PLANEJAMENTO URBANÍSTICO DA CIDADE DO RIODE JANEIRO

EVOLUÇÃO HISTÓRICA ASPECTOS TRANSFORMAÇÕES URBANAS D.JOÃO VI E A CORTE REAL

• A abertura dos Portos às nações amigas • Criação do Banco do Brasil,Fundação da Academia militar, Fundação do hospital militar,Criação da Fábrica da Pólvora, Criação do Jardim Botânico do , Criação da Academia Imperial de Belas Artes, Criação da Academia de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro, Criação da Biblioteca Real, Criação dos Correios, Criação do Museu Real, Criação da Escola Real de Ciências,Artes e Ofícios, Criação da Impressão Régia, Inauguração do Teatro Real de São João, Criação de fábricas de tecido, Pavimentação das ruas cariocas e Reforma dos portos • Intendência Geral de Polícia da Corte e Estado do Brasil, tratava do arruamento da cidade, o aterramento de áreas pantanosas, a abertura de estradas, a fiscalização de obras públicas e particulares, e, até a conservação do jardim do Passeio Público • Na época da chegada problemas: • a falta de moradia, a insalubridade, a ausência de hábitos civilizados dos moradores e o aspecto colonial da cidade, entre outros. • Memória sobre o enxugo da cidade do Rio de Janeiro, escrita por José Joaquim de Santana oferecida ao Rei no ano de 1811 • Grandjean de Montigny e a missão artística francesa em 1816, com Debret, Taunay e outros. RELATÓRIO BEAUREPAIRE - 1843 • O RELATÓRIO BEAUREPAIRE – 1843 – • Lamenta que a estatística esteja abandonada, o que permitiria a descrição do país, em suas relações físicas e morais • O presente trabalho limita-se pois aos trabalhos, que estão a cargo da diretoria das obras municipais. • Na primeira parte, trato de todas as obras, que interessam a salubridade pública; na segunda de todas as que são relativas ao aformoseamento do município, e cômodo de seus habitantes • Defende uma aplicação mais direta de certos impostos, para reverter o produto em benefício do município. • SALUBRIDADE PÚBLICA • Propõe efetivar um antigo plano de estabelecer um canal de navegação no mangue da Cidade Nova, para extinção de foco de miasmas. • O morro do Castelo: Se se chegasse a arrasar esta montanha, muito ganharia a cidade em extensão, salubridade e embelezamento. • Propõe plano de um novo matadouro na praia de S. Cristóvão, depositando-se as carnes em mercados próprios nas Praias do Saco do Alferes, Saúde, Prainha, Mineiros, Dom Manuel, Santa Luzia, Glória,Flamengo e Botafogo. • Propõe a extinção das sepulturas no centro das igrejas, estabelecendo cemitérios nas circunvizinhanças da cidade. • Salienta a importância da arborização, não somente como objeto ornamental, mas também como um poderoso meio de purificar a atmosfera. • Propõe medidas para evitar despejos públicos nas praias e outros lugares da cidade, que provocam um desasseio e uma indecência. AMOFORSEAMENTO DA CIDADE E SEU TÊRMO, E CÔMODO DOS HABITANTES

• Vias públicas de comunicação: • Fixa largura para as ruas, 17,60 m; para os quarteirões, 66,00 m; para as casas com mais de um andar, 13,20 m de frente • Não se permitirá mais a construção de casas de braça e meia, (7,26 m), sem cômodos e cheias de defeitos; • Que, para esgote de águas, se forme o peão na praça da Aclamação (Praça da República), estabelecendo-se declívio para um e outro lado da mesma praça. • Que se distribua água potável, por todas as casas, encanando-se competentemente as da Carioca e Maracanã • Finalmente que, além das praças necessárias para o mercado, se reserve uma principal onde se reúnam os edifícios de todas as repartições públicas, que não exigirem uma loc • alidade privativa. • (1 braça = dez palmos ou 2,2 metros; no sistema inglês = 1,8 metros) • PROPOSIÇÃO DA CRIAÇÃO DE UMA COMPANHIA URBANIZADORA • Uma companhia composta de todos os proprietários, com um número de ações proporcional ao valor material de suas casas. • Em lugar de sobrados de três janelas, que, a pesar de seu exorbitante aluguel, acomoda dificilmente uma família ainda pequena, haverão prédios de dois andares, que poderão conter três, quatro, ou mais famílias, sem recíproco incômodo. O RIO DE JANEIRO – SÉCULO XIX

