seguindo esse padrão pré-estabelecido, os irmãos Celly e Tony Campello lançam seu primeiro disco e ganham, na TV Tupi de São Paulo, um valioso espaço para apresentar o programa “Celly e Tony em HiFi” que mais tarde seria adquirido pela TV Record com o nome de “Crush HiFi”. O sucesso de Celly e Tony era incontestável e gradualmente vinham ganhando mais prestígio. Sendo assim, foram convidados a participar do filme “Jeca Tatu” de Mazzaroppi, em 1959, e do filme “Zé do Periquito”, em 1960. Outra grande contribuição para o Rock brasileiro foi o programa de Carlos Imperial, “Clube do Rock” na TV Tupi, que lançava novos artistas. O fim dos anos 50 trouxe o crescimento do rádio com programas voltados ao Rock e os brasileiros voltavam a ouvir rádio mesmo com a expansão da TV. Essa nova abordagem radialista foi o grande fator para esse acontecimento e programas como “Midnight Serenade”, “Carrossel dos Bairros” e “Disque Disco” foram muito atuantes nesse aspecto devido à interatividade com o público. É na década de 60 que surge o grande movimento do Rock brasileiro, a “Jovem Guarda”, com músicas que seguiam o padrão americano, usando letras românticas e compassos acelerados em quatro por quatro. O movimento contava com Roberto Carlos (o “Rei”) que emplacou sucessos como “Splish Splash ”, “Parei na Contramão”, “É Proibido Fumar” e “O Calhambeque”. Erasmo Carlos (“Tremendão”) e Wanderléia (“Ternurinha”) foram também grandes ícones da Jovem Guarda.

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Foi a partir daí que o gênero ganhou grande expressão no país inteiro e, com isso, diversos outros movimentos começam a surgir. Na maioria das vezes, um novo movimento trazia consigo uma nova maneira de fazer Rock and Roll e com essa proposta, surge “Os Mutantes” em 1966 com o movimento Tropicália, que contava com outros grandes nomes que surgiram posteriormente: Caetano Veloso, Gilberto Gil, Torquato Neto e Tom Zé. Seguindo a Tropicália, chega, então, a década de 70 e com ela nomes como “Secos e Molhados”, Milton Nascimento, Zé Ramalho, Belchior e Fagner. O Rock brasileiro é cada vez mais consistente e continua com muitos seguidores e fãs desde o seu surgimento. Na década de 80, grandes nomes continuam surgindo e mantendo o gênero ativo no cenário musical brasileiro, com bandas que tiveram grandes sucessos nessa época e ainda mantêm a música nos anos atuais, como “Titãs”, “Paralamas do Sucesso”, “Engenheiros do Hawaii”, entre outros. Ainda na década de 80, surge o “Legião Urbana”, responsável por inovar a ótica Rock and Roll e poetizar as letras compostas em sua grande maioria por Renato Russo. Em 1982 se toma conhecimento de uma banda que trazia consigo Cazuza, o “Barão Vermelho” que alcança seu sucesso. A banda contava ainda com Frejat que assumiu o posto de vocalista depois da saída de Cazuza, que seguiu carreira solo. Assim como no resto do mundo, os anos 80 foi uma década explosiva no que diz respeito ao Rock and Roll, um período de revelações e inovações por todo o mundo, e, aqui no Brasil, não foi diferente: os anos 80 trazem o Kid Abelha, Léo Jaime, “Uns e Outros”, Lulu Santos, Lobão (ex Blitz) e Ritchie, “Inocentes”, “Cólera” e “Ratos de Porão”. Nessa época, o movimento punk formava muitos adeptos e paralelo a esse cenário começam a estourar as grandes bandas paulistas, tais como “” (na qual Edgard Scandurra tocou antes do Ira!), RPM, Zero, Metrô, Ira! e Kid Vinil. Mas é de Minas Gerais a banda brasileira de maior sucesso internacional até agora, o “Sepultura”, com letras em inglês e o peso do Rock digno de admiração pelo público internacional. O “Sepultura” nasceu em 1983 e atingiu o sucesso em 1984 após ser contratada pela gravadora Cogumelo Records. A contratação se deu por conta de um festival em que integrantes da gravadora viram a banda em ação. A

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banda paulista “Viper” chegou a conseguir destaque internacional principalmente na Alemanha e Japão. O grupo escrevia letras em inglês e ajudou a desenvolver um estilo que viria a ser chamado de ‘metal melódico’ no Brasil. O Viper foi quem revelou o vocalista André Matos, que participaria ainda de duas outras grandes bandas brasileiras: Angra e Shaman. Ao Angra, que foi formado em 1991, André Matos se uniu guitarrista clássico Rafael Bittencourt, Marco Antunes, baterista, Luís Mariutti, baixista e o segundo guitarrista Kiko Loureiro, esse que já foi considerado por várias vezes o melhor guitarrista, do mundo. O Angra atingiu o sucesso a partir de sua primeira demo “Reachin Horizons”, gravando seu primeiro CD no Japão, onde até hoje são agraciados pelo publico. Atualmente a banda é formada pelos guitarristas Kiko Loureiro e Rafael Bittencourt, Felipe Andreoli (Baixo) e Ricardo Confessori (bateria). Na década de 90 aparecem novas bandas de expressão no Rock brasileiro: Skank, Patu-Fu, J-Quest (que passou a se chamar Jota Quest devido a um processo por plágio do nome), Tianastácia, O Rappa, Charlie Brown Jr., Cássia Eller, Los Hermanos, CPM 22 e Detonautas entre outros. Em 1994, surge o “”, uma das bandas ícones do Brasil, que conquistou grande sucesso com seu estilo inovador, o “forrócore” (forró + hardcore ). A banda chamava atenção por seu som pesado, mas ainda assim popular e por suas músicas que em sua maioria eram engraçadas e descontraídas, muitas vezes baseadas em temas nordestinos e sátiras em geral. No ano seguinte, é a vez dos “Mamonas Assassinas”, cujas músicas tratavam de questões sociais com humor e faziam paródias de estilos que variavam do Heavy Metal ao pagode. A banda chegou a fazer três shows por dia e vender 1,5 milhão de cópias antes de morrerem em um acidente de avião em 1996, ano em que as vendas do grupo chegaram a 2,6 milhões de cópias. No heavy metal brasileiro, novas bandas conseguiram atingir o sucesso internacional, bandas como: Shaman, Hangar, Mindflow, Hibria, Torture Squad, Burningin Hell, Shadowside, entre outras. As bandas consagradas da década passada, como Dr. Sin, permaneceram como grandes nomes na cena metálica, que teve Sepultura e Angra ainda como suas principais figuras.

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Depois do ano 2000 surgiram várias outras bandas no Brasil com vários estilos e influências diferentes, algumas tendendo mais para o estilo comercial como o NX Zero, Fresno, Cine, Strike, CSS entre outras bandas destinadas ao público jovem. Em paralelo surgiram bandas como Pitty, Rock Rocket, Os Seminovos que preservam o Rock de raiz. O Matanza, que também surgiu nessa época, se tornou muito popular pela inovação que trouxeram à música brasileira, o Country-Hardcore , com uma base muito inclinada ao western e uma ‘levada’ de bateria e guitarra puramente hardcore chegando a lembrar até o punk, conquistou e mantém muitos dos seus fãs por essa característica particular. A partir de 2009, o cenário musical brasileiro é abordado de uma forma diferente o “Happy Rock ”, ou rock colorido, tem como fiel e seguidor o público jovem, principalmente feminino. O Happy Rock tem influências do Glam Rock no que se trata de visual, as roupas são coloridas e, nas músicas, usam muito os sintetizadores como recurso.

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CAPÍTULO 2 – MARKETING CULTURAL

2.1 MARKETING CULTURAL

O Marketing cultural é definido como quaisquer ações em que se utiliza a cultura para promover uma empresa/marca. Dessa forma, estreitando a relação entre instituição e sociedade de uma maneira mais agradável, pois a cultura inerente à sociedade oferece atrativos certos para a criação dessa união. “O Marketing Cultural surgiu em 1966, quando Rockfeller, em seu discurso ‘Cultura e Corporações’, afirmou que, quando uma empresa investe em cultura, ela está beneficiando a si mesma” (MALAGODI; CÉSNIK, 1999). Considerando esta afirmação, percebe-se que a estratégia de investir na cultura para a divulgação é muito positiva, já que a instituição agrega valores resultantes da comunicação, gerando uma percepção proporcionada pela experiência do público com a cultura. Uma empresa que trabalha bem o marketing cultural consegue explorar e atribuir novos valores sociais em seu beneficio, solidificando e posicionando a marca ou determinado segmento cultural. É importante destacar que para viabilizar projetos e atividades voltados à cultura, existem políticas públicas de incentivo fiscal. A mais conhecida é a Lei do Incentivo Fiscal (LIF) de São José dos Campos, que promove o desenvolvimento de relações culturais entre instituições, empresas e o público. No que se refere ao setor privado, é possível descrever as etapas, que devem ser cumpridas pelas empresas para a obtenção dos recursos ligados ao incentivo fiscal: 1. Desenvolver um projeto que esteja adequado às exigências descritas na lei. 2. Entrar em contato junto ao órgão responsável pela liberação de recursos para informar o possível encaminhamento da proposta de projeto. 3. Possuir os documentos solicitados para a avaliação do projeto. “De 1994 para cá, o número de empresas que passaram a investir em cultura sextuplicou e cada vez mais pessoas ingressam nesse mercado anualmente.” (REVISTA MARKETING CULTURAL, Ian Forbes)