PLANO DA COMISSÃO DE MELHORAMENTOS

• O primeiro Plano data de 1875 com a criação da Comissão de Melhoramentos da Cidade do Rio de Janeiro e perdurai até 1902. Este Plano não foi totalmente executado.

• Reformulação do Plano de Melhoramentos de 1875, em 1876. Tomando como base aquele plano, são complementadas as reformas efetuadas pelo Presidente Rodrigues Alves (Porto do Cais do Rio de Janeiro), concluídas as obras do Canal do Mangue, demolição do Morro do Senado e projeto de abertura de grandes avenidas como a Av. Central (atual Rio Branco).

• Logo após a indicação do engenheiro Passos, Rodrigues Alves confere-lhe autonomia para projetar uma reforma urbana para o Rio de Janeiro, facultando-lhe, inclusive, governar os seis primeiros meses de seu quadriênio com a Câmara Municipal fechada. Em paralelo, Rodrigues Alves, designa Francisco Bicalho, para modernizar o Porto do Rio de Janeiro . • Reformas feitas durante a administração Prefeito Engenheiro Pereira Passos PLANO DE EMBELEZAMENTO E SANEAMENTO DA CIDADE – faz intervenções de ordem SANITÁRIA, VIÁRIA e ESTÉTICA aproveitando ideias da proposta de 1875. Seu plano tem influência de Haussmann (plano de remodelação de Paris). • São efetuadas demolições e desapropriações nas áreas do Centro – a valorização desta área faz com que a população seja expulsa. • Para atender a esta demanda Pereira Passos instituiu uma política habitacional e construiu inicialmente 120 casas. Sua política não teve continuidade após sua administração. PROPOSIÇÕES RELATIVAS ÀS RUAS • Propõe prolongamento de diversas ruas, entre as quais: • a do Cano (Sete de Setembro), a travessa do Ouvidor, Rua Senhor dos Passos, a dos Latoeiros (Gonçalves Dias), a das Violas (Teófilo Otoni), a do Sacramento (Passos), a do Núncio (República do Líbano), a travessa de S. Francisco de Paula (Ramalho Ortigão), as ruas da Alfândega, Senhor dos Passos, Hospício (Buenos Aires) e Ciganos (Constituição10º), o Beco dos Barbeiros, convenientemente alargado, a Rua de S. Joaquim (Marechal Floriano), a Rua de S. Pedro (Pres. Vargas) até Andaraí, a da Lampadosa (Luis de Camões) e Belas Artes (Belas Artes), a do Carmo (Carmo), a da Candelária, as do Príncipe (Senador Pompeu) e Princesa do Cajueiro (Barão de S. Félix ) até o mangue, e muitas outras. • ABERTURA DE NOVAS RUAS • Ruas ligando a praça da Academia das Belas Artes, até a da Constituição, duas ruas desde a praça da Aclamação, até a rua de Mata-Cavalos, duas ruas, desde a Lavradio, até, além da dos Inválidos, a travessa do Teatro, até a rua do Piolho (Carioca) do Príncipe do Catete, até a do Pinheiro, da pedreira da Glória, até a Praça da Glória, a praia da Glória, até a rua de Silva Manuel, o Cosme Velho até os canos da Carioca; • Duas ruas a partir das Laranjeiras, e comunique com a de S. Cristóvão e outra com a praia de Botafogo; • Rua, desde o largo das Laranjeiras, até a rua de Botafogo e uma desde a de S. Clemente, até a de S. Joaquim. • Na freguesia da Lagoa, desde a frente da igreja matriz, até a rua S. Clemente, várias outras.

AVENIDA CENTRAL – AO FUNDO A ÁREA DO CASTELO RODRIGUES ALVES 1903 - 1906 • Durante o processo de reformação urbana ocorrida no Rio de Janeiro entre 1903 e 1906, houve duas intervenções urbanísticas orientadas por sentidos distintos: uma conduzida pelo Governo Federal e projetada pelo ministro Lauro Müller e o engenheiro Francisco Bicalho; outra levada a cabo pela prefeitura do Rio de Janeiro por meio de . • O projeto indicava a construção de um cais que, partindo do Arsenal de Marinha, estender-se-ia até um poço além da embocadura do Mangue, totalizando 3.500 metros de comprimento. Os 2.000 metros posteriores, que iriam até a Ponta do Caju, seriam destinados à concessão posterior. • Associada às obras do porto estavam as aberturas da Avenida do Cais – futura Rodrigues Alves – , da Avenida do Mangue – posteriormente Francisco Bicalho – e da Avenida Central - renomeada em 1912 como Rio Branco • A Avenida do Cais foi a mais ampla de todas as abertas na Grande Reforma Urbana de 1903- 1906. Contou com 95 metros de largura, para não mais que 1.380 metros de extensão. Ao centro, recebia o canal do mangue, que fora prolongado da Ponte dos Marinheiros até o mar. No cais, foi construída uma comporta, visando manter o controle da limpeza diária do canal. • O primeiro morro a ser destruído na cidade, em meados do século 18, foi o das Mangueiras, próximo aos Arcos, e seu entulho serviu para aterrar a Lagoa do Boqueirão. O próximo foi o Morro do Senado (ou de Pedro Dias), por volta de 1910. A maior parte da Lapa e da Av. Mem de Sá estão construídas onde ele existiu. Depois, chegou a vez do arrasamento do Morro do Castelo, em 1922,. O último dos grandes morros derrubados foi o de Santo Antônio, nas proximidades dos Arcos.

REFORMULAÇÃO DO PLANO DE MELHORAMENTOS DE 1875

• São complementadas as reformas efetuadas pelo Presidente Rodrigues Alves (Porto do Cais do Rio de Janeiro), concluídas as obras do Canal do Mangue, demolição do Morro do Senado e abertura de grandes avenidas como a Av. Central (atual Rio Branco). • Avenida Passos – prolongamento da Rua do Sacramento (Centro), trecho que vai da Praça Tiradentes até a Rua Senhor dos Passos; • Avenida Central (atual Avenida Rio Branco); • Avenida Beira-Mar – vai do início da Avenida Rio Branco até a praia de Botafogo – foi executada em área aterrada (5.200m de extensão – 33m de largura); • Avenida Mem de Sá – é uma via diagonal – liga a Lapa aos bairros da Tijuca e de São Cristóvão (1.550m de extensão – 17m de largura); • Avenida Francisco Bicalho – é resultante das obras de saneamento com o prolongamento do Canal do Mangue; • Cais do Porto do Rio de Janeiro – as obras abrangeram drenagem e construção de muralha do cais, além de colocação de trilhos da Estrada de Ferro Leopoldina e linhas do Cais do Porto; • Av. Rodrigues Alves – é resultante das obras do Cais do Porto – usada para ligação com a Zona Norte; • Avenida Atlântica – é toda executada sobre aterro. São construídas muralhas e passeios; • Túnel do Leme (Novo); • obras de higiene – instalação de mictórios e defecatórios em locais de aglomeração como praças e recantos; • obras executadas também no Passeio Público, Praça XV, Praça São Salvador, Praça Tiradentes, Largo da Lapa, dentre outras. OBRAS DE PEREIRA PASSOS