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Esse significativo crescimento se deve ao fato de o marketing cultural ser uma ferramenta de fácil acesso e agregadora de valores, que vem atraindo cada vez mais atenção como ferramenta estratégica. Além de agregar valores diretamente ligados ao setor em que a empresa ou instituição efetiva, seu apoio, também posiciona a empresa como socialmente responsável. Com isso, a instituição recebe por parte da sociedade uma graduação de credibilidade pelos esforços para promover a cultura. “O processo de promover o nome de uma empresa e de seus produtos por meio de eventos culturais deu origem ao marketing cultural”, de acordo com Gertner & Carnaval (GERTNER & CARNAVAL, 1999). Esse tipo de marketing vem crescendo no Brasil, pois as marcas vivem em um contexto de disputas resultando que as empresas recorram a uma alternativa para que sua marca se consolide na mente dos consumidores. Um grande benefício do marketing cultural é que as empresas se comunicam diretamente com o público que pretende ser alcançado. As empresas que desenvolvem o marketing cultural devem estar cientes dos objetivos pretendidos para que todos os esforços e elementos envolvidos sejam devidamente direcionados. Os objetivos que as marcas podem alcançar nesse meio são: o fortalecimento da imagem institucional, estabelecimento do papel social da marca, benefícios fiscais, ganho de mídia e aproximação mais genuína com o público. O patrocínio é uma das diversas formas de uma empresa criar uma associação com algum evento cultural, por meio de pagamentos em dinheiro, produtos ou serviços a um determinado evento. Por outro lado, os investidores têm direito à exploração da sua potencialidade comercial. A empresa pode escolher a maneira como quer se relacionar com o evento, como: o próprio evento, o co-patrocínio e o apoio. O patrocínio acarreta ótimos benefícios para as empresas envolvidas, um deles é pela repercussão espontânea na mídia: notas na Internet, jornais, televisão, críticas e cobertura do evento. Segundo GUS & SLONGO, “Patrocínios culturais são vistos pela população como ações sociais e parecem provocar sentimentos favoráveis e positivos em relação às empresas que os promovem” (2002, p. 04). Os impactos avaliados

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negativamente de um evento refletem nas marcas que o patrocina, repercutem de forma mais intensa do que eventos bem sucedidos que valorizam a marca. Quatro características de eventos como ferramentas de marketing - o público participar de forma mais genuína da atividade ao invés de ser apenas um receptor de informações; interação com os demais componentes do evento; devido à personalidade diversificada de cada participante tem uma percepção diferente perante o evento; o uso da criatividade para um posicionamento distinto em relação aos outros eventos. Métodos de fortificação da marca são imprescindíveis por que podem atrair potenciais clientes e também estabelecer uma relação de fidelidade com os atuais clientes fortalecendo essa relação, além de fazer o público experimentar novos produtos. Apesar de todos esses pontos positivos da divulgação da marca em eventos culturais, muitas empresas os patrocinam pensando apenas nos benefícios fiscais. De acordo com Costa (2004) existe um favorecimento de investimentos culturais:

No Brasil, a legislação vigente concede incentivos fiscais às manifestações artísticas e culturais que têm maior dificuldade em atrair investimentos: artes cênicas, música instrumental, doações a museus e bibliotecas, exposições itinerantes de artes plásticas, dentre outras atividades (COSTA, 2004; LEOCADIO & MARCHETTI, 2003).

2.2 MARKETING CULTURAL NA MÚSICA

Como forma de direcionar a atenção do público-alvo a algum novo serviço ou produto de uma empresa, é interessante organizar eventos de diversas temáticas, por exemplo: Apresentações culturais e esportivas, diversos tipos de competições, shows musicais. Segundo Martensen, “Um bom ajuste entre evento e marca é fundamental para criar as condições necessárias para promover uma transferência de valor do evento para a marca” (MARTENSEN et al., 2007). Além disso, é importante frisar a importância da combinação entre marca, evento e público almejado. A empresa deve se preocupar com a adequação entre seu negócio e um possível evento a ser patrocinado, como por exemplo: Uma empresa de cosméticos

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patrocinando um evento de lutas não estaria chegando efetivamente ao público consumidor de seus produtos. A lembrança do público-alvo em relação ao patrocínio depende da percepção que o consumidor naturalmente tem sobre a analogia entre a marca e o evento patrocinado, por isso é essencial uma associação clara entre os dois. De acordo com essa questão “A música é capaz de gerar efeitos que se espraiam por quatro dimensões da vivência: emocional, cognitiva, somática e relativa à memória” (WALLACE, 1997). Assim, com a mistura desses elementos a música é um dos maiores recursos com potencial para influenciar o consumidor, sendo perfeita para a associação com a marca. As pessoas utilizam a música como uma ferramenta para atingir um estado de satisfação em relação aos seus pensamentos diante do mundo. Os eventos musicais quando são realizados da forma adequada, constroem sólidas lembranças da empresa patrocinadora. A mídia também é um ótimo componente associado à música, por exemplo, o rádio pode beneficiar tanto as produtoras quanto os patrocinadores, com vendas de ingressos e lembrança da marca. Todos os elementos que compõem a atmosfera do evento são imprescindíveis para a formação da imagem desejada na mente dos consumidores. Tais como: cenário, ineditismo, ecletismo, tradição, interatividade, polêmica, entre outros. Neste meio, fazendo uma comparação entre patrocínios de eventos esportivos e de música, pode-se destacar algumas vantagens para o segmento de eventos musicais, pois atraem uma quantidade maior e mais diversificada de pessoas. Um bom exemplo é que esse tipo de evento pode atrair mais mulheres e idosos, por conta dessa flexibilidade maior que o segmento musical proporciona às pessoas. Desta forma, uma empresa que realiza seu próprio evento, pode formáta-lo de acordo com o perfil dos diversos públicos, criando maiores possibilidades para um retorno positivo. Um evento musical está muito mais conciliado a produtos e marcas do que eventos esportivos. Assim, quando a exibição de uma marca é feita de forma exagerada ou exaltada, pode-se provocar um sentimento negativo no público do evento, pois a

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atração musical é sua principal atenção, e não pode ser ofuscada pela promoção exagerada da marca. Uma pesquisa realizada na cidade de Porto Alegre, GUS & SLONGO (2002), mostrou que as pessoas têm uma preferência maior por eventos direcionados à música em comparação aos outros tipos de eventos culturais. Pensando em “cases” contemporâneos, nota-se que as empresas privadas de telefonia disputam um lugar na lembrança dos consumidores por meio de investimentos em patrocínio cultural. Assim como forma de agregação de valores, a Tim investe fortemente em eventos musicais, como o projeto: “Tim, música sem fronteiras”, cuja proposta é o desenvolvimento cultural e social através da música.

2.3 EVENTO – COMO ESTRATÉGIA DO MARKETING CULTURAL

Segundo NETO, (1998, p.20) “Evento é qualquer fato que pode gerar sensação e, por isso, ser motivo de notícia (seja esta de cunho interno ou externo).” O Tributo Rock foca um público apaixonado e fiel há mais de seis décadas, os roqueiros sempre marcaram presença onde quer que esteja tocando o bom Rock and Roll - usando a paixão do público é que se espera gerar uma grande repercussão do evento. Apostando nas características do público apreciador do Rock a expectativa é que o evento se torne uma central de investimento unindo interesses em comum do público, dos patrocinadores e fornecedores; o ambiente será propício para ofertas de aulas de música e instrumentos musicais, entre várias outras possibilidades. Constituindo assim o evento como atividade de marketing conforme conceito de NETO (1998, p.31) “O que torna o evento uma atividade de marketing é a sua capacidade de juntar o negócio do patrocinador com os consumidores potenciais em um ambiente interativo”. Com isso espera-se elevar o Rock e a cultura como grandes atuantes na economia regional. Segundo CESCA (1997, p.3) “Evento é a execução do projeto devidamente planejado de um acontecimento, com o objetivo de manter, elevar ou recuperar o conceito de uma organização junto ao seu público de interesse”.

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2.3.1 EVENTOS MUSICAIS DE ROCK

Durante toda a história do Rock , sempre ocorreram diversos eventos com dimensões extraordinárias, onde as grandes estrelas do ramo brilhavam ainda mais. O público que frequenta esses grandes “shows” tem como características serem muito agitados e fanáticos, e é impressionante o comparecimento em peso. “Shows” lotados marcam a magnitude e a influência que tais eventos podem proporcionar. Perfeito para patrocinadores divulgarem suas marcas para esse público tão fervoroso e fiel. Além disso, o retorno financeiro é muito grande para os organizadores. Sendo assim, com toda certeza, é constatada a grandeza desse tipo de evento em todo mundo. O grande motivo de tanto sucesso é a difusão do Rock em todo mundo, muitas bandas de Rock são conhecidas e fazem um imenso sucesso. Têm-se como exemplo um dos maiores festivais de Música da história: o aclamado Rock in Rio.