• Considerado o primeiro plano diretor da cidade do Rio de Janeiro, enfocava sobretudo, a área central, como a reforma Passos. Muitas foram as grandes intervenções efetuadas ao longo dos anos inspiradas neste plano. Dentre elas destacam-se a abertura da Avenida Presidente Vargas, a Avenida da Perimetral, parte das ligações metroviárias existentes e túneis de ligação norte-sul. • A fim de ordenar este plano de remodelação urbana, Pereira Passos nomeou a Comissão da Carta Cadastral, • Principais obras: • Avenida Passos – prolongamento da Rua do Sacramento (Centro), trecho que vai da Praça Tiradentes até a Rua Senhor dos Passos; • Avenida Central (atual Avenida Rio Branco); • Avenida Beira-Mar – vai do início da Avenida Rio Branco até a praia de Botafogo – foi executada em área aterrada (5.200m de extensão – 33m de largura); • Avenida Mem de Sá – é uma via diagonal – liga a Lapa aos bairros da Tijuca e de São Cristóvão (1.550m de extensão – 17m de largura); • Avenida Francisco Bicalho – é resultante das obras de saneamento com o prolongamento do Canal do Mangue; • Cais do Porto do Rio de Janeiro – as obras abrangeram drenagem e construção de muralha do cais, além de colocação de trilhos da Estrada de Ferro Leopoldina e linhas do Cais do Porto; • Av. Rodrigues Alves – é resultante das obras do Cais do Porto – usada para ligação com a Zona Norte; • Avenida Atlântica – é toda executada sobre aterro. São construídas muralhas e passeios; • Túnel do Leme (Novo); • obras de higiene – instalação de mictórios e defecatórios em locais de aglomeração como praças e recantos; • obras executadas também no Passeio Público, Praça XV, Praça São Salvador, Praça Tiradentes, Largo da Lapa, dentre outras.

AVENIDA BEIRA MAR

PAULO DE FRONTIN 1919

• Teve notável participação durante o governo municipal de Pereira Passos que realizou a política do bota abaixo que modificou o cenário carioca. Nessa mesma época chefiou a construção da Avenida Central. • o alargamento da Avenida Atlântica, em Copacabana, e a construção das avenidas Niemeyer e Delfim Moreira, ambas na zona sul da então capital do Brasil. • Em fins de 1903, Lauro Müller, então ministro da Indústria, Comércio, Viação e Obras Públicas, aprovou as instruções para o funcionamento da Comissão Construtora da Avenida Central, que fora instituída pelo decreto que regulamentou as obras do porto. Para a direção desta comissão nomeou o então presidente do Clube de Engenharia, André Gustavo Paulo de Frontin, confirmando o estreitamento das relações entre o poder público e o Clube de Engenharia, em curso desde o governo de Campos Sales • juntamente com o também engenheiro Raimundo Teixeira Belfort Roxo, o abastecimento de água na cidade do Rio de Janeiro num prazo recorde de uma semana, num empreendimento que ficou conhecido como Episódio da água em seis dias. AVENIDA CENTRAL

PREFEITO CARLOS SAMPAIO – 1920 A 1922

• O início do envolvimento de Carlos Sampaio com a remodelação urbana do Rio de Janeiro veio em 1887, quando foi convidado pelo engenheiro Luís Raphael Vieira Souto, detentor de uma concessão de 1879, para executar o projeto de arrasamento do morro do Senado, cuja terra seria utilizada para aterrar a extensa área compreendida entre o morro de são Diogo e o morro da Gamboa, unindo ao continente as ilhas dos Melões e das Moças e fazendo desaparecer as praias Formosa, das Palmeiras e o Saco do Alferes. • Demolição do MORRO DO CASTELO. Foram eliminadas do Centro as áreas residenciais de baixa renda. A terra retirada do Morro do Castelo foi usada para aterrar parte da Urca, Lagoa Rodrigo de Freitas, Jardim Botânico, área do Jóquei Clube e muitas áreas da Baía de . Vale lembrar que a Rua Santa Luzia, onde estão a Igreja de Santa Luzia e a Santa Casa de Misericórdia, ficava junto ao mar. • Abertura da Avenida Rui Barbosa, dando continuidade à Avenida Beira-Mar; • ligação do Centro à Copacabana; • execução de obras de saneamento e embelezamento na Lagoa Rodrigo de Freitas; contratação do engenheiro Saturnino de Brito para execução das obras; • intensificação do processo de Ocupação dos subúrbios. • aterro da área onde se instalou a Exposição Internacional comemorativa do 1º centenário da independência do Brasil (1922); • saneamento e aterro de grande área ao redor da lagoa Rodrigo de Freitas, hoje avenida Epitácio Pessoa; • construção da avenida Maracanã; • reconstrução da avenida Atlântica, destruída pela ressaca (1921). MORRO DO CASTELO

PLANO AGACHE – 1926 – 1930 • ANTÔNIO DA SILVA PRADO JUNIOR 1926 - 1930 • Primeiro Plano Diretor para a cidade do Rio de Janeiro. A cidade é elaborada de forma global, com atenção especial para a área central – aspectos estéticos e de saneamento – Plano de Remodelação e Embelezamento. • O Plano é somente físico territorial, não é de desenvolvimento, enfoca três funções da cidade: “circulação, digestão e respiração”. É ressaltada a questão do embelezamento – produz um retrato das condições futuras da cidade e compara com a cidade ideal.

• Agache já preconizava a demolição do Morro de Santo Antônio: • “... a demolição dessa protuberância argilosa é uma consequencia lógica do arrasamento dos morros do Senado e do Castello e impõe-se cada vez mais como indispensável para o futuro da cidade, tanto sob o ponto de vista esthetico como sob o ponto de vista hygienico e econômico.”

• Objetivo ordenar a cidade – ZONEAMENTO e LEGISLAÇÃO URBANÍSTICA. • O plano é elaborado em três partes: • 1a. – componentes antropológicos e geográficos do Distrito Federal, o Rio de Janeiro como um todo e os grandes problemas sanitários; • 2a. – trata da essência do plano, o modelo de cidade ideal e como atingi-la; • 3a. – dedicada ao saneamento. • Em anexo ao plano são feitos projetos de legislação visando regulamentar as propostas. • O sistema viário – é descrito dentro de uma visão orgânica da cidade; deve ser integrado (necessidade de eliminar os bondes); propõe abertura de artérias principais e criação de vias de comunicação entre os bairros e construção de rede de metropolitano; o sistema ferroviário como papel importante para a zona industrial e subúrbios. PLANO AGACHE AGACHE E O CASTELO PREFEITO HENRIQUE DODSWORTH – 1937 – 1945