Rock in Rio

Figura 1: Logotipo Rock in Rio Fonte: http://www.inforock.com.br

O Rock in Rio teve sua primeira edição em 1985, idealizada pelo empresário brasileiro Roberto Medina, realizada na cidade do . Desde então, por causa da grande repercussão e sucesso, foram realizadas nove edições, no total, 28

entretanto, apesar do nome que caracteriza o evento, o “Rock in Rio” também teve edições em Portugal e Espanha (três edições em Lisboa e duas em Madrid). Em todos os anos de sua realização, manteve suas características, que vão muito além do atrativo principal que é a música. O festival conta com outras atrações, atribuindo a ele uma essência de entretenimento, assim o público pode desfrutar e se envolver com o evento de várias formas, não ficando entediado nas muitas horas de shows. A divulgação do evento em suas primeiras edições era feita através da mídia impressa, como: jornais e revistas; e com o apoio da televisão. Somente depois da edição de 2000 foi adotada a mídia virtual como forma de abordagem ao público. Porém, só foi a partir da última edição realizada no Brasil em 2011 que os organizadores deram um verdadeiro “show” de divulgação, utilizando a Internet como ponto forte para a difusão do evento. Além das vendas “on-line” foram exploradas as populares mídias sociais, isto é: Facebook e Twitter, cuja freqüência do público-alvo sempre é grande. Além disso, a divulgação em massa foi feita com maestria através da televisão. Em dezembro de 1984 era inaugurada a Cidade do Rock, com um custo total de mais de 11 milhões de dólares. Assim, dia 11 de janeiro de 1985, aconteceu a estréia do Rock in Rio no Brasil, e essa edição ficou marcada por nomes ‘de peso’ como AC/DC, Queen, Scorpions, Iron Maiden, Ozzy Osborne. Um dos shows que mais marcaram o festival foi da banda inglesa Queen, além disso, o quarteto deixou histórias curiosas para serem contadas. Os integrantes do grupo não chegaram ao Rio no mesmo avião, pois eles viajavam em aeronaves diferentes, por precaução, caso o avião caísse não estariam todos os integrantes dentro, assim não morreriam todos e a banda não acabaria. Também teve a exigência de Freddy Mercury, vocalista: no momento em que ele sobrevoasse a Cidade do Rock, seu saquê deveria ser esquentado a 20°C. Outra história é a de um camarim totalmente revirado, destruído segundo Freddy por um furacão. O show contou com os sucessos do Queen, como “Bohemian Rhapsody ”, “Radio Gaga ”, “Keep Yourself Alive ”, “I Want to Break Free ”. Mas sem dúvida, “Love of my Life ” foi o grande destaque, até hoje um dos momentos mais lembrados de todas as edições do festival. Freddy começou a cantar e então deixou o público

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soltar a voz, o que resultou em algo genuinamente lindo, milhares de vozes cantando uma música sensível como essa. Esse momento marcou a história do Rock in Rio, inclusive na abertura da edição de 2011, o vídeo de “Love of My Life ” foi exibido no telão, e quando Freddy Mercury parou de cantar, Milton Nascimento continuou, emocionando o público. A banda Barão Vermelho, do então vocalista Cazuza, foi um dos grandes destaques brasileiros na primeira edição do festival. Com músicas como “Todo amor que houver nessa vida” e “Pro dia nascer feliz”, a banda ganhou o público e saiu aplaudidíssima. Os australianos do AC/DC marcaram o festival com um show espetacular, cantando todos os seus megas sucessos como “Back in Black ”, “T.N.T ”, “Highway to Hell”, “Shoot toThrill ”, impressionaram o público. No encerramento, fizeram uma performance memorável de “For Those About to Rock (We Salute You)”, com dois canhões e dezessete baterias de fogos montados no palco.

LOOLLAPALOOZA BRASIL

Figura 2: logotipo Lollapalooza Fonte: http://us.music-jobs.com

Em 1991 o cantor Perry Farrell da banda norte americana “Jane’s Addiction” criou o festival Lollapalooza como uma turnê de despedida para a sua banda. Assim, percorrendo a América, o festival aconteceu até 1997, voltando apenas em 2003, quando Farrell convocou sua banda para uma nova turnê. O Festival é constituído por bandas de Rock , e seus derivados (Alternativo, Heavy Metal e Punk ), além de dança e apresentações cômicas. Alguns dos nomes

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que já se apresentaram no festival são: Red Hot Chilli Peppers, The Killers, Arcade Fire, Muse, The Strokes e Green Day. No Brasil, o evento chegou no primeiro semestre de 2012, foi realizado nos dias sete e oito de abril na cidade de São Paulo (Jockey Club ). Com atrações como Foo Fighters e Arctic Monkeys, o festival atraiu um público de aproximadamente 140 mil pessoas, segundo a organização do evento. A divulgação do festival foi através de mídia impressa, televisão e Internet (mais precisamente nas redes sociais). Os shows foram transmitidos ao vivo por um canal da televisão fechada brasileiro.

SWU

Figura 3: logotipo SWU Fonte: http://marketingsocial2012.wordpress.com

O Festival SWU (Starts with You) foi criado em 2010 pelo empresário Eduardo Fischer com a idéia inicial de ser um “Woodstock ” brasileiro, mas acabou se tornando o maior evento sustentável do país. Com a premissa de mobilizar as pessoas, fazendo-as acreditar que cada ação individual no seu dia-a-dia faz sim, toda a diferença. Para tanto, o festival conta com além das apresentações de bandas nacionais e internacionais, o fórum de sustentabilidade que sempre tem grandes nomes defensores do meio ambiente, como Tom Gueterboc, Lynn Hirshfielde e Jeff Corwin. A primeira edição aconteceu entre 09 e 11 de outubro de 2010 em Itu, São Paulo, com mais de 70 atrações, entre elas, Rage Against the Machine, Kings of Leon, Dave Matthews Band, Jota Quest e Capital Inicial. 31

A repercussão das duas primeiras edições do evento foi muito positiva, com grande participação do público nas redes sociais, além do apoio de Ongs, empresas parceiras/patrocinadoras e os principais veículos de comunicação do Brasil.

PLANETA ATLÂNTIDA

Figura 4: Logotipo Planeta Atlântida 2012 Fonte: http://www.grupobainhacomarame.com.br

O Planeta Atlântida, um festival anual de verão, foi criado no em 1996, realizado pela rede Atlântida (redes radiofônicas do Rio Grande do Sul e Santa Catarina), com o apoio da iniciativa privada. Algumas atrações que passaram pelo festival foram: Jota Quest, Mamonas Assassinas, Rita Lee e Titãs. No Rio Grande do Sul o evento recebe em média 70 mil pessoas por noite, já em Santa Catarina esse número é um pouco inferior com 65 mil expectadores por noite. O festival tem como fonte de divulgação, transmissões ao vivo para todo Brasil, por dois canais televisivos e uma emissora de rádio.

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CAPÍTULO 3 – METODOLOGIA CIENTIFICA

3.1 METODOLOGIA CIENTÍFICA

Para o desenvolvimento de um projeto, é necessário captar referências de estudos já feitos anteriormente que contemplem o tema escolhido. Para tanto, a equipe se disponibilizou a efetuar pesquisas que colaborassem com o projeto. A partir dessas informações, pode-se realizar com propriedade e exatidão o projeto proposto. As referências obtidas ajudam também em toda parte criativa, como por exemplo, a criação do logotipo, conceito e identidade do evento. Desta maneira, toda parte comunicacional está diretamente ligada às pesquisa efetuadas, ou seja, o posicionamento da marca leva muitos pontos estudados, transparecendo a história do Rock e o perfil do público. O objeto de estudo foi estruturado contendo vários tipos de pesquisas, entre elas destacam-se a pesquisa bibliográfica, que é definida como qualquer tipo de pesquisa na qual se analisa e interpreta livros, periódicos e documentos como fonte de embasamento teórico. A pesquisa documental também serviu como um grande apoio, contendo inúmeras fontes. A Iinternet é um ótimo meio de comunicação livre, apresentando as mais diferentes opiniões referentes ao tema do evento, servindo como dados secundários. A história do Rock também foi pesquisada e analisada para o enriquecimento dos estudos.