• A Comissão do Plano da Cidade do Rio de Janeiro é estabelecida no ano de 1937 pelo Prefeito Henrique Dodsworth como um órgão colegiado para a orientação urbanística da Prefeitura do Distrito Federal. • Plano de Obras da Comissão do Plano da Cidade – Propõe uma série de projetos dentre eles, o Plano de Extensão e Transformação da Cidade. • A função de Presidente é exercida pelo diretor Engenheiro José de Oliveira Reis. • Em 1945, a Comissão passa a denominar-se Departamento de Urbanismo – DUR, subordinada à Secretaria Geral de Viação, Trabalho e Obras Públicas, na gestão do Prefeito Filadelfo de Azevedo e, posteriormente, Departamento de Engenharia Urbanística24. • a transformação da Comissão em Departamento de Urbanismo-DUR, em 1948, Affonso Eduardo Reidy alterna duas vezes a direção do DUR com J. O. Oliveira Reis e em 1951 e em 1960 o Departamento é dirigido por Hermínio de Andrade e Silva, um dos integrantes da formação inicial de 1937. • No período de 1937 a 1945, na administração do Prefeito Henrique Dodsworth são membros da Comissão: Armando Stamile, Hermínio de Andrade e Silva, José Otacílio de Saboya Ribeiro, Aldo Botelho, Jorge Ernesto de Miranda Schnoor, Nelson Muniz Nevares, Edwaldo Moreira de Vasconcelos, Joaquim de Oliveira Sampaio e Domingos Paula de Aguiar. • Durante as décadas de 30 e 40, o engenheiro J. O. Saboya Ribeiro atua como consultor/colaborador da Comissão do Plano da Cidade em projetos viárias e de urbanização. Seus projetos para a AV. Botafogo-Leme e para o túnel ligando Botafogo a Copacabana, para a urbanização do bairro Jardim-Lagoa, parte do Leblon e parte do bairro de Laranjeiras, a Avenida Glória-Lagoa, e para a urbanização da Esplanada de Santo Antônio em 1941 • Outra proposta da Comissão do Plano da Cidade é a Av. Perimetral. Projetada com caráter de diagonal, servindo como auxiliar da Av. Rio Branco, é uma antiga aspiração de engenheiros que buscavam soluções viárias A ESPLANADA DO CASTELO

PRINCIPAIS OBRAS DE HENRIQUE DODSWORTH • Suas principais realizações foram a abertura da Avenida Presidente Vargas, a remodelação das quadras do Centro, a Avenida Brasil, a Avenida Tijuca, o Corte do Cantagalo, urbanização do bairro de Botafogo, remodelação da Floresta da Tijuca e duplicação do túnel do Leme. Em 1938 a ideia de remodelação das quadras do centro é resgatada do Plano Agache. É estabelecido que seja mantida uma área interna nas quadras, que limite a profundidade dos edifícios construídos. • 1941 – demolição do Morro de Santo Antônio – ligação da zona norte e zona sul; • 1944 – abertura da Avenida Presidente Vargas – ligação do Centro à Zona Norte; • 1946 – abertura da Avenida Brasil – ligação aos subúrbios. • 1940 – Avenida Presidente Vargas – foi possível a partir da desapropriação de mais de 600 prédios no centro da cidade; o trecho principal (que foi executado) ia da Praça XI até a rua Visconde de Itaboraí . A avenida foi inaugurada em 1944. • 1944 – Urbanização do bairro de Botafogo. A responsável pela obra é a Comissão do Plano da Cidade. Os jardins da praia são projetados por Burle Marx. • 1946 – Avenida Brasil – Obra planejada pela Comissão do Plano da Cidade – é construída sobre um aterro a partir de obras de saneamento feitas na orla da Baía de Guanabara. • Tem por objetivo a ligação com as rodovias Rio-Petrópolis e Rio-São Paulo. Pretende incorporar novos terrenos ao tecido urbano na Zona Oeste, visando ocupação por indústrias (15km de extensão e 60m de largura – 4 pistas).