3.2 PESQUISA QUALITATIVA

A pesquisa qualitativa é uma pesquisa de campo que visa entender as opiniões e tendências de uma denominada área de cunho social, sem utilização de tabulações numéricas ou probabilísticas. Os dados da pesquisa qualitativa são recolhidos de pessoas envolvidas no processo do objeto de estudo. O estudo qualitativo permite a condução por diferentes caminhos guiada por pontos ressaltados durante a aplicação da pesquisa ou opiniões expressas em debates. 33

3.3. PESQUISA EM PROFUNDIDADE

A Pesquisa em profundidade é um modelo de pesquisa muito versátil. Trata- se de uma entrevista feita com gravação de áudio e com os seus tópicos pré- determinados, o objetivo do uso desse modelo de pesquisa é conhecer melhor o ambiente de atuação do Evento com profissionais ligados ao universo musical que podem transmitir conhecimentos e experiências adquiridas ao longo de sua vivência nesse mercado. A pesquisa será realizada com 10 profissionais da área, sendo, 2 músicos, 2 produtores musicais, 2 produtores de áudio, 2 produtores de eventos culturais, 2 encarregados da Fundação Cultural e representantes de grupos culturais do Vale do Paraíba.

3.3.1. INSTRUMENTO DA PESQUISA EM PROFUNDIDADE

QUESTIONÁRIO

1- Em relação às oportunidades que existem atualmente na região. Qual sua opinião? O que você acha que poderia melhorar?

2- Você conhece alguma banda que seja da região? Se sim, o que você diria a respeito das oportunidades que têm ou tiveram para difundir seu trabalho?

3- Você acredita no potencial das bandas do Vale do Paraíba?

4- Considerando que o Vale do Paraíba é uma região emergente, você acha que o rock tem potencial para crescer aqui?

5- Como você vê a atitude do Tributo Rock de promover novas bandas para o cenário musical? E quais são as dicas que você daria?

6- Você conhece alguma banda famosa proveniente da região do Vale do Paraíba?

7- Na sua opinião, qual o estilo musical predominante na região, e por quê?

8- Qual sua expectativa para o evento? 34

9- Você indicaria alguma banda para se apresentar no evento?

10- Deixe um recado para as bandas que desejam crescer nesse ramo musical.

3.4. PESQUISA DE OPINIÃO

A Pesquisa de Opinião, objetiva captar o senso comum sobre um determinado assunto, sendo assim, gera dados pertinentes como: qual rumo tomar na abordagem com o público, quais os gostos e o seu grau de classificação. Desta maneira serão obtidas informações do público alvo de forma direta, por meio de um questionário elaborado com perguntas relacionadas aos seus gostos, de forma que os dados extraídos sejam transformados em informações úteis para o desenvolvimento do evento, após análise.

3.4.1. UNIVERSO

O universo de aplicação da Pesquisa em Profundidade foi a região do Vale do Paraíba, através de entrevistas com profissionais da área. A pesquisa de Opinião foi aplicada na cidade de São José dos Campos, com 180 pessoas entre 18 e 47 anos, homens e mulheres, aficionados da cultura musical.

3.4.2. AMOSTRA

Foram identificados alguns estabelecimentos, onde o público de aficionados da cultura musical podem ser encontrados com maior facilidade. Logo estes 180 entrevistados foram divididos proporcionalmente nos seguintes locais: Dunluce Irish Pub, Hocus Pocus, Moto Clube e estudantes de faculdades de comunicação social. A aplicação foi dividida entre cinco faixas etárias, cada faixa contando com 36 amostras, sendo divididas igualmente entre homens e mulheres da seguinte maneira:

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• 18 a 23 anos; • 24 a 29 anos; • 30 a 35 anos; • 36 a 41 anos; • 42 a 47 anos.

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3.4.3. QUESTIONÁRIO – PESQUISA DE OPINIÃO.

Figura 5: Questionário – Pesquisa de Opinião 37

CAPÍTULO 4 – PLANEJAMENTO

4.1. SETOR E NOME DO PROJETO

Cliente: Tributo Rock Setor de Atividade: Eventos/ Música/ Cultura.

4.2. HISTÓRICO DO PROJETO

O projeto do evento Tributo Rock foi concebido em janeiro de 2012. Os maiores motivadores para a criação do evento foram: O apoio à cultura do Vale do Paraíba e difusão do Rock tendo em vista que esse gênero musical movimenta expressivamente a economia há mais de 60 anos, principalmente no exterior. O Brasil possui um grande número de seguidores do Rock , porém ainda possui poucas bandas de sucesso, sendo que a maioria das bandas de Rock do cenário musical brasileiro atual teve seu auge na década de 80. O Tributo Rock vem para suprir essa deficiência e contribuir para a ascensão de novas bandas de Rock. Seu diferencial está em torno do objetivo principal que é gerar mais acessibilidade ao Rock. Assim como trazer novos talentos à tona, criando uma sustentabilidade dos fãs por seus novos ídolos.

4.3. AMBIENTE DEMOGRÁFICO

O Ambiente demográfico de São José dos Campos apresenta-se de maneira diversificada e muito populosa, com cerca de 615.871 habitantes (2009/ IBGE) e sua Densidade Demográfica é de 575,20 hab./km² (Estimativa 2009). A população local está dividida nas seguintes faixas etárias: crianças de 0 a 14 anos (27,53%), jovens de 14 a 24 anos (20,17%), adultos de 25 a 59 anos (45,72%) e idosos de 60 Anos ou mais (6,58%). (Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – FIBGE)

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A localização do município é bastante privilegiada, encontrando-se no eixo Rio – São Paulo, que é perfeito para interesses comerciais. Ao estudar essas variáveis, é possível notar que o município apresenta um público em potencial. Pelo fato da região estar em desenvolvimento, cada vez mais nascem novas tribos, o que facilita a aceitação de novos estilos e culturas. O município também conta com uma população jovem, “Do total de moradores da cidade (629.921), a maioria é jovem com até 29 anos de idade (305.819 pessoas)” (www.guiasjc.com.br - O Vale)

Tabela 1 - Divisão da população em São José dos Campos População total 615.871 habitantes Crianças 0 a 14 anos 27,53% Jovens 14 a 24 anos 20,17% Adultos 25 a 59 anos 45,72% Idosos 60 Anos ou mais 6,58% Fonte: IBGE- Censo 2010- Cidades

4.4. AMBIENTE ECONÔMICO

O município de São José dos Campos apresenta uma economia forte, se destaca como uma das maiores economias do estado. Entre as principais atividades econômicas do município pode-se relevar: Indústria, comércio, serviços, agricultura e turismo. O principal setor econômico de São José dos Campos é o Industrial, possuindo a maior fatia econômica, com cerca de 70,52% da economia joseense. São 720 indústrias, estima-se aproximadamente 50 mil pessoas empregadas (www.explorevale.com.br). A renda dos Jossenses se mostra em uma situação confortável. Em relação às famílias que ganham uma renda per capita superior a três salários mínimos, São José dos Campos ocupa o 14º lugar no estado. Analisando o ambiente em que o evento está inserido e levando em consideração todos esses dados, é possível perceber que o público alvo possui

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poder de compra, desta maneira considera-se satisfatória e motivadora a situação mercadológica para os patrocinadores envolvidos. Além de constatar uma ótima capacidade financeira para o investimento em novos nichos de mercado, mais especificamente a “indústria do Rock ”. Logo, novas bandas podem surgir e também usufruir por conta da economia fortalecida do município.

Tabela 2 - Ambiente Econômico Total de Indústrias 720 Porcentagem na economia 70,52% Total de empregados nesse setor 50 mil Fonte: Prefeitura de São José dos Campos

4.5. AMBIENTE SOCIOCULTURAL

A Fundação Cultural Cassiano Ricardo (FCCR) é responsável por promover e desenvolver a cultura em São José dos Campos. A entidade possui programas e atividades culturais, que enriquecem os atrativos do município. Nesse sentido, é possível identificar a existência de centros, como teatros, cinemas, museus, bibliotecas, parques, espaços culturais (SESC), entre outros. A partir disso, a cidade comporta um grande número de casas destinadas a realização de shows, onde há a difusão da música de forma segmentada. Entre os principais espaços desse tipo em São José dos Campos, destacam-se: Hocus Pocus, Estância Nativa, Pub, Metal Motos Motoclub, La musik, Anexo, Villa Sertaneja entre outros. Desta forma, é possível notar o manifesto musical, com destaque para o gênero sertanejo. As rádios locais têm um papel fundamental na disseminação da música pela região, promovendo os interpretes e compositores, que constroem modelos a serem seguidos pelos indivíduos que consomem sua produção e absorvem idéias reproduzindo-as. Identificam-se em sua maioria rádios mais voltadas para os gêneros da indústria norte-americana, e o modismo sertanejo. O Rock não possui muito espaço, obrigando os fãs do gênero a recorrer a outros tipos de mídia.

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Enfim, todos esses componentes são partes que ajudam a formar o contexto sociocultural do município, concretizando o perfil dos atrativos da cultura de São José dos Campos.

4.6. AMBIENTE TECNOLÓGICO

O Tributo Rock tem uma grande vantagem no quesito tecnológico. Isso ocorre devido ao fato de a região do Vale do Paraíba ser super desenvolvida tecnologicamente comparando com as cidades e regiões mais evoluídas do país. Contudo, para o produto oferecido pela equipe ser desenvolvido não é necessária muita tecnologia, afinal, é um serviço e não algo palpável, o que acaba por tornar o favorecimento tecnológico algo não tão vantajoso. Ainda assim, vale citar que os equipamentos de som estão disponíveis em abundância por empresas que trabalham com locação desses equipamentos, como por exemplo, a “Studio Grafite Som”, a “Audiovalle Eventos e Entretenimentos”, entre outros. Outro fator que pode ser enxergado como benefício é a grande quantidade de lojas de instrumentos musicais, algumas delas são: Rossi Instrumentos Musicais, Spalla, Braguinha, etc.