AVENIDA PRESIDENTE ANTONIO CARLOS ESPLANADA DOS MINISTÉRIOS

• DULCIDIO DO ESPIRITO SANTO CARDOSO – 1952 - 1954 • Inicio das obras do Aterro do Flamengo, que criaram vias expressas ligando o Centro à Copacabana, o Túnel do Pasmado, dentre outros projetos. • Ainda na administração de Dulcídio Cardoso, é instituído o Serviço Técnico Especial de Execução da Av. Perimetral 70, que deveria contratar serviços e obras, além de fiscaliza-los71. • A Superintendência das Obras do Santo Antônio, chefiada pelo Engenheiro Luiz Onofre Pinheiro Guedes, e o senhor Engenheiro Luiz Santos Reis, que dirigirá as obras de desmonte do Morro de Santo Antônio. Dezembro de 1953. • NEGRÃO DE LIMA – 1956 - 1958 • Criou a SUESAN, a CTC e a Companhia do Metrô. • Plano de Realizações da Superintendência de Urbanização e Saneamento – SURSAN • Via do Cais do Porto – Copacabana – realizada pelo Departamento de Urbanização do Distrito Federal – liga a Zona Norte, Cais do Porto até o túnel Catumbi – Laranjeiras (posteriormente é modificado); • Trecho do túnel Catumbi – Laranjeiras (Santa Bárbara); • Avenida Norte-Sul – projeto do Departamento de Urbanismo – Affonso Eduardo Reidy e Hermínio de Andrade e Silva – complementa a urbanização da área do Morro de Santo Antônio (entre a Espanada de Santo Antônio e Morro da Conceição); • Avenida Perimetral; • Radial-Oeste – projeto original da administração Henrique Dodsworth (1937-1945). A obra inicia em 1952; processo de desapropriação da área inicia-se em 1954/55;– liga a Praça da Bandeira aos subúrbios da central. • JOSÉ JOAQUIM DE SÁ FREIRE ALVIM 1958 – 1960 • Implantou e desenvolveu a SURSAN – Primeiro Presidente João Augusto Maia Penido O ATERRO EM 1955 OBRAS DO SANTO ANTÔNIO AVENIDA CHILE ADMINISTRAÇÃO DO GOVERNADOR CARLOS LACERDA – 1963/65

• PLANO DOXIADIS – 1965 Plano elaborado com intenção de preparar a cidade para o ano 2000; elaborado pelo escritório grego “Doxiadis Associates” – 1965 sua abordagem engloba a cidade e seu entorno – área metropolitana; • Sugere criação de grupos aglutinados e bairros dotados de suas próprias finalidades básicas; o plano é nos moldes dos Planos Diretores – compara a cidade com a cidade ideal; a cidade é estudada no seu aspecto histórico, geográfico e econômico; analisam os problemas e dão um modelo. • A administração defendeu uma reformulação completa da política habitacional no Rio de Janeiro – o objetivo era levar os moradores das favelas para as áreas periféricas. • Remoção de favelas –Catacumba (Lagoa Rodrigo de Freitas) e outras, mais de 70 mil pessoas – transferidas para a Cidade de Deus, Cidade Alta e Água Branca; favelas do Esqueleto, atual campus da UERJ, do Pasmado, do Bom Jesus, de Maria Angú e de Brás de Pina foram removidos para os conjuntos habitacionais Vila Kennedy, Vila Aliança. O ATERRO EM CONSTRUÇÃO PRINCIPAIS REALIZAÇÕES DE CARLOS LACERDA • Obras: • Túnel Rebouças • Abastecimento de água até o ano 2.000 - o Guandu, • Parte do Trevo das Forças Armadas, • Radial Oeste, alargamento da 24 de Maio • retirada dos bondes e implantação dos ônibus elétricos, • Interceptor Oceânico, no trecho do Flamengo • vários viadutos, • pavimentação de inúmeros logradouros das zonas norte e subúrbios. • Do ponto de vista do urbanismo a grande iniciativa foi a construção do aterro , hoje Parque do Flamengo, projeto inicial da Diretoria de Urbanismo, chefiada pelo arquiteto Affonso Eduardo Reidy, desenvolvido pelo Grupo de Trabalho do Parque do Flamengo, chefiado por , com Jorge Moreira, Roberto Burle Max, Berta Leitchic, Hélio Mamede, Hélio Modesto, Ethel Bauzer, Magu Costa Ribeiro, Flávio de Brito Pereira, Cláudio Cavalcanti, Alexandre Wollner, Gelse Paciello Mota, Luiz Emidgio, Julio Pessolani, Juan Scarpelini, Mário Sophia, Carlos Werneck e outros • obras executadas pela Primeira Divisão de Obras da SURSAN, equipe composta de engenheiros e arquitetos, Gilberto Paixão, Renato Soares de Moura, Gastão Sengès, Humberto Gélio, Custódio de Miranda, Sergio Schmelpfeng, Alva Athos Fagerland,Alfredo B. Costa, Gelton Paciello Mota, Fernando Novaes, Edson Vassalo, Nelson Dias Lopes, Odin Mathiesen, Armando Abreu, Julio Maione e outros. PLANO DOXIADIS