4.7. AMBIENTE POLÍTICO LEGAL

As decisões de Marketing são diretamente afetadas por mudanças no ambiente político-legal, o qual é formado por leis, grupos de pressão e órgãos governamentais. As leis, por exemplo, podem favorecer novas ideias para novos negócios ou projetos, como a própria Lei de Incentivo Fiscal (LIF) que colabora positivamente com os novos projetos. A Lei de incentivo fiscal, concebida em 1999, possibilita uma grande oportunidade para que os empreendimentos culturais se realizem, por meio do comprometimento da prefeitura municipal, da Fundação Cassiano Ricardo e de empresas interessadas em investir suas contribuições fiscais em programas socioculturais. Este incentivo tem como grande trunfo: Promover projetos culturais

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independentes, levando as mais diversas formas de cultura para a população, trazendo entretenimento e muito conhecimento. O Código de Defesa do Consumidor também deu sua contribuição de induzir as empresas a modificarem processos e produtos no sentido de se adaptarem às exigências legais, principalmente para garantir a segurança e a integridade física dos usuários; isso possibilitou desenvolvimento das organizações e oferta de produtos e serviços de maior qualidade e com maior valor agregado, favorecendo assim o consumidor. O ambiente político-legal está em constante mudança. As leis se transformam para acompanhar a evolução da sociedade e das organizações, para se adaptarem às transformações. Por isso, as tendências de mudanças no ambiente político-legal devem ser analisadas e seus impactos para os negócios estudados, a fim de fazer com que aparentes ameaças tornem-se oportunidades de mercado para as empresas.

4.8 ANÁLISE

4.8.1. PESQUISA DE OPINIÃO

1) Quanto você gosta de rock?

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As pesquisas apontam que 61,87% dos entrevistados gostam muito de rock e apenas 8,59% dos entrevistados não gosta.

2) Conhece alguma banda de rock?

3) Cite 3 bandas da história do rock:

As 3 bandas mais citadas foram AC/DC, Queen e Guns N` Roses.

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4) Cite as 3 melhores bandas da atualidade:

As 3 bandas mais citadas foram Metallica, Foo Fighters e System of a Down.

5) Preferência do público que irá ao evento de rock em relação a outras apresentações. A resposta levou em conta as seguintes opções: Ouvir somente covers Ouvir somente músicas de autoria das bandas 50% covers, 50% de autoria das bandas 80% covers, 20% de autoria das bandas 20% covers, 80% de autoria das bandas

Percebeu-se que a preferência recaiu sobre covers e músicas autorais. 44

O índice de rejeição prevaleceu sobre:

Apesar de obter um índice maior a opção de ouvir somente covers obteve também a segunda maior taxa de rejeição.

6) Acessa a Internet quantas vezes por dia?

A Internet é um excelente veículo de aproximação do público com as novas bandas.

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7) Acessaria um canal na internet para conhecer novas bandas?

Na internet a disposição para acessar e ouvir as músicas de novas bandas é muito grande.

8) Já foi em algum show de banda famosa antes da mesma fazer sucesso? Qual?

As bandas citadas foram Bullet Bane, Dead Fish, Matanza, Fresno, Restart e Autoramas.

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9) Você iria em um evento de rock com novas bandas?

As pessoas que responderam não justificaram dizendo que não é de seu gosto eventos desse formato.

10) Qual seria o local ideal?

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11) Oportunidades para divulgarem seu trabalho.

A grande maioria dos entrevistados julga que as bandas dispõem de poucas oportunidades para divulgação de seu trabalho.

12) Tem conhecidos que tocam em banda?

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13) Conhece alguma banda famosa que seja do Vale do Paraíba?

As bandas citadas pelos entrevistados que conhecem bandas famosas do Vale do Paraíba foram: Rádio Galena, Luxúria, Zumbis do espaço, McZero5, Cabana Café.

14) Com que freqüência vai a casas de show de Rock?

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15) Importância da realização do evento

16) Atualmente, conhece algum evento ou iniciativa semelhante?

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17) Mídias que utiliza para conhecer entretenimentos e show de rock.

As mídias mais utilizadas para informação sobre entretenimento são: Facebook, Rádio e Impressos.

As mídias menos utilizadas para este fim são:

4.8.2 PESQUISA EM PROFUNDIDADE

Oportunidades que existem atualmente na região: Percebeu-se que no geral todas as pessoas envolvidas no meio musical e/ ou cultural julgam a região deficiente de oportunidades para a difusão musical. As oportunidades que são 51

apontadas são bares e casas noturnas, consideradas insuficientes para atender a demanda de bandas da região, com o agravante de essas casas exigirem que o repertório tocado seja cover. Outro aspecto bastante citado é a ausência de ações por parte dos municípios em prol da cultura. De maneira geral observa-se que as prefeituras e centros culturais regionais são pouco atuantes no que se diz respeito à promoção de eventos, disponibilização de materiais, recursos e especialistas na área.

Melhorias: Para que haja uma melhora é preciso investir para criar uma ligação entre os envolvidos e o município. Com o fechamento de parcerias entre bandas independentes, organizadores de eventos da área, pessoas influentes no ramo, instituições culturais como apoio para a realização de eventos e iniciativas musicais, credenciamento e financiamento dessas ações constituiriam o passo inicial para uma maior visibilidade musical na região. Com essa parceria em vigor seria possível disponibilizar produtores de plantão na Fundação Cultural para orientar os músicos desde a produção musical até a escolha das músicas de trabalho e divulgação. Outro aspecto citado é trabalhar eventos desse tipo como a “venda” da experiência, no sentido de que as pessoas compareçam ao evento para viver o rock naquele dia específico, com a possibilidade de conhecer músicas novas, estar em um ambiente totalmente voltado ao rock, contar com boas instalações e fácil acesso à comida, bebida e estacionamento, tudo para que o foco principal seja a apreciação do rock.

As bandas regionais atuais e suas oportunidades: Existem atualmente algumas bandas que estão sempre tocando em casas noturnas, algumas delas atingiram certa fama como bandas cover, por esse motivo conquistaram a oportunidade de tocar algumas de suas músicas no meio de uma apresentação, porém esse ainda é um caminho com muitos obstáculos e poucas oportunidades. Uma boa forma de contornar essa situação é a divulgação por meio da Internet, que é uma fonte gratuita e tem toda uma rede para esse tipo de divulgação. Porém é uma ajuda, não uma solução, tendo em vista que a qualidade do material a

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ser postado nessa rede deve ser profissional, sendo assim tem um custo alto e acaba por excluir muitas bandas e músicos por falta de recursos para investimento. Muitas das bandas que conseguiram algum sucesso na região, se mantiveram com sua própria renda.

O potencial das bandas: É unânime que as bandas regionais têm qualidade e que podem ter sucesso no ramo.

O Vale do Paraíba e o Rock: Todos acreditam que o rock tem boas chances de crescer no Vale do Paraíba, por se tratar de uma região com alta rentabilidade, o que gera possibilidade de investimentos consideráveis para difusão cultural. Uma boa referência nesse aspecto é a cidade de São Paulo que já estabeleceu uma cultura de apreciação tanto de músicas covers, como de músicas de autoria de bandas independentes. Criando-se esse valor o Vale do Paraíba tem toda condição e possibilidade de fazer com que o rock e a música tenham uma elevação considerável.

Atitude Tributo Rock: É muito positiva a ação que objetiva a realização do evento. Todos os entrevistados julgam esse evento como a possibilidade de se ter uma referência de ponto de partida, que a partir da realização do Tributo Rock , sejam organizados outros eventos com o mesmo intuito de elevar a música na região.

Bandas famosas da região: Luxúria, Voltz, Mack Zero Cinco, Luana Camarah, Anóxika e Caos.

Estilo musical predominante na região: Os estilos musicais que sempre se mantiveram fortes na região foram o rock, rap e pagode, além desses, a região Vale paraibana passa de tempos em tempos por um modismo. No momento o Sertanejo universitário e o funk são estilos que estão em alta.

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Expectativa para o evento: De maneira geral são boas as expectativas. Espera-se que o evento seja bem organizado, que promova uma interação entre o público e as bandas, que faça com que a identidade musical do Vale do Paraíba seja reconhecida, que promova de forma eficiente a cultura. De maneira geral o evento provocou boas expectativas em quem teve a oportunidade de conhecer a proposta.

Bandas indicadas para o evento: Voltz, Mack Zero Cinco, Luana Camarah, Q.I a Menos, Don Ramon, Combustone, Sex Cole, La Nova, Papo de Gado, Tran, Sir Jack, Mr Marvel, Disco Voador, Fish Head, Anóxika, Anemia, Ciello, Nachos, Caos e HallonaRock.