ADMINISTRAÇÃO DE NEGRÃO DE LIMA 1965 - 1971

• Moradores das favelas da Praia do Pinto – e favela Macedo Sobrinho (Botafogo) transferidas para Cordovil e Santa Cruz. • Principais obras dirigidas pelo Secretário Paula Soares: • alargamento da Praia de Copacabana, • Interceptor Oceânico, Lançamento Submarino, • Contorno da Lagoa Rodrigo de Freitas com pistas duplas, • inúmeros viadutos, • Ligação da Lagoa com a Barra da Tijuca, (um elevado, uma ponte e três tuneis) • Plano Piloto da Barra da Tijuca, de autoria do Prof. Lucio Costa • pavimentação de inúmeros logradouros das zonas norte e subúrbios, • Elevado Paulo de Frontin • Finalização do Túnel Rebouças, • duplicação do Túnel Velho, e • finalização do Parque do Flamengo com a construção do Trevo dos Estudantes. • A ligação para a Barra da Tijuca permitiu sua ocupação como área e expansão da cidade, aliviando sobremaneira a densidade habitacional das zonas sul e norte e até dos subúrbios. NEGRÃO, PAULA SOARES,PAIXÃO CURRÍCULOS • HENRIQUE PEDRO CARLOS DE BEAUREPAIRE-ROHAN (1812-1894) nasceu em Niterói e morreu no Río de Janeiro. Formou-se em Engenharia Militar Encarregado do projeto da Igreja da Matriz, em Botafogo Foi Diretor de Obras da Cidade Foi Diretor da Estrada de Ferro São Paulo – Santos Participou da construção da Estrada Graciosa no Paraná. Recebeu medalha por participação na Guerra do Paraguai Foi Vice Presidente do Instituto Histórico e Geográfico do Brasil – IHGB • ENGENHEIRO FRANCISCO PEREIRA PASSOS – (1836-1913) Aluno da École de Ponts et Chaussés de Paris. Participou das obras da Estrada de Ferro París-Lion e no Porto de Marselha na Europa. Diretor da Estrada de Ferro D. Pedro II (depois Central do Brasil). Nomeado Engenheiro do Ministério do Império do Brasil. Participante da Comissão de Melhoramentos da Cidade do Rio de Janeiro. • ENGENHEIRO, MARECHAL JERONYMO RODRIGUES DE MORAES JARDIM (1838-1916) Auxiliar de André Rebouças na Inspetoria Geral de Obras Públicas, sendo seu chefe posteriormente. Ministro da Indústria, Viação e Obras Públicas . • ENGENHEIRO MARCELLINO RAMOS DA SILVA. Participante da Comissão de Melhoramentos da Cidade do Rio de Janeiro. PLANOS URBANÍSTICOS DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO

• 1843 - Plano Beaurepaire • 1875/1876 - Plano Comissão de Melhoramentos • 1903 - Plano Pereira Passos • 1926/1930 - Plano Agache • 1938/1948 - Plano Comissão da Cidade • 1965 - Plano Doxiadis • 1969 - Plano Lúcio Costa • 1977 - Plano Urbanístico Básico do Rio • 1977 - Plano Integrado de Transportes • 1992 - Plano Diretor • 1993 - Rio-Cidade/Plano Estratégico • 1996 - Favela-Bairro • 2010 - Bairro Maravilha • 2011 – Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano Sustentável do Município do Rio de Janeiro