Recado para as bandas que desejam crescer na música: Ter foco, estudar, ter personalidade musical, buscar a inovação e acima de tudo não desistir nunca. Por maiores que sejam as adversidades que surgirem manter o foco é primordial para ter sucesso.

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4.9. ANÁLISE SWOT

Tabela 3: Análise Swot Forças (strength): Fraquezas (weakness): Inovador; Pouca concorrência; Desconhecido; Gera Oportunidades; Atualmente o Rock está em baixa na Gratuito; região; Promove a Cultura; Reúne interesses; Apoia a caridade; Oportunidades (opportunities): Ameaças (threats): Nicho de mercado pouco explorado; Ameaças climáticas; Se tornar evento modelo e atingir grandes Shows famosos no mesmo período; proporções nacionais; Realização de um evento semelhante Ganhar uma fatia de público dos no mesmo período. concorrentes; Indisponibilidade das bandas alvo Fidelizar um público específico; Revelar novos sucessos;

4.10. ANÁLISE DA CONCORRÊNCIA

O Vale do Paraíba é solo de diversos locais que oferecem lazer nos finais de semana e noites em geral. A partir de um estudo desenvolvido pela equipe, alguns locais e eventos foram classificados como concorrentes indiretos. Entre eles estão: Dunluce Irish Pub, HocusPocus, La Musik, Anexo da Nena, Virada Cultural, Mutley, Cenário, e outros. Todos os citados recebem pessoas que se enquadram no público alvo do Tributo Rock , contudo, também é composto por públicos diferentes (apreciadores de outros estilos musicais), o que faz com que uma parcela do público alvo seja perdida. 55

Os raros eventos de Rock que acontecem na região são considerados concorrentes, porém, eles não influenciarão se acontecerem em datas distintas à data de realização do Tributo Rock . Outro fator que beneficia a realização deste evento é que das casas citadas somente o Hocus Pocus disponibiliza espaço para bandas independentes tocarem suas músicas. Porém o foco não é esse, a apresentação das bandas com músicas próprias são somente para abertura da banda que fará o show principal, sendo esse sempre um show cover.

Tabela 4 - Análise da concorrência Concorrentes Serviço Oferecido Preço Indiretos Dunluce Irish Casa de shows destinada ao entretenimento com bandas Pub de rock tocando covers com uma avaliação prévia. Entre R$ 15,00 e 20,00 La musik Casa de shows sem um estilo totalmente predominante Em média varia desde shows de rock a shows de pagode ou forró. R$ 10,00 Concorrentes Serviço Oferecido Preço diretos Hocus Pocus Casa de shows destinada ao entretenimento com bandas de rock, as oportunidades são para bandas covers e bandas que tocam música própria, porém o tempo de show para as bandas independentes é em média 40 R$ 10,00 minutos para abertura do show da banda cover.

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4.11. DIAGNÓSTICO

Diante dos diversos pontos pesquisados em relação à história do rock, ao Rock no Brasil e as pesquisas aplicadas, percebe-se que o rock é um estilo musical que sempre foi muito forte e contou com muitos adeptos. Atualmente o quadro não é diferente, são muitos os que gostam do estilo e que estão dispostos a conhecer o trabalho de novas bandas, que compareceriam ao evento e ainda acessariam na internet o canal do evento para conhecer um pouco mais o trabalho dessas novas bandas. No Vale do Paraíba, o Rock “concorre” com outros estilos musicais, mantém seu grande número de fãs, mas o que se observa é que a cultura da região ainda é muito voltada à difusão de bandas covers Analisando os resultados das pesquisas de opinião e em profundidade, tem-se que esse é um ponto que não agrega valor à cultura local, de maneira que, percebeu-se que é necessário trabalhar para mudar essa visão, fazendo com que seja criado o costume de aceitar e buscar conhecer e valorizar as bandas regionais e suas músicas.

Diferencial: O Vale do Paraíba, e principalmente São José dos Campos, é muito conhecido pela variedade de lugares de entretenimento. Existem desde bares, até casas de Rock , sertanejo, pagode, entre outros. Além disso, nessa região acontecem muitos shows com grandes bandas de Rock e/ou outros estilos. Pensando nessa questão, a equipe focou em um diferencial simples, mas que fará toda a diferença. Diferente de outras casas de Rock e/ou eventos, o Tributo Rock visa apenas um público: o que de fato é fiel e gosta de Rock , ou que deseja conhecer mais sobre o estilo musical. Assim como outras casas visam separar seus públicos por classes sociais, o Tributo Rock visa separar por pessoas de bom gosto e livres de preconceitos. Isso gerará um ambiente perfeito em que os indivíduos poderão se divertir sem se preocupar com a opinião e olhares dos demais. Esse diferencial foi inserido no projeto a partir da referência que o grupo obteve de outros estabelecimentos que não são do mesmo mercado, como bares e lojas que focam no mesmo público.

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Esse evento não é interessante somente para o público que assistirá, mas também para as bandas que tocarão no local, que terão a atenção perfeita do público perfeito, além de ter uma oportunidade de iniciar o crescimento de suas carreiras. Essa foi uma oportunidade encontrada no Vale do Paraíba, a qual se dá devido às poucas oportunidades dadas a essas bandas que poderiam ganhar o mundo se tivessem ao menos uma chance.

Missão: Contribuir ativamente no cenário musical brasileiro, lançando novas bandas e criando oportunidades para a ascensão e manutenção de novos talentos. Visão: Ser peça chave na reestruturação do Rock nacional agregando valor e qualidade à musica brasileira. Valores: Valorização da cultura; Trabalhar de maneira ética; Estabelecer uma ligação entre musica/ público de forma precisa; De forma transparente criar uma proximidade com o público; Focar nos resultados.

Vantagens: São inúmeras as vantagens de assistir a um evento como o Tributo Rock, por exemplo: agregar uma grande bagagem de cultura musical, se relacionar com pessoas com interesses em comum (música, cultura, história do Rock , etc), apreciar e avaliar os novos trabalhos oriundos da região Vale Paraibana, contribuir com uma ação social (doação de alimentos para casas carentes), contribuição para o desenvolvimento socioeconômico do município e contribuir no desenvolvimento da cultura “ Rock ” no Vale do Paraíba.

Problemática: Trabalhar através do Marketing Cultural um evento na área musical ligado ao gênero Rock. Diante das análises realizadas será necessário que o evento em questão, Tributo Rock , seja devidamente organizado através de um planejamento específico para esta estratégia.

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4.11.1. PLANEJAMENTO DO EVENTO

Objetivos: Ser o ponto inicial de uma nova perspectiva em relação à cultura Rock e ainda por meio das estratégias e realizações do evento fornecer espaço para apresentação de novas bandas, criar a possibilidade de união de públicos das bandas participantes, a sustentabilidade de visualização dos trabalhos dos participantes e gerar um contato entre novas bandas e pessoas/ instituições influentes.

Estratégias para elaboração do evento: As estratégias de divulgação serão focadas principalmente nas redes sociais, tendo em vista que é um meio gratuito de divulgação. Considerando que o público-alvo é em sua grande maioria jovem, podem-se conseguir compartilhamentos e, sendo assim, um grande número de visualizações e acesso na página do evento que contará com postagens de depoimentos das bandas, material visual de cada uma das bandas participantes e postagem de vídeos. Como apoios serão feitas divulgações por meios de impressos como flyers, folders, cartazes e mala direta. Nesse material constará informações sobre o evento tais como data, hora e local, bandas que participarão do evento e os patrocinadores e apoiadores.

4.11.2. ELABORAÇÃO DO EVENTO

Público alvo: O Tributo Rock possui um público formado principalmente por jovens que gostam do gênero Rock e residem na região do Vale do Paraíba, assim como apreciadores de novas bandas independentes.

Identidade visual: Após a pesquisa da história do Rock , a equipe notou alguns pontos importantes relacionados ao Rock e seu público. Estes, que foram relevados na criação da logomarca, são: • Público apaixonado e fiel, • Revolucionário,

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• Presente no decorrer de seis décadas, • Consolidou diversos ícones ao longo de sua existência, • Tem grande influência social e econômica. A partir desses itens, decidiu-se que o melhor caminho a seguir para transmitir o conceito do evento e atingir seu público, seria o de usar o apelo da paixão do público e a tradição do Rock como argumento.

A escolha da Tipografia: A escolha da fonte foi baseada em algo que transmitisse a energia do Rock , mas que não deixasse a desejar em relação à imagem clássica que ele transparece até hoje. Sendo assim, foi definida como padrão a fonte Swiss Cheesed. Tal tipografia é composta por pontas que indicam agressividade, mas apesar disso, contém curvas acentuadas que retocam a classe do Rock .

Iconografia: Para a construção da idéia geral foi utilizado como ícone o guitarrista empunhando sua guitarra e levantando-a em gesto de saudação ao público e homenagem ao Rock .

Cores: Optou-se pela utilização das cores: vermelha/preto e preto. Preto: Forte, clássico, poderoso, permite auto-análise e está associado ao mistério. Com esses detalhes, utilizou-se a aplicação do preto puro no ícone do guitarrista para que fosse feita a associação do conceito iconográfico com o conceito da aplicação de cor. Dessa forma, é possível transmitir a força e poder do Rock . Além disso, a cor e iconografia juntas geram a auto-projeção das bandas que tocarão no evento, fazendo com que eles se imaginem como o ídolo representado no próprio logo.

Vermelho: Representa excitação, alta energia, estimulação e paixão. O vermelho foi usado na palavra “Tributo” com o sentido de motivar e estimular as bandas e os patrocinadores a comparecer e investir nesse evento e no Rock . Combinado com o preto da palavra “Rock” , a intenção foi gerar impacto, de maneira

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que ressalte a classe, paixão e excitação do Rock e que este seja o início de um tributo ao Rock que seja duradouro e sustentável.

Slogan: O evento, assim como o próprio Rock , tem a pretensão de ser eterno, como a paixão dos fãs pelos seus respectivos ídolos. Considerando esse fato, um “slogan” simples, porém forte, foi desenvolvido. Ele representa cada detalhe em apenas uma palavra, qual seja “Eternamente”.

Figura 6: Logotipo Tributo Rock

Data: A realização do evento está programada para o dia 13 de Outubro de 2013, tendo início às 15h00. As pesquisas apontam que a universidade seria um ótimo local para a realização deste evento. Levando esse fato em consideração o local do evento deve ser o Pavilhão de exposições da UNIVAP.

Layout do local: Esta etapa é importante para que a o trânsito no local do evento seja eficiente, de maneira a serem acessíveis os banheiros, local para compra de comida e bebida assim como atendimento médico.

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Figura 7: Layout do evento

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4.11.3. ATIVIDADES COMPLEMENTARES

Reunir as bandas interessadas: Reunir as bandas interessadas em participar é um passo importante da elaboração do plano do evento, pois com cada banda será possível trazer uma quota do seu já fidelizado público (pessoas que já acompanham o trabalho de determinada banda). Essa reunião se deu por meio de contato via web como e-mail e/ou redes sociais, indicações e contato telefônico.

Prospecção de possíveis patrocinadores: Para apresentação do evento para os patrocinadores pretende-se fazer o contato direto por meio de reuniões que possibilitem a apresentação de todo o plano do evento e materiais de identidade, assim como lista de fornecedores e custo do evento para que se possa fechar uma eventual parceria.

Promoções e atrativos no evento: Para solucionar esta etapa, a equipe definiu alguns itens cruciais: a venda de alimentos e bebidas no local, sorteio de brindes, dentre outros itens. Será apresentada a proposta de trabalho autônomo por parte dos fornecedores de brinde e alimento sendo que cada um deles irá arcar com despesas e logística de transporte e oferecimento do serviço no dia do evento.

Convites a mailing especial: Convidar pessoas influentes é uma parte da estratégia definida pela equipe de organização. Essas pessoas têm capacidade de fazer com que as bandas participantes possam alcançar a profissionalização, assim como gerar contatos importantes para as bandas ou mesmo patrociná-las. No Vale do Paraíba os convidados serão pessoas que já tiveram uma ascensão musical na região como os integrantes da banda Voltz, Anóxica e ex- integrantes da banda Luxúria. Serão convidados também a comparecer no evento pessoas responsáveis pelos setores de cultura importantes da região, tais como: Fundação Cultural, FUNDHAS, SESI e SESC.

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Representantes de estúdios influentes, produtoras de áudio e produtores musicais também serão convidados a comparecer e apreciar o trabalho das novas bandas. Com isso espera-se que as bandas que se destaquem no evento possam fazer contatos importantes a partir do momento que finalizarem suas apresentações, proporcionando assim uma chance de alcançarem seu objetivo de seguir profissionalmente com a banda.

Plano de divulgação do evento: O material impresso será distribuído em casas de show voltadas ao Rock e em bares que são frequentados por jovens. Na página do evento serão postados materiais de divulgação das bandas, músicas, vídeos e imagens para manter uma proximidade com o público até a data de realização do evento.

Material promocional: O material de divulgação do Tributo Rock foi elaborado usando o apelo da paixão do público pelo Rock e a oportunidade de as bandas vislumbrarem uma carreira, tendo em vista a visibilidade que terão no evento. Para a comunicação e divulgação do evento serão utilizadas duas vertentes: Papelaria e web. Papelaria: Flyers, Folders, Cartazes, Banners, além de Convites especiais e Mala direta para os patrocinadores e convidados do evento, contendo o material de divulgação do evento, um squeeze e uma caneca especial Tributo Rock . Web: E-mail marketing, Vídeos no youtube (depoimentos), Facebook e Twitter.

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Figura 8: Banner

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Figura 9: Brindes

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Figura 10: Camisas

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Figura 11: Flyer

Figura 12: Cartaz

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Figura 13: Convite Mailing Especial

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Figura 14: Papelaria

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Figura 15: Site

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Figura 16: Facebook

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Figura 17: Twitter

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Figura 18: E-mail Marketing

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Estrutura tecnológica:

Iluminação: Spots de luz, iluminação inferior do palco, iluminação ambiente, telão posterior no palco.

Som: Bateria (esqueleto), amplificadores de voz / retornos de voz, amplificadores de guitarra / retornos de guitarra, amplificadores de baixo / retornos de baixo, caixas acústicas para som ambiente, mesa de som para distribuição e equalização do som, pedais de efeito (guitarra, violão, teclado, baixo), cabeamento para ligação dos instrumentos com os amplificadores.

Captação: Câmera filmadora e fotográfica para captação de materiais para postagem no site após o evento. Esse trabalho será executado por 4 profissionais, sendo 2 fotógrafos e 2 câmeras, que se disponibilizaram a usar seus materiais para a captação de imagens do evento de forma voluntária.

Fornecedores: Entre os fornecedores estarão às bandas participantes do evento; fornecedores de alimentos e bebidas; o fornecedor do espaço; patrocinadores que fornecerão equipamentos de som, iluminação, palco e instrumentos musicais necessários; fornecedores de equipes de segurança, assim como equipamentos de segurança e sinalização.

Formas de pagamento: O Tributo Rock é um evento beneficente, portanto visa apenas o lucro cultural para a região onde o evento ocorrerá. Contudo, para que seja permitida a entrada do público no evento, é solicitada a doação de dois quilos de alimento, que serão utilizados em prol de entidades carentes.

Orçamento: Para que se possa ter um plano de prospecção de patrocinadores é vital ter em mãos o valor de realização do evento para que possamos definir a hierarquia de patrocínio e delinear destaque proporcional na lista de patrocínio e apoio nos materiais de divulgação.

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Tabela 5: Orçamento ITEM DESCRIÇÃO QUANTIDADE VALOR R$ Flyer 150 x 100 mm – 4x4 – 170g 10.000 520,00 Flyer 200 x 150 mm – 4x4 – 170g 5.000 500,00 Folder 404 x 298 mm – 4x4 – 115g 2.500 805,00 Cartaz 210 x 297 mm – 4x0 – 115g 50 60,00 Cartaz 297 x 420 mm – 4x0 – 115g 50 80,00 Convites 142 x 200 mm – 4x0 – 115g 100 100,00 Banner 700 x 1.200 mm – 4x0 - Lona 2 80,00 Cartão de Visita 90 x 50 mm – 4x4 – Verniz 6.000 420,00 Envelope Saco 4x4 – Off Set 1.000 488,00 Envelope Ofício 4x4 – Off Set 1.000 468,00 Pasta com Bolsa 303 x 410 mm – 4x4 – Verniz 25 125,00 Papel Timbrado 297 x 420 mm – 4x0 – 115g 1.000 350,00 Squeeze Metálico – Impressão laser 50 520,00 Canecas Plástico – Impressão a Laser 50 450,00 Equipamento de Amplificadores para baixo, Som guitarra e voz. Esqueleto da - 5.000,00 Bateria, e demais equipamentos de som e iluminação Iluminação Telão e spots - 2.000,00

Total 11.966,00

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4.12 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

Figura 19: Organograma Tributo Rock

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

O Grupo teve como proposta o desenvolvimento de um trabalho para a realização de um evento cultural (Tributo Rock ). Desde o inicio, a ideia central foi: através do marketing cultural, realizar um evento musical, com o intuito de abrir espaço para as novas bandas de Rock divulgarem o seu trabalho. Consideramos que na região não existe espaço para esse gênero musical, apesar de ser um gênero musical mundialmente aceito e também por existirem diversas bandas da região que seguem no amadorismo, consequência da falta de oportunidades e incentivos. A partir disso, buscamos as comprovações necessárias às questões por meio de consulta de diversas referências. Com as pesquisas de opinião, pôde-se perceber que a maioria dos entrevistados (de todas as faixas etárias) colocam o Rock entre seu gosto musical, e reconhecem a falta de apoio a novas bandas locais. Outro resultado muito satisfatório indicou que boa parte daqueles que contribuíram para a pesquisa possuem algum conhecido que é membro de alguma banda. Com toda certeza, essas informações foram imprescindíveis para o fortalecimento do argumento principal do trabalho. A pesquisa em profundidade abordou as informações de uma forma mais específica e direcionada a pessoas que fazem parte do meio fonográfico, como músicos e produtores. As informações obtidas possibilitaram uma análise mais profunda no que se refere à percepção do público em relação aos elementos socioculturais do rock e seus desdobramentos na vida contemporânea no âmbito regional. Dessa forma, um evento, nos moldes propostos nesse trabalho, beneficiaria, com base nos dados obtidos, o desenvolvimento de resultados satisfatórios, considerando seus objetivos. O referencial teórico pertinente à temática favoreceu a formação de um conjunto de informações, que serviram de base para o direcionamento do trabalho rumo a uma compreensão mais ampla do mecanismo existente no arranjo articulado dos elementos estudados. Em suma, o levantamento bibliográfico foi essencial para abstrair dos conhecimentos preexistentes, formas práticas na construção de um trabalho mais consistente.

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Nesse sentido, a realização deste trabalho de conclusão de curso foi importante para afirmação dos componentes desse grupo, diante das perspectivas colocadas inicialmente, enquanto elementos do corpo docente do Curso de Graduação em Publicidade e Propaganda.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANDRADE, B. R. Manual de Eventos . Editora: Educs/ 3ª Edição. 2007.

CARNEIRO, F. L. Rock in Rio - A História do maior festival de música do mundo. Editora: Globo /1ª Edição. 2011.

CESCA, G. G. C. Organização de eventos . Editora: Summus (Grupo summus) / 9ª Edição. 2008.

COSTA, R. A./ TALARICO, G. E. Marketing Promocional - Descobrindo os Segredos do Mercado . Editora: Atlas/1ª Edição. 1996.

GIACAGLIA, C. M. Organização de Eventos: Teoria e Prática . Editora: Cengage Learning/1ª Edição. 2003.

HAURI, CHRISTINE/ ROBINSON, NERLLIAM. Marketing Promocional A promoção de vendas integradas como ferramenta estratégica para o sucesso do marketing dos anos 90 . Editora: Makron. 1993.

NETO, M. P. F. Marketing de Eventos . Editora Sprint/4ª Edição. 2003.

SITES

HISTÓRIA DO ROCK . Disponível em: . Acesso em: 27 abril. 2012.

HISTÓRIA DO ROCK . Disponível em: < http://www.suapesquisa.com/rock />. Acesso em: 07 de abril. 2012.

HISTÓRIA DO ROCK. Disponível em: . Acesso em: 11 de abril. 2012. HISTÓRIA DO ROCK . Disponível em: < http://whiplash.net/materias/biografias/000080.html />. Acesso em: 07 de abril. 2012.

HISTÓRIA DO ROCK NO BRASIL . Disponível em: . Acesso em: 15 de abril. 2012.

HISTÓRIA DO ROCK NO BRASIL . Disponível em: . Acesso em: 17 de abril. 2012.

MARKETING CULTURAL . Disponível em: 80

http://www.marketingcultural.com.br/oquemktcultural.asp?url=O%20que%20%E9%2 0Mkt.%20Cultural&sessao=%20oqueemarketingcultural#10. Acesso em: 12 de agosto de 2012.

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ANEXO A – PRÉ PROJETO

1 TEMA

O tema abordará o marketing cultural aplicado na realização de um evento musical no qual as bandas de Rock participam divulgando seu trabalho com músicas de sua autoria.

2 PROBLEMÁTICA

O Rock desde seu surgimento, sempre foi um estilo musical polêmico, porém de grande repercussão e sucesso. Tornou-se com o passar do tempo, valorizado em todo o mundo, e hoje, conta com diferentes bandas também no Brasil. Apesar do esforço de muitos grupos para se manterem através de seu trabalho em bandas e conjuntos de Rock , há grande dificuldade destes em divulgar- se no meio musical e também no mercado, de uma forma geral. Assim a problemática que se pretende resolver é: “O Marketing Cultural pode representar uma estratégia de sucesso para a divulgação das bandas de Rock , na região do Vale do Paraíba através do evento: Tributo Rock ”.

3 HIPÓTESES

A realização do evento Tributo Rock traz como hipóteses: ● A visibilidade das bandas de Rock pode aumentar através da realização do evento na região ● a criação e execução do evento influenciarão na cultura regional ● O evento - Tributo Rock pode ser divulgado através das diferentes mídias,o que valorizará esse estilo musical Com isso espera-se um apoio maior do governo em relação a esse projeto cultural, principalmente com redução de impostos e taxas em cima de instrumentos musicais.

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4 OBJETIVOS

4.1 Objetivo Geral

Um Evento/ Festival de Bandas de Rock embasado no marketing cultural.

4.2 Objetivos Específicos

● Verificar a existência de eventos culturais que apresentem bandas de Rock na região do Vale do Paraíba ● Levantar as etapas de criação de um evento de bandas de Rock , à luz do marketing cultural ● Mensurar a viabilidade do evento Tributo Rock a partir da legislação cultural na região ● Mensurar quais os principais veículos de comunicação direcionados ao público do evento

5 JUSTIFICATIVA

Bandas de Rock de todo mundo sempre arrastaram multidões de fãs por onde passaram, seja em eventos, shows ou festivais. O trabalho dessas bandas é reconhecido mundialmente, inclusive no Brasil. No nosso país o público desse gênero musical costuma recorrer às bandas internacionais, pois o mercado brasileiro é escasso neste quesito. Desta forma, o objeto de estudo, procura aplicar funções do marketing cultural para a promoção do Rock regional, buscando uma nova visão e uma maior valorização acerca do trabalho das bandas regionais o que acabaria com o grande preconceito em torno delas. A criação desse evento pode ser de extrema importância para a cultura, economia, música e artistas regionais. Através dele espera-se gerar uma nova visão em relação à cultura regional. O evento tem como finalidade tornar o Rock mais acessível ao público apreciador desse estilo musical. Dessa forma, o Tributo Rock

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pode ser um marco decisivo para utilizar o marketing cultural, estabelecer novas formas e estratégias que, bem desenvolvidas e aplicadas, signifiquem uma nova forma de divulgação da cultura Rock por parte dos veículos de comunicação. Com isso geraria uma abertura de nicho mercadológico com grande potencial de investimento e crescimento na região. Por fim, o elemento de estudo e a realização do evento, são frutos resultantes de tudo que foi desenvolvido e aprendido no curso de Publicidade e Propaganda. Logo, é muito importante para a formação individual dos membros do grupo enquanto publicitários.

6 METODOLOGIA CIENTÍFICA

6.1 Pesquisa

Para o desenvolvimento de um projeto, é necessário captar referências de estudos já feitos anteriormente que contemplem o tema escolhido. Para tanto, a equipe se disponibilizou a efetuar pesquisas que colaborassem com o projeto. A partir dessas informações, pode-se realizar com propriedade e exatidão o projeto proposto. As referências obtidas ajudam também em toda parte criativa, como por exemplo, a criação do logotipo, conceito e identidade do evento. Desta maneira, toda parte comunicacional está diretamente ligada às pesquisas efetuadas, ou seja, o posicionamento da marca leva muitos pontos estudados, refletindo a história do Rock e o perfil do público. O objeto de estudo foi estruturado contendo vários tipos de pesquisas. Entre elas, destacam-se a pesquisa bibliográfica, que é definida como qualquer tipo de pesquisa na qual se analisa e interpretam livros, periódicos e documentos como fonte de embasamento teórico. A pesquisa documental também serviu como um grande apoio, contendo inúmeras fontes. A Internet é um ótimo meio de comunicação livre, apresentando as mais diferentes opiniões referentes ao tema do evento, servindo como dados secundários. A história do Rock também foi pesquisada e analisada para o enriquecimento dos estudos. 84

6.2. Pesquisa Qualitativa

A pesquisa qualitativa é uma pesquisa de campo que visa entender as opiniões e tendências de uma denominada área de cunho social, sem utilização de tabulações numéricas ou probabilísticas. Os dados da pesquisa qualitativa são recolhidos de pessoas envolvidas no processo do objeto de estudo. O estudo qualitativo permite a condução por diferentes caminhos guiada por pontos ressaltados durante a aplicação da pesquisa ou opiniões expressas em debates.

6.2.1 Pesquisa em Profundidade

A Pesquisa em profundidade é um modelo de pesquisa muito versátil. Trata- se de uma entrevista feita com gravação de áudio e com os seus tópicos pré- determinados, o objetivo do uso desse modelo de pesquisa é conhecer melhor o ambiente de atuação do Evento com profissionais ligados ao universo musical que podem transmitir conhecimentos e experiências adquiridas ao longo de sua vivência nesse mercado. A pesquisa será realizada com 10 profissionais da área, sendo, músicos, produtores musicais e de áudio, produtores de eventos culturais, encarregados da Fundação Cultural e representantes de grupos culturais do Vale do Paraíba.

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ANEXO B – CRONOGRAMA DE ATIVIDADES

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